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Congresso da Cidadania Grupo de Docentes de Filosofia da Universidade dos Açores Universidade dos Açores Universidade dos Açores 04 de Maio de 2005 04 de Maio de 2005 PAINEL DE ENCERRAMENTO

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Page 1: Grupo de Docentes de Filosofia da Universidade dos Açores Universidade dos Açores 04 de Maio de 2005 PAINEL DE ENCERRAMENTO

Congresso da Cidadania

Grupo de Docentes de Filosofia da Universidade

dos AçoresUniversidade dos Açores Universidade dos Açores

04 de Maio de 200504 de Maio de 2005

PAINEL DE ENCERRAMENTO

Page 2: Grupo de Docentes de Filosofia da Universidade dos Açores Universidade dos Açores 04 de Maio de 2005 PAINEL DE ENCERRAMENTO

A cidadania como condição da A cidadania como condição da dimensão comunitária da pessoadimensão comunitária da pessoa

M. Patrão Neves

A ‘Cidadania’ em caleidoscópio

Page 3: Grupo de Docentes de Filosofia da Universidade dos Açores Universidade dos Açores 04 de Maio de 2005 PAINEL DE ENCERRAMENTO

A cidadania como condição da dimensão comunitária da pessoaA cidadania como condição da dimensão comunitária da pessoa

1. 1. CConceito de cidonceito de cidaadania e seu surgimentodania e seu surgimento

sentido de pertença sentido de pertença (restrito)

exigência de participação exigência de participação (elitista)

bem individual (bem individual (ética))subordina-se subordina-se aa

bem comum (bem comum (política))

2. 2. UUniversalização e democratização da cidadanianiversalização e democratização da cidadania

igualdade cívica igualdade política

bem individual e comum

Page 4: Grupo de Docentes de Filosofia da Universidade dos Açores Universidade dos Açores 04 de Maio de 2005 PAINEL DE ENCERRAMENTO

3. “Eticização” da “cidadania”3. “Eticização” da “cidadania”

Política

direitos(bem individual) individualismo

pluralismo

indiferentismo

irresponsabilidade

cida

dani

a

deveres(bem comum)

Ética

comunitarismo

universalismo

empenhamento

compromisso

Page 5: Grupo de Docentes de Filosofia da Universidade dos Açores Universidade dos Açores 04 de Maio de 2005 PAINEL DE ENCERRAMENTO

A ‘Cidadania’ em caleidoscópio

Cidadania, Autenticidade, Manipulação Berta Miúdo

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A cidadania...

... não é uma categoria abstracta

... É OBRA E PRODUTO DA CULTURA

... É “FILHA DO TEMPO”

A cidadania...

... não está feita

... EXIGE UM TRABALHO CONSTITUTIVO E REAL DE EFECTIVAÇÃO

-futuro: horizonte da cidadania

-cidadão: “fazedor de escolhas”

-Cidade: encruzilhada

JUSTIÇAJUSTIÇA

LIBERDADELIBERDADE

IGUALDADEIGUALDADEA cidadania...

... não está isenta de contradições

ENFRENTA MÚLTIPLOS DESAFIOS

MANIPULAÇÃO

uso e abuso da PALAVRA (dominação

e exploração)

NÃO- -

LIBERDADE (“estratégia da mentira”)

Page 7: Grupo de Docentes de Filosofia da Universidade dos Açores Universidade dos Açores 04 de Maio de 2005 PAINEL DE ENCERRAMENTO

PROPAGANDA

- simplificação

- ampliação

- orquestração

- transfusão

- contaminação

PUBLICIDADE

- informar

- influenciar

- modelar consciências

INDIVIDUALISMO EXTREMO

NIVELAMENTO DO HUMANO EM

MASSAS

“homem-átomo”

“homem-massa”

“homem-radar”

AUTENTICIDADE

MANIPULAÇÃOCIDADANIA

EDUCAÇÃO

VERDADE

responsabilidade projecto

Page 8: Grupo de Docentes de Filosofia da Universidade dos Açores Universidade dos Açores 04 de Maio de 2005 PAINEL DE ENCERRAMENTO

Magda Carvalho

A ‘Cidadania’ em caleidoscópio

Natureza, Civilização e Cidadania

Page 9: Grupo de Docentes de Filosofia da Universidade dos Açores Universidade dos Açores 04 de Maio de 2005 PAINEL DE ENCERRAMENTO

1. Análise dos conceitos implicados

“NATUREZA”(do latim nasci – “nascer”)

aquilo que existe, no domínio das coisas, sem dever essa existência ao ser humano

“CIVILIZAÇÃO”(século XVIII)

processo de progresso e melhoramento da sociedade, em

termos cívicos, espirituais e materiais

“CIDADANIA”(Aristóteles,

Política)

“cidadão” – aquele que tem o direito de

participar no exercício do poder público, nos cargos deliberativos e

judiciais da cidade, que se assume como sua parte constituinte

natural artificial

espontâneo artefacto

imprevisível previsível

ritmo lento ritmo rápido

os objectos são o que são,

independentemente das suas

funções

os objectos dependem, naquilo que

são, das funções que

desempenham

E o SER HUMANO

SER HUMANO?

Qual é o seu lugar?

Page 10: Grupo de Docentes de Filosofia da Universidade dos Açores Universidade dos Açores 04 de Maio de 2005 PAINEL DE ENCERRAMENTO

2. Desafios lançados pela articulação dos conceitos“Jacinto”, A Cidade e as Serras, Eça de Queirós

Admirável Mundo Novo, Aldous Huxley

“(...) hoje, a árvore do conhecimento científico corre o risco de cair sob o peso dos seus frutos, esmagando

Adão, Eva e a infeliz serpente.” Edgar Morin, Ciência com Consciência, 1982

Perigo iminente:

extinção da identidade humana, da nossa própria natureza e do papel integrante que desempenhamos no que nos rodeia

extinção dos nossos direitos e deveres de cidadania

pertencemos ao mundo natural, temos uma

dimensão biológica que o atesta – o corpo

temos uma dimensão racional que nos impele à manipulação técnica de

processos que visam alterar o mundoSABER = PODER = RESPONSABILIDADE

C I D A D A N I A

Page 11: Grupo de Docentes de Filosofia da Universidade dos Açores Universidade dos Açores 04 de Maio de 2005 PAINEL DE ENCERRAMENTO

Cidadão do MundoCidadão do MundoOrigem, Sentido, ActualidadeOrigem, Sentido, Actualidade

Pedro Correia

A ‘Cidadania’ em caleidoscópio

Page 12: Grupo de Docentes de Filosofia da Universidade dos Açores Universidade dos Açores 04 de Maio de 2005 PAINEL DE ENCERRAMENTO

Cidadão do MundoCidadão do MundoOrigem, Sentido, ActualidadeOrigem, Sentido, Actualidade

Diógenes de SinopeDiógenes de Sinope (412-321 a C) (412-321 a C)«… «… sou cosmopolita.sou cosmopolita.»»

A dinâmica universalista CristãA dinâmica universalista Cristã, que desde o séc. IV cresce vinculada , que desde o séc. IV cresce vinculada à expansão da civilização ocidental.à expansão da civilização ocidental.

A Expansão PortuguesaA Expansão Portuguesa (séc. XV) [F. Sanchez…] (séc. XV) [F. Sanchez…]

Declaração Universal dos Direitos HumanosDeclaração Universal dos Direitos Humanos (N.York 1946) (N.York 1946)

III Forum Mundial SocialIII Forum Mundial Social (Porto Alegre 2003) (Porto Alegre 2003)

Page 13: Grupo de Docentes de Filosofia da Universidade dos Açores Universidade dos Açores 04 de Maio de 2005 PAINEL DE ENCERRAMENTO

C o s m o p o l i t i s m oC o s m o p o l i t i s m o

A liberdadeA liberdade, constituindo a mais alta , constituindo a mais alta aspiração aspiração do homem comumdo homem comum (DUDH), (DUDH),traduz-se em movimento traduz-se em movimento cultural, que:cultural, que:

erradicaerradica ameaças de ameaças de exclusãoexclusão;;

favorecefavorece um um desenvolvimento desenvolvimento cosmopolitacosmopolita..

Page 14: Grupo de Docentes de Filosofia da Universidade dos Açores Universidade dos Açores 04 de Maio de 2005 PAINEL DE ENCERRAMENTO

A Cidadania em Caleidoscópio

Cidadania nacional, europeia e regional:Cidadania, civismo e democracia

Carlos E. Pacheco Amaral

Page 15: Grupo de Docentes de Filosofia da Universidade dos Açores Universidade dos Açores 04 de Maio de 2005 PAINEL DE ENCERRAMENTO

• A União Europeia: razões de integração e evolução

histórica: de 1950 a 2005 ...• Modelos de Cidadania:

• Liberal e individualista,• Republicana,• Cidadania, identidade e civismo,

• Cidadania, confiança – horizontal e vertical – e democracia;

• Cidadania Europeia e Cidadania Nacional;• Da Europa dos Estados à Europa dos cidadãos?

Tratado Constitucional, direitos fundamentais e cidadania.

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TF-AU/3 Comissão Europeia :

13

1

2

3

4

5

6

8

9

10

11

12

7 11.Turquia

1. Estónia

2. Letónia

3. Lituânia

4. Polónia

5. Rep. Checa

6. Rep. Eslovaca

7. Eslovénia

8. Hungria

12. Chipre

13. Malta 9. Roménia

10.Bulgária

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A Procura do Belo no “Caleidoscópio” da Cidadania

Gabriela Castro

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AA ProcuraProcura dodo BeloBelo nono “Caleidoscópio”“Caleidoscópio” da da CIDADANIACIDADANIAÉtica

Política

Ciência

Religião

Arte ?

EXPRESSÃOCOMUNICAÇÃO

emoções

sentimentos

conhecimento

CS crítica do cidadão

CONSCIÊNCIA ESTÉTICA

BELO

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A Procura do Belo no “Caleidoscópio” da CidadaniaA Procura do Belo no “Caleidoscópio” da Cidadania

Ser–se cidadão é procurar no fundo do caleidoscópio, a Ser–se cidadão é procurar no fundo do caleidoscópio, a

imagem imagem real ou possívelreal ou possível capaz de nos capaz de nos transmitir prazer ou desprazer face à realidade que transmitir prazer ou desprazer face à realidade que

nos envolvenos envolve

REALREALPOSSÍVEL POSSÍVEL

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A ‘Cidadania’ em caleidoscópio

Comunicação, Debate Público e Formação

Rui Sampaio

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O conceito de formação

A origem do conceito na mística medieval: Bild Bildung.

Herder: A Bildung como elevação à humanidade (Humanität).

Hegel: A Bildung como elevação à universalidade mediante o contacto com a alteridade.

Gadamer: A Bildung como um processo interminável de experiências hermenêuticas e correcção de preconceitos.

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Racionalidade comunicativa e debate público

Racionalidade instrumental e racionalidade comunicativa.

A racionalidade comunicativa como uma concepção procedimental e contextualista da racionalidade.

Pressuposições inerentes aos processos comunicativos (Habermas): acesso universal, incondicional e sem coacção ao debate público; democratização plena da sociedade.

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Saberes e Cidadania – presença de açorianos

José Luís Brandão da Luz

A ‘Cidadania’ em caleidoscópio

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Memória HistóricaMemória Histórica

Gaspar FrutuosoGaspar Frutuoso (1522-1591)(1522-1591)6 Livros, em 8 volumes sobre Açores, Madeira, Canárias e Cabo 6 Livros, em 8 volumes sobre Açores, Madeira, Canárias e Cabo VerdeVerde

Fr. Diogo das Chagas (1576-?)Fr. Diogo das Chagas (1576-?)1640-1646: 1640-1646: Espelho Cristalino em Jardim de Várias FloresEspelho Cristalino em Jardim de Várias Flores, em que , em que descreve as ilhas, descoberta, povoamento, governo e genealogia descreve as ilhas, descoberta, povoamento, governo e genealogia das principais famíliasdas principais famílias

Fr. Agostinho de Monte Alverne (1629-1726)Fr. Agostinho de Monte Alverne (1629-1726)Crónica da Província de S. João Evangelista das Ilhas dos Açores Crónica da Província de S. João Evangelista das Ilhas dos Açores da Ordem de S. Franciscoda Ordem de S. Francisco

António Cordeiro (1640-1722António Cordeiro (1640-1722Cursus PhilosophicusCursus PhilosophicusHistória InsulanaHistória Insulana

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Política e SociedadePolítica e Sociedade

O ideal de progresso do séc. XIX:O ideal de progresso do séc. XIX:- As novas disciplinas científicas;- As novas disciplinas científicas;- Orientação científica e técnica do ensino;- Orientação científica e técnica do ensino;- O Positivismo;- O Positivismo;- Os ideais republicanos.- Os ideais republicanos.

Presença nacional de grandes açorianos:Presença nacional de grandes açorianos:- Teófilo Braga (1843 – 1924);- Teófilo Braga (1843 – 1924);- Manuel de Arriaga (1840 – 1917).- Manuel de Arriaga (1840 – 1917).

Projecção internacional de F. Arruda Furtado (1854 – Projecção internacional de F. Arruda Furtado (1854 – 1887).1887).

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