idealizadora dra. daniele mendes de melo - juíza ... · anexo de violência doméstica e familiar...
TRANSCRIPT
Idealizadora
Dra. Daniele Mendes de Melo - Juíza Coordenadora do
Anexo de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher
de Bauru
Bauru, 2019
Projeto: “Há de Flor... e Ser”
Idealizadora: Dra. Daniele Mendes de Melo - Juíza Coordenadora do Anexo de
Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher de Bauru
Autoras:
Dra. Daniele Mendes de Melo - Juíza Coordenadora do Anexo de Violência
Doméstica e Familiar contra a Mulher de Bauru
Cláudia Zanandrea – Psicóloga lotada no Anexo de Violência Doméstica e Familiar
contra a Mulher de Bauru
Colaboradoras:
Priscilla Nogueira Furtado – Fisioterapeuta e professora de dança
Audrey R. Finazi – Instrutora de yoga
Natalia Beniti Ribeiro – coach de liderança e hidroterapeuta
Marlene Marchi de Souza – psicóloga clínica e professora
Resumo: O presente projeto tem como propósito desenvolver ações junto a
mulheres em situação de violência doméstica e familiar, reunindo-as em atividades que
proporcionem desenvolvimento do seu bem estar físico, psíquico e social, como
ferramenta de proteção e enfrentamento da violência doméstica e familiar. O projeto tem
por objetivo principal o resgate da autoestima da mulher e da conscientização de seus
direitos, levando-se em consideração a sua vulnerabilidade. A interlocução com a rede de
proteção à mulher ocorrerá na medida do interesse manifestado por essas mulheres, assim
como o encaminhamento a sessões de psicoterapia. Dele poderão participar não apenas
as mulheres que levaram o fato delituoso ao conhecimento da autoridade policial e ao
Poder Judiciária como também aquelas que passaram por atendimento na rede de proteção
ou receberam orientação jurídica por entidades que atuam “pro bono” ou órgãos do
Estado. O diferencial do projeto reside: 1) No respeito ao “tempo” da mulher em situação
de violência para externar, pelas vias tradicionais, (rede de proteção, Polícia Civil, Polícia
Militar e Poder Judiciário) o seu interesse na persecução penal ou o seu encaminhamento
aos órgãos de proteção, bem como a sessões de psicoterapia; 2) no levantamento
abrangente de informações com possibilidade de mapeamento da violência, em todas as
suas variáveis, na cidade de Bauru, uma vez que a participação nas atividades estará
associada ao preenchimento do questionário de risco (Formulário Nacional de Avaliação
de Risco/CNJ) preenchido pelas mulheres que ainda não se sentem seguras/fortalecidas
para a comunicação da violência sofrida aos agentes estatais; 3) na capacitação
permanente das profissionais que atuarão nas mais diversas atividades e 4) na expansão
permanente do projeto, que poderá agregar atividades variadas que busquem o
autoconhecimento e o bem estar das mulheres em situação de violência. Os locais das
atividades poderão variar de acordo com sua natureza, contando o projeto, no momento
atual, com os espaços cedidos pelo SESC e Universidade Unisagrado. A equipe de
profissionais poderá atuar em conjunto ou separadamente, com ou sem apoio de
estagiários. No último caso, os estagiários estarão, necessariamente, vinculados ao
profissional que ministrará a atividade e será responsável por seu desenvolvimento.
SUMÁRIO
1. Justificativa.....................................................................................................
2. Público Alvo...................................................................................................
3. Objetivo..........................................................................................................
4. Metodologia....................................................................................................
5. Avaliação ......................................................................................................
6. Cronograma de atividades.............................................................................
7. Referências bibliográficas.............................................................................
ANEXO A - Formulário Nacional de Avaliação de Risco do Conselho Nacional de
Justiça
ANEXO B – Encaminhamento
ANEXO C –Avaliação da atividade e questionário
1. Justificativa
De acordo com os dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), os últimos anos
têm sido marcados pelo aumento no número de casos de feminicídios que chegam ao
Poder Judiciário.
Desde 2016, quando esses crimes passaram a ser acompanhados pelo CNJ, a
quantidade de processos só aumenta. Em 2018, o aumento foi de 34% em relação a 2016,
passando de 3.339 casos para 4.461.
Ainda, segundo o CNJ, o número de medidas protetivas também apresentou
mudança. Somente em 2018, foram concedidas cerca de 339,2 mil medidas protetivas,
havendo alta de 36% em relação ao ano de 2016, quando foram registradas 249,5 mil
decisões dessa natureza.
Tal realidade é confirmada no município de Bauru/SP, com população estimada
pelo IBGE em 2019 de 376.818 pessoas, que também apresenta um número significativo
de aumento de casos de violência doméstica.
Diante deste cenário, uma das alternativas de mudança, segundo a cartilha dos
Princípios de Empoderamento das Mulheres (ONU MULHERES; PACTO GLOBAL
DAS NAÇÕES UNIDAS, 2016), é incentivar o empoderamento feminino, sendo esse um
dos passos para a igualdade de gênero.
Ademais, segundo a referida cartilha, o termo “empoderamento” significa:
“...uma ampliação da liberdade de escolher e agir, ou seja, o
aumento da autoridade e do poder dos indivíduos sobre os
recursos e decisões que afetam suas próprias vidas. A pessoa
empoderada pode definir os seus objetivos, adquirir
competências (ou ter as suas próprias competências e
conhecimentos reconhecidos), resolver problemas e
desenvolver seu próprio sustento”.
Sabe-se que as mulheres que foram ou são vítimas de violência doméstica e
familiar têm maior inclinação a ter uma autoestima prejudicada, além de sentimentos de
impotência e desesperança, deixando-as vulneráveis e fazendo com que se posicionem
como pessoas sem poder e sem direitos. Por outro lado, mulheres seguras de seus direitos
podem exercer seus talentos e habilidades com autonomia e redirecionar suas vidas,
saindo do ciclo de violência a que estão expostas.
Nesse sentido, as atividades propostas neste projeto, que engloba
autoconhecimento, arte e autocuidado, favorecerão o desenvolvimento do bem-estar
físico, psíquico e social das participantes e darão subsídios para que desenvolvam
estratégias de enfrentamento à violência doméstica e familiar. Atividades como dança,
yoga e o círculo de mulheres, entre outras que poderão fazer parte do projeto, têm uma
característica em comum que é o de fortalecer a autoestima da mulher e oferecer
sustentabilidade para que o processo terapêutico grupal e/ou individual das mulheres
atendidas tenha maior eficácia no momento que desejarem dele participar.
Segundo os autores, LIMA & SILVA (2011), dançar envolve mais do que
simplesmente se movimentar sendo que, na dança, estão inseridas possibilidades
múltiplas de contato com o mundo em uma linguagem particular que propicia interação,
comunicação, movimentação corporal e de uma atuação física no ambiente. A dança
também traz em sua essência a possibilidade de criação, uma característica bastante
necessária dentro do trabalho psicológico.
O yoga é uma prática milenar que estimula o autoconhecimento, o equilíbrio e a
liberdade dos condicionamentos negativos. Exercícios de respiração, posturas físicas,
técnicas de relaxamento e meditação poderão levar o praticante a alcançar um estado de
bem- estar físico, mental e emocional que resgate a lucidez, a autoestima e a saúde,
contribuindo de forma efetiva para o bem-estar psicológico da mulher.
Em sua dissertação de mestrado, MITROI (2017) verificou o impacto de Yoga
sobre a autoestima, o autoconceito, o bem-estar psicológico e a satisfação com a vida em
estudantes do ensino secundário e chegou a conclusão que os resultados, pré e pós
intervenção, evidenciaram aumento estatisticamente significativo das dimensões do
autoconceito - satisfação e felicidade e scores mais elevados de autoestima, bem-estar
psicológico e satisfação com a vida no grupo que participou no programa.
No Círculo de Mulheres – Sagrado Feminino e Contação de histórias, para
aplicação de acessos mais profundos ao inconsciente coletivo, principalmente em se
tratando de mulheres fragilizadas pela violência e agressão, a utilização de metáforas,
contos e mitos permitem enxergar e compreender a vida sob uma perspectiva diferente.
O conhecimento de mitos e arquétipos das Deusas proporcionam um meio eficaz para as
mulheres se conhecerem melhor, compreenderem seus relacionamentos com seus pares,
homens e mulheres, abrir portas para o seu mundo interior e fornecer informações
valiosas sobre seus conflitos reprimidos ou suas dificuldades psicológicas e
comportamentais. A descoberta de um padrão mítico pessoal aprofunda o
autoconhecimento e a compreensão da própria história, indicando caminhos para o
crescimento e a realização material, emocional, mental e espiritual.
Portanto, constata-se a importância da realização de referidas atividades, que
contribuem para o bem-estar psicológico das mulheres vítimas de violência,
empoderando-as e possibilitando sua saída do ciclo de violência, respeitando o seu tempo.
2. Público Alvo
Mulheres com idade igual ou superior a 14 anos, que foram ou que são vítimas de
violência doméstica, que responderem ao Formulário Nacional de Avaliação de Risco
(Anexo A), disponível na Rede de Atendimento à Mulher Vítima de Violência da cidade
de Bauru/SP, Delegacia de Defesa da Mulher e Poder Judiciário, que forem encaminhadas
pelos profissionais que a atenderam, por se enquadrarem em situação de risco.
Considera-se violência doméstica aquela definida no artigo 5º, da Lei 11.340/06:
“Art. 5º Para os efeitos desta Lei, configura violência
doméstica e familiar contra a mulher qualquer ação ou omissão
baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico,
sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial: (Vide Lei
complementar nº 150, de 2015)
I - no âmbito da unidade doméstica, compreendida como o
espaço de convívio permanente de pessoas, com ou sem vínculo
familiar, inclusive as esporadicamente agregadas;
II - no âmbito da família, compreendida como a comunidade
formada por indivíduos que são ou se consideram aparentados,
unidos por laços naturais, por afinidade ou por vontade
expressa;
III - em qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor
conviva ou tenha convivido com a ofendida, independentemente
de coabitação.
Parágrafo único. As relações pessoais enunciadas neste artigo
independem de orientação sexual.”.
3. Objetivo
O presente projeto tem como propósito desenvolver ações junto a mulheres em situação
de violência doméstica e familiar, reunindo-as em atividades que proporcionem
desenvolvimento do seu bem estar físico, psíquico e social, como ferramenta de proteção
e enfrentamento da violência doméstica e familiar. O projeto tem por objetivo principal
o resgate da autoestima da mulher e da conscientização de seus direitos, levando-se em
consideração a sua vulnerabilidade e a desigualdade de gênero existente na sociedade. A
interlocução com a rede de proteção à mulher ocorrerá na medida do interesse
manifestado por essas mulheres, assim como o encaminhamento a sessões de
psicoterapia. Dele poderão participar não apenas as mulheres que levaram o fato delituoso
ao conhecimento da autoridade policial e ao Poder Judiciária como também aquelas que
passaram por atendimento na rede de proteção ou receberam orientação jurídica por
entidades que atuam “pro bono”. Deverá ser respeitado o “tempo” da mulher em situação
de violência para externar pelas vias tradicionais (rede de proteção, Polícia Civil, Polícia
Militar e Poder Judiciário) o seu interesse na persecução penal ou o seu encaminhamento
aos órgãos de proteção, bem como a sessões de psicoterapia. O preenchimento do
formulário nacional de avaliação de risco permitirá o mapeamento da violência,
manifestada nas suas variadas formas, mesmo daquelas mulheres que não levarem o fato
delituoso às autoridades constituídas. Trata-se de um projeto em constante expansão, que
poderá agregar atividades variadas que busquem o autoconhecimento e o bem estar das
mulheres em situação de violência. Os locais das atividades poderão variar de acordo com
sua natureza, contando o projeto, no momento atual, com os espaços cedidos pelo SESC
e Unisagrado. A equipe de profissionais poderá atuar em conjunto ou separadamente, com
ou sem apoio de estagiários. No último caso, os estagiários estarão, necessariamente,
vinculados ao profissional que ministrará a atividade e será responsável por seu
desenvolvimento.
4. Metodologia
As mulheres serão orientadas sobre a possibilidade de participarem do projeto
pelos profissionais que a atenderam em toda a Rede de Proteção, entidades “pro bono”
que atuem em favor das mulheres, Delegacia de Defesa da Mulher, Defensoria, Ministério
Público e Poder Judiciário. Caso demonstrem interesse, preencherão o formulário
nacional de avaliação de risco (Anexo A) e serão encaminhadas através de formulário de
encaminhamento padronizado (Anexo B) entregue em mãos para o Setor Técnico do
Anexo de Violência Doméstica e Familiar, que fará uma breve entrevista com a mulher
para identificar interesse e disponibilidade de vaga.
O Setor Técnico do Anexo de Violência Doméstica e Familiar manterá um
controle sobre o número de vagas e número de participantes em cada atividade.
Cada profissional voluntário será responsável por desenvolver suas atividades e
propor mudanças no projeto conforme houver necessidade.
Em nenhuma hipótese haverá cobrança de qualquer tipo de taxa.
Os locais para as atividades serão diversificados, atualmente cedidos pela
Unisagrado e SESC, para algumas atividades previamente acordadas. Outros locais
poderão ser utilizados mediante convênio firmado pelas partes, no caso de exigência de
alguma entidade. Caso contrário, inserindo-se a atividade no objetivo final da entidade,
será dispensado convênio.
Serão captados donativos de materiais e recursos com empresas parceiras, que
serão gerenciados diretamente pelos profissionais envolvidos no projeto.
Tais empresas poderão participar do projeto de forma continuada ou em eventos
específicos com a prestação de serviços ou o fornecimento de bens de consumo às
mulheres participantes do programa.
Abaixo, estão relacionadas as atividades que estarão disponíveis no início do
projeto, podendo ser acrescentadas ou retiradas conforme necessidade e demanda:
Atividade 1: Suporte Psicológico
Recursos Humanos: Psicólogos voluntários e estagiários de Psicologia.
Objetivo Geral: Oferecer suporte psicológico visando o desenvolvimento de
recursos pessoais para que as mulheres sejam capazes de romper com o ciclo de
violência doméstica.
Objetivos Específicos:
1) Ampliar a consciência sobre as fragilidades emocionais, bem como
incrementar os recursos potenciais para que sejam capazes de redirecionar
à sua existência.
2) Reconhecer e compreender as narrativas dominantes que as mantêm na
situação de violência.
3) Favorecer a ressignificação de suas experiências de forma a romper com o
ciclo de violência.
Metodologia: As mulheres serão encaminhadas pelo Setor Técnico do Anexo de
Violência Doméstica, para o serviço de Plantão Psicológico da Unisagrado, que
funciona das 10h às 22h, de segunda a sexta-feira, onde serão acolhidas por
estagiários do curso de Psicologia, sob a supervisão de professores orientadores.
Após o atendimento no Plantão Psicológico, que poderá ser de até cinco sessões,
será feita uma avaliação. Caso seja identificada a necessidade, será feito o
encaminhamento para psicoterapia individual ou grupal, na própria clínica de
psicologia da Unisagrado. A psicoterapia na modalidade grupal terá encontros
semanais, com duração de uma hora e meia, com no máximo seis mulheres, será
aberta e funcionará no período de março a novembro de cada ano. A psicoterapia
individual acontecerá semanalmente, com duração de cinquenta minutos, com
duração máxima de um ano.
Materiais: Sala com capacidade para acomodar 10 pessoas para as atividades em
grupo e sala de atendimento individual, adequada ao atendimento psicoterápico.
Atividade 2: Yoga
Recursos Humanos: Instrutora
Objetivos:
1) Estimular o autoconhecimento, relaxamento e paz interior.
2) Melhorar a saúde de um modo geral.
3) Melhorar a qualidade do sono, equilíbrio, disposição e bem-estar geral.
4) Manter o foco no presente.
5) Melhorar a autoestima.
Metodologia: As mulheres serão encaminhadas pelo Setor Técnico do Anexo de
Violência Doméstica para as aulas práticas, que terão duração de 50 minutos, uma
vez por semana, com exercícios de respiração, posturas físicas, técnicas de
relaxamento e meditação.
Materiais: Sala com capacidade de até 20 pessoas e colchonetes.
Atividade 3: Círculo de Mulheres – Sagrado Feminino e Contação de Histórias
Recusos Humanos: Facilitadora
Objetivos: 1) Trazer maior equilíbrio psíquico, autoconhecimento, revitalização e
fortalecimento da energia feminina.
2) Valorizar e despertar do Sagrado que existe em cada Ser.
3) Eliminar os bloqueios causados por culpas, ressentimentos, medos,
dúvidas, fraquezas, inseguranças e críticas;
4) Proporcionar mais força e coragem para lidar com desafios, domínio da
ansiedade e conexão maior com a natureza.
Metodologia: As mulheres serão encaminhadas pelo Setor Técnico do Anexo de
Violência Doméstica e os encontros terão duração de 50 minutos, uma vez por
semana, com contação de histórias e mitos das Deusas, relaxamento e meditação.
Materiais: Sala com capacidade de até 20 pessoas sentadas.
Atividade 4: Dança
Recursos Humanos: Professora
Objetivos:
1) Flexibilizar as couraças musculares de origem emocional, trabalhando a
mágoa, a tristeza, o medo, a culpa e o desânimo ao liberar estas emoções
negativas aprisionadas ao corpo, favorecendo um fluxo de energia vital
necessário para equilíbrio de bem-estar.
2) Reconectar a mulher com a sua essência como pessoa e como mulher,
trazendo força interna e autoestima.
3) Reconectar a mulher com a alegria de viver e a vitalidade.
4) Desenvolver empatia e socialização.
Metodologia: As mulheres serão encaminhadas pelo Setor Técnico do Anexo de
Violência Doméstica para as aulas práticas dirigidas, com duração de 50 minutos,
uma vez por semana. Serão aplicadas técnicas respiratórias para auto relaxamento,
técnicas de alongamento, vivências de conscientização corporal, treinos de
ritmicidade, reeducação do olhar sobre a autoimagem, sequências coreográficas
simples para desbloqueios, técnicas de danças orientais, vivências em dança
circular e, por último, relaxamento final com meditação guiada.
Materiais: Sala com capacidade de até 20 pessoas, com música e,
preferencialmente, com espelhos fixos nas paredes.
5. Avaliação
Ao término de cada ciclo de atividades, as mulheres serão convidadas a responder
um questionário padrão de avaliação (Anexo C).
6. Cronograma de Atividades
Atividade
Período
2019 2020
Out. Nov. Dez. Jan. Fev. Mar. Abr. Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out.
Reunião com
colaboradoras
X X X X X X X
Ofício
parceiros
X
Reunião com a
Rede
X X X X X
Atividade -
Yoga
X X X X X X X X X X X
Atividade -
Dança
X X X X X X X X X X X
Atividade –
Círculo de
Mulheres
X X X X X X X X X X X
Atividade –
Suporte
Psicológico
X X X X X X X X
7. Referências Bibliográficas
Conselho Nacional de Justiça. Cresce número de processos de feminicídio e de violência
doméstica em 2018. Disponível em: https://www.cnj.jus.br/cresce-numero-de-processos-
de-feminicidio-e-de-violencia-domestica-em-2018/. Acesso em 30 de out.2019.
Estés, Clarissa Pinkola. Mulheres que correm com os lobos: mitos e histórias do arquétipo
da mulher selvagem. Editora Rocco Ltda.
Faur, Mirella. Círculos Sagrados para Mulheres Contemporâneas, Editora Pensamento,
2011.
_____. LEI MARIA DA PENHA. Lei N.° 11.340, de 7 de Agosto de 2006.
LIMA, Déborah Maia de; SILVA NETO, Norberto Abreu e. Danças brasileiras e
psicoterapia: um estudo sobre efeitos terapêuticos. Psic.: Teor. e Pesq., Brasília , v.
27, n. 1, p. 41-48, Mar. 2011 . Available from
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-
37722011000100006&lng=en&nrm=iso>. Disponível em:
<http://dx.doi.org/10.1590/S0102-37722011000100006>. Acesso em 29 de out. 2019.
MITROI, Carmen Gabriela. Análise do Impacto da Prática Yoga na Autoestima,
Autoconceito, Bem-estar Psicológico e Satisfação com a Vida nos Adolescentes em
Ambiente Escolar. Disponível em:
<https://digituma.uma.pt/bitstream/10400.13/1915/1/MestradoCarmenMitroi.pdf>.
Acesso em 29 de out. 2019.
ONU Mulheres. Cartilha de Princípios de Empoderamento das Mulheres. (ONU
Mulheres Brasil). Disponível em: <http://www.onumulheres.org.br/wp-
content/uploads/2016/04/cartilha_ONU_Mulheres_Nov2017_digital.pdf>. Acesso em:
25 out. 2019.
Vargas, Cler Barbiero de. A sombra nos grupos e círculos de mulheres, um guia para
conscientizar, integrar e curar as relações femininas. Editora Pólen, 2018.
ANEXO A – FORMULÁRIO NACIONAL DE AVALIAÇÃO DE RISCO DO
CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA
FORMULÁRIO NACIONAL DE AVALIAÇÃO DE RISCO
VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER
Identificação das Partes
Delegacia de Polícia: Nome da vítima: Idade: Escolaridade: ___________________________________ Nacionalidade ___________________________________ Nome do(a) agressor(a): Idade: Escolaridade: Nacionalidade________________________ Vínculo entre a vítima e o(a) agressor(a): Data: / /
Bloco I - Sobre o histórico de violência
1. O(A) agressor(a) já ameaçou você ou algum familiar com a finalidade de atingi-la? ( ) Sim, utilizando arma de fogo ( ) Sim, utilizando faca ( ) Sim, de outra forma ( ) Não
2. O(A) agressor(a) já praticou alguma(s) destas agressões físicas contra você? ( ) Queimadura ( ) Enforcamento ( ) Sufocamento ( ) Tiro ( ) Afogamento ( ) Facada ( ) Paulada
( ) Nenhuma das agressões acima 3. O(A) agressor(a) já praticou alguma(s) destas outras agressões físicas contra você? ( ) Socos ( ) Chutes ( ) Tapas ( ) Empurrões
( ) Puxões de Cabelo
( ) Nenhuma das agressões acima 4. O(A) agressor(a) já obrigou você a fazer sexo ou a praticar atos sexuais contra sua vontade?
( ) Sim
( ) Não
5. O(A) agressor(a) já teve algum destes comportamentos?
( ) disse algo parecido com a frase: “se não for minha, não será de mais ninguém”
( ) perturbou, perseguiu ou vigiou você nos locais em que frequenta ( ) proibiu você de visitor familiars ou amigos ( ) proibiu você de trabalhar ou estudar ( ) fez telefonemas, enviou mensagens pelo celular ou e-mails de forma insistente
( ) impediu você de ter acesso a dinheiro, conta bancária ou outros bens (como documentos pessoais, carro) ( ) teve outros comportamentos de ciúme excessivo e de controle sobre você ( ) nenhum dos comportamentos acima listados
6. Você já registrou ocorrência policial ou formulou pedido de medida protetiva de urgência envolvendo essa mesma pessoa? ( ) Sim
( ) Não
7. As ameaças ou agressões físicas do(a) agressor(a) contra você se tornaram mais frequentes ou mais graves nos últimos meses? ( ) Sim
( ) Não
Bloco II - Sobre o(a) agressor(a)
8. O(A) agressor(a) faz uso abusivo de álcool ou de drogas? ( ) Sim, de álcool ( ) Sim, de drogas ( ) Não ( ) Não sei 9. O(A) agressor(a) tem alguma doença mental comprovada por avaliação médica? ( ) Sim e faz uso de medicação ( ) Sim e não faz uso de medicação ( ) Não ( ) Não sei 10. O(A) agressor(a) já descumpriu medida protetiva anteriormente? ( ) Sim ( ) Não
11. O(A) agressor(a) já tentou suicídio ou falou em suicidar-se? ( ) Sim ( ) Não
12. O(A) agressor(a) está desempregado ou tem dificuldades financeiras?
( ) Sim
( ) Não
( ) Não sei 13. O(A) agressor(a) tem acesso a armas de fogo? ( ) Sim ( ) Não
( ) Não sei
14. O(A) agressor(a) já ameaçou ou agrediu seus filhos, outros familiares, amigos, colegas de trabalho, pessoas desconhecidas ou animais de estimação? ( ) Sim. Especifique: ( ) filhos ( ) outros familiares ( ) outras pessoas ( ) animais ( ) Não ( ) Não sei
Bloco III - Sobre você
15. Você se separou recentemente do(a) agressor(a) ou tentou se separar? ( ) Sim ( ) Não 16. Você tem filhos?
( ) Sim, com o agressor. Quantos?
( ) Sim, de outro relacionamento. Quantos?
( ) Não
16.1. Se sim, assinale a faixa etária de seus filhos. Se tiver mais de um filho, pode assinalar mais de uma opção: ( ) 0 a 11 anos
( ) 12 a 17 anos
( ) A partir de 18 anos 16.2. Algum de seus filhos é pessoa portadora de deficiência? ( ) Sim, Quantos? ( ) Não 17. Você está vivendo algum conflito com o(a) agressor(a) em relação à guarda do(s) filho(s), visitas ou pagamento de pensão? ( ) Sim
( ) Não
( ) Não tenho filhos com o(a) agressor(a) 18. Seu(s) filho(s) já presenciaram ato(s) de violência do(a) agressor(a) contra você? ( ) Sim ( ) Não
19. Você sofreu algum tipo de violência durante a gravidez ou nos três meses
posteriores ao parto?
( ) Sim
( ) Não
20. Se você está em um novo relacionamento, percebeu que as ameaças ou as agressões físicas aumentaram em razão disso? ( ) Sim
( ) Não
21. Você possui alguma deficiência ou é portadora de doenças degenerativas que acarretam condição limitante ou de vulnerabilidade física ou mental? ( ) Sim. Qual(is)?
( ) Não
22. Com qual cor/raça você se identifica:
( ) branca ( ) preta ( ) parda ( ) amarela/oriental ( ) indígena
Bloco IV - Outras Informações Importantes
23. Você considera que mora em bairro, comunidade, área rural ou local de risco de violência? ( ) Sim ( ) Não
( ) Não sei
24. Você se considera dependente financeiramente do(a) agressor(a)? ( ) Sim ( ) Não
25. Você quer e aceita abrigamento temporário? ( ) Sim ( ) Não
Declaro, para os fins de direito, que as informações supra são verídicas e foram prestadas por mim,
Assinatura da Vítima/terceiro comunicante:
PARA PREENCHIMENTO PELO PROFISSIONAL:
( ) Vítima respondeu a este formulário sem ajuda profissional
( ) Vítima respondeu a este formulário com auxílio profissional
( ) Vítima não teve condições de responder a este formulário ( ) Vítima recusou-se a preencher o formulário
( ) Terceiro comunicante respondeu a este formulário
ANEXO B – MODELO DE ENCAMINHAMENTO
Ao
Anexo de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher
Setor Técnico
Rua Silva Jardim, 2-77 – 3º Andar – Jd. Bela Vista
ENCAMINHAMENTO
Pelo presente, encaminhamos a
Sra.___________________________________________________________________
__, para avaliação da possibilidade de participação no Projeto “Há de Flor... e Ser”, na(s)
atividade(s) que ela escolher, conforme disponibilidade de vaga(s).
Sem mais para o momento, agradecemos antecipadamente nos colocando à
disposição para outras informações que forem necessárias.
Atenciosamente,
_____________________________________
Nome:________________________
Profissão:______________________
Órgão:_________________________
Telefone:______________________
Data:__________________________
ANEXO C – AVALIAÇÃO E QUESTIONÁRIO
Esta pesquisa tem por objetivo conhecer sua opinião para melhorar nosso trabalho.
Não é necessário se identificar.
Marque com um “X”:
1. Como você avalia a Atividade?
Fraco Regular Bom Ótimo
Local
Tempo de duração
Número de
encontros
Profissional
Recepção/Acolhida
2. Tem interesse em participar de sessões de psicoterapia ?
3. Tem interesse em comunicar algum fato à Delegacia da Defesa da
Mulher, Ministério Público, Defensoria Pública ?
4. Necessita de auxílio material para você e sua família ?
5. Necessita de atendimento médico ou medicamento?
6. Desenvolve alguma atividade lucrativa ? Trabalha atualmente ou gostaria
de trabalhar ?
7. Tem familiaridade, formação ou experiência em alguma área ?
8. Gostaria de declarar sua orientação sexual ?
9. Gostaria de realizar outra atividade, diferente daquelas aqui oferecidas ?
10. Sugestões___________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________