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ebook Também conhecida como ângulo de facho, ângulo de abertura do facho luminoso Fotometria

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Também conhecida como ângulo de facho, ângulo de abertura do facho luminoso

Fotometria

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01 Introdução .................................................. 3

02 O que é Fotometria para a Iluminação? ..... 4

03 Conceitos-Chave ........................................ 6

3.1 Intensidade Luminosa .............................. 6

3.2 Fluxo Luminoso ........................................ 7

3.3 Iluminância (E) .......................................... 8

3.4 Luminância (L) .......................................... 8

04 Tipos de Fotometria ................................... 9

4.1 Iluminação de Interiores ........................... 9

4.1.1 Nível de Iluminância .............................. 11

4.1.2 Distribuição de Luminância .................. 12

4.1.3 Ofuscamento ......................................... 13

4.1.4 Direcionamento da Luz ......................... 13

4.1.5 Aspectos de cor da luz ......................... 14

4.1.6 Escolha de Equipamentos ..................... 15

4.1.7 Iluminação Natural ................................ 16

4.2 Iluminação Viária .............................................. 17

4.2.1 Tipos de Fontes Luminosas ............................ 18

Lâmpada a vapor de mercúrio ........................ 18

Lâmpada a vapor de sódio ............................. 19

Lâmpada a multivapores metálicos ............... 19

LED .................................................................. 20

05 Curva de Distribuição da Intensidade ................ 23

06 Rendimento da Luminária .................................. 24

6.1 Fator de Manutenção ....................................... 26

6.2 A Diferença entre Eficácia, Eficiência e Efetividade da Luminária ............................... 28

07 Como a Fotometria pode Melhorar o Rendimento da sua Instalação? ...................... 29

08 Conclusão .......................................................... 31

AALOK, do Hindi, Luz. ................................................... 32

SUMÁRIO

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01 Introdução

A palavra Fotometria é comumente utilizada na Fotografia para definir a técnica que mede a intensidade de luz em um ambiente. Em outras palavras, a Fotometria é responsável por verificar o nível de luz desejado ao tirar uma foto. Entretanto, o que muitas pessoas não sabem é que a Fotometria também é um fator de grande importância quando falamos de projetos de iluminação, tanto de ambientes internos quanto de externos. E é sobre a importância da Fotometria no cálculo de um projeto luminotécnico que esse e-book irá tratar.

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02O que é Fotometria para a Iluminação?

Como introduzido anteriormente, a Fotometria faz parte do campo da Óptica que estuda e trata da medição das grandezas relacionadas com a quantidade de luz visível emitida por qualquer fonte luminosa. Ou seja, é o ramo da ciência encarregado de medir a luz e como o seu brilho é percebido pelo olho humano.

O principal objetivo da Fotometria em um projeto luminotécnico é alcançar o melhor custo-benefício para atender a demanda do cliente, encontrando o menor CAPEX (custo de investimento) e OPEX (custo operacional). Logo, o propósito da Fotometria é criar projetos luminotécnicos que alcancem a melhor eficiência energética, atingindo os objetivos determinados para o projeto.

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Portanto, entender a Fotometria é essencial na hora de tomar decisões sobre seu projeto de iluminação. Isso porque, um levantamento das informações Fotométricas promove diversas vantagens como:

ª medir o fluxo luminoso (da lâmpada e da luminária);

ª determinar o rendimento óptico da luminária;

ª mapear a distribuição angular da intensidade luminosa;

ª classificar a luminária de acordo com as normas da Associação Brasileira de Normas e Técnicas (ABNT) , da Sociedade de Engenharia de Iluminação (IES) e da Comissão Internacional de Iluminação (CIE), entre outros grandes órgãos;

ª determinar os índices de ofuscamento e poluição luminosa;

ª apresentar dados sob forma de arquivos eletrônicos padronizados para simulação em projetos luminotécnicos.

Tais vantagens você poderá entender ao longo dessa leitura, mas o que vale ressaltar é que hoje em dia, com o avanço dos sistemas LED, existe uma grande variedade de possibilidades que podem levar o projetista a ter resultados bons ou ruins, isso vai depender bastante da Fotometria e da habilidade na elaboração do projeto.

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03Conceitos-Chave

Neste capítulo apresentaremos os conceitos básicos que são fundamentais para entender a Fotometria aplicada a iluminação. Esses conceitos são importantes e devem ser bem compreendidos, pois são as ferramentas que utilizamos quando falamos de projetos luminotécnicos e questões fotométricas.

3.1Intensidade Luminosa

Diferentes luminárias possuem diferentes potências de iluminação, e é justamente essa potência que corresponde a intensidade luminosa. Dessa maneira, em Fotometria, a intensidade luminosa corresponde à medida da percepção da energia emitida por uma fonte luminosa em uma direção, por segundo.

Isso significa que, se uma fonte luminosa irradiasse a luz uniformemente em todas as direções, o fluxo

luminoso se distribuiria na forma de uma esfera. Algo que é quase impossível de acontecer, visto que, em um plano tridimensional, a luz é projetada em várias direções.

Portanto, a intensidade luminosa é o fluxo luminoso irradiado na direção de um determinado ponto.

Unidade de medida: candela Abreviação: cd

Símbolo: I Fórmula: I = φ / ω

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3.2Fluxo Luminoso

Após compreendermos que fontes luminosas não emitem luz em direções iguais, outra grandeza importante para a Fotometria é o conceito de fluxoluminoso.

O fluxo luminoso é a quantidade de luz emitida por uma fonte luminosa na unidade de tempo em todas as direções.

Unidade de medida: lúmen Abreviação: lm

Símbolo: φ

Se usarmos novamente a metáfora do chuveiro, entenderemos que o fluxo luminoso é a soma das intensidades luminosas (cada furo do chuveiro) em uma superfície esférica. Ou seja, é o fluxo de água total que o chuveiro emite, em todas as suas direções.

Para entender melhor esse conceito, ao invés de pensar em uma luminária, vamos imaginar um chuveiro ligado. A corrente de água que sai de cada furo do chuveiro seria a intensidade luminosa (cd).

Fluxo Luminoso

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3.4Luminância (L)

Diferentemente da iluminância, a luminância é uma grandeza visível aos olhos humanos. Isso porque ela transmite sensação de claridade. A luminância também pode ser chamada de brilho e corresponde a medida da densidade da intensidade de uma luz refletida numa dada direção.

Unidade: Candela/m2 [cd/m2].

Luz incidente visível

3.3Iluminância (E)

A luz que uma luminária irradia, relacionada à superfície a qual incide, define uma nova grandeza luminotécnica denominada Iluminância. Dessa maneira, essa grandeza indica a quantidade de luz incidente (não visível) por unidade de área.

Unidade: lux [lx] = lm/m2.

Luz incidente invisível

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04Tipos de Fotometria

É imprescindível para a efetividade de um projeto luminotécnico, isto é, promover um projeto e alcançar os resultados pretendidos, basear-se na Fotometria. E você pode aplicá-la em projetos para iluminação deinterioreseexteriores,assimcomoparaailuminaçãoviária.

4.1Iluminação de Interiores

Para ter uma boa iluminação em um ambiente interno, precisamos ter atenção aos aspectos quantitativos e qualitativos da luz. Um bom projeto luminotécnico não deve considerar apenas o nível de iluminância adequado à atividade que será exercida naquele ambiente, mas também como a luz será direcionada ao plano de interesse, a reprodução de cor, a aparência da luz, a sua relação com as superfícies a serem iluminadas, para que não tenham ofuscamentos.

O principal objetivo de um projeto luminotécnico de sucesso é criar ambientes visuais agradáveis, que possibilitem a visualização do próprio local e dos objetos ali presentes de forma apropriada, garantindo desempenho e segurança nas atividades a serem executadas, sem causar cansaço visual.

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Visto isso, ao desenvolver um projeto, recomendamos atenção aos aspectos particulares da tarefa a qual se destina a iluminação, como: tamanho, cor, refletância do entorno imediato e a capacidade visual do operador, relacionada geralmente à idade do usuário. Além disso, recomendamos ter cuidado com alguns conceitos que contribuem para o sucesso de um ambiente interior bem iluminado.

ª Nível de iluminância;

ª Distribuição da luminância;

ª Ofuscamento;

ª Direcionamento da luz;

ª Aspectos de cor da luz;

ª Escolha de equipamentos;

ª Iluminação natural;

ª Manutenção do sistema;

Para entender melhor de que forma esses conceitos impactam no seu projeto de iluminação, explicamos mais detalhadamente a importância deles a seguir.

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4.1.1 Nível de Iluminância

O nível de iluminância influencia em como o usuário percebe e executa uma atividade. Os níveis de iluminância a serem considerados para cada atividade são dados pela ABNTNBR 8995 (norma que estabelece os valores de iluminâncias médias mínimas em serviço para iluminação artificial em interiores, onde se realizem atividades de comércio, indústria, ensino, esporte e outras). Isso significa que os valores especificados nessa norma garantem condições de segurança e de desempenho visual para diversas atividades. Ao lado, você poderá ver alguns exemplos de ambientes e seus respectivos níveis de iluminância.

TIPODEAMBIENTE,TAREFAOUATIVIDADENívelde

iluminância(lux)

Escritórios

Escrever, teclar, ler, processar dados 500

Indústria de alimentos

Locais de trabalho e zonas em cervejarias, maltagem, lavagem, enchimento de barris, limpeza, peneiração, descascamento

200

Inspeção de cor 1000

Indústria de fundição de metal

Fundição 300

Indústria de veículos

Trabalhos no chassi e montagem 500

Inspeção final 1000

Indústria gráfica

Inspeção de cor em impressão multicolorida 1500

Locais de assistência médica

Sala de cirurgia 1000

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4.1.2 Distribuição de Luminância

A distribuição de luminância no campo visual é responsável por controlar o nível de adaptação dos olhos, que afeta diretamente a visibilidade da tarefa e o conforto visual. Balancear a distribuição é necessário para garantir a acuidade visual, a sensibilidade de contraste e a eficiência das funções oculares (como contração da pupila, acomodação visual, movimento dos olhos, etc).

Por isso, luminâncias muito elevadas precisam ser evitadas para não causar ofuscamentos. Da mesma maneira, contrastes muito elevados de luminâncias devem ser evitados, pois podem causar fadiga visual devido a necessidade contínua de readaptação dos olhos, normalmente chamado de “efeito zebra”. Em contrapartida, luminâncias muito baixas também não são recomendadas, pois deixam o ambiente sem estímulo visual.

Dessa forma, para obter uma distribuição de luminâncias adequada, devemos levar em conta as características das superfícies do ambiente, pois a luminância é determinada pela iluminância que atinge a superfície e por sua refletância (razão do fluxo luminoso refletido pelo fluxo incidente em uma superfície). Por essas razões é recomendado que a distribuição de luminância seja complementar à distribuição de iluminâncias.

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4.1.3 Ofuscamento

Geralmente, o ofuscamento é causado pelo excesso de brilho de fontes luminosas, em outras palavras, luminâncias excessivas, ou por elevados contrastes no campo visual. Esse ofuscamento pode ser refletido ou direto, e, muitas vezes, ocasiona fadiga, acidentes e erros.

Para evitá-lo, é muito importante a escolha de luminárias que tenham controle de ofuscamento. Além disso, o posicionamento das luminárias fora do campo visual também influencia no ofuscamento. Escolher acabamentos de superfícies não brilhantes, não aumentar a área luminosa de luminárias e evitar pontos brilhantes em tetos e paredes usando cores claras são medidas que protegem o ambiente contra o ofuscamento.

4.1.4 Direcionamento da Luz

A luz direcionada é usada para complementar a iluminação difusa, com o objetivo de enfatizar texturas e melhorar a aparência de detalhes de objetos. Dessa maneira, modela objetos na medida em que fornece contraste de sombras. Entretanto, as luzes direcionadas devem ser bem dimensionadas para não criarem áreas de sombras muito dramáticas quando em excesso, ou áreas muito chapadas e sem contraste, quando o direcionamento for difuso.

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4.1.5 Aspectos de cor da luz

Os aspectos de qualidade de cor de luz são caracterizados por dois índices: a temperaturadecorda luz (K) emitida pela fonte luminosa e o índicedereprodução de cor (IRC). A temperatura de cor é o que determina a aparência da cor da luz, ou seja, a tonalidade de cor. Quanto mais alta a temperatura de cor, mais fria\azulada é a cor da luz, e quanto mais baixa a temperatura de cor, mais quente\amarelada é a sua cor. O equilíbrio entre os dois extremos é a cor branca, caracterizada pela cor da luz do Sol no seu ponto mais alto em relação à Terra.

Para escolher a tonalidade de cor da luz certa para um ambiente, devemos levar em consideração não apenas os fatores estéticos, mas também os fatores psicológicos. Devemos também considerar o nível de iluminância , as cores dos móveis e do ambiente, o clima do local e a aplicação. Usualmente em climas quentes, preferimos as cores mais frias e em climas mais frios, tonalidades de cores mais quente são mais desejadas.

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Para iluminação de ambientes industriais, recomenda-se usar cores mais próximas a luz do Sol (entre 4.500K e 5.000K), pois trazem uma série de benefícios para o operador. Em iluminação viária, existem algumas discussões sobre o que seria melhor para os motoristas e pedestres, buscando-se respeitar o Ciclo Circadiano, isto é, o período de aproximadamente 24 horas que se baseia o ciclo biológico de quase todos os seres vivos. Nessa situação, recomenda-se usar cores mais quentes (entre 3.000K e 4.000K).

Já o índice de reprodução de cor mostra como a luz reproduz as cores relacionadas com a cor real do objeto. Este indicador possui valor máximo de IRC =100% (reproduzido pela luz do Sol) e se reduz conforme a qualidade de reprodução de cor reproduzida. Fontes de luz com IRC igual a 100 apresentam as cores com a fidelidade e a precisão da luz natural. No caso dos ambientes internos com trabalho contínuo, é recomendado o índice de reprodução de cor superior a 70% e, quanto maior esse índice, maior será o investimento no equipamento.

4.1.6 Escolha de Equipamentos

A escolha das luminárias, lâmpadas e equipamentos auxiliares são fatores determinantes para o bom desempenho do sistema e do seu projeto de iluminação. Dessa maneira, devemos tomar alguns cuidados a favor da eficiência energética do sistema e para evitar efeitos indesejáveis no sistema de iluminação, como:

ª EfeitoFlicker , que pode causar distração, dores de cabeça e fadiga visual;

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ª Efeito Estroboscópico, que pode causar situações perigosas em função de modificar a percepção de rotação de máquinas quando essas estiverem operando na mesma frequência que os sistemas de iluminação.

Portanto, é recomendado que o seu projeto faça uso de reatores eletrônicos, pois estes operam em altas frequências (20 kHz a 50 kHz) e evitam esses dois efeitos, garantindo não só a segurança na instalação, mas também o conforto visual.

4.1.7 Iluminação Natural

A iluminação natural pode ser utilizada para substituir ou complementar a iluminação artificial em áreas próximas às janelas ou aberturas zenitais. Dessa maneira, dispositivos, como reatores dimerizáveis e sensores de luminosidade, podem ser utilizados para otimizar o uso da iluminação natural.

Entretanto, deve ser analisado o balanço da economia gerada pelo uso da iluminação natural e o gasto de energia para climatização, em função do ganho ou perda de calor por meio das aberturas.

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4.2Iluminação Viária

A iluminação viária, também conhecida como Iluminação Pública (IP), é o serviço que promove luz ou claridade artificial nos locais públicos. Os níveis de iluminância a serem considerados são fornecidos pela ABNTNBR5101 (norma que estabelece os requisitos para iluminação de vias públicas, propiciando segurança aos tráfegos de pedestres e de veículos). Ou seja, esse tipo de projeto luminotécnico tem influência direta na vida de todo cidadão, uma vez que contribui para a segurança da população, para o tráfego de veículos e viabiliza atividades de comércio, turismo, lazer, entre outras.

Tratando-se de tecnologia LED, cada ponto de iluminação pública é composto basicamente por uma luminária, que integra o LED, o driver, a fotocélula, e componentes auxiliares, e é, normalmente, fixada em um poste. A eficiência desse ponto de iluminação está ligado às características e ao bom funcionamento de cada um desses componentes. A fotocélula (ou relé fotoelétrico) regula o acendimento de uma única luminária ou de um grupo de luminárias.

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Quando falamos de iluminação viária, precisamos ir muito além da eficiência e qualidade de iluminação. Um dos desafios desse tipo de iluminação é obter a maior uniformidade entre os pontos de luz e a melhor reprodução de cores, com a melhor economia possível. Além disso, uma das métricas desses projetos está relacionada com os níveis legais de iluminação, os quais o sistema é condicionado antes de ser possível a sua comercialização e distribuição.

4.2.1Tipos de Fontes Luminosas

Hoje em dia, existem pelo menos 4 tipos de tecnologias que podem ser utilizadas em projetos luminotécnicos para iluminação viária. A seguir, você entenderá um pouco mais sobre cada uma delas.

Lâmpada a vapor de mercúrio

Teve o inicio de sua comercialização em 1908, e sua luz é produzida através da excitação de gases provocada por corrente elétrica. Na partida dessa lâmpada, há a ionização de um gás inerte, em geral o argônio, que

provoca um aquecimento no bulbo fazendo evaporar o mercúrio e produzindo uma luz amarelada pela migração de elétrons. Em seguida, ocorre a ionização do mercúrio, as colisões entre os elétrons livres desse com o argônio produz uma luz azulada e a composição das duas é o resultado obtido por essa lâmpada: uma luz branca.

A característica da impedância desse tipo de lâmpada após a partida é de alta condutância, sendo necessária a utilização de reatores para limitar a corrente elétrica de alimentação. Esses equipamentos são mais eficientes que as incandescentes e possuem maior vida mediana, mas são cada vez menos utilizadas em sistemas de iluminação pública atualmente, por serem bem menos eficientes que a tecnologia LED.

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Lâmpada a vapor de sódio

Comercializada a partir de 1955, a lâmpada a vapor de sódio em alta pressão tem princípio de funcionamento muito similar à vapor de mercúrio. A principal diferença entre as duas é a adição do sódio, que, devido suas características físicas, exige que a partida seja feita mediante a um pico de tensão da ordem de alguns quilovolts com duração de microssegundos.

Atualmente, é a tecnologia mais aplicada em sistemas de iluminação pública. Entretanto, a grande desvantagem desta fonte luminosa é seu baixo índice de reprodução de cor (IRC), normalmente menor que 25%, e a cor amarelada da luz emitida. Também vem

sendo gradualmente substituída pela tecnologia LED, que reduz em média 50% do consumo com energia elétrica, e mais de 90% com manutenção.

Lâmpada a multivapores metálicos

Comercializada a partir de 1964, é uma evolução da tecnologia a vapor de mercúrio, sendo fisicamente parecida com a vapor de sódio. A única diferença entre as duas é a adição de iodetos metálicos, que confere à fonte luminosa maior eficiência luminosa e índice de reprodução de cor. A luz produzida é extremamente brilhante, realçando e valorizando espaços.

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LED

Diferente das lâmpadas de descarga vistas anteriormente, o LED produz sua luminosidade, basicamente, através da liberação de fótons provocada quando uma corrente elétrica flui através do componente. Por isso, são fontes luminosas com facho de luz bem direcionado, livres de metais pesados, alta vida mediana (acima de 100.000 horas), alta eficiência (acima de 100lm/W), resistentes a vibrações, elevado índice de reprodução de cor e flexibilidade na escolha da temperatura de cor. Várias cidades já estão adotando essa tecnologia para a iluminação de suas vias, e a tendência é que esse movimento continue crescente.

Diante disso, as luminárias de LED possuem um grande potencial para dominar o mercado de iluminação pública. Isso porque, a economia de energia elétrica e manutenção que pode ser proporcionada, somada à melhoria na qualidade da iluminação das cidades devido a seu alto índice de reprodução de cores, já podem ser percebidas através das diversas instalações existentes ao redor do mundo, inclusive no Brasil.

Um projeto inteiramente novo empregando luminárias LED e que leva em conta a Fotometria, a altura de montagem, a distância entre os postes, a inclinação da luminária e outros parâmetros, são escolhidos para o funcionamento otimizado das luminárias LED. E por consequência, trazem um ótimo resultado tanto em termos de iluminância média, quanto de uniformidade, causando uma melhora na eficácia efetiva da luz.

A iluminação com tecnologia LED mudou o conceito de iluminação. Isso ocorreu porque com o LED não existe uma única fonte luminosa emitindo fluxoluminoso para todos os lados, e sim um conjunto de LEDs emitindo fluxo luminoso de forma direcionada, com auxílio de todo o aparato óptico que compõem a luminária LED, como lentes, colimadores e refletores. Ao direcionar o fluxo luminoso dos LEDs, conseguimos reduzir a poluição luminosa e atingimos uma distribuição mais eficiente.

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São inúmeros os benefícios de optar pelo LED na hora de criar um projeto de iluminação viáriae, para isso, vamos resumir agora algumas das suas vantagens:

ª Alta eficiência energética;

ª Elevado índice de reprodução de cores;

ª Design livre adaptado para diferentes ambientes;

ª Segurança (alta resistência a impactos e tensão reduzida no LED diminui danos com acidentes elétricos);

ª Longa vida útil;

ª Redução dos custos de manutenção (devido à elevada vida útil);

ª Luz com diversidade de Temperatura Correlata de Cor;

ª Fonte de luz com menor nível de componentes tóxicos (ausência de mercúrio);

ª Partida e religamento instantâneos, sem afetar a vida útil dos LEDs;

ª Possibilidade de dimerização;

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ª Elevado fator de potência;

ª Maior eficiência luminosa (relação entre o fluxoluminoso gerado e o fluxo luminoso que sai da luminária);

ª Estreita faixa de emissão de luz (não produz radiação infravermelha e ultravioleta, que podem causar degradação dos componentes da luminária);

ª Tecnologia não saturada, com grande potencial de desenvolvimento.

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05Curva de Distribuição da Intensidade (Curva Polar)

A forma que uma fonte de luz ou luminária projeta o fluxo luminoso no espaço, as direções e as intensidades, é medida e expressada por meio de curvas e diagramas fotométricos. Em outras palavras, isso significa que a curva de distribuição da intensidade polar (CDL) é a representação da intensidade luminosa em todos os ângulos em que ela é direcionada num plano.

Na tecnologia LED, a Curva Polar é determinada pela combinação destes dois componentes:

ª Modelo de LED

ª Modelo de óptica secundária (lentes, refletores ou difusores)

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06Rendimento da Luminária

Eficiência ou rendimento de uma luminária é a razão do fluxo luminoso emitido pela luminária e o fluxo luminoso total da lâmpada. Esse rendimento não leva em consideração a distribuição luminosa da luminária, e sim, considera tanto o fluxo emitido para o hemisfério inferior como para o superior.

Isso significa que para escolher uma luminária eficiente, devemos considerar as luminárias com os maiores rendimentos no hemisfério inferior, tendo em vista que a luz emitida para o hemisfério superior só participa indiretamente da iluminância por meio da reflexão do teto. Podemos notar que as luminárias com os maiores rendimentos são as que utilizam lentes como óptica secundária. Isso porque, elementos como refletores, refratores e difusores diminuem o rendimento da luminária na medida em que absorvem, refletem e transmitem a luz pelos materiais utilizados na sua confecção.

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Por essa razão, na especificação de uma luminária, o rendimento ou a eficiência devem ser ponderados. Dessa maneira, devemos analisar em conjunto a distribuição luminosa e o controle de ofuscamento que a luminária deve possuir. É recomendado que o rendimento seja considerado para comparar luminárias do mesmo tipo.

Segundo a Sociedade de Engenharia da Iluminação da América do Norte (IESNA), o desempenho de uma luminária pode ser considerado através da combinação entre a qualidade fotométrica, mecânica e elétrica. No qual, o desempenho fotométrico está relacionado com a eficiência e a eficácia da luminária ao direcionar luz para o alvo desejado, determinado pelas propriedades fotométricas da lâmpada e do projeto da luminária e pela qualidade dos componentes de controle da luz. Já o desempenho mecânico descreve o comportamento da luminária sob stress, incluindo condições extremas de temperatura, jatos de água ou pó, choques mecânicos e fogo. E por fim, o desempenho elétrico descreve a eficiência da luminária e de seus equipamentos auxiliares ao produzirem luz e seu comportamento elétrico.

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comprometendo a qualidade e efetividade do investimento;

A iluminação média exigida pelo projeto será mantida pelo tempo de uso especificado acima, ou seja, se um projeto precisa de 500 lux de iluminância média para o ambiente e você está utilizando o fator de manutenção 0,80 para fazer o projeto luminotécnico com 500 Lux, quer dizer que:

6.1Fator de Manutenção

O fator de manutenção, chamado também de fator de utilização, indica a depreciação luminosa considerada para cálculo luminotécnico futuro. Por essa razão, esse fator é usado em cálculos luminotécnicos para o sucesso de um projeto a longo prazo, tendo em vista que toda fonte de luz deprecia ao longo do tempo de utilização.

O fator de manutenção, normalmente utilizado pelos principais fabricantes de luminárias e projetistas, é de 0,80. Isso quer dizer que:

ª No momento da instalação dos equipamentos, a iluminação será 25% maior do que o resultado mostrado pelo projeto luminotécnico;

ª A perda de 20% do fluxo luminoso ocorre após X horas de uso da luminária, dependendo das especificações do fabricante. O ideal é que isso ocorra após 75.000 horas de uso, mas alguns fabricantes fornecem equipamentos com perdas de 20% após 30.000 horas de uso,

1

anos

5 10

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ª O fator 1,00 (ou 100%) dividido pelo fator 0,80 é igual a 1,25;

ª No momento da instalação das luminárias, a iluminância média será de 500 lux vezes o fator 1,25, ou seja, de 625 lux;

ª Se a luminária que você utiliza no projeto tiver a vida útil L80 de 100.000 horas, você manterá o mínimo de iluminância exigido pela norma (500 lux), durante as 100.000 horas de utilização;

ª Caso você utilizasse o fator 0,99, o seu ambiente ficaria abaixo de 500 lux em pouco tempo, e estaria fora da norma de iluminância, pois, no momento da instalação das luminárias, a iluminância média seria de 500 lux vezes o fator 1,01 (1,00 dividido por 0,99), ou seja 505 lux.

Por essa razão, no início de todo projeto de iluminação você deve se atentar para o fator de manutenção, para que, ao longo do tempo de vida útil da luminária, seja mantida a iluminância mínima que o ambiente exige.

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Já a eficiência é quando realizamos algo da melhor maneira possível, ou seja, com o mínimo de desperdício e/ou em menor tempo. Sendo assim, possui foco interno e refere-se aos custos envolvidos. No sentido da iluminação, eficiência é conseguir fazer mais com menos. Isso significa emitir a maior quantidade de lúmens gastando a menor quantidade de energia.

Por fim, o que todos queremos é a efetividade dos nossos projetos de iluminação. Isso porque essa é a dimensão que representa a relação entre os resultados alcançados e as transformações ocorridas. Dessa maneira, possui foco externo e tem a ver com os impactos. Portanto, a efetividade é a capacidade de fazer o certo (eficácia) da melhor maneira possível (eficiência). Em iluminação, um projeto efetivo é um projeto que atinge os níveis de quantidade de luz necessários para o ambiente, com o menor custo e o menor consumo de energia e manutenção.

6.2A Diferença entre Eficácia, Eficiência e Efetividade da Luminária

É essencial para um projeto de iluminação, tanto de ambientes internos quanto de locais públicos, conhecer a diferença entre os 3 Es: Eficácia, Eficiência e Efetividade.

Dessa maneira, podemos entender como eficácia: a dimensão do desempenho expressa pelo alcance dos objetivos ou metas, independentemente dos custos implicados. Seu foco é o externo e refere-se sempre aos resultados obtidos. A eficácia pode ser entendida quando um projeto/produto/pessoa atinge o objetivo ou a meta que havia sido estabelecida. Sob o ponto de vista do projeto, uma iluminação eficaz, seria uma iluminação que atinge os padrões necessários de quantidade de luz, sem se preocupar com preços dos equipamentos e consumo de energia.

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07Como a Fotometria pode Melhorar o Rendimento da sua Instalação?

Após conhecer todos esses conceitos, grandezas e aplicações em projetos luminotécnicos, você ainda pode se perguntar: ComoaFotometriapodemelhoraro rendimentodaminhainstalação?

A Fotometria é capaz de mostrar, graficamente, o comportamento de uma luz, e possibilita medir o fluxoluminoso tanto da fonte de luz quanto da luminária, auxilia na hora de determinar o rendimento óptico da luminária e também mapeia a distribuição angular da intensidadeluminosa.

É papel do desempenho fotométrico determinar os índices de ofuscamento e poluição luminosa e apresentar todos os dados sob forma de arquivos eletrônicos padronizados para simulação em projetos luminotécnicos. Sendo assim, é possível identificar a luminária mais indicada de acordo com a necessidade de cada projeto.

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Dessa maneira, quando um projeto leva em conta a Fotometria ideal, ele se torna um projeto efetivo. Isso porque, além de ter as quantidades perfeitas de luz, melhora a qualidade de trabalho das pessoas que habitam o local. Um projeto de fornecimento de luminárias para um galpão, por exemplo, que utiliza uma Fotometria personalizada, é capaz de ter um desempenho até 2x superior a uma instalação que seja feita sem projeto, alcançando assim, a melhor eficiênciaenergética.

Além disso, a Fotometria é importante na hora de classificar a luminária de acordo com as normas da Associação Brasileira de Normas e Técnicas (ABNT), da Sociedade de Engenharia de Iluminação (IES) e da Comissão Internacional de Iluminação (CIE).

Portanto, como afirmamos ao longo deste e-book, o objetivo da Fotometria está, justamente, em alcançar o melhor custo-benefício de um projeto de iluminação através de menores custos de investimento e de operação. Por esse motivo, compreender o que é Fotometria é essencial para você tomar decisões sobre seu projeto de iluminação.

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08Conclusão

Para alcançar a Eficiência Energética, é necessário que você se baseie em diversos fatores, e um deles é a Fotometria. Como você viu nesse material, levar em conta a Fotometria é essencial para o bom aproveitamento do seu projeto luminotécnico, tanto de interiores quanto de ambientes externos, alcançando o melhor custo-benefício e encontrando o melhor índice em iluminação com o menor custo de investimento e de operação.

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AALOK, do Hindi, Luz.

Somos uma empresa de base tecnológica, criada em 2012, com a missão de gerar economia desenvolvendo soluções eficientes para o uso da energia.

Cada cliente é tratado como um projeto específico e personalizado, sempre buscando a melhor relação “Investimento & Eficiência Energética”. Assim, investimos em constante atualização tecnológica para o aumento da produtividade dos nossos parceiros.

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Ilustrações:Fernando Bretas Jr. e Denis Zicker

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