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IDENTIFICAÇÃO
Título: Suspense: a leitura de contos de terror
Autor Ivonete Mendes de Carvalho
Disciplina/Área (ingresso no PDE) Língua Portuguesa
Escola de Implementação do Projeto e sua localização
Colégio Est. Paiçandu- Ens. Fund., M., N. e profissional
Município da escola Paiçandu
Núcleo Regional de Educação Maringá
Professor Orientador Drª Luizete Guimarães Barros
Instituição de Ensino Superior UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ – UEM
Relação Interdisciplinar
Resumo
A leitura tem papel primordial na formação intelectual e crítica do aluno, desenvolvendo suas potencialidades tanto no âmbito escolar, quantos nos fatores básicos para a construção de sua personalidade. Num período em que há tantos recursos tecnológicos, a leitura fica cada vez mais restrita as pesquisas, informações, jogos e a comunicação on-line, com isso a leitura está sendo relegada a um lugar cada vez menos importante no cotidiano do aluno, fazendo necessário novos encaminhamentos de leitura. Essa Produção Didática pretende desenvolver metodologias para incentivar o hábito de leitura em alunos do 9º ano do Ensino Fundamental. Neste trabalho será feita a leitura de forma compartilhada dos contos do livro “Descanse em Paz, Meu Amor...” de Pedro Bandeira, levantar hipóteses acerca dos acontecimentos da história, fazer pesquisa bibliográfica do autor do livro, analisar e interpretar contos, através de leituras e discussões. Serão propostos também, trabalhos que identificarão a estrutura desse gênero literário, será acrescentado embasamento teórico ao conteúdo que estará sendo abordado e o percurso de construção de seus sentidos propiciados pelas leituras dos contos. Outras atividades serão sugeridas, como: leituras dramatizadas, análise de narrativas escolhidas, comparação entre ficção e realidade.
Palavras-chave ( 3 a 5 palavras) Leitura compartilhada; suspense e terror; prazer
Formato do Material Didático Sequência Didática
Público Alvo Alunos do 9º ano do Ensino Fundamental, na disciplina de Língua Portuguesa.
1- APRESENTAÇÃO
Hoje é muito comum ver na TV e no cinema desenhos e filmes de terror
para adolescentes e crianças e para o público de todas as idades, mas estas
narrativas vêm de longa data, anterior à televisão e até mesmo ao rádio,
quando as famílias, depois de um dia de trabalho, se reuniam para conversar e
sempre tinham para contar uma história de mistério, de acontecimento
sobrenatural, algo que provocava medo e arrepios e prendia a atenção
principalmente das crianças.
Essas histórias que narram acontecimentos semelhantes ao que
ocorrem na vida real podem ser denominadas de conto, gênero textual de
narrativas curtas, ágeis, com poucas personagens e poucos conflitos.
O trabalho desta Unidade Didática tem como proposta a leitura de
contos de mistério e terror, ligados ao sobrenatural, isto é, temas que dão ideia
de fenômenos inexplicáveis do ponto de vista da razão e do mundo real,
presentes na cultura popular e que despertam o fascínio para o imaginário do
leitor, com personagens atormentadas pelo medo do sobrenatural.
Nesse trabalho, o aluno terá contato com os contos de terror do livro
“Descanse em Paz, Meu Amor...”, de Pedro Bandeira. A nossa proposta visa à
leitura do livro no sentido de desenvolver a habilidades e o gosto pela leitura,
por meio de seus variados contos.
2- INTRODUÇÃO
2.1 Sobre a leitura:
A leitura tem papel primordial na formação intelectual e crítica do aluno,
desenvolvendo suas potencialidades tanto no âmbito escolar, no que se refere
aos seus rendimentos, quanto nos fatores básicos para a construção de sua
personalidade.
Ler é compreender melhor o mundo, é o caminho para ampliação da
percepção do mundo a nossa volta. A prática constante da leitura na sala de
aula é essencial para que os alunos vislumbrem em sua atividade diária a
capacidade de transformar a sociedade na qual está inserido.
A leitura é um dos itens primordiais para a formação cognitiva do aluno,
visto que ele passa grande parte de sua vida na escola, assim, Bamberger
(2004, p. 23) afirma que “a leitura é um dos meios mais eficazes de
desenvolvimento sistemático da linguagem e da personalidade.”
Segundo Zilberman, a literatura compete na formação do leitor, a leitura
como propiciadora de uma experiência única com o texto literário, como forma
de expressão com a ficção que é alimentada pela fantasia do autor elabora
imagens interiores para comunicar com o leitor. Quem lê consegue se
posicionar criticamente, levando o leitor a refletir e colabora com a sua auto-
afirmação, a incorporar novas experiências.
De acordo com as Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa de
Educação Básica do Paraná (2008, p. 71), a leitura é vista como um ato
dialógico com formação interlocutora, tendo o leitor um papel ativo neste
processo de procura de formas e de estratégias para suas vivências culturais.
Na fala de Irandé Antunes (2003, p. 70):
A atividade da leitura favorece, a ampliação dos repertórios de informação do leitor. Por ela, o leitor pode incorporar novas ideias, novos conceitos, novos dados, novas e diferentes informações acerca das coisas, das pessoas, dos acontecimentos do mundo em geral.
Reitera Solé (1998, p.22), que para se obter uma boa leitura é necessário
que se tenha um objetivo, ou seja, temos que ler com alguma finalidade, existe
sempre um sentido para a leitura, pois é a partir desse tipo de leitura que o
leitor dará um significado ao que lê.
Na concepção de que é o próprio leitor quem constrói o significado do
texto está expressa nas palavras de Isabel Solé (1998, p.23):
Nessa compreensão intervém tanto o texto, sua forma e conteúdo, como o leitor, suas expectativas e conhecimentos prévios. Para ler necessitamos, simultaneamente, manejar com destreza as habilidades de decodificação e apontar ao texto nossos objetivos, ideias e experiências prévias; precisamos nos envolver em um processo de previsão e inferência contínua, que se apóia na informação proporcionada pelo texto e na nossa própria bagagem, e em um processo que permita encontrar evidências ou rejeitar as inferências antes mencionadas.
Segundo Bamberger (2004, p.23), a leitura é um processo complexo que
compreende várias fases de desenvolvimento. Começa com um processo de
percepção, período que se reconhecem símbolos, seguido pela transferência
para conceitos intelectuais. O processo mental não consiste apenas na
compreensão das ideias percebidas, mas também na sua interpretação e
avaliação. Estes processos não acontecem de maneira estanque, já que eles
se fundem no ato da leitura.
Nesse sentido, a prática de leitura como capacidade de compreensão,
interpretação e apreciação, é ainda um grande desafio por parte de nossos
alunos, pois a leitura é uma experiência totalmente pessoal que resulta sempre
na confrontação entre a narrativa do autor e as histórias de vida do leitor,
sendo assim o leitor atua como um co-autor da obra lida.
Silva (2002, p. 07) acredita que:
A qualificação e a capacitação contínua dos leitores ao longo das séries escolares colocam-se como uma garantia de acesso ao saber sistematizado, aos conteúdos do conhecimento que a escola tem de tornar disponíveis aos estudantes.
Segundo Marcuschi (2005, p.46) é papel da escola fornecer aos
estudantes, através da leitura, instrumentos necessários para que eles
consigam buscar, analisar, selecionar, organizar as informações complexas do
mundo contemporâneo e exercer a cidadania.
A atividade de leitura constitui também um desafio para o aluno e
também para o professor, deve-se trabalhar não somente a mera
decodificação, mas também buscar outros pretextos para outras atividades que
não seja a própria leitura.
Nesse sentido o conto de mistério, terror ou de acontecimentos
sobrenaturais, isto é, temas que escapam à explicação racional, ao mundo real,
presentes na cultura popular despertam o fascínio dos adolescentes e das
crianças, e por isso constituem um campo fértil para o imaginário do leitor.
Geralmente, o conteúdo dramático desse material bibliográfico se resume ao
relato de uma única situação de conflito, e pode favorecer um trabalho
diferenciado em sala de aula. A leitura de contos demanda menos tempo que a
leitura de um romance, devido à extensão dessas narrativas. Por essa razão,
escolhemos trabalhar com a leitura de contos para que essa atividade se torne
algo prazeroso e que possa despertar o interesse do aluno para esse e, por
extensão, outros textos literários.
2.2 Sobre o conto:
No conto, os fatos ocorrem de forma semelhante à vida real, ou seja, “a
cronologia do conto segue a do relógio, de modo que o leitor “vê” os fatos se
sucederem numa continuidade semelhante àquela da vida real” Moisés (1978,
p.33). Quanto às personagens, além de apresentarem em número restrito,
tendem a ser esquecidas, sendo relatadas no conto mais as ações
concernentes à trama que as características secundárias dos elementos
envolvidos no enredo.
Em oposição ao romance ou à novela, narrativas de longa extensão, o
conto se caracteriza por ser uma narrativa, cuja leitura pode atrair os leitores,
como afirma Linhares (1973, p.06):
O conto é um caleidoscópio e, como tal, deve comunicar uma impressão de vida ou então de simples emoção a ser instalada na alma do leitor, sempre apressado em chegar ao fim, como supõe a época da velocidade em que vive, o que não quer dizer não se empenhe ele em conhecer as virtualidades do contista, as suas tendências voltadas para o folclore, ora para o anedótico, ou então para a utilização do absurdo, para a mortal angústia de uma
cosmovisão apocalíptica que o mundo de hoje tantas vezes comporta.
O conto, segundo Alfredo Bosi (1975, p.7-8) “se comparada à novela e ao
romance, a narrativa curta condensa e potencia no seu espaço todas as
possibilidades da ficção. (...) O conto tem exercido, ainda, e sempre o papel de
lugar privilegiado em que se dizem situações vividas pelo homem
contemporâneo.”
O conteúdo do conto é constituído, segundo Aguiar e Silva (1973
p.346), por “um curto episódio, um caso humano interessante, uma recordação,
etc.” Para o autor, o conto é a “arte da sugestão”, além de transformar-se “com
muita freqüência numa forma literária fantástica”, como ocorreu no Romantismo
e também na literatura latino-americana no século XX, que tem em Cortázar e
Garcia Márquez, representantes singulares de um tipo de escritura que traz o
real confundido com o maravilhoso, e em que o fantástico ganha dimensões do
humano, no chamado “boom-latino-americano” dos anos de 1960 a 1980,
aproximadamente. Este nome “boom” designa o sucesso tamanho de
vendagem com que se consumiu literatura na sociedade da época, e entre as
obras literárias da época, o conto figurou como um dos gêneros mais
procurados para consumo do público leitor.
O conceito aristotélico de unidade é respeitado, costumeiramente, no
conto, isto é, os três tipos de unidade – de espaço, de tempo e de ação – se
conservam para que a narrativa se consolide. Sendo assim, o espaço físico é
restrito aos locais em que se desenvolvem os fatos narrados e o tempo
apresenta deslocamentos típicos ao desenrolar dos acontecimentos
protagonizados pelos personagens da trama. Geralmente, o clímax ocorre no
final da narrativa, podendo ou não ser resolvido, porque a ação dramática é
acentuada de emoção à medida que se aproxima do desfecho.
Como o conto gira em torno de um único núcleo narrativo e um único
conflito, é preciso eliminar os excessos, as divagações e as digressões para
que todos seus elementos estejam harmonizados ao redor de um só drama.
Angélica Soares (1998, p.54) afirma que:
Quanto mais concentrado, mais se caracteriza como arte de sugestão, resultante de rigoroso trabalho de seleção e harmonização dos elementos do romance, o conto elimina as análises minuciosas, complicações no enredo e delimita fortemente o tempo e o espaço.
Desse modo o professor possibilitará o acesso à leitura de contos ligados
ao sobrenatural e temas que dão ideia de fenômeno inexplicáveis do ponto de
vista da razão – assuntos que chamam a atenção do público desta idade
escolar. Como estratégia de ação, o mestre poderá também abrir espaço para
que os alunos exponham seus pensamentos, impressões, divagações, assim
como elaborem e desenvolvam as habilidades cognitivas de reflexão e
interpretação.
3- OBJETIVOS
1 Objetivo Geral
- Incentivar o hábito de leitura nos alunos, desenvolvendo habilidades e
competências que visem incluir esta atividade no universo escolar.
2.2 Objetivo Específico
- Propiciar a leitura de textos do gênero conto, a partir da prática de leitura de
obras literárias atraentes, condizentes com a idade e interesse dos alunos.
- Realizar atividades de compreensão e interpretação de textos, em especial,
visando apropriação dos gêneros conto.
- Discutir, analisar e conhecer a estrutura do gênero conto, a partir do material
lido;
- Comparar os contos lidos com outros tipos de narrativas curtas; tais como; a
fábula, contos infantis, etc. no sentido de reconhecer certas diferenças
estruturais;
- Destacar, na construção do texto, os recursos lingüísticos e estilísticos
utilizados pelo autor para criar suspense, medo e mistério para prender a
atenção dos leitores;
- Analisar e interpretar contos, através de leituras e discussões;
- Realizar leitura dramática do conto por meio de exercícios teatrais,
discussões de textos, elaboração de personagens, interpretação e
dramatização de histórias.
4- ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
Nesta Unidade, vamos ler de forma compartilhada dos contos do livro
“Descanse em Paz, Meu Amor...” de Pedro Bandeira, levantar hipóteses acerca
dos acontecimentos da história, fazer pesquisa bibliográfica do autor do livro,
analisar e interpretar contos, através de leituras e discussões.
A Sequência Didática propõe organizar momentos de leitura, com
narrativas de contos de mistério e terror. Este trabalho será desenvolvido no
Colégio Estadual Paiçandu- Ensino Fundamental, Médio, Normal e Profissional,
no município de Paiçandu, Estado do Paraná, com uma turma do 9º ano do
Ensino Fundamental.
Inicialmente, a professora fará a apresentação do trabalho a ser
desenvolvido em sala de aula. Numa primeira atividade será feita uma
sondagem sobre o que os alunos sabem sobre conto, se eles já ouviram de
seus familiares alguma história de terror, sobrenatural e pedir para que os
alunos as relatem.
Uma vez feita a sondagem, organizado o conhecimento dos alunos,
serão realizados trabalhos que identificarão a estrutura desse gênero literário,
sendo que a professora poderá acrescentar com seu embasamento teórico o
conteúdo que estará sendo abordado e o percurso de construção de seus
sentidos propiciados pelas leituras de vários contos e de textos sobre a
estruturação desse tipo de narrativa.
Num outro momento, apresenta-se o primeiro conto do livro Descanse
em paz, meu amor..., de Pedro Bandeira para que os alunos façam a leitura. A
partir dessa leitura, a professora proporcionará aos discentes um diálogo sobre
o texto lido para fazer com que eles percebam, na construção do texto, quais
os recursos utilizados pelo autor para criar tensões, como o suspense, o medo
e o mistério; como é composta uma personagem sombria e como o narrador
adapta a história para prender a atenção dos leitores. Fazer o reconhecimento
dos elementos da narrativa: o enredo, o narrador, as personagens, o tempo e o
espaço é uma das partes da análise do material lido.
Durante a leitura dos contos do livro da Ática, os alunos deverão
observar os elementos descritivos das personagens, tempo e lugar, assim
como devem atentar para a importância dos elementos descritivos na
construção de ambientes e personagens nesse gênero discursivo.
No processo de desenvolvimento a professora trabalhará estratégias de
compreensão e incentivo do educando para com a leitura, filmes também serão
usados para a qualificação do aluno e possibilitar a eles uma melhor leitura dos
elementos descritivos da narrativa. Outras atividades serão realizadas, como:
leituras dramatizadas, análise de narrativas escolhidas, comparação entre
ficção e realidade. Há que frisar que compreendemos “leitura dramatizada”
como uma espécie de teatro, ou dramatização do conto na qual os alunos
atuam como atores, representam as personagens com o objetivo de contar a
história lida aos outros que não a leram.
As atividades deste trabalho serão desenvolvidas em oficinas, conforme
apresentamos a seguir:
OFICINA 1
CONHECIMENTO PRÉVIO: RESGATANDO A
MEMÓRIA
Nesta atividade o professor fará uma curta apresentação do trabalho a
ser desenvolvido com a turma e propor para que respondam as questões
seguintes, objetivando o resgate do conhecimento prévio dos alunos acerca do
gênero a ser trabalhado.
1 – RELATANDO CONHECIMENTOS
1- Você conhece alguma história sobrenatural que tenha ouvido de seus
familiares, lido ou assistido na TV ou cinema?
2- Fale um pouco de uma história que você se lembra?
3- Em qual período do dia aconteceu essa narrativa?
4- Descreva como era o ambiente.
5- Quanto às personagens, quantas pessoas estavam envolvidas nesta
história?
6- Qual foi a parte de maior tensão na história?
7- O que você sentiu ao ouvir, ler ou ver esse tipo de história?
8- Você gosta de narrativas com esse assunto?
9- Você gostaria de conhecer outras narrativas de mistério e terror?
Para que o aluno entenda melhor a narrativa, o professor passará um
texto destacando os elementos que compõem a narração, em seguida ler e
analisar o conto “Tentação”, de Clarice Lispector.
2 – ENTENDENDO A NARRAÇÃO
As narrativas chegam até nós por diferentes linguagens: a
linguagem verbal (livros, revista, jornais, etc.), pela representação (linguagem
teatral), pelos gestos (linguagem gestual). As narrativas também são
constituídas por variados assuntos, e assim visto e ouvido através de vários
suportes: contação oral, livros, jornais, revistas, gibis, televisão, cinema,
internet.
O texto narrativo apresenta uma sequência de fatos, organizados de
acordo com a intenção narrativa do narrador, em que os acontecimentos,
geralmente, obedecem a uma relação de causa e efeito.
As personagens que atuam, compondo um enredo, constituem os seres
que participam da narrativa, interagindo-se com o leitor de acordo com o modo
de ser e de agir. Algumas ocupando lugar de destaque, também chamadas
protagonistas, outras se opondo a elas, denominadas de antagonistas. As
demais se caracterizam como secundárias. De modo geral, a narrativa
aparece em primeira ou terceira pessoa. Daí falar-se em:
Foco narrativo em terceira pessoa: o narrador não participa
ativamente dos acontecimentos, podendo ser onisciente ou observador:
Narrador-observador – Ele não conhece toda a história, apenas relata os
fatos à medida que vão acontecendo; não pode, portanto, fazer antecipações,
nem variações no relato da história.
Narrador-onisciente – Além de observar, ele sabe e revela tudo sobre o
enredo e os personagens, até mesmo seus pensamentos mais íntimos, como
também detalhes que até mesmo eles não sabem.
Foco narrativo em terceira pessoa: Narrador-personagem - Narrando
em 1ª pessoa, ele participa da história, relatando os fatos a partir de sua ótica,
predominando as impressões pessoais e a visão parcial dos fatos.
Tempo
As narrativas podem basear-se num tempo cronológico, ou seja,
determinado por horas e datas, revelado por acontecimentos dispostos numa
ordem sequencial e linear - início, meio e fim; e psicológico, aquele ligado às
emoções e sentimentos, caracterizado pelas lembranças dos personagens,
reveladas por momentos imprecisos, fundindo-se em presente, passado e
futuro.
Espaço
Espaço da narrativa é o lugar onde decorre a ação do enredo, onde se
movimentam os personagens.
Enredo
O enredo é a própria estrutura narrativa, ou seja, o desenrolar dos
acontecimentos. Todo enredo é composto por um conflito vivido por um ou
mais personagens, cujo foco principal é prender a atenção do leitor por meio de
um clima de tensão. Geralmente, o conflito determina as partes do enredo,
representado pelas referidas partes:
Introdução – É o começo da história, no qual se apresentam os fatos iniciais,
os personagens, e, às vezes, o tempo e o espaço.
Complicação – É a parte em que se desenvolve o conflito.
Clímax – Figura-se como o ponto culminante de toda a trama, revelado pelo
momento de maior tensão. É a parte em que o conflito atinge seu ápice.
Conclusão ou desfecho final – É a solução do conflito instaurado, podendo
apresentar final trágico, cômico, triste, ou até mesmo surpreendente. Tudo irá
depender da decisão imposta pelo narrador.
2.1- Pesquise no dicionário e responda:
a) O que é narrar?
b) O que é conto? O conto é um tipo de narrativa?
2.2- Para melhor entender a narrativa, entregaremos o texto Tentação de
Clarice Lispector para realizar a leitura e questionamentos, que serão
respondidos no caderno:
TENTAÇÃO – Clarice Lispector
Acesso: ( Acesso em 3 de nov. de 2012).
http://www.tirodeletra.com.br/conto_canino/Tentacao-ClariceLispector.htm
Ela estava em soluços. E como não bastasse a claridade das duas
horas, ela era ruiva.
Na rua vazia (...)
1) O texto é uma narrativa? Justifique, retirando do texto e complete no
quadro abaixo alguns elementos que compõem a narrativa.
Elementos da narrativa
Personagens / Quem?
Tempo / Quando?
Espaço / Onde?
Ação / O que aconteceu? Como se desenrolam os fatos?
Narrador
2) O que a palavra “Tentação” - título do conto sugere?
3) Lendo o título, você consegue saber qual é o assunto do texto?
4) No início da narrativa foram feitas algumas descrições: da menina e do
lugar onde ocorrem os acontecimentos. Descreva- os.
5) Por que a menina está em desalento?
OFICINA 2
O professor apresentará aos alunos algumas características do gênero
conto, e também do conto de terror, para que eles possam entender a estrutura
do conto de mistério e terror, objetivo maior deste trabalho.
Enredo ou momentos da narrativa
a. Situação inicial: situação de equilíbrio.
b. Conflito: os motivos que desencadearam a ação da história.
c. Clímax do conflito: momento de maior tensão na história.
d. Desfecho: final e resolução do conflito.
1 – COMPREENDENDO O GÊNERO CONTO
O conto é uma forma narrativa, em prosa, de pequena extensão. Possui
características próprias, além das comuns a outras formas literárias, como:
personagens, enredo, tempo e lugar. No conto, tudo é concentrado, existindo
um só conflito, uma só ação. Todos os ingredientes seguem para a mesma
direção. O espaço geográfico, por onde circulam as personagens, que também
são poucas, é restrito. O tempo não ultrapassa horas ou dias, dificilmente
perdurando por meses ou anos. A linguagem deve provocar no leitor uma só
impressão: pavor, piedade, ternura, indiferença etc.
Há outros tipos de textos narrativos com estruturas bem definidas quanto
o conto. São as semelhanças que reúnem os textos em gênero e comprovam
sua classificação como: conto, novela, romance, fábula, etc. Esses são
também exemplos de prosa narrativa. Para cada narrativa temos elementos
estáveis que as caracterizam. Temos assim:
LENDA: - tradição oral (não tem autor); uma história curta, breve; contada com
linguagem simples e direta explicativa (explicar a origem das coisas).
FÁBULA: - trata de temas universais; história curta, breve; tem animais como
personagens (que simbolizam virtudes humanas); predomínio de diálogos;
termina com uma moral (geralmente em forma de provérbios)
CONTO DE FADAS: - tradição oral; narrativa breve; trata de temas universais;
acontece num espaço regido por leis sobrenaturais; apresenta tempo
indeterminado; tem um herói que enfrenta seres maléficos; tem final feliz.
CONTO MODERNO: - tem autor que não se confunde com o narrador;
narrativa curta, breve; linguagem econômica; poucas personagens, geralmente
em ambiente único; Tende a predominar o diálogo.
2- O CONTO DE MISTÉRIO E TERROR
A presença do suspense em uma história é um ingrediente que prende o
público de todas as idades. As narrativas de terror, suspense e horror são
gêneros semelhantes, e algumas vezes se confundem. Vejamos agora a
definição destas palavras:
HORROR – Deriva do latim horrore: fazer o cabelo arrepiar. Ou seja, horripilar:
horrorizar, eriçar os cabelos, arrepiar. O horror é uma reação física.
TERROR – Vem do latim terrorem, espaventar, causar grande medo. O terror é
uma reação emocional, causada pelo sobrenatural, pelo desconhecido.
SUSPENSE – Artifício empregado em arte, pelo qual a ação ou o desfecho se
retardam em incidentes menores que intensificam a emoção do leitor ou
espectador.
O suspense é uma técnica empregada em narrativas - contos, novelas,
romances -, por meio da qual predomina uma situação de tensão, ao longo de
toda a história. Trata-se de uma estratégia que procura enredar o leitor,
levando-o a se interessar pela narrativa o suficiente para acompanhá-la até o
final, reservando para o final da história a resolução do conflito que gera a
narrativa.
Os contos de terror têm por objetivo despertar no leitor sensações de
medo e horror diante da morte, da loucura e do mal que se escondem na
mente humana. Para atingir esse objetivo, alguns contos apresentam ao leitor
elementos sobre os quais não se deixa dúvida: são sobrenaturais. Assim, as
personagens são assombradas por fantasmas e monstros e vivem experiências
extraordinárias. Em outros, a causa do terror se encontra na mente da
personagem.
Nos contos de terror, espaço e tempo são recursos importantes para
criar suspense, como ambientes escuros, isolados e noturnos. Segue alguns
trechos como exemplo, retirados do conto “O retrato oval” de Edgar Allan Poe.
“Predominam no castelo e no quarto a escuridão e o ambiente pesado.”
“O quarto localizado num torreão afastado do castelo, menor que os demais: paredes
recobertas de pó tapeçarias: iluminação a vela: cama envolvida por um cortinado de veludo
negro arrematado por franjas.”
Outro recurso para criar suspense muito presente em contos de terror é
a apresentação de pequenos indícios que revelam ao leitor um perigo iminente
ou a presença de um mal que ronda as personagens, e que seriam anúncios
do perigo fatal e final.
Eu o vi finalmente.
Os senhores não me acreditarão. Vi-o, no entanto.
Eu estava sentado diante de um livro qualquer, não lendo, mas espreitando (...),
espreitando que eu sentia perto de mim. Certamente que ele estava ali. Mas onde? Que fazer?
Como alcançá-lo?
(...)
Então, eu fingia ler para enganá-lo, pois ele me espiava também, e de repente senti,
estava certo de que ele lia por cima do meu ombro (...).
- Guy de Maupassat. O horla. In: Histórias fantásticas. São Paulo: Ática, 1996. V. 2 (Col. Para gostar de Ler).
Para produzir o suspense, é necessário retardar algumas revelações, e
antecipam outras, para isso, a narrativa anuncia o fim desde o começo- “Já
sabia que ia morrer”, G. G. Marquez, detalha a descrição da cena, as reações
das personagens e omite informações.
As histórias de terror apresentam situações em que, ás vezes, o objeto
do medo não é visto, mas sugerido. E persegue as personagens durante todo o
desenrolar da história.
O escritor norte-americano Edgar Allan Poe é um dos mais importantes
autores de contos de enigmas, sendo considerado o criador do gênero.
O terror, para Poe, é antes de tudo psicológico, incluindo, muitas vezes,
elementos sobrenaturais.
3 – TRABALHANDO COM O TEMA
Leitura expressiva de: O Conto dos três irmãos – Cena Harry Potter e as
Relíquias da Morte..., inicialmente será feita a leitura silenciosa, depois o
professor lê uma parte e os alunos outra.
(Disponível em < http://www.contos-beedle5.blogspot.com.br >Acesso: 5 nov. 2012)
O conto dos três irmãos
Fonte: http://www.casthalia.com.br
Era uma vez três irmãos que caminhavam por uma estrada solitária e sinuosa ao crepúsculo, a
certa altura, os irmãos chegaram a um rio demasiado fundo para passar a pé e demasiado perigoso para atravessar a nado. Contudo, (...)
Texto retirado do cap. 21 da obra de J. K. Rowling “Harry Potter e os Talismãs
da Morte”.
Apresentaremos também em pendrive, na televisão da sala de aula, o
clipe do conto “O Conto dos três irmãos”
Acesso: < https://www.youtube.com/watch?v=rOQWcBmcVcc > ( Acesso em 5
de nov. de 2012).
Tempo de duração – 3 minutos e 10 segundos
Depois de analisar o filme, os alunos responderão alguns
questionamentos a respeito do conto:
1) Considerando o assunto do “Conto dos Três Irmãos” de J. K. Rowling,
pode- se dizer que é um conto de mistério? Justifique com elementos do
texto.
2) Em que lugar se passa a história? Em que momento do dia? Justifique
com passagens do texto.
3) Como é o ambiente no conto? Ele favorece o clima de mistério?
4) Quem conta a história? O narrador participa da narrativa?
5) Quais são as personagens do conto? Cite algumas características
dessas personagens.
6) Em que momento começa o conflito na vida das personagens?
7) Qual é o clímax (momento de maior tensão) no conto?
8) Como se dá o desfecho do conto? Pode-se afirmar que a Morte venceu?
OFICINA 3
1- LENDO E CONHECENDO OS CONTOS
DO LIVRO
SUGESTÃO
Antes de iniciar a leitura dos contos, os alunos farão uma pesquisa para melhor
conhecer a vida e obra do escritor Pedro Bandeira (nome; local e data do
nascimento; obras; estilo de linguagem; gênero literário que escreve). Podendo
ser feita na biblioteca da escola ou em sites, como:
http://www.e-biografias.net/biografias/pedro_bandeira.php
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pedro_Bandeira
DESCANSE EM PAZ, MEU AMOR...
Há muita coisa que a gente não consegue explicar. Algumas,
como as deste livro, nos deixa gelados de pavor. Mas o principal assunto desta história é a amizade, aquilo que a gente não precisa explicar.
(Pedro Bandeira)
Disponível em: ( Acesso em 8 de nov. de 2012).
http://pt.scribd.com/doc/7125065/Pedro-Bandeira-Descanse-Em-Paz-Meu-Amor
O livro fala sobre coisas sobrenaturais. Um grupo de amigos que saem
de férias e foram se aventurar numa casa antiga, próximo a uma montanha.
Tudo dá errado.
O livro está dividido em contos, num total de dez. Como para produzir o
suspense, é necessário retardar algumas revelações, neste livro elas
acontecem no último conto.
Como estratégia de leitura, os contos serão divididos pela turma, que
será trabalhada de diversas formas, como a leitura individual, compartilhada,
isto é, dividida para que cada aluno faça a leitura de um ou mais parágrafos ou
dramatizada, quer dizer, serão atribuídas as falas de cada personagem e
narrador aos alunos e eles farão a leitura com entonação, posicionando a voz.
2- Noite gelada de medo
“A previsão para amanhã é de tempo instável, com queda acentuada da temperatura. As
chuvas continuarão durante todo o período e a temperatura deve cair ainda mais. Ventos fortes
do sul trazem mais uma massa de ar frio que...”
(...)
“O estrondo de um raio, seco, rascante, invadiu o velho casarão...”
(...)
“- Pronto! Estamos no escuro de novo! – lamentou Silvio. – Outra noite à luz de velas...”
“Um arrepio eriçou a pele de todos. E eles sabiam que não era de frio.”
No conto inicial, Noite gelada de medo, será entregue uma cópia do
conto para que façam a leitura silenciosa e individual em voz alta por vários
alunos. Em seguida eles serão questionados a respeito do texto:
1) Como já sabemos nas narrativas, o tempo e o espaço são fundamentais.
O conto inicia com a previsão do tempo em forma de notícia. O tempo, o
horário em que acontecem os fatos, favorece para o clima de medo?
Justifique sua resposta com elementos do texto.
2) Retirem do texto algumas cenas que descrevam o clima e o período do
dia e que confere um clima de mistério.
3) Em sua opinião, por que as personagens parecem estar tão
amedrontadas?
4) Como é o espaço no texto? Descreva os lugares que podem causar a
sensação de medo nos leitores.
5) Descreva como era a casa onde estavam as personagens.
6) Em quais parágrafos está a descrição do restante da propriedade?
7) Por que esses jovens tinham planejado passar férias na montanha? O
que eles queriam levar de volta à cidade?
8) Em que parte da narração se inicia o ponto crucial da tensão, ou seja, o
clímax?
3- Histórias de terror
Neste segundo conto, os alunos farão a leitura para saber por que
aqueles jovens em meio ao tempo ruim, sem luz elétrica têm a ideia de contar
histórias sobrenaturais. A quem eles queriam convencer que existem coisas
sobrenaturais?
OFICINA 4
1- AS HISTÓRIAS DE TERROR CONTADAS NA NOITE
Neste momento os alunos, em grupo, receberão uma cópia dos demais
contos para que façam a leitura, deixando o último conto para ser trabalhado
em conjunto, pois nele encontra-se o desenlace da história.
Os grupos deverão fazer leitura silenciosa e individual; depois deverão
fazer a leitura compartilhada, ou seja, cada um, em voz alta, lê um trecho para
o colega do grupo.
Discutir entre eles a compreensão do conto; anotar no caderno os
elementos da narrativa, destacando as personagens, o tempo e o espaço; os
elementos que o autor utiliza para criar suspense e medo; se já ouviram algum
conto parecido com o que está analisando.
a) “A história de Geraldo” e “O amor que supera a própria morte”
“Chovia como um anúncio do fim do mundo e a parelha de fortes cavalos arrastava com
dificuldade a pequena carruagem pela estrada enlameada”
b) “A história de Ludmila” e “ Morte solitária”
“A chuva insistente, lá fora, era abafada pela música suave que embalava a todos, vinda do
moderníssimo sistema de som.”
“Foi como se todo o grupo tivesse estado presente àquela sessão do copo, no apartamento
dos Vilaça. Foi como se cada um tivesse presenciado a morte solitária da menina.”
c) “A história de Débora” e “Eu tenho que acreditar”
“Lucas estava desesperado.
Saíra da penitenciária há três dias, cumprido dez anos por assalto a mão armada, e não
tinha o que comer nem para onde ir.” (...)
“- História velha! – gozou Alexandre. – Essa é uma daquelas que saem nessas revistas de
quadrinhos de horror, muito mal desenhadas.”
d) “História de Sílvio”
“Jeremiah Prescott tinha conseguido o que sempre quisera.”
(...)
“A noite já era alta quando as inscrições começaram a fazer algum sentido.”
2- LENDO E ILUSTRANDO O TEXTO
Os alunos, ainda em grupo, dividirão o conto em pequenas partes,
destacando alguns de seus elementos importantes, como situação inicial;
personagens, tempo, espaço, situação que começa o conflito, clímax e
desfecho. Os alunos escreverão sobre cada parte e fazendo a ilustração das
mesmas. A nossa ideia é construir um pequeno livro ilustrado sobre o conto,
por isso, a cada parte do texto colocar uma ilustração correspondente. Depois
unir todas as páginas, fazer a capa e formar o pequeno livro.
ILUSTRAÇÃO
TEXTO
3- APRESENTAÇÃO DOS CONTOS
Os contos que fazem parte do livro ilustrado produzidos pelos alunos
serão apresentados aos colegas da turma de acordo com a ordem em que eles
estão dispostos no livro “Descanse em Paz, Meu Amor. Neste momento, os
alunos podem utilizar alguns recursos que julgar adequado à apresentação.
Podendo ser: iluminação (escurecer o ambiente, usar velas, etc.), música,
vestimentas (roupa preta, capa), maquiagem etc. O livro, depois de montado
será feito algumas cópias para que fiquem expostas na biblioteca da escola
para a apreciação da comunidade escolar.
OFICINA 5
1- CONHECENDO A HISTÓRIA DE MÁRCIA
Neste último conto, onde há o clímax e o desfecho do livro, Num clima
de suspense, instigar nos alunos expectativas do que está para acontecer
neste conto, o que vai acontecer com aqueles jovens. A leitura será trabalhada
com todos os alunos da sala.
Num segundo momento os alunos serão estimulados a responder os
seguintes questionamentos:
- As expectativas que criaram em relação a este último conto foram
confirmadas? Por quê?
- O que a história de Márcia provocou em vocês?
- Quanto ao tempo de duração dos contos apresentados no livro, no geral, são
consideradas histórias breves ou longas?
- Os contos do livro apresentam a estrutura de contos de terror? Justifique.
- O título do livro é condizente com esta história?
2- DRAMATIZANDO OS CONTOS
Os alunos divididos em dois grupos montarão e apresentarão um teatro
com o conto inicial do livro de Pedro Bandeira “Noite gelada de medo” e o
conto final “A história de Márcia”, pois neles encontra- se a síntese do livro do
qual foi trabalhado nesta unidade didática.
3- AVALIAÇÃO
Os alunos serão avaliados desde o início do projeto, considerando os
pontos positivos e as dificuldades encontradas em cada momento por meio de
discussão dialógica, através do interesse, da leitura, a produção e as
apresentações dos trabalhos. O professor deverá estar frequentemente
observando o interesse, a participação e apresentação dos trabalhos
individuais e em grupo, bem como o envolvimento dos alunos no decorrer do
trabalho.
6- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AGUIAR E SILVA, Vitor Manoel de. Teoria da Literatura. 3ª ed. Coimbra: Livraria Almeida, 1973. ANTUNES, Irandé. Aula de português: encontro & interação. São Paulo: Parábola Editorial, 2003. BAMBERGER, Richard. Como incentivar o hábito de leitura. 7ª ed. São Paulo: Ática, 2004.
BANDEIRA, Pedro. Descanse em Paz, meu amor... 6ª ed. São Paulo: Ática, 1996. BOSI, Alfredo. O conto brasileiro contemporâneo. São Paulo: Cultrix, 2005.
Clarice Lispector Tentação. Disponível em <http://www.tirodeletra.
com.br/conto_canino/Tentacao-ClariceLispector.htm>
COSTA, Cibele L.; LOUSADA, E. G.; PRADO, M.; SOARES J. J. B. Para viver juntos: português, 7º ano: ensino fundamental. 1ª ed. Ver. São Paulo: Edições SM, 2009. FARACO, C. E.; MOURA, F. M.; MARUXO Jr., J. H. Língua Portuguesa:
linguagem e interação – Ensino Médio. Vol. 2. São Paulo: Ática, 2012.
LINHARES, Temístocles. 22 Diálogos sobre o conto brasileiro. Rio de Janeiro. José Olímpio, 1973.
MARCUSCHI, L. A. Leitura e compreensão de texto falado e escrito como ato individual de uma prática social. In: ZILBERMAN, R; SILVA, E. T. da (org.), Leitura: perspectivas interdisciplinares. São Paulo: Ática, 2005.
MOISÉS, Massaud. A Criação Literária. São Paulo: Cultrix, 1978.
NICOLA, José de. Português – Ensino Médio. Vol.2. 1ª ed. São Paulo: Scipione, 2008. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa para a Educação Básica. Curitiba: SEED, 2008.
ROWLING, J. K. “Harry Potter e os Talismãs da Morte”. Cllipe do conto “O
Conto dos três irmãos”. < https://www.youtube.com/watch?v=rOQWcBmcVcc >
( Acesso em 5 de nov. de 2012).O Conto dos três irmãos – Cena Harry Potter e
as Relíquias da Morte... < http://www.contos-beedle5.blogspot.com.br >Acesso:
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SILVA, Ezequiel Theodoro da. Conferências sobre Leitura – trilogia pedagógica. 2ª ed. Campinas/ SP: Autores Associados, 2005. SILVA, Ezequiel Theodoro da. A Produção da leitura na escola: pesquisas x propostas. 2ª ed.São Paulo: Ática,2002.
SOLÉ, Isabel de leitura. Estratégias de Leitura. 6ª ed. Porto Alegre: Artmed, 1998.
SOARES, Angélica. Gêneros Literários. São Paulo: Ática, 1998. ZILBERMAN, Regina. (org.) Estética da Recepção e Histórias da Literatura. São Paulo: Ática, 1989.