galeria pau brasil
DESCRIPTION
Imagens, Esculturas, Atividades Lúdicas e Textos sobre o Pau-Brasil. O objetivo é resgatar o significado histórico da Árvore que deu nome à nossa Pátria. Para saber mais: http://www.projetobrasilurgente.com.br/TRANSCRIPT
Exposição Temática Imagens, Esculturas, Atividades Lúdicas e Textos sobre o
Pau-Brasil
Objetivo:
Público-alvo:Expositor:
Resgatar o significado histórico da Árvore que deu nome à nossa PátriaEstudantes, educadores e público em geral
JC Linhares
-GALERIA PAU BRASIL
Imagen
s/te
xtos
sobre
lâm
inas
da m
adei
ra P
au-B
rasi
lA
cerv
o:
Pro
jeto
Bra
sil U
rgen
te C
opyr
ight 2
01
4 J
CLi
nhare
s c
APRESENTAÇÃO
Este conjunto de pranchas (compreendendo dez peças), intitulado GALERIA
PAU-BRASIL, reúne várias esculturas em madeira, imagens metálicas fixadas
em peças originais de Pau-Brasil, atividades lúdicas e breves textos sobre a
planta que deu nome à nossa Pátria.
02
APRESENTAÇÃO (cont.)
Dez atividades lúdicas (todas estruturadas em lâminas da madeira Pau-
Brasil) oferecem conteúdos informativos/interativos, propostas de tarefas
escolares e interessantes curiosidades. Sete textos explicativos (um deles
contendo i nstruções p ara o plantio de Pau-Brasil) completam a obra.
03
PRANCHA I, LADO 1
Esta primeira peça da Galeria (medindo 1m20cm de diâmetro) apresenta, na parte
central, uma imagem da árvore Pau-Brasil, acompanhada de um inédito poema
intitulado ''Primeira Testemunha da nossa História''.
A imagem é uma rara fotografia de uma árvore Pau-Brasil (sobrevivente), considerada a
planta nativa mais antiga do Brasil, localizada na Reserva de Tapacurá, Estado de
Pernambuco.
O poema, composto com palavras e expressões cívicas do Hino Nacional, descreve a
trágica história da planta brasileira (Parte I). A Parte II mostra sua surpreendente
sobrevivência “ajudada pela própria natureza”. O final do poema traz um apelo (pedido
de socorro) para o vegetal que, “ao lado de outros filhos deste solo”, está ameaçado de
extinção. Circundando a prancha, quatro esculturas (em baixo relevo) reproduzem
importantes passagens do poema.
04
PRANCHA I, LADO 1 (ESCULTURAS)
As peças acima, esculpidas nas redondezas da Prancha I, lado 1 (página anterior), fazem
alusão a quatro estrofes do poema ‘‘Primeira Testemunha da nossa História’’
(apresentado na página 28 do Manual da Galeria). As imagens das citadas peças
oferecem importantes conteúdos, a saber:
‘’Corte da planta a machadadas’’ (Devastação do Pau-Brasil nos primeiros séculos da
nossa História).
‘’Antigo mapa do Brasil com parte do litoral degradado/Uma embarcação
carregada de toras do Pau-Brasil’’ (Habitat natural da planta Pau-Brasil totalmente
devastado/Transporte da madeira brasileira para o exterior).
‘’A planta Pau-Brasil com uma cruz sobre sua copa’’ (Representação do primeiro
símbolo oficial, Brasão, do Brasil-Colônia).
‘’A planta Pau-Brasil dentro do mapa do nosso País’’ (Uma justa homenagem à
planta que deu nome à nossa Pátria).
05
PRANCHA I, LADO 2
Neste lado da prancha, na parte central, aparece um mapeamento arbóreo do
Pau-Brasil, realizado pela primeira vez em uma cidade brasileira (Fortaleza),
durante o ano de 2013.
Abaixo do referido mapa, estão indicados os locais pesquisados (ruas, praças,
avenidas, bosques e outras localidades públicas) com informações adicionais sobre
o total das plantas identificadas e cuidados especiais que devem ser dispensados a
determinadas plantas. No conjunto, essas informações constituem uma valiosa
fonte para a elaboração de roteiros e guias turísticos para visitação da importante
planta brasileira.
06
Estas peças da planta Pau-Brasil ( frutos, flores e sementes) enfileiradas ao lado de outras
imagens (fotos da planta) circundam o primeiro mapeamento arbóreo realizado sobre o
Pau-Brasil numa cidade brasileira (Prancha I, lado 2).O fundo das citadas imagens, na
tonalidade verde/amarela, lembra duas cores do nosso Pavilhão Nacional. Uma das
imagens chama atenção: o mapa do Brasil formado por sementes da planta Pau-Brasil.
Trata-se de uma proposta, sugestão, para o plantio da planta brasileira (declarada
Árvore Nacional pela Lei Federal 6607/78) em todo território do País. Esta iniciativa
(objetivando resgatar o significado histórico da planta que emprestou seu nome à
nossa Pátria) encontra-se formulada, em outras passagens da GALERIA PAU-BRASIL
(Peça III e Atividade Lúdica V).
PRANCHA I, LADO 2 ( IMAGENS )
S E M E N T E S
F R U T O S R A M O F L O R I D O
07
PEÇA I
Um Símbolo Esquecido. Muitos brasileiros desconhecem o primeiro símbolo oficial
(Brasão) do nosso País, adotado no início da colonização portuguesa no Brasil.
Sobre o nome do nosso País, transcrevemos, a seguir, o trecho extraído da página 97, do
livro “O Pau-Brasil na História Nacional”, de autoria de Bernardino José de Souza,
publicado em 1939:
“O nome da nossa Pátria originou-se, sem dúvida, do pau-brasil. Foi o primeiro gênero
de comercio da terra achada em 1500 que, vencendo outras denominações, inclusive as
oficiais, acabou por dominar exclusivo, como nome de um dos mais extensos territórios
da America. Ilha de Véra Cruz (1500), Terra Nova (1501), Terra da Vera Cruz ou do Brasil
(1503), Terra de Santa Cruz (1503), Ilha da Cruz (1505), Terra dos Papagaios (1501),
Terra do pau-brasil (1503), Terra do Brasil (1505), Terra Santa Cruz do Brasil (1527) e,
pelo imperativo do mínimo esforço, simplesmente Brasil – eis os nomes que andaram a
figurar em mapas, cartas e atos oficiais no primeiro quartel do século XVI” (Texto de
acordo com a ortografia oficial da época).
08
PEÇA II
Berço Esplêndido? O habitat natural da planta (região litorânea entre Rio Grande do
Norte e Rio de Janeiro), aqui chamado “Berço Esplêndido” (com um sinal de
interrogação), é uma referência à destruição da floresta de Pau-Brasil que existia naquela
imensa área territorial, até hoje não reflorestada. A seguir, duas pequenas histórias, dois
grandes exemplos:
1) No início da industrialização dos EUA (final do século XIX), no estado de Virgínia, uma
floresta inteira de Carvalho foi derrubada para o plantio de algodão. No século seguinte,
toda a área afetada foi reflorestada com espécimes do mesmo vegetal. Hoje, o Carvalho
(Símbolo Nacional daquele país) é cultivado e venerado pelo patriótico povo norte-
americano.
2) O Cedro, árvore originária do Líbano, em razão da diversidade do uso da sua
madeira, durante séculos, por várias civilizações antigas, quase chegou à extinção. Nos
tempos atuais, a planta (replantada abundantemente no solo libanês) está representada
no centro da Bandeira do Líbano. Seu nome botânico, Cedrus libani, é uma homenagem
à pátria-mãe. Para glória e júbilo do povo libanês, o nome da planta aparece 75 vezes
em 19 livros das Sagradas Escrituras.
09
PEÇA III
‘’Torturada Impiedosamente’’. O título desta peça lembra uma passagem do poema
‘‘Primeira Testemunha da nossa História” [Depois da Santa Missa / Ela foi torturada
impiedosamente], dedicado à planta Pau-Brasil.
O texto metálico apresentado na peça acima oferece duas importantes sugestões para
resgatar o significado histórico da Árvore Nacional, hoje ameaçada de extinção. Ei-las: 1)
Promulgação de uma Lei Federal determinando o plantio de um exemplar de Pau-Brasil no
pátio de todas as escolas públicas/privadas brasileiras; 2) Implantação de bosques de
Pau-Brasil em áreas reservadas de Jardins Botânicos do País. É oportuno lembrar, aqui, o
artigo 1º da Lei Federal nº 6607/78, que diz, in verbis:
“É declarada Árvore Nacional a leguminosa denominada Pau-Brasil (Caesalpinia
echinata, Lam.), cuja festa será comemorada, anualmente, quando o Ministério da
Educação e Cultura promoverá campanha elucidativa sobre a relevância daquela espécie
vegetal na História do Brasil’’.
10
Raízes Nacionais. Completando os dados desta peça, apresentamos, a seguir, outros elementos informativos (pouco divulgados nos livros didáticos nacionais), os quais podem servir de base para estudos, pesquisas e debates sobre o Pau-Brasil:
1) Livro “O Pau-Brasil na História Nacional”, de autoria de Bernardino José de Souza”, publicado em 1939, sob o patrocínio do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. Complementam essa obra, três outras importantes publicações: a) Livro ‘‘PAU-BRASIL’’, de Eduardo Bueno e outros estudiosos do Pau-Brasil publicado pela editora Axis Mundi; b) A grande obra Espécies Arbóreas Brasileiras, v.1, publicada pela Embrapa / Informação Tecnológica, de autoria do botânico Paulo Ernani Ramalho Carvalho; e c) Opúsculo “Pau-Brasil, a História do Brasil que não nos contam”, do pesquisador Paulo Afonso de Paiva Cavalcanti.
2) Estudos científicos sobre o Pau-Brasil, realizados pelo cientista Francismar F. A. Aguiar e outros pesquisadores do Instituto de Botânica de São Paulo e do Jardim Botânico do Rio de Janeiro.
3) Lei Federal 6607/78, a qual declara o Pau-Brasil Árvore Nacional.
4) Instrução Normativa nº 6, de 23 de setembro de 2008, do Ministério do Meio Ambiente, a qual relaciona várias espécies da flora brasileira ameaçadas de extinção.
PEÇA V
11
UUU CCCAAA
EEE
JJJ
SSS
AAA
LLL
PPP
III
NNNIIIAAAOOO
EEE
CCC
HHH
JJJ
III
NNN
MMM
AAATTT
AAA
ATIVIDADE LÚDICA III
Nome científico da planta Pau-Brasil. O batismo botânico da planta Pau-Brasil foi
feito em 1785 pelo cientista francês Jean-Baptiste Lamark. Para isso, o pesquisador
utilizou o sistema de nomenclatura binária (introduzida anteriormente pelo sueco
Karl von Linneu) aplicada internacionalmente na classificação de todos as espécies
vegetais conhecidas.
Referida nomenclatura consiste na denominação genérica e específica das plantas
em duas palavras latinas, sendo o nome do gênero um substantivo e o da espécie um
adjetivo (o primeiro escrito com letra maiúscula e o segundo, minúscula). Depois das
duas palavras latinas, às vezes, aparece, de forma abreviada, o nome do
classificador da planta, desta vez, com inicial maiúscula.
Bem! Agora, vamos para a atividade lúdica acima proposta. Para conhecer o nome
científico do Pau-Brasil, forme duas palavras com as letras que estão colocadas nos
círculos em volta da copa da planta. Para isso, desconsidere as vogais ‘‘O - U’’ e as
consoantes ‘‘J-M’’. Dica: siga o rumo das setas, ou seja, o sentido relógio.
12
A S F L O R S D O P A B
R
A
S
M
I
TO VISITADAS POR A
B
L
H
A
S
D
A
N
D
O
M L D X C L N T
S
S
I
M A CRIAÇÃO DB
O
S
Q
S
D
P A B R A S I L P R M
RODÇÃO DA AP
I
C
L
T
R
A
ATIVIDADE LÚDICA V
Importância da flor do Pau-Brasil. O diagrama acima (fundo central com figuras
hexagonais lembrando uma colmeia) é estruturado com sementes de Pau-Brasil, tendo ao
centro um ramo florido da planta brasileira. As letras, na superfície das sementes,
formam palavras que, por sua vez, fornecem uma informação de grande importância
para as autoridades governamentais e empresariais, nas áreas de proteção ambiental e
produção alimentar. A partir dessa informação, revelada pelos pesquisadores
Francismar Aguiar e Paulo Cavalcanti (ver Bibliografia), sugerimos uma possível solução
para proteger a planta que ‘’ao lado de outros filhos deste solo’’ está ameaçada de
extinção.
Para descobrir tal informação (e conhecer a mencionada sugestão), a qual está ocultada
no diagrama acima, preencha os círculos em branco de cada semente com as vogais “E
ou U”. Depois, leia as palavras contidas sobre as sementes, a partir da seta indicativa.
Dica: siga o sentido relógio em direção ao interior do diagrama. Por fim, observe o texto e
a imagem da PEÇA III (comentada na página 10) e dê sua opinião sobre as outras
sugestões ali indicadas.
Curiosidade: entre as várias abelhas que visitam a inflorescência da planta Pau-Brasil
destacam-se as abelhas africanas (Apis melizera scutella), as quais são apontadas como
as principais responsáveis pela polinização das flores da planta brasileira.
I
L
S
Ã
O
A
B
O
R
A
S
I
T
A
I
N
T
13
Primeira Testemunha da nossa História ( Interpretação ) ( ver página anterior )
TEXTO 2
O poema ‘’ Primeira Testemunha da nossa História’’, composto com termos e
expressões do Hino Nacional, é uma homenagem à planta Pau-Brasil. O poema
recebe a mesma estrutura do Hino pátrio, ou seja, está organizado em duas Partes
iguais, porém, possui versos assimétricos, livres. No total, são 32 versos, os quais
estão distribuídos em 12 estrofes (em forma de dísticos, tercetos e quartetos).
Narrado na terceira pessoa, o poema personifica a árvore brasileira, fala da sua
longa e trágica história (mais de três séculos de ‘’sofrimento’’). Ao final do poema, a
planta em perigo (ameaçada de extinção) ‘’grita’’, pede ajuda a todos nós,
brasileiros e brasileiras. A seguir, alguns comentários, concisos, sobre o poema.
Estrofe 1. O primeiro verso é um enaltecimento, elogio, à planta brasileira. Os dois versos
seguintes registram a presença do vegetal no solo brasileiro, à época do Descobrimento.
Estrofe 2. Esta estrofe identifica o marco inicial (trágico) do abate do Pau-Brasil.
Estrofe 3. Aqui, os versos falam: a) da ação devastadora sofrida pela planta; b) do local onde
a planta medrava, florescia (região litorânea entre o Rio Grande do Norte e o Rio de Janeiro);
c) da destinação da madeira brasileira.
Estrofe 4. Nesta estrofe, ‘’brado retumbante’’ refere-se à qualidade tonal contida na
madeira, a qual provocou nova corrida ao Pau-Brasil para a fabricação de violinos.
Estrofe 5. Esta estrofe, com outras palavras, quer dizer: ‘’O corante (avermelhado) extraído
do cerne do Pau-Brasil era muito apreciado na Europa para o tingimento de tecidos, até a
invenção da tinta sintética, em meados do Século XIX’’ (*).
Estrofe 6. Aqui, os dois versos da estrofe denunciam o longo período em que o Pau-Brasil foi
objeto de exploração (abate).
Estrofe 7. Verso inicial: estribilho (repetição) do primeiro verso da estrofe da Parte I. Os dois
versos seguintes revelam: a própria planta foi testemunha ocular da destruição de suas
florestas.
Estrofe 8. Favorecidos pelo solo brasileiro, alguns exemplares da planta não sucumbiram,
sobreviveram.
Estrofe 9. Esta estrofe faz menção ao primeiro símbolo oficial (Brasão) adotado no início da
colonização portuguesa no Brasil.
Estrofe 10. Aqui, o batismo da nossa Pátria (com o nome da planta) é lembrado com afeição,
apreço, patriotismo.
Estrofes 11/12. Nesta parte final do poema, o vegetal brasileiro (ao lado de outras espécies
da flora brasileira também ameaçadas de extinção) faz um comovente pedido de socorro, de
ajuda.
PARTE II
PARTE I
(*) Esta estrofe está organizada corretamente dentro da estrutura do poema, porém, o fato ali
narrado, historicamente, ocorreu antes daquele mencionado na estrofe 4.
15
Primeira Testemunha da nossa História II( História/Curiocidades )
TEXTO 5
No passado, há mais de 500 anos, E la vivia tranquilamente no seu habitat natural, na região litorânea de nosso País. Seu nome não aparece na Carta de Caminha, mas, a partir do descobrimento do Brasil, Ela sofreu uma intensa e prolongada perseguição. Estimam alguns historiadores nacionais que cerca de 70 milhões de exemplares foram abatidos, nos três primeiros séculos da nossa História. Uma população inteira existente entre o Rio Grande do Norte e o Rio de Janeiro sumiu do litoral brasileiro. Alguns descendentes sobreviveram. Hoje, estão sob a proteção da legislação nacional. Antes que seja tarde demais, nós, brasileiros e brasileiras, devemos resgatar e preservar a “Primeira Testemunha da nossa História”. Para isso, precisamos conhecê-La.
Seu nome popular: Pau-Brasil. Os povos nativos brasileiros chamavam-na ybirá pitanga (ybirá, pau; pitanga, vermelho). Seu batismo científico ocorreu em 1785, quando o botânico francês, Jean-Baptiste Lamark, ao estudar um espécime, coletado provavelmente no Rio de Janeiro, denominou-o de Caesalpinia echinata, seguindo a nomenclatura binária, estabelecida por Karl von Linneu, alguns anos antes. A árvore possui casca acinzentada e cerne avermelhado. A altura da planta adulta, em média, atinge de 5 a 20 metros. O diâmetro do tronco da árvore fica entre 30 a 50 centímetros, às vezes, atingindo mais. Desde jovem, o vegetal apresenta uma elegante copa arredondada, com folhas miúdas sempre verde-escuras, brilhantes. As flores, na cor amarela, exalam um adorável aroma cítrico. Os frutos dispersam as sementes nas redondezas da planta-mãe.
Um exemplar de Pau-Brasil, sobrevivente, encontrado em Tapacurá/
Pernambuco, vem provavelmente da época da visita de Pedro Alvares Cabral.
A planta Pau-Brasil cresce lentamente, em média, 60 centímetros por ano.
No ano de 1828, parte da dívida externa do Brasil (juros e amortização) foi paga
com um montante de 900 toneladas de Pau-Brasil.
A data comemorativa do Pau-Brasil é festejada (?) no dia 3 de maio.
O Pau-Brasil foi declarado Árvore Nacional pela Lei Federal 6.607/78.
A planta Pau-Brasil está ameaçada de extinção (Instrução Normativa 6/2008, do
Ministério do Meio Ambiente).
Partes da planta Pau-Brasil (folhas, flores e frutos) originalmente estudadas pelo
botânico francês Jean-Baptiste Lamark, para fins de classificação científica do
vegetal, estão sob a guarda do Museu de História Natural de Paris.
16
Primeira Testemunha da nossa História III( ’’Biografia’’ )
Nome popular: Pau-Brasil. À época do descobrimento ocial do nosso País, a planta era conhecida pelos nativos como “ibirapitanga” (pau vermelho, em tupy-guarani). Nome científico: Caesalpinia echinata. Caesalpinia é uma homenagem a Andrea Cesalpino (1519-1603), médico e botânico italiano, autor de um dos primeiros sistemas cientícos de classicação botânica. Echinata refere-se aos espinhos presentes na parte externa do fruto. Família: o Pau-Brasil pertence à família das leguminosas (Caesalpinioideae). Logenvidade: ainda em estudo. A planta Pau-Brasil, cuja fotograa ilustra esta página, é considerada a planta nativa mais alta e mais antiga do Brasil (está localizada na Reserva Tapacurá em Pernambuco). Falso Pau-Brasil: no nordeste do nosso País é comum chamar de Pau-Brasil o vegetal Acácia-pílula (Adernanthera pavonina), o qual produz sementes miúdas, redondas e avermelhadas, lembrando uma pílula. Madeira: o lenho do Pau-Brasil é bastante pesado, resistente, com alburno diferenciado do cerne. Esta parte da planta motivou sua ‘‘perseguição, mutilação, sofrimento’’, como diz o poema transcrito na página 28. Importância: o economista brasileiro Roberto Simonsen, autor da obra História Econômica do Brasil (1500-1820), ao analisar o primeiro ciclo econômico da nossa História, arma que o Pau-Brasil constituiu a primeira riqueza brasileira exportada para o exterior.
TEXTO 6
17
Pau-Brasil ( Árvore Nacional ) TEXTO 7
Fac-simile de parte da página 19910 (Diário Oficial da União, datado de 12
de dezembro de 1978) mostrando o texto original da Lei Federal 6.607, a qual
declara o Pau-Brasil Árvore Nacional.
18
Instruções Técnicas para Plantio de Pau-Brasil (*)
Para o plantio de uma muda de Pau-Brasil (a muda deve ter altura superior a 40cm), abrir uma cova de 60 x 60cm (A), separando a terra dos primeiros 30cm (B).
Essa porção de terra retirada da superfície (indicada no esquema pelo número 1) deve ser misturada com 30 litros de esterco de curral bem curtido, terra vegetal ou outro composto orgânico. A essa mistura devem ser adicionados, ainda, 1 kg de adubo químico (NPK, formulação 10:10:10) e 1 kg de farinha de osso (C).
Após misturar bem estes ingredientes, encher a cova com esta mistura (D). No centro da cova, abrir um buraco com o diâmetro do torrão (E).
Cortar o saco que envolve a muda, tomando-se cuidado para não desmanchar o torrão. Planta-se a muda e pressiona-se a terra em volta do torrão com as mãos (F). Feito o plantio, finca-se uma estaca ao lado do torrão até o fundo da cova e amarra-se a muda à estaca, com um cordão em forma de 8 (G).
Regar bem a muda com cerca de 10 litros de água (H). Fazer uma cerca de proteção em torno da muda, com madeira ou tela (I).
Pronto, a muda de Pau-Brasil está plantada, adubada e “protegida”.
Mas, para assegurar que ela tenha um bom desenvolvimento, não se pode esquecer de regá-la na época da seca, pelo menos duas vezes por semana; fazer adubação em cobertura duas vezes por ano, uma vez no início da estação chuvosa e outra antes do final desta estação. Para isso, utiliza-se adubo 10:10:10 (NPK), 500g, distribuindo-se na projeção da copa (J).
A fim de evitar ataque de formigas (saúva), deve-se enrolar um pedaço de folha de jornal no caule, amarrando-se suas extremidades e pincelando todo o jornal com graxa (J). Esta proteção vai evitar o ataque de formigas pelo menos 6 meses. As formigas (saúvas) são as principais inimigas do Pau-Brasil.
( ) Por Francismar F. A. Aguiar / PqC.*
A)30 cm
30 cm
60 cm
60 cm 1
2
B)
1 2C)
1
D)
CO - COMPOSTO ORGÂNICO;
AQ - ADUBO QUÍMICO; 3
FO - FARINHA DE OSSO
11
1
F) G) H)E)
11
I)PROTEÇÃO CONTRA FORMIGAS
ADUBAÇÃO EM COBERTURA
J)
19
GALERIA PAU-BRASIL / PROJETO PEDAGÓGICO( MINUTA DE PROPOSTA PARA EXIBIÇÕES PÚBLICAS )
1) DESCRIÇÃO:
Ÿ Conjunto de pranchas reunindo várias esculturas em madeira, imagens metálicas xadas em peças
originais de Pau-Brasil, atividades lúdicas e breves textos sobre a planta que deu nome à nossa Pátria.
2) CONTEÚDO:
Ÿ Dez esculturas com informações históricas/botânicas sobre a planta Pau-Brasil.
Ÿ Dez atividades lúdicas (palavras cruzadas, caça palavras e outros passatempos) acompanhadas de
propostas de tarefas escolares (redações / interpretações / debates / questionamentos).
3) OBJETIVO:
Ÿ Resgatar o signicado histórico da árvore que deu nome à nossa Pátria.
4) PÚBLICO-ALVO:
Ÿ Estudantes, pais, professores, educadores e público em geral.
5) MATERIAL QUE ACOMPANHA A EXPOSIÇÃO:
Ÿ Manual (Guia bilíngue Português/Inglês, em 80 páginas/40 para cada idioma) com comentários de
todas as peças da Exposição.
Ÿ Catálogo (folder em 20 páginas) sobre a Exposição.
Ÿ Caderno de Atividades Recreativas com folhas destacáveis para distribuição aos visitantes interessados
(principalmente estudantes).
Ÿ Agenda com capas em lâminas da madeira Pau-Brasil e folhas confeccionadas em papel reciclado.
Ÿ 6) JUSTIFICATIVAS DA EXPOSIÇÃO SOBRE O PAU-BRASIL:
Ÿ O Pau-Brasil é a Árvore-Símbolo da primeira riqueza nacional.
Ÿ O Pau-Brasil é a planta que deu nome à nossa Pátria.
Ÿ O Pau-Brasil gurou o primeiro símbolo ocial (Brasão) do Brasil-Colônia.
Ÿ O Pau-Brasil foi declarado Árvore Nacional pela Lei Federal 6607/78.
Ÿ A árvore Pau-Brasil encontra-se ameaçada de extinção (Instrução Normativa 6/2008, do Ministério do
Meio Ambiente).
Ÿ A maioria dos brasileiros (principalmente estudantes) não conhece a planta Pau-Brasil.
7) DESENVOLVIMENTO DO PROJETO:
Ÿ Espaço (físico) ideal para exibição das peças da GALERIA: 36m² (sem necessidade de suportes, vez
que, todas as esculturas já se encontram xadas em bases próprias).
Ÿ Disponibilidade do Manual da Exposição (Português/Inglês) para consulta dos visitantes
(principalmente do exterior).
Ÿ Presença do Escultor/Curador no local de exibição da GALERIA (em datas e horários pré-
estabelecidos) para aplicação das atividades recreativas e participação em ocinas/debates.
Ÿ Possibilidade de visitas (estudantes e interessados, acompanhados pelo Escultor) às plantas
localizadas nos logradouros mencionados na Prancha I, lado 2 e na página 35 do Manual.
Ÿ Disponibilidade de espaços publicitários no Caderno de Atividades, na Agenda, em ‘‘Banners’’ e no
site do Projeto Brasil Urgente.
Ÿ Oferta especial: Confecção de uma Agenda Especial (capas em lâminas da madeira Pau-Brasil) com
o espaço da primeira capa dedicado totalmente à Entidade/Empresa patrocinadora da Exposição.
8) SOBRE O AUTOR / EXPOSITOR / CURADOR
Ÿ JC Linhares tem formação jurídica e especialização na área de entorpecentes e drogas ans.
Atualmente, estuda pintura no Ateliê Silvart, em Fortaleza. Sua atividade artística está voltada
especialmente para a produção de painéis temáticos e esculturas em madeira para ns educacionais.
Seus trabalhos educativos (acompanhados de atividades lúdicas) já foram exibidos em várias
Instituições Brasileiras de Ensino, destacando-se, a Academia Nacional de Polícia (Brasília), a Escola
Superior de Magistratura do Ceará (Fortaleza), dentre outras. A convite do Governo dos EUA, realizou
cursos na Academia do FBI e na Drug Enforcement Administration / DEA.
9) CONTATOS: Site: www.projetobrasilurgente.com.br
Email: [email protected] / Fone: (85) 3261.4685