fraturas subtrocantericas e de diafise de femur
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Unidade do Trauma Ortopédico do Hospital Universitário Dr. Miguel Riet Corrêa Jr. HU/FURG
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDEHOSPITAL UNIVERSITÁRIO DR. MIGUEL RIET CORRÊA JR.
Unidade do Trauma Ortopédico do Hospital Universitário Dr. Miguel Riet Corrêa Jr. HU/FURG
R1 Davi Biedrzycki
FRATURAS SUBTROCANTÉRICAS
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Fratura subtrocantérica
• Conceito:
• Toda fratura que ocorre entre o trocanter menor e um ponto 5cm distal a este
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Fratura Subtrocantérica
• Mecanismo de lesão:
• Baixa energia: idosos: queda da propria altura
• Alta energia: adultos jovens veículo motorizado, queda de altura, arma de fogo (10%)
• Fraturas patológicas: 17-35%
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Fraturas Subtrocantéricas do Femur• Características
– tempo de consolidação mais lento– alta taxa de consolidação viciosa– forças de compressão na cortical medial são
extremamente elevadas
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Fraturas Subtrocantéricas do Femur• Avaliação Radiológica
• Rx em AP e Perfil Fêmur e quadril
• Rx AP pelve
• Rx das articulações adjacentes
• Escanometria – fraturas altamente cominutivas
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Forças deformantes
Fragmento proximal:
Abdução pelo gluteoRotação externa pelos rotadores curtosFlexão pelo psoas
Fragmento distal:
Puxado proximalmente para posiçao em varo pelos adutores
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Classificações:
FIELDING:
I TROCANTER MENOR
II <2,5cm ABAIXO
III 2,5 – 5cm ABAIXO
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Seinsheimer
Tipo I : fraturas sem desvio ou mínimo(<2mm)
Tipo II : fraturas em duas partes
IIA: frat. Femural transversal 2 partes
IIB: Frat. Espiral 2 partes troc menor frag prox
IIC: Frat. Espiral 2 partes troc menor frag distal
Tipo III : fraturas em tres partes
Tipo IV : fraturas cominutivas em 4 ou + frag.
Tipo V : que englobam r. intertrocanteriana e subtrocanteriana
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Russel Taylor• Hastes intramedulares
• Grupo I - as fraturas não se extendem a fossa piriforme• tipo IA : troc menor fixado frag. proximal
• tipo IB : troc menor destacado frag. ProximalGrupo II
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Russel TaylorGrupo II – fratura com extensão para a fossa piriforme
• tipo IIA : grande trocanter e envolvem a fossa piriforme, sem cominução do peq. trocanter
• tipo IIB : cominuição da fossa do piriforme e do trocanter menor associado a graus variados de cominuição da diafise femoral
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Fraturas Subtrocantéricas do Femur• Tratamento
– Cirúrgico• tipo IA : haste intramedular bloqueada
• tipo IB : haste intramedular bloqueada c/ componente proximal cefálico
• tipo IIA : placa angulada de 95 graus
• tipo IIB : placa angulada de 95 graus + enxerto ósseo
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Complicações:
• Perda da fixação
• Não consolidação
• Consolidação viciosa
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Fraturas da Diáfise do Fêmur
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Fratura diáfise Fêmur
• Fratura que ocorre entre os 5cm distais do trocanter menor e os 5cm proximais do tubérculo adutor
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Epidemiologia
• Bimodal relac. com idade e sexo:
Homem jovem – trauma de alta energia
Mulher idosa – trauma baixa energia
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Anatomia do Fêmur:
• Maior (1/4 altura) e mais pesado
osso humano
• Anteriormente curvado
• Limites da diáfise
• Osso longo de estrutura tubular
• Estreitamento subtrocantérico
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Compartimentos
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COMPARTIMENTO COMPARTIMENTO ANTERIORANTERIOR
Quadríceps femoralQuadríceps femoralSartórioSartórioilíacoilíacoPsoasPsoasPectíneoPectíneoArtéria e veia femoral Artéria e veia femoral Nervo femoralNervo femoralNervo cutâneo femoral lateralNervo cutâneo femoral lateral
COMPARTIMENTO COMPARTIMENTO MEDIALMEDIAL
GrácilGrácilAdutor longoAdutor longoAdutor curtoAdutor curtoAdutor magnoAdutor magnoObturador externo Obturador externo Artéria femoral profundaArtéria femoral profundaArtéria e veia obturadoraArtéria e veia obturadoraNervo obturadorNervo obturador
COMPARTIMENTO POSTERIOR
Ramos da artéria femoral profunda
Nervo ciático
Nervo cutâneo femoral posterior
Bíceps femoral
Semitendinoso
Semimembranoso
Porção do Adutor magno
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Irrigação arterial
• O fêmur possui um rico suprimento vascular, derivado principalmente da artéria femoral profunda
• O vaso nutridor em geral entra no osso proximal e posteriormente ao longo da linha áspera
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Forças musculares Forças musculares deformantes no deformantes no fêmur:fêmur:
(A) Abdutores(A) Abdutores(B) Iliopsoas(B) Iliopsoas(C) Adutores(C) Adutores(D) origem do Gastrocnêmio(D) origem do Gastrocnêmio(E) suporte de tensão da fáscia lata(E) suporte de tensão da fáscia lata
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Fraturas do Femur
Musculos Gluteos
Iliopsoas detrmina a flexão do fragmento proximal
Musculos Adutores encurtam o femur
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Mecanismos de Lesão
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Mecanismo de lesão:
• Alta energia (maioria)– Jovens
– Osso normal
– Transversa ou cominutiva
• Baixa energia– Idoso
– Patologicas
– Torção
• Fratura por estresse: recruta
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Fraturas da Diáfise do FêmurConsiderações Gerais:
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Avaliação Clínica:
• História clínica;
• Deformidade;
• Encurtamento da coxa;
• Edema;
• Dor intensa;
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Avaliação Clínica
• Crepitação
• Lesões associadas (quadril e joelho);
• Comprometimento neurovascular;
• Taquicardia e hipotensão;
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Investigação
• Exames laboratoriais
• Rx de tórax
• ECG
• RX AP e Perfil de fêmur
• Arteriografia
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Classificações:
Descritiva:
• Localiz: terço proximal, médio, distal (infra-ístmica);
• Exposta X fechada
• Padrão espiral, oblíquo ou transverso
• Angulação ou deformidade
• Deslocamento ( encurtamento ou translação)
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Classificação AO :
A: Simples
B: Asa de Borboleta
C: Complexa
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Simples:
Oblíqua TransversaEspiral
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Asa de borboleta:
FragmentadaEspiral Inclinada
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Complexas:
Espiral Segmentada Irregular
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Winquist e Hansen
I: cominuição mínima ou ausenteII: 50% cortices estão intactosIII: 50-100% cominuição corticalIV: cominuição circunferencial sem contato cortical
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Tratamento:
• Tração
• Analgésicos opióides
• Prevenção de infecções
• Reposição volêmica
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Tratamento Cirúrgico:
• Fixação intramedular– Partes moles– Alinhamento estável– Consolidação rápida– Reabilitação precoce– Baixa complicação
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Fixação intramedular
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Tratamento Cirúrgico
• Placa e Parafusos
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Fixação Externa:
• Fraturas expostas graves e pseudoartroses infectadas
• É temporário, substituído em 2 semanas por haste ou placas
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Fraturas do Fêmur na Criança:
• Suspeita Diagnóstica:
• Não deambula, deformidade
• Dor intensa, edema e crepitação.
• Incidências: AP e perfil.
• CUIDADO: articulações adjacentes (quadril e joelho)
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Tratamento na Criança:
• Clássico: tração cutânea + gesso pélvico podálico – gesso imediato– fixação externa – osteossíntese com placas e parafusos.
• Fraturas oblíquas consolidam mais rapidamente que transversas.
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Fixação externa:
• Mobilização precoce.
• Fraturas expostas com lesão grave de partes moles, fraturas cominutivas e politraumatismo.
• Correção de desvios angulares e rotacionais.
• Complicações: – retardo de consolidação– refratura.
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Complicações:
• Encurtamento • Necrose da epífise proximal• Infecção• Pseudoartrose• Consolidação viciosa
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Referencias bibliográficas:
Sizinio Hebert 4°ed
Rockwood e Green 5°ed
Traumatologia Ortopedica, SBOT
Fraturas – Manual para consulta rápida Kovel, K. Zuckerman,J. 3º ed