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Aulas práticas 4º Ano Arquitectura
Gestão da Construção
2006/2007
Especificações, medições e
regras de medição
Gestão da Construção
2005/20064º Ano Arquitectura
Gestão da Construção
Aulas práticas
PEÇAS DE PROJECTO
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Aulas práticas
PEÇAS ESCRITAS
Na prática corrente, os elementos de um projecto classificam-se da
seguinte forma:
Peças escritas;
Peças desenhadas.
As peças escritas é, conforme o nome indica, o conjunto de todos os
elementos escritos que fazem parte integrante do projecto, como, por
exemplo:
memória descritiva e justificativa;
nota de cálculo;
medições dos trabalhos a realizar (MAPA DE QUANTIDADES);
orçamento da obra;
condições técnicas, gerais e especiais (CADERNO DE
ENCARGOS).
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CADERNO DE ENCARGOS - CONDIÇÕES TÉCNICAS (PROJECTO)
Notas técnicas
Desenhos
Especificações / Listas de materiais
Métodos construtivos
Sistemas de controlo
Regras de qualidade
Regras de medição
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Aulas práticas
CODIFICAÇÃO
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CODIFICAÇÃO - WBS
Base comum de classificação (projecto,
caderno de encargos, medições,…);
Informação sistemática, fácil ampliação
em vários níveis (hierarquizada).
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Codificação das operações de construção
existente nas Tabelas do LNEC (do tipo CI/SFB)
Sistema constituído por sete capítulos
(classes) e subcapítulos (subclasses dos
trabalhos)
1 – Infraestruturas
2 – Elementos primários
2.1 Superstrutura
2.2 Paredes exteriores
….
3 - Elementos secundários
3.1 Caixilharia exterior
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Código: 11028
11 (infraestruturas - trabalhos preparatórios)
028 (artigo)
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MEDIÇÕES E REGRAS DE MEDIÇÃO
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MEDIÇÕES E
REGRAS DE MEDIÇÃO
A medição é a descrição e determinação quantitativa dos trabalhos a
executar numa dada obra, destinando-se a diversos fins relacionados
com a gestão de obras, nomeadamente:
Orçamentação (determinação do valor total da obra);
Planeamento (determinação da duração das actividades);
Determinação das quantidades de recursos (mão-de-obra,
materiais e equipamentos);
Elaboração de autos de medição;
Controlo da facturação;
Controlo de quantidades dos recursos (stocks de materiais);
Controlo económico de obras.
As medições dos trabalhos de uma obra são em geral elaboradas em
mapas tipo.
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MEDIÇÕES E
REGRAS DE MEDIÇÃO
Para se proceder à medição dos trabalhos de uma obra é necessário estabelecer regrasvisando a uniformização dos métodos e critérios a adoptar para a realização dessasmedições - Regras de medição.
O estabelecimento dessas regras é aliás uma exigência da regulamentação de obraspúblicas (Art° 202 do D.L. 59/99 de 2 de Março) que obriga à definição nos cadernos deencargos dos métodos e critérios de medição a utilizar em cada obra.
Por outro lado, o caderno de encargos tipo (Portaria n.º 104/2001 de 21 de Fevereiro), non.º 3.5 das suas Cláusulas Gerais, define que:
Os critérios a seguir na medição dos trabalhos serão os estabelecidos no projecto,neste caderno de encargos ou no contrato.
Se esses documentos não fixarem os critérios de medição a adoptar, observar-se-ãopara o efeito, pela seguinte ordem de prioridade:
a) As normas oficiais de medição que porventura se encontrem em vigor;
b) As normas definidas pelo Laboratório Nacional de Engenharia Civil;
c) Os critérios geralmente utilizados ou, na falta deles, os que forem acordados entreo dono da obra e o empreiteiro.
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MEDIÇÕES E
REGRAS DE MEDIÇÃO
Refira-se que actualmente não existem normas oficiais de medição, nem normas doLaboratório Nacional de Engenharia Civil, pelo que é recomendável que nas cláusulastécnicas gerais dos cadernos de encargos se estabeleçam as regras de medição a aplicarnos diferentes trabalhos que constituem a obra.
Porém, o Laboratório Nacional de Engenharia Civil publicou um trabalho intitulado "Cursosobre Regras de Medição na Construção" que, apesar de não constituírem normas daqueleLaboratório, têm vindo a ser consideradas como tal e utilizadas em muitas situações, talcomo cursos de Engenharia Civil de universidades portuguesas e cursos diversos deformação profissional.
Assim, na ausência de indicações precisas sobre os critérios a observar na medição detrabalhos, recomenda-se a inclusão no caderno de encargos da obra de uma cláusula queestabeleça a utilização, como base de referência, das regras referidas naquela publicaçãopara efeitos do estipulado na terceira ordem de prioridades atrás referida.
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MEDIÇÕES E
REGRAS DE MEDIÇÃO
As regras de medição podem subdividir-se em:
regras gerais;
regras específicas.
Regras Gerais
Salvo referência em contrário, o cálculo das quantidades dos trabalhos seráefectuado com a indicação das dimensões segundo a ordem seguinte:
em planos horizontais, comprimento x largura x altura ouprofundidade,
em planos verticais, comprimento x largura ou espessura x altura,considerando-se como comprimento e largura as dimensões em plantados elementos a medir.
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MEDIÇÕES E
REGRAS DE MEDIÇÃO
Regras Gerais - Unidades de medida - Tabela anexa
Arredondamentos segundo a NP-37
Arredondamentos (n.º casas decimais) Unidade Designação Símbolo
Resultados Parciais Resultados Globais
Genérica unidade un - -
Comprimento metro m 2 1
Superfície metro quadrado m2 2 2
Volume metro cúbico m3 3 3
Massa quilograma kg 2 0
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MEDIÇÕES E
REGRAS DE MEDIÇÃO
Regras Gerais - Unidades de medida - Tabela anexa
Arredondamentos segundo a NP-37 (continuação)
Quando a aplicação destas regras tiver como resultado ser eliminada aindicação da quantidade de qualquer rubrica, deverá indicar-se aquantidade exacta.
Quando o preço dos trabalhos o justifique, estes arredondamentos podemser modificados para mais ou para menos. Neste caso, o documentorelativo às medições deve mencionar o critério adoptado na definição dosarredondamentos.
Na prática corrente, nem sempre se segue esta norma portuguesaresultando situações díspares nos critérios de arredondamentos emdiferentes obras para os mesmos trabalhos. Em geral, durante a execuçãode uma obra, na medição dos trabalhos para efeitos de pagamento aosempreiteiros, utilizam-se os arredondamentos (número de casas decimais)considerados no mapa de quantidades de trabalhos que serviu de base aoconcurso dessa obra
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MEDIÇÕES E
REGRAS DE MEDIÇÃO
Recomenda-se que as medições sejam organizadas por forma a facilitar a
determinação dos dados necessários à preparação da execução da obra e ao
controle de produção, tendo em vista a repartição dos trabalhos por diferentes
locais de construção e o cálculo das situações mensais de pagamento e
controle de custos.
Os capítulos das medições e
da lista de medições poderão
ser organizados de acordo com
a natureza dos trabalhos ou
por elementos de construção.
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MEDIÇÕES E
REGRAS DE MEDIÇÃO
MOVIMENTOS DE TERRAS
A unidade de medição a considerar é, em geral, o m2 para profundidades de escavação0.25 metros e o m3 para profundidades de escavação 0.25 metros
A medição deve ser efectuada por classes de terreno, sendo corrente, para esse efeito, autilização da seguinte classificação: Terra branda (areias soltas, solos coerentes moles);
Terra dura (areias compactas, solos coerentes duros);
Rocha branda (rochas alteradas, solos coerentes muito duros);
Rocha dura (rochas sãs ou pouco alteradas).
A medição deve ser efectuada por camadas de 1.50 m de profundidade a partir das formasgeométricas indicadas no projecto, sem considerar empolamentos.
A medição deve ser realizada tendo em conta as seguintes definições: Vala L 2.00 m P 1.00 m
Trincheira L 2.00 m P 1.00 m
L 2.00 m P L/2 m
Poço C L P 1.00 m
C L P L/2 m
Escavação livre L 2.00 m P L/2 m
onde: C - Comprimento; L - Largura; P - Profundidade.
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MEDIÇÕES E
REGRAS DE MEDIÇÃO
BETÕES
A unidade de medição é, em geral, o m3, sendo o m2 usado na medição de betões emcamadas (por exemplo, no caso de massames, camadas de betão de limpeza, etc.).
A medição deve ser efectuada de forma discriminada segundo as características do betãoindicadas no projecto (tipo, classe, qualidade).
A medição deve ser realizada a partir das formas geométricas definidas no projecto, nãosendo deduzidos os seguintes volumes: armaduras;
aberturas até 0.10 m3;
reentrâncias até 0.15 m de comprimento do perfil;
chanfros até 0.10 m de comprimento do perfil.
Na medição do volume de betão de cada elemento de construção devem ainda considerar-se as seguintes regras principais: Sapatas e vigas de fundação - decomposição em figuras geométricas simples.
Muros de suporte e paredes - alturas medidas entre as faces superiores da lajes ou vigas de betão.
Lajes maciças - medição entre as faces das vigas, lintéis, pilares e paredes em que se inserem.
Escadas - medição deve incluir volumes de patins, patamares, lanços de degraus e cortinas dasguardas.
Pilares - alturas medidas entre as faces superiores das lajes ou das vigas de betão.
Vigas, lintéis e cintas - comprimentos medidos entre as faces dos pilares ou vigas.
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Para sapatas contínuas ou vigas de
fundação, o volume será obtido
multiplicando a área da secção
transversal de cada troço pelo
respectivo comprimento.
Os comprimentos dos troços das
sapatas serão determinados segundo
figuras geométricas simples.
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Muros de Suporte e Paredes
de Betão Armado
Os comprimentos serão
determinados segundo
figuras geométricas simples.
As alturas serão determinadas
entre as faces superiores das
lajes ou das vigas de betão.
No caso da secção transversal ser variável, a
medição poderá ser realizada a partir da secção
transversal média.
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O comprimento e a largura serão
determinados entre as faces das
vigas, lintéis, pilares e paredes entre
as quais as lajes se inserem.
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Vigas, lintéis e cintas
Os comprimentos serão determinados segundo formas geométricas simples, definidas pelas faces dos pilares ou das vigas
que interceptam as vigas, lintéis ou cinta.
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No caso da secção transversal ser variável, a medição poderá ser realizada a partir da secção transversal média.
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MEDIÇÕES E
REGRAS DE MEDIÇÃO
COFRAGENS
A unidade de medição é, em geral, o m2.
A medição deve ser feita por tipos de cofragem (corrente, especial) e de acordo com a suanatureza (madeira, metálicas).
A medição deve ser efectuada a partir das formas geométricas das superfícies demoldagem indicadas no projecto.
Nas lajes e vigas com inclinação superior a 15º deve considerar-se a moldagem dassuperfícies superiores.
As aberturas até 0.50 m2 não devem ser deduzidas na medição.
As superfícies de cofragem são obtidas de acordo com as regras estabelecidas para osbetões.
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MEDIÇÕES E
REGRAS DE MEDIÇÃO
ARMADURAS
A unidade de medição é, em geral, o kg.
A medição deve ser efectuada por tipos de armaduras (varões, redes electrossoldadas,perfilados, armaduras para pré-esforço), por classes de aço (A235, A400, A500) e, no casode varões, por diâmetros.
Não devem considerar-se percentagens para quebras ou sobreposições não assinaladasno projecto.
A medição deve considerar, nos casos aplicáveis, os levantamentos, ganchos de amarraçãoe as sobreposições assinaladas no projecto.
A medição deve ser efectuada em metros (ou m2 no caso das redes electrossoldadas) econvertida em kg de acordo com os respectivos pesos nominais. Para armaduras para pré-esforço a medição deve ser efectuada em kN.m .
Nas redes electrossoldadas não se deduzem aberturas 0.50 m2.
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MEDIÇÕES E
REGRAS DE MEDIÇÃO
ELEMENTOS PRÉ-FABRICADOS DE BETÃO
Lancis, Degraus, Peitoris, Soleiras, Ombreiras, Vergas
A unidade de medição é, em geral, o metro linear.
A medição deve ser feita de acordo com a maior dimensão das superfícies aparentes,indicando-se a secção dos elementos.
Escadas e Asnas
A unidade de medição é, em geral, à unidade genérica por peça.
A medição deve indicar o comprimento do vão da asna ou o desenvolvimento da escada eas suas características tipológicas.
Lajes Aligeiradas
A unidade de medição é, em geral, o m2.
A medição deve ser efectuada entre as faces das vigas, lintéis, pilares e paredes em que seinserem.
A medição deve indicar a espessura da laje e as suas características tipológicas.
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MEDIÇÕES E
REGRAS DE MEDIÇÃO
ALVENARIAS
A unidade de medição é, em geral, o m2 no caso de paredes com espessura 0.35 m e om3 tratando-se de paredes com espessura > 0.35 m.
As aberturas 0.50 m2 não devem ser deduzidas.
As paredes constituídas por dois ou mais panos de alvenaria são medidas em m2 para cadaconjunto dos panos.
Referenciar as paredes a partir dos números dos compartimentos que limitam.
Comprimentos determinados segundo formas geométricas simples;
Alturas (paredes da superestrutura) - distâncias indicadas no projecto entre toscos dospavimentos e dos tectos ou outros elementos que limitam as alvenarias….
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MEDIÇÕES E
REGRAS DE MEDIÇÃO
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REGRAS DE MEDIÇÃO
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MEDIÇÕES E
REGRAS DE MEDIÇÃO
REVESTIMENTOS
Em regra, as diferentes camadas que constituem os revestimentos serão medidas em
rubricas separadas, sobretudo se forem de materiais diferentes;
Sempre que conveniente, as camadas referidas na alínea anterior poderão ser agrupadas
na mesma rubrica;
As medidas dos revestimentos serão obtidas a partir das cotas de limpos das superfícies
vistas;
As medições das superfícies a revestir incluem as respectivas arestas;
As aberturas, intersecção de vigas e outro elementos 0.25 m2 não devem ser deduzidas.
Medições discriminadas por compartimentos
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REGRAS DE MEDIÇÃO
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