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PRÉ-VESTIBULAR LIVRO DO PROFESSOR HISTÓRIA Esse material é parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.aulasparticularesiesde.com.br

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PRÉ-VESTIBULARLIVRO DO PROFESSOR

HISTÓRIA

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© 2006-2008 – IESDE Brasil S.A. É proibida a reprodução, mesmo parcial, por qualquer processo, sem autorização por escrito dos autores e do detentor dos direitos autorais.

Produção Projeto e Desenvolvimento Pedagógico

Disciplinas Autores

Língua Portuguesa Francis Madeira da S. Sales Márcio F. Santiago Calixto Rita de Fátima BezerraLiteratura Fábio D’Ávila Danton Pedro dos SantosMatemática Feres Fares Haroldo Costa Silva Filho Jayme Andrade Neto Renato Caldas Madeira Rodrigo Piracicaba CostaFísica Cleber Ribeiro Marco Antonio Noronha Vitor M. SaquetteQuímica Edson Costa P. da Cruz Fernanda BarbosaBiologia Fernando Pimentel Hélio Apostolo Rogério FernandesHistória Jefferson dos Santos da Silva Marcelo Piccinini Rafael F. de Menezes Rogério de Sousa Gonçalves Vanessa SilvaGeografia DuarteA.R.Vieira Enilson F. Venâncio Felipe Silveira de Souza Fernando Mousquer

I229 IESDE Brasil S.A. / Pré-vestibular / IESDE Brasil S.A. — Curitiba : IESDE Brasil S.A., 2008. [Livro do Professor]

696 p.

ISBN: 978-85-387-0574-1

1. Pré-vestibular. 2. Educação. 3. Estudo e Ensino. I. Título.

CDD 370.71

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A América no século XIX

No século XIX, o movimento de expansão terri-torial e crescimento industrial tomou conta dos EUA e, por outro lado, promoveu a expansão do ideal de Independência pelos países da América Latina, tanto nas colônias de origem espanhola como também no Brasil de origem portuguesa.

No caso dos EUA, o país mergulhou num pro-fundo conflito civil entre a região Norte e Sul que veio a dizimar em torno de 600 mil pessoas. Outro ponto marcante dentro do avanço Norte-americano no século XIX, foi a Marcha para o Oeste, que cul-minou na conquista de vários territórios expandindo as fronteiras norte-americanas.

Os EUA – século XIX“Pobre do México, tão longe de Deus, tão pró-

ximo dos Estados Unidos.”

(Lázaro Cardenas, presidente mexicano de 1934-1940.)

Essa frase explica todo o processo que levou os EUA a se expandirem para o Oeste conquistando terras e matando tribos inteiras de índios.

Dois foram os grandes momentos para os EUA durante o século XIX: o primeiro momento carac-terizado pela conquista do Oeste, e o segundo correspondendo à Guerra Civil Americana, também conhecida como a Guerra de Secessão.

A marcha para o Oeste

No final do século XIX, os EUA começaram a sua marcha para o Oeste, sendo responsáveis por este fato os chamados Granjeiros (fazendeiros) que deram origem ao Novo Oeste e à abertura para o

Pacífico. Por isso, o choque com os mexicanos não tardou a ocorrer .

Após a consolidação do processo de Indepen-dência dos EUA no final do século XVIII e, sucessi-vamente, as duas guerras de Independência contra a Inglaterra (a primeira entre os anos de 1777 - 1781 e a segunda entre os anos de 1812 - 1814), os antigos colonos do Norte defenderam o expansionismo terri-torial tendo como destino o lado do Pacífico. O Norte defendia a centralização cada vez maior do poder e a adoção de tarifas protecionistas para fortalecer a sua economia. Já do lado do Sul, defendia-se o livre-cambismo, ou seja, o livre-comércio, garantindo o escoamento de suas produções de algodão e de outros produtos. O Norte queria o protecionismo para promover um crescimento industrial, algo em que os Sulistas relutavam, pois os seus principais objetivos estavam voltados para o setor agrícola, e não o industrial .

Após os conflitos com a Inglaterra, o governo Norte-americano acabou incentivando a conquista territorial, dando início ao que foi denominado de Marcha para o Oeste.

No ano de 1822 foi formulada a primeira lei de imigração que excluía os pobres, os anarquistas, os doentes, os polígamos, as prostitutas e os alcoólatras. Os EUA possuíam o interesse de transformar toda a América em seu mercado consumidor, a partir disso decidiu-se apoiar os movimentos de Independência existentes nos países da América Central e do Sul, combatendo os interesses recolonizadores por parte da Santa Aliança. No ano de 1823, o presidente Ja-mes Monroe criou a Doutrina Monroe, que afirmava: A América para os americanos, ou seja, uma frase de sentido dúbio, pois em primeira análise signi-ficava livrar o continente americano da influência europeia. Porém, um segundo sentido existia, que era na verdade transformar a América em um mero mercado consumidor e fornecedor de matéria-prima para os EUA.

Voltando para análise sobre o que foi a Marcha para o Oeste, podemos dizer que este avanço reali-

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zado pelos colonizadores não respeitou os direitos dos índios, e na verdade dizimou tribos inteiras com o objetivo de tomar suas terras. Vale ressaltar alguns fatores cruciais para entender a Marcha para o Oeste: O primeiro era a facilidade oferecida pelo governo para aquisição de terras naquela região. A procura de matérias-primas e novas fontes de alimentos, a descoberta de ouro na região da Califórnia, a falta de terras na margem Atlântica, e principalmente, a construção de ferrovias são outros fatores que incen-tivaram esta marcha.

Já na primeira metade do século XIX e na me-tade seguinte, os EUA incorporaram vários territó-rios, através da compra ou de conquistas através de

conflitos. No ano de 1803, comprou a Louisiana da França; no ano de 1819, comprou a Flórida da Espa-nha; no ano de 1848, anexou do México através de um conflito em vários territórios. Tendo como ênfase a questão do Texas, onde no ano de 1846, ocorreu a primeira batalha entre as tropas americanas e as mexicanas pela disputa do Texas. Este conflito du-rou até o ano de 1848, quando o Texas passou a ser território Norte-americano, acordo este firmado pelo tratado de Guadalupe-Hidalgo. Além do Texas, os EUA levaram os territórios que hoje atualmente são a Califórnia, Nevada, Utah, Arizona e a maior parte do Novo México. No ano de 1867, os EUA compraram o Alasca da Rússia.

Expansão territorial EUA.

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O conflito está próximoNaquela época a politica Norte-americana

estava dividida em dois partidos: os Republicanos (que são os democratas hoje), liderados por Thomas Jefferson e os Federalistas (que são hoje os Repu-blicanos) liderados por Alexander Hamilton. Estes detinham o poder político dentro dos EUA, porém, vale lembrar, que a Inglaterra ainda não tinha acei-tado a Independência de sua colônia americana. A Inglaterra ainda mantinha um comércio e uma total ligação econômica com os estados do Sul.

Os EUA sempre obtiveram muitas vantagens em tratados desiguais com outros países; como os do Japão e os da China.

A ocupação do oeste foi organizada pelo go-verno dos EUA, determinando a formação de novos estados pelo chamado Édito do Noroeste. Nesse édito estava determinado que a formação de novos estados deveria obedecer três etapas. O governo federal controlava as áreas que tivessem 5 mil elei-tores. Acima desse número, o Estado teria a sua pró-pria administração. Já a terceira etapa apresentava um estado formado por mais de 60 mil habitantes, possuindo características similares aos Estados que já formavam os EUA, ou seja, os mesmos direitos e deveres dos Estados mais antigos da União, formada com a Independência, ainda no século XVIII.

As divergências entre os nortistas e os Sulis-tas estavam aumentando devido principalmente à disputa territorial existente entre as duas regiões. Enquanto o Norte defendia a indústria e a pequena propriedade, o Sul defendia o latifúndio e a produção agrícola voltada para a exportação. Tudo parecia estar resolvido no ano de 1820 com a determinação do paralelo do Missouri, afirmando uma divisão de domínio territorial a partir do paralelo 36º30’. Este acordo determinava que os estados ao Sul deste paralelo possuiriam características Sulistas, e os do lado Norte características nortistas. Todo o problema cresceu com a anexação do território da Califórnia, pois o mesmo queria entrar no bloco nortista, porém a sua localização levava a mesma a aderir ao grupo dos Sulistas. Estava aceso o pavil que levaria ao barril cheio de pólvora, com a finalidade de explodir o conflito.

O desenvolvimento capitalista Norte-americano

No ano de 1886, os EUA receberiam a Estátua da Liberdade como presente da França, retratando a esperança do velho mundo em relação ao novo mundo que na América surgia. Destacamos o grande fluxo migratório para a América no final do século XIX e no decorrer do século XX. Vinham pessoas de toda a parte, principalmente da Europa, como irlandeses, alemães, austríacos, húngaros, italianos, entre outros. Dentro do período que compreendeu os anos de 1890 e 1914, chegaram na América cerca de 14.750.000 imigrantes (lembre-se que no ano de 1912, o Titanic trazia para a América uma grande quantidade de imigrantes que tentariam a sorte no novo mundo). Demonstrava-se para todo o mundo o jeito americano de se viver American Way of Life.

Nesse período, o desenvolvimento industrial e a necessidade de mão-de-obra barata, além da propagação de estradas de ferro e companhias de navegação determinaram os rumos da imigração para a América. Esses imigrantes vinham para a América em busca das cidades e não para viverem no meio rural.

As condições de vida dos trabalhadores não eram muito diferentes das condições sociais da sociedade europeia. Por volta do ano de 1880, as condições de habitações coletivas nas cidades Norte-americanas tornaram-se tão sórdidas quanto nos centros industriais do velho mundo.

O mundo dos negócios Norte-americanos bene-ficiou-se enormemente com quantidade de trabalha-dores não-especializados e semi-especializados.

Com a utilização da máquina em grande escala, a sociedade Norte-americana passou por profundas mudanças sociais, políticas e econômicas, presen-ciando um grande avanço industrial e também o desemprego em grande escala. Com isso, ao invés de um operário especializado para uma ferramenta não-especializada, passou-se a ter uma ferramenta especializada para um operário não-especializado. Se, por um lado, isso prejudicou os trabalhadores individualmente, por outro beneficiou-os como classe, impondo-lhes a necessidade de organização como única arma de defesa à opressão patronal (o sindicato).

A primeira grande organização dos trabalha-dores somente surgiu por volta do ano de 1905 e foi apelidada de TIM (Trabalhadores Industriais Mun-diais). Antes desta, existiam outras duas: (1) Nobre Ordem dos Cavaleiros do Trabalho (1869) e (2) Fede-ração Americana dos Trabalhadores (AFL-1886). Esta segunda somente representava os trabalhadores

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especializados, adotando uma posição de desprezo em relação aos não-especializados. Os objetivos ime-diatos eram: maiores salários, diminuição da jornada de trabalho e melhores condições .

A TIM foi a primeira organização sindical re-volucionária dos EUA e que tinha por objetivo final acabar com o Capitalismo. Vale lembrar que o Dia Internacional da Mulher (8 de março) foi estabelecido devido a um incêndio proposital da Machine Cotton matando 129 operárias que reivindicavam melhores condições trabalhistas. O apogeu da indústria foi acompanhado pelo aumento da concentração, e logo surgiram poderosos impérios econômicos nas mais diversas atividades, por exemplo a U.S. Rubber e Goodrich que recolhem cerca de 93% do total líqui-do da indústria de borracha; a Libby-Owens-Ford e a Pittsburg Plate Gass Co. (95% da fabricação de vidro); a U.S. Shoe Machinery Co. que controla mais cerca de 95% de todo o negócio de máquinas para calçados dos EUA.

Para evitar a formação de monopólios, os EUA formou a chamada Lei Sherman, criada no ano de 1890.

No início do século XX, dois presidentes dos EUA promoveram políticas que transformaram esta nação na mais forte do mundo. O primeiro era William McKinley (1896 - 1901) que promoveu o chamado Im-perialismo expansionista, dando os primeiros passos em direção do Havaí, no ano de 1898. Nesse mesmo ano, os EUA declararam guerra à Espanha. Alfred Thayer Mahan (teórico Norte-americano) afirmava que o poderio de uma nação encontrava-se no seu poder naval, apresentando uma relação entre uma poderosa marinha, o comércio marítimo e a forma-ção de colônias. O segundo presidente foi Theodore Roosevelt que modificou a palavra conquista para missões civilizadoras; intervenções em expedições punitivas e guerras em cruzadas. Roosevelt pro-moveu a libertação de Cuba do domínio espanhol, pois havia um objetivo estratégico e acima de tudo interesse econômico dos Norte-americanos no seu co-mércio local. Lembremos que Cuba era considerada nesta época a “usina açucareira” do mundo.

No ano de 1898, o Tratado de Paris determinou que os EUA tomassem as ilhas Filipinas e a ilha de Porto Rico. A Espanha renunciava toda a pretensão sobre a ilha de Cuba. Com a anexação das Filipinas, os EUA garantiram um posto avançado no Oriente, aumentando consideravelmente seu interesse pela China, ratificado no ano de 1900, na chamada “polí-tica de portas abertas”.

Theodore Roosevelt → Big Stick e Emenda Platt.

A Guerra de Secessão (1861-1865)

Com a expansão para o Oeste, o Antagonismo entre o Norte (protecionista) e o Sul (livre-cambista) aumentou gradativamente. Um dos motivos que le-varam ao conflito entre essas duas regiões, foi o fato de que o Norte queria a cobrança por parte do Sul de taxas alfandegárias em cima dos produtos ingleses que entravam em sua região. Esses produtos eram transferidos depois para o Norte prejudicando a in-dustrialização nortista.

O choque era inevitável com os nortistas, pois os Sulistas utilizavam a mão-de-obra escrava, enquanto que o Norte empregava a mão-de-obra assalariada.

Durante o processo de eleições, o candidato nortista, Abraham Lincoln (1861), possuía em sua campanha a meta de acabar com a escravidão em todo os EUA, prejudicando assim os Sulistas que ameaçaram se separar formando uma nova nação, caso ele vencesse as eleições.

Abrahan Lincoln venceu, e os Sulistas decidi-ram, então, romper com a União, formando os Estados Confederados da América e escolhendo como presi-dente Jefferson Davis. Nesse momento começava a Guerra de Secessão. Os estados rebelados que for-maram os estados Confederados da América foram: Carolina do Sul (primeira a se rebelar), Carolina do Norte, Flórida, Alabama, Mississipi, Louisiana, Ten-nessee, Virgínia, Arkansas, Texas e Geórgia.

Os Estados Sulistas tinham medo de perder a sua mão-de-obra e, além disso, não gostavam da ideia de que o negro poderia tornar-se um cidadão e possuir os mesmos dereitos do que brancos e gran-des proprietários. Os Sulistas eram comandados pelo general Robert Lee, já o Norte era comandado pelo general Ulysses Grant.

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A principal batalha, que decidiu o rumo da guerra a favor do Norte foi a chamada Batalha de Gettysburg, logo depois dos nortistas impedirem a chegada de mantimentos e armamentos em portos Sulistas. Após a tomada da capital Sulista, Richmond (Virgínia) no ano de 1865, a região Sul foi impelida a aceitar a vitória do Norte, em Appomatox.

O Sul, ao ser derrotado, teve que aceitar as im-posições nortistas. Por incrível que pareça, a guerra trouxe um maior desenvolvimento industrial e uma expansão na malha férrea, além do surgimento de grandes negociantes que fizeram fortunas em cima da situação caótica dos Sulistas. Entre os principais grupos econômicos que surgiram neste momento, temos os Rockewfeller, os Vanderbilt, os Morgam, entre outros.

Durante o conflito, Abraham Lincoln determi-nou a abolição da escravidão, fato consumado na votação do Congresso no ano de 1865. Além disso, transformou o negro em cidadão, numa outra emenda constitucional. Este ato foi condenado pelos Sulis-tas que até hoje promovem preconceitos contra os negros. Podemos citar como exemplo a formação da Ku Klux Kan, uma sociedade secreta que tinha como objetivo fomentar o ódio racial, nem que para isso promovesse atos de barbárie, como assassinatos e linchamentos de negros.

América Latina – século XIX

Causas da IndependênciaAs causas que levaram ao movimento de Inde-

pendência da América como um todo foram ocasio-nadas, principalmente, por manifestações ocorridas na Europa. Influências essas que repercutiram princi-palmente nos meios políticos e econômicos, apresen-tando assim o descontentamento da classe colonial perante à submissão deles com a Metrópole.

Esse movimento foi influenciado pelas ideias do Iluminismo ou seja; as ideias liberais que atingiram vários movimentos na Europa e na América, como por exemplo as Revoluções Francesa e Americana. A segunda obteve grande influência para com os movimentos emancipacionistas no resto da América.

Outro fator foi a invasão de Napoleão à Espanha, contribuindo para o surgimento de movimentos ame-ricanos liderados pelos “criollos” (elite econômica) na América espanhola.

Com a abertura do comércio americano, ocorreu uma grande expansão comercial, rompendo assim o laço colonial existente com a Metrópole. A Doutrina Monroe foi também um grande fator que ajudou no processo de Independência da América como um todo.

O aumento comercial entre a Inglaterra e as regiões americanas devido ao Bloqueio Continental imposto por Napoleão, também incentivou o proces-so de Independência da América Latina. Pois para a Inglaterra, esta emancipação representava uma abertura daqueles mercados.

Emancipação das colônias espanholas

As lutas pela emancipação obtiveram caracte-rísticas específicas em determinados momentos do século XIX. Vale lembrar que a Independência brasi-leira também ocorreu no início do século XIX, porém com algumas características particulares.

No período de 1780 a 1810 tivemos com des-taque a rebelião liderada por um índio chamado Tupac Amaru, no Peru. Além do movimento no Peru, ocorreu também a criação de juntas governativas dominadas por criollos, em várias partes das colônias espanholas.

De 1810 a 1816, a Espanha tentou contra-atacar, porém sofreu duras perdas decorrentes do apoio Norte-americano e inglês ao processo de Indepen-dência da América, cujo objetivo era transformar a América em um mercado consumidor dos seus produtos industrializados.

No período de 1817 a 1825, foi o grande momen-to dos movimentos lutarem em prol da libertação da América que estava sob o domínio espanhol.

A Independência da América espanhola contou com a participação popular e foi violenta. Além dis-so, proclamou na maioria das colônias emancipadas um regime republicano. A exceção ficou com o caso do México, fragmentado, devido aos interesses par-ticulares de caudilhos e de nações como os EUA e a Inglaterra.

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Independência da América Epanhola.

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terra era a base da renda e fonte do poder. A burguesia local ligava-se aos interesses das casas comerciais inglesas, e as dificuldades de pagamento das impor-tações geravam um endividamento desse setor. A pequena burguesia urbana formava o pequeno núcleo de oposição à dominação inglesa. A massa da popu-lação era a classe social mais afetada pelo principal problema econômico e do México independente.

Durante o século XIX, as comunidades campo-nesas estavam divididas em dois grandes grupos: o primeiro vivia sob a dependência das grandes proprie-dades eclesiásticas e leigas; já o segundo grupo era inteiramente desprovido de qualquer parcela da terra. As comunidades camponesas foram as grandes vítimas do processo de modernização capitalista do México.

Com a derrubada do governo de Agustín Itur-bide (1821 - 1823), assumiu Antônio López de Santa Ana, o primeiro caudilho ( chefes politicos proprietá-rios de terras que defendiam seus próprios interes-ses) a subir ao poder e influenciar a vida política do México. As classes dominantes estavam divididas em conservadores e liberais. No ano de 1824, Iturbide foi fuzilado e foi proclamada a República do México, sob as diretrizes de uma constituição liberal. Os estados gozavam de uma certa autonomia política;

O MéxicoO movimento possuiu caráter popular, com

um forte contexto de luta social e racial. Desta-camos neste caso a figura do Padre José Maria Morellos, responsável pela Independência da Nova Espanha (México). Porém, no ano de 1815, o exército espanhol conseguiu acabar com o foco revolucionário do padre José Maria.

O México só conheceu um novo movimento em prol da Independência quando Vicente Guer-rero, auxiliado pelo general Iturbide, proclamou a Independência do México, no ano de 1821. O mesmo Iturbide logo depois assumiria o poder do México, se autodecretando Imperador.

O movimento de Independência partiu da capital e não possuía ligações com as comunidades rurais e indígenas. As guerras de Independência (1810 - 1821) tiveram como um dos seus efeitos a devastação das propriedades agropecuárias, o abandono das minas e a fuga da mão-de-obra.

Nessa mesma época, foi promovida a concen-tração de terras nas mãos dos ingleses, retirando os privilégios da aristocracia agrária, e facilitando a entrada dos capitais estrangeiros. Ressaltamos que a

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formou-se um congresso bicameral; o presidente e o vice seriam eleitos pela assembleia dos estados, e o Catolicismo foi posto como a religião oficial. No ano de 1834, o congresso foi dissolvido a partir de um Golpe de Estado promovido por Santa Ana que implantou uma ditadura apoiada pelo exército. Foi formulada uma nova constituição de caráter conser-vador, restringindo o voto aos cidadãos mais ricos e estabeleceu um governo centralizado, destituindo os estados de sua autonomia.

Dentro desse processo, temos destaque para o surgimento do localismo político, como foi o caso do Texas, que se retirou da federação mexicana e logo foi anexado pelos EUA. Entre os anos de 1846 e 1848, o México envolveu–se em uma guerra contra os EUA, e perdeu cerca de metade do seu território, incluindo o Texas. Entre os anos de 1854 e 1855, ocorreu no México um movimento de caráter liberal e federa-lista, a chamada república de Ayutla, que impôs um controle governamental, pondo fim aos trinta anos de governo de Santa Ana.

No ano de 1856, os liberais assumiram o gover-no no México, expulsando os jesuítas e confiscando as terras da igreja; também elaboraram uma nova constituição de bases federalistas, democrática e liberal, provocando a chamada Guerra da Reforma (1858 - 1860) sob a liderança de Benito Juarez. As forças liberais tentaram quebrar o poder da igreja, do exército e dos membros das oligarquias rurais.

Sem o apoio dos EUA, os grandes proprietários pediram auxílio ao governo de Napoleão III, propon-do ao mesmo transformar o México em um proteto-rado francês. O pretexto para invadir o México foi o não pagamento de dívidas. No ano de 1863, as forças invasoras derrotaram os liberais e no seu lugar foi imposto no México (1864-1867) o governo de Maxi-miliano (Áustria), que foi marcado por uma intensa resistência popular. Após a derrota de Maximiliano, Benito Juarez voltou ao poder (1867-72) e instaurou uma verdadeira ditadura. A marca registrada dessa ditadura veio com Porfírio Díaz (1876-1911), a con-solidação do Capitalismo agrário exportador e os testas-de-ferro do Capitalismo estrangeiro.

Os setores de oposição permaneciam duramen-te reprimidos e sem meios institucionais de canalizar sua insatisfação; o federalismo desaparecido, com os estados transformados em meras dependências do governo central; a massa camponesa, analfa-beta, vivendo sob exploração e extrema miséria; o operariado urbano, com os salários congelados... Contrapondo-se a esse quadro político e social, uma minoria privilegiada monopolizava o aparelho de Estado e repartia com os estrangeiros as riquezas do país, em seu próprio benefício.

A maioria dos livros didáticos de ensino médio afirmam que somente o Brasil, após a Independência, obteve como regime político a monarquia, e as demais nações da América Latina se transformaram em repú-blicas. Fica aqui dito que isto é um erro, pois o México, assim que foi proclamada a Independência, também teve como regime político a Monarquia, certo de que logo depois passaria a ser uma República.

No ano de 1824 foi instituida a constituição do país pelo primeiro presidente mexicano, o general Guadalupe Vitoria.

O vice-reino do Prata Esta região é formada por três países (Argentina,

Paraguai e Uruguai). O primeiro a conseguir a Inde-pendência foi o Paraguai. Este movimento foi liderado por José Gaspar Francia que proclamou a libertação deste país no ano de 1811. Logo em seguida veio a Argentina, tendo destaque para o estabelecimento de uma Junta Provincial liderada por Manuel Belgrano.

No caso argentino, a Independência somente veio quando surge a figura de San Martín, membro da elite criolla, que liderou o movimento de separação em relação à Espanha. No ano de 1816 foi proclamada a Independência da Argentina, e oficializada no Con-gresso de Tucumán (Independência das Províncias Unidas da América do Sul).

No caso do Uruguai, esse pertenceu, durante um bom tempo, à Coroa espanhola (1821). Logo depois passou para o controle do Brasil, recebendo o nome de Província da Cisplatina. Liderados por Antônio Lavalleja e Frutuoso Rivera, foi iniciado o movimento pela Independência do Uruguai. Tal processo deu início à Guerra da Cisplatina: conflito disputado entre a Argentina e o Brasil que teve como desfecho a pro-clamação da Independência do Uruguai em relação ao Brasil e a Argentina no ano de 1828.

Nova Granada e VenezuelaO processo de Independência de Nova Granada

(Colômbia e Equador) e da Venezuela tiveram como líder Francisco Miranda, que proclamou a Indepen-dência da Venezuela (1811). Este movimento foi es-magado pelas forças espanholas no ano de 1812.

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Essas regiões tiveram como seu grande liber-tador a figura de Simon Bolívar, que possuía como objetivo unificar toda a América numa única nação (Bolivarismo ou Pan-americanismo).

Bolívar tentou demonstrar a sua teoria no Congresso do Panamá (1826) e com isso formar a chamada Confederação dos Andes. Bolívar morreu no ano de 1830, sem efetivamente ver a sua teoria concretizada, pois esta esbarrava nas ações dos caudilhos.

Chile, Peru e BolíviaA aristocracia foi o principal elemento no pro-

cesso de Independência desta região. A figura que se destacou nesse movimento de Independência foi o líder do movimento na Argentina, San Martin, que tinha como objetivo principal chegar ao Peru e lá proclamar a Independência dessa região.

O processo de Independência foi longo, porém teve a vitória dos emancipacionistas que proclama-ram a Independência do Chile no ano de 1818; do Peru, oficialmente, no ano de 1824.

O século XIX representa o processo revolucioná-rio da América Latina e, ao mesmo tempo, o interesse das potências imperialistas, como a Inglaterra, nesse mercado.

As nações latino-americanas despertavam o in-teresse de várias nações imperialistas, principalmen-te no que diz respeito à produção de matéria-prima para os países industrializados, e forneceram mão- -de-obra barata para estas empresas. O Chile forne-cia cobre; o Peru, o guano (acumulação de fosfato de cálcio reSultante do excremento das aves marinhas) e nitrato; o Brasil, o café; Cuba fornecia açúcar; os paí-ses da região do Prata forneciam couro; e a Inglaterra fornecia para eles os produtos manufaturados. As vitórias de Bolívar e do General Sucre asseguraram a Independência peruana. O Congresso de La Paz (1825) proclamou a Independência do Alto-Peru com o nome de República de Bolívar (Bolívia).

Evolução política-econômica

Peru → No ano de 1851, ocorreu um fortale-cimento da sua marinha. Destacamos, nesse caso, a grande produção de guano e salitre (nitrato de potássio), que acabou se tornando a principal renda fiscal do país. Os altos gastos feitos pelo governo peruano acabaram entregando o futuro econômico do Peru a uma dependência econômica perante a Inglaterra. Entre os anos de 1865-1866 ocorreu uma

união entre as ex-colônias espanholas (Chile, Peru, Equador, Bolívia) para conter uma tentativa fracas-sada da Espanha em recolonizar aquela região. No ano de 1875, o Peru expropriou as minas chilenas de Tarapacá.

Bolívia → Esta região era rica em salitre e gua-no, além também de ser uma região rica em cobre, chumbo, zinco e estanho, produtos muito procurados na Europa.

O único problema era que algumas dessas re-giões serviram de palco para disputas políticas pelo domínio econômico. Cita-se aqui como exemplo a região de Antofagasta, rica em salitre e guano, que foi uma reivindicação chilena decidida num acordo entre os dois países no ano de 1866.

Chile → A nação obteve um grande desenvol-vimento econômico e uma relativa estabilidade po-lítica. O ano de 1851, no governo de Manoel Montt, ocorreu o processo de industrialização do Chile. No governo de Fraderico Errázuriz houve um grande investimento na marinha, que se tornou a mais forte, entre as nações do Peru e Bolivia. Lembre-se, que devido a fatores topográficos, a utilização da marinha foi crucial para determinar o domínio dos mares. O ano de 1873 foi marcado pela crise mundial que afe-tou todo o mundo e o Chile não foi uma exceção, pois exportava todo o cobre. O objetivo do Chile era tomar as províncias de Tarapacá e de Antofagasta.

A guerra

O Peru viveu um desgaste econômico muito elevado devido às lutas caudilhescas (internas) e o monopólio dos nitratos ameaçado pela concorrência anglo-chilena. O apoio da Inglaterra foi essencial nes-te caso, porém lembre-se também que a Inglaterra acabou dominando todo o comércio desta região, atendendo os seus próprios interesses imperialis-tas.

No ano de 1878, a Bolívia impôs impostos pe-sados aos fertilizantes exportados na companhia. Chilena de salitre de Antofagasta, porém o Chile não aceitou, promovendo uma invasão nesse território, confiscando as empresas para o seu interesse.

A Guerra da CisplatinaO palco dessa guerra retratou um duelo entre o

Protecionismo e o Livre-cambismo; entre o Federa-lismo e o Unitarismo. Destacamos aqui a existência de Juan Manoel Rosas. Por volta de 1816, ocorreu a Independência da Argentina. Nessa mesma época,

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os portugueses invadiram a região da Banda Oriental (Uruguai), que no ano de 1821 foi incorporada ao Bra-sil, dando origem às províncias da Cisplatina. Nesse período, entre a população da Cisplatina, houve um movimento de resistência armada denominado Trin-ta y Tres Orientales. No ano de 1825, a banda oriental foi incorporada às províncias Unidas do Rio da Prata e no ano de 1828, por exigência da Inglaterra, foi criado o Estado independente do Uruguai sob o governo de Fructuoso Rivera. No ano de 1829, Rosas liderou a massa Argentina defendendo os interesses dos latifundiários e tomou a Província de Buenos Aires, promovendo ali uma política nacionalista, indo contra os interesses intervencionistas.

No ano de 1833, a Inglaterra tomou as ilhas Mal-vinas. Neste mesmo período, os franceses, sentindo-se prejudicados comercialmente, decidiram promover uma intervenção nos portos da Argentina e do Méxi-co, porém sem a ocorrência de ações militares.

Enquanto isso, no Uruguai, dava-se início à formação dos famosos partidos políticos daquele país: o Colorado e o Blanco, a partir da luta entre rivais políticos, Fructuoso Rivera (Colorado) e Manoel Oribe (Blanco).

O ano de 1833 ficou marcado pela intervenção por parte do Uruguai na Argentina, apoiada pelos franceses, pois a própria Argentina encontrava-se em sérias dificuldades políticas e econômicas. Para escapar desta situação, no ano de 1840, a Argentina fechou acordos com a França promovendo o livre-comércio daquela região do Prata. Vale lembrar que o Uruguai, além do apoio da Inglaterra e da França, também possuiu o apoio de Giuseppe Garibaldi e do Paraguai nesse conflito. A Inglaterra promoveu a intervenção em nome da abertura do rio Paraná. Esse fato gerou um conflito entre a Argentina e seus ini-migos europeus (França e Inglaterra). A paz somente foi decretada no ano de 1849.

O governo brasileiro investiu pesado no governo uruguaio contra Rosas, que acabou derrotado, facili-tando o comércio na Bacia do Prata.

A Guerra do PacíficoEste conflito ficou marcado internamente pela

disputa dos caudilhos pelo poder.

No ano de 1836, o palco do conflito era o Chile contra a Confederação Peru-Bolívia. O motivo que levou a este confronto foi as altas taxas de exporta-ção do trigo chileno de um lado, e do outro o açúcar peruano.

Nos anos de 1841-1842 ocorreu um conflito entre o Peru e a Bolívia motivado pela disputa por fronteiras. A pretensão do Peru era de anexar parte do território boliviano .

Início da Guerra do Pacífico ou Guerra do Salitre

O Chile reivindicava a posse das regiões de Antofagasta, Tarapacá, Tacna e Arica no ano de 1880. No ano de 1883, foi assinado o Tratado de Ancón, que determinava a posse de Tarapacá para o Chile e a ocupação das regiões de Tacana e Arica por 10 anos por esta mesma nação. Somente seria devolvida esta região caso fosse paga uma indenização ao Chile. Um ano após (1884) foi fechado o Tratado de Santiago que determinava que o Chile ficaria com as posses territoriais do litoral boliviano (Atacama) e o controle de quatro portos bolivianos (Antofagasta – Chuqui-camata [cobre], Cobija, Mejillones, Tocopilla).

No ano de 1904, a Bolívia e o Chile voltaram a determinar um acordo, no qual ficou decidido que a Bolívia renunciava definitivamente a posse dos territórios que já estavam sob o controle chileno. Em contrapartida, o Chile pagava uma quantia de 300 libras esterlinas à Bolívia, além da construção de uma ferrovia que ligaria Árica e La paz, promovendo a possibilidade do escoamento da produção boliviana para o mar. No ano de 1929, o Chile e o Peru chegaram a um acordo. O primeiro ficou com a região de Àrica, e o segundo ficou com a região de Tacana. A Inglaterra foi a grande beneficiada neste conflito

O Canal do Panamá

O Panamá apresentou-se como importante área por ser a primeira rota comercial terrestre entre os oceanos Atlântico e Pacífico. Já no século XVI, exis-tia a ideia da construção de uma via inter oceânica através do istmo do Panamá (faixa de terra que liga uma penínSula ao continente). No ano de 1835, o Ba-rão de Thierry teve autorização por parte do governo colombiano para a construção de um canal, porém nada foi feito. Devido ao crescimento do comércio mundial, várias potências europeias como também os EUA começaram a se interessar por aquela região e pela construção de uma possível passagem.

Um tratado firmado entre o presidente Polk (EUA) e a Colômbia, no ano de 1846, determinou o direito aos Norte-americanos de trânsito pelo istmo

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do Panamá, e aos colombianos, o reconhecimento de sua soberania e propriedade sobre a região (tratado de Mallarino-Bidlak). No ano de 1855 começou a funcionar a estrada de ferro do Panamá, que ligava os dois extremos do continente. A Inglaterra tam-bém possuía interesse econômico naquela região, e quando os Norte-americanos promoveram a tenta-tiva de construir um canal na Nicarágua (1849), os ingleses tentaram demonstrar a sua supremacia na América Central.

Nessas circunstâncias, tornou-se delicado o relacionamento Estados Unidos e Inglaterra, o que levou os governantes dos dois Estados ao Tratado de Clayton-Bulwer (1850). Ficava esta-belecido que os dois governos não fortificariam o canal do istmo, nem obteriam o controle exclu-sivo sobre o mesmo. Comprometiam-se, ainda, a garantir sua neutralidade.

Ocorreram intervenções armadas Norte-ame-ricanas na região, que passaram a se processar em outros países a fim de assegurar vantagens ao Ca-pitalismo estadunidense (Big Stick). Pelo tratado de Hay-Pauncefote (1901), a Inglaterra permitia aos EUA construir e fortificar um canal, ligando os oceanos Atlântico e Pacífico. O senado colombiano não aderiu aos acordos, por considerá-los lesivos à hegemonia republicana. Logo, uma conspiração foi articulada no Panamá a fim de separá-lo da Colômbia. Esse movi-mento foi liderado por Philippe Bunau-Varilla. No dia 4 de novembro de 1903, era proclamada a República do Panamá, e logo foi reconhecida pelos EUA. O Panamá tornou-se independente da Colômbia, porém trans-formou-se em um protetorado dos EUA. A Colômbia, neste caso, teve que se contentar com 25 milhões de dólares firmados no tratado de Tompson-Urrutia, no ano de 1921. Os Norte-americanos promoveram intervenções militares nos anos de 1908, 1912 e 1918, para poder garantir a sua hegemonia sob o canal.

A partir do ano de 1968, a pressão nacionalis-ta panamenha agravou-se, principalmente com a liderança de Omar Torrijos Herrera, comandante da guarda nacional. Herrera chegou ao poder prometen-do transformar o Panamá num novo Vietnã para os EUA.Vários tratados foram realizados com o intuito de determinar a soberania panamenha sob o canal.

Após a morte de Herrera, assumiu o governo o general Manuel Antônio Noriega. Os EUA pro-moveram uma fervorosa campanha difamatória e acirrada pressão política e econômica. Noriega conseguiu retirar do poder Eric Delvalle, pró-EUA, e colocar no poder Manuel Palma. No ano de 1989, os EUA invadiram o Panamá e acabaram com a ditadura de Noriega, colocando no poder Guilhermo Endara.

A Questão do Acre

De início, a área pertencia à Bolívia. Porém, com o advento do comércio da borracha, esta re-gião atraiu interesses econômicos de três países: Bolívia, Brasil e Peru. No ano de 1902, o gaúcho José Plácido de Castro proclamou a Independên-cia do Acre, logo depois anexado pelo Brasil no ano de 1903. Neste ano foi realizado o tratado de Petrópolis, por meio do qual o Brasil se compro-metia a pagar indenizações ao Peru, a Bolívia e ao Bolivian Syndicate. No ano de 1904, foi oficializado pelo presidente Rodrigues Alves, o Acre como sendo território brasileiro.

A Guerra do Chaco

Suas origens encontram-se ainda no perío-do colonial. Este território foi disputado entre o Paraguai e a Bolívia.

O Paraguai saiu como vencedor deste conflito, porém não levou nada, pois as terras do Chaco foram confiscadas pela Standard Oil até o ano de 2006, ou seja, as jazidas de petróleo da região en-contram-se lacradas, contrastando com a pobreza da mesma. Alguns acordos para a determinação de fronteiras foram tentados sob a região do Cha-co entre a Bolívia e o Paraguai: Quijarro-Decoud (1879), Tamayo-Aceval (1887) e Ichaso-Benitez (1894). No século XX, outras tentativas para uma solução diplomática foram tentadas, porém todas sem êxito. As relações diplomáticas entre estas nações foram rompidas entre os anos de 1915-1927. A guerra tornava-se inevitável.

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Cronologia das Independências da América Espanhola

1810

1811

1812

• Têm início os movimen-tos de Indepêndencia

na Argentina, México e Venezuela.

* Eclode no México uma re-belião camponesa liderada pelo padre Miguel Hidalgo.

• Preso pelas forças espa-nholas, o padre Hidalgo é fuzilado. Em seu lugar, o

padre José Maria Morellos assume a liderança do

movimento.• Forças portuguesas inva-dem a Banda Oriental (atual

Uruguai).• O Paraguai conquista sua Independência, formando uma Junta de Governo.

* O Congresso Geral pro-clama a Independência da

Venezuela.

• Na Espanha, é aprovada uma Constituição de inspira-

ção liberal.• Tropas espanholas re-

conquistam o controle da Venezuela.

1813

1814

1815

1816

1817

1818

1819

• À frente de grupos guerri-lheiros, Simón Bolívar toma Caracas, capital venezue-

lana.

• Fernando VII suspende a Constituição de 1812 e restaura o Absolutismo na

Espanha. O movimento venezuelano é derrotado e Bolívar obrigado a refugiar-

se na Jamaica.

• O movimento no México é sufocado e o padre Mo-rellos é preso e fuzilado.

• O Congresso de Tucumán declara a Independência das Províncias Unidas do

Prata (Argentina).

• Bolívar retoma a Vene-zuela e instala um governo

provisório.

• É proclamada a Indepen-dência do Chile.

• Bolívar é eleito para a pre-sidencia da Grã-Colômbia, inicilamente formada por Colômbia e Venezuela.

1821

1822

1824

1825

1828

1830

• O México conquista sua Independência.

• O general argentino José de San Martín proclama a

Independência do Peru, mas tropas espanholas continuam ocupando o interior do país.• A antiga Banda Oriental é incorporada ao Brasil com o nome de Província Cispla-

tina.

• O general Antonio José de Sucre liberta o Equador e anexa-o à Grã-Colômbia.

• Tropas espanholas, que ocupavam o interior do

Peru, são definitivamente derrotadas por Bolívar e

Sucre.

• O Alto Peru é convertido em uma nova República, a

Bolívia.

• O Uruguai torna-se inde-pendente.

• A Grã-Colômbia se subdi-vide em Colômbia, Venezue-

la e Equador.

Filmes sugeridos:

Dança com Lobos

O vento levou

Tempo de glória

(UFRJ) “Trens regurgitando com imigrantes de todos os 1. países do mundo chegaram sem parar às terras baixas. (...) todos misturados nessa maré de procuradores de terras que seguia para onde o Sol se punha, onde um vale de terras férteis havia sido destinado pelo bondoso

Tio Sam ao enriquecimento de todos os homens... As ruas se enchiam de estranhos. Toda a conversa era so-bre quinhões, lotes e terras. Pouco a pouco, à medida que o Sol se punha, os ‘procuradores’ voltavam de suas excursões ao território sem dono, famintos, cansados, mas jubilantes.”

(GARLAND, Hamlin séc. XIX.)

A expansão territorial dos EUA no século XIX, ocorrida através da anexação, da compra e da incorporação de territórios conquistados em guerras, completou-se em 1867. Nesse processo de expansão, destaca-se a contribuição de milhões de imigrantes europeus no povoamento do território.

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Cite duas consequências da expansão territorial a) dos EUA no século XIX.

Explique um fator conjuntural europeu que tenha b) contribuído para o aumento da emigração para a América na segunda metade do século XIX.

Solução: `

Guerra contra o México e com os índios. O aumento c) das contradições Norte-Sul, Guerra de Secessão e o fortalecimento da ideologia do Destino Manifesto e do individualismo (“self made man”).

As crises econômicas e sociais decorrentes da Se-d) gunda Revolução Industrial, caracterizadas pela superprodução e o desemprego, e as perseguições políticas durante os processos de unificação da Ale-manha e da Itália.

(Fuvest) A Independência das colônias hispânicas da 2. América pode ser compreendida como o reSultado da ação de fatores externos e internos.

Quais foram esses fatores? Comente-os.

Solução: `

Internos: a luta dos criollos; o desenvolvimento re-a) gional desigual e o desejo de emancipação.

Externos: a crise do Antigo Regime a Independência b) dos EUA, a Revolução Francesa; as Guerras Napo-leônicas e a deposição do rei espanhol.

(UFRJ) “Eu me recuso a aceitar que a águia crave suas 1. garras em outras terras.”

(TWAIN, Mark. Patriotas e Traidores . São Paulo: Fundação Perseu

Abramo, 2003. p. 4.)

Embora inicialmente favorável à Guerra Hispano-Americana, no trecho acima, escrito em 1900, o escritor Norte-americano Mark Twain pôs seu olhar crítico sobre as ambições dos EUA no processo que se convencionou chamar Expansão Imperialista.

Explique um dos motivos que levaram os EUA a in-a) tervir em Cuba, acontecimento que ficou conhecido como a Guerra Hispano-Americana (1898).

Identifique uma característica da política externa b) Norte-americana em relação à Europa entre 1898 e 1914.

(UERJ)2.

“Vá para o oeste, jovem, e cresça com o país.”

Essa expressão, criada por Horace Greeley, em 1851, simboliza a expansão territorial realizada pelos Estados Unidos ao longo do século XIX.

Cite duas estratégias utilizadas pelos EUA para a expansão de suas fronteiras, ao longo do século XIX.

(UERJ) Relacione a “marcha para o oeste” com a dou-3. trina do “Destino Manifesto”.

(Cesgranrio) O sonho de união da América Latina é 4. muito antigo. Bolívar foi o primeiro que formulou o ideal de integração americana. Várias propostas surgiram posteriormente até chegarmos ao MercoSul. Assinale a opção que contém um dos objetivos de Bolívar.

Emancipar a América Latina como uma associação a) comercial unitária, que, posteriormente, daria ori-gem à ALALC.

Desenvolver a industrialização no continente sob b) a hegemonia Norte-americana para fazer frente à forte economia inglesa.

Desenvolver a solidariedade continental em torno c) da hegemonia do Canadá, estabelecendo um in-tercâmbio direto deste com todos os países latino-americanos.

Estabelecer uma política separatista respeitando as d) diferenças culturais e linguísticas entre os países latino-americanos.

Dentro do contexto do século XIX, Símon Bolívar 3. buscou através de seus ideais uma América forte e unida. Porém, devido a vários fatores, esse projeto não pode ocorrer. Partindo de um pressuposto geo-gráfico, nos dias de hoje a América Latina aproxima-se cada vez mais desta união, não nos moldes de Bolívar. Partindo desse pressuposto será possível uma América Latina unida? Justifique.

Solução: `

Sim, devido ao incentivo à comercialização re-a) gional em função da globalização da economia.

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Criar uma Confederação dos Estados Americanos e) face à possível contra-ofensiva da Europa apoiada pela Santa Aliança.

(PUC-Rio) Assinale a opção que apresenta de maneira 1. correta a relação entre:

Os movimentos de resistência às medidas admi-I. nistrativas impostas pelos Bourbons nas colônias espanholas em fins do século XVIII.

Os diferentes grupos sociais envolvidos.II.

As ideias defendidas pelos revoltosos nessas ma-III. nifestações.

A oposição aos excessivos tributos cobrados so-a) bre a exportação do açúcar nas colônias do Caribe espanhol – particularmente em Cuba – reuniu plan-tadores e comerciantes, artesãos e assalariados em revoltas urbanas com vistas à Independência e à constituição de governos republicanos na região.

No vice-reino da Nova Espanha, a oposição à co-b) brança da alcabala – o imposto sobre a venda de mercadorias – aos índios e mestiços, traduziu-se em inúmeros levantes indígenas; possuidora de forte cunho religioso, essa oposição culminaria na famosa revolta do Padre Hidalgo.

No vice-reino do Peru, Túpac Amaru liderou a c) oposição às autoridades locais, pregando o fim da prática do repartimiento, da cobrança da alcabala e da mita, mas se mantendo fiel ao Rei da Espanha. Trabalhadores índios e mestiços, mineiros e arte-sãos lhe deram apoio em diferentes momentos da revolta.

No vice-reino de Nova Granada, a revolta dos cha-d) mados Comuneros caracterizou-se pela oposição ao aumento na alcabala e aos novos impostos. Com o brado de “viva o Rei e morra o mau governo”, líde-res criollos reuniram uma multidão de camponeses índios, mestiços e escravos contra o vice-rei.

No vice-reino do Prata, a conjuração em Buenos e) Aires manifestou desde cedo a intenção de ruptura com os laços coloniais, reunindo membros da elite de comerciantes e mineiros e excluindo mulatos e negros livres ligados ao artesanato e ao pequeno comércio urbano.

(Unesp) Leia o texto e responda.2.

Na década de 1820, a maioria dos países latino-americanos obtem a Independência política. A emancipação política

foi resultado da ação dos crioulos”. Em 1824, referindo-se à Independência, Lord Canning – ministro das relações exteriores da Inglaterra – afirmou: “A América espanhola é livre. Se nós não manejarmos mal os nossos interesses, ela é inglesa”.

Identifique os “crioulos”.a)

Justifique a afirmação de Canning.b)

(UFMG) Para a América espanhola [e, pode-se acres-3. centar, para o Brasil oitocentista e os Estados Unidos], o Haiti foi um exemplo e uma advertência, observados com crescente horror tanto por governantes como por governados.

(LYNCH, John. In: BETHELL, Leslie (Org.). História da América

Latina. São Paulo: Edusp; Imprensa Oficial do Estado; Brasília:

Fundação Alexandre de Gusmão, 2001. v. 3, p. 69.)

Nesse trecho, faz-se referência:

ao subdesenvolvimento e à miséria da ilha caribe-a) nha, país mais pobre da América Latina.

à desagregação da sociedade haitiana, reforçada b) pelas constantes turbulências econômicas.

ao aumento crescente da influência dos ideais c) anarquistas e evolucionistas na ilha caribenha.

ao processo de Independência da ilha, marcado d) por uma subelevação maciça de escravos negros.

(UFV) O domínio que as Metrópoles europeias exerciam 4. sobre as diversas colônias americanas começou a sofrer mudanças a partir da segunda metade do século XVIII. Sobre esse período, em se tratando dos processos de Independência ou emancipação dessas colônias, é correto dizer que:

os movimentos de contestação ao controle metro-a) politano na América tiveram como consequência a libertação econômica e política das colônias, o que reSultou na formação de nações americanas sobe-ranas, semelhantes às que se conhecem hoje.

a partilha do território espanhol na América foi de-b) sencadeada a partir da emancipação das colônias, processo conduzido pela elite “criolla”, com apoio de índios, escravos e comerciantes, que teve o ob-jetivo de manter a forma de governo monárquico.

a Guerra dos sete anos teve como consequência a c) decretação de impostos para aumentar a arrecada-ção nas Treze Colônias, o que desencadeou o con-fronto armado, entre ingleses e colonos, conhecido como Massacre de Boston.

a colonização de povoamento nas colônias do Nor-d) te da América possibilitou o acúmulo de capital e a formação de uma elite empresarial dinâmica e

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Será possível uma América Latina unida? Justifique.5.

“Ou inventamos ou estamos perdidos”6.

“As ideias de Simón Rodríguez:”

Veja a Europa como inventa e veja a América como imita!

Uns tomam por prosperidade ver seus portos cheios de barcos ... alheios, e suas casas convertidas em armazéns de coisas... alheias. Cada dia chega uma remessa de roupa feita, e até de gorros para os índios. Logo veremos pacotinhos dourados, com as armas da coroa, contendo terra preparada “por um novo método” para os meninos acostumados a comer terra.

A América não deve imitar servilmente, deve ser original.

Onde iremos buscar modelos? Somos independentes, mas não livres; donos do solo, mas não de nós.

Abramos a história: e pelo que ainda não está escrito, leia cada um em sua memória.”

(GALEANO, Eduardo. As caras e as máscaras. Rio de Janeiro,

Nova Fronteira, 1985. p. 242.)

Explique a crítica de Simón Rodriguez contida na a) seguinte passagem: “Somos independentes, mas não somos livres; donos do solo, mas não de nós.”

Retire do texto uma passagem que identifica um b) problema socioeconômico existente até hoje na América Latina.

autogestionada, desencadeando um processo de Independência de caráter pacífico e negociado.

as revoltas que antecederam a emancipação po-e) lítica brasileira envolveram membros da elite rural, classes médias urbanas e escravos, como a Confe-deração do Equador, a Sabinada e a Balaiada, que tinham o intuito de manter a integridade do territó-rio nacional.

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1.

Pode-se considerar um dos seguintes motivos: o inte-a) resse de empresários e do governo Norte-americano em intervir no comércio açucareiro de Cuba, respon-sável, na época, por quase metade da produção mun-dial de açúcar; a importância estratégica de Cuba por resguardar o acesso ao mar do Caribe; o desejo dos EUA de reduzir a presença europeia na América.

A opção pela neutralidade, ou seja, a não interferência b) Norte-americana nos conflitos internos europeus; a si-nalização feita aos países da Europa para que esses, por sua vez, respeitassem a América Latina como área preferencial de influência Norte-americana.

Duas dentre as formas de expansão territorial:2.

• Compra de territórios (Flórida, Alasca).

• Guerras (contra o México e a Espanha).

• Negociação com potências estrangeiras (Grã-Bre-tanha e Rússia).

A “marcha para o oeste” significou a anexação dos ter-3. ritórios situados a oeste da faixa atlântica, trecho original do país ao declarar sua Independência e teve como justificativa ideológica a doutrina do “Destino Manifesto” que pregava a ideia de que os americanos tinham sido predestinados a dominarem a América.

E4.

C1.

2.

Elite aristocrática, filhos de espanhóis nascidos na a) América.

Refere-se à interferência inglesa no processo de b) Independência e seus interesses expansionistas.

D3.

C4.

Sim, devido ao incentivo à comercialização regional em 5. função da globalização da economia.

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6.

A crítica do autor aponta para o fato de a Indepen-a) dência política na América Espanhola não ter sido capaz de construir uma economia autônoma das potências europeias e de valorizar os elementos de uma cultura latino-americana.

“Veja a América como imita” ou “uns tomam por pros-b) peridade ver seus portos cheios de barcos... alheios”.

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