fundamentos da educao histria da educao

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  • Fundao Antares de Ensino Superior , Ps Graduao, Pesquisa e ExtensoCurso de Complementao PedagogiaDisciplina: Fundamentos Filosficos, Histricos e Sociolgicos da Educao

    Prof: Me. Camila de Melo

  • PENSAMENTO PEDAGGICO GREGO

    Na educao grega era exigido que o ensino estimulasse as competies, as virtudes guerreiras para estimular a superioridade frente os povos conquistados.

    Os gregos deram enorme valor arte, literatura, s cincias e filosofia. A educao do homem consistia na formao do corpo pela ginstica e na da mente pela filosofia e as cincias, e na moral pela msica e pelas artes. Poucos aprendiam a governar, pois apenas os livres, os que tinham propriedade, pois os bem educados tinham de saber mandar e obedecer.

    Apenas os gregos livres tinham acesso a educao e ao dilogo, j que a educao naquela poca, se dava atravs do dilogo.

  • A paidia, educao integral, consistia na integrao entre a cultura da poca e a criao de outra cultura recproca.

    Apesar da riqueza de conhecimento na educao, existia na Grcia muitas diferenas entre os seus habitantes. Os espartanos davam mais valor a ginstica e a educao moral, voltada aos interesses do Estado.

    Enquanto os atenienses existia um interesse maior pela retrica e para o exerccio da poltica. Os gregos eram educados atravs dos textos de Homero, que ensinava a virtude, o cavalheirismo, o amor glria. O ideal homrico era de ser sempre melhor e conservar-se superior aos outros. Scrates, Plato e Aristteles, exerceram grande influncia no mundo grego, no esquecendo dos sofistas que eram responsveis por ensinar a retrica. O estudo era dividido em escolas que ensinavam desde a leitura do alfabeto at a retrica e a filosofia, passando pela filosofia e a educao fsica.

  • O PENSAMENTO PEDAGGICO ROMANO

    Cena de escola emTrier. Relevo romano tardio (sc.III A.D.).O mestre e os alunos. Dois deles desenrolam seusvolumina(manuscritos; hoje, livros): o terceiro, direita, traz acapsa, caixa de madeira que serve para conter e transportar livros e que contm o necessrio para ler e escrever.

    Roma e na Grcia, so sociedades escravistas, onde o trabalho manual no valorizado, e o trabalho intelectual considerado trabalho da aristocracia, que consiste numa pequena parcela da sociedade, os cidados livres. Seus estudos eram na maioria das vezes humanistas, o que caracteriza o homem em todos os tempos e lugares. Este estudo era dado na escola do "gramtico", que seguia algumas fases; ditado de fragmento do texto, memorizao deste, traduo da prosa em verso, expresso da mesma idia em diversas construes, anlise das palavras e frases e composio literria.

    Assim se instrua a elite romana.

  • Para os escravos no era permitido o direito de estudar, eram tratados como objetos, aprendiam a fazer arte nas casas onde serviam. A sociedade romana era composta de grandes proprietrios: patrcios, grandes proprietrios e plebeus, pequenos proprietrios, que eram excludos do poder, do direito ao voto. Na poca urea do Imprio, a educao estava dividido em trs graus: Escolas do ludi-magister, ministravam a educao elementar; Escolas do gramtico: correspondia ao que hoje se conhece por ensino secundrio.

    Estabelecimentos de ensino superior: era uma espcie de universidade, onde se ensinava a retrica, o Direito e a Filosofia. Os romanos impuseram o latim a numerosas provncias, conquistaram a Grcia, que transmitiu a filosofia da educao aos romanos.

  • A filosofia era pouco difundida entre os romanos, e a pedagogia quando existe voltada para questes prticas. Um nobre romano deveria aprender coisas sobre a agricultura, a guerra e a poltica. Aos poucos a classe aristocrtica cede lugar a pequenos comerciantes, artesos e para uma pequena classe de burocratas. O Imprio sentiu a necessidade de escolas que preparasse administradores, j que para a guerra no havia necessidade de escola, os quartis ou a prpria guerra resolviam o problema.

    O Estado se ocupa diretamente da educao, treinando supervisores-professores cujo regimento se parecia com os militares. A educao romana era utilitria e moralista, organizada pela disciplina e justia. Dessa forma os romanos conquistaram um grande Imprio, fazendo escravos os povos por eles vencidos.

  • O PENSAMENTO PEDAGGICO MEDIEVAL

    A Igreja crist d o ponto de partida para esse pensamento pedaggico. Cristo foi um grande educador, popular e bem sucedido. A educao do homem medieval ocorreu de acordo com grandes acontecimentos da poca entre eles a pregao apostlica no sculo I, depois de Cristo. A partir de Constantino, o imprio adotou o cristianismo como religio oficial, e fez pela primeira vez a escola tornar-se o aparelho ideolgico do estado.

    Surge um novo tipo histrico de educao, uma nova viso do mundo e da vida, as culturas precedentes foram substitudas pelo poder de Cristo.

  • Um grupo de discpulos estuda uma lio com seu mestre, que l (repare nos olhos de todos: tanto os do professor quanto os dos estudantes fixam atentamente os livros abertos). Iluminura do sculo XIII (Bibliothque Sainte-Genevive, Paris, MS 2200, folio 58). - See more at: http://www.ricardocosta.com/artigo/educacao-na-idade-media-busca-da-sabedoria-como-caminho-para-felicidade-al-farabi-e-ramon#sthash.FdPdMwyK.dpuf

  • Foi criada uma educao par ao povo que consistia numa educao catequtica e dogmtica e outra educao para o clrigo humanista e filosfica teolgica. Os estudos medievais compreendiam, o Trivium (Gramtica, dialtica e terica) e o Quadrivium (Aritmtica, geometria, astronomia e msica). Maom (entre 570 e 532), funda uma nova religio, o islamismo. A doutrina de Maom est contida no Alcoro, livro sagrado dos muulmanos. O Alcoro a obra prima da literatura rabe. Da briga entre cristos e rabes inicia um novo tipo de vida intelectual chamada escolstica, que procura conciliar a razo histrica com a f crist. O maior idealizador desta escola foi So Toms de Aquino, que afirmava que a educao habita o educando a desabrochar todas as suas potencialidades, operando assim a sntese entre a educao crist e a educao greco-romana.

  • Ao lado do clero a nobreza realizava sua prpria educao, seu ideal era o perfeito cavaleiro com a formao musical e guerreiro, experiente nas sete artes liberais. As classes trabalhadoras tinham a educao oral, transmitida de pai para filho. A igreja no se preocupava com a educao fsica, considerava o corpo pecaminoso.

    Os jogos ficavam por conta da educao do cavaleiro. Na Idade Mdia foram criadas as universidades de Paris, Bolonha, Saleno, Oxford, Hedelberg e Viena. Para muitos historiadores a Idade mdia no foi a idade das trevas, da ignorncia, como os idelogos do renascimento pregaram, ao contrrio foi fecunda em lutas pela autonomia, com greves e debates livres.

    Discutia-se a gratuidade do ensino e pagamento das professoras. O que se constatou que o saber universitrio aos poucos foi se elitizando, guardado em academias submetido censura da igreja.

  • O PENSAMENTO PEDAGGICO RENASCENTISTA

    O pensamento pedaggico Renascentista influenciou diretamente a educao atravs da teoria heliocntrica, defendida por Coprnico (1473 - 1543). Como fatos que favoreceram esse pensamento pedaggico, so citados: as grandes navegaes do sc. XIV, que deram origem ao capitalismo comercial; a inveno da imprensa realizada por Gutemberg ; e a inveno da bssola que possibilitou as grandes navegaes. A educao Renascentista visava a formao do homem burgus.

  • Como principais educadores Renascentistas, foram citados:

    Vittorino da Feltre - que defendia uma educao individualizada, o auto governo do aluno e a competio; Erasmo Desdoro - para ele, o verdadeiro caminho deveria ser criado pelo homem, enquanto ser inteligente e livre; Juan Luis Vives - foi um dos primeiros a solicitar uma remunerao para os professores; Franois Rabeles - para ele o importante no eram os livros, mas a natureza. A educao precisava primeiro cuidar do corpo, da higiene, da limpeza, da vida ao ar livre, dos exerccios fsicos, etc; Michel de Motaigne - ele acreditava que as crianas devem aprender o que faro quando adultos; Martinho Lutero - para ele a exaltao Renascentista do indivduo de seu livre arbtrio, tornara inevitvel a ruptura no seio da igreja. Iniciou a reforma Protestante, que foi considerada como a primeira grande revoluo burguesa.

  • O PENSAMENTO PEDAGGICO ILUMINISTA

    O pensamento iluminista surgiu no sculo XVII, que se fortaleceu com a Revoluo Francesa, na poca em que se buscava as liberdades individuais, contra a escurido da igreja e a prepotncia dos governantes. Na poca do auge do Iluminismo, Jean Jacques Rousseau, inaugurou uma nova fase na educao.

    Pela primeira vez, a educao se tornou obrigatria, assim se fazendo escola pblica, filha da revoluo burguesa, gratuita e para todos, mas ainda elitista, pois poucos podiam cursar uma universidade.

  • A educao da poca no deveria apenas instruir mas tambm permitir que a natureza desabrochasse na criana de forma livre, sem represses, restringindo-se a experincias. O iluminismo educacional representou o fundamento da pedagogia burguesa.

    A classe trabalhadora tinha o mnimo de educao, pois a burguesia ascendia sobre os ideais de liberdade.

    A liberdade para os burgueses consistia em estar livre para a acumulao de riquezas, os intelectuais da poca , cultivavam a noo de liberdade na essncia do homem. A liberdade e a igualdade eram nocivas para os burgueses, pois provocaria padronizao das classes. A educao popular deveria fazer com que o povo aceitasse sua pobreza.

  • PENSAMENTO PEDAGGICO MODERNO

    Nos sculos XVI e XVII, a sociedade passou por mudanas significativas, houve a queda do modo de produo feudal. Na educao houve muitas mudanas, pois o que era ensinado foi considerado obsoleto, alguns filsofos fizeram grandes descobertas na rea da educao, deram um novo ordenamento s cincias.

  • Os principais filsofos que tiveram maior ascenso nesta poca foram:

    Ren Descartes, que escreveu o "Discurso do Mtodo", que consistia em quatro grandes princpios, tais como: jamais tomar alguma deciso sem conhec-la evidentemente como tal; dividir todas as dificuldades quantas vezes forem necessrios antes de resolv-las; organizar os pensamentos comeando pelas mais simples at as mais difceis; e fazer uma reviso geral para no omitir nada. Joo Amos Comnio, escreveu a "Didtica Magna", considerada como mtodo pedaggico para ensinar com rapidez. Dizia que a escola ao invs de ensinar palavras, deveria ensinar o conhecimento das coisas. John Loke, combateu o inatismo, dizendo que nada existe em nossa mente que no tenha origem em nossa mente. Francis Bacon, divide as cincias e ainda diz que saber poder sobre tudo.

  • O PENSAMENTO PEDAGGICO POSITIVISTA

    O pensamento pedaggico positivista consolidou a concepo burguesa da educao. Seu maior expoente foi Augusto Comte (1798 - 1857), que tem como principal obra o "Curso de filosofia positiva", publicado em 1830 e 1842. Comte combateu o esprito religioso, mas acabou propondo a instituio do que chamou "religio da humanidade" para substituir a Igreja. Segundo ele, a humanidade passou por trs etapas sucessivas:

    O estado teolgico, durante o qual o homem explicava a natureza por agentes sobrenaturais;

    O estado metafsico, no qual tudo se justificava atravs de noes abstratas como essncia, substncia, causalidade, etc; e o estado positivo, o atual, onde se buscam as leis cientficas.

  • Herbert Spencer (1820 - 1903) discpulo de Comte, deixou de lado a concepo religiosa do mestre e valorizou o princpio da formao cientfica na educao. Um dos principais expoentes na sociologia da educao positivista foi mile Durkhein (1858 - 1917), que considerava a educao como imagem e reflexo da sociedade. A pedagogia seria uma teoria da prtica social. Para os pensadores positivistas, a libertao social e poltica passava pelo desenvolvimento da cincia e da tecnologia, sob o controle das elites. O positivismo nasceu como filosofia, portanto interrogando-se sobre o real e a ordem existente, mas, ao dar uma resposta ao social, afirmou-se como ideologia. Segundo o autor, a expresso do positivismo no Brasil inspirou a Velha Repblica e o golpe militar de 1964. Segundo essa ideologia da ordem, o pas no seria mais governado pelas "paixes polticas", mas pela racionalidade dos cientistas desinteressados e eficientes: os tecnocratas.

  • No Brasil, o positivismo influenciou o primeiro projeto de formao do educador, no final do sculo passado. O valor dado cincia no processo pedaggico justificaria maior ateno ao pensamento positivista. Durkhein, ao contrrio de Rosseau declarava que o homem nasce egosta e s a sociedade, atravs da educao, pode torna-lo solidrio. Para Durkhein, a educao a ao exercida pelas geraes adultas sobre as geraes que no se encontram ainda preparadas para a vida social; tem por objeto suscitar e desenvolver, na criana, certo nmero de estados fsicos, intelectuais e morais, reclamados pela sociedade poltica no seu conjunto e pelo meio especial a que a criana, particularmente, se destine.

  • O PENSAMENTO PEDAGGICO ORIENTAL

    A pedagogia surgiu como uma cincia que tem como objetivo estudar, analisar, e sistematizar o conhecimento educacional. Os valores da tradio, da no violncia e da meditao ligados a religio, foi onde firmou-se a transmisso de conhecimento segundo o Oriente. A educao primitiva fundamentava-se nos rituais de iniciao, possuam uma viso animista, que acreditava que tudo na natureza possua uma alma semelhante ao homem.

    A educao ocorria de maneira espontnea e natural, no existia ningum destinado a ensinar porm todos de uma certa maneira contriburam para os ensinamentos, pois a educao provinha das imitaes e da oralidade.

  • A doutrina pedaggica mais antiga o Taosmo, uma espcie de pantesmo no qual os princpios recomendam uma vida pacata e tranqila.

    Confcio criou um sistema moral que cultuava os mortos e que mais tarde tornou-se religio. Ele idealizava famlias patriarcas onde o pai comparado a um governante centralizava todo o conhecimento desconsiderando todo o saber e inteligncia dos filhos. A educao Hindusta tendia para a reproduo e contemplao da casta, dividem a mesma profisso bem como a mesma religio, os casamentos so realizados entre si. Exaltavam o esprito repudiando o corpo.

  • Aqueles que eram excludos da sociedade, bem como as mulheres, no tinham acesso a educao. Os egpcios foram os primeiros a tomar conscincia da importncia da arte de ensinar. Criaram casas de instruo onde ensinavam a leitura, a histria dos cultos, a astronomia, a msica e a medicina. Poucas informaes deste perodo foram preservadas. O povo que mais conservou informaes sobre sua histria, foram os hebreus, deixando como herana para o mundo um conjunto de doutrinas, tradies, cerimnias religiosas e preceitos que ainda hoje so seguidos. De maneira geral os ensinamentos primitivos ocorreram de maneira semelhante entre muitos povos, marcados pela tradio e pelo culto aos velhos.

  • O tradicionalismo pedaggico determinado por tendncias religiosas diferentes.

    Na comunidade primitiva a educao provinha da prpria comunidade, essa se dava atravs da vida e para a vida.

    A criana aprendia no seu prprio dia a dia. Em fim a escola era a prpria aldeia. A escola de hoje nasceu com a hierarquizao e a desigualdade social gerada por aqueles que se apoderam do excedente produzido pela comunidade primitiva.

    Tm-se hoje na Histria da Educao a marca da desigualdade econmica, onde encontra-se uma linha educacional destinada aos exploradores e outra destinada aos explorados.

  • O PENSAMENTO PEDAGGICO AFRICANO

    A cultura africana no se desenvolve de forma unitria em todo seu territrio. As diferenas de nveis de cultura, explicam os diferentes comportamentos frente aos movimentos de libertao. Na frica pr-colonial, no existiam escolas, mesmo assim as crianas eram educadas, elas aprendiam fazendo e vindo em contato com os mais velhos. Ouvindo as histrias dos mais velhos, aprendiam histrias tribais e o relacionamento de suas tribos com outras. A educao era portanto informal. O sistema educacional na Tanznia era cooperativo e no individual, o conceito de qualidade e responsabilidade condizia com qualquer habilidade, seja ela agropecuria ou ligada a atividade econmica.

  • No se trata apenas de organizao escolar ou de currculo, os valores sociais so formados pela famlia, escola e sociedade, ou seja, pelo ambiente global que envolve a criana. Um povo iletrado no necessariamente um povo ignorante, o conhecimento pode ser passado de forma oral, de gerao a gerao, mesmo sem a existncia de escolas.

  • O PENSAMENTO PEDAGGICO DO TERCEIRO MUNDO

    O pensamento pedaggico do Terceiro Mundo originrio de experincias educacionais dos pases colonizados, como os da Amrica Latina e os da frica. Na luta pela sua emancipao, estes pases constituram uma teoria original. A Europa colonizou os dois continentes, dividindo territrios e tornando estes pases cada vez mais dependentes e subdesenvolvidos. Os colonizadores combateram a educao e a cultura nativa impondo seus hbitos e costumes e escravizando os nativos de cada regio.

  • Na frica, os colonizadores impuseram uma nica lngua estrangeira a fim de catequiz-los e uni-las numa religio universal, sendo que este programa no deu certo porque a tradio europia era calcada no valor da palavra escrita, ao passo que a tradio africana dominada pela oralidade. Nos anos 70, com a libertao dos pases africanos, foram feitas enormes campanhas de alfabetizao, consideradas um fracasso pelos europeus. Mesmo desacreditados, os africanos obtiveram grandes resultados. Estas campanhas visavam a incorporao dessas massas num projeto nacional e o fortalecimento do povo como animador coletivo da educao.

  • O PENSAMENTO PEDAGGICO LATINO AMERICANO

    As metodologias em uso nas escolas tm um enfoque verbalista, o professor expe idias retiradas de livros, de onde o aluno retira todas as suas percepes formais do saber. A escolha assemelha-se a uma fbrica, onde o professor fala e o aluno absorve as informaes por aquele passadas. Todas as instituies vinham com respostas prontas. Ao aluno basta memorizar as informaes. Nos dias de hoje com a diversidade de informaes, a comunicao se tornou mais diferenciada entre as comunidades e tambm em relao a natureza. As percepes visuais e sonoras so fundamentais ao ato de conhecer.

  • A compreenso no vem depois da audio ou da viso, a linguagem total introduz o homem num universo de percepes, a percepo opera integrando os diversos sentidos. A pedagogia da linguagem total leva ao prazer novo e motivador da aprendizagem, o aluno est sempre querendo estimular suas sensaes e percepes. Tanto alunos como professores para realizar a autntica educao, tm que se colocar em estado de comunicao intenso, indo um em encontro ao outro.

  • O PENSAMENTO PEDAGGICO BRASILEIRO

    Graas ao pensamento iluminista trazido da Europa por intelectuais e estudantes que no tinham mais tantos laos com a Igreja, deram os primeiros passos, embora tmidos, para as mudanas do pensamento pedaggico brasileiro. O pensamento pedaggico teve grande ajuda dos jesutas, que difundiram nas classes populares a religio subservincia, da dependncia ao paternalismo, caractersticas marcantes da cultura brasileira at os dias de hoje. O primrdio da educao brasileira foi Rui Barbosa, que pregava a liberdade de ensino, a instruo obrigatria, este se inspirou no sistema educacional da Inglaterra, Alemanha e Estados Unidos.

  • No incio deste sculo a educao teve grande interesse nos movimentos anrquicos, tinham no seu pensamento que se no ocorressem mudanas profundas na mentalidade das pessoas, a revoluo social desejada jamais alcanaria o seu objetivo. Anos depois a educadora Maria Lacerda de Moura, que combatia o analfabetismo , defendia a educao dos sentidos e o estudo do crescimento fsico.

    Dizia que era necessrio declarar guerra ao analfabetismo, ao orgulho tolo, ambio, ao egosmo, prepotncia, assegurada pela autoridade do diploma e do bacharelado incompetente. Em 1944, o Instituto Nacional de Estudos Pedaggicos, inicia a publicao da Revista Brasileira de Estudos Pedaggicos, um precioso testemunho da histria da educao no Brasil, fonte de informao para os educadores brasileiros at hoje.

  • Paulo Freire, foi o maior contribuinte da alfabetizao de jovens e adultos, que desenvolveu uma teoria pedaggica que envolvia a pesquisa participante e os mtodos de ensinar.

    O seu pensamento humanista e crtico na histria tem seus problemas e o educador tem de saber o que fazer com elas.

    Florestan Fernandes, defensor da escola pblica, seu pensamento sociolgico criou um novo estilo de pensar sobre a realidade social.

    J para Luiz Pereira a soluo dos problemas dentro da escola, depende da soluo dos problemas externos a ela, envolvendo o aspecto econmico e social.

    Para Rubem Alves o educador se descobre como um ser vivo, onde as sensaes esto envolvidas com o seu trabalho.

    Para Antnio Muniz de Azevedo a educao um processo permanente de aperfeioamento humano.

  • Darcy Ribeiro analisou o ensino pblico, extino do 3 turno, aperfeioamento do magistrio, implantao de escolas integradas, onde a criana permaneceria mais tempo na escola, com professores competentes e com orientao que a maioria no encontram em casa.

    Pode-se dizer que o pensamento pedaggico brasileiro, tm sido definido por duas tendncias gerais; a liberal e a progressista.

    Os educadores e os tericos da educao liberal defendem a liberdade de ensino.

    E da educao progressista defendem a formao de um cidado crtico e participante.

    O pensamento pedaggico brasileiro muito rico e est em movimento.

  • O PENSAMENTO PEDAGGICO CRTICO

    Depois de duas guerras mundiais, os existencialistas e fenomenologistas se perguntavam o que estava acontecendo de errado com a educao. Entre os maiores crticos, est o filsofo Louis Althusser e os socilogos, Pierre Bordieu e Jean Claude Passeron, cujas obras tiveram grande influncia no pensamento pedaggico brasileiro na dcada de 70. Elas demonstraram o quanto a educao reproduz a sociedade. Pensamentos dos principais idealizadores do Pensamento Pedaggico Crtico: Louis Althusser: A escola-famlia substitui o binmio igreja-famlia como aparelho ideolgico dominante. a escola obrigatria durante muitos anos, na vida do ser humano.

  • Bordieu e Passeron: Para eles, toda ao pedaggica objetivamente uma violncia simblica enquanto imposio, por um poder arbitrrio. A ao pedaggica tende reproduo cultural e social simultaneamente. Baudelot e Establet: Empreenderam um estudo profundo do sistema escolar, destruindo a representao ideolgica da escola nica. Dizem que existe na verdade, duas redes escolares, a secundria-superior, reservada para a classe dominante, e a primria-profissional reservada para as classes dominadas. Jesus Palcios: Afirma que a escola no nem a causa, nem o instrumento da diviso da sociedade em classes. Walter Benjamin: Criticou o ensino nas universidades, onde predominava a informao ao invs da formao.

  • Basil Bernstein: Estudou a relao entre a lngua e as diferenas sociais. Dedicou especial ateno linguagem das classes trabalhadoras. Henry Giroux: Se dedicou ao estudo da sociologia da educao, da cultura, da alfabetizao e da teoria do currculo. Stanley Aronowitz: Analisa a teoria crtica e seus fundamentos. Carnoy: Defende a tese de que s os movimentos sociais, podem tornar a escola mais democrtica.

  • O PENSAMENTO PEDAGGICO ANTI AUTORITRIO

    Neste captulo do livro "Histrias das idias pedaggicas" de Moacir Gadotti, comentado como Gerald Mendel, baseado na teoria de Freud, iniciou os estudos sobre a autoridade e seus mecanismos de imposio, principalmente a autoridade paterna.

    Para tanto, Mendel props a abertura da escola para a poltica e tomada do local onde concentrava-se o poder pelos jovens a fim de confrontar com o autoritarismo institucional. Dentre os autores que seguem esta linha de pensamento pedaggico, foram destacados:

    Francisco Ferrer Guardi (1859 - 1909) que tinha como objetivo abolir da escola todo o instrumento de repreenso e violncia, sua tarefa seria preparar os futuros revolucionrios, a ao pedaggica que ele teoriza a existncia da disciplina artificial que regada pelo autoritarismo cego, e uma disciplina natural que prope encontrar um consenso.

  • Alexander S. Neill (1883 - 1973) que tornou-se conhecido no Brasil, atravs de seus livros "Liberdade sem medo", "Liberdade sem excesso", "Liberdade no lar", Liberdade na escola" e "Amor e juventude". Ele acreditava que a misso do professor era a de estimular o pensamento da criana, que a dinmica interna da liberdade se encarregaria de proporcionar as mais ricas e variadas formas de vivncia. Carl Ransom Rogers (1902 - 1987), criou a "compreenso emptica" que seria o processo de criar um clima inicial, comunicar confiana e esclarecer e motivar com coerncia e autenticidade desenvolvido pelo educador ou facilitador de aprendizagem.

  • Celestin Freinet (1896 - 1966) afirmava que na medida em que organizamos o trabalho, teremos resolvido os principais problemas de ordem e disciplina: no de uma ordem e uma disciplina formal e superficial, que no se mantm seno por um sistema der sanes, previsto como uma camisa-de-fora que pesa tanto a quem recebe como ao mestre que a impe. E finaliza com Henry Wallon (1879 - 1962) que enfatizava que o desenvolvimento da criana decorre em etapas, sendo cada etapa caracterizada por uma atividade preponderante, ou conflito que a criana deve resolver. O desenvolvimento acontece de modo descontnuo, uma vez que as crises evolutivas que resultam na reestruturao da conduta infantil no so lineares nem uniformes.