incontinÊncia fecal michelle flores. conceito: passagem incontrolada de fezes ou gases pelo ânus;...
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INCONTINÊNCIA FECAL
MICHELLE FLORES
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Conceito: Passagem incontrolada de fezes ou gases
pelo ânus; É a incoordenação do processo de
defecação (armazenamento X expulsão)
Depende de: Adequado peristaltismo intestinal; Atividade sensorial dos esfíncteres interno e
externo; Atividade dos músculos do assoalho pélvico; Pressão intra-abdominal; Estado psicológico.
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0,1 a 5% da
população; mulheres>homen
s; 4% das mulheres
após o 1º parto vaginal;
↑ com o envelhecimento
↓ da qualidade de vida;
↓ das atividades físicas e sociais;
↓ da auto-estima→ insegurança→ isolamento→ depressão;
Custo elevado ao paciente e ao sistema de saúde
Fatores Associados:Incidência:
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Anatomia e fisiologia anorretais: O reto é a porção terminal do tubo
digestivo; é a continuidade do cólon sigmóide;
Localiza-se na concavidade sacral; Compõe-se de fibras musculares lisas
com propriedades viscoelásticas; Sua parte final é o canal anal; Atravessa o períneo e exterioriza-se no
ânus;
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Anatomia e fisiologia anorretais:
puborretal
e. int
e. ext
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Anatomia e fisiologia anorretais: Possui complacência retal que
promove o armazenamento das fezes e gases;
Não possui receptores sensoriais: A sensação de enchimento é dada
pelos receptores de estiramento dos músculos peri-retais;
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Anatomia e fisiologia anorretais: Esfincter liso:
Interno: É o principal responsável pela
manutenção do fechamento anal; É uma expansão do segmento distal da
camada muscular do intestino; Tem atividade contínua;
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Anatomia e fisiologia anorretais: Esfíncteres estriados:
Externo: Localiza-se ao redor do esfíncter interno; É responsável pela continência fecal quando
o bolo fecal encontra-se no canal anal. Puborretal:
Contribui para o fechamento voluntário do canal anal;
É rico em fibras tipo I (tônicas)
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Anatomia e fisiologia anorretais: FISIOLOGIA: evacuação
Durante a defecação ocorre ↑ da profundidade da respiração, o fechamento da glote e contração dos abdominais;
pressão abdominal flexão anterior tronco + curva lombosacra.
Contração leve do elevador do ânus (reforço assoalho).
Parassimpático contração reto relaxamento esfíncter interno.
Movimento involuntário cólon e reto curvatura reto e canal anal EVACUAÇÃO.
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FISIOLOGIA: continência Durante a tosse, espirro ou condições
que gerem aumento súbito da pressão intra-abdominal, ocorre contração reflexa do esfíncter anal externo e do puborretal, permitindo a continência.
Desejo não atendido; readaptação plástica do reto + material desaparecimento do desejo.
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Controle neurológico dos músculos e esfíncteres: Reto: não possui receptores sensoriais, sensação de
distensão ativa receptores dos mm perianais.
Canal anal possui terminações nervosas sensitivas: dor (pressão: Pacini), temperatura (Golgi) e toque (tátil: Meissner), das fibras aferentes do plexo sacral e do nervo pudendo (S2 – S4);
Reto e canal anal: nervos autônomos extrínsecos (L5-S4) SN simpático, parassimpático, fibras aferentes e eferentes.
Esfíncter int.:Tem controle simpático excitatório (L5) e parassimpático inibitório (S1 – S3)
Esfíncter ext. e puborretal: É inervado pelo nervo pudendo (S2 – S4);
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Classificação: Incontinência anal sensorial:
É a passagem das fezes sem a percepção do paciente; ocasionada por prolapsos retais ou distúrbios neuropáticos.
Incontinência anal motora: O paciente tem consciência da capacidade
de evacuar mas são incapazes de controlá-la; ocasionada por distúrbios do assoalho pélvico.
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Classificação: Urgência fecal: necessidade de
defecar imediatamente, disfunção esfíncter ext., capacidade armazenamento reto.
Soiling: indivíduos continentes com peq. escape fecal canal anal deformado, impactação fecal.
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Etiologia: Lesões esfincterianas:
Traumas obstétricos; Traumas diretos; Cirurgias; Dilatação anal.
Distúrbios neurológicos centrais e periféricos: Lesão dos componentes nervosos (TCE, LM,
doenças degenerativas, neuropatias periféricas); Lesão por estiramento do nervo pudendo
(multíparas).
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Etiologia: Nas mulheres deve-se incluir os
fatores associados ao envelhecimento: Atrofia muscular Alterações da mobilidade Sedentarismo Impactação fecal
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Avaliação: Minuciosa investigação:
Médico especialista; Exames específicos: U.S.; colonoscopia;
eletromiografia; latência terminal motora do nervo pudendo (tempo: estimulação – resposta motora);
Definição da abordagem Conservadora Cirúrgica
Avaliação fisioterapêutica;
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Avaliação fisioterapêutica: Anamnese e exame físico:
Enfatiza queixas do paciente, os fatores associados, a gravidade, a dieta, o uso de medicamentos e de protetores;
Observar obesidade, distensão abdominal, cicatrizes, distúrbios posturais (lombar)
Inspeção vulvoperineal; Palpação: toques vaginal e retal; Avaliação neurológica local; Avaliação funcional da marcha, do
equilíbrio, das AVD’s.
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Avaliação fisioterapêutica: Avaliar o domicílio: condições de
acesso ao sanitário com dispositivos de auxílio;
Impacto na qualidade de vida; Orientar o paciente quanto ao
preenchimento de um diário/calendário intestinal.
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Tratamento fisioterapêutico:
O fisioterapeuta deve ser membro de uma equipe multidisciplinar;
Deve orientar medidas gerais: higiene, dieta, tratamento comportamental;
Objetivos: Informar fatores capazes de provocar ou agravar
a incontinência e as possibilidades terapêuticas; Melhorar o hábito intestinal; ↑ a capacidade funcional do assoalho pélvico e
do períneo; ↑ a sensibilidade anorretal, a coordenação, a FM e a endurance.
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Tratamento fisioterapêutico: Recursos:
Exercícios de cinesioterapia do assoalho: Recruta fibras tipos I e II; Promove reeducação anorretal; A resolução completa ocorre nos pacientes que
conseguem sustentar uma contração superior a 30” + AVDs;
Diversificar posições, evitando aquelas que favorecem à incontinência;
Orientar a realização domiciliar durante o tratamento a após a alta;
Sessões de manutenção semestrais.
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Tratamento fisioterapêutico: Biofeedback:
Deve ser associado aos exercícios de cinesioterapia do assoalho pélvico;
Favorecem a compreensão das contrações corretas;
São utilizados eletrodos endoanais e/ou de superfície nos músculos sinergistas;
Diversificar posições; Melhora de 64 a 100% dos sintomas.
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Tratamento fisioterapêutico:
Eletroestimulação: Sonda anal; Associação com exercícios para MAP.
Ginástica hipopressiva: trabalha a musculatura abdominal e pélvica.