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FACULDADE DE PARÁ DE MINAS Curso de Enfermagem Sônia Lílian de Azevedo Ferreira HUMANIZAÇÃO DA ASSISTENCIA DE ENFERMAGEM NA ATENÇÃO BÁSICA AO IDOSO Pará de Minas 2015

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FACULDADE DE PARÁ DE MINAS

Curso de Enfermagem

Sônia Lílian de Azevedo Ferreira

HUMANIZAÇÃO DA ASSISTENCIA DE ENFERMAGEM NA ATENÇÃO BÁSICA AO IDOSO

Pará de Minas

2015

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Sônia Lílian de Azevedo Ferreira

HUMANIZAÇÃO DA ASSISTENCIA DE ENFERMAGEM NA ATENÇÃO BÁSICA AO IDOSO

Monografia apresentada à coordenação do Curso de Enfermagem da Faculdade de Pará de Minas – FAPAM, como requisito parcial para a conclusão do Curso de Enfermagem. Orientadora: Profª. Ma. Marisa Gonçalves Brito Menezes.

Pará de Minas

2015

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Sônia Lílian de Azevedo Ferreira

HUMANIZAÇÃO DA ASSISTENCIA DE ENFERMAGEM NA ATENÇÃO BÁSICA AO IDOSO

Monografia apresentada à coordenação do Curso de Enfermagem da Faculdade de Pará de Minas – FAPAM, como requisito parcial para a conclusão do Curso de Enfermagem.

Aprovada em: ___/___/___

_____________________________________

Profª. Ma. Marisa Gonçalves Brito Menezes

____________________________________

Prof. Me. Edson Alexandre de Queiroz

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Dedico este trabalho a todos aqueles que

de alguma forma me ajudaram a

consolidar, sobretudo à mestra Marisa G. Brito Menezes pelo estímulo e paciência

durante a orientação.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus pela proteção ao longo de toda a caminhada.

Aos meus pais, José Maria e Elza Maria, e aos meus irmãos, pelo incentivo.

Meu esposo, Jakson por tudo e às minhas filhas Raffaela e Maria Izabel, pelo

apoio e companheirismo.

À equipe do Laboratório LABORFAMA, que me proporcionou uma vida melhor

e mais colorida!

Aos meus colegas de turma com os quais partilhei momentos bons e ruins, de

alegria e de tristeza, de esperança e de desespero. Pois essa convivência

certamente me fez uma pessoa melhor.

À minha orientadora, Marisa, pelos ensinamentos, atenção e dedicação ao

longo desse período.

À minha amiga Márcia que tanto me ajudou nesta caminhada tão árdua.

Ao meu ex-COORDENADOR, Humberto Quites, por sempre acreditar em

meus ideais.

A todos os meus professores que muito contribuíram para a conclusão dessa

etapa da minha vida!

Agradeço ainda aos demais, amigos e familiares, que de alguma forma

colaboraram para a realização dessa conquista!

Enfim, a todos aqueles que fizeram meu sonho real, me proporcionando

forças para que eu não desistisse de ir atrás do que eu buscava para minha vida.

Muitos obstáculos foram impostos a mim durante esses últimos anos, mas

graças a vocês, não fraquejei. Obrigada por tudo!

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“Conservar a esperança equivale a não

envelhecer”. A velhice é mais do que

cabelos brancos e rugas. É sentimento de

que é tarde demais, é o sentimento de

que o palco já pertence à outra geração.

“A verdadeira doença da velhice não é o

enfraquecimento do corpo: é apatia da

alma”.

André Maurois

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RESUMO

Em decorrência do aumento da senilidade no Brasil, é cada vez mais frequente a presença de idosos nos serviços de saúde sendo que, a prática de humanizar a assistência em saúde é considerada um desafio! O objetivo deste estudo foi compreender os elementos que assessoram o processo de humanização na assistência ao idoso, identificar o processo de envelhecimento populacional, verificar como é a humanização na atenção básica, entender as políticas de saúde que colaboram para a humanização e, conhecer os aspectos relevantes do atendimento aos idosos na atenção básica. Tratou-se de um estudo de revisão bibliográfica narrativa, sendo utilizados artigos e literaturas clássicas editados em português no período de 2005 a 2013, foram utilizadas 54 referências pesquisadas entre os meses de agosto de 2014 e julho de 2015. O Brasil é um país que está no caminho do desenvolvimento e com isso, o envelhecimento populacional é um fator marcante em nossa sociedade. Humanizar o atendimento para a população idosa não seria apenas uma questão de mudança no aspecto físico das unidades, mas a real estratégia esta na conduta dos profissionais perante aos seus usuários. É fundamental explicitar que o atendimento em algumas das Unidades Básicas de Saúde não é humanizado, não pela falta de verba, pois a ausência de recurso financeiro não pode ser considerada como um empecilho ou desculpa para a inexistência da humanização do atendimento e sim, pela falta de preparo de alguns profissionais que desempenham atividades laborais indevidas. O enfermeiro é o profissional que está a todo o momento prestando a assistência ao seu cliente, com isso espera que o mesmo desenvolva uma assistência de qualidade, de respeito dentro dos preceitos éticos e morais que regem a profissão.

Palavras-chave: Humanização da assistência. Envelhecimento populacional.

Atenção integral ao idoso.

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ABSTRACT

As a consequence of the increase of aged population in Brazil each time is more frequent the presence of old patient in health units and because of that the practice to humanize the assistance in the health area is considered a challenge. The main goal of this study was to understand the elements which support the process of humanization in the assistance of aged people, identify the process of population aging, verify how is the humanization in basic assistance, understand that politics for this area which collaborate for humanization and to know the most important aspects in the basics assistance of aged people. This study concerns to bibliographic review and report it was used papers and classic literature published in the period between 2005 and 2013 and we remark that was used 54 references between the month August of 2014 and July of 2015. Brazil is a country in development, so the process of population aging has remarkable impact in its society. To humanize the basic assistance would not mean just a change in the physique aspect of the health units but a real change shall be in the way of health professionals take care of people in these units. Its fundamental to explain that the basic assistance in health units is not humanized and that is not because of shortage of financial support since this cannot be considered as an obstruction for inexistence of humanized basic assistance but instead of that it is because the absence of high capableness of some professional in this field, whose activities are not appropriate. The nurse is the professional who is whole time taking care of sick or injured people. Thus it is required that this professional develops high quality assistance and has respect for people in agreement with the ethics and morals principles of his profession. Keywords: Humanization of assistance. Population aging. Comprehensive care to

the elderly.

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LISTA DE SIGLAS

BVS: Biblioteca Virtual em Saúde.

ESF: Equipe de Saúde da Família.

IBGE: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

LILACS: Literatura Latina Americana e do Caribe em Ciências da Saúde.

MEDLINE: Literatura Internacional em Ciências da Saúde.

MS: Ministério de Saúde.

OMS: Organização Mundial de Saúde.

ONU: Organização das Nações Unidas.

PNAB: Política Nacional Atenção Básica.

PNH: Política Nacional de Humanização.

PNI: Política Nacional do Idoso.

PNSI: Política Nacional Saúde Idoso.

PNSPI: Política Nacional de Saúde Pessoa Idosa.

SAE: Sistematização da assistência de Enfermagem.

SCIELO: Scientific Electronic Library Online.

SUS: Sistema Único de Saúde.

UBS: Unidades Básicas de Saúde.

USF: Unidades de Saúde da Família.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO...................................................................................................... 10 2 OBJETIVO............................................................................................................ 12 2.1 Objetivo geral................................................................................................... 12 2.2 Objetivos específicos....................................................................................... 12 3 METODOLOGIA................................................................................................... 13 4 DESENVOLVIMENTO.......................................................................................... 15 4.1 O envelhecimento populacional..................................................................... 15 4.2 A humanização na atenção à saúde.............................................................. 18 4.3 Políticas e programas de atenção à saúde do idoso.................................... 21 4.4 Aspectos referentes ao atendimento do idoso............................................. 26 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................. 28 REFERÊNCIAS....................................................................................................... 30

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1 INTRODUÇÃO

Segundo Potter e Perry (2012), o envelhecimento populacional é uma

realidade e este não é mais definido apenas pela idade, mas também pelos efeitos

que esse pode causar. Os idosos deparam com a necessidade de ajustes das

mudanças e estilos de vida que acompanham o envelhecimento e, essas alterações,

variam de um indivíduo para outro.

O processo do envelhecimento no Brasil acontece de forma rápida, sem

tempo para uma reorganização social para atender suas demandas. A maioria dos

idosos são acometidos por doenças crônicas não transmissíveis que passam a

comprometer de forma significativa a qualidade de vida dos mesmos. (BRASIL,

2006b).

Para Neri (2006), quando se fala em idoso, os profissionais de saúde têm que

estar atentos ao seu papel que irá resultar na qualidade do atendimento prestado e

na satisfação do idoso.

Figueiredo et al. (2007) informam que é neste sentido que se faz necessário

um cuidado humanizado, perceptível, com ligação recíproca entre as pessoas,

delicado, responsável, dedicado e comprometido com o usuário.

Apesar dos avanços e implementações ocorridas nos últimos anos no

Sistema Único de Saúde (SUS), a assistência por ele oferecida na rede básica ainda

é precária. (FORUM DA REFORMA SANITARIA, 2006).

O que se pode visualizar é um ambiente pouco humanizado, cujo

funcionamento é quase perfeito no que tange às tecnologias, mas na maioria das

vezes acompanhadas de falta de afeto, solidariedade e atenção. Os usuários são

vistos como doentes e, em alguns casos, os profissionais visam fins lucrativos, e

desta forma, os usuários se tornam dependentes apenas do conhecimento científico

dos profissionais das Unidades Básicas de Saúde (UBS). (BETTINELLI;

WASKIEVICZ; ERDMANN, 2006).

De acordo com Barbosa e Silva (2007), para que haja um cuidado

humanizado, os profissionais de saúde, em especial os enfermeiros, pois são os que

mais prestam a assistência aos usuários, precisam tomar consciência dos valores,

buscar ouvir, ser tolerantes, ser honestos, atenciosos. Isso irá ocorrer se

entenderem a importância do autoconhecimento para respeitar a si próprio e ao

próximo, além de basear-se nas políticas e programas implementados. Uma vez que

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os profissionais possuam conhecimentos sobre o tema humanização, eles prestarão

uma melhor assistência e conseqüentemente os usuários serão os maiores

beneficiados.

Brasil (2006b) confirma que, na atenção básica, o enfermeiro é o componente

da equipe de saúde que necessita entender as condições existentes das famílias,

seja em aspectos físicos, mentais, sociais, com o preceito de atingir uma assistência

completa, permanente a todos os usuários por ele atendidos. Deve considerar as

informações colhidas na consulta de enfermagem, desenvolver planos assistenciais

e instituir metas. O enfermeiro deve ter uma participação intensificada no cuidado

oferecido aos idosos, interpelar as mudanças físicas ponderadas normais e

identificar previamente as modificações patológicas e, deve para isso, ter

informações sobre o tema humanização para, não só ampliar os conhecimentos,

mas principalmente, trazer benefícios à população idosa, tornando desta forma, este

estudo de fundamental importância para que isso ocorra.

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2 OBJETIVOS

2.1 Objetivo geral

Compreender os elementos que assessoram o processo de humanização na

assistência ao idoso.

2.2 Objetivos específicos

a) identificar o processo de envelhecimento populacional;

b) verificar como é o processo de humanização na atenção básica;

c) entender as políticas de saúde que colaboram para o processo de

humanização;

d) conhecer os aspectos relevantes do atendimento aos idosos na atenção

básica.

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3 METODOLOGIA

O presente estudo se caracterizou como uma revisão bibliográfica narrativa

que, segundo Rother (2007), capacita a obtenção e renovação da informação sobre

um determinado assunto em um período breve.

Para Souza (2006), a característica de pesquisa narrativa é promover o

cuidado, a grandeza e a ética na pesquisa.

Já Camasmie (2007) afirma que, uma pesquisa narrativa vai além de

descrever os acontecimentos, é mais que informar, é verdadeiramente envolver e

conhecer o quê está sendo analisado.

Para realização deste estudo foram utilizados artigos que passaram pelo

critério de inclusão. Os critérios de inclusão para selecionar as publicações foram:

a) terem sido editados na língua portuguesa;

b) terem sido publicados no período que abrange de 2005 a 2015;

c) estarem disponíveis na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS).

Desta forma, a busca do material foi realizada especialmente nas bases:

Literatura Latina Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Literatura

Internacional em Ciências da Saúde (MEDLINE), Scientific Electronic Library Online

(SCIELO).

Além destas buscas, foram consultados materiais publicados pelo Ministério

da Saúde (MS).

Quanto aos livros utilizados, bastava ser um clássico da literatura acadêmica

onde eram abordados temas relacionados ao estudo. Foram utilizados como

critérios de refino da pesquisa, além do assunto, estar disponível integralmente em

língua portuguesa e pertencer ao intervalo de tempo dos últimos dez anos.

Todo o material selecionado passou por uma filtragem de forma a atender aos

objetivos da pesquisa.

O estudo foi associado aos seguintes descritores: “Política Nacional de Saúde

do Idoso”, “Serviço de Saúde para o Idoso” e “Envelhecimento da População”, sendo

encontrados inicialmente 135 artigos, os quais foram lidos seus resumos e

selecionados 100 deles para a construção do estudo. Mediante ao critério de

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inclusão e os objetivos do estudo, foram selecionadas finalmente 54 publicações,

publicadas no período entre 2005 e 2013.

Desta forma, o estudo apresentado foi realizado entre os meses de agosto de

2014 a julho de 2015. Para sua elaboração foram utilizadas as seguintes etapas:

Estabelecimento da pesquisa, busca na literatura, categorização dos estudos,

avaliação dos artigos inclusos para a revisão e interpretação dos resultados.

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4 DESENVOLVIMENTO

4.1 O envelhecimento populacional

Para Horta, Ferreira e Zhao (2010), o envelhecimento humano é o somatório

de todo o tempo nos indivíduos. Envelhecer e morrer são experiências únicas e

próprias de cada ser, contudo, são limitadas por padrões socioculturais que definem

o significado de cada uma dessas experiências, nas suas especificidades de uma

determina época e lugar da história humana.

Neste contexto, Souza, Skubs e Passarella (2007), esclarecem que

determinadas dificuldades e perdas que os idosos apresentam são consideradas

peculiares do processo de envelhecimento.

No envelhecimento podemos encontrar alguns transtornos e problemas, como perda da utilidade social, aposentadoria, exclusão devida às questões sagradas, esquecimento, desgaste físico, perda da resistência, demência, degeneração física, doenças, isolamento social, tristeza, senilidade e degeneração mental. (CALDAS, 2010, p. 2.935).

Jacob Filho (2009) revela que se pode dizer que o envelhecimento humano

ocorre em três fases, sendo elas as biológicas, psicológicas e sociais.

O envelhecimento biológico tem a afirmação que são feitas em analogia às

mudanças que ocorrem nos órgãos e sistemas, no entanto, o envelhecimento é

único para cada individuo. (ELIOPOULOS, 2005).

Sobre o envelhecimento psicológico, Nery (2005) revela que o mesmo pode

ser definido pela forma comportamental da pessoa, e depende da singularidade com

que cada um analisa a presença ou ausência do processo.

Silva (2008) relata que o envelhecimento social está ligado às manifestações

culturais que cercam o envelhecimento e são indicados pela mudança significativa

de hábitos, imagens, crenças e termos que caracterizam os idosos.

De acordo com Jacob Filho (2009), o envelhecimento é como um processo de

redução das reservas funcionais sem o comprometimento de seu mecanismo, dessa

forma, irá ser mantido a função necessária para as atividades do cotidiano.

Araújo et al. (2008) confirmam, que o envelhecimento é um processo natural

da vida e se apresenta de forma singular em cada pessoa.

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De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)

(2011), o envelhecimento populacional é uma realidade mundial, seja em países

desenvolvidos ou subdesenvolvidos.

O envelhecimento populacional é um fenômeno mundial e, no Brasil, as

modificações vão acontecer de forma radical e acelerada. Esse processo, do ponto

de vista demográfico, deve-se ao rápido e sustentado declínio da fecundidade.

(LIMA;GARBIN ; MOIMAZ ,2010).

O Brasil é um país que está no caminho do desenvolvimento e com isso, o

envelhecimento populacional é um fator marcante em nossa sociedade, devido ao

aumento gradativo da população com 60 anos ou mais. O IBGE salienta que, até

2050, no Brasil, existirão mais idosos que crianças e adolescentes. (INSTITUTO

BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATISTICA, 2011). Com base nas informações da transição demográfica brasileira sob uma nova

ótica, foi evidenciado um processo de feminização na população idosa. Hoje as

mulheres da terceira idade somam um percentual de 55%. De acordo com

informações obtidas através do IBGE em 2011, isto se dá pela sobrevida da

população feminina que ultrapassa em aproximadamente oito anos à dos homens.

(BANDEIRA; MELO; PINHEIRO, 2010).

Os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2011) indicam

também que a tendência do envelhecimento da população brasileira é um fenômeno

irreversível, devido à baixa taxa de natalidade e grande expectativa de vida, e isto

acarreta mudanças em todas as áreas e formas de agir em todos os setores em

relação a este fenômeno.

O envelhecimento foi uma grande conquista da humanidade no último século, mas somente o aumento de pessoas idosas não garante aos cidadãos a dignidade para se viver com qualidade de vida. O envelhecimento da população brasileira é uma conquista que resulta em demandas trazidas pela parcela idosa, no âmbito do SUS. (BRASIL, 2012, p. 39).

Costa, Nakatani e Bachion (2006), afirmam que o idoso deve ser avaliado de

acordo com a concepção holística que tem como objetivo principal a manutenção da

capacidade funcional.

A existência de uma limitação funcional evidente deve ser entendida, portanto

como o efeito de processo fisiológico e, neste caso, uma doença é mais do que uma

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evolução atribuída ao processo natural de envelhecer. É fundamental que a equipe

de saúde conheça sobre os processos senilidade e senescência, assim como todo o

contexto social familiar do idoso, acatar as suas limitações e dar prioridade à

realização do auto cuidado para, a partir destas observações, dar início ao trabalho

da equipe de saúde. (HORTA; FERREIRA; ZHAO, 2010).

De acordo com Stefanelli, Fukuda e Arantes (2008), é essencial entender o

envelhecimento em todas as suas nuances, isto é, fazer a diferenciação entre o

normal e o patológico. Sendo assim, várias são as alterações sofridas pelo corpo

humano que é caracterizado como senescência, ou seja, envelhecimento normal. Na

senescência não se evidencia sintomas e não se tem interferência negativa no estilo

de vida do idoso. Agora sobre o que é senilidade, de acordo com as autoras citadas,

é o termo atribuído à presença de doença, degeneração e limitação que podem

surgir com o decorrer dos anos e necessitam de tratamentos específicos como

ocorre nas patologias crônicas.

Se faz necessário delimitar os fatores de risco segundo Ferreira et al. (2010),

relacionados à incapacidade funcional, isto é, a senilidade, que podem ser

trabalhados através dos programas elaborados pelo MS que possuem objetivo de

prevenir as doenças, recuperar a saúde, manter os idosos com suas capacidades

funcionais.

Gonçalves (2010) complementa, ao afirmar que juntamente com o

envelhecer, a população passa por um processo de mudanças em relação às

atividades por elas desenvolvidas.

A partir de um olhar ampliado, o todo e as partes se imbricam na compreensão do processo de envelhecimento, pois se o ato de envelhecer é individual, mas o ser humano vive na esfera coletiva e, como tal, sofre as influências da sociedade na qual está inserido. (...) Cada sociedade cria seus próprios valores: é no contexto social, que a palavra declínio pode adquirir sentido preciso. Diante das complexidades econômicas, sociais e políticas pelas qual a sociedade contemporânea atravessa, homens e mulheres se deparam com uma determinada realidade adversa, considerando a impossibilidade ou a precariedade da reprodução social da vida, nos moldes da nova ordem do capital, levando em conta a perda do valor de uso da sua força de trabalho, pela produção e pelo tempo de vida desconectados dessa lógica. (GONÇALVES, 2010, p. 7).

Diante das situações reveladas, Almeida (2005) complementa ao afirmar que

a própria sociedade apresenta dificuldades em aceitar o envelhecimento,

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responsabilizando aos idosos como sendo um problema para as famílias e para a

própria sociedade no qual estão inseridos.

4.2 A humanização na atenção à saúde

Desde o início do século XXI, um forte movimento vinculado à humanização

tem permeado as discussões na área de saúde. O MS no ano 2000 regulamentou o

Programa Nacional de Humanização (PNH) que teve como objetivo fundamental o

aprimoramento das relações entre profissionais, usuários/profissionais e

hospital/comunidade, com a intenção de melhorar a qualidade e a eficácia dos

serviços prestados pelas instituições e promover uma nova cultura de atendimento.

(SANTOS et al., 2013).

Brasil (2008) revela que a PNH se constitui como política transversal e não

como um programa e, está estruturada em princípios, diretrizes e métodos, que

visam valorizar a dimensão subjetiva e social em todas as práticas do SUS.

O primeiro fundamento para se entender a temática de humanização é saber

a diferenciação do modelo de cuidar e do modelo assistencial, e, para isso, Teixeira

e Nitschke (2008), relatam que o modelo de cuidar é uma atividade que diz respeito

à prática de considerar e implementar a forma sistemática e metódica para uma

melhor assistência que se baseia em crenças, valores e significados no processo de

viver.

De acordo com Lucena et al. (2008), o modelo assistencial é uma

estruturação histórica, política e social, voltada para uma totalidade dinâmica que

atenda os usuários, é uma organização do estado e da sociedade civil.

Esclarecem que humanização é um processo complexo, Santos et al. (2013)

revela que envolve padrões diferenciados na percepção dos profissionais, seus

valores e crenças, para que haja mudança de comportamento. Nessa relação única

e intersubjetiva tem-se um processo singular, não caracterizado por generalizações,

já que diferentes profissionais e equipes nas instituições terão processos distintos na

aquisição de habilidades para uma assistência mais humanizada como visam os

programas emergentes.

Já Ranzi (2013) revela, quando se refere à humanização:

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(...) corresponde forjar novas atitudes por parte de trabalhadores, gestores e usuários, de práticas mais éticas no campo do trabalho, incluindo aí o campo da gestão e das práticas de saúde, superando problemas e desafios do cotidiano do trabalho. Os problemas, mais corriqueiros a serem superados são as filas, a insensibilidade dos trabalhadores frente ao sofrimento das pessoas, os tratamentos desrespeitosos, o isolamento das pessoas de suas redes sócio-familiares nos procedimentos, consultas e internações, as práticas de gestão autoritária, as deficiências nas condições concretas de trabalho, incluindo a degradação nos ambientes e das relações de trabalho. (RANZI, 2013, p. 8).

Para a efetivação de uma assistência humanizada, os profissionais devem

planejar e programar as ações, estar preparados para lidar com as questões do

processo de envelhecimento e buscar sempre proporcionar o máximo de autonomia

dos usuários. Além disso, a família e a comunidade devem ser orientadas quanto ao

processo de envelhecimento, sobre fatores de risco aos quais os idosos estão

expostos e informados sobre intervenções que possam minimizar ou eliminar esses

riscos, desenvolver ações educativas no nível primário, secundário e terciário,

estimular a participação ativa dos idosos e de seus familiares nos programas

desenvolvidos nas UBS. (SILVA; BORGES, 2008).

De acordo com Oliveira, Collet e Viera (2006), que defendem a humanização

do atendimento, humanizar a assistência na área da saúde significa promover o

diálogo entre o usuário e os profissionais da saúde, formar uma rede em que as

ações promovidas e que os programas e as políticas assistenciais sejam firmados

na dignidade ética, no respeito e na solidariedade.

Ainda segundo os mesmos autores, humanizar a assistência em saúde é dar

a palavra para o usuário e para o profissional de saúde, de maneira que

estabeleçam um diálogo, que juntamente pensem e desenvolvam ações, programas

de assistência, tendo com base a dignidade e a ética da palavra, do respeito e da

solidariedade.

Benevides e Passos (2005) esclarecem que, a humanização é de suma

importância para o usuário e que o profissional em saúde deve aplicar com eficácia,

todos os cuidados necessários, para manter a relação ética, nas quais são

compartilhados o saber do profissional e o poder da experiência de vida do usuário.

É necessário proporcionar assim um vínculo entre ambas as partes, no qual o

profissional irá tornar propício o conforto e passar segurança para o usuário.

Segundo Leopardi (2006), para humanizar é necessário um compromisso

autêntico da enfermagem, que serve como um elo direto e comprometido, com o

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potencial humano como totalidade e, para a compreensão de que as pessoas

reagem de modos diversos. A humanização está integrada aos direitos humanos. Na

assistência humanizada o usuário tem sua autonomia preservada, ou seja, pode

participar das tomadas de decisões relacionadas ao seu tratamento.

Hennington (2008) afirma que os profissionais de saúde são os responsáveis

pela melhor assistência prestada aos usuários e consequentemente pela satisfação

do mesmo, pois o trabalho em saúde parte do pressuposto da moral e que demanda

necessariamente a socialização, a cooperação e a conformação de grupos e redes

juntamente com as exigências contemporâneas de uma incessante e rápida

incorporação de novas tecnologias, sem contar com convívio diário das diversas

formas de sofrimento e a profunda e inevitável implicação do compromisso com o

universo da saúde e da doença, da vida e da morte, e irremediável repercussão do

corpo e da mente.

Cabe destacar a importância dos profissionais como elemento primordial,

sendo considerada de suma importância para o processo de humanização. (BECK

et al., 2007),

Lima, Garbin e Moimaz (2010) ressaltam que, atualmente discute-se a

necessidade de humanizar o cuidado, a assistência e a relação com o usuário do

serviço de saúde.

O cuidar humanizado ao idoso é uma temática constantemente abordada em

eventos científicos no campo da saúde e em publicações da referida área, com a

finalidade principal de ressaltar o valor da humanização como eixo norteador para a

promoção de uma assistência holística ao ser idoso. (SILVA, 2008).

Apresentar informações honestas sobre o estado de saúde de seu cliente,

verbalizar expressão de sentimentos e aceitação, expressar propositadamente,

carinho autêntico quando aceitável e apropriado; dar suporte aos relacionamentos

de amor, permitir escolhas, ajudar a compreensão do outro sobre seus sentimentos

e comportamentos expressos; facilitar a expressão de mensagens comportamentais

e respostas terapêuticas, avaliar a intuição das percepções com perguntas,

comentários e respostas, incentivar o auto cuidado, a socialização a participação em

grupos de danças e outras atividades, que melhor proporcionem aos idosos

sentimentos de esperança e uma melhor da qualidade de vida. (LEOPARDI, 2006). De acordo com Oliveira, Collet e Viera (2006), um dos maiores problemas

evidenciados na assistência humanizada é a falta de condições técnicas e ou

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materiais, capacitação dos profissionais, desenvolvendo assim uma estrutura

desumanizada, pela má qualidade prestada no atendimento. Esta falta de condição

técnica induz à desumanização, seguindo da sisudez dos profissionais e cliente que

passam a se relacionar de maneira ofensiva, impessoal e agressiva, evidenciando

assim as péssimas situações do atendimento no SUS.

Simões et al. (2007) complementam afirmando que essa situação interfere

negativamente na qualidade do atendimento, pois desmotivam o profissional para

uma atuação de qualidade.

4.3 Políticas e programas de atenção à saúde do idoso

Miranda (2010) revela que, para manter os idosos funcionalmente

independentes, o que significa a primeira etapa para se conseguir uma melhora na

qualidade de vida, é necessário que seja concretizado a devida implementação dos

programas específicos de intervenção.

Na verdade, a saúde da pessoa idosa somente passou a fazer parte das

ações governamentais a partir da criação das Políticas Nacional de Atenção Básica

(PNAB) com equipes de saúde voltadas para a atenção ao idoso em 2006, tendo

como embasamentos a Política Nacional Saúde do Idoso (PNSI) atualmente com o

nome de Política Nacional Saúde da Pessoa Idosa (PNSPI). (BRASIL, 2006b).

A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que, as políticas na área

da saúde que se referem ao envelhecimento, levem em consideração à história

pregressa do idoso, com mais ênfase nas questões de gênero e desigualdade

social. (VERAS, 2007).

De acordo com Yamamoto (2010), em janeiro de 1994 se tornou oficial e

pública a Política Nacional do Idoso (PNI) e a mesma se regulamentou em 1996,

trazendo benefícios em caráter nacional para os idosos de forma integral, pois lhes

assegurou direitos sociais.

Sobre as políticas voltadas a pessoa idosa é possível afirmar:

No Brasil, o surgimento de um sistema legislativo de proteção às pessoas idosas é recente, pois a Política Nacional do Idoso (PNI) data de 1994. Antes da implantação da mesma, (...) o que houve, em termos de assistência a essa faixa etária, consta em alguns artigos do Código Civil (1916), do Código Penal (1940), do Código Eleitoral (1965) e de inúmeros decretos, leis, portarias. Na legislação merecem destaque a Lei n° 6179, de

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1974, que cria Renda Mensal Vitalícia e a Constituição de 1988, sobretudo nos aspectos relacionados à Aposentadoria Proporcional por tempo de serviço, à Aposentadoria por idade e a Pensão por morte para viúva e viúvo. (...) Com a Política Nacional do Idoso, ainda que apenas em nível legislativo, parece que a tendência arcaica e frágil de tratar as pessoas idosas tende a tomar um outro rumo, pois a lei prevê a garantia de direitos sociais de forma ampla, defendendo a causa do idoso nos mais diversos parâmetros. (SILVA, 2008, p. 5).

Segundo Witter et al. (2006), na saúde pública, o envelhecimento é tema de

suma importância, pois configura um novo grupo social que precisa ser atendido na

atenção básica, secundária e terciária. Os autores revelam que a política pública

voltada para a saúde dos idosos tem estratégias que visam melhorias nas condições

de vida e que promovem a saúde daqueles que estão para iniciar o processo de

envelhecimento e daqueles que já estão no processo.

Na Estratégia Saúde em Família (ESF) deve ser responsável pela atenção à

saúde da pessoa idosa pertencente à sua área de abrangência. Todos os

profissionais devem oferecer ao idoso e sua família uma atenção humanizada com

orientação, acompanhamento e apoio domiciliar. (BRASIL, 2010).

Brasil (2006b) discorre que, a atenção à saúde do idoso deve firmar-se na

atenção básica, através das UBS e Unidades de Saúde da Família (USF). Deve-se,

portanto, promover ações de prevenção, promoção, proteção e recuperação da

saúde, assegurar todos os direitos de cidadania, defesa da dignidade, bem-estar e

direito à vida. Porém, na maioria das Unidades de Saúde, o que vemos são espaços

físicos improvisados ou inadequados, em péssimo estado de conservação.

Araújo e Barbosa (2010) destacam que, a perspectiva da relação dos

profissionais e idosos se sustenta na escuta e na responsabilidade profissional, que

favorecem a formação de vínculos que estabelecem uma relação de confiança e

amizade. O ESF favorece mudanças no processo de trabalho no que se refere ao

acolhimento, pois esta relação vai além de apenas tratar bem, o que pressupõe

respeito, interesse e responsabilidade, pois envolve também os problemas e as

necessidades que o usuário vivencia.

A saúde do idoso foi uma das seis prioridades pactuadas em 2006 pelo Pacto

de Saúde e, no mesmo ano, foi aprovada a lei da PNSPI pela portaria de nº 2.528.

(BRASIL, 2006a)

De acordo com o Brasil (2006d), o Pacto pela Vida é um programa de política

pública que foi publicado em fevereiro de 2006, por meio da portaria/GMº 399. Este

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Pacto pela Vida representa o compromisso entre os gestores e o SUS em torno das

prioridades, que apresentam impactos sobre a situação de saúde na população

brasileira, inclusive dos idosos.

O Pacto pela Saúde que contempla o Pacto pela Vida, no qual é fundamental

a organização da rede do SUS para se atingir a diretriz prioritária que envolve todo

cidadão brasileiro com idade de 60 anos ou mais. (BRASIL, 2006d).

Brasil (2006d) revela que em 2009, a PNSPI passou a ser administrada pela

Secretaria Especial de Direitos Humanos. A mesma portaria teve e tem como meta a

recuperação, a manutenção e a promoção da saúde da pessoa idosa. Tendo como fundamentação da PNSPI, o PLANO DE MADRI teve e tem

como base a participação ativa do idoso, que promove saúde e bem estar na

velhice, garante um envelhecimento saudável além de recursos sócios educativos.

(BRASIL, 2006b).

Brasil (2010) revela que o idoso goza de todos os direitos fundamentais

inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei,

assegurando-se-lhe, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e

facilidades, para preservação de sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento

moral, intelectual, espiritual e social, em condições de liberdade e dignidade. Para Trevisan e Junqueira (2006), o Pacto de Saúde veio assessorar o direito

à saúde da pessoa idosa e diagnosticar possíveis problemas em seus processos

como competência dos profissionais e respeito com usuários como estratégias para

se prever e administrar riscos de saúde individual ou coletiva.

Em 19 de outubro de 2006, foi sancionada a portaria de nº 2.528 do MS que

atualizou a antiga portaria nº 1935/94. Esta nova portaria fez uma nova observação

em relação às condições de saúde dos idosos, sendo mencionado que havia idosos

independentes e uma parte deles, encontravam-se fragilizada. As novas diretrizes

seguem as recomendações das Organizações das Nações Unidas (ONU) que visam

estimular a promoção do envelhecimento ativo e saudável. (BRASIL, 2006e).

Segundo Brasil (2006b), os idosos independentes são aqueles que mesmo

portadores de algumas doenças estão inseridos no contexto social. Já os idosos

denominados frágeis ou fragilizados, são aqueles que precisam de intervenção da

equipe de enfermagem.

A Política Nacional de Promoção da Saúde, de acordo com portaria 687/GM

de 30 de março de 2006, tem como base a promoção do envelhecimento saudável,

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a manutenção e a melhoria da capacidade funcional dos idosos, a prevenção de

doenças, a recuperação da saúde, pois tentando o reestabelecimento por completo

do idoso para garantir sua permanência na sociedade. Seu maior objetivo é

recuperar, manter e promover a capacidade e a independência dos idosos. (BRASIL,

2006b).

Segundo Araujo et al. (2008), apesar dos avanços ocorridos no que diz

respeito a política pública do idoso, das variadas leis que garantem os direitos

destes indivíduos, ainda encontra-se muitas dificuldades a serem vencidas para a

real efetivação e implementação da qualidade do serviço público prestada ao idoso.

Ranzi (2013) afirma que a burocracia, a verticalização e a falta de qualificação

profissional, em específico no que diz respeito às necessidades da pessoa idosa e a

falta de infraestrutura são dificultadores no dia a dia, assim como nas relações

estabelecidas e necessárias aos idosos.

Brasil (2006b) destaca que os raios de atuação da atenção básica enquanto

política social decorre de questão da promoção da saúde. A estratégia de saúde do

SUS surgiu em 1994, como forma de ação integral, sendo coordenada pela rede de

serviço de atenção à saúde e por políticos de diversas áreas. A reestruturação de

práticas assistenciais na atenção da família constitui um modelo que apresentou

uma compreensão do processo, saúde, doença e de suas intervenções.

Partindo deste pressuposto e nos princípios do PNAB, organizaram-se as

diretrizes para a saúde do idoso, e isso se deu através da promoção do

envelhecimento saudável, da manutenção e da melhoria ao máximo da capacidade

funcional dos idosos, da prevenção de doenças, recuperação da saúde dos que

adoecem e da reabilitação daqueles que venham ter a sua capacidade funcional

restringida, de modo a garantir-lhes, permanência no meio em que vivem, exercendo

de forma independente suas funções na sociedade. (BRASIL, 2006c).

O SUS estabeleceu uma política publica de saúde que visa à integralidade, à

equidade e à incorporação de novas tecnologias, saberes e práticas. Em outubro de

2006 foi aprovada a Portaria n° 2.528 que dispões sobre a implantação de uma

política atualizada com relação à saúde do idoso. (BRASIL, 2006e). A finalidade

desta política foi definir as diretrizes de recuperação, manutenção e promoção da

autonomia e da independência da pessoa idosa, propor medidas coletivas e

individuais, em acordo com as diretrizes do pacto pela vida. (BRASIL, 2006b).

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Para Brasil (2006b) é função das políticas de saúde contribuir para que mais

pessoas alcancem as idades avançadas com o melhor estado de saúde possível. O envelhecimento ativo e saudável é o grande objetivo nesse processo. Ao se

considerar a saúde de forma ampliada, torna-se necessária alguma mudança no

contexto atual em direção à produção de um ambiente social e cultural mais

favorável para população idosa. (BRASIL, 2006b).

A PNSPI, segundo Brasil (2006b), visa à melhoria na qualidade do

atendimento, ora por visita domiciliar, ora por busca ativa, com a meta de um

atendimento multiprofissional, mas que também leve em conta a qualidade de vida

do idoso, o meio em que vive. Para isso os profissionais deverão observar as

condições em que ele se encontra, e em alguns casos a equipe multiprofissional

precisará fazer intervenções para que ocorram melhorias na vida dos mesmos.

Na rede de atenção básica ao idoso é preconizado que se tenha suporte

social, incluindo-se a família e o cuidador, ou seja, uma atenção humanizada com

orientação, acompanhamento e apoio em todos os aspectos em prol da qualidade

de vida do idoso às diversidades advindas do envelhecer. (BRASIL, 2006b).

Para que haja uma inserção do idoso na sociedade é necessário que se tenha

um atendimento prioritário, tendo também condições plenas de usufruir de seus

direitos constituídos por lei em estabelecimentos públicos e privados. (BRASIL,

2010).

Rocha e Miranda (2013) afirmam que, o cuidar da pessoa idosa é formado por

uma tríade: idoso, família e grupo de apoio à comunidade que é composto por uma

equipe de atenção à saúde, os quais devem estar sincronizados para se obter um

resultado satisfatório na atenção ao idoso. A população idosa que necessita de

cuidados especiais pode ser dividida de acordo com seu estado físico, mental e

social, o que faz aflorar a necessidade de diferentes tipos de tratamento.

De acordo com o Conselho Federal de Enfermagem (2009), a política do

cuidar revela uma atitude de ocupação, preocupação, responsabilidade e

envolvimento afetivo com o usuário. A qualidade do cuidado esta diretamente ligada

à equipe de enfermagem. A importância do enfermeiro frente ao gerenciamento do

serviço de saúde reflete na qualidade da assistência e na satisfação do usuário. O

mesmo editou a resolução de 358/209 que obriga a todos os serviços de saúde que

ofereçam cuidados de enfermagem a utilizar a Sistematização de Assistência de

Enfermagem (SAE). Esta sistematização é competência do enfermeiro e busca

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identificar a saúde dos usuários por meio de prevenção e torna-se efetiva no

atendimento ao idoso. (AMANETE; ROSSETTO; SCHNEIDER, 2009).

4.4 Aspectos referentes ao atendimento do idoso

A atenção primária é considerada uma atenção singular, integral, complexa,

que visa à promoção e à prevenção em saúde. Busca a diminuição dos agravos das

doenças através de tratamento e o comprometimento da equipe em busca de uma

melhor qualidade de vida para os usuários. (BRASIL, 2006b).

A ESF deve desenvolver ações de saúde dirigidas às famílias com foco nos

aspectos preventivos, curativos e de reabilitação, articulando-as com outros setores

que contribuam para melhorar das condições de saúde do idoso. (BRASIL, 2006b).

Silva et al. (2011) informam que treinar pessoas para o cuidado de idosos é

uma necessidade diante da situação de desamparo em que eles se encontram, no

sentido do atendimento imediato às suas necessidades básicas quando doentes e

fragilizados. O papel dos "cuidadores" é uma questão a ser pensada, porém,

enfatiza-se a necessidade de preparo e aprendizado específicos para se exercer

esse papel.

Deve se recorrer aos cuidados de um cuidador, técnico de enfermagem ou

enfermeiro quando o idoso apresentar grande perda de sua autonomia, apresentar

problemas orgânicos ou cognitivos que o impeçam de realizar seus cuidados

básicos e também necessite da atenção especializada de um profissional da saúde.

(MIRANDA, 2010).

Ainda segundo a autora supracitada, a presença de um técnico de

enfermagem em casa pode contribuir para diminuir o tempo de hospitalização do

idoso, melhorar sua qualidade de vida por trazê-lo de volta ao convívio com a família

e com o seu ambiente.

Os cuidadores, tanto "informais" e "formais", devem desenvolver habilidades

para prestar cuidado, especificadas a seguir: habilidades técnicas; qualidades éticas

e morais; qualidades emocionais; qualidades físicas e intelectuais e motivação.

(OLIVEIRA; QUEIRÓS; GUERRA, 2007).

Silva (2008) informa, porém que cuidadores formais são aqueles que provêem

cuidados de saúde ou serviços para outros, em função de sua profissão, suas

habilidades, competência e a introspecção originadas em treinamentos específicos.

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Cuidadores informais promovem cuidados e assistência para outros, sem

remuneração e não tendo para isso uma formação específica na área de saúde.

Geralmente este serviço é prestado em um contexto de relacionamento já existente.

É uma expressão de amor e carinho oferecido por um membro familiar ou amigo.

(CRUZ et al., 2010).

Brasil (2008) recomenda ser necessário o monitoramento da saúde do idoso.

Por isso, o profissional da saúde, deve focar na promoção, na prevenção,

reabilitação de doenças para idosos e suas dificuldades e no gerenciamento de

doenças crônicas.

Ainda de acordo com Brasil (2008), é objetivo de um geriatra moderno

identificar e tratar doenças, mas isso não basta. É necessário conhecer como é o

estilo de vida do idoso, como ele está a exercer suas tarefas no dia a dia e seu grau

de satisfação. Para isso, é necessária uma investigação das funções básicas, como

independência para alimentar-se, banhar-se, higienizar-se, movimentar-se e outras

mais complexas como trabalho, lazer e espiritualidade. É o que se chama de

avaliação funcional. Deve-se avaliar também a capacidade cognitiva e do humor,

assim como a presença de distúrbios comportamentais que forneçam um quadro da

saúde do idoso.

Portanto, a saúde do idoso deve ser avaliada de forma multidimensional,

considerando-se o seu bem estar biopsicossocial e a necessidade de ações

multidisciplinares. (MORAES, 2012).

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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A humanização da assistência de enfermagem ao idoso está ligada ao

desenvolvimento, competência e habilidades dos profissionais, sendo considerado

um grande desafio para enfermagem o repensar contínuo sobre as práticas e

condutas na assistência prestada aos seus usuários.

Para que se tenha um atendimento humanizado, os profissionais de saúde,

em especial os enfermeiros, precisam unicamente meditar sobre qual é a exata

importância da vida. Devem ser respeitadas as necessidades de cada um dos seus

clientes, dando prioridade aos seus valores e crenças, além de prestar uma

assistência igualitária a todos, indiferente da raça, situação cultural e social.

A política de humanização ao idoso tem estratégias que visam oferecer uma

melhor condição e promover qualidade de vida para aqueles que já estão no

processo de envelhecimento e para os que ainda irão iniciar o processo. No entanto,

é perceptível na maioria das UBS, um sistema com infraestrutura física e humana

deficitária além dos obstáculos administrativos que aumenta a demora em conseguir

um atendimento, pois em uma grande maioria de casos o cliente tem que fazer parte

de várias filas para conseguir uma consulta, além dos “gargalos” do próprio sistema.

Em relação à arquitetura, é notória a falta de acessibilidade ainda em algumas

unidades, o que acarreta um empecilho para muitos idosos devido às suas

limitações, impedindo-os também de participarem dos projetos sociais. No que tange

aos profissionais, encontra-se uma acentuada desqualificação, fator este que

prejudica o processo de humanização. Tudo isso deveria ser exposto por se tratar

de uma preocupação com o bem-estar da população idosa. Questiona-se, no entanto se: os profissionais da saúde, especificamente os

da enfermagem possuem conhecimentos das atividades propostas pelo MS para o

programa de humanização? Os enfermeiros das UBS têm conhecimentos sobre a

humanização em idosos? Esses profissionais desenvolvem alguma atividade de

adequação no sistema para um melhor atendimento? A população idosa participa

dos projetos oferecidos? Qual o grau de satisfação dos usuários quanto aos

atendimentos?

Humanizar o atendimento não seria apenas uma questão de mudança no

aspecto físico das unidades, mas a real mudança estará na conduta dos

profissionais perante seu usuário.

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É fundamental explicitar que o atendimento nas UBS não é humanizado, não

pela falta de verba, pois a ausência de recurso financeiro não pode ser considerada

como empecilho ou desculpa para a inexistência da humanização do atendimento e

sim pela falta de preparo de alguns profissionais que desempenham atividades

laborais indevidas.

Com bases neste trabalho de pesquisa fica claro que, para humanizar a

assistência, será imprescindível que os profissionais se conscientizem da

importância desse tipo de atendimento e, só a partir dessa conscientização, será

possível a humanização da assistência de enfermagem na atenção à saúde do

idoso.

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