grazielle lima veste longo colorido de andré lima, para a ... · de andré lima, para a rhodia....
TRANSCRIPT
Grazielle Lima veste longo colorido
de André Lima, para a Rhodia
EDITORIAL |
O mundo da moda está bem representado no Centro Empresarial de São Paulo. Temos aqui duas
conceituadas empresas do setor, Rhodia – uma das pioneiras no Brasil, e Santista – outra grande
empresa têxtil e uma referência no segmento denim. Elas marcam presença nas mais badaladas
feiras de moda, como Fenit, São Paulo Fashion Week e Fashion Rio. Abordamos nessa edição um
pouco do trabalho que elas desenvolvem.
Outro assunto que abordamos está relacionado à tecnologia da indústria da aviação. Mais uma
vez encontramos no Centro Empresarial de São Paulo uma empresa importante do setor, a
Bombardier Aerospace.
A novidade são as aeronaves com mais autonomia de vôo, que consomem menos combustíveis
e reúnem maior capacidade de transporte de passageiros. Uma grande vantagem no mundo
contemporâneo em que o grande desafio é racionalizar os recursos energéticos.
A questão também está relacionada aos conceitos de segurança, tráfego aéreo e operacionalidade,
muito importantes tendo-se em vista a limitação de alguns aeroportos brasileiros quanto ao
tamanho de suas pistas de pouso e decolagem.
E depois de você ler a reportagem a esse respeito que tal se informar sobre o próximo destino de
suas férias. O momento é propício para viajar: baixa estação e real valorizado.
A opção que oferecemos segue pelo mar. Cruzeiros marítimos são oferecidos por nossas agências
de turismo a preços bem convidativos. Um cruzeiro hoje não custa mais do que um pacote turístico
para o Nordeste, segundo um de nossos entrevistados. Quer saber quanto?
As agências do Shopping Panamby do Centro Empresarial apresentam algumas convidativas
sugestões também para visitas a outros países. Basta consultá-las.
For last but not lest escrevemos sobre um dos nossos maiores arquitetos e um especialista em
projetos de shoppings, João Henrique Rocha, este que projetou o Condomínio Empresarial de São
Paulo, pioneiro no Brasil no conceito de Intelligent Building, de que tanto falamos.
MODA, TECNOLOGIA,PASSEIO E ARQUITETURA
O MUNDO DA MODA
ESTÁ BEM REPRESENTADO
NO CENTRO EMPRESARIAL
DE SÃO PAULO
Orestes Quércia,
Presidente da Panamby Administração e Participações Ltda.
SUMÁRIO
| 03 EDITORIAL | 08 TECNOLOGIA | 20 ARQUITETURA |
| 24 AVIAÇÃO | 26 SEGURANÇA | 27 RÁPIDAS | 30 SERVIÇOS
06
10 14
28de
staq
ueen
trev
ista
hob
by
capa
viag
em
EXPEDIENTEPanamby Administração e Participações Ltda.
PRESIDENTE: Orestes Quércia DIREÇÃO E ADMINISTRAÇÃO: Marcos Antonio Biasi CENTRO EMPRESARIAL DE SÃO PAULO NEWS: setembro / outubro /
novembro /2007 EDIÇÃO E PRODUÇÃO: Diferencial Assessoria & Comunicação JORNALISTA RESPONSÁVEL: Lucimar Franceschini (MTb. 889/5/137 DF)
EDITOR CHEFE: Silvano Tarantelli (MTb 14.492) REDAÇÃO: Fernando Caldas. Colaboradores: Davi Brandão, Fabiana Cabral, Rita Gallo e Cíntia Carvalho
(estagiária). DIAGRAMAÇÃO: P8 Editora COMERCIALIZAÇÃO: Pentágono Publicidade FOTOS: Paulo Alexo e Paulo Bareta SUPERVISOR DE GESTÃO A
CLIENTES: Alex Sandro Correia CONDOMÍNIO CENTRO EMPRESARIAL DE SÃO PAULO: Av. Maria Coelho Aguiar, 215 – Bloco D ASSESSORIA DE ASSUNTOS
INSTITUCIONAIS: Tel.: (11) 3741-6685 / Fax: (11) 3741-5152 CENTRO EMPRESARIAL DE SÃO PAULO NEWS: é uma publicação do Centro Empresarial de São
Paulo, com distribuição gratuita interna e via postal para executivos, clientes, fornecedores e formadores de opinião. Todos os textos são de
responsabilidade do Centro Empresarial, sendo que os assinados são de responsabilidade de seus autores, não refletindo necessariamente a opinião
da revista. É proibida a reprodução completa ou parcial do conteúdo desta publicação sem autorização prévia. Envie sua opinião, crítica ou sugestão
para a redação: [email protected]
18ca
rtõe
s
espe
cial
12 22
06 | | SET/OUT/NOV 2007
ENTREVISTA |
Top of Mind na categoria Palestrante do Ano, autora de nove livros,
incluindo o best seller Talento para Ser Feliz, Leila Navarro começou a dar
palestras de forma inusitada, para poucas pessoas. Já levou seus conhe-
cimentos a públicos da Espanha, Chile, Peru, Portugal, Uruguai, Panamá
e Japão, e atualmente, é considerada pela Revista Veja como uma das
20 melhores palestrantes do país.
Formada em fisioterapia, Leila transformou o ser humano em seu objeto
de trabalho e estudo para entender as causas das dores e desconfortos
que se manifestam no corpo. “Fui conhecer outras abordagens terapêu-
ticas, estudei neurociência, aprendi sobre autoconhecimento e comecei a
ver o ser humano como um todo que integra o físico, o mental, o emo-
cional e o espiritual. Passei a enfocar qualidade de vida e isso evoluiu
para o que abordo hoje nas palestras”, explica.
Durante uma temporada na Espanha, Leila Navarro conversou com a
reportagem da Revista Centro Empresarial SP News sobre motivação,
autoconhecimento, resiliência (capacidade de levar adiante projetos) e
felicidade, seja na vida pessoal ou profissional.
Revista - Você se formou em fisioterapia. Como e por que começou
a dar palestras?
Leila Navarro - Quando ainda trabalhava como fisioterapeuta, come-
cei a dar palestras para divulgar um método de terapia corporal pouco
conhecido no Brasil. Eu juntava um pequeno grupo de pessoas e apre-
sentava os benefícios do método, falava sobre bem-estar e como viver
melhor. Para tornar as palestras mais agradáveis, levava comigo um
modelo de coluna vertebral e bacia em tamanho natural, que eu chama-
va de Falecido, e fazia algumas brincadeiras. Quando dei por mim, estava
falando sobre qualidade de vida para o público de empresas e aí não
parei mais.
Revista - Você tem uma forma muito peculiar de iniciar suas pa-
lestras, brincando com o público, dançando. Como isso foi criado?
Leila Navarro - Em uma fase de minha vida dei aula para alunos de
uma faculdade de fisioterapia. E não era nada fácil manter a atenção
daquela moçada! Certa vez, um grupinho no fundo da sala ficava conver-
sando o tempo todo e não atendia meus pedidos para fazer silêncio.
Então fiz uma coisa radical: subi na mesa e comecei uma encenação de
strip-tease. Não precisei tirar a roupa, felizmente, porque em segundos
toda a classe me olhava espantada e muda. O fato inesperado havia
quebrado o padrão dos alunos. É com a mesma intenção de quebrar o
padrão de pensamentos e comportamentos do público que eu já come-
ço a palestra a mil por hora, dançando, brincando e mexendo com todos.
Porque se o objetivo de minha palestra é provocar atitudes nas pessoas,
preciso primeiro tirá-las do padrão em que se encontram.
Ser, transformar e motivarLeila Navarro, considerada uma das 20 melhores
palestrantes do país, dá a dica de como ser feliz.
Por: Fabiana Cabral
Foto: Divulgação
06 | | SET/OUT/NOV 2007
SET/OUT/NOV 2007 | | 07
Revista - A motivação é uma das características mais buscadas
nos profissionais. Quais são os elementos essenciais para se
manter motivado?
Leila Navarro - São três: autoconhecimento, autoconhecimento e
autoconhecimento. Isso é a base de tudo! Quem tem autoconhecimento
sabe o que tem a ver consigo, logo irá atrás daquilo que o realiza. E não
há nada mais motivador do que nos guiar pelo que nos realiza. Quando
nos apaixonamos por alguém, não nos sentimos supermotivados para
encontrar aquela pessoa? Driblamos dificuldades, arrumamos tempo,
viajamos milhares de quilômetros, fazemos qualquer coisa para realizar o
desejo de estar com ela. Pois com nossa meta profissional é a mesma
coisa: ela nos direciona, nos move, nos enche de energia para superar o
que quer que seja. Isso é motivação, aliás, automotivação, uma força
que vem de dentro e nos impulsiona.
Revista - O conceito de resiliência está em alta no mercado
de trabalho. O que é ser um profissional resil iente e como
tornar-se um?
Leila Navarro - Resiliência é a capacidade
de levar adiante nossos sonhos ou projetos,
aconteça o que acontecer. É realmente uma
qualidade muito valorizada hoje, pois nesse
mundo globalizado tudo é muito complexo e
imprevisível, e a qualquer momento pode-
mos ter de enfrentar crises, mudanças ou tur-
bulências. Para desenvolvê-la, penso que a
chave está na maneira como interpretamos
as pequenas e grandes catástrofes da vida.
Em vez de encarar essas situações com pessi-
mismo, queixas ou revolta, precisamos
entendê-las como fatos naturais da existên-
cia. Só assim poderemos enfrentá-las com
algum equilíbrio e consciência, aproveitando
da melhor maneira possível o aprendizado que proporcionam.
Revista - Você afirma que o planejamento de carreira é mui-
to importante, no livro “Carreira em Ascensão”. Qual a me-
lhor maneira de planejar uma carreira?
Leila Navarro - Acredito que o planejamento da carreira deve basear-
se em uma trajetória de desenvolvimento individual que independa do
lugar em que trabalhamos. É muito comum o profissional vincular a
carreira à estrutura de cargos de sua empresa e pensar assim: “Um dia
vou assumir o cargo do chefe, depois o do chefe do chefe, depois o do
chefe do chefe do chefe...” Então a estrutura da empresa muda, surge
uma transferência de setor ou mesmo uma dispensa do trabalho e o
plano vai para o espaço. Se, em vez disso, planejar a carreira com base na
aquisição de competências e responsabilidades cada vez maiores, o
profissional terá melhores condições de se adaptar a mudanças. Pode
até decidir fazer carreira fora das empresas, como autônomo ou empre-
endedor do próprio negócio.
Revista - O trabalho em equipe ainda é muito discutido no
âmbito profissional. Existem segredos para isso?
Leila Navarro - Tudo o que o trabalho em equipe tem de impor-
tante, tem de desafiador. É muito comum a reunião servir de arena
para disputas de poder, onde uns tentam impor sua opinião, outros
resistem a aceitar as opiniões alheias e por aí vai. Para funcionar
bem em equipe, acho que as pessoas precisam baixar o ego e
compreender que o que se espera do trabalho de grupo são resulta-
dos de grupo – portanto, é do interesse de todos fazer as coisas
acontecerem. Até porque hoje a avaliação do desempenho de um
profissional não leva só em conta o que ele produz individualmente,
mas também em equipe.
Revista - Você diz que não erramos, mas sim aprendemos.
Qual a melhor forma para transformar erros em aprendizado?
Leila Navarro - É sempre perguntar: “O
que eu posso aprender com isso?”. O pro-
jeto em que você tanto se empenhou não
foi aceito? Levou um fora da namorada?
Pensou que seria promovido, mas quem
recebeu a promoção foi seu colega? So-
freu um revés? Então se pergunte: “O que
eu posso aprender com isso?”. Encararam-
se as perdas, os imprevistos e fracassos
como oportunidades de aprendizado, pas-
samos a confiar mais na vida e percebe-
mos que tudo que acontece é para o nos-
so bem, nosso crescimento. Nos acostu-
mamos a ver o lado positivo de todas as
coisas e nos tornamos mais gratos também. Isso faz toda diferença.
Revista - Você diz que o medo é positivo. Por quê?
Leila Navarro - O medo a que me refiro é o frio na barriga, a “paúra”,
aquela sensação que temos quando sentimos nossa estabilidade ou
segurança ameaçadas. Nesse caso, o medo é positivo sim, pois nos
obriga a tomar uma atitude. Temos uma tendência natural à acomoda-
ção e, se não sentíssemos ameaçados de vez em quando, talvez jamais
saíssemos do lugar. Se enfrentamos um concorrente muito forte nos
negócios, por exemplo, o temor de ser engolidos por ele nos faz procurar
alternativas para nos diferenciar. Outro aspecto positivo do medo é que
ele nos coloca em estado de alerta e nos faz ser cuidadosos. Quando é
preciso decidir sobre um assunto que não conhecemos bem, por exem-
plo, o medo de errar nos faz buscar informação, pedir a opinião de al-
guém, ter cautela.
SE ENCARAMOS AS PERDAS
E FRACASSOS COMO OPORTUNIDADES
DE APRENDIZADO, PASSAMOS
A CONFIAR MAIS NA VIDA E PERCEBEMOS
QUE TUDO ACONTECE PARA O NOSSO BEM
E CRESCIMENTO. ISSO FAZ TODA DIFERENÇA.
08 | | SET/OUT/NOV 2007
TECNOLOGIA |
Com aparelhos cada vez mais versáteis e sofisticados, a tecnologia provoca mudanças rápidas no dia-a-dia das empresas e das
pessoas. Celulares e computadores são lançados como símbolos da revolução tecnológica para, pouco tempo depois, se tornarem
obsoletos em razão de novas descobertas. Integração e acesso são as palavras de ordem desses aparelhos, o que significa que eles
têm cada vez mais possibilidades de utilização, como acontece com o celular com máquina fotográfica e acesso à Internet.
Esse mercado já é bilionário no País: de acordo com pesquisas do IDC Brasil (International Data Corporation), empresa especializada
em levantamentos do setor, a tecnologia da informação vai movimentar até US$ 18,8 bilhões este ano, um crescimento de 13% em
relação aos US$ 16,7 bilhões de 2006.
Esse cenário é observado também no Centro Empresarial de São Paulo. Grande parte das empresas do condomínio trabalha
conectada às inovações tecnológicas, o que exige um trabalho de constante aprimoramento. É cada vez mais comum ver pessoas
nos jardins do Centro com seus notebooks e smartphones, que se tornaram aparelhos imprescindíveis nessa nova era de inovação
tecnológica.
“A demanda por nossos serviços cresce sem parar”, afirma Rogério Mayrink, supervisor de Gerenciamento de Redes da Austacem,
que gerencia toda a área de telecomunicações do Centro Empresarial de São Paulo. “As empresas que atuam no Centro Empresarial
precisam estar em linha com as mudanças tecnológicas, até para não perder negócios. Por isso, procuram por apoio para soluções
de situações que surgem com a revolução tecnológica, que cresce sem parar.”
Em linha com a revolução tecnológicaCENTRCENTRCENTRCENTRCENTRO EMPRESARIAL DE SÃO PAO EMPRESARIAL DE SÃO PAO EMPRESARIAL DE SÃO PAO EMPRESARIAL DE SÃO PAO EMPRESARIAL DE SÃO PAULULULULULO INVESTE EM NOO INVESTE EM NOO INVESTE EM NOO INVESTE EM NOO INVESTE EM NOVVVVVAS INSTAS INSTAS INSTAS INSTAS INSTALAÇÕESALAÇÕESALAÇÕESALAÇÕESALAÇÕES
PARA EXPANDIR REDES SEM FIOPARA EXPANDIR REDES SEM FIOPARA EXPANDIR REDES SEM FIOPARA EXPANDIR REDES SEM FIOPARA EXPANDIR REDES SEM FIO
Por: Rita Gallo
Fotos: Paulo Alexo
Equipamentos como o celular, o computador de mesa e o notebook têm curta vida útil
SET/OUT/NOV 2007 | | 09
NOVAS NECESSIDADES
A principal demanda das empresas do Centro Empresarial de São Paulo
está relacionada a redes sem fio (wi-fi), que cria necessidade de novas
instalações e equipamentos. “Além disso, muitos dos que trabalham no
Centro Empresarial de São Paulo têm notebooks e PDAs e precisam ter
infra-estrutura para que os aparelhos funcionem adequadamente”, lem-
bra Mayrink. Ele afirma que é comum ver pessoas circulando pelo Centro
com PDAs (sigla em inglês para Assistente Pessoal Digital, pequeno
computador portátil usado como agenda, calendário e para anotações),
e que é necessário atender tanto a esses usuários quanto às empresas
em suas demandas, que surgem a partir das constantes inovações
tecnológicas.
Tendo em vista essas crescentes necessidades, a Austacem programou
para o próximo ano a expansão da rede do Centro Empresarial de São
Paulo. Haverá também mais cabeamento estruturado para atender às
empresas, que precisam cada vez mais de novos pontos fixos em seus
escritórios para a instalação de equipamentos. A maior procura é por
redes sem fio. “A velocidade de utilização do wi-fi é espantosa”, garante
Rogério Mayrink. “Todos os notebooks, por exemplo, são agora produzi-
dos com placas que permitem o funcionamento sem fio.”
O projeto da Austacem prevê a colocação de mais 24 pontos de acesso
(hot spots) à rede sem fio em 2008. A empresa planeja oferecer ao
usuário a possibilidade de chegar com um ramal IP (Internet Protocol, que
permite a telefonia por computador) a qualquer ponto do Centro Empre-
sarial. A convergência, outra palavra de ordem das mudanças tecnológicas,
também está presente em número crescente no Centro Empresarial de
São Paulo. “É cada vez maior a integração de várias funções em um
mesmo aparelho”, conta o especialista da Austacem. “Essa situação tam-
bém cria novas necessidades dos usuários, como no caso do smartphone
(telefone celular com várias funções que podem ser carregados para
rodar sistemas operacionais, como os computadores).”
Também incluída na onda de inovação, a Austacem adota um PDA para
receber as ordens de serviço de empresas do Centro Empresarial. “Não é
preciso usar papel. Basta transmitir o pedido de serviço e de material
pelo PDA, o que torna a operação mais rápida e eficiente. É uma das
vantagens das inovações tecnológicas”, afirma Mayrink. “Para atender à
solicitação, basta pegar o elevador e atender o usuário, que necessita
dessa velocidade para tocar seus negócios.”
INOVAÇÕES NÃO TÊM LIMITE
O Centro Empresarial conta com infra-estrutura de ponta para permitir o
atendimento a essas necessidades. Segundo o técnico da Austacem, o
condomínio conta com uma central telefônica híbrida (que disponibiliza
também o telefone IP), recursos para transmissão de voz, cabeamento,
projeto de conexão e área de dados. Dessa forma, e com a programada
ampliação da rede wi-fi, pode-se ter acesso sem problemas à Internet
em banda larga, por exemplo.
AS INOVAÇÕES NÃO TÊM LIMITE.
A CADA SEMANA, É LANÇADA
UMA NOVIDADE, QUE APRIMORA
O QUE EXISTIA E CRIA
NOVAS NECESSIDADES
ROGÉRIO MAYRINK
Para manter a qualidade dos serviços, a Austacem tem parceria com
empresas como a Siemens, na área da serviços de voz. “Implantamos no
Centro o que há de mais moderno nesse segmento com o apoio da
Siemens”, conta Mayrink. “E precisamos estar atentos porque o aperfei-
çoamento não pára e as novas demandas vão continuar.”
O especialista da Austacem prevê que a revolução tecnológica está
longe de dar sinais de exaustão: “Ao contrário, as inovações não têm
limite. A cada semana, é lançada uma novidade, que aprimora o que
existia e cria novas necessidades. Os equipamentos atuais ficarão obso-
letos cada vez com maior rapidez. Daqui a dois anos, por exemplo, os
notebooks não vão rodar alguns dos programas de computador que
hoje são considerados como top de linha.”
Estimativa da Frost & Sullivan, empresa especializada em monitoramento
da área de tecnologia, confirma essa tendência. Segundo levantamento
da companhia, os investimentos em telecomunicações serão destina-
dos à instalação, construção, operação e manutenção das redes sem fio,
com o aparecimento de novas tecnologias. A previsão da Frost & Sullivan
é de que, com esse crescimento, o mercado de terceirização de infra-
estrutura de tecnologia da informação movimente US$ 3,3 bilhões em
2012, um crescimento de 200% em seis anos.
10 | | SET/OUT/NOV 2007
HOBBY |
Empresários e executivos de todas as áreas desenvolvem gostos por esportes e hobbies diferentes,
para fugir da rotina e carimbar o tempo ocioso com classe. Os momentos de folgas são dedicados às
mais variadas atividades, que fazem da volta ao batente um momento mais relaxante. Depois de
um final de semana fazendo o que se gosta, a segunda-feira pode não ter a aparência desanimadora
de sempre, e o humor costuma estar mais empolgante.
A executiva Sueli de Souza, diretora de operações da Soulan Recursos Humanos, empresa que está
há 10 anos no Centro Empresarial de São Paulo, dedica seu tempo livre a corridas e caminhadas em
São Paulo. Coleciona medalhas dos percursos que já participou. “Corro por hobby mesmo, até porque,
não tenho porte físico pra competir como atleta”, afirma Sueli.
Entre os eventos, ela já esteve em maratonas em combate ao Câncer de Mama (2001 e 2004), na
4aºCorrida pela Paz (2005), Maratona (2004) e o Alphaville Running, em 18 de agosto último, uma
competição de 5km. “É uma válvula de escape. Serve para acabar com o stress”, garante. Sueli
também tem por hobby colecionar miniaturas de tartarugas. “Tenho mais de 100. Sempre presto
atenção nos modelos diferentes dos meus”.
Por: Cíntia Carvalho / Silvano Tarantelli
Fotos: Paulo Alexo
Valorize seu tempo livre
Márcia Correa, da Accor Hotels: academia e clube para relaxar
VIVER EM MEIO AO RITMO ESTRESSANTE QUE MOVE SÃO PAULO PODE SER MAIS FÁCIL
SE OS PROFISSIONAIS SOUBEREM APROVEITAR O TEMPO VAGO
SET/OUT/NOV 2007 | | 11
O esporte é mesmo o meio mais cobiçado para fugir da rotina. A assis-
tente contábil Márcia Correia, da Accor Hotels, também se dedica a práti-
ca de atividades físicas quando está longe do escritório. “Freqüento
academia durante a semana, e aos finais de semana vou ao clube andar
de bicicleta e jogar basquete”, diz ela.
Além de auxiliar na saúde física, é perdendo calorias e se movimentando
que a maioria dos executivos e empresários consegue aliviar a tensão
da vida paulistana. “Com certeza, o maior objetivo é desestressar. Você
passa a semana dentro da empresa. Ir a outro lugar, conversar com
outras pessoas relaxa”, afirma Márcia.
Esporte e família são as receitas do empresário Fernando José Martins,
diretor de Marketing e Vendas da Boehringer Ingelheim, para aproveitar o
tempo livre. “Procuro aproveitar a família, pois tenho três filhas pequenas
que acabam me enchendo de energia e felicidade. Para ter pique de
acompanhá-las, corro por 30 minutos, principalmente nos finais de semana.
A corrida além de ser um esporte aeróbico que fornece resistência, acaba
sendo uma grande válvula de escape para desopilar a tensão do dia-a-dia”.
CONHECE-TE A TI PRÓPRIO
A prática de um hobby é uma forma de se reencontrar consigo
mesmo. A opinião é da psicóloga clínica e hospitalar, Mariângela
Scagliusi. Além de atender em sua clínica particular, ela trabalha
na unidade coronária de um hospital de São Paulo no atendi-
mento de pacientes e de familiares.
Executivos, em idade que varia dos 40 aos 50 anos, que che-
gam ao hospital com suspeita de ataque cardíaco, compõem a
maior parte dos atendimentos. A maioria dos casos não tem
relação com coração, mas sim com uma crise de ansiedade ou
ataque de pânico. “Os sintomas são os mesmos de um ataque
cardíaco: falta de ar, palpitações, dificuldades de respirar”, afirma
Mariângela.
O risco para quem não tem uma válvula de escape acaba sendo
a perda da individualidade. “Muitos executivos não dispõem de
tempo para a prática de outra atividade de tão modo que estão
ocupados com seus trabalhos. Em conseqüência acabam se tor-
nando mais identificados com a empresa que consigo mesmos”,
explica Mariângela.
Para ela, essa situação pode acabar prejudicando o desempe-
nho ou levando a situações limites como as que ela vivencia
cotidianamente no hospital. As causas geralmente estão liga-
das a outros problemas internos que resultam na incapacidade
de conviver com críticas, com a competitividade existente no
ambiente de trabalho ou com tarefas que naquele instante a
pessoa não consegue desempenhar.
“A orientação, além de parar de fumar, controlar o consumo de
álcool, é procurar uma atividade externa que dê prazer ao indiví-
duo, exercícios físicos, caminhada ou a prática de um hobby”,
afirma Mariângela. Para ela, as empresas deveriam entender o
valor de estimular os seus funcionários para procurarem ativida-
des que lhes dêem prazer fora do ambiente de trabalho. “Não
que o trabalho não dê prazer para as pessoas. Mas o hobby é
uma forma de fazer com que a pessoa se encontre com ela
mesma. E quando você tem uma boa relação consigo mesmo o
rendimento é maior onde quer que você esteja”, completa
Mariângela.
Sueli de Souza, diretora de operações da Soulan Recursos Humanos
12 | | SET/OUT/NOV 2007
DESTAQUE |
Os irmãos Nersessian são atualmente os empresários mais jovens do Centro Empresarial de São Paulo.
Theodoro tem 22 anos e é formado em administração de empresas. André, 21, está concluindo o mesmo
curso. Eles são sócios da Zatta Calçados e representam a nova geração de empreendedores que aproveitam
as oportunidades com ousadia.
Há dois anos atrás, Theodoro e André reuniram capital para iniciar seu primeiro negócio. Abriram uma
modesta loja de calçados e bolsas femininos no bairro de Santana. O trabalho incessante rapidamente
rendeu frutos. Seis meses depois, já estavam instalando outra loja em Santo Amaro, na zona sul da cidade.
A aposta na marca própria e nos modelos exclusivos foi o diferencial perseguido pela dupla. A receita deu
certo. Em setembro de 2006, eles deram mais um passo decisivo. Inauguraram nova loja no Centro Empresa-
rial de São Paulo.
O desafio deste empreendimento foi aproveitado como aprendizado. Foi o momento da definição de um
estilo próprio, de uma concepção arquitetônica do interior e das vitrines da loja e de afinar os modelos de
calçados a um público-alvo específico, mulheres de 20 a 50 anos, das classes A e B.
Todo o conceito construído na loja do Centro Empresarial tornou-se paradigma para novos empreendimen-
tos. No último mês de agosto, os irmãos inauguraram mais duas lojas, uma no West Plaza e outra no
Shopping Tatuapé. Até o final do ano, serão seis ao todo, com a abertura de uma unidade na Pompéia, no
novíssimo Shooping Bourbon.
Somos tão jovens
EMPREENDEDORES
JOVENS ENCARAM OS
DESAFIOS DO MUNDO
DOS NEGÓCIOS
Por: Fernando Caldas
Fotos: Paulo Alexo
Os irmãos Nersessian: André, 21 anos, e Theodoro, 22 anos
SET/OUT/NOV 2007 | | 13
MUITO GÁS
A expansão meteórica da Zatta Calçados deve-se a uma fórmula sim-
ples: planejamento, pesquisa e presença permanente dos sócios nas
lojas. “O foco no atendimento personalizado, o conhecimento das prefe-
rências dos clientes, a escolha certa dos produtos, a inovação e os preços
atrativos são as combinações para o sucesso de nossas lojas”, diz
Theodoro.
A disposição para enfrentar o trabalho duro também conta muito. “É
preciso fazer um pouco de tudo. Ser vendedor, gerente, decorador e
estoquista”, afirma André. Ele destaca que gerenciar um negócio exige,
às vezes, abrir mão de baladas, de festas e encontros com amigos,
renúncias difíceis para os jovens.
Theodoro e André acreditam que os pequenos detalhes são fundamen-
tais para os resultados finais do negócio. Embora novatos na vida empre-
sarial, eles dizem que procuram aprender com os erros e experiências dos
comerciantes veteranos.
“Trabalhamos com moda. Por isso, temos de obter informações sobre as
novas tendências, estar em sintonia com as mudanças no mercado e
não nos acomodar em conceitos estáticos”, diz Theodoro.
“Os jovens empreendedores precisam estar antenados. Demonstrar von-
tade e, sobretudo, ter muito gás”, diz André, anunciando que a meta dos
irmãos é fazer a Zatta Calçados atingir 20 lojas em cinco anos.
EMPREENDEDORISMO E ASSOCIATIVISMO
Os irmãos Nersessian representam um caso de sucesso de iniciativa
empresarial em um ambiente econômico que causa rusgas aos mais
otimistas. O percentual de micro e pequenas empresas que encerram
suas atividades nos dois primeiros anos de vida é de 52%.
Segundo o Global Entrepreneurship Monitor (GEM), estudo que mede as
taxas do empreendedorismo mundial, o Brasil ocupa o 5oº lugar no
ranking dos países com maior taxa de empreendedores estabelecidos,
12,1%, 14,3 milhões de empreendedores. Entretanto, o país está na 10a posição
quando se trata de empreendimentos iniciais (até 42 meses). O estudo
mostra ainda que para cada pessoa que empreende por necessidade,
uma o faz por oportunidade.
“Há pouco tempos atrás, o empreendedorismo por necessidade era maior
em relação ao de oportunidade. Hoje, essa situação está se invertendo,
o que é bom para o Brasil”, avalia Nilson de Paiva, coordenador do Fórum
dos Jovens Empreendedores, criado dentro da Associação Comercial de
São Paulo em 1984.
Para Paiva, isso reflete um salto de qualidade dos empreendedores em
geral e, particularmente, do segmento jovem. “Além das características
natas dos jovens empreendedores, que são a competência, habilidade
e aptidão, existe hoje uma cultura associativista mais consolidada. A
participação no ambiente associativo permite aos jovens trabalharem
sobre três pilares: a capacitação, o relacionamento empresarial e a
representatividade.”
A participação nas associações de classe permite ao jovem empreende-
dor estar “antenado” em relação a assuntos macroeconômicos e políti-
cos que interferem no ambiente dos negócios e obter informações para
o planejamento e gestão. O relacionamento empresarial no âmbito
associativista possibilita, também, o contato com outros jovens em-
presários e com segmentos que podem ofertar e demandar novos negócios.
EDUCAÇÃO PARA O EMPREENDEDORISMO
O estudo do GEM Brasil revela ainda que 78,8% dos empreendedores
iniciais consideram possuir conhecimento, habilidade e experiência ne-
cessários para começar um novo negócio. Entretanto, aqueles que afir-
maram estar preparados para iniciar um novo negócio possuem, em
geral, um baixo nível de escolaridade. Entre eles, 6,0% não têm educação
formal (ensino fundamental e médio), 39% possuem de um a quatro
anos de educação, 41% têm de cinco a 11 anos e apenas 14% têm mais de
11 anos de educação formal.
Tendo em vista os problemas de formação, o Sebrae de São Paulo
desenvolve programas de empreendedorismo dirigidos ao sistema de
ensino, nos níveis fundamental, médio e superior. Segundo o gerente
de Educação, Emerson Morais Vieira, até junho 2007, o Programa Jovens
Empreendedores – Primeiros Passos foi realizado em cerca de 90 muni-
cípios do Estão de São Paulo. Participaram cerca de 5 mil professores e
155 mil alunos do ensino fundamental. O programa foi também adotado
nos Estados do Paraná, Espírito Santo, Mato Grosso, Rio de Janeiro e
Minas Gerais.
O programa específico para o nível médio, denominado Formação de
Jovens Empreendedores, no Estado de São Paulo, foi repassado para
850 professores das redes pública e particular e ministrado a 7.598
jovens. O programa está sendo estendido para os Estados de Santa
Catarina, Minas Gerais e Rio de Janeiro.
Para o nível superior, existe o Sebrae no Campus, desenvolvido em parce-
ria com a Unesp. Implantado em 2006, o programa envolve 200 docen-
tes daquela universidade, que já incorporou a disciplina em seu currículo
em diversas unidades. Até o final de 2007, também serão capacitados
mais 200 docentes de diversas instituições de ensino superior.
OS JOVENS EMPREENDEDORES
PRECISAM ESTAR ANTENADOS.
DEMONSTRAR VONTADE E,
SOBRETUDO, TER MUITO GÁS
ANDRÉ NERSESSIAN
14 | | SET/OUT/NOV 2007
CAPA |
14 | | SET/OUT/NOV 2007
Os passos da moda contemporânea seguem um ritmo cada vez mais frenético. A valorização do estilo e da
individualidade gera uma fugaz proliferação de informações. O fundamental é a inovação a todo instante, onde
nada é excluído, tudo é somado. A moda atual tem poucas restrições. Ela é livre e aberta. Não é mais uniforme.
O eletrizante movimento do mundo da moda sustenta-se na grande capacidade produtiva das indústrias
têxtil e de confecção, cada vez mais integradas à economia criativa e do conhecimento. A longa história de
crescimento desse setor no país reflete uma poderosa sinergia entre a base de produção, avanço tecnológico,
criação e design, marketing e personalidades que recriam diariamente o mundo da moda.
A projeção internacional de estilistas e top models brasileiros associa-se a um importante calendário nacional
de eventos relacionados à moda, estilo e design. A São Paulo Fashion Week e a Fashion Rio, por exemplo, são
eventos voltados à passarela que agregam negócios envolvendo toda a cadeia produtiva da moda.
“É importante que realizemos eventos de moda robustos e coerentes com toda a capacidade que têm os
serviços de confecção no Brasil, a sexta maior do mundo. As nossas semanas de moda em São Paulo e no Rio
estão inseridas no calendário internacional e geram mídia e repercussão mundial. É muito positivo termos em
todo o país eventos que mesclam o glamour e a passarela com os negócios, porque um não vive sem o outro”,
diz Fernando Pimentel, diretor superintendente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit).
INDÚSTRIA E CRIAÇÃO
A Santista Têxtil, líder mundial no segmento denim, tem valorizado os caminhos da passarela ao participar
dos principais eventos de moda. Fornecedora de grandes marcas e cadeias de varejo, a empresa produz
tecidos com alto valor agregado, além de produtos básicos para jeanswear e workwear.
Gla
mou
r e
negó
cios
CALENDÁRIO BRASILEIRO
DE EVENTOS DA MODA
INTEGRA CRIAÇÃO,
CAPACIDADE PRODUTIVA
E CONHECIMENTO
Texto: Fernando Caldas
Fotos: Paulo Bareta (Rhodia)
Divulgação (Santista)
Modelo: Grazielle Lima
Agradecemos à Rhodia pela cessão da
modelo e peças de roupa, e à Santista Têxtil
Modelo do cast da Rhodia em ensaio especial para a revista Centro Empresarial SP News
SET/OUT/NOV 2007 | | 15SET/OUT/NOV 2007 | | 15
Na última edição da São Paulo Fashion Week, os produtos da Santista
foram apresentados em dois desfiles. O estilista Jefferson de Assis deu
ao jeans Santista babados, recortes e zíperes, que modelaram suas
peças. Já o consagrado Alexandre Herchcovitch apresentou sua coleção
feminina, mostrando toda a tecnologia dos tingimentos da Santista.
Processos de lavanderia avançados que possibilitam efeitos multicoloridos,
além de desgastes e maiores contrastes das costuras. Também a linha
masculina adotou um look black confeccionado com o tecido Isis. Para
consagrar essa parceria, foi desenvolvida uma etiqueta especial para
todas as peças da linha Herchcovitch Jeans, que, pela primeira vez, intro-
duz um tag de identificação da Santista Têxtil/Tavex, criado exclusiva-
mente para o estilista.
Neste ano, a empresa participou pela primeira vez da Fashion Rio. Apoiou
dois novos talentos, Adriana Pacheco e o quarteto No Hay Banda, e
duas das principais marcas que desfilaram na temporada carioca, Totem
e Cantão. As quatro marcas contaram com a tecnologia dos produtos
Santista em suas coleções.
Na coleção de Adriana Pacheco, que desfilou no Rio Moda Hype, as sarjas
Rally e Otoman foram misturadas com material reciclado nos acessórios e
em bermudas volumosas. O quarteto paulista No Hay Banda, que es-
treou no Rio Moda Hype, utilizou referências urbanas para criar diversas
peças que valorizam as texturas e os efeitos de lavanderia.
COMPORTAMENTO
Moda sempre esteve ligada a comportamento. Durante o SPFW, a
Santista Têxtil/Tavex se uniu ao canal GNT e criou uma bolsa para
simbolizar a preocupação com a situação ambiental. Confeccionadas
em um denim inédito da coleção Verão 2008 da Santista, as bolsas
personalizadas desfilaram pelos corredores da Bienal mostrando o
engajamento dos fashionistas na causa ecológica.
A Santista Têxtil/Tavex participa do projeto Selo Pure Brasil Cotton. A
iniciativa pioneira tem o objetivo de viabilizar a criação de um algodão
certificado como ambientalmente sustentável, desde o plantio das
sementes até a venda do produto final ao consumidor.
Os tecidos da Santista são produzidos em sete fábricas – cinco no
Brasil, uma no Chile e uma na Argentina – que empregam cerca de
4.700 pessoas. Em 2005, foi criada a Universidade Corporativa da
Santista Têxtil, com o objetivo de promover a difusão do conhecimen-
to acumulado nas mais diferentes atividades de produção da cadeia
têxtil. A universidade atende os públicos interno e externo, ligando o
conhecimento às necessidades da organização e à responsabilidade
social e ambiental.
Longo colorido de André Lima, com tecido Rhodia
A Santista Têxtil participou de vários eventos de moda este ano
16 | | SET/OUT/NOV 2007
CAPA |
16 | | SET/OUT/NOV 2007
OLHAR APURADO
A Rhodia, produtora de fios têxteis em poliamida, é outro exemplo de articula-
ção do setor produtivo com o calendário da moda, cada vez mais importante
para organizar o fluxo de informações sobre as estações e temporadas.
A empresa está envolvida numa ampla agenda dos segmentos de fashion,
esportivo e lingerie. A presença da imprensa e de compradores internacionais
nesses eventos aumenta a visibilidade da indústria e dos seus produtos.
Nas edições da São Paulo Fashion Week, podem ser conhecidas as ações
da Rhodia junto a vários estilistas. Já contaram com o suporte da empresa
os criadores Alexandre Herchcovitch, André Lima, Érika Ikezili, Fábia Bercsek,
Gloria Coelho, Mario Queiroz, Pedro Lourenço, Samuel Cirnansck e V-ROM.
Nos desfiles dos estilistas patrocinados pela Rhodia são vistos os desen-
volvimentos têxteis feitos a partir dos fios em poliamida (náilon), que
incluem microfibras, supermicrofibras e fios inteligentes, da marca Amni,
já consolidada no cenário têxtil do país.
“Os desfiles são sempre uma boa maneira de divulgar novos produtos. O
fio têxtil de poliamida é ideal para um país com o clima como o nosso: é
leve, fresco e confortável. O povo brasileiro adora novidades. Mais do que
isso, adora ‘vestir’ novidades”, afirma Francisco Ferraroli, diretor da área de
Fios Têxteis da Rhodia.
Segundo Ferraroli, a empresa procura se posicionar sempre na vanguar-
da, antecipando as informações das próximas estações. “Com um merca-
do cada vez mais profissional, não existe mais a possibilidade de uma
pessoa viajar, a passeio ou mesmo a trabalho, e sair por aí dizendo o
que está na moda. Por isso, contamos com profissionais preparados para
detectar tendências de moda e de mercado. Hoje, a moda é universal. É
preciso ter um olhar apurado para tudo o que acontece, e não só na
moda. Comportamento, artes, design e tecnologia estão super ligados.
As tendências partem disso tudo, da busca do novo e dos avanços das
tecnologias têxteis.”
VALORIZAÇÃO DA TECNOLOGIA
Investimentos altos são inevitáveis para as indústrias que querem conti-
nuar ativas. Avaliar o mercado nacional, as características culturais, climá-
ticas e históricas do país, é fundamental para adaptar algumas informa-
ções, como o peso dos tecidos e malhas. Como explica Ferraroli, a
Rhodia pesquisa e divulga para o mercado informações da moda que
perpassam toda a cadeia têxtil: tecelagens, malharias, confecções e
varejo. A estratégia da empresa é valorizar produtos com maior
tecnologia, qualidade e conforto, atendendo as demandas dos consumi-
dores e a inspiração dos criadores da moda brasileira.
A empresa também tem feito esforços para aumentar suas exportações.
Atualmente, cerca de 10% da sua produção de fios têxteis é exportada
para países da América do Sul, notadamente Argentina e Colômbia. A
perspectiva, agora, é fazer exportações para o mercado mexicano.
A Rhodia Poliamida, do grupo Rhodia, é a única empresa da região
totalmente integrada na cadeia do náilon, desde as matérias-primas
até o produto final. A empresa fabrica 60 mil toneladas de poliamida por
ano, das quais 40%, aproximadamente, são fios têxteis para diversas
aplicações nos segmentos de fashion, esportivo e lingerie.
SETSETSETSETSETOR TÊXTIL BRASILEIROR TÊXTIL BRASILEIROR TÊXTIL BRASILEIROR TÊXTIL BRASILEIROR TÊXTIL BRASILEIRO ENFRENTO ENFRENTO ENFRENTO ENFRENTO ENFRENTAAAAACONCORRÊNCIA ASIÁTICACONCORRÊNCIA ASIÁTICACONCORRÊNCIA ASIÁTICACONCORRÊNCIA ASIÁTICACONCORRÊNCIA ASIÁTICA
Nos últimos 16 anos, o setor investiu mais de US$ 11 bilhões em
máquinas, equipamentos, instalações e pesquisas. De 1999 a
2005, as vendas externas do setor dobraram. Entretanto, segun-
do Fernando Pimentel, da Abit, a indústria têxtil e de confecção
brasileira atravessa um período adverso em razão das condições
macroeconômicas (dólar baixo, alta taxas de juros, elevada carga
tributária), o que reduz sua competitividade e estimula a importa-
ção. O setor sofre principalmente com as importações asiáticas,
sobre as quais há indícios de subfaturamento e outras ilegalidades.
A Abit defende a entrada em vigor do aumento da Tarifa Externa
Comum (TEC), para frear as importações asiáticas, [a realização de
acordos internacionais com os principais mercados mundiais (Ja-
pão, União Européia e Estados Unidos) para combater as importa-
ções ilegais e a desoneração tributária.
Nos últimos seis meses, a indústria de transformação cresceu
4,8%, e o setor têxtil apresentou um resultado que representa a
metade. “Bom, que existe um sinal positivo de crescimento. Po-
rém, muito aquém da sua potencialidade, caso existissem equilí-
brios na concorrência entre o setor produtivo brasileiro e o setor
produtivo internacional”, diz Pimentel.
É IMPORTANTE QUE REALIZEMOS EVENTOS
DE MODA ROBUSTOS E COERENTES COM
TODA A CAPACIDADE QUE TÊM OS
SERVIÇOS DE CONFECÇÃO NO BRASIL,
A SEXTA MAIOR DO MUNDO.”
FERNANDO PIMENTEL, DA ABIT
SET/OUT/NOV 2007 | | 17
18 | | SET/OUT/NOV 2007
ESTILO DE VIDA | CARTÕES |
O uso de cartões de débito e crédito para compras no comércio continua a crescer em velocidade vertiginosa. Essas
transações estão aposentando o pagamento em dinheiro e em cheque, e a cada dia aumenta o número de lojas que
operam quase exclusivamente com cartões. Até dezembro, estarão circulando no Brasil mais de 400 milhões de
plásticos, incluindo os oferecidos pelas lojas e os de rede, o que equivale a mais de dois cartões por habitante. Serão
feitos 4,9 bilhões de transações utilizando o plástico, com volume estimado de R$ 291 bilhões, ou 18% acima do de
2006, pela previsão da Associação Brasileira de Empresas de Cartão de Crédito e Serviços (Abecs).
Essa realidade é confirmada nas lojas do Centro Empresarial de São Paulo. Arlete Barbosa da Silva, gerente da
Barred’s, afirma que o pagamento com cartão predomina na loja: “Essa modalidade é mais prática e segura tanto
para o cliente quanto para o estabelecimento”, garante Arlete. Ela lembra que há anos a Barred’s, especializada em
moda feminina, recebe a maioria dos pagamentos por meio do plástico. Essa realidade se reproduz nas mais de 60
lojas da rede no País. “É mais racional utilizar o cartão”, assegura a gerente.
Na loja O Boticário do Centro Empresarial os cartões são ainda mais aceitos. “Aqui só aceitamos cartão”, afirma Maria
Cristina dos Santos, gerente da loja. “É uma escolha baseada em comodidade para o cliente. O cartão é um meio de
pagamento mais prático, além de oferecer segurança”, garante. A prática é disseminada por toda a rede O Boticário,
um dos maiores fabricantes de produtos de beleza do País e a maior rede de franquias do setor no mundo.
O uso bilionáriodo dinheiro de plásticoPor: Rita Gallo
Foto: Paulo Bareta
O talão de cheques e o dinheiro vivo estão praticamente em desuso no comércio
SET/OUT/NOV 2007 | | 19
A expansão do cartão chegou a novas modalidades, como o e-commerce
(venda de produtos pela Internet). Neste segmento, as transações são
feitas exclusivamente com cartão. “As vendas estão crescendo à ordem
de 40% ao ano neste segmento”, informa Mário Firmino, especialista em
Tecnologia da Informação e responsável pelo site Busque Fácil, da Asso-
ciação Comercial de São Paulo. O giro do e-commerce já é de cerca de R$
2,5 bilhões anuais. “O Brasil já tem mais de 30 milhões de usuários da
Internet e pelo menos 60% deste total tem acesso à banda larga”,
recorda Firmino. “Esse ambiente favorece a venda de produtos pela
Internet e a utilização ainda maior dos cartões.”
A incógnita para o consumidor é em relação à segurança que esse meio
de pagamento proporciona, tanto nas transações por computador quanto
nas lojas. No entanto, Mário Firmino afirma que essa dúvida está sendo
superada: “As empresas estão aperfeiçoando cada vez mais ferramen-
tas de proteção às transações com cartão. O número de fraudes é redu-
zido, pela crescente proteção ao comprador com garantia de que seus
dados não serão acessados. Também há mecanismos que permitem
detectar operações suspeitas em segundos.”
Com mais segurança, o consumidor sente-se confiante em fazer compras
utilizando cartões de crédito e débito. Como contraponto, dá-se o recuo
no uso do cheque para fazer compras. Dados do Instituto de Economia
Gastão Vidigal, da Associação Comercial de São Paulo, mostram que o
número de consultas ao Usecheque, serviço utilizado nas vendas à vista
para verificar se o cheque tem fundos, cresceu apenas 5,9% em julho
deste ano (para 2,202 milhões de consultas) na comparação com o mes-
mo mês de 2006. O aumento é modesto comparado ao crescimento de
dois dígitos que os pagamentos com cartões apresentam há anos.
CUIDADO COM AS CONTAS
Para Antonio Rios, diretor de Marketing da associação do setor de car-
tões de crédito (Abiecs), a expansão deve se manter pelos próximos
anos, puxada principalmente pelos cartões. A previsão da entidade é de
que esses plásticos somem transações no total de R$ 181,4 bilhões no
final do ano, com 91 milhões de unidades. Os cartões de débito fecharão
o ano com número bem maior de plásticos (198 milhões), mas o volume
financeiro será menor (R$ 79,8 bilhões), nas previsões da Abiecs. Já os
cartões de loja e de rede somarão 127 milhões de unidades, com volume
de R$ 29,6 bilhões na estimativa da entidade.
Os números são modestos em comparação aos do mercado dos Estados
Unidos, onde já há mais de 1,5 bilhão de cartões. Mas o mercado ameri-
cano representa também um alerta importante para os usuários de
cartão no Brasil: lá, o nível de endividamento é elevado e o uso de
cartões sem os necessários cuidados ajuda a aumentar os débitos do
consumidor. Especialistas em finanças pessoais consideram que os car-
tões são meios de pagamento com várias vantagens, mas alertam os
usuários para a necessidade de ter cuidado com as contas para assim
fugir das dívidas elevadas.
Em relação ao cartão de crédito, a principal recomendação é pagar o valor
total da fatura. No parcelamento os juros são elevados. Outra
alternativa,lembram os especialistas, é pagar de acordo com o parcelamento
oferecido por administradoras de cartões, mas neste caso convém reduzir o
uso do plástico no período de pagamento das parcelas.
Nos cartões de débito, a principal atenção do consumidor deve ser ano-
tar o valor de todas as compras que ele faz utilizando esse meio de
pagamento. Deve-se lembrar que o comprador recebe uma via de cada
compra que realiza com cartão de débito. Esse papel deve ser utilizado
no controle das despesas, para evitar surpresas no momento de checar
o extrato bancário.
O USO DE CARTÕES DE DÉBITO E
CRÉDITO PARA COMPRAS NO
COMÉRCIO CONTINUA A CRESCER EM
VELOCIDADE VERTIGINOSA
20 | | SET/OUT/NOV 2007
ARQUITETURA |
João Henrique Rocha idealizou o primeiro empreendimento no Brasil construído com o conceito de
Intelligent Building. Concebido no início dos anos 70 pelo arquiteto carioca, o projeto do Centro Empre-
sarial de São Paulo representa ainda hoje uma concepção arrojada e inovadora de condomínio corporativo.
O pioneirismo de João Henrique Rocha, nascido em 1923, também marca a história dos shoppings centers
no país. É dele o projeto do Shopping do Méier, localizado no tradicional bairro do Rio de Janeiro e que
disputa com o Shopping Iguatemi o título de ser o primeiro empreendimento do gênero inaugurado no
Brasil. O edifício foi aberto ao público em 1963, três anos antes do seu congênere paulistano.
Mas a notoriedade de Rocha foi ganha muito antes disso. Em 1957, junto com Bouruch Milmann e Ney
Fontes, participou do concurso nacional para a escolha do plano urbanístico de Brasília, promovido pela
Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil, a Novacap.
A CIDADE MODERNISTA
O chamado Plano Piloto deveria abranger o traçado básico da cidade, indicando a disposição dos
principais elementos da estrutura urbana, a localização e interligação dos diversos setores, centros,
instalações e serviços, distribuição dos espaços livres e vias de comunicação.
Em 16 de março de 1957, o plano de Lúcio Costa foi declarado vencedor do concurso, que teve 26 equipes
concorrendo. O segundo lugar ficou com a equipe Arquitetos Associados, formada por João Henrique
Rocha, Boruch Milmann e Ney Fontes Gonçalves. A cidade governamental imaginada pelo trio teria um
crescimento limitado até o máximo de 768 mil habitantes. O cálculo era de que, em 2050, a cidade
atingiria 673 mil habitantes. O projeto também previa satélites urbanos, estes com flexibilidade de
expansão ilimitada.
Criadores deemoções
CONHEÇA OS CRUZAMENTOS
HISTÓRICOS DA ARQUITETURA
BRASILEIRA NO CENTRO
EMPRESARIAL DE SÃO PAULO
Linhas arquitetônicas do Centro Empresarial vieram da prancheta do arquiteto João Henrique Rocha
Por: Fernando Caldas
Fotos: Paulo Bareta
e Paulo Alexo
SET/OUT/NOV 2007 | | 21
SOLUÇÃO DOS GRANDES PROBLEMAS
João Henrique Rocha, anos depois, diria que não acreditava em uma
arquitetura nacional. “O gótico não foi só francês, como as artes
renascentista e barroca não foram só italianas. Certas características
climáticas, psicológicas e demais transparecem em obras que sempre
pertencem à cultura universal.” Para ele, o que deveria ser enfatizado era
a importância dos arquitetos na solução dos grandes problemas: a urba-
nização e a habitação.
O idealizador do projeto do Centro Empresarial de São Paulo defendia a
tese de que a criação é essencialmente íntima, não de equipe. Embora
dissesse que o ato arquitetônico é infenso a qualquer forma de organi-
zação racional de trabalho, Rocha definia a arquitetura como a arte me-
nos livre, pois, segundo ele, é a mais contida por fatores de toda ordem,
entre os quais o tecnológico. “O arquiteto deve ser um homem universal,
por cultura, se possível, por intuição, necessariamente. O fenômeno
arquitetônico é o mesmo num edifício de 150 pavimentos, num aeropor-
to ou hospital, numa casa mínima. É a maestria sobre os materiais, as
técnicas e as necessidades, capaz de criar emoções.”
JOÃO HENRIQUE ROCHA
Nasceu em 1923, no Rio de Janeiro. Formado em 1949 pela
Faculdade de Arquitetura e urbanismo da universidade Fede-
ral do Rio de Janeiro, onde também foi professor das cadeiras
de Arquitetura no Brasil e Planejamento Arquitetônico, de
1952 a 1974. Foi vencedor do Concurso do projeto da Escola
de Aeronáutica de Pirassununga (SP) e menção honrosa no
Concurso Internacional para o projeto da Prefeitura de Toron-
to, no Canadá. Realizou projetos da Quadra de habitações
do Banco do Brasil, em Brasília, e de shoppings centers e
centros empresariais em São Paulo, Salvador e Campinas,
além de vários outros de habitações, comércio e indústria.
Participou dos planos de reurbanização de São Bento, em
Belo Horizonte e de conjuntos residenciais em Taboão da
Serra (SP), Ilha do Governador, Belford Roxo e Nova Iguaçu (RJ).
CEM ANOS DO ESCRITÓRIO TÉCNICO
RAMOS DE AZEVEDO
Há cem anos, um dos mais célebres arquitetos paulistas associou-se
ao engenheiro português Ricardo Severo e fundou o Escritório Técnico
Ramos de Azevedo, responsável por obras que integram o patrimônio
histórico da cidade de São Paulo.
Engenheiro, arquiteto, administrador, empreendedor e professor, Fran-
cisco de Paula Ramos de Azevedo nasceu em São Paulo em 1851. Após
trabalhar na Companhia Paulista de Vias Férreas, formou-se engenhei-
ro-arquiteto, em 1878, na École Speciale du Génie Civil et des Arts et
Manufactures da Universidade de Gand, na Bélgica.
Ramos de Azevedo graduou-se com excelentes recomendações e
retornou ao Brasil no ano seguinte, para estabelecer seu primeiro es-
critório profissional, em Campinas. Sua primeira obra importante foi a
conclusão da Igreja Matriz de Campinas, ocasião em que conheceu o
visconde de Indaiatuba, que, em 1886, o convidou para construir em
São Paulo os edifícios
da Tesouraria da Fazen-
da, da Secretaria da
Agricultura e da Secre-
taria de Polícia, no pátio
do Colégio. Com essa
obra, estabeleceu na ca-
pital paulista o maior es-
critório de projetos do
século XIX e início do sé-
culo XX: a F. P. Ramos de
Azevedo e Cia.
O ESCRITÓRIO HOJE
Em julho de 1.995, o Escritório Técnico Ramos Azevedo foi adquirido por
Orestes Quércia, retomando assim um histórico de realizações e expe-
riências adquiridas há mais de 100 anos. Atualmente, o Escritório Técnico
Ramos Azevedo, sediado no Centro Empresarial de São Paulo, é uma
empresa voltada para o gerenciamento, coordenação, planejamento,
fiscalização e consultoria de obras comerciais, residenciais e industriais
do grupo Sol Invest Empreendimentos.
Entre os recentes trabalhos realizados estão a reforma e ampliação do
Novohotel Jaraguá, situado na região da Bela Vista, a ampliação da
área administrativa do Parque Gráfico do Jornal Diário Popular em
Osasco, o gerenciamento e fiscalização da construção do Shopping
Jaraguá Araraquara, a
ampliação do Shopping
Jaraguá Indaiatuba;
construção de unidade
industrial para Beneficia-
mento, Armazenamento
e Seleção De Cafés Espe-
ciais – Café Octavio, na
cidade de Pedregulho; a
reforma e adequação
dos espaços da área
administrativa e reda-
ção do Jornal Diário de
São Paulo situado à
Rua Major Quedinho,
entre outros. Edgard Diaféria Borges, do escritório Ramos de
Azevedo, próximo à mesa que pertenceu ao arquiteto
Orestes Quércia, atual proprietário do
Escritório Ramos de Azevedo.
22 | | SET/OUT/NOV 2007
ESPECIAL |
O mercado de trabalho enfrenta o desafio de superar uma de suas
grandes deficiências: a de promover a inclusão de pessoas com necessi-
dades especiais. No Brasil, segundo o Censo de 2000, do IBGE, existem
mais de 24,5 milhões de pessoas (14,5% da população) que apresentam
dificuldades de enxergar, de ouvir, de falar, de
se locomover ou mentais. Quase um terço des-
se segmento está em idade economicamen-
te ativa, mas grande parte dele não empre-
gada.
Desde 1991, vigora lei federal (Lei 8.219/91) que
obriga as empresas com mais de 100 funcio-
nários a preencher de 2% a 5% de seus car-
gos com pessoas com deficiência ou
beneficiários da Previdência Social reabilitados.
Entretanto, ainda existem várias barreiras a
serem quebradas para o efetivo cumprimento
da lei de cotas.
Especialistas, autoridades públicas e militantes de organizações não-
governamentais apontam muitas resistências e discriminação tanto no
universo corporativo, como nos âmbitos da família, do sistema de ensino
e da sociedade em geral.
Mercado de trabalho no caminho da inclusão
LEI DE COTAS OBRIGA EMPRESAS A CONTRATAREM
PESSOAS COM DEFICIÊNCIA; E A SUPERAREM A DISCRIMINAÇÃO
O DESAFIO DA INSERÇÃO
Segundo a delegada do trabalho Lucíola Rodrigues Jaime, o desafio da
inserção de pessoas com deficiência no mercado de trabalho implica o
acesso à educação, à cultura e ao lazer, a capacitação das pessoas que
nunca tiveram oportunidade de emprego e o nível de
exigência das empresas para contratar.
O Ministério do Trabalho e Emprego, desde 2004, fisca-
liza empresas dos mais diversos ramos de atividade.
Em São Paulo, a Delegacia Regional do Trabalho desen-
volve o Programa de Inclusão de Pessoas com Deficiên-
cia, no qual grupos de empregadores são convocados
a comparecer à sede da entidade e a assistir a pales-
tras médicas e de sensibilização. Depois de três convo-
cações, em intervalos de dois meses cada, as contra-
tantes devem apresentar medidas de empregabilidade
destinadas a reabilitados e pessoas com deficiência.
A DRT-SP tem conquistado bons resultados. De 2001 a 2006, foram
inseridas 60.506 pessoas com deficiência no mercado de trabalho do
Estado. Segundo dados do ministério, em São Paulo, cerca de 60% das
empresas com mais de 100 funcionários cumprem a lei de cotas.
AS EMPRESAS DEVEM SE PREOCUPAR
NÃO SÓ EM CUMPRIR A LEI, MAS
TAMBÉM EM PROMOVER A
CAPACITAÇÃO E DESENVOLVIMENTO
DE SEUS QUADROS
ROGÉRIO BARBOSA
Por: Fernando Caldas
Fotos: Paulo Alexo
SET/OUT/NOV 2007 | | 23
CENTRO EMPRESARIAL
O Centro Empresarial de São Paulo tem em seus quadros cerca de 350
funcionários, 12 deles enquadram-se na lei de cotas (empresas que têm
de 200 a 500 empregados devem cumprir a cota de 3%). Sete têm
alguma deficiência física, um, deficiência auditiva, e um, deficiência visual.
Três são funcionários reabilitados, transferidos de função em razão de
seqüelas físicas derivadas de doenças ou acidente de trabalho.
Esses trabalhadores desempenham diferentes funções no condomínio,
alguns em postos de trabalho considerados estratégicos, como a área
de segurança, monitoramento de câmeras, atendimento de chamadas
de emergência e correspondência.
O supervisor de Recursos Humanos do Centro Empresarial, Rogério Faria
Barbosa, explica que o recrutamento dessa mão-de-obra procura se ade-
quar estrategicamente às necessidades da empresa. “As pessoas com
deficiência são cobradas como qualquer outro profissional. Pois, senão,
podemos voltar a discriminar essas pessoas. E esse não é o objetivo da lei.”
CAPACITAÇÃO E CONDIÇÕES DE TRABALHO
As oportunidades de emprego para as pessoas com deficiência crescem
principalmente para aquelas com qualificação profissional. Uma das situa-
ções criadas pela lei de cotas, observa Rogério Barbosa, é a disputa
entre as empresas para contratar, nesse segmento, trabalhadores
especializados. O problema atinge particularmente as grandes empre-
sas, obrigadas a maior número de contratações. Por isso, avalia Rogério
Barbosa, treinamento e capacitação são fundamentais. “As empresas
devem se preocupar não só em cumprir a lei, mas também em promover
a capacitação e desenvolvimento de seus quadros”, diz ele.
Um outro aspecto da inclusão de pessoas com deficiência no mercado de
trabalho são as condições de trabalho e de acessibilidade. Por exemplo,
o Centro Empresarial, onde funcionam várias empresas de grande porte,
promoveu uma série de alterações no empreendimento dirigidas às
pessoas com deficiência: criação de vagas privativas nos estacionamen-
tos, serviço de apoio dos bombeiros na locomoção interna por meio de
veículo adaptado com elevador hidráulico, rampas de acesso, corrimões,
banheiros e outras adaptações arquitetônicas apropriadas a esse público.
“A reestruturação do espaço físico tornou-se uma preocupação geral. O
Centro Empresarial investiu alto na modernização. Vivemos uma mudan-
ça de conceitos. Toda a sociedade aprende com o processo de inclusão
das pessoas com deficiência”, diz Barbosa.
PROGRAMA DE EMPREGABILIDADE VIRA REFERÊNCIA
A Serasa, empresa de análises e informações de crédito e apoio a negó-
cios, desenvolve um programa de empregabilidade de pessoas com
deficiência que se tornou referência no país. Trata-se de um processo de
treinamento e qualificação de 480 horas para que as pessoas sejam
efetivadas na própria empresa ou ganhem competitividade no mercado
de trabalho.
Os selecionados passam por um período de seis meses de qualificação
profissional. Durante os primeiros dois meses, eles ficam em sala de aula
acompanhando cursos de aprimoramento profissional. Nos outros qua-
tro meses, são treinados no próprio lugar de trabalho, onde poderão vir
a ser efetivados. Mediante duas avaliações, os estagiários podem ser
efetivados na Serasa ou encaminhados para seleção em outras empresas.
O coordenador do programa, João Ribas, diz que tudo o que é oferecido
para as pessoas com deficiência significa investimento, não gasto. “Para
nós, não há diferenciação entre comprar um software de edição de tex-
tos comum e um leitor de tela para cegos. Ambos são ferramentas de
trabalho necessárias. A empresa oferece recursos e cobra resultados”,
explica.
Segundo Ribas, a empresa enfrenta o desafio de ter pessoas com defi-
ciências mais severas. Os seus quadros são integrados por cadeirantes,
pessoas com zero de visão, zero de audição, além de pessoas amputa-
das, com distrofia muscular e com síndrome de down. “Esperamos que
todas elas cresçam dentro da empresa, se qualifiquem, se desenvolvam
e alcancem os melhores resultados.”
Além da contratação pelas empresas, é preciso observar também se as
pessoas com deficiência empregadas estão se desenvolvendo dentro
das empresas. “Se as pessoas contratadas não crescerem, não forem
promovidas, então temos um outro problema. Não basta contratar. O
que a gente quer é desenvolver”, afirma o coordenador.
Uma vez por semana, às quintas-feiras de manhã, a Serasa recebe repre-
sentantes de corporações, de ONGs e estudantes universitários para
conhecer o programa. A cada três meses, também é realizado o Fórum
Serasa de Empregabilidade de Pessoas com Deficiência, quando são
feitas palestrar sobre assuntos relacionados à inclusão social e profissio-
nal de pessoas com deficiência. Bárbara Murray, maior especialista da OIT
em inclusão profissional de pessoas com deficiência, foi convidada para
ser a palestrante do fórum no dia 26 de setembro.
SE AS PESSOAS CONTRATADAS NÃO
CRESCEREM, NÃO FOREM PROMOVIDAS,
ENTÃO TEMOS UM OUTRO PROBLEMA.
NÃO BASTA CONTRATAR. O QUE A
GENTE QUER É DESENVOLVER.
JOÃO RIBAS
Rogério Barbosa João Ribas
24 | | SET/OUT/NOV 2007
AVIAÇÃO SEM CRISE |
A aviação entrou com determinação na onda da sustentabilidade que
predomina no mundo corporativo. Modelos como o Airbus A380 e o
Boeing 474-8 transportam mais passageiros com menos ruído e gas-
tam menos combustível. Frotas de empresas como a Bombardier e a
Lufthansa utilizam aviões cada vez mais econômicos. Em 2006, por exem-
plo, a média dos gastos de combustível em toda a frota do grupo
alemão Lufthansa foi de 4,4 litros por passageiro em vôos de 100 quilô-
metros, o que representa uma redução de 30% em relação ao início dos
anos 1990. A meta é economizar mais 12 pontos porcentuais, chegando
a uma redução de 18% em 2012.
A Bombardier Aerospace, cuja sede no Brasil fica no Centro Empresarial
de São Paulo, opera na mesma linha. A empresa canadense apresentou
em agosto, em São Paulo, três de seus inovadores jatos executivos. O
Learjet 45 XR, por exemplo, voa mais rápido, mais longe e com mais
passageiros que qualquer outro jato executivo superleve. Outro modelo
apresentado pela companhia, “o Challenger 300”, voa de São Paulo a
San Juan sem parar para abastecer, com carga útil máxima. Já o Challenger
605, também apresentado em agosto, transporta passageiros de São
Paulo a Miami sem escalas.
O vice-presidente regional de vendas da Bombardier Business Aircraft,
Fábio Rebello, afirma que esses modelos estão em linha com a tendên-
cia de modernização da aeronáutica mundial: “São jatos inovadores, que
se aplicam tanto às diversas necessidades de viagens executivas quan-
to às condições de operações na região”.
Nessa linha, a Bombardier considera importante também oferecer servi-
ços de manutenção que permitam às aeronaves modernas manter seu
desempenho e atender às crescentes demandas do consumidor. Por
isso, fechou acordo com a Ocean Air Táxi Aéreo, que foi credenciada como
centro de serviços autorizado da companhia na América Latina. “Com 320
jatos executivos da Bombardier operando na região, dos quais 90 no
Brasil, é preciso ter centros como esse, que proporcionam atendimento
para nossa crescente base de clientes”, afirma James Hoblyn, presidente
de Satisfação ao Cliente da Bombardier. A rede de manutenção da
Bombardier conta com 42 unidades no mundo, com 36 centros de manu-
tenção autorizados e seis centros de produção de equipamentos originais.
Dentro da política de modernização do setor aeronáutico, a Bombardier
inaugurou também em agosto um depósito de peças de reposição,
localizado entre os aeroportos de Congonhas e de Guarulhos, em São
Aviões seguem rota da sustentabilidade
Challenger, da Bombardier, em tendência com as exigências da aviação
A atual tendência é a construção de
aeronaves mais econômicas e seguras.
Por: Rita Gallo
Fotos: Divulgação
SET/OUT/NOV 2007 | | 25
Paulo. A companhia vai aproveitar as centenas de vôos diretos diários
para despachar rapidamente serviços e peças para clientes na América
do Sul, a partir do Brasil. “Nossos operadores podem agora se beneficiar
dos mais altos padrões da indústria aeronáutica em relação a serviços
de peças e componentes”, garante Udo Reider, vice-presidente de com-
ponentes, logística e serviços da Bombardier.
Iniciativas como essa mostram que a companhia, como todo o setor
aeronáutico, está voltada para o aperfeiçoamento tecnológico de olho
na sustentabilidade. Os fabricantes de equipamentos detectaram essa
necessidade. A Indústrias Romi, por exemplo, líder na fabricação de má-
quinas como injetoras de plástico, está lançando a Série Primax, voltada
para o setor, que permite economia de até 40% de energia.
Esse movimento em direção ao desenvolvimento sustentável parte de
um setor de peso da economia. A indústria aeronáutica brasileira é a
maior do Hemisfério Sul. Em 2004, movimentou US$ 4,2 bilhões, contra
US$ 3 bilhões em 2002. Somente em exportações foram US$ 3,5 bilhões,
contra US$ 2,7 bilhões em 2002. O setor gera 18 mil empregos diretos -
eram 16,8 mil em 2002. Os dados são da Associação Brasileira das Indús-
trias Aeroespaciais do Brasil (AIAB).
O mercado de aviação é um dos que mais investe em inovação, com
aportes que oscilam entre 5% e 20% do faturamento total. Com isso, o
setor gera tecnologia e desenvolvimento que se irradiam para outros
segmentos da economia, como telecomunicações, energia, segurança e
saúde. A indústria aeroespacial brasileira é o único segmento de alta
tecnologia do País a pos-
suir marcas nacionais reco-
nhecidas mundialmente,
como a Embraer, que atua
no ramo de produção de
vagões ferroviários (onde é
considerada por alguns
como a líder mundial), aviões
regionais, e outros serviços
comerciais. Ela emprega
aproximadamente 64 mil
pessoas, e sua receita bru-
ta em 2004 foi de US$ 15,5
bilhões.
AERONAVES COM MAIOR CAPACIDADE DE VÔO E DE TRANSPORTE DIMINUEM O TRÁFEGO AÉREO E
CONTRIBUEM PARA AUMENTAR A SEGURANÇA NOS AEROPORTOS
O Lear Jet leva mais passageiros e tem mais autonomia de vôo
Fábio Rabello, vice-presidente regional
de vendas da Bombardier Business Aircraft
26 | | SET/OUT/NOV 2007
SEGURANÇA |
A organização da vida das pessoas e das empresas é cada vez mais
pautada em aspectos que envolvem a segurança. Este passou a ser um
fator decisivo nas escolhas dos deslocamentos e de locais de moradia, de
trabalho, de consumo e de lazer.
Em São Paulo, a sensação de insegurança reflete os elevados índices de
violência na cidade. Segundo as estatísticas policiais da Secretaria da
Segurança Pública do Estado, apenas no primeiro semestre deste ano,
ocorreram na capital mais de 200 mil crimes contra o patrimônio. Aproxima-
damente 43 mil roubos e furtos de veículos foram registrados no mesmo
período. Isto é, cerca de 240 automóveis são roubados ou furtados diaria-
mente, um a cada seis minutos. Roubos a bancos chegaram a 102.
No mapa da violência, observa-se, grosso modo, que os crimes contra a
vida (homicídios) são mais numerosos nas regiões periféricas, enquanto
os crimes contra o patrimônio concentram-se nas regiões centrais, onde
há maior concentração e circulação de riquezas.
ACESSO PÚBLICO E SEGURANÇA
O Centro Empresarial de São Paulo é um local diferenciado no contexto
da cidade, pois combina grande concentração de empresas e de serviços,
livre acesso público e níveis elevados de segurança. Longe de ser um
bunker urbano, o condomínio é um espaço aberto aos moradores de
toda a cidade. Ele abriga dezenas de corporações, bancos, lojas comerciais
e prestadores de serviços, onde trabalham 12 mil pessoas e circulam
cerca de 6 mil visitantes por dia.
Para dar suporte a todo esse fluxo, existe um sofisticado aparato de
segurança. São 161 pessoas voltadas para os serviços de proteção do
condomínio: vigilantes, distribuídos em pontos fixos, agentes de segu-
rança, que circulam pelos corredores, operadores dos circuitos internos e
uma equipe de bombeiros.
TECNOLOGIA E PLANEJAMENTO
A eficiência do sistema de segurança ancora-se numa moderna plataforma
tecnológica. Todos os locais do condomínio são controlados por circuito interno
de televisão. São 128 câmeras distribuídas em pontos estratégicos e
monitoradas por operadores em tempo integral. Um sistema de rádio permite
a comunicação permanente entre todos os integrantes do sistema.
O gerente de segurança do Centro Empresarial de São Paulo, Adauto
Luiz Silva, explica que o planejamento das ações ajusta-se à dinâmica
do condomínio. “Montamos esquemas especiais de acompanhamento
do fluxo de pessoas que transitam pelo condomínio nos períodos de
pico, como os horários de almoço e de saída das empresas. Também
reforçamos o aporte de pessoal nos dias de pagamento, quando um
grande número de moradores da região utiliza as agência bancárias do
Centro Empresarial.”
ARQUITETURA E INFORMAÇÃO
Outros dois fortes aliados do esquema de segurança são a própria
arquitetura do condomínio e o uso das informações. Para adentrar os
blocos do condomínio, é necessário passar por áreas de controle, como
as portarias, estacionamentos e corredores, barreiras arquitetônicas que
inibem ações criminosas na área interna. Na área externa contígua ao
condomínio, existe um eficiente policiamento das forças públicas. Por
meio de viaturas e de rondas a pé, a presença ostensiva das polícias Civil
e Militar inibe ações de criminosos nas redondezas. “O relacionamento e
a troca de informações com as direções da segurança pública na região
geram bons resultados e soluções tópicas para os problemas identifica-
dos na área”, diz Adauto Luiz Silva.
Esses resultados podem ser avaliados pelos números. Em um ano, foram
notificadas apenas 10 ocorrências na área externa do condomínio. Isto
representa menos de uma por mês. Com capacidade para 4.500 carros,
o condomínio não registrou um único roubo ou furto de veículos. Em toda
a história do Centro Empresarial, nunca ocorreu roubo a banco. “A qualida-
de da segurança é resultado da agregação de esforços, de planejamen-
to, linguagem única e padrão dos esquemas de proteção”, avalia o
gerente Adauto Luiz Silva.
Um espaçoseguro e
aberto a todaa cidade
PLANEJAMENTO E INFORMAÇÃO GARANTEM
NÍVEIS ELEVADOS DE SEGURANÇA NO CENTRO
EMPRESARIAL DE SÃO PAULO
Por: Fernando Caldas
Fotos: Paulo Alexo
SET/OUT/NOV 2007 | | 27
Casa NovaA Editora Banas está de casa nova desde
final de agosto. O Centro Empresarial de São
Paulo é seu novo endereço. A Banas é uma
das mais importantes editoras técnicas do país.
A editora é pioneira no jornalismo econômico
e técnico no Brasil. Sua história começou há
58 anos atrás, quando ingressou no merca-
do editorial brasileiro com a publicação de
boletins econômicos.
A Banas publica as revistas “P&S” – voltada a
produtos e serviços, “P&S Agroindústria”, “Pack”
– líder no segmento de embalagens. Todas
com circulação nacional. As publicações da edi-
tora alcançam mais de 400 mil profissionais
dos mais diferentes setores produtivos.
Que tal uma boa leitura?Como dizia o escritor argentino Jorge Luis Borges, o livro é uma arma carregada de sonhos.
Um mundo silencioso que dorme sossegado numa estante. Dorme e espera.
Que tal aproveitar o tempo com a leitura de um bom livro? Quem quiser uma dica pode visitar a
livraria News & Cia para saber quais são os lançamentos editoriais mais procurados pelo público.
A gerente Cristina Muronaga destaca entre os lançamentos que mais atraíram o interesse dos
clientes no último mês o livro “Menina que roubava livros”, de Markus Zusak, publicado pela
Editora Intrínseca (R$ 39,90). Trata-se da história de uma menina chamada Liesel Meminger,
abandonada pela mãe morta nas mãos dos nazistas, que acaba sendo entregue a um casal
alemão numa cidadezinha perto de Munique. Entre 1939 e 1943, Liesel encontrou a morte por
três vezes, e por três vezes a venceu.
Um outro sucesso de vendas é o livro “A Cidade do Sol”, de Khaled Hosseini, autor do bestseller
“O caçador de pipas”. Publicado no
Brasil pela editora Nova Fronteira, o
novo livro de Hosseini conta a histó-
ria de duas mulheres durante a ocu-
pação do Afeganistão. Lançado em
maio nos Estados Unidos, “A cidade
e o Sol” atingiu em apenas três se-
manas a marca de 1 milhão de exem-
plares vendidos. Na News & Cia, o
livro custa R$ 39,90.
A livraria News e Cia, localizada no Centro Empresarial de São Paulo
DE OLHO NO PAN (jun-ago/2007) – Robert
Scheidt, desde os seus 9 anos de idade, fre-
qüentava a Escola de Vela do YCSA - Yacht
Clube Santo Amaro. Nos clubes mencionados
praticava diversos outros esportes.ER
RAER
RAER
RAER
RAER
RATTTT T AAAA A
RÁPIDAS |
28 | | SET/OUT/NOV 2007
VIAJE |
Diante dos últimos acontecimentos que envolveram o setor aéreo, o
segmento marítimo desponta para mais uma temporada de sucesso no
País, assim como vem sendo observado nos últimos anos. “Estamos com
cerca de 25% de nossas vendas representadas pelas negociações de
cruzeiros”, diz Camilla Rezende, da Idoil Tours.
Para Samir El Ain, da Royale Tour, o sucesso dos passeios marítimos
certamente se repetirá na próxima temporada. “Hoje, é mais barato que
fechar um pacote para um destino do Nordeste”, ressalta. Segundo
Samir, diversos navios já estão totalmente negociados e, para este ano,
a coqueluche será o suntuoso navio Splendour of the Seas, que após 12
anos retorna à costa brasileira.
De olho neste filão de vendas, a MSC Cruzeiros terá no próximo verão
cinco diferentes opções de viagens. Os roteiros serão realizados nos dois
navios que estarão no Brasil: MSC Opera, pela primeira vez no País, e MSC
Armonia, que terá saídas do Rio de Janeiro.
O Costa Clássica, navio da Costa Cruzeiros, percorrerá roteiros mais que
especiais durante o Verão Diamante, resgatando o prazer de navegar
em grande estilo. Uma agradável surpresa espera pelos amantes da
gastronomia e da enologia que, durante a temporada 2007/2008, te-
rão o prazer de desfrutar do 1° Prata Gourmet, um cruzeiro exclusivo para
finos paladares durante um roteiro especial rumo à Bacia do Prata.
Pacotes marítimos despontamcomo as vedetes do próximo verãoACONTECIMENTOS DO SETOR AÉREO CONTRIBUÍRAM
Por: Davi Brandão
Fotos: Divulgação
Crise aérea tem levado as pessoas a se interessarem pelos cruzeiros
Siena, região de Toscana, Itália: ficou mais fácil viajar para fora
SET/OUT/NOV 2007 | | 29
AÉREAS FOCAM NO EXTERIOR
“Mesmo com a crise aérea, os turistas programam suas viagens, tendo
em vista que a situação envolve as rotas nacionais, não as internacio-
nais”, afirma Camilla Rezende, consultora de viagens da Idoil Tours, loca-
lizada em uma das alamedas do Shopping Panamby Jaraguá desde
1999. Segundo a consultora, as viagens para a Europa e para a Disney
continuam sendo as campeãs. Hoje, os pacotes oferecidos para o conti-
nente europeu podem ser realizados com duração de no mínimo uma
semana e no máximo 50 dias. “A segunda opção é muito favorecida
pelas condições de pagamento facilitado”, diz. “A cotação da moeda no
contrato, mesmo se o valor for parcelado, é a da registrada no dia do
fechamento da viagem”, completa.
Outros destinos pelo mundo também despertam interesse do público
brasileiro. Segundo a consultora, cresceu a procura pela Costa Leste dos
Estados Unidos, Cancun, Ilhas Maurício, República Dominicana, Lagos
Andinos (Chile), Punta Del Este e Buenos Aires.
Os pacotes chamados de exóticos também ganham a atenção do público.
Dentre as opções oferecidas pela agência, estão: Jerusalém, Turquia, Mar-
rocos e Índia. Ainda no Oriente um dos destinos procurados é a China. “No
próximo mês acreditamos que este destino terá uma atenção redobrada,
tendo em vista que começam a ser negociados pacotes para os Jogos
Olímpicos de Pequim”, completa. Também em ascensão está a região de
Cape Town (Cidade do Cabo), na África do Sul. “Estamos confiantes e acredi-
tamos que o turismo manterá essa crescente procura”, completa.
VÔO PARA RECUPERAÇÃO
Há 10 anos no mercado — dos quais cinco nas dependências do Shopping
Panamby Jaraguá —, a Royale Tur oferece pacotes que envolvem, além
de opções temáticas, como a Semana do Elvis, outras que atendem ao
mercado corporativo. Entre os destinos mais solicitados nos últimos me-
ses, estiveram a cidade de Buenos Aires, os Estados Unidos —Chicago,
Los Angeles e Miami— e a Alemanha.
“A crise aérea acabou atrapalhando as vendas, em especial para os
pacotes corporativos”, afirma Samir El Ain, gerente da empresa. “O aci-
dente da TAM também colaborou para a queda nas negociações”, confir-
ma. “Sabemos que foi uma fatalidade, mas para aqueles que tinham o
sonho de viajar de avião o acidente acabou se tornando um pesadelo”,
explica. “Mas o mercado continua”, desabafa.
Segundo o gerente da empresa, os destinos que ainda possuem uma
procura elevada, em especial quando os turistas vão a lazer, permane-
cem sendo os europeus, em especial cidades como Paris, Madri, Lisboa,
Bruxelas e Atenas.
VIAGENS ATIVAS
Atuando no segmento turístico desde o ano 2000, a AuroraEco, que
mantém atendimento aos públicos das classes A e B, é focada na reali-
zação de viagens ativas, mais procuradas por pessoas na faixa dos 40 e
65 anos, praticantes de algum tipo de atividade física. “Este modelo de
viagem propõe uma parada em uma estação na qual o caos, a correria e
os hábitos robóticos inexistem. Essa aderência aos costumes saudáveis
deve-se a uma procura incessante pela qualidade de vida e pelo prazer
verdadeiro”, explica Guilherme Padilha, sócio diretor da empresa.
Segundo Padilha, o público atendido pela empresa não está muito
preocupado com a cotação da moeda, mas sim com os bons prazeres
que a vida oferece. “Estamos preocupados em manter nosso atendi-
mento de primeira classe”, diz. Hoje, os destinos internacionais mais
procurados pela clientela da AuroraEco são a bela região da Toscana
(Itália), a região de Sete Lagos e a Argentina. Os pacotes sugeridos pela
empresa custam em média US$ 2.600 por pessoa, não sendo inclusa a
parte aérea.
SERVIÇO:
Idoil Tours — (11) 3741-1820 | Royale Tour — (11) 3741-9999
AuroraEco — (11) 3086-1731 | MSC Cruzeiros — (11) 5083-8510
Costa Cruzeiros — (11) 2123-3655 | SanCaTur Turismo — (11) 4223-5300
Florença, Itália: a Europa é um dos destinos preferidos
30 | | SET/OUT/NOV 2007
SERVIÇOS |
Aquarius – o forte são os grelhados: picanha, alcatra,
maminha, baby beef, filet de frango e queijo coalho.
Sistema de self service por quilo (24,90). 10 opções
de pratos quentes e 22 tipos de salada. Quem consu-
mir mais de 400g ganha um suco de cortesia.
(Localização: Bloco F/ Térreo – 96C1/C2/C3)
Arak – quibe cru ou frito, esfiha, kafta, homus e o
popular beirute. A criatividade da cozinha árabe é a
especialidade. Confira o Combinado Arak 2: 2 esfihas
fechadas, 2 abertas, 1 quibe frito e suco de laranja
(R$12,90). (Localização: Corredor G-F/Térreo – 94DE)
Daissuki – os apreciadores da cozinha japonesa
podem escolher o serviço de buffet (21,50), com 6
opções de pratos quentes e 6 bandejas de sushis
com variações diárias, ou as alternativas do à la
carte. Preços entre R$ 13 e R$ 16,90. (Localização:
Corredor G-A/ Térreo – 6Q2)
Finestre – cozinha contemporânea variada. Buffet
com 15 pratos quentes, 25 tipos de salada, sopas e
sobremesa. Self service a preço único (R$ 15,90),
incluindo sobremesa. Às quartas-feiras, feijoada. (Lo-
calização: Corredor G-B/Térreo – 6A)
Giorgio – serviço de buffet com receitas de estilos
variados. Grelhados e peixes são o forte da casa. Os
clientes podem escolher na hora como preferem os
grelhados, bem ou mal passados ou ao ponto. Preço
do buffet: R$ 15,90, com sobremesa. Sem sobremesa,
R$ 13,90. (Localização: Corredor A-B/Térreo – 6Q4)
Gostinho Brasileiro – Culinária brasileira. Diaria-
mente 14 tipos de pratos quentes e entre 15 e 20 tipos
de saladas. Na segunda-feira, salmão, na terça, costela
assada, na quarta, feijoada, na quinta, massas, na
sexta, camarão à paulista e paella. Desconto de 5O%
no buffet de acepipes do happy hour, às sextas. Buffet:
16,50. (Localização: Corredor A-B/Térreo – 86AB)
Joe The Chicken – a especialidade são os pratos
com frango. Filé à parmegiana, polpetone, panque-
ca, strogonoff e o filé a Ellen são os fortes do cardá-
pio. Todos os pratos com guarnições à vontade. A
sugestão da casa é o Virado a Joe, servido na sexta.
Preços entre R$ 10,90 a R$ 13,90. (Localização: Cor-
redor G-A/Térreo – 6E)
Le Point – Comida caseira, no sistema self service,
por quilo (R$ 26,00). O cardápio segue a tradição:
virado à paulista, na segunda-feira, a feijoada, na
quarta, massas, na quinta, e peixes, na sexta-feira.
Sobremesa ou um refrigerante grátis para pratos
com mais de 500 gramas. (Localização: Corredor
A-B/Térreo – 86FG)
Liverpool – serviço à la carte, com pratos variados. As
feijoadas às quartas-feiras são certeza de satisfação. O
bacalhau às sextas-feiras é outra opção. Preços: R$ 19,90,
em média. (Localização: Corredor A-B/Térreo – 6Q3)
Maanain – alimentação balanceada, com baixas
calorias. Peixes, aves e carnes grelhados, carne de
soja e sopas. O sistema à la carte permite escolher os
pratos preparados sob orientação de nutricionistas,
além do buffet de saladas, sempre variadas. Há tam-
bém pratos tradicionais. Preço: R$ 12,00, em média.
(Localização: Bloco F/ Térreo – 96C7B/C8/C9)
Montana Grill Express – grelhados de cortes
especiais, guarnições sortidas e saladas com compo-
sições criativas são o forte da churrascaria. Molhos de
sabores variados dão o toque aos grelhados do
Montana. Há também massas com várias opções de
molhos. (Localização: Bloco F/Térreo – 95A2/A3/A4)
Panda Inn – Comida chinesa. Além dos tradicio-
nais Yakissoba ou Frango Xadrez (R$13,90), tem o
serviço de buffet (R$ 16,90) com 20 pratos variados.
A sugestão da proprietária, Lúcia Donaire, é o Cama-
rão Apimentado (R$ 25,00). (Localização: Corredor A-
B/Térreo – 86C)
Philadelphia – a diversidade de receitas é uma
das características do serviço de buffet da casa. 18
opções de pratos quentes e 25 variações de saladas.
Preço único por pessoa: R$ 14,90. (Localização: Cor-
redor A-B/Térreo – 6Q3)
Piazza – sistema self seervice, por quilo (23,90). Os
pesos que excedem 500g não são cobrados. 14 pra-
tos quentes diferentes, 25 tipos de salada e sopas.
Sempre há opções de 4 tipos de massa, 4 tipos de
carne, feijões e risotos variados. Sobremesa e suco
por R$ 2,50. (Localização: Corredor G-A/Térreo – 6A)
Saborini – especializado em pratos prontos, o res-
taurante oferece café da manhã, almoço e faz en-
tregas para eventos (coffee break e work lunch).
Diversas opções de lanches, de saladas e de pratos
quentes, que variam de R$ 9,50 a R$ 14,90. Pratos
acompanhados por refresco, e lanches, por um re-
fresco ou refrigerante. (Localização: Corredor G-A/
Térreo – 601)
Saborini Express – funciona das 11 às 15 horas,
com serviço à la carte. Diariamente, 6 opções de
pratos quentes, mais buffet de saladas e sobreme-
sa. Os pratos custam em média R$ 11,90. Um prato,
acompanhado por salada e sobremesa sai a R$ 13,90.
(Localização: Corredor G-A/Térreo – 602)
Sante – sistema self service, por quilo. A cozinha é
variada. No cardápio, pratos quentes, saladas e opções
de churrasco. A sugestão da gerente Ana Luiza Go-
mes é a feijoada, às quartas-feiras. O preço máximo é
de R$ 12,50. (Localização: Corredor G-B/Térreo – 6D)
Via Pasta – cozinha italiana, com massas frescas
de diferentes tipos de molhos. Pizzas, carnes e tor-
tas salgadas compõem também o cardápio do res-
taurante. No dia 29 de cada mês, os clientes que
comem o nhoque da fortuna ganham um dólar.
Preços de R$ 9,00 a R$ 18,00. (Localização: Bloco F
Térreo – 96C3B/C4/C5/C6A)
Zarapeusta – um restaurante cuidado a quatro
mãos. Um sócio caprichando na cozinha e outro na
acolhida dos freqüentadores. Saladas, carne, frango
e peixe sempre. Experimente o salmão servido às
quartas. Disponibiliza também um cantinho com
comidas light. Self-service. (Localização: Bloco F/
Térreo – 96C3b/C4/C5/C6A)
Ter várias opções de alimentação saudável e de qualidade é fundamental para quem gosta de comer bem.
Os freqüentadores do Centro Empresarial de São Paulo têm diversas alternativas de boa cozinha.
Guia de restaurantesGuia de restaurantes
SET/OUT/NOV 2007 | | 31