Gestão de Crise Emocional

Contribuições da Neurociência para a Gestão de nossas Emoções

A Neurociência tem se revelado de vital im-portância para a compreensão e gestão de nos-sas emoções.

O que é a neurociência?A Neurociência é a ciência que estuda o siste-

ma nervoso que é formado pelo cérebro e siste-ma nervoso central e periférico.

O que ela faz?Como ciência, ela estuda a anatomia do cé-

rebro e suas funções, a cognição e os comporta-mentos.

Qual o seu objetivo?A neurociência tradicionalmente tem como

objetivo entender o funcionamento do siste-ma nervoso. Ela tenta entender como o cérebro se organiza. Nos últimos anos ela foi mais além, querendo entender a repercussão que o cérebro tem sobre nossos comportamentos, nossos pen-samentos e nossas emoções.

Como o cérebro e as emoções se relacionam?

Cérebro e emoçõesAs emoções são uma das características es-

senciais da experiência humana, todos as expe-rimentamos. Todas as emoções são expressadas por meio de mudanças e respostas estereotipa-das, sobretudo o movimento dos músculos fa-ciais. Tradicionalmente, as emoções eram atri-buídas ao sistema límbico, o que continua se mantendo, mas sabe-se que há mais regiões encefálicas envolvidas.

A emoção e a ativação do sistema nervoso autônomo estão intimamente ligadas. Sentir qualquer tipo de emoção, como medo ou sur-presa, seria impossível sem experimentar um au-

mento na frequência cardíaca, transpiração, tre-mor ... Faz parte da riqueza das emoções.

Atribuir a expressão emocional à estruturas cerebrais confere sua natureza inata. As emo-ções são uma ferramenta adaptativa que infor-ma às outras pessoas sobre o nosso estado emo-cional. Foi demonstrada a homogeneidade na expressão da alegria, tristeza, ira... Em diferentes culturas, é uma das maneiras que temos de nos comunicar e criar empatia.

E a neurometria? Já ouviu falar sobre ela?

A Neurometria funcional focaliza a interação entre o cérebro, a mente e comportamento com o reconhecimento dos impactos emocionais, so-ciais e suas consequências. Trata-se de um méto-do inovador que possibilita avaliações funcionais do sistema nervoso, cognitivo e neuro� siológico, promovendo o aumento da autoconsciência e da autogestão.

Contribuições da neurometria na análise do comportamento humano:

» Compreensão de nossos comportamentos e, ainda, como mobilizar as capacidades do cérebro para um objetivo especí� co.

» Maior entendimento dos nossos estados de atenção, calma, irritação, sonolência e impulsivi-dade, por exemplo.

» Mapeamento dos estados de consciência de nossos sentimentos negativos e as reações emo-cionais como impulsividade, irritabilidade, an-gústia e depressão.

» Mapeamento de distúrbios � siológicos na memória concentração e raciocínios.

» Identi� cação de desgaste mental e/ou disfun-ções, alterações no sono, exaustão, tensão ner-vosa e desânimo.

Contribuições da neurometria na análise do comportamento humano

» Compreensão de nossos comportamentos e, ainda, como mobilizar as capacidades do cérebro para um objetivo especí� co.

» Maior entendimento dos nossos estados de atenção, calma, irritação, sonolência e impulsivi-dade, por exemplo.

» Mapeamento os estados de consciência de nossos sentimentos negativos e as reações emo-cionais como impulsividade, irritabilidade, an-gústia e depressão.

» Mapeamento de distúrbios � siológicos na memória concentração e raciocínios.

» Identi� cação de desgaste mental e/ou disfun-ções, alterações no sono, exaustão, tensão ner-vosa e desânimo.

A Neurociência, cada dia mais e mais, representa uma inestimável ferramenta para o conhecimento e gestão de nossas emoções,

principalmente no atual cenário.

Mas o que mais pode nos apoiar neste momento?

Estamos passando por uma tremenda crise mundial, provocada pela pandemia do Corona Vírus. Fica muito difícil manter a calma e buscar soluções inteligentes. Uma coisa é certa: quanto mais formos capazes de controlar nossas mentes, mais conseguiremos diminuir o impacto da crise e, quem sabe, até mesmo crescer por meio dela.

Existem 3 momentos da crise:

Pré-crise O cotidiano é normal. Nesta fase, é importan-

te cultivar uma mentalidade preventiva em todos os setores. Ou seja, o primeiro aprendizado é a prevenção. Prevenção é uma mentalidade, uma � loso� a de vida.

CrisePrevalecem sentimentos de medo, desespero

e raiva. Primeira medida é olhar para o seu estilo de vida e procurar identi� car as adequações que precisam ser feitas. É uma fase de muita aprendi-zagem e crescimento. As habilidades aqui desen-volvidas farão muita diferença na sua vida quan-do a crise passar.

Pós-criseÉ a fase de colher os resultados positivos, caso

tenha desenvolvido competências emocionais e comportamentais durante a crise.

Como lidar com a crise?

» Estude muito, mais do que nunca.

» Busque novos conhecimentos e habilidades.

» Tenha calma.

» Converse com os mais velhos (ter calma tem a ver com experiência de vida).

» Não se renda, não perca a esperança .

» Cultive espírito de luta.

» Mantenha a cabeça ocupada. Tenha um pro-jeto emocionante, que absorva suas energias e seu foco.

» Estude, ajude a sua família, faça exercícios fí-sicos, busque atividades voluntárias.

» Preencha o seu tempo.

» Não � que contaminado pela melancolia co-letiva. Isto é um risco.

» Conte com a ajuda dos outros, mas também com o seu próprio apoio. Diga a si mesmo que a crise representa uma oportunidade para se for-talecer e estar mais preparado quando vierem tempos melhores .

Em época de crise, cuide das suas emoções

O que é a emoção?Emoção é uma sensação física e emocional que

é provocada por algum estímulo, que pode ser um sentimento ou um acontecimento. É uma ação muito pessoal, elas podem ser sentidas de formas diferentes por cada pessoa.

É a emoção que leva uma pessoa a reagir dian-te de um acontecimento.

E a inteligência emocional? Você sabe o que é?Inteligência emocional é a habilidade que

uma pessoa tem de identi� car e lidar com suas emoções adequadamente.

Saber gerir as próprias emoções é muito im-portante para qualquer pro� ssional, pois assim ele saberá o que está realmente sentindo, será capaz de entender o signi� cado de cada emoção e como elas pode afetar o seu desempenho e o dos outros.

Após avaliar o coefi ciente emocional, como desenvolvê-lo?

» Analise seu próprio comportamento, avalian-do suas próprias atitudes durante o dia a dia.

» Domine as suas emoções.

» Aprenda a lidar com as emoções negativas.

» Aumente sua autocon� ança.

» Aprenda a lidar com a pressão.

» Não tenha medo de se expressar.

» Desenvolva a empatia.

Na atual situação, é preciso fi car atento aos sinais de uma possível crise emocional. São eles:

» Seu corpo avisa: seu corpo dá sinais de que alguma coisa não vai bem: a pele piora, ou você começa a sentir dores onde não sentia antes, ou mesmo fadiga muscular a uma simples menção de exercício físico.

» Exaustão: os dias parecem passar devagar demais.

» Desesperança.

» Irritação constante.

» Distração/desatenção.

Todos nós, em momentos de tensão, precisa-mos ser capazes de controlar nossas emoções. Prin-cipalmente, em um momento de crise. Mas, o im-portante é sabermos que a emoção precisa e pode ser devidamente gerenciada. É quando entra em cena a conhecida “inteligência emocional”.

Controle das emoções, autodomínio, auto-controle... Se usar essas competências em tem-pos de serenidade já é difícil, na crise, certamen-te, � ca muito mais. Outro fator complicador é que durante a crise, o pessimismo costuma reinar e contagiar.

Segundo Rodrigo Fonseca, presidente da So-ciedade Brasileira de Inteligência Emocional (Sbie),

de São Paulo: ”ambientes estressantes despertam emoções ruins, servem de gatilho ou estímulo in-terno para trazer emoções com as quais não lida-mos bem”.

Se o clima empresarial está negativo e pessi-mista, não se deixe contagiar. Foque no que pre-cisa fazer e nos objetivos que quer atingir. Recla-mar e lamentar só irá piorar ainda mais a situação.

Quando não conseguimos exercer o nosso controle emocional, a tendência é que iremos acabar piorando o ambiente.

A boa notícia é que o quociente emocional, o famoso QE, pode ser desenvolvido. Podemos

treinar nosso cérebro usando repetidamente no-vas estratégias de inteligência emocional, e as-sim fazer com que esses novos comportamentos se tornem hábitos.

O que estamos vivendo são momentos de verdadeiros “testes emocionais”. É a situação per-feita para essa aeróbica emocional. Especialistas dizem que o ser humano aprende por meio da repetição ou após passar por momentos de forte impacto emocional, exatamente o que está acon-tecendo nesta crise.

Outra forma para nos tornarmos pessoas emo-cionalmente mais inteligentes é procurar entender como você e as pessoas com as quais convive são e

interagem. Assim, � ca mais fácil perceber o proces-so cíclico das situações e acreditar que momentos ruins vão sempre aparecer, e sempre passar. E, que assim, cabe a nós mesmos a responsabilidade por encontrar recursos internos para lidar com as di� -culdades.

Não podemos esquecer que pessoas com alto QE também sofrem reverses na vida. Apenas, sabem como melhor lidar com os contratempos.

A nossa inteligência emocional é expressa pela forma como enfrentamos os desa� os coti-dianos.

Gerenciar emoções não quer dizer sufocá-las, guardá-las. Todos nós necessitamos encontrar es-paço e acolhida para sentir medo, angústia, raiva, tristeza ou euforia. Em vez de usarmos expressões como “controle-se” ou “pare de chorar”, devemos procurar compreender o comportamento das ou-tras pessoas para podermos ajudá-las a responder adequadamente às mais diversas situações.

Crises representam ótimas oportunidades.Todos devem ser sempre estimulados para re� e-tir e dialogar.

Todos somos capazes de aumentar a consciência sobre as próprias emoções e as dos outros, assim como as pessoas podem ser ensinadas a gerenciar as próprias emoções.

Psicólogo David R. Caruso, pesquisador da Universidade de Yale

Toda crise assusta, traz sofrimento e inúme-ros desa� os sob o ponto de vista emocional. Para enfrentá-los é preciso ter muita resiliência.

E você sabe o que é resiliência? Trata-se de um conceito emprestado da Física que mede a capacidade de recuperação de um material após uma deformação. Por exemplo, um elástico arre-benta ou retorna ao seu estado anterior, quan-do é distendido. Assim como os elásticos, o ser humano pode sucumbir ou ressurgir nas piores circunstâncias. Lembre-se, quanto mais inteli-gente emocionalmente você é, maior é a sua resiliência, porque você já aprendeu a apren-der com a adversidade e a enxergar com outros olhos o que no passado lhe fez mal.

Em toda crise, não podemos perder nossas forças e esquecer nossos sonhos. E, principalmen-te, não deixar de trabalhar, de produzir e de criar.

Por meio da consciência e gestão dos estados emocionais podemos desenvolver competências inerentes à inteligência emocional, como motiva-ção para atingir objetivos, adaptabilidade, resiliên-cia e capacidade de ação e decisão, dentre outras. Essas competências são necessárias para que, algo tão importante em ocasiões de crise como o auto-domínio seja plenamente conquistado.

Esse estado de autodomínio signi� ca a con-quista de um estado de harmonia cerebral no qual diferentes áreas do cérebro � cam sincroni-zadas e entram em uma condição de e� ciência cognitiva. E, o que é mais importante para o tema abordado neste guia, a harmonia conquistada resulta em agilidade e � exibilidade, habilida-des imprescindíveis para responder os desa� os que se apresentam em tempos de crise.

Mais um desafi o!

Até aqui, focamos no aspecto individual, mas é preciso também re� etir sobre a gestão emocional de grupos e equipes de trabalho.

Sabemos que o QE vem fazendo incursões no mundo corporativo desde a década de 90, mas o foco no desenvolvimento de grupos e geren-ciamento de equipes deixou para trás o enfoque de uso exclusivo no desenvolvimento individu-al. Conforme o ecossistema pro� ssional se torna cada vez mais conectado, � ca mais complexo ge-renciar uma equipe, exigindo um esforço do gru-po, em vez de apoio individual. A dinâmica cultu-ral do grupo, emoções e comportamentos estão provando ser a chave para mais engajamento, longevidade e sucesso.

Especialistas estão cada vez mais atentos em uma estratégia especí� ca destinada a transformar times bons em excelentes equipes. A Inteligência Emocional, ou QE (Quociente Emocional), que se trata de uma habilidade que cada vez mais se torna uma parte importante do desenvolvimento pro� ssional individual, agora também, passa a ser considerada de relevante importância para os grupos e gerenciamento de equipes.

Inteligência Socioemocional É a denominação dada à competência

emocional, que vem extrapolando o nível individual e alcançando o coletivo. Dessa forma, competência socioemocional pode ser entendida como a capacidade de lidar com as situações e as pessoas.

Ações destinadas a desenvolver a inteligência socioemocional ajudam a criação de caminhos neurológicos que nos tornam capazes de nos recuperarmos de experiências negativas, como a atual crise provocada pela pandemia do covid-19. Na verdade, essas ações estimulam o córtex pré-frontal, área do cérebro responsável pelo planejamento, pensamentos complexos e modulação do comportamento.

Como desenvolver o controle emocional no trabalho

» Desenvolva o autoconhecimento

» Aprenda a lidar com sentimentos negativos

» Respeite os seus limites

» Faça exercícios físicos

» Leia

» Trabalhe a sua respiração

» Evite tomar decisões no calor da emoção

» Exercite sua empatia

O Instituto Fenasbac busca apoiar pessoas, grupos e empresas para o enfrentamento dos atuais desa� os.

Esperamos ajudá-los a atravessar este momento, com paciência, tranquilidade e amorosidade. E, principalmente, receptividade aos novos ensinamentos.

Agora, é o momento de aprender, de cultivar habilidades relacionadas à gratidão, empatia, generosidade e solidariedade.

Na certeza de que, muito breve estaremos curtindo “a bonança, que sempre segue a tempestade”.

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