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TRANSCRIÇÃO DO ÁUDIO DO SEMINÁRIO TÉCNICO DE PLANEJAMENTO Secretário Domingos Leonelli Saúdo a todos e as Prefeituras presentes em nome do meu companheiro Cláudio Tinoco, representante da Prefeitura de Salvador e do Prefeito João Henrique, que aqui está conosco, nossos técnicos que tem trabalhado incessantemente pra cumprir a tarefa que recebemos do Ministério do Turismo no sentido de que a Bahia seja o Projeto Piloto do Turismo Náutico no Brasil. Isso foi uma conquista de uma articulação governamental e da insistência de alguns de nossos companheiros e muito especialmente do nosso companheiro e consultor Walter Garcia que se tornou consultor depois dessa conquista, nos ajudou a fazê-la com pequeno recurso do Ministério que está nos possibilitando a realização desse seminário da construção desse Plano Estratégico do Turismo Náutico da Baía de Todos os Santos. Como todos sabem, a BTS é uma jóia raríssima e talvez a área mais bonita de todo nosso estado e muito pouco trabalhada turisticamente. Houve uma opção por várias razões pelo litoral Norte, pelo litoral Sul também, e a BTS, aquela área mais específica, mais singular, mais Baiana em todos os sentidos, até porque carrega uma tradição histórica de séculos, o recôncavo alimentou essa cidade, foi o cenário dessa nossa guerra de libertação nacional, a única guerra de libertação nacional que esse país viveu de fato. Nós tínhamos uma dívida - o estado com o povo Baiano - e o nosso Governador diz sempre que o turismo pra nós é uma política de estado e não de governo, portanto é o estado Baíano que tinha uma dívida muito grande com essa área tão importante e nós identificamos. Contamos com a Marinha do Brasil aqui representada, com a Capitania dos Portos, todos os órgãos as prefeituras, instituições poéticas como nosso Viva Saveiro que tem procurado contribuir. Além dos recursos do Ministério, nós aportamos recursos próprios, talvez até numa proporção superior ao que o Ministério nos concedeu como contribuição, e tenho certeza que nós vamos sair dessa Jornada com instrumento efetivo, ferramenta de desenvolvimento, que seja capaz de responder pela preservação ambiental, que no entender do Governo Wagner não é um obstáculo ao turismo e sim um ativo a ser preservado, a ser cuidado, a ser desenvolvido em algumas áreas que inclusive porque tem muita necessidade de recuperação de aéreas que foram prejudicadas e devastadas ao longo dos anos. Temos a convicção que o turismo é um aliado da ecologia não tem nenhuma contradição essencial das atividades econômicas é a que tem o menor impacto, maior possibilidade de colaboração efetiva. Temos consciência histórica da importância da Baía de Todos os Santos, do nosso patrimônio histórico, do nosso patrimônio humano. Nós temos saveristas que são guardiões da nossa tradição artesanal, da nossa tradição cultural, e temos a certeza que esse plano estratégico,

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TRANSCRIÇÃO DO ÁUDIO DO SEMINÁRIO TÉCNICO DE PLANEJAMENTO

Secretário Domingos Leonelli

Saúdo a todos e as Prefeituras presentes em nome do meu companheiro Cláudio Tinoco, representante da Prefeitura de Salvador e do Prefeito João Henrique, que aqui está conosco, nossos técnicos que tem trabalhado incessantemente pra cumprir a tarefa que recebemos do Ministério do Turismo no sentido de que a Bahia seja o Projeto Piloto do Turismo Náutico no Brasil. Isso foi uma conquista de uma articulação governamental e da insistência de alguns de nossos companheiros e muito especialmente do nosso companheiro e consultor Walter Garcia que se tornou consultor depois dessa conquista, nos ajudou a fazê-la com pequeno recurso do Ministério que está nos possibilitando a realização desse seminário da construção desse Plano Estratégico do Turismo Náutico da Baía de Todos os Santos.

Como todos sabem, a BTS é uma jóia raríssima e talvez a área mais bonita de todo nosso estado e muito pouco trabalhada turisticamente. Houve uma opção por várias razões pelo litoral Norte, pelo litoral Sul também, e a BTS, aquela área mais específica, mais singular, mais Baiana em todos os sentidos, até porque carrega uma tradição histórica de séculos, o recôncavo alimentou essa cidade, foi o cenário dessa nossa guerra de libertação nacional, a única guerra de libertação nacional que esse país viveu de fato.

Nós tínhamos uma dívida - o estado com o povo Baiano - e o nosso Governador diz sempre que o turismo pra nós é uma política de estado e não de governo, portanto é o estado Baíano que tinha uma dívida muito grande com essa área tão importante e nós identificamos. Contamos com a Marinha do Brasil aqui representada, com a Capitania dos Portos, todos os órgãos as prefeituras, instituições poéticas como nosso Viva Saveiro que tem procurado contribuir.

Além dos recursos do Ministério, nós aportamos recursos próprios, talvez até numa proporção superior ao que o Ministério nos concedeu como contribuição, e tenho certeza que nós vamos sair dessa Jornada com instrumento efetivo, ferramenta de desenvolvimento, que seja capaz de responder pela preservação ambiental, que no entender do Governo Wagner não é um obstáculo ao turismo e sim um ativo a ser preservado, a ser cuidado, a ser desenvolvido em algumas áreas que inclusive porque tem muita necessidade de recuperação de aéreas que foram prejudicadas e devastadas ao longo dos anos. Temos a convicção que o turismo é um aliado da ecologia não tem nenhuma contradição essencial das atividades econômicas é a que tem o menor impacto, maior possibilidade de colaboração efetiva. Temos consciência histórica da importância da Baía de Todos os Santos, do nosso patrimônio histórico, do nosso patrimônio humano.

Nós temos saveristas que são guardiões da nossa tradição artesanal, da nossa tradição cultural, e temos a certeza que esse plano estratégico, esta ferramenta que está nascendo desse esforço, será capaz de responder a todas essas necessidades.

Quero, portanto, desejar um excelente trabalho para todos. Não sei como se organizaram aí as conferências, eu ficarei ainda alguns instantes, e posteriormente então vou continuar acompanhando com tenho feito, passo a passo esse bonito esforço que nós estamos realizando juntos, o Governo do estado, Prefeituras, Iniciativa Privada, Áreas Técnicas, e Organizações não Governamentais. Um grande abraço, e um bom trabalho a todos então”.

Inez Garrido

Dando continuação a esse projeto de elaboração do plano estratégico do Turismo Náutico na Baía de Todos os Santos, um seguimento que o turismo da Bahia começa a trabalhar com mais profundidade nesse momento agora, então essa é uma primeira iniciativa, a gente tem uma expectativa muito grande de que esse plano, ele traga, represente, traga o pensamento das pessoas que aqui estão e que já passaram pelas reuniões e que também represente o pensamento das instituições públicas, da sociedade civil e do setor privado também, e que possa ser um guia de trabalho para as próximas atividades, intervenções e projetos que vão acontecer para a Baía de Todos os Santos. A gente não pode esquecer que essa região tem uma responsabilidade muito grande com o Turismo do Estado, pois aqui está a capital Salvador, que é o principal destino turístico da Bahia, representa quase 50% do fluxo do Estado e também precisamos saber que é a principal porta de entrada, seja ela aérea, hoje também se configurando como uma porta de entrada marítima também, através dos barcos de lazer que aqui chegam, através dos navios de cruzeiros que aqui aportam e que cada ano se multiplicam e consolidam essa posição, pra região, eu diria que Salvador, ela nasceu com a responsabilidade de ser a guardiã da entrada da Bahia de Todos os Santos, lá

em 1549, toda estrutura de defesa dessa área estava, digamos assentada em Salvador, e Salvador é a porta de entrada também da Bahia de Todos os Santos, o marco de entrada está ali no Farol da Barra. Então Salvador e Baía de Todos os Santos, são elementos da nossa história, da nossa cultura, do nosso ambiente e da nossa realidade turística inseparáveis, então eu penso que aí há uma informação que a gente não pode deixar de esquecer. E hoje a gente tem uma expectativa grande de sair daqui com mais elementos que vão subsidiar as informações tão importantes, já compiladas até aqui pela equipe da FEA, que assumiu por licitação a elaboração desse plano e agente está junto a Secretaria, a equipe da Secretaria está também junto em apoio, e vamos, que tenhamos aí um bom dia de trabalho, com muitas atividades, e vamos começar. Obrigada.

Gilberto Zangari

Primeira vez que vem a Bahia, o pouco que conheceu da Baia de Todos os Santos disse que vai voltar como velejador pra conhecer melhor, pede desculpa por não falar a língua bonita o português. A idéia ir direto aos tópicos pontuais dessa apresentação. Quando se fala de turismo náutico se pode falar de vários segmentos de mercado no Turismo Náutico, e ele começou a falar sobre, o que nos raciocinamos de turismo náutico, que é uma família no barco ou num veleiro, ou num barco a motor. Este mercado tem pelo menos cinco seguimentos. O povo em geral conhece mais é o proprietário de barco de lazer, o segundo seguimento seria o barco de lazer mais as pessoas que alugam o barco de lazer, não os proprietários, as pessoas que fazem charters. Escolas náuticas que é muito importante para as culturas, que começam a se envolver com o mar, e vale ressaltar que esse foi um dos pontos que nos surpreendeu, porque é a base do inicio de uma estratégia do turismo náutico O outro segmento é o de incentivos de associado ao turismo náutico que é o desenvolvimento de recursos humanos. Interessante porque agente pensa em turismo náutico como BTC (negócios para o consumidor) e não como BTB (negócio para negócios) não, na realidade , nos sabemos que o turista cliente individual ele tem uma certa renda, um certo de poder de gastar pra turismo, em contra partida o turista empresarial ou corporativo, é o que geralmente gera mais fluxo de dinheiro na área de turismo, e aqui aparentemente tem o seguimento, que é o seguimento de um incentivo ou mais, na área de turismo náutico, e está tendo um crescimento na parte de incentivos, todos sabem aqui o que é incentivo, uma empresa vai dar premio a seus funcionários um incentivo de poderem viajar pra o Havaí ou pra fazer um cruzeiro náutico, e aproveita esse seguimento de mercado para fazer treinamento de times, fortalecimento de equipes, então ele tem duas funções.

A outra falou primeiro de regatas que é um segmento que discutimos ontem, que é um segmento de marketing, e o outro que é pesca esportiva de peixe de grande porte, então o marlim, o atum, bem outros peixes de grande porte, tubarão também, e é interessante que praticantes deste esporte eles gastam em media por ano 50 mil euros por uma ou duas semanas de pesca, e mais interessante ainda que no Brasil é propicio para a pesca desse porte porque o Brasil é um dos continentes do mundo que tem a plataforma continental a menos de uma milha da costa daqui do Nordeste, então esses peixes de pesca geralmente na plataforma continental que tem a profundidade grande.

Então interessante mostrar que no turismo náutico geralmente focam nesses seguimentos que ele acabou de apresentar.

Algumas cadeias de valores do turismo náutico. A cadeia de valor tem vários segmentos também, então para cada uma dessas áreas desse segmento explica a cadeia de valor de serviço dos associados, dos proprietários de barco de lazer. Você tem a Marina ou a Base Náutica, o serviço de manutenção do barco, as pequenas marinas não tem termo para atracadouro, são pequeno atracadouros ou ponto de transição, restaurantes, lojas, e muito importante por causa da segurança guarda costeiro.

No outro segmento de charter pra barcos de lazer, muitos deles têm as mesmas bases de serviços sempre replicando obviamente a guarda costeira e em incentivos uma das diferenças é destinos deslumbrantes ou digamos mundialmente belos.

Os outros segmentos de mercado de turismo náutico os serviços quase todos se repetem, é importante ressaltar que nas escolas náuticas, não precisa de grandes marinas, o que se precisa são locais onde se pode ensinar a velejar, outra importância para o esporte de pesca de grande porte são destinos obviamente adequados para o mesmo, para esse tipo de pesca.

Ele ressalta três pontos de importância nessa cadeia de valores de serviços de turismo náutico, como ele difere do turismo tradicional. O turismo náutico difere do turismo tradicional em que acomodações fazem uma parte pequena do setor, contrapartida do turismo tradicional que faz uma grande parte do setor. O

transporte local não é muito importante para o turismo náutico e as marinas ou os pequenos atracadouros são pontos extremamente importantes para o turismo náutico. O segundo aspecto infelizmente temos que mostrar alguns dados para tentar contextualizar a potencialidade do setor.

Lista dos países mais fortes para os praticantes do turismo náutico e a última coluna é a parte mais importante, que é o numero de habitantes por barco.

Exemplo: Japão-400 por barco, Croácia – 42, Noruega—6. Isso é só pra ressaltar que os Estados Unidos tem 5% da frota de barcos de lazer do mundo. Se não se considerar os dados dos Estados Unidos, 50% do restante é Europa. O outro dado foi colhido sobre as pessoas que passam as atividades de lazer dele no turismo náutico. Dados de 2004 – 2.800.000 pessoas na Europa por ano fazem turismo náutico.

Quero começar com a historia do que aconteceu ontem a noite, em reunião o Walter mencionou que tinha um estudo de turismo náutico nacional do Brasil que todos sabemos que não há dados sobre turismo náutico nacional, então a parte mais importante do processo foi tentar colher esses dados, e o Walter nos informou ontem que havia um estudo italiano sobre turismo náutico brasileiro. Então descobriu quando achou o relatório muito extenso feito o ano passado, 120 paginas que foi feito pela Federação de empreendedores da cidade dele. O resumo disso é que foi um estudo financiado por empreendedores italianos que mostra que há um olho internacional para o turismo náutico aqui no Brasil.

Dados sobre a indústria náutica no Brasil. O Brasil hoje tem 151 estaleiros, registrados formalmente no Brasil, são pequenos ou micro empresas, o setor todo produz 3.000 (três mil) barcos de lazer por ano e 73% desses barcos são até 23 pés. Isto é um problema porque a concentração da industria de barco de lazer no Brasil está nesta área entre Cabo Frio a Porto Alegre, mais dados sobre a frota brasileira de barcos, barcos de lazer no Brasil, são 180.000 unidades, sendo que 60.000 são de fibra de vidro a partir de 14 pés, e mais importante, que agora vai enfocar é que mais de 80% dessa frota é de barcos a motor e não a vela, de vela são só 16. Este é o primeiro sinal de cultura náutica do país. Dos países onde a cultura náutica é mais desenvolvida, geralmente a proporção é 50x50, o e vela é muito mais alto.

O conceito resumido é que o barco a motor é para transporte, você chega de um ponto A um ponto B, quando o de vela é uma cultura mais de amor pelo mar. Um fato importante para saber mais sobre a cultura náutica do Brasil. São dados estimativos, estimados sobre o turismo náutico no Brasil. A parte mostra que pelo numero de habitantes o numero de barcos é muito pequeno, é um fator, um mercado pequeno, mais já tem os olhos internacionais no Brasil para o turismo náutico.

Agora que abriu o conceito mostrando os dados internacionais e nacionais, vai entrar com uma análise SWOT, onde vai falar das forças, fraquezas e oportunidade de ameaças, não estão em ordem de importância e prioridade, só há uma lista, na lista de forças da Baia e Todos os Santos, focando na Baia de todos os Santos, não fora da Baia de Todos os Santos, o clima, a temperatura da água, os ventos muito importantes e um valor da uma força muito grande para a Baía de Todos os Santos. Alugo um barco no Mediterrâneo com os amigos todo ano e só veleja seis meses, aqui é todo o ano, a temperatura da água, mesmo no verão é um pouquinho frio, e navegar na Grécia, em segundos pode vir uma rajada de vento que se não virar seu barco vai rasgar a vela e derrubar mastros.

Aqui na Baía de Todos os Santos nos temos uma oportunidade única nessa parte de clima. O clima a temperatura das águas, os ventos, fazem um excelente ambiente seguro para o turismo náutico, hoje grandes turistas desse turismo náutico internacionais, já conhecem a Baía de Todos os Santos, e a Baia de Todos os Santos já recebeu uma oferta significativa e já é um destino consagrado mundialmente no turismo, e a Baia de Todos os Santos tem atrações naturais e culturais de classe mundial. A Baia de Todos os Santos se for para o turismo internacional. [...]”

Ele ressalta três pontos muito importantes nessa cadeia de valores e serviços do Turismo Náutico, como ele difere do turismo tradicional não náutico. O Turismo Náutico difere do turismo tradicional em que acomodações fazem uma parte pequena no setor, em contra partida no turismo tradicional que ela faz uma grande parte do setor, o transporte local não é muito importante para o turismo náutico, e as marinas ou os pequenos atracadouros são pontos extremamente importantes para o turismo náutico. O segundo aspecto infelizmente tem, vou mostrar alguns dados para contextualizar a potencialidade do setor. Lista dos países mais fortes número de habitantes por barco. Japão tem 400 habitantes por barco, Croácia-42, Nova Zelândia tem 09, Noruega tem 06, seis habitantes por barco. Só para ressaltar que os Estados Unidos tem 85% da frota de barcos de lazer do mundo, se não se considerar os dados dos Estados Unidos, 50% do restante é Europa. O outro dado é o dado que ele colheu sobre as pessoas que passam as atividades de

lazer dele do turismo náutico. Dados de 2004, 2.800.000 pessoas na Europa por ano fazem turismo náutico. O nosso objetivo é o bolo todo, mais... Quero contar uma historia que aconteceu ontem a noite, antes de começar com a parte do bolo. Descobriu depois de ter feito um relatório muito extenso com 120 páginas que foi feito pela associação de empreendedores da cidade de Zangari foi um estudo financiado por empresários italianos que mostram que há um olho internacional para o turismo náutico aqui no Brasil

Dados sobre a indústria náutica no Brasil: o Brasil hoje tem 151 estaleiros registrados formalmente do Brasil, são pequenas ou micro empresas, o setor todo produz 4.000 barcos de lazer por ano e 73% desses barcos são até 23 pés. Isto é um problema porque a concentração da indústria de barcos de lazer no Brasil está nessa área entre Cabo e Porto Alegre. Mais dados sobre a frota brasileira de barcos, barcos de lazer no Brasil são 180.000, sendo que 63.000 são de fibra de vidro a partir de 14 pés, e o mais importante que agora vai enfocar é que 84% dessa frota é de barcos a motor, não a vela, de vela são só 16%. Isto é o primeiro sinal do nível de cultura náutica do País. Dos países onde a cultura náutica é mais desenvolvida geralmente a proporção é 50%, 50% o de vela é muito mais alto, como um conceito resumido é que o barco a motor é para transporte, você chega de o de vela é uma cultura mais de amor pelo mar. Um fato importante para saber mais sobre a cultura náutica no Brasil. São dados estimados sobre o Turismo Náutico no Brasil, a parte aqui é muito importante que mostre o numero de barcos é muito pequeno. É um fator o mercado pequeno mais já tem os olhos internacionais no Brasil para o Turismo Náutico. Agora vou abri os cenários mostrando os dados internacionais e nacionais, vou entrar com analise SWOT onde vou mostrar forças, fraquezas, oportunidades e ameaças. Não estão em ordem de importância ou prioridade só uma lista. Na lista de forças da Baia de Todos os Santos, focamos na Baia de Todos os Santos não fora da Baia de Todos os Santos, o clima, a temperatura da água, os ventos, muito importante no valor, uma força muito grande para a Baia de Todos os Santos. Alugo um barco no Mediterrâneo com os amigos todos os anos e que veleja seis meses por ano, aqui é o ano todo, a temperatura da água lá mesmo no verão é um pouquinho frio e, por exemplo ,navegar na Grécia em segundos pode vir uma rajada de vento, que não virar seu barco vai rasgar a vela e derrubar mastro, então vale a pena ressaltar que aqui na Baía de Todos os Santos nós temos uma oportunidade única nessa parte de clima.

O clima a temperatura da água os ventos fazem um excelente ambiente, seguro para o Turismo Náutico.

Hoje grandes turistas desse Turismo Náutico internacionais já conhecem a Baía de todos os Santos, exemplo é que nós vimos três barcos brasileiros no domingo e mais quinze a vinte internacionais. Então eles já conhecem a Baía de Todos os Santos, e a Baía de Todos os Santos já tem uma oferta significativa de Marinas e Bases Náuticas já existentes funcionando. Baia de Todos os Santos ou Salvador, já é um destino que tem sido consagrado mundialmente pelo turismo tradicional, e a Baía de Todos os Santos tem atrações naturais e culturais de classe mundial.

Agora sobre os pontos fracos a Baía de Todos os Santos se for para o Turismo Internacional ele é de grande distancia, ele fica longe dos grandes emissores, países emissores do Turismo Náutico. A demanda domestica mesmo que esteja crescendo ela ainda é pequena, os equipamentos as marinas existentes não estão digamos de qualidade a nível internacional e tem vários problemas relevantes, estruturais, a oferta de baias, de marinas na Baía de Todos os Santos, esta abaixo, é pequena e o número de baias ou atracadouros gratuitos tipo Itaparica não são seguros de efeitos criminais. E a cultura náutica na Baía de Todos os Santos ainda é muito baixa, parece que as pessoas têm medo do mar, e o mais importante é que não há estaleiros, nem barcos de lazer na Baía significativos.

Esse ponto é um fator importante porque a idéia não é atrair o Turismo Náutico mais sim criar um sistema sustentável de Turismo Náutico, e para esse sistema vai mostrar precisa de produção local ou de barcos. Sobre oportunidade e ameaças. Oportunidades internacionalmente e domesticamente está tendo um crescimento na demanda de Turismo Náutico, um fator importante é o declínio dos preços de transporte aéreo, então hoje as distancias ficaram muito mais curtas e muito mais baratas. A cultura Náutica brasileira baixa, a falta da cultura náutica no Brasil é uma ameaça mais também pode ser uma oportunidade dependendo de como se administra isso. As ameaças, a cultura náutica brasileira baixa e a competição crescente no mercado do Turismo Náutico.

Aumentar os benefícios econômicos e sociais da Baía de Todos os Santos, através do Turismo Náutico. Como esse objetivo geral de aumentar os benefícios sociais e econômicos através de Turismo Náutico, ressalta dois pontos: Uma é uso optimo dos recursos naturais e culturais, as estruturas de turismo e os produtos tradicionais locais e o desenvolvimento das potencialidades do turismo, criação de emprego, novas oportunidades de emprego, crescer o envolvimento da população local no turismo Náutico, e o melhor de todos, acrescentar o bem estar para a população. Muitas pessoas não percebem da importância

do Turismo Náutico, mais por cada baia em uma marina gera três empregos. Uma marina grande, mesmo que seja uma infra estrutura grande de porte, ela não gera grandes impactos no meio ambiente porque, primeiro que elas são implantadas em áreas degradadas da cidade e arquitetonicamente e visualmente elas agregam valor ao destino. Mesmo que as Marinas grandes não tenham grande impacto ambiental nos lugares implantados, os atracadouros pequenos ainda têm menos impacto do que a marina e elas agregam muito valor na criação de Turismo Náutico porque as pessoas podem atracar e ir para o destino ou local onde há atracadouro.

Agora entrando na segunda parte da apresentação. A primeira foi o cenário, mais os dados e entendimento do analisa SWOT, oportunidades e ameaças da Bahia de Todos os Santos, e agora possíveis estratégias de desenvolver o Turismo Náutico nesta região.

São duas vertentes. Uma agressiva e outra menos agressiva mais prudente digamos.

Então naquela ameaça e oportunidade ela volta agora que é cultura brasileira voltada para o Turismo Náutico. Então essa oportunidade podia fazer parte de uma estratégia prudente que é a educação do povo para o Turismo Náutico. Então parte da estratégia agressiva seria colocar a Baía de Todos os Santos como destino internacional, uma massa critica para colocá-lo no mercado nacional e internacional como um destino de Turismo Náutico. Vale ressaltar que é importante o primeiro, porque há um movimento de escolas na Europa, que as pessoas vão pra se credenciar para tomar aula de vela de barco o que for, vale que os países têm que ter a carteirinha, tem uma Escola Francesa, uma Italiana e uma inglesa que são conhecidas no mundo, então quando as pessoas vão querer se credenciar ou tomar um curso avançado, básico o que for eles procuram essas Universidades, essas Escolas conhecidas que tem locais pelo mundo todo, para ir tomar os cursos, interessantemente na América Latina não existe. Então um dos focos é colocar o Brasil, a Baía de Todos os Santos, como um destino, que já vimos pelas forças do clima do local de tudo é propicio pra ser um destino internacional, ou para uma duas ou três dessas escolas internacionais aqui. O ponto mais importante é que a Baía de Todos os Santos é um lugar seguro, com todas as vertentes de segurança para aprender vela ou barco no Brasil.

A idéia é colocar a Baía de Todos os Santos no Net Word, rede de Escolas de sistema de educação do Turismo náutico, aí ressalta-se, essas Escolas estão abertas seis meses do ano, durante os outros seis meses do ano ninguém vai para as escolas náuticas, preferem vir pra cá, e aí tem dois possíveis mercados novos, os jovens e estudantes domésticos e os turistas náuticos do estrangeiro.

Parte dessas ações para essa estratégia da prudente não a capital intensivo, a criação de escolas de vela, o fomento de empresas ou indústrias de turismo de charter, o aluguel de barcos.

Uma parte anterior falada sobre a educação na escola de vela, geralmente depois de terminar o curso, você vai e aluga um barco, aí vem as empresas, as ofertas de aluguel de barco no charter, e a terceira seria a criação de estaleiros locais para pequenos barcos. Então depois de um jovem estudante fazer a primeira aula de vela, tendo uma produção local de lazer de robi daqueles barcos pequenos de vela, tendo a segurança que tem a Baía de Todos os Santos, já cria uma cadeia de educação, com aluguel, compra etc.

Tem que ter apoio local do Governo e das Universidades para tentar mudar a cultura náutica através desse tipo de ensino. Outras ações seriam melhoria na segurança dos atracadouros e das marinas, fora da Cidade de Salvador como todos já sabem aqui. Criar Baía de Todos os Santos, ou estabelecer a Baia de Todos os Santos como um destino de esporte de pesca de grande porte.

Participante – Então quando você falou que a Baia de Todos os Santos é segura. É segura para navegabilidade, não é? É seguro o mar é tranqüilo, a segurança da navegabilidade é tranqüilo, tem que tratar agora outra segurança.

Na estratégia prudente, você ativa esse processo, você começa a educação nas escolas, depois vai para os charters, aluguel dos barcos, o inicio das empresas ou dos estaleiros náuticos. Importante ressaltar que na estratégia que é prudente não é para os proprietários de barcos, é para pessoas que alugam barcos, e a estratégia agressiva é para os proprietários de barco. Então é para os proprietários de barco de lazer domestico e para os velejadores, aquele tope de 1%, aquela pequena parte de bolo dos estrangeiros.

A primeira ação necessária mais importante é a criação de uma grande marina de porte internacional

As duas estratégias são mutuamente exclusivas, não precisa fazer uma ou a outra, a primeira a prudente pode ser a primeira, pode entrar ou depois paralelamente mais agressivo.

Pra finalizar o objetivo geral é melhor atingido se as duas estratégias trabalharem em conjunto, as escolas educação com as marinas. Vale ressaltar que na primeira esta enfocando muito mais no mercado domestico, que é uma grande potencial de crescimento. Obrigado.

Inez Garrido (Perguntando)

Eu queria só chamar atenção pra uma coisa que o Gilberto colocou, num dado momento parecia que havia uma estratégia que era pacifica prudente do ponto de vista ambientalmente amigável, e havia uma estratégia que não era amigável, depois, agora, é que na minha cabeça ficou mais claro, que o agressivo aí é no sentido de mais agressivo em capital e mais acelerada para obtenção dessa demanda, e enquanto não agressiva no sentido, porque toda vez que a gente fala de área ambientalmente carente de cuidados como é a Baia de Todos os Santos, quando a gente ouve a palavra agressiva remete a questão ambiental mais não é esse o enfoque que você colocou, não é Gilberto?

Gilberto Zangari (Respondendo)

É isso aí como Inez falou, agressivo economicamente e capitalmente.

Ambientalmente está levantando que, há áreas na Bahia, aqui em Salvador que pode ser melhoradas, tipo o Porto e São Roque onde está.

Participante – (Perguntando)

Bom dia meu nome é Ligia Menezes e eu queria esclarecer um ponto, com relação a utilização das duas alternativas, uma prudente e a outra com maior risco de capital, como essas duas, eu não entendi bem podem ser desenvolvidas no mesmo tempo ou uma posterior a outra, então nesse caso fazendo uma analise de oportunidade, não realmente de oportunidade, custo beneficio

Gilberto Zangari (Respondendo)

As duas estratégias não precisa de capital contextualmente, o investimento é pouco, fazer os atracadouros, fazer as escolas, fazer as parcerias, etc. O risco para o empresário aplicar essas são muito menores do que a agressiva, a agressiva é com capital intensivo grande, tentando responder a sua pergunta, acho que teria que fazer estudos de viabilidade e identificar se há algum empresário interessado em arriscar nesse investimento e ver que tipos de incentivos fiscais etc. o governo poderia dar. Mais sim elas poderiam trabalhar em conjunto.

Uma opção é que o Governo invista numa marina pública, como há em vários lugares do mundo.

Participante (Perguntando)

Eu não acompanhei sua palestra desde o inicio cheguei um pouco tarde, mais eu gostaria de saber um pouco da experiência internacional nos grandes centros que possuem um segmento náutico desenvolvido com relação as políticas fiscais governamentais, alias ao crescimento desse seguimento se isso acontece na França, na Itália, nos Estados Unidos?

Gilberto Zangari (Respondendo)

Na Itália e na Croácia não existem incentivos fiscais, o que existe é para turismo, no Brasil seria o que o ICMS reduzido para a Indústria de Turismo, o que sim existe é na implantação de Marinas, o Governo quase que é proprietário das Marinas, eles ajudam muito na criação de Marinas na infra estrutura.

Na Croácia por exemplo antiga Yugoslávia era feito pelo setor público comunista a criação de todas as Marina.

Marcos Alban – da FEA (Perguntando)

Minha pergunta é se existe alguma razão intrínseca pra que essas mil Marinas, em tese seria interessante de ter três ou quatro Marinas de médio porte, a agressão ao meio ambiente seria menor, a concorrência

seria maior e você descentralizaria ao longo da Baia vários pontos de segurança que no final de contas é o grande problema, se a coisa não foi pra frente até hoje não foi por falta de investidor, é porque não tem segurança, e sem segurança não tem demanda. Então a pergunta é, existe alguma razão intrínseca para que essas mil vagas sejam para uma única Marina? Essa é a pergunta.

Gilberto Zangari (Respondendo)

O numero de mil é a base dos dados que conhece, mais na Itália por exemplo pra ser economicamente viável a Marina tem que ter quinhentas vagas, é aquela equação de 170 quartos no Brasil para o Hotel ser viável e uma grande operadora entrar. Não sabe os dados Brasileiros de acordo, teria que ser feito um estudo de viabilidade para explicar melhor, de qual é o ponto de equilíbrio para uma Marina para aqui para os nossos custos.

Gostaria de ressaltar que feito corretamente uma Marina, além de acrescentar arquitetonicamente uma beleza para a cidade, ela pode ser um lugar de bem estar para a população local, não necessariamente somente para os proprietários de barcos que pode se fazer passarelas, caminhos ao redor da Marina para a população local.

Participante – (São Roque)

Já que pediram para eu dar uma contribuição, eu sou Leilane da Bahia Marina, e em relação aos investimentos e a viabilidade, eu acho que isso depende muito do porte da Marina e do local onde ela vai ser implantada, por exemplo se implantar uma Marina numa reentrância ou numa região tipo por exemplo a da Ribeira, você vai ter um investimento muito menor, mais se você implantar uma Marina num local onde você precise de uma proteção de quebra mar, aí já é um outro investimento e uma outra escala que é mais ou menos isso que você estava explicando que depende de cada local pra se fazer a viabilidade, aqui em Salvador nós temos um exemplo até interessante, na Ribeira tem uma Marina que foi implantada que pegaram um toldo, botaram um portão, fizeram um píer e essa é a maior Marina da Ribeira. Então essa Marina se viabiliza com dois barcos, basta pagar o custo do funcionário, mais essa Marina não é ambientalmente correta, não cumpre nenhum tipo de legislação nem nenhum tipo de fiscalização o que é totalmente diferente de uma Baía Mariana que faz todos os estudos de impacto ambiental, todo acompanhamento, tem toda fiscalização, paga o aluguel pela utilização da água que os barcos param e inclusive isso, é a única Marina do Brasil que paga isso, mais se você quiser traduzir alguma coisa. Ok

Gilberto Zangari (Respondendo)

Talvez você pudesse falar um pouquinho sobre o tamanho de baias para ser economicamente viável

Participante – (São Roque)

Na faixa de 300 barcos uma Marina com quebra mar.

Outro dado interessante é que setenta a oitenta por cento das pessoas que circulam numa Marina não tem nada a ver com barco. Isso é dado internacional, se você pegar na Espanha é assim, aqui é assim. Eu tinha alguns questionamento para a apresentação que eu gostaria de fazer de a gente tivesse tempo.

Uma que ele citou mais ou menos no meio da palestra é que uma das dificuldades de desenvolvimento da Baía de Todos os Santos é a distancia dos grandes centros emissores. Eu concordo em parte, porque um dos grandes centros emissores de Turismo Náutico é a Europa, onde você tem a maior carência inclusive de vagas em relação ao numero de Marinas, e se você reparar bem a distancia daqui de Salvador da Bahia, da Europa pra cá ou da Europa pra o Caribe ela é muito semelhante, e tem muito barco europeu no Caribe e aqui a gente tem muito pouco. Então eu acho que esse fator não é o principal, e não o determinante da gente não conseguir desenvolver o Turismo Náutico.

Gilberto Zangari (Respondendo)

Na realidade existe interesse nessa parte dos que atravessaria o oceano pra chegar aqui, só que estatisticamente eles são muito menos dos que viajariam de avião pra cá, pra poder fazer aluguel de barco, ou fazer Turismo Náutico.

Participante – (São Roque)

Mais o Caribe tem furação, tem uma série de problemas que a gente não tem, e as pessoas já tem o Caribe como um destino cansado e procuram novos destinos, e o Brasil tem uma costa muito grande e tem muitas outras dificuldades que afasta o turista. Então eu acho que a questão da localização por si só não é determinante

Gilberto Zangari (Respondendo)

Estamos de acordo.

Participante – (São Roque)

Outra coisa que citou foi na parte de oportunidades e ameaças, que eu acho que além desses itens que foram citados a gente tem um principal que é uma falta de coordenação e de criação de parâmetros pra implantação de infra estrutura, então aqui as pessoas, por exemplo na Espanha na década de 80 foi criada a lei de Portos pra desenvolver a área náutica, então se criou ou parâmetros do que é necessário e que tipo de legislação e de licenciamento se precisa pra implantar a infra estrutura, pra implantar os estaleiros, pra se desenvolver a área náutica, e aqui a gente não tem isso, quando a gente da entrada em qualquer tipo de empreendimento voltado a área náutica, foi um pouco isso que Alban estava falando entra uma serie de pessoas que dizem a náutica é coisa de rico, e o que acontece é que ao invés das pessoas incentivarem dificultam e os órgãos não sabem o que fazer para aprovar aquele empreendimento, ou ate para negar ou embasar porque está negando, porque agente não tem uma lei que seja especifica ou um planejamento pra área náutica, então eu acho que esse é o principal gargalo pra o desenvolvimento da náutica, pra criação da infra estrutura. E você falou também que em outros países do mundo se tem incentivos não só fiscais, mais por exemplo na Europa as marinas são praticamente construídas pelo Governo, a parte cara que é de quebra mar, aquela infra estrutura, e elas são arrendadas através de licitação pra que elas sejam exploradas por vinte anos e renováveis por mais vinte, trinta anos. E aqui é ao contrário, o empresário pega o financiamento, tem a maior dificuldade em aprovação, leva as vezes dez, vinte anos, como foi o nosso caso, pra conseguir aprovar uma Marina e ao invés de você ter incentivos e apoio se tem ao contrario é dificuldade pra se conseguir tocar um empreendimento.

Gilberto Zangari (Respondendo

Em um dos Grupos Focais, teve um senhor eu não sei se ele está aqui hoje, que está viabilizando economicamente o Forte São Marcelo, ele pegou uma área degradada melhorou a área, e até hoje ele diz que briga pra fazer qualquer coisa extra, pra fazer a melhoria no Forte.

Participante – (São Roque)

É a nossa cultura, infelizmente.

Outro ponto importante que a gente se depara aqui, é que a gente tem uma imagem que a náutica é coisa pra rico, então, essa questão da gente fazer cursos, a gente precisa realmente criar uma cultura e trazer essas pessoas e mostrar que não é assim. Você hoje compra um barco, até uma lancha, não estou nem falando de Lazer o de Rob Ket, mais talvez pelo preço de um carros, e as pessoas tem a noção de que é uma coisa caríssima que exija manutenção imensa, e na verdade não é, então agente precisa mudar essa cultura.

Gilberto Zangari (Respondendo

É uma das coisas que a América do Norte, conseguiu fazer isso bem. Você passa por cima de qualquer ponte nos Estados Unidos, e você sabe que pode descer a ponte e tem uma rampa já de acesso ao mar, você paga por centros de parque e recreações do Estado ou do Governo Federal, 25, 15, 10 dólares pra você puder descer seu barco do trailer e botar em cima, isso pra mim faz mais acessível ao publico do Turismo Náutico. Só um exemplo.

Participante – Claudio Tinoco (Presidente da SALTUR)

Primeiro que eu gostaria de me congratular com a apresentação de Gilberto, que sem duvida alguma trouxe pra gente algo que é muito importante quero representar isso na distinção entre as duas estratégias, entre nós podermos assumir de fato o protagonismo do Turismo Náutico no país em virtude da demanda,

em virtude da baixa cultura do Turismo Náutico que nós temos no país, e por nós possuirmos o melhor espaço que nós temos nesse país. E a segunda é a gente se, vamos dizer assim, se credenciar pra poder também ser um destino internacional e sem duvida nenhuma eu acredito que mesmo para que nós possamos assumir esse protagonismo com o Turismo Interno Náutico, nós precisamos também de investimento e precisamos ser agressivos utilizando a sua terminologia em relação aos investimento, haja visto as limitações de vagas etc.

Mais eu gostaria de chamar atenção pra algumas coisas. Essa estratégia moderada vamos dizer, traz uma questão muito importante que a questão da educação e da formação, há sete anos atrás se tomou uma iniciativa na requalificação do Centro de Educação aos Carcodeiros de implantar uma escola profissionalizante naquele espaço, eu sinceramente não sei como é que esta, se isso foi adiante, tem três a quatro mil alunos, acho que isso aí é uma coisa importantíssima, eu vejo assim manifestações, eu estou falando assim sem levantar aqui, mais, eu participei do primeiro momento e vejo que derrepente a gente já tem algo instalado aí, que derrepente possa melhorar bastante essa condição, e tem tantas outras coisas . Eu quero só colocar uma coisa, a importância um pouco do que Leilane coloca, que Marcos coloca com relação aos impactos que a gente tem sofrido a regulação nós temos na Bahia, apesar da segurança entendida por todos nós, a segurança na navegabilidade etc., mais nos temos pontos de travessia principal do Sistema Ferry Boate mais nos temos outros pontos de travessia como é o caso da travessia de Mar Grande temos um Porto nessa cidade também com grande trafego de navios de grande porte inclusive e também de acesso ao próprio Porto da Baia de Aratu. Chegou-se a avaliar qual é a sua visão em relação a isso e a necessidade inclusive da gente poder, se a gente quiser chegar, um plano estratégico ia ser realmente um tope em Turismo Náutico como é que agente tem também que está observando esses aspectos da Baia de Todos os Santos em relação a transporte tanto de carga como de passageiros

Gilberto Zangari (Respondendo

Não vê conflito, acha que a Baía de Todos os Santos é grande o bastante para não ter problema futuro médio, interessante é que a segurança da Baia de Todos os Santos pra quem veleja também é que mesmo sendo grande, qualquer momento você pode ver uma das costas, pode ver terra, aquela sensação de não ver terra é única, e quando tiver o volume de terem possíveis problemas de logística, isso é só controle de logística e de meios de transporte. Dr. Gilberto Zangari agradece.

Christina Fontainha Carneiro

Eu gostaria de agradecer a FEA, particularmente o convite para participar desse evento que é um evento bastante importante no contexto do desenvolvimento do Turismo Náutico no Brasil, de vez que a idéia que Salvador seja de certo modo um piloto, para outras iniciativas do gênero, bom depois da apresentação do Dr. Zangari, eu vou tentar ser um pouco atraente, no sentido de apresentar um assunto que é toda operacional mais que tem uma relevância extremamente importante no contexto de todas as questões que surgiram, quer por parte de Dr. Tinoco, quer por parte da Leilane, quer por parte do Professor, são questões que na verdade acabam sendo remetidas pra necessidade do planejamento integrado das ações, gostaria de falar muita coisa, mais o tempo é pequeno, eu vou tentar me ater a ele. Vou começar pela seguinte observação.

Na verdade o planejamento integrado ele acaba sendo a decorrência da metodologia selecionada pra fazer o trabalho, e a metodologia nesse caso é uma metodologia bastante feliz que conduz a um trabalho compartilhado, fundamentado na visão compartilhada dos atores a inclusão de uma abordagem histórica como aqui foi colocada inclusive pelo secretario, a importância da Baia de Todos os Santos, a importância dos baianos, então essa questão ela é extremamente relevante no desenho do planejamento, o envolvimento do capital humano no processo, ele é extremamente relevante, de vez que já se viu pela amostra hoje e que na verdade essa reunião nada mais é de que o exercício do planejamento integrado daquilo que será o planejamento estratégico do turismo náutico na BTS, é o envolvimento do capital humano, particularidades e expertises de todo mundo que trabalha no setor quer das pessoas que navega, quer dos amantes da navegação, quer do setor publico, quer da marinha, quer da capitania dos portos, quer da universidade, ou seja cada elemento e a comunidade local e os municípios envolvidos, que na verdade não me recordo Vera, mais eu acho que são cerca de 12 municípios, 15 municípios que compõem a área de abrangência do projeto e que tem um envolvimento direto com as conseqüências das decisões que serão tomadas com relação ao projeto.

Na verdade então essa metodologia de visão compartilhada e de trabalho compartilhado, isso vai ser mais explorado no final do dia pela equipe, levam arranjo metodológico que permite um padrão de intervenção

de construir um processo compartilhado, desde mobilizar atores, desde conceber o projeto, desde definir o que queremos com o processo de planejamento estratégico de uma proposta de turismo náutico para a Baia, queremos algo agressivo, queremos algo, digamos um pouco mais prudente, em que medida essas estratégias se combinam, em que medidas elas se desenvolvem no tempo e no cronograma, portanto isso será um resultado de um trabalho integrado entre os atores públicos e os atores privados.

A minha última lamina fala um pouco de parceria publica privada, eu acho que ela poderia ser muito explorada no trabalho que ta sendo proposto. Bom a questão do planejamento compartilhado, é basicamente, ela permite alguns ganhos, eu diria que da minha experiência de trabalhos com projetos eu tenho alguns anos trabalhando com projetos a minha experiência que planejamento integrado das ações não é fácil ele é difícil, até porque nos temos muitos atores, temos restrições atinentes aos setores públicos, nos temos se a Lei 8666, que tem uma serie de regimentos internos e o setor privado que tem tempo hora, que tem que ter o retorno do recurso, ou seja, a comunidade local que tem expectativas e desejos e os elementos, que trabalham nesse projeto, que tem suas expectativas pessoais e que podem dali desenvolver pequenos e novo negócios. Então na verdade essa tarefa não é fácil, mais eu acho que Salvador, até por essa amostra que eu vi aqui, ta bastante aparelhado, pra começar a desenvolver essa questão de forma integrada e compartilhada.

Então permite compartilhamento das diferentes competências, permite a divisão de responsabilidade entre os atores, que cada um de fato tem suas responsabilidades, só pra citar uma responsabilidade dos atores públicos, na questão da regulação e normatização do setor, acho que alguém falou, acho que foi Leilane quem falou dos parâmetros específicos, relativos às necessidades de abordagem, evita dispersão e superposição de recursos o que na verdade é o que mais a gente vê acontecer hoje, a gente busca uma agencia de financiamento e der repente se descobre que pra aquela região você tem três, quatro modalidades de recursos entrando de forma descasada para a mesma atividade, elemento indispensável à sustentabilidade do projeto, planejamento integrado de vez que a gente sabe que existe alguma descontinuidade política e administrativa, as pessoas mudam de lugar, as pessoas mudam de tarefa, e é preciso que o projeto esteja consistente o suficiente para poder perdurar no tempo e permite a locação plurianual de recursos que na verdade projeto de longo prazo pode permanecer sustentável se não houver uma locação plurianual de recursos. Só pra fechar, na verdade planejamento integrado é o que pode garantir a governança e a sustentabilidade do projeto.

Falar um pouquinho do caráter multisetorial, na verdade por tudo que foi visto aqui, esse projeto, a proposta de um plano de turismo náutico, ele na verdade dependendo do que se definir, do que se quer com o turismo náutico, se é um turismo de longo curso, se é um turismo domestico, se é primeiro turismo domestico, se é incorporar a população de média renda, se é um turismo de atravessar a Baia, ou seja a depender, do que se definir e a necessidade de que as pessoas que venham para o Brasil, mesmo as pessoas que circulam que é o turismo endógeno, nós podemos alavancar, cultura, patrimônio histórico, lazer, industrias de bem e serviços náuticos, desenvolvimentos de pequenos novos negócios, a infra estrutura urbana e social atrelada, e aí basicamente a questão de educação, é questão das escolas voltadas para aquele trabalho, a divulgação, o marketing e a comunicação.

Tentar entender na questão multisetorial, qual é a lógica intrínseca a cada setor, cada setor tem sua lógica, e o país é dividido em secretarias e em ministérios setoriais, o que agente precisa fazer é o esforço de ao entender a lógica setorial, trazer aquela questão setorial, pra aquele espaço de base territorial, onde vamos atuar e tentar traçar cada segmento da lógica setorial para aquele projeto de abrangência definida mapear as necessidades de investimentos setoriais, respeitando o cronograma que se vai definir.

Articulação responsabilização das três esferas do poder. Na verdade é extremamente relevante, o setor publico seguramente, não foi a toa que o Dr. Zangari falou que na Itália, na Croácia, na França, basicamente as marinas de grandes capital intensivo, são investimentos montados pelo setor publico, grandes investimentos estruturantes não apenas no mundo como no Brasil são estruturados com capital publico inicialmente, o que se precisa é tentar fazer um mapeamento das ações necessárias as áreas a luz dos cenários definidos.

O que me pareceu extremamente importante é que o primeiro passo é se juntar as empresas e a comunidade os atores, e saber quais são os cenários, hoje e sobre tudo as perspectivas de cenário futuro, o cenário hoje é muito diferente, do que vai alavancar para o cenário futuro, checar o que é que existe das esferas municipais e estaduais, além de programas específicos de Governo Federal, pra se tirar o melhor e o ótimo de cada seguimento publico, identificar os montantes que já estão comprometidos e que podem vir a ser comprometidos e negociar em sessão do Turismo Náutico nos programas específicos, definir em

que medida as responsabilidades normativas e regulatórias podem ser, vir sendo montada junto com o desenvolvimento e a elaboração do plano.

O envolvimento inter institucional ele é subjacente a etapa anterior, mas tem que se pensar numa proposta de governança pro Plano Turístico Náutico, envolvendo nos mecanismos propostos, mecanismos decisórios, mecanismos de se discutir a concepção de se discutir as questões operacionais e financeiras, de se discutir a questão da representatividade das entidades participantes, se o que é difícil levar até o final a consistência, sustentabilidade do plano, dado que nós estamos falando de um horizonte, de cerca de 10 anos eu imagino, ou um pouco mais seguramente, porque o retorno dos investimentos, se a proposta for de natureza agressiva é um retorno de longo prazo, se a proposta começar por um investimento de marinas, estamos falando de um retorno de curto prazo.

Ouse seja, é preciso ter um esquema de governança interinstitucional que defini nas ações, prioridades e o cronograma e que se possa convocar licitações quando necessário, se possa definir que projetos devem ser licitados ou não, e acompanhar a aplicação e a comprovação dos recursos.

Aqui eu gostaria de me deter um pouquinho mais que é a questão da parceria publica privada na concepção implementação com avaliação de auto sustentabilidade e empreendimento. Na verdade é bastante recente a aprovação da lei da aprovação das parcerias publicas e privadas ela foi aprovada em 2004 mais já se vem fazendo no Brasil bastante algumas iniciativas, algumas muito bem sucedidas e outras nem tanto, talvez que agente precise seja, esta previsto no plano de trabalho da equipe o mapeamento das experiências bem sucedidas em parcerias publico privadas que na verdade é a forma de se alavancar recursos privados e recursos públicos naquilo que se lhes é mais atinente e competente.

Então uma sugestão seria: se identificar por porte, qual seria as empresas que hoje já atuam nessa região? Se identificar diante daquilo que se quer do Turismo Náutico da Baia de Todos os Santos, o que é possível atrair, é possível atrair, é possível atrair empreendedores que possam construir Marinas de pequeno porte, barcos de pequenos porte, ou seja trazer a industria da náutica de pequeno e grande porte, como é que se poderia pensar isso, que tipo de atrativo teriam a oferecer. Levantar quais são os recursos privados que hoje já circulam na área, se tem poucos dados, eventualmente Leilane, eventualmente Dr. Claudio Tinoco, eventualmente o pessoal da Universidade já se tem uma idéia de quanto é mobilizado de recurso publico, a própria secretaria, quanto é mobilidade de recurso publico, quanto é mobilidade de recurso privado.

Na verdade a iniciativa privada em muitos momentos avançou em tecnologias inovadoras, em tratamento de recursos humanos, em forma de controle e avaliação de processos e de construção extremamente mais rápidos e inovadores. É preciso que a iniciativa privada entre com aquilo que foi possível adquirir e desenvolver ao longo do tempo, e avaliar como é possível se fazer novos contratos entre a parceria, entre o público e o privado.

Ou seja onde, definido o que se quer, definido a abrangência do programa, definida a estratégia, definido que se vai trabalhar numa mescla de prudente com agressivo, definido que se tem de investimento de capital intensivo, vão ter que financiados e os investimentos eventualmente de capital não intensivo, internamente os recursos, fazer contratos de (PPP), quer sobre a forma de que exista alguma tarifa atrelada, quer sobre a forma de um setor publico, pagar pelos projetos da iniciativa privada ao longo do tempo para alavancar financiamentos e se fazer contratos desse tipo, e se poder avançar de forma produtiva, combinando recursos públicos e recursos privados.

De fato PPP é novo, PPP tem tido dificuldades de sair do papel, sobretudo por conta de uma legislação nova, uma legislação que ainda por pressuposto, os estados vão desenvolver suas formatações especificas, é muito difícil você conseguir avançar e o setor privado fica um pouco reticente no sentido de dizer, vou antecipar meu recurso, vou receber como? E se amanhã muda a administração e eu ao receber, como serei pago, ou seja eu vivi isso alguns anos dentro do BNDS, vários setores, sobre tudo no setor de infra-estrutura.

Vera Lyra

Bom dia a todos, eu faço parte da equipe da FEA e eu gostaria de chamar vocês pra gente reorganizar aqui a programação, face o nosso atraso

Economista Luiz Marques Superintendente da FEA

Bom dia, quase boa tarde, mais eu vou pedir desculpas a todos, além da gente saber que o tempo é curto pra todo mundo, eu já comentei um pouco aqui eu estou com um probleminha, já tinha um encontro as 11:00 então vou tentar ser bem sucinto nas consideração. Bom a idéia aqui é levantar um espécie de diagnostico vamos dizer assim de uma visão dos municípios envolvidos no projeto da Baía de Todos os Santos, dado que a estratégia a ser escolhida se agressiva ou prudente ou um misto das duas, ela deve considerar a base econômica dos municípios, ou seja não dá pra traçar uma estratégia de longo prazo se considerar com está se formando os municípios ao longo da historia.

Bom, então tem algumas apresentações, ou seja por quatro séculos o Estado da Bahia, que é o nome de Salvador, da Cidade de Salvador, teve a região do Recôncavo com esse mar aberto até a região de Camamu, isso no passado estimava-se cerca de 800 as embarcações que no início do século XIX, isso 800 por ano, aí entravam diariamente trafegando de Porto Seguro ao Rio Real e 450 por ano o numero de navios que por ai trafegavam, ou seja a Baía de Todos os Santos, a região do Recôncavo era uma das regiões mais ricas na época e ao longo do tempo o isso foi se perdendo um pouco em função do desenvolvimento econômico da região. A partir da segunda metade do século XIX sobre tudo com a abolição dos escravos na década de 50 do século passado o Recôncavo perdeu progressivamente sua antiga importância de centro econômico e político, e terminou por isolar-se dos processos que desde então marcava a vida nacional. Agente tem aí um movimento de crescimento na cidade de Salvador, obviamente pela questão industrial já agora nos anos 70 pra cá e os outros municípios acabaram sofrendo muito com isso. Logo depois vai ter uma lamina que tem o IDH dos municípios envolvidos, então o aumento do IDH dos municípios que são 14 municípios entre 91 e 2000, não se reverteu em grandes melhorias socioeconômico, ou seja a gente observa que há um crescimento no índice do desenvolvimento humano desses municípios mais a principio explica-se esse crescimento por causa da questão educacional, numero de matriculas etc. Há uma estagnação econômica na região tirando Salvador e talvez São Francisco do Conde e outros municípios um pouco mais dinâmicos em função da Petrobras, essa estagnação na economia ocorrida em grande parte é decorrida da desagregação do Complexo Agro Industria regional com a decodência econômica do centro de produção de açúcar e do fumo que era uma base econômica no passado. Aí esta o slide que eu comentei, o IDH vinho, ou quase vinho ali, é do ano 2000 e o azul é de 91, então observa-se que há um crescimento de 91 para 2000 ou seja, relevante até, bastante relevante no índice de desenvolvimento humano nos municípios.

Bom, o PIB acumulados nos municípios da Baía de Todos os Santos dos 14 municípios: em 2006 foi de trinta e seis bilhões e alguma coisa de reais, o que equivale a 37% do PIB do Estado da Bahia, agora Salvador representa dentro disso aí vinte e quatro bilhões ou seja uma conta de cabeça ali sei lá algo próximo de 70, 80%, mais ou menos isso. Salvador apresenta o maior PIB vinte e dois bilhões, o município de São Francisco do Conde apresenta o maior PIB per capita em função da população bem menor e pela renda gerada pela atividade da Petrobras.

São Francisco do Conde conjuntamente com Candeias, Madre de Deus e Simões Filho, apresenta valores de PIB per capita acima do de Salvador, destacando-se relações em mais municípios da Bahia de Todos os Santos. Salvador é um dos piores PIB per capita do Brasil em termo de capitais, eu levantei esse dado outro dia e me espantei com o número, realmente ele é muito baixo.

Eu acho que sim, não me lembro de cabeça mais acho que é um dos piores, se não perder pra Teresina, eu acho que pra uma outra. Recife por exemplo é um numero bem, acho que na época que eu fiz o calculo era 40% mais alto do que de Salvador.

Bom, São Francisco do Conde, Candeias, Madre de Deus e Simões Filho que tem PIB per capita acima de Salvador. Explicações: São Francisco do Conde, Candeias e Madre de Deus possui população obviamente inferior a capital e economia intensiva na extração de processamento de petróleo, transporte, comercialização de gás, petróleo, etc. ou seja, e aí tem outro problema que a principio não tem muito a ver com o Projeto da Baía de Todos os Santos mais obviamente vai trazer impactos, é que são municípios, há uma economia rica nesse setor mais é intensivo em capital, baixa geração de emprego, como a gente conhece. Simões Filho é um outro município que tem industrias localizadas no Centro Industrial de Aratu, e que também já esta passando por um processo que não foi tão forte como os anos 70. Aí tem umas laminas que a gente apenas colocou a relação do PIB, ali no primeiro azul, a relação do PIB, não é o PIB per capita mais é o PIB. Salvador obviamente á a maior, São Francisco do Conde terceiro maior PIB da Bahia, Candeias quinto e por aí vai, e os municípios do IDH na outra lamina. Salvador tem o IDH mais alto, seguido ali dos outros, Madre de Deus, Candeias, Jaguaripe no Recôncavo lá em baixo, tem um IDH muito baixo, o PIB também de Jaguaripe no de cá é muito pequeno comparado aos demais.

Há uma acentuada carência na região não apenas no que se refere a construção de arranjos produtivos locais em todos os níveis da economia mais no que diz respeito a implantação de planos, políticas e programas que estimulem e fortaleçam iniciativas de micro e pequenas empresas, associações de pequenos produtores, a criação, qualificação e inseminação de serviços, e também especialmente do Turismo. Agricultura familiar dos mercados, fatores de produção bem de serviços finais nas atividades pesqueira, dada essa carência, é fundamental a presença do Estado, enfim, aquela coisa de que o Estado deve entrar não deve entrar, eu particularmente acho, que nessa situação, com essa base, vamos dizer assim, econômica é fundamental a presença do estado, inclusive em termo de regulação e de criação de planos.

Aí tem um slide que eu acho muito interessante que nos diz alguma coisa que é a fonte ao tesouro e ao Tribunal de Contas, e que ali agente pega a receita própria de cada Município, dividida pela despesa executada em reais, ou seja Salvador por exemplo que é o primeiro ta ali pra cada hum real de despesa do município, cinqüenta e hum centavos foi bancado, desse hum real com receita própria, obviamente que os quarenta e nove centavos faltantes foram oriundos de transferências do Estado, do Governo do Estado ou do Governo Federal. Mais por exemplo São Felix e Saubara, essa relação é de quatro centavos, ou seja, isso não é um problema da Bahia, é um problema Federativo Nacional, mais mostra, principalmente do Nordeste, Norte-Nordeste como os municípios são muito dependentes das transferências Estaduais e Federais e que isso é uma informação bastante relevante dada a estratégia que vai se buscar, vamos dizer assim implementar no caso da Baía de Todos os Santos, e só pra encerrar essa questão, não pelo ponto de vista. Aí tem a mesma coisa no gráfico, esse gráfico, são aqueles numero plotados no gráfico. Só uma coisa que não a tem a ver com economia, mais com um pouco de vivencia pratica é uma coincidência mais no ano passado eu fui convidado por dois empreendedores locais, porque eu passei uma época fazendo consultoria, fazendo bissem spleen, planos de negócios, essa coisa toda, eu fui consultado e fiz um trabalho de elaboração de Plano de Negocio pra um hotel barco, o objetivo dos empreendedores é que o hotel barco funcionasse na Baía de Todos os Santos, um deles inclusive foi a Croácia, navegou na Croácia, ele ficou maravilhado com a Croácia o Adriático e tal, e aí eu comentei agora há pouco tempo que a gente tava fechando esse contrato com a Secretaria de Turismo e que pra gente era muito interessante esse trabalho e tal, tava conversando com eles uma noite, e aí um deles me falou, olha: planejamento estratégia na Baía de Todos os Santos se chama segurança. Não segurança, mais segurança, enfim Policia Militar, Guarda Costeira, ou seja tem que ter segurança porque isso é um problema, eu sou navegador há anos, há décadas e tal, e isso é um problema, o lugar é belíssimo, a água é maravilhosa, não venta, não tem furação, mais realmente é um problema grave, que isso obviamente é um problema do País também, então não tem muito a ver com os slides, mais com uma experiência pratica que eu vivi nessa noite, e logo depois. Eu acho que é vital. E no caso das estratégias a ser adotada, a compreensão o entendimento da estrutura econômica dos municípios é fundamental ou seja a estratégia agressiva ela é muito interessante, agora quem é que vai ser o empresário que vai. O empresário vai buscar lucro, ele vai buscar o retorno, e isso tem um risco que o nosso consultor comentou, o risco é muito grande, então isso tem que ter uma serie de preocupações até pra viabilizar os investimentos que são enfim previstos e bem vindos.;

Bom! É isso eu peço desculpas mais eu estou realmente preocupado com outras coisas.

Vera Lyra

Agora as Professoras: Regina e Cândida vão falar um pouco sobre o sócio cultural da Baía de Todos os Santos

Boa Tarde. Bem meu nome é Maria Cândida Arrais, eu sou Turismóloga Mestre em análise Regional e Especialista em Governança Global nas áreas de meio ambiente e energias renováveis, eu pediria primeiramente desculpas aos senhores porque eu não preparei uma apresentação de Power Pointe, porque a minha apresentação não estava prevista pra hoje, mais enfim eu vou ter o prazer de dividir aqui com a professora Regina Celeste essa breve apresentação. Eu gostaria também de falar do meu orgulho de participar dessa equipe e de ter a oportunidade de trabalhar com a Professora Regina e também com a Professora Vera Lyra, então eu gostaria de iniciar dizendo, dessa forma eu fiz algumas anotações aqui que eu acho que seriam interessante falar com vocês hoje, então eu gostaria de começar dizendo o seguinte: que a intensificação da atividade turística é uma das conseqüências da sociedade industrial e as inovações tecnológicas especialmente nas áreas de transporte criaram condições propícias para o deslocamento espacial e nesse sentido o Turismo Náutico se evidencia hoje com um exemplo oriundo dessas inovações o qual ainda não é explorado de acordo com as potencialidades que o país apresenta como bem ilustrou o nosso palestrante o Senhor Zangari. E a Bahia sem duvida é um dos estados brasileiro que mais levam a

atividade turística a serio, pois ve nessa atividade uma estratégia para o desenvolvimento ambiental, social bem como o bem econômico, e a Bahia tem a Baía de Todos os Santos, impar, e falando ainda que sucintamente aqui sobre a questão sócio cultural aqui requerida pode se ressaltar que a matriz social e cultural presente nessa região, não é nada mais do que a fiel representação social e cultural brasileira, o que por si só já se traduz em um atrativo turístico incomensurável, durante séculos as tradições culturais que nos enchem de orgulho, vem sendo mantidas na região da Baía de Todos os Santos, o exemplo dessas tradições é o samba de roda que se tornou recentemente patrimônio cultural do Brasil e obra prima e material da humanidade por decisão da UNESCO, títulos que são importantes porque ajudam a salvaguardar esse bem cultural. É uma tarefa árdua na verdade tentar enumerar os quase inumeráveis atrativos culturais da Baía de Todos os Santos. As rodas de capoeira por exemplo que foram discriminadas num passado recente, e que passaram a ser reconhecida no Brasil, no e internacionalmente, como eu diria, com valores que vão além dos educacionais e culturais, com valores estéticos e de preservação mesmo das raízes africanas.

Isso, esse tipo de iniciativa do IFAM e da UNESCO, possibilita e facilita a criação de projetos, a elaboração e a execução de políticas que envolvam ações necessárias para a preservação e continuidade dessas manifestações culturais no nosso Estado.

Ações como essas, só fortalecem os laços de amizade entre as diversidades culturais que se tornaram irmãs, os atrativos presentes nos municípios, que formam e que compõem a Baía de Todos os Santos são singulares e plurais e formam o casamento perfeito para o desenvolvimento do Turismo Náutico local do Estado e nesse sentido as parcerias publico, privada, e bem como a participação efetiva da sociedade local, tornam necessárias para o sucesso desse intento. Eu só gostaria de ressaltar até como educadora também que a educação é o caminho, é a chave para construir bases solidas e prosperas pra o sucesso desse processo, uma vez que a educação também é entendida como forma de perpetuação sócio cultural.

Bem, tendo em vista a minha breve introdução, eu gostaria de passar a palavra para a Professora Dra. Regina Celeste de Almeida Souza, que vai falar um pouquinho pra vocês as experiências dela e nossas como estudiosas dessa região. Muito obrigada.

Professora Doutora Regina Celeste de Almeida Souza

Boa tarde. É um prazer muito grande estar participando desse evento e dessa equipe. Falar sobre a Baía de Todos os Santos, falar sobre a importância dela, eu acho que é quase um lugar comum, todos aqui tem consciência dessa importância, dessa importância não só física econômica histórica, então a Baía de Todos os Santos ela traz esse peso muito grande pra todos nós, essa importância muito grande, e agradeço essa participação especial de Maria Cândida e só queria justificar que ontem não estava muito legal, esses dias não estava muito bem de saúde e também pedi para ela participar dessa apresentação. Queria dizer que na verdade essa Baía de Todos os Santos de mais de 1.000 km2 de área é um grande golfão, a baía é genérico, a Baía de Todos os Santos é genérica, mais na verdade nos temos aí dentro da Baía de Todos os Santos, a Baía de Aratu, a Baía de Iguape e dentro desses contornos todos varias ilhas, nos temos diversos rios que deságuam nessa Baía, diversas ilhas, 56 ilhas, e com isso nós vamos ver que os atrativos, esses atrativos naturais são realmente muito interessantes e que podem ser observados por embarcações de diversos calados. Já se falou aqui sobre a importância, as qualidades, a qualidade ambiental da Baía de Todos os Santos, o somatório e a integração dos diversos atributos que ela tem, permitido naturalmente que se possa fazer um Turismo Náutico de grande eficácia aí, e uma coisa que agente gostaria de ver é falar também e que já foi comentado aqui pelos diversos municípios que compõe essa Baia, esse espaço, além de Salvador nos vamos ver que há uma diferenciação muito grande dos municípios porque tem Salvador como um grande município, uma grande cidade, uma grande concentração populacional, muito embora o PIB não seja tão grande em per capita, mais de qualquer forma nós vamos ver que é uma grande concentração urbana aliado a outras cidades menores, então na verdade os outros municípios são constituídos por sedes municipais pequenas. E aí o que é que a gente vai ver: a gente vai ver que também durante todo período colonial, todo período até meados do século XX foram dedicados ou a cultura da cana de açúcar que foi o básico, a cultura do fumo, a mandioca, enfim, nós vamos ver que essa base agrícola foi muito importante aí na Baía de Todos os Santos e Recôncavo, que formava exatamente esse celeiro vamos dizer assim para o abastecimento de Salvador. Então sempre tivemos, na Universidade nós sempre tivemos uma preocupação muito grande em estudar essa área não só em trabalhos acadêmicos da graduação, tivemos uma parceria muito grande com o Centro Náutico e aqui eu vejo o meu colega que sempre deu palestras em nossos cursos e nós sentimos uma necessidade muito grande de falar sobre o Turismo Náutico, não só porque essa potencialidade tão grande daqui da Baía de Todos os Santos e mesmo da Cidade de Salvador, dessa península pra ter um maior envolvimento

com o mar, pois bem então fizemos diversos trabalhos, um dos trabalhos não vou cansá-los mais nem falar tanto sobre ele mais de qualquer forma um dos trabalhos que nós o transformamos em livro foi esse sobre o Turismo Cultural, onde nós colocamos diversos aspectos, foram vistos diversos aspectos aqui do Recôncavo e da Baía de Todos os Santos, enfatizando não apenas o patrimônio construído que se verifica se encontra em todos esses municípios, mais sobretudo o patrimônio material. Aqui Maria Cândida apenas citou a capoeira e o samba de roda que possivelmente nasceram aqui, e também ainda tinha mais o outro que era o acarajé que foi também recentemente considerado como patrimônio material, então não é o produto em si mais o fazer, o fazer isso é muito importante também, outro trabalho também que eu gostaria só de apresentar, é esse daqui os caminhos do Recôncavo que foi um trabalho que nós fizemos que aqui eu gostaria de ressaltar o nome de minha colega Lucia Queiroz, Maria Lucia Queiroz que foi coordenadora do curso de Turismo da UNIFACS e agora ela está UFRB, mais nós tivemos uma parceria de muitos anos e fizemos diversas pesquisas, coordenamos diversos trabalhos e tudo mais. Nesse daqui foi um trabalho em atendimento a um edital a nível nacional que foi aberto pela UNESCO, através do programa Monumenta e do Ministério da Cultura, que era para nós fazermos um inventário de algumas cidades históricas no Estado da Bahia, no caso nós colocamos três cidades históricas que foram Santo Amaro, Cachoeira e Maragojipe e fizemos um amplo inventário da oferta turística desses municípios e mais um diagnostico e mais uma proposição de alguns roteiros integrados. Na verdade apenas quatro roteiros integrados que nós fizemos roteiros temáticos, um dele foi: Portas e Janelas do Recôncavo, o outro foi Ache do Recôncavo, o outro Águas do Recôncavo, que esta completamente dentro do Turismo Náutico, e finalmente um quarto que foi: Sabores, Cheiros e Saberes do Recôncavo. Então isso tudo é somente para mostrar o seguinte: Esta é uma área que teve uma importância histórica muito grande, que teve uma concentração muito grande da matriz africana e que perdurou até os nossos dias com contradições e manifestações culturais muito grande em cima dessa matriz africana. Então nós apenas citamos esses três mais várias outras manifestações religiosas, candomblés, nós podemos ver uma serie de outras manifestações, o macule lê, etc... Bembê do mercado lá em Santo Amaro, enfim, essas cidades todas elas tem uma força, uma característica, uma beleza cultural muito grande. Então nós fizemos o levantamento de três mais a proposta do roteiro desses quatro roteiros eles abrangem vários municípios. Então tanto passando pela via terrestre, como passando pela via náutica, então a gente vê que esses quatro roteiros eles de uma maneira geral eles até se superpõem, eles foram previstos a partir dos estudos Universitários, mais também nós procuramos ver algumas agencias de turismo, que já estão fazendo para poder ter uma idéia mais prática e ver essa questão da viabilidade. A proposta foi feira, ela precisa ainda ser mais aprofundada, para ser realmente implantada e concretizada.

Eu acho que era isso que eu teria para falar, de uma maneira geral e coloco a disposição para uma pergunta que eu possa responder.

Fala do Participante Adilson Pinto

Consequentemente, praticamente nasci na Baía de Todos os Santos, sou Solterapolitano, mais hoje resido e trabalho em Salina da Margaridas e já conheço desde o trem de Nazaré, desde aquela década. Agora o que nos causa espécie é em 2009, século XX, estarmos aqui uma plêiade de pessoas de alto nível, sentados pra fazer um projeto Náutico da Baía de Todos os Santos, e a gente vê que ao longo disso tudo, agente ouviu todas as palestras, todos atentamente, agora vamos pedir a Deus que a praticidade aconteça, porque senão a gente vai ficar realmente como estamos esses 500 anos esperando que aconteça.

Meu muito obrigado, Adilson Pinto de Salina das Margaridas, acordei as 5:00 h da manhã, pra pegar o ferry das 7:20, estar aqui fielmente às 9:00, atendendo um chamamento, inclusive um adendo que colocaram no convite, que era de suma importância para todos os municípios do Recôncavo, então eu estou fazendo o meu papel. Muito obrigado.

Regina Celeste (Respondendo)

Esse livro na verdade, ele foi distribuído em diversas instituições, lá na URFB, na UNIFACS, diversas Secretarias, aqui eu trouxe esses dois exemplares para deixar na biblioteca e ele não foi comercializado, ele foi distribuído porque isso foi uma norma dos trabalhos que são patrocinados pelo projeto Monumenta. E Órgãos de Turismo, Secretarias, Bibliotecas, diversas Instituições.

Em nome da Secretaria de Meio Ambiente eu quero pedir desculpas da ausência do Sr. Plínio Neto que deveria estar aqui, mais aconteceu um imprevisto, tanto que ele mandou a apresentação e eu vou pedir a Leandro aqui para...

Leandro Carvalho

Primeiro eu queria dar umas explicações aqui rapidinho, falar da questão ambiental na Baía de Todos os Santos. Seria muito complicado, muito complexo e ia demorar muito, por conta disso a gente terminou optando por falar somente de um fato novo que de alguma forma tem um impacto muito grande no trabalho, tem um impacto no planejamento náutico, que é a elaboração do plano de manejo da Baía de Todos os Santos, que vai começar a ser feito agora, se não me engano o evento de lançamento é amanhã dia 26. A APA Baía de Todos os Santos, ela foi criada pelo Decreto Estadual 7595 em 99, tem uma área estimada de 800 km2, e como a Professora Regina bem falou ela é tida como Baia de Todos os Santos mais envolve outras baías que é a Baía de Iguape e mais um conjunto de 56 ilhas e o Rio Paraguaçu. O Plano de Manejo na verdade ele visa três instrumentos integrantes que é o diagnostico ambiental, aprofundar as informações que já existem em todos os trabalhos que já foram realizados, o zoneamento ecológico e o programa de manejo com as ações diretas existentes na APA.

Os objetivos: dotar as unidades com diretrizes com informações ambientais atualizadas para o gerenciamento e manejo da APA, conhecer e incorporar na análise do plano de manejos diversos planos e programas oficiais que tenham interface com região da Baía de Todos os Santos, revisar os limites da poligonal da APA, afim de contemplar os elementos naturais e antro picos, propor o ordenamento do uso do solo emerso e imerso de águas incluindo e seus recursos naturais, fornecer subsídios e proteção a unidade de proteção e conservação, possibilitar a participação das populações residentes na APA da Baía de Todos os Santos e circunvizinhanças na elaboração do plano de manejo promover a infra estruturação de uma rede focada ma estruturação de conhecimento aplicada a gestão da APA.

As etapas - A primeira etapa – organização; segunda etapa – diagnostico; terceira etapa- planejamento; quarta etapa – adequação e quinta etapa; aprovação. E uma informação que não constou no Power Pointe mais o Plínio pediu que a gente desse é que essas etapas vão ser realizadas num prazo de 16 meses, que vai ser o prazo de execução do plano. Ele pediu que a gente passasse o contato e que qualquer um que tivesse interessado em mais informações poderá ligar para ele ou passar um e-mail e ele de pronto responderá. Obrigado.

Lucas Bahiana – Secretario de Meio Ambiente e Turismo do Esporte e Cultura de Vera Cruz.

É mais uma pergunta por que nos estamos em parceria com uma ONG Pro Mar de lá de Vera Cruz, lá na nossa costa nós temos a APA das pinaúnas, e agora nós estamos querendo criar uma área marítima protegida exatamente para recuperação de corais que foram afetados por pesca explosiva, exatamente na região de Aratuba, nas Caramoas a gente já esta trabalhando isso lá, e já tiveram alguns impasses, a própria comunidade foi quem procurou a Associação e a Associação nos procurou para que nós o ajudássemos, mais houve alguns impedimentos justamente por não termos nenhum tipo de regulamentação e não foi feito nenhuma forma legal para que se fechasse aquela área marítima, parece que a Marinha interviu também e alguns outros órgãos. Nesse caso, especificamente nesse Plano de Manejo, nós teríamos algum respaldo para iniciarmos e darmos continuidade ao processo legal dessa área marítima protegida?

Eu acho que você poderia entrar em contato com Daniela Linder, que é a Gestora da APA, e que ela realmente pode lhe dar as informações mais precisas. Ela não veio hoje justamente por que ela está preparando o evento de amanhã.

Mais o objetivo do Plano de Manejo é estudar a Baía como um todo, a BTS como um todo, agora dentro dela pode existir outras APAs, e no caso se há uma proposta de criação de uma área mais protegida, isso

pode ser feito tanto a nível municipal, como a nível estadual, nesse caso tem a Sara Alves, que ela trabalha exatamente com essa questão de criação de unidades de

conservação. Então são esses dois contatos que eu lhe daria para um aprofundamento da questão.

Vera Lyra – Trazendo os resultados dos estudos dos Grupos Focais, já de uma forma inicialmente sistematizada.

Professora Grazia Burman

Boa Tarde. – Essa análise que a Vera está colocando é preliminar, porque a pesquisa que foi feita com os Grupos Focais, foi uma pesquisa extensa que demorou bastante e cujos resultados dos principais formadores de opinião em Grupos Focais, se estenderam por muitos relatórios, então matematicamente falando, eu preparei alguns resultados que tem uma estrutura quantitativa, mais não podemos esquecer que os resultados desses grandes debates foram estruturas qualitativas, então nós até linearizamos mais talvez dê para se perceber alguma coisa dos resultados e dos resumos desses Grupos Focais, quatro Grupos Focais. Então a pesquisação, a especialidade da Dra. Vera é uma especialidade na área de matemática estatística, mais eu sou velejadora e conheço bastante se não muito a Baía de Todos os Santos. Então os quatro territórios, vamos falar territórios porque essa é uma linguagem de pertencimento, então eles interagem, Cachoeira, Itaparica, São Francisco do Conde, Salvador.

Dra. Vera preparou cinco questões:

Primeira ao vivo e a cores foi a pergunta. Existe cooperação entre os que trabalham com a Cultura e o Turismo local? Como estimular esse desenvolvimento social através de atividades e negócios.

Segunda: Cite três atrativos, que você considera capaz de trazer o turista náutico para a região, mar e território.

A conservação do meio ambiente a terceira: patrimônio também vai junto e as ações, e o que garantirá seu sucesso.

Quarta: Como são os serviços interligados ao turismo na região. Como vai melhorar esse atendimento, e quais são os principais problemas relacionados a implantação do Turismo Náutico.

A distribuição desses Grupos Focais e a participação foi intensa o número de participantes em Cachoeira naquela data, e aí reuni, Cachoeira, São Felix, Santo Amaro, Maragojipe, Saubara, Itaparica, também reuniu as redondezas Salina das Margaridas está aí, Nazaré, Jaguaripe. São Francisco do Conde reuniu; Madre de Deus, Simões Filho foi para Salvador. Em torno de quarenta formadores de opinião cientificamente falando foi acima das expectativas.

A apuração foi essa: foi um grande relatório de muitas conversas, extenso mesmo, eu estou mostrando essa página porque é uma das, foram mais de 40 páginas de opiniões de sugestões, que nós tivemos que condensar. Só para vocês terem uma idéia vou ser bem rápida inclusive.

Então aproveitando um estilo de análise de estratégia, nós aproveitamos essa grande conversa para trazer pontos fortes, pontos fracos e sugestões. Uma forma, como vai ser usada a metodologia SWOT que seria elencar os pontos fortes, elencar os pontos fracos, as estratégias e ameaças, e já aproveitamos para fazer a leitura de todas aquelas muitas sugestões, muito ativo mesmo esse encontro com os formadores de opinião, fizemos uma abordagem simplificada ao máximo.

Então essa foi uma primeira abordagem, eu trouxe Cachoeira porque para ser bem rápido com vocês, mais eu já olhei aquele relatório que vocês estão vendo não é. Os comerciantes locais dão apoio ao turismo, pense assim que para a área de quilombolas, não escapa nada, formador de opinião tem que falar de tudo e até da patinha do caranguejo lá em Maragojipe, em Feira de Santana tem gente que tem barco. Isso é uma observação importante, tem gente lá que tem dinheiro, eu estou aqui pertinho. E o Turismo Náutico, alguns acharam que protege o meio ambiente. Essa foi uma outra abordagem do mesmo local e era da cooperação entre turismo e cultura, ponto fraco, disse logo, um dos formadores disse a cooperação não existe, outros dizem outras coisas, só para vocês terem uma idéia da apuração desse resultado, do manancial de informação que foi recolhida.

Cachoeira é falada como Cidade Histórica, Cachoeira não foi estruturada para cultura como Lençóis, estão vendo as diferenças, isso é o que as pessoas formadoras de opinião percebem, a comunidade percebe isso, percebe e diz. Maragojipe que sabemos que estão mutilando os caranguejos, não há ainda uma questão aí clara de que isso vai ser utilizado ou não e como será utilizado, mais nós vimos isso, ouvimos isso.

Só para mostrar um pedacinho mais. Bom esse é o dado que veio pra a gente, olha aí um bonito, os quilombolas podem ser incluídos no programa. A Fundação deve dar o perfil do Turista Náutico, a Fundação é essa aqui a FEA, deve se instrumentar a comunidade para os impactos negativos do turismo. O pessoal enxerga isso muito boa a conversa que nós tivemos.

Só para mostrar um pouco Salvador (pintei de verde) porque é meio ambiente, então os pontos fortes a contra costa da BTS – Rio Paraguaçu são os únicos conservados. Acharam que estão conservados. A Associação Viva Saber foi criada para proteção, o Forte de São Marcelo é um bom exemplo recebe 70.000 turistas ano e era uma ruína em 2000. O IMA está fazendo a avaliação ambiental da BTS. Bem informados.

O que nós achamos pontos fracos, a conservação do meio ambiente, aí se vê não é. O Pólo Naval se conflita, aquele lá em São Roque, no ponto do terminal turístico todo dia tem descarga de gotas, as palavras acho foram outras mais... Os visitantes do terminal estão vendo a descarga de dejetos no mar, as palavras também foram outras. E os órgãos de fiscalização não facilitam a vida de quem se dedica ao patrimônio histórico. Essa falta divulgação, olhe aí oh, o grande entrave é ligar o setor público, o privado e a comunidade, os grandes desafios apareceram. Está num grande relatório, depois é claro que vocês vão ter, e aqui um resumo. Então como são vistos os atrativos, os problemas e as soluções pelos formadores de opinião. É só um apanhado bem sintético, pra que vocês tenham uma observação muito geral, sem hierarquias lógicas, ou sem importância de cada um dos fatores.

A cooperação entre turismo e cultura em Salvador é um ponto fraco, mais existe uma massa critica de boas sugestões para solução. O servidor, o serviço ligado ao turismo também revelam muitos pontos fracos que apresentam leques de boas soluções, tem muitos problemas, mais os próprios formadores apresentam as soluções, não somos nós ainda, são eles, falaram eles.

São Francisco do Conde tem muitos pontos positivos, na cooperação ente cultura e turismo, são muito positivos os aspectos ambientais e do patrimônio cultural, os serviços ligados ao turismo são positivos e tem poucos problemas ligados a implantação do Turismo Náutico.

Itaparica encontra pouca colaboração entre Turismo e Cultura, eu coloca Itaparica mais Vera Cruz veio junta com outras questões inclusive, quando falei território é conjunto, uma área de pertencimento, vocês conversam assim, o meio ambiente o patrimônio cultural apresentam muitos pontos positivos porem, a implantação do Turismo Náutico apresenta mais pontos fracos, os serviços com problemas relacionados ao Turismo Náutico são os pontos fracos lá em Itaparica.

Cachoeira recebe pouca colaboração entre Turismo e Cultura, mas apresenta muita sugestão. Os problemas ambientais aparecem também mais como ponto fraco, preocupa também a qualidade desses serviços, apresentam soluções todas. Pontos fortes para o Turismo Náutico na região.

Fiz as somas das partes como se fosse possível somar as partes, mais eu fiz a soma das partes porque as pessoas falam assim, é importante saber, os nossos formadores de opinião, essa gente toda que esteve em conjunto, o que é que eles pensam? Pensam que há mais Pontos Fracos, ou pensam que há mais Pontos Fortes, como é que está o Filin, como é que está o sentimento, o pensamento das pessoas que fazem acontecer, são eles não? Então o território da Baía de Todos os Santos se expressa positivamente em todas as cinco questões apresentadas nos Grupos Focais, muito importante, claro, eles tão positivos.

As observações positivas obtiveram 41% das respostas, as soluções e sugestões 31%, e o ponto fraco 29%. Será rigor, sugestão e para solução e pra pontos positivos dá mais de 70%. Então há um ambiente digamos de soluções positivas, podíamos até imaginar ao contrario, mais não foi.

Bem aí nós vamos reparar é aquele quantitativo, pensa-se assim, os conjuntos dos formadores de opinião mais pontos positivos que pontos negativos. Porque as questões foram separadas por uma lógica, tem a questão ambiental, tem a questão do serviço, tem a questão do turismo e cultura que é fundamental, então a primeira (vermelinha) é a questão da cooperação, ela reúne conjunto mais ponto fraco que forte,

contudo sugestões são muito presente, e o segundo que são pra trazer o Turismo Náutico pra Região, e os pontos fortes são claros, os problemas ambientais, ao contrário do que podíamos até imaginar, os pontos positivos são mais comentados que os pontos negativos na questão ambiental da Baía de Todos os Santos que a gente conhece. Os serviços ligados ao Turismo apresentam muitos pontos fracos e os problemas pra implantação do Turismo Náutico está todo mundo a favor, são pontos positivos. Então olhando assim por questões, a cooperação entre turismo e cultura, está ai, mais a turma está dando muita sugestão, isso é bom, não tem ninguém desesperado na causa.

Os três atrativos, claro, a pergunta foi. Mais essa pergunta só pode ter ponto positivo. Eu perguntei quais eram os atrativos, mais vocês sabem que as pessoas elas falam bem e falam mal, não existe só vou falar das coisas boas, mesmo que você tenha perguntado e isso é curioso dizer, mesmo que a pergunta fale das coisas boas, mais é claro que eu falo das coisas boas e as ruins, então é essa coisa que está aí, poucos pontos negativos.

O meio ambiente e o Patrimônio Cultural eles tem muitos pontos positivos na Baía de Todos os Santos, apesar dos problemas que estão lá, mais você soma os pontos positivos com as sugestões, fica muito maior que os pontos negativos, ou seja tem uma possibilidade grande de superação disso. E como são serviços aí a gente está falando, os pontos negativos são muitos, mais também muitas sugestões, e os principais problemas relacionados em a implantação, está todo mundo de acordo, os pontos positivos para implantação do Turismo Náutico, no conjunto daquelas quatro regiões, daqueles quatro territórios é muito positivo e muitas sugestões, então de maneira geral os formadores de opinião, essas pessoas que não foram pouca, vocês viram, nos temos aí, estatisticamente falando a representação é muito grande e eles estão animados. Obrigada

Participante (Perguntando)

Eu sou a Técnica de Turismo Náutico de Madre de Deus, nós fizemos parte desse encontro e eu quero saber por que o Município de Madre de Deus não se encontra entre esses quatro territórios?

Professora Grazia Burman (Respondendo)

Ele fica com o nome do território principal, por exemplo o pessoal de Candeias fica agrupado com o pessoal de São Francisco do Conde, então o pessoal de Itaparica acaba ficando agrupado com o pessoal de Vera Cruz e o seu? Onde é que eles ficaram? Em São Francisco do Conde, que no computo geral eu falo São Francisco do Conde, mais nos entendemos território. Eu conheço bem Madre de Deus, nós conhecemos territórios, e as observações de vocês no trabalho na integra tão lá, todas registradas. O que eu quero dizer território é um novo conceito que nós usamos de pertencimento, aquela região, as pessoas se sentem assim, mesmo que você diga que o pessoal de Itaparica não pensa como o pessoal de Vera Cruz e eu sei disso não é? Mais território é uma área contigua de pertencimento, ou seja, o que é que eu faço? Nós Madre de Deusa, Itaparica, pertencemos a Baía de Todos os Santos. Percebeu? Mais você está lá registrada, eu sei que sua fala está registrada porque esse foi o documento original. E nas apurações tem o nome deles, se você se apresentou está lá. Está junto com esse relatório.

Olha aqui o comando São Francisco do Conde, este é o comando para mim, que eu faço apurações, então Madre de Deus está lá, São Francisco do Conde, Candeias, estão no conjunto, eu sei que os problemas foram completamente diferentes mais no conjunto foi aquele.

Vera Lyra

Na segunda etapa dos trabalhos nós vamos apurar, voltar a essa análise de uma forma mais sistematizada, Professora Grazia vai chegar por aí e pelas informações de hoje, e aquelas que só Itaparica mandou, as informações do município, nenhum outro município mandou, então Salinas e Itaparica, a gente está aguardando também as informações.

Então nós podemos interromper agora, fazer o lanche porque as pessoas estão saindo, e está todo mundo faminto, e a gente retoma logo depois do lanche, ainda com as perguntas ta?

Vera Lyra

Agora começamos a pinçar e a tentar costurar os resultados de uma etapa para outra etapa do trabalho. A primeira etapa do trabalho ela consiste exatamente em levantar dados, informações, sistematizar essas informações e aproveitar esse momento pra compartilhar e fazer um trabalho na verdade, como hoje está

tão manjada essa palavra participativo, mais aqui a gente tem realmente, verdadeiramente um trabalho participativo. Então depois das quatro reuniões que a gente teve nos Municípios com os Grupos Focais, a gente trouxe aqueles resultados, aqueles resultados vão se somar ao de hoje e ai a gente já vai pra elaboração das estratégias do trabalho. A gente está tentando formar uma rede ainda preliminar, a gente já formou um grupo, não está funcionando direito porque algumas pessoas disseram que não receberam as informações, mais a gente vai ver o que é que a gente errou pra organizar, pra que vocês já comecem a conversar entre si e entre nós. Isso vai facilitando a comunicação enquanto a gente não chega na comunicação da rede propriamente dita.

É esse o e-mail do E-grup, é bom que vocês anotem, e aí seguindo aquele raciocínio de que esse trabalho, é um trabalho que requer uma visão estratégica. O que é uma visão estratégica de um trabalho? O que é estratégia? Agente viu a vez passada, e o Turismo Náutico dentro dessa visão ampla, é o que agente está construindo de uma forma compartilhada, nenhum material vai sair, vai ser entregue sem que vocês tenham participado, e é importante de que essa participação, a gente tem que ver uma outra forma que essa participação nos Municípios ela se dê, de uma forma mais ampla do que tem se dado até agora.

Não é que a gente vêm a uma reunião extra ou coisa assim que a gente possa ir, que o Município forme, faça reunião e nos convide, e aí a gente possa ampliar um pouco mais essa discussão e essa informação, porque o tempo que a gente tem é muito pequeno. Porque que a gente tem esse tempo pequeno, porque o ano que vem é u, ano de eleição, e esse ano de eleição requer que qualquer projeto, qualquer investimento são assinado pelo Governo só será aprovado até o dia 30 de julho. Então a gente tem que correr, agora com esse trabalho pra formatar alguns projetos e esses projetos já concorrerem ao orçamento do próximo ano.

Então a gente agora está partindo para a construção de cenários, a gente viu de uma forma preliminar aquilo que é a Baía de Todos os Santos hoje, ainda muito preliminarmente, os dados ainda precisam passar por nova sistematização, uma nova revisão e aí a gente organizar num cenário mais consistente pra ser o cenário atual. Mais o que é essa metodologia de trabalho de cenário? É Exatamente isso, é você pegar na linha do tempo aquilo que você quer fazer, dentro de uma forma sistematizada, então esse conceito de construção de cenário, é um instrumento metodológico baseado no tempo, passado, presente e futuro, que faz parte de um processo decisório de uma forma conjunta. E pra que a gente precisa dessa tal metodologia de cenários? Agente precisa pra ajudar naquilo que agente tem, que é o que mais agente tem que é uma descrença no Setor Publico, uma descrença nos projetos, uma descrença de que a gente venha na verdade melhoras alguma coisa, agente realmente não acredita que isso aconteça, hoje eu ouvi aqui no intervalo muitas pessoas dizerem assim, até aqui no grupo, uma pessoa se manifestou dessa forma, tomara que a gente saia do papel. Então é pra evitar essa descrença que agente precisa na verdade pensar de uma forma mais temporal. O que é que a gente foi no passado? O que é que agente é hoje? E onde é que a gente quer chegar?

Então os fatos que são significantes, e aí pra isso, pra desenhar o futuro a gente tem sair dessa energia da descrença, e a gente tem que ser um pouco criativo pra pensar, o que é que eu quero daqui há cinco anos? O que é que eu penso pra Náutica daqui há cinco anos? E a gente precisa sair dessa tal descrença e pensar um pouco de uma forma mais solta, esquecer que a gente as vezes não acredita muito nas coisas que estão acontecendo por aí afora, mais sou eu com o meu futuro dentro dessa perspectiva de Brasil, na minha cidade e na Baía de Todos os Santos. Como é que a gente vai fazer isso? A gente vai integrar essas variáveis, a gente vai pensar aqui numa brincadeirazinha que a gente vai fazer juntos e com isso a vamos está construindo, aquilo que a gente pensa pra Baía de Todos os Santos, daqui a cinco anos.

Juntando com aquelas informações que a gente já tem, com as outras que ainda vamos coletar estamos juntando tudo isso, a gente vai organizar o que? O plano. Então a gente vai agora trabalhar um pouco como a gente trabalha quando a gente era criança, quando a gente vê os filhos da gente trabalhando. Então a gente vai pensar, a gente vai receber uns papeizinhos amarelo, e o que é o pensar? Como será o mundo daqui há cinco anos? Como será o Turismo Náutico na Baía de Todos os Santos? Como é que a gente quer ser reconhecido? E aí aonde é que a gente quer estar daqui a cinco anos? Puxando sempre pra essa linha do tempo e vendo o que é que a gente quer pra Baía de Todos os Santos daqui a cinco anos. Há cinco anos. E aí a gente depois vai receber em papelzinho azul, que a gente vai sentir. O que é que eu sinto com relação a isso? Eu ainda estou muito descrente? Eu acredito numa boa satisfação de vida, uma boa qualidade de vida? Eu acredito que as pessoas possam ser como eu quero ser autônoma? Eu acredito na ética? Ou eu penso sempre que as pessoas devem sempre ter vantagem? E aí por último a gente vai pra o querer que é a própria ação. O que queremos? Como que nós nos cobramos? Porque na verdade é muito fácil querer no outro, mais na hora que a gente quer fazer o esforço no sentido do desejo de cada um a

gente não quer. Então é nesse sentido da cobrança e do desejo que a gente vai trabalhar, pensando quais são as ações que a gente quer? Quais são os produtos, serviços, resultados econômicos, ambientais, sociais, culturais, pra Baía de Todos os Santos? Sempre pensando em cinco anos. Agente esta com o universo pequeno porque, tem aquela historia que eu acabei de falar da descrença, então pensando no universo pequeno a temporalidade menor é mais fácil da gente alcançar isso.

Então vamos começar pelo pensar.

Participante – Fala 1

O resumo nosso aqui é mais ou menos isso, que o Turismo só tende a crescer, com um aumento da qualidade de vida das populações todas, vários fatores que se somam como: a maior longevidade das pessoas estão tendo mais tempo de vida, se aposentam e tão ainda com muita saúde, com poupança, querem fazer turismo, querem visitar, porque é uma das coisas mais maravilhosa da vida, você poder viajar, ver coisas, e a Baía de Todos os Santos então só faz aumentar a nossa oportunidade a nossa chance na Bahia, então esse foi o que apenas vimos aqui do que nós temos um potencial enorme, e temos um monte de carências essa a ser suprimida, ou seja eliminada.

Participante – Fala 2

Basicamente em cima do que Pedro falou, na realidade a gente entende que se tem que fazer um grande diagnostico da Baía de Todos os Santos como um todo, você verificar a capacitação e o potencial de cada lugar deste, porque cada lugar tem um potencial diferente, então a gente aqui conversando identificamos que você tem artesanato, você tem agricultura, você tem dança, você tem culinária, você tem uma série de coisas que são atrativos, então o grande primeiro trabalho é o diagnostico, diagnosticar parece que boa parte desse trabalho está feito pela UNIFACS, esse trabalho pode ser agregado e vai ser de grande valor. Logo depois disso você verificar as carências em termo de atracadouros, em termo de marinas, em termo de infra estrutura, não só infra estrutura náutica, como infra estrutura de saneamento, de educação, o que você pode fazer pra agregar valor as comunidades gerando emprego e renda pra essas comunidades de todos os municípios e finalmente o grande trabalho que é você vender o Turismo Náutico e vender a Baía de Todos os Santos.

Participante – Fala 3

Ainda é necessário colocar a capacidade de cada, de cada lugar, porque nos temos na Baía de Todos os Santos, lugares ambientalmente muito sensíveis e outros bem menos, nós temos uns lugares bem preservados e outros degradados até, outros conservados e outros degradados, então a capacidade de cada um, o ideal é que cada projeto se eles forem impactantes eles sejam conduzidos para os lugares onde já existe impacto e de preferência até corrijam os impactos existente como esgoto, poluição, etc...porque existe tecnologia para isso, e que lugares que ambientalmente ainda estão preservados, que esse potencial, que essa preservação seja potencializada porque ali é o berço de peixes, crustáceos, etc... Inclusive que ajudam a manter a vida na Baía de Todos os Santos. Então esses locais não podem ser pesadamente impactados de maneira nenhuma. Seria até leviano pensar que pudesse. Então essa capacidade de carga, ela provavelmente já está uns..., a parte de vegetação está mapeada, mais a capacidade de carga, cada coisa tem que ficar muito clara, não se pode sobrecarregar determinados lugares.

Participante – Fala 4

Tudo isso que nós estamos falando, eu faria uma pergunta, e quem vai fazer? Nós abordamos todos esses aspectos, mais ações que são necessárias pra otimizar o que já existe, ou criar o que ainda não existe, mais quem vai fazer isso? O que não tem ocorrido até agora, essa é que é a questão. Quer dizer a gente discute as potencialidades, a gente está cansado de ouvir, está se tornando. (alguém no auditório fala em descrença). Não, não é descrença, não estou falando de descrença, estou falando de que é mais uma vez, a gente vem e tem que fazer alguma coisa, a gente não pode continuar fazendo reuniões pra discutir o obvio, a gente tem que de alguma forma partir, sair disto, quer dizer é esta questão, agente ta fazendo um trabalho, vamos compactar as idéias, vamos fazer um documento final, e aí eu pergunto quem vai fazer? (alguém fala no auditório) Não, não, mais ele foi embora antes, então... (tornam a falar) aí é que está a questão. Mais isto muito já fizeram, já fiz isso meia dúzia de vezes, um seminário, outro seminário o ano passado em junho, foi feito um seminário grande, veio inclusive, vieram uns franceses, o que a gente fica

pasmo é quando ontem eu fui convidado..., tem que ser feito pela iniciativa privada, a iniciativa privada não pode estar ausente desse processo, mais ela tem que encontrar respaldo no Pode Publico, eu acho que é a iniciativa privada, mais eu sou um exemplo vivo, de que eu estou com um projeto pronto pra Baía de Todos os Santos, está aqui, tem viabilidade, mostre pra o pessoal. Todas as dificuldades a gente tem pra fazer, e hoje eu falei com a Senhora aqui do BNDS, então o que ocorre é um projeto de menos de dois milhões de reais, que está pronto pra ser lançado, e o que ocorre é o seguinte. Observe o seguinte, se o Secretario que eu tenho uma relação, gosto pessoalmente ficasse até o final dessa reunião, eu estaria dizendo a ele que eu tive uma reunião a semana passada na Secretaria da Indústria e Comércio e na de Turismo, muito bem atendido, mais é mais uma coisa, que ficou um papel para alguém responder e depois não recebi nada. (falam no auditório), passa pra cá o Chefe de Gabinete, no final de um trabalho desse se tenha com quem falar, isso é que é difícil, esse papel aí (falam no auditório) tudo bem. O que ocorre muitas vezes é que o trabalho chega a um ponto de ficar. O trabalho de estado, é trabalho de governo, quer dizer (falam no auditório) Bem me perdoem a veemência mais eu acho que o que eu disse muita gente queria dizer.

Participante – Fala 5

Bom eu penso que o diferencial da Baía de Todos os Santos, é exatamente o Recôncavo, acredito que seja a região que tem assim o maior potencial, principalmente quando se fala de cultura patrimônio artístico, todos esses ingredientes que é interessante para quem nos visita, até porque a história da Bahia, a historia do Brasil ela tem raízes muito fortes exatamente na região do Recôncavo, agora um dos problemas que nos temos é que a nossa região é uma região que ao longo do tempo ela empobreceu, talvez com exceção do municio de São Francisco do Conde e Candeias, são duas cidades que foi colocada aí que tem realmente um poder aquisitivo maior, tem uma renda bem superior a outras cidades e pra que a gente consiga fazer um trabalho realmente de qualidade, que a gente possa ter condições efetivas de atender bem os nossos visitantes é necessário uma intervenção de forma categórica e eficiente tanto do Governo Federal como do Governo Estadual e para que possibilite aos municípios a realmente sair dessa situação. Eu posso dizer de uma forma particular que Cachoeira é uma cidade hoje privilegiada, Cachoeira já recebeu aproximadamente trinta e seis milhões de reais do Projeto Monumenta, agora vamos partir para esse novo plano de ações para cidades históricas. O Ministério da Cultura está disponibilizando cento e cinqüenta milhões de reais, não sei o valor que vai ser destinado a Cachoeira, mais por isso, hoje a gente tem sido realmente um diferencial dentro do Recôncavo e talvez até dentro do Estado da Bahia nessa situação. É uma cidade que esta entre as três de maiores conjunto arquitetônico barroco colonial do Brasil, e a nós esperamos que esse tipo de intervenção também aconteça em outras cidades, mesmo que não sejam cidades históricas mais que tenham efetivamente essa contribuição financeira, porque é o que move, tanto do Governo Federal, como do Governo Estadual. Aí eu acredito que a possibilidade de dar certo não só o projeto Náutico, mais como outros, com certeza aí sim acontecerá.

Participante – Fala 6

Bom gente, eu queria levantar a questão sobre o pensar segurança. Lá em Vera Cruz nós fomos vitimas de uma mídia impiedosa, que não soube ponderar nos fatos, nas questões, tivemos assim tragédias, sobretudo a questão do velejador da Marina e dos franceses que foram espancados e assaltados, mais contudo nós tivemos um testemunho lá de um casal de italianos que moram lá há quase trinta anos, e o que aconteceu com eles nesses trinta anos foi que uma serpente entrou no quarto onde eles dormiam, em São João há três anos atrás entraram lá e roubaram quatro galinhas que era pra fazer alguma coisa. Então essa onda da violência não é essa coisa toda que pintaram, nós ainda somos um município seguro e que dá pra receber pessoas, contudo eu quero segurança, ainda mais segurança no nosso município, na nossa região, mais eu também não gostaria de esta saindo do meu iate na Marina, tendo quatro, cinco, seis seguranças como metralhadoras e fazendo abordagem, que eu vá ficar assustado e não queira voltar mais lá. Então pra mim esse pensar segurança é importante discutir quais são as ferramentas e instrumentos que nós vamos trabalhar, pra poder gerar segurança dentro da comunidade e nós nos sentirmos seguros onde a gente vive, onde a gente trabalha e oferecer, deixar transparecer a segurança pra quem chega também.

Vera Lyra

Mais é uma questão, primeiro porque não se pode pensar em novos investimentos, com o fortalecimento do Turismo sem essa base, e sem essa base eu aí agora me coloco, como uma pessoa também de lá de Itaparica, eu também tenho uma casinha lá na área, lá no município de Vera Cruz e ultimamente tem

havido realmente muito assalto, muito roubo, e o que dizem é que as pessoas, os marginais tem se escondido ali por perto de Baiacu, que fica na contra costa, que fica, e saem exatamente no meio de semana, na noite pra roubarem as casas, e isso está deixando todo mundo inseguro, eu que sou uma pessoa só já não me sinto tão segura de ir pra lá e ficar.

Estamos falando da segurança não é?

Participante – Fala 7

Bom eu dou os créditos dizem, as informações que são levadas, mais que eu que vivo em Vera Cruz, que minha filinha vai crescer em Vera Cruz, eu não sinto isso, e eu tenho contatos em todos os municípios, não fico baseado em Mar Grande por exemplo, é realmente, realmente eu transito em Vera Cruz, as pessoas que convivem, que moram, que estão em Vera Cruz, a gente sabe que existe porque não tem como essa de dizer assim é zero é 100% não tem como dizer isso, mais as estatísticas que nós temos de lá é que essa violência que está alta, que põe, que joga, você não pode sair na rua que vão lavar até a tua meia, isso não existe, existe um índice de criminalidade mais é baixíssimo, eu estava tão preocupado com isso que eu fui pra o Comando lá, peguei a estatística, vim para o Comando daqui de Salvador, peguei a estatística, nós estamos com índices menores do que as cidades da Região Metropolitana, inclusive lá da Região, mais uma coisa que a gente está tentando combater muito lá é a questão das drogas que estão chegando, e chegando forte lá, mais isso não quer dizer que as mortes que aconteceram, um assalto que houve, esta totalmente fora desse conjunto das drogas, agente consegue ver que a maioria dos assassinatos que acontecem são pessoas ligadas a crime, gente da gangue deles mesmo que fazem a venda das drogas, mais eu mora na minha rua e a anos não ouço falar num assalto que teve por lá.

Participante – Fala 8

Eu queria falar também que eu sou filho de Vera Cruz, convivo em Vera Cruz e realmente além de conviver em Vera Cruz, eu podia falar um pouquinho também, porque eu sou estudante de Direito daqui da Universidade Federal da Bahia e se nós colocássemos um criminologo pra falar um pouquinho, sobre criminalidade, sobre índices de criminalidade, ele iria de logo colocar aqui o seguinte, que a imprensa ela acaba transmitindo uma sensação de medo nas pessoas, eu convivo em Vera Cruz com o Secretario Lucas não vejo nada que venha assim a acontecer que me leve andar com medo e viver com medo em Vera Cruz, não se vê falar em arrombamentos assim como dizem que existe, não se vê falar em pessoas que não possam andar nas ruas e de logo ter um motoqueiro nas suas costas, colocando arma na sua cabeça pedindo pra levar sua bolsa, não se pode falar assim,diferentemente de Salvador, porque eu convivo em Salvador e convivo em Vera Cruz, eu ando realmente aqui em Salvador assustado, assustado porque ao pegar um ônibus, é muito diferente você conviver em Salvador e conviver em Vera Cruz. Mais realmente não vemos nada assim que venha a... a não ser os falatórios, a não ser fatos isolados que acontecem e que ganham uma certa repercussão, mais fora disso não existe esse sentimento de insegurança como é colocado.

Participante – Fala 9

Bom, falando dessa parte pensar, interessante essa palavra porque ela implica em uma serie de questões que vem justamente fazer firmar essa intenção, essa idéia aqui. Aqui por exemplo tem alguns Bacharéis em Turismo pelo que eu pude perceber, e às vezes nessas reuniões a gente encontra uns conflitos de idéias de algumas pessoas que não conhecem o Turismo assim dessa forma que o Bacharel, mais que nem por isso deixa de fazer esse papel, de promover esse turismo, o que eu quis dizer na verdade é que tem algumas idéias que devem ser levadas em consideração, por exemplo no caso da nossa cidade, nós temos manguezais, e temos também algumas pessoas que vivem na pesca, e são varias, por exemplo, como uma colega aqui, e tem a Mata Atlântica, enfim a natureza, a cultura local, essas coisas devem ser levadas em consideração. Esse processo de globalização que se vê a cada dia a evolução, a cobrança, as informações rápidas, e o turista, hoje o turista ele é um publico digamos assim que muito exigente, o turismo ele é consumido por pessoas realmente da classe A, que quem vá falar assim, que isso seja diferente na prática não é, na pratica o turismo ele custa caro, e ele é consumido por pessoas que tem condições de poder usufruir-los, aí nós precisamos eu vejo esse turismo aqui há cinco anos o que? É de conscientização, incentivo de políticas publica ou privadas, até pra poder proporcionar pra um, u outro tipo de consumidor e preparando ele para esse tipo de turismo, e no caso desse trabalho feito na zona da Baía de Todos os Santos, todos esses cuidados tanto na Mata Atlântica, como nos manguezal com esse povo que só

aprendeu a pescar, por exemplo, como é que agente vai preparar essas pessoas pra trabalhar com outro tipo de segmento, mostrando como já foi abordado lá em São Francisco do Conde, até pelo nosso Walter, ele deu sugestões e explicou mais eu acho que em relação a isso as minhas preocupações seriam mais voltadas pra esses impactos negativos que certamente o turismo implica. Não que seja negativo para o turismo, ele vai ser benéfico economicamente para o turismo, ele vai trazer benefícios para esse turismo, nós iremos passar a ter uma outra viés, uma outra situação, fontes de recursos, mais temos que ver formas de preparar essas pessoas que irão sofrer esses impactos negativos, no caso esses nativos desses locais, com a sua cultura, com a sua forma de vivencia, enfim, acho que é isso.

Participante – Fala 10

Eu acho que não deve haver nenhuma intenção de transformar uma pessoa que é pescador em um receptivo turístico. Eu acho que não é essa a idéia, ao contrario, acho que quem é pescador o que se deve buscar é que a condição ambiental permita que ele continue ter a sua renda e que o óleo não vá matar os peixes, ou barulho do motor sei lá o que for. Eu acho que as coisas sejam feitas de tal forma de que as atividades de quem pesca talvez possa haver aqüicultura ou coisa desse tipo, mais não é o objetivo é que um trabalho assim tende transformar uma pessoa que é um pescador em outra coisa.

O participante – Fala 9 responde ao Participante – Fala 10

Serei breve me perdoe, talvez não tenha sido tão feliz na colocação ou mal interpretado, não queria dizer que a gente iria transformar assim só na preocupação mesmo, porque eu vejo isso na pratica pelo menos na minha cidade e as pessoas elas tem até muita dificuldade por não ter o nível cultural e entendimento como o nosso que estamos aqui hoje discutindo esse assunto de um futuro promissor que eu sou totalmente a favor dessa evolução, eu só falo dos cuidados que nós devemos ter pra poder combater essa negativação talvez em um futuro se isso vinher ou não acontecer.

Participante – Fala 11

Queria contar então rápido que o tempo está indo embora, dois exemplos que é interessante falar pra vocês que nos tivemos a oportunidade de vivenciar. Um responde meu amigo que foi embora, quem vai fazer? Eu acho que são muitas entidades, muitas partes que deverão fazer, eu acho que a parte de infra- estrutura como esgoto, como pia, dessas comunidades todas, tem que ser o Governo, obviamente, então não tem outra possibilidade da gente administrar, nem que o Governa faça e depois ele possa ter uma concorrência um arrendamento ou coisa que equivale, eu acho que tem Marinas como a de Itaparica que nosso amigo está vendo lá, foi feito pelo Governo, mais estava em Itaparica, teve um primeiro momento bem administrado, funcionava eu usava a Marina, tava ótima, agora foi pra Prefeitura, não tem o perfil a Prefeitura de prestar serviços, a Marina está lá decadente, acabada, vou precisar gastar um dinheirinho lá tal. Acho que o Governo tem de fazer a parte dele, e a Iniciativa Privada vem atrás colado e faz. Então o que eu quero dizer pra vocês é o seguinte: quando nós, eu sou Engenheiro, trabalho numa Empresa de Engenharia, quando o Governo do Estado, a CONDER fez a Marina de Itaparica, em frente da Marina, ali do lado tinha um quarteirão enorme, que era um hotel abandonado, era uma ruína, estava a venda ninguém comprava, até porque aquela historia não em viabilidade, ao sair a Marina nós compramos aquele terreno e fizemos um empreendimento lá, então ta feito, são sessenta e cinco apartamentos, foi bem vendido porque a Marina na frente era um apelo enorme, as pessoas tinham barco, escunas e lanchas compraram e começaram ir, a Marina gerou emprego, o nosso empreendimento que eu fui o primeiro sindico de lá, contratamos vinte e cinco pessoas de Itaparica, que todo mundo foi treinado lá, foi um propósito nosso, que a mão de obra fosse contratada lá, e há pouco tempo estive lá, tem 4 ou 5 anos isso, está tudo funcionando legal, o empreendimento esta lá, trouxe varias pessoas trabalham prestam serviços aos moradores, aquilo não tinha uma hospedagem legal lá, passou a oferecer, então pessoas começaram ir mais a Itaparica, alugar, lavam roupa, compram no mercado, eu acho que foi uma coisa que aconteceu legal no sentido de o Governo fez o investimento, criou oportunidade, eu acho que até cabe alguma coisa em Itaparica, mais isso foi um exemplo que eu acho que é o caminho, e o segundo exemplo pra terminar, nós estamos trabalhando com o negocio do saveiro, com Viva Saveiro, e nós temos um saveiro que é o Sombra da Lua, e como agente quer achar uma viabilidade para o saveiro, nos começamos a fazer uma experiência de turismo, embora nós não somos da área, nós começamos a pegar círculos de amigos diferentes, amigos de trabalho, amigos da família e fazer um programa turístico dentro da Baía de Todos os Santos, isto tem funcionado de uma maneira tão maravilhosa que vocês não imaginam, é que não tem se tivesse, é o negocio não tem turista porque não tem opção ou não tem opção porque não tem turista,

eu não tenho a menor duvida, que não tem turista porque não tem opção, se tiver não tenha duvida que tem, nós começamos de fazer esse convite, vinte pessoas, trinta pessoas que cabe no saveiro, sai da rampa do Mercado Modelo, pessimamente acessando, mal cheiro, sujo, posto de gasolina, desce ali escorregando, se segundo e tal, mais as pessoas embarcam ali, sobe o Rio Paraguaçu, são três pessoas no saveiro, estou tendo uma vida bancada pelo saveiro, eu sobrevivo do saveiro, subimos até Coqueiros, aí vem aquela coisa que vocês estavam falando que, nós entendemos que vocês dois estavam falando certo, mais o que acontece, chega lá tem Dona Cadu que faz uma cerâmica, do tempo dos escravos ainda, todo mundo comprou cerâmica dela, todo mundo e a noite tem o samba de Roda que é de Dona Cadu e que é famoso ali no Recôncavo, em Cachoeira, tal já passou na televisão. De dia eles estão mariscando, são mariscadores e na noite tocam violão tocam isso, e toca aquilo, eles fazem um show, então, essas pessoas estiveram lá, tiveram esse show, no outro dia compraram cerâmicas ali porque turista compra, sempre leva uma lembrança, se encanta com as coisas tal, ficam naquela festa, pegaram a van e voltaram para Salvador, já fizemos três vezes isso com grupos diferentes, então todo mundo está encantado quer voltar, quer voltar, então eu acho que essas coisas podem ser feita, e a ultima prova que o que vem primeiro é a Infra, eu estou muitos anos na Bahia e meu ramo é náutico, a gente tinha muito pouco barco, muito pouca lancha, ficava ali na Ribeira uma estação muito ruim, suja a água deixava o carro na Ribeira pra sair de barco roubavam o carro da gente, roubavam o radio aquelas coisas todas, e quando Reinaldo fez a Marina, não sei se a Leilane falou alguma coisa, lutou doze a treze anos pra licenciar e conseguir fazer, todo mundo contra, os Órgãos contra, impactava tal, agora o impacto foi descobrir Salvador e implantar uma cidade aqui, então não tem porque, no meu ponto de vista hoje, naquele local ali o porto de Salvador , com todo aquele negocio tem que botar uma Marina ali, no mundo inteiro se faz, então a Marina hoje... É se a gente vir as fotos antigas, não tem ninguém daquele tempo, a água batia no pé no do morro ali, aquelas Avenidas Estados Unidos, aquelas avenidas todas foram aterradas, então o mar revoltou-se doze anos, fez a Marina, hoje nós vamos na Marina, se vocês tiverem oportunidade passe lá, quem não conhece vá ver, nós temos lá sei lá cem, duzentos, trezentos barcos, lanchas de alto nível, quer dizer aquilo ali criou a demanda, quer dizer começou a ter a possibilidade, seis altos restaurantes, então, rico não é, não estou aqui discutindo isso, mais a cadeia é assim, como é a cadeia alimentar, é a cadeia econômica, então hoje ali, sobrevive várias e várias empresinhas que limpam barco, que dão manutenção, revenda de lanchas, revenda de lanchas usadas, manutenção de motores, manutenção de equipamentos eletrônicos, elétricos tal, toda uma cadeia econômica roda em torno daquela Marina ali, e marinheiros em todas as lanchas, quer dizer cada lancha daquela é uma família que está sendo sustentada. Então hoje eu tenho amigo que as vezes dizia isso não vai nunca, hoje o cara passa lá e aí, mais só cabe essa eu digo pô, porque só tem essa, faça outra legal com condições, aquela é ótima, uma das melhores Marina do Brasil e do mundo, padrão ótimo, mais faça uma intermediaria, vem toda uma intermediária, faça uma simplesinha como tem na Ribeira algumas, estão lá cheias de barquinhos porque as pessoas querem acessar o mar e querem o que?.

Então eu acho que esse depoimento aí é que eu queria dar pra vocês, eu acho que tem que acreditar e meter a mão pra fazer e tem que ser junto, não vai só o Governo resolver a parada e nem empresa privada sozinho não vai, tem que sair do papel realmente, a gente quer que saia e que comece a acontecer, isso se propaga, na hora que uma coisa dessa aí der certo, uma localidade desta que der certo, que tiver um píer, um saneamento básico feito e as pessoas ali tiverem um treinamento, um, mesmo a que não é do banco, mais se tiver um financiamentozinho para essas pessoas são todos honestos, são pessoas que estão ali há trinta anos, você vá a Botelho Rubens é conhecido, trinta anos ali trabalhando, é um cara honesto, não tem chance você chega lá não dá pra ir num banheiro, no restaurante e pergunta onde é o banheiro, o banheiro num tamanho mínimo, como é que leva um turista lá, a gente vai com alguém, a gente morre de vergonha, então se propiciar isso, eu acho que tem condição de propiciar viu Vera, prevê, condição em três lugares, que o cara tenha um financiamento, que tenha orientação de projeto, nós temos Escolas de Engenharia, Escola de Arquitetura, ser engajado no processo, fornecer esses projetos, e o cara ter lá o seu sanitário limpo, arrumado, ter um treinamentozinho de atendimento,e ter um financiamento a longo prazo pedido, porque tanta coisa financiada ai, porque esse pessoal não pode ser? Pra poder prestar o serviço, então quando um ponto desses funcionar não tem duvida que a iniciativa privada corre em cima, nego vai correr em Salinas, vai correr em Mutá, vai correr em tudo que é lugar você entendeu, agora tem que ter um píer, tem que ter o acesso e os grupos. Desculpa, tomei o tempo e vocês, obrigado.

Participante – Fala 12

Trinta segundinhos, seria apenas desfazendo mais uma vez um mal entendido, que eu fique tão estarrecido com a possibilidade de um chefe de Força Armada, orientar que alguém andasse sem

capacete, até descumprindo a legislação, aí eu liguei para o Major Gomes aqui, de tão aflito que eu fiquei, não é possível uma coisa dessa, numa reunião uns dias antes depois da cosia normalizada, e aí eu fico sabendo que mais uma vez o Delegado do Município de Itaparica, o Senhor Magalhães, uma pessoa extremamente controvertida, sensacionalista que voltar a ser Deputado mais uma vez. Bom, pelo jeito a última conversa que eu tive com o Sr. Joselito Bispo, ele queria ser expulso para depois o povo pedir pra que ele voltasse, e ele voltasse nos braços do povo, e não seria bem assim, então não de muito credito ao que o Senhor Magalhães anda dizendo aí não, ta? E por gentileza vão comer uma moquequinha lá em Vera Cruz e levar seus iates pra lá.

Christina Carneiro

É rapidinho, me ocorreu uma idéia, quer dizer, enfim pra ficar aí pra se pensar é com o depoimento do Pedro, que talvez se pudesse pensar no cronograma desse plano mesmo que fosse de uma forma ainda deficiente não ótima, porque tem aquela historia que o ótimo é inimigo do bom, tentar pensar em acordo com todo mundo que faz parte do Planejamento Integrado, eleger uma área e fazer um Projeto Piloto pra isso, pra até o final do plano, essa coisa esta operando, funcionando, montada com desenho de recursos com avaliação, talvez esse fosse uma caminho de mostrar que da, que é possível que vá não sei foi uma idéia.

30 de Outubro, nem que faça uma força tarefa Vera, pra pensar o seguinte: juntar um grupo de pessoas e indicar uma pro proposta pra que isso se implante meio uma força tarefa pra implantar isso, porque na hora que esse negócio começar a rodar e o Plano desenvolvendo, a saída aparece rapidinho.

Participante – Fala 13

Aproveitando a idéia dela que é maravilhosa, eu quero informar aos senhores que tem uma Fundação Bahia, Bahia Viva se não me engano, se não me falha a memória, Bahia Viva, eles conseguiram recursos pra Ilha dos Frades, eles estão fazendo um trabalho, eles vão reurbanizar as Ilhas dos Frades como um todo, eu acho como ele já tem recurso e já tem uma proposta grande, tem atracadouro de repente agente pode eleger as Ilha dos Frades como esse Projeto Piloto e aí dá a partida

Participante – Fala 14

Viu Vera, Vera, parece que o Ministério Publico do Turismo, a gente pode conseguir verba através dele.

Participante – Fala 15

Mais é isso, porque eu entreguei um projeto desse a semana passa para a Deputada Federal Lidice da Mata, e o caminho é esse, mesmo sendo por via Ministério, no caso tem que ser solicitado para o Deputado e o Deputado coloca como emenda, se for valor inferior a $ 10.000.000,00 a emende é individual, a partir de $ 10.000.000,00 passa a ser emenda de bancada.

Cristina Carneiro

Só uma observação que eu gostaria de fazer é o seguinte: agora com a nova legislação vinda inclusive do Ministério de Turismo, qualquer solicitação que se faça qualquer projeto turístico, tem que ter anteriormente um inventário turístico dentro dos padrões que foram estabelecidos pelo próprio Ministério, então esse inventário e imprescindível. No caso por exemplo nós fizemos pra Maragojipe, Cachoeira e Santo Amaro, através desse projeto, mais é dentro daquele exatamente formato.

Vera Lyra

Eu acho que a gente pode ir fechando um pouco por aqui, até porque estamos exaustos, eu fico olhando pra cara das pessoas e fico achando que não é apenas a minha idade que me deixou cansada, é também a gente desde cedo está aqui, e pensar, sentir e agir isso cansa também, embora a gente esteja sentado o cansaço mental é grande. Eu quero em nome da FEA, em nome da Equipe agradecer a vocês, dizer a vocês que não estamos fechando, esse processo é um processo aberto, até o final de outubro, e Leo assegura a gente que esse grupo vai funcionar, podia colocar na tela novamente aí Leo, e essas propostas que vocês fizeram aí no rosa, vão ser todas assimiladas, essa idéia que Cris deu também ela é muito boa, vamos ver se a gente consegue não é Boca, juntar isso e ver um desses municípios que já tenham esse levantamento, outra coisa, e ver como a gente consegue viabilizar isso e sempre jogando noticias pra vocês dentro desse grupo e vocês também. É aquilo que o Secretário diz que eu não concordo muito com

ele não; ele diz assim, outro dia ouvi ele dizendo “se vocês não insistirem nada acontece”, mais se ele disse não é?

Alguém mais alguma coisa a colocar?

Então quero agradecer a todos eu acho que a gente fez um bom trabalho foi interessante estar aqui com vocês e nos veremos nos próximos dias e fica mais ou menos pensado isso, a gente vai mandar e-mail pra vocês, mais vocês pensem a forma da gente fazer em cada um dos municípios uma nova reunião.

Olha isso que eu disse, estou esperando, estamos esperando que cada um dos municípios organize sua reunião.