graffiti à brasileira. mar 2011 pinturas de piÁ mostra de cultura urbana

of 20 /20
à brasileira à brasileira especial Mostra de Cultura Urbana Pinturas de PIÁ GR A F F ITI março 2011 – nº 1 março 2011 – nº 1

Author: eduardo-andre-g-s

Post on 01-Sep-2014

206 views

Category:

Education


4 download

Embed Size (px)

DESCRIPTION

revista/fanzine com pequeno texto sobre grafite

TRANSCRIPT

  • I TI GRAFF brasileira maro 2011 n 1 especial Mostra de Cultura Urbana Pinturas de PI
  • Nasce ento Graffiti brasileira. Publicao que quer falar e mostrar a arte, as mobilizaes e os pensamentos das ruas e tambm assuntos que estejam relacionados. Aproveitamos a inspirao que nos invadiu numa rpida participao durante a Mostra de Cultura Urbana (novembro de 2010, promovida pelo Instituto NUA) e damos nosso passo inicial fazendo uma reverncia especial ao evento / iniciativa ocorrido na zona leste. Esperamos que esta revista seja do agrado de [email protected] Abraos e OFICINATIVE-SE!!! produo: Carlos Rogerio OFICINATIVA Caixa Postal 73 Ribeiro Pires, SP CEP 09400 970 [email protected] www.oficinativa.blogspot.com
  • A Mostra de Cultura Urbana foi um acontecimento mpar na comunidade de Unio de Vila Nova. A idealizao do evento partiu do artista, educador e gestor do Instituto NUA Hermes de Souza. O evento consistiu numa parceria entre a entidade, comunidade, grafiteiros de diversas localidades, Fundao Bienal e o artista visual Rui Amaral. Na ocasio, foram utilizados dois dias consecutivos para a realizao de workshops, residncia artstica e a pintura do muro da CPTM que delimita o espao entre a comunidade e o restante da cidade. A ao pictrica se encaixou enquanto proposta simblica de "derrubada" desse mesmo muro e, por consequncia, foi bem sucedida na medida em que mobilizou centenas de pessoas durante o evento - o que traduziu-se em fatos interessantes como no caso dos moradores que abriram suas casas aos artistas de rua. O evento por si s serviu de referncia para a Unio de Vila Nova, bem como para pessoas que residem em outras comunidades (posto que provocou inclusive, aquecimento na economia local, retorno de imprensa e credibilidade em aes socioculturais). NUA, 20 e 21 de novembro de 2010 Rodrigo Munhoz Artista visual, arte-educador, co-responsvel pela Mostra Cultura Ubana [email protected] www.flavors.me/amoramboia, www.universidadelivredasartes.blogspot.com
  • Interveno estetica? Instigao artstica? Interao pacfica? Interferncia poltica? Indagao especfica?
  • Eu existo eu me expresso eu construo eu me avesso...
  • A cidade ateli idealizada Cidade pintada, corpo pintado, alma pintada Desenho do desenho Referncias, QUAIS?
  • Um olhar que tudo v... Um caminhar que tudo apreende
  • Revalorizao do espao pblico atravs da ocupao, ressignificao das Culturas Populares por meio da Comunicao
  • Ou embelezamento urbano ou entrosamento humano ou vandalismo mundano ou comprometimento hermano... Empoderamento infantil, participao juvenil...
  • Graffiti A arte das ruas vem ganhando destaque e valor no meio acadmico ao longo dos tempos. Tambm adquiriu sucesso aos olhos de seus apreciadores - talvez por sua caracterstica de ao gratuita e democrtica pois depois de feito o Graffiti j no mais do artista: quem quiser, chega, picha em cima, cola um cartaz e j foi modificado. Como arte pblica e de carter transitrio, o Graffiti se oferece como possibilidade de contato direto, fsico, afetivo com o pblico. Ao espalhar-se pelas galerias subterrneas e vos de viadutos ele transforma a crueza da cidade e explora literalmente lugares escondidos e desvalorizados. Convive com os outdoors, os cartazes de rua e a massa de informaes visuais industrializadas e de consumo e representa sobretudo aquele conjunto artesanal de imagens que a movimentao do homem naturalmente desenha. Pode se manifestar sob diversas formas e intenes: como interveno urbana, transformando uma parte da cidade, permanentemente, num laboratrio artstico-visual onde no existe limitao de tempo, espao e pblico; como forma de arte, permitindo que seus criadores explorem elementos visuais e transmitam cdigos carregados de simbologias e formas estticas; como ferramenta de comunicao, dialogando com a cidade atravs da fala dos anseios e conflitos de quem o faz.
  • por Fabi Menassi Sua evoluo uma histria fascinante. Tem origens que remontam a pr-histria, quando o homem das cavernas deixou registrada nas suas paredes a marca de sua mo. Manifestouse nas dcadas de vinte e trinta, com o trabalho dos muralistas mexicanos, liderados por Jos Orozco, Diego Rivera e David Alfaro Siqueiros, em prol da Revoluo - que repercutiu fortemente como arte e formao de opinio, com uma abordagem marxista de seus murais, denunciando todas as mazelas de uma sociedade desigual. Nos anos 60, um movimento de arte underground foi tomando conta - no incio eram apenas assinaturas (tags) feitas em locais pblicos com boa visibilidade. No demorou muito para que o talento e potencial criativo da moada - e inesperada cobertura da imprensa - atrassem a ateno das pessoas ligadas s artes, no meio acadmico, bem como das galerias. J nos anos 80, gravuras, cenrios e outros elementos foram incorporados aos graffitis - principalmente por meio de aes e performances de Alex Vallauri no Brasil - e ele foi distanciando-se de sua origem - as pichaes - em parte devido ao intercmbio dos muralistas e de todos estes com os ambientes acadmico e de galerias. Na verdade, o Graffiti ganhou mais notoriedade com o movimento HIP HOP, tambm arte das ruas. E sua imagem contempornea reflete uma genuna manifestao cultural, no sentido amplo do termo, pois transps as ruas e passou a ter a chance de ser apreciado em distintos espaos (galerias, exposies ou colees particulares). Atualmente existem os grafiteiros que utilizam mtodos eletrnicos e digitais em suas obras mutveis, com projeo de luzes que saem de prdios e veculos. Pode-se notar claramente a evoluo constante, tanto no quesito de tcnicas, como de poticas. Nenhuma das transformaes as quais enfrentou modificou sua caracterstica de ferramenta disponvel - a quem tem o que falar e ouvir - e seu poder de arte transgressora e proibida, contracultura, cultura da periferia. Pode-se dizer que isso at contribuiu para seu sucesso urbano. E mesmo hoje com o uso alienado e desenfreado da tecnologia, falar sobre Graffiti, sempre remete a sua origem, a rua (como ele comeou), atravs de desenhos feitos a mo e que ele ir sempre dialogar democraticamente com o pblico.
  • Liberdade, ludicidade, naturalidade, democratiCIDADE, identidade, sensvel agressividade, popular(ativ)idade...
  • Ao ativista feminina
  • Conquistando e ampliando o respeito, a credibilidade e as parcerias
  • O papel do trao O trao possui variaes poderosas capazes de provocar qualquer emoo ou estado de esprito. medida em que se experimenta o desenho e se ganha domnio, tambm comea a aparecer atravs do trao a personalidade e o estilo do desenhista - me refiro aos interessados em desenhar e no quem domina as tcnicas formais de desenho bsico. Assim como o trao do desenho, o processo da escrita acontece da mesma forma, com o treino cada pessoa adquire um estilo de letra e expressa a personalidade. Seja pelo estilo, a simbologia, a inteno do artista, as cores, o trao tem a capacidade de estimular o olhar a percorrer por direes pretendidas pelo criador do desenho. O trao dos artistas ao longo da histria da arte foi protagonista em diversas tcnicas: gravura, desenho, pintura, graffiti, caligrafia, etc, e adquiriu para cada sua caracterstica particular. Os variados estilos de traados num desenho dependem dos gestos, das possibilidades que uma pessoa pode experimentar: maior / menor presso, rapidez, lentido, amplitude, reduo, timidez, intensidade, fora, preciso, delicadeza, rigidez, geometricidade, entre outras, e tambm dos materiais utilizados. Variam conforme a intencionalidade: ldico, espontneo, intenso. Estes gestos geram traos de diversas caractersticas: forte, fraco, estilos de linhas (tracejado, pontilhado, contnuo, trao-ponto, etc), direo das linhas (horizontais, verticais, diagonais) e formam tanto o espao negativo do desenho (a silhueta, o contorno) quanto o positivo (elementos internos). Por meio da pesquisa e da experimentao, as possibilidades do trao do desenhista podem provocar muitas sensaes. Por exemplo: com retas horizontais podem dar a impresso de equilbrio / repouso, as verticais, uma ao, as diagonais, a instabilidade, claro e escuro, a iluso de volume. A variao do valor do trao importante para dar expresso ao desenho, ela demonstra energias variadas, expressam emoes, enriquece visualmente o desenho. Experimente buscar sua expressividade atravs do trao. Eis algumas sugestes - descobertas pessoais - que indico na hora de explorar o universo do desenho atravs dos gestos: variar o uso da mo que pouco e muito escreve, segurar o lpis mais perto / longe da ponta (assim poder alterar o grau de soltura e controle do trao), movimentar o antebrao enquanto mantm o pulso firme, entre outras que voc mesmo pode encontrar. E nesta busca pela expresso do desenho atravs do trao, as possibilidades de montar uma composio visual podem ser numerosas. Fabi Menassi artista visual e professora da rede estadual de ensino [email protected] www.fabimenassi.blogspot.com
  • Caminhando & Grafitando Esta seo estampar registros de momentos de surpresa flagrados durante nossas andanas pelo mundo. Neste nmero de estreia, trazemos a Arte / arma incorporada pelo MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra) em sua luta por direitos sociais do povo brasileiro. Escola Nacional Florestan Fernandes, Guararema, SP, dezembro de 2010
  • Outras visualidades... Formas que surgem e dialogam com cores, tamanhos, ideias. A partir de linhas se pode estabelecer um universo de inacreditveis possibilidades. Nesta seo queremos mostrar como as Artes Visuais se renovam a cada diferente necessidade esttica. A pintura sobre tecidos feita pelo KAH-HUMKAH, coletivo multicultural do ABC paulista, virou uma marca registrada em suas apresentaes. Eram obras flexveis que se transformavam rpida e criativamente em adereos, figurinos, cenrios, painis, divisrias, etc. Mais informaes: www.osmisturalistas. ning.com
  • PIs pintando o 7 Programa de Iniciao Artstica desenvolvido no CEU 3 Pontes, Jardim Romano
  • na prxima edio: entrevista com IGNOTO Graffiti & Poltica Beco da Vila Madalena