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1 GESTÃO DE PESSOAS AULA – 10 TEMAS Benefícios e Serviços Sociais.

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GESTÃO DE PESSOAS AULA – 10 TEMAS Benefícios e Serviços Sociais.

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GESTÃO DE PESSOAS

AULA – 10

TEMAS

Benefícios e Serviços Sociais.

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BENEFICIOS E SERVIÇOS SOCIAIS

Denomina-se benefícios o conjunto de programas ou planos oferecidos pela organização como complemento ao sistema de salários. O somatório compõe a remuneração do empregado.

Planos de benefícios flexíveis

Os planos flexíveis de benefícios, adotados mais recentemente por organizações de

paises desenvolvidos, são aqueles em que os empregados tem a opção de escolher entre os benefícios disponíveis aqueles que acham mais interessantes.

Tipos de benefícios

Benefícios compulsórios: são aqueles que a empresa concede aos seus empregados em atendimento às exigências da lei ou de normas legais como acordos ou convenções

coletivas de trabalho: o 13º salário

o Férias o Salário-familia o Salário-maternidade

Benefícios espontâneos : são aqueles que a empresa oferece por vontade própria, para formar um perfil de remuneração atraente e competitiva no mercado.

o Restaurante

o Seguro de vida o Assistência medica

o Festas para empregados o Transporte o Cesta básica

o Clube o Assistência odontológica

o Empréstimos subsidiados o Gratificações o Cooperativas de credito

o Cooperativas de consumo o Bolsa de estudo

o Horário móvel o Convenio (farmácia, supermercado)

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1- O QUE SÃO OS BENEFÍCIOS SOCIAIS?

A remuneração geralmente é feita por meio de muitas outras formas além da forma salarial. Uma considerável parte da remuneração total é constituída em benefícios sociais e serviços sociais.

Os benefícios sociais constituem-se em aspecto importante do pacote de

remuneração.

Portanto, o benefício é uma forma de remuneração indireta que visa oferecer

aos funcionários uma base para a satisfação de suas necessidades pessoais.

A remuneração direta, isto é, o salário é proporcional ao cargo ocupado.

A remuneração indireta, isto é, os serviços e benefícios sociais são comuns

para todos os empregados, o que a empresa desenvolve são planos diferentes de serviços e benefícios sociais para diferentes níveis de empregados: diretores, gerentes, empregados mensalistas, horistas, cargos

técnicos, etc. 2-QUAIS SÃO OS OBJETIVOS DE UM PLANO DE BENEFÍCIOS SOCIAIS ?

Os objetivos referem-se às expectativas de curto e longo prazos da empresa em relação aos resultados dos planos

Os objetivos básicos dos planos de benefícios sociais são:

Melhoria da qualidade de vida dos empregados.

Melhoria do clima organizacional.

Redução da rotação de pessoal e do absenteísmo.

Facilidade na atração e na manutenção de recursos humanos 3-VISÕES DIFERENTES SOBRE OS BENEFÍCIOS SOCIAIS

Do ponto de vista do empregador, os benefícios sociais são analisados, tendo em

vista:

os custos da remuneração total;

os custos proporcionais dos benefícios;

o que as outras empresas oferecem aos seus empregados;

o seu papel de atrair, reter e motivar pessoas.

Do ponto de vista do empregado, os benefícios são analisados pela:

distribuição justa (eqüidade);

adequação às suas necessidades pessoais.

4-ORIGEM DOS BENEFÍCIOS E SERVIÇOS SOCIAIS

Tem história recente e estão relacionados com a gradativa conscientização da responsabilidade social da empresa.

Fatores de criação e crescimento dos planos de serviços e benefícios sociais:

atitude do empregado quanto aos benefícios sociais;

exigências dos sindicatos;

legislação trabalhista e previdênciária imposta pelo governo;

disputa das empresas pelos recursos humanos no sentido de atraí-los e

mantê-los;

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impostos atribuídos às empresas com a contrapartida da utilização de meios

lícitos de fazerem deduções de suas obrigações tributárias. 5-TIPOS DE BENEFÍCIOS SOCIAIS Os planos de serviços e benefícios sociais são planejados para auxiliar o

empregado:

1. no exercício do cargo: gratificações, prêmios de produção, seguro de vida, etc.;

2. fora do cargo, mas dentro da empresa: refeitório, cantina, transportes, lazer; 3. fora da empresa: recreação, atividades comunitárias. 6- QUANTO A CLASSIFICAÇÃO DOS PLANOS DE BENEFÍCIOS E SERVIÇOS SOCIAIS

A) Benefícios legais – exigidos pela legislação trabalhista, previdênciária ou por

convenção coletiva entre sindicatos: 13º salário, férias, aposentadoria, seguro de acidentes de trabalho, auxílio doença, salário família, H.E., salário

maternidade, adicional por trabalho noturno. Alguns são pagos pela empresa e outros pelos órgãos previdênciários.

B) Benefícios espontâneos – concedidos por liberalidade da empresa. São

chamados também como benefícios marginais:

refeições;

seguro de vida em grupo;

empréstimos;

complementação de aposentadoria;

assistência médico-hospitalar.

7- QUANTO A NATUREZA DOS PLANOS DE BENEFÍCIOS E SERVIÇOS

SOCIAIS A) Benefícios monetários – concedidos em dinheiro, por meio da folha de

pagamento e gerando encargos sociais deles decorrentes:

13o salário;

férias;

aposentadoria;

complementação de aposentadoria;

gratificações;

planos de empréstimos;

reembolso ou financiamento de remédios;

complementação do salário nos afastamento por doenças.

B) Benefícios não monetários: oferecidos na forma de serviços, vantagens ou

facilidades para os usuários:

serviço social e aconselhamento;

clube ou grêmio;

condução ou transporte da casa para a empresa e da empresa para a

casa;

horário móvel de entrada e saída do pessoal de escritório.

8- QUANTO AOS OBJETIVOS DOS PLANOS DE BENEFÍCIOS E SERVIÇOS SOCIAIS

Os planos podem ser classificados:

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a) planos assistenciais – benefícios que provem o empregado e sua família de

certas condições de segurança e previdência em casos de imprevistos ou emergências:

assistência médico hospitalar;

“ odontológica;

“ financeira;

“ educacional;

assistência jurídica;

reembolso de medicamentos;

serviço social e aconselhamento;

seguro de vida em grupo;

seguro de acidentes pessoais;

suplementação de aposentadoria;

complementação salarial nos afastamento por doença.

b) Planos recreativos – proporcionam ao empregado condições de diversão,

recreação, higiene mental ou lazer construtivo. Em alguns casos, esses benefícios se estendem à família do empregado:

grêmio, clube, colônia de férias;

área de lazer nos intervalos de trabalho;

música ambiente;

atividades esportivas; passeios e excursões programadas;

festividades e congraçamentos.

c) Planos supletivos – serviços e benefícios que visam proporcionar aos

empregados certas facilidades, conveniências e utilidades para melhorar a qualidade de vida:

transporte ou condução do pessoal;

restaurante no local de trabalho;

horário móvel de trabalho;

cooperativa de gêneros alimentícios;

agência bancária no local de trabalho.

BENEFÍCIOS FLEXÍVEIS A idéia básica é que os próprios funcionários administrem o montante a que

têm direito da maneira que bem entenderem.

MOTIVOS PARA FLEXIBILIZAÇÃO DOS BENEFÍCIOS

melhoria da qualidade e redução dos custos dos benefícios;

novo relacionamento entre empresa e empregado;

alinhamento dos benefícios às estratégias de RH e as mudanças culturais;

maximização do valor percebido pelos benefícios. ALTERNATIVAS PARA FLEXIBILIDADE DOS PLANOS DE BENEFÍCIOS

1. Benefícios-padrão mais benefícios flexíveis.

Ao lado do tradicional pacote de benefícios oferecidos à totalidade dos empregados, algumas empresas oferecem alguns benefícios flexíveis que cada funcionário utiliza

na medida de suas necessidades específicas.

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2. Benefícios modulares.

Algumas empresas oferecem um leque de opções diversas em termos de planos de saúde e previdência privada dentro de determinado valor limite.

Exemplo: o executivo escolhe o automóvel que queira dentro do limite fixado ou

deverá completar o valor caso opte por algum que ultrapasse o valor.

3. Livre escolha.

A empresa concede um valor de benefícios para cada funcionário, que o utiliza a vontade.

O funcionário tem a liberdade de escolher aquilo que lhe interessa dentro da verba mensal determinada. Exemplo: é o caso da HP: 70% paga com despesas de saúde, estudos e creche e

os 30% restantes pode ser acumulado, caso não seja usado no período mensal.

4. Cash livre.

A empresa define e concede uma verba-limite, mensal ou anual, para o pagamento

de cada funcionário. Este passa a administrá-la no decorrer do período. VANTAGENS DA FLEXIBILIZAÇÃO DOS BENEFÍCIOS

Facilidade do controle dos custos e

Maior envolvimento dos funcionários na gestão do sistema.

CRITÉRIOS PARA O PLANEJAMENTO DE SERVIÇOS E BENEFÍCIOS SOCIAIS

OBJETIVOS E CRITÉRIOS DE PROGRAMAS DE BENEFÍCIOS

OBJETIVOS CRITÉRIOS QUE PESAM NA PONDERAÇÃO

SOBRE O PROGRAMA

Redução da rotatividade e do absenteísmo. Elevação do moral

Realce da segurança

Custo do programa

Capacidade de pagamento

Necessidade real

Poder do sindicato

Considerações sobre impostos

Responsabilidade social

Reações da força de trabalho

PRINCÍPIOS PARA IMPLANTAÇÃO DE SERVIÇOS E BENEFÍCIOS SOCIAIS

Existem princípios que servem como critérios no balizamento dos serviços e benefícios sociais que a organização pretende implantar ou desenvolver.

1. PRINCIPIO DO RETORNO DO INVESTIMENTO Não se deve empreender voluntariamente nenhum benefício ao empregado, a

menos que haja, como retorno para a organização, um rendimento em termos de produtividade e moral por parte do empregado.

A organização necessita de planos de benefícios no sentido de recrutar e de reter empregados competentes. Por outro lado, a organização necessita controlar os custos dos benefícios e ser capa de projetar alguns custos (planos formais de

benefícios).

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2. PRINCÍPIO DA MÚTUA RESPONSABILIDADE

O custeio dos benefícios sociais deve ser de mútua responsabilidade: os custos do benefícios devem ser compartilhados entre a organização e os empregados beneficiados ou pelo menos, a concessão de um benefício deve repousar na

solidariedade das partes envolvidas. Alguns itens dos planos de serviços e benefícios são totalmente pagos pela

empresa, como exemplo serviço social. Outros itens são rateados entre empresa e empregado, exemplo: transportes, refeição, assistência médica.

Outros itens podem ser pagos integralmente pelos empregados: cooperativa de consumo, grêmio.

Uma participação relativa do empregado ainda que mínima é importante, pois tudo que a empresa oferece gratuitamente aos empregados pode parecer aos olhos destes como legalmente obrigatório ou serviço de qualidade inferior.

Alguns outros princípios que podem servir para o desenho de planos de serviços e

benefícios podem ser:

O benefício deve estender-se a mais ampla base possível de pessoas.

Os benefícios aos empregados devem satisfazer a alguma necessidade real.

A concessão do benefício deve evitar conotações de paternalismo benevolente.

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ESTUDO DE CASO

Administrando o cafezinho

Há seis meses, a supervisora Marilisa decidiu instituir um horário para o café em sua divisão. Conseguiu reservar uma sala para o período entre 10 e 11 horas todas as manhãs e

comprou com seu próprio dinheiro o equipamento necessário para fazer café. Pediu a cada seção a designação de moças que se revezassem na confecção do café e na arrumação da sala. A todos os funcionários da divisão foi solicitada uma contribuição semanal para compra do pó

de café e outras coisas necessárias. As pessoas não deveriam demorar mais de 15 minutos tomando café.

As finalidades visadas por Marilisa ao instituir o horário para o café foram as seguintes: 1. proporcionar um local onde equipes de todos os níveis pudessem se encontrar

informalmente, o que deveria contribuir para a otimização do clima organizacional

2. impedir a excessiva perda de tempo proveniente de um segundo desjejum tomado pelas moças que saiam do prédio para o café da esquina

3. melhorar a aparência do escritório com a criação de um local especifica para tomar café, eliminando a presença de copos e xícaras sobre as mesas de trabalho.

A hora do café foi um sucesso instantâneo. Todos os componentes do escritório aproveitaram a oportunidade. As saídas para o segundo desjejum terminaram. O clima de

trabalho entre as equipes melhorou sensivelmente. As moças organizaram um comitê social informal encarregado de recolher dinheiro e de formar a escala de rodízio para o preparo do café.

Os componentes dos escalões mais altos da equipe descobriram que a hora do café era uma excelente oportunidade para um encontro com os colegas para uma conversa informal

sobre os problemas e, não raro, ficavam na sala conversando. Os funcionários não eram muito pontuais na observância dos 15 minutos, mas não se registrou nenhuma reclamação quanto a isso.

Certa manhã, Marilisa foi tomar seu café por volta das 10:15h. Ao passar pela sala de café as 11.00 h viu que muitas dentre as mesmas moças ainda estavam lá. Notou também que

outras tinham levado xícaras de café para suas mesas de trabalho. Lembrou-se que os alimentos que acompanhavam o café estavam se tornando mais e mais diversificados, e que a sala de reuniões ultimamente estava mal arrumada. Reparou também que os períodos de café

se estendiam para além do tempo concedido e necessário. Voltou para seu gabinete e ditou imediatamente o seguinte memorando:

Um mês depois, Marilisa ficou surpresa ao ser informada por um de seus principais

auxiliares de que havia um considerável ressentimento entre o pessoal.

Avalie o procedimento de Marilisa e indique o tratamento que você daria à situação se fosse o diretor da empresa.

Para: toda a equipe De: Marilisa – supervisora da divisão

Assunto: hora do café

1. a prática de levar alimentos para a sala de café deve cessar imediatamente 2. o limite de tempo de 15 minutos deverá ser respeitado 3. as pessoas responsáveis pelo prepara do café assumirão também a

responsabilidade pela limpeza e arrumação da sala de reuniões 4. se as condições acima não forem respeitadas, a hora do café será suspensa.