histórico do time assoeva

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UNIVERSIDADE DE SANTA CRUZ DO SUL Habilitação Jornalismo e Produção em Mídia Áudiovisual Assoeva: uma história de derrotas, conquistas e muita paixão Acadêmicos: Carlos Ximenes, Francisco Galliano e Vanessa Behling Disciplina: Metodologia da Pesquisa em Comunicação Professora: Ana Maria Strohschoen Santa Cruz do Sul, 01 de dezembro de 2011.

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Trabalho elaborado pelos alunos Carlos Ximenes, Francisco Galliano e Vanessa Behling em dezembro de 2011.

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Page 1: Histórico do time Assoeva

UNIVERSIDADE DE SANTA CRUZ DO SUL

Habilitação Jornalismo e Produção em Mídia Áudiovisual

Assoeva:

uma história de derrotas, conquistas e muita paixão

Acadêmicos: Carlos Ximenes, Francisco Galliano e Vanessa Behling

Disciplina: Metodologia da Pesquisa em Comunicação

Professora: Ana Maria Strohschoen

Santa Cruz do Sul, 01 de dezembro de 2011.

Page 2: Histórico do time Assoeva

Sumário

1. Introdução ................................................................................................................................... 02

2. Metodologia da Pesquisa ............................................................................................................ 03

2.1 Referencial teórico .................................................................................................................... 03

2.2 Coleta das pessoas ..................................................................................................................... 04

2.2.1 Pré-entrevistas ........................................................................................................................05

2.2.2 Entrevista ............................................................................................................................... 06

2.2.3 Pós-entrevista ........................................................................................................................ 07

3. Um novo histórico ....................................................................................................................... 08

4. Considerações finais ................................................................................................................... 11

5. Anexos ........................................................................................................................................ 12

Page 3: Histórico do time Assoeva

1. Introdução

A Associação Esportiva de Venâncio Aires - Assoeva, criada em 1982, fundou em 2002 o

Departamento de Futsal quando então, criou o time de futsal de Venâncio Aires que anualmente

participa de campeonatos no RS e no Brasil.

Por envolver muitos apoiadores, torcedores, simpatizantes e também pela grande expressão

que tem a partir do bom desempenho nas competições resolvemos pesquisar mais sobre esse time

que completa neste ano 10 anos. O que nos motivou também é o nosso amor pelo esporte.

Nossa pesquisa será feita a partir de entrevistas com o atual presidente Vianei Hammes que

nos fornecerá dados que construíram a história da Assoeva ao longo dos anos, já que o mesmo está

na Assoeva desde 1982. Entrevistaremos o jogador Héctor Motta Gonçalez que está na Assoeva

desde 2006, buscaremos relatos com o responsável pela organização da torcida e pela manutenção

do site João Francisco Rauber e ainda com o coordenador do Departamento de marketing da

Universidade de Santa Cruz, que é patrocinadora do time, Fabricio Gianezzini.

O setor de marketing responsável pela Assoeva se restringe ao publicitário João Francisco

Rauber, que voluntariamente se dispõe à fazer este trabalho em conjunto de idéias de amigos

torcedores. Bolacha, como é chamado, é responsável pelo abastecimento de informações e criação

do site, da página do facebook e do twitter. Em parceria com a diretoria também concretizaram a

idéia de duas edições do gibi Assoeva em quadrinhos, da Brasília amarela personalizada símbolo da

torcida, de chinelo de dedo e cadernos personalizados.

Datas comemorativas também são lembradas. No Dia Internacional da Mulher foram dadas

rosas amarelas as mulheres que chegavam ao ginásio para o jogo. Durante a campanha do combate

à febre amarela os torcedores usaram máscaras personalizadas. Alguns torcedores mais ligados à

diretoria realizaram uma mobilização num dia de jogo em 2010 quando, ainda na madrugada,

colocaram num prédio no centro da cidade uma camiseta gigante pedindo presença do público na

partida a noite. Também já realizaram gesto solidário, quando jogadores e alguns da diretoria

promoveram uma festa surpresa para um menino que sempre ia nos jogos, mas que tinha poucos

recursos financeiros para ao menos ter a camiseta do time que ganhou do seu jogador preferido com

o qual teve a alegria de bater bola no dia do seu aniversário.

Page 4: Histórico do time Assoeva

2. Metodologia da Pesquisa

2.1 Referencial Teórico

Em 2003, Paul Thompson, no livro As vozes do Passado já dizia que é mais fácil se

expressar sentimento através da fala do que da escrita, e foi exatamente isso que constatamos com

parte dos nossos entrevistados. Por diversas vezes, lágrimas escorreram pelo rosto do atual

presidente ao contar a sua história na Assoeva. Por escrito esta emoção não teria chegado te nós,

pois como diz Thompson, a escrita é linear.

“Quando você escreve, o resultado é mais fechado, porque o texto precisa ser revisado. A

narrativa escrita, na maioria das vezes, é linear, não fica dando voltas no assunto, tem mais

lógica que sentimentos.” (THOMPSON, 2003)

Ouvir histórias é o melhor exercício para nos tornarmos bons contadores de histórias.

Precisamos ficar em silêncio enquanto o outro relembra momentos, detalhes que fazem aquela

história se tornar ainda mais atrativa, porque todo mundo tem alguma coisa interessante para contar

que possa enriquecer nossa vida.

Na entrevista feita com o presidente da Assoeva, Vianei Hammes, conseguimos sentir do

entrevistado uma grande emoção, de vez em quando sua fala ficava mais difícil devido às lágrimas

que se formavam nos olhos e que insistiam em correr pelo rosto. Ficou evidenciado uma mescla das

duas formas que Thompson classifica: a sincera, onde os fatos são transmitidos de maneira honesta.

E na outra onde ele se mostrou um bom contador ao enfeitar com choro e risos a história contada,

tornando-a mais interessante.

Nas entrevistas feitas, ficou visível a busca dos entrevistados por detalhes sobre a Assoeva

para promover o crescimento da mesma. O coordenador do marketing da Unisc, Fabrício Gianezini,

por exemplo, enfatizou que a Unisc iniciou os investimentos na cidade de Venâncio Aires após

pesquisas. E neste sentido, Thompson destacou que ouvir é uma necessidade para se conhecer mais

da comunidade ou dos que nos cercam.

“Existe uma grande necessidade psicológica de conhecer nossas raízes, ou seja, significa

saber não só quem foram nossos ancestrais, mas também quem são as pessoas de nossa

comunidade e com quem trabalhamos”. (THOMPSON, 2003)

Page 5: Histórico do time Assoeva

2.2 Coleta das pessoas

Ao escolher o tema nos deparamos com a missão de conseguir entrevistar os responsáveis

pela construção da história da entidade. Sem dúvida, o entrevistado fundamental para nos detalhar

fatos ao longo dos anos é o atual presidente da Assoeva, Vianei Hammes, que está na entidade

desde o ano de 1982. Neste ano, Hammes era árbitro da antiga AAVA, depois assumiu cargos na

diretoria como presidente e vice-presidente. O atual mandato de presidente se estende até janeiro de

2012, quando deve ser eleita uma nova diretoria, já que a Assoeva está com projetos encaminhados

ao Ministério dos Esporte, para obtenção de recursos e nestes, se comprometeu em cumprir as

regras do estatuto da Federação Nacional de Futsal, na qual a diretoria não pode ter mais de dois

mandatos seguidos, cada um de dois anos.

Já o entrevistado João Francisco Rauber foi procurado pela sua forte ligação com a Assoeva

como torcedor, apoiador e publicitário da entidade, sendo que o trabalho realizado em prol da

entidade é voluntário. Bolacha, como é conhecido, 27 anos, é publicitário no departamento de

Comunicação Digital da Universidade de Santa Cruz do Sul e acompanha a Assoeva desde 2001.

Sua ligação se tornou ainda mais forte quando em 2006 criou o site da entidade que está no ar até

hoje.

Quem também se tornou fundamental para a história da Assoeva e que não poderia faltar no

nosso trabalho é o patrocinador oficial da Assoeva que é a Unisc, através do setor de marketing

esportivo coordenado por Fabrício Gianezini, 27 anos, que há sete anos trabalha na universidade,

quatro anos como estagiário e bolsista e depois se tornou funcionário. Gianezini está há três anos na

coordenação do setor de marketing esportivo e tem especialização em Administração e Marketing

Esportivo e está finalizando uma pós em Gestão do Futebol. Para enriquecer os dados históricos,

questionar o pôrque da parceria e dos benefícios para ambas após ela ser firmada, foi fundamental.

E para fechar, um dos protagonistas de inúmeros capítulos desta história precisava dar seu

depoimento. Héctor Motta Gonçalez, 26 anos, é jogador de futsal e desde 2006 integra o grupo de

jogadores da Assoeva. O atleta virou símbolo do time, virando até personagem de duas edições do

gibi da Assoeva, feito pelo grupo de marketing da Unisc no qual trabalha o publicitário João

Francisco Rauber. Héctor é natural de Santo Ângelo, mas fixou moradia em Venâncio Aires, onde é

o integrante fundamental da „família Assoeva‟.

Page 6: Histórico do time Assoeva

2.2.1 Pré-entrevista

Nossa pesquisa começou a tomar forma quando foi feito o primeiro contato com o

presidente Vianei Hammes, no dia 12 de outubro, onde obtivemos a autorização para realizar a

pesquisa. Nos períodos de aula, como por exemplo, no dia 27 de outubro, a partir do site, foram

reunidos dados e também a construção da pesquisa, como perguntas para os entrevistados,

transcrições, definição de quem, quando e onde entrevistar determinada fonte.

Após o contato feito por telefone, cujo um dos integrantes do grupo de pesquisa obteve com

um colega de trabalho, contatamos com João Francisco Rauber, que se prontificou em nos atender,

na Assessoria de Imprensa da Unisc, no dia 03 de novembro, para responder os questionamentos.

Na seqüência, no dia 07 de novembro, foi feita a entrevista com Fabricio Gianezini,

coordenador do Marketing esportivo da Unisc, apoiadora da Assoeva. Na sexta-feira, dia 11 de

novembro,foi agendada a entrevista para o dia seguinte com o presidente da Assoeva Vianei

Hammes, que nos recebeu no período da tarde no Ginásio Poliesportivo de Venâncio Aires. Para

finalizar as entrevistas, no dia 19 de novembro coletamos o depoimento do jogador Héctor Motta

Gonçalez.

Page 7: Histórico do time Assoeva

2.2.2 Entrevista

O nosso ponto de partida do trabalho de pesquisa, no início, era entrevistar o fundador da

Assoeva, o então secretário de esporte e cultura de Venâncio Aires, Almedo Dettenborn, no entanto,

durante as três semanas que fizemos contato ele estava em Camboriú, SC, portanto ficamos sem a

fala do mesmo, mas ainda assim conseguimos suprir a ausência deste com os dados passados pelo

atual presidente que está na Assoeva desde 1982.

Na entrevista feita com o coordenador do marketing esportivo, Fabrício Gianezini, na

piscina na Unisc, um fato inesperado aconteceu. No meio da entrevista terminou a pilha do

microfone sem fio do entrevistado, interrompendo a entrevista, mas um dos integrantes do grupo

correu até a Unisc TV onde conseguiu uma nova pilha, podendo assim, prosseguir a entrevista até o

final.

Na entrevista feita com o jogador Héctor o horário marcado com o atleta era às 17 horas no

ginásio Poliesportivo, estávamos no local no horário combinado, no entanto, o entrevistado chegou

uma hora e meia depois, pois relatou que a esposa havia saído com seu carro e acabou não

retornando no horário previsto.

Na mesma ocasião, aconteceu um lance cômico e feio ao mesmo tempo. Numa das

determinadas perguntas, a integrante do grupo questionou o entrevistado sobre o que ele acha do

crescimento do time da Assaf, ou seja, foi trocado o nome dos times, sendo que a Assaf é o maior

rival do time do atleta, mas o fato rendeu risadas e inúmeros pedidos de desculpas por parte da

entrevistadora.

Page 8: Histórico do time Assoeva

2.2.3 Pós-entrevista

A entrevista com o publicitário João Francisco Rauber, responsável pelo Marketing da Assoeva e

torcedor da mesma, foi feita às 19h no dia 03 de novembro na Assessoria de Imprensa da Unisc. Já

o coordenador do marketing esportivo da Universidade de Santa Cruz – Unisc, Fabricio Gianezzini

foi entrevistado às 21h30min do dia 07 de novembro na piscina da universidade. O atual presidente

da Assoeva, Vianei Hammes recebeu-nos para a entrevista na tarde de sábado, dia 12 de novembro,

às 15h30min no Ginásio Poliesportivo de Venâncio Aires. E, para encerrar a série de entrevistas, na

tarde de sábado, dia 19, por volta das 17h30min, colhemos o depoimento do jogador da Assoeva

Héctor Motta Gonçalez, no Ginásio Poliesportivo de Venâncio Aires.

Page 9: Histórico do time Assoeva

3. Um novo histórico

A Associação Esportiva Venâncio Aires - Assoeva foi fundada em 02 de Agosto de 1982,

pelo então secretário de Educação, Cultura e Desporto Prof. Almedo Dettenborn. A Assoeva foi

fundada com o objetivo de organizar as competições amadoras do município, principalmente

futebol de campo e futsal, sendo que atualmente possui 32 clubes amadores filiados. Além disso,

formou um grupo de arbitragem de disputas da região. Em 1989, o até então árbitro, Vianei

Hammes e Bruno Heck foram eleitos presidentes. Hammes conta como foi este início.

“Em 1989 eu convidei o Bruno Heck para ser presidente e formar uma chapa para eleição

da Assoeva na qual ele topou e formamos uma chapa única concorrente em 1989, eu de

vice presidente, quase numa situação inédita conseguimos perder uma eleição quase pra

ninguém que na verdade a eleição foi 8 a 8. Então houve uma segunda votação daí dois

clubes reverteram o voto daí terminou em 10 a 6, aí foi que a gente começou a administrar

a Assoeva”.

Na gestão destes, aconteceu uma reestruturação da Assoeva, que funcionava numa sala onde está

instalada a APAE atualmente, que culminou com a sede própria com 180 metros quadrados. Algum

tempo depois esta sala foi repassada para a APAE que necessitava de um espaço, houve então em

1997 uma permuta da sede da Assoeva para a APAE e em contra partida a prefeitura doou um novo

terreno onde hoje se localiza a sede da Assoeva construída na época em parceria com a APAE.

A partir de 97 a direção criou competições municipais de salão em conjunto com o futebol

de campo. Na época a Assoeva ainda se chamava AAVA e os jogos eram realizados no Ginásio da

Escola Monte das Tabocas.

Em 2002 a AAVA criou o departamento de Futsal. Com a intenção de participar do

campeonato estadual de futsal foi necessário criar um CNPJ e consequentemente mudar o nome

para Assoeva. No mesmo ano participou pela 1° vez da competição Estadual Série Bronze somente

com jogadores locais, o que terminou com a última colocação na competição, como lembra o vice-

presidente da época, Vianei Hammes.

“A dificuldade foi tamanha que de 5 equipes que jogaram a nossa chave, nós conseguimos

ficar na quinta colocação e consequentemente não se classificou, mas tudo isso foi um

aprendizado, uma lição e especialmente uma persistência e dessa trajetória para que

chegamos hoje no auge do futsal”.

A partir de então, a Assoeva seguiu na disputa do Estadual Série Bronze, tendo participações

continuas em 2003, 2004 e 2005. Neste último, a Assoeva firmou parceria com a Universidade de

Santa Cruz do Sul que fortaleceu ao longo dos anos ainda mais a equipe. A parceria aconteceu a

partir de um estudo da Unisc 2005 com o qual conheceu um grande potencial em Venâncio Aires,

onde aconteceu a implantação do campus da Unisc naquele município, como destaca o corrdenador

Page 10: Histórico do time Assoeva

de marketing da Unisc, Fabrício Gianezini.

“A parceria veio de uma necessidade nossa. A gente conseguiu analisar estrategicamente

que Venâncio Aires como se situa perto de Santa Cruz e a gente tem bastante ônibus e

alunos que vem de lá, então Venâncio Aires foi um comprometimento nosso de levar um

projeto esportivo pra cidade sabendo da dificuldade que Venâncio Aires tem por parte do

esporte, então a gente resolveu adotar a Assoeva e a prioridade é um planejamento de dez

anos então a gente tem muito tempo pra seguir e com certeza a gente vai continuar com esta

equipe que vem nos trazendo muitos frutos”.

A parceria entre as duas entidades gerou benefícios para ambas. A Assoeva, além receber

créditos para seus atletas de cursos de graduação, também recebem o patrocínio mensal, suporte

técnico de preparação física junto ao Lafisa que se encontra no bloco 42 do curso de educação

física, onde em caso de lesões a Assoeva encaminha esses atletas pro Centro de Diagnóstico

Intensivo do Hospital Santa Cruz, o CDI, onde fazem exames sem custo e com acompanhamento

médico especializado.

De acordo com Fabrício Gianezzini, desde o inicio da parceria em 2005 até 2010, através de

uma clipagem que é feita concluiu-se que a universidade teve grandes resultados com a divulgação

do nome através da Assoeva e de outros times que patrocinam. “A partir dos resultados obtidos

vimos que a universidade ganhou muito, conseguiu-se levar o nome para diversos lugares do Brasil

através da competição nacional e os próprios dirigentes hoje, falam que o fato de ter a universidade

no uniforme facilita a retenção de patrocínio, de retenção de atletas, que querem jogar nas equipes

que a Unisc patrocina, já pensando no futuro”, enfatiza Gianezzini.

Com o apoio recebido, a Assoeva em 2006, participou pela primeira vez do Estadual Série

Prata. No mesmo ano, o jovem publicitário, João Francisco Rauber, que acreditava no projeto da

Assoeva, ofereceu ao presidente Vianei um hot site, um site do clube que ainda está no ar. Rauber

destaca sua forte ligação com a entidade.

“Esse gostar de futsal vem desde 2001 quando a Assoeva ainda se chamava AAVA e jogava

o Regional. Tive a oportunidade de fazer a primeira excursão da torcida que tinha na época,

a gente foi a Teutônia e se não me engano, o time ficou campeão regional. Então, sempre

fui um simpatizante da Assoeva, sempre ia nos jogos, sempre que possível, convidava um

ao outro pra ir comigo, porque eu acreditava no projeto da Assoeva. E com o site aceito

comecei a ter uma relação um pouco maior com a Assoeva, comecei a até opinar, tentar na

parte de marketing dar uma força à eles”.

Ao investir na idéia e na concretização do site a diretoria se deu conta da importânci do

marketing para o desenvolvimento da entidade.

“O marketing que se criou de três a quatro temporadas, tem que ser de criatividade, cada

vez tem que inovar alguma coisa e fazer atrair o torcedor e para isso o marketing é

fundamental para que se desenvolva isso e que seja sempre um atrativo a mais para que o

torcedor venha pro ginásio. Nós ainda, isso aqui ainda é muito amadores nesse sentido, na

verdade a agente projeta os recursos para poder honrar os compromissos com os atletas,

com viagens, hospedagens, enfim, e que o marketing é muito mais uma parte voluntária que

uma coisa com algum valor reservado, isso na verdade ainda passa por um processo de

aperfeiçoamento, de planejamento e pra que isso venha, até para que o marketing possa ter

uma visibilidade, um espaço maior, para desenvolver esse trabalho.”

Page 11: Histórico do time Assoeva

Em 2007 e 2008 a diretoria começou a projetar um objetivo maior, buscando o

acesso à Série Ouro mas que culminou com a segunda colocação ao ser desclassificada em

Santo Angelo, faltando apenas dois segundos para o término da partida. Vianei Hammes

conta com tristeza como foi dificil aquela fase.

“Aquilo foi na verdade um trauma, uma viagem muito difícil de retorno, mas que nos

mobilizou tamanha para que em 2009 fossemos jogar a Série Ouro e aí especialmente o

torcedor aderiu a esta campanha e fez com que a Assoeva crescesse tamanha que culminou

que em 2009 nós fomos vice-campeão estadual”.

Em 2009 a Assoeva participou da Série Ouro do Campeonato Estadual, chegando ao

segundo lugar, perdendo a final para a ACBF. Como cona, Hammes, emocionado. “O jogo mais marcante pra nós foi a conquista pra vaga à final em 2009 quando nós

vencemos a Cortiana lá em Farroupilha na prorrogação. Aquilo foi, sem duvida, pra mim o

dia mais marcante, a volta mais feliz pra Venâncio, e aí você vê praticamente a cidade

pintada de amarelo, esperando a final de 2009 com a ACBF, não tem explicação”.

Em 2010 foi campeã geral do 2º Turno. Depois passou a disputar a final da Série Ouro contra a

ACBF. No final acabou ficando novamente com o vice-campeonato. Em 2010 ingressou na disputa

da Liga Nacional de Futsal, onde chegou até a segunda fase, se tornando um „vício‟ para os

envolvidos diretamente com o clube.

“Com a ascensão da Liga Nacional isso virou uma paixão tão forte que tu quer cada vez

mais, aí em 2010 não foi diferente, tínhamos um sonho ainda maior, ou melhor a repetição

de 2009, de novo chegando a final, de novo contra a ACBF se conquistou novamente o vice

campeonato então duas conquistas assim pro tamanho da Assoeva comparando com o da

ACBF é uma representação sem saber decifrar o que foi esta conquista pra nós.”

E em 2011 foi eliminada na primeira fase da Liga Nacional. Já na Série Ouro chegou à

semifinal onde foi eliminada pelo Atlântico de Erechim. Mas o maior ganho deste ano, foi o

lançamento das categorias sub-15, 17 e a 20 no campeonato estadual das respectivas categorias.

Sendo que a categoria sub-20 chegou às finais, mas ficou com a segunda colocação ao ser eliminada

pela ACBF. Atualmente a Assoeva/Unisc/ALM possui uma das melhores médias de presença de

torcedores, cerca de 1.500 torcedores por jogo. Neste ano seus apoiadores são: ALM Engenharia,

Lehma e Atacado Bonfim – Lactibom – Motel Mont Serrat – Farmácia Remédios – Imprimex – Dr.

Giuliano – Serfesta Bebidas – Vieira Tur – Viasul – Padaria Café Colonial Schuh – Hotel Artus –

Academia Saúde – Restaurante Bifão –

Page 12: Histórico do time Assoeva

4. Considerações finais

Após a pesquisa realizada para a disciplina de Metodologia da Pesquisa em Comunicação

podemos considerar que a Associação Esportiva de Venâncio Aires – Assoeva Futsal vem numa

crescente muito grande desde sua fundação em 2002, isso graças ao trabalho e dedicação de

algumas pessoas que estão na diretoria até hoje e que se dedicam ao máximo. Além de buscarem

incessantemente apoiadores, atletas e comissões técnicas para que conquiste títulos que possam

orgulhar ainda mais o seu fiel torcedor da Febre Amarela.

E um dos grandes responsáveis por este crescimento da Assoeva Futsal foi a parceria com a

Universidade de Santa Cruz do Sul a partir de 2006. Que beneficia jogadores com bolsas de

estudos, aporte financeiro e técnico ao time e infraestruturas para casos de fatalidades, como

contusões em jogos.

Com a realização da pesquisa ainda conseguimos concluir que a partir de citações de Paul

Thompson, no livro As vozes do Passado, 2003, ouvir alguém contando uma história nos enriquece

e faz de nós bons contadores. Também para isso, precisamos ficar em silêncio enquanto o outro

relembra momentos, detalhes que fazem aquela história se tornar ainda mais atrativa e imortal.

Page 13: Histórico do time Assoeva

ANEXOS

Page 14: Histórico do time Assoeva

Transcrição

Bolacha: Beleza então, vamos lá

Vanessa: Qual a tua ligação com a Assoeva, como que começou e desde quando?

Bolacha: Olha, eu tenho uma ligação com a Assoeva, esse gostar de futsal, desde 2001, desde o

tempo em que a Assoeva ainda se chamava AAVA quando jogava o Regional. Tive a oportunidade

de fazer a primeira excursão que teve da torcida que tinha na época a gente foi a Teutônia, se não

me engano, o time ficou campeão regional, jogava ainda no Monte das Tabocas e depois com o

passar do tempo a AAVA quando entrou no estadual precisava de um CNPJ entrou daê em parceria

da Assoeva e desde ali sempre fui um simpatizante da Assoeva, sempre ia nos jogos, sempre que

possível, convidava um ao outro pra ir comigo, porque eu acreditava no projeto da Assoeva e no

ano de 2006 eu trabalhava já com web, ofereci pro presidente Vianei um hot site, um site do clube

que tá até hoje no ar e a partir dali que eu comecei a ter uma relação um pouco maior com a

Assoeva, comecei a até opinar, tentar na parte de marketing, dar uma força à eles, porque hoje em

dia ainda a Assoeva é bem amador pode-se dizer, não existe oficialmente algum departamento fixo,

então a gente faz tudo por que gosta, acredito que mais de 90% das pessoas que se envolvem é

porque gostam, a Assoeva ainda não tem remunerado este tipo de cargo. Então desde o começo da

Assoeva eu tenho uma ligação que foi crescendo com o passar dos anos.

Vanessa: Você foi um dos idealizadores da Febre Amarela né, como surgiu a Febre Amarela?

Bolacha: A Febre amarela foi até foi um grupo de amigos, a gurizada aqui da Asscom que foi com o

passar dos anos aumentando e fazíamos uma excursão e outra e numa das voltas para Venâncio

Aires aqui da unisc mesmo, a gente conversando, tomando um refrigerante com alguns apetrechos a

mais a gente decidiu então a tal da febre amarela, a gente a considera uma torcida desorganizada

porque a gente não queria criar nenhum vinculo. A gente sabe desde os antepassados essa fama que

as torcidas organizadas tem né, então a gente resolveu se espelhar nas torcidas de Grêmio e Inter e

criar essa tal de desorganizada que tá faixa pra não criar um vinculo, não ter camisa específica, todo

mundo pagar ingresso, então essa é a idéia, ela é desorganizada entre aspas pra não ter, ser

conhecida como organizada, a gente faz um churrasquinho e outro, mas nada de oficial NE. Eu

puxava a frente, agora eu to com o freio de mão um pouco mais puxado, porque acho que já tá na

hora de criar novos líderes, então a gente está sempre tentando fazer a roda girar, porque depois não

se sabe o dia de amanhã derrepente o cara vai pra outro lugar e a Febre Amarela acho que tem que

continuar.

Vanessa: Sabe me dizer mais ou menos quantos membros, integrantes tem a Febre Amarela?

Bolacha: A Febre Amarela ela tem um núcleo da pra se dizer assim de fé a gente é uma gurizada de

fé entorno de uns 20, é a gente tira essa base mais na questão de ah vamo fazer uma bandeira, vamo

fazer uma faixa ou vamo fazer um churrasco antes do jogo então é mais ou menos essa a base, então

a gente, ninguém tem carteirinha, ninguém tem camisa, ninguém tem um adesivo dizendo, ninguém

tem uma tatuagem falando que é da Febre Amarela, eu gosto de dizer que a Febre Amarela é todo

mundo que entra no ginásio né até pra pra todo mundo, porque todo mundo paga o mesmo valor de

ingresso, todo mundo entra pela mesma porta, então eu tento pelo menos botar na cultura de

Venâncio que todo mundo é da Febre Amarela pra todo mundo cantá junto.

Page 15: Histórico do time Assoeva

Vanessa: A gente sabe que em muitos lugares a torcida se organiza para conseguir proveito do

clube, como ingressos mais baratos, enfim, a Febre Amarela faz só por amor mesmo né?

Bolacha: é até uns anos um dos diretores lá veio perguntar pra mim, bah vcs não tem interesse de

ingresso, não querem 20 ingressos aí pra ajudar a gurizada, aí eu disse, olha do meu ponto de vista,

se nós der vinte ingressos pra vinte pessoas a gente vai começar a dividir, então se der pra nós ir

levando, e invés de tu dar os ingressos derrepente tu paga um salsichão com pão pra gurizada pra

nós fazer uma confraternização diferente e eu acho que é mais o caminho sabe a gente tenta ser

igual a todos, todo mundo usa a camisa do clube, não usa nenhuma denominação de Febre Amarela

e essa questão de Febre, com o tempo a gente deu sorte, o time começou a ir bem e o pessoal se

motivou, começou a fazer excursão, depois veio a gripe A, a gente fez campanha contra a Gripe A à

favor da Febre Amarela então a gente tentou também usar essa Febre em favor do marketing

Vanessa: Como funciona a Febre Amarela, ela acompanha jogos fora de casa, como é a

organização?

Bolacha: É, a organização dela também é bem desorganizada né, em 2009 foi um ano, eu costumo

dizer assim, atípico porque em 2009 foi quando a Assoeva foi o primeiro pra final do Gauchão e se

eu não me engano a torcida não foi em três jogos fora, a torcida foi pra um jogo quarta-feira feira

pra Garibaldi que o jogo não valia praticamente nada e a torcida ia, jogo Lajeado, Santa Cruz,

Carlos Barbosa quarta-feira a torcida foi, em 2009, costumo dizer que, a Assoeva jogou cerca de 80

a 85% em casa em função da torcida acompanhar, foi um ano só de Gauchão. É, em 2010 acho que

a torcida sentiu um pouco mais de dificuldade financeira em função da entrada na Liga Nacional,

ela entrou na Liga, os ingressos ficaram mais caros, as viagens mais longe, então deu uma decaída

nesta questão de acompanhar, lógico na final sempre vai junto, e a organizar excursão não tem

ninguém fixo que organize, é tudo através de telefone, vez organiza um, vez organiza outro, um

nome no jornal, um nome na rádio, através das redes sociais aí né, não tem ninguém que ah você é o

chefe da excursão, então a gente ta sempre se tentando ajudar.

Vanessa: Você já fez alguma loucura pela Assoeva, digo em função de excursão ou algo assim que

te marcou?

Bolacha: a gente ta sempre tentando inventar alguma coisa, né, teve alguns fatos, gostei muito da

idéia que até fizemos em parceria com a assessoria de comunicação da Unisc que foi aquela

máscara que foi bem na época da gripe então a maioria do ginásio usou aquelas máscaras escrito

febre amarela NE, foi uma ação que pegou muito bem. E, loucura, bom, a gente já viajou bastante, a

gente já foi pra Santiago, viagem longa...

Vanessa: Já saíram do estado?

Bolacha: Não, não ainda não, mas vamos ver, mas já estamos pensando sim.

Vanessa: E o maior símbolo da Febre Amarela, a Brasília, como surgiu?

Bolacha: A Brasília foi feita junto no plano de marketing que foi lançado logo no ano de 2010foi

feito todo uma plano de marketing visando os produtos da Assoeva, foi lançado chinela, caderno,

caneta, tem duas edições do gibi e junto com esse plano de marketing que a gente fez via Unisc se

deu a idéia de ter a brasília amarela pra ser uma unidade de venda e junto com isso de divulgação

dos jogos, então a Assoeva abraçou a idéia, comprou uma brasília que era azul, reformou ela e tá

hoje girando na cidade.

Vanessa: E tu acredita que a torcida ajuda de alguma forma o time que está lá em quadra?

Page 16: Histórico do time Assoeva

Bolacha: Acredito que ajuda e a gente sempre procura escutar o que os jogadores mais emotivos

falam do coração, eles comentam que é emocionante entrar num ginásio, já na boca do túnel ouvir o

barulho da torcida, ajuda não só na força mas financeiramente, até um dos pontos que eu vou muito

atrás, é de ajudar o clube, porque teve anos que ajudou cerca de 50% da folha de pagamento só do

valor da bilheteria.

Vanessa: Na tua visão, o trabalho que é feito e já foi feito pela comissão técnica e diretiva da

Assoeva é satisfatória?

Bolacha: Pois é, eu vejo assim muito a Assoeva numa encruzilhada sabe, tipo, eu acredito que a

Assoeva ta tendo que tomar uma decisão muito difícil, eu vejo que ela tá entre o amador e o

profissional porque no momento que tu vê que o clube precisa buscar mais recursos eu não acredito

que mais só um trabalho dentro de quadra possa buscar patrocínio, possa buscar torcedor em casa,

acho que a Assoeva já ta na hora de parar e pensar e criar departamentos, abrir a sede social

diariamente para receber torce dores, porque, como o diz o prefeito lá da cidade diz mais de 10% do

público venâncio-airense gosta da Assoeva, acho que tá na hora de criar mais redes de

relacionamento com a torcida e com futuros investidores, porque senão como diz aquele livro „A

bola não entra por acaso‟, vai ser difícil ganhar dos laranjinhas aqui no RS e vai ser difícil

classificar na Liga Nacional, tem que buscar mais investidor e tem que criar um relacionamento

maior com a torcida.

Vanessa: Com tua proximidade com a direção, tu sente que está por vir essa decisão, essa nova

forma de trabalhar da Assoeva?

Bolacha: Olha, eu torço muito para que aconteça pelo menos é o que to tentando defender junto

com os dirigentes, já entreguei alguns livros pros caras ler e esse curso que faço lá junto do Inter me

abriu um pouco essa visão e acho que se os caras não colocarem alguém pra cuidar dos só cios, eu

digo isso porque no começo do ano a gente fez uma campanha de sócios tinha cerca de 150 sócios e

hoje tem ainda 100 sócios visto que não era financeiramente viável pro sócio ficar pagando, 20 reais

por mês, mas tinha mês que não tinha jogo, então me pergunto porque o sócio vai continuar

pagando, só pode porque o cara gosta mesmo da causa Assoeva, como nós e os diretores não vamos

dar uma contrapartida a não ser só o jogo, então acho que tá na hora de criar um relacionamento

maior, tem que ter alguém lá trabalhando, pelo menos um estagiário pra abrir as portas, fazer essa

loja que a Assoeva tem girar e virar rentável.

Vanessa: Nós, por exemplo, sendo de fora, vimos o crescimento de uns três anos pra cá da Assoeva,

em ocasiões acredita-se que ela até possa ter ultrapassado o Guarani, como tu vê isso?

Bolacha: Tem uma série de fatores que levou a assoeva ultrapassar o Guarani, é um ambiente mais

familiar, sempre tem jogo, não tem chuva.

Vanessa: Você vê o Guarani como concorrente?

Bolacha: Eu vejo concorrente, tanto no público, muito mais no patrocínio. No momento que a

prefeitura municipal apóia um tem que apoiar outro, então desde aí já começa a concorrência, no

momento que tu é sócio num já começa a ficar mais pesado, tu tem que associar toda a tua família

na Assoeva são quatro pessoas, então eu vejo como concorrência.

Page 17: Histórico do time Assoeva

Entrevista feita com Fabricio Gianezzini às 21h30min do dia 07 de novembro na piscina da Unisc

Transcrição

Sou Fabricio Gianezzini, tenho 27 anos, há sete anos trabalho aqui na universidade, quatro

anos trabalhei como estagiário, bolsista e estagiário, e depois me tornei funcionário, atualmente, há

três anos coordeno o setor de marketing esportivo da universidade e tenho especialização em

Administração e Marketing Esportivo e estou finalizando uma pós em Gestão do Futebol. Essa

parceria com a Assoeva ela vem desde 2005 onde a gente buscou Venâncio Aires como um

potencial da região onde a gente conseguiu analisar dentro de pesquisas uma grande potencialidade,

junto com isso veio a implantação do campus da Unisc em Venâncio Aires onde é coordenado pela

professora Andréia e dentro disso a gente começou a trabalhar a marca Unisc em Venâncio Aires.

Essa crescente da Assoeva eu acho que vem de uma gestão profissional onde a gente tem colegas

que trabalham na Assessoria de Comunicação da Unisc que são de Venâncio Aires e são

apaixonados pela Assoeva e que dão esse suporte. Esse é um dos fatores principais e a gente sabe

que tem pessoas envolvidas com a Assoeva em Venâncio Aires da direção e na comissão técnica

totalmente capacitados para que a Assoeva hoje é um case de sucesso. Bom, levando a marca Unisc

junto na Assoeva foi uma estratégia adotada por nós sabendo também que ela vinha numa crescente

partiu de uma competição estadual para uma nacional onde a gente acha interessante sim levar a

marca tanto na camisa e n os uniformes como dentro de quadra, mas sim no nome da equipe.

A gente costuma dizer que a Assoeva além do patrocínio mensal que a gente tem, a gente

tem uma linha de produtos da universidade que a gente disponibiliza pra equipe, para os atletas a

gente tem um suporte técnico de preparação física junto ao Lafisa que se encontra no bloco 42 do

curso de educação física em caso de lesões a Assoeva entra em contato com a gente e a gente faz

uma reserva e encaminha esses atletas da Assova pro Centro de Diagnóstico Intensivo do Hospital

Santa Cruz, o CDI, onde lá sim fazem exames sem custo e com acompanhamento médico

especializado. Outro fator importante dentro desta parceria são os créditos cedidos aos atletas, então

a gente tem o exemplo do Héctor que é um atleta que tá desde o início desta parceria onde no final

do ano se forma em Educação Física somente com esta bolsa cedida pela Unisc. Então além desta

linha de produtos a gente tem este envolvimento de formação junto com os atletas, então atualmente

a assoeva tem seis atletas que ganham bolsa para estudarem, quatro Educação Física e um

Fisioterapia.

A parceria veio de uma necessidade nossa, como disse anteriormente onde a gente conseguiu

analisar estrategicamente que Venâncio Aires como se situa perto de Santa Cruz e a gente tem

bastante ônibus e alunos que vem de lá, então Venâncio Aires foi um comprometimento nosso de

levar um projeto esportivo pra cidade sabendo da dificuldade que Venâncio Aires tem das

dificuldades através do esporte a gente resolveu adotar a Assoeva e a prioridade é um planejamento

de dez anos então a gente tem muito tempo pra seguir e com certeza a gente vai continuar com esta

equipe que vem nos trazendo muitos frutos.

A gente tem uma pesquisa de imagem na universidade que um jornalista faz a clipagem de

todos os jornais de mídia impressa e a gente agora ta com um software que foi implantado na

Assessoria de Comunicação que consegue buscar mídia estrategicamente mídia televisão, internet,

redes sociais, desde os resultados que a gente tem desde 2005 a 2010, 2011 ainda não foi fechado,

com certeza a universidade ganhou muito, conseguiu levar o nome para diversos lugares do Brasil

através da competição nacional e os próprios dirigentes hoje, tanto de Assoeva, Assaf, de outras

equipes de futsal que a gente tem, Sobradinho, falam que o fato de ter a universidade no uniforme

facilita a retenção de patrocínio, de retenção de atletas, tem atleta que quer jogar nas equipes que a

Unisc patrocina, já pensando no futuro então eles querem jogar nas equipes que a Unisc patrocina

pra ganhar esse benefício automaticamente já pensando na carreira profissional, porque a gente sabe

que o futebol, principal do futsal o tempo de prática é menor então é mais complicado, então esse

atleta tem essa visão, muitas vezes os dirigentes fazem uma negociação com o atleta somente por

Page 18: Histórico do time Assoeva

causa desse benefício.

A instituição Assoeva a gente sabe que tem há anos, que já ta bem constituída na cidade, o

futsal o fato de Venâncio Aires, a Assoeva teve uma ascendência muito grande nessa queda do

Guarani de Venâncio Aires, lá os únicos esportes com público, tirando o futebol amador que é muito

forte o amador que dura o ano inteiro, mas sim uma equipe profissional acho que a partir dessa

desmobilização do Guarani de Venâncio Aires a Assoeva teve uma ascendência porque tem uma

média de público de 2 mil pessoas no ginásio, a gente tem relatos de presidentes de outras entidades

esportivas do RS de futsal que não tem como em Venâncio outra cidade tão apaixonada, claro que

com o trabalho de marketing, com algumas estratégias junto, com a Folha do Mate junto, com a

Rádio Venâncio Aires, outras emissoras de Venâncio Aires, e a própria RBS de Santa Cruz que faz

esse suporte na região dos Vales que Venâncio Aires entra, esse acompanhamento, essa mobilização

essas estratégias de marketing facilitou, reteve mais patrocínios, a universidade trás esses produtos

que outras equipes teriam que gastar com isso, então ela ganha com esse suporte e eu acho que com

isso e claro, com uma gestão profissional a gente sabe que o Vianei tá há anos lá dentro, um cara

que batalha pelo esporte, a secretaria de esportes de Venâncio Aires e a prefeitura adotou o projeto

então são várias forças que fez que o futsal de Venâncio Aires fosse conhecido tanto a nível estadual

como nacional.

Page 19: Histórico do time Assoeva

Entrevista feita na tarde de sábado, dia 12 de novembro, às 15h30min no Ginásio Poliesportivo de

Venâncio Aires

Vianei Batista Hammes, 52 anos, casado, três filhos, industriário

Vanessa: Bom, seu Vianei, como o senhor chegou até a Assoeva, faz muito tempo isso, como foi?

Vianei: Olha, Veja bem, eu adentrei pra dentro da Assoeva através do futebol de campo,

primeiramente quando ainda morava em Linha 17 de Junho fui presidente do Esporte Clube

Ipiranga e aí a gente disputou competição municipal posteriormente a minha passagem de

presidente do Ipiranga adentrei o quadro de arbitragem da Assoeva

Vanessa: Lembra o ano mais ou menos?

Vianei: é, na arbitragem de 1982 até 89 e daí em 1989 eu, na verdade, convidei o Bruno Heck para

ser presidente e eu formar uma chapa para eleição da Assoeva na qual ele topou e formamos uma

chapa única concorrente em 1989, eu de vice presidente quase numa situação inédita conseguimos

perder uma eleição quase pra ninguém que na verdade a eleição foi 8 a 8. Então houve uma segunda

votação daí dois clubes reverteram o voto daí terminou em 10 a 6, aí foi que a gente começou a

administrar a Assoeva numa sala onde que hoje funciona a APAE numa sala tamanho desta que

tamo fazendo a entrevista foi quando buscamos uma reestruturação da Assoeva e culminando com

primeiramente com a sede própria da Assoeva com 180 metros quadrados na ocasião e que

posteriormente foi repassada para a APAE que necessitava de um espaço, houve então em 1997 uma

permuta da sede da assoeva para a APAE e em contra partida a prefeitura doou um novo terreno

onde hoje se localiza a sede da Assoeva e onde a APAE numa parceria construiu a atual sede da

Assoeva. Então esse foi o inicio da nossa trajetória, do gostar de organizar e especialmente ter a

sede própria pra abranger a demanda dos clubes que disputavam o campeonato municipal na época

nos anos 80/90 o auge da minha passagem, então foi muito gratificante. A partir de 97 nós

começamos a fazer competições municipais de salão em conjunto com o futebol de campo e

começou a se sentir o gosto pelo futsal, culminando em 2002 tivemos a idéia de mudar um

pouquinho, ampliar o esporte dentro da Assoeva fazendo com que nós disputamos em 2002 pela

primeira vez a competição Estadual a Série Bronze somente com jogadores locais, da casa e foi com

que a dificuldade foi tamanha que de 5 equipes que jogaram a nossa chave nós conseguimos ficar

na quinta colocação e consequentemente não se classificou, mas tudo isso foi um aprendizado, uma

lição e especialmente uma persistência e dessa trajetória para que chegamos hoje no auge do futsal e

o gosto hoje é muito mais direcionado para o futsal. Nesse ano, retrocedendo em 89 eu fui então

vice-presidente, em 90 vice-presidente, a partir de 1991 que, melhor, na metade do ano de 90 na

verdade fui ser presidente da Assoeva e de lá pra cá então somente dois anos que não fui presidente

nesse período sempre fui presidente e que termina agora em janeiro de 2012 o mandato

Vanessa: Vai tentar uma reeleição?

Vianei: Olha, a princípio, pelos estatutos que foram reformulados ultimamente em virtude de um,

dois projetos que a Assoeva tem tramitando no Ministérios dos Esportes foi feito uma alteração

estatutária onde é que o mandato de dois anos só pode ter uma repetição, isso significa que na

próxima temporada temos que ter um novo presidente.

Vanessa: Mas com certeza o senhor não vai ficar longe da Assoeva, não é mesmo?

Vianei: Veja bem, quando, se continuar, a tendência é essa, a gente já traçou planos para temporada

2012 e certamente o nome deve sair desses que convivem dentro hoje e aí evidente que a gente

sempre vai tá na retaguarda para dar suporte, porque só eu sei como foi difícil quando a gente

iniciou, da dificuldade que foi, e hoje, não diria as dificuldades, mas as atenções que se tem que dar

Page 20: Histórico do time Assoeva

é muito maior até pelo nível que a Assoeva alcançou hoje especialmente se preparando novamente

pra jogar Liga Nacional.

Vanessa: A vida do senhor há muito tempo virou Assoeva né?

Vianei: De certo modo me emociona neste momento dizer isso, mas foi bonito, é uma história

bonita que já gostava disso antes da minha vida conjugal e especialmente os filhos aderiram para

isso, para gostar do futsal e especialmente do esporte, tanto é que em todos os eventos que a

Assoeva está eles acompanham de uma forma ou de outra, ajudam a prestar um serviço,

especialmente nos jogos, então isso aí que fica e consolida o desejo da continuidade do trabalho, e

quem sabe, futuramente eles possam dar segmento à este trabalho.

Vanessa: Ao longo dos anos se viu um crescimento da Assoeva, o que explica esse

desenvolvimento?

Vianei: Isso na verdade, as coisas as vezes, acontecem muito rápido. Eu diria assim que em 2008 a

gente já começou a formatar um objetivo maior, mas também tivemos naquela oportunidade, onde

disputávamos a Série Prata de tudo se encaminhar para que fossemos campeões da Série Prata e aí a

gente se relembra com tristeza aquela desclassificação lá em Santo Angelo faltando apenas dois

segundos, então aquilo foi na verdade um trauma, uma viagem muito difícil de retorno, mas que nos

mobilizou tamanha para que em 2009 fossemos jogar a Série Ouro e aí especialmente o torcedor

aderiu a esta campanha e fez com que a Assoeva crescesse tamanha que culminou que em 2009 nós

sermos vice-campeão estadual e a campanha se repetiu em 2010, e é claro, com a ascensão da Liga

Nacional e isso vira uma paixão tão forte que tu quer cada vez mais, aí em 2011 não foi diferente,

tínhamos um sonho ainda maior, ou melhor a repetição de 2010, de novo chegando a final, de novo

contra a ACBF se conquistou novamente o vice campeonato então duas conquistas assim pro

tamanho da Assoeva comparando com o da ACBF uma representação sem saber decifrar do que foi

esta conquista pra nós. E em 2011 novamente tinha-se, claro, o objetivo de classificar pra segunda

fase da Liga Nacional e por tropeço do destino, escapou entre nossas mãos, dentro da própria casa

aquilo novamente um trauma que de certo modo até afugentou o torcedor, mas enfim, tamo aí nesta

reta pelos nossos esforços poder passar pelo Atlântico e chegar mais uma vez a final da Série Ouro

que é um dos nossos objetivos. Além disto, a inovação mais importante desta temporada foi o

lançamento das categorias sub-15, 17 e a 20 em competições estaduais, pela primeira vez, isto

acontecendo, onde se tinha um objetivo de participação e com trabalho voluntário dos treinadores e

atletas e já estamos aí classificados no primeiro ano na final contra a ACBF. Isso tudo se resume a

uma grande parceria que a Assoeva conseguiu com a Unisc a partir de 2005 e que através desta

parceria a Assoeva criou uma credibilidade regional, estadual e é um compromisso social nosso

promover eventos sociais com categorias de base e onde a Unisc investe, a Assoeva possa retribuir

na criançada que se não forem atletas, venham a ser estudantes da Unisc.

Vanessa: O apoio da Unisc é fundamental para a Assoeva. Grande parte do crescimento se deve à

esta parceria?

Vianei: Diria que sim, até porque muitos atletas, claro que com a evolução que a Assoeva teve a

partir de 2005, a cada ano, a cada temporada e onde dentro do contrato dos atletas inclui-se a

oportunidade de poder estudar na Unisc, o que facilita trazer um jogador, já que eles sabem que não

vão jogar futsal a vida inteira e que a hora que pararem terão uma profissão, então a Unisc é uma

fonte de eles buscarem uma atividade profissional para quando pararem de jogar. E a gente tem um

exemplo, acho que muito prático que é o Héctor. O Héctor já tá na Assoeva desde 2006 e ele

acredito que deva se formar por 2012 e ele é natural de Santo Angelo e já fixou residência aqui em

Venâncio Aires e particularmente pra mim, é o atleta símbolo da Assoeva, que mais se identifica e

realmente trato ele como um filho, tamanha dedicação que ele tem pelo clube, peço perdão pela

Page 21: Histórico do time Assoeva

emoção, mas isto é marcante ter atletas principalmente assim como o Héctor dentro da Assoeva.

Vanessa: Nem tudo são flores, muitas vezes tem um problema grande chamado financeiro dentro

dos clubes, como é na Assoeva?

Vianei: É, a maior dificuldade não é trazer, mas de honrar os compromissos. E verdadeiramente nós

temos que abrir mão muitas vezes de algumas particularidades que nós gostaríamos de ter, por

exemplo, derrepente eu gostaria de trocar de carro, em favor de honrar os compromissos, então a

gente tem esse compromisso e nesse sentido além dos recursos que eu particularmente disponibilizo

no futsal tem junto o Irineu Henn que é gerente administrativo da CTA e que também é um

apaixonado pelo futsal e que, na verdade, quando os recursos não são suficiente e sempre no

decorrer de uma temporada tem as baixas da receita especialmente quando o torcedor não aparece

em massa, como especialmente quando o time vem ganhando, quando os jogos são mais

interessantes a massa aparece mais, mas na entre-safra da competição eu e o Irineu juntamente

suprimos essa lacuna de falta de receita e diria assim dificilmente vão encontrar algum fornecedor

da Assoeva que possa reclamar que está em atraso algum pagamento. Nós primamos muito por isto,

pelos compromissos assumidos, tanto com os fornecedores, principalmente com os atletas, a gente

tem isso, que já vem de família, honrar com o compromisso que a gente assume. Também a

campanha que a Assoeva faz, os resultados que se busca, os atletas que são muitos já são de

temporadas passadas, querem continuar. Evidente dentro de uma trajetória tem muitas amarguras

que a gente pensa em largar de mão, mas é isso, o futebol é uma cachaça que tu pega, toma um

porre e quando passou tu volta e quer beber de novo e o futebol é assim, depois que passou a

tristeza tu volta e quer sempre mais, sempre quer o melhor, e o melhor pra mim é ver um ginásio

lotado poder, enfim, dar alegria pra quem vem aqui pro ginásio.

Vanessa: Quais seus momentos marcantes nesta trajetória da Assoeva?

Vianei: Olha, são muitos. A construção da sede da Assoeva, tanto essa que está a Apae hoje como

essa que tem hoje, tudo passou pelas minhas mãos. Grandes competições municipais de capo que

marcaram dentro da Assoeva e no futsal...isso sempre foi um sonho, poder jogar a Liga Nacional e

receber grandes clubes dentro do Poliesportivo, isso é um sonho realizado, mas acho que o jogo

mais marcante pra nós foi a conquista pra vaga à final em 2009 quando nós vencemos a Cortiana lá

em Farroupilha na prorrogação. Aquilo foi, sem duvida, pra mim o dia mais marcante, a volta mais

feliz pra Venâncio, e aí você vê praticamente a cidade pintada de amarelo, esperando a final de 2009

com a ACBF, (choro).

Vanessa: Lá no início vocês já tinham essa ideia de um dia a Assoeva chegar onde ela está hoje,

com tamanha proporção?

Vianei: A gente sempre imaginava, aliás nas coisas que assumi até hoje sempre tive um

compromisso em deixar as coisas bem organizadas e bem conduzidas diria assim, nessa minha

passagem dentro da Assoeva sempre conduzi de uma maneira muito transparente que dificilmente

possa aparecer alguém para falar do trabalho realizado. Evidente que a gente imaginava que um dia

a gente teria uma ascensão, agora se nós olharmos para outras equipes coirmãs como a ACBF que

levou mais de 15 anos pra chegar na conquista de um título, então pelos recursos que a Assoeva

tinha de patrocínios, isso ela cresceu muito rapidamente e as pessoas se envolveram tanto, a paixão

pelo futsal cresceu tanto que talvez até tenhamos dado o passo maior que a perspectiva e a projeção

era. E a gente vê hoje que a gente tá num patamar muito grande e que nós não podemos mais

retroceder e que nós temos que cada vez mais buscar espaço e mais parceiros para continuar

crescendo e para que tanto é que estamos aí num trabalho de quase 60 dias de renovação do aluguel

da vaga pra jogar na Liga, que no nosso entendimento não tem como a Assoeva não jogar Liga

nacional porque senão entre num retrocesso. O torcedor espera por isso, então tu tem que trabalhar,

Page 22: Histórico do time Assoeva

a responsabilidade aumenta cada vez mais e tu te envolve cada vez mais e a gente já não aceita mais

não estar entre os grandes do RS e os 20 maiores do Brasil.

Vanessa: Você falou em patamar, o senhor acredita que em Venâncio a Assoeva supera e divide a

paixão pelo Guarani?

Vianei: Veja bem, se tem uma coisa que eu não gosto é de fazer é comparativos, principalmente

com agremiações da cidade, acho que cada uma tem seu espaço, cada uma tem que buscar as

inovações, a criatividade para atrair o torcedor e nós sabemos que nós temos que a cada vez

inovando, criando mais, cada vez tendo o melhor produto a oferecer. Mas, na verdade, pra quem

gosta de tomar vinho temos que oferecer a melhor marca para que cada evento o torcedor venha e

tenha uma atração nova, sempre buscar ser diferente, jamais queremos comparar e na verdade

queremos que todos cresçam dentro da sua criatividade, cada um possa ser grande.

Vanessa: Nisso o marketing é muito importante né?

Vianei: É, o marketing é que se criou de três a quatro temporadas, tem que ser de criatividade, cada

vez tem que inovar alguma coisa e fazer atrair o torcedor e para isso o marketing é fundamental

para que se desenvolva isso e que seja sempre um atrativo a mais para que o torcedor venha pro

ginásio.

Vanessa: No início foi reservado algum recurso para o marketing, tem essa atenção?

Vianei: Na verdade isso ainda é muito amador. Nós ainda, isso aqui ainda é muito amador nesse

sentido, na verdade a agente projeta os recursos para poder honrar os compromissos com os atletas,

com viagens, hospedagens, enfim, e que o marketing é muito mais uma parte voluntária que uma

coisa com algum valor reservado, isso na verdade ainda passa por um processo de aperfeiçoamento,

de planejamento e pra que isso venha, até para que o marketing possa ter uma visibilidade, um

espaço maior, para desenvolver esse trabalho.

Page 23: Histórico do time Assoeva

Entrevista feita às 17h30min do dia 19 de novembro de 2011 no Ginásio Poliesportivo de Venâncio

Aires.

Héctor Motta Gonçalez, 26 anos, casado, natural de Sant Angelo, jogador de futsal.

Vanessa: Chegastes na Assoeva então em 2006 né, o que te levou à vir para Venâncio Aires, para a

Assoeva?

Héctor: Eu tava jogando em Três Coroas aí não deu certo lá aí o Irineu me ligou pra ver se eu tinha

interesse, e eu vi o interesse, achei interessante então daí resolvi vim e acabei não me arrependendo.

Vanessa: Antes disso vc já tinha passado por outro clube?

Héctor: Eu sou natural de Santo Ângelo, passei, joguei dois anos no time de lá, na Asaf, depois

joguei mais dois anos no John Deere futsal de Horizontina e depois tive aquela curta passagem por

Três Coroas e daí vim pra cá.

Vanessa: E a tua trajetória dentro da Assoeva, como vc está vendo este crescimento da Assoeva,

pois sabe-se que de uns três anos pra cá ela evoluiu muito ?

Héctor: É verdade, depois que eu cheguei, o time evoluiu bastante, de dois anos pra cá, ou melhor,

três anos, a gente vem chegando nas finais do campeonato gaúcho, estamos disputando a Liga

Nacional, então viemos numa crescente muito grande, quando cheguei aqui, éramos uns dos poucos

na prata e foi crescendo com o tempo, com investimento, sem dar o passo maior que a perna, foi

certinho e agora estamos no caminho certo.

Vanessa: A parceria da Assoeva com a Unisc, resultando em créditos para uma formação

profissional, te motivou a vir pra cá?

Héctor: Também, também. Temos que pensar no futuro e a Unisc dá essa oportunidade de fazer o

curso lá, tenho muito a agradecer e aproveitando essa oportunidade que tá sendo me dada pra mim

poder construir meu futuro agora já pra quando eu resolver parar de jogar eu possa já ta formado.

Vanessa: Teus planos são de continuar na Assoeva?

Héctor: Ah meu plano é ficar aí, mas vamos ver final do ano, precisa esperar ano acabar pra ver no

que vai dar. Cada ano que acaba se tem essa expectativa.

Vanessa: Quando vc chegou aqui foi fácil a adaptação à nova família, chamada Assoeva?

Héctor: Sim, eu consegui, porque as pessoas que comandam, o Irineu e o Vianei, são pessoas muito

boas, fáceis de lidar, então ficou fácil pra me adaptar, a cidade me acolheu, a torcida, enfim, tem

feito muita coisa por mim, eu quando entro dentro da quadra sempre tento retribuir esse apoio que

tem me dado, tanto direção, torcida, comunidade e é isso, só tenho a agradecer.

Vanessa: Sentiu alguma dificuldade em algum momento, tem algum momento que te marcou?

Héctor: Acho que de acontecimentos o que me marcou muito foi em 2007 ficar de fora da prata

Vanessa: Algum jogo que você gostaria muito de ter jogado e não pode?

Héctor: Acho que a final em 2009, que fiquei de fora, fui expulso no jogo contra o Farroupilha