funções e propósitos da escola função socializadora função instrutiva função educativa

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Funções e Propósitos da Escola Função Socializadora Função Instrutiva Função Educativa

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Page 1: Funções e Propósitos da Escola Função Socializadora Função Instrutiva Função Educativa

Funções e Propósitos da Escola

Função Socializadora

Função Instrutiva

Função Educativa

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Função Socializadora: necessidade de intercâmbios humanos.

* Transformar, de modo acelerado, valores e atitudes (aparentemente) bem assentados na sociedade chamada de moderna e ocidental.

Page 3: Funções e Propósitos da Escola Função Socializadora Função Instrutiva Função Educativa

Função Socializadora:  * Aspectos presentes nos intercâmbios cotidianos provocando aprendizagem de conduta, valores, atitudes e determinadas idéias:

- pragmática do vale-tudo; - ausência de compromisso e orientação;

- concorrência selvagem; - individualismo egocêntrico; - conformismo social; - reinado da aparência;

- o ter sobre o ser; - a exaltação do efêmero e mutável; - obsessão pelo consumo.

Page 4: Funções e Propósitos da Escola Função Socializadora Função Instrutiva Função Educativa

Processo de socialização 

* Intercâmbios “espontâneos” e “naturais”: instituições e instâncias sociais clássicas e modernas (família, tribo, escola, grêmio, empresa, televisão...) desenvolvem nas novas gerações formas de pensar, sentir, expressar-se e atuar

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Função Instrutiva: atividade ensino-aprendizagem.

* Sistemática e intencional, a fim de aperfeiçoar o processo de socialização espontânea, compensar lacunas e deficiências e preparar o capital humano da comunidade social.

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* A desigualdade nos processos de sociabilização é o problema-chave na sociedade formalmente democrática,

SUPERAR? OFERECER POSSIBILIDADES? COMPENSAR A DISCRIMINAÇÃO ATRAVES DO DESENVOLVIMENTO INDIVIDUAL DO GRUPO?

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• Escola Pública, obrigatória, enfrenta o desafio didático de diversificar as orientações, os métodos e ritmos, com o objetivo de ser

compensadora das diferenças econômicas e sociais.

• Aproximar a escola à realidade vivida individualmente facilita o difícil transito para a cultura intelectual, que em seu cotidiano, se

movem no mundo das relações locais, concretas, simples e empíricas.

• Os grupos menos favorecidos, só encontram na escola, espaço para viver a riqueza intelectual e

dela desfrutar.

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Função Educativa: ferramentas para decisões relativamente

autônomas.

QUESTIONAMENTO!!!validade antropológica dos influxos sociais, alternativas, decisões.

EXPERIENCIAS !!!!Culturas distantes (espaço/tempo)Conhecimento critico (artes, ciências, saberes populares.

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A escola será educativa quando o conjunto de materiais,

conhecimentos, experiências e elaborações simbólicas – a cultura

acadêmica – sirvam para reconstruir de modo consciente o pensamento e

atuação, através do processo de descentralização e reflexão crítica

sobre a própria experiência e a comunicação alheia.

Page 10: Funções e Propósitos da Escola Função Socializadora Função Instrutiva Função Educativa

Utilizar do conhecimento e da experiência mais rica da comunidade

humana para favorecer o desenvolvimento consciente e

autônomo do individuo de modos próprios de pensar, sentir e atuar – potenciação do sujeito requer uma

comunidade de vida, de participação democrática, busca intelectual,

diálogo e aprendizagem compartilhada, discussão aberta

sobre a qualidade.

Page 11: Funções e Propósitos da Escola Função Socializadora Função Instrutiva Função Educativa

Compromisso de Recriar a cultura, não uma academia para aprendizagem mecânica ou aquisições irrelevantes, mas uma escola comprometida com a análise e reconstrução das contingências sociais.

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* Conceitos, ferramentas, técnicas e códigos da cultura humana como conseqüência da participação ativa no intercâmbio de significados, desejos e comportamentos.

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“Educar não é transformar a

criança, o adolescente e o

jovem num armazém de

dados, mas dar ao ser humano o

poder de autogovernar-se

racionalmente, para não crer sem

provas.” – Miret Magdalena

(1996, p 14)

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Aprendizagem Relevante e Conhecimento

DisciplinarAprendizagem Memorística

Aprendizagem Significativa

Aprendizagem Relevante

Page 15: Funções e Propósitos da Escola Função Socializadora Função Instrutiva Função Educativa

Aprendizagem Memorísticareter a associação pretendida entre elementos da

realidade relacionados em virtude de muitos critérios, sem exigir a vinculação lógica pela natureza de seu

significado. 

* A aprendizagem de memória, por associação sem sentido, é uma aprendizagem necessária e útil, desde que não substitua a aprendizagem significativa.

• Exemplo: Tabuada1 x 2 = 22 x 2 = 43 x 2 = 64 x 2 = 85 x 2 = 106 x 2 = 12

Page 16: Funções e Propósitos da Escola Função Socializadora Função Instrutiva Função Educativa

Aprendizagem Significativaaquisição de materiais para estabelecer uma relação

lógica com os conteúdos já possuídos pelo indivíduo que tem interesse nesta apropriação.

 

* Esta aprendizagem permite o uso criador e crítico do conhecimento através da indução, da dedução e da tradução, possibilitando um crescimento sem limites. Usado na vida cotidiana, na escola ou na investigação.

• Exemplo: Divisão4 laranjas divididas igualmente entre 2 pessoas resultará em 2 laranjas para cada pessoa, pois:

4 ÷ 2 = 2

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Aprendizagem Relevante: aprendizagem significativa que provoca no sujeito a

reconstrução de seus esquemas habituais de conhecimento.

 

* Esta aprendizagem transcende a situação concreta de aprendizagem, reconstruindo os esquemas básicos do pensamento do indivíduo (explicações intuitivas).

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Delimitação da aprendizagem relevante

* 3 contextos cognitivos:- Produção; Utilização; Reprodução

do Conhecimento.

Contexto de Produção: este contexto da cultura crítica, localizada nas disciplinas científicas e artísticas, move-se por interesses e preocupações voltadas a produção da verdade, da bondade e da beleza.

 

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Delimitação da aprendizagem relevante

* 3 contextos cognitivos:- Produção; Utilização; Reprodução do Conhecimento.

 

Contexto de Utilização: busca a utilidade a curto prazo do conhecimento para interagir nos problemas cotidianos, inseridos na vida social, e resolvê-los de forma eficaz independente de seu tipo.

Contexto de Reprodução do Conhecimento: Seus propósitos explícitos e implícitos se confundem e mesclam em função de interesses políticos, econômicos e sociais de cada comunidade em cada época histórica.

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Produção: Cultura Crítica x

Reprodução: Cultura Acadêmica

Em geral, o conhecimento legítimo para a maioria dos indivíduos das sociedades escolarizadas é o conhecimento que se reproduz na escola, sendo uma complexa mistura do conhecimento definido pelo currículo oficial e pelas interpretações autônomas dos docentes (discurso recontextualizador).

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* O indivíduo em formação para a compreensão de sua vida cotidiana, assim como para a tomada de decisões, há de poder reconstruir seu pensamento com ferramentas da cultura crítica que devem servir para análise do micro, do macro e dos problemas habituais físicos, biológicos, psicológicos ou sociais cotidianos.

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A Escola como Espaço Ecológico de Vivência

CulturalA Escola como Centro de Vivência

e Recriação da Cultura

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Discurso de Competências: a prática pedagógica que se desenvolve em cada escola é a regra que insere um discurso de competências, cujo significado é o desenvolvimento de todo o tipo de habilidade.

 Discurso de Ordem Social ou Moral: é o

desenvolvimento de opções éticas e políticas no grupo social.

* Tais dircursos interagem entre si.

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Estrutura de Tarefas Acadêmicas: É o sistema de atividades que concretiza o currículo em ação. Refere-se “no que”, “para que” e “como” os alunos trabalham. Quem decide a natureza das tarefas, sua importância, os conteúdos, o rítmo e a distribuição do espaço e do tempo.

* A estrutura de tarefas acadêmicas define-se através de duas características:- Ambigüidade; Risco.

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Ambigüidade: refere-se ao grua de clareza visto pelos estudantes, do sentido e da demanda de uma determinada tarefa.

 

Risco: refere-se ao grau de segurança com que os alunos enfrentam a tarefa, em função de suas capacidades e da importância das conseqüências do êxito ou fracasso em tal tarefa.

* Ambigüidade e risco sempre estão juntas em cada aluno.

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O Discurso de Competências* É responsável pela formação do:- Sujeito pedagógico (o aprendiz);- Sujeito transmissor (o docente);- Contexto pedagógico (espaço e tempo);- Modelo de competência pedagógica comunicativa (o que há e como deve ser comunicado).

Currículo: define o “que fazer”. Relaciona-se com a classificação, ou seja, o grau de comunicação ou isolamento que se mantêm entre os conteúdos.

Pedagogia: define o “como fazer”. Relaciona-se com o enquadramento, ou seja, o grau de controle que professor e aluno têm sobre a seleção, organização, ritmo na seleção pedagógica.

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Prática Pedagógica* É definida através de três regras:- Hierarquia; Sucessão e Rítmo; Critério.

Regras de Hierarquia: define a relação entre docente e estudante, a posição de cada um e as expectativas que um espera do outro.

Regras de Sucessão e Rítmo: define a seqüência e ordem na transmissão (sucessão) e o nível de aprendizagem do estudante (rítmo).

Regras de Critério: define os indicadores e princípios para julgar a qualidade dos processos de ensino e aprendizagem.

* Há pedagogias visíveis (autônomas; de marcado) e pedagogias invisíveis (flexível)

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Estrutura Social de Participação: refere-se ao sistema de normas e padrões culturais explícitos ou tácitos que regem as relações sociais no grupo de sala de aula. Define cada grupo da sala de aula. É determinado por quatro âmbitos principais:

- As formas de governo e as estratégias de poder na sala;- O clima psicossocial estabelecido nas relações;- Padrões culturais que determinam os hábitos de conduta;- Definição de papéis e estereótipos individuais e grupais.

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A Vivência Crítica da Cultura no Espaço Escolar

O Ensino Educativo e a Vivência Crítica da Cultura

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Realidade da sala de aula: tal realidade é sempre complexa, incerta, mutável, singular e carregada de opções de valor.

* para o desenvolvimento educativo dos estudantes não pode-se aceitar que modelos sejam considerados equivalentes.

- Enfoque técnico;- Perspectiva racionalista;- Tendências naturais.

Comunicação em Sala de Aula* Na comunicação em sala de aula é necessário dois aspectos importantes:- Pensamento Metafórico; Comunicação não-verbal.

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Pensamento Metafórico: faz a ligação entre o que o indivíduo já conhece por sua experiência cotidiana e o novo conteúdo que lhe é exposto.

Comunicação não-verbal: 65% dos processos de comunicação se relacionam com comportamentos não-verbais. A comunicação não-verbal é transmitida através de gestos, entonação, tom, pausas, movimentos, etc.

* O propósito do ensino educativo é promover a integração dos contextos de produção, utilização e reprodução do conhecimento, para criar um espaço ecológico na escola e na sala de aula que facilite o diálogo criador dos indivíduos com a natureza, com as pessoas, com as criações culturais e com eles mesmos.

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O professor medíocre descreve,O professor bom explica,O professor ótimo demonstraE o professor fora de série INSPIRA!

(William Arthur Ward)

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A Escola como Espaço Ecológico de Vivência

CulturalOs Conteúdos do Currículo

A Vivência da Cultura

Os Modos de Ensino

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Conteúdos do Currículo: são uma seleção compacta da cultura crítica para

provocar a transição do estudante, da cultura intuitiva e experiencial de sua vida para a cultura crítica do pensamento mais elaborado.

 * A seleção do conteúdo deve ser feita conforme quatro virtualidades:- explicativa-aplicada;- artística-criativa;- Político-moral;- Pscicopedagógica.

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Virtualidade Explicativa-Aplicada: refere-se a validade dos conteúdos da cultura crítica para entender a complexidade do mundo natural e do mundo social, sua história e sua situação atual.

* Os conteúdos do currículo devem manifestar uma dimensão técnico-aplicada que capacite o indivíduo para intervir ativamente em seu mundo.

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Virtualidade Artística-Criativa: refere-se a possibilidade do ser humano de não apenas conhecer o real como de reformular subjetivamente este mundo real, criando e inovando no mundo do possível.

* Através da arte o indivíduo transforma subjetivamente o real estabelecendo inéditas relações e associações. Explora novos modos de ser, de relação, de sentimento e de expressão. Supõe um fator de superação, reconstrução e independência.

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Virtualidade Político-Moral: refere-se ao sentido que tem para o desenvolvimento do ser humano e para suas relações de convivência, tanto as representações científicas e culturais como as institucionais e as formas de organização social.

* Os conteúdos do currículo devem oferecer a possibilidade de conhecer, debater e valorar a qualidade antropológica das várias formas de vida, de organização, de produção e de convivência que a humanidade elaborou e experimentou ao longo da história.

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Virtualidade Pscicológica: refere-se a seu poder para provocar o envolvimento dos estudantes em sua aprendizagem. Suas características são o interesse, a adequação e a relevância.

* Os conteúdos do currículo devem possuir um grau de complexidade que permita o enriquecimento de estruturas e dos esquemas de conhecimento dos estudantes, sem lhes provocar a renúncia por incompreensão.

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Organização dos Conteúdos* A organização dos conteúdos do currículo deve atender a três critérios básicos:- Estrutura Lógica do Conhecimento Científico; Relevância e Complexidade da Realidade; Características da Cultura Experiencial de cada estudante.

Estrutura Lógica do Conhecimento Científico: cada âmbito disciplinar que pretende representar um domínio diferente da realidade, dispõe e se caracteriza por usar uma lógica peculiar.

* Cada especialidade requer linguagens, códigos, estratégias metodológicas e sistemas lógicos, em parte diferentes e específicos.

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Organização dos Conteúdos

* Três critérios básicos:

• Estrutura Lógica do Conhecimento Científico;

• Relevância e Complexidade da Realidade;

• Características da Cultura Experiencial de cada estudante.

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Estrutura Lógica do Conhecimento Científico:

cada âmbito disciplinar que pretende representar um domínio diferente da realidade, dispõe e se caracteriza por usar uma lógica peculiar.

* Cada especialidade requer linguagens, códigos, estratégias metodológicas e sistemas lógicos, em parte diferentes e específicos.

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Relevância e Complexidade da Realidade:

A seqüência lógica das disciplinas não pode prescrever uma única forma de ensino ou de aprendizagem.

* A aprendizagem relevante é mais acessível à medida que se aproxima dos modos em que se apresenta a realidade estudada na vida cotidiana e da seqüência de importância que se dá, na realidade, aos distintos fenômenos e problemas.

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Características da Cultura Experiencial:

A seqüência lógica das disciplinas devem ter correspondência com a estrutura, os roteiros e as estratégias da cultura experiencial dos estudantes.

* O importante não é a elegância da apresentação dos conteúdos, mas sua virtualidade para provocar a curiosidade e envolver os estudantes num processo de aprendizagem que conecta suas aquisições experienciais com os processos atuais de busca, contraste e reconstrução.

Page 44: Funções e Propósitos da Escola Função Socializadora Função Instrutiva Função Educativa

Modos de ensino: colaboração e diversidade dos

projetos

* A integração dos contextos de produção, utilização e reprodução da cultura crítica

na escola requer três princípios integradores:

Escola-Sociedade; Aprender-Fazer e

Individualização-Socialização

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Escola-Sociedade: a escola é um espaço ecológico projetado para que o indivíduo aprenda em igualdade de oportunidades, e sem as limitações da injusta distribuição social de bens materiais e espirituais.

Individualização-Socialização: na escola a aprendizagem é um processo que está dentro de um grupo social com vida própria, com interesses, necessidades e exigências que configuram uma cultura peculiar.

Aprender-Fazer: o ensino educativo deve apresentar a aprendizagem da cultura em todas as suas dimensões. A observação, especulação teórica e experimentação empírica são aspectos indissociáveis deste processo.

Page 46: Funções e Propósitos da Escola Função Socializadora Função Instrutiva Função Educativa

A Escola como Espaço Ecológico de Vivência

CulturalO Contexto do Ensino

Educativo

A Função do Docente na Escola Educativa

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O Contexto do Ensino Educativo: o sentido educativo da comunicação que ocorre na escola também é caracterizado pelo contexto (marcos) físico e psicossocial. Tais marcos manifestam algumas características como o caráter implícito, dinâmico, inevitáveis e caráter cultural.

 

* Caráter implícito: nada mais é que o conhecimento tácito, que se impõe sem necessidade de explicação.

* Caráter dinâmico: modificam-se e flutuam como conseqüência do próprio processo de interação.

* Caráter inevitável: a comunicação humana desenvolve-se dentro da interação social num tempo e num espaço determinados.

* Caráter cultural: a organização do tempo e espaço, dos artefatos e das interações que configuram o marco da comunicação, definem-se de forma diferente, em função das diferentes culturas.

Page 48: Funções e Propósitos da Escola Função Socializadora Função Instrutiva Função Educativa

O Contexto Físico: refere-se a organização do espaço, do tempo e a distribuição de recursos. O ensino educativo requer um marco espacial e temporal mais flexível para se acomodar a diversidade de projetos, formulado e desenvolvido em cada grupo de alunos.

 

O Contexto Pscicossocial: no marco de interações na sala de aula e na escola, o principal aspecto é o de relações sociais horizontais e verticais. A comunicação humana está repleta de interesses, desejos, expectativas e preocupações, a fim de tornar o favorável o clima das relações sociais.

* São três os tipos de contexto básico que envolvem as interações sociais na escola:- Contexto Sociocultural; Político; Histórico.

Page 49: Funções e Propósitos da Escola Função Socializadora Função Instrutiva Função Educativa

Contexto Sociocultural: refere-se a diversidade cultural de padrões de comportamento, entendimento e comunicação relacionados a raça, a classe social ou ao grupo cultural.

 

Contexto Político: refere-se a distribuição do poder entre os indivíduos e os grupos, criando estereótipos que condicionam as relações em função de suas expectativas.

Contexto Histórico: refere-se a história de um indivíduo ou grupo de indivíduos na escola. Refere-se também a história da própria escola e do seu sistema.

* Com a participação ativa dos alunos numa comunidade de aprendizagem democrática, refletindo sobre a determinação da vida social e acadêmica da escola e da aula, obtêm-se a recontextualização da aprendizagem.

* Criar uma comunidade é um dos objetivos básicos para construir o clima de relações que permite a vivência da cultura crítica. Porém é um dos aspectos mais ignorados.

Page 50: Funções e Propósitos da Escola Função Socializadora Função Instrutiva Função Educativa

A Função do Docente na Escola Educativa: o ensino educativo requer uma forma distinta de definir a função do docente como agente principal na configuração de processos de ensino.

* A tarefa do professor deve provocar a aprendizagem relevante, ou seja, facilitar e provocar a reconstrução dos esquemas intuitivos de pensamento, sentimento e conduta de cada indivíduo.

* Não há desenvolvimento curricular sem o desenvolvimento profissional do docente e vice-versa. O docente deve

transformar- se em um investigador na sala de aula.

* A responsabilidade do decente, entre outras, é melhorar permanentemente a prática e a comunicação na escola para facilitar a reflexão crítica e a reconstrução do pensamento intuitivo dos estudantes.

Page 51: Funções e Propósitos da Escola Função Socializadora Função Instrutiva Função Educativa

Pedagogia Crítica: possui o enfoque emancipador e enfatiza a análise e a intervenção sobre o contexto social e político. Pretende desenvolver a consciência social dos cidadãos para construir uma sociedade mais justa e igualitária.

Investigação-Ação: possui o enfoque facilitador e enfatiza os processos de ensino e aprendizagem e as estratégias para provocar a reflexão livre do indivíduo. Permite ao indivíduo o crescimento pessoal para construir seus prórpios modos de conhecer, sentir e atuar.

Page 52: Funções e Propósitos da Escola Função Socializadora Função Instrutiva Função Educativa

Atividade DocenteTrês funções básicas

Abertura à Cultura Crítica; Facilitar a Aprendizagem

RelevanteAnimador Cultural

Page 53: Funções e Propósitos da Escola Função Socializadora Função Instrutiva Função Educativa

Abertura à Cultura Crítica: produz-se tanto por seu objetivo de

trabalho quanto pelo que faz e comunica de maneira tácita com suas posições, gestos e formas de vida.

Page 54: Funções e Propósitos da Escola Função Socializadora Função Instrutiva Função Educativa

Facilitar a Aprendizagem Relevante:

provocar a reconstrução da cultura experiencial dos estudantes

conhecendo-a e respeitando-a, estimulando sua utilização e seu

contraste, para que o indivíduo não a recuse mas anime-se a reconstruí-la

criticamente.

Page 55: Funções e Propósitos da Escola Função Socializadora Função Instrutiva Função Educativa

Animador Cultural:

Os docentes devem viver a aventura do conhecimento, da busca e do contraste

crítico e reflexivo, amar a democracia e se comprometer com suas exigências de

compreensão compartilhadas.

Page 56: Funções e Propósitos da Escola Função Socializadora Função Instrutiva Função Educativa

Viver a cultura crítica é amá-la, reproduzí-la e

desfrutá-la tanto como trabalhá-la e recriá-la em cada

disciplina, em cada problema, em cada

sinal, em cada projeto.