higiene ocupacional calor

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Agentes Físicos Avaliação da Exposição Ocupacional ao Calor Higiene Ocupacional JOSÉ LUIZ LOPES Maio/2013

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aula sobre calor

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  • Agentes Fsicos

    Avaliao da Exposio

    Ocupacional ao Calor

    Higiene Ocupacional

    JOS LUIZ LOPES

    Maio/2013

  • MECANISMOS DE TROCAS TRMICAS

    Conduo: o mecanismo de transmisso de calor que

    ocorre entre dois corpos slidos com temperaturas diferentes.

  • MECANISMOS DE TROCAS TRMICAS

    Conveco: o mecanismo de troca de calor entre um fludo

    e um slido. O fludo (ar) se aquece, fica menos denso e se

    movimenta por diferena de densidade. Quando o fludo se

    movimenta por impulso externo, definido como conveco

    forada.

  • Radiao: o processo pelo qual a energia radiante

    transmitida da superfcie quente para a fria por meio de

    ondas eletromagnticas. O calor transmitido atravs desse

    mecanismo denominado calor radiante.

  • Evaporao: o processo pelo qual o lquido retira calor

    do slido para passar a vapor. funo da quantidade de

    vapor j existente no meio e da velocidade do ar na

    superfcie.

  • FATORES QUE INFLUEM NAS

    TROCAS TRMICAS

    Temperatura do Ar proporcional defasagem existente entre a temperatura do ar e a temperatura da pele;

    Umidade Relativa do Ar quanto maior, menor a perda de calor por evaporao;

    Velocidade do Ar quanto maior a velocidade do ar, maior a perda de calor para o meio (tpele > tar) e mais fcil a perda de calor

    por evaporao;

    Calor Radiante em presena de fontes representativas de calor radiante, o organismo ganhar calor;

    Tipo de Atividade quanto mais intensa, maior o calor produzido pelo metabolismo.

  • REAES AO CALOR

    Vasodilatao Perifrica: implica num maior fluxo

    de sangue na superfcie do corpo e num aumento da

    temperatura da pele. Estas alteraes resultam em

    um aumento da quantidade de calor perdido ou numa

    reduo do ganho. O fluxo de sangue no organismo

    humano transporta calor do ncleo do corpo para a

    superfcie, onde ocorrem as trocas trmicas.

  • REAES AO CALOR

    Sudorese: o nmero de glndulas sudorparas

    ativadas diretamente proporcional ao desequilbrio

    trmico existente. A quantidade de suor produzido

    pode, em curtos perodos, atingir at dois litros por

    hora, embora em um perodo de vrias horas, no

    exceda a um litro por hora.

  • DISTRBIOS DO CALOR

    Exausto por Calor: uma condio resultante da exposio ao

    calor durante muitas horas, em que a perda excessiva de lquidos em

    decorrncia da sudorese intensa acarreta fadiga, hipotenso arterial e,

    algumas vezes, o colapso.

    Desidratao: se produz quando a ingesto de gua no

    suficiente para compensar a perda atravs dos rins e pulmes

    (ar expirado). Provoca perda de rendimento laboral, inquietude,

    irritao, sonolncia, perda de apetite, dificuldade de engolir e sede.

  • DISTRBIOS DO CALOR

    Cimbras de Calor: so espasmos resultantes de uma

    sudorese intensa durante um esforo fsico em condies de

    calor extremo.

    Choque Trmico: ocorre quando a temperatura do corpo

    tal, que pes em risco algum tecido vital que permanece em

    contnuo funcionamento. devido a um distrbio no

    mecanismo termo-regulador, que fica impossibilitado de

    manter um adequado equilbrio trmico entre o indivduo e o

    meio.

  • DISTRBIOS DO CALOR

    Golpe de Calor (hiperplexia): temperatura corporal

    encontra-se entre 40 e 43C, a pele fica seca e

    quente e ocorre a interrupo da sudorese. O

    colapso vm precedido de desorientao, delrio,

    agitao e convulses. A maioria dos falecimentos se

    produzem nas primeiras 24 horas e o restante em um

    perodo de 12 dias.

  • DEFINIES

    Grupo Homogneo de Exposio

    Ponto de Medio: ponto de trabalho a ser avaliado

    Ciclo de Trabalho: conjunto de situaes trmicas ao

    qual o trabalhador submetido, conjugado s diversas

    atividades fsicas por ele desenvolvidas, em uma seqncia

    definida, e que se repete de forma contnua no decorrer da

    jornada de trabalho.

  • DEFINIES

    IBUTG Mdia Ponderada: mdia ponderada no tempo

    dos diversos valores de IBUTG obtidos em um intervalo de

    60 minutos corridos.

    Taxa Metablica Mdia (M): mdia ponderada no tempo

    das taxas metablicas, obtidas em um intervalo de 60

    minutos.

  • ANTECEDENTES LEGAIS

    NR 15 ANEXO N 3 - LIMITES DE TOLERNCIA

    A exposio ao calor deve ser avaliada atravs do

    IBUTG definido pelas equaes que seguem:

    Ambientes internos ou externos sem carga solar:

    IBUTG = 0,7 Tbn + 0,3 Tg

  • ANTECEDENTES LEGAIS

    Ambientes externos com carga solar:

    IBUTG = 0,7 Tbn + 0,1 Tbs + 0,2 Tg

    Onde:

    Tbn = temperatura de bulbo mido natural

    Tg = temperatura de globo

    Tbs = temperatura de bulbo seco

  • ANTECEDENTES LEGAIS

    O Anexo 3 estabelece dois critrios de anlise:

    QUADRO N 1, que define Limites de Tolerncia para Exposio ao calor, em regime de trabalho

    intermitente com perodos de descanso no prprio

    local de prestao de servio.

    QUADRO N 2, que define Limites de Tolerncia para a exposio ao calor, em regime de trabalho

    intermitente com perodos de descanso em outro

    local (local de descanso).

  • ANTECEDENTES LEGAIS QUADRO N 1

    Regime de Trabalho

    intermitente com

    descanso no prprio

    local de Trabalho

    Tipo de Atividade

    Leve

    Moderada

    Pesada

    Trabalho contnuo At 30,0 At 26,7 At 25,0

    45 minutos trabalho

    15 minutos descanso 30,1 a 30,6 26,8 a 28,0 25,1 a 25,9

    30 minutos trabalho

    30 minutos descanso 30,7 a 31,4 28,1 a 29,4 26,0 a 27,9

    15 minutos trabalho

    45 minutos descanso 31,5 a 32,2 29,5 a 31,1 28,0 a 30,0

    No permitido o

    trabalho sem adoo

    de medidas adequadas

    de controle

    Acima de 32,2 Acima de 31,1 Acima de 30,0

  • ANTECEDENTES LEGAIS QUADRO N 2

    M (kcal/h) Mximo IBUTG

    (C)

    175 30,5

    200 30,0

    250 28,5

    300 27,5

    350 26,5

    400 26,0

    450 25,5

    500 25,0

  • ANTECEDENTES LEGAIS QUADRO N 3

    TIPO DE ATIVIDADE Kcal/h

    SENTADO EM REPOUSO 100

    TRABALHO LEVE

    Sentado, movimentos moderados com braos e

    tronco (ex: datilografia)

    Sentado, movimentos moderados com braos e

    pernas (ex: dirigir)

    De p, trabalho leve, em mquina ou bancada,

    principalmente com os braos.

    125

    150

    150

    TRABALHO MODERADO

    Sentado, movimentos rigorosos com braos e

    pernas.

    De p, trabalho leve em mquina ou bancada,

    com alguma movimentao.

    De p, trabalho moderado em mquina ou

    bancada, com alguma movimentao.

    Em movimento, trabalho moderado de levantar ou

    empurrar.

    180

    175

    220

    300

    TRABALHO PESADO

    Trabalho intermitente de levantar, empurrar ou

    arrastar pesos (ex: remoo com p)

    Trabalho fatigante.

    440

    550

  • EQUIPAMENTOS DE MEDIO

    O conjunto convencional para a determinao do IBUTG

    composto de termmetro de globo, termmetro de

    bulbo mido natural e termmetro de bulbo seco.

    Termmetro de Bulbo Seco - termmetro de mercrio

    com escala mnima de +10C a +120C, com subdivises

    de 0,2C ou menores, e exatido de 0,5C.

  • EQUIPAMENTOS DE MEDIO

    Termmetro de Globo - constitudo de uma esfera oca de cobre de

    aproximadamente 1 mm de espessura e com dimetro de 152,4 mm,

    pintada externamente de preto fosco, complementada por um duto

    cilndrico de aproximadamente 25 mm de comprimento e 18 mm de

    dimetro, destinado insero e fixao de termmetro.

    Rolha cnica de borracha, na cor preta, com dimetro superior de

    aproximadamente 20 mm, dimetro inferior em torno de 15 mm, e

    altura na faixa de 20 mm a 25 mm, vazada no centro, na direo de

    seu eixo, por orifcio que permita uma fixao firme e hermtica do

    termmetro.

  • EQUIPAMENTOS DE MEDIO

    Termmetro de Bulbo mido - termmetro de mercrio com escala mnima de +10C a +50C, com

    subdivises de 0,2C ou menores, e exatido de 0,5C;

    Erlenmeyer de 125 ml, contendo gua destilada;

    Pavio em forma tubular,na cor branca, de tecido de

    algodo com alto poder de absoro de gua, com

    comprimento mnimo de 100 mm.

  • EQUIPAMENTOS DE MEDIO

    TERMMETRO

    MIDO - TBN

    TERMMETRO

    DE GLOBO - TG

    TERMMETRO

    SECO - TBS

    COM CARGA SOLAR

    SEM CARGA SOLAR

  • MEDIDAS DE CONTROLE

    RELATIVAS AO AMBIENTE

    Insuflao de ar fresco no local onde permanece o trabalhador Tar;

    Maior circulao do ar existente no local de trabalho Var;

    Exausto dos vapores de gua URar;

    Utilizao de barreiras refletoras (alumnio polido, ao inoxidvel) ou absorventes (ferro ou ao oxidado) de radiao

    infravermelha, colocadas entre a fonte e o trabalhador CR;

    Automatizao do processo Metabolismo.

  • MEDIDAS DE CONTROLE

    RELATIVAS AO PESSOAL

    Exames mdicos

    Aclimatizao

    Ingesto de gua e sal

    Limitao do tempo de exposio

    Equipamentos de Proteo Individual

    Educao e treinamento

  • EXERCCIOS

    1. Um pizzaiolo fica colocando/ retirando pizzas do forno por um

    perodo de 5 minutos. Enquanto aguarda, prepara o recheio e

    monta outras pizzas por mais 5 minutos. Este ciclo continuamente

    repetido durante a jornada de trabalho.

    Dados:

    Tg = 45C

    Tbs = 32C

    Tbn = 25C

    Mforno = 150 kcal/h

    Mbancada = 175 kcal/h

  • 2. Um trabalhador desenvolve suas atividades em uma

    forjaria. Permanece na forja durante 7 minutos.

    Desenvolve outras atividade em bancada por mais 13

    minutos e depois se dirige a sala de controle e

    permanece por mais 25 minutos. Este ciclo e

    continuamente repetido durante toda sua jornada de

    trabalho.

    Dados:

    Tg = 63C

    Tbs = 45C

    Tbn = 30 C

    Mforja = 300 kcal/h

    Mbancada = 150 kcal/h

    Msala de controle = 125 kcal/h

  • Obrigado pela Ateno !

    Tel.: (11) 8199.7047

    [email protected]