histórias de encontrar - o tratado de lisboa
DESCRIPTION
Publicações do Governo Civil de Évora, «História de Encontrar - O Tratado de Lisboa»TRANSCRIPT
A União Europeia e
o Tratado de LisboaHistórias de Encontrar
Agora que já sabes mais sobre o Tratado de Lisboa,a União Europeia e as suas principais instituições
– Parlamento Europeu, Comissão Europeia e Conselho –tenho uma actividade para te propor:
1. Cria uma lista de temas importantes para a tua turma/escola e elege um desses temas;
2. Sobre o tema escolhido, faz um debate procurando definir três causas do problema;
3. Divide a turma em dois grupos; cada grupo elege um representante; 4. Elabora com o teu grupo, em segredo, três propostas para eliminar o problema;
5. Os representantes eleitos lêem as propostas e a turma escolhe as três melhores;
6. Com a ajuda da vossa professora, escrevam as propostas mais votadas num papel – o vosso Tratado – que deverá ser assinado por todos e afixado na parede da sala, para que não esqueçam os compromissos assumidos em conjunto.
“Histórias de Encontrar” é um projecto do Governo Civil do Distrito de Évora, que visa promover a consciencialização
e valorização do nosso património – histórico, político, cultural, paisagístico, ambiental, gastronómico, etc. - através da edição de pequenos contos infantis, vocacionados para crianças entre
os cinco e os dez anos de idade, nos quais os protagonistas ‘encontram’ os motivos que por alguma razão se consideraram
relevantes ou emblemáticos.
Propriedade do Governo Civil do Distrito de ÉvoraRua Francisco Soares Lusitano, 7004-511 ÉVORA
Texto | Andreia Sousa Ilustração | Sandro Parreira
Design Gráfico | Trabalhar pró Boneco
Impressão | Diana Litográfica do AlentejoTiragem | 7000 exemplares
Dezembro de 2009
Olá! Eu sou a Inês, tenho 10 anos, e hoje vou falar-te sobre a União Europeia e o “Tratado de Lisboa”.
4. Maior colaboração entre os Estados-Membros na área da defesa, do ambiente, do comércio e da ajuda humanitária,
tornando a posição da União mais clara e visívelnas negociações – quer entre os países da própria UE, quer com outros países e organizações internacionais. Foi ainda
criado o cargo de Alto Representante da UE para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança.
3. Reforço dos valores e objectivos da União – a Paz,a Liberdade, a Democracia, a Igualdade e o respeito pelos
Direitos Humanos. Reforço da segurança e do espíritode solidariedade entre os Estados-Membros (por exemplo,em caso de um atentado terrorista ou de uma catástrofe)
e dos direitos que protegem os cidadãos europeus e que estão reunidos na Carta dos Direitos Fundamentais.
O meu país, Portugal, faz parte de um conjuntode países europeus que se chama União Europeia.
1. Maior participação do parlamento europeu e dos parlamentos nacionais no trabalho da UE, criando mais
oportunidades para que os cidadãos de cada país sejam ouvidos, e uma definição mais clara de quem faz o quê dentro da União.
A história começa mais ou menos quando os meusavós nasceram, altura em que houve uma grande
guerra – a II Guerra Mundial – que devastou muitos países do Mundo e praticamente toda
a Europa. Quando esta guerra acabou, os países envolvidos estavam destruídos e com muitos
problemas para resolver.
A entrada em vigor do Tratado de Lisboa trouxe várias alterações. As mais importantes são quatro:
2. Criação do cargo de um Presidente do Conselho Europeu, modernizando as instituições e tornando a tomada de decisão
mais simples e prática.
A este acordo foi dado o nome de “Tratado de Lisboa”. É o oitavoTratado da história da União Europeia, mas porque foi assinado
na capital portuguesa em 13 de Dezembro de 2007, ficou com o nome daquela cidade. Fiquei muito orgulhosa com isso – e até já fui
com o meu pai ao Mosteiro dos Jerónimos para verde perto onde tudo se passou.
Como a Europa tinha sido muito afectada, os países perceberam que precisavam da ajuda
uns dos outros para poderem erguer-se novamentee assim ultrapassarem os males da guerra.
Para alcançar estes objectivos, todos os Estados-Membros assinaram um acordo em que se comprometem cumprir, juntos,
as regras definidas pela União.
A Paz trouxe a esperança e a vontadede os povos europeus se entenderem. Foi assim
que um conjunto de seis países uniu esforçose criou uma comunidade com base na entre-
ajuda, tendo como objectivos alcançaro progresso económico e social, melhorar
as condições de vida e de trabalho dos seus povos, fortalecer a defesa da paz e da liberdade e apelar aos outros povos da Europa que partilhassemdos mesmos ideais para que se associassem
aos seus esforços.
1. Tornar a Europa mais democrática e transparente;
4. Transformar a União Europeia numa voz mais activae importante na cena internacional.
2. Torná-la também mais eficiente, com regrasde votação e formas de trabalho mais simples;
A cooperação entre esses países foi de tal forma significativana reconstrução das cidades destruídas pela II Guerra Mundial, que os países vizinhos também quiseram participar. Portugal, embora não tivesse entrado na guerra, partilhava dos mesmos
ideais e, por esse motivo, aderiu à Comunidade Económica Europeia – a CEE – em 1986.
3. Defender cada vez mais os direitos e os valores de todos e cada um, com preocupação especial
para a liberdade, a solidariedade e a segurança;
Para fazer face a esta situação, as instituições europeias uniram-se e procuraram novas formas de organização, formas que
dessem resposta aos novos desafios e respondessema quatro necessidades fundamentais:
Como sabes, cada país tem as suas tradições e os seus costumes. Para assegurar que as regras fossem as mais justas para todos, era necessário certificar que as leis criadas respeitariam esses valores
de igual forma – e assim, os direitos dos cidadãosem cada um dos países.
Para que os objectivos da CEE fossem alcançados, foi necessário criar regras comunitárias e uma forma de garantir que essas
regras fossem cumpridas por todos.
Com um número cada vez maior de adesões, novos e mais exigentes desafios surgiram. Assuntos como as alterações
climáticas, a política energética, os direitos humanos,a segurança, a saúde pública, a investigação científica,a conquista do espaço, etc., deixavam de ter respostas
satisfatórias por parte das instituições europeias e os cidadãos começavam a sentir essa realidade no seu dia-a-dia.
Concordou-se que a solução mais democrática seria a criaçãode uma assembleia onde os diferentes países estivessem
representados; os representantes seriam eleitos directamente pelos cidadãos do seu país, ficando desta forma assegurados
os direitos das várias partes.
Com o passar do tempo, o progresso económico e sociale a liberdade de que os povos da Comunidade gozavam
contagiou outros povos do continente europeu, que começaram a exigir aos seus presidentes a adesão à CEE. A Comunidade
cresceu tanto que reune agora 27 países ou Estados-Membros.Em 1993 passou a chamar-se União Europeia.
A essa assembleia deu-se o nome de Parlamento Europeu, que é composto por deputados europeus e tem como responsabilidade
ajudar a criar as leis da Comunidade.Para garantir que essas leis têm em conta o interesse de todos
os europeus e são aplicadas por todos os países da comunidade, foi criada a Comissão Europeia, formada por comissários que
são escolhidos pelo governo do respectivo país, ainda quea composição final tenha que ser aprovada
pelo Parlamento Europeu.
Estavam assim criadas as três principais instituições europeias: Parlamento Europeu, a Comissão Europeia
e o Conselho. O Conselho Europeu reune os chefes de estado e de governo e decide sobre
o rumo da União Europeia.
Porém, como cada país tem um passado histórico diferente, os interesses nacionais também tinham
que ser respeitados. É por isso que as leis têm que ser aprovadas no Conselho, onde se reunem os ministros
dos governos de todos os países.
Estavam assim criadas as três principais instituições europeias: Parlamento Europeu, a Comissão Europeia
e o Conselho. O Conselho Europeu reune os chefes de estado e de governo e decide sobre
o rumo da União Europeia.
Porém, como cada país tem um passado histórico diferente, os interesses nacionais também tinham
que ser respeitados. É por isso que as leis têm que ser aprovadas no Conselho, onde se reunem os ministros
dos governos de todos os países.
Com o passar do tempo, o progresso económico e sociale a liberdade de que os povos da Comunidade gozavam
contagiou outros povos do continente europeu, que começaram a exigir aos seus presidentes a adesão à CEE. A Comunidade
cresceu tanto que reune agora 27 países ou Estados-Membros.Em 1993 passou a chamar-se União Europeia.
A essa assembleia deu-se o nome de Parlamento Europeu, que é composto por deputados europeus e tem como responsabilidade
ajudar a criar as leis da Comunidade.Para garantir que essas leis têm em conta o interesse de todos
os europeus e são aplicadas por todos os países da comunidade, foi criada a Comissão Europeia, formada por comissários que
são escolhidos pelo governo do respectivo país, ainda quea composição final tenha que ser aprovada
pelo Parlamento Europeu.
Com um número cada vez maior de adesões, novos e mais exigentes desafios surgiram. Assuntos como as alterações
climáticas, a política energética, os direitos humanos,a segurança, a saúde pública, a investigação científica,a conquista do espaço, etc., deixavam de ter respostas
satisfatórias por parte das instituições europeias e os cidadãos começavam a sentir essa realidade no seu dia-a-dia.
Concordou-se que a solução mais democrática seria a criaçãode uma assembleia onde os diferentes países estivessem
representados; os representantes seriam eleitos directamente pelos cidadãos do seu país, ficando desta forma assegurados
os direitos das várias partes.
Para fazer face a esta situação, as instituições europeias uniram-se e procuraram novas formas de organização, formas que
dessem resposta aos novos desafios e respondessema quatro necessidades fundamentais:
Como sabes, cada país tem as suas tradições e os seus costumes. Para assegurar que as regras fossem as mais justas para todos, era necessário certificar que as leis criadas respeitariam esses valores
de igual forma – e assim, os direitos dos cidadãosem cada um dos países.
Para que os objectivos da CEE fossem alcançados, foi necessário criar regras comunitárias e uma forma de garantir que essas
regras fossem cumpridas por todos.
1. Tornar a Europa mais democrática e transparente;
4. Transformar a União Europeia numa voz mais activae importante na cena internacional.
2. Torná-la também mais eficiente, com regrasde votação e formas de trabalho mais simples;
A cooperação entre esses países foi de tal forma significativana reconstrução das cidades destruídas pela II Guerra Mundial, que os países vizinhos também quiseram participar. Portugal, embora não tivesse entrado na guerra, partilhava dos mesmos
ideais e, por esse motivo, aderiu à Comunidade Económica Europeia – a CEE – em 1986.
3. Defender cada vez mais os direitos e os valores de todos e cada um, com preocupação especial
para a liberdade, a solidariedade e a segurança;
Para alcançar estes objectivos, todos os Estados-Membros assinaram um acordo em que se comprometem cumprir, juntos,
as regras definidas pela União.
A Paz trouxe a esperança e a vontadede os povos europeus se entenderem. Foi assim
que um conjunto de seis países uniu esforçose criou uma comunidade com base na entre-
ajuda, tendo como objectivos alcançaro progresso económico e social, melhorar
as condições de vida e de trabalho dos seus povos, fortalecer a defesa da paz e da liberdade e apelar aos outros povos da Europa que partilhassemdos mesmos ideais para que se associassem
aos seus esforços.
A este acordo foi dado o nome de “Tratado de Lisboa”. É o oitavoTratado da história da União Europeia, mas porque foi assinado
na capital portuguesa em 13 de Dezembro de 2007, ficou com o nome daquela cidade. Fiquei muito orgulhosa com isso – e até já fui
com o meu pai ao Mosteiro dos Jerónimos para verde perto onde tudo se passou.
Como a Europa tinha sido muito afectada, os países perceberam que precisavam da ajuda
uns dos outros para poderem erguer-se novamentee assim ultrapassarem os males da guerra.
1. Maior participação do parlamento europeu e dos parlamentos nacionais no trabalho da UE, criando mais
oportunidades para que os cidadãos de cada país sejam ouvidos, e uma definição mais clara de quem faz o quê dentro da União.
A história começa mais ou menos quando os meusavós nasceram, altura em que houve uma grande
guerra – a II Guerra Mundial – que devastou muitos países do Mundo e praticamente toda
a Europa. Quando esta guerra acabou, os países envolvidos estavam destruídos e com muitos
problemas para resolver.
A entrada em vigor do Tratado de Lisboa trouxe várias alterações. As mais importantes são quatro:
2. Criação do cargo de um Presidente do Conselho Europeu, modernizando as instituições e tornando a tomada de decisão
mais simples e prática.
3. Reforço dos valores e objectivos da União – a Paz,a Liberdade, a Democracia, a Igualdade e o respeito pelos
Direitos Humanos. Reforço da segurança e do espíritode solidariedade entre os Estados-Membros (por exemplo,em caso de um atentado terrorista ou de uma catástrofe)
e dos direitos que protegem os cidadãos europeus e que estão reunidos na Carta dos Direitos Fundamentais.
O meu país, Portugal, faz parte de um conjuntode países europeus que se chama União Europeia.
Olá! Eu sou a Inês, tenho 10 anos, e hoje vou falar-te sobre a União Europeia e o “Tratado de Lisboa”.
4. Maior colaboração entre os Estados-Membros na área da defesa, do ambiente, do comércio e da ajuda humanitária,
tornando a posição da União mais clara e visívelnas negociações – quer entre os países da própria UE, quer com outros países e organizações internacionais. Foi ainda
criado o cargo de Alto Representante da UE para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança.
Agora que já sabes mais sobre o Tratado de Lisboa,a União Europeia e as suas principais instituições
– Parlamento Europeu, Comissão Europeia e Conselho –tenho uma actividade para te propor:
1. Cria uma lista de temas importantes para a tua turma/escola e elege um desses temas;
2. Sobre o tema escolhido, faz um debate procurando definir três causas do problema;
3. Divide a turma em dois grupos; cada grupo elege um representante; 4. Elabora com o teu grupo, em segredo, três propostas para eliminar o problema;
5. Os representantes eleitos lêem as propostas e a turma escolhe as três melhores;
6. Com a ajuda da vossa professora, escrevam as propostas mais votadas num papel – o vosso Tratado – que deverá ser assinado por todos e afixado na parede da sala, para que não esqueçam os compromissos assumidos em conjunto.
“Histórias de Encontrar” é um projecto do Governo Civil do Distrito de Évora, que visa promover a consciencialização
e valorização do nosso património – histórico, político, cultural, paisagístico, ambiental, gastronómico, etc. - através da edição de pequenos contos infantis, vocacionados para crianças entre
os cinco e os dez anos de idade, nos quais os protagonistas ‘encontram’ os motivos que por alguma razão se consideraram
relevantes ou emblemáticos.
Propriedade do Governo Civil do Distrito de ÉvoraRua Francisco Soares Lusitano, 7004-511 ÉVORA
Texto | Andreia Sousa Ilustração | Sandro Parreira
Design Gráfico | Trabalhar pró Boneco
Impressão | Diana Litográfica do AlentejoTiragem | 7000 exemplares
Dezembro de 2009
A União Europeia e
o Tratado de LisboaHistórias de Encontrar