fundamentos da engenharia econômica

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PLANO DE ESTUDOS OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM Compreender os fundamentos da engenharia econômica. Entender como a engenharia econômica auxiliará nas tomadas de decisão em análises financeiras. Entender como são feitas análises econômicas dentro de cenários diferentes. Fundamentos da Engenharia Econômica A importância da análise Econômica O engenheiro e a engenharia econômica hoje Dr. Cláudio Roberto Magalhães Pessoa Fundamentos da Engenharia Econômica

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PLANO DE ESTUDOS

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM

• Compreender os fundamentos da engenharia econômica.• Entender como a engenharia econômica auxiliará nas

tomadas de decisão em análises financeiras.

• Entender como são feitas análises econômicas dentro de cenários diferentes.

Fundamentos da Engenharia Econômica

A importância da análise Econômica

O engenheiro e a engenharia econômica hoje

Dr. Cláudio Roberto Magalhães Pessoa

Fundamentos da Engenharia Econômica

Fundamentos da Engenharia Econômica

Caro(a) aluno(a), na primeira unidade do livro, os conceitos básicos de economia, os problemas enfrentados, fatores de produção e fluxo econômi-co permitiram perceber como estamos inseridos dentro da economia de uma sociedade e como ela nos afeta diretamente. É importante, doravante, co-meçarmos a entender como esses conceitos serão importantes em nossa vida profissional e pessoal.

Para tal, nesta unidade, vamos entender novos conceitos ligados à Engenharia Econômica que nos auxiliarão nas análises de investimentos, ta-refa de extrema importância na vida de qualquer engenheiro.

Na unidade anterior, pudemos perceber que a principal preocupação da economia está foca-da na escassez, ou seja, como será gerenciado o mercado de modo que as necessidades ilimitadas do seres humanos não acabem com os fatores de produção que são escassos. Agora, é interessante, uma vez que estamos em um curso de engenharia, entender o que seria a engenharia econômica e como ela irá influenciar a nossa vida profissional.

37UNIDADE II

A engenharia econômica tem um papel fun-damental na vida de um engenheiro. Ao analisar-mos as atividades desenvolvidas pelo engenheiro, é possível notar que ele é um gestor nato, pois trabalhará a maior parte de seu tempo tomando decisões que afetarão o negócio de sua empre-sa; esteja ele na obra, departamento de projetos ou como executivo. É importante salientar que o impacto da tomada de decisão será maior (ou me-nor) de acordo com o nível de responsabilidade que estiver na mão desse profissional.

Portanto é relevante conhecermos o conceito básico da engenharia econômica. Para Ferreira (2017, p. 15), a engenharia econômica é

“um sinônimo, ou até mesmo uma área, da análise de investimentos, a qual, por sua vez, é uma área fundamental da atividade empresarial. Afinal é pela execução de pro-jetos de investimentos que as empresas e os empreendimentos ampliam sua capacidade operacional, sua capacidade de realização de negócios e seus resultados financeiros e mercadológicos, assegurando, dessa forma, sua continuidade.

Em um trabalho interessante desenvolvido por Nakano (1967), é elaborado um raciocínio visan-do fazer conexão entre a engenharia e a economia. Segundo o autor, o grande desafio no desenvolvi-mento econômico do país é fazer com que as em-presas entendam que, no mercado atual, a gran-de força do mercado está nas mãos do mercado. Hoje, não são mais as empresas que decidem o que produzir e vender. Claro que todas as empresas possuem um foco de mercado; porém, uma vez

escolhido o mercado, são seus clientes que irão definir o que e quando comprarem, uma vez que o mercado está muito concorrido.

Ainda segundo Nakano (1967), não se pode esquecer que os fatores de produção são escassos, como vimos na unidade anterior. Com isso, e com a dependência da demanda de mercado, a enge-nharia econômica ganhará força no momento da tomada de decisão dos gestores para atuarem no mercado escolhido.

Com essa ideia, Nakano (1967, p. 90) faz uma conexão interessante de conceitos, ao mostrar que a engenharia, nesse contexto, tem a grande missão de desenvolver uma solução “tentando controlar e dirigir as forças físicas e materiais da natureza em benefício do Homem”. Por seu lado, a econo-mia fará todo um estudo em relação aos aspectos sociais de produção e distribuição de bens e/ou serviços. Assim, temos a engenharia procurando a eficiência tecnológica e a economia procuran-do a eficiência econômica. Desse modo, o autor conclui que a Engenharia Econômica terá esse papel fundamental de “harmonizar a eficiência tecnológica à eficiência econômica”.

A Engenharia Econômica procura subordinar a técnica de produção, desenvolvida pela Enge-nharia, aos fins da atividade econômica do Ho-mem. Leva, assim, em consideração a maneira de satisfazer as necessidades humanas e o seu custo de satisfazê-la.(Yoshiaki Nakano)

38 Fundamentos da Engenharia Econômica

Segundo Ferreira (2017), a Engenharia Econômica existe desde o século XIX, porém, no Brasil, só passou a ganhar força nos últimos 50 anos engloban-do conhecimento de economia, matemática e estatística. Ela tem como objetivo principal dar res-postas aos problemas de toma-da de decisão que resultem na aplicação eficiente de recursos, trazendo consigo um retorno do investimento que atenda à de-manda das organizações. Para o autor, a Engenharia econômica é tão importante nas organiza-ções, como administração estra-tégica, marketing, gestão de pro-cessos, recursos humanos etc., pois, sem uma gestão efetiva dos recursos das organizações, até mesmo sua sobrevivência pas-sará a ser um “evento de caráter aleatório”, em que não poderá prever quase nada.

Para o autor, todas essas funções podem ser resumidas como “o estudo da rentabilidade comparada das alternativas” (MACHLINE, 1966, p. 99 apud NAKANO, 1967, p. 91). Sendo assim, é importante, então, observarmos, nesse momento, as análises econômicas que são utilizadas nas tomadas de decisão.

A Engenharia Econômica utilizará os raciocínios matemáticos da engenharia, aliados aos conheci-mentos da economia, para auxiliar os gestores em suas tomadas de decisão de investimentos que serão realizados na busca de melhores resultados operacionais para as organizações.

Fonte: adaptada de Nakano (1967).Figura 1 - Funções da Engenharia Econômica

39UNIDADE II

Ao estudarmos a primeira unidade e os conceitos básicos da Engenharia Econômica, ficou claro, ao falarmos de economia, que estamos sempre anali-sando um problema básico que é a escassez de re-cursos e fatores de produção. É, também, essencial analisar, no momento da tomada de decisão, as possíveis variáveis financeiras que permitirão ao gestor ter uma noção do impacto de sua decisão. Ao longo deste livro, iremos analisar vários mé-todos e fórmulas que são utilizadas para esse fim.

Segundo Vasconcellos (2009), a Engenharia Econômica aplica técnicas que permitem o tra-tamento de informações, com análises econômi-cas e matemáticas, e permite tomar decisão entre alternativas de investimentos, como substituição de equipamentos, compra ou aluguel de um de-terminado imóvel etc. Segundo o autor, a análise prévia do investimento permite a racionalização dos fatores de produção. Para tal, utiliza-se a ma-temática financeira que, por sua vez, descreve a relação do binômio Tempo x Dinheiro.

A Importância da Análise Econômica

40 Fundamentos da Engenharia Econômica

A relação tempo x dinheiro é de suma importância na análise de investimentos, pois dará aos gestores uma noção do dinheiro ao longo do tempo. Em outras palavras, ao analisarmos um investi-mento, principalmente de médio e longo prazo, é necessários que façamos uma análise mais profunda em relação às variáveis ao longo do tempo, pois, como veremos adiante, a inflação, taxa de juros etc. poderão depreciar o seu dinheiro, mascarando possíveis perdas futuras. Por isso é mister analisar, em caso de investimentos, contrair dívidas, o quanto iremos poupar e/ou gastar hoje, para fazer com o que o retorno desse investimento seja proveitoso no futuro (Figura 2).

Figura 2 - Qual o valor do seu dinheiro ao longo do tempo?

41UNIDADE II

Para que seja feita uma análise com qualidade, Vasconcellos (2009) propõe que sejam utilizados critérios para tomada de decisão, a saber:

Sem haver alternativas para análises, não faz sentido algum fazê-la. Para que busquemos um resultado que realmente seja significante para a organização, é preciso que se consiga algumas alternativas interessantes que nos permita avaliar qual seria a melhor naquele momento.

Devem Haver Alternativas de Investimentos

É importante ter esse critério em mente para evitar perda de tempo com análises que não levarão a nada. Foque sempre naquilo que diferencia duas alternativas. Se, por exemplo, você for ana-lisar dois motores e, nesse caso, o consumo dos dois é o mesmo, esse critério perde o sentido no momento da decisão. É preciso analisar outros fatores que farão a diferenciação entre eles.

Só as diferenças entre as alternativas são válidas

No mercado financeiro não será levado em consideração os gastos passados com determina-dos produtos ou serviços. Só será levado em consideração o valor de mercado desse bem. Por exemplo, não adianta nada adquirirmos um carro, investir em diversos acessórios e querer, no momento da venda, tentar recuperar esse valor gasto. Nem mesmo querer que o carro tenha o mesmo valor que foi pago no momento da compra. O carro terá o seu valor de mercado daquele momento. Nenhuma pessoa pagará mais por ele, mas é importante pensar, no momento de se realizar um investimento, qual seria a perda financeira com esse bem no futuro, pois, caso essa perda seja significativa, talvez não seja interessante desembolsar esse valor no momento. Talvez possa existir outro investimento que se justifique nesse momento, por isso é importante analisar todas as alternativas, como visto no primeiro critério.

Nos estudos econômicos, o passado geralmente não é considerado; interessa-nos o presente e o futuro

Quando falamos em dinheiro, estamos falando uma língua universal. É muito perigoso, ao se analisar possíveis investimentos, comparar grandezas ou coisas diferentes, como horas mensais de mão de obra com Kwh de energia. Sem que se tenha uma linguagem única, a análise se torna infrutífera, mas é, também, primordial lembrar que existem coisas que são intangíveis, impon-deráveis. E essas serão complicadas de analisarem em uma tomada de decisão financeira, pois quando tratamos de matemática, analisamos números de forma fria.

As alternativas devem ser expressas em dinheiro

Todas as vezes que se emprega um dinheiro, existe a possibilidade de se ganhar mais dinheiro com os juros que renderão em cima desse capital inicial. Essa análise é primordial para se conhecer e escolher qual seria a alternativa que traria um melhor retorno. Isso vale, também, para investi-mentos em equipamentos, produtos ou serviços. Sempre é importante, nas tomadas de decisão, analisar qual seria o retorno do capital caso fosse investido no mercado de capital e comparar com o retorno do investimento desejado. Isso poderá ser um fator crucial na tomada de decisão.

Sempre serão considerado os juros sobre o capital empregado

42 Fundamentos da Engenharia Econômica

Como visto na Figura 3, todo gestor, no momento de tomar uma decisão ficará com várias dúvidas que o levarão a buscar informações que os auxiliem nesse momento. É de extrema importância criar critérios, como os vistos anteriormente, para que, assim, possua um parâmetro que o guiará no sentido de buscar melhores resultados. Além desses critérios citados, Vasconcellos (2009) chama a atenção, também, para outros critérios de aprovação de um projeto. No caso dos projetos, o autor cita três di-mensões que devem ser trabalhadas de forma isolada ou conjunta. São elas:

• Critérios financeiros: no caso dos recursos financeiros, é muito importante a análise dos custos para prestação do serviço ou fabricação de um produto. Esse é um critério que, muitas vezes, é esquecido e que, mais adiante, inviabiliza qualquer projeto. Se a empresa não tiver recurso suficiente para “bancar” os seus custos até o fim, não adiantará em nada ter uma grande receita a receber lá na frente, pois a empresa morrerá antes. Sua empresa poderá até contrair dívidas, desde que seja possível amortizá-la em seu fluxo de caixa, mas se não tiver recurso necessário para pagar as despesas recorrentes, não irá durar muito tempo.

Figura 3 - Critérios para tomada de decisão

43UNIDADE II

O que matará sua empresa não é uma dívida, mas o seu fluxo de caixa!

• Critérios econômicos: no caso dos recur-sos econômicos, é fundamental conhecer qual será a rentabilidade do negócio, ou seja, qual a relação entre o lucro líquido em relação ao investimento realizado. Essa análise permite conhecer, até mesmo antes da realização do investimento propriamen-te dito, qual seria o seu retorno. Com isso, torna-se um critério muito importante na tomada de decisão.

Você sabe a diferença entre Lucratividade e Rentabilidade? Para acessar, use seu leitor de QR Code.

• Critério imponderáveis: os critérios im-ponderáveis são aqueles que não temos como transformá-los em valor financei-ro (dinheiro). Como exemplo, podemos analisar a compra de uma geladeira em lojas que a financiam em 36x. Utilizando as fórmulas da matemática financeira (que veremos mais adiante), é possível perceber que, ao comparar com o valor à vista, o va-lor pago daria para comprar mais de uma geladeira. Essa análise é fria e de critério puramente matemático. É preciso entender que, muitas vezes, somente desse modo o cliente pode equacionar a dívida em seu fluxo de caixa, comprando, assim, a gela-deira. À vista, não teria dinheiro para tal e ficaria sem o produto. Acho que, dessa forma, fica mais claro de entender o que seria o critério do imponderável. É pre-ciso, muitas vezes, levar em consideração situações que figuram dos dois primeiros critérios. Às vezes, pode estar ali a resposta que procura para sua tomada de decisão.

Agora que já conhecemos os conceitos e a impor-tância da engenharia econômica, é interessante fazermos um paralelo entre ela e outras ciências.

44 Fundamentos da Engenharia Econômica

Nos dias atuais, a profissão de engenheiro teve uma mudança brusca, se compararmos aos en-genheiros do século passado. Quando estudamos teorias de gestão antigas, como as de Ford, Fayol e Taylor, vistas em Chiavenato (2014), é possí-vel perceber que, nessa época, o engenheiro era responsável, única e exclusivamente, na área téc-nica, ou seja, era o engenheiro o responsável por aumentar a produção da empresa, uma vez que, quando enfrentamos um cenário de pouca con-corrência, produzir mais é sinônimo de vender mais. Desse modo, aumentado a produção, con-sequentemente, aumenta o resultado econômico da organização.

Após várias décadas de evolução, Peter Druc-ker, que também pode ser visto em Chiavenato (2014) como principal autor da teoria neoclássica, mostra-nos a inversão do mercado. O crescimento do mercado trouxe consigo a concorrência. Uma vez existindo concorrência, a inovação passa a ser algo primordial para sobrevivência das orga-nizações. O cliente passa a ter em mãos um poder comparativo de produtos no mercado, o que fará com que ele escolha aquele produto que melhor atende às suas necessidade.

O Engenheiro e a Engenharia Econômica Hoje

45UNIDADE II

Surge, então, a chamada era da informação. Pessoa e Silva (2016) mostram, com isso, a im-portância de se preocupar com a gestão da in-formação, principalmente com aquela que está diretamente ligada à organização: a demanda de seus clientes. Caso os gestores, engenheiros, não se atentem a isso, a organização estará condenada ao fracasso, pois não tem mais o poder de colocar no mercado aquilo que ela acha que deve. É aqui que a Engenharia Econômica deve ter um paralelo bem definido, com uma relação saudável com todas as outras ciências.

Qual seria, então, o perfil esperado pelas orga-nizações em tempos modernos?

O engenheiro deve entender, portanto, que, hoje, ele irá:

• Tomar decisões de negócio: eu costu-mo dizer que o engenheiro moderno tra-balhará 70% do seu tempo com decisões gerenciais (administrativas e financeiras) e 30% utilizando os seus conhecimentos téc-nicos. É ele quem está à frente de áreas de produção das empresas. Sendo assim, deve procurar conhecer muito bem do negócio da organização. Não cabe mais somente se preocupar com área técnica.

• Ter uma exigência de conhecimentos, habilidades e competências: para po-der tomar decisões gerenciais, é preciso aprender a gerenciar informações, de tal forma que consiga utilizá-la corretamente no momento oportuno.

Após essa análise crítica de informações, o en-genheiro deve realizar um estudo de viabilidade, utilizando todos os conceitos e fórmulas da en-genharia econômica que estudaremos neste livro, conhecendo todas as alternativas de investimen-tos, para, assim, escolher a que adeque melhor às necessidades da organização.

É importante para o engenheiro ter uma boa base de conhecimento de economia, devendo levar em conta coisas como: abordagem de cus-to-benefício, controle de custos e obtenção de lucro, conhecimento de informações do merca-do consumidor (indivíduos, família, empresas) e acompanhamento de índices de mercado (taxas de juros, investimentos, poupança). Isso dará a ele um diferencial competitivo, pois o habilita a tomar decisões mais precisas.

Nesse aspecto, o engenheiro terá uma vanta-gem, em relação aos economistas, por exemplo, por possuir um pensamento lógico e o costume de gerenciar processos. Isso permite que sua mente tome decisões de investimento seguin-do um padrão lógico como o demonstrado na Figura 4. Claro que não há, aqui, a intenção em dizer que esse modelo é o ideal para tomadas de decisão, porém poderá auxiliar os engenheiros, com menor experiência em gestão, a criarem o seu próprio modelo que permita enxergar como poderá agir na busca de decisões mais precisas.

Como veremos na Figura 4, é importante mu-darmos o perfil do engenheiro. Hoje, os engenhei-ros serão cobrados a serem muito mais participa-tivos em relação ao negócio da organização. Por mais que ela tenha um pensamento muito técnico, em que pretende trabalhar somente com projetos técnicos, é importante perceber que o nível de conhecimento existente, hoje, é muito grande. Isso torna impossível a qualquer engenheiro elaborar projetos grandes (estradas, hidroelétricas, grandes máquinas, sistemas de geração e distribuição de energia etc.) sozinhos. Isso o torna dependente de boas equipes. E, mais uma vez, somente os co-nhecimentos técnicos não serão suficientes, pois deverá saber lidar com gestão de equipes – mas esse já é assunto de outra disciplina.

46 Fundamentos da Engenharia Econômica

Nesta unidade, foi possível percebermos a impor-tância da engenharia econômica na vida profis-sional dos engenheiros, em que conhecemos seus conceitos básicos, critérios e métodos, a importân-cia da análise de situações, mercados, produtos, re-cursos etc., no momento da tomada decisão. Ficou claro que, para o engenheiro ser eficaz nas organi-zações, o seu nível de conhecimento deverá ir além de conhecimentos técnicos da área da engenharia.

É claro que, para que possamos fazer essas aná-lises, é preciso aprender também as ferramentas e fórmulas da matemática que nos conduzirão a tomadas de decisões que realmente trarão melho-res resultados operacionais às organizações. E esse será o assunto das unidades de agora em diante. Aguardo você, caro(a) aluno(a), lá!

Figura 4 - Fluxograma de processo de tomada de decisãoFonte: o autor.

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1. Leia as afirmações a seguir:

I) Segundo o que aprendemos no texto, ficou claro que, hoje, é importante que as organizações se preocupem com a estratégia de atendimento à demanda do mercado. Antes de falar em tecnologia, é preciso traçar estratégias eficazes e somente depois adequar as tecnologias para suportar o negócio.

II) O mercado, hoje, não busca mais aquele engenheiro que tenha conhecimen-tos técnicos suficiente para soluções dos problemas de engenharia. Esse profissional será muito valorizado, pois, caso alinhe esses conhecimentos a outros de análise de mercado, será possível criar um diferencial que, conse-quentemente, trará melhores resultados operacionais.

III) A Engenharia econômica utilizará todos os conhecimentos matemáticos e técnicos dos engenheiros, com fórmulas e pensamento lógico, em análises econômicas na busca de melhores resultados operacionais.

IV) A Engenharia econômica ganhou força a partir do início do século XX, quando os grandes engenheiros industriais passaram a ter uma importância ímpar na busca de melhores resultados operacionais.

V) A grande preocupação da Engenharia econômica é fazer com que as organi-zações busquem melhores resultados. Para tal, é preciso criar alternativas de cenários, análises de mercado futuro e análises de problemas imponderáveis, pois, somente assim, é possível tomar uma decisão de forma eficaz.

Assinale a alternativa correta:

a) Apenas I e III estão corretas.

b) Apenas II e IV estão corretas.

c) Apenas I, II e IV estão correta.

d) Apenas II, IV e V estão corretas.

e) Todas as afirmativas estão corretas.

Você pode utilizar seu diário de bordo para a resolução.

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2. Leia as afirmações a seguir e faça o que se pede:

I) No momento de uma análise de investimentos, é de suma importância que se avalie todos os pontos e os compare com outras alternativas, como pontos comuns, positivos, negativos, diferenças etc. Somente assim será possível tomar uma decisão de qualidade.

II) O critério do imponderável é um dos mais importantes na tomada de decisão. Ele poderá ser o critério de decisão no momento de se montar as formas de pagamento de um produto.

III) No caso de análise financeira, um dos critérios de análises financeiras são as taxas de juros. Elas podem fazer com que você perca dinheiro ao longo do tempo.

IV) Como estudado nesta unidade, um dos fatores que devem ser muito bem analisados são as dívidas. Porém uma dívida pode não ser o fator primordial para fazer com que uma empresa venha a ter prejuízo.

Assinale a alternativa correta:

a) Apenas I e II estão corretas.

b) Apenas II e III estão corretas.

c) Apenas I está correta.

d) Apenas II e IV estão corretas.

e) Nenhuma das alternativas está correta.

3. Após leitura da unidade, faça uma pesquisa na internet sobre o tema da ren-tabilidade e lucratividade. Qual seria, segundo os estudos realizados, a função de cada uma dessas variáveis em uma análise econômica financeira de um investimento? Qual das duas é mais importante sobre a óptica do investidor?

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Coletânea Luso Brasileira VII: Gestão da Informação, Políticas Públicas e TerritóriosAutor: Cláudio R. M Pessoa, Armando Malheiro da Silva.Editora: Universidade do PortoSinopse: esse texto mostra claramente como os gestores devem, hoje, preocupar primeiro com as informações primordiais para o negócio da organização, para, depois, planejar as estratégias e tecnologias que irão suportar o planejamento.Disponível em: <http://www.observatorioueg.com.br/site/luso-brasileira.php>.

LIVRO

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CHIAVENATO, I. Teoria Geral da Administração: Abordagens, perspectivas e normativas. 7. ed. Manole, Barueri, São Paulo, 2014. Volume 1.

DA SILVA, A. O. Economia e Gestão. São Paulo: Pearson, 2014.

FERREIRA, M. Engenharia Econômica Descomplicada. Curitiba: Intersaberes, 2017.

NAKANO, Y. Engenharia econômica e desenvolvimento. Rev. adm. empres., São Paulo, v. 7, n. 22, p. 89-112, mar. 1967. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rae/v7n22/v7n22a05.pdf>. Acesso em: 20 Jul. 2018.

RYBA, A.; LENZI, E. K.; LENZI, M. K. Elementos de Engenharia Econômica. Curitiba: Intersaberes, 2016.

SILVA, A. M.; FREITAS, C. C.; ALMEIDA, F. A. S.; FRANCO, M. J. B. (Orgs.). Gestão da informação, políticas públicas e territórios. Porto (Portugal): Universidade do Porto, 2016.

VASCONCELLOS, M. A. S. Economia Micro e Macro. Belo Horizonte: Atlas, 2009.

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1. D.

2. D.

3. Ambos os índices são muito importantes para o investidor, porém, no caso da rentabilidade, a análise é mais abrangente, pois medirá a capacidade do produto/serviço bancar os investimentos realizados.

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