iiº encontro regional de estudantes de ciências sociais do ... · web viewsociologia pública...
TRANSCRIPT
II Encontro Regional de Estudantes de Ciências
Sociais do Nordeste
GERMINAR COM ARTE E SUBVERTER COM
CIÊNCIA:
COMBATENDO A PRODUÇÃO
MERCADOLÓGICA DO CONHECIMENTO E
DIALOGANDO COM AS LUTAS SOCIAIS
Recife, fevereiro de 2010
APRESENTAÇÃO / INTRODUÇÂO
O Movimento Estudantil de Ciências Sociais vem sofrendo mudanças, e ao
longo dos últimos encontros regionais (antes Norte e Nordeste) se veio procurando
novas formas de se organizar, tentando ao máximo quebrar com o modelo tradicional de
encontro, criando novos paradigmas.
As dificuldades vistas para este afastamento, do “antigo” para o “novo”, se deu a
partir do momento que nos deparamos sempre criando o “novo” com base no “antigo”,
o que acarretava mais mudanças de nomenclatura do que de estrutura.
As Ciências Sociais estão marcadas contemporaneamente pelo discurso
academicista. Estudamos homens e mulheres vivendo em sociedade, mas fazemos
questão de permanecer enclausurados entre os muros da Universidade. A lógica
meramente produtivista e a separação entre ciência, política e arte têm colocado
barreiras para a nossa ação e fragmentado os nossos movimentos. Esta lógica,
infelizmente, também perpassa os nossos encontros estudantis, a sua organização
evidencia alguns dos problemas enfrentados pelas Ciências Sociais no Brasil. A
estrutura tripartida (momentos acadêmicos, políticos, culturais) e burocratizada longe de
agregar mais estudantes para o debate, só os afasta e parece confirmar uma visão de que
a política é algo enfadonho. Os encontros operacionalizam-se burocraticamente, onde se
perde mais tempo pensando (e brigando) sobre a forma procedimental como se fará as
deliberações do que de fato interagindo conceitualmente sobre as temáticas em sua
relação com o contexto. No final das contas não há nem deliberação coletiva, nem
debate crítico, nem integração, somente uma fragmentação narcisista e partidariamente
interessada. Essa prática tanto vulgariza as discussões quanto passa a idéia de que a
política é uma prática que não rende frutos, que não fundamenta e não orienta a ação.
Para isto, decidimos partir de um quase nada: tentamos nos embasar numa
perspectiva organicista e autogestionada, estimulando a solidariedade coletiva a partir
de vivências fragmentadas, nas quais há uma interação individual planejada nas esferas
micro, meso e macro. O todo se constitui a partir das funções desempenhadas pelos
pequenos grupos. Isto já atingiria todo o encontro e sua forma. A nossa idéia é repensar
a operacionalização do evento de forma a evitar espaços que permitam uma apropriação
da participação coletiva. As pessoas trabalhariam em pequenos grupos, tendo outras
formas de experiências e gerando particularidades, que seriam levadas contato os
momentos coletivos de maneira coordenada.
O mais importante é também gerar o máximo de participação, evitando espaços
intimidadores, como grandes e lotados salões de discursos políticos, muitas vezes
instrumentalizados por agentes de interesses partidários alheios ao interesse coletivo dos
estudantes de ciências sociais. A escolha da Normandia enquanto espaço físico, a ser
justificada adiante, também foi uma opção que visava romper com tradição dos
Encontros de Estudantes de Ciências Sociais, em sua maioria realizados em grandes
centros urbanos. A oferta turística e de entretenimento dos centros urbanos sempre
contribuiu para alienar a participação dos estudantes no objetivo central dos encontros:
construir e interagir criticamente em prol de produtos científicos e políticos. Procurar
temáticas e atividades que aproximem grupos menores, criar atividades como a de
limpeza coletiva (cada um cuida do seu espaço, e formação de brigadas para os espaços
gerais), que gere toda uma política habitual, e não momentânea.
Por isso este projeto depende intrinsecamente dos indivíduos, e se articula para
tal na medida em que almeja romper com os espaços estímulos que permitam uma
apropriação da participação coletiva. Se acreditamos em um mundo mais justo e
igualitário, deixemos os palanques e partamos para a práxis.
JUSTIFICATIVA / POR QUE NORMANDIA?
Há uma inquietação nas universidades. Alguns não se conformam com a
realidade vigente. Como subverter o sistema? De que meios nós, estudantes, dispomos
para lutar? É possível a transformação? O sucesso do movimento estudantil enquanto
elemento de construção política da sociedade civil organizada nunca esteve tão incerto,
seja em sua instrumentalização por discursos institucionais ou pela desmobilização
oriunda do fetiche provocado pela latente necessidade de se adaptar à rotina paralizante
de um capitalismo aparentemente inquestionável. Questionando sobre os contextos
atuais do fazer político e sobre os possíveis espaços para um sujeito revolucionário,
alguns estudantes de ciências sociais da UFPE e UFRPE enxergam nos encontros
estudantis uma grande possibilidade de se (re)pensar um contexto histórico que a nós
demanda uma atuação política específica. Um espaço potencialmente capaz de nos
motivar a reaproximar o pensamento crítico da nossa vida cotidiana.
O que é a crítica senão uma pergunta pela legitimidade daquelas decisões
históricas que têm um impacto público? O capitalismo moderno, enquanto
empreendedor de interesses particulares que se apropriam de uma história coletiva,
procurou sempre fugir às respostas requisitadas pela crítica e hoje, na intensidade com
que impõe um ritmo de vida aos corpos - de forma a que possam assim sobreviver no
sistema - nos faz hesitar inclusive a colocar os questionamentos.
É hora de reafirmar a necessidade da pergunta colocada pela crítica enquanto
eixo de orientação para construção política de uma sociedade emancipada. Motivados
pela esperança de viabiliziar essa perspectiva, pensamos e discutimos a vinda do
ERECS 2011 para Pernambuco, após muitas reflexões a respeito dos modelos
tradicionais dos nossos encontros estudantis e das nossas possibilidades de ir além do
até então inventado. Cabe a nós, agora, questionar a história e tentar a reinvenção, não
só de ações estratégicas, mas também da esperança.
Nesse sentido, construímos uma posição (até então fechada na UFPE), de
levarmos o nosso ERECS para a Normandia, espaço de encontros do MST, na cidade de
Caruaru, a cerca de 120km de Recife. Estaremos concentrados, numa esperança comum
de ressignificar o fazer coletivo, aproveitando a simbologia que faz parte de um espaço
dedicado à organização sem-terra. A Normandia tem estrutura física apropriada para
esse tipo de evento e, mais ainda, para construirmos um encontro autogestionado.
Esperamos a compreensão e, se estivermos sintonizados nessa filosofia, o incentivo das
outras universidades nordestinas.
A escolha do Centro de Formação Paulo Freire para ser o local do II ERECS-NE
se deu a partir de longa discussão e diálogos com terceiros que vivenciaram e ou
organizaram encontros diversos em tal espaço. Tal decisão se deu ao procurarmos um
local novo que possibilitasse surgir idéias e debates, que fossem do científico ao lúdico,
do político ao poético. Esta também vem na procura de uma maior aproximação com os
movimentos sociais, que estão cada vez mais sendo os principais motores das mudanças
sociais. Estes fatores somados ao isolamento do espaço podem nós ajudar a construir de
maneira mais fértil as perspectivas e possibilidades críticas citadas acima. Ressaltamos
que esta relação não se dará de mão única, e nem de forma catequizadora: apesar de ser
tal espaço do MST, teremos independência total quanto a nossa organização e
programação. O desafio está lançado. É hora de tentarmos materializar os desejos do
nosso espírito.
TEMA
● Concordamos que devemos dialogar com as lutas sociais (MST,
FEMINISMO, LGBT, ETC) e que representantes dessas lutais sociais
estejam conosco na construção desse encontro.
● Também discutimos bastante que a temática anti-capitalista, anti-
mercadológica devesse ser o mote maior do encontro.
● Foi colocada a questão importantíssima sobre a falta de "arte", de
"poesia", enfim de ludismos nos encontros de ciências sociais. Da
possibilidade de se fazer uma arte engajada politicamente,
revolucionária. E também de se fazer arte por simplesmente pro prazer (o
que também pode ser revolucionário). Qual arte? As possibilidades estão
abertas...
● As discussões feitas (pelo menos na UFPE) acerca da superprodução
voltada para o mercado (CNPQ, no nosso caso, por exemplo), não foram
esquecidas.
E depois de muita discussão, eis que decidimos que o tema é: GERMINAR COM
ARTE E SUBVERTER COM CIÊNCIA: COMBATENDO A PRODUÇÃO
MERCADOLÓGICA DO CONHECIMENTO E DIALOGANDO COM AS LUTAS
SOCIAIS.
OBJETIVOS
Objetivo geral:
Construir um momento de reflexão crítica e vivência para e com xs estudantes
de CS e seu movimento estudantil situado localmente.
Objetivos específicos:
● Debater as interligações das produções cientifica e artísticas
dialogicamente com as lutas sociais anticapitalistas e contra hegemônicas
do nordeste.
● (Contribuir) para o processo de formação dos estudantes nas Ciências
Sociais (e também para sua trajetória individual, de uma maneira mais
ampla);
● Fortalecer as diversas bandeiras de combates às opressões;
● Contribuir para a organização do Movimento Estudantil de área em cada
escola;
● Impulsionar a articulação do Movimento Estudantil entre as diversas
escolas;
● Realizar trocas entre os estudantes e a prática de diversos movimentos
sociais;
● Difundir distintas práxis cientificas, artísticas e políticas anticapitalistas.
● Identificar perspectivas de varias práticas em ciências em ciências sociais
no nordeste
METODOLOGIA
Para a garantia de uma mudança real no II ERECS Nordeste, a metodologia será
um componente chave. A construção dela reflete o acúmulo que se tem desde 2009,
feito a partir de apontamentos e avaliações dos diversos encontros estudantis, tanto
pelas escolas individualmente, quanto do compartilhamento disto a partir da CRECS, e
dos dois CORECS que ocorreram nos dois últimos anos.
Assim, nesta metodologia, desde a gestão do espaço até as atividades
programadas e a festas, temos em mente a nossa vontade política de encontro, de
mundo, enfim. Nossos encontros estudantis devem servir como uma espécie de posto de
gasolina, onde pegamos força e animo para seguir o ano. Deve ser um espaço de
fortalecimento dos laços entre os estudantes do Nordeste, entre os estudantes de mesma
universidade, e também de fortalecimento do movimento estudantil de Ciências Sociais.
É assim que propomos uma metodologia de trabalho que tanto garanta a ligação
entre as pessoas de mesma universidade, fortalecendo a base, como também momentos
de compartilhamento entre diferentes escolas. Como já foi mencionado na introdução,
os pilares conceituais que orientarão a operacionalização deste evento são a
organicidade e a autogestão. Entendemos por organicidade a relação entre cada uma
das partes de um todo (como se fosse um corpo vivo) entre si e com o todo. Ninguém
pode perder a noção do conjunto e isto só é possível sabendo-se como funciona e a
finalidade de cada uma das partes do todo e qual o seu papel em vista da realização dos
objetivos estratégicos da organização. Olhar para a organicidade é pensar nas relações
entre os espaços / instâncias, em vista do bom funcionamento do conjunto; logo,
acredita-se aqui que numa coletividade formada por aproximadamente 500 pessoas há
uma construção conjunta mais produtiva caso haja momentos nos quais as atividades
sejam desenvolvidas em grupos menores. Estes momentos de “micro” interação
acarretam a possibilidade de uma participação mais espontânea dos indivíduos, o que
não ocorreria caso fossem diretamente expostos ao diálogo geral com as 500 pessoas.
Acredita-se aqui que a divisão não acarreta uma desmobilização, ao contrário, facilita a
participação autônoma e estimula o pertencimento.
A autogestão, por sua vez, terá duas dimensões, uma individual onde será
fundamental cada pessoa sentir-se responsável, cuidar e zelar pelos espaços e a segunda
de caráter coletivo, com atividades programadas para a garantia da estrutura do
encontro. Nesse sentido, a ideia de autogestão só vem a contribuir com a de
organicidade, já que olhar para a organicidade é pensar nas relações entre os espaços /
instâncias, em vista do bom funcionamento do conjunto. Cuidar da organicidade é
manter a estrutura em movimento, evitando possíveis “tromboses”, é zelar pela
funcionalidade, no cotidiano do processo, é cada um tomar parte pela saúde do
encontro.
A partir disso, a operacionalização do tempo dos participantes na Normandia se
dará em prol da interconexão entre as atividades a serem desenvolvidas nos momentos
“micro” (a) e “macro” (b) e nas atividades necessárias à autogestão do espaço (c), além
de alguns espaços lúdicos, artísticos e pedagógicos que estarão funcionando
paralelamente ao cronograma central. Estas atividades, por sua vez, serão divididas
tematicamente nos dias cinco dias do encontro. Para tanto, os participantes do encontro
serão divididos na hora do credenciamento, quando cada pessoa receberá uma pulseira
de determinada cor (distribuídas aleatoriamente e não por escola), demarcando assim
seu grupo de atividade e definindo o grupo com o qual a pessoa desenvolverá algumas
das atividades “micro” (a) e de autogestão do espaço (c). Isso não implica em
engessamento dos participantes aos grupos, ao contrário, visa fazer com que haja maior
circulação entre as pessoas, não restringindo os momentos do encontro a esses grupos.
É fundamental que os diversos estudantes compreendam e construam a proposta
do encontro, que dela participem de forma efetiva, de modo a não torná-la apenas uma
iniciativa de alguns, o que inviabilizaria a idéia de organicidade e autogestão, e de não
isolar a escola sede na responsabilidade de sua realização. Para tanto, é de fundamental
importância 2 momentos de formação entre as escolas do nordeste, o primeiro deles
sendo um seminário metodológico. O objetivo do seminário é trabalhar a metodologia
de gestão a ser utilizada no II ERECS entre as escolas; a idéia é que os representantes
que vão ao seminário possam repassar a metodologia em suas escolas e dessa forma
possa ocorrer a plena realização dos objetivos planejados neste projeto. O segundo
momento seria um curso de formação de coordenadores, no qual representantes de
outros estados chegarão uma semana antes do encontro e juntar-se-ão à CO local. O
custo das passagens será bancado pela organização do encontro.
Atividades e Programação
Segue-se agora uma descrição das atividades que serão desenvolvidas, nas quais se
especifica sua dimensão (micro, macro); um exemplo do cronograma das atividades de
autogestão do espaço esta em anexo no final do texto. Para a garantia de atividades
diferentes será peça fundamental neste encontro espaços que nos permitam ser criativos
na forma de disposição das pessoas, cadeiras, mesas, esteiras, palcos, instrumento..
Como já foi dito anteriormente, entre as atividades já planejadas, algumas ocorrem
durante todo o encontro e outras em apenas alguns momentos.
A formatação geral das atividas do encontro, baseada nas nossas prioridades, que
levam a essa escolha. O que se propôs basicamente é: dividir a ordem das atividades
criando uma cadência entres as atividades, que levariam até a culminância no domingo;
em paralelo, ocorreriam às atividades permanentes, por fora da programação central -
como a rádio, as exposições, as apresentações artísticas, etc.
Na disposição da programação, tentamos resolver principalmente a questão
"Formação Pessoal/ Movimento Estudantil"; "Estudantes/ Escola"; "Indívíduo/
Coletivo". Mas modifica um pouco oq tínhamos discutido até então sobre espaços micro
e macro - embora mantenha essa mesma estrutura.
Dentro disso, tentamos incluir também a questão do que e como deliberar nos
encontros. Um dos pontos identificados no ERECS de São Luís foi q acabamos com a
plenária final, mas n pusemos nada eficiente no lugar. Como deliberar sem ela? É aí
onde entra o DOMINGO: ao longo do encontro, diversas atividades podem ser tiradas e
ficar sob a responsabilidade de quem as propuser; paralelo a isso, algumas decisões
precisam ser tomadas com caráter de legitimidade do coletivo de estudantes do Nordeste
reunidos, como a escolha da próxima sede e alterações no estatuto da CRECS, por
exemplo; estas últimas ocorreriam em espaços próprios, já deliberativos. Se houverem
outras decisões com esse caráter, tb terão seus espaços próprios. No domingo, elas
seriam apresentadas e as que precisassem, incluídas no CALENDÁRIO REGIONAL.
Ela tenta casar também a ligação político-cultural-acadêmico no decorrer do
encontro, não os colocando em espaços separados, apesar da proposta para o dia da
sexta.
PROGRAMAÇÃO II ERECSQuarta Quinta Sexta Sábado
Manhã Recepção das Escolas
CAFÉ DA MANHÃ( 7h-8h30 )
Núcleo:- Apresentação
- Gestão Coletiva( 8h30-10h30 )
CAFÉ DA MANHÃ( 7h30-9h )
Gestão Coletiva( 9h-10h )
CAFÉ DA MANHÃ( 7h30-9h )
Gestão Coletiva( 9h-10h )
----X--- ---X--- ---X---
Roda:Universidade
Popular(10h30-12h30)
Roda:Conjuntura Política
(10h-12h)
Roda:Combate às opressões
(10h–12h)
Tarde
ALMOÇO(12h30-14h)
ALMOÇO(12h-14h)
ALMOÇO(12h-14h)
---X---Feira da Ciência:-Apresentação de
Trabalhos;- Oficinas
- Feira de Trocas(14h – 18h)
---X---Núcleo:
Os Estudantes e as Lutas Sociais*(15h-16h30)
---X---Roda:
Os Estudantes e as Lutas Sociais**
(16h30 – 18h30)
---X---
Oficinas:Em parceria com os
Movimentos Sociais***
(14h – 18h)
Noite
JANTAR(18h-19h30)
JANTAR( 18h-19h30h )Gestão Coletiva(19h30-20h30)
JANTAR( 18h-19h30h )Gestão Coletiva(19h30-20h30)
JANTAR( 18h-19h30h )Gestão Coletiva(19h30-20h30)
---X---Abertura:
- Proposta do Encontro
- Regimento Interno
(19h30 – 22h)
---X---Roda:
Sociologia Pública (20h30 - 22h)
---X---Roda:CRECS
(deliberativa) (20h - 22h)
---X---Roda:
Sociologia no Ensino Médio
(20h30 – 22h)
Cultural Cultural Cultural:III Noite Xukuru
Cultural
* Eixo da Discussão:- Como vemos as lutas sociais em nosso cotidiano?- Quais lutas sociais “fazemos”?
** Eixos da Discussão:- Movimento Estudantil enquanto instrumento de luta dos estudantes;- Lutas Sociais e estudantes.Proposta Metodológica:- 2 falas: uma comentando o ME e outra os demais Mov. Sociais;- Apresentação da Sistematização da Discussão no Núcleos;
*** A idéia é trabalhar determinados temas na perspectiva de vivência. Não só a fala, não só a discussão. Propor isso a parceiros, que oferecerão estas oficinas.
Descrição das Atividades
○ Recepção – A CO recepcionará cada escola, mostrando o espaço,
a divisão do acampamento e passando orientações preliminares para sua
organização, para então proceder ao credenciamento.
○ Abertura: Com a presença de todxs os participantes, será
dividida em dois momentos: (a) apresentação da proposta do Encontro pela
escola (com uma explanação sobre gestão coletiva do espaço e sobre práticas
sustentáveis no decorrer do encontro), seguida da retomada do histórico do
encontro anterior até o atual, em conjunto com a CO do Maranhão
(deliberação do ERECS); e (b) discussão de tal proposta, que deve ser na
forma do regimento interno.
○ Gestão Coletiva
○ Culturais
○ A festa da ciência – Trata-se de um evento de divulgação
científica, com o objetivo de levantar a reflexão dos rumos de sua produção
com um todo, em conjunto com as trocas de saberes de nossas próprias
produções enquanto estudantes. Inicialmente, tratava-se de um evento de
divulgação dos trabalhos do NASEB – Núcleo Ariano Suassuna de Estudos
Brasileiros, que depois foi incorporado e ampliado para o ERECS. Ela
deverá contemplar apresentações de trabalho, rodas, oficinas e outras
atividades e, em princípio, tomará um dia inteiro do encontro.
○ Rodas
○ Núcleos
○ III Noite Xukuru – a idéia é que em uma das noites do encontro
seja realizada a III Noite Xukuru, elas vem acontecendo desde 2009 e tem a
finalidade de dar visibilidade ao processo de criminalização pelo qual a
liderança indígena vem passando. Para dar corpo à festa o mestre Pirrila,
tocador de samba de coco Xukuru faz apresentação onde canta sua tradição,
os processos de luta, perseguição e criminalização de seu povo.
○ Calendário Regional – Atividade a ser construída durante todo o
encontro, mas fechada no domingo. A idéia aqui é ter um calendário de
atividades regional, que pode ser preenchido tanto nos fóruns mais amplos,
como responsabilidade dos CAs/DAs e Coletivos, quanto de articulações que
podem ser construídas em outros espaços, como nos ELOs. No último dia, as
atividades são repassadas e sistematizadas no calendário.
Espaços Permanentes
○ Exposições Permanentes
○ Apresentações Artísticas – Em diferentes horários,
principalmente teatro de rua.
○ Rádio ERECS
○ Cine Clube
Esboço de cronograma para atividades de autogestão do espaço
Atividade / Turno Manhã Tarde Noite
Limpar o banheiro Azul Verde Amarelo
Organizar o pátio Verde Amarelo Azul
Lavar prato Amarelo Azul Verde
ESTRUTURA E PREVISÃO ORÇAMENTÁRIA
O espaço chega acomodar mais de 2.000 pessoas nos encontros estadual e
regional do MST, porém com adaptações na estrutura, adaptações estas que teremos que
também fazer trabalhando com o número de 600 pessoas conforme descriminado
abaixo:
Estrutura presente(para detalhes, ver anexo):
● Alojamento para apenas 180 pessoas. São quartos para 6 a 8
pessoas, com beliches, colchões e tomadas. Porém amplo espaço para
barracas.
● 18 chuveiros e 23 vasos sanitários distribuídos pelo alojamento,
Casa Grande e Auditório.
● Internet com apenas um computador. Se tiver demanda, podemos
estudar a possibilidade de se montar uma rede.
● Tem-se caixas de som espalhadas pelo espaço, que são ligadas a
rádio de lá.
Estrutura a se montar:
● Instalação de banheiros químicos – 10 no total ;
● Instalar chuveiros, 20 totais;
● Dada a incerteza da água, seremos abastecidos por caminhões pipas, totalizando
6 por dia ao preço de 120 cada;
● Água mineral (2litros por pessoa = mil litros por dia): R$120,00 (2,40 cada 20
litros).
● A limpeza será feita por “bairros” e por brigadas, montar estrutura de lixeiros
seletivos, procurar parceria com cooperativas, além de material de limpeza.
Alimentação:
Estimamos por alto que fique em R$15,00 ao dia por pessoa, incluindo café da
manha, almoço e jantar. Teremos comida para vegetarianos e carnívoros.
A primeira dificuldade, a cozinha só produz 250 alimentações e terá que ser
ampliada.Ela possui atualmente 37 mesas de 4 lugares, totalisando 148 lugares.
Quanto aos custos apresentados, temos:
● Dois bujões de gás por dia, ao preço de R$40,00 cada
● 15 cozinheiras, 20 reais por dia cada;
Diária:
Para manutenção, luz, e ate pelo uso do espaço, se tem uma diária de R$2,00 ao
dia por pessoa.
600 pessoas x R$ 2.00/dia x 5 dias = R$ 6.000,00
Ainda nos foram apresentadas o “pacote completo”, que diária R$30,00 ao dia
por pessoa, preço que ao calcularmos se mostra exorbitante, e na própria reunião com o
MST nos foi dito que seria mais em conta arcarmos com os custos. Porém estes
R$30,00 não foram destrinchados, e talvez inclua a mão de obra e logística.
Previsão Orçamentária do Encontro:
Material de Estrutura
Descrição Quantidade Valor unitário Valor total
Banheiros químicos 10 R$ 70,00 R$ 3.500,00
Chuveiros 20 R$ 30,00 R$ 600,00
Caminhões pipa 30 R$ 120,00 R$ 3.600,00
Água mineral 250 R$2,40 R$ 600,00
Botijão de gás 10 R$ 40,00 R$ 400,00
Cozinheiras 15 R$ 20,00 R$ 1.500,00
Total R$ 10.200,00
Material de Expediente
Descrição Quantidade Valor unitário Valor total
Carimbo 10 R$ 3,00 R$ 30,00
Refil de almofada de carimbo 40 ml 10 R$ 1,70 R$ 17,00
Papel A4 30 R$ 15,00 R$ 450,00
Tonner de Impressora HP692c 15 R$ 90,00 R$ 1.350,00
Pincel atômico 80 R$ 1,30 R$ 104,00
Clipes nº1 (cx.) 5 R$ 0,80 R$ 4,00
Clipes nº3/0 (cx.) 4 R$ 0,90 R$ 3,60
Grampos (cx) 10 R$ 0,76 R$ 7,60
Fita empacotadora 4 R$ 2,50 R$ 10,00
Envelope tipo ofício 100 R$ 0,20 R$ 20,00
Envelope grande 100 R$ 0,25 R$ 25,00
Lápis 20 R$ 0,15 R$ 3,00
Cartolinas 40 R$ 0,30 R$ 12,00
CD virgem 10 R$ 1,50 R$ 15,00
Grampeador 3 R$ 6,80 R$ 20,40
Percevejo (cx.) 8 R$ 1,35 R$ 10,68
Walkie tok 6 R$ 100,00 R$ 600,00
Total R$ 2.682,28
Culturais
Descrição Quantidade Valor unitário Valor total
Tenda 1 R$ 1.000,00 R$ 1.000,00
Som 3 R$ 600,00 R$ 1.800,00
Palco 1 R$ 500,00 R$ 500,00
Show 3 R$ 300,00 R$ 900,00
Seguranças 10 R$ 240,00 R$ 2.400,00
Total R$ 6.600,00
Material dos encontristas
Descrição Quantidade Valor unitário Valor total
Bloco 600 R$ 1,00 R$ 600,00
Caneta 600 R$ 1,00 R$ 600,00
Certificado 600 R$ 2,00 R$ 1.200,00
Crachá 600 R$ 2,00 R$ 1.200,00
Bolsa 600 R$ 6,50 R$ 3.900,00
Pulseiras de
identificação
600 R$ 2,00 R$ 1.200,00
Caneca 600 R$ 1,00 R$ 600,00
Camisas 100 R$ 10,00 R$ 1.000,00
Total R$ 10.300
Materiais de Divulgação
Descrição Quantidade Valor unitário Valor total
Cartazes 300 R$ 2,00 R$ 600,00
Banner 20 R$ 40,00 R$ 800,00
Faixas 10 R$ 20,00 R$ 200,00
Total R$ 1.600,00
Alimentação
Descrição Quantidade Valor unitário Nº de dias Valor Total
Café da manhã 600 R$ 3,50 5 R$ 10.000,00
Almoço 600 R$ 3,50 5 R$ 10.000,00
Jantar 600 R$ 3,50 5 R$ 10.000,00
Total R$ 30.000,00
Materiais de limpeza
Descrição Quantidade Valor unitário Valor total
Detergente 50 R$ 1,00 R$ 50,00
Esponja 25 R$ 0,65 R$ 16,25
Desinfetante (5 l) 5 R$ 6,50 R$ 32,50
Sabão em pó 5kg 2 R$ 14,00 R$ 28,00
Água sanitária 2l 5 R$ 1,80 R$ 9,00
Vassoura 15 R$ 3,00 R$ 45,00
Rodo 15 R$ 2,00 R$ 30,00
Saco de lixo de 100 l (Pet 25 unid) 10 R$ 5,50 R$ 55,00
Saco de lixo de 15 l ( Pet 100
unid)
5 R$ 4,50 R$ 22,50
Papel higiênico (Pet 64 unid) 25 R$ 33,60 R$ 840,00
Pano de chão 10 R$ 1,20 R$ 12,00
Escova de vasp 10 R$ 1,00 R$ 10,00
Pá de lixo 20 R$ 2,00 R$ 40,00
Esponja de aço 20 R$ 0,60 R$ 12,00
Total R$ 1.202,25
Total Geral
Item Custo
Material para estrutura R$10.200
Material para expediente R$ 2.682,28
Culturais R$ 6.600,00
Materiais dos Congressistas R$ 10.300,00
Materiais de divulgação R$ 1.600,00
Alimentação R$ 3068.000,00
Materiais de Limpeza R$ 1.202,25
Diaría (todos os estudantes) R$ 6.000,00
Total Geral R$ 68.584,53