hora do angelus alceu sebastião costa

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Luzia 02-11-2016

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Page 1: Hora do angelus alceu sebastião costa

Luzia02-11-2016

Page 2: Hora do angelus alceu sebastião costa

Como um liame entre o céu e a terra,

Os ponteiros do relógio marcam “6h”.

No céu, os anjos piedosos encolhem as asas,

Na terra, os puros se recolhem em suas casas.

Todos rezam.

Page 3: Hora do angelus alceu sebastião costa
Page 4: Hora do angelus alceu sebastião costa

Também as aves, na terra, encurtam os seus caminhos,

Postadas nas árvores e cumeeiras, se achegam aos ninhos;

As flores, sem os beija-flores, se avivam e exalam suaves odores,

Interrompem a caça os predadores, descansam as presas os roedores.

Todos se respeitam.

Page 5: Hora do angelus alceu sebastião costa

No giro do capital, os patrões e operários aceleram o ritmo,

Nos morros e becos, os traficantes dão vaza ao instinto,

Nos campos de batalha, os soldados, coitados, disparam obedientes,

Nas crateras profundas do inferno, não cessam o choro e o ranger de dentes.

Todos vociferam.

Page 6: Hora do angelus alceu sebastião costa
Page 7: Hora do angelus alceu sebastião costa

Na Hora do “Ângelus”,nada cala o bimbalhar do

sinos, Nem a verve do poeta, que

revolve o céu, a terra, o inferno,

Para transformar os ecos do Amor e da Dor em

poemas divinos.

Page 8: Hora do angelus alceu sebastião costa
Page 9: Hora do angelus alceu sebastião costa

Como um liame entre o céu e a terra, Os ponteiros do relógio marcam “6h”.

No céu, os anjos piedosos encolhem as asas, Na terra, os puros se recolhem em suas casas.

Todos rezam.

Também as aves, na terra, encurtam os seus caminhos,

Postadas nas árvores e cumeeiras, se achegam aos ninhos;

As flores, sem os beija-flores, se avivam e exalam suaves odores,

Interrompem a caça os predadores, descansam as presas os roedores.

Todos se respeitam.

No giro do capital, os patrões e operários aceleram o ritmo,

Nos morros e becos, os traficantes dão vaza ao instinto,

Nos campos de batalha, os soldados, coitados, disparam obedientes,

Nas crateras profundas do inferno, não cessam o choro e o ranger de dentes.

Todos vociferam.

Na Hora do “Ângelus”,nada cala o bimbalhar do sinos,

Nem a verve do poeta, que revolve o céu, a terra, o inferno,

Para transformar os ecos do Amor e da Dor em poemas divinos.

Alceu Sebastiã

o Costa

Hora Do Angelus

Page 10: Hora do angelus alceu sebastião costa

Formatação: Luzia GabrieleE-mail: [email protected]

Poeta: Alceu Sebastião Costa  Imagens: Arquivo Pessoal e Internet

Criação: Luzia GabrieleMúsica: Ernesto Cortazar - Bach Ave Maria -

Instrumental http://www.slideshare.net/luziagabriele

https://youtu.be/usURUXOpM3YData: 02 de Novembro de 2016