implantação de sistemas de gestão ambiental iso 14001: uma contribuição da área de gestão de...

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Os sistemas certificáveis de gestão ambiental, como a norma ISO 14001, têm sido uma opção cada vez mais utilizada pelas organizações para equacionarem suas demandas ambientais, padronizarem seu processo produtivo, reduzirem custos de produção e melhorarem sua imagem. Entretanto, seu processo de implantação em indústrias gera mudanças significativas na cultura e estrutura destas empresas e devem ser devidamente consideradas por gestores e consultores. Pelo exposto, o principal objetivo deste artigo é apresentar práticas, sistematizadas à luz da teoria com especial contribuição da área de gestão de pessoas e com base em dois estudos de caso, para implantação de sistemas de gestão ambiental ISO 14001 em empresas industriais. Para tanto, foram realizados dois estudos de caso: um em uma empresa de baterias automotivas e outro em uma empresa moveleira. Os dados foram coletados a partir de entrevistas semiestruturadas com os gestores diretamente responsáveis por estes sistemas e com colaboradores-chave, observação in loco e análise de documentos. Ao final do artigo são apresentadas sugestões de práticas relacionadas aos seguintes elementos: alta direção, gestão de pessoas, comitê de gestão ambiental, missão e políticas, treinamento e comunicação.

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  • X ENCONTRO DA ECOECOSetembro de 2013Vitria - ES - Brasil

    ASPECTOS E IMPACTOS AMBIENTAIS DE UMA ATIVIDADE DE ECOTURISMO: O CASO DOPARQUE TURSTICO MUNICIPAL DA PRAIA DE JACAR CABEDELO /PB

    Mariana Moura Nbrega (UFPB) - [email protected] Mecnica, Msc Engenharia de Produo, Docente do Departamento de Engenharia de Produo/UFPB,Doutoranda em Recursos Naturais/UFCG

    Mnica Maria Souto Maior (IFPB) - [email protected] e urbanista, Msc Engenharia de Produo, Docente do IFPB, Doutoranda em Recursos Naturais/UFCG

    Angela Carolina de Medeiros (UFCG) - [email protected], Msc Cincia e Tecnologia Ambiental, Doutoranda em Recursos Naturais/UFCG

    Maria Lenia Pessoa da Silva (UFCG) - [email protected] e Msc Enfermagem, Doutoranda em Recursos Naturais/UFCG

    Lucia Santana de Freitas (UFCG) - [email protected] e doutora em Administrao, Docente do Departamento de Administrao/UFCG

  • Aspectos e impactos ambientais de uma atividade de ecoturismo: o caso do

    Parque Turstico Municipal da Praia de Jacar Cabedelo /PB

    ST G - Relaes entre economia ecolgica, natureza, sociedade

    Resumo

    O ecoturismo tem sido apontado com frequncia como uma alternativa capaz de

    atender aos objetivos do turismo sustentvel, com potencial de contribuir para a

    proteo ambiental e para as trocas culturais. Um dos principais atrativos

    tursticos do estado da Paraba, o Parque Turstico Municipal da Praia de Jacar

    (PTJ), situado no esturio do rio Paraba e cuja principal atrao a contemplao

    do pr do sol ao som do Bolero de Ravel, tocado ao vivo por msicos locais,

    poderia se caracterizar como um local de prtica de ecoturismo. No entanto, para

    que essa atividade se aproxime, de fato, do ideal de turismo sustentvel preciso

    que seus gestores lancem mo de ferramentas de gesto ambiental, identificando,

    avaliando, controlando e monitorando os impactos ambientais, com vistas a

    reduzi-los e/ou mitig-los. Nesse contexto, o presente artigo se prope a contribuir

    com o estabelecimento de polticas de gesto ambiental no PTJ, identificando os

    impactos ambientais mais relevantes gerados pelas atividades tursticas do local.

    Para tanto, uma equipe multidisciplinar identificou os aspectos e respectivos

    impactos ambientais associados s atividades realizadas no PTJ, classificando-os

    em adverso ou benfico. Os impactos adversos foram, ento, avaliados segundo

    dois critrios: quanto a suas consequncias potenciais, funo de sua severidade e

    a abrangncia; e quanto a sua frequncia/probabilidade de ocorrncia. Os

    resultados do estudo apontaram para necessidade de que se estabeleam

    estratgias de gesto ambiental no PTJ relacionadas aos resduos slidos, ao

    esgotamento sanitrio, poluio sonora, aos aspectos estticos dos elementos

    construdos e ao trfego de veculos terrestres e aquticos.

    Palavras-chave: Aspectos ambientais; Impactos ambientais; Ecoturismo;

    Parque.

  • Abstract

    Ecotourism has often been touted as an alternative capable of meeting

    sustainable tourisms goals, with potential to contribute to environmental

    protection and cultural exchanges. One of the major tourist attractions in the state

    of Paraba, the Parque Turstico Municipal da Praia de Jacar (PTJ), located on

    the estuary of Paraba River and whose main attraction is the sunset contemplation

    whilst listening to Ravel's Bolero, played live by local musicians, could be

    characterized as place of ecotourism practice. However, to bring this activity

    closer to the ideal of sustainable tourism it is necessary that the parks managers

    take hold of environmental management tools, identifying, assessing, controlling

    and monitoring the environmental impacts, in order to reduce and / or mitigate

    them. In this context, this article aims to contribute to the establishment of

    environmental management policies at the PTJ, identifying the most relevant

    environmental impacts produced by tourism activities. Therefore, a

    multidisciplinary team has identified aspects and their environmental impacts

    associated with activities performed at PTJ, classifying them in adverse or

    beneficial. The adverse impacts were, then, evaluated according to two criteria:

    their potential consequences, which depends on the severity and extension of the

    impacts; and the frequency / probability of occurrence of the impacts. This

    research results pointed to the need for establishing environmental management

    strategies at PTJ regarding solid wastes, sanitary sewage, noise pollution,

    aesthetic aspects of the built elements, and terrestrial and aquatic vehicle traffic.

    Palavras-chave: Environmental aspects; Environmental Impacts;

    Ecotourism; Park.

    1. INTRODUO

    O turismo tem sido apontado como a atividade econmica que mais cresce

    no mundo, responsvel por dinamizar diversos setores da economia, tais como

    transportes, hospedagem, alimentao e lazer. Muitas localidades que no tinham

    um potencial econmico consolidado encontraram no turismo o caminho para seu

  • desenvolvimento, tendo a atividade como base de sua economia em termos de

    gerao de emprego, renda e divisas. No entanto, em paralelo expanso da

    indstria do turismo, se amplia o movimento de contestao ao modelo de

    desenvolvimento centrado apenas no crescimento econmico, de onde emerge o

    conceito de turismo sustentvel, que incorpora tambm aspectos sociais e

    ambientais.

    Assim como todo debate em torno da noo de sustentabilidade, a temtica

    do turismo sustentvel engloba muitas divergncias terico-metodolgicas. As

    discusses giram em torno da questo de como satisfazer as necessidades do

    turista gerenciando os recursos naturais, construdos e socioculturais da rea

    explorada, de forma a promover o bem-estar econmico, a preservao dos

    capitais natural e sociocultural e a justia social para as geraes atuais e futuras

    (HUNTER, 1997; BUTLER, 1999; KO, 2001). Nesse contexto, para

    operacionalizar formas de turismo mais sustentveis preciso compreender como

    as atividades tursticas se relacionam com os processos ecolgicos,

    socioeconmicos e culturais. A partir desse entendimento se torna possvel avaliar

    os impactos das atividades e direcionar polticas de gesto que visem minimizar

    efeitos adversos e maximizar efeitos benficos.

    No entanto, o discurso oficial tende a assumir concepes idealizadas dos

    benefcios potenciais do turismo, mascarando ou minimizando seus impactos

    socioambientais e culturais negativos, enquanto experincias em todo mundo

    desmistificam a afirmao de que a indstria do turismo seria uma "indstria

    limpa" que, necessariamente, concilia gerao de emprego e renda com a

    preservao dos patrimnios natural e cultural (IRVING et al, 2005). Portanto, a

    busca por alternativas de um turismo mais sustentvel deve comear pelo

    reconhecimento do seu potencial de gerao de impactos negativos, seguido da

    adoo de ferramentas e modelos de gesto ambiental que permitam identificar,

    eliminar, minimizar e/ou mitigar esses impactos.

    Kunz (2012) pondera que, com planejamento adequado, o turismo, o

    desenvolvimento econmico e a preservao ambiental podem coexistir em certa

    harmonia, mas que as benesses oriundas da atividade turstica s sero plenas em

  • seus atributos medida que se observe e atue estrategicamente em relao aos

    aspectos e impactos ambientais da atividade.

    A identificao de aspectos e impactos ambientais uma prtica que

    fornece um retrato sistematizado das relaes causais entre atividades humanas e

    meio ambiente, sendo crucial para a gesto ambiental. Estudos mostram o uso da

    identificao de aspectos e impactos ambientais na prtica do turismo como

    ferramenta de diagnstico em processos de implantao de ferramentas de gesto

    ambiental tais como Produo Mais Limpa (DIOGENES et al, 2012) e Sistemas

    de Gesto Ambiental (NOGAL, 2007; SILVA FILHO, 2008).

    O ecoturismo tem sido apontado com frequncia como uma alternativa

    capaz de atender aos objetivos do turismo sustentvel. Segundo as Diretrizes para

    a Poltica Nacional de Ecoturismo do Brasil esse segmento da atividade turstica

    envolve a utilizao sustentvel dos patrimnios natural e cultural, incentivando

    sua conservao e buscando promover uma conscincia ambientalista e o bem-

    estar das populaes envolvidas (BRASIL, 1994). Layrargues (2004) reconhece o

    potencial do ecoturismo na proteo ambiental e nas trocas culturais, mas chama a

    ateno para os limites em efetivar seus objetivos ambientais e sociais.

    O rtulo de ecoturismo tem sido adotado para designar diferentes prticas

    tursticas associadas ao meio ambiente, especialmente em ambientes naturais

    pouco alterados, juntamente com o patrimnio cultural de seu entorno (PIRES,

    1998). Essa denominao poderia, portanto, caracterizar as atividades que

    ocorrem no Parque Turstico Municipal da Praia de Jacar (PTJ), situado no

    esturio do rio Paraba e cuja principal atrao a contemplao do pr do sol ao

    som do Bolero de Ravel, tocado ao vivo por msicos locais. O parque,

    considerado um dos principais destinos tursticos no estado da Paraba, engloba

    estabelecimentos de comrcio formal e informal de alimentos, bebidas e itens de

    artesanato, alm de uma infraestrutura comum, composta por rodovias e

    estacionamentos, banheiros pblicos, reas de passeio e contemplao e um posto

    policial.

    A explorao turstica no local comeou a se desenvolver h cerca de vinte

    anos, mas o Parque Turstico Municipal da Praia de Jacar s foi criado em 2006

    pela lei municipal N 1.340. Essa lei foi alterada pela lei N. 1.394, de 2008, de

  • forma que o objetivo do parque ficou definido como a preservao e manuteno

    contemplao da natureza, em especial ao Pr do Sol e ao esturio do Rio

    Paraba, fomentando o turismo local. (CABEDELO, 2006; 2008).

    O objetivo do parque explcito em sua lei de criao deixa clara a

    preocupao com a preservao do capital natural explorado pela atividade

    turstica local, mas o grande desafio sua operacionalizao. A referida legislao

    delegou essa tarefa ao Poder Executivo Municipal juntamente com um Comit

    Gestor, composto por representantes das Secretarias Municipais de Secretaria de

    Pesca e Meio Ambiente, de Turismo e Esporte, e de Planejamento e Gesto; da

    Procuradoria Geral; das Associaes de Lojistas e Artesos, de Bares e

    Restaurantes; dos msicos; dos comerciantes ambulantes; e da Cmara Municipal.

    Assim, para que as atividades desenvolvidas no PTJ atendam aos objetivos

    definidos em lei e ainda se configurem como uma prtica de ecoturismo

    sustentvel, seus gestores devem lanar mo de ferramentas de gesto ambiental.

    Segundo Epelbaum (2006, p.116) a gesto ambiental envolve a adoo de

    princpios gerenciais na identificao, avaliao, controle, monitoramento e

    reduo de impactos ambientais a nveis pr-definidos. Portanto, para promover a

    minimizao ou mitigao dos impactos ambientais negativos gerados pelo PTJ,

    seus gestores devem comear pela compreenso da relao entre as atividades do

    parque e o meio ambiente, identificando e avaliando seus respectivos impactos.

    Neste contexto o presente trabalho tem o objetivo de identificar e avaliar

    aspectos e impactos ambientais do Parque Municipal Turstico da Praia de Jacar.

    2. MARCO TERICO

    2.1. Instrumentos de Gesto Ambiental para reas de visitao pblica

    Os impactos negativos da atividade turstica dependem da intensidade de

    uso (volume de visitantes e tempo de permanncia); do tipo de utilizao

    (facilidades requeridas e efeitos provocados); das caractersticas da rea de

    destino (fragilidade, sensibilidade e capacidade de recuperao) e; da gesto e do

    contexto poltico (planejamento e gesto da atividade turstica). (COHEN, 1978;

    OMT, 2003 e SIMPSON E WALL, 1999 apud LEMOS e SOUZA, 2010).

    Observa-se, no entanto, que as regies onde o turismo provoca impactos mais

  • nefastos so aquelas onde a governana deficiente ou inexistente, o que leva a

    crer que so as estratgias de gerenciamento e as ferramentas de gesto adotadas

    que determinaro de forma mais significativa os nveis de impacto dessa atividade

    (LEMOS e SOUZA, 2010).

    Nesse sentido, diversas ferramentas, estratgias, mecanismos de controle e

    monitoramento tm sido adotados na gesto ambiental de atividades tursticas,

    especialmente aquelas realizadas em reas naturais. Uma das ferramentas mais

    adotadas a capacidade de carga, que, segundo ORilley (1986), define o nmero

    mximo de visitantes que um determinado destino turstico pode receber visando

    evitar que ocorram impactos negativos ao meio ambiente ou que diminua sua

    atratividade para o turista. Lemos e Monto (2006, apud LEMOS e SOUZA,

    2010) alertam para o fato de que o estabelecimento de limites de visitantes um

    conceito intuitivo e que a magnitude dos impactos ambientais no

    necessariamente funo da quantidade de turistas. Lindberg, McCool e Stankey

    (1997) tambm reconhecem as limitaes da capacidade de carga, indicando o

    surgimento de abordagens mais amplas baseadas em indicadores, cenrios e

    monitoramento, tais como o Limits of Acceptable Change (LAC), Visitor Impact

    Management (VIM) e Visitor Experience Resource Protection (VERP).

    (LINDBERG, McCOOL e STANKEY, 1997).

    Assim o manejo da visitao pblica em reas naturais evoluiu do simples

    controle da quantidade de pessoas, associado ao conceito de capacidade de carga,

    para instrumentos que estabelecem e monitoram nveis de impacto considerados

    aceitveis. Dessa forma, conhecendo-se os impactos ambientais da atividade

    turstica e suas respectivas causas, possvel traar estratgias para o controle e a

    reduo desses impactos, seja limitando a quantidade de turistas, seja por outros

    mecanismos como Educao Ambiental, estabelecimento de regras para a

    realizao das atividades, zoneamento da rea, sistemas de permisses e licenas,

    cobrana de taxas de visitao, etc (LEMOS, 2007).

    Barros (2003) prope uma abordagem menos focada na regulamentao,

    visando o desenvolvimento de uma tica ambiental junto aos visitantes por meio

    de processos educacionais que desenvolvam a percepo do visitante acerca de

    seus impactos no local, que informe sobre os desafios de manejo enfrentados no

  • parque e que oriente sobre prticas de mnimo impacto. Um processo dessa

    natureza, no entanto, assim como qualquer processo educacional, requer esforos

    contnuos e de longo prazo.

    Dessa forma, fica estabelecido que o primeiro passo para a gesto

    ambiental em reas de visitao pblica compreender a relao entre as

    atividades associadas prtica turstica no local e o meio ambiente, ou seja, a

    identificao dos aspectos e impactos ambientais gerados pelas atividades.

    2.2. Aspectos e Impactos ambientais

    A Resoluo CONAMA 001/86 art. 1 define o conceito de impacto

    ambiental como sendo qualquer alterao das propriedades fsicas, qumicas e

    biolgicas da ambincia, causadas por qualquer forma de matria ou energia

    resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetam: I - a

    sade, a segurana e o bem-estar da populao; II - as atividades sociais e

    econmicas; III - a biota; IV - as condies estticas e sanitrias do meio

    ambiente; V - a qualidade dos recursos ambientais.

    Na ISO 14.001, de 1996, impacto ambiental definido como qualquer

    modificao do meio ambiente, adversa ou benfica, que resulte, no todo ou em

    parte, das atividades, produtos ou servios de uma organizao (item 3.4).

    Segundo Snchez (2008), os impactos ambientais podem ser resultantes de aes

    humanas que impliquem na supresso de elementos do ambiente, como vegetao,

    habitats e paisagens; na insero de elementos no ambiente, como espcies

    exticas e componentes construdos; e na sobrecarga do ambiente por fatores de

    estresse que ultrapassam a capacidade de suporte gerando desequilbrios, como a

    emisso de poluentes e o aumento da demanda por bens e servios pblicos. Esse

    autor chama a ateno para o fato que impacto ambiental o resultado de uma

    ao humana, devendo-se ter cuidado para no confundir causa com

    consequncia, por exemplo, uma rodovia no um impacto ambiental, ela a

    ao humana que gera impactos ambientais.

    Os impactos gerados pelas aes humanas se do por meio dos aspectos

    ambientais. Segundo Snchez (2011) aspecto ambiental o mecanismo por meio

    do qual uma ao humana provoca impacto ambiental. O termo aspecto ambiental

  • foi cunhado pela norma ISO 14.001, que apresenta como sua definio elemento

    das atividades, produtos ou servios de uma organizao que pode interagir com o

    meio ambiente. So aspectos ambientais tpicos o consumo de recursos como

    gua, energia e combustveis fsseis, a gerao de resduos slidos, a produo de

    emisses atmosfricas, a emisso de efluentes lquidos, rudos e vibraes

    (SNCHEZ, 2008; SEIFFERT, 2011). Dessa forma, para que sejam identificados

    os impactos ambientais de determinada ao humana, preciso compreender

    como ela se relaciona com o meio ambiente, o que requer que, inicialmente, se

    identifiquem seus aspectos ambientais.

    3. METODOLOGIA

    Segundo classificao proposta por Vergara (1997), o presente trabalho

    classifica-se como exploratrio e descritivo e os meios de investigao adotados

    foram pesquisa documental e bibliogrfica e pesquisa de campo na forma de

    estudo de caso.

    O estudo foi realizado no Parque Turstico Municipal da Praia de Jacar,

    situado no municpio de Cabedelo/PB, precisamente no esturio do rio Paraba,

    sob as coordenadas geogrficas 70222 S e 345119 O. Os dados de campo

    foram coletados ao longo do ms de abril de 2012. A pesquisa foi conduzida por

    uma equipe composta por profissionais das reas da biologia, arquitetura e

    urbanismo, enfermagem e engenharia de produo, o que permitiu uma

    abordagem multidisciplinar ao problema estudado, ou seja, os aspectos e impactos

    ambientais do PTJ.

    A pesquisa se iniciou com um levantamento preliminar de dados, visando

    uma melhor compreenso da problemtica escolhida para o trabalho. Para tanto,

    foram consultados documentos pblicos sobre o parque e a legislao pertinente.

    Em seguida foram realizadas trs visitas ao parque, uma delas em momento de

    baixo fluxo de visitantes e as demais em momentos de fluxo intenso. Nessas

    visitas foram feitas perguntas informais em alguns estabelecimentos e

    observaes no participantes. Em visita Secretaria de Pesca e Meio Ambiente

    de Cabedelo (SPMA), ento rgo gestor do parque, o secretrio responsvel pelo

    rgo forneceu documentos sobre o parque e concedeu entrevista no estruturada

  • aos pesquisadores. As etapas seguintes discriminam os aspectos operacionais da

    pesquisa, conforme quadro 1.

    Quadro 1: Aspectos operacionais da pesquisa

    Fonte: Elaborao prpria

    Para identificar os aspectos ambientas associados s atividades conduzidas

    no PTJ, foi feito o levantamento dos elementos do parque, divididos entre

    estabelecimentos comerciais e infraestrutura a partir dos documentos fornecidos

    pelo secretrio da SPMA e das observaes conduzidas in situ. Em seguida, foram

    identificados os componentes de interao entre o parque e meio ambiente

    considerados mais relevantes no contexto estudado: gerao de resduos,

    emisses, consumo de recursos naturais, aspectos sociais e aspectos paisagsticos.

    A partir disso, foram identificados os aspectos ambientais, ou seja, os meios pelos

    quais os elementos do parque afetam o meio ambiente em termos de gerao de

    resduos, emisses, consumo de recursos naturais, aspectos sociais e aspectos

    paisagsticos.

    A seguir, de acordo com a definio de impactos ambientais da Resoluo

    CONAMA 01/86, foram identificados os impactos gerados por cada um dos

    aspectos ambientais do PTJ sobre: I) Sade, segurana, e bem estar da populao;

  • II) Atividades sociais e econmicas; III) Biota; IV) Condies estticas e

    sanitrias ambientais; V) Qualidade dos recursos ambientais.

    Os dados para realizao da identificao e da avaliao dos aspectos e

    impactos ambientais do PTJ foram obtidos, principalmente, por observao no

    participante guiada por dois roteiros de observao, um voltado aos

    estabelecimentos e estruturas comerciais e outro direcionado aos elementos da

    infraestrutura do parque. Os dois roteiros de observao contemplavam os

    aspectos ambientais. Alm da observao no participante, conduzida durante

    caminhadas para reconhecimento dos possveis problemas gerados na localidade,

    por turistas e comerciantes, foram obtidas informaes adicionais diretamente

    junto a responsveis pelos estabelecimentos comerciais e ao Secretrio de Pesca e

    Meio Ambiente de Cabedelo, ento presidente do Comit Gestor do PTJ.

    Quadro 2: Enquadramento de consequncias potenciais dos aspectos/impactos

    ambientais.

    Fonte: Adaptado de Seiffert (2011)

    Os pares de aspecto/impacto ambiental foram, ento, classificados quanto

    ao seu tipo em adverso ou benfico. Os impactos adversos foram avaliados com

    base em suas consequncias potenciais, funo da severidade e da abrangncia, e

    a partir de sua frequncia/ probabilidade de ocorrncia. A categorizao adotada

    no estudo foi adaptada de Seiffert (2011), para atender a especificidades do PTJ.

    Os Quadros 2 e 3 apresentam, respectivamente, as descries e pontuaes das

    categorias quanto s consequncias potenciais e quanto frequncia/probabilidade

    de ocorrncia.

  • Quadro 3: Enquadramento de frequncia/probabilidade de aspectos/impactos

    ambientais.

    Fonte: Adaptado de Seiffert (2011)

    As pontuaes obtidas por cada par de aspecto/impacto ambiental nos

    quesitos consequncias potenciais e frequncia/probabilidade de ocorrncia foram

    somadas, obtendo-se sua pontuao total, a partir da qual foi feito o

    enquadramento em trs categorias de importncia: desprezvel, moderada e crtica,

    conforme escala descrita no Quadro 4.

    Quadro 4: Critrios de enquadramento de aspectos/impactos ambientais.

    Fonte: Seiffert (2011)

    Como cada aspecto ambiental pode se relacionar com mais de um impacto,

    foi atribuda ao aspecto a categoria de maior importncia obtida entre os impactos

    que gera. Ou seja, se um determinado aspecto gera um impacto desprezvel e

    outro crtico, o aspecto foi considerado crtico, devendo ser priorizado. Ademais,

    aes de gesto sobre um determinado aspecto podem surtir efeito sobre mais de

    um impacto, de forma que, ao agir sobre um aspecto visando tratar dos impactos

    mais graves, os demais tambm podem ser minimizados ou mitigados.

    Finalmente, os aspectos ambientais foram agrupados por grau de importncia e

    classificados em ordem decrescente de pontuao, fornecendo um guia para a

    priorizao das aes de gesto no PTJ.

  • 4. RESULTADOS E DISCUSSO

    Os aspectos ambientais do Parque Turstico Municipal da Praia de Jacar

    que obtiveram maior pontuao na classificao de importncia foram a gerao

    de resduos slidos, a emisso de efluentes lquidos, associada a esgotamento

    sanitrio, e a emisso de rudos. Alm desses trs aspectos, foram enquadrados na

    categoria de importncia moderada os aspectos de alterao da paisagem, trfego

    de veculos terrestres e trfego de embarcaes. Os impactos ambientais

    associados aos aspectos de emisses atmosfricas, consumo dos recursos naturais

    gua, energia, combustveis fsseis e matrias-primas, alm de trfego de pessoas

    foram considerados desprezveis na escala utilizada. (Tabela 1)

    Tabela 1: Classificao de importncia dos aspectos ambientais do PTJ

    Fonte: Elaborao prpria

    No houve nenhum impacto, e por consequncia nenhum aspecto

    ambiental do PTJ, considerado crtico, portanto o presente artigo dar nfase aos

    aspectos ambientais moderados, discutindo as relaes mtuas de causa e efeito

    entre os elementos do parque, os aspectos e os respectivos impactos ambientais

    (Tabela 2 Anexo).

    4.1. Gerao de Resduos slidos

    Todos os elementos componentes do PTJ geram resduos slidos, a

    exemplo de bares, restaurantes, lojas e banheiros pblicos. Os resduos slidos,

    quando no gerenciados adequadamente, trazem significativos impactos sade,

  • segurana e bem estar da populao e ao meio ambiente. No PTJ foi observado

    que no h coleta seletiva e que o sistema de coleta tradicional deveria ser

    realizado diariamente, mas no apresenta regularidade, o que ocasiona diversos

    transtornos.

    Os resduos gerados so dispostos para coleta em tonis localizados na

    entrada dos restaurantes e nos estacionamentos, onde catadores independentes

    (no associados ou cooperados) selecionam o material reciclvel. Como nenhuma

    das fontes geradoras separa os resduos, os catadores rasgam sacos e espalham o

    material no entorno dos tonis para selecionar o que lhes interessa. Nessa

    atividade, entram em contato com todos os tipos de resduos, colocando sua sade

    e segurana em risco. Alm disso, os resduos espalhados a espera de coleta

    provocam odores desagradveis e atraem moscas, roedores, baratas, escorpies e

    outros vetores de diversas doenas tais como febre tifide, clera, amebase,

    giardase, dermatite, hepatite, gastroenterite, poliomielite e leptospirose. Animais

    de maior porte como ces, gatos e at cavalos tambm so atrados pelos resduos.

    Os animais atrados pelos resduos afetam a fauna nativa, que passa a conviver

    com espcies estranhas, podendo at ser substitudas por elas. A presena dos

    resduos alm de constituir um risco sade e ao bem estar da populao

    compromete os habitats terrestre e aqutico da biota, e geram risco de

    contaminao do solo e da gua.

    A problemtica dos resduos slidos do parque tambm tem efeitos

    adversos nas condies estticas e sanitrias. Os tonis de resduos so situados

    em locais de grande visibilidade para os visitantes. As reas de passeio e

    contemplao tambm apresentam resduos espalhados, resultado da insuficincia

    de lixeiras pblicas e da inadequao do comportamento dos visitantes. Tudo isso

    gera um impacto visual desagradvel para os frequentadores do PTJ, alm de

    provocar odores desagradveis. A vegetao de mangue adjacente s reas de

    contemplao tambm apresentam grande quantidade de resduos slidos, mas sua

    origem pode ser do prprio parque, mas tambm podem ser trazidos pelas guas

    do rio de outros pontos montante do esturio.

    Finalmente, a gerao de resduos decorrente das atividades desenvolvidas

    no PTJ aumentam a demanda por servios pblicos e a adoo de prticas

  • ambientalmente responsveis por parte dos atores locais e dos visitantes. O

    volume crescente de turistas, e consequentemente de resduos, pressiona o sistema

    de coleta, tratamento e disposio final gerenciado pelo municpio de Cabedelo.

    Considerando, ainda, a exigncia da Poltica Nacional de Resduos Slidos, ser

    necessrio algum investimento pblico para implantar a coleta seletiva.

    4.2. Emisso de efluentes lquidos

    A emisso de efluentes lquidos outro aspecto ambiental que gera

    impactos adversos moderados no PTJ. Segundo a OMS, 80% das doenas e 65%

    das internaes hospitalares so provenientes de problemas relacionados a

    doenas de veiculao hdrica (clera, disenteria, hepatite, intoxicao alimentar

    entre outras). Constatou-se que no PTJ utiliza-se gua encanada e, em um dos

    restaurantes, gua de poo. O esgotamento sanitrio realizado por meio de

    fossas spticas, mas no h certezas quanto sua eficincia. Fossas spticas

    inadequadas podem contaminar o solo e os corpos dgua de seu entorno. No caso

    do PTJ, todas as instalaes encontram-se s margens do esturio, de forma que a

    gua do rio pode estar sendo contaminada pelo esgoto, com potencial de mudana

    de suas caractersticas fsicas, qumicas e biolgicas, criando assim, um fator

    limitante para manuteno natural do ecossistema. A deposio de carga orgnica,

    por exemplo, aumenta a quantidade de nutrientes na gua, favorecendo o processo

    de eutrofizao, causada pelo aumento de Nitrognio e Fsforo. Tudo isso gera

    impacto sobre o habitat aqutico, sua fauna e flora.

    Assim como a gerao de resduos, o aumento do volume de esgoto

    aumenta a demanda de servios pblicos, requerendo investimentos. H um

    projeto de reurbanizao da rea do parque em fase de licenciamento ambiental,

    devendo ser executado com recursos municipais. O projeto contempla, entre

    outras coisas, a adequao do sistema de esgotamento sanitrio.

    4.3. Emisso de rudos

    A poluio sonora, decorrente da emisso de rudos tambm foi avaliada

    como um impacto moderado do PTJ. A exposio a rudos pode provocar diversos

    efeitos negativos na sade humana, podendo interferir na comunicao, provocar

  • distrbios no sono, irritabilidade, estresse, distrbios psicolgicos, problemas

    cardiovasculares, zumbidos no ouvido dor de cabea crnica, hipertenso,

    alteraes hormonais e danos audio, doenas circulatrias.

    Cada um dos quatro restaurantes instalados no parque possui um poderoso

    sistema de som, oferecendo, inclusive, shows de msica ao vivo com artistas e

    bandas locais. Vale salientar que, no momento da apresentao do Bolero de

    Ravel, todos os restaurantes emitem a mesma frequncia, mas antes e depois

    disso, cada um tem sua prpria programao. s msicas adicionam-se os rudos

    de eletrodomsticos, como liquidificadores, e as conversas dos prprios turistas,

    garons e demais pessoas que frequentam o ambiente. Veculos automotivos,

    barcos de turismo e particulares tambm contribuem com a poluio sonora

    atravs dos rudos de seus motores e de seus prprios sistemas de som. A emisso

    de rudos no local causa perturbao direta fauna local, comprometendo a

    sobrevivncia e a multiplicao das espcies terrestres e aquticas.

    4.4. Alterao da paisagem

    O PTJ, situado s margens do esturio do rio Paraba um local de grande

    beleza cnica, composto pelas guas calmas do rio, por pequenas praias ladeadas

    por vegetao de mangue onde aves de diversas espcies pousam e pela densa

    vegetao da margem oposta do parque, por trs da qual se pe o sol. Todos os

    elementos construdos do PTJ provocam alteraes nesse cenrio natural, gerando

    impactos visuais e modificando a experincia de interao com a natureza. Alm

    disso, a antropizao desse ambiente natural altera habitats terrestres e aquticos.

    O estilo arquitetnico dos bares, restaurantes, lojas, barracas e demais

    elementos construdos no segue nenhum padro esttico, de forma que o

    conjunto carece de identidade. Alm da carncia de integrao visual dos

    elementos construdos entre si, no houve uma preocupao com a integrao

    visual desses elementos com a paisagem, de forma que o cenrio final no

    estabelece conexo do ambiente natural com o construdo, contribuindo para a

    descaracterizao do local como uma rea de preservao ambiental e cultural.

    4.5. Trfego de veculos terrestres e aquticos

  • O trfego de veculos terrestres e embarcaes sempre traz o risco da

    ocorrncia de acidentes. Esse risco torna-se maior, pois no ambiente do parque

    no se observam condies adequadas de mobilidade urbana. Iluminao, rampas

    e sinalizao so insuficientes, prejudicando a acessibilidade. Alm disso, o fluxo

    de veculos e barcos atrai o interesse de indivduos com intenes criminosas,

    gerando riscos segurana dos visitantes e moradores do entorno do parque.

    O trfego de veculos tem aumentado proporcionalmente fama desse

    atrativo turstico de forma que, na alta estao a visitao diria ultrapassa duas

    mil pessoas. Os estacionamentos no tm estrutura para suprir esse fluxo de

    visitantes, de forma que o trnsito no local fica muito desordenado,

    comprometendo o trfego dos moradores e dos animais que habitam no local. O

    trfego e o estacionamento de nibus e vans de turismo, ao longo da via principal

    de acesso tambm ocasiona uma barreira visual contemplao da paisagem.

    O trnsito de barcos prximo margem do rio promove o afastamento das

    espcies nativas, afetando a biodiversidade local. Alm disso, h impactos na

    qualidade da gua, pois as embarcaes lanam seus efluentes lquidos

    diretamente no rio, podendo, ainda, ocorrer vazamentos de combustvel e

    lanamento de resduos de combustvel juntamente com os gases resultantes da

    combusto dos motores dos barcos.

    Carros, nibus e vans de turismo, assim como embarcaes motorizadas

    queimam combustveis, contribuindo para a reduo da disponibilidade de

    recursos naturais, especialmente os combustveis fsseis. Alm disso, a fumaa

    emitida afeta a qualidade do ar.

    Da mesma forma que os aspectos ambientais discutidos anteriormente, o

    trfego de veculos terrestres e aquticos associados ao parque aumentam a

    demanda por servios pblicos, pois se faz necessrio prover condies de acesso

    como rodovias, estacionamento e peres pblicos. Adequaes nesses elementos

    da infraestrutura do parque tambm esto previstas no projeto de reurbanizao a

    ser executado em breve com recursos municipais.

  • 5. CONSIDERAES FINAIS

    O Parque Turstico Municipal da Praia de Jacar desponta como um

    produto turstico para a cidade de Cabedelo/PB, observando grandes

    potencialidades no somente no que tange utilizao da paisagem, mas tambm

    do acervo cultural que abrange a gastronomia, o artesanato e a musicalidade

    oferecida no local.

    No entanto, para que a explorao turstica no parque se configure como

    uma prtica de ecoturismo que se aproxima do ideal da sustentabilidade, se faz

    necessrio empreender aes de gesto voltadas aos aspectos e impactos

    ambientais mais significativos decorrentes das atividades tursticas conduzidas no

    local. Considerando a definio de impacto ambiental da Resoluo CONAMA

    001/86, conclui-se que as categorias mais afetadas negativamente pelas atividades

    tursticas do parque so a biota e as condies estticas e sanitrias do meio

    ambiente. Analisando-se os aspectos ambientais que geram os impactos mais

    relevantes, sugere-se que o Comit Gestor do parque busque estabelecer

    estratgias, mecanismos e instrumentos de gesto ambiental que tratem das

    questes relacionadas aos resduos slidos, ao esgotamento sanitrio, poluio

    sonora decorrente das diversas fontes de emisso de rudos, aos aspectos estticos

    dos elementos construdos que afetam a paisagem, e ao trfego de veculos

    terrestres e aquticos.

    Sugere-se, ainda, que o Comit Gestor do PTJ conduza o processo de

    gesto ambiental de forma participativa, como proposto por Hunter (1997),

    formulando e implementando polticas para o desenvolvimento de formas de

    turismo mais sustentveis com o envolvimento de autoridades locais e regionais e

    da comunidade local. Nessa perspectiva, alm do prprio Comit Gestor do

    Parque, que j congrega representantes da administrao pblica municipal e dos

    estabelecimentos comerciais do parque, seria importante envolver representantes

    dos moradores do entorno do parque, dos catadores de resduos, de ONGs

    socioambientais que atuem na regio, alm dos prprios turistas.

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  • Tabela 2: Matriz de importncia de Aspectos/Impactos Ambientais do PTJ

    Fonte: Elaborao prpria