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    O FUTEBOL BRASILEIRO, 1894 A 2013: UMA BIBLIOGRAFIA

    Lcia GasparVirgnia Barbosa

    Com a colaborao de:Acio Oberdam dos Santos,Nataly Rodrigues da Silva e

    Ana Patrcia de Oliveira Jernimo,estagirios do Curso de

    Biblioteconomia da UFPE

    S U M R I O

    APRESENTAO, Tlio Velho Barreto, 1

    NOTA EXPLICATIVA, 15

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS, 16

    1 HISTRIA E FONTES, 16

    2 ASPECTOS ECONMICOS, ANTROPOLGICOS, POLTICOS E SOCIAIS,27

    3 ASPECTOS EDUCACIONAIS, PSICOLGICOS, FSICOS, TCNICOS ETTICOS, 46

    4 ADMINISTRAO, LEGISLAO E MARKETING, 53

    5 MDIA, ARTE E LITERATURA, 57

    6 CAMPEONATOS E TORNEIOS, 69

    6.1 Torneios Nacionais, 69

    6.2 Torneios Internacionais, 75

    7 CLUBES, 87

    8 JOGADORES, TREINADORES E ARBITRAGEM, 97

    9 DIRIGENTES E FEDERAES, 108

    10 TORCIDAS E TORCEDORES, 110

    11 ESTDIOS E CAMPOS DE FUTEBOL, 114

    12 FONTES CONSULTADAS, 116

    13 NDICE, 117

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    APRESENTAO

    Tlio Velho Barreto

    Pesquisador Adjunto da FundaoJoaquim Nabuco e vice-lder do Ncleo deEstudos e Pesquisas em Sociologia doFutebol (Nesf-UFPE/Fundaj)

    Honrado pelo convite formulado pelas bibliotecrias Lcia Gaspar e VrginiaBarbosa, ambas da Fundao Joaquim Nabuco e organizadoras desta bibliografiasobre o futebol brasileiro, inicialmente, optei em pinar para o texto deapresentao alguns autores e livros que trataram e tratam o tema de forma atento indita e/ou paradigmtica. Ou seja, foram verdadeiros pioneiros em suasiniciativas e/ou produziram obras seminais. E, assim, certamente, estimularam

    outros tantos a tomar o futebol brasileiro como matria-prima de seus trabalhos.Alguns destes outros so, igualmente, destacados ao longo da apresentao.

    Preparei esta apresentao a partir de material esparso, que produzi ao longo demais de dez anos de estudos e pesquisas sistemticas sobre o tema, e a dividi emtrs partes, a saber: a primeira, mais longa, em que destaco a bibliografia geralsobre o futebol brasileiro e aponto, sobretudo, mas no exclusivamente, a produojornalstica e no-acadmica, nacional e estrangeira, que antecedeu os estudos epesquisas oriundos das universidades, produo que contnua at os nossos dias digo que no o fao exclusivamente porque, como se ver, a partir das dcadasde 1980 e 1990, a produo acadmica passou a rivalizar com a produo no-acadmica sobre o futebol; uma segunda parte, em que chamo a ateno para um

    campo especfico, isto , o da literatura ficcional, da prosa e da poesia, em especialporque alguns dos autores e das obras citadas, como, por exemplo, GracilianoRamos, Alcntara Machado, Joo do Rio, Coelho Netto e Lima Barreto, socontemporneos introduo ou institucionalizao do futebol no Pas; e,finalmente, uma terceira, em que procuro dar conta, ainda que parcialmente, doestado da arte dos estudos sobre o tema no meio acadmico, que tem sua origemna primeira metade dos anos 1980 e vai ganhar realmente fora na dcadaseguinte.

    Com esta apresentao espero, portanto, estimular ainda mais o leitor a consultareste vasto levantamento bibliogrfico de origem to diversa e sobre multi-aspectosdo futebol em nosso Pas. E se, como ressaltam as organizadoras, o levantamentobibliogrfico no pretende dar conta de tudo que se produziu sobre o tema no Brasile fora dele, da minha parte, esta apresentao pretende ser apenas um aperitivodo que o leitor vai encontrar. E, como tal, bastante seletivo, pois resulta, claro,das preferncias do fregus.

    Bibliografia sobre o futebol brasileiro atesta sua importncia e ajuda acontar a histria do Pas, a entend-lo e explic-lo

    Em 1938, durante a Copa do Mundo da Frana, um jornalista indagou aoantroplogo e escritor Gilberto Freyre acerca do sucesso da seleo brasileiranaquele torneio. quela altura, o Brasil j superara poloneses e tchecos, e logoconquistaria um surpreendente e indito terceiro lugar, aps ter fracassado nasdisputas anteriores: Uruguai, em 1930, e Itlia, em 1934. Motivado pela inusitada

    abordagem, o j consagrado autor do ento polmico Casa-grande & senzala,lanado cinco anos antes, escreveu um artigo, Foot-ballmulato, publicado em 17

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    de junho, no Diario de Pernambuco, um dia aps a contestada derrota brasileirapara a Itlia, que nos tirou da final.

    De ttulo bastante sugestivo, o artigo trazia, possivelmente pela primeira vez, umasntese das caractersticas da escola futebolstica brasileira: o nosso estilo [dejogar futebol] parece contrastar com o dos europeus por um conjunto de

    qualidades de surpresa, de manha, de astcia, de ligeireza e ao mesmo tempo deespontaneidade individual. Os nossos passes, os nossos pitus, os nossosdespistamentos, os nossos floreios com a bola, h alguma coisa de dana oucapoeiragem que marca o estilo brasileiro de jogar futebol, que arredonda e adoao jogo inventado pelos ingleses. E mais: para Freyre, o sucesso alcanado emcampos franceses resultava do fato de o Brasil estar sendo representado por umteam verdadeiramente afro-brasileiro, o que no ocorrera anteriormente. Autorbissexto sobre futebol, Freyre logo usaria expresses de contedos opostos paradefinir e comparar os dois estilos: dionisaco, para o brasileiro, e apolneo, parao ingls. Assim, daria sentido antropolgico ao estilo brasileiro, o futebol-arte, quenos distingue dos europeus desde ento. Isso, pasmem, duas dcadas antes doBrasil conquistar pela primeira vez uma Copa do Mundo, e superar, como

    escreveria mais tarde o dramaturgo e escritor Nelson Rodrigues, o nosso secularcomplexo de vira-latas.

    Mas a mobilizao nacional em torno daqueles jogos, e a comoo que o resultadodo embate contra a Itlia causou nos brasileiros, no chamaria a ateno apenasde Gilberto Freyre. O presidente Getlio Vargas, que dera um golpe e instaurara oEstado Novo um ano antes, ficou to sensibilizado que anotou em seu dirio: Ojogo monopolizou as atenes. A perda do team brasileiro para o italiano causouuma grande decepo e tristeza no esprito pblico, como se se tratasse de umadesgraa nacional. Tal fato citado pelo historiador Leonardo Affonso de MirandaPereira no livro Footballmania: uma histria social do futebol no Rio de Janeiro,1902-1938.

    mesmo possvel que, ali, Vargas tenha percebido o apelo popular que tem ofutebol e pensado em us-lo como ferramenta para construir a ideia de Nao, que,como tal, ainda carecia de identidade. Nesse sentido, o prprio Freyre, com textossobre o foot-ball mulato, e o escritor e jornalista Mario Filho, ao lado do irmoNelson Rodrigues e do romancista Jos Lins do Rego, com iniciativas institucionaisem torno dos esportes, contribuiriam para a inveno de nossa nacionalidadeatravs do esporte, em especial do futebol, como se ver mais adiante. Talperspectiva adotada, inclusive, por Ftima Maria Rodrigues Ferreira Antunes emCom brasileiro, no h quem possa! sobre as crnicas de Nelson, Mario e Jos Lins,e outros autores que abordaram, separadamente ou em conjunto, a obra delestrs.

    Mas no foram poucos, nem menos ilustres ou apenas brasileiros os quereconheceram o status de arte do nosso futebol. Por exemplo, muitos anos depoisde Freyre, o historiador britnico Eric Hobsbawm, no livro Era dos extremos,indagaria, j respondendo: quem, tendo visto a seleo brasileira jogar em seusdias de glria, negar sua pretenso condio de arte? Da mesma forma, ocineasta italiano Per Paolo Pasolini, logo aps a vitria brasileira no Mxico, em1970, compararia nosso futebol poesia, mais inventiva e livre, e o europeu, prosa, mais presa s regras e aos resultados, associando as formas literrias scaractersticas tpicas de cada povo. Ainda durante aquela Copa, um garoto inglsficaria igualmente encantado com o desempenho brasileiro. E, mais tarde, aoescrever suas memrias de torcedor, no economizaria adjetivos para explicar oque representou para ele assistir pela primeira vez a plstica de nosso futebol. O

    livro Febre de bola e seu autor Nick Hornby, escritor e roteirista de cinema.

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    Anos depois, a mesma paixo fez o jornalista ingls Alex Bellos cruzar o Brasil embusca do pas do futebol. Na viagem descobriu como o esporte ajuda a entend-loe a explic-lo. O resultado est no livro Futebol: o Brasil em campo. A mesmaexperincia teve Franklin Foer ao viajar pelo Pas para dedicar-lhe um captulo deseu livro Como o futebol explica o mundo ao abordar a relao entre futebol epoltica, sobretudo no que diz respeito ao da chamada cartolagem, isto , o

    conjunto dos dirigentes de nossos centenrios clubes clubes, alis, que tiveramsuas histrias, e as dos torneis e campeonatos por eles disputados, registradas emlivros e colees, como possvel constatar no longo levantamento que se segue.

    Mas, infelizmente, nem sempre o estilo brasileiro gozou de unanimidade, mesmoentre ns. E o mais grave: a literatura sobre o nosso futebol mostra que, fora dasquatro linhas, o comportamento de cartolas, os chamados donos da bola, no fazjustia ao status de arte conquistado dentro delas. Portanto, para conhecer ecompreender melhor o nosso futebol, deve-se igualmente consultar umabibliografia diversificada como esta que se apresenta agora: dos primrdios dofutebol no Brasil at as sombrias atividades da CBF, passando pela violnciapraticada pelas diversas torcidas organizadas espalhadas pelo Pas, por exemplo. E,

    como se ver, a despeito do que afirma o senso comum, a bibliografia, tantoacadmica quanto na falta de expresso melhor, vamos chamar assim literria, relativamente vasta e diversificada. Aqui, est apenas uma amostra do que sepode ler para conhecer melhor sua incrvel e vitoriosa histria.

    E como toda histria, a introduo do futebol no Brasil tambm tem seu mitofundador. Foi o jornalista Thomaz Mazzoni quem lhe deu forma e contedo, quandopublicou um dos primeiros grandes livros sobre a histria do futebol brasileiro, em1950. Mazzoni consagrou a verso de que foi o jovem brasileiro Charles Miller, umfilho de escocs e uma brasileira descendente de ingleses, que introduziu o futebolno Brasil, aps retornar de seus estudos na Inglaterra, em 1894, trazendo osutenslios necessrios prtica de um estranho e elitizado esporte: camisas,

    cales, chuteiras e bolas, alm de um livrinho com suas regras, naturalmente emingls. Hoje, a obra de Mazzoni item raro at para colecionadores e bibliotecas.Mas nem tudo est perdido. o que mostram o remoto, mas accessvel, O pontapinicial, de Waldenyr Caldas, entre outros, alm de livros mais recentes que ajudama manter e reforar o mito.

    Por exemplo, Charles Miller: o pai do futebol brasileiro, do historiador espanholJohn Robert Mills, filho de um ingls e uma basca, e neto do nico britnico aparticipar da fundao do Athetic de Bilbao, em 1898, ratifica e reverencia o mitofundador. Nesse sentido, contesta verses posteriores ao livro de Mazzoni quequestionam a exclusividade da paternidade de Miller ou a relativizam. O livro deMills no se detm apenas na vida de seu quase heri no Brasil, onde fezreconhecida carreira de jogador, rbitro e dirigente, mas aborda igualmente apassagem e os feitos de Miller pelos gramados britnicos, relacionando todos osseus jogos e gols marcados.

    J Um jogo inteiramente diferente!, do ingls Aidan Hamilton, outro olharestrangeiro sobre os primeiros anos do futebol no Brasil, enfocando, sobretudo, asviagens de clubes britnicos aos principais centros futebolsticos do pas, So Pauloe Rio de Janeiro, na primeira metade do sculo XX. Assim, mostra a forte influnciaque o intercmbio exerceu sobre o futebol e os esportistas dos dois pases, emespecial no campo da arbitragem. Mas, apesar de anotar a existncia de versescontraditrias, Hamilton no deixa de reconhecer a relevncia de Miller, em SoPaulo, e de Oscar Cox, no Rio, para a introduo e difuso do futebol naquelascidades. E destaca a quase invisvel histria de Harry Welfare, que jogou no

    Fluminense antes de dedicar-se ao Vasco da Gama.

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    Nos anos 2000, o historiador Jos Moraes dos Santos Neto revisitou o debate sobrea paternidade concedida a Charles Miller em seu livro Viso do jogo. E, de fato,seus argumentos levam o leitor a pensar que tal paternidade no passa de maisuma inveno de tradio, quer dizer, resultado de uma histria socialmenteconstruda, segundo a formulao dos historiadores Eric Hobsbawm e TerenceRanger. Manuseando farta e at ento indita documentao, Santos Neto refora a

    verso de que o football chegou ao Brasil a partir de iniciativas de religiososestrangeiros para atender reforma educacional promovida pelo governo federalainda em 1882. A verso no nova, mas, agora, poder ganhar novo flego comnovas pesquisas. Ressalte-se, ainda, que o autor no deixa de destacar aimportncia dos dirigentes e operrios de empresas inglesas, sobretudo os ligados expanso das ferrovias de So Paulo, para o surgimento e difuso da prticafutebolsitica naquele estado.

    No entanto, antes mesmo de Mazzoni publicar seu importante livro em So Paulo,um livro de um pernambucano radicado no Rio de Janeiro retratava a difcil edolorosa insero dos negros no futebol, fato que contriburia decisivamente para asua popularizao e para a definio de um estilo prprio brasileiro de pratic-lo,

    como j chamara a ateno Gilberto Freyre. De fato, publicado originalmente em1947, O negro no futebol brasileiro, de Mario Filho, considerado o maior clssicosobre a histria do nosso futebol. Em 1964, o livro ganhou sua verso definitiva,aps ser revisado e ampliado significativamente para incorporar, por exemplo, aderrota brasileira na Copa do Mundo de 1950, que representaria a tragdiacreditada aos negros do escrete nacional, e as vitrias de 1958 e 1962, querepresentaria exatamente a epopeia dos negros.

    Prefaciado por Gilberto Freyre, que o conheceu atravs de Jos Lins de Rego, MarioFilho foi bastante influenciado pela viso culturalista do antroplogo nacaracterizao do nosso estilo futebolstico. Assim, construiu sua verso do sucessodo futebol brasileiro como resultado da miscigenao cultural, observando, nele,

    um importante meio de ascenso social dos negros. Ademais, para que se tenhauma noo precisa da importncia do livro basta lembrar que muitos o consideramuma espcie de Casa-grande & senzala do futebol, portanto, um livroimprescindvel para entender e interpretar o Brasil, e o colocam ao lado dosclssicos de Srgio Buarque e de Caio Prado Jr, outros autores seminais dasCincias Sociais no Pas.

    O livro de Mario Filho teve grande repercusso. Em 1956, o ensasta, crtico deliteratura e teatro Anatol Rosenfeld, alemo radicado no Brasil desde os anos 30,publicou um ensaio sobre o futebol brasileiro na Alemanha, includo na coletneaNegro, macumba e futebol. O ensaio, mesmo original, no deixa de ser uma forteinterlocuo com a obra de Mario Filho e suas ideias. Entretanto, Rosenfeldenfrentaria a principal delas. Isto , para ele, a ascenso econmica propiciada aosnegros pelo futebol no implicaria em reconhecimento ou ascenso social. Nosltimos anos, o livro de Mario Filho voltou ao centro do debate. E parcela de seusnovos leitores, sobretudo de origem acadmica, no sem uma certa dose deexagero, tem contestado at sua validade como fonte histrica. O debate pode seracompanhado nos ensaios contidos na coletnea A inveno do pas futebol, deAntnio Jorge Soares, Ronaldo Helal e Hugo Lovisolo, nem sempre convergentes.

    Mas, como j foi dito, a alquimia usada para dar expresso literria ao futebol-arte,e seu uso na construo de nossa identidade cultural, deve muito a trsverdadeiros craques de nossa crnica esportiva. Livros como sombra daschuteiras imortais e A ptria em chuteiras, magistralmente organizados por RuyCastro, e o posterior O berro impresso das manchetes, que devem ser lidos como

    uma s obra, do uma ideia da contribuio de Nelson Rodrigues. Ali, desfilampersonagens que povoam o imaginrio do brasileiro at hoje: o Sobrenatural de

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    Almeida, responsvel pelo impondervel no futebol; a gr-fina de narinas decadver, capaz de perguntar quem a bola; o ceguinho tricolor, alter-ego deNelson, que est bem retratado no livro O profeta tricolor; alm da mxima queapontava a inexorvel burrice do videoteipe. Em uma de suas crnicas, publicadaantes da primeira conquista da Jules Rimet, o profeta Nelson chamaria Pel derei. Este, embora menino, j era considerado, por Nelson, um homem pronto e

    capaz de conquistar o mundo em 1958, em campos europeus, com toda suamajestade j evidente.

    Ao lado de Nelson devem ser colocados o tambm jornalista Mario Filho e o escritorJos Lins do Rego. Mario Filho deixou uma obra extensa, que inclui a histria doFlamengo e das conquistas da Copa Rio Branco, em 1932, e da Copa do Mundo, em1962, e a primeira biografia de Pel. E vrias de suas crnicas esto em O Sapo daArubinha, tambm organizado por Ruy Castro. Por sua vez, Jos Lins do Regoescreveu mais de mil crnicas esportivas em jornais cariocas, algumas publicadasno livro Flamengo puro amora partir da relao completa de dados bibliogrficossobre elas levantados por Edilberto Coutinho, resultado da pesquisa Zelins,Flamengo at morrer, indito at hoje. Entre os grandes autores brasileiros, Jos

    Lins foi o nico a incluir o ambiente do futebol e seus protagonistas em umromance. De fato, em gua-me pode-se acompanhar as efmeras glrias e ofulminante declnio de Joca, um jovem e promissor atleta. Lamentavelmente, umatrajetria ainda hoje presente entre ns.

    Mas Nelson Rodrigues tambm contribuiu para dar derrota brasileira na final daCopa do Mundo de 1950, em pleno Maracan, uma dimenso pica. Para ele, aperda do ttulo para o Uruguai representou para o Pas o mesmo que a bombalanada sobre a cidade japonesa de Hiroshima cinco anos antes. No sculo XXI,talvez Nelson a comparasse ao 11/9 norte-americano. No surpreende, portanto,que os trs acusados pela derrota, todos negros, ficassem estigmatizados, segundoa ideia difundida na poca, como psicologicamente frgeis para enfrentar grandes

    desafios. A partir de ento, medidas foram tomadas para o embranquecimento daseleo e vigoraram at o terceiro jogo da Copa de 1958. Tal fato est retratadoem Vencer ou morrer - Futebol, Geopoltica e Identidade Nacional, de AgostinhoGilberto. Por tudo isso, a tragdia brasileira de 50 e seu palco no poderiam deixarde seduzir jornalistas, escritores e estudiosos.

    Assim, enquanto O Rio corre para o Maracan, de Gisella de Arajo Moura, revisitao debate em torno de sua construo, Maracan: 50 anos de glria, de RenatoSrgio, e Maracan: meio sculo de paixo, de Joo Mximo, permitem conhecer ahistria desse templo do futebol atravs de fatos e belas imagens. Quanto Copade 1950, h dois grandes livros: o clssico Anatomia de uma derrota, de PauloPerdigo, em que se pode ler a narrao da final na ntegra, e Dossi 50, deGeneton Moraes, com entrevistas dos onze jogadores daquela fatdica partida,inclusive o sincero depoimento de Zizinho. Sendo o craque do time, como se diz nagria do futebol, Zizinho chamou para a si a responsabilidade e apontou osresponsveis pela derrota: a cartolagem e os polticos, que infernizaram a vida dosjogadores s vsperas da final e colocaram sobre eles uma responsabilidade acimadas disputas esportivas.

    Mas a historiografia acadmica ou autodidata no deixaria de contar a histria deoutros importantes estdios brasileiros, como, por exemplo, o So Janurio,inaugurado em 1927, no Rio, e o Pacaembu, em 1940, em So Paulo. O primeiro tema do livro Memria social dos esportes: So Janurio, arquitetura e histria, deClara Emilia de Barros Malhano e Hamilton Botelho Malhano. O segundo foiabordado no livro A construo do Pacaembu, de Joo Fernando Ferreira. Ambos

    so bastante ilustrados com imagens de poca.

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    Mas, o final da dcada de 1950, representaria o incio dos chamados anos de ourodo futebol brasileiro, ciclo que s se encerraria em 1970, com a conquistadefinitivamente da Jules Rimet. O jornalista e treinador Joo Saldanha faria partedessa histria, fora e dentro das quatro linhas. Treinador da seleo brasileira naseliminatrias da Copa do Mxico, Saldanha escreveu Histrias do futebolrelevandoepisdios de sua vitoriosa trajetria como treinador do Botafogo, na virada das

    dcadas de 1950-1960, e de craques como Garrincha, Didi e Nlton Santos. Edesvendaria os subterrneos do futebol brasileiro, alis, ttulo da primeira ediodo livro, em uma clara referncia ao ttulo de obra clssica do escritor baiano JorgeAmado, comunista como Saldanha.

    Os anos dourados do nosso futebol serviram tambm de cenrio para a biografia dognio Garrincha, Estrela solitria, escrita por Ruy Castro. Entre tantas(auto)biografias sobre craques do passado e do presente, incluindo vrias deFriedenreich, Lenidas, Didi, Pel, Tosto, Ronaldo e Ronaldinho, e de cartolas etreinadores, como, respectivamente, Paulo Machado de Carvalho e VicenteMatheus, e Tel Santana, o livro de Ruy Castro sobre Garrincha , sem dvida, omelhor sobre um dos deuses dos gramados, certamente o mais paradigmtico

    entre os que viveram a fama e os dramas do futebol. E tornou-se, sem dvida, aolado da autobiografia de Almir pernambuquinho, Eu e o futebol, uma das duasobras (auto)biogrficas obrigatrias para quem quer conhecer as vrias facetas davida de nossos mitos dos gramados e os bastidores do futebol brasileiro.

    Conquistada a Jules Rimet, o Brasil levou 24 anos para vencer outra Copa doMundo. Nesse intervalo, o futebol-arte deu um breve suspiro, mas tombou dianteda Itlia, na Copa da Espanha, em 1982. Sobre aquela seleo, e sua rpida, masmarcante trajetria, que encantou o mundo do futebol, h outro lcido livro de JooSaldanha, O trauma da bola, com artigos publicados poca, vrios dos quais, seno explicam, certamente ajudam a entender algumas das razes da inesperadaderrota. Em contrapartida, em termos editoriais, 1982 foi repleto de simbolismo.

    Com efeito, o ano marca, como se ver, a entrada em campo de alguns dosprecussores dos estudos acadmicos sobre o futebol. Talvez porque o Pascomeasse a caminhar mais decididamente para retormar o caminho dademocracia, j que vivamos a transio do regime autoritrio para uma novaordem poltica. E, com isso, os smbolos nacionais, como o hino, a bandeira e, nocaso dos esportes, a prpria seleo, j chamada por Nelson Rodrigues, de aptria em chuteiras e cales, voltassem a ser apropriados pelos brasileiros. Almdisso, a seleo comandada por Tel Santana parecia contribuir adotando o estiloque marcara nosso futebol, ou seja, o futebol-arte ou, como descrevera GilbertoFreyre, o futebol dionisaco.

    Portanto, em 1982, foi lanado Universo do futebol, dos antroplogos RobertoDaMatta, Luiz Felipe Bata Neves, Simoni Lahud Guedes e Arno Vogel. Como disse,tratava-se de iniciativa indita entre pesquisadores e professores para superarpreconceitos, ainda no de todo suplantados, fato, contra o tema no meioacadmico. Ao mesmo tempo, a Imprensa Oficial do Estado de So Paulo publicouuma coletnea de ensaios, to importante e diversificada quanto anterior,organizada por Jos Carlos Meihy e Jos Sebastio Witter, com a participao deRobert Levine e Matthews Shirts, dois brazilianistas.

    No ano seguinte, aps realizar pesquisas no Brasil, a sociloga norte-americanaJanet Lever lanariaA loucura do futebol, deixando ainda mais evidente o desprezodos intelectuais brasileiros pelo tema. Desde ento, muita coisa mudou, tanto nasuniversidades e centros de pesquisas como no futebol, sobretudo fora das quatro

    linhas. E muitos desses estudos e pesquisas tm sido publicados, formando, ao lado

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    de trabalhos jornalsticos, a base da bibliografia sobre o tema no Brasil, como bemse observa no material aqui arrolado por Lcia Gaspar e Vrginia Barbosa.

    Ento, os tempos mudaram. E no foram apenas os acadmicos que entraram emcena, mas, igualmente, novos atores sociais e, consequentemente, novastemticas. Ento, como no poderia deixar de ser, o surgimento e a violncia das

    torcidas organizadas, no apenas como fenmeno relacionado ao futebol, mastambm social, passaram a chamar a ateno de estudiosos. As pesquisas arespeito tm enfocado as aes coletivas dos torcedores no contexto da crescenteviolncia urbana e alguns j foram transformados em livro. o caso da premiadapesquisa Torcidas organizadas de futebol, de Luiz Henrique de Toledo, que abriucaminho para Os perigos da paixo, de Rosana Teixeira, Torcer, lutar, ao inimigomassacrar, de Rodrigo Monteiro, e Dos espetculos de massa s torcidasorganizadas, de Tarcyanie Cajueiro Santos, entre outros, que possibilitam umaviso acurada do problema nos dois principais centros futebolsticos do pas, SoPaulo e Rio de Janeiro. H, ainda, os estudos de Maurcio Murad e, sobretudo, deHelosa Helena Baldy dos Reis, que procuram dar conta do fenmeno que aflige ostorcedores nos estdios de futebol e torcedores e no-torcedores em suas cercanias

    por todo o Pas.

    As mudanas tambm ocorridas nas entidades que organizam e gerenciam ofutebol em todo mundo, em especial na Europa, repercutiram nas entidades e nosclubes brasileiros. Nesse sentido, as leis Zico e Pel, ambas dos anos 1990,concebidas para modernizar a estrutura do nosso futebol, foram importantesinstrumentos legais adotados, que ainda no vingaram por completo. o quemostram alguns livros.A metamorfose do futebol, de Marcelo Weishaupt Proni, porexemplo, refaz a histria do futebol brasileiro para mostrar a inevitabilidade daadoo de um novo padro, mais profissional e empresarial, do qual faz parte omodelo de clube-empresa, sem deixar de reconhecer as dificuldades de sua adooface aos aspectos culturais e econmicos envolvidos.

    J A nova gesto do futebol, organizado por Antnio Carlos Kfouri Aidar, MarvioPereira Leoncini e Joo Jos de Oliveira, trata dos mesmos temas a partir da LeiPel e apresenta trs interessantes e esclarecedores estudos de caso, comresultados previsveis e bem distintos: o ingls Manchester United e os brasileirosFlamengo e So Caetano. Enfocado no livro anterior, a importncia do marketingesportivo no novo contexto empresarial esmiuado em A bola da vez, de AntnioAfif. Finalmente, Eduardo Dias Manhes atualizou seu livro Poltica de esportes noBrasil, uma anlise histrica e cirrgica da relao entre o esporte no Brasil, emespecial o futebol, e a esfera poltica, com nfase em sua institucionalizao.

    Falando em poltica, no final dos anos 1990 e comeo dos 2000 foram feitastentativas para que se abrisse a caixa preta que guarda os segredos das relaesentre a Confederao Brasileira de Futebol (CBF) e a Nike. A iniciativa foiformalizada por deputados em uma Comisso Parlamentar de Inqurito (CPI) naCmara Federal. O resultado, apresentado na forma de relatrio, foi publicado nolivro CBF-Nike, atualmente fora de circulao por iniciativa do prprio presidente daentidade na ocasio, Ricardo Teixeira. Alm de tratar dos contratos CBF-Nike, a CPIinvestigou outras mazelas que permeiam o nosso futebol, como as transfernciasde jogadores para o exterior, inclusive adolescentes, o amplo uso de passaportesfalsos, e outras coisas do gnero. E apresentou recomendaes e sugestes para asuperao desses e de outros tantos problemas. Para quem no tiver acesso aolivro, h ainda Os descaminhos do futebol, de Jaime Sautchuk, que resume etraduz os trabalhos da CPI e seu relatrio.

    Mas nem s de poltica se fez a literatura sobre o futebol brasileiro nos ltimosanos. De fato, nas dcadas de 2000 e 2010, foram publicados quatro livros

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    absolutamente imprescindveis para os que desejam entender o futebol de formamais ampla, como fenmeno social e cultural. Inicialmente, Lgicas no futebol, deLuiz Henrique Toledo, que trata de vrios aspectos relacionados ao futebol,inclusive o surgimento, a evoluo e os significados de suas regras, tema que oautor desta apresentao tratou de forma recorrentes em estudos e pesquisas,todas desenvolvidas no perodo em tela, ao lado de Jorge Ventura de Morais, como

    citado neste levantamento bibliogrfico. Noutra direo, Arlei Sander Damo realizouextensa pesquisa sobre a formao de jogadores no Brasil nas divises de base declubes brasileiros e franceses, que, aps ser premiada, foi transformada no livro Dodom profisso. Como j frisado, mais dois livros so dignos de registros para daruma ideia da qualidade do que se publicou nas ltimas dcadas no Pas: Venenoremdio: o futebol e o Brasil, de Jos Miguel Wisnik, eA dana dos deuses: futebol,sociedade, cultura, de Hilrio Franco Jnior. O primeiro trata exclusivamente doBrasil; o segundo um estudo mais amplo, abordando os primrdios do futebolmoderno at o seu impacto social e cultural nos dias atuais.

    Finalmente, com a realizao dos Jogos Pan-americanos no Rio de Janeiro, em2007, e a perspectiva da realizao da Copa das Confederaes (2013), da Copa do

    Mundo (2014) e da Olimpada e Paralimpada do Rio de Janeiro (2016), um novotema foi incorporado aos debates em torno dos esportes olmpicos e do futebol: osmegaeventos esportivos e os seus diversos impactos. Assim, como no podia deixarde ser, muitos estudiosos passaram a se debruar sobre os vrios aspectosrelacionados realizao de tais eventos no Brasil e s suas consequncias a curto,mdio e longo prazos. E o debate produziu os importantes livros Megaeventosesportivos, legado e responsabilidade social, organizado por Ktia Rbio, e O jogocontinua: megaeventos esportivos e cidades, de Gilmar Mascarenhas, GlaucoBienenstein e Fernanda Sanches, alm de uma edio temtica da revistaeletrnica de difuso cientfica, Coletiva, da Fundao Joaquim Nabuco, que dedicoutodos os artigos de seu nmero 8 aos referidos megaeventos esportivos e ossupostos ou esperados legados, alm de uma entrevista com o jornalista Juca

    Kfouri, autor de vrios livros importantes sobre o nosso futebol.Passada a Copa das Confederaes, conquistada pelo escrete nacional, e com aproximidade da Copa do Mundo, que tambm ser realizada no Brasil, espera-seque as mazelas representadas pelos cartolas na conduo de clubes e entidades eos possveis erros e desvios na conduo da reforma e da construo de novosestdios, hoje, chamados de arenas, no ofusquem o futebol brasileiro e sua (aindapretensa e cantada) condio de arte. Condio to bem retratada e fotografadaem livros de artes, como, por exemplo, Pel 70, que marcou os setenta anos dorei do futebol, Primeiro tempo, sobre o seu incio no futebol, e Pel: minha vidaem imagens. E mais: Recados da bola, com depoimentos e fotos de craquesbrasileiros, que tambm so o foco das lentes em Craques do futebol; Torcidas,com imagens de torcedores nos estdios; alm dos livros Brasileiros Futebol Clube;Futebol: a paixo do Brasil; Brasil bom de bola; todos com fotos de diversosprofissionais retratando o futebol pelo Pas. E, por fim, o j clssico Futebol-arte, deJair de Souza, Lucia Rito e Srgio S Leito, que foi tambm o nome dado ao livrode Caio Vilela, lanado em 2013, com fotos feitas nos 27 estados brasileiros.

    Certamente, at a Copa de 2014, o mercado editorial lanar muitos ttulos sobre ofutebol brasileiro. Portanto, nada como esperar a prxima Copa do Mundo lendo umlivro para conhecer melhor a vitoriosa histria da participao brasileira em todasas edies anteriores. H muitos, entre eles O jogo bruto das copas do mundo, deTeixeira Heizer, e Deuses da bola, de Eugnio Goussinsky e Joo CarlosAssumpo, com boas e curtas histrias e algumas curiosidades. E o quase oficialSeleo Brasileira 90 anos, dos competentes Roberto Assaf e Antnio Carlos

    Napoleo, tambm ilustrado, que traz algumas histrias e as estatsticas de todosos jogos da seleo, e deve ganhar nova edio com a Copa de 2014 e os 100 anos

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    de nosso escrete nacional. Depois, s aguardar o prximo captulo desta incrvelhistria, que, certamente, no escapar aos atentos autores brasileiros eestrangeiros, do presente e do futuro, o que obrigar a publicao de novoslevantamentos bibliogrficos como este.

    Futebol e Literatura: poetas e escritores em campo

    Engana-se redondamente quem pensa que o futebol tema de conversas apenasem torno da mesa de boteco, na hora do cafezinho no trabalho, em dezenas deestdios espalhados pelo pas ou nos programas esportivos dominicais. Ou, maisrecentemente, de bancas acadmicas examinadoras de trabalho de graduao,dissertao de mestrado ou tese de doutorado e em grupos de trabalho em eventoscientficos.

    Gostando ou no do esporte breto, possvel dedicar-se leitura de alguns dosnossos escritores, sejam romancistas, contistas, cronistas ou poetas. Para tanto,pode-se ir dos clssicos da literatura, entre eles Lima Barreto, Coelho Netto, Joo

    do Rio, Alcntara Machado, Graciliano Ramos e Monteiro Lobato, passando peloscraques da crnica esportiva, Nelson Rodrigues, Mario Filho e Jos Lins do Rego,aqui j abordados, at autores mais recentes, como Paulo Mendes Campos,Edilberto Coutinho, Joo Ubaldo Ribeiro e Lus Fernando Verssimo. E fechar o ciclocom os experientes Moacyr Scliar, Srgio Santanna e Renato Pompeu e osestreantes Cludio Lovato Filho e Clara Arreguy.

    Ressalta-se, no entanto, que nem todos gostavam do futebol. Foi o caso, porexemplo, do cronista Lima Barreto, que o rejeitava como esporte de estrangeiros edas elites. Mas, apesar do entusiasmo da maioria deles, de fato, no foram muitasas pginas dedicadas ao futebol, o que no impediu que se produzissem belas eemocionantes passagens de nossa literatura. Assim, neste caso, a qualidade se

    sobreps quantidade, e o encantamento foi sempre maior do que as reaesnegativas, como a do escritor Graciliano Ramos.

    Com efeito, o autor de Vidas secas publicou, em 1921, sob pseudnimo, em umjornal do interior de Alagoas, um artigo prevendo que o footballdespertaria entrens apenas um interesse efmero. O que, alis, para ele, costumava acontecer comas novidades, sobretudo estrangeiras: Vai haver por a uma excitao, um furordos demnios, um entusiasmo de fogo de palha capaz de durar bem um ms. Ouseja, como se diz no jargo futebolstico, o marrento Graciliano Ramos chutoumal e errou feio. Em contrapartida, aproveitou a oportunidade para defender aprtica de brincadeiras e esportes nacionais, como a rasteira esta comumtambm entre os polticos , e destacar a debilidade fsica dos nordestinos parameter o bedelho em coisas estrangeiras. O artigo faz parte da coletnea LinhasTortas.

    O abuso de Graciliano Ramos em relao ao futebol chamou a ateno do escritor ecrtico Silviano Santiago. Assim, no premiado Em Liberdade, uma fico em quedescreve o que teria sido o dia a dia de Graciliano aps deixar os pores do EstadoNovo (1937-45), Santiago tratou da passagem de Graciliano pela casa do amigoJos Lins do Rego, que o acolhera. Como Z Lins tinha enorme interesse pelofutebol e era Flamengo doente, ali, Lenidas era um dolo maior do queDostoievski. Diamante Negro a qualquer momento da conversa, impacientava-se Graciliano Ramos, mais preocupado em escrever suas memrias do crcere,segundo Salviano Santiago.

    Em contrapartida, no mesmo ano de 1921, Monteiro Lobato antecipava uma dasprincipais razes para a expanso e aceitao do futebol em todo mundo: Esse

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    delrio que por a vai pelo futebol tem seus fundamentos na prpria naturezahumana, escreveu na crnica A onda verde. Para o criador do Stio do Pica-PauAmarelo, o jogo era quase uma guerra, capaz de transformar mesmo os cidadospacatos: Impossvel assistir-se a espetculo mais revelador da alma humana queos jogos de futebol. Tais observaes serviam, no entanto, para contar a deliciosahistria do astuto 22 da Maraj, que, tendo o corpo fechado para sardinha e p

    que nunca malou saque, de autntico mestre em desordens transformou-se emum perfeito gentleman, a embasbacar a todos na rua do Ouvidor.

    Mais familiarizado com o futebol, assim como Coelho Netto que se dedicou aoFluminense, comps seu hino e escreveu sua histria , Alcntara Machado tratoudo derby entre aquele que viria a ser o mais popular time paulista vis--vis opreferido da grande colnia italiana. A crnica est em Brs, Bexiga e Barra Funda,e seu ttulo Corinthians (2) x Palestra (1) deixa claro para que lado batia ocorao do autor. Escrito no final da dcada de 1920, maneira das locuesesportivas, Machado captou, como poucos, o esprito do jogo: Prrrii! A, Heitor! Abola vai parar na extrema esquerda. Melle desembestou com ela. A arquibancadaps-se em p. Conteve a respirao. Suspirou: Aaaah!... Delrio futebolstico no

    Parque Antrtica.

    Entre os mais recentes, vale destacar Paulo Mendes Campos, para quem o gol necessrio, ttulo de uma crnica que contraria o tcnico de futebol e ex daseleo brasileira Carlos Alberto Parreira para quem o gol um detalhe: Nofutebol, o gol o po do povo, defendia o cronista. Da mesma forma, deve-se lerEdilberto Coutinho e o premiadssimo Maracan, adeus, j um clssico do gnero,alm de Lus Fernando Verssimo e Joo Ubaldo Ribeiro. Verssimo teve suascrnicas reunidas em A eterna privao do zagueiro absoluto, enquanto JooUbaldo esbanjou talento em J podeis da ptria filho, que integra a coletneaOnze em campo e um banco de primeira, organizado por Flvio Moreira da Costa.Nela, Ubaldo nos conta as amarguras do bravo So Loureno, um time sem camisas

    e chuteiras. Por isso, o nico jogador que as possui, Diga, recusa-se a tir-las dosps. E Diga comanda a resistncia mudana de nome do So Loureno paraBrasil, quando este vai enfrentar um time de estrangeiros. Ocorre que, parasurpresa de muitos, o Brasil venceu e, o mais importante, convenceu: Muita gentepergunta se em vez de ganhar no futebol, no era melhor a gente viver bem igualaos gringos...? Isso demonstra ignorncia, porque se sabe que ao gringo interessamostrar que a raa deles melhor... Ganhando no futebol, a melhor raa somosns, escreveu Ubaldo, quase reproduzindo a viso de Nelson Rodrigues sobre anossa primeira conquista mundial.

    Em 1998, quando da realizao da Copa do Mundo, o consagrado Moacyr Scliarlanou uma das raras fices brasileiras ambientadas completamente no futebol, Acolina dos suspiros. Destinado ao pblico jovem, o livro diverte e ajuda a despertaro interesse pela leitura. Mas, certamente, agrada tambm os leitores formados. Jno embalo da Copa seguinte, foram publicados Memria de uma bola de futebol, doexperiente Renato Pompeu, que conta uma breve e pessoal histria do futebol apartir das lembranas da prpria... bola, o que no deixa de ser inusitado, e Namarca do pnalti, de Cludio Lovato Filho, com pequenas histrias sobrepersonagens e experincias que povoam o futebol, como um goleiro, um reserva,um veterano e at um rbitro. J s vsperas da Copa de 2006, Clara Arreguyenfrentou o desafio de esmiuar as agruras dos que participam da Srie B nacional.Para tanto, escreveu uma fico, Segunda diviso, que encerra uma tremendaironia: a autora mineira e torcedora do Clube Atltico Mineiro e o livro foi lanadoexatamente no ano em que o time foi rebaixado pela primeira vez na histria doscampeonatos brasileiros. Coisa do futebol, certamente.

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    J os poetas tambm trataram do futebol. E apesar de no entrarem em campocom tanta frequncia, tambm possvel ler belos poemas sobre o tema de algunsdos maiores poetas brasileiros, como Oswald de Andrade, Ascenso Ferreira, CarlosDrummond de Andrade, Vincius de Morais e Joo Cabral de Mello Neto, para citaralguns poucos. Pode-se at analis-los a partir da forma e do contedo empregadospara saudar, em versos, o jogo, a bola, os dolos.

    O modernista Oswald de Andrade, por exemplo, escreveu um poema sobre avitoriosa excurso do Paulistano, de Friedenreich, Europa, em 1925. (Durante oamadorismo, o clube foi um dos grandes de So Paulo e a excurso foi a primeirade um clube brasileiro ao velho continente.) Enquanto outro Andrade, o tambmmodernista Mrio, reproduzia em Macunama, de forma irnica, uma tese deGilberto Freyre, para quem, muitos sculos antes, esporte semelhante forapraticado por ndios brasileiros, alm de dedicar uma crnica, Brasil-Argentina, de1939, publicado em sua coletnea Os filhos da Candinha, s diferenas de estilocultural e futebolsitico entre os dois pases, bem ao modo do mesmo GilbertoFreyre.

    Oswald, por sua vez, procurava demostrar por que A Europa curvou-se ante oBrasil, ttulo de seu poema: 7 a 2/ 3 a 1/ A injustia de Cette/ 4 a 0/ 2 a 1/ 2 a 0/3 a 1/ E meia dzia na cabea dos portugueses. O crtico teatral e ensasta Dciode Almeida Prado, na infncia um torcedor do clube, decifrou o poema,quantificando os jogos, as vitrias, os gols a favor e contra, atestando a injustiada nica derrota diante do mais fraco dos adversrios. Seu precioso ensaioLatejando com o futebol est em Seres, coisas, lugares, e, em certo sentido,tornou-se complementar ao apenas aparentemente hermtico poema de Oswald.

    J Ascenso Ferreira preferiu, no livro Xenhenhm, tratar da vitria brasileira em ACopa do Mundo. E no s possvel imaginar o poeta declamando-o, com sua vozgrave e pausada o que fazia do alto de seus quase dois metros de altura e mais

    de cem quilos , mas ouvi-la em CD, a partir de gravaes para LP produzido pelaFundao Joaquim Nabuco, em trabalho do pesquisador e radialista RenatoPhaelante. Inconfundvel no estilo, o poema quase prosa: No meio daquelaconfuso toda/ de rdios berrando,/ fogos pipocando,/ bbados cantando!/ Mariaembocou pela porta de Chico Tenrio adentro,/ do qual se encontrava h muitotempo em off-side,/ e exclamou:/ Chiquinho, meu bem,/ o Brasil ganhou a Copado Mundo!/ Vamos tambm fazer nosso goal, meu amor.

    maneira de Ascenso Ferreira, o poeta Carlos Drummond de Andrade escreveu opoemaA lngua e o fato, infelizmente no includo na tima coletnea Quando diade futebol, que rene seus escritos sobre o futebol. No caso, trata-se de outraquase prosa sobre a necessidade de dar um nome brasileiro ao esporte breto:Precisamos dar um nome/ portugus a este desporto, diz algum na redao deum jornal. Mas, enquanto isso, ... sbito estraleja/ barulho estranho l fora. Osusto grande: Que foi? Que no foi? Acode/ o servente noticioso/ e conta queespatifou-se/ a vidraa da fachada/ por uma bola de futebol. Como se v, a vidacostuma imitar a arte ou seria o inverso?

    Enquanto isso, o diplomata e letrista Vincius de Morais comps um soneto parasaudar o craque Man Garrincha. O gnio das pernas tortas, ttulo do poema, foi,ao lado de Pel, uma das maiores fontes de inspirao de nossos poetas. Includono livro Para viver um grande amor, os versos do sentido preciso expresso quemelhor definiu o prprio Man, isto , a alegria do povo: Num s transporte, amultido contrita/ em ato de morte se levanta e grita/ seu universo canto deesperana./ Garrincha, o anjo, escuta e atende: Gooooool !/ pura imagem: um

    G que chuta um O/ dentro da meta, um L. pura dana!.

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    Colega de diplomacia de Vincius, Joo Cabral de Mello Neto dedicou-se mais aotema. Alguns de seus poemas esto em Museu de Tudo, como O Torcedor doAmrica: O desbito de vencer/ no cria o calo da vitria;/ no d vitria o fiocego/ nem lhe cansa as molas nervosas./ Guarda-a sem mofo: coisa fresca,... .Joo Cabral torcia pelo alviverde Amrica, do Recife, que fora um dos grandestimes de Pernambuco at a dcada de 1940, quando passou a colecionar derrotas.

    Mas, apesar de alviverde, o autor de Co sem plumas chegou mesmo a jogar nosjuvenis do Santa Cruz at afastar-se por recomendao mdica. Mais tarde, comoresultado da carreira diplomtica, sobretudo na Espanha, Joo Cabral escreveu Ofutebol brasileiro evocado da Europa:A bola no inimiga/ como o touro, numacorrida;/ e embora seja um utenslio/ caseiro e que se usa sem risco,/ no outenslio impessoal,/ sempre manso, de gesto usual:/ um utenslio semivivo,/ dereaes prprias, como bicho, mister/ (mais que bicho, como mulher)/ usar commalcia a ateno/ dando aos ps astcias de mo.

    Depois dedicou dois poemas a dois Ademir: o Menezes, goleador da Copa de 1950,pernambucano como ele, e o da Guia, que, assim como o pai, Domingos, tambmfoi chamado de divino. EmAdemir da Guia, por exemplo, Joo Cabral construiu

    um retrato ntido do craque: Ademir impe com seu jogo/ o ritmo do chumbo (e opeso),/ da lesma, da cmara lenta,/ ...Ritmo morno, de andar na areia,/ de guadoente de alagados,/ entorpecendo e ento atando/ o mais irrequieto adversrio.Quem viu o palmeirense jogar reconstitui facilmente suas lembranas do jogador apartir desses versos. Ademais, a escolha do tema esclarecedora do estilo de um ede outro, pois, assim como o futebol de Ademir, a poesia de Cabral caracterizadacomo precisa, ritmada, impassvel e mtrica apolnea, enfim.

    Nenhum desses autores fez sua fama escrevendo romances, contos, crnicas oupoesias sobre o futebol, mas esto entre os melhores e maiores em seus gnerosliterrios. Apon-los, aqui, serve para mostrar a importncia do futebol fora dasquatro linhas e o interesse que o tema despertou em alguns daqueles que nos

    propiciam o prazer da leitura.

    Os estudos acadmicos sobre o futebol tambm entram em campo noBrasil

    Nelson Rodrigues costumava referir-se aos intelectuais e acadmicos brasileiroscomo seres incapazes de cobrar um msero escanteio ou lateral. Tambm faziaquesto de lembrar que, geralmente, nossos melhores escritores eram refratriosao futebol. Em relao aos socilogos, gostava de cham-los de idiotas daobjetividade. E ia mais longe: quando se quer dar uma medida da estupidezhumana, diz-se, e com razo: Burro como um socilogo. Exageros parte, talvezdesejasse apenas criticar a indiferena de nossos intelectuais, de modo geral, e deacadmicos, em particular, em relao ao futebol, que, j naquela poca (anos1950-1970), mobilizava milhes e constitua relevante trao de nossa identidade.

    De fato, com exceo de alguns como Gilberto Freyre e Joo Lyra Filho, que oabordaram do ponto de vista sociolgico, e Mario Filho e Thomaz Mazzoni, queinauguraram a tradio de historiadores autodidatas do nosso futebol , at adcada de 1990 eram raros os estudiosos que observavam o futebol comofenmeno social capaz de ajud-los a entender e explicar os brasileiros e o Brasil.Assim, apenas na ltima quadra do sculo XX o futebol foi incorporado ao mundoacadmico. E ainda hoje tido como um tema emergente.

    O marco de tal mudana, como disse acima, foi o livro Universo do futebol: esporte

    e sociedade brasileira, de 1982. Alm do antroplogo, e ento professor do MuseuNacional (UFRJ), Roberto DaMatta, participaram da coletnea outros trs

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    antroplogos, todos ps-graduados naquela instituio. Os estudos e pesquisas deDaMatta influenciaram os demais e ajudaram a enfrentar o preconceito acadmicocontra o futebol. Mas, certamente, outros fatores tambm contriburam: aredemocratizao do pas, nos anos 1980 na medida em que se entendia ofutebol como um instrumento de controle social e de conquista de apoio popularpelos militares durante a durante (1964-85) , o centenrio oficial do futebol

    brasileiro e o quarto ttulo mundial obtido pela seleo brasileira nos EUA, ambosem 1994.

    E apesar do Museu Nacional continuar a ser uma referncia basta lembrar avinculao profissional do antroplogo Jos Srgio Leite Lopes, estudioso do tema eorientador de ps-graduandos em diversas universidades , o passo maissignificativo para a institucionalizao de estudos e pesquisas sobre o futebol foidado na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). Ali, em 1990, foi criado oNcleo de Sociologia do Futebol, sob a coordenao do professor Maurcio Murad,do Departamento de Cincias Sociais, que, nos anos seguintes, passou a editar arevista Pesquisa de Campo. E logo estava formado o pioneiro Grupo de PesquisaEsporte e Cultura, tendo a participao de professores e pesquisadores de

    diferentes universidades, como Ronaldo Helal, Antonio Jorge Soares e HugoLovisolo.

    A partir de ento, proliferaram as coletneas enfocando o futebol no mbito daantropologia, sociologia, histria social, psicologia, comunicao, administrao,legislao, economia e educao fsica, incluindo, a, aspectos tcnicos e tticos dojogo, o que justifica, de per si, a tipificao aqui expostas pelas organizadorasdesta bibliografia. Da mesma forma, os peridicos cientficos tambm passaram adivulgar a produo acadmica em dossis sobre esportes, de modo mais geral, efutebol, em particular, a exemplo da Revista USP, em 1994, e Estudos Histricos,em 1999. Tendncia que foi seguida, nos anos 2000, pelos peridicos Estudos deSociologia, Horizontes Antropolgicos e Revista de Cincias Sociais, entre outros. J

    a importante Revista Brasileira de Cincias Sociais e o Boletim Informativo eBibliogrfico, ambos editados pela Associao Nacional de Ps-Graduao ePesquisas Sociais (Anpocs), publicaram, igualmente, relevantes ensaios sobre otema.

    Tais iniciativas refletem maior interesse pelo futebol no interior das entidadescientficas. Exemplos disso so as sesses temticas que passaram a ocorrersistematicamente em encontros da prpria Anpocs e da Sociedade Brasileira deSociologia (SBS), e a significativa participao de brasileiros em eventosinternacionais, tais como da Asociacin Latinoamericana de Sociologa (ALAS). E aparticipao, ainda que tmida, de estudiosos brasileiros em eventos da BrazilianStudies Association (BRASA) e do Consejo Latinoamericano de Cincias Sociales esuas publicaes, como Peligro de gol: estudios sobre deporte y sociedad e oposterior Futbologas: futebol, identidad y violencia.

    Nos ltimos anos, novos grupos tm sido criados em todo o pas, alguns registradosno Conselho Nacional do Desenvolvimento Cientfico e Tecnolgico (CNPq), o quepermite conhec-los atravs de sua pgina eletrnica (www.cnpq.br). Alm disso,trabalhos de graduao, dissertaes de mestrado e teses de doutorado tm sidodefendidas. E aquelas que no foram transformadas em livros podem ser acessadasatravs da pgina da Fundao de Aperfeioamento de Pessoal de Nvel Superior(Capes), do Minsitrio da Educao (MEC) (www.capes.gov.br) ou no sites dasuniversidades brasileiras.

    H, ainda, revistas eletrnicas, como a ComCincia, da Sociedade Brasileira para o

    Progresso da Cincia (SBPC), e a j tradicional Esporte e Sociedade, alm deespaos de debates virtuais na internet, todos de fcil acesso a partir de programas

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    de buscas. Muitos deles citados neste levantamento ou utilizados, aqui, como fontede pesquisa. Mas, tanto do ponto de vista quantitativo quanto qualitativo, aproduo acadmica brasileira ainda no corresponde reconhecida importncia dofutebol brasileiro, aqui e alhures. Para que se tenha uma idia, uma das principaisreferncias bibliogrficas em nossa lngua ainda a traduo do livro do socilogobritncio Richard Giulianotti, Sociologia do Futebol: dimenses histricas e

    socioculturais do esporte das multides. Portanto, chegou a hora de mostrar que jsomos capazes de cobrar o decisivo pnalti, e no apenas um msero escanteio oulateral. E, certamente, o levantamento bibliogrfico que o leitor tem, agora, emmos, alis, na tela de seu PC, notebook, Mac, tablet ou celular, que inclui aindamaterial de antigas revistas e magazines, alm de jornais, muitos de circulaodiria, por sua extenso e preciso, tender a se transformar em imprescindvelobra de consulta para estudiosos e interessados no esporte mais popular do Pas edo mundo.

    Recife, 26 de agosto de 2013.

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    NOTA EXPLICATIVA

    Aps a escolha do Brasil para sediar a Copa do Mundo de 2014, fizemos umlevantamento para verificar a existncia de bibliografias sobre o futebol brasileiro.Verificando que no havia um trabalho mais extenso sobre o tema, resolvemoselaborar um inventrio sobre o assunto, para disponibilizar no portal da FundaoJoaquim Nabuco (Fundaj), em 2013.

    Iniciamos a pesquisa pelo acervo da Biblioteca Central Blanche Knopf, que haviaadquirido, na dcada de 1980, a coleo de Jota Soares, conhecido cronistaesportivo pernambucano. Foram tambm includos na busca a BibliografiaBrasileira, diversos catlogos on line de instituies disponveis na Web,bibliografias de obras sobre futebol e sites de livrarias, alm de outras fontesreferenciadas no item 12 do trabalho. Para a coleta dos dados bibliogrficos

    contamos com a colaborao de Acio Oberdam dos Santos, Nataly Rodrigues daSilva e Ana Patrcia de Oliveira Jernimo, estagirios do Curso de Biblioteconomiada Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), durantes seus estgios curricularespor ns orientados.

    Com apresentao de Tlio Velho Barreto, Pesquisador Adjunto da FundaoJoaquim Nabuco, Coordenador Geral de Estudos Sociais e Culturais (CGES) e,desde 2006, vice-lder do Ncleo de Estudos e Pesquisas em Sociologia do Futebol(Nesf-UFPE/Fundaj), a bibliografia rene 1.464 referncias de obras sobre futebol,organizadas por grandes temas (ver sumrio).

    Sem a pretenso da exaustividade, procuramos reunir a maior quantidade possvel

    de obras sobre o futebol brasileiro, indicando no final da referncia, entre colchetes,o local onde o documento est disponvel. No caso do acervo da Fundaj, tambm foiincludo o seu cdigo de acesso.

    Com o objetivo de facilitar a consulta, foi elaborado um ndice alfabtico (autor,ttulo e assunto) que remete para o nmero de cada documento referenciado. Osttulos esto grafados em itlico e os artigos (definidos ou indefinidos) iniciais foramcolocados aps os ttulos como recomendam as normas de indexao.

    Ao disponibilizar essa bibliografia, a Biblioteca Central Blanche Knopf, cumpre amisso de divulgar melhor seu acervo, democratizando e facilitando aospesquisadores o acesso informao.

    Recife, 15 de agosto de 2013

    Lcia GasparVirgnia Barbosa

    Bibliotecrias da Fundao Joaquim Nabuco

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    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

    1 HISTRIA E FONTES

    1 - ALMANAQUE DOS DESPORTOS, Rio de Janeiro, ano 6, n. 20, 1962; ano 7,n. 21, 1963. [Fundaj, P1007 OR].

    2 - ALVES, Givanildo. Histria do futebol em Pernambuco, 1903/1950. Recife:Secretaria de Educao e Cultura de Pernambuco, 1978. 292 p. [Fundaj,410/98; Unicap].

    3 - ALVES, Givanildo. Historia do futebol em Pernambuco. 2. ed. rev. e ampl. -Recife: Bagao, 1998. 288 p. [Fundaj, 8/2011].

    4 - ANURIO ESPORTE ILUSTRADO. Rio de Janeiro: Editora Americana.Coleo da Fundaj: 1952 1954. Traz informaes sobre o campeonato etorneios de futebol dos clubes do Rio de Janeiro [Fundaj, P1016 OR].

    5 - ANTUNES, Ftima Martin Rodrigues Ferreira. Do veldromo ao Pacaembu:o movimento esportivo em So Paulo e a trajetria do futebol, de esportede elite a paixo nacional. Revista do Departamento de PatrimnioHistrico, So Paulo, ano 5, n. 5, p. 88-89, jan. 1998. [B].

    6 - AQUINO, Rubim Santos Leo de. Futebol, uma paixo nacional. Rio deJaneiro: Jorge Zahar, 2002. [B].

    7 - ARMSTRONG, J. A. O futebol no Brasil antes da chegada de Charles Miller.Os Desportos em Todo o Mundo, Rio de Janeiro, ano 1, n. 1, p. 35-37,

    mar. 1956; ano 1, n. 4, p. 61-62, jun. 1956. Artigo publicado em duaspartes. [Fundaj, P1017 OR].

    8 - O BAHIA EM REVISTA, Salvador, ano 1, n. 1-3, [197-?]. [Fundaj, P1030OR].

    9 - BANGU EM REVISTA. [Rio de Janeiro]: Bangu Atltico Clube, dez. 1966.Edio especial comemorativa da conquista do ttulo de campeo cariocade 1966. [Fundaj, P1034 OR].

    10 - BECKER, Larcio. Do fundo do ba: pioneirismo no futebol brasileiro. 2. ed.rev. ampl. Itapevi, SP: Ed. Campees do Futebol, 2012. Disponvel em:

    .Acesso em: 15 maio 2013.

    11 - BELLOS, Alex. Futebol: the Brazilian way of life. London: Bloomsbury,2002. 420 p. [USP].

    12 - BELLOS, Alex. Futebol: o Brasil em campo. Rio de Janeiro: Jorge Zahar,2003. 350p. [Fundaj, 740/2010].

    13 - BEZERRA FILHO, Julio Jos. Os donos da bola. Recife: CEPE, 1993. 140 p.Sobre o futebol de Pernambuco. [Unicap].

    14 - BOLETIM CBD (CONFEDERAO BRASILEIRA DE DESPORTOS), Rio deJaneiro, 1970-1973. Coleo da Fundaj: 1970- n. 10, extra 1-2; 1971 n.

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    12, 14, 16, 18; 1972 ano 3, n. 18, 21-22, extra 3-4; 1973 ano 4, n.24-26, 28, extra 6 (estdios do Brasil). [Fundaj, P1011 OR].

    15 - BOLETIM INFORMATIVO DO SPORT CLUB DO RECIFE, Recife, ano 7, n. 9,1972. [Fundaj, P1025 OR].

    16 - BRASIL 2014: Portal da Copa: site do Governo Federal brasileiro sobre aCopa do Mundo da Fifa de 2014. Disponvel em:. Acesso em: 7 jun. 2013.

    17 - BUCHMANN, E. Quando o futebol andava de trem. Curitiba: ImprensaOficial, 2002.

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    Clube, focalizando principalmente a campanha dos dez mil scios'.Segundo Luiz do Nascimento, os fascculos foram encontrados na ColeoOtvio Cavalcanti e na Biblioteca Pblica do Estado de Pernambuco (BPE).

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