implementação e homologação de percursos pedestres...pr2 – rota do atlântico 5.descrição...

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Câmara Municipal de Torres Vedras PR2 – Rota do Atlântico ÍNDICE 1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 3 2. ENTIDADE PROMOTORA ........................................................................................... 4 3. ELABORAÇÃO DO PROJECTO .................................................................................. 5 4. DESCRIÇÃO GERAL DO PROJECTO ....................................................................... 6 5. DESCRIÇÃO SUMÁRIA DO PERCURSO .................................................................. 7 5.1. LOCAIS DE INTERESSE A VISITAR DURANTE O PERCURSO .......................................................... 9 5.2. LOCAIS DE INTERESSE DADO A SUA PROXIMIDADE .................................................................. 9 6. CARACTERÍSTICAS RELEVANTES .......................................................................... 9 6.1. A REGIÃO .................................................................................................................. 9 6.2. O CONCELHO ......................................................................................................... 10 6.3. AS FREGUESIAS ..................................................................................................... 12 6.3.1. SILVEIRA ........................................................................................................... 12 6.3.2. A-DOS-CUNHADOS ......................................................................................... 12 6.3.3. MACEIRA .......................................................................................................... 13 6.4. CARACTERIZAÇÃO BIOFÍSICA .......................................................................... 14 6.4.1. CONDIÇÕES NATURAIS .................................................................................. 14 6.4.2. FLORA ............................................................................................................... 15 6.4.3. FAUNA ............................................................................................................... 15 6.4.4. GEOLOGIA ........................................................................................................ 16 6.4.5. ARQUEOLOGIA ................................................................................................ 18 6.4.6. CLIMA ................................................................................................................ 19 6.5. CARACTERIZAÇÃO SÓCIO-ECONÓMICA ........................................................ 19 6.5.1. POPULAÇÃO .................................................................................................... 19 6.5.2. ACTIVIDADES ECONÓMICAS ........................................................................ 19 6.5.3. PATRIMÓNIO HISTÓRICO-CULTURAL ......................................................... 20 6.5.4. ARQUITECTURA .............................................................................................. 23 6.5.5. MONUMENTOS ................................................................................................ 23 6.5.6. MOINHOS .......................................................................................................... 28 6.5.7. GASTRONOMIA ................................................................................................ 28 6.5.8. ARTES E TRADIÇÕES ...................................................................................... 29 6.5.9. DESPORTO E LAZER ....................................................................................... 30 6.5.10. CONTACTOS ÚTEIS ....................................................................................... 32 7. FICHA TÉCNICA .......................................................................................................... 33 7.1. NOME DO PERCURSO ...................................................................................................... 33 7.2. LOCALIZAÇÃO E RESPECTIVA REGIÃO ................................................................................ 33 7.3. ACESSOS ...................................................................................................................... 33 7.4. TIPO DE PERCURSO ........................................................................................................ 33 7.5. PONTOS DE PARTIDA/CHEGADA ........................................................................................ 33 7.6. DISTÂNCIA .................................................................................................................... 33 7.7. DESNÍVEIS ACUMULADOS ................................................................................................ 33 7.8. ALTITUDE MÁXIMA E MÍNIMA ......................................................................................... 34 7.9. DURAÇÃO ..................................................................................................................... 34 7.10. GRAU DE DIFICULDADE ................................................................................................ 34 Associação de Marchas e Passeios do Concelho de Torres Vedras 1

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Câmara Municipal de Torres VedrasPR2 – Rota do Atlântico

ÍNDICE

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 3 2. ENTIDADE PROMOTORA ........................................................................................... 4 3. ELABORAÇÃO DO PROJECTO .................................................................................. 5 4. DESCRIÇÃO GERAL DO PROJECTO ....................................................................... 6 5. DESCRIÇÃO SUMÁRIA DO PERCURSO .................................................................. 7

5.1. LOCAIS DE INTERESSE A VISITAR DURANTE O PERCURSO .......................................................... 9 5.2. LOCAIS DE INTERESSE DADO A SUA PROXIMIDADE .................................................................. 9

6. CARACTERÍSTICAS RELEVANTES .......................................................................... 9 6.1. A REGIÃO .................................................................................................................. 9 6.2. O CONCELHO ......................................................................................................... 10 6.3. AS FREGUESIAS ..................................................................................................... 12

6.3.1. SILVEIRA ........................................................................................................... 12 6.3.2. A-DOS-CUNHADOS ......................................................................................... 12 6.3.3. MACEIRA .......................................................................................................... 13

6.4. CARACTERIZAÇÃO BIOFÍSICA .......................................................................... 14 6.4.1. CONDIÇÕES NATURAIS .................................................................................. 14 6.4.2. FLORA ............................................................................................................... 15 6.4.3. FAUNA ............................................................................................................... 15 6.4.4. GEOLOGIA ........................................................................................................ 16 6.4.5. ARQUEOLOGIA ................................................................................................ 18 6.4.6. CLIMA ................................................................................................................ 19

6.5. CARACTERIZAÇÃO SÓCIO-ECONÓMICA ........................................................ 19 6.5.1. POPULAÇÃO .................................................................................................... 19 6.5.2. ACTIVIDADES ECONÓMICAS ........................................................................ 19 6.5.3. PATRIMÓNIO HISTÓRICO-CULTURAL ......................................................... 20 6.5.4. ARQUITECTURA .............................................................................................. 23 6.5.5. MONUMENTOS ................................................................................................ 23 6.5.6. MOINHOS .......................................................................................................... 28 6.5.7. GASTRONOMIA ................................................................................................ 28 6.5.8. ARTES E TRADIÇÕES ...................................................................................... 29 6.5.9. DESPORTO E LAZER ....................................................................................... 30 6.5.10. CONTACTOS ÚTEIS ....................................................................................... 32

7. FICHA TÉCNICA .......................................................................................................... 33 7.1. NOME DO PERCURSO ...................................................................................................... 33 7.2. LOCALIZAÇÃO E RESPECTIVA REGIÃO ................................................................................ 33 7.3. ACESSOS ...................................................................................................................... 33 7.4. TIPO DE PERCURSO ........................................................................................................ 33 7.5. PONTOS DE PARTIDA/CHEGADA ........................................................................................ 33 7.6. DISTÂNCIA .................................................................................................................... 33 7.7. DESNÍVEIS ACUMULADOS ................................................................................................ 33 7.8. ALTITUDE MÁXIMA E MÍNIMA ......................................................................................... 34 7.9. DURAÇÃO ..................................................................................................................... 34 7.10. GRAU DE DIFICULDADE ................................................................................................ 34

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7.11. ÉPOCA ACONSELHADA .................................................................................................. 34 7.12. CARTOGRAFIA .............................................................................................................. 34 7.13. INFORMAÇÕES ÚTEIS .................................................................................................... 34

8. PERFIL DO PERCURSO ............................................................................................. 35 9. EQUIPAMENTO NECESSÁRIO PARA A MARCAÇÃO ........................................ 37

9.1. PAINÉIS ........................................................................................................................ 37 9.2. PLACAS INDICATIVAS DE SENTIDO ..................................................................................... 38 9.3. PLACAS INFORMATIVAS ................................................................................................... 40 9.4. POSTES ......................................................................................................................... 41

10. MARCAS ...................................................................................................................... 41 10.1.1. SIMBOLOGIA .................................................................................................. 41 10.1.2. CORES ............................................................................................................. 43 10.1.3. COLOCAÇÃO .................................................................................................. 43 10.1.4. RECOMENDAÇÕES ....................................................................................... 43

11. BIBLIOGRAFIA .......................................................................................................... 44

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1. Introdução

A elaboração deste projecto devesse à aposta da Câmara Municipal de Torres Vedras, na promoção e desenvolvimento da actividade do pedestrianismo no Concelho.

Tendo sido solicitado à Associação de Marchas e Passeios do Concelho de Torres Vedras a elaboração de um projecto para a implementação de um percurso de Pequena Rota (PR), a desenvolver em Santa Cruz e arredores.

Para a elaboração deste projecto, foi feito um levantamento e reconhecimento no terreno para um ponto de partida na Praia de Porto Novo (junto ao Parque de Estacionamento) e outro na Praia Azul (junto à rotunda do Hotel), tendo assim o percurso duas opções de partida e chegada, sendo portanto linear.

Tendo sido estabelecido um ponto comum em Santa Cruz, com a identificação de um painel com os pontos de passagem obrigatória e de interesse geral, ou seja o pedestrianista, poderá também optar por sair de Santa Cruz, via norte ou via sul.

Para o itinerário foi escolhido na medida do possível caminhos públicos, carreiros, estradas de terra batida ou empedradas, dando sempre preferência a caminhos tradicionais e históricos, evitando ao máximo estradas asfaltadas.

Foi considerado as ofertas em termos turísticos e naturais, destinando este percurso ao viajante que deseja conhecer a região e o seu património natural e construído, que se interessa pelas festas, feiras e romarias, que quer experimentar a gastronomia e os sabores locais, que precisa de se alojar e pernoitar.

Escolhemos um ramal (desvio), para visitarmos e avistarmos do que resta do localmente designado “Convento Velho de Penafirme”, um mosteiro do Século IX, em estado avançado de ruína e abandono.

Durante o reconhecimento no terreno fizemos o levantamento do material necessário e a localização na colocação da sinalética obrigatória.

Foram utilizadas as Cartas Militares de Portugal, na escala 1/25 000, folhas nºs. 361 e 374, do Instituto Geográfico do Exército.

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2. Entidade Promotora

A entidade promotora é a Câmara Municipal de Torres Vedras, que

facultará, a informação, as recomendações e os esclarecimentos necessários à

homologação, através do Projecto de Implementação do Percurso Pedestre de

Pequena Rota, solicitado à Associação de Marchas e Passeios do Concelho de

Torres Vedras.

Elementos da Entidade Promotora:

MORADA: Av. 5 de Outubro - Apartado 131

2560-910 Torres Vedras

NÚMERO DE CONTRIBUINTE: 502173853

CONTACTOS: Telefone: 261 310 400 Fax 261 320 761

Email: [email protected]

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3. Elaboração do Projecto

A elaboração do projecto esteve a cargo da Associação de Marchas e Passeios do Concelho de Torres Vedras, designada por AMPCTV, com sede na Junta de Freguesia da Freiria.

A AMPCTV é associada da Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal (nº 1066), sendo uma associação sem fins lucrativos, é organizadora de vários eventos desportivos de âmbito cultural e ambiental a nível nacional, em áreas como o pedestrianismo, a orientação e o montanhismo.

A AMPCTV promove a saúde e o bem-estar físico e psicológico da população em geral, através da prática da actividade física, adaptando a actividade física e psicomotora às condições de saúde dos participantes, adoptando uma atitude psicológica positiva, desenvolvendo a auto-estima e a relação corpo/mente.

Dá a conhecer os mais interessantes ambientes naturais, culturais e históricos das regiões onde se desenrolam as actividades, proporcionando o intercâmbio entre as populações locais e os pedestrianistas.

A responsabilidade para o papel que cada um desempenha na defesa do ambiente e do património natural e cultural fazem a prioridade na continuidade para uma melhor qualidade de vida de todos.

A coordenação técnica esteve a cargo de Ana Paula Carvalho, técnica de percursos pedestres pela Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal, teve a colaboração de Dulce Mateus, Luís Barbosa, Isabel Barbosa, Jorge Silva, Mário Miranda e muitos outros que de forma mais ou menos directa contribuíram para o resultado final deste projecto.

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4. Descrição Geral do Projecto

O presente projecto está de acordo com o Regulamento de Homologação de Percursos Pedestres, da Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal, constituindo este, candidatura da Câmara Municipal de Torres Vedras para o registo de um Percurso Pedestre de Pequena Rota.

Realizámos o reconhecimento e a identificação de um Percurso Pedestre de Pequena Rota Linear, com um Ramal.O Ramal tem uma extensão de 1,2 km (ir e voltar), e encontra-se ligado a um ponto de interesse (Convento Velho de Penafirme) e de relevância patrimonial para o Concelho.

A marcação deste percurso pedestre explora e ajuda a explorar a riqueza biológica e ambiental do litoral Torriense, sem esquecer os aspectos geológicos dignos de realce.

Através deste projecto, pretende-se fomentar uma cultura de base mais científica tendo como objectivo sensibilizar para a importância da protecção ambiental no local.

Pretende-se guiar os visitantes nos seus habituais passeios pedestres, e os naturais estimulando-os para uma preocupação constante sobre os recursos naturais e a sua preservação, informando sobre o mundo fascinante da beira-mar, desenvolvendo em simultâneo hábitos saudáveis.

Objectivamente é impossível inventariar todos os aspectos presentes no litoral Torriense, focamos os mais relevantes e representativos onde o percurso passa. Pretende-se que as características abordadas ao longo do percurso sirvam para guiar os pedestrianistas a reflectirem e a adoptarem um comportamento adequado em prole da protecção do meio ambiente e da natureza.

Protegendo o litoral estaremos certamente a potenciar o que de melhor temos por cá, contribuindo para o crescimento social e económico deste local que é um tesouro Torriense para deleite e usufruto de todos.

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5. Descrição Sumária do Percurso

PARTIDA DE PORTO NOVO

Partindo do parque de estacionamento da Praia de Porto Novo (Painel 1), seguimos pela estrada de alcatrão (estrada nº 561-1) que nos leva até à Praia de Santa Rita uma das mais extensas da nossa costa.

Junto à Praia de Santa Rita Sul, encontra indicação ao lado esquerdo para visitar o que resta do antigo Convento de Penafirme, destruído pelo terramoto de 1755.

Após a visita ao Convento, retome de novo o percurso e ao chegar à estrada 561-1, atravesse com cuidado para o lado contrário e suba a arriba, siga em direcção a Santa Cruz, pois a partir daí tem a oportunidade para avistar as mais belas praias do Oeste.

Siga junto à arriba até à Praia do Seixo, aí encontra um dos mais belos miradouros de uma das mais belas paisagens, pois em dias de boa visibilidade pode avistar Peniche e as magníficas ilhas das Berlengas. Os olhares mais atentos ainda conseguem ver o Cabo de Espichel.

Continue a desfrutar das vistas e siga até Santa Cruz, onde encontra a estrada asfaltada 247-2 que o levará até à vila.

Junto ao monumento ao poeta Kazuo Dan, por cima da praia de Santa Helena, também conhecida por praia de Santa Cruz, aproveite para descansar, pois a jornada até aqui foi de 6,0 km, encontra aqui um painel informativo que o orientará na escolha a prosseguir.

Pode optar por voltar para trás pelo mesmo caminho, ou continuar e prosseguir até à Praia Azul.

Se a sua opção é ir até à Praia Azul, terá que descer as escadas de acesso à Praia de Santa Helena à direita e junto à praia seguir à esquerda em direcção à Praia Formosa, irá passar pelos bares da praia onde poderá retemperar as forças.

Ao lado dos bares da praia encontra a Azenha de Santa Cruz, deverá seguir o passadiço junto à arriba e continuar até à estrada asfaltada.

Junto ao parque de estacionamento na Praia Formosa não se esqueça de subir ao miradouro do Guincho e daí tirar as mais belas fotos ao Penedo.

Siga depois pela estrada asfaltada que o conduzirá até ao Alto da Vela, onde se encontra o marco geodésico, que assinala o ponto mais alto da zona (76m).

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Antes pode apreciar uma das mais belas artes do homem, a Ermida de Santa Helena, aqui é paragem obrigatória para admirar do miradouro a paisagem que se estende para Norte e visitar a capelinha e o cruzeiro.

Siga depois pela estrada de terra batida que o levará até à Praia Azul, passará ainda pelas novas urbanizações que se erguem junto à colónia de férias, deve seguir a estrada asfaltada até à rotunda, junto ao Hotel da Praia Azul onde termina o percurso.

Em frente ao Hotel pode avistar a foz do Rio Sizandro, e em épocas mais frescas encontra um ou outro rebalho a pastar nas suas margens.

PARTIDA DA PRAIA AZUL

Siga pela estrada municipal 630, em direcção à colónia de férias, na rotunda encontra a indicação de Santa Cruz, a partir da qual deve seguir a estrada de terra batida que o levará até ao Alto da Vela, onde se encontra o marco geodésico a 76m de altura (ponto mais alto do percurso). É daqui que pode avistar uma das mais belas paisagens de Santa Cruz e das suas magníficas praias.

Obrigatoriamente passe pelo miradouro de Santa Helena logo abaixo, e aprecie o engenho do homem e da sua arte de trabalhar a pedra, visite a capelinha e o cruzeiro e não se esqueça das fotos para mais tarde recordar.

Siga em direcção a Santa Cruz pela estrada asfaltada e na Praia Formosa, visite o miradouro do Guincho, onde ver o Penedo (ex-libris de Santa Cruz).Continue no passeio e logo à esquerda siga a direcção de Porto Novo.

Junto à Praia de Santa Helena passe pelos bares que aí se encontram e desfrute da calma e do lazer, refresque-se ou retempere as forças.

Continue junto à praia e suba as escadas à direita que o conduzirão ao Monumento de Kazu Dan.É aqui que pode optar por continuar até à Praia de Porto Novo, ou voltar para trás pelo mesmo caminho até à Praia Azul.

Se a sua opção é continuar, então siga a estrada nacional 247-2 pelo passeio largo e acessível, e pelas praias da vila. Vire à esquerda na indicação de Porto Novo e viaje pelas arribas até à Praia de Santa Rita.

Quando avistar a Praia de Santa Rita deve descer a duna à direita, e seguir a estrada asfaltada que acompanha a ciclovia até à Praia de Porto Novo. Logo em frente pode fazer mais 600 metros para visitar os vestígios de um dos mais antigos monumentos do Concelho, o Convento Velho de Penafirme.Volte para trás e retome a estrada até Porto Novo onde termina o percurso.

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5.1. Locais de interesse a visitar durante o percurso

Tem cerca de dezoito praias entre a Praia Azul e a praia de Porto Novo.O Penedo do Guincho e o miradouro, Riba Amarela, As Varandinhas, A Capela de Santa Helena, A Igreja de Santa Cruz, Parque Municipal de Santa Cruz, Fonte dos Três Zés, Azenha de Santa Cruz, Capelinha de Santa Helena e Cruzeiro, Miradouro do Alto da Vela, Monumentos a Antero de Quental, João de Barros e Kazuo Dan.

5.2. Locais de interesse dado a sua proximidade

Igreja de Santa Cruz, A Torre, Aeródromo Municipal, Campo de Tiro, Seminário de Penafirme, Convento de Penafirme, Capela do Vale da Borra, Parque de Campismo de Santa Cruz.

6. Características Relevantes

6.1. A REGIÃO

TERRA DE MOINHOS, DE VINHEDOS E DE MAR

Da Região de Turismo do Oeste fazem parte os concelhos de Alenquer, Arruda dos Vinhos, Bombarral, Cadaval, Caldas da Rainha, Lourinhã, Óbidos, Peniche, Rio Maior, Sobral de Monte Agraço e Torres Vedras.

Estes encontram-se naturalmente unidos neste espaço comum, partilhando a mesma herança cultural e um único sentir, cimentados em séculos de cultura da vinha e num forte apego à terra e ao mar.

A Região do Oeste conta com paisagens únicas que combinam entre si o mar, os rios, as lagoas, as ilhas, os campos de cultivo, os vinhedos, os montes e os vales. O seu litoral é banhado, em toda a sua extensão, pelo Oceano Atlântico, vigiado pelas ilhas da Berlenga, formando um conjunto numeroso de belas praias. A Este, é delimitada pelo maciço que se estende para Norte, a partir da Serra de Montejunto.

Entre estas fronteiras naturais e por entre montes e vales, o casario branco das aldeias salpica as tonalidades verdes, castanhas e douradas dos campos.

A Natureza foi generosa e esculpiu numerosos montes, vales e arribas, dotando esta região de um clima ameno, por vezes selvagem, revolvida pelos ventos vindos do Atlântico. Esta força maior da Mãe Natureza criou uma riqueza ímpar: as praias idílicas onde se veraneiam os turistas, o vento para alimentar as velas e as pás dos moinhos e, o tempero do clima para produzir os excelentes e apreciados vinhos da região.

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Várias são as suas áreas protegidas: A Área Protegida da Serra de Montejunto, a Reserva Natural da Ilha da Berlenga, a única reserva marítima do país, e a Reserva Natural de Santa Cruz/Peniche (integrada na REDE NATURA 2000).

Terra de moinhos, terra onde os ancestrais moinhos de vento, destinados à moagem dos grãos de cereais, convivem e coabitam, disputando no alto das colinas, o mesmo espaço e os mesmos ventos, com os (novos moinhos – eólicos), as imponentes e altivas turbinas eólicas geradoras de energia eléctrica "limpa".

A VISITAR

As cidades, as vilas e as aldeias são testemunhos dos tempos e, marcam o esplendor da História. Vários são os sinais que nos foram deixados desde tempos imemoriais: as estações arqueológicas da Furninha em Peniche, a Gruta Nova da Columbeira perto do Bombarral, estas do Paleolítico Médio.

Vários vestígios na área de Rio Maior, como o Cabeço de Porto Marinho, Vascas, Arruda dos Pisões e outros que remontam ao Paleolítico Superior.Do Calcolítico, ficou-nos, na área de Torres Vedras o importante habitat do Castro do Zambujal, os tholos do Barro e do Cabeço da Arruda e perto do Cadaval, o habitat de Pragança.

Da presença romana restam-nos, o forno de cerâmica em Peniche e a Civitas de Eburobritium, junto da vila de Óbidos.

A Praia de Santa Cruz é uma das várias dezenas de praias, da costa Atlântica, que fazem parte da Região de Turismo do Oeste. No sítio oficial desta região de turismo, Santa Cruz é descrita como sendo "a Rainha das Praias do Oeste, tradicional local de veraneio, num ambiente mais cosmopolita, um conjunto de numerosas praias de distintas características, belas no seu recorte natural, e muito aprazíveis, é um lugar de eleição para apreciadores de umas férias de Sol e de Mar."

6.2. O CONCELHO

O município tem a sua sede em Torres Vedras, elevada a cidade em 3 de Fevereiro de 1979, e deste concelho fazem parte vinte freguesias: A-dos-Cunhados, Campelos, Carmões, Carvoeira, Dois Portos, Freiria, Maceira, Matacães, Maxial, Monte Redondo, Outeiro da Cabeça, Ponte do Rol, Ramalhal, Runa, S. Pedro da Cadeira, S. Pedro e Santiago, Santa Maria do Castelo e S. Miguel, Silveira, Turcifal e Ventosa.

Santa Cruz fica situada em duas dessas freguesias: Freguesia de Silveira e Freguesia de A-dos-Cunhados.

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HISTÓRIA

A criação do concelho data do reinado de D. Afonso Henriques, sendo o primeiro foral, concedido apenas em 1250 por D. Afonso III. Este foral foi renovado em 1510 por imposição do selo de D. Manuel. Foi em Torres Vedras que D. João I reuniu com o seu conselho, para decidir-se e deliberar-se sobre a conquista de Ceuta; também aqui em 1810 foram travadas duras e resistentes batalhas contra o avanço das tropas de Napoleão em direcção a Lisboa, durante o ciclo das Invasões Francesas, feito memorando pela famosa denominação das Linhas de Torres.

A VISITAR

Visitar estas terras banhadas pelo atlântico e de rara beleza paisagística, povoadas por gente hospitaleira, constituem uma viagem agradável, reconfortante e deveras gratificante. Apaixone-se pelos sabores da gastronomia, pela singeleza do artesanato e pela beleza do património cultural e edificado, mas não dispense um revigorante passeio pela orla costeira.

Os principais monumentos do município situam-se na cidade de Torres Vedras, destacando-se as diversas igrejas e conventos existentes, o aqueduto, o castelo medieval e o forte de S. Vicente.

Nas restantes freguesias também vai encontrar pontos de grande interesse turístico e cultural. Da praia da Assenta a Porto Novo, passando pela praia Azul e pela praia de Santa Cruz. Do património edificado destacam-se, o Castro do Zambujal, as ruínas do Convento de Penafirme, a Azenha de Santa Cruz, o lar de Veteranos Militares em Runa, os vários moinhos de vento, ou os solares do Turcifal.

MAPA ADMINISTRATIVO

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6.3. AS FREGUESIAS

6.3.1. SILVEIRA

Freguesia com grande densidade populacional devido à fama das suas praias em especial, e naturalmente durante os meses de Verão. Ocupando uma área de 24,9 km2 data a sua elevação a freguesia a 1 de Outubro de 1926. Dista 12 km de Torres Vedras sendo formada pelas seguintes localidades: Boavista, Brejenjas, Caixeiros, Charneca, Casal Cochim, Casalinhos de Alfaiata, Cerca, Santa Cruz, Secarias, Silveira e Praia Azul.

POPULAÇÃO

6.408 habitantes (Censos 2001)Na época balnear cerca de 40.000

ACTIVIDADE ECONÓMICA

Agricultura descoberta e coberta (estufas hortícolas), construção civil, comércio e indústria.

SECTORES DE ACTIVIDADE

O sector de actividade em maior desenvolvimento é o da indústria, impulsionado pelos elevados índices de construção de habitações, e caracterizado pela implantação de pequenas e micro empresas. Outro sector de elevado peso específico é o da agricultura. A Silveira e A-dos-Cunhados são as freguesias do concelho de Torres Vedras que no seu conjunto apresentam mais de 50% da produção de produtos hortícolas. O sector terciário, principalmente na área do comércio, regista um acentuado desenvolvimento, com maior incidência em Santa Cruz.

PRINCIPAL PATRIMÓNIO EDIFICADO

Azenha de Santa CruzCapela de Santa HelenaIgreja de Santa CruzIgreja de Nossa Senhora do AmparoCapela de Nossa Senhora da Piedade (Casal de Valverde)Moinho de Caixeiros

6.3.2. A-DOS-CUNHADOS

Fundada em 15 de Dezembro de 1581 e elevada a vila a 21 de Junho de 1995 percorre todo o território que vai da Praia de Santa Cruz e zona costeira até à praia de Santa Rita, entrando por uma área de 45 Km2 verdejantes de casais e quintas de vertente eminentemente rural. Está ladeada pelas freguesias de Maceira a Norte, Campelos e Ramalhal a Leste e S. Pedro e Silveira a Sul. A sua Sede dista 10 km do Oceano Atlântico e 12 Km da cidade de Torres

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Vedras. Fazem parte do seu espectro as seguintes localidades: A-dos-Cunhados, Boavista, Bombardeira, Casal das Paradas, Palhagueiras, Paradas, Penafirme, Póvoa de Penafirme e Sobreiro Curvo.

POPULAÇÃO

6.936 habitantes (Censos 2001)

ACTIVIDADE ECONÓMICA

Construção civil, comércio, artesanato, agricultura, carpintaria, hotelaria, pesca...

SECTORES DE ACTIVIDADE

O sector de actividade em maior desenvolvimento é o da indústria, impulsionado pelos elevados índices de construção de habitações, e caracterizado pela implantação de pequenas e micro empresas. Outro sector de elevado peso específico é o da agricultura. A Silveira e A-dos-Cunhados são as freguesias do concelho de Torres Vedras que no seu conjunto apresentam mais de 50% da produção de produtos hortícolas.

PRINCIPAL PATRIMÓNIO EDIFICADO

Ruínas do Antigo Convento de Penafirme (na foz do Sorraia);Convento de Penafirme;Cruzeiro da Cruz no Largo da Cruz na Vila de A-dos-Cunhados;Igreja Matriz de A-dos-Cunhados.

6.3.3. MACEIRA

Esta Freguesia está intimamente ligada à actividade termal das “ Águas Santas do Vimeiro”. Apesar dos vestígios abundantes da presença romana nesta localidade a exploração comercial destas águas remonta a 20 de Janeiro de 1896.É a Freguesia que fica mais longe da Sede do Concelho (18km) e ocupa a menor superfície, 8km2.Fica ladeada interiormente pela freguesia de A-dos-Cunhados e a Norte pelo Concelho vizinho da Lourinhã. Fazem parte do seu espectro as seguintes localidades: Maceira e Porto Novo.

POPULAÇÃO1.845 habitantes (Censos 2001)

ACTIVIDADE ECONÓMICAAgricultura descoberta e coberta (estufas hortícolas), pesca, turismo, exploração termal e comércio tradicional.

SECTORES DE ACTIVIDADEO sector de actividade em maior desenvolvimento é o do turismo e da exploração termal. O sector terciário, principalmente na área do comércio,

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começa a registar um crescimento acentuado, potenciado pelo crescimento da indústria do turismo na zona do Vimeiro e de Santa Cruz. No sector agrícola a Maceira contribui com cerca de 200 hectares de área em estufa, sendo a terceira freguesia, no concelho de Torres Vedras, com maior área coberta em horticultura.

PRINCIPAL PATRIMÓNIO EDIFICADOTermas de Santa IsabelFonte dos FradesPiscina de Água TermalPiscinas do VimeiroGrutas Pré-históricas de MaceiraIgreja MatrizCapela da Quinta da MaceiraForte do Porto NovoAntigo Hospital de Sangue

6.4. CARACTERIZAÇÃO BIOFÍSICA

6.4.1. CONDIÇÕES NATURAIS

O RELEVO E O SOLO

O relevo da região onde se insere o percurso pedestre está fortemente condicionado pelas formações geológicas, resultantes das variações laterais de “fáceis” que ocorreram ao longo dos tempos geológicos, bem como pelos campos de tensão aí actuantes.

Tendo como grandes limites definidores o Atlântico, a oeste, e a Serra de Montejunto a nordeste, a região apresenta um relevo suave mas ondulado com declives pouco acentuados, os seus cumes são bastante arredondados, fruto da acção dos agentes de geodinâmica exógenos e da actividade antropozóica, com vales amplos por onde circulam linhas de água, algumas de significativa expressão. Estas estão dependentes dos sistemas geoestruturais que marcam a região, apresentando uma orientação geral de leste para oeste.

Estes sistemas encontram-se essencialmente associados e dependentes da configuração do chamado “sinclinal mesozóico português”, existente no substrato antigo e com orientação geral nordeste – sudoeste, e da dobra anticlinal da Serra de Montejunto.

As baixas aluvionares estão preenchidas por aluviões silto-argilosas ou silto-arenosas, com uma camada vegetal que pode atingir 0,8 m a 1,0 m de espessura. Apresentam, por isso, uma apreciável fertilidade, favorecendo a prática da agricultura e, com ela, a sedentarização das populações.

Muitas hortas recortam as zonas de planuras, principalmente com a utilização de estufas. As encostas estão actualmente cobertas por eucaliptais, embora ainda se mantenham algumas manchas de pinhais.

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A orla costeira apresenta ao longo da costa extensos areais, bastante atractivos e frequentados, intercalados por falésias vivas de imponente beleza.

Em termos de cotas altimétricas, estas situam-se, de uma forma geral, entre os zero (nível do mar) e os 150 metros, mas sobem de forma marcada na zona da Serra de Montejunto onde se atinge a cota de 664 metros (marco ou vértice geodésico de Montejunto).

6.4.2. FLORA

O percurso pedestre encontra-se inserido em áreas naturais de grande riqueza em termos de fauna e flora, esta região, possui condições excepcionais. Em relação à flora, nesta região cada local possui um tipo diferente e característico, mas geralmente é muito rica e diversificada e pode-se encontrar vários géneros arbóreos numa paisagem campestre.

Podemos encontrar:

Espécies herbáceas: Jacinto silvestre, Dente de Leão, Erva pata (cernuaoxallis): flores de um amarelo vivo. Cardos: pequenas flores lilás.

Espécies arbustivas: Carrasca (quercus coccifera) que brotam dos brancos maciços da rocha calcária.

Espécies arbóreas: Pinheiro bravo, que concedem locais aprazíveis de ensombramento e Carvalho (quercus faginea).

No pinhal: Pinheiro-bravo, Pinheiro-manso, Pinheiro de alepo, Silva e Urze Trovisco.

No carvalhal: Sobreiro, Carvalho-Português, Feto-ordinário, Hera, Medronheiro (arbutus unedo), Carvalho-Negro.

No mato baixo em transição para prado: Sargaço, Alecrim, Trevo Rasteiro, Erva-pinheira, Rosmaninho e Tomilho.

Em mato rasteiro: Murta, Tojo, Carrasco (quercus coccifera), Azinheira, Alecrim, Giesta, Sargaço, Rosmaninho e Estepe.

6.4.3. FAUNA

A região encontra-se inserida num dos mais belos locais da costa ocidental de Portugal e constitui um frágil ecossistema onde diversas espécies encontram um habitat privilegiado.

A importância da fauna desta área reside no equilíbrio natural, constantemente ameaçado pela pressão urbana e, de um modo especial, entre as espécies marítimas e as terrestres.

Nesta área podemos encontrar entre outras espécies de fauna:

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Peixes - 52 espécies piscícolas distribuídas por 22 famílias:Anchova ou Biqueirão (engraulis encrassicolus), Tainha, Rodovalho, Serrão, Enguia, Peixe-Rei (atherina presbyther), Linguado, Dourada (sparus aurata), Robalo, Solha, Moluscos, Polvo (octopus vulgaris), Berbigão, Choco (sepia officinalis), Mexilhão.

AvifaunaRola do Mar (Arenaria interpres), Galinha d'água, Tambarola cinzenta, Mar-requino, Maçarico das Rochas (actitis hypoleucos), Pato Real Maçarico, Galego Juiz dos Rios (alcedo atthis), Frisada, Fuselo, Gaivota-Argêntea (laurus argentatus), Gaivota de cabeça preta, Galeirão Comum, Borrelho grande, Garça Boeira, Garça Real, Garça Branca, Gaivota de asa escura, Perna Verde Comum (tringa nebularia), Corvo Marinho de faces brancas.

Mamíferos - Coelho Bravo, Lebre e Raposa.

HerpetofaunaSalamandra-Comum, Cobra de Escada, Sapo Comum, Cobra Rasteira, Rã Verde e Lagartixa do mato.

6.4.4. GEOLOGIA

GEOLOGIA REGIONAL

Do ponto de vista morfoestrutural, as formações geológicas desta região estão inseridas na grande unidade designada de Orla Mesocenozóica Ocidental de cobertura Epi-Hercínica e que ocupa praticamente todo o litoral centro do território português.

Esta unidade geotectónica tomou a forma de uma extensa fossa alongada, de orientação nor-nordeste / sul-sudoeste – a “Fossa Lusitana” – onde os sedimentos formaram séries muito espessas que, no seu conjunto, atingem milhares de metros de profundidade.

Esta Bacia ou Fossa Lusitana é parte integrante da história mesozóica da margem Oeste – Ibérica. A sua génese resulta de processos tectónicos em extensão que presidiram à abertura do Atlântico Central, ficando delimitada na sua bordadura ocidental por um horst do soco hercínico, que a separa das partes mais profundas da margem – Bloco das Berlengas – e, no lado oposto, pelas plataformas do continente então existente (Maciço Hespérico). Nesta “bacia externa” (marginal graben), a espessura dos sedimentos pode ser muito significativa em alguns locais.

Por essa razão, registaram-se deformações apreciáveis, que se traduziram em fenómenos de assentamento vertical e em compressões laterais. Nas zonas de contacto do sinclinal com as plataformas, os campos de tensão instalados deram origem à formação de um sistema de dobras anticlinais, por vezes do tipo diapírico – Diapiro das Caldas da Rainha, Rio Maior, Matacães e concretamente o alinhamento diapírico com os vales tifónicos de Bolhos –

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Maceira – Santa Cruz – com um núcleo salífero “Camadas da Dagorda” e a enrugamentos com tendência para cavalgamento para o exterior da fossa.

As formações presentes integram a cobertura Epi-Hercínica, pelo que não foram sujeitas aos ciclos orogénicos e hercínicos e ante-hercínicos que as procederam. No entanto, evidenciam intensa deformação característica do andar estrutural superior ou médio superior (dobras, falhas e dobra-falha). Aqui, predomina o estilo tabular ou a deformação flexural de grande raio de curvatura.

A deformação pode ainda provocar a compartimentação das formações em blocos que estão limitados pelas principais famílias de descontinuidades que caracterizam a fracturação pós-hercínica (a qual é frequentemente uma remobilização da fracturação tardi-hercínica).

GEOLOGIA LOCAL

A região encontra-se na Sub-bacia Lusitana designada por Sub-bacia do Bombarral. Esta estrutura apresenta uma grande variedade de terrenos com formações compreendidas em termos geológicos, entre o “Infralias” e o Quaternário.

No início do Cenozóico, esta região esteve sujeita a manifestações de origem vulcânica, mas os seus vestígios são bastante reduzidos, com a excepção de um pequeno afloramento de brecha vulcânica bastante alterado, localizado a sul do afloramento da Maceira.

As formações geológicas aflorantes mais significativas pertencem a terrenos do jurássico, e em menor grau a terrenos do Quaternário.

Durante grande parte do Jurássico, o mar avançou para o interior do litoral, cobrindo grandes regiões e dando origem a formações geológicas com características de sedimentação marinha de fácies lagunar, organizadas por estratos e caracterizadas litologicamente por argilas vermelhas, margas, gesso, salgema, arenitos e calcários. Estes últimos apresentam uma grande expressão a noroeste de A-dos-Cunhados, com o afloramento da Maceira.

Estes calcários jurássicos assentam sobre formações evaporíticas plásticas, mais antigas, que, ao serem comprimidas, deram origem a fenómenos diapíricos, como aquele que se observa no seu núcleo, e que, ao serem rasgados pelo rio Alcabrichel, permitiram a formação de uma paisagem de rara beleza.

Mas o Jurássico também abrange toda a região central, com terrenos do Portlandiano, constituídos por grés argilosos, frequentemente micáceos, com alguns leitos intercalares de conglomerados, e por argilas e margas contendo, por vezes, concreções calcárias.

Este afloramento do jurássico superior apresenta já um grau significativo de aplanação, fruto da actuação dos agentes erosivos e da actividade humana, contribuindo para a formação dos terrenos aluvionares que se encontram

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distribuídos pelas principais linhas de água, bastante aptos à actividade agrícola.

Regista-se ainda a existência de vestígios de terrenos do Plio-Plistocénico, principalmente a sul cobrindo as várias elevações aí existentes, e que vão desde depósitos de areias de diferentes granulometrias e grau de arredondamento a cascalheiras.

6.4.5. ARQUEOLOGIA

GRUTAS PRÉ-HISTÓRICAS DE MACEIRA

As grutas pré-históricas designadas por "As Duas Grutas junto à Maceira, incluindo a Gruta ou Lapa da Rainha", situam-se na Maceira a cerca de 6 km de Santa Cruz, nas margens do rio Alcabrichel.Este sítio foi classificado pelo IPPAR na categoria de Arqueologia e tipologia de Gruta através do decreto 35817, DG 187 de 20 de Agosto de 1946.

LAPA DA RAINHA

Localizada junto à entrada do canhão onde o rio Alcabrichel atravessa o pequeno maciço calcário do Vimeiro, a Lapa da Rainha é uma cavidade cársica que foi objecto de uma primeira escavação e respectivo estudo arqueológico, nos anos 60.

De um modo geral, sabe-se que terá sido ocupada muito esporadicamente pelos homens do Paleolítico Superior. Assim o parece indicar a raridade de artefactos de pedra lascada, em claro contraste com os restos faunísticos, abundantes, e que terão sido essencialmente acumulados pela acção de animais carnívoros como a hiena ou o lince, cujos restos já tinham sido detectados nas primeiras escavações desta estação arqueológica.

Assim, a riqueza da Lapa da Rainha, mais do que arqueológica, é essencialmente de carácter paleoambiental, constituindo os vestígios faunísticos aí encontrados um importante retrato, ainda que parcial, da fauna pleistocénica da região, durante o Último Máximo Glaciar.

PONTA DA VIGIA

Surge pela primeira vez referenciada na década de 40, na região de Cambelas (São Pedro da Cadeira), terão sido feitas recolhas superficiais que posteriormente passaram a fazer parte integrante do espólio do Museu Nacional de Arqueologia.

Desde 1976 a estação foi objecto de várias recolhas de superfície por parte de colaboradores do Museu Municipal de Torres Vedras, e a partir de 1985, também por parte do Grupo de Espeleologia e Arqueologia da Lourinhã.

A descoberta de uma estrutura de combustão relativamente bem preservada ditou a necessidade de uma escavação de emergência no local no ano de 1986. Para além da escavação da primeira lareira descoberta (uma lareira em

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fossa com cerca de 60 cm de diâmetro e 25 cm de profundidade, com o fundo preenchido com blocos, e com o interior preenchido de areias enegrecidas), foi

ainda possível a decapagem, numa área mais alargada, do correspondente nível preservado de areias castanho-acinzentadas concrecionadas, o que permitiu a descoberta dos restos de uma outra lareira, no interior da qual se recolheram carvões que permitiram uma primeira datação pelo método do radiocarbono para a estação.

Já em 1999, a erosão na área da Ponta da Vigia expôs à superfície novas áreas de areias enegrecidas junto à zona escavada em 1986. A escavação de emergência entretanto levada a efeito (1999 e 2000) permitiu confirmar que o horizonte arqueológico epipaleolítico da estação se estende por uma área maior que a inicialmente detectada, e que existirão zonas onde se encontra preservado em profundidade pela sobreposição das areias dunares.

6.4.6. CLIMA

O Oceano Atlântico é o agente climático que mais influencia o estado do tempo nas freguesias do litoral, das quais se destaca a freguesia da Silveira e a de A-dos-Cunhados (passagem do percurso pedestre).

Com a proximidade do mar estas freguesias apresentam um elevado grau de humidade durante todo o ano, contabilizando ainda níveis médios de precipitação para uma região litoral e elevados durante o Inverno.

As amplitudes térmicas anuais são moderadas e não ultrapassam os 12ºC. As temperaturas mais elevadas ocorrem nos meses de Verão, principalmente em Julho e Agosto, e quer as temperaturas mais baixas quer o alto nível de pluviosidade acontecem com mais frequência nos meses de Dezembro e Janeiro.

6.5. CARACTERIZAÇÃO SÓCIO-ECONÓMICA

Torres Vedras é o concelho do Oeste que em termos absolutos mais contribui para a produção de riqueza, representando cerca de 0,6% do PIB (Produto Interno Bruto em 2004). Contudo os seus mais de 70.000 habitantes apresentam um Poder de Compra per Capita (IPC 2004) de apenas 82,63 considerando o índice 100 como o valor médio do País.

6.5.1. POPULAÇÃO

72.750 habitantes (Censos 2001)

6.5.2. ACTIVIDADES ECONÓMICAS

Em relação à distribuição da população residente pelos grandes sectores de actividade económica tem-se verificado a diminuição progressiva do sector primário (agricultura) e a correspondente compensação através do crescimento do sector terciário (comércio e serviços). De acordo com os dados

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do INE relativos a 2001, a distribuição da população activa por sector era de: 57,2% para o comércio e serviços, 34,5% para a indústria e os restantes 8,3% para o sector representativo da agricultura e pescas.

6.5.3. PATRIMÓNIO HISTÓRICO-CULTURAL

IGREJA DA SANTA CRUZ DE CRISTO

Santa Cruz é um local aprazível, rodeado de belezas naturais, onde o sonho e a realidade, desde sempre, formaram e continuam a formar uma simbiose perfeita.

E assim, "por anseio e necessidade, nasceu o sonho de construir uma Igreja em Santa Cruz. A Capela de Santa Helena tornou-se "pequena "para a comunidade que a frequenta. Foi, há mais de 30 anos que surgiu a ideia. Contudo, as dificuldades foram surgindo e o sonho foi sendo adiado.

ERMIDA DE SANTA HELENA

Purificada pelo sofrimento, Helena recebeu o baptismo, talvez em 307.

Quando a vida já ia longa, visitou, em peregrinação, os lugares santos.

Na subida ao monte Golgota, onde se havia construído um templo a Vénus, mandou derrubá-lo e procurar aí a cruz onde Jesus morrera, tendo sido encontradas três.

Conta a tradição que uma era a de Jesus, identificando-se, desde então, Santa Helena com Santa Cruz.

A esta identificação se deve a pequena capela de Santa Cruz de Ribamar, que remontará à Baixa Idade Média, cerca dos séculos XV-XVI, de invocação a Santa Helena.

O actual edifício data do século XVIII, em local mais recuado que o anterior, uma vez que a primitiva ermida se terá desmoronado na arriba do mar.

A sua existência deve-se, muito provavelmente, à presença dos Eremitas de Santo Agostinho, do mosteiro de Nossa Senhora da Graça de Penafirme, de

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quem a ermida dependeria. Pois aos Eremitas se deve um forte contributo na manutenção do culto a Santa Helena.

No fundo, as suas preocupações iam ao encontro das da Santa, quando permaneceu na Palestina, no fim da sua vida, servindo a Deus, na oração e na caridade, cuidando dos doentes e alimentando os pobres. Funções espirituais, mas também de assistência, porque ambos os caminhos são possíveis.

Por isso mesmo, os Eremitas elegeram a pobreza, a humildade, a caridade, a assistência e o recato no olhar, como princípios de espiritualidade, numa observância mútua, procurando a purificação, permitindo que cada um pudesse ser um exemplo de santidade.

É neste paraíso que os pergaminhos quinhentistas referem a existência de uma azenha, «perto de São Gião, a Santa Cruz de Ribamar», registando o nome do lugar. Todavia, o lugar continuou, durante séculos, quase deserto, como despovoado era grande parte da região litoral. Anos e anos o mar dançou aqui, longe dos olhares dos homens, lançando mantos de espuma sobre o areal, num vai e vem, vezes e vezes, repetido.

AZENHA DE SANTA CRUZ

A Azenha de Santa Cruz, fica situada no centro de Santa Cruz, foi classificada pelo IPPAR na categoria de Arquitectura Civil e tipologia Azenha, através do Decreto 67/97, DR 301 de 31 de Dezembro de 1997.

Painel de azulejos representado a Azenha de Santa Cruz com o Penedo do Guincho.

Existia já no século XVI aquela que é a mais antiga construção da praia de Santa Cruz. Provavelmente anterior, aparece referida pela primeira vez numa escritura celebrada em 25 de Fevereiro de 1573, e anotada no Livro do Tabelião António Ponte.

Esta azenha pertence ao tipo dos moinhos de água de propulsão superior – engenhos que aproveitam pequenos cursos de água – e funcionou até meados do primeiro quartel deste século.

Testemunho de uma arqueologia pré-industrial, ela representa o esforço do Homem do passado no aproveitamento “ecológico” dos recursos naturais para a sobrevivência.

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A velha Azenha de Santa Cruz é, apesar da sua aparência modesta, um importante testemunho de uma actividade humana, agora desaparecida. Ali se moeu o trigo e se apisoaram tecidos durante, pelo menos, quatrocentos anos.

As azenhas e pisões foram utilizados desde tempos imemoriais. Situavam-se junto de quedas de água de maiores ou menores dimensões, naturais ou artificiais, de modo a criar força motriz.

Uma vez que se consegue levar a água ao moinho o impulso forte da corrente faz girar a roda, imprimindo movimento à mó que transforma o grão em farinha. A construção e exploração de azenhas, tanto em águas fluviais como no aproveitamento do fluxo e refluxo das marés, caso desta de Santa Cruz, esteve durante séculos dependente de concessões régias e deu origem a numerosos topónimos.

Sob o ponto de vista arquitectónico, a azenha é uma construção de planta singular e pouco uniforme. As diversas salas, moldadas segundo as exigências do terreno, articulam-se de forma orgânica, denotando a preocupação de adequar os espaços construídos às funções que neles se processavam. Os compartimentos sucedem-se, em ressaltos, ao longo de linhas de água que alimentam as rodas dos engenhos. No bloco principal, de quatro corpos orientados no sentido Norte-Sul, entroncam diversas alas laterais.

O telhado, de telha caleira, assentando nalguns casos em paredes contíguas mas a alturas diferentes, é de estrutura complexa comportando ao todo onze águas, rematadas em beiral corrido, sem qualquer elemento decorativo. Do telhado ressaltam duas chaminés de base rectangular, levemente afuniladas e rematadas por telha caleira erguida, encostada no topo e recoberta a argamassa.

Uma das alas do edifício, a sul, e o muro de suporte do canal criam um espaço resguardado – terreiro ou quinteiro – cujo acesso se faz através de um arco de traça toscamente ogival.

O material básico de construção é pedra calcária não aparelhada e de dimensões variadas. A erosão parcial do reboco das paredes permite ainda distinguir a natureza dos outros materiais que constituem o tosco aparelho: adobe, calhaus rolados e “tijolo burro”. As paredes, cuja espessura chega a atingir um metro, são revestidas de argamassa rudimentar.

A função social e económica da Azenha de Santa Cruz, a natureza do seu engenho, a singeleza da sua arquitectura confere-lhe, hoje, um particular significado cultural, colocando-a no âmbito do património etnográfico de toda a região.

A Azenha de Santa Cruz é, pela sua estratégica localização, no centro de uma localidade de veraneio, como pelas suas características, um monumento etnográfico de indiscutível interesse turístico, para além do seu significado histórico-cultural.

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A sua preservação impõe-se como atitude de respeito pela História, como elemento valorizador da paisagem e ainda como transmissão de um precioso legado às gerações vindouras.

6.5.4. ARQUITECTURA

Os Castros e Castelos, da Região Oeste, assumem natural relevância, pela grandiosidade de construção e importância que tiveram para a defesa da integridade Nacional, as fortalezas de defesa costeira de Paimogo, de S. João Baptista, na Ilha da Berlenga, e a importante fortaleza de Peniche (todas do século XVII).

Mais recentes são as fortificações das Linhas de Torres, a defesa de Lisboa, aquando das Invasões Francesas, das quais se destaca, pelo seu bom estado de conservação, o Forte de S. Vicente.

Também a arquitectura militar existente no Oeste reflecte bem a importância estratégica que esta Região sempre teve no contexto Nacional.

6.5.5. MONUMENTOS

Os principais monumentos do município situam-se na cidade de Torres Vedras, destacando-se as diversas igrejas e conventos existentes, o aqueduto, o castelo medieval e o forte de S. Vicente.

Nas restantes freguesias também vai encontrar pontos de grande interesse turístico e cultural.

CONVENTO VELHO DE PENAFIRME

Os Eremitas de Santo Agostinho e o Convento de Nossa Senhora da Assunção de Penafirme.

HISTÓRIA

A tradição fomentada a partir da Chronica da Ordem dos Eremitas de Santo Agostinho (1642), de Frei António da Purificação, a data de 840 para a fundação do mosteiro de Penafirme.

O feito é, desde então, atribuído a Ancirado, um eremita alemão, que pondo-se em fuga de Santarém, devido aos ataques dos muçulmanos, ali teria vindo parar.

No século XII, segundo o cronista, o mosteiro teria sido quase todo reedificado por S. Guilherme, um dos principais restauradores da Ordem, que, seguindo o

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mesmo autor, teria passado pelo território de Portugal, aquando da sua visita a Santiago de Compostela.

A documentação existente não nos permite, porém, sustentar estas informações, uma vez que os documentos mais antigos, que atestam a presença dos eremitas em Penafirme, datam do século XIII. A 12 de Abril de 1226, o concelho, por ordem e vontade de dois oficiais régios, o almoxarife Domingos Eanes e o tabelião Martinho Pais, doaram duas propriedades junto a Penafirme a Frei Gaibetino, provavelmente de origem italiana, da Ordem de Santo Agostinho, para que aí se pudesse instalar com os seus companheiros.

Uma fundação italiana, tal como a da Graça de Lisboa, cerca de 1234, que deverá estar relacionada com o ramo eremítico originário da Toscana.

De facto, a localização do futuro mosteiro parece apontar para um espaço ermo, despovoado: a este, uma mata pertencente ao concelho, que se estendiam até ao rio fascis; a oeste, o mar; a sul, a Póvoa e o termo de Sancti Juliani (S. Gião de Ribamar, junto a Santa Cruz, onde existiu uma ermida no período medieval). Deste modo, parece ser óbvio o interesse do concelho e o apoio do rei, uma vez que, acolhendo o grupo de eremitas liderado por Frei Gaibetino, lhes permitia fomentar o povoamento de uma região ocupada por matas, pauis e terrenos incultos.

A documentação medieval do mosteiro desapareceu, restando-nos um livro de traslados de documentos anteriores a 1535, tendo-se aproveitado o mesmo para o registo de outros diplomas anteriores a 1600, efectuado a pedido do prior D. Jorge do Maxial.

O património do mosteiro não deverá ter crescido nos primeiros tempos, confinando-se àquelas duas doações fundacionais. Sabemos, contudo, que no ano de 1318, aquando do lançamento da primeira pedra da igreja de S. Dinis, em Porto Novo, o templo a edificar ficava próximo do mosteiro de Penafirme, ao qual D. Dinis, deixara no seu testamento, datado de 20 de Junho de 1322, “cem libras pera mi cantarem algũas missas e pera me meterem en oraçam a Deus por mha alma”.

Data de 1322 a primeira doação conhecida de bens fundiários, após a dotação inicial, feita aos frades de Penafirme. Por carta de 23 de Abril, Giral [Esteves] Picanço, cavaleiro, e Aldonça Anes, sua mulher, deixavam ao mosteiro de Santa Maria de Penafirme os casais que possuíam na Póvoa. Era então prior Frei Adão. À doação do antigo alcaide de Torres Vedras, entre 1304 e 1306, juntava-se outra, em 1362, de D. Violante Lopes Pacheco, familiar do mosteiro, viúva de D. Diogo Afonso de Sousa e senhora de Mafra e da Ericeira. Ao convento deixava um casal da Barreira, em Cambelas.

O património de Penafirme era, porém, ainda reduzido face às necessidades da comunidade. Só assim se entende, como defende João Luís Fontes, que o Papa Urbano V, tenha emitido uma bula, datada de 29 de Março de 1364, autorizando a transferência do convento de Penafirme para a vila de Torres Vedras.

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Não sabemos, porém, quais as consequências desta determinação, assim como desconhecemos se houve ou não um abandono temporário do cenóbio.

Todavia, talvez nos seja possível inferir acerca desta possibilidade reforçada pelo facto de, em 1408, ser o prior do mosteiro de Santo Agostinho de Torres Vedras, fundado em 1266, e não o prior de Penafirme a solicitar ao tabelião Diogo Afonso um traslado da doação feita a Frei Gaibetino, em 1226.

Certo é que os eremitas se encontram em Penafirme, em 1453, quando D. Afonso V lhes concedeu, a título de esmola, um assentamento de 400 reais brancos, pago anualmente pelo almoxarife de Óbidos, a partir das rendas devidas ao monarca nesse território.

Em 1464 o convento aforou a Afonso Eanes, morador na Lourinhã, uns pardieiros que o mesmo possuía na vila; em 1474, os Agostinhos recebiam por doação de Afonso Vieira, escudeiro, todos os bens e herança que este tinha no casal da Póvoa, em a comarca do dito mosteiro, com o compromisso do cenóbio lhe dar quatro geiras de pão em cada ano e, após a sua morte, celebrarem quatro missas anuais por sua alma.

Na transição do século XV para o século XVI, assiste-se a um revigorar da vivência monástica entre os Eremitas de Santo Agostinho e a tentativas de renovação no interior da Ordem. Entre estes reformistas, encontramos, no mosteiro de Penafirme, Frei João da Madalena, confessor de D. Leonor, à frente da comunidade, em Setembro de 1515. Mas na mesma altura, também aí viveu Frei João Bom (de Estremoz), enfermeiro-mor do hospital das Caldas da Rainha, desde 1482, falecido em Penafirme, em 1507 ou 1517, onde foi sepultado. E Frei Aleixo de Penafirme, também falecido neste mosteiro, em 1507, e aqui sepultado. Figuras que se integram e contribuem para o reflorescimento espiritual da Ordem, que foi acompanhado de um crescimento patrimonial, que desde final da centúria de Quatrocentos se prolongaria pelas primeiras décadas do século XVI.

Por esta altura, O convento procurava concentrar o seu património na região em volta do mosteiro. Ao mesmo tempo, os monarcas D. Manuel e D. João III apoiavam o cenóbio, através da concessão de especiarias: 20 arratéis de pimenta, 4 de canela, 2 de cravo, 4 de malagueta, 2 de gengibre, 6 de incenso e 6 de açúcar. Em 1535, a pedido de D. João III, iniciava-se a reforma da Ordem da Província Portuguesa dos Eremitas de Santo Agostinho, através dos frades Francisco de Vilafranca e Luís de Montoya. Novos tempos áureos se aproximavam...

Novos tempos áureos se aproximavam, apesar da comunidade não ultrapassar, em meados do século XVI, as sete unidades.

Em 1547, muito provavelmente, iniciava-se a construção do novo mosteiro, junto do antigo. Todavia, os trabalhos prolongaram-se por quase um século, uma vez que em 1642, ainda decorriam as obras do edifício, apesar da nova igreja ter sido sagrado a 15 de Agosto de 1638.

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O Convento de Penafirme ou Convento de Nossa Senhora da Graça de Penafirme, foi construído entre 1597 e 1638, vindo a ser destruído pela invasão das águas na consequência do terramoto de 1755, situa-se nas dunas, junto à foz da ribeira do Sorraia, a 700 metros da praia de Santa Rita e a 4 km de Santa Cruz.

Actualmente este monumento classificado pelo IPPAR na categoria de Arquitectura Religiosa e tipologia Convento através de 2 decretos: o decreto 29/90, DR 163 de 17 de Julho de 1990 e o decreto 45/93, DR 280 de 30 de Novembro de 1993, encontra-se em ruínas e à mercê de vandalismos. Correndo assim o risco de desaparecer na erosão do tempo.

OUTROS MONUMENTOS

SANTA CRUZ

Monumento ao escritor Antero de Quental, em 9 de Novembro de 1991

Monumento ao escritor do pós-guerra Kazuo Dan (Japonês), inaugurado em 29 de Março de 1992

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Monumento ao professor, escritor e poeta João de Barros, inaugurado em 17 de Março de 1971

Monumento a João Augusto Clímaco Pinto, Vereador da Câmara Municipal de Torres Vedras, inaugurado em 11 de Agosto de 1985

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SILVEIRA

Monumento ao ciclista Joaquim Agostinho, natural desta freguesia, situado no Largo Mª Benedita do Vale Jordão em Silveira e inaugurado em 14 de Maio de

1989

6.5.6. MOINHOS

O Moinho de Caixeiros foi edificado em 1836, tendo sido adquirido em ruínas pela Junta de Freguesia e Câmara Municipal. Foi restaurado e inaugurado em 10 de Junho de 1987.

O imóvel é composto por 3 pisos e 2 casais de mós, sendo o moinho totalmente manual. Muitas das suas peças são originais tais como a entrosa, os fechos de madeira e o fechal de pedra. Contíguo ao moinho existe uma padaria onde se pode saborear o pão simples, com chouriço, bacon, torresmos e outras iguarias. É pertença do município e gerido pela autarquia Silveirense.

Existem outros moinhos, uns em ruínas outros transformados em habitação, sendo de destacar, entre outros, um no Casal da Casa Branca, três em Monfalim, um no Alto de Belém, dois em Casalinhos e um na Boavista.

6.5.7. GASTRONOMIA

O Oeste é uma região onde a terra e o mar se fundem: terra de lavradores abastados onde se produzem bons vinhos; outrora povoada de conventos, pode orgulhar-se dos seus licores e da sua doçaria, e, local onde no seu litoral se desenvolve intensa actividade piscatória.

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Nas zonas rurais do interior, a tradição gastronómica assenta principalmente em iguarias confeccionadas à base de deliciosa carne. Sendo o litoral povoado por rica e variada fauna marítima, são os pratos cozinhados com peixe e com mariscos que constituem uma referência obrigatória.

DA ASSENTA A PORTO NOVO

Santa Cruz, e o restante litoral da Assenta a Porto Novo, reflectem, em termos gastronómicos, a proximidade do mar assente numa forte componente rural: os pratos tradicionais tanto podem deliciar os apreciadores de carne assim como os que se extasiam com os sabores dos peixes e dos mariscos. Mas o regalo não se completa sem o acompanhamento do tradicional pão caseiro, cozido em fornos de lenha, e sem a "bela pinga" que se produz no concelho de Torres Vedras.

Dos pratos tradicionais, dos que satisfazem a gula dos apreciadores de carne, destacamos: os originais pratos da "matança de porco"; o coelho guisado com arroz; o sempre delicioso cabrito assado no forno; os divinais ensopados de borrego ou de cabrito; os suculentos nacos de vitela e as enormes costeletas de vaca grelhadas na brasa e as deliciosas sopas de legumes.

Para os que apreciam os pratos confeccionados à base de peixe e de marisco, recomenda-se os diversificados pratos de Bacalhau, o mexilhão ou a amêijoa ao natural ou ao "bulhão pato", a caldeirada de peixe, os carapaus, os pargos e os robalos grelhados na brasa.

Carne ou peixe, a refeição acompanha-se com as saladas e completa-se com os mimos de uma sobremesa: os típicos Pastéis de Feijão (Doce); o Bolo de Ferradura, o saboroso queijo saloio e todo o tipo de doces conventuais.

6.5.8. ARTES E TRADIÇÕES

FESTAS E ROMARIAS

As principais e mais conhecidas festividades no concelho estão relacionadas com os festejos do tradicional Carnaval de Torres Vedras, o Carnaval de Verão em Santa Cruz, o Cortejo Etnográfico de 15 de Agosto em Santa Cruz e as inúmeras festas e romarias celebradas um pouco por todo o concelho, organizadas pelas colectividades e maioritariamente realizadas durante a época de verão.

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O PENEDO DO GUINCHO COMO SÍMBOLO

Influenciados pela história secular que envolve a Praia de Santa Cruz, criou-se uma simbologia bem visível no projecto da nova igreja. Como símbolo de todo o projecto surge o Penedo do Guincho. Imagem do poder criador de Deus. É majestoso no seu diâmetro, mas suave se contemplado de longe. É assim a criação de Deus. Majestosa, magnânima, imperiosa, sinal do seu poder, da Sua mão criadora mas, suave, bela e harmoniosa -porque manifestação do Seu amor para com o homem. E, nesse mesmo rochedo, está cravada a Cruz de Cristo, o sinal por excelência do amor de Deus. É a entrega do Seu próprio Filho para libertar o homem da escravidão do pecado e da morte.

Esta rocha é também símbolo da igreja de Santa Cruz. Um edifício de grandes dimensões, de linhas bastante marcadas mas, suave na sua parede ondulada, nas pequenas janelas que deixam passar a luz do sol, na harmonia de cores, na junção da pedra e da madeira, na riqueza dos seus jardins interior e exterior. É assim o Penedo do Guincho, é assim a igreja da Santa Cruz: imponentes, mas suaves.

O Penedo do Guincho, formado por uma estrutura rochosa algo imponente, com 30 metros de altura por 100 de circunferência, possui na sua base uma fenda abobadada e atravessada pelo mar.

6.5.9. DESPORTO E LAZER

Vários são os motivos para usufruir de um passeio por Santa Cruz, não só pela beleza natural das suas paisagens mas também o poder de relaxamento e de descontracção que pode encontrar. Se optar por um passeio pedestre ou de bicicleta, ainda vai poder sentir melhorias no seu bem-estar físico, mental e emocional.

Se optar por pôr pés ao caminho, vai encontrar no centro de Santa Cruz, alguns locais impregnados de cultura, tocados pelos notáveis poetas e escritores que viveram nesta terra. Entenda porque corriam para o cimo destas arribas e sinta as suas fontes de inspiração.

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A partir da Avenida Joaquim Agostinho vá até à Praceta Antero de Quental e aprecie o notável espaço ajardinado à sua direita. Desça em direcção ao centro de Santa Cruz e corte na primeira à direita, rua Professor Kazuo Dan.

Poucos metros decorridos à direita, no nº 6, viveu o famoso poeta japonês Kazuo Dan. A casa é fácil de identificar pois apresenta uma pequena escultura, apostada numa das paredes, em homenagem ao poeta.

Continuando o seu passeio até ao fim desta rua, vire à sua esquerda e na rua Jerónimo Villarinho vire à direita, e aviste pela primeira vez uma bela paisagem com o oceano como pano de fundo.

Pois é, do outro lado da Avenida do Atlântico acabou de avistar o monumento em homenagem ao Dr. João de Barros. Aproveite para se sentar na base do lado direito do monumento, está no alto das arribas da praia do centro, descanse um pouco e relaxe a sua vista pelo vasto areal de areias douradas que se estendem até Porto Novo.

Continue o passeio voltando à sua esquerda, seguindo as varandinhas, está quase a poder observar o ícone da Praia de Santa Cruz. A primeira escadaria que encontrar, desça-a, acabou de chegar à Esplanada Antero de Quental. Espreitando pela escadaria e lá ao fundo, ergue-se imponente o Penedo do Guincho. Na esplanada continua a poder ver as praias até Porto Novo e agora ao seu lado esquerdo encontra um novo conjunto de praias, desde a praia do Norte até à Praia do Guincho.

Passeie ao longo da esplanada, junto às varandas, e vai encontrar do seu lado esquerdo, uma pedra assente numa base circular, o monumento em homenagem ao poeta Kazuo Dan.

Passeando ao longo das varandas, em frente à Capela de Santa Helena, vai deparar com o monumento em homenagem a Antero de Quental.

Se continuar com forças, ao seu lado direito encontra uma longa escadaria, desça-a, vai dar à praia de Santa Helena, sinta a proximidade da areia e do mar. Nesta pequena praia, fique-se pela areia, vá molhar os pés até ao mar, ou então detenha-se sentado nos bancos de pedra. Se veio acompanhado de um livro este é um lugar abrigado para passar umas quantas páginas de leitura.

PASSEIO NO COMBOIO TURÍSTICO

O Comboio Turístico opera nos meses de Julho e Agosto entre as 10h00 e as 17h00.

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PASSEIO NA CICLOVIA

Utilize a bicicleta, e desloque-se de uma forma ecológica, ao longo da ciclovia entre Santa Cruz e Porto Novo, melhorando a sua forma física e aumentando a sua qualidade de vida.

Se vem da Silveira pela EN 125, estacione o seu carro junto ao cruzamento da Boavista/Santa Cruz Sul, e inicie aí o passeio de bicicleta. Se vem de A-dos-Cunhados ou da Maceira, estacione a sua viatura em Porto Novo ou em Santa Rita Norte e entre na entrada Norte da ciclovia.

O percurso é de grau de dificuldade médio, com uma extensão de 5 quilómetros. A maior dificuldade no trajecto surge com a subida algo íngreme, embora pouco extensa, com início junto à praia de Santa Rita Sul em direcção ao Casal do Seixo.

Embale neste passeio, deixe-se levar pelas marcações e delimitações da ciclovia, e usufrua da proximidade do mar e do campo que se impõem ao longo de todo o percurso. Divirta-se pedalando, tire partido destes locais únicos, impregnados pelas forças vivas da natureza e perfumados pela beleza natural das praias, das dunas e dos pinhais.

Esta ciclovia, foi inaugurada em 22 de Setembro de 2005. Este equipamento viário atravessa uma zona da orla costeira integrada na Rede Natura – com interesse para a conservação da natureza no contexto da União Europeia – e estende-se pelo território ocupado por três Juntas de Freguesia: Silveira, A-dos-Cunhados e Maceira.

6.5.10.CONTACTOS ÚTEIS

261 314 071 Bombeiros Voluntários de Torres Vedras261 937 835 Associação de Socorros da Silveira261 319 300 Hospital Distrital de Torres Vedras261 930 450 GNR - Guarda Nacional Republicana261 930 150 Parque de Campismo261 937 722 Táxis261 334 150 Autocarros - Barraqueiro Oeste

POSTO DE TURISMO DA PRAIA DE SANTA CRUZSanta Cruz2560 Torres VedrasTel.: +351 261 937 524(aberto apenas de Junho a Agosto)

POSTO DE TURISMO DE TORRES VEDRASTel.: +351 261 310 483(aberto todo o ano)

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7. Ficha Técnica

7.1. Nome do Percurso

Rota Azul

7.2. Localização e respectiva Região

Distrito: LisboaConcelho: Torres VedrasFreguesias: A-dos-Cunhados, Silveira e Maceira

7.3. Acessos

EM 561-1 Porto Novo - Santa CruzEN 247-2 Santa Cruz - Praia Azul

7.4. Tipo de Percurso

Pequena Rota Linear

7.5. Pontos de Partida/Chegada

Partida: Porto Novo (Parque de estacionamento junto à Praia)Chegada: Praia Azul (rotunda junto ao Hotel)ouPartida: Praia Azul (rotunda junto ao Hotel)Chegada: Porto Novo (Parque de estacionamento junto à Praia)

7.6. Distância

Distancia total a percorrer: 9,7 Km (10 km)Ramal 1: 11,4 km

7.7. Desníveis Acumulados

Percurso: +85m; -57m

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7.8. Altitude Máxima e Mínima

Máx.: 76 m (Alto da Vela)Mín.: 1 m

7.9. Duração

4 horas, com regresso 8 horas

7.10.Grau de Dificuldade

FácilDificuldade Mide: 1,1,1,3 (em Anexo)

7.11.Época Aconselhada

Todo o ano

7.12.Cartografia

Cartas Militares de Portugal, na escala 1/25 000, folhas nºs. 361 e 374, do Instituto Geográfico do Exército

7.13.Informações Úteis

Alojamento

Hotel da Praia Azul/Praia AzulHotel Santa Cruz/Santa CruzParque de Campismo/Santa Cruz

Gastronomia/Restaurantes

Cervejaria Porto D`Abrigo/Santa CruzChurrasqueira Le Coq/Santa CruzPraia Azul - Restaurante e Marisqueira/Praia Azul

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Artes e Tradições/Festas Locais

MaceiraFesta em Honra de Nossa Sra. da Conceição (15 de Agosto)

Santa CruzFesta em Honra de Sta. Helena e São João Batista (Julho)Carnaval de Santa Cruz

SilveiraFestas em Honra de Nª Srª do Amparo (Agosto)

Torres VedrasFeira de São Pedro (Julho)

ArtesanatoEm vários locais cerâmica artístico-decorativa ou utilitária, Tanoaria e Latoaria

8. Perfil do Percurso

Porto Novo - Praia Azul

0

10

20

30

40

50

60

70

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

7000

8000

9000

1000

0

Dist. (m)

Alt.

(m)

Porto Novo

Santa CruzPraia Azul

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Praia Azul - Porto Novo

0

10

20

30

40

50

60

700

1000

2000

3000

4000

5000

6000

7000

8000

9000

1000

0

Dist. (m)

Alt.

(m)

Praia AzulSanta Cruz

Porto Novo

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9. EQUIPAMENTO NECESSÁRIO PARA A MARCAÇÃO

9.1. Painéis

Os painéis informativos encontram-se colocados no início do percurso (junto ao parque de estacionamento da Praia de Porto Novo), no fim do percurso (junto à rotunda do Hotel da Praia Azul) e entendemos necessário colocar um painel em Santa Cruz (junto ao Monumento a Kazu Dan), pela sua acessibilidade e localização.

Os Painéis, estes fornecem um conjunto de informações especificas sobre o percurso, designadamente, o seu traçado, características gerais acerca da historia, da gastronomia, da fauna, da flora, da geologia, simbologia e outras informações úteis sobre a região, servindo assim vários interesses.

Exemplo de Painel:

Localização dos Painéis:

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Painel 1 Painel 2 Painel 3

Porto Novo(Parque de Estacionamento

da Praia de Porto Novo)

Santa Cruz,(Junto ao Monumento Kazu

Dan)

Praia Azul(Rotunda junto ao Hotel

da Praia Azul))

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9.2. Placas Indicativas de Sentido

As setas indicativas do percurso, apresentam a forma de rectângulo com uma das extremidades em flecha, indicam o sentido do percurso e a distância entre as placas de um ou mais locais.

Possuem um quadrado de cor vermelha, situado na extremidade recta, com as letras PR e o número de registo a amarelo, dois triângulos, um de cor vermelha e um amarelo, na extremidade correspondente à seta, possuem a indicação do nome do lugar e a distância a que este se situa em quilómetros.

As placas de sentido do percurso e de locais de interesse serão colocadas nos cruzamentos e vias de passagem ou de acesso.

Exemplo:

Descrição e Quantidade necessária de Placas de Sentido:

QUANT. DIRECÇÃO LEGENDA LOCALIZAÇÃO

1 Santa Cruz5,5 km

4336205 (2)

1 Praia da Mexelhoeira2,3 km

4335601 (3)

1 Convento Séc. IX0,7 km

4335601 (4)

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DIREITAESQUERDA

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1 Porto Novo2,5 km

4334492 (12)

1 Santa Cruz3,3 km

4334492 (12)

1 Porto Novo3,3 km

4333855 (14)

1 Santa Cruz2,5 km

4333855 (14)

1 Porto Novo3,9 km

4333439 (16)

1 Santa Cruz2,0 km

4333439 (16)

1 Porto Novo5,9 km

4331946 (20)

1 Praia Azul3,8 km

4331946 (20)

1 Praia Azul3,5 km

4331793 (22)

1 Praia Azul3,4 km

4331833 (23)

1 Praia Azul3,3 km

4331720 (25)

1 Porto Novo6,6 km

4331578 (26)

1 Praia Azul2,0 km

4330663 (30)

1 Santa Cruz1,5 km

4330663 (30)

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1 Praia Azul0,8 km

4329831 (33)

1 Santa Cruz2,6 km

4329831 (33)

19 Total

9.3. Placas Informativas

As placas indicativas de um lugar ou curiosidade são colocadas nesse local ou junto dele.

Estas placas são de dimensões idênticas às anteriores, apresentando forma rectangular, possuem um quadrado de cor vermelha com as letras PR na sua extremidade superior à direita com o respectivo número de registo a amarelo, mencionando o nome do lugar e/ou curiosidade onde se encontram, pois esta sinalética complementar é de grande importância para o visitante.

Exemplo:

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QUANT. LEGENDA LOCALIZAÇÃO

1 Monumento (Séc. IX) 4335002 (05)

1 Miradouro (binóculos) 4331553 (27)

1 Ermida Sta. Helena (Séc. XVIII) 4331360 (28)

3 Total

9.4. Postes

Este tipo de suporte é utilizado, aquando da impossibilidade de marcação em locais naturais.

Quantidade necessária: 22 Postes

10.Marcas

As marcas são pintadas em locais já existentes, sendo utilizadas duas cores, amarela e vermelha, constituídas por dois rectângulos, distando entre si 1 centímetro, tendo 12 centímetros de comprimento e 3 centímetros de largura.

10.1.1.SIMBOLOGIA

- CAMINHO CERTO: dois rectângulos paralelos dispostos na horizontal, colocados no inicio e ao longo de todo o percurso, indicando a continuidade e sentido;

- CAMINHO ERRADO: corresponde a dois rectângulos cruzados em “X”, segundo ângulos rectos, em que o vermelho se sobrepõe ao amarelo, colocando-se à entrada de caminhos a evitar;

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1 2 . 0 c m

1.0

cm

12.0

cm

3.0

cm

C a m i n h o c e r t o C a m i n h o e r r a d o

P a r a a e s q u e r d a P a r a a d i r e i t a

P e r c u r s o P e d e s t r e d e P e q u e n a R o t a ( P R ) d e c o r r e n d o , t e m p o r a r i a m e n t e , p e l o t r a ç a d o d e u m a G r a n d e R o t a ( G R )

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- MUDANÇA DE DIRECÇÃO À ESQUERDA OU À DIREITA; corresponde a dois rectângulos paralelos, dispostos segundo a horizontal, em que o rectângulo inferior, vermelho, apresenta uma ponta em flecha que indica a direcção a seguir e uma barra, de dimensões idênticas disposta em ângulo recto de cor amarela. Colocam-se imediatamente antes de um cruzamento par indicar mudança de direcção.

Exemplo da marcação referida:

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10.1.2.CORES

As cores utilizadas na marcação são as recomendadas para os PR; o vermelho sinal (ral 3001) e o amarelo ovo ou amarelo forte (ral 1003).

A sua pintura será feita com tinta de água, evitando assim incompatibilidades de materiais e protecção do ambiente.

10.1.3.COLOCAÇÃO

As marcas serão colocadas em diversos tipos de suportes naturais e artificiais, consoante as características dos locais.

Em alguns locais, usa-se os postes de suporte das marcas, pela impossibilidade de se colocar noutro local.

10.1.4.RECOMENDAÇÕES

As marcas de pintura constituem a sinalização fundamental para a orientação do pedestrianista. A sinalização com placas indicativas e painéis são unicamente um complemento, escolhemos o local onde colocar as marcas de modo que “salte à vista”.

As marcas serão bem desenhadas, com formas geométricas bem definidas, colocadas em sítios bem visíveis com leitura dos dois sentidos.No caso de pinturas em rochas ou velhos troncos de arvore, estes devem estar fixos de forma ao não vandalismo e não possam ser danificados ou alterar o sentido do percurso.

Quando for necessário recorrer à colocação dos postes para suporte de marcas por falta de outros meios, estes serão suficientemente enterrados com sistema anti-arranque, ficando cerca de 80 cm fora do solo.

Em carreiros pouco batidos ou semi-apagados a frequência das marcas será maior.

Em caminhos ou estradas bem definidas ou rectas não haverá interrupção da sinalização, ainda que possa ser espaçada.

Utilizaremos tintas plásticas de exterior de boa qualidade – tinta de água ou outras soluções que não sejam agressivas para o ambiente.

Depois de sinalizarmos um troço do percurso vamos segui-lo em sentido inverso para confirmar as marcas se são facilmente visíveis nos dois sentidos.

Um percurso pedestre deve estar muito bem marcado de modo que possa ser feito por qualquer praticante, mesmo o menos experiente – sem recurso a mapa, bússola, roteiro, etc.;

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Page 44: Implementação e Homologação de Percursos Pedestres...PR2 – Rota do Atlântico 5.Descrição Sumária do Percurso PARTIDA DE PORTO NOVO Partindo do parque de estacionamento da

Câmara Municipal de Torres VedrasPR2 – Rota do Atlântico

Nunca colocaremos marcas em paredes de habitações sem autorização do proprietário e em património construído especialmente em monumentos, incluindo os mais simples, tais como: cruzeiros, alminhas, fontes, etc.

11.BIBLIOGRAFIA

Fontes, João Luís Inglês, “A dos Cunhados, Itinerários da Memória”, Edição Pró-Memória, 2002

Rodrigues, Cecília Travanca; Mira, Graça Andrade; Leitão, Jorge Ralha; Rodrigues, José Travanca; Pacheco, Maria Guilhermina; Catarino, Maria Manuela; Matos, Venerando António de, “Torres Vedras, Passado e Presente”, Volume 1, Edição Câmara Municipal de Torres Vedras, 1996

Sites Visitados:

www.praiadesantacruz .com

www.rt- oeste .pt

www.cm-tvedras.pt

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