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Ideflor-Bio Informa CAPACITAÇÃO Ideflor realiza Curso de For - mação de Condutores de Trilhas no Parque do Utinga Página 08 MEIO AMBIENTE Estado e União vão demar - car o Território Quilom- bola Cachoeira Porteira Página 11 Edição Nº 05 - Ano 02 - Fevereiro/Março de 2016 DESENVOLVIMENTO Ideflor-bio inicia nova eta - pa do processo de cria - ção do Conselho Ges - tor na APA Marajó Página 12 ECONOMIA- Concessões Florestais geram R$ 2 milhões de retorno aos municípios Página 01 ECONOMIA Concessões florestais geram R$ 2 milhões de de retorno econômico aos municípios Página 03

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Ideflor-Bio Informa

CAPACITAÇÃOIdeflor realiza Curso de For-mação de Condutores de Trilhas no Parque do Utinga

Página 08

MEIO AMBIENTEEstado e União vão demar-car o Território Quilom-bola Cachoeira Porteira

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Edição Nº 05 - Ano 02 - Fevereiro/Março de 2016

DESENVOLVIMENTOIdeflor-bio inicia nova eta-pa do processo de cria-ção do Conselho Ges-tor na APA Marajó Página 12

ECONOMIA-Concessões Florestais geram R$ 2 milhões de retorno aos municípios

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ECONOMIAConcessões florestais geram R$ 2 milhões de de retorno econômico aos municípios Página 03

Sítio de Ramsar completa 45 anos preservando áreas úmidas

No dia 2 de Fevereiro de 2016, a Convenção sobre as Áreas Úmi-das de Importância Internacional, mais conhecida como Convenção de Ramsar, comemorou o seu qua-dragésimo quinto ano de história, marcado pela existência deste Tra-tado sem precedentes, assinado em 1971, na cidade iraniana de Ram-sar. O Tratado é o mais antigo en-tre todos os acordos multilaterais mundiais sobre meio ambiente.

Ao longo desses 45 anos, a contri-buição da Convenção de Ramsar para a conservação, o uso racional das Áreas Úmidas, e a diversidade biológica dos biomas úmidos, tem sido exemplar e desde a sua criação tem sido um dos principais par-ceiros da Convenção em matéria de zonas úmidas e de questões de orientação política.

As áreas úmidas existem em to-dos os tipos de ecossistemas e são importantes para a manutenção da biodiversidade. Situadas em

uma interface entre a água e o solo, essas áreas são ecossistemas complexos, pressionados não so-mente pela ação direta do homem, mas também pelos impactos sobre ecossistemas terrestres, marinhos e de água doce adjacentes. Essas áre-as abrigam uma enorme variedade de espécies endêmicas, além de es-pécies terrestres e de águas profun-das e, portanto, contribuindo subs-tancialmente para a biodiversidade ambiental. Além disso, têm papel importante no ciclo hidrológico, ampliando a capacidade de reten-ção de água da região onde se lo-caliza, promovendo o múltiplo uso das águas pelos seres humanos.

No Pará, entre as 21 unidades de conservação administradas pelo Ideflor-bio, a APA da Ilha do Combu chama atenção por ser composta praticamente de áreas alagáveis. A APA da Ilha do Com-bu foi definida como unidade de conservação motivada pela im-portância na proteção da biodi-

versidade local e manutenção dos modos de vida tradicional. A ex-ploração do açaí, do camarão e a agricultura familiar são as princi-pais atividades comerciais na Ilha, além do turismo, importante fonte de renda para os moradores locais.

O Ideflor-bio vem trabalhando com o intuito de elaborar o Plano de Gestão da unidade de conservação, que deverá apresentar um diag-nóstico socioambiental da APA, além de estipular um zoneamento da ilha e principalmente, orientar a gestão da unidade de conservação na elaboração de Projetos de de-senvolvimento sustentável da Ilha do Combu, além de regras de uso.

O documento deverá ser elaborado com a parceria do Conselho Gestor da APA que foi renovado em 2015 e demais entidades e moradores lo-cais que tiverem interesse em par-ticipar da principal peça de plane-jamento da Ilha do Combu.

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Instituto Butantan realiza coletas de lagartas no REVIS Metrópole da Amazônia

Uma equipe de pesquisa do Instituto Butantan, de São Paulo, visitou a área do Refúgio de Vida de Silvestre Metrópole da Ama-zônia, Unidade de Conservação da Região Metropolitana de Be-lém, gerenciada pelo Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-bio). A visita, ocorrida na primeira se-mana de fevereiro, teve o objetivo de realizar coletas para avaliação da atividade tóxica do extrato das cerdas da lagarta da Premolis se-mirufa (Pararama), mais conheci-da como “lagarta de fogo”, espécie muito presente na área.

Frequentemente seringueiros da área entram em contato com as cerdas da lagarta, que vive nos troncos das árvores, causando in-chaços na pele. O contato frequen-te com as cerdas pode levar a qua-dros graves de inflamação e perda do movimentos das mãos, doença que leva o nome de “pararamose”, também conhecida como reuma-tismo dos seringueiros. Atual-mente, a doença é tratada com anti-inflamatórios, mas ainda não há como prevenir, nem reverter as alterações articulares das mãos.

De acordo com Denise Vilarinho Tambourgi, do Laboratório de Imunoquímica do Instituto Bu-tantan e responsável pela equipe de coleta, a área de preservação ambiental visitada é segura e de fácil acesso. “A região apresenta grande concentração de seringuei-ras, herança da época de intensa atividade exploratória do látex na antiga Fazenda Pirelli, que hoje abriga a Unidade de Conservação. Desta forma, é um local propício para o estudo e a obtenção da la-garta.”

A Premolis semirufa é parasita

de seringueira do gênero Hevea, encontrada na região amazônica. Com o apoio do Ideflor-Bio foram realizadas pesquisas no local, com a utilização de modelos in vitro, que permite a análise das ativi-dades enzimáticas da lagarta, sua ação sobre células da articulação, além da análise da ação letal e pró-inflamatória do extrato.

Através das coletas, os resultados obtidos permitirão um melhor entendimento dos mecanismos envolvidos no estabelecimento do quadro clínico induzido pelo

contato com as cerdas da lagarta, fornecendo assim, bases para pro-postas terapêuticas mais eficazes para a doença.

Outros estudos ainda serão reali-zados para entender por completo o mecanismo de ação do extrato das cerdas no organismo humano e como ela provoca a pararamose em algumas pessoas. A sequência do trabalho das equipes na re-gião pretende conhecer melhor a ação do veneno e estabelecer uma terapia para a doença.

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Concessões florestais geram R$ 2 milhões de retorno econômico aos municípios

Os municípios de Juruti, Santarém, Aveiro, Monte Alegre e Almeirim re-ceberam, em fevereiro de 2016, mais de R$2 milhões em recursos do Ins-tituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio), através do Fundo Estadual de Desen-volvimento Florestal (Fundeflor). Os recursos são referentes a 30% do valor arrecadado na safra de 2015 com as áreas de concessões florestais nestes municípios.

Os valores, repassados ao tesouro mu-nicipal de cada cidade, devem ser apli-cados em projetos de uso sustentáveis dos recursos naturais, conforme de-termina a Lei Estadual nº 6.963/2007, alterada pela Lei 8.096/2015. A fisca-lização da aplicação é de responsabi-lidade dos Conselhos Municipais de Meio Ambiente e acompanhado pelo Fundeflor.

O valor é distribuído como contra-prestação pela utilização econômica de recursos florestais de seus respec-tivos territórios, conforme legislação vigente. Esse é o terceiro ano do re-passe de recursos aos municípios. O segundo Plano de Aplicação do Fun-deflor, executado em 2015, beneficiou os municípios de Juruti, Santarém, Aveiro e Monte Alegre, que possuíam áreas de concessão florestal outorga-das pelo Ideflor Bio. No ano passa-do os valores repassados chegaram a pouco mais de R$ 1,7 milhões.

De acordo com Thiago Valente, pre-sidente do Ideflor-Bio, mais do que o simples fato de gerar uma nova fonte de receita aos municípios, o processo de concessão tem demonstrado efici-ência na manutenção do ecossistema florestal e na geração de empregos di-retos e indiretos nos municípios em

que se localizam. “Temos uma boa demonstração de desenvolvimento atrelado a sustentabilidade. O Esta-do, através da concessão de florestas, vem dando uso direto ao patrimônio florestal com o manejo sustentável, ao passo em que mantém a prestação de serviços ambientais com a manuten-ção de suas florestas”, ressalta.

Através da concessão florestal, o pa-trimônio florestal é gerenciado de forma a combater a apropriação in-devida de terras públicas, evitando assim a exploração predatória dos re-cursos existentes, a conversão do uso do solo para outros fins, como pecuá-ria e agricultura, e promovendo uma economia em bases sustentáveis e de longo prazo.

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Ideflor e Comunidade de Piriquitaquara discutem melhorias para o turismo na Ilha do Combu

Membros da equipe de Gestão da APA da Ilha do Combu, do Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio), e lide-ranças locais realizaram no dia 19 de fevereiro de uma reunião para discu-tir o desenvolvimento de atividades de geração de renda na Ilha, no Cen-tro Comunitário do Piriquitaquara.

Durante a reunião foi ressaltada a im-portância da organização comunitária e a formalização de uma associação devidamente constituída. Neste sen-tido, o Ideflor deverá apoiar a comu-nidade local na formalização de uma associação e a partir de março deste ano o Instituto deverá ministrar um Curso de Turismo em Base Comuni-tária para integrantes da comunidade.

Na oportunidade, a turismóloga da Gerência da APA da Ilha do Combu, Yasmin Alves, falou sobre a impor-tância do desenvolvimento de ser-

viços ligados à atividade turística na área. “O turismo de base comunitária é um elemento muito importante para a integração da comunidade, pois de-pende da cooperação de todos para o desenvolvimento de suas atividades, além de ser um importante aliado na geração de benefícios de cunho eco-nômico, social e principalmente para a manutenção dos atrativos culturais da comunidade”, explicou.

A Ilha do Combu é reconhecida como área especialmente protegida, com o objetivo de proteger e restau-rar a diversidade biológica, os recur-sos genéticos, as espécies ameaçadas de extinção, além de promover o de-senvolvimento sustentável, através do ordenamento dos recursos naturais e da melhoria da qualidade de vida da comunidade local.

A APA é incluída em alguns roteiros turísticos fluviais de curta duração,

ofertados por operadoras turísticas da região urbana de Belém e os mo-radores da região urbana de Belém também costumam frequentar o local nos fins de semana, em embarcações particulares. O território é propício para a realização de atividades de contemplação da natureza, através de caminhadas e passeios de barco, onde pode-se encontrar botos, cobras, bi-chos preguiça, além de diversas espé-cies de macacos de pequeno porte.

A comunidade científica também é visitante assídua da Unidade de Conservação. Dezenas de pesquisas científicas são realizadas anualmente na APA. Processo facilitado pela pre-sença da diversidade biológica na ilha e a proximidade de renomadas insti-tuições de pesquisa e ensino, como o Museu Paraense Emílio Goeldi, Uni-versidade Federal Rural da Amazônia e a Universidade Federal do Pará.

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Ideflor-bio realiza capacitação de montagem de viveiros e produção de mudas

O Instituto de Desenvolvimento Flo-restal e da Biodiversidade do Esta-do do Pará (Ideflor-bio), juntamente com a Empresa de Assistência Técni-ca e Extensão Rural (Emater) realizou do dia 29/02 ao dia 04/03 uma capaci-tação de montagem de viveiros e pro-dução de mudas frutíferas e florestais, no município de Bragança. O curso, que foi ministrado por técnicos da DDF (Diretoria de Desenvolvimento da Cadeia Florestal) do Instituto, ob-jetivou capacitar os técnicos que irão montar viveiros em suas áreas de ori-gem.

Durante os 5 dias de curso, técnicos da DGMUC (Diretoria de Gestão e Monitoramento das Unidades de Conservação) e da DGBIO (Diretoria de Gestão da Biodiversidade), do Ide-flor-bio, aproveitaram os ensinamen-tos e a vivência da DDF para poder replicá-los na gestão de Unidades de Conservação, em especial as Gerên-cias do Araguaia, Belém, Calha Nor-te I, Calha Norte II, Calha Norte III, Marajó, Nordeste, Tucuruí e Xingu. O curso teve um enfoque prático, pos-sibilitando aos participantes apren-der todo passo a passo da técnica de montagem de viveiros, os insumos utilizados na formulação e preparo do substrato que será utilizado na produção de mudas em tubetes e em

saco plástico.

A DDF coordena a execução de pro-jetos de produção e de restauração florestal, com base em Sistemas Agro-florestais – SAFs comerciais, para fins de recuperação de áreas alteradas, promoção de incremento econômico, consolidação de práticas sustentáveis de uso e de aproveitamento dos re-cursos naturais, contribuindo com a redução da pressão do desmatamento sobre as áreas de floresta e com a re-dução do passivo ambiental em áreas de agricultores familiares.

Entre as estratégias de ação para im-plantação dos projetos desenvolvidos pela DDF, destaca-se a etapa de ca-pacitação de técnicos e agricultores. Cerca de 40 alunos, entre técnicos do Ideflor-Bio, Emater-PA, INCRA e instituições parceiras, com destaque para as Prefeituras de São Miguel do Guamá, Santarém e Capanema parti-ciparam da capacitação, que contou com o apoio institucional da Emater-Pará, SEDAP (Secretaria Estadual de Desenvolvimento Agropecuário e de Pesca) e EMBRAPA (Empresa Brasi-leira de Pesquisa Agropecuária).

Segundo Benito Calzarava, da DDF - Diretoria de Desenvolvimento Flo-restal, a capacitação veio para nivelar

o conhecimento prático dos técnicos capacitados. “Queremos manter um padrão de práticas de campo do Ide-flor-Bio para montagem desses vivei-ros. Com essa orientação, até o final de junho deste ano 68 viveiros já te-rão sido montados nas Unidades de Conservação.”, explica o diretor.

Os viveiros florestais são os locais nos quais são produzidas mudas de plantas, e que reúnem todas as con-dições necessárias para o desenvolvi-mento delas. As plantas que ali estão em fase inicial de desenvolvimento, geralmente são de espécies nativas da região onde se encontra instalado o viveiro, e o destino destas plantas em grande parte são para o refloresta-mento – para recomposição da mata ciliar, de áreas degradadas, entre ou-tros.

Para atender às necessidades das plantas nativas, os viveiros ao serem instalados devem reproduzir as con-dições naturais das plantas, o que envolve diversos fatores. Além das condições originárias da mata nati-va, deve-se atentar para a condição de fragilidade das mudas no início de seu desenvolvimento, que requerem cuidados especiais.

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APA Marajó dá continuidade ao processo de criação do Conselho Gestor

A Gerência da Região Administrativa Marajó, ligada ao Instituto de Desen-volvimento Florestal e da Biodiversi-dade do Estado do Pará (Ideflor-bio), dá continuidade no dia 07 de março-ao processo de composição e forma-ção do Conselho Gestor da Unidade de Conservação (UC) nos doze mu-nicípios pertencentes à Área de Pro-teção Ambiental (APA) Arquipélago do Marajó.

A primeira etapa foi realizada em novembro do ano passado, com o objetivo de sensibilização e mobiliza-ção nos municípios, quando houve a apresentação da equipe e uma aproxi-mação com as associações e entidades governamentais de cada município para o início dos trabalhos de criação do Conselho Gestor.

Neste primeiro momento, a equipe do Ideflor-bio realizará uma reunião aberta ao público, no município de Salvaterra, no Auditório da Escola Oscarina Santos, onde estarão pre-sentes membros da Secretaria Muni-cipal De Meio Ambiente (SEMMA), ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), EMATER (Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará.), Instituto Peabiru, Asso-ciação dos Pescadores Artesanais de Soure, Associação dos Moradores do Pacoval – Soure, Associação dos Re-manescentes de Quilombo de Bacabal – Salvaterra e Associações de Mora-dores.

Dando continuidade ao processo, nos dia 08, 09 e 10/03 a equipe se deslo-cou aos municípios de Soure, Cacho-eira do Arari e Santa Cruz do Arari, onde também será realizada reuniões preliminares de apresentação. Poste-riormente, a equipe também visitará os municípios de Curralinho, Breves, Anajás, Ponta de Pedra, Muaná, São Sebastião da Boa Vista, Afuá e Cha-ves, que compõem a Unidade de Con-servação.

De acordo com Maria Bentes, Geren-te da Região Administrativa do Ma-rajó, a formação do Conselho Gestor é apontada no Sistema Nacional de Unidades de Conservação - SNUC como essencial para a participação popular na gestão da Unidade de Conservação. “Um conselho atuante pode contribuir gerando demandas e atuando em conjunto na execução de ações dentro da Unidade de Conser-vação. A formação de um conselho na APA Marajó é um grande desafio diante da extensão territorial, afinal estamos no maior complexo fluvio-marinho do mundo, o que impossi-bilita fazer a gestão sem a integração dos diversos setores.”, explicou. Ainda segundo a gerente, as reuni-ões municipais são a primeira apro-ximação com as organizações locais. “Estamos realizando ações paralelas. Fizemos ontem (06/03) uma vistoria na Reserva ecológica do Bacurizal e Lago Caraparu, em Salvaterra, visan-do a orientação técnica para adequar a reserva a uma categoria do SNUC. Hoje realizaremos uma oficina sobre o SNUC no município a fim de for-necer informações técnicas pertinen-tes ao processo de criação e gestão de Unidade de Conservação municipal.”

Com a criação do Conselho gestor, há o aumento do diálogo e da confiança entre o órgão gestor, comunidade lo-cal, órgãos públicos e instituições da sociedade civil na medida em que os conselheiros têm acesso a informa-ções e compreendem as limitações e os desafios para gestão das Unida-des; Aumenta a governança e o apoio político da Unidade de Conservação junto às comunidades locais, setor privado, ONGs, instituições de pes-quisa, entre outros atores; Amplia o conhecimento sobre a região e sobre o contexto político-institucional em que estão inseridas as UCs por meio da contribuição técnica dos conse-lheiros; Aumenta o orçamento desti-nado às Unidades, pois entidades que

integram o conselho podem atrair recursos de doações para projetos de fortalecimento da gestão, elaboração e implantação dos Planos de Manejo. APA Marajó - A Área de Proteção Ambiental do Arquipélago do Ma-rajó é uma Unidade de Uso Susten-tável, criada a partir do Art. 13, § 2º, da Constituição do Estado do Pará de 1989. É considerada a maior Unida-de de Conservação na costa norte do Brasil, com 5.532.517,70 ha. É banha-do pelas águas salgadas do Oceano Atlântico ao norte e pelas águas flu-viais da foz do Rio Pará e Tocantins ao sul, formando o maior complexo fluviomarinho do mundo.

A APA Marajó abrange os municípios de Afuá, Anajás, Breves, Cachoeira do Arari, Chaves, Curralinho, Mua-ná, Ponta de Pedras, Salvaterra, Santa Cruz do Arari, São Sebastião da Boa Vista, Soure.

Conselho Gestor - Toda Unidade de Conservação deve ter um conselho gestor, que tem como função auxi-liar o chefe de cada Unidade na sua gestão e integrá-la à população e às ações realizadas em seu entorno. O Conselho deve ter a representação de órgãos públicos, tanto da área am-biental como de áreas afins (pesquisa científica, educação, defesa nacional, cultura, turismo, paisagem, arquite-tura, arqueologia e povos indígenas e assentamentos agrícolas), e da socie-dade civil, como a população residen-te e do entorno, população tradicio-nal, povos indígenas, trabalhadores e setor privado atuantes na região, comunidade científica e organizações não-governamentais com atuação comprovada na região.

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Quatro pessoas foram detidas por porte ilegal de armas de fogo, em uma Unidade de Conservação (UC), na Área de Refúgio da Vida Silvestre (REVIS) Metrópole da Amazônia, em Marituba, no dia 10 de março. O flagrante aconteceu durante uma operação do Batalhão da Polícia Am-biental (BPA), em parceria com o Ins-tituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará (Ideflor-bio), denominada “Biodiver-sidade Segura”.

André Andrade da Silva, Anselmo dos Passos da Silva, Roberto Carlos Seabra da Silva e Mauro Pastana da Silva, portavam quatro espingardas (calibre 12, 20, 28 e 36), 26 munições (7 de calibre 12, 1 de calibre 16, 6 de calibre 20, 3 de calibre 28, 1 de calibre 32, 8 de calibre 36), 1 rede malhadei-ra, 2 lanternas, 2 terçados, 2 facões, 01 canivete e 01 machadinha, que foram apreendidos, junto com a embarcação em que se encontravam.

Os mesmos foram apresentados na

Divisão Especializada em Meio Am-biente (DEMA), onde foram autua-dos pelo delegado Vicente Costa, pelo crime de posse ilegal de arma, que é afiançável por lei na Polícia. Após prestarem depoimento, pagaram fian-ça de R$300 cada e foram liberados. O processo seguirá para a Justiça.

De acordo com Júlio Meyer, Geren-te das Unidades de Conservação da Região Metropolitana de Belém, do Ideflor-bio, as atividades de patrulhas sistemáticas do Batalhão da Polícia Ambiental são fundamentais para que sejam alcançados os resultados esperados nas Unidades de Conser-vação. “O REVIS abrange uma área equivalente a quase 10 mil campos de futebol, com inúmeras espécies de faunas e floras amazônicas ameaçadas de extinção, com uma beleza singular. Para isso, é fundamental a manuten-ção da vida selvagem na área”, disse.

Ainda segundo o gerente, o Ideflor está trabalhando para transformar o REVIS em uma área de referência

para atividade de pesquisas e de tu-rismo. “Por conta desse trabalho de conservação de áreas, a gerência está investindo na consolidação de trilhas ecológicas e também em um sistema de monitoramento de biodiversida-de, alinhado com pesquisas que estão ocorrendo em todo o Brasil.”, explica.

O Refúgio de Vida Silvestre Metró-pole da Amazônia foi criado através do Decreto nº. 2.211 de 30/03/2010 e está localizado na Região Metropoli-tana de Belém (RMB). Sua área de 6.367.27 hectares – que era proprie-dade particular da antiga Fábrica Pirelli – abrange 6,3% da área total de quatro municípios: Ananindeua, Benevides, Marituba e Santa Isabel do Pará. O Refúgio de Vida Silvestre (REVIS) fica a 23 Km do município de Belém, com acesso realizado por via terrestre através do Km 14 da Ro-dovia Federal BR-316, seguindo por mais 4 Km pela chamada “Estrada da Pirelli”.

Quatro homens são autuados por porte ilegal de armas no REVIS Metrópole da Amazônia

Ideflor realiza Curso de Formação de Condutores de Trilhas no Parque do Utinga

Encerrou no dia 16 de março o 3º e último módulo do Curso de Forma-ção de Condutores de Trilhas e Ca-minhadas, que levou conhecimentos específicos das trilhas realizadas no Parque Estadual do Utinga (PEUt), incentivando o trabalho no segmento Turismo de Natureza. A capacitação, realizada pela Secretaria de Turismo (Setur), em parceria com o Insti-tuto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do estado do Pará (Ideflor-bio), Batalhão da Polícia Am-biental (BPA), Instituto Federal do Pará (Ifpa), Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) habilitará os participantes a trabalharem como condutores de tri-lhas no próprio PEUt, para atuarem exclusivamente nessa área de proteção ambiental, conduzindo com seguran-ça os visitantes locais.

26 participantes fizeram a imersão para conhecimentos básicos em disci-plinas importantes na legislação bra-sileira para a proteção e conservação de áreas onde o turismo ecológico é desenvolvido a partir de diretrizes que respeitem o meio ambiente. O primei-ro módulo da capacitação foi realizado em setembro de 2015, e contou com a parceria do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Empre-go (Pronatec) e Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), com aulas conceituais, onde duas turmas foram formadas. No 2º módulo, que aconteceu em dezembro de 2015, tam-bém foram formadas duas turmas, com aulas práticas de ensinamentos de primeiros socorros, atendimento pré-hospitalar, entre outros, com o apoio do Corpo de Bombeiros Militar – CBM-PA.

Durante o curso, foi usada uma me-todologia que uniu a teoria à práti-ca, com disciplinas focadas em Unida-des de Conservação (UC), legislação

ambiental básica, educação como instrumento de gestão ambiental, ecoturismo e técnicas de condutores de trilha e sobrevivência. Os alunos foram orientados sobre a importância do uso de equipamentos, cuidados com animais peçonhentos, seguran-ça dos visitantes, roteiros e técnicas utilizadas dentro das trilhas, além de obterem mais conhecimentos sobre as espécies presentes nas florestas. As aulas teóricas foram realizadas no auditório do BPA e as aulas práti-cas nas trilhas do Parque Estadual do Utinga, com a liderança do Sargento Leal, Sargento Nunes, Sargento Cha-gas e Soldado Oswaldo, do BPA.

Yasmin Alves, Turismóloga da Gerên-cia da Região Administrativa de Be-lém, do Ideflor-bio, acompanhou os alunos durante o curso e afirmou ser um trabalho fundamental para o Tu-rismo. “O Curso de formação de con-dutores do PEUt é uma iniciativa mui-to importante para o desenvolvimento das atividades ecoturísticas nas UC’s da Região Metropolitana de Belém, pois essas pessoas que foram capacita-das estarão atuando diretamente com os visitantes, além de promover divul-gação e a educação ambiental no Par-que do Utinga.”, explicou.

Os alunos que completaram os mó-dulos receberam certificados ates-tando o cumprimento de participação nas atividades e capacitação dentro do Programa de Qualificação Estadual do Turismo (PEQTur), da Setur, que tem como premissa básica oferecer aos profissionais dos diversos segmen-tos do turismo uma ferramenta capaz de aumentar a eficiência, aprimorar a qualidade dos serviços prestados e ampliar sua competitividade, com vis-tas a integrar, favoravelmente, o pro-duto turístico e contribuir para o desenvolvimento do setor no Estado do Pará, dando importância para as especificidades e padrões culturais dos polos turísticos, numa perspectiva de empregabilidade, melhoria da quali-dade de vida, desenvolvimento susten-tável e autogestão.

De acordo com Flávia Fernanda Con-ceição de Lima, Turismóloga e Geren-te de Qualificação Profissional/Coor-denadora do PEQTur-PA), o curso se destaca por ser algo inédito no Estado. “Somos protagonistas nessa história e isto é um marco na área ambiental. Juntamente com o Ideflor agora temos esse serviço mais do que diferenciado para oferecer.”, finalizou.

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Crianças do Combu participam de mostra de vídeos sobre educação ambiental

Cerca de 20 crianças, moradoras da Ilha do Combu, participaram de uma mostra de vídeos com temas de conscientização ambiental, na manhã de 16/03 no Cine Olympia. A ativi-dade fez parte da programação do “I Seminário Internacional de Edu-cação Ambiental do Pará”, realizado pela Associação Cultural Nhandeara, de 14 a 17/03.

Com o apoio da gerência da Área de Proteção Ambiental (APA) da Ilha do Combu, do Instituto de Desenvol-vimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-bio), os estudantes das Uni-dades Pedagógicas (UPs) Combu e Santo Antônio, se deslocaram para a Região Metropolitana de Belém e usufruíram dos vídeos do Projeto Cir-cuito Tela Verde – CTV, que promove regularmente a Mostra Nacional de Produção Audiovisual Independente,

com conteúdos socioambientais para serem exibidos em todo território na-cional e em algumas localidades fora do país.

Durante a mostra, as crianças foram orientadas sobre a importância da educação ambiental para uma cultura de sustentabilidade no Estado do Pará. O evento também expôs situações da realidade socioambiental, onde a ex-periência de organizações governa-mentais e não governamentais foram compartilhadas com o público.

De acordo com Bianka Cardoso, da Gerência da APA Ilha do Combu, do Ideflor-bio, a mostra de vídeos en-sinou as crianças a terem um cuida-do maior com o local onde vivem. “O projeto divulga e estimula atividades de educação ambiental, com partici-pação e mobilização social por meio

da produção audiovisual. Isso incen-tiva as crianças a terem um cuidado maior com o meio ambiente, apren-dendo cada vez mais sobre assunto relacionado a reciclagem, coletas se-letivas, como lidar com lixos, resíduos sólidos, entre outros.”, explicou.

Circuito Tela Verde – O CTV é uma iniciativa do Departamento de Edu-cação Ambiental – DEA, da Secre-taria de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental – SAIC, do Mi-nistério do Meio Ambiente – MMA, realizada em parceria com a Secreta-ria do Audiovisual – SAv do Minis-tério da Cultura. O CTV promove regularmente a Mostra Nacional de Produção Audiovisual Independente, que reúne vídeos com conteúdo so-cioambiental para serem exibidos em todo território nacional e em algumas localidades fora do país.

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Ideflor-bio realiza curso de nivelamento para condutores do BPA

Cerca de 25 membros do Batalhão da Polícia Ambiental (BPA) partici-param no dia 21 de março do Cur-so de Condutores de Visitantes em Trilhas, promovido pelo Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Bio-diversidade do Estado do Pará (Ide-flor-bio). A capacitação, que segue até o dia 23/03 é uma parceria com o BPA e será realizada no auditório do pró-prio batalhão.

O curso objetiva promover um nive-lamento de informações entre con-dutores ambientais do BPA que já trabalham em áreas com potencial tu-rístico dentro do Estado, como o Par-que Estadual do Utinga, e será minis-trado por Júlio Meyer, Gerente das Unidades de Conservação da região Metropolitana de Belém e Yasmin Al-ves, Turismóloga, ambos do Ideflor-bio.

Durante os 3 dias serão abordados conhecimentos técnicos sobre uni-dades de conservação, conceitos de

turismo, condições para receber os vi-sitantes, educação ambiental, interpre-tação ambiental, sustentabilidade, im-pactos ambientais, conduta consciente em ambientes naturais, entre outros.

Segundo Júlio Meyer, a parceria com o BPA é constante e sempre gera no-vos frutos. “Recentemente fizemos um curso de formação de condutores de trilhas do Parque Estadual do Utinga. Hoje já estamos fazendo o nivela-mento da equipe do BPA, que já pos-sui grande conhecimento sobre nossas áreas ambientais e trilhas. Nosso ob-jetivo é mantê-los sempre atualiza-dos, para que continuem fazendo o trabalho exemplar de sempre, pois são essenciais para orientar os visitantes a fazerem o uso correto dessas áreas.”, disse o gerente.

De acordo com a Turismóloga Yas-min Alves, é importante que haja uma sensibilidade do visitante em conservar o meio ambiente. “Esse trabalho visa o melhoramento das

Unidades de conservação, incentiva o turismo, o ecoturismo. Queremos agregar mais valor ao trabalho que o BPA faz. Onde há bons condutores também há visitantes mais conscienti-zados em relação ao meio ambiente.”, explicou.

O condutor pode ser considerado como o especialista da interpretação turística, aquele que conhece profun-damente a área que atua, além de uti-lizar-se de conhecimentos científicos, etnobiológicos e de aspectos culturais locais em suas interpretações, com a promoção de um diálogo de saberes, sendo assim um promotor da sen-sibilização ecológica e cultural do visitante, utilizando-se da educação ambiental. Como profissional do eixo turístico, o profissional deve preocu-par-se com a conservação dos ecos-sistemas locais, com o bem-estar das populações envolvidas, não se esque-cendo do bem-estar e da satisfação dos visitantes.

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Estado e União vão demarcar o Território Quilombola Cachoeira Porteira

No período de 21 de março a 20 de abril deste ano, técnicos dos gover-nos federal e estadual, com apoio de lideranças indígenas e quilombolas, fazem a retificação da área da Floresta Estadual do Trombetas (Flota), com a finalidade de demarcar oficialmente o Território Quilombola Cachoeira Por-teira. A ação reúne técnicos do Insti-tuto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará (Ideflor-bio), Instituto de Terras do Pará (Iterpa), Núcleo de Apoio aos Po-vos Indígenas, Comunidades Negras e Remanescentes de Quilombos (Nu-pinq) e Fundação Nacional do Índio (Funai).

A definição dos limites da área faz parte do Plano de Gestão da Unida-de de Conservação (UC), programa de ordenamento territorial e valorização da sociedade local, que atende uma antiga demanda dos moradores rema-nescentes de quilombos do município de Oriximiná, no oeste paraense.

Técnicos dos órgãos envolvidos e re-presentantes de comunidades indíge-nas e quilombolas estiveram em Brasí-lia (DF), no início de março, traçando com a Diretoria de Proteção Territo-rial da Funai as linhas gerais para a demarcação do Território Quilombola Cachoeira Porteira, já que a área pre-tendida faz confluência com terras in-dígenas e unidades de conservação.

O Território Quilombola está geogra-ficamente dentro dos limites da Flo-resta Estadual do Trombetas, uma das 21 unidades de conservação estaduais geridas pelo Ideflor-bio. Criada em 2006, a Flota Trombetas é uma UC de uso sustentável, que tem como objeti-vo básico o uso dos recursos florestais e a pesquisa científica, com ênfase em métodos para exploração de florestas nativas sem agressão ao meio ambien-te.

Demarcação histórica – Segundo Wendell Andrade, diretor de Ges-tão e Monitoramento de Unidades de Conservação da Natureza, do Ideflor-bio, é importante reconhecer esse momento de convergência. “Já existem laudos antropológicos que apontam a validade desta demanda, e o próprio Plano de Gestão da UC confirma isso. Além disso, temos um momento de convergência de entendi-mentos e mútuo interesse das esferas federal e estadual, no sentido de que possamos concretizar essa demarca-ção histórica”, informou.

Após a demarcação, o projeto de lei com os novos limites da Flota Trom-betas será encaminhado à Assembleia Legislativa do Estado (Alepa), a fim de atualizar os limites da unidade de conservação e, finalmente, reconhecer Cachoeira Porteira como território co-letivo de remanescentes quilombolas, conforme o artigo 68 da Constituição federal.

Até o final de abril, as equipes de todos os órgãos envolvidos darão andamen-to ao trabalho de ordenamento territo-

rial, que é acompanhado por membros do Ministério Público Estadual (MPE) e Ministério Público Federal (MPF).

Flora e fauna – A Flota Trombetas está localizada no Estado do Pará, na ca-lha norte do Rio Amazonas, e reúne o maior bloco de Unidades de Conser-vação e Terras Indígenas (TI) do mun-do. O território ocupa 3,2 milhões de hectares e abriga milhares de animais e plantas, muitos encontrados apenas nessa região do planeta.

Mais de 98% de sua área são cobertos por florestas bem conservadas. A Flo-ta também é cortada por extensos rios, como Trombetas, Cachorro, Erepecu-ru e Cuminapanema. A principal ati-vidade econômica praticada na Flota é a coleta de castanha do Pará.

Ao norte, a floresta limita-se com a Es-tação Ecológica (Esec) do Grão-Pará; a oeste, com a Terra Indígena Trom-betas-Mapuera; a leste, com a Flota do Paru e a Tribo Indígena Z’oé, e ao sul com a Reserva Biológica (Rebio) do Rio Trombetas, Terra Quilombola do Erepecuru e a Flota de Faro.

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Ideflor-bio inicia nova etapa do processo de criação do Conselho Gestor na APA Marajó

A Gerência da Região Administrativa Marajó, ligada ao Instituto de Desen-volvimento Florestal da Biodiversida-de do Estado do Pará (Ideflor-bio), dá continuidade ao processo de compo-sição e formação do Conselho Gestor da Unidade de Conservação (UC) nos doze municípios pertencentes à Área de Proteção Ambiental (APA) Arqui-pélago do Marajó. A primeira etapa, que foi realizada em novembro do ano passado, mobilizou os municípios com a apresentação da equipe e fez uma aproximação com as associações e entidades governamentais de cada município para o início dos trabalhos de criação do Conselho Gestor.

De 28 a 31/03 a equipe estará presente nos municípios de Curralinho, Breves e Anajás onde serão realizadas reu-niões preliminares de apresentação. A equipe do Ideflor-Bio já esteve nos municípios de Salvaterra, Soure, Ca-choeira do Arari e Santa Cruz do Ara-ri, nos dias 07, 08, 09, 10 e 11 de março e a partir do mês de abril realizarão reuniões nos municípios de Ponta de Pedra, Muaná, São Sebastião da Boa Vista, Afuá e Chaves, que compõem a Unidade de Conservação do Marajó.

De acordo com a Gerente da Região Administrativa do Marajó do Ideflor-Bio, Maria Bentes, com a criação de um conselho gestor é possível proteger a diversidade biológica das Unidades de Conservação, além de desenvolver e melhorar a qualidade de vida da po-pulação marajoara. “O Arquipélago do Marajó apresenta diversos atrati-vos turísticos e grande diversidade de espécies de fauna, contendo elevada importância histórica, cultural e cien-tífica. Com a criação do conselho ges-tor, é possível organizar o processo de ocupação e assegurar a sustentabilida-de do uso dos recursos naturais.”, disse. Com a criação do Conselho Gestor

também amplia-se o diálogo e a con-fiança entre o órgão gestor, comunida-de local, órgãos públicos e instituições da sociedade civil na medida em que os conselheiros têm acesso a informa-ções e compreendem as limitações e os desafios para gestão das Unidades; au-menta-se a governança e o apoio polí-tico da Unidade de Conservação junto às comunidades locais, setor privado, ONGs e instituições de pesquisa, en-tre outros atores; amplia-se o conheci-mento sobre a região e sobre o contex-to político-institucional em que estão inseridas as UCs por meio da contri-buição técnica dos conselheiros, e am-plia-se o orçamento destinado às Uni-dades, pois entidades que integram o conselho podem atrair recursos de do-ações para projetos de fortalecimento da gestão, elaboração e implantação dos Planos de Manejo.

APA Marajó - A Área de Proteção Ambiental do Arquipélago do Ma-rajó é uma Unidade de Uso Susten-tável, criada a partir do Art. 13, § 2º, da Constituição do Estado do Pará de 1989. É considerada a maior Unidade de Conservação na costa norte do Bra-sil, com 5.532.517,70 hectares. É ba-nhada pelas águas salgadas do Oceano

Atlântico ao norte e pelas águas fluviais da foz do Rio Pará e Tocantins ao sul, formando o maior complexo fluvioma-rinho do mundo.

A APA Marajó abrange os municípios de Afuá, Anajás, Breves, Cachoeira do Arari, Chaves, Curralinho, Muaná, Ponta de Pedras, Salvaterra, Santa Cruz do Arari, São Sebastião da Boa Vista e Soure.

Conselho Gestor - Toda Unidade de Conservação deve ter um conselho gestor, que tem como função auxiliar o chefe de cada UC na sua gestão e inte-grá-la à população e às ações realizadas em seu entorno. O Conselho deve ter a representação de órgãos públicos - tanto da área ambiental como de áreas afins (pesquisa científica, educação, de-fesa nacional, cultura, turismo, paisa-gem, arquitetura, arqueologia e povos indígenas e assentamentos agrícolas) - e da sociedade civil (como a população residente e do entorno, população tra-dicional, povos indígenas, trabalhado-res e setor privado atuantes na região), comunidade científica e organizações não-governamentais com atuação comprovada na região.

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Mosaico do Lago de Tucuruí expõe atividades de aquicultura no I CONAMAQ

Membros da gerência da Região ad-ministrativa do Mosaico do Lago de Tucuruí participaram do I Congres-so Amazônico de Aquicultura – CO-NAMAQ e I EXPO AQUAM – Feira Amazônica de Produtos para Aqui-cultura, realizado de 28 a 30/03, na Universidade Federal Rural da Ama-zônia – UFRA. Com realização da UFRA, o evento contou com o apoio do Instituto de Desenvolvimento Flo-restal e da Biodiversidade do Estado do Pará (Ideflor-Bio) e reuniu empre-sas e instituições envolvidas com o tema do congresso.

O evento, que teve o tema “Desafios para o desenvolvimento sustentável da aquicultura amazônica”, abordou assuntos relacionados a legislação aquícola, sanidade de recursos aquá-ticos, produção de pirarucu, produ-ção de peixes em tanques circulares. Houve também exibição de trabalhos técnico-científicos, além de um espa-ço para oferecimento de mini-cursos teóricos e práticos, visando o aperfei-

çoamento dos produtores, profissio-nais e alunos.

Membros do Mosaico de Unidade de Conservação do lago de Tucuruí es-tiveram presentes no congresso, com uma apresentação das atividades de aquicultura na área, onde a pesca e aquicultura servem de fomento à eco-nomia da região. A palestra foi profe-rida por Mariana Bogéa e Jossandra Pinheiro, da Gerência da Região Ad-ministrativa do Mosaico do Lago de Tucuruí, do Ideflor-Bio.

Segundo Jossandra Pinheiro, é impor-tante que haja organização e estímulo de atividades no setor da aquicultura. “As Unidades de Conservação tam-bém são locais para o desenvolvimen-to de atividades econômicas, portanto a preocupação da gestão dessas uni-dades é de que esse processo possa ser realizado de forma planejada e orde-nada”, explicou.

Além da palestra, houve também ex-

posição do produtor Gilberto Santos Vaz, do Projeto Piscicultura Paraíso, do Parque Aquícola de Tucuruí, que compartilhou sobre suas experiências vivenciadas no parque e que viu no fomento à aquicultura sustentável a oportunidade de geração de emprego e renda.

Além do Ideflor-bio, o evento con-tou com o apoio do Conselho Regio-nal de Engenharia e Agronomia do Pará (Crea-PA) , Caixa de Assistência dos Profissionais dos Creas (Mútua), Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará), Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap), Fundaçao de Apoio a Pesquisa, Extensao e Ensino em Ci-ências Agrarias (Funpea), Serviço Bra-sileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Empresa de As-sistencia Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater-PA), Federa-ção da Agricultura e Pecuária do Pará (Faepa).

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Ideflor-bio participa do IV Seminário Estadual de Águas e Florestas

Teve início na manhã desta terça-fei-ra, 29, o IV Seminário Estadual de Águas e Florestas, evento promovi-do pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), com o apoio do Instituto de Desenvol-vimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio). O evento, promovido em alusão das datas comemorativas do Dia Mundial das Florestas (21 de março) e Dia Mundial das Águas (22 de março), será realizado em forma de ciclos de palestras e minicursos sobre as temáticas.

A Mesa de Abertura do evento, reali-zada no auditório David Mufarrej, no campus da Unama Alcindo Cacela, teve como tema central “Gestão de Re-cursos Hídricos e Florestais: Em bus-ca da Sustentabilidade”, e contou com a presença de Thiago Valente Novaes Presidente do Ideflor-bio, Luiz Fer-nandes Rocha (SEMAS/PA) e Ronaldo Jorge da Silva Lima (Secretário Adjun-to de Gestão de Recursos Hídricos – SEMAS/PA).

Além do presidente do Ideflor-bio, também participaram do evento Cin-tia da Cunha Soares, (Diretora de Ges-tão de Florestas Públicas/Ideflor-bio),

que falou sobre a sustentabilidade dos recursos hídricos e florestais no Pará, e Crisomar Lobato (Diretor de gestão da Biodiversidade/Ideflor-Bio), que discutiu sobre a gestão das Unidades de Conservação e sua interface com a sustentabilidade, além de palestrantes da SEMAS/PA, Instituto Federal do Pará (IFPA) e Universidade Federal do Pará (UFPA).

Na ocasião foram discutidos assuntos relacionados às florestas e águas ama-zônicas, buscando a reflexão sobre seus usos e a manutenção de seus po-tenciais para garantia da sustentabili-dade de suas ofertas, além de divulgar as ações realizadas pelos órgãos parti-cipantes, integrando assim os órgãos

gestores do meio ambiente, organiza-ções não governamentais, universida-des e comunidades.

De 30/03 a 01/04 também serão ofer-tados mini cursos sobre Avaliação da Qualidade da Água; Água, Recursos Hídricos e Sustentabilidade: mode-los de análise aplicados a bacias hi-drográficas; Hidrologia Básica; Água, Recursos Hídricos e Sustentabilidade: modelos de análise aplicados a bacias hidrográficas; Avaliação da Qualidade da Água, ministrados nas sedes da Se-cretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), Compa-nhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM) e Universidade federal Rural da Amazônia - UFRA.

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www.ideflorbio.pa.gov.brInstituto do Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-bio)

Av. João Paulo II, s/n - Curió Utinga - Belém/PATelefone: (91) 3184-3607/3651

PresidenteThiago Valente NovaesProcuradoria JurídicaElen MesquitaDiretoria de Desenvolvimento da ca-deia FlorestalBenito Calzavara Diretoria de Gestão da BiodiversidadeCrisomar Lobato

Diretoria de Gestão de Florestas Públi-cas de ProduçãoCíntia SoaresDiretoria de Gestão Administrativa e FinanceiraMarília BaetasDiretoria de Gestão de Unidades de ConservaçãoWendell Andrade

Expediente:

Denise SilvaAssessoria de Comunicação Ideflor-bio

(91) 3184-3601(91) 98895-1606

[email protected]