idade média e idade moderna

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A crise do feudalismo: revoltas urbanas e camponesas

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A crise do feudalismo: revoltas urbanas e camponesas

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A Guerra dos Cem Anos• Rivalidades políticas e econômicas entre França e

Inglaterra, em especial as pretensões inglesas ao trono francês.• A França, auxiliada por Joana D’Arc conseguiu reverter a

guerra a seu favor, expulsando os ingleses do seu território.• As turbulências causadas pela guerra ajudaram a

desencadear conflitos no campo e nas cidades, contribuindo para desestabilizar os sistema feudal.• Fomentou o sentimento nacional: formação de exércitos

profissionais no lugar dos cavaleiros medievais.

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Desagregação do sistema feudal

• Despovoamento dos campos e escassez de mão-de-obra devido à fome, à peste e à guerra.• Deslocamento para as cidades.• Enfraquecimento dos senhores feudais.• Nas cidades: burguesia enriquecida pelo

comércio e pelos negócios urbanos.• Ascensão de camponeses e formação de uma

elite rural.

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A crise e a cidade• A produção rural passou a organizar-se em função do

mercado urbano.• Chances de mobilidade social: burguesia, artesãos,

comerciantes e camponeses passaram a questionar a ordem social.

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As revoltas camponesas• Jacqueries: revoltas camponesas surgidas a partir de 1358 –

contestação generalizada da nobreza rural• Os nobres controlaram a situação com certa facilidade,

favorecidos por sua superioridade militar e pela ajuda que receberam de nobres de outras regiões da França.

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Revoltas urbanas

• Burguesia e camponeses X Nobreza e Clero.• A burguesia citadina, que havia conquistado

capital econômico, passou a reivindicar também poder político.• As revoltas populares não provocaram uma

ruptura social significativa. A aristocracia permaneceu sendo a camada social dominante, desfrutando de privilégios e exercendo poder sobre os governos locais.

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As conquistas otomanas e a queda de Constantinopla

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A tomada de Constantinopla• Cidade moderna e cosmopolita• Posição estratégica entrea Ásia e a Europa, ligando o Mar Negro a o

Mediterrâneo.• Os turcos cercaram a cidade por terra e por mar, impedindo o seu

abastecimento.• A perda de Constantinopla significou a perda por parte da

cristandade de um local estratégico, que fazia a ligação entre o Oriente e o Ocidente e assegurava o acesso dos comerciantes europeus aos cobiçados mercados da Ìndia e da China.

• As rotas comerciais do Mar Negro e do Mar Mediterrâneo foram bloqueadas: novas rotas precisavam ser encontradas para alcançar o Oriente.

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O humanismo e o Renascimento Cultural

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Época de transformações• “Navegar é preciso, viver não é preciso”.• Renascimento: movimento artístico, científico e cultural que

se desenvolveu entre os séculos XIV e XVI na europa ocidental.

• Revalorização da tradição e dos estudos clássicos.

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Surgimento

• Fortalecimento das atividades comerciais e de crescimento das cidades (Flandres e Itália): influências e trocas culturais com outras regiões, mudança nos valores e nas práticas do mundo medieval.• A lógica do comércio e a ética burguesa se

sobrepoem às tradições religiosas medievais.• Florescimento das rotas marítimas.• Nova mentalidade pragmática, laica e mundana.

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Expansão comercial e ruptura religiosa• Contato dos europeus com outros povos: mudanças de

mentalidade e de costumes, incorporação de inovações técnicas e ampliação de conhecimentos.

• Abertura de novas rotas marítimas: novos produtos no mercado europeu.

• Contestação do poder da Igreja Católica: surgimento de novas doutrinas.

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Humanismo e revalorização da Antiguidade• O homem é a medida de todas as coisas e está no centro do

universo.• O homem é considerado um ser privilegiado, capaz de

escolher o seu próprio destino e de efetuar grandes realizações.• Visão positiva e otimeista com relação à natureza e ao futuro

da humanidade, diferente da visão da Igreja medieval, que considerava o homem um ser marcado pelo pecado e dependente da fé e das boas obras para obter a salvação.• Do homem humanista espera-se não apenas o conhecimento

objetivo dos textos antigos, mas também que esse saber fosse aplicável ao cotidiano e à vida real.• O cortesão e a cortesã (pag. 212)

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Valores MedievaisValores Medievais Valores Valores RenascentistasRenascentistas

1. O tempo pertence a Deus. É pecado 1. O tempo pertence a Deus. É pecado emprestar dinheiro a juros, ou seja, emprestar dinheiro a juros, ou seja, cobrar pelo tempo em que o dinheiro cobrar pelo tempo em que o dinheiro esteve emprestado.esteve emprestado.

1. O tempo pertence ao homem e este 1. O tempo pertence ao homem e este deve usá-lo em benefício próprio.deve usá-lo em benefício próprio.

2. A fé é mais importante que a razão.2. A fé é mais importante que a razão. 2. Razão e fé são importantes.2. Razão e fé são importantes.

3. Valoriza-se o colet ivismo. As 3. Valoriza-se o colet ivismo. As pessoas consideram-se membros da pessoas consideram-se membros da cristandade.cristandade.

3. Valorizam-se o individual ismo, a 3. Valorizam-se o individual ismo, a arte e o talento de cada um.arte e o talento de cada um.

4. Deus está no centro das atenções 4. Deus está no centro das atenções (teocentrismo).(teocentrismo).

4. O homem está no centro das 4. O homem está no centro das atenções (humanismo).atenções (humanismo).

5. O corpo é fonte de pecado.5. O corpo é fonte de pecado. 5. O corpo é fonte de beleza e de 5. O corpo é fonte de beleza e de prazer.prazer.

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Leonardo da Vinci• Ninguém melhor do que Leonardo da Vinci encarnou o

modelo de individualidade do homem renascentista.• Notabilizou-se como pintor, escultor, músico,

anatomista, engenheiro, matemático e filósofo, mas foi, sobretudo, como artista plástico que ele se destacou.• Obras mais reverenciadas e conhecidas: “A última ceia”

e “Mona Lisa”.• Como cientista: na área da mecânica, no estudo de

anatomia, da natureza, da luz e da percepção do olho humano.• Atingiu o auge da representação humana com a técnica

que os italianos chamam de sfumato.

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A arte renascentista• As artes plásticas representaram o campo privilegiado de expressão

dos valores do Renascimento: antropocentrismo, investigação e compreensão das leis da natureza.

• Nova relação espacial, mais racional, mais próxima da visão humana: pintura tridimensional.

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Os artistas e o mecenato

• Mecenas: burgueses ricos que tinham conquistado poder político e econômico e que buscavam projeção social por meio da arte, difundidno o modo de vida e os valores burgueses.• Os Médici controlaram a cidade de Florença

entre 1432 e 1492.• O mecenato também foi utilizado pela Igreja

Católica: o principal exemplo foi a relação do papa Júlio II e Michelangelo.

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A primavera - Boticelli

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Capela Sistina

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A criação de Adão

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Davi - Michelangelo

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Revolução Científica• Geocentrismo X Heliocentrismo (Copérnico).• Galileu e Kepler: aperfeiçoamento do telescópio e

órbitas elípticas.• Giordano Bruno: universo infinito e sem centro.• A nova cosmologia dizia que o universo não era

regido pela vontade de um Deus criador, mas por leis da natureza, fixas e imutáveis.• A ciência deixou de se subordinar à religião.

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Galileu Galilei

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Kepler - Heliocentrismo

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A expansão marítima europeia

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Grandes navegações• Informação limitado do mundo até o século XV.• Desenvolvimento de caravelas e aperfeiçoamento dos

instrumentos de navegação.• Mapas mais precisos.• Apoio do Estado• Pioneirismo português.

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A expansão portuguesa• A Igreja Católica legitimou a conquista.• O desejo de se apoderar do ouro da Guiné.• A procura do Reino de Preste João.• A busca das especiarias orientais.

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Reformas religiosas

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Contestações à Igreja Católica• Críticas aos privilégios do clero.• John Wycliffe: tradução da Bíblia para o inglês.• Erasmo de Roterdam e Thomas Morus: críticas ao luxo do

papado, aos impostos, o abuso de poder dos bispos e à falta de preparo intelectual dos padres.

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Reforma Protestante• Martinho Lutero.• Movimento de contestação ao poder da Igreja Católica.• Princípios fundamentais:

1. Justificação pela fé.

2. Sacerdócio universal.

3. Autoridade da palavra revelada.

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A Reforma de Calvino

• Predestinação absoluta: as pessoas que seriam salvas e aquelas que estariam condenadas á perdição já teriam sido escolhidas por Deus desde o nascimento.• A prosperidade resultante do trabalho era sinal

da graça de Deus.• A Igreja Católica, ao contrário, condenava o

desejo de lucro, o empréstimo a juros e estigmatizava o trabalho maual como uma forma de punição.

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A Contrarreforma• Reação da Igreja Católica à propagação do

protestantismo.• Reafirmação dos princípios fundamentais do

catolicismo.• Criação de novas ordens religiosas: a Companhia de

Jesus tinha por objetivo converter os povos pagãos e estabelecer uma elite católica culta por meio de uma rede de instituições de ensino disseminadas pela Europa e pela América.• Restabelecimento da Inquisição: finalidade de

investigar os suspeitos de heresia.• Criação do Index Librarum Prohibitorum: um

catálogo que indicava os livros que os católicos eram proibidos de ler.

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Questões de revisão para prova1. Que motivos levaram à guerra dos Cem Anos? De que forma essa guerra

contribuiu para crise do sistema feudal?

2. Quais foram as principais consequências da tomada de Constantinopla?

3. Explique o significado da frase “navegar é preciso, viver não é preciso” no contexto do Renascimento e das Grandes Navegações.

4. Explique o que é Humanismo e quais foram os fatores que contribuíram para o seu surgimento.

5. Caracterize a arte renascentista e explique o que era mecenato.

6. Com a Revolução Científica, que mudanças podemos perceber na forma de compreensão do universo?

7. Que fatores contribuíram para o pioneirismo português nas Grandes Navegações?

8. Quais são os princípios fundamentais do luteranismo? E os princípios do calvinismo?

9. Quais eram os objetivos da Contrarreforma?

10. De que forma podemos relacionar o Renascimento, as Grandes Navegações e a Reforma Religiosa dos séculos XV e XVI?