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  GEOLOGIA VISITA DE ESTUDO AO CENTRO DE CIÊNCIA VIVA DO LOUSAL Docente: Maria João Alunos: Alimatú Baldé Bruna ferreira Miguel Gutierrez Julmaira Pétia

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GEOLOGIA

VISITA DE ESTUDO AO CENTRO DE CIÊNCIA VIVA DO LOUSAL

Docente: Maria João

Alunos: Alimatú Baldé

Bruna ferreira

Miguel Gutierrez

Julmaira Pétia

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INTRODUÇÃO

A visita ao centro de ciência viva do Lousal fez-nos recuar no tempo em que neste local a mina

do Lousal ainda era ativa, minérios formados há milhões de anos eram aqui explorados por

milhares de mineiros.

Este centro de ciência viva é um grande divulgador de cultura científica e tecnológica e uma

grande fonte de conhecimento. Neste trabalho a geologia estará sempre em foco. Desde as

formações rochosas presentes ao largo da “mina”, a mudança da cor da água e de pH

resultante de certos elementos químicos por consequência da exploração, e o porque de esta

mina já não estar ativa, será um dos principais temas, mas não só, algumas curiosidades

poderão aparecer.

Esta nossa divulgação de aprendizagem assimilada no Lousal será feita por imagens e suas

respetivas ilustrações e textos, estando estes organizados por tópicos, isto é, a nossa chegada

ao local, em que pusemos em prática um passeio com o objetivo de analisar o local (a mina e

seus efeito), que é o centro do nosso trabalho. Por fim, estimulamos a nossa curiosidade no

laboratorium, mas não vamos falar acerca do assunto.

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CORPO DO TRABALHO

Visita à mina – Passeio pedestre

Este percurso pedestre com uma duração de 2 horas e uma extensão de cerca de 0,7 Km. Teve

como objetivo apresentar o enquadramento geológico da área do Lousal, incluindo a antiga

exploração a céu aberto e a galeria Valdemar, subterrânea.

1. Exploração a céu aberto.

2. Águas superficiais:

Lagoa azul;

Lagoa vermelha.

3. Galeria Valdemar.

4. Tratamento de águas.

5. Chaminé de fada (curiosidade).

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1.  Exploração a céu aberto.

A mina de pirites fica situada no

extremo noroeste da Faixa Piritosa

Ibérica da designada Zona Sul

Portuguesa, onde se situam

igualmente as minas de Canal caveira,

Aljustrel, Neves Corvo e São Domingos

e que se prolonga em Espanha para

além das minas de Riotinto.

A Faixa Piritosa Ibérica tem cerca de

250 Km de comprimento e 30 a 50 Km

de largura.

Há 350 milhões de anos a atividade

vulcânica submarina que ocorreu

nesta região deu origem a importantes

 jazigos de sulfuretos maciços

polimetálicos associados aos flancos

de cones vulcânicos, na forma de pirite

(FeS2), mas também de calcopirites (CuFeS2), blendas (ZnS), galenas (PbS) e cassiterites

(SnO2). Esta mina do Lousal explorada desde os finais do século XIX (1900) foi encerrada

em 1988 devido a crise da produção industrial de enxofre a partir da pirite, que já não era

rentável comparado com as recentes formas de produzir enxofre. No início dos anos

noventa deram início a um projeto de requalificação. A antiga mina do Lousal foi

transformada, oficialmente em 2010, num centro único que privilegia áreas como a da

geologia, da física, da biologia, entre outros - o Centro de Ciência Viva.

Ilustração 2 Aglomerado de cristais de pirite 

Ilustração 1 Antiga mineira do Lousal 

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2.  Águas superficiais.

As formações de águas de drenagens ácidas formam-se principalmente em explorações de

minérios metálicos, ricas em sulfuretos, como a pirite (FeS2). Da mina saiam diariamente

várias toneladas de pirite de onde se extraia o enxofre para produzir ácido sulfúrico e

transformar em adubos. Estes compostos em contato com ar e com a água (em profundidade

ou nas escombreiras) sofrem oxidação, libertando ácido sulfúrico (que acidifica a água) e

compostos férreos que acabariam por contaminar a água da chuva que passa pelas minas ou

pelos montes de resíduos acumulados em locais de exploração - escombreiras. A água ácida

pode dissolver outros elementos, como o cobre e o zinco. As elevadas concentrações de

metais e a acidez tornam as águas subterrâneas e superficiais muito poluídas, afetando

severamente os ecossistemas, sobretudo os aquáticos.

2.1.  – Lagoa Azul.

Esta lagoa apresenta uma cor igual a

água que consumimos (quando

engarrafada), mas ao contraio da quebebemos esta contêm Ferro 2+ em

grandes concentrações, dando esta cor

invulgar - azul esverdeado. A lagoa tem

entre 26 a 30 metros de profundidade,

tem pH ácido (durante o inverno é de

5/5,5 e no verão é de

aproximadamente 4,5) mas devido à

realimentação é possível o

desenvolvimento de flora e fauna.

Logo, esta lagoa não é totalmente

prejudicial para o equilíbrio natural

aqui existente.

Há 350 Ma, aquando a atividade

vulcânica, a lava basáltica expelida

reagia com a água do mar (pois o localIlustração 3 Lagoa Azul e proximidades

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esta submerso na altura) formando rocha espilitica ou Spilite. Estas rochas são muito ácidas,

com um tom esverdeado proveniente de um mineral de neoformação - Clorite. A constituição

deste mineral é o responsável pela acidez e tonalidade da lagoa azul da mina do Lousal, pois ao

ser arrastado pela chuva (os seus constituintes) depositam-se no fundo da lagoa.

2.2.  – Lagoa vermelha

A lagoa vermelha apresenta uma cor

amarela (quando engarrafada). Esta

tonalidade é devida as grandes

concentrações de ferro 3+. Sendo

dependente de águas fluviais, quando

chove muito há muita água e vice-

versa. As rochas expostas ao ar livre

próximas da lagoa contêm sulfuretos

maciços extremamente oxidados, o

que origina ferro 3+. Assim quando

chove, estes componentes são

arrastados por escorrência (pelas

escombreiras e etc.) e depositando-se

assim na lagoa, tornando-a ácida (com

o pH de 3,5/4 no inverno e com o pH

de 2 no verão). Mas mesmo perante

estes dados, há algum

desenvolvimento de algas  – 

eutrofização, viabilizando o

desenvolvimento de algumas espécies.

No verão, devido à seca, forma-se sulfato de cobre (CuSO4•5(H2O)) que tem uma cor azul-

turquesa muito forte, chama-se a este mineral de calcantite ou chalcanthite. Perto das

escombreiras forma-se sulfato de ferro, chama-se a este mineral de melanterite  

(Fe++SO4•7(H2O)) (que tem uma cor verde-turquesa).

Ilustração 4 Lagoa vermelha 

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3.  Galeria Valdemar

Esta for a 1ª galeria do Lousal a ser

explorada. Nesta galeria pode-se

encontrar duas espécies de

morcegos, um tipo de organismo

que aproveita os ambientes

cavernícolos para a sua semi-

permanência, os morcegos caçam

à noite e dormem de dia. Tem

também um período de

hibernação de novembro a

fevereiro. Para além de morcegos

há também outras espécies.

Os dejetos dos morcegos são

importantes, pois o guano tem

uma composição química

excelente para usos agrícolas,como fertilizante.

Ilustração 5 Galeria em flanco de encoste 

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4.  Tratamento de águas.

Ilustração 6 Tratamento de águas contaminadas com o uso da bioremediação

Esta água está a sofrer tratamento. A este tratamento de águas chama-se bioremediação,

Intervir-se na conduta da água, para que em vez de ir desaguar à ribeira, esta vai leva-la ao

mar. A bioremediação consiste na utilização de seres vivos ou seus componentes na

recuperação de áreas contaminadas. Processos que empregam microrganismos ou suas

enzimas para degradarem compostos poluentes. Infelizmente o tratamento não está a ser

eficaz (salvo o erro, apenas aumentou o pH 0,2, continuando ácido) neste ponto edesconhecesse o motivo.

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5.  Chaminé de fada.

Chaminés de fadas, são designadas as grandes colunas naturais em forma cónica que sustêm

no seu topo um bloco de rocha maior. Nesta espécie de “chaminé de fada” verifica-se que este

afloramento rochoso é constituído por rochas metamórficas, principalmente o xisto, que estão

muito alterados por ser muito antigo e diariamente é atacado pelos agentes da geodinâmica

externa (agentes erosivos, como a água, a chuva, o vento, o sol). A área onde é mais escura,

encontra-se o enraizamento de arbustos (no topo), e a área mais clara é o maciço rochoso

(rocha mãe) e há heterogeneidade em relação à cor. Esta área esbranquiçada é onde a ação é

mais intensa, dos agentes, daí a neoformação de minerais. Este mineral, é do grupo das argilas,

que se subdivide no grupo das calinites.