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GRANBEL E AMIG PROMOVEM AMPLO DEBATE COM PRÉ-CANDIDATOS AO GOVERNO DE MINAS Julho/Agosto 2018 | Nº 122 INFORME Os prefeitos da Região Metropolitana de Belo Horizonte e das cidades minerado- ras de Minas Gerais tiveram a oportunidade de debater com os pré-candidatos ao Governo de Minas suas propostas e planos de governo em encontros promo- vidos pela GRANBEL e pela Associação dos Municípios Mineradores de Minas Ge- rais (AMIG). Os eventos aconteceram entre os dias 9 e 17 de julho e contaram com a participação de Romeu Zema, do Partido Novo; João Batista Mares Guia, da Rede Sustentabilidade; senador Antônio Anastasia, do PSDB; Marcio Lacerda, do PSB; e Rodrigo Pacheco, até então pré-candidato pelo Democratas. PIMENTEL NÃO COMPARECEU O Governador Fernando Pimentel também foi agendado para o dia 17, mas não compareceu devido a “compromisso institucional” de última hora. De acordo com o Presidente da GRANBEL e da AMIG, Vítor Penido, o objetivo dos encontros “foi trazer os pré-candidatos para uma conversa franca, para que os prefeitos pudessem questionar sobre prioridades inadiáveis dos mu- nicípios, como os repasses da Saúde e da Educação, entre outros, e também ouvir dos pré-candidatos seus objetivos, planos e metas de trabalhos, caso eleitos”. O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, destacou que a missão do próximo governador será muito dura, porque o próximo chefe do Executivo estadual terá que fazer cortes drásticos para organizar as finanças do Estado. “A Região Metro- politana de BH tem grande importância por concentrar quase 30% da votação para governo do Estado. É a região mais importante para qualquer pré-candida- to”, pontuou. PARCERIA, DIÁLOGO FRANCO, ÉTICO E TRANSPARENTE FORAM UNANIMIDADE NOS ENCONTROS Os encontros seguiram a linha dos trabalhos que vêm sendo desenvolvidos pela Granbel e AMIG, ou seja, foram pautados pelo respeito, pela igualdade, pelas ações suprapartidárias e pela busca de alternativas para os problemas inadiá- veis que os prefeitos estão vivendo em seus municípios. Confira a cobertura completa nesta edição. Alexandre Kalil fala sobre desafios do próximo governador

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GRANBEL E AMIG PROMOVEM AMPLO DEBATECOM PRÉ-CANDIDATOS AO GOVERNO DE MINAS

Julho/Agosto 2018 | Nº 122

INFORME

Os prefeitos da Região Metropolitana de Belo Horizonte e das cidades minerado-ras de Minas Gerais tiveram a oportunidade de debater com os pré-candidatos ao Governo de Minas suas propostas e planos de governo em encontros promo-vidos pela GRANBEL e pela Associação dos Municípios Mineradores de Minas Ge-rais (AMIG). Os eventos aconteceram entre os dias 9 e 17 de julho e contaram com a participação de Romeu Zema, do Partido Novo; João Batista Mares Guia, da Rede Sustentabilidade; senador Antônio Anastasia, do PSDB; Marcio Lacerda, do PSB; e Rodrigo Pacheco, até então pré-candidato pelo Democratas.

PIMENTEL NÃO COMPARECEU

O Governador Fernando Pimentel também foi agendado para o dia 17, mas não compareceu devido a “compromisso institucional” de última hora.

De acordo com o Presidente da GRANBEL e da AMIG, Vítor Penido, o objetivo dos encontros “foi trazer os pré-candidatos para uma conversa franca, para que os prefeitos pudessem questionar sobre prioridades inadiáveis dos mu-nicípios, como os repasses da Saúde e da Educação, entre outros, e também ouvir dos pré-candidatos seus objetivos, planos e metas de trabalhos, caso eleitos”.

O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, destacou que a missão do próximo governador será muito dura, porque o próximo chefe do Executivo estadual terá que fazer cortes drásticos para organizar as finanças do Estado. “A Região Metro-politana de BH tem grande importância por concentrar quase 30% da votação para governo do Estado. É a região mais importante para qualquer pré-candida-to”, pontuou.

PARCERIA, DIÁLOGO FRANCO, ÉTICO E TRANSPARENTE FORAM UNANIMIDADE NOS ENCONTROS

Os encontros seguiram a linha dos trabalhos que vêm sendo desenvolvidos pela Granbel e AMIG, ou seja, foram pautados pelo respeito, pela igualdade, pelas ações suprapartidárias e pela busca de alternativas para os problemas inadiá-veis que os prefeitos estão vivendo em seus municípios.

Confira a cobertura completa nesta edição.Alexandre Kalil fala sobre desafios do próximo governador

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ENCONTRO COM PRÉ-CANDIDATOS

Na abertura do ciclo de debates promovido pela Granbel, em parceria com a Associação dos Municípios Mineradores de Minas Gerais (AMIG), o candidato pelo Partido Novo, Romeu Zema, apresentou toda a sua trajetória como em-presário e gestor da rede de lojas de sua família, criada no início dos anos 1990. Além desse negócio, faz parte das empresas do grupo rede de distribui-ção de combustíveis.

Reformas Trabalhista, Previdenciária e Tributária

No encontro, que aconteceu no dia 9 de julho, Zema destacou a mu-dança completa na administração do Estado para que o Governo possa investir em áreas prioritárias para a população. Além disso, enfatizou a necessidade das reformas trabalhista, previdenciária e tributária, de-fendeu a diminuição de cargos políticos, a descentralização do governo federal e a privatização de empresas como a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) e a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa).

Na oportunidade, os prefeitos que participaram do Encontro puderam fazer perguntas, trocar ideias, dar sugestões e apresentar demandas importantes, entre elas, a dívida do Estado com as Prefeituras. Natural de Araxá na região do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba, Zema nunca ocupou um cargo político e até o ano de 2016 se dedicava exclusivamente à empresa da família. Um dos motivos pelo qual concorre ao Governo de Minas é a vontade de fazer algo pela população, pois já contribuiu para a iniciativa privada e hoje já está preparado para se dedicar à gestão pública. “Tenho uma vida estabilizada, filhos criados e muita vontade de trabalhar. Temos uma proposta nova e acredito que posso agregar muito”, ressaltou. Por conhecer com profundidade as características de Minas Gerais, Zema acredita que uma das principais iniciativas é simplificar a vida do trabalhador.

Enxugar a Máquina e extinção do Palácio das Mangabeiras

Como governador, Romeu Zema, promete enxugar a máquina e umas de suas iniciativas seria a extinção do Palácio das Mangabeiras como residência ofi-cial. “O governador deve morar em sua própria casa. Se quem estiver lá não der exemplo, não vai para frente”, frisa.

Meritocracia

A escolha do secretariado também foi discutida e a meritocracia seria um dos pilares de sua gestão. “Pessoas competentes e que possam agregar com co-nhecimento e novas atitudes serão muito bem-vindas, independentemente de partido. Sou uma pessoa formadora de talentos, tanto é que o presidente da minha empresa começou como frentista e hoje é a principal liderança do grupo”, disse. Dívida pública

A dificuldade financeira do Estado, um dos principais pontos da apresenta-ção, foi citada pelo pré-candidato como um dos problemas a serem resolvi-dos. Para tanto, mudanças no funcionalismo teriam que ser implementadas, inclusive, com cortes no quadro do funcionalismo. “Em um primeiro momento cortaremos cargos comissionados e, assim, as soluções virão a longo prazo, no mínimo em dois anos. Todas as áreas terão que reduzir custos, inclusive as esferas do legislativo e judiciário”, pontuou.

A falta de recurso para investir em áreas importantes como saúde, educação e segurança pública foi apontada como um dificultador para atender as deman-das citadas pelos prefeitos que compareceram ao evento. A área da saúde por exemplo, é uma das mais prejudicadas. Segundo Romeu Zema, a má gestão pública dos recursos nessa área prejudica o atendimento à população.

“Muito dinheiro foi gasto em obras de hospitais regionais que estão parados e sem conclusão. Por que os recursos não foram utilizados em hospitais já exis-tentes? A falta de cuidado com a administração fez com que equipamentos fossem encaminhados para lugares desnecessários enquanto outros precisam muito mais. Essas pequenas mudanças farão toda a diferença enquanto não pudermos investir”, ressaltou. 

Educação

Ao ser questionado sobre as suas propostas para a área da Educação, o pré--candidato falou que há necessidade de angariar mais recursos para a Educa-

ROMEU ZEMA PLANEJA ENXUGAR A MÁQUINA PÚBLICA E PRIVATIZAR A CEMIG E COPASA

Durante a abertura do encontro de prefeitos com os pré-candidatos ao Governo de Minas, o presidente da Granbel, Vitor Penido, questiona como Zema pretende reduzir as despesas do Estado

O pré-candidato ao governo de Minas pelo partido Novo tem como objetivo a privatização de empresas como a Cemig e Copasa

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ção Básica. “Os recursos viriam da Educação Superior. Essa é uma área impor-tante, mas, no atual momento precisamos investir na Educação que forma o estudante”. Com relação à questão salarial o assunto precisaria ser discutido com os representantes das classes em um outro momento. Investimentos nas cidades mineradoras

O presidente da Granbel, Vitor Penido, indagou o pré-candidato sobre como pretende cortar despesas do Estado. “A receita do Estado, em 2014, foi R$ 80 bilhões e nos três anos a média da receita foi de R$ 90 bilhões, com uma des-pesa de R$ 85 bilhões. Qual a saída para essa questão?”. Zema disse que uma das grandes despesas do Governo é a manutenção da Assembleia Legislativa e que, se eleito, irá convidar os deputados eleitos para uma conversa e definir a redução dos custos.Questionado sobre a dependência econômica e a necessidade de diversifica-ção da economia das cidades mineradoras, Romeu Zema reforçou que uma das soluções seria o incentivo para outras empresas se instalarem na região. Além disso, o pré-candidato pretende simplificar o ICMS de Minas Gerais que, segun-do ele, é extremamente complicado e faz com que muitas indústrias e empre-sas saiam do estado. “Não nos preocupamos em modernizar, mudar, somente em arrecadar”, disse. Segurança pública

Na área da segurança pública, mudanças também serão implantadas caso seja eleito. “Há policiais que são extremamente capacitados exercendo fun-ções administrativas. Não pode ser assim”, enfatizou. Na área prisional, Romeu Zema propõe parceria com a Associação de Proteção e Assistência ao Conde-nado (APAC). “Temos presos que não deveriam estar em determinado regime. Será uma boa solução para resolvermos o problema da população carcerária”, ressaltou.

Prefeitos e secretários das Prefeituras que fazem parte da Granbel e AMIG tam-bém acompanharam a fala de Romeu Zema sobre a importância de conhecer bem os municípios mineiros. “Iremos percorrer, por via terrestre, cerca de 300 cidades nesta campanha. Assim veremos bem de perto as necessidades de cada região. Conheço muito bem o Estado e me sinto preparado para essa função. Vou apostar no empreendedorismo, numa gestão mais simplificada e eficiente. Irei dialogar com as pessoas, quero parceiros, pessoas que somem e trabalhem em conjunto”, finalizou.

Os setores só funcionam com pessoas bem preparadas e capacitadas que resolvem problemas e ajudam com soluções. Isso vale para qualquer setor, seja ele público ou privado

Não é uma eleição, uma só gestão que vai mudar o Brasil. É algo contínuo e precisamos de profundas transformações

Principais propostas

SaúdeMelhorias na administração pública para reduzir gastos e otimizar recursos

EducaçãoRetirada de recursos da educação superior para a educação básica

Meio AmbienteAuxílio as cidades mineradoras e maior agilidade nos processos de alvará ambiental

EconomiaSimplificação de impostos

Segurança públicaRetirada de policiais da área administrativa

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ENCONTRO COM PRÉ-CANDIDATOS

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João Batista dos Mares Guia, pré-candidato pelo partido Rede de Sustentabili-dade, apresentou suas propostas aos prefeitos da Granbel e da AMIG no primeiro dia do Encontro. Mares Guia iniciou sua apresentação agradecendo à Granbel o espaço e a oportunidade de se aproximar dos gestores municipais. O pré-candi-dato é formado em Sociologia, especializou-se em Educação Pública Básica e é consultor profissional com atuação no setor público. Nascido na cidade de Santa Bárbara/MG, foi secretário de Estado de Educação de 1995 a 1998. Dentre os seus posicionamentos estão a unificação das policiais Civil e Militar, a preservação do meio ambiente por meio de políticas públicas, novos investimentos e transforma-ção na geração de energia, redução de alíquotas e mudanças no funcionalismo. Em seu discurso, Mares Guia abordou a grave crise financeira que assola o Estado. “Cerca de 78% da receita de Minas está comprometida com a folha de pagamen-to de servidores ativos e inativos. Inclusive, está no limite da responsabilidade fiscal”, pontuou. Estados como Ceará, Bahia e Piauí foram utilizados como exem-plos de boa gestão pública. Segundo o sociólogo, os governantes adotaram um novo teto de gastos, reduziram o número de secretarias e cargos em comissão, administraram a dívida pública e não concederam aumentos acima da inflação para os servidores. “Isso tudo não é fácil em um primeiro momento. Estou pre-parado para as críticas, as greves e a impopularidade. Meus dois primeiros anos de mandato seriam extremamente difíceis, mas acredito que é fundamental para tirarmos o estado dessa situação”, explicou. Auditoria para Catalogar Bens Patrimoniais Entre as medidas da gestão Mares Guia, está incluída uma auditoria para catalo-gar os bens patrimoniais do Estado. Prédios, terrenos, fazendas e demais espaços serão analisados sobre o seu uso e adaptados para novas funções. Os que não puderem ser utilizados serão leiloados. Prédios alugados serão devolvidos, dimi-nuindo assim os gastos. “Temos uma dívida pública de aproximadamente R$ 300 bilhões. E não pagamos todos os credores. O Estado é caloteiro. Vamos combater a corrupção e gerir melhor os nossos recursos”, afirmou. Viabilizar Obras O fortalecimento político de Minas Gerais no cenário nacional também foi desta-cado pelo pré-candidato. Muitos projetos não receberam dinheiro do Governo Fe-

deral pela falta de representatividade. “O metrô de Belo Horizonte é um exemplo dessa ineficiência. Quantas linhas poderiam ser feitas para transportar milhões de pessoas todos os dias? Se eu for eleito governador, faríamos uma bela parceria metropolitana. A Granbel estaria conosco para viabilizar essas obras. Não só do metrô, como também da duplicação da BR 381”, ressaltou. Áreas Básicas e Meio Ambiente Como ex-secretário de Estado da Educação, o pré-candidato falou sobre as várias propostas para a área. Ele propõe uma rede de escolas tecnológicas, tanto nos principais centros urbanos, como nas áreas rurais. Com uma certificação semes-tral, o aluno estaria capacitado para o mercado de trabalho e assim, conseguiria renda para a família. “É, inclusive, uma política indireta de segurança pública”, enfatizou João Batista. O diálogo permanente com diretores, professores, secre-tários e sindicatos também é um dos pilares. Será elaborado um novo Plano de Carreira baseado no mérito e de uma nova metodologia de avaliação. Além do aumento do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) com metas até o ano de 2023. Já na área da Saúde, em um primeiro momento, o pré-candidato antecipou que não será possível a retomada das obras paradas no Estado, como os hospitais regionais. Ele também não fez nenhuma promessa de novas obras. O objetivo, segundo ele, é concluir as já iniciadas e fortalecer a rede de atendimento já exis-tente. Copasa e Cemig A área de Meio Ambiente mereceu um destaque especial em sua explanação. Pro-postas de reestruturação para a Companhia Energética de Minas Gerais (CEMIG) e a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (COPASA) estão em sua pauta de ações. “Faríamos uma tríade entre a Secretaria de Meio Ambiente, a COPASA e a CEMIG. Na parte hídrica, vamos focar na preservação das águas, como nascentes e cursos d’água. A COPASA deixaria de ser somente uma distribuidora de água para se tornar uma provedora”, disse. Ainda de acordo com Mares Guia, é necessário garantir o abastecimento de água para os cidadãos e a indústria a longo prazo. Com relação a energia, novos mé-

MARES GUIA QUER RETORNAR À POLÍTICA E PROMOVER AMPLA MUDANÇA NO FUNCIONALISMO

Primeiro dia do evento também teve a participação do pré-candidato João Batista dos Mares Guia, do partido Novo

Ex-secretário de Estado de Educação afirma que a representatividade de MG perante o Governo Federal é “ruim” e que somente com a junção de forças novos recursos seriam destinados ao estado

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todos seriam implantados como, por exemplo, a captação solar. “A CEMIG obteve perdas significativas nos últimos meses e precisamos fazer uma rees-truturação. Não vamos ficar tão dependentes de hidrelétricas”, afirmou. Suporte para a Área Rural Com o apoio da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater) e colaboradores, as famílias das áreas rurais rece-beriam um suporte de planejamento familiar, na produção de alimentos e no fortalecimento de cooperativas que ajudem na ampliação de renda. No agronegócio, o objetivo é uma aproximação maior com o produtor, desde o seu cultivo até a exportação. “Queremos fortalecer a nossa economia. Várias empresas não ficam em Minas Gerais pela falta de diálogo e impostos exorbi-tantes”, pontuou. Segurança Na área da Segurança Pública, dois temas foram destacados na apresentação de João Batista: o sistema carcerário e o trabalho conjunto entre as Polícias Militar e Civil. Ele propõe a unificação das polícias e o trabalho de investiga-ção ficaria a cargo de policiais militares que possuem a graduação no Direito. “As situações mais complexas ficariam a cargo da Polícia Civil. Eles seriam uma espécie de Polícia Federal do Estado”, explica. Já na parte carcerária, uma das propostas é a utilização da Associação de Proteção e Assistência ao Condenado (APAC) para a ressocialização de presos. Ao final da apresentação, os prefeitos convidados pela Associação dos Muni-cípios da Região Metropolitana de Belo Horizonte (Granbel) e pela Associação dos Municípios Mineradores de Minas Gerais (AMIG) falaram sobre as suas im-pressões das propostas. Entre os temas discutidos estão os servidores inati-vos do Estado e o tratamento do lixo, que embora seja uma responsabilidade dos municípios, também será uma das ações de Mares Guia. Segundo ele, seu governo vai ampliar a destinação do lixo, propor parcerias para os serviços de coleta seletiva e o uso dos resíduos como energia sustentável.

Estou atento e dedicado à busca de soluções e parcerias em todas as áreas

Estou preparado para as críticas, as greves e a impopularidade. Meus dois primeiros anos de mandato seriam extremamente difíceis, mas acredito que é fundamental para tirarmos o Estado dessa situação

Principais propostas

SaúdeRetomada das obras dos hospitais regionais e melhor utilização dos recursos

EducaçãoImplantação de cursos profissionalizantes semestrais. Novo Plano de Carreira e aumento no Ideb

Meio AmbientePreservação dos recursos hídricos e novas fontes de energia

EconomiaApoio a pequenos agricultores e fortalecimento do Agronegócio

Segurança públicaUnificação das Polícias

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Com o auditório da Prefeitura de Belo Horizonte repleto de prefeitos, secretá-rios municipais e convidados, Antônio Anastasia se apresentou, no dia 12 de julho, durante as rodadas dos pré-candidatos ao Governo do Estado com os pre-feitos metropolitanos e de cidades mineradoras. O candidato do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) nasceu em Belo Horizonte, é bacharel e mestre em Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Foi governador de Minas Gerais no período de 2010 a 2014 e formulador do chamado Choque de Gestão. Com um discurso embasado em quatro frentes, o senador aposta na criatividade para resolver os problemas do Estado como a falta de recursos para pagamento do funcionalismo e problemas na área da Saúde. Convencido a se candidatar novamente, o administrador re-velou o principal motivo para a sua escolha. “Fui listado por muitas lideranças sindicais, religiosas, trabalhadores e servidores. A campanha se tornou muito curta e sem recursos. É muito difícil um candidato totalmente desconhecido ga-nhar no quadro atual. Diante dessa situação, aceitei de maneira humilde”, disse. Em um dos pontos da sua apresentação, o senador ressaltou a importância das lideranças municipais nas eleições deste ano. “É fundamental a nossa partici-pação em um evento como este, no qual discutimos os problemas e trocamos ideias”, disse. Responsabilidade do futuro governador O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil também participou do evento e fa-lou sobre a responsabilidade do futuro governador. “As medidas serão amargas, duras, só quem está com a caneta sabe da dificuldade em governar. Os servido-res têm que entender, apesar de estarem tão sofridos. Quem conseguir tocar melhor o eleitor se elegerá”, concluiu. Propostas da gestão Anastasia • Simplicidade

Anastasia destrinchou as principais medidas que tomará se for eleito. O pri-meiro passo é a simplicidade. “Queremos o básico. Descomplicar, implementar uma reforma nos procedimentos. Não custará nada, mas, o impacto será gran-de. Minas Gerais tem algumas normas mais complexas que São Paulo, o Estado mais importante da federação”, pontuou.

• Austeridade

O outro ponto apresentado é a austeridade que será possível graças a extinção sumária de secretarias e cargos em comissão. “Em termos de despesa o impac-to é pequeno, mas é um exemplo. Será nossa bandeira. Formamos uma elite intelectual de servidores que, infelizmente, não ficam em Minas. Vamos atrair esses profissionais novamente”, disse. • Criatividade

Para problemas antigos, novas soluções. A criatividade seria o terceiro princípio da gestão Anastasia. “Os tempos mudaram. Tivemos problemas graves antes, mas, cada época com a sua história. Se juntarmos as oportunidades, vamos mudar o perfil do Estado. Iremos propor parcerias com a sociedade civil, muni-cípios e empresários. Posso citar o exemplo da área de assistência social. Não tem cabimento o Estado fazer isso. Os recursos podem vir daqui sim, mas a exe-cução deve ser das cidades”, explicou. • Credibilidade

O quarto e último princípio é o da credibilidade, conquistada por meio do res-gate da confiança dos empresários. “Só conseguiremos avanços se criarmos um ambiente amigável aos empreendimentos em parceria com o Governo Federal e o setor privado. Porém, não haverá investimento no país sem segurança ju-rídica. Há empresas interessadas, contudo, devido a fatos recentes como por exemplo, a greve dos caminhoneiros, quem deseja investir tem um certo temor. Esperamos superá-lo a partir do próximo ano”, projetou. Anastasia falou da importância do cargo de governador, dos problemas corri-queiros do dia a dia e da pressão enfrentada. “Devemos ser corajosos e ousados para o enfrentamento dessa crise. Será fácil? Não. Mas com muita determina-ção, energia, minha experiência e o sentimento de mudança profunda vamos retomar o crescimento em Minas”, concluiu. • Saúde

Ao final da explanação, os prefeitos convidados da Associação dos Municípios da Região Metropolitana de Belo Horizonte (Granbel) e da Associação dos Municípios Mineradores de Minas Gerais (AMIG) abordaram problemas pon-

ANTÔNIO ANASTASIA PROMETE REFORMA ADMINISTRATIVAE REGULARIZAÇÃO DA FOLHA DE PAGAMENTO

Anastasia, terceiro pré-candidato a apresentar suas propostas aos prefeitos metropolitanos e das cidades mineradoras, afirmou que vai governar com simplicidade, austeridade, criatividade e credibilidade

Pré-candidato ao Governo de Minas pelo PSDB espera retomar o crescimento do Estado com criatividade e tecnologia

ENCONTRO COM PRÉ-CANDIDATOS

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tuais como os servidores inativos, repasse de recursos aos municípios, ativi-dades mineradoras, criação de leis, dívida pública, pacto federativo, dentre outros. Ao ser questionado pelo prefeito de Jaboticatubas, Eneimar Marques, sobre repasses de recursos para a área da Saúde, o pré-candidato explicou sobre as características do Sistema Único de Saúde (SUS) e suas dificuldades. “As ci-dades se conurbam e não há diferença de uma para outra. É uma realidade urbana e o cidadão quer ser atendido, não importa onde. Procedimentos de alta complexidade não valem para cidades pequenas. Já nas cidades-polos, sim, por isso, recebem um financiamento maior. Contudo, devido à má gestão, não conseguem suprir a necessidade. Vamos promover uma reformulação pro-funda na equipe de colaboradores e gestores do Governo da área”, informou. • Lixo e Transporte

O Prefeito de Contagem, Alex de Freitas perguntou sobre a destinação do lixo na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) e o transporte coletivo, pro-blemas que ao longo dos anos foram potencializados. O senador ressaltou que é necessária a integração entre as esferas Estadual e Federal de governo, pois os custos das obras são de bilhões de reais, o que é inviável para o Governo de Minas Gerais investir sozinho. Sobre o lixo, as Parcerias Público, Privadas (PPP) seriam uma solução, pois há empresas interessadas em explorar essa área. Ao final de suas palavras Antônio Anastasia fez um apelo. “É necessário ele-germos representantes que sejam sensíveis à questão do Estado no Governo Federal. Precisamos de parceiros que somem esforços e nos ajudem. Sou um otimista, acredito nas pessoas, no povo mineiro. Já passamos por fases difí-ceis, vamos superar essa”, afirmou. O Presidente da Granbel, Vitor Penido agradeceu a presença e participação dos prefeitos, que engrandeceram o evento. “Temos a convicção de que apenas dis-curso não dá mais, não podemos viver de fantasias. Precisamos de um gover-nante que trabalhe muito. A situação é grave e só por meio da redução de custos poderemos sair dessa situação. A Casa Legislativa é um dos lugares onde é ne-cessário e totalmente possível uma mudança drástica”, reforça Penido.

Devemos ser corajosose ousados para o enfrentamento dessa crise. Será fácil? Não. Mas com muita determinação, energia, minha experiência e o sentimento de mudança profunda vamos retomar o crescimento em Minas

Fui listado por muitas lideranças sindicais, religiosas, trabalhadores e servidores. A campanha se tornou muito curta e sem recursos. É muito difícil um candidato totalmente desconhecido ganhar no quadro atual. Diante dessa situação, aceitei de maneira humilde

Principais propostas

SaúdeAumentar o repasse de recursos e melhorar a gestão dos equipamentos

Meio AmbienteParceria Público Privada (PPP) para a questão do lixo

EconomiaRetomar a credibilidade do governo junto aos investidores

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ENCONTRO COM PRÉ-CANDIDATOS

Marcio Lacerda do Partido Socialista Brasileiro (PSB), foi o segundo pré-candidato a participar do evento no dia 12 de julho. Nascido na cidade de Leopoldina/MG, na Zona da Mata, é formado em Administração e construiu grandes empresas na área das telecomunicações. No âmbito político, foi eleito prefeito de Belo Horizonte em 2008 e reeleito, em primeiro turno, em 2012. Durante sua gestão, diversas políticas públicas foram desenvolvidas e aprimoradas, muitas delas foram reconhecidas em nível nacional e internacional, sendo, inclusive, utilizadas como modelo.

Em sua apresentação, Marcio Lacerda listou quatro pilares de seu governo: geração de emprego, controle das finanças do Estado, estilo de administração e o protago-nismo de Minas no cenário nacional. Essas diretrizes foram definidas em pesquisas do pré-candidato, que apontaram as principais reivindicações da população. “A ge-ração de emprego é a minha prioridade e isso está ligado à produção, investimento, competitividade e a inserção de Minas no mercado nacional e internacional. Nosso Estado vem perdendo espaço nesse processo”, disse.

Para isso, segundo o pré-candidato, as eleições federais serão fundamentais, pois, Minas Gerais exporta muitos produtos e depende de políticas de incentivo do Go-verno Federal. A reforma tributária também é uma das áreas abordadas pelo ex--prefeito. “Nós vivemos um caos nessa área. São muitos impostos, além do panta-nal burocrático, como licenciamentos ambientais, processos de vigilância sanitária e a falta de uma estrutura no governo disponível para atrair investimentos. Tudo isso precisa ser revisto”, afirmou.

Morosidade do Estado e burocracia para aprovação de ProjetosO prefeito de Betim, Vitório Mediolli, destacou a morosidade do Estado e a burocra-cia para a aprovação de projetos. “Temos que destravar o que está parado. Temos um potencial de mais de um milhão de empregos no estado e não contamos com alguém no Governo que nos ajude nesse processo desenvolvimentista. Um empre-sário estrangeiro jamais irá investir em Minas devido à carga tributária e a burocra-cia”, disse.

Finanças de MinasA crise financeira do Estado também foi abordada por Lacerda durante sua expla-nação. Segundo ele, há um déficit de R$ 30 bilhões, o que reflete diretamente no desenvolvimento das cidades e nos investimentos do Estado. “A atual gestão não tomou as devidas providências no início do mandato. Ao contrário, aumentou des-pesas desnecessariamente e criou novas secretarias. Os atrasos nos salários irão continuar por um tempo porque não existe mágica. Primeiramente, temos que dar exemplo”, criticou.  Marcio Lacerda disse que uma das primeiras ações de ajuste das contas públicas é suspender, por três anos, a entrega de medalhas no Estado (atualmente, são promovidas quatro cerimônias e distribuídas 200 medalhas por ano). “No último ano do meu Governo vou entregar a medalha de mérito para quem

ajudou a tirar o Estado dessa situação. É um corte pequeno em termos financeiros, mas será simbólico para mostrar que o Governo está empenhado em conter os gas-tos”, afirmou.

Marcio adiantou que sua gestão será transparente e eficiente. “Em primeiro lugar se você tem dificuldades com o pagamento de suas obrigações, você tem por dever informar às pessoas, e era isso que o Governo deveria ter feito com os prefeitos. Deveria ter conversado e apresentado a grave situação financeira do Estado. É o que vamos fazer”, disse. O planejamento estratégico do Governo Marcio será elabo-rado com participação da população. Para isso, o pré-candidato afirmou que divi-dirá o Estado em 34 regiões e contará com a ajuda dos melhores profissionais para fomentar boas propostas. “Precisamos de um secretariado de nível internacional, de pessoas qualificadas para captar as tendências na economia mundial e fazer as mudanças necessárias que um Governo de Estado pode fazer, inclusive na Educa-ção. Um país que não convence a sua população que educação é prioridade não vai pra frente”, explicou. Segundo Marcio Lacerda, muitos profissionais estudam, se capacitam, mas não exercem a função em Minas Gerais, e acabam migrando para outros locais.

O quarto e último pilar da gestão Lacerda são as estratégias para a retomada do protagonismo político de Minas Gerais em Brasília. “Vamos reunir os deputados e senadores eleitos para alinhar as principais propostas de Minas Gerais. É funda-mental uma bancada coesa que trabalhe pelo Estado”, afirmou.

Para o ex-prefeito, a Região Metropolitana da capital é fundamental para o Esta-do, sendo responsável por cerca de 30% do PIB. “Todos sabem da minha vocação municipalista. São dezenas de cidades na Região Metropolitana. Enquanto prefeito, sempre busquei trabalhar com as cidades próximas”, afirmou.

Segurança nos municípiosMarcio Lacerda abordou a questão da segurança pública no Estado. Ele destacou relatórios de segurança que apontam que os crimes mais graves registrados em Minas estão concentrados em determinadas regiões. Para ele, as polícias não têm coordenação adequada na sua atuação. “As grandes ações, que geralmente são pontuais, deveriam ser realizadas sempre em conjunto com as forças de segurança do Estado”, disse.

O prefeito de Florestal, Otoni Alves de Oliveira Melo, perguntou sobre a municipali-zação da segurança pública, já que muitas prefeituras arcam com o salário de ser-vidores da área da Segurança. Marcio relatou que essa responsabilidade já vem de muito tempo e que municípios com aproximadamente 10 mil habitantes já gastam em média 8% de seu orçamento com essa despesa. “Esse é um exemplo de como atribuições do Estado são repassadas para os municípios, o que está errado. Vamos

MARCIO LACERDA PROPÕE MERITOCRACIA PARA RESOLVER PROBLEMA NO ESTADO

Ex-prefeito de Belo Horizonte disputa sua primeira eleição ao governo do Estado e deseja implantar um secretariado de nível internacional

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conversar com os prefeitos e analisar melhor a situação”, afirmou. Marcio apresen-tou dados referentes ao orçamento do Estado nessa área. Cerca de 40% da folha de pagamento do Estado está comprometida com recursos destinados ao Ministério Público, Poder Judiciário e ao Sistema Prisional. “Precisamos de uma coordenação, de um melhor planejamento. Há penitenciárias que possuem indústria e o governo recebe uma parte do dinheiro que o preso produz. Como esse recurso está sendo utilizado? Precisamos esclarecer essa questão”, ressaltou.

PrevidênciaO déficit na Previdência foi mais um dos temas abordados por Marcio Lacerda, que apontou que a reforma prevista no sistema previdenciário é fundamental. “O gran-de problema do Estado é o déficit da Previdência, que no ano passado foi de R$ 16 bilhões. Foram utilizados R$ 21 bilhões, mas as contribuições foram de R$ 5 bilhões. Esse buraco sem fundo permanecerá se não houver uma reforma urgente. Mas é im-portante que as mudanças não prejudiquem as pessoas menos favorecidas”.

Educação de qualidadeNa área da Educação, Marcio destacou a importância da qualidade de ensino ofere-cido nas escolas. “Temos um problema sério no Ensino Médio porque ele não atende a expectativa da população”, disse. Marcio explicou que é necessário identificar os gargalos e investir em profissionais nessa área. “O Brasil gasta muito com bolsas de pós-graduação, porém, os alunos mais talentosos vão para outros países e os inves-timentos públicos na área educacional não retornam à população”, afirmou.

Municípios integradosO prefeito de Raposos, Sérgio Silveira Soares, perguntou para Marcio sobre a ques-tão dos resíduos urbanos, pois as cidades não conseguem arcar com aterros sanitá-rios privados e a produção de lixo aumenta a cada dia. O candidato afirmou que foi realizado um consórcio junto ao governo do Estado, cujo contrato está paralisado. Lacerda afirmou ter intenção de retomar essa discussão. “Cada município iria pagar cerca de 18 reais por tonelada de lixo e a captação iria ocorrer dentro de um raio de 12 km. Eu não sei se este valor seria viável na atual conjuntura, mas podemos analisar junto às prefeituras. Principalmente com as que fazem parte da Região Me-tropolitana”, disse.

Na área da Saúde, Marcio comentou que durante a sua gestão como prefeito da ca-pital, foi criado um consórcio para a área da Saúde entre as cidades da Região Me-tropolitana. No entanto, por determinação do Estado, toda a área Central deveria ser contemplada, o que compreende cerca de 100 municípios. Os recursos seriam provenientes de várias esferas governamentais, porém o projeto não saiu do papel. “Era melhor ter feito aos poucos, antes de expandir. O Estado precisa organizar e aju-dar no funcionamento. O simples, às vezes, tem mais resultado que algo grandioso”, pontuou.

Um país que não convence a sua população que educação é prioridade não vai para frente

Os atrasos nos salários irão continuar por um tempo, não existe mágica. O que podemos fazer primeiro é dar exemplo

Principais propostas

SaúdeConsórcios da Saúde para otimizar atendimentos e integrar municípios

EducaçãoMelhoria no Ensino Médio com cursos técnicos de capacitação

EconomiaInvestir em técnicas de planejamento junto ao poder público e empresariado

Segurança públicaMelhoria na distribuição de recursos e melhor coordenação das policias

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ENCONTRO COM PRÉ-CANDIDATOS

Rodrigo Pacheco apresentou suas propostas aos prefeitos da Granbel e da AMIG, no dia 17 de julho, em evento que marcou a última rodada de en-contros com pré-candidatos ao Governo de Minas Gerais. Eleito Deputado Federal em 2014, Rodrigo presidiu a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados, cargo exercido pela primeira vez por um deputado em primeiro mandato.

Integrou a lista dos 10 melhores deputados do país, na edição 2017 do Prê-mio Congresso em Foco, que contempla os congressistas mais éticos, res-ponsáveis e atuantes. No mesmo ano, também foi o deputado mineiro mais bem avaliado do ranking dos políticos. Em março de 2018, assumiu a presi-dência estadual do Democratas.

Ao iniciar sua apresentação, Rodrigo Pacheco saudou os presentes, em especial o prefeito de Nova Lima e presidente da Granbel, Vitor Penido, seu colega de partido. Pacheco destacou a atuação corajosa de Penido à frente de Nova Lima, implementando corte de gastos, enxugando a má-quina pública, com muita austeridade e responsabilidade. “Sem dúvida sua atuação é uma grande inspiração para mim. É exatamente dessa forma que pretendo governar o Estado se for eleito. Ter coragem para combater os descalabros, mas com toda a responsabilidade que um administrador público deve ter”.

Rodrigo Pacheco prosseguiu com sua apresentação destacando que sua cur-ta trajetória política não é empecilho para se tornar governador. “Sou um neófito na arte da política, é verdade. Mas o que o país precisa, o que Minas Gerais precisa, é exatamente de uma renovação política, pautada por novas ideias, pela responsabilidade, pela ética e transparência, com consciência de que o caminho não está à direita ou à esquerda, mas numa trilha unifi-cada”.

DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO

O pré-candidato do Democratas ressaltou que tem convicção de que Minas Gerais, rica como é, pode perfeitamente sair da crise se for bem administra-da, se houver planejamento, governança pública com compromisso e, prin-cipalmente, se for estabelecido um plano de desenvolvimento econômico

efetivo. “Essa é nossa maior bandeira. Queremos colocar Minas para frente, alavancar nossa economia. O desenvolvimento social, a saúde, a educação, virão como consequência”.

Outro ponto destacado por Pacheco é a questão do pagamento de salários e do repasse de recursos. “É inadmissível atrasar os salários dos servidores e os repasses de verbas para os municípios. Essa é uma das prioridades do meu governo, se for eleito”.

MEDIDAS

LIDERANÇA

Segundo Rodrigo Pacheco, a liderança é um dos pilares para o desenvolvi-mento econômico e aquele que se propuser ser governador do Estado tem que chamar para si a responsabilidade da liderança do processo. “O gover-nador tem obrigatoriamente que ser a concentração de forças políticas de um Estado. Atualmente, Minas não tem voz ativa no Governo Federal. O go-vernador tem que demonstrar a força do nosso Estado. Nenhuma discussão política pode ser feita sem passar por Minas Gerais, pelo governador atuante e por uma bancada com 53 deputados federais e três senadores”.

ALINHAMENTO POLÍTICO

Para Pacheco, a liderança tem que estar acompanhada do alinhamento po-lítico entre o Estado e o Governo Federal, independentemente dos partidos políticos de um e de outro. Segundo o pré-candidato, há uma série de pro-jetos no Congresso voltadas para os municípios que dependem da partici-pação efetiva do governador, juntamente com seus deputados e senadores.

Indagado pelo prefeito de Matozinhos e vice-presidente da Granbel, Antônio Divino, sobre como pretende contornar as dificuldades de trâmites políticos com o Congresso Nacional, Pacheco respondeu que será com o apoio dos deputados federais, estaduais e dos senadores. “Precisamos nos unir, con-versar, debater, para que possamos ganhar força no Congresso”.

RODRIGO PACHECO ASSEGURA QUE VAI RETOMARO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO DO ESTADO

Pré-candidato ao Governo de Minas pelo Democratas promete acabar com a crise econômica que assola o Estado e dar fim aos atrasos no pagamento de salários de servidores e nos repasses de recursos aos municípios

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Alta carga tributária e burocracia é um dos principais entraves do desenvolvimento, segundo Pacheco Rodrigo Pacheco desistiu da sua candidatura ao Governo do Estado

ADMINISTRAÇÃO PÚBLICAUm terceiro ponto importante na opinião de Rodrigo Pacheco para uma go-vernança eficiente diz respeito à administração pública inovadora, criativa e corajosa. “Precisamos de transparência, sustentabilidade, adequação le-gal e estrutura enxuta. Temos que trazer novas ideias e novos métodos para governar, é preciso rever esse modelo que vem sendo seguido. Isso já está ultrapassado”.

DESBUROCRATIZAÇÃO

Na opinião de Pacheco, para que o desenvolvimento econômico seja reto-mado é preciso que haja uma desburocratização dos processos. Segundo o pré-candidato, ao longo dos anos Minas perdeu uma série de investimentos e empresas para outros Estados, e até para outros países, por ser um Estado altamente burocrático, com legislações e fiscalizações muito mais rigorosas que o normal.

REFORMA TRIBUTÁRIA

Rodrigo Pacheco afirmou que outra receita infalível para perder investimen-tos, além da burocracia, é a alta carga tributária. A de Minas Gerais é a segun-da maior do Brasil. “Uma das pautas mais importantes a serem discutidas é a Reforma Tributária. Aprová-la é essencial para Minas Gerais retomar seu crescimento. Temos que acabar com essa guerra fiscal que vem assolando o Estado ao longo de décadas. Precisamos rever também o modelo tributário mineiro, para que possamos voltar a ser competitivos com outros estados na busca por investimentos”.

Após o debate ser aberto para algumas perguntas de prefeitos que estavam presentes, Rodrigo Pacheco encerrou sua participação reiterando que reco-nhece os desafios que irá encontrar pela frente, caso seja eleito governador, mas ressaltou que trabalhará com responsabilidade, transparência, lideran-ça e inteligência. “Precisamos ter um governador eficiente e me apresento como uma alternativa diferente e independente do que se viu até agora. Va-mos revolucionar a economia do Estado, cortar na propria carne, e voltar a ser a Minas Gerais próspera e rica que todos almejamos”.

É inadmissível atrasar os salários dos servidores e os repasses de verbas para os municípios. Essa é uma das prioridades do meu governo, se for eleito

O governador tem obrigatoriamente que ser a concentração de forças políticas de um estado. Atualmente, Minas não tem voz ativa no Governo Federal

Principais propostas

Administração Pagamento dos salários dos servidores públicos estaduais em dia

AdministraçãoRepasse dos recursos aos municípios sem atrasos

SaúdeColocar a estrutura já existente no Estado para funcionar – terminar obras de hospitais inacabadas; valorizar a filantropia para prestar assistência por meio do SUS

EducaçãoAdequar o piso salarial nacional dos professores; criar um fundo de valorização estadual para a educação

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Os eventos promovidos pela Granbel possibilitaram a aproximação entre os prefeitos da Região Metropolita-na e os até então, pré-candidatos ao Governo do Esta-do. Cerca de 400 pessoas participaram dos três encon-tros, entre prefeitos, secretários municipais, técnicos das prefeituras e profissionais da imprensa.

Para o presidente da Granbel, Vitor Penido, os encon-tros foram fundamentais para mostrar aos pré-candi-datos a real situação dos municípios. “Este é um mo-mento muito difícil do nosso estado e do país. Esses eventos foram uma oportunidade para os prefeitos apontarem os problemas vivenciados diariamente nos municípios, não apenas em decorrência da crise financeira. De forma geral, atingimos o objetivo e en-cerramos esse ciclo com saldo positivo”, destacou. É de conhecimento comum que Minas Gerais passa por

uma grave crise financeira, o que vai ser um dos en-traves para a boa gestão do próximo governador, seja ele quem for eleito. A situação das contas públicas, inclusive, foi uma das principais pautas dos encontros com os pré-candidatos, que se mostraram cientes so-bre as dificuldades. Sobre as propostas apresentadas, Penido afirmou que os pré-candidatos estão cientes sobre a “dura” realidade do próximo governador. “Eles sabem que não adianta fazer propostas impossíveis. Nesta eleição, os candidatos têm que ser realistas, fa-lar a verdade, falar que terão que fazer cortes no or-çamento. O povo está cansado de ser iludido. Agora, temos que nos preocupar com o desenvolvimento do nosso estado e municípios, assim como oferecer me-lhorias na Saúde, Educação e demais áreas importan-tes da gestão pública”, concluiu.

Veja abaixo alguns registros dos três dias de eventos:

PREFEITOS METROPOLITANOS AVALIAM POSITIVAMENTE

ENCONTRO COM PRÉ-CANDIDATOS

EXPEDIENTE

INFORME GRANBELPublicação da Associaçãodos Municípios da Região Metropolitana de Belo Horizonte

34ª Diretoria Executiva:

Presidente: Vitor Penido de BarrosPrefeito de Nova Lima

Vice - Presidente: Antônio Divino de SouzaPrefeito de Matozinhos

Diretor Tesoureiro: Alex José Ferreira de FreitasPrefeito de Contagem

Diretor Administrativo:Marcio Antônio BelémPrefeito de Esmeraldas

Redação e Edição:Alba Lucinda de Souza

Colaboradoras Granbel: Ilma Marques Samara MotaFátima Lopes

Fotografia: Glenio Campregher e Divulgação Granbel

Com Você Comunicação: Fabíola Mesquita, João Paulo Mello, Atená Maria

Revisão: João Paulo Mello

Projeto Gráfico: Com Você Comunicação

Tiragem: 12 mil exemplares

www.granbel.com.br e-mail: [email protected] Telefone:(31) 3275-3422

Distribuição para todos os 853 municípios mineiros.