história da televisão no brasil
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História da TV e comunicação digital
AULA 5
História da TV no Brasil
Prof. Daniel Hora
Fases de desenvolvimento da TV no Brasil
Elitista – anos 50: televisor como luxo / teleteatro
Populista – anos 60: programas de auditório e MPB
Modernização – anos 70: padrão de qualidade e programa Abertura
Transição democrática – anos 80: popularização e narrativas juvenis
TV em divergência – anos 90: pré-digitalização
TV em convergência – anos 00: reality shows e transmídias
Antecedentes: imaginação televisual
Anúncios publicitários: rádio + cinema – para consumo coletivo
Utopia, futurismo e irrealidade
Fase 1: Estreia da TV Tupi
Empreendedorismo e improvisos, desde 1946 – Chateaubriand
(18/setembro/1950) Hino da TV, discursos, publicidade, TV na Taba (Lima Duarte, Mazzaropi, Hebe Camargo e Ivon Curi e outros). Sem programação para o dia seguinte.
Anunciantes
Importância na viabilização da TV
Assistir em grupo – eventos públicos
Anos 50: teleteatro
Nomes do rádio: Walter Foster e Cassiano Gabus Mendes
E do teatro: Madalena Nicol, Procópio Ferreira, Maria Della Costa, Ziembinsky, Cacilda Becker, Sérgio Britto, Paulo Autran, Fernanda Montenegro
Primeiro programa: A vida por um fio (1950). Direção: CGM e Demerval Costa Lima. Com Lima Duarte, Walter Foster e Lia de Aguiar, entre outros.
Anos 50: teleteatro
Formato ao vivo e unitário (sem divisões em capítulos)
Adaptações de clássicos: Shakespeare, Goethe, Dostoiévski, Lorca, Nelson Rodrigues, Pirandello (TV de Vanguarda, programa da Tupi)
Anos 50: telenovelas
Primeira: Sua vida me pertence (1951), de Walter Foster, com Vida Alves e o próprio. Primeiro beijo na TV.
Até 1963:
Exibições 2 a 3 dias/semana, com uma média de 20 capítulos.
Poucos personagens: 6 a 10
Sem horários reservados.
O final de cada capítulo já incluía gancho com suspense.
Inspiração nas radionovelas – tradição folhetinesca.
Anos 50: seriados
Alô Doçura – 1954: visto como versão brasileira de I Love Lucy. Com o casal John Hebert e Eva Wilma.
Vigilante Rodoviário: TV Tupi (1961-62), em película
Anos 60: programação para a família
Faixas de programação de acordo com a rotina da casa
Horários diários reservados a categorias de programas
Domingo com programação especial
Fórmula da TV Globo: novelas intercaladas por telejornal
Anos 60: do público à audiência popular
Tradição no rádio (modelo de produção e estética)
Cinema como inspiração audiovisual
IBOPE e patrocinadores
Anos 60: MPB e Jovem Guarda
TV Record: Fino da Bossa (maio de 1965) e Jovem Guarda (setembro de 1965)
Anos 60: era dos festivais
Canais: Record, Excelsior, TV Rio, Globo
Consolidação da indústria cultural (fonográfica) no Brasil
Anos 60: programas de auditório
Flavio Cavalcanti (TV Rio, Tupi, Excelsior)
Chacrina (TV Rio, Excelsior, Bandeirantes, Globo...)
Programa Silvio Santos (TV Globo, 1968-76)
O Homem do Sapato Branco (TV Globo, 1968-69)
Dercy Popular (66-67) e Dercy de Verdade (67-70) – TV Globo
Anos 70: modernização
Censura do regime militar
Novos programas: tecnologia + linguagem: Jornal Nacional (1969, o primeiro em rede nacional)
Novelas, Casos Especiais, Globo-Shell Especial, Vila Sésamo, Amaral Neto – O Repórter
Substituição dos apresentadores populares
Fantástico, 1973: jornalismo e entretenimento
Globo Repórter, 1973 (Eduardo Coutinho, João Batista de Andrade, Walter Lima Júnior e outros cinemanovistas)
1973: padrão (Globo) de qualidade (primazia do videoteipe)
Anos 70: modernização na teledramaturgia
Novos autores: Dias Gomes, Oduvaldo Vianna Filho, Janet Clair, Bráulio Pedroso
Substituição parcial do folhetinesco pelas produções originais focadas no universo urbano
Realismo: “qualquer semelhança com pessoas vivas ou mortas ou fatos acontecidos terá sido mera coincidência”
Beto Rockfeller (Tupi, 68-69) e Véu de Noiva (Globo, 69)
Anos 70: modernização na teledramaturgia
Janet Clair – Irmãos Coragem (1970): a primeira a contar com cidade cenográfica. Selva de Pedra (1972) – pico de audiência
Anos 70: modernização na teledramaturgia
Estilos diferentes para cada horário:
18h – adaptação de obras literárias – Escrava Isaura (1976)
19h - temas leves, cômicos e contemporâneos – Estúpido Cúpido
20h – grandes temas e romantismo – Pecado Capital (1975)
22h – produções experimentais – Bem Amado (1973) e Saramandaia (1976) – burlesco, satírico e grotesco
Anos 70: Glauber Rocha no Abertura
1979: câmera ágil, temas antes proibidos, favelados e retirantes ao lado de políticos
Programa herdeiro do Jornal de Vanguarda (anos 60, TV Rio)
Inspiração para produtores de vídeo dos anos 80
Interatividade, diálogo com meios impressos, desconstrução
Nacionalismo, antropofagia, Tropicalismo
Anos 80: transição democrática
SBT, 1981: o moderno e o popular
Origem no Programa Silvio Santos dos anos 60
Necessidade de rede para o Baú da Felicidade
Jogos e competições: Domingo no Parque e Qual é a Música?
Anos 80: transição democrática
Modernização do popular: o brega
Crises inicias: exibição de enlatados
Silvio Santos, Viva a Noite, Bozo
1986: nova programação – Hebe e A Praça é Nossa
Anos 80: a volta do mundo cão
O Povo na TV
Aqui e Agora
Novelas mexicanas:
Carrossel (1991-92)
Anos 80: programação juvenil
Armação Ilimitada (1985), Globo
Fábrica do Som (1983), TV Cultura
TV Mix (1988), TV Gazeta
TV Pirata (1988), Globo
Que Rei Sou Eu? (89) e Guerra dos Sexos (83)
Anos 90: TV em divergência
Segmentação, canais pagos, videocassete e primeiras experiências de interatividade
Popularização e produções mexicanas no SBT
Qualidade na Manchete: Pantanal
Globo ameaçada: Linha Direta e Você Decide
Anos 2000: TV em convergência
Início da digitalização
Programação segue em sites, blogs, redes sociais e celulares – transmídia
Reality Shows
Anos 2000: TV em convergência
Cinema e TV em associação
DOC TV – TV Pública
Guel Arraes – TV Globo
novelas na TV e na web
ReferênciasR
MATTOS, Sérgio. História da televisão brasileira: uma visão econômica, social e política. 2a ed. Petrópolis: Editora Vozes, 2002.V
RIBEIRO, Ana Paula Goulart; SACRAMENTO, Igor; ROXO, Marco (org.). História da televisão no Brasil: do início aos dias de hoje. São Paulo: Editora Contexto, 2010.