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26/04/2011
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GIARDÍASE
INTRODUÇÃO
Giardia
Parasita do intestino delgado de mamíferos
(homem), aves, répteis e anfíbios
Parasita mais comum no homem
1681 – Anton van Leeuwenhoek
1859 – Lambl
1882 - Kunstler
“animalúnculos móveis”
Descrição detalhada do parasita
Criação do gênero
HISTÓRICO
•Controversa
•Baseada na origem e características morfológicas
TAXONOMIA
Estudos de DNA
Mesmo DNAMesmo Hospedeiro
Diferentes Hospedeiros
Diferentes DNAs
INTRODUÇÃO INTRODUÇÃO
Giardia duodenalis (G. intestinalis, G. lamblia)
EXTRUTURAS: DISCO ADESIVO VENTRAL/ FLAGELOS/CORPOS PARABASAIS
G. psitacci (aves)
G. agilis (anfíbios)
G. muris (roedores)
G. microti (ratazanas)
MORFOLOGIA
• Formato piriforme
• Simetria bilateral
• Tamanho 20 mm x 10 mm
• Faces:
• dorsal lisa e convexa
• ventral côncava, com estrutura
semelhante a uma ventosa
TROFOZOÍTA
Disco ventral, adesivo ou suctorial
NUCLEO
FLAGELOS
DISCO ADESIVO VENTRAL
CORPOS PARABASAIS
•2 núcleos
•4 pares de flagelos
MORFOLOGIA
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•Formato oval ou elpsóide
•Tamanho 12 mm x 8 mm
•Delicada membrana destacada do citoplasma corado
•2 ou 4 núcleos
•número variável de fibrilas (axonemas de flagelo)
•Corpos escuros formato de meia-lua
CISTO
Polo oposto ao núcleo
MORFOLOGIA
NUCLEOS
AXOSTILOS
CORPOS PARABASAIS
MORFOLOGIA
CICLO
ÁCIDOS ESTOMACAIS DUODENO 10 MINUTOS SE
DESENVOLVEM EM TROFOZOÍTOS
TRANSMISSÃO
Ingestão de cistos maduros
Ingestão de água sem tratamento ou mal-tratada
alimentos contaminados
pessoa a pessoa
contatos homossexuais
contato com animais domésticos (?)
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Infecção Aguda
Crônica
2-4 semanas
Tratamento
Re-infecção
Re-infecção
Assintomática
Assintomática
Crônica
*CNA
*CNA
* CNA
Dinâmica da infecção
PPP
5-12 dias
• Resposta imune
• Estado nutricional
• pH suco gástrico
• Associação com a microbióta intestinal
Variabilidade
multifatorial
Casos
sintomáticos
Diarréia aguda ou
persistente, má-absorção,
perda e de peso
Fatores do parasito
• Cepa
• Quantidade de cistos ingeridos
Fatores do hospedeiro
Patogenia e Patologia
Crianças
Presença de cistos
nas fezes
• Irritabilidade
• Perda de apetite
• Esteatorréia
• Emagrecimento
Pessoas não imunes
(Primoinfecção)• Diarréia
• aquosa
• explosiva
• odor fétido
• gases com distensão e dores abdominais
• muco e sangue nas fezes (raros)
Patogenia e Patologia
Diarréias
• Auto-limitante
• 30 a 50% crônica
Complicações da
giardíase crônica
Má absorção de
gorduras e
nutrientes • Vitaminas A, D, E e K
• Vitamina B12
• Ferro
• Xilose e lactose
Patogenia e Patologia
Diarréia e Má-absorção
Mecanismo não está claramente definido
• Efeito do disco adesivo
• efeito de substâncias citopáticas
• processo inflamatório (resposta imune) ao
parasita
• atapetamento da mucosa pelos parasitas
Patogenia e Patologia
COLONIZAÇÃO DO INTESTINO
TROFOZOÍTOS DE Giardia duodenalis RECOBRINDO A MUCOSA
Patogenia e Patologia
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TROFOZOÍTOS DE Giardia duodenalis RECOBRINDO A MUCOSA
CARBOIDRATOS DA DIETA
GLUCOSE
ENERGIA UTILIZADA
PELOS TROFOZOÍTOS
Patogenia e Patologia
Atrofia e redução da altura das vilosidades intestinais
Vilosidades danificadasVilosidade normal
Diagnóstico
CLÍNICO
Crianças
• diarréia com esteatorréia
• irritabilidade
• insônia
• náusea e vômitos
• perda de apetite, com ou sem perda de peso
• dor abdominal
MICROSCOPIA ÓPTICA (Detecção dos cistos nas fezes)
ELISA (Detecção do antígeno de superfície da parede dos cistos nas fezes)
REAÇÃO EM CADEIA DA POLIMERASE (Detecção do DNA da Giardia nas fezes)
Método de Faust – Solução de Sulfato de zinco
Método de Sheater – Solução de Sacarose
Método de formalina-Éter
Captura de Coproantígenos (Enzyme-linked immunosorbent assay)
Kits comerciais importados (Giardia Test- Techlab /
Amplificação do DNA da Giardia
Diagnóstico
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VANTAGENS: FÁCIL REALIZAÇÃO E BAIXO CUSTO
DESVANTAGENS: SENSIBILIDADE BAIXA, TRABALHOSO, DEMORADO, CANSATIVO, EXPERIÊNCIA
Diagnóstico
Microscopia ópticaIMUNOLÓGICO
• Imunofluorescência indireta
• ELISA
• Soro
• Fezes
Importância em levantamentos epidemiológicos
Diagnóstico
Diagnóstico
PARA QUAISQUER TÉCNICAS:
Eliminação intermitente de cistos
Três amostras
*Dias alternados - intervalo de 7 dias
Giardia - Zoonose
Aspectos sobre a epidemiologia
• Contaminação de água da rede pública
• “Diarréia dos viajantes”
• Transmissão fecal-oral (homossexuais)
• Resistência do cisto
• Crianças levar mãos a boca
• Ambientes coletivos
EPIDEMIOLOGIASURTOS DE GIARDÍASE NA POPULAÇÃO HUMANA
• Piscinas públicas
• Águas recreacionais (lagos, cascatas, represas, rios)
• Visitas a fazendinhas (farm day camp)
• Creches (Day care centers)
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• Cosmopolita
• prevalência em crianças
• Adultos desenvolvimento de imunidade
• Maior prevalência
• Regiões tropicais e
subtropicais
• Brasil: 3 a 40%
EPIDEMIOLOGIA
1. Usar água filtrada ou fervida
2. Cozinhar bem os alimentos
3. Lavar bem os vegetais
4. Lavar as mãos antes de se alimentar
5. Evitar o contato de fontes de água com fezes humanas ou animais
6. Dar um destino adequado às fezes
7. Higiene pessoal
8. Proteção dos alimentos
9. Tratamento precoce dos pacientes infectados
Controle e Profilaxia
Milwalker, Texas, 1999 – USA
Surto de giardíase na população humana
Origem : Água de abastecimento da cidade
Fonte: Fazendas de bovinos próximas ao local de captação da água
Toxoplasma gondii
Toxoplasma gondii
CLASSIFICAÇÃO
Reino: Protista
Sub Reino: Protozoa
Filo: Apicomplexa
Ordem: Eucoccidiida
Família: Sarcocystiidae
Gênero: Toxoplasma
Espécie: Toxoplasma gondii
Toxoplasma gondii
Distribuição geográfica mundial
Alta prevalência sorológica > 60% em alguns países
Doença clínica menos freqüentes
Grande repercussão em indivíduos com sistema imune comprometido
É uma zoonose
receptores de órgãos
pacientes sob quimioterapia
HIV
gato e outros felídeos HD
homem e outros animais HI
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Toxoplasma gondii
FORMAS INFECTANTES
Taquizoítos
Bradizoítos
Esporozoítos (oocistos)
CARACTERÍSTICAS COMUNS
Complexo apical
Conóide
Anel polar
Microtúbulos
Roptrias
Micronemas
Grânulos densos
Toxoplasma gondii - Morfologia
Fase aguda da infecção
Outras denominações: forma proliferativa, forma livre ou trofozoíto
Formato: forma de banana ou meia-lua
Extremidades: uma afilada e outra arredondada
Tamanho: 2 x 6 mm
Núcleo em posição central
Forma móvel, de multiplicação rápida
TAQUIZOÍTOS
endodiogenia
Anel polar
Conóide
Micronemas
Roptrias
Grânulos densos
Retículo endoplasmático
Complexo de Golgi
Núcleo
Mitocôndria
Apicoplasto
Microporo
Membrana
plasmática
Toxoplasma gondii - Morfologia Toxoplasma gondii - Morfologia
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Toxoplasma gondii - Morfologia
BRADIZOÍTOS
Fase aguda da infecção
Outras denominações: cistozoítos
Interior de cistos teciduais
Multiplicação lenta
Tamanho do cisto
variável
até 200 mm
endodiogenia ou endopoligenia
OOCISTOS
Forma de resistência
Produzidos nas células intestinais de felídeos e eliminados ainda imaturos
Formato: esférico
Tamanho: 12,5 x 11,0 mm
Sofre esporulações no ambiente
2 esporocistos
4 esporozoítos cada
Toxoplasma gondii - Morfologia
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taquizoítas
Cisto tecidual Oocisto imaturo Oocisto maduro
• Células (vácuolo parasitóforo)
• Líquidos orgânicos
• Excreções
• Células do SMF
• Células hepáticas
• Células pulmonares
• Células nervosas
• Células das submucosas
• Células musculares
TAQUIZOÍTOS
Toxoplasma gondii - HABITAT
• Encontrado nos tecidos musculares esqueléticos e
cardíaco
• Tecido nervoso
• Retina
BRADIZOÍTOS
Vacúolo parasitóforo do
cisto
Toxoplasma gondii - HABITAT
• Taquizoítos no leite, saliva, esperma, lambeduras
• Oocistos nas fezes
• Cistos nas carnes
• CongênitaTransplacentáriaRompimento dos cistos no endométrioTaquizoítos livres no líquido amniótico
Transmissão por vários mecanismos
Zoonose mais difundida no mundo
Mecanismos
Toxoplasma gondii - TRANSMISSÃO
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Toxoplasma gondii - PATOGENIA
Fatores associados à toxoplasmose
• Cepa do parasita
• Resistência da pessoa
• Via de infecção
Toxoplasmose congênita• Infecção fase aguda
• Alterações:
Toxoplasma gondii - PATOGENIA
1̊ Trimestre 2̊ Trimestre 3̊ Trimestre
Aborto Aborto ou nascimento prematuro, normal ou com alterações graves
Normal ou com alterações graves
Toxoplasmose congênita
3o trimestre alterações graves
Sindrome ou Tétrade de Sabin
• Coriorretinite (90%)
• Calcificações cerebrais (69%)
• Perturbações neurológicas -
retardamento psicomotor (60%)
• Alteração do volume craniano - macro ou
microcefalia (50%)
Toxoplasma gondii - PATOGENIA
Toxoplasmose pós-natal
Principais alterações
• Casos benignos ou assintomáticos
• Ganglionar ou febril aguda
• Cutânea ou exantêmica
• Cerebroespinhal ou meningoencefálica
• Generalizada
Toxoplasma gondii - PATOGENIA
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Toxoplasma gondii - DIAGNÓSTICO
CLÍNICO
• Difícil
• Casos agudos podem ser fatais ou evoluir para forma
crônica
LABORATORIAL
Parasitológico
Fase aguda
Exsudatos, sangue,
líquor, leite, salivaesfregaço Coloração de
Giemsa
Biopsia de gânglios linfáticos,
pele, fígado, baço e músculoCortes
histológicos
Coloração pela
HE
Toxoplasma gondii - DIAGNÓSTICO
LABORATORIAL
Parasitológico
Fase aguda
Sedimento ou
biopsiaInoculação em
animais
Intracerebral
IntraperitonealFase crônica
biopsia cistos
• Inoculação em animais
• Histopatologia
Toxoplasma gondii - DIAGNÓSTICO
Diagnósticos específicos
Toxoplasmose congênita
• Pesquisa de IgM no soro do recém-nascido
• Técnicas: Reação de Sabin Feldman, Reação de
imunofluorescência indireta, Teste de ELISA
• Resultado positivo:
Título do RN maior que o da mãe em duas
diluições
Elevação do título do RN em testes sucessivos
Persistência da reação positiva até cinco
meses após o nascimento
Toxoplasma gondii - DIAGNÓSTICO
Em casos positivos, a
concentração de
anticorpos no humor
aquoso será maior que a
concentração no soro
Diagnósticos específicos
Toxoplasmose ocular
• Exame clínico e de fundo de olho
• Diagnóstico imunológico:
• Paracentese do humor aquoso -imunodifusão
• Soro – Reação de imunofluorescência
Toxoplasma gondii - DIAGNÓSTICO
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• Epidemiologia da doença é bem conhecida
• Gatos domésticos e selvagens únicos que completam o ciclo
sexuado eliminação dos oocistos
• Distribuição do protozoário carnivorismo e disseminação dos
oocistos por insetos
• Dados epidemiológicos
• Cosmopolita 20 a 83% da população
Toxoplasma gondii - EPIDEMIOLOGIA
•Dados epidemiológicos
• Brasil
• Estudos realizados em 1964
• Rio de Janeiro - 79%
• São Paulo - 68%
•Todos os mamíferos e aves são susceptíveis
• 23% em suínos
• 32% em bovinos
• 20% em eqüinos
• 38% em muares
• 56% em caprinos
•Gatos tem importância fundamental na produção de oocistos
Toxoplasma gondii - EPIDEMIOLOGIA
Transmissão entre os seres humanos:
• Ingestão de oocistos do ambiente ou alimentos e água
• Ingestão de cistos em carnes cruas ou mal-cozidas
• Transplacentária
Taquizoítos podem ser isolados de mucosa
vaginal, saliva, leite, secreção nasal e urina
Toxoplasma gondii - EPIDEMIOLOGIA
•Não se alimentar de leite cru ou carne crua ou mal-cozida
•Controlar população de gatos (?)
•Gatos domésticos devem ser mantidos dentro de casa com alimentação de qualidade
• Incinerar todas as fezes de gatos
•proteger as caixas de areia
•Tratamento de infectados
Toxoplasma gondii - PROFILAXIA