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HEPATITE A HEPATITE A Laboratório - Técnicas e Fluxos Laboratório - Técnicas e Fluxos Laboratório de Hepatites Serviço de Virologia – IAL Revisado em Novembro de 2006 Aula Ministrada por Cláudia P. Saraceni – IAL, ANO 2002

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Page 1: HEPATITE A Laboratório - Técnicas e Fluxos Laboratório de Hepatites Serviço de Virologia – IAL Revisado em Novembro de 2006 Aula Ministrada por Cláudia

HEPATITE AHEPATITE ALaboratório - Técnicas e FluxosLaboratório - Técnicas e Fluxos

Laboratório de HepatitesServiço de Virologia – IAL

Revisado em Novembro de 2006

Aula Ministrada por Cláudia P. Saraceni – IAL, ANO 2002

Page 2: HEPATITE A Laboratório - Técnicas e Fluxos Laboratório de Hepatites Serviço de Virologia – IAL Revisado em Novembro de 2006 Aula Ministrada por Cláudia

Descoberta do VHA há mais de 2000 anos relatos de casos

início do Sec. 20 - “hepatite infecciosa”

1947 - introdução dos termos hepatite A e B, que foram posteriormente adotado pela OMS

estudo realizado em instituição para deficientes mentais - agente MS1

1973 - inoculação em voluntários com esta linhagem Feinstone e cols. conseguiram visualizar o

vírus nas fezes por imunomicroscopia eletrônica

1979 - Provost e Hilleman cultivo do VHA em cultura de células

Família Picornaviridae

Gênero Hepatovirus

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Classificação do VHA

início da década de 80 - Família Picornaviridae, provisoriamente enterovírus tipo 72.

• ácido nucleíco - RNA• tamanho (27 a 32 nm)• não-envelopado• simetria icosaédrica• estrutura do genoma• replicação viral

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Classificação do VHAVHA X outros Picornavirus

1. seqüência de aminoácidos e nucleotídeos, e tamanho das

proteínas diferentes

2. cresce com dificuldade em cultura de células, sem induzir efeito

citopático

3. é mais resistente à temperatura e às drogas

4. possui apenas um sorotipo e um único local de neutralização

imunológica

5. não reage contra um anticorpo monoclonal específico para

enterovírus

Gênero Hepatovirus

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Estabilidade do VHA

estabilidade relativamente alta em estudos experimentais, manteve a infectividade:

• água e solo até 3 mês a 25oC• superfícies inertes 1 mês a 25oC

resistência ao calor• vários anos a -20oC• 1 hora a 60oC

resistente aos desinfetantes mais comuns: éter, clorofórmio, Freon

no ambiente, viável dias até meses: água, água do mar, ostras, verduras

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Inativação do VHA

fervura a 100oC por 1 minuto

radiação ultravioleta

etanol 70% a 25oC por 60 min

hipoclorito de sódio (1:100)

autoclave 121oC por 20 min

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Diagnóstico

exame clínico

provas de função hepática transaminases bilirrubinas fosfatase alcalina gama-glutamiltransferase

sorologia• marcadores virais específicos

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Transaminases

marcadores bioquímicos mais utilizados:• marcadores sensíveis de lesões do fígado;• atingem picos elevados no início dos sintomas

valores de referência• homens, mulheres, crianças e > 60 anos• kits / laboratório

x L.S.N.: no de vezes acima do limite superior normal

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Transaminases

ALT - alanina aminotransferase

TGP - transaminase glutâmico pirúvica

AST - aspartato aminotransferase

TGO - transaminase glutâmico oxalacética

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Transaminases

mais específica, principal/e no fígado

exclusivamente citoplasmática

fígado, coração, músculo, rins

citoplasma e mitocôndria

ALT

AST

hepatites virais: ALT>AST

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Transaminases

Fatores que podem causar alterações:

hora do diahora do dia - ALT pode variar até 45% durante o dia

entre os diasentre os dias - ALT 10 a 30% de variação

AST 5 a 10% de variação

raça e gênero - AST 15% mais alta em afro-americanos

exercício - AST principalmente (3x)

ALT mais baixo (20%) nos que fazem exercício regular/e

IMC - ALT e AST mais altas (40 a 50%) em indivíduos com IMC mais alto

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Bilirrubinas

pigmento biliar

aumentos são específicos de doenças do fígado e

das vias biliares

bilirrubina total, direta e indireta

valores de referência variam com gênero e idade

hepatites virais: BD>BI

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Bilirrubinas

Fatores que podem causar alterações:

hora do diahora do dia - pode variar 15% a 30% durante o dia

ingestão de alimentosingestão de alimentos

raça - mais baixa em afro-americanos (33% homens;15% mulheres)

luz - cai 50% em 1h de exposição

gestação - cai 33% no segundo semestre

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Diagnóstico Específico

Pesquisa do vírus

Pesquisa de anticorpos

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Pesquisa do vírus

imunomicroscopia eletrônica• fezes

técnicas de biologia molecular • fezes

• soro

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Pesquisa de anticorpos

anti-VHA IgM• marcador de infecção recente

anti- VHA IgG• conferem imunidade duradoura

• marcador soroepidemiológico

• indicador de contato prévio

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Pesquisa de anticorpos

amostra clínica • soro saliva papel de filtro - polpa digital

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SORO

Coleta• colher em tubo com gel • separar o soro dentro de 4 horas

Transporte• sangue - T ambiente• soro - no gelo

Conservação• geladeira até a realização do ensaio

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Pesquisa de anticorpos

Testes utilizados

1a geração• reação de fixação de complemento

2a geração• hemaglutinação

3a geração - imunoensaios• radioimunoensaio

• ELISA

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ELISADeterminação qualitativa do anti-VHA IgM

ELISA por Captura

ac - soro

VHA

E

E

E

E

anti-VHAmonoclonal

peroxidaseconjugado

cromógeno/substrato

fase sólida

ac anti igM

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ALTALTALTALT

anti-HAV IgManti-HAV IgM

anti-HAV IgGanti-HAV IgGanti-HAV IgGanti-HAV IgG

Meses após a exposiçãoMeses após a exposição

Tít

ulo

Tít

ulo

0 1 2 3 4 5 6 12

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Hepatite A Eventos clínicos e sorológicos

Hepatite A Eventos clínicos e sorológicos

sintomassintomas

VHA nas fezes

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Surto de hepatite A em Vargem Grande Paulista

Bairro de Tijuco Preto

27 de janeiro a 15 de março

INVESTIGAÇÃO DE CAMPO

visita aos domicílios, escolas, local de trabalho

55,1% das solicitações atendidas

problemas com a coleta

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Surto de hepatite A em Vargem Grande Paulista

idade variou de 1 a 23 anos, 70% <10 anos

total 18 casos:

8 assintomáticos

10 sintomáticos (médias):

bilirrubina total: 4,6 mg/dl (0,5 - 14,8)

direta: 3,4 mg/dl (0,1 -11,4)

indireta: 1,3 mg/dl (0,3 - 3,4)

ALT: 11,8 x L.S.N. (0,4 - 38,1)