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Cláudia Brandão Divisão de Infraestruturas Hidráulicas (DIH) Direção de Serviços do Regadio (DSR) GESTÃO DO REGADIO P GESTÃO DO REGADIO P Ú Ú BLICO: BLICO: Os extremos hidrol Os extremos hidroló gicos e o regime de caudais ecol gicos e o regime de caudais ecoló gicos gicos La primavera en Castilla-La Mancha será un 50% “más ...

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Page 1: GESTÃO DO REGADIO PÚBLICO · Medidores de juntas e fios de prumo invertidos (medir deslocamentos) . Controlar a poluição hídrica e do solo e a erosão hídrica. Reavaliar e implementar

Cláudia BrandãoDivisão de Infraestruturas Hidráulicas (DIH)

Direção de Serviços do Regadio (DSR)

GESTÃO DO REGADIO PGESTÃO DO REGADIO PÚÚBLICO:BLICO:Os extremos hidrolOs extremos hidrolóógicos e o regime de caudais ecolgicos e o regime de caudais ecolóógicosgicos

La primavera en Castilla-La Mancha será un 50% “más ...

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BENEFBENEFÍÍCIOS ECONCIOS ECONÓÓMICOS DO REGADIO MICOS DO REGADIO

Permite criar riqueza e bem-estar das populações na medida em que contribui para o desenvolvimento sócio-económico das zonas rurais e para a fixação de populações.

Permite minorar fatores edafo-climáticos limitantes ao desenvolvimento do potencial produtivo.

Permite garantir a competitividade da agricultura.

Permite associar as reservas de água do regadio à promoção de múltiplos fins:

socioculturais (e.g. lazer, náutico e pesca),

reforço do abastecimento às populações,

combate aos incêndios rurais e florestais.

Contribui para a diversificação de atividades em meio rural, constituindo um instrumento de desenvolvimento sustentável dos territórios e impulsionador de uma maior coesão territorial, económica e social.

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BENEFBENEFÍÍCIOS AMBIENTAIS DO REGADIO (SERVICIOS AMBIENTAIS DO REGADIO (SERVIÇÇOS AMBIENTAIS) OS AMBIENTAIS)

Instrumento para o combate à desertificação/despovoamento dos territórios rurais Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação.

Instrumento para aumentar a resiliência das explorações agrícolas, face às secas e à escassez de água.

Instrumento essencial para reduzir os impactos das inundações, pois a gestão das suas albufeiras permite reduzir os caudais a jusante ->Diretiva sobre “Inundações” (DAGRI).

Instrumento para adaptação às mudanças climáticas (variabilidade e alteração climática) Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas.

Instrumento para a promoção da biodiversidade Convenção das Nações Unidas sobre a Biodiversidade.

Instrumento para assegurar um regime de caudais ecológicos e ambientaisDiretiva Quadro da Água.

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Alterar o perfil dos recursos humanos e práticas:

Cantoneiros de rega e de conservação/serralheiros

/pedreiros/operadores de máquinas/mecânico

Contabilidade e direito/agrónomos, agro-florestais,

ambiente, informáticos (SIG) e eletromecânicos.

Desenvolver atitudes/comportamentos facilitadores do diálogo e da consequente resolução de conflitos (ordenamento do território e prioridade de usos).

Alterar os meios infra-estruturais e tecnológicos (sistemas de rega mais complexos, resultantes do conhecimento especializado e dos modelos de organização e gestão).

O REGADIO DO SO REGADIO DO SÉÉCULO XXICULO XXI

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Monitorizar hidrometeorológica (realizar uma gestão eficiente, com dados apropriados e fiáveis):

Monitorizar as infraestruturas de suporte ao regadio (segurança das infraestruturas):

Piezómetros (linha piezométrica) e medidores de caudais (infiltrados) e

Medidores de juntas e fios de prumo invertidos (medir deslocamentos) .

Controlar a poluição hídrica e do solo e a erosão hídrica.

Reavaliar e implementar dispositivos para o regime de caudais ecológicos (sustentabilidade ambiental da agricultura de regadio).

Incorporar os efeitos das alterações climáticas na exploração de regadios públicos.

Melhorar a gestão e a eficiência do regadio, permitindo aumentar a disponibilidade de água e assim minimizar os efeitos nefastos dos períodos de maior escassez de água.

Contribuir para o equilíbrio da balança alimentar.

O REGADIO DO SO REGADIO DO SÉÉCULO XXICULO XXI

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Meteorológica

Piezométrica e dequalidade da água

Hidrométrica

Meteorológica

Hidrométrica,de qualidade

da água esedimentológica

Qualidade da água

SedimentológicaÁguas de transição

Zonas balneares

Águas costeiras

Meteorológica

Piezométrica e dequalidade da água

Hidrométrica

Meteorológica

Hidrométrica,de qualidade

da água esedimentológica

Qualidade da água

SedimentológicaÁguas de transição

Zonas balneares

Águas costeiras

MONITORIZAMONITORIZAÇÇÃO DO CICLO HIDROLÃO DO CICLO HIDROLÓÓGICOGICOA maior parte da água existente no planeta é a água salgada (mares e oceanos) que representa um volume de 97,5% do total. Os restantes 2,5% são representados por água doce (aquíferos, rios e lagos).

Destes 2,5% de água doce, a maior parte 69%, encontra-se sob a forma de neve e gelo e cerca de 31% é água subterrânea. Os rios e lagos representam apenas 0,4 % da água doce existente no planeta.

Adaptado de Environmental Canada’s Groundwater(http://www.ec.gc.ca/water/en/nature/grdwtr/e_gdwtr.htm)

Programa contínuo de medição,

modelação, análise e síntese com vista à

quantificação e previsão dos recursos

hídricos.

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GRANDES NGRANDES NÚÚMEROS MEROS -- ÁÁguas de superfguas de superfíície e cie e hidrogeologiahidrogeologia

Águas Subterrâneas

Fonte da imagem: DGRN, Campanha Educativa da Água.Fonte da imagem: SNIRH, Atlas da água.

Escoamento por sub-bacias hidrográficas

Fonte da imagem: SNIRH, Dados sintetizados.

Precipitação

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GRANDES NGRANDES NÚÚMEROS MEROS –– Assimetrias espAssimetrias espááciocio--temporal dos temporal dos recursos hrecursos híídricosdricos

• Clima de Portugal mediterrâneo: Invernos frios e húmidos e verões quentes e secos.

• Análise 1941/42 a 1990/91 (50 anos)

• EVP Penman-Monteith: temperatura, humidade do ar e velocidade do vento.

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• Maior rajada de vento registada por anemómetro, fora de um ciclone tropical ou tornado: 372 km/h (12/04/1934-Washinton, EUA);

• A região mais seca: 0,008 mm/ano (deserto de Atacama, Chile);

• Maior precipitação anual média: 11 874 mm (Mawsynram, Índia);

• Maior precipitação anual: 26 470 mm (Cherapunjee, Índia, 1860-1861)

• Maior precipitação em 24 h: 1 869,9 mm (Chilaos, Reunião, Oceano Índico, 15-16/03/1952);

• Maior precipitação 1 dia: 1 825 mm (Foc-Foc, Reunião, 7-8/01/1966, no cliclone tropical Denise);

• Maior precipitação desde 2 meses a 2 anos: (Cherrapunjee, Índia, 1860-1861);

• Maior temperatura na Europa: 10/07/77 (Grécia).

GRANDES NGRANDES NÚÚMEROS MEROS –– ExtremosExtremos hidrometeorolhidrometeorolóógicosgicos: : recordes mundiais e nacionaisrecordes mundiais e nacionais

• Maior rajada de vento registada: Observatório da Serra do Pilar (Porto) >167 km/h - avariou (15/02/1941);

• A maior rajada de vento registada: Figueira da Foz/Vila Verde 176 km/h a 13/10/2018 (ex-furacão Leslie);

• A maior precipitação anual média: 3 203,3 mm (Leonte - 03I/03UG, distrito de Braga-Cávado) (SNIRH);

• A menor precipitação anual média: 437,8 mm (Mértola - 28L/01UG, distrito de Beja-Guadiana) (SNIRH);

• A maior precipitação anual: 6 693,5 mm (Tibo da Gavieira-distrito Viana do Castelo-Lima, 2000/01);

• A maior temperatura : Amareleja (distrito de Beja) 47,4 °C (1/08/2003) (IPMA, IP);

• A maior temperatura : Alvega (distrito de Lisboa) 46,8 °C (4/08/2018) (IPMA, IP);

• A menor temperatura: Penhas da Saúde, Covilhã, Miranda do Douro −16 °C (16/1/1945 e 5/2/1954).

Nota: sempre em atualização

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5 min21,0 mm (Barragem de Magos).30 min 63,0 mm (Figueirais).1 h 95,7 mm (Monchique, 26/10/97).6 h 272,4 mm (Monchique, 26/10/97).12 h 276,4 mm (Monchique, 26/10/97).24 h291,6 mm (Monchique, 26/10/97).48 h 298,6 mm (Monchique, 26/10/1997).

GRANDES NGRANDES NÚÚMEROS MEROS –– Recordes e precipitaRecordes e precipitaçções extremasões extremas

SÃO JULIÃO DO TOJAL

1

10

100

1000

1 501 1001 1501 2001 2501 3001 3501Duração (min)

Inte

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e (

mm

/h)

T=2 anos T=50 anos T=100 anos T=1000 anos

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Módulo anual 903 m3/s (Douro);Escoamento anual médio 1400 mm (Cávado);Caudal máximo instantâneo20 000m3/ s (Douro, Crestuma 1739).

GRANDES NGRANDES NÚÚMEROS MEROS –– Recordes e caudais extremosRecordes e caudais extremos

População

Os efeitos mais frequente são o corte de vias de comunicação, a inundainundaçção de campos agrão de campos agríícolascolas, de

habitações e de estabelecimentos comerciais e industriais e por vezes a perda de vidas humanas.

Gravidade destas situações decorre da magnitude das cheias e sua perigosidade, do estado de

preparação do território e do grau educação cívica da população.

1

10

100

1000

0.01 0.1 1 10Índice de Magnitude (m3/s/km2)

mero

de v

ítim

as

25 de Nov. 1967

4 de Mar. 2001

Situação existente em Portugal

18-Nov-1983

18-Fev-2008 (Loures)

18-Fev-2008 (Jamor)

5-Nov-1997

Distribuição espacial deste problema

Zonas de ocorrências de inundações

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Cheia Fevereiro 1979

0

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4000

6000

8000

10000

12000

14000

16000

8 9 10 11 12 13 14

tempo (dias)

Q (m3/s)

Cedilho

Alm ourol

Tram agal

Cast. Bode

Alm _Jan96

Alm _Dez89

Caudais máximos do Hidrograma Natural em

Cedilho entre 20 Dez. 95 e 15 Jan. 96

0

2000

4000

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10000

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16000

tem po (dias )

Q (m 3/s )

laminado em Alcântara

afluente a Cedilho

14 514

4 320

Turbinado

0

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18:00

07-11-

2006

0:00

Nabão

Cabril

Cast. Bode

Ocreza

Cedilho

Alcantara

Almourol Observ.

Almourol Natural

Q (m3/s)

GRANDES NGRANDES NÚÚMEROS MEROS –– Caudais extremos: as CheiasCaudais extremos: as CheiasArticular descargas com Espanha para não sobrepor ondas de cheia

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Alteração do regime hidrológico através do represamento

GRANDES NGRANDES NÚÚMEROS MEROS –– Caudais extremos: as CheiasCaudais extremos: as Cheias

80/81 85/86 90/91 95/96 00/01 04/05

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GRANDES NGRANDES NÚÚMEROS MEROS –– AvaliaAvaliaçção de Secas e escassez de ão de Secas e escassez de ááguagua

1. 2 regiões, 30% e 70% (norte e Sul, com correção da assimetria);2. Limiar da seca, nas duas regiões, quantil 0,20 da distribuição normal

(Software para avaliação da distribuição espacial das secas – rdT, para avaliação da distribuição espacial das secas, Projeto ARIDE, 1998);

3. 42 séries de precipitação (15 estações a norte e 27 a sul);4. 55 anos a 71 anos de séries de base (1933/34 – 2007/08);5. Anual.

Caraterísticas do Modelo Meteorológico (modelo consolidado e validado)

Evolução anual e por década

SEVERIDADE E ÁREA AFETADA DA SECA METEOROLÓGICA

Portugal Continental

14

85

10 10 7 8

2014

815 14 12 10

198

7

33 36 37

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0

10

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19

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20

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20

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/19

Áre

a a

feta

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l (%

)

5

25

45

65

85

105

125

145

165

185

205

Severidade (

Perí

odo d

e r

eto

rno, anos

)

Área afetada para Portugal (%) Severidade para Portugal (Período de retorno)FONTE: DGADR (novembro, 2018)

SECA METEOROLÓGICA

Portugal Continental

36

8 812 14 14

72

35

0

1

2

3

4

5

Séc. XX

Década

40

Séc. XX

Década

50

Séc. XX

Década

60

Séc. XX

Década

70

Séc. XX

Década

80

Séc. XX

Década

90

Séc. XXI

Década

00

Sec. XXI

Década

10N

úm

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0

10

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30

40

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90

100

Se

ve

rid

ad

e (

Pe

río

do

de

re

torn

o,

an

os)

Número de ocorrência (superior ou igual a T=5 anos)Severidade (Período de retorno)

FONTE: DGADR (novembro, 2018)

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Coeficientes de Escassez(componente A sobre

utilização de águas do domínio público hídrico do Estado)

Fonte: REA 2012; P3AC incompleto (2018).

Índice de Aridez(UNEP, United Nations

Environment Programme)

Índice de Escassez de Água(Water Exploitation Index Plus, WEI+)

Fonte: Decreto-Lei n.º 97/2008 de 11 de Junho (Taxa de recursos hídricos).

GRANDES NGRANDES NÚÚMEROS MEROS –– Instrumentos de planeamento e gestãoInstrumentos de planeamento e gestão

Fonte: adaptado dos PGRHs (2018).

+ Carência de regadio+ Suscetibilidade dos solos àdesertificação+ Índice Demográfico

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GRANDES NGRANDES NÚÚMEROS MEROS -- Consumos e disponibilidades hConsumos e disponibilidades híídricas dricas nacionaisnacionais

Fonte: adaptado do Plano Nacional da Água, 2016.

A agricultura representa 74% da fração utilizada

• É apenas utilizada uma pequena parte das disponibilidades hídricas anuais.• Esta aparente abundância esconde uma realidade distinta entre as diferentes regiões

do país, dos sucessivos anos hidrológicos e ao longo do ano (falta de água no verão), obrigando a soluções para a captação, o armazenamento, o transporte e a distribuição de água.

• Há reduções significativas dos consumos agrícolas (48%): 6,54 km3 (PNA, 2002) (75% das utilizações); 3,39/3,44 km3 (PNA/PGRH, 2016) (73% ou 75% das utilizações).

• Há reduções nas perdas de água na agricultura (PNUEA, 2005, 2012): 40 % (2000)37,5 %(2009)35 % (2020).

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DESAFIOS DO REGADIO versus EXTREMOS HIDROLDESAFIOS DO REGADIO versus EXTREMOS HIDROLÓÓGICOSGICOS

• Precipitações extremas;• Inundações decorrentes de cheias;• Granizo (ou saraiva);• Secas meteorológica, hidrológica e agrícola;• Onda de calor;• Ciclone; furacão (Atl.); tufão (Pac.);• Tornado.

Gestão da Gestão da áágua: equilgua: equilííbrio entre a procura e a disponibilidadebrio entre a procura e a disponibilidade

Gestão da água

Disponibilidade: quantidade e

qualidade Procura crescente em todos os setores e fins

ambientais, com fiabilidade

• Gestão da água: Défice hídrico

Mudanças Climáticas

Mudanças Climáticas

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As mudanAs mudançças climas climááticas potenciam os fenticas potenciam os fenóómenos extremos e tornam menos extremos e tornam mais exigente o planeamento/gestão dos recursos hmais exigente o planeamento/gestão dos recursos híídricos dricos

Fonte: Ed Hawkins, do Centro Nacional das ciências da Atmosfera da Universidade de Reading (2016, 2018 ). Anomalias em relação a 1961-1990.

Impactos na terra face à subida de temperatura (aquecimento)Espiral das temperaturas globais

https://twitter.com/ed_hawkins/status/729753441459945474

Aumento global da temperaturaintensificação do ciclo hidrológico

Alteração do regime de pluvial: aumento das precipitações extremas e diminuição da precipitação média anual

Aumento da evapotranspiração

Subida dos défices hídricos

Alteração do regime fluvial: redução/aumento do escoamento

1. Maior frequência e severidade/magnitude das secas e cheias2. Subida do risco da atividade agroflorestal: aumento das perdas

económicas por diminuição da produtividade e valor nutricional (deficiente desenvolvimento fenológico, doenças,

pragas e défices hídricos)3. Impacto nefasto nos ecossistemas (fatores bióticos e abióticos)

4. Aumento dos incêndios rurais e florestais

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OS NOS NÚÚMEROS DO REGADIOMEROS DO REGADIO

- 41% dos regadios coletivos públicos (80 000 ha) são aproveitamentos hidroagrícolas construídos entre 1938 e 1974 (necessidade de modernização e reabilitação).

- Existem cerca de 1 781 regadios coletivos privados (regadios tradicionais) em atividade.

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MELHORIA DO REGADIO PMELHORIA DO REGADIO PÚÚBLICO BLICO -- Regime de caudais EcolRegime de caudais Ecolóógicos gicos e ambientaise ambientais

Guadiana e Algarve

19

28 28 2528

25

0

20

40

60

80

100

120

Abrilo

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al

dio

(%

)Escoamento médio anual natural

Volume ecológico anual (ano médio)

Análise estatística (ano médio)

Douro, Tejo e Sado

5

15 15 15 15 1518 5

26

33

23

12

29

9

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18

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Ma

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Escoamento médio anual natural

Volume ecológico anual (ano médio)

Análise estatística (ano médio)

•Métodos diversificados :

-Tennant - modificado; Projeto AGRO (UE e IST, 2007); INAG.

-não identificados: 5% -15 % do caudal modular ou DIA/AIA.

•Caudais mínimos diários Divor, Sorraia, Idanha, Veiros e Caia;

•Sem Caudais mínimos diários Arade, Bravura, Odeleite-Beliche, Sabugal, bacias do Tejo e Oeste;

•Relação Volume anual ecológico/Escoamento anual médio é 21 %;

•Regimes seco, médio/húmido associados ao momento temporal de classificação, sem indicar a estação de referência.

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Projeto: Conhecer para Prever o Futuro

Alterações Climáticas: avaliar a nova realidade hidrometeorológica> maior vulnerabilidade dos sistemas de produção > aumento do risco/ameaça para a atividade agrícola de regadio.

Estimar as maiores necessidades de água das culturas e menores disponibilidades hídricas (modificada pelos novas exigências hídricas da bacia e pelas mudanças climáticas).

Avaliar a garantia de abastecimento das áreas beneficiadas pelos regadios públicos face às alterações climáticas.

Blog de Sociales 1º ESO : PAISAJE MEDITERRÁNEO

Obj.Estrat.1 – Aumentar a resiliência, reduzir os riscos e manter a capacidade de

produção de bens e serviços

Obj.Esp.1.1. Assegurar/reforçar a disponibilidade de água para a agricultura

Med.1.1.1 - Plano de adaptação de gestão dos recursos hídricos

AGRI-ADAPTDesafios/Água

Agricultura de regadio em contexto de alteraAgricultura de regadio em contexto de alteraçções climões climááticasticas

Identificar medidas de adaptação/mitigação a implementar visando atenuar os efeitos das alterações climáticas, incluindo os fenómenos extremos.

• Melhorar a eficiência global da rega e alterar práticas agrícolas.

• Planear e gerir os recursos hídricos.

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Cláudia BrandãoDGADR/DIH-Divisão de Infraestruturas Hidráulicas

[email protected]

Obrigado pela atenObrigado pela atenççãoão

RUTA ORNITOLÓGICA DE LA ZEPA – Lomas de Campos