ii seminÁrio integrador 2012 - gestão escolar · torno de um ponto central: a melhoria do ensino...
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GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
Beto Richa
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
Flávio Arns
SUPERINDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
Meroujy Giacomassi Cavet
DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS
Fernanda Scaciota Simões da Silva
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL
Cassiano Roberto Nascimento Ogliari
Equipe do PDE
Ana Paula Gobbi Angela Maria Piovezan Batista Claudete Maria Filippin Krainer Eliziane Zella Ribeiro Coração
Fátima Branco Godinho de Castro Gilian Cristina Barros
José Cunha Luciana Graciele Ilkiu Luciane Cortiano Liotti
Lucimara de Souza Monteiro Márcia Luzia Rossi Ravazoli
Maria Regina Bach Paloma Carolina Luginheski (estagiária)
Paula Rodakiewski Ricardo Hasper
Rosangela Schreiner de Oliveira (estagiária) Roseli do Rocio Gomes Ribeiro
Zilda de Fátima Muliki dos Santos
Curitiba
2012
ii
SUMÁRIO
AS ATIVIDADES DO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL: O SABER E A PRÁXIS PEDAGÓGICA.................................................................................................. 1
1.PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA............................................................................ 6
1.1 O que é Produção Didático-pedagógica? ..................................................................... 6
1.2 O lugar da Produção Didático-pedagógica no PDE ...................................................... 6
1.3 Componentes da Produção Didático-pedagógica ......................................................... 7
1.4 Principais formatos do Material Didático....................................................................... 9
1.5 Considerações Finais ................................................................................................. 11
1.6 Referências ................................................................................................................ 12
2. IMPLEMENTAÇÃO DO PROJETO DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA NA ESCOLA - PDE ..................................................................................................................................... 13
2.1 O que é a Implementação do Projeto de Intervenção Pedagógica na Escola? ........... 14
2.2 O lugar da Implementação no PDE ............................................................................ 16
2.3 Considerações Finais ................................................................................................. 18
2.4 Referências ................................................................................................................ 18
3. PRODUÇÃO DO ARTIGO FINAL .................................................................................... 33
3.1 O que é o Artigo? ....................................................................................................... 33
3.2 O lugar do Artigo Final no PDE .................................................................................. 33
3.3 A estrutura do Artigo Final no PDE ............................................................................. 34
3.4 Orientações para Edição do Artigo Final no PDE ....................................................... 37
3.5 Orientações para Entrega do Artigo Final ................................................................... 37
3.6 Referências ................................................................................................................ 37
4. DIREITOS AUTORAIS ..................................................................................................... 45
4.1 O trabalho não-material.............................................................................................. 45
4.2 O que são direitos autorais ........................................................................................ 46
4.3 A Lei nº 9.610 ............................................................................................................. 47
4.4 Como utilizar de forma correta as obras disponíveis .................................................. 48
4.5 A Lei de Direitos Autorais no âmbito do PDE .............................................................. 49
4.6 Perguntas e respostas ............................................................................................... 49
4.7 Referências ................................................................................................................ 58
5. GRUPO DE TRABALHO EM REDE ................................................................................ 63
5.1 O que é Grupo de Trabalho em Rede? ...................................................................... 63
5.2 O lugar do Grupo do Trabalho em Rede no PDE ....................................................... 65 5.2.1 Breve histórico do GTR .............................................................................................................66
5.3 Estrutura do Grupo de Trabalho em Rede .................................................................. 67 5.3.1 Sobre a atuação do Professor PDE nos Grupos de Trabalho em Rede................................68 5.3.1.1 Cuidados com a linguagem no processo de comunicação em EaD ...................................70
iii
5.4 Considerações Finais ................................................................................................. 71
5.5 Referências ................................................................................................................ 71
6. SISTEMA DE ACOMPANHAMENTO E INTEGRAÇÃO EM REDE ................................. 75
6.1 O que é Sistema de Acompanhamento em Integração em Rede? ............................. 75
6.2 Como acessar o SACIR ............................................................................................. 77 6.2.1 Espaço PDE .............................................................................................................................. 77 6.2.2. Dados Cadastrais ..................................................................................................................... 77 6.2.2.1 Recuperação de senha .........................................................................................................78 6.2.2.2 Problemas com a senha .........................................................................................................78
6.3 Página inicial do SACIR – Professor PDE ................................................................. 80 6.3.1 Usuário: Professor PDE .............................................................................................................80 6.3.2 Projeto de Intervenção Pedagógica na Escola .......................................................................81 6.3.3 Upload de arquivos ....................................................................................................................82 6.3.4 Salvando as informações no SACIR ........................................................................................82 6.3.5 Registro de Comentários ...........................................................................................................82 6.3.6 Atividades Detalhadas do Professor PDE ................................................................................83 6.3.7 Agenda Semanal ........................................................................................................................84 6.3.8 GTR – inserindo professores concluintes ................................................................................84
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AS ATIVIDADES DO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL: O SABER E A PRÁXIS PEDAGÓGICA
Fátima Branco Godinho de Castro
O objetivo do II Seminário Integrador é esclarecer para o Professor PDE as
atividades a serem desenvolvidas nos 2º, 3º e 4º períodos que constam no Plano Integrado
de Formação Continuada do PDE. Além disso, busca destacar o princípio articulador das
atividades do Plano Integrado de Formação Continuada do PDE.
Foi neste primeiro semestre, correspondente ao 1º período do Programa que o
Professor PDE se debruçou e elaborou o Projeto de Intervenção Pedagógica, que permitiu
traçar um plano de ação a ser desenvolvido na escola, em razão da realidade do cotidiano
escolar em que o professor está inserido.
Este Projeto foi orientado pelo Professor da IES e possui desmembramentos,
organicamente articulados, a saber: a Produção Didático-pedagógica, a Implementação
do Projeto na escola, o Grupo de Trabalho em Rede e a produção do Artigo Final.
Nesse sentido, a construção do Projeto de Intervenção Pedagógica constitui-se num
elemento fundamental no processo de formação do Professor PDE. Vamos pensar um
pouco nessa questão. De acordo com o Dicionário Aurélio, a palavra projeto significa: “O
que tem a intenção de fazer, desígnio; intento, plano de realizar qualquer coisa.” No sentido
etimológico, o termo do projeto vem do latim projectu , particípio passado do verbo projicere,
que significa lançar para diante (FERREIRA, 1975, p.1144).
No projeto estão presentes as intenções de realizar, de fazer. Para tanto, iniciamos
com base no que temos, no existente e buscamos antever um futuro diferente do presente.
Já a palavra Intervenção significa, segundo o Dicionário Aurélio, “ato ou efeito de
intervir. A intervenção pode ser para coibir qualquer ato fora do padrão; para ajudar a
RESOLVER UM PROBLEMA; para MEDIAR uma lide.” (FERREIRA, 1975, p.1245)
Normalmente, tem-se em mente que será um projeto de pesquisa somente. No caso
específico do PDE o Projeto de Intervenção expressa a intencionalidade da ação, pautada
em referencial teórico e metodológico com vistas à solução do problema diagnosticado.
A primeira vista parece simples, mas examinemos com maior profundidade.
Diferentemente do Projeto Político Pedagógico da Escola, que deve ser uma construção
coletiva, o Projeto de Intervenção do PDE exige do professor uma ação intencional mais
imediata no espaço escolar com a utilização da Produção do Material Didático Pedagógico
Professora da Rede Estadual de Ensino do Paraná, atualmente compõe a equipe pedagógica do PDE/SEED/PR.
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efetivando-se na Implementação do Projeto de Intervenção no espaço escolar.
O Professor PDE ao ingressar no Programa traz uma bagagem de conhecimentos
adquiridos, entre eles, na sua formação inicial, em situações diversas de formação
continuada e no desenvolvimento de sua prática profissional. Desta forma, são
estabelecidos socialmente, fruto das relações sociais. Em outras palavras, “(...) o
conhecimento é produzido a partir das relações socias que os homens estabelecem em sua
atividade real, enquanto produzem as condições necessárias à sua existência” (KUENZER,
2003). Nesse sentido,
É um processo coletivo que se dá ao longo do desenvolvimento das forças produtivas, resultante das múltiplas relações sociais que os homens estabelecem em sua atividade prática, através das quais apreendem, compreendem e transformam as circunstâncias ao mesmo tempo que são transformados por elas. (KUENZER, 2003).
No processo de elaboração do Projeto de Intervenção Pedagógica o Professor PDE
deve ter considerado dois momentos importantes do PDE, a saber: produzir material
didático e implementar o projeto na escola.
A concepção pedagógica do PDE privilegia a articulação entre todas as atividades
dos quatro períodos, mas considera que em cada um dos períodos há produção teórico-
prática, desenvolvida pelo Professor PDE, isto é; a elaboração do Projeto de Intervenção
Pedagógica, atividade conclusiva do primeiro período; a produção de Material Didático-
pedagógico, atividade conclusiva do segundo período; Implementação do Projeto de
Intervenção a ser desenvolvido na escola, atividade conclusiva do terceiro período; e a
atividade conclusiva do Programa que é a elaboração do Trabalho Final, que
compreendemos que deverá ser elaborado um Artigo Final. Essas as atividades giram em
torno de um ponto central: a melhoria do ensino e, na aprendizagem, na escola pública
paranaense.
Dito isso, neste II Seminário Integrador, daremos ênfase nas atividades: produção
didático-pedagógica, implementação do projeto de intervenção, trabalho final, grupo de
trabalho em rede e o SACIR, por serem atividades vindouras. Também foi construído um
item que perpassa as atividades citadas, a temática sobre os Direitos Autorais.
A Produção Didático pedagógica foi concebida, no projeto, como um instrumento
mediador entre os alunos e o professor e sua construção deve levar em consideração a
função social de transmissão de conhecimento de forma sistematizada e intencional. Buscou
garantir algumas das dimensões do processo de construção dos conhecimentos científicos
quais sejam: a problematização da realidade; a construção de sistemas explicativos
segundo a ciência; o desenvolvimento da linguagem científica especifica; a utilização dos
conhecimentos construídos em outros contextos e a construção de diálogos com outras
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formas de pensar os conteúdos escolares, tendo em vista sua aplicabilidade na escola/sala
de aula.
Nesse sentido, consideramos que a escola tem por objetivo:
(...) propiciar aos alunos a compreensão da realidade como possibilidade de agir no mundo de forma consciente. Ou seja, cabe à escola propiciar o domínio dos conceitos que, a partir das práticas humanas, são socialmente elaborados e permitem compreender as coisas, os dados, os fatos e processos da realidade. No universo escolar, desenvolvem-se, portanto, atividades pedagógicas para a aquisição de conceitos elaborados – dito científicos – e o que permite a reflexão, isto é, seu emprego no esforço de compreensão de situações novas para o sujeito (MATO GROSSO DO SUL, 2000, p. 25).
A formação para o trabalho educativo implica em apropriar-se de conhecimentos
sobre a natureza do ensino-aprendizagem envolvendo os conteúdos específicos e os
aspectos didático curriculares. Esses últimos são chamados por SAVIANI (1997) de “saber
pedagógico” e se referem às teorias da educação que articulam os fundamentos da
educação e as orientações didáticas, metodológicas e políticas que se imprimem ao trabalho
educativo.
É um saber que reconhece a especificidade do trabalho e da identidade do professor,
direciona a sua ação e traduz diferentes formas de interpretar a realidade. A partir desse
saber são feitas as escolhas das metodologias, ou seja, segundo Silva e Costa (2008), dos
“caminhos para a construção e obtenção de conhecimentos que desencadeiam
necessariamente uma transformação no próprio conhecimento” de forma cumulativa. O
PDE, como programa que objetiva especialmente a melhoria da Educação Básica
paranaense, tem no saber pedagógico e no saber disciplinar/especifico um elemento
essencial para a superação dos problemas identificados nas escolas.
A Produção Didático-pedagógica, como parte do Programa, materializa o saber
pedagógico e consolida a relação entre o fazer e o pensar no âmbito educacional. Esta
relação indissociável entre teoria e prática, que é conceituada por determinados autores
como práxis pedagógica, se faz quando o Professor PDE, qualificado nos estudos teóricos
e na sua experiência vivida, tem as condições necessárias para que pela melhoria do
próprio trabalho educativo, cumpra a finalidade social da educação.
A práxis pedagógica necessita da ação, da reflexão e, principalmente, da nova
ação, ou seja, uma ação renovada pela reflexão teórica da prática pensada. Somente o
planejamento decorrente da práxis constante permite a vivência de práticas que possibilitem
ao aluno o entendimento da sociedade em suas contradições, através dos conhecimentos
curriculares, mediados pelas questões pedagógicas.
É neste entendimento que a Produção Didático-pedagógica proposta pelo PDE deve
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ser composta, com coerência educativa. No item 1 (um), do presente documento,
aprofundaremos esse debate e teceremos maiores informações sobre o processo de
elaboração da Produção Didático-pedagógica.
A Implementação do Projeto de Intervenção será efetivada na escola após a
elaboração do Projeto de Intervenção e da produção do Material Didático-pedagógico.
Inicialmente queremos destacar a seguinte definição de Neidson Rodrigues (2000):
A escola pode ser o bisturi que abre os olhos para a compreensão do mundo... Através do ensino, o que fazemos é abrir janelas para que as crianças vejam o mundo. O currículo são as janelas que estaremos abrindo para que a criança veja, não a janela, mas o mundo.” (RODRIGUES, 2000, p.22).
Essa definição nos remete as características da função docente. Saviani em seu
artigo “A função docente e a produção do conhecimento”, destaca que:
...para o exercício pleno dessa função, é mister que o conhecimento seja produzido previamente no professor de forma sistemática como condição para que ele possa, de forma deliberada e também sistemática, desenvolver o processo de produção do conhecimento nos alunos.” (SAVIANI, 1997, p.22).
Acreditamos que essa seja a função da Implementação do Projeto de Intervenção
Pedagógica que ocorrerá na escola, ou seja, após um novo período de atividades
acadêmicas nas IES o Professor PDE retorna à escola com uma nova bagagem de
conhecimentos para, nas palavras de Saviani, “de forma deliberada e também sistemática,
desenvolver o processo de produção do conhecimento nos alunos”, pois a escola é o lócus
privilegiado para que o aluno “abra os olhos para a compreensão do mundo”, cabe ao
professor ser o mediador deste processo. Com o objetivo de subsidiar teoricamente essa
atividade, no item 2 (dois), teceremos maiores informações sobre o processo de
Implementação do Projeto de Intervenção na Escola.
A produção do Artigo Final é uma das atividades conclusivas, prevista no Plano
Integrado de Formação Continuada do PDE. Da mesma forma, o item 3 (três) irá tratar do
tema referente a elaboração do Artigo Final. No entanto, salientamos que essa atividade
deve ser compreendida como um momento de síntese, articulada com o Projeto de
Intervenção Pedagógica e resultado do processo de Implementação do Projeto de
Intervenção, neste caso, a elaboração do Artigo final não pode ser caracterizada como mais
uma atividade e sim em um momento de dissertar sobre a práxis pedagógica, ou seja,
uma ação refletida.
No item 4 (quatro) faremos orientações acerca dos Direitos Autorais. Consideramos
de extrema importância que o Professor PDE tenha conhecimento desse tema, pois ao
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participar do Programa o mesmo desenvolve a Produção Didático-pedagógica e o Artigo
Final e no ato das produções deverá utilizar de outras produções para fundamentar sua
produção didático-pedagógica e o artigo, para tanto deverá atentar para as normas de
utilização de obras intelectuais, tais produções serão publicizadas e publicadas pela SEED.
Nos itens 5 e 6, discorremos sobre as definições e as normatizações do Grupo de
Trabalho em Rede - GTR e do Sistema de Acompanhamento e Integração em Rede –
SACIR. Procuramos destacar os aspectos que integram essas atividades com as demais
ações no processo de Formação Continuada proposta pelo Programa de Desenvolvimento
Educacional – PDE 2012.
Referências:
FERREIRA, Aurélio B. De Holanda. Dicionário Aurélio. 2ª ed. Rio de Janeiro: Nova
Fronteira, 1986.
KUENZER, Acácia. As relações entre o conhecimento tácito e conhecimento científico a partir da base microeletrônica: primeiras aproximações. In: Educar. Curitiba: Editora UFPR,
p.43-69, 2003.
MATO GROSSO DO SUL. Proposta Político-pedagógica para o Ensino Fundamental.
Secretaria de Estado da Educação de Mato Grosso do Sul, 2000.
PARANÁ: SEED, Documento Síntese PDE, 2012.
SAVIANI,D. A Função Docente e a Produção do Conhecimento. Educação e Filosofia. Uberlândia: v. 11, n. 21/22, p. 127-140, jan./dez., 1997. p.131.Texto disponível em :
http://www.seer.ufu.br/index.php/EducacaoFilosofia/article/viewArticle/889
SILVA, Mônica Ribeiro e COSTA, Joaquim Gonçalves. Método e Metodologia: implicações na prática docente. In: Encontro do PDE, Faxinal do Céu/PR, 2008.
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1.PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA
Angela Maria Piovezan Batista
Marcia Luzia Rossi Ravazoli Maria Regina Bach
A Produção Didático-pedagógica é uma atividade prevista para o segundo período do
Programa, já planejada no Projeto de Intervenção Pedagógica, que tem correlação direta
com a implementação na escola. Portanto, o professor precisa ter clareza quanto à
intencionalidade de sua produção, buscando a fundamentação teórica e os
encaminhamentos metodológicos a serem apresentados, de forma a garantir a sua
aplicabilidade na realidade escolar.
1.1 O que é Produção Didático-pedagógica?
A Produção Didático-pedagógica é a elaboração intencional do Professor PDE ao
organizar um material didático, enquanto estratégia metodológica, que sirva aos propósitos
de seu Projeto de Intervenção Pedagógica na Escola. Esta elaboração seguindo a definição
proveniente do latim elaborare, significa preparar com detalhes o material, organizá-lo de
modo a contribuir com o aprimoramento da prática pedagógica. Deve ser pertinente ao seu
objeto de estudo/problema, considerando a sua área/disciplina de ingresso no Programa.
1.2 O lugar da Produção Didático-pedagógica no PDE
O PDE é um Programa de Formação Continuada diferenciado, cujo objetivo
preponderante é a articulação entre teoria e prática no contexto específico da escola de
Educação Básica da Rede Pública Estadual do Paraná.
Assim, a Produção Didático-pedagógica é uma elaboração teórica que toma um
formato prático a ser implementada nesse contexto, com objetivos pertinentes a práxis, ou
seja, a ação permeada pela reflexão teórica. Tal elaboração é também uma proposição com
intenção cooperativa entre o professor e seus pares, ou entre o professor e os gestores, ou
entre o professor e os alunos, pois visa contribuir com estes e também receber contribuições
durante o GTR e na divulgação da implementação.
Além dessa característica, a Produção Didático-pedagógica no PDE assume sua
particularidade ao diferenciar-se, por exemplo, do livro didático, uma vez que o autor é
Professoras da Rede Estadual de Ensino do Paraná, atualmente compõem a equipe pedagógica do PDE/SEED/PR.
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também o sujeito que fará uso da produção no momento da implementação na escola. É,
portanto, o resultado de todo um planejamento pautado em uma concepção de educação,
assim como, numa concepção de ensino-aprendizagem, com conteúdos e
encaminhamentos teórico-metodológicos específicos da disciplina/área em que o Professor
PDE atua.
Deve corresponder com clareza ao público a que se destina: professores, alunos,
gestores ou comunidade. Esta produção deve estar ainda, estreitamente relacionada ao
aprofundamento teórico alcançado pelo professor ao participar dos cursos, dos estudos e
acompanhamentos proporcionados pelos encontros de orientação, sendo importante
considerar também as orientações teórico-metodológicas oficiais das disciplinas/áreas.
A Produção Didático-pedagógica busca alternativas de superação dos problemas
percebidos pelos professores em suas práticas pedagógicas e apresentados no Projeto de
Intervenção Pedagógica. Nesse sentido, esta produção não é, e nem pode ser, uma simples
tarefa aleatória do Professor PDE para cumprimento de uma exigência do Programa, pois
necessita contemplar:
1. Relação da Produção com a área/disciplina de atuação do Professor PDE;
2. estreita articulação da Produção com o Projeto de Intervenção Pedagógica na
Escola elaborado pelo Professor PDE;
3. perspectiva de contribuição da Produção Didático-pedagógica na superação
dos problemas relacionados ao processo ensino-aprendizagem identificados
da escola;
4. viabilidade de utilização da Produção, considerando o contexto da escola
onde será aplicada;
5. compatibilidade de linguagem, forma e conteúdo da Produção com o público
a que se destina;
6. possibilidade de ser incorporada às práticas pedagógicas da escola pública
paranaense.
1.3 Componentes da Produção Didático-pedagógica
A Produção Didático-pedagógica no PDE requer, obrigatoriamente, os seguintes
componentes:
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1.3.1 Ficha para identificação da Produção Didático-pedagógica
Título:
Autor
Disciplina/Área (ingresso no PDE)
Escola de Implementação do Projeto e sua localização
Município da escola
Núcleo Regional de Educação
Professor Orientador
Instituição de Ensino Superior
Relação Interdisciplinar
(indicar, caso haja, as diferentes disciplinas compreendidas no trabalho)
Resumo
(descrever a justificativa, objetivos e metodologia utilizada. A informação deverá conter no máximo 1300 caracteres, ou 200 palavras, fonte Arial ou Times New Roman, tamanho 12 e espaçamento simples)
Palavras-chave (3 a 5 palavras)
Formato do Material Didático
Público Alvo
(indicar o grupo para o qual o material didático foi desenvolvido: professores, alunos, comunidade...)
1.3.2 Apresentação
Neste componente o professor deve explicitar a finalidade da Produção Didático-
pedagógica deixando claro os seus objetivos. Deve ainda indicar a problemática que o
levou a escolha do tema e a opção do formato do material didático indicando o público a
que se destina seu material.
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1.3.3 Material Didático
Neste componente o professor deverá dar uma forma específica para uma de suas
estratégias de implementação. O material didático trata de questão específica do
conteúdo disciplinar já definido no Projeto de Intervenção Pedagógica e poderá
apresentar atividades a serem desenvolvidas pelo público a que se destina, bem como a
avaliação da aprendizagem.
As sugestões para a definição de tal forma estão apresentadas no item 4
deste documento. No caso de materiais concretos que não podem ser veiculados em
meio virtual, o professor deverá inserir as fotos do material, bem como apresentar as
orientações necessárias para sua confecção, se for o caso.
1.3.4 Orientações Metodológicas
Neste componente o Professor PDE deverá orientar as possibilidades de uso do seu
material didático. Nesse sentido, as orientações metodológicas destinam-se sempre aos
professores da rede estadual de ensino do Paraná, pois é isto que permitirá que os
professores compreendam como o material didático pode ser utilizado.
1.3.5. Referências Bibliográficas
Inserir todas as referências utilizadas para a elaboração do material didático.
1.4 Principais formatos do Material Didático
Existem diversos formatos de material didático disponíveis no meio educacional. No
caso da atividade solicitada pelo Programa esse material é articulado ao Projeto de
Intervenção Pedagógica na Escola do Professor PDE, com a orientação do Professor
Orientador da IES, tanto em sua forma como em seu conteúdo.
Nesta perspectiva, para a escolha do formato do material didático, o Professor PDE
deve conhecer as diversas possibilidades de materiais existentes, buscando sua
conceituação para realizar sua escolha e desenvolver o processo de sua elaboração.
Quanto ao conteúdo, o Professor PDE deve aproveitar os encontros de orientação,
os estudos e as elaborações que fundamentaram teoricamente seu Projeto de
Intervenção Pedagógica na Escola, assim como as reflexões realizadas nos cursos e
demais momentos de estudo, para seu desenvolvimento no material.
Para explicitar um pouco mais a forma do material didático, apresentamos exemplos
que têm sido elaborados pelas turmas anteriores do Programa. Entretanto, destaca-se
que representam apenas sugestões, podendo o Professor PDE e seu orientador
optarem por outros formatos e propostas.
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1.4.1 Unidade Didática
É a elaboração que desenvolve um tema, aprofundando-o de forma teórica e
metodológica. Compreende um ou mais conteúdos da disciplina/área em foco,
desenvolvidos sob uma perspectiva metodológica para o público alvo da implementação
do Projeto de Intervenção na escola.
A Unidade Didática é apresentada sozinha ou pode compor um Caderno
Pedagógico ou um Caderno Temático. Como possibilidade de produção de unidade
didática considera-se também a produção de:
1.4.1.1 Mapa
É a elaboração de um material gráfico que explora um tema/conteúdo teórica e
metodologicamente, pois é indispensável a sua vinculação às reflexões teóricas sobre o
conteúdo a que é pertinente e as orientações sobre o seu uso. Nela utiliza-se de
representação reduzida em superfície plana: de terreno, país, da superfície terrestre,
entre outras, mediante técnicas de projeção cartográfica.
1.4.1.2 Atlas
É o material composto por uma coletânea de Mapas, destinado à apresentação
sistematizada de imagens cartográficas e de outras Ciências, objetivando seu uso
didático em aulas das áreas/disciplinas curriculares.
O Atlas poderá resultar de uma elaboração individual ou conter uma coletânea de
materiais elaborados por vários professores.
1.4.1.3 Artigo
O Artigo, como Produção Didático-pedagógica possui uma dimensão de conteúdo,
no qual o Professor PDE irá desenvolver uma reflexão teórica sobre o tema.
Deverá ser produzido individualmente e estruturado seguindo normas próprias de
elaboração (ABNT), devendo conter os elementos previstos nestas normas.
1.4.1.4 Material Digital
É a elaboração que, ao desenvolver e explorar um tema/conteúdo teórica e
metodologicamente, prima pelo enriquecimento do repertório de recursos pedagógicos
do Professor PDE para abordagem dos conteúdos de ensino. Caracteriza-se por ser
elaborado atendendo critérios próprios das formas a serem disponibilizadas e utilizadas,
como por exemplo: CD-ROM, DVD, PENDRIVE. A elaboração deste material deve,
ainda, articular o uso de pelo menos duas mídias, quais sejam: sonora, audiovisual,
imagem ou texto digital.
Poderá resultar de uma elaboração individual ou conter uma coletânea de materiais
elaborados por vários professores.
No caso específico da produção de software, que também é um material digital, o
professor deverá se assegurar que este tipo de recurso possa ser utilizado em
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multiplataformas, ou seja, em sistemas operacionais dominantes como o Windows e/ou
Linux. Para elaborar o software o professor deve ter conhecimento do processo de
construção de programas desta natureza (software), o qual deverá estar devidamente
integrado aos conhecimentos das áreas/disciplinas curriculares específicas.
É prudente, antes da produção do material, verificar junto a equipe responsável pelas
tecnologias no NRE, detalhamentos técnicos quanto ao funcionamento dos diversos
recursos tecnológicos1 disponibilizados no espaço escolar, isso é importante para
garantir que a proposta do professor poderá ser implementada pelo uso do material na
escola.
1.4.2 Caderno Pedagógico
Material composto por várias Unidades Didáticas, com abordagem centrada em
conteúdos disciplinares específicos, contendo fundamentação teórica e sugestões de
atividades a serem desenvolvidas pelo público alvo.
O Caderno Pedagógico pode ser elaborado por um único professor, neste caso
composto por várias unidades, ou por vários professores e, neste caso, composto por
unidade produzida individualmente, mas correlacionadas com os conteúdos disciplinares
do Caderno.
A introdução do Caderno com a coletânea dos materiais produzidos por vários
professores deve ser apresentada pelo Professor Orientador.
1.4.3 Caderno Temático
Material que terá uma abordagem centrada em um tema específico, que objetiva o
aprofundamento teórico do mesmo.
O Caderno Temático, assim como o Caderno Pedagógico poderá resultar de uma
elaboração individual ou conter uma coletânea de materiais elaborados por vários
professores.
A introdução do Caderno com a coletânea dos materiais produzidos por vários
professores deve ser apresentada pelo Professor Orientador.
1.5 Considerações Finais
Reiteramos que a Produção Didático-pedagógica será um valioso instrumento no
momento da implementação do projeto na escola, contribuindo para a superação do(s)
problema(s) diagnosticado(s) no interior da escola, além de servir como material de
apoio aos demais professores da rede.
1 Entenda-se recursos tecnológicos como: tv, computador, tv multimídia, laboratório do ProInfo, laboratório do Paraná Digital, entre outros.
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Destacamos que a elaboração da Produção Didático-pedagógica constitui-se em
um momento privilegiado, no qual o Professor PDE pode usar de sua autonomia,
criticidade e criatividade no sentido de construir materiais diferenciados e específicos
para determinada situação pedagógica.
Por fim, ressaltamos que o Professor PDE deverá:
1. Inserir a Produção Didático-pedagógica no SACIR, com todos os componentes
mencionados anteriormente no ítem 3 (componentes da Produção Didático-
pedagógica), em um único arquivo no formato PDF, com tamanho máximo de 10
mb.
2. Entregar no NRE, de forma impressa, ao final do período os seguintes
documentos:
a. Ficha para identificação da Produção Didático-pedagógica.
b. Parecer assinado pelo Professor Orientador.
c. Contrato de Cessão Gratuita de Direitos Autorais (OBRIGATÓRIO)
d. Termo de Cessão de Pessoa Física para Pessoa Física (QUANDO
NECESSÁRIO)
OBS: Em caso de produção digital entregar também uma cópia em mídia (CD e DVD).
1.6 Referências
MARTINS, João Carlos. Vygotsky e o papel das interações sociais na sala de aula: reconhecer e desvendar o mundo. Série Idéias n. 28. São Paulo: FDE, 1997
PARANÁ: SEED, Documento Síntese PDE, 2012. SAVIANI,D. A Função Docente e a Produção do Conhecimento. Educação e Filosofia.
Uberlândia: v. 11, n. 21/22, p. 127-140, jan./dez., 1997. p.131.Texto disponível em : http://www.seer.ufu.br/index.php/EducacaoFilosofia/article/viewArticle/889 SILVA, Mônica Ribeiro e COSTA, Joaquim Gonçalves. Método e Metodologia:
implicações na prática docente. In:Encontro do PDE, Faxinal do Céu/PR,2008.
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2. IMPLEMENTAÇÃO DO PROJETO DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA NA ESCOLA - PDE
Maria Regina Bach
Zilda de Fátima Muliki dos Santos
O Professor PDE percorre uma trajetória articulada e consistente até chegar ao
período da Implementação de seu Projeto de Intervenção Pedagógica na Escola. Sua
formação nos cursos e eventos do Programa, bem como suas elaborações teórico-
práticas – o Projeto e a Produção Didático-pedagógica – lhe conferem o instrumental
para, ao retornar a sua escola, redimensionar suas atividades com efetiva práxis
pedagógica.
Segundo Saviani (2008, p.141) a práxis é “um movimento prioritariamente
prático, mas que se fundamenta teoricamente, alimenta-se da teoria para esclarecer o
sentido, para dar direção à prática.” A Implementação representa, neste processo, um
momento especial na formação e na ação docente do Professor PDE, pois concretiza a
relação teoria e prática de forma planejada e acompanhada.
Um dos diferencias do PDE é sua essência ligada à Educação Básica com um
compromisso dialético entre esta e a produção científica inerente ao Ensino Superior. No
movimento provocado por esse compromisso, por meio da fundamentação teórica na
academia e do retorno à escola de Educação Básica, a Implementação é um espaço
único, particular no planejamento de cada professor, mas também coletivo, pois está
inserida no contexto da educação concreta, pensada e vivida no interior das escolas.
Ao planejar e executar a Implementação e tomar a atividade docente como uma
atividade consciente, ou seja, “guiada pela união da teoria e da prática, na forma
histórico-social da atividade-trabalho, envolvendo, a um só tempo, valores cognitivos e
valores práticos” (RAYS, 2006, p.35), o Professor PDE concretiza a práxis buscando
modificar a realidade problematizada no Projeto.
Esse processo tem tomado um significado próprio no PDE, construído ao ser
vivenciado pelos professores, escolas, alunos e IES nas várias edições do Programa.
Algumas especificidades foram evidenciadas e merecem atenção especial, pois podem
tornar esse momento ainda mais rico na perspectiva da formação continuada.
Uma delas é, no retorno a escola, a necessidade de uma reconstrução da
relação pedagógica entre o individual (Professor PDE) e social (coletivo da escola). Ao
trazer à tona uma situação problema, o Professor PDE tanto colabora com a solução
Professoras da Rede Estadual de Ensino do Paraná, atualmente compõem a equipe pedagógica do PDE/SEED/PR.
14
deste, como interfere em uma situação posta, “cristalizada” na escola, que, muitas
vezes, pode desestabilizar os demais envolvidos. Implementar uma proposta que visa
mudanças significa desafiar-se a lidar com o novo no cotidiano escolar e com as
possíveis colaborações ou resistências neste contexto.
Há espaço no cotidiano escolar para mudanças e para permanências. O
professor não poderá furtar-se em investir na relação com seus colegas no sentido de
aproximação teórica e do compromisso político oportunizado pela formação continuada
do PDE. É premissa do Programa socializar a formação do Professor PDE com seus
pares – a implementação, por sua vez, é uma possibilidade efetiva de fortalecer o
coletivo escolar.
Outra especificidade importante a ser considerada é o caráter de continuidade a
que a formação do PDE se propõe: a Implementação, mesmo que pontual, amplia-se
para além do momento desta prática e concretiza a práxis, ou seja, passa a fazer parte
de constante elaboração teórica e prática. Esse momento pode ser de intensa
colaboração e compartilhamento entre os envolvidos nos processos escolares – os
professores, os gestores, os alunos e a comunidade – e tornar constante a busca pelas
reelaborações das práticas educativas, em última instância, pela superação pretendida
no Projeto de Intervenção Pedagógica.
2.1 O que é a Implementação do Projeto de Intervenção Pedagógica na Escola?
A Implementação é, essencialmente, uma ação destinada a um público
específico, objetivando um resultado específico, que pode ser composta de várias
atividades. É, portanto, planejada, executada e avaliada. Segundo o documento síntese
do Programa,
A atividade de implementação resulta de ações planejadas e desenvolvidas ao longo do processo, como as orientações nas IES, a participação nos cursos e demais eventos ofertados, além das produções elaboradas durante o primeiro ano do Programa. A implementação visa principalmente enfrentar e contribuir para a superação das fragilidades e problemas apontados pelo Professor PDE na sua disciplina/área para ser investigada no seu tema de estudo, com a finalidade de promover a melhoria qualitativa do ensino na escola de execução do Projeto. (PARANÁ, 2012).
No primeiro período do PDE, durante a elaboração do Projeto de Intervenção
Pedagógica, ao especificar um problema, situá-lo no campo teórico e aprofundar estudos
15
em busca de alternativas, o professor já esboça sua Implementação. No segundo
período, ao elaborar sua Produção Didático-pedagógica, dá forma a uma das estratégias
a ser desencadeada no terceiro período.
O uso da Produção Didático-pedagógica é obrigatório nessa etapa do Programa,
porém, outras estratégias podem ser previstas ou acrescidas em função da dinamicidade
que o processo pode tomar, assim como é importante propor ações para divulgação da
Implementação a toda a comunidade escolar.
Ao iniciar o terceiro período, é necessário retomar tanto o cronograma
apresentado no Projeto, como a Produção Didático-pedagógica e sistematizar um novo
cronograma, mais detalhado, com um demonstrativo das ações por fases planejadas.
Assim, o Professor PDE tem um planejamento, uma previsão das ações que efetivam a
sua Implementação, e deve disponibilizá-lo ao seu Orientador na IES para que possa
acompanhá-lo e auxiliá-lo, bem como à Equipe Pedagógica da escola, também para
acompanhamento e auxílio, se necessário.
Esse roteiro é essencial ainda na socialização da Implementação feita durante o
Grupo de Trabalho em Rede - GTR, no qual professores da rede pública estadual,
inscritos no grupo, são convidados a desenvolver as mesmas atividades em suas
escolas e discutir resultados e alternativas. As contribuições desse grupo podem ser
consideradas para aprimoramento da Produção Didático-pedagógica e das próprias
ações decorrentes do projeto, seja durante a Implementação, seja depois, nas práticas
docentes cotidianas.
Inerente a todo processo educativo, a avaliação da Implementação será objeto de
reflexão do próprio Professor PDE e parte de seu Artigo Final. É o momento em que
poderá analisar criteriosamente seu planejamento e sua execução, verificando se seus
objetivos foram ou não alcançados, em que medida e como poderá aperfeiçoar o seu
desenvolvimento. Como atividade obrigatória do Programa, a Implementação é
registrada em formulários próprios e deve ter o aval da Equipe Pedagógica da Escola, do
professor Orientador e do Núcleo Regional da Educação, por meio da colaboração entre
o representante do PDE no NRE e a Equipe Disciplinar.
Assim, a Implementação, além de representar a efetivação da práxis, sistematiza
de maneira individual e coletiva a essência do Programa, ou seja, a ligação entre a
Educação Básica e o Ensino Superior. A sistematização individual se dá nas produções e
nas ações diretas com o público a que se destina, planejadas com a colaboração do
Orientador na IES, bem como na análise teórica desta experiência que irá compor o
Artigo Final. A sistematização de maneira coletiva se dá pela discussão possibilitada na
proximidade com os colegas de escola, bem como pela socialização com os professores
da Rede por meio do GTR.
16
2.2 O lugar da Implementação no PDE
Entre seu propósito e sua efetivação, observamos que a Implementação dos Projetos
PDE tem forjado um lugar específico nas escolas públicas paranaenses. Alguns dos
dados coletados e compilados pelos NREs a partir das Implementações já realizadas
demonstraram que têm sido de grande relevância para as escolas.
A organização do trabalho pedagógico na escola pode, segundo estes dados, ser
influenciada e influenciar todo o contexto escolar, pois a prática enriquecida e
redirecionada pela reflexão é também exemplo desencadeador para outras práticas e
outras reflexões.
Considerando a compilação dos dados da Turma PDE 2010 no universo dos 26
Núcleos Regionais de Educação (cujos formulários do Anexo V chegaram à
Coordenação), levantados a partir do acompanhamento in loco e/ou pelos registros da
Equipe Pedagógica e do próprio Professor PDE sobre a Implementação, indicamos dois
resultados essenciais ao Programa descritos a seguir.
O primeiro trata da relevância do tema proposto pelo Professor PDE para a sua área
de atuação. Neste resultado, 92,97 % foram apreciados como de muita relevância,
conforme observa-se no gráfico abaixo. Pode-se inferir de tal representação que, tanto
professores PDE como professores Orientadores, atingiram um alto grau de precisão
nos seus diagnósticos e nas suas propostas de intervir nessa realidade.
Tabela 1 – Relevância do Tema proposto pelo Professor PDE-2010
para sua área de atuação
Fonte: Arquivo interno, Anexo V da Instrução Nº 001/2011 DPPE/PDE
Critério Percentual
Muita relevância 92,97 %
Relevância satisfatória 6,38 %
Pouca relevância 0,65 %
17
Gráfico 1
Fonte: Arquivo interno, Anexo V da Instrução Nº 001/2011 DPPE/PDE
O segundo trata da adequação das ações propostas pelo Professor PDE para
solucionar os problemas diagnosticados na escola, em que 89,14% as apontaram como
de muita relevância. Note-se que esse dado leva a identificação de uma real
intencionalidade de solucionar problemas vivenciados nas escolas. No contexto macro
das escolas do Paraná, é um movimento importante em prol de melhorias.
Tabela 2 – Adequação das ações propostas pelo Professor PDE-2010, para
solucionar problemas diagnosticados na escola
Critério Percentual
Muita relevância 89,14 %
Relevância satisfatória 6,6 %
Pouca relevância 4,26 %
Fonte: Arquivo interno, Anexo V da Instrução Nº 001/2011 DPPE/PDE
Gráfico 2
Fonte: Arquivo interno, Anexo V da Instrução Nº 001/2011 DPPE/PDE
Além desses dois resultados específicos, destacamos a grande relevância apontada
18
para a articulação dos professores PDE com as Equipes Pedagógicas das escolas, com
as Equipes Gestoras, com colegas professores e com outros segmentos eventualmente
envolvidos nas implementações dos Projetos PDE. Outro dado de destaque é o
compromisso que os professores manifestaram e os NREs registraram quanto a
execução das ações previstas nas Implementações.
Assim, o lugar da Implementação nas escolas e nas ações do Programa caminha
para a consolidação de seu objetivo – a efetivação da práxis pedagógica numa
permanente construção que assume características de construção dialética histórica e
social.
2.3 Considerações Finais
A Implementação objetiva superar problemas concretos de ensino-aprendizagem e
de gestão escolar, deve contribuir para reflexão, superação ou modificação do tema
proposto no interior da escola e socializar os estudos realizados pelos professores PDE.
O acompanhamento da implementação pela Equipe Pedagógica da Escola e pelo
Professor Orientador é essencial para que seus resultados sejam melhor avaliados,
socializados e tomem um caráter de práxis permanente. O acompanhamento pelo NRE
também assume, nesta fase de Implementação, funções voltadas com maior ênfase para
os aspectos pedagógicos.
Para finalizar, indicamos que para a realização da Implementação é imprescindível
que o Professor PDE cumpra os dispositivos contidos na Instrução nº 01/2012 –
DPPE/PDE. Ela regulamenta o processo de Implementação do Projeto de Intervenção
Pedagógica na escola e encontra-se em anexo a este item. Essa normatização dá
segurança aos procedimentos tanto do professor que está implementando como para
quem acompanha esse processo: a escola, o NRE/SEED e a IES a que está vinculado.
2.4 Referências
PARANÁ, Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE (Versão 2012). Disponível em:
http://www.gestaoescolar.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/pde_roteiros/documentosintese_pde.pdf . Acesso em 02/07/2012. RAYS, Oswaldo Alonso. A Relação Teoria-Prática na Didática Escolar Crítica. In:VEIGA, Ilma P. Alencastro (Org.). Didática: o ensino e suas relações. 11º Ed. Campinas,SP:Papirus, 2006. SAVIANI, Demerval. Pedagogia Histórico-Crítica: primeiras aproximações. 10ª ed. Campinas,SP:Autores Associados, 2008.
19
ANEXOS
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
COORDENAÇÃO ESTADUAL DO PDE
INSTRUÇÃO Nº 01/2012- PDE/DPPE
Assunto: Regulamenta o processo de Implementação do Projeto de Intervenção Pedagógica na Escola a ser realizado pelos professores participantes do Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE/PR.
A Coordenação Estadual do Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE -, no uso de suas atribuições e considerando:
- a Lei Complementar nº 130/2010 que regulamenta o Programa de Desenvolvimento Educacional - PDE, instituído pela Lei Complementar nº103/2004;
- a Resolução nº 2637/2007 SEED referente às faltas do professor PDE nas atividades do Programa; as Resoluções vigentes que normatizam a execução do Programa de Desenvolvimento Educacional;
- a Política de Formação Continuada da SEED para professores da Rede Estadual de Educação Básica;
- a necessidade de regulamentar o processo de implementação do Projeto de Intervenção Pedagógica do Professor PDE na Escola, realizado no terceiro período do Programa de Desenvolvimento Educacional - PDE, expede a seguinte:
INSTRUÇÃO
1 - O processo formativo dos professores participantes do PDE culmina com a implementação do Projeto de Intervenção Pedagógica na Escola, considerado como destacado espaço pedagógico de articulação teórico-prática, o qual deverá atender os aspectos pedagógicos e administrativos constantes da presente Instrução.
2 - A implementação do Projeto de Intervenção Pedagógica deverá ocorrer na escola de lotação do professor PDE, preferencialmente na disponibilidade de carga horária propiciada pelos 25% de afastamento para o Programa.
3 – Somente será possível realizar a implementação fora de sua escola de lotação mediante autorização expressa da Coordenação Estadual do PDE, após análise da justificativa pedagógica e da declaração de anuência da direção da nova escola e do professor orientador.
4 - A implementação deverá realizar-se, obrigatoriamente, na Escola com a presença do Professor PDE e do público definido no Projeto de Intervenção Pedagógica na Escola -
20
sejam eles alunos, professores ou comunidade escolar. Deverá ocorrer ao longo do 3º período do Programa contabilizando 64 horas, sendo 32 horas, no mínimo, de atividades com o público alvo.
5 - O Professor PDE deverá apresentar, no início do terceiro período do Programa, para a Direção e Equipe Pedagógica da escola seu Projeto, informando qual será o seu tema e objeto de estudo, assim como o diagnóstico que deu origem a seu problema, o que espera atingir ao longo da Implementação e de que maneira os sujeitos da escola estarão envolvidos neste processo.
6 - O Projeto de Intervenção Pedagógica na Escola que subsidia a implementação do Professor PDE, assim como o cronograma das ações a serem desenvolvidas, deverão ser amplamente divulgados através dos mecanismos de comunicação interna da escola objetivando o envolvimento da comunidade escolar.
7 - O Professor PDE deverá também planejar com a Direção da Escola e Equipe Pedagógica da escola os espaços/tempos alternativos para viabilizar a socialização do Projeto, bem como a sua execução para que ocorra da melhor forma possível.
8 – A Produção Didático-pedagógica deverá fazer parte das atividades de implementação do Projeto de Intervenção Pedagógica na Escola, como forma de validação pedagógica do mesmo.
9 - A implementação do Projeto terá acompanhamento sistemático e integrado por todas as instâncias participantes do Programa – SEED, IES e ESCOLAS - para assegurar aos professores PDE o apoio pedagógico necessário ao desenvolvimento do processo de implementação. Caberá a Equipe Pedagógica da escola e ao Orientador do professor PDE na IES validar cada ação prevista e realizada durante a Implementação.
10 - A implementação do Projeto deverá ser devidamente registrada por meio dos formulários específicos (anexos), conforme descrito abaixo.
10.1 O ANEXO I é de responsabilidade do Professor PDE, o qual deverá registrar cada uma das ações previstas em seu Projeto, dando ciência para a Equipe Pedagógica da Escola, e também apresentado ao Professor Orientador a cada Encontro de Orientação realizado, para que sejam também registradas as suas observações e sugestões.
10.2 O ANEXO II é de responsabilidade da Direção e Equipe Pedagógica da escola e deverá ser preenchido a partir das observações do processo de implementação do Projeto de Intervenção Pedagógica na escola, sendo encaminhado ao Representante do PDE no NRE ao final do processo.
10.3 Os ANEXOS III, IV e V são de responsabilidade do Representante do PDE no NRE e
deverão ser preenchidos por este ao final da implementação, após o recebimento dos Anexos I e II, como forma de sistematização e consolidação dos dados da implementação do Projeto de Intervenção Pedagógica na Escola, os quais deverão ser compilados e encaminhados a Coordenação/SEED.
21
10.4 O ANEXO VI é o modelo de Ata que registra a ciência do professor PDE frente a
escola sobre esta Instrução.
11 - Os formulários de acompanhamento da Implementação (Anexos I e II) deverão ser, obrigatoriamente, preenchidos de acordo com o cronograma constante e atualizado no Projeto de Intervenção Pedagógica e entregues, ao final do processo, para o Representante do PDE no NRE respeitando o prazo estabelecido pela Coordenação Estadual do Programa. Estes documentos constituem registro formal comprobatório das ações realizadas no processo de implementação.
12 - O Representante do PDE no NRE tem a atribuição de planejar o acompanhamento da implementação do Projeto de Intervenção Pedagógica do professor PDE na escola, articulando com a Equipe Pedagógica e com a Equipe Disciplinar do NRE, estratégias que possibilitem visitas às escolas para melhor efetivação desse processo, os quais deverão ser devidamente registrados, conforme procedimento normal do NRE.
13 – Caberá a Equipe Pedagógica da escola, no início da implementação, informar o conteúdo desta Instrução, registrando em Ata conforme o modelo constante do Anexo VI, que após registro manuscrito deverá ser também digitada. Ao Representante PDE no NRE caberá informar às escolas.
14 – A Equipe Gestora da Escola deverá comunicar de imediato ao representante do PDE no NRE, os casos de não efetivação das atividades de Implementação do Projeto do Professor PDE, os quais deverão ser registrados obrigatoriamente em Ata do estabelecimento.
15 – A implementação será considerada cumprida quando todos os formulários forem entregues e estiverem preenchidos e assinados pelos responsáveis.
16 – O professor PDE que não cumprir o disposto nesta Instrução será afastado do Programa, conforme estabelece o Artigo 10º, inciso I da Lei Complementar nº 130/2010.
17 – A presente Instrução torna sem efeito a Instrução nº 001/2011, exceto para os Professores PDE da Turma 2010 que se encontrem em fase de conclusão.
Curitiba, 27 de julho de 2012
Cassiano Roberto Nascimento Ogliari
Coordenação Estadual do Programa de Desenvolvimento Educacional
22
PARANÁ
GOVERNO DO ESTADO
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEED DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS - DPPE
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE
Anexo I – Professor PDE
FORMULÁRIO DE ACOMPANHAMENTO DA IMPLEMENTAÇÃO DO PROJETO DE INTERVENÇÃO NA ESCOLA - TURMA PDE 2012 (Preenchido pelo Professor PDE para ciência da Equipe Pedagógica e do Professor Orientador)
Caro Professor PDE Solicitamos o máximo empenho no registro das questões apresentadas, para que a Equipe Pedagógica da escola e o Professor Orientador da IES possam acompanhar as ações durante o processo de Implementação Pedagógica na Escola e, assim, a mesma alcance os resultados esperados. Este formulário será avalizado pela Equipe Pedagógica e deve ser apresentado ao Orientador em cada uma das orientações a fim de subsidiar estas.
I. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO PROFESSOR PDE
NRE:
MUNICÍPIO:
PROFESSOR PDE:
ÁREA:
II. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO
23
1. TÍTULO DO PROJETO:
2. ESCOLA DE IMPLEMENTAÇÃO:
3. RESUMO DO PROJETO:
4. REGISTRO DAS AÇÕES PREVISTAS (Tantas quantas foram planejadas):
Nº
DATA AÇÃO CIÊNCIA DA EQUIPE PEDAGÓGICA
OBSERVAÇÕES/ORIENTAÇÕES DO PROFESSOR ORIENTADOR
1
2
3
4
5
24
5. REGISTRO DA EXECUÇÃO DAS AÇÕES (Acompanhar a numeração definida no item 4) Ação 1: ( ) Realizada ( ) Realizada Parcialmente ( ) Não Realizada Justificativa/considerações: _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Ação 2: ( ) Realizada ( ) Realizada Parcialmente ( ) Não Realizada Justificativa/considerações: _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Ação 3: ( ) Realizada ( ) Realizada Parcialmente ( ) Não Realizada Justificativa/considerações: _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Ação4: ( ) Realizada ( ) Realizada Parcialmente ( ) Não Realizada Justificativa: ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
25
_______________________________________ Ação 5: ( ) Realizada ( ) Realizada Parcialmente ( ) Não Realizada Justificativa/considerações: ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
________________________________________________
Assinatura do Professor PDE
26
26
PARECER CONCLUSIVO DA EQUIPE PEDAGÓGICA DA ESCOLA (Com base no resultado da análise das questões acima, qual a conclusão sobre a contribuição do projeto do Professor PDE para a área a qual está vinculada?) ( ) CONTRIBUIU TOTALMENTE ( ) CONTRIBUIU PARCIALMENTE ( ) NÃO CONTRIBUIU
Observações (se necessárias):
Data:____/____/____
Assinatura(s) .................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... ANUÊNCIA DA DIREÇÃO DA ESCOLA
................................................................................................................... Assinatura do Diretor (a)
PARANÁ
GOVERNO DO ESTADO
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEED DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS - DPPE PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE
Anexo II – Equipe Pedagógica da Escola
PARECER DE ACOMPANHAMENTO DA IMPLEMENTAÇÃO DO PROJETO DE INTERVENÇÃO NA ESCOLA - TURMA PDE 2012
Registre aqui as evidências pedagógicas do acompanhamento da implementação do projeto, mediante os seguintes critérios:
1. Relevância do tema proposto para atender os problemas da realidade escolar.
( ) Muito relevante ( ) Relevância satisfatória ( ) Pouca relevância
2. Articulação do Professor PDE com a Equipe Pedagógica da escola.
( ) Excelente ( ) Boa ( ) Satisfatória ( ) Insatisfatória
3. Articulação do Professor PDE com a Equipe Gestora da Escola.
( ) Excelente ( ) Boa ( ) Satisfatória ( ) Insatisfatória
4. Articulação do Professor PDE com os professores da escola.
( ) Excelente ( ) Boa ( ) Satisfatória ( ) Insatisfatória
5. Articulação do Professor PDE com outros segmentos envolvidos na execução das ações de implementação do projeto.
( ) Excelente ( ) Boa ( ) Satisfatória ( ) Insatisfatória
6. Existência de compromisso do Professor PDE com a implementação das ações previstas do projeto.
( ) Existe ( ) Não existe
7. Iniciativa na busca de solução para os entraves encontrados.
( ) Possui ( ) Não possui
8. Cumprimento do cronograma estabelecido pelo Professor PDE para a execução das ações na escola.
( ) Cumpriu totalmente ( ) Cumpriu parcialmente ( ) Não cumpriu
9. Resultados alcançados até o momento.
( ) Excelente ( ) Bons ( ) Satisfatórios ( ) Insatisfatórios
27
27
PARECER CONCLUSIVO DO REPRESENTANTE DO PDE NO NRE IMPLEMENTAÇÃO REALIZADA DE FORMA: ( ) EXCELENTE ( ) BOA ( ) SATISFATÓRIA ( ) INSATISFATÓRIA Observações (se necessárias): Data:____/____/____ Assinatura(s) ..........................................................................................................................................................................
____________________________________________ Chefe do NRE
PARANÁ
GOVERNO DO ESTADO
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEED
DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS - DPPE
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE
Anexo III – Representante PDE no NRE
PARECER DE ACOMPANHAMENTO DA IMPLEMENTAÇÃO DO PROJETO DE INTERVENÇÃO NA ESCOLA - TURMA PDE 2012
Este espaço destina-se ao registro de dados sobre o acompanhamento pedagógico da Implementação do Projeto desenvolvido pelo Professor PDE na escola, bem como a respectiva emissão do Parecer, o qual deverá ser realizado com base nos critérios abaixo relacionados.
1. Relevância do tema proposto pelo Professor PDE para a sua área de atuação.
( )Muita relevância ( ) Relevância satisfatória ( ) Pouca relevância
2. Adequação das ações propostas pelo Professor PDE para solucionar os problemas diagnosticados na escola.
( )Totalmente adequada ( ) Adequada parcialmente ( ) Não adequada
3. Adequação do projeto do Professor PDE às orientações previstas nas Diretrizes Orientadoras para a Educação Básica da Rede Estadual de Ensino.
( ) Total ( ) Parcial ( ) Nenhuma
4. Pertinência metodológica das ações propostas pelo Professor PDE, considerada a área de implementação.
( ) Total ( ) Parcial ( ) Nenhuma
5. Articulação do Professor PDE com a equipe pedagógica da escola
( ) Excelente ( ) Boa ( ) Satisfatória ( ) Insatisfatória
6. Articulação do Professor PDE com a equipe gestora da escola
( ) Excelente ( ) Boa ( ) Satisfatória ( ) Insatisfatória
7. Articulação do Professor PDE com os professores envolvidos na implementação da proposta.
( ) Excelente ( ) Boa ( ) Satisfatória ( ) Insatisfatória
8. Articulação do Professor PDE com outros segmentos envolvidos na execução das ações propostas.
( ) Excelente ( ) Boa ( ) Satisfatória ( ) Insatisfatória
9. Cumprimento pelo Professor PDE do cronograma estabelecido para a execução das ações de implementação na escola.
( ) Cumpriu totalmente ( ) Cumpriu parcialmente ( ) Não cumpriu
10. Compromisso com a execução das ações previstas na implementação
( ) Compromisso total ( ) Compromisso satisfatório ( ) Falta de compromisso
11. Análise dos resultados alcançados pelo professor durante o processo de implementação do projeto na escola em 2013.
( ) Excelente ( ) Boa ( ) Satisfatória ( ) Insatisfatória
28
PARANÁ
GOVERNO DO ESTADO
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEED DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS - DPPE
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE
Anexo IV – Representante PDE no NRE
ACOMPANHAMENTO DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROJETO DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA NA ESCOLA DOS PROFESSORES PDE
TURMA PDE 2012
DEMONSTRATIVO DO PROCESSO DE IMPLEMENTAÇÃO
MUNICÍPIO PROFESSOR PDE ÁREA/DISCIPLINA PDE
TÍTULO DO PROJETO PÚBLICO ATENDIDO* PARECER DO NRE
OBSERVAÇÕES
*Preencher somente uma categoria: Professores, Alunos, Equipe Pedagógica, Gestão escolar, Comunidade Escolar, outras.
31
31
PARANÁ
GOVERNO DO ESTADO
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEED SUPERINTENDENCIA DA EDUCAÇÃO – SUED
DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS - DPPE PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE
Anexo V – Representante do PDE no NRE ANEXO V – SINTESE/NRE
ACOMPANHAMENTO DE IMPLEMENTAÇÃO DA PROPOSTA DOS PROFESSORES PDE NA ESCOLA
DEMONSTRATIVO DO PROCESSO DE IMPLEMENTAÇÃO ( % )*
* Dados levantados a partir da análise do compêndio dos anexos I, II e III dos professores PDE do NRE
NRE:
1 – RELEVÂNCIA DO TEMA PROPOSTO PELO PROFESSOR PDE PARA A SUA ÁREA DE ATUAÇÃO
Muita relevância ( ) Relevância satisfatória ( ) Pouca relevância ( )
2 – ADEQUAÇÃO DAS AÇÕES PROPOSTAS PELO PROFESSOR PDE PARA SOLUCIONAR OS PROBLEMAS DIAGNOSTICADOS NA ESCOLA
Muita relevância ( ) Relevância satisfatória ( ) Pouca relevância ( )
3 – INCORPORAÇÃO DA PROPOSTA DO PROFESSOR PDE ÀS ORIENTAÇÕES PREVISTAS NAS DIRETRIZES CURRICULARES PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA DA REDE ESTADUAL DE ENSINO
Muita relevância ( ) Relevância satisfatória ( ) Pouca relevância ( )
4 – PERTINÊNCIA METODOLÓGICA DAS AÇÕES PROPOSTAS PELO PROFESSOR PDE, CONSIDERADA A ÁREA DE IMPLEMENTAÇÃO
Muita relevância ( ) Relevância satisfatória ( ) Pouca relevância ( )
5 – ARTICULAÇÃO DO PROFESSOR PDE COM A EQUIPE PEDAGÓGICA DA ESCOLA
Muita relevância ( ) Relevância satisfatória ( ) Pouca relevância ( )
6 – ARTICULAÇÃO DO PROFESSOR PDE COM A EQUIPE GESTORA DA ESCOLA
Muita relevância ( ) Relevância satisfatória ( ) Pouca relevância ( )
7 – ARTICULAÇÃO DO PROFESSOR PDE COM OS PROFESSORES ENVOLVIDOS NA IMPLEMENTAÇÃO DO PROJETO
Muita relevância ( ) Relevância satisfatória ( ) Pouca relevância ( )
8 – ARTICULAÇÃO DO PROFESSOR PDE COM OUTROS SEGMENTOS ENVOLVIDOS NA EXECUÇÃO DAS AÇÕES PROPOSTAS
Muita relevância ( ) Relevância satisfatória ( ) Pouca relevância ( )
9 – CUMPRIMENTO PELO PROFESSOR PDE DO CRONOGRAMA ESTABELECIDO PARA A EXECUÇÃO DAS AÇÕES DE IMPLEMENTAÇÃO NA ESCOLA
Muita relevância ( ) Relevância satisfatória ( ) Pouca relevância ( )
10 – COMPROMISSO COM A EXECUÇÃO DAS AÇÕES PREVISTAS NA IMPLEMENTAÇÃO
Muita relevância ( ) Relevância satisfatória ( ) Pouca relevância ( )
11 – RESULTADOS ALCANÇADOS PELO PROFESSOR DURANTE O PROCESSO DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROJETO NA ESCOLA EM 2012
Muita relevância ( ) Relevância satisfatória ( ) Pouca relevância ( )
32
32
PARANÁ
GOVERNO DO ESTADO
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEED SUPERINTENDENCIA DA EDUCAÇÃO – SUED
DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS - DPPE PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE
Anexo VI – Modelo de Ata PDE*
Aos__________________dias do mês de____________do ano de_________________, às______________horas, realizou-se nas dependências do estabelecimento de ensino_________________________________________________________________, com o(a) Diretor(a) _______________________________, a equipe pedagógica _____________________________________________e o Professor(a) PDE ____________________________________________________da Turma _________, para tomarem ciência do contido na Instrução 01/2012 PDE/DPPE/SEED. A referida Instrução regulamenta a Implementação do Projeto de Intervenção Pedagógica na Escola, bem como apresenta as responsabilidades do(a) Diretor(a), Equipe Pedagógica e do(a) Professor(a) PDE neste processo. ________________________________________. (Registro das considerações dos participantes) ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Após a leitura e esclarecimentos para o cumprimento da referida Instrução, a reunião se encerrou, na qual eu _________________________________________________lavrei a presente ata, que será assinada por mim e todos os presente. ________________________________________________,________________________________________________,________________________________________________,________________________________________________,________________________________________________.
X
33
33
3. PRODUÇÃO DO ARTIGO FINAL
Luciane Cortiano Liotti
Paula Rodakiewski
3.1 O que é o Artigo?
De maneira geral podemos definir artigo como “parte de uma publicação com
autoria declarada que apresenta e discute idéias, métodos, técnicas, processos e
resultados nas diversas áreas do conhecimento.” (NBR 6022).
Segundo Rauen (2002, p. 242) “O artigo trata de problemas científicos
apresentando resultados de estudos e pesquisas […] tendo como característica básica a
sua dinamicidade, derivada da extensão reduzida. Os artigos [portanto] veiculam
agilmente informações, abordagens atuais e, por vezes, temas novos”.
No âmbito educacional, trata-se, de um texto teórico, devidamente fundamentado
que traz, o tema, o problema e os objetivos propostos, definidos decorrentes da
observação da realidade escolar, apresentando o resultado deste estudo
(fundamentação teórica e metodologia) e sua conclusão (RAUEN, 2002).
De nada adianta pesquisar sobre um tema e não apresentar essa pesquisa à
comunidade. Nesta etapa, o pesquisador dispõe do conjunto de sua pesquisa, que
chega ao fim e necessita ser sistematizada, formalizada, divulgando seu trabalho. O
esforço agora é a escrita ordenada e eficaz de suas conclusões.
Essa modalidade de produção científica é utilizada como atividade conclusiva do
Programa de Desenvolvimento Educacional - PDE, deste modo a produção do
Artigo Final assume características próprias que a seguir apresentamos.
3.2 O lugar do Artigo Final no PDE
O objetivo do Artigo Final é divulgar, socializar o trabalho desenvolvido pelo
Professor PDE, na perspectiva de enfrentamento aos problemas do cotidiano da escola
onde está inserido.
Professora da Rede Estadual de Ensino do Paraná, atualmente compõe a equipe pedagógica do PDE/SEED/PR. Professora da Rede Estadual de Ensino do Paraná, atualmente compõe a equipe tecnológica do PDE/SEED/PR.
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Nesse sentido, o Professor PDE deve conhecer suficientemente bem o seu objeto de
estudo para garantir que seu artigo apresente efetivamente tanto a problemática
estudada, os dados coletados pela sua Implementação, quanto uma análise consistente
destes dados para que seja construída uma proposta de conclusão que represente a
dimensão do trabalho desenvolvido no ambiente escolar.
O Artigo Final deve contemplar as suas produções: o Projeto de Intervenção
Pedagógica, a Produção Didático Pedagógica, a Implementação do Projeto Pedagógico
na Escola e as contribuições das discussões do Grupo de Trabalho em Rede – GTR.
Consideramos que a trajetória desenvolvida pelo Professor nos dois anos de
participação no Programa, proporcionou condições eficazes de elaboração das
produções acima citadas.
A despeito das normalizações existentes nas IES parceiras do Programa,
consideramos pertinente apresentar as recomendações adotadas pelo PDE/SEED,
tendo em vista a publicação dos Artigos Finais dos Professores PDE.
3.3 A estrutura do Artigo Final no PDE
Relembramos que o Artigo Final parte do problema já definido no início da
elaboração do Projeto de Intervenção Pedagógica na Escola, portanto, o Professor PDE
deverá retomar esta produção e articular com as ações desenvolvidas sobretudo da
Produção Didático-pedagógica como também, com os resultados já colhidos em sua
Implementação do Projeto de Intervenção na escola. Com certeza não poderá prescindir
da fundamentação teórica realizada ao longo de sua participação no PDE.
Diferentemente do Projeto de Intervenção Pedagógica na Escola, o Artigo Final
possui os seguintes elementos:
3.3.1 Elementos Pré-textuais
Título: É o elemento que constitui o primeiro contato com o leitor, devendo ser
claro, conciso, explicativo, coerente com o objeto e objetivos da pesquisa, delimitando o
que foi pesquisado. Segundo Rauen "podemos construir o título da pesquisa a partir da
delimitação do Tema" (p.49). O título não deve ser negligenciado, uma vez que, é por
essa denominação que o seu trabalho será reconhecido na comunidade acadêmica e
por toda a Rede de Ensino, já que posteriormente este será disponibilizado em
publicação específica da SEED/SUED/DPPE/PDE.
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Resumo: É o parágrafo que apresenta os objetivos pretendidos, a metodologia
empregada e as conclusões alcançadas, ao mesmo tempo em que, apresenta o teor da
pesquisa. Este deve criar uma expectativa que desperte no leitor uma curiosidade.
Assim o Resumo dever ser composto de uma sequência de frases concisas, afirmativas
e não de uma enumeração de tópicos. Evitar o uso de citações bibliográficas.
Palavras - chave: Temas indicativos do conteúdo do Artigo, podendo ser em
número de 3 à 5 palavras.
3.3.2 Elementos Textuais
Introdução: A introdução deve anunciar ao leitor qual assunto será discutido.
Apresenta o tema e indica aos leitores a linha do trabalho seguida, contextualizando a
necessidade de sua realização, caracterizando o tema abordado.
De modo geral a introdução deve apresentar o objeto de estudo; o ponto de vista
abordado; mencionar os objetivos; a justificativa indicando a relevância do trabalho
desenvolvido que o levaram a escolha deste tema e o método de análise.
Desenvolvimento: Varia muito conforme o tipo do trabalho podendo ser adotada
a seguinte subdivisão revisão de literatura, metodologia, resultados e discussão.
Entretanto o Professor PDE deverá juntamente com seu Orientador definir qual caminho
seguir.
Geralmente a revisão de literatura, apresenta um texto fluente e articulado entre
si, apresentando as ideias dos diferentes pesquisadores que estudaram sobre tema
pesquisado, relacionando-os com a pesquisa desenvolvida pelo Professor PDE,
fundamentando-a e justificando o caminho seguido na pesquisa.
Já a metodologia, os resultados obtidos e a discussão do trabalho podem vir
discriminados em subitens, ou simplesmente, compor um único texto no qual o Professor
PDE descreverá o tipo de metodologia utilizada, especificando o universo de sua
pesquisa (os sujeitos, o local) retomando sua trajetória, apresentando e discutindo os
resultados obtidos com a Implementação do Projeto, com a utilização do Material
Didático na Escola, bem como, com as discussões e sugestões obtidas no Grupo de
Trabalho em Rede - GTR.
Salientamos que o Artigo Final pode apresentar ilustrações (desenho, mapas,
gravura, imagem, gráfico) e tabelas que visam representar de forma ilustrativa: uma
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ideia, dados trabalhados, o público alvo, entre outros exemplos, a fim de facilitar, ao
leitor, um maior entendimento do tema proposto. No entanto, solicita-se que os
elementos ilustrativos presentes no artigo, sigam as orientações contidas no Apêndice 1
deste item.
Considerações Finais: para a elaboração do Artigo Final no PDE optou-se
utilizar o termo Considerações Finais ao invés de conclusão. Este elemento apresenta,
objetivamente, o desfecho do trabalho a partir dos resultados. É importante verificar que
o tópico Considerações Finais deve retomar os objetivos do trabalho, assegurando que
não tenham sido citadas conclusões que não os represente.
Podemos dizer também, que as Considerações Finais exprimem uma ideia que
não se encerra em si, partindo do pressuposto de que um trabalho investigativo chega
sim a determinadas conclusões, porém, há também limitações de ordem teórica e/ou
metodológica que indicam possibilidades de novos estudos, pois, concluir é apenas o
fechamento temporário de um ciclo de conhecimento produzido.
3.3.3 Elementos Pós Textuais
De acordo com a NBR 6022 os elementos pós-textuais são aqueles que
complementam o trabalho. Para a elaboração do Artigo Final no PDE são considerados
como elementos pós textuais as referências, o glossário, o(s) apêndice(s) e anexo(s).
Os elementos pós textuais: glossário, apêndice e anexo são considerados opcionais,
sendo descritos no Apêndice 1 deste item. É considerado como obrigatório o elemento
Referências.
Referências: Lista de fontes pesquisadas, consultadas ou citadas, podendo ser
livros, revistas, periódicos impressos ou consultados em meio eletrônicos, devendo evitar
neste caso, os sites que não são confiáveis como os blogs. Para escrita do Artigo Final
orienta-se que sejam colocadas nas Referências apenas as fontes citadas/utilizadas no
texto.
Pode ainda ser definida, segundo a NBR 6023 como o conjunto padronizado de
elementos descritivos, retirados de um documento, que permite sua identificação
individual, devendo ser apresentadas ao final do Artigo Final em ordem alfabética por
sobrenome de autor.
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3.4 Orientações para Edição do Artigo Final no PDE
Definido conforme Apêndice 1 deste item.
3.5 Orientações para Entrega do Artigo Final
Para entrega do Artigo Final o Professor PDE deverá:
- Inserir o arquivo do Artigo Final no SACIR devendo ser postado no formato PDF,
com tamanho máximo de 8 Mb.
Entregar no NRE, de forma impressa, ao final do período os seguintes
documentos:
- Ficha de identificação do Artigo Final
- Parecer do Professor Orientador
- Contrato de Cessão Gratuita de Direitos Autorais (OBRIGATÓRIO)
- Termo de Cessão de Pessoa Física para Pessoa Física (QUANDO NECESSÁRIO)
3.6 Referências
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6022: informação e
documentação – artigo em publicação periódica científica impressa – apresentação. Rio de Janeiro, 2003.
______. NBR 10520: informação e documentação – citações em documentos –
apresentação. Rio de Janeiro, 2002.
______. NBR 6023: informação e documentação –referências – elaboração. Rio de Janeiro, 2002.
______. NBR 6028: informação e documentação – resumo – apresentação. Rio de
Janeiro, 2002. LAVILLE, C. ; DIONNE, J. A construção do saber: manual de metodologia da pesquisa
em ciências humanas. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1999.
RAUEN, F. J. Roteiros de Investigação Científica. Tubarão: Unisul, 2002. UFPR. Biblioteca Central. Normas para apresentação de trabalhos. 6. ed. Curitiba:
Universidade Federal do Paraná - UFPR, 1996.
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APENDICÊ 1 - APRESENTAÇÃO DO ARTIGO FINAL
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL - PDE
O Artigo Final deverá conter entre 12 a 18 páginas (laudas) digitadas, incluindo
ilustrações (desenhos, esquemas, fluxogramas, fotografias, organogramas, plantas, quadros,
mapas, gravuras, imagens, gráficos), tabelas e referências. Não deverão ser inseridas capas,
número de páginas, cabeçalhos, folha de rosto, folhas com sumário e índice.
Os Artigos Finais deverão contemplar os seguintes itens: Título, Nome do
autor/orientador, Resumo, Palavras-chave, Introdução, Desenvolvimento,
Considerações Finais e Referências.
O contido no Artigo Final, bem como a exatidão das referências, são de inteira
responsabilidade do autor e de seu orientador.
1. Formatação 1.1 Papel tamanho
A4 (21,0 x 29,7cm) 1.2 Margens
Superior: 3,0 cm Inferior: 2,0 cm Esquerda: 3,0 cm Direita: 2,0 cm A margem do texto deverá ser justificada.
1.3 Fonte
Letra ARIAL 1.4 Tamanhos da fonte
Corpo do texto: tamanho 12. Legendas de ilustrações (figuras, quadros, gráficos,...) e tabelas: tamanho 10. Resumo: tamanho 10. Citações diretas (até 3 linhas): tamanho 12, com aspas simples. Citação longa (acima de 3 linhas): tamanho 10.
1.5 Espaçamento entrelinhas
1,5 (um e meio) cm ao longo do texto. 1 (um) – simples para Resumo, citação longa, legendas de ilustrações, tabelas, quadros, gráficos e referências.
1.6 Parágrafo:
No corpo do texto 1,25 (um e vinte e cinco) cm da margem esquerda. Em citações longas (acima de 3 linhas) recuo de 4 cm da margem esquerda, sem
RECOMENDAÇÕES PARA EDIÇÃO
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aspas.
1.7 Numeração das páginas: Não Paginar.
1.8 Sumário e Índice Não inserir 1.9 Tabela Recomenda-se que as tabelas apresentem uniformidade gráfica: tipos de letras e números, uso de maiúsculas e minúsculas, bem como nos sinais gráficos. O título e a legenda da Tabela devem ser centralizados se forem constituidos por menos de uma linha, caso contrário, justificados e recuados 0,8 cm em ambas as margens. A fonte deve ser Arial, tamanho 10.
Tabela 1 - Evolução dos inscritos e concluintes do GTR
Turma PDE GTR - Grupo de Trabalho em Rede
Inscritos Concluintes
2007 22706 8925
2008 18833 10367
2009 30049 17377
Fonte: Dados adaptados do Relatório de Ações PDE – 2006 a 2010
1.10 Ilustrações Ilustração é a denominação genérica atribuída a desenhos, mapas, gravuras, imagens, gráficos e demais tipos ilustrativos (NBR 15287). O título e a legenda da ilustração devem ser centralizados se forem constituidos por menos de uma linha, caso contrário, justificados e recuados 0,8 cm em ambas as margens. A fonte deve ser Arial, tamanho 10.
Figura 1 – Localização da Reserva indígena Rio das Cobras/PR
Fonte: PARANÁ, 2012
2. Estrutura do Artigo Final O Artigo Final deverá ser elaborado contendo os seguintes itens: Título, Nome dos autor/orientador, Resumo, Palavras-chave, Introdução, Desenvolvimento, Considerações Finais e Referências.
Título e subtítulo (se houver): fonte Arial, tamanho 14, negrito e centralizado,
ATENÇÃO: Não separar os parágrafos com espaço e evitar deixar uma única linha isolada no início ou no final de uma página. O texto deve estar com margem justificada.
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diferenciados tipograficamente (título: caixa alta, subtítulo: minúsculo). O título e subtítulo (se houver) devem figurar na página de abertura do artigo, separados por dois-pontos (:). Nome do autor e orientador: o nome do autor e orientador devem estar
dispostos abaixo do título alinhados à direita e escritos em fonte Arial, tamanho 12, negrito, dispostos um abaixo do outro com inserção de nota de rodapé para descrição da qualificação acadêmico-profissional do Professor PDE e do Orientador. Estas notas de rodapé deverão estar escritas em fonte Arial, tamanho 10. Resumo: em parágrafo único, tamanho 10, justificado, espaçamento 1 (um) –
simples, contendo de 100 a 250 palavras. A palavra “Resumo” deverá estar em negrito e preceder o texto. Palavras-chave: devem localizar-se logo abaixo do resumo, antecedidas da
expressão “Palavras-chave”; e separadas entre si por ponto e finalizadas também por ponto - inserir no máximo 05 (cinco) palavras-chave.
Estrutura do Texto
Introdução: fonte Arial, tamanho 12, espaçamento entrelinhas 1,5 cm e
preferencialmente ser escrita em no máximo 1 (uma) lauda. Desenvolvimento: a fim de garantir uma exposição ordenada do assunto, o Artigo
Final poderá ser dividido em seções e subseções. Para tal, deverão ser empregadas numeração progressiva (Consultar NBR 6024). Cada divisão deverá ser alinhada na margem esquerda precedendo o título e dele separado por um espaço. O título das seções deverão estar em negrito. O texto deverá ser escrito em fonte Arial, tamanho 12, espaçamento entrelinhas 1,5 cm.
Considerações Finais: fonte Arial, tamanho 12, espaçamento entrelinhas 1,5 cm
e justificados. Referências: elemento obrigatório que deve aparecer em ordem alfabética, por
sobrenome do autor, alinhadas somente à margem esquerda, espaçamento simples e separadas entre si por espaço duplo. (Consultar NBR 6023). Glossário: elemento opcional. Lista em ordem alfabética de palavras ou
expressões técnicas de uso restrito ou de sentido obscuro, utilizadas no texto, acompanhadas das respectivas definições (NBR 6022). Anexo(s): texto ou documento não elaborado pelo autor utilizado para
fundamentação, comprovação e ilustração. É considerado elemento opcional e deve ser identificado por letras maiúsculas consecutivas, travessão e seguido pleos respectivos títulos. (NBR 15287).
Exemplo: ANEXO 1 – Plano de Cargos e Carreiras
ATENÇÃO: Orienta-se que a palavra “Desenvolvimento” não apareça de forma
explícita no texto.
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Apêndice(s): texto ou documento elaborado pelo autor, utilizado para complementar sua
argumentação, sem comprometer o núcleo do trabalho. É considerado elemento opcional e deve ser identificado por letras maiúsculas consecutivas, travessão e seguido pelos respectivos títulos. (NBR 115287). Exemplo: APÊNDICE A – Entrevista X com o Professor P1 APÊNDICE B – Entrevista Y com o Professor P2 3. Citações
Devem seguir as orientações contidas na NBR 10520. Abaixo seguem alguns exemplos. 3.1 Citação direta até 3 linhas inseridas na sentença
De acordo com Lemos (2010, p. 15), “a cultura contemporânea, associada às tecnologias digitais (ciberespaço, simulação, tempo real, processos de virtualização, etc.), vai criar uma nova relação entre a técnica e a vida social que chamaremos de cibercultura.”
Nas Referências: LEMOS, A. Cibercultura: tecnologia e vida social na cultura contemporânea. Porto Alegre:
Sulina, 2010. 295 p. 3.2 Citação indireta inserida na sentença Orlandi (2005) traz as concepções de linguagem e de discurso tendo como pressuposto as perspectivas de Pêcheux. A autora considera a linguagem como não transparente e nem totalmente autônoma, resultado da interação entre o homem e as realidades natural e social, ou seja, constitui-se como produção social em mediação com o outro. Nas Referências: ORLANDI, E. P. Análise de discurso: princípios e procedimentos. São Paulo: Pontes, 2005.
3.3 Citação indireta após a sentença
A linguagem pode ser considerada um sistema capaz de ambiguidade, definindo-se na discursividade como a inserção dos efeitos materiais da língua na história, incluindo a análise do imaginário na relação dos sujeitos com a linguagem (ORLANDI, 2005).
Nas Referências: ORLANDI, E. P. Análise de discurso: princípios e procedimentos. São Paulo: Pontes, 2005.
3.4 Citação de documentos sem autoria
Indica-se o título do documento, com o primeiro termo em letras maiúsculas seguido de reticências. Vivemos em uma sociedade em que o trabalho forçado infantil, “as crianças são levadas às lavouras a partir dos 5 anos” (NOS CANAVIAIS..., 1995, p. 12). Nas Referências: NOS CANAVIAIS, mutilação em vez de lazer e escola. O Globo, Rio de Janeiro, 16 jul. 1995. O País, p. 12.
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3.5 Citação com 2 autores Sampaio e Leite (1999) consideram que há um volume grande de informação que circula em múltiplos meios e com muita rapidez, assim o uso crescente da tecnologia na sociedade diversificou as estratégias de aprendizagem informal. Nas Referências:
SAMPAIO, M. N.; LEITE, L. S. Alfabetização tecnológica do professor. Editora Vozes: Petrópolis: 1999. 109 paginas. 3.6 Citação com 3 autores Conforme Lessard-Hébert, Goyette e Boutin (1990), no âmbito da investigação qualitativa a entrevista é uma técnica de coleta de dados muito válida quando se quer recolher dados sobre as crenças, as opiniões e as ideias dos sujeitos observados.
Nas Referências: LESSARD-HÉBERT, M.; GOYETTE, G; BOUTIN, G. Investigação qualitativa: fundamentos
e práticas. Lisboa: Instituto Piaget,1990. 3.7 Citação com mais de 3 autores As transformações de ordem econômica que este novo sistema engendra, “mesmo em sociedades centradas na produção e circulação de mercadorias como são as contemporâneas” (DOWBOR et al, 2001, p.22). Nas Referências: DOWBOR, L. et al. Desafios da comunicação. Petrópolis: Vozes, 2001. 210 p.
3.8 Citação de leis, decretos e resoluções De fato a educação profissional e tecnológica, integra-se aos diferentes níveis e modalidades de educação, além disso, enquadra-se às dimensões do trabalho, da ciência e da tecnologia (BRASIL, 2008). Nas Referências:
BRASIL. Lei n. 11.741, de 16 de julho de 2008. Altera dispositivos da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para redimensionar, institucionalizar e integrar as ações da educação profissional técnica de nível médio, da educação de jovens e adultos e da educação profissional e tecnológica. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 16 jul. 2008. Disponível em: <www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11741.htm#art1>. Acesso em: 06 jul. 2008. 3.9 Uso de termos estrangeiros e nomenclatura científica
Os termos estrangeiros e científicos inseridos ao longo do texto devem ser editados em itálico.
Ex: Usa-se o termo Stand by para identificar o consumo de energia elétrica em modo de
espera.
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3.10 Citação longa
Para Althusser, de quem a Análise do Discurso toma o conceito de ideologia, o sujeito sempre resulta de uma identificação. Já antes do nascimento é afetado e interpelado pela ideologia, uma vez que seus pais se referem a ele por um nome, designando-lhe uma aparência de identidade, com isso é chamado a existir. É próprio da ideologia impor evidências, o que nos faz reconhecer como tendo um nome, sobrenome, constituindo, portanto o sujeito (OLIVEIRA, 2006, p.48).
Nas Referências: OLIVEIRA, O. B. Discurso dos licenciandos em ciências biológicas: um caminho para a reflexão sobre a formação de professor-autor. Tese de Doutorado, Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo, 2006. 3.11 Citação de Citação
Utilizar a expressão latina apud, ou o equivalente em português, “citado por”, para identificar a fonte secundária que foi efetivamente consultada. O autor citado deve constar na lista de referências. O autor que não se teve acesso, indicar em nota de rodapé, com espaço entrelinhas simples e letra Arial, tamanho 10.
Maanen1 (1979, apud NEVES, 1996, p.1) declara que os métodos qualitativos empregados na pesquisa assemelham-se aos procedimentos de interpretação dos fenômenos que empregamos no nosso dia-a-dia, ou seja, “tratam-se de dados simbólicos, situados em determinado contexto; revelam parte da realidade ao mesmo tempo em que, escondem outra parte”.
______________________________ Em nota de rodapé: 1.
MAANEN, J. V. Reclaiming qualitative methods for organizational reserch: a preface. In: Administrative Science Quarterly, v. 24, n 4, p.520-526, dez,1979.
Nas Referências: NEVES, L. J. Pesquisa Qualitativa: características, usos e possibilidades. Caderno de Pesquisa em Administração, São Paulo, v.1, n.3, p.1-5, 1996.
3.12 Citação de orgãos governamentais
Entrar pela Jurisdição (país, estado, município).
Portanto, para que esse discurso de unidade fosse alcançado, ficou estabelecido que o texto curricular tivesse como objetivo a formação humana, com ênfase nos sujeitos do processo e privilegiando os princípios do trabalho, da cultura, da ciência e da tecnologia, que junto aos conteúdos escolares, fundamentariam a construção do conhecimento (PARANÁ, 2006). Nas Referências: PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Introdução às diretrizes curriculares. Curitiba: SEED, 2006.
3.13 Citação de documentos do mesmo autor com as mesmas datas de publicação
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Diferenciar acrescentando letras minúsculas em ordem alfabética. Portanto, a AD procura compreender a linguagem enquanto corpo simbólico constitutivo do homem e de sua história, sendo sua tarefa compreender como o material simbólico faz sentido e como ocorre o seu funcionamento (sentido em relação à situação) e não apenas como conteúdo (ORLANDI, 2005a). Nas Referências: ORLANDI, E. P. Análise de discurso: princípios e procedimentos. São Paulo: Pontes, 2005a. 3.14 Citação de documentos da internet
Neste sentido “a escola como um espaço de inovação, de experimentação saudável de novos caminhos, não romper com tudo, mas implementar mudanças e supervisioná-las com equilíbrio e maturidade.” (MORAN, 2012). Nas Referências: MORAN, J. M. Educação e tecnologias: mudar para valer. Disponível em: <http://www.eca.usp.br/prof/moran/educatec.htm>. Acesso em: 06 jul. 2012.
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4. DIREITOS AUTORAIS
Fátima Branco Godinho de Castro
Ricardo Hasper
Os professores que participam do Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE
devem elaborar sob orientação do professor da IES, no segundo período do Programa, a
Produção Didático-pedagógica e no quarto período o Artigo Final. Essas produções
devem estar previstas no Projeto de Intervenção Pedagógica.
Tanto a Produção Didático-pedagógica como o Artigo Final serão publicizadas na
página eletrônica do PDE/SEED, como vistas a dar visibilidade às produções dos
Professores PDE, bem como promover a socialização das produções teórico-
metodológicas realizadas ao longo de sua participação no Programa.
A Produção Didático-pedagógica constitui-se numa das produções do Professor
PDE que se traduz na elaboração do material didático enquanto estratégia que sirva aos
propósitos de seu Projeto de Intervenção Pedagógica. Sugeriremos, no item 1(um) os
seguintes formatos do Material Didático pedagógico, a saber: unidade didática, caderno
pedagógico, caderno temático e etc.
O Artigo Final representa o percurso das produções realizadas do professor no
Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE. No item 3 (três) informamos as
normas que deverão ser seguidas para a elaboração do Artigo.
A Produção Didático-pedagógica possui características diferenciadas do Artigo
Final no âmbito do Programa de Desenvolvimento Educacional - PDE, como
demonstramos, respectivamente, nos itens 1 e 3 do presente documento.
No que diz respeito a elaboração e publicização online das produções acima citadas,
faz-se necessário que o Professor PDE em conjunto com seu orientador atentem para a
Lei que normatiza o tema sobre Direitos Autorais.
4.1 O trabalho não-material
Dermeval Saviani, em seu artigo “Sobre a Natureza e Especificidade da Educação”
estabelece duas categorias diferenciadoras relativas ao processo de produção da
existência humana, uma na perspectiva de produção de bens materiais, denominado de
Professora da Rede Estadual de Ensino do Paraná, atualmente compõe a equipe pedagógica do PDE/SEED/PR. Professor da Rede Estadual de Ensino do Paraná, atualmente compõe a equipe tecnológica do PDE/SEED/PR.
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trabalho material e a outra a “produção de idéias, conceitos, valores, símbolos, hábitos,
atitudes, habilidades. Numa palavra, trata-se da produção do saber sobre a natureza,
seja do saber sobre a cultura, isto é, o conjunto da produção humana” (SAVIANI, 2005,
p. 12), ou seja, o trabalho não-material.
Saviani, vai adiante e, no âmbito do trabalho não-material,
apontando duas modalidades, “(...) A primeira refere-se àquelas atividades em que o
produto se separa do produtor, como no caso dos livros e objetos artísticos. (…) A
segunda diz respeito às atividades em que o produto não se separa do ato da
produção.(...) É nessa segunda modalidade do trabalho não-material que se situa a
educação” (SAVIANI, 2005, p.12).
Assim, o Professor PDE desenvolve, no momento de sua inserção no Programa, a
atividade de Produção Didático-pedagógica e de Artigo Final, utilizando o conceito de
Saviani, trabalho não-material que tem a possibilidade de se separar do produtor.
Diferente da usualmente praticada, a atividade de ensino, a aula, que “se supõe, ao
mesmo tempo, a presença do professor e a presença do aluno” (SAVIANI, 2005, p.12).
Portanto, ao concluir o Programa o professor produz atividades que se separam do
produtor devendo desta forma , atender aos dispositivos legais pertinentes a Lei de
Direitos Autorais, notadamente, nº 9.610/98, tanto na perspectiva de proteger sua
criação como no acesso e utilização de outras produções, respeitando a Lei de Direitos
Autorais.
É de fundamental importância tecermos considerações e orientações acerca do
tema, sobretudo na perspectiva de resguardar a integridade da Secretaria de Estado da
Educação do Paraná.
4.2 O que são direitos autorais
Todos os autores são unânimes, “os direitos autorais lidam basicamente com a
imaterialidade, principal característica da propriedade intelectual. Estão presentes nas
produções artísticas, culturais, científicas etc” (MARTINS, 1998).
O Prof. Dr. Sérgio Said Staut Júnior, esclarece:
qualquer criação artística, científica ou literária, desde que exteriorizada, por qualquer meio, é protegida por direitos autorais. Exemplificamente, são protegidas por direitos autorais: (i) as obras literárias, artísticas ou científicas; (ii) os filmes e outras obras audiovisuais; (iii) as músicas; (iv) as conferências e apresentações; (v) a fotografia; (vi) os desenhos e as pinturas; (vii) um trabalho acadêmico de um professor ou de um alunos, entre muitas outras obras autorais.
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As definições acima mencionadas foram extraídas da Legislação que trata dos
Direitos Autorais, para melhor compreensão no próximo item apresentamos
resumidamente os principais artigos da Lei 9.610/98. Salientamos que é de suma
importância que o Professor PDE conheça a referida Lei.
4.3 A Lei nº 9.610
A Lei nº 9.610 foi promulgada em 19 de fevereiro de 1998 pelo então presidente da
República Fernando Henrique Cardoso, alterando, atualizando e consolidando a
legislação sobre direitos autorais e dando outras providências.
A Lei é composta por cento e quinze artigos dos quais estão distribuídos em oito
títulos, conforme o que segue: Disposições Preliminares, Das Obras Intelectuais, Dos
Direitos do Autor, Da Utilização de Obras Intelectuais e dos Fonogramas, Dos Direitos
Conexos, Das Associações de Titulares de Direitos de Autor e dos que lhe são Conexos,
Das Sanções às Violações dos Direitos Autorais, Disposições Finais e Transitórias.
No artigo 7º encontramos a relação das obras intelectuais protegidas por lei, que
são :
os textos de obras literárias, artísticas ou científicas; as conferências, alocuções, sermões e outras da mesma natureza; as obras dramáticas e dramático-musicais; as obras coreográficas e pantomímicas, cuja execução cênica se fixe por escrito ou por outra qualquer forma; as composições musicais, tenham ou não letra; as obras audiovisuais, sonorizadas ou não, inclusive as cinematográficas; as obras fotográficas e as produzidas por qualquer processo análogo ao da fotografia; as obras de desenho, pintura, gravura, escultura, litografia e arte cinética; as ilustrações, cartas geográficas e outras obras da mesma natureza; os projetos, esboços e obras plásticas concernentes à geografia, engenharia, topografia, arquitetura, paisagismo, cenografia e ciência; os programas de computador; as coletâneas ou compilações, antologias, enciclopédias, dicionários, bases de dados e outras obras, que, por sua seleção, organização ou disposição de seu conteúdo, constituam criação intelectual. (BRASIL, 1998).
Os direitos dos autores de obras intelectuais constituem-se em direitos morais e
patrimoniais. Direitos morais, de acordo com a Legislação vigente diz respeito a
propriedade da autoria e no caso de morte do autor a propriedade é transmitida aos seus
herdeiros. No âmbito da utilização, fruição e disposição da obra intelectual depende de
autorização prévia do autor e encontra-se no artigo 29º que estabelece os critérios dos
Direitos Patrimoniais do Autor.
Dos artigos 53º ao 88º encontramos as normas relativas a utilização das obras
intelectuais e fonográficas. Por fim, nos artigos 101º ao 110º rezam sobre as sanções
previstas decorrentes da utilização inadequada das obras intelectuais e fonográficas.
48
48
4.4 Como utilizar de forma correta as obras disponíveis
Ninguém pode reproduzir uma obra que não pertença ao domínio público, a pretexto
de anotá-la, comentá-la ou melhorá-la, sem permissão do autor. De acordo com o Portal
do MEC, o Domínio Público tem por finalidade:
O "Portal Domínio Público", lançado em novembro de 2004 (com um acervo inicial de 500 obras), propõe o compartilhamento de conhecimentos de forma equânime, colocando à disposição de todos os usuários da rede mundial de computadores - Internet - uma biblioteca virtual que deverá se constituir em referência para professores, alunos, pesquisadores e para a população em geral. Este portal constitui-se em um ambiente virtual que permite a coleta, a integração, a preservação e o compartilhamento de conhecimentos, sendo seu principal objetivo o de promover o amplo acesso às obras literárias, artísticas e científicas (na forma de textos, sons, imagens e vídeos), já em domínio público ou que tenham a sua divulgação devidamente autorizada, que constituem o patrimônio cultural brasileiro e universal. Desta forma, também pretende contribuir para o desenvolvimento da educação e da cultura, assim como, possa aprimorar a construção da consciência social, da cidadania e da democracia no Brasil. Adicionalmente, o "Portal Domínio Público", ao disponibilizar informações e conhecimentos de forma livre e gratuita, busca incentivar o aprendizado, a inovação e a cooperação entre os geradores de conteúdo e seus usuários, ao mesmo tempo em que também pretende induzir uma ampla discussão sobre as legislações relacionadas aos direitos autorais - de modo que a "preservação de certos direitos incentive outros usos" -, e haja uma adequação aos novos paradigmas de mudança tecnológica, da produção e do uso de conhecimentos.
http://www.dominiopublico.gov.br/Missao/Missao.jsp acesso
em 09 de julho de 2012.
No Brasil, não existe um percentual mínimo ou máximo preestabelecido, em lei, para
que o sujeito utilize parte de material artístico, científico ou literário sem violar direitos
autorais. Entretanto, é sempre possível utilizar-se do chamado Direito de Citação. Para
tanto, o sujeito que faz uso de outras obras deverá atender para o que segue:
1º As citações e referências deverão ser elaboradas respeitando sempre as normas
da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), nas NBR 6023 (normas para
realizar as Referências ao final do texto) e NBR 10520 (normas para realização de
citações no corpo do texto).
2º Para a utilização de artigos da Web poderá ser consultado o SciELO livros. O
acesso é aberto sob a licença Creative Commons , com atribuição de uso não
Comercial. Podendo acessar e usar, desde que cite a fonte original (direito moral).
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49
3º A utilização de gravuras, imagens, fotos, charges, tirinhas e histórias em
quadrinhos, filmes entre outras, somente será permitida com a autorização por escrito
do autor da obra. Neste caso, o Professor PDE deverá solicitar a autorização por meio
dos Termos de Cessão de Pessoa Física para Pessoa Física e anexá-la a sua
Produção Didático-pedagógica e Artigo Final.
4.5 A Lei de Direitos Autorais no âmbito do PDE
O Professor PDE tanto é criador de obra intelectual como é usuário de outras obras
intelectuais e fonográficas. Uma das atividades do PDE é a Produção Didático-
pedagógica e a outra a elaboração de Artigo Final, que serão publicizadas na página
eletrônica do PDE/SEED. Deste modo, é de suma importância o conhecimento da
Legislação que trata dos Direitos Autorais. Em outras palavras, é importante lembrar que
o Professor PDE, enquanto autor da Produção Didático-pedagógica e do Artigo Final,
deve estar atento às orientações que a Lei impõe, sobretudo, durante o processo de
organização e estruturação dos produtos de sua criação.
O Professor PDE ao concluir a Produção Didático-pedagógica e o Artigo Final,
deverá preencher e assinar o Contrato de Cessão de Direitos Autorais para a
Secretaria de Estado da Educação do Paraná se necessário, também o(s) Termo(s) de
Cessão de Pessoa Física para Pessoa Física.
4.6 Perguntas e respostas
Segue abaixo material elaborado pelo Prof. Dr. Sérgio Said Staut Júnior para o PDE,
contento perguntas e respostas mais frequentes sobre a questão dos Direitos Autorais.
Esperamos que suas dúvidas sejam sanadas:
4.6.1 O que são os direitos autorais?
Qualquer criação artística, científica ou literária, desde que exteriorizada, por
qualquer meio, é protegida por direitos autorais. Exemplificativamente, são protegidas
por direitos autorais: i) as obras literárias, artísticas ou científicas; ii) os filmes e outras
obras audiovisuais; iii) as músicas; iv) as conferências e apresentações; v) a fotografia;
vi) os desenhos e as pinturas; vii) um trabalho acadêmico de um professor ou de um
aluno, entre muitas outras obras autorais. Segundo o artigo 7º da Lei n.º 9.610:
Art. 7º São obras intelectuais protegidas as criações do espírito,
50
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expressas por qualquer meio ou fixadas em qualquer suporte, tangível ou intangível, conhecido ou que se invente no futuro, tais como: I - os textos de obras literárias, artísticas ou científicas; II - as conferências, alocuções, sermões e outras obras da mesma natureza; III - as obras dramáticas e dramático musicais; IV - as obras coreográficas e pantomímicas, cuja execução cênica se fixe por escrito ou por outra qualquer forma; V - as composições musicais, tenham ou não letra; VI - as obras audiovisuais, sonorizadas ou não, inclusive as cinematográficas; VII - as obras fotográficas e as produzidas por qualquer processo análogo ao da fotografia; VIII - as obras de desenho, pintura, gravura, escultura, litografia e arte cinética; IX - as ilustrações, cartas geográficas e outras obras da mesma natureza; X - os projetos, esboços e obras plásticas concernentes à geografia, engenharia, topografia, arquitetura, paisagismo, cenografia e ciência; XI - as adaptações, traduções e outras transformações de obras originais, apresentadas como criação intelectual nova; XII - os programas de computador; XIII - as coletâneas ou compilações, antologias, enciclopédias, dicionários, bases de dados e outras obras, que, por sua seleção, organização ou disposição de seu conteúdo, constituam uma criação intelectual. § 1º Os programas de computador são objeto de legislação específica, observadas as disposições desta Lei que lhes sejam aplicáveis. § 2º A proteção concedida no inciso XIII não abarca os dados ou materiais em si mesmos e se entende sem prejuízo de quaisquer direitos autorais que subsistam a respeito dos dados ou materiais contidos nas obras. § 3º No domínio das ciências, a proteção recairá sobre a forma literária ou artística, não abrangendo o seu conteúdo científico ou técnico, sem prejuízo dos direitos que protegem os demais campos da propriedade imaterial.
4.6.2 O que é protegido pelos direitos autorais?
Os direitos do sujeito criador sobre sua obra apresentam-se marcados por uma
duplicidade de conteúdo. Contemplam aspectos de natureza claramente patrimonial,
representado pela obra, resultado material da criatividade e do esforço humano, a partir
dos quais são tratados como direitos patrimoniais do autor. Outros, de natureza
complexa, denominados direitos morais do autor, permanecem identificados e vinculados
à própria personalidade do autor.
A natureza dúplice dos direitos autorais pode ser claramente identificada na Lei
brasileira, em vigor desde 1998, Lei n.º 9.610, especialmente no art. 22, quando dispõe:
“Pertencem ao autor os direitos morais e patrimoniais sobre a obra que criou.” Esta lei
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reserva um capítulo específico para cada uma dessas facetas. O Capítulo II (arts. 24 a
27), do Título III, é destinado aos direitos morais do autor e o Capítulo III (arts. 28 a 45),
desse mesmo Título, cuida dos direitos patrimoniais do autor e sua duração.
É importante conhecer os artigos acima citados da Lei n.º 9.610 de 1998, pois
são esses artigos que estabelecem (ainda que não de forma taxativa) os direitos
patrimoniais (arts. 28 a 45) e os direitos morais do autor (arts. 24 a 27).
4.6.3 Qual a legislação que regulamenta especificamente essa matéria?
A legislação que atualmente regulamenta especificamente os direitos autorais,
já citada, é a Lei n.º 9.610 de 1998. A Constituição Federal Brasileira de 1988
também consagra o direito do autor/criador sobre a sua obra e o considera um
direito fundamental (art. 5º, incs. XXVII e XXVIII). Destaca-se, ainda, que a Lei n.º
9.610 de 1998 regulamenta tanto os direitos de autor, assim como os que lhes
são conexos.
4.6.4 A lei de proteção aos direitos autorais pode ser compreendida por uma pessoa sem formação jurídica?
Sim, a Lei n.º 9.610 de 1998 pode ser sim compreendida por uma pessoa sem
formação jurídica. Inclusive sugere-se que as pessoas que trabalham com os direitos
autorais tenham conhecimento dessa legislação e fiquem atentos ao teor dela. A lei pode
ser obtida, de forma gratuita, por exemplo, no site da Câmara dos Deputados
(www.camara.gov.br), no site do Senado (www.senado.gov.br) e no site da Presidência
da República (www.presidencia.gov.br).
4.6.5 Uma pessoa que trabalhe com elaboração de materiais didáticos deve ter conhecimento da Lei n.º 9.610 de 1998?
Sim, conforme a resposta constante no item anterior, é imprescindível a leitura atenta
da Lei de proteção aos direitos autorais (Lei n.º 9.610 de 1998) por parte daquele que
trabalhe com elaboração de materiais didáticos. Não é possível esquecer que é essa lei
(Lei n.º 9.610 de 1998) que regulamenta boa parte dos furtos do trabalho de um
professor / pesquisador que produz pesquisa e elabora materiais didáticos (e outras
obras autorais).
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4.6.6 Quais são os direitos patrimoniais do autor segundo a Lei n.º 9.610 de 1998?
A Lei n.º 9.610, de 19 de fevereiro de 1998, que regulamenta esta matéria no Título
III, Capítulo III, intitulado: “Dos Direitos Patrimoniais do Autor e de sua Duração”, em seu
art. 28 dispõe: “Cabe ao autor o direito exclusivo de utilizar, fruir e dispor da obra literária,
artística e científica.”
Segundo o art. 29, da Lei n.º 9.610/98:
Depende de autorização prévia e expressa do autor a utilização da obra, por quaisquer modalidades, tais como: I – reprodução parcial ou integral; II – a edição; III – a adaptação, o arranjo musical e quaisquer outras transformações; IV – a tradução para qualquer idioma; V – a inclusão em fonograma ou produção audiovisual; VI – a distribuição, quando não intrínseca ao contrato firmado pelo autor com terceiros para uso ou exploração da obra; VII – a distribuição para oferta de obras ou produções mediante cabo, fibra ótica, satélite, ondas ou qualquer outro sistema que permita ao usuário realizar a seleção da obra ou produção para percebê-la em um tempo e lugar previamente determinados por quem formula a demanda, e nos casos em que o acesso às obras ou produções se faça por qualquer sistema que importe em pagamento pelo usuário; VIII – a utilização, direta ou indireta, da obra literária, artística ou científica, mediante: a) representação, recitação ou declamação; b) execução musical; c) emprego de alto falante ou sistemas análogos; d) radiodifusão sonora ou televisiva; e) captação de transmissão de radiodifusão em locais de frequência coletiva; f) sonorização ambiental; g) a exibição audiovisual, cinematográfica ou por processo assemelhado; h) emprego de satélites artificiais; emprego de sistemas óticos, fios telefônicos ou não, cabos de qualquer tipo e meios de comunicação similares que venham a ser adotados; j) exposição de obras de artes plásticas e figurativas. IX – a inclusão em base de dados, o armazenamento em computador, a microfilmagem e as demais formas de arquivamento do gênero; X – quaisquer outras modalidades de utilização existentes ou que venham a ser inventadas.
Deve ser observado, ainda, que os direitos patrimoniais do autor sobre a sua obra
não se esgotam na enumeração trazida pela Lei n.º 9.610/98. Ou seja, as possibilidades
de utilização econômica da obra não são limitadas pela legislação, pois o rol de
modalidades de utilização indicado pela lei não é taxativo.
4.6.7 Quais são os direitos morais do autor segundo a Lei n.º 9.610 de 1998?
Em linhas gerais, ao contrário dos direito patrimoniais do autor que se destacam do
titular Corpo do artigo: Arial, fonte tamanho 12, espaçamento entrelinhas 1,5 originário
e se destinam a permitir a sua transmissão, o conteúdo moral dos direitos autorais,
também chamado de personalíssimo ou de pessoal, caracteriza-se por afirmar o vínculo
indissolúvel que existe entre o autor e a sua obra. Se a obra é produto do espírito
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humano, da criatividade que emana do próprio autor, essa ligação de natureza pessoal
existente entre o autor e a sua criação deve ser tutelada.
A Lei n.º 9610/98 também se ocupa, no seu art. 24, em definir os direitos autorais
morais, que compreende: I – o de reivindicar, a qualquer tempo, a autoria da obra; II – o
de ter seu nome, pseudônimo ou sinal convencional indicado ou anunciado, como sendo
o autor, na utilização da obra; III – o de conservar a obra inédita; IV – o de assegurar a
integridade da obra, opondo-se a quaisquer modificações ou à prática de atos que, de
qualquer forma, possam prejudicá-la ou atingí-lo, como autor, em sua reputação ou
honra; V – o de modificar a obra, antes ou depois de utilizada; VI – o de retirar de
circulação a obra ou suspender qualquer forma de utilização já autorizada, quando a
circulação ou utilização implicarem afronta à sua reputação e imagem; VII – o de ter
acesso a exemplar único e raro da obra, quando se encontre legitimamente em poder de
outrem, para o fim de, por meio de processo fotográfico ou assemelhado, ou audiovisual,
preservar sua memória, de forma que cause o menor inconveniente possível a seu
detentor, que, em todo caso, será indenizado de qualquer dano ou prejuízo que lhe seja
causado.
Sinteticamente, pode-se concluir que a Lei n.º 9610/98 enumera (não
taxativamente) os seguintes direitos: o direito de reivindicar a autoria da obra; o direito ao
nome; o direito de conservar inédita a obra; o direito à integridade da obra; o direito de
modificar a obra; o direito de retirar de circulação a obra e o direito de ter acesso a
exemplar único. O desrespeito ou a restrição de qualquer um desses aspectos dos
direitos de personalidade, geralmente, é a causa.
Deve ser observado, ainda, que os direitos patrimoniais do autor sobre a sua obra
não se esgotam na enumeração trazida pela Lei n.º 9.610/98. Ou seja, as possibilidades
de utilização econômica da obra não são limitadas pela legislação, pois o rol de
modalidades de utilização indicado pela lei não é taxativo.
4.6.8 O que é cedido ou transmitido quando é realizado um contrato de “cessão de direitos autorais”?
Apenas os direitos patrimoniais do autor são cedidos ou transmitidos quando se
realiza um contrato de “cessão de direitos autorais”. Os direitos morais do autor (direitos
personalíssimos) não são transmitidos quando é realizada uma cessão (ainda que total)
dos direitos autorais. Destaca-se que a interpretação de um contrato de cessão de
direitos autorais deve ser sempre restritiva e, no caso de dúvida, favorável ao autor.
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4.6.9 O que é o domínio público de uma obra autoral? O que cai em domínio público e como?
Os direitos patrimoniais do autor caem em domínio público (não, evidentemente, os
direitos morais). “Cair em domínio público” significa que qualquer pessoa pode utilizar /
explorar a obra sem a necessidade de remunerar (a qualquer título) o (ex) titular dos
direitos autorais patrimoniais. Isso significa dizer, simplificando um pouco a questão, que
não é mais necessário pagar para utilizar aquela obra autoral.
Como regra, segundo o Art. 41. da lei 9610, “Os direitos patrimoniais do autor
perduram por setenta anos contados de 1° de janeiro do ano subsequente ao de seu
falecimento, obedecida a ordem sucessória da lei civil.” A partir desse período, as obras
autorais caem em domínio público. É importante observar os demais artigos, na
sequência do art. 41, porque existem algumas regras específicas dependendo do tipo de
obra. Para livros o prazo é o do art. 41, acima citado.
4.6.10 Existe percentual para utilização de obras, sem prejuízo dos direitos autorais?
Não, aqui no Brasil não existe um percentual mínimo ou máximo preestabelecido, em
lei, para que o sujeito utilize parte de material artístico, científico ou literário sem violar
direitos autorais. Entretanto, é sempre possível utilizar-se do chamado “direito de
citação”. Em relação à cópia de material, a legislação brasileira (Lei 9610) também
permite a cópia de pequenos trechos nos seguintes termos “a reprodução, em um só
exemplar de pequenos trechos, para uso privado do copista, desde que feita por este,
sem intuito de lucro”.
Observe que não é estabelecido um número fixo para a realização da cópia, a
legislação fala apenas em “pequenos trechos” e a interpretação desse conceito aberto
deve ser feita com moderação e razoabilidade.
4.6.11 O que é o “direito de citação”?
Segundo o Art. 46. da Lei 9610, “Não constitui ofensa aos direitos autorais: III - a
citação em livros, jornais, revistas ou qualquer outro meio de comunicação, de
passagens de qualquer obra, para fins de estudo, crítica ou polêmica, na medida
justificada para o fim a atingir, indicando-se o nome do autor e a origem da obra;”
Portanto, desde que devidamente citada, a “passagem” (não a obra ou parte significativa
dela) pode ser citada em outro trabalho autoral. Trata-se do direito de citação.
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4.6.12 Imagens da Wikipédia, sites do MEC e da Internet em geral poderão ser utilizadas, somente com as referências de fonte ou, precisam, de Termos de Cessão?
É importante saber, primeiramente, que as imagens, textos, vídeos, entre outras
obras autorais de qualquer natureza (artísticas, científicas, literárias, etc.)
localizadas/encontradas na Internet também são protegidas por direitos autorais. Isso
significa dizer que a obra colocada na Internet também tem a mesma proteção do que as
outras obras em geral. A Internet é só mais um meio, muito importante atualmente, de
divulgação e exteriorização da obra.
O que a pessoa que vai utilizar esse material deve verificar é se esses sites
(Wikipédia, sites do MEC e da Internet em geral) permitem a utilização apenas com a
citação da fonte (isso é possível) ou exigem uma autorização especial. Observação
importante: “Na dúvida sempre procure uma autorização por escrito – ainda que por e-
mail – para evitar problemas.”
4.6.13 Músicas e vídeos do YOUTUBE precisam dos contratos (licenças/autorizações) de cessão de direitos autorais para a sua utilização em uma nova obra?
Sim, como regra sim. Conforme anteriormente observado caso o sujeito utilize na
sua obra uma obra já existente, como um vídeo postado no YOUTUBE, ele deve pedir
autorização para o titular da obra. Só não é necessária a autorização se a obra já caiu
em domínio público ou se o seu autor, expressamente, já autorizou a sua utilização
(verificar sempre que autorização foi dada e o que foi permito fazer). Uma alternativa,
para evitar qualquer problema é simplesmente indicar o caminho, ou seja, colocar o link
de acesso ao site ou ao vídeo.
4.6.14 Materiais publicados pelo MEC e pelo Governo do Estado nos Livros Didáticos no Portal Dia a Dia Educação, precisam dos referidos Termos?
Em princípio, materiais publicados em qualquer site ou portal, público e privado,
oficial ou não, estão protegidos por direitos autorais e a sua utilização não é, de forma
alguma, irrestrita. Isso significa dizer que mesmo os materiais postados em portais
públicos estão sujeitos às normas de proteção dos direitos autorais estabelecidas no
direito pátrio.
O que a pessoa deve fazer é verificar, com os responsáveis por esses sites e portais,
como essas obras podem ser utilizadas e quais as autorizações necessárias (ou não)
para, por exemplo, incorporá-las ou utilizá-las de alguma forma no novo material (ou
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nova obra autoral) que está sendo produzido.
4.6.15 Quando o material é para ser utilizado, com fins didáticos, na Rede Pública, qual a legislação vigente? Existe alguma peculiaridade nesse caso?
A legislação em matéria de direitos autorais é a mesma, basicamente a Lei n.º 9.610
de 1998 e os dispositivos da Constituição Federal, acima citados. Sendo o material
elaborado, com fins didáticos, na Rede Pública de ensino, por exemplo, a ideia é aquela
de sempre proteger o autor e os detentores dos direitos autorais, mas considerando, também, a
necessidade de compatibilizar esses direitos individuais com os interesses e direitos de toda a
coletividade. Fala-se, inclusive, em função social dos direitos autorais (essa é uma questão um
pouco mais complexa e que foge ao sentido e objetivo do presente trabalho).
4.6.16 A condição de coautoria implica também em assinatura de contrato de cessão de direitos?
Sim, cabe ser observado que o coautor, evidentemente, também participou, como
autor, da criação / elaboração da obra e deve, portanto, em caso de cessão ou
transmissão dos direitos autorais, assinar igualmente os termos ou autorizações de
cessão dos direitos autorais.
4.6.17 Professores das IES que orientam a produção de material didático e os artigos científicos podem ter seus nomes registrados nas produções como coautores?
O orientador, geralmente, não pode ser, apenas pelo seu importante trabalho de
orientação, considerado um autor. Infelizmente o atual sistema de proteção dos direitos
autorais está preso a um paradigma profundamente individualista e, por isso, em regra,
orientador não é coautor.
O orientador só seria um coautor do trabalho (no atual sistema dos direitos autorais)
se, de fato, tivesse escrito ou participado diretamente da elaboração e apresentação do
trabalho em conjunto com o seu orientando.
A questão básica é verificar se determinada pessoa é efetivamente um coautor ou foi
alguém que orientou, ou indicou caminhos, mas não redigiu ou elaborou diretamente o
trabalho.
4.6.18 O Professor que participa ou participou do Programa de Desenvolvimento Educacional - PDE/SEED pode negar-se a ceder a sua produção para fins didáticos (a ser veiculado na Rede)?
Nenhum autor pode ser compelido a publicar ou exteriorizar a sua obra autoral.
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Conforme já observado, é um direito moral do autor o direito de conservar a sua obra
inédita (art. 24, inc. III, da Lei 9610/98).
No entanto, isso não significa que o autor (no caso o professor), que se nega a
publicar a sua obra, não possa ter outras sanções de caráter civil e administrativo. É
possível (em tese) que o ato de negar a exteriorização da sua obra autoral produza
sanções de ordem civil e administrativa, como, por exemplo, a obrigatoriedade de
indenizar integralmente aquele que sofreu o dano ou, até mesmo, a devolução de tudo o
que foi recebido para esse fim (elaborar a obra autoral) mais as eventuais perdas e
danos.
4.6.19 Fotografias de obras de arte tiradas pelo Professor PDE, precisam do Termo de Cessão de terceiros, sendo o próprio professor autor?
Sendo o próprio professor o autor da fotografia é ele o autor e detentor dos direitos
autorais da fotografia. Nesse sentido, é ele (o professor) que deve autorizar caso a sua
obra seja utilizada por outro e cedida, por exemplo, para o Estado.
Deve ser observado, entretanto, que se a foto é de uma obra protegida por direitos
autorais (um quadro, por exemplo), o professor deve ter a autorização expressa (o ideal
é por escrito) dos detentores dos direitos autorais dessa obra.
4.6.20 Fotografias de pessoas tiradas pelo Professor PDE precisam de Termo de Cessão?
Sim, precisam de uma autorização expressa (o ideal é por escrito) daquele que foi
fotografado. Nessa autorização, o fotografado deve estar ciente da finalidade da
fotografia e qual será a sua utilização. Essa autorização só é dispensada tratando-se de
pessoas públicas, no exercício de cargos públicos, envolvendo interesse de informação
de toda a sociedade. Sugestão: “Na dúvida: pedir sempre a autorização.” Outra
sugestão: “tomar muito cuidado com a utilização de fotos de menores (crianças e
adolescentes)” e quando for utilizar “banco de imagens”. Buscar sempre “bancos de
imagens” seguros para evitar problemas.
4.6.21 Qual o período de validade dos Contratos e Termos de Cessão de direitos autorais?
Depende do prazo contratado pelas partes, ou seja, depende do contrato ou do
termo de cessão de direitos autorais realizado entre o autor e o adquirente dos direitos
autorais.
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4.6.22 Considerando que o Professor PDE, nos casos necessários, recebe o termo de cessão de terceiros, esta cessão deverá também ser repassada para a SEED, pelo próprio professor ou pelo terceiro cedente?
Sim, o ideal é que o próprio professor, quando necessário, repasse os termos de
cessão ao PDE. Isso faz com que o PDE tenha certeza que o professor, de fato obteve a
autorização para a utilização de obra de terceiro e exclua a responsabilidade do
professor frente ao PDE e eventual terceiro.
4.7 Referências
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023: informação e
documentação: referências - elaboração. Rio de Janeiro, 2002. ______. NBR 10520: informação e documentação: citações em documentos - apresentação. Rio de Janeiro, 2002. BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. LEI Nº 9.610, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9610.htm>. Acesso em: 15 jul. 2012. Creative Commons. Disponível em: <http://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/3.0/br/>. Acesso em: 14 jul. 2012. MAGRANI, Bruno. Função social do direito do autor: análise crítica e alternativas conciliatórias. In: PRETTO, Nelson De Luca e SILVEIRA, Sérgio Amadeu da. (org.). Além das redes colaboração: internet, diversidade cultural e tecnologias do poder. Salvador: EDUFBA, 2008. MARTINS FILHO, Plínio. Direitos autorais na Internet. Ci. Inf. [online]. 1998, vol.27,
n.2, pp. nd-nd. ISSN 0100-1965. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1590/S0100-19651998000200011>. Acesso em: 20 jul. 2012. SAVIANI, Demerval. Sobre a natureza e especificidade da educação. In: SAVIANI, D. (org.). Pedagogia histórico-crítica: primeiras aproximações. 9 ed. Campinas, SP:
Autores Associados, 2005. SciELO - Scientific Electronic Library Online. Disponível em: <http://books.scielo.org/>. Acesso em: 16 jul. 2012.
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ANEXOS Anexo 01
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO - SEED SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO - SUED
DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS - DPPE
Contrato de Cessão Gratuita de Direitos Autorais
MODELO
Pelo presente instrumento particular, de um lado (nome completo e por
extenso do autor), (nacionalidade), (estado civil), (profissão), CPF nº (nº CPF),
Cédula de Identidade RG nº (nº do RG) residente e domiciliado à Rua
(endereço), na cidade de (nome da cidade), Estado (nome do Estado),
denominado CEDENTE, de outro lado a Secretaria de Estado da Educação do
Paraná, com sede na Avenida Água Verde, nº 2140, Vila Izabel, na cidade de
Curitiba, Estado do Paraná, inscrita no CNPJ sob nº 76.416.965/0001-21, neste
ato representada por seu titular Flávio Arns, Secretário de Estado da Educação,
brasileiro, portador do CPF nº….........................., ou, no seu impedimento, pelo
seu representante legal, doravante denominada simplesmente SEED,
denominada CESSIONÁRIA, têm entre si, como justo e contratado, na melhor
forma de direito, o seguinte:
Cláusula 1ª – O CEDENTE, titular dos direitos autorais da obra (título ou
descrição do texto / poesia / letra de música / ilustração / fotografia / filme / painel
/ pintura / obra / discurso / palestra / melodia / outros arquivos de áudio / etc.),
cede, a título gratuito e universal, à CESSIONÁRIA todos os direitos
patrimoniais da obra objeto desse contrato, como exemplificativamente os
direitos de edição, reprodução, impressão, publicação e distribuição para fins
específicos, educativos, técnicos e culturais, nos termos da Lei 9.610 de 19 de
fevereiro de 1998 e da Constituição Federal de 1988 – sem que isso implique em
qualquer ônus à CESSIONÁRIA.
Cláusula 2ª – A CESSIONÁRIA fica autorizada pelo CEDENTE a publicar a obra
autoral ao qual se refere a cláusula 1.ª deste contrato em qualquer tipo de mídia,
como exemplificativamente impressa, digital, audiovisual e web, que se fizer
60
60
necessária para sua divulgação, bem como utilizá-la para fins específicos,
educativos, técnicos e culturais.
Cláusula 3ª – Com relação a mídias impressas, a CESSIONÁRIA fica autorizada
pelo CEDENTE a publicar a obra em tantas edições quantas se fizerem
necessárias em qualquer número de exemplares, bem como a distribuir
gratuitamente essas edições.
Cláusula 4ª – Com relação à publicação em meio digital, a CESSIONÁRIA fica
autorizada pelo CEDENTE a publicar a obra, objeto deste contrato, em tantas
cópias quantas se fizerem necessárias, bem como a reproduzir e distribuir
gratuitamente essas cópias.
Cláusula 5ª - Com relação à publicação em meio audiovisual, a CESSIONÁRIA
fica autorizada pelo CEDENTE a publicar e utilizar a obra, objeto deste contrato,
tantas vezes quantas se fizerem necessárias, seja em canais de rádio, televisão
ou web.
Cláusula 6ª - Com relação à publicação na web, a CESSIONÁRIA fica autorizada
pelo CEDENTE a publicar a obra, objeto deste contrato, tantas vezes quantas se
fizerem necessárias, em arquivo para impressão, por escrito, em página web e
em audiovisual.
Cláusula 7ª – O presente instrumento vigorará pelo prazo de 05 (cinco) anos
contados da data de sua assinatura, ficando automaticamente renovado por igual
período, salvo denúncia de quaisquer das partes, até 12 (doze) meses antes do
seu vencimento.
Cláusula 8ª – A CESSIONÁRIA garante a indicação de autoria em todas as
publicações em que a obra em pauta for veiculada, bem como se compromete a
respeitar todos os direitos morais do autor, nos termos da Lei 9.610 de 19 de
fevereiro de 1998 e da Constituição Federal de 1988.
Cláusula 9ª – O CEDENTE poderá publicar a obra, objeto deste contrato, em
outra(s) obra(s) e meio(s), após a publicação ou publicidade dada à obra pela
CESSIONÁRIA, desde que indique ou referencie expressamente que a obra foi,
anteriormente, exteriorizada (e utilizada) no âmbito do Programa de
61
61
Desenvolvimento Educacional da Secretaria de Estado da Educação do Paraná –
SEED-PR.
Cláusula 10ª – O CEDENTE declara que a obra, objeto desta cessão, é de sua
exclusiva autoria e é uma obra inédita, com o que se responsabiliza por
eventuais questionamentos judiciais ou extrajudiciais em decorrência de sua
divulgação.
Parágrafo único – por inédita entende-se a obra autoral que não foi cedida,
anteriormente, a qualquer título para outro titular, e que não foi publicada ou
utilizada (na forma como ora é apresentada) por outra pessoa que não o seu
próprio autor.
Cláusula 11ª – As partes poderão renunciar ao presente contrato apenas nos
casos em que as suas cláusulas não forem cumpridas, ensejando o direito de
indenização pela parte prejudicada.
Cláusula 12ª – Fica eleito o foro de Curitiba, Paraná, para dirimir quaisquer
dúvidas relativas ao cumprimento do presente contrato.
E por estarem em pleno acordo com o disposto neste instrumento
particular a CESSIONÁRIA e o CEDENTE assinam o presente contrato.
Curitiba, de de
______________________________________
CEDENTE
______________________________________
CESSIONÁRIA
______________________________________
TESTEMUNHA 1
______________________________________
TESTEMUNHA 2
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62
Anexo 02
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO - SEED SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO - SUED
DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS - DPPE
Termo de Cessão Pessoa Física para Pessoa Física
MODELO
Nos termos disponíveis do artigo 49 da Lei n. 9.610, por este instrumento o(a) Sr(a),_____(nome do cedente), RG________________________, CPF_____________________, residente na _____________,bairro___________________, cidade___________________, na qualidade de titular dos direitos autorais, doravante denominado CEDENTE, cede gratuitamente, pelo prazo indeterminado e de modo absoluto, para utilização exclusiva da Secretaria de Estado da Educação do Paraná o direito de uso referente ao(s) seguinte(s) material(is): _______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ para o(a) professor(a) __________________________, RG____________________ da Rede Estadual de Ensino do Paraná, nesta ocasião denominada CESSIONÁRIO(A). O CEDENTE fica ciente de que o material cedido pode ser publicado nas mídias impressa e/ou Web. Esta cessão afasta o CEDENTE e seus herdeiros de receberem qualquer espécie de indenização ou compensação em virtude do uso e administração do material. O(A) CESSIONÁRIO(A), por sua vez, compromete-se a utilizar o material descrito para Produção Didático-pedagógica, sem fins lucrativos e com
objetivos educacionais. Para efeitos, este termo vai assinado pelas partes.
Curitiba, _________ de __________________de __________.
_____________________________
CEDENTE
_____________________________
CESSIONÁRIO(A)
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63
5. GRUPO DE TRABALHO EM REDE
Eliziane Zella Ribeiro Coração
Gilian Cristina Barros
O Grupo de Trabalho em Rede – GTR objetiva a socialização das produções
do Professor PDE por meio da interação com os Professores da Rede Estadual de
Ensino utilizando Ambiente Virtual de Aprendizagem. É uma atividade prevista no
Plano Curricular Integrado de Formação Continuada do PDE, com carga horária de 64
horas que ocorre no 3º período do Programa. Coincide, intencionalmente, com a
atividade de Implementação do Projeto de Intervenção Pedagógica na escola, momento
em que o Professor PDE utiliza o seu material didático como uma das estratégias para
superar as dificuldades diagnosticadas em sua prática pedagógica. Assim, no momento
do GTR, o Professor PDE poderá socializar seu projeto, material didático e
implementação na escola com os professores da rede estadual de ensino.
5.1 O que é Grupo de Trabalho em Rede?
A categoria trabalho permeia toda a proposta do Programa de
Desenvolvimento Educacional – PDE, inclusive a do GTR. O trabalho não-material
(Saviani, 2005), caracterizado pela intelectualidade e pela intencionalidade das ações
humanas, fica evidenciado no GTR pela carga intelectual e intencional contida em cada
um dos GTRs, característica que os diferenciam um do outro. Diferente, pois cada
estudo do Professor PDE, além de partir de diferentes objetos de estudo, diferentes
abordagens teóricas e metodológicas, se difere principalmente nas relações sociais
estabelecidas no momento de sua implementação na escola, assim como nas efetivadas
em cada um dos Grupos de Trabalho em Rede.
Essa consideração é importante, pois abre a possibilidade de entendimento para
aquilo que Saviani (2005, p.12) denomina de trabalho não material na modalidade em
que o produtor não se separa de sua produção e, neste sentido, a produção é a “aula”
que se efetiva em cada um dos GTRs, mediante a interação social entre Professor PDE
e professores da rede, possível a partir das produções dos professores PDE,
característica que marca a natureza e a especificidade da educação. Isso permite
compreender que a educação se efetiva mediante a interação entre os indivíduos e que
Professoras da Rede Estadual de Ensino do Paraná, atualmente compõem a equipe tecnológica do PDE/SEED/PR.
64
64
cada processo educacional se diferencia um do outro.
Essa perspectiva supera a dimensão da Produção Didático-pedagógica pela
Produção Didático-pedagógica, apenas como um objeto, uma obra. Embora esta
modalidade do trabalho não material, em que o produtor se separa do seu produto,
também seja contemplada no PDE, no momento em que as produções PDE (Produção
Didático-pedagógica e Artigo Final) dos professores são disponibilizadas nos Cadernos
PDE para serem publicizadas aos professores da Rede, daí a importância de se garantir
os direitos morais da obra. Porém, quando esses forem utilizá-las em suas aulas, novas
relações serão estabelecidas havendo a produção de uma nova aula e um novo produto.
Assim, quando o professor utiliza as produções dos professores PDE em suas
aulas, o trabalho não material volta a assumir a perspectiva em que o produtor não
se separa de seu produto, ou seja, faz a aula. Essa discussão precisava ser
apresentada, mesmo que brevemente, pois o GTR é uma das grandes possibilidades
dos professores conhecerem as produções dos professores PDE e utilizá-las em
suas aulas, e neste sentido as produções dos professores adquirem novos
significados.
O GTR se efetiva por meio de uma rede física, tangível, palpável que é formada
por cabos, circuitos, sinais – a Internet – que organiza milhões de computadores
interligados por um protocolo de comunicação (TCP/IP) permitindo o acesso e a
transferência de todo o tipo de dados digitais que possam circular nesta rede.
A participação dos professores da rede no GTR se estabelece a partir do
interesse deles pela proposta de cada Professor PDE. As interações entre os
professores ocasionada pela socialização dos estudos do Professor PDE no GTR
ocorre pela internet em ambiente virtual que oportunize o processo ensino-
aprendizagem.
São objetivos do Grupo de Trabalho em Rede:
possibilitar alternativa de formação continuada aos professores da Rede
Estadual, viabilizando espaço de socialização e discussão dos conteúdos
disciplinares ou das áreas do PDE, que articule as especificidades da realidade
escolar;
estabelecer relações teórico-práticas no interior das diversas áreas do
conhecimento escolar, visando o enriquecimento didático-pedagógico e
disciplinar dos professores;
socializar as produções do Professor PDE: Projeto de Intervenção
Pedagógica, e Produção Didático-pedagógica.
65
65
A socialização das produções do Professor PDE com os Professores da Rede se
efetiva a partir de interações que ocorrem no Ambiente Virtual de Aprendizagem da
Secretaria de Estado da Educação: o e-escola.
5.2 O lugar do Grupo do Trabalho em Rede no PDE
Partindo do pressuposto que o PDE é um Programa de Formação Continuada
diferenciado cujo objetivo principal é a articulação entre teoria e prática no contexto
específico da escola de Educação Básica da Rede Pública Estadual do Paraná, o GTR
corrobora para o alcance deste objetivo por meio das possibilidades de socialização
efetivadas em Ambiente Virtual.
Para que se concretize esta socialização em Ambiente Virtual é necessário que o
Professor PDE se aproprie de conhecimentos que respaldem suas ações de mediação
frente aos Professores da Rede. Deste modo, é necessário que o Professor PDE
domine os recursos tecnológicos para atuar em Ambiente Virtual, domine questões
teóricas relacionadas aos conteúdos específicos da EaD, além dos conteúdos
pedagógicos e específicos relacionados à sua disciplina/área PDE que auxiliem sua
atuação como mediador das discussões.
Para subsidiar o Grupo de Trabalho em Rede, os Professores PDE participam
de duas formações. A primeira, Formação Tecnológica (40h), realizada em duas
etapas (presencial e a distância), que tem como um dos objetivos, promover a
instrumentalização para o uso das tecnologias de informação e comunicação disponíveis
no espaço escolar e que auxiliem na realização das atividades relacionadas ao PDE. A
segunda, um Curso de Formação de Mediadores dos Grupos de Trabalho em Rede
(64h), também realizada em duas etapas (presencial e a distância), que objetiva dar
subsídios teóricos e práticos para atuação em Ambiente Virtual como mediador das
interações que são organizadas a partir das Produções do Professor PDE, mediador do
Grupo.
Cabe salientar, que neste contexto o Professor PDE assume duas funções: a de
produtor dos materiais socializados e a de mediador das discussões estabelecidas em
Ambiente Virtual. A seguir apresenta-se o lugar do GTR no PDE a partir do Quadro
esquemático disponibilizado no Documento Síntese do Programa.
66
66
Quadro Esquemático do Plano Integrado de Formação Continuada
5.2.1 Breve histórico do GTR
O Grupo de Trabalho em Rede – GTR é uma atividade, realizada totalmente a
distância, que acontece em Ambiente Virtual de Aprendizagem.
Com início em 2007, o Grupo de Trabalho em Rede pode ser considerado a primeira grande experiência envolvendo a Educação a Distância da SEED-Pr. A experiência com os GTRs demonstra, além da grandiosidade do Programa de Desenvolvimento Educacional, possibilidades reais de formação continuada de professores da Educação Básica na modalidade a distância. (SANTOS et. al, 2011:10575)
O Grupo de Trabalho em Rede contou com quatro edições até o presente
momento, conforme quadro a seguir.
Tabela 3
DADOS DO GTR POR ANO DE INGRESSO DOS PROFESSORES PDE
ANO DE INGRESSSO 2007 2008 2009 20102
Total de Grupos de Trabalho em Rede 1051 1200 2404 2354
Total de Inscritos 22706 18833 30049 29569
Total Concluintes 8925 10367 17377 24123
Concluintes em Percentual 39% 55% 58% 82%
Fonte: Paraná, 2010.
2Dados tabulados e agregados ao relatório em dezembro de 2011.
Fonte: Paraná, 2012, p.8
ESCOLAS
PROFESSORES PDE IES/SETI
SEED
III – ATIVIDADES DIDÁTICO-
PEDAGÓGICAS COM UTILIZAÇÃO DE SUPORTE TECNOLÓGICO
SACIR Grupo de Trabalho em Rede
Formação Tecnológica
II – ATIVIDADES DE APROFUNDAMENTO TEÓRICO
Cursos IES Seminários Encontros de Área
Inserções Acadêmicas
Teleconferências
I – ATIVIDADES DE INTEGRAÇÃO TEÓRICO-PRÁTICA
Projeto de Intervenção Pedagógica na escola Produção didático-pedagógica Implementação do Projeto na escola
Encontros de Orientação IES Trabalho Final
67
67
O GTR da turma de 2010 passou por algumas reformulações com mudança em
seu modelo, dentre as mudanças, destacamos:
o termo utilizado para a organização das atividades passou de
“Unidade” para “Temática” ;
as cinco Unidades tratadas nos anos anteriores foram reorganizadas
em três temáticas, excluindo-se a discussão teórica sobre EaD;
as Temáticas ficaram, essencialmente, pautadas na possibilidade de
socialização das Produções do Professor PDE: Temática 01 -
Apresentação do Projeto de Intervenção Pedagógica com ressaltando
a problemática de seu objeto de estudo, Temática 02 – Produção
Didático-pedagógica dando ênfase as discussões de sua possibilidade
de aplicabilidade na escola e Temática 03 – Implementação na Escola
que destaca os movimentos de aplicação do Projeto e da Produção
Didático-pedagógica na escola, evidenciando os limites, as realizações e
as potencialidades;
incluíram-se atividades mais amplas que permitem: a aplicação direta
em sala de aula, a reflexão sobre a aplicabilidade a partir de vivencias
anteriores do grupo ou a apresentação de sugestões ao trabalho na
perspectiva dos Professores da Rede que atuam em funções técnico-
pedagógicas nos NREs e SEED e
as inscrições foram realizadas em duas etapas (1ª. professores QPM
e 2ª. professores QPM+PSS), fixando 15 cursistas por turma.
5.3 Estrutura do Grupo de Trabalho em Rede
A socialização das Produções do Professor PDE acontece em Ambiente Virtual
de Aprendizagem e-escola, com a possibilidade de participação de professores de todo o
estado do Paraná utilizando estratégias da Educação a Distância, nesta ação considera-
se que:
a organização e encaminhamento do GTR, será realizada pelo
Professor PDE, que participará de curso para Formação para
Orientadores/Mediadores dos Grupos de Trabalho em Rede e para
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68
Instrumentação em Moodle e SACIR;
cada Professor PDE media/orienta apenas um Grupo de Trabalho em
Rede;
o GTR terá duração de seis (06) semanas, no máximo dois (02)
meses;
a interação dos participantes e o registro das atividades ocorrerão a
partir da utilização do Ambiente e-escola;
os participantes do GTR serão orientados pelos assessores da
Coordenação Regional de Tecnologia na Educação de seu NRE;
o moderador do Grupo de Trabalho em Rede (Professor PDE),
acompanhará todas as etapas do seu grupo;
o registro da participação dos professores será realizado pelo
moderador do GTR (Professor PDE), ao final do processo, por meio da
organização e disponibilização de relatório de concluintes.
Período previsto para formação dos Professores PDE/2012:
Curso de Formação para Mediadores dos Grupos de Trabalho em Rede
16.10 a 16.12.2012 – A distância (48h)
A definir – Presencial (16h)
Período previsto para oferta do GTR Turma 2012 aos Professores da Rede:
1º. Semestre de 2013
5.3.1 Sobre a atuação do Professor PDE nos Grupos de Trabalho em Rede
No modelo traçado para ação a distância do Professor PDE, nos GTRs vislumbra-se
que atente para os elementos que seguem:
Tabela 04
ELEMENTOS DA AÇÃO NO GTR ATITUDE DO PROFESSOR PDE/MEDIADOR
Mediação Atender ao aluno, em consultas individualizadas
ou em grupo, em situações em que o mediador
mais ouve do que fala, porém deve prestar
feedbacks de forma contínua buscando sempre
o consenso.
Organização do conteúdo Abordar fontes diversificadas de informações
69
69
(material impresso e multimeios3 dando
preferência para links externos que abram em
novas janelas).
Ritmo de aprendizagem Respeitar ritmo determinado pelo aluno, mas de
acordo com os prazos estabelecidos em
colaboração e/ou determinados por contrato
pedagógico.
Contato Manter múltiplas formas de contato (email
expresso, e-mensagem, fórum de notícias, fórum
de discussão, diários de bordo), incluída a
ocasional face a face.
Elaboração, controle e correção das avaliações
pelo mediador
Avaliar de acordo com parâmetros definidos, em
comum acordo e/ou pautados em contrato
pedagógico.
Atendimento Atender o aluno em horários flexíveis.
Fonte: Organizado pelas autoras
Vale salientar que ser bom professor presencialmente não é garantia de que a
distância terá a mesma atuação, sendo assim, o Professor PDE deve ficar atento ao nível de
interação estabelecido com os educandos (Professores da Rede) e dar retorno o mais breve
possível. O Professor PDE, mediador das interações, em Ambiente Virtual deve possuir
características que são necessárias a quem realiza a ação de ensinar, que são:
dominar o conteúdo, técnico-científico, específico de sua área;
dominar basicamente as ferramentas tecnológicas disponibilizadas para sua
atuação no GTR;
instigar a curiosidade e a capacidade crítica dos Professores da Rede,
problematizando e instigando à pesquisa e aprofundamentos;
atentar para as situações de aprendizagem adequando as atividades
propostas as necessidades do grupo;
saber indicar fontes de consultas, oferecer explicações adicionais que
favoreçam a compreensão das temáticas em discussão.
3 Entenda-se por multimeios: áudios, vídeos, imagens, hipertextos, entre outros.
70
70
5.3.1.1 Cuidados com a linguagem no processo de comunicação em EaD
Nas ações de docência realizadas em espaços não-presenciais a linguagem não-
verbal (gestos, expressões faciais, olhares, tom de voz, entre outros) não está presente.
Dessa forma, cabe ao Professor PDE explorar os recursos textuais para garantir a
interação e comunicação, assim como o uso de ferramentas mediadas pelo uso do
computador que possam potencializar a comunicação.
Podemos exemplificar como recursos textuais possibilitadores de interação e
comunicação os utilizados neste texto, a citar: quando se negrita trechos que necessitam
ser fixados, na resposta dada sequencialmente ao questionamento lançado, na
apresentação de ideias em tópicos, tabelas, entre outros, características primordiais do
gênero discursivo mediacional.
A palavra mediacional não está ainda dicionarizada. Contudo, entende-se a mesma como um vocábulo que significa mediar um processo de construção de conhecimentos, por meio do texto escrito, com estratégias lingüísticas que promovam uma interação envolvente do texto com o destinatário do mesmo. Tal denominação tem inspiração em Vygotsky (2001) que registra a concepção do mediador da construção dos conhecimentos com o outro, isto é, o professor direciona o aluno a construir conhecimentos dos quais ainda não se apropriou. Nesse cenário, não só o professor, mas os colegas também podem ser mediadores. (MARINHO; KUDO, 2012, online)
A “linguagem usada pelo professor pode servir como estratégia, para mostrar que se
está aberto ao diálogo e também o desejo de uma aproximação. A linguagem quando é
próxima do universo do estudante é uma estratégia”. E a linguagem torna-se estratégia, a
partir do momento que promove reflexões que levem a aprendizagens. (TARCIA; CABRAL,
2011, p.150)
Por meio da relação formal estabelecida entre professor-aluno no GTR, oportunizada
pelo diálogo, o Professor PDE deverá/poderá auscultar nos movimentos de interação do
grupo os aspectos textuais, sociais e também tecnológicos que poderão interferir no
processo de comunicação, enfim de aprendizagem. Logo, carecerá ficar atento às
necessidades do grupo e, quando verificar que precisa de apoio deverá:
1. buscar auxílio de seu orientador da IES nas questões que tratem do conteúdo
e forma de suas produções;
2. procurar o Representante do PDE e equipe de Tecnologia na Educação do
NRE no que se referir a apoio logístico, técnico e quanto ao uso adequado de
recursos tecnológicos e a
71
71
3. equipe técnico-pedagógica da Coordenação Estadual do Programa.
5.4 Considerações Finais
A socialização das Produções dos Professores PDE nos Grupos de Trabalho em
Rede pode ser pautada no princípio apresentado por Magrani afirmando que “O direito
autoral deve ser entendido como um sistema amplo de incentivo à produção intelectual
artística, em que são garantidos não só os direitos individuais do autor, como também os
interesses da sociedade”. (MAGRANI, 2008:168)
Sendo assim, além de incentivar a produção intelectual dos Professores PDE,
oportuniza-se o retorno a comunidade escolar dos investimentos aplicados na formação
desses Professores, por meio do GTR. Compreendendo, que nos GTR se efetiva a
socialização das Produções do Professor PDE estabelecendo uma relação professor-aluno
de caráter formal, potencializada pelas interações realizadas em Ambiente Virtual de
aprendizagem, nos quais há a socialização do trabalho dos Professores PDE aprimorado
pela participação no Programa.
Enfim, os Grupos de Trabalho em Rede conseguem atingir, pelo modelo proposto, ao
menos 50% por cento do número de Professores da Rede Pública Estadual de Ensino do
Paraná em um processo de Formação de Continuada que faz uso de estratégias da
Educação a Distância. Portanto, é de fundamental importância o comprometimento
competente de todos os envolvidos nesta ação que oportuniza formação a grande parte da
Rede.
5.5 Referências
MAGRANI, Bruno. Função social do direito de autor: análise crítica e alternativas conciliatórias. In: PRETTO, Nelson De Luca; SILVEIRA, Amadeu, Sérgio Amadeu da. (Org.). Além das redes de colaboração: internet, diversidade cultural e tecnologias de poder.
Salvador: EDUFBA, 2008. Disponível em: < http://rn.softwarelivre.org/alemdasredes/wp-content/uploads/2008/08/livroalemdasredes.pdf >. Acesso em: 13 de jul.2012. MARINHO, Alessandra Araújo; KUDO, Leandro Akio Berbi. O gênero discursivo mediacional: uma perspectiva de letramento em EaD. Disponível em:< http://www2.udf.edu.br/servicos/periodicos/CTE/Vol.II/Artigos/ArtigoDiscursoMediacional.pdf >. Acesso em 12 de jul. 2012. PARANÁ. Documento Síntese do Programa de Desenvolvimento Educacional PDE.
Versão 2012.SEED. Secretaria de Estado da Educação. < http://www.gestaoescolar.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/pde_roteiros/documentosintese_pde.pdf >. Disponível em: 12 de jul. 2012. ________. Relatório de ações: PDE 2006 a 2010. Nov. de 2010. Secretaria de Estado da
72
72
Educação. Arquivo PDE. SANTOS, Welington Tavares dos; OGLIARI, Cassiano Roberto Nascimento; BARROS, Gílian Cristina. A participação dos professores da rede pública do estado do Paraná nos Grupos de Trabalho em Rede. X Congresso Nacional de Educação – EDUCERE e o I
Seminário Internacional de Representações Sociais, Subjetividade e Educação – SIRSSE Disponível em: < http://educere.bruc.com.br/CD2011/pdf/5030_3836.pdf > . Acesso em: 12 de jul. 2012. SAVIANI, Demerval. Sobre a natureza e especificidade da educação. In: SAVIANI, D. (org.). Pedagogia histórico-crítica: primeiras aproximações. 9 ed. Campinas, SP: Autores
Associados, 2005. TARCIA, Rita Maria Lino; CABRAL, Ana Lúcia Tinocoz. O novo papel do professor em EaD. In: LITTO, Fredric Michael; FORMIGA, Manuel Marcos Maciel (orgs.). Educação a Distância: o estado da arte, volume 2. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2011.
FERNANDEZ, Consuelo Teresa. Os métodos de preparação de material impresso para EaD. p.399
MINUTA
73
MINUTA
ANEXO MINUTA do Contrato Pedagógico – Professor da Rede
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE GRUPO DE TRABALHO EM REDE 2013
CONTRATO PEDAGÓGICO
O presente contrato pedagógico tem por objetivo apresentar as
normas e condições para ingresso, participação e certificação no
Grupo de Trabalho em Rede. Leia todos os itens com atenção e,
havendo concordância com os termos apresentados, assinale a
opção ACEITO CONCORDO COM O CONTRATO PEDAGÓGICO.
1. LOGIN E SENHA
1.1. O acesso ao Ambiente Virtual e-escola dar-se-á por meio de login e senha cadastrados no Portal Dia a Dia Educação. O uso dessas informações é pessoal, intransferível e de conhecimento exclusivo do usuário. 1.2. É da inteira responsabilidade do usuário todo e qualquer prejuízo causado pelo fornecimento de sua senha pessoal a terceiros, independente do motivo. 2. CRITÉRIOS PARA INSCRIÇÃO NO GTR
2.1. Para acessar o ambiente de inscrição do GTR, o usuário deve primeiro concordar com os Termos deste contrato pedagógico. Não será permitida inscrição caso os termos do contrato não sejam aceitos. 2.2. Só podem participar das atividades do GTR professores do Quadro Próprio do Magistério – QPM, Quadro Único de Pessoal - QUP ou do Processo Seletivo Simplificado – PSS, em atividade na Rede Pública Estadual de Ensino. 2.3. O usuário deve estar ciente, no ato da inscrição, que uma das condições para
participar do GTR é ter conhecimentos em informática básica e internet, bem como possuir os recursos materiais necessários para cumprir as atividades do Grupo, quais sejam: computador e conexão de internet. 2.4. O usuário é o único responsável pela efetivação da inscrição, bem como do
cumprimento das atividades no GTR. 3. CRITÉRIOS PARA PARTICIPAÇÃO NO GTR
3.1. O usuário, depois de confirmada sua inscrição, será identificado como Participante do GTR. 3.2. O Participante do GTR está ciente de que o Grupo de Trabalho em Rede ocorrerá exclusivamente na Modalidade a Distância (EaD) e todas as atividades devem ser realizadas no Ambiente Virtual e-escola. Não serão aceitas atividades encaminhadas por e-mail ou de qualquer outra forma que não seja a descrita no início deste item.
MINUTA
74
MINUTA
3.3. O Participante do GTR está ciente de que todas as postagens enviadas para os Fóruns, Diários e/ou e-mensagens serão identificados nominalmente pelo Ambiente Virtual e-escola e expressam os pontos de vista e opiniões particulares do próprio participante. 3.4. O Participante do GTR deve cumprir todas as atividades propostas, dentro dos prazos determinados pelo Mediador e conforme cronograma a ser divulgado no próprio Ambiente Virtual. 3.5. O Participante do GTR está ciente de que não haverá atividades de recuperação, após encerramento dos prazos estabelecidos. 3.6. O Participante do GTR compromete-se a respeitar a Lei de Direitos Autorais (9.610/98), sempre que utilizar conteúdos que não sejam de sua própria autoria. 3.7. O Participante do GTR está ciente da obrigatoriedade de, sempre que solicitado pelo Mediador, modificar ou excluir qualquer conteúdo considerado agressivo, inadequado, ofensivo ou que seja identificado como cópia ou plágio de produções intelectuais publicadas na web, em meio impresso, fonográfico ou televisivo. 3.8. O Participante do GTR concorda em não reproduzir o formato do Ambiente eescola, bem como duplicar, copiar ou comercializar parte ou todo o conteúdo socializado durante as discussões do GTR, tanto pelo Mediador quanto dos demais participantes do Grupo. 3.9. O Participante do GTR está de acordo que deverá recorrer, sempre que necessário, e em tempo hábil, ao Mediador para orientações sobre as atividades propostas para o Grupo. 4. CONDIÇÕES PARA CERTIFICAÇÃO GTR
4.1. O Participante do GTR está ciente de que será considerado concluinte se cumprir no mínimo 75% das atividades previstas. 4.2. O Participante do GTR, na condição de concluinte, receberá certificado de Conclusão do GTR 2013 a ser emitido pela Coordenação de Formação Continuada da SEED, com carga-horária de 64 horas.
Aceito e concordo com o contrato pedagógico
75
6. SISTEMA DE ACOMPANHAMENTO E INTEGRAÇÃO EM REDE
Eliziane Zella Ribeiro Coração
Gílian Cristina Barros
José Cunha
Roseli do Rocio Gomes Ribeiro
O Sistema de Acompanhamento e Integração em Rede – SACIR, busca atender
as necessidades específicas do Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE, como o
acompanhamento de todas as ações desenvolvidas no âmbito do Programa e a
socialização das Produções do Professor PDE.
6.1 O que é Sistema de Acompanhamento em Integração em Rede?
Um sistema (do grego sietemiun), é um conjunto de elementos interconectados, de modo a formar um todo organizado. É uma definição que acontece em várias disciplinas, como biologia, medicina, informática, administração. Vindo do grego o termo sistema" significa "combinar", "ajustar", "formar um conjunto". Todo sistema possui um objetivo geral a ser atingido. O sistema é um conjunto de órgãos funcionais, componentes, entidades, partes ou elementos e as relações entre eles, a integração entre esses componentes pode se dar por fluxo de informações, fluxo de matéria, fluxo de sangue, fluxo de energia, enfim, ocorre comunicação entre os órgãos componentes de um sistema. A boa integração dos elementos componentes do sistema é chamada sinergia, determinando que as transformações ocorridas em uma das partes influenciarão todas as outras. A alta sinergia de um sistema faz com que seja possível a este cumprir sua finalidade e atingir seu objetivo geral com eficiência; por outro lado se houver falta de sinergia, pode implicar em mau funcionamento do sistema, vindo a causar inclusive falha completa, morte, falência, pane, queda do sistema etc. (WIKIPEDIA, 2012, online)
O SACIR é um sistema que necessita ser „alimentado‟ pelos Professores PDE,
Orientadores das IES, Representantes do PDE nos NRES e Equipe técnico-pedagógica do
PDE. Sendo assim, para que se efetive a integração entre seus componentes e que as
informações necessárias fluam é imprescindível sinergia entre todos os responsáveis por
Professoras da Rede Estadual de Ensino do Paraná, atualmente compõem a equipe tecnológica do PDE/SEED/PR. Profissional do Quadro de Funcionários da Educação Básica, atualmente compõe a equipe tecnológica do PDE/SEE/PR. Professora da Rede Estadual de Ensino do Paraná, atualmente compõem a equipe administrativa do PDE/SEED/PR.
76
seu movimento, por sua manutenção.
A administração do SACIR é de responsabilidade da equipe técnico-pedagógica do
PDE, sendo assim a verificação dos dados inseridos no SACIR geram relatórios e
possibilidades de consultas que permitem, pela análise, redimensionamentos necessários
às práticas e modelos administrativos que influenciam diretamente nas ações pedagógicas.
Segue imagem dos relatórios e consultas disponibilizados no SACIR visualizados na área do
administrador do sistema.
A inserção dos dados fidedignos/verdadeiros respeitando os prazos colabora
para que o SACIR seja um sistema com um fluxo de informações confiáveis e
utilizáveis/aproveitáveis/usáveis. Muitos dos dados implantados no SACIR são
disponibilizados de forma integral e invariável/imutável à comunidade escolar, como por
exemplo, a relação dos professores da Rede concluintes do GTR e socialização das
Produções dos Professores PDE nos Cadernos PDE.
Imagem capturada de: http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/index.html
Sendo assim, cabe a todos os envolvidos primarem pela manutenção do sistema de
forma adequada.
77
6.2 Como acessar o SACIR
6.2.1 Espaço PDE
O acesso ao SACIR pode ser realizado por qualquer conexão convencional,
utilizando os navegadores Internet Explorer (versão 8.0 ou maior), Firefox
(versão 3.6 ou maior), Iceweasel (versão 3.0.6 ou maior) e Google Chrome
(versão 5.0 ou maior).
Para acessar o SACIR, entre no - Espaço PDE na página Educadores do Portal
Dia a Dia Educação. Clique no link SACIR, conforme mostra a ilustração
abaixo:
6.2.2. Dados Cadastrais
Após clicar, o usuário será direcionado a uma tela para preenchimento dos dados
cadastrais de LOGIN (RG) e SENHA (a mesma usada para acessar o Portal). Clicar
em “OK”. Ver ilustração a seguir. (Caso consiga logar, sem dificuldades, vá ao item
Figura 1 – Espaço PDE
Internet Explorer Iceweasel Firefox
78
6.3.3.)
Atenção!
Caso após logar apareça mensagem de “usuário inválido”, siga os procedimentos
descritos abaixo para recuperação de senha.
6.2.2.1 Recuperação de senha
Preencha o login com o RG e depois clique em “Esqueci minha senha”. Escolha
entre as opções: “enviar senha para e-mail alternativo” ou “responder pergunta
cadastrada”. Clique em confirmar.
6.2.2.2 Problemas com a senha
Caso tenha problemas na recuperação da senha do Portal, entre em contato com a
equipe do Fale Conosco, link na parte superior da página inicial do Portal, solicitando
nova senha.
Figura 2 – Login e senha
Figura 3 – Alteração de dados cadastrais
79
Para tal, após acessar o link do Fale Conosco, escolha a opção “Alteração de
Senha”.
Preencha os campos solicitados e clique em “Enviar”.
Figura 4 – Página inicial Portal
Figura 5 – Fale Conosco
80
6.3 Página inicial do SACIR – Professor PDE
Na página inicial do SACIR selecione o ano e o tipo de usuário: Professor PDE.
6.3.1 Usuário: Professor PDE
O Professor PDE tem acesso às seguintes áreas: 1. Área de trabalho – Projeto de
Intervenção Pedagógica; 2. Atividades – GTR Concluintes, Atividades Detalhadas
Figura 6 – Alteração de senha
Figura 7 – Página inicial do SACIR
81
do Professor PDE;3. Agenda da Semana.
6.3.2 Projeto de Intervenção Pedagógica na Escola
No espaço destinado para o Projeto de Intervenção, o Professor PDE deverá
completar os campos em branco (Tema, Título, Resumo e Palavras-chave). Haverá
um campo para fazer o upload do arquivo rascunho em formato .doc.
Neste campo - arquivo rascunho - o Professor PDE colocará o Projeto de
Intervenção Pedagógica em construção para ser avaliado pelo Professor Orientador
da IES. O Orientador poderá baixar o arquivo rascunho para acrescentar
comentários, fazer observações e devolver no espaço rascunho para o Professor
PDE. Este arquivo será substituído posteriormente pelo arquivo definitivo em formato
.pdf. Após a postagem do arquivo final (com todas as alterações e correções
sugeridas pelo Professor Orientador), e o Orientador CONCLUIR ETAPA, emitindo o
PARECER, o professor não poderá mais alterar o material em .pdf, eliminando o
documento em .doc.
Figura 8 – Usuário Professor PDE
11
22 33
82
6.3.3 Upload de arquivos
Upload é a transferência de dados de um computador local para um servidor, o que
facilita e viabiliza o acesso de informações (para usuários cadastrados) em qualquer
computador que esteja na internet. Upload é parecido com Download, só que em
vez de carregar arquivos para o computador pessoal, o arquivo é enviado para o
servidor. Para fazer upload do rascunho ou arquivo final do Projeto de Intervenção
Pedagógica clique em “arquivo” e selecione no computador pessoal o local onde foi
gravado o arquivo (rascunho ou final) do projeto. Lembre-se de que o tamanho do
arquivo não pode ser superior a 10 MB, tanto para o formato .doc quanto para o
formato .pdf.
6.3.4 Salvando as informações no SACIR
O arquivo rascunho poderá ser substituído quantas vezes forem necessárias, tanto
pelo Professor PDE, quanto pelo Professor Orientador até o momento que for
inserido o arquivo .pdf final. No entanto, lembre-se de que o arquivo final do Projeto
de Intervenção Pedagógica, em formato .pdf só pode ser substituído até o momento
em que o Professor Orientador clicar em CONCLUIR e imprimir o parecer do Projeto.
Os procedimentos mencionados nos itens 6. e 7. anteriores, serão repetidos no
espaço da Produção Didático-Pedagógica e espaço do Artigo Final.
6.3.5 Registro de Comentários
O Professor PDE também pode inserir comentário referente às atividades realizadas
Figura 9 – Projeto de Intervenção Pedagógica
83
e enviá-lo ao orientador. Para enviar um comentário, fazer questionamentos ou
apresentar sugestões sobre o trabalho em desenvolvimento, clique na opção “enviar
comentário”, na parte inferior da área de trabalho, digite seu texto e salve.
Os comentários realizados pelo Professor PDE e as respostas e/ou comentários do
Orientador ficam registrados na página.
6.3.6 Atividades Detalhadas do Professor PDE
Todas as atividades desenvolvidas pelo Professor PDE são lançadas no Sistema e
Figura 10 – Registrar comentários
Figura 11 - Comentários
84
podem ser acompanhadas através do link Atividades Detalhadas do Professor PDE,
disponível na área de trabalho. Neste espaço, são registrados todos os eventos e
atividades que o Professor PDE participar durante o Programa e também os
encontros de Orientação na IES.
Os Professores PDE serão inscritos automaticamente em todas as atividades, que
estarão relacionadas por período. O nome da atividade será um link para o
detalhamento das mesmas.
6.3.7 Agenda Semanal
A Agenda Semanal mostra as atividades agendadas na semana atual, semana
anterior e posterior. Acessando o Calendário Geral o usuário poderá verificar as
atividades em quaisquer datas.
6.3.8 GTR – inserindo professores concluintes
Ao término do GTR (Grupo de Trabalho em Rede) o Professor PDE deve cadastrar
no SACIR os nomes dos participantes concluintes.
Figura 19 – Agenda
Figura 12 – Atividades Detalhadas do Professor PDE