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ANO II - H‘o 103 Dotnjngo, 18 de Dezembro de 1932 MONTIJO [REIPiy^lUeAlfcjl© !RíE©S©ÍM^iLOí (Defensor dos Interesses Locaes) jlliilllllilllllllHllllllliilill Dirertor g Dr. M. Pauíiiio Gomo» B Editor: g- J. R. Xavier Lopes Adminií t . : § Joaquim Ameixa 1 ÀSSÍnXtu RAS: ~ Série de 10 num. S$(K | ANUNCJOS S (Contracto especial) | “ 1 ÍSAÍQ PELA CENSURA “ | ^ '^iimiiiiiiiiiniiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiniiiiiiiiiiiiF Composto e Impresso na Tipografia S I M Õ E S -SETUBSL Propriedade da Empreza de Publicidade do «Montijo » Eedaeção e Administração Praça i.° de Maio - M O N T I J O De vez em quando ... Sã» ——mw icwrig Velhot temat Casas económicasAo povo i "1 !"118 Ierra Tinha prometido a mim próprio não passar do meu artigo «Indolência ou comodismo», não massacrar mais os leitores do jornal regionalista «Montijo». Mas são tantas as deficiências e as anomalias que, sem o mais pequeno protesto ou reacção, encontro na vida quotidiana da minha terra, que, não há qne admirar, que eu volte cà carga com a minha verrina e caturrice. Continuando, pois, à laia dos fo- lhetins que enfeitam os roda-pés dos jornais de grande tiragem, e, no in- tuito de aclarar e acicatar o brio dos meus conterrâneos, vou começar pela luz. Dêste elemento, que tão necessário é á vista, como ao espírito, se alguém há que alimente nesta vila esta última parcela do organismo, pouco existe, porém, que supra as exigências da- quêle órgão. Mas o mal não é de agora, e, como os cofres municipais se encontram so- brecarregados com a despeza da cana- lização da vila, princípio de higiene tanto para louvar, não podendo, por tal facto acudirem de momento à be- nificiação do aparelho gerador da electricidade, que mal nos alumia, não mexamos agora no caso e passemos adiante. De resto o demo tece-as e..^ não vá o motor, depois de, ouvir o meu arrazoado, encher-se de brios e esfor - çar-se a ponto de ficar nú, que é, como quem diz, com mais uma camisa ava- riada : Longe vá o agoiro ! Há, no entanto, um pequeno óbice, que só faz bem remediar. Refiro-me ao prematuro córte ma- tutino da corrente fornecida aos parti- culares. O transtorno que tal facto ocasiona, só se aprecia de visu. Entrem numa casa de lida em ela- boração na altura em que a luz desa- parece. E’ um verdadeiro pandemonio. Grita o patrão exaltado: Manuel! já arranjaste o gasómetro ? Não tenho pedra, patrão! Pede, então, à Maria, que te dei o candeeiro !... A êste falta o petróleo e tudo se conjuga para que as dificuldades au- mentem. Por outro lado as operárias aborre- cidas resfriadas e sorumbáticas, discu- tem, berram, gesticulam, enquanto o patrão pragueja contra tudo e contra todos. E’ o momento em que o astro rei, ainda a espreguiçar-se com sono, vem acariciar; quando vem e não manda uma boa bátega de agua, — com seus raios luminosos, os desesperados com a falta da luz que tão mal o substitue. Tudo socega neste comenos, mas o tempo passou inultirnente e o serviço atrazou-se. No dia seguinte repéte-se á scena e assim sucessivamente. O magno problema das «Casas Económicas», começou agora a sêr agitado em Lisboa e Porto. O problema da habitação mercê da lei das Casas Económicas, au- xiliado pela Caixa Geral de Depósitos, foi experimentado na Vila de «Campo Maior? , onde se fez o Bairro Municipal com 110 habitações, confortáveis de 4 divisões, corredor central, W. C. e quintal, valendo pelas suas dimensões o seu corredor como urna outra divisão, dispondo por moradia, duma área de cem metros quadrados o mínimo. Este problema foi estudado pelo ilustre presidente da Camara de Campo Maior, Ex.rao Senhor Teles da Gama com uma grande largueza de Vistas, até nos seus mais pequenos detalhes, tendo sempre em vista a economia do tipo de construção, escolhido antes de ter sido adoptada a resolução definitiva. Teve em vista este digno presidente do Município, proporcionar, ao operário uma casa apetitosa, de linhas simples mas harmónicas, com bôa divisão interior e com todo o conforto moderno possível dentro da sua modéstia, criando-lhe mesmo, por vezes, algumas necessidades, a que o operário não tem estado habituado, entre nós, fazendo assim nas- cer-lhes o amôr pelo seu lar, por aquele lar aonde a mulher e os filhos farão a sua felicidade. Cada inquilino, ao tomar posse do prédio, entregou 25 n/0 do seu custo; muitos desfizeram-se dalguns objectos de ouro. valeram-se de amigos e patrões, arranjaVa-os, emfim, de diversos modos. Depois, durante 14 anos, se antes não lhes Viesse um instante fe- liz, que lhes permitisse saldar o restante duma vez, pagariam mensal- mente 45 escudos. Todos os 1 10 edifícios foram prontamente ocupados. No momento presente alguns dêles são já dos inquilinos, o que re- presenta um valor de 5.500$00 que foi o seu custo de edificação, por unidade, fóra o terreno. Esta obra merece o devido relêvo, Vale a pena pegar nela e íòvan- ta-la bem alto, agarrar-lhe com as duas mãos e mostrá-la a todo o país, como um dos mais frizantes cometimentos de ordem social que uma vila de 7.000 habitantes, tomando uma posição de Vanguarda em Portu- gal inteiro, teve o mérito extraordinário de levar a cabo. Há que resolver, com rapidez e com alma, a crise da habitação económica,- E’ um problema social da maior importância. Mas há que o resolver de modo a que o operário não dispenda mais de um quinto do seu ordenado na renda e amortização a pagar. Há que atender a diversas hipóteses como sejam a dos operários industriais, dos artífices, dos empregados comerciais dos funcionários civis, etc., de modo a dar-lhes um alojamento condigno e ao alçance dos seus poucos recursos. Como principio educativo e disciplinador, tratando-se de um bairro económico destinado a habitantes de recursos modestos e cultura fraca, que se torna necessário educar e corrigir, em seus costumes e defeitos impõe-se e justifica-se: a cada familia, uma casa; a cada casa, um jar - dim ou uma horta. Além destas casas denominadas «padrão municipal», umas outras se podem e devem fazer, para famílias mais numerosas e de maiores recursos, Essas casas deVem ser construídas, pelo mesmo sistema nos quarteirões das avenidas. Outro sim, o Lavadouro público e o Mercado. A Câmara Municipal de Lisboa, em sua sessão de 8 do corrente, ocupou-se tambem do assunto das «Casas Económicas». Veja-se: Art. 6 .°— Em cada bairro de Casas Económicas os construtores terão de satisfazer á condição de garantir no ocupante a propriedade da casa, findo o prazo de 15 a 50 anos, com o pagamento mensal não superior a 100, 120 ou 150 escudos, para renda ou juros e amortização, conforme 5 tipos padrões (10, 12 e 15 contos. Art. 8.° — A Câmara Municipal obriga-se a proceder aos trabalhos iiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii E’ novamente ocasião para falar nos Bombeiros Voluntários desta vila. E... é ocasião porque no próximo mês de Janeiro se efectua a comemo- ração do 24.° aniversário de sua fun- dação. Não servem estas minhas linhas hoje, para pedir qualquer auxílio mo- netário ao público, para aquela insti- tuição, embora ela de muito careça ; não ! Não é o auxílio material que eu agora vos peço! E’ o auxílio moral que principalmente nesta altura tão necessário nos é. No dia 8 de Janeiro hão-de visitar a nossa terra, dezenas, talvez centenas de bombeiros de quasi todo o nosso país, pue juntamente com os bombei- ros da nossa terra, em cortejo percor- rerão as ruas da vila, em visita a todo o povo. E’ pois preciso que vós, filhos e e não filhos de Montijo, os recebais com aquele carinho, com aquela ga- lhardia, com aquela gentileza, que é vosso apanágio ao receberdes uma visita! Deveis revestir-vos de gala, para acolherdes em vosso seio hóspedes, que a toda a parte aonde vão, só hon- ra dão com a sua presença ; homens de peitos constelados, pelos seus fei- tos heroicos em prol da humanidade, rostos já vejlios de bombeiros que já muito fizeram e rostos de gente moça, que embora já muito também tenham feito, muito mais ainda há a esperar deles. E’ preciso que êsses herois, ao re- gressarem a suas terras, ás suas cor- porações, aos seus lares, levem bem vincada no coração a recepção feita, numa ter a, que é tam conhecida pe- las suas nobres qualidades de hospi- talidade. E’ preciso que não seja a nossa terra que lhes apague as gratas recor- dações que trouxeram da Covilhã, de Sobral de Monte Agraço de Santarém, etc., aonde foram recebidos galharda- mente sob uma chuva de aplausos e flôres, e tanto mais interessante, quan- to essas manifestações, eram princi- palmente feitas, pelas senhoras dessas localidades. E’ pois também a vós, senhoras da minha terra, que dirijo este apêlo. Prestai o concurso a esta festa, com a vossa graça, a gentileza, de que sois possuidoras, mostranndo assim a todo o país, pela voz da imprensa, que também possuís o coração da ver- dadeira mulher portuguesa, que sabe sentir, tesouro êsse que nenhum outro país possúe, como o nosso lindo Por- tugal, e que soubestes receber condi- gnamente os heroicos Bombeiros Por- tugueses. Está constituída uma comissão de senhoras, que tratará da recepção a fazer aos nossos visitantes, espero por- tanto que vós a acolhereis com todo o carinho, auxiliando-a no que estiver ao vosso alcance, para que essa rece- pção se torne brilhante e digna da nossa terra. (Ver continuação da 2„a pagina) (Vêr continuação na 2,a pagina) José Estêvão S. Carvalho

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Page 1: H‘o 103 Dotnjngo, 18 de Dezembro de 1932 MONTIJO...6. —Em cada bairro de Casas Económicas os construtores terão de satisfazer á condição de garantir no ocupante a propriedade

ANO II - H‘o 103 Dotnjngo, 18 de D ezem bro de 1932

MONTIJO[ R E I P i y ^ l U e A l f c j l © ! R í E © S © Í M ^ i L O í

(Defensor dos Interesses Locaes)

jlliilllllilllllllHllllllliilillD irertor

g Dr. M. Pauíiiio Gomo»B E d ito r:g- J. R. Xavier Lopes

Adminií t . :§ Joaquim Ameixa1 ÀSSÍnXt u RAS:~ Série de 10 num. S$(K | ANUNCJOSS (Contracto especial)

| “ 1 ÍSAÍQ PELA CENSURA “ | ^ '^iimiiiiiiiiiniiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiniiiiiiiiiiiiF

Composto e Impresso na Tipografia S I M Õ E S -SE T U B SL

Propriedade da Empreza de Publicidade do «Montijo»

Eedaeção e Administração Praça i.° de Maio - M O N T I J O

De vez em quando. . .Sã» —— mwicwrig

Velhot temat Casas económicasAo povo “i "1!"118 IerraTinha prometido a mim próprio

não passar do meu artigo «Indolência ou comodismo», não massacrar mais os leitores do jornal regionalista «Montijo».

Mas são tantas as deficiências e as anomalias que, sem o mais pequeno protesto ou reacção, encontro na vida quotidiana da minha terra, que, não há qne admirar, que eu volte cà carga com a minha verrina e caturrice.

Continuando, pois, à laia dos fo­lhetins que enfeitam os roda-pés dos jornais de grande tiragem, e, no in­tuito de aclarar e acicatar o brio dos meus conterrâneos, vou começar pela luz.

Dêste elemento, que tão necessário é á vista, como ao espírito, se alguém há que alimente nesta vila esta última parcela do organismo, pouco existe, porém, que supra as exigências da­quêle órgão.

Mas o mal não é de agora, e, como os cofres municipais se encontram so­brecarregados com a despeza da cana­lização da vila, princípio de higiene tanto para louvar, não podendo, por tal facto acudirem de momento à be- nificiação do aparelho gerador da electricidade, que mal nos alumia, não mexamos agora no caso e passemos adiante.

De resto o demo tece-as e. .^ não vá o motor, depois de, ouvir o meu arrazoado, encher-se de brios e esfor­çar-se a ponto de ficar nú, que é, como quem diz, com mais uma camisa ava­riada :

Longe vá o agoiro !Há, no entanto, um pequeno óbice,

que só faz bem remediar.Refiro-me ao prematuro córte ma­

tutino da corrente fornecida aos parti­culares. O transtorno que tal facto ocasiona, só se aprecia de visu.

Entrem numa casa de lida em ela­boração na altura em que a luz desa­parece. E’ um verdadeiro pandemonio.

Grita o patrão exaltado: Manuel! já arranjaste o gasómetro ? Não tenho pedra, patrão! Pede, então, à Maria, que te dei o candeeiro ! . . .

A êste falta o petróleo e tudo se conjuga para que as dificuldades au­mentem.

Por outro lado as operárias aborre­cidas resfriadas e sorumbáticas, discu­tem, berram, gesticulam, enquanto o patrão pragueja contra tudo e contra todos.

E’ o momento em que o astro rei, ainda a espreguiçar-se com sono, vem acariciar; quando vem e não manda uma boa bátega de agua, — com seus raios luminosos, os desesperados com a falta da luz que tão mal o substitue.

Tudo socega neste comenos, mas o tempo passou inultirnente e o serviço atrazou-se.

No dia seguinte repéte-se á scena e assim sucessivamente.

O magno problema das «Casas Económicas», começou agora a sêr agitado em Lisboa e Porto.

O problema da habitação mercê da lei das C asas Económicas, au­xiliado pela Caixa Geral de Depósitos, foi experimentado na Vila de «Campo Maior?, onde se fez o Bairro Municipal com 110 habitações, confortáveis de 4 divisões, corredor central, W. C. e quintal, valendo pelas suas dimensões o seu corredor como urna outra divisão, dispondo por moradia, duma área de cem metros quadrados o mínimo.

Este problema foi estudado pelo ilustre presidente da Cam ara de Campo Maior, Ex.rao Senhor Teles da Gama com uma grande largueza de Vistas, a té nos seus mais pequenos detalhes, tendo sempre em vista a economia do tipo de construção, escolhido antes de te r sido adoptada a resolução definitiva.

Teve em vista este digno presidente do Município, proporcionar, ao operário uma casa apetitosa, de linhas simples mas harmónicas, com bôa divisão interior e com todo o conforto moderno possível dentro da sua modéstia, criando-lhe mesmo, por vezes, algumas necessidades, a que o operário não tem estado habituado, entre nós, fazendo assim nas­cer-lhes o amôr pelo seu lar, por aquele lar aonde a mulher e os filhos farão a sua felicidade.

C ada inquilino, ao tomar posse do prédio, entregou 25 n/0 do seu c u s to ; muitos desfizeram-se dalguns objectos de ouro. valeram-se de amigos e patrões, arranjaVa-os, emfim, de diversos modos.

Depois, durante 14 anos, se antes não lhes Viesse um instante fe­liz, que lhes permitisse saldar o restan te duma vez, pagariam mensal­mente 45 escudos.

Todos os 1 10 edifícios foram prontamente ocupados.No momento presente alguns dêles são já dos inquilinos, o que r e ­

presenta um valor de 5.500$00 que foi o seu custo de edificação, por unidade, fóra o terreno.

Esta obra merece o devido relêvo, Vale a pena pegar nela e íòvan- ta-la bem alto, agarrar-lhe com as duas mãos e mostrá-la a todo o país, como um dos mais frizantes cometimentos de ordem social que uma vila de 7.000 habitantes, tomando uma posição de Vanguarda em Portu­gal inteiro, teve o mérito extraordinário de levar a cabo.

Há que resolver, com rapidez e com alma, a crise da habitação económica,- E’ um problema social da maior importância. Mas há que o resolver de modo a que o operário não dispenda mais de um quinto do seu ordenado na renda e amortização a pagar.

Há que atender a diversas hipóteses como sejam a dos operários industriais, dos artífices, dos em pregados comerciais dos funcionários civis, etc., de modo a dar-lhes um alojamento condigno e ao alçance dos seus poucos recursos.

Como principio educativo e disciplinador, tra tando-se de um bairro económico destinado a habitantes de recursos modestos e cultura fraca, que se torna necessário educar e corrigir, em seus costumes e defeitos impõe-se e justifica-se : a cada familia, uma casa ; a cada casa, um jar­dim ou uma horta.

Além destas casas denominadas «padrão municipal», umas outras se podem e devem fazer, para famílias mais numerosas e de maiores recursos, Essas casas deVem ser construídas, pelo mesmo sistema nos quarteirões das avenidas.

Outro sim, o Lavadouro público e o M ercado.A Câm ara Municipal de Lisboa, em sua sessão de 8 do corrente,

ocupou-se tambem do assunto das «Casas Económicas». Veja-se:Art. 6 . °— Em cada bairro de C asas Económicas os construtores

te rão de satisfazer á condição de garantir no ocupante a propriedade da casa, findo o prazo de 15 a 50 anos, com o pagamento mensal não superior a 100, 120 ou 150 escudos, para renda ou juros e amortização, conforme 5 tipos padrões (10, 12 e 15 contos.

Art. 8.° — A Câm ara Municipal obriga-se a proceder aos trabalhos

iiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii

E’ novamente ocasião para falar nos Bombeiros Voluntários desta vila.

E. . . é ocasião porque no próximo mês de Janeiro se efectua a comemo­ração do 24.° aniversário de sua fun­dação.

Não servem estas minhas linhas hoje, para pedir qualquer auxílio mo­netário ao público, para aquela insti­tuição, embora ela de muito careça ; não ! Não é o auxílio material que eu agora vos peço! E’ o auxílio moral que principalmente nesta altura tão necessário nos é.

No dia 8 de Janeiro hão-de visitar a nossa terra, dezenas, talvez centenas de bombeiros de quasi todo o nosso país, pue juntamente com os bombei­ros da nossa terra, em cortejo percor­rerão as ruas da vila, em visita a todo o povo.

E’ pois preciso que vós, filhos e e não filhos de Montijo, os recebais com aquele carinho, com aquela ga­lhardia, com aquela gentileza, que é vosso apanágio ao receberdes uma visita!

Deveis revestir-vos de gala, para acolherdes em vosso seio hóspedes, que a toda a parte aonde vão, só hon­ra dão com a sua presença ; homens de peitos constelados, pelos seus fei­tos heroicos em prol da humanidade, rostos já vejlios de bombeiros que já muito fizeram e rostos de gente moça, que embora já muito também tenham feito, muito mais ainda há a esperar deles.

E’ preciso que êsses herois, ao re­gressarem a suas terras, ás suas cor­porações, aos seus lares, levem bem vincada no coração a recepção feita, numa ter a, que é tam conhecida pe- las suas nobres qualidades de hospi­talidade.

E’ preciso que não seja a nossa terra que lhes apague as gratas recor­dações que trouxeram da Covilhã, de Sobral de Monte Agraço de Santarém, etc., aonde foram recebidos galharda­mente sob uma chuva de aplausos e flôres, e tanto mais interessante, quan­to essas manifestações, eram princi­palmente feitas, pelas senhoras dessas localidades.

E’ pois também a vós, senhoras da minha terra, que dirijo este apêlo.

Prestai o concurso a esta festa, com a vossa graça, a gentileza, de que sois possuidoras, mostranndo assim a todo o país, pela voz da imprensa, que também possuís o coração da ver­dadeira mulher portuguesa, que sabe sentir, tesouro êsse que nenhum outro país possúe, como o nosso lindo Por­tugal, e que soubestes receber condi- gnamente os heroicos Bombeiros Por­tugueses.

Está constituída uma comissão de senhoras, que tratará da recepção a fazer aos nossos visitantes, espero por­tanto que vós a acolhereis com todo o carinho, auxiliando-a no que estiver ao vosso alcance, para que essa rece­pção se torne brilhante e digna da nossa terra.

(Ver continuação da 2„a pagina) (Vêr continuação na 2,a pagina) José Estêvão S. Carvalho

Page 2: H‘o 103 Dotnjngo, 18 de Dezembro de 1932 MONTIJO...6. —Em cada bairro de Casas Económicas os construtores terão de satisfazer á condição de garantir no ocupante a propriedade

2 — — — — ------ —— -------- -------------------------------------------------------------------- I I I . .rt I - ------ MONTIJO

C A S A S E C O N O M I C A S

(Continuado da 1." pagina)

de urbanização dos te rrenos Vendidos, logo que esteja assegurada a construção das casas previstas no plano correspondente a cada bairro ou agrupamento.

O govêrno, por sua Vez, já há anos isentou do pagamento de quais­quer impostos, durante largo prazo, estas construções (Lei das C asas Económicas).

Porque se espera em Montijo ?

Carlos Hydalgo Gomes de Loureiro

NO CAMPO DO SPORT,

2.» FEIRA, 12 DE DEZEMBRO

MISÉRIA ? NÃO ! . . . SPORT, 6

SPORTIN CLUB SETUBALENSE, 0

O Aldegalense Sport Club no seu undécimo encontro desta temporada, a despeito do mau jôgo que desenvolveu, obteve, perante uma diminuta parcela de espectadores, a sua undécima vitória, e, desta vez, por uma margem de seis bolas.

Como dissemos, foram poucas as pessoas que ocorreram a presenciar o encontro da última 2.a feira. E serão cada vez menos se o Conselho Técnico do Aldegalense Sport Club, persistir em fazer deslocar a esta vila, équipes desta classe... Dos onze encontros des­ta época realizados no seu campo, há apenas dois ou três que merecem a hon­ra dêste titulo. O resto-não foi uma mi­séria,— bem sabemos,— mas. . . foi quási...

Continúe, pois, assim, o Conselho Técnico do Aldegalense Sport Club, que acabará «pelo menos» por perder o público. Todavia terá uma confortadora compensação : o seu «team» manter-se- á invencível,. .

Porém, a quem nos lê, devemos dar uma explicação :

O Sporting Club Setubalense, ven­ceu por 2-1 os Empregados do Comér­cio, por i-o um dos Clubs de Almada, por 6-i o Club de Grândola e fez o «score» 3-3 com o Comércio eIndustria.

Mas ainda não chegámos ao fim da explicação...

O Aldegalense Sport Club cont* esta época onze jogos, onze vitórias e faz quarenta e dois «goals», sofrendo apenas cinco...

Terminou, enfim, a explicação.Luz nos espíritos. . .'A bon entendeur. . .

* * *

6-o. Foot-ball? Foi coisa que andou longe... O Sport não jogou. Natural­mente por não ter com quem jogar...

Se tivesse feito uma exibição que atingisse a craveira de razoável, podia muito bem ter obtido mais meia dúzia de «goals». . . .

Temos dito.* * *

«Os goals» :i.°, — Lopes; 2.°, — Adelino; 3.°,

— Caria; 4.0, — Lopes; 5.°, — Caria;6.°, — Caria.

7.0 — Perdão. Já não há mais. . .

* * *0 Sport alinhou como segue:Fernandes ; Farrim e Oliveira; A.

Joaquim. Adelino e Pialgata; Barreira, Marques, Caria, Lopes e Emidio.

Elementos a destacar? «Talvez» nos fôsse possível, mas, não vale a pena.

Dos visitantes só 0 guarda-rêdes se salvou do terrível naufrágio». . .

Que horrível quadro! , . .* # *

O trabalho da arbitragem, alás mui- íssimo fácil, foi executado pelos srs.

José Ladislau e Onofre Carapinha, res­pectivamente no primeiro e no segundo tempo.

Manuel Marques

O tem poDepois de uns dias de violento tem­

poral, que alguns prejuizos trouxe á navegação fluvial, veiu nos uma folga de bom tempo acompanhado no primeiro dia por um denso nevoeiro e pot fim por um nordeste um pouco irritante.

Notícias pessoaisAniversários

Fazem a n o s :Hoje 0 sr. Manuel Geraldo da Silva

e o menino Romeu Sanchez, aluno do primeiro ano dos liceus no ensino par­ticular e filho do nosso presado assi­nante sr. Romeu Sanchez.

— Na quarta feira o nosso muito es­timado conterrâneo e amigo sr. Joaquim dos Santos Oliveira Júnior, primeiro- tenente da Armada Portuguesa e actual comandante da canhoneira Faro, e o sr. Augusto Guerreiro da Fonseca, distinto solicitador forense nesta comarca.

— Na quinta-feira o sr. Feliciano da Costa Canastreiro, o nosso presado assinante sr. Domingos Morais da Costa Jácome e a sr.a D. Carmen lida Car­doso, distinta profesíora do ensino pri­mário oficial em Ervideira.

— No sábado o nosso estimado con­terrâneo e amigo sr. José Joaquim Gre­gório, actualmente residente em Lisboa e a menina Jacobina Tolstoi Bruno Tré­mouille, galante filha do nosso bom amigo sr. António Trémouille, funcio­nário de finanças em Peniche.

A todos cumprimenta «Montijo».

UMA NOVA REVISTAiiiiiiiiiiii

Por lapso dissemos no nosso último número que a revista da autoria dos nossos muito presados colaboradores srs. António Rosado, Manuel Marques Peixinho Júnior e Manuel Paulino Go­mes Júnior deve subir à cena no dia 1 do próximo mês de Janeiro, quando o certo é que essa representação deve ter lugar no dia 2 do referido mês, em que passa mais um aniversário da distinta Banda Democrática.

Garrotilhoiiiiiiiiiiii

Segundo informações médicas fide­dignas já começaram aparecendo na nossa vila alguns casos dessa terrível doença das crianças, sendo de temer que se desenvolva dentro em pouco uma fatal epidemia.

Chamamos para quem de direito a atenção para êste assunto que é de absoluto interêsse geral, com o fim de se iniciarem providências tendentes a evitar a propagação do horroroso mal que tão mortífero se apresenta sempre.

ELEIÇÕES

Os jornais diários de Lisboa, do pas­sado dia dez, publicaram uma nota da Arcada, em que o Govêrno informava, entre outras coisas, que iniciou a revisão do projecto da Constituição e que fixou o último domingo de Março do próximo ano para a votação daquele Estatuto

P E L A IM P R E N S A

“O DEVER”Recebemos a agradável visita de o

nosso novo confrade «O Dever», órgão da Associação de Classe dos Empre­gados na Indústria Hoteleira e Profis­sões Anexas, que se publica em Lisboa, sob a direcção do sr. José Pinho Ri­beiro.

Agradecemos a amabilidade da vi­sita do jovem confrade, a que deseja­mos vida longa e próspera e vamos esta­belecer gostosamente a permuta.

“O DIÁRIO DA NOITE”

Suspendeu a sua publicação êste vi­brante diário républicano vespertino, que se tem publicado em Lisboa, sob a direcção política do ilustre coronel Manuel Maria Coelho e sob a direcção técnica do brilhante jornalista João Paulo Freire.

Lamentamos o facto que vem arran­car à defêsa da Rèpública um dos seus mais ardorosos combatentes e fazemos votos pelo rápido reaparecimento do «Diário da Noite», que vinha marcando na imprensa nacional um lugar de in­confundível destaque.

C ã e s

Alguém chamou a nossa atenção para o número avultado de cães que diàriamente percorrfm as ruas da nossa vila, pejando-a e incomodando muitas vezes o trânsito público, quando não constituem um perigo para os tran­seuntes.

E’ realmente digno de atenção êsse facto e, por isso, para êle chamamos a atenção da autoridade administrativa e da vereação municipal. Todos os dias se exibem nas nossas ruas, perfeitas matilhas de raça canina, de todos os tamanhos e de todos os feitios, correndo, saltando, ladrando e quási sempre em exercícios malabares pouco próprios de exibição pública numa terra civilizada.

Aos donos dos respectivos animais competia, como pessoas amigas do bom nome da terra e da decência, tê-los pre­sos em suas casas, ou por qualquer modo evitarem que se dessem as cenas que r.otidianamente se presenciam. Não sendo assim, ás autoridades compete fa­zer, pelo cumprimento das posturas e por ordens correspondentes terminar com essa situação que vexa e deprime Montijo aos olhos dos seus naturais e muito mais aos olhos dos forasteiros.

Fundamental da vida política nacional e para a prorrogação, por mais dois anos, do mandato do Chefe do Estado.

Vamos assim, ao que parece, ter eleições, o que não pode ser indiferente a todo o povo português e designáda- mente aos partidos políticos constitucio­nais da Rèpúblics.

De vez em quando . . .

V E L H O S TEMAS(Continuado da pagina)

Afinal, tenho quási a certeza, de que uma simples petição aos nossos edis, para que a central eléctrica de­morasse a sua laboração mais um quarto de hora, seria benèvolamente acolhida e, ipso jacto, deferida.

Todos lucravam: A Câmara com o recebimento da importância da luz consumida naquele espaço de tempo ; os particulares com a economia do trabalho que a indústria perde enquanto dura a escuridão.

Aquela decisão não se tomou ainda, não se adopta já, nem tão cedo será realizada, porque, — nem eu já me lembrava, — estamos na terra do «Ma­ria vai com as outras».

Alonguei demais a história e, por hoje, ponto final, porque «velhos te­mas» há tantos que continuarei.

Arpe!a

Uma reclamaçãoCom 0 pedido de publicação, recebe­

mos há dias a seguinte cópia de uma reclamação apresentada ao sr. Adminis­trador dêste Concelho:

«Monlijo, 22 de Outubro de ig 32.

Ex.mo Sr. Administrador do Concelho de Montijo

Os abaixo assinados pedem a V. Ex.a que se deve providenciar a tantas pou­cas vergonhas que se têm passado no hotel Royal, o Antigo Alentejano que altas horas da noite fazem uso de pala­vras obscenas, palmas, batuques, e como tambem na via pública há homens que entram e saem perdidos de bêbedos, fazendo barulho e uso de palavras ofen­sivas, tornando-se o dito hotel numa escola de moral pública porque espera­mos ser atendidos por V. Ex.a».

a; Augusto da Silva a) a rogo de crfntónio Gomes, Nelson

Tavaresa ) a rogo de zMaria Onofre, Isaías

da Silva a) José QÁntónio Morgado a) Jacinto Augusto a) João Domingos Galvão a) Júlio Fernandes a) André dos Santos a) António José Tavares a) Francisco Lopes a) Maria José Morgado a) Ci\alina Marques a) Iduardo Barrigana a) Manuel Marques Maurício a) a rogo de José António Antunes a) Manuel Garrôa a) Lúcio Lopes Júnior a) João Ferreiraa) a rogo de Anselmo dos Santos, Bea­

triz ^Marques a) dr. João Filipe Barata

jliiiiiiiiiiliiiliiiiilliiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiik

( Efemérides da Semana |^ i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i h i i i i i i i h i i i i i i i i i i m i i ^

No dia 19 de Dezembro de 1.487 chegou à Lisboa a esquadra comandada por Bartolomeu Dias, depois de ter do­brado o Cabo das Tormentas.

— No dia 23 de Dezembro de 1.734 nasceu o grande escritor português Erancisco Manuel do Nascimento, que no mundo das letras adoptou 0 dseudó- nimo de Filinto Elísio.

Page 3: H‘o 103 Dotnjngo, 18 de Dezembro de 1932 MONTIJO...6. —Em cada bairro de Casas Económicas os construtores terão de satisfazer á condição de garantir no ocupante a propriedade

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MONTIJO

ExpedienteVamos endereçar o nosso jornal

a várias pessoas, que até hoje nos não teem honredo com a sua assi­natura. A essas pessoas pedimos que, caso não queiram ser assinantes do «Montijo» auxiliando assim uma instituição de interêsse local, façam o favôr de nos devolver imediata­mente o nosso semanário, evitando- nos assim, despesas e dificuldades á stia vida administrativa.

CorrespondênciaComo mais duma vez temos dito,

toda a correspondência respeitante a êste semanário deve ser endereçada directamente ao seu director, a fim de lhe ser dado o andamento ne­cessário.

E’ bastante importante o cumpri­mento desta determinação, não só para a rápida satisfação das reclama­ções apresentadas ou das comunica­ções feitas, como ainda para a regu­larização da vida noticiosa e admi­nistrativa dêste jornal.

AgradecimentoLaura Marques dos Santos, e seu

marido Francisco dos Santos, Ana Rita da Silva, Augusto de Azevedo Ma­rujo, Cristina Marques Cepinha e mais família, vêm, por êste meio, agradecer a todos os que acompanharam à úl­tima morada a sua chorada filha, neta, sobrinha, prima, e afilhada Cristina Marques dos Santos.

A N O SFez anos, no passado dia 14, a

menina Maria Ivone Sousa Oliveira, filha do sr. José Carvalho Oliveira.

Cine=Parquei i i i i i i i i i i i

Nêste cinema exibem-se hoje, em duas sessões, uma às dezanove horas e quarenta e cinco minutos e outra às vinte e duas horas e quinze minu­tos, três interessantes fitas, sendo a principal o drama sonoro em dez par­tes «O Sargento Grischa», realisação de Herbert Orenon, com Chester Mo- ris no protagonista e as restantes «Ao Som do Tempo», com desenhos ani­mados e Concêrto de Violino pelo exímio artista Mischa Elman, e ainda uma fita da Natureza.

Amanhã efectuam-se duas novas sessões, a preços baratos, com duas fi­tas mudas «Escravos do Ideal» e «Noi­tes Trupicais».

No próximo dominge «A Severa».

M I M I O(i.a publicação)

No dia 29 de Janeiro de 1933, á porta do Tribunal Judicial desta co­marca, sito na Rua Dr. Afonso Costa, desta vila, e pelos autos de execução por custas e sêlos que o Ministério Público move contra Rita de Jesus, do Barreiro, e outros, vai pela primeira vez á praça, para ser arrematado, por quem maior preço oferecer acima do valor da avaliação, o seguinte :

Uma propriedade composta de ca­sas térreas, terras de semeadura, vi­nha, olival e terra inculta, no sitio do Vale Trabuco ou Migalha, frèguezia de Palhais, foreira, em 5$00 anuais, sem laudemio, aos herdeiros do Dr. João Pacheco de Albuquerque, ava­liada em 27.510$90.

Pelo presente e respectivos editais, são citados quaisquer crédores incer­tos, para assistirem ú arrematação e deduzirem os seus direitos.

Montijo, 15 de Novembro de 1932.

O Escrivão do 3.° oficio,

Joãob rederico de Brito Figueirôa Júnior

Verifiquei a exactidão

O Juiz de Direito,

J. Raposo

EDITOS(i.* publicação)

Pelo Juizo de Direito da Comarca do Montijo, cartório do escrivão do3.° oficio, correm editos citando os herdeiros ou representantes incertos do Doutor João Pacheco de Albuquer­que cuja única residência conhecida foi na vila de Alcácer do Sal, para òomparecerem, querendo, á porta do Tribunal Judicial desta comarca, no dia 28 de Janeiro de 1933, pelas 15 horas, a fim de, na qualidade de se­nhorios directos do prédio que naquele dia, se ha-de arrematar pelos autos de execução por custas e selos que o Mi­nistério Público move contra Rita de Jesus, viuva de José Henriques dos San­tos, do Barreiro, e outros, assistirem á arrematação e deduzirem querendo os seus direitos de preferência.

Montijo, 15 de Novembro de 1932.

O Escrivão do 3." Oficio,

João Frederico de Brito Figueirôa Júnior

Verifiquei a exactidão

O Juiz de Direito,

J. Raposo

A rrematação Judicia(•2.* Praça)

(Unica publicação)

No dia 18 do corrente, pelas 14 horas, na Rua Miguel Pais, da vila do Barreiro, casa onde habitou o inventa­riado Manuel Joaquim Madeira, pelos autos de inventário orfanologico por óbito daquêle, vão pela terceira vez á praça, para serem arrematados por quem maior preço oferecer, o seguinte:

«Uma armação de estabelecimento de taberna e respectivo balcão, diver­sos moveis, uma carroça e uma muar».

Pelo presente e respectivo edital são citados quaisquer credores incer­tos para assistirem á arrematação e deduzirem os seus direitos.

Montijo, 10 de Dezembro de 1932.

O Escrivão do 3." Oficio,

João Frederico de Brito Figueirôa Júnior

Verifiquei a exactidão.

O Juiz de Direito,

J. Raposo

EDITOS(i.“ publicação)

Pelo Juizo de Direito da Comarca do Montijo, cartório do escrivão do Se­gundo oficio, João Francisco Ramos, nos autos de falência do comerciante que foi desta praça, Antonio Pereira Rato, correm éditos de oito dias, a con­tar da segunda pulicação dêste anúncio, citando os crédores do falido, para no prazo de cinco dias, posterior ao dos éditos, dizerem o que se lhes oferecer acerca das contas apresentadas pelo administrador da massa falida, em con­formidade com o que dispõe o artigo 285 do Código do Processo Comercial.

Montijo, 17 de Novembro de 1932,

O Escrivão do 2.° Oficio

João Francisco Ramos

Verifiquei a exactidão

O Juiz de Direito,J. Raposo

VENDE-SEUma fazenda de boas te r ra s 110

C órte do Pena.Trata -se com Pedro Narciso da

Silva.

Pelo Juizo de Direito d’esta comarca de Montijo, escrivão Ramos, cartorio do 2.0 oficio, se ha-de proceder, no dia8 do proximo mez de Janeiro, pelas 14 horas, á porta da fabrica de alcool que foi pertença do casal de Gregorio Gil, situada na Travessa do Lagar da Cera, d’esta vila de Montijo, á arrematação cm hasta publica, do imovel abaixo in­dicado e bem assim de todos os machi- nismos, pertences e ferramentas que compunham a referida fabrica de alcool, os quais vão pela i.a vez á praça, para serem arrematados por quem maior lanço oferecer, penhorados nos autos de execução fiscal administrativa q u e a Fa­zenda Nacional move contra o m e sm o Gregorio Gil.

Imovel a arrematarUm predio formado por edificações

urbanas para habitação e fabrica de dis- tilação, quintal e outras dependencias, situado na Travessa do Lagar da Cera n.° 23, 13’esta vila de Montijo, descrito na Conservatoria do Registo Predial d’esta comarca, sob os n.°* 6.989 a fls. 187 do Livro B 18 e 8866 a fls. 192 v. do Livro B. 23.

Vai á praça em globo com todos os bens moveis acima indicados, pelo va­lor de Esc. 15.240^00.

Para a praça são citados os credo­res incertos.

Montijo, 3o de Novembro de 1932.

O Escrivão do 2.0 oficio,João Francisco Ramos

Veririquei :

O Juiz de Direito,

J. Raposo

V E N D E - S ETelha de Alhandra, em 2 .* mão,

P edra de alvenaria para caboucos.T ra ta r com Francisco José da

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Oficina de canteiro e esculturaEspecialisado em construções de jazi­gos, ossarios de capelas, mausoléus, campas, epitáfios, limpeza e reparações dos mesmos. Encarrega-se de todos os trabalhos de construção civil, tais como : Pias, poiais de pote, lava lou­ças, lava copos e mármores polidos para estabelecimentos e mobiliário

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“ Pão Nosso de Cada Dia"Como noticiámos no nosso núme­

ro anterior, no Cinema Teatro Joaquim de Almeida exibiu-se, na sexta-feira passada, esta interessante fita de pro­paganda agrícola que chamou ao am­plo salão cinematografico uma enchen­te extraordinária que viu com agrado todos as fases da cultura e sementeira cerealífera e acumulando-se ainda mui­ta gente á porta do cinema sem que lhe fôsse possível assistir à exibição,

V E N D E M -S EArmazéns e terrenos próprios para

fábrica de cortiça da Estação do Ca­minho de Ferro e Caes de embarque marítimo.

Para informações d i r i g i r - s e a

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