Índices antropomÉtricos como preditores de … · (homens). Índice c - índice de conicidade....
TRANSCRIPT
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PROacute-REITORIA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO E PESQUISA
PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA MESTRADO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
IacuteNDICES ANTROPOMEacuteTRICOS COMO PREDITORES DE HIPERTENSAtildeO ARTERIAL EM IDOSOS RESIDENTES EM
UMA CIDADE DE PEQUENO PORTE
KEILA DE OLIVEIRA DINIZ
Satildeo Cristoacutevatildeo 2015
ii
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PROacute-REITORIA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO E PESQUISA
PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA MESTRADO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
IacuteNDICES ANTROPOMEacuteTRICOS COMO PREDITORES DE HIPERTENSAtildeO ARTERIAL EM IDOSOS RESIDENTES EM
UMA CIDADE DE PEQUENO PORTE
KEILA DE OLIVEIRA DINIZ
Dissertaccedilatildeo apresentada ao Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Educaccedilatildeo Fiacutesica da Universidade Federal de Sergipe como requisito parcial para obtenccedilatildeo do grau de Mestre em Educaccedilatildeo Fiacutesica
Orientador ProfDr Antonio Cesar Cabral de Oliveira
Satildeo Cristoacutevatildeo
2015
iii
DINIZKEILA DE OLIVEIRA
Iacutendices Antropomeacutetricos como Preditores de Hipertensatildeo
Arterial em Idosos Residentes em uma Cidade de Pequeno Porte
2015
iv
FICHA CATALOGRAacuteFICA ELABORADA PELA BIBLIOTECA CENTRAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE
D585i
Diniz Keila de Oliveira Iacutendices antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial em idosos residentes em uma cidade de pequeno porte Keila de Oliveira Diniz orientador Antonio Cesar Cabral de Oliveira ndash Satildeo Cristoacutevatildeo 2015
71 f
Dissertaccedilatildeo (mestrado em Educaccedilatildeo Fiacutesica) ndash Universidade Federal de Sergipe 2015
1 Hipertensatildeo 2 Antropometria 3 Obesidade 4 Idosos ndash Doenccedilas - Diagnoacutestico I Oliveira Antonio Cesar Cabral de orient II Tiacutetulo
CDU 61612-0713
v
KEILA DE OLIVEIRA DINIZ IacuteNDICES ANTROPOMEacuteTRICOS COMO PREDITORES DE HIPERTENSAtildeO ARTERIAL EM IDOSOS RESIDENTES EM
UMA CIDADE DE PEQUENO PORTE
Dissertaccedilatildeo apresentada ao Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Educaccedilatildeo Fiacutesica da Universidade Federal de Sergipe como requisito parcial para obtenccedilatildeo do grau de Mestre em Educaccedilatildeo Fiacutesica
Aprovada em ____________
_________________________________________
Prof Dr Antonio Cesar Cabral de Oliveira (UFS)
________________________________________ Prof Dr Marcos Bezerra de Almeida (UFS)
_________________________________________
Prof Dr Joseacute Jean de Oliveira Toscano (UFAL)
PARECER
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
vi
DEDICATOacuteRIA Dedico esta dissertaccedilatildeo a IRACI BORGES DINIZ (in memoriam) minha querida
vovoacute uma mulher incomparaacutevel A saudade eacute constante em minha vida
A meu pai RAIMUNDO BORGES DINIZ por natildeo medir esforccedilos para que as minhas
vontades e os meus desejos se tornassem hoje realidade concreta
Ao meu noivo ALDO GOMES pelo incentivo companheirismo e apoio incondicional
Vocecirc eacute essencial em minha vida
vii
AGRADECIMENTO
Agradeccedilo primeiramente a DEUS por abenccediloar sempre os meus dias me
garantindo sauacutede e disposiccedilatildeo e por estar comigo sempre nas minhas conquistas
Ao Prof Dr ANTONIO CESAR CABRAL DE OLIVEIRA pela orientaccedilatildeo
proporcionada confianccedila e incentivo durante todo o curso do mestrado Muito
obrigada por nortear as minhas ideias e por ter oportunizado a realizaccedilatildeo desse
trabalho
Ao Prof Me SAULO VASCONCELOS ROCHA pelo incentivo co-orientaccedilatildeo pela
disponibilidade constante e principalmente por confiar no meu trabalho durante todo
o processo
Aos professores do Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Educaccedilatildeo Fiacutesica da
Universidade Federal de Sergipe em especial a AFRANIO ROBERTO JERONIMO
e MARCO BEZERRA pelas contribuiccedilotildees
Ao grupo MONIDI pelo apoio e auxiacutelio durante toda a fase de coleta vocecircs foram
essenciais
Agrave Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB) a Universidade Federal de
Sergipe (UFS) e ao Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Educaccedilatildeo Fiacutesica por terem
fornecido todas as condiccedilotildees para realizaccedilatildeo da coleta dessa dissertaccedilatildeo
Agradeccedilo aos idosos e aos trabalhadores das USFs da cidade de Ibicuiacute-BA que por
livre e espontacircnea vontade permitiram tornar possiacutevel esse trabalho
A CAPES pela bolsa de estudo concedida
viii
ldquoTudo eacute loucura ou sonho no comeccedilo Nada do que o homem fez no mundo teve iniacutecio de outra maneira ndash mas jaacute tantos sonhos se realizaram que natildeo temos o direito de duvidar de nenhumrdquo (Monteiro Lobato)
ix
RESUMO
A hipertensatildeo arterial eacute uma das principais causas de mortalidade em acircmbito mundial e fator de risco para diversas doenccedilas Tal enfermidade em idosos estaacute associada ao significante aumento nos distuacuterbios cardiovasculares e a incidecircncia de doenccedilas incapacitantes Por outro lado a gordura corporal estaacute relacionada com a pressatildeo arterial elevada em idosos a qual pode ser avaliada por meio de iacutendices antropomeacutetricos O objetivo deste estudo foi determinar o poder preditivo de iacutendices antropomeacutetricos e estabelecer seus pontos de corte como discriminadores de hipertensatildeo arterial e identificar o indicador antropomeacutetrico de obesidade que melhor discrimina a hipertensatildeo arterial Um estudo transversal foi realizado com uma amostra de 310 idosos com idades iguais ou superiores a 60 anos sendo 175 (565) mulheres A coleta ocorreu entre o periacuteodo de 03022014 a 20022014 na cidade de Ibicuiacute-BA Foram mensurados os seguintes iacutendices antropomeacutetricos iacutendice de massa corporal (IMC) circunferecircncia da cintura (CC) razatildeo cinturaestatura (RCEst) e iacutendice de conicidade (Iacutendice C) Ademais coletaram-se medidas de pressatildeo arterial sistoacutelica e diastoacutelica Para identificaccedilatildeo dos preditores de hipertensatildeo arterial foi adotada a anaacutelise das curvas Receiver Operating Characteristic (ROC) com intervalo de confianccedila de 95 Posteriormente identificaram-se os pontos de corte com suas respectivas sensibilidades e especificidades As anaacutelises foram efetuadas respeitando-se o niacutevel de significacircncia de 5 Apoacutes a construccedilatildeo das curvas ROC evidenciou-se que alguns iacutendices antropomeacutetricos apresentaram Aacuterea Sobre a Curva (ASC) significativas sendo o IMC = 060 (050-070) RCEst = 061 (051-071) Iacutendice C = 058 (058-068) nos homens Os diversos pontos de corte dos iacutendices antropomeacutetricos com melhores poderes preditivos e suas respectivas sensibilidades e especificidades foram identificados Conclui-se que as melhores aacutereas sob a curva ROC foram para IMC RCEst e Iacutendice C para os homens poreacutem tais medidas natildeo foram satisfatoacuterias para predizer hipertensatildeo arterial em mulheres idosas Sugere-se que a utilizaccedilatildeo de dois iacutendices simultaneamente possa resultar em uma maior eficiecircncia na avaliaccedilatildeo do risco de hipertensatildeo arterial em idosos
Palavras-chave Antropometria Hipertensatildeo Obesidade Idoso
x
ABSTRACT Hypertension is one of the main causes of mortality in the world and a risk factor for several diseases This illness in the elderly is associated with a significant increase in cardiovascular disorders and the incidence of disabling diseases On the other hand body fat is related to high blood pressure in the elderly which can be evaluated by means of anthropometric indices This study aimed to determine the predictive power of anthropometric indices and establish cut-off points as discriminators of arterial hypertension and identify the anthropometric indicator of obesity that best discriminates the hypertension A cross-sectional study was conducted with a sample of 310 elderly people with ages greater than or equal to 60 years 175 (565 ) women Data collection occurred between the period of 03 022014 20 022014 in Ibicuiacute city in Bahia The following anthropometric indices were measured body mass index (BMI) waist circumference (WC) waistheight ratio (WHtR) and conicity index (C-Index) In addition collected measures of systolic and diastolic blood pressure To identify hypertension predictors was adopted the Receiver Operating Characteristic (ROC) curves analysis with a confidence interval of 95 Later it was possible to identify the cut-off points with their respective sensitivities and specificities The samples were analyzed respecting significance level of 5 After the construction of the ROC curves it was evident that some anthropometric indices presented Area under the curve (AUC) significant being the BMI = 060 (050 -070) WHeR = 061 (051 -071) C-Index = 058 (058 -068) in men The different cut-off points of anthropometric indices with better predictive powers and their respective sensitivities and specificities were identified It is concluded that the best areas under the ROC curve were to BMI WHeR and C Index for the men but such measures were not satisfactory for predicting hypertension in elderly women It is suggested that the use of two indices simultaneously can result in greater efficiency in the assessment of the risk of hypertension in the elderly Keywords Anthropometry Hypertension Obesity Elderly
xi
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 1
2 REVISAtildeO DE LITERATURA 3
21 Consideraccedilotildees sobre doenccedilas cardiovasculares no Brasil e o processo de envelhecimento populacional 3
22 Hipertensatildeo arterial e a populaccedilatildeo idosa 4
23 Iacutendices antropomeacutetricos de sobrepeso e obesidade 5
24 A importacircncia da validaccedilatildeo 7
3 OBJETIVOS 10
4 MATERIAL E MEacuteTODOS 11
41 Tipos de estudo 11
42 Cenaacuterios do estudo 11
43 Populaccedilatildeo e amostra 12
44 Equipes de coleta de dados 13
45 Procedimentos para coleta de dados 14
451 Variaacuteveis do estudo e dados coletados 14
452 Instrumentos de coleta 14
453 Pressatildeo Arterial 14
454 Antropometria 15
46 Anaacutelise dos dados 16
47 Aspectos Eacuteticos 17
5 RESULTADOS 18
51 Caracterizaccedilatildeo da amostra estudada 18
52 Caracteriacutesticas antropomeacutetricas 20
53 Anaacutelise da curva ROC 21
6 DISCUSSAtildeO 28
61 Aacutereas sob a Curva ROC 28
62 Iacutendices antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial 30
7 CONCLUSAtildeO 35
8 REFEREcircNCIAS 36
xii
IacuteNDICE DE FIGURAS
Figura 1 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Ibicuiacute BA na regiatildeo Nordeste do Brasil 12
Figura 2 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial
(mulheres) IMC - iacutendice de massa corporal 23
Figura 3 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial
(homens) IMC - iacutendice de massa corporal 23
Figura 4 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial
(mulheres) CC ndash circunferecircncia da cintura 24
Figura 5 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens)
CC ndash circunferecircncia da cintura 24
Figura 6 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial
(mulheres) RCEst - razatildeo cinturaestatura 25
Figura 7 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial
(homens) RCEst - razatildeo cinturaestatura 25
Figura 8 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial
(mulheres) Iacutendice C -iacutendice de conicidade 26
Figura 9 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial
(homens) Iacutendice C - iacutendice de conicidade 26
xiii
IacuteNDICE DE TABELAS
Tabela 1 - Classificaccedilatildeo da pressatildeo arterial de acordo com a VI Diretrizes
Brasileiras de Hipertensatildeo (2010) 15
Tabela 2 - Classificaccedilatildeo do Iacutendice de Massa Corporal 15
Tabela 3 - Variaacuteveis sociodemograacuteficas e de estilo de vida em idosos 19
Tabela 4 - Valores descritivos miacutenimos e maacuteximos das variaacuteveis analisadas 21
Tabela 5 - Percentuais das variaacuteveis analisadas 21
Tabela 6 - Aacuterea sob a curva ROC e IC95 entre os iacutendices antropomeacutetricos e
hipertensatildeo arterial em idosos 22
Tabela 7 - Pontos de corte sensibilidade e especificidade dos iacutendices
antropomeacutetricos para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial em idosos 27
xiv
LISTA DE SIacuteMBOLOS OU NOMECLATURA
ASC - Aacuterea Sob a Curva
AVE - Acidente Vascular Encefaacutelico
CC - Circunferecircncia da Cintura
CNS - Conselho Nacional de Sauacutede
DCNT - Doenccedilas Crocircnicas Natildeo Transmissiacuteveis
ESF - Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia
ESTUDO MONIDI - Monitoramento da Sauacutede de Idosos de um Municiacutepio de
Pequeno Porte
HAS - Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica
IASI - Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede de Idosos
IC95 - Intervalo de Confianccedila 95
IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica
IMC ndash Iacutendice de Massa Corporal
Iacutendice C ndash Iacutendice de Conicidade
Li-IC ndash Limite Inferior do Intervalo de Confianccedila
NSI - Nutricion Screening Initiative
PA ndash Pressatildeo Arterial
PAD ndash Pressatildeo Arterial Diastoacutelica
PAS - Pressatildeo Arterial Sistoacutelica
RCEst - Razatildeo Cintura-Estatura
ROC - Receive Operator Caracteristic
SBH - Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo
SPSS - Statistical Package for the Social Sciences
xv
SUS - Sistema Uacutenico de Sauacutede
TCLE - Termo de Consentimento Livre Esclarecido
USFs - Unidades de Sauacutede da Famiacutelia
WHO - World Health Organization
1
1 INTRODUCcedilAtildeO
A transiccedilatildeo epidemioloacutegica caracteriza-se pela evoluccedilatildeo progressiva de um
perfil de alta mortalidade por doenccedilas infecciosas para outro onde predominam os
oacutebitos por doenccedilas cardiovasculares neoplasias causas externas e outras doenccedilas
consideradas crocircnico-degenerativas natildeo transmissiacuteveis1 Jaacute a transiccedilatildeo demograacutefica
tem relaccedilatildeo direta com a evoluccedilatildeo das taxas de mortalidade natalidade e
fecundidade no qual houve uma mudanccedila da populaccedilatildeo jovem para um contingente
cada vez maior e mais importante de pessoas com 60 anos ou mais de idade2
As mudanccedilas demograacuteficas evidenciam o aumento na expectativa de vida com
consequente crescimento da populaccedilatildeo idosa3 Essa modificaccedilatildeo no perfil etaacuterio da
populaccedilatildeo concorre para transformaccedilatildeo nos aspectos relacionados agrave
morbimortalidade nos quais as doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis (DCNT) passam
a ser as principais causas de adoecimentomorte As DCNT mais prevalentes satildeo as
doenccedilas cardiovasculares cacircnceres respiratoacuterias crocircnicas diabetes e hipertensatildeo
arterial4
A hipertensatildeo arterial sistecircmica (HAS) eacute a primeira causa de mortalidade em
acircmbito mundial e a terceira causa de incapacidade induzida por doenccedila apoacutes
desnutriccedilatildeo e doenccedilas sexualmente transmissiacuteveis5 Estima-se que a pressatildeo arterial
elevada cause 94 milhotildees de mortes por ano no mundo6 A HAS eacute o principal fator de
risco para acidente vascular encefaacutelico (AVE) doenccedila arterial coronariana
insuficiecircncia cardiacuteaca insuficiecircncia renal crocircnica e doenccedila vascular de extremidades7
Tal enfermidade em idosos estaacute associada a significante aumento nos distuacuterbios
cardiovasculares na incidecircncia de doenccedilas incapacitantes com consequente
diminuiccedilatildeo da sobrevida e piora na qualidade de vida resultando dependecircncia e perda
da autonomia8910
Vaacuterios estudos evidenciam que a gordura corporal estaacute relacionada com a
pressatildeo arterial elevada em idosos111213 Dessa forma para discriminar a quantidade
de gordura corporal e sua distribuiccedilatildeo os iacutendices antropomeacutetricos satildeo instrumentos
haacutebeis principalmente em estudos epidemioloacutegicos Aleacutem disso tecircm sido utilizados
com frequecircncia em estudos populacionais e satildeo importantes por monitorar o estado
nutricional em diferentes grupos Esses iacutendices satildeo bons preditores para a
hipertensatildeo arterial14 diabetes mellitus doenccedilas cardiovasculares e para discriminar
2
o risco coronariano em diferentes populaccedilotildees1516 Apresentam como vantagens a sua
simplicidade baixo custo e faacutecil utilizaccedilatildeo Contudo estudos sobre os iacutendices
antropomeacutetricos satildeo escassos e inconclusivos na populaccedilatildeo idosa17
A identificaccedilatildeo indireta da hipertensatildeo arterial por meio dos iacutendices
antropomeacutetricos pode ser uma estrateacutegia importante na sauacutede puacuteblica como
instrumento de triagem favorecendo a identificaccedilatildeo das alteraccedilotildees na pressatildeo
arterial Uma das estrateacutegias recomendadas para atingir essa proposta eacute a utilizaccedilatildeo
de instrumentos de rastreamento adequados de raacutepida e faacutecil aplicaccedilatildeo e que
apresentem coeficientes de fidedignidade e de validade significativos No contexto da
atenccedilatildeo primaacuteria recentemente Gomes et al (2009)18 e Azevedo et al (2010)19
propuseram a aplicaccedilatildeo da antropometria para a detecccedilatildeo de fatores de risco agrave sauacutede
sugerindo a utilizaccedilatildeo do iacutendice de massa corporal (IMC) e circunferecircncia da cintura
(CC) como medidas de triagem
Averiguar o poder discriminatoacuterio e estabelecer pontos de corte ou seja
valores criacuteticos de iacutendices antropomeacutetricos que se associem a hipertensatildeo arterial em
idosos pode ser uma boa estrateacutegia de monitoramento e de triagem destes fatores de
risco Sendo que os valores criacuteticos dos iacutendices antropomeacutetricos para idosos natildeo
foram estabelecidos na literatura Dessa forma parecem ser relevantes os estudos
que indiquem meios indiretos para detectar fatores de risco cardiovascular Os iacutendices
antropomeacutetricos podem ser utilizados como estrateacutegia eficiente no processo de
triagem da hipertensatildeo arterial no ambiente da atenccedilatildeo primaacuteria do Sistema Uacutenico de
Sauacutede (SUS)
3
2 REVISAtildeO DE LITERATURA
21 Consideraccedilotildees sobre doenccedilas cardiovasculares no Brasil e o processo de envelhecimento populacional
Atualmente as doenccedilas cardiovasculares tecircm acometido grande parcela da
populaccedilatildeo mundial Em 2012 o relatoacuterio da World Health Organization (WHO)20
estimou que 175 milhotildees de pessoas morreram de doenccedilas cardiovasculares
representando 46 de todas as mortes globais Jaacute a pressatildeo arterial elevada
provoca 51 das mortes por acidente vascular cerebral e 45 das mortes por doenccedila
arterial coronariana21
Tais doenccedilas foram responsaacuteveis por 70 das causas de morte no Brasil no
ano de 2013 As doenccedilas cardiovasculares como do aparelho circulatoacuterio cacircncer e
diabetes tecircm respondido por um nuacutemero elevado de mortes antes dos 70 anos22
O crescimento populacional e o aumento da longevidade podem acarretar a um
raacutepido aumento no nuacutemero total de adultos de meia-idade e mais velhos com um
correspondente aumento do nuacutemero de mortes causadas por doenccedilas crocircnicas natildeo
transmissiacuteveis
Dessa forma a quantidade de pessoas com mais de 60 anos satildeo hoje 13 da
populaccedilatildeo brasileira ou 261 milhotildees de indiviacuteduo em 201323 Com o processo de
envelhecimento populacional as doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis ganharam
expressotildees para a sociedade para previdecircncia social e por consequecircncia para a
sauacutede puacuteblica
A fase do envelhecimento eacute o momento caracterizado pelas alteraccedilotildees fiacutesicas
psicossociais e pelo decliacutenio da capacidade funcional dos organismos como tambeacutem
pelo surgimento de condiccedilotildees patoloacutegicas advindas de haacutebitos de vida inadequados
(tabagismo alcoolismo alimentaccedilatildeo incorreta ausecircncia de atividade fiacutesica regular
entre outros)24 Dessa forma para retardar essas mudanccedilas eacute necessaacuterio ter um
envelhecimento saudaacutevel
4
22 Hipertensatildeo arterial e a populaccedilatildeo idosa
A hipertensatildeo arterial eacute definida como sendo uma condiccedilatildeo crocircnica da tensatildeo
arterial elevada resultando em valores acima do considerado aceito ou seja quando
a pressatildeo arterial sistoacutelica (PAS) estaacute cronicamente acima de 140 mmHg ou a pressatildeo
arterial diastoacutelica (PAD) estaacute cronicamente acima de 90 mmHg2526
No mundo em torno de um bilhatildeo de pessoas satildeo hipertensas natildeo controladas
sendo que 75 milhotildees de pessoas morreram a cada ano pela doenccedila ateacute o ano de
200827 Estimativas do Ministeacuterio da Sauacutede indica que cerca de 17 milhotildees de
brasileiros apresentam hipertensatildeo arterial sendo que 35 dessa populaccedilatildeo tinham
idade igual ou superior a 40 anos Em comparaccedilatildeo com anos anteriores pode-se
observar que a proporccedilatildeo de brasileiros diagnosticados com hipertensatildeo arterial
cresceu de 215 em 2006 para 244 em 20092829
O resultado da Pesquisa Nacional de Sauacutede do primeiro semestre de 2013
estimou que o Brasil tem 313 milhotildees de hipertensos Entre as pessoas com mais de
60 anos mais de 444 tecircm hipertensatildeo sendo que essa prevalecircncia cresce com a
idade22 Esses dados se aproximam aos nuacutemeros da Sociedade Brasileira de
Hipertensatildeo (SBH) no qual estima que haja 30 milhotildees de hipertensos no Brasil em
2014 ou seja cerca de 30 da populaccedilatildeo adulta30
Jaacute na populaccedilatildeo baiana com idade acima de 40 anos cerca de 35 tecircm
hipertensatildeo arterial correspondendo a cerca de 13 milhatildeo de pessoas acometidas
pela doenccedila Na populaccedilatildeo dos 55 aos 64 anos 516 tecircm pressatildeo arterial elevada
e com 65 anos ou mais esse nuacutemero chega a 60631 No estado da Bahia foram
registradas 6274 mortes por doenccedilas de aparelho circulatoacuterio ateacute o mecircs de outubro
de 2013 Dentre os registros 649 foram por hipertensatildeo32 No municiacutepio de Ibicuiacute ndash
BA a prevalecircncia de HAS cadastrados nas Unidades de Sauacutede da Famiacutelia (USFs) foi
de 643 idosos33
A hipertensatildeo arterial eacute caracterizada por niacuteveis elevados e sustentados de
pressatildeo arterial (PA) como uma condiccedilatildeo cliacutenica multifatorial Associa-se
frequentemente a alteraccedilotildees funcionais eou estruturais dos oacutergatildeos-alvo (coraccedilatildeo
enceacutefalo rins e vasos sanguiacuteneos) e a alteraccedilotildees metaboacutelicas2634 Pode ser
classificada em primaacuteria e secundaacuteria de acordo com a sua origem A primaacuteria tem
5
sua origem desconhecida35 e a secundaacuteria eacute decorrente de alguma doenccedila
subjacente36
No caso de a PA estar cronicamente elevada ou seja hipertensatildeo arterial o
risco de desenvolvimento de complicaccedilotildees cardiovasculares renais e ateacute mesmo o
oacutebito aumenta consideravelmente37
Com relaccedilatildeo agrave caracteriacutestica fisiopatoloacutegica da HAS a partir dos 50 ou 60 anos
de idade a pressatildeo diastoacutelica diminui e a pressatildeo central aumenta determinando um
balanccedilo proacuteximo entre resistecircncia aumentada e aumento da impedacircncia na aorta
toraacutecica Dessa forma a pressatildeo de pulso comeccedila a se elevar e a HAS se torna o
principal subtipo de hipertensatildeo apoacutes a sexta deacutecada de vida38
Contudo apoacutes os 60 anos ocorre o enrijecimento arterial central indicado pela
queda na pressatildeo diastoacutelica e o raacutepido alargamento da pressatildeo de pulso O aumento
da rigidez arterial central e a amplitude da onda de pulso satildeo fatores hemodinacircmicos
dominantes nos indiviacuteduos normotensos e hipertensos apoacutes os 60 anos38
Aleacutem dos fatores fisiopatoloacutegicos vale destacar que o aumento da pressatildeo
arterial com a idade tambeacutem estaacute relacionado com o consumo de sal exagerado ao
longo da vida39
As principais estrateacutegias no tratamento natildeo-farmacoloacutegico da HAS segundo
Ministeacuterio da Sauacutede28 se encontram na adoccedilatildeo de haacutebitos alimentares saudaacuteveis
reduccedilatildeo na ingestatildeo de soacutedio reduccedilatildeo do consumo de bebidas alcooacutelicas abandono
do tabagismo praacutetica de atividade fiacutesica regular controle ou diminuiccedilatildeo da massa
corporal
23 Iacutendices antropomeacutetricos de sobrepeso e obesidade
Como meacutetodo natildeo invasivo a antropometria eacute utilizada principalmente para
avaliar as proporccedilotildees tamanho e a composiccedilatildeo corporal40 Tal meacutetodo possui relaccedilatildeo
com estado de sauacutede condiccedilotildees sociais e econocircmicas de grupos populacionais
podendo diagnosticar a desnutriccedilatildeo ou excesso de peso Os iacutendices antropomeacutetricos
que consistem na mediccedilatildeo de dimensotildees corporais podem ser usados para predizer
a sauacutede geral e bem-estar da populaccedilatildeo40
6
Em 2011 estudo realizado por Pitanga41 indica que os iacutendices antropomeacutetricos
apresentam-se como preditores do risco de infarto do miocaacuterdio acidente vascular
encefaacutelico e morte prematura
O IMC eacute determinado pela massa corporal em quilogramas dividido pela
estatura em metros ao quadrado eacute uma medida que determina o estado nutricional
Este iacutendice antropomeacutetrico eacute comumente aplicado em estudos epidemioloacutegicos em
idosos para diagnosticar o excesso de peso (sobrepesoobesidade) principalmente
por ser um meacutetodo faacutecil de aplicar raacutepido e de baixo custo Deste modo vaacuterios
estudos com essa populaccedilatildeo tecircm avaliado o estado nutricional por meio do IMC42
434445
No estudo de Silva e Petroski (2009)46 com idosas de um grupo de convivecircncia
do municiacutepio de Aracaju ndash Sergipe sugeriu que o ponto de corte do IMC utilizado pela
Nutricion Screening Initiative ndash NSI (1992)47 para sobrepeso e excesso de peso foi o
mais bem associado com a PA elevada e para obesidade o melhor ponto de corte
associado com a PA elevada foi o da WHO (1998)48
A outra medida importante para avaliaccedilatildeo da obesidade central dos indiviacuteduos
eacute a circunferecircncia de cintura A obesidade eacute caracterizada pelo acuacutemulo excessivo de
gordura corporal no indiviacuteduo e quando presente na regiatildeo abdominal tem alta
correlaccedilatildeo com doenccedilas cardiovasculares e distuacuterbios metaboacutelicos40 O obeso tem
mais propensatildeo a desenvolver problemas como hipertensatildeo doenccedilas
cardiovasculares diabetes tipo 2 entre outras doenccedilas4950
Comparando as medidas antropomeacutetricas com exames de diagnoacutesticos por
imagens como a tomografia computadorizada e a ressonacircncia magneacutetica foi
verificado que a circunferecircncia da cintura apresentou melhor correlaccedilatildeo com o tecido
adiposo visceral51 Tambeacutem o aumento da circunferecircncia da cintura teve boa
associaccedilatildeo com o aumento significativo da prevalecircncia da hipertensatildeo arterial52
A razatildeo cintura-estatura (RCEst) eacute determinado pela divisatildeo da circunferecircncia
da cintura (cm) pela estatura (cm) Este indicador tem sido utilizado para identificar
alto risco metaboacutelico obesidade fatores de risco cardiovascular e maior capacidade
preditiva para o risco coronariano elevado em populaccedilotildees adultas e idosas1653
tambeacutem eacute fortemente associada a diversos fatores de risco cardiovascular em
diferentes populaccedilotildees15
7
O Iacutendice C eacute determinado com as medidas de massa corporal da estatura e da
circunferecircncia da cintura54 e eacute muito utilizado com a populaccedilatildeo adulta555657585960 Jaacute
com a populaccedilatildeo de idosos o iacutendice C tem sido pouco utilizado e somente alguns
estudos usaram esse indicador para tentar identificar distuacuterbios metaboacutelicos risco
coronariano e prevalecircncia de risco agrave sauacutede616263 Natildeo foram encontrados estudos
associativos entre o Iacutendice C e pressatildeo arterial elevada em idosos
Tais iacutendices satildeo pouco utilizados com a populaccedilatildeo idosa e principalmente com
populaccedilotildees residentes em cidades de pequeno porte Dessa forma para discriminar e
analisar o incremento de gordura corporal os iacutendices antropomeacutetricos tecircm
demonstrado eficiecircncia principalmente em estudos epidemioloacutegicos Cada indicador
tem peculiaridade quanto a sua distribuiccedilatildeo e discriminaccedilatildeo por isso podem ser
utilizados conjuntamente ou separadamente dependendo dos objetivos como
estrateacutegia eficiente para a detecccedilatildeo e o controle de doenccedilas
Contudo os iacutendices antropomeacutetricos tecircm sido bem utilizados para associar
vaacuterios fatores de risco de sauacutede como doenccedilas coronarianas cardiovasculares
distuacuterbios metaboacutelicos dentre outros641641 Poreacutem ainda natildeo estaacute clara sua
associaccedilatildeo com pressatildeo arterial elevada em idosos
Sendo assim os iacutendices antropomeacutetricos satildeo eficientes para identificar a
hipertensatildeo arterial em idosos E quais satildeo os melhores iacutendices para identificar as
alteraccedilotildees da pressatildeo arterial elevada em idosos
24 A importacircncia da validaccedilatildeo
Como se trata de um estudo de validaccedilatildeo de um meacutetodo faz-se necessaacuterio
debater sobre o tema Os instrumentos de rastreamento satildeo ferramentas essenciais
para os serviccedilos de sauacutede pois fornecem medidas relevantes reprodutiacuteveis e
acuradas permitindo a identificaccedilatildeo das pessoas com maior chance de preencher os
criteacuterios para uma determinada condiccedilatildeo ou doenccedila Como tambeacutem completa o
registro de informaccedilatildeo e a comparaccedilatildeo de resultados minimizando a influecircncia de
fatores subjetivos na coleta e registro de dados6566
A escolha de um instrumento deve-se basear em suas qualidades que
consistem em coeficientes significativos de validade e fidedignidade Dessa forma
8
essas medidas necessitam apresentar simplicidade na teacutecnica economia facilidade
e rapidez na aplicaccedilatildeo e interpretaccedilatildeo666768
A validade caracteriza-se como a capacidade do instrumento medir aquilo que
se propotildees a medir Envolve um componente conceitual (julgamento subjetivo a
respeito do instrumento pelo pesquisador) e um componente operacional (avaliaccedilatildeo
sistemaacutetica (estatiacutestica) do teste) geralmente o comparando com um criteacuterio padratildeo
ouro67
A avaliaccedilatildeo operacional da validade utilizada nessa pesquisa foi a de criteacuterio
no qual mede agrave extensatildeo com que o instrumento discrimina sujeitos que diferem em
determinadas caracteriacutesticas Refere-se agrave capacidade de uma escala de se
corresponder com outras medidas ou de predizer algo a que se propotildee Eacute avaliada
por meio de criteacuterio-padratildeo (validade concorrente e validade preditiva) Sendo que a
validade preditiva eacute estimulada estatisticamente e expressa por meio da sensibilidade
especificidade valor preditivo positivo valor preditivo negativo e taxa de classificaccedilatildeo
incorreta67
A sensibilidade corresponde agrave proporccedilatildeo de casos positivos identificados
corretamente ou melhor eacute a capacidade de medida de reconhecer os verdadeiros
positivos Quanto maior a sensibilidade maior a chance de detectar a doenccedila A
especificidade eacute proporccedilatildeo de casos negativos identificados corretamente eacute a
capacidade do instrumento de reconhecer os verdadeiros negativos67
Quanto mais sensiacutevel for o teste melhor seraacute seu valor preditivo negativo ou
seja maior seraacute a certeza de que uma pessoa com resultado negativo natildeo tenha
realmente a doenccedila Quanto mais especifico melhor seraacute seu valor preditivo positivo
ou seja maior seraacute a certeza de que uma pessoa com resultado positivo tenha a
hipertensatildeo arterial67
Como estrateacutegia geral quando a principal preocupaccedilatildeo for evitar o resultado
falso-positivo entatildeo o ponto de corte deve objetivar o maacuteximo de especificidade e se
a preocupaccedilatildeo maior eacute evitar resultado falso-negativo (o resultado do teste em
paciente com suspeita de hipertensatildeo arterial) o ponto de corte deve objetivar o
maacuteximo de sensibilidade67 Os autores ainda referem que a curva Receive Operator
Caracteristic (ROC) eacute a melhor maneira de estabelecer o ponto de corte otimizando
a sensibilidade e especificidade do teste diagnoacutestico
9
Destaca-se que as qualidades de um instrumento aplicado em condiccedilotildees de
campo satildeo modificadas pela prevalecircncia de casos na populaccedilatildeo cliacutenica (onde eacute
esperado ter maior proporccedilatildeo de doenccedila) comparada com uma populaccedilatildeo geral
10
3 OBJETIVOS
Determinar o poder preditivo de iacutendices antropomeacutetricos para predizer
hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos
Estabelecer pontos de corte como discriminadores de hipertensatildeo arterial em
mulheres e homens idosos
Identificar o iacutendice antropomeacutetrico de obesidade que melhor discrimina a
hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos
11
4 MATERIAL E MEacuteTODOS
41 Tipos de estudo
Esta pesquisa eacute do tipo transversal ou seccional como parte do projeto de
Monitoramento da Sauacutede de Idosos de um Municiacutepio de Pequeno Porte ESTUDO
MONIDI Em estudos transversais a estrateacutegia de observaccedilatildeo da populaccedilatildeo eacute
seccional isto eacute as informaccedilotildees obtidas referem-se ao mesmo momento sendo mais
adequado para obtenccedilatildeo de estimativas populacionais As informaccedilotildees individuais
devem ser coletadas num determinado prazo mais curto possiacutevel decorrido entre as
observaccedilotildees do primeiro e uacuteltimo indiviacuteduo69
42 Cenaacuterios do estudo
O municiacutepio de Ibicuiacute fica localizado na zona fisiograacutefica de Vitoacuteria da Conquista
(Encosta do Planalto) e situada no Sudoeste do Estado da Bahia possui uma aacuterea
territorial de 1176843 kmsup2 populaccedilatildeo de 16640 habitantes7071 A populaccedilatildeo de
idosos no ano de 2013 era de 2124 habitantes e destes 525 estavam cadastrados
nas Unidades de Sauacutede da Famiacutelia33
12
Figura 1 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Ibicuiacute BA na regiatildeo Nordeste do Brasil
Fonte Adaptado do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE)72 Infograacuteficos
Cidades Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230
43 Populaccedilatildeo e amostra
A populaccedilatildeo alvo do presente estudo foi constituiacuteda por indiviacuteduos com idade
igual ou superior a 60 anos de ambos os sexos cadastrados na Estrateacutegia de Sauacutede
da Famiacutelia (ESF) que atenderam agraves aacutereas urbanas e rurais do municiacutepio de Ibicuiacute-BA
no ano de 2014 A lista com o nuacutemero de usuaacuterios idosos cadastrados nas USFs da
zona rural e urbana do municiacutepio foi solicitada junto agrave Secretaria Municipal de Sauacutede
Foram incluiacutedos no estudo idosos que estavam cadastrados na Estrateacutegia de
Sauacutede da Famiacutelia que aceitaram participar da pesquisa atraveacutes da assinatura do
Termo de Consentimento Livre Esclarecido (TCLE)
Os criteacuterios de exclusatildeo foram os participantes com diagnoacutestico de demecircncia
ou qualquer outro tipo de alteraccedilatildeo cognitiva que comprometesse a veracidade das
informaccedilotildees fornecidas idosos acamados portadores de doenccedila de Alzheimer ou
outro tipo de doenccedila neuroloacutegica que afetasse a cogniccedilatildeo doenccedila em estaacutegio
terminal
Apoacutes aplicaccedilatildeo dos criteacuterios de exclusatildeo foi efetuado o caacutelculo amostral
seguindo a proposta de Luiz e Magnanini (2000)73 para populaccedilotildees finitas com
13
predominacircncia desconhecida de 50 sendo adotado niacutevel de significacircncia de 5
(correspondendo a um intervalo de confianccedila de 95) e erro toleraacutevel de amostragem
de 25
O caacutelculo amostral resultou numa amostra miacutenima necessaacuteria de 305 idosos
Esse caacutelculo amostral sofreu ajuste em 10 para compensar eventuais perdas e
recusas Apoacutes o resultado do caacutelculo amostral os idosos participantes foram
selecionados atraveacutes de sorteio sendo este proporcional ao tamanho e a distribuiccedilatildeo
por sexo e por quantidade de idosos na Unidade de Sauacutede da Famiacutelia
Os indiviacuteduos assinaram o TCLE foram entrevistados e avaliados nas
dependecircncias da USF sendo que aqueles que natildeo foram localizados ou natildeo
compareceram a USF apoacutes trecircs tentativas foram automaticamente substituiacutedos por
meio de sorteio
44 Equipes de coleta de dados
A equipe de coleta foi composta por dois profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica
(Coordenadores) e cinco acadecircmicos de fisioterapia enfermagem e medicina A
equipe foi previamente treinada em reuniotildees teacutecnicas e no estudo piloto que foi
realizado no periacuteodo de Outubro a Dezembro de 2013 visando padronizar todo o
processo de coleta Foram estabelecidas accedilotildees referentes agrave logiacutestica agrave aplicaccedilatildeo dos
questionaacuterios e aos procedimentos de medidas das variaacuteveis antropomeacutetricas A
coleta propriamente dita ocorreu entre o periacuteodo de 03022014 a 20022014
14
45 Procedimentos para coleta de dados
451 Variaacuteveis do estudo e dados coletados
Foram mensuradas as variaacuteveis idade sexo situaccedilatildeo conjugal niacutevel de
escolaridade raccedilacor renda mensal alcoolismos e tabagismos Como tambeacutem
medidas de pressatildeo arterial sistoacutelica e diastoacutelica massa corporal estatura e
circunferecircncia da cintura
452 Instrumentos de coleta
Foi utilizado o instrumento de coleta denominado Instrumento de Avaliaccedilatildeo da
Sauacutede de Idosos (IASI) padronizado e validado previamente74 Tal instrumento obteacutem
caracteriacutesticas sociodemograacuteficas informaccedilotildees pessoais consumo de aacutelcool e
tabaco avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica e de pressatildeo arterial
Para aferir a pressatildeo arterial foi utilizado o aparelho digital (marca OMRONreg
modelo HEM ndash 742 INT) Utilizou-se ainda uma balanccedila digital portaacutetil (OMRONreg) e
um estadiocircmetro (marca Sannyreg) ambos devidamente calibrados e fita
antropomeacutetrica flexiacutevel (Cardiomedreg)
453 Pressatildeo Arterial
A pressatildeo arterial foi aferida com um aparelho digital de braccedilo com manguito
adequado agrave circunferecircncia do mesmo A medida foi realizada no braccedilo direito a altura
do coraccedilatildeo Foram realizadas trecircs medidas da pressatildeo arterial sendo a primeira apoacutes
o idoso permanecer cinco minutos em repouso e sentado a segunda apoacutes dois
minutos e a terceira dois minutos apoacutes a realizaccedilatildeo da segunda (foi utilizada a meacutedia
das trecircs medidas) Valores de referecircncia estatildeo estabelecidos na Tabela 1
15
Tabela 1 - Classificaccedilatildeo da pressatildeo arterial de acordo com a VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo (2010)
Classificaccedilatildeo Pressatildeo Sistoacutelica (mmHg)
Pressatildeo Diastoacutelica (mmHg)
Oacutetima Normal Limiacutetrofe
lt 120 lt 130 130-139
lt 80 lt 85 85-80
Hipertensatildeo estaacutegio I 140-159 90-99 Hipertensatildeo estaacutegio II 160-179 100-109 Hipertensatildeo estaacutegio III ge 180 ge 110 Hipertensatildeo sistoacutelica isolada
ge 140 lt 90
Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo (2010)7
454 Antropometria
Todas as medidas antropomeacutetricas foram realizadas trecircs vezes (verificou-se a
meacutedia de tais medidas) por um profissional de Educaccedilatildeo Fiacutesica para diminuir o erro
intra e inter avaliadores e anotados por um apontador Os idosos foram medidos
conforme procedimentos padronizados por Lohman et al (1988)75 sem calccedilados
roupas leves sem reloacutegio chaves celular etc
Foi mensurada a circunferecircncia da cintura com uma fita antropomeacutetrica flexiacutevel
no ponto meacutedio entre a uacuteltima costela e a crista iliacuteaca e o procedimento foi deixar a
cintura livre de roupa e os braccedilos cruzados no peito Classificaccedilatildeo de risco para
desenvolver doenccedilas por Lohman et al (1988)75 HOMENS gt 102 cm e MULHERES
gt 88 cm Foi determinado o IMC atraveacutes da equaccedilatildeo [IMC =massa corporal
(kg)estatura2(m)] Valores de referecircncia estatildeo estabelecidos na Tabela 2
Tabela 2 - Classificaccedilatildeo do Iacutendice de Massa Corporal
IMC Classificaccedilatildeo
Baixo peso lt 220 kgm2 Peso adequado 220 le IMC le 270 kgm2 Obesidade gt 270 kgm2
Lohman et al (1988)75
16
A razatildeo cintura-estatura foi determinada pela equaccedilatildeo proposta por Pitanga e
Lessa (2006)15 a qual utiliza a CC (cm) e a estatura (cm) O Iacutendice C foi estimado por
meio das medidas de massa corporal estatura e circunferecircncia da cintura utilizando-
se um modelo proposto por Valdez (1991)54 cuja equaccedilatildeo matemaacutetica estaacute descrita a
seguir
46 Anaacutelise dos dados
Os dados foram digitados com dupla entrada no software Epidata 31 Apoacutes a
digitaccedilatildeo dos dados foram verificados manualmente os valores discrepantes e a
consistecircncia das informaccedilotildees
Na anaacutelise de dados foram utilizados os procedimentos da estatiacutestica descritiva
expressa por meacutedia desvio padratildeo nuacutemero de observaccedilotildees e percentual das
variaacuteveis avaliadas A diferenccedila entre os sexos nas variaacuteveis contiacutenuas foi analisada
pelo teste t de Student para amostras independentes uma vez que as variaacuteveis
apresentaram distribuiccedilatildeo normal e o teste do Qui-quadrado para comparar as
proporccedilotildees (variaacuteveis qualitativas) entre os idosos do sexo masculino e feminino
O poder discriminatoacuterio para determinar a hipertensatildeo arterial e os iacutendices
antropomeacutetricos foi verificado atraveacutes da utilizaccedilatildeo das curvas ROC recurso utilizado
para obtenccedilatildeo de pontos de corte que visam diagnoacutesticos ou triagem
A aacuterea sob a curva ROC (ASC) determina a capacidade preditiva do indicador
para presenccedila ou ausecircncia de hipertensatildeo arterial Uma ASC igual a 10 eacute
considerada perfeita poreacutem se for igual ou menor a 05 indica que sua capacidade
preditiva natildeo eacute melhor que ao acaso
17
Neste estudo o pressuposto para anaacutelise da ASC foi agrave sensibilidade pois em
determinadas situaccedilotildees quando natildeo pode correr o risco de natildeo diagnosticar
determinada doenccedila eacute melhor privilegiar a sensibilidade76
Apoacutes determinados os pontos de corte para cada uma das variaacuteveis
investigadas para prediccedilatildeo de hipertensatildeo essas foram dicotomizadas com base em
seus respectivos valores de referecircncia As anaacutelises estatiacutesticas foram conduzidas no
Statistical Product and Service Solutions (SPSS) reg 130 Em todas as anaacutelises foram
efetuadas respeitando-se o niacutevel de significacircncia de 5
47 Aspectos Eacuteticos
O estudo foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa da Universidade
Estadual do Sudoeste da Bahia com parecer (CAAE 22969013000000055) (Anexo
1) seguindo princiacutepios eacuteticos estabelecidos na Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de
2012 do Conselho Nacional de Sauacutede (CNS)77
18
5 RESULTADOS
51 Caracterizaccedilatildeo da amostra estudada
De acordo com a contabilizaccedilatildeo das perdas (mudou-se do municiacutepio natildeo foi
encontrado por mais de 3 vezes na USF ou domicilio) e recusas (n=31) a amostra final
foi composta por 310 idosos (201 zona urbana e 109 zona rural) A taxa de respostas
foi de 912 com 88 (n=31) de recusas e 92 (n=29) de exclusatildeo
Participaram do estudo 175 mulheres (565) e 135 homens (435) As
idades variaram entre 60 e 108 anos com meacutedia de 7078 plusmn 82 anos para as mulheres
e 60 a 93 anos com meacutedia de 7259 plusmn 78 anos para homens
A maioria das mulheres se auto referiu ser negra e os homens pardo O iacutendice
de analfabetismo apresentou-se elevado em ambos os sexos A maior parte dos idosos
eacute casado A maioria dos idosos sobrevivia com renda mensal inferior ou igual a um
salaacuterio miacutenimo (Tabela 3)
19
Tabela 3 - Variaacuteveis sociodemograacuteficas e de estilo de vida em idosos
Mulheres (n=175) Taxa de Resposta
Homens (n=135) Taxa de Resposta
n n P
Raccedilacor 9861 991
Branco 47 2686 43 3209
Preto 73 4171 26 1940 0001
Pardo 49 2800 55 4074
Natildeo sabe 4 229 10 741
Escolaridade 9918 1000
Analfabeto 95 5429 84 6222
Baacutesica 72 4114 46 3408 0001
Secundaacuteria 5 286 5 370
Superior 2 114 - -
Estado Civil 9789 991
Casadouniatildeo estaacutevel
74 4229 78 5777
Solteiroseparado 33 1886 36 2667 0001
Viuacuteva 63 3600 20 1481
Renda Mensal 9918 1000
le 1 salaacuterio 165 9428 123 9111
11 a 2 salaacuterio 8 458 10 74 0001
21 a salaacuterio 1 057 2 148
Alcoolismo 9989 1000
Sim 4 229 9 667 0001
Natildeo 170 9714 126 9333
Tabagismo 9597 1000
Sim 15 857 21 1556 0001
Natildeo 152 8686 114 8444
Teste Qui-quadrado
20
52 Caracteriacutesticas antropomeacutetricas
Apoacutes a assinatura do TCLE e realizaccedilatildeo do questionaacuterio 10 idosos foram
excluiacutedos (recusas e informaccedilatildeo incompleta do questionaacuterio) desta etapa de anaacutelise
Dessa forma foram analisadas 300 avaliaccedilotildees das medidas antropomeacutetricas
Na Tabela 4 podem ser observados os valores meacutedios desvio padratildeo valores
miacutenimos e maacuteximos e percentuais das variaacuteveis avaliadas A meacutedia do IMC foi menor
nos homens quando comparado com o resultado das mulheres (p lt 0001) Natildeo houve
diferenccedila significativa da variaacutevel circunferecircncia da cintura entre homens e mulheres
(p = 0208) A prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi maior nas mulheres A maioria
das mulheres eacute obesa e entre os homens o estado nutricional foi considerado eutroacutefico
(Tabela 5)
21
Tabela 4 - Valores descritivos miacutenimos e maacuteximos das variaacuteveis analisadas
Variaacuteveis Mulheres (n=167) Homens (n=133) Valor-p
Idade (anos) 7078 plusmn 821 (60-108)
7259 plusmn 786 (60-93)
0055
Massa corporal (kg) 6020 plusmn 1223 (2970-9580)
6384 plusmn 1250 (4010-11840)
0012
Estatura (cm) 14875 plusmn 616 (129-164)
16080 plusmn 782 (135-183)
lt00001
IMC (kgm2) 2715 plusmn505 (1342-4064)
2458 plusmn 390 (1475-3544)
lt00001
CC (cm)dagger 8734 plusmn 1126 (55-130)
8894 plusmn 1010 (66-115)
0208
RCEst 057 plusmn 011 (000-087)
055 plusmn 006 (042-073)
0086
Iacutendice C 123 plusmn 021 (000-166)
129 plusmn 006 (117-150)
0001
PAS 14096 plusmn 2218 (87-200)
13735 plusmn 2251 (98-209)
0166
PAD 7671 plusmn 1091 (45-105)
7697 plusmn 1179 (49-110)
0846
IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia da cintura RCEst - razatildeo cintura-estatura Iacutendice C - Iacutendice de Conicidade PAS - pressatildeo arterial sistoacutelica PAD ndash pressatildeo arterial diastoacutelica dagger Variaacuteveis com perdas (n=163 mulheres) Teste T de Student para amostras independentes
Tabela 5 - Percentuais das variaacuteveis analisadas
Variaacutevel Mulheres Homens Valor-p
Pressatildeo Arterial (n) (n)
Normal 557 (93) 594 (79) 0011
Hipertensatildeo 443 (74) 406 (54)
Estado nutricional (n) (n)
Baixo peso 144 (24) 301 (40)
Normal 353 (59) 436 (58) lt00001
Sobrepeso 503 (84) 263 (35)
Teste Qui-quadrado
53 Anaacutelise da curva ROC
22
As aacutereas sob a curva ROC do IMC da CC da RCEst e do iacutendice C como
preditores de hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos e os respectivos
intervalos de confianccedila (IC 95) podem ser observados na Tabela 6 e nas Figuras 2
3 4 5 6 7 8 9 Evidenciou-se que alguns iacutendices antropomeacutetricos apresentaram
aacuterea sob a curva ROC significativas Todavia a RCEst e o IMC assumiram maiores
aacutereas com diferenccedila significativa para os homens
Tabela 6 - Aacuterea sob a curva ROC e IC95 entre os iacutendices antropomeacutetricos e hipertensatildeo arterial em idosos
Aacuterea sob a curva ROC
PA elevada Mulheres
Homens
p
IMC (kgm2) 053 (044-062) 060 (050-070)
lt00001dagger
CC (cm) 057 (048-066) 058 (048-068)
lt00001dagger
RCEst 056 (047-065) 061 (051-071)
lt00001dagger
Iacutendice C 058 (049-066) 058 (058-068) lt00001dagger
IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia de cintura RCEst - razatildeo cinturaestatura Iacutendice C - iacutendice de conicidade ROC ndashReceiver Operating CharacteristicIC95 - intervalo de confianccedila a 95Aacuterea sob a curva ROC apresentando poder discriminatoacuterio para pressatildeo arterial elevada (Li-IC ge 050) daggerTeste Qui-quadrado
23
Figura 2 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) IMC - iacutendice de massa corporal
Figura 3 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) IMC - iacutendice de massa corporal
24
Figura 4 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) CC ndash circunferecircncia da cintura
Figura 5 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) CC ndash circunferecircncia da cintura
25
Figura 6 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) RCEst - razatildeo cinturaestatura
Figura 7 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) RCEst - razatildeo cinturaestatura
26
Figura 8 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) Iacutendice C -iacutendice de conicidade
Figura 9 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) Iacutendice C - iacutendice de conicidade
27
Os valores dos pontos de corte dos iacutendices antropomeacutetricos como preditores
de hipertensatildeo arterial e suas respectivas sensibilidade e especificidade (mais
adequado equiliacutebrio entre si) satildeo apresentados na Tabela 7 Observa-se que entre
os iacutendices antropomeacutetricos a RCEst teve melhor percentual de sensibilidade e de
especificidade para discriminar a pressatildeo arterial elevada para os homens
Tabela 7 - Pontos de corte sensibilidade e especificidade dos iacutendices antropomeacutetricos para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial em idosos
Mulheres Homens PA elevada
Ponto de corte
Sensibilidade ()
Especificidade ()
Ponto de corte
Sensibilidade ()
Especificidade ()
IMC (kgm2)
2679 527 548 2420 527 548
CC (cm) 8750 577 457 8650 593 532 RCEst 059 568 430 054 648 456 Iacutendice C 126 541 452 129 574 456
IMC ndash Iacutendice de Massa Corporal CC ndash Circunferecircncia da Cintura RCEst ndash Razatildeo Cintura-Estatura Iacutendice C ndash Iacutendice de Conicidade
28
6 DISCUSSAtildeO
61 Aacutereas sob a Curva ROC
Este estudo teve como objetivo identificar a capacidade preditiva de iacutendices
antropomeacutetricos de obesidade geral e abdominal para discriminar a presenccedila de
hipertensatildeo arterial em idosos com foco de utilizaccedilatildeo no ambiente da estrateacutegia de
sauacutede da famiacutelia Nessa perspectiva surge uma proposta de triagem dos casos de
idosos com possiacuteveis alteraccedilotildees crocircnicas em sua pressatildeo arterial aleacutem de possibilitar
a discussatildeo sobre validaccedilatildeo de tais iacutendices para uso no contexto da sauacutede
Dessa forma recomenda-se a anaacutelise da sensibilidade e especificidade por
meio da construccedilatildeo de curvas ROC pois eacute a melhor opccedilatildeo para determinar pontos de
corte em estudos epidemioloacutegicos78 Essa anaacutelise permite fornecer a aacuterea sob a curva
que traduz o poder de discriminaccedilatildeo de um indicador para um determinado desfecho
e a identificaccedilatildeo do melhor ponto de corte
A proposta dessa pesquisa natildeo eacute excluir o diagnoacutestico meacutedico mas
proporcionar uma estrateacutegia mais abrangente a ser utilizada pelas USFs em parceria
entre os profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica e os profissionais de sauacutede no contexto da
atenccedilatildeo primaacuteria
Embora exista associaccedilatildeo entre sobrepesoobesidade e a pressatildeo arterial
elevada poucos estudos tecircm identificado pontos de corte de iacutendices antropomeacutetricos
que visem agrave detecccedilatildeo da hipertensatildeo arterial em idosos Diversos estudos tecircm
demonstrado que os iacutendices antropomeacutetricos satildeo bons indicadores de obesidade e
estatildeo relacionados a fatores de risco cardiovascular795880 Todavia a hipertensatildeo eacute
apontada como um dos principais fatores de risco cardiovasculares o que denota a
necessidade de um olhar diferenciado
A prevalecircncia de hipertensatildeo foi inferior agrave encontrada em outros estudos818283
Contudo diferenccedilas metodoloacutegicas nuacutemero de medidas realizadas e os diferentes
criteacuterios de referecircncia satildeo as principais causas da grande variabilidade nas
prevalecircncias de pressatildeo arterial elevada entre as investigaccedilotildees No presente estudo
29
optou-se por maior rigorosidade ao diagnosticar a pressatildeo arterial elevada
considerando a realizaccedilatildeo de trecircs medidas
Nessa amostra observou-se que a prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi
443 nas mulheres e 406 nos homens Demonstrando ser uma alta prevalecircncia
pois se trata de uma populaccedilatildeo que eacute influenciada diretamente pelo o aumento da
morbimortalidade durante o envelhecimento Estudos envolvendo idosos indicam que
a prevalecircncia da hipertensatildeo encontra-se entre 50-70 com o aumento da idade84
Poucos estudos epidemioloacutegicos foram conduzidos com o objetivo de identificar
e discriminar a capacidade de iacutendices antropomeacutetricos de obesidade para a pressatildeo
arterial elevada na populaccedilatildeo de idosos e principalmente utilizando o iacutendice C o
RCEst Um estudo realizado com a populaccedilatildeo de idosos utilizou o mesmo objetivo
poreacutem usou como ponto de corte o iacutendice de massa corporal e o iacutendice de adiposidade
corporal85 Entretanto faz-se necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de outros iacutendices para identificar
hipertensatildeo arterial em idosos
De acordo com os resultados do presente estudo somente alguns dos
indicadores antropomeacutetricos apresentaram capacidade preditiva para a hipertensatildeo
arterial em idosos de acordo com limite inferior do intervalo de confianccedila de 9586
Dessa forma foi observado que a RCEst e IMC para os homens mostraram-se com
bom poder de detecccedilatildeo para a hipertensatildeo arterial pois obtiveram maiores valores
sob a curva para esse desfecho
Em 2013 Leal Neto et al85 identificaram em seus resultados que o IMC e o
iacutendice de adiposidade corporal foram os melhores indicadores preditivos de
hipertensatildeo arterial nos idosos em ambos os sexos independentemente de outros
fatores tais como idade tabagismo consumo de aacutelcool e atividade fiacutesica
No presente estudo os principais indicadores que tiveram uma boa aacuterea sob a
curva foram o IMC RCEst e Iacutendice C com resultados de 060 IC95 (050-070) 061
IC95 (051-071) e 058 IC95 (058-068) respectivamente para homens
Nas mulheres tais iacutendices mostraram-se com menor poder discriminatoacuterio para
diagnosticar a hipertensatildeo arterial A HAS eacute um desfecho que pode ser influenciado
por fatores multicausais (hormonais estresse etc) Na anaacutelise do desempenho do
iacutendice antropomeacutetrico a loacutegica eacute unidirecional ou seja verificar o desempenho desses
iacutendices apenas como preditores de hipertensatildeo arterial foram mais satisfatoacuterios entre
os homens Os iacutendices podem interferir mas natildeo determinar a prevalecircncia da
30
hipertensatildeo Embora as mulheres tenham uma maior prevalecircncia essa natildeo eacute
determinada pelos iacutendices antropomeacutetricos no presente estudo
Tais resultados diferem do estudo realizado em 2012 por Samsen et al87 no
qual a circunferecircncia da cintura teve boa ASC nos homens = 0684 com IC95 (0672-
0695) e nas mulheres = 0673 IC95 (0665-0681) sendo o melhor indicador
significativamente (p lt0001) do que o IMC no qual a ASC em homens foi de = 0667
IC95 (0656-679) e nas mulheres = 0636 IC95 (0628-0644) em discriminaccedilatildeo
de pelo menos um fator de risco cardiovascular Isso se deve ao fato de tal estudo ter
sido realizado com uma abrangecircncia maior na faixa etaacuteria que foi de 45-80 anos
Uma possiacutevel limitaccedilatildeo para discussatildeo dos resultados desse estudo foi a faixa
etaacuteria restrita que natildeo incluiu idosos (igual ou acima de 60 anos) o que impossibilita
a triagem da pressatildeo arterial elevada nessa populaccedilatildeo
62 Iacutendices antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial
Nesse estudo a CC e RCEst foram as variaacuteveis com maiores valores absolutos
de sensibilidade para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial respectivamente para mulheres
e homens Tais resultados indicam as proporccedilotildees de verdadeiros positivos na
ocorrecircncia de hipertensatildeo arterial
Quanto ao ponto de corte do RCEst nas mulheres foi de 059 sendo 568 de
sensibilidade e 430 de especificidade Valores inferiores ao encontrado no presente
estudo para mulheres foram sugeridos em Taiwan (045) Cingapura (048) e na China
(050) No Brasil em 2009 Haun Pitanga e Lessa16 recomendaram para a RCEst
053 como melhor ponto de corte com sensibilidade (67) e especificidade (58) e
aacuterea sob a curva ROC de 069 (IC 95 = 064-075) Outro ponto de corte semelhante
ao observado no Brasil com mulheres mexicanas variou de 053 a 0535 para a
RCEst discriminar diabete tipo 2 hipertensatildeo e dislipidemias88899091
Os pontos de corte sugeridos por esses paiacuteses e no Brasil podem ter sido
inferiores por causa da abrangecircncia na faixa etaacuteria dos indiviacuteduos no qual incluiacuteram
mulheres de 30 a 74 anos como tambeacutem as caracteriacutesticas econocircmicas culturais e
31
de estilo de vida diferem da realidade das mulheres que residem em cidades de
pequeno porte Estudos que discriminem hipertensatildeo arterial principalmente em
idosos com RCEst satildeo escassos na literatura
Em 2010 Browning Hsieh e Ashwel92 realizaram uma revisatildeo sistemaacutetica
sobre a potencialidade de indicadores antropomeacutetricos em predizer doenccedilas
cardiovasculares e identificou a RCEst como variaacutevel de melhor desempenho A
RCEst apresentou maiores ASC quando comparada ao IMC ou CC Os dados
analisados foram de quatorze paiacuteses diferentes e incluiacuteram caucasianos asiaacuteticos e
da Ameacuterica Central Segundo os autores uma RCEst ge 05 eacute capaz de identificar
fatores de risco cardiovasculares Esse ponto de corte eacute inferior aos encontrados para
homens e mulheres no presente estudo significando que o ponto de corte encontrado
pode diagnosticar risco cardiovascular e consequentemente a presenccedila de
hipertensatildeo
Outros autores afirmam essa hipoacutetese relacionada aos valores limites para
RCEst em diversas populaccedilotildees e indicaram que um ponto de corte de 05 eacute o valor
mais indicado para ambos os sexos todas as idades e diferentes populaccedilotildees899315
Com relaccedilatildeo agrave especificidade a variaacutevel com maior valor foi o IMC
independentemente do sexo Nas mulheres o ponto de corte sugerido foi 2679 kgm2
e nos homens 2420 kgm2 O valor da especificidade foi de 548 para ambos os
sexos o qual possibilita determinar corretamente a ausecircncia de hipertensatildeo arterial
Sendo assim este estudo sugere que o IMC natildeo foi o melhor preditor de hipertensatildeo
arterial
O estudo de Leal Neto et al (2013)85 tambeacutem testou a capacidade de
indicadores antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial em idosos
sugeriu como pontos de corte para IMC valores de 247 kgm2 igual ao encontrado no
presente estudo e de 273 kgm2 nuacutemero superior que aos dados do presente
trabalho para homens e mulheres respectivamente
Em outro estudo realizado com 19621 homens e mulheres com faixa etaacuteria de
45-80 anos a meacutedia da idade foi de 598 anos para os homens e 585 anos para as
mulheres O ponto de corte adequado de IMC foi de 23 kgm2 em homens e 24 kgm2
em mulheres Os pontos de corte de CC foram 80 cm e 78 cm em homens e mulheres
respectivamente Os achados do presente estudo foram superiores a esses
32
resultados todavia deve ser considerado que a populaccedilatildeo alvo foi diferente e com
idade menor da populaccedilatildeo pesquisada no presente trabalho87
Com relaccedilatildeo agrave CC o ponto de corte identificado para a prediccedilatildeo de hipertensatildeo
arterial nas mulheres foi superior ao dos homens Contudo os valores de sensibilidade
e especificidade desses pontos de corte foram maiores entre os homens o que pode
indicar que o poder preditivo da CC para a hipertensatildeo arterial eacute melhor para o sexo
masculino Quanto menor o ponto de corte maior seraacute a habilidade do teste em
classificar os doentes como positivos isto eacute maior seraacute a sensibilidade76 Os pontos
de corte dos homens foram em sua maioria menores em comparaccedilatildeo aos das
mulheres
Tais resultados satildeo contraacuterios aos achados do estudo de Kashihara et al
(2009)94 com indiviacuteduos de 30-74 anos que comparou paciente com hipertensatildeo e sem
hipertensatildeo Em seus pontos de corte de CC para os homens foram superiores aos
pontos de corte definidos para as mulheres e os valores de sensibilidade e
especificidade foi maior nas mulheres para identificar risco cardiovascular Poreacutem a
idade foi menor ao proposto no presente estudo
Outro estudo que contraria tais resultados quanto ao ponto de corte da CC foi
o de Haun Pitanga e Lessa (2009)16 que foi superior para os homens enquanto o
niacutevel de sensibilidade e especificidade foi igual aos nossos achados Poreacutem esse
estudo foi realizado com indiviacuteduos de idade entre 30-74 anos e discriminou risco
coronariano elevado
Quanto ao Iacutendice C no presente estudo o ponto de corte sugerido foi de 126
nas mulheres (sensibilidade 541 e especificidade 452) e 129 para os homens
(sensibilidade 574 e especificidade 456)
Diferentemente do resultado encontrado no presente estudo Pitanga e Lessa
(2005)56 sugeriram como o melhor ponto de corte para risco coronariano com o iacutendice
C 118 para mulheres apresentando valores de sensibilidade (7339) e
especificidade (6115) Para os homens o ponto de corte foi de 125 com valores de
sensibilidade (7391) e especificidade (7492) Tais pontos de corte foram para
indiviacuteduos adultos por esse motivo foram mais baixos que os achados do presente
trabalho Deve-se considerar que existem modificaccedilotildees na composiccedilatildeo corporal com
o processo do envelhecimento o que poderia alterar os pontos de corte para as essas
medidas antropomeacutetricas
33
Em outro estudo com os mesmo autores foram apresentados outros pontos de
corte comparando diferentes faixas etaacuterias Para as mulheres de 30-49 anos o melhor
ponto de corte foi o mesmo (118) com melhor sensibilidade (7857) e
especificidade (6524) e tambeacutem melhor aacuterea sob a curva ROC 081 (IC95 = 070-
092) Entre as de idade mais avanccedilada (50-74 anos) o melhor ponto de corte
sugerido foi 122 com sensibilidade (6000) e especificidade (6582) e aacuterea sob a
curva ROC 065 (IC 95 = 058-073) Portanto o iacutendice C apresentou melhor poder
discriminatoacuterio de RCEst para as mulheres mais jovens64
Almeida Almeida e Arauacutejo (2009)58 conduziram uma pesquisa com mulheres
de 30 e 69 anos buscando avaliar o desempenho de diferentes pontos de corte do
iacutendice C RCQ CC e RCEst para discriminar Risco Coronariano Elevado e o ponto de
corte encontrado para o Iacutendice C foi (125) proacuteximo ao ponto de corte para mulheres
nos nossos achados Dessa forma tais autores afirmaram que os indicadores
antropomeacutetricos de obesidade abdominal analisados tiveram desempenhos
satisfatoacuterios e similares para discriminar RCEst poreacutem o iacutendice C foi o que
apresentou o melhor poder discriminatoacuterio
As informaccedilotildees sobre o iacutendice C satildeo limitadas quanto agrave discussatildeo do ponto de
corte para hipertensatildeo arterial principalmente por encontrar poucos estudos sobre
essa medida como referecircncia para idosos Pitanga e Lessa (2004)55 relatam como
uma limitaccedilatildeo para a utilizaccedilatildeo do Iacutendice C em estudos populacionais a dificuldade de
se calcular o denominador da equaccedilatildeo proposta para sua determinaccedilatildeo
O excesso de gordura em geral estaacute associado ao aparecimento de doenccedilas
cardiovasculares hipertensatildeo arterial e mortalidade a definiccedilatildeo de pontos de corte
para iacutendices que se destacam por sua simplicidade operacional e boa acuraacutecia
permite a detecccedilatildeo dos indiviacuteduos sob risco sendo de grande utilidade nos serviccedilos
de atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede aleacutem de possibilitar o conhecimento da situaccedilatildeo de
grupos populacionais especiacuteficos frente a esses riscos quando empregados na
pesquisa epidemioloacutegica
No contexto das cidades de pequeno porte (rurais e urbanas) os recursos de
sauacutede satildeo muitas vezes limitados e escassos sendo importante a utilizaccedilatildeo desses
iacutendices antropomeacutetricos como substituiccedilatildeo eou apoio a avaliaccedilatildeo tradicional da
pressatildeo arterial Em vaacuterias conjunturas de sauacutede a alta demanda de paciente com
hipertensatildeo arterial exige a utilizaccedilatildeo de instrumentos de diagnoacutesticos e rastreamento
34
de raacutepida e faacutecil aplicaccedilatildeo que possam ser manejados por diferentes profissionais e
que sobretudo apresentem validade e fidedignidade A adequada validaccedilatildeo de
instrumentos e conhecimento de suas propriedades teacutecnicas na populaccedilatildeo brasileira
tambeacutem deve contribuir com a seleccedilatildeo de prioridades e delimitaccedilatildeo do conteuacutedo dos
programas de sauacutede pelos tomadores de decisatildeo em diferentes niacuteveis de gestatildeo
35
7 CONCLUSAtildeO
As anaacutelises dos dados permitem frente aos objetivos estabelecidos formular
as seguintes conclusotildees Quanto ao poder de discriminaccedilatildeo de iacutendices
antropomeacutetricos para a hipertensatildeo arterial em idosos os iacutendices antropomeacutetricos
(IMC RCEst e Iacutendice C) foram bons preditores de hipertensatildeo arterial para os homens
Dessa forma tais iacutendices podem ser empregados nos homens poreacutem tais medidas
natildeo foram satisfatoacuterias para predizer pressatildeo arterial elevada nas mulheres idosas
limitando a sua utilizaccedilatildeo para o sexo feminino com idades avanccediladas
O melhor ponto de corte para discriminar hipertensatildeo arterial foi 054 para a
RCEst nos homens dessa forma tal ponto de corte deve ser empregada no contexto
da atenccedilatildeo primaacuteria nos homens Sugere-se a utilizaccedilatildeo dessa medida a fim de
detectar e realizar a triagem da hipertensatildeo arterial com caracteriacutesticas similares agrave
amostra deste estudo
Recomenda-se que a utilizaccedilatildeo de dois iacutendices simultaneamente resulte em
uma maior eficiecircncia na avaliaccedilatildeo do risco de hipertensatildeo arterial em idosos A
indicaccedilatildeo destas medidas permite que ela seja realizada nas Unidades de Sauacutede da
Famiacutelia como meacutetodo de triagem para idosos com hipertensatildeo arterial utilizando
materiais de faacutecil manejo e de baixo custo
Dessa forma pode-se efetivamente atingir uma das estrateacutegias de prevenccedilatildeo
da hipertensatildeo arterial sistecircmica que eacute o controle da pressatildeo arterial durante o
envelhecimento Todavia sugere-se cautela na utilizaccedilatildeo do ponto de corte desses
indicadores para as mulheres pois os resultados natildeo foram satisfatoacuterios
Fica evidente a necessidade de outros estudos que identifiquem pontos de
corte de iacutendices antropomeacutetricos visando agrave detecccedilatildeo de hipertensatildeo arterial e de
outros fatores de risco cardiovascular nas mulheres idosas que residem em cidades
de pequeno porte
36
8 REFEREcircNCIAS
1 Omram AR The epidemiologic transition a theory of the epidemiology of population change Milbank Memorial Fund Quarterly 1971 49 (Part 1) 509-538
2 Wong LR Carvalho JM Age-strucutural transition in Brazil demographic bonuses and emerging challenges In Pool I Wong LLR Vilquin E editores Age-structural transitions challenges for development Paris Committee for International Cooperation in National Research in Demography 2006
3 Gragnolati M Jorgensen OH Rocha R Fruttero AA Envelhecendo em um Brasil mais Velho implicaccedilotildees do envelhecimento populacional sobre o crescimento econocircmico reduccedilatildeo da pobreza financcedilas puacuteblicas prestaccedilatildeo de serviccedilos Banco Internacional para a Reconstruccedilatildeo e o Desenvolvimento Banco Mundial 2011
4 Schmidt MI Duncan BB Silva GA et al Health in Brazil 4 Chronic non-communicable diseases in Brazil burden and current challenges The Lancet 2011 377
5 Ezzati M Hoorn SV Rodgers A et al Comparative Risk Assessment Collaborating Group Selected major risk factors and global and regional burden of disease Lancet 2002 360 1347-60
6 Lim SS Vos T Flaxman AD et al A comparative risk assessment of burden of disease and injury attributable to 67 risk factors and risk factor clusters in 21 regions 1990-2010 a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2010 Lancet 2012 380 (9859)2224-60
7 Sociedade Brasileira de Cardiologia Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Sociedade Brasileira de Nefrologia VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 2010 95(1) 1-51
8 Miranda DR Perrotti TC Bellinazzi VR et al Hipertensatildeo arterial no idoso peculiaridades na fisiopatologia no diagnoacutestico e no tratamento Rev Bras Hipertens 2002 9 293-300
9 Pilger C Menon MU Mathias TAF Caracteriacutesticas sociodemograacuteficas e de sauacutede de idosos contribuiccedilotildees para os serviccedilos de sauacutede Rev Latino-Am Enfermagem 2011 19(5)1230-1238
10 Pilger C Menon MU Mathias TAF Utilizaccedilatildeo de serviccedilos de sauacutede por idosos vivendo na comunidade Rev esc enferm USP 2013 47(1)213-220
11 Mariath AB Grillo LP Silva RO et al Obesidade e fatores de risco para o desenvolvimento de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis entre usuaacuterios de unidade de alimentaccedilatildeo e nutriccedilatildeo Cad Sauacutede Puacuteblica 2007 23 (4) 897-905
37
12 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Diretrizes e recomendaccedilotildees para o cuidado
integral de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis promoccedilatildeo da sauacutede vigilacircncia prevenccedilatildeo e assistecircncia Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2008
13 Kuumlmpe DA Sodreacute AC Pomatti DM et al Obesidade em Idosos Acompanhados
pela Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia Texto Contexto Enferm Florianoacutepolis 2011 20(3) 471-7
14 Silva KS Farias Juacutenior JC Fatores de risco associados agrave pressatildeo arterial elevada em adolescentes Rev Bras Med Esporte 2007 13(4) 237-40
15 Pitanga FJG Lessa I Razatildeo cintura-estatura como discriminador do risco
coronariano de adultos Rev Assoc Med Bras 2006 52157-61
16 Haun DR Pitanga FJG Lessa I Razatildeo CinturaEstatura comparado a outros indicadores antropomeacutetricos de obesidade como preditor de risco coronariano elevado Rev Assoc Med Bras [online] 2009 55(6) 705-711
17 Nascimento CM Ribeiro AQ SantrsquoAna LFR et al Estado nutricional e condiccedilotildees de sauacutede da populaccedilatildeo idosa brasileira revisatildeo da literatura Rev meacuted Minas Gerais 2011 21(2)174-180
18 Gomes MA Beck cc Duarte MFS et al Ficha Antropomeacutetrica no Nuacutecleo de Apoio a Sauacutede da Famiacutelia o que medir e para que medir Rev bras cineantropom desempenho hum 2009 11(2) 243-253
19 Azevedo LF Oliveira ACC Lima JRP et al Recomendaccedilotildees sobre condutas e procedimentos do profissional de educaccedilatildeo fiacutesica na atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede Rio de Janeiro CONFEF 2010 109-55
20 World Health Organization World health statistics 2012 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghopublicationsworld_health_statistics2012enindexhtmlgt [2012 set 18]
21 World Health Organization Global health risks mortality and burden of disease attributable to selected major risks Geneva World Health Organization 2009a
22 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Panorama da sauacutede brasileira em muacuteltiplos aspectos Percepccedilatildeo do estado de sauacutede estilo de vida e doenccedila crocircnica Pesquisa Nacional de Sauacutede 2013
23 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Pesquisa Nacional por Amostra
de Domiciacutelios 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapesquisaspesquisa_resultadosphpid_pesquisa=149gt[2014 dez 04]
24 Tribess S Virtuoso Junior JS Prescriccedilatildeo de exerciacutecios fiacutesicos para idosos Rev saudecom 2005 1(2)163-72
38
25 Pollock ML Wilmore JH Exerciacutecio na Sauacutede e na Doenccedila avaliaccedilatildeo e prescriccedilatildeo para prevenccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo Editora MEDSI 2ordf ed Rio de Janeiro 1993
26 Sociedade Brasileira de Cardiologia V Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 20061-48
27 World Health Organization Global Health Observatory (GHO) 2014 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghoncdrisk_factorsblood_pressure_prevalence_textengt [2014 dez 04]
28 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Secretaria de Atenccedilatildeo baacutesica agrave Sauacutede Departamento de atenccedilatildeo baacutesica - Hipertensatildeo arterial sistecircmica Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2006
29 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) (2009) Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeGestorvisualizar_textocfmidtxt=24421gt [2010 abr 07]
30 Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Nuacutemero de hipertenso 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwsbhorgbripadgeralphpgt [09 nov 2014]
31 Secretaria de Sauacutede do Estado da Bahia Hipertensatildeo Quantidade de Hipertensos na Bahia Disponiacutevel em (2014) lthttpwwwsaudebagovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=4418ampcatid=1ampItemid=14gt [2014 jan 10]
32 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica 2014 Dados de mortalidade na Bahia Disponiacutevel em lthttptabnetdatasusgovbrcgitabcgiexesiabcnvSIABSBAdefgt [2014 mai 05]
33 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica Dados sociodemograacuteficos de Ibicuiacute 2014 lthttptabnetdatasusgovbrcgideftohtmexesiabcnvSIABFBAdefgt [2014 jan 05]
34 Williams B The year in hypertension JACC 2010 55(1) 66-73
35 Lipp M Rocha JC Stress Hipertensatildeo Arterial e Qualidade de vida um guia de tratamento para o hipertenso Campinas Papirus 1996
36 Borenstein MS (Org) Manual de Hipertensatildeo Arterial Porto Allege Editora Sagra Luzzatto 1999
37 Joint National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure The Sixth Report of the Join National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure Arch Intern Med 1997157 2413-2446
39
38 Mitchell GF Parise H Benjamin EJ et al Changes in arterial stiffness and wave reflection with advancing age in health men and women Hypertension 2004 431239-1245
39 Matos AC Ladeia AM Avaliaccedilatildeo de fatores de risco cardiovascular em uma comunidade rural da Bahia Arq Bras Cardiol 2003 81(3) 291-6
40 World Health Organization Who Expert Committee on Physical Status the use and interpretation of antropometry Report of a WHO Expert Commitee Geneva WHO 1995 p 854
41 Pitanga FJG Antropometria na avaliaccedilatildeo da obesidade abdominal e risco coronariano Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum 201113(3) 238-241
42 Ferreira LS Amaral TF Marucci MFN et al Under nutrition as a major risk factor for death among older Brazilian adults in the community-dwelling setting SABE survey Nutrition 201127(10)17-22
43 Andrade FB Caldas Junior AF Kitoko PM et al Prevalence of overweight and obesity in elderly people from Vitoacuteria-ES Brazil Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2012 set17(3)749-756
44 Boscatto EC Duarte Mde F Coqueiro Rda S Barbosa AR Nutritional status in the oldest elderly and associated factors Rev Assoc Med Bras 2013 59(1)40-47
45 Kostka J Borowiak E Kostka T Nutritional status and quality of life in different
populations of older people in Poland Eur J Clin Nutr 2014 Nov68(11)1210-5
46 Silva DAS Petroski EL Associaccedilatildeo de diferentes pontos de corte para sobrepeso e obesidade com pressatildeo arterial elevada em idosas Rev Educ Fis UEM 2009 20 415-22
47 Nutrition Screening Initiative Interventions manual for professionals caring for older Americans Washington DC Nutrition Screening Initiative 1992
48 World Health Organization Obesity preventing and managing the global epidemic Report of a WHO Consultation on Obesity Geneva World Health Organization 1998
49 Cameron AJ Dunstan DW Owen N et al Health and mortality consequences
of abdominal obesity evidence from the Aus Diab study Med J Aust 2009191 202ndash208
50 Fox KA Despres JP Richard AJ et al Does abdominal obesity have a similar impact on cardiovascular disease and diabetes A study of 91246 ambulant patients in 27 European countries Eur Heart J 2009 30 3055ndash3063
40
51 Pouliot MC Despreacutes JP Lemieux S et al Waist circumference and abdominal sagittal diameter Best simple anthropometric indexes of abdominal visceral adipose tissue accumulation and related cardiovascular risk in men and woman Am J Cardiology 1994 73 460-468
52 Peixoto MRG Beniacutecio MHD Latorre M et al Circunferecircncia da Cintura e Iacutendice de massa Corporal como Preditores da Hipertensatildeo Arterial Arq Bras Cardiol 200687 462-470
53 MacKay MF Haffner SM Wagenknecht LE et al Prediction of type 2 diabetes using alternate anthropometric measures in a multiethnic cohort the insulin resistance atherosclerosis study Diabetes Care 200932(5)956-8
54 Valdez R A simple model-based index of abdominal adiposity J Clin Epidemiol1991 44(9) 955-6
55 Pitanga FJG Lessa I Sensibilidade e especificidade do iacutendice de conicidade como discriminador do risco coronariano de adultos em Salvador Brasil Rev Bras Epidemiol 20047(3)259-69
56 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano elevado em adultos na cidade de Salvador - Bahia Arq Bras Cardiol 2005 85 (1)26-31
57 Ghosh JR Bandyopadhyay AR Comparative evaluation of obesity measures relationship with blood pressures and hypertension Singapore Med J 200748(3) 232-5
58 Almeida RT Almeida MMG Araujo TM Obesidade abdominal e risco cardiovascular desempenho de indicadores antropomeacutetricos em mulheres Arq Bras Cardiol 2009 out92(5)375-380
59 Freitas Juacutenior Costa Rosa CS Codogno JS et al Capacidade cardiorrespiratoacuteria e distribuiccedilatildeo de gordura corporal de mulheres com 50 anos ou mais Rev Esc Enferm USP 2010 44(2) 395-400
60 Matos LN Giorelli GV Dias CB Correlation of anthropometric indicators for identifying insulin sensitivity and resistance Satildeo Paulo Med J [online] 2011 129(1) 30-35
61 Gomes MA Rech CR Gomes MBA et al Correlaccedilatildeo entre iacutendices antropomeacutetricos e distribuiccedilatildeo de gordura corporal em mulheres idosas Rev bras cineantropom desempenho hum 2006 set 8(3) 16-22
62 Tarastchuk JCE Gueacuterios EE Bueno RRL et al Obesidade e intervenccedilatildeo coronariana devemos continuar valorizando o Iacutendice de Massa Corpoacuterea Arq Bras Cardiol [online] 2008 90(5) 311-316
41
63 Ferreira AP CB Ferreira VC Souza et al Risco de distuacuterbio glicecircmico em mulheres idosas ajustado por antropometria e genoacutetipos de citocinas Rev Assoc Med Bras [online] 201157(5) 565-569
64 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano em mulheres Rev Bras Cineantrop Desempenho Hum 2006 8 (1) 14-21
65 Newman TB Browner WS Cummings SR Delineando estudos de testes meacutedicos In Hulley SB et al Delineando a pesquisa cliacutenica uma abordagem epidemioloacutegica 2 ed Porto Alegre Artmed 2003 203-224
66 Toscano CM As campanhas nacionais para detecccedilatildeo das doenccedilas crocircnicas natildeo-transmissiacuteveis diabetes e hipertensatildeo arterial Ciecircnc sauacutede Coletiva out-dez 2004 9(4) 885-895
67 Fletcher RH Fletcher SW Prevenccedilatildeo In Fletcher R Fletcher S Epidemiologia
cliacutenica elementos essenciais 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 2006 179-201
68 Jeckel J Elmore J Katz D Meacutetodos de prevenccedilatildeo secundaacuteria In _____ Epidemiologia bioestatiacutestica e medicina preventiva 2 ed Porto Alegre Artmed 2005 236-247
69 Klein CH Bloch KV Estudos seccionais In Medronho RA Carvalho DM Bloch KV Luiz RR Werneck GL Epidemiologia 1ordf ed Satildeo Paulo Editora Atheneu 2002 125-150
70 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Resoluccedilatildeo nordm- 6 de 3 de novembro de 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcenso2010ibgegovbrdados_divulgadosindexphpuf=29gt[201 dez 18]
71 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica ndash Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais (2014) Disponiacutevel em lthttpcodibgegovbr398G9gt [2014 ago 30]
72 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230gt [2013 mai 01]
73 Luiz RR Magnanini MMF A loacutegica da determinaccedilatildeo do tamanho da amostra em investigaccedilotildees epidemioloacutegicas Cad sauacutede coletiva Rio de Janeiro 2000 8(2) 9-28
74 Reis MC Nascimento RAS Pedreira RBS et al Validaccedilatildeo de Face e Clareza do Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede dos Idosos ndash IASI [resumo] in Anais do XIX Congresso Brasileiro Geriatria e Gerontologia Beleacutem 2014 296-296
75 Lohman TG Roche AF Martorell R Anthropometric Standardization Reference Manual Champaign Illinois Human Kinetics 1988
42
76 Vaz JCL Regiotildees de Incerteza para Curva ROC em Teste Diagnoacutesticos
[dissertaccedilatildeo] Satildeo Carlos Universidade Federal de Satildeo Carlos 2009
77 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de 2012
78 Erdreich LS Lee ET Use of relative operating characteristic analysis in epidemiology A method for dealing with subjective judgement Am J Epidemiol 1981 114649-62
79 Aekplakorn W Pakpeankitwatana V Lee CM et al Abdominal obesity and coronary heart disease in Thai men Obesity 200715(4)1036-42
80 Oliveira MAM Fagundes RLM Moreira EAM et al Relaccedilatildeo de Indicadores Antropomeacutetricos com Fatores de Risco para Doenccedila Cardiovascular Arq Bras Cardiol 2010 abr 94(4) 478-485
81 Mendes TAB Goldbaum M Segri NJ et al Factors associated with the prevalence of hypertension and control practices among elderly residents of Satildeo Paulo city Brazil Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(11) 2275-2286
82 Oliveira BFA Souza Mouratildeo D Gomes N et al Prevalecircncia de hipertensatildeo arterial em comunidades ribeirinhas do Rio Madeira Amazocircnia Ocidental Brasileira Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(8) 1617-1630
83 Picon RV Fuchs FD Moreira LB et al Prevalence of Hypertension Among Elderly Persons in Urban Brazil A Systematic Review With Meta-Analysis Am J Hypertens 2013 26 (4) 541-548
84 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Pessoa Idosa e Envelhecimento Seacuteries Pactos pela Sauacutede 2006 v 12 Brasiacutelia ndash DF 2010
85 Leal Neto JS Souza J Coqueiro RS et al Anthropometric indicators of obesity as screening tools for high blood pressure in the elderly Int J Nurs Pract 2013 Aug 19(4) 360-367
86 Schisterman EF Faraggi D Reiser B Trevisan M Statistical inference for the area under the receiver operating characteristic curve in the presence of random measurement error Am J Epidemiol 2001 154 (2) 174-9
87 Samsen M Hanchaiphiboolkul S Puthkhao P et al Appropriate body mass index and waist circumference cutoffs for middle and older age group in Thailand data of 19621 participants from Thai epidemiologic stroke (TES) study J Med Assoc Thai 2012 Sep 95(9)1156-66
88 Ko GTC Chan JCN Cockram CS Woo J Prediction of hypertension diabetes dyslipidemia or albuminuria using simple anthropometric indexes in Hong Kong Chinese Int J Obes 1999 23 (11) 1136-42
43
89 Lin WY Lee LT Chen CY et al Optimal cut-off values for obesity using simple anthropometric indices to predict cardiovascular risk factors in Taiwan Int J Obes Relat Metab Disord 2002261232-8
90 Pua YH Ong PH Anthropometric indices as screening tools for cardiovascular risk factors in Singaporean women Asia Pac J Clin Nutr 2005 14 (1) 74-9
91 Berber A Goacutemez-Santos R Fanghaumlnel G Saacutenchez-Reyes L Anthropometric
indexes in the prediction of type 2 diabetes mellitus hypertension and dyslipidaemia in a Mexican population Int J Obes 200125(12)1794-9
92 Browning LM Hsieh SD Ashwell M A systematic review of waist-to-height ratio
as a screening tool for the prediction of cardiovascular disease and diabetes 05 could be a suitable global boundary value Nutr Res Rev 2010 23(2)247-69
93 Bertsias G Mammas I Linardakis M Kafatos A Overweight and obesity in
relation to cardiovascular disease risk factors among medical students in Crete Greece BMC Public Health 2003 31-9
94 Kashihara H Lee JS Kawakubo K et al Criteria of Waist Circumference According to Computed Tomography-Measured Visceral Fat Area and the Clustering of Cardiovascular Risk Factors Circ J 2009 73 1881-1886
44
APEcircNDICES
45
Apecircndice 1
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
46
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS
PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE SAUacuteDE
DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE
Jequieacute ____ ____ 201__
APEcircNDICE 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Vocecirc esta sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa do Nuacutecleo de
Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo (NESP) da Universidade Estadual do Sudoeste da
Bahia
Objetivo do estudo Avaliar e monitorar as condiccedilotildees de sauacutede de idosos residentes
em comunidade
Participaccedilatildeo Ao aceitar participar do estudo estarei agrave disposiccedilatildeo do pesquisador
para responder ao formulaacuterio que seraacute arquivado pelo autor por um periacuteodo de cinco
anos sendo posteriormente incinerado
Riscos Este estudo natildeo traraacute riscos para minha integridade fiacutesica ou moral dos
participantes
Confidencialidade do estudo Seraacute garantida a privacidade o anonimato bem como
o direito de aceitar ou natildeo participar da pesquisa podendo ser essa autorizaccedilatildeo
suspensa em qualquer fase do estudo Assim as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo
4662012 do Conselho Nacional de Sauacutede que discorre sobre pesquisa envolvendo
seres humanos seratildeo atendidas Os resultados seratildeo publicados no relatoacuterio final da
dissertaccedilatildeo e artigos cientiacuteficos
47
Benefiacutecios Accedilotildees interinstitucionais articuladas promovidas numa perspectiva
interdisciplinar possibilitaratildeo uma melhor compreensatildeo das condiccedilotildees de sauacutede dos
idosos residentes em comunidade do municiacutepio e contribuiraacute para a formulaccedilatildeo de
accedilotildees direcionadas as necessidades dessa populaccedilatildeo
Danos advindos da pesquisa Caso haja algum prejuiacutezo decorrente da realizaccedilatildeo
deste estudo seraacute providenciada a devida reparaccedilatildeo dos danos atraveacutes do
responsaacutevel pelo estudo O pesquisador e os entrevistados natildeo receberatildeo benefiacutecios
financeiros para participaccedilatildeo no estudo Todas as despesas seratildeo por conta do
pesquisador
Participaccedilatildeo voluntaacuteria Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria podendo a qualquer
momento desistir do estudo sem qualquer prejuiacutezo ou penalidade para mim
Consentimento para participaccedilatildeo Apoacutes ser devidamente esclarecido (a) quanto
aos objetivos deste estudo dos procedimentos aos quais serei submetido (a) bem
como dos possiacuteveis riscos decorrentes da minha participaccedilatildeo estou de acordo em
participar do mesmo O pesquisador responsaacutevel pelo estudo assegura que seraacute
disponibilizado qualquer esclarecimento adicional que eu venha a solicitar durante a
realizaccedilatildeo da pesquisa e o direito de desistir da participaccedilatildeo em qualquer momento
Em casos de duacutevidas eou problemas referentes ao estudo vocecirc poderaacute
entrar em contato com o autor atraveacutes do Nuacutecleo de Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo
(NESP) (73) 3528-9721
Sendo assim eu ______________________________________________
aceito livremente participar do Projeto MONIDI
__________________________________ __________________________________
Assinatura do (a) participante
RG _________________________
Assinatura do (a) pesquisador
RG_________________________
48
Apecircndice 2
Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede do Idoso
49
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS
PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE
SAUacuteDE DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE
Nuacutemero do Questionaacuterio |__|__|__|
Nome do Entrevistador ___________________________
Visita 1 2 3
Data Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Hora de iniacutecio ________
Hora de teacutermino ________
I INFORMACcedilOtildeES PESSOAIS E SOCIODEMOGRAacuteFICAS
1 Nome do entrevistado
2Sexo
0 ( ) Feminino
1 ( ) Masculino
3 Endereccedilo completotelefone
4 Idade ____ anos
41 Data de Nascimento
____________
50
5 Situaccedilatildeo conjugal atual
1 ( ) Casado(a) 2 ( ) Uniatildeo estaacutevel 3 ( ) Solteiroa
4 ( ) Divorciado(a)separado(a)desquitado(a) 5 ( ) Viuacutevoa
6 No total quantas vezes o (a) Sr(a) esteve casado(a) ou em uniatildeo
Nordm de vezes |___|___|
7 Na escola qual a uacuteltima seacuterie grau que concluiu com aprovaccedilatildeo
1 - Nunca foi agrave escola ( ) 4 - Fundamental II ( )5 a ( )6 a ( )7 a ( )8 a
2 - Lecirc e escreve o nome ( ) 5 - Ensino Meacutedio ( ) 1 a ( )2 a ( )3
3 - Fundamental I ( )1 a ( )2 a 6 - Superior ( ) completo ( ) incompleto
( )3 a ( )4 a
8 Como vocecirc classificaria a cor da sua pele
1( ) Branca 2( ) Amarela (oriental) 3( ) Parda
4( ) Origem indiacutegena 5( ) Preta 9( ) Natildeo sabe
9 Cor da pele (entrevistador)
1( ) branca 2( ) amarela (oriental) 3( ) parda
4( ) origem indiacutegena 5( ) preta
10-Quantos filhos e filhas nascidos vivos o(a)Sr(a) teve (natildeo inclua enteados filhos
adotivos abortos ou filhos nascidos mortos)
Nuacutemero de filhos |____|____| (98) NS (99) NR
11 Atualmente o senhor (a) mora sozinho ou acompanhado
1( )Acompanhado 2( ) Sozinho 3( ) NR 4( )NS
51
12 Desde que o senhor (a) nasceu viveu no campo por 5 anos ou mais
0( ) Natildeo 1( ) Sim 2( ) NS 3( ) NR
13 Qual eacute a sua religiatildeo
1( ) Catoacutelica 2( ) Protestante 3( ) Judaica
4( ) Espiacuteritakardecista 5( ) Umbanda 6( ) Outras ____________
14 Qual a importacircncia da religiatildeo em sua vida
(1) Importante (2) Regular (3) Nada importante (8) NS (9) NR
15 Com que frequecircncia o senhor vai agrave igreja ou ao serviccedilo religioso
( ) Nunca ( ) Vaacuterias vezes por ano ( ) Uma duas vezes por mecircs
( ) Quase toda semana ( ) Mais de uma vez por semana ( ) NS ( ) NR
16 Quanto vocecirc ganha em meacutedia por mecircs R$ __________8( )Natildeo se aplica
II A CONSUMO DE AacuteLCOOL E TABACO
Uso de bebidas alcooacutelicas
1 Vocecirc consome bebidas alcooacutelicas Se vocecirc NAtildeO BEBE siga para o bloco III C
0 ( )sim 1( ) natildeo
2 Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
3 As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
4 Sente-se chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
5 Costuma beber pela manhatilde para diminuir o nervosismo ou a ressaca
0 ( ) sim 1( ) natildeo
Haacutebito de fumar
1 Vocecirc jaacute foi fumante 0 ( ) sim 1( ) natildeo
52
2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco
III C
3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros
4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias
III ANTROPOMETRIA
MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS
ESTATURA
MASSA CORPORAL
CIRCUNFEREcircNCIA
DE CINTURA
IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL
MEDIDA 01 02 03
Pressatildeo arterial
sistoacutelica
Pressatildeo arterial
diastoacutelica
53
ANEXOS
54
Anexo 1
Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos
55
56
ii
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PROacute-REITORIA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO E PESQUISA
PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA MESTRADO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
IacuteNDICES ANTROPOMEacuteTRICOS COMO PREDITORES DE HIPERTENSAtildeO ARTERIAL EM IDOSOS RESIDENTES EM
UMA CIDADE DE PEQUENO PORTE
KEILA DE OLIVEIRA DINIZ
Dissertaccedilatildeo apresentada ao Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Educaccedilatildeo Fiacutesica da Universidade Federal de Sergipe como requisito parcial para obtenccedilatildeo do grau de Mestre em Educaccedilatildeo Fiacutesica
Orientador ProfDr Antonio Cesar Cabral de Oliveira
Satildeo Cristoacutevatildeo
2015
iii
DINIZKEILA DE OLIVEIRA
Iacutendices Antropomeacutetricos como Preditores de Hipertensatildeo
Arterial em Idosos Residentes em uma Cidade de Pequeno Porte
2015
iv
FICHA CATALOGRAacuteFICA ELABORADA PELA BIBLIOTECA CENTRAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE
D585i
Diniz Keila de Oliveira Iacutendices antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial em idosos residentes em uma cidade de pequeno porte Keila de Oliveira Diniz orientador Antonio Cesar Cabral de Oliveira ndash Satildeo Cristoacutevatildeo 2015
71 f
Dissertaccedilatildeo (mestrado em Educaccedilatildeo Fiacutesica) ndash Universidade Federal de Sergipe 2015
1 Hipertensatildeo 2 Antropometria 3 Obesidade 4 Idosos ndash Doenccedilas - Diagnoacutestico I Oliveira Antonio Cesar Cabral de orient II Tiacutetulo
CDU 61612-0713
v
KEILA DE OLIVEIRA DINIZ IacuteNDICES ANTROPOMEacuteTRICOS COMO PREDITORES DE HIPERTENSAtildeO ARTERIAL EM IDOSOS RESIDENTES EM
UMA CIDADE DE PEQUENO PORTE
Dissertaccedilatildeo apresentada ao Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Educaccedilatildeo Fiacutesica da Universidade Federal de Sergipe como requisito parcial para obtenccedilatildeo do grau de Mestre em Educaccedilatildeo Fiacutesica
Aprovada em ____________
_________________________________________
Prof Dr Antonio Cesar Cabral de Oliveira (UFS)
________________________________________ Prof Dr Marcos Bezerra de Almeida (UFS)
_________________________________________
Prof Dr Joseacute Jean de Oliveira Toscano (UFAL)
PARECER
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
vi
DEDICATOacuteRIA Dedico esta dissertaccedilatildeo a IRACI BORGES DINIZ (in memoriam) minha querida
vovoacute uma mulher incomparaacutevel A saudade eacute constante em minha vida
A meu pai RAIMUNDO BORGES DINIZ por natildeo medir esforccedilos para que as minhas
vontades e os meus desejos se tornassem hoje realidade concreta
Ao meu noivo ALDO GOMES pelo incentivo companheirismo e apoio incondicional
Vocecirc eacute essencial em minha vida
vii
AGRADECIMENTO
Agradeccedilo primeiramente a DEUS por abenccediloar sempre os meus dias me
garantindo sauacutede e disposiccedilatildeo e por estar comigo sempre nas minhas conquistas
Ao Prof Dr ANTONIO CESAR CABRAL DE OLIVEIRA pela orientaccedilatildeo
proporcionada confianccedila e incentivo durante todo o curso do mestrado Muito
obrigada por nortear as minhas ideias e por ter oportunizado a realizaccedilatildeo desse
trabalho
Ao Prof Me SAULO VASCONCELOS ROCHA pelo incentivo co-orientaccedilatildeo pela
disponibilidade constante e principalmente por confiar no meu trabalho durante todo
o processo
Aos professores do Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Educaccedilatildeo Fiacutesica da
Universidade Federal de Sergipe em especial a AFRANIO ROBERTO JERONIMO
e MARCO BEZERRA pelas contribuiccedilotildees
Ao grupo MONIDI pelo apoio e auxiacutelio durante toda a fase de coleta vocecircs foram
essenciais
Agrave Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB) a Universidade Federal de
Sergipe (UFS) e ao Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Educaccedilatildeo Fiacutesica por terem
fornecido todas as condiccedilotildees para realizaccedilatildeo da coleta dessa dissertaccedilatildeo
Agradeccedilo aos idosos e aos trabalhadores das USFs da cidade de Ibicuiacute-BA que por
livre e espontacircnea vontade permitiram tornar possiacutevel esse trabalho
A CAPES pela bolsa de estudo concedida
viii
ldquoTudo eacute loucura ou sonho no comeccedilo Nada do que o homem fez no mundo teve iniacutecio de outra maneira ndash mas jaacute tantos sonhos se realizaram que natildeo temos o direito de duvidar de nenhumrdquo (Monteiro Lobato)
ix
RESUMO
A hipertensatildeo arterial eacute uma das principais causas de mortalidade em acircmbito mundial e fator de risco para diversas doenccedilas Tal enfermidade em idosos estaacute associada ao significante aumento nos distuacuterbios cardiovasculares e a incidecircncia de doenccedilas incapacitantes Por outro lado a gordura corporal estaacute relacionada com a pressatildeo arterial elevada em idosos a qual pode ser avaliada por meio de iacutendices antropomeacutetricos O objetivo deste estudo foi determinar o poder preditivo de iacutendices antropomeacutetricos e estabelecer seus pontos de corte como discriminadores de hipertensatildeo arterial e identificar o indicador antropomeacutetrico de obesidade que melhor discrimina a hipertensatildeo arterial Um estudo transversal foi realizado com uma amostra de 310 idosos com idades iguais ou superiores a 60 anos sendo 175 (565) mulheres A coleta ocorreu entre o periacuteodo de 03022014 a 20022014 na cidade de Ibicuiacute-BA Foram mensurados os seguintes iacutendices antropomeacutetricos iacutendice de massa corporal (IMC) circunferecircncia da cintura (CC) razatildeo cinturaestatura (RCEst) e iacutendice de conicidade (Iacutendice C) Ademais coletaram-se medidas de pressatildeo arterial sistoacutelica e diastoacutelica Para identificaccedilatildeo dos preditores de hipertensatildeo arterial foi adotada a anaacutelise das curvas Receiver Operating Characteristic (ROC) com intervalo de confianccedila de 95 Posteriormente identificaram-se os pontos de corte com suas respectivas sensibilidades e especificidades As anaacutelises foram efetuadas respeitando-se o niacutevel de significacircncia de 5 Apoacutes a construccedilatildeo das curvas ROC evidenciou-se que alguns iacutendices antropomeacutetricos apresentaram Aacuterea Sobre a Curva (ASC) significativas sendo o IMC = 060 (050-070) RCEst = 061 (051-071) Iacutendice C = 058 (058-068) nos homens Os diversos pontos de corte dos iacutendices antropomeacutetricos com melhores poderes preditivos e suas respectivas sensibilidades e especificidades foram identificados Conclui-se que as melhores aacutereas sob a curva ROC foram para IMC RCEst e Iacutendice C para os homens poreacutem tais medidas natildeo foram satisfatoacuterias para predizer hipertensatildeo arterial em mulheres idosas Sugere-se que a utilizaccedilatildeo de dois iacutendices simultaneamente possa resultar em uma maior eficiecircncia na avaliaccedilatildeo do risco de hipertensatildeo arterial em idosos
Palavras-chave Antropometria Hipertensatildeo Obesidade Idoso
x
ABSTRACT Hypertension is one of the main causes of mortality in the world and a risk factor for several diseases This illness in the elderly is associated with a significant increase in cardiovascular disorders and the incidence of disabling diseases On the other hand body fat is related to high blood pressure in the elderly which can be evaluated by means of anthropometric indices This study aimed to determine the predictive power of anthropometric indices and establish cut-off points as discriminators of arterial hypertension and identify the anthropometric indicator of obesity that best discriminates the hypertension A cross-sectional study was conducted with a sample of 310 elderly people with ages greater than or equal to 60 years 175 (565 ) women Data collection occurred between the period of 03 022014 20 022014 in Ibicuiacute city in Bahia The following anthropometric indices were measured body mass index (BMI) waist circumference (WC) waistheight ratio (WHtR) and conicity index (C-Index) In addition collected measures of systolic and diastolic blood pressure To identify hypertension predictors was adopted the Receiver Operating Characteristic (ROC) curves analysis with a confidence interval of 95 Later it was possible to identify the cut-off points with their respective sensitivities and specificities The samples were analyzed respecting significance level of 5 After the construction of the ROC curves it was evident that some anthropometric indices presented Area under the curve (AUC) significant being the BMI = 060 (050 -070) WHeR = 061 (051 -071) C-Index = 058 (058 -068) in men The different cut-off points of anthropometric indices with better predictive powers and their respective sensitivities and specificities were identified It is concluded that the best areas under the ROC curve were to BMI WHeR and C Index for the men but such measures were not satisfactory for predicting hypertension in elderly women It is suggested that the use of two indices simultaneously can result in greater efficiency in the assessment of the risk of hypertension in the elderly Keywords Anthropometry Hypertension Obesity Elderly
xi
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 1
2 REVISAtildeO DE LITERATURA 3
21 Consideraccedilotildees sobre doenccedilas cardiovasculares no Brasil e o processo de envelhecimento populacional 3
22 Hipertensatildeo arterial e a populaccedilatildeo idosa 4
23 Iacutendices antropomeacutetricos de sobrepeso e obesidade 5
24 A importacircncia da validaccedilatildeo 7
3 OBJETIVOS 10
4 MATERIAL E MEacuteTODOS 11
41 Tipos de estudo 11
42 Cenaacuterios do estudo 11
43 Populaccedilatildeo e amostra 12
44 Equipes de coleta de dados 13
45 Procedimentos para coleta de dados 14
451 Variaacuteveis do estudo e dados coletados 14
452 Instrumentos de coleta 14
453 Pressatildeo Arterial 14
454 Antropometria 15
46 Anaacutelise dos dados 16
47 Aspectos Eacuteticos 17
5 RESULTADOS 18
51 Caracterizaccedilatildeo da amostra estudada 18
52 Caracteriacutesticas antropomeacutetricas 20
53 Anaacutelise da curva ROC 21
6 DISCUSSAtildeO 28
61 Aacutereas sob a Curva ROC 28
62 Iacutendices antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial 30
7 CONCLUSAtildeO 35
8 REFEREcircNCIAS 36
xii
IacuteNDICE DE FIGURAS
Figura 1 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Ibicuiacute BA na regiatildeo Nordeste do Brasil 12
Figura 2 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial
(mulheres) IMC - iacutendice de massa corporal 23
Figura 3 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial
(homens) IMC - iacutendice de massa corporal 23
Figura 4 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial
(mulheres) CC ndash circunferecircncia da cintura 24
Figura 5 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens)
CC ndash circunferecircncia da cintura 24
Figura 6 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial
(mulheres) RCEst - razatildeo cinturaestatura 25
Figura 7 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial
(homens) RCEst - razatildeo cinturaestatura 25
Figura 8 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial
(mulheres) Iacutendice C -iacutendice de conicidade 26
Figura 9 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial
(homens) Iacutendice C - iacutendice de conicidade 26
xiii
IacuteNDICE DE TABELAS
Tabela 1 - Classificaccedilatildeo da pressatildeo arterial de acordo com a VI Diretrizes
Brasileiras de Hipertensatildeo (2010) 15
Tabela 2 - Classificaccedilatildeo do Iacutendice de Massa Corporal 15
Tabela 3 - Variaacuteveis sociodemograacuteficas e de estilo de vida em idosos 19
Tabela 4 - Valores descritivos miacutenimos e maacuteximos das variaacuteveis analisadas 21
Tabela 5 - Percentuais das variaacuteveis analisadas 21
Tabela 6 - Aacuterea sob a curva ROC e IC95 entre os iacutendices antropomeacutetricos e
hipertensatildeo arterial em idosos 22
Tabela 7 - Pontos de corte sensibilidade e especificidade dos iacutendices
antropomeacutetricos para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial em idosos 27
xiv
LISTA DE SIacuteMBOLOS OU NOMECLATURA
ASC - Aacuterea Sob a Curva
AVE - Acidente Vascular Encefaacutelico
CC - Circunferecircncia da Cintura
CNS - Conselho Nacional de Sauacutede
DCNT - Doenccedilas Crocircnicas Natildeo Transmissiacuteveis
ESF - Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia
ESTUDO MONIDI - Monitoramento da Sauacutede de Idosos de um Municiacutepio de
Pequeno Porte
HAS - Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica
IASI - Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede de Idosos
IC95 - Intervalo de Confianccedila 95
IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica
IMC ndash Iacutendice de Massa Corporal
Iacutendice C ndash Iacutendice de Conicidade
Li-IC ndash Limite Inferior do Intervalo de Confianccedila
NSI - Nutricion Screening Initiative
PA ndash Pressatildeo Arterial
PAD ndash Pressatildeo Arterial Diastoacutelica
PAS - Pressatildeo Arterial Sistoacutelica
RCEst - Razatildeo Cintura-Estatura
ROC - Receive Operator Caracteristic
SBH - Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo
SPSS - Statistical Package for the Social Sciences
xv
SUS - Sistema Uacutenico de Sauacutede
TCLE - Termo de Consentimento Livre Esclarecido
USFs - Unidades de Sauacutede da Famiacutelia
WHO - World Health Organization
1
1 INTRODUCcedilAtildeO
A transiccedilatildeo epidemioloacutegica caracteriza-se pela evoluccedilatildeo progressiva de um
perfil de alta mortalidade por doenccedilas infecciosas para outro onde predominam os
oacutebitos por doenccedilas cardiovasculares neoplasias causas externas e outras doenccedilas
consideradas crocircnico-degenerativas natildeo transmissiacuteveis1 Jaacute a transiccedilatildeo demograacutefica
tem relaccedilatildeo direta com a evoluccedilatildeo das taxas de mortalidade natalidade e
fecundidade no qual houve uma mudanccedila da populaccedilatildeo jovem para um contingente
cada vez maior e mais importante de pessoas com 60 anos ou mais de idade2
As mudanccedilas demograacuteficas evidenciam o aumento na expectativa de vida com
consequente crescimento da populaccedilatildeo idosa3 Essa modificaccedilatildeo no perfil etaacuterio da
populaccedilatildeo concorre para transformaccedilatildeo nos aspectos relacionados agrave
morbimortalidade nos quais as doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis (DCNT) passam
a ser as principais causas de adoecimentomorte As DCNT mais prevalentes satildeo as
doenccedilas cardiovasculares cacircnceres respiratoacuterias crocircnicas diabetes e hipertensatildeo
arterial4
A hipertensatildeo arterial sistecircmica (HAS) eacute a primeira causa de mortalidade em
acircmbito mundial e a terceira causa de incapacidade induzida por doenccedila apoacutes
desnutriccedilatildeo e doenccedilas sexualmente transmissiacuteveis5 Estima-se que a pressatildeo arterial
elevada cause 94 milhotildees de mortes por ano no mundo6 A HAS eacute o principal fator de
risco para acidente vascular encefaacutelico (AVE) doenccedila arterial coronariana
insuficiecircncia cardiacuteaca insuficiecircncia renal crocircnica e doenccedila vascular de extremidades7
Tal enfermidade em idosos estaacute associada a significante aumento nos distuacuterbios
cardiovasculares na incidecircncia de doenccedilas incapacitantes com consequente
diminuiccedilatildeo da sobrevida e piora na qualidade de vida resultando dependecircncia e perda
da autonomia8910
Vaacuterios estudos evidenciam que a gordura corporal estaacute relacionada com a
pressatildeo arterial elevada em idosos111213 Dessa forma para discriminar a quantidade
de gordura corporal e sua distribuiccedilatildeo os iacutendices antropomeacutetricos satildeo instrumentos
haacutebeis principalmente em estudos epidemioloacutegicos Aleacutem disso tecircm sido utilizados
com frequecircncia em estudos populacionais e satildeo importantes por monitorar o estado
nutricional em diferentes grupos Esses iacutendices satildeo bons preditores para a
hipertensatildeo arterial14 diabetes mellitus doenccedilas cardiovasculares e para discriminar
2
o risco coronariano em diferentes populaccedilotildees1516 Apresentam como vantagens a sua
simplicidade baixo custo e faacutecil utilizaccedilatildeo Contudo estudos sobre os iacutendices
antropomeacutetricos satildeo escassos e inconclusivos na populaccedilatildeo idosa17
A identificaccedilatildeo indireta da hipertensatildeo arterial por meio dos iacutendices
antropomeacutetricos pode ser uma estrateacutegia importante na sauacutede puacuteblica como
instrumento de triagem favorecendo a identificaccedilatildeo das alteraccedilotildees na pressatildeo
arterial Uma das estrateacutegias recomendadas para atingir essa proposta eacute a utilizaccedilatildeo
de instrumentos de rastreamento adequados de raacutepida e faacutecil aplicaccedilatildeo e que
apresentem coeficientes de fidedignidade e de validade significativos No contexto da
atenccedilatildeo primaacuteria recentemente Gomes et al (2009)18 e Azevedo et al (2010)19
propuseram a aplicaccedilatildeo da antropometria para a detecccedilatildeo de fatores de risco agrave sauacutede
sugerindo a utilizaccedilatildeo do iacutendice de massa corporal (IMC) e circunferecircncia da cintura
(CC) como medidas de triagem
Averiguar o poder discriminatoacuterio e estabelecer pontos de corte ou seja
valores criacuteticos de iacutendices antropomeacutetricos que se associem a hipertensatildeo arterial em
idosos pode ser uma boa estrateacutegia de monitoramento e de triagem destes fatores de
risco Sendo que os valores criacuteticos dos iacutendices antropomeacutetricos para idosos natildeo
foram estabelecidos na literatura Dessa forma parecem ser relevantes os estudos
que indiquem meios indiretos para detectar fatores de risco cardiovascular Os iacutendices
antropomeacutetricos podem ser utilizados como estrateacutegia eficiente no processo de
triagem da hipertensatildeo arterial no ambiente da atenccedilatildeo primaacuteria do Sistema Uacutenico de
Sauacutede (SUS)
3
2 REVISAtildeO DE LITERATURA
21 Consideraccedilotildees sobre doenccedilas cardiovasculares no Brasil e o processo de envelhecimento populacional
Atualmente as doenccedilas cardiovasculares tecircm acometido grande parcela da
populaccedilatildeo mundial Em 2012 o relatoacuterio da World Health Organization (WHO)20
estimou que 175 milhotildees de pessoas morreram de doenccedilas cardiovasculares
representando 46 de todas as mortes globais Jaacute a pressatildeo arterial elevada
provoca 51 das mortes por acidente vascular cerebral e 45 das mortes por doenccedila
arterial coronariana21
Tais doenccedilas foram responsaacuteveis por 70 das causas de morte no Brasil no
ano de 2013 As doenccedilas cardiovasculares como do aparelho circulatoacuterio cacircncer e
diabetes tecircm respondido por um nuacutemero elevado de mortes antes dos 70 anos22
O crescimento populacional e o aumento da longevidade podem acarretar a um
raacutepido aumento no nuacutemero total de adultos de meia-idade e mais velhos com um
correspondente aumento do nuacutemero de mortes causadas por doenccedilas crocircnicas natildeo
transmissiacuteveis
Dessa forma a quantidade de pessoas com mais de 60 anos satildeo hoje 13 da
populaccedilatildeo brasileira ou 261 milhotildees de indiviacuteduo em 201323 Com o processo de
envelhecimento populacional as doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis ganharam
expressotildees para a sociedade para previdecircncia social e por consequecircncia para a
sauacutede puacuteblica
A fase do envelhecimento eacute o momento caracterizado pelas alteraccedilotildees fiacutesicas
psicossociais e pelo decliacutenio da capacidade funcional dos organismos como tambeacutem
pelo surgimento de condiccedilotildees patoloacutegicas advindas de haacutebitos de vida inadequados
(tabagismo alcoolismo alimentaccedilatildeo incorreta ausecircncia de atividade fiacutesica regular
entre outros)24 Dessa forma para retardar essas mudanccedilas eacute necessaacuterio ter um
envelhecimento saudaacutevel
4
22 Hipertensatildeo arterial e a populaccedilatildeo idosa
A hipertensatildeo arterial eacute definida como sendo uma condiccedilatildeo crocircnica da tensatildeo
arterial elevada resultando em valores acima do considerado aceito ou seja quando
a pressatildeo arterial sistoacutelica (PAS) estaacute cronicamente acima de 140 mmHg ou a pressatildeo
arterial diastoacutelica (PAD) estaacute cronicamente acima de 90 mmHg2526
No mundo em torno de um bilhatildeo de pessoas satildeo hipertensas natildeo controladas
sendo que 75 milhotildees de pessoas morreram a cada ano pela doenccedila ateacute o ano de
200827 Estimativas do Ministeacuterio da Sauacutede indica que cerca de 17 milhotildees de
brasileiros apresentam hipertensatildeo arterial sendo que 35 dessa populaccedilatildeo tinham
idade igual ou superior a 40 anos Em comparaccedilatildeo com anos anteriores pode-se
observar que a proporccedilatildeo de brasileiros diagnosticados com hipertensatildeo arterial
cresceu de 215 em 2006 para 244 em 20092829
O resultado da Pesquisa Nacional de Sauacutede do primeiro semestre de 2013
estimou que o Brasil tem 313 milhotildees de hipertensos Entre as pessoas com mais de
60 anos mais de 444 tecircm hipertensatildeo sendo que essa prevalecircncia cresce com a
idade22 Esses dados se aproximam aos nuacutemeros da Sociedade Brasileira de
Hipertensatildeo (SBH) no qual estima que haja 30 milhotildees de hipertensos no Brasil em
2014 ou seja cerca de 30 da populaccedilatildeo adulta30
Jaacute na populaccedilatildeo baiana com idade acima de 40 anos cerca de 35 tecircm
hipertensatildeo arterial correspondendo a cerca de 13 milhatildeo de pessoas acometidas
pela doenccedila Na populaccedilatildeo dos 55 aos 64 anos 516 tecircm pressatildeo arterial elevada
e com 65 anos ou mais esse nuacutemero chega a 60631 No estado da Bahia foram
registradas 6274 mortes por doenccedilas de aparelho circulatoacuterio ateacute o mecircs de outubro
de 2013 Dentre os registros 649 foram por hipertensatildeo32 No municiacutepio de Ibicuiacute ndash
BA a prevalecircncia de HAS cadastrados nas Unidades de Sauacutede da Famiacutelia (USFs) foi
de 643 idosos33
A hipertensatildeo arterial eacute caracterizada por niacuteveis elevados e sustentados de
pressatildeo arterial (PA) como uma condiccedilatildeo cliacutenica multifatorial Associa-se
frequentemente a alteraccedilotildees funcionais eou estruturais dos oacutergatildeos-alvo (coraccedilatildeo
enceacutefalo rins e vasos sanguiacuteneos) e a alteraccedilotildees metaboacutelicas2634 Pode ser
classificada em primaacuteria e secundaacuteria de acordo com a sua origem A primaacuteria tem
5
sua origem desconhecida35 e a secundaacuteria eacute decorrente de alguma doenccedila
subjacente36
No caso de a PA estar cronicamente elevada ou seja hipertensatildeo arterial o
risco de desenvolvimento de complicaccedilotildees cardiovasculares renais e ateacute mesmo o
oacutebito aumenta consideravelmente37
Com relaccedilatildeo agrave caracteriacutestica fisiopatoloacutegica da HAS a partir dos 50 ou 60 anos
de idade a pressatildeo diastoacutelica diminui e a pressatildeo central aumenta determinando um
balanccedilo proacuteximo entre resistecircncia aumentada e aumento da impedacircncia na aorta
toraacutecica Dessa forma a pressatildeo de pulso comeccedila a se elevar e a HAS se torna o
principal subtipo de hipertensatildeo apoacutes a sexta deacutecada de vida38
Contudo apoacutes os 60 anos ocorre o enrijecimento arterial central indicado pela
queda na pressatildeo diastoacutelica e o raacutepido alargamento da pressatildeo de pulso O aumento
da rigidez arterial central e a amplitude da onda de pulso satildeo fatores hemodinacircmicos
dominantes nos indiviacuteduos normotensos e hipertensos apoacutes os 60 anos38
Aleacutem dos fatores fisiopatoloacutegicos vale destacar que o aumento da pressatildeo
arterial com a idade tambeacutem estaacute relacionado com o consumo de sal exagerado ao
longo da vida39
As principais estrateacutegias no tratamento natildeo-farmacoloacutegico da HAS segundo
Ministeacuterio da Sauacutede28 se encontram na adoccedilatildeo de haacutebitos alimentares saudaacuteveis
reduccedilatildeo na ingestatildeo de soacutedio reduccedilatildeo do consumo de bebidas alcooacutelicas abandono
do tabagismo praacutetica de atividade fiacutesica regular controle ou diminuiccedilatildeo da massa
corporal
23 Iacutendices antropomeacutetricos de sobrepeso e obesidade
Como meacutetodo natildeo invasivo a antropometria eacute utilizada principalmente para
avaliar as proporccedilotildees tamanho e a composiccedilatildeo corporal40 Tal meacutetodo possui relaccedilatildeo
com estado de sauacutede condiccedilotildees sociais e econocircmicas de grupos populacionais
podendo diagnosticar a desnutriccedilatildeo ou excesso de peso Os iacutendices antropomeacutetricos
que consistem na mediccedilatildeo de dimensotildees corporais podem ser usados para predizer
a sauacutede geral e bem-estar da populaccedilatildeo40
6
Em 2011 estudo realizado por Pitanga41 indica que os iacutendices antropomeacutetricos
apresentam-se como preditores do risco de infarto do miocaacuterdio acidente vascular
encefaacutelico e morte prematura
O IMC eacute determinado pela massa corporal em quilogramas dividido pela
estatura em metros ao quadrado eacute uma medida que determina o estado nutricional
Este iacutendice antropomeacutetrico eacute comumente aplicado em estudos epidemioloacutegicos em
idosos para diagnosticar o excesso de peso (sobrepesoobesidade) principalmente
por ser um meacutetodo faacutecil de aplicar raacutepido e de baixo custo Deste modo vaacuterios
estudos com essa populaccedilatildeo tecircm avaliado o estado nutricional por meio do IMC42
434445
No estudo de Silva e Petroski (2009)46 com idosas de um grupo de convivecircncia
do municiacutepio de Aracaju ndash Sergipe sugeriu que o ponto de corte do IMC utilizado pela
Nutricion Screening Initiative ndash NSI (1992)47 para sobrepeso e excesso de peso foi o
mais bem associado com a PA elevada e para obesidade o melhor ponto de corte
associado com a PA elevada foi o da WHO (1998)48
A outra medida importante para avaliaccedilatildeo da obesidade central dos indiviacuteduos
eacute a circunferecircncia de cintura A obesidade eacute caracterizada pelo acuacutemulo excessivo de
gordura corporal no indiviacuteduo e quando presente na regiatildeo abdominal tem alta
correlaccedilatildeo com doenccedilas cardiovasculares e distuacuterbios metaboacutelicos40 O obeso tem
mais propensatildeo a desenvolver problemas como hipertensatildeo doenccedilas
cardiovasculares diabetes tipo 2 entre outras doenccedilas4950
Comparando as medidas antropomeacutetricas com exames de diagnoacutesticos por
imagens como a tomografia computadorizada e a ressonacircncia magneacutetica foi
verificado que a circunferecircncia da cintura apresentou melhor correlaccedilatildeo com o tecido
adiposo visceral51 Tambeacutem o aumento da circunferecircncia da cintura teve boa
associaccedilatildeo com o aumento significativo da prevalecircncia da hipertensatildeo arterial52
A razatildeo cintura-estatura (RCEst) eacute determinado pela divisatildeo da circunferecircncia
da cintura (cm) pela estatura (cm) Este indicador tem sido utilizado para identificar
alto risco metaboacutelico obesidade fatores de risco cardiovascular e maior capacidade
preditiva para o risco coronariano elevado em populaccedilotildees adultas e idosas1653
tambeacutem eacute fortemente associada a diversos fatores de risco cardiovascular em
diferentes populaccedilotildees15
7
O Iacutendice C eacute determinado com as medidas de massa corporal da estatura e da
circunferecircncia da cintura54 e eacute muito utilizado com a populaccedilatildeo adulta555657585960 Jaacute
com a populaccedilatildeo de idosos o iacutendice C tem sido pouco utilizado e somente alguns
estudos usaram esse indicador para tentar identificar distuacuterbios metaboacutelicos risco
coronariano e prevalecircncia de risco agrave sauacutede616263 Natildeo foram encontrados estudos
associativos entre o Iacutendice C e pressatildeo arterial elevada em idosos
Tais iacutendices satildeo pouco utilizados com a populaccedilatildeo idosa e principalmente com
populaccedilotildees residentes em cidades de pequeno porte Dessa forma para discriminar e
analisar o incremento de gordura corporal os iacutendices antropomeacutetricos tecircm
demonstrado eficiecircncia principalmente em estudos epidemioloacutegicos Cada indicador
tem peculiaridade quanto a sua distribuiccedilatildeo e discriminaccedilatildeo por isso podem ser
utilizados conjuntamente ou separadamente dependendo dos objetivos como
estrateacutegia eficiente para a detecccedilatildeo e o controle de doenccedilas
Contudo os iacutendices antropomeacutetricos tecircm sido bem utilizados para associar
vaacuterios fatores de risco de sauacutede como doenccedilas coronarianas cardiovasculares
distuacuterbios metaboacutelicos dentre outros641641 Poreacutem ainda natildeo estaacute clara sua
associaccedilatildeo com pressatildeo arterial elevada em idosos
Sendo assim os iacutendices antropomeacutetricos satildeo eficientes para identificar a
hipertensatildeo arterial em idosos E quais satildeo os melhores iacutendices para identificar as
alteraccedilotildees da pressatildeo arterial elevada em idosos
24 A importacircncia da validaccedilatildeo
Como se trata de um estudo de validaccedilatildeo de um meacutetodo faz-se necessaacuterio
debater sobre o tema Os instrumentos de rastreamento satildeo ferramentas essenciais
para os serviccedilos de sauacutede pois fornecem medidas relevantes reprodutiacuteveis e
acuradas permitindo a identificaccedilatildeo das pessoas com maior chance de preencher os
criteacuterios para uma determinada condiccedilatildeo ou doenccedila Como tambeacutem completa o
registro de informaccedilatildeo e a comparaccedilatildeo de resultados minimizando a influecircncia de
fatores subjetivos na coleta e registro de dados6566
A escolha de um instrumento deve-se basear em suas qualidades que
consistem em coeficientes significativos de validade e fidedignidade Dessa forma
8
essas medidas necessitam apresentar simplicidade na teacutecnica economia facilidade
e rapidez na aplicaccedilatildeo e interpretaccedilatildeo666768
A validade caracteriza-se como a capacidade do instrumento medir aquilo que
se propotildees a medir Envolve um componente conceitual (julgamento subjetivo a
respeito do instrumento pelo pesquisador) e um componente operacional (avaliaccedilatildeo
sistemaacutetica (estatiacutestica) do teste) geralmente o comparando com um criteacuterio padratildeo
ouro67
A avaliaccedilatildeo operacional da validade utilizada nessa pesquisa foi a de criteacuterio
no qual mede agrave extensatildeo com que o instrumento discrimina sujeitos que diferem em
determinadas caracteriacutesticas Refere-se agrave capacidade de uma escala de se
corresponder com outras medidas ou de predizer algo a que se propotildee Eacute avaliada
por meio de criteacuterio-padratildeo (validade concorrente e validade preditiva) Sendo que a
validade preditiva eacute estimulada estatisticamente e expressa por meio da sensibilidade
especificidade valor preditivo positivo valor preditivo negativo e taxa de classificaccedilatildeo
incorreta67
A sensibilidade corresponde agrave proporccedilatildeo de casos positivos identificados
corretamente ou melhor eacute a capacidade de medida de reconhecer os verdadeiros
positivos Quanto maior a sensibilidade maior a chance de detectar a doenccedila A
especificidade eacute proporccedilatildeo de casos negativos identificados corretamente eacute a
capacidade do instrumento de reconhecer os verdadeiros negativos67
Quanto mais sensiacutevel for o teste melhor seraacute seu valor preditivo negativo ou
seja maior seraacute a certeza de que uma pessoa com resultado negativo natildeo tenha
realmente a doenccedila Quanto mais especifico melhor seraacute seu valor preditivo positivo
ou seja maior seraacute a certeza de que uma pessoa com resultado positivo tenha a
hipertensatildeo arterial67
Como estrateacutegia geral quando a principal preocupaccedilatildeo for evitar o resultado
falso-positivo entatildeo o ponto de corte deve objetivar o maacuteximo de especificidade e se
a preocupaccedilatildeo maior eacute evitar resultado falso-negativo (o resultado do teste em
paciente com suspeita de hipertensatildeo arterial) o ponto de corte deve objetivar o
maacuteximo de sensibilidade67 Os autores ainda referem que a curva Receive Operator
Caracteristic (ROC) eacute a melhor maneira de estabelecer o ponto de corte otimizando
a sensibilidade e especificidade do teste diagnoacutestico
9
Destaca-se que as qualidades de um instrumento aplicado em condiccedilotildees de
campo satildeo modificadas pela prevalecircncia de casos na populaccedilatildeo cliacutenica (onde eacute
esperado ter maior proporccedilatildeo de doenccedila) comparada com uma populaccedilatildeo geral
10
3 OBJETIVOS
Determinar o poder preditivo de iacutendices antropomeacutetricos para predizer
hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos
Estabelecer pontos de corte como discriminadores de hipertensatildeo arterial em
mulheres e homens idosos
Identificar o iacutendice antropomeacutetrico de obesidade que melhor discrimina a
hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos
11
4 MATERIAL E MEacuteTODOS
41 Tipos de estudo
Esta pesquisa eacute do tipo transversal ou seccional como parte do projeto de
Monitoramento da Sauacutede de Idosos de um Municiacutepio de Pequeno Porte ESTUDO
MONIDI Em estudos transversais a estrateacutegia de observaccedilatildeo da populaccedilatildeo eacute
seccional isto eacute as informaccedilotildees obtidas referem-se ao mesmo momento sendo mais
adequado para obtenccedilatildeo de estimativas populacionais As informaccedilotildees individuais
devem ser coletadas num determinado prazo mais curto possiacutevel decorrido entre as
observaccedilotildees do primeiro e uacuteltimo indiviacuteduo69
42 Cenaacuterios do estudo
O municiacutepio de Ibicuiacute fica localizado na zona fisiograacutefica de Vitoacuteria da Conquista
(Encosta do Planalto) e situada no Sudoeste do Estado da Bahia possui uma aacuterea
territorial de 1176843 kmsup2 populaccedilatildeo de 16640 habitantes7071 A populaccedilatildeo de
idosos no ano de 2013 era de 2124 habitantes e destes 525 estavam cadastrados
nas Unidades de Sauacutede da Famiacutelia33
12
Figura 1 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Ibicuiacute BA na regiatildeo Nordeste do Brasil
Fonte Adaptado do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE)72 Infograacuteficos
Cidades Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230
43 Populaccedilatildeo e amostra
A populaccedilatildeo alvo do presente estudo foi constituiacuteda por indiviacuteduos com idade
igual ou superior a 60 anos de ambos os sexos cadastrados na Estrateacutegia de Sauacutede
da Famiacutelia (ESF) que atenderam agraves aacutereas urbanas e rurais do municiacutepio de Ibicuiacute-BA
no ano de 2014 A lista com o nuacutemero de usuaacuterios idosos cadastrados nas USFs da
zona rural e urbana do municiacutepio foi solicitada junto agrave Secretaria Municipal de Sauacutede
Foram incluiacutedos no estudo idosos que estavam cadastrados na Estrateacutegia de
Sauacutede da Famiacutelia que aceitaram participar da pesquisa atraveacutes da assinatura do
Termo de Consentimento Livre Esclarecido (TCLE)
Os criteacuterios de exclusatildeo foram os participantes com diagnoacutestico de demecircncia
ou qualquer outro tipo de alteraccedilatildeo cognitiva que comprometesse a veracidade das
informaccedilotildees fornecidas idosos acamados portadores de doenccedila de Alzheimer ou
outro tipo de doenccedila neuroloacutegica que afetasse a cogniccedilatildeo doenccedila em estaacutegio
terminal
Apoacutes aplicaccedilatildeo dos criteacuterios de exclusatildeo foi efetuado o caacutelculo amostral
seguindo a proposta de Luiz e Magnanini (2000)73 para populaccedilotildees finitas com
13
predominacircncia desconhecida de 50 sendo adotado niacutevel de significacircncia de 5
(correspondendo a um intervalo de confianccedila de 95) e erro toleraacutevel de amostragem
de 25
O caacutelculo amostral resultou numa amostra miacutenima necessaacuteria de 305 idosos
Esse caacutelculo amostral sofreu ajuste em 10 para compensar eventuais perdas e
recusas Apoacutes o resultado do caacutelculo amostral os idosos participantes foram
selecionados atraveacutes de sorteio sendo este proporcional ao tamanho e a distribuiccedilatildeo
por sexo e por quantidade de idosos na Unidade de Sauacutede da Famiacutelia
Os indiviacuteduos assinaram o TCLE foram entrevistados e avaliados nas
dependecircncias da USF sendo que aqueles que natildeo foram localizados ou natildeo
compareceram a USF apoacutes trecircs tentativas foram automaticamente substituiacutedos por
meio de sorteio
44 Equipes de coleta de dados
A equipe de coleta foi composta por dois profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica
(Coordenadores) e cinco acadecircmicos de fisioterapia enfermagem e medicina A
equipe foi previamente treinada em reuniotildees teacutecnicas e no estudo piloto que foi
realizado no periacuteodo de Outubro a Dezembro de 2013 visando padronizar todo o
processo de coleta Foram estabelecidas accedilotildees referentes agrave logiacutestica agrave aplicaccedilatildeo dos
questionaacuterios e aos procedimentos de medidas das variaacuteveis antropomeacutetricas A
coleta propriamente dita ocorreu entre o periacuteodo de 03022014 a 20022014
14
45 Procedimentos para coleta de dados
451 Variaacuteveis do estudo e dados coletados
Foram mensuradas as variaacuteveis idade sexo situaccedilatildeo conjugal niacutevel de
escolaridade raccedilacor renda mensal alcoolismos e tabagismos Como tambeacutem
medidas de pressatildeo arterial sistoacutelica e diastoacutelica massa corporal estatura e
circunferecircncia da cintura
452 Instrumentos de coleta
Foi utilizado o instrumento de coleta denominado Instrumento de Avaliaccedilatildeo da
Sauacutede de Idosos (IASI) padronizado e validado previamente74 Tal instrumento obteacutem
caracteriacutesticas sociodemograacuteficas informaccedilotildees pessoais consumo de aacutelcool e
tabaco avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica e de pressatildeo arterial
Para aferir a pressatildeo arterial foi utilizado o aparelho digital (marca OMRONreg
modelo HEM ndash 742 INT) Utilizou-se ainda uma balanccedila digital portaacutetil (OMRONreg) e
um estadiocircmetro (marca Sannyreg) ambos devidamente calibrados e fita
antropomeacutetrica flexiacutevel (Cardiomedreg)
453 Pressatildeo Arterial
A pressatildeo arterial foi aferida com um aparelho digital de braccedilo com manguito
adequado agrave circunferecircncia do mesmo A medida foi realizada no braccedilo direito a altura
do coraccedilatildeo Foram realizadas trecircs medidas da pressatildeo arterial sendo a primeira apoacutes
o idoso permanecer cinco minutos em repouso e sentado a segunda apoacutes dois
minutos e a terceira dois minutos apoacutes a realizaccedilatildeo da segunda (foi utilizada a meacutedia
das trecircs medidas) Valores de referecircncia estatildeo estabelecidos na Tabela 1
15
Tabela 1 - Classificaccedilatildeo da pressatildeo arterial de acordo com a VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo (2010)
Classificaccedilatildeo Pressatildeo Sistoacutelica (mmHg)
Pressatildeo Diastoacutelica (mmHg)
Oacutetima Normal Limiacutetrofe
lt 120 lt 130 130-139
lt 80 lt 85 85-80
Hipertensatildeo estaacutegio I 140-159 90-99 Hipertensatildeo estaacutegio II 160-179 100-109 Hipertensatildeo estaacutegio III ge 180 ge 110 Hipertensatildeo sistoacutelica isolada
ge 140 lt 90
Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo (2010)7
454 Antropometria
Todas as medidas antropomeacutetricas foram realizadas trecircs vezes (verificou-se a
meacutedia de tais medidas) por um profissional de Educaccedilatildeo Fiacutesica para diminuir o erro
intra e inter avaliadores e anotados por um apontador Os idosos foram medidos
conforme procedimentos padronizados por Lohman et al (1988)75 sem calccedilados
roupas leves sem reloacutegio chaves celular etc
Foi mensurada a circunferecircncia da cintura com uma fita antropomeacutetrica flexiacutevel
no ponto meacutedio entre a uacuteltima costela e a crista iliacuteaca e o procedimento foi deixar a
cintura livre de roupa e os braccedilos cruzados no peito Classificaccedilatildeo de risco para
desenvolver doenccedilas por Lohman et al (1988)75 HOMENS gt 102 cm e MULHERES
gt 88 cm Foi determinado o IMC atraveacutes da equaccedilatildeo [IMC =massa corporal
(kg)estatura2(m)] Valores de referecircncia estatildeo estabelecidos na Tabela 2
Tabela 2 - Classificaccedilatildeo do Iacutendice de Massa Corporal
IMC Classificaccedilatildeo
Baixo peso lt 220 kgm2 Peso adequado 220 le IMC le 270 kgm2 Obesidade gt 270 kgm2
Lohman et al (1988)75
16
A razatildeo cintura-estatura foi determinada pela equaccedilatildeo proposta por Pitanga e
Lessa (2006)15 a qual utiliza a CC (cm) e a estatura (cm) O Iacutendice C foi estimado por
meio das medidas de massa corporal estatura e circunferecircncia da cintura utilizando-
se um modelo proposto por Valdez (1991)54 cuja equaccedilatildeo matemaacutetica estaacute descrita a
seguir
46 Anaacutelise dos dados
Os dados foram digitados com dupla entrada no software Epidata 31 Apoacutes a
digitaccedilatildeo dos dados foram verificados manualmente os valores discrepantes e a
consistecircncia das informaccedilotildees
Na anaacutelise de dados foram utilizados os procedimentos da estatiacutestica descritiva
expressa por meacutedia desvio padratildeo nuacutemero de observaccedilotildees e percentual das
variaacuteveis avaliadas A diferenccedila entre os sexos nas variaacuteveis contiacutenuas foi analisada
pelo teste t de Student para amostras independentes uma vez que as variaacuteveis
apresentaram distribuiccedilatildeo normal e o teste do Qui-quadrado para comparar as
proporccedilotildees (variaacuteveis qualitativas) entre os idosos do sexo masculino e feminino
O poder discriminatoacuterio para determinar a hipertensatildeo arterial e os iacutendices
antropomeacutetricos foi verificado atraveacutes da utilizaccedilatildeo das curvas ROC recurso utilizado
para obtenccedilatildeo de pontos de corte que visam diagnoacutesticos ou triagem
A aacuterea sob a curva ROC (ASC) determina a capacidade preditiva do indicador
para presenccedila ou ausecircncia de hipertensatildeo arterial Uma ASC igual a 10 eacute
considerada perfeita poreacutem se for igual ou menor a 05 indica que sua capacidade
preditiva natildeo eacute melhor que ao acaso
17
Neste estudo o pressuposto para anaacutelise da ASC foi agrave sensibilidade pois em
determinadas situaccedilotildees quando natildeo pode correr o risco de natildeo diagnosticar
determinada doenccedila eacute melhor privilegiar a sensibilidade76
Apoacutes determinados os pontos de corte para cada uma das variaacuteveis
investigadas para prediccedilatildeo de hipertensatildeo essas foram dicotomizadas com base em
seus respectivos valores de referecircncia As anaacutelises estatiacutesticas foram conduzidas no
Statistical Product and Service Solutions (SPSS) reg 130 Em todas as anaacutelises foram
efetuadas respeitando-se o niacutevel de significacircncia de 5
47 Aspectos Eacuteticos
O estudo foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa da Universidade
Estadual do Sudoeste da Bahia com parecer (CAAE 22969013000000055) (Anexo
1) seguindo princiacutepios eacuteticos estabelecidos na Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de
2012 do Conselho Nacional de Sauacutede (CNS)77
18
5 RESULTADOS
51 Caracterizaccedilatildeo da amostra estudada
De acordo com a contabilizaccedilatildeo das perdas (mudou-se do municiacutepio natildeo foi
encontrado por mais de 3 vezes na USF ou domicilio) e recusas (n=31) a amostra final
foi composta por 310 idosos (201 zona urbana e 109 zona rural) A taxa de respostas
foi de 912 com 88 (n=31) de recusas e 92 (n=29) de exclusatildeo
Participaram do estudo 175 mulheres (565) e 135 homens (435) As
idades variaram entre 60 e 108 anos com meacutedia de 7078 plusmn 82 anos para as mulheres
e 60 a 93 anos com meacutedia de 7259 plusmn 78 anos para homens
A maioria das mulheres se auto referiu ser negra e os homens pardo O iacutendice
de analfabetismo apresentou-se elevado em ambos os sexos A maior parte dos idosos
eacute casado A maioria dos idosos sobrevivia com renda mensal inferior ou igual a um
salaacuterio miacutenimo (Tabela 3)
19
Tabela 3 - Variaacuteveis sociodemograacuteficas e de estilo de vida em idosos
Mulheres (n=175) Taxa de Resposta
Homens (n=135) Taxa de Resposta
n n P
Raccedilacor 9861 991
Branco 47 2686 43 3209
Preto 73 4171 26 1940 0001
Pardo 49 2800 55 4074
Natildeo sabe 4 229 10 741
Escolaridade 9918 1000
Analfabeto 95 5429 84 6222
Baacutesica 72 4114 46 3408 0001
Secundaacuteria 5 286 5 370
Superior 2 114 - -
Estado Civil 9789 991
Casadouniatildeo estaacutevel
74 4229 78 5777
Solteiroseparado 33 1886 36 2667 0001
Viuacuteva 63 3600 20 1481
Renda Mensal 9918 1000
le 1 salaacuterio 165 9428 123 9111
11 a 2 salaacuterio 8 458 10 74 0001
21 a salaacuterio 1 057 2 148
Alcoolismo 9989 1000
Sim 4 229 9 667 0001
Natildeo 170 9714 126 9333
Tabagismo 9597 1000
Sim 15 857 21 1556 0001
Natildeo 152 8686 114 8444
Teste Qui-quadrado
20
52 Caracteriacutesticas antropomeacutetricas
Apoacutes a assinatura do TCLE e realizaccedilatildeo do questionaacuterio 10 idosos foram
excluiacutedos (recusas e informaccedilatildeo incompleta do questionaacuterio) desta etapa de anaacutelise
Dessa forma foram analisadas 300 avaliaccedilotildees das medidas antropomeacutetricas
Na Tabela 4 podem ser observados os valores meacutedios desvio padratildeo valores
miacutenimos e maacuteximos e percentuais das variaacuteveis avaliadas A meacutedia do IMC foi menor
nos homens quando comparado com o resultado das mulheres (p lt 0001) Natildeo houve
diferenccedila significativa da variaacutevel circunferecircncia da cintura entre homens e mulheres
(p = 0208) A prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi maior nas mulheres A maioria
das mulheres eacute obesa e entre os homens o estado nutricional foi considerado eutroacutefico
(Tabela 5)
21
Tabela 4 - Valores descritivos miacutenimos e maacuteximos das variaacuteveis analisadas
Variaacuteveis Mulheres (n=167) Homens (n=133) Valor-p
Idade (anos) 7078 plusmn 821 (60-108)
7259 plusmn 786 (60-93)
0055
Massa corporal (kg) 6020 plusmn 1223 (2970-9580)
6384 plusmn 1250 (4010-11840)
0012
Estatura (cm) 14875 plusmn 616 (129-164)
16080 plusmn 782 (135-183)
lt00001
IMC (kgm2) 2715 plusmn505 (1342-4064)
2458 plusmn 390 (1475-3544)
lt00001
CC (cm)dagger 8734 plusmn 1126 (55-130)
8894 plusmn 1010 (66-115)
0208
RCEst 057 plusmn 011 (000-087)
055 plusmn 006 (042-073)
0086
Iacutendice C 123 plusmn 021 (000-166)
129 plusmn 006 (117-150)
0001
PAS 14096 plusmn 2218 (87-200)
13735 plusmn 2251 (98-209)
0166
PAD 7671 plusmn 1091 (45-105)
7697 plusmn 1179 (49-110)
0846
IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia da cintura RCEst - razatildeo cintura-estatura Iacutendice C - Iacutendice de Conicidade PAS - pressatildeo arterial sistoacutelica PAD ndash pressatildeo arterial diastoacutelica dagger Variaacuteveis com perdas (n=163 mulheres) Teste T de Student para amostras independentes
Tabela 5 - Percentuais das variaacuteveis analisadas
Variaacutevel Mulheres Homens Valor-p
Pressatildeo Arterial (n) (n)
Normal 557 (93) 594 (79) 0011
Hipertensatildeo 443 (74) 406 (54)
Estado nutricional (n) (n)
Baixo peso 144 (24) 301 (40)
Normal 353 (59) 436 (58) lt00001
Sobrepeso 503 (84) 263 (35)
Teste Qui-quadrado
53 Anaacutelise da curva ROC
22
As aacutereas sob a curva ROC do IMC da CC da RCEst e do iacutendice C como
preditores de hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos e os respectivos
intervalos de confianccedila (IC 95) podem ser observados na Tabela 6 e nas Figuras 2
3 4 5 6 7 8 9 Evidenciou-se que alguns iacutendices antropomeacutetricos apresentaram
aacuterea sob a curva ROC significativas Todavia a RCEst e o IMC assumiram maiores
aacutereas com diferenccedila significativa para os homens
Tabela 6 - Aacuterea sob a curva ROC e IC95 entre os iacutendices antropomeacutetricos e hipertensatildeo arterial em idosos
Aacuterea sob a curva ROC
PA elevada Mulheres
Homens
p
IMC (kgm2) 053 (044-062) 060 (050-070)
lt00001dagger
CC (cm) 057 (048-066) 058 (048-068)
lt00001dagger
RCEst 056 (047-065) 061 (051-071)
lt00001dagger
Iacutendice C 058 (049-066) 058 (058-068) lt00001dagger
IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia de cintura RCEst - razatildeo cinturaestatura Iacutendice C - iacutendice de conicidade ROC ndashReceiver Operating CharacteristicIC95 - intervalo de confianccedila a 95Aacuterea sob a curva ROC apresentando poder discriminatoacuterio para pressatildeo arterial elevada (Li-IC ge 050) daggerTeste Qui-quadrado
23
Figura 2 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) IMC - iacutendice de massa corporal
Figura 3 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) IMC - iacutendice de massa corporal
24
Figura 4 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) CC ndash circunferecircncia da cintura
Figura 5 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) CC ndash circunferecircncia da cintura
25
Figura 6 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) RCEst - razatildeo cinturaestatura
Figura 7 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) RCEst - razatildeo cinturaestatura
26
Figura 8 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) Iacutendice C -iacutendice de conicidade
Figura 9 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) Iacutendice C - iacutendice de conicidade
27
Os valores dos pontos de corte dos iacutendices antropomeacutetricos como preditores
de hipertensatildeo arterial e suas respectivas sensibilidade e especificidade (mais
adequado equiliacutebrio entre si) satildeo apresentados na Tabela 7 Observa-se que entre
os iacutendices antropomeacutetricos a RCEst teve melhor percentual de sensibilidade e de
especificidade para discriminar a pressatildeo arterial elevada para os homens
Tabela 7 - Pontos de corte sensibilidade e especificidade dos iacutendices antropomeacutetricos para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial em idosos
Mulheres Homens PA elevada
Ponto de corte
Sensibilidade ()
Especificidade ()
Ponto de corte
Sensibilidade ()
Especificidade ()
IMC (kgm2)
2679 527 548 2420 527 548
CC (cm) 8750 577 457 8650 593 532 RCEst 059 568 430 054 648 456 Iacutendice C 126 541 452 129 574 456
IMC ndash Iacutendice de Massa Corporal CC ndash Circunferecircncia da Cintura RCEst ndash Razatildeo Cintura-Estatura Iacutendice C ndash Iacutendice de Conicidade
28
6 DISCUSSAtildeO
61 Aacutereas sob a Curva ROC
Este estudo teve como objetivo identificar a capacidade preditiva de iacutendices
antropomeacutetricos de obesidade geral e abdominal para discriminar a presenccedila de
hipertensatildeo arterial em idosos com foco de utilizaccedilatildeo no ambiente da estrateacutegia de
sauacutede da famiacutelia Nessa perspectiva surge uma proposta de triagem dos casos de
idosos com possiacuteveis alteraccedilotildees crocircnicas em sua pressatildeo arterial aleacutem de possibilitar
a discussatildeo sobre validaccedilatildeo de tais iacutendices para uso no contexto da sauacutede
Dessa forma recomenda-se a anaacutelise da sensibilidade e especificidade por
meio da construccedilatildeo de curvas ROC pois eacute a melhor opccedilatildeo para determinar pontos de
corte em estudos epidemioloacutegicos78 Essa anaacutelise permite fornecer a aacuterea sob a curva
que traduz o poder de discriminaccedilatildeo de um indicador para um determinado desfecho
e a identificaccedilatildeo do melhor ponto de corte
A proposta dessa pesquisa natildeo eacute excluir o diagnoacutestico meacutedico mas
proporcionar uma estrateacutegia mais abrangente a ser utilizada pelas USFs em parceria
entre os profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica e os profissionais de sauacutede no contexto da
atenccedilatildeo primaacuteria
Embora exista associaccedilatildeo entre sobrepesoobesidade e a pressatildeo arterial
elevada poucos estudos tecircm identificado pontos de corte de iacutendices antropomeacutetricos
que visem agrave detecccedilatildeo da hipertensatildeo arterial em idosos Diversos estudos tecircm
demonstrado que os iacutendices antropomeacutetricos satildeo bons indicadores de obesidade e
estatildeo relacionados a fatores de risco cardiovascular795880 Todavia a hipertensatildeo eacute
apontada como um dos principais fatores de risco cardiovasculares o que denota a
necessidade de um olhar diferenciado
A prevalecircncia de hipertensatildeo foi inferior agrave encontrada em outros estudos818283
Contudo diferenccedilas metodoloacutegicas nuacutemero de medidas realizadas e os diferentes
criteacuterios de referecircncia satildeo as principais causas da grande variabilidade nas
prevalecircncias de pressatildeo arterial elevada entre as investigaccedilotildees No presente estudo
29
optou-se por maior rigorosidade ao diagnosticar a pressatildeo arterial elevada
considerando a realizaccedilatildeo de trecircs medidas
Nessa amostra observou-se que a prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi
443 nas mulheres e 406 nos homens Demonstrando ser uma alta prevalecircncia
pois se trata de uma populaccedilatildeo que eacute influenciada diretamente pelo o aumento da
morbimortalidade durante o envelhecimento Estudos envolvendo idosos indicam que
a prevalecircncia da hipertensatildeo encontra-se entre 50-70 com o aumento da idade84
Poucos estudos epidemioloacutegicos foram conduzidos com o objetivo de identificar
e discriminar a capacidade de iacutendices antropomeacutetricos de obesidade para a pressatildeo
arterial elevada na populaccedilatildeo de idosos e principalmente utilizando o iacutendice C o
RCEst Um estudo realizado com a populaccedilatildeo de idosos utilizou o mesmo objetivo
poreacutem usou como ponto de corte o iacutendice de massa corporal e o iacutendice de adiposidade
corporal85 Entretanto faz-se necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de outros iacutendices para identificar
hipertensatildeo arterial em idosos
De acordo com os resultados do presente estudo somente alguns dos
indicadores antropomeacutetricos apresentaram capacidade preditiva para a hipertensatildeo
arterial em idosos de acordo com limite inferior do intervalo de confianccedila de 9586
Dessa forma foi observado que a RCEst e IMC para os homens mostraram-se com
bom poder de detecccedilatildeo para a hipertensatildeo arterial pois obtiveram maiores valores
sob a curva para esse desfecho
Em 2013 Leal Neto et al85 identificaram em seus resultados que o IMC e o
iacutendice de adiposidade corporal foram os melhores indicadores preditivos de
hipertensatildeo arterial nos idosos em ambos os sexos independentemente de outros
fatores tais como idade tabagismo consumo de aacutelcool e atividade fiacutesica
No presente estudo os principais indicadores que tiveram uma boa aacuterea sob a
curva foram o IMC RCEst e Iacutendice C com resultados de 060 IC95 (050-070) 061
IC95 (051-071) e 058 IC95 (058-068) respectivamente para homens
Nas mulheres tais iacutendices mostraram-se com menor poder discriminatoacuterio para
diagnosticar a hipertensatildeo arterial A HAS eacute um desfecho que pode ser influenciado
por fatores multicausais (hormonais estresse etc) Na anaacutelise do desempenho do
iacutendice antropomeacutetrico a loacutegica eacute unidirecional ou seja verificar o desempenho desses
iacutendices apenas como preditores de hipertensatildeo arterial foram mais satisfatoacuterios entre
os homens Os iacutendices podem interferir mas natildeo determinar a prevalecircncia da
30
hipertensatildeo Embora as mulheres tenham uma maior prevalecircncia essa natildeo eacute
determinada pelos iacutendices antropomeacutetricos no presente estudo
Tais resultados diferem do estudo realizado em 2012 por Samsen et al87 no
qual a circunferecircncia da cintura teve boa ASC nos homens = 0684 com IC95 (0672-
0695) e nas mulheres = 0673 IC95 (0665-0681) sendo o melhor indicador
significativamente (p lt0001) do que o IMC no qual a ASC em homens foi de = 0667
IC95 (0656-679) e nas mulheres = 0636 IC95 (0628-0644) em discriminaccedilatildeo
de pelo menos um fator de risco cardiovascular Isso se deve ao fato de tal estudo ter
sido realizado com uma abrangecircncia maior na faixa etaacuteria que foi de 45-80 anos
Uma possiacutevel limitaccedilatildeo para discussatildeo dos resultados desse estudo foi a faixa
etaacuteria restrita que natildeo incluiu idosos (igual ou acima de 60 anos) o que impossibilita
a triagem da pressatildeo arterial elevada nessa populaccedilatildeo
62 Iacutendices antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial
Nesse estudo a CC e RCEst foram as variaacuteveis com maiores valores absolutos
de sensibilidade para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial respectivamente para mulheres
e homens Tais resultados indicam as proporccedilotildees de verdadeiros positivos na
ocorrecircncia de hipertensatildeo arterial
Quanto ao ponto de corte do RCEst nas mulheres foi de 059 sendo 568 de
sensibilidade e 430 de especificidade Valores inferiores ao encontrado no presente
estudo para mulheres foram sugeridos em Taiwan (045) Cingapura (048) e na China
(050) No Brasil em 2009 Haun Pitanga e Lessa16 recomendaram para a RCEst
053 como melhor ponto de corte com sensibilidade (67) e especificidade (58) e
aacuterea sob a curva ROC de 069 (IC 95 = 064-075) Outro ponto de corte semelhante
ao observado no Brasil com mulheres mexicanas variou de 053 a 0535 para a
RCEst discriminar diabete tipo 2 hipertensatildeo e dislipidemias88899091
Os pontos de corte sugeridos por esses paiacuteses e no Brasil podem ter sido
inferiores por causa da abrangecircncia na faixa etaacuteria dos indiviacuteduos no qual incluiacuteram
mulheres de 30 a 74 anos como tambeacutem as caracteriacutesticas econocircmicas culturais e
31
de estilo de vida diferem da realidade das mulheres que residem em cidades de
pequeno porte Estudos que discriminem hipertensatildeo arterial principalmente em
idosos com RCEst satildeo escassos na literatura
Em 2010 Browning Hsieh e Ashwel92 realizaram uma revisatildeo sistemaacutetica
sobre a potencialidade de indicadores antropomeacutetricos em predizer doenccedilas
cardiovasculares e identificou a RCEst como variaacutevel de melhor desempenho A
RCEst apresentou maiores ASC quando comparada ao IMC ou CC Os dados
analisados foram de quatorze paiacuteses diferentes e incluiacuteram caucasianos asiaacuteticos e
da Ameacuterica Central Segundo os autores uma RCEst ge 05 eacute capaz de identificar
fatores de risco cardiovasculares Esse ponto de corte eacute inferior aos encontrados para
homens e mulheres no presente estudo significando que o ponto de corte encontrado
pode diagnosticar risco cardiovascular e consequentemente a presenccedila de
hipertensatildeo
Outros autores afirmam essa hipoacutetese relacionada aos valores limites para
RCEst em diversas populaccedilotildees e indicaram que um ponto de corte de 05 eacute o valor
mais indicado para ambos os sexos todas as idades e diferentes populaccedilotildees899315
Com relaccedilatildeo agrave especificidade a variaacutevel com maior valor foi o IMC
independentemente do sexo Nas mulheres o ponto de corte sugerido foi 2679 kgm2
e nos homens 2420 kgm2 O valor da especificidade foi de 548 para ambos os
sexos o qual possibilita determinar corretamente a ausecircncia de hipertensatildeo arterial
Sendo assim este estudo sugere que o IMC natildeo foi o melhor preditor de hipertensatildeo
arterial
O estudo de Leal Neto et al (2013)85 tambeacutem testou a capacidade de
indicadores antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial em idosos
sugeriu como pontos de corte para IMC valores de 247 kgm2 igual ao encontrado no
presente estudo e de 273 kgm2 nuacutemero superior que aos dados do presente
trabalho para homens e mulheres respectivamente
Em outro estudo realizado com 19621 homens e mulheres com faixa etaacuteria de
45-80 anos a meacutedia da idade foi de 598 anos para os homens e 585 anos para as
mulheres O ponto de corte adequado de IMC foi de 23 kgm2 em homens e 24 kgm2
em mulheres Os pontos de corte de CC foram 80 cm e 78 cm em homens e mulheres
respectivamente Os achados do presente estudo foram superiores a esses
32
resultados todavia deve ser considerado que a populaccedilatildeo alvo foi diferente e com
idade menor da populaccedilatildeo pesquisada no presente trabalho87
Com relaccedilatildeo agrave CC o ponto de corte identificado para a prediccedilatildeo de hipertensatildeo
arterial nas mulheres foi superior ao dos homens Contudo os valores de sensibilidade
e especificidade desses pontos de corte foram maiores entre os homens o que pode
indicar que o poder preditivo da CC para a hipertensatildeo arterial eacute melhor para o sexo
masculino Quanto menor o ponto de corte maior seraacute a habilidade do teste em
classificar os doentes como positivos isto eacute maior seraacute a sensibilidade76 Os pontos
de corte dos homens foram em sua maioria menores em comparaccedilatildeo aos das
mulheres
Tais resultados satildeo contraacuterios aos achados do estudo de Kashihara et al
(2009)94 com indiviacuteduos de 30-74 anos que comparou paciente com hipertensatildeo e sem
hipertensatildeo Em seus pontos de corte de CC para os homens foram superiores aos
pontos de corte definidos para as mulheres e os valores de sensibilidade e
especificidade foi maior nas mulheres para identificar risco cardiovascular Poreacutem a
idade foi menor ao proposto no presente estudo
Outro estudo que contraria tais resultados quanto ao ponto de corte da CC foi
o de Haun Pitanga e Lessa (2009)16 que foi superior para os homens enquanto o
niacutevel de sensibilidade e especificidade foi igual aos nossos achados Poreacutem esse
estudo foi realizado com indiviacuteduos de idade entre 30-74 anos e discriminou risco
coronariano elevado
Quanto ao Iacutendice C no presente estudo o ponto de corte sugerido foi de 126
nas mulheres (sensibilidade 541 e especificidade 452) e 129 para os homens
(sensibilidade 574 e especificidade 456)
Diferentemente do resultado encontrado no presente estudo Pitanga e Lessa
(2005)56 sugeriram como o melhor ponto de corte para risco coronariano com o iacutendice
C 118 para mulheres apresentando valores de sensibilidade (7339) e
especificidade (6115) Para os homens o ponto de corte foi de 125 com valores de
sensibilidade (7391) e especificidade (7492) Tais pontos de corte foram para
indiviacuteduos adultos por esse motivo foram mais baixos que os achados do presente
trabalho Deve-se considerar que existem modificaccedilotildees na composiccedilatildeo corporal com
o processo do envelhecimento o que poderia alterar os pontos de corte para as essas
medidas antropomeacutetricas
33
Em outro estudo com os mesmo autores foram apresentados outros pontos de
corte comparando diferentes faixas etaacuterias Para as mulheres de 30-49 anos o melhor
ponto de corte foi o mesmo (118) com melhor sensibilidade (7857) e
especificidade (6524) e tambeacutem melhor aacuterea sob a curva ROC 081 (IC95 = 070-
092) Entre as de idade mais avanccedilada (50-74 anos) o melhor ponto de corte
sugerido foi 122 com sensibilidade (6000) e especificidade (6582) e aacuterea sob a
curva ROC 065 (IC 95 = 058-073) Portanto o iacutendice C apresentou melhor poder
discriminatoacuterio de RCEst para as mulheres mais jovens64
Almeida Almeida e Arauacutejo (2009)58 conduziram uma pesquisa com mulheres
de 30 e 69 anos buscando avaliar o desempenho de diferentes pontos de corte do
iacutendice C RCQ CC e RCEst para discriminar Risco Coronariano Elevado e o ponto de
corte encontrado para o Iacutendice C foi (125) proacuteximo ao ponto de corte para mulheres
nos nossos achados Dessa forma tais autores afirmaram que os indicadores
antropomeacutetricos de obesidade abdominal analisados tiveram desempenhos
satisfatoacuterios e similares para discriminar RCEst poreacutem o iacutendice C foi o que
apresentou o melhor poder discriminatoacuterio
As informaccedilotildees sobre o iacutendice C satildeo limitadas quanto agrave discussatildeo do ponto de
corte para hipertensatildeo arterial principalmente por encontrar poucos estudos sobre
essa medida como referecircncia para idosos Pitanga e Lessa (2004)55 relatam como
uma limitaccedilatildeo para a utilizaccedilatildeo do Iacutendice C em estudos populacionais a dificuldade de
se calcular o denominador da equaccedilatildeo proposta para sua determinaccedilatildeo
O excesso de gordura em geral estaacute associado ao aparecimento de doenccedilas
cardiovasculares hipertensatildeo arterial e mortalidade a definiccedilatildeo de pontos de corte
para iacutendices que se destacam por sua simplicidade operacional e boa acuraacutecia
permite a detecccedilatildeo dos indiviacuteduos sob risco sendo de grande utilidade nos serviccedilos
de atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede aleacutem de possibilitar o conhecimento da situaccedilatildeo de
grupos populacionais especiacuteficos frente a esses riscos quando empregados na
pesquisa epidemioloacutegica
No contexto das cidades de pequeno porte (rurais e urbanas) os recursos de
sauacutede satildeo muitas vezes limitados e escassos sendo importante a utilizaccedilatildeo desses
iacutendices antropomeacutetricos como substituiccedilatildeo eou apoio a avaliaccedilatildeo tradicional da
pressatildeo arterial Em vaacuterias conjunturas de sauacutede a alta demanda de paciente com
hipertensatildeo arterial exige a utilizaccedilatildeo de instrumentos de diagnoacutesticos e rastreamento
34
de raacutepida e faacutecil aplicaccedilatildeo que possam ser manejados por diferentes profissionais e
que sobretudo apresentem validade e fidedignidade A adequada validaccedilatildeo de
instrumentos e conhecimento de suas propriedades teacutecnicas na populaccedilatildeo brasileira
tambeacutem deve contribuir com a seleccedilatildeo de prioridades e delimitaccedilatildeo do conteuacutedo dos
programas de sauacutede pelos tomadores de decisatildeo em diferentes niacuteveis de gestatildeo
35
7 CONCLUSAtildeO
As anaacutelises dos dados permitem frente aos objetivos estabelecidos formular
as seguintes conclusotildees Quanto ao poder de discriminaccedilatildeo de iacutendices
antropomeacutetricos para a hipertensatildeo arterial em idosos os iacutendices antropomeacutetricos
(IMC RCEst e Iacutendice C) foram bons preditores de hipertensatildeo arterial para os homens
Dessa forma tais iacutendices podem ser empregados nos homens poreacutem tais medidas
natildeo foram satisfatoacuterias para predizer pressatildeo arterial elevada nas mulheres idosas
limitando a sua utilizaccedilatildeo para o sexo feminino com idades avanccediladas
O melhor ponto de corte para discriminar hipertensatildeo arterial foi 054 para a
RCEst nos homens dessa forma tal ponto de corte deve ser empregada no contexto
da atenccedilatildeo primaacuteria nos homens Sugere-se a utilizaccedilatildeo dessa medida a fim de
detectar e realizar a triagem da hipertensatildeo arterial com caracteriacutesticas similares agrave
amostra deste estudo
Recomenda-se que a utilizaccedilatildeo de dois iacutendices simultaneamente resulte em
uma maior eficiecircncia na avaliaccedilatildeo do risco de hipertensatildeo arterial em idosos A
indicaccedilatildeo destas medidas permite que ela seja realizada nas Unidades de Sauacutede da
Famiacutelia como meacutetodo de triagem para idosos com hipertensatildeo arterial utilizando
materiais de faacutecil manejo e de baixo custo
Dessa forma pode-se efetivamente atingir uma das estrateacutegias de prevenccedilatildeo
da hipertensatildeo arterial sistecircmica que eacute o controle da pressatildeo arterial durante o
envelhecimento Todavia sugere-se cautela na utilizaccedilatildeo do ponto de corte desses
indicadores para as mulheres pois os resultados natildeo foram satisfatoacuterios
Fica evidente a necessidade de outros estudos que identifiquem pontos de
corte de iacutendices antropomeacutetricos visando agrave detecccedilatildeo de hipertensatildeo arterial e de
outros fatores de risco cardiovascular nas mulheres idosas que residem em cidades
de pequeno porte
36
8 REFEREcircNCIAS
1 Omram AR The epidemiologic transition a theory of the epidemiology of population change Milbank Memorial Fund Quarterly 1971 49 (Part 1) 509-538
2 Wong LR Carvalho JM Age-strucutural transition in Brazil demographic bonuses and emerging challenges In Pool I Wong LLR Vilquin E editores Age-structural transitions challenges for development Paris Committee for International Cooperation in National Research in Demography 2006
3 Gragnolati M Jorgensen OH Rocha R Fruttero AA Envelhecendo em um Brasil mais Velho implicaccedilotildees do envelhecimento populacional sobre o crescimento econocircmico reduccedilatildeo da pobreza financcedilas puacuteblicas prestaccedilatildeo de serviccedilos Banco Internacional para a Reconstruccedilatildeo e o Desenvolvimento Banco Mundial 2011
4 Schmidt MI Duncan BB Silva GA et al Health in Brazil 4 Chronic non-communicable diseases in Brazil burden and current challenges The Lancet 2011 377
5 Ezzati M Hoorn SV Rodgers A et al Comparative Risk Assessment Collaborating Group Selected major risk factors and global and regional burden of disease Lancet 2002 360 1347-60
6 Lim SS Vos T Flaxman AD et al A comparative risk assessment of burden of disease and injury attributable to 67 risk factors and risk factor clusters in 21 regions 1990-2010 a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2010 Lancet 2012 380 (9859)2224-60
7 Sociedade Brasileira de Cardiologia Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Sociedade Brasileira de Nefrologia VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 2010 95(1) 1-51
8 Miranda DR Perrotti TC Bellinazzi VR et al Hipertensatildeo arterial no idoso peculiaridades na fisiopatologia no diagnoacutestico e no tratamento Rev Bras Hipertens 2002 9 293-300
9 Pilger C Menon MU Mathias TAF Caracteriacutesticas sociodemograacuteficas e de sauacutede de idosos contribuiccedilotildees para os serviccedilos de sauacutede Rev Latino-Am Enfermagem 2011 19(5)1230-1238
10 Pilger C Menon MU Mathias TAF Utilizaccedilatildeo de serviccedilos de sauacutede por idosos vivendo na comunidade Rev esc enferm USP 2013 47(1)213-220
11 Mariath AB Grillo LP Silva RO et al Obesidade e fatores de risco para o desenvolvimento de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis entre usuaacuterios de unidade de alimentaccedilatildeo e nutriccedilatildeo Cad Sauacutede Puacuteblica 2007 23 (4) 897-905
37
12 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Diretrizes e recomendaccedilotildees para o cuidado
integral de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis promoccedilatildeo da sauacutede vigilacircncia prevenccedilatildeo e assistecircncia Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2008
13 Kuumlmpe DA Sodreacute AC Pomatti DM et al Obesidade em Idosos Acompanhados
pela Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia Texto Contexto Enferm Florianoacutepolis 2011 20(3) 471-7
14 Silva KS Farias Juacutenior JC Fatores de risco associados agrave pressatildeo arterial elevada em adolescentes Rev Bras Med Esporte 2007 13(4) 237-40
15 Pitanga FJG Lessa I Razatildeo cintura-estatura como discriminador do risco
coronariano de adultos Rev Assoc Med Bras 2006 52157-61
16 Haun DR Pitanga FJG Lessa I Razatildeo CinturaEstatura comparado a outros indicadores antropomeacutetricos de obesidade como preditor de risco coronariano elevado Rev Assoc Med Bras [online] 2009 55(6) 705-711
17 Nascimento CM Ribeiro AQ SantrsquoAna LFR et al Estado nutricional e condiccedilotildees de sauacutede da populaccedilatildeo idosa brasileira revisatildeo da literatura Rev meacuted Minas Gerais 2011 21(2)174-180
18 Gomes MA Beck cc Duarte MFS et al Ficha Antropomeacutetrica no Nuacutecleo de Apoio a Sauacutede da Famiacutelia o que medir e para que medir Rev bras cineantropom desempenho hum 2009 11(2) 243-253
19 Azevedo LF Oliveira ACC Lima JRP et al Recomendaccedilotildees sobre condutas e procedimentos do profissional de educaccedilatildeo fiacutesica na atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede Rio de Janeiro CONFEF 2010 109-55
20 World Health Organization World health statistics 2012 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghopublicationsworld_health_statistics2012enindexhtmlgt [2012 set 18]
21 World Health Organization Global health risks mortality and burden of disease attributable to selected major risks Geneva World Health Organization 2009a
22 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Panorama da sauacutede brasileira em muacuteltiplos aspectos Percepccedilatildeo do estado de sauacutede estilo de vida e doenccedila crocircnica Pesquisa Nacional de Sauacutede 2013
23 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Pesquisa Nacional por Amostra
de Domiciacutelios 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapesquisaspesquisa_resultadosphpid_pesquisa=149gt[2014 dez 04]
24 Tribess S Virtuoso Junior JS Prescriccedilatildeo de exerciacutecios fiacutesicos para idosos Rev saudecom 2005 1(2)163-72
38
25 Pollock ML Wilmore JH Exerciacutecio na Sauacutede e na Doenccedila avaliaccedilatildeo e prescriccedilatildeo para prevenccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo Editora MEDSI 2ordf ed Rio de Janeiro 1993
26 Sociedade Brasileira de Cardiologia V Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 20061-48
27 World Health Organization Global Health Observatory (GHO) 2014 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghoncdrisk_factorsblood_pressure_prevalence_textengt [2014 dez 04]
28 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Secretaria de Atenccedilatildeo baacutesica agrave Sauacutede Departamento de atenccedilatildeo baacutesica - Hipertensatildeo arterial sistecircmica Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2006
29 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) (2009) Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeGestorvisualizar_textocfmidtxt=24421gt [2010 abr 07]
30 Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Nuacutemero de hipertenso 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwsbhorgbripadgeralphpgt [09 nov 2014]
31 Secretaria de Sauacutede do Estado da Bahia Hipertensatildeo Quantidade de Hipertensos na Bahia Disponiacutevel em (2014) lthttpwwwsaudebagovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=4418ampcatid=1ampItemid=14gt [2014 jan 10]
32 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica 2014 Dados de mortalidade na Bahia Disponiacutevel em lthttptabnetdatasusgovbrcgitabcgiexesiabcnvSIABSBAdefgt [2014 mai 05]
33 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica Dados sociodemograacuteficos de Ibicuiacute 2014 lthttptabnetdatasusgovbrcgideftohtmexesiabcnvSIABFBAdefgt [2014 jan 05]
34 Williams B The year in hypertension JACC 2010 55(1) 66-73
35 Lipp M Rocha JC Stress Hipertensatildeo Arterial e Qualidade de vida um guia de tratamento para o hipertenso Campinas Papirus 1996
36 Borenstein MS (Org) Manual de Hipertensatildeo Arterial Porto Allege Editora Sagra Luzzatto 1999
37 Joint National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure The Sixth Report of the Join National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure Arch Intern Med 1997157 2413-2446
39
38 Mitchell GF Parise H Benjamin EJ et al Changes in arterial stiffness and wave reflection with advancing age in health men and women Hypertension 2004 431239-1245
39 Matos AC Ladeia AM Avaliaccedilatildeo de fatores de risco cardiovascular em uma comunidade rural da Bahia Arq Bras Cardiol 2003 81(3) 291-6
40 World Health Organization Who Expert Committee on Physical Status the use and interpretation of antropometry Report of a WHO Expert Commitee Geneva WHO 1995 p 854
41 Pitanga FJG Antropometria na avaliaccedilatildeo da obesidade abdominal e risco coronariano Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum 201113(3) 238-241
42 Ferreira LS Amaral TF Marucci MFN et al Under nutrition as a major risk factor for death among older Brazilian adults in the community-dwelling setting SABE survey Nutrition 201127(10)17-22
43 Andrade FB Caldas Junior AF Kitoko PM et al Prevalence of overweight and obesity in elderly people from Vitoacuteria-ES Brazil Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2012 set17(3)749-756
44 Boscatto EC Duarte Mde F Coqueiro Rda S Barbosa AR Nutritional status in the oldest elderly and associated factors Rev Assoc Med Bras 2013 59(1)40-47
45 Kostka J Borowiak E Kostka T Nutritional status and quality of life in different
populations of older people in Poland Eur J Clin Nutr 2014 Nov68(11)1210-5
46 Silva DAS Petroski EL Associaccedilatildeo de diferentes pontos de corte para sobrepeso e obesidade com pressatildeo arterial elevada em idosas Rev Educ Fis UEM 2009 20 415-22
47 Nutrition Screening Initiative Interventions manual for professionals caring for older Americans Washington DC Nutrition Screening Initiative 1992
48 World Health Organization Obesity preventing and managing the global epidemic Report of a WHO Consultation on Obesity Geneva World Health Organization 1998
49 Cameron AJ Dunstan DW Owen N et al Health and mortality consequences
of abdominal obesity evidence from the Aus Diab study Med J Aust 2009191 202ndash208
50 Fox KA Despres JP Richard AJ et al Does abdominal obesity have a similar impact on cardiovascular disease and diabetes A study of 91246 ambulant patients in 27 European countries Eur Heart J 2009 30 3055ndash3063
40
51 Pouliot MC Despreacutes JP Lemieux S et al Waist circumference and abdominal sagittal diameter Best simple anthropometric indexes of abdominal visceral adipose tissue accumulation and related cardiovascular risk in men and woman Am J Cardiology 1994 73 460-468
52 Peixoto MRG Beniacutecio MHD Latorre M et al Circunferecircncia da Cintura e Iacutendice de massa Corporal como Preditores da Hipertensatildeo Arterial Arq Bras Cardiol 200687 462-470
53 MacKay MF Haffner SM Wagenknecht LE et al Prediction of type 2 diabetes using alternate anthropometric measures in a multiethnic cohort the insulin resistance atherosclerosis study Diabetes Care 200932(5)956-8
54 Valdez R A simple model-based index of abdominal adiposity J Clin Epidemiol1991 44(9) 955-6
55 Pitanga FJG Lessa I Sensibilidade e especificidade do iacutendice de conicidade como discriminador do risco coronariano de adultos em Salvador Brasil Rev Bras Epidemiol 20047(3)259-69
56 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano elevado em adultos na cidade de Salvador - Bahia Arq Bras Cardiol 2005 85 (1)26-31
57 Ghosh JR Bandyopadhyay AR Comparative evaluation of obesity measures relationship with blood pressures and hypertension Singapore Med J 200748(3) 232-5
58 Almeida RT Almeida MMG Araujo TM Obesidade abdominal e risco cardiovascular desempenho de indicadores antropomeacutetricos em mulheres Arq Bras Cardiol 2009 out92(5)375-380
59 Freitas Juacutenior Costa Rosa CS Codogno JS et al Capacidade cardiorrespiratoacuteria e distribuiccedilatildeo de gordura corporal de mulheres com 50 anos ou mais Rev Esc Enferm USP 2010 44(2) 395-400
60 Matos LN Giorelli GV Dias CB Correlation of anthropometric indicators for identifying insulin sensitivity and resistance Satildeo Paulo Med J [online] 2011 129(1) 30-35
61 Gomes MA Rech CR Gomes MBA et al Correlaccedilatildeo entre iacutendices antropomeacutetricos e distribuiccedilatildeo de gordura corporal em mulheres idosas Rev bras cineantropom desempenho hum 2006 set 8(3) 16-22
62 Tarastchuk JCE Gueacuterios EE Bueno RRL et al Obesidade e intervenccedilatildeo coronariana devemos continuar valorizando o Iacutendice de Massa Corpoacuterea Arq Bras Cardiol [online] 2008 90(5) 311-316
41
63 Ferreira AP CB Ferreira VC Souza et al Risco de distuacuterbio glicecircmico em mulheres idosas ajustado por antropometria e genoacutetipos de citocinas Rev Assoc Med Bras [online] 201157(5) 565-569
64 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano em mulheres Rev Bras Cineantrop Desempenho Hum 2006 8 (1) 14-21
65 Newman TB Browner WS Cummings SR Delineando estudos de testes meacutedicos In Hulley SB et al Delineando a pesquisa cliacutenica uma abordagem epidemioloacutegica 2 ed Porto Alegre Artmed 2003 203-224
66 Toscano CM As campanhas nacionais para detecccedilatildeo das doenccedilas crocircnicas natildeo-transmissiacuteveis diabetes e hipertensatildeo arterial Ciecircnc sauacutede Coletiva out-dez 2004 9(4) 885-895
67 Fletcher RH Fletcher SW Prevenccedilatildeo In Fletcher R Fletcher S Epidemiologia
cliacutenica elementos essenciais 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 2006 179-201
68 Jeckel J Elmore J Katz D Meacutetodos de prevenccedilatildeo secundaacuteria In _____ Epidemiologia bioestatiacutestica e medicina preventiva 2 ed Porto Alegre Artmed 2005 236-247
69 Klein CH Bloch KV Estudos seccionais In Medronho RA Carvalho DM Bloch KV Luiz RR Werneck GL Epidemiologia 1ordf ed Satildeo Paulo Editora Atheneu 2002 125-150
70 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Resoluccedilatildeo nordm- 6 de 3 de novembro de 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcenso2010ibgegovbrdados_divulgadosindexphpuf=29gt[201 dez 18]
71 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica ndash Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais (2014) Disponiacutevel em lthttpcodibgegovbr398G9gt [2014 ago 30]
72 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230gt [2013 mai 01]
73 Luiz RR Magnanini MMF A loacutegica da determinaccedilatildeo do tamanho da amostra em investigaccedilotildees epidemioloacutegicas Cad sauacutede coletiva Rio de Janeiro 2000 8(2) 9-28
74 Reis MC Nascimento RAS Pedreira RBS et al Validaccedilatildeo de Face e Clareza do Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede dos Idosos ndash IASI [resumo] in Anais do XIX Congresso Brasileiro Geriatria e Gerontologia Beleacutem 2014 296-296
75 Lohman TG Roche AF Martorell R Anthropometric Standardization Reference Manual Champaign Illinois Human Kinetics 1988
42
76 Vaz JCL Regiotildees de Incerteza para Curva ROC em Teste Diagnoacutesticos
[dissertaccedilatildeo] Satildeo Carlos Universidade Federal de Satildeo Carlos 2009
77 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de 2012
78 Erdreich LS Lee ET Use of relative operating characteristic analysis in epidemiology A method for dealing with subjective judgement Am J Epidemiol 1981 114649-62
79 Aekplakorn W Pakpeankitwatana V Lee CM et al Abdominal obesity and coronary heart disease in Thai men Obesity 200715(4)1036-42
80 Oliveira MAM Fagundes RLM Moreira EAM et al Relaccedilatildeo de Indicadores Antropomeacutetricos com Fatores de Risco para Doenccedila Cardiovascular Arq Bras Cardiol 2010 abr 94(4) 478-485
81 Mendes TAB Goldbaum M Segri NJ et al Factors associated with the prevalence of hypertension and control practices among elderly residents of Satildeo Paulo city Brazil Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(11) 2275-2286
82 Oliveira BFA Souza Mouratildeo D Gomes N et al Prevalecircncia de hipertensatildeo arterial em comunidades ribeirinhas do Rio Madeira Amazocircnia Ocidental Brasileira Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(8) 1617-1630
83 Picon RV Fuchs FD Moreira LB et al Prevalence of Hypertension Among Elderly Persons in Urban Brazil A Systematic Review With Meta-Analysis Am J Hypertens 2013 26 (4) 541-548
84 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Pessoa Idosa e Envelhecimento Seacuteries Pactos pela Sauacutede 2006 v 12 Brasiacutelia ndash DF 2010
85 Leal Neto JS Souza J Coqueiro RS et al Anthropometric indicators of obesity as screening tools for high blood pressure in the elderly Int J Nurs Pract 2013 Aug 19(4) 360-367
86 Schisterman EF Faraggi D Reiser B Trevisan M Statistical inference for the area under the receiver operating characteristic curve in the presence of random measurement error Am J Epidemiol 2001 154 (2) 174-9
87 Samsen M Hanchaiphiboolkul S Puthkhao P et al Appropriate body mass index and waist circumference cutoffs for middle and older age group in Thailand data of 19621 participants from Thai epidemiologic stroke (TES) study J Med Assoc Thai 2012 Sep 95(9)1156-66
88 Ko GTC Chan JCN Cockram CS Woo J Prediction of hypertension diabetes dyslipidemia or albuminuria using simple anthropometric indexes in Hong Kong Chinese Int J Obes 1999 23 (11) 1136-42
43
89 Lin WY Lee LT Chen CY et al Optimal cut-off values for obesity using simple anthropometric indices to predict cardiovascular risk factors in Taiwan Int J Obes Relat Metab Disord 2002261232-8
90 Pua YH Ong PH Anthropometric indices as screening tools for cardiovascular risk factors in Singaporean women Asia Pac J Clin Nutr 2005 14 (1) 74-9
91 Berber A Goacutemez-Santos R Fanghaumlnel G Saacutenchez-Reyes L Anthropometric
indexes in the prediction of type 2 diabetes mellitus hypertension and dyslipidaemia in a Mexican population Int J Obes 200125(12)1794-9
92 Browning LM Hsieh SD Ashwell M A systematic review of waist-to-height ratio
as a screening tool for the prediction of cardiovascular disease and diabetes 05 could be a suitable global boundary value Nutr Res Rev 2010 23(2)247-69
93 Bertsias G Mammas I Linardakis M Kafatos A Overweight and obesity in
relation to cardiovascular disease risk factors among medical students in Crete Greece BMC Public Health 2003 31-9
94 Kashihara H Lee JS Kawakubo K et al Criteria of Waist Circumference According to Computed Tomography-Measured Visceral Fat Area and the Clustering of Cardiovascular Risk Factors Circ J 2009 73 1881-1886
44
APEcircNDICES
45
Apecircndice 1
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
46
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS
PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE SAUacuteDE
DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE
Jequieacute ____ ____ 201__
APEcircNDICE 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Vocecirc esta sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa do Nuacutecleo de
Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo (NESP) da Universidade Estadual do Sudoeste da
Bahia
Objetivo do estudo Avaliar e monitorar as condiccedilotildees de sauacutede de idosos residentes
em comunidade
Participaccedilatildeo Ao aceitar participar do estudo estarei agrave disposiccedilatildeo do pesquisador
para responder ao formulaacuterio que seraacute arquivado pelo autor por um periacuteodo de cinco
anos sendo posteriormente incinerado
Riscos Este estudo natildeo traraacute riscos para minha integridade fiacutesica ou moral dos
participantes
Confidencialidade do estudo Seraacute garantida a privacidade o anonimato bem como
o direito de aceitar ou natildeo participar da pesquisa podendo ser essa autorizaccedilatildeo
suspensa em qualquer fase do estudo Assim as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo
4662012 do Conselho Nacional de Sauacutede que discorre sobre pesquisa envolvendo
seres humanos seratildeo atendidas Os resultados seratildeo publicados no relatoacuterio final da
dissertaccedilatildeo e artigos cientiacuteficos
47
Benefiacutecios Accedilotildees interinstitucionais articuladas promovidas numa perspectiva
interdisciplinar possibilitaratildeo uma melhor compreensatildeo das condiccedilotildees de sauacutede dos
idosos residentes em comunidade do municiacutepio e contribuiraacute para a formulaccedilatildeo de
accedilotildees direcionadas as necessidades dessa populaccedilatildeo
Danos advindos da pesquisa Caso haja algum prejuiacutezo decorrente da realizaccedilatildeo
deste estudo seraacute providenciada a devida reparaccedilatildeo dos danos atraveacutes do
responsaacutevel pelo estudo O pesquisador e os entrevistados natildeo receberatildeo benefiacutecios
financeiros para participaccedilatildeo no estudo Todas as despesas seratildeo por conta do
pesquisador
Participaccedilatildeo voluntaacuteria Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria podendo a qualquer
momento desistir do estudo sem qualquer prejuiacutezo ou penalidade para mim
Consentimento para participaccedilatildeo Apoacutes ser devidamente esclarecido (a) quanto
aos objetivos deste estudo dos procedimentos aos quais serei submetido (a) bem
como dos possiacuteveis riscos decorrentes da minha participaccedilatildeo estou de acordo em
participar do mesmo O pesquisador responsaacutevel pelo estudo assegura que seraacute
disponibilizado qualquer esclarecimento adicional que eu venha a solicitar durante a
realizaccedilatildeo da pesquisa e o direito de desistir da participaccedilatildeo em qualquer momento
Em casos de duacutevidas eou problemas referentes ao estudo vocecirc poderaacute
entrar em contato com o autor atraveacutes do Nuacutecleo de Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo
(NESP) (73) 3528-9721
Sendo assim eu ______________________________________________
aceito livremente participar do Projeto MONIDI
__________________________________ __________________________________
Assinatura do (a) participante
RG _________________________
Assinatura do (a) pesquisador
RG_________________________
48
Apecircndice 2
Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede do Idoso
49
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS
PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE
SAUacuteDE DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE
Nuacutemero do Questionaacuterio |__|__|__|
Nome do Entrevistador ___________________________
Visita 1 2 3
Data Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Hora de iniacutecio ________
Hora de teacutermino ________
I INFORMACcedilOtildeES PESSOAIS E SOCIODEMOGRAacuteFICAS
1 Nome do entrevistado
2Sexo
0 ( ) Feminino
1 ( ) Masculino
3 Endereccedilo completotelefone
4 Idade ____ anos
41 Data de Nascimento
____________
50
5 Situaccedilatildeo conjugal atual
1 ( ) Casado(a) 2 ( ) Uniatildeo estaacutevel 3 ( ) Solteiroa
4 ( ) Divorciado(a)separado(a)desquitado(a) 5 ( ) Viuacutevoa
6 No total quantas vezes o (a) Sr(a) esteve casado(a) ou em uniatildeo
Nordm de vezes |___|___|
7 Na escola qual a uacuteltima seacuterie grau que concluiu com aprovaccedilatildeo
1 - Nunca foi agrave escola ( ) 4 - Fundamental II ( )5 a ( )6 a ( )7 a ( )8 a
2 - Lecirc e escreve o nome ( ) 5 - Ensino Meacutedio ( ) 1 a ( )2 a ( )3
3 - Fundamental I ( )1 a ( )2 a 6 - Superior ( ) completo ( ) incompleto
( )3 a ( )4 a
8 Como vocecirc classificaria a cor da sua pele
1( ) Branca 2( ) Amarela (oriental) 3( ) Parda
4( ) Origem indiacutegena 5( ) Preta 9( ) Natildeo sabe
9 Cor da pele (entrevistador)
1( ) branca 2( ) amarela (oriental) 3( ) parda
4( ) origem indiacutegena 5( ) preta
10-Quantos filhos e filhas nascidos vivos o(a)Sr(a) teve (natildeo inclua enteados filhos
adotivos abortos ou filhos nascidos mortos)
Nuacutemero de filhos |____|____| (98) NS (99) NR
11 Atualmente o senhor (a) mora sozinho ou acompanhado
1( )Acompanhado 2( ) Sozinho 3( ) NR 4( )NS
51
12 Desde que o senhor (a) nasceu viveu no campo por 5 anos ou mais
0( ) Natildeo 1( ) Sim 2( ) NS 3( ) NR
13 Qual eacute a sua religiatildeo
1( ) Catoacutelica 2( ) Protestante 3( ) Judaica
4( ) Espiacuteritakardecista 5( ) Umbanda 6( ) Outras ____________
14 Qual a importacircncia da religiatildeo em sua vida
(1) Importante (2) Regular (3) Nada importante (8) NS (9) NR
15 Com que frequecircncia o senhor vai agrave igreja ou ao serviccedilo religioso
( ) Nunca ( ) Vaacuterias vezes por ano ( ) Uma duas vezes por mecircs
( ) Quase toda semana ( ) Mais de uma vez por semana ( ) NS ( ) NR
16 Quanto vocecirc ganha em meacutedia por mecircs R$ __________8( )Natildeo se aplica
II A CONSUMO DE AacuteLCOOL E TABACO
Uso de bebidas alcooacutelicas
1 Vocecirc consome bebidas alcooacutelicas Se vocecirc NAtildeO BEBE siga para o bloco III C
0 ( )sim 1( ) natildeo
2 Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
3 As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
4 Sente-se chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
5 Costuma beber pela manhatilde para diminuir o nervosismo ou a ressaca
0 ( ) sim 1( ) natildeo
Haacutebito de fumar
1 Vocecirc jaacute foi fumante 0 ( ) sim 1( ) natildeo
52
2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco
III C
3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros
4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias
III ANTROPOMETRIA
MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS
ESTATURA
MASSA CORPORAL
CIRCUNFEREcircNCIA
DE CINTURA
IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL
MEDIDA 01 02 03
Pressatildeo arterial
sistoacutelica
Pressatildeo arterial
diastoacutelica
53
ANEXOS
54
Anexo 1
Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos
55
56
iii
DINIZKEILA DE OLIVEIRA
Iacutendices Antropomeacutetricos como Preditores de Hipertensatildeo
Arterial em Idosos Residentes em uma Cidade de Pequeno Porte
2015
iv
FICHA CATALOGRAacuteFICA ELABORADA PELA BIBLIOTECA CENTRAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE
D585i
Diniz Keila de Oliveira Iacutendices antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial em idosos residentes em uma cidade de pequeno porte Keila de Oliveira Diniz orientador Antonio Cesar Cabral de Oliveira ndash Satildeo Cristoacutevatildeo 2015
71 f
Dissertaccedilatildeo (mestrado em Educaccedilatildeo Fiacutesica) ndash Universidade Federal de Sergipe 2015
1 Hipertensatildeo 2 Antropometria 3 Obesidade 4 Idosos ndash Doenccedilas - Diagnoacutestico I Oliveira Antonio Cesar Cabral de orient II Tiacutetulo
CDU 61612-0713
v
KEILA DE OLIVEIRA DINIZ IacuteNDICES ANTROPOMEacuteTRICOS COMO PREDITORES DE HIPERTENSAtildeO ARTERIAL EM IDOSOS RESIDENTES EM
UMA CIDADE DE PEQUENO PORTE
Dissertaccedilatildeo apresentada ao Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Educaccedilatildeo Fiacutesica da Universidade Federal de Sergipe como requisito parcial para obtenccedilatildeo do grau de Mestre em Educaccedilatildeo Fiacutesica
Aprovada em ____________
_________________________________________
Prof Dr Antonio Cesar Cabral de Oliveira (UFS)
________________________________________ Prof Dr Marcos Bezerra de Almeida (UFS)
_________________________________________
Prof Dr Joseacute Jean de Oliveira Toscano (UFAL)
PARECER
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
vi
DEDICATOacuteRIA Dedico esta dissertaccedilatildeo a IRACI BORGES DINIZ (in memoriam) minha querida
vovoacute uma mulher incomparaacutevel A saudade eacute constante em minha vida
A meu pai RAIMUNDO BORGES DINIZ por natildeo medir esforccedilos para que as minhas
vontades e os meus desejos se tornassem hoje realidade concreta
Ao meu noivo ALDO GOMES pelo incentivo companheirismo e apoio incondicional
Vocecirc eacute essencial em minha vida
vii
AGRADECIMENTO
Agradeccedilo primeiramente a DEUS por abenccediloar sempre os meus dias me
garantindo sauacutede e disposiccedilatildeo e por estar comigo sempre nas minhas conquistas
Ao Prof Dr ANTONIO CESAR CABRAL DE OLIVEIRA pela orientaccedilatildeo
proporcionada confianccedila e incentivo durante todo o curso do mestrado Muito
obrigada por nortear as minhas ideias e por ter oportunizado a realizaccedilatildeo desse
trabalho
Ao Prof Me SAULO VASCONCELOS ROCHA pelo incentivo co-orientaccedilatildeo pela
disponibilidade constante e principalmente por confiar no meu trabalho durante todo
o processo
Aos professores do Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Educaccedilatildeo Fiacutesica da
Universidade Federal de Sergipe em especial a AFRANIO ROBERTO JERONIMO
e MARCO BEZERRA pelas contribuiccedilotildees
Ao grupo MONIDI pelo apoio e auxiacutelio durante toda a fase de coleta vocecircs foram
essenciais
Agrave Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB) a Universidade Federal de
Sergipe (UFS) e ao Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Educaccedilatildeo Fiacutesica por terem
fornecido todas as condiccedilotildees para realizaccedilatildeo da coleta dessa dissertaccedilatildeo
Agradeccedilo aos idosos e aos trabalhadores das USFs da cidade de Ibicuiacute-BA que por
livre e espontacircnea vontade permitiram tornar possiacutevel esse trabalho
A CAPES pela bolsa de estudo concedida
viii
ldquoTudo eacute loucura ou sonho no comeccedilo Nada do que o homem fez no mundo teve iniacutecio de outra maneira ndash mas jaacute tantos sonhos se realizaram que natildeo temos o direito de duvidar de nenhumrdquo (Monteiro Lobato)
ix
RESUMO
A hipertensatildeo arterial eacute uma das principais causas de mortalidade em acircmbito mundial e fator de risco para diversas doenccedilas Tal enfermidade em idosos estaacute associada ao significante aumento nos distuacuterbios cardiovasculares e a incidecircncia de doenccedilas incapacitantes Por outro lado a gordura corporal estaacute relacionada com a pressatildeo arterial elevada em idosos a qual pode ser avaliada por meio de iacutendices antropomeacutetricos O objetivo deste estudo foi determinar o poder preditivo de iacutendices antropomeacutetricos e estabelecer seus pontos de corte como discriminadores de hipertensatildeo arterial e identificar o indicador antropomeacutetrico de obesidade que melhor discrimina a hipertensatildeo arterial Um estudo transversal foi realizado com uma amostra de 310 idosos com idades iguais ou superiores a 60 anos sendo 175 (565) mulheres A coleta ocorreu entre o periacuteodo de 03022014 a 20022014 na cidade de Ibicuiacute-BA Foram mensurados os seguintes iacutendices antropomeacutetricos iacutendice de massa corporal (IMC) circunferecircncia da cintura (CC) razatildeo cinturaestatura (RCEst) e iacutendice de conicidade (Iacutendice C) Ademais coletaram-se medidas de pressatildeo arterial sistoacutelica e diastoacutelica Para identificaccedilatildeo dos preditores de hipertensatildeo arterial foi adotada a anaacutelise das curvas Receiver Operating Characteristic (ROC) com intervalo de confianccedila de 95 Posteriormente identificaram-se os pontos de corte com suas respectivas sensibilidades e especificidades As anaacutelises foram efetuadas respeitando-se o niacutevel de significacircncia de 5 Apoacutes a construccedilatildeo das curvas ROC evidenciou-se que alguns iacutendices antropomeacutetricos apresentaram Aacuterea Sobre a Curva (ASC) significativas sendo o IMC = 060 (050-070) RCEst = 061 (051-071) Iacutendice C = 058 (058-068) nos homens Os diversos pontos de corte dos iacutendices antropomeacutetricos com melhores poderes preditivos e suas respectivas sensibilidades e especificidades foram identificados Conclui-se que as melhores aacutereas sob a curva ROC foram para IMC RCEst e Iacutendice C para os homens poreacutem tais medidas natildeo foram satisfatoacuterias para predizer hipertensatildeo arterial em mulheres idosas Sugere-se que a utilizaccedilatildeo de dois iacutendices simultaneamente possa resultar em uma maior eficiecircncia na avaliaccedilatildeo do risco de hipertensatildeo arterial em idosos
Palavras-chave Antropometria Hipertensatildeo Obesidade Idoso
x
ABSTRACT Hypertension is one of the main causes of mortality in the world and a risk factor for several diseases This illness in the elderly is associated with a significant increase in cardiovascular disorders and the incidence of disabling diseases On the other hand body fat is related to high blood pressure in the elderly which can be evaluated by means of anthropometric indices This study aimed to determine the predictive power of anthropometric indices and establish cut-off points as discriminators of arterial hypertension and identify the anthropometric indicator of obesity that best discriminates the hypertension A cross-sectional study was conducted with a sample of 310 elderly people with ages greater than or equal to 60 years 175 (565 ) women Data collection occurred between the period of 03 022014 20 022014 in Ibicuiacute city in Bahia The following anthropometric indices were measured body mass index (BMI) waist circumference (WC) waistheight ratio (WHtR) and conicity index (C-Index) In addition collected measures of systolic and diastolic blood pressure To identify hypertension predictors was adopted the Receiver Operating Characteristic (ROC) curves analysis with a confidence interval of 95 Later it was possible to identify the cut-off points with their respective sensitivities and specificities The samples were analyzed respecting significance level of 5 After the construction of the ROC curves it was evident that some anthropometric indices presented Area under the curve (AUC) significant being the BMI = 060 (050 -070) WHeR = 061 (051 -071) C-Index = 058 (058 -068) in men The different cut-off points of anthropometric indices with better predictive powers and their respective sensitivities and specificities were identified It is concluded that the best areas under the ROC curve were to BMI WHeR and C Index for the men but such measures were not satisfactory for predicting hypertension in elderly women It is suggested that the use of two indices simultaneously can result in greater efficiency in the assessment of the risk of hypertension in the elderly Keywords Anthropometry Hypertension Obesity Elderly
xi
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 1
2 REVISAtildeO DE LITERATURA 3
21 Consideraccedilotildees sobre doenccedilas cardiovasculares no Brasil e o processo de envelhecimento populacional 3
22 Hipertensatildeo arterial e a populaccedilatildeo idosa 4
23 Iacutendices antropomeacutetricos de sobrepeso e obesidade 5
24 A importacircncia da validaccedilatildeo 7
3 OBJETIVOS 10
4 MATERIAL E MEacuteTODOS 11
41 Tipos de estudo 11
42 Cenaacuterios do estudo 11
43 Populaccedilatildeo e amostra 12
44 Equipes de coleta de dados 13
45 Procedimentos para coleta de dados 14
451 Variaacuteveis do estudo e dados coletados 14
452 Instrumentos de coleta 14
453 Pressatildeo Arterial 14
454 Antropometria 15
46 Anaacutelise dos dados 16
47 Aspectos Eacuteticos 17
5 RESULTADOS 18
51 Caracterizaccedilatildeo da amostra estudada 18
52 Caracteriacutesticas antropomeacutetricas 20
53 Anaacutelise da curva ROC 21
6 DISCUSSAtildeO 28
61 Aacutereas sob a Curva ROC 28
62 Iacutendices antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial 30
7 CONCLUSAtildeO 35
8 REFEREcircNCIAS 36
xii
IacuteNDICE DE FIGURAS
Figura 1 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Ibicuiacute BA na regiatildeo Nordeste do Brasil 12
Figura 2 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial
(mulheres) IMC - iacutendice de massa corporal 23
Figura 3 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial
(homens) IMC - iacutendice de massa corporal 23
Figura 4 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial
(mulheres) CC ndash circunferecircncia da cintura 24
Figura 5 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens)
CC ndash circunferecircncia da cintura 24
Figura 6 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial
(mulheres) RCEst - razatildeo cinturaestatura 25
Figura 7 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial
(homens) RCEst - razatildeo cinturaestatura 25
Figura 8 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial
(mulheres) Iacutendice C -iacutendice de conicidade 26
Figura 9 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial
(homens) Iacutendice C - iacutendice de conicidade 26
xiii
IacuteNDICE DE TABELAS
Tabela 1 - Classificaccedilatildeo da pressatildeo arterial de acordo com a VI Diretrizes
Brasileiras de Hipertensatildeo (2010) 15
Tabela 2 - Classificaccedilatildeo do Iacutendice de Massa Corporal 15
Tabela 3 - Variaacuteveis sociodemograacuteficas e de estilo de vida em idosos 19
Tabela 4 - Valores descritivos miacutenimos e maacuteximos das variaacuteveis analisadas 21
Tabela 5 - Percentuais das variaacuteveis analisadas 21
Tabela 6 - Aacuterea sob a curva ROC e IC95 entre os iacutendices antropomeacutetricos e
hipertensatildeo arterial em idosos 22
Tabela 7 - Pontos de corte sensibilidade e especificidade dos iacutendices
antropomeacutetricos para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial em idosos 27
xiv
LISTA DE SIacuteMBOLOS OU NOMECLATURA
ASC - Aacuterea Sob a Curva
AVE - Acidente Vascular Encefaacutelico
CC - Circunferecircncia da Cintura
CNS - Conselho Nacional de Sauacutede
DCNT - Doenccedilas Crocircnicas Natildeo Transmissiacuteveis
ESF - Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia
ESTUDO MONIDI - Monitoramento da Sauacutede de Idosos de um Municiacutepio de
Pequeno Porte
HAS - Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica
IASI - Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede de Idosos
IC95 - Intervalo de Confianccedila 95
IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica
IMC ndash Iacutendice de Massa Corporal
Iacutendice C ndash Iacutendice de Conicidade
Li-IC ndash Limite Inferior do Intervalo de Confianccedila
NSI - Nutricion Screening Initiative
PA ndash Pressatildeo Arterial
PAD ndash Pressatildeo Arterial Diastoacutelica
PAS - Pressatildeo Arterial Sistoacutelica
RCEst - Razatildeo Cintura-Estatura
ROC - Receive Operator Caracteristic
SBH - Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo
SPSS - Statistical Package for the Social Sciences
xv
SUS - Sistema Uacutenico de Sauacutede
TCLE - Termo de Consentimento Livre Esclarecido
USFs - Unidades de Sauacutede da Famiacutelia
WHO - World Health Organization
1
1 INTRODUCcedilAtildeO
A transiccedilatildeo epidemioloacutegica caracteriza-se pela evoluccedilatildeo progressiva de um
perfil de alta mortalidade por doenccedilas infecciosas para outro onde predominam os
oacutebitos por doenccedilas cardiovasculares neoplasias causas externas e outras doenccedilas
consideradas crocircnico-degenerativas natildeo transmissiacuteveis1 Jaacute a transiccedilatildeo demograacutefica
tem relaccedilatildeo direta com a evoluccedilatildeo das taxas de mortalidade natalidade e
fecundidade no qual houve uma mudanccedila da populaccedilatildeo jovem para um contingente
cada vez maior e mais importante de pessoas com 60 anos ou mais de idade2
As mudanccedilas demograacuteficas evidenciam o aumento na expectativa de vida com
consequente crescimento da populaccedilatildeo idosa3 Essa modificaccedilatildeo no perfil etaacuterio da
populaccedilatildeo concorre para transformaccedilatildeo nos aspectos relacionados agrave
morbimortalidade nos quais as doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis (DCNT) passam
a ser as principais causas de adoecimentomorte As DCNT mais prevalentes satildeo as
doenccedilas cardiovasculares cacircnceres respiratoacuterias crocircnicas diabetes e hipertensatildeo
arterial4
A hipertensatildeo arterial sistecircmica (HAS) eacute a primeira causa de mortalidade em
acircmbito mundial e a terceira causa de incapacidade induzida por doenccedila apoacutes
desnutriccedilatildeo e doenccedilas sexualmente transmissiacuteveis5 Estima-se que a pressatildeo arterial
elevada cause 94 milhotildees de mortes por ano no mundo6 A HAS eacute o principal fator de
risco para acidente vascular encefaacutelico (AVE) doenccedila arterial coronariana
insuficiecircncia cardiacuteaca insuficiecircncia renal crocircnica e doenccedila vascular de extremidades7
Tal enfermidade em idosos estaacute associada a significante aumento nos distuacuterbios
cardiovasculares na incidecircncia de doenccedilas incapacitantes com consequente
diminuiccedilatildeo da sobrevida e piora na qualidade de vida resultando dependecircncia e perda
da autonomia8910
Vaacuterios estudos evidenciam que a gordura corporal estaacute relacionada com a
pressatildeo arterial elevada em idosos111213 Dessa forma para discriminar a quantidade
de gordura corporal e sua distribuiccedilatildeo os iacutendices antropomeacutetricos satildeo instrumentos
haacutebeis principalmente em estudos epidemioloacutegicos Aleacutem disso tecircm sido utilizados
com frequecircncia em estudos populacionais e satildeo importantes por monitorar o estado
nutricional em diferentes grupos Esses iacutendices satildeo bons preditores para a
hipertensatildeo arterial14 diabetes mellitus doenccedilas cardiovasculares e para discriminar
2
o risco coronariano em diferentes populaccedilotildees1516 Apresentam como vantagens a sua
simplicidade baixo custo e faacutecil utilizaccedilatildeo Contudo estudos sobre os iacutendices
antropomeacutetricos satildeo escassos e inconclusivos na populaccedilatildeo idosa17
A identificaccedilatildeo indireta da hipertensatildeo arterial por meio dos iacutendices
antropomeacutetricos pode ser uma estrateacutegia importante na sauacutede puacuteblica como
instrumento de triagem favorecendo a identificaccedilatildeo das alteraccedilotildees na pressatildeo
arterial Uma das estrateacutegias recomendadas para atingir essa proposta eacute a utilizaccedilatildeo
de instrumentos de rastreamento adequados de raacutepida e faacutecil aplicaccedilatildeo e que
apresentem coeficientes de fidedignidade e de validade significativos No contexto da
atenccedilatildeo primaacuteria recentemente Gomes et al (2009)18 e Azevedo et al (2010)19
propuseram a aplicaccedilatildeo da antropometria para a detecccedilatildeo de fatores de risco agrave sauacutede
sugerindo a utilizaccedilatildeo do iacutendice de massa corporal (IMC) e circunferecircncia da cintura
(CC) como medidas de triagem
Averiguar o poder discriminatoacuterio e estabelecer pontos de corte ou seja
valores criacuteticos de iacutendices antropomeacutetricos que se associem a hipertensatildeo arterial em
idosos pode ser uma boa estrateacutegia de monitoramento e de triagem destes fatores de
risco Sendo que os valores criacuteticos dos iacutendices antropomeacutetricos para idosos natildeo
foram estabelecidos na literatura Dessa forma parecem ser relevantes os estudos
que indiquem meios indiretos para detectar fatores de risco cardiovascular Os iacutendices
antropomeacutetricos podem ser utilizados como estrateacutegia eficiente no processo de
triagem da hipertensatildeo arterial no ambiente da atenccedilatildeo primaacuteria do Sistema Uacutenico de
Sauacutede (SUS)
3
2 REVISAtildeO DE LITERATURA
21 Consideraccedilotildees sobre doenccedilas cardiovasculares no Brasil e o processo de envelhecimento populacional
Atualmente as doenccedilas cardiovasculares tecircm acometido grande parcela da
populaccedilatildeo mundial Em 2012 o relatoacuterio da World Health Organization (WHO)20
estimou que 175 milhotildees de pessoas morreram de doenccedilas cardiovasculares
representando 46 de todas as mortes globais Jaacute a pressatildeo arterial elevada
provoca 51 das mortes por acidente vascular cerebral e 45 das mortes por doenccedila
arterial coronariana21
Tais doenccedilas foram responsaacuteveis por 70 das causas de morte no Brasil no
ano de 2013 As doenccedilas cardiovasculares como do aparelho circulatoacuterio cacircncer e
diabetes tecircm respondido por um nuacutemero elevado de mortes antes dos 70 anos22
O crescimento populacional e o aumento da longevidade podem acarretar a um
raacutepido aumento no nuacutemero total de adultos de meia-idade e mais velhos com um
correspondente aumento do nuacutemero de mortes causadas por doenccedilas crocircnicas natildeo
transmissiacuteveis
Dessa forma a quantidade de pessoas com mais de 60 anos satildeo hoje 13 da
populaccedilatildeo brasileira ou 261 milhotildees de indiviacuteduo em 201323 Com o processo de
envelhecimento populacional as doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis ganharam
expressotildees para a sociedade para previdecircncia social e por consequecircncia para a
sauacutede puacuteblica
A fase do envelhecimento eacute o momento caracterizado pelas alteraccedilotildees fiacutesicas
psicossociais e pelo decliacutenio da capacidade funcional dos organismos como tambeacutem
pelo surgimento de condiccedilotildees patoloacutegicas advindas de haacutebitos de vida inadequados
(tabagismo alcoolismo alimentaccedilatildeo incorreta ausecircncia de atividade fiacutesica regular
entre outros)24 Dessa forma para retardar essas mudanccedilas eacute necessaacuterio ter um
envelhecimento saudaacutevel
4
22 Hipertensatildeo arterial e a populaccedilatildeo idosa
A hipertensatildeo arterial eacute definida como sendo uma condiccedilatildeo crocircnica da tensatildeo
arterial elevada resultando em valores acima do considerado aceito ou seja quando
a pressatildeo arterial sistoacutelica (PAS) estaacute cronicamente acima de 140 mmHg ou a pressatildeo
arterial diastoacutelica (PAD) estaacute cronicamente acima de 90 mmHg2526
No mundo em torno de um bilhatildeo de pessoas satildeo hipertensas natildeo controladas
sendo que 75 milhotildees de pessoas morreram a cada ano pela doenccedila ateacute o ano de
200827 Estimativas do Ministeacuterio da Sauacutede indica que cerca de 17 milhotildees de
brasileiros apresentam hipertensatildeo arterial sendo que 35 dessa populaccedilatildeo tinham
idade igual ou superior a 40 anos Em comparaccedilatildeo com anos anteriores pode-se
observar que a proporccedilatildeo de brasileiros diagnosticados com hipertensatildeo arterial
cresceu de 215 em 2006 para 244 em 20092829
O resultado da Pesquisa Nacional de Sauacutede do primeiro semestre de 2013
estimou que o Brasil tem 313 milhotildees de hipertensos Entre as pessoas com mais de
60 anos mais de 444 tecircm hipertensatildeo sendo que essa prevalecircncia cresce com a
idade22 Esses dados se aproximam aos nuacutemeros da Sociedade Brasileira de
Hipertensatildeo (SBH) no qual estima que haja 30 milhotildees de hipertensos no Brasil em
2014 ou seja cerca de 30 da populaccedilatildeo adulta30
Jaacute na populaccedilatildeo baiana com idade acima de 40 anos cerca de 35 tecircm
hipertensatildeo arterial correspondendo a cerca de 13 milhatildeo de pessoas acometidas
pela doenccedila Na populaccedilatildeo dos 55 aos 64 anos 516 tecircm pressatildeo arterial elevada
e com 65 anos ou mais esse nuacutemero chega a 60631 No estado da Bahia foram
registradas 6274 mortes por doenccedilas de aparelho circulatoacuterio ateacute o mecircs de outubro
de 2013 Dentre os registros 649 foram por hipertensatildeo32 No municiacutepio de Ibicuiacute ndash
BA a prevalecircncia de HAS cadastrados nas Unidades de Sauacutede da Famiacutelia (USFs) foi
de 643 idosos33
A hipertensatildeo arterial eacute caracterizada por niacuteveis elevados e sustentados de
pressatildeo arterial (PA) como uma condiccedilatildeo cliacutenica multifatorial Associa-se
frequentemente a alteraccedilotildees funcionais eou estruturais dos oacutergatildeos-alvo (coraccedilatildeo
enceacutefalo rins e vasos sanguiacuteneos) e a alteraccedilotildees metaboacutelicas2634 Pode ser
classificada em primaacuteria e secundaacuteria de acordo com a sua origem A primaacuteria tem
5
sua origem desconhecida35 e a secundaacuteria eacute decorrente de alguma doenccedila
subjacente36
No caso de a PA estar cronicamente elevada ou seja hipertensatildeo arterial o
risco de desenvolvimento de complicaccedilotildees cardiovasculares renais e ateacute mesmo o
oacutebito aumenta consideravelmente37
Com relaccedilatildeo agrave caracteriacutestica fisiopatoloacutegica da HAS a partir dos 50 ou 60 anos
de idade a pressatildeo diastoacutelica diminui e a pressatildeo central aumenta determinando um
balanccedilo proacuteximo entre resistecircncia aumentada e aumento da impedacircncia na aorta
toraacutecica Dessa forma a pressatildeo de pulso comeccedila a se elevar e a HAS se torna o
principal subtipo de hipertensatildeo apoacutes a sexta deacutecada de vida38
Contudo apoacutes os 60 anos ocorre o enrijecimento arterial central indicado pela
queda na pressatildeo diastoacutelica e o raacutepido alargamento da pressatildeo de pulso O aumento
da rigidez arterial central e a amplitude da onda de pulso satildeo fatores hemodinacircmicos
dominantes nos indiviacuteduos normotensos e hipertensos apoacutes os 60 anos38
Aleacutem dos fatores fisiopatoloacutegicos vale destacar que o aumento da pressatildeo
arterial com a idade tambeacutem estaacute relacionado com o consumo de sal exagerado ao
longo da vida39
As principais estrateacutegias no tratamento natildeo-farmacoloacutegico da HAS segundo
Ministeacuterio da Sauacutede28 se encontram na adoccedilatildeo de haacutebitos alimentares saudaacuteveis
reduccedilatildeo na ingestatildeo de soacutedio reduccedilatildeo do consumo de bebidas alcooacutelicas abandono
do tabagismo praacutetica de atividade fiacutesica regular controle ou diminuiccedilatildeo da massa
corporal
23 Iacutendices antropomeacutetricos de sobrepeso e obesidade
Como meacutetodo natildeo invasivo a antropometria eacute utilizada principalmente para
avaliar as proporccedilotildees tamanho e a composiccedilatildeo corporal40 Tal meacutetodo possui relaccedilatildeo
com estado de sauacutede condiccedilotildees sociais e econocircmicas de grupos populacionais
podendo diagnosticar a desnutriccedilatildeo ou excesso de peso Os iacutendices antropomeacutetricos
que consistem na mediccedilatildeo de dimensotildees corporais podem ser usados para predizer
a sauacutede geral e bem-estar da populaccedilatildeo40
6
Em 2011 estudo realizado por Pitanga41 indica que os iacutendices antropomeacutetricos
apresentam-se como preditores do risco de infarto do miocaacuterdio acidente vascular
encefaacutelico e morte prematura
O IMC eacute determinado pela massa corporal em quilogramas dividido pela
estatura em metros ao quadrado eacute uma medida que determina o estado nutricional
Este iacutendice antropomeacutetrico eacute comumente aplicado em estudos epidemioloacutegicos em
idosos para diagnosticar o excesso de peso (sobrepesoobesidade) principalmente
por ser um meacutetodo faacutecil de aplicar raacutepido e de baixo custo Deste modo vaacuterios
estudos com essa populaccedilatildeo tecircm avaliado o estado nutricional por meio do IMC42
434445
No estudo de Silva e Petroski (2009)46 com idosas de um grupo de convivecircncia
do municiacutepio de Aracaju ndash Sergipe sugeriu que o ponto de corte do IMC utilizado pela
Nutricion Screening Initiative ndash NSI (1992)47 para sobrepeso e excesso de peso foi o
mais bem associado com a PA elevada e para obesidade o melhor ponto de corte
associado com a PA elevada foi o da WHO (1998)48
A outra medida importante para avaliaccedilatildeo da obesidade central dos indiviacuteduos
eacute a circunferecircncia de cintura A obesidade eacute caracterizada pelo acuacutemulo excessivo de
gordura corporal no indiviacuteduo e quando presente na regiatildeo abdominal tem alta
correlaccedilatildeo com doenccedilas cardiovasculares e distuacuterbios metaboacutelicos40 O obeso tem
mais propensatildeo a desenvolver problemas como hipertensatildeo doenccedilas
cardiovasculares diabetes tipo 2 entre outras doenccedilas4950
Comparando as medidas antropomeacutetricas com exames de diagnoacutesticos por
imagens como a tomografia computadorizada e a ressonacircncia magneacutetica foi
verificado que a circunferecircncia da cintura apresentou melhor correlaccedilatildeo com o tecido
adiposo visceral51 Tambeacutem o aumento da circunferecircncia da cintura teve boa
associaccedilatildeo com o aumento significativo da prevalecircncia da hipertensatildeo arterial52
A razatildeo cintura-estatura (RCEst) eacute determinado pela divisatildeo da circunferecircncia
da cintura (cm) pela estatura (cm) Este indicador tem sido utilizado para identificar
alto risco metaboacutelico obesidade fatores de risco cardiovascular e maior capacidade
preditiva para o risco coronariano elevado em populaccedilotildees adultas e idosas1653
tambeacutem eacute fortemente associada a diversos fatores de risco cardiovascular em
diferentes populaccedilotildees15
7
O Iacutendice C eacute determinado com as medidas de massa corporal da estatura e da
circunferecircncia da cintura54 e eacute muito utilizado com a populaccedilatildeo adulta555657585960 Jaacute
com a populaccedilatildeo de idosos o iacutendice C tem sido pouco utilizado e somente alguns
estudos usaram esse indicador para tentar identificar distuacuterbios metaboacutelicos risco
coronariano e prevalecircncia de risco agrave sauacutede616263 Natildeo foram encontrados estudos
associativos entre o Iacutendice C e pressatildeo arterial elevada em idosos
Tais iacutendices satildeo pouco utilizados com a populaccedilatildeo idosa e principalmente com
populaccedilotildees residentes em cidades de pequeno porte Dessa forma para discriminar e
analisar o incremento de gordura corporal os iacutendices antropomeacutetricos tecircm
demonstrado eficiecircncia principalmente em estudos epidemioloacutegicos Cada indicador
tem peculiaridade quanto a sua distribuiccedilatildeo e discriminaccedilatildeo por isso podem ser
utilizados conjuntamente ou separadamente dependendo dos objetivos como
estrateacutegia eficiente para a detecccedilatildeo e o controle de doenccedilas
Contudo os iacutendices antropomeacutetricos tecircm sido bem utilizados para associar
vaacuterios fatores de risco de sauacutede como doenccedilas coronarianas cardiovasculares
distuacuterbios metaboacutelicos dentre outros641641 Poreacutem ainda natildeo estaacute clara sua
associaccedilatildeo com pressatildeo arterial elevada em idosos
Sendo assim os iacutendices antropomeacutetricos satildeo eficientes para identificar a
hipertensatildeo arterial em idosos E quais satildeo os melhores iacutendices para identificar as
alteraccedilotildees da pressatildeo arterial elevada em idosos
24 A importacircncia da validaccedilatildeo
Como se trata de um estudo de validaccedilatildeo de um meacutetodo faz-se necessaacuterio
debater sobre o tema Os instrumentos de rastreamento satildeo ferramentas essenciais
para os serviccedilos de sauacutede pois fornecem medidas relevantes reprodutiacuteveis e
acuradas permitindo a identificaccedilatildeo das pessoas com maior chance de preencher os
criteacuterios para uma determinada condiccedilatildeo ou doenccedila Como tambeacutem completa o
registro de informaccedilatildeo e a comparaccedilatildeo de resultados minimizando a influecircncia de
fatores subjetivos na coleta e registro de dados6566
A escolha de um instrumento deve-se basear em suas qualidades que
consistem em coeficientes significativos de validade e fidedignidade Dessa forma
8
essas medidas necessitam apresentar simplicidade na teacutecnica economia facilidade
e rapidez na aplicaccedilatildeo e interpretaccedilatildeo666768
A validade caracteriza-se como a capacidade do instrumento medir aquilo que
se propotildees a medir Envolve um componente conceitual (julgamento subjetivo a
respeito do instrumento pelo pesquisador) e um componente operacional (avaliaccedilatildeo
sistemaacutetica (estatiacutestica) do teste) geralmente o comparando com um criteacuterio padratildeo
ouro67
A avaliaccedilatildeo operacional da validade utilizada nessa pesquisa foi a de criteacuterio
no qual mede agrave extensatildeo com que o instrumento discrimina sujeitos que diferem em
determinadas caracteriacutesticas Refere-se agrave capacidade de uma escala de se
corresponder com outras medidas ou de predizer algo a que se propotildee Eacute avaliada
por meio de criteacuterio-padratildeo (validade concorrente e validade preditiva) Sendo que a
validade preditiva eacute estimulada estatisticamente e expressa por meio da sensibilidade
especificidade valor preditivo positivo valor preditivo negativo e taxa de classificaccedilatildeo
incorreta67
A sensibilidade corresponde agrave proporccedilatildeo de casos positivos identificados
corretamente ou melhor eacute a capacidade de medida de reconhecer os verdadeiros
positivos Quanto maior a sensibilidade maior a chance de detectar a doenccedila A
especificidade eacute proporccedilatildeo de casos negativos identificados corretamente eacute a
capacidade do instrumento de reconhecer os verdadeiros negativos67
Quanto mais sensiacutevel for o teste melhor seraacute seu valor preditivo negativo ou
seja maior seraacute a certeza de que uma pessoa com resultado negativo natildeo tenha
realmente a doenccedila Quanto mais especifico melhor seraacute seu valor preditivo positivo
ou seja maior seraacute a certeza de que uma pessoa com resultado positivo tenha a
hipertensatildeo arterial67
Como estrateacutegia geral quando a principal preocupaccedilatildeo for evitar o resultado
falso-positivo entatildeo o ponto de corte deve objetivar o maacuteximo de especificidade e se
a preocupaccedilatildeo maior eacute evitar resultado falso-negativo (o resultado do teste em
paciente com suspeita de hipertensatildeo arterial) o ponto de corte deve objetivar o
maacuteximo de sensibilidade67 Os autores ainda referem que a curva Receive Operator
Caracteristic (ROC) eacute a melhor maneira de estabelecer o ponto de corte otimizando
a sensibilidade e especificidade do teste diagnoacutestico
9
Destaca-se que as qualidades de um instrumento aplicado em condiccedilotildees de
campo satildeo modificadas pela prevalecircncia de casos na populaccedilatildeo cliacutenica (onde eacute
esperado ter maior proporccedilatildeo de doenccedila) comparada com uma populaccedilatildeo geral
10
3 OBJETIVOS
Determinar o poder preditivo de iacutendices antropomeacutetricos para predizer
hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos
Estabelecer pontos de corte como discriminadores de hipertensatildeo arterial em
mulheres e homens idosos
Identificar o iacutendice antropomeacutetrico de obesidade que melhor discrimina a
hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos
11
4 MATERIAL E MEacuteTODOS
41 Tipos de estudo
Esta pesquisa eacute do tipo transversal ou seccional como parte do projeto de
Monitoramento da Sauacutede de Idosos de um Municiacutepio de Pequeno Porte ESTUDO
MONIDI Em estudos transversais a estrateacutegia de observaccedilatildeo da populaccedilatildeo eacute
seccional isto eacute as informaccedilotildees obtidas referem-se ao mesmo momento sendo mais
adequado para obtenccedilatildeo de estimativas populacionais As informaccedilotildees individuais
devem ser coletadas num determinado prazo mais curto possiacutevel decorrido entre as
observaccedilotildees do primeiro e uacuteltimo indiviacuteduo69
42 Cenaacuterios do estudo
O municiacutepio de Ibicuiacute fica localizado na zona fisiograacutefica de Vitoacuteria da Conquista
(Encosta do Planalto) e situada no Sudoeste do Estado da Bahia possui uma aacuterea
territorial de 1176843 kmsup2 populaccedilatildeo de 16640 habitantes7071 A populaccedilatildeo de
idosos no ano de 2013 era de 2124 habitantes e destes 525 estavam cadastrados
nas Unidades de Sauacutede da Famiacutelia33
12
Figura 1 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Ibicuiacute BA na regiatildeo Nordeste do Brasil
Fonte Adaptado do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE)72 Infograacuteficos
Cidades Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230
43 Populaccedilatildeo e amostra
A populaccedilatildeo alvo do presente estudo foi constituiacuteda por indiviacuteduos com idade
igual ou superior a 60 anos de ambos os sexos cadastrados na Estrateacutegia de Sauacutede
da Famiacutelia (ESF) que atenderam agraves aacutereas urbanas e rurais do municiacutepio de Ibicuiacute-BA
no ano de 2014 A lista com o nuacutemero de usuaacuterios idosos cadastrados nas USFs da
zona rural e urbana do municiacutepio foi solicitada junto agrave Secretaria Municipal de Sauacutede
Foram incluiacutedos no estudo idosos que estavam cadastrados na Estrateacutegia de
Sauacutede da Famiacutelia que aceitaram participar da pesquisa atraveacutes da assinatura do
Termo de Consentimento Livre Esclarecido (TCLE)
Os criteacuterios de exclusatildeo foram os participantes com diagnoacutestico de demecircncia
ou qualquer outro tipo de alteraccedilatildeo cognitiva que comprometesse a veracidade das
informaccedilotildees fornecidas idosos acamados portadores de doenccedila de Alzheimer ou
outro tipo de doenccedila neuroloacutegica que afetasse a cogniccedilatildeo doenccedila em estaacutegio
terminal
Apoacutes aplicaccedilatildeo dos criteacuterios de exclusatildeo foi efetuado o caacutelculo amostral
seguindo a proposta de Luiz e Magnanini (2000)73 para populaccedilotildees finitas com
13
predominacircncia desconhecida de 50 sendo adotado niacutevel de significacircncia de 5
(correspondendo a um intervalo de confianccedila de 95) e erro toleraacutevel de amostragem
de 25
O caacutelculo amostral resultou numa amostra miacutenima necessaacuteria de 305 idosos
Esse caacutelculo amostral sofreu ajuste em 10 para compensar eventuais perdas e
recusas Apoacutes o resultado do caacutelculo amostral os idosos participantes foram
selecionados atraveacutes de sorteio sendo este proporcional ao tamanho e a distribuiccedilatildeo
por sexo e por quantidade de idosos na Unidade de Sauacutede da Famiacutelia
Os indiviacuteduos assinaram o TCLE foram entrevistados e avaliados nas
dependecircncias da USF sendo que aqueles que natildeo foram localizados ou natildeo
compareceram a USF apoacutes trecircs tentativas foram automaticamente substituiacutedos por
meio de sorteio
44 Equipes de coleta de dados
A equipe de coleta foi composta por dois profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica
(Coordenadores) e cinco acadecircmicos de fisioterapia enfermagem e medicina A
equipe foi previamente treinada em reuniotildees teacutecnicas e no estudo piloto que foi
realizado no periacuteodo de Outubro a Dezembro de 2013 visando padronizar todo o
processo de coleta Foram estabelecidas accedilotildees referentes agrave logiacutestica agrave aplicaccedilatildeo dos
questionaacuterios e aos procedimentos de medidas das variaacuteveis antropomeacutetricas A
coleta propriamente dita ocorreu entre o periacuteodo de 03022014 a 20022014
14
45 Procedimentos para coleta de dados
451 Variaacuteveis do estudo e dados coletados
Foram mensuradas as variaacuteveis idade sexo situaccedilatildeo conjugal niacutevel de
escolaridade raccedilacor renda mensal alcoolismos e tabagismos Como tambeacutem
medidas de pressatildeo arterial sistoacutelica e diastoacutelica massa corporal estatura e
circunferecircncia da cintura
452 Instrumentos de coleta
Foi utilizado o instrumento de coleta denominado Instrumento de Avaliaccedilatildeo da
Sauacutede de Idosos (IASI) padronizado e validado previamente74 Tal instrumento obteacutem
caracteriacutesticas sociodemograacuteficas informaccedilotildees pessoais consumo de aacutelcool e
tabaco avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica e de pressatildeo arterial
Para aferir a pressatildeo arterial foi utilizado o aparelho digital (marca OMRONreg
modelo HEM ndash 742 INT) Utilizou-se ainda uma balanccedila digital portaacutetil (OMRONreg) e
um estadiocircmetro (marca Sannyreg) ambos devidamente calibrados e fita
antropomeacutetrica flexiacutevel (Cardiomedreg)
453 Pressatildeo Arterial
A pressatildeo arterial foi aferida com um aparelho digital de braccedilo com manguito
adequado agrave circunferecircncia do mesmo A medida foi realizada no braccedilo direito a altura
do coraccedilatildeo Foram realizadas trecircs medidas da pressatildeo arterial sendo a primeira apoacutes
o idoso permanecer cinco minutos em repouso e sentado a segunda apoacutes dois
minutos e a terceira dois minutos apoacutes a realizaccedilatildeo da segunda (foi utilizada a meacutedia
das trecircs medidas) Valores de referecircncia estatildeo estabelecidos na Tabela 1
15
Tabela 1 - Classificaccedilatildeo da pressatildeo arterial de acordo com a VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo (2010)
Classificaccedilatildeo Pressatildeo Sistoacutelica (mmHg)
Pressatildeo Diastoacutelica (mmHg)
Oacutetima Normal Limiacutetrofe
lt 120 lt 130 130-139
lt 80 lt 85 85-80
Hipertensatildeo estaacutegio I 140-159 90-99 Hipertensatildeo estaacutegio II 160-179 100-109 Hipertensatildeo estaacutegio III ge 180 ge 110 Hipertensatildeo sistoacutelica isolada
ge 140 lt 90
Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo (2010)7
454 Antropometria
Todas as medidas antropomeacutetricas foram realizadas trecircs vezes (verificou-se a
meacutedia de tais medidas) por um profissional de Educaccedilatildeo Fiacutesica para diminuir o erro
intra e inter avaliadores e anotados por um apontador Os idosos foram medidos
conforme procedimentos padronizados por Lohman et al (1988)75 sem calccedilados
roupas leves sem reloacutegio chaves celular etc
Foi mensurada a circunferecircncia da cintura com uma fita antropomeacutetrica flexiacutevel
no ponto meacutedio entre a uacuteltima costela e a crista iliacuteaca e o procedimento foi deixar a
cintura livre de roupa e os braccedilos cruzados no peito Classificaccedilatildeo de risco para
desenvolver doenccedilas por Lohman et al (1988)75 HOMENS gt 102 cm e MULHERES
gt 88 cm Foi determinado o IMC atraveacutes da equaccedilatildeo [IMC =massa corporal
(kg)estatura2(m)] Valores de referecircncia estatildeo estabelecidos na Tabela 2
Tabela 2 - Classificaccedilatildeo do Iacutendice de Massa Corporal
IMC Classificaccedilatildeo
Baixo peso lt 220 kgm2 Peso adequado 220 le IMC le 270 kgm2 Obesidade gt 270 kgm2
Lohman et al (1988)75
16
A razatildeo cintura-estatura foi determinada pela equaccedilatildeo proposta por Pitanga e
Lessa (2006)15 a qual utiliza a CC (cm) e a estatura (cm) O Iacutendice C foi estimado por
meio das medidas de massa corporal estatura e circunferecircncia da cintura utilizando-
se um modelo proposto por Valdez (1991)54 cuja equaccedilatildeo matemaacutetica estaacute descrita a
seguir
46 Anaacutelise dos dados
Os dados foram digitados com dupla entrada no software Epidata 31 Apoacutes a
digitaccedilatildeo dos dados foram verificados manualmente os valores discrepantes e a
consistecircncia das informaccedilotildees
Na anaacutelise de dados foram utilizados os procedimentos da estatiacutestica descritiva
expressa por meacutedia desvio padratildeo nuacutemero de observaccedilotildees e percentual das
variaacuteveis avaliadas A diferenccedila entre os sexos nas variaacuteveis contiacutenuas foi analisada
pelo teste t de Student para amostras independentes uma vez que as variaacuteveis
apresentaram distribuiccedilatildeo normal e o teste do Qui-quadrado para comparar as
proporccedilotildees (variaacuteveis qualitativas) entre os idosos do sexo masculino e feminino
O poder discriminatoacuterio para determinar a hipertensatildeo arterial e os iacutendices
antropomeacutetricos foi verificado atraveacutes da utilizaccedilatildeo das curvas ROC recurso utilizado
para obtenccedilatildeo de pontos de corte que visam diagnoacutesticos ou triagem
A aacuterea sob a curva ROC (ASC) determina a capacidade preditiva do indicador
para presenccedila ou ausecircncia de hipertensatildeo arterial Uma ASC igual a 10 eacute
considerada perfeita poreacutem se for igual ou menor a 05 indica que sua capacidade
preditiva natildeo eacute melhor que ao acaso
17
Neste estudo o pressuposto para anaacutelise da ASC foi agrave sensibilidade pois em
determinadas situaccedilotildees quando natildeo pode correr o risco de natildeo diagnosticar
determinada doenccedila eacute melhor privilegiar a sensibilidade76
Apoacutes determinados os pontos de corte para cada uma das variaacuteveis
investigadas para prediccedilatildeo de hipertensatildeo essas foram dicotomizadas com base em
seus respectivos valores de referecircncia As anaacutelises estatiacutesticas foram conduzidas no
Statistical Product and Service Solutions (SPSS) reg 130 Em todas as anaacutelises foram
efetuadas respeitando-se o niacutevel de significacircncia de 5
47 Aspectos Eacuteticos
O estudo foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa da Universidade
Estadual do Sudoeste da Bahia com parecer (CAAE 22969013000000055) (Anexo
1) seguindo princiacutepios eacuteticos estabelecidos na Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de
2012 do Conselho Nacional de Sauacutede (CNS)77
18
5 RESULTADOS
51 Caracterizaccedilatildeo da amostra estudada
De acordo com a contabilizaccedilatildeo das perdas (mudou-se do municiacutepio natildeo foi
encontrado por mais de 3 vezes na USF ou domicilio) e recusas (n=31) a amostra final
foi composta por 310 idosos (201 zona urbana e 109 zona rural) A taxa de respostas
foi de 912 com 88 (n=31) de recusas e 92 (n=29) de exclusatildeo
Participaram do estudo 175 mulheres (565) e 135 homens (435) As
idades variaram entre 60 e 108 anos com meacutedia de 7078 plusmn 82 anos para as mulheres
e 60 a 93 anos com meacutedia de 7259 plusmn 78 anos para homens
A maioria das mulheres se auto referiu ser negra e os homens pardo O iacutendice
de analfabetismo apresentou-se elevado em ambos os sexos A maior parte dos idosos
eacute casado A maioria dos idosos sobrevivia com renda mensal inferior ou igual a um
salaacuterio miacutenimo (Tabela 3)
19
Tabela 3 - Variaacuteveis sociodemograacuteficas e de estilo de vida em idosos
Mulheres (n=175) Taxa de Resposta
Homens (n=135) Taxa de Resposta
n n P
Raccedilacor 9861 991
Branco 47 2686 43 3209
Preto 73 4171 26 1940 0001
Pardo 49 2800 55 4074
Natildeo sabe 4 229 10 741
Escolaridade 9918 1000
Analfabeto 95 5429 84 6222
Baacutesica 72 4114 46 3408 0001
Secundaacuteria 5 286 5 370
Superior 2 114 - -
Estado Civil 9789 991
Casadouniatildeo estaacutevel
74 4229 78 5777
Solteiroseparado 33 1886 36 2667 0001
Viuacuteva 63 3600 20 1481
Renda Mensal 9918 1000
le 1 salaacuterio 165 9428 123 9111
11 a 2 salaacuterio 8 458 10 74 0001
21 a salaacuterio 1 057 2 148
Alcoolismo 9989 1000
Sim 4 229 9 667 0001
Natildeo 170 9714 126 9333
Tabagismo 9597 1000
Sim 15 857 21 1556 0001
Natildeo 152 8686 114 8444
Teste Qui-quadrado
20
52 Caracteriacutesticas antropomeacutetricas
Apoacutes a assinatura do TCLE e realizaccedilatildeo do questionaacuterio 10 idosos foram
excluiacutedos (recusas e informaccedilatildeo incompleta do questionaacuterio) desta etapa de anaacutelise
Dessa forma foram analisadas 300 avaliaccedilotildees das medidas antropomeacutetricas
Na Tabela 4 podem ser observados os valores meacutedios desvio padratildeo valores
miacutenimos e maacuteximos e percentuais das variaacuteveis avaliadas A meacutedia do IMC foi menor
nos homens quando comparado com o resultado das mulheres (p lt 0001) Natildeo houve
diferenccedila significativa da variaacutevel circunferecircncia da cintura entre homens e mulheres
(p = 0208) A prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi maior nas mulheres A maioria
das mulheres eacute obesa e entre os homens o estado nutricional foi considerado eutroacutefico
(Tabela 5)
21
Tabela 4 - Valores descritivos miacutenimos e maacuteximos das variaacuteveis analisadas
Variaacuteveis Mulheres (n=167) Homens (n=133) Valor-p
Idade (anos) 7078 plusmn 821 (60-108)
7259 plusmn 786 (60-93)
0055
Massa corporal (kg) 6020 plusmn 1223 (2970-9580)
6384 plusmn 1250 (4010-11840)
0012
Estatura (cm) 14875 plusmn 616 (129-164)
16080 plusmn 782 (135-183)
lt00001
IMC (kgm2) 2715 plusmn505 (1342-4064)
2458 plusmn 390 (1475-3544)
lt00001
CC (cm)dagger 8734 plusmn 1126 (55-130)
8894 plusmn 1010 (66-115)
0208
RCEst 057 plusmn 011 (000-087)
055 plusmn 006 (042-073)
0086
Iacutendice C 123 plusmn 021 (000-166)
129 plusmn 006 (117-150)
0001
PAS 14096 plusmn 2218 (87-200)
13735 plusmn 2251 (98-209)
0166
PAD 7671 plusmn 1091 (45-105)
7697 plusmn 1179 (49-110)
0846
IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia da cintura RCEst - razatildeo cintura-estatura Iacutendice C - Iacutendice de Conicidade PAS - pressatildeo arterial sistoacutelica PAD ndash pressatildeo arterial diastoacutelica dagger Variaacuteveis com perdas (n=163 mulheres) Teste T de Student para amostras independentes
Tabela 5 - Percentuais das variaacuteveis analisadas
Variaacutevel Mulheres Homens Valor-p
Pressatildeo Arterial (n) (n)
Normal 557 (93) 594 (79) 0011
Hipertensatildeo 443 (74) 406 (54)
Estado nutricional (n) (n)
Baixo peso 144 (24) 301 (40)
Normal 353 (59) 436 (58) lt00001
Sobrepeso 503 (84) 263 (35)
Teste Qui-quadrado
53 Anaacutelise da curva ROC
22
As aacutereas sob a curva ROC do IMC da CC da RCEst e do iacutendice C como
preditores de hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos e os respectivos
intervalos de confianccedila (IC 95) podem ser observados na Tabela 6 e nas Figuras 2
3 4 5 6 7 8 9 Evidenciou-se que alguns iacutendices antropomeacutetricos apresentaram
aacuterea sob a curva ROC significativas Todavia a RCEst e o IMC assumiram maiores
aacutereas com diferenccedila significativa para os homens
Tabela 6 - Aacuterea sob a curva ROC e IC95 entre os iacutendices antropomeacutetricos e hipertensatildeo arterial em idosos
Aacuterea sob a curva ROC
PA elevada Mulheres
Homens
p
IMC (kgm2) 053 (044-062) 060 (050-070)
lt00001dagger
CC (cm) 057 (048-066) 058 (048-068)
lt00001dagger
RCEst 056 (047-065) 061 (051-071)
lt00001dagger
Iacutendice C 058 (049-066) 058 (058-068) lt00001dagger
IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia de cintura RCEst - razatildeo cinturaestatura Iacutendice C - iacutendice de conicidade ROC ndashReceiver Operating CharacteristicIC95 - intervalo de confianccedila a 95Aacuterea sob a curva ROC apresentando poder discriminatoacuterio para pressatildeo arterial elevada (Li-IC ge 050) daggerTeste Qui-quadrado
23
Figura 2 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) IMC - iacutendice de massa corporal
Figura 3 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) IMC - iacutendice de massa corporal
24
Figura 4 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) CC ndash circunferecircncia da cintura
Figura 5 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) CC ndash circunferecircncia da cintura
25
Figura 6 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) RCEst - razatildeo cinturaestatura
Figura 7 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) RCEst - razatildeo cinturaestatura
26
Figura 8 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) Iacutendice C -iacutendice de conicidade
Figura 9 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) Iacutendice C - iacutendice de conicidade
27
Os valores dos pontos de corte dos iacutendices antropomeacutetricos como preditores
de hipertensatildeo arterial e suas respectivas sensibilidade e especificidade (mais
adequado equiliacutebrio entre si) satildeo apresentados na Tabela 7 Observa-se que entre
os iacutendices antropomeacutetricos a RCEst teve melhor percentual de sensibilidade e de
especificidade para discriminar a pressatildeo arterial elevada para os homens
Tabela 7 - Pontos de corte sensibilidade e especificidade dos iacutendices antropomeacutetricos para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial em idosos
Mulheres Homens PA elevada
Ponto de corte
Sensibilidade ()
Especificidade ()
Ponto de corte
Sensibilidade ()
Especificidade ()
IMC (kgm2)
2679 527 548 2420 527 548
CC (cm) 8750 577 457 8650 593 532 RCEst 059 568 430 054 648 456 Iacutendice C 126 541 452 129 574 456
IMC ndash Iacutendice de Massa Corporal CC ndash Circunferecircncia da Cintura RCEst ndash Razatildeo Cintura-Estatura Iacutendice C ndash Iacutendice de Conicidade
28
6 DISCUSSAtildeO
61 Aacutereas sob a Curva ROC
Este estudo teve como objetivo identificar a capacidade preditiva de iacutendices
antropomeacutetricos de obesidade geral e abdominal para discriminar a presenccedila de
hipertensatildeo arterial em idosos com foco de utilizaccedilatildeo no ambiente da estrateacutegia de
sauacutede da famiacutelia Nessa perspectiva surge uma proposta de triagem dos casos de
idosos com possiacuteveis alteraccedilotildees crocircnicas em sua pressatildeo arterial aleacutem de possibilitar
a discussatildeo sobre validaccedilatildeo de tais iacutendices para uso no contexto da sauacutede
Dessa forma recomenda-se a anaacutelise da sensibilidade e especificidade por
meio da construccedilatildeo de curvas ROC pois eacute a melhor opccedilatildeo para determinar pontos de
corte em estudos epidemioloacutegicos78 Essa anaacutelise permite fornecer a aacuterea sob a curva
que traduz o poder de discriminaccedilatildeo de um indicador para um determinado desfecho
e a identificaccedilatildeo do melhor ponto de corte
A proposta dessa pesquisa natildeo eacute excluir o diagnoacutestico meacutedico mas
proporcionar uma estrateacutegia mais abrangente a ser utilizada pelas USFs em parceria
entre os profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica e os profissionais de sauacutede no contexto da
atenccedilatildeo primaacuteria
Embora exista associaccedilatildeo entre sobrepesoobesidade e a pressatildeo arterial
elevada poucos estudos tecircm identificado pontos de corte de iacutendices antropomeacutetricos
que visem agrave detecccedilatildeo da hipertensatildeo arterial em idosos Diversos estudos tecircm
demonstrado que os iacutendices antropomeacutetricos satildeo bons indicadores de obesidade e
estatildeo relacionados a fatores de risco cardiovascular795880 Todavia a hipertensatildeo eacute
apontada como um dos principais fatores de risco cardiovasculares o que denota a
necessidade de um olhar diferenciado
A prevalecircncia de hipertensatildeo foi inferior agrave encontrada em outros estudos818283
Contudo diferenccedilas metodoloacutegicas nuacutemero de medidas realizadas e os diferentes
criteacuterios de referecircncia satildeo as principais causas da grande variabilidade nas
prevalecircncias de pressatildeo arterial elevada entre as investigaccedilotildees No presente estudo
29
optou-se por maior rigorosidade ao diagnosticar a pressatildeo arterial elevada
considerando a realizaccedilatildeo de trecircs medidas
Nessa amostra observou-se que a prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi
443 nas mulheres e 406 nos homens Demonstrando ser uma alta prevalecircncia
pois se trata de uma populaccedilatildeo que eacute influenciada diretamente pelo o aumento da
morbimortalidade durante o envelhecimento Estudos envolvendo idosos indicam que
a prevalecircncia da hipertensatildeo encontra-se entre 50-70 com o aumento da idade84
Poucos estudos epidemioloacutegicos foram conduzidos com o objetivo de identificar
e discriminar a capacidade de iacutendices antropomeacutetricos de obesidade para a pressatildeo
arterial elevada na populaccedilatildeo de idosos e principalmente utilizando o iacutendice C o
RCEst Um estudo realizado com a populaccedilatildeo de idosos utilizou o mesmo objetivo
poreacutem usou como ponto de corte o iacutendice de massa corporal e o iacutendice de adiposidade
corporal85 Entretanto faz-se necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de outros iacutendices para identificar
hipertensatildeo arterial em idosos
De acordo com os resultados do presente estudo somente alguns dos
indicadores antropomeacutetricos apresentaram capacidade preditiva para a hipertensatildeo
arterial em idosos de acordo com limite inferior do intervalo de confianccedila de 9586
Dessa forma foi observado que a RCEst e IMC para os homens mostraram-se com
bom poder de detecccedilatildeo para a hipertensatildeo arterial pois obtiveram maiores valores
sob a curva para esse desfecho
Em 2013 Leal Neto et al85 identificaram em seus resultados que o IMC e o
iacutendice de adiposidade corporal foram os melhores indicadores preditivos de
hipertensatildeo arterial nos idosos em ambos os sexos independentemente de outros
fatores tais como idade tabagismo consumo de aacutelcool e atividade fiacutesica
No presente estudo os principais indicadores que tiveram uma boa aacuterea sob a
curva foram o IMC RCEst e Iacutendice C com resultados de 060 IC95 (050-070) 061
IC95 (051-071) e 058 IC95 (058-068) respectivamente para homens
Nas mulheres tais iacutendices mostraram-se com menor poder discriminatoacuterio para
diagnosticar a hipertensatildeo arterial A HAS eacute um desfecho que pode ser influenciado
por fatores multicausais (hormonais estresse etc) Na anaacutelise do desempenho do
iacutendice antropomeacutetrico a loacutegica eacute unidirecional ou seja verificar o desempenho desses
iacutendices apenas como preditores de hipertensatildeo arterial foram mais satisfatoacuterios entre
os homens Os iacutendices podem interferir mas natildeo determinar a prevalecircncia da
30
hipertensatildeo Embora as mulheres tenham uma maior prevalecircncia essa natildeo eacute
determinada pelos iacutendices antropomeacutetricos no presente estudo
Tais resultados diferem do estudo realizado em 2012 por Samsen et al87 no
qual a circunferecircncia da cintura teve boa ASC nos homens = 0684 com IC95 (0672-
0695) e nas mulheres = 0673 IC95 (0665-0681) sendo o melhor indicador
significativamente (p lt0001) do que o IMC no qual a ASC em homens foi de = 0667
IC95 (0656-679) e nas mulheres = 0636 IC95 (0628-0644) em discriminaccedilatildeo
de pelo menos um fator de risco cardiovascular Isso se deve ao fato de tal estudo ter
sido realizado com uma abrangecircncia maior na faixa etaacuteria que foi de 45-80 anos
Uma possiacutevel limitaccedilatildeo para discussatildeo dos resultados desse estudo foi a faixa
etaacuteria restrita que natildeo incluiu idosos (igual ou acima de 60 anos) o que impossibilita
a triagem da pressatildeo arterial elevada nessa populaccedilatildeo
62 Iacutendices antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial
Nesse estudo a CC e RCEst foram as variaacuteveis com maiores valores absolutos
de sensibilidade para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial respectivamente para mulheres
e homens Tais resultados indicam as proporccedilotildees de verdadeiros positivos na
ocorrecircncia de hipertensatildeo arterial
Quanto ao ponto de corte do RCEst nas mulheres foi de 059 sendo 568 de
sensibilidade e 430 de especificidade Valores inferiores ao encontrado no presente
estudo para mulheres foram sugeridos em Taiwan (045) Cingapura (048) e na China
(050) No Brasil em 2009 Haun Pitanga e Lessa16 recomendaram para a RCEst
053 como melhor ponto de corte com sensibilidade (67) e especificidade (58) e
aacuterea sob a curva ROC de 069 (IC 95 = 064-075) Outro ponto de corte semelhante
ao observado no Brasil com mulheres mexicanas variou de 053 a 0535 para a
RCEst discriminar diabete tipo 2 hipertensatildeo e dislipidemias88899091
Os pontos de corte sugeridos por esses paiacuteses e no Brasil podem ter sido
inferiores por causa da abrangecircncia na faixa etaacuteria dos indiviacuteduos no qual incluiacuteram
mulheres de 30 a 74 anos como tambeacutem as caracteriacutesticas econocircmicas culturais e
31
de estilo de vida diferem da realidade das mulheres que residem em cidades de
pequeno porte Estudos que discriminem hipertensatildeo arterial principalmente em
idosos com RCEst satildeo escassos na literatura
Em 2010 Browning Hsieh e Ashwel92 realizaram uma revisatildeo sistemaacutetica
sobre a potencialidade de indicadores antropomeacutetricos em predizer doenccedilas
cardiovasculares e identificou a RCEst como variaacutevel de melhor desempenho A
RCEst apresentou maiores ASC quando comparada ao IMC ou CC Os dados
analisados foram de quatorze paiacuteses diferentes e incluiacuteram caucasianos asiaacuteticos e
da Ameacuterica Central Segundo os autores uma RCEst ge 05 eacute capaz de identificar
fatores de risco cardiovasculares Esse ponto de corte eacute inferior aos encontrados para
homens e mulheres no presente estudo significando que o ponto de corte encontrado
pode diagnosticar risco cardiovascular e consequentemente a presenccedila de
hipertensatildeo
Outros autores afirmam essa hipoacutetese relacionada aos valores limites para
RCEst em diversas populaccedilotildees e indicaram que um ponto de corte de 05 eacute o valor
mais indicado para ambos os sexos todas as idades e diferentes populaccedilotildees899315
Com relaccedilatildeo agrave especificidade a variaacutevel com maior valor foi o IMC
independentemente do sexo Nas mulheres o ponto de corte sugerido foi 2679 kgm2
e nos homens 2420 kgm2 O valor da especificidade foi de 548 para ambos os
sexos o qual possibilita determinar corretamente a ausecircncia de hipertensatildeo arterial
Sendo assim este estudo sugere que o IMC natildeo foi o melhor preditor de hipertensatildeo
arterial
O estudo de Leal Neto et al (2013)85 tambeacutem testou a capacidade de
indicadores antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial em idosos
sugeriu como pontos de corte para IMC valores de 247 kgm2 igual ao encontrado no
presente estudo e de 273 kgm2 nuacutemero superior que aos dados do presente
trabalho para homens e mulheres respectivamente
Em outro estudo realizado com 19621 homens e mulheres com faixa etaacuteria de
45-80 anos a meacutedia da idade foi de 598 anos para os homens e 585 anos para as
mulheres O ponto de corte adequado de IMC foi de 23 kgm2 em homens e 24 kgm2
em mulheres Os pontos de corte de CC foram 80 cm e 78 cm em homens e mulheres
respectivamente Os achados do presente estudo foram superiores a esses
32
resultados todavia deve ser considerado que a populaccedilatildeo alvo foi diferente e com
idade menor da populaccedilatildeo pesquisada no presente trabalho87
Com relaccedilatildeo agrave CC o ponto de corte identificado para a prediccedilatildeo de hipertensatildeo
arterial nas mulheres foi superior ao dos homens Contudo os valores de sensibilidade
e especificidade desses pontos de corte foram maiores entre os homens o que pode
indicar que o poder preditivo da CC para a hipertensatildeo arterial eacute melhor para o sexo
masculino Quanto menor o ponto de corte maior seraacute a habilidade do teste em
classificar os doentes como positivos isto eacute maior seraacute a sensibilidade76 Os pontos
de corte dos homens foram em sua maioria menores em comparaccedilatildeo aos das
mulheres
Tais resultados satildeo contraacuterios aos achados do estudo de Kashihara et al
(2009)94 com indiviacuteduos de 30-74 anos que comparou paciente com hipertensatildeo e sem
hipertensatildeo Em seus pontos de corte de CC para os homens foram superiores aos
pontos de corte definidos para as mulheres e os valores de sensibilidade e
especificidade foi maior nas mulheres para identificar risco cardiovascular Poreacutem a
idade foi menor ao proposto no presente estudo
Outro estudo que contraria tais resultados quanto ao ponto de corte da CC foi
o de Haun Pitanga e Lessa (2009)16 que foi superior para os homens enquanto o
niacutevel de sensibilidade e especificidade foi igual aos nossos achados Poreacutem esse
estudo foi realizado com indiviacuteduos de idade entre 30-74 anos e discriminou risco
coronariano elevado
Quanto ao Iacutendice C no presente estudo o ponto de corte sugerido foi de 126
nas mulheres (sensibilidade 541 e especificidade 452) e 129 para os homens
(sensibilidade 574 e especificidade 456)
Diferentemente do resultado encontrado no presente estudo Pitanga e Lessa
(2005)56 sugeriram como o melhor ponto de corte para risco coronariano com o iacutendice
C 118 para mulheres apresentando valores de sensibilidade (7339) e
especificidade (6115) Para os homens o ponto de corte foi de 125 com valores de
sensibilidade (7391) e especificidade (7492) Tais pontos de corte foram para
indiviacuteduos adultos por esse motivo foram mais baixos que os achados do presente
trabalho Deve-se considerar que existem modificaccedilotildees na composiccedilatildeo corporal com
o processo do envelhecimento o que poderia alterar os pontos de corte para as essas
medidas antropomeacutetricas
33
Em outro estudo com os mesmo autores foram apresentados outros pontos de
corte comparando diferentes faixas etaacuterias Para as mulheres de 30-49 anos o melhor
ponto de corte foi o mesmo (118) com melhor sensibilidade (7857) e
especificidade (6524) e tambeacutem melhor aacuterea sob a curva ROC 081 (IC95 = 070-
092) Entre as de idade mais avanccedilada (50-74 anos) o melhor ponto de corte
sugerido foi 122 com sensibilidade (6000) e especificidade (6582) e aacuterea sob a
curva ROC 065 (IC 95 = 058-073) Portanto o iacutendice C apresentou melhor poder
discriminatoacuterio de RCEst para as mulheres mais jovens64
Almeida Almeida e Arauacutejo (2009)58 conduziram uma pesquisa com mulheres
de 30 e 69 anos buscando avaliar o desempenho de diferentes pontos de corte do
iacutendice C RCQ CC e RCEst para discriminar Risco Coronariano Elevado e o ponto de
corte encontrado para o Iacutendice C foi (125) proacuteximo ao ponto de corte para mulheres
nos nossos achados Dessa forma tais autores afirmaram que os indicadores
antropomeacutetricos de obesidade abdominal analisados tiveram desempenhos
satisfatoacuterios e similares para discriminar RCEst poreacutem o iacutendice C foi o que
apresentou o melhor poder discriminatoacuterio
As informaccedilotildees sobre o iacutendice C satildeo limitadas quanto agrave discussatildeo do ponto de
corte para hipertensatildeo arterial principalmente por encontrar poucos estudos sobre
essa medida como referecircncia para idosos Pitanga e Lessa (2004)55 relatam como
uma limitaccedilatildeo para a utilizaccedilatildeo do Iacutendice C em estudos populacionais a dificuldade de
se calcular o denominador da equaccedilatildeo proposta para sua determinaccedilatildeo
O excesso de gordura em geral estaacute associado ao aparecimento de doenccedilas
cardiovasculares hipertensatildeo arterial e mortalidade a definiccedilatildeo de pontos de corte
para iacutendices que se destacam por sua simplicidade operacional e boa acuraacutecia
permite a detecccedilatildeo dos indiviacuteduos sob risco sendo de grande utilidade nos serviccedilos
de atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede aleacutem de possibilitar o conhecimento da situaccedilatildeo de
grupos populacionais especiacuteficos frente a esses riscos quando empregados na
pesquisa epidemioloacutegica
No contexto das cidades de pequeno porte (rurais e urbanas) os recursos de
sauacutede satildeo muitas vezes limitados e escassos sendo importante a utilizaccedilatildeo desses
iacutendices antropomeacutetricos como substituiccedilatildeo eou apoio a avaliaccedilatildeo tradicional da
pressatildeo arterial Em vaacuterias conjunturas de sauacutede a alta demanda de paciente com
hipertensatildeo arterial exige a utilizaccedilatildeo de instrumentos de diagnoacutesticos e rastreamento
34
de raacutepida e faacutecil aplicaccedilatildeo que possam ser manejados por diferentes profissionais e
que sobretudo apresentem validade e fidedignidade A adequada validaccedilatildeo de
instrumentos e conhecimento de suas propriedades teacutecnicas na populaccedilatildeo brasileira
tambeacutem deve contribuir com a seleccedilatildeo de prioridades e delimitaccedilatildeo do conteuacutedo dos
programas de sauacutede pelos tomadores de decisatildeo em diferentes niacuteveis de gestatildeo
35
7 CONCLUSAtildeO
As anaacutelises dos dados permitem frente aos objetivos estabelecidos formular
as seguintes conclusotildees Quanto ao poder de discriminaccedilatildeo de iacutendices
antropomeacutetricos para a hipertensatildeo arterial em idosos os iacutendices antropomeacutetricos
(IMC RCEst e Iacutendice C) foram bons preditores de hipertensatildeo arterial para os homens
Dessa forma tais iacutendices podem ser empregados nos homens poreacutem tais medidas
natildeo foram satisfatoacuterias para predizer pressatildeo arterial elevada nas mulheres idosas
limitando a sua utilizaccedilatildeo para o sexo feminino com idades avanccediladas
O melhor ponto de corte para discriminar hipertensatildeo arterial foi 054 para a
RCEst nos homens dessa forma tal ponto de corte deve ser empregada no contexto
da atenccedilatildeo primaacuteria nos homens Sugere-se a utilizaccedilatildeo dessa medida a fim de
detectar e realizar a triagem da hipertensatildeo arterial com caracteriacutesticas similares agrave
amostra deste estudo
Recomenda-se que a utilizaccedilatildeo de dois iacutendices simultaneamente resulte em
uma maior eficiecircncia na avaliaccedilatildeo do risco de hipertensatildeo arterial em idosos A
indicaccedilatildeo destas medidas permite que ela seja realizada nas Unidades de Sauacutede da
Famiacutelia como meacutetodo de triagem para idosos com hipertensatildeo arterial utilizando
materiais de faacutecil manejo e de baixo custo
Dessa forma pode-se efetivamente atingir uma das estrateacutegias de prevenccedilatildeo
da hipertensatildeo arterial sistecircmica que eacute o controle da pressatildeo arterial durante o
envelhecimento Todavia sugere-se cautela na utilizaccedilatildeo do ponto de corte desses
indicadores para as mulheres pois os resultados natildeo foram satisfatoacuterios
Fica evidente a necessidade de outros estudos que identifiquem pontos de
corte de iacutendices antropomeacutetricos visando agrave detecccedilatildeo de hipertensatildeo arterial e de
outros fatores de risco cardiovascular nas mulheres idosas que residem em cidades
de pequeno porte
36
8 REFEREcircNCIAS
1 Omram AR The epidemiologic transition a theory of the epidemiology of population change Milbank Memorial Fund Quarterly 1971 49 (Part 1) 509-538
2 Wong LR Carvalho JM Age-strucutural transition in Brazil demographic bonuses and emerging challenges In Pool I Wong LLR Vilquin E editores Age-structural transitions challenges for development Paris Committee for International Cooperation in National Research in Demography 2006
3 Gragnolati M Jorgensen OH Rocha R Fruttero AA Envelhecendo em um Brasil mais Velho implicaccedilotildees do envelhecimento populacional sobre o crescimento econocircmico reduccedilatildeo da pobreza financcedilas puacuteblicas prestaccedilatildeo de serviccedilos Banco Internacional para a Reconstruccedilatildeo e o Desenvolvimento Banco Mundial 2011
4 Schmidt MI Duncan BB Silva GA et al Health in Brazil 4 Chronic non-communicable diseases in Brazil burden and current challenges The Lancet 2011 377
5 Ezzati M Hoorn SV Rodgers A et al Comparative Risk Assessment Collaborating Group Selected major risk factors and global and regional burden of disease Lancet 2002 360 1347-60
6 Lim SS Vos T Flaxman AD et al A comparative risk assessment of burden of disease and injury attributable to 67 risk factors and risk factor clusters in 21 regions 1990-2010 a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2010 Lancet 2012 380 (9859)2224-60
7 Sociedade Brasileira de Cardiologia Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Sociedade Brasileira de Nefrologia VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 2010 95(1) 1-51
8 Miranda DR Perrotti TC Bellinazzi VR et al Hipertensatildeo arterial no idoso peculiaridades na fisiopatologia no diagnoacutestico e no tratamento Rev Bras Hipertens 2002 9 293-300
9 Pilger C Menon MU Mathias TAF Caracteriacutesticas sociodemograacuteficas e de sauacutede de idosos contribuiccedilotildees para os serviccedilos de sauacutede Rev Latino-Am Enfermagem 2011 19(5)1230-1238
10 Pilger C Menon MU Mathias TAF Utilizaccedilatildeo de serviccedilos de sauacutede por idosos vivendo na comunidade Rev esc enferm USP 2013 47(1)213-220
11 Mariath AB Grillo LP Silva RO et al Obesidade e fatores de risco para o desenvolvimento de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis entre usuaacuterios de unidade de alimentaccedilatildeo e nutriccedilatildeo Cad Sauacutede Puacuteblica 2007 23 (4) 897-905
37
12 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Diretrizes e recomendaccedilotildees para o cuidado
integral de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis promoccedilatildeo da sauacutede vigilacircncia prevenccedilatildeo e assistecircncia Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2008
13 Kuumlmpe DA Sodreacute AC Pomatti DM et al Obesidade em Idosos Acompanhados
pela Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia Texto Contexto Enferm Florianoacutepolis 2011 20(3) 471-7
14 Silva KS Farias Juacutenior JC Fatores de risco associados agrave pressatildeo arterial elevada em adolescentes Rev Bras Med Esporte 2007 13(4) 237-40
15 Pitanga FJG Lessa I Razatildeo cintura-estatura como discriminador do risco
coronariano de adultos Rev Assoc Med Bras 2006 52157-61
16 Haun DR Pitanga FJG Lessa I Razatildeo CinturaEstatura comparado a outros indicadores antropomeacutetricos de obesidade como preditor de risco coronariano elevado Rev Assoc Med Bras [online] 2009 55(6) 705-711
17 Nascimento CM Ribeiro AQ SantrsquoAna LFR et al Estado nutricional e condiccedilotildees de sauacutede da populaccedilatildeo idosa brasileira revisatildeo da literatura Rev meacuted Minas Gerais 2011 21(2)174-180
18 Gomes MA Beck cc Duarte MFS et al Ficha Antropomeacutetrica no Nuacutecleo de Apoio a Sauacutede da Famiacutelia o que medir e para que medir Rev bras cineantropom desempenho hum 2009 11(2) 243-253
19 Azevedo LF Oliveira ACC Lima JRP et al Recomendaccedilotildees sobre condutas e procedimentos do profissional de educaccedilatildeo fiacutesica na atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede Rio de Janeiro CONFEF 2010 109-55
20 World Health Organization World health statistics 2012 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghopublicationsworld_health_statistics2012enindexhtmlgt [2012 set 18]
21 World Health Organization Global health risks mortality and burden of disease attributable to selected major risks Geneva World Health Organization 2009a
22 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Panorama da sauacutede brasileira em muacuteltiplos aspectos Percepccedilatildeo do estado de sauacutede estilo de vida e doenccedila crocircnica Pesquisa Nacional de Sauacutede 2013
23 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Pesquisa Nacional por Amostra
de Domiciacutelios 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapesquisaspesquisa_resultadosphpid_pesquisa=149gt[2014 dez 04]
24 Tribess S Virtuoso Junior JS Prescriccedilatildeo de exerciacutecios fiacutesicos para idosos Rev saudecom 2005 1(2)163-72
38
25 Pollock ML Wilmore JH Exerciacutecio na Sauacutede e na Doenccedila avaliaccedilatildeo e prescriccedilatildeo para prevenccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo Editora MEDSI 2ordf ed Rio de Janeiro 1993
26 Sociedade Brasileira de Cardiologia V Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 20061-48
27 World Health Organization Global Health Observatory (GHO) 2014 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghoncdrisk_factorsblood_pressure_prevalence_textengt [2014 dez 04]
28 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Secretaria de Atenccedilatildeo baacutesica agrave Sauacutede Departamento de atenccedilatildeo baacutesica - Hipertensatildeo arterial sistecircmica Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2006
29 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) (2009) Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeGestorvisualizar_textocfmidtxt=24421gt [2010 abr 07]
30 Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Nuacutemero de hipertenso 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwsbhorgbripadgeralphpgt [09 nov 2014]
31 Secretaria de Sauacutede do Estado da Bahia Hipertensatildeo Quantidade de Hipertensos na Bahia Disponiacutevel em (2014) lthttpwwwsaudebagovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=4418ampcatid=1ampItemid=14gt [2014 jan 10]
32 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica 2014 Dados de mortalidade na Bahia Disponiacutevel em lthttptabnetdatasusgovbrcgitabcgiexesiabcnvSIABSBAdefgt [2014 mai 05]
33 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica Dados sociodemograacuteficos de Ibicuiacute 2014 lthttptabnetdatasusgovbrcgideftohtmexesiabcnvSIABFBAdefgt [2014 jan 05]
34 Williams B The year in hypertension JACC 2010 55(1) 66-73
35 Lipp M Rocha JC Stress Hipertensatildeo Arterial e Qualidade de vida um guia de tratamento para o hipertenso Campinas Papirus 1996
36 Borenstein MS (Org) Manual de Hipertensatildeo Arterial Porto Allege Editora Sagra Luzzatto 1999
37 Joint National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure The Sixth Report of the Join National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure Arch Intern Med 1997157 2413-2446
39
38 Mitchell GF Parise H Benjamin EJ et al Changes in arterial stiffness and wave reflection with advancing age in health men and women Hypertension 2004 431239-1245
39 Matos AC Ladeia AM Avaliaccedilatildeo de fatores de risco cardiovascular em uma comunidade rural da Bahia Arq Bras Cardiol 2003 81(3) 291-6
40 World Health Organization Who Expert Committee on Physical Status the use and interpretation of antropometry Report of a WHO Expert Commitee Geneva WHO 1995 p 854
41 Pitanga FJG Antropometria na avaliaccedilatildeo da obesidade abdominal e risco coronariano Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum 201113(3) 238-241
42 Ferreira LS Amaral TF Marucci MFN et al Under nutrition as a major risk factor for death among older Brazilian adults in the community-dwelling setting SABE survey Nutrition 201127(10)17-22
43 Andrade FB Caldas Junior AF Kitoko PM et al Prevalence of overweight and obesity in elderly people from Vitoacuteria-ES Brazil Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2012 set17(3)749-756
44 Boscatto EC Duarte Mde F Coqueiro Rda S Barbosa AR Nutritional status in the oldest elderly and associated factors Rev Assoc Med Bras 2013 59(1)40-47
45 Kostka J Borowiak E Kostka T Nutritional status and quality of life in different
populations of older people in Poland Eur J Clin Nutr 2014 Nov68(11)1210-5
46 Silva DAS Petroski EL Associaccedilatildeo de diferentes pontos de corte para sobrepeso e obesidade com pressatildeo arterial elevada em idosas Rev Educ Fis UEM 2009 20 415-22
47 Nutrition Screening Initiative Interventions manual for professionals caring for older Americans Washington DC Nutrition Screening Initiative 1992
48 World Health Organization Obesity preventing and managing the global epidemic Report of a WHO Consultation on Obesity Geneva World Health Organization 1998
49 Cameron AJ Dunstan DW Owen N et al Health and mortality consequences
of abdominal obesity evidence from the Aus Diab study Med J Aust 2009191 202ndash208
50 Fox KA Despres JP Richard AJ et al Does abdominal obesity have a similar impact on cardiovascular disease and diabetes A study of 91246 ambulant patients in 27 European countries Eur Heart J 2009 30 3055ndash3063
40
51 Pouliot MC Despreacutes JP Lemieux S et al Waist circumference and abdominal sagittal diameter Best simple anthropometric indexes of abdominal visceral adipose tissue accumulation and related cardiovascular risk in men and woman Am J Cardiology 1994 73 460-468
52 Peixoto MRG Beniacutecio MHD Latorre M et al Circunferecircncia da Cintura e Iacutendice de massa Corporal como Preditores da Hipertensatildeo Arterial Arq Bras Cardiol 200687 462-470
53 MacKay MF Haffner SM Wagenknecht LE et al Prediction of type 2 diabetes using alternate anthropometric measures in a multiethnic cohort the insulin resistance atherosclerosis study Diabetes Care 200932(5)956-8
54 Valdez R A simple model-based index of abdominal adiposity J Clin Epidemiol1991 44(9) 955-6
55 Pitanga FJG Lessa I Sensibilidade e especificidade do iacutendice de conicidade como discriminador do risco coronariano de adultos em Salvador Brasil Rev Bras Epidemiol 20047(3)259-69
56 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano elevado em adultos na cidade de Salvador - Bahia Arq Bras Cardiol 2005 85 (1)26-31
57 Ghosh JR Bandyopadhyay AR Comparative evaluation of obesity measures relationship with blood pressures and hypertension Singapore Med J 200748(3) 232-5
58 Almeida RT Almeida MMG Araujo TM Obesidade abdominal e risco cardiovascular desempenho de indicadores antropomeacutetricos em mulheres Arq Bras Cardiol 2009 out92(5)375-380
59 Freitas Juacutenior Costa Rosa CS Codogno JS et al Capacidade cardiorrespiratoacuteria e distribuiccedilatildeo de gordura corporal de mulheres com 50 anos ou mais Rev Esc Enferm USP 2010 44(2) 395-400
60 Matos LN Giorelli GV Dias CB Correlation of anthropometric indicators for identifying insulin sensitivity and resistance Satildeo Paulo Med J [online] 2011 129(1) 30-35
61 Gomes MA Rech CR Gomes MBA et al Correlaccedilatildeo entre iacutendices antropomeacutetricos e distribuiccedilatildeo de gordura corporal em mulheres idosas Rev bras cineantropom desempenho hum 2006 set 8(3) 16-22
62 Tarastchuk JCE Gueacuterios EE Bueno RRL et al Obesidade e intervenccedilatildeo coronariana devemos continuar valorizando o Iacutendice de Massa Corpoacuterea Arq Bras Cardiol [online] 2008 90(5) 311-316
41
63 Ferreira AP CB Ferreira VC Souza et al Risco de distuacuterbio glicecircmico em mulheres idosas ajustado por antropometria e genoacutetipos de citocinas Rev Assoc Med Bras [online] 201157(5) 565-569
64 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano em mulheres Rev Bras Cineantrop Desempenho Hum 2006 8 (1) 14-21
65 Newman TB Browner WS Cummings SR Delineando estudos de testes meacutedicos In Hulley SB et al Delineando a pesquisa cliacutenica uma abordagem epidemioloacutegica 2 ed Porto Alegre Artmed 2003 203-224
66 Toscano CM As campanhas nacionais para detecccedilatildeo das doenccedilas crocircnicas natildeo-transmissiacuteveis diabetes e hipertensatildeo arterial Ciecircnc sauacutede Coletiva out-dez 2004 9(4) 885-895
67 Fletcher RH Fletcher SW Prevenccedilatildeo In Fletcher R Fletcher S Epidemiologia
cliacutenica elementos essenciais 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 2006 179-201
68 Jeckel J Elmore J Katz D Meacutetodos de prevenccedilatildeo secundaacuteria In _____ Epidemiologia bioestatiacutestica e medicina preventiva 2 ed Porto Alegre Artmed 2005 236-247
69 Klein CH Bloch KV Estudos seccionais In Medronho RA Carvalho DM Bloch KV Luiz RR Werneck GL Epidemiologia 1ordf ed Satildeo Paulo Editora Atheneu 2002 125-150
70 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Resoluccedilatildeo nordm- 6 de 3 de novembro de 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcenso2010ibgegovbrdados_divulgadosindexphpuf=29gt[201 dez 18]
71 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica ndash Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais (2014) Disponiacutevel em lthttpcodibgegovbr398G9gt [2014 ago 30]
72 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230gt [2013 mai 01]
73 Luiz RR Magnanini MMF A loacutegica da determinaccedilatildeo do tamanho da amostra em investigaccedilotildees epidemioloacutegicas Cad sauacutede coletiva Rio de Janeiro 2000 8(2) 9-28
74 Reis MC Nascimento RAS Pedreira RBS et al Validaccedilatildeo de Face e Clareza do Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede dos Idosos ndash IASI [resumo] in Anais do XIX Congresso Brasileiro Geriatria e Gerontologia Beleacutem 2014 296-296
75 Lohman TG Roche AF Martorell R Anthropometric Standardization Reference Manual Champaign Illinois Human Kinetics 1988
42
76 Vaz JCL Regiotildees de Incerteza para Curva ROC em Teste Diagnoacutesticos
[dissertaccedilatildeo] Satildeo Carlos Universidade Federal de Satildeo Carlos 2009
77 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de 2012
78 Erdreich LS Lee ET Use of relative operating characteristic analysis in epidemiology A method for dealing with subjective judgement Am J Epidemiol 1981 114649-62
79 Aekplakorn W Pakpeankitwatana V Lee CM et al Abdominal obesity and coronary heart disease in Thai men Obesity 200715(4)1036-42
80 Oliveira MAM Fagundes RLM Moreira EAM et al Relaccedilatildeo de Indicadores Antropomeacutetricos com Fatores de Risco para Doenccedila Cardiovascular Arq Bras Cardiol 2010 abr 94(4) 478-485
81 Mendes TAB Goldbaum M Segri NJ et al Factors associated with the prevalence of hypertension and control practices among elderly residents of Satildeo Paulo city Brazil Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(11) 2275-2286
82 Oliveira BFA Souza Mouratildeo D Gomes N et al Prevalecircncia de hipertensatildeo arterial em comunidades ribeirinhas do Rio Madeira Amazocircnia Ocidental Brasileira Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(8) 1617-1630
83 Picon RV Fuchs FD Moreira LB et al Prevalence of Hypertension Among Elderly Persons in Urban Brazil A Systematic Review With Meta-Analysis Am J Hypertens 2013 26 (4) 541-548
84 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Pessoa Idosa e Envelhecimento Seacuteries Pactos pela Sauacutede 2006 v 12 Brasiacutelia ndash DF 2010
85 Leal Neto JS Souza J Coqueiro RS et al Anthropometric indicators of obesity as screening tools for high blood pressure in the elderly Int J Nurs Pract 2013 Aug 19(4) 360-367
86 Schisterman EF Faraggi D Reiser B Trevisan M Statistical inference for the area under the receiver operating characteristic curve in the presence of random measurement error Am J Epidemiol 2001 154 (2) 174-9
87 Samsen M Hanchaiphiboolkul S Puthkhao P et al Appropriate body mass index and waist circumference cutoffs for middle and older age group in Thailand data of 19621 participants from Thai epidemiologic stroke (TES) study J Med Assoc Thai 2012 Sep 95(9)1156-66
88 Ko GTC Chan JCN Cockram CS Woo J Prediction of hypertension diabetes dyslipidemia or albuminuria using simple anthropometric indexes in Hong Kong Chinese Int J Obes 1999 23 (11) 1136-42
43
89 Lin WY Lee LT Chen CY et al Optimal cut-off values for obesity using simple anthropometric indices to predict cardiovascular risk factors in Taiwan Int J Obes Relat Metab Disord 2002261232-8
90 Pua YH Ong PH Anthropometric indices as screening tools for cardiovascular risk factors in Singaporean women Asia Pac J Clin Nutr 2005 14 (1) 74-9
91 Berber A Goacutemez-Santos R Fanghaumlnel G Saacutenchez-Reyes L Anthropometric
indexes in the prediction of type 2 diabetes mellitus hypertension and dyslipidaemia in a Mexican population Int J Obes 200125(12)1794-9
92 Browning LM Hsieh SD Ashwell M A systematic review of waist-to-height ratio
as a screening tool for the prediction of cardiovascular disease and diabetes 05 could be a suitable global boundary value Nutr Res Rev 2010 23(2)247-69
93 Bertsias G Mammas I Linardakis M Kafatos A Overweight and obesity in
relation to cardiovascular disease risk factors among medical students in Crete Greece BMC Public Health 2003 31-9
94 Kashihara H Lee JS Kawakubo K et al Criteria of Waist Circumference According to Computed Tomography-Measured Visceral Fat Area and the Clustering of Cardiovascular Risk Factors Circ J 2009 73 1881-1886
44
APEcircNDICES
45
Apecircndice 1
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
46
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS
PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE SAUacuteDE
DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE
Jequieacute ____ ____ 201__
APEcircNDICE 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Vocecirc esta sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa do Nuacutecleo de
Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo (NESP) da Universidade Estadual do Sudoeste da
Bahia
Objetivo do estudo Avaliar e monitorar as condiccedilotildees de sauacutede de idosos residentes
em comunidade
Participaccedilatildeo Ao aceitar participar do estudo estarei agrave disposiccedilatildeo do pesquisador
para responder ao formulaacuterio que seraacute arquivado pelo autor por um periacuteodo de cinco
anos sendo posteriormente incinerado
Riscos Este estudo natildeo traraacute riscos para minha integridade fiacutesica ou moral dos
participantes
Confidencialidade do estudo Seraacute garantida a privacidade o anonimato bem como
o direito de aceitar ou natildeo participar da pesquisa podendo ser essa autorizaccedilatildeo
suspensa em qualquer fase do estudo Assim as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo
4662012 do Conselho Nacional de Sauacutede que discorre sobre pesquisa envolvendo
seres humanos seratildeo atendidas Os resultados seratildeo publicados no relatoacuterio final da
dissertaccedilatildeo e artigos cientiacuteficos
47
Benefiacutecios Accedilotildees interinstitucionais articuladas promovidas numa perspectiva
interdisciplinar possibilitaratildeo uma melhor compreensatildeo das condiccedilotildees de sauacutede dos
idosos residentes em comunidade do municiacutepio e contribuiraacute para a formulaccedilatildeo de
accedilotildees direcionadas as necessidades dessa populaccedilatildeo
Danos advindos da pesquisa Caso haja algum prejuiacutezo decorrente da realizaccedilatildeo
deste estudo seraacute providenciada a devida reparaccedilatildeo dos danos atraveacutes do
responsaacutevel pelo estudo O pesquisador e os entrevistados natildeo receberatildeo benefiacutecios
financeiros para participaccedilatildeo no estudo Todas as despesas seratildeo por conta do
pesquisador
Participaccedilatildeo voluntaacuteria Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria podendo a qualquer
momento desistir do estudo sem qualquer prejuiacutezo ou penalidade para mim
Consentimento para participaccedilatildeo Apoacutes ser devidamente esclarecido (a) quanto
aos objetivos deste estudo dos procedimentos aos quais serei submetido (a) bem
como dos possiacuteveis riscos decorrentes da minha participaccedilatildeo estou de acordo em
participar do mesmo O pesquisador responsaacutevel pelo estudo assegura que seraacute
disponibilizado qualquer esclarecimento adicional que eu venha a solicitar durante a
realizaccedilatildeo da pesquisa e o direito de desistir da participaccedilatildeo em qualquer momento
Em casos de duacutevidas eou problemas referentes ao estudo vocecirc poderaacute
entrar em contato com o autor atraveacutes do Nuacutecleo de Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo
(NESP) (73) 3528-9721
Sendo assim eu ______________________________________________
aceito livremente participar do Projeto MONIDI
__________________________________ __________________________________
Assinatura do (a) participante
RG _________________________
Assinatura do (a) pesquisador
RG_________________________
48
Apecircndice 2
Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede do Idoso
49
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS
PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE
SAUacuteDE DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE
Nuacutemero do Questionaacuterio |__|__|__|
Nome do Entrevistador ___________________________
Visita 1 2 3
Data Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Hora de iniacutecio ________
Hora de teacutermino ________
I INFORMACcedilOtildeES PESSOAIS E SOCIODEMOGRAacuteFICAS
1 Nome do entrevistado
2Sexo
0 ( ) Feminino
1 ( ) Masculino
3 Endereccedilo completotelefone
4 Idade ____ anos
41 Data de Nascimento
____________
50
5 Situaccedilatildeo conjugal atual
1 ( ) Casado(a) 2 ( ) Uniatildeo estaacutevel 3 ( ) Solteiroa
4 ( ) Divorciado(a)separado(a)desquitado(a) 5 ( ) Viuacutevoa
6 No total quantas vezes o (a) Sr(a) esteve casado(a) ou em uniatildeo
Nordm de vezes |___|___|
7 Na escola qual a uacuteltima seacuterie grau que concluiu com aprovaccedilatildeo
1 - Nunca foi agrave escola ( ) 4 - Fundamental II ( )5 a ( )6 a ( )7 a ( )8 a
2 - Lecirc e escreve o nome ( ) 5 - Ensino Meacutedio ( ) 1 a ( )2 a ( )3
3 - Fundamental I ( )1 a ( )2 a 6 - Superior ( ) completo ( ) incompleto
( )3 a ( )4 a
8 Como vocecirc classificaria a cor da sua pele
1( ) Branca 2( ) Amarela (oriental) 3( ) Parda
4( ) Origem indiacutegena 5( ) Preta 9( ) Natildeo sabe
9 Cor da pele (entrevistador)
1( ) branca 2( ) amarela (oriental) 3( ) parda
4( ) origem indiacutegena 5( ) preta
10-Quantos filhos e filhas nascidos vivos o(a)Sr(a) teve (natildeo inclua enteados filhos
adotivos abortos ou filhos nascidos mortos)
Nuacutemero de filhos |____|____| (98) NS (99) NR
11 Atualmente o senhor (a) mora sozinho ou acompanhado
1( )Acompanhado 2( ) Sozinho 3( ) NR 4( )NS
51
12 Desde que o senhor (a) nasceu viveu no campo por 5 anos ou mais
0( ) Natildeo 1( ) Sim 2( ) NS 3( ) NR
13 Qual eacute a sua religiatildeo
1( ) Catoacutelica 2( ) Protestante 3( ) Judaica
4( ) Espiacuteritakardecista 5( ) Umbanda 6( ) Outras ____________
14 Qual a importacircncia da religiatildeo em sua vida
(1) Importante (2) Regular (3) Nada importante (8) NS (9) NR
15 Com que frequecircncia o senhor vai agrave igreja ou ao serviccedilo religioso
( ) Nunca ( ) Vaacuterias vezes por ano ( ) Uma duas vezes por mecircs
( ) Quase toda semana ( ) Mais de uma vez por semana ( ) NS ( ) NR
16 Quanto vocecirc ganha em meacutedia por mecircs R$ __________8( )Natildeo se aplica
II A CONSUMO DE AacuteLCOOL E TABACO
Uso de bebidas alcooacutelicas
1 Vocecirc consome bebidas alcooacutelicas Se vocecirc NAtildeO BEBE siga para o bloco III C
0 ( )sim 1( ) natildeo
2 Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
3 As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
4 Sente-se chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
5 Costuma beber pela manhatilde para diminuir o nervosismo ou a ressaca
0 ( ) sim 1( ) natildeo
Haacutebito de fumar
1 Vocecirc jaacute foi fumante 0 ( ) sim 1( ) natildeo
52
2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco
III C
3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros
4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias
III ANTROPOMETRIA
MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS
ESTATURA
MASSA CORPORAL
CIRCUNFEREcircNCIA
DE CINTURA
IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL
MEDIDA 01 02 03
Pressatildeo arterial
sistoacutelica
Pressatildeo arterial
diastoacutelica
53
ANEXOS
54
Anexo 1
Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos
55
56
iv
FICHA CATALOGRAacuteFICA ELABORADA PELA BIBLIOTECA CENTRAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE
D585i
Diniz Keila de Oliveira Iacutendices antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial em idosos residentes em uma cidade de pequeno porte Keila de Oliveira Diniz orientador Antonio Cesar Cabral de Oliveira ndash Satildeo Cristoacutevatildeo 2015
71 f
Dissertaccedilatildeo (mestrado em Educaccedilatildeo Fiacutesica) ndash Universidade Federal de Sergipe 2015
1 Hipertensatildeo 2 Antropometria 3 Obesidade 4 Idosos ndash Doenccedilas - Diagnoacutestico I Oliveira Antonio Cesar Cabral de orient II Tiacutetulo
CDU 61612-0713
v
KEILA DE OLIVEIRA DINIZ IacuteNDICES ANTROPOMEacuteTRICOS COMO PREDITORES DE HIPERTENSAtildeO ARTERIAL EM IDOSOS RESIDENTES EM
UMA CIDADE DE PEQUENO PORTE
Dissertaccedilatildeo apresentada ao Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Educaccedilatildeo Fiacutesica da Universidade Federal de Sergipe como requisito parcial para obtenccedilatildeo do grau de Mestre em Educaccedilatildeo Fiacutesica
Aprovada em ____________
_________________________________________
Prof Dr Antonio Cesar Cabral de Oliveira (UFS)
________________________________________ Prof Dr Marcos Bezerra de Almeida (UFS)
_________________________________________
Prof Dr Joseacute Jean de Oliveira Toscano (UFAL)
PARECER
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
vi
DEDICATOacuteRIA Dedico esta dissertaccedilatildeo a IRACI BORGES DINIZ (in memoriam) minha querida
vovoacute uma mulher incomparaacutevel A saudade eacute constante em minha vida
A meu pai RAIMUNDO BORGES DINIZ por natildeo medir esforccedilos para que as minhas
vontades e os meus desejos se tornassem hoje realidade concreta
Ao meu noivo ALDO GOMES pelo incentivo companheirismo e apoio incondicional
Vocecirc eacute essencial em minha vida
vii
AGRADECIMENTO
Agradeccedilo primeiramente a DEUS por abenccediloar sempre os meus dias me
garantindo sauacutede e disposiccedilatildeo e por estar comigo sempre nas minhas conquistas
Ao Prof Dr ANTONIO CESAR CABRAL DE OLIVEIRA pela orientaccedilatildeo
proporcionada confianccedila e incentivo durante todo o curso do mestrado Muito
obrigada por nortear as minhas ideias e por ter oportunizado a realizaccedilatildeo desse
trabalho
Ao Prof Me SAULO VASCONCELOS ROCHA pelo incentivo co-orientaccedilatildeo pela
disponibilidade constante e principalmente por confiar no meu trabalho durante todo
o processo
Aos professores do Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Educaccedilatildeo Fiacutesica da
Universidade Federal de Sergipe em especial a AFRANIO ROBERTO JERONIMO
e MARCO BEZERRA pelas contribuiccedilotildees
Ao grupo MONIDI pelo apoio e auxiacutelio durante toda a fase de coleta vocecircs foram
essenciais
Agrave Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB) a Universidade Federal de
Sergipe (UFS) e ao Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Educaccedilatildeo Fiacutesica por terem
fornecido todas as condiccedilotildees para realizaccedilatildeo da coleta dessa dissertaccedilatildeo
Agradeccedilo aos idosos e aos trabalhadores das USFs da cidade de Ibicuiacute-BA que por
livre e espontacircnea vontade permitiram tornar possiacutevel esse trabalho
A CAPES pela bolsa de estudo concedida
viii
ldquoTudo eacute loucura ou sonho no comeccedilo Nada do que o homem fez no mundo teve iniacutecio de outra maneira ndash mas jaacute tantos sonhos se realizaram que natildeo temos o direito de duvidar de nenhumrdquo (Monteiro Lobato)
ix
RESUMO
A hipertensatildeo arterial eacute uma das principais causas de mortalidade em acircmbito mundial e fator de risco para diversas doenccedilas Tal enfermidade em idosos estaacute associada ao significante aumento nos distuacuterbios cardiovasculares e a incidecircncia de doenccedilas incapacitantes Por outro lado a gordura corporal estaacute relacionada com a pressatildeo arterial elevada em idosos a qual pode ser avaliada por meio de iacutendices antropomeacutetricos O objetivo deste estudo foi determinar o poder preditivo de iacutendices antropomeacutetricos e estabelecer seus pontos de corte como discriminadores de hipertensatildeo arterial e identificar o indicador antropomeacutetrico de obesidade que melhor discrimina a hipertensatildeo arterial Um estudo transversal foi realizado com uma amostra de 310 idosos com idades iguais ou superiores a 60 anos sendo 175 (565) mulheres A coleta ocorreu entre o periacuteodo de 03022014 a 20022014 na cidade de Ibicuiacute-BA Foram mensurados os seguintes iacutendices antropomeacutetricos iacutendice de massa corporal (IMC) circunferecircncia da cintura (CC) razatildeo cinturaestatura (RCEst) e iacutendice de conicidade (Iacutendice C) Ademais coletaram-se medidas de pressatildeo arterial sistoacutelica e diastoacutelica Para identificaccedilatildeo dos preditores de hipertensatildeo arterial foi adotada a anaacutelise das curvas Receiver Operating Characteristic (ROC) com intervalo de confianccedila de 95 Posteriormente identificaram-se os pontos de corte com suas respectivas sensibilidades e especificidades As anaacutelises foram efetuadas respeitando-se o niacutevel de significacircncia de 5 Apoacutes a construccedilatildeo das curvas ROC evidenciou-se que alguns iacutendices antropomeacutetricos apresentaram Aacuterea Sobre a Curva (ASC) significativas sendo o IMC = 060 (050-070) RCEst = 061 (051-071) Iacutendice C = 058 (058-068) nos homens Os diversos pontos de corte dos iacutendices antropomeacutetricos com melhores poderes preditivos e suas respectivas sensibilidades e especificidades foram identificados Conclui-se que as melhores aacutereas sob a curva ROC foram para IMC RCEst e Iacutendice C para os homens poreacutem tais medidas natildeo foram satisfatoacuterias para predizer hipertensatildeo arterial em mulheres idosas Sugere-se que a utilizaccedilatildeo de dois iacutendices simultaneamente possa resultar em uma maior eficiecircncia na avaliaccedilatildeo do risco de hipertensatildeo arterial em idosos
Palavras-chave Antropometria Hipertensatildeo Obesidade Idoso
x
ABSTRACT Hypertension is one of the main causes of mortality in the world and a risk factor for several diseases This illness in the elderly is associated with a significant increase in cardiovascular disorders and the incidence of disabling diseases On the other hand body fat is related to high blood pressure in the elderly which can be evaluated by means of anthropometric indices This study aimed to determine the predictive power of anthropometric indices and establish cut-off points as discriminators of arterial hypertension and identify the anthropometric indicator of obesity that best discriminates the hypertension A cross-sectional study was conducted with a sample of 310 elderly people with ages greater than or equal to 60 years 175 (565 ) women Data collection occurred between the period of 03 022014 20 022014 in Ibicuiacute city in Bahia The following anthropometric indices were measured body mass index (BMI) waist circumference (WC) waistheight ratio (WHtR) and conicity index (C-Index) In addition collected measures of systolic and diastolic blood pressure To identify hypertension predictors was adopted the Receiver Operating Characteristic (ROC) curves analysis with a confidence interval of 95 Later it was possible to identify the cut-off points with their respective sensitivities and specificities The samples were analyzed respecting significance level of 5 After the construction of the ROC curves it was evident that some anthropometric indices presented Area under the curve (AUC) significant being the BMI = 060 (050 -070) WHeR = 061 (051 -071) C-Index = 058 (058 -068) in men The different cut-off points of anthropometric indices with better predictive powers and their respective sensitivities and specificities were identified It is concluded that the best areas under the ROC curve were to BMI WHeR and C Index for the men but such measures were not satisfactory for predicting hypertension in elderly women It is suggested that the use of two indices simultaneously can result in greater efficiency in the assessment of the risk of hypertension in the elderly Keywords Anthropometry Hypertension Obesity Elderly
xi
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 1
2 REVISAtildeO DE LITERATURA 3
21 Consideraccedilotildees sobre doenccedilas cardiovasculares no Brasil e o processo de envelhecimento populacional 3
22 Hipertensatildeo arterial e a populaccedilatildeo idosa 4
23 Iacutendices antropomeacutetricos de sobrepeso e obesidade 5
24 A importacircncia da validaccedilatildeo 7
3 OBJETIVOS 10
4 MATERIAL E MEacuteTODOS 11
41 Tipos de estudo 11
42 Cenaacuterios do estudo 11
43 Populaccedilatildeo e amostra 12
44 Equipes de coleta de dados 13
45 Procedimentos para coleta de dados 14
451 Variaacuteveis do estudo e dados coletados 14
452 Instrumentos de coleta 14
453 Pressatildeo Arterial 14
454 Antropometria 15
46 Anaacutelise dos dados 16
47 Aspectos Eacuteticos 17
5 RESULTADOS 18
51 Caracterizaccedilatildeo da amostra estudada 18
52 Caracteriacutesticas antropomeacutetricas 20
53 Anaacutelise da curva ROC 21
6 DISCUSSAtildeO 28
61 Aacutereas sob a Curva ROC 28
62 Iacutendices antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial 30
7 CONCLUSAtildeO 35
8 REFEREcircNCIAS 36
xii
IacuteNDICE DE FIGURAS
Figura 1 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Ibicuiacute BA na regiatildeo Nordeste do Brasil 12
Figura 2 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial
(mulheres) IMC - iacutendice de massa corporal 23
Figura 3 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial
(homens) IMC - iacutendice de massa corporal 23
Figura 4 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial
(mulheres) CC ndash circunferecircncia da cintura 24
Figura 5 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens)
CC ndash circunferecircncia da cintura 24
Figura 6 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial
(mulheres) RCEst - razatildeo cinturaestatura 25
Figura 7 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial
(homens) RCEst - razatildeo cinturaestatura 25
Figura 8 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial
(mulheres) Iacutendice C -iacutendice de conicidade 26
Figura 9 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial
(homens) Iacutendice C - iacutendice de conicidade 26
xiii
IacuteNDICE DE TABELAS
Tabela 1 - Classificaccedilatildeo da pressatildeo arterial de acordo com a VI Diretrizes
Brasileiras de Hipertensatildeo (2010) 15
Tabela 2 - Classificaccedilatildeo do Iacutendice de Massa Corporal 15
Tabela 3 - Variaacuteveis sociodemograacuteficas e de estilo de vida em idosos 19
Tabela 4 - Valores descritivos miacutenimos e maacuteximos das variaacuteveis analisadas 21
Tabela 5 - Percentuais das variaacuteveis analisadas 21
Tabela 6 - Aacuterea sob a curva ROC e IC95 entre os iacutendices antropomeacutetricos e
hipertensatildeo arterial em idosos 22
Tabela 7 - Pontos de corte sensibilidade e especificidade dos iacutendices
antropomeacutetricos para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial em idosos 27
xiv
LISTA DE SIacuteMBOLOS OU NOMECLATURA
ASC - Aacuterea Sob a Curva
AVE - Acidente Vascular Encefaacutelico
CC - Circunferecircncia da Cintura
CNS - Conselho Nacional de Sauacutede
DCNT - Doenccedilas Crocircnicas Natildeo Transmissiacuteveis
ESF - Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia
ESTUDO MONIDI - Monitoramento da Sauacutede de Idosos de um Municiacutepio de
Pequeno Porte
HAS - Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica
IASI - Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede de Idosos
IC95 - Intervalo de Confianccedila 95
IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica
IMC ndash Iacutendice de Massa Corporal
Iacutendice C ndash Iacutendice de Conicidade
Li-IC ndash Limite Inferior do Intervalo de Confianccedila
NSI - Nutricion Screening Initiative
PA ndash Pressatildeo Arterial
PAD ndash Pressatildeo Arterial Diastoacutelica
PAS - Pressatildeo Arterial Sistoacutelica
RCEst - Razatildeo Cintura-Estatura
ROC - Receive Operator Caracteristic
SBH - Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo
SPSS - Statistical Package for the Social Sciences
xv
SUS - Sistema Uacutenico de Sauacutede
TCLE - Termo de Consentimento Livre Esclarecido
USFs - Unidades de Sauacutede da Famiacutelia
WHO - World Health Organization
1
1 INTRODUCcedilAtildeO
A transiccedilatildeo epidemioloacutegica caracteriza-se pela evoluccedilatildeo progressiva de um
perfil de alta mortalidade por doenccedilas infecciosas para outro onde predominam os
oacutebitos por doenccedilas cardiovasculares neoplasias causas externas e outras doenccedilas
consideradas crocircnico-degenerativas natildeo transmissiacuteveis1 Jaacute a transiccedilatildeo demograacutefica
tem relaccedilatildeo direta com a evoluccedilatildeo das taxas de mortalidade natalidade e
fecundidade no qual houve uma mudanccedila da populaccedilatildeo jovem para um contingente
cada vez maior e mais importante de pessoas com 60 anos ou mais de idade2
As mudanccedilas demograacuteficas evidenciam o aumento na expectativa de vida com
consequente crescimento da populaccedilatildeo idosa3 Essa modificaccedilatildeo no perfil etaacuterio da
populaccedilatildeo concorre para transformaccedilatildeo nos aspectos relacionados agrave
morbimortalidade nos quais as doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis (DCNT) passam
a ser as principais causas de adoecimentomorte As DCNT mais prevalentes satildeo as
doenccedilas cardiovasculares cacircnceres respiratoacuterias crocircnicas diabetes e hipertensatildeo
arterial4
A hipertensatildeo arterial sistecircmica (HAS) eacute a primeira causa de mortalidade em
acircmbito mundial e a terceira causa de incapacidade induzida por doenccedila apoacutes
desnutriccedilatildeo e doenccedilas sexualmente transmissiacuteveis5 Estima-se que a pressatildeo arterial
elevada cause 94 milhotildees de mortes por ano no mundo6 A HAS eacute o principal fator de
risco para acidente vascular encefaacutelico (AVE) doenccedila arterial coronariana
insuficiecircncia cardiacuteaca insuficiecircncia renal crocircnica e doenccedila vascular de extremidades7
Tal enfermidade em idosos estaacute associada a significante aumento nos distuacuterbios
cardiovasculares na incidecircncia de doenccedilas incapacitantes com consequente
diminuiccedilatildeo da sobrevida e piora na qualidade de vida resultando dependecircncia e perda
da autonomia8910
Vaacuterios estudos evidenciam que a gordura corporal estaacute relacionada com a
pressatildeo arterial elevada em idosos111213 Dessa forma para discriminar a quantidade
de gordura corporal e sua distribuiccedilatildeo os iacutendices antropomeacutetricos satildeo instrumentos
haacutebeis principalmente em estudos epidemioloacutegicos Aleacutem disso tecircm sido utilizados
com frequecircncia em estudos populacionais e satildeo importantes por monitorar o estado
nutricional em diferentes grupos Esses iacutendices satildeo bons preditores para a
hipertensatildeo arterial14 diabetes mellitus doenccedilas cardiovasculares e para discriminar
2
o risco coronariano em diferentes populaccedilotildees1516 Apresentam como vantagens a sua
simplicidade baixo custo e faacutecil utilizaccedilatildeo Contudo estudos sobre os iacutendices
antropomeacutetricos satildeo escassos e inconclusivos na populaccedilatildeo idosa17
A identificaccedilatildeo indireta da hipertensatildeo arterial por meio dos iacutendices
antropomeacutetricos pode ser uma estrateacutegia importante na sauacutede puacuteblica como
instrumento de triagem favorecendo a identificaccedilatildeo das alteraccedilotildees na pressatildeo
arterial Uma das estrateacutegias recomendadas para atingir essa proposta eacute a utilizaccedilatildeo
de instrumentos de rastreamento adequados de raacutepida e faacutecil aplicaccedilatildeo e que
apresentem coeficientes de fidedignidade e de validade significativos No contexto da
atenccedilatildeo primaacuteria recentemente Gomes et al (2009)18 e Azevedo et al (2010)19
propuseram a aplicaccedilatildeo da antropometria para a detecccedilatildeo de fatores de risco agrave sauacutede
sugerindo a utilizaccedilatildeo do iacutendice de massa corporal (IMC) e circunferecircncia da cintura
(CC) como medidas de triagem
Averiguar o poder discriminatoacuterio e estabelecer pontos de corte ou seja
valores criacuteticos de iacutendices antropomeacutetricos que se associem a hipertensatildeo arterial em
idosos pode ser uma boa estrateacutegia de monitoramento e de triagem destes fatores de
risco Sendo que os valores criacuteticos dos iacutendices antropomeacutetricos para idosos natildeo
foram estabelecidos na literatura Dessa forma parecem ser relevantes os estudos
que indiquem meios indiretos para detectar fatores de risco cardiovascular Os iacutendices
antropomeacutetricos podem ser utilizados como estrateacutegia eficiente no processo de
triagem da hipertensatildeo arterial no ambiente da atenccedilatildeo primaacuteria do Sistema Uacutenico de
Sauacutede (SUS)
3
2 REVISAtildeO DE LITERATURA
21 Consideraccedilotildees sobre doenccedilas cardiovasculares no Brasil e o processo de envelhecimento populacional
Atualmente as doenccedilas cardiovasculares tecircm acometido grande parcela da
populaccedilatildeo mundial Em 2012 o relatoacuterio da World Health Organization (WHO)20
estimou que 175 milhotildees de pessoas morreram de doenccedilas cardiovasculares
representando 46 de todas as mortes globais Jaacute a pressatildeo arterial elevada
provoca 51 das mortes por acidente vascular cerebral e 45 das mortes por doenccedila
arterial coronariana21
Tais doenccedilas foram responsaacuteveis por 70 das causas de morte no Brasil no
ano de 2013 As doenccedilas cardiovasculares como do aparelho circulatoacuterio cacircncer e
diabetes tecircm respondido por um nuacutemero elevado de mortes antes dos 70 anos22
O crescimento populacional e o aumento da longevidade podem acarretar a um
raacutepido aumento no nuacutemero total de adultos de meia-idade e mais velhos com um
correspondente aumento do nuacutemero de mortes causadas por doenccedilas crocircnicas natildeo
transmissiacuteveis
Dessa forma a quantidade de pessoas com mais de 60 anos satildeo hoje 13 da
populaccedilatildeo brasileira ou 261 milhotildees de indiviacuteduo em 201323 Com o processo de
envelhecimento populacional as doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis ganharam
expressotildees para a sociedade para previdecircncia social e por consequecircncia para a
sauacutede puacuteblica
A fase do envelhecimento eacute o momento caracterizado pelas alteraccedilotildees fiacutesicas
psicossociais e pelo decliacutenio da capacidade funcional dos organismos como tambeacutem
pelo surgimento de condiccedilotildees patoloacutegicas advindas de haacutebitos de vida inadequados
(tabagismo alcoolismo alimentaccedilatildeo incorreta ausecircncia de atividade fiacutesica regular
entre outros)24 Dessa forma para retardar essas mudanccedilas eacute necessaacuterio ter um
envelhecimento saudaacutevel
4
22 Hipertensatildeo arterial e a populaccedilatildeo idosa
A hipertensatildeo arterial eacute definida como sendo uma condiccedilatildeo crocircnica da tensatildeo
arterial elevada resultando em valores acima do considerado aceito ou seja quando
a pressatildeo arterial sistoacutelica (PAS) estaacute cronicamente acima de 140 mmHg ou a pressatildeo
arterial diastoacutelica (PAD) estaacute cronicamente acima de 90 mmHg2526
No mundo em torno de um bilhatildeo de pessoas satildeo hipertensas natildeo controladas
sendo que 75 milhotildees de pessoas morreram a cada ano pela doenccedila ateacute o ano de
200827 Estimativas do Ministeacuterio da Sauacutede indica que cerca de 17 milhotildees de
brasileiros apresentam hipertensatildeo arterial sendo que 35 dessa populaccedilatildeo tinham
idade igual ou superior a 40 anos Em comparaccedilatildeo com anos anteriores pode-se
observar que a proporccedilatildeo de brasileiros diagnosticados com hipertensatildeo arterial
cresceu de 215 em 2006 para 244 em 20092829
O resultado da Pesquisa Nacional de Sauacutede do primeiro semestre de 2013
estimou que o Brasil tem 313 milhotildees de hipertensos Entre as pessoas com mais de
60 anos mais de 444 tecircm hipertensatildeo sendo que essa prevalecircncia cresce com a
idade22 Esses dados se aproximam aos nuacutemeros da Sociedade Brasileira de
Hipertensatildeo (SBH) no qual estima que haja 30 milhotildees de hipertensos no Brasil em
2014 ou seja cerca de 30 da populaccedilatildeo adulta30
Jaacute na populaccedilatildeo baiana com idade acima de 40 anos cerca de 35 tecircm
hipertensatildeo arterial correspondendo a cerca de 13 milhatildeo de pessoas acometidas
pela doenccedila Na populaccedilatildeo dos 55 aos 64 anos 516 tecircm pressatildeo arterial elevada
e com 65 anos ou mais esse nuacutemero chega a 60631 No estado da Bahia foram
registradas 6274 mortes por doenccedilas de aparelho circulatoacuterio ateacute o mecircs de outubro
de 2013 Dentre os registros 649 foram por hipertensatildeo32 No municiacutepio de Ibicuiacute ndash
BA a prevalecircncia de HAS cadastrados nas Unidades de Sauacutede da Famiacutelia (USFs) foi
de 643 idosos33
A hipertensatildeo arterial eacute caracterizada por niacuteveis elevados e sustentados de
pressatildeo arterial (PA) como uma condiccedilatildeo cliacutenica multifatorial Associa-se
frequentemente a alteraccedilotildees funcionais eou estruturais dos oacutergatildeos-alvo (coraccedilatildeo
enceacutefalo rins e vasos sanguiacuteneos) e a alteraccedilotildees metaboacutelicas2634 Pode ser
classificada em primaacuteria e secundaacuteria de acordo com a sua origem A primaacuteria tem
5
sua origem desconhecida35 e a secundaacuteria eacute decorrente de alguma doenccedila
subjacente36
No caso de a PA estar cronicamente elevada ou seja hipertensatildeo arterial o
risco de desenvolvimento de complicaccedilotildees cardiovasculares renais e ateacute mesmo o
oacutebito aumenta consideravelmente37
Com relaccedilatildeo agrave caracteriacutestica fisiopatoloacutegica da HAS a partir dos 50 ou 60 anos
de idade a pressatildeo diastoacutelica diminui e a pressatildeo central aumenta determinando um
balanccedilo proacuteximo entre resistecircncia aumentada e aumento da impedacircncia na aorta
toraacutecica Dessa forma a pressatildeo de pulso comeccedila a se elevar e a HAS se torna o
principal subtipo de hipertensatildeo apoacutes a sexta deacutecada de vida38
Contudo apoacutes os 60 anos ocorre o enrijecimento arterial central indicado pela
queda na pressatildeo diastoacutelica e o raacutepido alargamento da pressatildeo de pulso O aumento
da rigidez arterial central e a amplitude da onda de pulso satildeo fatores hemodinacircmicos
dominantes nos indiviacuteduos normotensos e hipertensos apoacutes os 60 anos38
Aleacutem dos fatores fisiopatoloacutegicos vale destacar que o aumento da pressatildeo
arterial com a idade tambeacutem estaacute relacionado com o consumo de sal exagerado ao
longo da vida39
As principais estrateacutegias no tratamento natildeo-farmacoloacutegico da HAS segundo
Ministeacuterio da Sauacutede28 se encontram na adoccedilatildeo de haacutebitos alimentares saudaacuteveis
reduccedilatildeo na ingestatildeo de soacutedio reduccedilatildeo do consumo de bebidas alcooacutelicas abandono
do tabagismo praacutetica de atividade fiacutesica regular controle ou diminuiccedilatildeo da massa
corporal
23 Iacutendices antropomeacutetricos de sobrepeso e obesidade
Como meacutetodo natildeo invasivo a antropometria eacute utilizada principalmente para
avaliar as proporccedilotildees tamanho e a composiccedilatildeo corporal40 Tal meacutetodo possui relaccedilatildeo
com estado de sauacutede condiccedilotildees sociais e econocircmicas de grupos populacionais
podendo diagnosticar a desnutriccedilatildeo ou excesso de peso Os iacutendices antropomeacutetricos
que consistem na mediccedilatildeo de dimensotildees corporais podem ser usados para predizer
a sauacutede geral e bem-estar da populaccedilatildeo40
6
Em 2011 estudo realizado por Pitanga41 indica que os iacutendices antropomeacutetricos
apresentam-se como preditores do risco de infarto do miocaacuterdio acidente vascular
encefaacutelico e morte prematura
O IMC eacute determinado pela massa corporal em quilogramas dividido pela
estatura em metros ao quadrado eacute uma medida que determina o estado nutricional
Este iacutendice antropomeacutetrico eacute comumente aplicado em estudos epidemioloacutegicos em
idosos para diagnosticar o excesso de peso (sobrepesoobesidade) principalmente
por ser um meacutetodo faacutecil de aplicar raacutepido e de baixo custo Deste modo vaacuterios
estudos com essa populaccedilatildeo tecircm avaliado o estado nutricional por meio do IMC42
434445
No estudo de Silva e Petroski (2009)46 com idosas de um grupo de convivecircncia
do municiacutepio de Aracaju ndash Sergipe sugeriu que o ponto de corte do IMC utilizado pela
Nutricion Screening Initiative ndash NSI (1992)47 para sobrepeso e excesso de peso foi o
mais bem associado com a PA elevada e para obesidade o melhor ponto de corte
associado com a PA elevada foi o da WHO (1998)48
A outra medida importante para avaliaccedilatildeo da obesidade central dos indiviacuteduos
eacute a circunferecircncia de cintura A obesidade eacute caracterizada pelo acuacutemulo excessivo de
gordura corporal no indiviacuteduo e quando presente na regiatildeo abdominal tem alta
correlaccedilatildeo com doenccedilas cardiovasculares e distuacuterbios metaboacutelicos40 O obeso tem
mais propensatildeo a desenvolver problemas como hipertensatildeo doenccedilas
cardiovasculares diabetes tipo 2 entre outras doenccedilas4950
Comparando as medidas antropomeacutetricas com exames de diagnoacutesticos por
imagens como a tomografia computadorizada e a ressonacircncia magneacutetica foi
verificado que a circunferecircncia da cintura apresentou melhor correlaccedilatildeo com o tecido
adiposo visceral51 Tambeacutem o aumento da circunferecircncia da cintura teve boa
associaccedilatildeo com o aumento significativo da prevalecircncia da hipertensatildeo arterial52
A razatildeo cintura-estatura (RCEst) eacute determinado pela divisatildeo da circunferecircncia
da cintura (cm) pela estatura (cm) Este indicador tem sido utilizado para identificar
alto risco metaboacutelico obesidade fatores de risco cardiovascular e maior capacidade
preditiva para o risco coronariano elevado em populaccedilotildees adultas e idosas1653
tambeacutem eacute fortemente associada a diversos fatores de risco cardiovascular em
diferentes populaccedilotildees15
7
O Iacutendice C eacute determinado com as medidas de massa corporal da estatura e da
circunferecircncia da cintura54 e eacute muito utilizado com a populaccedilatildeo adulta555657585960 Jaacute
com a populaccedilatildeo de idosos o iacutendice C tem sido pouco utilizado e somente alguns
estudos usaram esse indicador para tentar identificar distuacuterbios metaboacutelicos risco
coronariano e prevalecircncia de risco agrave sauacutede616263 Natildeo foram encontrados estudos
associativos entre o Iacutendice C e pressatildeo arterial elevada em idosos
Tais iacutendices satildeo pouco utilizados com a populaccedilatildeo idosa e principalmente com
populaccedilotildees residentes em cidades de pequeno porte Dessa forma para discriminar e
analisar o incremento de gordura corporal os iacutendices antropomeacutetricos tecircm
demonstrado eficiecircncia principalmente em estudos epidemioloacutegicos Cada indicador
tem peculiaridade quanto a sua distribuiccedilatildeo e discriminaccedilatildeo por isso podem ser
utilizados conjuntamente ou separadamente dependendo dos objetivos como
estrateacutegia eficiente para a detecccedilatildeo e o controle de doenccedilas
Contudo os iacutendices antropomeacutetricos tecircm sido bem utilizados para associar
vaacuterios fatores de risco de sauacutede como doenccedilas coronarianas cardiovasculares
distuacuterbios metaboacutelicos dentre outros641641 Poreacutem ainda natildeo estaacute clara sua
associaccedilatildeo com pressatildeo arterial elevada em idosos
Sendo assim os iacutendices antropomeacutetricos satildeo eficientes para identificar a
hipertensatildeo arterial em idosos E quais satildeo os melhores iacutendices para identificar as
alteraccedilotildees da pressatildeo arterial elevada em idosos
24 A importacircncia da validaccedilatildeo
Como se trata de um estudo de validaccedilatildeo de um meacutetodo faz-se necessaacuterio
debater sobre o tema Os instrumentos de rastreamento satildeo ferramentas essenciais
para os serviccedilos de sauacutede pois fornecem medidas relevantes reprodutiacuteveis e
acuradas permitindo a identificaccedilatildeo das pessoas com maior chance de preencher os
criteacuterios para uma determinada condiccedilatildeo ou doenccedila Como tambeacutem completa o
registro de informaccedilatildeo e a comparaccedilatildeo de resultados minimizando a influecircncia de
fatores subjetivos na coleta e registro de dados6566
A escolha de um instrumento deve-se basear em suas qualidades que
consistem em coeficientes significativos de validade e fidedignidade Dessa forma
8
essas medidas necessitam apresentar simplicidade na teacutecnica economia facilidade
e rapidez na aplicaccedilatildeo e interpretaccedilatildeo666768
A validade caracteriza-se como a capacidade do instrumento medir aquilo que
se propotildees a medir Envolve um componente conceitual (julgamento subjetivo a
respeito do instrumento pelo pesquisador) e um componente operacional (avaliaccedilatildeo
sistemaacutetica (estatiacutestica) do teste) geralmente o comparando com um criteacuterio padratildeo
ouro67
A avaliaccedilatildeo operacional da validade utilizada nessa pesquisa foi a de criteacuterio
no qual mede agrave extensatildeo com que o instrumento discrimina sujeitos que diferem em
determinadas caracteriacutesticas Refere-se agrave capacidade de uma escala de se
corresponder com outras medidas ou de predizer algo a que se propotildee Eacute avaliada
por meio de criteacuterio-padratildeo (validade concorrente e validade preditiva) Sendo que a
validade preditiva eacute estimulada estatisticamente e expressa por meio da sensibilidade
especificidade valor preditivo positivo valor preditivo negativo e taxa de classificaccedilatildeo
incorreta67
A sensibilidade corresponde agrave proporccedilatildeo de casos positivos identificados
corretamente ou melhor eacute a capacidade de medida de reconhecer os verdadeiros
positivos Quanto maior a sensibilidade maior a chance de detectar a doenccedila A
especificidade eacute proporccedilatildeo de casos negativos identificados corretamente eacute a
capacidade do instrumento de reconhecer os verdadeiros negativos67
Quanto mais sensiacutevel for o teste melhor seraacute seu valor preditivo negativo ou
seja maior seraacute a certeza de que uma pessoa com resultado negativo natildeo tenha
realmente a doenccedila Quanto mais especifico melhor seraacute seu valor preditivo positivo
ou seja maior seraacute a certeza de que uma pessoa com resultado positivo tenha a
hipertensatildeo arterial67
Como estrateacutegia geral quando a principal preocupaccedilatildeo for evitar o resultado
falso-positivo entatildeo o ponto de corte deve objetivar o maacuteximo de especificidade e se
a preocupaccedilatildeo maior eacute evitar resultado falso-negativo (o resultado do teste em
paciente com suspeita de hipertensatildeo arterial) o ponto de corte deve objetivar o
maacuteximo de sensibilidade67 Os autores ainda referem que a curva Receive Operator
Caracteristic (ROC) eacute a melhor maneira de estabelecer o ponto de corte otimizando
a sensibilidade e especificidade do teste diagnoacutestico
9
Destaca-se que as qualidades de um instrumento aplicado em condiccedilotildees de
campo satildeo modificadas pela prevalecircncia de casos na populaccedilatildeo cliacutenica (onde eacute
esperado ter maior proporccedilatildeo de doenccedila) comparada com uma populaccedilatildeo geral
10
3 OBJETIVOS
Determinar o poder preditivo de iacutendices antropomeacutetricos para predizer
hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos
Estabelecer pontos de corte como discriminadores de hipertensatildeo arterial em
mulheres e homens idosos
Identificar o iacutendice antropomeacutetrico de obesidade que melhor discrimina a
hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos
11
4 MATERIAL E MEacuteTODOS
41 Tipos de estudo
Esta pesquisa eacute do tipo transversal ou seccional como parte do projeto de
Monitoramento da Sauacutede de Idosos de um Municiacutepio de Pequeno Porte ESTUDO
MONIDI Em estudos transversais a estrateacutegia de observaccedilatildeo da populaccedilatildeo eacute
seccional isto eacute as informaccedilotildees obtidas referem-se ao mesmo momento sendo mais
adequado para obtenccedilatildeo de estimativas populacionais As informaccedilotildees individuais
devem ser coletadas num determinado prazo mais curto possiacutevel decorrido entre as
observaccedilotildees do primeiro e uacuteltimo indiviacuteduo69
42 Cenaacuterios do estudo
O municiacutepio de Ibicuiacute fica localizado na zona fisiograacutefica de Vitoacuteria da Conquista
(Encosta do Planalto) e situada no Sudoeste do Estado da Bahia possui uma aacuterea
territorial de 1176843 kmsup2 populaccedilatildeo de 16640 habitantes7071 A populaccedilatildeo de
idosos no ano de 2013 era de 2124 habitantes e destes 525 estavam cadastrados
nas Unidades de Sauacutede da Famiacutelia33
12
Figura 1 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Ibicuiacute BA na regiatildeo Nordeste do Brasil
Fonte Adaptado do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE)72 Infograacuteficos
Cidades Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230
43 Populaccedilatildeo e amostra
A populaccedilatildeo alvo do presente estudo foi constituiacuteda por indiviacuteduos com idade
igual ou superior a 60 anos de ambos os sexos cadastrados na Estrateacutegia de Sauacutede
da Famiacutelia (ESF) que atenderam agraves aacutereas urbanas e rurais do municiacutepio de Ibicuiacute-BA
no ano de 2014 A lista com o nuacutemero de usuaacuterios idosos cadastrados nas USFs da
zona rural e urbana do municiacutepio foi solicitada junto agrave Secretaria Municipal de Sauacutede
Foram incluiacutedos no estudo idosos que estavam cadastrados na Estrateacutegia de
Sauacutede da Famiacutelia que aceitaram participar da pesquisa atraveacutes da assinatura do
Termo de Consentimento Livre Esclarecido (TCLE)
Os criteacuterios de exclusatildeo foram os participantes com diagnoacutestico de demecircncia
ou qualquer outro tipo de alteraccedilatildeo cognitiva que comprometesse a veracidade das
informaccedilotildees fornecidas idosos acamados portadores de doenccedila de Alzheimer ou
outro tipo de doenccedila neuroloacutegica que afetasse a cogniccedilatildeo doenccedila em estaacutegio
terminal
Apoacutes aplicaccedilatildeo dos criteacuterios de exclusatildeo foi efetuado o caacutelculo amostral
seguindo a proposta de Luiz e Magnanini (2000)73 para populaccedilotildees finitas com
13
predominacircncia desconhecida de 50 sendo adotado niacutevel de significacircncia de 5
(correspondendo a um intervalo de confianccedila de 95) e erro toleraacutevel de amostragem
de 25
O caacutelculo amostral resultou numa amostra miacutenima necessaacuteria de 305 idosos
Esse caacutelculo amostral sofreu ajuste em 10 para compensar eventuais perdas e
recusas Apoacutes o resultado do caacutelculo amostral os idosos participantes foram
selecionados atraveacutes de sorteio sendo este proporcional ao tamanho e a distribuiccedilatildeo
por sexo e por quantidade de idosos na Unidade de Sauacutede da Famiacutelia
Os indiviacuteduos assinaram o TCLE foram entrevistados e avaliados nas
dependecircncias da USF sendo que aqueles que natildeo foram localizados ou natildeo
compareceram a USF apoacutes trecircs tentativas foram automaticamente substituiacutedos por
meio de sorteio
44 Equipes de coleta de dados
A equipe de coleta foi composta por dois profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica
(Coordenadores) e cinco acadecircmicos de fisioterapia enfermagem e medicina A
equipe foi previamente treinada em reuniotildees teacutecnicas e no estudo piloto que foi
realizado no periacuteodo de Outubro a Dezembro de 2013 visando padronizar todo o
processo de coleta Foram estabelecidas accedilotildees referentes agrave logiacutestica agrave aplicaccedilatildeo dos
questionaacuterios e aos procedimentos de medidas das variaacuteveis antropomeacutetricas A
coleta propriamente dita ocorreu entre o periacuteodo de 03022014 a 20022014
14
45 Procedimentos para coleta de dados
451 Variaacuteveis do estudo e dados coletados
Foram mensuradas as variaacuteveis idade sexo situaccedilatildeo conjugal niacutevel de
escolaridade raccedilacor renda mensal alcoolismos e tabagismos Como tambeacutem
medidas de pressatildeo arterial sistoacutelica e diastoacutelica massa corporal estatura e
circunferecircncia da cintura
452 Instrumentos de coleta
Foi utilizado o instrumento de coleta denominado Instrumento de Avaliaccedilatildeo da
Sauacutede de Idosos (IASI) padronizado e validado previamente74 Tal instrumento obteacutem
caracteriacutesticas sociodemograacuteficas informaccedilotildees pessoais consumo de aacutelcool e
tabaco avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica e de pressatildeo arterial
Para aferir a pressatildeo arterial foi utilizado o aparelho digital (marca OMRONreg
modelo HEM ndash 742 INT) Utilizou-se ainda uma balanccedila digital portaacutetil (OMRONreg) e
um estadiocircmetro (marca Sannyreg) ambos devidamente calibrados e fita
antropomeacutetrica flexiacutevel (Cardiomedreg)
453 Pressatildeo Arterial
A pressatildeo arterial foi aferida com um aparelho digital de braccedilo com manguito
adequado agrave circunferecircncia do mesmo A medida foi realizada no braccedilo direito a altura
do coraccedilatildeo Foram realizadas trecircs medidas da pressatildeo arterial sendo a primeira apoacutes
o idoso permanecer cinco minutos em repouso e sentado a segunda apoacutes dois
minutos e a terceira dois minutos apoacutes a realizaccedilatildeo da segunda (foi utilizada a meacutedia
das trecircs medidas) Valores de referecircncia estatildeo estabelecidos na Tabela 1
15
Tabela 1 - Classificaccedilatildeo da pressatildeo arterial de acordo com a VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo (2010)
Classificaccedilatildeo Pressatildeo Sistoacutelica (mmHg)
Pressatildeo Diastoacutelica (mmHg)
Oacutetima Normal Limiacutetrofe
lt 120 lt 130 130-139
lt 80 lt 85 85-80
Hipertensatildeo estaacutegio I 140-159 90-99 Hipertensatildeo estaacutegio II 160-179 100-109 Hipertensatildeo estaacutegio III ge 180 ge 110 Hipertensatildeo sistoacutelica isolada
ge 140 lt 90
Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo (2010)7
454 Antropometria
Todas as medidas antropomeacutetricas foram realizadas trecircs vezes (verificou-se a
meacutedia de tais medidas) por um profissional de Educaccedilatildeo Fiacutesica para diminuir o erro
intra e inter avaliadores e anotados por um apontador Os idosos foram medidos
conforme procedimentos padronizados por Lohman et al (1988)75 sem calccedilados
roupas leves sem reloacutegio chaves celular etc
Foi mensurada a circunferecircncia da cintura com uma fita antropomeacutetrica flexiacutevel
no ponto meacutedio entre a uacuteltima costela e a crista iliacuteaca e o procedimento foi deixar a
cintura livre de roupa e os braccedilos cruzados no peito Classificaccedilatildeo de risco para
desenvolver doenccedilas por Lohman et al (1988)75 HOMENS gt 102 cm e MULHERES
gt 88 cm Foi determinado o IMC atraveacutes da equaccedilatildeo [IMC =massa corporal
(kg)estatura2(m)] Valores de referecircncia estatildeo estabelecidos na Tabela 2
Tabela 2 - Classificaccedilatildeo do Iacutendice de Massa Corporal
IMC Classificaccedilatildeo
Baixo peso lt 220 kgm2 Peso adequado 220 le IMC le 270 kgm2 Obesidade gt 270 kgm2
Lohman et al (1988)75
16
A razatildeo cintura-estatura foi determinada pela equaccedilatildeo proposta por Pitanga e
Lessa (2006)15 a qual utiliza a CC (cm) e a estatura (cm) O Iacutendice C foi estimado por
meio das medidas de massa corporal estatura e circunferecircncia da cintura utilizando-
se um modelo proposto por Valdez (1991)54 cuja equaccedilatildeo matemaacutetica estaacute descrita a
seguir
46 Anaacutelise dos dados
Os dados foram digitados com dupla entrada no software Epidata 31 Apoacutes a
digitaccedilatildeo dos dados foram verificados manualmente os valores discrepantes e a
consistecircncia das informaccedilotildees
Na anaacutelise de dados foram utilizados os procedimentos da estatiacutestica descritiva
expressa por meacutedia desvio padratildeo nuacutemero de observaccedilotildees e percentual das
variaacuteveis avaliadas A diferenccedila entre os sexos nas variaacuteveis contiacutenuas foi analisada
pelo teste t de Student para amostras independentes uma vez que as variaacuteveis
apresentaram distribuiccedilatildeo normal e o teste do Qui-quadrado para comparar as
proporccedilotildees (variaacuteveis qualitativas) entre os idosos do sexo masculino e feminino
O poder discriminatoacuterio para determinar a hipertensatildeo arterial e os iacutendices
antropomeacutetricos foi verificado atraveacutes da utilizaccedilatildeo das curvas ROC recurso utilizado
para obtenccedilatildeo de pontos de corte que visam diagnoacutesticos ou triagem
A aacuterea sob a curva ROC (ASC) determina a capacidade preditiva do indicador
para presenccedila ou ausecircncia de hipertensatildeo arterial Uma ASC igual a 10 eacute
considerada perfeita poreacutem se for igual ou menor a 05 indica que sua capacidade
preditiva natildeo eacute melhor que ao acaso
17
Neste estudo o pressuposto para anaacutelise da ASC foi agrave sensibilidade pois em
determinadas situaccedilotildees quando natildeo pode correr o risco de natildeo diagnosticar
determinada doenccedila eacute melhor privilegiar a sensibilidade76
Apoacutes determinados os pontos de corte para cada uma das variaacuteveis
investigadas para prediccedilatildeo de hipertensatildeo essas foram dicotomizadas com base em
seus respectivos valores de referecircncia As anaacutelises estatiacutesticas foram conduzidas no
Statistical Product and Service Solutions (SPSS) reg 130 Em todas as anaacutelises foram
efetuadas respeitando-se o niacutevel de significacircncia de 5
47 Aspectos Eacuteticos
O estudo foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa da Universidade
Estadual do Sudoeste da Bahia com parecer (CAAE 22969013000000055) (Anexo
1) seguindo princiacutepios eacuteticos estabelecidos na Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de
2012 do Conselho Nacional de Sauacutede (CNS)77
18
5 RESULTADOS
51 Caracterizaccedilatildeo da amostra estudada
De acordo com a contabilizaccedilatildeo das perdas (mudou-se do municiacutepio natildeo foi
encontrado por mais de 3 vezes na USF ou domicilio) e recusas (n=31) a amostra final
foi composta por 310 idosos (201 zona urbana e 109 zona rural) A taxa de respostas
foi de 912 com 88 (n=31) de recusas e 92 (n=29) de exclusatildeo
Participaram do estudo 175 mulheres (565) e 135 homens (435) As
idades variaram entre 60 e 108 anos com meacutedia de 7078 plusmn 82 anos para as mulheres
e 60 a 93 anos com meacutedia de 7259 plusmn 78 anos para homens
A maioria das mulheres se auto referiu ser negra e os homens pardo O iacutendice
de analfabetismo apresentou-se elevado em ambos os sexos A maior parte dos idosos
eacute casado A maioria dos idosos sobrevivia com renda mensal inferior ou igual a um
salaacuterio miacutenimo (Tabela 3)
19
Tabela 3 - Variaacuteveis sociodemograacuteficas e de estilo de vida em idosos
Mulheres (n=175) Taxa de Resposta
Homens (n=135) Taxa de Resposta
n n P
Raccedilacor 9861 991
Branco 47 2686 43 3209
Preto 73 4171 26 1940 0001
Pardo 49 2800 55 4074
Natildeo sabe 4 229 10 741
Escolaridade 9918 1000
Analfabeto 95 5429 84 6222
Baacutesica 72 4114 46 3408 0001
Secundaacuteria 5 286 5 370
Superior 2 114 - -
Estado Civil 9789 991
Casadouniatildeo estaacutevel
74 4229 78 5777
Solteiroseparado 33 1886 36 2667 0001
Viuacuteva 63 3600 20 1481
Renda Mensal 9918 1000
le 1 salaacuterio 165 9428 123 9111
11 a 2 salaacuterio 8 458 10 74 0001
21 a salaacuterio 1 057 2 148
Alcoolismo 9989 1000
Sim 4 229 9 667 0001
Natildeo 170 9714 126 9333
Tabagismo 9597 1000
Sim 15 857 21 1556 0001
Natildeo 152 8686 114 8444
Teste Qui-quadrado
20
52 Caracteriacutesticas antropomeacutetricas
Apoacutes a assinatura do TCLE e realizaccedilatildeo do questionaacuterio 10 idosos foram
excluiacutedos (recusas e informaccedilatildeo incompleta do questionaacuterio) desta etapa de anaacutelise
Dessa forma foram analisadas 300 avaliaccedilotildees das medidas antropomeacutetricas
Na Tabela 4 podem ser observados os valores meacutedios desvio padratildeo valores
miacutenimos e maacuteximos e percentuais das variaacuteveis avaliadas A meacutedia do IMC foi menor
nos homens quando comparado com o resultado das mulheres (p lt 0001) Natildeo houve
diferenccedila significativa da variaacutevel circunferecircncia da cintura entre homens e mulheres
(p = 0208) A prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi maior nas mulheres A maioria
das mulheres eacute obesa e entre os homens o estado nutricional foi considerado eutroacutefico
(Tabela 5)
21
Tabela 4 - Valores descritivos miacutenimos e maacuteximos das variaacuteveis analisadas
Variaacuteveis Mulheres (n=167) Homens (n=133) Valor-p
Idade (anos) 7078 plusmn 821 (60-108)
7259 plusmn 786 (60-93)
0055
Massa corporal (kg) 6020 plusmn 1223 (2970-9580)
6384 plusmn 1250 (4010-11840)
0012
Estatura (cm) 14875 plusmn 616 (129-164)
16080 plusmn 782 (135-183)
lt00001
IMC (kgm2) 2715 plusmn505 (1342-4064)
2458 plusmn 390 (1475-3544)
lt00001
CC (cm)dagger 8734 plusmn 1126 (55-130)
8894 plusmn 1010 (66-115)
0208
RCEst 057 plusmn 011 (000-087)
055 plusmn 006 (042-073)
0086
Iacutendice C 123 plusmn 021 (000-166)
129 plusmn 006 (117-150)
0001
PAS 14096 plusmn 2218 (87-200)
13735 plusmn 2251 (98-209)
0166
PAD 7671 plusmn 1091 (45-105)
7697 plusmn 1179 (49-110)
0846
IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia da cintura RCEst - razatildeo cintura-estatura Iacutendice C - Iacutendice de Conicidade PAS - pressatildeo arterial sistoacutelica PAD ndash pressatildeo arterial diastoacutelica dagger Variaacuteveis com perdas (n=163 mulheres) Teste T de Student para amostras independentes
Tabela 5 - Percentuais das variaacuteveis analisadas
Variaacutevel Mulheres Homens Valor-p
Pressatildeo Arterial (n) (n)
Normal 557 (93) 594 (79) 0011
Hipertensatildeo 443 (74) 406 (54)
Estado nutricional (n) (n)
Baixo peso 144 (24) 301 (40)
Normal 353 (59) 436 (58) lt00001
Sobrepeso 503 (84) 263 (35)
Teste Qui-quadrado
53 Anaacutelise da curva ROC
22
As aacutereas sob a curva ROC do IMC da CC da RCEst e do iacutendice C como
preditores de hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos e os respectivos
intervalos de confianccedila (IC 95) podem ser observados na Tabela 6 e nas Figuras 2
3 4 5 6 7 8 9 Evidenciou-se que alguns iacutendices antropomeacutetricos apresentaram
aacuterea sob a curva ROC significativas Todavia a RCEst e o IMC assumiram maiores
aacutereas com diferenccedila significativa para os homens
Tabela 6 - Aacuterea sob a curva ROC e IC95 entre os iacutendices antropomeacutetricos e hipertensatildeo arterial em idosos
Aacuterea sob a curva ROC
PA elevada Mulheres
Homens
p
IMC (kgm2) 053 (044-062) 060 (050-070)
lt00001dagger
CC (cm) 057 (048-066) 058 (048-068)
lt00001dagger
RCEst 056 (047-065) 061 (051-071)
lt00001dagger
Iacutendice C 058 (049-066) 058 (058-068) lt00001dagger
IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia de cintura RCEst - razatildeo cinturaestatura Iacutendice C - iacutendice de conicidade ROC ndashReceiver Operating CharacteristicIC95 - intervalo de confianccedila a 95Aacuterea sob a curva ROC apresentando poder discriminatoacuterio para pressatildeo arterial elevada (Li-IC ge 050) daggerTeste Qui-quadrado
23
Figura 2 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) IMC - iacutendice de massa corporal
Figura 3 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) IMC - iacutendice de massa corporal
24
Figura 4 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) CC ndash circunferecircncia da cintura
Figura 5 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) CC ndash circunferecircncia da cintura
25
Figura 6 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) RCEst - razatildeo cinturaestatura
Figura 7 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) RCEst - razatildeo cinturaestatura
26
Figura 8 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) Iacutendice C -iacutendice de conicidade
Figura 9 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) Iacutendice C - iacutendice de conicidade
27
Os valores dos pontos de corte dos iacutendices antropomeacutetricos como preditores
de hipertensatildeo arterial e suas respectivas sensibilidade e especificidade (mais
adequado equiliacutebrio entre si) satildeo apresentados na Tabela 7 Observa-se que entre
os iacutendices antropomeacutetricos a RCEst teve melhor percentual de sensibilidade e de
especificidade para discriminar a pressatildeo arterial elevada para os homens
Tabela 7 - Pontos de corte sensibilidade e especificidade dos iacutendices antropomeacutetricos para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial em idosos
Mulheres Homens PA elevada
Ponto de corte
Sensibilidade ()
Especificidade ()
Ponto de corte
Sensibilidade ()
Especificidade ()
IMC (kgm2)
2679 527 548 2420 527 548
CC (cm) 8750 577 457 8650 593 532 RCEst 059 568 430 054 648 456 Iacutendice C 126 541 452 129 574 456
IMC ndash Iacutendice de Massa Corporal CC ndash Circunferecircncia da Cintura RCEst ndash Razatildeo Cintura-Estatura Iacutendice C ndash Iacutendice de Conicidade
28
6 DISCUSSAtildeO
61 Aacutereas sob a Curva ROC
Este estudo teve como objetivo identificar a capacidade preditiva de iacutendices
antropomeacutetricos de obesidade geral e abdominal para discriminar a presenccedila de
hipertensatildeo arterial em idosos com foco de utilizaccedilatildeo no ambiente da estrateacutegia de
sauacutede da famiacutelia Nessa perspectiva surge uma proposta de triagem dos casos de
idosos com possiacuteveis alteraccedilotildees crocircnicas em sua pressatildeo arterial aleacutem de possibilitar
a discussatildeo sobre validaccedilatildeo de tais iacutendices para uso no contexto da sauacutede
Dessa forma recomenda-se a anaacutelise da sensibilidade e especificidade por
meio da construccedilatildeo de curvas ROC pois eacute a melhor opccedilatildeo para determinar pontos de
corte em estudos epidemioloacutegicos78 Essa anaacutelise permite fornecer a aacuterea sob a curva
que traduz o poder de discriminaccedilatildeo de um indicador para um determinado desfecho
e a identificaccedilatildeo do melhor ponto de corte
A proposta dessa pesquisa natildeo eacute excluir o diagnoacutestico meacutedico mas
proporcionar uma estrateacutegia mais abrangente a ser utilizada pelas USFs em parceria
entre os profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica e os profissionais de sauacutede no contexto da
atenccedilatildeo primaacuteria
Embora exista associaccedilatildeo entre sobrepesoobesidade e a pressatildeo arterial
elevada poucos estudos tecircm identificado pontos de corte de iacutendices antropomeacutetricos
que visem agrave detecccedilatildeo da hipertensatildeo arterial em idosos Diversos estudos tecircm
demonstrado que os iacutendices antropomeacutetricos satildeo bons indicadores de obesidade e
estatildeo relacionados a fatores de risco cardiovascular795880 Todavia a hipertensatildeo eacute
apontada como um dos principais fatores de risco cardiovasculares o que denota a
necessidade de um olhar diferenciado
A prevalecircncia de hipertensatildeo foi inferior agrave encontrada em outros estudos818283
Contudo diferenccedilas metodoloacutegicas nuacutemero de medidas realizadas e os diferentes
criteacuterios de referecircncia satildeo as principais causas da grande variabilidade nas
prevalecircncias de pressatildeo arterial elevada entre as investigaccedilotildees No presente estudo
29
optou-se por maior rigorosidade ao diagnosticar a pressatildeo arterial elevada
considerando a realizaccedilatildeo de trecircs medidas
Nessa amostra observou-se que a prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi
443 nas mulheres e 406 nos homens Demonstrando ser uma alta prevalecircncia
pois se trata de uma populaccedilatildeo que eacute influenciada diretamente pelo o aumento da
morbimortalidade durante o envelhecimento Estudos envolvendo idosos indicam que
a prevalecircncia da hipertensatildeo encontra-se entre 50-70 com o aumento da idade84
Poucos estudos epidemioloacutegicos foram conduzidos com o objetivo de identificar
e discriminar a capacidade de iacutendices antropomeacutetricos de obesidade para a pressatildeo
arterial elevada na populaccedilatildeo de idosos e principalmente utilizando o iacutendice C o
RCEst Um estudo realizado com a populaccedilatildeo de idosos utilizou o mesmo objetivo
poreacutem usou como ponto de corte o iacutendice de massa corporal e o iacutendice de adiposidade
corporal85 Entretanto faz-se necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de outros iacutendices para identificar
hipertensatildeo arterial em idosos
De acordo com os resultados do presente estudo somente alguns dos
indicadores antropomeacutetricos apresentaram capacidade preditiva para a hipertensatildeo
arterial em idosos de acordo com limite inferior do intervalo de confianccedila de 9586
Dessa forma foi observado que a RCEst e IMC para os homens mostraram-se com
bom poder de detecccedilatildeo para a hipertensatildeo arterial pois obtiveram maiores valores
sob a curva para esse desfecho
Em 2013 Leal Neto et al85 identificaram em seus resultados que o IMC e o
iacutendice de adiposidade corporal foram os melhores indicadores preditivos de
hipertensatildeo arterial nos idosos em ambos os sexos independentemente de outros
fatores tais como idade tabagismo consumo de aacutelcool e atividade fiacutesica
No presente estudo os principais indicadores que tiveram uma boa aacuterea sob a
curva foram o IMC RCEst e Iacutendice C com resultados de 060 IC95 (050-070) 061
IC95 (051-071) e 058 IC95 (058-068) respectivamente para homens
Nas mulheres tais iacutendices mostraram-se com menor poder discriminatoacuterio para
diagnosticar a hipertensatildeo arterial A HAS eacute um desfecho que pode ser influenciado
por fatores multicausais (hormonais estresse etc) Na anaacutelise do desempenho do
iacutendice antropomeacutetrico a loacutegica eacute unidirecional ou seja verificar o desempenho desses
iacutendices apenas como preditores de hipertensatildeo arterial foram mais satisfatoacuterios entre
os homens Os iacutendices podem interferir mas natildeo determinar a prevalecircncia da
30
hipertensatildeo Embora as mulheres tenham uma maior prevalecircncia essa natildeo eacute
determinada pelos iacutendices antropomeacutetricos no presente estudo
Tais resultados diferem do estudo realizado em 2012 por Samsen et al87 no
qual a circunferecircncia da cintura teve boa ASC nos homens = 0684 com IC95 (0672-
0695) e nas mulheres = 0673 IC95 (0665-0681) sendo o melhor indicador
significativamente (p lt0001) do que o IMC no qual a ASC em homens foi de = 0667
IC95 (0656-679) e nas mulheres = 0636 IC95 (0628-0644) em discriminaccedilatildeo
de pelo menos um fator de risco cardiovascular Isso se deve ao fato de tal estudo ter
sido realizado com uma abrangecircncia maior na faixa etaacuteria que foi de 45-80 anos
Uma possiacutevel limitaccedilatildeo para discussatildeo dos resultados desse estudo foi a faixa
etaacuteria restrita que natildeo incluiu idosos (igual ou acima de 60 anos) o que impossibilita
a triagem da pressatildeo arterial elevada nessa populaccedilatildeo
62 Iacutendices antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial
Nesse estudo a CC e RCEst foram as variaacuteveis com maiores valores absolutos
de sensibilidade para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial respectivamente para mulheres
e homens Tais resultados indicam as proporccedilotildees de verdadeiros positivos na
ocorrecircncia de hipertensatildeo arterial
Quanto ao ponto de corte do RCEst nas mulheres foi de 059 sendo 568 de
sensibilidade e 430 de especificidade Valores inferiores ao encontrado no presente
estudo para mulheres foram sugeridos em Taiwan (045) Cingapura (048) e na China
(050) No Brasil em 2009 Haun Pitanga e Lessa16 recomendaram para a RCEst
053 como melhor ponto de corte com sensibilidade (67) e especificidade (58) e
aacuterea sob a curva ROC de 069 (IC 95 = 064-075) Outro ponto de corte semelhante
ao observado no Brasil com mulheres mexicanas variou de 053 a 0535 para a
RCEst discriminar diabete tipo 2 hipertensatildeo e dislipidemias88899091
Os pontos de corte sugeridos por esses paiacuteses e no Brasil podem ter sido
inferiores por causa da abrangecircncia na faixa etaacuteria dos indiviacuteduos no qual incluiacuteram
mulheres de 30 a 74 anos como tambeacutem as caracteriacutesticas econocircmicas culturais e
31
de estilo de vida diferem da realidade das mulheres que residem em cidades de
pequeno porte Estudos que discriminem hipertensatildeo arterial principalmente em
idosos com RCEst satildeo escassos na literatura
Em 2010 Browning Hsieh e Ashwel92 realizaram uma revisatildeo sistemaacutetica
sobre a potencialidade de indicadores antropomeacutetricos em predizer doenccedilas
cardiovasculares e identificou a RCEst como variaacutevel de melhor desempenho A
RCEst apresentou maiores ASC quando comparada ao IMC ou CC Os dados
analisados foram de quatorze paiacuteses diferentes e incluiacuteram caucasianos asiaacuteticos e
da Ameacuterica Central Segundo os autores uma RCEst ge 05 eacute capaz de identificar
fatores de risco cardiovasculares Esse ponto de corte eacute inferior aos encontrados para
homens e mulheres no presente estudo significando que o ponto de corte encontrado
pode diagnosticar risco cardiovascular e consequentemente a presenccedila de
hipertensatildeo
Outros autores afirmam essa hipoacutetese relacionada aos valores limites para
RCEst em diversas populaccedilotildees e indicaram que um ponto de corte de 05 eacute o valor
mais indicado para ambos os sexos todas as idades e diferentes populaccedilotildees899315
Com relaccedilatildeo agrave especificidade a variaacutevel com maior valor foi o IMC
independentemente do sexo Nas mulheres o ponto de corte sugerido foi 2679 kgm2
e nos homens 2420 kgm2 O valor da especificidade foi de 548 para ambos os
sexos o qual possibilita determinar corretamente a ausecircncia de hipertensatildeo arterial
Sendo assim este estudo sugere que o IMC natildeo foi o melhor preditor de hipertensatildeo
arterial
O estudo de Leal Neto et al (2013)85 tambeacutem testou a capacidade de
indicadores antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial em idosos
sugeriu como pontos de corte para IMC valores de 247 kgm2 igual ao encontrado no
presente estudo e de 273 kgm2 nuacutemero superior que aos dados do presente
trabalho para homens e mulheres respectivamente
Em outro estudo realizado com 19621 homens e mulheres com faixa etaacuteria de
45-80 anos a meacutedia da idade foi de 598 anos para os homens e 585 anos para as
mulheres O ponto de corte adequado de IMC foi de 23 kgm2 em homens e 24 kgm2
em mulheres Os pontos de corte de CC foram 80 cm e 78 cm em homens e mulheres
respectivamente Os achados do presente estudo foram superiores a esses
32
resultados todavia deve ser considerado que a populaccedilatildeo alvo foi diferente e com
idade menor da populaccedilatildeo pesquisada no presente trabalho87
Com relaccedilatildeo agrave CC o ponto de corte identificado para a prediccedilatildeo de hipertensatildeo
arterial nas mulheres foi superior ao dos homens Contudo os valores de sensibilidade
e especificidade desses pontos de corte foram maiores entre os homens o que pode
indicar que o poder preditivo da CC para a hipertensatildeo arterial eacute melhor para o sexo
masculino Quanto menor o ponto de corte maior seraacute a habilidade do teste em
classificar os doentes como positivos isto eacute maior seraacute a sensibilidade76 Os pontos
de corte dos homens foram em sua maioria menores em comparaccedilatildeo aos das
mulheres
Tais resultados satildeo contraacuterios aos achados do estudo de Kashihara et al
(2009)94 com indiviacuteduos de 30-74 anos que comparou paciente com hipertensatildeo e sem
hipertensatildeo Em seus pontos de corte de CC para os homens foram superiores aos
pontos de corte definidos para as mulheres e os valores de sensibilidade e
especificidade foi maior nas mulheres para identificar risco cardiovascular Poreacutem a
idade foi menor ao proposto no presente estudo
Outro estudo que contraria tais resultados quanto ao ponto de corte da CC foi
o de Haun Pitanga e Lessa (2009)16 que foi superior para os homens enquanto o
niacutevel de sensibilidade e especificidade foi igual aos nossos achados Poreacutem esse
estudo foi realizado com indiviacuteduos de idade entre 30-74 anos e discriminou risco
coronariano elevado
Quanto ao Iacutendice C no presente estudo o ponto de corte sugerido foi de 126
nas mulheres (sensibilidade 541 e especificidade 452) e 129 para os homens
(sensibilidade 574 e especificidade 456)
Diferentemente do resultado encontrado no presente estudo Pitanga e Lessa
(2005)56 sugeriram como o melhor ponto de corte para risco coronariano com o iacutendice
C 118 para mulheres apresentando valores de sensibilidade (7339) e
especificidade (6115) Para os homens o ponto de corte foi de 125 com valores de
sensibilidade (7391) e especificidade (7492) Tais pontos de corte foram para
indiviacuteduos adultos por esse motivo foram mais baixos que os achados do presente
trabalho Deve-se considerar que existem modificaccedilotildees na composiccedilatildeo corporal com
o processo do envelhecimento o que poderia alterar os pontos de corte para as essas
medidas antropomeacutetricas
33
Em outro estudo com os mesmo autores foram apresentados outros pontos de
corte comparando diferentes faixas etaacuterias Para as mulheres de 30-49 anos o melhor
ponto de corte foi o mesmo (118) com melhor sensibilidade (7857) e
especificidade (6524) e tambeacutem melhor aacuterea sob a curva ROC 081 (IC95 = 070-
092) Entre as de idade mais avanccedilada (50-74 anos) o melhor ponto de corte
sugerido foi 122 com sensibilidade (6000) e especificidade (6582) e aacuterea sob a
curva ROC 065 (IC 95 = 058-073) Portanto o iacutendice C apresentou melhor poder
discriminatoacuterio de RCEst para as mulheres mais jovens64
Almeida Almeida e Arauacutejo (2009)58 conduziram uma pesquisa com mulheres
de 30 e 69 anos buscando avaliar o desempenho de diferentes pontos de corte do
iacutendice C RCQ CC e RCEst para discriminar Risco Coronariano Elevado e o ponto de
corte encontrado para o Iacutendice C foi (125) proacuteximo ao ponto de corte para mulheres
nos nossos achados Dessa forma tais autores afirmaram que os indicadores
antropomeacutetricos de obesidade abdominal analisados tiveram desempenhos
satisfatoacuterios e similares para discriminar RCEst poreacutem o iacutendice C foi o que
apresentou o melhor poder discriminatoacuterio
As informaccedilotildees sobre o iacutendice C satildeo limitadas quanto agrave discussatildeo do ponto de
corte para hipertensatildeo arterial principalmente por encontrar poucos estudos sobre
essa medida como referecircncia para idosos Pitanga e Lessa (2004)55 relatam como
uma limitaccedilatildeo para a utilizaccedilatildeo do Iacutendice C em estudos populacionais a dificuldade de
se calcular o denominador da equaccedilatildeo proposta para sua determinaccedilatildeo
O excesso de gordura em geral estaacute associado ao aparecimento de doenccedilas
cardiovasculares hipertensatildeo arterial e mortalidade a definiccedilatildeo de pontos de corte
para iacutendices que se destacam por sua simplicidade operacional e boa acuraacutecia
permite a detecccedilatildeo dos indiviacuteduos sob risco sendo de grande utilidade nos serviccedilos
de atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede aleacutem de possibilitar o conhecimento da situaccedilatildeo de
grupos populacionais especiacuteficos frente a esses riscos quando empregados na
pesquisa epidemioloacutegica
No contexto das cidades de pequeno porte (rurais e urbanas) os recursos de
sauacutede satildeo muitas vezes limitados e escassos sendo importante a utilizaccedilatildeo desses
iacutendices antropomeacutetricos como substituiccedilatildeo eou apoio a avaliaccedilatildeo tradicional da
pressatildeo arterial Em vaacuterias conjunturas de sauacutede a alta demanda de paciente com
hipertensatildeo arterial exige a utilizaccedilatildeo de instrumentos de diagnoacutesticos e rastreamento
34
de raacutepida e faacutecil aplicaccedilatildeo que possam ser manejados por diferentes profissionais e
que sobretudo apresentem validade e fidedignidade A adequada validaccedilatildeo de
instrumentos e conhecimento de suas propriedades teacutecnicas na populaccedilatildeo brasileira
tambeacutem deve contribuir com a seleccedilatildeo de prioridades e delimitaccedilatildeo do conteuacutedo dos
programas de sauacutede pelos tomadores de decisatildeo em diferentes niacuteveis de gestatildeo
35
7 CONCLUSAtildeO
As anaacutelises dos dados permitem frente aos objetivos estabelecidos formular
as seguintes conclusotildees Quanto ao poder de discriminaccedilatildeo de iacutendices
antropomeacutetricos para a hipertensatildeo arterial em idosos os iacutendices antropomeacutetricos
(IMC RCEst e Iacutendice C) foram bons preditores de hipertensatildeo arterial para os homens
Dessa forma tais iacutendices podem ser empregados nos homens poreacutem tais medidas
natildeo foram satisfatoacuterias para predizer pressatildeo arterial elevada nas mulheres idosas
limitando a sua utilizaccedilatildeo para o sexo feminino com idades avanccediladas
O melhor ponto de corte para discriminar hipertensatildeo arterial foi 054 para a
RCEst nos homens dessa forma tal ponto de corte deve ser empregada no contexto
da atenccedilatildeo primaacuteria nos homens Sugere-se a utilizaccedilatildeo dessa medida a fim de
detectar e realizar a triagem da hipertensatildeo arterial com caracteriacutesticas similares agrave
amostra deste estudo
Recomenda-se que a utilizaccedilatildeo de dois iacutendices simultaneamente resulte em
uma maior eficiecircncia na avaliaccedilatildeo do risco de hipertensatildeo arterial em idosos A
indicaccedilatildeo destas medidas permite que ela seja realizada nas Unidades de Sauacutede da
Famiacutelia como meacutetodo de triagem para idosos com hipertensatildeo arterial utilizando
materiais de faacutecil manejo e de baixo custo
Dessa forma pode-se efetivamente atingir uma das estrateacutegias de prevenccedilatildeo
da hipertensatildeo arterial sistecircmica que eacute o controle da pressatildeo arterial durante o
envelhecimento Todavia sugere-se cautela na utilizaccedilatildeo do ponto de corte desses
indicadores para as mulheres pois os resultados natildeo foram satisfatoacuterios
Fica evidente a necessidade de outros estudos que identifiquem pontos de
corte de iacutendices antropomeacutetricos visando agrave detecccedilatildeo de hipertensatildeo arterial e de
outros fatores de risco cardiovascular nas mulheres idosas que residem em cidades
de pequeno porte
36
8 REFEREcircNCIAS
1 Omram AR The epidemiologic transition a theory of the epidemiology of population change Milbank Memorial Fund Quarterly 1971 49 (Part 1) 509-538
2 Wong LR Carvalho JM Age-strucutural transition in Brazil demographic bonuses and emerging challenges In Pool I Wong LLR Vilquin E editores Age-structural transitions challenges for development Paris Committee for International Cooperation in National Research in Demography 2006
3 Gragnolati M Jorgensen OH Rocha R Fruttero AA Envelhecendo em um Brasil mais Velho implicaccedilotildees do envelhecimento populacional sobre o crescimento econocircmico reduccedilatildeo da pobreza financcedilas puacuteblicas prestaccedilatildeo de serviccedilos Banco Internacional para a Reconstruccedilatildeo e o Desenvolvimento Banco Mundial 2011
4 Schmidt MI Duncan BB Silva GA et al Health in Brazil 4 Chronic non-communicable diseases in Brazil burden and current challenges The Lancet 2011 377
5 Ezzati M Hoorn SV Rodgers A et al Comparative Risk Assessment Collaborating Group Selected major risk factors and global and regional burden of disease Lancet 2002 360 1347-60
6 Lim SS Vos T Flaxman AD et al A comparative risk assessment of burden of disease and injury attributable to 67 risk factors and risk factor clusters in 21 regions 1990-2010 a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2010 Lancet 2012 380 (9859)2224-60
7 Sociedade Brasileira de Cardiologia Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Sociedade Brasileira de Nefrologia VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 2010 95(1) 1-51
8 Miranda DR Perrotti TC Bellinazzi VR et al Hipertensatildeo arterial no idoso peculiaridades na fisiopatologia no diagnoacutestico e no tratamento Rev Bras Hipertens 2002 9 293-300
9 Pilger C Menon MU Mathias TAF Caracteriacutesticas sociodemograacuteficas e de sauacutede de idosos contribuiccedilotildees para os serviccedilos de sauacutede Rev Latino-Am Enfermagem 2011 19(5)1230-1238
10 Pilger C Menon MU Mathias TAF Utilizaccedilatildeo de serviccedilos de sauacutede por idosos vivendo na comunidade Rev esc enferm USP 2013 47(1)213-220
11 Mariath AB Grillo LP Silva RO et al Obesidade e fatores de risco para o desenvolvimento de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis entre usuaacuterios de unidade de alimentaccedilatildeo e nutriccedilatildeo Cad Sauacutede Puacuteblica 2007 23 (4) 897-905
37
12 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Diretrizes e recomendaccedilotildees para o cuidado
integral de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis promoccedilatildeo da sauacutede vigilacircncia prevenccedilatildeo e assistecircncia Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2008
13 Kuumlmpe DA Sodreacute AC Pomatti DM et al Obesidade em Idosos Acompanhados
pela Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia Texto Contexto Enferm Florianoacutepolis 2011 20(3) 471-7
14 Silva KS Farias Juacutenior JC Fatores de risco associados agrave pressatildeo arterial elevada em adolescentes Rev Bras Med Esporte 2007 13(4) 237-40
15 Pitanga FJG Lessa I Razatildeo cintura-estatura como discriminador do risco
coronariano de adultos Rev Assoc Med Bras 2006 52157-61
16 Haun DR Pitanga FJG Lessa I Razatildeo CinturaEstatura comparado a outros indicadores antropomeacutetricos de obesidade como preditor de risco coronariano elevado Rev Assoc Med Bras [online] 2009 55(6) 705-711
17 Nascimento CM Ribeiro AQ SantrsquoAna LFR et al Estado nutricional e condiccedilotildees de sauacutede da populaccedilatildeo idosa brasileira revisatildeo da literatura Rev meacuted Minas Gerais 2011 21(2)174-180
18 Gomes MA Beck cc Duarte MFS et al Ficha Antropomeacutetrica no Nuacutecleo de Apoio a Sauacutede da Famiacutelia o que medir e para que medir Rev bras cineantropom desempenho hum 2009 11(2) 243-253
19 Azevedo LF Oliveira ACC Lima JRP et al Recomendaccedilotildees sobre condutas e procedimentos do profissional de educaccedilatildeo fiacutesica na atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede Rio de Janeiro CONFEF 2010 109-55
20 World Health Organization World health statistics 2012 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghopublicationsworld_health_statistics2012enindexhtmlgt [2012 set 18]
21 World Health Organization Global health risks mortality and burden of disease attributable to selected major risks Geneva World Health Organization 2009a
22 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Panorama da sauacutede brasileira em muacuteltiplos aspectos Percepccedilatildeo do estado de sauacutede estilo de vida e doenccedila crocircnica Pesquisa Nacional de Sauacutede 2013
23 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Pesquisa Nacional por Amostra
de Domiciacutelios 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapesquisaspesquisa_resultadosphpid_pesquisa=149gt[2014 dez 04]
24 Tribess S Virtuoso Junior JS Prescriccedilatildeo de exerciacutecios fiacutesicos para idosos Rev saudecom 2005 1(2)163-72
38
25 Pollock ML Wilmore JH Exerciacutecio na Sauacutede e na Doenccedila avaliaccedilatildeo e prescriccedilatildeo para prevenccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo Editora MEDSI 2ordf ed Rio de Janeiro 1993
26 Sociedade Brasileira de Cardiologia V Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 20061-48
27 World Health Organization Global Health Observatory (GHO) 2014 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghoncdrisk_factorsblood_pressure_prevalence_textengt [2014 dez 04]
28 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Secretaria de Atenccedilatildeo baacutesica agrave Sauacutede Departamento de atenccedilatildeo baacutesica - Hipertensatildeo arterial sistecircmica Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2006
29 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) (2009) Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeGestorvisualizar_textocfmidtxt=24421gt [2010 abr 07]
30 Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Nuacutemero de hipertenso 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwsbhorgbripadgeralphpgt [09 nov 2014]
31 Secretaria de Sauacutede do Estado da Bahia Hipertensatildeo Quantidade de Hipertensos na Bahia Disponiacutevel em (2014) lthttpwwwsaudebagovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=4418ampcatid=1ampItemid=14gt [2014 jan 10]
32 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica 2014 Dados de mortalidade na Bahia Disponiacutevel em lthttptabnetdatasusgovbrcgitabcgiexesiabcnvSIABSBAdefgt [2014 mai 05]
33 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica Dados sociodemograacuteficos de Ibicuiacute 2014 lthttptabnetdatasusgovbrcgideftohtmexesiabcnvSIABFBAdefgt [2014 jan 05]
34 Williams B The year in hypertension JACC 2010 55(1) 66-73
35 Lipp M Rocha JC Stress Hipertensatildeo Arterial e Qualidade de vida um guia de tratamento para o hipertenso Campinas Papirus 1996
36 Borenstein MS (Org) Manual de Hipertensatildeo Arterial Porto Allege Editora Sagra Luzzatto 1999
37 Joint National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure The Sixth Report of the Join National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure Arch Intern Med 1997157 2413-2446
39
38 Mitchell GF Parise H Benjamin EJ et al Changes in arterial stiffness and wave reflection with advancing age in health men and women Hypertension 2004 431239-1245
39 Matos AC Ladeia AM Avaliaccedilatildeo de fatores de risco cardiovascular em uma comunidade rural da Bahia Arq Bras Cardiol 2003 81(3) 291-6
40 World Health Organization Who Expert Committee on Physical Status the use and interpretation of antropometry Report of a WHO Expert Commitee Geneva WHO 1995 p 854
41 Pitanga FJG Antropometria na avaliaccedilatildeo da obesidade abdominal e risco coronariano Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum 201113(3) 238-241
42 Ferreira LS Amaral TF Marucci MFN et al Under nutrition as a major risk factor for death among older Brazilian adults in the community-dwelling setting SABE survey Nutrition 201127(10)17-22
43 Andrade FB Caldas Junior AF Kitoko PM et al Prevalence of overweight and obesity in elderly people from Vitoacuteria-ES Brazil Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2012 set17(3)749-756
44 Boscatto EC Duarte Mde F Coqueiro Rda S Barbosa AR Nutritional status in the oldest elderly and associated factors Rev Assoc Med Bras 2013 59(1)40-47
45 Kostka J Borowiak E Kostka T Nutritional status and quality of life in different
populations of older people in Poland Eur J Clin Nutr 2014 Nov68(11)1210-5
46 Silva DAS Petroski EL Associaccedilatildeo de diferentes pontos de corte para sobrepeso e obesidade com pressatildeo arterial elevada em idosas Rev Educ Fis UEM 2009 20 415-22
47 Nutrition Screening Initiative Interventions manual for professionals caring for older Americans Washington DC Nutrition Screening Initiative 1992
48 World Health Organization Obesity preventing and managing the global epidemic Report of a WHO Consultation on Obesity Geneva World Health Organization 1998
49 Cameron AJ Dunstan DW Owen N et al Health and mortality consequences
of abdominal obesity evidence from the Aus Diab study Med J Aust 2009191 202ndash208
50 Fox KA Despres JP Richard AJ et al Does abdominal obesity have a similar impact on cardiovascular disease and diabetes A study of 91246 ambulant patients in 27 European countries Eur Heart J 2009 30 3055ndash3063
40
51 Pouliot MC Despreacutes JP Lemieux S et al Waist circumference and abdominal sagittal diameter Best simple anthropometric indexes of abdominal visceral adipose tissue accumulation and related cardiovascular risk in men and woman Am J Cardiology 1994 73 460-468
52 Peixoto MRG Beniacutecio MHD Latorre M et al Circunferecircncia da Cintura e Iacutendice de massa Corporal como Preditores da Hipertensatildeo Arterial Arq Bras Cardiol 200687 462-470
53 MacKay MF Haffner SM Wagenknecht LE et al Prediction of type 2 diabetes using alternate anthropometric measures in a multiethnic cohort the insulin resistance atherosclerosis study Diabetes Care 200932(5)956-8
54 Valdez R A simple model-based index of abdominal adiposity J Clin Epidemiol1991 44(9) 955-6
55 Pitanga FJG Lessa I Sensibilidade e especificidade do iacutendice de conicidade como discriminador do risco coronariano de adultos em Salvador Brasil Rev Bras Epidemiol 20047(3)259-69
56 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano elevado em adultos na cidade de Salvador - Bahia Arq Bras Cardiol 2005 85 (1)26-31
57 Ghosh JR Bandyopadhyay AR Comparative evaluation of obesity measures relationship with blood pressures and hypertension Singapore Med J 200748(3) 232-5
58 Almeida RT Almeida MMG Araujo TM Obesidade abdominal e risco cardiovascular desempenho de indicadores antropomeacutetricos em mulheres Arq Bras Cardiol 2009 out92(5)375-380
59 Freitas Juacutenior Costa Rosa CS Codogno JS et al Capacidade cardiorrespiratoacuteria e distribuiccedilatildeo de gordura corporal de mulheres com 50 anos ou mais Rev Esc Enferm USP 2010 44(2) 395-400
60 Matos LN Giorelli GV Dias CB Correlation of anthropometric indicators for identifying insulin sensitivity and resistance Satildeo Paulo Med J [online] 2011 129(1) 30-35
61 Gomes MA Rech CR Gomes MBA et al Correlaccedilatildeo entre iacutendices antropomeacutetricos e distribuiccedilatildeo de gordura corporal em mulheres idosas Rev bras cineantropom desempenho hum 2006 set 8(3) 16-22
62 Tarastchuk JCE Gueacuterios EE Bueno RRL et al Obesidade e intervenccedilatildeo coronariana devemos continuar valorizando o Iacutendice de Massa Corpoacuterea Arq Bras Cardiol [online] 2008 90(5) 311-316
41
63 Ferreira AP CB Ferreira VC Souza et al Risco de distuacuterbio glicecircmico em mulheres idosas ajustado por antropometria e genoacutetipos de citocinas Rev Assoc Med Bras [online] 201157(5) 565-569
64 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano em mulheres Rev Bras Cineantrop Desempenho Hum 2006 8 (1) 14-21
65 Newman TB Browner WS Cummings SR Delineando estudos de testes meacutedicos In Hulley SB et al Delineando a pesquisa cliacutenica uma abordagem epidemioloacutegica 2 ed Porto Alegre Artmed 2003 203-224
66 Toscano CM As campanhas nacionais para detecccedilatildeo das doenccedilas crocircnicas natildeo-transmissiacuteveis diabetes e hipertensatildeo arterial Ciecircnc sauacutede Coletiva out-dez 2004 9(4) 885-895
67 Fletcher RH Fletcher SW Prevenccedilatildeo In Fletcher R Fletcher S Epidemiologia
cliacutenica elementos essenciais 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 2006 179-201
68 Jeckel J Elmore J Katz D Meacutetodos de prevenccedilatildeo secundaacuteria In _____ Epidemiologia bioestatiacutestica e medicina preventiva 2 ed Porto Alegre Artmed 2005 236-247
69 Klein CH Bloch KV Estudos seccionais In Medronho RA Carvalho DM Bloch KV Luiz RR Werneck GL Epidemiologia 1ordf ed Satildeo Paulo Editora Atheneu 2002 125-150
70 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Resoluccedilatildeo nordm- 6 de 3 de novembro de 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcenso2010ibgegovbrdados_divulgadosindexphpuf=29gt[201 dez 18]
71 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica ndash Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais (2014) Disponiacutevel em lthttpcodibgegovbr398G9gt [2014 ago 30]
72 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230gt [2013 mai 01]
73 Luiz RR Magnanini MMF A loacutegica da determinaccedilatildeo do tamanho da amostra em investigaccedilotildees epidemioloacutegicas Cad sauacutede coletiva Rio de Janeiro 2000 8(2) 9-28
74 Reis MC Nascimento RAS Pedreira RBS et al Validaccedilatildeo de Face e Clareza do Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede dos Idosos ndash IASI [resumo] in Anais do XIX Congresso Brasileiro Geriatria e Gerontologia Beleacutem 2014 296-296
75 Lohman TG Roche AF Martorell R Anthropometric Standardization Reference Manual Champaign Illinois Human Kinetics 1988
42
76 Vaz JCL Regiotildees de Incerteza para Curva ROC em Teste Diagnoacutesticos
[dissertaccedilatildeo] Satildeo Carlos Universidade Federal de Satildeo Carlos 2009
77 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de 2012
78 Erdreich LS Lee ET Use of relative operating characteristic analysis in epidemiology A method for dealing with subjective judgement Am J Epidemiol 1981 114649-62
79 Aekplakorn W Pakpeankitwatana V Lee CM et al Abdominal obesity and coronary heart disease in Thai men Obesity 200715(4)1036-42
80 Oliveira MAM Fagundes RLM Moreira EAM et al Relaccedilatildeo de Indicadores Antropomeacutetricos com Fatores de Risco para Doenccedila Cardiovascular Arq Bras Cardiol 2010 abr 94(4) 478-485
81 Mendes TAB Goldbaum M Segri NJ et al Factors associated with the prevalence of hypertension and control practices among elderly residents of Satildeo Paulo city Brazil Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(11) 2275-2286
82 Oliveira BFA Souza Mouratildeo D Gomes N et al Prevalecircncia de hipertensatildeo arterial em comunidades ribeirinhas do Rio Madeira Amazocircnia Ocidental Brasileira Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(8) 1617-1630
83 Picon RV Fuchs FD Moreira LB et al Prevalence of Hypertension Among Elderly Persons in Urban Brazil A Systematic Review With Meta-Analysis Am J Hypertens 2013 26 (4) 541-548
84 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Pessoa Idosa e Envelhecimento Seacuteries Pactos pela Sauacutede 2006 v 12 Brasiacutelia ndash DF 2010
85 Leal Neto JS Souza J Coqueiro RS et al Anthropometric indicators of obesity as screening tools for high blood pressure in the elderly Int J Nurs Pract 2013 Aug 19(4) 360-367
86 Schisterman EF Faraggi D Reiser B Trevisan M Statistical inference for the area under the receiver operating characteristic curve in the presence of random measurement error Am J Epidemiol 2001 154 (2) 174-9
87 Samsen M Hanchaiphiboolkul S Puthkhao P et al Appropriate body mass index and waist circumference cutoffs for middle and older age group in Thailand data of 19621 participants from Thai epidemiologic stroke (TES) study J Med Assoc Thai 2012 Sep 95(9)1156-66
88 Ko GTC Chan JCN Cockram CS Woo J Prediction of hypertension diabetes dyslipidemia or albuminuria using simple anthropometric indexes in Hong Kong Chinese Int J Obes 1999 23 (11) 1136-42
43
89 Lin WY Lee LT Chen CY et al Optimal cut-off values for obesity using simple anthropometric indices to predict cardiovascular risk factors in Taiwan Int J Obes Relat Metab Disord 2002261232-8
90 Pua YH Ong PH Anthropometric indices as screening tools for cardiovascular risk factors in Singaporean women Asia Pac J Clin Nutr 2005 14 (1) 74-9
91 Berber A Goacutemez-Santos R Fanghaumlnel G Saacutenchez-Reyes L Anthropometric
indexes in the prediction of type 2 diabetes mellitus hypertension and dyslipidaemia in a Mexican population Int J Obes 200125(12)1794-9
92 Browning LM Hsieh SD Ashwell M A systematic review of waist-to-height ratio
as a screening tool for the prediction of cardiovascular disease and diabetes 05 could be a suitable global boundary value Nutr Res Rev 2010 23(2)247-69
93 Bertsias G Mammas I Linardakis M Kafatos A Overweight and obesity in
relation to cardiovascular disease risk factors among medical students in Crete Greece BMC Public Health 2003 31-9
94 Kashihara H Lee JS Kawakubo K et al Criteria of Waist Circumference According to Computed Tomography-Measured Visceral Fat Area and the Clustering of Cardiovascular Risk Factors Circ J 2009 73 1881-1886
44
APEcircNDICES
45
Apecircndice 1
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
46
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS
PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE SAUacuteDE
DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE
Jequieacute ____ ____ 201__
APEcircNDICE 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Vocecirc esta sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa do Nuacutecleo de
Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo (NESP) da Universidade Estadual do Sudoeste da
Bahia
Objetivo do estudo Avaliar e monitorar as condiccedilotildees de sauacutede de idosos residentes
em comunidade
Participaccedilatildeo Ao aceitar participar do estudo estarei agrave disposiccedilatildeo do pesquisador
para responder ao formulaacuterio que seraacute arquivado pelo autor por um periacuteodo de cinco
anos sendo posteriormente incinerado
Riscos Este estudo natildeo traraacute riscos para minha integridade fiacutesica ou moral dos
participantes
Confidencialidade do estudo Seraacute garantida a privacidade o anonimato bem como
o direito de aceitar ou natildeo participar da pesquisa podendo ser essa autorizaccedilatildeo
suspensa em qualquer fase do estudo Assim as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo
4662012 do Conselho Nacional de Sauacutede que discorre sobre pesquisa envolvendo
seres humanos seratildeo atendidas Os resultados seratildeo publicados no relatoacuterio final da
dissertaccedilatildeo e artigos cientiacuteficos
47
Benefiacutecios Accedilotildees interinstitucionais articuladas promovidas numa perspectiva
interdisciplinar possibilitaratildeo uma melhor compreensatildeo das condiccedilotildees de sauacutede dos
idosos residentes em comunidade do municiacutepio e contribuiraacute para a formulaccedilatildeo de
accedilotildees direcionadas as necessidades dessa populaccedilatildeo
Danos advindos da pesquisa Caso haja algum prejuiacutezo decorrente da realizaccedilatildeo
deste estudo seraacute providenciada a devida reparaccedilatildeo dos danos atraveacutes do
responsaacutevel pelo estudo O pesquisador e os entrevistados natildeo receberatildeo benefiacutecios
financeiros para participaccedilatildeo no estudo Todas as despesas seratildeo por conta do
pesquisador
Participaccedilatildeo voluntaacuteria Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria podendo a qualquer
momento desistir do estudo sem qualquer prejuiacutezo ou penalidade para mim
Consentimento para participaccedilatildeo Apoacutes ser devidamente esclarecido (a) quanto
aos objetivos deste estudo dos procedimentos aos quais serei submetido (a) bem
como dos possiacuteveis riscos decorrentes da minha participaccedilatildeo estou de acordo em
participar do mesmo O pesquisador responsaacutevel pelo estudo assegura que seraacute
disponibilizado qualquer esclarecimento adicional que eu venha a solicitar durante a
realizaccedilatildeo da pesquisa e o direito de desistir da participaccedilatildeo em qualquer momento
Em casos de duacutevidas eou problemas referentes ao estudo vocecirc poderaacute
entrar em contato com o autor atraveacutes do Nuacutecleo de Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo
(NESP) (73) 3528-9721
Sendo assim eu ______________________________________________
aceito livremente participar do Projeto MONIDI
__________________________________ __________________________________
Assinatura do (a) participante
RG _________________________
Assinatura do (a) pesquisador
RG_________________________
48
Apecircndice 2
Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede do Idoso
49
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS
PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE
SAUacuteDE DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE
Nuacutemero do Questionaacuterio |__|__|__|
Nome do Entrevistador ___________________________
Visita 1 2 3
Data Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Hora de iniacutecio ________
Hora de teacutermino ________
I INFORMACcedilOtildeES PESSOAIS E SOCIODEMOGRAacuteFICAS
1 Nome do entrevistado
2Sexo
0 ( ) Feminino
1 ( ) Masculino
3 Endereccedilo completotelefone
4 Idade ____ anos
41 Data de Nascimento
____________
50
5 Situaccedilatildeo conjugal atual
1 ( ) Casado(a) 2 ( ) Uniatildeo estaacutevel 3 ( ) Solteiroa
4 ( ) Divorciado(a)separado(a)desquitado(a) 5 ( ) Viuacutevoa
6 No total quantas vezes o (a) Sr(a) esteve casado(a) ou em uniatildeo
Nordm de vezes |___|___|
7 Na escola qual a uacuteltima seacuterie grau que concluiu com aprovaccedilatildeo
1 - Nunca foi agrave escola ( ) 4 - Fundamental II ( )5 a ( )6 a ( )7 a ( )8 a
2 - Lecirc e escreve o nome ( ) 5 - Ensino Meacutedio ( ) 1 a ( )2 a ( )3
3 - Fundamental I ( )1 a ( )2 a 6 - Superior ( ) completo ( ) incompleto
( )3 a ( )4 a
8 Como vocecirc classificaria a cor da sua pele
1( ) Branca 2( ) Amarela (oriental) 3( ) Parda
4( ) Origem indiacutegena 5( ) Preta 9( ) Natildeo sabe
9 Cor da pele (entrevistador)
1( ) branca 2( ) amarela (oriental) 3( ) parda
4( ) origem indiacutegena 5( ) preta
10-Quantos filhos e filhas nascidos vivos o(a)Sr(a) teve (natildeo inclua enteados filhos
adotivos abortos ou filhos nascidos mortos)
Nuacutemero de filhos |____|____| (98) NS (99) NR
11 Atualmente o senhor (a) mora sozinho ou acompanhado
1( )Acompanhado 2( ) Sozinho 3( ) NR 4( )NS
51
12 Desde que o senhor (a) nasceu viveu no campo por 5 anos ou mais
0( ) Natildeo 1( ) Sim 2( ) NS 3( ) NR
13 Qual eacute a sua religiatildeo
1( ) Catoacutelica 2( ) Protestante 3( ) Judaica
4( ) Espiacuteritakardecista 5( ) Umbanda 6( ) Outras ____________
14 Qual a importacircncia da religiatildeo em sua vida
(1) Importante (2) Regular (3) Nada importante (8) NS (9) NR
15 Com que frequecircncia o senhor vai agrave igreja ou ao serviccedilo religioso
( ) Nunca ( ) Vaacuterias vezes por ano ( ) Uma duas vezes por mecircs
( ) Quase toda semana ( ) Mais de uma vez por semana ( ) NS ( ) NR
16 Quanto vocecirc ganha em meacutedia por mecircs R$ __________8( )Natildeo se aplica
II A CONSUMO DE AacuteLCOOL E TABACO
Uso de bebidas alcooacutelicas
1 Vocecirc consome bebidas alcooacutelicas Se vocecirc NAtildeO BEBE siga para o bloco III C
0 ( )sim 1( ) natildeo
2 Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
3 As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
4 Sente-se chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
5 Costuma beber pela manhatilde para diminuir o nervosismo ou a ressaca
0 ( ) sim 1( ) natildeo
Haacutebito de fumar
1 Vocecirc jaacute foi fumante 0 ( ) sim 1( ) natildeo
52
2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco
III C
3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros
4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias
III ANTROPOMETRIA
MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS
ESTATURA
MASSA CORPORAL
CIRCUNFEREcircNCIA
DE CINTURA
IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL
MEDIDA 01 02 03
Pressatildeo arterial
sistoacutelica
Pressatildeo arterial
diastoacutelica
53
ANEXOS
54
Anexo 1
Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos
55
56
v
KEILA DE OLIVEIRA DINIZ IacuteNDICES ANTROPOMEacuteTRICOS COMO PREDITORES DE HIPERTENSAtildeO ARTERIAL EM IDOSOS RESIDENTES EM
UMA CIDADE DE PEQUENO PORTE
Dissertaccedilatildeo apresentada ao Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Educaccedilatildeo Fiacutesica da Universidade Federal de Sergipe como requisito parcial para obtenccedilatildeo do grau de Mestre em Educaccedilatildeo Fiacutesica
Aprovada em ____________
_________________________________________
Prof Dr Antonio Cesar Cabral de Oliveira (UFS)
________________________________________ Prof Dr Marcos Bezerra de Almeida (UFS)
_________________________________________
Prof Dr Joseacute Jean de Oliveira Toscano (UFAL)
PARECER
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
vi
DEDICATOacuteRIA Dedico esta dissertaccedilatildeo a IRACI BORGES DINIZ (in memoriam) minha querida
vovoacute uma mulher incomparaacutevel A saudade eacute constante em minha vida
A meu pai RAIMUNDO BORGES DINIZ por natildeo medir esforccedilos para que as minhas
vontades e os meus desejos se tornassem hoje realidade concreta
Ao meu noivo ALDO GOMES pelo incentivo companheirismo e apoio incondicional
Vocecirc eacute essencial em minha vida
vii
AGRADECIMENTO
Agradeccedilo primeiramente a DEUS por abenccediloar sempre os meus dias me
garantindo sauacutede e disposiccedilatildeo e por estar comigo sempre nas minhas conquistas
Ao Prof Dr ANTONIO CESAR CABRAL DE OLIVEIRA pela orientaccedilatildeo
proporcionada confianccedila e incentivo durante todo o curso do mestrado Muito
obrigada por nortear as minhas ideias e por ter oportunizado a realizaccedilatildeo desse
trabalho
Ao Prof Me SAULO VASCONCELOS ROCHA pelo incentivo co-orientaccedilatildeo pela
disponibilidade constante e principalmente por confiar no meu trabalho durante todo
o processo
Aos professores do Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Educaccedilatildeo Fiacutesica da
Universidade Federal de Sergipe em especial a AFRANIO ROBERTO JERONIMO
e MARCO BEZERRA pelas contribuiccedilotildees
Ao grupo MONIDI pelo apoio e auxiacutelio durante toda a fase de coleta vocecircs foram
essenciais
Agrave Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB) a Universidade Federal de
Sergipe (UFS) e ao Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Educaccedilatildeo Fiacutesica por terem
fornecido todas as condiccedilotildees para realizaccedilatildeo da coleta dessa dissertaccedilatildeo
Agradeccedilo aos idosos e aos trabalhadores das USFs da cidade de Ibicuiacute-BA que por
livre e espontacircnea vontade permitiram tornar possiacutevel esse trabalho
A CAPES pela bolsa de estudo concedida
viii
ldquoTudo eacute loucura ou sonho no comeccedilo Nada do que o homem fez no mundo teve iniacutecio de outra maneira ndash mas jaacute tantos sonhos se realizaram que natildeo temos o direito de duvidar de nenhumrdquo (Monteiro Lobato)
ix
RESUMO
A hipertensatildeo arterial eacute uma das principais causas de mortalidade em acircmbito mundial e fator de risco para diversas doenccedilas Tal enfermidade em idosos estaacute associada ao significante aumento nos distuacuterbios cardiovasculares e a incidecircncia de doenccedilas incapacitantes Por outro lado a gordura corporal estaacute relacionada com a pressatildeo arterial elevada em idosos a qual pode ser avaliada por meio de iacutendices antropomeacutetricos O objetivo deste estudo foi determinar o poder preditivo de iacutendices antropomeacutetricos e estabelecer seus pontos de corte como discriminadores de hipertensatildeo arterial e identificar o indicador antropomeacutetrico de obesidade que melhor discrimina a hipertensatildeo arterial Um estudo transversal foi realizado com uma amostra de 310 idosos com idades iguais ou superiores a 60 anos sendo 175 (565) mulheres A coleta ocorreu entre o periacuteodo de 03022014 a 20022014 na cidade de Ibicuiacute-BA Foram mensurados os seguintes iacutendices antropomeacutetricos iacutendice de massa corporal (IMC) circunferecircncia da cintura (CC) razatildeo cinturaestatura (RCEst) e iacutendice de conicidade (Iacutendice C) Ademais coletaram-se medidas de pressatildeo arterial sistoacutelica e diastoacutelica Para identificaccedilatildeo dos preditores de hipertensatildeo arterial foi adotada a anaacutelise das curvas Receiver Operating Characteristic (ROC) com intervalo de confianccedila de 95 Posteriormente identificaram-se os pontos de corte com suas respectivas sensibilidades e especificidades As anaacutelises foram efetuadas respeitando-se o niacutevel de significacircncia de 5 Apoacutes a construccedilatildeo das curvas ROC evidenciou-se que alguns iacutendices antropomeacutetricos apresentaram Aacuterea Sobre a Curva (ASC) significativas sendo o IMC = 060 (050-070) RCEst = 061 (051-071) Iacutendice C = 058 (058-068) nos homens Os diversos pontos de corte dos iacutendices antropomeacutetricos com melhores poderes preditivos e suas respectivas sensibilidades e especificidades foram identificados Conclui-se que as melhores aacutereas sob a curva ROC foram para IMC RCEst e Iacutendice C para os homens poreacutem tais medidas natildeo foram satisfatoacuterias para predizer hipertensatildeo arterial em mulheres idosas Sugere-se que a utilizaccedilatildeo de dois iacutendices simultaneamente possa resultar em uma maior eficiecircncia na avaliaccedilatildeo do risco de hipertensatildeo arterial em idosos
Palavras-chave Antropometria Hipertensatildeo Obesidade Idoso
x
ABSTRACT Hypertension is one of the main causes of mortality in the world and a risk factor for several diseases This illness in the elderly is associated with a significant increase in cardiovascular disorders and the incidence of disabling diseases On the other hand body fat is related to high blood pressure in the elderly which can be evaluated by means of anthropometric indices This study aimed to determine the predictive power of anthropometric indices and establish cut-off points as discriminators of arterial hypertension and identify the anthropometric indicator of obesity that best discriminates the hypertension A cross-sectional study was conducted with a sample of 310 elderly people with ages greater than or equal to 60 years 175 (565 ) women Data collection occurred between the period of 03 022014 20 022014 in Ibicuiacute city in Bahia The following anthropometric indices were measured body mass index (BMI) waist circumference (WC) waistheight ratio (WHtR) and conicity index (C-Index) In addition collected measures of systolic and diastolic blood pressure To identify hypertension predictors was adopted the Receiver Operating Characteristic (ROC) curves analysis with a confidence interval of 95 Later it was possible to identify the cut-off points with their respective sensitivities and specificities The samples were analyzed respecting significance level of 5 After the construction of the ROC curves it was evident that some anthropometric indices presented Area under the curve (AUC) significant being the BMI = 060 (050 -070) WHeR = 061 (051 -071) C-Index = 058 (058 -068) in men The different cut-off points of anthropometric indices with better predictive powers and their respective sensitivities and specificities were identified It is concluded that the best areas under the ROC curve were to BMI WHeR and C Index for the men but such measures were not satisfactory for predicting hypertension in elderly women It is suggested that the use of two indices simultaneously can result in greater efficiency in the assessment of the risk of hypertension in the elderly Keywords Anthropometry Hypertension Obesity Elderly
xi
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 1
2 REVISAtildeO DE LITERATURA 3
21 Consideraccedilotildees sobre doenccedilas cardiovasculares no Brasil e o processo de envelhecimento populacional 3
22 Hipertensatildeo arterial e a populaccedilatildeo idosa 4
23 Iacutendices antropomeacutetricos de sobrepeso e obesidade 5
24 A importacircncia da validaccedilatildeo 7
3 OBJETIVOS 10
4 MATERIAL E MEacuteTODOS 11
41 Tipos de estudo 11
42 Cenaacuterios do estudo 11
43 Populaccedilatildeo e amostra 12
44 Equipes de coleta de dados 13
45 Procedimentos para coleta de dados 14
451 Variaacuteveis do estudo e dados coletados 14
452 Instrumentos de coleta 14
453 Pressatildeo Arterial 14
454 Antropometria 15
46 Anaacutelise dos dados 16
47 Aspectos Eacuteticos 17
5 RESULTADOS 18
51 Caracterizaccedilatildeo da amostra estudada 18
52 Caracteriacutesticas antropomeacutetricas 20
53 Anaacutelise da curva ROC 21
6 DISCUSSAtildeO 28
61 Aacutereas sob a Curva ROC 28
62 Iacutendices antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial 30
7 CONCLUSAtildeO 35
8 REFEREcircNCIAS 36
xii
IacuteNDICE DE FIGURAS
Figura 1 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Ibicuiacute BA na regiatildeo Nordeste do Brasil 12
Figura 2 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial
(mulheres) IMC - iacutendice de massa corporal 23
Figura 3 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial
(homens) IMC - iacutendice de massa corporal 23
Figura 4 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial
(mulheres) CC ndash circunferecircncia da cintura 24
Figura 5 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens)
CC ndash circunferecircncia da cintura 24
Figura 6 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial
(mulheres) RCEst - razatildeo cinturaestatura 25
Figura 7 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial
(homens) RCEst - razatildeo cinturaestatura 25
Figura 8 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial
(mulheres) Iacutendice C -iacutendice de conicidade 26
Figura 9 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial
(homens) Iacutendice C - iacutendice de conicidade 26
xiii
IacuteNDICE DE TABELAS
Tabela 1 - Classificaccedilatildeo da pressatildeo arterial de acordo com a VI Diretrizes
Brasileiras de Hipertensatildeo (2010) 15
Tabela 2 - Classificaccedilatildeo do Iacutendice de Massa Corporal 15
Tabela 3 - Variaacuteveis sociodemograacuteficas e de estilo de vida em idosos 19
Tabela 4 - Valores descritivos miacutenimos e maacuteximos das variaacuteveis analisadas 21
Tabela 5 - Percentuais das variaacuteveis analisadas 21
Tabela 6 - Aacuterea sob a curva ROC e IC95 entre os iacutendices antropomeacutetricos e
hipertensatildeo arterial em idosos 22
Tabela 7 - Pontos de corte sensibilidade e especificidade dos iacutendices
antropomeacutetricos para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial em idosos 27
xiv
LISTA DE SIacuteMBOLOS OU NOMECLATURA
ASC - Aacuterea Sob a Curva
AVE - Acidente Vascular Encefaacutelico
CC - Circunferecircncia da Cintura
CNS - Conselho Nacional de Sauacutede
DCNT - Doenccedilas Crocircnicas Natildeo Transmissiacuteveis
ESF - Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia
ESTUDO MONIDI - Monitoramento da Sauacutede de Idosos de um Municiacutepio de
Pequeno Porte
HAS - Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica
IASI - Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede de Idosos
IC95 - Intervalo de Confianccedila 95
IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica
IMC ndash Iacutendice de Massa Corporal
Iacutendice C ndash Iacutendice de Conicidade
Li-IC ndash Limite Inferior do Intervalo de Confianccedila
NSI - Nutricion Screening Initiative
PA ndash Pressatildeo Arterial
PAD ndash Pressatildeo Arterial Diastoacutelica
PAS - Pressatildeo Arterial Sistoacutelica
RCEst - Razatildeo Cintura-Estatura
ROC - Receive Operator Caracteristic
SBH - Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo
SPSS - Statistical Package for the Social Sciences
xv
SUS - Sistema Uacutenico de Sauacutede
TCLE - Termo de Consentimento Livre Esclarecido
USFs - Unidades de Sauacutede da Famiacutelia
WHO - World Health Organization
1
1 INTRODUCcedilAtildeO
A transiccedilatildeo epidemioloacutegica caracteriza-se pela evoluccedilatildeo progressiva de um
perfil de alta mortalidade por doenccedilas infecciosas para outro onde predominam os
oacutebitos por doenccedilas cardiovasculares neoplasias causas externas e outras doenccedilas
consideradas crocircnico-degenerativas natildeo transmissiacuteveis1 Jaacute a transiccedilatildeo demograacutefica
tem relaccedilatildeo direta com a evoluccedilatildeo das taxas de mortalidade natalidade e
fecundidade no qual houve uma mudanccedila da populaccedilatildeo jovem para um contingente
cada vez maior e mais importante de pessoas com 60 anos ou mais de idade2
As mudanccedilas demograacuteficas evidenciam o aumento na expectativa de vida com
consequente crescimento da populaccedilatildeo idosa3 Essa modificaccedilatildeo no perfil etaacuterio da
populaccedilatildeo concorre para transformaccedilatildeo nos aspectos relacionados agrave
morbimortalidade nos quais as doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis (DCNT) passam
a ser as principais causas de adoecimentomorte As DCNT mais prevalentes satildeo as
doenccedilas cardiovasculares cacircnceres respiratoacuterias crocircnicas diabetes e hipertensatildeo
arterial4
A hipertensatildeo arterial sistecircmica (HAS) eacute a primeira causa de mortalidade em
acircmbito mundial e a terceira causa de incapacidade induzida por doenccedila apoacutes
desnutriccedilatildeo e doenccedilas sexualmente transmissiacuteveis5 Estima-se que a pressatildeo arterial
elevada cause 94 milhotildees de mortes por ano no mundo6 A HAS eacute o principal fator de
risco para acidente vascular encefaacutelico (AVE) doenccedila arterial coronariana
insuficiecircncia cardiacuteaca insuficiecircncia renal crocircnica e doenccedila vascular de extremidades7
Tal enfermidade em idosos estaacute associada a significante aumento nos distuacuterbios
cardiovasculares na incidecircncia de doenccedilas incapacitantes com consequente
diminuiccedilatildeo da sobrevida e piora na qualidade de vida resultando dependecircncia e perda
da autonomia8910
Vaacuterios estudos evidenciam que a gordura corporal estaacute relacionada com a
pressatildeo arterial elevada em idosos111213 Dessa forma para discriminar a quantidade
de gordura corporal e sua distribuiccedilatildeo os iacutendices antropomeacutetricos satildeo instrumentos
haacutebeis principalmente em estudos epidemioloacutegicos Aleacutem disso tecircm sido utilizados
com frequecircncia em estudos populacionais e satildeo importantes por monitorar o estado
nutricional em diferentes grupos Esses iacutendices satildeo bons preditores para a
hipertensatildeo arterial14 diabetes mellitus doenccedilas cardiovasculares e para discriminar
2
o risco coronariano em diferentes populaccedilotildees1516 Apresentam como vantagens a sua
simplicidade baixo custo e faacutecil utilizaccedilatildeo Contudo estudos sobre os iacutendices
antropomeacutetricos satildeo escassos e inconclusivos na populaccedilatildeo idosa17
A identificaccedilatildeo indireta da hipertensatildeo arterial por meio dos iacutendices
antropomeacutetricos pode ser uma estrateacutegia importante na sauacutede puacuteblica como
instrumento de triagem favorecendo a identificaccedilatildeo das alteraccedilotildees na pressatildeo
arterial Uma das estrateacutegias recomendadas para atingir essa proposta eacute a utilizaccedilatildeo
de instrumentos de rastreamento adequados de raacutepida e faacutecil aplicaccedilatildeo e que
apresentem coeficientes de fidedignidade e de validade significativos No contexto da
atenccedilatildeo primaacuteria recentemente Gomes et al (2009)18 e Azevedo et al (2010)19
propuseram a aplicaccedilatildeo da antropometria para a detecccedilatildeo de fatores de risco agrave sauacutede
sugerindo a utilizaccedilatildeo do iacutendice de massa corporal (IMC) e circunferecircncia da cintura
(CC) como medidas de triagem
Averiguar o poder discriminatoacuterio e estabelecer pontos de corte ou seja
valores criacuteticos de iacutendices antropomeacutetricos que se associem a hipertensatildeo arterial em
idosos pode ser uma boa estrateacutegia de monitoramento e de triagem destes fatores de
risco Sendo que os valores criacuteticos dos iacutendices antropomeacutetricos para idosos natildeo
foram estabelecidos na literatura Dessa forma parecem ser relevantes os estudos
que indiquem meios indiretos para detectar fatores de risco cardiovascular Os iacutendices
antropomeacutetricos podem ser utilizados como estrateacutegia eficiente no processo de
triagem da hipertensatildeo arterial no ambiente da atenccedilatildeo primaacuteria do Sistema Uacutenico de
Sauacutede (SUS)
3
2 REVISAtildeO DE LITERATURA
21 Consideraccedilotildees sobre doenccedilas cardiovasculares no Brasil e o processo de envelhecimento populacional
Atualmente as doenccedilas cardiovasculares tecircm acometido grande parcela da
populaccedilatildeo mundial Em 2012 o relatoacuterio da World Health Organization (WHO)20
estimou que 175 milhotildees de pessoas morreram de doenccedilas cardiovasculares
representando 46 de todas as mortes globais Jaacute a pressatildeo arterial elevada
provoca 51 das mortes por acidente vascular cerebral e 45 das mortes por doenccedila
arterial coronariana21
Tais doenccedilas foram responsaacuteveis por 70 das causas de morte no Brasil no
ano de 2013 As doenccedilas cardiovasculares como do aparelho circulatoacuterio cacircncer e
diabetes tecircm respondido por um nuacutemero elevado de mortes antes dos 70 anos22
O crescimento populacional e o aumento da longevidade podem acarretar a um
raacutepido aumento no nuacutemero total de adultos de meia-idade e mais velhos com um
correspondente aumento do nuacutemero de mortes causadas por doenccedilas crocircnicas natildeo
transmissiacuteveis
Dessa forma a quantidade de pessoas com mais de 60 anos satildeo hoje 13 da
populaccedilatildeo brasileira ou 261 milhotildees de indiviacuteduo em 201323 Com o processo de
envelhecimento populacional as doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis ganharam
expressotildees para a sociedade para previdecircncia social e por consequecircncia para a
sauacutede puacuteblica
A fase do envelhecimento eacute o momento caracterizado pelas alteraccedilotildees fiacutesicas
psicossociais e pelo decliacutenio da capacidade funcional dos organismos como tambeacutem
pelo surgimento de condiccedilotildees patoloacutegicas advindas de haacutebitos de vida inadequados
(tabagismo alcoolismo alimentaccedilatildeo incorreta ausecircncia de atividade fiacutesica regular
entre outros)24 Dessa forma para retardar essas mudanccedilas eacute necessaacuterio ter um
envelhecimento saudaacutevel
4
22 Hipertensatildeo arterial e a populaccedilatildeo idosa
A hipertensatildeo arterial eacute definida como sendo uma condiccedilatildeo crocircnica da tensatildeo
arterial elevada resultando em valores acima do considerado aceito ou seja quando
a pressatildeo arterial sistoacutelica (PAS) estaacute cronicamente acima de 140 mmHg ou a pressatildeo
arterial diastoacutelica (PAD) estaacute cronicamente acima de 90 mmHg2526
No mundo em torno de um bilhatildeo de pessoas satildeo hipertensas natildeo controladas
sendo que 75 milhotildees de pessoas morreram a cada ano pela doenccedila ateacute o ano de
200827 Estimativas do Ministeacuterio da Sauacutede indica que cerca de 17 milhotildees de
brasileiros apresentam hipertensatildeo arterial sendo que 35 dessa populaccedilatildeo tinham
idade igual ou superior a 40 anos Em comparaccedilatildeo com anos anteriores pode-se
observar que a proporccedilatildeo de brasileiros diagnosticados com hipertensatildeo arterial
cresceu de 215 em 2006 para 244 em 20092829
O resultado da Pesquisa Nacional de Sauacutede do primeiro semestre de 2013
estimou que o Brasil tem 313 milhotildees de hipertensos Entre as pessoas com mais de
60 anos mais de 444 tecircm hipertensatildeo sendo que essa prevalecircncia cresce com a
idade22 Esses dados se aproximam aos nuacutemeros da Sociedade Brasileira de
Hipertensatildeo (SBH) no qual estima que haja 30 milhotildees de hipertensos no Brasil em
2014 ou seja cerca de 30 da populaccedilatildeo adulta30
Jaacute na populaccedilatildeo baiana com idade acima de 40 anos cerca de 35 tecircm
hipertensatildeo arterial correspondendo a cerca de 13 milhatildeo de pessoas acometidas
pela doenccedila Na populaccedilatildeo dos 55 aos 64 anos 516 tecircm pressatildeo arterial elevada
e com 65 anos ou mais esse nuacutemero chega a 60631 No estado da Bahia foram
registradas 6274 mortes por doenccedilas de aparelho circulatoacuterio ateacute o mecircs de outubro
de 2013 Dentre os registros 649 foram por hipertensatildeo32 No municiacutepio de Ibicuiacute ndash
BA a prevalecircncia de HAS cadastrados nas Unidades de Sauacutede da Famiacutelia (USFs) foi
de 643 idosos33
A hipertensatildeo arterial eacute caracterizada por niacuteveis elevados e sustentados de
pressatildeo arterial (PA) como uma condiccedilatildeo cliacutenica multifatorial Associa-se
frequentemente a alteraccedilotildees funcionais eou estruturais dos oacutergatildeos-alvo (coraccedilatildeo
enceacutefalo rins e vasos sanguiacuteneos) e a alteraccedilotildees metaboacutelicas2634 Pode ser
classificada em primaacuteria e secundaacuteria de acordo com a sua origem A primaacuteria tem
5
sua origem desconhecida35 e a secundaacuteria eacute decorrente de alguma doenccedila
subjacente36
No caso de a PA estar cronicamente elevada ou seja hipertensatildeo arterial o
risco de desenvolvimento de complicaccedilotildees cardiovasculares renais e ateacute mesmo o
oacutebito aumenta consideravelmente37
Com relaccedilatildeo agrave caracteriacutestica fisiopatoloacutegica da HAS a partir dos 50 ou 60 anos
de idade a pressatildeo diastoacutelica diminui e a pressatildeo central aumenta determinando um
balanccedilo proacuteximo entre resistecircncia aumentada e aumento da impedacircncia na aorta
toraacutecica Dessa forma a pressatildeo de pulso comeccedila a se elevar e a HAS se torna o
principal subtipo de hipertensatildeo apoacutes a sexta deacutecada de vida38
Contudo apoacutes os 60 anos ocorre o enrijecimento arterial central indicado pela
queda na pressatildeo diastoacutelica e o raacutepido alargamento da pressatildeo de pulso O aumento
da rigidez arterial central e a amplitude da onda de pulso satildeo fatores hemodinacircmicos
dominantes nos indiviacuteduos normotensos e hipertensos apoacutes os 60 anos38
Aleacutem dos fatores fisiopatoloacutegicos vale destacar que o aumento da pressatildeo
arterial com a idade tambeacutem estaacute relacionado com o consumo de sal exagerado ao
longo da vida39
As principais estrateacutegias no tratamento natildeo-farmacoloacutegico da HAS segundo
Ministeacuterio da Sauacutede28 se encontram na adoccedilatildeo de haacutebitos alimentares saudaacuteveis
reduccedilatildeo na ingestatildeo de soacutedio reduccedilatildeo do consumo de bebidas alcooacutelicas abandono
do tabagismo praacutetica de atividade fiacutesica regular controle ou diminuiccedilatildeo da massa
corporal
23 Iacutendices antropomeacutetricos de sobrepeso e obesidade
Como meacutetodo natildeo invasivo a antropometria eacute utilizada principalmente para
avaliar as proporccedilotildees tamanho e a composiccedilatildeo corporal40 Tal meacutetodo possui relaccedilatildeo
com estado de sauacutede condiccedilotildees sociais e econocircmicas de grupos populacionais
podendo diagnosticar a desnutriccedilatildeo ou excesso de peso Os iacutendices antropomeacutetricos
que consistem na mediccedilatildeo de dimensotildees corporais podem ser usados para predizer
a sauacutede geral e bem-estar da populaccedilatildeo40
6
Em 2011 estudo realizado por Pitanga41 indica que os iacutendices antropomeacutetricos
apresentam-se como preditores do risco de infarto do miocaacuterdio acidente vascular
encefaacutelico e morte prematura
O IMC eacute determinado pela massa corporal em quilogramas dividido pela
estatura em metros ao quadrado eacute uma medida que determina o estado nutricional
Este iacutendice antropomeacutetrico eacute comumente aplicado em estudos epidemioloacutegicos em
idosos para diagnosticar o excesso de peso (sobrepesoobesidade) principalmente
por ser um meacutetodo faacutecil de aplicar raacutepido e de baixo custo Deste modo vaacuterios
estudos com essa populaccedilatildeo tecircm avaliado o estado nutricional por meio do IMC42
434445
No estudo de Silva e Petroski (2009)46 com idosas de um grupo de convivecircncia
do municiacutepio de Aracaju ndash Sergipe sugeriu que o ponto de corte do IMC utilizado pela
Nutricion Screening Initiative ndash NSI (1992)47 para sobrepeso e excesso de peso foi o
mais bem associado com a PA elevada e para obesidade o melhor ponto de corte
associado com a PA elevada foi o da WHO (1998)48
A outra medida importante para avaliaccedilatildeo da obesidade central dos indiviacuteduos
eacute a circunferecircncia de cintura A obesidade eacute caracterizada pelo acuacutemulo excessivo de
gordura corporal no indiviacuteduo e quando presente na regiatildeo abdominal tem alta
correlaccedilatildeo com doenccedilas cardiovasculares e distuacuterbios metaboacutelicos40 O obeso tem
mais propensatildeo a desenvolver problemas como hipertensatildeo doenccedilas
cardiovasculares diabetes tipo 2 entre outras doenccedilas4950
Comparando as medidas antropomeacutetricas com exames de diagnoacutesticos por
imagens como a tomografia computadorizada e a ressonacircncia magneacutetica foi
verificado que a circunferecircncia da cintura apresentou melhor correlaccedilatildeo com o tecido
adiposo visceral51 Tambeacutem o aumento da circunferecircncia da cintura teve boa
associaccedilatildeo com o aumento significativo da prevalecircncia da hipertensatildeo arterial52
A razatildeo cintura-estatura (RCEst) eacute determinado pela divisatildeo da circunferecircncia
da cintura (cm) pela estatura (cm) Este indicador tem sido utilizado para identificar
alto risco metaboacutelico obesidade fatores de risco cardiovascular e maior capacidade
preditiva para o risco coronariano elevado em populaccedilotildees adultas e idosas1653
tambeacutem eacute fortemente associada a diversos fatores de risco cardiovascular em
diferentes populaccedilotildees15
7
O Iacutendice C eacute determinado com as medidas de massa corporal da estatura e da
circunferecircncia da cintura54 e eacute muito utilizado com a populaccedilatildeo adulta555657585960 Jaacute
com a populaccedilatildeo de idosos o iacutendice C tem sido pouco utilizado e somente alguns
estudos usaram esse indicador para tentar identificar distuacuterbios metaboacutelicos risco
coronariano e prevalecircncia de risco agrave sauacutede616263 Natildeo foram encontrados estudos
associativos entre o Iacutendice C e pressatildeo arterial elevada em idosos
Tais iacutendices satildeo pouco utilizados com a populaccedilatildeo idosa e principalmente com
populaccedilotildees residentes em cidades de pequeno porte Dessa forma para discriminar e
analisar o incremento de gordura corporal os iacutendices antropomeacutetricos tecircm
demonstrado eficiecircncia principalmente em estudos epidemioloacutegicos Cada indicador
tem peculiaridade quanto a sua distribuiccedilatildeo e discriminaccedilatildeo por isso podem ser
utilizados conjuntamente ou separadamente dependendo dos objetivos como
estrateacutegia eficiente para a detecccedilatildeo e o controle de doenccedilas
Contudo os iacutendices antropomeacutetricos tecircm sido bem utilizados para associar
vaacuterios fatores de risco de sauacutede como doenccedilas coronarianas cardiovasculares
distuacuterbios metaboacutelicos dentre outros641641 Poreacutem ainda natildeo estaacute clara sua
associaccedilatildeo com pressatildeo arterial elevada em idosos
Sendo assim os iacutendices antropomeacutetricos satildeo eficientes para identificar a
hipertensatildeo arterial em idosos E quais satildeo os melhores iacutendices para identificar as
alteraccedilotildees da pressatildeo arterial elevada em idosos
24 A importacircncia da validaccedilatildeo
Como se trata de um estudo de validaccedilatildeo de um meacutetodo faz-se necessaacuterio
debater sobre o tema Os instrumentos de rastreamento satildeo ferramentas essenciais
para os serviccedilos de sauacutede pois fornecem medidas relevantes reprodutiacuteveis e
acuradas permitindo a identificaccedilatildeo das pessoas com maior chance de preencher os
criteacuterios para uma determinada condiccedilatildeo ou doenccedila Como tambeacutem completa o
registro de informaccedilatildeo e a comparaccedilatildeo de resultados minimizando a influecircncia de
fatores subjetivos na coleta e registro de dados6566
A escolha de um instrumento deve-se basear em suas qualidades que
consistem em coeficientes significativos de validade e fidedignidade Dessa forma
8
essas medidas necessitam apresentar simplicidade na teacutecnica economia facilidade
e rapidez na aplicaccedilatildeo e interpretaccedilatildeo666768
A validade caracteriza-se como a capacidade do instrumento medir aquilo que
se propotildees a medir Envolve um componente conceitual (julgamento subjetivo a
respeito do instrumento pelo pesquisador) e um componente operacional (avaliaccedilatildeo
sistemaacutetica (estatiacutestica) do teste) geralmente o comparando com um criteacuterio padratildeo
ouro67
A avaliaccedilatildeo operacional da validade utilizada nessa pesquisa foi a de criteacuterio
no qual mede agrave extensatildeo com que o instrumento discrimina sujeitos que diferem em
determinadas caracteriacutesticas Refere-se agrave capacidade de uma escala de se
corresponder com outras medidas ou de predizer algo a que se propotildee Eacute avaliada
por meio de criteacuterio-padratildeo (validade concorrente e validade preditiva) Sendo que a
validade preditiva eacute estimulada estatisticamente e expressa por meio da sensibilidade
especificidade valor preditivo positivo valor preditivo negativo e taxa de classificaccedilatildeo
incorreta67
A sensibilidade corresponde agrave proporccedilatildeo de casos positivos identificados
corretamente ou melhor eacute a capacidade de medida de reconhecer os verdadeiros
positivos Quanto maior a sensibilidade maior a chance de detectar a doenccedila A
especificidade eacute proporccedilatildeo de casos negativos identificados corretamente eacute a
capacidade do instrumento de reconhecer os verdadeiros negativos67
Quanto mais sensiacutevel for o teste melhor seraacute seu valor preditivo negativo ou
seja maior seraacute a certeza de que uma pessoa com resultado negativo natildeo tenha
realmente a doenccedila Quanto mais especifico melhor seraacute seu valor preditivo positivo
ou seja maior seraacute a certeza de que uma pessoa com resultado positivo tenha a
hipertensatildeo arterial67
Como estrateacutegia geral quando a principal preocupaccedilatildeo for evitar o resultado
falso-positivo entatildeo o ponto de corte deve objetivar o maacuteximo de especificidade e se
a preocupaccedilatildeo maior eacute evitar resultado falso-negativo (o resultado do teste em
paciente com suspeita de hipertensatildeo arterial) o ponto de corte deve objetivar o
maacuteximo de sensibilidade67 Os autores ainda referem que a curva Receive Operator
Caracteristic (ROC) eacute a melhor maneira de estabelecer o ponto de corte otimizando
a sensibilidade e especificidade do teste diagnoacutestico
9
Destaca-se que as qualidades de um instrumento aplicado em condiccedilotildees de
campo satildeo modificadas pela prevalecircncia de casos na populaccedilatildeo cliacutenica (onde eacute
esperado ter maior proporccedilatildeo de doenccedila) comparada com uma populaccedilatildeo geral
10
3 OBJETIVOS
Determinar o poder preditivo de iacutendices antropomeacutetricos para predizer
hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos
Estabelecer pontos de corte como discriminadores de hipertensatildeo arterial em
mulheres e homens idosos
Identificar o iacutendice antropomeacutetrico de obesidade que melhor discrimina a
hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos
11
4 MATERIAL E MEacuteTODOS
41 Tipos de estudo
Esta pesquisa eacute do tipo transversal ou seccional como parte do projeto de
Monitoramento da Sauacutede de Idosos de um Municiacutepio de Pequeno Porte ESTUDO
MONIDI Em estudos transversais a estrateacutegia de observaccedilatildeo da populaccedilatildeo eacute
seccional isto eacute as informaccedilotildees obtidas referem-se ao mesmo momento sendo mais
adequado para obtenccedilatildeo de estimativas populacionais As informaccedilotildees individuais
devem ser coletadas num determinado prazo mais curto possiacutevel decorrido entre as
observaccedilotildees do primeiro e uacuteltimo indiviacuteduo69
42 Cenaacuterios do estudo
O municiacutepio de Ibicuiacute fica localizado na zona fisiograacutefica de Vitoacuteria da Conquista
(Encosta do Planalto) e situada no Sudoeste do Estado da Bahia possui uma aacuterea
territorial de 1176843 kmsup2 populaccedilatildeo de 16640 habitantes7071 A populaccedilatildeo de
idosos no ano de 2013 era de 2124 habitantes e destes 525 estavam cadastrados
nas Unidades de Sauacutede da Famiacutelia33
12
Figura 1 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Ibicuiacute BA na regiatildeo Nordeste do Brasil
Fonte Adaptado do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE)72 Infograacuteficos
Cidades Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230
43 Populaccedilatildeo e amostra
A populaccedilatildeo alvo do presente estudo foi constituiacuteda por indiviacuteduos com idade
igual ou superior a 60 anos de ambos os sexos cadastrados na Estrateacutegia de Sauacutede
da Famiacutelia (ESF) que atenderam agraves aacutereas urbanas e rurais do municiacutepio de Ibicuiacute-BA
no ano de 2014 A lista com o nuacutemero de usuaacuterios idosos cadastrados nas USFs da
zona rural e urbana do municiacutepio foi solicitada junto agrave Secretaria Municipal de Sauacutede
Foram incluiacutedos no estudo idosos que estavam cadastrados na Estrateacutegia de
Sauacutede da Famiacutelia que aceitaram participar da pesquisa atraveacutes da assinatura do
Termo de Consentimento Livre Esclarecido (TCLE)
Os criteacuterios de exclusatildeo foram os participantes com diagnoacutestico de demecircncia
ou qualquer outro tipo de alteraccedilatildeo cognitiva que comprometesse a veracidade das
informaccedilotildees fornecidas idosos acamados portadores de doenccedila de Alzheimer ou
outro tipo de doenccedila neuroloacutegica que afetasse a cogniccedilatildeo doenccedila em estaacutegio
terminal
Apoacutes aplicaccedilatildeo dos criteacuterios de exclusatildeo foi efetuado o caacutelculo amostral
seguindo a proposta de Luiz e Magnanini (2000)73 para populaccedilotildees finitas com
13
predominacircncia desconhecida de 50 sendo adotado niacutevel de significacircncia de 5
(correspondendo a um intervalo de confianccedila de 95) e erro toleraacutevel de amostragem
de 25
O caacutelculo amostral resultou numa amostra miacutenima necessaacuteria de 305 idosos
Esse caacutelculo amostral sofreu ajuste em 10 para compensar eventuais perdas e
recusas Apoacutes o resultado do caacutelculo amostral os idosos participantes foram
selecionados atraveacutes de sorteio sendo este proporcional ao tamanho e a distribuiccedilatildeo
por sexo e por quantidade de idosos na Unidade de Sauacutede da Famiacutelia
Os indiviacuteduos assinaram o TCLE foram entrevistados e avaliados nas
dependecircncias da USF sendo que aqueles que natildeo foram localizados ou natildeo
compareceram a USF apoacutes trecircs tentativas foram automaticamente substituiacutedos por
meio de sorteio
44 Equipes de coleta de dados
A equipe de coleta foi composta por dois profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica
(Coordenadores) e cinco acadecircmicos de fisioterapia enfermagem e medicina A
equipe foi previamente treinada em reuniotildees teacutecnicas e no estudo piloto que foi
realizado no periacuteodo de Outubro a Dezembro de 2013 visando padronizar todo o
processo de coleta Foram estabelecidas accedilotildees referentes agrave logiacutestica agrave aplicaccedilatildeo dos
questionaacuterios e aos procedimentos de medidas das variaacuteveis antropomeacutetricas A
coleta propriamente dita ocorreu entre o periacuteodo de 03022014 a 20022014
14
45 Procedimentos para coleta de dados
451 Variaacuteveis do estudo e dados coletados
Foram mensuradas as variaacuteveis idade sexo situaccedilatildeo conjugal niacutevel de
escolaridade raccedilacor renda mensal alcoolismos e tabagismos Como tambeacutem
medidas de pressatildeo arterial sistoacutelica e diastoacutelica massa corporal estatura e
circunferecircncia da cintura
452 Instrumentos de coleta
Foi utilizado o instrumento de coleta denominado Instrumento de Avaliaccedilatildeo da
Sauacutede de Idosos (IASI) padronizado e validado previamente74 Tal instrumento obteacutem
caracteriacutesticas sociodemograacuteficas informaccedilotildees pessoais consumo de aacutelcool e
tabaco avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica e de pressatildeo arterial
Para aferir a pressatildeo arterial foi utilizado o aparelho digital (marca OMRONreg
modelo HEM ndash 742 INT) Utilizou-se ainda uma balanccedila digital portaacutetil (OMRONreg) e
um estadiocircmetro (marca Sannyreg) ambos devidamente calibrados e fita
antropomeacutetrica flexiacutevel (Cardiomedreg)
453 Pressatildeo Arterial
A pressatildeo arterial foi aferida com um aparelho digital de braccedilo com manguito
adequado agrave circunferecircncia do mesmo A medida foi realizada no braccedilo direito a altura
do coraccedilatildeo Foram realizadas trecircs medidas da pressatildeo arterial sendo a primeira apoacutes
o idoso permanecer cinco minutos em repouso e sentado a segunda apoacutes dois
minutos e a terceira dois minutos apoacutes a realizaccedilatildeo da segunda (foi utilizada a meacutedia
das trecircs medidas) Valores de referecircncia estatildeo estabelecidos na Tabela 1
15
Tabela 1 - Classificaccedilatildeo da pressatildeo arterial de acordo com a VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo (2010)
Classificaccedilatildeo Pressatildeo Sistoacutelica (mmHg)
Pressatildeo Diastoacutelica (mmHg)
Oacutetima Normal Limiacutetrofe
lt 120 lt 130 130-139
lt 80 lt 85 85-80
Hipertensatildeo estaacutegio I 140-159 90-99 Hipertensatildeo estaacutegio II 160-179 100-109 Hipertensatildeo estaacutegio III ge 180 ge 110 Hipertensatildeo sistoacutelica isolada
ge 140 lt 90
Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo (2010)7
454 Antropometria
Todas as medidas antropomeacutetricas foram realizadas trecircs vezes (verificou-se a
meacutedia de tais medidas) por um profissional de Educaccedilatildeo Fiacutesica para diminuir o erro
intra e inter avaliadores e anotados por um apontador Os idosos foram medidos
conforme procedimentos padronizados por Lohman et al (1988)75 sem calccedilados
roupas leves sem reloacutegio chaves celular etc
Foi mensurada a circunferecircncia da cintura com uma fita antropomeacutetrica flexiacutevel
no ponto meacutedio entre a uacuteltima costela e a crista iliacuteaca e o procedimento foi deixar a
cintura livre de roupa e os braccedilos cruzados no peito Classificaccedilatildeo de risco para
desenvolver doenccedilas por Lohman et al (1988)75 HOMENS gt 102 cm e MULHERES
gt 88 cm Foi determinado o IMC atraveacutes da equaccedilatildeo [IMC =massa corporal
(kg)estatura2(m)] Valores de referecircncia estatildeo estabelecidos na Tabela 2
Tabela 2 - Classificaccedilatildeo do Iacutendice de Massa Corporal
IMC Classificaccedilatildeo
Baixo peso lt 220 kgm2 Peso adequado 220 le IMC le 270 kgm2 Obesidade gt 270 kgm2
Lohman et al (1988)75
16
A razatildeo cintura-estatura foi determinada pela equaccedilatildeo proposta por Pitanga e
Lessa (2006)15 a qual utiliza a CC (cm) e a estatura (cm) O Iacutendice C foi estimado por
meio das medidas de massa corporal estatura e circunferecircncia da cintura utilizando-
se um modelo proposto por Valdez (1991)54 cuja equaccedilatildeo matemaacutetica estaacute descrita a
seguir
46 Anaacutelise dos dados
Os dados foram digitados com dupla entrada no software Epidata 31 Apoacutes a
digitaccedilatildeo dos dados foram verificados manualmente os valores discrepantes e a
consistecircncia das informaccedilotildees
Na anaacutelise de dados foram utilizados os procedimentos da estatiacutestica descritiva
expressa por meacutedia desvio padratildeo nuacutemero de observaccedilotildees e percentual das
variaacuteveis avaliadas A diferenccedila entre os sexos nas variaacuteveis contiacutenuas foi analisada
pelo teste t de Student para amostras independentes uma vez que as variaacuteveis
apresentaram distribuiccedilatildeo normal e o teste do Qui-quadrado para comparar as
proporccedilotildees (variaacuteveis qualitativas) entre os idosos do sexo masculino e feminino
O poder discriminatoacuterio para determinar a hipertensatildeo arterial e os iacutendices
antropomeacutetricos foi verificado atraveacutes da utilizaccedilatildeo das curvas ROC recurso utilizado
para obtenccedilatildeo de pontos de corte que visam diagnoacutesticos ou triagem
A aacuterea sob a curva ROC (ASC) determina a capacidade preditiva do indicador
para presenccedila ou ausecircncia de hipertensatildeo arterial Uma ASC igual a 10 eacute
considerada perfeita poreacutem se for igual ou menor a 05 indica que sua capacidade
preditiva natildeo eacute melhor que ao acaso
17
Neste estudo o pressuposto para anaacutelise da ASC foi agrave sensibilidade pois em
determinadas situaccedilotildees quando natildeo pode correr o risco de natildeo diagnosticar
determinada doenccedila eacute melhor privilegiar a sensibilidade76
Apoacutes determinados os pontos de corte para cada uma das variaacuteveis
investigadas para prediccedilatildeo de hipertensatildeo essas foram dicotomizadas com base em
seus respectivos valores de referecircncia As anaacutelises estatiacutesticas foram conduzidas no
Statistical Product and Service Solutions (SPSS) reg 130 Em todas as anaacutelises foram
efetuadas respeitando-se o niacutevel de significacircncia de 5
47 Aspectos Eacuteticos
O estudo foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa da Universidade
Estadual do Sudoeste da Bahia com parecer (CAAE 22969013000000055) (Anexo
1) seguindo princiacutepios eacuteticos estabelecidos na Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de
2012 do Conselho Nacional de Sauacutede (CNS)77
18
5 RESULTADOS
51 Caracterizaccedilatildeo da amostra estudada
De acordo com a contabilizaccedilatildeo das perdas (mudou-se do municiacutepio natildeo foi
encontrado por mais de 3 vezes na USF ou domicilio) e recusas (n=31) a amostra final
foi composta por 310 idosos (201 zona urbana e 109 zona rural) A taxa de respostas
foi de 912 com 88 (n=31) de recusas e 92 (n=29) de exclusatildeo
Participaram do estudo 175 mulheres (565) e 135 homens (435) As
idades variaram entre 60 e 108 anos com meacutedia de 7078 plusmn 82 anos para as mulheres
e 60 a 93 anos com meacutedia de 7259 plusmn 78 anos para homens
A maioria das mulheres se auto referiu ser negra e os homens pardo O iacutendice
de analfabetismo apresentou-se elevado em ambos os sexos A maior parte dos idosos
eacute casado A maioria dos idosos sobrevivia com renda mensal inferior ou igual a um
salaacuterio miacutenimo (Tabela 3)
19
Tabela 3 - Variaacuteveis sociodemograacuteficas e de estilo de vida em idosos
Mulheres (n=175) Taxa de Resposta
Homens (n=135) Taxa de Resposta
n n P
Raccedilacor 9861 991
Branco 47 2686 43 3209
Preto 73 4171 26 1940 0001
Pardo 49 2800 55 4074
Natildeo sabe 4 229 10 741
Escolaridade 9918 1000
Analfabeto 95 5429 84 6222
Baacutesica 72 4114 46 3408 0001
Secundaacuteria 5 286 5 370
Superior 2 114 - -
Estado Civil 9789 991
Casadouniatildeo estaacutevel
74 4229 78 5777
Solteiroseparado 33 1886 36 2667 0001
Viuacuteva 63 3600 20 1481
Renda Mensal 9918 1000
le 1 salaacuterio 165 9428 123 9111
11 a 2 salaacuterio 8 458 10 74 0001
21 a salaacuterio 1 057 2 148
Alcoolismo 9989 1000
Sim 4 229 9 667 0001
Natildeo 170 9714 126 9333
Tabagismo 9597 1000
Sim 15 857 21 1556 0001
Natildeo 152 8686 114 8444
Teste Qui-quadrado
20
52 Caracteriacutesticas antropomeacutetricas
Apoacutes a assinatura do TCLE e realizaccedilatildeo do questionaacuterio 10 idosos foram
excluiacutedos (recusas e informaccedilatildeo incompleta do questionaacuterio) desta etapa de anaacutelise
Dessa forma foram analisadas 300 avaliaccedilotildees das medidas antropomeacutetricas
Na Tabela 4 podem ser observados os valores meacutedios desvio padratildeo valores
miacutenimos e maacuteximos e percentuais das variaacuteveis avaliadas A meacutedia do IMC foi menor
nos homens quando comparado com o resultado das mulheres (p lt 0001) Natildeo houve
diferenccedila significativa da variaacutevel circunferecircncia da cintura entre homens e mulheres
(p = 0208) A prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi maior nas mulheres A maioria
das mulheres eacute obesa e entre os homens o estado nutricional foi considerado eutroacutefico
(Tabela 5)
21
Tabela 4 - Valores descritivos miacutenimos e maacuteximos das variaacuteveis analisadas
Variaacuteveis Mulheres (n=167) Homens (n=133) Valor-p
Idade (anos) 7078 plusmn 821 (60-108)
7259 plusmn 786 (60-93)
0055
Massa corporal (kg) 6020 plusmn 1223 (2970-9580)
6384 plusmn 1250 (4010-11840)
0012
Estatura (cm) 14875 plusmn 616 (129-164)
16080 plusmn 782 (135-183)
lt00001
IMC (kgm2) 2715 plusmn505 (1342-4064)
2458 plusmn 390 (1475-3544)
lt00001
CC (cm)dagger 8734 plusmn 1126 (55-130)
8894 plusmn 1010 (66-115)
0208
RCEst 057 plusmn 011 (000-087)
055 plusmn 006 (042-073)
0086
Iacutendice C 123 plusmn 021 (000-166)
129 plusmn 006 (117-150)
0001
PAS 14096 plusmn 2218 (87-200)
13735 plusmn 2251 (98-209)
0166
PAD 7671 plusmn 1091 (45-105)
7697 plusmn 1179 (49-110)
0846
IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia da cintura RCEst - razatildeo cintura-estatura Iacutendice C - Iacutendice de Conicidade PAS - pressatildeo arterial sistoacutelica PAD ndash pressatildeo arterial diastoacutelica dagger Variaacuteveis com perdas (n=163 mulheres) Teste T de Student para amostras independentes
Tabela 5 - Percentuais das variaacuteveis analisadas
Variaacutevel Mulheres Homens Valor-p
Pressatildeo Arterial (n) (n)
Normal 557 (93) 594 (79) 0011
Hipertensatildeo 443 (74) 406 (54)
Estado nutricional (n) (n)
Baixo peso 144 (24) 301 (40)
Normal 353 (59) 436 (58) lt00001
Sobrepeso 503 (84) 263 (35)
Teste Qui-quadrado
53 Anaacutelise da curva ROC
22
As aacutereas sob a curva ROC do IMC da CC da RCEst e do iacutendice C como
preditores de hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos e os respectivos
intervalos de confianccedila (IC 95) podem ser observados na Tabela 6 e nas Figuras 2
3 4 5 6 7 8 9 Evidenciou-se que alguns iacutendices antropomeacutetricos apresentaram
aacuterea sob a curva ROC significativas Todavia a RCEst e o IMC assumiram maiores
aacutereas com diferenccedila significativa para os homens
Tabela 6 - Aacuterea sob a curva ROC e IC95 entre os iacutendices antropomeacutetricos e hipertensatildeo arterial em idosos
Aacuterea sob a curva ROC
PA elevada Mulheres
Homens
p
IMC (kgm2) 053 (044-062) 060 (050-070)
lt00001dagger
CC (cm) 057 (048-066) 058 (048-068)
lt00001dagger
RCEst 056 (047-065) 061 (051-071)
lt00001dagger
Iacutendice C 058 (049-066) 058 (058-068) lt00001dagger
IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia de cintura RCEst - razatildeo cinturaestatura Iacutendice C - iacutendice de conicidade ROC ndashReceiver Operating CharacteristicIC95 - intervalo de confianccedila a 95Aacuterea sob a curva ROC apresentando poder discriminatoacuterio para pressatildeo arterial elevada (Li-IC ge 050) daggerTeste Qui-quadrado
23
Figura 2 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) IMC - iacutendice de massa corporal
Figura 3 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) IMC - iacutendice de massa corporal
24
Figura 4 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) CC ndash circunferecircncia da cintura
Figura 5 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) CC ndash circunferecircncia da cintura
25
Figura 6 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) RCEst - razatildeo cinturaestatura
Figura 7 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) RCEst - razatildeo cinturaestatura
26
Figura 8 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) Iacutendice C -iacutendice de conicidade
Figura 9 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) Iacutendice C - iacutendice de conicidade
27
Os valores dos pontos de corte dos iacutendices antropomeacutetricos como preditores
de hipertensatildeo arterial e suas respectivas sensibilidade e especificidade (mais
adequado equiliacutebrio entre si) satildeo apresentados na Tabela 7 Observa-se que entre
os iacutendices antropomeacutetricos a RCEst teve melhor percentual de sensibilidade e de
especificidade para discriminar a pressatildeo arterial elevada para os homens
Tabela 7 - Pontos de corte sensibilidade e especificidade dos iacutendices antropomeacutetricos para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial em idosos
Mulheres Homens PA elevada
Ponto de corte
Sensibilidade ()
Especificidade ()
Ponto de corte
Sensibilidade ()
Especificidade ()
IMC (kgm2)
2679 527 548 2420 527 548
CC (cm) 8750 577 457 8650 593 532 RCEst 059 568 430 054 648 456 Iacutendice C 126 541 452 129 574 456
IMC ndash Iacutendice de Massa Corporal CC ndash Circunferecircncia da Cintura RCEst ndash Razatildeo Cintura-Estatura Iacutendice C ndash Iacutendice de Conicidade
28
6 DISCUSSAtildeO
61 Aacutereas sob a Curva ROC
Este estudo teve como objetivo identificar a capacidade preditiva de iacutendices
antropomeacutetricos de obesidade geral e abdominal para discriminar a presenccedila de
hipertensatildeo arterial em idosos com foco de utilizaccedilatildeo no ambiente da estrateacutegia de
sauacutede da famiacutelia Nessa perspectiva surge uma proposta de triagem dos casos de
idosos com possiacuteveis alteraccedilotildees crocircnicas em sua pressatildeo arterial aleacutem de possibilitar
a discussatildeo sobre validaccedilatildeo de tais iacutendices para uso no contexto da sauacutede
Dessa forma recomenda-se a anaacutelise da sensibilidade e especificidade por
meio da construccedilatildeo de curvas ROC pois eacute a melhor opccedilatildeo para determinar pontos de
corte em estudos epidemioloacutegicos78 Essa anaacutelise permite fornecer a aacuterea sob a curva
que traduz o poder de discriminaccedilatildeo de um indicador para um determinado desfecho
e a identificaccedilatildeo do melhor ponto de corte
A proposta dessa pesquisa natildeo eacute excluir o diagnoacutestico meacutedico mas
proporcionar uma estrateacutegia mais abrangente a ser utilizada pelas USFs em parceria
entre os profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica e os profissionais de sauacutede no contexto da
atenccedilatildeo primaacuteria
Embora exista associaccedilatildeo entre sobrepesoobesidade e a pressatildeo arterial
elevada poucos estudos tecircm identificado pontos de corte de iacutendices antropomeacutetricos
que visem agrave detecccedilatildeo da hipertensatildeo arterial em idosos Diversos estudos tecircm
demonstrado que os iacutendices antropomeacutetricos satildeo bons indicadores de obesidade e
estatildeo relacionados a fatores de risco cardiovascular795880 Todavia a hipertensatildeo eacute
apontada como um dos principais fatores de risco cardiovasculares o que denota a
necessidade de um olhar diferenciado
A prevalecircncia de hipertensatildeo foi inferior agrave encontrada em outros estudos818283
Contudo diferenccedilas metodoloacutegicas nuacutemero de medidas realizadas e os diferentes
criteacuterios de referecircncia satildeo as principais causas da grande variabilidade nas
prevalecircncias de pressatildeo arterial elevada entre as investigaccedilotildees No presente estudo
29
optou-se por maior rigorosidade ao diagnosticar a pressatildeo arterial elevada
considerando a realizaccedilatildeo de trecircs medidas
Nessa amostra observou-se que a prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi
443 nas mulheres e 406 nos homens Demonstrando ser uma alta prevalecircncia
pois se trata de uma populaccedilatildeo que eacute influenciada diretamente pelo o aumento da
morbimortalidade durante o envelhecimento Estudos envolvendo idosos indicam que
a prevalecircncia da hipertensatildeo encontra-se entre 50-70 com o aumento da idade84
Poucos estudos epidemioloacutegicos foram conduzidos com o objetivo de identificar
e discriminar a capacidade de iacutendices antropomeacutetricos de obesidade para a pressatildeo
arterial elevada na populaccedilatildeo de idosos e principalmente utilizando o iacutendice C o
RCEst Um estudo realizado com a populaccedilatildeo de idosos utilizou o mesmo objetivo
poreacutem usou como ponto de corte o iacutendice de massa corporal e o iacutendice de adiposidade
corporal85 Entretanto faz-se necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de outros iacutendices para identificar
hipertensatildeo arterial em idosos
De acordo com os resultados do presente estudo somente alguns dos
indicadores antropomeacutetricos apresentaram capacidade preditiva para a hipertensatildeo
arterial em idosos de acordo com limite inferior do intervalo de confianccedila de 9586
Dessa forma foi observado que a RCEst e IMC para os homens mostraram-se com
bom poder de detecccedilatildeo para a hipertensatildeo arterial pois obtiveram maiores valores
sob a curva para esse desfecho
Em 2013 Leal Neto et al85 identificaram em seus resultados que o IMC e o
iacutendice de adiposidade corporal foram os melhores indicadores preditivos de
hipertensatildeo arterial nos idosos em ambos os sexos independentemente de outros
fatores tais como idade tabagismo consumo de aacutelcool e atividade fiacutesica
No presente estudo os principais indicadores que tiveram uma boa aacuterea sob a
curva foram o IMC RCEst e Iacutendice C com resultados de 060 IC95 (050-070) 061
IC95 (051-071) e 058 IC95 (058-068) respectivamente para homens
Nas mulheres tais iacutendices mostraram-se com menor poder discriminatoacuterio para
diagnosticar a hipertensatildeo arterial A HAS eacute um desfecho que pode ser influenciado
por fatores multicausais (hormonais estresse etc) Na anaacutelise do desempenho do
iacutendice antropomeacutetrico a loacutegica eacute unidirecional ou seja verificar o desempenho desses
iacutendices apenas como preditores de hipertensatildeo arterial foram mais satisfatoacuterios entre
os homens Os iacutendices podem interferir mas natildeo determinar a prevalecircncia da
30
hipertensatildeo Embora as mulheres tenham uma maior prevalecircncia essa natildeo eacute
determinada pelos iacutendices antropomeacutetricos no presente estudo
Tais resultados diferem do estudo realizado em 2012 por Samsen et al87 no
qual a circunferecircncia da cintura teve boa ASC nos homens = 0684 com IC95 (0672-
0695) e nas mulheres = 0673 IC95 (0665-0681) sendo o melhor indicador
significativamente (p lt0001) do que o IMC no qual a ASC em homens foi de = 0667
IC95 (0656-679) e nas mulheres = 0636 IC95 (0628-0644) em discriminaccedilatildeo
de pelo menos um fator de risco cardiovascular Isso se deve ao fato de tal estudo ter
sido realizado com uma abrangecircncia maior na faixa etaacuteria que foi de 45-80 anos
Uma possiacutevel limitaccedilatildeo para discussatildeo dos resultados desse estudo foi a faixa
etaacuteria restrita que natildeo incluiu idosos (igual ou acima de 60 anos) o que impossibilita
a triagem da pressatildeo arterial elevada nessa populaccedilatildeo
62 Iacutendices antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial
Nesse estudo a CC e RCEst foram as variaacuteveis com maiores valores absolutos
de sensibilidade para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial respectivamente para mulheres
e homens Tais resultados indicam as proporccedilotildees de verdadeiros positivos na
ocorrecircncia de hipertensatildeo arterial
Quanto ao ponto de corte do RCEst nas mulheres foi de 059 sendo 568 de
sensibilidade e 430 de especificidade Valores inferiores ao encontrado no presente
estudo para mulheres foram sugeridos em Taiwan (045) Cingapura (048) e na China
(050) No Brasil em 2009 Haun Pitanga e Lessa16 recomendaram para a RCEst
053 como melhor ponto de corte com sensibilidade (67) e especificidade (58) e
aacuterea sob a curva ROC de 069 (IC 95 = 064-075) Outro ponto de corte semelhante
ao observado no Brasil com mulheres mexicanas variou de 053 a 0535 para a
RCEst discriminar diabete tipo 2 hipertensatildeo e dislipidemias88899091
Os pontos de corte sugeridos por esses paiacuteses e no Brasil podem ter sido
inferiores por causa da abrangecircncia na faixa etaacuteria dos indiviacuteduos no qual incluiacuteram
mulheres de 30 a 74 anos como tambeacutem as caracteriacutesticas econocircmicas culturais e
31
de estilo de vida diferem da realidade das mulheres que residem em cidades de
pequeno porte Estudos que discriminem hipertensatildeo arterial principalmente em
idosos com RCEst satildeo escassos na literatura
Em 2010 Browning Hsieh e Ashwel92 realizaram uma revisatildeo sistemaacutetica
sobre a potencialidade de indicadores antropomeacutetricos em predizer doenccedilas
cardiovasculares e identificou a RCEst como variaacutevel de melhor desempenho A
RCEst apresentou maiores ASC quando comparada ao IMC ou CC Os dados
analisados foram de quatorze paiacuteses diferentes e incluiacuteram caucasianos asiaacuteticos e
da Ameacuterica Central Segundo os autores uma RCEst ge 05 eacute capaz de identificar
fatores de risco cardiovasculares Esse ponto de corte eacute inferior aos encontrados para
homens e mulheres no presente estudo significando que o ponto de corte encontrado
pode diagnosticar risco cardiovascular e consequentemente a presenccedila de
hipertensatildeo
Outros autores afirmam essa hipoacutetese relacionada aos valores limites para
RCEst em diversas populaccedilotildees e indicaram que um ponto de corte de 05 eacute o valor
mais indicado para ambos os sexos todas as idades e diferentes populaccedilotildees899315
Com relaccedilatildeo agrave especificidade a variaacutevel com maior valor foi o IMC
independentemente do sexo Nas mulheres o ponto de corte sugerido foi 2679 kgm2
e nos homens 2420 kgm2 O valor da especificidade foi de 548 para ambos os
sexos o qual possibilita determinar corretamente a ausecircncia de hipertensatildeo arterial
Sendo assim este estudo sugere que o IMC natildeo foi o melhor preditor de hipertensatildeo
arterial
O estudo de Leal Neto et al (2013)85 tambeacutem testou a capacidade de
indicadores antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial em idosos
sugeriu como pontos de corte para IMC valores de 247 kgm2 igual ao encontrado no
presente estudo e de 273 kgm2 nuacutemero superior que aos dados do presente
trabalho para homens e mulheres respectivamente
Em outro estudo realizado com 19621 homens e mulheres com faixa etaacuteria de
45-80 anos a meacutedia da idade foi de 598 anos para os homens e 585 anos para as
mulheres O ponto de corte adequado de IMC foi de 23 kgm2 em homens e 24 kgm2
em mulheres Os pontos de corte de CC foram 80 cm e 78 cm em homens e mulheres
respectivamente Os achados do presente estudo foram superiores a esses
32
resultados todavia deve ser considerado que a populaccedilatildeo alvo foi diferente e com
idade menor da populaccedilatildeo pesquisada no presente trabalho87
Com relaccedilatildeo agrave CC o ponto de corte identificado para a prediccedilatildeo de hipertensatildeo
arterial nas mulheres foi superior ao dos homens Contudo os valores de sensibilidade
e especificidade desses pontos de corte foram maiores entre os homens o que pode
indicar que o poder preditivo da CC para a hipertensatildeo arterial eacute melhor para o sexo
masculino Quanto menor o ponto de corte maior seraacute a habilidade do teste em
classificar os doentes como positivos isto eacute maior seraacute a sensibilidade76 Os pontos
de corte dos homens foram em sua maioria menores em comparaccedilatildeo aos das
mulheres
Tais resultados satildeo contraacuterios aos achados do estudo de Kashihara et al
(2009)94 com indiviacuteduos de 30-74 anos que comparou paciente com hipertensatildeo e sem
hipertensatildeo Em seus pontos de corte de CC para os homens foram superiores aos
pontos de corte definidos para as mulheres e os valores de sensibilidade e
especificidade foi maior nas mulheres para identificar risco cardiovascular Poreacutem a
idade foi menor ao proposto no presente estudo
Outro estudo que contraria tais resultados quanto ao ponto de corte da CC foi
o de Haun Pitanga e Lessa (2009)16 que foi superior para os homens enquanto o
niacutevel de sensibilidade e especificidade foi igual aos nossos achados Poreacutem esse
estudo foi realizado com indiviacuteduos de idade entre 30-74 anos e discriminou risco
coronariano elevado
Quanto ao Iacutendice C no presente estudo o ponto de corte sugerido foi de 126
nas mulheres (sensibilidade 541 e especificidade 452) e 129 para os homens
(sensibilidade 574 e especificidade 456)
Diferentemente do resultado encontrado no presente estudo Pitanga e Lessa
(2005)56 sugeriram como o melhor ponto de corte para risco coronariano com o iacutendice
C 118 para mulheres apresentando valores de sensibilidade (7339) e
especificidade (6115) Para os homens o ponto de corte foi de 125 com valores de
sensibilidade (7391) e especificidade (7492) Tais pontos de corte foram para
indiviacuteduos adultos por esse motivo foram mais baixos que os achados do presente
trabalho Deve-se considerar que existem modificaccedilotildees na composiccedilatildeo corporal com
o processo do envelhecimento o que poderia alterar os pontos de corte para as essas
medidas antropomeacutetricas
33
Em outro estudo com os mesmo autores foram apresentados outros pontos de
corte comparando diferentes faixas etaacuterias Para as mulheres de 30-49 anos o melhor
ponto de corte foi o mesmo (118) com melhor sensibilidade (7857) e
especificidade (6524) e tambeacutem melhor aacuterea sob a curva ROC 081 (IC95 = 070-
092) Entre as de idade mais avanccedilada (50-74 anos) o melhor ponto de corte
sugerido foi 122 com sensibilidade (6000) e especificidade (6582) e aacuterea sob a
curva ROC 065 (IC 95 = 058-073) Portanto o iacutendice C apresentou melhor poder
discriminatoacuterio de RCEst para as mulheres mais jovens64
Almeida Almeida e Arauacutejo (2009)58 conduziram uma pesquisa com mulheres
de 30 e 69 anos buscando avaliar o desempenho de diferentes pontos de corte do
iacutendice C RCQ CC e RCEst para discriminar Risco Coronariano Elevado e o ponto de
corte encontrado para o Iacutendice C foi (125) proacuteximo ao ponto de corte para mulheres
nos nossos achados Dessa forma tais autores afirmaram que os indicadores
antropomeacutetricos de obesidade abdominal analisados tiveram desempenhos
satisfatoacuterios e similares para discriminar RCEst poreacutem o iacutendice C foi o que
apresentou o melhor poder discriminatoacuterio
As informaccedilotildees sobre o iacutendice C satildeo limitadas quanto agrave discussatildeo do ponto de
corte para hipertensatildeo arterial principalmente por encontrar poucos estudos sobre
essa medida como referecircncia para idosos Pitanga e Lessa (2004)55 relatam como
uma limitaccedilatildeo para a utilizaccedilatildeo do Iacutendice C em estudos populacionais a dificuldade de
se calcular o denominador da equaccedilatildeo proposta para sua determinaccedilatildeo
O excesso de gordura em geral estaacute associado ao aparecimento de doenccedilas
cardiovasculares hipertensatildeo arterial e mortalidade a definiccedilatildeo de pontos de corte
para iacutendices que se destacam por sua simplicidade operacional e boa acuraacutecia
permite a detecccedilatildeo dos indiviacuteduos sob risco sendo de grande utilidade nos serviccedilos
de atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede aleacutem de possibilitar o conhecimento da situaccedilatildeo de
grupos populacionais especiacuteficos frente a esses riscos quando empregados na
pesquisa epidemioloacutegica
No contexto das cidades de pequeno porte (rurais e urbanas) os recursos de
sauacutede satildeo muitas vezes limitados e escassos sendo importante a utilizaccedilatildeo desses
iacutendices antropomeacutetricos como substituiccedilatildeo eou apoio a avaliaccedilatildeo tradicional da
pressatildeo arterial Em vaacuterias conjunturas de sauacutede a alta demanda de paciente com
hipertensatildeo arterial exige a utilizaccedilatildeo de instrumentos de diagnoacutesticos e rastreamento
34
de raacutepida e faacutecil aplicaccedilatildeo que possam ser manejados por diferentes profissionais e
que sobretudo apresentem validade e fidedignidade A adequada validaccedilatildeo de
instrumentos e conhecimento de suas propriedades teacutecnicas na populaccedilatildeo brasileira
tambeacutem deve contribuir com a seleccedilatildeo de prioridades e delimitaccedilatildeo do conteuacutedo dos
programas de sauacutede pelos tomadores de decisatildeo em diferentes niacuteveis de gestatildeo
35
7 CONCLUSAtildeO
As anaacutelises dos dados permitem frente aos objetivos estabelecidos formular
as seguintes conclusotildees Quanto ao poder de discriminaccedilatildeo de iacutendices
antropomeacutetricos para a hipertensatildeo arterial em idosos os iacutendices antropomeacutetricos
(IMC RCEst e Iacutendice C) foram bons preditores de hipertensatildeo arterial para os homens
Dessa forma tais iacutendices podem ser empregados nos homens poreacutem tais medidas
natildeo foram satisfatoacuterias para predizer pressatildeo arterial elevada nas mulheres idosas
limitando a sua utilizaccedilatildeo para o sexo feminino com idades avanccediladas
O melhor ponto de corte para discriminar hipertensatildeo arterial foi 054 para a
RCEst nos homens dessa forma tal ponto de corte deve ser empregada no contexto
da atenccedilatildeo primaacuteria nos homens Sugere-se a utilizaccedilatildeo dessa medida a fim de
detectar e realizar a triagem da hipertensatildeo arterial com caracteriacutesticas similares agrave
amostra deste estudo
Recomenda-se que a utilizaccedilatildeo de dois iacutendices simultaneamente resulte em
uma maior eficiecircncia na avaliaccedilatildeo do risco de hipertensatildeo arterial em idosos A
indicaccedilatildeo destas medidas permite que ela seja realizada nas Unidades de Sauacutede da
Famiacutelia como meacutetodo de triagem para idosos com hipertensatildeo arterial utilizando
materiais de faacutecil manejo e de baixo custo
Dessa forma pode-se efetivamente atingir uma das estrateacutegias de prevenccedilatildeo
da hipertensatildeo arterial sistecircmica que eacute o controle da pressatildeo arterial durante o
envelhecimento Todavia sugere-se cautela na utilizaccedilatildeo do ponto de corte desses
indicadores para as mulheres pois os resultados natildeo foram satisfatoacuterios
Fica evidente a necessidade de outros estudos que identifiquem pontos de
corte de iacutendices antropomeacutetricos visando agrave detecccedilatildeo de hipertensatildeo arterial e de
outros fatores de risco cardiovascular nas mulheres idosas que residem em cidades
de pequeno porte
36
8 REFEREcircNCIAS
1 Omram AR The epidemiologic transition a theory of the epidemiology of population change Milbank Memorial Fund Quarterly 1971 49 (Part 1) 509-538
2 Wong LR Carvalho JM Age-strucutural transition in Brazil demographic bonuses and emerging challenges In Pool I Wong LLR Vilquin E editores Age-structural transitions challenges for development Paris Committee for International Cooperation in National Research in Demography 2006
3 Gragnolati M Jorgensen OH Rocha R Fruttero AA Envelhecendo em um Brasil mais Velho implicaccedilotildees do envelhecimento populacional sobre o crescimento econocircmico reduccedilatildeo da pobreza financcedilas puacuteblicas prestaccedilatildeo de serviccedilos Banco Internacional para a Reconstruccedilatildeo e o Desenvolvimento Banco Mundial 2011
4 Schmidt MI Duncan BB Silva GA et al Health in Brazil 4 Chronic non-communicable diseases in Brazil burden and current challenges The Lancet 2011 377
5 Ezzati M Hoorn SV Rodgers A et al Comparative Risk Assessment Collaborating Group Selected major risk factors and global and regional burden of disease Lancet 2002 360 1347-60
6 Lim SS Vos T Flaxman AD et al A comparative risk assessment of burden of disease and injury attributable to 67 risk factors and risk factor clusters in 21 regions 1990-2010 a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2010 Lancet 2012 380 (9859)2224-60
7 Sociedade Brasileira de Cardiologia Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Sociedade Brasileira de Nefrologia VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 2010 95(1) 1-51
8 Miranda DR Perrotti TC Bellinazzi VR et al Hipertensatildeo arterial no idoso peculiaridades na fisiopatologia no diagnoacutestico e no tratamento Rev Bras Hipertens 2002 9 293-300
9 Pilger C Menon MU Mathias TAF Caracteriacutesticas sociodemograacuteficas e de sauacutede de idosos contribuiccedilotildees para os serviccedilos de sauacutede Rev Latino-Am Enfermagem 2011 19(5)1230-1238
10 Pilger C Menon MU Mathias TAF Utilizaccedilatildeo de serviccedilos de sauacutede por idosos vivendo na comunidade Rev esc enferm USP 2013 47(1)213-220
11 Mariath AB Grillo LP Silva RO et al Obesidade e fatores de risco para o desenvolvimento de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis entre usuaacuterios de unidade de alimentaccedilatildeo e nutriccedilatildeo Cad Sauacutede Puacuteblica 2007 23 (4) 897-905
37
12 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Diretrizes e recomendaccedilotildees para o cuidado
integral de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis promoccedilatildeo da sauacutede vigilacircncia prevenccedilatildeo e assistecircncia Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2008
13 Kuumlmpe DA Sodreacute AC Pomatti DM et al Obesidade em Idosos Acompanhados
pela Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia Texto Contexto Enferm Florianoacutepolis 2011 20(3) 471-7
14 Silva KS Farias Juacutenior JC Fatores de risco associados agrave pressatildeo arterial elevada em adolescentes Rev Bras Med Esporte 2007 13(4) 237-40
15 Pitanga FJG Lessa I Razatildeo cintura-estatura como discriminador do risco
coronariano de adultos Rev Assoc Med Bras 2006 52157-61
16 Haun DR Pitanga FJG Lessa I Razatildeo CinturaEstatura comparado a outros indicadores antropomeacutetricos de obesidade como preditor de risco coronariano elevado Rev Assoc Med Bras [online] 2009 55(6) 705-711
17 Nascimento CM Ribeiro AQ SantrsquoAna LFR et al Estado nutricional e condiccedilotildees de sauacutede da populaccedilatildeo idosa brasileira revisatildeo da literatura Rev meacuted Minas Gerais 2011 21(2)174-180
18 Gomes MA Beck cc Duarte MFS et al Ficha Antropomeacutetrica no Nuacutecleo de Apoio a Sauacutede da Famiacutelia o que medir e para que medir Rev bras cineantropom desempenho hum 2009 11(2) 243-253
19 Azevedo LF Oliveira ACC Lima JRP et al Recomendaccedilotildees sobre condutas e procedimentos do profissional de educaccedilatildeo fiacutesica na atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede Rio de Janeiro CONFEF 2010 109-55
20 World Health Organization World health statistics 2012 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghopublicationsworld_health_statistics2012enindexhtmlgt [2012 set 18]
21 World Health Organization Global health risks mortality and burden of disease attributable to selected major risks Geneva World Health Organization 2009a
22 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Panorama da sauacutede brasileira em muacuteltiplos aspectos Percepccedilatildeo do estado de sauacutede estilo de vida e doenccedila crocircnica Pesquisa Nacional de Sauacutede 2013
23 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Pesquisa Nacional por Amostra
de Domiciacutelios 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapesquisaspesquisa_resultadosphpid_pesquisa=149gt[2014 dez 04]
24 Tribess S Virtuoso Junior JS Prescriccedilatildeo de exerciacutecios fiacutesicos para idosos Rev saudecom 2005 1(2)163-72
38
25 Pollock ML Wilmore JH Exerciacutecio na Sauacutede e na Doenccedila avaliaccedilatildeo e prescriccedilatildeo para prevenccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo Editora MEDSI 2ordf ed Rio de Janeiro 1993
26 Sociedade Brasileira de Cardiologia V Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 20061-48
27 World Health Organization Global Health Observatory (GHO) 2014 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghoncdrisk_factorsblood_pressure_prevalence_textengt [2014 dez 04]
28 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Secretaria de Atenccedilatildeo baacutesica agrave Sauacutede Departamento de atenccedilatildeo baacutesica - Hipertensatildeo arterial sistecircmica Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2006
29 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) (2009) Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeGestorvisualizar_textocfmidtxt=24421gt [2010 abr 07]
30 Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Nuacutemero de hipertenso 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwsbhorgbripadgeralphpgt [09 nov 2014]
31 Secretaria de Sauacutede do Estado da Bahia Hipertensatildeo Quantidade de Hipertensos na Bahia Disponiacutevel em (2014) lthttpwwwsaudebagovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=4418ampcatid=1ampItemid=14gt [2014 jan 10]
32 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica 2014 Dados de mortalidade na Bahia Disponiacutevel em lthttptabnetdatasusgovbrcgitabcgiexesiabcnvSIABSBAdefgt [2014 mai 05]
33 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica Dados sociodemograacuteficos de Ibicuiacute 2014 lthttptabnetdatasusgovbrcgideftohtmexesiabcnvSIABFBAdefgt [2014 jan 05]
34 Williams B The year in hypertension JACC 2010 55(1) 66-73
35 Lipp M Rocha JC Stress Hipertensatildeo Arterial e Qualidade de vida um guia de tratamento para o hipertenso Campinas Papirus 1996
36 Borenstein MS (Org) Manual de Hipertensatildeo Arterial Porto Allege Editora Sagra Luzzatto 1999
37 Joint National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure The Sixth Report of the Join National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure Arch Intern Med 1997157 2413-2446
39
38 Mitchell GF Parise H Benjamin EJ et al Changes in arterial stiffness and wave reflection with advancing age in health men and women Hypertension 2004 431239-1245
39 Matos AC Ladeia AM Avaliaccedilatildeo de fatores de risco cardiovascular em uma comunidade rural da Bahia Arq Bras Cardiol 2003 81(3) 291-6
40 World Health Organization Who Expert Committee on Physical Status the use and interpretation of antropometry Report of a WHO Expert Commitee Geneva WHO 1995 p 854
41 Pitanga FJG Antropometria na avaliaccedilatildeo da obesidade abdominal e risco coronariano Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum 201113(3) 238-241
42 Ferreira LS Amaral TF Marucci MFN et al Under nutrition as a major risk factor for death among older Brazilian adults in the community-dwelling setting SABE survey Nutrition 201127(10)17-22
43 Andrade FB Caldas Junior AF Kitoko PM et al Prevalence of overweight and obesity in elderly people from Vitoacuteria-ES Brazil Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2012 set17(3)749-756
44 Boscatto EC Duarte Mde F Coqueiro Rda S Barbosa AR Nutritional status in the oldest elderly and associated factors Rev Assoc Med Bras 2013 59(1)40-47
45 Kostka J Borowiak E Kostka T Nutritional status and quality of life in different
populations of older people in Poland Eur J Clin Nutr 2014 Nov68(11)1210-5
46 Silva DAS Petroski EL Associaccedilatildeo de diferentes pontos de corte para sobrepeso e obesidade com pressatildeo arterial elevada em idosas Rev Educ Fis UEM 2009 20 415-22
47 Nutrition Screening Initiative Interventions manual for professionals caring for older Americans Washington DC Nutrition Screening Initiative 1992
48 World Health Organization Obesity preventing and managing the global epidemic Report of a WHO Consultation on Obesity Geneva World Health Organization 1998
49 Cameron AJ Dunstan DW Owen N et al Health and mortality consequences
of abdominal obesity evidence from the Aus Diab study Med J Aust 2009191 202ndash208
50 Fox KA Despres JP Richard AJ et al Does abdominal obesity have a similar impact on cardiovascular disease and diabetes A study of 91246 ambulant patients in 27 European countries Eur Heart J 2009 30 3055ndash3063
40
51 Pouliot MC Despreacutes JP Lemieux S et al Waist circumference and abdominal sagittal diameter Best simple anthropometric indexes of abdominal visceral adipose tissue accumulation and related cardiovascular risk in men and woman Am J Cardiology 1994 73 460-468
52 Peixoto MRG Beniacutecio MHD Latorre M et al Circunferecircncia da Cintura e Iacutendice de massa Corporal como Preditores da Hipertensatildeo Arterial Arq Bras Cardiol 200687 462-470
53 MacKay MF Haffner SM Wagenknecht LE et al Prediction of type 2 diabetes using alternate anthropometric measures in a multiethnic cohort the insulin resistance atherosclerosis study Diabetes Care 200932(5)956-8
54 Valdez R A simple model-based index of abdominal adiposity J Clin Epidemiol1991 44(9) 955-6
55 Pitanga FJG Lessa I Sensibilidade e especificidade do iacutendice de conicidade como discriminador do risco coronariano de adultos em Salvador Brasil Rev Bras Epidemiol 20047(3)259-69
56 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano elevado em adultos na cidade de Salvador - Bahia Arq Bras Cardiol 2005 85 (1)26-31
57 Ghosh JR Bandyopadhyay AR Comparative evaluation of obesity measures relationship with blood pressures and hypertension Singapore Med J 200748(3) 232-5
58 Almeida RT Almeida MMG Araujo TM Obesidade abdominal e risco cardiovascular desempenho de indicadores antropomeacutetricos em mulheres Arq Bras Cardiol 2009 out92(5)375-380
59 Freitas Juacutenior Costa Rosa CS Codogno JS et al Capacidade cardiorrespiratoacuteria e distribuiccedilatildeo de gordura corporal de mulheres com 50 anos ou mais Rev Esc Enferm USP 2010 44(2) 395-400
60 Matos LN Giorelli GV Dias CB Correlation of anthropometric indicators for identifying insulin sensitivity and resistance Satildeo Paulo Med J [online] 2011 129(1) 30-35
61 Gomes MA Rech CR Gomes MBA et al Correlaccedilatildeo entre iacutendices antropomeacutetricos e distribuiccedilatildeo de gordura corporal em mulheres idosas Rev bras cineantropom desempenho hum 2006 set 8(3) 16-22
62 Tarastchuk JCE Gueacuterios EE Bueno RRL et al Obesidade e intervenccedilatildeo coronariana devemos continuar valorizando o Iacutendice de Massa Corpoacuterea Arq Bras Cardiol [online] 2008 90(5) 311-316
41
63 Ferreira AP CB Ferreira VC Souza et al Risco de distuacuterbio glicecircmico em mulheres idosas ajustado por antropometria e genoacutetipos de citocinas Rev Assoc Med Bras [online] 201157(5) 565-569
64 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano em mulheres Rev Bras Cineantrop Desempenho Hum 2006 8 (1) 14-21
65 Newman TB Browner WS Cummings SR Delineando estudos de testes meacutedicos In Hulley SB et al Delineando a pesquisa cliacutenica uma abordagem epidemioloacutegica 2 ed Porto Alegre Artmed 2003 203-224
66 Toscano CM As campanhas nacionais para detecccedilatildeo das doenccedilas crocircnicas natildeo-transmissiacuteveis diabetes e hipertensatildeo arterial Ciecircnc sauacutede Coletiva out-dez 2004 9(4) 885-895
67 Fletcher RH Fletcher SW Prevenccedilatildeo In Fletcher R Fletcher S Epidemiologia
cliacutenica elementos essenciais 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 2006 179-201
68 Jeckel J Elmore J Katz D Meacutetodos de prevenccedilatildeo secundaacuteria In _____ Epidemiologia bioestatiacutestica e medicina preventiva 2 ed Porto Alegre Artmed 2005 236-247
69 Klein CH Bloch KV Estudos seccionais In Medronho RA Carvalho DM Bloch KV Luiz RR Werneck GL Epidemiologia 1ordf ed Satildeo Paulo Editora Atheneu 2002 125-150
70 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Resoluccedilatildeo nordm- 6 de 3 de novembro de 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcenso2010ibgegovbrdados_divulgadosindexphpuf=29gt[201 dez 18]
71 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica ndash Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais (2014) Disponiacutevel em lthttpcodibgegovbr398G9gt [2014 ago 30]
72 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230gt [2013 mai 01]
73 Luiz RR Magnanini MMF A loacutegica da determinaccedilatildeo do tamanho da amostra em investigaccedilotildees epidemioloacutegicas Cad sauacutede coletiva Rio de Janeiro 2000 8(2) 9-28
74 Reis MC Nascimento RAS Pedreira RBS et al Validaccedilatildeo de Face e Clareza do Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede dos Idosos ndash IASI [resumo] in Anais do XIX Congresso Brasileiro Geriatria e Gerontologia Beleacutem 2014 296-296
75 Lohman TG Roche AF Martorell R Anthropometric Standardization Reference Manual Champaign Illinois Human Kinetics 1988
42
76 Vaz JCL Regiotildees de Incerteza para Curva ROC em Teste Diagnoacutesticos
[dissertaccedilatildeo] Satildeo Carlos Universidade Federal de Satildeo Carlos 2009
77 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de 2012
78 Erdreich LS Lee ET Use of relative operating characteristic analysis in epidemiology A method for dealing with subjective judgement Am J Epidemiol 1981 114649-62
79 Aekplakorn W Pakpeankitwatana V Lee CM et al Abdominal obesity and coronary heart disease in Thai men Obesity 200715(4)1036-42
80 Oliveira MAM Fagundes RLM Moreira EAM et al Relaccedilatildeo de Indicadores Antropomeacutetricos com Fatores de Risco para Doenccedila Cardiovascular Arq Bras Cardiol 2010 abr 94(4) 478-485
81 Mendes TAB Goldbaum M Segri NJ et al Factors associated with the prevalence of hypertension and control practices among elderly residents of Satildeo Paulo city Brazil Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(11) 2275-2286
82 Oliveira BFA Souza Mouratildeo D Gomes N et al Prevalecircncia de hipertensatildeo arterial em comunidades ribeirinhas do Rio Madeira Amazocircnia Ocidental Brasileira Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(8) 1617-1630
83 Picon RV Fuchs FD Moreira LB et al Prevalence of Hypertension Among Elderly Persons in Urban Brazil A Systematic Review With Meta-Analysis Am J Hypertens 2013 26 (4) 541-548
84 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Pessoa Idosa e Envelhecimento Seacuteries Pactos pela Sauacutede 2006 v 12 Brasiacutelia ndash DF 2010
85 Leal Neto JS Souza J Coqueiro RS et al Anthropometric indicators of obesity as screening tools for high blood pressure in the elderly Int J Nurs Pract 2013 Aug 19(4) 360-367
86 Schisterman EF Faraggi D Reiser B Trevisan M Statistical inference for the area under the receiver operating characteristic curve in the presence of random measurement error Am J Epidemiol 2001 154 (2) 174-9
87 Samsen M Hanchaiphiboolkul S Puthkhao P et al Appropriate body mass index and waist circumference cutoffs for middle and older age group in Thailand data of 19621 participants from Thai epidemiologic stroke (TES) study J Med Assoc Thai 2012 Sep 95(9)1156-66
88 Ko GTC Chan JCN Cockram CS Woo J Prediction of hypertension diabetes dyslipidemia or albuminuria using simple anthropometric indexes in Hong Kong Chinese Int J Obes 1999 23 (11) 1136-42
43
89 Lin WY Lee LT Chen CY et al Optimal cut-off values for obesity using simple anthropometric indices to predict cardiovascular risk factors in Taiwan Int J Obes Relat Metab Disord 2002261232-8
90 Pua YH Ong PH Anthropometric indices as screening tools for cardiovascular risk factors in Singaporean women Asia Pac J Clin Nutr 2005 14 (1) 74-9
91 Berber A Goacutemez-Santos R Fanghaumlnel G Saacutenchez-Reyes L Anthropometric
indexes in the prediction of type 2 diabetes mellitus hypertension and dyslipidaemia in a Mexican population Int J Obes 200125(12)1794-9
92 Browning LM Hsieh SD Ashwell M A systematic review of waist-to-height ratio
as a screening tool for the prediction of cardiovascular disease and diabetes 05 could be a suitable global boundary value Nutr Res Rev 2010 23(2)247-69
93 Bertsias G Mammas I Linardakis M Kafatos A Overweight and obesity in
relation to cardiovascular disease risk factors among medical students in Crete Greece BMC Public Health 2003 31-9
94 Kashihara H Lee JS Kawakubo K et al Criteria of Waist Circumference According to Computed Tomography-Measured Visceral Fat Area and the Clustering of Cardiovascular Risk Factors Circ J 2009 73 1881-1886
44
APEcircNDICES
45
Apecircndice 1
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
46
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS
PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE SAUacuteDE
DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE
Jequieacute ____ ____ 201__
APEcircNDICE 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Vocecirc esta sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa do Nuacutecleo de
Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo (NESP) da Universidade Estadual do Sudoeste da
Bahia
Objetivo do estudo Avaliar e monitorar as condiccedilotildees de sauacutede de idosos residentes
em comunidade
Participaccedilatildeo Ao aceitar participar do estudo estarei agrave disposiccedilatildeo do pesquisador
para responder ao formulaacuterio que seraacute arquivado pelo autor por um periacuteodo de cinco
anos sendo posteriormente incinerado
Riscos Este estudo natildeo traraacute riscos para minha integridade fiacutesica ou moral dos
participantes
Confidencialidade do estudo Seraacute garantida a privacidade o anonimato bem como
o direito de aceitar ou natildeo participar da pesquisa podendo ser essa autorizaccedilatildeo
suspensa em qualquer fase do estudo Assim as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo
4662012 do Conselho Nacional de Sauacutede que discorre sobre pesquisa envolvendo
seres humanos seratildeo atendidas Os resultados seratildeo publicados no relatoacuterio final da
dissertaccedilatildeo e artigos cientiacuteficos
47
Benefiacutecios Accedilotildees interinstitucionais articuladas promovidas numa perspectiva
interdisciplinar possibilitaratildeo uma melhor compreensatildeo das condiccedilotildees de sauacutede dos
idosos residentes em comunidade do municiacutepio e contribuiraacute para a formulaccedilatildeo de
accedilotildees direcionadas as necessidades dessa populaccedilatildeo
Danos advindos da pesquisa Caso haja algum prejuiacutezo decorrente da realizaccedilatildeo
deste estudo seraacute providenciada a devida reparaccedilatildeo dos danos atraveacutes do
responsaacutevel pelo estudo O pesquisador e os entrevistados natildeo receberatildeo benefiacutecios
financeiros para participaccedilatildeo no estudo Todas as despesas seratildeo por conta do
pesquisador
Participaccedilatildeo voluntaacuteria Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria podendo a qualquer
momento desistir do estudo sem qualquer prejuiacutezo ou penalidade para mim
Consentimento para participaccedilatildeo Apoacutes ser devidamente esclarecido (a) quanto
aos objetivos deste estudo dos procedimentos aos quais serei submetido (a) bem
como dos possiacuteveis riscos decorrentes da minha participaccedilatildeo estou de acordo em
participar do mesmo O pesquisador responsaacutevel pelo estudo assegura que seraacute
disponibilizado qualquer esclarecimento adicional que eu venha a solicitar durante a
realizaccedilatildeo da pesquisa e o direito de desistir da participaccedilatildeo em qualquer momento
Em casos de duacutevidas eou problemas referentes ao estudo vocecirc poderaacute
entrar em contato com o autor atraveacutes do Nuacutecleo de Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo
(NESP) (73) 3528-9721
Sendo assim eu ______________________________________________
aceito livremente participar do Projeto MONIDI
__________________________________ __________________________________
Assinatura do (a) participante
RG _________________________
Assinatura do (a) pesquisador
RG_________________________
48
Apecircndice 2
Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede do Idoso
49
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS
PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE
SAUacuteDE DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE
Nuacutemero do Questionaacuterio |__|__|__|
Nome do Entrevistador ___________________________
Visita 1 2 3
Data Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Hora de iniacutecio ________
Hora de teacutermino ________
I INFORMACcedilOtildeES PESSOAIS E SOCIODEMOGRAacuteFICAS
1 Nome do entrevistado
2Sexo
0 ( ) Feminino
1 ( ) Masculino
3 Endereccedilo completotelefone
4 Idade ____ anos
41 Data de Nascimento
____________
50
5 Situaccedilatildeo conjugal atual
1 ( ) Casado(a) 2 ( ) Uniatildeo estaacutevel 3 ( ) Solteiroa
4 ( ) Divorciado(a)separado(a)desquitado(a) 5 ( ) Viuacutevoa
6 No total quantas vezes o (a) Sr(a) esteve casado(a) ou em uniatildeo
Nordm de vezes |___|___|
7 Na escola qual a uacuteltima seacuterie grau que concluiu com aprovaccedilatildeo
1 - Nunca foi agrave escola ( ) 4 - Fundamental II ( )5 a ( )6 a ( )7 a ( )8 a
2 - Lecirc e escreve o nome ( ) 5 - Ensino Meacutedio ( ) 1 a ( )2 a ( )3
3 - Fundamental I ( )1 a ( )2 a 6 - Superior ( ) completo ( ) incompleto
( )3 a ( )4 a
8 Como vocecirc classificaria a cor da sua pele
1( ) Branca 2( ) Amarela (oriental) 3( ) Parda
4( ) Origem indiacutegena 5( ) Preta 9( ) Natildeo sabe
9 Cor da pele (entrevistador)
1( ) branca 2( ) amarela (oriental) 3( ) parda
4( ) origem indiacutegena 5( ) preta
10-Quantos filhos e filhas nascidos vivos o(a)Sr(a) teve (natildeo inclua enteados filhos
adotivos abortos ou filhos nascidos mortos)
Nuacutemero de filhos |____|____| (98) NS (99) NR
11 Atualmente o senhor (a) mora sozinho ou acompanhado
1( )Acompanhado 2( ) Sozinho 3( ) NR 4( )NS
51
12 Desde que o senhor (a) nasceu viveu no campo por 5 anos ou mais
0( ) Natildeo 1( ) Sim 2( ) NS 3( ) NR
13 Qual eacute a sua religiatildeo
1( ) Catoacutelica 2( ) Protestante 3( ) Judaica
4( ) Espiacuteritakardecista 5( ) Umbanda 6( ) Outras ____________
14 Qual a importacircncia da religiatildeo em sua vida
(1) Importante (2) Regular (3) Nada importante (8) NS (9) NR
15 Com que frequecircncia o senhor vai agrave igreja ou ao serviccedilo religioso
( ) Nunca ( ) Vaacuterias vezes por ano ( ) Uma duas vezes por mecircs
( ) Quase toda semana ( ) Mais de uma vez por semana ( ) NS ( ) NR
16 Quanto vocecirc ganha em meacutedia por mecircs R$ __________8( )Natildeo se aplica
II A CONSUMO DE AacuteLCOOL E TABACO
Uso de bebidas alcooacutelicas
1 Vocecirc consome bebidas alcooacutelicas Se vocecirc NAtildeO BEBE siga para o bloco III C
0 ( )sim 1( ) natildeo
2 Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
3 As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
4 Sente-se chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
5 Costuma beber pela manhatilde para diminuir o nervosismo ou a ressaca
0 ( ) sim 1( ) natildeo
Haacutebito de fumar
1 Vocecirc jaacute foi fumante 0 ( ) sim 1( ) natildeo
52
2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco
III C
3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros
4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias
III ANTROPOMETRIA
MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS
ESTATURA
MASSA CORPORAL
CIRCUNFEREcircNCIA
DE CINTURA
IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL
MEDIDA 01 02 03
Pressatildeo arterial
sistoacutelica
Pressatildeo arterial
diastoacutelica
53
ANEXOS
54
Anexo 1
Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos
55
56
vi
DEDICATOacuteRIA Dedico esta dissertaccedilatildeo a IRACI BORGES DINIZ (in memoriam) minha querida
vovoacute uma mulher incomparaacutevel A saudade eacute constante em minha vida
A meu pai RAIMUNDO BORGES DINIZ por natildeo medir esforccedilos para que as minhas
vontades e os meus desejos se tornassem hoje realidade concreta
Ao meu noivo ALDO GOMES pelo incentivo companheirismo e apoio incondicional
Vocecirc eacute essencial em minha vida
vii
AGRADECIMENTO
Agradeccedilo primeiramente a DEUS por abenccediloar sempre os meus dias me
garantindo sauacutede e disposiccedilatildeo e por estar comigo sempre nas minhas conquistas
Ao Prof Dr ANTONIO CESAR CABRAL DE OLIVEIRA pela orientaccedilatildeo
proporcionada confianccedila e incentivo durante todo o curso do mestrado Muito
obrigada por nortear as minhas ideias e por ter oportunizado a realizaccedilatildeo desse
trabalho
Ao Prof Me SAULO VASCONCELOS ROCHA pelo incentivo co-orientaccedilatildeo pela
disponibilidade constante e principalmente por confiar no meu trabalho durante todo
o processo
Aos professores do Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Educaccedilatildeo Fiacutesica da
Universidade Federal de Sergipe em especial a AFRANIO ROBERTO JERONIMO
e MARCO BEZERRA pelas contribuiccedilotildees
Ao grupo MONIDI pelo apoio e auxiacutelio durante toda a fase de coleta vocecircs foram
essenciais
Agrave Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB) a Universidade Federal de
Sergipe (UFS) e ao Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Educaccedilatildeo Fiacutesica por terem
fornecido todas as condiccedilotildees para realizaccedilatildeo da coleta dessa dissertaccedilatildeo
Agradeccedilo aos idosos e aos trabalhadores das USFs da cidade de Ibicuiacute-BA que por
livre e espontacircnea vontade permitiram tornar possiacutevel esse trabalho
A CAPES pela bolsa de estudo concedida
viii
ldquoTudo eacute loucura ou sonho no comeccedilo Nada do que o homem fez no mundo teve iniacutecio de outra maneira ndash mas jaacute tantos sonhos se realizaram que natildeo temos o direito de duvidar de nenhumrdquo (Monteiro Lobato)
ix
RESUMO
A hipertensatildeo arterial eacute uma das principais causas de mortalidade em acircmbito mundial e fator de risco para diversas doenccedilas Tal enfermidade em idosos estaacute associada ao significante aumento nos distuacuterbios cardiovasculares e a incidecircncia de doenccedilas incapacitantes Por outro lado a gordura corporal estaacute relacionada com a pressatildeo arterial elevada em idosos a qual pode ser avaliada por meio de iacutendices antropomeacutetricos O objetivo deste estudo foi determinar o poder preditivo de iacutendices antropomeacutetricos e estabelecer seus pontos de corte como discriminadores de hipertensatildeo arterial e identificar o indicador antropomeacutetrico de obesidade que melhor discrimina a hipertensatildeo arterial Um estudo transversal foi realizado com uma amostra de 310 idosos com idades iguais ou superiores a 60 anos sendo 175 (565) mulheres A coleta ocorreu entre o periacuteodo de 03022014 a 20022014 na cidade de Ibicuiacute-BA Foram mensurados os seguintes iacutendices antropomeacutetricos iacutendice de massa corporal (IMC) circunferecircncia da cintura (CC) razatildeo cinturaestatura (RCEst) e iacutendice de conicidade (Iacutendice C) Ademais coletaram-se medidas de pressatildeo arterial sistoacutelica e diastoacutelica Para identificaccedilatildeo dos preditores de hipertensatildeo arterial foi adotada a anaacutelise das curvas Receiver Operating Characteristic (ROC) com intervalo de confianccedila de 95 Posteriormente identificaram-se os pontos de corte com suas respectivas sensibilidades e especificidades As anaacutelises foram efetuadas respeitando-se o niacutevel de significacircncia de 5 Apoacutes a construccedilatildeo das curvas ROC evidenciou-se que alguns iacutendices antropomeacutetricos apresentaram Aacuterea Sobre a Curva (ASC) significativas sendo o IMC = 060 (050-070) RCEst = 061 (051-071) Iacutendice C = 058 (058-068) nos homens Os diversos pontos de corte dos iacutendices antropomeacutetricos com melhores poderes preditivos e suas respectivas sensibilidades e especificidades foram identificados Conclui-se que as melhores aacutereas sob a curva ROC foram para IMC RCEst e Iacutendice C para os homens poreacutem tais medidas natildeo foram satisfatoacuterias para predizer hipertensatildeo arterial em mulheres idosas Sugere-se que a utilizaccedilatildeo de dois iacutendices simultaneamente possa resultar em uma maior eficiecircncia na avaliaccedilatildeo do risco de hipertensatildeo arterial em idosos
Palavras-chave Antropometria Hipertensatildeo Obesidade Idoso
x
ABSTRACT Hypertension is one of the main causes of mortality in the world and a risk factor for several diseases This illness in the elderly is associated with a significant increase in cardiovascular disorders and the incidence of disabling diseases On the other hand body fat is related to high blood pressure in the elderly which can be evaluated by means of anthropometric indices This study aimed to determine the predictive power of anthropometric indices and establish cut-off points as discriminators of arterial hypertension and identify the anthropometric indicator of obesity that best discriminates the hypertension A cross-sectional study was conducted with a sample of 310 elderly people with ages greater than or equal to 60 years 175 (565 ) women Data collection occurred between the period of 03 022014 20 022014 in Ibicuiacute city in Bahia The following anthropometric indices were measured body mass index (BMI) waist circumference (WC) waistheight ratio (WHtR) and conicity index (C-Index) In addition collected measures of systolic and diastolic blood pressure To identify hypertension predictors was adopted the Receiver Operating Characteristic (ROC) curves analysis with a confidence interval of 95 Later it was possible to identify the cut-off points with their respective sensitivities and specificities The samples were analyzed respecting significance level of 5 After the construction of the ROC curves it was evident that some anthropometric indices presented Area under the curve (AUC) significant being the BMI = 060 (050 -070) WHeR = 061 (051 -071) C-Index = 058 (058 -068) in men The different cut-off points of anthropometric indices with better predictive powers and their respective sensitivities and specificities were identified It is concluded that the best areas under the ROC curve were to BMI WHeR and C Index for the men but such measures were not satisfactory for predicting hypertension in elderly women It is suggested that the use of two indices simultaneously can result in greater efficiency in the assessment of the risk of hypertension in the elderly Keywords Anthropometry Hypertension Obesity Elderly
xi
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 1
2 REVISAtildeO DE LITERATURA 3
21 Consideraccedilotildees sobre doenccedilas cardiovasculares no Brasil e o processo de envelhecimento populacional 3
22 Hipertensatildeo arterial e a populaccedilatildeo idosa 4
23 Iacutendices antropomeacutetricos de sobrepeso e obesidade 5
24 A importacircncia da validaccedilatildeo 7
3 OBJETIVOS 10
4 MATERIAL E MEacuteTODOS 11
41 Tipos de estudo 11
42 Cenaacuterios do estudo 11
43 Populaccedilatildeo e amostra 12
44 Equipes de coleta de dados 13
45 Procedimentos para coleta de dados 14
451 Variaacuteveis do estudo e dados coletados 14
452 Instrumentos de coleta 14
453 Pressatildeo Arterial 14
454 Antropometria 15
46 Anaacutelise dos dados 16
47 Aspectos Eacuteticos 17
5 RESULTADOS 18
51 Caracterizaccedilatildeo da amostra estudada 18
52 Caracteriacutesticas antropomeacutetricas 20
53 Anaacutelise da curva ROC 21
6 DISCUSSAtildeO 28
61 Aacutereas sob a Curva ROC 28
62 Iacutendices antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial 30
7 CONCLUSAtildeO 35
8 REFEREcircNCIAS 36
xii
IacuteNDICE DE FIGURAS
Figura 1 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Ibicuiacute BA na regiatildeo Nordeste do Brasil 12
Figura 2 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial
(mulheres) IMC - iacutendice de massa corporal 23
Figura 3 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial
(homens) IMC - iacutendice de massa corporal 23
Figura 4 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial
(mulheres) CC ndash circunferecircncia da cintura 24
Figura 5 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens)
CC ndash circunferecircncia da cintura 24
Figura 6 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial
(mulheres) RCEst - razatildeo cinturaestatura 25
Figura 7 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial
(homens) RCEst - razatildeo cinturaestatura 25
Figura 8 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial
(mulheres) Iacutendice C -iacutendice de conicidade 26
Figura 9 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial
(homens) Iacutendice C - iacutendice de conicidade 26
xiii
IacuteNDICE DE TABELAS
Tabela 1 - Classificaccedilatildeo da pressatildeo arterial de acordo com a VI Diretrizes
Brasileiras de Hipertensatildeo (2010) 15
Tabela 2 - Classificaccedilatildeo do Iacutendice de Massa Corporal 15
Tabela 3 - Variaacuteveis sociodemograacuteficas e de estilo de vida em idosos 19
Tabela 4 - Valores descritivos miacutenimos e maacuteximos das variaacuteveis analisadas 21
Tabela 5 - Percentuais das variaacuteveis analisadas 21
Tabela 6 - Aacuterea sob a curva ROC e IC95 entre os iacutendices antropomeacutetricos e
hipertensatildeo arterial em idosos 22
Tabela 7 - Pontos de corte sensibilidade e especificidade dos iacutendices
antropomeacutetricos para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial em idosos 27
xiv
LISTA DE SIacuteMBOLOS OU NOMECLATURA
ASC - Aacuterea Sob a Curva
AVE - Acidente Vascular Encefaacutelico
CC - Circunferecircncia da Cintura
CNS - Conselho Nacional de Sauacutede
DCNT - Doenccedilas Crocircnicas Natildeo Transmissiacuteveis
ESF - Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia
ESTUDO MONIDI - Monitoramento da Sauacutede de Idosos de um Municiacutepio de
Pequeno Porte
HAS - Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica
IASI - Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede de Idosos
IC95 - Intervalo de Confianccedila 95
IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica
IMC ndash Iacutendice de Massa Corporal
Iacutendice C ndash Iacutendice de Conicidade
Li-IC ndash Limite Inferior do Intervalo de Confianccedila
NSI - Nutricion Screening Initiative
PA ndash Pressatildeo Arterial
PAD ndash Pressatildeo Arterial Diastoacutelica
PAS - Pressatildeo Arterial Sistoacutelica
RCEst - Razatildeo Cintura-Estatura
ROC - Receive Operator Caracteristic
SBH - Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo
SPSS - Statistical Package for the Social Sciences
xv
SUS - Sistema Uacutenico de Sauacutede
TCLE - Termo de Consentimento Livre Esclarecido
USFs - Unidades de Sauacutede da Famiacutelia
WHO - World Health Organization
1
1 INTRODUCcedilAtildeO
A transiccedilatildeo epidemioloacutegica caracteriza-se pela evoluccedilatildeo progressiva de um
perfil de alta mortalidade por doenccedilas infecciosas para outro onde predominam os
oacutebitos por doenccedilas cardiovasculares neoplasias causas externas e outras doenccedilas
consideradas crocircnico-degenerativas natildeo transmissiacuteveis1 Jaacute a transiccedilatildeo demograacutefica
tem relaccedilatildeo direta com a evoluccedilatildeo das taxas de mortalidade natalidade e
fecundidade no qual houve uma mudanccedila da populaccedilatildeo jovem para um contingente
cada vez maior e mais importante de pessoas com 60 anos ou mais de idade2
As mudanccedilas demograacuteficas evidenciam o aumento na expectativa de vida com
consequente crescimento da populaccedilatildeo idosa3 Essa modificaccedilatildeo no perfil etaacuterio da
populaccedilatildeo concorre para transformaccedilatildeo nos aspectos relacionados agrave
morbimortalidade nos quais as doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis (DCNT) passam
a ser as principais causas de adoecimentomorte As DCNT mais prevalentes satildeo as
doenccedilas cardiovasculares cacircnceres respiratoacuterias crocircnicas diabetes e hipertensatildeo
arterial4
A hipertensatildeo arterial sistecircmica (HAS) eacute a primeira causa de mortalidade em
acircmbito mundial e a terceira causa de incapacidade induzida por doenccedila apoacutes
desnutriccedilatildeo e doenccedilas sexualmente transmissiacuteveis5 Estima-se que a pressatildeo arterial
elevada cause 94 milhotildees de mortes por ano no mundo6 A HAS eacute o principal fator de
risco para acidente vascular encefaacutelico (AVE) doenccedila arterial coronariana
insuficiecircncia cardiacuteaca insuficiecircncia renal crocircnica e doenccedila vascular de extremidades7
Tal enfermidade em idosos estaacute associada a significante aumento nos distuacuterbios
cardiovasculares na incidecircncia de doenccedilas incapacitantes com consequente
diminuiccedilatildeo da sobrevida e piora na qualidade de vida resultando dependecircncia e perda
da autonomia8910
Vaacuterios estudos evidenciam que a gordura corporal estaacute relacionada com a
pressatildeo arterial elevada em idosos111213 Dessa forma para discriminar a quantidade
de gordura corporal e sua distribuiccedilatildeo os iacutendices antropomeacutetricos satildeo instrumentos
haacutebeis principalmente em estudos epidemioloacutegicos Aleacutem disso tecircm sido utilizados
com frequecircncia em estudos populacionais e satildeo importantes por monitorar o estado
nutricional em diferentes grupos Esses iacutendices satildeo bons preditores para a
hipertensatildeo arterial14 diabetes mellitus doenccedilas cardiovasculares e para discriminar
2
o risco coronariano em diferentes populaccedilotildees1516 Apresentam como vantagens a sua
simplicidade baixo custo e faacutecil utilizaccedilatildeo Contudo estudos sobre os iacutendices
antropomeacutetricos satildeo escassos e inconclusivos na populaccedilatildeo idosa17
A identificaccedilatildeo indireta da hipertensatildeo arterial por meio dos iacutendices
antropomeacutetricos pode ser uma estrateacutegia importante na sauacutede puacuteblica como
instrumento de triagem favorecendo a identificaccedilatildeo das alteraccedilotildees na pressatildeo
arterial Uma das estrateacutegias recomendadas para atingir essa proposta eacute a utilizaccedilatildeo
de instrumentos de rastreamento adequados de raacutepida e faacutecil aplicaccedilatildeo e que
apresentem coeficientes de fidedignidade e de validade significativos No contexto da
atenccedilatildeo primaacuteria recentemente Gomes et al (2009)18 e Azevedo et al (2010)19
propuseram a aplicaccedilatildeo da antropometria para a detecccedilatildeo de fatores de risco agrave sauacutede
sugerindo a utilizaccedilatildeo do iacutendice de massa corporal (IMC) e circunferecircncia da cintura
(CC) como medidas de triagem
Averiguar o poder discriminatoacuterio e estabelecer pontos de corte ou seja
valores criacuteticos de iacutendices antropomeacutetricos que se associem a hipertensatildeo arterial em
idosos pode ser uma boa estrateacutegia de monitoramento e de triagem destes fatores de
risco Sendo que os valores criacuteticos dos iacutendices antropomeacutetricos para idosos natildeo
foram estabelecidos na literatura Dessa forma parecem ser relevantes os estudos
que indiquem meios indiretos para detectar fatores de risco cardiovascular Os iacutendices
antropomeacutetricos podem ser utilizados como estrateacutegia eficiente no processo de
triagem da hipertensatildeo arterial no ambiente da atenccedilatildeo primaacuteria do Sistema Uacutenico de
Sauacutede (SUS)
3
2 REVISAtildeO DE LITERATURA
21 Consideraccedilotildees sobre doenccedilas cardiovasculares no Brasil e o processo de envelhecimento populacional
Atualmente as doenccedilas cardiovasculares tecircm acometido grande parcela da
populaccedilatildeo mundial Em 2012 o relatoacuterio da World Health Organization (WHO)20
estimou que 175 milhotildees de pessoas morreram de doenccedilas cardiovasculares
representando 46 de todas as mortes globais Jaacute a pressatildeo arterial elevada
provoca 51 das mortes por acidente vascular cerebral e 45 das mortes por doenccedila
arterial coronariana21
Tais doenccedilas foram responsaacuteveis por 70 das causas de morte no Brasil no
ano de 2013 As doenccedilas cardiovasculares como do aparelho circulatoacuterio cacircncer e
diabetes tecircm respondido por um nuacutemero elevado de mortes antes dos 70 anos22
O crescimento populacional e o aumento da longevidade podem acarretar a um
raacutepido aumento no nuacutemero total de adultos de meia-idade e mais velhos com um
correspondente aumento do nuacutemero de mortes causadas por doenccedilas crocircnicas natildeo
transmissiacuteveis
Dessa forma a quantidade de pessoas com mais de 60 anos satildeo hoje 13 da
populaccedilatildeo brasileira ou 261 milhotildees de indiviacuteduo em 201323 Com o processo de
envelhecimento populacional as doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis ganharam
expressotildees para a sociedade para previdecircncia social e por consequecircncia para a
sauacutede puacuteblica
A fase do envelhecimento eacute o momento caracterizado pelas alteraccedilotildees fiacutesicas
psicossociais e pelo decliacutenio da capacidade funcional dos organismos como tambeacutem
pelo surgimento de condiccedilotildees patoloacutegicas advindas de haacutebitos de vida inadequados
(tabagismo alcoolismo alimentaccedilatildeo incorreta ausecircncia de atividade fiacutesica regular
entre outros)24 Dessa forma para retardar essas mudanccedilas eacute necessaacuterio ter um
envelhecimento saudaacutevel
4
22 Hipertensatildeo arterial e a populaccedilatildeo idosa
A hipertensatildeo arterial eacute definida como sendo uma condiccedilatildeo crocircnica da tensatildeo
arterial elevada resultando em valores acima do considerado aceito ou seja quando
a pressatildeo arterial sistoacutelica (PAS) estaacute cronicamente acima de 140 mmHg ou a pressatildeo
arterial diastoacutelica (PAD) estaacute cronicamente acima de 90 mmHg2526
No mundo em torno de um bilhatildeo de pessoas satildeo hipertensas natildeo controladas
sendo que 75 milhotildees de pessoas morreram a cada ano pela doenccedila ateacute o ano de
200827 Estimativas do Ministeacuterio da Sauacutede indica que cerca de 17 milhotildees de
brasileiros apresentam hipertensatildeo arterial sendo que 35 dessa populaccedilatildeo tinham
idade igual ou superior a 40 anos Em comparaccedilatildeo com anos anteriores pode-se
observar que a proporccedilatildeo de brasileiros diagnosticados com hipertensatildeo arterial
cresceu de 215 em 2006 para 244 em 20092829
O resultado da Pesquisa Nacional de Sauacutede do primeiro semestre de 2013
estimou que o Brasil tem 313 milhotildees de hipertensos Entre as pessoas com mais de
60 anos mais de 444 tecircm hipertensatildeo sendo que essa prevalecircncia cresce com a
idade22 Esses dados se aproximam aos nuacutemeros da Sociedade Brasileira de
Hipertensatildeo (SBH) no qual estima que haja 30 milhotildees de hipertensos no Brasil em
2014 ou seja cerca de 30 da populaccedilatildeo adulta30
Jaacute na populaccedilatildeo baiana com idade acima de 40 anos cerca de 35 tecircm
hipertensatildeo arterial correspondendo a cerca de 13 milhatildeo de pessoas acometidas
pela doenccedila Na populaccedilatildeo dos 55 aos 64 anos 516 tecircm pressatildeo arterial elevada
e com 65 anos ou mais esse nuacutemero chega a 60631 No estado da Bahia foram
registradas 6274 mortes por doenccedilas de aparelho circulatoacuterio ateacute o mecircs de outubro
de 2013 Dentre os registros 649 foram por hipertensatildeo32 No municiacutepio de Ibicuiacute ndash
BA a prevalecircncia de HAS cadastrados nas Unidades de Sauacutede da Famiacutelia (USFs) foi
de 643 idosos33
A hipertensatildeo arterial eacute caracterizada por niacuteveis elevados e sustentados de
pressatildeo arterial (PA) como uma condiccedilatildeo cliacutenica multifatorial Associa-se
frequentemente a alteraccedilotildees funcionais eou estruturais dos oacutergatildeos-alvo (coraccedilatildeo
enceacutefalo rins e vasos sanguiacuteneos) e a alteraccedilotildees metaboacutelicas2634 Pode ser
classificada em primaacuteria e secundaacuteria de acordo com a sua origem A primaacuteria tem
5
sua origem desconhecida35 e a secundaacuteria eacute decorrente de alguma doenccedila
subjacente36
No caso de a PA estar cronicamente elevada ou seja hipertensatildeo arterial o
risco de desenvolvimento de complicaccedilotildees cardiovasculares renais e ateacute mesmo o
oacutebito aumenta consideravelmente37
Com relaccedilatildeo agrave caracteriacutestica fisiopatoloacutegica da HAS a partir dos 50 ou 60 anos
de idade a pressatildeo diastoacutelica diminui e a pressatildeo central aumenta determinando um
balanccedilo proacuteximo entre resistecircncia aumentada e aumento da impedacircncia na aorta
toraacutecica Dessa forma a pressatildeo de pulso comeccedila a se elevar e a HAS se torna o
principal subtipo de hipertensatildeo apoacutes a sexta deacutecada de vida38
Contudo apoacutes os 60 anos ocorre o enrijecimento arterial central indicado pela
queda na pressatildeo diastoacutelica e o raacutepido alargamento da pressatildeo de pulso O aumento
da rigidez arterial central e a amplitude da onda de pulso satildeo fatores hemodinacircmicos
dominantes nos indiviacuteduos normotensos e hipertensos apoacutes os 60 anos38
Aleacutem dos fatores fisiopatoloacutegicos vale destacar que o aumento da pressatildeo
arterial com a idade tambeacutem estaacute relacionado com o consumo de sal exagerado ao
longo da vida39
As principais estrateacutegias no tratamento natildeo-farmacoloacutegico da HAS segundo
Ministeacuterio da Sauacutede28 se encontram na adoccedilatildeo de haacutebitos alimentares saudaacuteveis
reduccedilatildeo na ingestatildeo de soacutedio reduccedilatildeo do consumo de bebidas alcooacutelicas abandono
do tabagismo praacutetica de atividade fiacutesica regular controle ou diminuiccedilatildeo da massa
corporal
23 Iacutendices antropomeacutetricos de sobrepeso e obesidade
Como meacutetodo natildeo invasivo a antropometria eacute utilizada principalmente para
avaliar as proporccedilotildees tamanho e a composiccedilatildeo corporal40 Tal meacutetodo possui relaccedilatildeo
com estado de sauacutede condiccedilotildees sociais e econocircmicas de grupos populacionais
podendo diagnosticar a desnutriccedilatildeo ou excesso de peso Os iacutendices antropomeacutetricos
que consistem na mediccedilatildeo de dimensotildees corporais podem ser usados para predizer
a sauacutede geral e bem-estar da populaccedilatildeo40
6
Em 2011 estudo realizado por Pitanga41 indica que os iacutendices antropomeacutetricos
apresentam-se como preditores do risco de infarto do miocaacuterdio acidente vascular
encefaacutelico e morte prematura
O IMC eacute determinado pela massa corporal em quilogramas dividido pela
estatura em metros ao quadrado eacute uma medida que determina o estado nutricional
Este iacutendice antropomeacutetrico eacute comumente aplicado em estudos epidemioloacutegicos em
idosos para diagnosticar o excesso de peso (sobrepesoobesidade) principalmente
por ser um meacutetodo faacutecil de aplicar raacutepido e de baixo custo Deste modo vaacuterios
estudos com essa populaccedilatildeo tecircm avaliado o estado nutricional por meio do IMC42
434445
No estudo de Silva e Petroski (2009)46 com idosas de um grupo de convivecircncia
do municiacutepio de Aracaju ndash Sergipe sugeriu que o ponto de corte do IMC utilizado pela
Nutricion Screening Initiative ndash NSI (1992)47 para sobrepeso e excesso de peso foi o
mais bem associado com a PA elevada e para obesidade o melhor ponto de corte
associado com a PA elevada foi o da WHO (1998)48
A outra medida importante para avaliaccedilatildeo da obesidade central dos indiviacuteduos
eacute a circunferecircncia de cintura A obesidade eacute caracterizada pelo acuacutemulo excessivo de
gordura corporal no indiviacuteduo e quando presente na regiatildeo abdominal tem alta
correlaccedilatildeo com doenccedilas cardiovasculares e distuacuterbios metaboacutelicos40 O obeso tem
mais propensatildeo a desenvolver problemas como hipertensatildeo doenccedilas
cardiovasculares diabetes tipo 2 entre outras doenccedilas4950
Comparando as medidas antropomeacutetricas com exames de diagnoacutesticos por
imagens como a tomografia computadorizada e a ressonacircncia magneacutetica foi
verificado que a circunferecircncia da cintura apresentou melhor correlaccedilatildeo com o tecido
adiposo visceral51 Tambeacutem o aumento da circunferecircncia da cintura teve boa
associaccedilatildeo com o aumento significativo da prevalecircncia da hipertensatildeo arterial52
A razatildeo cintura-estatura (RCEst) eacute determinado pela divisatildeo da circunferecircncia
da cintura (cm) pela estatura (cm) Este indicador tem sido utilizado para identificar
alto risco metaboacutelico obesidade fatores de risco cardiovascular e maior capacidade
preditiva para o risco coronariano elevado em populaccedilotildees adultas e idosas1653
tambeacutem eacute fortemente associada a diversos fatores de risco cardiovascular em
diferentes populaccedilotildees15
7
O Iacutendice C eacute determinado com as medidas de massa corporal da estatura e da
circunferecircncia da cintura54 e eacute muito utilizado com a populaccedilatildeo adulta555657585960 Jaacute
com a populaccedilatildeo de idosos o iacutendice C tem sido pouco utilizado e somente alguns
estudos usaram esse indicador para tentar identificar distuacuterbios metaboacutelicos risco
coronariano e prevalecircncia de risco agrave sauacutede616263 Natildeo foram encontrados estudos
associativos entre o Iacutendice C e pressatildeo arterial elevada em idosos
Tais iacutendices satildeo pouco utilizados com a populaccedilatildeo idosa e principalmente com
populaccedilotildees residentes em cidades de pequeno porte Dessa forma para discriminar e
analisar o incremento de gordura corporal os iacutendices antropomeacutetricos tecircm
demonstrado eficiecircncia principalmente em estudos epidemioloacutegicos Cada indicador
tem peculiaridade quanto a sua distribuiccedilatildeo e discriminaccedilatildeo por isso podem ser
utilizados conjuntamente ou separadamente dependendo dos objetivos como
estrateacutegia eficiente para a detecccedilatildeo e o controle de doenccedilas
Contudo os iacutendices antropomeacutetricos tecircm sido bem utilizados para associar
vaacuterios fatores de risco de sauacutede como doenccedilas coronarianas cardiovasculares
distuacuterbios metaboacutelicos dentre outros641641 Poreacutem ainda natildeo estaacute clara sua
associaccedilatildeo com pressatildeo arterial elevada em idosos
Sendo assim os iacutendices antropomeacutetricos satildeo eficientes para identificar a
hipertensatildeo arterial em idosos E quais satildeo os melhores iacutendices para identificar as
alteraccedilotildees da pressatildeo arterial elevada em idosos
24 A importacircncia da validaccedilatildeo
Como se trata de um estudo de validaccedilatildeo de um meacutetodo faz-se necessaacuterio
debater sobre o tema Os instrumentos de rastreamento satildeo ferramentas essenciais
para os serviccedilos de sauacutede pois fornecem medidas relevantes reprodutiacuteveis e
acuradas permitindo a identificaccedilatildeo das pessoas com maior chance de preencher os
criteacuterios para uma determinada condiccedilatildeo ou doenccedila Como tambeacutem completa o
registro de informaccedilatildeo e a comparaccedilatildeo de resultados minimizando a influecircncia de
fatores subjetivos na coleta e registro de dados6566
A escolha de um instrumento deve-se basear em suas qualidades que
consistem em coeficientes significativos de validade e fidedignidade Dessa forma
8
essas medidas necessitam apresentar simplicidade na teacutecnica economia facilidade
e rapidez na aplicaccedilatildeo e interpretaccedilatildeo666768
A validade caracteriza-se como a capacidade do instrumento medir aquilo que
se propotildees a medir Envolve um componente conceitual (julgamento subjetivo a
respeito do instrumento pelo pesquisador) e um componente operacional (avaliaccedilatildeo
sistemaacutetica (estatiacutestica) do teste) geralmente o comparando com um criteacuterio padratildeo
ouro67
A avaliaccedilatildeo operacional da validade utilizada nessa pesquisa foi a de criteacuterio
no qual mede agrave extensatildeo com que o instrumento discrimina sujeitos que diferem em
determinadas caracteriacutesticas Refere-se agrave capacidade de uma escala de se
corresponder com outras medidas ou de predizer algo a que se propotildee Eacute avaliada
por meio de criteacuterio-padratildeo (validade concorrente e validade preditiva) Sendo que a
validade preditiva eacute estimulada estatisticamente e expressa por meio da sensibilidade
especificidade valor preditivo positivo valor preditivo negativo e taxa de classificaccedilatildeo
incorreta67
A sensibilidade corresponde agrave proporccedilatildeo de casos positivos identificados
corretamente ou melhor eacute a capacidade de medida de reconhecer os verdadeiros
positivos Quanto maior a sensibilidade maior a chance de detectar a doenccedila A
especificidade eacute proporccedilatildeo de casos negativos identificados corretamente eacute a
capacidade do instrumento de reconhecer os verdadeiros negativos67
Quanto mais sensiacutevel for o teste melhor seraacute seu valor preditivo negativo ou
seja maior seraacute a certeza de que uma pessoa com resultado negativo natildeo tenha
realmente a doenccedila Quanto mais especifico melhor seraacute seu valor preditivo positivo
ou seja maior seraacute a certeza de que uma pessoa com resultado positivo tenha a
hipertensatildeo arterial67
Como estrateacutegia geral quando a principal preocupaccedilatildeo for evitar o resultado
falso-positivo entatildeo o ponto de corte deve objetivar o maacuteximo de especificidade e se
a preocupaccedilatildeo maior eacute evitar resultado falso-negativo (o resultado do teste em
paciente com suspeita de hipertensatildeo arterial) o ponto de corte deve objetivar o
maacuteximo de sensibilidade67 Os autores ainda referem que a curva Receive Operator
Caracteristic (ROC) eacute a melhor maneira de estabelecer o ponto de corte otimizando
a sensibilidade e especificidade do teste diagnoacutestico
9
Destaca-se que as qualidades de um instrumento aplicado em condiccedilotildees de
campo satildeo modificadas pela prevalecircncia de casos na populaccedilatildeo cliacutenica (onde eacute
esperado ter maior proporccedilatildeo de doenccedila) comparada com uma populaccedilatildeo geral
10
3 OBJETIVOS
Determinar o poder preditivo de iacutendices antropomeacutetricos para predizer
hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos
Estabelecer pontos de corte como discriminadores de hipertensatildeo arterial em
mulheres e homens idosos
Identificar o iacutendice antropomeacutetrico de obesidade que melhor discrimina a
hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos
11
4 MATERIAL E MEacuteTODOS
41 Tipos de estudo
Esta pesquisa eacute do tipo transversal ou seccional como parte do projeto de
Monitoramento da Sauacutede de Idosos de um Municiacutepio de Pequeno Porte ESTUDO
MONIDI Em estudos transversais a estrateacutegia de observaccedilatildeo da populaccedilatildeo eacute
seccional isto eacute as informaccedilotildees obtidas referem-se ao mesmo momento sendo mais
adequado para obtenccedilatildeo de estimativas populacionais As informaccedilotildees individuais
devem ser coletadas num determinado prazo mais curto possiacutevel decorrido entre as
observaccedilotildees do primeiro e uacuteltimo indiviacuteduo69
42 Cenaacuterios do estudo
O municiacutepio de Ibicuiacute fica localizado na zona fisiograacutefica de Vitoacuteria da Conquista
(Encosta do Planalto) e situada no Sudoeste do Estado da Bahia possui uma aacuterea
territorial de 1176843 kmsup2 populaccedilatildeo de 16640 habitantes7071 A populaccedilatildeo de
idosos no ano de 2013 era de 2124 habitantes e destes 525 estavam cadastrados
nas Unidades de Sauacutede da Famiacutelia33
12
Figura 1 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Ibicuiacute BA na regiatildeo Nordeste do Brasil
Fonte Adaptado do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE)72 Infograacuteficos
Cidades Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230
43 Populaccedilatildeo e amostra
A populaccedilatildeo alvo do presente estudo foi constituiacuteda por indiviacuteduos com idade
igual ou superior a 60 anos de ambos os sexos cadastrados na Estrateacutegia de Sauacutede
da Famiacutelia (ESF) que atenderam agraves aacutereas urbanas e rurais do municiacutepio de Ibicuiacute-BA
no ano de 2014 A lista com o nuacutemero de usuaacuterios idosos cadastrados nas USFs da
zona rural e urbana do municiacutepio foi solicitada junto agrave Secretaria Municipal de Sauacutede
Foram incluiacutedos no estudo idosos que estavam cadastrados na Estrateacutegia de
Sauacutede da Famiacutelia que aceitaram participar da pesquisa atraveacutes da assinatura do
Termo de Consentimento Livre Esclarecido (TCLE)
Os criteacuterios de exclusatildeo foram os participantes com diagnoacutestico de demecircncia
ou qualquer outro tipo de alteraccedilatildeo cognitiva que comprometesse a veracidade das
informaccedilotildees fornecidas idosos acamados portadores de doenccedila de Alzheimer ou
outro tipo de doenccedila neuroloacutegica que afetasse a cogniccedilatildeo doenccedila em estaacutegio
terminal
Apoacutes aplicaccedilatildeo dos criteacuterios de exclusatildeo foi efetuado o caacutelculo amostral
seguindo a proposta de Luiz e Magnanini (2000)73 para populaccedilotildees finitas com
13
predominacircncia desconhecida de 50 sendo adotado niacutevel de significacircncia de 5
(correspondendo a um intervalo de confianccedila de 95) e erro toleraacutevel de amostragem
de 25
O caacutelculo amostral resultou numa amostra miacutenima necessaacuteria de 305 idosos
Esse caacutelculo amostral sofreu ajuste em 10 para compensar eventuais perdas e
recusas Apoacutes o resultado do caacutelculo amostral os idosos participantes foram
selecionados atraveacutes de sorteio sendo este proporcional ao tamanho e a distribuiccedilatildeo
por sexo e por quantidade de idosos na Unidade de Sauacutede da Famiacutelia
Os indiviacuteduos assinaram o TCLE foram entrevistados e avaliados nas
dependecircncias da USF sendo que aqueles que natildeo foram localizados ou natildeo
compareceram a USF apoacutes trecircs tentativas foram automaticamente substituiacutedos por
meio de sorteio
44 Equipes de coleta de dados
A equipe de coleta foi composta por dois profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica
(Coordenadores) e cinco acadecircmicos de fisioterapia enfermagem e medicina A
equipe foi previamente treinada em reuniotildees teacutecnicas e no estudo piloto que foi
realizado no periacuteodo de Outubro a Dezembro de 2013 visando padronizar todo o
processo de coleta Foram estabelecidas accedilotildees referentes agrave logiacutestica agrave aplicaccedilatildeo dos
questionaacuterios e aos procedimentos de medidas das variaacuteveis antropomeacutetricas A
coleta propriamente dita ocorreu entre o periacuteodo de 03022014 a 20022014
14
45 Procedimentos para coleta de dados
451 Variaacuteveis do estudo e dados coletados
Foram mensuradas as variaacuteveis idade sexo situaccedilatildeo conjugal niacutevel de
escolaridade raccedilacor renda mensal alcoolismos e tabagismos Como tambeacutem
medidas de pressatildeo arterial sistoacutelica e diastoacutelica massa corporal estatura e
circunferecircncia da cintura
452 Instrumentos de coleta
Foi utilizado o instrumento de coleta denominado Instrumento de Avaliaccedilatildeo da
Sauacutede de Idosos (IASI) padronizado e validado previamente74 Tal instrumento obteacutem
caracteriacutesticas sociodemograacuteficas informaccedilotildees pessoais consumo de aacutelcool e
tabaco avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica e de pressatildeo arterial
Para aferir a pressatildeo arterial foi utilizado o aparelho digital (marca OMRONreg
modelo HEM ndash 742 INT) Utilizou-se ainda uma balanccedila digital portaacutetil (OMRONreg) e
um estadiocircmetro (marca Sannyreg) ambos devidamente calibrados e fita
antropomeacutetrica flexiacutevel (Cardiomedreg)
453 Pressatildeo Arterial
A pressatildeo arterial foi aferida com um aparelho digital de braccedilo com manguito
adequado agrave circunferecircncia do mesmo A medida foi realizada no braccedilo direito a altura
do coraccedilatildeo Foram realizadas trecircs medidas da pressatildeo arterial sendo a primeira apoacutes
o idoso permanecer cinco minutos em repouso e sentado a segunda apoacutes dois
minutos e a terceira dois minutos apoacutes a realizaccedilatildeo da segunda (foi utilizada a meacutedia
das trecircs medidas) Valores de referecircncia estatildeo estabelecidos na Tabela 1
15
Tabela 1 - Classificaccedilatildeo da pressatildeo arterial de acordo com a VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo (2010)
Classificaccedilatildeo Pressatildeo Sistoacutelica (mmHg)
Pressatildeo Diastoacutelica (mmHg)
Oacutetima Normal Limiacutetrofe
lt 120 lt 130 130-139
lt 80 lt 85 85-80
Hipertensatildeo estaacutegio I 140-159 90-99 Hipertensatildeo estaacutegio II 160-179 100-109 Hipertensatildeo estaacutegio III ge 180 ge 110 Hipertensatildeo sistoacutelica isolada
ge 140 lt 90
Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo (2010)7
454 Antropometria
Todas as medidas antropomeacutetricas foram realizadas trecircs vezes (verificou-se a
meacutedia de tais medidas) por um profissional de Educaccedilatildeo Fiacutesica para diminuir o erro
intra e inter avaliadores e anotados por um apontador Os idosos foram medidos
conforme procedimentos padronizados por Lohman et al (1988)75 sem calccedilados
roupas leves sem reloacutegio chaves celular etc
Foi mensurada a circunferecircncia da cintura com uma fita antropomeacutetrica flexiacutevel
no ponto meacutedio entre a uacuteltima costela e a crista iliacuteaca e o procedimento foi deixar a
cintura livre de roupa e os braccedilos cruzados no peito Classificaccedilatildeo de risco para
desenvolver doenccedilas por Lohman et al (1988)75 HOMENS gt 102 cm e MULHERES
gt 88 cm Foi determinado o IMC atraveacutes da equaccedilatildeo [IMC =massa corporal
(kg)estatura2(m)] Valores de referecircncia estatildeo estabelecidos na Tabela 2
Tabela 2 - Classificaccedilatildeo do Iacutendice de Massa Corporal
IMC Classificaccedilatildeo
Baixo peso lt 220 kgm2 Peso adequado 220 le IMC le 270 kgm2 Obesidade gt 270 kgm2
Lohman et al (1988)75
16
A razatildeo cintura-estatura foi determinada pela equaccedilatildeo proposta por Pitanga e
Lessa (2006)15 a qual utiliza a CC (cm) e a estatura (cm) O Iacutendice C foi estimado por
meio das medidas de massa corporal estatura e circunferecircncia da cintura utilizando-
se um modelo proposto por Valdez (1991)54 cuja equaccedilatildeo matemaacutetica estaacute descrita a
seguir
46 Anaacutelise dos dados
Os dados foram digitados com dupla entrada no software Epidata 31 Apoacutes a
digitaccedilatildeo dos dados foram verificados manualmente os valores discrepantes e a
consistecircncia das informaccedilotildees
Na anaacutelise de dados foram utilizados os procedimentos da estatiacutestica descritiva
expressa por meacutedia desvio padratildeo nuacutemero de observaccedilotildees e percentual das
variaacuteveis avaliadas A diferenccedila entre os sexos nas variaacuteveis contiacutenuas foi analisada
pelo teste t de Student para amostras independentes uma vez que as variaacuteveis
apresentaram distribuiccedilatildeo normal e o teste do Qui-quadrado para comparar as
proporccedilotildees (variaacuteveis qualitativas) entre os idosos do sexo masculino e feminino
O poder discriminatoacuterio para determinar a hipertensatildeo arterial e os iacutendices
antropomeacutetricos foi verificado atraveacutes da utilizaccedilatildeo das curvas ROC recurso utilizado
para obtenccedilatildeo de pontos de corte que visam diagnoacutesticos ou triagem
A aacuterea sob a curva ROC (ASC) determina a capacidade preditiva do indicador
para presenccedila ou ausecircncia de hipertensatildeo arterial Uma ASC igual a 10 eacute
considerada perfeita poreacutem se for igual ou menor a 05 indica que sua capacidade
preditiva natildeo eacute melhor que ao acaso
17
Neste estudo o pressuposto para anaacutelise da ASC foi agrave sensibilidade pois em
determinadas situaccedilotildees quando natildeo pode correr o risco de natildeo diagnosticar
determinada doenccedila eacute melhor privilegiar a sensibilidade76
Apoacutes determinados os pontos de corte para cada uma das variaacuteveis
investigadas para prediccedilatildeo de hipertensatildeo essas foram dicotomizadas com base em
seus respectivos valores de referecircncia As anaacutelises estatiacutesticas foram conduzidas no
Statistical Product and Service Solutions (SPSS) reg 130 Em todas as anaacutelises foram
efetuadas respeitando-se o niacutevel de significacircncia de 5
47 Aspectos Eacuteticos
O estudo foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa da Universidade
Estadual do Sudoeste da Bahia com parecer (CAAE 22969013000000055) (Anexo
1) seguindo princiacutepios eacuteticos estabelecidos na Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de
2012 do Conselho Nacional de Sauacutede (CNS)77
18
5 RESULTADOS
51 Caracterizaccedilatildeo da amostra estudada
De acordo com a contabilizaccedilatildeo das perdas (mudou-se do municiacutepio natildeo foi
encontrado por mais de 3 vezes na USF ou domicilio) e recusas (n=31) a amostra final
foi composta por 310 idosos (201 zona urbana e 109 zona rural) A taxa de respostas
foi de 912 com 88 (n=31) de recusas e 92 (n=29) de exclusatildeo
Participaram do estudo 175 mulheres (565) e 135 homens (435) As
idades variaram entre 60 e 108 anos com meacutedia de 7078 plusmn 82 anos para as mulheres
e 60 a 93 anos com meacutedia de 7259 plusmn 78 anos para homens
A maioria das mulheres se auto referiu ser negra e os homens pardo O iacutendice
de analfabetismo apresentou-se elevado em ambos os sexos A maior parte dos idosos
eacute casado A maioria dos idosos sobrevivia com renda mensal inferior ou igual a um
salaacuterio miacutenimo (Tabela 3)
19
Tabela 3 - Variaacuteveis sociodemograacuteficas e de estilo de vida em idosos
Mulheres (n=175) Taxa de Resposta
Homens (n=135) Taxa de Resposta
n n P
Raccedilacor 9861 991
Branco 47 2686 43 3209
Preto 73 4171 26 1940 0001
Pardo 49 2800 55 4074
Natildeo sabe 4 229 10 741
Escolaridade 9918 1000
Analfabeto 95 5429 84 6222
Baacutesica 72 4114 46 3408 0001
Secundaacuteria 5 286 5 370
Superior 2 114 - -
Estado Civil 9789 991
Casadouniatildeo estaacutevel
74 4229 78 5777
Solteiroseparado 33 1886 36 2667 0001
Viuacuteva 63 3600 20 1481
Renda Mensal 9918 1000
le 1 salaacuterio 165 9428 123 9111
11 a 2 salaacuterio 8 458 10 74 0001
21 a salaacuterio 1 057 2 148
Alcoolismo 9989 1000
Sim 4 229 9 667 0001
Natildeo 170 9714 126 9333
Tabagismo 9597 1000
Sim 15 857 21 1556 0001
Natildeo 152 8686 114 8444
Teste Qui-quadrado
20
52 Caracteriacutesticas antropomeacutetricas
Apoacutes a assinatura do TCLE e realizaccedilatildeo do questionaacuterio 10 idosos foram
excluiacutedos (recusas e informaccedilatildeo incompleta do questionaacuterio) desta etapa de anaacutelise
Dessa forma foram analisadas 300 avaliaccedilotildees das medidas antropomeacutetricas
Na Tabela 4 podem ser observados os valores meacutedios desvio padratildeo valores
miacutenimos e maacuteximos e percentuais das variaacuteveis avaliadas A meacutedia do IMC foi menor
nos homens quando comparado com o resultado das mulheres (p lt 0001) Natildeo houve
diferenccedila significativa da variaacutevel circunferecircncia da cintura entre homens e mulheres
(p = 0208) A prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi maior nas mulheres A maioria
das mulheres eacute obesa e entre os homens o estado nutricional foi considerado eutroacutefico
(Tabela 5)
21
Tabela 4 - Valores descritivos miacutenimos e maacuteximos das variaacuteveis analisadas
Variaacuteveis Mulheres (n=167) Homens (n=133) Valor-p
Idade (anos) 7078 plusmn 821 (60-108)
7259 plusmn 786 (60-93)
0055
Massa corporal (kg) 6020 plusmn 1223 (2970-9580)
6384 plusmn 1250 (4010-11840)
0012
Estatura (cm) 14875 plusmn 616 (129-164)
16080 plusmn 782 (135-183)
lt00001
IMC (kgm2) 2715 plusmn505 (1342-4064)
2458 plusmn 390 (1475-3544)
lt00001
CC (cm)dagger 8734 plusmn 1126 (55-130)
8894 plusmn 1010 (66-115)
0208
RCEst 057 plusmn 011 (000-087)
055 plusmn 006 (042-073)
0086
Iacutendice C 123 plusmn 021 (000-166)
129 plusmn 006 (117-150)
0001
PAS 14096 plusmn 2218 (87-200)
13735 plusmn 2251 (98-209)
0166
PAD 7671 plusmn 1091 (45-105)
7697 plusmn 1179 (49-110)
0846
IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia da cintura RCEst - razatildeo cintura-estatura Iacutendice C - Iacutendice de Conicidade PAS - pressatildeo arterial sistoacutelica PAD ndash pressatildeo arterial diastoacutelica dagger Variaacuteveis com perdas (n=163 mulheres) Teste T de Student para amostras independentes
Tabela 5 - Percentuais das variaacuteveis analisadas
Variaacutevel Mulheres Homens Valor-p
Pressatildeo Arterial (n) (n)
Normal 557 (93) 594 (79) 0011
Hipertensatildeo 443 (74) 406 (54)
Estado nutricional (n) (n)
Baixo peso 144 (24) 301 (40)
Normal 353 (59) 436 (58) lt00001
Sobrepeso 503 (84) 263 (35)
Teste Qui-quadrado
53 Anaacutelise da curva ROC
22
As aacutereas sob a curva ROC do IMC da CC da RCEst e do iacutendice C como
preditores de hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos e os respectivos
intervalos de confianccedila (IC 95) podem ser observados na Tabela 6 e nas Figuras 2
3 4 5 6 7 8 9 Evidenciou-se que alguns iacutendices antropomeacutetricos apresentaram
aacuterea sob a curva ROC significativas Todavia a RCEst e o IMC assumiram maiores
aacutereas com diferenccedila significativa para os homens
Tabela 6 - Aacuterea sob a curva ROC e IC95 entre os iacutendices antropomeacutetricos e hipertensatildeo arterial em idosos
Aacuterea sob a curva ROC
PA elevada Mulheres
Homens
p
IMC (kgm2) 053 (044-062) 060 (050-070)
lt00001dagger
CC (cm) 057 (048-066) 058 (048-068)
lt00001dagger
RCEst 056 (047-065) 061 (051-071)
lt00001dagger
Iacutendice C 058 (049-066) 058 (058-068) lt00001dagger
IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia de cintura RCEst - razatildeo cinturaestatura Iacutendice C - iacutendice de conicidade ROC ndashReceiver Operating CharacteristicIC95 - intervalo de confianccedila a 95Aacuterea sob a curva ROC apresentando poder discriminatoacuterio para pressatildeo arterial elevada (Li-IC ge 050) daggerTeste Qui-quadrado
23
Figura 2 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) IMC - iacutendice de massa corporal
Figura 3 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) IMC - iacutendice de massa corporal
24
Figura 4 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) CC ndash circunferecircncia da cintura
Figura 5 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) CC ndash circunferecircncia da cintura
25
Figura 6 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) RCEst - razatildeo cinturaestatura
Figura 7 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) RCEst - razatildeo cinturaestatura
26
Figura 8 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) Iacutendice C -iacutendice de conicidade
Figura 9 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) Iacutendice C - iacutendice de conicidade
27
Os valores dos pontos de corte dos iacutendices antropomeacutetricos como preditores
de hipertensatildeo arterial e suas respectivas sensibilidade e especificidade (mais
adequado equiliacutebrio entre si) satildeo apresentados na Tabela 7 Observa-se que entre
os iacutendices antropomeacutetricos a RCEst teve melhor percentual de sensibilidade e de
especificidade para discriminar a pressatildeo arterial elevada para os homens
Tabela 7 - Pontos de corte sensibilidade e especificidade dos iacutendices antropomeacutetricos para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial em idosos
Mulheres Homens PA elevada
Ponto de corte
Sensibilidade ()
Especificidade ()
Ponto de corte
Sensibilidade ()
Especificidade ()
IMC (kgm2)
2679 527 548 2420 527 548
CC (cm) 8750 577 457 8650 593 532 RCEst 059 568 430 054 648 456 Iacutendice C 126 541 452 129 574 456
IMC ndash Iacutendice de Massa Corporal CC ndash Circunferecircncia da Cintura RCEst ndash Razatildeo Cintura-Estatura Iacutendice C ndash Iacutendice de Conicidade
28
6 DISCUSSAtildeO
61 Aacutereas sob a Curva ROC
Este estudo teve como objetivo identificar a capacidade preditiva de iacutendices
antropomeacutetricos de obesidade geral e abdominal para discriminar a presenccedila de
hipertensatildeo arterial em idosos com foco de utilizaccedilatildeo no ambiente da estrateacutegia de
sauacutede da famiacutelia Nessa perspectiva surge uma proposta de triagem dos casos de
idosos com possiacuteveis alteraccedilotildees crocircnicas em sua pressatildeo arterial aleacutem de possibilitar
a discussatildeo sobre validaccedilatildeo de tais iacutendices para uso no contexto da sauacutede
Dessa forma recomenda-se a anaacutelise da sensibilidade e especificidade por
meio da construccedilatildeo de curvas ROC pois eacute a melhor opccedilatildeo para determinar pontos de
corte em estudos epidemioloacutegicos78 Essa anaacutelise permite fornecer a aacuterea sob a curva
que traduz o poder de discriminaccedilatildeo de um indicador para um determinado desfecho
e a identificaccedilatildeo do melhor ponto de corte
A proposta dessa pesquisa natildeo eacute excluir o diagnoacutestico meacutedico mas
proporcionar uma estrateacutegia mais abrangente a ser utilizada pelas USFs em parceria
entre os profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica e os profissionais de sauacutede no contexto da
atenccedilatildeo primaacuteria
Embora exista associaccedilatildeo entre sobrepesoobesidade e a pressatildeo arterial
elevada poucos estudos tecircm identificado pontos de corte de iacutendices antropomeacutetricos
que visem agrave detecccedilatildeo da hipertensatildeo arterial em idosos Diversos estudos tecircm
demonstrado que os iacutendices antropomeacutetricos satildeo bons indicadores de obesidade e
estatildeo relacionados a fatores de risco cardiovascular795880 Todavia a hipertensatildeo eacute
apontada como um dos principais fatores de risco cardiovasculares o que denota a
necessidade de um olhar diferenciado
A prevalecircncia de hipertensatildeo foi inferior agrave encontrada em outros estudos818283
Contudo diferenccedilas metodoloacutegicas nuacutemero de medidas realizadas e os diferentes
criteacuterios de referecircncia satildeo as principais causas da grande variabilidade nas
prevalecircncias de pressatildeo arterial elevada entre as investigaccedilotildees No presente estudo
29
optou-se por maior rigorosidade ao diagnosticar a pressatildeo arterial elevada
considerando a realizaccedilatildeo de trecircs medidas
Nessa amostra observou-se que a prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi
443 nas mulheres e 406 nos homens Demonstrando ser uma alta prevalecircncia
pois se trata de uma populaccedilatildeo que eacute influenciada diretamente pelo o aumento da
morbimortalidade durante o envelhecimento Estudos envolvendo idosos indicam que
a prevalecircncia da hipertensatildeo encontra-se entre 50-70 com o aumento da idade84
Poucos estudos epidemioloacutegicos foram conduzidos com o objetivo de identificar
e discriminar a capacidade de iacutendices antropomeacutetricos de obesidade para a pressatildeo
arterial elevada na populaccedilatildeo de idosos e principalmente utilizando o iacutendice C o
RCEst Um estudo realizado com a populaccedilatildeo de idosos utilizou o mesmo objetivo
poreacutem usou como ponto de corte o iacutendice de massa corporal e o iacutendice de adiposidade
corporal85 Entretanto faz-se necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de outros iacutendices para identificar
hipertensatildeo arterial em idosos
De acordo com os resultados do presente estudo somente alguns dos
indicadores antropomeacutetricos apresentaram capacidade preditiva para a hipertensatildeo
arterial em idosos de acordo com limite inferior do intervalo de confianccedila de 9586
Dessa forma foi observado que a RCEst e IMC para os homens mostraram-se com
bom poder de detecccedilatildeo para a hipertensatildeo arterial pois obtiveram maiores valores
sob a curva para esse desfecho
Em 2013 Leal Neto et al85 identificaram em seus resultados que o IMC e o
iacutendice de adiposidade corporal foram os melhores indicadores preditivos de
hipertensatildeo arterial nos idosos em ambos os sexos independentemente de outros
fatores tais como idade tabagismo consumo de aacutelcool e atividade fiacutesica
No presente estudo os principais indicadores que tiveram uma boa aacuterea sob a
curva foram o IMC RCEst e Iacutendice C com resultados de 060 IC95 (050-070) 061
IC95 (051-071) e 058 IC95 (058-068) respectivamente para homens
Nas mulheres tais iacutendices mostraram-se com menor poder discriminatoacuterio para
diagnosticar a hipertensatildeo arterial A HAS eacute um desfecho que pode ser influenciado
por fatores multicausais (hormonais estresse etc) Na anaacutelise do desempenho do
iacutendice antropomeacutetrico a loacutegica eacute unidirecional ou seja verificar o desempenho desses
iacutendices apenas como preditores de hipertensatildeo arterial foram mais satisfatoacuterios entre
os homens Os iacutendices podem interferir mas natildeo determinar a prevalecircncia da
30
hipertensatildeo Embora as mulheres tenham uma maior prevalecircncia essa natildeo eacute
determinada pelos iacutendices antropomeacutetricos no presente estudo
Tais resultados diferem do estudo realizado em 2012 por Samsen et al87 no
qual a circunferecircncia da cintura teve boa ASC nos homens = 0684 com IC95 (0672-
0695) e nas mulheres = 0673 IC95 (0665-0681) sendo o melhor indicador
significativamente (p lt0001) do que o IMC no qual a ASC em homens foi de = 0667
IC95 (0656-679) e nas mulheres = 0636 IC95 (0628-0644) em discriminaccedilatildeo
de pelo menos um fator de risco cardiovascular Isso se deve ao fato de tal estudo ter
sido realizado com uma abrangecircncia maior na faixa etaacuteria que foi de 45-80 anos
Uma possiacutevel limitaccedilatildeo para discussatildeo dos resultados desse estudo foi a faixa
etaacuteria restrita que natildeo incluiu idosos (igual ou acima de 60 anos) o que impossibilita
a triagem da pressatildeo arterial elevada nessa populaccedilatildeo
62 Iacutendices antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial
Nesse estudo a CC e RCEst foram as variaacuteveis com maiores valores absolutos
de sensibilidade para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial respectivamente para mulheres
e homens Tais resultados indicam as proporccedilotildees de verdadeiros positivos na
ocorrecircncia de hipertensatildeo arterial
Quanto ao ponto de corte do RCEst nas mulheres foi de 059 sendo 568 de
sensibilidade e 430 de especificidade Valores inferiores ao encontrado no presente
estudo para mulheres foram sugeridos em Taiwan (045) Cingapura (048) e na China
(050) No Brasil em 2009 Haun Pitanga e Lessa16 recomendaram para a RCEst
053 como melhor ponto de corte com sensibilidade (67) e especificidade (58) e
aacuterea sob a curva ROC de 069 (IC 95 = 064-075) Outro ponto de corte semelhante
ao observado no Brasil com mulheres mexicanas variou de 053 a 0535 para a
RCEst discriminar diabete tipo 2 hipertensatildeo e dislipidemias88899091
Os pontos de corte sugeridos por esses paiacuteses e no Brasil podem ter sido
inferiores por causa da abrangecircncia na faixa etaacuteria dos indiviacuteduos no qual incluiacuteram
mulheres de 30 a 74 anos como tambeacutem as caracteriacutesticas econocircmicas culturais e
31
de estilo de vida diferem da realidade das mulheres que residem em cidades de
pequeno porte Estudos que discriminem hipertensatildeo arterial principalmente em
idosos com RCEst satildeo escassos na literatura
Em 2010 Browning Hsieh e Ashwel92 realizaram uma revisatildeo sistemaacutetica
sobre a potencialidade de indicadores antropomeacutetricos em predizer doenccedilas
cardiovasculares e identificou a RCEst como variaacutevel de melhor desempenho A
RCEst apresentou maiores ASC quando comparada ao IMC ou CC Os dados
analisados foram de quatorze paiacuteses diferentes e incluiacuteram caucasianos asiaacuteticos e
da Ameacuterica Central Segundo os autores uma RCEst ge 05 eacute capaz de identificar
fatores de risco cardiovasculares Esse ponto de corte eacute inferior aos encontrados para
homens e mulheres no presente estudo significando que o ponto de corte encontrado
pode diagnosticar risco cardiovascular e consequentemente a presenccedila de
hipertensatildeo
Outros autores afirmam essa hipoacutetese relacionada aos valores limites para
RCEst em diversas populaccedilotildees e indicaram que um ponto de corte de 05 eacute o valor
mais indicado para ambos os sexos todas as idades e diferentes populaccedilotildees899315
Com relaccedilatildeo agrave especificidade a variaacutevel com maior valor foi o IMC
independentemente do sexo Nas mulheres o ponto de corte sugerido foi 2679 kgm2
e nos homens 2420 kgm2 O valor da especificidade foi de 548 para ambos os
sexos o qual possibilita determinar corretamente a ausecircncia de hipertensatildeo arterial
Sendo assim este estudo sugere que o IMC natildeo foi o melhor preditor de hipertensatildeo
arterial
O estudo de Leal Neto et al (2013)85 tambeacutem testou a capacidade de
indicadores antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial em idosos
sugeriu como pontos de corte para IMC valores de 247 kgm2 igual ao encontrado no
presente estudo e de 273 kgm2 nuacutemero superior que aos dados do presente
trabalho para homens e mulheres respectivamente
Em outro estudo realizado com 19621 homens e mulheres com faixa etaacuteria de
45-80 anos a meacutedia da idade foi de 598 anos para os homens e 585 anos para as
mulheres O ponto de corte adequado de IMC foi de 23 kgm2 em homens e 24 kgm2
em mulheres Os pontos de corte de CC foram 80 cm e 78 cm em homens e mulheres
respectivamente Os achados do presente estudo foram superiores a esses
32
resultados todavia deve ser considerado que a populaccedilatildeo alvo foi diferente e com
idade menor da populaccedilatildeo pesquisada no presente trabalho87
Com relaccedilatildeo agrave CC o ponto de corte identificado para a prediccedilatildeo de hipertensatildeo
arterial nas mulheres foi superior ao dos homens Contudo os valores de sensibilidade
e especificidade desses pontos de corte foram maiores entre os homens o que pode
indicar que o poder preditivo da CC para a hipertensatildeo arterial eacute melhor para o sexo
masculino Quanto menor o ponto de corte maior seraacute a habilidade do teste em
classificar os doentes como positivos isto eacute maior seraacute a sensibilidade76 Os pontos
de corte dos homens foram em sua maioria menores em comparaccedilatildeo aos das
mulheres
Tais resultados satildeo contraacuterios aos achados do estudo de Kashihara et al
(2009)94 com indiviacuteduos de 30-74 anos que comparou paciente com hipertensatildeo e sem
hipertensatildeo Em seus pontos de corte de CC para os homens foram superiores aos
pontos de corte definidos para as mulheres e os valores de sensibilidade e
especificidade foi maior nas mulheres para identificar risco cardiovascular Poreacutem a
idade foi menor ao proposto no presente estudo
Outro estudo que contraria tais resultados quanto ao ponto de corte da CC foi
o de Haun Pitanga e Lessa (2009)16 que foi superior para os homens enquanto o
niacutevel de sensibilidade e especificidade foi igual aos nossos achados Poreacutem esse
estudo foi realizado com indiviacuteduos de idade entre 30-74 anos e discriminou risco
coronariano elevado
Quanto ao Iacutendice C no presente estudo o ponto de corte sugerido foi de 126
nas mulheres (sensibilidade 541 e especificidade 452) e 129 para os homens
(sensibilidade 574 e especificidade 456)
Diferentemente do resultado encontrado no presente estudo Pitanga e Lessa
(2005)56 sugeriram como o melhor ponto de corte para risco coronariano com o iacutendice
C 118 para mulheres apresentando valores de sensibilidade (7339) e
especificidade (6115) Para os homens o ponto de corte foi de 125 com valores de
sensibilidade (7391) e especificidade (7492) Tais pontos de corte foram para
indiviacuteduos adultos por esse motivo foram mais baixos que os achados do presente
trabalho Deve-se considerar que existem modificaccedilotildees na composiccedilatildeo corporal com
o processo do envelhecimento o que poderia alterar os pontos de corte para as essas
medidas antropomeacutetricas
33
Em outro estudo com os mesmo autores foram apresentados outros pontos de
corte comparando diferentes faixas etaacuterias Para as mulheres de 30-49 anos o melhor
ponto de corte foi o mesmo (118) com melhor sensibilidade (7857) e
especificidade (6524) e tambeacutem melhor aacuterea sob a curva ROC 081 (IC95 = 070-
092) Entre as de idade mais avanccedilada (50-74 anos) o melhor ponto de corte
sugerido foi 122 com sensibilidade (6000) e especificidade (6582) e aacuterea sob a
curva ROC 065 (IC 95 = 058-073) Portanto o iacutendice C apresentou melhor poder
discriminatoacuterio de RCEst para as mulheres mais jovens64
Almeida Almeida e Arauacutejo (2009)58 conduziram uma pesquisa com mulheres
de 30 e 69 anos buscando avaliar o desempenho de diferentes pontos de corte do
iacutendice C RCQ CC e RCEst para discriminar Risco Coronariano Elevado e o ponto de
corte encontrado para o Iacutendice C foi (125) proacuteximo ao ponto de corte para mulheres
nos nossos achados Dessa forma tais autores afirmaram que os indicadores
antropomeacutetricos de obesidade abdominal analisados tiveram desempenhos
satisfatoacuterios e similares para discriminar RCEst poreacutem o iacutendice C foi o que
apresentou o melhor poder discriminatoacuterio
As informaccedilotildees sobre o iacutendice C satildeo limitadas quanto agrave discussatildeo do ponto de
corte para hipertensatildeo arterial principalmente por encontrar poucos estudos sobre
essa medida como referecircncia para idosos Pitanga e Lessa (2004)55 relatam como
uma limitaccedilatildeo para a utilizaccedilatildeo do Iacutendice C em estudos populacionais a dificuldade de
se calcular o denominador da equaccedilatildeo proposta para sua determinaccedilatildeo
O excesso de gordura em geral estaacute associado ao aparecimento de doenccedilas
cardiovasculares hipertensatildeo arterial e mortalidade a definiccedilatildeo de pontos de corte
para iacutendices que se destacam por sua simplicidade operacional e boa acuraacutecia
permite a detecccedilatildeo dos indiviacuteduos sob risco sendo de grande utilidade nos serviccedilos
de atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede aleacutem de possibilitar o conhecimento da situaccedilatildeo de
grupos populacionais especiacuteficos frente a esses riscos quando empregados na
pesquisa epidemioloacutegica
No contexto das cidades de pequeno porte (rurais e urbanas) os recursos de
sauacutede satildeo muitas vezes limitados e escassos sendo importante a utilizaccedilatildeo desses
iacutendices antropomeacutetricos como substituiccedilatildeo eou apoio a avaliaccedilatildeo tradicional da
pressatildeo arterial Em vaacuterias conjunturas de sauacutede a alta demanda de paciente com
hipertensatildeo arterial exige a utilizaccedilatildeo de instrumentos de diagnoacutesticos e rastreamento
34
de raacutepida e faacutecil aplicaccedilatildeo que possam ser manejados por diferentes profissionais e
que sobretudo apresentem validade e fidedignidade A adequada validaccedilatildeo de
instrumentos e conhecimento de suas propriedades teacutecnicas na populaccedilatildeo brasileira
tambeacutem deve contribuir com a seleccedilatildeo de prioridades e delimitaccedilatildeo do conteuacutedo dos
programas de sauacutede pelos tomadores de decisatildeo em diferentes niacuteveis de gestatildeo
35
7 CONCLUSAtildeO
As anaacutelises dos dados permitem frente aos objetivos estabelecidos formular
as seguintes conclusotildees Quanto ao poder de discriminaccedilatildeo de iacutendices
antropomeacutetricos para a hipertensatildeo arterial em idosos os iacutendices antropomeacutetricos
(IMC RCEst e Iacutendice C) foram bons preditores de hipertensatildeo arterial para os homens
Dessa forma tais iacutendices podem ser empregados nos homens poreacutem tais medidas
natildeo foram satisfatoacuterias para predizer pressatildeo arterial elevada nas mulheres idosas
limitando a sua utilizaccedilatildeo para o sexo feminino com idades avanccediladas
O melhor ponto de corte para discriminar hipertensatildeo arterial foi 054 para a
RCEst nos homens dessa forma tal ponto de corte deve ser empregada no contexto
da atenccedilatildeo primaacuteria nos homens Sugere-se a utilizaccedilatildeo dessa medida a fim de
detectar e realizar a triagem da hipertensatildeo arterial com caracteriacutesticas similares agrave
amostra deste estudo
Recomenda-se que a utilizaccedilatildeo de dois iacutendices simultaneamente resulte em
uma maior eficiecircncia na avaliaccedilatildeo do risco de hipertensatildeo arterial em idosos A
indicaccedilatildeo destas medidas permite que ela seja realizada nas Unidades de Sauacutede da
Famiacutelia como meacutetodo de triagem para idosos com hipertensatildeo arterial utilizando
materiais de faacutecil manejo e de baixo custo
Dessa forma pode-se efetivamente atingir uma das estrateacutegias de prevenccedilatildeo
da hipertensatildeo arterial sistecircmica que eacute o controle da pressatildeo arterial durante o
envelhecimento Todavia sugere-se cautela na utilizaccedilatildeo do ponto de corte desses
indicadores para as mulheres pois os resultados natildeo foram satisfatoacuterios
Fica evidente a necessidade de outros estudos que identifiquem pontos de
corte de iacutendices antropomeacutetricos visando agrave detecccedilatildeo de hipertensatildeo arterial e de
outros fatores de risco cardiovascular nas mulheres idosas que residem em cidades
de pequeno porte
36
8 REFEREcircNCIAS
1 Omram AR The epidemiologic transition a theory of the epidemiology of population change Milbank Memorial Fund Quarterly 1971 49 (Part 1) 509-538
2 Wong LR Carvalho JM Age-strucutural transition in Brazil demographic bonuses and emerging challenges In Pool I Wong LLR Vilquin E editores Age-structural transitions challenges for development Paris Committee for International Cooperation in National Research in Demography 2006
3 Gragnolati M Jorgensen OH Rocha R Fruttero AA Envelhecendo em um Brasil mais Velho implicaccedilotildees do envelhecimento populacional sobre o crescimento econocircmico reduccedilatildeo da pobreza financcedilas puacuteblicas prestaccedilatildeo de serviccedilos Banco Internacional para a Reconstruccedilatildeo e o Desenvolvimento Banco Mundial 2011
4 Schmidt MI Duncan BB Silva GA et al Health in Brazil 4 Chronic non-communicable diseases in Brazil burden and current challenges The Lancet 2011 377
5 Ezzati M Hoorn SV Rodgers A et al Comparative Risk Assessment Collaborating Group Selected major risk factors and global and regional burden of disease Lancet 2002 360 1347-60
6 Lim SS Vos T Flaxman AD et al A comparative risk assessment of burden of disease and injury attributable to 67 risk factors and risk factor clusters in 21 regions 1990-2010 a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2010 Lancet 2012 380 (9859)2224-60
7 Sociedade Brasileira de Cardiologia Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Sociedade Brasileira de Nefrologia VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 2010 95(1) 1-51
8 Miranda DR Perrotti TC Bellinazzi VR et al Hipertensatildeo arterial no idoso peculiaridades na fisiopatologia no diagnoacutestico e no tratamento Rev Bras Hipertens 2002 9 293-300
9 Pilger C Menon MU Mathias TAF Caracteriacutesticas sociodemograacuteficas e de sauacutede de idosos contribuiccedilotildees para os serviccedilos de sauacutede Rev Latino-Am Enfermagem 2011 19(5)1230-1238
10 Pilger C Menon MU Mathias TAF Utilizaccedilatildeo de serviccedilos de sauacutede por idosos vivendo na comunidade Rev esc enferm USP 2013 47(1)213-220
11 Mariath AB Grillo LP Silva RO et al Obesidade e fatores de risco para o desenvolvimento de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis entre usuaacuterios de unidade de alimentaccedilatildeo e nutriccedilatildeo Cad Sauacutede Puacuteblica 2007 23 (4) 897-905
37
12 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Diretrizes e recomendaccedilotildees para o cuidado
integral de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis promoccedilatildeo da sauacutede vigilacircncia prevenccedilatildeo e assistecircncia Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2008
13 Kuumlmpe DA Sodreacute AC Pomatti DM et al Obesidade em Idosos Acompanhados
pela Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia Texto Contexto Enferm Florianoacutepolis 2011 20(3) 471-7
14 Silva KS Farias Juacutenior JC Fatores de risco associados agrave pressatildeo arterial elevada em adolescentes Rev Bras Med Esporte 2007 13(4) 237-40
15 Pitanga FJG Lessa I Razatildeo cintura-estatura como discriminador do risco
coronariano de adultos Rev Assoc Med Bras 2006 52157-61
16 Haun DR Pitanga FJG Lessa I Razatildeo CinturaEstatura comparado a outros indicadores antropomeacutetricos de obesidade como preditor de risco coronariano elevado Rev Assoc Med Bras [online] 2009 55(6) 705-711
17 Nascimento CM Ribeiro AQ SantrsquoAna LFR et al Estado nutricional e condiccedilotildees de sauacutede da populaccedilatildeo idosa brasileira revisatildeo da literatura Rev meacuted Minas Gerais 2011 21(2)174-180
18 Gomes MA Beck cc Duarte MFS et al Ficha Antropomeacutetrica no Nuacutecleo de Apoio a Sauacutede da Famiacutelia o que medir e para que medir Rev bras cineantropom desempenho hum 2009 11(2) 243-253
19 Azevedo LF Oliveira ACC Lima JRP et al Recomendaccedilotildees sobre condutas e procedimentos do profissional de educaccedilatildeo fiacutesica na atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede Rio de Janeiro CONFEF 2010 109-55
20 World Health Organization World health statistics 2012 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghopublicationsworld_health_statistics2012enindexhtmlgt [2012 set 18]
21 World Health Organization Global health risks mortality and burden of disease attributable to selected major risks Geneva World Health Organization 2009a
22 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Panorama da sauacutede brasileira em muacuteltiplos aspectos Percepccedilatildeo do estado de sauacutede estilo de vida e doenccedila crocircnica Pesquisa Nacional de Sauacutede 2013
23 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Pesquisa Nacional por Amostra
de Domiciacutelios 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapesquisaspesquisa_resultadosphpid_pesquisa=149gt[2014 dez 04]
24 Tribess S Virtuoso Junior JS Prescriccedilatildeo de exerciacutecios fiacutesicos para idosos Rev saudecom 2005 1(2)163-72
38
25 Pollock ML Wilmore JH Exerciacutecio na Sauacutede e na Doenccedila avaliaccedilatildeo e prescriccedilatildeo para prevenccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo Editora MEDSI 2ordf ed Rio de Janeiro 1993
26 Sociedade Brasileira de Cardiologia V Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 20061-48
27 World Health Organization Global Health Observatory (GHO) 2014 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghoncdrisk_factorsblood_pressure_prevalence_textengt [2014 dez 04]
28 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Secretaria de Atenccedilatildeo baacutesica agrave Sauacutede Departamento de atenccedilatildeo baacutesica - Hipertensatildeo arterial sistecircmica Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2006
29 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) (2009) Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeGestorvisualizar_textocfmidtxt=24421gt [2010 abr 07]
30 Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Nuacutemero de hipertenso 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwsbhorgbripadgeralphpgt [09 nov 2014]
31 Secretaria de Sauacutede do Estado da Bahia Hipertensatildeo Quantidade de Hipertensos na Bahia Disponiacutevel em (2014) lthttpwwwsaudebagovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=4418ampcatid=1ampItemid=14gt [2014 jan 10]
32 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica 2014 Dados de mortalidade na Bahia Disponiacutevel em lthttptabnetdatasusgovbrcgitabcgiexesiabcnvSIABSBAdefgt [2014 mai 05]
33 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica Dados sociodemograacuteficos de Ibicuiacute 2014 lthttptabnetdatasusgovbrcgideftohtmexesiabcnvSIABFBAdefgt [2014 jan 05]
34 Williams B The year in hypertension JACC 2010 55(1) 66-73
35 Lipp M Rocha JC Stress Hipertensatildeo Arterial e Qualidade de vida um guia de tratamento para o hipertenso Campinas Papirus 1996
36 Borenstein MS (Org) Manual de Hipertensatildeo Arterial Porto Allege Editora Sagra Luzzatto 1999
37 Joint National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure The Sixth Report of the Join National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure Arch Intern Med 1997157 2413-2446
39
38 Mitchell GF Parise H Benjamin EJ et al Changes in arterial stiffness and wave reflection with advancing age in health men and women Hypertension 2004 431239-1245
39 Matos AC Ladeia AM Avaliaccedilatildeo de fatores de risco cardiovascular em uma comunidade rural da Bahia Arq Bras Cardiol 2003 81(3) 291-6
40 World Health Organization Who Expert Committee on Physical Status the use and interpretation of antropometry Report of a WHO Expert Commitee Geneva WHO 1995 p 854
41 Pitanga FJG Antropometria na avaliaccedilatildeo da obesidade abdominal e risco coronariano Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum 201113(3) 238-241
42 Ferreira LS Amaral TF Marucci MFN et al Under nutrition as a major risk factor for death among older Brazilian adults in the community-dwelling setting SABE survey Nutrition 201127(10)17-22
43 Andrade FB Caldas Junior AF Kitoko PM et al Prevalence of overweight and obesity in elderly people from Vitoacuteria-ES Brazil Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2012 set17(3)749-756
44 Boscatto EC Duarte Mde F Coqueiro Rda S Barbosa AR Nutritional status in the oldest elderly and associated factors Rev Assoc Med Bras 2013 59(1)40-47
45 Kostka J Borowiak E Kostka T Nutritional status and quality of life in different
populations of older people in Poland Eur J Clin Nutr 2014 Nov68(11)1210-5
46 Silva DAS Petroski EL Associaccedilatildeo de diferentes pontos de corte para sobrepeso e obesidade com pressatildeo arterial elevada em idosas Rev Educ Fis UEM 2009 20 415-22
47 Nutrition Screening Initiative Interventions manual for professionals caring for older Americans Washington DC Nutrition Screening Initiative 1992
48 World Health Organization Obesity preventing and managing the global epidemic Report of a WHO Consultation on Obesity Geneva World Health Organization 1998
49 Cameron AJ Dunstan DW Owen N et al Health and mortality consequences
of abdominal obesity evidence from the Aus Diab study Med J Aust 2009191 202ndash208
50 Fox KA Despres JP Richard AJ et al Does abdominal obesity have a similar impact on cardiovascular disease and diabetes A study of 91246 ambulant patients in 27 European countries Eur Heart J 2009 30 3055ndash3063
40
51 Pouliot MC Despreacutes JP Lemieux S et al Waist circumference and abdominal sagittal diameter Best simple anthropometric indexes of abdominal visceral adipose tissue accumulation and related cardiovascular risk in men and woman Am J Cardiology 1994 73 460-468
52 Peixoto MRG Beniacutecio MHD Latorre M et al Circunferecircncia da Cintura e Iacutendice de massa Corporal como Preditores da Hipertensatildeo Arterial Arq Bras Cardiol 200687 462-470
53 MacKay MF Haffner SM Wagenknecht LE et al Prediction of type 2 diabetes using alternate anthropometric measures in a multiethnic cohort the insulin resistance atherosclerosis study Diabetes Care 200932(5)956-8
54 Valdez R A simple model-based index of abdominal adiposity J Clin Epidemiol1991 44(9) 955-6
55 Pitanga FJG Lessa I Sensibilidade e especificidade do iacutendice de conicidade como discriminador do risco coronariano de adultos em Salvador Brasil Rev Bras Epidemiol 20047(3)259-69
56 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano elevado em adultos na cidade de Salvador - Bahia Arq Bras Cardiol 2005 85 (1)26-31
57 Ghosh JR Bandyopadhyay AR Comparative evaluation of obesity measures relationship with blood pressures and hypertension Singapore Med J 200748(3) 232-5
58 Almeida RT Almeida MMG Araujo TM Obesidade abdominal e risco cardiovascular desempenho de indicadores antropomeacutetricos em mulheres Arq Bras Cardiol 2009 out92(5)375-380
59 Freitas Juacutenior Costa Rosa CS Codogno JS et al Capacidade cardiorrespiratoacuteria e distribuiccedilatildeo de gordura corporal de mulheres com 50 anos ou mais Rev Esc Enferm USP 2010 44(2) 395-400
60 Matos LN Giorelli GV Dias CB Correlation of anthropometric indicators for identifying insulin sensitivity and resistance Satildeo Paulo Med J [online] 2011 129(1) 30-35
61 Gomes MA Rech CR Gomes MBA et al Correlaccedilatildeo entre iacutendices antropomeacutetricos e distribuiccedilatildeo de gordura corporal em mulheres idosas Rev bras cineantropom desempenho hum 2006 set 8(3) 16-22
62 Tarastchuk JCE Gueacuterios EE Bueno RRL et al Obesidade e intervenccedilatildeo coronariana devemos continuar valorizando o Iacutendice de Massa Corpoacuterea Arq Bras Cardiol [online] 2008 90(5) 311-316
41
63 Ferreira AP CB Ferreira VC Souza et al Risco de distuacuterbio glicecircmico em mulheres idosas ajustado por antropometria e genoacutetipos de citocinas Rev Assoc Med Bras [online] 201157(5) 565-569
64 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano em mulheres Rev Bras Cineantrop Desempenho Hum 2006 8 (1) 14-21
65 Newman TB Browner WS Cummings SR Delineando estudos de testes meacutedicos In Hulley SB et al Delineando a pesquisa cliacutenica uma abordagem epidemioloacutegica 2 ed Porto Alegre Artmed 2003 203-224
66 Toscano CM As campanhas nacionais para detecccedilatildeo das doenccedilas crocircnicas natildeo-transmissiacuteveis diabetes e hipertensatildeo arterial Ciecircnc sauacutede Coletiva out-dez 2004 9(4) 885-895
67 Fletcher RH Fletcher SW Prevenccedilatildeo In Fletcher R Fletcher S Epidemiologia
cliacutenica elementos essenciais 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 2006 179-201
68 Jeckel J Elmore J Katz D Meacutetodos de prevenccedilatildeo secundaacuteria In _____ Epidemiologia bioestatiacutestica e medicina preventiva 2 ed Porto Alegre Artmed 2005 236-247
69 Klein CH Bloch KV Estudos seccionais In Medronho RA Carvalho DM Bloch KV Luiz RR Werneck GL Epidemiologia 1ordf ed Satildeo Paulo Editora Atheneu 2002 125-150
70 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Resoluccedilatildeo nordm- 6 de 3 de novembro de 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcenso2010ibgegovbrdados_divulgadosindexphpuf=29gt[201 dez 18]
71 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica ndash Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais (2014) Disponiacutevel em lthttpcodibgegovbr398G9gt [2014 ago 30]
72 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230gt [2013 mai 01]
73 Luiz RR Magnanini MMF A loacutegica da determinaccedilatildeo do tamanho da amostra em investigaccedilotildees epidemioloacutegicas Cad sauacutede coletiva Rio de Janeiro 2000 8(2) 9-28
74 Reis MC Nascimento RAS Pedreira RBS et al Validaccedilatildeo de Face e Clareza do Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede dos Idosos ndash IASI [resumo] in Anais do XIX Congresso Brasileiro Geriatria e Gerontologia Beleacutem 2014 296-296
75 Lohman TG Roche AF Martorell R Anthropometric Standardization Reference Manual Champaign Illinois Human Kinetics 1988
42
76 Vaz JCL Regiotildees de Incerteza para Curva ROC em Teste Diagnoacutesticos
[dissertaccedilatildeo] Satildeo Carlos Universidade Federal de Satildeo Carlos 2009
77 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de 2012
78 Erdreich LS Lee ET Use of relative operating characteristic analysis in epidemiology A method for dealing with subjective judgement Am J Epidemiol 1981 114649-62
79 Aekplakorn W Pakpeankitwatana V Lee CM et al Abdominal obesity and coronary heart disease in Thai men Obesity 200715(4)1036-42
80 Oliveira MAM Fagundes RLM Moreira EAM et al Relaccedilatildeo de Indicadores Antropomeacutetricos com Fatores de Risco para Doenccedila Cardiovascular Arq Bras Cardiol 2010 abr 94(4) 478-485
81 Mendes TAB Goldbaum M Segri NJ et al Factors associated with the prevalence of hypertension and control practices among elderly residents of Satildeo Paulo city Brazil Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(11) 2275-2286
82 Oliveira BFA Souza Mouratildeo D Gomes N et al Prevalecircncia de hipertensatildeo arterial em comunidades ribeirinhas do Rio Madeira Amazocircnia Ocidental Brasileira Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(8) 1617-1630
83 Picon RV Fuchs FD Moreira LB et al Prevalence of Hypertension Among Elderly Persons in Urban Brazil A Systematic Review With Meta-Analysis Am J Hypertens 2013 26 (4) 541-548
84 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Pessoa Idosa e Envelhecimento Seacuteries Pactos pela Sauacutede 2006 v 12 Brasiacutelia ndash DF 2010
85 Leal Neto JS Souza J Coqueiro RS et al Anthropometric indicators of obesity as screening tools for high blood pressure in the elderly Int J Nurs Pract 2013 Aug 19(4) 360-367
86 Schisterman EF Faraggi D Reiser B Trevisan M Statistical inference for the area under the receiver operating characteristic curve in the presence of random measurement error Am J Epidemiol 2001 154 (2) 174-9
87 Samsen M Hanchaiphiboolkul S Puthkhao P et al Appropriate body mass index and waist circumference cutoffs for middle and older age group in Thailand data of 19621 participants from Thai epidemiologic stroke (TES) study J Med Assoc Thai 2012 Sep 95(9)1156-66
88 Ko GTC Chan JCN Cockram CS Woo J Prediction of hypertension diabetes dyslipidemia or albuminuria using simple anthropometric indexes in Hong Kong Chinese Int J Obes 1999 23 (11) 1136-42
43
89 Lin WY Lee LT Chen CY et al Optimal cut-off values for obesity using simple anthropometric indices to predict cardiovascular risk factors in Taiwan Int J Obes Relat Metab Disord 2002261232-8
90 Pua YH Ong PH Anthropometric indices as screening tools for cardiovascular risk factors in Singaporean women Asia Pac J Clin Nutr 2005 14 (1) 74-9
91 Berber A Goacutemez-Santos R Fanghaumlnel G Saacutenchez-Reyes L Anthropometric
indexes in the prediction of type 2 diabetes mellitus hypertension and dyslipidaemia in a Mexican population Int J Obes 200125(12)1794-9
92 Browning LM Hsieh SD Ashwell M A systematic review of waist-to-height ratio
as a screening tool for the prediction of cardiovascular disease and diabetes 05 could be a suitable global boundary value Nutr Res Rev 2010 23(2)247-69
93 Bertsias G Mammas I Linardakis M Kafatos A Overweight and obesity in
relation to cardiovascular disease risk factors among medical students in Crete Greece BMC Public Health 2003 31-9
94 Kashihara H Lee JS Kawakubo K et al Criteria of Waist Circumference According to Computed Tomography-Measured Visceral Fat Area and the Clustering of Cardiovascular Risk Factors Circ J 2009 73 1881-1886
44
APEcircNDICES
45
Apecircndice 1
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
46
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS
PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE SAUacuteDE
DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE
Jequieacute ____ ____ 201__
APEcircNDICE 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Vocecirc esta sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa do Nuacutecleo de
Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo (NESP) da Universidade Estadual do Sudoeste da
Bahia
Objetivo do estudo Avaliar e monitorar as condiccedilotildees de sauacutede de idosos residentes
em comunidade
Participaccedilatildeo Ao aceitar participar do estudo estarei agrave disposiccedilatildeo do pesquisador
para responder ao formulaacuterio que seraacute arquivado pelo autor por um periacuteodo de cinco
anos sendo posteriormente incinerado
Riscos Este estudo natildeo traraacute riscos para minha integridade fiacutesica ou moral dos
participantes
Confidencialidade do estudo Seraacute garantida a privacidade o anonimato bem como
o direito de aceitar ou natildeo participar da pesquisa podendo ser essa autorizaccedilatildeo
suspensa em qualquer fase do estudo Assim as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo
4662012 do Conselho Nacional de Sauacutede que discorre sobre pesquisa envolvendo
seres humanos seratildeo atendidas Os resultados seratildeo publicados no relatoacuterio final da
dissertaccedilatildeo e artigos cientiacuteficos
47
Benefiacutecios Accedilotildees interinstitucionais articuladas promovidas numa perspectiva
interdisciplinar possibilitaratildeo uma melhor compreensatildeo das condiccedilotildees de sauacutede dos
idosos residentes em comunidade do municiacutepio e contribuiraacute para a formulaccedilatildeo de
accedilotildees direcionadas as necessidades dessa populaccedilatildeo
Danos advindos da pesquisa Caso haja algum prejuiacutezo decorrente da realizaccedilatildeo
deste estudo seraacute providenciada a devida reparaccedilatildeo dos danos atraveacutes do
responsaacutevel pelo estudo O pesquisador e os entrevistados natildeo receberatildeo benefiacutecios
financeiros para participaccedilatildeo no estudo Todas as despesas seratildeo por conta do
pesquisador
Participaccedilatildeo voluntaacuteria Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria podendo a qualquer
momento desistir do estudo sem qualquer prejuiacutezo ou penalidade para mim
Consentimento para participaccedilatildeo Apoacutes ser devidamente esclarecido (a) quanto
aos objetivos deste estudo dos procedimentos aos quais serei submetido (a) bem
como dos possiacuteveis riscos decorrentes da minha participaccedilatildeo estou de acordo em
participar do mesmo O pesquisador responsaacutevel pelo estudo assegura que seraacute
disponibilizado qualquer esclarecimento adicional que eu venha a solicitar durante a
realizaccedilatildeo da pesquisa e o direito de desistir da participaccedilatildeo em qualquer momento
Em casos de duacutevidas eou problemas referentes ao estudo vocecirc poderaacute
entrar em contato com o autor atraveacutes do Nuacutecleo de Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo
(NESP) (73) 3528-9721
Sendo assim eu ______________________________________________
aceito livremente participar do Projeto MONIDI
__________________________________ __________________________________
Assinatura do (a) participante
RG _________________________
Assinatura do (a) pesquisador
RG_________________________
48
Apecircndice 2
Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede do Idoso
49
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS
PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE
SAUacuteDE DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE
Nuacutemero do Questionaacuterio |__|__|__|
Nome do Entrevistador ___________________________
Visita 1 2 3
Data Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Hora de iniacutecio ________
Hora de teacutermino ________
I INFORMACcedilOtildeES PESSOAIS E SOCIODEMOGRAacuteFICAS
1 Nome do entrevistado
2Sexo
0 ( ) Feminino
1 ( ) Masculino
3 Endereccedilo completotelefone
4 Idade ____ anos
41 Data de Nascimento
____________
50
5 Situaccedilatildeo conjugal atual
1 ( ) Casado(a) 2 ( ) Uniatildeo estaacutevel 3 ( ) Solteiroa
4 ( ) Divorciado(a)separado(a)desquitado(a) 5 ( ) Viuacutevoa
6 No total quantas vezes o (a) Sr(a) esteve casado(a) ou em uniatildeo
Nordm de vezes |___|___|
7 Na escola qual a uacuteltima seacuterie grau que concluiu com aprovaccedilatildeo
1 - Nunca foi agrave escola ( ) 4 - Fundamental II ( )5 a ( )6 a ( )7 a ( )8 a
2 - Lecirc e escreve o nome ( ) 5 - Ensino Meacutedio ( ) 1 a ( )2 a ( )3
3 - Fundamental I ( )1 a ( )2 a 6 - Superior ( ) completo ( ) incompleto
( )3 a ( )4 a
8 Como vocecirc classificaria a cor da sua pele
1( ) Branca 2( ) Amarela (oriental) 3( ) Parda
4( ) Origem indiacutegena 5( ) Preta 9( ) Natildeo sabe
9 Cor da pele (entrevistador)
1( ) branca 2( ) amarela (oriental) 3( ) parda
4( ) origem indiacutegena 5( ) preta
10-Quantos filhos e filhas nascidos vivos o(a)Sr(a) teve (natildeo inclua enteados filhos
adotivos abortos ou filhos nascidos mortos)
Nuacutemero de filhos |____|____| (98) NS (99) NR
11 Atualmente o senhor (a) mora sozinho ou acompanhado
1( )Acompanhado 2( ) Sozinho 3( ) NR 4( )NS
51
12 Desde que o senhor (a) nasceu viveu no campo por 5 anos ou mais
0( ) Natildeo 1( ) Sim 2( ) NS 3( ) NR
13 Qual eacute a sua religiatildeo
1( ) Catoacutelica 2( ) Protestante 3( ) Judaica
4( ) Espiacuteritakardecista 5( ) Umbanda 6( ) Outras ____________
14 Qual a importacircncia da religiatildeo em sua vida
(1) Importante (2) Regular (3) Nada importante (8) NS (9) NR
15 Com que frequecircncia o senhor vai agrave igreja ou ao serviccedilo religioso
( ) Nunca ( ) Vaacuterias vezes por ano ( ) Uma duas vezes por mecircs
( ) Quase toda semana ( ) Mais de uma vez por semana ( ) NS ( ) NR
16 Quanto vocecirc ganha em meacutedia por mecircs R$ __________8( )Natildeo se aplica
II A CONSUMO DE AacuteLCOOL E TABACO
Uso de bebidas alcooacutelicas
1 Vocecirc consome bebidas alcooacutelicas Se vocecirc NAtildeO BEBE siga para o bloco III C
0 ( )sim 1( ) natildeo
2 Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
3 As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
4 Sente-se chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
5 Costuma beber pela manhatilde para diminuir o nervosismo ou a ressaca
0 ( ) sim 1( ) natildeo
Haacutebito de fumar
1 Vocecirc jaacute foi fumante 0 ( ) sim 1( ) natildeo
52
2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco
III C
3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros
4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias
III ANTROPOMETRIA
MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS
ESTATURA
MASSA CORPORAL
CIRCUNFEREcircNCIA
DE CINTURA
IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL
MEDIDA 01 02 03
Pressatildeo arterial
sistoacutelica
Pressatildeo arterial
diastoacutelica
53
ANEXOS
54
Anexo 1
Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos
55
56
vii
AGRADECIMENTO
Agradeccedilo primeiramente a DEUS por abenccediloar sempre os meus dias me
garantindo sauacutede e disposiccedilatildeo e por estar comigo sempre nas minhas conquistas
Ao Prof Dr ANTONIO CESAR CABRAL DE OLIVEIRA pela orientaccedilatildeo
proporcionada confianccedila e incentivo durante todo o curso do mestrado Muito
obrigada por nortear as minhas ideias e por ter oportunizado a realizaccedilatildeo desse
trabalho
Ao Prof Me SAULO VASCONCELOS ROCHA pelo incentivo co-orientaccedilatildeo pela
disponibilidade constante e principalmente por confiar no meu trabalho durante todo
o processo
Aos professores do Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Educaccedilatildeo Fiacutesica da
Universidade Federal de Sergipe em especial a AFRANIO ROBERTO JERONIMO
e MARCO BEZERRA pelas contribuiccedilotildees
Ao grupo MONIDI pelo apoio e auxiacutelio durante toda a fase de coleta vocecircs foram
essenciais
Agrave Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB) a Universidade Federal de
Sergipe (UFS) e ao Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Educaccedilatildeo Fiacutesica por terem
fornecido todas as condiccedilotildees para realizaccedilatildeo da coleta dessa dissertaccedilatildeo
Agradeccedilo aos idosos e aos trabalhadores das USFs da cidade de Ibicuiacute-BA que por
livre e espontacircnea vontade permitiram tornar possiacutevel esse trabalho
A CAPES pela bolsa de estudo concedida
viii
ldquoTudo eacute loucura ou sonho no comeccedilo Nada do que o homem fez no mundo teve iniacutecio de outra maneira ndash mas jaacute tantos sonhos se realizaram que natildeo temos o direito de duvidar de nenhumrdquo (Monteiro Lobato)
ix
RESUMO
A hipertensatildeo arterial eacute uma das principais causas de mortalidade em acircmbito mundial e fator de risco para diversas doenccedilas Tal enfermidade em idosos estaacute associada ao significante aumento nos distuacuterbios cardiovasculares e a incidecircncia de doenccedilas incapacitantes Por outro lado a gordura corporal estaacute relacionada com a pressatildeo arterial elevada em idosos a qual pode ser avaliada por meio de iacutendices antropomeacutetricos O objetivo deste estudo foi determinar o poder preditivo de iacutendices antropomeacutetricos e estabelecer seus pontos de corte como discriminadores de hipertensatildeo arterial e identificar o indicador antropomeacutetrico de obesidade que melhor discrimina a hipertensatildeo arterial Um estudo transversal foi realizado com uma amostra de 310 idosos com idades iguais ou superiores a 60 anos sendo 175 (565) mulheres A coleta ocorreu entre o periacuteodo de 03022014 a 20022014 na cidade de Ibicuiacute-BA Foram mensurados os seguintes iacutendices antropomeacutetricos iacutendice de massa corporal (IMC) circunferecircncia da cintura (CC) razatildeo cinturaestatura (RCEst) e iacutendice de conicidade (Iacutendice C) Ademais coletaram-se medidas de pressatildeo arterial sistoacutelica e diastoacutelica Para identificaccedilatildeo dos preditores de hipertensatildeo arterial foi adotada a anaacutelise das curvas Receiver Operating Characteristic (ROC) com intervalo de confianccedila de 95 Posteriormente identificaram-se os pontos de corte com suas respectivas sensibilidades e especificidades As anaacutelises foram efetuadas respeitando-se o niacutevel de significacircncia de 5 Apoacutes a construccedilatildeo das curvas ROC evidenciou-se que alguns iacutendices antropomeacutetricos apresentaram Aacuterea Sobre a Curva (ASC) significativas sendo o IMC = 060 (050-070) RCEst = 061 (051-071) Iacutendice C = 058 (058-068) nos homens Os diversos pontos de corte dos iacutendices antropomeacutetricos com melhores poderes preditivos e suas respectivas sensibilidades e especificidades foram identificados Conclui-se que as melhores aacutereas sob a curva ROC foram para IMC RCEst e Iacutendice C para os homens poreacutem tais medidas natildeo foram satisfatoacuterias para predizer hipertensatildeo arterial em mulheres idosas Sugere-se que a utilizaccedilatildeo de dois iacutendices simultaneamente possa resultar em uma maior eficiecircncia na avaliaccedilatildeo do risco de hipertensatildeo arterial em idosos
Palavras-chave Antropometria Hipertensatildeo Obesidade Idoso
x
ABSTRACT Hypertension is one of the main causes of mortality in the world and a risk factor for several diseases This illness in the elderly is associated with a significant increase in cardiovascular disorders and the incidence of disabling diseases On the other hand body fat is related to high blood pressure in the elderly which can be evaluated by means of anthropometric indices This study aimed to determine the predictive power of anthropometric indices and establish cut-off points as discriminators of arterial hypertension and identify the anthropometric indicator of obesity that best discriminates the hypertension A cross-sectional study was conducted with a sample of 310 elderly people with ages greater than or equal to 60 years 175 (565 ) women Data collection occurred between the period of 03 022014 20 022014 in Ibicuiacute city in Bahia The following anthropometric indices were measured body mass index (BMI) waist circumference (WC) waistheight ratio (WHtR) and conicity index (C-Index) In addition collected measures of systolic and diastolic blood pressure To identify hypertension predictors was adopted the Receiver Operating Characteristic (ROC) curves analysis with a confidence interval of 95 Later it was possible to identify the cut-off points with their respective sensitivities and specificities The samples were analyzed respecting significance level of 5 After the construction of the ROC curves it was evident that some anthropometric indices presented Area under the curve (AUC) significant being the BMI = 060 (050 -070) WHeR = 061 (051 -071) C-Index = 058 (058 -068) in men The different cut-off points of anthropometric indices with better predictive powers and their respective sensitivities and specificities were identified It is concluded that the best areas under the ROC curve were to BMI WHeR and C Index for the men but such measures were not satisfactory for predicting hypertension in elderly women It is suggested that the use of two indices simultaneously can result in greater efficiency in the assessment of the risk of hypertension in the elderly Keywords Anthropometry Hypertension Obesity Elderly
xi
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 1
2 REVISAtildeO DE LITERATURA 3
21 Consideraccedilotildees sobre doenccedilas cardiovasculares no Brasil e o processo de envelhecimento populacional 3
22 Hipertensatildeo arterial e a populaccedilatildeo idosa 4
23 Iacutendices antropomeacutetricos de sobrepeso e obesidade 5
24 A importacircncia da validaccedilatildeo 7
3 OBJETIVOS 10
4 MATERIAL E MEacuteTODOS 11
41 Tipos de estudo 11
42 Cenaacuterios do estudo 11
43 Populaccedilatildeo e amostra 12
44 Equipes de coleta de dados 13
45 Procedimentos para coleta de dados 14
451 Variaacuteveis do estudo e dados coletados 14
452 Instrumentos de coleta 14
453 Pressatildeo Arterial 14
454 Antropometria 15
46 Anaacutelise dos dados 16
47 Aspectos Eacuteticos 17
5 RESULTADOS 18
51 Caracterizaccedilatildeo da amostra estudada 18
52 Caracteriacutesticas antropomeacutetricas 20
53 Anaacutelise da curva ROC 21
6 DISCUSSAtildeO 28
61 Aacutereas sob a Curva ROC 28
62 Iacutendices antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial 30
7 CONCLUSAtildeO 35
8 REFEREcircNCIAS 36
xii
IacuteNDICE DE FIGURAS
Figura 1 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Ibicuiacute BA na regiatildeo Nordeste do Brasil 12
Figura 2 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial
(mulheres) IMC - iacutendice de massa corporal 23
Figura 3 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial
(homens) IMC - iacutendice de massa corporal 23
Figura 4 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial
(mulheres) CC ndash circunferecircncia da cintura 24
Figura 5 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens)
CC ndash circunferecircncia da cintura 24
Figura 6 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial
(mulheres) RCEst - razatildeo cinturaestatura 25
Figura 7 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial
(homens) RCEst - razatildeo cinturaestatura 25
Figura 8 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial
(mulheres) Iacutendice C -iacutendice de conicidade 26
Figura 9 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial
(homens) Iacutendice C - iacutendice de conicidade 26
xiii
IacuteNDICE DE TABELAS
Tabela 1 - Classificaccedilatildeo da pressatildeo arterial de acordo com a VI Diretrizes
Brasileiras de Hipertensatildeo (2010) 15
Tabela 2 - Classificaccedilatildeo do Iacutendice de Massa Corporal 15
Tabela 3 - Variaacuteveis sociodemograacuteficas e de estilo de vida em idosos 19
Tabela 4 - Valores descritivos miacutenimos e maacuteximos das variaacuteveis analisadas 21
Tabela 5 - Percentuais das variaacuteveis analisadas 21
Tabela 6 - Aacuterea sob a curva ROC e IC95 entre os iacutendices antropomeacutetricos e
hipertensatildeo arterial em idosos 22
Tabela 7 - Pontos de corte sensibilidade e especificidade dos iacutendices
antropomeacutetricos para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial em idosos 27
xiv
LISTA DE SIacuteMBOLOS OU NOMECLATURA
ASC - Aacuterea Sob a Curva
AVE - Acidente Vascular Encefaacutelico
CC - Circunferecircncia da Cintura
CNS - Conselho Nacional de Sauacutede
DCNT - Doenccedilas Crocircnicas Natildeo Transmissiacuteveis
ESF - Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia
ESTUDO MONIDI - Monitoramento da Sauacutede de Idosos de um Municiacutepio de
Pequeno Porte
HAS - Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica
IASI - Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede de Idosos
IC95 - Intervalo de Confianccedila 95
IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica
IMC ndash Iacutendice de Massa Corporal
Iacutendice C ndash Iacutendice de Conicidade
Li-IC ndash Limite Inferior do Intervalo de Confianccedila
NSI - Nutricion Screening Initiative
PA ndash Pressatildeo Arterial
PAD ndash Pressatildeo Arterial Diastoacutelica
PAS - Pressatildeo Arterial Sistoacutelica
RCEst - Razatildeo Cintura-Estatura
ROC - Receive Operator Caracteristic
SBH - Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo
SPSS - Statistical Package for the Social Sciences
xv
SUS - Sistema Uacutenico de Sauacutede
TCLE - Termo de Consentimento Livre Esclarecido
USFs - Unidades de Sauacutede da Famiacutelia
WHO - World Health Organization
1
1 INTRODUCcedilAtildeO
A transiccedilatildeo epidemioloacutegica caracteriza-se pela evoluccedilatildeo progressiva de um
perfil de alta mortalidade por doenccedilas infecciosas para outro onde predominam os
oacutebitos por doenccedilas cardiovasculares neoplasias causas externas e outras doenccedilas
consideradas crocircnico-degenerativas natildeo transmissiacuteveis1 Jaacute a transiccedilatildeo demograacutefica
tem relaccedilatildeo direta com a evoluccedilatildeo das taxas de mortalidade natalidade e
fecundidade no qual houve uma mudanccedila da populaccedilatildeo jovem para um contingente
cada vez maior e mais importante de pessoas com 60 anos ou mais de idade2
As mudanccedilas demograacuteficas evidenciam o aumento na expectativa de vida com
consequente crescimento da populaccedilatildeo idosa3 Essa modificaccedilatildeo no perfil etaacuterio da
populaccedilatildeo concorre para transformaccedilatildeo nos aspectos relacionados agrave
morbimortalidade nos quais as doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis (DCNT) passam
a ser as principais causas de adoecimentomorte As DCNT mais prevalentes satildeo as
doenccedilas cardiovasculares cacircnceres respiratoacuterias crocircnicas diabetes e hipertensatildeo
arterial4
A hipertensatildeo arterial sistecircmica (HAS) eacute a primeira causa de mortalidade em
acircmbito mundial e a terceira causa de incapacidade induzida por doenccedila apoacutes
desnutriccedilatildeo e doenccedilas sexualmente transmissiacuteveis5 Estima-se que a pressatildeo arterial
elevada cause 94 milhotildees de mortes por ano no mundo6 A HAS eacute o principal fator de
risco para acidente vascular encefaacutelico (AVE) doenccedila arterial coronariana
insuficiecircncia cardiacuteaca insuficiecircncia renal crocircnica e doenccedila vascular de extremidades7
Tal enfermidade em idosos estaacute associada a significante aumento nos distuacuterbios
cardiovasculares na incidecircncia de doenccedilas incapacitantes com consequente
diminuiccedilatildeo da sobrevida e piora na qualidade de vida resultando dependecircncia e perda
da autonomia8910
Vaacuterios estudos evidenciam que a gordura corporal estaacute relacionada com a
pressatildeo arterial elevada em idosos111213 Dessa forma para discriminar a quantidade
de gordura corporal e sua distribuiccedilatildeo os iacutendices antropomeacutetricos satildeo instrumentos
haacutebeis principalmente em estudos epidemioloacutegicos Aleacutem disso tecircm sido utilizados
com frequecircncia em estudos populacionais e satildeo importantes por monitorar o estado
nutricional em diferentes grupos Esses iacutendices satildeo bons preditores para a
hipertensatildeo arterial14 diabetes mellitus doenccedilas cardiovasculares e para discriminar
2
o risco coronariano em diferentes populaccedilotildees1516 Apresentam como vantagens a sua
simplicidade baixo custo e faacutecil utilizaccedilatildeo Contudo estudos sobre os iacutendices
antropomeacutetricos satildeo escassos e inconclusivos na populaccedilatildeo idosa17
A identificaccedilatildeo indireta da hipertensatildeo arterial por meio dos iacutendices
antropomeacutetricos pode ser uma estrateacutegia importante na sauacutede puacuteblica como
instrumento de triagem favorecendo a identificaccedilatildeo das alteraccedilotildees na pressatildeo
arterial Uma das estrateacutegias recomendadas para atingir essa proposta eacute a utilizaccedilatildeo
de instrumentos de rastreamento adequados de raacutepida e faacutecil aplicaccedilatildeo e que
apresentem coeficientes de fidedignidade e de validade significativos No contexto da
atenccedilatildeo primaacuteria recentemente Gomes et al (2009)18 e Azevedo et al (2010)19
propuseram a aplicaccedilatildeo da antropometria para a detecccedilatildeo de fatores de risco agrave sauacutede
sugerindo a utilizaccedilatildeo do iacutendice de massa corporal (IMC) e circunferecircncia da cintura
(CC) como medidas de triagem
Averiguar o poder discriminatoacuterio e estabelecer pontos de corte ou seja
valores criacuteticos de iacutendices antropomeacutetricos que se associem a hipertensatildeo arterial em
idosos pode ser uma boa estrateacutegia de monitoramento e de triagem destes fatores de
risco Sendo que os valores criacuteticos dos iacutendices antropomeacutetricos para idosos natildeo
foram estabelecidos na literatura Dessa forma parecem ser relevantes os estudos
que indiquem meios indiretos para detectar fatores de risco cardiovascular Os iacutendices
antropomeacutetricos podem ser utilizados como estrateacutegia eficiente no processo de
triagem da hipertensatildeo arterial no ambiente da atenccedilatildeo primaacuteria do Sistema Uacutenico de
Sauacutede (SUS)
3
2 REVISAtildeO DE LITERATURA
21 Consideraccedilotildees sobre doenccedilas cardiovasculares no Brasil e o processo de envelhecimento populacional
Atualmente as doenccedilas cardiovasculares tecircm acometido grande parcela da
populaccedilatildeo mundial Em 2012 o relatoacuterio da World Health Organization (WHO)20
estimou que 175 milhotildees de pessoas morreram de doenccedilas cardiovasculares
representando 46 de todas as mortes globais Jaacute a pressatildeo arterial elevada
provoca 51 das mortes por acidente vascular cerebral e 45 das mortes por doenccedila
arterial coronariana21
Tais doenccedilas foram responsaacuteveis por 70 das causas de morte no Brasil no
ano de 2013 As doenccedilas cardiovasculares como do aparelho circulatoacuterio cacircncer e
diabetes tecircm respondido por um nuacutemero elevado de mortes antes dos 70 anos22
O crescimento populacional e o aumento da longevidade podem acarretar a um
raacutepido aumento no nuacutemero total de adultos de meia-idade e mais velhos com um
correspondente aumento do nuacutemero de mortes causadas por doenccedilas crocircnicas natildeo
transmissiacuteveis
Dessa forma a quantidade de pessoas com mais de 60 anos satildeo hoje 13 da
populaccedilatildeo brasileira ou 261 milhotildees de indiviacuteduo em 201323 Com o processo de
envelhecimento populacional as doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis ganharam
expressotildees para a sociedade para previdecircncia social e por consequecircncia para a
sauacutede puacuteblica
A fase do envelhecimento eacute o momento caracterizado pelas alteraccedilotildees fiacutesicas
psicossociais e pelo decliacutenio da capacidade funcional dos organismos como tambeacutem
pelo surgimento de condiccedilotildees patoloacutegicas advindas de haacutebitos de vida inadequados
(tabagismo alcoolismo alimentaccedilatildeo incorreta ausecircncia de atividade fiacutesica regular
entre outros)24 Dessa forma para retardar essas mudanccedilas eacute necessaacuterio ter um
envelhecimento saudaacutevel
4
22 Hipertensatildeo arterial e a populaccedilatildeo idosa
A hipertensatildeo arterial eacute definida como sendo uma condiccedilatildeo crocircnica da tensatildeo
arterial elevada resultando em valores acima do considerado aceito ou seja quando
a pressatildeo arterial sistoacutelica (PAS) estaacute cronicamente acima de 140 mmHg ou a pressatildeo
arterial diastoacutelica (PAD) estaacute cronicamente acima de 90 mmHg2526
No mundo em torno de um bilhatildeo de pessoas satildeo hipertensas natildeo controladas
sendo que 75 milhotildees de pessoas morreram a cada ano pela doenccedila ateacute o ano de
200827 Estimativas do Ministeacuterio da Sauacutede indica que cerca de 17 milhotildees de
brasileiros apresentam hipertensatildeo arterial sendo que 35 dessa populaccedilatildeo tinham
idade igual ou superior a 40 anos Em comparaccedilatildeo com anos anteriores pode-se
observar que a proporccedilatildeo de brasileiros diagnosticados com hipertensatildeo arterial
cresceu de 215 em 2006 para 244 em 20092829
O resultado da Pesquisa Nacional de Sauacutede do primeiro semestre de 2013
estimou que o Brasil tem 313 milhotildees de hipertensos Entre as pessoas com mais de
60 anos mais de 444 tecircm hipertensatildeo sendo que essa prevalecircncia cresce com a
idade22 Esses dados se aproximam aos nuacutemeros da Sociedade Brasileira de
Hipertensatildeo (SBH) no qual estima que haja 30 milhotildees de hipertensos no Brasil em
2014 ou seja cerca de 30 da populaccedilatildeo adulta30
Jaacute na populaccedilatildeo baiana com idade acima de 40 anos cerca de 35 tecircm
hipertensatildeo arterial correspondendo a cerca de 13 milhatildeo de pessoas acometidas
pela doenccedila Na populaccedilatildeo dos 55 aos 64 anos 516 tecircm pressatildeo arterial elevada
e com 65 anos ou mais esse nuacutemero chega a 60631 No estado da Bahia foram
registradas 6274 mortes por doenccedilas de aparelho circulatoacuterio ateacute o mecircs de outubro
de 2013 Dentre os registros 649 foram por hipertensatildeo32 No municiacutepio de Ibicuiacute ndash
BA a prevalecircncia de HAS cadastrados nas Unidades de Sauacutede da Famiacutelia (USFs) foi
de 643 idosos33
A hipertensatildeo arterial eacute caracterizada por niacuteveis elevados e sustentados de
pressatildeo arterial (PA) como uma condiccedilatildeo cliacutenica multifatorial Associa-se
frequentemente a alteraccedilotildees funcionais eou estruturais dos oacutergatildeos-alvo (coraccedilatildeo
enceacutefalo rins e vasos sanguiacuteneos) e a alteraccedilotildees metaboacutelicas2634 Pode ser
classificada em primaacuteria e secundaacuteria de acordo com a sua origem A primaacuteria tem
5
sua origem desconhecida35 e a secundaacuteria eacute decorrente de alguma doenccedila
subjacente36
No caso de a PA estar cronicamente elevada ou seja hipertensatildeo arterial o
risco de desenvolvimento de complicaccedilotildees cardiovasculares renais e ateacute mesmo o
oacutebito aumenta consideravelmente37
Com relaccedilatildeo agrave caracteriacutestica fisiopatoloacutegica da HAS a partir dos 50 ou 60 anos
de idade a pressatildeo diastoacutelica diminui e a pressatildeo central aumenta determinando um
balanccedilo proacuteximo entre resistecircncia aumentada e aumento da impedacircncia na aorta
toraacutecica Dessa forma a pressatildeo de pulso comeccedila a se elevar e a HAS se torna o
principal subtipo de hipertensatildeo apoacutes a sexta deacutecada de vida38
Contudo apoacutes os 60 anos ocorre o enrijecimento arterial central indicado pela
queda na pressatildeo diastoacutelica e o raacutepido alargamento da pressatildeo de pulso O aumento
da rigidez arterial central e a amplitude da onda de pulso satildeo fatores hemodinacircmicos
dominantes nos indiviacuteduos normotensos e hipertensos apoacutes os 60 anos38
Aleacutem dos fatores fisiopatoloacutegicos vale destacar que o aumento da pressatildeo
arterial com a idade tambeacutem estaacute relacionado com o consumo de sal exagerado ao
longo da vida39
As principais estrateacutegias no tratamento natildeo-farmacoloacutegico da HAS segundo
Ministeacuterio da Sauacutede28 se encontram na adoccedilatildeo de haacutebitos alimentares saudaacuteveis
reduccedilatildeo na ingestatildeo de soacutedio reduccedilatildeo do consumo de bebidas alcooacutelicas abandono
do tabagismo praacutetica de atividade fiacutesica regular controle ou diminuiccedilatildeo da massa
corporal
23 Iacutendices antropomeacutetricos de sobrepeso e obesidade
Como meacutetodo natildeo invasivo a antropometria eacute utilizada principalmente para
avaliar as proporccedilotildees tamanho e a composiccedilatildeo corporal40 Tal meacutetodo possui relaccedilatildeo
com estado de sauacutede condiccedilotildees sociais e econocircmicas de grupos populacionais
podendo diagnosticar a desnutriccedilatildeo ou excesso de peso Os iacutendices antropomeacutetricos
que consistem na mediccedilatildeo de dimensotildees corporais podem ser usados para predizer
a sauacutede geral e bem-estar da populaccedilatildeo40
6
Em 2011 estudo realizado por Pitanga41 indica que os iacutendices antropomeacutetricos
apresentam-se como preditores do risco de infarto do miocaacuterdio acidente vascular
encefaacutelico e morte prematura
O IMC eacute determinado pela massa corporal em quilogramas dividido pela
estatura em metros ao quadrado eacute uma medida que determina o estado nutricional
Este iacutendice antropomeacutetrico eacute comumente aplicado em estudos epidemioloacutegicos em
idosos para diagnosticar o excesso de peso (sobrepesoobesidade) principalmente
por ser um meacutetodo faacutecil de aplicar raacutepido e de baixo custo Deste modo vaacuterios
estudos com essa populaccedilatildeo tecircm avaliado o estado nutricional por meio do IMC42
434445
No estudo de Silva e Petroski (2009)46 com idosas de um grupo de convivecircncia
do municiacutepio de Aracaju ndash Sergipe sugeriu que o ponto de corte do IMC utilizado pela
Nutricion Screening Initiative ndash NSI (1992)47 para sobrepeso e excesso de peso foi o
mais bem associado com a PA elevada e para obesidade o melhor ponto de corte
associado com a PA elevada foi o da WHO (1998)48
A outra medida importante para avaliaccedilatildeo da obesidade central dos indiviacuteduos
eacute a circunferecircncia de cintura A obesidade eacute caracterizada pelo acuacutemulo excessivo de
gordura corporal no indiviacuteduo e quando presente na regiatildeo abdominal tem alta
correlaccedilatildeo com doenccedilas cardiovasculares e distuacuterbios metaboacutelicos40 O obeso tem
mais propensatildeo a desenvolver problemas como hipertensatildeo doenccedilas
cardiovasculares diabetes tipo 2 entre outras doenccedilas4950
Comparando as medidas antropomeacutetricas com exames de diagnoacutesticos por
imagens como a tomografia computadorizada e a ressonacircncia magneacutetica foi
verificado que a circunferecircncia da cintura apresentou melhor correlaccedilatildeo com o tecido
adiposo visceral51 Tambeacutem o aumento da circunferecircncia da cintura teve boa
associaccedilatildeo com o aumento significativo da prevalecircncia da hipertensatildeo arterial52
A razatildeo cintura-estatura (RCEst) eacute determinado pela divisatildeo da circunferecircncia
da cintura (cm) pela estatura (cm) Este indicador tem sido utilizado para identificar
alto risco metaboacutelico obesidade fatores de risco cardiovascular e maior capacidade
preditiva para o risco coronariano elevado em populaccedilotildees adultas e idosas1653
tambeacutem eacute fortemente associada a diversos fatores de risco cardiovascular em
diferentes populaccedilotildees15
7
O Iacutendice C eacute determinado com as medidas de massa corporal da estatura e da
circunferecircncia da cintura54 e eacute muito utilizado com a populaccedilatildeo adulta555657585960 Jaacute
com a populaccedilatildeo de idosos o iacutendice C tem sido pouco utilizado e somente alguns
estudos usaram esse indicador para tentar identificar distuacuterbios metaboacutelicos risco
coronariano e prevalecircncia de risco agrave sauacutede616263 Natildeo foram encontrados estudos
associativos entre o Iacutendice C e pressatildeo arterial elevada em idosos
Tais iacutendices satildeo pouco utilizados com a populaccedilatildeo idosa e principalmente com
populaccedilotildees residentes em cidades de pequeno porte Dessa forma para discriminar e
analisar o incremento de gordura corporal os iacutendices antropomeacutetricos tecircm
demonstrado eficiecircncia principalmente em estudos epidemioloacutegicos Cada indicador
tem peculiaridade quanto a sua distribuiccedilatildeo e discriminaccedilatildeo por isso podem ser
utilizados conjuntamente ou separadamente dependendo dos objetivos como
estrateacutegia eficiente para a detecccedilatildeo e o controle de doenccedilas
Contudo os iacutendices antropomeacutetricos tecircm sido bem utilizados para associar
vaacuterios fatores de risco de sauacutede como doenccedilas coronarianas cardiovasculares
distuacuterbios metaboacutelicos dentre outros641641 Poreacutem ainda natildeo estaacute clara sua
associaccedilatildeo com pressatildeo arterial elevada em idosos
Sendo assim os iacutendices antropomeacutetricos satildeo eficientes para identificar a
hipertensatildeo arterial em idosos E quais satildeo os melhores iacutendices para identificar as
alteraccedilotildees da pressatildeo arterial elevada em idosos
24 A importacircncia da validaccedilatildeo
Como se trata de um estudo de validaccedilatildeo de um meacutetodo faz-se necessaacuterio
debater sobre o tema Os instrumentos de rastreamento satildeo ferramentas essenciais
para os serviccedilos de sauacutede pois fornecem medidas relevantes reprodutiacuteveis e
acuradas permitindo a identificaccedilatildeo das pessoas com maior chance de preencher os
criteacuterios para uma determinada condiccedilatildeo ou doenccedila Como tambeacutem completa o
registro de informaccedilatildeo e a comparaccedilatildeo de resultados minimizando a influecircncia de
fatores subjetivos na coleta e registro de dados6566
A escolha de um instrumento deve-se basear em suas qualidades que
consistem em coeficientes significativos de validade e fidedignidade Dessa forma
8
essas medidas necessitam apresentar simplicidade na teacutecnica economia facilidade
e rapidez na aplicaccedilatildeo e interpretaccedilatildeo666768
A validade caracteriza-se como a capacidade do instrumento medir aquilo que
se propotildees a medir Envolve um componente conceitual (julgamento subjetivo a
respeito do instrumento pelo pesquisador) e um componente operacional (avaliaccedilatildeo
sistemaacutetica (estatiacutestica) do teste) geralmente o comparando com um criteacuterio padratildeo
ouro67
A avaliaccedilatildeo operacional da validade utilizada nessa pesquisa foi a de criteacuterio
no qual mede agrave extensatildeo com que o instrumento discrimina sujeitos que diferem em
determinadas caracteriacutesticas Refere-se agrave capacidade de uma escala de se
corresponder com outras medidas ou de predizer algo a que se propotildee Eacute avaliada
por meio de criteacuterio-padratildeo (validade concorrente e validade preditiva) Sendo que a
validade preditiva eacute estimulada estatisticamente e expressa por meio da sensibilidade
especificidade valor preditivo positivo valor preditivo negativo e taxa de classificaccedilatildeo
incorreta67
A sensibilidade corresponde agrave proporccedilatildeo de casos positivos identificados
corretamente ou melhor eacute a capacidade de medida de reconhecer os verdadeiros
positivos Quanto maior a sensibilidade maior a chance de detectar a doenccedila A
especificidade eacute proporccedilatildeo de casos negativos identificados corretamente eacute a
capacidade do instrumento de reconhecer os verdadeiros negativos67
Quanto mais sensiacutevel for o teste melhor seraacute seu valor preditivo negativo ou
seja maior seraacute a certeza de que uma pessoa com resultado negativo natildeo tenha
realmente a doenccedila Quanto mais especifico melhor seraacute seu valor preditivo positivo
ou seja maior seraacute a certeza de que uma pessoa com resultado positivo tenha a
hipertensatildeo arterial67
Como estrateacutegia geral quando a principal preocupaccedilatildeo for evitar o resultado
falso-positivo entatildeo o ponto de corte deve objetivar o maacuteximo de especificidade e se
a preocupaccedilatildeo maior eacute evitar resultado falso-negativo (o resultado do teste em
paciente com suspeita de hipertensatildeo arterial) o ponto de corte deve objetivar o
maacuteximo de sensibilidade67 Os autores ainda referem que a curva Receive Operator
Caracteristic (ROC) eacute a melhor maneira de estabelecer o ponto de corte otimizando
a sensibilidade e especificidade do teste diagnoacutestico
9
Destaca-se que as qualidades de um instrumento aplicado em condiccedilotildees de
campo satildeo modificadas pela prevalecircncia de casos na populaccedilatildeo cliacutenica (onde eacute
esperado ter maior proporccedilatildeo de doenccedila) comparada com uma populaccedilatildeo geral
10
3 OBJETIVOS
Determinar o poder preditivo de iacutendices antropomeacutetricos para predizer
hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos
Estabelecer pontos de corte como discriminadores de hipertensatildeo arterial em
mulheres e homens idosos
Identificar o iacutendice antropomeacutetrico de obesidade que melhor discrimina a
hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos
11
4 MATERIAL E MEacuteTODOS
41 Tipos de estudo
Esta pesquisa eacute do tipo transversal ou seccional como parte do projeto de
Monitoramento da Sauacutede de Idosos de um Municiacutepio de Pequeno Porte ESTUDO
MONIDI Em estudos transversais a estrateacutegia de observaccedilatildeo da populaccedilatildeo eacute
seccional isto eacute as informaccedilotildees obtidas referem-se ao mesmo momento sendo mais
adequado para obtenccedilatildeo de estimativas populacionais As informaccedilotildees individuais
devem ser coletadas num determinado prazo mais curto possiacutevel decorrido entre as
observaccedilotildees do primeiro e uacuteltimo indiviacuteduo69
42 Cenaacuterios do estudo
O municiacutepio de Ibicuiacute fica localizado na zona fisiograacutefica de Vitoacuteria da Conquista
(Encosta do Planalto) e situada no Sudoeste do Estado da Bahia possui uma aacuterea
territorial de 1176843 kmsup2 populaccedilatildeo de 16640 habitantes7071 A populaccedilatildeo de
idosos no ano de 2013 era de 2124 habitantes e destes 525 estavam cadastrados
nas Unidades de Sauacutede da Famiacutelia33
12
Figura 1 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Ibicuiacute BA na regiatildeo Nordeste do Brasil
Fonte Adaptado do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE)72 Infograacuteficos
Cidades Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230
43 Populaccedilatildeo e amostra
A populaccedilatildeo alvo do presente estudo foi constituiacuteda por indiviacuteduos com idade
igual ou superior a 60 anos de ambos os sexos cadastrados na Estrateacutegia de Sauacutede
da Famiacutelia (ESF) que atenderam agraves aacutereas urbanas e rurais do municiacutepio de Ibicuiacute-BA
no ano de 2014 A lista com o nuacutemero de usuaacuterios idosos cadastrados nas USFs da
zona rural e urbana do municiacutepio foi solicitada junto agrave Secretaria Municipal de Sauacutede
Foram incluiacutedos no estudo idosos que estavam cadastrados na Estrateacutegia de
Sauacutede da Famiacutelia que aceitaram participar da pesquisa atraveacutes da assinatura do
Termo de Consentimento Livre Esclarecido (TCLE)
Os criteacuterios de exclusatildeo foram os participantes com diagnoacutestico de demecircncia
ou qualquer outro tipo de alteraccedilatildeo cognitiva que comprometesse a veracidade das
informaccedilotildees fornecidas idosos acamados portadores de doenccedila de Alzheimer ou
outro tipo de doenccedila neuroloacutegica que afetasse a cogniccedilatildeo doenccedila em estaacutegio
terminal
Apoacutes aplicaccedilatildeo dos criteacuterios de exclusatildeo foi efetuado o caacutelculo amostral
seguindo a proposta de Luiz e Magnanini (2000)73 para populaccedilotildees finitas com
13
predominacircncia desconhecida de 50 sendo adotado niacutevel de significacircncia de 5
(correspondendo a um intervalo de confianccedila de 95) e erro toleraacutevel de amostragem
de 25
O caacutelculo amostral resultou numa amostra miacutenima necessaacuteria de 305 idosos
Esse caacutelculo amostral sofreu ajuste em 10 para compensar eventuais perdas e
recusas Apoacutes o resultado do caacutelculo amostral os idosos participantes foram
selecionados atraveacutes de sorteio sendo este proporcional ao tamanho e a distribuiccedilatildeo
por sexo e por quantidade de idosos na Unidade de Sauacutede da Famiacutelia
Os indiviacuteduos assinaram o TCLE foram entrevistados e avaliados nas
dependecircncias da USF sendo que aqueles que natildeo foram localizados ou natildeo
compareceram a USF apoacutes trecircs tentativas foram automaticamente substituiacutedos por
meio de sorteio
44 Equipes de coleta de dados
A equipe de coleta foi composta por dois profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica
(Coordenadores) e cinco acadecircmicos de fisioterapia enfermagem e medicina A
equipe foi previamente treinada em reuniotildees teacutecnicas e no estudo piloto que foi
realizado no periacuteodo de Outubro a Dezembro de 2013 visando padronizar todo o
processo de coleta Foram estabelecidas accedilotildees referentes agrave logiacutestica agrave aplicaccedilatildeo dos
questionaacuterios e aos procedimentos de medidas das variaacuteveis antropomeacutetricas A
coleta propriamente dita ocorreu entre o periacuteodo de 03022014 a 20022014
14
45 Procedimentos para coleta de dados
451 Variaacuteveis do estudo e dados coletados
Foram mensuradas as variaacuteveis idade sexo situaccedilatildeo conjugal niacutevel de
escolaridade raccedilacor renda mensal alcoolismos e tabagismos Como tambeacutem
medidas de pressatildeo arterial sistoacutelica e diastoacutelica massa corporal estatura e
circunferecircncia da cintura
452 Instrumentos de coleta
Foi utilizado o instrumento de coleta denominado Instrumento de Avaliaccedilatildeo da
Sauacutede de Idosos (IASI) padronizado e validado previamente74 Tal instrumento obteacutem
caracteriacutesticas sociodemograacuteficas informaccedilotildees pessoais consumo de aacutelcool e
tabaco avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica e de pressatildeo arterial
Para aferir a pressatildeo arterial foi utilizado o aparelho digital (marca OMRONreg
modelo HEM ndash 742 INT) Utilizou-se ainda uma balanccedila digital portaacutetil (OMRONreg) e
um estadiocircmetro (marca Sannyreg) ambos devidamente calibrados e fita
antropomeacutetrica flexiacutevel (Cardiomedreg)
453 Pressatildeo Arterial
A pressatildeo arterial foi aferida com um aparelho digital de braccedilo com manguito
adequado agrave circunferecircncia do mesmo A medida foi realizada no braccedilo direito a altura
do coraccedilatildeo Foram realizadas trecircs medidas da pressatildeo arterial sendo a primeira apoacutes
o idoso permanecer cinco minutos em repouso e sentado a segunda apoacutes dois
minutos e a terceira dois minutos apoacutes a realizaccedilatildeo da segunda (foi utilizada a meacutedia
das trecircs medidas) Valores de referecircncia estatildeo estabelecidos na Tabela 1
15
Tabela 1 - Classificaccedilatildeo da pressatildeo arterial de acordo com a VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo (2010)
Classificaccedilatildeo Pressatildeo Sistoacutelica (mmHg)
Pressatildeo Diastoacutelica (mmHg)
Oacutetima Normal Limiacutetrofe
lt 120 lt 130 130-139
lt 80 lt 85 85-80
Hipertensatildeo estaacutegio I 140-159 90-99 Hipertensatildeo estaacutegio II 160-179 100-109 Hipertensatildeo estaacutegio III ge 180 ge 110 Hipertensatildeo sistoacutelica isolada
ge 140 lt 90
Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo (2010)7
454 Antropometria
Todas as medidas antropomeacutetricas foram realizadas trecircs vezes (verificou-se a
meacutedia de tais medidas) por um profissional de Educaccedilatildeo Fiacutesica para diminuir o erro
intra e inter avaliadores e anotados por um apontador Os idosos foram medidos
conforme procedimentos padronizados por Lohman et al (1988)75 sem calccedilados
roupas leves sem reloacutegio chaves celular etc
Foi mensurada a circunferecircncia da cintura com uma fita antropomeacutetrica flexiacutevel
no ponto meacutedio entre a uacuteltima costela e a crista iliacuteaca e o procedimento foi deixar a
cintura livre de roupa e os braccedilos cruzados no peito Classificaccedilatildeo de risco para
desenvolver doenccedilas por Lohman et al (1988)75 HOMENS gt 102 cm e MULHERES
gt 88 cm Foi determinado o IMC atraveacutes da equaccedilatildeo [IMC =massa corporal
(kg)estatura2(m)] Valores de referecircncia estatildeo estabelecidos na Tabela 2
Tabela 2 - Classificaccedilatildeo do Iacutendice de Massa Corporal
IMC Classificaccedilatildeo
Baixo peso lt 220 kgm2 Peso adequado 220 le IMC le 270 kgm2 Obesidade gt 270 kgm2
Lohman et al (1988)75
16
A razatildeo cintura-estatura foi determinada pela equaccedilatildeo proposta por Pitanga e
Lessa (2006)15 a qual utiliza a CC (cm) e a estatura (cm) O Iacutendice C foi estimado por
meio das medidas de massa corporal estatura e circunferecircncia da cintura utilizando-
se um modelo proposto por Valdez (1991)54 cuja equaccedilatildeo matemaacutetica estaacute descrita a
seguir
46 Anaacutelise dos dados
Os dados foram digitados com dupla entrada no software Epidata 31 Apoacutes a
digitaccedilatildeo dos dados foram verificados manualmente os valores discrepantes e a
consistecircncia das informaccedilotildees
Na anaacutelise de dados foram utilizados os procedimentos da estatiacutestica descritiva
expressa por meacutedia desvio padratildeo nuacutemero de observaccedilotildees e percentual das
variaacuteveis avaliadas A diferenccedila entre os sexos nas variaacuteveis contiacutenuas foi analisada
pelo teste t de Student para amostras independentes uma vez que as variaacuteveis
apresentaram distribuiccedilatildeo normal e o teste do Qui-quadrado para comparar as
proporccedilotildees (variaacuteveis qualitativas) entre os idosos do sexo masculino e feminino
O poder discriminatoacuterio para determinar a hipertensatildeo arterial e os iacutendices
antropomeacutetricos foi verificado atraveacutes da utilizaccedilatildeo das curvas ROC recurso utilizado
para obtenccedilatildeo de pontos de corte que visam diagnoacutesticos ou triagem
A aacuterea sob a curva ROC (ASC) determina a capacidade preditiva do indicador
para presenccedila ou ausecircncia de hipertensatildeo arterial Uma ASC igual a 10 eacute
considerada perfeita poreacutem se for igual ou menor a 05 indica que sua capacidade
preditiva natildeo eacute melhor que ao acaso
17
Neste estudo o pressuposto para anaacutelise da ASC foi agrave sensibilidade pois em
determinadas situaccedilotildees quando natildeo pode correr o risco de natildeo diagnosticar
determinada doenccedila eacute melhor privilegiar a sensibilidade76
Apoacutes determinados os pontos de corte para cada uma das variaacuteveis
investigadas para prediccedilatildeo de hipertensatildeo essas foram dicotomizadas com base em
seus respectivos valores de referecircncia As anaacutelises estatiacutesticas foram conduzidas no
Statistical Product and Service Solutions (SPSS) reg 130 Em todas as anaacutelises foram
efetuadas respeitando-se o niacutevel de significacircncia de 5
47 Aspectos Eacuteticos
O estudo foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa da Universidade
Estadual do Sudoeste da Bahia com parecer (CAAE 22969013000000055) (Anexo
1) seguindo princiacutepios eacuteticos estabelecidos na Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de
2012 do Conselho Nacional de Sauacutede (CNS)77
18
5 RESULTADOS
51 Caracterizaccedilatildeo da amostra estudada
De acordo com a contabilizaccedilatildeo das perdas (mudou-se do municiacutepio natildeo foi
encontrado por mais de 3 vezes na USF ou domicilio) e recusas (n=31) a amostra final
foi composta por 310 idosos (201 zona urbana e 109 zona rural) A taxa de respostas
foi de 912 com 88 (n=31) de recusas e 92 (n=29) de exclusatildeo
Participaram do estudo 175 mulheres (565) e 135 homens (435) As
idades variaram entre 60 e 108 anos com meacutedia de 7078 plusmn 82 anos para as mulheres
e 60 a 93 anos com meacutedia de 7259 plusmn 78 anos para homens
A maioria das mulheres se auto referiu ser negra e os homens pardo O iacutendice
de analfabetismo apresentou-se elevado em ambos os sexos A maior parte dos idosos
eacute casado A maioria dos idosos sobrevivia com renda mensal inferior ou igual a um
salaacuterio miacutenimo (Tabela 3)
19
Tabela 3 - Variaacuteveis sociodemograacuteficas e de estilo de vida em idosos
Mulheres (n=175) Taxa de Resposta
Homens (n=135) Taxa de Resposta
n n P
Raccedilacor 9861 991
Branco 47 2686 43 3209
Preto 73 4171 26 1940 0001
Pardo 49 2800 55 4074
Natildeo sabe 4 229 10 741
Escolaridade 9918 1000
Analfabeto 95 5429 84 6222
Baacutesica 72 4114 46 3408 0001
Secundaacuteria 5 286 5 370
Superior 2 114 - -
Estado Civil 9789 991
Casadouniatildeo estaacutevel
74 4229 78 5777
Solteiroseparado 33 1886 36 2667 0001
Viuacuteva 63 3600 20 1481
Renda Mensal 9918 1000
le 1 salaacuterio 165 9428 123 9111
11 a 2 salaacuterio 8 458 10 74 0001
21 a salaacuterio 1 057 2 148
Alcoolismo 9989 1000
Sim 4 229 9 667 0001
Natildeo 170 9714 126 9333
Tabagismo 9597 1000
Sim 15 857 21 1556 0001
Natildeo 152 8686 114 8444
Teste Qui-quadrado
20
52 Caracteriacutesticas antropomeacutetricas
Apoacutes a assinatura do TCLE e realizaccedilatildeo do questionaacuterio 10 idosos foram
excluiacutedos (recusas e informaccedilatildeo incompleta do questionaacuterio) desta etapa de anaacutelise
Dessa forma foram analisadas 300 avaliaccedilotildees das medidas antropomeacutetricas
Na Tabela 4 podem ser observados os valores meacutedios desvio padratildeo valores
miacutenimos e maacuteximos e percentuais das variaacuteveis avaliadas A meacutedia do IMC foi menor
nos homens quando comparado com o resultado das mulheres (p lt 0001) Natildeo houve
diferenccedila significativa da variaacutevel circunferecircncia da cintura entre homens e mulheres
(p = 0208) A prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi maior nas mulheres A maioria
das mulheres eacute obesa e entre os homens o estado nutricional foi considerado eutroacutefico
(Tabela 5)
21
Tabela 4 - Valores descritivos miacutenimos e maacuteximos das variaacuteveis analisadas
Variaacuteveis Mulheres (n=167) Homens (n=133) Valor-p
Idade (anos) 7078 plusmn 821 (60-108)
7259 plusmn 786 (60-93)
0055
Massa corporal (kg) 6020 plusmn 1223 (2970-9580)
6384 plusmn 1250 (4010-11840)
0012
Estatura (cm) 14875 plusmn 616 (129-164)
16080 plusmn 782 (135-183)
lt00001
IMC (kgm2) 2715 plusmn505 (1342-4064)
2458 plusmn 390 (1475-3544)
lt00001
CC (cm)dagger 8734 plusmn 1126 (55-130)
8894 plusmn 1010 (66-115)
0208
RCEst 057 plusmn 011 (000-087)
055 plusmn 006 (042-073)
0086
Iacutendice C 123 plusmn 021 (000-166)
129 plusmn 006 (117-150)
0001
PAS 14096 plusmn 2218 (87-200)
13735 plusmn 2251 (98-209)
0166
PAD 7671 plusmn 1091 (45-105)
7697 plusmn 1179 (49-110)
0846
IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia da cintura RCEst - razatildeo cintura-estatura Iacutendice C - Iacutendice de Conicidade PAS - pressatildeo arterial sistoacutelica PAD ndash pressatildeo arterial diastoacutelica dagger Variaacuteveis com perdas (n=163 mulheres) Teste T de Student para amostras independentes
Tabela 5 - Percentuais das variaacuteveis analisadas
Variaacutevel Mulheres Homens Valor-p
Pressatildeo Arterial (n) (n)
Normal 557 (93) 594 (79) 0011
Hipertensatildeo 443 (74) 406 (54)
Estado nutricional (n) (n)
Baixo peso 144 (24) 301 (40)
Normal 353 (59) 436 (58) lt00001
Sobrepeso 503 (84) 263 (35)
Teste Qui-quadrado
53 Anaacutelise da curva ROC
22
As aacutereas sob a curva ROC do IMC da CC da RCEst e do iacutendice C como
preditores de hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos e os respectivos
intervalos de confianccedila (IC 95) podem ser observados na Tabela 6 e nas Figuras 2
3 4 5 6 7 8 9 Evidenciou-se que alguns iacutendices antropomeacutetricos apresentaram
aacuterea sob a curva ROC significativas Todavia a RCEst e o IMC assumiram maiores
aacutereas com diferenccedila significativa para os homens
Tabela 6 - Aacuterea sob a curva ROC e IC95 entre os iacutendices antropomeacutetricos e hipertensatildeo arterial em idosos
Aacuterea sob a curva ROC
PA elevada Mulheres
Homens
p
IMC (kgm2) 053 (044-062) 060 (050-070)
lt00001dagger
CC (cm) 057 (048-066) 058 (048-068)
lt00001dagger
RCEst 056 (047-065) 061 (051-071)
lt00001dagger
Iacutendice C 058 (049-066) 058 (058-068) lt00001dagger
IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia de cintura RCEst - razatildeo cinturaestatura Iacutendice C - iacutendice de conicidade ROC ndashReceiver Operating CharacteristicIC95 - intervalo de confianccedila a 95Aacuterea sob a curva ROC apresentando poder discriminatoacuterio para pressatildeo arterial elevada (Li-IC ge 050) daggerTeste Qui-quadrado
23
Figura 2 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) IMC - iacutendice de massa corporal
Figura 3 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) IMC - iacutendice de massa corporal
24
Figura 4 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) CC ndash circunferecircncia da cintura
Figura 5 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) CC ndash circunferecircncia da cintura
25
Figura 6 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) RCEst - razatildeo cinturaestatura
Figura 7 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) RCEst - razatildeo cinturaestatura
26
Figura 8 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) Iacutendice C -iacutendice de conicidade
Figura 9 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) Iacutendice C - iacutendice de conicidade
27
Os valores dos pontos de corte dos iacutendices antropomeacutetricos como preditores
de hipertensatildeo arterial e suas respectivas sensibilidade e especificidade (mais
adequado equiliacutebrio entre si) satildeo apresentados na Tabela 7 Observa-se que entre
os iacutendices antropomeacutetricos a RCEst teve melhor percentual de sensibilidade e de
especificidade para discriminar a pressatildeo arterial elevada para os homens
Tabela 7 - Pontos de corte sensibilidade e especificidade dos iacutendices antropomeacutetricos para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial em idosos
Mulheres Homens PA elevada
Ponto de corte
Sensibilidade ()
Especificidade ()
Ponto de corte
Sensibilidade ()
Especificidade ()
IMC (kgm2)
2679 527 548 2420 527 548
CC (cm) 8750 577 457 8650 593 532 RCEst 059 568 430 054 648 456 Iacutendice C 126 541 452 129 574 456
IMC ndash Iacutendice de Massa Corporal CC ndash Circunferecircncia da Cintura RCEst ndash Razatildeo Cintura-Estatura Iacutendice C ndash Iacutendice de Conicidade
28
6 DISCUSSAtildeO
61 Aacutereas sob a Curva ROC
Este estudo teve como objetivo identificar a capacidade preditiva de iacutendices
antropomeacutetricos de obesidade geral e abdominal para discriminar a presenccedila de
hipertensatildeo arterial em idosos com foco de utilizaccedilatildeo no ambiente da estrateacutegia de
sauacutede da famiacutelia Nessa perspectiva surge uma proposta de triagem dos casos de
idosos com possiacuteveis alteraccedilotildees crocircnicas em sua pressatildeo arterial aleacutem de possibilitar
a discussatildeo sobre validaccedilatildeo de tais iacutendices para uso no contexto da sauacutede
Dessa forma recomenda-se a anaacutelise da sensibilidade e especificidade por
meio da construccedilatildeo de curvas ROC pois eacute a melhor opccedilatildeo para determinar pontos de
corte em estudos epidemioloacutegicos78 Essa anaacutelise permite fornecer a aacuterea sob a curva
que traduz o poder de discriminaccedilatildeo de um indicador para um determinado desfecho
e a identificaccedilatildeo do melhor ponto de corte
A proposta dessa pesquisa natildeo eacute excluir o diagnoacutestico meacutedico mas
proporcionar uma estrateacutegia mais abrangente a ser utilizada pelas USFs em parceria
entre os profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica e os profissionais de sauacutede no contexto da
atenccedilatildeo primaacuteria
Embora exista associaccedilatildeo entre sobrepesoobesidade e a pressatildeo arterial
elevada poucos estudos tecircm identificado pontos de corte de iacutendices antropomeacutetricos
que visem agrave detecccedilatildeo da hipertensatildeo arterial em idosos Diversos estudos tecircm
demonstrado que os iacutendices antropomeacutetricos satildeo bons indicadores de obesidade e
estatildeo relacionados a fatores de risco cardiovascular795880 Todavia a hipertensatildeo eacute
apontada como um dos principais fatores de risco cardiovasculares o que denota a
necessidade de um olhar diferenciado
A prevalecircncia de hipertensatildeo foi inferior agrave encontrada em outros estudos818283
Contudo diferenccedilas metodoloacutegicas nuacutemero de medidas realizadas e os diferentes
criteacuterios de referecircncia satildeo as principais causas da grande variabilidade nas
prevalecircncias de pressatildeo arterial elevada entre as investigaccedilotildees No presente estudo
29
optou-se por maior rigorosidade ao diagnosticar a pressatildeo arterial elevada
considerando a realizaccedilatildeo de trecircs medidas
Nessa amostra observou-se que a prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi
443 nas mulheres e 406 nos homens Demonstrando ser uma alta prevalecircncia
pois se trata de uma populaccedilatildeo que eacute influenciada diretamente pelo o aumento da
morbimortalidade durante o envelhecimento Estudos envolvendo idosos indicam que
a prevalecircncia da hipertensatildeo encontra-se entre 50-70 com o aumento da idade84
Poucos estudos epidemioloacutegicos foram conduzidos com o objetivo de identificar
e discriminar a capacidade de iacutendices antropomeacutetricos de obesidade para a pressatildeo
arterial elevada na populaccedilatildeo de idosos e principalmente utilizando o iacutendice C o
RCEst Um estudo realizado com a populaccedilatildeo de idosos utilizou o mesmo objetivo
poreacutem usou como ponto de corte o iacutendice de massa corporal e o iacutendice de adiposidade
corporal85 Entretanto faz-se necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de outros iacutendices para identificar
hipertensatildeo arterial em idosos
De acordo com os resultados do presente estudo somente alguns dos
indicadores antropomeacutetricos apresentaram capacidade preditiva para a hipertensatildeo
arterial em idosos de acordo com limite inferior do intervalo de confianccedila de 9586
Dessa forma foi observado que a RCEst e IMC para os homens mostraram-se com
bom poder de detecccedilatildeo para a hipertensatildeo arterial pois obtiveram maiores valores
sob a curva para esse desfecho
Em 2013 Leal Neto et al85 identificaram em seus resultados que o IMC e o
iacutendice de adiposidade corporal foram os melhores indicadores preditivos de
hipertensatildeo arterial nos idosos em ambos os sexos independentemente de outros
fatores tais como idade tabagismo consumo de aacutelcool e atividade fiacutesica
No presente estudo os principais indicadores que tiveram uma boa aacuterea sob a
curva foram o IMC RCEst e Iacutendice C com resultados de 060 IC95 (050-070) 061
IC95 (051-071) e 058 IC95 (058-068) respectivamente para homens
Nas mulheres tais iacutendices mostraram-se com menor poder discriminatoacuterio para
diagnosticar a hipertensatildeo arterial A HAS eacute um desfecho que pode ser influenciado
por fatores multicausais (hormonais estresse etc) Na anaacutelise do desempenho do
iacutendice antropomeacutetrico a loacutegica eacute unidirecional ou seja verificar o desempenho desses
iacutendices apenas como preditores de hipertensatildeo arterial foram mais satisfatoacuterios entre
os homens Os iacutendices podem interferir mas natildeo determinar a prevalecircncia da
30
hipertensatildeo Embora as mulheres tenham uma maior prevalecircncia essa natildeo eacute
determinada pelos iacutendices antropomeacutetricos no presente estudo
Tais resultados diferem do estudo realizado em 2012 por Samsen et al87 no
qual a circunferecircncia da cintura teve boa ASC nos homens = 0684 com IC95 (0672-
0695) e nas mulheres = 0673 IC95 (0665-0681) sendo o melhor indicador
significativamente (p lt0001) do que o IMC no qual a ASC em homens foi de = 0667
IC95 (0656-679) e nas mulheres = 0636 IC95 (0628-0644) em discriminaccedilatildeo
de pelo menos um fator de risco cardiovascular Isso se deve ao fato de tal estudo ter
sido realizado com uma abrangecircncia maior na faixa etaacuteria que foi de 45-80 anos
Uma possiacutevel limitaccedilatildeo para discussatildeo dos resultados desse estudo foi a faixa
etaacuteria restrita que natildeo incluiu idosos (igual ou acima de 60 anos) o que impossibilita
a triagem da pressatildeo arterial elevada nessa populaccedilatildeo
62 Iacutendices antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial
Nesse estudo a CC e RCEst foram as variaacuteveis com maiores valores absolutos
de sensibilidade para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial respectivamente para mulheres
e homens Tais resultados indicam as proporccedilotildees de verdadeiros positivos na
ocorrecircncia de hipertensatildeo arterial
Quanto ao ponto de corte do RCEst nas mulheres foi de 059 sendo 568 de
sensibilidade e 430 de especificidade Valores inferiores ao encontrado no presente
estudo para mulheres foram sugeridos em Taiwan (045) Cingapura (048) e na China
(050) No Brasil em 2009 Haun Pitanga e Lessa16 recomendaram para a RCEst
053 como melhor ponto de corte com sensibilidade (67) e especificidade (58) e
aacuterea sob a curva ROC de 069 (IC 95 = 064-075) Outro ponto de corte semelhante
ao observado no Brasil com mulheres mexicanas variou de 053 a 0535 para a
RCEst discriminar diabete tipo 2 hipertensatildeo e dislipidemias88899091
Os pontos de corte sugeridos por esses paiacuteses e no Brasil podem ter sido
inferiores por causa da abrangecircncia na faixa etaacuteria dos indiviacuteduos no qual incluiacuteram
mulheres de 30 a 74 anos como tambeacutem as caracteriacutesticas econocircmicas culturais e
31
de estilo de vida diferem da realidade das mulheres que residem em cidades de
pequeno porte Estudos que discriminem hipertensatildeo arterial principalmente em
idosos com RCEst satildeo escassos na literatura
Em 2010 Browning Hsieh e Ashwel92 realizaram uma revisatildeo sistemaacutetica
sobre a potencialidade de indicadores antropomeacutetricos em predizer doenccedilas
cardiovasculares e identificou a RCEst como variaacutevel de melhor desempenho A
RCEst apresentou maiores ASC quando comparada ao IMC ou CC Os dados
analisados foram de quatorze paiacuteses diferentes e incluiacuteram caucasianos asiaacuteticos e
da Ameacuterica Central Segundo os autores uma RCEst ge 05 eacute capaz de identificar
fatores de risco cardiovasculares Esse ponto de corte eacute inferior aos encontrados para
homens e mulheres no presente estudo significando que o ponto de corte encontrado
pode diagnosticar risco cardiovascular e consequentemente a presenccedila de
hipertensatildeo
Outros autores afirmam essa hipoacutetese relacionada aos valores limites para
RCEst em diversas populaccedilotildees e indicaram que um ponto de corte de 05 eacute o valor
mais indicado para ambos os sexos todas as idades e diferentes populaccedilotildees899315
Com relaccedilatildeo agrave especificidade a variaacutevel com maior valor foi o IMC
independentemente do sexo Nas mulheres o ponto de corte sugerido foi 2679 kgm2
e nos homens 2420 kgm2 O valor da especificidade foi de 548 para ambos os
sexos o qual possibilita determinar corretamente a ausecircncia de hipertensatildeo arterial
Sendo assim este estudo sugere que o IMC natildeo foi o melhor preditor de hipertensatildeo
arterial
O estudo de Leal Neto et al (2013)85 tambeacutem testou a capacidade de
indicadores antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial em idosos
sugeriu como pontos de corte para IMC valores de 247 kgm2 igual ao encontrado no
presente estudo e de 273 kgm2 nuacutemero superior que aos dados do presente
trabalho para homens e mulheres respectivamente
Em outro estudo realizado com 19621 homens e mulheres com faixa etaacuteria de
45-80 anos a meacutedia da idade foi de 598 anos para os homens e 585 anos para as
mulheres O ponto de corte adequado de IMC foi de 23 kgm2 em homens e 24 kgm2
em mulheres Os pontos de corte de CC foram 80 cm e 78 cm em homens e mulheres
respectivamente Os achados do presente estudo foram superiores a esses
32
resultados todavia deve ser considerado que a populaccedilatildeo alvo foi diferente e com
idade menor da populaccedilatildeo pesquisada no presente trabalho87
Com relaccedilatildeo agrave CC o ponto de corte identificado para a prediccedilatildeo de hipertensatildeo
arterial nas mulheres foi superior ao dos homens Contudo os valores de sensibilidade
e especificidade desses pontos de corte foram maiores entre os homens o que pode
indicar que o poder preditivo da CC para a hipertensatildeo arterial eacute melhor para o sexo
masculino Quanto menor o ponto de corte maior seraacute a habilidade do teste em
classificar os doentes como positivos isto eacute maior seraacute a sensibilidade76 Os pontos
de corte dos homens foram em sua maioria menores em comparaccedilatildeo aos das
mulheres
Tais resultados satildeo contraacuterios aos achados do estudo de Kashihara et al
(2009)94 com indiviacuteduos de 30-74 anos que comparou paciente com hipertensatildeo e sem
hipertensatildeo Em seus pontos de corte de CC para os homens foram superiores aos
pontos de corte definidos para as mulheres e os valores de sensibilidade e
especificidade foi maior nas mulheres para identificar risco cardiovascular Poreacutem a
idade foi menor ao proposto no presente estudo
Outro estudo que contraria tais resultados quanto ao ponto de corte da CC foi
o de Haun Pitanga e Lessa (2009)16 que foi superior para os homens enquanto o
niacutevel de sensibilidade e especificidade foi igual aos nossos achados Poreacutem esse
estudo foi realizado com indiviacuteduos de idade entre 30-74 anos e discriminou risco
coronariano elevado
Quanto ao Iacutendice C no presente estudo o ponto de corte sugerido foi de 126
nas mulheres (sensibilidade 541 e especificidade 452) e 129 para os homens
(sensibilidade 574 e especificidade 456)
Diferentemente do resultado encontrado no presente estudo Pitanga e Lessa
(2005)56 sugeriram como o melhor ponto de corte para risco coronariano com o iacutendice
C 118 para mulheres apresentando valores de sensibilidade (7339) e
especificidade (6115) Para os homens o ponto de corte foi de 125 com valores de
sensibilidade (7391) e especificidade (7492) Tais pontos de corte foram para
indiviacuteduos adultos por esse motivo foram mais baixos que os achados do presente
trabalho Deve-se considerar que existem modificaccedilotildees na composiccedilatildeo corporal com
o processo do envelhecimento o que poderia alterar os pontos de corte para as essas
medidas antropomeacutetricas
33
Em outro estudo com os mesmo autores foram apresentados outros pontos de
corte comparando diferentes faixas etaacuterias Para as mulheres de 30-49 anos o melhor
ponto de corte foi o mesmo (118) com melhor sensibilidade (7857) e
especificidade (6524) e tambeacutem melhor aacuterea sob a curva ROC 081 (IC95 = 070-
092) Entre as de idade mais avanccedilada (50-74 anos) o melhor ponto de corte
sugerido foi 122 com sensibilidade (6000) e especificidade (6582) e aacuterea sob a
curva ROC 065 (IC 95 = 058-073) Portanto o iacutendice C apresentou melhor poder
discriminatoacuterio de RCEst para as mulheres mais jovens64
Almeida Almeida e Arauacutejo (2009)58 conduziram uma pesquisa com mulheres
de 30 e 69 anos buscando avaliar o desempenho de diferentes pontos de corte do
iacutendice C RCQ CC e RCEst para discriminar Risco Coronariano Elevado e o ponto de
corte encontrado para o Iacutendice C foi (125) proacuteximo ao ponto de corte para mulheres
nos nossos achados Dessa forma tais autores afirmaram que os indicadores
antropomeacutetricos de obesidade abdominal analisados tiveram desempenhos
satisfatoacuterios e similares para discriminar RCEst poreacutem o iacutendice C foi o que
apresentou o melhor poder discriminatoacuterio
As informaccedilotildees sobre o iacutendice C satildeo limitadas quanto agrave discussatildeo do ponto de
corte para hipertensatildeo arterial principalmente por encontrar poucos estudos sobre
essa medida como referecircncia para idosos Pitanga e Lessa (2004)55 relatam como
uma limitaccedilatildeo para a utilizaccedilatildeo do Iacutendice C em estudos populacionais a dificuldade de
se calcular o denominador da equaccedilatildeo proposta para sua determinaccedilatildeo
O excesso de gordura em geral estaacute associado ao aparecimento de doenccedilas
cardiovasculares hipertensatildeo arterial e mortalidade a definiccedilatildeo de pontos de corte
para iacutendices que se destacam por sua simplicidade operacional e boa acuraacutecia
permite a detecccedilatildeo dos indiviacuteduos sob risco sendo de grande utilidade nos serviccedilos
de atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede aleacutem de possibilitar o conhecimento da situaccedilatildeo de
grupos populacionais especiacuteficos frente a esses riscos quando empregados na
pesquisa epidemioloacutegica
No contexto das cidades de pequeno porte (rurais e urbanas) os recursos de
sauacutede satildeo muitas vezes limitados e escassos sendo importante a utilizaccedilatildeo desses
iacutendices antropomeacutetricos como substituiccedilatildeo eou apoio a avaliaccedilatildeo tradicional da
pressatildeo arterial Em vaacuterias conjunturas de sauacutede a alta demanda de paciente com
hipertensatildeo arterial exige a utilizaccedilatildeo de instrumentos de diagnoacutesticos e rastreamento
34
de raacutepida e faacutecil aplicaccedilatildeo que possam ser manejados por diferentes profissionais e
que sobretudo apresentem validade e fidedignidade A adequada validaccedilatildeo de
instrumentos e conhecimento de suas propriedades teacutecnicas na populaccedilatildeo brasileira
tambeacutem deve contribuir com a seleccedilatildeo de prioridades e delimitaccedilatildeo do conteuacutedo dos
programas de sauacutede pelos tomadores de decisatildeo em diferentes niacuteveis de gestatildeo
35
7 CONCLUSAtildeO
As anaacutelises dos dados permitem frente aos objetivos estabelecidos formular
as seguintes conclusotildees Quanto ao poder de discriminaccedilatildeo de iacutendices
antropomeacutetricos para a hipertensatildeo arterial em idosos os iacutendices antropomeacutetricos
(IMC RCEst e Iacutendice C) foram bons preditores de hipertensatildeo arterial para os homens
Dessa forma tais iacutendices podem ser empregados nos homens poreacutem tais medidas
natildeo foram satisfatoacuterias para predizer pressatildeo arterial elevada nas mulheres idosas
limitando a sua utilizaccedilatildeo para o sexo feminino com idades avanccediladas
O melhor ponto de corte para discriminar hipertensatildeo arterial foi 054 para a
RCEst nos homens dessa forma tal ponto de corte deve ser empregada no contexto
da atenccedilatildeo primaacuteria nos homens Sugere-se a utilizaccedilatildeo dessa medida a fim de
detectar e realizar a triagem da hipertensatildeo arterial com caracteriacutesticas similares agrave
amostra deste estudo
Recomenda-se que a utilizaccedilatildeo de dois iacutendices simultaneamente resulte em
uma maior eficiecircncia na avaliaccedilatildeo do risco de hipertensatildeo arterial em idosos A
indicaccedilatildeo destas medidas permite que ela seja realizada nas Unidades de Sauacutede da
Famiacutelia como meacutetodo de triagem para idosos com hipertensatildeo arterial utilizando
materiais de faacutecil manejo e de baixo custo
Dessa forma pode-se efetivamente atingir uma das estrateacutegias de prevenccedilatildeo
da hipertensatildeo arterial sistecircmica que eacute o controle da pressatildeo arterial durante o
envelhecimento Todavia sugere-se cautela na utilizaccedilatildeo do ponto de corte desses
indicadores para as mulheres pois os resultados natildeo foram satisfatoacuterios
Fica evidente a necessidade de outros estudos que identifiquem pontos de
corte de iacutendices antropomeacutetricos visando agrave detecccedilatildeo de hipertensatildeo arterial e de
outros fatores de risco cardiovascular nas mulheres idosas que residem em cidades
de pequeno porte
36
8 REFEREcircNCIAS
1 Omram AR The epidemiologic transition a theory of the epidemiology of population change Milbank Memorial Fund Quarterly 1971 49 (Part 1) 509-538
2 Wong LR Carvalho JM Age-strucutural transition in Brazil demographic bonuses and emerging challenges In Pool I Wong LLR Vilquin E editores Age-structural transitions challenges for development Paris Committee for International Cooperation in National Research in Demography 2006
3 Gragnolati M Jorgensen OH Rocha R Fruttero AA Envelhecendo em um Brasil mais Velho implicaccedilotildees do envelhecimento populacional sobre o crescimento econocircmico reduccedilatildeo da pobreza financcedilas puacuteblicas prestaccedilatildeo de serviccedilos Banco Internacional para a Reconstruccedilatildeo e o Desenvolvimento Banco Mundial 2011
4 Schmidt MI Duncan BB Silva GA et al Health in Brazil 4 Chronic non-communicable diseases in Brazil burden and current challenges The Lancet 2011 377
5 Ezzati M Hoorn SV Rodgers A et al Comparative Risk Assessment Collaborating Group Selected major risk factors and global and regional burden of disease Lancet 2002 360 1347-60
6 Lim SS Vos T Flaxman AD et al A comparative risk assessment of burden of disease and injury attributable to 67 risk factors and risk factor clusters in 21 regions 1990-2010 a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2010 Lancet 2012 380 (9859)2224-60
7 Sociedade Brasileira de Cardiologia Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Sociedade Brasileira de Nefrologia VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 2010 95(1) 1-51
8 Miranda DR Perrotti TC Bellinazzi VR et al Hipertensatildeo arterial no idoso peculiaridades na fisiopatologia no diagnoacutestico e no tratamento Rev Bras Hipertens 2002 9 293-300
9 Pilger C Menon MU Mathias TAF Caracteriacutesticas sociodemograacuteficas e de sauacutede de idosos contribuiccedilotildees para os serviccedilos de sauacutede Rev Latino-Am Enfermagem 2011 19(5)1230-1238
10 Pilger C Menon MU Mathias TAF Utilizaccedilatildeo de serviccedilos de sauacutede por idosos vivendo na comunidade Rev esc enferm USP 2013 47(1)213-220
11 Mariath AB Grillo LP Silva RO et al Obesidade e fatores de risco para o desenvolvimento de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis entre usuaacuterios de unidade de alimentaccedilatildeo e nutriccedilatildeo Cad Sauacutede Puacuteblica 2007 23 (4) 897-905
37
12 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Diretrizes e recomendaccedilotildees para o cuidado
integral de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis promoccedilatildeo da sauacutede vigilacircncia prevenccedilatildeo e assistecircncia Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2008
13 Kuumlmpe DA Sodreacute AC Pomatti DM et al Obesidade em Idosos Acompanhados
pela Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia Texto Contexto Enferm Florianoacutepolis 2011 20(3) 471-7
14 Silva KS Farias Juacutenior JC Fatores de risco associados agrave pressatildeo arterial elevada em adolescentes Rev Bras Med Esporte 2007 13(4) 237-40
15 Pitanga FJG Lessa I Razatildeo cintura-estatura como discriminador do risco
coronariano de adultos Rev Assoc Med Bras 2006 52157-61
16 Haun DR Pitanga FJG Lessa I Razatildeo CinturaEstatura comparado a outros indicadores antropomeacutetricos de obesidade como preditor de risco coronariano elevado Rev Assoc Med Bras [online] 2009 55(6) 705-711
17 Nascimento CM Ribeiro AQ SantrsquoAna LFR et al Estado nutricional e condiccedilotildees de sauacutede da populaccedilatildeo idosa brasileira revisatildeo da literatura Rev meacuted Minas Gerais 2011 21(2)174-180
18 Gomes MA Beck cc Duarte MFS et al Ficha Antropomeacutetrica no Nuacutecleo de Apoio a Sauacutede da Famiacutelia o que medir e para que medir Rev bras cineantropom desempenho hum 2009 11(2) 243-253
19 Azevedo LF Oliveira ACC Lima JRP et al Recomendaccedilotildees sobre condutas e procedimentos do profissional de educaccedilatildeo fiacutesica na atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede Rio de Janeiro CONFEF 2010 109-55
20 World Health Organization World health statistics 2012 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghopublicationsworld_health_statistics2012enindexhtmlgt [2012 set 18]
21 World Health Organization Global health risks mortality and burden of disease attributable to selected major risks Geneva World Health Organization 2009a
22 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Panorama da sauacutede brasileira em muacuteltiplos aspectos Percepccedilatildeo do estado de sauacutede estilo de vida e doenccedila crocircnica Pesquisa Nacional de Sauacutede 2013
23 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Pesquisa Nacional por Amostra
de Domiciacutelios 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapesquisaspesquisa_resultadosphpid_pesquisa=149gt[2014 dez 04]
24 Tribess S Virtuoso Junior JS Prescriccedilatildeo de exerciacutecios fiacutesicos para idosos Rev saudecom 2005 1(2)163-72
38
25 Pollock ML Wilmore JH Exerciacutecio na Sauacutede e na Doenccedila avaliaccedilatildeo e prescriccedilatildeo para prevenccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo Editora MEDSI 2ordf ed Rio de Janeiro 1993
26 Sociedade Brasileira de Cardiologia V Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 20061-48
27 World Health Organization Global Health Observatory (GHO) 2014 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghoncdrisk_factorsblood_pressure_prevalence_textengt [2014 dez 04]
28 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Secretaria de Atenccedilatildeo baacutesica agrave Sauacutede Departamento de atenccedilatildeo baacutesica - Hipertensatildeo arterial sistecircmica Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2006
29 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) (2009) Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeGestorvisualizar_textocfmidtxt=24421gt [2010 abr 07]
30 Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Nuacutemero de hipertenso 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwsbhorgbripadgeralphpgt [09 nov 2014]
31 Secretaria de Sauacutede do Estado da Bahia Hipertensatildeo Quantidade de Hipertensos na Bahia Disponiacutevel em (2014) lthttpwwwsaudebagovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=4418ampcatid=1ampItemid=14gt [2014 jan 10]
32 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica 2014 Dados de mortalidade na Bahia Disponiacutevel em lthttptabnetdatasusgovbrcgitabcgiexesiabcnvSIABSBAdefgt [2014 mai 05]
33 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica Dados sociodemograacuteficos de Ibicuiacute 2014 lthttptabnetdatasusgovbrcgideftohtmexesiabcnvSIABFBAdefgt [2014 jan 05]
34 Williams B The year in hypertension JACC 2010 55(1) 66-73
35 Lipp M Rocha JC Stress Hipertensatildeo Arterial e Qualidade de vida um guia de tratamento para o hipertenso Campinas Papirus 1996
36 Borenstein MS (Org) Manual de Hipertensatildeo Arterial Porto Allege Editora Sagra Luzzatto 1999
37 Joint National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure The Sixth Report of the Join National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure Arch Intern Med 1997157 2413-2446
39
38 Mitchell GF Parise H Benjamin EJ et al Changes in arterial stiffness and wave reflection with advancing age in health men and women Hypertension 2004 431239-1245
39 Matos AC Ladeia AM Avaliaccedilatildeo de fatores de risco cardiovascular em uma comunidade rural da Bahia Arq Bras Cardiol 2003 81(3) 291-6
40 World Health Organization Who Expert Committee on Physical Status the use and interpretation of antropometry Report of a WHO Expert Commitee Geneva WHO 1995 p 854
41 Pitanga FJG Antropometria na avaliaccedilatildeo da obesidade abdominal e risco coronariano Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum 201113(3) 238-241
42 Ferreira LS Amaral TF Marucci MFN et al Under nutrition as a major risk factor for death among older Brazilian adults in the community-dwelling setting SABE survey Nutrition 201127(10)17-22
43 Andrade FB Caldas Junior AF Kitoko PM et al Prevalence of overweight and obesity in elderly people from Vitoacuteria-ES Brazil Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2012 set17(3)749-756
44 Boscatto EC Duarte Mde F Coqueiro Rda S Barbosa AR Nutritional status in the oldest elderly and associated factors Rev Assoc Med Bras 2013 59(1)40-47
45 Kostka J Borowiak E Kostka T Nutritional status and quality of life in different
populations of older people in Poland Eur J Clin Nutr 2014 Nov68(11)1210-5
46 Silva DAS Petroski EL Associaccedilatildeo de diferentes pontos de corte para sobrepeso e obesidade com pressatildeo arterial elevada em idosas Rev Educ Fis UEM 2009 20 415-22
47 Nutrition Screening Initiative Interventions manual for professionals caring for older Americans Washington DC Nutrition Screening Initiative 1992
48 World Health Organization Obesity preventing and managing the global epidemic Report of a WHO Consultation on Obesity Geneva World Health Organization 1998
49 Cameron AJ Dunstan DW Owen N et al Health and mortality consequences
of abdominal obesity evidence from the Aus Diab study Med J Aust 2009191 202ndash208
50 Fox KA Despres JP Richard AJ et al Does abdominal obesity have a similar impact on cardiovascular disease and diabetes A study of 91246 ambulant patients in 27 European countries Eur Heart J 2009 30 3055ndash3063
40
51 Pouliot MC Despreacutes JP Lemieux S et al Waist circumference and abdominal sagittal diameter Best simple anthropometric indexes of abdominal visceral adipose tissue accumulation and related cardiovascular risk in men and woman Am J Cardiology 1994 73 460-468
52 Peixoto MRG Beniacutecio MHD Latorre M et al Circunferecircncia da Cintura e Iacutendice de massa Corporal como Preditores da Hipertensatildeo Arterial Arq Bras Cardiol 200687 462-470
53 MacKay MF Haffner SM Wagenknecht LE et al Prediction of type 2 diabetes using alternate anthropometric measures in a multiethnic cohort the insulin resistance atherosclerosis study Diabetes Care 200932(5)956-8
54 Valdez R A simple model-based index of abdominal adiposity J Clin Epidemiol1991 44(9) 955-6
55 Pitanga FJG Lessa I Sensibilidade e especificidade do iacutendice de conicidade como discriminador do risco coronariano de adultos em Salvador Brasil Rev Bras Epidemiol 20047(3)259-69
56 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano elevado em adultos na cidade de Salvador - Bahia Arq Bras Cardiol 2005 85 (1)26-31
57 Ghosh JR Bandyopadhyay AR Comparative evaluation of obesity measures relationship with blood pressures and hypertension Singapore Med J 200748(3) 232-5
58 Almeida RT Almeida MMG Araujo TM Obesidade abdominal e risco cardiovascular desempenho de indicadores antropomeacutetricos em mulheres Arq Bras Cardiol 2009 out92(5)375-380
59 Freitas Juacutenior Costa Rosa CS Codogno JS et al Capacidade cardiorrespiratoacuteria e distribuiccedilatildeo de gordura corporal de mulheres com 50 anos ou mais Rev Esc Enferm USP 2010 44(2) 395-400
60 Matos LN Giorelli GV Dias CB Correlation of anthropometric indicators for identifying insulin sensitivity and resistance Satildeo Paulo Med J [online] 2011 129(1) 30-35
61 Gomes MA Rech CR Gomes MBA et al Correlaccedilatildeo entre iacutendices antropomeacutetricos e distribuiccedilatildeo de gordura corporal em mulheres idosas Rev bras cineantropom desempenho hum 2006 set 8(3) 16-22
62 Tarastchuk JCE Gueacuterios EE Bueno RRL et al Obesidade e intervenccedilatildeo coronariana devemos continuar valorizando o Iacutendice de Massa Corpoacuterea Arq Bras Cardiol [online] 2008 90(5) 311-316
41
63 Ferreira AP CB Ferreira VC Souza et al Risco de distuacuterbio glicecircmico em mulheres idosas ajustado por antropometria e genoacutetipos de citocinas Rev Assoc Med Bras [online] 201157(5) 565-569
64 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano em mulheres Rev Bras Cineantrop Desempenho Hum 2006 8 (1) 14-21
65 Newman TB Browner WS Cummings SR Delineando estudos de testes meacutedicos In Hulley SB et al Delineando a pesquisa cliacutenica uma abordagem epidemioloacutegica 2 ed Porto Alegre Artmed 2003 203-224
66 Toscano CM As campanhas nacionais para detecccedilatildeo das doenccedilas crocircnicas natildeo-transmissiacuteveis diabetes e hipertensatildeo arterial Ciecircnc sauacutede Coletiva out-dez 2004 9(4) 885-895
67 Fletcher RH Fletcher SW Prevenccedilatildeo In Fletcher R Fletcher S Epidemiologia
cliacutenica elementos essenciais 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 2006 179-201
68 Jeckel J Elmore J Katz D Meacutetodos de prevenccedilatildeo secundaacuteria In _____ Epidemiologia bioestatiacutestica e medicina preventiva 2 ed Porto Alegre Artmed 2005 236-247
69 Klein CH Bloch KV Estudos seccionais In Medronho RA Carvalho DM Bloch KV Luiz RR Werneck GL Epidemiologia 1ordf ed Satildeo Paulo Editora Atheneu 2002 125-150
70 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Resoluccedilatildeo nordm- 6 de 3 de novembro de 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcenso2010ibgegovbrdados_divulgadosindexphpuf=29gt[201 dez 18]
71 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica ndash Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais (2014) Disponiacutevel em lthttpcodibgegovbr398G9gt [2014 ago 30]
72 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230gt [2013 mai 01]
73 Luiz RR Magnanini MMF A loacutegica da determinaccedilatildeo do tamanho da amostra em investigaccedilotildees epidemioloacutegicas Cad sauacutede coletiva Rio de Janeiro 2000 8(2) 9-28
74 Reis MC Nascimento RAS Pedreira RBS et al Validaccedilatildeo de Face e Clareza do Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede dos Idosos ndash IASI [resumo] in Anais do XIX Congresso Brasileiro Geriatria e Gerontologia Beleacutem 2014 296-296
75 Lohman TG Roche AF Martorell R Anthropometric Standardization Reference Manual Champaign Illinois Human Kinetics 1988
42
76 Vaz JCL Regiotildees de Incerteza para Curva ROC em Teste Diagnoacutesticos
[dissertaccedilatildeo] Satildeo Carlos Universidade Federal de Satildeo Carlos 2009
77 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de 2012
78 Erdreich LS Lee ET Use of relative operating characteristic analysis in epidemiology A method for dealing with subjective judgement Am J Epidemiol 1981 114649-62
79 Aekplakorn W Pakpeankitwatana V Lee CM et al Abdominal obesity and coronary heart disease in Thai men Obesity 200715(4)1036-42
80 Oliveira MAM Fagundes RLM Moreira EAM et al Relaccedilatildeo de Indicadores Antropomeacutetricos com Fatores de Risco para Doenccedila Cardiovascular Arq Bras Cardiol 2010 abr 94(4) 478-485
81 Mendes TAB Goldbaum M Segri NJ et al Factors associated with the prevalence of hypertension and control practices among elderly residents of Satildeo Paulo city Brazil Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(11) 2275-2286
82 Oliveira BFA Souza Mouratildeo D Gomes N et al Prevalecircncia de hipertensatildeo arterial em comunidades ribeirinhas do Rio Madeira Amazocircnia Ocidental Brasileira Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(8) 1617-1630
83 Picon RV Fuchs FD Moreira LB et al Prevalence of Hypertension Among Elderly Persons in Urban Brazil A Systematic Review With Meta-Analysis Am J Hypertens 2013 26 (4) 541-548
84 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Pessoa Idosa e Envelhecimento Seacuteries Pactos pela Sauacutede 2006 v 12 Brasiacutelia ndash DF 2010
85 Leal Neto JS Souza J Coqueiro RS et al Anthropometric indicators of obesity as screening tools for high blood pressure in the elderly Int J Nurs Pract 2013 Aug 19(4) 360-367
86 Schisterman EF Faraggi D Reiser B Trevisan M Statistical inference for the area under the receiver operating characteristic curve in the presence of random measurement error Am J Epidemiol 2001 154 (2) 174-9
87 Samsen M Hanchaiphiboolkul S Puthkhao P et al Appropriate body mass index and waist circumference cutoffs for middle and older age group in Thailand data of 19621 participants from Thai epidemiologic stroke (TES) study J Med Assoc Thai 2012 Sep 95(9)1156-66
88 Ko GTC Chan JCN Cockram CS Woo J Prediction of hypertension diabetes dyslipidemia or albuminuria using simple anthropometric indexes in Hong Kong Chinese Int J Obes 1999 23 (11) 1136-42
43
89 Lin WY Lee LT Chen CY et al Optimal cut-off values for obesity using simple anthropometric indices to predict cardiovascular risk factors in Taiwan Int J Obes Relat Metab Disord 2002261232-8
90 Pua YH Ong PH Anthropometric indices as screening tools for cardiovascular risk factors in Singaporean women Asia Pac J Clin Nutr 2005 14 (1) 74-9
91 Berber A Goacutemez-Santos R Fanghaumlnel G Saacutenchez-Reyes L Anthropometric
indexes in the prediction of type 2 diabetes mellitus hypertension and dyslipidaemia in a Mexican population Int J Obes 200125(12)1794-9
92 Browning LM Hsieh SD Ashwell M A systematic review of waist-to-height ratio
as a screening tool for the prediction of cardiovascular disease and diabetes 05 could be a suitable global boundary value Nutr Res Rev 2010 23(2)247-69
93 Bertsias G Mammas I Linardakis M Kafatos A Overweight and obesity in
relation to cardiovascular disease risk factors among medical students in Crete Greece BMC Public Health 2003 31-9
94 Kashihara H Lee JS Kawakubo K et al Criteria of Waist Circumference According to Computed Tomography-Measured Visceral Fat Area and the Clustering of Cardiovascular Risk Factors Circ J 2009 73 1881-1886
44
APEcircNDICES
45
Apecircndice 1
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
46
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS
PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE SAUacuteDE
DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE
Jequieacute ____ ____ 201__
APEcircNDICE 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Vocecirc esta sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa do Nuacutecleo de
Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo (NESP) da Universidade Estadual do Sudoeste da
Bahia
Objetivo do estudo Avaliar e monitorar as condiccedilotildees de sauacutede de idosos residentes
em comunidade
Participaccedilatildeo Ao aceitar participar do estudo estarei agrave disposiccedilatildeo do pesquisador
para responder ao formulaacuterio que seraacute arquivado pelo autor por um periacuteodo de cinco
anos sendo posteriormente incinerado
Riscos Este estudo natildeo traraacute riscos para minha integridade fiacutesica ou moral dos
participantes
Confidencialidade do estudo Seraacute garantida a privacidade o anonimato bem como
o direito de aceitar ou natildeo participar da pesquisa podendo ser essa autorizaccedilatildeo
suspensa em qualquer fase do estudo Assim as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo
4662012 do Conselho Nacional de Sauacutede que discorre sobre pesquisa envolvendo
seres humanos seratildeo atendidas Os resultados seratildeo publicados no relatoacuterio final da
dissertaccedilatildeo e artigos cientiacuteficos
47
Benefiacutecios Accedilotildees interinstitucionais articuladas promovidas numa perspectiva
interdisciplinar possibilitaratildeo uma melhor compreensatildeo das condiccedilotildees de sauacutede dos
idosos residentes em comunidade do municiacutepio e contribuiraacute para a formulaccedilatildeo de
accedilotildees direcionadas as necessidades dessa populaccedilatildeo
Danos advindos da pesquisa Caso haja algum prejuiacutezo decorrente da realizaccedilatildeo
deste estudo seraacute providenciada a devida reparaccedilatildeo dos danos atraveacutes do
responsaacutevel pelo estudo O pesquisador e os entrevistados natildeo receberatildeo benefiacutecios
financeiros para participaccedilatildeo no estudo Todas as despesas seratildeo por conta do
pesquisador
Participaccedilatildeo voluntaacuteria Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria podendo a qualquer
momento desistir do estudo sem qualquer prejuiacutezo ou penalidade para mim
Consentimento para participaccedilatildeo Apoacutes ser devidamente esclarecido (a) quanto
aos objetivos deste estudo dos procedimentos aos quais serei submetido (a) bem
como dos possiacuteveis riscos decorrentes da minha participaccedilatildeo estou de acordo em
participar do mesmo O pesquisador responsaacutevel pelo estudo assegura que seraacute
disponibilizado qualquer esclarecimento adicional que eu venha a solicitar durante a
realizaccedilatildeo da pesquisa e o direito de desistir da participaccedilatildeo em qualquer momento
Em casos de duacutevidas eou problemas referentes ao estudo vocecirc poderaacute
entrar em contato com o autor atraveacutes do Nuacutecleo de Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo
(NESP) (73) 3528-9721
Sendo assim eu ______________________________________________
aceito livremente participar do Projeto MONIDI
__________________________________ __________________________________
Assinatura do (a) participante
RG _________________________
Assinatura do (a) pesquisador
RG_________________________
48
Apecircndice 2
Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede do Idoso
49
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS
PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE
SAUacuteDE DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE
Nuacutemero do Questionaacuterio |__|__|__|
Nome do Entrevistador ___________________________
Visita 1 2 3
Data Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Hora de iniacutecio ________
Hora de teacutermino ________
I INFORMACcedilOtildeES PESSOAIS E SOCIODEMOGRAacuteFICAS
1 Nome do entrevistado
2Sexo
0 ( ) Feminino
1 ( ) Masculino
3 Endereccedilo completotelefone
4 Idade ____ anos
41 Data de Nascimento
____________
50
5 Situaccedilatildeo conjugal atual
1 ( ) Casado(a) 2 ( ) Uniatildeo estaacutevel 3 ( ) Solteiroa
4 ( ) Divorciado(a)separado(a)desquitado(a) 5 ( ) Viuacutevoa
6 No total quantas vezes o (a) Sr(a) esteve casado(a) ou em uniatildeo
Nordm de vezes |___|___|
7 Na escola qual a uacuteltima seacuterie grau que concluiu com aprovaccedilatildeo
1 - Nunca foi agrave escola ( ) 4 - Fundamental II ( )5 a ( )6 a ( )7 a ( )8 a
2 - Lecirc e escreve o nome ( ) 5 - Ensino Meacutedio ( ) 1 a ( )2 a ( )3
3 - Fundamental I ( )1 a ( )2 a 6 - Superior ( ) completo ( ) incompleto
( )3 a ( )4 a
8 Como vocecirc classificaria a cor da sua pele
1( ) Branca 2( ) Amarela (oriental) 3( ) Parda
4( ) Origem indiacutegena 5( ) Preta 9( ) Natildeo sabe
9 Cor da pele (entrevistador)
1( ) branca 2( ) amarela (oriental) 3( ) parda
4( ) origem indiacutegena 5( ) preta
10-Quantos filhos e filhas nascidos vivos o(a)Sr(a) teve (natildeo inclua enteados filhos
adotivos abortos ou filhos nascidos mortos)
Nuacutemero de filhos |____|____| (98) NS (99) NR
11 Atualmente o senhor (a) mora sozinho ou acompanhado
1( )Acompanhado 2( ) Sozinho 3( ) NR 4( )NS
51
12 Desde que o senhor (a) nasceu viveu no campo por 5 anos ou mais
0( ) Natildeo 1( ) Sim 2( ) NS 3( ) NR
13 Qual eacute a sua religiatildeo
1( ) Catoacutelica 2( ) Protestante 3( ) Judaica
4( ) Espiacuteritakardecista 5( ) Umbanda 6( ) Outras ____________
14 Qual a importacircncia da religiatildeo em sua vida
(1) Importante (2) Regular (3) Nada importante (8) NS (9) NR
15 Com que frequecircncia o senhor vai agrave igreja ou ao serviccedilo religioso
( ) Nunca ( ) Vaacuterias vezes por ano ( ) Uma duas vezes por mecircs
( ) Quase toda semana ( ) Mais de uma vez por semana ( ) NS ( ) NR
16 Quanto vocecirc ganha em meacutedia por mecircs R$ __________8( )Natildeo se aplica
II A CONSUMO DE AacuteLCOOL E TABACO
Uso de bebidas alcooacutelicas
1 Vocecirc consome bebidas alcooacutelicas Se vocecirc NAtildeO BEBE siga para o bloco III C
0 ( )sim 1( ) natildeo
2 Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
3 As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
4 Sente-se chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
5 Costuma beber pela manhatilde para diminuir o nervosismo ou a ressaca
0 ( ) sim 1( ) natildeo
Haacutebito de fumar
1 Vocecirc jaacute foi fumante 0 ( ) sim 1( ) natildeo
52
2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco
III C
3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros
4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias
III ANTROPOMETRIA
MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS
ESTATURA
MASSA CORPORAL
CIRCUNFEREcircNCIA
DE CINTURA
IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL
MEDIDA 01 02 03
Pressatildeo arterial
sistoacutelica
Pressatildeo arterial
diastoacutelica
53
ANEXOS
54
Anexo 1
Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos
55
56
viii
ldquoTudo eacute loucura ou sonho no comeccedilo Nada do que o homem fez no mundo teve iniacutecio de outra maneira ndash mas jaacute tantos sonhos se realizaram que natildeo temos o direito de duvidar de nenhumrdquo (Monteiro Lobato)
ix
RESUMO
A hipertensatildeo arterial eacute uma das principais causas de mortalidade em acircmbito mundial e fator de risco para diversas doenccedilas Tal enfermidade em idosos estaacute associada ao significante aumento nos distuacuterbios cardiovasculares e a incidecircncia de doenccedilas incapacitantes Por outro lado a gordura corporal estaacute relacionada com a pressatildeo arterial elevada em idosos a qual pode ser avaliada por meio de iacutendices antropomeacutetricos O objetivo deste estudo foi determinar o poder preditivo de iacutendices antropomeacutetricos e estabelecer seus pontos de corte como discriminadores de hipertensatildeo arterial e identificar o indicador antropomeacutetrico de obesidade que melhor discrimina a hipertensatildeo arterial Um estudo transversal foi realizado com uma amostra de 310 idosos com idades iguais ou superiores a 60 anos sendo 175 (565) mulheres A coleta ocorreu entre o periacuteodo de 03022014 a 20022014 na cidade de Ibicuiacute-BA Foram mensurados os seguintes iacutendices antropomeacutetricos iacutendice de massa corporal (IMC) circunferecircncia da cintura (CC) razatildeo cinturaestatura (RCEst) e iacutendice de conicidade (Iacutendice C) Ademais coletaram-se medidas de pressatildeo arterial sistoacutelica e diastoacutelica Para identificaccedilatildeo dos preditores de hipertensatildeo arterial foi adotada a anaacutelise das curvas Receiver Operating Characteristic (ROC) com intervalo de confianccedila de 95 Posteriormente identificaram-se os pontos de corte com suas respectivas sensibilidades e especificidades As anaacutelises foram efetuadas respeitando-se o niacutevel de significacircncia de 5 Apoacutes a construccedilatildeo das curvas ROC evidenciou-se que alguns iacutendices antropomeacutetricos apresentaram Aacuterea Sobre a Curva (ASC) significativas sendo o IMC = 060 (050-070) RCEst = 061 (051-071) Iacutendice C = 058 (058-068) nos homens Os diversos pontos de corte dos iacutendices antropomeacutetricos com melhores poderes preditivos e suas respectivas sensibilidades e especificidades foram identificados Conclui-se que as melhores aacutereas sob a curva ROC foram para IMC RCEst e Iacutendice C para os homens poreacutem tais medidas natildeo foram satisfatoacuterias para predizer hipertensatildeo arterial em mulheres idosas Sugere-se que a utilizaccedilatildeo de dois iacutendices simultaneamente possa resultar em uma maior eficiecircncia na avaliaccedilatildeo do risco de hipertensatildeo arterial em idosos
Palavras-chave Antropometria Hipertensatildeo Obesidade Idoso
x
ABSTRACT Hypertension is one of the main causes of mortality in the world and a risk factor for several diseases This illness in the elderly is associated with a significant increase in cardiovascular disorders and the incidence of disabling diseases On the other hand body fat is related to high blood pressure in the elderly which can be evaluated by means of anthropometric indices This study aimed to determine the predictive power of anthropometric indices and establish cut-off points as discriminators of arterial hypertension and identify the anthropometric indicator of obesity that best discriminates the hypertension A cross-sectional study was conducted with a sample of 310 elderly people with ages greater than or equal to 60 years 175 (565 ) women Data collection occurred between the period of 03 022014 20 022014 in Ibicuiacute city in Bahia The following anthropometric indices were measured body mass index (BMI) waist circumference (WC) waistheight ratio (WHtR) and conicity index (C-Index) In addition collected measures of systolic and diastolic blood pressure To identify hypertension predictors was adopted the Receiver Operating Characteristic (ROC) curves analysis with a confidence interval of 95 Later it was possible to identify the cut-off points with their respective sensitivities and specificities The samples were analyzed respecting significance level of 5 After the construction of the ROC curves it was evident that some anthropometric indices presented Area under the curve (AUC) significant being the BMI = 060 (050 -070) WHeR = 061 (051 -071) C-Index = 058 (058 -068) in men The different cut-off points of anthropometric indices with better predictive powers and their respective sensitivities and specificities were identified It is concluded that the best areas under the ROC curve were to BMI WHeR and C Index for the men but such measures were not satisfactory for predicting hypertension in elderly women It is suggested that the use of two indices simultaneously can result in greater efficiency in the assessment of the risk of hypertension in the elderly Keywords Anthropometry Hypertension Obesity Elderly
xi
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 1
2 REVISAtildeO DE LITERATURA 3
21 Consideraccedilotildees sobre doenccedilas cardiovasculares no Brasil e o processo de envelhecimento populacional 3
22 Hipertensatildeo arterial e a populaccedilatildeo idosa 4
23 Iacutendices antropomeacutetricos de sobrepeso e obesidade 5
24 A importacircncia da validaccedilatildeo 7
3 OBJETIVOS 10
4 MATERIAL E MEacuteTODOS 11
41 Tipos de estudo 11
42 Cenaacuterios do estudo 11
43 Populaccedilatildeo e amostra 12
44 Equipes de coleta de dados 13
45 Procedimentos para coleta de dados 14
451 Variaacuteveis do estudo e dados coletados 14
452 Instrumentos de coleta 14
453 Pressatildeo Arterial 14
454 Antropometria 15
46 Anaacutelise dos dados 16
47 Aspectos Eacuteticos 17
5 RESULTADOS 18
51 Caracterizaccedilatildeo da amostra estudada 18
52 Caracteriacutesticas antropomeacutetricas 20
53 Anaacutelise da curva ROC 21
6 DISCUSSAtildeO 28
61 Aacutereas sob a Curva ROC 28
62 Iacutendices antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial 30
7 CONCLUSAtildeO 35
8 REFEREcircNCIAS 36
xii
IacuteNDICE DE FIGURAS
Figura 1 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Ibicuiacute BA na regiatildeo Nordeste do Brasil 12
Figura 2 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial
(mulheres) IMC - iacutendice de massa corporal 23
Figura 3 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial
(homens) IMC - iacutendice de massa corporal 23
Figura 4 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial
(mulheres) CC ndash circunferecircncia da cintura 24
Figura 5 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens)
CC ndash circunferecircncia da cintura 24
Figura 6 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial
(mulheres) RCEst - razatildeo cinturaestatura 25
Figura 7 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial
(homens) RCEst - razatildeo cinturaestatura 25
Figura 8 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial
(mulheres) Iacutendice C -iacutendice de conicidade 26
Figura 9 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial
(homens) Iacutendice C - iacutendice de conicidade 26
xiii
IacuteNDICE DE TABELAS
Tabela 1 - Classificaccedilatildeo da pressatildeo arterial de acordo com a VI Diretrizes
Brasileiras de Hipertensatildeo (2010) 15
Tabela 2 - Classificaccedilatildeo do Iacutendice de Massa Corporal 15
Tabela 3 - Variaacuteveis sociodemograacuteficas e de estilo de vida em idosos 19
Tabela 4 - Valores descritivos miacutenimos e maacuteximos das variaacuteveis analisadas 21
Tabela 5 - Percentuais das variaacuteveis analisadas 21
Tabela 6 - Aacuterea sob a curva ROC e IC95 entre os iacutendices antropomeacutetricos e
hipertensatildeo arterial em idosos 22
Tabela 7 - Pontos de corte sensibilidade e especificidade dos iacutendices
antropomeacutetricos para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial em idosos 27
xiv
LISTA DE SIacuteMBOLOS OU NOMECLATURA
ASC - Aacuterea Sob a Curva
AVE - Acidente Vascular Encefaacutelico
CC - Circunferecircncia da Cintura
CNS - Conselho Nacional de Sauacutede
DCNT - Doenccedilas Crocircnicas Natildeo Transmissiacuteveis
ESF - Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia
ESTUDO MONIDI - Monitoramento da Sauacutede de Idosos de um Municiacutepio de
Pequeno Porte
HAS - Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica
IASI - Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede de Idosos
IC95 - Intervalo de Confianccedila 95
IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica
IMC ndash Iacutendice de Massa Corporal
Iacutendice C ndash Iacutendice de Conicidade
Li-IC ndash Limite Inferior do Intervalo de Confianccedila
NSI - Nutricion Screening Initiative
PA ndash Pressatildeo Arterial
PAD ndash Pressatildeo Arterial Diastoacutelica
PAS - Pressatildeo Arterial Sistoacutelica
RCEst - Razatildeo Cintura-Estatura
ROC - Receive Operator Caracteristic
SBH - Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo
SPSS - Statistical Package for the Social Sciences
xv
SUS - Sistema Uacutenico de Sauacutede
TCLE - Termo de Consentimento Livre Esclarecido
USFs - Unidades de Sauacutede da Famiacutelia
WHO - World Health Organization
1
1 INTRODUCcedilAtildeO
A transiccedilatildeo epidemioloacutegica caracteriza-se pela evoluccedilatildeo progressiva de um
perfil de alta mortalidade por doenccedilas infecciosas para outro onde predominam os
oacutebitos por doenccedilas cardiovasculares neoplasias causas externas e outras doenccedilas
consideradas crocircnico-degenerativas natildeo transmissiacuteveis1 Jaacute a transiccedilatildeo demograacutefica
tem relaccedilatildeo direta com a evoluccedilatildeo das taxas de mortalidade natalidade e
fecundidade no qual houve uma mudanccedila da populaccedilatildeo jovem para um contingente
cada vez maior e mais importante de pessoas com 60 anos ou mais de idade2
As mudanccedilas demograacuteficas evidenciam o aumento na expectativa de vida com
consequente crescimento da populaccedilatildeo idosa3 Essa modificaccedilatildeo no perfil etaacuterio da
populaccedilatildeo concorre para transformaccedilatildeo nos aspectos relacionados agrave
morbimortalidade nos quais as doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis (DCNT) passam
a ser as principais causas de adoecimentomorte As DCNT mais prevalentes satildeo as
doenccedilas cardiovasculares cacircnceres respiratoacuterias crocircnicas diabetes e hipertensatildeo
arterial4
A hipertensatildeo arterial sistecircmica (HAS) eacute a primeira causa de mortalidade em
acircmbito mundial e a terceira causa de incapacidade induzida por doenccedila apoacutes
desnutriccedilatildeo e doenccedilas sexualmente transmissiacuteveis5 Estima-se que a pressatildeo arterial
elevada cause 94 milhotildees de mortes por ano no mundo6 A HAS eacute o principal fator de
risco para acidente vascular encefaacutelico (AVE) doenccedila arterial coronariana
insuficiecircncia cardiacuteaca insuficiecircncia renal crocircnica e doenccedila vascular de extremidades7
Tal enfermidade em idosos estaacute associada a significante aumento nos distuacuterbios
cardiovasculares na incidecircncia de doenccedilas incapacitantes com consequente
diminuiccedilatildeo da sobrevida e piora na qualidade de vida resultando dependecircncia e perda
da autonomia8910
Vaacuterios estudos evidenciam que a gordura corporal estaacute relacionada com a
pressatildeo arterial elevada em idosos111213 Dessa forma para discriminar a quantidade
de gordura corporal e sua distribuiccedilatildeo os iacutendices antropomeacutetricos satildeo instrumentos
haacutebeis principalmente em estudos epidemioloacutegicos Aleacutem disso tecircm sido utilizados
com frequecircncia em estudos populacionais e satildeo importantes por monitorar o estado
nutricional em diferentes grupos Esses iacutendices satildeo bons preditores para a
hipertensatildeo arterial14 diabetes mellitus doenccedilas cardiovasculares e para discriminar
2
o risco coronariano em diferentes populaccedilotildees1516 Apresentam como vantagens a sua
simplicidade baixo custo e faacutecil utilizaccedilatildeo Contudo estudos sobre os iacutendices
antropomeacutetricos satildeo escassos e inconclusivos na populaccedilatildeo idosa17
A identificaccedilatildeo indireta da hipertensatildeo arterial por meio dos iacutendices
antropomeacutetricos pode ser uma estrateacutegia importante na sauacutede puacuteblica como
instrumento de triagem favorecendo a identificaccedilatildeo das alteraccedilotildees na pressatildeo
arterial Uma das estrateacutegias recomendadas para atingir essa proposta eacute a utilizaccedilatildeo
de instrumentos de rastreamento adequados de raacutepida e faacutecil aplicaccedilatildeo e que
apresentem coeficientes de fidedignidade e de validade significativos No contexto da
atenccedilatildeo primaacuteria recentemente Gomes et al (2009)18 e Azevedo et al (2010)19
propuseram a aplicaccedilatildeo da antropometria para a detecccedilatildeo de fatores de risco agrave sauacutede
sugerindo a utilizaccedilatildeo do iacutendice de massa corporal (IMC) e circunferecircncia da cintura
(CC) como medidas de triagem
Averiguar o poder discriminatoacuterio e estabelecer pontos de corte ou seja
valores criacuteticos de iacutendices antropomeacutetricos que se associem a hipertensatildeo arterial em
idosos pode ser uma boa estrateacutegia de monitoramento e de triagem destes fatores de
risco Sendo que os valores criacuteticos dos iacutendices antropomeacutetricos para idosos natildeo
foram estabelecidos na literatura Dessa forma parecem ser relevantes os estudos
que indiquem meios indiretos para detectar fatores de risco cardiovascular Os iacutendices
antropomeacutetricos podem ser utilizados como estrateacutegia eficiente no processo de
triagem da hipertensatildeo arterial no ambiente da atenccedilatildeo primaacuteria do Sistema Uacutenico de
Sauacutede (SUS)
3
2 REVISAtildeO DE LITERATURA
21 Consideraccedilotildees sobre doenccedilas cardiovasculares no Brasil e o processo de envelhecimento populacional
Atualmente as doenccedilas cardiovasculares tecircm acometido grande parcela da
populaccedilatildeo mundial Em 2012 o relatoacuterio da World Health Organization (WHO)20
estimou que 175 milhotildees de pessoas morreram de doenccedilas cardiovasculares
representando 46 de todas as mortes globais Jaacute a pressatildeo arterial elevada
provoca 51 das mortes por acidente vascular cerebral e 45 das mortes por doenccedila
arterial coronariana21
Tais doenccedilas foram responsaacuteveis por 70 das causas de morte no Brasil no
ano de 2013 As doenccedilas cardiovasculares como do aparelho circulatoacuterio cacircncer e
diabetes tecircm respondido por um nuacutemero elevado de mortes antes dos 70 anos22
O crescimento populacional e o aumento da longevidade podem acarretar a um
raacutepido aumento no nuacutemero total de adultos de meia-idade e mais velhos com um
correspondente aumento do nuacutemero de mortes causadas por doenccedilas crocircnicas natildeo
transmissiacuteveis
Dessa forma a quantidade de pessoas com mais de 60 anos satildeo hoje 13 da
populaccedilatildeo brasileira ou 261 milhotildees de indiviacuteduo em 201323 Com o processo de
envelhecimento populacional as doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis ganharam
expressotildees para a sociedade para previdecircncia social e por consequecircncia para a
sauacutede puacuteblica
A fase do envelhecimento eacute o momento caracterizado pelas alteraccedilotildees fiacutesicas
psicossociais e pelo decliacutenio da capacidade funcional dos organismos como tambeacutem
pelo surgimento de condiccedilotildees patoloacutegicas advindas de haacutebitos de vida inadequados
(tabagismo alcoolismo alimentaccedilatildeo incorreta ausecircncia de atividade fiacutesica regular
entre outros)24 Dessa forma para retardar essas mudanccedilas eacute necessaacuterio ter um
envelhecimento saudaacutevel
4
22 Hipertensatildeo arterial e a populaccedilatildeo idosa
A hipertensatildeo arterial eacute definida como sendo uma condiccedilatildeo crocircnica da tensatildeo
arterial elevada resultando em valores acima do considerado aceito ou seja quando
a pressatildeo arterial sistoacutelica (PAS) estaacute cronicamente acima de 140 mmHg ou a pressatildeo
arterial diastoacutelica (PAD) estaacute cronicamente acima de 90 mmHg2526
No mundo em torno de um bilhatildeo de pessoas satildeo hipertensas natildeo controladas
sendo que 75 milhotildees de pessoas morreram a cada ano pela doenccedila ateacute o ano de
200827 Estimativas do Ministeacuterio da Sauacutede indica que cerca de 17 milhotildees de
brasileiros apresentam hipertensatildeo arterial sendo que 35 dessa populaccedilatildeo tinham
idade igual ou superior a 40 anos Em comparaccedilatildeo com anos anteriores pode-se
observar que a proporccedilatildeo de brasileiros diagnosticados com hipertensatildeo arterial
cresceu de 215 em 2006 para 244 em 20092829
O resultado da Pesquisa Nacional de Sauacutede do primeiro semestre de 2013
estimou que o Brasil tem 313 milhotildees de hipertensos Entre as pessoas com mais de
60 anos mais de 444 tecircm hipertensatildeo sendo que essa prevalecircncia cresce com a
idade22 Esses dados se aproximam aos nuacutemeros da Sociedade Brasileira de
Hipertensatildeo (SBH) no qual estima que haja 30 milhotildees de hipertensos no Brasil em
2014 ou seja cerca de 30 da populaccedilatildeo adulta30
Jaacute na populaccedilatildeo baiana com idade acima de 40 anos cerca de 35 tecircm
hipertensatildeo arterial correspondendo a cerca de 13 milhatildeo de pessoas acometidas
pela doenccedila Na populaccedilatildeo dos 55 aos 64 anos 516 tecircm pressatildeo arterial elevada
e com 65 anos ou mais esse nuacutemero chega a 60631 No estado da Bahia foram
registradas 6274 mortes por doenccedilas de aparelho circulatoacuterio ateacute o mecircs de outubro
de 2013 Dentre os registros 649 foram por hipertensatildeo32 No municiacutepio de Ibicuiacute ndash
BA a prevalecircncia de HAS cadastrados nas Unidades de Sauacutede da Famiacutelia (USFs) foi
de 643 idosos33
A hipertensatildeo arterial eacute caracterizada por niacuteveis elevados e sustentados de
pressatildeo arterial (PA) como uma condiccedilatildeo cliacutenica multifatorial Associa-se
frequentemente a alteraccedilotildees funcionais eou estruturais dos oacutergatildeos-alvo (coraccedilatildeo
enceacutefalo rins e vasos sanguiacuteneos) e a alteraccedilotildees metaboacutelicas2634 Pode ser
classificada em primaacuteria e secundaacuteria de acordo com a sua origem A primaacuteria tem
5
sua origem desconhecida35 e a secundaacuteria eacute decorrente de alguma doenccedila
subjacente36
No caso de a PA estar cronicamente elevada ou seja hipertensatildeo arterial o
risco de desenvolvimento de complicaccedilotildees cardiovasculares renais e ateacute mesmo o
oacutebito aumenta consideravelmente37
Com relaccedilatildeo agrave caracteriacutestica fisiopatoloacutegica da HAS a partir dos 50 ou 60 anos
de idade a pressatildeo diastoacutelica diminui e a pressatildeo central aumenta determinando um
balanccedilo proacuteximo entre resistecircncia aumentada e aumento da impedacircncia na aorta
toraacutecica Dessa forma a pressatildeo de pulso comeccedila a se elevar e a HAS se torna o
principal subtipo de hipertensatildeo apoacutes a sexta deacutecada de vida38
Contudo apoacutes os 60 anos ocorre o enrijecimento arterial central indicado pela
queda na pressatildeo diastoacutelica e o raacutepido alargamento da pressatildeo de pulso O aumento
da rigidez arterial central e a amplitude da onda de pulso satildeo fatores hemodinacircmicos
dominantes nos indiviacuteduos normotensos e hipertensos apoacutes os 60 anos38
Aleacutem dos fatores fisiopatoloacutegicos vale destacar que o aumento da pressatildeo
arterial com a idade tambeacutem estaacute relacionado com o consumo de sal exagerado ao
longo da vida39
As principais estrateacutegias no tratamento natildeo-farmacoloacutegico da HAS segundo
Ministeacuterio da Sauacutede28 se encontram na adoccedilatildeo de haacutebitos alimentares saudaacuteveis
reduccedilatildeo na ingestatildeo de soacutedio reduccedilatildeo do consumo de bebidas alcooacutelicas abandono
do tabagismo praacutetica de atividade fiacutesica regular controle ou diminuiccedilatildeo da massa
corporal
23 Iacutendices antropomeacutetricos de sobrepeso e obesidade
Como meacutetodo natildeo invasivo a antropometria eacute utilizada principalmente para
avaliar as proporccedilotildees tamanho e a composiccedilatildeo corporal40 Tal meacutetodo possui relaccedilatildeo
com estado de sauacutede condiccedilotildees sociais e econocircmicas de grupos populacionais
podendo diagnosticar a desnutriccedilatildeo ou excesso de peso Os iacutendices antropomeacutetricos
que consistem na mediccedilatildeo de dimensotildees corporais podem ser usados para predizer
a sauacutede geral e bem-estar da populaccedilatildeo40
6
Em 2011 estudo realizado por Pitanga41 indica que os iacutendices antropomeacutetricos
apresentam-se como preditores do risco de infarto do miocaacuterdio acidente vascular
encefaacutelico e morte prematura
O IMC eacute determinado pela massa corporal em quilogramas dividido pela
estatura em metros ao quadrado eacute uma medida que determina o estado nutricional
Este iacutendice antropomeacutetrico eacute comumente aplicado em estudos epidemioloacutegicos em
idosos para diagnosticar o excesso de peso (sobrepesoobesidade) principalmente
por ser um meacutetodo faacutecil de aplicar raacutepido e de baixo custo Deste modo vaacuterios
estudos com essa populaccedilatildeo tecircm avaliado o estado nutricional por meio do IMC42
434445
No estudo de Silva e Petroski (2009)46 com idosas de um grupo de convivecircncia
do municiacutepio de Aracaju ndash Sergipe sugeriu que o ponto de corte do IMC utilizado pela
Nutricion Screening Initiative ndash NSI (1992)47 para sobrepeso e excesso de peso foi o
mais bem associado com a PA elevada e para obesidade o melhor ponto de corte
associado com a PA elevada foi o da WHO (1998)48
A outra medida importante para avaliaccedilatildeo da obesidade central dos indiviacuteduos
eacute a circunferecircncia de cintura A obesidade eacute caracterizada pelo acuacutemulo excessivo de
gordura corporal no indiviacuteduo e quando presente na regiatildeo abdominal tem alta
correlaccedilatildeo com doenccedilas cardiovasculares e distuacuterbios metaboacutelicos40 O obeso tem
mais propensatildeo a desenvolver problemas como hipertensatildeo doenccedilas
cardiovasculares diabetes tipo 2 entre outras doenccedilas4950
Comparando as medidas antropomeacutetricas com exames de diagnoacutesticos por
imagens como a tomografia computadorizada e a ressonacircncia magneacutetica foi
verificado que a circunferecircncia da cintura apresentou melhor correlaccedilatildeo com o tecido
adiposo visceral51 Tambeacutem o aumento da circunferecircncia da cintura teve boa
associaccedilatildeo com o aumento significativo da prevalecircncia da hipertensatildeo arterial52
A razatildeo cintura-estatura (RCEst) eacute determinado pela divisatildeo da circunferecircncia
da cintura (cm) pela estatura (cm) Este indicador tem sido utilizado para identificar
alto risco metaboacutelico obesidade fatores de risco cardiovascular e maior capacidade
preditiva para o risco coronariano elevado em populaccedilotildees adultas e idosas1653
tambeacutem eacute fortemente associada a diversos fatores de risco cardiovascular em
diferentes populaccedilotildees15
7
O Iacutendice C eacute determinado com as medidas de massa corporal da estatura e da
circunferecircncia da cintura54 e eacute muito utilizado com a populaccedilatildeo adulta555657585960 Jaacute
com a populaccedilatildeo de idosos o iacutendice C tem sido pouco utilizado e somente alguns
estudos usaram esse indicador para tentar identificar distuacuterbios metaboacutelicos risco
coronariano e prevalecircncia de risco agrave sauacutede616263 Natildeo foram encontrados estudos
associativos entre o Iacutendice C e pressatildeo arterial elevada em idosos
Tais iacutendices satildeo pouco utilizados com a populaccedilatildeo idosa e principalmente com
populaccedilotildees residentes em cidades de pequeno porte Dessa forma para discriminar e
analisar o incremento de gordura corporal os iacutendices antropomeacutetricos tecircm
demonstrado eficiecircncia principalmente em estudos epidemioloacutegicos Cada indicador
tem peculiaridade quanto a sua distribuiccedilatildeo e discriminaccedilatildeo por isso podem ser
utilizados conjuntamente ou separadamente dependendo dos objetivos como
estrateacutegia eficiente para a detecccedilatildeo e o controle de doenccedilas
Contudo os iacutendices antropomeacutetricos tecircm sido bem utilizados para associar
vaacuterios fatores de risco de sauacutede como doenccedilas coronarianas cardiovasculares
distuacuterbios metaboacutelicos dentre outros641641 Poreacutem ainda natildeo estaacute clara sua
associaccedilatildeo com pressatildeo arterial elevada em idosos
Sendo assim os iacutendices antropomeacutetricos satildeo eficientes para identificar a
hipertensatildeo arterial em idosos E quais satildeo os melhores iacutendices para identificar as
alteraccedilotildees da pressatildeo arterial elevada em idosos
24 A importacircncia da validaccedilatildeo
Como se trata de um estudo de validaccedilatildeo de um meacutetodo faz-se necessaacuterio
debater sobre o tema Os instrumentos de rastreamento satildeo ferramentas essenciais
para os serviccedilos de sauacutede pois fornecem medidas relevantes reprodutiacuteveis e
acuradas permitindo a identificaccedilatildeo das pessoas com maior chance de preencher os
criteacuterios para uma determinada condiccedilatildeo ou doenccedila Como tambeacutem completa o
registro de informaccedilatildeo e a comparaccedilatildeo de resultados minimizando a influecircncia de
fatores subjetivos na coleta e registro de dados6566
A escolha de um instrumento deve-se basear em suas qualidades que
consistem em coeficientes significativos de validade e fidedignidade Dessa forma
8
essas medidas necessitam apresentar simplicidade na teacutecnica economia facilidade
e rapidez na aplicaccedilatildeo e interpretaccedilatildeo666768
A validade caracteriza-se como a capacidade do instrumento medir aquilo que
se propotildees a medir Envolve um componente conceitual (julgamento subjetivo a
respeito do instrumento pelo pesquisador) e um componente operacional (avaliaccedilatildeo
sistemaacutetica (estatiacutestica) do teste) geralmente o comparando com um criteacuterio padratildeo
ouro67
A avaliaccedilatildeo operacional da validade utilizada nessa pesquisa foi a de criteacuterio
no qual mede agrave extensatildeo com que o instrumento discrimina sujeitos que diferem em
determinadas caracteriacutesticas Refere-se agrave capacidade de uma escala de se
corresponder com outras medidas ou de predizer algo a que se propotildee Eacute avaliada
por meio de criteacuterio-padratildeo (validade concorrente e validade preditiva) Sendo que a
validade preditiva eacute estimulada estatisticamente e expressa por meio da sensibilidade
especificidade valor preditivo positivo valor preditivo negativo e taxa de classificaccedilatildeo
incorreta67
A sensibilidade corresponde agrave proporccedilatildeo de casos positivos identificados
corretamente ou melhor eacute a capacidade de medida de reconhecer os verdadeiros
positivos Quanto maior a sensibilidade maior a chance de detectar a doenccedila A
especificidade eacute proporccedilatildeo de casos negativos identificados corretamente eacute a
capacidade do instrumento de reconhecer os verdadeiros negativos67
Quanto mais sensiacutevel for o teste melhor seraacute seu valor preditivo negativo ou
seja maior seraacute a certeza de que uma pessoa com resultado negativo natildeo tenha
realmente a doenccedila Quanto mais especifico melhor seraacute seu valor preditivo positivo
ou seja maior seraacute a certeza de que uma pessoa com resultado positivo tenha a
hipertensatildeo arterial67
Como estrateacutegia geral quando a principal preocupaccedilatildeo for evitar o resultado
falso-positivo entatildeo o ponto de corte deve objetivar o maacuteximo de especificidade e se
a preocupaccedilatildeo maior eacute evitar resultado falso-negativo (o resultado do teste em
paciente com suspeita de hipertensatildeo arterial) o ponto de corte deve objetivar o
maacuteximo de sensibilidade67 Os autores ainda referem que a curva Receive Operator
Caracteristic (ROC) eacute a melhor maneira de estabelecer o ponto de corte otimizando
a sensibilidade e especificidade do teste diagnoacutestico
9
Destaca-se que as qualidades de um instrumento aplicado em condiccedilotildees de
campo satildeo modificadas pela prevalecircncia de casos na populaccedilatildeo cliacutenica (onde eacute
esperado ter maior proporccedilatildeo de doenccedila) comparada com uma populaccedilatildeo geral
10
3 OBJETIVOS
Determinar o poder preditivo de iacutendices antropomeacutetricos para predizer
hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos
Estabelecer pontos de corte como discriminadores de hipertensatildeo arterial em
mulheres e homens idosos
Identificar o iacutendice antropomeacutetrico de obesidade que melhor discrimina a
hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos
11
4 MATERIAL E MEacuteTODOS
41 Tipos de estudo
Esta pesquisa eacute do tipo transversal ou seccional como parte do projeto de
Monitoramento da Sauacutede de Idosos de um Municiacutepio de Pequeno Porte ESTUDO
MONIDI Em estudos transversais a estrateacutegia de observaccedilatildeo da populaccedilatildeo eacute
seccional isto eacute as informaccedilotildees obtidas referem-se ao mesmo momento sendo mais
adequado para obtenccedilatildeo de estimativas populacionais As informaccedilotildees individuais
devem ser coletadas num determinado prazo mais curto possiacutevel decorrido entre as
observaccedilotildees do primeiro e uacuteltimo indiviacuteduo69
42 Cenaacuterios do estudo
O municiacutepio de Ibicuiacute fica localizado na zona fisiograacutefica de Vitoacuteria da Conquista
(Encosta do Planalto) e situada no Sudoeste do Estado da Bahia possui uma aacuterea
territorial de 1176843 kmsup2 populaccedilatildeo de 16640 habitantes7071 A populaccedilatildeo de
idosos no ano de 2013 era de 2124 habitantes e destes 525 estavam cadastrados
nas Unidades de Sauacutede da Famiacutelia33
12
Figura 1 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Ibicuiacute BA na regiatildeo Nordeste do Brasil
Fonte Adaptado do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE)72 Infograacuteficos
Cidades Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230
43 Populaccedilatildeo e amostra
A populaccedilatildeo alvo do presente estudo foi constituiacuteda por indiviacuteduos com idade
igual ou superior a 60 anos de ambos os sexos cadastrados na Estrateacutegia de Sauacutede
da Famiacutelia (ESF) que atenderam agraves aacutereas urbanas e rurais do municiacutepio de Ibicuiacute-BA
no ano de 2014 A lista com o nuacutemero de usuaacuterios idosos cadastrados nas USFs da
zona rural e urbana do municiacutepio foi solicitada junto agrave Secretaria Municipal de Sauacutede
Foram incluiacutedos no estudo idosos que estavam cadastrados na Estrateacutegia de
Sauacutede da Famiacutelia que aceitaram participar da pesquisa atraveacutes da assinatura do
Termo de Consentimento Livre Esclarecido (TCLE)
Os criteacuterios de exclusatildeo foram os participantes com diagnoacutestico de demecircncia
ou qualquer outro tipo de alteraccedilatildeo cognitiva que comprometesse a veracidade das
informaccedilotildees fornecidas idosos acamados portadores de doenccedila de Alzheimer ou
outro tipo de doenccedila neuroloacutegica que afetasse a cogniccedilatildeo doenccedila em estaacutegio
terminal
Apoacutes aplicaccedilatildeo dos criteacuterios de exclusatildeo foi efetuado o caacutelculo amostral
seguindo a proposta de Luiz e Magnanini (2000)73 para populaccedilotildees finitas com
13
predominacircncia desconhecida de 50 sendo adotado niacutevel de significacircncia de 5
(correspondendo a um intervalo de confianccedila de 95) e erro toleraacutevel de amostragem
de 25
O caacutelculo amostral resultou numa amostra miacutenima necessaacuteria de 305 idosos
Esse caacutelculo amostral sofreu ajuste em 10 para compensar eventuais perdas e
recusas Apoacutes o resultado do caacutelculo amostral os idosos participantes foram
selecionados atraveacutes de sorteio sendo este proporcional ao tamanho e a distribuiccedilatildeo
por sexo e por quantidade de idosos na Unidade de Sauacutede da Famiacutelia
Os indiviacuteduos assinaram o TCLE foram entrevistados e avaliados nas
dependecircncias da USF sendo que aqueles que natildeo foram localizados ou natildeo
compareceram a USF apoacutes trecircs tentativas foram automaticamente substituiacutedos por
meio de sorteio
44 Equipes de coleta de dados
A equipe de coleta foi composta por dois profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica
(Coordenadores) e cinco acadecircmicos de fisioterapia enfermagem e medicina A
equipe foi previamente treinada em reuniotildees teacutecnicas e no estudo piloto que foi
realizado no periacuteodo de Outubro a Dezembro de 2013 visando padronizar todo o
processo de coleta Foram estabelecidas accedilotildees referentes agrave logiacutestica agrave aplicaccedilatildeo dos
questionaacuterios e aos procedimentos de medidas das variaacuteveis antropomeacutetricas A
coleta propriamente dita ocorreu entre o periacuteodo de 03022014 a 20022014
14
45 Procedimentos para coleta de dados
451 Variaacuteveis do estudo e dados coletados
Foram mensuradas as variaacuteveis idade sexo situaccedilatildeo conjugal niacutevel de
escolaridade raccedilacor renda mensal alcoolismos e tabagismos Como tambeacutem
medidas de pressatildeo arterial sistoacutelica e diastoacutelica massa corporal estatura e
circunferecircncia da cintura
452 Instrumentos de coleta
Foi utilizado o instrumento de coleta denominado Instrumento de Avaliaccedilatildeo da
Sauacutede de Idosos (IASI) padronizado e validado previamente74 Tal instrumento obteacutem
caracteriacutesticas sociodemograacuteficas informaccedilotildees pessoais consumo de aacutelcool e
tabaco avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica e de pressatildeo arterial
Para aferir a pressatildeo arterial foi utilizado o aparelho digital (marca OMRONreg
modelo HEM ndash 742 INT) Utilizou-se ainda uma balanccedila digital portaacutetil (OMRONreg) e
um estadiocircmetro (marca Sannyreg) ambos devidamente calibrados e fita
antropomeacutetrica flexiacutevel (Cardiomedreg)
453 Pressatildeo Arterial
A pressatildeo arterial foi aferida com um aparelho digital de braccedilo com manguito
adequado agrave circunferecircncia do mesmo A medida foi realizada no braccedilo direito a altura
do coraccedilatildeo Foram realizadas trecircs medidas da pressatildeo arterial sendo a primeira apoacutes
o idoso permanecer cinco minutos em repouso e sentado a segunda apoacutes dois
minutos e a terceira dois minutos apoacutes a realizaccedilatildeo da segunda (foi utilizada a meacutedia
das trecircs medidas) Valores de referecircncia estatildeo estabelecidos na Tabela 1
15
Tabela 1 - Classificaccedilatildeo da pressatildeo arterial de acordo com a VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo (2010)
Classificaccedilatildeo Pressatildeo Sistoacutelica (mmHg)
Pressatildeo Diastoacutelica (mmHg)
Oacutetima Normal Limiacutetrofe
lt 120 lt 130 130-139
lt 80 lt 85 85-80
Hipertensatildeo estaacutegio I 140-159 90-99 Hipertensatildeo estaacutegio II 160-179 100-109 Hipertensatildeo estaacutegio III ge 180 ge 110 Hipertensatildeo sistoacutelica isolada
ge 140 lt 90
Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo (2010)7
454 Antropometria
Todas as medidas antropomeacutetricas foram realizadas trecircs vezes (verificou-se a
meacutedia de tais medidas) por um profissional de Educaccedilatildeo Fiacutesica para diminuir o erro
intra e inter avaliadores e anotados por um apontador Os idosos foram medidos
conforme procedimentos padronizados por Lohman et al (1988)75 sem calccedilados
roupas leves sem reloacutegio chaves celular etc
Foi mensurada a circunferecircncia da cintura com uma fita antropomeacutetrica flexiacutevel
no ponto meacutedio entre a uacuteltima costela e a crista iliacuteaca e o procedimento foi deixar a
cintura livre de roupa e os braccedilos cruzados no peito Classificaccedilatildeo de risco para
desenvolver doenccedilas por Lohman et al (1988)75 HOMENS gt 102 cm e MULHERES
gt 88 cm Foi determinado o IMC atraveacutes da equaccedilatildeo [IMC =massa corporal
(kg)estatura2(m)] Valores de referecircncia estatildeo estabelecidos na Tabela 2
Tabela 2 - Classificaccedilatildeo do Iacutendice de Massa Corporal
IMC Classificaccedilatildeo
Baixo peso lt 220 kgm2 Peso adequado 220 le IMC le 270 kgm2 Obesidade gt 270 kgm2
Lohman et al (1988)75
16
A razatildeo cintura-estatura foi determinada pela equaccedilatildeo proposta por Pitanga e
Lessa (2006)15 a qual utiliza a CC (cm) e a estatura (cm) O Iacutendice C foi estimado por
meio das medidas de massa corporal estatura e circunferecircncia da cintura utilizando-
se um modelo proposto por Valdez (1991)54 cuja equaccedilatildeo matemaacutetica estaacute descrita a
seguir
46 Anaacutelise dos dados
Os dados foram digitados com dupla entrada no software Epidata 31 Apoacutes a
digitaccedilatildeo dos dados foram verificados manualmente os valores discrepantes e a
consistecircncia das informaccedilotildees
Na anaacutelise de dados foram utilizados os procedimentos da estatiacutestica descritiva
expressa por meacutedia desvio padratildeo nuacutemero de observaccedilotildees e percentual das
variaacuteveis avaliadas A diferenccedila entre os sexos nas variaacuteveis contiacutenuas foi analisada
pelo teste t de Student para amostras independentes uma vez que as variaacuteveis
apresentaram distribuiccedilatildeo normal e o teste do Qui-quadrado para comparar as
proporccedilotildees (variaacuteveis qualitativas) entre os idosos do sexo masculino e feminino
O poder discriminatoacuterio para determinar a hipertensatildeo arterial e os iacutendices
antropomeacutetricos foi verificado atraveacutes da utilizaccedilatildeo das curvas ROC recurso utilizado
para obtenccedilatildeo de pontos de corte que visam diagnoacutesticos ou triagem
A aacuterea sob a curva ROC (ASC) determina a capacidade preditiva do indicador
para presenccedila ou ausecircncia de hipertensatildeo arterial Uma ASC igual a 10 eacute
considerada perfeita poreacutem se for igual ou menor a 05 indica que sua capacidade
preditiva natildeo eacute melhor que ao acaso
17
Neste estudo o pressuposto para anaacutelise da ASC foi agrave sensibilidade pois em
determinadas situaccedilotildees quando natildeo pode correr o risco de natildeo diagnosticar
determinada doenccedila eacute melhor privilegiar a sensibilidade76
Apoacutes determinados os pontos de corte para cada uma das variaacuteveis
investigadas para prediccedilatildeo de hipertensatildeo essas foram dicotomizadas com base em
seus respectivos valores de referecircncia As anaacutelises estatiacutesticas foram conduzidas no
Statistical Product and Service Solutions (SPSS) reg 130 Em todas as anaacutelises foram
efetuadas respeitando-se o niacutevel de significacircncia de 5
47 Aspectos Eacuteticos
O estudo foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa da Universidade
Estadual do Sudoeste da Bahia com parecer (CAAE 22969013000000055) (Anexo
1) seguindo princiacutepios eacuteticos estabelecidos na Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de
2012 do Conselho Nacional de Sauacutede (CNS)77
18
5 RESULTADOS
51 Caracterizaccedilatildeo da amostra estudada
De acordo com a contabilizaccedilatildeo das perdas (mudou-se do municiacutepio natildeo foi
encontrado por mais de 3 vezes na USF ou domicilio) e recusas (n=31) a amostra final
foi composta por 310 idosos (201 zona urbana e 109 zona rural) A taxa de respostas
foi de 912 com 88 (n=31) de recusas e 92 (n=29) de exclusatildeo
Participaram do estudo 175 mulheres (565) e 135 homens (435) As
idades variaram entre 60 e 108 anos com meacutedia de 7078 plusmn 82 anos para as mulheres
e 60 a 93 anos com meacutedia de 7259 plusmn 78 anos para homens
A maioria das mulheres se auto referiu ser negra e os homens pardo O iacutendice
de analfabetismo apresentou-se elevado em ambos os sexos A maior parte dos idosos
eacute casado A maioria dos idosos sobrevivia com renda mensal inferior ou igual a um
salaacuterio miacutenimo (Tabela 3)
19
Tabela 3 - Variaacuteveis sociodemograacuteficas e de estilo de vida em idosos
Mulheres (n=175) Taxa de Resposta
Homens (n=135) Taxa de Resposta
n n P
Raccedilacor 9861 991
Branco 47 2686 43 3209
Preto 73 4171 26 1940 0001
Pardo 49 2800 55 4074
Natildeo sabe 4 229 10 741
Escolaridade 9918 1000
Analfabeto 95 5429 84 6222
Baacutesica 72 4114 46 3408 0001
Secundaacuteria 5 286 5 370
Superior 2 114 - -
Estado Civil 9789 991
Casadouniatildeo estaacutevel
74 4229 78 5777
Solteiroseparado 33 1886 36 2667 0001
Viuacuteva 63 3600 20 1481
Renda Mensal 9918 1000
le 1 salaacuterio 165 9428 123 9111
11 a 2 salaacuterio 8 458 10 74 0001
21 a salaacuterio 1 057 2 148
Alcoolismo 9989 1000
Sim 4 229 9 667 0001
Natildeo 170 9714 126 9333
Tabagismo 9597 1000
Sim 15 857 21 1556 0001
Natildeo 152 8686 114 8444
Teste Qui-quadrado
20
52 Caracteriacutesticas antropomeacutetricas
Apoacutes a assinatura do TCLE e realizaccedilatildeo do questionaacuterio 10 idosos foram
excluiacutedos (recusas e informaccedilatildeo incompleta do questionaacuterio) desta etapa de anaacutelise
Dessa forma foram analisadas 300 avaliaccedilotildees das medidas antropomeacutetricas
Na Tabela 4 podem ser observados os valores meacutedios desvio padratildeo valores
miacutenimos e maacuteximos e percentuais das variaacuteveis avaliadas A meacutedia do IMC foi menor
nos homens quando comparado com o resultado das mulheres (p lt 0001) Natildeo houve
diferenccedila significativa da variaacutevel circunferecircncia da cintura entre homens e mulheres
(p = 0208) A prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi maior nas mulheres A maioria
das mulheres eacute obesa e entre os homens o estado nutricional foi considerado eutroacutefico
(Tabela 5)
21
Tabela 4 - Valores descritivos miacutenimos e maacuteximos das variaacuteveis analisadas
Variaacuteveis Mulheres (n=167) Homens (n=133) Valor-p
Idade (anos) 7078 plusmn 821 (60-108)
7259 plusmn 786 (60-93)
0055
Massa corporal (kg) 6020 plusmn 1223 (2970-9580)
6384 plusmn 1250 (4010-11840)
0012
Estatura (cm) 14875 plusmn 616 (129-164)
16080 plusmn 782 (135-183)
lt00001
IMC (kgm2) 2715 plusmn505 (1342-4064)
2458 plusmn 390 (1475-3544)
lt00001
CC (cm)dagger 8734 plusmn 1126 (55-130)
8894 plusmn 1010 (66-115)
0208
RCEst 057 plusmn 011 (000-087)
055 plusmn 006 (042-073)
0086
Iacutendice C 123 plusmn 021 (000-166)
129 plusmn 006 (117-150)
0001
PAS 14096 plusmn 2218 (87-200)
13735 plusmn 2251 (98-209)
0166
PAD 7671 plusmn 1091 (45-105)
7697 plusmn 1179 (49-110)
0846
IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia da cintura RCEst - razatildeo cintura-estatura Iacutendice C - Iacutendice de Conicidade PAS - pressatildeo arterial sistoacutelica PAD ndash pressatildeo arterial diastoacutelica dagger Variaacuteveis com perdas (n=163 mulheres) Teste T de Student para amostras independentes
Tabela 5 - Percentuais das variaacuteveis analisadas
Variaacutevel Mulheres Homens Valor-p
Pressatildeo Arterial (n) (n)
Normal 557 (93) 594 (79) 0011
Hipertensatildeo 443 (74) 406 (54)
Estado nutricional (n) (n)
Baixo peso 144 (24) 301 (40)
Normal 353 (59) 436 (58) lt00001
Sobrepeso 503 (84) 263 (35)
Teste Qui-quadrado
53 Anaacutelise da curva ROC
22
As aacutereas sob a curva ROC do IMC da CC da RCEst e do iacutendice C como
preditores de hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos e os respectivos
intervalos de confianccedila (IC 95) podem ser observados na Tabela 6 e nas Figuras 2
3 4 5 6 7 8 9 Evidenciou-se que alguns iacutendices antropomeacutetricos apresentaram
aacuterea sob a curva ROC significativas Todavia a RCEst e o IMC assumiram maiores
aacutereas com diferenccedila significativa para os homens
Tabela 6 - Aacuterea sob a curva ROC e IC95 entre os iacutendices antropomeacutetricos e hipertensatildeo arterial em idosos
Aacuterea sob a curva ROC
PA elevada Mulheres
Homens
p
IMC (kgm2) 053 (044-062) 060 (050-070)
lt00001dagger
CC (cm) 057 (048-066) 058 (048-068)
lt00001dagger
RCEst 056 (047-065) 061 (051-071)
lt00001dagger
Iacutendice C 058 (049-066) 058 (058-068) lt00001dagger
IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia de cintura RCEst - razatildeo cinturaestatura Iacutendice C - iacutendice de conicidade ROC ndashReceiver Operating CharacteristicIC95 - intervalo de confianccedila a 95Aacuterea sob a curva ROC apresentando poder discriminatoacuterio para pressatildeo arterial elevada (Li-IC ge 050) daggerTeste Qui-quadrado
23
Figura 2 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) IMC - iacutendice de massa corporal
Figura 3 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) IMC - iacutendice de massa corporal
24
Figura 4 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) CC ndash circunferecircncia da cintura
Figura 5 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) CC ndash circunferecircncia da cintura
25
Figura 6 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) RCEst - razatildeo cinturaestatura
Figura 7 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) RCEst - razatildeo cinturaestatura
26
Figura 8 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) Iacutendice C -iacutendice de conicidade
Figura 9 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) Iacutendice C - iacutendice de conicidade
27
Os valores dos pontos de corte dos iacutendices antropomeacutetricos como preditores
de hipertensatildeo arterial e suas respectivas sensibilidade e especificidade (mais
adequado equiliacutebrio entre si) satildeo apresentados na Tabela 7 Observa-se que entre
os iacutendices antropomeacutetricos a RCEst teve melhor percentual de sensibilidade e de
especificidade para discriminar a pressatildeo arterial elevada para os homens
Tabela 7 - Pontos de corte sensibilidade e especificidade dos iacutendices antropomeacutetricos para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial em idosos
Mulheres Homens PA elevada
Ponto de corte
Sensibilidade ()
Especificidade ()
Ponto de corte
Sensibilidade ()
Especificidade ()
IMC (kgm2)
2679 527 548 2420 527 548
CC (cm) 8750 577 457 8650 593 532 RCEst 059 568 430 054 648 456 Iacutendice C 126 541 452 129 574 456
IMC ndash Iacutendice de Massa Corporal CC ndash Circunferecircncia da Cintura RCEst ndash Razatildeo Cintura-Estatura Iacutendice C ndash Iacutendice de Conicidade
28
6 DISCUSSAtildeO
61 Aacutereas sob a Curva ROC
Este estudo teve como objetivo identificar a capacidade preditiva de iacutendices
antropomeacutetricos de obesidade geral e abdominal para discriminar a presenccedila de
hipertensatildeo arterial em idosos com foco de utilizaccedilatildeo no ambiente da estrateacutegia de
sauacutede da famiacutelia Nessa perspectiva surge uma proposta de triagem dos casos de
idosos com possiacuteveis alteraccedilotildees crocircnicas em sua pressatildeo arterial aleacutem de possibilitar
a discussatildeo sobre validaccedilatildeo de tais iacutendices para uso no contexto da sauacutede
Dessa forma recomenda-se a anaacutelise da sensibilidade e especificidade por
meio da construccedilatildeo de curvas ROC pois eacute a melhor opccedilatildeo para determinar pontos de
corte em estudos epidemioloacutegicos78 Essa anaacutelise permite fornecer a aacuterea sob a curva
que traduz o poder de discriminaccedilatildeo de um indicador para um determinado desfecho
e a identificaccedilatildeo do melhor ponto de corte
A proposta dessa pesquisa natildeo eacute excluir o diagnoacutestico meacutedico mas
proporcionar uma estrateacutegia mais abrangente a ser utilizada pelas USFs em parceria
entre os profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica e os profissionais de sauacutede no contexto da
atenccedilatildeo primaacuteria
Embora exista associaccedilatildeo entre sobrepesoobesidade e a pressatildeo arterial
elevada poucos estudos tecircm identificado pontos de corte de iacutendices antropomeacutetricos
que visem agrave detecccedilatildeo da hipertensatildeo arterial em idosos Diversos estudos tecircm
demonstrado que os iacutendices antropomeacutetricos satildeo bons indicadores de obesidade e
estatildeo relacionados a fatores de risco cardiovascular795880 Todavia a hipertensatildeo eacute
apontada como um dos principais fatores de risco cardiovasculares o que denota a
necessidade de um olhar diferenciado
A prevalecircncia de hipertensatildeo foi inferior agrave encontrada em outros estudos818283
Contudo diferenccedilas metodoloacutegicas nuacutemero de medidas realizadas e os diferentes
criteacuterios de referecircncia satildeo as principais causas da grande variabilidade nas
prevalecircncias de pressatildeo arterial elevada entre as investigaccedilotildees No presente estudo
29
optou-se por maior rigorosidade ao diagnosticar a pressatildeo arterial elevada
considerando a realizaccedilatildeo de trecircs medidas
Nessa amostra observou-se que a prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi
443 nas mulheres e 406 nos homens Demonstrando ser uma alta prevalecircncia
pois se trata de uma populaccedilatildeo que eacute influenciada diretamente pelo o aumento da
morbimortalidade durante o envelhecimento Estudos envolvendo idosos indicam que
a prevalecircncia da hipertensatildeo encontra-se entre 50-70 com o aumento da idade84
Poucos estudos epidemioloacutegicos foram conduzidos com o objetivo de identificar
e discriminar a capacidade de iacutendices antropomeacutetricos de obesidade para a pressatildeo
arterial elevada na populaccedilatildeo de idosos e principalmente utilizando o iacutendice C o
RCEst Um estudo realizado com a populaccedilatildeo de idosos utilizou o mesmo objetivo
poreacutem usou como ponto de corte o iacutendice de massa corporal e o iacutendice de adiposidade
corporal85 Entretanto faz-se necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de outros iacutendices para identificar
hipertensatildeo arterial em idosos
De acordo com os resultados do presente estudo somente alguns dos
indicadores antropomeacutetricos apresentaram capacidade preditiva para a hipertensatildeo
arterial em idosos de acordo com limite inferior do intervalo de confianccedila de 9586
Dessa forma foi observado que a RCEst e IMC para os homens mostraram-se com
bom poder de detecccedilatildeo para a hipertensatildeo arterial pois obtiveram maiores valores
sob a curva para esse desfecho
Em 2013 Leal Neto et al85 identificaram em seus resultados que o IMC e o
iacutendice de adiposidade corporal foram os melhores indicadores preditivos de
hipertensatildeo arterial nos idosos em ambos os sexos independentemente de outros
fatores tais como idade tabagismo consumo de aacutelcool e atividade fiacutesica
No presente estudo os principais indicadores que tiveram uma boa aacuterea sob a
curva foram o IMC RCEst e Iacutendice C com resultados de 060 IC95 (050-070) 061
IC95 (051-071) e 058 IC95 (058-068) respectivamente para homens
Nas mulheres tais iacutendices mostraram-se com menor poder discriminatoacuterio para
diagnosticar a hipertensatildeo arterial A HAS eacute um desfecho que pode ser influenciado
por fatores multicausais (hormonais estresse etc) Na anaacutelise do desempenho do
iacutendice antropomeacutetrico a loacutegica eacute unidirecional ou seja verificar o desempenho desses
iacutendices apenas como preditores de hipertensatildeo arterial foram mais satisfatoacuterios entre
os homens Os iacutendices podem interferir mas natildeo determinar a prevalecircncia da
30
hipertensatildeo Embora as mulheres tenham uma maior prevalecircncia essa natildeo eacute
determinada pelos iacutendices antropomeacutetricos no presente estudo
Tais resultados diferem do estudo realizado em 2012 por Samsen et al87 no
qual a circunferecircncia da cintura teve boa ASC nos homens = 0684 com IC95 (0672-
0695) e nas mulheres = 0673 IC95 (0665-0681) sendo o melhor indicador
significativamente (p lt0001) do que o IMC no qual a ASC em homens foi de = 0667
IC95 (0656-679) e nas mulheres = 0636 IC95 (0628-0644) em discriminaccedilatildeo
de pelo menos um fator de risco cardiovascular Isso se deve ao fato de tal estudo ter
sido realizado com uma abrangecircncia maior na faixa etaacuteria que foi de 45-80 anos
Uma possiacutevel limitaccedilatildeo para discussatildeo dos resultados desse estudo foi a faixa
etaacuteria restrita que natildeo incluiu idosos (igual ou acima de 60 anos) o que impossibilita
a triagem da pressatildeo arterial elevada nessa populaccedilatildeo
62 Iacutendices antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial
Nesse estudo a CC e RCEst foram as variaacuteveis com maiores valores absolutos
de sensibilidade para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial respectivamente para mulheres
e homens Tais resultados indicam as proporccedilotildees de verdadeiros positivos na
ocorrecircncia de hipertensatildeo arterial
Quanto ao ponto de corte do RCEst nas mulheres foi de 059 sendo 568 de
sensibilidade e 430 de especificidade Valores inferiores ao encontrado no presente
estudo para mulheres foram sugeridos em Taiwan (045) Cingapura (048) e na China
(050) No Brasil em 2009 Haun Pitanga e Lessa16 recomendaram para a RCEst
053 como melhor ponto de corte com sensibilidade (67) e especificidade (58) e
aacuterea sob a curva ROC de 069 (IC 95 = 064-075) Outro ponto de corte semelhante
ao observado no Brasil com mulheres mexicanas variou de 053 a 0535 para a
RCEst discriminar diabete tipo 2 hipertensatildeo e dislipidemias88899091
Os pontos de corte sugeridos por esses paiacuteses e no Brasil podem ter sido
inferiores por causa da abrangecircncia na faixa etaacuteria dos indiviacuteduos no qual incluiacuteram
mulheres de 30 a 74 anos como tambeacutem as caracteriacutesticas econocircmicas culturais e
31
de estilo de vida diferem da realidade das mulheres que residem em cidades de
pequeno porte Estudos que discriminem hipertensatildeo arterial principalmente em
idosos com RCEst satildeo escassos na literatura
Em 2010 Browning Hsieh e Ashwel92 realizaram uma revisatildeo sistemaacutetica
sobre a potencialidade de indicadores antropomeacutetricos em predizer doenccedilas
cardiovasculares e identificou a RCEst como variaacutevel de melhor desempenho A
RCEst apresentou maiores ASC quando comparada ao IMC ou CC Os dados
analisados foram de quatorze paiacuteses diferentes e incluiacuteram caucasianos asiaacuteticos e
da Ameacuterica Central Segundo os autores uma RCEst ge 05 eacute capaz de identificar
fatores de risco cardiovasculares Esse ponto de corte eacute inferior aos encontrados para
homens e mulheres no presente estudo significando que o ponto de corte encontrado
pode diagnosticar risco cardiovascular e consequentemente a presenccedila de
hipertensatildeo
Outros autores afirmam essa hipoacutetese relacionada aos valores limites para
RCEst em diversas populaccedilotildees e indicaram que um ponto de corte de 05 eacute o valor
mais indicado para ambos os sexos todas as idades e diferentes populaccedilotildees899315
Com relaccedilatildeo agrave especificidade a variaacutevel com maior valor foi o IMC
independentemente do sexo Nas mulheres o ponto de corte sugerido foi 2679 kgm2
e nos homens 2420 kgm2 O valor da especificidade foi de 548 para ambos os
sexos o qual possibilita determinar corretamente a ausecircncia de hipertensatildeo arterial
Sendo assim este estudo sugere que o IMC natildeo foi o melhor preditor de hipertensatildeo
arterial
O estudo de Leal Neto et al (2013)85 tambeacutem testou a capacidade de
indicadores antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial em idosos
sugeriu como pontos de corte para IMC valores de 247 kgm2 igual ao encontrado no
presente estudo e de 273 kgm2 nuacutemero superior que aos dados do presente
trabalho para homens e mulheres respectivamente
Em outro estudo realizado com 19621 homens e mulheres com faixa etaacuteria de
45-80 anos a meacutedia da idade foi de 598 anos para os homens e 585 anos para as
mulheres O ponto de corte adequado de IMC foi de 23 kgm2 em homens e 24 kgm2
em mulheres Os pontos de corte de CC foram 80 cm e 78 cm em homens e mulheres
respectivamente Os achados do presente estudo foram superiores a esses
32
resultados todavia deve ser considerado que a populaccedilatildeo alvo foi diferente e com
idade menor da populaccedilatildeo pesquisada no presente trabalho87
Com relaccedilatildeo agrave CC o ponto de corte identificado para a prediccedilatildeo de hipertensatildeo
arterial nas mulheres foi superior ao dos homens Contudo os valores de sensibilidade
e especificidade desses pontos de corte foram maiores entre os homens o que pode
indicar que o poder preditivo da CC para a hipertensatildeo arterial eacute melhor para o sexo
masculino Quanto menor o ponto de corte maior seraacute a habilidade do teste em
classificar os doentes como positivos isto eacute maior seraacute a sensibilidade76 Os pontos
de corte dos homens foram em sua maioria menores em comparaccedilatildeo aos das
mulheres
Tais resultados satildeo contraacuterios aos achados do estudo de Kashihara et al
(2009)94 com indiviacuteduos de 30-74 anos que comparou paciente com hipertensatildeo e sem
hipertensatildeo Em seus pontos de corte de CC para os homens foram superiores aos
pontos de corte definidos para as mulheres e os valores de sensibilidade e
especificidade foi maior nas mulheres para identificar risco cardiovascular Poreacutem a
idade foi menor ao proposto no presente estudo
Outro estudo que contraria tais resultados quanto ao ponto de corte da CC foi
o de Haun Pitanga e Lessa (2009)16 que foi superior para os homens enquanto o
niacutevel de sensibilidade e especificidade foi igual aos nossos achados Poreacutem esse
estudo foi realizado com indiviacuteduos de idade entre 30-74 anos e discriminou risco
coronariano elevado
Quanto ao Iacutendice C no presente estudo o ponto de corte sugerido foi de 126
nas mulheres (sensibilidade 541 e especificidade 452) e 129 para os homens
(sensibilidade 574 e especificidade 456)
Diferentemente do resultado encontrado no presente estudo Pitanga e Lessa
(2005)56 sugeriram como o melhor ponto de corte para risco coronariano com o iacutendice
C 118 para mulheres apresentando valores de sensibilidade (7339) e
especificidade (6115) Para os homens o ponto de corte foi de 125 com valores de
sensibilidade (7391) e especificidade (7492) Tais pontos de corte foram para
indiviacuteduos adultos por esse motivo foram mais baixos que os achados do presente
trabalho Deve-se considerar que existem modificaccedilotildees na composiccedilatildeo corporal com
o processo do envelhecimento o que poderia alterar os pontos de corte para as essas
medidas antropomeacutetricas
33
Em outro estudo com os mesmo autores foram apresentados outros pontos de
corte comparando diferentes faixas etaacuterias Para as mulheres de 30-49 anos o melhor
ponto de corte foi o mesmo (118) com melhor sensibilidade (7857) e
especificidade (6524) e tambeacutem melhor aacuterea sob a curva ROC 081 (IC95 = 070-
092) Entre as de idade mais avanccedilada (50-74 anos) o melhor ponto de corte
sugerido foi 122 com sensibilidade (6000) e especificidade (6582) e aacuterea sob a
curva ROC 065 (IC 95 = 058-073) Portanto o iacutendice C apresentou melhor poder
discriminatoacuterio de RCEst para as mulheres mais jovens64
Almeida Almeida e Arauacutejo (2009)58 conduziram uma pesquisa com mulheres
de 30 e 69 anos buscando avaliar o desempenho de diferentes pontos de corte do
iacutendice C RCQ CC e RCEst para discriminar Risco Coronariano Elevado e o ponto de
corte encontrado para o Iacutendice C foi (125) proacuteximo ao ponto de corte para mulheres
nos nossos achados Dessa forma tais autores afirmaram que os indicadores
antropomeacutetricos de obesidade abdominal analisados tiveram desempenhos
satisfatoacuterios e similares para discriminar RCEst poreacutem o iacutendice C foi o que
apresentou o melhor poder discriminatoacuterio
As informaccedilotildees sobre o iacutendice C satildeo limitadas quanto agrave discussatildeo do ponto de
corte para hipertensatildeo arterial principalmente por encontrar poucos estudos sobre
essa medida como referecircncia para idosos Pitanga e Lessa (2004)55 relatam como
uma limitaccedilatildeo para a utilizaccedilatildeo do Iacutendice C em estudos populacionais a dificuldade de
se calcular o denominador da equaccedilatildeo proposta para sua determinaccedilatildeo
O excesso de gordura em geral estaacute associado ao aparecimento de doenccedilas
cardiovasculares hipertensatildeo arterial e mortalidade a definiccedilatildeo de pontos de corte
para iacutendices que se destacam por sua simplicidade operacional e boa acuraacutecia
permite a detecccedilatildeo dos indiviacuteduos sob risco sendo de grande utilidade nos serviccedilos
de atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede aleacutem de possibilitar o conhecimento da situaccedilatildeo de
grupos populacionais especiacuteficos frente a esses riscos quando empregados na
pesquisa epidemioloacutegica
No contexto das cidades de pequeno porte (rurais e urbanas) os recursos de
sauacutede satildeo muitas vezes limitados e escassos sendo importante a utilizaccedilatildeo desses
iacutendices antropomeacutetricos como substituiccedilatildeo eou apoio a avaliaccedilatildeo tradicional da
pressatildeo arterial Em vaacuterias conjunturas de sauacutede a alta demanda de paciente com
hipertensatildeo arterial exige a utilizaccedilatildeo de instrumentos de diagnoacutesticos e rastreamento
34
de raacutepida e faacutecil aplicaccedilatildeo que possam ser manejados por diferentes profissionais e
que sobretudo apresentem validade e fidedignidade A adequada validaccedilatildeo de
instrumentos e conhecimento de suas propriedades teacutecnicas na populaccedilatildeo brasileira
tambeacutem deve contribuir com a seleccedilatildeo de prioridades e delimitaccedilatildeo do conteuacutedo dos
programas de sauacutede pelos tomadores de decisatildeo em diferentes niacuteveis de gestatildeo
35
7 CONCLUSAtildeO
As anaacutelises dos dados permitem frente aos objetivos estabelecidos formular
as seguintes conclusotildees Quanto ao poder de discriminaccedilatildeo de iacutendices
antropomeacutetricos para a hipertensatildeo arterial em idosos os iacutendices antropomeacutetricos
(IMC RCEst e Iacutendice C) foram bons preditores de hipertensatildeo arterial para os homens
Dessa forma tais iacutendices podem ser empregados nos homens poreacutem tais medidas
natildeo foram satisfatoacuterias para predizer pressatildeo arterial elevada nas mulheres idosas
limitando a sua utilizaccedilatildeo para o sexo feminino com idades avanccediladas
O melhor ponto de corte para discriminar hipertensatildeo arterial foi 054 para a
RCEst nos homens dessa forma tal ponto de corte deve ser empregada no contexto
da atenccedilatildeo primaacuteria nos homens Sugere-se a utilizaccedilatildeo dessa medida a fim de
detectar e realizar a triagem da hipertensatildeo arterial com caracteriacutesticas similares agrave
amostra deste estudo
Recomenda-se que a utilizaccedilatildeo de dois iacutendices simultaneamente resulte em
uma maior eficiecircncia na avaliaccedilatildeo do risco de hipertensatildeo arterial em idosos A
indicaccedilatildeo destas medidas permite que ela seja realizada nas Unidades de Sauacutede da
Famiacutelia como meacutetodo de triagem para idosos com hipertensatildeo arterial utilizando
materiais de faacutecil manejo e de baixo custo
Dessa forma pode-se efetivamente atingir uma das estrateacutegias de prevenccedilatildeo
da hipertensatildeo arterial sistecircmica que eacute o controle da pressatildeo arterial durante o
envelhecimento Todavia sugere-se cautela na utilizaccedilatildeo do ponto de corte desses
indicadores para as mulheres pois os resultados natildeo foram satisfatoacuterios
Fica evidente a necessidade de outros estudos que identifiquem pontos de
corte de iacutendices antropomeacutetricos visando agrave detecccedilatildeo de hipertensatildeo arterial e de
outros fatores de risco cardiovascular nas mulheres idosas que residem em cidades
de pequeno porte
36
8 REFEREcircNCIAS
1 Omram AR The epidemiologic transition a theory of the epidemiology of population change Milbank Memorial Fund Quarterly 1971 49 (Part 1) 509-538
2 Wong LR Carvalho JM Age-strucutural transition in Brazil demographic bonuses and emerging challenges In Pool I Wong LLR Vilquin E editores Age-structural transitions challenges for development Paris Committee for International Cooperation in National Research in Demography 2006
3 Gragnolati M Jorgensen OH Rocha R Fruttero AA Envelhecendo em um Brasil mais Velho implicaccedilotildees do envelhecimento populacional sobre o crescimento econocircmico reduccedilatildeo da pobreza financcedilas puacuteblicas prestaccedilatildeo de serviccedilos Banco Internacional para a Reconstruccedilatildeo e o Desenvolvimento Banco Mundial 2011
4 Schmidt MI Duncan BB Silva GA et al Health in Brazil 4 Chronic non-communicable diseases in Brazil burden and current challenges The Lancet 2011 377
5 Ezzati M Hoorn SV Rodgers A et al Comparative Risk Assessment Collaborating Group Selected major risk factors and global and regional burden of disease Lancet 2002 360 1347-60
6 Lim SS Vos T Flaxman AD et al A comparative risk assessment of burden of disease and injury attributable to 67 risk factors and risk factor clusters in 21 regions 1990-2010 a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2010 Lancet 2012 380 (9859)2224-60
7 Sociedade Brasileira de Cardiologia Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Sociedade Brasileira de Nefrologia VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 2010 95(1) 1-51
8 Miranda DR Perrotti TC Bellinazzi VR et al Hipertensatildeo arterial no idoso peculiaridades na fisiopatologia no diagnoacutestico e no tratamento Rev Bras Hipertens 2002 9 293-300
9 Pilger C Menon MU Mathias TAF Caracteriacutesticas sociodemograacuteficas e de sauacutede de idosos contribuiccedilotildees para os serviccedilos de sauacutede Rev Latino-Am Enfermagem 2011 19(5)1230-1238
10 Pilger C Menon MU Mathias TAF Utilizaccedilatildeo de serviccedilos de sauacutede por idosos vivendo na comunidade Rev esc enferm USP 2013 47(1)213-220
11 Mariath AB Grillo LP Silva RO et al Obesidade e fatores de risco para o desenvolvimento de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis entre usuaacuterios de unidade de alimentaccedilatildeo e nutriccedilatildeo Cad Sauacutede Puacuteblica 2007 23 (4) 897-905
37
12 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Diretrizes e recomendaccedilotildees para o cuidado
integral de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis promoccedilatildeo da sauacutede vigilacircncia prevenccedilatildeo e assistecircncia Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2008
13 Kuumlmpe DA Sodreacute AC Pomatti DM et al Obesidade em Idosos Acompanhados
pela Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia Texto Contexto Enferm Florianoacutepolis 2011 20(3) 471-7
14 Silva KS Farias Juacutenior JC Fatores de risco associados agrave pressatildeo arterial elevada em adolescentes Rev Bras Med Esporte 2007 13(4) 237-40
15 Pitanga FJG Lessa I Razatildeo cintura-estatura como discriminador do risco
coronariano de adultos Rev Assoc Med Bras 2006 52157-61
16 Haun DR Pitanga FJG Lessa I Razatildeo CinturaEstatura comparado a outros indicadores antropomeacutetricos de obesidade como preditor de risco coronariano elevado Rev Assoc Med Bras [online] 2009 55(6) 705-711
17 Nascimento CM Ribeiro AQ SantrsquoAna LFR et al Estado nutricional e condiccedilotildees de sauacutede da populaccedilatildeo idosa brasileira revisatildeo da literatura Rev meacuted Minas Gerais 2011 21(2)174-180
18 Gomes MA Beck cc Duarte MFS et al Ficha Antropomeacutetrica no Nuacutecleo de Apoio a Sauacutede da Famiacutelia o que medir e para que medir Rev bras cineantropom desempenho hum 2009 11(2) 243-253
19 Azevedo LF Oliveira ACC Lima JRP et al Recomendaccedilotildees sobre condutas e procedimentos do profissional de educaccedilatildeo fiacutesica na atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede Rio de Janeiro CONFEF 2010 109-55
20 World Health Organization World health statistics 2012 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghopublicationsworld_health_statistics2012enindexhtmlgt [2012 set 18]
21 World Health Organization Global health risks mortality and burden of disease attributable to selected major risks Geneva World Health Organization 2009a
22 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Panorama da sauacutede brasileira em muacuteltiplos aspectos Percepccedilatildeo do estado de sauacutede estilo de vida e doenccedila crocircnica Pesquisa Nacional de Sauacutede 2013
23 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Pesquisa Nacional por Amostra
de Domiciacutelios 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapesquisaspesquisa_resultadosphpid_pesquisa=149gt[2014 dez 04]
24 Tribess S Virtuoso Junior JS Prescriccedilatildeo de exerciacutecios fiacutesicos para idosos Rev saudecom 2005 1(2)163-72
38
25 Pollock ML Wilmore JH Exerciacutecio na Sauacutede e na Doenccedila avaliaccedilatildeo e prescriccedilatildeo para prevenccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo Editora MEDSI 2ordf ed Rio de Janeiro 1993
26 Sociedade Brasileira de Cardiologia V Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 20061-48
27 World Health Organization Global Health Observatory (GHO) 2014 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghoncdrisk_factorsblood_pressure_prevalence_textengt [2014 dez 04]
28 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Secretaria de Atenccedilatildeo baacutesica agrave Sauacutede Departamento de atenccedilatildeo baacutesica - Hipertensatildeo arterial sistecircmica Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2006
29 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) (2009) Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeGestorvisualizar_textocfmidtxt=24421gt [2010 abr 07]
30 Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Nuacutemero de hipertenso 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwsbhorgbripadgeralphpgt [09 nov 2014]
31 Secretaria de Sauacutede do Estado da Bahia Hipertensatildeo Quantidade de Hipertensos na Bahia Disponiacutevel em (2014) lthttpwwwsaudebagovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=4418ampcatid=1ampItemid=14gt [2014 jan 10]
32 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica 2014 Dados de mortalidade na Bahia Disponiacutevel em lthttptabnetdatasusgovbrcgitabcgiexesiabcnvSIABSBAdefgt [2014 mai 05]
33 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica Dados sociodemograacuteficos de Ibicuiacute 2014 lthttptabnetdatasusgovbrcgideftohtmexesiabcnvSIABFBAdefgt [2014 jan 05]
34 Williams B The year in hypertension JACC 2010 55(1) 66-73
35 Lipp M Rocha JC Stress Hipertensatildeo Arterial e Qualidade de vida um guia de tratamento para o hipertenso Campinas Papirus 1996
36 Borenstein MS (Org) Manual de Hipertensatildeo Arterial Porto Allege Editora Sagra Luzzatto 1999
37 Joint National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure The Sixth Report of the Join National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure Arch Intern Med 1997157 2413-2446
39
38 Mitchell GF Parise H Benjamin EJ et al Changes in arterial stiffness and wave reflection with advancing age in health men and women Hypertension 2004 431239-1245
39 Matos AC Ladeia AM Avaliaccedilatildeo de fatores de risco cardiovascular em uma comunidade rural da Bahia Arq Bras Cardiol 2003 81(3) 291-6
40 World Health Organization Who Expert Committee on Physical Status the use and interpretation of antropometry Report of a WHO Expert Commitee Geneva WHO 1995 p 854
41 Pitanga FJG Antropometria na avaliaccedilatildeo da obesidade abdominal e risco coronariano Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum 201113(3) 238-241
42 Ferreira LS Amaral TF Marucci MFN et al Under nutrition as a major risk factor for death among older Brazilian adults in the community-dwelling setting SABE survey Nutrition 201127(10)17-22
43 Andrade FB Caldas Junior AF Kitoko PM et al Prevalence of overweight and obesity in elderly people from Vitoacuteria-ES Brazil Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2012 set17(3)749-756
44 Boscatto EC Duarte Mde F Coqueiro Rda S Barbosa AR Nutritional status in the oldest elderly and associated factors Rev Assoc Med Bras 2013 59(1)40-47
45 Kostka J Borowiak E Kostka T Nutritional status and quality of life in different
populations of older people in Poland Eur J Clin Nutr 2014 Nov68(11)1210-5
46 Silva DAS Petroski EL Associaccedilatildeo de diferentes pontos de corte para sobrepeso e obesidade com pressatildeo arterial elevada em idosas Rev Educ Fis UEM 2009 20 415-22
47 Nutrition Screening Initiative Interventions manual for professionals caring for older Americans Washington DC Nutrition Screening Initiative 1992
48 World Health Organization Obesity preventing and managing the global epidemic Report of a WHO Consultation on Obesity Geneva World Health Organization 1998
49 Cameron AJ Dunstan DW Owen N et al Health and mortality consequences
of abdominal obesity evidence from the Aus Diab study Med J Aust 2009191 202ndash208
50 Fox KA Despres JP Richard AJ et al Does abdominal obesity have a similar impact on cardiovascular disease and diabetes A study of 91246 ambulant patients in 27 European countries Eur Heart J 2009 30 3055ndash3063
40
51 Pouliot MC Despreacutes JP Lemieux S et al Waist circumference and abdominal sagittal diameter Best simple anthropometric indexes of abdominal visceral adipose tissue accumulation and related cardiovascular risk in men and woman Am J Cardiology 1994 73 460-468
52 Peixoto MRG Beniacutecio MHD Latorre M et al Circunferecircncia da Cintura e Iacutendice de massa Corporal como Preditores da Hipertensatildeo Arterial Arq Bras Cardiol 200687 462-470
53 MacKay MF Haffner SM Wagenknecht LE et al Prediction of type 2 diabetes using alternate anthropometric measures in a multiethnic cohort the insulin resistance atherosclerosis study Diabetes Care 200932(5)956-8
54 Valdez R A simple model-based index of abdominal adiposity J Clin Epidemiol1991 44(9) 955-6
55 Pitanga FJG Lessa I Sensibilidade e especificidade do iacutendice de conicidade como discriminador do risco coronariano de adultos em Salvador Brasil Rev Bras Epidemiol 20047(3)259-69
56 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano elevado em adultos na cidade de Salvador - Bahia Arq Bras Cardiol 2005 85 (1)26-31
57 Ghosh JR Bandyopadhyay AR Comparative evaluation of obesity measures relationship with blood pressures and hypertension Singapore Med J 200748(3) 232-5
58 Almeida RT Almeida MMG Araujo TM Obesidade abdominal e risco cardiovascular desempenho de indicadores antropomeacutetricos em mulheres Arq Bras Cardiol 2009 out92(5)375-380
59 Freitas Juacutenior Costa Rosa CS Codogno JS et al Capacidade cardiorrespiratoacuteria e distribuiccedilatildeo de gordura corporal de mulheres com 50 anos ou mais Rev Esc Enferm USP 2010 44(2) 395-400
60 Matos LN Giorelli GV Dias CB Correlation of anthropometric indicators for identifying insulin sensitivity and resistance Satildeo Paulo Med J [online] 2011 129(1) 30-35
61 Gomes MA Rech CR Gomes MBA et al Correlaccedilatildeo entre iacutendices antropomeacutetricos e distribuiccedilatildeo de gordura corporal em mulheres idosas Rev bras cineantropom desempenho hum 2006 set 8(3) 16-22
62 Tarastchuk JCE Gueacuterios EE Bueno RRL et al Obesidade e intervenccedilatildeo coronariana devemos continuar valorizando o Iacutendice de Massa Corpoacuterea Arq Bras Cardiol [online] 2008 90(5) 311-316
41
63 Ferreira AP CB Ferreira VC Souza et al Risco de distuacuterbio glicecircmico em mulheres idosas ajustado por antropometria e genoacutetipos de citocinas Rev Assoc Med Bras [online] 201157(5) 565-569
64 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano em mulheres Rev Bras Cineantrop Desempenho Hum 2006 8 (1) 14-21
65 Newman TB Browner WS Cummings SR Delineando estudos de testes meacutedicos In Hulley SB et al Delineando a pesquisa cliacutenica uma abordagem epidemioloacutegica 2 ed Porto Alegre Artmed 2003 203-224
66 Toscano CM As campanhas nacionais para detecccedilatildeo das doenccedilas crocircnicas natildeo-transmissiacuteveis diabetes e hipertensatildeo arterial Ciecircnc sauacutede Coletiva out-dez 2004 9(4) 885-895
67 Fletcher RH Fletcher SW Prevenccedilatildeo In Fletcher R Fletcher S Epidemiologia
cliacutenica elementos essenciais 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 2006 179-201
68 Jeckel J Elmore J Katz D Meacutetodos de prevenccedilatildeo secundaacuteria In _____ Epidemiologia bioestatiacutestica e medicina preventiva 2 ed Porto Alegre Artmed 2005 236-247
69 Klein CH Bloch KV Estudos seccionais In Medronho RA Carvalho DM Bloch KV Luiz RR Werneck GL Epidemiologia 1ordf ed Satildeo Paulo Editora Atheneu 2002 125-150
70 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Resoluccedilatildeo nordm- 6 de 3 de novembro de 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcenso2010ibgegovbrdados_divulgadosindexphpuf=29gt[201 dez 18]
71 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica ndash Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais (2014) Disponiacutevel em lthttpcodibgegovbr398G9gt [2014 ago 30]
72 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230gt [2013 mai 01]
73 Luiz RR Magnanini MMF A loacutegica da determinaccedilatildeo do tamanho da amostra em investigaccedilotildees epidemioloacutegicas Cad sauacutede coletiva Rio de Janeiro 2000 8(2) 9-28
74 Reis MC Nascimento RAS Pedreira RBS et al Validaccedilatildeo de Face e Clareza do Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede dos Idosos ndash IASI [resumo] in Anais do XIX Congresso Brasileiro Geriatria e Gerontologia Beleacutem 2014 296-296
75 Lohman TG Roche AF Martorell R Anthropometric Standardization Reference Manual Champaign Illinois Human Kinetics 1988
42
76 Vaz JCL Regiotildees de Incerteza para Curva ROC em Teste Diagnoacutesticos
[dissertaccedilatildeo] Satildeo Carlos Universidade Federal de Satildeo Carlos 2009
77 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de 2012
78 Erdreich LS Lee ET Use of relative operating characteristic analysis in epidemiology A method for dealing with subjective judgement Am J Epidemiol 1981 114649-62
79 Aekplakorn W Pakpeankitwatana V Lee CM et al Abdominal obesity and coronary heart disease in Thai men Obesity 200715(4)1036-42
80 Oliveira MAM Fagundes RLM Moreira EAM et al Relaccedilatildeo de Indicadores Antropomeacutetricos com Fatores de Risco para Doenccedila Cardiovascular Arq Bras Cardiol 2010 abr 94(4) 478-485
81 Mendes TAB Goldbaum M Segri NJ et al Factors associated with the prevalence of hypertension and control practices among elderly residents of Satildeo Paulo city Brazil Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(11) 2275-2286
82 Oliveira BFA Souza Mouratildeo D Gomes N et al Prevalecircncia de hipertensatildeo arterial em comunidades ribeirinhas do Rio Madeira Amazocircnia Ocidental Brasileira Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(8) 1617-1630
83 Picon RV Fuchs FD Moreira LB et al Prevalence of Hypertension Among Elderly Persons in Urban Brazil A Systematic Review With Meta-Analysis Am J Hypertens 2013 26 (4) 541-548
84 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Pessoa Idosa e Envelhecimento Seacuteries Pactos pela Sauacutede 2006 v 12 Brasiacutelia ndash DF 2010
85 Leal Neto JS Souza J Coqueiro RS et al Anthropometric indicators of obesity as screening tools for high blood pressure in the elderly Int J Nurs Pract 2013 Aug 19(4) 360-367
86 Schisterman EF Faraggi D Reiser B Trevisan M Statistical inference for the area under the receiver operating characteristic curve in the presence of random measurement error Am J Epidemiol 2001 154 (2) 174-9
87 Samsen M Hanchaiphiboolkul S Puthkhao P et al Appropriate body mass index and waist circumference cutoffs for middle and older age group in Thailand data of 19621 participants from Thai epidemiologic stroke (TES) study J Med Assoc Thai 2012 Sep 95(9)1156-66
88 Ko GTC Chan JCN Cockram CS Woo J Prediction of hypertension diabetes dyslipidemia or albuminuria using simple anthropometric indexes in Hong Kong Chinese Int J Obes 1999 23 (11) 1136-42
43
89 Lin WY Lee LT Chen CY et al Optimal cut-off values for obesity using simple anthropometric indices to predict cardiovascular risk factors in Taiwan Int J Obes Relat Metab Disord 2002261232-8
90 Pua YH Ong PH Anthropometric indices as screening tools for cardiovascular risk factors in Singaporean women Asia Pac J Clin Nutr 2005 14 (1) 74-9
91 Berber A Goacutemez-Santos R Fanghaumlnel G Saacutenchez-Reyes L Anthropometric
indexes in the prediction of type 2 diabetes mellitus hypertension and dyslipidaemia in a Mexican population Int J Obes 200125(12)1794-9
92 Browning LM Hsieh SD Ashwell M A systematic review of waist-to-height ratio
as a screening tool for the prediction of cardiovascular disease and diabetes 05 could be a suitable global boundary value Nutr Res Rev 2010 23(2)247-69
93 Bertsias G Mammas I Linardakis M Kafatos A Overweight and obesity in
relation to cardiovascular disease risk factors among medical students in Crete Greece BMC Public Health 2003 31-9
94 Kashihara H Lee JS Kawakubo K et al Criteria of Waist Circumference According to Computed Tomography-Measured Visceral Fat Area and the Clustering of Cardiovascular Risk Factors Circ J 2009 73 1881-1886
44
APEcircNDICES
45
Apecircndice 1
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
46
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS
PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE SAUacuteDE
DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE
Jequieacute ____ ____ 201__
APEcircNDICE 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Vocecirc esta sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa do Nuacutecleo de
Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo (NESP) da Universidade Estadual do Sudoeste da
Bahia
Objetivo do estudo Avaliar e monitorar as condiccedilotildees de sauacutede de idosos residentes
em comunidade
Participaccedilatildeo Ao aceitar participar do estudo estarei agrave disposiccedilatildeo do pesquisador
para responder ao formulaacuterio que seraacute arquivado pelo autor por um periacuteodo de cinco
anos sendo posteriormente incinerado
Riscos Este estudo natildeo traraacute riscos para minha integridade fiacutesica ou moral dos
participantes
Confidencialidade do estudo Seraacute garantida a privacidade o anonimato bem como
o direito de aceitar ou natildeo participar da pesquisa podendo ser essa autorizaccedilatildeo
suspensa em qualquer fase do estudo Assim as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo
4662012 do Conselho Nacional de Sauacutede que discorre sobre pesquisa envolvendo
seres humanos seratildeo atendidas Os resultados seratildeo publicados no relatoacuterio final da
dissertaccedilatildeo e artigos cientiacuteficos
47
Benefiacutecios Accedilotildees interinstitucionais articuladas promovidas numa perspectiva
interdisciplinar possibilitaratildeo uma melhor compreensatildeo das condiccedilotildees de sauacutede dos
idosos residentes em comunidade do municiacutepio e contribuiraacute para a formulaccedilatildeo de
accedilotildees direcionadas as necessidades dessa populaccedilatildeo
Danos advindos da pesquisa Caso haja algum prejuiacutezo decorrente da realizaccedilatildeo
deste estudo seraacute providenciada a devida reparaccedilatildeo dos danos atraveacutes do
responsaacutevel pelo estudo O pesquisador e os entrevistados natildeo receberatildeo benefiacutecios
financeiros para participaccedilatildeo no estudo Todas as despesas seratildeo por conta do
pesquisador
Participaccedilatildeo voluntaacuteria Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria podendo a qualquer
momento desistir do estudo sem qualquer prejuiacutezo ou penalidade para mim
Consentimento para participaccedilatildeo Apoacutes ser devidamente esclarecido (a) quanto
aos objetivos deste estudo dos procedimentos aos quais serei submetido (a) bem
como dos possiacuteveis riscos decorrentes da minha participaccedilatildeo estou de acordo em
participar do mesmo O pesquisador responsaacutevel pelo estudo assegura que seraacute
disponibilizado qualquer esclarecimento adicional que eu venha a solicitar durante a
realizaccedilatildeo da pesquisa e o direito de desistir da participaccedilatildeo em qualquer momento
Em casos de duacutevidas eou problemas referentes ao estudo vocecirc poderaacute
entrar em contato com o autor atraveacutes do Nuacutecleo de Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo
(NESP) (73) 3528-9721
Sendo assim eu ______________________________________________
aceito livremente participar do Projeto MONIDI
__________________________________ __________________________________
Assinatura do (a) participante
RG _________________________
Assinatura do (a) pesquisador
RG_________________________
48
Apecircndice 2
Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede do Idoso
49
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS
PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE
SAUacuteDE DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE
Nuacutemero do Questionaacuterio |__|__|__|
Nome do Entrevistador ___________________________
Visita 1 2 3
Data Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Hora de iniacutecio ________
Hora de teacutermino ________
I INFORMACcedilOtildeES PESSOAIS E SOCIODEMOGRAacuteFICAS
1 Nome do entrevistado
2Sexo
0 ( ) Feminino
1 ( ) Masculino
3 Endereccedilo completotelefone
4 Idade ____ anos
41 Data de Nascimento
____________
50
5 Situaccedilatildeo conjugal atual
1 ( ) Casado(a) 2 ( ) Uniatildeo estaacutevel 3 ( ) Solteiroa
4 ( ) Divorciado(a)separado(a)desquitado(a) 5 ( ) Viuacutevoa
6 No total quantas vezes o (a) Sr(a) esteve casado(a) ou em uniatildeo
Nordm de vezes |___|___|
7 Na escola qual a uacuteltima seacuterie grau que concluiu com aprovaccedilatildeo
1 - Nunca foi agrave escola ( ) 4 - Fundamental II ( )5 a ( )6 a ( )7 a ( )8 a
2 - Lecirc e escreve o nome ( ) 5 - Ensino Meacutedio ( ) 1 a ( )2 a ( )3
3 - Fundamental I ( )1 a ( )2 a 6 - Superior ( ) completo ( ) incompleto
( )3 a ( )4 a
8 Como vocecirc classificaria a cor da sua pele
1( ) Branca 2( ) Amarela (oriental) 3( ) Parda
4( ) Origem indiacutegena 5( ) Preta 9( ) Natildeo sabe
9 Cor da pele (entrevistador)
1( ) branca 2( ) amarela (oriental) 3( ) parda
4( ) origem indiacutegena 5( ) preta
10-Quantos filhos e filhas nascidos vivos o(a)Sr(a) teve (natildeo inclua enteados filhos
adotivos abortos ou filhos nascidos mortos)
Nuacutemero de filhos |____|____| (98) NS (99) NR
11 Atualmente o senhor (a) mora sozinho ou acompanhado
1( )Acompanhado 2( ) Sozinho 3( ) NR 4( )NS
51
12 Desde que o senhor (a) nasceu viveu no campo por 5 anos ou mais
0( ) Natildeo 1( ) Sim 2( ) NS 3( ) NR
13 Qual eacute a sua religiatildeo
1( ) Catoacutelica 2( ) Protestante 3( ) Judaica
4( ) Espiacuteritakardecista 5( ) Umbanda 6( ) Outras ____________
14 Qual a importacircncia da religiatildeo em sua vida
(1) Importante (2) Regular (3) Nada importante (8) NS (9) NR
15 Com que frequecircncia o senhor vai agrave igreja ou ao serviccedilo religioso
( ) Nunca ( ) Vaacuterias vezes por ano ( ) Uma duas vezes por mecircs
( ) Quase toda semana ( ) Mais de uma vez por semana ( ) NS ( ) NR
16 Quanto vocecirc ganha em meacutedia por mecircs R$ __________8( )Natildeo se aplica
II A CONSUMO DE AacuteLCOOL E TABACO
Uso de bebidas alcooacutelicas
1 Vocecirc consome bebidas alcooacutelicas Se vocecirc NAtildeO BEBE siga para o bloco III C
0 ( )sim 1( ) natildeo
2 Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
3 As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
4 Sente-se chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
5 Costuma beber pela manhatilde para diminuir o nervosismo ou a ressaca
0 ( ) sim 1( ) natildeo
Haacutebito de fumar
1 Vocecirc jaacute foi fumante 0 ( ) sim 1( ) natildeo
52
2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco
III C
3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros
4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias
III ANTROPOMETRIA
MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS
ESTATURA
MASSA CORPORAL
CIRCUNFEREcircNCIA
DE CINTURA
IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL
MEDIDA 01 02 03
Pressatildeo arterial
sistoacutelica
Pressatildeo arterial
diastoacutelica
53
ANEXOS
54
Anexo 1
Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos
55
56
ix
RESUMO
A hipertensatildeo arterial eacute uma das principais causas de mortalidade em acircmbito mundial e fator de risco para diversas doenccedilas Tal enfermidade em idosos estaacute associada ao significante aumento nos distuacuterbios cardiovasculares e a incidecircncia de doenccedilas incapacitantes Por outro lado a gordura corporal estaacute relacionada com a pressatildeo arterial elevada em idosos a qual pode ser avaliada por meio de iacutendices antropomeacutetricos O objetivo deste estudo foi determinar o poder preditivo de iacutendices antropomeacutetricos e estabelecer seus pontos de corte como discriminadores de hipertensatildeo arterial e identificar o indicador antropomeacutetrico de obesidade que melhor discrimina a hipertensatildeo arterial Um estudo transversal foi realizado com uma amostra de 310 idosos com idades iguais ou superiores a 60 anos sendo 175 (565) mulheres A coleta ocorreu entre o periacuteodo de 03022014 a 20022014 na cidade de Ibicuiacute-BA Foram mensurados os seguintes iacutendices antropomeacutetricos iacutendice de massa corporal (IMC) circunferecircncia da cintura (CC) razatildeo cinturaestatura (RCEst) e iacutendice de conicidade (Iacutendice C) Ademais coletaram-se medidas de pressatildeo arterial sistoacutelica e diastoacutelica Para identificaccedilatildeo dos preditores de hipertensatildeo arterial foi adotada a anaacutelise das curvas Receiver Operating Characteristic (ROC) com intervalo de confianccedila de 95 Posteriormente identificaram-se os pontos de corte com suas respectivas sensibilidades e especificidades As anaacutelises foram efetuadas respeitando-se o niacutevel de significacircncia de 5 Apoacutes a construccedilatildeo das curvas ROC evidenciou-se que alguns iacutendices antropomeacutetricos apresentaram Aacuterea Sobre a Curva (ASC) significativas sendo o IMC = 060 (050-070) RCEst = 061 (051-071) Iacutendice C = 058 (058-068) nos homens Os diversos pontos de corte dos iacutendices antropomeacutetricos com melhores poderes preditivos e suas respectivas sensibilidades e especificidades foram identificados Conclui-se que as melhores aacutereas sob a curva ROC foram para IMC RCEst e Iacutendice C para os homens poreacutem tais medidas natildeo foram satisfatoacuterias para predizer hipertensatildeo arterial em mulheres idosas Sugere-se que a utilizaccedilatildeo de dois iacutendices simultaneamente possa resultar em uma maior eficiecircncia na avaliaccedilatildeo do risco de hipertensatildeo arterial em idosos
Palavras-chave Antropometria Hipertensatildeo Obesidade Idoso
x
ABSTRACT Hypertension is one of the main causes of mortality in the world and a risk factor for several diseases This illness in the elderly is associated with a significant increase in cardiovascular disorders and the incidence of disabling diseases On the other hand body fat is related to high blood pressure in the elderly which can be evaluated by means of anthropometric indices This study aimed to determine the predictive power of anthropometric indices and establish cut-off points as discriminators of arterial hypertension and identify the anthropometric indicator of obesity that best discriminates the hypertension A cross-sectional study was conducted with a sample of 310 elderly people with ages greater than or equal to 60 years 175 (565 ) women Data collection occurred between the period of 03 022014 20 022014 in Ibicuiacute city in Bahia The following anthropometric indices were measured body mass index (BMI) waist circumference (WC) waistheight ratio (WHtR) and conicity index (C-Index) In addition collected measures of systolic and diastolic blood pressure To identify hypertension predictors was adopted the Receiver Operating Characteristic (ROC) curves analysis with a confidence interval of 95 Later it was possible to identify the cut-off points with their respective sensitivities and specificities The samples were analyzed respecting significance level of 5 After the construction of the ROC curves it was evident that some anthropometric indices presented Area under the curve (AUC) significant being the BMI = 060 (050 -070) WHeR = 061 (051 -071) C-Index = 058 (058 -068) in men The different cut-off points of anthropometric indices with better predictive powers and their respective sensitivities and specificities were identified It is concluded that the best areas under the ROC curve were to BMI WHeR and C Index for the men but such measures were not satisfactory for predicting hypertension in elderly women It is suggested that the use of two indices simultaneously can result in greater efficiency in the assessment of the risk of hypertension in the elderly Keywords Anthropometry Hypertension Obesity Elderly
xi
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 1
2 REVISAtildeO DE LITERATURA 3
21 Consideraccedilotildees sobre doenccedilas cardiovasculares no Brasil e o processo de envelhecimento populacional 3
22 Hipertensatildeo arterial e a populaccedilatildeo idosa 4
23 Iacutendices antropomeacutetricos de sobrepeso e obesidade 5
24 A importacircncia da validaccedilatildeo 7
3 OBJETIVOS 10
4 MATERIAL E MEacuteTODOS 11
41 Tipos de estudo 11
42 Cenaacuterios do estudo 11
43 Populaccedilatildeo e amostra 12
44 Equipes de coleta de dados 13
45 Procedimentos para coleta de dados 14
451 Variaacuteveis do estudo e dados coletados 14
452 Instrumentos de coleta 14
453 Pressatildeo Arterial 14
454 Antropometria 15
46 Anaacutelise dos dados 16
47 Aspectos Eacuteticos 17
5 RESULTADOS 18
51 Caracterizaccedilatildeo da amostra estudada 18
52 Caracteriacutesticas antropomeacutetricas 20
53 Anaacutelise da curva ROC 21
6 DISCUSSAtildeO 28
61 Aacutereas sob a Curva ROC 28
62 Iacutendices antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial 30
7 CONCLUSAtildeO 35
8 REFEREcircNCIAS 36
xii
IacuteNDICE DE FIGURAS
Figura 1 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Ibicuiacute BA na regiatildeo Nordeste do Brasil 12
Figura 2 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial
(mulheres) IMC - iacutendice de massa corporal 23
Figura 3 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial
(homens) IMC - iacutendice de massa corporal 23
Figura 4 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial
(mulheres) CC ndash circunferecircncia da cintura 24
Figura 5 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens)
CC ndash circunferecircncia da cintura 24
Figura 6 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial
(mulheres) RCEst - razatildeo cinturaestatura 25
Figura 7 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial
(homens) RCEst - razatildeo cinturaestatura 25
Figura 8 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial
(mulheres) Iacutendice C -iacutendice de conicidade 26
Figura 9 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial
(homens) Iacutendice C - iacutendice de conicidade 26
xiii
IacuteNDICE DE TABELAS
Tabela 1 - Classificaccedilatildeo da pressatildeo arterial de acordo com a VI Diretrizes
Brasileiras de Hipertensatildeo (2010) 15
Tabela 2 - Classificaccedilatildeo do Iacutendice de Massa Corporal 15
Tabela 3 - Variaacuteveis sociodemograacuteficas e de estilo de vida em idosos 19
Tabela 4 - Valores descritivos miacutenimos e maacuteximos das variaacuteveis analisadas 21
Tabela 5 - Percentuais das variaacuteveis analisadas 21
Tabela 6 - Aacuterea sob a curva ROC e IC95 entre os iacutendices antropomeacutetricos e
hipertensatildeo arterial em idosos 22
Tabela 7 - Pontos de corte sensibilidade e especificidade dos iacutendices
antropomeacutetricos para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial em idosos 27
xiv
LISTA DE SIacuteMBOLOS OU NOMECLATURA
ASC - Aacuterea Sob a Curva
AVE - Acidente Vascular Encefaacutelico
CC - Circunferecircncia da Cintura
CNS - Conselho Nacional de Sauacutede
DCNT - Doenccedilas Crocircnicas Natildeo Transmissiacuteveis
ESF - Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia
ESTUDO MONIDI - Monitoramento da Sauacutede de Idosos de um Municiacutepio de
Pequeno Porte
HAS - Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica
IASI - Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede de Idosos
IC95 - Intervalo de Confianccedila 95
IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica
IMC ndash Iacutendice de Massa Corporal
Iacutendice C ndash Iacutendice de Conicidade
Li-IC ndash Limite Inferior do Intervalo de Confianccedila
NSI - Nutricion Screening Initiative
PA ndash Pressatildeo Arterial
PAD ndash Pressatildeo Arterial Diastoacutelica
PAS - Pressatildeo Arterial Sistoacutelica
RCEst - Razatildeo Cintura-Estatura
ROC - Receive Operator Caracteristic
SBH - Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo
SPSS - Statistical Package for the Social Sciences
xv
SUS - Sistema Uacutenico de Sauacutede
TCLE - Termo de Consentimento Livre Esclarecido
USFs - Unidades de Sauacutede da Famiacutelia
WHO - World Health Organization
1
1 INTRODUCcedilAtildeO
A transiccedilatildeo epidemioloacutegica caracteriza-se pela evoluccedilatildeo progressiva de um
perfil de alta mortalidade por doenccedilas infecciosas para outro onde predominam os
oacutebitos por doenccedilas cardiovasculares neoplasias causas externas e outras doenccedilas
consideradas crocircnico-degenerativas natildeo transmissiacuteveis1 Jaacute a transiccedilatildeo demograacutefica
tem relaccedilatildeo direta com a evoluccedilatildeo das taxas de mortalidade natalidade e
fecundidade no qual houve uma mudanccedila da populaccedilatildeo jovem para um contingente
cada vez maior e mais importante de pessoas com 60 anos ou mais de idade2
As mudanccedilas demograacuteficas evidenciam o aumento na expectativa de vida com
consequente crescimento da populaccedilatildeo idosa3 Essa modificaccedilatildeo no perfil etaacuterio da
populaccedilatildeo concorre para transformaccedilatildeo nos aspectos relacionados agrave
morbimortalidade nos quais as doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis (DCNT) passam
a ser as principais causas de adoecimentomorte As DCNT mais prevalentes satildeo as
doenccedilas cardiovasculares cacircnceres respiratoacuterias crocircnicas diabetes e hipertensatildeo
arterial4
A hipertensatildeo arterial sistecircmica (HAS) eacute a primeira causa de mortalidade em
acircmbito mundial e a terceira causa de incapacidade induzida por doenccedila apoacutes
desnutriccedilatildeo e doenccedilas sexualmente transmissiacuteveis5 Estima-se que a pressatildeo arterial
elevada cause 94 milhotildees de mortes por ano no mundo6 A HAS eacute o principal fator de
risco para acidente vascular encefaacutelico (AVE) doenccedila arterial coronariana
insuficiecircncia cardiacuteaca insuficiecircncia renal crocircnica e doenccedila vascular de extremidades7
Tal enfermidade em idosos estaacute associada a significante aumento nos distuacuterbios
cardiovasculares na incidecircncia de doenccedilas incapacitantes com consequente
diminuiccedilatildeo da sobrevida e piora na qualidade de vida resultando dependecircncia e perda
da autonomia8910
Vaacuterios estudos evidenciam que a gordura corporal estaacute relacionada com a
pressatildeo arterial elevada em idosos111213 Dessa forma para discriminar a quantidade
de gordura corporal e sua distribuiccedilatildeo os iacutendices antropomeacutetricos satildeo instrumentos
haacutebeis principalmente em estudos epidemioloacutegicos Aleacutem disso tecircm sido utilizados
com frequecircncia em estudos populacionais e satildeo importantes por monitorar o estado
nutricional em diferentes grupos Esses iacutendices satildeo bons preditores para a
hipertensatildeo arterial14 diabetes mellitus doenccedilas cardiovasculares e para discriminar
2
o risco coronariano em diferentes populaccedilotildees1516 Apresentam como vantagens a sua
simplicidade baixo custo e faacutecil utilizaccedilatildeo Contudo estudos sobre os iacutendices
antropomeacutetricos satildeo escassos e inconclusivos na populaccedilatildeo idosa17
A identificaccedilatildeo indireta da hipertensatildeo arterial por meio dos iacutendices
antropomeacutetricos pode ser uma estrateacutegia importante na sauacutede puacuteblica como
instrumento de triagem favorecendo a identificaccedilatildeo das alteraccedilotildees na pressatildeo
arterial Uma das estrateacutegias recomendadas para atingir essa proposta eacute a utilizaccedilatildeo
de instrumentos de rastreamento adequados de raacutepida e faacutecil aplicaccedilatildeo e que
apresentem coeficientes de fidedignidade e de validade significativos No contexto da
atenccedilatildeo primaacuteria recentemente Gomes et al (2009)18 e Azevedo et al (2010)19
propuseram a aplicaccedilatildeo da antropometria para a detecccedilatildeo de fatores de risco agrave sauacutede
sugerindo a utilizaccedilatildeo do iacutendice de massa corporal (IMC) e circunferecircncia da cintura
(CC) como medidas de triagem
Averiguar o poder discriminatoacuterio e estabelecer pontos de corte ou seja
valores criacuteticos de iacutendices antropomeacutetricos que se associem a hipertensatildeo arterial em
idosos pode ser uma boa estrateacutegia de monitoramento e de triagem destes fatores de
risco Sendo que os valores criacuteticos dos iacutendices antropomeacutetricos para idosos natildeo
foram estabelecidos na literatura Dessa forma parecem ser relevantes os estudos
que indiquem meios indiretos para detectar fatores de risco cardiovascular Os iacutendices
antropomeacutetricos podem ser utilizados como estrateacutegia eficiente no processo de
triagem da hipertensatildeo arterial no ambiente da atenccedilatildeo primaacuteria do Sistema Uacutenico de
Sauacutede (SUS)
3
2 REVISAtildeO DE LITERATURA
21 Consideraccedilotildees sobre doenccedilas cardiovasculares no Brasil e o processo de envelhecimento populacional
Atualmente as doenccedilas cardiovasculares tecircm acometido grande parcela da
populaccedilatildeo mundial Em 2012 o relatoacuterio da World Health Organization (WHO)20
estimou que 175 milhotildees de pessoas morreram de doenccedilas cardiovasculares
representando 46 de todas as mortes globais Jaacute a pressatildeo arterial elevada
provoca 51 das mortes por acidente vascular cerebral e 45 das mortes por doenccedila
arterial coronariana21
Tais doenccedilas foram responsaacuteveis por 70 das causas de morte no Brasil no
ano de 2013 As doenccedilas cardiovasculares como do aparelho circulatoacuterio cacircncer e
diabetes tecircm respondido por um nuacutemero elevado de mortes antes dos 70 anos22
O crescimento populacional e o aumento da longevidade podem acarretar a um
raacutepido aumento no nuacutemero total de adultos de meia-idade e mais velhos com um
correspondente aumento do nuacutemero de mortes causadas por doenccedilas crocircnicas natildeo
transmissiacuteveis
Dessa forma a quantidade de pessoas com mais de 60 anos satildeo hoje 13 da
populaccedilatildeo brasileira ou 261 milhotildees de indiviacuteduo em 201323 Com o processo de
envelhecimento populacional as doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis ganharam
expressotildees para a sociedade para previdecircncia social e por consequecircncia para a
sauacutede puacuteblica
A fase do envelhecimento eacute o momento caracterizado pelas alteraccedilotildees fiacutesicas
psicossociais e pelo decliacutenio da capacidade funcional dos organismos como tambeacutem
pelo surgimento de condiccedilotildees patoloacutegicas advindas de haacutebitos de vida inadequados
(tabagismo alcoolismo alimentaccedilatildeo incorreta ausecircncia de atividade fiacutesica regular
entre outros)24 Dessa forma para retardar essas mudanccedilas eacute necessaacuterio ter um
envelhecimento saudaacutevel
4
22 Hipertensatildeo arterial e a populaccedilatildeo idosa
A hipertensatildeo arterial eacute definida como sendo uma condiccedilatildeo crocircnica da tensatildeo
arterial elevada resultando em valores acima do considerado aceito ou seja quando
a pressatildeo arterial sistoacutelica (PAS) estaacute cronicamente acima de 140 mmHg ou a pressatildeo
arterial diastoacutelica (PAD) estaacute cronicamente acima de 90 mmHg2526
No mundo em torno de um bilhatildeo de pessoas satildeo hipertensas natildeo controladas
sendo que 75 milhotildees de pessoas morreram a cada ano pela doenccedila ateacute o ano de
200827 Estimativas do Ministeacuterio da Sauacutede indica que cerca de 17 milhotildees de
brasileiros apresentam hipertensatildeo arterial sendo que 35 dessa populaccedilatildeo tinham
idade igual ou superior a 40 anos Em comparaccedilatildeo com anos anteriores pode-se
observar que a proporccedilatildeo de brasileiros diagnosticados com hipertensatildeo arterial
cresceu de 215 em 2006 para 244 em 20092829
O resultado da Pesquisa Nacional de Sauacutede do primeiro semestre de 2013
estimou que o Brasil tem 313 milhotildees de hipertensos Entre as pessoas com mais de
60 anos mais de 444 tecircm hipertensatildeo sendo que essa prevalecircncia cresce com a
idade22 Esses dados se aproximam aos nuacutemeros da Sociedade Brasileira de
Hipertensatildeo (SBH) no qual estima que haja 30 milhotildees de hipertensos no Brasil em
2014 ou seja cerca de 30 da populaccedilatildeo adulta30
Jaacute na populaccedilatildeo baiana com idade acima de 40 anos cerca de 35 tecircm
hipertensatildeo arterial correspondendo a cerca de 13 milhatildeo de pessoas acometidas
pela doenccedila Na populaccedilatildeo dos 55 aos 64 anos 516 tecircm pressatildeo arterial elevada
e com 65 anos ou mais esse nuacutemero chega a 60631 No estado da Bahia foram
registradas 6274 mortes por doenccedilas de aparelho circulatoacuterio ateacute o mecircs de outubro
de 2013 Dentre os registros 649 foram por hipertensatildeo32 No municiacutepio de Ibicuiacute ndash
BA a prevalecircncia de HAS cadastrados nas Unidades de Sauacutede da Famiacutelia (USFs) foi
de 643 idosos33
A hipertensatildeo arterial eacute caracterizada por niacuteveis elevados e sustentados de
pressatildeo arterial (PA) como uma condiccedilatildeo cliacutenica multifatorial Associa-se
frequentemente a alteraccedilotildees funcionais eou estruturais dos oacutergatildeos-alvo (coraccedilatildeo
enceacutefalo rins e vasos sanguiacuteneos) e a alteraccedilotildees metaboacutelicas2634 Pode ser
classificada em primaacuteria e secundaacuteria de acordo com a sua origem A primaacuteria tem
5
sua origem desconhecida35 e a secundaacuteria eacute decorrente de alguma doenccedila
subjacente36
No caso de a PA estar cronicamente elevada ou seja hipertensatildeo arterial o
risco de desenvolvimento de complicaccedilotildees cardiovasculares renais e ateacute mesmo o
oacutebito aumenta consideravelmente37
Com relaccedilatildeo agrave caracteriacutestica fisiopatoloacutegica da HAS a partir dos 50 ou 60 anos
de idade a pressatildeo diastoacutelica diminui e a pressatildeo central aumenta determinando um
balanccedilo proacuteximo entre resistecircncia aumentada e aumento da impedacircncia na aorta
toraacutecica Dessa forma a pressatildeo de pulso comeccedila a se elevar e a HAS se torna o
principal subtipo de hipertensatildeo apoacutes a sexta deacutecada de vida38
Contudo apoacutes os 60 anos ocorre o enrijecimento arterial central indicado pela
queda na pressatildeo diastoacutelica e o raacutepido alargamento da pressatildeo de pulso O aumento
da rigidez arterial central e a amplitude da onda de pulso satildeo fatores hemodinacircmicos
dominantes nos indiviacuteduos normotensos e hipertensos apoacutes os 60 anos38
Aleacutem dos fatores fisiopatoloacutegicos vale destacar que o aumento da pressatildeo
arterial com a idade tambeacutem estaacute relacionado com o consumo de sal exagerado ao
longo da vida39
As principais estrateacutegias no tratamento natildeo-farmacoloacutegico da HAS segundo
Ministeacuterio da Sauacutede28 se encontram na adoccedilatildeo de haacutebitos alimentares saudaacuteveis
reduccedilatildeo na ingestatildeo de soacutedio reduccedilatildeo do consumo de bebidas alcooacutelicas abandono
do tabagismo praacutetica de atividade fiacutesica regular controle ou diminuiccedilatildeo da massa
corporal
23 Iacutendices antropomeacutetricos de sobrepeso e obesidade
Como meacutetodo natildeo invasivo a antropometria eacute utilizada principalmente para
avaliar as proporccedilotildees tamanho e a composiccedilatildeo corporal40 Tal meacutetodo possui relaccedilatildeo
com estado de sauacutede condiccedilotildees sociais e econocircmicas de grupos populacionais
podendo diagnosticar a desnutriccedilatildeo ou excesso de peso Os iacutendices antropomeacutetricos
que consistem na mediccedilatildeo de dimensotildees corporais podem ser usados para predizer
a sauacutede geral e bem-estar da populaccedilatildeo40
6
Em 2011 estudo realizado por Pitanga41 indica que os iacutendices antropomeacutetricos
apresentam-se como preditores do risco de infarto do miocaacuterdio acidente vascular
encefaacutelico e morte prematura
O IMC eacute determinado pela massa corporal em quilogramas dividido pela
estatura em metros ao quadrado eacute uma medida que determina o estado nutricional
Este iacutendice antropomeacutetrico eacute comumente aplicado em estudos epidemioloacutegicos em
idosos para diagnosticar o excesso de peso (sobrepesoobesidade) principalmente
por ser um meacutetodo faacutecil de aplicar raacutepido e de baixo custo Deste modo vaacuterios
estudos com essa populaccedilatildeo tecircm avaliado o estado nutricional por meio do IMC42
434445
No estudo de Silva e Petroski (2009)46 com idosas de um grupo de convivecircncia
do municiacutepio de Aracaju ndash Sergipe sugeriu que o ponto de corte do IMC utilizado pela
Nutricion Screening Initiative ndash NSI (1992)47 para sobrepeso e excesso de peso foi o
mais bem associado com a PA elevada e para obesidade o melhor ponto de corte
associado com a PA elevada foi o da WHO (1998)48
A outra medida importante para avaliaccedilatildeo da obesidade central dos indiviacuteduos
eacute a circunferecircncia de cintura A obesidade eacute caracterizada pelo acuacutemulo excessivo de
gordura corporal no indiviacuteduo e quando presente na regiatildeo abdominal tem alta
correlaccedilatildeo com doenccedilas cardiovasculares e distuacuterbios metaboacutelicos40 O obeso tem
mais propensatildeo a desenvolver problemas como hipertensatildeo doenccedilas
cardiovasculares diabetes tipo 2 entre outras doenccedilas4950
Comparando as medidas antropomeacutetricas com exames de diagnoacutesticos por
imagens como a tomografia computadorizada e a ressonacircncia magneacutetica foi
verificado que a circunferecircncia da cintura apresentou melhor correlaccedilatildeo com o tecido
adiposo visceral51 Tambeacutem o aumento da circunferecircncia da cintura teve boa
associaccedilatildeo com o aumento significativo da prevalecircncia da hipertensatildeo arterial52
A razatildeo cintura-estatura (RCEst) eacute determinado pela divisatildeo da circunferecircncia
da cintura (cm) pela estatura (cm) Este indicador tem sido utilizado para identificar
alto risco metaboacutelico obesidade fatores de risco cardiovascular e maior capacidade
preditiva para o risco coronariano elevado em populaccedilotildees adultas e idosas1653
tambeacutem eacute fortemente associada a diversos fatores de risco cardiovascular em
diferentes populaccedilotildees15
7
O Iacutendice C eacute determinado com as medidas de massa corporal da estatura e da
circunferecircncia da cintura54 e eacute muito utilizado com a populaccedilatildeo adulta555657585960 Jaacute
com a populaccedilatildeo de idosos o iacutendice C tem sido pouco utilizado e somente alguns
estudos usaram esse indicador para tentar identificar distuacuterbios metaboacutelicos risco
coronariano e prevalecircncia de risco agrave sauacutede616263 Natildeo foram encontrados estudos
associativos entre o Iacutendice C e pressatildeo arterial elevada em idosos
Tais iacutendices satildeo pouco utilizados com a populaccedilatildeo idosa e principalmente com
populaccedilotildees residentes em cidades de pequeno porte Dessa forma para discriminar e
analisar o incremento de gordura corporal os iacutendices antropomeacutetricos tecircm
demonstrado eficiecircncia principalmente em estudos epidemioloacutegicos Cada indicador
tem peculiaridade quanto a sua distribuiccedilatildeo e discriminaccedilatildeo por isso podem ser
utilizados conjuntamente ou separadamente dependendo dos objetivos como
estrateacutegia eficiente para a detecccedilatildeo e o controle de doenccedilas
Contudo os iacutendices antropomeacutetricos tecircm sido bem utilizados para associar
vaacuterios fatores de risco de sauacutede como doenccedilas coronarianas cardiovasculares
distuacuterbios metaboacutelicos dentre outros641641 Poreacutem ainda natildeo estaacute clara sua
associaccedilatildeo com pressatildeo arterial elevada em idosos
Sendo assim os iacutendices antropomeacutetricos satildeo eficientes para identificar a
hipertensatildeo arterial em idosos E quais satildeo os melhores iacutendices para identificar as
alteraccedilotildees da pressatildeo arterial elevada em idosos
24 A importacircncia da validaccedilatildeo
Como se trata de um estudo de validaccedilatildeo de um meacutetodo faz-se necessaacuterio
debater sobre o tema Os instrumentos de rastreamento satildeo ferramentas essenciais
para os serviccedilos de sauacutede pois fornecem medidas relevantes reprodutiacuteveis e
acuradas permitindo a identificaccedilatildeo das pessoas com maior chance de preencher os
criteacuterios para uma determinada condiccedilatildeo ou doenccedila Como tambeacutem completa o
registro de informaccedilatildeo e a comparaccedilatildeo de resultados minimizando a influecircncia de
fatores subjetivos na coleta e registro de dados6566
A escolha de um instrumento deve-se basear em suas qualidades que
consistem em coeficientes significativos de validade e fidedignidade Dessa forma
8
essas medidas necessitam apresentar simplicidade na teacutecnica economia facilidade
e rapidez na aplicaccedilatildeo e interpretaccedilatildeo666768
A validade caracteriza-se como a capacidade do instrumento medir aquilo que
se propotildees a medir Envolve um componente conceitual (julgamento subjetivo a
respeito do instrumento pelo pesquisador) e um componente operacional (avaliaccedilatildeo
sistemaacutetica (estatiacutestica) do teste) geralmente o comparando com um criteacuterio padratildeo
ouro67
A avaliaccedilatildeo operacional da validade utilizada nessa pesquisa foi a de criteacuterio
no qual mede agrave extensatildeo com que o instrumento discrimina sujeitos que diferem em
determinadas caracteriacutesticas Refere-se agrave capacidade de uma escala de se
corresponder com outras medidas ou de predizer algo a que se propotildee Eacute avaliada
por meio de criteacuterio-padratildeo (validade concorrente e validade preditiva) Sendo que a
validade preditiva eacute estimulada estatisticamente e expressa por meio da sensibilidade
especificidade valor preditivo positivo valor preditivo negativo e taxa de classificaccedilatildeo
incorreta67
A sensibilidade corresponde agrave proporccedilatildeo de casos positivos identificados
corretamente ou melhor eacute a capacidade de medida de reconhecer os verdadeiros
positivos Quanto maior a sensibilidade maior a chance de detectar a doenccedila A
especificidade eacute proporccedilatildeo de casos negativos identificados corretamente eacute a
capacidade do instrumento de reconhecer os verdadeiros negativos67
Quanto mais sensiacutevel for o teste melhor seraacute seu valor preditivo negativo ou
seja maior seraacute a certeza de que uma pessoa com resultado negativo natildeo tenha
realmente a doenccedila Quanto mais especifico melhor seraacute seu valor preditivo positivo
ou seja maior seraacute a certeza de que uma pessoa com resultado positivo tenha a
hipertensatildeo arterial67
Como estrateacutegia geral quando a principal preocupaccedilatildeo for evitar o resultado
falso-positivo entatildeo o ponto de corte deve objetivar o maacuteximo de especificidade e se
a preocupaccedilatildeo maior eacute evitar resultado falso-negativo (o resultado do teste em
paciente com suspeita de hipertensatildeo arterial) o ponto de corte deve objetivar o
maacuteximo de sensibilidade67 Os autores ainda referem que a curva Receive Operator
Caracteristic (ROC) eacute a melhor maneira de estabelecer o ponto de corte otimizando
a sensibilidade e especificidade do teste diagnoacutestico
9
Destaca-se que as qualidades de um instrumento aplicado em condiccedilotildees de
campo satildeo modificadas pela prevalecircncia de casos na populaccedilatildeo cliacutenica (onde eacute
esperado ter maior proporccedilatildeo de doenccedila) comparada com uma populaccedilatildeo geral
10
3 OBJETIVOS
Determinar o poder preditivo de iacutendices antropomeacutetricos para predizer
hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos
Estabelecer pontos de corte como discriminadores de hipertensatildeo arterial em
mulheres e homens idosos
Identificar o iacutendice antropomeacutetrico de obesidade que melhor discrimina a
hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos
11
4 MATERIAL E MEacuteTODOS
41 Tipos de estudo
Esta pesquisa eacute do tipo transversal ou seccional como parte do projeto de
Monitoramento da Sauacutede de Idosos de um Municiacutepio de Pequeno Porte ESTUDO
MONIDI Em estudos transversais a estrateacutegia de observaccedilatildeo da populaccedilatildeo eacute
seccional isto eacute as informaccedilotildees obtidas referem-se ao mesmo momento sendo mais
adequado para obtenccedilatildeo de estimativas populacionais As informaccedilotildees individuais
devem ser coletadas num determinado prazo mais curto possiacutevel decorrido entre as
observaccedilotildees do primeiro e uacuteltimo indiviacuteduo69
42 Cenaacuterios do estudo
O municiacutepio de Ibicuiacute fica localizado na zona fisiograacutefica de Vitoacuteria da Conquista
(Encosta do Planalto) e situada no Sudoeste do Estado da Bahia possui uma aacuterea
territorial de 1176843 kmsup2 populaccedilatildeo de 16640 habitantes7071 A populaccedilatildeo de
idosos no ano de 2013 era de 2124 habitantes e destes 525 estavam cadastrados
nas Unidades de Sauacutede da Famiacutelia33
12
Figura 1 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Ibicuiacute BA na regiatildeo Nordeste do Brasil
Fonte Adaptado do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE)72 Infograacuteficos
Cidades Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230
43 Populaccedilatildeo e amostra
A populaccedilatildeo alvo do presente estudo foi constituiacuteda por indiviacuteduos com idade
igual ou superior a 60 anos de ambos os sexos cadastrados na Estrateacutegia de Sauacutede
da Famiacutelia (ESF) que atenderam agraves aacutereas urbanas e rurais do municiacutepio de Ibicuiacute-BA
no ano de 2014 A lista com o nuacutemero de usuaacuterios idosos cadastrados nas USFs da
zona rural e urbana do municiacutepio foi solicitada junto agrave Secretaria Municipal de Sauacutede
Foram incluiacutedos no estudo idosos que estavam cadastrados na Estrateacutegia de
Sauacutede da Famiacutelia que aceitaram participar da pesquisa atraveacutes da assinatura do
Termo de Consentimento Livre Esclarecido (TCLE)
Os criteacuterios de exclusatildeo foram os participantes com diagnoacutestico de demecircncia
ou qualquer outro tipo de alteraccedilatildeo cognitiva que comprometesse a veracidade das
informaccedilotildees fornecidas idosos acamados portadores de doenccedila de Alzheimer ou
outro tipo de doenccedila neuroloacutegica que afetasse a cogniccedilatildeo doenccedila em estaacutegio
terminal
Apoacutes aplicaccedilatildeo dos criteacuterios de exclusatildeo foi efetuado o caacutelculo amostral
seguindo a proposta de Luiz e Magnanini (2000)73 para populaccedilotildees finitas com
13
predominacircncia desconhecida de 50 sendo adotado niacutevel de significacircncia de 5
(correspondendo a um intervalo de confianccedila de 95) e erro toleraacutevel de amostragem
de 25
O caacutelculo amostral resultou numa amostra miacutenima necessaacuteria de 305 idosos
Esse caacutelculo amostral sofreu ajuste em 10 para compensar eventuais perdas e
recusas Apoacutes o resultado do caacutelculo amostral os idosos participantes foram
selecionados atraveacutes de sorteio sendo este proporcional ao tamanho e a distribuiccedilatildeo
por sexo e por quantidade de idosos na Unidade de Sauacutede da Famiacutelia
Os indiviacuteduos assinaram o TCLE foram entrevistados e avaliados nas
dependecircncias da USF sendo que aqueles que natildeo foram localizados ou natildeo
compareceram a USF apoacutes trecircs tentativas foram automaticamente substituiacutedos por
meio de sorteio
44 Equipes de coleta de dados
A equipe de coleta foi composta por dois profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica
(Coordenadores) e cinco acadecircmicos de fisioterapia enfermagem e medicina A
equipe foi previamente treinada em reuniotildees teacutecnicas e no estudo piloto que foi
realizado no periacuteodo de Outubro a Dezembro de 2013 visando padronizar todo o
processo de coleta Foram estabelecidas accedilotildees referentes agrave logiacutestica agrave aplicaccedilatildeo dos
questionaacuterios e aos procedimentos de medidas das variaacuteveis antropomeacutetricas A
coleta propriamente dita ocorreu entre o periacuteodo de 03022014 a 20022014
14
45 Procedimentos para coleta de dados
451 Variaacuteveis do estudo e dados coletados
Foram mensuradas as variaacuteveis idade sexo situaccedilatildeo conjugal niacutevel de
escolaridade raccedilacor renda mensal alcoolismos e tabagismos Como tambeacutem
medidas de pressatildeo arterial sistoacutelica e diastoacutelica massa corporal estatura e
circunferecircncia da cintura
452 Instrumentos de coleta
Foi utilizado o instrumento de coleta denominado Instrumento de Avaliaccedilatildeo da
Sauacutede de Idosos (IASI) padronizado e validado previamente74 Tal instrumento obteacutem
caracteriacutesticas sociodemograacuteficas informaccedilotildees pessoais consumo de aacutelcool e
tabaco avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica e de pressatildeo arterial
Para aferir a pressatildeo arterial foi utilizado o aparelho digital (marca OMRONreg
modelo HEM ndash 742 INT) Utilizou-se ainda uma balanccedila digital portaacutetil (OMRONreg) e
um estadiocircmetro (marca Sannyreg) ambos devidamente calibrados e fita
antropomeacutetrica flexiacutevel (Cardiomedreg)
453 Pressatildeo Arterial
A pressatildeo arterial foi aferida com um aparelho digital de braccedilo com manguito
adequado agrave circunferecircncia do mesmo A medida foi realizada no braccedilo direito a altura
do coraccedilatildeo Foram realizadas trecircs medidas da pressatildeo arterial sendo a primeira apoacutes
o idoso permanecer cinco minutos em repouso e sentado a segunda apoacutes dois
minutos e a terceira dois minutos apoacutes a realizaccedilatildeo da segunda (foi utilizada a meacutedia
das trecircs medidas) Valores de referecircncia estatildeo estabelecidos na Tabela 1
15
Tabela 1 - Classificaccedilatildeo da pressatildeo arterial de acordo com a VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo (2010)
Classificaccedilatildeo Pressatildeo Sistoacutelica (mmHg)
Pressatildeo Diastoacutelica (mmHg)
Oacutetima Normal Limiacutetrofe
lt 120 lt 130 130-139
lt 80 lt 85 85-80
Hipertensatildeo estaacutegio I 140-159 90-99 Hipertensatildeo estaacutegio II 160-179 100-109 Hipertensatildeo estaacutegio III ge 180 ge 110 Hipertensatildeo sistoacutelica isolada
ge 140 lt 90
Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo (2010)7
454 Antropometria
Todas as medidas antropomeacutetricas foram realizadas trecircs vezes (verificou-se a
meacutedia de tais medidas) por um profissional de Educaccedilatildeo Fiacutesica para diminuir o erro
intra e inter avaliadores e anotados por um apontador Os idosos foram medidos
conforme procedimentos padronizados por Lohman et al (1988)75 sem calccedilados
roupas leves sem reloacutegio chaves celular etc
Foi mensurada a circunferecircncia da cintura com uma fita antropomeacutetrica flexiacutevel
no ponto meacutedio entre a uacuteltima costela e a crista iliacuteaca e o procedimento foi deixar a
cintura livre de roupa e os braccedilos cruzados no peito Classificaccedilatildeo de risco para
desenvolver doenccedilas por Lohman et al (1988)75 HOMENS gt 102 cm e MULHERES
gt 88 cm Foi determinado o IMC atraveacutes da equaccedilatildeo [IMC =massa corporal
(kg)estatura2(m)] Valores de referecircncia estatildeo estabelecidos na Tabela 2
Tabela 2 - Classificaccedilatildeo do Iacutendice de Massa Corporal
IMC Classificaccedilatildeo
Baixo peso lt 220 kgm2 Peso adequado 220 le IMC le 270 kgm2 Obesidade gt 270 kgm2
Lohman et al (1988)75
16
A razatildeo cintura-estatura foi determinada pela equaccedilatildeo proposta por Pitanga e
Lessa (2006)15 a qual utiliza a CC (cm) e a estatura (cm) O Iacutendice C foi estimado por
meio das medidas de massa corporal estatura e circunferecircncia da cintura utilizando-
se um modelo proposto por Valdez (1991)54 cuja equaccedilatildeo matemaacutetica estaacute descrita a
seguir
46 Anaacutelise dos dados
Os dados foram digitados com dupla entrada no software Epidata 31 Apoacutes a
digitaccedilatildeo dos dados foram verificados manualmente os valores discrepantes e a
consistecircncia das informaccedilotildees
Na anaacutelise de dados foram utilizados os procedimentos da estatiacutestica descritiva
expressa por meacutedia desvio padratildeo nuacutemero de observaccedilotildees e percentual das
variaacuteveis avaliadas A diferenccedila entre os sexos nas variaacuteveis contiacutenuas foi analisada
pelo teste t de Student para amostras independentes uma vez que as variaacuteveis
apresentaram distribuiccedilatildeo normal e o teste do Qui-quadrado para comparar as
proporccedilotildees (variaacuteveis qualitativas) entre os idosos do sexo masculino e feminino
O poder discriminatoacuterio para determinar a hipertensatildeo arterial e os iacutendices
antropomeacutetricos foi verificado atraveacutes da utilizaccedilatildeo das curvas ROC recurso utilizado
para obtenccedilatildeo de pontos de corte que visam diagnoacutesticos ou triagem
A aacuterea sob a curva ROC (ASC) determina a capacidade preditiva do indicador
para presenccedila ou ausecircncia de hipertensatildeo arterial Uma ASC igual a 10 eacute
considerada perfeita poreacutem se for igual ou menor a 05 indica que sua capacidade
preditiva natildeo eacute melhor que ao acaso
17
Neste estudo o pressuposto para anaacutelise da ASC foi agrave sensibilidade pois em
determinadas situaccedilotildees quando natildeo pode correr o risco de natildeo diagnosticar
determinada doenccedila eacute melhor privilegiar a sensibilidade76
Apoacutes determinados os pontos de corte para cada uma das variaacuteveis
investigadas para prediccedilatildeo de hipertensatildeo essas foram dicotomizadas com base em
seus respectivos valores de referecircncia As anaacutelises estatiacutesticas foram conduzidas no
Statistical Product and Service Solutions (SPSS) reg 130 Em todas as anaacutelises foram
efetuadas respeitando-se o niacutevel de significacircncia de 5
47 Aspectos Eacuteticos
O estudo foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa da Universidade
Estadual do Sudoeste da Bahia com parecer (CAAE 22969013000000055) (Anexo
1) seguindo princiacutepios eacuteticos estabelecidos na Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de
2012 do Conselho Nacional de Sauacutede (CNS)77
18
5 RESULTADOS
51 Caracterizaccedilatildeo da amostra estudada
De acordo com a contabilizaccedilatildeo das perdas (mudou-se do municiacutepio natildeo foi
encontrado por mais de 3 vezes na USF ou domicilio) e recusas (n=31) a amostra final
foi composta por 310 idosos (201 zona urbana e 109 zona rural) A taxa de respostas
foi de 912 com 88 (n=31) de recusas e 92 (n=29) de exclusatildeo
Participaram do estudo 175 mulheres (565) e 135 homens (435) As
idades variaram entre 60 e 108 anos com meacutedia de 7078 plusmn 82 anos para as mulheres
e 60 a 93 anos com meacutedia de 7259 plusmn 78 anos para homens
A maioria das mulheres se auto referiu ser negra e os homens pardo O iacutendice
de analfabetismo apresentou-se elevado em ambos os sexos A maior parte dos idosos
eacute casado A maioria dos idosos sobrevivia com renda mensal inferior ou igual a um
salaacuterio miacutenimo (Tabela 3)
19
Tabela 3 - Variaacuteveis sociodemograacuteficas e de estilo de vida em idosos
Mulheres (n=175) Taxa de Resposta
Homens (n=135) Taxa de Resposta
n n P
Raccedilacor 9861 991
Branco 47 2686 43 3209
Preto 73 4171 26 1940 0001
Pardo 49 2800 55 4074
Natildeo sabe 4 229 10 741
Escolaridade 9918 1000
Analfabeto 95 5429 84 6222
Baacutesica 72 4114 46 3408 0001
Secundaacuteria 5 286 5 370
Superior 2 114 - -
Estado Civil 9789 991
Casadouniatildeo estaacutevel
74 4229 78 5777
Solteiroseparado 33 1886 36 2667 0001
Viuacuteva 63 3600 20 1481
Renda Mensal 9918 1000
le 1 salaacuterio 165 9428 123 9111
11 a 2 salaacuterio 8 458 10 74 0001
21 a salaacuterio 1 057 2 148
Alcoolismo 9989 1000
Sim 4 229 9 667 0001
Natildeo 170 9714 126 9333
Tabagismo 9597 1000
Sim 15 857 21 1556 0001
Natildeo 152 8686 114 8444
Teste Qui-quadrado
20
52 Caracteriacutesticas antropomeacutetricas
Apoacutes a assinatura do TCLE e realizaccedilatildeo do questionaacuterio 10 idosos foram
excluiacutedos (recusas e informaccedilatildeo incompleta do questionaacuterio) desta etapa de anaacutelise
Dessa forma foram analisadas 300 avaliaccedilotildees das medidas antropomeacutetricas
Na Tabela 4 podem ser observados os valores meacutedios desvio padratildeo valores
miacutenimos e maacuteximos e percentuais das variaacuteveis avaliadas A meacutedia do IMC foi menor
nos homens quando comparado com o resultado das mulheres (p lt 0001) Natildeo houve
diferenccedila significativa da variaacutevel circunferecircncia da cintura entre homens e mulheres
(p = 0208) A prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi maior nas mulheres A maioria
das mulheres eacute obesa e entre os homens o estado nutricional foi considerado eutroacutefico
(Tabela 5)
21
Tabela 4 - Valores descritivos miacutenimos e maacuteximos das variaacuteveis analisadas
Variaacuteveis Mulheres (n=167) Homens (n=133) Valor-p
Idade (anos) 7078 plusmn 821 (60-108)
7259 plusmn 786 (60-93)
0055
Massa corporal (kg) 6020 plusmn 1223 (2970-9580)
6384 plusmn 1250 (4010-11840)
0012
Estatura (cm) 14875 plusmn 616 (129-164)
16080 plusmn 782 (135-183)
lt00001
IMC (kgm2) 2715 plusmn505 (1342-4064)
2458 plusmn 390 (1475-3544)
lt00001
CC (cm)dagger 8734 plusmn 1126 (55-130)
8894 plusmn 1010 (66-115)
0208
RCEst 057 plusmn 011 (000-087)
055 plusmn 006 (042-073)
0086
Iacutendice C 123 plusmn 021 (000-166)
129 plusmn 006 (117-150)
0001
PAS 14096 plusmn 2218 (87-200)
13735 plusmn 2251 (98-209)
0166
PAD 7671 plusmn 1091 (45-105)
7697 plusmn 1179 (49-110)
0846
IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia da cintura RCEst - razatildeo cintura-estatura Iacutendice C - Iacutendice de Conicidade PAS - pressatildeo arterial sistoacutelica PAD ndash pressatildeo arterial diastoacutelica dagger Variaacuteveis com perdas (n=163 mulheres) Teste T de Student para amostras independentes
Tabela 5 - Percentuais das variaacuteveis analisadas
Variaacutevel Mulheres Homens Valor-p
Pressatildeo Arterial (n) (n)
Normal 557 (93) 594 (79) 0011
Hipertensatildeo 443 (74) 406 (54)
Estado nutricional (n) (n)
Baixo peso 144 (24) 301 (40)
Normal 353 (59) 436 (58) lt00001
Sobrepeso 503 (84) 263 (35)
Teste Qui-quadrado
53 Anaacutelise da curva ROC
22
As aacutereas sob a curva ROC do IMC da CC da RCEst e do iacutendice C como
preditores de hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos e os respectivos
intervalos de confianccedila (IC 95) podem ser observados na Tabela 6 e nas Figuras 2
3 4 5 6 7 8 9 Evidenciou-se que alguns iacutendices antropomeacutetricos apresentaram
aacuterea sob a curva ROC significativas Todavia a RCEst e o IMC assumiram maiores
aacutereas com diferenccedila significativa para os homens
Tabela 6 - Aacuterea sob a curva ROC e IC95 entre os iacutendices antropomeacutetricos e hipertensatildeo arterial em idosos
Aacuterea sob a curva ROC
PA elevada Mulheres
Homens
p
IMC (kgm2) 053 (044-062) 060 (050-070)
lt00001dagger
CC (cm) 057 (048-066) 058 (048-068)
lt00001dagger
RCEst 056 (047-065) 061 (051-071)
lt00001dagger
Iacutendice C 058 (049-066) 058 (058-068) lt00001dagger
IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia de cintura RCEst - razatildeo cinturaestatura Iacutendice C - iacutendice de conicidade ROC ndashReceiver Operating CharacteristicIC95 - intervalo de confianccedila a 95Aacuterea sob a curva ROC apresentando poder discriminatoacuterio para pressatildeo arterial elevada (Li-IC ge 050) daggerTeste Qui-quadrado
23
Figura 2 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) IMC - iacutendice de massa corporal
Figura 3 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) IMC - iacutendice de massa corporal
24
Figura 4 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) CC ndash circunferecircncia da cintura
Figura 5 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) CC ndash circunferecircncia da cintura
25
Figura 6 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) RCEst - razatildeo cinturaestatura
Figura 7 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) RCEst - razatildeo cinturaestatura
26
Figura 8 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) Iacutendice C -iacutendice de conicidade
Figura 9 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) Iacutendice C - iacutendice de conicidade
27
Os valores dos pontos de corte dos iacutendices antropomeacutetricos como preditores
de hipertensatildeo arterial e suas respectivas sensibilidade e especificidade (mais
adequado equiliacutebrio entre si) satildeo apresentados na Tabela 7 Observa-se que entre
os iacutendices antropomeacutetricos a RCEst teve melhor percentual de sensibilidade e de
especificidade para discriminar a pressatildeo arterial elevada para os homens
Tabela 7 - Pontos de corte sensibilidade e especificidade dos iacutendices antropomeacutetricos para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial em idosos
Mulheres Homens PA elevada
Ponto de corte
Sensibilidade ()
Especificidade ()
Ponto de corte
Sensibilidade ()
Especificidade ()
IMC (kgm2)
2679 527 548 2420 527 548
CC (cm) 8750 577 457 8650 593 532 RCEst 059 568 430 054 648 456 Iacutendice C 126 541 452 129 574 456
IMC ndash Iacutendice de Massa Corporal CC ndash Circunferecircncia da Cintura RCEst ndash Razatildeo Cintura-Estatura Iacutendice C ndash Iacutendice de Conicidade
28
6 DISCUSSAtildeO
61 Aacutereas sob a Curva ROC
Este estudo teve como objetivo identificar a capacidade preditiva de iacutendices
antropomeacutetricos de obesidade geral e abdominal para discriminar a presenccedila de
hipertensatildeo arterial em idosos com foco de utilizaccedilatildeo no ambiente da estrateacutegia de
sauacutede da famiacutelia Nessa perspectiva surge uma proposta de triagem dos casos de
idosos com possiacuteveis alteraccedilotildees crocircnicas em sua pressatildeo arterial aleacutem de possibilitar
a discussatildeo sobre validaccedilatildeo de tais iacutendices para uso no contexto da sauacutede
Dessa forma recomenda-se a anaacutelise da sensibilidade e especificidade por
meio da construccedilatildeo de curvas ROC pois eacute a melhor opccedilatildeo para determinar pontos de
corte em estudos epidemioloacutegicos78 Essa anaacutelise permite fornecer a aacuterea sob a curva
que traduz o poder de discriminaccedilatildeo de um indicador para um determinado desfecho
e a identificaccedilatildeo do melhor ponto de corte
A proposta dessa pesquisa natildeo eacute excluir o diagnoacutestico meacutedico mas
proporcionar uma estrateacutegia mais abrangente a ser utilizada pelas USFs em parceria
entre os profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica e os profissionais de sauacutede no contexto da
atenccedilatildeo primaacuteria
Embora exista associaccedilatildeo entre sobrepesoobesidade e a pressatildeo arterial
elevada poucos estudos tecircm identificado pontos de corte de iacutendices antropomeacutetricos
que visem agrave detecccedilatildeo da hipertensatildeo arterial em idosos Diversos estudos tecircm
demonstrado que os iacutendices antropomeacutetricos satildeo bons indicadores de obesidade e
estatildeo relacionados a fatores de risco cardiovascular795880 Todavia a hipertensatildeo eacute
apontada como um dos principais fatores de risco cardiovasculares o que denota a
necessidade de um olhar diferenciado
A prevalecircncia de hipertensatildeo foi inferior agrave encontrada em outros estudos818283
Contudo diferenccedilas metodoloacutegicas nuacutemero de medidas realizadas e os diferentes
criteacuterios de referecircncia satildeo as principais causas da grande variabilidade nas
prevalecircncias de pressatildeo arterial elevada entre as investigaccedilotildees No presente estudo
29
optou-se por maior rigorosidade ao diagnosticar a pressatildeo arterial elevada
considerando a realizaccedilatildeo de trecircs medidas
Nessa amostra observou-se que a prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi
443 nas mulheres e 406 nos homens Demonstrando ser uma alta prevalecircncia
pois se trata de uma populaccedilatildeo que eacute influenciada diretamente pelo o aumento da
morbimortalidade durante o envelhecimento Estudos envolvendo idosos indicam que
a prevalecircncia da hipertensatildeo encontra-se entre 50-70 com o aumento da idade84
Poucos estudos epidemioloacutegicos foram conduzidos com o objetivo de identificar
e discriminar a capacidade de iacutendices antropomeacutetricos de obesidade para a pressatildeo
arterial elevada na populaccedilatildeo de idosos e principalmente utilizando o iacutendice C o
RCEst Um estudo realizado com a populaccedilatildeo de idosos utilizou o mesmo objetivo
poreacutem usou como ponto de corte o iacutendice de massa corporal e o iacutendice de adiposidade
corporal85 Entretanto faz-se necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de outros iacutendices para identificar
hipertensatildeo arterial em idosos
De acordo com os resultados do presente estudo somente alguns dos
indicadores antropomeacutetricos apresentaram capacidade preditiva para a hipertensatildeo
arterial em idosos de acordo com limite inferior do intervalo de confianccedila de 9586
Dessa forma foi observado que a RCEst e IMC para os homens mostraram-se com
bom poder de detecccedilatildeo para a hipertensatildeo arterial pois obtiveram maiores valores
sob a curva para esse desfecho
Em 2013 Leal Neto et al85 identificaram em seus resultados que o IMC e o
iacutendice de adiposidade corporal foram os melhores indicadores preditivos de
hipertensatildeo arterial nos idosos em ambos os sexos independentemente de outros
fatores tais como idade tabagismo consumo de aacutelcool e atividade fiacutesica
No presente estudo os principais indicadores que tiveram uma boa aacuterea sob a
curva foram o IMC RCEst e Iacutendice C com resultados de 060 IC95 (050-070) 061
IC95 (051-071) e 058 IC95 (058-068) respectivamente para homens
Nas mulheres tais iacutendices mostraram-se com menor poder discriminatoacuterio para
diagnosticar a hipertensatildeo arterial A HAS eacute um desfecho que pode ser influenciado
por fatores multicausais (hormonais estresse etc) Na anaacutelise do desempenho do
iacutendice antropomeacutetrico a loacutegica eacute unidirecional ou seja verificar o desempenho desses
iacutendices apenas como preditores de hipertensatildeo arterial foram mais satisfatoacuterios entre
os homens Os iacutendices podem interferir mas natildeo determinar a prevalecircncia da
30
hipertensatildeo Embora as mulheres tenham uma maior prevalecircncia essa natildeo eacute
determinada pelos iacutendices antropomeacutetricos no presente estudo
Tais resultados diferem do estudo realizado em 2012 por Samsen et al87 no
qual a circunferecircncia da cintura teve boa ASC nos homens = 0684 com IC95 (0672-
0695) e nas mulheres = 0673 IC95 (0665-0681) sendo o melhor indicador
significativamente (p lt0001) do que o IMC no qual a ASC em homens foi de = 0667
IC95 (0656-679) e nas mulheres = 0636 IC95 (0628-0644) em discriminaccedilatildeo
de pelo menos um fator de risco cardiovascular Isso se deve ao fato de tal estudo ter
sido realizado com uma abrangecircncia maior na faixa etaacuteria que foi de 45-80 anos
Uma possiacutevel limitaccedilatildeo para discussatildeo dos resultados desse estudo foi a faixa
etaacuteria restrita que natildeo incluiu idosos (igual ou acima de 60 anos) o que impossibilita
a triagem da pressatildeo arterial elevada nessa populaccedilatildeo
62 Iacutendices antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial
Nesse estudo a CC e RCEst foram as variaacuteveis com maiores valores absolutos
de sensibilidade para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial respectivamente para mulheres
e homens Tais resultados indicam as proporccedilotildees de verdadeiros positivos na
ocorrecircncia de hipertensatildeo arterial
Quanto ao ponto de corte do RCEst nas mulheres foi de 059 sendo 568 de
sensibilidade e 430 de especificidade Valores inferiores ao encontrado no presente
estudo para mulheres foram sugeridos em Taiwan (045) Cingapura (048) e na China
(050) No Brasil em 2009 Haun Pitanga e Lessa16 recomendaram para a RCEst
053 como melhor ponto de corte com sensibilidade (67) e especificidade (58) e
aacuterea sob a curva ROC de 069 (IC 95 = 064-075) Outro ponto de corte semelhante
ao observado no Brasil com mulheres mexicanas variou de 053 a 0535 para a
RCEst discriminar diabete tipo 2 hipertensatildeo e dislipidemias88899091
Os pontos de corte sugeridos por esses paiacuteses e no Brasil podem ter sido
inferiores por causa da abrangecircncia na faixa etaacuteria dos indiviacuteduos no qual incluiacuteram
mulheres de 30 a 74 anos como tambeacutem as caracteriacutesticas econocircmicas culturais e
31
de estilo de vida diferem da realidade das mulheres que residem em cidades de
pequeno porte Estudos que discriminem hipertensatildeo arterial principalmente em
idosos com RCEst satildeo escassos na literatura
Em 2010 Browning Hsieh e Ashwel92 realizaram uma revisatildeo sistemaacutetica
sobre a potencialidade de indicadores antropomeacutetricos em predizer doenccedilas
cardiovasculares e identificou a RCEst como variaacutevel de melhor desempenho A
RCEst apresentou maiores ASC quando comparada ao IMC ou CC Os dados
analisados foram de quatorze paiacuteses diferentes e incluiacuteram caucasianos asiaacuteticos e
da Ameacuterica Central Segundo os autores uma RCEst ge 05 eacute capaz de identificar
fatores de risco cardiovasculares Esse ponto de corte eacute inferior aos encontrados para
homens e mulheres no presente estudo significando que o ponto de corte encontrado
pode diagnosticar risco cardiovascular e consequentemente a presenccedila de
hipertensatildeo
Outros autores afirmam essa hipoacutetese relacionada aos valores limites para
RCEst em diversas populaccedilotildees e indicaram que um ponto de corte de 05 eacute o valor
mais indicado para ambos os sexos todas as idades e diferentes populaccedilotildees899315
Com relaccedilatildeo agrave especificidade a variaacutevel com maior valor foi o IMC
independentemente do sexo Nas mulheres o ponto de corte sugerido foi 2679 kgm2
e nos homens 2420 kgm2 O valor da especificidade foi de 548 para ambos os
sexos o qual possibilita determinar corretamente a ausecircncia de hipertensatildeo arterial
Sendo assim este estudo sugere que o IMC natildeo foi o melhor preditor de hipertensatildeo
arterial
O estudo de Leal Neto et al (2013)85 tambeacutem testou a capacidade de
indicadores antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial em idosos
sugeriu como pontos de corte para IMC valores de 247 kgm2 igual ao encontrado no
presente estudo e de 273 kgm2 nuacutemero superior que aos dados do presente
trabalho para homens e mulheres respectivamente
Em outro estudo realizado com 19621 homens e mulheres com faixa etaacuteria de
45-80 anos a meacutedia da idade foi de 598 anos para os homens e 585 anos para as
mulheres O ponto de corte adequado de IMC foi de 23 kgm2 em homens e 24 kgm2
em mulheres Os pontos de corte de CC foram 80 cm e 78 cm em homens e mulheres
respectivamente Os achados do presente estudo foram superiores a esses
32
resultados todavia deve ser considerado que a populaccedilatildeo alvo foi diferente e com
idade menor da populaccedilatildeo pesquisada no presente trabalho87
Com relaccedilatildeo agrave CC o ponto de corte identificado para a prediccedilatildeo de hipertensatildeo
arterial nas mulheres foi superior ao dos homens Contudo os valores de sensibilidade
e especificidade desses pontos de corte foram maiores entre os homens o que pode
indicar que o poder preditivo da CC para a hipertensatildeo arterial eacute melhor para o sexo
masculino Quanto menor o ponto de corte maior seraacute a habilidade do teste em
classificar os doentes como positivos isto eacute maior seraacute a sensibilidade76 Os pontos
de corte dos homens foram em sua maioria menores em comparaccedilatildeo aos das
mulheres
Tais resultados satildeo contraacuterios aos achados do estudo de Kashihara et al
(2009)94 com indiviacuteduos de 30-74 anos que comparou paciente com hipertensatildeo e sem
hipertensatildeo Em seus pontos de corte de CC para os homens foram superiores aos
pontos de corte definidos para as mulheres e os valores de sensibilidade e
especificidade foi maior nas mulheres para identificar risco cardiovascular Poreacutem a
idade foi menor ao proposto no presente estudo
Outro estudo que contraria tais resultados quanto ao ponto de corte da CC foi
o de Haun Pitanga e Lessa (2009)16 que foi superior para os homens enquanto o
niacutevel de sensibilidade e especificidade foi igual aos nossos achados Poreacutem esse
estudo foi realizado com indiviacuteduos de idade entre 30-74 anos e discriminou risco
coronariano elevado
Quanto ao Iacutendice C no presente estudo o ponto de corte sugerido foi de 126
nas mulheres (sensibilidade 541 e especificidade 452) e 129 para os homens
(sensibilidade 574 e especificidade 456)
Diferentemente do resultado encontrado no presente estudo Pitanga e Lessa
(2005)56 sugeriram como o melhor ponto de corte para risco coronariano com o iacutendice
C 118 para mulheres apresentando valores de sensibilidade (7339) e
especificidade (6115) Para os homens o ponto de corte foi de 125 com valores de
sensibilidade (7391) e especificidade (7492) Tais pontos de corte foram para
indiviacuteduos adultos por esse motivo foram mais baixos que os achados do presente
trabalho Deve-se considerar que existem modificaccedilotildees na composiccedilatildeo corporal com
o processo do envelhecimento o que poderia alterar os pontos de corte para as essas
medidas antropomeacutetricas
33
Em outro estudo com os mesmo autores foram apresentados outros pontos de
corte comparando diferentes faixas etaacuterias Para as mulheres de 30-49 anos o melhor
ponto de corte foi o mesmo (118) com melhor sensibilidade (7857) e
especificidade (6524) e tambeacutem melhor aacuterea sob a curva ROC 081 (IC95 = 070-
092) Entre as de idade mais avanccedilada (50-74 anos) o melhor ponto de corte
sugerido foi 122 com sensibilidade (6000) e especificidade (6582) e aacuterea sob a
curva ROC 065 (IC 95 = 058-073) Portanto o iacutendice C apresentou melhor poder
discriminatoacuterio de RCEst para as mulheres mais jovens64
Almeida Almeida e Arauacutejo (2009)58 conduziram uma pesquisa com mulheres
de 30 e 69 anos buscando avaliar o desempenho de diferentes pontos de corte do
iacutendice C RCQ CC e RCEst para discriminar Risco Coronariano Elevado e o ponto de
corte encontrado para o Iacutendice C foi (125) proacuteximo ao ponto de corte para mulheres
nos nossos achados Dessa forma tais autores afirmaram que os indicadores
antropomeacutetricos de obesidade abdominal analisados tiveram desempenhos
satisfatoacuterios e similares para discriminar RCEst poreacutem o iacutendice C foi o que
apresentou o melhor poder discriminatoacuterio
As informaccedilotildees sobre o iacutendice C satildeo limitadas quanto agrave discussatildeo do ponto de
corte para hipertensatildeo arterial principalmente por encontrar poucos estudos sobre
essa medida como referecircncia para idosos Pitanga e Lessa (2004)55 relatam como
uma limitaccedilatildeo para a utilizaccedilatildeo do Iacutendice C em estudos populacionais a dificuldade de
se calcular o denominador da equaccedilatildeo proposta para sua determinaccedilatildeo
O excesso de gordura em geral estaacute associado ao aparecimento de doenccedilas
cardiovasculares hipertensatildeo arterial e mortalidade a definiccedilatildeo de pontos de corte
para iacutendices que se destacam por sua simplicidade operacional e boa acuraacutecia
permite a detecccedilatildeo dos indiviacuteduos sob risco sendo de grande utilidade nos serviccedilos
de atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede aleacutem de possibilitar o conhecimento da situaccedilatildeo de
grupos populacionais especiacuteficos frente a esses riscos quando empregados na
pesquisa epidemioloacutegica
No contexto das cidades de pequeno porte (rurais e urbanas) os recursos de
sauacutede satildeo muitas vezes limitados e escassos sendo importante a utilizaccedilatildeo desses
iacutendices antropomeacutetricos como substituiccedilatildeo eou apoio a avaliaccedilatildeo tradicional da
pressatildeo arterial Em vaacuterias conjunturas de sauacutede a alta demanda de paciente com
hipertensatildeo arterial exige a utilizaccedilatildeo de instrumentos de diagnoacutesticos e rastreamento
34
de raacutepida e faacutecil aplicaccedilatildeo que possam ser manejados por diferentes profissionais e
que sobretudo apresentem validade e fidedignidade A adequada validaccedilatildeo de
instrumentos e conhecimento de suas propriedades teacutecnicas na populaccedilatildeo brasileira
tambeacutem deve contribuir com a seleccedilatildeo de prioridades e delimitaccedilatildeo do conteuacutedo dos
programas de sauacutede pelos tomadores de decisatildeo em diferentes niacuteveis de gestatildeo
35
7 CONCLUSAtildeO
As anaacutelises dos dados permitem frente aos objetivos estabelecidos formular
as seguintes conclusotildees Quanto ao poder de discriminaccedilatildeo de iacutendices
antropomeacutetricos para a hipertensatildeo arterial em idosos os iacutendices antropomeacutetricos
(IMC RCEst e Iacutendice C) foram bons preditores de hipertensatildeo arterial para os homens
Dessa forma tais iacutendices podem ser empregados nos homens poreacutem tais medidas
natildeo foram satisfatoacuterias para predizer pressatildeo arterial elevada nas mulheres idosas
limitando a sua utilizaccedilatildeo para o sexo feminino com idades avanccediladas
O melhor ponto de corte para discriminar hipertensatildeo arterial foi 054 para a
RCEst nos homens dessa forma tal ponto de corte deve ser empregada no contexto
da atenccedilatildeo primaacuteria nos homens Sugere-se a utilizaccedilatildeo dessa medida a fim de
detectar e realizar a triagem da hipertensatildeo arterial com caracteriacutesticas similares agrave
amostra deste estudo
Recomenda-se que a utilizaccedilatildeo de dois iacutendices simultaneamente resulte em
uma maior eficiecircncia na avaliaccedilatildeo do risco de hipertensatildeo arterial em idosos A
indicaccedilatildeo destas medidas permite que ela seja realizada nas Unidades de Sauacutede da
Famiacutelia como meacutetodo de triagem para idosos com hipertensatildeo arterial utilizando
materiais de faacutecil manejo e de baixo custo
Dessa forma pode-se efetivamente atingir uma das estrateacutegias de prevenccedilatildeo
da hipertensatildeo arterial sistecircmica que eacute o controle da pressatildeo arterial durante o
envelhecimento Todavia sugere-se cautela na utilizaccedilatildeo do ponto de corte desses
indicadores para as mulheres pois os resultados natildeo foram satisfatoacuterios
Fica evidente a necessidade de outros estudos que identifiquem pontos de
corte de iacutendices antropomeacutetricos visando agrave detecccedilatildeo de hipertensatildeo arterial e de
outros fatores de risco cardiovascular nas mulheres idosas que residem em cidades
de pequeno porte
36
8 REFEREcircNCIAS
1 Omram AR The epidemiologic transition a theory of the epidemiology of population change Milbank Memorial Fund Quarterly 1971 49 (Part 1) 509-538
2 Wong LR Carvalho JM Age-strucutural transition in Brazil demographic bonuses and emerging challenges In Pool I Wong LLR Vilquin E editores Age-structural transitions challenges for development Paris Committee for International Cooperation in National Research in Demography 2006
3 Gragnolati M Jorgensen OH Rocha R Fruttero AA Envelhecendo em um Brasil mais Velho implicaccedilotildees do envelhecimento populacional sobre o crescimento econocircmico reduccedilatildeo da pobreza financcedilas puacuteblicas prestaccedilatildeo de serviccedilos Banco Internacional para a Reconstruccedilatildeo e o Desenvolvimento Banco Mundial 2011
4 Schmidt MI Duncan BB Silva GA et al Health in Brazil 4 Chronic non-communicable diseases in Brazil burden and current challenges The Lancet 2011 377
5 Ezzati M Hoorn SV Rodgers A et al Comparative Risk Assessment Collaborating Group Selected major risk factors and global and regional burden of disease Lancet 2002 360 1347-60
6 Lim SS Vos T Flaxman AD et al A comparative risk assessment of burden of disease and injury attributable to 67 risk factors and risk factor clusters in 21 regions 1990-2010 a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2010 Lancet 2012 380 (9859)2224-60
7 Sociedade Brasileira de Cardiologia Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Sociedade Brasileira de Nefrologia VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 2010 95(1) 1-51
8 Miranda DR Perrotti TC Bellinazzi VR et al Hipertensatildeo arterial no idoso peculiaridades na fisiopatologia no diagnoacutestico e no tratamento Rev Bras Hipertens 2002 9 293-300
9 Pilger C Menon MU Mathias TAF Caracteriacutesticas sociodemograacuteficas e de sauacutede de idosos contribuiccedilotildees para os serviccedilos de sauacutede Rev Latino-Am Enfermagem 2011 19(5)1230-1238
10 Pilger C Menon MU Mathias TAF Utilizaccedilatildeo de serviccedilos de sauacutede por idosos vivendo na comunidade Rev esc enferm USP 2013 47(1)213-220
11 Mariath AB Grillo LP Silva RO et al Obesidade e fatores de risco para o desenvolvimento de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis entre usuaacuterios de unidade de alimentaccedilatildeo e nutriccedilatildeo Cad Sauacutede Puacuteblica 2007 23 (4) 897-905
37
12 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Diretrizes e recomendaccedilotildees para o cuidado
integral de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis promoccedilatildeo da sauacutede vigilacircncia prevenccedilatildeo e assistecircncia Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2008
13 Kuumlmpe DA Sodreacute AC Pomatti DM et al Obesidade em Idosos Acompanhados
pela Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia Texto Contexto Enferm Florianoacutepolis 2011 20(3) 471-7
14 Silva KS Farias Juacutenior JC Fatores de risco associados agrave pressatildeo arterial elevada em adolescentes Rev Bras Med Esporte 2007 13(4) 237-40
15 Pitanga FJG Lessa I Razatildeo cintura-estatura como discriminador do risco
coronariano de adultos Rev Assoc Med Bras 2006 52157-61
16 Haun DR Pitanga FJG Lessa I Razatildeo CinturaEstatura comparado a outros indicadores antropomeacutetricos de obesidade como preditor de risco coronariano elevado Rev Assoc Med Bras [online] 2009 55(6) 705-711
17 Nascimento CM Ribeiro AQ SantrsquoAna LFR et al Estado nutricional e condiccedilotildees de sauacutede da populaccedilatildeo idosa brasileira revisatildeo da literatura Rev meacuted Minas Gerais 2011 21(2)174-180
18 Gomes MA Beck cc Duarte MFS et al Ficha Antropomeacutetrica no Nuacutecleo de Apoio a Sauacutede da Famiacutelia o que medir e para que medir Rev bras cineantropom desempenho hum 2009 11(2) 243-253
19 Azevedo LF Oliveira ACC Lima JRP et al Recomendaccedilotildees sobre condutas e procedimentos do profissional de educaccedilatildeo fiacutesica na atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede Rio de Janeiro CONFEF 2010 109-55
20 World Health Organization World health statistics 2012 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghopublicationsworld_health_statistics2012enindexhtmlgt [2012 set 18]
21 World Health Organization Global health risks mortality and burden of disease attributable to selected major risks Geneva World Health Organization 2009a
22 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Panorama da sauacutede brasileira em muacuteltiplos aspectos Percepccedilatildeo do estado de sauacutede estilo de vida e doenccedila crocircnica Pesquisa Nacional de Sauacutede 2013
23 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Pesquisa Nacional por Amostra
de Domiciacutelios 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapesquisaspesquisa_resultadosphpid_pesquisa=149gt[2014 dez 04]
24 Tribess S Virtuoso Junior JS Prescriccedilatildeo de exerciacutecios fiacutesicos para idosos Rev saudecom 2005 1(2)163-72
38
25 Pollock ML Wilmore JH Exerciacutecio na Sauacutede e na Doenccedila avaliaccedilatildeo e prescriccedilatildeo para prevenccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo Editora MEDSI 2ordf ed Rio de Janeiro 1993
26 Sociedade Brasileira de Cardiologia V Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 20061-48
27 World Health Organization Global Health Observatory (GHO) 2014 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghoncdrisk_factorsblood_pressure_prevalence_textengt [2014 dez 04]
28 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Secretaria de Atenccedilatildeo baacutesica agrave Sauacutede Departamento de atenccedilatildeo baacutesica - Hipertensatildeo arterial sistecircmica Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2006
29 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) (2009) Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeGestorvisualizar_textocfmidtxt=24421gt [2010 abr 07]
30 Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Nuacutemero de hipertenso 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwsbhorgbripadgeralphpgt [09 nov 2014]
31 Secretaria de Sauacutede do Estado da Bahia Hipertensatildeo Quantidade de Hipertensos na Bahia Disponiacutevel em (2014) lthttpwwwsaudebagovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=4418ampcatid=1ampItemid=14gt [2014 jan 10]
32 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica 2014 Dados de mortalidade na Bahia Disponiacutevel em lthttptabnetdatasusgovbrcgitabcgiexesiabcnvSIABSBAdefgt [2014 mai 05]
33 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica Dados sociodemograacuteficos de Ibicuiacute 2014 lthttptabnetdatasusgovbrcgideftohtmexesiabcnvSIABFBAdefgt [2014 jan 05]
34 Williams B The year in hypertension JACC 2010 55(1) 66-73
35 Lipp M Rocha JC Stress Hipertensatildeo Arterial e Qualidade de vida um guia de tratamento para o hipertenso Campinas Papirus 1996
36 Borenstein MS (Org) Manual de Hipertensatildeo Arterial Porto Allege Editora Sagra Luzzatto 1999
37 Joint National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure The Sixth Report of the Join National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure Arch Intern Med 1997157 2413-2446
39
38 Mitchell GF Parise H Benjamin EJ et al Changes in arterial stiffness and wave reflection with advancing age in health men and women Hypertension 2004 431239-1245
39 Matos AC Ladeia AM Avaliaccedilatildeo de fatores de risco cardiovascular em uma comunidade rural da Bahia Arq Bras Cardiol 2003 81(3) 291-6
40 World Health Organization Who Expert Committee on Physical Status the use and interpretation of antropometry Report of a WHO Expert Commitee Geneva WHO 1995 p 854
41 Pitanga FJG Antropometria na avaliaccedilatildeo da obesidade abdominal e risco coronariano Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum 201113(3) 238-241
42 Ferreira LS Amaral TF Marucci MFN et al Under nutrition as a major risk factor for death among older Brazilian adults in the community-dwelling setting SABE survey Nutrition 201127(10)17-22
43 Andrade FB Caldas Junior AF Kitoko PM et al Prevalence of overweight and obesity in elderly people from Vitoacuteria-ES Brazil Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2012 set17(3)749-756
44 Boscatto EC Duarte Mde F Coqueiro Rda S Barbosa AR Nutritional status in the oldest elderly and associated factors Rev Assoc Med Bras 2013 59(1)40-47
45 Kostka J Borowiak E Kostka T Nutritional status and quality of life in different
populations of older people in Poland Eur J Clin Nutr 2014 Nov68(11)1210-5
46 Silva DAS Petroski EL Associaccedilatildeo de diferentes pontos de corte para sobrepeso e obesidade com pressatildeo arterial elevada em idosas Rev Educ Fis UEM 2009 20 415-22
47 Nutrition Screening Initiative Interventions manual for professionals caring for older Americans Washington DC Nutrition Screening Initiative 1992
48 World Health Organization Obesity preventing and managing the global epidemic Report of a WHO Consultation on Obesity Geneva World Health Organization 1998
49 Cameron AJ Dunstan DW Owen N et al Health and mortality consequences
of abdominal obesity evidence from the Aus Diab study Med J Aust 2009191 202ndash208
50 Fox KA Despres JP Richard AJ et al Does abdominal obesity have a similar impact on cardiovascular disease and diabetes A study of 91246 ambulant patients in 27 European countries Eur Heart J 2009 30 3055ndash3063
40
51 Pouliot MC Despreacutes JP Lemieux S et al Waist circumference and abdominal sagittal diameter Best simple anthropometric indexes of abdominal visceral adipose tissue accumulation and related cardiovascular risk in men and woman Am J Cardiology 1994 73 460-468
52 Peixoto MRG Beniacutecio MHD Latorre M et al Circunferecircncia da Cintura e Iacutendice de massa Corporal como Preditores da Hipertensatildeo Arterial Arq Bras Cardiol 200687 462-470
53 MacKay MF Haffner SM Wagenknecht LE et al Prediction of type 2 diabetes using alternate anthropometric measures in a multiethnic cohort the insulin resistance atherosclerosis study Diabetes Care 200932(5)956-8
54 Valdez R A simple model-based index of abdominal adiposity J Clin Epidemiol1991 44(9) 955-6
55 Pitanga FJG Lessa I Sensibilidade e especificidade do iacutendice de conicidade como discriminador do risco coronariano de adultos em Salvador Brasil Rev Bras Epidemiol 20047(3)259-69
56 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano elevado em adultos na cidade de Salvador - Bahia Arq Bras Cardiol 2005 85 (1)26-31
57 Ghosh JR Bandyopadhyay AR Comparative evaluation of obesity measures relationship with blood pressures and hypertension Singapore Med J 200748(3) 232-5
58 Almeida RT Almeida MMG Araujo TM Obesidade abdominal e risco cardiovascular desempenho de indicadores antropomeacutetricos em mulheres Arq Bras Cardiol 2009 out92(5)375-380
59 Freitas Juacutenior Costa Rosa CS Codogno JS et al Capacidade cardiorrespiratoacuteria e distribuiccedilatildeo de gordura corporal de mulheres com 50 anos ou mais Rev Esc Enferm USP 2010 44(2) 395-400
60 Matos LN Giorelli GV Dias CB Correlation of anthropometric indicators for identifying insulin sensitivity and resistance Satildeo Paulo Med J [online] 2011 129(1) 30-35
61 Gomes MA Rech CR Gomes MBA et al Correlaccedilatildeo entre iacutendices antropomeacutetricos e distribuiccedilatildeo de gordura corporal em mulheres idosas Rev bras cineantropom desempenho hum 2006 set 8(3) 16-22
62 Tarastchuk JCE Gueacuterios EE Bueno RRL et al Obesidade e intervenccedilatildeo coronariana devemos continuar valorizando o Iacutendice de Massa Corpoacuterea Arq Bras Cardiol [online] 2008 90(5) 311-316
41
63 Ferreira AP CB Ferreira VC Souza et al Risco de distuacuterbio glicecircmico em mulheres idosas ajustado por antropometria e genoacutetipos de citocinas Rev Assoc Med Bras [online] 201157(5) 565-569
64 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano em mulheres Rev Bras Cineantrop Desempenho Hum 2006 8 (1) 14-21
65 Newman TB Browner WS Cummings SR Delineando estudos de testes meacutedicos In Hulley SB et al Delineando a pesquisa cliacutenica uma abordagem epidemioloacutegica 2 ed Porto Alegre Artmed 2003 203-224
66 Toscano CM As campanhas nacionais para detecccedilatildeo das doenccedilas crocircnicas natildeo-transmissiacuteveis diabetes e hipertensatildeo arterial Ciecircnc sauacutede Coletiva out-dez 2004 9(4) 885-895
67 Fletcher RH Fletcher SW Prevenccedilatildeo In Fletcher R Fletcher S Epidemiologia
cliacutenica elementos essenciais 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 2006 179-201
68 Jeckel J Elmore J Katz D Meacutetodos de prevenccedilatildeo secundaacuteria In _____ Epidemiologia bioestatiacutestica e medicina preventiva 2 ed Porto Alegre Artmed 2005 236-247
69 Klein CH Bloch KV Estudos seccionais In Medronho RA Carvalho DM Bloch KV Luiz RR Werneck GL Epidemiologia 1ordf ed Satildeo Paulo Editora Atheneu 2002 125-150
70 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Resoluccedilatildeo nordm- 6 de 3 de novembro de 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcenso2010ibgegovbrdados_divulgadosindexphpuf=29gt[201 dez 18]
71 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica ndash Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais (2014) Disponiacutevel em lthttpcodibgegovbr398G9gt [2014 ago 30]
72 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230gt [2013 mai 01]
73 Luiz RR Magnanini MMF A loacutegica da determinaccedilatildeo do tamanho da amostra em investigaccedilotildees epidemioloacutegicas Cad sauacutede coletiva Rio de Janeiro 2000 8(2) 9-28
74 Reis MC Nascimento RAS Pedreira RBS et al Validaccedilatildeo de Face e Clareza do Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede dos Idosos ndash IASI [resumo] in Anais do XIX Congresso Brasileiro Geriatria e Gerontologia Beleacutem 2014 296-296
75 Lohman TG Roche AF Martorell R Anthropometric Standardization Reference Manual Champaign Illinois Human Kinetics 1988
42
76 Vaz JCL Regiotildees de Incerteza para Curva ROC em Teste Diagnoacutesticos
[dissertaccedilatildeo] Satildeo Carlos Universidade Federal de Satildeo Carlos 2009
77 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de 2012
78 Erdreich LS Lee ET Use of relative operating characteristic analysis in epidemiology A method for dealing with subjective judgement Am J Epidemiol 1981 114649-62
79 Aekplakorn W Pakpeankitwatana V Lee CM et al Abdominal obesity and coronary heart disease in Thai men Obesity 200715(4)1036-42
80 Oliveira MAM Fagundes RLM Moreira EAM et al Relaccedilatildeo de Indicadores Antropomeacutetricos com Fatores de Risco para Doenccedila Cardiovascular Arq Bras Cardiol 2010 abr 94(4) 478-485
81 Mendes TAB Goldbaum M Segri NJ et al Factors associated with the prevalence of hypertension and control practices among elderly residents of Satildeo Paulo city Brazil Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(11) 2275-2286
82 Oliveira BFA Souza Mouratildeo D Gomes N et al Prevalecircncia de hipertensatildeo arterial em comunidades ribeirinhas do Rio Madeira Amazocircnia Ocidental Brasileira Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(8) 1617-1630
83 Picon RV Fuchs FD Moreira LB et al Prevalence of Hypertension Among Elderly Persons in Urban Brazil A Systematic Review With Meta-Analysis Am J Hypertens 2013 26 (4) 541-548
84 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Pessoa Idosa e Envelhecimento Seacuteries Pactos pela Sauacutede 2006 v 12 Brasiacutelia ndash DF 2010
85 Leal Neto JS Souza J Coqueiro RS et al Anthropometric indicators of obesity as screening tools for high blood pressure in the elderly Int J Nurs Pract 2013 Aug 19(4) 360-367
86 Schisterman EF Faraggi D Reiser B Trevisan M Statistical inference for the area under the receiver operating characteristic curve in the presence of random measurement error Am J Epidemiol 2001 154 (2) 174-9
87 Samsen M Hanchaiphiboolkul S Puthkhao P et al Appropriate body mass index and waist circumference cutoffs for middle and older age group in Thailand data of 19621 participants from Thai epidemiologic stroke (TES) study J Med Assoc Thai 2012 Sep 95(9)1156-66
88 Ko GTC Chan JCN Cockram CS Woo J Prediction of hypertension diabetes dyslipidemia or albuminuria using simple anthropometric indexes in Hong Kong Chinese Int J Obes 1999 23 (11) 1136-42
43
89 Lin WY Lee LT Chen CY et al Optimal cut-off values for obesity using simple anthropometric indices to predict cardiovascular risk factors in Taiwan Int J Obes Relat Metab Disord 2002261232-8
90 Pua YH Ong PH Anthropometric indices as screening tools for cardiovascular risk factors in Singaporean women Asia Pac J Clin Nutr 2005 14 (1) 74-9
91 Berber A Goacutemez-Santos R Fanghaumlnel G Saacutenchez-Reyes L Anthropometric
indexes in the prediction of type 2 diabetes mellitus hypertension and dyslipidaemia in a Mexican population Int J Obes 200125(12)1794-9
92 Browning LM Hsieh SD Ashwell M A systematic review of waist-to-height ratio
as a screening tool for the prediction of cardiovascular disease and diabetes 05 could be a suitable global boundary value Nutr Res Rev 2010 23(2)247-69
93 Bertsias G Mammas I Linardakis M Kafatos A Overweight and obesity in
relation to cardiovascular disease risk factors among medical students in Crete Greece BMC Public Health 2003 31-9
94 Kashihara H Lee JS Kawakubo K et al Criteria of Waist Circumference According to Computed Tomography-Measured Visceral Fat Area and the Clustering of Cardiovascular Risk Factors Circ J 2009 73 1881-1886
44
APEcircNDICES
45
Apecircndice 1
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
46
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS
PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE SAUacuteDE
DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE
Jequieacute ____ ____ 201__
APEcircNDICE 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Vocecirc esta sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa do Nuacutecleo de
Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo (NESP) da Universidade Estadual do Sudoeste da
Bahia
Objetivo do estudo Avaliar e monitorar as condiccedilotildees de sauacutede de idosos residentes
em comunidade
Participaccedilatildeo Ao aceitar participar do estudo estarei agrave disposiccedilatildeo do pesquisador
para responder ao formulaacuterio que seraacute arquivado pelo autor por um periacuteodo de cinco
anos sendo posteriormente incinerado
Riscos Este estudo natildeo traraacute riscos para minha integridade fiacutesica ou moral dos
participantes
Confidencialidade do estudo Seraacute garantida a privacidade o anonimato bem como
o direito de aceitar ou natildeo participar da pesquisa podendo ser essa autorizaccedilatildeo
suspensa em qualquer fase do estudo Assim as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo
4662012 do Conselho Nacional de Sauacutede que discorre sobre pesquisa envolvendo
seres humanos seratildeo atendidas Os resultados seratildeo publicados no relatoacuterio final da
dissertaccedilatildeo e artigos cientiacuteficos
47
Benefiacutecios Accedilotildees interinstitucionais articuladas promovidas numa perspectiva
interdisciplinar possibilitaratildeo uma melhor compreensatildeo das condiccedilotildees de sauacutede dos
idosos residentes em comunidade do municiacutepio e contribuiraacute para a formulaccedilatildeo de
accedilotildees direcionadas as necessidades dessa populaccedilatildeo
Danos advindos da pesquisa Caso haja algum prejuiacutezo decorrente da realizaccedilatildeo
deste estudo seraacute providenciada a devida reparaccedilatildeo dos danos atraveacutes do
responsaacutevel pelo estudo O pesquisador e os entrevistados natildeo receberatildeo benefiacutecios
financeiros para participaccedilatildeo no estudo Todas as despesas seratildeo por conta do
pesquisador
Participaccedilatildeo voluntaacuteria Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria podendo a qualquer
momento desistir do estudo sem qualquer prejuiacutezo ou penalidade para mim
Consentimento para participaccedilatildeo Apoacutes ser devidamente esclarecido (a) quanto
aos objetivos deste estudo dos procedimentos aos quais serei submetido (a) bem
como dos possiacuteveis riscos decorrentes da minha participaccedilatildeo estou de acordo em
participar do mesmo O pesquisador responsaacutevel pelo estudo assegura que seraacute
disponibilizado qualquer esclarecimento adicional que eu venha a solicitar durante a
realizaccedilatildeo da pesquisa e o direito de desistir da participaccedilatildeo em qualquer momento
Em casos de duacutevidas eou problemas referentes ao estudo vocecirc poderaacute
entrar em contato com o autor atraveacutes do Nuacutecleo de Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo
(NESP) (73) 3528-9721
Sendo assim eu ______________________________________________
aceito livremente participar do Projeto MONIDI
__________________________________ __________________________________
Assinatura do (a) participante
RG _________________________
Assinatura do (a) pesquisador
RG_________________________
48
Apecircndice 2
Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede do Idoso
49
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS
PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE
SAUacuteDE DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE
Nuacutemero do Questionaacuterio |__|__|__|
Nome do Entrevistador ___________________________
Visita 1 2 3
Data Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Hora de iniacutecio ________
Hora de teacutermino ________
I INFORMACcedilOtildeES PESSOAIS E SOCIODEMOGRAacuteFICAS
1 Nome do entrevistado
2Sexo
0 ( ) Feminino
1 ( ) Masculino
3 Endereccedilo completotelefone
4 Idade ____ anos
41 Data de Nascimento
____________
50
5 Situaccedilatildeo conjugal atual
1 ( ) Casado(a) 2 ( ) Uniatildeo estaacutevel 3 ( ) Solteiroa
4 ( ) Divorciado(a)separado(a)desquitado(a) 5 ( ) Viuacutevoa
6 No total quantas vezes o (a) Sr(a) esteve casado(a) ou em uniatildeo
Nordm de vezes |___|___|
7 Na escola qual a uacuteltima seacuterie grau que concluiu com aprovaccedilatildeo
1 - Nunca foi agrave escola ( ) 4 - Fundamental II ( )5 a ( )6 a ( )7 a ( )8 a
2 - Lecirc e escreve o nome ( ) 5 - Ensino Meacutedio ( ) 1 a ( )2 a ( )3
3 - Fundamental I ( )1 a ( )2 a 6 - Superior ( ) completo ( ) incompleto
( )3 a ( )4 a
8 Como vocecirc classificaria a cor da sua pele
1( ) Branca 2( ) Amarela (oriental) 3( ) Parda
4( ) Origem indiacutegena 5( ) Preta 9( ) Natildeo sabe
9 Cor da pele (entrevistador)
1( ) branca 2( ) amarela (oriental) 3( ) parda
4( ) origem indiacutegena 5( ) preta
10-Quantos filhos e filhas nascidos vivos o(a)Sr(a) teve (natildeo inclua enteados filhos
adotivos abortos ou filhos nascidos mortos)
Nuacutemero de filhos |____|____| (98) NS (99) NR
11 Atualmente o senhor (a) mora sozinho ou acompanhado
1( )Acompanhado 2( ) Sozinho 3( ) NR 4( )NS
51
12 Desde que o senhor (a) nasceu viveu no campo por 5 anos ou mais
0( ) Natildeo 1( ) Sim 2( ) NS 3( ) NR
13 Qual eacute a sua religiatildeo
1( ) Catoacutelica 2( ) Protestante 3( ) Judaica
4( ) Espiacuteritakardecista 5( ) Umbanda 6( ) Outras ____________
14 Qual a importacircncia da religiatildeo em sua vida
(1) Importante (2) Regular (3) Nada importante (8) NS (9) NR
15 Com que frequecircncia o senhor vai agrave igreja ou ao serviccedilo religioso
( ) Nunca ( ) Vaacuterias vezes por ano ( ) Uma duas vezes por mecircs
( ) Quase toda semana ( ) Mais de uma vez por semana ( ) NS ( ) NR
16 Quanto vocecirc ganha em meacutedia por mecircs R$ __________8( )Natildeo se aplica
II A CONSUMO DE AacuteLCOOL E TABACO
Uso de bebidas alcooacutelicas
1 Vocecirc consome bebidas alcooacutelicas Se vocecirc NAtildeO BEBE siga para o bloco III C
0 ( )sim 1( ) natildeo
2 Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
3 As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
4 Sente-se chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
5 Costuma beber pela manhatilde para diminuir o nervosismo ou a ressaca
0 ( ) sim 1( ) natildeo
Haacutebito de fumar
1 Vocecirc jaacute foi fumante 0 ( ) sim 1( ) natildeo
52
2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco
III C
3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros
4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias
III ANTROPOMETRIA
MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS
ESTATURA
MASSA CORPORAL
CIRCUNFEREcircNCIA
DE CINTURA
IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL
MEDIDA 01 02 03
Pressatildeo arterial
sistoacutelica
Pressatildeo arterial
diastoacutelica
53
ANEXOS
54
Anexo 1
Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos
55
56
x
ABSTRACT Hypertension is one of the main causes of mortality in the world and a risk factor for several diseases This illness in the elderly is associated with a significant increase in cardiovascular disorders and the incidence of disabling diseases On the other hand body fat is related to high blood pressure in the elderly which can be evaluated by means of anthropometric indices This study aimed to determine the predictive power of anthropometric indices and establish cut-off points as discriminators of arterial hypertension and identify the anthropometric indicator of obesity that best discriminates the hypertension A cross-sectional study was conducted with a sample of 310 elderly people with ages greater than or equal to 60 years 175 (565 ) women Data collection occurred between the period of 03 022014 20 022014 in Ibicuiacute city in Bahia The following anthropometric indices were measured body mass index (BMI) waist circumference (WC) waistheight ratio (WHtR) and conicity index (C-Index) In addition collected measures of systolic and diastolic blood pressure To identify hypertension predictors was adopted the Receiver Operating Characteristic (ROC) curves analysis with a confidence interval of 95 Later it was possible to identify the cut-off points with their respective sensitivities and specificities The samples were analyzed respecting significance level of 5 After the construction of the ROC curves it was evident that some anthropometric indices presented Area under the curve (AUC) significant being the BMI = 060 (050 -070) WHeR = 061 (051 -071) C-Index = 058 (058 -068) in men The different cut-off points of anthropometric indices with better predictive powers and their respective sensitivities and specificities were identified It is concluded that the best areas under the ROC curve were to BMI WHeR and C Index for the men but such measures were not satisfactory for predicting hypertension in elderly women It is suggested that the use of two indices simultaneously can result in greater efficiency in the assessment of the risk of hypertension in the elderly Keywords Anthropometry Hypertension Obesity Elderly
xi
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 1
2 REVISAtildeO DE LITERATURA 3
21 Consideraccedilotildees sobre doenccedilas cardiovasculares no Brasil e o processo de envelhecimento populacional 3
22 Hipertensatildeo arterial e a populaccedilatildeo idosa 4
23 Iacutendices antropomeacutetricos de sobrepeso e obesidade 5
24 A importacircncia da validaccedilatildeo 7
3 OBJETIVOS 10
4 MATERIAL E MEacuteTODOS 11
41 Tipos de estudo 11
42 Cenaacuterios do estudo 11
43 Populaccedilatildeo e amostra 12
44 Equipes de coleta de dados 13
45 Procedimentos para coleta de dados 14
451 Variaacuteveis do estudo e dados coletados 14
452 Instrumentos de coleta 14
453 Pressatildeo Arterial 14
454 Antropometria 15
46 Anaacutelise dos dados 16
47 Aspectos Eacuteticos 17
5 RESULTADOS 18
51 Caracterizaccedilatildeo da amostra estudada 18
52 Caracteriacutesticas antropomeacutetricas 20
53 Anaacutelise da curva ROC 21
6 DISCUSSAtildeO 28
61 Aacutereas sob a Curva ROC 28
62 Iacutendices antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial 30
7 CONCLUSAtildeO 35
8 REFEREcircNCIAS 36
xii
IacuteNDICE DE FIGURAS
Figura 1 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Ibicuiacute BA na regiatildeo Nordeste do Brasil 12
Figura 2 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial
(mulheres) IMC - iacutendice de massa corporal 23
Figura 3 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial
(homens) IMC - iacutendice de massa corporal 23
Figura 4 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial
(mulheres) CC ndash circunferecircncia da cintura 24
Figura 5 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens)
CC ndash circunferecircncia da cintura 24
Figura 6 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial
(mulheres) RCEst - razatildeo cinturaestatura 25
Figura 7 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial
(homens) RCEst - razatildeo cinturaestatura 25
Figura 8 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial
(mulheres) Iacutendice C -iacutendice de conicidade 26
Figura 9 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial
(homens) Iacutendice C - iacutendice de conicidade 26
xiii
IacuteNDICE DE TABELAS
Tabela 1 - Classificaccedilatildeo da pressatildeo arterial de acordo com a VI Diretrizes
Brasileiras de Hipertensatildeo (2010) 15
Tabela 2 - Classificaccedilatildeo do Iacutendice de Massa Corporal 15
Tabela 3 - Variaacuteveis sociodemograacuteficas e de estilo de vida em idosos 19
Tabela 4 - Valores descritivos miacutenimos e maacuteximos das variaacuteveis analisadas 21
Tabela 5 - Percentuais das variaacuteveis analisadas 21
Tabela 6 - Aacuterea sob a curva ROC e IC95 entre os iacutendices antropomeacutetricos e
hipertensatildeo arterial em idosos 22
Tabela 7 - Pontos de corte sensibilidade e especificidade dos iacutendices
antropomeacutetricos para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial em idosos 27
xiv
LISTA DE SIacuteMBOLOS OU NOMECLATURA
ASC - Aacuterea Sob a Curva
AVE - Acidente Vascular Encefaacutelico
CC - Circunferecircncia da Cintura
CNS - Conselho Nacional de Sauacutede
DCNT - Doenccedilas Crocircnicas Natildeo Transmissiacuteveis
ESF - Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia
ESTUDO MONIDI - Monitoramento da Sauacutede de Idosos de um Municiacutepio de
Pequeno Porte
HAS - Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica
IASI - Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede de Idosos
IC95 - Intervalo de Confianccedila 95
IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica
IMC ndash Iacutendice de Massa Corporal
Iacutendice C ndash Iacutendice de Conicidade
Li-IC ndash Limite Inferior do Intervalo de Confianccedila
NSI - Nutricion Screening Initiative
PA ndash Pressatildeo Arterial
PAD ndash Pressatildeo Arterial Diastoacutelica
PAS - Pressatildeo Arterial Sistoacutelica
RCEst - Razatildeo Cintura-Estatura
ROC - Receive Operator Caracteristic
SBH - Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo
SPSS - Statistical Package for the Social Sciences
xv
SUS - Sistema Uacutenico de Sauacutede
TCLE - Termo de Consentimento Livre Esclarecido
USFs - Unidades de Sauacutede da Famiacutelia
WHO - World Health Organization
1
1 INTRODUCcedilAtildeO
A transiccedilatildeo epidemioloacutegica caracteriza-se pela evoluccedilatildeo progressiva de um
perfil de alta mortalidade por doenccedilas infecciosas para outro onde predominam os
oacutebitos por doenccedilas cardiovasculares neoplasias causas externas e outras doenccedilas
consideradas crocircnico-degenerativas natildeo transmissiacuteveis1 Jaacute a transiccedilatildeo demograacutefica
tem relaccedilatildeo direta com a evoluccedilatildeo das taxas de mortalidade natalidade e
fecundidade no qual houve uma mudanccedila da populaccedilatildeo jovem para um contingente
cada vez maior e mais importante de pessoas com 60 anos ou mais de idade2
As mudanccedilas demograacuteficas evidenciam o aumento na expectativa de vida com
consequente crescimento da populaccedilatildeo idosa3 Essa modificaccedilatildeo no perfil etaacuterio da
populaccedilatildeo concorre para transformaccedilatildeo nos aspectos relacionados agrave
morbimortalidade nos quais as doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis (DCNT) passam
a ser as principais causas de adoecimentomorte As DCNT mais prevalentes satildeo as
doenccedilas cardiovasculares cacircnceres respiratoacuterias crocircnicas diabetes e hipertensatildeo
arterial4
A hipertensatildeo arterial sistecircmica (HAS) eacute a primeira causa de mortalidade em
acircmbito mundial e a terceira causa de incapacidade induzida por doenccedila apoacutes
desnutriccedilatildeo e doenccedilas sexualmente transmissiacuteveis5 Estima-se que a pressatildeo arterial
elevada cause 94 milhotildees de mortes por ano no mundo6 A HAS eacute o principal fator de
risco para acidente vascular encefaacutelico (AVE) doenccedila arterial coronariana
insuficiecircncia cardiacuteaca insuficiecircncia renal crocircnica e doenccedila vascular de extremidades7
Tal enfermidade em idosos estaacute associada a significante aumento nos distuacuterbios
cardiovasculares na incidecircncia de doenccedilas incapacitantes com consequente
diminuiccedilatildeo da sobrevida e piora na qualidade de vida resultando dependecircncia e perda
da autonomia8910
Vaacuterios estudos evidenciam que a gordura corporal estaacute relacionada com a
pressatildeo arterial elevada em idosos111213 Dessa forma para discriminar a quantidade
de gordura corporal e sua distribuiccedilatildeo os iacutendices antropomeacutetricos satildeo instrumentos
haacutebeis principalmente em estudos epidemioloacutegicos Aleacutem disso tecircm sido utilizados
com frequecircncia em estudos populacionais e satildeo importantes por monitorar o estado
nutricional em diferentes grupos Esses iacutendices satildeo bons preditores para a
hipertensatildeo arterial14 diabetes mellitus doenccedilas cardiovasculares e para discriminar
2
o risco coronariano em diferentes populaccedilotildees1516 Apresentam como vantagens a sua
simplicidade baixo custo e faacutecil utilizaccedilatildeo Contudo estudos sobre os iacutendices
antropomeacutetricos satildeo escassos e inconclusivos na populaccedilatildeo idosa17
A identificaccedilatildeo indireta da hipertensatildeo arterial por meio dos iacutendices
antropomeacutetricos pode ser uma estrateacutegia importante na sauacutede puacuteblica como
instrumento de triagem favorecendo a identificaccedilatildeo das alteraccedilotildees na pressatildeo
arterial Uma das estrateacutegias recomendadas para atingir essa proposta eacute a utilizaccedilatildeo
de instrumentos de rastreamento adequados de raacutepida e faacutecil aplicaccedilatildeo e que
apresentem coeficientes de fidedignidade e de validade significativos No contexto da
atenccedilatildeo primaacuteria recentemente Gomes et al (2009)18 e Azevedo et al (2010)19
propuseram a aplicaccedilatildeo da antropometria para a detecccedilatildeo de fatores de risco agrave sauacutede
sugerindo a utilizaccedilatildeo do iacutendice de massa corporal (IMC) e circunferecircncia da cintura
(CC) como medidas de triagem
Averiguar o poder discriminatoacuterio e estabelecer pontos de corte ou seja
valores criacuteticos de iacutendices antropomeacutetricos que se associem a hipertensatildeo arterial em
idosos pode ser uma boa estrateacutegia de monitoramento e de triagem destes fatores de
risco Sendo que os valores criacuteticos dos iacutendices antropomeacutetricos para idosos natildeo
foram estabelecidos na literatura Dessa forma parecem ser relevantes os estudos
que indiquem meios indiretos para detectar fatores de risco cardiovascular Os iacutendices
antropomeacutetricos podem ser utilizados como estrateacutegia eficiente no processo de
triagem da hipertensatildeo arterial no ambiente da atenccedilatildeo primaacuteria do Sistema Uacutenico de
Sauacutede (SUS)
3
2 REVISAtildeO DE LITERATURA
21 Consideraccedilotildees sobre doenccedilas cardiovasculares no Brasil e o processo de envelhecimento populacional
Atualmente as doenccedilas cardiovasculares tecircm acometido grande parcela da
populaccedilatildeo mundial Em 2012 o relatoacuterio da World Health Organization (WHO)20
estimou que 175 milhotildees de pessoas morreram de doenccedilas cardiovasculares
representando 46 de todas as mortes globais Jaacute a pressatildeo arterial elevada
provoca 51 das mortes por acidente vascular cerebral e 45 das mortes por doenccedila
arterial coronariana21
Tais doenccedilas foram responsaacuteveis por 70 das causas de morte no Brasil no
ano de 2013 As doenccedilas cardiovasculares como do aparelho circulatoacuterio cacircncer e
diabetes tecircm respondido por um nuacutemero elevado de mortes antes dos 70 anos22
O crescimento populacional e o aumento da longevidade podem acarretar a um
raacutepido aumento no nuacutemero total de adultos de meia-idade e mais velhos com um
correspondente aumento do nuacutemero de mortes causadas por doenccedilas crocircnicas natildeo
transmissiacuteveis
Dessa forma a quantidade de pessoas com mais de 60 anos satildeo hoje 13 da
populaccedilatildeo brasileira ou 261 milhotildees de indiviacuteduo em 201323 Com o processo de
envelhecimento populacional as doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis ganharam
expressotildees para a sociedade para previdecircncia social e por consequecircncia para a
sauacutede puacuteblica
A fase do envelhecimento eacute o momento caracterizado pelas alteraccedilotildees fiacutesicas
psicossociais e pelo decliacutenio da capacidade funcional dos organismos como tambeacutem
pelo surgimento de condiccedilotildees patoloacutegicas advindas de haacutebitos de vida inadequados
(tabagismo alcoolismo alimentaccedilatildeo incorreta ausecircncia de atividade fiacutesica regular
entre outros)24 Dessa forma para retardar essas mudanccedilas eacute necessaacuterio ter um
envelhecimento saudaacutevel
4
22 Hipertensatildeo arterial e a populaccedilatildeo idosa
A hipertensatildeo arterial eacute definida como sendo uma condiccedilatildeo crocircnica da tensatildeo
arterial elevada resultando em valores acima do considerado aceito ou seja quando
a pressatildeo arterial sistoacutelica (PAS) estaacute cronicamente acima de 140 mmHg ou a pressatildeo
arterial diastoacutelica (PAD) estaacute cronicamente acima de 90 mmHg2526
No mundo em torno de um bilhatildeo de pessoas satildeo hipertensas natildeo controladas
sendo que 75 milhotildees de pessoas morreram a cada ano pela doenccedila ateacute o ano de
200827 Estimativas do Ministeacuterio da Sauacutede indica que cerca de 17 milhotildees de
brasileiros apresentam hipertensatildeo arterial sendo que 35 dessa populaccedilatildeo tinham
idade igual ou superior a 40 anos Em comparaccedilatildeo com anos anteriores pode-se
observar que a proporccedilatildeo de brasileiros diagnosticados com hipertensatildeo arterial
cresceu de 215 em 2006 para 244 em 20092829
O resultado da Pesquisa Nacional de Sauacutede do primeiro semestre de 2013
estimou que o Brasil tem 313 milhotildees de hipertensos Entre as pessoas com mais de
60 anos mais de 444 tecircm hipertensatildeo sendo que essa prevalecircncia cresce com a
idade22 Esses dados se aproximam aos nuacutemeros da Sociedade Brasileira de
Hipertensatildeo (SBH) no qual estima que haja 30 milhotildees de hipertensos no Brasil em
2014 ou seja cerca de 30 da populaccedilatildeo adulta30
Jaacute na populaccedilatildeo baiana com idade acima de 40 anos cerca de 35 tecircm
hipertensatildeo arterial correspondendo a cerca de 13 milhatildeo de pessoas acometidas
pela doenccedila Na populaccedilatildeo dos 55 aos 64 anos 516 tecircm pressatildeo arterial elevada
e com 65 anos ou mais esse nuacutemero chega a 60631 No estado da Bahia foram
registradas 6274 mortes por doenccedilas de aparelho circulatoacuterio ateacute o mecircs de outubro
de 2013 Dentre os registros 649 foram por hipertensatildeo32 No municiacutepio de Ibicuiacute ndash
BA a prevalecircncia de HAS cadastrados nas Unidades de Sauacutede da Famiacutelia (USFs) foi
de 643 idosos33
A hipertensatildeo arterial eacute caracterizada por niacuteveis elevados e sustentados de
pressatildeo arterial (PA) como uma condiccedilatildeo cliacutenica multifatorial Associa-se
frequentemente a alteraccedilotildees funcionais eou estruturais dos oacutergatildeos-alvo (coraccedilatildeo
enceacutefalo rins e vasos sanguiacuteneos) e a alteraccedilotildees metaboacutelicas2634 Pode ser
classificada em primaacuteria e secundaacuteria de acordo com a sua origem A primaacuteria tem
5
sua origem desconhecida35 e a secundaacuteria eacute decorrente de alguma doenccedila
subjacente36
No caso de a PA estar cronicamente elevada ou seja hipertensatildeo arterial o
risco de desenvolvimento de complicaccedilotildees cardiovasculares renais e ateacute mesmo o
oacutebito aumenta consideravelmente37
Com relaccedilatildeo agrave caracteriacutestica fisiopatoloacutegica da HAS a partir dos 50 ou 60 anos
de idade a pressatildeo diastoacutelica diminui e a pressatildeo central aumenta determinando um
balanccedilo proacuteximo entre resistecircncia aumentada e aumento da impedacircncia na aorta
toraacutecica Dessa forma a pressatildeo de pulso comeccedila a se elevar e a HAS se torna o
principal subtipo de hipertensatildeo apoacutes a sexta deacutecada de vida38
Contudo apoacutes os 60 anos ocorre o enrijecimento arterial central indicado pela
queda na pressatildeo diastoacutelica e o raacutepido alargamento da pressatildeo de pulso O aumento
da rigidez arterial central e a amplitude da onda de pulso satildeo fatores hemodinacircmicos
dominantes nos indiviacuteduos normotensos e hipertensos apoacutes os 60 anos38
Aleacutem dos fatores fisiopatoloacutegicos vale destacar que o aumento da pressatildeo
arterial com a idade tambeacutem estaacute relacionado com o consumo de sal exagerado ao
longo da vida39
As principais estrateacutegias no tratamento natildeo-farmacoloacutegico da HAS segundo
Ministeacuterio da Sauacutede28 se encontram na adoccedilatildeo de haacutebitos alimentares saudaacuteveis
reduccedilatildeo na ingestatildeo de soacutedio reduccedilatildeo do consumo de bebidas alcooacutelicas abandono
do tabagismo praacutetica de atividade fiacutesica regular controle ou diminuiccedilatildeo da massa
corporal
23 Iacutendices antropomeacutetricos de sobrepeso e obesidade
Como meacutetodo natildeo invasivo a antropometria eacute utilizada principalmente para
avaliar as proporccedilotildees tamanho e a composiccedilatildeo corporal40 Tal meacutetodo possui relaccedilatildeo
com estado de sauacutede condiccedilotildees sociais e econocircmicas de grupos populacionais
podendo diagnosticar a desnutriccedilatildeo ou excesso de peso Os iacutendices antropomeacutetricos
que consistem na mediccedilatildeo de dimensotildees corporais podem ser usados para predizer
a sauacutede geral e bem-estar da populaccedilatildeo40
6
Em 2011 estudo realizado por Pitanga41 indica que os iacutendices antropomeacutetricos
apresentam-se como preditores do risco de infarto do miocaacuterdio acidente vascular
encefaacutelico e morte prematura
O IMC eacute determinado pela massa corporal em quilogramas dividido pela
estatura em metros ao quadrado eacute uma medida que determina o estado nutricional
Este iacutendice antropomeacutetrico eacute comumente aplicado em estudos epidemioloacutegicos em
idosos para diagnosticar o excesso de peso (sobrepesoobesidade) principalmente
por ser um meacutetodo faacutecil de aplicar raacutepido e de baixo custo Deste modo vaacuterios
estudos com essa populaccedilatildeo tecircm avaliado o estado nutricional por meio do IMC42
434445
No estudo de Silva e Petroski (2009)46 com idosas de um grupo de convivecircncia
do municiacutepio de Aracaju ndash Sergipe sugeriu que o ponto de corte do IMC utilizado pela
Nutricion Screening Initiative ndash NSI (1992)47 para sobrepeso e excesso de peso foi o
mais bem associado com a PA elevada e para obesidade o melhor ponto de corte
associado com a PA elevada foi o da WHO (1998)48
A outra medida importante para avaliaccedilatildeo da obesidade central dos indiviacuteduos
eacute a circunferecircncia de cintura A obesidade eacute caracterizada pelo acuacutemulo excessivo de
gordura corporal no indiviacuteduo e quando presente na regiatildeo abdominal tem alta
correlaccedilatildeo com doenccedilas cardiovasculares e distuacuterbios metaboacutelicos40 O obeso tem
mais propensatildeo a desenvolver problemas como hipertensatildeo doenccedilas
cardiovasculares diabetes tipo 2 entre outras doenccedilas4950
Comparando as medidas antropomeacutetricas com exames de diagnoacutesticos por
imagens como a tomografia computadorizada e a ressonacircncia magneacutetica foi
verificado que a circunferecircncia da cintura apresentou melhor correlaccedilatildeo com o tecido
adiposo visceral51 Tambeacutem o aumento da circunferecircncia da cintura teve boa
associaccedilatildeo com o aumento significativo da prevalecircncia da hipertensatildeo arterial52
A razatildeo cintura-estatura (RCEst) eacute determinado pela divisatildeo da circunferecircncia
da cintura (cm) pela estatura (cm) Este indicador tem sido utilizado para identificar
alto risco metaboacutelico obesidade fatores de risco cardiovascular e maior capacidade
preditiva para o risco coronariano elevado em populaccedilotildees adultas e idosas1653
tambeacutem eacute fortemente associada a diversos fatores de risco cardiovascular em
diferentes populaccedilotildees15
7
O Iacutendice C eacute determinado com as medidas de massa corporal da estatura e da
circunferecircncia da cintura54 e eacute muito utilizado com a populaccedilatildeo adulta555657585960 Jaacute
com a populaccedilatildeo de idosos o iacutendice C tem sido pouco utilizado e somente alguns
estudos usaram esse indicador para tentar identificar distuacuterbios metaboacutelicos risco
coronariano e prevalecircncia de risco agrave sauacutede616263 Natildeo foram encontrados estudos
associativos entre o Iacutendice C e pressatildeo arterial elevada em idosos
Tais iacutendices satildeo pouco utilizados com a populaccedilatildeo idosa e principalmente com
populaccedilotildees residentes em cidades de pequeno porte Dessa forma para discriminar e
analisar o incremento de gordura corporal os iacutendices antropomeacutetricos tecircm
demonstrado eficiecircncia principalmente em estudos epidemioloacutegicos Cada indicador
tem peculiaridade quanto a sua distribuiccedilatildeo e discriminaccedilatildeo por isso podem ser
utilizados conjuntamente ou separadamente dependendo dos objetivos como
estrateacutegia eficiente para a detecccedilatildeo e o controle de doenccedilas
Contudo os iacutendices antropomeacutetricos tecircm sido bem utilizados para associar
vaacuterios fatores de risco de sauacutede como doenccedilas coronarianas cardiovasculares
distuacuterbios metaboacutelicos dentre outros641641 Poreacutem ainda natildeo estaacute clara sua
associaccedilatildeo com pressatildeo arterial elevada em idosos
Sendo assim os iacutendices antropomeacutetricos satildeo eficientes para identificar a
hipertensatildeo arterial em idosos E quais satildeo os melhores iacutendices para identificar as
alteraccedilotildees da pressatildeo arterial elevada em idosos
24 A importacircncia da validaccedilatildeo
Como se trata de um estudo de validaccedilatildeo de um meacutetodo faz-se necessaacuterio
debater sobre o tema Os instrumentos de rastreamento satildeo ferramentas essenciais
para os serviccedilos de sauacutede pois fornecem medidas relevantes reprodutiacuteveis e
acuradas permitindo a identificaccedilatildeo das pessoas com maior chance de preencher os
criteacuterios para uma determinada condiccedilatildeo ou doenccedila Como tambeacutem completa o
registro de informaccedilatildeo e a comparaccedilatildeo de resultados minimizando a influecircncia de
fatores subjetivos na coleta e registro de dados6566
A escolha de um instrumento deve-se basear em suas qualidades que
consistem em coeficientes significativos de validade e fidedignidade Dessa forma
8
essas medidas necessitam apresentar simplicidade na teacutecnica economia facilidade
e rapidez na aplicaccedilatildeo e interpretaccedilatildeo666768
A validade caracteriza-se como a capacidade do instrumento medir aquilo que
se propotildees a medir Envolve um componente conceitual (julgamento subjetivo a
respeito do instrumento pelo pesquisador) e um componente operacional (avaliaccedilatildeo
sistemaacutetica (estatiacutestica) do teste) geralmente o comparando com um criteacuterio padratildeo
ouro67
A avaliaccedilatildeo operacional da validade utilizada nessa pesquisa foi a de criteacuterio
no qual mede agrave extensatildeo com que o instrumento discrimina sujeitos que diferem em
determinadas caracteriacutesticas Refere-se agrave capacidade de uma escala de se
corresponder com outras medidas ou de predizer algo a que se propotildee Eacute avaliada
por meio de criteacuterio-padratildeo (validade concorrente e validade preditiva) Sendo que a
validade preditiva eacute estimulada estatisticamente e expressa por meio da sensibilidade
especificidade valor preditivo positivo valor preditivo negativo e taxa de classificaccedilatildeo
incorreta67
A sensibilidade corresponde agrave proporccedilatildeo de casos positivos identificados
corretamente ou melhor eacute a capacidade de medida de reconhecer os verdadeiros
positivos Quanto maior a sensibilidade maior a chance de detectar a doenccedila A
especificidade eacute proporccedilatildeo de casos negativos identificados corretamente eacute a
capacidade do instrumento de reconhecer os verdadeiros negativos67
Quanto mais sensiacutevel for o teste melhor seraacute seu valor preditivo negativo ou
seja maior seraacute a certeza de que uma pessoa com resultado negativo natildeo tenha
realmente a doenccedila Quanto mais especifico melhor seraacute seu valor preditivo positivo
ou seja maior seraacute a certeza de que uma pessoa com resultado positivo tenha a
hipertensatildeo arterial67
Como estrateacutegia geral quando a principal preocupaccedilatildeo for evitar o resultado
falso-positivo entatildeo o ponto de corte deve objetivar o maacuteximo de especificidade e se
a preocupaccedilatildeo maior eacute evitar resultado falso-negativo (o resultado do teste em
paciente com suspeita de hipertensatildeo arterial) o ponto de corte deve objetivar o
maacuteximo de sensibilidade67 Os autores ainda referem que a curva Receive Operator
Caracteristic (ROC) eacute a melhor maneira de estabelecer o ponto de corte otimizando
a sensibilidade e especificidade do teste diagnoacutestico
9
Destaca-se que as qualidades de um instrumento aplicado em condiccedilotildees de
campo satildeo modificadas pela prevalecircncia de casos na populaccedilatildeo cliacutenica (onde eacute
esperado ter maior proporccedilatildeo de doenccedila) comparada com uma populaccedilatildeo geral
10
3 OBJETIVOS
Determinar o poder preditivo de iacutendices antropomeacutetricos para predizer
hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos
Estabelecer pontos de corte como discriminadores de hipertensatildeo arterial em
mulheres e homens idosos
Identificar o iacutendice antropomeacutetrico de obesidade que melhor discrimina a
hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos
11
4 MATERIAL E MEacuteTODOS
41 Tipos de estudo
Esta pesquisa eacute do tipo transversal ou seccional como parte do projeto de
Monitoramento da Sauacutede de Idosos de um Municiacutepio de Pequeno Porte ESTUDO
MONIDI Em estudos transversais a estrateacutegia de observaccedilatildeo da populaccedilatildeo eacute
seccional isto eacute as informaccedilotildees obtidas referem-se ao mesmo momento sendo mais
adequado para obtenccedilatildeo de estimativas populacionais As informaccedilotildees individuais
devem ser coletadas num determinado prazo mais curto possiacutevel decorrido entre as
observaccedilotildees do primeiro e uacuteltimo indiviacuteduo69
42 Cenaacuterios do estudo
O municiacutepio de Ibicuiacute fica localizado na zona fisiograacutefica de Vitoacuteria da Conquista
(Encosta do Planalto) e situada no Sudoeste do Estado da Bahia possui uma aacuterea
territorial de 1176843 kmsup2 populaccedilatildeo de 16640 habitantes7071 A populaccedilatildeo de
idosos no ano de 2013 era de 2124 habitantes e destes 525 estavam cadastrados
nas Unidades de Sauacutede da Famiacutelia33
12
Figura 1 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Ibicuiacute BA na regiatildeo Nordeste do Brasil
Fonte Adaptado do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE)72 Infograacuteficos
Cidades Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230
43 Populaccedilatildeo e amostra
A populaccedilatildeo alvo do presente estudo foi constituiacuteda por indiviacuteduos com idade
igual ou superior a 60 anos de ambos os sexos cadastrados na Estrateacutegia de Sauacutede
da Famiacutelia (ESF) que atenderam agraves aacutereas urbanas e rurais do municiacutepio de Ibicuiacute-BA
no ano de 2014 A lista com o nuacutemero de usuaacuterios idosos cadastrados nas USFs da
zona rural e urbana do municiacutepio foi solicitada junto agrave Secretaria Municipal de Sauacutede
Foram incluiacutedos no estudo idosos que estavam cadastrados na Estrateacutegia de
Sauacutede da Famiacutelia que aceitaram participar da pesquisa atraveacutes da assinatura do
Termo de Consentimento Livre Esclarecido (TCLE)
Os criteacuterios de exclusatildeo foram os participantes com diagnoacutestico de demecircncia
ou qualquer outro tipo de alteraccedilatildeo cognitiva que comprometesse a veracidade das
informaccedilotildees fornecidas idosos acamados portadores de doenccedila de Alzheimer ou
outro tipo de doenccedila neuroloacutegica que afetasse a cogniccedilatildeo doenccedila em estaacutegio
terminal
Apoacutes aplicaccedilatildeo dos criteacuterios de exclusatildeo foi efetuado o caacutelculo amostral
seguindo a proposta de Luiz e Magnanini (2000)73 para populaccedilotildees finitas com
13
predominacircncia desconhecida de 50 sendo adotado niacutevel de significacircncia de 5
(correspondendo a um intervalo de confianccedila de 95) e erro toleraacutevel de amostragem
de 25
O caacutelculo amostral resultou numa amostra miacutenima necessaacuteria de 305 idosos
Esse caacutelculo amostral sofreu ajuste em 10 para compensar eventuais perdas e
recusas Apoacutes o resultado do caacutelculo amostral os idosos participantes foram
selecionados atraveacutes de sorteio sendo este proporcional ao tamanho e a distribuiccedilatildeo
por sexo e por quantidade de idosos na Unidade de Sauacutede da Famiacutelia
Os indiviacuteduos assinaram o TCLE foram entrevistados e avaliados nas
dependecircncias da USF sendo que aqueles que natildeo foram localizados ou natildeo
compareceram a USF apoacutes trecircs tentativas foram automaticamente substituiacutedos por
meio de sorteio
44 Equipes de coleta de dados
A equipe de coleta foi composta por dois profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica
(Coordenadores) e cinco acadecircmicos de fisioterapia enfermagem e medicina A
equipe foi previamente treinada em reuniotildees teacutecnicas e no estudo piloto que foi
realizado no periacuteodo de Outubro a Dezembro de 2013 visando padronizar todo o
processo de coleta Foram estabelecidas accedilotildees referentes agrave logiacutestica agrave aplicaccedilatildeo dos
questionaacuterios e aos procedimentos de medidas das variaacuteveis antropomeacutetricas A
coleta propriamente dita ocorreu entre o periacuteodo de 03022014 a 20022014
14
45 Procedimentos para coleta de dados
451 Variaacuteveis do estudo e dados coletados
Foram mensuradas as variaacuteveis idade sexo situaccedilatildeo conjugal niacutevel de
escolaridade raccedilacor renda mensal alcoolismos e tabagismos Como tambeacutem
medidas de pressatildeo arterial sistoacutelica e diastoacutelica massa corporal estatura e
circunferecircncia da cintura
452 Instrumentos de coleta
Foi utilizado o instrumento de coleta denominado Instrumento de Avaliaccedilatildeo da
Sauacutede de Idosos (IASI) padronizado e validado previamente74 Tal instrumento obteacutem
caracteriacutesticas sociodemograacuteficas informaccedilotildees pessoais consumo de aacutelcool e
tabaco avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica e de pressatildeo arterial
Para aferir a pressatildeo arterial foi utilizado o aparelho digital (marca OMRONreg
modelo HEM ndash 742 INT) Utilizou-se ainda uma balanccedila digital portaacutetil (OMRONreg) e
um estadiocircmetro (marca Sannyreg) ambos devidamente calibrados e fita
antropomeacutetrica flexiacutevel (Cardiomedreg)
453 Pressatildeo Arterial
A pressatildeo arterial foi aferida com um aparelho digital de braccedilo com manguito
adequado agrave circunferecircncia do mesmo A medida foi realizada no braccedilo direito a altura
do coraccedilatildeo Foram realizadas trecircs medidas da pressatildeo arterial sendo a primeira apoacutes
o idoso permanecer cinco minutos em repouso e sentado a segunda apoacutes dois
minutos e a terceira dois minutos apoacutes a realizaccedilatildeo da segunda (foi utilizada a meacutedia
das trecircs medidas) Valores de referecircncia estatildeo estabelecidos na Tabela 1
15
Tabela 1 - Classificaccedilatildeo da pressatildeo arterial de acordo com a VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo (2010)
Classificaccedilatildeo Pressatildeo Sistoacutelica (mmHg)
Pressatildeo Diastoacutelica (mmHg)
Oacutetima Normal Limiacutetrofe
lt 120 lt 130 130-139
lt 80 lt 85 85-80
Hipertensatildeo estaacutegio I 140-159 90-99 Hipertensatildeo estaacutegio II 160-179 100-109 Hipertensatildeo estaacutegio III ge 180 ge 110 Hipertensatildeo sistoacutelica isolada
ge 140 lt 90
Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo (2010)7
454 Antropometria
Todas as medidas antropomeacutetricas foram realizadas trecircs vezes (verificou-se a
meacutedia de tais medidas) por um profissional de Educaccedilatildeo Fiacutesica para diminuir o erro
intra e inter avaliadores e anotados por um apontador Os idosos foram medidos
conforme procedimentos padronizados por Lohman et al (1988)75 sem calccedilados
roupas leves sem reloacutegio chaves celular etc
Foi mensurada a circunferecircncia da cintura com uma fita antropomeacutetrica flexiacutevel
no ponto meacutedio entre a uacuteltima costela e a crista iliacuteaca e o procedimento foi deixar a
cintura livre de roupa e os braccedilos cruzados no peito Classificaccedilatildeo de risco para
desenvolver doenccedilas por Lohman et al (1988)75 HOMENS gt 102 cm e MULHERES
gt 88 cm Foi determinado o IMC atraveacutes da equaccedilatildeo [IMC =massa corporal
(kg)estatura2(m)] Valores de referecircncia estatildeo estabelecidos na Tabela 2
Tabela 2 - Classificaccedilatildeo do Iacutendice de Massa Corporal
IMC Classificaccedilatildeo
Baixo peso lt 220 kgm2 Peso adequado 220 le IMC le 270 kgm2 Obesidade gt 270 kgm2
Lohman et al (1988)75
16
A razatildeo cintura-estatura foi determinada pela equaccedilatildeo proposta por Pitanga e
Lessa (2006)15 a qual utiliza a CC (cm) e a estatura (cm) O Iacutendice C foi estimado por
meio das medidas de massa corporal estatura e circunferecircncia da cintura utilizando-
se um modelo proposto por Valdez (1991)54 cuja equaccedilatildeo matemaacutetica estaacute descrita a
seguir
46 Anaacutelise dos dados
Os dados foram digitados com dupla entrada no software Epidata 31 Apoacutes a
digitaccedilatildeo dos dados foram verificados manualmente os valores discrepantes e a
consistecircncia das informaccedilotildees
Na anaacutelise de dados foram utilizados os procedimentos da estatiacutestica descritiva
expressa por meacutedia desvio padratildeo nuacutemero de observaccedilotildees e percentual das
variaacuteveis avaliadas A diferenccedila entre os sexos nas variaacuteveis contiacutenuas foi analisada
pelo teste t de Student para amostras independentes uma vez que as variaacuteveis
apresentaram distribuiccedilatildeo normal e o teste do Qui-quadrado para comparar as
proporccedilotildees (variaacuteveis qualitativas) entre os idosos do sexo masculino e feminino
O poder discriminatoacuterio para determinar a hipertensatildeo arterial e os iacutendices
antropomeacutetricos foi verificado atraveacutes da utilizaccedilatildeo das curvas ROC recurso utilizado
para obtenccedilatildeo de pontos de corte que visam diagnoacutesticos ou triagem
A aacuterea sob a curva ROC (ASC) determina a capacidade preditiva do indicador
para presenccedila ou ausecircncia de hipertensatildeo arterial Uma ASC igual a 10 eacute
considerada perfeita poreacutem se for igual ou menor a 05 indica que sua capacidade
preditiva natildeo eacute melhor que ao acaso
17
Neste estudo o pressuposto para anaacutelise da ASC foi agrave sensibilidade pois em
determinadas situaccedilotildees quando natildeo pode correr o risco de natildeo diagnosticar
determinada doenccedila eacute melhor privilegiar a sensibilidade76
Apoacutes determinados os pontos de corte para cada uma das variaacuteveis
investigadas para prediccedilatildeo de hipertensatildeo essas foram dicotomizadas com base em
seus respectivos valores de referecircncia As anaacutelises estatiacutesticas foram conduzidas no
Statistical Product and Service Solutions (SPSS) reg 130 Em todas as anaacutelises foram
efetuadas respeitando-se o niacutevel de significacircncia de 5
47 Aspectos Eacuteticos
O estudo foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa da Universidade
Estadual do Sudoeste da Bahia com parecer (CAAE 22969013000000055) (Anexo
1) seguindo princiacutepios eacuteticos estabelecidos na Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de
2012 do Conselho Nacional de Sauacutede (CNS)77
18
5 RESULTADOS
51 Caracterizaccedilatildeo da amostra estudada
De acordo com a contabilizaccedilatildeo das perdas (mudou-se do municiacutepio natildeo foi
encontrado por mais de 3 vezes na USF ou domicilio) e recusas (n=31) a amostra final
foi composta por 310 idosos (201 zona urbana e 109 zona rural) A taxa de respostas
foi de 912 com 88 (n=31) de recusas e 92 (n=29) de exclusatildeo
Participaram do estudo 175 mulheres (565) e 135 homens (435) As
idades variaram entre 60 e 108 anos com meacutedia de 7078 plusmn 82 anos para as mulheres
e 60 a 93 anos com meacutedia de 7259 plusmn 78 anos para homens
A maioria das mulheres se auto referiu ser negra e os homens pardo O iacutendice
de analfabetismo apresentou-se elevado em ambos os sexos A maior parte dos idosos
eacute casado A maioria dos idosos sobrevivia com renda mensal inferior ou igual a um
salaacuterio miacutenimo (Tabela 3)
19
Tabela 3 - Variaacuteveis sociodemograacuteficas e de estilo de vida em idosos
Mulheres (n=175) Taxa de Resposta
Homens (n=135) Taxa de Resposta
n n P
Raccedilacor 9861 991
Branco 47 2686 43 3209
Preto 73 4171 26 1940 0001
Pardo 49 2800 55 4074
Natildeo sabe 4 229 10 741
Escolaridade 9918 1000
Analfabeto 95 5429 84 6222
Baacutesica 72 4114 46 3408 0001
Secundaacuteria 5 286 5 370
Superior 2 114 - -
Estado Civil 9789 991
Casadouniatildeo estaacutevel
74 4229 78 5777
Solteiroseparado 33 1886 36 2667 0001
Viuacuteva 63 3600 20 1481
Renda Mensal 9918 1000
le 1 salaacuterio 165 9428 123 9111
11 a 2 salaacuterio 8 458 10 74 0001
21 a salaacuterio 1 057 2 148
Alcoolismo 9989 1000
Sim 4 229 9 667 0001
Natildeo 170 9714 126 9333
Tabagismo 9597 1000
Sim 15 857 21 1556 0001
Natildeo 152 8686 114 8444
Teste Qui-quadrado
20
52 Caracteriacutesticas antropomeacutetricas
Apoacutes a assinatura do TCLE e realizaccedilatildeo do questionaacuterio 10 idosos foram
excluiacutedos (recusas e informaccedilatildeo incompleta do questionaacuterio) desta etapa de anaacutelise
Dessa forma foram analisadas 300 avaliaccedilotildees das medidas antropomeacutetricas
Na Tabela 4 podem ser observados os valores meacutedios desvio padratildeo valores
miacutenimos e maacuteximos e percentuais das variaacuteveis avaliadas A meacutedia do IMC foi menor
nos homens quando comparado com o resultado das mulheres (p lt 0001) Natildeo houve
diferenccedila significativa da variaacutevel circunferecircncia da cintura entre homens e mulheres
(p = 0208) A prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi maior nas mulheres A maioria
das mulheres eacute obesa e entre os homens o estado nutricional foi considerado eutroacutefico
(Tabela 5)
21
Tabela 4 - Valores descritivos miacutenimos e maacuteximos das variaacuteveis analisadas
Variaacuteveis Mulheres (n=167) Homens (n=133) Valor-p
Idade (anos) 7078 plusmn 821 (60-108)
7259 plusmn 786 (60-93)
0055
Massa corporal (kg) 6020 plusmn 1223 (2970-9580)
6384 plusmn 1250 (4010-11840)
0012
Estatura (cm) 14875 plusmn 616 (129-164)
16080 plusmn 782 (135-183)
lt00001
IMC (kgm2) 2715 plusmn505 (1342-4064)
2458 plusmn 390 (1475-3544)
lt00001
CC (cm)dagger 8734 plusmn 1126 (55-130)
8894 plusmn 1010 (66-115)
0208
RCEst 057 plusmn 011 (000-087)
055 plusmn 006 (042-073)
0086
Iacutendice C 123 plusmn 021 (000-166)
129 plusmn 006 (117-150)
0001
PAS 14096 plusmn 2218 (87-200)
13735 plusmn 2251 (98-209)
0166
PAD 7671 plusmn 1091 (45-105)
7697 plusmn 1179 (49-110)
0846
IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia da cintura RCEst - razatildeo cintura-estatura Iacutendice C - Iacutendice de Conicidade PAS - pressatildeo arterial sistoacutelica PAD ndash pressatildeo arterial diastoacutelica dagger Variaacuteveis com perdas (n=163 mulheres) Teste T de Student para amostras independentes
Tabela 5 - Percentuais das variaacuteveis analisadas
Variaacutevel Mulheres Homens Valor-p
Pressatildeo Arterial (n) (n)
Normal 557 (93) 594 (79) 0011
Hipertensatildeo 443 (74) 406 (54)
Estado nutricional (n) (n)
Baixo peso 144 (24) 301 (40)
Normal 353 (59) 436 (58) lt00001
Sobrepeso 503 (84) 263 (35)
Teste Qui-quadrado
53 Anaacutelise da curva ROC
22
As aacutereas sob a curva ROC do IMC da CC da RCEst e do iacutendice C como
preditores de hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos e os respectivos
intervalos de confianccedila (IC 95) podem ser observados na Tabela 6 e nas Figuras 2
3 4 5 6 7 8 9 Evidenciou-se que alguns iacutendices antropomeacutetricos apresentaram
aacuterea sob a curva ROC significativas Todavia a RCEst e o IMC assumiram maiores
aacutereas com diferenccedila significativa para os homens
Tabela 6 - Aacuterea sob a curva ROC e IC95 entre os iacutendices antropomeacutetricos e hipertensatildeo arterial em idosos
Aacuterea sob a curva ROC
PA elevada Mulheres
Homens
p
IMC (kgm2) 053 (044-062) 060 (050-070)
lt00001dagger
CC (cm) 057 (048-066) 058 (048-068)
lt00001dagger
RCEst 056 (047-065) 061 (051-071)
lt00001dagger
Iacutendice C 058 (049-066) 058 (058-068) lt00001dagger
IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia de cintura RCEst - razatildeo cinturaestatura Iacutendice C - iacutendice de conicidade ROC ndashReceiver Operating CharacteristicIC95 - intervalo de confianccedila a 95Aacuterea sob a curva ROC apresentando poder discriminatoacuterio para pressatildeo arterial elevada (Li-IC ge 050) daggerTeste Qui-quadrado
23
Figura 2 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) IMC - iacutendice de massa corporal
Figura 3 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) IMC - iacutendice de massa corporal
24
Figura 4 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) CC ndash circunferecircncia da cintura
Figura 5 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) CC ndash circunferecircncia da cintura
25
Figura 6 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) RCEst - razatildeo cinturaestatura
Figura 7 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) RCEst - razatildeo cinturaestatura
26
Figura 8 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) Iacutendice C -iacutendice de conicidade
Figura 9 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) Iacutendice C - iacutendice de conicidade
27
Os valores dos pontos de corte dos iacutendices antropomeacutetricos como preditores
de hipertensatildeo arterial e suas respectivas sensibilidade e especificidade (mais
adequado equiliacutebrio entre si) satildeo apresentados na Tabela 7 Observa-se que entre
os iacutendices antropomeacutetricos a RCEst teve melhor percentual de sensibilidade e de
especificidade para discriminar a pressatildeo arterial elevada para os homens
Tabela 7 - Pontos de corte sensibilidade e especificidade dos iacutendices antropomeacutetricos para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial em idosos
Mulheres Homens PA elevada
Ponto de corte
Sensibilidade ()
Especificidade ()
Ponto de corte
Sensibilidade ()
Especificidade ()
IMC (kgm2)
2679 527 548 2420 527 548
CC (cm) 8750 577 457 8650 593 532 RCEst 059 568 430 054 648 456 Iacutendice C 126 541 452 129 574 456
IMC ndash Iacutendice de Massa Corporal CC ndash Circunferecircncia da Cintura RCEst ndash Razatildeo Cintura-Estatura Iacutendice C ndash Iacutendice de Conicidade
28
6 DISCUSSAtildeO
61 Aacutereas sob a Curva ROC
Este estudo teve como objetivo identificar a capacidade preditiva de iacutendices
antropomeacutetricos de obesidade geral e abdominal para discriminar a presenccedila de
hipertensatildeo arterial em idosos com foco de utilizaccedilatildeo no ambiente da estrateacutegia de
sauacutede da famiacutelia Nessa perspectiva surge uma proposta de triagem dos casos de
idosos com possiacuteveis alteraccedilotildees crocircnicas em sua pressatildeo arterial aleacutem de possibilitar
a discussatildeo sobre validaccedilatildeo de tais iacutendices para uso no contexto da sauacutede
Dessa forma recomenda-se a anaacutelise da sensibilidade e especificidade por
meio da construccedilatildeo de curvas ROC pois eacute a melhor opccedilatildeo para determinar pontos de
corte em estudos epidemioloacutegicos78 Essa anaacutelise permite fornecer a aacuterea sob a curva
que traduz o poder de discriminaccedilatildeo de um indicador para um determinado desfecho
e a identificaccedilatildeo do melhor ponto de corte
A proposta dessa pesquisa natildeo eacute excluir o diagnoacutestico meacutedico mas
proporcionar uma estrateacutegia mais abrangente a ser utilizada pelas USFs em parceria
entre os profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica e os profissionais de sauacutede no contexto da
atenccedilatildeo primaacuteria
Embora exista associaccedilatildeo entre sobrepesoobesidade e a pressatildeo arterial
elevada poucos estudos tecircm identificado pontos de corte de iacutendices antropomeacutetricos
que visem agrave detecccedilatildeo da hipertensatildeo arterial em idosos Diversos estudos tecircm
demonstrado que os iacutendices antropomeacutetricos satildeo bons indicadores de obesidade e
estatildeo relacionados a fatores de risco cardiovascular795880 Todavia a hipertensatildeo eacute
apontada como um dos principais fatores de risco cardiovasculares o que denota a
necessidade de um olhar diferenciado
A prevalecircncia de hipertensatildeo foi inferior agrave encontrada em outros estudos818283
Contudo diferenccedilas metodoloacutegicas nuacutemero de medidas realizadas e os diferentes
criteacuterios de referecircncia satildeo as principais causas da grande variabilidade nas
prevalecircncias de pressatildeo arterial elevada entre as investigaccedilotildees No presente estudo
29
optou-se por maior rigorosidade ao diagnosticar a pressatildeo arterial elevada
considerando a realizaccedilatildeo de trecircs medidas
Nessa amostra observou-se que a prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi
443 nas mulheres e 406 nos homens Demonstrando ser uma alta prevalecircncia
pois se trata de uma populaccedilatildeo que eacute influenciada diretamente pelo o aumento da
morbimortalidade durante o envelhecimento Estudos envolvendo idosos indicam que
a prevalecircncia da hipertensatildeo encontra-se entre 50-70 com o aumento da idade84
Poucos estudos epidemioloacutegicos foram conduzidos com o objetivo de identificar
e discriminar a capacidade de iacutendices antropomeacutetricos de obesidade para a pressatildeo
arterial elevada na populaccedilatildeo de idosos e principalmente utilizando o iacutendice C o
RCEst Um estudo realizado com a populaccedilatildeo de idosos utilizou o mesmo objetivo
poreacutem usou como ponto de corte o iacutendice de massa corporal e o iacutendice de adiposidade
corporal85 Entretanto faz-se necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de outros iacutendices para identificar
hipertensatildeo arterial em idosos
De acordo com os resultados do presente estudo somente alguns dos
indicadores antropomeacutetricos apresentaram capacidade preditiva para a hipertensatildeo
arterial em idosos de acordo com limite inferior do intervalo de confianccedila de 9586
Dessa forma foi observado que a RCEst e IMC para os homens mostraram-se com
bom poder de detecccedilatildeo para a hipertensatildeo arterial pois obtiveram maiores valores
sob a curva para esse desfecho
Em 2013 Leal Neto et al85 identificaram em seus resultados que o IMC e o
iacutendice de adiposidade corporal foram os melhores indicadores preditivos de
hipertensatildeo arterial nos idosos em ambos os sexos independentemente de outros
fatores tais como idade tabagismo consumo de aacutelcool e atividade fiacutesica
No presente estudo os principais indicadores que tiveram uma boa aacuterea sob a
curva foram o IMC RCEst e Iacutendice C com resultados de 060 IC95 (050-070) 061
IC95 (051-071) e 058 IC95 (058-068) respectivamente para homens
Nas mulheres tais iacutendices mostraram-se com menor poder discriminatoacuterio para
diagnosticar a hipertensatildeo arterial A HAS eacute um desfecho que pode ser influenciado
por fatores multicausais (hormonais estresse etc) Na anaacutelise do desempenho do
iacutendice antropomeacutetrico a loacutegica eacute unidirecional ou seja verificar o desempenho desses
iacutendices apenas como preditores de hipertensatildeo arterial foram mais satisfatoacuterios entre
os homens Os iacutendices podem interferir mas natildeo determinar a prevalecircncia da
30
hipertensatildeo Embora as mulheres tenham uma maior prevalecircncia essa natildeo eacute
determinada pelos iacutendices antropomeacutetricos no presente estudo
Tais resultados diferem do estudo realizado em 2012 por Samsen et al87 no
qual a circunferecircncia da cintura teve boa ASC nos homens = 0684 com IC95 (0672-
0695) e nas mulheres = 0673 IC95 (0665-0681) sendo o melhor indicador
significativamente (p lt0001) do que o IMC no qual a ASC em homens foi de = 0667
IC95 (0656-679) e nas mulheres = 0636 IC95 (0628-0644) em discriminaccedilatildeo
de pelo menos um fator de risco cardiovascular Isso se deve ao fato de tal estudo ter
sido realizado com uma abrangecircncia maior na faixa etaacuteria que foi de 45-80 anos
Uma possiacutevel limitaccedilatildeo para discussatildeo dos resultados desse estudo foi a faixa
etaacuteria restrita que natildeo incluiu idosos (igual ou acima de 60 anos) o que impossibilita
a triagem da pressatildeo arterial elevada nessa populaccedilatildeo
62 Iacutendices antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial
Nesse estudo a CC e RCEst foram as variaacuteveis com maiores valores absolutos
de sensibilidade para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial respectivamente para mulheres
e homens Tais resultados indicam as proporccedilotildees de verdadeiros positivos na
ocorrecircncia de hipertensatildeo arterial
Quanto ao ponto de corte do RCEst nas mulheres foi de 059 sendo 568 de
sensibilidade e 430 de especificidade Valores inferiores ao encontrado no presente
estudo para mulheres foram sugeridos em Taiwan (045) Cingapura (048) e na China
(050) No Brasil em 2009 Haun Pitanga e Lessa16 recomendaram para a RCEst
053 como melhor ponto de corte com sensibilidade (67) e especificidade (58) e
aacuterea sob a curva ROC de 069 (IC 95 = 064-075) Outro ponto de corte semelhante
ao observado no Brasil com mulheres mexicanas variou de 053 a 0535 para a
RCEst discriminar diabete tipo 2 hipertensatildeo e dislipidemias88899091
Os pontos de corte sugeridos por esses paiacuteses e no Brasil podem ter sido
inferiores por causa da abrangecircncia na faixa etaacuteria dos indiviacuteduos no qual incluiacuteram
mulheres de 30 a 74 anos como tambeacutem as caracteriacutesticas econocircmicas culturais e
31
de estilo de vida diferem da realidade das mulheres que residem em cidades de
pequeno porte Estudos que discriminem hipertensatildeo arterial principalmente em
idosos com RCEst satildeo escassos na literatura
Em 2010 Browning Hsieh e Ashwel92 realizaram uma revisatildeo sistemaacutetica
sobre a potencialidade de indicadores antropomeacutetricos em predizer doenccedilas
cardiovasculares e identificou a RCEst como variaacutevel de melhor desempenho A
RCEst apresentou maiores ASC quando comparada ao IMC ou CC Os dados
analisados foram de quatorze paiacuteses diferentes e incluiacuteram caucasianos asiaacuteticos e
da Ameacuterica Central Segundo os autores uma RCEst ge 05 eacute capaz de identificar
fatores de risco cardiovasculares Esse ponto de corte eacute inferior aos encontrados para
homens e mulheres no presente estudo significando que o ponto de corte encontrado
pode diagnosticar risco cardiovascular e consequentemente a presenccedila de
hipertensatildeo
Outros autores afirmam essa hipoacutetese relacionada aos valores limites para
RCEst em diversas populaccedilotildees e indicaram que um ponto de corte de 05 eacute o valor
mais indicado para ambos os sexos todas as idades e diferentes populaccedilotildees899315
Com relaccedilatildeo agrave especificidade a variaacutevel com maior valor foi o IMC
independentemente do sexo Nas mulheres o ponto de corte sugerido foi 2679 kgm2
e nos homens 2420 kgm2 O valor da especificidade foi de 548 para ambos os
sexos o qual possibilita determinar corretamente a ausecircncia de hipertensatildeo arterial
Sendo assim este estudo sugere que o IMC natildeo foi o melhor preditor de hipertensatildeo
arterial
O estudo de Leal Neto et al (2013)85 tambeacutem testou a capacidade de
indicadores antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial em idosos
sugeriu como pontos de corte para IMC valores de 247 kgm2 igual ao encontrado no
presente estudo e de 273 kgm2 nuacutemero superior que aos dados do presente
trabalho para homens e mulheres respectivamente
Em outro estudo realizado com 19621 homens e mulheres com faixa etaacuteria de
45-80 anos a meacutedia da idade foi de 598 anos para os homens e 585 anos para as
mulheres O ponto de corte adequado de IMC foi de 23 kgm2 em homens e 24 kgm2
em mulheres Os pontos de corte de CC foram 80 cm e 78 cm em homens e mulheres
respectivamente Os achados do presente estudo foram superiores a esses
32
resultados todavia deve ser considerado que a populaccedilatildeo alvo foi diferente e com
idade menor da populaccedilatildeo pesquisada no presente trabalho87
Com relaccedilatildeo agrave CC o ponto de corte identificado para a prediccedilatildeo de hipertensatildeo
arterial nas mulheres foi superior ao dos homens Contudo os valores de sensibilidade
e especificidade desses pontos de corte foram maiores entre os homens o que pode
indicar que o poder preditivo da CC para a hipertensatildeo arterial eacute melhor para o sexo
masculino Quanto menor o ponto de corte maior seraacute a habilidade do teste em
classificar os doentes como positivos isto eacute maior seraacute a sensibilidade76 Os pontos
de corte dos homens foram em sua maioria menores em comparaccedilatildeo aos das
mulheres
Tais resultados satildeo contraacuterios aos achados do estudo de Kashihara et al
(2009)94 com indiviacuteduos de 30-74 anos que comparou paciente com hipertensatildeo e sem
hipertensatildeo Em seus pontos de corte de CC para os homens foram superiores aos
pontos de corte definidos para as mulheres e os valores de sensibilidade e
especificidade foi maior nas mulheres para identificar risco cardiovascular Poreacutem a
idade foi menor ao proposto no presente estudo
Outro estudo que contraria tais resultados quanto ao ponto de corte da CC foi
o de Haun Pitanga e Lessa (2009)16 que foi superior para os homens enquanto o
niacutevel de sensibilidade e especificidade foi igual aos nossos achados Poreacutem esse
estudo foi realizado com indiviacuteduos de idade entre 30-74 anos e discriminou risco
coronariano elevado
Quanto ao Iacutendice C no presente estudo o ponto de corte sugerido foi de 126
nas mulheres (sensibilidade 541 e especificidade 452) e 129 para os homens
(sensibilidade 574 e especificidade 456)
Diferentemente do resultado encontrado no presente estudo Pitanga e Lessa
(2005)56 sugeriram como o melhor ponto de corte para risco coronariano com o iacutendice
C 118 para mulheres apresentando valores de sensibilidade (7339) e
especificidade (6115) Para os homens o ponto de corte foi de 125 com valores de
sensibilidade (7391) e especificidade (7492) Tais pontos de corte foram para
indiviacuteduos adultos por esse motivo foram mais baixos que os achados do presente
trabalho Deve-se considerar que existem modificaccedilotildees na composiccedilatildeo corporal com
o processo do envelhecimento o que poderia alterar os pontos de corte para as essas
medidas antropomeacutetricas
33
Em outro estudo com os mesmo autores foram apresentados outros pontos de
corte comparando diferentes faixas etaacuterias Para as mulheres de 30-49 anos o melhor
ponto de corte foi o mesmo (118) com melhor sensibilidade (7857) e
especificidade (6524) e tambeacutem melhor aacuterea sob a curva ROC 081 (IC95 = 070-
092) Entre as de idade mais avanccedilada (50-74 anos) o melhor ponto de corte
sugerido foi 122 com sensibilidade (6000) e especificidade (6582) e aacuterea sob a
curva ROC 065 (IC 95 = 058-073) Portanto o iacutendice C apresentou melhor poder
discriminatoacuterio de RCEst para as mulheres mais jovens64
Almeida Almeida e Arauacutejo (2009)58 conduziram uma pesquisa com mulheres
de 30 e 69 anos buscando avaliar o desempenho de diferentes pontos de corte do
iacutendice C RCQ CC e RCEst para discriminar Risco Coronariano Elevado e o ponto de
corte encontrado para o Iacutendice C foi (125) proacuteximo ao ponto de corte para mulheres
nos nossos achados Dessa forma tais autores afirmaram que os indicadores
antropomeacutetricos de obesidade abdominal analisados tiveram desempenhos
satisfatoacuterios e similares para discriminar RCEst poreacutem o iacutendice C foi o que
apresentou o melhor poder discriminatoacuterio
As informaccedilotildees sobre o iacutendice C satildeo limitadas quanto agrave discussatildeo do ponto de
corte para hipertensatildeo arterial principalmente por encontrar poucos estudos sobre
essa medida como referecircncia para idosos Pitanga e Lessa (2004)55 relatam como
uma limitaccedilatildeo para a utilizaccedilatildeo do Iacutendice C em estudos populacionais a dificuldade de
se calcular o denominador da equaccedilatildeo proposta para sua determinaccedilatildeo
O excesso de gordura em geral estaacute associado ao aparecimento de doenccedilas
cardiovasculares hipertensatildeo arterial e mortalidade a definiccedilatildeo de pontos de corte
para iacutendices que se destacam por sua simplicidade operacional e boa acuraacutecia
permite a detecccedilatildeo dos indiviacuteduos sob risco sendo de grande utilidade nos serviccedilos
de atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede aleacutem de possibilitar o conhecimento da situaccedilatildeo de
grupos populacionais especiacuteficos frente a esses riscos quando empregados na
pesquisa epidemioloacutegica
No contexto das cidades de pequeno porte (rurais e urbanas) os recursos de
sauacutede satildeo muitas vezes limitados e escassos sendo importante a utilizaccedilatildeo desses
iacutendices antropomeacutetricos como substituiccedilatildeo eou apoio a avaliaccedilatildeo tradicional da
pressatildeo arterial Em vaacuterias conjunturas de sauacutede a alta demanda de paciente com
hipertensatildeo arterial exige a utilizaccedilatildeo de instrumentos de diagnoacutesticos e rastreamento
34
de raacutepida e faacutecil aplicaccedilatildeo que possam ser manejados por diferentes profissionais e
que sobretudo apresentem validade e fidedignidade A adequada validaccedilatildeo de
instrumentos e conhecimento de suas propriedades teacutecnicas na populaccedilatildeo brasileira
tambeacutem deve contribuir com a seleccedilatildeo de prioridades e delimitaccedilatildeo do conteuacutedo dos
programas de sauacutede pelos tomadores de decisatildeo em diferentes niacuteveis de gestatildeo
35
7 CONCLUSAtildeO
As anaacutelises dos dados permitem frente aos objetivos estabelecidos formular
as seguintes conclusotildees Quanto ao poder de discriminaccedilatildeo de iacutendices
antropomeacutetricos para a hipertensatildeo arterial em idosos os iacutendices antropomeacutetricos
(IMC RCEst e Iacutendice C) foram bons preditores de hipertensatildeo arterial para os homens
Dessa forma tais iacutendices podem ser empregados nos homens poreacutem tais medidas
natildeo foram satisfatoacuterias para predizer pressatildeo arterial elevada nas mulheres idosas
limitando a sua utilizaccedilatildeo para o sexo feminino com idades avanccediladas
O melhor ponto de corte para discriminar hipertensatildeo arterial foi 054 para a
RCEst nos homens dessa forma tal ponto de corte deve ser empregada no contexto
da atenccedilatildeo primaacuteria nos homens Sugere-se a utilizaccedilatildeo dessa medida a fim de
detectar e realizar a triagem da hipertensatildeo arterial com caracteriacutesticas similares agrave
amostra deste estudo
Recomenda-se que a utilizaccedilatildeo de dois iacutendices simultaneamente resulte em
uma maior eficiecircncia na avaliaccedilatildeo do risco de hipertensatildeo arterial em idosos A
indicaccedilatildeo destas medidas permite que ela seja realizada nas Unidades de Sauacutede da
Famiacutelia como meacutetodo de triagem para idosos com hipertensatildeo arterial utilizando
materiais de faacutecil manejo e de baixo custo
Dessa forma pode-se efetivamente atingir uma das estrateacutegias de prevenccedilatildeo
da hipertensatildeo arterial sistecircmica que eacute o controle da pressatildeo arterial durante o
envelhecimento Todavia sugere-se cautela na utilizaccedilatildeo do ponto de corte desses
indicadores para as mulheres pois os resultados natildeo foram satisfatoacuterios
Fica evidente a necessidade de outros estudos que identifiquem pontos de
corte de iacutendices antropomeacutetricos visando agrave detecccedilatildeo de hipertensatildeo arterial e de
outros fatores de risco cardiovascular nas mulheres idosas que residem em cidades
de pequeno porte
36
8 REFEREcircNCIAS
1 Omram AR The epidemiologic transition a theory of the epidemiology of population change Milbank Memorial Fund Quarterly 1971 49 (Part 1) 509-538
2 Wong LR Carvalho JM Age-strucutural transition in Brazil demographic bonuses and emerging challenges In Pool I Wong LLR Vilquin E editores Age-structural transitions challenges for development Paris Committee for International Cooperation in National Research in Demography 2006
3 Gragnolati M Jorgensen OH Rocha R Fruttero AA Envelhecendo em um Brasil mais Velho implicaccedilotildees do envelhecimento populacional sobre o crescimento econocircmico reduccedilatildeo da pobreza financcedilas puacuteblicas prestaccedilatildeo de serviccedilos Banco Internacional para a Reconstruccedilatildeo e o Desenvolvimento Banco Mundial 2011
4 Schmidt MI Duncan BB Silva GA et al Health in Brazil 4 Chronic non-communicable diseases in Brazil burden and current challenges The Lancet 2011 377
5 Ezzati M Hoorn SV Rodgers A et al Comparative Risk Assessment Collaborating Group Selected major risk factors and global and regional burden of disease Lancet 2002 360 1347-60
6 Lim SS Vos T Flaxman AD et al A comparative risk assessment of burden of disease and injury attributable to 67 risk factors and risk factor clusters in 21 regions 1990-2010 a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2010 Lancet 2012 380 (9859)2224-60
7 Sociedade Brasileira de Cardiologia Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Sociedade Brasileira de Nefrologia VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 2010 95(1) 1-51
8 Miranda DR Perrotti TC Bellinazzi VR et al Hipertensatildeo arterial no idoso peculiaridades na fisiopatologia no diagnoacutestico e no tratamento Rev Bras Hipertens 2002 9 293-300
9 Pilger C Menon MU Mathias TAF Caracteriacutesticas sociodemograacuteficas e de sauacutede de idosos contribuiccedilotildees para os serviccedilos de sauacutede Rev Latino-Am Enfermagem 2011 19(5)1230-1238
10 Pilger C Menon MU Mathias TAF Utilizaccedilatildeo de serviccedilos de sauacutede por idosos vivendo na comunidade Rev esc enferm USP 2013 47(1)213-220
11 Mariath AB Grillo LP Silva RO et al Obesidade e fatores de risco para o desenvolvimento de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis entre usuaacuterios de unidade de alimentaccedilatildeo e nutriccedilatildeo Cad Sauacutede Puacuteblica 2007 23 (4) 897-905
37
12 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Diretrizes e recomendaccedilotildees para o cuidado
integral de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis promoccedilatildeo da sauacutede vigilacircncia prevenccedilatildeo e assistecircncia Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2008
13 Kuumlmpe DA Sodreacute AC Pomatti DM et al Obesidade em Idosos Acompanhados
pela Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia Texto Contexto Enferm Florianoacutepolis 2011 20(3) 471-7
14 Silva KS Farias Juacutenior JC Fatores de risco associados agrave pressatildeo arterial elevada em adolescentes Rev Bras Med Esporte 2007 13(4) 237-40
15 Pitanga FJG Lessa I Razatildeo cintura-estatura como discriminador do risco
coronariano de adultos Rev Assoc Med Bras 2006 52157-61
16 Haun DR Pitanga FJG Lessa I Razatildeo CinturaEstatura comparado a outros indicadores antropomeacutetricos de obesidade como preditor de risco coronariano elevado Rev Assoc Med Bras [online] 2009 55(6) 705-711
17 Nascimento CM Ribeiro AQ SantrsquoAna LFR et al Estado nutricional e condiccedilotildees de sauacutede da populaccedilatildeo idosa brasileira revisatildeo da literatura Rev meacuted Minas Gerais 2011 21(2)174-180
18 Gomes MA Beck cc Duarte MFS et al Ficha Antropomeacutetrica no Nuacutecleo de Apoio a Sauacutede da Famiacutelia o que medir e para que medir Rev bras cineantropom desempenho hum 2009 11(2) 243-253
19 Azevedo LF Oliveira ACC Lima JRP et al Recomendaccedilotildees sobre condutas e procedimentos do profissional de educaccedilatildeo fiacutesica na atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede Rio de Janeiro CONFEF 2010 109-55
20 World Health Organization World health statistics 2012 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghopublicationsworld_health_statistics2012enindexhtmlgt [2012 set 18]
21 World Health Organization Global health risks mortality and burden of disease attributable to selected major risks Geneva World Health Organization 2009a
22 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Panorama da sauacutede brasileira em muacuteltiplos aspectos Percepccedilatildeo do estado de sauacutede estilo de vida e doenccedila crocircnica Pesquisa Nacional de Sauacutede 2013
23 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Pesquisa Nacional por Amostra
de Domiciacutelios 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapesquisaspesquisa_resultadosphpid_pesquisa=149gt[2014 dez 04]
24 Tribess S Virtuoso Junior JS Prescriccedilatildeo de exerciacutecios fiacutesicos para idosos Rev saudecom 2005 1(2)163-72
38
25 Pollock ML Wilmore JH Exerciacutecio na Sauacutede e na Doenccedila avaliaccedilatildeo e prescriccedilatildeo para prevenccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo Editora MEDSI 2ordf ed Rio de Janeiro 1993
26 Sociedade Brasileira de Cardiologia V Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 20061-48
27 World Health Organization Global Health Observatory (GHO) 2014 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghoncdrisk_factorsblood_pressure_prevalence_textengt [2014 dez 04]
28 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Secretaria de Atenccedilatildeo baacutesica agrave Sauacutede Departamento de atenccedilatildeo baacutesica - Hipertensatildeo arterial sistecircmica Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2006
29 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) (2009) Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeGestorvisualizar_textocfmidtxt=24421gt [2010 abr 07]
30 Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Nuacutemero de hipertenso 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwsbhorgbripadgeralphpgt [09 nov 2014]
31 Secretaria de Sauacutede do Estado da Bahia Hipertensatildeo Quantidade de Hipertensos na Bahia Disponiacutevel em (2014) lthttpwwwsaudebagovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=4418ampcatid=1ampItemid=14gt [2014 jan 10]
32 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica 2014 Dados de mortalidade na Bahia Disponiacutevel em lthttptabnetdatasusgovbrcgitabcgiexesiabcnvSIABSBAdefgt [2014 mai 05]
33 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica Dados sociodemograacuteficos de Ibicuiacute 2014 lthttptabnetdatasusgovbrcgideftohtmexesiabcnvSIABFBAdefgt [2014 jan 05]
34 Williams B The year in hypertension JACC 2010 55(1) 66-73
35 Lipp M Rocha JC Stress Hipertensatildeo Arterial e Qualidade de vida um guia de tratamento para o hipertenso Campinas Papirus 1996
36 Borenstein MS (Org) Manual de Hipertensatildeo Arterial Porto Allege Editora Sagra Luzzatto 1999
37 Joint National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure The Sixth Report of the Join National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure Arch Intern Med 1997157 2413-2446
39
38 Mitchell GF Parise H Benjamin EJ et al Changes in arterial stiffness and wave reflection with advancing age in health men and women Hypertension 2004 431239-1245
39 Matos AC Ladeia AM Avaliaccedilatildeo de fatores de risco cardiovascular em uma comunidade rural da Bahia Arq Bras Cardiol 2003 81(3) 291-6
40 World Health Organization Who Expert Committee on Physical Status the use and interpretation of antropometry Report of a WHO Expert Commitee Geneva WHO 1995 p 854
41 Pitanga FJG Antropometria na avaliaccedilatildeo da obesidade abdominal e risco coronariano Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum 201113(3) 238-241
42 Ferreira LS Amaral TF Marucci MFN et al Under nutrition as a major risk factor for death among older Brazilian adults in the community-dwelling setting SABE survey Nutrition 201127(10)17-22
43 Andrade FB Caldas Junior AF Kitoko PM et al Prevalence of overweight and obesity in elderly people from Vitoacuteria-ES Brazil Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2012 set17(3)749-756
44 Boscatto EC Duarte Mde F Coqueiro Rda S Barbosa AR Nutritional status in the oldest elderly and associated factors Rev Assoc Med Bras 2013 59(1)40-47
45 Kostka J Borowiak E Kostka T Nutritional status and quality of life in different
populations of older people in Poland Eur J Clin Nutr 2014 Nov68(11)1210-5
46 Silva DAS Petroski EL Associaccedilatildeo de diferentes pontos de corte para sobrepeso e obesidade com pressatildeo arterial elevada em idosas Rev Educ Fis UEM 2009 20 415-22
47 Nutrition Screening Initiative Interventions manual for professionals caring for older Americans Washington DC Nutrition Screening Initiative 1992
48 World Health Organization Obesity preventing and managing the global epidemic Report of a WHO Consultation on Obesity Geneva World Health Organization 1998
49 Cameron AJ Dunstan DW Owen N et al Health and mortality consequences
of abdominal obesity evidence from the Aus Diab study Med J Aust 2009191 202ndash208
50 Fox KA Despres JP Richard AJ et al Does abdominal obesity have a similar impact on cardiovascular disease and diabetes A study of 91246 ambulant patients in 27 European countries Eur Heart J 2009 30 3055ndash3063
40
51 Pouliot MC Despreacutes JP Lemieux S et al Waist circumference and abdominal sagittal diameter Best simple anthropometric indexes of abdominal visceral adipose tissue accumulation and related cardiovascular risk in men and woman Am J Cardiology 1994 73 460-468
52 Peixoto MRG Beniacutecio MHD Latorre M et al Circunferecircncia da Cintura e Iacutendice de massa Corporal como Preditores da Hipertensatildeo Arterial Arq Bras Cardiol 200687 462-470
53 MacKay MF Haffner SM Wagenknecht LE et al Prediction of type 2 diabetes using alternate anthropometric measures in a multiethnic cohort the insulin resistance atherosclerosis study Diabetes Care 200932(5)956-8
54 Valdez R A simple model-based index of abdominal adiposity J Clin Epidemiol1991 44(9) 955-6
55 Pitanga FJG Lessa I Sensibilidade e especificidade do iacutendice de conicidade como discriminador do risco coronariano de adultos em Salvador Brasil Rev Bras Epidemiol 20047(3)259-69
56 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano elevado em adultos na cidade de Salvador - Bahia Arq Bras Cardiol 2005 85 (1)26-31
57 Ghosh JR Bandyopadhyay AR Comparative evaluation of obesity measures relationship with blood pressures and hypertension Singapore Med J 200748(3) 232-5
58 Almeida RT Almeida MMG Araujo TM Obesidade abdominal e risco cardiovascular desempenho de indicadores antropomeacutetricos em mulheres Arq Bras Cardiol 2009 out92(5)375-380
59 Freitas Juacutenior Costa Rosa CS Codogno JS et al Capacidade cardiorrespiratoacuteria e distribuiccedilatildeo de gordura corporal de mulheres com 50 anos ou mais Rev Esc Enferm USP 2010 44(2) 395-400
60 Matos LN Giorelli GV Dias CB Correlation of anthropometric indicators for identifying insulin sensitivity and resistance Satildeo Paulo Med J [online] 2011 129(1) 30-35
61 Gomes MA Rech CR Gomes MBA et al Correlaccedilatildeo entre iacutendices antropomeacutetricos e distribuiccedilatildeo de gordura corporal em mulheres idosas Rev bras cineantropom desempenho hum 2006 set 8(3) 16-22
62 Tarastchuk JCE Gueacuterios EE Bueno RRL et al Obesidade e intervenccedilatildeo coronariana devemos continuar valorizando o Iacutendice de Massa Corpoacuterea Arq Bras Cardiol [online] 2008 90(5) 311-316
41
63 Ferreira AP CB Ferreira VC Souza et al Risco de distuacuterbio glicecircmico em mulheres idosas ajustado por antropometria e genoacutetipos de citocinas Rev Assoc Med Bras [online] 201157(5) 565-569
64 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano em mulheres Rev Bras Cineantrop Desempenho Hum 2006 8 (1) 14-21
65 Newman TB Browner WS Cummings SR Delineando estudos de testes meacutedicos In Hulley SB et al Delineando a pesquisa cliacutenica uma abordagem epidemioloacutegica 2 ed Porto Alegre Artmed 2003 203-224
66 Toscano CM As campanhas nacionais para detecccedilatildeo das doenccedilas crocircnicas natildeo-transmissiacuteveis diabetes e hipertensatildeo arterial Ciecircnc sauacutede Coletiva out-dez 2004 9(4) 885-895
67 Fletcher RH Fletcher SW Prevenccedilatildeo In Fletcher R Fletcher S Epidemiologia
cliacutenica elementos essenciais 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 2006 179-201
68 Jeckel J Elmore J Katz D Meacutetodos de prevenccedilatildeo secundaacuteria In _____ Epidemiologia bioestatiacutestica e medicina preventiva 2 ed Porto Alegre Artmed 2005 236-247
69 Klein CH Bloch KV Estudos seccionais In Medronho RA Carvalho DM Bloch KV Luiz RR Werneck GL Epidemiologia 1ordf ed Satildeo Paulo Editora Atheneu 2002 125-150
70 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Resoluccedilatildeo nordm- 6 de 3 de novembro de 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcenso2010ibgegovbrdados_divulgadosindexphpuf=29gt[201 dez 18]
71 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica ndash Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais (2014) Disponiacutevel em lthttpcodibgegovbr398G9gt [2014 ago 30]
72 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230gt [2013 mai 01]
73 Luiz RR Magnanini MMF A loacutegica da determinaccedilatildeo do tamanho da amostra em investigaccedilotildees epidemioloacutegicas Cad sauacutede coletiva Rio de Janeiro 2000 8(2) 9-28
74 Reis MC Nascimento RAS Pedreira RBS et al Validaccedilatildeo de Face e Clareza do Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede dos Idosos ndash IASI [resumo] in Anais do XIX Congresso Brasileiro Geriatria e Gerontologia Beleacutem 2014 296-296
75 Lohman TG Roche AF Martorell R Anthropometric Standardization Reference Manual Champaign Illinois Human Kinetics 1988
42
76 Vaz JCL Regiotildees de Incerteza para Curva ROC em Teste Diagnoacutesticos
[dissertaccedilatildeo] Satildeo Carlos Universidade Federal de Satildeo Carlos 2009
77 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de 2012
78 Erdreich LS Lee ET Use of relative operating characteristic analysis in epidemiology A method for dealing with subjective judgement Am J Epidemiol 1981 114649-62
79 Aekplakorn W Pakpeankitwatana V Lee CM et al Abdominal obesity and coronary heart disease in Thai men Obesity 200715(4)1036-42
80 Oliveira MAM Fagundes RLM Moreira EAM et al Relaccedilatildeo de Indicadores Antropomeacutetricos com Fatores de Risco para Doenccedila Cardiovascular Arq Bras Cardiol 2010 abr 94(4) 478-485
81 Mendes TAB Goldbaum M Segri NJ et al Factors associated with the prevalence of hypertension and control practices among elderly residents of Satildeo Paulo city Brazil Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(11) 2275-2286
82 Oliveira BFA Souza Mouratildeo D Gomes N et al Prevalecircncia de hipertensatildeo arterial em comunidades ribeirinhas do Rio Madeira Amazocircnia Ocidental Brasileira Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(8) 1617-1630
83 Picon RV Fuchs FD Moreira LB et al Prevalence of Hypertension Among Elderly Persons in Urban Brazil A Systematic Review With Meta-Analysis Am J Hypertens 2013 26 (4) 541-548
84 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Pessoa Idosa e Envelhecimento Seacuteries Pactos pela Sauacutede 2006 v 12 Brasiacutelia ndash DF 2010
85 Leal Neto JS Souza J Coqueiro RS et al Anthropometric indicators of obesity as screening tools for high blood pressure in the elderly Int J Nurs Pract 2013 Aug 19(4) 360-367
86 Schisterman EF Faraggi D Reiser B Trevisan M Statistical inference for the area under the receiver operating characteristic curve in the presence of random measurement error Am J Epidemiol 2001 154 (2) 174-9
87 Samsen M Hanchaiphiboolkul S Puthkhao P et al Appropriate body mass index and waist circumference cutoffs for middle and older age group in Thailand data of 19621 participants from Thai epidemiologic stroke (TES) study J Med Assoc Thai 2012 Sep 95(9)1156-66
88 Ko GTC Chan JCN Cockram CS Woo J Prediction of hypertension diabetes dyslipidemia or albuminuria using simple anthropometric indexes in Hong Kong Chinese Int J Obes 1999 23 (11) 1136-42
43
89 Lin WY Lee LT Chen CY et al Optimal cut-off values for obesity using simple anthropometric indices to predict cardiovascular risk factors in Taiwan Int J Obes Relat Metab Disord 2002261232-8
90 Pua YH Ong PH Anthropometric indices as screening tools for cardiovascular risk factors in Singaporean women Asia Pac J Clin Nutr 2005 14 (1) 74-9
91 Berber A Goacutemez-Santos R Fanghaumlnel G Saacutenchez-Reyes L Anthropometric
indexes in the prediction of type 2 diabetes mellitus hypertension and dyslipidaemia in a Mexican population Int J Obes 200125(12)1794-9
92 Browning LM Hsieh SD Ashwell M A systematic review of waist-to-height ratio
as a screening tool for the prediction of cardiovascular disease and diabetes 05 could be a suitable global boundary value Nutr Res Rev 2010 23(2)247-69
93 Bertsias G Mammas I Linardakis M Kafatos A Overweight and obesity in
relation to cardiovascular disease risk factors among medical students in Crete Greece BMC Public Health 2003 31-9
94 Kashihara H Lee JS Kawakubo K et al Criteria of Waist Circumference According to Computed Tomography-Measured Visceral Fat Area and the Clustering of Cardiovascular Risk Factors Circ J 2009 73 1881-1886
44
APEcircNDICES
45
Apecircndice 1
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
46
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS
PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE SAUacuteDE
DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE
Jequieacute ____ ____ 201__
APEcircNDICE 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Vocecirc esta sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa do Nuacutecleo de
Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo (NESP) da Universidade Estadual do Sudoeste da
Bahia
Objetivo do estudo Avaliar e monitorar as condiccedilotildees de sauacutede de idosos residentes
em comunidade
Participaccedilatildeo Ao aceitar participar do estudo estarei agrave disposiccedilatildeo do pesquisador
para responder ao formulaacuterio que seraacute arquivado pelo autor por um periacuteodo de cinco
anos sendo posteriormente incinerado
Riscos Este estudo natildeo traraacute riscos para minha integridade fiacutesica ou moral dos
participantes
Confidencialidade do estudo Seraacute garantida a privacidade o anonimato bem como
o direito de aceitar ou natildeo participar da pesquisa podendo ser essa autorizaccedilatildeo
suspensa em qualquer fase do estudo Assim as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo
4662012 do Conselho Nacional de Sauacutede que discorre sobre pesquisa envolvendo
seres humanos seratildeo atendidas Os resultados seratildeo publicados no relatoacuterio final da
dissertaccedilatildeo e artigos cientiacuteficos
47
Benefiacutecios Accedilotildees interinstitucionais articuladas promovidas numa perspectiva
interdisciplinar possibilitaratildeo uma melhor compreensatildeo das condiccedilotildees de sauacutede dos
idosos residentes em comunidade do municiacutepio e contribuiraacute para a formulaccedilatildeo de
accedilotildees direcionadas as necessidades dessa populaccedilatildeo
Danos advindos da pesquisa Caso haja algum prejuiacutezo decorrente da realizaccedilatildeo
deste estudo seraacute providenciada a devida reparaccedilatildeo dos danos atraveacutes do
responsaacutevel pelo estudo O pesquisador e os entrevistados natildeo receberatildeo benefiacutecios
financeiros para participaccedilatildeo no estudo Todas as despesas seratildeo por conta do
pesquisador
Participaccedilatildeo voluntaacuteria Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria podendo a qualquer
momento desistir do estudo sem qualquer prejuiacutezo ou penalidade para mim
Consentimento para participaccedilatildeo Apoacutes ser devidamente esclarecido (a) quanto
aos objetivos deste estudo dos procedimentos aos quais serei submetido (a) bem
como dos possiacuteveis riscos decorrentes da minha participaccedilatildeo estou de acordo em
participar do mesmo O pesquisador responsaacutevel pelo estudo assegura que seraacute
disponibilizado qualquer esclarecimento adicional que eu venha a solicitar durante a
realizaccedilatildeo da pesquisa e o direito de desistir da participaccedilatildeo em qualquer momento
Em casos de duacutevidas eou problemas referentes ao estudo vocecirc poderaacute
entrar em contato com o autor atraveacutes do Nuacutecleo de Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo
(NESP) (73) 3528-9721
Sendo assim eu ______________________________________________
aceito livremente participar do Projeto MONIDI
__________________________________ __________________________________
Assinatura do (a) participante
RG _________________________
Assinatura do (a) pesquisador
RG_________________________
48
Apecircndice 2
Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede do Idoso
49
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS
PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE
SAUacuteDE DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE
Nuacutemero do Questionaacuterio |__|__|__|
Nome do Entrevistador ___________________________
Visita 1 2 3
Data Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Hora de iniacutecio ________
Hora de teacutermino ________
I INFORMACcedilOtildeES PESSOAIS E SOCIODEMOGRAacuteFICAS
1 Nome do entrevistado
2Sexo
0 ( ) Feminino
1 ( ) Masculino
3 Endereccedilo completotelefone
4 Idade ____ anos
41 Data de Nascimento
____________
50
5 Situaccedilatildeo conjugal atual
1 ( ) Casado(a) 2 ( ) Uniatildeo estaacutevel 3 ( ) Solteiroa
4 ( ) Divorciado(a)separado(a)desquitado(a) 5 ( ) Viuacutevoa
6 No total quantas vezes o (a) Sr(a) esteve casado(a) ou em uniatildeo
Nordm de vezes |___|___|
7 Na escola qual a uacuteltima seacuterie grau que concluiu com aprovaccedilatildeo
1 - Nunca foi agrave escola ( ) 4 - Fundamental II ( )5 a ( )6 a ( )7 a ( )8 a
2 - Lecirc e escreve o nome ( ) 5 - Ensino Meacutedio ( ) 1 a ( )2 a ( )3
3 - Fundamental I ( )1 a ( )2 a 6 - Superior ( ) completo ( ) incompleto
( )3 a ( )4 a
8 Como vocecirc classificaria a cor da sua pele
1( ) Branca 2( ) Amarela (oriental) 3( ) Parda
4( ) Origem indiacutegena 5( ) Preta 9( ) Natildeo sabe
9 Cor da pele (entrevistador)
1( ) branca 2( ) amarela (oriental) 3( ) parda
4( ) origem indiacutegena 5( ) preta
10-Quantos filhos e filhas nascidos vivos o(a)Sr(a) teve (natildeo inclua enteados filhos
adotivos abortos ou filhos nascidos mortos)
Nuacutemero de filhos |____|____| (98) NS (99) NR
11 Atualmente o senhor (a) mora sozinho ou acompanhado
1( )Acompanhado 2( ) Sozinho 3( ) NR 4( )NS
51
12 Desde que o senhor (a) nasceu viveu no campo por 5 anos ou mais
0( ) Natildeo 1( ) Sim 2( ) NS 3( ) NR
13 Qual eacute a sua religiatildeo
1( ) Catoacutelica 2( ) Protestante 3( ) Judaica
4( ) Espiacuteritakardecista 5( ) Umbanda 6( ) Outras ____________
14 Qual a importacircncia da religiatildeo em sua vida
(1) Importante (2) Regular (3) Nada importante (8) NS (9) NR
15 Com que frequecircncia o senhor vai agrave igreja ou ao serviccedilo religioso
( ) Nunca ( ) Vaacuterias vezes por ano ( ) Uma duas vezes por mecircs
( ) Quase toda semana ( ) Mais de uma vez por semana ( ) NS ( ) NR
16 Quanto vocecirc ganha em meacutedia por mecircs R$ __________8( )Natildeo se aplica
II A CONSUMO DE AacuteLCOOL E TABACO
Uso de bebidas alcooacutelicas
1 Vocecirc consome bebidas alcooacutelicas Se vocecirc NAtildeO BEBE siga para o bloco III C
0 ( )sim 1( ) natildeo
2 Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
3 As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
4 Sente-se chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
5 Costuma beber pela manhatilde para diminuir o nervosismo ou a ressaca
0 ( ) sim 1( ) natildeo
Haacutebito de fumar
1 Vocecirc jaacute foi fumante 0 ( ) sim 1( ) natildeo
52
2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco
III C
3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros
4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias
III ANTROPOMETRIA
MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS
ESTATURA
MASSA CORPORAL
CIRCUNFEREcircNCIA
DE CINTURA
IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL
MEDIDA 01 02 03
Pressatildeo arterial
sistoacutelica
Pressatildeo arterial
diastoacutelica
53
ANEXOS
54
Anexo 1
Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos
55
56
xi
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 1
2 REVISAtildeO DE LITERATURA 3
21 Consideraccedilotildees sobre doenccedilas cardiovasculares no Brasil e o processo de envelhecimento populacional 3
22 Hipertensatildeo arterial e a populaccedilatildeo idosa 4
23 Iacutendices antropomeacutetricos de sobrepeso e obesidade 5
24 A importacircncia da validaccedilatildeo 7
3 OBJETIVOS 10
4 MATERIAL E MEacuteTODOS 11
41 Tipos de estudo 11
42 Cenaacuterios do estudo 11
43 Populaccedilatildeo e amostra 12
44 Equipes de coleta de dados 13
45 Procedimentos para coleta de dados 14
451 Variaacuteveis do estudo e dados coletados 14
452 Instrumentos de coleta 14
453 Pressatildeo Arterial 14
454 Antropometria 15
46 Anaacutelise dos dados 16
47 Aspectos Eacuteticos 17
5 RESULTADOS 18
51 Caracterizaccedilatildeo da amostra estudada 18
52 Caracteriacutesticas antropomeacutetricas 20
53 Anaacutelise da curva ROC 21
6 DISCUSSAtildeO 28
61 Aacutereas sob a Curva ROC 28
62 Iacutendices antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial 30
7 CONCLUSAtildeO 35
8 REFEREcircNCIAS 36
xii
IacuteNDICE DE FIGURAS
Figura 1 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Ibicuiacute BA na regiatildeo Nordeste do Brasil 12
Figura 2 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial
(mulheres) IMC - iacutendice de massa corporal 23
Figura 3 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial
(homens) IMC - iacutendice de massa corporal 23
Figura 4 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial
(mulheres) CC ndash circunferecircncia da cintura 24
Figura 5 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens)
CC ndash circunferecircncia da cintura 24
Figura 6 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial
(mulheres) RCEst - razatildeo cinturaestatura 25
Figura 7 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial
(homens) RCEst - razatildeo cinturaestatura 25
Figura 8 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial
(mulheres) Iacutendice C -iacutendice de conicidade 26
Figura 9 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial
(homens) Iacutendice C - iacutendice de conicidade 26
xiii
IacuteNDICE DE TABELAS
Tabela 1 - Classificaccedilatildeo da pressatildeo arterial de acordo com a VI Diretrizes
Brasileiras de Hipertensatildeo (2010) 15
Tabela 2 - Classificaccedilatildeo do Iacutendice de Massa Corporal 15
Tabela 3 - Variaacuteveis sociodemograacuteficas e de estilo de vida em idosos 19
Tabela 4 - Valores descritivos miacutenimos e maacuteximos das variaacuteveis analisadas 21
Tabela 5 - Percentuais das variaacuteveis analisadas 21
Tabela 6 - Aacuterea sob a curva ROC e IC95 entre os iacutendices antropomeacutetricos e
hipertensatildeo arterial em idosos 22
Tabela 7 - Pontos de corte sensibilidade e especificidade dos iacutendices
antropomeacutetricos para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial em idosos 27
xiv
LISTA DE SIacuteMBOLOS OU NOMECLATURA
ASC - Aacuterea Sob a Curva
AVE - Acidente Vascular Encefaacutelico
CC - Circunferecircncia da Cintura
CNS - Conselho Nacional de Sauacutede
DCNT - Doenccedilas Crocircnicas Natildeo Transmissiacuteveis
ESF - Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia
ESTUDO MONIDI - Monitoramento da Sauacutede de Idosos de um Municiacutepio de
Pequeno Porte
HAS - Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica
IASI - Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede de Idosos
IC95 - Intervalo de Confianccedila 95
IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica
IMC ndash Iacutendice de Massa Corporal
Iacutendice C ndash Iacutendice de Conicidade
Li-IC ndash Limite Inferior do Intervalo de Confianccedila
NSI - Nutricion Screening Initiative
PA ndash Pressatildeo Arterial
PAD ndash Pressatildeo Arterial Diastoacutelica
PAS - Pressatildeo Arterial Sistoacutelica
RCEst - Razatildeo Cintura-Estatura
ROC - Receive Operator Caracteristic
SBH - Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo
SPSS - Statistical Package for the Social Sciences
xv
SUS - Sistema Uacutenico de Sauacutede
TCLE - Termo de Consentimento Livre Esclarecido
USFs - Unidades de Sauacutede da Famiacutelia
WHO - World Health Organization
1
1 INTRODUCcedilAtildeO
A transiccedilatildeo epidemioloacutegica caracteriza-se pela evoluccedilatildeo progressiva de um
perfil de alta mortalidade por doenccedilas infecciosas para outro onde predominam os
oacutebitos por doenccedilas cardiovasculares neoplasias causas externas e outras doenccedilas
consideradas crocircnico-degenerativas natildeo transmissiacuteveis1 Jaacute a transiccedilatildeo demograacutefica
tem relaccedilatildeo direta com a evoluccedilatildeo das taxas de mortalidade natalidade e
fecundidade no qual houve uma mudanccedila da populaccedilatildeo jovem para um contingente
cada vez maior e mais importante de pessoas com 60 anos ou mais de idade2
As mudanccedilas demograacuteficas evidenciam o aumento na expectativa de vida com
consequente crescimento da populaccedilatildeo idosa3 Essa modificaccedilatildeo no perfil etaacuterio da
populaccedilatildeo concorre para transformaccedilatildeo nos aspectos relacionados agrave
morbimortalidade nos quais as doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis (DCNT) passam
a ser as principais causas de adoecimentomorte As DCNT mais prevalentes satildeo as
doenccedilas cardiovasculares cacircnceres respiratoacuterias crocircnicas diabetes e hipertensatildeo
arterial4
A hipertensatildeo arterial sistecircmica (HAS) eacute a primeira causa de mortalidade em
acircmbito mundial e a terceira causa de incapacidade induzida por doenccedila apoacutes
desnutriccedilatildeo e doenccedilas sexualmente transmissiacuteveis5 Estima-se que a pressatildeo arterial
elevada cause 94 milhotildees de mortes por ano no mundo6 A HAS eacute o principal fator de
risco para acidente vascular encefaacutelico (AVE) doenccedila arterial coronariana
insuficiecircncia cardiacuteaca insuficiecircncia renal crocircnica e doenccedila vascular de extremidades7
Tal enfermidade em idosos estaacute associada a significante aumento nos distuacuterbios
cardiovasculares na incidecircncia de doenccedilas incapacitantes com consequente
diminuiccedilatildeo da sobrevida e piora na qualidade de vida resultando dependecircncia e perda
da autonomia8910
Vaacuterios estudos evidenciam que a gordura corporal estaacute relacionada com a
pressatildeo arterial elevada em idosos111213 Dessa forma para discriminar a quantidade
de gordura corporal e sua distribuiccedilatildeo os iacutendices antropomeacutetricos satildeo instrumentos
haacutebeis principalmente em estudos epidemioloacutegicos Aleacutem disso tecircm sido utilizados
com frequecircncia em estudos populacionais e satildeo importantes por monitorar o estado
nutricional em diferentes grupos Esses iacutendices satildeo bons preditores para a
hipertensatildeo arterial14 diabetes mellitus doenccedilas cardiovasculares e para discriminar
2
o risco coronariano em diferentes populaccedilotildees1516 Apresentam como vantagens a sua
simplicidade baixo custo e faacutecil utilizaccedilatildeo Contudo estudos sobre os iacutendices
antropomeacutetricos satildeo escassos e inconclusivos na populaccedilatildeo idosa17
A identificaccedilatildeo indireta da hipertensatildeo arterial por meio dos iacutendices
antropomeacutetricos pode ser uma estrateacutegia importante na sauacutede puacuteblica como
instrumento de triagem favorecendo a identificaccedilatildeo das alteraccedilotildees na pressatildeo
arterial Uma das estrateacutegias recomendadas para atingir essa proposta eacute a utilizaccedilatildeo
de instrumentos de rastreamento adequados de raacutepida e faacutecil aplicaccedilatildeo e que
apresentem coeficientes de fidedignidade e de validade significativos No contexto da
atenccedilatildeo primaacuteria recentemente Gomes et al (2009)18 e Azevedo et al (2010)19
propuseram a aplicaccedilatildeo da antropometria para a detecccedilatildeo de fatores de risco agrave sauacutede
sugerindo a utilizaccedilatildeo do iacutendice de massa corporal (IMC) e circunferecircncia da cintura
(CC) como medidas de triagem
Averiguar o poder discriminatoacuterio e estabelecer pontos de corte ou seja
valores criacuteticos de iacutendices antropomeacutetricos que se associem a hipertensatildeo arterial em
idosos pode ser uma boa estrateacutegia de monitoramento e de triagem destes fatores de
risco Sendo que os valores criacuteticos dos iacutendices antropomeacutetricos para idosos natildeo
foram estabelecidos na literatura Dessa forma parecem ser relevantes os estudos
que indiquem meios indiretos para detectar fatores de risco cardiovascular Os iacutendices
antropomeacutetricos podem ser utilizados como estrateacutegia eficiente no processo de
triagem da hipertensatildeo arterial no ambiente da atenccedilatildeo primaacuteria do Sistema Uacutenico de
Sauacutede (SUS)
3
2 REVISAtildeO DE LITERATURA
21 Consideraccedilotildees sobre doenccedilas cardiovasculares no Brasil e o processo de envelhecimento populacional
Atualmente as doenccedilas cardiovasculares tecircm acometido grande parcela da
populaccedilatildeo mundial Em 2012 o relatoacuterio da World Health Organization (WHO)20
estimou que 175 milhotildees de pessoas morreram de doenccedilas cardiovasculares
representando 46 de todas as mortes globais Jaacute a pressatildeo arterial elevada
provoca 51 das mortes por acidente vascular cerebral e 45 das mortes por doenccedila
arterial coronariana21
Tais doenccedilas foram responsaacuteveis por 70 das causas de morte no Brasil no
ano de 2013 As doenccedilas cardiovasculares como do aparelho circulatoacuterio cacircncer e
diabetes tecircm respondido por um nuacutemero elevado de mortes antes dos 70 anos22
O crescimento populacional e o aumento da longevidade podem acarretar a um
raacutepido aumento no nuacutemero total de adultos de meia-idade e mais velhos com um
correspondente aumento do nuacutemero de mortes causadas por doenccedilas crocircnicas natildeo
transmissiacuteveis
Dessa forma a quantidade de pessoas com mais de 60 anos satildeo hoje 13 da
populaccedilatildeo brasileira ou 261 milhotildees de indiviacuteduo em 201323 Com o processo de
envelhecimento populacional as doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis ganharam
expressotildees para a sociedade para previdecircncia social e por consequecircncia para a
sauacutede puacuteblica
A fase do envelhecimento eacute o momento caracterizado pelas alteraccedilotildees fiacutesicas
psicossociais e pelo decliacutenio da capacidade funcional dos organismos como tambeacutem
pelo surgimento de condiccedilotildees patoloacutegicas advindas de haacutebitos de vida inadequados
(tabagismo alcoolismo alimentaccedilatildeo incorreta ausecircncia de atividade fiacutesica regular
entre outros)24 Dessa forma para retardar essas mudanccedilas eacute necessaacuterio ter um
envelhecimento saudaacutevel
4
22 Hipertensatildeo arterial e a populaccedilatildeo idosa
A hipertensatildeo arterial eacute definida como sendo uma condiccedilatildeo crocircnica da tensatildeo
arterial elevada resultando em valores acima do considerado aceito ou seja quando
a pressatildeo arterial sistoacutelica (PAS) estaacute cronicamente acima de 140 mmHg ou a pressatildeo
arterial diastoacutelica (PAD) estaacute cronicamente acima de 90 mmHg2526
No mundo em torno de um bilhatildeo de pessoas satildeo hipertensas natildeo controladas
sendo que 75 milhotildees de pessoas morreram a cada ano pela doenccedila ateacute o ano de
200827 Estimativas do Ministeacuterio da Sauacutede indica que cerca de 17 milhotildees de
brasileiros apresentam hipertensatildeo arterial sendo que 35 dessa populaccedilatildeo tinham
idade igual ou superior a 40 anos Em comparaccedilatildeo com anos anteriores pode-se
observar que a proporccedilatildeo de brasileiros diagnosticados com hipertensatildeo arterial
cresceu de 215 em 2006 para 244 em 20092829
O resultado da Pesquisa Nacional de Sauacutede do primeiro semestre de 2013
estimou que o Brasil tem 313 milhotildees de hipertensos Entre as pessoas com mais de
60 anos mais de 444 tecircm hipertensatildeo sendo que essa prevalecircncia cresce com a
idade22 Esses dados se aproximam aos nuacutemeros da Sociedade Brasileira de
Hipertensatildeo (SBH) no qual estima que haja 30 milhotildees de hipertensos no Brasil em
2014 ou seja cerca de 30 da populaccedilatildeo adulta30
Jaacute na populaccedilatildeo baiana com idade acima de 40 anos cerca de 35 tecircm
hipertensatildeo arterial correspondendo a cerca de 13 milhatildeo de pessoas acometidas
pela doenccedila Na populaccedilatildeo dos 55 aos 64 anos 516 tecircm pressatildeo arterial elevada
e com 65 anos ou mais esse nuacutemero chega a 60631 No estado da Bahia foram
registradas 6274 mortes por doenccedilas de aparelho circulatoacuterio ateacute o mecircs de outubro
de 2013 Dentre os registros 649 foram por hipertensatildeo32 No municiacutepio de Ibicuiacute ndash
BA a prevalecircncia de HAS cadastrados nas Unidades de Sauacutede da Famiacutelia (USFs) foi
de 643 idosos33
A hipertensatildeo arterial eacute caracterizada por niacuteveis elevados e sustentados de
pressatildeo arterial (PA) como uma condiccedilatildeo cliacutenica multifatorial Associa-se
frequentemente a alteraccedilotildees funcionais eou estruturais dos oacutergatildeos-alvo (coraccedilatildeo
enceacutefalo rins e vasos sanguiacuteneos) e a alteraccedilotildees metaboacutelicas2634 Pode ser
classificada em primaacuteria e secundaacuteria de acordo com a sua origem A primaacuteria tem
5
sua origem desconhecida35 e a secundaacuteria eacute decorrente de alguma doenccedila
subjacente36
No caso de a PA estar cronicamente elevada ou seja hipertensatildeo arterial o
risco de desenvolvimento de complicaccedilotildees cardiovasculares renais e ateacute mesmo o
oacutebito aumenta consideravelmente37
Com relaccedilatildeo agrave caracteriacutestica fisiopatoloacutegica da HAS a partir dos 50 ou 60 anos
de idade a pressatildeo diastoacutelica diminui e a pressatildeo central aumenta determinando um
balanccedilo proacuteximo entre resistecircncia aumentada e aumento da impedacircncia na aorta
toraacutecica Dessa forma a pressatildeo de pulso comeccedila a se elevar e a HAS se torna o
principal subtipo de hipertensatildeo apoacutes a sexta deacutecada de vida38
Contudo apoacutes os 60 anos ocorre o enrijecimento arterial central indicado pela
queda na pressatildeo diastoacutelica e o raacutepido alargamento da pressatildeo de pulso O aumento
da rigidez arterial central e a amplitude da onda de pulso satildeo fatores hemodinacircmicos
dominantes nos indiviacuteduos normotensos e hipertensos apoacutes os 60 anos38
Aleacutem dos fatores fisiopatoloacutegicos vale destacar que o aumento da pressatildeo
arterial com a idade tambeacutem estaacute relacionado com o consumo de sal exagerado ao
longo da vida39
As principais estrateacutegias no tratamento natildeo-farmacoloacutegico da HAS segundo
Ministeacuterio da Sauacutede28 se encontram na adoccedilatildeo de haacutebitos alimentares saudaacuteveis
reduccedilatildeo na ingestatildeo de soacutedio reduccedilatildeo do consumo de bebidas alcooacutelicas abandono
do tabagismo praacutetica de atividade fiacutesica regular controle ou diminuiccedilatildeo da massa
corporal
23 Iacutendices antropomeacutetricos de sobrepeso e obesidade
Como meacutetodo natildeo invasivo a antropometria eacute utilizada principalmente para
avaliar as proporccedilotildees tamanho e a composiccedilatildeo corporal40 Tal meacutetodo possui relaccedilatildeo
com estado de sauacutede condiccedilotildees sociais e econocircmicas de grupos populacionais
podendo diagnosticar a desnutriccedilatildeo ou excesso de peso Os iacutendices antropomeacutetricos
que consistem na mediccedilatildeo de dimensotildees corporais podem ser usados para predizer
a sauacutede geral e bem-estar da populaccedilatildeo40
6
Em 2011 estudo realizado por Pitanga41 indica que os iacutendices antropomeacutetricos
apresentam-se como preditores do risco de infarto do miocaacuterdio acidente vascular
encefaacutelico e morte prematura
O IMC eacute determinado pela massa corporal em quilogramas dividido pela
estatura em metros ao quadrado eacute uma medida que determina o estado nutricional
Este iacutendice antropomeacutetrico eacute comumente aplicado em estudos epidemioloacutegicos em
idosos para diagnosticar o excesso de peso (sobrepesoobesidade) principalmente
por ser um meacutetodo faacutecil de aplicar raacutepido e de baixo custo Deste modo vaacuterios
estudos com essa populaccedilatildeo tecircm avaliado o estado nutricional por meio do IMC42
434445
No estudo de Silva e Petroski (2009)46 com idosas de um grupo de convivecircncia
do municiacutepio de Aracaju ndash Sergipe sugeriu que o ponto de corte do IMC utilizado pela
Nutricion Screening Initiative ndash NSI (1992)47 para sobrepeso e excesso de peso foi o
mais bem associado com a PA elevada e para obesidade o melhor ponto de corte
associado com a PA elevada foi o da WHO (1998)48
A outra medida importante para avaliaccedilatildeo da obesidade central dos indiviacuteduos
eacute a circunferecircncia de cintura A obesidade eacute caracterizada pelo acuacutemulo excessivo de
gordura corporal no indiviacuteduo e quando presente na regiatildeo abdominal tem alta
correlaccedilatildeo com doenccedilas cardiovasculares e distuacuterbios metaboacutelicos40 O obeso tem
mais propensatildeo a desenvolver problemas como hipertensatildeo doenccedilas
cardiovasculares diabetes tipo 2 entre outras doenccedilas4950
Comparando as medidas antropomeacutetricas com exames de diagnoacutesticos por
imagens como a tomografia computadorizada e a ressonacircncia magneacutetica foi
verificado que a circunferecircncia da cintura apresentou melhor correlaccedilatildeo com o tecido
adiposo visceral51 Tambeacutem o aumento da circunferecircncia da cintura teve boa
associaccedilatildeo com o aumento significativo da prevalecircncia da hipertensatildeo arterial52
A razatildeo cintura-estatura (RCEst) eacute determinado pela divisatildeo da circunferecircncia
da cintura (cm) pela estatura (cm) Este indicador tem sido utilizado para identificar
alto risco metaboacutelico obesidade fatores de risco cardiovascular e maior capacidade
preditiva para o risco coronariano elevado em populaccedilotildees adultas e idosas1653
tambeacutem eacute fortemente associada a diversos fatores de risco cardiovascular em
diferentes populaccedilotildees15
7
O Iacutendice C eacute determinado com as medidas de massa corporal da estatura e da
circunferecircncia da cintura54 e eacute muito utilizado com a populaccedilatildeo adulta555657585960 Jaacute
com a populaccedilatildeo de idosos o iacutendice C tem sido pouco utilizado e somente alguns
estudos usaram esse indicador para tentar identificar distuacuterbios metaboacutelicos risco
coronariano e prevalecircncia de risco agrave sauacutede616263 Natildeo foram encontrados estudos
associativos entre o Iacutendice C e pressatildeo arterial elevada em idosos
Tais iacutendices satildeo pouco utilizados com a populaccedilatildeo idosa e principalmente com
populaccedilotildees residentes em cidades de pequeno porte Dessa forma para discriminar e
analisar o incremento de gordura corporal os iacutendices antropomeacutetricos tecircm
demonstrado eficiecircncia principalmente em estudos epidemioloacutegicos Cada indicador
tem peculiaridade quanto a sua distribuiccedilatildeo e discriminaccedilatildeo por isso podem ser
utilizados conjuntamente ou separadamente dependendo dos objetivos como
estrateacutegia eficiente para a detecccedilatildeo e o controle de doenccedilas
Contudo os iacutendices antropomeacutetricos tecircm sido bem utilizados para associar
vaacuterios fatores de risco de sauacutede como doenccedilas coronarianas cardiovasculares
distuacuterbios metaboacutelicos dentre outros641641 Poreacutem ainda natildeo estaacute clara sua
associaccedilatildeo com pressatildeo arterial elevada em idosos
Sendo assim os iacutendices antropomeacutetricos satildeo eficientes para identificar a
hipertensatildeo arterial em idosos E quais satildeo os melhores iacutendices para identificar as
alteraccedilotildees da pressatildeo arterial elevada em idosos
24 A importacircncia da validaccedilatildeo
Como se trata de um estudo de validaccedilatildeo de um meacutetodo faz-se necessaacuterio
debater sobre o tema Os instrumentos de rastreamento satildeo ferramentas essenciais
para os serviccedilos de sauacutede pois fornecem medidas relevantes reprodutiacuteveis e
acuradas permitindo a identificaccedilatildeo das pessoas com maior chance de preencher os
criteacuterios para uma determinada condiccedilatildeo ou doenccedila Como tambeacutem completa o
registro de informaccedilatildeo e a comparaccedilatildeo de resultados minimizando a influecircncia de
fatores subjetivos na coleta e registro de dados6566
A escolha de um instrumento deve-se basear em suas qualidades que
consistem em coeficientes significativos de validade e fidedignidade Dessa forma
8
essas medidas necessitam apresentar simplicidade na teacutecnica economia facilidade
e rapidez na aplicaccedilatildeo e interpretaccedilatildeo666768
A validade caracteriza-se como a capacidade do instrumento medir aquilo que
se propotildees a medir Envolve um componente conceitual (julgamento subjetivo a
respeito do instrumento pelo pesquisador) e um componente operacional (avaliaccedilatildeo
sistemaacutetica (estatiacutestica) do teste) geralmente o comparando com um criteacuterio padratildeo
ouro67
A avaliaccedilatildeo operacional da validade utilizada nessa pesquisa foi a de criteacuterio
no qual mede agrave extensatildeo com que o instrumento discrimina sujeitos que diferem em
determinadas caracteriacutesticas Refere-se agrave capacidade de uma escala de se
corresponder com outras medidas ou de predizer algo a que se propotildee Eacute avaliada
por meio de criteacuterio-padratildeo (validade concorrente e validade preditiva) Sendo que a
validade preditiva eacute estimulada estatisticamente e expressa por meio da sensibilidade
especificidade valor preditivo positivo valor preditivo negativo e taxa de classificaccedilatildeo
incorreta67
A sensibilidade corresponde agrave proporccedilatildeo de casos positivos identificados
corretamente ou melhor eacute a capacidade de medida de reconhecer os verdadeiros
positivos Quanto maior a sensibilidade maior a chance de detectar a doenccedila A
especificidade eacute proporccedilatildeo de casos negativos identificados corretamente eacute a
capacidade do instrumento de reconhecer os verdadeiros negativos67
Quanto mais sensiacutevel for o teste melhor seraacute seu valor preditivo negativo ou
seja maior seraacute a certeza de que uma pessoa com resultado negativo natildeo tenha
realmente a doenccedila Quanto mais especifico melhor seraacute seu valor preditivo positivo
ou seja maior seraacute a certeza de que uma pessoa com resultado positivo tenha a
hipertensatildeo arterial67
Como estrateacutegia geral quando a principal preocupaccedilatildeo for evitar o resultado
falso-positivo entatildeo o ponto de corte deve objetivar o maacuteximo de especificidade e se
a preocupaccedilatildeo maior eacute evitar resultado falso-negativo (o resultado do teste em
paciente com suspeita de hipertensatildeo arterial) o ponto de corte deve objetivar o
maacuteximo de sensibilidade67 Os autores ainda referem que a curva Receive Operator
Caracteristic (ROC) eacute a melhor maneira de estabelecer o ponto de corte otimizando
a sensibilidade e especificidade do teste diagnoacutestico
9
Destaca-se que as qualidades de um instrumento aplicado em condiccedilotildees de
campo satildeo modificadas pela prevalecircncia de casos na populaccedilatildeo cliacutenica (onde eacute
esperado ter maior proporccedilatildeo de doenccedila) comparada com uma populaccedilatildeo geral
10
3 OBJETIVOS
Determinar o poder preditivo de iacutendices antropomeacutetricos para predizer
hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos
Estabelecer pontos de corte como discriminadores de hipertensatildeo arterial em
mulheres e homens idosos
Identificar o iacutendice antropomeacutetrico de obesidade que melhor discrimina a
hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos
11
4 MATERIAL E MEacuteTODOS
41 Tipos de estudo
Esta pesquisa eacute do tipo transversal ou seccional como parte do projeto de
Monitoramento da Sauacutede de Idosos de um Municiacutepio de Pequeno Porte ESTUDO
MONIDI Em estudos transversais a estrateacutegia de observaccedilatildeo da populaccedilatildeo eacute
seccional isto eacute as informaccedilotildees obtidas referem-se ao mesmo momento sendo mais
adequado para obtenccedilatildeo de estimativas populacionais As informaccedilotildees individuais
devem ser coletadas num determinado prazo mais curto possiacutevel decorrido entre as
observaccedilotildees do primeiro e uacuteltimo indiviacuteduo69
42 Cenaacuterios do estudo
O municiacutepio de Ibicuiacute fica localizado na zona fisiograacutefica de Vitoacuteria da Conquista
(Encosta do Planalto) e situada no Sudoeste do Estado da Bahia possui uma aacuterea
territorial de 1176843 kmsup2 populaccedilatildeo de 16640 habitantes7071 A populaccedilatildeo de
idosos no ano de 2013 era de 2124 habitantes e destes 525 estavam cadastrados
nas Unidades de Sauacutede da Famiacutelia33
12
Figura 1 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Ibicuiacute BA na regiatildeo Nordeste do Brasil
Fonte Adaptado do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE)72 Infograacuteficos
Cidades Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230
43 Populaccedilatildeo e amostra
A populaccedilatildeo alvo do presente estudo foi constituiacuteda por indiviacuteduos com idade
igual ou superior a 60 anos de ambos os sexos cadastrados na Estrateacutegia de Sauacutede
da Famiacutelia (ESF) que atenderam agraves aacutereas urbanas e rurais do municiacutepio de Ibicuiacute-BA
no ano de 2014 A lista com o nuacutemero de usuaacuterios idosos cadastrados nas USFs da
zona rural e urbana do municiacutepio foi solicitada junto agrave Secretaria Municipal de Sauacutede
Foram incluiacutedos no estudo idosos que estavam cadastrados na Estrateacutegia de
Sauacutede da Famiacutelia que aceitaram participar da pesquisa atraveacutes da assinatura do
Termo de Consentimento Livre Esclarecido (TCLE)
Os criteacuterios de exclusatildeo foram os participantes com diagnoacutestico de demecircncia
ou qualquer outro tipo de alteraccedilatildeo cognitiva que comprometesse a veracidade das
informaccedilotildees fornecidas idosos acamados portadores de doenccedila de Alzheimer ou
outro tipo de doenccedila neuroloacutegica que afetasse a cogniccedilatildeo doenccedila em estaacutegio
terminal
Apoacutes aplicaccedilatildeo dos criteacuterios de exclusatildeo foi efetuado o caacutelculo amostral
seguindo a proposta de Luiz e Magnanini (2000)73 para populaccedilotildees finitas com
13
predominacircncia desconhecida de 50 sendo adotado niacutevel de significacircncia de 5
(correspondendo a um intervalo de confianccedila de 95) e erro toleraacutevel de amostragem
de 25
O caacutelculo amostral resultou numa amostra miacutenima necessaacuteria de 305 idosos
Esse caacutelculo amostral sofreu ajuste em 10 para compensar eventuais perdas e
recusas Apoacutes o resultado do caacutelculo amostral os idosos participantes foram
selecionados atraveacutes de sorteio sendo este proporcional ao tamanho e a distribuiccedilatildeo
por sexo e por quantidade de idosos na Unidade de Sauacutede da Famiacutelia
Os indiviacuteduos assinaram o TCLE foram entrevistados e avaliados nas
dependecircncias da USF sendo que aqueles que natildeo foram localizados ou natildeo
compareceram a USF apoacutes trecircs tentativas foram automaticamente substituiacutedos por
meio de sorteio
44 Equipes de coleta de dados
A equipe de coleta foi composta por dois profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica
(Coordenadores) e cinco acadecircmicos de fisioterapia enfermagem e medicina A
equipe foi previamente treinada em reuniotildees teacutecnicas e no estudo piloto que foi
realizado no periacuteodo de Outubro a Dezembro de 2013 visando padronizar todo o
processo de coleta Foram estabelecidas accedilotildees referentes agrave logiacutestica agrave aplicaccedilatildeo dos
questionaacuterios e aos procedimentos de medidas das variaacuteveis antropomeacutetricas A
coleta propriamente dita ocorreu entre o periacuteodo de 03022014 a 20022014
14
45 Procedimentos para coleta de dados
451 Variaacuteveis do estudo e dados coletados
Foram mensuradas as variaacuteveis idade sexo situaccedilatildeo conjugal niacutevel de
escolaridade raccedilacor renda mensal alcoolismos e tabagismos Como tambeacutem
medidas de pressatildeo arterial sistoacutelica e diastoacutelica massa corporal estatura e
circunferecircncia da cintura
452 Instrumentos de coleta
Foi utilizado o instrumento de coleta denominado Instrumento de Avaliaccedilatildeo da
Sauacutede de Idosos (IASI) padronizado e validado previamente74 Tal instrumento obteacutem
caracteriacutesticas sociodemograacuteficas informaccedilotildees pessoais consumo de aacutelcool e
tabaco avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica e de pressatildeo arterial
Para aferir a pressatildeo arterial foi utilizado o aparelho digital (marca OMRONreg
modelo HEM ndash 742 INT) Utilizou-se ainda uma balanccedila digital portaacutetil (OMRONreg) e
um estadiocircmetro (marca Sannyreg) ambos devidamente calibrados e fita
antropomeacutetrica flexiacutevel (Cardiomedreg)
453 Pressatildeo Arterial
A pressatildeo arterial foi aferida com um aparelho digital de braccedilo com manguito
adequado agrave circunferecircncia do mesmo A medida foi realizada no braccedilo direito a altura
do coraccedilatildeo Foram realizadas trecircs medidas da pressatildeo arterial sendo a primeira apoacutes
o idoso permanecer cinco minutos em repouso e sentado a segunda apoacutes dois
minutos e a terceira dois minutos apoacutes a realizaccedilatildeo da segunda (foi utilizada a meacutedia
das trecircs medidas) Valores de referecircncia estatildeo estabelecidos na Tabela 1
15
Tabela 1 - Classificaccedilatildeo da pressatildeo arterial de acordo com a VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo (2010)
Classificaccedilatildeo Pressatildeo Sistoacutelica (mmHg)
Pressatildeo Diastoacutelica (mmHg)
Oacutetima Normal Limiacutetrofe
lt 120 lt 130 130-139
lt 80 lt 85 85-80
Hipertensatildeo estaacutegio I 140-159 90-99 Hipertensatildeo estaacutegio II 160-179 100-109 Hipertensatildeo estaacutegio III ge 180 ge 110 Hipertensatildeo sistoacutelica isolada
ge 140 lt 90
Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo (2010)7
454 Antropometria
Todas as medidas antropomeacutetricas foram realizadas trecircs vezes (verificou-se a
meacutedia de tais medidas) por um profissional de Educaccedilatildeo Fiacutesica para diminuir o erro
intra e inter avaliadores e anotados por um apontador Os idosos foram medidos
conforme procedimentos padronizados por Lohman et al (1988)75 sem calccedilados
roupas leves sem reloacutegio chaves celular etc
Foi mensurada a circunferecircncia da cintura com uma fita antropomeacutetrica flexiacutevel
no ponto meacutedio entre a uacuteltima costela e a crista iliacuteaca e o procedimento foi deixar a
cintura livre de roupa e os braccedilos cruzados no peito Classificaccedilatildeo de risco para
desenvolver doenccedilas por Lohman et al (1988)75 HOMENS gt 102 cm e MULHERES
gt 88 cm Foi determinado o IMC atraveacutes da equaccedilatildeo [IMC =massa corporal
(kg)estatura2(m)] Valores de referecircncia estatildeo estabelecidos na Tabela 2
Tabela 2 - Classificaccedilatildeo do Iacutendice de Massa Corporal
IMC Classificaccedilatildeo
Baixo peso lt 220 kgm2 Peso adequado 220 le IMC le 270 kgm2 Obesidade gt 270 kgm2
Lohman et al (1988)75
16
A razatildeo cintura-estatura foi determinada pela equaccedilatildeo proposta por Pitanga e
Lessa (2006)15 a qual utiliza a CC (cm) e a estatura (cm) O Iacutendice C foi estimado por
meio das medidas de massa corporal estatura e circunferecircncia da cintura utilizando-
se um modelo proposto por Valdez (1991)54 cuja equaccedilatildeo matemaacutetica estaacute descrita a
seguir
46 Anaacutelise dos dados
Os dados foram digitados com dupla entrada no software Epidata 31 Apoacutes a
digitaccedilatildeo dos dados foram verificados manualmente os valores discrepantes e a
consistecircncia das informaccedilotildees
Na anaacutelise de dados foram utilizados os procedimentos da estatiacutestica descritiva
expressa por meacutedia desvio padratildeo nuacutemero de observaccedilotildees e percentual das
variaacuteveis avaliadas A diferenccedila entre os sexos nas variaacuteveis contiacutenuas foi analisada
pelo teste t de Student para amostras independentes uma vez que as variaacuteveis
apresentaram distribuiccedilatildeo normal e o teste do Qui-quadrado para comparar as
proporccedilotildees (variaacuteveis qualitativas) entre os idosos do sexo masculino e feminino
O poder discriminatoacuterio para determinar a hipertensatildeo arterial e os iacutendices
antropomeacutetricos foi verificado atraveacutes da utilizaccedilatildeo das curvas ROC recurso utilizado
para obtenccedilatildeo de pontos de corte que visam diagnoacutesticos ou triagem
A aacuterea sob a curva ROC (ASC) determina a capacidade preditiva do indicador
para presenccedila ou ausecircncia de hipertensatildeo arterial Uma ASC igual a 10 eacute
considerada perfeita poreacutem se for igual ou menor a 05 indica que sua capacidade
preditiva natildeo eacute melhor que ao acaso
17
Neste estudo o pressuposto para anaacutelise da ASC foi agrave sensibilidade pois em
determinadas situaccedilotildees quando natildeo pode correr o risco de natildeo diagnosticar
determinada doenccedila eacute melhor privilegiar a sensibilidade76
Apoacutes determinados os pontos de corte para cada uma das variaacuteveis
investigadas para prediccedilatildeo de hipertensatildeo essas foram dicotomizadas com base em
seus respectivos valores de referecircncia As anaacutelises estatiacutesticas foram conduzidas no
Statistical Product and Service Solutions (SPSS) reg 130 Em todas as anaacutelises foram
efetuadas respeitando-se o niacutevel de significacircncia de 5
47 Aspectos Eacuteticos
O estudo foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa da Universidade
Estadual do Sudoeste da Bahia com parecer (CAAE 22969013000000055) (Anexo
1) seguindo princiacutepios eacuteticos estabelecidos na Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de
2012 do Conselho Nacional de Sauacutede (CNS)77
18
5 RESULTADOS
51 Caracterizaccedilatildeo da amostra estudada
De acordo com a contabilizaccedilatildeo das perdas (mudou-se do municiacutepio natildeo foi
encontrado por mais de 3 vezes na USF ou domicilio) e recusas (n=31) a amostra final
foi composta por 310 idosos (201 zona urbana e 109 zona rural) A taxa de respostas
foi de 912 com 88 (n=31) de recusas e 92 (n=29) de exclusatildeo
Participaram do estudo 175 mulheres (565) e 135 homens (435) As
idades variaram entre 60 e 108 anos com meacutedia de 7078 plusmn 82 anos para as mulheres
e 60 a 93 anos com meacutedia de 7259 plusmn 78 anos para homens
A maioria das mulheres se auto referiu ser negra e os homens pardo O iacutendice
de analfabetismo apresentou-se elevado em ambos os sexos A maior parte dos idosos
eacute casado A maioria dos idosos sobrevivia com renda mensal inferior ou igual a um
salaacuterio miacutenimo (Tabela 3)
19
Tabela 3 - Variaacuteveis sociodemograacuteficas e de estilo de vida em idosos
Mulheres (n=175) Taxa de Resposta
Homens (n=135) Taxa de Resposta
n n P
Raccedilacor 9861 991
Branco 47 2686 43 3209
Preto 73 4171 26 1940 0001
Pardo 49 2800 55 4074
Natildeo sabe 4 229 10 741
Escolaridade 9918 1000
Analfabeto 95 5429 84 6222
Baacutesica 72 4114 46 3408 0001
Secundaacuteria 5 286 5 370
Superior 2 114 - -
Estado Civil 9789 991
Casadouniatildeo estaacutevel
74 4229 78 5777
Solteiroseparado 33 1886 36 2667 0001
Viuacuteva 63 3600 20 1481
Renda Mensal 9918 1000
le 1 salaacuterio 165 9428 123 9111
11 a 2 salaacuterio 8 458 10 74 0001
21 a salaacuterio 1 057 2 148
Alcoolismo 9989 1000
Sim 4 229 9 667 0001
Natildeo 170 9714 126 9333
Tabagismo 9597 1000
Sim 15 857 21 1556 0001
Natildeo 152 8686 114 8444
Teste Qui-quadrado
20
52 Caracteriacutesticas antropomeacutetricas
Apoacutes a assinatura do TCLE e realizaccedilatildeo do questionaacuterio 10 idosos foram
excluiacutedos (recusas e informaccedilatildeo incompleta do questionaacuterio) desta etapa de anaacutelise
Dessa forma foram analisadas 300 avaliaccedilotildees das medidas antropomeacutetricas
Na Tabela 4 podem ser observados os valores meacutedios desvio padratildeo valores
miacutenimos e maacuteximos e percentuais das variaacuteveis avaliadas A meacutedia do IMC foi menor
nos homens quando comparado com o resultado das mulheres (p lt 0001) Natildeo houve
diferenccedila significativa da variaacutevel circunferecircncia da cintura entre homens e mulheres
(p = 0208) A prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi maior nas mulheres A maioria
das mulheres eacute obesa e entre os homens o estado nutricional foi considerado eutroacutefico
(Tabela 5)
21
Tabela 4 - Valores descritivos miacutenimos e maacuteximos das variaacuteveis analisadas
Variaacuteveis Mulheres (n=167) Homens (n=133) Valor-p
Idade (anos) 7078 plusmn 821 (60-108)
7259 plusmn 786 (60-93)
0055
Massa corporal (kg) 6020 plusmn 1223 (2970-9580)
6384 plusmn 1250 (4010-11840)
0012
Estatura (cm) 14875 plusmn 616 (129-164)
16080 plusmn 782 (135-183)
lt00001
IMC (kgm2) 2715 plusmn505 (1342-4064)
2458 plusmn 390 (1475-3544)
lt00001
CC (cm)dagger 8734 plusmn 1126 (55-130)
8894 plusmn 1010 (66-115)
0208
RCEst 057 plusmn 011 (000-087)
055 plusmn 006 (042-073)
0086
Iacutendice C 123 plusmn 021 (000-166)
129 plusmn 006 (117-150)
0001
PAS 14096 plusmn 2218 (87-200)
13735 plusmn 2251 (98-209)
0166
PAD 7671 plusmn 1091 (45-105)
7697 plusmn 1179 (49-110)
0846
IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia da cintura RCEst - razatildeo cintura-estatura Iacutendice C - Iacutendice de Conicidade PAS - pressatildeo arterial sistoacutelica PAD ndash pressatildeo arterial diastoacutelica dagger Variaacuteveis com perdas (n=163 mulheres) Teste T de Student para amostras independentes
Tabela 5 - Percentuais das variaacuteveis analisadas
Variaacutevel Mulheres Homens Valor-p
Pressatildeo Arterial (n) (n)
Normal 557 (93) 594 (79) 0011
Hipertensatildeo 443 (74) 406 (54)
Estado nutricional (n) (n)
Baixo peso 144 (24) 301 (40)
Normal 353 (59) 436 (58) lt00001
Sobrepeso 503 (84) 263 (35)
Teste Qui-quadrado
53 Anaacutelise da curva ROC
22
As aacutereas sob a curva ROC do IMC da CC da RCEst e do iacutendice C como
preditores de hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos e os respectivos
intervalos de confianccedila (IC 95) podem ser observados na Tabela 6 e nas Figuras 2
3 4 5 6 7 8 9 Evidenciou-se que alguns iacutendices antropomeacutetricos apresentaram
aacuterea sob a curva ROC significativas Todavia a RCEst e o IMC assumiram maiores
aacutereas com diferenccedila significativa para os homens
Tabela 6 - Aacuterea sob a curva ROC e IC95 entre os iacutendices antropomeacutetricos e hipertensatildeo arterial em idosos
Aacuterea sob a curva ROC
PA elevada Mulheres
Homens
p
IMC (kgm2) 053 (044-062) 060 (050-070)
lt00001dagger
CC (cm) 057 (048-066) 058 (048-068)
lt00001dagger
RCEst 056 (047-065) 061 (051-071)
lt00001dagger
Iacutendice C 058 (049-066) 058 (058-068) lt00001dagger
IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia de cintura RCEst - razatildeo cinturaestatura Iacutendice C - iacutendice de conicidade ROC ndashReceiver Operating CharacteristicIC95 - intervalo de confianccedila a 95Aacuterea sob a curva ROC apresentando poder discriminatoacuterio para pressatildeo arterial elevada (Li-IC ge 050) daggerTeste Qui-quadrado
23
Figura 2 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) IMC - iacutendice de massa corporal
Figura 3 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) IMC - iacutendice de massa corporal
24
Figura 4 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) CC ndash circunferecircncia da cintura
Figura 5 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) CC ndash circunferecircncia da cintura
25
Figura 6 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) RCEst - razatildeo cinturaestatura
Figura 7 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) RCEst - razatildeo cinturaestatura
26
Figura 8 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) Iacutendice C -iacutendice de conicidade
Figura 9 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) Iacutendice C - iacutendice de conicidade
27
Os valores dos pontos de corte dos iacutendices antropomeacutetricos como preditores
de hipertensatildeo arterial e suas respectivas sensibilidade e especificidade (mais
adequado equiliacutebrio entre si) satildeo apresentados na Tabela 7 Observa-se que entre
os iacutendices antropomeacutetricos a RCEst teve melhor percentual de sensibilidade e de
especificidade para discriminar a pressatildeo arterial elevada para os homens
Tabela 7 - Pontos de corte sensibilidade e especificidade dos iacutendices antropomeacutetricos para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial em idosos
Mulheres Homens PA elevada
Ponto de corte
Sensibilidade ()
Especificidade ()
Ponto de corte
Sensibilidade ()
Especificidade ()
IMC (kgm2)
2679 527 548 2420 527 548
CC (cm) 8750 577 457 8650 593 532 RCEst 059 568 430 054 648 456 Iacutendice C 126 541 452 129 574 456
IMC ndash Iacutendice de Massa Corporal CC ndash Circunferecircncia da Cintura RCEst ndash Razatildeo Cintura-Estatura Iacutendice C ndash Iacutendice de Conicidade
28
6 DISCUSSAtildeO
61 Aacutereas sob a Curva ROC
Este estudo teve como objetivo identificar a capacidade preditiva de iacutendices
antropomeacutetricos de obesidade geral e abdominal para discriminar a presenccedila de
hipertensatildeo arterial em idosos com foco de utilizaccedilatildeo no ambiente da estrateacutegia de
sauacutede da famiacutelia Nessa perspectiva surge uma proposta de triagem dos casos de
idosos com possiacuteveis alteraccedilotildees crocircnicas em sua pressatildeo arterial aleacutem de possibilitar
a discussatildeo sobre validaccedilatildeo de tais iacutendices para uso no contexto da sauacutede
Dessa forma recomenda-se a anaacutelise da sensibilidade e especificidade por
meio da construccedilatildeo de curvas ROC pois eacute a melhor opccedilatildeo para determinar pontos de
corte em estudos epidemioloacutegicos78 Essa anaacutelise permite fornecer a aacuterea sob a curva
que traduz o poder de discriminaccedilatildeo de um indicador para um determinado desfecho
e a identificaccedilatildeo do melhor ponto de corte
A proposta dessa pesquisa natildeo eacute excluir o diagnoacutestico meacutedico mas
proporcionar uma estrateacutegia mais abrangente a ser utilizada pelas USFs em parceria
entre os profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica e os profissionais de sauacutede no contexto da
atenccedilatildeo primaacuteria
Embora exista associaccedilatildeo entre sobrepesoobesidade e a pressatildeo arterial
elevada poucos estudos tecircm identificado pontos de corte de iacutendices antropomeacutetricos
que visem agrave detecccedilatildeo da hipertensatildeo arterial em idosos Diversos estudos tecircm
demonstrado que os iacutendices antropomeacutetricos satildeo bons indicadores de obesidade e
estatildeo relacionados a fatores de risco cardiovascular795880 Todavia a hipertensatildeo eacute
apontada como um dos principais fatores de risco cardiovasculares o que denota a
necessidade de um olhar diferenciado
A prevalecircncia de hipertensatildeo foi inferior agrave encontrada em outros estudos818283
Contudo diferenccedilas metodoloacutegicas nuacutemero de medidas realizadas e os diferentes
criteacuterios de referecircncia satildeo as principais causas da grande variabilidade nas
prevalecircncias de pressatildeo arterial elevada entre as investigaccedilotildees No presente estudo
29
optou-se por maior rigorosidade ao diagnosticar a pressatildeo arterial elevada
considerando a realizaccedilatildeo de trecircs medidas
Nessa amostra observou-se que a prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi
443 nas mulheres e 406 nos homens Demonstrando ser uma alta prevalecircncia
pois se trata de uma populaccedilatildeo que eacute influenciada diretamente pelo o aumento da
morbimortalidade durante o envelhecimento Estudos envolvendo idosos indicam que
a prevalecircncia da hipertensatildeo encontra-se entre 50-70 com o aumento da idade84
Poucos estudos epidemioloacutegicos foram conduzidos com o objetivo de identificar
e discriminar a capacidade de iacutendices antropomeacutetricos de obesidade para a pressatildeo
arterial elevada na populaccedilatildeo de idosos e principalmente utilizando o iacutendice C o
RCEst Um estudo realizado com a populaccedilatildeo de idosos utilizou o mesmo objetivo
poreacutem usou como ponto de corte o iacutendice de massa corporal e o iacutendice de adiposidade
corporal85 Entretanto faz-se necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de outros iacutendices para identificar
hipertensatildeo arterial em idosos
De acordo com os resultados do presente estudo somente alguns dos
indicadores antropomeacutetricos apresentaram capacidade preditiva para a hipertensatildeo
arterial em idosos de acordo com limite inferior do intervalo de confianccedila de 9586
Dessa forma foi observado que a RCEst e IMC para os homens mostraram-se com
bom poder de detecccedilatildeo para a hipertensatildeo arterial pois obtiveram maiores valores
sob a curva para esse desfecho
Em 2013 Leal Neto et al85 identificaram em seus resultados que o IMC e o
iacutendice de adiposidade corporal foram os melhores indicadores preditivos de
hipertensatildeo arterial nos idosos em ambos os sexos independentemente de outros
fatores tais como idade tabagismo consumo de aacutelcool e atividade fiacutesica
No presente estudo os principais indicadores que tiveram uma boa aacuterea sob a
curva foram o IMC RCEst e Iacutendice C com resultados de 060 IC95 (050-070) 061
IC95 (051-071) e 058 IC95 (058-068) respectivamente para homens
Nas mulheres tais iacutendices mostraram-se com menor poder discriminatoacuterio para
diagnosticar a hipertensatildeo arterial A HAS eacute um desfecho que pode ser influenciado
por fatores multicausais (hormonais estresse etc) Na anaacutelise do desempenho do
iacutendice antropomeacutetrico a loacutegica eacute unidirecional ou seja verificar o desempenho desses
iacutendices apenas como preditores de hipertensatildeo arterial foram mais satisfatoacuterios entre
os homens Os iacutendices podem interferir mas natildeo determinar a prevalecircncia da
30
hipertensatildeo Embora as mulheres tenham uma maior prevalecircncia essa natildeo eacute
determinada pelos iacutendices antropomeacutetricos no presente estudo
Tais resultados diferem do estudo realizado em 2012 por Samsen et al87 no
qual a circunferecircncia da cintura teve boa ASC nos homens = 0684 com IC95 (0672-
0695) e nas mulheres = 0673 IC95 (0665-0681) sendo o melhor indicador
significativamente (p lt0001) do que o IMC no qual a ASC em homens foi de = 0667
IC95 (0656-679) e nas mulheres = 0636 IC95 (0628-0644) em discriminaccedilatildeo
de pelo menos um fator de risco cardiovascular Isso se deve ao fato de tal estudo ter
sido realizado com uma abrangecircncia maior na faixa etaacuteria que foi de 45-80 anos
Uma possiacutevel limitaccedilatildeo para discussatildeo dos resultados desse estudo foi a faixa
etaacuteria restrita que natildeo incluiu idosos (igual ou acima de 60 anos) o que impossibilita
a triagem da pressatildeo arterial elevada nessa populaccedilatildeo
62 Iacutendices antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial
Nesse estudo a CC e RCEst foram as variaacuteveis com maiores valores absolutos
de sensibilidade para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial respectivamente para mulheres
e homens Tais resultados indicam as proporccedilotildees de verdadeiros positivos na
ocorrecircncia de hipertensatildeo arterial
Quanto ao ponto de corte do RCEst nas mulheres foi de 059 sendo 568 de
sensibilidade e 430 de especificidade Valores inferiores ao encontrado no presente
estudo para mulheres foram sugeridos em Taiwan (045) Cingapura (048) e na China
(050) No Brasil em 2009 Haun Pitanga e Lessa16 recomendaram para a RCEst
053 como melhor ponto de corte com sensibilidade (67) e especificidade (58) e
aacuterea sob a curva ROC de 069 (IC 95 = 064-075) Outro ponto de corte semelhante
ao observado no Brasil com mulheres mexicanas variou de 053 a 0535 para a
RCEst discriminar diabete tipo 2 hipertensatildeo e dislipidemias88899091
Os pontos de corte sugeridos por esses paiacuteses e no Brasil podem ter sido
inferiores por causa da abrangecircncia na faixa etaacuteria dos indiviacuteduos no qual incluiacuteram
mulheres de 30 a 74 anos como tambeacutem as caracteriacutesticas econocircmicas culturais e
31
de estilo de vida diferem da realidade das mulheres que residem em cidades de
pequeno porte Estudos que discriminem hipertensatildeo arterial principalmente em
idosos com RCEst satildeo escassos na literatura
Em 2010 Browning Hsieh e Ashwel92 realizaram uma revisatildeo sistemaacutetica
sobre a potencialidade de indicadores antropomeacutetricos em predizer doenccedilas
cardiovasculares e identificou a RCEst como variaacutevel de melhor desempenho A
RCEst apresentou maiores ASC quando comparada ao IMC ou CC Os dados
analisados foram de quatorze paiacuteses diferentes e incluiacuteram caucasianos asiaacuteticos e
da Ameacuterica Central Segundo os autores uma RCEst ge 05 eacute capaz de identificar
fatores de risco cardiovasculares Esse ponto de corte eacute inferior aos encontrados para
homens e mulheres no presente estudo significando que o ponto de corte encontrado
pode diagnosticar risco cardiovascular e consequentemente a presenccedila de
hipertensatildeo
Outros autores afirmam essa hipoacutetese relacionada aos valores limites para
RCEst em diversas populaccedilotildees e indicaram que um ponto de corte de 05 eacute o valor
mais indicado para ambos os sexos todas as idades e diferentes populaccedilotildees899315
Com relaccedilatildeo agrave especificidade a variaacutevel com maior valor foi o IMC
independentemente do sexo Nas mulheres o ponto de corte sugerido foi 2679 kgm2
e nos homens 2420 kgm2 O valor da especificidade foi de 548 para ambos os
sexos o qual possibilita determinar corretamente a ausecircncia de hipertensatildeo arterial
Sendo assim este estudo sugere que o IMC natildeo foi o melhor preditor de hipertensatildeo
arterial
O estudo de Leal Neto et al (2013)85 tambeacutem testou a capacidade de
indicadores antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial em idosos
sugeriu como pontos de corte para IMC valores de 247 kgm2 igual ao encontrado no
presente estudo e de 273 kgm2 nuacutemero superior que aos dados do presente
trabalho para homens e mulheres respectivamente
Em outro estudo realizado com 19621 homens e mulheres com faixa etaacuteria de
45-80 anos a meacutedia da idade foi de 598 anos para os homens e 585 anos para as
mulheres O ponto de corte adequado de IMC foi de 23 kgm2 em homens e 24 kgm2
em mulheres Os pontos de corte de CC foram 80 cm e 78 cm em homens e mulheres
respectivamente Os achados do presente estudo foram superiores a esses
32
resultados todavia deve ser considerado que a populaccedilatildeo alvo foi diferente e com
idade menor da populaccedilatildeo pesquisada no presente trabalho87
Com relaccedilatildeo agrave CC o ponto de corte identificado para a prediccedilatildeo de hipertensatildeo
arterial nas mulheres foi superior ao dos homens Contudo os valores de sensibilidade
e especificidade desses pontos de corte foram maiores entre os homens o que pode
indicar que o poder preditivo da CC para a hipertensatildeo arterial eacute melhor para o sexo
masculino Quanto menor o ponto de corte maior seraacute a habilidade do teste em
classificar os doentes como positivos isto eacute maior seraacute a sensibilidade76 Os pontos
de corte dos homens foram em sua maioria menores em comparaccedilatildeo aos das
mulheres
Tais resultados satildeo contraacuterios aos achados do estudo de Kashihara et al
(2009)94 com indiviacuteduos de 30-74 anos que comparou paciente com hipertensatildeo e sem
hipertensatildeo Em seus pontos de corte de CC para os homens foram superiores aos
pontos de corte definidos para as mulheres e os valores de sensibilidade e
especificidade foi maior nas mulheres para identificar risco cardiovascular Poreacutem a
idade foi menor ao proposto no presente estudo
Outro estudo que contraria tais resultados quanto ao ponto de corte da CC foi
o de Haun Pitanga e Lessa (2009)16 que foi superior para os homens enquanto o
niacutevel de sensibilidade e especificidade foi igual aos nossos achados Poreacutem esse
estudo foi realizado com indiviacuteduos de idade entre 30-74 anos e discriminou risco
coronariano elevado
Quanto ao Iacutendice C no presente estudo o ponto de corte sugerido foi de 126
nas mulheres (sensibilidade 541 e especificidade 452) e 129 para os homens
(sensibilidade 574 e especificidade 456)
Diferentemente do resultado encontrado no presente estudo Pitanga e Lessa
(2005)56 sugeriram como o melhor ponto de corte para risco coronariano com o iacutendice
C 118 para mulheres apresentando valores de sensibilidade (7339) e
especificidade (6115) Para os homens o ponto de corte foi de 125 com valores de
sensibilidade (7391) e especificidade (7492) Tais pontos de corte foram para
indiviacuteduos adultos por esse motivo foram mais baixos que os achados do presente
trabalho Deve-se considerar que existem modificaccedilotildees na composiccedilatildeo corporal com
o processo do envelhecimento o que poderia alterar os pontos de corte para as essas
medidas antropomeacutetricas
33
Em outro estudo com os mesmo autores foram apresentados outros pontos de
corte comparando diferentes faixas etaacuterias Para as mulheres de 30-49 anos o melhor
ponto de corte foi o mesmo (118) com melhor sensibilidade (7857) e
especificidade (6524) e tambeacutem melhor aacuterea sob a curva ROC 081 (IC95 = 070-
092) Entre as de idade mais avanccedilada (50-74 anos) o melhor ponto de corte
sugerido foi 122 com sensibilidade (6000) e especificidade (6582) e aacuterea sob a
curva ROC 065 (IC 95 = 058-073) Portanto o iacutendice C apresentou melhor poder
discriminatoacuterio de RCEst para as mulheres mais jovens64
Almeida Almeida e Arauacutejo (2009)58 conduziram uma pesquisa com mulheres
de 30 e 69 anos buscando avaliar o desempenho de diferentes pontos de corte do
iacutendice C RCQ CC e RCEst para discriminar Risco Coronariano Elevado e o ponto de
corte encontrado para o Iacutendice C foi (125) proacuteximo ao ponto de corte para mulheres
nos nossos achados Dessa forma tais autores afirmaram que os indicadores
antropomeacutetricos de obesidade abdominal analisados tiveram desempenhos
satisfatoacuterios e similares para discriminar RCEst poreacutem o iacutendice C foi o que
apresentou o melhor poder discriminatoacuterio
As informaccedilotildees sobre o iacutendice C satildeo limitadas quanto agrave discussatildeo do ponto de
corte para hipertensatildeo arterial principalmente por encontrar poucos estudos sobre
essa medida como referecircncia para idosos Pitanga e Lessa (2004)55 relatam como
uma limitaccedilatildeo para a utilizaccedilatildeo do Iacutendice C em estudos populacionais a dificuldade de
se calcular o denominador da equaccedilatildeo proposta para sua determinaccedilatildeo
O excesso de gordura em geral estaacute associado ao aparecimento de doenccedilas
cardiovasculares hipertensatildeo arterial e mortalidade a definiccedilatildeo de pontos de corte
para iacutendices que se destacam por sua simplicidade operacional e boa acuraacutecia
permite a detecccedilatildeo dos indiviacuteduos sob risco sendo de grande utilidade nos serviccedilos
de atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede aleacutem de possibilitar o conhecimento da situaccedilatildeo de
grupos populacionais especiacuteficos frente a esses riscos quando empregados na
pesquisa epidemioloacutegica
No contexto das cidades de pequeno porte (rurais e urbanas) os recursos de
sauacutede satildeo muitas vezes limitados e escassos sendo importante a utilizaccedilatildeo desses
iacutendices antropomeacutetricos como substituiccedilatildeo eou apoio a avaliaccedilatildeo tradicional da
pressatildeo arterial Em vaacuterias conjunturas de sauacutede a alta demanda de paciente com
hipertensatildeo arterial exige a utilizaccedilatildeo de instrumentos de diagnoacutesticos e rastreamento
34
de raacutepida e faacutecil aplicaccedilatildeo que possam ser manejados por diferentes profissionais e
que sobretudo apresentem validade e fidedignidade A adequada validaccedilatildeo de
instrumentos e conhecimento de suas propriedades teacutecnicas na populaccedilatildeo brasileira
tambeacutem deve contribuir com a seleccedilatildeo de prioridades e delimitaccedilatildeo do conteuacutedo dos
programas de sauacutede pelos tomadores de decisatildeo em diferentes niacuteveis de gestatildeo
35
7 CONCLUSAtildeO
As anaacutelises dos dados permitem frente aos objetivos estabelecidos formular
as seguintes conclusotildees Quanto ao poder de discriminaccedilatildeo de iacutendices
antropomeacutetricos para a hipertensatildeo arterial em idosos os iacutendices antropomeacutetricos
(IMC RCEst e Iacutendice C) foram bons preditores de hipertensatildeo arterial para os homens
Dessa forma tais iacutendices podem ser empregados nos homens poreacutem tais medidas
natildeo foram satisfatoacuterias para predizer pressatildeo arterial elevada nas mulheres idosas
limitando a sua utilizaccedilatildeo para o sexo feminino com idades avanccediladas
O melhor ponto de corte para discriminar hipertensatildeo arterial foi 054 para a
RCEst nos homens dessa forma tal ponto de corte deve ser empregada no contexto
da atenccedilatildeo primaacuteria nos homens Sugere-se a utilizaccedilatildeo dessa medida a fim de
detectar e realizar a triagem da hipertensatildeo arterial com caracteriacutesticas similares agrave
amostra deste estudo
Recomenda-se que a utilizaccedilatildeo de dois iacutendices simultaneamente resulte em
uma maior eficiecircncia na avaliaccedilatildeo do risco de hipertensatildeo arterial em idosos A
indicaccedilatildeo destas medidas permite que ela seja realizada nas Unidades de Sauacutede da
Famiacutelia como meacutetodo de triagem para idosos com hipertensatildeo arterial utilizando
materiais de faacutecil manejo e de baixo custo
Dessa forma pode-se efetivamente atingir uma das estrateacutegias de prevenccedilatildeo
da hipertensatildeo arterial sistecircmica que eacute o controle da pressatildeo arterial durante o
envelhecimento Todavia sugere-se cautela na utilizaccedilatildeo do ponto de corte desses
indicadores para as mulheres pois os resultados natildeo foram satisfatoacuterios
Fica evidente a necessidade de outros estudos que identifiquem pontos de
corte de iacutendices antropomeacutetricos visando agrave detecccedilatildeo de hipertensatildeo arterial e de
outros fatores de risco cardiovascular nas mulheres idosas que residem em cidades
de pequeno porte
36
8 REFEREcircNCIAS
1 Omram AR The epidemiologic transition a theory of the epidemiology of population change Milbank Memorial Fund Quarterly 1971 49 (Part 1) 509-538
2 Wong LR Carvalho JM Age-strucutural transition in Brazil demographic bonuses and emerging challenges In Pool I Wong LLR Vilquin E editores Age-structural transitions challenges for development Paris Committee for International Cooperation in National Research in Demography 2006
3 Gragnolati M Jorgensen OH Rocha R Fruttero AA Envelhecendo em um Brasil mais Velho implicaccedilotildees do envelhecimento populacional sobre o crescimento econocircmico reduccedilatildeo da pobreza financcedilas puacuteblicas prestaccedilatildeo de serviccedilos Banco Internacional para a Reconstruccedilatildeo e o Desenvolvimento Banco Mundial 2011
4 Schmidt MI Duncan BB Silva GA et al Health in Brazil 4 Chronic non-communicable diseases in Brazil burden and current challenges The Lancet 2011 377
5 Ezzati M Hoorn SV Rodgers A et al Comparative Risk Assessment Collaborating Group Selected major risk factors and global and regional burden of disease Lancet 2002 360 1347-60
6 Lim SS Vos T Flaxman AD et al A comparative risk assessment of burden of disease and injury attributable to 67 risk factors and risk factor clusters in 21 regions 1990-2010 a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2010 Lancet 2012 380 (9859)2224-60
7 Sociedade Brasileira de Cardiologia Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Sociedade Brasileira de Nefrologia VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 2010 95(1) 1-51
8 Miranda DR Perrotti TC Bellinazzi VR et al Hipertensatildeo arterial no idoso peculiaridades na fisiopatologia no diagnoacutestico e no tratamento Rev Bras Hipertens 2002 9 293-300
9 Pilger C Menon MU Mathias TAF Caracteriacutesticas sociodemograacuteficas e de sauacutede de idosos contribuiccedilotildees para os serviccedilos de sauacutede Rev Latino-Am Enfermagem 2011 19(5)1230-1238
10 Pilger C Menon MU Mathias TAF Utilizaccedilatildeo de serviccedilos de sauacutede por idosos vivendo na comunidade Rev esc enferm USP 2013 47(1)213-220
11 Mariath AB Grillo LP Silva RO et al Obesidade e fatores de risco para o desenvolvimento de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis entre usuaacuterios de unidade de alimentaccedilatildeo e nutriccedilatildeo Cad Sauacutede Puacuteblica 2007 23 (4) 897-905
37
12 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Diretrizes e recomendaccedilotildees para o cuidado
integral de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis promoccedilatildeo da sauacutede vigilacircncia prevenccedilatildeo e assistecircncia Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2008
13 Kuumlmpe DA Sodreacute AC Pomatti DM et al Obesidade em Idosos Acompanhados
pela Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia Texto Contexto Enferm Florianoacutepolis 2011 20(3) 471-7
14 Silva KS Farias Juacutenior JC Fatores de risco associados agrave pressatildeo arterial elevada em adolescentes Rev Bras Med Esporte 2007 13(4) 237-40
15 Pitanga FJG Lessa I Razatildeo cintura-estatura como discriminador do risco
coronariano de adultos Rev Assoc Med Bras 2006 52157-61
16 Haun DR Pitanga FJG Lessa I Razatildeo CinturaEstatura comparado a outros indicadores antropomeacutetricos de obesidade como preditor de risco coronariano elevado Rev Assoc Med Bras [online] 2009 55(6) 705-711
17 Nascimento CM Ribeiro AQ SantrsquoAna LFR et al Estado nutricional e condiccedilotildees de sauacutede da populaccedilatildeo idosa brasileira revisatildeo da literatura Rev meacuted Minas Gerais 2011 21(2)174-180
18 Gomes MA Beck cc Duarte MFS et al Ficha Antropomeacutetrica no Nuacutecleo de Apoio a Sauacutede da Famiacutelia o que medir e para que medir Rev bras cineantropom desempenho hum 2009 11(2) 243-253
19 Azevedo LF Oliveira ACC Lima JRP et al Recomendaccedilotildees sobre condutas e procedimentos do profissional de educaccedilatildeo fiacutesica na atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede Rio de Janeiro CONFEF 2010 109-55
20 World Health Organization World health statistics 2012 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghopublicationsworld_health_statistics2012enindexhtmlgt [2012 set 18]
21 World Health Organization Global health risks mortality and burden of disease attributable to selected major risks Geneva World Health Organization 2009a
22 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Panorama da sauacutede brasileira em muacuteltiplos aspectos Percepccedilatildeo do estado de sauacutede estilo de vida e doenccedila crocircnica Pesquisa Nacional de Sauacutede 2013
23 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Pesquisa Nacional por Amostra
de Domiciacutelios 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapesquisaspesquisa_resultadosphpid_pesquisa=149gt[2014 dez 04]
24 Tribess S Virtuoso Junior JS Prescriccedilatildeo de exerciacutecios fiacutesicos para idosos Rev saudecom 2005 1(2)163-72
38
25 Pollock ML Wilmore JH Exerciacutecio na Sauacutede e na Doenccedila avaliaccedilatildeo e prescriccedilatildeo para prevenccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo Editora MEDSI 2ordf ed Rio de Janeiro 1993
26 Sociedade Brasileira de Cardiologia V Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 20061-48
27 World Health Organization Global Health Observatory (GHO) 2014 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghoncdrisk_factorsblood_pressure_prevalence_textengt [2014 dez 04]
28 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Secretaria de Atenccedilatildeo baacutesica agrave Sauacutede Departamento de atenccedilatildeo baacutesica - Hipertensatildeo arterial sistecircmica Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2006
29 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) (2009) Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeGestorvisualizar_textocfmidtxt=24421gt [2010 abr 07]
30 Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Nuacutemero de hipertenso 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwsbhorgbripadgeralphpgt [09 nov 2014]
31 Secretaria de Sauacutede do Estado da Bahia Hipertensatildeo Quantidade de Hipertensos na Bahia Disponiacutevel em (2014) lthttpwwwsaudebagovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=4418ampcatid=1ampItemid=14gt [2014 jan 10]
32 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica 2014 Dados de mortalidade na Bahia Disponiacutevel em lthttptabnetdatasusgovbrcgitabcgiexesiabcnvSIABSBAdefgt [2014 mai 05]
33 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica Dados sociodemograacuteficos de Ibicuiacute 2014 lthttptabnetdatasusgovbrcgideftohtmexesiabcnvSIABFBAdefgt [2014 jan 05]
34 Williams B The year in hypertension JACC 2010 55(1) 66-73
35 Lipp M Rocha JC Stress Hipertensatildeo Arterial e Qualidade de vida um guia de tratamento para o hipertenso Campinas Papirus 1996
36 Borenstein MS (Org) Manual de Hipertensatildeo Arterial Porto Allege Editora Sagra Luzzatto 1999
37 Joint National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure The Sixth Report of the Join National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure Arch Intern Med 1997157 2413-2446
39
38 Mitchell GF Parise H Benjamin EJ et al Changes in arterial stiffness and wave reflection with advancing age in health men and women Hypertension 2004 431239-1245
39 Matos AC Ladeia AM Avaliaccedilatildeo de fatores de risco cardiovascular em uma comunidade rural da Bahia Arq Bras Cardiol 2003 81(3) 291-6
40 World Health Organization Who Expert Committee on Physical Status the use and interpretation of antropometry Report of a WHO Expert Commitee Geneva WHO 1995 p 854
41 Pitanga FJG Antropometria na avaliaccedilatildeo da obesidade abdominal e risco coronariano Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum 201113(3) 238-241
42 Ferreira LS Amaral TF Marucci MFN et al Under nutrition as a major risk factor for death among older Brazilian adults in the community-dwelling setting SABE survey Nutrition 201127(10)17-22
43 Andrade FB Caldas Junior AF Kitoko PM et al Prevalence of overweight and obesity in elderly people from Vitoacuteria-ES Brazil Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2012 set17(3)749-756
44 Boscatto EC Duarte Mde F Coqueiro Rda S Barbosa AR Nutritional status in the oldest elderly and associated factors Rev Assoc Med Bras 2013 59(1)40-47
45 Kostka J Borowiak E Kostka T Nutritional status and quality of life in different
populations of older people in Poland Eur J Clin Nutr 2014 Nov68(11)1210-5
46 Silva DAS Petroski EL Associaccedilatildeo de diferentes pontos de corte para sobrepeso e obesidade com pressatildeo arterial elevada em idosas Rev Educ Fis UEM 2009 20 415-22
47 Nutrition Screening Initiative Interventions manual for professionals caring for older Americans Washington DC Nutrition Screening Initiative 1992
48 World Health Organization Obesity preventing and managing the global epidemic Report of a WHO Consultation on Obesity Geneva World Health Organization 1998
49 Cameron AJ Dunstan DW Owen N et al Health and mortality consequences
of abdominal obesity evidence from the Aus Diab study Med J Aust 2009191 202ndash208
50 Fox KA Despres JP Richard AJ et al Does abdominal obesity have a similar impact on cardiovascular disease and diabetes A study of 91246 ambulant patients in 27 European countries Eur Heart J 2009 30 3055ndash3063
40
51 Pouliot MC Despreacutes JP Lemieux S et al Waist circumference and abdominal sagittal diameter Best simple anthropometric indexes of abdominal visceral adipose tissue accumulation and related cardiovascular risk in men and woman Am J Cardiology 1994 73 460-468
52 Peixoto MRG Beniacutecio MHD Latorre M et al Circunferecircncia da Cintura e Iacutendice de massa Corporal como Preditores da Hipertensatildeo Arterial Arq Bras Cardiol 200687 462-470
53 MacKay MF Haffner SM Wagenknecht LE et al Prediction of type 2 diabetes using alternate anthropometric measures in a multiethnic cohort the insulin resistance atherosclerosis study Diabetes Care 200932(5)956-8
54 Valdez R A simple model-based index of abdominal adiposity J Clin Epidemiol1991 44(9) 955-6
55 Pitanga FJG Lessa I Sensibilidade e especificidade do iacutendice de conicidade como discriminador do risco coronariano de adultos em Salvador Brasil Rev Bras Epidemiol 20047(3)259-69
56 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano elevado em adultos na cidade de Salvador - Bahia Arq Bras Cardiol 2005 85 (1)26-31
57 Ghosh JR Bandyopadhyay AR Comparative evaluation of obesity measures relationship with blood pressures and hypertension Singapore Med J 200748(3) 232-5
58 Almeida RT Almeida MMG Araujo TM Obesidade abdominal e risco cardiovascular desempenho de indicadores antropomeacutetricos em mulheres Arq Bras Cardiol 2009 out92(5)375-380
59 Freitas Juacutenior Costa Rosa CS Codogno JS et al Capacidade cardiorrespiratoacuteria e distribuiccedilatildeo de gordura corporal de mulheres com 50 anos ou mais Rev Esc Enferm USP 2010 44(2) 395-400
60 Matos LN Giorelli GV Dias CB Correlation of anthropometric indicators for identifying insulin sensitivity and resistance Satildeo Paulo Med J [online] 2011 129(1) 30-35
61 Gomes MA Rech CR Gomes MBA et al Correlaccedilatildeo entre iacutendices antropomeacutetricos e distribuiccedilatildeo de gordura corporal em mulheres idosas Rev bras cineantropom desempenho hum 2006 set 8(3) 16-22
62 Tarastchuk JCE Gueacuterios EE Bueno RRL et al Obesidade e intervenccedilatildeo coronariana devemos continuar valorizando o Iacutendice de Massa Corpoacuterea Arq Bras Cardiol [online] 2008 90(5) 311-316
41
63 Ferreira AP CB Ferreira VC Souza et al Risco de distuacuterbio glicecircmico em mulheres idosas ajustado por antropometria e genoacutetipos de citocinas Rev Assoc Med Bras [online] 201157(5) 565-569
64 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano em mulheres Rev Bras Cineantrop Desempenho Hum 2006 8 (1) 14-21
65 Newman TB Browner WS Cummings SR Delineando estudos de testes meacutedicos In Hulley SB et al Delineando a pesquisa cliacutenica uma abordagem epidemioloacutegica 2 ed Porto Alegre Artmed 2003 203-224
66 Toscano CM As campanhas nacionais para detecccedilatildeo das doenccedilas crocircnicas natildeo-transmissiacuteveis diabetes e hipertensatildeo arterial Ciecircnc sauacutede Coletiva out-dez 2004 9(4) 885-895
67 Fletcher RH Fletcher SW Prevenccedilatildeo In Fletcher R Fletcher S Epidemiologia
cliacutenica elementos essenciais 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 2006 179-201
68 Jeckel J Elmore J Katz D Meacutetodos de prevenccedilatildeo secundaacuteria In _____ Epidemiologia bioestatiacutestica e medicina preventiva 2 ed Porto Alegre Artmed 2005 236-247
69 Klein CH Bloch KV Estudos seccionais In Medronho RA Carvalho DM Bloch KV Luiz RR Werneck GL Epidemiologia 1ordf ed Satildeo Paulo Editora Atheneu 2002 125-150
70 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Resoluccedilatildeo nordm- 6 de 3 de novembro de 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcenso2010ibgegovbrdados_divulgadosindexphpuf=29gt[201 dez 18]
71 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica ndash Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais (2014) Disponiacutevel em lthttpcodibgegovbr398G9gt [2014 ago 30]
72 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230gt [2013 mai 01]
73 Luiz RR Magnanini MMF A loacutegica da determinaccedilatildeo do tamanho da amostra em investigaccedilotildees epidemioloacutegicas Cad sauacutede coletiva Rio de Janeiro 2000 8(2) 9-28
74 Reis MC Nascimento RAS Pedreira RBS et al Validaccedilatildeo de Face e Clareza do Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede dos Idosos ndash IASI [resumo] in Anais do XIX Congresso Brasileiro Geriatria e Gerontologia Beleacutem 2014 296-296
75 Lohman TG Roche AF Martorell R Anthropometric Standardization Reference Manual Champaign Illinois Human Kinetics 1988
42
76 Vaz JCL Regiotildees de Incerteza para Curva ROC em Teste Diagnoacutesticos
[dissertaccedilatildeo] Satildeo Carlos Universidade Federal de Satildeo Carlos 2009
77 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de 2012
78 Erdreich LS Lee ET Use of relative operating characteristic analysis in epidemiology A method for dealing with subjective judgement Am J Epidemiol 1981 114649-62
79 Aekplakorn W Pakpeankitwatana V Lee CM et al Abdominal obesity and coronary heart disease in Thai men Obesity 200715(4)1036-42
80 Oliveira MAM Fagundes RLM Moreira EAM et al Relaccedilatildeo de Indicadores Antropomeacutetricos com Fatores de Risco para Doenccedila Cardiovascular Arq Bras Cardiol 2010 abr 94(4) 478-485
81 Mendes TAB Goldbaum M Segri NJ et al Factors associated with the prevalence of hypertension and control practices among elderly residents of Satildeo Paulo city Brazil Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(11) 2275-2286
82 Oliveira BFA Souza Mouratildeo D Gomes N et al Prevalecircncia de hipertensatildeo arterial em comunidades ribeirinhas do Rio Madeira Amazocircnia Ocidental Brasileira Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(8) 1617-1630
83 Picon RV Fuchs FD Moreira LB et al Prevalence of Hypertension Among Elderly Persons in Urban Brazil A Systematic Review With Meta-Analysis Am J Hypertens 2013 26 (4) 541-548
84 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Pessoa Idosa e Envelhecimento Seacuteries Pactos pela Sauacutede 2006 v 12 Brasiacutelia ndash DF 2010
85 Leal Neto JS Souza J Coqueiro RS et al Anthropometric indicators of obesity as screening tools for high blood pressure in the elderly Int J Nurs Pract 2013 Aug 19(4) 360-367
86 Schisterman EF Faraggi D Reiser B Trevisan M Statistical inference for the area under the receiver operating characteristic curve in the presence of random measurement error Am J Epidemiol 2001 154 (2) 174-9
87 Samsen M Hanchaiphiboolkul S Puthkhao P et al Appropriate body mass index and waist circumference cutoffs for middle and older age group in Thailand data of 19621 participants from Thai epidemiologic stroke (TES) study J Med Assoc Thai 2012 Sep 95(9)1156-66
88 Ko GTC Chan JCN Cockram CS Woo J Prediction of hypertension diabetes dyslipidemia or albuminuria using simple anthropometric indexes in Hong Kong Chinese Int J Obes 1999 23 (11) 1136-42
43
89 Lin WY Lee LT Chen CY et al Optimal cut-off values for obesity using simple anthropometric indices to predict cardiovascular risk factors in Taiwan Int J Obes Relat Metab Disord 2002261232-8
90 Pua YH Ong PH Anthropometric indices as screening tools for cardiovascular risk factors in Singaporean women Asia Pac J Clin Nutr 2005 14 (1) 74-9
91 Berber A Goacutemez-Santos R Fanghaumlnel G Saacutenchez-Reyes L Anthropometric
indexes in the prediction of type 2 diabetes mellitus hypertension and dyslipidaemia in a Mexican population Int J Obes 200125(12)1794-9
92 Browning LM Hsieh SD Ashwell M A systematic review of waist-to-height ratio
as a screening tool for the prediction of cardiovascular disease and diabetes 05 could be a suitable global boundary value Nutr Res Rev 2010 23(2)247-69
93 Bertsias G Mammas I Linardakis M Kafatos A Overweight and obesity in
relation to cardiovascular disease risk factors among medical students in Crete Greece BMC Public Health 2003 31-9
94 Kashihara H Lee JS Kawakubo K et al Criteria of Waist Circumference According to Computed Tomography-Measured Visceral Fat Area and the Clustering of Cardiovascular Risk Factors Circ J 2009 73 1881-1886
44
APEcircNDICES
45
Apecircndice 1
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
46
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS
PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE SAUacuteDE
DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE
Jequieacute ____ ____ 201__
APEcircNDICE 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Vocecirc esta sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa do Nuacutecleo de
Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo (NESP) da Universidade Estadual do Sudoeste da
Bahia
Objetivo do estudo Avaliar e monitorar as condiccedilotildees de sauacutede de idosos residentes
em comunidade
Participaccedilatildeo Ao aceitar participar do estudo estarei agrave disposiccedilatildeo do pesquisador
para responder ao formulaacuterio que seraacute arquivado pelo autor por um periacuteodo de cinco
anos sendo posteriormente incinerado
Riscos Este estudo natildeo traraacute riscos para minha integridade fiacutesica ou moral dos
participantes
Confidencialidade do estudo Seraacute garantida a privacidade o anonimato bem como
o direito de aceitar ou natildeo participar da pesquisa podendo ser essa autorizaccedilatildeo
suspensa em qualquer fase do estudo Assim as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo
4662012 do Conselho Nacional de Sauacutede que discorre sobre pesquisa envolvendo
seres humanos seratildeo atendidas Os resultados seratildeo publicados no relatoacuterio final da
dissertaccedilatildeo e artigos cientiacuteficos
47
Benefiacutecios Accedilotildees interinstitucionais articuladas promovidas numa perspectiva
interdisciplinar possibilitaratildeo uma melhor compreensatildeo das condiccedilotildees de sauacutede dos
idosos residentes em comunidade do municiacutepio e contribuiraacute para a formulaccedilatildeo de
accedilotildees direcionadas as necessidades dessa populaccedilatildeo
Danos advindos da pesquisa Caso haja algum prejuiacutezo decorrente da realizaccedilatildeo
deste estudo seraacute providenciada a devida reparaccedilatildeo dos danos atraveacutes do
responsaacutevel pelo estudo O pesquisador e os entrevistados natildeo receberatildeo benefiacutecios
financeiros para participaccedilatildeo no estudo Todas as despesas seratildeo por conta do
pesquisador
Participaccedilatildeo voluntaacuteria Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria podendo a qualquer
momento desistir do estudo sem qualquer prejuiacutezo ou penalidade para mim
Consentimento para participaccedilatildeo Apoacutes ser devidamente esclarecido (a) quanto
aos objetivos deste estudo dos procedimentos aos quais serei submetido (a) bem
como dos possiacuteveis riscos decorrentes da minha participaccedilatildeo estou de acordo em
participar do mesmo O pesquisador responsaacutevel pelo estudo assegura que seraacute
disponibilizado qualquer esclarecimento adicional que eu venha a solicitar durante a
realizaccedilatildeo da pesquisa e o direito de desistir da participaccedilatildeo em qualquer momento
Em casos de duacutevidas eou problemas referentes ao estudo vocecirc poderaacute
entrar em contato com o autor atraveacutes do Nuacutecleo de Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo
(NESP) (73) 3528-9721
Sendo assim eu ______________________________________________
aceito livremente participar do Projeto MONIDI
__________________________________ __________________________________
Assinatura do (a) participante
RG _________________________
Assinatura do (a) pesquisador
RG_________________________
48
Apecircndice 2
Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede do Idoso
49
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS
PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE
SAUacuteDE DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE
Nuacutemero do Questionaacuterio |__|__|__|
Nome do Entrevistador ___________________________
Visita 1 2 3
Data Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Hora de iniacutecio ________
Hora de teacutermino ________
I INFORMACcedilOtildeES PESSOAIS E SOCIODEMOGRAacuteFICAS
1 Nome do entrevistado
2Sexo
0 ( ) Feminino
1 ( ) Masculino
3 Endereccedilo completotelefone
4 Idade ____ anos
41 Data de Nascimento
____________
50
5 Situaccedilatildeo conjugal atual
1 ( ) Casado(a) 2 ( ) Uniatildeo estaacutevel 3 ( ) Solteiroa
4 ( ) Divorciado(a)separado(a)desquitado(a) 5 ( ) Viuacutevoa
6 No total quantas vezes o (a) Sr(a) esteve casado(a) ou em uniatildeo
Nordm de vezes |___|___|
7 Na escola qual a uacuteltima seacuterie grau que concluiu com aprovaccedilatildeo
1 - Nunca foi agrave escola ( ) 4 - Fundamental II ( )5 a ( )6 a ( )7 a ( )8 a
2 - Lecirc e escreve o nome ( ) 5 - Ensino Meacutedio ( ) 1 a ( )2 a ( )3
3 - Fundamental I ( )1 a ( )2 a 6 - Superior ( ) completo ( ) incompleto
( )3 a ( )4 a
8 Como vocecirc classificaria a cor da sua pele
1( ) Branca 2( ) Amarela (oriental) 3( ) Parda
4( ) Origem indiacutegena 5( ) Preta 9( ) Natildeo sabe
9 Cor da pele (entrevistador)
1( ) branca 2( ) amarela (oriental) 3( ) parda
4( ) origem indiacutegena 5( ) preta
10-Quantos filhos e filhas nascidos vivos o(a)Sr(a) teve (natildeo inclua enteados filhos
adotivos abortos ou filhos nascidos mortos)
Nuacutemero de filhos |____|____| (98) NS (99) NR
11 Atualmente o senhor (a) mora sozinho ou acompanhado
1( )Acompanhado 2( ) Sozinho 3( ) NR 4( )NS
51
12 Desde que o senhor (a) nasceu viveu no campo por 5 anos ou mais
0( ) Natildeo 1( ) Sim 2( ) NS 3( ) NR
13 Qual eacute a sua religiatildeo
1( ) Catoacutelica 2( ) Protestante 3( ) Judaica
4( ) Espiacuteritakardecista 5( ) Umbanda 6( ) Outras ____________
14 Qual a importacircncia da religiatildeo em sua vida
(1) Importante (2) Regular (3) Nada importante (8) NS (9) NR
15 Com que frequecircncia o senhor vai agrave igreja ou ao serviccedilo religioso
( ) Nunca ( ) Vaacuterias vezes por ano ( ) Uma duas vezes por mecircs
( ) Quase toda semana ( ) Mais de uma vez por semana ( ) NS ( ) NR
16 Quanto vocecirc ganha em meacutedia por mecircs R$ __________8( )Natildeo se aplica
II A CONSUMO DE AacuteLCOOL E TABACO
Uso de bebidas alcooacutelicas
1 Vocecirc consome bebidas alcooacutelicas Se vocecirc NAtildeO BEBE siga para o bloco III C
0 ( )sim 1( ) natildeo
2 Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
3 As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
4 Sente-se chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
5 Costuma beber pela manhatilde para diminuir o nervosismo ou a ressaca
0 ( ) sim 1( ) natildeo
Haacutebito de fumar
1 Vocecirc jaacute foi fumante 0 ( ) sim 1( ) natildeo
52
2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco
III C
3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros
4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias
III ANTROPOMETRIA
MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS
ESTATURA
MASSA CORPORAL
CIRCUNFEREcircNCIA
DE CINTURA
IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL
MEDIDA 01 02 03
Pressatildeo arterial
sistoacutelica
Pressatildeo arterial
diastoacutelica
53
ANEXOS
54
Anexo 1
Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos
55
56
xii
IacuteNDICE DE FIGURAS
Figura 1 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Ibicuiacute BA na regiatildeo Nordeste do Brasil 12
Figura 2 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial
(mulheres) IMC - iacutendice de massa corporal 23
Figura 3 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial
(homens) IMC - iacutendice de massa corporal 23
Figura 4 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial
(mulheres) CC ndash circunferecircncia da cintura 24
Figura 5 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens)
CC ndash circunferecircncia da cintura 24
Figura 6 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial
(mulheres) RCEst - razatildeo cinturaestatura 25
Figura 7 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial
(homens) RCEst - razatildeo cinturaestatura 25
Figura 8 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial
(mulheres) Iacutendice C -iacutendice de conicidade 26
Figura 9 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial
(homens) Iacutendice C - iacutendice de conicidade 26
xiii
IacuteNDICE DE TABELAS
Tabela 1 - Classificaccedilatildeo da pressatildeo arterial de acordo com a VI Diretrizes
Brasileiras de Hipertensatildeo (2010) 15
Tabela 2 - Classificaccedilatildeo do Iacutendice de Massa Corporal 15
Tabela 3 - Variaacuteveis sociodemograacuteficas e de estilo de vida em idosos 19
Tabela 4 - Valores descritivos miacutenimos e maacuteximos das variaacuteveis analisadas 21
Tabela 5 - Percentuais das variaacuteveis analisadas 21
Tabela 6 - Aacuterea sob a curva ROC e IC95 entre os iacutendices antropomeacutetricos e
hipertensatildeo arterial em idosos 22
Tabela 7 - Pontos de corte sensibilidade e especificidade dos iacutendices
antropomeacutetricos para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial em idosos 27
xiv
LISTA DE SIacuteMBOLOS OU NOMECLATURA
ASC - Aacuterea Sob a Curva
AVE - Acidente Vascular Encefaacutelico
CC - Circunferecircncia da Cintura
CNS - Conselho Nacional de Sauacutede
DCNT - Doenccedilas Crocircnicas Natildeo Transmissiacuteveis
ESF - Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia
ESTUDO MONIDI - Monitoramento da Sauacutede de Idosos de um Municiacutepio de
Pequeno Porte
HAS - Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica
IASI - Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede de Idosos
IC95 - Intervalo de Confianccedila 95
IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica
IMC ndash Iacutendice de Massa Corporal
Iacutendice C ndash Iacutendice de Conicidade
Li-IC ndash Limite Inferior do Intervalo de Confianccedila
NSI - Nutricion Screening Initiative
PA ndash Pressatildeo Arterial
PAD ndash Pressatildeo Arterial Diastoacutelica
PAS - Pressatildeo Arterial Sistoacutelica
RCEst - Razatildeo Cintura-Estatura
ROC - Receive Operator Caracteristic
SBH - Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo
SPSS - Statistical Package for the Social Sciences
xv
SUS - Sistema Uacutenico de Sauacutede
TCLE - Termo de Consentimento Livre Esclarecido
USFs - Unidades de Sauacutede da Famiacutelia
WHO - World Health Organization
1
1 INTRODUCcedilAtildeO
A transiccedilatildeo epidemioloacutegica caracteriza-se pela evoluccedilatildeo progressiva de um
perfil de alta mortalidade por doenccedilas infecciosas para outro onde predominam os
oacutebitos por doenccedilas cardiovasculares neoplasias causas externas e outras doenccedilas
consideradas crocircnico-degenerativas natildeo transmissiacuteveis1 Jaacute a transiccedilatildeo demograacutefica
tem relaccedilatildeo direta com a evoluccedilatildeo das taxas de mortalidade natalidade e
fecundidade no qual houve uma mudanccedila da populaccedilatildeo jovem para um contingente
cada vez maior e mais importante de pessoas com 60 anos ou mais de idade2
As mudanccedilas demograacuteficas evidenciam o aumento na expectativa de vida com
consequente crescimento da populaccedilatildeo idosa3 Essa modificaccedilatildeo no perfil etaacuterio da
populaccedilatildeo concorre para transformaccedilatildeo nos aspectos relacionados agrave
morbimortalidade nos quais as doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis (DCNT) passam
a ser as principais causas de adoecimentomorte As DCNT mais prevalentes satildeo as
doenccedilas cardiovasculares cacircnceres respiratoacuterias crocircnicas diabetes e hipertensatildeo
arterial4
A hipertensatildeo arterial sistecircmica (HAS) eacute a primeira causa de mortalidade em
acircmbito mundial e a terceira causa de incapacidade induzida por doenccedila apoacutes
desnutriccedilatildeo e doenccedilas sexualmente transmissiacuteveis5 Estima-se que a pressatildeo arterial
elevada cause 94 milhotildees de mortes por ano no mundo6 A HAS eacute o principal fator de
risco para acidente vascular encefaacutelico (AVE) doenccedila arterial coronariana
insuficiecircncia cardiacuteaca insuficiecircncia renal crocircnica e doenccedila vascular de extremidades7
Tal enfermidade em idosos estaacute associada a significante aumento nos distuacuterbios
cardiovasculares na incidecircncia de doenccedilas incapacitantes com consequente
diminuiccedilatildeo da sobrevida e piora na qualidade de vida resultando dependecircncia e perda
da autonomia8910
Vaacuterios estudos evidenciam que a gordura corporal estaacute relacionada com a
pressatildeo arterial elevada em idosos111213 Dessa forma para discriminar a quantidade
de gordura corporal e sua distribuiccedilatildeo os iacutendices antropomeacutetricos satildeo instrumentos
haacutebeis principalmente em estudos epidemioloacutegicos Aleacutem disso tecircm sido utilizados
com frequecircncia em estudos populacionais e satildeo importantes por monitorar o estado
nutricional em diferentes grupos Esses iacutendices satildeo bons preditores para a
hipertensatildeo arterial14 diabetes mellitus doenccedilas cardiovasculares e para discriminar
2
o risco coronariano em diferentes populaccedilotildees1516 Apresentam como vantagens a sua
simplicidade baixo custo e faacutecil utilizaccedilatildeo Contudo estudos sobre os iacutendices
antropomeacutetricos satildeo escassos e inconclusivos na populaccedilatildeo idosa17
A identificaccedilatildeo indireta da hipertensatildeo arterial por meio dos iacutendices
antropomeacutetricos pode ser uma estrateacutegia importante na sauacutede puacuteblica como
instrumento de triagem favorecendo a identificaccedilatildeo das alteraccedilotildees na pressatildeo
arterial Uma das estrateacutegias recomendadas para atingir essa proposta eacute a utilizaccedilatildeo
de instrumentos de rastreamento adequados de raacutepida e faacutecil aplicaccedilatildeo e que
apresentem coeficientes de fidedignidade e de validade significativos No contexto da
atenccedilatildeo primaacuteria recentemente Gomes et al (2009)18 e Azevedo et al (2010)19
propuseram a aplicaccedilatildeo da antropometria para a detecccedilatildeo de fatores de risco agrave sauacutede
sugerindo a utilizaccedilatildeo do iacutendice de massa corporal (IMC) e circunferecircncia da cintura
(CC) como medidas de triagem
Averiguar o poder discriminatoacuterio e estabelecer pontos de corte ou seja
valores criacuteticos de iacutendices antropomeacutetricos que se associem a hipertensatildeo arterial em
idosos pode ser uma boa estrateacutegia de monitoramento e de triagem destes fatores de
risco Sendo que os valores criacuteticos dos iacutendices antropomeacutetricos para idosos natildeo
foram estabelecidos na literatura Dessa forma parecem ser relevantes os estudos
que indiquem meios indiretos para detectar fatores de risco cardiovascular Os iacutendices
antropomeacutetricos podem ser utilizados como estrateacutegia eficiente no processo de
triagem da hipertensatildeo arterial no ambiente da atenccedilatildeo primaacuteria do Sistema Uacutenico de
Sauacutede (SUS)
3
2 REVISAtildeO DE LITERATURA
21 Consideraccedilotildees sobre doenccedilas cardiovasculares no Brasil e o processo de envelhecimento populacional
Atualmente as doenccedilas cardiovasculares tecircm acometido grande parcela da
populaccedilatildeo mundial Em 2012 o relatoacuterio da World Health Organization (WHO)20
estimou que 175 milhotildees de pessoas morreram de doenccedilas cardiovasculares
representando 46 de todas as mortes globais Jaacute a pressatildeo arterial elevada
provoca 51 das mortes por acidente vascular cerebral e 45 das mortes por doenccedila
arterial coronariana21
Tais doenccedilas foram responsaacuteveis por 70 das causas de morte no Brasil no
ano de 2013 As doenccedilas cardiovasculares como do aparelho circulatoacuterio cacircncer e
diabetes tecircm respondido por um nuacutemero elevado de mortes antes dos 70 anos22
O crescimento populacional e o aumento da longevidade podem acarretar a um
raacutepido aumento no nuacutemero total de adultos de meia-idade e mais velhos com um
correspondente aumento do nuacutemero de mortes causadas por doenccedilas crocircnicas natildeo
transmissiacuteveis
Dessa forma a quantidade de pessoas com mais de 60 anos satildeo hoje 13 da
populaccedilatildeo brasileira ou 261 milhotildees de indiviacuteduo em 201323 Com o processo de
envelhecimento populacional as doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis ganharam
expressotildees para a sociedade para previdecircncia social e por consequecircncia para a
sauacutede puacuteblica
A fase do envelhecimento eacute o momento caracterizado pelas alteraccedilotildees fiacutesicas
psicossociais e pelo decliacutenio da capacidade funcional dos organismos como tambeacutem
pelo surgimento de condiccedilotildees patoloacutegicas advindas de haacutebitos de vida inadequados
(tabagismo alcoolismo alimentaccedilatildeo incorreta ausecircncia de atividade fiacutesica regular
entre outros)24 Dessa forma para retardar essas mudanccedilas eacute necessaacuterio ter um
envelhecimento saudaacutevel
4
22 Hipertensatildeo arterial e a populaccedilatildeo idosa
A hipertensatildeo arterial eacute definida como sendo uma condiccedilatildeo crocircnica da tensatildeo
arterial elevada resultando em valores acima do considerado aceito ou seja quando
a pressatildeo arterial sistoacutelica (PAS) estaacute cronicamente acima de 140 mmHg ou a pressatildeo
arterial diastoacutelica (PAD) estaacute cronicamente acima de 90 mmHg2526
No mundo em torno de um bilhatildeo de pessoas satildeo hipertensas natildeo controladas
sendo que 75 milhotildees de pessoas morreram a cada ano pela doenccedila ateacute o ano de
200827 Estimativas do Ministeacuterio da Sauacutede indica que cerca de 17 milhotildees de
brasileiros apresentam hipertensatildeo arterial sendo que 35 dessa populaccedilatildeo tinham
idade igual ou superior a 40 anos Em comparaccedilatildeo com anos anteriores pode-se
observar que a proporccedilatildeo de brasileiros diagnosticados com hipertensatildeo arterial
cresceu de 215 em 2006 para 244 em 20092829
O resultado da Pesquisa Nacional de Sauacutede do primeiro semestre de 2013
estimou que o Brasil tem 313 milhotildees de hipertensos Entre as pessoas com mais de
60 anos mais de 444 tecircm hipertensatildeo sendo que essa prevalecircncia cresce com a
idade22 Esses dados se aproximam aos nuacutemeros da Sociedade Brasileira de
Hipertensatildeo (SBH) no qual estima que haja 30 milhotildees de hipertensos no Brasil em
2014 ou seja cerca de 30 da populaccedilatildeo adulta30
Jaacute na populaccedilatildeo baiana com idade acima de 40 anos cerca de 35 tecircm
hipertensatildeo arterial correspondendo a cerca de 13 milhatildeo de pessoas acometidas
pela doenccedila Na populaccedilatildeo dos 55 aos 64 anos 516 tecircm pressatildeo arterial elevada
e com 65 anos ou mais esse nuacutemero chega a 60631 No estado da Bahia foram
registradas 6274 mortes por doenccedilas de aparelho circulatoacuterio ateacute o mecircs de outubro
de 2013 Dentre os registros 649 foram por hipertensatildeo32 No municiacutepio de Ibicuiacute ndash
BA a prevalecircncia de HAS cadastrados nas Unidades de Sauacutede da Famiacutelia (USFs) foi
de 643 idosos33
A hipertensatildeo arterial eacute caracterizada por niacuteveis elevados e sustentados de
pressatildeo arterial (PA) como uma condiccedilatildeo cliacutenica multifatorial Associa-se
frequentemente a alteraccedilotildees funcionais eou estruturais dos oacutergatildeos-alvo (coraccedilatildeo
enceacutefalo rins e vasos sanguiacuteneos) e a alteraccedilotildees metaboacutelicas2634 Pode ser
classificada em primaacuteria e secundaacuteria de acordo com a sua origem A primaacuteria tem
5
sua origem desconhecida35 e a secundaacuteria eacute decorrente de alguma doenccedila
subjacente36
No caso de a PA estar cronicamente elevada ou seja hipertensatildeo arterial o
risco de desenvolvimento de complicaccedilotildees cardiovasculares renais e ateacute mesmo o
oacutebito aumenta consideravelmente37
Com relaccedilatildeo agrave caracteriacutestica fisiopatoloacutegica da HAS a partir dos 50 ou 60 anos
de idade a pressatildeo diastoacutelica diminui e a pressatildeo central aumenta determinando um
balanccedilo proacuteximo entre resistecircncia aumentada e aumento da impedacircncia na aorta
toraacutecica Dessa forma a pressatildeo de pulso comeccedila a se elevar e a HAS se torna o
principal subtipo de hipertensatildeo apoacutes a sexta deacutecada de vida38
Contudo apoacutes os 60 anos ocorre o enrijecimento arterial central indicado pela
queda na pressatildeo diastoacutelica e o raacutepido alargamento da pressatildeo de pulso O aumento
da rigidez arterial central e a amplitude da onda de pulso satildeo fatores hemodinacircmicos
dominantes nos indiviacuteduos normotensos e hipertensos apoacutes os 60 anos38
Aleacutem dos fatores fisiopatoloacutegicos vale destacar que o aumento da pressatildeo
arterial com a idade tambeacutem estaacute relacionado com o consumo de sal exagerado ao
longo da vida39
As principais estrateacutegias no tratamento natildeo-farmacoloacutegico da HAS segundo
Ministeacuterio da Sauacutede28 se encontram na adoccedilatildeo de haacutebitos alimentares saudaacuteveis
reduccedilatildeo na ingestatildeo de soacutedio reduccedilatildeo do consumo de bebidas alcooacutelicas abandono
do tabagismo praacutetica de atividade fiacutesica regular controle ou diminuiccedilatildeo da massa
corporal
23 Iacutendices antropomeacutetricos de sobrepeso e obesidade
Como meacutetodo natildeo invasivo a antropometria eacute utilizada principalmente para
avaliar as proporccedilotildees tamanho e a composiccedilatildeo corporal40 Tal meacutetodo possui relaccedilatildeo
com estado de sauacutede condiccedilotildees sociais e econocircmicas de grupos populacionais
podendo diagnosticar a desnutriccedilatildeo ou excesso de peso Os iacutendices antropomeacutetricos
que consistem na mediccedilatildeo de dimensotildees corporais podem ser usados para predizer
a sauacutede geral e bem-estar da populaccedilatildeo40
6
Em 2011 estudo realizado por Pitanga41 indica que os iacutendices antropomeacutetricos
apresentam-se como preditores do risco de infarto do miocaacuterdio acidente vascular
encefaacutelico e morte prematura
O IMC eacute determinado pela massa corporal em quilogramas dividido pela
estatura em metros ao quadrado eacute uma medida que determina o estado nutricional
Este iacutendice antropomeacutetrico eacute comumente aplicado em estudos epidemioloacutegicos em
idosos para diagnosticar o excesso de peso (sobrepesoobesidade) principalmente
por ser um meacutetodo faacutecil de aplicar raacutepido e de baixo custo Deste modo vaacuterios
estudos com essa populaccedilatildeo tecircm avaliado o estado nutricional por meio do IMC42
434445
No estudo de Silva e Petroski (2009)46 com idosas de um grupo de convivecircncia
do municiacutepio de Aracaju ndash Sergipe sugeriu que o ponto de corte do IMC utilizado pela
Nutricion Screening Initiative ndash NSI (1992)47 para sobrepeso e excesso de peso foi o
mais bem associado com a PA elevada e para obesidade o melhor ponto de corte
associado com a PA elevada foi o da WHO (1998)48
A outra medida importante para avaliaccedilatildeo da obesidade central dos indiviacuteduos
eacute a circunferecircncia de cintura A obesidade eacute caracterizada pelo acuacutemulo excessivo de
gordura corporal no indiviacuteduo e quando presente na regiatildeo abdominal tem alta
correlaccedilatildeo com doenccedilas cardiovasculares e distuacuterbios metaboacutelicos40 O obeso tem
mais propensatildeo a desenvolver problemas como hipertensatildeo doenccedilas
cardiovasculares diabetes tipo 2 entre outras doenccedilas4950
Comparando as medidas antropomeacutetricas com exames de diagnoacutesticos por
imagens como a tomografia computadorizada e a ressonacircncia magneacutetica foi
verificado que a circunferecircncia da cintura apresentou melhor correlaccedilatildeo com o tecido
adiposo visceral51 Tambeacutem o aumento da circunferecircncia da cintura teve boa
associaccedilatildeo com o aumento significativo da prevalecircncia da hipertensatildeo arterial52
A razatildeo cintura-estatura (RCEst) eacute determinado pela divisatildeo da circunferecircncia
da cintura (cm) pela estatura (cm) Este indicador tem sido utilizado para identificar
alto risco metaboacutelico obesidade fatores de risco cardiovascular e maior capacidade
preditiva para o risco coronariano elevado em populaccedilotildees adultas e idosas1653
tambeacutem eacute fortemente associada a diversos fatores de risco cardiovascular em
diferentes populaccedilotildees15
7
O Iacutendice C eacute determinado com as medidas de massa corporal da estatura e da
circunferecircncia da cintura54 e eacute muito utilizado com a populaccedilatildeo adulta555657585960 Jaacute
com a populaccedilatildeo de idosos o iacutendice C tem sido pouco utilizado e somente alguns
estudos usaram esse indicador para tentar identificar distuacuterbios metaboacutelicos risco
coronariano e prevalecircncia de risco agrave sauacutede616263 Natildeo foram encontrados estudos
associativos entre o Iacutendice C e pressatildeo arterial elevada em idosos
Tais iacutendices satildeo pouco utilizados com a populaccedilatildeo idosa e principalmente com
populaccedilotildees residentes em cidades de pequeno porte Dessa forma para discriminar e
analisar o incremento de gordura corporal os iacutendices antropomeacutetricos tecircm
demonstrado eficiecircncia principalmente em estudos epidemioloacutegicos Cada indicador
tem peculiaridade quanto a sua distribuiccedilatildeo e discriminaccedilatildeo por isso podem ser
utilizados conjuntamente ou separadamente dependendo dos objetivos como
estrateacutegia eficiente para a detecccedilatildeo e o controle de doenccedilas
Contudo os iacutendices antropomeacutetricos tecircm sido bem utilizados para associar
vaacuterios fatores de risco de sauacutede como doenccedilas coronarianas cardiovasculares
distuacuterbios metaboacutelicos dentre outros641641 Poreacutem ainda natildeo estaacute clara sua
associaccedilatildeo com pressatildeo arterial elevada em idosos
Sendo assim os iacutendices antropomeacutetricos satildeo eficientes para identificar a
hipertensatildeo arterial em idosos E quais satildeo os melhores iacutendices para identificar as
alteraccedilotildees da pressatildeo arterial elevada em idosos
24 A importacircncia da validaccedilatildeo
Como se trata de um estudo de validaccedilatildeo de um meacutetodo faz-se necessaacuterio
debater sobre o tema Os instrumentos de rastreamento satildeo ferramentas essenciais
para os serviccedilos de sauacutede pois fornecem medidas relevantes reprodutiacuteveis e
acuradas permitindo a identificaccedilatildeo das pessoas com maior chance de preencher os
criteacuterios para uma determinada condiccedilatildeo ou doenccedila Como tambeacutem completa o
registro de informaccedilatildeo e a comparaccedilatildeo de resultados minimizando a influecircncia de
fatores subjetivos na coleta e registro de dados6566
A escolha de um instrumento deve-se basear em suas qualidades que
consistem em coeficientes significativos de validade e fidedignidade Dessa forma
8
essas medidas necessitam apresentar simplicidade na teacutecnica economia facilidade
e rapidez na aplicaccedilatildeo e interpretaccedilatildeo666768
A validade caracteriza-se como a capacidade do instrumento medir aquilo que
se propotildees a medir Envolve um componente conceitual (julgamento subjetivo a
respeito do instrumento pelo pesquisador) e um componente operacional (avaliaccedilatildeo
sistemaacutetica (estatiacutestica) do teste) geralmente o comparando com um criteacuterio padratildeo
ouro67
A avaliaccedilatildeo operacional da validade utilizada nessa pesquisa foi a de criteacuterio
no qual mede agrave extensatildeo com que o instrumento discrimina sujeitos que diferem em
determinadas caracteriacutesticas Refere-se agrave capacidade de uma escala de se
corresponder com outras medidas ou de predizer algo a que se propotildee Eacute avaliada
por meio de criteacuterio-padratildeo (validade concorrente e validade preditiva) Sendo que a
validade preditiva eacute estimulada estatisticamente e expressa por meio da sensibilidade
especificidade valor preditivo positivo valor preditivo negativo e taxa de classificaccedilatildeo
incorreta67
A sensibilidade corresponde agrave proporccedilatildeo de casos positivos identificados
corretamente ou melhor eacute a capacidade de medida de reconhecer os verdadeiros
positivos Quanto maior a sensibilidade maior a chance de detectar a doenccedila A
especificidade eacute proporccedilatildeo de casos negativos identificados corretamente eacute a
capacidade do instrumento de reconhecer os verdadeiros negativos67
Quanto mais sensiacutevel for o teste melhor seraacute seu valor preditivo negativo ou
seja maior seraacute a certeza de que uma pessoa com resultado negativo natildeo tenha
realmente a doenccedila Quanto mais especifico melhor seraacute seu valor preditivo positivo
ou seja maior seraacute a certeza de que uma pessoa com resultado positivo tenha a
hipertensatildeo arterial67
Como estrateacutegia geral quando a principal preocupaccedilatildeo for evitar o resultado
falso-positivo entatildeo o ponto de corte deve objetivar o maacuteximo de especificidade e se
a preocupaccedilatildeo maior eacute evitar resultado falso-negativo (o resultado do teste em
paciente com suspeita de hipertensatildeo arterial) o ponto de corte deve objetivar o
maacuteximo de sensibilidade67 Os autores ainda referem que a curva Receive Operator
Caracteristic (ROC) eacute a melhor maneira de estabelecer o ponto de corte otimizando
a sensibilidade e especificidade do teste diagnoacutestico
9
Destaca-se que as qualidades de um instrumento aplicado em condiccedilotildees de
campo satildeo modificadas pela prevalecircncia de casos na populaccedilatildeo cliacutenica (onde eacute
esperado ter maior proporccedilatildeo de doenccedila) comparada com uma populaccedilatildeo geral
10
3 OBJETIVOS
Determinar o poder preditivo de iacutendices antropomeacutetricos para predizer
hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos
Estabelecer pontos de corte como discriminadores de hipertensatildeo arterial em
mulheres e homens idosos
Identificar o iacutendice antropomeacutetrico de obesidade que melhor discrimina a
hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos
11
4 MATERIAL E MEacuteTODOS
41 Tipos de estudo
Esta pesquisa eacute do tipo transversal ou seccional como parte do projeto de
Monitoramento da Sauacutede de Idosos de um Municiacutepio de Pequeno Porte ESTUDO
MONIDI Em estudos transversais a estrateacutegia de observaccedilatildeo da populaccedilatildeo eacute
seccional isto eacute as informaccedilotildees obtidas referem-se ao mesmo momento sendo mais
adequado para obtenccedilatildeo de estimativas populacionais As informaccedilotildees individuais
devem ser coletadas num determinado prazo mais curto possiacutevel decorrido entre as
observaccedilotildees do primeiro e uacuteltimo indiviacuteduo69
42 Cenaacuterios do estudo
O municiacutepio de Ibicuiacute fica localizado na zona fisiograacutefica de Vitoacuteria da Conquista
(Encosta do Planalto) e situada no Sudoeste do Estado da Bahia possui uma aacuterea
territorial de 1176843 kmsup2 populaccedilatildeo de 16640 habitantes7071 A populaccedilatildeo de
idosos no ano de 2013 era de 2124 habitantes e destes 525 estavam cadastrados
nas Unidades de Sauacutede da Famiacutelia33
12
Figura 1 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Ibicuiacute BA na regiatildeo Nordeste do Brasil
Fonte Adaptado do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE)72 Infograacuteficos
Cidades Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230
43 Populaccedilatildeo e amostra
A populaccedilatildeo alvo do presente estudo foi constituiacuteda por indiviacuteduos com idade
igual ou superior a 60 anos de ambos os sexos cadastrados na Estrateacutegia de Sauacutede
da Famiacutelia (ESF) que atenderam agraves aacutereas urbanas e rurais do municiacutepio de Ibicuiacute-BA
no ano de 2014 A lista com o nuacutemero de usuaacuterios idosos cadastrados nas USFs da
zona rural e urbana do municiacutepio foi solicitada junto agrave Secretaria Municipal de Sauacutede
Foram incluiacutedos no estudo idosos que estavam cadastrados na Estrateacutegia de
Sauacutede da Famiacutelia que aceitaram participar da pesquisa atraveacutes da assinatura do
Termo de Consentimento Livre Esclarecido (TCLE)
Os criteacuterios de exclusatildeo foram os participantes com diagnoacutestico de demecircncia
ou qualquer outro tipo de alteraccedilatildeo cognitiva que comprometesse a veracidade das
informaccedilotildees fornecidas idosos acamados portadores de doenccedila de Alzheimer ou
outro tipo de doenccedila neuroloacutegica que afetasse a cogniccedilatildeo doenccedila em estaacutegio
terminal
Apoacutes aplicaccedilatildeo dos criteacuterios de exclusatildeo foi efetuado o caacutelculo amostral
seguindo a proposta de Luiz e Magnanini (2000)73 para populaccedilotildees finitas com
13
predominacircncia desconhecida de 50 sendo adotado niacutevel de significacircncia de 5
(correspondendo a um intervalo de confianccedila de 95) e erro toleraacutevel de amostragem
de 25
O caacutelculo amostral resultou numa amostra miacutenima necessaacuteria de 305 idosos
Esse caacutelculo amostral sofreu ajuste em 10 para compensar eventuais perdas e
recusas Apoacutes o resultado do caacutelculo amostral os idosos participantes foram
selecionados atraveacutes de sorteio sendo este proporcional ao tamanho e a distribuiccedilatildeo
por sexo e por quantidade de idosos na Unidade de Sauacutede da Famiacutelia
Os indiviacuteduos assinaram o TCLE foram entrevistados e avaliados nas
dependecircncias da USF sendo que aqueles que natildeo foram localizados ou natildeo
compareceram a USF apoacutes trecircs tentativas foram automaticamente substituiacutedos por
meio de sorteio
44 Equipes de coleta de dados
A equipe de coleta foi composta por dois profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica
(Coordenadores) e cinco acadecircmicos de fisioterapia enfermagem e medicina A
equipe foi previamente treinada em reuniotildees teacutecnicas e no estudo piloto que foi
realizado no periacuteodo de Outubro a Dezembro de 2013 visando padronizar todo o
processo de coleta Foram estabelecidas accedilotildees referentes agrave logiacutestica agrave aplicaccedilatildeo dos
questionaacuterios e aos procedimentos de medidas das variaacuteveis antropomeacutetricas A
coleta propriamente dita ocorreu entre o periacuteodo de 03022014 a 20022014
14
45 Procedimentos para coleta de dados
451 Variaacuteveis do estudo e dados coletados
Foram mensuradas as variaacuteveis idade sexo situaccedilatildeo conjugal niacutevel de
escolaridade raccedilacor renda mensal alcoolismos e tabagismos Como tambeacutem
medidas de pressatildeo arterial sistoacutelica e diastoacutelica massa corporal estatura e
circunferecircncia da cintura
452 Instrumentos de coleta
Foi utilizado o instrumento de coleta denominado Instrumento de Avaliaccedilatildeo da
Sauacutede de Idosos (IASI) padronizado e validado previamente74 Tal instrumento obteacutem
caracteriacutesticas sociodemograacuteficas informaccedilotildees pessoais consumo de aacutelcool e
tabaco avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica e de pressatildeo arterial
Para aferir a pressatildeo arterial foi utilizado o aparelho digital (marca OMRONreg
modelo HEM ndash 742 INT) Utilizou-se ainda uma balanccedila digital portaacutetil (OMRONreg) e
um estadiocircmetro (marca Sannyreg) ambos devidamente calibrados e fita
antropomeacutetrica flexiacutevel (Cardiomedreg)
453 Pressatildeo Arterial
A pressatildeo arterial foi aferida com um aparelho digital de braccedilo com manguito
adequado agrave circunferecircncia do mesmo A medida foi realizada no braccedilo direito a altura
do coraccedilatildeo Foram realizadas trecircs medidas da pressatildeo arterial sendo a primeira apoacutes
o idoso permanecer cinco minutos em repouso e sentado a segunda apoacutes dois
minutos e a terceira dois minutos apoacutes a realizaccedilatildeo da segunda (foi utilizada a meacutedia
das trecircs medidas) Valores de referecircncia estatildeo estabelecidos na Tabela 1
15
Tabela 1 - Classificaccedilatildeo da pressatildeo arterial de acordo com a VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo (2010)
Classificaccedilatildeo Pressatildeo Sistoacutelica (mmHg)
Pressatildeo Diastoacutelica (mmHg)
Oacutetima Normal Limiacutetrofe
lt 120 lt 130 130-139
lt 80 lt 85 85-80
Hipertensatildeo estaacutegio I 140-159 90-99 Hipertensatildeo estaacutegio II 160-179 100-109 Hipertensatildeo estaacutegio III ge 180 ge 110 Hipertensatildeo sistoacutelica isolada
ge 140 lt 90
Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo (2010)7
454 Antropometria
Todas as medidas antropomeacutetricas foram realizadas trecircs vezes (verificou-se a
meacutedia de tais medidas) por um profissional de Educaccedilatildeo Fiacutesica para diminuir o erro
intra e inter avaliadores e anotados por um apontador Os idosos foram medidos
conforme procedimentos padronizados por Lohman et al (1988)75 sem calccedilados
roupas leves sem reloacutegio chaves celular etc
Foi mensurada a circunferecircncia da cintura com uma fita antropomeacutetrica flexiacutevel
no ponto meacutedio entre a uacuteltima costela e a crista iliacuteaca e o procedimento foi deixar a
cintura livre de roupa e os braccedilos cruzados no peito Classificaccedilatildeo de risco para
desenvolver doenccedilas por Lohman et al (1988)75 HOMENS gt 102 cm e MULHERES
gt 88 cm Foi determinado o IMC atraveacutes da equaccedilatildeo [IMC =massa corporal
(kg)estatura2(m)] Valores de referecircncia estatildeo estabelecidos na Tabela 2
Tabela 2 - Classificaccedilatildeo do Iacutendice de Massa Corporal
IMC Classificaccedilatildeo
Baixo peso lt 220 kgm2 Peso adequado 220 le IMC le 270 kgm2 Obesidade gt 270 kgm2
Lohman et al (1988)75
16
A razatildeo cintura-estatura foi determinada pela equaccedilatildeo proposta por Pitanga e
Lessa (2006)15 a qual utiliza a CC (cm) e a estatura (cm) O Iacutendice C foi estimado por
meio das medidas de massa corporal estatura e circunferecircncia da cintura utilizando-
se um modelo proposto por Valdez (1991)54 cuja equaccedilatildeo matemaacutetica estaacute descrita a
seguir
46 Anaacutelise dos dados
Os dados foram digitados com dupla entrada no software Epidata 31 Apoacutes a
digitaccedilatildeo dos dados foram verificados manualmente os valores discrepantes e a
consistecircncia das informaccedilotildees
Na anaacutelise de dados foram utilizados os procedimentos da estatiacutestica descritiva
expressa por meacutedia desvio padratildeo nuacutemero de observaccedilotildees e percentual das
variaacuteveis avaliadas A diferenccedila entre os sexos nas variaacuteveis contiacutenuas foi analisada
pelo teste t de Student para amostras independentes uma vez que as variaacuteveis
apresentaram distribuiccedilatildeo normal e o teste do Qui-quadrado para comparar as
proporccedilotildees (variaacuteveis qualitativas) entre os idosos do sexo masculino e feminino
O poder discriminatoacuterio para determinar a hipertensatildeo arterial e os iacutendices
antropomeacutetricos foi verificado atraveacutes da utilizaccedilatildeo das curvas ROC recurso utilizado
para obtenccedilatildeo de pontos de corte que visam diagnoacutesticos ou triagem
A aacuterea sob a curva ROC (ASC) determina a capacidade preditiva do indicador
para presenccedila ou ausecircncia de hipertensatildeo arterial Uma ASC igual a 10 eacute
considerada perfeita poreacutem se for igual ou menor a 05 indica que sua capacidade
preditiva natildeo eacute melhor que ao acaso
17
Neste estudo o pressuposto para anaacutelise da ASC foi agrave sensibilidade pois em
determinadas situaccedilotildees quando natildeo pode correr o risco de natildeo diagnosticar
determinada doenccedila eacute melhor privilegiar a sensibilidade76
Apoacutes determinados os pontos de corte para cada uma das variaacuteveis
investigadas para prediccedilatildeo de hipertensatildeo essas foram dicotomizadas com base em
seus respectivos valores de referecircncia As anaacutelises estatiacutesticas foram conduzidas no
Statistical Product and Service Solutions (SPSS) reg 130 Em todas as anaacutelises foram
efetuadas respeitando-se o niacutevel de significacircncia de 5
47 Aspectos Eacuteticos
O estudo foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa da Universidade
Estadual do Sudoeste da Bahia com parecer (CAAE 22969013000000055) (Anexo
1) seguindo princiacutepios eacuteticos estabelecidos na Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de
2012 do Conselho Nacional de Sauacutede (CNS)77
18
5 RESULTADOS
51 Caracterizaccedilatildeo da amostra estudada
De acordo com a contabilizaccedilatildeo das perdas (mudou-se do municiacutepio natildeo foi
encontrado por mais de 3 vezes na USF ou domicilio) e recusas (n=31) a amostra final
foi composta por 310 idosos (201 zona urbana e 109 zona rural) A taxa de respostas
foi de 912 com 88 (n=31) de recusas e 92 (n=29) de exclusatildeo
Participaram do estudo 175 mulheres (565) e 135 homens (435) As
idades variaram entre 60 e 108 anos com meacutedia de 7078 plusmn 82 anos para as mulheres
e 60 a 93 anos com meacutedia de 7259 plusmn 78 anos para homens
A maioria das mulheres se auto referiu ser negra e os homens pardo O iacutendice
de analfabetismo apresentou-se elevado em ambos os sexos A maior parte dos idosos
eacute casado A maioria dos idosos sobrevivia com renda mensal inferior ou igual a um
salaacuterio miacutenimo (Tabela 3)
19
Tabela 3 - Variaacuteveis sociodemograacuteficas e de estilo de vida em idosos
Mulheres (n=175) Taxa de Resposta
Homens (n=135) Taxa de Resposta
n n P
Raccedilacor 9861 991
Branco 47 2686 43 3209
Preto 73 4171 26 1940 0001
Pardo 49 2800 55 4074
Natildeo sabe 4 229 10 741
Escolaridade 9918 1000
Analfabeto 95 5429 84 6222
Baacutesica 72 4114 46 3408 0001
Secundaacuteria 5 286 5 370
Superior 2 114 - -
Estado Civil 9789 991
Casadouniatildeo estaacutevel
74 4229 78 5777
Solteiroseparado 33 1886 36 2667 0001
Viuacuteva 63 3600 20 1481
Renda Mensal 9918 1000
le 1 salaacuterio 165 9428 123 9111
11 a 2 salaacuterio 8 458 10 74 0001
21 a salaacuterio 1 057 2 148
Alcoolismo 9989 1000
Sim 4 229 9 667 0001
Natildeo 170 9714 126 9333
Tabagismo 9597 1000
Sim 15 857 21 1556 0001
Natildeo 152 8686 114 8444
Teste Qui-quadrado
20
52 Caracteriacutesticas antropomeacutetricas
Apoacutes a assinatura do TCLE e realizaccedilatildeo do questionaacuterio 10 idosos foram
excluiacutedos (recusas e informaccedilatildeo incompleta do questionaacuterio) desta etapa de anaacutelise
Dessa forma foram analisadas 300 avaliaccedilotildees das medidas antropomeacutetricas
Na Tabela 4 podem ser observados os valores meacutedios desvio padratildeo valores
miacutenimos e maacuteximos e percentuais das variaacuteveis avaliadas A meacutedia do IMC foi menor
nos homens quando comparado com o resultado das mulheres (p lt 0001) Natildeo houve
diferenccedila significativa da variaacutevel circunferecircncia da cintura entre homens e mulheres
(p = 0208) A prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi maior nas mulheres A maioria
das mulheres eacute obesa e entre os homens o estado nutricional foi considerado eutroacutefico
(Tabela 5)
21
Tabela 4 - Valores descritivos miacutenimos e maacuteximos das variaacuteveis analisadas
Variaacuteveis Mulheres (n=167) Homens (n=133) Valor-p
Idade (anos) 7078 plusmn 821 (60-108)
7259 plusmn 786 (60-93)
0055
Massa corporal (kg) 6020 plusmn 1223 (2970-9580)
6384 plusmn 1250 (4010-11840)
0012
Estatura (cm) 14875 plusmn 616 (129-164)
16080 plusmn 782 (135-183)
lt00001
IMC (kgm2) 2715 plusmn505 (1342-4064)
2458 plusmn 390 (1475-3544)
lt00001
CC (cm)dagger 8734 plusmn 1126 (55-130)
8894 plusmn 1010 (66-115)
0208
RCEst 057 plusmn 011 (000-087)
055 plusmn 006 (042-073)
0086
Iacutendice C 123 plusmn 021 (000-166)
129 plusmn 006 (117-150)
0001
PAS 14096 plusmn 2218 (87-200)
13735 plusmn 2251 (98-209)
0166
PAD 7671 plusmn 1091 (45-105)
7697 plusmn 1179 (49-110)
0846
IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia da cintura RCEst - razatildeo cintura-estatura Iacutendice C - Iacutendice de Conicidade PAS - pressatildeo arterial sistoacutelica PAD ndash pressatildeo arterial diastoacutelica dagger Variaacuteveis com perdas (n=163 mulheres) Teste T de Student para amostras independentes
Tabela 5 - Percentuais das variaacuteveis analisadas
Variaacutevel Mulheres Homens Valor-p
Pressatildeo Arterial (n) (n)
Normal 557 (93) 594 (79) 0011
Hipertensatildeo 443 (74) 406 (54)
Estado nutricional (n) (n)
Baixo peso 144 (24) 301 (40)
Normal 353 (59) 436 (58) lt00001
Sobrepeso 503 (84) 263 (35)
Teste Qui-quadrado
53 Anaacutelise da curva ROC
22
As aacutereas sob a curva ROC do IMC da CC da RCEst e do iacutendice C como
preditores de hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos e os respectivos
intervalos de confianccedila (IC 95) podem ser observados na Tabela 6 e nas Figuras 2
3 4 5 6 7 8 9 Evidenciou-se que alguns iacutendices antropomeacutetricos apresentaram
aacuterea sob a curva ROC significativas Todavia a RCEst e o IMC assumiram maiores
aacutereas com diferenccedila significativa para os homens
Tabela 6 - Aacuterea sob a curva ROC e IC95 entre os iacutendices antropomeacutetricos e hipertensatildeo arterial em idosos
Aacuterea sob a curva ROC
PA elevada Mulheres
Homens
p
IMC (kgm2) 053 (044-062) 060 (050-070)
lt00001dagger
CC (cm) 057 (048-066) 058 (048-068)
lt00001dagger
RCEst 056 (047-065) 061 (051-071)
lt00001dagger
Iacutendice C 058 (049-066) 058 (058-068) lt00001dagger
IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia de cintura RCEst - razatildeo cinturaestatura Iacutendice C - iacutendice de conicidade ROC ndashReceiver Operating CharacteristicIC95 - intervalo de confianccedila a 95Aacuterea sob a curva ROC apresentando poder discriminatoacuterio para pressatildeo arterial elevada (Li-IC ge 050) daggerTeste Qui-quadrado
23
Figura 2 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) IMC - iacutendice de massa corporal
Figura 3 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) IMC - iacutendice de massa corporal
24
Figura 4 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) CC ndash circunferecircncia da cintura
Figura 5 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) CC ndash circunferecircncia da cintura
25
Figura 6 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) RCEst - razatildeo cinturaestatura
Figura 7 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) RCEst - razatildeo cinturaestatura
26
Figura 8 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) Iacutendice C -iacutendice de conicidade
Figura 9 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) Iacutendice C - iacutendice de conicidade
27
Os valores dos pontos de corte dos iacutendices antropomeacutetricos como preditores
de hipertensatildeo arterial e suas respectivas sensibilidade e especificidade (mais
adequado equiliacutebrio entre si) satildeo apresentados na Tabela 7 Observa-se que entre
os iacutendices antropomeacutetricos a RCEst teve melhor percentual de sensibilidade e de
especificidade para discriminar a pressatildeo arterial elevada para os homens
Tabela 7 - Pontos de corte sensibilidade e especificidade dos iacutendices antropomeacutetricos para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial em idosos
Mulheres Homens PA elevada
Ponto de corte
Sensibilidade ()
Especificidade ()
Ponto de corte
Sensibilidade ()
Especificidade ()
IMC (kgm2)
2679 527 548 2420 527 548
CC (cm) 8750 577 457 8650 593 532 RCEst 059 568 430 054 648 456 Iacutendice C 126 541 452 129 574 456
IMC ndash Iacutendice de Massa Corporal CC ndash Circunferecircncia da Cintura RCEst ndash Razatildeo Cintura-Estatura Iacutendice C ndash Iacutendice de Conicidade
28
6 DISCUSSAtildeO
61 Aacutereas sob a Curva ROC
Este estudo teve como objetivo identificar a capacidade preditiva de iacutendices
antropomeacutetricos de obesidade geral e abdominal para discriminar a presenccedila de
hipertensatildeo arterial em idosos com foco de utilizaccedilatildeo no ambiente da estrateacutegia de
sauacutede da famiacutelia Nessa perspectiva surge uma proposta de triagem dos casos de
idosos com possiacuteveis alteraccedilotildees crocircnicas em sua pressatildeo arterial aleacutem de possibilitar
a discussatildeo sobre validaccedilatildeo de tais iacutendices para uso no contexto da sauacutede
Dessa forma recomenda-se a anaacutelise da sensibilidade e especificidade por
meio da construccedilatildeo de curvas ROC pois eacute a melhor opccedilatildeo para determinar pontos de
corte em estudos epidemioloacutegicos78 Essa anaacutelise permite fornecer a aacuterea sob a curva
que traduz o poder de discriminaccedilatildeo de um indicador para um determinado desfecho
e a identificaccedilatildeo do melhor ponto de corte
A proposta dessa pesquisa natildeo eacute excluir o diagnoacutestico meacutedico mas
proporcionar uma estrateacutegia mais abrangente a ser utilizada pelas USFs em parceria
entre os profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica e os profissionais de sauacutede no contexto da
atenccedilatildeo primaacuteria
Embora exista associaccedilatildeo entre sobrepesoobesidade e a pressatildeo arterial
elevada poucos estudos tecircm identificado pontos de corte de iacutendices antropomeacutetricos
que visem agrave detecccedilatildeo da hipertensatildeo arterial em idosos Diversos estudos tecircm
demonstrado que os iacutendices antropomeacutetricos satildeo bons indicadores de obesidade e
estatildeo relacionados a fatores de risco cardiovascular795880 Todavia a hipertensatildeo eacute
apontada como um dos principais fatores de risco cardiovasculares o que denota a
necessidade de um olhar diferenciado
A prevalecircncia de hipertensatildeo foi inferior agrave encontrada em outros estudos818283
Contudo diferenccedilas metodoloacutegicas nuacutemero de medidas realizadas e os diferentes
criteacuterios de referecircncia satildeo as principais causas da grande variabilidade nas
prevalecircncias de pressatildeo arterial elevada entre as investigaccedilotildees No presente estudo
29
optou-se por maior rigorosidade ao diagnosticar a pressatildeo arterial elevada
considerando a realizaccedilatildeo de trecircs medidas
Nessa amostra observou-se que a prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi
443 nas mulheres e 406 nos homens Demonstrando ser uma alta prevalecircncia
pois se trata de uma populaccedilatildeo que eacute influenciada diretamente pelo o aumento da
morbimortalidade durante o envelhecimento Estudos envolvendo idosos indicam que
a prevalecircncia da hipertensatildeo encontra-se entre 50-70 com o aumento da idade84
Poucos estudos epidemioloacutegicos foram conduzidos com o objetivo de identificar
e discriminar a capacidade de iacutendices antropomeacutetricos de obesidade para a pressatildeo
arterial elevada na populaccedilatildeo de idosos e principalmente utilizando o iacutendice C o
RCEst Um estudo realizado com a populaccedilatildeo de idosos utilizou o mesmo objetivo
poreacutem usou como ponto de corte o iacutendice de massa corporal e o iacutendice de adiposidade
corporal85 Entretanto faz-se necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de outros iacutendices para identificar
hipertensatildeo arterial em idosos
De acordo com os resultados do presente estudo somente alguns dos
indicadores antropomeacutetricos apresentaram capacidade preditiva para a hipertensatildeo
arterial em idosos de acordo com limite inferior do intervalo de confianccedila de 9586
Dessa forma foi observado que a RCEst e IMC para os homens mostraram-se com
bom poder de detecccedilatildeo para a hipertensatildeo arterial pois obtiveram maiores valores
sob a curva para esse desfecho
Em 2013 Leal Neto et al85 identificaram em seus resultados que o IMC e o
iacutendice de adiposidade corporal foram os melhores indicadores preditivos de
hipertensatildeo arterial nos idosos em ambos os sexos independentemente de outros
fatores tais como idade tabagismo consumo de aacutelcool e atividade fiacutesica
No presente estudo os principais indicadores que tiveram uma boa aacuterea sob a
curva foram o IMC RCEst e Iacutendice C com resultados de 060 IC95 (050-070) 061
IC95 (051-071) e 058 IC95 (058-068) respectivamente para homens
Nas mulheres tais iacutendices mostraram-se com menor poder discriminatoacuterio para
diagnosticar a hipertensatildeo arterial A HAS eacute um desfecho que pode ser influenciado
por fatores multicausais (hormonais estresse etc) Na anaacutelise do desempenho do
iacutendice antropomeacutetrico a loacutegica eacute unidirecional ou seja verificar o desempenho desses
iacutendices apenas como preditores de hipertensatildeo arterial foram mais satisfatoacuterios entre
os homens Os iacutendices podem interferir mas natildeo determinar a prevalecircncia da
30
hipertensatildeo Embora as mulheres tenham uma maior prevalecircncia essa natildeo eacute
determinada pelos iacutendices antropomeacutetricos no presente estudo
Tais resultados diferem do estudo realizado em 2012 por Samsen et al87 no
qual a circunferecircncia da cintura teve boa ASC nos homens = 0684 com IC95 (0672-
0695) e nas mulheres = 0673 IC95 (0665-0681) sendo o melhor indicador
significativamente (p lt0001) do que o IMC no qual a ASC em homens foi de = 0667
IC95 (0656-679) e nas mulheres = 0636 IC95 (0628-0644) em discriminaccedilatildeo
de pelo menos um fator de risco cardiovascular Isso se deve ao fato de tal estudo ter
sido realizado com uma abrangecircncia maior na faixa etaacuteria que foi de 45-80 anos
Uma possiacutevel limitaccedilatildeo para discussatildeo dos resultados desse estudo foi a faixa
etaacuteria restrita que natildeo incluiu idosos (igual ou acima de 60 anos) o que impossibilita
a triagem da pressatildeo arterial elevada nessa populaccedilatildeo
62 Iacutendices antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial
Nesse estudo a CC e RCEst foram as variaacuteveis com maiores valores absolutos
de sensibilidade para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial respectivamente para mulheres
e homens Tais resultados indicam as proporccedilotildees de verdadeiros positivos na
ocorrecircncia de hipertensatildeo arterial
Quanto ao ponto de corte do RCEst nas mulheres foi de 059 sendo 568 de
sensibilidade e 430 de especificidade Valores inferiores ao encontrado no presente
estudo para mulheres foram sugeridos em Taiwan (045) Cingapura (048) e na China
(050) No Brasil em 2009 Haun Pitanga e Lessa16 recomendaram para a RCEst
053 como melhor ponto de corte com sensibilidade (67) e especificidade (58) e
aacuterea sob a curva ROC de 069 (IC 95 = 064-075) Outro ponto de corte semelhante
ao observado no Brasil com mulheres mexicanas variou de 053 a 0535 para a
RCEst discriminar diabete tipo 2 hipertensatildeo e dislipidemias88899091
Os pontos de corte sugeridos por esses paiacuteses e no Brasil podem ter sido
inferiores por causa da abrangecircncia na faixa etaacuteria dos indiviacuteduos no qual incluiacuteram
mulheres de 30 a 74 anos como tambeacutem as caracteriacutesticas econocircmicas culturais e
31
de estilo de vida diferem da realidade das mulheres que residem em cidades de
pequeno porte Estudos que discriminem hipertensatildeo arterial principalmente em
idosos com RCEst satildeo escassos na literatura
Em 2010 Browning Hsieh e Ashwel92 realizaram uma revisatildeo sistemaacutetica
sobre a potencialidade de indicadores antropomeacutetricos em predizer doenccedilas
cardiovasculares e identificou a RCEst como variaacutevel de melhor desempenho A
RCEst apresentou maiores ASC quando comparada ao IMC ou CC Os dados
analisados foram de quatorze paiacuteses diferentes e incluiacuteram caucasianos asiaacuteticos e
da Ameacuterica Central Segundo os autores uma RCEst ge 05 eacute capaz de identificar
fatores de risco cardiovasculares Esse ponto de corte eacute inferior aos encontrados para
homens e mulheres no presente estudo significando que o ponto de corte encontrado
pode diagnosticar risco cardiovascular e consequentemente a presenccedila de
hipertensatildeo
Outros autores afirmam essa hipoacutetese relacionada aos valores limites para
RCEst em diversas populaccedilotildees e indicaram que um ponto de corte de 05 eacute o valor
mais indicado para ambos os sexos todas as idades e diferentes populaccedilotildees899315
Com relaccedilatildeo agrave especificidade a variaacutevel com maior valor foi o IMC
independentemente do sexo Nas mulheres o ponto de corte sugerido foi 2679 kgm2
e nos homens 2420 kgm2 O valor da especificidade foi de 548 para ambos os
sexos o qual possibilita determinar corretamente a ausecircncia de hipertensatildeo arterial
Sendo assim este estudo sugere que o IMC natildeo foi o melhor preditor de hipertensatildeo
arterial
O estudo de Leal Neto et al (2013)85 tambeacutem testou a capacidade de
indicadores antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial em idosos
sugeriu como pontos de corte para IMC valores de 247 kgm2 igual ao encontrado no
presente estudo e de 273 kgm2 nuacutemero superior que aos dados do presente
trabalho para homens e mulheres respectivamente
Em outro estudo realizado com 19621 homens e mulheres com faixa etaacuteria de
45-80 anos a meacutedia da idade foi de 598 anos para os homens e 585 anos para as
mulheres O ponto de corte adequado de IMC foi de 23 kgm2 em homens e 24 kgm2
em mulheres Os pontos de corte de CC foram 80 cm e 78 cm em homens e mulheres
respectivamente Os achados do presente estudo foram superiores a esses
32
resultados todavia deve ser considerado que a populaccedilatildeo alvo foi diferente e com
idade menor da populaccedilatildeo pesquisada no presente trabalho87
Com relaccedilatildeo agrave CC o ponto de corte identificado para a prediccedilatildeo de hipertensatildeo
arterial nas mulheres foi superior ao dos homens Contudo os valores de sensibilidade
e especificidade desses pontos de corte foram maiores entre os homens o que pode
indicar que o poder preditivo da CC para a hipertensatildeo arterial eacute melhor para o sexo
masculino Quanto menor o ponto de corte maior seraacute a habilidade do teste em
classificar os doentes como positivos isto eacute maior seraacute a sensibilidade76 Os pontos
de corte dos homens foram em sua maioria menores em comparaccedilatildeo aos das
mulheres
Tais resultados satildeo contraacuterios aos achados do estudo de Kashihara et al
(2009)94 com indiviacuteduos de 30-74 anos que comparou paciente com hipertensatildeo e sem
hipertensatildeo Em seus pontos de corte de CC para os homens foram superiores aos
pontos de corte definidos para as mulheres e os valores de sensibilidade e
especificidade foi maior nas mulheres para identificar risco cardiovascular Poreacutem a
idade foi menor ao proposto no presente estudo
Outro estudo que contraria tais resultados quanto ao ponto de corte da CC foi
o de Haun Pitanga e Lessa (2009)16 que foi superior para os homens enquanto o
niacutevel de sensibilidade e especificidade foi igual aos nossos achados Poreacutem esse
estudo foi realizado com indiviacuteduos de idade entre 30-74 anos e discriminou risco
coronariano elevado
Quanto ao Iacutendice C no presente estudo o ponto de corte sugerido foi de 126
nas mulheres (sensibilidade 541 e especificidade 452) e 129 para os homens
(sensibilidade 574 e especificidade 456)
Diferentemente do resultado encontrado no presente estudo Pitanga e Lessa
(2005)56 sugeriram como o melhor ponto de corte para risco coronariano com o iacutendice
C 118 para mulheres apresentando valores de sensibilidade (7339) e
especificidade (6115) Para os homens o ponto de corte foi de 125 com valores de
sensibilidade (7391) e especificidade (7492) Tais pontos de corte foram para
indiviacuteduos adultos por esse motivo foram mais baixos que os achados do presente
trabalho Deve-se considerar que existem modificaccedilotildees na composiccedilatildeo corporal com
o processo do envelhecimento o que poderia alterar os pontos de corte para as essas
medidas antropomeacutetricas
33
Em outro estudo com os mesmo autores foram apresentados outros pontos de
corte comparando diferentes faixas etaacuterias Para as mulheres de 30-49 anos o melhor
ponto de corte foi o mesmo (118) com melhor sensibilidade (7857) e
especificidade (6524) e tambeacutem melhor aacuterea sob a curva ROC 081 (IC95 = 070-
092) Entre as de idade mais avanccedilada (50-74 anos) o melhor ponto de corte
sugerido foi 122 com sensibilidade (6000) e especificidade (6582) e aacuterea sob a
curva ROC 065 (IC 95 = 058-073) Portanto o iacutendice C apresentou melhor poder
discriminatoacuterio de RCEst para as mulheres mais jovens64
Almeida Almeida e Arauacutejo (2009)58 conduziram uma pesquisa com mulheres
de 30 e 69 anos buscando avaliar o desempenho de diferentes pontos de corte do
iacutendice C RCQ CC e RCEst para discriminar Risco Coronariano Elevado e o ponto de
corte encontrado para o Iacutendice C foi (125) proacuteximo ao ponto de corte para mulheres
nos nossos achados Dessa forma tais autores afirmaram que os indicadores
antropomeacutetricos de obesidade abdominal analisados tiveram desempenhos
satisfatoacuterios e similares para discriminar RCEst poreacutem o iacutendice C foi o que
apresentou o melhor poder discriminatoacuterio
As informaccedilotildees sobre o iacutendice C satildeo limitadas quanto agrave discussatildeo do ponto de
corte para hipertensatildeo arterial principalmente por encontrar poucos estudos sobre
essa medida como referecircncia para idosos Pitanga e Lessa (2004)55 relatam como
uma limitaccedilatildeo para a utilizaccedilatildeo do Iacutendice C em estudos populacionais a dificuldade de
se calcular o denominador da equaccedilatildeo proposta para sua determinaccedilatildeo
O excesso de gordura em geral estaacute associado ao aparecimento de doenccedilas
cardiovasculares hipertensatildeo arterial e mortalidade a definiccedilatildeo de pontos de corte
para iacutendices que se destacam por sua simplicidade operacional e boa acuraacutecia
permite a detecccedilatildeo dos indiviacuteduos sob risco sendo de grande utilidade nos serviccedilos
de atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede aleacutem de possibilitar o conhecimento da situaccedilatildeo de
grupos populacionais especiacuteficos frente a esses riscos quando empregados na
pesquisa epidemioloacutegica
No contexto das cidades de pequeno porte (rurais e urbanas) os recursos de
sauacutede satildeo muitas vezes limitados e escassos sendo importante a utilizaccedilatildeo desses
iacutendices antropomeacutetricos como substituiccedilatildeo eou apoio a avaliaccedilatildeo tradicional da
pressatildeo arterial Em vaacuterias conjunturas de sauacutede a alta demanda de paciente com
hipertensatildeo arterial exige a utilizaccedilatildeo de instrumentos de diagnoacutesticos e rastreamento
34
de raacutepida e faacutecil aplicaccedilatildeo que possam ser manejados por diferentes profissionais e
que sobretudo apresentem validade e fidedignidade A adequada validaccedilatildeo de
instrumentos e conhecimento de suas propriedades teacutecnicas na populaccedilatildeo brasileira
tambeacutem deve contribuir com a seleccedilatildeo de prioridades e delimitaccedilatildeo do conteuacutedo dos
programas de sauacutede pelos tomadores de decisatildeo em diferentes niacuteveis de gestatildeo
35
7 CONCLUSAtildeO
As anaacutelises dos dados permitem frente aos objetivos estabelecidos formular
as seguintes conclusotildees Quanto ao poder de discriminaccedilatildeo de iacutendices
antropomeacutetricos para a hipertensatildeo arterial em idosos os iacutendices antropomeacutetricos
(IMC RCEst e Iacutendice C) foram bons preditores de hipertensatildeo arterial para os homens
Dessa forma tais iacutendices podem ser empregados nos homens poreacutem tais medidas
natildeo foram satisfatoacuterias para predizer pressatildeo arterial elevada nas mulheres idosas
limitando a sua utilizaccedilatildeo para o sexo feminino com idades avanccediladas
O melhor ponto de corte para discriminar hipertensatildeo arterial foi 054 para a
RCEst nos homens dessa forma tal ponto de corte deve ser empregada no contexto
da atenccedilatildeo primaacuteria nos homens Sugere-se a utilizaccedilatildeo dessa medida a fim de
detectar e realizar a triagem da hipertensatildeo arterial com caracteriacutesticas similares agrave
amostra deste estudo
Recomenda-se que a utilizaccedilatildeo de dois iacutendices simultaneamente resulte em
uma maior eficiecircncia na avaliaccedilatildeo do risco de hipertensatildeo arterial em idosos A
indicaccedilatildeo destas medidas permite que ela seja realizada nas Unidades de Sauacutede da
Famiacutelia como meacutetodo de triagem para idosos com hipertensatildeo arterial utilizando
materiais de faacutecil manejo e de baixo custo
Dessa forma pode-se efetivamente atingir uma das estrateacutegias de prevenccedilatildeo
da hipertensatildeo arterial sistecircmica que eacute o controle da pressatildeo arterial durante o
envelhecimento Todavia sugere-se cautela na utilizaccedilatildeo do ponto de corte desses
indicadores para as mulheres pois os resultados natildeo foram satisfatoacuterios
Fica evidente a necessidade de outros estudos que identifiquem pontos de
corte de iacutendices antropomeacutetricos visando agrave detecccedilatildeo de hipertensatildeo arterial e de
outros fatores de risco cardiovascular nas mulheres idosas que residem em cidades
de pequeno porte
36
8 REFEREcircNCIAS
1 Omram AR The epidemiologic transition a theory of the epidemiology of population change Milbank Memorial Fund Quarterly 1971 49 (Part 1) 509-538
2 Wong LR Carvalho JM Age-strucutural transition in Brazil demographic bonuses and emerging challenges In Pool I Wong LLR Vilquin E editores Age-structural transitions challenges for development Paris Committee for International Cooperation in National Research in Demography 2006
3 Gragnolati M Jorgensen OH Rocha R Fruttero AA Envelhecendo em um Brasil mais Velho implicaccedilotildees do envelhecimento populacional sobre o crescimento econocircmico reduccedilatildeo da pobreza financcedilas puacuteblicas prestaccedilatildeo de serviccedilos Banco Internacional para a Reconstruccedilatildeo e o Desenvolvimento Banco Mundial 2011
4 Schmidt MI Duncan BB Silva GA et al Health in Brazil 4 Chronic non-communicable diseases in Brazil burden and current challenges The Lancet 2011 377
5 Ezzati M Hoorn SV Rodgers A et al Comparative Risk Assessment Collaborating Group Selected major risk factors and global and regional burden of disease Lancet 2002 360 1347-60
6 Lim SS Vos T Flaxman AD et al A comparative risk assessment of burden of disease and injury attributable to 67 risk factors and risk factor clusters in 21 regions 1990-2010 a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2010 Lancet 2012 380 (9859)2224-60
7 Sociedade Brasileira de Cardiologia Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Sociedade Brasileira de Nefrologia VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 2010 95(1) 1-51
8 Miranda DR Perrotti TC Bellinazzi VR et al Hipertensatildeo arterial no idoso peculiaridades na fisiopatologia no diagnoacutestico e no tratamento Rev Bras Hipertens 2002 9 293-300
9 Pilger C Menon MU Mathias TAF Caracteriacutesticas sociodemograacuteficas e de sauacutede de idosos contribuiccedilotildees para os serviccedilos de sauacutede Rev Latino-Am Enfermagem 2011 19(5)1230-1238
10 Pilger C Menon MU Mathias TAF Utilizaccedilatildeo de serviccedilos de sauacutede por idosos vivendo na comunidade Rev esc enferm USP 2013 47(1)213-220
11 Mariath AB Grillo LP Silva RO et al Obesidade e fatores de risco para o desenvolvimento de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis entre usuaacuterios de unidade de alimentaccedilatildeo e nutriccedilatildeo Cad Sauacutede Puacuteblica 2007 23 (4) 897-905
37
12 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Diretrizes e recomendaccedilotildees para o cuidado
integral de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis promoccedilatildeo da sauacutede vigilacircncia prevenccedilatildeo e assistecircncia Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2008
13 Kuumlmpe DA Sodreacute AC Pomatti DM et al Obesidade em Idosos Acompanhados
pela Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia Texto Contexto Enferm Florianoacutepolis 2011 20(3) 471-7
14 Silva KS Farias Juacutenior JC Fatores de risco associados agrave pressatildeo arterial elevada em adolescentes Rev Bras Med Esporte 2007 13(4) 237-40
15 Pitanga FJG Lessa I Razatildeo cintura-estatura como discriminador do risco
coronariano de adultos Rev Assoc Med Bras 2006 52157-61
16 Haun DR Pitanga FJG Lessa I Razatildeo CinturaEstatura comparado a outros indicadores antropomeacutetricos de obesidade como preditor de risco coronariano elevado Rev Assoc Med Bras [online] 2009 55(6) 705-711
17 Nascimento CM Ribeiro AQ SantrsquoAna LFR et al Estado nutricional e condiccedilotildees de sauacutede da populaccedilatildeo idosa brasileira revisatildeo da literatura Rev meacuted Minas Gerais 2011 21(2)174-180
18 Gomes MA Beck cc Duarte MFS et al Ficha Antropomeacutetrica no Nuacutecleo de Apoio a Sauacutede da Famiacutelia o que medir e para que medir Rev bras cineantropom desempenho hum 2009 11(2) 243-253
19 Azevedo LF Oliveira ACC Lima JRP et al Recomendaccedilotildees sobre condutas e procedimentos do profissional de educaccedilatildeo fiacutesica na atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede Rio de Janeiro CONFEF 2010 109-55
20 World Health Organization World health statistics 2012 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghopublicationsworld_health_statistics2012enindexhtmlgt [2012 set 18]
21 World Health Organization Global health risks mortality and burden of disease attributable to selected major risks Geneva World Health Organization 2009a
22 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Panorama da sauacutede brasileira em muacuteltiplos aspectos Percepccedilatildeo do estado de sauacutede estilo de vida e doenccedila crocircnica Pesquisa Nacional de Sauacutede 2013
23 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Pesquisa Nacional por Amostra
de Domiciacutelios 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapesquisaspesquisa_resultadosphpid_pesquisa=149gt[2014 dez 04]
24 Tribess S Virtuoso Junior JS Prescriccedilatildeo de exerciacutecios fiacutesicos para idosos Rev saudecom 2005 1(2)163-72
38
25 Pollock ML Wilmore JH Exerciacutecio na Sauacutede e na Doenccedila avaliaccedilatildeo e prescriccedilatildeo para prevenccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo Editora MEDSI 2ordf ed Rio de Janeiro 1993
26 Sociedade Brasileira de Cardiologia V Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 20061-48
27 World Health Organization Global Health Observatory (GHO) 2014 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghoncdrisk_factorsblood_pressure_prevalence_textengt [2014 dez 04]
28 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Secretaria de Atenccedilatildeo baacutesica agrave Sauacutede Departamento de atenccedilatildeo baacutesica - Hipertensatildeo arterial sistecircmica Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2006
29 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) (2009) Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeGestorvisualizar_textocfmidtxt=24421gt [2010 abr 07]
30 Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Nuacutemero de hipertenso 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwsbhorgbripadgeralphpgt [09 nov 2014]
31 Secretaria de Sauacutede do Estado da Bahia Hipertensatildeo Quantidade de Hipertensos na Bahia Disponiacutevel em (2014) lthttpwwwsaudebagovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=4418ampcatid=1ampItemid=14gt [2014 jan 10]
32 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica 2014 Dados de mortalidade na Bahia Disponiacutevel em lthttptabnetdatasusgovbrcgitabcgiexesiabcnvSIABSBAdefgt [2014 mai 05]
33 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica Dados sociodemograacuteficos de Ibicuiacute 2014 lthttptabnetdatasusgovbrcgideftohtmexesiabcnvSIABFBAdefgt [2014 jan 05]
34 Williams B The year in hypertension JACC 2010 55(1) 66-73
35 Lipp M Rocha JC Stress Hipertensatildeo Arterial e Qualidade de vida um guia de tratamento para o hipertenso Campinas Papirus 1996
36 Borenstein MS (Org) Manual de Hipertensatildeo Arterial Porto Allege Editora Sagra Luzzatto 1999
37 Joint National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure The Sixth Report of the Join National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure Arch Intern Med 1997157 2413-2446
39
38 Mitchell GF Parise H Benjamin EJ et al Changes in arterial stiffness and wave reflection with advancing age in health men and women Hypertension 2004 431239-1245
39 Matos AC Ladeia AM Avaliaccedilatildeo de fatores de risco cardiovascular em uma comunidade rural da Bahia Arq Bras Cardiol 2003 81(3) 291-6
40 World Health Organization Who Expert Committee on Physical Status the use and interpretation of antropometry Report of a WHO Expert Commitee Geneva WHO 1995 p 854
41 Pitanga FJG Antropometria na avaliaccedilatildeo da obesidade abdominal e risco coronariano Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum 201113(3) 238-241
42 Ferreira LS Amaral TF Marucci MFN et al Under nutrition as a major risk factor for death among older Brazilian adults in the community-dwelling setting SABE survey Nutrition 201127(10)17-22
43 Andrade FB Caldas Junior AF Kitoko PM et al Prevalence of overweight and obesity in elderly people from Vitoacuteria-ES Brazil Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2012 set17(3)749-756
44 Boscatto EC Duarte Mde F Coqueiro Rda S Barbosa AR Nutritional status in the oldest elderly and associated factors Rev Assoc Med Bras 2013 59(1)40-47
45 Kostka J Borowiak E Kostka T Nutritional status and quality of life in different
populations of older people in Poland Eur J Clin Nutr 2014 Nov68(11)1210-5
46 Silva DAS Petroski EL Associaccedilatildeo de diferentes pontos de corte para sobrepeso e obesidade com pressatildeo arterial elevada em idosas Rev Educ Fis UEM 2009 20 415-22
47 Nutrition Screening Initiative Interventions manual for professionals caring for older Americans Washington DC Nutrition Screening Initiative 1992
48 World Health Organization Obesity preventing and managing the global epidemic Report of a WHO Consultation on Obesity Geneva World Health Organization 1998
49 Cameron AJ Dunstan DW Owen N et al Health and mortality consequences
of abdominal obesity evidence from the Aus Diab study Med J Aust 2009191 202ndash208
50 Fox KA Despres JP Richard AJ et al Does abdominal obesity have a similar impact on cardiovascular disease and diabetes A study of 91246 ambulant patients in 27 European countries Eur Heart J 2009 30 3055ndash3063
40
51 Pouliot MC Despreacutes JP Lemieux S et al Waist circumference and abdominal sagittal diameter Best simple anthropometric indexes of abdominal visceral adipose tissue accumulation and related cardiovascular risk in men and woman Am J Cardiology 1994 73 460-468
52 Peixoto MRG Beniacutecio MHD Latorre M et al Circunferecircncia da Cintura e Iacutendice de massa Corporal como Preditores da Hipertensatildeo Arterial Arq Bras Cardiol 200687 462-470
53 MacKay MF Haffner SM Wagenknecht LE et al Prediction of type 2 diabetes using alternate anthropometric measures in a multiethnic cohort the insulin resistance atherosclerosis study Diabetes Care 200932(5)956-8
54 Valdez R A simple model-based index of abdominal adiposity J Clin Epidemiol1991 44(9) 955-6
55 Pitanga FJG Lessa I Sensibilidade e especificidade do iacutendice de conicidade como discriminador do risco coronariano de adultos em Salvador Brasil Rev Bras Epidemiol 20047(3)259-69
56 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano elevado em adultos na cidade de Salvador - Bahia Arq Bras Cardiol 2005 85 (1)26-31
57 Ghosh JR Bandyopadhyay AR Comparative evaluation of obesity measures relationship with blood pressures and hypertension Singapore Med J 200748(3) 232-5
58 Almeida RT Almeida MMG Araujo TM Obesidade abdominal e risco cardiovascular desempenho de indicadores antropomeacutetricos em mulheres Arq Bras Cardiol 2009 out92(5)375-380
59 Freitas Juacutenior Costa Rosa CS Codogno JS et al Capacidade cardiorrespiratoacuteria e distribuiccedilatildeo de gordura corporal de mulheres com 50 anos ou mais Rev Esc Enferm USP 2010 44(2) 395-400
60 Matos LN Giorelli GV Dias CB Correlation of anthropometric indicators for identifying insulin sensitivity and resistance Satildeo Paulo Med J [online] 2011 129(1) 30-35
61 Gomes MA Rech CR Gomes MBA et al Correlaccedilatildeo entre iacutendices antropomeacutetricos e distribuiccedilatildeo de gordura corporal em mulheres idosas Rev bras cineantropom desempenho hum 2006 set 8(3) 16-22
62 Tarastchuk JCE Gueacuterios EE Bueno RRL et al Obesidade e intervenccedilatildeo coronariana devemos continuar valorizando o Iacutendice de Massa Corpoacuterea Arq Bras Cardiol [online] 2008 90(5) 311-316
41
63 Ferreira AP CB Ferreira VC Souza et al Risco de distuacuterbio glicecircmico em mulheres idosas ajustado por antropometria e genoacutetipos de citocinas Rev Assoc Med Bras [online] 201157(5) 565-569
64 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano em mulheres Rev Bras Cineantrop Desempenho Hum 2006 8 (1) 14-21
65 Newman TB Browner WS Cummings SR Delineando estudos de testes meacutedicos In Hulley SB et al Delineando a pesquisa cliacutenica uma abordagem epidemioloacutegica 2 ed Porto Alegre Artmed 2003 203-224
66 Toscano CM As campanhas nacionais para detecccedilatildeo das doenccedilas crocircnicas natildeo-transmissiacuteveis diabetes e hipertensatildeo arterial Ciecircnc sauacutede Coletiva out-dez 2004 9(4) 885-895
67 Fletcher RH Fletcher SW Prevenccedilatildeo In Fletcher R Fletcher S Epidemiologia
cliacutenica elementos essenciais 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 2006 179-201
68 Jeckel J Elmore J Katz D Meacutetodos de prevenccedilatildeo secundaacuteria In _____ Epidemiologia bioestatiacutestica e medicina preventiva 2 ed Porto Alegre Artmed 2005 236-247
69 Klein CH Bloch KV Estudos seccionais In Medronho RA Carvalho DM Bloch KV Luiz RR Werneck GL Epidemiologia 1ordf ed Satildeo Paulo Editora Atheneu 2002 125-150
70 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Resoluccedilatildeo nordm- 6 de 3 de novembro de 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcenso2010ibgegovbrdados_divulgadosindexphpuf=29gt[201 dez 18]
71 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica ndash Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais (2014) Disponiacutevel em lthttpcodibgegovbr398G9gt [2014 ago 30]
72 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230gt [2013 mai 01]
73 Luiz RR Magnanini MMF A loacutegica da determinaccedilatildeo do tamanho da amostra em investigaccedilotildees epidemioloacutegicas Cad sauacutede coletiva Rio de Janeiro 2000 8(2) 9-28
74 Reis MC Nascimento RAS Pedreira RBS et al Validaccedilatildeo de Face e Clareza do Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede dos Idosos ndash IASI [resumo] in Anais do XIX Congresso Brasileiro Geriatria e Gerontologia Beleacutem 2014 296-296
75 Lohman TG Roche AF Martorell R Anthropometric Standardization Reference Manual Champaign Illinois Human Kinetics 1988
42
76 Vaz JCL Regiotildees de Incerteza para Curva ROC em Teste Diagnoacutesticos
[dissertaccedilatildeo] Satildeo Carlos Universidade Federal de Satildeo Carlos 2009
77 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de 2012
78 Erdreich LS Lee ET Use of relative operating characteristic analysis in epidemiology A method for dealing with subjective judgement Am J Epidemiol 1981 114649-62
79 Aekplakorn W Pakpeankitwatana V Lee CM et al Abdominal obesity and coronary heart disease in Thai men Obesity 200715(4)1036-42
80 Oliveira MAM Fagundes RLM Moreira EAM et al Relaccedilatildeo de Indicadores Antropomeacutetricos com Fatores de Risco para Doenccedila Cardiovascular Arq Bras Cardiol 2010 abr 94(4) 478-485
81 Mendes TAB Goldbaum M Segri NJ et al Factors associated with the prevalence of hypertension and control practices among elderly residents of Satildeo Paulo city Brazil Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(11) 2275-2286
82 Oliveira BFA Souza Mouratildeo D Gomes N et al Prevalecircncia de hipertensatildeo arterial em comunidades ribeirinhas do Rio Madeira Amazocircnia Ocidental Brasileira Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(8) 1617-1630
83 Picon RV Fuchs FD Moreira LB et al Prevalence of Hypertension Among Elderly Persons in Urban Brazil A Systematic Review With Meta-Analysis Am J Hypertens 2013 26 (4) 541-548
84 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Pessoa Idosa e Envelhecimento Seacuteries Pactos pela Sauacutede 2006 v 12 Brasiacutelia ndash DF 2010
85 Leal Neto JS Souza J Coqueiro RS et al Anthropometric indicators of obesity as screening tools for high blood pressure in the elderly Int J Nurs Pract 2013 Aug 19(4) 360-367
86 Schisterman EF Faraggi D Reiser B Trevisan M Statistical inference for the area under the receiver operating characteristic curve in the presence of random measurement error Am J Epidemiol 2001 154 (2) 174-9
87 Samsen M Hanchaiphiboolkul S Puthkhao P et al Appropriate body mass index and waist circumference cutoffs for middle and older age group in Thailand data of 19621 participants from Thai epidemiologic stroke (TES) study J Med Assoc Thai 2012 Sep 95(9)1156-66
88 Ko GTC Chan JCN Cockram CS Woo J Prediction of hypertension diabetes dyslipidemia or albuminuria using simple anthropometric indexes in Hong Kong Chinese Int J Obes 1999 23 (11) 1136-42
43
89 Lin WY Lee LT Chen CY et al Optimal cut-off values for obesity using simple anthropometric indices to predict cardiovascular risk factors in Taiwan Int J Obes Relat Metab Disord 2002261232-8
90 Pua YH Ong PH Anthropometric indices as screening tools for cardiovascular risk factors in Singaporean women Asia Pac J Clin Nutr 2005 14 (1) 74-9
91 Berber A Goacutemez-Santos R Fanghaumlnel G Saacutenchez-Reyes L Anthropometric
indexes in the prediction of type 2 diabetes mellitus hypertension and dyslipidaemia in a Mexican population Int J Obes 200125(12)1794-9
92 Browning LM Hsieh SD Ashwell M A systematic review of waist-to-height ratio
as a screening tool for the prediction of cardiovascular disease and diabetes 05 could be a suitable global boundary value Nutr Res Rev 2010 23(2)247-69
93 Bertsias G Mammas I Linardakis M Kafatos A Overweight and obesity in
relation to cardiovascular disease risk factors among medical students in Crete Greece BMC Public Health 2003 31-9
94 Kashihara H Lee JS Kawakubo K et al Criteria of Waist Circumference According to Computed Tomography-Measured Visceral Fat Area and the Clustering of Cardiovascular Risk Factors Circ J 2009 73 1881-1886
44
APEcircNDICES
45
Apecircndice 1
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
46
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS
PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE SAUacuteDE
DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE
Jequieacute ____ ____ 201__
APEcircNDICE 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Vocecirc esta sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa do Nuacutecleo de
Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo (NESP) da Universidade Estadual do Sudoeste da
Bahia
Objetivo do estudo Avaliar e monitorar as condiccedilotildees de sauacutede de idosos residentes
em comunidade
Participaccedilatildeo Ao aceitar participar do estudo estarei agrave disposiccedilatildeo do pesquisador
para responder ao formulaacuterio que seraacute arquivado pelo autor por um periacuteodo de cinco
anos sendo posteriormente incinerado
Riscos Este estudo natildeo traraacute riscos para minha integridade fiacutesica ou moral dos
participantes
Confidencialidade do estudo Seraacute garantida a privacidade o anonimato bem como
o direito de aceitar ou natildeo participar da pesquisa podendo ser essa autorizaccedilatildeo
suspensa em qualquer fase do estudo Assim as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo
4662012 do Conselho Nacional de Sauacutede que discorre sobre pesquisa envolvendo
seres humanos seratildeo atendidas Os resultados seratildeo publicados no relatoacuterio final da
dissertaccedilatildeo e artigos cientiacuteficos
47
Benefiacutecios Accedilotildees interinstitucionais articuladas promovidas numa perspectiva
interdisciplinar possibilitaratildeo uma melhor compreensatildeo das condiccedilotildees de sauacutede dos
idosos residentes em comunidade do municiacutepio e contribuiraacute para a formulaccedilatildeo de
accedilotildees direcionadas as necessidades dessa populaccedilatildeo
Danos advindos da pesquisa Caso haja algum prejuiacutezo decorrente da realizaccedilatildeo
deste estudo seraacute providenciada a devida reparaccedilatildeo dos danos atraveacutes do
responsaacutevel pelo estudo O pesquisador e os entrevistados natildeo receberatildeo benefiacutecios
financeiros para participaccedilatildeo no estudo Todas as despesas seratildeo por conta do
pesquisador
Participaccedilatildeo voluntaacuteria Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria podendo a qualquer
momento desistir do estudo sem qualquer prejuiacutezo ou penalidade para mim
Consentimento para participaccedilatildeo Apoacutes ser devidamente esclarecido (a) quanto
aos objetivos deste estudo dos procedimentos aos quais serei submetido (a) bem
como dos possiacuteveis riscos decorrentes da minha participaccedilatildeo estou de acordo em
participar do mesmo O pesquisador responsaacutevel pelo estudo assegura que seraacute
disponibilizado qualquer esclarecimento adicional que eu venha a solicitar durante a
realizaccedilatildeo da pesquisa e o direito de desistir da participaccedilatildeo em qualquer momento
Em casos de duacutevidas eou problemas referentes ao estudo vocecirc poderaacute
entrar em contato com o autor atraveacutes do Nuacutecleo de Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo
(NESP) (73) 3528-9721
Sendo assim eu ______________________________________________
aceito livremente participar do Projeto MONIDI
__________________________________ __________________________________
Assinatura do (a) participante
RG _________________________
Assinatura do (a) pesquisador
RG_________________________
48
Apecircndice 2
Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede do Idoso
49
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS
PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE
SAUacuteDE DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE
Nuacutemero do Questionaacuterio |__|__|__|
Nome do Entrevistador ___________________________
Visita 1 2 3
Data Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Hora de iniacutecio ________
Hora de teacutermino ________
I INFORMACcedilOtildeES PESSOAIS E SOCIODEMOGRAacuteFICAS
1 Nome do entrevistado
2Sexo
0 ( ) Feminino
1 ( ) Masculino
3 Endereccedilo completotelefone
4 Idade ____ anos
41 Data de Nascimento
____________
50
5 Situaccedilatildeo conjugal atual
1 ( ) Casado(a) 2 ( ) Uniatildeo estaacutevel 3 ( ) Solteiroa
4 ( ) Divorciado(a)separado(a)desquitado(a) 5 ( ) Viuacutevoa
6 No total quantas vezes o (a) Sr(a) esteve casado(a) ou em uniatildeo
Nordm de vezes |___|___|
7 Na escola qual a uacuteltima seacuterie grau que concluiu com aprovaccedilatildeo
1 - Nunca foi agrave escola ( ) 4 - Fundamental II ( )5 a ( )6 a ( )7 a ( )8 a
2 - Lecirc e escreve o nome ( ) 5 - Ensino Meacutedio ( ) 1 a ( )2 a ( )3
3 - Fundamental I ( )1 a ( )2 a 6 - Superior ( ) completo ( ) incompleto
( )3 a ( )4 a
8 Como vocecirc classificaria a cor da sua pele
1( ) Branca 2( ) Amarela (oriental) 3( ) Parda
4( ) Origem indiacutegena 5( ) Preta 9( ) Natildeo sabe
9 Cor da pele (entrevistador)
1( ) branca 2( ) amarela (oriental) 3( ) parda
4( ) origem indiacutegena 5( ) preta
10-Quantos filhos e filhas nascidos vivos o(a)Sr(a) teve (natildeo inclua enteados filhos
adotivos abortos ou filhos nascidos mortos)
Nuacutemero de filhos |____|____| (98) NS (99) NR
11 Atualmente o senhor (a) mora sozinho ou acompanhado
1( )Acompanhado 2( ) Sozinho 3( ) NR 4( )NS
51
12 Desde que o senhor (a) nasceu viveu no campo por 5 anos ou mais
0( ) Natildeo 1( ) Sim 2( ) NS 3( ) NR
13 Qual eacute a sua religiatildeo
1( ) Catoacutelica 2( ) Protestante 3( ) Judaica
4( ) Espiacuteritakardecista 5( ) Umbanda 6( ) Outras ____________
14 Qual a importacircncia da religiatildeo em sua vida
(1) Importante (2) Regular (3) Nada importante (8) NS (9) NR
15 Com que frequecircncia o senhor vai agrave igreja ou ao serviccedilo religioso
( ) Nunca ( ) Vaacuterias vezes por ano ( ) Uma duas vezes por mecircs
( ) Quase toda semana ( ) Mais de uma vez por semana ( ) NS ( ) NR
16 Quanto vocecirc ganha em meacutedia por mecircs R$ __________8( )Natildeo se aplica
II A CONSUMO DE AacuteLCOOL E TABACO
Uso de bebidas alcooacutelicas
1 Vocecirc consome bebidas alcooacutelicas Se vocecirc NAtildeO BEBE siga para o bloco III C
0 ( )sim 1( ) natildeo
2 Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
3 As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
4 Sente-se chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
5 Costuma beber pela manhatilde para diminuir o nervosismo ou a ressaca
0 ( ) sim 1( ) natildeo
Haacutebito de fumar
1 Vocecirc jaacute foi fumante 0 ( ) sim 1( ) natildeo
52
2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco
III C
3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros
4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias
III ANTROPOMETRIA
MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS
ESTATURA
MASSA CORPORAL
CIRCUNFEREcircNCIA
DE CINTURA
IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL
MEDIDA 01 02 03
Pressatildeo arterial
sistoacutelica
Pressatildeo arterial
diastoacutelica
53
ANEXOS
54
Anexo 1
Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos
55
56
xiii
IacuteNDICE DE TABELAS
Tabela 1 - Classificaccedilatildeo da pressatildeo arterial de acordo com a VI Diretrizes
Brasileiras de Hipertensatildeo (2010) 15
Tabela 2 - Classificaccedilatildeo do Iacutendice de Massa Corporal 15
Tabela 3 - Variaacuteveis sociodemograacuteficas e de estilo de vida em idosos 19
Tabela 4 - Valores descritivos miacutenimos e maacuteximos das variaacuteveis analisadas 21
Tabela 5 - Percentuais das variaacuteveis analisadas 21
Tabela 6 - Aacuterea sob a curva ROC e IC95 entre os iacutendices antropomeacutetricos e
hipertensatildeo arterial em idosos 22
Tabela 7 - Pontos de corte sensibilidade e especificidade dos iacutendices
antropomeacutetricos para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial em idosos 27
xiv
LISTA DE SIacuteMBOLOS OU NOMECLATURA
ASC - Aacuterea Sob a Curva
AVE - Acidente Vascular Encefaacutelico
CC - Circunferecircncia da Cintura
CNS - Conselho Nacional de Sauacutede
DCNT - Doenccedilas Crocircnicas Natildeo Transmissiacuteveis
ESF - Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia
ESTUDO MONIDI - Monitoramento da Sauacutede de Idosos de um Municiacutepio de
Pequeno Porte
HAS - Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica
IASI - Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede de Idosos
IC95 - Intervalo de Confianccedila 95
IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica
IMC ndash Iacutendice de Massa Corporal
Iacutendice C ndash Iacutendice de Conicidade
Li-IC ndash Limite Inferior do Intervalo de Confianccedila
NSI - Nutricion Screening Initiative
PA ndash Pressatildeo Arterial
PAD ndash Pressatildeo Arterial Diastoacutelica
PAS - Pressatildeo Arterial Sistoacutelica
RCEst - Razatildeo Cintura-Estatura
ROC - Receive Operator Caracteristic
SBH - Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo
SPSS - Statistical Package for the Social Sciences
xv
SUS - Sistema Uacutenico de Sauacutede
TCLE - Termo de Consentimento Livre Esclarecido
USFs - Unidades de Sauacutede da Famiacutelia
WHO - World Health Organization
1
1 INTRODUCcedilAtildeO
A transiccedilatildeo epidemioloacutegica caracteriza-se pela evoluccedilatildeo progressiva de um
perfil de alta mortalidade por doenccedilas infecciosas para outro onde predominam os
oacutebitos por doenccedilas cardiovasculares neoplasias causas externas e outras doenccedilas
consideradas crocircnico-degenerativas natildeo transmissiacuteveis1 Jaacute a transiccedilatildeo demograacutefica
tem relaccedilatildeo direta com a evoluccedilatildeo das taxas de mortalidade natalidade e
fecundidade no qual houve uma mudanccedila da populaccedilatildeo jovem para um contingente
cada vez maior e mais importante de pessoas com 60 anos ou mais de idade2
As mudanccedilas demograacuteficas evidenciam o aumento na expectativa de vida com
consequente crescimento da populaccedilatildeo idosa3 Essa modificaccedilatildeo no perfil etaacuterio da
populaccedilatildeo concorre para transformaccedilatildeo nos aspectos relacionados agrave
morbimortalidade nos quais as doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis (DCNT) passam
a ser as principais causas de adoecimentomorte As DCNT mais prevalentes satildeo as
doenccedilas cardiovasculares cacircnceres respiratoacuterias crocircnicas diabetes e hipertensatildeo
arterial4
A hipertensatildeo arterial sistecircmica (HAS) eacute a primeira causa de mortalidade em
acircmbito mundial e a terceira causa de incapacidade induzida por doenccedila apoacutes
desnutriccedilatildeo e doenccedilas sexualmente transmissiacuteveis5 Estima-se que a pressatildeo arterial
elevada cause 94 milhotildees de mortes por ano no mundo6 A HAS eacute o principal fator de
risco para acidente vascular encefaacutelico (AVE) doenccedila arterial coronariana
insuficiecircncia cardiacuteaca insuficiecircncia renal crocircnica e doenccedila vascular de extremidades7
Tal enfermidade em idosos estaacute associada a significante aumento nos distuacuterbios
cardiovasculares na incidecircncia de doenccedilas incapacitantes com consequente
diminuiccedilatildeo da sobrevida e piora na qualidade de vida resultando dependecircncia e perda
da autonomia8910
Vaacuterios estudos evidenciam que a gordura corporal estaacute relacionada com a
pressatildeo arterial elevada em idosos111213 Dessa forma para discriminar a quantidade
de gordura corporal e sua distribuiccedilatildeo os iacutendices antropomeacutetricos satildeo instrumentos
haacutebeis principalmente em estudos epidemioloacutegicos Aleacutem disso tecircm sido utilizados
com frequecircncia em estudos populacionais e satildeo importantes por monitorar o estado
nutricional em diferentes grupos Esses iacutendices satildeo bons preditores para a
hipertensatildeo arterial14 diabetes mellitus doenccedilas cardiovasculares e para discriminar
2
o risco coronariano em diferentes populaccedilotildees1516 Apresentam como vantagens a sua
simplicidade baixo custo e faacutecil utilizaccedilatildeo Contudo estudos sobre os iacutendices
antropomeacutetricos satildeo escassos e inconclusivos na populaccedilatildeo idosa17
A identificaccedilatildeo indireta da hipertensatildeo arterial por meio dos iacutendices
antropomeacutetricos pode ser uma estrateacutegia importante na sauacutede puacuteblica como
instrumento de triagem favorecendo a identificaccedilatildeo das alteraccedilotildees na pressatildeo
arterial Uma das estrateacutegias recomendadas para atingir essa proposta eacute a utilizaccedilatildeo
de instrumentos de rastreamento adequados de raacutepida e faacutecil aplicaccedilatildeo e que
apresentem coeficientes de fidedignidade e de validade significativos No contexto da
atenccedilatildeo primaacuteria recentemente Gomes et al (2009)18 e Azevedo et al (2010)19
propuseram a aplicaccedilatildeo da antropometria para a detecccedilatildeo de fatores de risco agrave sauacutede
sugerindo a utilizaccedilatildeo do iacutendice de massa corporal (IMC) e circunferecircncia da cintura
(CC) como medidas de triagem
Averiguar o poder discriminatoacuterio e estabelecer pontos de corte ou seja
valores criacuteticos de iacutendices antropomeacutetricos que se associem a hipertensatildeo arterial em
idosos pode ser uma boa estrateacutegia de monitoramento e de triagem destes fatores de
risco Sendo que os valores criacuteticos dos iacutendices antropomeacutetricos para idosos natildeo
foram estabelecidos na literatura Dessa forma parecem ser relevantes os estudos
que indiquem meios indiretos para detectar fatores de risco cardiovascular Os iacutendices
antropomeacutetricos podem ser utilizados como estrateacutegia eficiente no processo de
triagem da hipertensatildeo arterial no ambiente da atenccedilatildeo primaacuteria do Sistema Uacutenico de
Sauacutede (SUS)
3
2 REVISAtildeO DE LITERATURA
21 Consideraccedilotildees sobre doenccedilas cardiovasculares no Brasil e o processo de envelhecimento populacional
Atualmente as doenccedilas cardiovasculares tecircm acometido grande parcela da
populaccedilatildeo mundial Em 2012 o relatoacuterio da World Health Organization (WHO)20
estimou que 175 milhotildees de pessoas morreram de doenccedilas cardiovasculares
representando 46 de todas as mortes globais Jaacute a pressatildeo arterial elevada
provoca 51 das mortes por acidente vascular cerebral e 45 das mortes por doenccedila
arterial coronariana21
Tais doenccedilas foram responsaacuteveis por 70 das causas de morte no Brasil no
ano de 2013 As doenccedilas cardiovasculares como do aparelho circulatoacuterio cacircncer e
diabetes tecircm respondido por um nuacutemero elevado de mortes antes dos 70 anos22
O crescimento populacional e o aumento da longevidade podem acarretar a um
raacutepido aumento no nuacutemero total de adultos de meia-idade e mais velhos com um
correspondente aumento do nuacutemero de mortes causadas por doenccedilas crocircnicas natildeo
transmissiacuteveis
Dessa forma a quantidade de pessoas com mais de 60 anos satildeo hoje 13 da
populaccedilatildeo brasileira ou 261 milhotildees de indiviacuteduo em 201323 Com o processo de
envelhecimento populacional as doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis ganharam
expressotildees para a sociedade para previdecircncia social e por consequecircncia para a
sauacutede puacuteblica
A fase do envelhecimento eacute o momento caracterizado pelas alteraccedilotildees fiacutesicas
psicossociais e pelo decliacutenio da capacidade funcional dos organismos como tambeacutem
pelo surgimento de condiccedilotildees patoloacutegicas advindas de haacutebitos de vida inadequados
(tabagismo alcoolismo alimentaccedilatildeo incorreta ausecircncia de atividade fiacutesica regular
entre outros)24 Dessa forma para retardar essas mudanccedilas eacute necessaacuterio ter um
envelhecimento saudaacutevel
4
22 Hipertensatildeo arterial e a populaccedilatildeo idosa
A hipertensatildeo arterial eacute definida como sendo uma condiccedilatildeo crocircnica da tensatildeo
arterial elevada resultando em valores acima do considerado aceito ou seja quando
a pressatildeo arterial sistoacutelica (PAS) estaacute cronicamente acima de 140 mmHg ou a pressatildeo
arterial diastoacutelica (PAD) estaacute cronicamente acima de 90 mmHg2526
No mundo em torno de um bilhatildeo de pessoas satildeo hipertensas natildeo controladas
sendo que 75 milhotildees de pessoas morreram a cada ano pela doenccedila ateacute o ano de
200827 Estimativas do Ministeacuterio da Sauacutede indica que cerca de 17 milhotildees de
brasileiros apresentam hipertensatildeo arterial sendo que 35 dessa populaccedilatildeo tinham
idade igual ou superior a 40 anos Em comparaccedilatildeo com anos anteriores pode-se
observar que a proporccedilatildeo de brasileiros diagnosticados com hipertensatildeo arterial
cresceu de 215 em 2006 para 244 em 20092829
O resultado da Pesquisa Nacional de Sauacutede do primeiro semestre de 2013
estimou que o Brasil tem 313 milhotildees de hipertensos Entre as pessoas com mais de
60 anos mais de 444 tecircm hipertensatildeo sendo que essa prevalecircncia cresce com a
idade22 Esses dados se aproximam aos nuacutemeros da Sociedade Brasileira de
Hipertensatildeo (SBH) no qual estima que haja 30 milhotildees de hipertensos no Brasil em
2014 ou seja cerca de 30 da populaccedilatildeo adulta30
Jaacute na populaccedilatildeo baiana com idade acima de 40 anos cerca de 35 tecircm
hipertensatildeo arterial correspondendo a cerca de 13 milhatildeo de pessoas acometidas
pela doenccedila Na populaccedilatildeo dos 55 aos 64 anos 516 tecircm pressatildeo arterial elevada
e com 65 anos ou mais esse nuacutemero chega a 60631 No estado da Bahia foram
registradas 6274 mortes por doenccedilas de aparelho circulatoacuterio ateacute o mecircs de outubro
de 2013 Dentre os registros 649 foram por hipertensatildeo32 No municiacutepio de Ibicuiacute ndash
BA a prevalecircncia de HAS cadastrados nas Unidades de Sauacutede da Famiacutelia (USFs) foi
de 643 idosos33
A hipertensatildeo arterial eacute caracterizada por niacuteveis elevados e sustentados de
pressatildeo arterial (PA) como uma condiccedilatildeo cliacutenica multifatorial Associa-se
frequentemente a alteraccedilotildees funcionais eou estruturais dos oacutergatildeos-alvo (coraccedilatildeo
enceacutefalo rins e vasos sanguiacuteneos) e a alteraccedilotildees metaboacutelicas2634 Pode ser
classificada em primaacuteria e secundaacuteria de acordo com a sua origem A primaacuteria tem
5
sua origem desconhecida35 e a secundaacuteria eacute decorrente de alguma doenccedila
subjacente36
No caso de a PA estar cronicamente elevada ou seja hipertensatildeo arterial o
risco de desenvolvimento de complicaccedilotildees cardiovasculares renais e ateacute mesmo o
oacutebito aumenta consideravelmente37
Com relaccedilatildeo agrave caracteriacutestica fisiopatoloacutegica da HAS a partir dos 50 ou 60 anos
de idade a pressatildeo diastoacutelica diminui e a pressatildeo central aumenta determinando um
balanccedilo proacuteximo entre resistecircncia aumentada e aumento da impedacircncia na aorta
toraacutecica Dessa forma a pressatildeo de pulso comeccedila a se elevar e a HAS se torna o
principal subtipo de hipertensatildeo apoacutes a sexta deacutecada de vida38
Contudo apoacutes os 60 anos ocorre o enrijecimento arterial central indicado pela
queda na pressatildeo diastoacutelica e o raacutepido alargamento da pressatildeo de pulso O aumento
da rigidez arterial central e a amplitude da onda de pulso satildeo fatores hemodinacircmicos
dominantes nos indiviacuteduos normotensos e hipertensos apoacutes os 60 anos38
Aleacutem dos fatores fisiopatoloacutegicos vale destacar que o aumento da pressatildeo
arterial com a idade tambeacutem estaacute relacionado com o consumo de sal exagerado ao
longo da vida39
As principais estrateacutegias no tratamento natildeo-farmacoloacutegico da HAS segundo
Ministeacuterio da Sauacutede28 se encontram na adoccedilatildeo de haacutebitos alimentares saudaacuteveis
reduccedilatildeo na ingestatildeo de soacutedio reduccedilatildeo do consumo de bebidas alcooacutelicas abandono
do tabagismo praacutetica de atividade fiacutesica regular controle ou diminuiccedilatildeo da massa
corporal
23 Iacutendices antropomeacutetricos de sobrepeso e obesidade
Como meacutetodo natildeo invasivo a antropometria eacute utilizada principalmente para
avaliar as proporccedilotildees tamanho e a composiccedilatildeo corporal40 Tal meacutetodo possui relaccedilatildeo
com estado de sauacutede condiccedilotildees sociais e econocircmicas de grupos populacionais
podendo diagnosticar a desnutriccedilatildeo ou excesso de peso Os iacutendices antropomeacutetricos
que consistem na mediccedilatildeo de dimensotildees corporais podem ser usados para predizer
a sauacutede geral e bem-estar da populaccedilatildeo40
6
Em 2011 estudo realizado por Pitanga41 indica que os iacutendices antropomeacutetricos
apresentam-se como preditores do risco de infarto do miocaacuterdio acidente vascular
encefaacutelico e morte prematura
O IMC eacute determinado pela massa corporal em quilogramas dividido pela
estatura em metros ao quadrado eacute uma medida que determina o estado nutricional
Este iacutendice antropomeacutetrico eacute comumente aplicado em estudos epidemioloacutegicos em
idosos para diagnosticar o excesso de peso (sobrepesoobesidade) principalmente
por ser um meacutetodo faacutecil de aplicar raacutepido e de baixo custo Deste modo vaacuterios
estudos com essa populaccedilatildeo tecircm avaliado o estado nutricional por meio do IMC42
434445
No estudo de Silva e Petroski (2009)46 com idosas de um grupo de convivecircncia
do municiacutepio de Aracaju ndash Sergipe sugeriu que o ponto de corte do IMC utilizado pela
Nutricion Screening Initiative ndash NSI (1992)47 para sobrepeso e excesso de peso foi o
mais bem associado com a PA elevada e para obesidade o melhor ponto de corte
associado com a PA elevada foi o da WHO (1998)48
A outra medida importante para avaliaccedilatildeo da obesidade central dos indiviacuteduos
eacute a circunferecircncia de cintura A obesidade eacute caracterizada pelo acuacutemulo excessivo de
gordura corporal no indiviacuteduo e quando presente na regiatildeo abdominal tem alta
correlaccedilatildeo com doenccedilas cardiovasculares e distuacuterbios metaboacutelicos40 O obeso tem
mais propensatildeo a desenvolver problemas como hipertensatildeo doenccedilas
cardiovasculares diabetes tipo 2 entre outras doenccedilas4950
Comparando as medidas antropomeacutetricas com exames de diagnoacutesticos por
imagens como a tomografia computadorizada e a ressonacircncia magneacutetica foi
verificado que a circunferecircncia da cintura apresentou melhor correlaccedilatildeo com o tecido
adiposo visceral51 Tambeacutem o aumento da circunferecircncia da cintura teve boa
associaccedilatildeo com o aumento significativo da prevalecircncia da hipertensatildeo arterial52
A razatildeo cintura-estatura (RCEst) eacute determinado pela divisatildeo da circunferecircncia
da cintura (cm) pela estatura (cm) Este indicador tem sido utilizado para identificar
alto risco metaboacutelico obesidade fatores de risco cardiovascular e maior capacidade
preditiva para o risco coronariano elevado em populaccedilotildees adultas e idosas1653
tambeacutem eacute fortemente associada a diversos fatores de risco cardiovascular em
diferentes populaccedilotildees15
7
O Iacutendice C eacute determinado com as medidas de massa corporal da estatura e da
circunferecircncia da cintura54 e eacute muito utilizado com a populaccedilatildeo adulta555657585960 Jaacute
com a populaccedilatildeo de idosos o iacutendice C tem sido pouco utilizado e somente alguns
estudos usaram esse indicador para tentar identificar distuacuterbios metaboacutelicos risco
coronariano e prevalecircncia de risco agrave sauacutede616263 Natildeo foram encontrados estudos
associativos entre o Iacutendice C e pressatildeo arterial elevada em idosos
Tais iacutendices satildeo pouco utilizados com a populaccedilatildeo idosa e principalmente com
populaccedilotildees residentes em cidades de pequeno porte Dessa forma para discriminar e
analisar o incremento de gordura corporal os iacutendices antropomeacutetricos tecircm
demonstrado eficiecircncia principalmente em estudos epidemioloacutegicos Cada indicador
tem peculiaridade quanto a sua distribuiccedilatildeo e discriminaccedilatildeo por isso podem ser
utilizados conjuntamente ou separadamente dependendo dos objetivos como
estrateacutegia eficiente para a detecccedilatildeo e o controle de doenccedilas
Contudo os iacutendices antropomeacutetricos tecircm sido bem utilizados para associar
vaacuterios fatores de risco de sauacutede como doenccedilas coronarianas cardiovasculares
distuacuterbios metaboacutelicos dentre outros641641 Poreacutem ainda natildeo estaacute clara sua
associaccedilatildeo com pressatildeo arterial elevada em idosos
Sendo assim os iacutendices antropomeacutetricos satildeo eficientes para identificar a
hipertensatildeo arterial em idosos E quais satildeo os melhores iacutendices para identificar as
alteraccedilotildees da pressatildeo arterial elevada em idosos
24 A importacircncia da validaccedilatildeo
Como se trata de um estudo de validaccedilatildeo de um meacutetodo faz-se necessaacuterio
debater sobre o tema Os instrumentos de rastreamento satildeo ferramentas essenciais
para os serviccedilos de sauacutede pois fornecem medidas relevantes reprodutiacuteveis e
acuradas permitindo a identificaccedilatildeo das pessoas com maior chance de preencher os
criteacuterios para uma determinada condiccedilatildeo ou doenccedila Como tambeacutem completa o
registro de informaccedilatildeo e a comparaccedilatildeo de resultados minimizando a influecircncia de
fatores subjetivos na coleta e registro de dados6566
A escolha de um instrumento deve-se basear em suas qualidades que
consistem em coeficientes significativos de validade e fidedignidade Dessa forma
8
essas medidas necessitam apresentar simplicidade na teacutecnica economia facilidade
e rapidez na aplicaccedilatildeo e interpretaccedilatildeo666768
A validade caracteriza-se como a capacidade do instrumento medir aquilo que
se propotildees a medir Envolve um componente conceitual (julgamento subjetivo a
respeito do instrumento pelo pesquisador) e um componente operacional (avaliaccedilatildeo
sistemaacutetica (estatiacutestica) do teste) geralmente o comparando com um criteacuterio padratildeo
ouro67
A avaliaccedilatildeo operacional da validade utilizada nessa pesquisa foi a de criteacuterio
no qual mede agrave extensatildeo com que o instrumento discrimina sujeitos que diferem em
determinadas caracteriacutesticas Refere-se agrave capacidade de uma escala de se
corresponder com outras medidas ou de predizer algo a que se propotildee Eacute avaliada
por meio de criteacuterio-padratildeo (validade concorrente e validade preditiva) Sendo que a
validade preditiva eacute estimulada estatisticamente e expressa por meio da sensibilidade
especificidade valor preditivo positivo valor preditivo negativo e taxa de classificaccedilatildeo
incorreta67
A sensibilidade corresponde agrave proporccedilatildeo de casos positivos identificados
corretamente ou melhor eacute a capacidade de medida de reconhecer os verdadeiros
positivos Quanto maior a sensibilidade maior a chance de detectar a doenccedila A
especificidade eacute proporccedilatildeo de casos negativos identificados corretamente eacute a
capacidade do instrumento de reconhecer os verdadeiros negativos67
Quanto mais sensiacutevel for o teste melhor seraacute seu valor preditivo negativo ou
seja maior seraacute a certeza de que uma pessoa com resultado negativo natildeo tenha
realmente a doenccedila Quanto mais especifico melhor seraacute seu valor preditivo positivo
ou seja maior seraacute a certeza de que uma pessoa com resultado positivo tenha a
hipertensatildeo arterial67
Como estrateacutegia geral quando a principal preocupaccedilatildeo for evitar o resultado
falso-positivo entatildeo o ponto de corte deve objetivar o maacuteximo de especificidade e se
a preocupaccedilatildeo maior eacute evitar resultado falso-negativo (o resultado do teste em
paciente com suspeita de hipertensatildeo arterial) o ponto de corte deve objetivar o
maacuteximo de sensibilidade67 Os autores ainda referem que a curva Receive Operator
Caracteristic (ROC) eacute a melhor maneira de estabelecer o ponto de corte otimizando
a sensibilidade e especificidade do teste diagnoacutestico
9
Destaca-se que as qualidades de um instrumento aplicado em condiccedilotildees de
campo satildeo modificadas pela prevalecircncia de casos na populaccedilatildeo cliacutenica (onde eacute
esperado ter maior proporccedilatildeo de doenccedila) comparada com uma populaccedilatildeo geral
10
3 OBJETIVOS
Determinar o poder preditivo de iacutendices antropomeacutetricos para predizer
hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos
Estabelecer pontos de corte como discriminadores de hipertensatildeo arterial em
mulheres e homens idosos
Identificar o iacutendice antropomeacutetrico de obesidade que melhor discrimina a
hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos
11
4 MATERIAL E MEacuteTODOS
41 Tipos de estudo
Esta pesquisa eacute do tipo transversal ou seccional como parte do projeto de
Monitoramento da Sauacutede de Idosos de um Municiacutepio de Pequeno Porte ESTUDO
MONIDI Em estudos transversais a estrateacutegia de observaccedilatildeo da populaccedilatildeo eacute
seccional isto eacute as informaccedilotildees obtidas referem-se ao mesmo momento sendo mais
adequado para obtenccedilatildeo de estimativas populacionais As informaccedilotildees individuais
devem ser coletadas num determinado prazo mais curto possiacutevel decorrido entre as
observaccedilotildees do primeiro e uacuteltimo indiviacuteduo69
42 Cenaacuterios do estudo
O municiacutepio de Ibicuiacute fica localizado na zona fisiograacutefica de Vitoacuteria da Conquista
(Encosta do Planalto) e situada no Sudoeste do Estado da Bahia possui uma aacuterea
territorial de 1176843 kmsup2 populaccedilatildeo de 16640 habitantes7071 A populaccedilatildeo de
idosos no ano de 2013 era de 2124 habitantes e destes 525 estavam cadastrados
nas Unidades de Sauacutede da Famiacutelia33
12
Figura 1 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Ibicuiacute BA na regiatildeo Nordeste do Brasil
Fonte Adaptado do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE)72 Infograacuteficos
Cidades Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230
43 Populaccedilatildeo e amostra
A populaccedilatildeo alvo do presente estudo foi constituiacuteda por indiviacuteduos com idade
igual ou superior a 60 anos de ambos os sexos cadastrados na Estrateacutegia de Sauacutede
da Famiacutelia (ESF) que atenderam agraves aacutereas urbanas e rurais do municiacutepio de Ibicuiacute-BA
no ano de 2014 A lista com o nuacutemero de usuaacuterios idosos cadastrados nas USFs da
zona rural e urbana do municiacutepio foi solicitada junto agrave Secretaria Municipal de Sauacutede
Foram incluiacutedos no estudo idosos que estavam cadastrados na Estrateacutegia de
Sauacutede da Famiacutelia que aceitaram participar da pesquisa atraveacutes da assinatura do
Termo de Consentimento Livre Esclarecido (TCLE)
Os criteacuterios de exclusatildeo foram os participantes com diagnoacutestico de demecircncia
ou qualquer outro tipo de alteraccedilatildeo cognitiva que comprometesse a veracidade das
informaccedilotildees fornecidas idosos acamados portadores de doenccedila de Alzheimer ou
outro tipo de doenccedila neuroloacutegica que afetasse a cogniccedilatildeo doenccedila em estaacutegio
terminal
Apoacutes aplicaccedilatildeo dos criteacuterios de exclusatildeo foi efetuado o caacutelculo amostral
seguindo a proposta de Luiz e Magnanini (2000)73 para populaccedilotildees finitas com
13
predominacircncia desconhecida de 50 sendo adotado niacutevel de significacircncia de 5
(correspondendo a um intervalo de confianccedila de 95) e erro toleraacutevel de amostragem
de 25
O caacutelculo amostral resultou numa amostra miacutenima necessaacuteria de 305 idosos
Esse caacutelculo amostral sofreu ajuste em 10 para compensar eventuais perdas e
recusas Apoacutes o resultado do caacutelculo amostral os idosos participantes foram
selecionados atraveacutes de sorteio sendo este proporcional ao tamanho e a distribuiccedilatildeo
por sexo e por quantidade de idosos na Unidade de Sauacutede da Famiacutelia
Os indiviacuteduos assinaram o TCLE foram entrevistados e avaliados nas
dependecircncias da USF sendo que aqueles que natildeo foram localizados ou natildeo
compareceram a USF apoacutes trecircs tentativas foram automaticamente substituiacutedos por
meio de sorteio
44 Equipes de coleta de dados
A equipe de coleta foi composta por dois profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica
(Coordenadores) e cinco acadecircmicos de fisioterapia enfermagem e medicina A
equipe foi previamente treinada em reuniotildees teacutecnicas e no estudo piloto que foi
realizado no periacuteodo de Outubro a Dezembro de 2013 visando padronizar todo o
processo de coleta Foram estabelecidas accedilotildees referentes agrave logiacutestica agrave aplicaccedilatildeo dos
questionaacuterios e aos procedimentos de medidas das variaacuteveis antropomeacutetricas A
coleta propriamente dita ocorreu entre o periacuteodo de 03022014 a 20022014
14
45 Procedimentos para coleta de dados
451 Variaacuteveis do estudo e dados coletados
Foram mensuradas as variaacuteveis idade sexo situaccedilatildeo conjugal niacutevel de
escolaridade raccedilacor renda mensal alcoolismos e tabagismos Como tambeacutem
medidas de pressatildeo arterial sistoacutelica e diastoacutelica massa corporal estatura e
circunferecircncia da cintura
452 Instrumentos de coleta
Foi utilizado o instrumento de coleta denominado Instrumento de Avaliaccedilatildeo da
Sauacutede de Idosos (IASI) padronizado e validado previamente74 Tal instrumento obteacutem
caracteriacutesticas sociodemograacuteficas informaccedilotildees pessoais consumo de aacutelcool e
tabaco avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica e de pressatildeo arterial
Para aferir a pressatildeo arterial foi utilizado o aparelho digital (marca OMRONreg
modelo HEM ndash 742 INT) Utilizou-se ainda uma balanccedila digital portaacutetil (OMRONreg) e
um estadiocircmetro (marca Sannyreg) ambos devidamente calibrados e fita
antropomeacutetrica flexiacutevel (Cardiomedreg)
453 Pressatildeo Arterial
A pressatildeo arterial foi aferida com um aparelho digital de braccedilo com manguito
adequado agrave circunferecircncia do mesmo A medida foi realizada no braccedilo direito a altura
do coraccedilatildeo Foram realizadas trecircs medidas da pressatildeo arterial sendo a primeira apoacutes
o idoso permanecer cinco minutos em repouso e sentado a segunda apoacutes dois
minutos e a terceira dois minutos apoacutes a realizaccedilatildeo da segunda (foi utilizada a meacutedia
das trecircs medidas) Valores de referecircncia estatildeo estabelecidos na Tabela 1
15
Tabela 1 - Classificaccedilatildeo da pressatildeo arterial de acordo com a VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo (2010)
Classificaccedilatildeo Pressatildeo Sistoacutelica (mmHg)
Pressatildeo Diastoacutelica (mmHg)
Oacutetima Normal Limiacutetrofe
lt 120 lt 130 130-139
lt 80 lt 85 85-80
Hipertensatildeo estaacutegio I 140-159 90-99 Hipertensatildeo estaacutegio II 160-179 100-109 Hipertensatildeo estaacutegio III ge 180 ge 110 Hipertensatildeo sistoacutelica isolada
ge 140 lt 90
Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo (2010)7
454 Antropometria
Todas as medidas antropomeacutetricas foram realizadas trecircs vezes (verificou-se a
meacutedia de tais medidas) por um profissional de Educaccedilatildeo Fiacutesica para diminuir o erro
intra e inter avaliadores e anotados por um apontador Os idosos foram medidos
conforme procedimentos padronizados por Lohman et al (1988)75 sem calccedilados
roupas leves sem reloacutegio chaves celular etc
Foi mensurada a circunferecircncia da cintura com uma fita antropomeacutetrica flexiacutevel
no ponto meacutedio entre a uacuteltima costela e a crista iliacuteaca e o procedimento foi deixar a
cintura livre de roupa e os braccedilos cruzados no peito Classificaccedilatildeo de risco para
desenvolver doenccedilas por Lohman et al (1988)75 HOMENS gt 102 cm e MULHERES
gt 88 cm Foi determinado o IMC atraveacutes da equaccedilatildeo [IMC =massa corporal
(kg)estatura2(m)] Valores de referecircncia estatildeo estabelecidos na Tabela 2
Tabela 2 - Classificaccedilatildeo do Iacutendice de Massa Corporal
IMC Classificaccedilatildeo
Baixo peso lt 220 kgm2 Peso adequado 220 le IMC le 270 kgm2 Obesidade gt 270 kgm2
Lohman et al (1988)75
16
A razatildeo cintura-estatura foi determinada pela equaccedilatildeo proposta por Pitanga e
Lessa (2006)15 a qual utiliza a CC (cm) e a estatura (cm) O Iacutendice C foi estimado por
meio das medidas de massa corporal estatura e circunferecircncia da cintura utilizando-
se um modelo proposto por Valdez (1991)54 cuja equaccedilatildeo matemaacutetica estaacute descrita a
seguir
46 Anaacutelise dos dados
Os dados foram digitados com dupla entrada no software Epidata 31 Apoacutes a
digitaccedilatildeo dos dados foram verificados manualmente os valores discrepantes e a
consistecircncia das informaccedilotildees
Na anaacutelise de dados foram utilizados os procedimentos da estatiacutestica descritiva
expressa por meacutedia desvio padratildeo nuacutemero de observaccedilotildees e percentual das
variaacuteveis avaliadas A diferenccedila entre os sexos nas variaacuteveis contiacutenuas foi analisada
pelo teste t de Student para amostras independentes uma vez que as variaacuteveis
apresentaram distribuiccedilatildeo normal e o teste do Qui-quadrado para comparar as
proporccedilotildees (variaacuteveis qualitativas) entre os idosos do sexo masculino e feminino
O poder discriminatoacuterio para determinar a hipertensatildeo arterial e os iacutendices
antropomeacutetricos foi verificado atraveacutes da utilizaccedilatildeo das curvas ROC recurso utilizado
para obtenccedilatildeo de pontos de corte que visam diagnoacutesticos ou triagem
A aacuterea sob a curva ROC (ASC) determina a capacidade preditiva do indicador
para presenccedila ou ausecircncia de hipertensatildeo arterial Uma ASC igual a 10 eacute
considerada perfeita poreacutem se for igual ou menor a 05 indica que sua capacidade
preditiva natildeo eacute melhor que ao acaso
17
Neste estudo o pressuposto para anaacutelise da ASC foi agrave sensibilidade pois em
determinadas situaccedilotildees quando natildeo pode correr o risco de natildeo diagnosticar
determinada doenccedila eacute melhor privilegiar a sensibilidade76
Apoacutes determinados os pontos de corte para cada uma das variaacuteveis
investigadas para prediccedilatildeo de hipertensatildeo essas foram dicotomizadas com base em
seus respectivos valores de referecircncia As anaacutelises estatiacutesticas foram conduzidas no
Statistical Product and Service Solutions (SPSS) reg 130 Em todas as anaacutelises foram
efetuadas respeitando-se o niacutevel de significacircncia de 5
47 Aspectos Eacuteticos
O estudo foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa da Universidade
Estadual do Sudoeste da Bahia com parecer (CAAE 22969013000000055) (Anexo
1) seguindo princiacutepios eacuteticos estabelecidos na Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de
2012 do Conselho Nacional de Sauacutede (CNS)77
18
5 RESULTADOS
51 Caracterizaccedilatildeo da amostra estudada
De acordo com a contabilizaccedilatildeo das perdas (mudou-se do municiacutepio natildeo foi
encontrado por mais de 3 vezes na USF ou domicilio) e recusas (n=31) a amostra final
foi composta por 310 idosos (201 zona urbana e 109 zona rural) A taxa de respostas
foi de 912 com 88 (n=31) de recusas e 92 (n=29) de exclusatildeo
Participaram do estudo 175 mulheres (565) e 135 homens (435) As
idades variaram entre 60 e 108 anos com meacutedia de 7078 plusmn 82 anos para as mulheres
e 60 a 93 anos com meacutedia de 7259 plusmn 78 anos para homens
A maioria das mulheres se auto referiu ser negra e os homens pardo O iacutendice
de analfabetismo apresentou-se elevado em ambos os sexos A maior parte dos idosos
eacute casado A maioria dos idosos sobrevivia com renda mensal inferior ou igual a um
salaacuterio miacutenimo (Tabela 3)
19
Tabela 3 - Variaacuteveis sociodemograacuteficas e de estilo de vida em idosos
Mulheres (n=175) Taxa de Resposta
Homens (n=135) Taxa de Resposta
n n P
Raccedilacor 9861 991
Branco 47 2686 43 3209
Preto 73 4171 26 1940 0001
Pardo 49 2800 55 4074
Natildeo sabe 4 229 10 741
Escolaridade 9918 1000
Analfabeto 95 5429 84 6222
Baacutesica 72 4114 46 3408 0001
Secundaacuteria 5 286 5 370
Superior 2 114 - -
Estado Civil 9789 991
Casadouniatildeo estaacutevel
74 4229 78 5777
Solteiroseparado 33 1886 36 2667 0001
Viuacuteva 63 3600 20 1481
Renda Mensal 9918 1000
le 1 salaacuterio 165 9428 123 9111
11 a 2 salaacuterio 8 458 10 74 0001
21 a salaacuterio 1 057 2 148
Alcoolismo 9989 1000
Sim 4 229 9 667 0001
Natildeo 170 9714 126 9333
Tabagismo 9597 1000
Sim 15 857 21 1556 0001
Natildeo 152 8686 114 8444
Teste Qui-quadrado
20
52 Caracteriacutesticas antropomeacutetricas
Apoacutes a assinatura do TCLE e realizaccedilatildeo do questionaacuterio 10 idosos foram
excluiacutedos (recusas e informaccedilatildeo incompleta do questionaacuterio) desta etapa de anaacutelise
Dessa forma foram analisadas 300 avaliaccedilotildees das medidas antropomeacutetricas
Na Tabela 4 podem ser observados os valores meacutedios desvio padratildeo valores
miacutenimos e maacuteximos e percentuais das variaacuteveis avaliadas A meacutedia do IMC foi menor
nos homens quando comparado com o resultado das mulheres (p lt 0001) Natildeo houve
diferenccedila significativa da variaacutevel circunferecircncia da cintura entre homens e mulheres
(p = 0208) A prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi maior nas mulheres A maioria
das mulheres eacute obesa e entre os homens o estado nutricional foi considerado eutroacutefico
(Tabela 5)
21
Tabela 4 - Valores descritivos miacutenimos e maacuteximos das variaacuteveis analisadas
Variaacuteveis Mulheres (n=167) Homens (n=133) Valor-p
Idade (anos) 7078 plusmn 821 (60-108)
7259 plusmn 786 (60-93)
0055
Massa corporal (kg) 6020 plusmn 1223 (2970-9580)
6384 plusmn 1250 (4010-11840)
0012
Estatura (cm) 14875 plusmn 616 (129-164)
16080 plusmn 782 (135-183)
lt00001
IMC (kgm2) 2715 plusmn505 (1342-4064)
2458 plusmn 390 (1475-3544)
lt00001
CC (cm)dagger 8734 plusmn 1126 (55-130)
8894 plusmn 1010 (66-115)
0208
RCEst 057 plusmn 011 (000-087)
055 plusmn 006 (042-073)
0086
Iacutendice C 123 plusmn 021 (000-166)
129 plusmn 006 (117-150)
0001
PAS 14096 plusmn 2218 (87-200)
13735 plusmn 2251 (98-209)
0166
PAD 7671 plusmn 1091 (45-105)
7697 plusmn 1179 (49-110)
0846
IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia da cintura RCEst - razatildeo cintura-estatura Iacutendice C - Iacutendice de Conicidade PAS - pressatildeo arterial sistoacutelica PAD ndash pressatildeo arterial diastoacutelica dagger Variaacuteveis com perdas (n=163 mulheres) Teste T de Student para amostras independentes
Tabela 5 - Percentuais das variaacuteveis analisadas
Variaacutevel Mulheres Homens Valor-p
Pressatildeo Arterial (n) (n)
Normal 557 (93) 594 (79) 0011
Hipertensatildeo 443 (74) 406 (54)
Estado nutricional (n) (n)
Baixo peso 144 (24) 301 (40)
Normal 353 (59) 436 (58) lt00001
Sobrepeso 503 (84) 263 (35)
Teste Qui-quadrado
53 Anaacutelise da curva ROC
22
As aacutereas sob a curva ROC do IMC da CC da RCEst e do iacutendice C como
preditores de hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos e os respectivos
intervalos de confianccedila (IC 95) podem ser observados na Tabela 6 e nas Figuras 2
3 4 5 6 7 8 9 Evidenciou-se que alguns iacutendices antropomeacutetricos apresentaram
aacuterea sob a curva ROC significativas Todavia a RCEst e o IMC assumiram maiores
aacutereas com diferenccedila significativa para os homens
Tabela 6 - Aacuterea sob a curva ROC e IC95 entre os iacutendices antropomeacutetricos e hipertensatildeo arterial em idosos
Aacuterea sob a curva ROC
PA elevada Mulheres
Homens
p
IMC (kgm2) 053 (044-062) 060 (050-070)
lt00001dagger
CC (cm) 057 (048-066) 058 (048-068)
lt00001dagger
RCEst 056 (047-065) 061 (051-071)
lt00001dagger
Iacutendice C 058 (049-066) 058 (058-068) lt00001dagger
IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia de cintura RCEst - razatildeo cinturaestatura Iacutendice C - iacutendice de conicidade ROC ndashReceiver Operating CharacteristicIC95 - intervalo de confianccedila a 95Aacuterea sob a curva ROC apresentando poder discriminatoacuterio para pressatildeo arterial elevada (Li-IC ge 050) daggerTeste Qui-quadrado
23
Figura 2 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) IMC - iacutendice de massa corporal
Figura 3 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) IMC - iacutendice de massa corporal
24
Figura 4 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) CC ndash circunferecircncia da cintura
Figura 5 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) CC ndash circunferecircncia da cintura
25
Figura 6 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) RCEst - razatildeo cinturaestatura
Figura 7 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) RCEst - razatildeo cinturaestatura
26
Figura 8 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) Iacutendice C -iacutendice de conicidade
Figura 9 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) Iacutendice C - iacutendice de conicidade
27
Os valores dos pontos de corte dos iacutendices antropomeacutetricos como preditores
de hipertensatildeo arterial e suas respectivas sensibilidade e especificidade (mais
adequado equiliacutebrio entre si) satildeo apresentados na Tabela 7 Observa-se que entre
os iacutendices antropomeacutetricos a RCEst teve melhor percentual de sensibilidade e de
especificidade para discriminar a pressatildeo arterial elevada para os homens
Tabela 7 - Pontos de corte sensibilidade e especificidade dos iacutendices antropomeacutetricos para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial em idosos
Mulheres Homens PA elevada
Ponto de corte
Sensibilidade ()
Especificidade ()
Ponto de corte
Sensibilidade ()
Especificidade ()
IMC (kgm2)
2679 527 548 2420 527 548
CC (cm) 8750 577 457 8650 593 532 RCEst 059 568 430 054 648 456 Iacutendice C 126 541 452 129 574 456
IMC ndash Iacutendice de Massa Corporal CC ndash Circunferecircncia da Cintura RCEst ndash Razatildeo Cintura-Estatura Iacutendice C ndash Iacutendice de Conicidade
28
6 DISCUSSAtildeO
61 Aacutereas sob a Curva ROC
Este estudo teve como objetivo identificar a capacidade preditiva de iacutendices
antropomeacutetricos de obesidade geral e abdominal para discriminar a presenccedila de
hipertensatildeo arterial em idosos com foco de utilizaccedilatildeo no ambiente da estrateacutegia de
sauacutede da famiacutelia Nessa perspectiva surge uma proposta de triagem dos casos de
idosos com possiacuteveis alteraccedilotildees crocircnicas em sua pressatildeo arterial aleacutem de possibilitar
a discussatildeo sobre validaccedilatildeo de tais iacutendices para uso no contexto da sauacutede
Dessa forma recomenda-se a anaacutelise da sensibilidade e especificidade por
meio da construccedilatildeo de curvas ROC pois eacute a melhor opccedilatildeo para determinar pontos de
corte em estudos epidemioloacutegicos78 Essa anaacutelise permite fornecer a aacuterea sob a curva
que traduz o poder de discriminaccedilatildeo de um indicador para um determinado desfecho
e a identificaccedilatildeo do melhor ponto de corte
A proposta dessa pesquisa natildeo eacute excluir o diagnoacutestico meacutedico mas
proporcionar uma estrateacutegia mais abrangente a ser utilizada pelas USFs em parceria
entre os profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica e os profissionais de sauacutede no contexto da
atenccedilatildeo primaacuteria
Embora exista associaccedilatildeo entre sobrepesoobesidade e a pressatildeo arterial
elevada poucos estudos tecircm identificado pontos de corte de iacutendices antropomeacutetricos
que visem agrave detecccedilatildeo da hipertensatildeo arterial em idosos Diversos estudos tecircm
demonstrado que os iacutendices antropomeacutetricos satildeo bons indicadores de obesidade e
estatildeo relacionados a fatores de risco cardiovascular795880 Todavia a hipertensatildeo eacute
apontada como um dos principais fatores de risco cardiovasculares o que denota a
necessidade de um olhar diferenciado
A prevalecircncia de hipertensatildeo foi inferior agrave encontrada em outros estudos818283
Contudo diferenccedilas metodoloacutegicas nuacutemero de medidas realizadas e os diferentes
criteacuterios de referecircncia satildeo as principais causas da grande variabilidade nas
prevalecircncias de pressatildeo arterial elevada entre as investigaccedilotildees No presente estudo
29
optou-se por maior rigorosidade ao diagnosticar a pressatildeo arterial elevada
considerando a realizaccedilatildeo de trecircs medidas
Nessa amostra observou-se que a prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi
443 nas mulheres e 406 nos homens Demonstrando ser uma alta prevalecircncia
pois se trata de uma populaccedilatildeo que eacute influenciada diretamente pelo o aumento da
morbimortalidade durante o envelhecimento Estudos envolvendo idosos indicam que
a prevalecircncia da hipertensatildeo encontra-se entre 50-70 com o aumento da idade84
Poucos estudos epidemioloacutegicos foram conduzidos com o objetivo de identificar
e discriminar a capacidade de iacutendices antropomeacutetricos de obesidade para a pressatildeo
arterial elevada na populaccedilatildeo de idosos e principalmente utilizando o iacutendice C o
RCEst Um estudo realizado com a populaccedilatildeo de idosos utilizou o mesmo objetivo
poreacutem usou como ponto de corte o iacutendice de massa corporal e o iacutendice de adiposidade
corporal85 Entretanto faz-se necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de outros iacutendices para identificar
hipertensatildeo arterial em idosos
De acordo com os resultados do presente estudo somente alguns dos
indicadores antropomeacutetricos apresentaram capacidade preditiva para a hipertensatildeo
arterial em idosos de acordo com limite inferior do intervalo de confianccedila de 9586
Dessa forma foi observado que a RCEst e IMC para os homens mostraram-se com
bom poder de detecccedilatildeo para a hipertensatildeo arterial pois obtiveram maiores valores
sob a curva para esse desfecho
Em 2013 Leal Neto et al85 identificaram em seus resultados que o IMC e o
iacutendice de adiposidade corporal foram os melhores indicadores preditivos de
hipertensatildeo arterial nos idosos em ambos os sexos independentemente de outros
fatores tais como idade tabagismo consumo de aacutelcool e atividade fiacutesica
No presente estudo os principais indicadores que tiveram uma boa aacuterea sob a
curva foram o IMC RCEst e Iacutendice C com resultados de 060 IC95 (050-070) 061
IC95 (051-071) e 058 IC95 (058-068) respectivamente para homens
Nas mulheres tais iacutendices mostraram-se com menor poder discriminatoacuterio para
diagnosticar a hipertensatildeo arterial A HAS eacute um desfecho que pode ser influenciado
por fatores multicausais (hormonais estresse etc) Na anaacutelise do desempenho do
iacutendice antropomeacutetrico a loacutegica eacute unidirecional ou seja verificar o desempenho desses
iacutendices apenas como preditores de hipertensatildeo arterial foram mais satisfatoacuterios entre
os homens Os iacutendices podem interferir mas natildeo determinar a prevalecircncia da
30
hipertensatildeo Embora as mulheres tenham uma maior prevalecircncia essa natildeo eacute
determinada pelos iacutendices antropomeacutetricos no presente estudo
Tais resultados diferem do estudo realizado em 2012 por Samsen et al87 no
qual a circunferecircncia da cintura teve boa ASC nos homens = 0684 com IC95 (0672-
0695) e nas mulheres = 0673 IC95 (0665-0681) sendo o melhor indicador
significativamente (p lt0001) do que o IMC no qual a ASC em homens foi de = 0667
IC95 (0656-679) e nas mulheres = 0636 IC95 (0628-0644) em discriminaccedilatildeo
de pelo menos um fator de risco cardiovascular Isso se deve ao fato de tal estudo ter
sido realizado com uma abrangecircncia maior na faixa etaacuteria que foi de 45-80 anos
Uma possiacutevel limitaccedilatildeo para discussatildeo dos resultados desse estudo foi a faixa
etaacuteria restrita que natildeo incluiu idosos (igual ou acima de 60 anos) o que impossibilita
a triagem da pressatildeo arterial elevada nessa populaccedilatildeo
62 Iacutendices antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial
Nesse estudo a CC e RCEst foram as variaacuteveis com maiores valores absolutos
de sensibilidade para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial respectivamente para mulheres
e homens Tais resultados indicam as proporccedilotildees de verdadeiros positivos na
ocorrecircncia de hipertensatildeo arterial
Quanto ao ponto de corte do RCEst nas mulheres foi de 059 sendo 568 de
sensibilidade e 430 de especificidade Valores inferiores ao encontrado no presente
estudo para mulheres foram sugeridos em Taiwan (045) Cingapura (048) e na China
(050) No Brasil em 2009 Haun Pitanga e Lessa16 recomendaram para a RCEst
053 como melhor ponto de corte com sensibilidade (67) e especificidade (58) e
aacuterea sob a curva ROC de 069 (IC 95 = 064-075) Outro ponto de corte semelhante
ao observado no Brasil com mulheres mexicanas variou de 053 a 0535 para a
RCEst discriminar diabete tipo 2 hipertensatildeo e dislipidemias88899091
Os pontos de corte sugeridos por esses paiacuteses e no Brasil podem ter sido
inferiores por causa da abrangecircncia na faixa etaacuteria dos indiviacuteduos no qual incluiacuteram
mulheres de 30 a 74 anos como tambeacutem as caracteriacutesticas econocircmicas culturais e
31
de estilo de vida diferem da realidade das mulheres que residem em cidades de
pequeno porte Estudos que discriminem hipertensatildeo arterial principalmente em
idosos com RCEst satildeo escassos na literatura
Em 2010 Browning Hsieh e Ashwel92 realizaram uma revisatildeo sistemaacutetica
sobre a potencialidade de indicadores antropomeacutetricos em predizer doenccedilas
cardiovasculares e identificou a RCEst como variaacutevel de melhor desempenho A
RCEst apresentou maiores ASC quando comparada ao IMC ou CC Os dados
analisados foram de quatorze paiacuteses diferentes e incluiacuteram caucasianos asiaacuteticos e
da Ameacuterica Central Segundo os autores uma RCEst ge 05 eacute capaz de identificar
fatores de risco cardiovasculares Esse ponto de corte eacute inferior aos encontrados para
homens e mulheres no presente estudo significando que o ponto de corte encontrado
pode diagnosticar risco cardiovascular e consequentemente a presenccedila de
hipertensatildeo
Outros autores afirmam essa hipoacutetese relacionada aos valores limites para
RCEst em diversas populaccedilotildees e indicaram que um ponto de corte de 05 eacute o valor
mais indicado para ambos os sexos todas as idades e diferentes populaccedilotildees899315
Com relaccedilatildeo agrave especificidade a variaacutevel com maior valor foi o IMC
independentemente do sexo Nas mulheres o ponto de corte sugerido foi 2679 kgm2
e nos homens 2420 kgm2 O valor da especificidade foi de 548 para ambos os
sexos o qual possibilita determinar corretamente a ausecircncia de hipertensatildeo arterial
Sendo assim este estudo sugere que o IMC natildeo foi o melhor preditor de hipertensatildeo
arterial
O estudo de Leal Neto et al (2013)85 tambeacutem testou a capacidade de
indicadores antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial em idosos
sugeriu como pontos de corte para IMC valores de 247 kgm2 igual ao encontrado no
presente estudo e de 273 kgm2 nuacutemero superior que aos dados do presente
trabalho para homens e mulheres respectivamente
Em outro estudo realizado com 19621 homens e mulheres com faixa etaacuteria de
45-80 anos a meacutedia da idade foi de 598 anos para os homens e 585 anos para as
mulheres O ponto de corte adequado de IMC foi de 23 kgm2 em homens e 24 kgm2
em mulheres Os pontos de corte de CC foram 80 cm e 78 cm em homens e mulheres
respectivamente Os achados do presente estudo foram superiores a esses
32
resultados todavia deve ser considerado que a populaccedilatildeo alvo foi diferente e com
idade menor da populaccedilatildeo pesquisada no presente trabalho87
Com relaccedilatildeo agrave CC o ponto de corte identificado para a prediccedilatildeo de hipertensatildeo
arterial nas mulheres foi superior ao dos homens Contudo os valores de sensibilidade
e especificidade desses pontos de corte foram maiores entre os homens o que pode
indicar que o poder preditivo da CC para a hipertensatildeo arterial eacute melhor para o sexo
masculino Quanto menor o ponto de corte maior seraacute a habilidade do teste em
classificar os doentes como positivos isto eacute maior seraacute a sensibilidade76 Os pontos
de corte dos homens foram em sua maioria menores em comparaccedilatildeo aos das
mulheres
Tais resultados satildeo contraacuterios aos achados do estudo de Kashihara et al
(2009)94 com indiviacuteduos de 30-74 anos que comparou paciente com hipertensatildeo e sem
hipertensatildeo Em seus pontos de corte de CC para os homens foram superiores aos
pontos de corte definidos para as mulheres e os valores de sensibilidade e
especificidade foi maior nas mulheres para identificar risco cardiovascular Poreacutem a
idade foi menor ao proposto no presente estudo
Outro estudo que contraria tais resultados quanto ao ponto de corte da CC foi
o de Haun Pitanga e Lessa (2009)16 que foi superior para os homens enquanto o
niacutevel de sensibilidade e especificidade foi igual aos nossos achados Poreacutem esse
estudo foi realizado com indiviacuteduos de idade entre 30-74 anos e discriminou risco
coronariano elevado
Quanto ao Iacutendice C no presente estudo o ponto de corte sugerido foi de 126
nas mulheres (sensibilidade 541 e especificidade 452) e 129 para os homens
(sensibilidade 574 e especificidade 456)
Diferentemente do resultado encontrado no presente estudo Pitanga e Lessa
(2005)56 sugeriram como o melhor ponto de corte para risco coronariano com o iacutendice
C 118 para mulheres apresentando valores de sensibilidade (7339) e
especificidade (6115) Para os homens o ponto de corte foi de 125 com valores de
sensibilidade (7391) e especificidade (7492) Tais pontos de corte foram para
indiviacuteduos adultos por esse motivo foram mais baixos que os achados do presente
trabalho Deve-se considerar que existem modificaccedilotildees na composiccedilatildeo corporal com
o processo do envelhecimento o que poderia alterar os pontos de corte para as essas
medidas antropomeacutetricas
33
Em outro estudo com os mesmo autores foram apresentados outros pontos de
corte comparando diferentes faixas etaacuterias Para as mulheres de 30-49 anos o melhor
ponto de corte foi o mesmo (118) com melhor sensibilidade (7857) e
especificidade (6524) e tambeacutem melhor aacuterea sob a curva ROC 081 (IC95 = 070-
092) Entre as de idade mais avanccedilada (50-74 anos) o melhor ponto de corte
sugerido foi 122 com sensibilidade (6000) e especificidade (6582) e aacuterea sob a
curva ROC 065 (IC 95 = 058-073) Portanto o iacutendice C apresentou melhor poder
discriminatoacuterio de RCEst para as mulheres mais jovens64
Almeida Almeida e Arauacutejo (2009)58 conduziram uma pesquisa com mulheres
de 30 e 69 anos buscando avaliar o desempenho de diferentes pontos de corte do
iacutendice C RCQ CC e RCEst para discriminar Risco Coronariano Elevado e o ponto de
corte encontrado para o Iacutendice C foi (125) proacuteximo ao ponto de corte para mulheres
nos nossos achados Dessa forma tais autores afirmaram que os indicadores
antropomeacutetricos de obesidade abdominal analisados tiveram desempenhos
satisfatoacuterios e similares para discriminar RCEst poreacutem o iacutendice C foi o que
apresentou o melhor poder discriminatoacuterio
As informaccedilotildees sobre o iacutendice C satildeo limitadas quanto agrave discussatildeo do ponto de
corte para hipertensatildeo arterial principalmente por encontrar poucos estudos sobre
essa medida como referecircncia para idosos Pitanga e Lessa (2004)55 relatam como
uma limitaccedilatildeo para a utilizaccedilatildeo do Iacutendice C em estudos populacionais a dificuldade de
se calcular o denominador da equaccedilatildeo proposta para sua determinaccedilatildeo
O excesso de gordura em geral estaacute associado ao aparecimento de doenccedilas
cardiovasculares hipertensatildeo arterial e mortalidade a definiccedilatildeo de pontos de corte
para iacutendices que se destacam por sua simplicidade operacional e boa acuraacutecia
permite a detecccedilatildeo dos indiviacuteduos sob risco sendo de grande utilidade nos serviccedilos
de atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede aleacutem de possibilitar o conhecimento da situaccedilatildeo de
grupos populacionais especiacuteficos frente a esses riscos quando empregados na
pesquisa epidemioloacutegica
No contexto das cidades de pequeno porte (rurais e urbanas) os recursos de
sauacutede satildeo muitas vezes limitados e escassos sendo importante a utilizaccedilatildeo desses
iacutendices antropomeacutetricos como substituiccedilatildeo eou apoio a avaliaccedilatildeo tradicional da
pressatildeo arterial Em vaacuterias conjunturas de sauacutede a alta demanda de paciente com
hipertensatildeo arterial exige a utilizaccedilatildeo de instrumentos de diagnoacutesticos e rastreamento
34
de raacutepida e faacutecil aplicaccedilatildeo que possam ser manejados por diferentes profissionais e
que sobretudo apresentem validade e fidedignidade A adequada validaccedilatildeo de
instrumentos e conhecimento de suas propriedades teacutecnicas na populaccedilatildeo brasileira
tambeacutem deve contribuir com a seleccedilatildeo de prioridades e delimitaccedilatildeo do conteuacutedo dos
programas de sauacutede pelos tomadores de decisatildeo em diferentes niacuteveis de gestatildeo
35
7 CONCLUSAtildeO
As anaacutelises dos dados permitem frente aos objetivos estabelecidos formular
as seguintes conclusotildees Quanto ao poder de discriminaccedilatildeo de iacutendices
antropomeacutetricos para a hipertensatildeo arterial em idosos os iacutendices antropomeacutetricos
(IMC RCEst e Iacutendice C) foram bons preditores de hipertensatildeo arterial para os homens
Dessa forma tais iacutendices podem ser empregados nos homens poreacutem tais medidas
natildeo foram satisfatoacuterias para predizer pressatildeo arterial elevada nas mulheres idosas
limitando a sua utilizaccedilatildeo para o sexo feminino com idades avanccediladas
O melhor ponto de corte para discriminar hipertensatildeo arterial foi 054 para a
RCEst nos homens dessa forma tal ponto de corte deve ser empregada no contexto
da atenccedilatildeo primaacuteria nos homens Sugere-se a utilizaccedilatildeo dessa medida a fim de
detectar e realizar a triagem da hipertensatildeo arterial com caracteriacutesticas similares agrave
amostra deste estudo
Recomenda-se que a utilizaccedilatildeo de dois iacutendices simultaneamente resulte em
uma maior eficiecircncia na avaliaccedilatildeo do risco de hipertensatildeo arterial em idosos A
indicaccedilatildeo destas medidas permite que ela seja realizada nas Unidades de Sauacutede da
Famiacutelia como meacutetodo de triagem para idosos com hipertensatildeo arterial utilizando
materiais de faacutecil manejo e de baixo custo
Dessa forma pode-se efetivamente atingir uma das estrateacutegias de prevenccedilatildeo
da hipertensatildeo arterial sistecircmica que eacute o controle da pressatildeo arterial durante o
envelhecimento Todavia sugere-se cautela na utilizaccedilatildeo do ponto de corte desses
indicadores para as mulheres pois os resultados natildeo foram satisfatoacuterios
Fica evidente a necessidade de outros estudos que identifiquem pontos de
corte de iacutendices antropomeacutetricos visando agrave detecccedilatildeo de hipertensatildeo arterial e de
outros fatores de risco cardiovascular nas mulheres idosas que residem em cidades
de pequeno porte
36
8 REFEREcircNCIAS
1 Omram AR The epidemiologic transition a theory of the epidemiology of population change Milbank Memorial Fund Quarterly 1971 49 (Part 1) 509-538
2 Wong LR Carvalho JM Age-strucutural transition in Brazil demographic bonuses and emerging challenges In Pool I Wong LLR Vilquin E editores Age-structural transitions challenges for development Paris Committee for International Cooperation in National Research in Demography 2006
3 Gragnolati M Jorgensen OH Rocha R Fruttero AA Envelhecendo em um Brasil mais Velho implicaccedilotildees do envelhecimento populacional sobre o crescimento econocircmico reduccedilatildeo da pobreza financcedilas puacuteblicas prestaccedilatildeo de serviccedilos Banco Internacional para a Reconstruccedilatildeo e o Desenvolvimento Banco Mundial 2011
4 Schmidt MI Duncan BB Silva GA et al Health in Brazil 4 Chronic non-communicable diseases in Brazil burden and current challenges The Lancet 2011 377
5 Ezzati M Hoorn SV Rodgers A et al Comparative Risk Assessment Collaborating Group Selected major risk factors and global and regional burden of disease Lancet 2002 360 1347-60
6 Lim SS Vos T Flaxman AD et al A comparative risk assessment of burden of disease and injury attributable to 67 risk factors and risk factor clusters in 21 regions 1990-2010 a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2010 Lancet 2012 380 (9859)2224-60
7 Sociedade Brasileira de Cardiologia Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Sociedade Brasileira de Nefrologia VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 2010 95(1) 1-51
8 Miranda DR Perrotti TC Bellinazzi VR et al Hipertensatildeo arterial no idoso peculiaridades na fisiopatologia no diagnoacutestico e no tratamento Rev Bras Hipertens 2002 9 293-300
9 Pilger C Menon MU Mathias TAF Caracteriacutesticas sociodemograacuteficas e de sauacutede de idosos contribuiccedilotildees para os serviccedilos de sauacutede Rev Latino-Am Enfermagem 2011 19(5)1230-1238
10 Pilger C Menon MU Mathias TAF Utilizaccedilatildeo de serviccedilos de sauacutede por idosos vivendo na comunidade Rev esc enferm USP 2013 47(1)213-220
11 Mariath AB Grillo LP Silva RO et al Obesidade e fatores de risco para o desenvolvimento de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis entre usuaacuterios de unidade de alimentaccedilatildeo e nutriccedilatildeo Cad Sauacutede Puacuteblica 2007 23 (4) 897-905
37
12 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Diretrizes e recomendaccedilotildees para o cuidado
integral de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis promoccedilatildeo da sauacutede vigilacircncia prevenccedilatildeo e assistecircncia Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2008
13 Kuumlmpe DA Sodreacute AC Pomatti DM et al Obesidade em Idosos Acompanhados
pela Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia Texto Contexto Enferm Florianoacutepolis 2011 20(3) 471-7
14 Silva KS Farias Juacutenior JC Fatores de risco associados agrave pressatildeo arterial elevada em adolescentes Rev Bras Med Esporte 2007 13(4) 237-40
15 Pitanga FJG Lessa I Razatildeo cintura-estatura como discriminador do risco
coronariano de adultos Rev Assoc Med Bras 2006 52157-61
16 Haun DR Pitanga FJG Lessa I Razatildeo CinturaEstatura comparado a outros indicadores antropomeacutetricos de obesidade como preditor de risco coronariano elevado Rev Assoc Med Bras [online] 2009 55(6) 705-711
17 Nascimento CM Ribeiro AQ SantrsquoAna LFR et al Estado nutricional e condiccedilotildees de sauacutede da populaccedilatildeo idosa brasileira revisatildeo da literatura Rev meacuted Minas Gerais 2011 21(2)174-180
18 Gomes MA Beck cc Duarte MFS et al Ficha Antropomeacutetrica no Nuacutecleo de Apoio a Sauacutede da Famiacutelia o que medir e para que medir Rev bras cineantropom desempenho hum 2009 11(2) 243-253
19 Azevedo LF Oliveira ACC Lima JRP et al Recomendaccedilotildees sobre condutas e procedimentos do profissional de educaccedilatildeo fiacutesica na atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede Rio de Janeiro CONFEF 2010 109-55
20 World Health Organization World health statistics 2012 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghopublicationsworld_health_statistics2012enindexhtmlgt [2012 set 18]
21 World Health Organization Global health risks mortality and burden of disease attributable to selected major risks Geneva World Health Organization 2009a
22 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Panorama da sauacutede brasileira em muacuteltiplos aspectos Percepccedilatildeo do estado de sauacutede estilo de vida e doenccedila crocircnica Pesquisa Nacional de Sauacutede 2013
23 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Pesquisa Nacional por Amostra
de Domiciacutelios 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapesquisaspesquisa_resultadosphpid_pesquisa=149gt[2014 dez 04]
24 Tribess S Virtuoso Junior JS Prescriccedilatildeo de exerciacutecios fiacutesicos para idosos Rev saudecom 2005 1(2)163-72
38
25 Pollock ML Wilmore JH Exerciacutecio na Sauacutede e na Doenccedila avaliaccedilatildeo e prescriccedilatildeo para prevenccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo Editora MEDSI 2ordf ed Rio de Janeiro 1993
26 Sociedade Brasileira de Cardiologia V Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 20061-48
27 World Health Organization Global Health Observatory (GHO) 2014 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghoncdrisk_factorsblood_pressure_prevalence_textengt [2014 dez 04]
28 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Secretaria de Atenccedilatildeo baacutesica agrave Sauacutede Departamento de atenccedilatildeo baacutesica - Hipertensatildeo arterial sistecircmica Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2006
29 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) (2009) Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeGestorvisualizar_textocfmidtxt=24421gt [2010 abr 07]
30 Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Nuacutemero de hipertenso 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwsbhorgbripadgeralphpgt [09 nov 2014]
31 Secretaria de Sauacutede do Estado da Bahia Hipertensatildeo Quantidade de Hipertensos na Bahia Disponiacutevel em (2014) lthttpwwwsaudebagovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=4418ampcatid=1ampItemid=14gt [2014 jan 10]
32 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica 2014 Dados de mortalidade na Bahia Disponiacutevel em lthttptabnetdatasusgovbrcgitabcgiexesiabcnvSIABSBAdefgt [2014 mai 05]
33 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica Dados sociodemograacuteficos de Ibicuiacute 2014 lthttptabnetdatasusgovbrcgideftohtmexesiabcnvSIABFBAdefgt [2014 jan 05]
34 Williams B The year in hypertension JACC 2010 55(1) 66-73
35 Lipp M Rocha JC Stress Hipertensatildeo Arterial e Qualidade de vida um guia de tratamento para o hipertenso Campinas Papirus 1996
36 Borenstein MS (Org) Manual de Hipertensatildeo Arterial Porto Allege Editora Sagra Luzzatto 1999
37 Joint National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure The Sixth Report of the Join National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure Arch Intern Med 1997157 2413-2446
39
38 Mitchell GF Parise H Benjamin EJ et al Changes in arterial stiffness and wave reflection with advancing age in health men and women Hypertension 2004 431239-1245
39 Matos AC Ladeia AM Avaliaccedilatildeo de fatores de risco cardiovascular em uma comunidade rural da Bahia Arq Bras Cardiol 2003 81(3) 291-6
40 World Health Organization Who Expert Committee on Physical Status the use and interpretation of antropometry Report of a WHO Expert Commitee Geneva WHO 1995 p 854
41 Pitanga FJG Antropometria na avaliaccedilatildeo da obesidade abdominal e risco coronariano Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum 201113(3) 238-241
42 Ferreira LS Amaral TF Marucci MFN et al Under nutrition as a major risk factor for death among older Brazilian adults in the community-dwelling setting SABE survey Nutrition 201127(10)17-22
43 Andrade FB Caldas Junior AF Kitoko PM et al Prevalence of overweight and obesity in elderly people from Vitoacuteria-ES Brazil Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2012 set17(3)749-756
44 Boscatto EC Duarte Mde F Coqueiro Rda S Barbosa AR Nutritional status in the oldest elderly and associated factors Rev Assoc Med Bras 2013 59(1)40-47
45 Kostka J Borowiak E Kostka T Nutritional status and quality of life in different
populations of older people in Poland Eur J Clin Nutr 2014 Nov68(11)1210-5
46 Silva DAS Petroski EL Associaccedilatildeo de diferentes pontos de corte para sobrepeso e obesidade com pressatildeo arterial elevada em idosas Rev Educ Fis UEM 2009 20 415-22
47 Nutrition Screening Initiative Interventions manual for professionals caring for older Americans Washington DC Nutrition Screening Initiative 1992
48 World Health Organization Obesity preventing and managing the global epidemic Report of a WHO Consultation on Obesity Geneva World Health Organization 1998
49 Cameron AJ Dunstan DW Owen N et al Health and mortality consequences
of abdominal obesity evidence from the Aus Diab study Med J Aust 2009191 202ndash208
50 Fox KA Despres JP Richard AJ et al Does abdominal obesity have a similar impact on cardiovascular disease and diabetes A study of 91246 ambulant patients in 27 European countries Eur Heart J 2009 30 3055ndash3063
40
51 Pouliot MC Despreacutes JP Lemieux S et al Waist circumference and abdominal sagittal diameter Best simple anthropometric indexes of abdominal visceral adipose tissue accumulation and related cardiovascular risk in men and woman Am J Cardiology 1994 73 460-468
52 Peixoto MRG Beniacutecio MHD Latorre M et al Circunferecircncia da Cintura e Iacutendice de massa Corporal como Preditores da Hipertensatildeo Arterial Arq Bras Cardiol 200687 462-470
53 MacKay MF Haffner SM Wagenknecht LE et al Prediction of type 2 diabetes using alternate anthropometric measures in a multiethnic cohort the insulin resistance atherosclerosis study Diabetes Care 200932(5)956-8
54 Valdez R A simple model-based index of abdominal adiposity J Clin Epidemiol1991 44(9) 955-6
55 Pitanga FJG Lessa I Sensibilidade e especificidade do iacutendice de conicidade como discriminador do risco coronariano de adultos em Salvador Brasil Rev Bras Epidemiol 20047(3)259-69
56 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano elevado em adultos na cidade de Salvador - Bahia Arq Bras Cardiol 2005 85 (1)26-31
57 Ghosh JR Bandyopadhyay AR Comparative evaluation of obesity measures relationship with blood pressures and hypertension Singapore Med J 200748(3) 232-5
58 Almeida RT Almeida MMG Araujo TM Obesidade abdominal e risco cardiovascular desempenho de indicadores antropomeacutetricos em mulheres Arq Bras Cardiol 2009 out92(5)375-380
59 Freitas Juacutenior Costa Rosa CS Codogno JS et al Capacidade cardiorrespiratoacuteria e distribuiccedilatildeo de gordura corporal de mulheres com 50 anos ou mais Rev Esc Enferm USP 2010 44(2) 395-400
60 Matos LN Giorelli GV Dias CB Correlation of anthropometric indicators for identifying insulin sensitivity and resistance Satildeo Paulo Med J [online] 2011 129(1) 30-35
61 Gomes MA Rech CR Gomes MBA et al Correlaccedilatildeo entre iacutendices antropomeacutetricos e distribuiccedilatildeo de gordura corporal em mulheres idosas Rev bras cineantropom desempenho hum 2006 set 8(3) 16-22
62 Tarastchuk JCE Gueacuterios EE Bueno RRL et al Obesidade e intervenccedilatildeo coronariana devemos continuar valorizando o Iacutendice de Massa Corpoacuterea Arq Bras Cardiol [online] 2008 90(5) 311-316
41
63 Ferreira AP CB Ferreira VC Souza et al Risco de distuacuterbio glicecircmico em mulheres idosas ajustado por antropometria e genoacutetipos de citocinas Rev Assoc Med Bras [online] 201157(5) 565-569
64 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano em mulheres Rev Bras Cineantrop Desempenho Hum 2006 8 (1) 14-21
65 Newman TB Browner WS Cummings SR Delineando estudos de testes meacutedicos In Hulley SB et al Delineando a pesquisa cliacutenica uma abordagem epidemioloacutegica 2 ed Porto Alegre Artmed 2003 203-224
66 Toscano CM As campanhas nacionais para detecccedilatildeo das doenccedilas crocircnicas natildeo-transmissiacuteveis diabetes e hipertensatildeo arterial Ciecircnc sauacutede Coletiva out-dez 2004 9(4) 885-895
67 Fletcher RH Fletcher SW Prevenccedilatildeo In Fletcher R Fletcher S Epidemiologia
cliacutenica elementos essenciais 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 2006 179-201
68 Jeckel J Elmore J Katz D Meacutetodos de prevenccedilatildeo secundaacuteria In _____ Epidemiologia bioestatiacutestica e medicina preventiva 2 ed Porto Alegre Artmed 2005 236-247
69 Klein CH Bloch KV Estudos seccionais In Medronho RA Carvalho DM Bloch KV Luiz RR Werneck GL Epidemiologia 1ordf ed Satildeo Paulo Editora Atheneu 2002 125-150
70 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Resoluccedilatildeo nordm- 6 de 3 de novembro de 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcenso2010ibgegovbrdados_divulgadosindexphpuf=29gt[201 dez 18]
71 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica ndash Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais (2014) Disponiacutevel em lthttpcodibgegovbr398G9gt [2014 ago 30]
72 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230gt [2013 mai 01]
73 Luiz RR Magnanini MMF A loacutegica da determinaccedilatildeo do tamanho da amostra em investigaccedilotildees epidemioloacutegicas Cad sauacutede coletiva Rio de Janeiro 2000 8(2) 9-28
74 Reis MC Nascimento RAS Pedreira RBS et al Validaccedilatildeo de Face e Clareza do Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede dos Idosos ndash IASI [resumo] in Anais do XIX Congresso Brasileiro Geriatria e Gerontologia Beleacutem 2014 296-296
75 Lohman TG Roche AF Martorell R Anthropometric Standardization Reference Manual Champaign Illinois Human Kinetics 1988
42
76 Vaz JCL Regiotildees de Incerteza para Curva ROC em Teste Diagnoacutesticos
[dissertaccedilatildeo] Satildeo Carlos Universidade Federal de Satildeo Carlos 2009
77 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de 2012
78 Erdreich LS Lee ET Use of relative operating characteristic analysis in epidemiology A method for dealing with subjective judgement Am J Epidemiol 1981 114649-62
79 Aekplakorn W Pakpeankitwatana V Lee CM et al Abdominal obesity and coronary heart disease in Thai men Obesity 200715(4)1036-42
80 Oliveira MAM Fagundes RLM Moreira EAM et al Relaccedilatildeo de Indicadores Antropomeacutetricos com Fatores de Risco para Doenccedila Cardiovascular Arq Bras Cardiol 2010 abr 94(4) 478-485
81 Mendes TAB Goldbaum M Segri NJ et al Factors associated with the prevalence of hypertension and control practices among elderly residents of Satildeo Paulo city Brazil Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(11) 2275-2286
82 Oliveira BFA Souza Mouratildeo D Gomes N et al Prevalecircncia de hipertensatildeo arterial em comunidades ribeirinhas do Rio Madeira Amazocircnia Ocidental Brasileira Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(8) 1617-1630
83 Picon RV Fuchs FD Moreira LB et al Prevalence of Hypertension Among Elderly Persons in Urban Brazil A Systematic Review With Meta-Analysis Am J Hypertens 2013 26 (4) 541-548
84 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Pessoa Idosa e Envelhecimento Seacuteries Pactos pela Sauacutede 2006 v 12 Brasiacutelia ndash DF 2010
85 Leal Neto JS Souza J Coqueiro RS et al Anthropometric indicators of obesity as screening tools for high blood pressure in the elderly Int J Nurs Pract 2013 Aug 19(4) 360-367
86 Schisterman EF Faraggi D Reiser B Trevisan M Statistical inference for the area under the receiver operating characteristic curve in the presence of random measurement error Am J Epidemiol 2001 154 (2) 174-9
87 Samsen M Hanchaiphiboolkul S Puthkhao P et al Appropriate body mass index and waist circumference cutoffs for middle and older age group in Thailand data of 19621 participants from Thai epidemiologic stroke (TES) study J Med Assoc Thai 2012 Sep 95(9)1156-66
88 Ko GTC Chan JCN Cockram CS Woo J Prediction of hypertension diabetes dyslipidemia or albuminuria using simple anthropometric indexes in Hong Kong Chinese Int J Obes 1999 23 (11) 1136-42
43
89 Lin WY Lee LT Chen CY et al Optimal cut-off values for obesity using simple anthropometric indices to predict cardiovascular risk factors in Taiwan Int J Obes Relat Metab Disord 2002261232-8
90 Pua YH Ong PH Anthropometric indices as screening tools for cardiovascular risk factors in Singaporean women Asia Pac J Clin Nutr 2005 14 (1) 74-9
91 Berber A Goacutemez-Santos R Fanghaumlnel G Saacutenchez-Reyes L Anthropometric
indexes in the prediction of type 2 diabetes mellitus hypertension and dyslipidaemia in a Mexican population Int J Obes 200125(12)1794-9
92 Browning LM Hsieh SD Ashwell M A systematic review of waist-to-height ratio
as a screening tool for the prediction of cardiovascular disease and diabetes 05 could be a suitable global boundary value Nutr Res Rev 2010 23(2)247-69
93 Bertsias G Mammas I Linardakis M Kafatos A Overweight and obesity in
relation to cardiovascular disease risk factors among medical students in Crete Greece BMC Public Health 2003 31-9
94 Kashihara H Lee JS Kawakubo K et al Criteria of Waist Circumference According to Computed Tomography-Measured Visceral Fat Area and the Clustering of Cardiovascular Risk Factors Circ J 2009 73 1881-1886
44
APEcircNDICES
45
Apecircndice 1
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
46
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS
PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE SAUacuteDE
DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE
Jequieacute ____ ____ 201__
APEcircNDICE 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Vocecirc esta sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa do Nuacutecleo de
Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo (NESP) da Universidade Estadual do Sudoeste da
Bahia
Objetivo do estudo Avaliar e monitorar as condiccedilotildees de sauacutede de idosos residentes
em comunidade
Participaccedilatildeo Ao aceitar participar do estudo estarei agrave disposiccedilatildeo do pesquisador
para responder ao formulaacuterio que seraacute arquivado pelo autor por um periacuteodo de cinco
anos sendo posteriormente incinerado
Riscos Este estudo natildeo traraacute riscos para minha integridade fiacutesica ou moral dos
participantes
Confidencialidade do estudo Seraacute garantida a privacidade o anonimato bem como
o direito de aceitar ou natildeo participar da pesquisa podendo ser essa autorizaccedilatildeo
suspensa em qualquer fase do estudo Assim as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo
4662012 do Conselho Nacional de Sauacutede que discorre sobre pesquisa envolvendo
seres humanos seratildeo atendidas Os resultados seratildeo publicados no relatoacuterio final da
dissertaccedilatildeo e artigos cientiacuteficos
47
Benefiacutecios Accedilotildees interinstitucionais articuladas promovidas numa perspectiva
interdisciplinar possibilitaratildeo uma melhor compreensatildeo das condiccedilotildees de sauacutede dos
idosos residentes em comunidade do municiacutepio e contribuiraacute para a formulaccedilatildeo de
accedilotildees direcionadas as necessidades dessa populaccedilatildeo
Danos advindos da pesquisa Caso haja algum prejuiacutezo decorrente da realizaccedilatildeo
deste estudo seraacute providenciada a devida reparaccedilatildeo dos danos atraveacutes do
responsaacutevel pelo estudo O pesquisador e os entrevistados natildeo receberatildeo benefiacutecios
financeiros para participaccedilatildeo no estudo Todas as despesas seratildeo por conta do
pesquisador
Participaccedilatildeo voluntaacuteria Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria podendo a qualquer
momento desistir do estudo sem qualquer prejuiacutezo ou penalidade para mim
Consentimento para participaccedilatildeo Apoacutes ser devidamente esclarecido (a) quanto
aos objetivos deste estudo dos procedimentos aos quais serei submetido (a) bem
como dos possiacuteveis riscos decorrentes da minha participaccedilatildeo estou de acordo em
participar do mesmo O pesquisador responsaacutevel pelo estudo assegura que seraacute
disponibilizado qualquer esclarecimento adicional que eu venha a solicitar durante a
realizaccedilatildeo da pesquisa e o direito de desistir da participaccedilatildeo em qualquer momento
Em casos de duacutevidas eou problemas referentes ao estudo vocecirc poderaacute
entrar em contato com o autor atraveacutes do Nuacutecleo de Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo
(NESP) (73) 3528-9721
Sendo assim eu ______________________________________________
aceito livremente participar do Projeto MONIDI
__________________________________ __________________________________
Assinatura do (a) participante
RG _________________________
Assinatura do (a) pesquisador
RG_________________________
48
Apecircndice 2
Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede do Idoso
49
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS
PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE
SAUacuteDE DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE
Nuacutemero do Questionaacuterio |__|__|__|
Nome do Entrevistador ___________________________
Visita 1 2 3
Data Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Hora de iniacutecio ________
Hora de teacutermino ________
I INFORMACcedilOtildeES PESSOAIS E SOCIODEMOGRAacuteFICAS
1 Nome do entrevistado
2Sexo
0 ( ) Feminino
1 ( ) Masculino
3 Endereccedilo completotelefone
4 Idade ____ anos
41 Data de Nascimento
____________
50
5 Situaccedilatildeo conjugal atual
1 ( ) Casado(a) 2 ( ) Uniatildeo estaacutevel 3 ( ) Solteiroa
4 ( ) Divorciado(a)separado(a)desquitado(a) 5 ( ) Viuacutevoa
6 No total quantas vezes o (a) Sr(a) esteve casado(a) ou em uniatildeo
Nordm de vezes |___|___|
7 Na escola qual a uacuteltima seacuterie grau que concluiu com aprovaccedilatildeo
1 - Nunca foi agrave escola ( ) 4 - Fundamental II ( )5 a ( )6 a ( )7 a ( )8 a
2 - Lecirc e escreve o nome ( ) 5 - Ensino Meacutedio ( ) 1 a ( )2 a ( )3
3 - Fundamental I ( )1 a ( )2 a 6 - Superior ( ) completo ( ) incompleto
( )3 a ( )4 a
8 Como vocecirc classificaria a cor da sua pele
1( ) Branca 2( ) Amarela (oriental) 3( ) Parda
4( ) Origem indiacutegena 5( ) Preta 9( ) Natildeo sabe
9 Cor da pele (entrevistador)
1( ) branca 2( ) amarela (oriental) 3( ) parda
4( ) origem indiacutegena 5( ) preta
10-Quantos filhos e filhas nascidos vivos o(a)Sr(a) teve (natildeo inclua enteados filhos
adotivos abortos ou filhos nascidos mortos)
Nuacutemero de filhos |____|____| (98) NS (99) NR
11 Atualmente o senhor (a) mora sozinho ou acompanhado
1( )Acompanhado 2( ) Sozinho 3( ) NR 4( )NS
51
12 Desde que o senhor (a) nasceu viveu no campo por 5 anos ou mais
0( ) Natildeo 1( ) Sim 2( ) NS 3( ) NR
13 Qual eacute a sua religiatildeo
1( ) Catoacutelica 2( ) Protestante 3( ) Judaica
4( ) Espiacuteritakardecista 5( ) Umbanda 6( ) Outras ____________
14 Qual a importacircncia da religiatildeo em sua vida
(1) Importante (2) Regular (3) Nada importante (8) NS (9) NR
15 Com que frequecircncia o senhor vai agrave igreja ou ao serviccedilo religioso
( ) Nunca ( ) Vaacuterias vezes por ano ( ) Uma duas vezes por mecircs
( ) Quase toda semana ( ) Mais de uma vez por semana ( ) NS ( ) NR
16 Quanto vocecirc ganha em meacutedia por mecircs R$ __________8( )Natildeo se aplica
II A CONSUMO DE AacuteLCOOL E TABACO
Uso de bebidas alcooacutelicas
1 Vocecirc consome bebidas alcooacutelicas Se vocecirc NAtildeO BEBE siga para o bloco III C
0 ( )sim 1( ) natildeo
2 Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
3 As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
4 Sente-se chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
5 Costuma beber pela manhatilde para diminuir o nervosismo ou a ressaca
0 ( ) sim 1( ) natildeo
Haacutebito de fumar
1 Vocecirc jaacute foi fumante 0 ( ) sim 1( ) natildeo
52
2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco
III C
3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros
4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias
III ANTROPOMETRIA
MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS
ESTATURA
MASSA CORPORAL
CIRCUNFEREcircNCIA
DE CINTURA
IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL
MEDIDA 01 02 03
Pressatildeo arterial
sistoacutelica
Pressatildeo arterial
diastoacutelica
53
ANEXOS
54
Anexo 1
Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos
55
56
xiv
LISTA DE SIacuteMBOLOS OU NOMECLATURA
ASC - Aacuterea Sob a Curva
AVE - Acidente Vascular Encefaacutelico
CC - Circunferecircncia da Cintura
CNS - Conselho Nacional de Sauacutede
DCNT - Doenccedilas Crocircnicas Natildeo Transmissiacuteveis
ESF - Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia
ESTUDO MONIDI - Monitoramento da Sauacutede de Idosos de um Municiacutepio de
Pequeno Porte
HAS - Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica
IASI - Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede de Idosos
IC95 - Intervalo de Confianccedila 95
IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica
IMC ndash Iacutendice de Massa Corporal
Iacutendice C ndash Iacutendice de Conicidade
Li-IC ndash Limite Inferior do Intervalo de Confianccedila
NSI - Nutricion Screening Initiative
PA ndash Pressatildeo Arterial
PAD ndash Pressatildeo Arterial Diastoacutelica
PAS - Pressatildeo Arterial Sistoacutelica
RCEst - Razatildeo Cintura-Estatura
ROC - Receive Operator Caracteristic
SBH - Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo
SPSS - Statistical Package for the Social Sciences
xv
SUS - Sistema Uacutenico de Sauacutede
TCLE - Termo de Consentimento Livre Esclarecido
USFs - Unidades de Sauacutede da Famiacutelia
WHO - World Health Organization
1
1 INTRODUCcedilAtildeO
A transiccedilatildeo epidemioloacutegica caracteriza-se pela evoluccedilatildeo progressiva de um
perfil de alta mortalidade por doenccedilas infecciosas para outro onde predominam os
oacutebitos por doenccedilas cardiovasculares neoplasias causas externas e outras doenccedilas
consideradas crocircnico-degenerativas natildeo transmissiacuteveis1 Jaacute a transiccedilatildeo demograacutefica
tem relaccedilatildeo direta com a evoluccedilatildeo das taxas de mortalidade natalidade e
fecundidade no qual houve uma mudanccedila da populaccedilatildeo jovem para um contingente
cada vez maior e mais importante de pessoas com 60 anos ou mais de idade2
As mudanccedilas demograacuteficas evidenciam o aumento na expectativa de vida com
consequente crescimento da populaccedilatildeo idosa3 Essa modificaccedilatildeo no perfil etaacuterio da
populaccedilatildeo concorre para transformaccedilatildeo nos aspectos relacionados agrave
morbimortalidade nos quais as doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis (DCNT) passam
a ser as principais causas de adoecimentomorte As DCNT mais prevalentes satildeo as
doenccedilas cardiovasculares cacircnceres respiratoacuterias crocircnicas diabetes e hipertensatildeo
arterial4
A hipertensatildeo arterial sistecircmica (HAS) eacute a primeira causa de mortalidade em
acircmbito mundial e a terceira causa de incapacidade induzida por doenccedila apoacutes
desnutriccedilatildeo e doenccedilas sexualmente transmissiacuteveis5 Estima-se que a pressatildeo arterial
elevada cause 94 milhotildees de mortes por ano no mundo6 A HAS eacute o principal fator de
risco para acidente vascular encefaacutelico (AVE) doenccedila arterial coronariana
insuficiecircncia cardiacuteaca insuficiecircncia renal crocircnica e doenccedila vascular de extremidades7
Tal enfermidade em idosos estaacute associada a significante aumento nos distuacuterbios
cardiovasculares na incidecircncia de doenccedilas incapacitantes com consequente
diminuiccedilatildeo da sobrevida e piora na qualidade de vida resultando dependecircncia e perda
da autonomia8910
Vaacuterios estudos evidenciam que a gordura corporal estaacute relacionada com a
pressatildeo arterial elevada em idosos111213 Dessa forma para discriminar a quantidade
de gordura corporal e sua distribuiccedilatildeo os iacutendices antropomeacutetricos satildeo instrumentos
haacutebeis principalmente em estudos epidemioloacutegicos Aleacutem disso tecircm sido utilizados
com frequecircncia em estudos populacionais e satildeo importantes por monitorar o estado
nutricional em diferentes grupos Esses iacutendices satildeo bons preditores para a
hipertensatildeo arterial14 diabetes mellitus doenccedilas cardiovasculares e para discriminar
2
o risco coronariano em diferentes populaccedilotildees1516 Apresentam como vantagens a sua
simplicidade baixo custo e faacutecil utilizaccedilatildeo Contudo estudos sobre os iacutendices
antropomeacutetricos satildeo escassos e inconclusivos na populaccedilatildeo idosa17
A identificaccedilatildeo indireta da hipertensatildeo arterial por meio dos iacutendices
antropomeacutetricos pode ser uma estrateacutegia importante na sauacutede puacuteblica como
instrumento de triagem favorecendo a identificaccedilatildeo das alteraccedilotildees na pressatildeo
arterial Uma das estrateacutegias recomendadas para atingir essa proposta eacute a utilizaccedilatildeo
de instrumentos de rastreamento adequados de raacutepida e faacutecil aplicaccedilatildeo e que
apresentem coeficientes de fidedignidade e de validade significativos No contexto da
atenccedilatildeo primaacuteria recentemente Gomes et al (2009)18 e Azevedo et al (2010)19
propuseram a aplicaccedilatildeo da antropometria para a detecccedilatildeo de fatores de risco agrave sauacutede
sugerindo a utilizaccedilatildeo do iacutendice de massa corporal (IMC) e circunferecircncia da cintura
(CC) como medidas de triagem
Averiguar o poder discriminatoacuterio e estabelecer pontos de corte ou seja
valores criacuteticos de iacutendices antropomeacutetricos que se associem a hipertensatildeo arterial em
idosos pode ser uma boa estrateacutegia de monitoramento e de triagem destes fatores de
risco Sendo que os valores criacuteticos dos iacutendices antropomeacutetricos para idosos natildeo
foram estabelecidos na literatura Dessa forma parecem ser relevantes os estudos
que indiquem meios indiretos para detectar fatores de risco cardiovascular Os iacutendices
antropomeacutetricos podem ser utilizados como estrateacutegia eficiente no processo de
triagem da hipertensatildeo arterial no ambiente da atenccedilatildeo primaacuteria do Sistema Uacutenico de
Sauacutede (SUS)
3
2 REVISAtildeO DE LITERATURA
21 Consideraccedilotildees sobre doenccedilas cardiovasculares no Brasil e o processo de envelhecimento populacional
Atualmente as doenccedilas cardiovasculares tecircm acometido grande parcela da
populaccedilatildeo mundial Em 2012 o relatoacuterio da World Health Organization (WHO)20
estimou que 175 milhotildees de pessoas morreram de doenccedilas cardiovasculares
representando 46 de todas as mortes globais Jaacute a pressatildeo arterial elevada
provoca 51 das mortes por acidente vascular cerebral e 45 das mortes por doenccedila
arterial coronariana21
Tais doenccedilas foram responsaacuteveis por 70 das causas de morte no Brasil no
ano de 2013 As doenccedilas cardiovasculares como do aparelho circulatoacuterio cacircncer e
diabetes tecircm respondido por um nuacutemero elevado de mortes antes dos 70 anos22
O crescimento populacional e o aumento da longevidade podem acarretar a um
raacutepido aumento no nuacutemero total de adultos de meia-idade e mais velhos com um
correspondente aumento do nuacutemero de mortes causadas por doenccedilas crocircnicas natildeo
transmissiacuteveis
Dessa forma a quantidade de pessoas com mais de 60 anos satildeo hoje 13 da
populaccedilatildeo brasileira ou 261 milhotildees de indiviacuteduo em 201323 Com o processo de
envelhecimento populacional as doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis ganharam
expressotildees para a sociedade para previdecircncia social e por consequecircncia para a
sauacutede puacuteblica
A fase do envelhecimento eacute o momento caracterizado pelas alteraccedilotildees fiacutesicas
psicossociais e pelo decliacutenio da capacidade funcional dos organismos como tambeacutem
pelo surgimento de condiccedilotildees patoloacutegicas advindas de haacutebitos de vida inadequados
(tabagismo alcoolismo alimentaccedilatildeo incorreta ausecircncia de atividade fiacutesica regular
entre outros)24 Dessa forma para retardar essas mudanccedilas eacute necessaacuterio ter um
envelhecimento saudaacutevel
4
22 Hipertensatildeo arterial e a populaccedilatildeo idosa
A hipertensatildeo arterial eacute definida como sendo uma condiccedilatildeo crocircnica da tensatildeo
arterial elevada resultando em valores acima do considerado aceito ou seja quando
a pressatildeo arterial sistoacutelica (PAS) estaacute cronicamente acima de 140 mmHg ou a pressatildeo
arterial diastoacutelica (PAD) estaacute cronicamente acima de 90 mmHg2526
No mundo em torno de um bilhatildeo de pessoas satildeo hipertensas natildeo controladas
sendo que 75 milhotildees de pessoas morreram a cada ano pela doenccedila ateacute o ano de
200827 Estimativas do Ministeacuterio da Sauacutede indica que cerca de 17 milhotildees de
brasileiros apresentam hipertensatildeo arterial sendo que 35 dessa populaccedilatildeo tinham
idade igual ou superior a 40 anos Em comparaccedilatildeo com anos anteriores pode-se
observar que a proporccedilatildeo de brasileiros diagnosticados com hipertensatildeo arterial
cresceu de 215 em 2006 para 244 em 20092829
O resultado da Pesquisa Nacional de Sauacutede do primeiro semestre de 2013
estimou que o Brasil tem 313 milhotildees de hipertensos Entre as pessoas com mais de
60 anos mais de 444 tecircm hipertensatildeo sendo que essa prevalecircncia cresce com a
idade22 Esses dados se aproximam aos nuacutemeros da Sociedade Brasileira de
Hipertensatildeo (SBH) no qual estima que haja 30 milhotildees de hipertensos no Brasil em
2014 ou seja cerca de 30 da populaccedilatildeo adulta30
Jaacute na populaccedilatildeo baiana com idade acima de 40 anos cerca de 35 tecircm
hipertensatildeo arterial correspondendo a cerca de 13 milhatildeo de pessoas acometidas
pela doenccedila Na populaccedilatildeo dos 55 aos 64 anos 516 tecircm pressatildeo arterial elevada
e com 65 anos ou mais esse nuacutemero chega a 60631 No estado da Bahia foram
registradas 6274 mortes por doenccedilas de aparelho circulatoacuterio ateacute o mecircs de outubro
de 2013 Dentre os registros 649 foram por hipertensatildeo32 No municiacutepio de Ibicuiacute ndash
BA a prevalecircncia de HAS cadastrados nas Unidades de Sauacutede da Famiacutelia (USFs) foi
de 643 idosos33
A hipertensatildeo arterial eacute caracterizada por niacuteveis elevados e sustentados de
pressatildeo arterial (PA) como uma condiccedilatildeo cliacutenica multifatorial Associa-se
frequentemente a alteraccedilotildees funcionais eou estruturais dos oacutergatildeos-alvo (coraccedilatildeo
enceacutefalo rins e vasos sanguiacuteneos) e a alteraccedilotildees metaboacutelicas2634 Pode ser
classificada em primaacuteria e secundaacuteria de acordo com a sua origem A primaacuteria tem
5
sua origem desconhecida35 e a secundaacuteria eacute decorrente de alguma doenccedila
subjacente36
No caso de a PA estar cronicamente elevada ou seja hipertensatildeo arterial o
risco de desenvolvimento de complicaccedilotildees cardiovasculares renais e ateacute mesmo o
oacutebito aumenta consideravelmente37
Com relaccedilatildeo agrave caracteriacutestica fisiopatoloacutegica da HAS a partir dos 50 ou 60 anos
de idade a pressatildeo diastoacutelica diminui e a pressatildeo central aumenta determinando um
balanccedilo proacuteximo entre resistecircncia aumentada e aumento da impedacircncia na aorta
toraacutecica Dessa forma a pressatildeo de pulso comeccedila a se elevar e a HAS se torna o
principal subtipo de hipertensatildeo apoacutes a sexta deacutecada de vida38
Contudo apoacutes os 60 anos ocorre o enrijecimento arterial central indicado pela
queda na pressatildeo diastoacutelica e o raacutepido alargamento da pressatildeo de pulso O aumento
da rigidez arterial central e a amplitude da onda de pulso satildeo fatores hemodinacircmicos
dominantes nos indiviacuteduos normotensos e hipertensos apoacutes os 60 anos38
Aleacutem dos fatores fisiopatoloacutegicos vale destacar que o aumento da pressatildeo
arterial com a idade tambeacutem estaacute relacionado com o consumo de sal exagerado ao
longo da vida39
As principais estrateacutegias no tratamento natildeo-farmacoloacutegico da HAS segundo
Ministeacuterio da Sauacutede28 se encontram na adoccedilatildeo de haacutebitos alimentares saudaacuteveis
reduccedilatildeo na ingestatildeo de soacutedio reduccedilatildeo do consumo de bebidas alcooacutelicas abandono
do tabagismo praacutetica de atividade fiacutesica regular controle ou diminuiccedilatildeo da massa
corporal
23 Iacutendices antropomeacutetricos de sobrepeso e obesidade
Como meacutetodo natildeo invasivo a antropometria eacute utilizada principalmente para
avaliar as proporccedilotildees tamanho e a composiccedilatildeo corporal40 Tal meacutetodo possui relaccedilatildeo
com estado de sauacutede condiccedilotildees sociais e econocircmicas de grupos populacionais
podendo diagnosticar a desnutriccedilatildeo ou excesso de peso Os iacutendices antropomeacutetricos
que consistem na mediccedilatildeo de dimensotildees corporais podem ser usados para predizer
a sauacutede geral e bem-estar da populaccedilatildeo40
6
Em 2011 estudo realizado por Pitanga41 indica que os iacutendices antropomeacutetricos
apresentam-se como preditores do risco de infarto do miocaacuterdio acidente vascular
encefaacutelico e morte prematura
O IMC eacute determinado pela massa corporal em quilogramas dividido pela
estatura em metros ao quadrado eacute uma medida que determina o estado nutricional
Este iacutendice antropomeacutetrico eacute comumente aplicado em estudos epidemioloacutegicos em
idosos para diagnosticar o excesso de peso (sobrepesoobesidade) principalmente
por ser um meacutetodo faacutecil de aplicar raacutepido e de baixo custo Deste modo vaacuterios
estudos com essa populaccedilatildeo tecircm avaliado o estado nutricional por meio do IMC42
434445
No estudo de Silva e Petroski (2009)46 com idosas de um grupo de convivecircncia
do municiacutepio de Aracaju ndash Sergipe sugeriu que o ponto de corte do IMC utilizado pela
Nutricion Screening Initiative ndash NSI (1992)47 para sobrepeso e excesso de peso foi o
mais bem associado com a PA elevada e para obesidade o melhor ponto de corte
associado com a PA elevada foi o da WHO (1998)48
A outra medida importante para avaliaccedilatildeo da obesidade central dos indiviacuteduos
eacute a circunferecircncia de cintura A obesidade eacute caracterizada pelo acuacutemulo excessivo de
gordura corporal no indiviacuteduo e quando presente na regiatildeo abdominal tem alta
correlaccedilatildeo com doenccedilas cardiovasculares e distuacuterbios metaboacutelicos40 O obeso tem
mais propensatildeo a desenvolver problemas como hipertensatildeo doenccedilas
cardiovasculares diabetes tipo 2 entre outras doenccedilas4950
Comparando as medidas antropomeacutetricas com exames de diagnoacutesticos por
imagens como a tomografia computadorizada e a ressonacircncia magneacutetica foi
verificado que a circunferecircncia da cintura apresentou melhor correlaccedilatildeo com o tecido
adiposo visceral51 Tambeacutem o aumento da circunferecircncia da cintura teve boa
associaccedilatildeo com o aumento significativo da prevalecircncia da hipertensatildeo arterial52
A razatildeo cintura-estatura (RCEst) eacute determinado pela divisatildeo da circunferecircncia
da cintura (cm) pela estatura (cm) Este indicador tem sido utilizado para identificar
alto risco metaboacutelico obesidade fatores de risco cardiovascular e maior capacidade
preditiva para o risco coronariano elevado em populaccedilotildees adultas e idosas1653
tambeacutem eacute fortemente associada a diversos fatores de risco cardiovascular em
diferentes populaccedilotildees15
7
O Iacutendice C eacute determinado com as medidas de massa corporal da estatura e da
circunferecircncia da cintura54 e eacute muito utilizado com a populaccedilatildeo adulta555657585960 Jaacute
com a populaccedilatildeo de idosos o iacutendice C tem sido pouco utilizado e somente alguns
estudos usaram esse indicador para tentar identificar distuacuterbios metaboacutelicos risco
coronariano e prevalecircncia de risco agrave sauacutede616263 Natildeo foram encontrados estudos
associativos entre o Iacutendice C e pressatildeo arterial elevada em idosos
Tais iacutendices satildeo pouco utilizados com a populaccedilatildeo idosa e principalmente com
populaccedilotildees residentes em cidades de pequeno porte Dessa forma para discriminar e
analisar o incremento de gordura corporal os iacutendices antropomeacutetricos tecircm
demonstrado eficiecircncia principalmente em estudos epidemioloacutegicos Cada indicador
tem peculiaridade quanto a sua distribuiccedilatildeo e discriminaccedilatildeo por isso podem ser
utilizados conjuntamente ou separadamente dependendo dos objetivos como
estrateacutegia eficiente para a detecccedilatildeo e o controle de doenccedilas
Contudo os iacutendices antropomeacutetricos tecircm sido bem utilizados para associar
vaacuterios fatores de risco de sauacutede como doenccedilas coronarianas cardiovasculares
distuacuterbios metaboacutelicos dentre outros641641 Poreacutem ainda natildeo estaacute clara sua
associaccedilatildeo com pressatildeo arterial elevada em idosos
Sendo assim os iacutendices antropomeacutetricos satildeo eficientes para identificar a
hipertensatildeo arterial em idosos E quais satildeo os melhores iacutendices para identificar as
alteraccedilotildees da pressatildeo arterial elevada em idosos
24 A importacircncia da validaccedilatildeo
Como se trata de um estudo de validaccedilatildeo de um meacutetodo faz-se necessaacuterio
debater sobre o tema Os instrumentos de rastreamento satildeo ferramentas essenciais
para os serviccedilos de sauacutede pois fornecem medidas relevantes reprodutiacuteveis e
acuradas permitindo a identificaccedilatildeo das pessoas com maior chance de preencher os
criteacuterios para uma determinada condiccedilatildeo ou doenccedila Como tambeacutem completa o
registro de informaccedilatildeo e a comparaccedilatildeo de resultados minimizando a influecircncia de
fatores subjetivos na coleta e registro de dados6566
A escolha de um instrumento deve-se basear em suas qualidades que
consistem em coeficientes significativos de validade e fidedignidade Dessa forma
8
essas medidas necessitam apresentar simplicidade na teacutecnica economia facilidade
e rapidez na aplicaccedilatildeo e interpretaccedilatildeo666768
A validade caracteriza-se como a capacidade do instrumento medir aquilo que
se propotildees a medir Envolve um componente conceitual (julgamento subjetivo a
respeito do instrumento pelo pesquisador) e um componente operacional (avaliaccedilatildeo
sistemaacutetica (estatiacutestica) do teste) geralmente o comparando com um criteacuterio padratildeo
ouro67
A avaliaccedilatildeo operacional da validade utilizada nessa pesquisa foi a de criteacuterio
no qual mede agrave extensatildeo com que o instrumento discrimina sujeitos que diferem em
determinadas caracteriacutesticas Refere-se agrave capacidade de uma escala de se
corresponder com outras medidas ou de predizer algo a que se propotildee Eacute avaliada
por meio de criteacuterio-padratildeo (validade concorrente e validade preditiva) Sendo que a
validade preditiva eacute estimulada estatisticamente e expressa por meio da sensibilidade
especificidade valor preditivo positivo valor preditivo negativo e taxa de classificaccedilatildeo
incorreta67
A sensibilidade corresponde agrave proporccedilatildeo de casos positivos identificados
corretamente ou melhor eacute a capacidade de medida de reconhecer os verdadeiros
positivos Quanto maior a sensibilidade maior a chance de detectar a doenccedila A
especificidade eacute proporccedilatildeo de casos negativos identificados corretamente eacute a
capacidade do instrumento de reconhecer os verdadeiros negativos67
Quanto mais sensiacutevel for o teste melhor seraacute seu valor preditivo negativo ou
seja maior seraacute a certeza de que uma pessoa com resultado negativo natildeo tenha
realmente a doenccedila Quanto mais especifico melhor seraacute seu valor preditivo positivo
ou seja maior seraacute a certeza de que uma pessoa com resultado positivo tenha a
hipertensatildeo arterial67
Como estrateacutegia geral quando a principal preocupaccedilatildeo for evitar o resultado
falso-positivo entatildeo o ponto de corte deve objetivar o maacuteximo de especificidade e se
a preocupaccedilatildeo maior eacute evitar resultado falso-negativo (o resultado do teste em
paciente com suspeita de hipertensatildeo arterial) o ponto de corte deve objetivar o
maacuteximo de sensibilidade67 Os autores ainda referem que a curva Receive Operator
Caracteristic (ROC) eacute a melhor maneira de estabelecer o ponto de corte otimizando
a sensibilidade e especificidade do teste diagnoacutestico
9
Destaca-se que as qualidades de um instrumento aplicado em condiccedilotildees de
campo satildeo modificadas pela prevalecircncia de casos na populaccedilatildeo cliacutenica (onde eacute
esperado ter maior proporccedilatildeo de doenccedila) comparada com uma populaccedilatildeo geral
10
3 OBJETIVOS
Determinar o poder preditivo de iacutendices antropomeacutetricos para predizer
hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos
Estabelecer pontos de corte como discriminadores de hipertensatildeo arterial em
mulheres e homens idosos
Identificar o iacutendice antropomeacutetrico de obesidade que melhor discrimina a
hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos
11
4 MATERIAL E MEacuteTODOS
41 Tipos de estudo
Esta pesquisa eacute do tipo transversal ou seccional como parte do projeto de
Monitoramento da Sauacutede de Idosos de um Municiacutepio de Pequeno Porte ESTUDO
MONIDI Em estudos transversais a estrateacutegia de observaccedilatildeo da populaccedilatildeo eacute
seccional isto eacute as informaccedilotildees obtidas referem-se ao mesmo momento sendo mais
adequado para obtenccedilatildeo de estimativas populacionais As informaccedilotildees individuais
devem ser coletadas num determinado prazo mais curto possiacutevel decorrido entre as
observaccedilotildees do primeiro e uacuteltimo indiviacuteduo69
42 Cenaacuterios do estudo
O municiacutepio de Ibicuiacute fica localizado na zona fisiograacutefica de Vitoacuteria da Conquista
(Encosta do Planalto) e situada no Sudoeste do Estado da Bahia possui uma aacuterea
territorial de 1176843 kmsup2 populaccedilatildeo de 16640 habitantes7071 A populaccedilatildeo de
idosos no ano de 2013 era de 2124 habitantes e destes 525 estavam cadastrados
nas Unidades de Sauacutede da Famiacutelia33
12
Figura 1 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Ibicuiacute BA na regiatildeo Nordeste do Brasil
Fonte Adaptado do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE)72 Infograacuteficos
Cidades Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230
43 Populaccedilatildeo e amostra
A populaccedilatildeo alvo do presente estudo foi constituiacuteda por indiviacuteduos com idade
igual ou superior a 60 anos de ambos os sexos cadastrados na Estrateacutegia de Sauacutede
da Famiacutelia (ESF) que atenderam agraves aacutereas urbanas e rurais do municiacutepio de Ibicuiacute-BA
no ano de 2014 A lista com o nuacutemero de usuaacuterios idosos cadastrados nas USFs da
zona rural e urbana do municiacutepio foi solicitada junto agrave Secretaria Municipal de Sauacutede
Foram incluiacutedos no estudo idosos que estavam cadastrados na Estrateacutegia de
Sauacutede da Famiacutelia que aceitaram participar da pesquisa atraveacutes da assinatura do
Termo de Consentimento Livre Esclarecido (TCLE)
Os criteacuterios de exclusatildeo foram os participantes com diagnoacutestico de demecircncia
ou qualquer outro tipo de alteraccedilatildeo cognitiva que comprometesse a veracidade das
informaccedilotildees fornecidas idosos acamados portadores de doenccedila de Alzheimer ou
outro tipo de doenccedila neuroloacutegica que afetasse a cogniccedilatildeo doenccedila em estaacutegio
terminal
Apoacutes aplicaccedilatildeo dos criteacuterios de exclusatildeo foi efetuado o caacutelculo amostral
seguindo a proposta de Luiz e Magnanini (2000)73 para populaccedilotildees finitas com
13
predominacircncia desconhecida de 50 sendo adotado niacutevel de significacircncia de 5
(correspondendo a um intervalo de confianccedila de 95) e erro toleraacutevel de amostragem
de 25
O caacutelculo amostral resultou numa amostra miacutenima necessaacuteria de 305 idosos
Esse caacutelculo amostral sofreu ajuste em 10 para compensar eventuais perdas e
recusas Apoacutes o resultado do caacutelculo amostral os idosos participantes foram
selecionados atraveacutes de sorteio sendo este proporcional ao tamanho e a distribuiccedilatildeo
por sexo e por quantidade de idosos na Unidade de Sauacutede da Famiacutelia
Os indiviacuteduos assinaram o TCLE foram entrevistados e avaliados nas
dependecircncias da USF sendo que aqueles que natildeo foram localizados ou natildeo
compareceram a USF apoacutes trecircs tentativas foram automaticamente substituiacutedos por
meio de sorteio
44 Equipes de coleta de dados
A equipe de coleta foi composta por dois profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica
(Coordenadores) e cinco acadecircmicos de fisioterapia enfermagem e medicina A
equipe foi previamente treinada em reuniotildees teacutecnicas e no estudo piloto que foi
realizado no periacuteodo de Outubro a Dezembro de 2013 visando padronizar todo o
processo de coleta Foram estabelecidas accedilotildees referentes agrave logiacutestica agrave aplicaccedilatildeo dos
questionaacuterios e aos procedimentos de medidas das variaacuteveis antropomeacutetricas A
coleta propriamente dita ocorreu entre o periacuteodo de 03022014 a 20022014
14
45 Procedimentos para coleta de dados
451 Variaacuteveis do estudo e dados coletados
Foram mensuradas as variaacuteveis idade sexo situaccedilatildeo conjugal niacutevel de
escolaridade raccedilacor renda mensal alcoolismos e tabagismos Como tambeacutem
medidas de pressatildeo arterial sistoacutelica e diastoacutelica massa corporal estatura e
circunferecircncia da cintura
452 Instrumentos de coleta
Foi utilizado o instrumento de coleta denominado Instrumento de Avaliaccedilatildeo da
Sauacutede de Idosos (IASI) padronizado e validado previamente74 Tal instrumento obteacutem
caracteriacutesticas sociodemograacuteficas informaccedilotildees pessoais consumo de aacutelcool e
tabaco avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica e de pressatildeo arterial
Para aferir a pressatildeo arterial foi utilizado o aparelho digital (marca OMRONreg
modelo HEM ndash 742 INT) Utilizou-se ainda uma balanccedila digital portaacutetil (OMRONreg) e
um estadiocircmetro (marca Sannyreg) ambos devidamente calibrados e fita
antropomeacutetrica flexiacutevel (Cardiomedreg)
453 Pressatildeo Arterial
A pressatildeo arterial foi aferida com um aparelho digital de braccedilo com manguito
adequado agrave circunferecircncia do mesmo A medida foi realizada no braccedilo direito a altura
do coraccedilatildeo Foram realizadas trecircs medidas da pressatildeo arterial sendo a primeira apoacutes
o idoso permanecer cinco minutos em repouso e sentado a segunda apoacutes dois
minutos e a terceira dois minutos apoacutes a realizaccedilatildeo da segunda (foi utilizada a meacutedia
das trecircs medidas) Valores de referecircncia estatildeo estabelecidos na Tabela 1
15
Tabela 1 - Classificaccedilatildeo da pressatildeo arterial de acordo com a VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo (2010)
Classificaccedilatildeo Pressatildeo Sistoacutelica (mmHg)
Pressatildeo Diastoacutelica (mmHg)
Oacutetima Normal Limiacutetrofe
lt 120 lt 130 130-139
lt 80 lt 85 85-80
Hipertensatildeo estaacutegio I 140-159 90-99 Hipertensatildeo estaacutegio II 160-179 100-109 Hipertensatildeo estaacutegio III ge 180 ge 110 Hipertensatildeo sistoacutelica isolada
ge 140 lt 90
Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo (2010)7
454 Antropometria
Todas as medidas antropomeacutetricas foram realizadas trecircs vezes (verificou-se a
meacutedia de tais medidas) por um profissional de Educaccedilatildeo Fiacutesica para diminuir o erro
intra e inter avaliadores e anotados por um apontador Os idosos foram medidos
conforme procedimentos padronizados por Lohman et al (1988)75 sem calccedilados
roupas leves sem reloacutegio chaves celular etc
Foi mensurada a circunferecircncia da cintura com uma fita antropomeacutetrica flexiacutevel
no ponto meacutedio entre a uacuteltima costela e a crista iliacuteaca e o procedimento foi deixar a
cintura livre de roupa e os braccedilos cruzados no peito Classificaccedilatildeo de risco para
desenvolver doenccedilas por Lohman et al (1988)75 HOMENS gt 102 cm e MULHERES
gt 88 cm Foi determinado o IMC atraveacutes da equaccedilatildeo [IMC =massa corporal
(kg)estatura2(m)] Valores de referecircncia estatildeo estabelecidos na Tabela 2
Tabela 2 - Classificaccedilatildeo do Iacutendice de Massa Corporal
IMC Classificaccedilatildeo
Baixo peso lt 220 kgm2 Peso adequado 220 le IMC le 270 kgm2 Obesidade gt 270 kgm2
Lohman et al (1988)75
16
A razatildeo cintura-estatura foi determinada pela equaccedilatildeo proposta por Pitanga e
Lessa (2006)15 a qual utiliza a CC (cm) e a estatura (cm) O Iacutendice C foi estimado por
meio das medidas de massa corporal estatura e circunferecircncia da cintura utilizando-
se um modelo proposto por Valdez (1991)54 cuja equaccedilatildeo matemaacutetica estaacute descrita a
seguir
46 Anaacutelise dos dados
Os dados foram digitados com dupla entrada no software Epidata 31 Apoacutes a
digitaccedilatildeo dos dados foram verificados manualmente os valores discrepantes e a
consistecircncia das informaccedilotildees
Na anaacutelise de dados foram utilizados os procedimentos da estatiacutestica descritiva
expressa por meacutedia desvio padratildeo nuacutemero de observaccedilotildees e percentual das
variaacuteveis avaliadas A diferenccedila entre os sexos nas variaacuteveis contiacutenuas foi analisada
pelo teste t de Student para amostras independentes uma vez que as variaacuteveis
apresentaram distribuiccedilatildeo normal e o teste do Qui-quadrado para comparar as
proporccedilotildees (variaacuteveis qualitativas) entre os idosos do sexo masculino e feminino
O poder discriminatoacuterio para determinar a hipertensatildeo arterial e os iacutendices
antropomeacutetricos foi verificado atraveacutes da utilizaccedilatildeo das curvas ROC recurso utilizado
para obtenccedilatildeo de pontos de corte que visam diagnoacutesticos ou triagem
A aacuterea sob a curva ROC (ASC) determina a capacidade preditiva do indicador
para presenccedila ou ausecircncia de hipertensatildeo arterial Uma ASC igual a 10 eacute
considerada perfeita poreacutem se for igual ou menor a 05 indica que sua capacidade
preditiva natildeo eacute melhor que ao acaso
17
Neste estudo o pressuposto para anaacutelise da ASC foi agrave sensibilidade pois em
determinadas situaccedilotildees quando natildeo pode correr o risco de natildeo diagnosticar
determinada doenccedila eacute melhor privilegiar a sensibilidade76
Apoacutes determinados os pontos de corte para cada uma das variaacuteveis
investigadas para prediccedilatildeo de hipertensatildeo essas foram dicotomizadas com base em
seus respectivos valores de referecircncia As anaacutelises estatiacutesticas foram conduzidas no
Statistical Product and Service Solutions (SPSS) reg 130 Em todas as anaacutelises foram
efetuadas respeitando-se o niacutevel de significacircncia de 5
47 Aspectos Eacuteticos
O estudo foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa da Universidade
Estadual do Sudoeste da Bahia com parecer (CAAE 22969013000000055) (Anexo
1) seguindo princiacutepios eacuteticos estabelecidos na Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de
2012 do Conselho Nacional de Sauacutede (CNS)77
18
5 RESULTADOS
51 Caracterizaccedilatildeo da amostra estudada
De acordo com a contabilizaccedilatildeo das perdas (mudou-se do municiacutepio natildeo foi
encontrado por mais de 3 vezes na USF ou domicilio) e recusas (n=31) a amostra final
foi composta por 310 idosos (201 zona urbana e 109 zona rural) A taxa de respostas
foi de 912 com 88 (n=31) de recusas e 92 (n=29) de exclusatildeo
Participaram do estudo 175 mulheres (565) e 135 homens (435) As
idades variaram entre 60 e 108 anos com meacutedia de 7078 plusmn 82 anos para as mulheres
e 60 a 93 anos com meacutedia de 7259 plusmn 78 anos para homens
A maioria das mulheres se auto referiu ser negra e os homens pardo O iacutendice
de analfabetismo apresentou-se elevado em ambos os sexos A maior parte dos idosos
eacute casado A maioria dos idosos sobrevivia com renda mensal inferior ou igual a um
salaacuterio miacutenimo (Tabela 3)
19
Tabela 3 - Variaacuteveis sociodemograacuteficas e de estilo de vida em idosos
Mulheres (n=175) Taxa de Resposta
Homens (n=135) Taxa de Resposta
n n P
Raccedilacor 9861 991
Branco 47 2686 43 3209
Preto 73 4171 26 1940 0001
Pardo 49 2800 55 4074
Natildeo sabe 4 229 10 741
Escolaridade 9918 1000
Analfabeto 95 5429 84 6222
Baacutesica 72 4114 46 3408 0001
Secundaacuteria 5 286 5 370
Superior 2 114 - -
Estado Civil 9789 991
Casadouniatildeo estaacutevel
74 4229 78 5777
Solteiroseparado 33 1886 36 2667 0001
Viuacuteva 63 3600 20 1481
Renda Mensal 9918 1000
le 1 salaacuterio 165 9428 123 9111
11 a 2 salaacuterio 8 458 10 74 0001
21 a salaacuterio 1 057 2 148
Alcoolismo 9989 1000
Sim 4 229 9 667 0001
Natildeo 170 9714 126 9333
Tabagismo 9597 1000
Sim 15 857 21 1556 0001
Natildeo 152 8686 114 8444
Teste Qui-quadrado
20
52 Caracteriacutesticas antropomeacutetricas
Apoacutes a assinatura do TCLE e realizaccedilatildeo do questionaacuterio 10 idosos foram
excluiacutedos (recusas e informaccedilatildeo incompleta do questionaacuterio) desta etapa de anaacutelise
Dessa forma foram analisadas 300 avaliaccedilotildees das medidas antropomeacutetricas
Na Tabela 4 podem ser observados os valores meacutedios desvio padratildeo valores
miacutenimos e maacuteximos e percentuais das variaacuteveis avaliadas A meacutedia do IMC foi menor
nos homens quando comparado com o resultado das mulheres (p lt 0001) Natildeo houve
diferenccedila significativa da variaacutevel circunferecircncia da cintura entre homens e mulheres
(p = 0208) A prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi maior nas mulheres A maioria
das mulheres eacute obesa e entre os homens o estado nutricional foi considerado eutroacutefico
(Tabela 5)
21
Tabela 4 - Valores descritivos miacutenimos e maacuteximos das variaacuteveis analisadas
Variaacuteveis Mulheres (n=167) Homens (n=133) Valor-p
Idade (anos) 7078 plusmn 821 (60-108)
7259 plusmn 786 (60-93)
0055
Massa corporal (kg) 6020 plusmn 1223 (2970-9580)
6384 plusmn 1250 (4010-11840)
0012
Estatura (cm) 14875 plusmn 616 (129-164)
16080 plusmn 782 (135-183)
lt00001
IMC (kgm2) 2715 plusmn505 (1342-4064)
2458 plusmn 390 (1475-3544)
lt00001
CC (cm)dagger 8734 plusmn 1126 (55-130)
8894 plusmn 1010 (66-115)
0208
RCEst 057 plusmn 011 (000-087)
055 plusmn 006 (042-073)
0086
Iacutendice C 123 plusmn 021 (000-166)
129 plusmn 006 (117-150)
0001
PAS 14096 plusmn 2218 (87-200)
13735 plusmn 2251 (98-209)
0166
PAD 7671 plusmn 1091 (45-105)
7697 plusmn 1179 (49-110)
0846
IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia da cintura RCEst - razatildeo cintura-estatura Iacutendice C - Iacutendice de Conicidade PAS - pressatildeo arterial sistoacutelica PAD ndash pressatildeo arterial diastoacutelica dagger Variaacuteveis com perdas (n=163 mulheres) Teste T de Student para amostras independentes
Tabela 5 - Percentuais das variaacuteveis analisadas
Variaacutevel Mulheres Homens Valor-p
Pressatildeo Arterial (n) (n)
Normal 557 (93) 594 (79) 0011
Hipertensatildeo 443 (74) 406 (54)
Estado nutricional (n) (n)
Baixo peso 144 (24) 301 (40)
Normal 353 (59) 436 (58) lt00001
Sobrepeso 503 (84) 263 (35)
Teste Qui-quadrado
53 Anaacutelise da curva ROC
22
As aacutereas sob a curva ROC do IMC da CC da RCEst e do iacutendice C como
preditores de hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos e os respectivos
intervalos de confianccedila (IC 95) podem ser observados na Tabela 6 e nas Figuras 2
3 4 5 6 7 8 9 Evidenciou-se que alguns iacutendices antropomeacutetricos apresentaram
aacuterea sob a curva ROC significativas Todavia a RCEst e o IMC assumiram maiores
aacutereas com diferenccedila significativa para os homens
Tabela 6 - Aacuterea sob a curva ROC e IC95 entre os iacutendices antropomeacutetricos e hipertensatildeo arterial em idosos
Aacuterea sob a curva ROC
PA elevada Mulheres
Homens
p
IMC (kgm2) 053 (044-062) 060 (050-070)
lt00001dagger
CC (cm) 057 (048-066) 058 (048-068)
lt00001dagger
RCEst 056 (047-065) 061 (051-071)
lt00001dagger
Iacutendice C 058 (049-066) 058 (058-068) lt00001dagger
IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia de cintura RCEst - razatildeo cinturaestatura Iacutendice C - iacutendice de conicidade ROC ndashReceiver Operating CharacteristicIC95 - intervalo de confianccedila a 95Aacuterea sob a curva ROC apresentando poder discriminatoacuterio para pressatildeo arterial elevada (Li-IC ge 050) daggerTeste Qui-quadrado
23
Figura 2 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) IMC - iacutendice de massa corporal
Figura 3 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) IMC - iacutendice de massa corporal
24
Figura 4 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) CC ndash circunferecircncia da cintura
Figura 5 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) CC ndash circunferecircncia da cintura
25
Figura 6 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) RCEst - razatildeo cinturaestatura
Figura 7 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) RCEst - razatildeo cinturaestatura
26
Figura 8 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) Iacutendice C -iacutendice de conicidade
Figura 9 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) Iacutendice C - iacutendice de conicidade
27
Os valores dos pontos de corte dos iacutendices antropomeacutetricos como preditores
de hipertensatildeo arterial e suas respectivas sensibilidade e especificidade (mais
adequado equiliacutebrio entre si) satildeo apresentados na Tabela 7 Observa-se que entre
os iacutendices antropomeacutetricos a RCEst teve melhor percentual de sensibilidade e de
especificidade para discriminar a pressatildeo arterial elevada para os homens
Tabela 7 - Pontos de corte sensibilidade e especificidade dos iacutendices antropomeacutetricos para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial em idosos
Mulheres Homens PA elevada
Ponto de corte
Sensibilidade ()
Especificidade ()
Ponto de corte
Sensibilidade ()
Especificidade ()
IMC (kgm2)
2679 527 548 2420 527 548
CC (cm) 8750 577 457 8650 593 532 RCEst 059 568 430 054 648 456 Iacutendice C 126 541 452 129 574 456
IMC ndash Iacutendice de Massa Corporal CC ndash Circunferecircncia da Cintura RCEst ndash Razatildeo Cintura-Estatura Iacutendice C ndash Iacutendice de Conicidade
28
6 DISCUSSAtildeO
61 Aacutereas sob a Curva ROC
Este estudo teve como objetivo identificar a capacidade preditiva de iacutendices
antropomeacutetricos de obesidade geral e abdominal para discriminar a presenccedila de
hipertensatildeo arterial em idosos com foco de utilizaccedilatildeo no ambiente da estrateacutegia de
sauacutede da famiacutelia Nessa perspectiva surge uma proposta de triagem dos casos de
idosos com possiacuteveis alteraccedilotildees crocircnicas em sua pressatildeo arterial aleacutem de possibilitar
a discussatildeo sobre validaccedilatildeo de tais iacutendices para uso no contexto da sauacutede
Dessa forma recomenda-se a anaacutelise da sensibilidade e especificidade por
meio da construccedilatildeo de curvas ROC pois eacute a melhor opccedilatildeo para determinar pontos de
corte em estudos epidemioloacutegicos78 Essa anaacutelise permite fornecer a aacuterea sob a curva
que traduz o poder de discriminaccedilatildeo de um indicador para um determinado desfecho
e a identificaccedilatildeo do melhor ponto de corte
A proposta dessa pesquisa natildeo eacute excluir o diagnoacutestico meacutedico mas
proporcionar uma estrateacutegia mais abrangente a ser utilizada pelas USFs em parceria
entre os profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica e os profissionais de sauacutede no contexto da
atenccedilatildeo primaacuteria
Embora exista associaccedilatildeo entre sobrepesoobesidade e a pressatildeo arterial
elevada poucos estudos tecircm identificado pontos de corte de iacutendices antropomeacutetricos
que visem agrave detecccedilatildeo da hipertensatildeo arterial em idosos Diversos estudos tecircm
demonstrado que os iacutendices antropomeacutetricos satildeo bons indicadores de obesidade e
estatildeo relacionados a fatores de risco cardiovascular795880 Todavia a hipertensatildeo eacute
apontada como um dos principais fatores de risco cardiovasculares o que denota a
necessidade de um olhar diferenciado
A prevalecircncia de hipertensatildeo foi inferior agrave encontrada em outros estudos818283
Contudo diferenccedilas metodoloacutegicas nuacutemero de medidas realizadas e os diferentes
criteacuterios de referecircncia satildeo as principais causas da grande variabilidade nas
prevalecircncias de pressatildeo arterial elevada entre as investigaccedilotildees No presente estudo
29
optou-se por maior rigorosidade ao diagnosticar a pressatildeo arterial elevada
considerando a realizaccedilatildeo de trecircs medidas
Nessa amostra observou-se que a prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi
443 nas mulheres e 406 nos homens Demonstrando ser uma alta prevalecircncia
pois se trata de uma populaccedilatildeo que eacute influenciada diretamente pelo o aumento da
morbimortalidade durante o envelhecimento Estudos envolvendo idosos indicam que
a prevalecircncia da hipertensatildeo encontra-se entre 50-70 com o aumento da idade84
Poucos estudos epidemioloacutegicos foram conduzidos com o objetivo de identificar
e discriminar a capacidade de iacutendices antropomeacutetricos de obesidade para a pressatildeo
arterial elevada na populaccedilatildeo de idosos e principalmente utilizando o iacutendice C o
RCEst Um estudo realizado com a populaccedilatildeo de idosos utilizou o mesmo objetivo
poreacutem usou como ponto de corte o iacutendice de massa corporal e o iacutendice de adiposidade
corporal85 Entretanto faz-se necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de outros iacutendices para identificar
hipertensatildeo arterial em idosos
De acordo com os resultados do presente estudo somente alguns dos
indicadores antropomeacutetricos apresentaram capacidade preditiva para a hipertensatildeo
arterial em idosos de acordo com limite inferior do intervalo de confianccedila de 9586
Dessa forma foi observado que a RCEst e IMC para os homens mostraram-se com
bom poder de detecccedilatildeo para a hipertensatildeo arterial pois obtiveram maiores valores
sob a curva para esse desfecho
Em 2013 Leal Neto et al85 identificaram em seus resultados que o IMC e o
iacutendice de adiposidade corporal foram os melhores indicadores preditivos de
hipertensatildeo arterial nos idosos em ambos os sexos independentemente de outros
fatores tais como idade tabagismo consumo de aacutelcool e atividade fiacutesica
No presente estudo os principais indicadores que tiveram uma boa aacuterea sob a
curva foram o IMC RCEst e Iacutendice C com resultados de 060 IC95 (050-070) 061
IC95 (051-071) e 058 IC95 (058-068) respectivamente para homens
Nas mulheres tais iacutendices mostraram-se com menor poder discriminatoacuterio para
diagnosticar a hipertensatildeo arterial A HAS eacute um desfecho que pode ser influenciado
por fatores multicausais (hormonais estresse etc) Na anaacutelise do desempenho do
iacutendice antropomeacutetrico a loacutegica eacute unidirecional ou seja verificar o desempenho desses
iacutendices apenas como preditores de hipertensatildeo arterial foram mais satisfatoacuterios entre
os homens Os iacutendices podem interferir mas natildeo determinar a prevalecircncia da
30
hipertensatildeo Embora as mulheres tenham uma maior prevalecircncia essa natildeo eacute
determinada pelos iacutendices antropomeacutetricos no presente estudo
Tais resultados diferem do estudo realizado em 2012 por Samsen et al87 no
qual a circunferecircncia da cintura teve boa ASC nos homens = 0684 com IC95 (0672-
0695) e nas mulheres = 0673 IC95 (0665-0681) sendo o melhor indicador
significativamente (p lt0001) do que o IMC no qual a ASC em homens foi de = 0667
IC95 (0656-679) e nas mulheres = 0636 IC95 (0628-0644) em discriminaccedilatildeo
de pelo menos um fator de risco cardiovascular Isso se deve ao fato de tal estudo ter
sido realizado com uma abrangecircncia maior na faixa etaacuteria que foi de 45-80 anos
Uma possiacutevel limitaccedilatildeo para discussatildeo dos resultados desse estudo foi a faixa
etaacuteria restrita que natildeo incluiu idosos (igual ou acima de 60 anos) o que impossibilita
a triagem da pressatildeo arterial elevada nessa populaccedilatildeo
62 Iacutendices antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial
Nesse estudo a CC e RCEst foram as variaacuteveis com maiores valores absolutos
de sensibilidade para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial respectivamente para mulheres
e homens Tais resultados indicam as proporccedilotildees de verdadeiros positivos na
ocorrecircncia de hipertensatildeo arterial
Quanto ao ponto de corte do RCEst nas mulheres foi de 059 sendo 568 de
sensibilidade e 430 de especificidade Valores inferiores ao encontrado no presente
estudo para mulheres foram sugeridos em Taiwan (045) Cingapura (048) e na China
(050) No Brasil em 2009 Haun Pitanga e Lessa16 recomendaram para a RCEst
053 como melhor ponto de corte com sensibilidade (67) e especificidade (58) e
aacuterea sob a curva ROC de 069 (IC 95 = 064-075) Outro ponto de corte semelhante
ao observado no Brasil com mulheres mexicanas variou de 053 a 0535 para a
RCEst discriminar diabete tipo 2 hipertensatildeo e dislipidemias88899091
Os pontos de corte sugeridos por esses paiacuteses e no Brasil podem ter sido
inferiores por causa da abrangecircncia na faixa etaacuteria dos indiviacuteduos no qual incluiacuteram
mulheres de 30 a 74 anos como tambeacutem as caracteriacutesticas econocircmicas culturais e
31
de estilo de vida diferem da realidade das mulheres que residem em cidades de
pequeno porte Estudos que discriminem hipertensatildeo arterial principalmente em
idosos com RCEst satildeo escassos na literatura
Em 2010 Browning Hsieh e Ashwel92 realizaram uma revisatildeo sistemaacutetica
sobre a potencialidade de indicadores antropomeacutetricos em predizer doenccedilas
cardiovasculares e identificou a RCEst como variaacutevel de melhor desempenho A
RCEst apresentou maiores ASC quando comparada ao IMC ou CC Os dados
analisados foram de quatorze paiacuteses diferentes e incluiacuteram caucasianos asiaacuteticos e
da Ameacuterica Central Segundo os autores uma RCEst ge 05 eacute capaz de identificar
fatores de risco cardiovasculares Esse ponto de corte eacute inferior aos encontrados para
homens e mulheres no presente estudo significando que o ponto de corte encontrado
pode diagnosticar risco cardiovascular e consequentemente a presenccedila de
hipertensatildeo
Outros autores afirmam essa hipoacutetese relacionada aos valores limites para
RCEst em diversas populaccedilotildees e indicaram que um ponto de corte de 05 eacute o valor
mais indicado para ambos os sexos todas as idades e diferentes populaccedilotildees899315
Com relaccedilatildeo agrave especificidade a variaacutevel com maior valor foi o IMC
independentemente do sexo Nas mulheres o ponto de corte sugerido foi 2679 kgm2
e nos homens 2420 kgm2 O valor da especificidade foi de 548 para ambos os
sexos o qual possibilita determinar corretamente a ausecircncia de hipertensatildeo arterial
Sendo assim este estudo sugere que o IMC natildeo foi o melhor preditor de hipertensatildeo
arterial
O estudo de Leal Neto et al (2013)85 tambeacutem testou a capacidade de
indicadores antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial em idosos
sugeriu como pontos de corte para IMC valores de 247 kgm2 igual ao encontrado no
presente estudo e de 273 kgm2 nuacutemero superior que aos dados do presente
trabalho para homens e mulheres respectivamente
Em outro estudo realizado com 19621 homens e mulheres com faixa etaacuteria de
45-80 anos a meacutedia da idade foi de 598 anos para os homens e 585 anos para as
mulheres O ponto de corte adequado de IMC foi de 23 kgm2 em homens e 24 kgm2
em mulheres Os pontos de corte de CC foram 80 cm e 78 cm em homens e mulheres
respectivamente Os achados do presente estudo foram superiores a esses
32
resultados todavia deve ser considerado que a populaccedilatildeo alvo foi diferente e com
idade menor da populaccedilatildeo pesquisada no presente trabalho87
Com relaccedilatildeo agrave CC o ponto de corte identificado para a prediccedilatildeo de hipertensatildeo
arterial nas mulheres foi superior ao dos homens Contudo os valores de sensibilidade
e especificidade desses pontos de corte foram maiores entre os homens o que pode
indicar que o poder preditivo da CC para a hipertensatildeo arterial eacute melhor para o sexo
masculino Quanto menor o ponto de corte maior seraacute a habilidade do teste em
classificar os doentes como positivos isto eacute maior seraacute a sensibilidade76 Os pontos
de corte dos homens foram em sua maioria menores em comparaccedilatildeo aos das
mulheres
Tais resultados satildeo contraacuterios aos achados do estudo de Kashihara et al
(2009)94 com indiviacuteduos de 30-74 anos que comparou paciente com hipertensatildeo e sem
hipertensatildeo Em seus pontos de corte de CC para os homens foram superiores aos
pontos de corte definidos para as mulheres e os valores de sensibilidade e
especificidade foi maior nas mulheres para identificar risco cardiovascular Poreacutem a
idade foi menor ao proposto no presente estudo
Outro estudo que contraria tais resultados quanto ao ponto de corte da CC foi
o de Haun Pitanga e Lessa (2009)16 que foi superior para os homens enquanto o
niacutevel de sensibilidade e especificidade foi igual aos nossos achados Poreacutem esse
estudo foi realizado com indiviacuteduos de idade entre 30-74 anos e discriminou risco
coronariano elevado
Quanto ao Iacutendice C no presente estudo o ponto de corte sugerido foi de 126
nas mulheres (sensibilidade 541 e especificidade 452) e 129 para os homens
(sensibilidade 574 e especificidade 456)
Diferentemente do resultado encontrado no presente estudo Pitanga e Lessa
(2005)56 sugeriram como o melhor ponto de corte para risco coronariano com o iacutendice
C 118 para mulheres apresentando valores de sensibilidade (7339) e
especificidade (6115) Para os homens o ponto de corte foi de 125 com valores de
sensibilidade (7391) e especificidade (7492) Tais pontos de corte foram para
indiviacuteduos adultos por esse motivo foram mais baixos que os achados do presente
trabalho Deve-se considerar que existem modificaccedilotildees na composiccedilatildeo corporal com
o processo do envelhecimento o que poderia alterar os pontos de corte para as essas
medidas antropomeacutetricas
33
Em outro estudo com os mesmo autores foram apresentados outros pontos de
corte comparando diferentes faixas etaacuterias Para as mulheres de 30-49 anos o melhor
ponto de corte foi o mesmo (118) com melhor sensibilidade (7857) e
especificidade (6524) e tambeacutem melhor aacuterea sob a curva ROC 081 (IC95 = 070-
092) Entre as de idade mais avanccedilada (50-74 anos) o melhor ponto de corte
sugerido foi 122 com sensibilidade (6000) e especificidade (6582) e aacuterea sob a
curva ROC 065 (IC 95 = 058-073) Portanto o iacutendice C apresentou melhor poder
discriminatoacuterio de RCEst para as mulheres mais jovens64
Almeida Almeida e Arauacutejo (2009)58 conduziram uma pesquisa com mulheres
de 30 e 69 anos buscando avaliar o desempenho de diferentes pontos de corte do
iacutendice C RCQ CC e RCEst para discriminar Risco Coronariano Elevado e o ponto de
corte encontrado para o Iacutendice C foi (125) proacuteximo ao ponto de corte para mulheres
nos nossos achados Dessa forma tais autores afirmaram que os indicadores
antropomeacutetricos de obesidade abdominal analisados tiveram desempenhos
satisfatoacuterios e similares para discriminar RCEst poreacutem o iacutendice C foi o que
apresentou o melhor poder discriminatoacuterio
As informaccedilotildees sobre o iacutendice C satildeo limitadas quanto agrave discussatildeo do ponto de
corte para hipertensatildeo arterial principalmente por encontrar poucos estudos sobre
essa medida como referecircncia para idosos Pitanga e Lessa (2004)55 relatam como
uma limitaccedilatildeo para a utilizaccedilatildeo do Iacutendice C em estudos populacionais a dificuldade de
se calcular o denominador da equaccedilatildeo proposta para sua determinaccedilatildeo
O excesso de gordura em geral estaacute associado ao aparecimento de doenccedilas
cardiovasculares hipertensatildeo arterial e mortalidade a definiccedilatildeo de pontos de corte
para iacutendices que se destacam por sua simplicidade operacional e boa acuraacutecia
permite a detecccedilatildeo dos indiviacuteduos sob risco sendo de grande utilidade nos serviccedilos
de atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede aleacutem de possibilitar o conhecimento da situaccedilatildeo de
grupos populacionais especiacuteficos frente a esses riscos quando empregados na
pesquisa epidemioloacutegica
No contexto das cidades de pequeno porte (rurais e urbanas) os recursos de
sauacutede satildeo muitas vezes limitados e escassos sendo importante a utilizaccedilatildeo desses
iacutendices antropomeacutetricos como substituiccedilatildeo eou apoio a avaliaccedilatildeo tradicional da
pressatildeo arterial Em vaacuterias conjunturas de sauacutede a alta demanda de paciente com
hipertensatildeo arterial exige a utilizaccedilatildeo de instrumentos de diagnoacutesticos e rastreamento
34
de raacutepida e faacutecil aplicaccedilatildeo que possam ser manejados por diferentes profissionais e
que sobretudo apresentem validade e fidedignidade A adequada validaccedilatildeo de
instrumentos e conhecimento de suas propriedades teacutecnicas na populaccedilatildeo brasileira
tambeacutem deve contribuir com a seleccedilatildeo de prioridades e delimitaccedilatildeo do conteuacutedo dos
programas de sauacutede pelos tomadores de decisatildeo em diferentes niacuteveis de gestatildeo
35
7 CONCLUSAtildeO
As anaacutelises dos dados permitem frente aos objetivos estabelecidos formular
as seguintes conclusotildees Quanto ao poder de discriminaccedilatildeo de iacutendices
antropomeacutetricos para a hipertensatildeo arterial em idosos os iacutendices antropomeacutetricos
(IMC RCEst e Iacutendice C) foram bons preditores de hipertensatildeo arterial para os homens
Dessa forma tais iacutendices podem ser empregados nos homens poreacutem tais medidas
natildeo foram satisfatoacuterias para predizer pressatildeo arterial elevada nas mulheres idosas
limitando a sua utilizaccedilatildeo para o sexo feminino com idades avanccediladas
O melhor ponto de corte para discriminar hipertensatildeo arterial foi 054 para a
RCEst nos homens dessa forma tal ponto de corte deve ser empregada no contexto
da atenccedilatildeo primaacuteria nos homens Sugere-se a utilizaccedilatildeo dessa medida a fim de
detectar e realizar a triagem da hipertensatildeo arterial com caracteriacutesticas similares agrave
amostra deste estudo
Recomenda-se que a utilizaccedilatildeo de dois iacutendices simultaneamente resulte em
uma maior eficiecircncia na avaliaccedilatildeo do risco de hipertensatildeo arterial em idosos A
indicaccedilatildeo destas medidas permite que ela seja realizada nas Unidades de Sauacutede da
Famiacutelia como meacutetodo de triagem para idosos com hipertensatildeo arterial utilizando
materiais de faacutecil manejo e de baixo custo
Dessa forma pode-se efetivamente atingir uma das estrateacutegias de prevenccedilatildeo
da hipertensatildeo arterial sistecircmica que eacute o controle da pressatildeo arterial durante o
envelhecimento Todavia sugere-se cautela na utilizaccedilatildeo do ponto de corte desses
indicadores para as mulheres pois os resultados natildeo foram satisfatoacuterios
Fica evidente a necessidade de outros estudos que identifiquem pontos de
corte de iacutendices antropomeacutetricos visando agrave detecccedilatildeo de hipertensatildeo arterial e de
outros fatores de risco cardiovascular nas mulheres idosas que residem em cidades
de pequeno porte
36
8 REFEREcircNCIAS
1 Omram AR The epidemiologic transition a theory of the epidemiology of population change Milbank Memorial Fund Quarterly 1971 49 (Part 1) 509-538
2 Wong LR Carvalho JM Age-strucutural transition in Brazil demographic bonuses and emerging challenges In Pool I Wong LLR Vilquin E editores Age-structural transitions challenges for development Paris Committee for International Cooperation in National Research in Demography 2006
3 Gragnolati M Jorgensen OH Rocha R Fruttero AA Envelhecendo em um Brasil mais Velho implicaccedilotildees do envelhecimento populacional sobre o crescimento econocircmico reduccedilatildeo da pobreza financcedilas puacuteblicas prestaccedilatildeo de serviccedilos Banco Internacional para a Reconstruccedilatildeo e o Desenvolvimento Banco Mundial 2011
4 Schmidt MI Duncan BB Silva GA et al Health in Brazil 4 Chronic non-communicable diseases in Brazil burden and current challenges The Lancet 2011 377
5 Ezzati M Hoorn SV Rodgers A et al Comparative Risk Assessment Collaborating Group Selected major risk factors and global and regional burden of disease Lancet 2002 360 1347-60
6 Lim SS Vos T Flaxman AD et al A comparative risk assessment of burden of disease and injury attributable to 67 risk factors and risk factor clusters in 21 regions 1990-2010 a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2010 Lancet 2012 380 (9859)2224-60
7 Sociedade Brasileira de Cardiologia Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Sociedade Brasileira de Nefrologia VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 2010 95(1) 1-51
8 Miranda DR Perrotti TC Bellinazzi VR et al Hipertensatildeo arterial no idoso peculiaridades na fisiopatologia no diagnoacutestico e no tratamento Rev Bras Hipertens 2002 9 293-300
9 Pilger C Menon MU Mathias TAF Caracteriacutesticas sociodemograacuteficas e de sauacutede de idosos contribuiccedilotildees para os serviccedilos de sauacutede Rev Latino-Am Enfermagem 2011 19(5)1230-1238
10 Pilger C Menon MU Mathias TAF Utilizaccedilatildeo de serviccedilos de sauacutede por idosos vivendo na comunidade Rev esc enferm USP 2013 47(1)213-220
11 Mariath AB Grillo LP Silva RO et al Obesidade e fatores de risco para o desenvolvimento de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis entre usuaacuterios de unidade de alimentaccedilatildeo e nutriccedilatildeo Cad Sauacutede Puacuteblica 2007 23 (4) 897-905
37
12 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Diretrizes e recomendaccedilotildees para o cuidado
integral de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis promoccedilatildeo da sauacutede vigilacircncia prevenccedilatildeo e assistecircncia Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2008
13 Kuumlmpe DA Sodreacute AC Pomatti DM et al Obesidade em Idosos Acompanhados
pela Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia Texto Contexto Enferm Florianoacutepolis 2011 20(3) 471-7
14 Silva KS Farias Juacutenior JC Fatores de risco associados agrave pressatildeo arterial elevada em adolescentes Rev Bras Med Esporte 2007 13(4) 237-40
15 Pitanga FJG Lessa I Razatildeo cintura-estatura como discriminador do risco
coronariano de adultos Rev Assoc Med Bras 2006 52157-61
16 Haun DR Pitanga FJG Lessa I Razatildeo CinturaEstatura comparado a outros indicadores antropomeacutetricos de obesidade como preditor de risco coronariano elevado Rev Assoc Med Bras [online] 2009 55(6) 705-711
17 Nascimento CM Ribeiro AQ SantrsquoAna LFR et al Estado nutricional e condiccedilotildees de sauacutede da populaccedilatildeo idosa brasileira revisatildeo da literatura Rev meacuted Minas Gerais 2011 21(2)174-180
18 Gomes MA Beck cc Duarte MFS et al Ficha Antropomeacutetrica no Nuacutecleo de Apoio a Sauacutede da Famiacutelia o que medir e para que medir Rev bras cineantropom desempenho hum 2009 11(2) 243-253
19 Azevedo LF Oliveira ACC Lima JRP et al Recomendaccedilotildees sobre condutas e procedimentos do profissional de educaccedilatildeo fiacutesica na atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede Rio de Janeiro CONFEF 2010 109-55
20 World Health Organization World health statistics 2012 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghopublicationsworld_health_statistics2012enindexhtmlgt [2012 set 18]
21 World Health Organization Global health risks mortality and burden of disease attributable to selected major risks Geneva World Health Organization 2009a
22 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Panorama da sauacutede brasileira em muacuteltiplos aspectos Percepccedilatildeo do estado de sauacutede estilo de vida e doenccedila crocircnica Pesquisa Nacional de Sauacutede 2013
23 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Pesquisa Nacional por Amostra
de Domiciacutelios 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapesquisaspesquisa_resultadosphpid_pesquisa=149gt[2014 dez 04]
24 Tribess S Virtuoso Junior JS Prescriccedilatildeo de exerciacutecios fiacutesicos para idosos Rev saudecom 2005 1(2)163-72
38
25 Pollock ML Wilmore JH Exerciacutecio na Sauacutede e na Doenccedila avaliaccedilatildeo e prescriccedilatildeo para prevenccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo Editora MEDSI 2ordf ed Rio de Janeiro 1993
26 Sociedade Brasileira de Cardiologia V Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 20061-48
27 World Health Organization Global Health Observatory (GHO) 2014 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghoncdrisk_factorsblood_pressure_prevalence_textengt [2014 dez 04]
28 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Secretaria de Atenccedilatildeo baacutesica agrave Sauacutede Departamento de atenccedilatildeo baacutesica - Hipertensatildeo arterial sistecircmica Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2006
29 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) (2009) Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeGestorvisualizar_textocfmidtxt=24421gt [2010 abr 07]
30 Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Nuacutemero de hipertenso 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwsbhorgbripadgeralphpgt [09 nov 2014]
31 Secretaria de Sauacutede do Estado da Bahia Hipertensatildeo Quantidade de Hipertensos na Bahia Disponiacutevel em (2014) lthttpwwwsaudebagovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=4418ampcatid=1ampItemid=14gt [2014 jan 10]
32 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica 2014 Dados de mortalidade na Bahia Disponiacutevel em lthttptabnetdatasusgovbrcgitabcgiexesiabcnvSIABSBAdefgt [2014 mai 05]
33 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica Dados sociodemograacuteficos de Ibicuiacute 2014 lthttptabnetdatasusgovbrcgideftohtmexesiabcnvSIABFBAdefgt [2014 jan 05]
34 Williams B The year in hypertension JACC 2010 55(1) 66-73
35 Lipp M Rocha JC Stress Hipertensatildeo Arterial e Qualidade de vida um guia de tratamento para o hipertenso Campinas Papirus 1996
36 Borenstein MS (Org) Manual de Hipertensatildeo Arterial Porto Allege Editora Sagra Luzzatto 1999
37 Joint National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure The Sixth Report of the Join National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure Arch Intern Med 1997157 2413-2446
39
38 Mitchell GF Parise H Benjamin EJ et al Changes in arterial stiffness and wave reflection with advancing age in health men and women Hypertension 2004 431239-1245
39 Matos AC Ladeia AM Avaliaccedilatildeo de fatores de risco cardiovascular em uma comunidade rural da Bahia Arq Bras Cardiol 2003 81(3) 291-6
40 World Health Organization Who Expert Committee on Physical Status the use and interpretation of antropometry Report of a WHO Expert Commitee Geneva WHO 1995 p 854
41 Pitanga FJG Antropometria na avaliaccedilatildeo da obesidade abdominal e risco coronariano Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum 201113(3) 238-241
42 Ferreira LS Amaral TF Marucci MFN et al Under nutrition as a major risk factor for death among older Brazilian adults in the community-dwelling setting SABE survey Nutrition 201127(10)17-22
43 Andrade FB Caldas Junior AF Kitoko PM et al Prevalence of overweight and obesity in elderly people from Vitoacuteria-ES Brazil Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2012 set17(3)749-756
44 Boscatto EC Duarte Mde F Coqueiro Rda S Barbosa AR Nutritional status in the oldest elderly and associated factors Rev Assoc Med Bras 2013 59(1)40-47
45 Kostka J Borowiak E Kostka T Nutritional status and quality of life in different
populations of older people in Poland Eur J Clin Nutr 2014 Nov68(11)1210-5
46 Silva DAS Petroski EL Associaccedilatildeo de diferentes pontos de corte para sobrepeso e obesidade com pressatildeo arterial elevada em idosas Rev Educ Fis UEM 2009 20 415-22
47 Nutrition Screening Initiative Interventions manual for professionals caring for older Americans Washington DC Nutrition Screening Initiative 1992
48 World Health Organization Obesity preventing and managing the global epidemic Report of a WHO Consultation on Obesity Geneva World Health Organization 1998
49 Cameron AJ Dunstan DW Owen N et al Health and mortality consequences
of abdominal obesity evidence from the Aus Diab study Med J Aust 2009191 202ndash208
50 Fox KA Despres JP Richard AJ et al Does abdominal obesity have a similar impact on cardiovascular disease and diabetes A study of 91246 ambulant patients in 27 European countries Eur Heart J 2009 30 3055ndash3063
40
51 Pouliot MC Despreacutes JP Lemieux S et al Waist circumference and abdominal sagittal diameter Best simple anthropometric indexes of abdominal visceral adipose tissue accumulation and related cardiovascular risk in men and woman Am J Cardiology 1994 73 460-468
52 Peixoto MRG Beniacutecio MHD Latorre M et al Circunferecircncia da Cintura e Iacutendice de massa Corporal como Preditores da Hipertensatildeo Arterial Arq Bras Cardiol 200687 462-470
53 MacKay MF Haffner SM Wagenknecht LE et al Prediction of type 2 diabetes using alternate anthropometric measures in a multiethnic cohort the insulin resistance atherosclerosis study Diabetes Care 200932(5)956-8
54 Valdez R A simple model-based index of abdominal adiposity J Clin Epidemiol1991 44(9) 955-6
55 Pitanga FJG Lessa I Sensibilidade e especificidade do iacutendice de conicidade como discriminador do risco coronariano de adultos em Salvador Brasil Rev Bras Epidemiol 20047(3)259-69
56 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano elevado em adultos na cidade de Salvador - Bahia Arq Bras Cardiol 2005 85 (1)26-31
57 Ghosh JR Bandyopadhyay AR Comparative evaluation of obesity measures relationship with blood pressures and hypertension Singapore Med J 200748(3) 232-5
58 Almeida RT Almeida MMG Araujo TM Obesidade abdominal e risco cardiovascular desempenho de indicadores antropomeacutetricos em mulheres Arq Bras Cardiol 2009 out92(5)375-380
59 Freitas Juacutenior Costa Rosa CS Codogno JS et al Capacidade cardiorrespiratoacuteria e distribuiccedilatildeo de gordura corporal de mulheres com 50 anos ou mais Rev Esc Enferm USP 2010 44(2) 395-400
60 Matos LN Giorelli GV Dias CB Correlation of anthropometric indicators for identifying insulin sensitivity and resistance Satildeo Paulo Med J [online] 2011 129(1) 30-35
61 Gomes MA Rech CR Gomes MBA et al Correlaccedilatildeo entre iacutendices antropomeacutetricos e distribuiccedilatildeo de gordura corporal em mulheres idosas Rev bras cineantropom desempenho hum 2006 set 8(3) 16-22
62 Tarastchuk JCE Gueacuterios EE Bueno RRL et al Obesidade e intervenccedilatildeo coronariana devemos continuar valorizando o Iacutendice de Massa Corpoacuterea Arq Bras Cardiol [online] 2008 90(5) 311-316
41
63 Ferreira AP CB Ferreira VC Souza et al Risco de distuacuterbio glicecircmico em mulheres idosas ajustado por antropometria e genoacutetipos de citocinas Rev Assoc Med Bras [online] 201157(5) 565-569
64 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano em mulheres Rev Bras Cineantrop Desempenho Hum 2006 8 (1) 14-21
65 Newman TB Browner WS Cummings SR Delineando estudos de testes meacutedicos In Hulley SB et al Delineando a pesquisa cliacutenica uma abordagem epidemioloacutegica 2 ed Porto Alegre Artmed 2003 203-224
66 Toscano CM As campanhas nacionais para detecccedilatildeo das doenccedilas crocircnicas natildeo-transmissiacuteveis diabetes e hipertensatildeo arterial Ciecircnc sauacutede Coletiva out-dez 2004 9(4) 885-895
67 Fletcher RH Fletcher SW Prevenccedilatildeo In Fletcher R Fletcher S Epidemiologia
cliacutenica elementos essenciais 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 2006 179-201
68 Jeckel J Elmore J Katz D Meacutetodos de prevenccedilatildeo secundaacuteria In _____ Epidemiologia bioestatiacutestica e medicina preventiva 2 ed Porto Alegre Artmed 2005 236-247
69 Klein CH Bloch KV Estudos seccionais In Medronho RA Carvalho DM Bloch KV Luiz RR Werneck GL Epidemiologia 1ordf ed Satildeo Paulo Editora Atheneu 2002 125-150
70 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Resoluccedilatildeo nordm- 6 de 3 de novembro de 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcenso2010ibgegovbrdados_divulgadosindexphpuf=29gt[201 dez 18]
71 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica ndash Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais (2014) Disponiacutevel em lthttpcodibgegovbr398G9gt [2014 ago 30]
72 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230gt [2013 mai 01]
73 Luiz RR Magnanini MMF A loacutegica da determinaccedilatildeo do tamanho da amostra em investigaccedilotildees epidemioloacutegicas Cad sauacutede coletiva Rio de Janeiro 2000 8(2) 9-28
74 Reis MC Nascimento RAS Pedreira RBS et al Validaccedilatildeo de Face e Clareza do Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede dos Idosos ndash IASI [resumo] in Anais do XIX Congresso Brasileiro Geriatria e Gerontologia Beleacutem 2014 296-296
75 Lohman TG Roche AF Martorell R Anthropometric Standardization Reference Manual Champaign Illinois Human Kinetics 1988
42
76 Vaz JCL Regiotildees de Incerteza para Curva ROC em Teste Diagnoacutesticos
[dissertaccedilatildeo] Satildeo Carlos Universidade Federal de Satildeo Carlos 2009
77 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de 2012
78 Erdreich LS Lee ET Use of relative operating characteristic analysis in epidemiology A method for dealing with subjective judgement Am J Epidemiol 1981 114649-62
79 Aekplakorn W Pakpeankitwatana V Lee CM et al Abdominal obesity and coronary heart disease in Thai men Obesity 200715(4)1036-42
80 Oliveira MAM Fagundes RLM Moreira EAM et al Relaccedilatildeo de Indicadores Antropomeacutetricos com Fatores de Risco para Doenccedila Cardiovascular Arq Bras Cardiol 2010 abr 94(4) 478-485
81 Mendes TAB Goldbaum M Segri NJ et al Factors associated with the prevalence of hypertension and control practices among elderly residents of Satildeo Paulo city Brazil Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(11) 2275-2286
82 Oliveira BFA Souza Mouratildeo D Gomes N et al Prevalecircncia de hipertensatildeo arterial em comunidades ribeirinhas do Rio Madeira Amazocircnia Ocidental Brasileira Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(8) 1617-1630
83 Picon RV Fuchs FD Moreira LB et al Prevalence of Hypertension Among Elderly Persons in Urban Brazil A Systematic Review With Meta-Analysis Am J Hypertens 2013 26 (4) 541-548
84 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Pessoa Idosa e Envelhecimento Seacuteries Pactos pela Sauacutede 2006 v 12 Brasiacutelia ndash DF 2010
85 Leal Neto JS Souza J Coqueiro RS et al Anthropometric indicators of obesity as screening tools for high blood pressure in the elderly Int J Nurs Pract 2013 Aug 19(4) 360-367
86 Schisterman EF Faraggi D Reiser B Trevisan M Statistical inference for the area under the receiver operating characteristic curve in the presence of random measurement error Am J Epidemiol 2001 154 (2) 174-9
87 Samsen M Hanchaiphiboolkul S Puthkhao P et al Appropriate body mass index and waist circumference cutoffs for middle and older age group in Thailand data of 19621 participants from Thai epidemiologic stroke (TES) study J Med Assoc Thai 2012 Sep 95(9)1156-66
88 Ko GTC Chan JCN Cockram CS Woo J Prediction of hypertension diabetes dyslipidemia or albuminuria using simple anthropometric indexes in Hong Kong Chinese Int J Obes 1999 23 (11) 1136-42
43
89 Lin WY Lee LT Chen CY et al Optimal cut-off values for obesity using simple anthropometric indices to predict cardiovascular risk factors in Taiwan Int J Obes Relat Metab Disord 2002261232-8
90 Pua YH Ong PH Anthropometric indices as screening tools for cardiovascular risk factors in Singaporean women Asia Pac J Clin Nutr 2005 14 (1) 74-9
91 Berber A Goacutemez-Santos R Fanghaumlnel G Saacutenchez-Reyes L Anthropometric
indexes in the prediction of type 2 diabetes mellitus hypertension and dyslipidaemia in a Mexican population Int J Obes 200125(12)1794-9
92 Browning LM Hsieh SD Ashwell M A systematic review of waist-to-height ratio
as a screening tool for the prediction of cardiovascular disease and diabetes 05 could be a suitable global boundary value Nutr Res Rev 2010 23(2)247-69
93 Bertsias G Mammas I Linardakis M Kafatos A Overweight and obesity in
relation to cardiovascular disease risk factors among medical students in Crete Greece BMC Public Health 2003 31-9
94 Kashihara H Lee JS Kawakubo K et al Criteria of Waist Circumference According to Computed Tomography-Measured Visceral Fat Area and the Clustering of Cardiovascular Risk Factors Circ J 2009 73 1881-1886
44
APEcircNDICES
45
Apecircndice 1
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
46
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS
PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE SAUacuteDE
DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE
Jequieacute ____ ____ 201__
APEcircNDICE 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Vocecirc esta sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa do Nuacutecleo de
Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo (NESP) da Universidade Estadual do Sudoeste da
Bahia
Objetivo do estudo Avaliar e monitorar as condiccedilotildees de sauacutede de idosos residentes
em comunidade
Participaccedilatildeo Ao aceitar participar do estudo estarei agrave disposiccedilatildeo do pesquisador
para responder ao formulaacuterio que seraacute arquivado pelo autor por um periacuteodo de cinco
anos sendo posteriormente incinerado
Riscos Este estudo natildeo traraacute riscos para minha integridade fiacutesica ou moral dos
participantes
Confidencialidade do estudo Seraacute garantida a privacidade o anonimato bem como
o direito de aceitar ou natildeo participar da pesquisa podendo ser essa autorizaccedilatildeo
suspensa em qualquer fase do estudo Assim as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo
4662012 do Conselho Nacional de Sauacutede que discorre sobre pesquisa envolvendo
seres humanos seratildeo atendidas Os resultados seratildeo publicados no relatoacuterio final da
dissertaccedilatildeo e artigos cientiacuteficos
47
Benefiacutecios Accedilotildees interinstitucionais articuladas promovidas numa perspectiva
interdisciplinar possibilitaratildeo uma melhor compreensatildeo das condiccedilotildees de sauacutede dos
idosos residentes em comunidade do municiacutepio e contribuiraacute para a formulaccedilatildeo de
accedilotildees direcionadas as necessidades dessa populaccedilatildeo
Danos advindos da pesquisa Caso haja algum prejuiacutezo decorrente da realizaccedilatildeo
deste estudo seraacute providenciada a devida reparaccedilatildeo dos danos atraveacutes do
responsaacutevel pelo estudo O pesquisador e os entrevistados natildeo receberatildeo benefiacutecios
financeiros para participaccedilatildeo no estudo Todas as despesas seratildeo por conta do
pesquisador
Participaccedilatildeo voluntaacuteria Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria podendo a qualquer
momento desistir do estudo sem qualquer prejuiacutezo ou penalidade para mim
Consentimento para participaccedilatildeo Apoacutes ser devidamente esclarecido (a) quanto
aos objetivos deste estudo dos procedimentos aos quais serei submetido (a) bem
como dos possiacuteveis riscos decorrentes da minha participaccedilatildeo estou de acordo em
participar do mesmo O pesquisador responsaacutevel pelo estudo assegura que seraacute
disponibilizado qualquer esclarecimento adicional que eu venha a solicitar durante a
realizaccedilatildeo da pesquisa e o direito de desistir da participaccedilatildeo em qualquer momento
Em casos de duacutevidas eou problemas referentes ao estudo vocecirc poderaacute
entrar em contato com o autor atraveacutes do Nuacutecleo de Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo
(NESP) (73) 3528-9721
Sendo assim eu ______________________________________________
aceito livremente participar do Projeto MONIDI
__________________________________ __________________________________
Assinatura do (a) participante
RG _________________________
Assinatura do (a) pesquisador
RG_________________________
48
Apecircndice 2
Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede do Idoso
49
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS
PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE
SAUacuteDE DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE
Nuacutemero do Questionaacuterio |__|__|__|
Nome do Entrevistador ___________________________
Visita 1 2 3
Data Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Hora de iniacutecio ________
Hora de teacutermino ________
I INFORMACcedilOtildeES PESSOAIS E SOCIODEMOGRAacuteFICAS
1 Nome do entrevistado
2Sexo
0 ( ) Feminino
1 ( ) Masculino
3 Endereccedilo completotelefone
4 Idade ____ anos
41 Data de Nascimento
____________
50
5 Situaccedilatildeo conjugal atual
1 ( ) Casado(a) 2 ( ) Uniatildeo estaacutevel 3 ( ) Solteiroa
4 ( ) Divorciado(a)separado(a)desquitado(a) 5 ( ) Viuacutevoa
6 No total quantas vezes o (a) Sr(a) esteve casado(a) ou em uniatildeo
Nordm de vezes |___|___|
7 Na escola qual a uacuteltima seacuterie grau que concluiu com aprovaccedilatildeo
1 - Nunca foi agrave escola ( ) 4 - Fundamental II ( )5 a ( )6 a ( )7 a ( )8 a
2 - Lecirc e escreve o nome ( ) 5 - Ensino Meacutedio ( ) 1 a ( )2 a ( )3
3 - Fundamental I ( )1 a ( )2 a 6 - Superior ( ) completo ( ) incompleto
( )3 a ( )4 a
8 Como vocecirc classificaria a cor da sua pele
1( ) Branca 2( ) Amarela (oriental) 3( ) Parda
4( ) Origem indiacutegena 5( ) Preta 9( ) Natildeo sabe
9 Cor da pele (entrevistador)
1( ) branca 2( ) amarela (oriental) 3( ) parda
4( ) origem indiacutegena 5( ) preta
10-Quantos filhos e filhas nascidos vivos o(a)Sr(a) teve (natildeo inclua enteados filhos
adotivos abortos ou filhos nascidos mortos)
Nuacutemero de filhos |____|____| (98) NS (99) NR
11 Atualmente o senhor (a) mora sozinho ou acompanhado
1( )Acompanhado 2( ) Sozinho 3( ) NR 4( )NS
51
12 Desde que o senhor (a) nasceu viveu no campo por 5 anos ou mais
0( ) Natildeo 1( ) Sim 2( ) NS 3( ) NR
13 Qual eacute a sua religiatildeo
1( ) Catoacutelica 2( ) Protestante 3( ) Judaica
4( ) Espiacuteritakardecista 5( ) Umbanda 6( ) Outras ____________
14 Qual a importacircncia da religiatildeo em sua vida
(1) Importante (2) Regular (3) Nada importante (8) NS (9) NR
15 Com que frequecircncia o senhor vai agrave igreja ou ao serviccedilo religioso
( ) Nunca ( ) Vaacuterias vezes por ano ( ) Uma duas vezes por mecircs
( ) Quase toda semana ( ) Mais de uma vez por semana ( ) NS ( ) NR
16 Quanto vocecirc ganha em meacutedia por mecircs R$ __________8( )Natildeo se aplica
II A CONSUMO DE AacuteLCOOL E TABACO
Uso de bebidas alcooacutelicas
1 Vocecirc consome bebidas alcooacutelicas Se vocecirc NAtildeO BEBE siga para o bloco III C
0 ( )sim 1( ) natildeo
2 Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
3 As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
4 Sente-se chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
5 Costuma beber pela manhatilde para diminuir o nervosismo ou a ressaca
0 ( ) sim 1( ) natildeo
Haacutebito de fumar
1 Vocecirc jaacute foi fumante 0 ( ) sim 1( ) natildeo
52
2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco
III C
3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros
4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias
III ANTROPOMETRIA
MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS
ESTATURA
MASSA CORPORAL
CIRCUNFEREcircNCIA
DE CINTURA
IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL
MEDIDA 01 02 03
Pressatildeo arterial
sistoacutelica
Pressatildeo arterial
diastoacutelica
53
ANEXOS
54
Anexo 1
Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos
55
56
xv
SUS - Sistema Uacutenico de Sauacutede
TCLE - Termo de Consentimento Livre Esclarecido
USFs - Unidades de Sauacutede da Famiacutelia
WHO - World Health Organization
1
1 INTRODUCcedilAtildeO
A transiccedilatildeo epidemioloacutegica caracteriza-se pela evoluccedilatildeo progressiva de um
perfil de alta mortalidade por doenccedilas infecciosas para outro onde predominam os
oacutebitos por doenccedilas cardiovasculares neoplasias causas externas e outras doenccedilas
consideradas crocircnico-degenerativas natildeo transmissiacuteveis1 Jaacute a transiccedilatildeo demograacutefica
tem relaccedilatildeo direta com a evoluccedilatildeo das taxas de mortalidade natalidade e
fecundidade no qual houve uma mudanccedila da populaccedilatildeo jovem para um contingente
cada vez maior e mais importante de pessoas com 60 anos ou mais de idade2
As mudanccedilas demograacuteficas evidenciam o aumento na expectativa de vida com
consequente crescimento da populaccedilatildeo idosa3 Essa modificaccedilatildeo no perfil etaacuterio da
populaccedilatildeo concorre para transformaccedilatildeo nos aspectos relacionados agrave
morbimortalidade nos quais as doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis (DCNT) passam
a ser as principais causas de adoecimentomorte As DCNT mais prevalentes satildeo as
doenccedilas cardiovasculares cacircnceres respiratoacuterias crocircnicas diabetes e hipertensatildeo
arterial4
A hipertensatildeo arterial sistecircmica (HAS) eacute a primeira causa de mortalidade em
acircmbito mundial e a terceira causa de incapacidade induzida por doenccedila apoacutes
desnutriccedilatildeo e doenccedilas sexualmente transmissiacuteveis5 Estima-se que a pressatildeo arterial
elevada cause 94 milhotildees de mortes por ano no mundo6 A HAS eacute o principal fator de
risco para acidente vascular encefaacutelico (AVE) doenccedila arterial coronariana
insuficiecircncia cardiacuteaca insuficiecircncia renal crocircnica e doenccedila vascular de extremidades7
Tal enfermidade em idosos estaacute associada a significante aumento nos distuacuterbios
cardiovasculares na incidecircncia de doenccedilas incapacitantes com consequente
diminuiccedilatildeo da sobrevida e piora na qualidade de vida resultando dependecircncia e perda
da autonomia8910
Vaacuterios estudos evidenciam que a gordura corporal estaacute relacionada com a
pressatildeo arterial elevada em idosos111213 Dessa forma para discriminar a quantidade
de gordura corporal e sua distribuiccedilatildeo os iacutendices antropomeacutetricos satildeo instrumentos
haacutebeis principalmente em estudos epidemioloacutegicos Aleacutem disso tecircm sido utilizados
com frequecircncia em estudos populacionais e satildeo importantes por monitorar o estado
nutricional em diferentes grupos Esses iacutendices satildeo bons preditores para a
hipertensatildeo arterial14 diabetes mellitus doenccedilas cardiovasculares e para discriminar
2
o risco coronariano em diferentes populaccedilotildees1516 Apresentam como vantagens a sua
simplicidade baixo custo e faacutecil utilizaccedilatildeo Contudo estudos sobre os iacutendices
antropomeacutetricos satildeo escassos e inconclusivos na populaccedilatildeo idosa17
A identificaccedilatildeo indireta da hipertensatildeo arterial por meio dos iacutendices
antropomeacutetricos pode ser uma estrateacutegia importante na sauacutede puacuteblica como
instrumento de triagem favorecendo a identificaccedilatildeo das alteraccedilotildees na pressatildeo
arterial Uma das estrateacutegias recomendadas para atingir essa proposta eacute a utilizaccedilatildeo
de instrumentos de rastreamento adequados de raacutepida e faacutecil aplicaccedilatildeo e que
apresentem coeficientes de fidedignidade e de validade significativos No contexto da
atenccedilatildeo primaacuteria recentemente Gomes et al (2009)18 e Azevedo et al (2010)19
propuseram a aplicaccedilatildeo da antropometria para a detecccedilatildeo de fatores de risco agrave sauacutede
sugerindo a utilizaccedilatildeo do iacutendice de massa corporal (IMC) e circunferecircncia da cintura
(CC) como medidas de triagem
Averiguar o poder discriminatoacuterio e estabelecer pontos de corte ou seja
valores criacuteticos de iacutendices antropomeacutetricos que se associem a hipertensatildeo arterial em
idosos pode ser uma boa estrateacutegia de monitoramento e de triagem destes fatores de
risco Sendo que os valores criacuteticos dos iacutendices antropomeacutetricos para idosos natildeo
foram estabelecidos na literatura Dessa forma parecem ser relevantes os estudos
que indiquem meios indiretos para detectar fatores de risco cardiovascular Os iacutendices
antropomeacutetricos podem ser utilizados como estrateacutegia eficiente no processo de
triagem da hipertensatildeo arterial no ambiente da atenccedilatildeo primaacuteria do Sistema Uacutenico de
Sauacutede (SUS)
3
2 REVISAtildeO DE LITERATURA
21 Consideraccedilotildees sobre doenccedilas cardiovasculares no Brasil e o processo de envelhecimento populacional
Atualmente as doenccedilas cardiovasculares tecircm acometido grande parcela da
populaccedilatildeo mundial Em 2012 o relatoacuterio da World Health Organization (WHO)20
estimou que 175 milhotildees de pessoas morreram de doenccedilas cardiovasculares
representando 46 de todas as mortes globais Jaacute a pressatildeo arterial elevada
provoca 51 das mortes por acidente vascular cerebral e 45 das mortes por doenccedila
arterial coronariana21
Tais doenccedilas foram responsaacuteveis por 70 das causas de morte no Brasil no
ano de 2013 As doenccedilas cardiovasculares como do aparelho circulatoacuterio cacircncer e
diabetes tecircm respondido por um nuacutemero elevado de mortes antes dos 70 anos22
O crescimento populacional e o aumento da longevidade podem acarretar a um
raacutepido aumento no nuacutemero total de adultos de meia-idade e mais velhos com um
correspondente aumento do nuacutemero de mortes causadas por doenccedilas crocircnicas natildeo
transmissiacuteveis
Dessa forma a quantidade de pessoas com mais de 60 anos satildeo hoje 13 da
populaccedilatildeo brasileira ou 261 milhotildees de indiviacuteduo em 201323 Com o processo de
envelhecimento populacional as doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis ganharam
expressotildees para a sociedade para previdecircncia social e por consequecircncia para a
sauacutede puacuteblica
A fase do envelhecimento eacute o momento caracterizado pelas alteraccedilotildees fiacutesicas
psicossociais e pelo decliacutenio da capacidade funcional dos organismos como tambeacutem
pelo surgimento de condiccedilotildees patoloacutegicas advindas de haacutebitos de vida inadequados
(tabagismo alcoolismo alimentaccedilatildeo incorreta ausecircncia de atividade fiacutesica regular
entre outros)24 Dessa forma para retardar essas mudanccedilas eacute necessaacuterio ter um
envelhecimento saudaacutevel
4
22 Hipertensatildeo arterial e a populaccedilatildeo idosa
A hipertensatildeo arterial eacute definida como sendo uma condiccedilatildeo crocircnica da tensatildeo
arterial elevada resultando em valores acima do considerado aceito ou seja quando
a pressatildeo arterial sistoacutelica (PAS) estaacute cronicamente acima de 140 mmHg ou a pressatildeo
arterial diastoacutelica (PAD) estaacute cronicamente acima de 90 mmHg2526
No mundo em torno de um bilhatildeo de pessoas satildeo hipertensas natildeo controladas
sendo que 75 milhotildees de pessoas morreram a cada ano pela doenccedila ateacute o ano de
200827 Estimativas do Ministeacuterio da Sauacutede indica que cerca de 17 milhotildees de
brasileiros apresentam hipertensatildeo arterial sendo que 35 dessa populaccedilatildeo tinham
idade igual ou superior a 40 anos Em comparaccedilatildeo com anos anteriores pode-se
observar que a proporccedilatildeo de brasileiros diagnosticados com hipertensatildeo arterial
cresceu de 215 em 2006 para 244 em 20092829
O resultado da Pesquisa Nacional de Sauacutede do primeiro semestre de 2013
estimou que o Brasil tem 313 milhotildees de hipertensos Entre as pessoas com mais de
60 anos mais de 444 tecircm hipertensatildeo sendo que essa prevalecircncia cresce com a
idade22 Esses dados se aproximam aos nuacutemeros da Sociedade Brasileira de
Hipertensatildeo (SBH) no qual estima que haja 30 milhotildees de hipertensos no Brasil em
2014 ou seja cerca de 30 da populaccedilatildeo adulta30
Jaacute na populaccedilatildeo baiana com idade acima de 40 anos cerca de 35 tecircm
hipertensatildeo arterial correspondendo a cerca de 13 milhatildeo de pessoas acometidas
pela doenccedila Na populaccedilatildeo dos 55 aos 64 anos 516 tecircm pressatildeo arterial elevada
e com 65 anos ou mais esse nuacutemero chega a 60631 No estado da Bahia foram
registradas 6274 mortes por doenccedilas de aparelho circulatoacuterio ateacute o mecircs de outubro
de 2013 Dentre os registros 649 foram por hipertensatildeo32 No municiacutepio de Ibicuiacute ndash
BA a prevalecircncia de HAS cadastrados nas Unidades de Sauacutede da Famiacutelia (USFs) foi
de 643 idosos33
A hipertensatildeo arterial eacute caracterizada por niacuteveis elevados e sustentados de
pressatildeo arterial (PA) como uma condiccedilatildeo cliacutenica multifatorial Associa-se
frequentemente a alteraccedilotildees funcionais eou estruturais dos oacutergatildeos-alvo (coraccedilatildeo
enceacutefalo rins e vasos sanguiacuteneos) e a alteraccedilotildees metaboacutelicas2634 Pode ser
classificada em primaacuteria e secundaacuteria de acordo com a sua origem A primaacuteria tem
5
sua origem desconhecida35 e a secundaacuteria eacute decorrente de alguma doenccedila
subjacente36
No caso de a PA estar cronicamente elevada ou seja hipertensatildeo arterial o
risco de desenvolvimento de complicaccedilotildees cardiovasculares renais e ateacute mesmo o
oacutebito aumenta consideravelmente37
Com relaccedilatildeo agrave caracteriacutestica fisiopatoloacutegica da HAS a partir dos 50 ou 60 anos
de idade a pressatildeo diastoacutelica diminui e a pressatildeo central aumenta determinando um
balanccedilo proacuteximo entre resistecircncia aumentada e aumento da impedacircncia na aorta
toraacutecica Dessa forma a pressatildeo de pulso comeccedila a se elevar e a HAS se torna o
principal subtipo de hipertensatildeo apoacutes a sexta deacutecada de vida38
Contudo apoacutes os 60 anos ocorre o enrijecimento arterial central indicado pela
queda na pressatildeo diastoacutelica e o raacutepido alargamento da pressatildeo de pulso O aumento
da rigidez arterial central e a amplitude da onda de pulso satildeo fatores hemodinacircmicos
dominantes nos indiviacuteduos normotensos e hipertensos apoacutes os 60 anos38
Aleacutem dos fatores fisiopatoloacutegicos vale destacar que o aumento da pressatildeo
arterial com a idade tambeacutem estaacute relacionado com o consumo de sal exagerado ao
longo da vida39
As principais estrateacutegias no tratamento natildeo-farmacoloacutegico da HAS segundo
Ministeacuterio da Sauacutede28 se encontram na adoccedilatildeo de haacutebitos alimentares saudaacuteveis
reduccedilatildeo na ingestatildeo de soacutedio reduccedilatildeo do consumo de bebidas alcooacutelicas abandono
do tabagismo praacutetica de atividade fiacutesica regular controle ou diminuiccedilatildeo da massa
corporal
23 Iacutendices antropomeacutetricos de sobrepeso e obesidade
Como meacutetodo natildeo invasivo a antropometria eacute utilizada principalmente para
avaliar as proporccedilotildees tamanho e a composiccedilatildeo corporal40 Tal meacutetodo possui relaccedilatildeo
com estado de sauacutede condiccedilotildees sociais e econocircmicas de grupos populacionais
podendo diagnosticar a desnutriccedilatildeo ou excesso de peso Os iacutendices antropomeacutetricos
que consistem na mediccedilatildeo de dimensotildees corporais podem ser usados para predizer
a sauacutede geral e bem-estar da populaccedilatildeo40
6
Em 2011 estudo realizado por Pitanga41 indica que os iacutendices antropomeacutetricos
apresentam-se como preditores do risco de infarto do miocaacuterdio acidente vascular
encefaacutelico e morte prematura
O IMC eacute determinado pela massa corporal em quilogramas dividido pela
estatura em metros ao quadrado eacute uma medida que determina o estado nutricional
Este iacutendice antropomeacutetrico eacute comumente aplicado em estudos epidemioloacutegicos em
idosos para diagnosticar o excesso de peso (sobrepesoobesidade) principalmente
por ser um meacutetodo faacutecil de aplicar raacutepido e de baixo custo Deste modo vaacuterios
estudos com essa populaccedilatildeo tecircm avaliado o estado nutricional por meio do IMC42
434445
No estudo de Silva e Petroski (2009)46 com idosas de um grupo de convivecircncia
do municiacutepio de Aracaju ndash Sergipe sugeriu que o ponto de corte do IMC utilizado pela
Nutricion Screening Initiative ndash NSI (1992)47 para sobrepeso e excesso de peso foi o
mais bem associado com a PA elevada e para obesidade o melhor ponto de corte
associado com a PA elevada foi o da WHO (1998)48
A outra medida importante para avaliaccedilatildeo da obesidade central dos indiviacuteduos
eacute a circunferecircncia de cintura A obesidade eacute caracterizada pelo acuacutemulo excessivo de
gordura corporal no indiviacuteduo e quando presente na regiatildeo abdominal tem alta
correlaccedilatildeo com doenccedilas cardiovasculares e distuacuterbios metaboacutelicos40 O obeso tem
mais propensatildeo a desenvolver problemas como hipertensatildeo doenccedilas
cardiovasculares diabetes tipo 2 entre outras doenccedilas4950
Comparando as medidas antropomeacutetricas com exames de diagnoacutesticos por
imagens como a tomografia computadorizada e a ressonacircncia magneacutetica foi
verificado que a circunferecircncia da cintura apresentou melhor correlaccedilatildeo com o tecido
adiposo visceral51 Tambeacutem o aumento da circunferecircncia da cintura teve boa
associaccedilatildeo com o aumento significativo da prevalecircncia da hipertensatildeo arterial52
A razatildeo cintura-estatura (RCEst) eacute determinado pela divisatildeo da circunferecircncia
da cintura (cm) pela estatura (cm) Este indicador tem sido utilizado para identificar
alto risco metaboacutelico obesidade fatores de risco cardiovascular e maior capacidade
preditiva para o risco coronariano elevado em populaccedilotildees adultas e idosas1653
tambeacutem eacute fortemente associada a diversos fatores de risco cardiovascular em
diferentes populaccedilotildees15
7
O Iacutendice C eacute determinado com as medidas de massa corporal da estatura e da
circunferecircncia da cintura54 e eacute muito utilizado com a populaccedilatildeo adulta555657585960 Jaacute
com a populaccedilatildeo de idosos o iacutendice C tem sido pouco utilizado e somente alguns
estudos usaram esse indicador para tentar identificar distuacuterbios metaboacutelicos risco
coronariano e prevalecircncia de risco agrave sauacutede616263 Natildeo foram encontrados estudos
associativos entre o Iacutendice C e pressatildeo arterial elevada em idosos
Tais iacutendices satildeo pouco utilizados com a populaccedilatildeo idosa e principalmente com
populaccedilotildees residentes em cidades de pequeno porte Dessa forma para discriminar e
analisar o incremento de gordura corporal os iacutendices antropomeacutetricos tecircm
demonstrado eficiecircncia principalmente em estudos epidemioloacutegicos Cada indicador
tem peculiaridade quanto a sua distribuiccedilatildeo e discriminaccedilatildeo por isso podem ser
utilizados conjuntamente ou separadamente dependendo dos objetivos como
estrateacutegia eficiente para a detecccedilatildeo e o controle de doenccedilas
Contudo os iacutendices antropomeacutetricos tecircm sido bem utilizados para associar
vaacuterios fatores de risco de sauacutede como doenccedilas coronarianas cardiovasculares
distuacuterbios metaboacutelicos dentre outros641641 Poreacutem ainda natildeo estaacute clara sua
associaccedilatildeo com pressatildeo arterial elevada em idosos
Sendo assim os iacutendices antropomeacutetricos satildeo eficientes para identificar a
hipertensatildeo arterial em idosos E quais satildeo os melhores iacutendices para identificar as
alteraccedilotildees da pressatildeo arterial elevada em idosos
24 A importacircncia da validaccedilatildeo
Como se trata de um estudo de validaccedilatildeo de um meacutetodo faz-se necessaacuterio
debater sobre o tema Os instrumentos de rastreamento satildeo ferramentas essenciais
para os serviccedilos de sauacutede pois fornecem medidas relevantes reprodutiacuteveis e
acuradas permitindo a identificaccedilatildeo das pessoas com maior chance de preencher os
criteacuterios para uma determinada condiccedilatildeo ou doenccedila Como tambeacutem completa o
registro de informaccedilatildeo e a comparaccedilatildeo de resultados minimizando a influecircncia de
fatores subjetivos na coleta e registro de dados6566
A escolha de um instrumento deve-se basear em suas qualidades que
consistem em coeficientes significativos de validade e fidedignidade Dessa forma
8
essas medidas necessitam apresentar simplicidade na teacutecnica economia facilidade
e rapidez na aplicaccedilatildeo e interpretaccedilatildeo666768
A validade caracteriza-se como a capacidade do instrumento medir aquilo que
se propotildees a medir Envolve um componente conceitual (julgamento subjetivo a
respeito do instrumento pelo pesquisador) e um componente operacional (avaliaccedilatildeo
sistemaacutetica (estatiacutestica) do teste) geralmente o comparando com um criteacuterio padratildeo
ouro67
A avaliaccedilatildeo operacional da validade utilizada nessa pesquisa foi a de criteacuterio
no qual mede agrave extensatildeo com que o instrumento discrimina sujeitos que diferem em
determinadas caracteriacutesticas Refere-se agrave capacidade de uma escala de se
corresponder com outras medidas ou de predizer algo a que se propotildee Eacute avaliada
por meio de criteacuterio-padratildeo (validade concorrente e validade preditiva) Sendo que a
validade preditiva eacute estimulada estatisticamente e expressa por meio da sensibilidade
especificidade valor preditivo positivo valor preditivo negativo e taxa de classificaccedilatildeo
incorreta67
A sensibilidade corresponde agrave proporccedilatildeo de casos positivos identificados
corretamente ou melhor eacute a capacidade de medida de reconhecer os verdadeiros
positivos Quanto maior a sensibilidade maior a chance de detectar a doenccedila A
especificidade eacute proporccedilatildeo de casos negativos identificados corretamente eacute a
capacidade do instrumento de reconhecer os verdadeiros negativos67
Quanto mais sensiacutevel for o teste melhor seraacute seu valor preditivo negativo ou
seja maior seraacute a certeza de que uma pessoa com resultado negativo natildeo tenha
realmente a doenccedila Quanto mais especifico melhor seraacute seu valor preditivo positivo
ou seja maior seraacute a certeza de que uma pessoa com resultado positivo tenha a
hipertensatildeo arterial67
Como estrateacutegia geral quando a principal preocupaccedilatildeo for evitar o resultado
falso-positivo entatildeo o ponto de corte deve objetivar o maacuteximo de especificidade e se
a preocupaccedilatildeo maior eacute evitar resultado falso-negativo (o resultado do teste em
paciente com suspeita de hipertensatildeo arterial) o ponto de corte deve objetivar o
maacuteximo de sensibilidade67 Os autores ainda referem que a curva Receive Operator
Caracteristic (ROC) eacute a melhor maneira de estabelecer o ponto de corte otimizando
a sensibilidade e especificidade do teste diagnoacutestico
9
Destaca-se que as qualidades de um instrumento aplicado em condiccedilotildees de
campo satildeo modificadas pela prevalecircncia de casos na populaccedilatildeo cliacutenica (onde eacute
esperado ter maior proporccedilatildeo de doenccedila) comparada com uma populaccedilatildeo geral
10
3 OBJETIVOS
Determinar o poder preditivo de iacutendices antropomeacutetricos para predizer
hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos
Estabelecer pontos de corte como discriminadores de hipertensatildeo arterial em
mulheres e homens idosos
Identificar o iacutendice antropomeacutetrico de obesidade que melhor discrimina a
hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos
11
4 MATERIAL E MEacuteTODOS
41 Tipos de estudo
Esta pesquisa eacute do tipo transversal ou seccional como parte do projeto de
Monitoramento da Sauacutede de Idosos de um Municiacutepio de Pequeno Porte ESTUDO
MONIDI Em estudos transversais a estrateacutegia de observaccedilatildeo da populaccedilatildeo eacute
seccional isto eacute as informaccedilotildees obtidas referem-se ao mesmo momento sendo mais
adequado para obtenccedilatildeo de estimativas populacionais As informaccedilotildees individuais
devem ser coletadas num determinado prazo mais curto possiacutevel decorrido entre as
observaccedilotildees do primeiro e uacuteltimo indiviacuteduo69
42 Cenaacuterios do estudo
O municiacutepio de Ibicuiacute fica localizado na zona fisiograacutefica de Vitoacuteria da Conquista
(Encosta do Planalto) e situada no Sudoeste do Estado da Bahia possui uma aacuterea
territorial de 1176843 kmsup2 populaccedilatildeo de 16640 habitantes7071 A populaccedilatildeo de
idosos no ano de 2013 era de 2124 habitantes e destes 525 estavam cadastrados
nas Unidades de Sauacutede da Famiacutelia33
12
Figura 1 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Ibicuiacute BA na regiatildeo Nordeste do Brasil
Fonte Adaptado do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE)72 Infograacuteficos
Cidades Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230
43 Populaccedilatildeo e amostra
A populaccedilatildeo alvo do presente estudo foi constituiacuteda por indiviacuteduos com idade
igual ou superior a 60 anos de ambos os sexos cadastrados na Estrateacutegia de Sauacutede
da Famiacutelia (ESF) que atenderam agraves aacutereas urbanas e rurais do municiacutepio de Ibicuiacute-BA
no ano de 2014 A lista com o nuacutemero de usuaacuterios idosos cadastrados nas USFs da
zona rural e urbana do municiacutepio foi solicitada junto agrave Secretaria Municipal de Sauacutede
Foram incluiacutedos no estudo idosos que estavam cadastrados na Estrateacutegia de
Sauacutede da Famiacutelia que aceitaram participar da pesquisa atraveacutes da assinatura do
Termo de Consentimento Livre Esclarecido (TCLE)
Os criteacuterios de exclusatildeo foram os participantes com diagnoacutestico de demecircncia
ou qualquer outro tipo de alteraccedilatildeo cognitiva que comprometesse a veracidade das
informaccedilotildees fornecidas idosos acamados portadores de doenccedila de Alzheimer ou
outro tipo de doenccedila neuroloacutegica que afetasse a cogniccedilatildeo doenccedila em estaacutegio
terminal
Apoacutes aplicaccedilatildeo dos criteacuterios de exclusatildeo foi efetuado o caacutelculo amostral
seguindo a proposta de Luiz e Magnanini (2000)73 para populaccedilotildees finitas com
13
predominacircncia desconhecida de 50 sendo adotado niacutevel de significacircncia de 5
(correspondendo a um intervalo de confianccedila de 95) e erro toleraacutevel de amostragem
de 25
O caacutelculo amostral resultou numa amostra miacutenima necessaacuteria de 305 idosos
Esse caacutelculo amostral sofreu ajuste em 10 para compensar eventuais perdas e
recusas Apoacutes o resultado do caacutelculo amostral os idosos participantes foram
selecionados atraveacutes de sorteio sendo este proporcional ao tamanho e a distribuiccedilatildeo
por sexo e por quantidade de idosos na Unidade de Sauacutede da Famiacutelia
Os indiviacuteduos assinaram o TCLE foram entrevistados e avaliados nas
dependecircncias da USF sendo que aqueles que natildeo foram localizados ou natildeo
compareceram a USF apoacutes trecircs tentativas foram automaticamente substituiacutedos por
meio de sorteio
44 Equipes de coleta de dados
A equipe de coleta foi composta por dois profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica
(Coordenadores) e cinco acadecircmicos de fisioterapia enfermagem e medicina A
equipe foi previamente treinada em reuniotildees teacutecnicas e no estudo piloto que foi
realizado no periacuteodo de Outubro a Dezembro de 2013 visando padronizar todo o
processo de coleta Foram estabelecidas accedilotildees referentes agrave logiacutestica agrave aplicaccedilatildeo dos
questionaacuterios e aos procedimentos de medidas das variaacuteveis antropomeacutetricas A
coleta propriamente dita ocorreu entre o periacuteodo de 03022014 a 20022014
14
45 Procedimentos para coleta de dados
451 Variaacuteveis do estudo e dados coletados
Foram mensuradas as variaacuteveis idade sexo situaccedilatildeo conjugal niacutevel de
escolaridade raccedilacor renda mensal alcoolismos e tabagismos Como tambeacutem
medidas de pressatildeo arterial sistoacutelica e diastoacutelica massa corporal estatura e
circunferecircncia da cintura
452 Instrumentos de coleta
Foi utilizado o instrumento de coleta denominado Instrumento de Avaliaccedilatildeo da
Sauacutede de Idosos (IASI) padronizado e validado previamente74 Tal instrumento obteacutem
caracteriacutesticas sociodemograacuteficas informaccedilotildees pessoais consumo de aacutelcool e
tabaco avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica e de pressatildeo arterial
Para aferir a pressatildeo arterial foi utilizado o aparelho digital (marca OMRONreg
modelo HEM ndash 742 INT) Utilizou-se ainda uma balanccedila digital portaacutetil (OMRONreg) e
um estadiocircmetro (marca Sannyreg) ambos devidamente calibrados e fita
antropomeacutetrica flexiacutevel (Cardiomedreg)
453 Pressatildeo Arterial
A pressatildeo arterial foi aferida com um aparelho digital de braccedilo com manguito
adequado agrave circunferecircncia do mesmo A medida foi realizada no braccedilo direito a altura
do coraccedilatildeo Foram realizadas trecircs medidas da pressatildeo arterial sendo a primeira apoacutes
o idoso permanecer cinco minutos em repouso e sentado a segunda apoacutes dois
minutos e a terceira dois minutos apoacutes a realizaccedilatildeo da segunda (foi utilizada a meacutedia
das trecircs medidas) Valores de referecircncia estatildeo estabelecidos na Tabela 1
15
Tabela 1 - Classificaccedilatildeo da pressatildeo arterial de acordo com a VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo (2010)
Classificaccedilatildeo Pressatildeo Sistoacutelica (mmHg)
Pressatildeo Diastoacutelica (mmHg)
Oacutetima Normal Limiacutetrofe
lt 120 lt 130 130-139
lt 80 lt 85 85-80
Hipertensatildeo estaacutegio I 140-159 90-99 Hipertensatildeo estaacutegio II 160-179 100-109 Hipertensatildeo estaacutegio III ge 180 ge 110 Hipertensatildeo sistoacutelica isolada
ge 140 lt 90
Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo (2010)7
454 Antropometria
Todas as medidas antropomeacutetricas foram realizadas trecircs vezes (verificou-se a
meacutedia de tais medidas) por um profissional de Educaccedilatildeo Fiacutesica para diminuir o erro
intra e inter avaliadores e anotados por um apontador Os idosos foram medidos
conforme procedimentos padronizados por Lohman et al (1988)75 sem calccedilados
roupas leves sem reloacutegio chaves celular etc
Foi mensurada a circunferecircncia da cintura com uma fita antropomeacutetrica flexiacutevel
no ponto meacutedio entre a uacuteltima costela e a crista iliacuteaca e o procedimento foi deixar a
cintura livre de roupa e os braccedilos cruzados no peito Classificaccedilatildeo de risco para
desenvolver doenccedilas por Lohman et al (1988)75 HOMENS gt 102 cm e MULHERES
gt 88 cm Foi determinado o IMC atraveacutes da equaccedilatildeo [IMC =massa corporal
(kg)estatura2(m)] Valores de referecircncia estatildeo estabelecidos na Tabela 2
Tabela 2 - Classificaccedilatildeo do Iacutendice de Massa Corporal
IMC Classificaccedilatildeo
Baixo peso lt 220 kgm2 Peso adequado 220 le IMC le 270 kgm2 Obesidade gt 270 kgm2
Lohman et al (1988)75
16
A razatildeo cintura-estatura foi determinada pela equaccedilatildeo proposta por Pitanga e
Lessa (2006)15 a qual utiliza a CC (cm) e a estatura (cm) O Iacutendice C foi estimado por
meio das medidas de massa corporal estatura e circunferecircncia da cintura utilizando-
se um modelo proposto por Valdez (1991)54 cuja equaccedilatildeo matemaacutetica estaacute descrita a
seguir
46 Anaacutelise dos dados
Os dados foram digitados com dupla entrada no software Epidata 31 Apoacutes a
digitaccedilatildeo dos dados foram verificados manualmente os valores discrepantes e a
consistecircncia das informaccedilotildees
Na anaacutelise de dados foram utilizados os procedimentos da estatiacutestica descritiva
expressa por meacutedia desvio padratildeo nuacutemero de observaccedilotildees e percentual das
variaacuteveis avaliadas A diferenccedila entre os sexos nas variaacuteveis contiacutenuas foi analisada
pelo teste t de Student para amostras independentes uma vez que as variaacuteveis
apresentaram distribuiccedilatildeo normal e o teste do Qui-quadrado para comparar as
proporccedilotildees (variaacuteveis qualitativas) entre os idosos do sexo masculino e feminino
O poder discriminatoacuterio para determinar a hipertensatildeo arterial e os iacutendices
antropomeacutetricos foi verificado atraveacutes da utilizaccedilatildeo das curvas ROC recurso utilizado
para obtenccedilatildeo de pontos de corte que visam diagnoacutesticos ou triagem
A aacuterea sob a curva ROC (ASC) determina a capacidade preditiva do indicador
para presenccedila ou ausecircncia de hipertensatildeo arterial Uma ASC igual a 10 eacute
considerada perfeita poreacutem se for igual ou menor a 05 indica que sua capacidade
preditiva natildeo eacute melhor que ao acaso
17
Neste estudo o pressuposto para anaacutelise da ASC foi agrave sensibilidade pois em
determinadas situaccedilotildees quando natildeo pode correr o risco de natildeo diagnosticar
determinada doenccedila eacute melhor privilegiar a sensibilidade76
Apoacutes determinados os pontos de corte para cada uma das variaacuteveis
investigadas para prediccedilatildeo de hipertensatildeo essas foram dicotomizadas com base em
seus respectivos valores de referecircncia As anaacutelises estatiacutesticas foram conduzidas no
Statistical Product and Service Solutions (SPSS) reg 130 Em todas as anaacutelises foram
efetuadas respeitando-se o niacutevel de significacircncia de 5
47 Aspectos Eacuteticos
O estudo foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa da Universidade
Estadual do Sudoeste da Bahia com parecer (CAAE 22969013000000055) (Anexo
1) seguindo princiacutepios eacuteticos estabelecidos na Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de
2012 do Conselho Nacional de Sauacutede (CNS)77
18
5 RESULTADOS
51 Caracterizaccedilatildeo da amostra estudada
De acordo com a contabilizaccedilatildeo das perdas (mudou-se do municiacutepio natildeo foi
encontrado por mais de 3 vezes na USF ou domicilio) e recusas (n=31) a amostra final
foi composta por 310 idosos (201 zona urbana e 109 zona rural) A taxa de respostas
foi de 912 com 88 (n=31) de recusas e 92 (n=29) de exclusatildeo
Participaram do estudo 175 mulheres (565) e 135 homens (435) As
idades variaram entre 60 e 108 anos com meacutedia de 7078 plusmn 82 anos para as mulheres
e 60 a 93 anos com meacutedia de 7259 plusmn 78 anos para homens
A maioria das mulheres se auto referiu ser negra e os homens pardo O iacutendice
de analfabetismo apresentou-se elevado em ambos os sexos A maior parte dos idosos
eacute casado A maioria dos idosos sobrevivia com renda mensal inferior ou igual a um
salaacuterio miacutenimo (Tabela 3)
19
Tabela 3 - Variaacuteveis sociodemograacuteficas e de estilo de vida em idosos
Mulheres (n=175) Taxa de Resposta
Homens (n=135) Taxa de Resposta
n n P
Raccedilacor 9861 991
Branco 47 2686 43 3209
Preto 73 4171 26 1940 0001
Pardo 49 2800 55 4074
Natildeo sabe 4 229 10 741
Escolaridade 9918 1000
Analfabeto 95 5429 84 6222
Baacutesica 72 4114 46 3408 0001
Secundaacuteria 5 286 5 370
Superior 2 114 - -
Estado Civil 9789 991
Casadouniatildeo estaacutevel
74 4229 78 5777
Solteiroseparado 33 1886 36 2667 0001
Viuacuteva 63 3600 20 1481
Renda Mensal 9918 1000
le 1 salaacuterio 165 9428 123 9111
11 a 2 salaacuterio 8 458 10 74 0001
21 a salaacuterio 1 057 2 148
Alcoolismo 9989 1000
Sim 4 229 9 667 0001
Natildeo 170 9714 126 9333
Tabagismo 9597 1000
Sim 15 857 21 1556 0001
Natildeo 152 8686 114 8444
Teste Qui-quadrado
20
52 Caracteriacutesticas antropomeacutetricas
Apoacutes a assinatura do TCLE e realizaccedilatildeo do questionaacuterio 10 idosos foram
excluiacutedos (recusas e informaccedilatildeo incompleta do questionaacuterio) desta etapa de anaacutelise
Dessa forma foram analisadas 300 avaliaccedilotildees das medidas antropomeacutetricas
Na Tabela 4 podem ser observados os valores meacutedios desvio padratildeo valores
miacutenimos e maacuteximos e percentuais das variaacuteveis avaliadas A meacutedia do IMC foi menor
nos homens quando comparado com o resultado das mulheres (p lt 0001) Natildeo houve
diferenccedila significativa da variaacutevel circunferecircncia da cintura entre homens e mulheres
(p = 0208) A prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi maior nas mulheres A maioria
das mulheres eacute obesa e entre os homens o estado nutricional foi considerado eutroacutefico
(Tabela 5)
21
Tabela 4 - Valores descritivos miacutenimos e maacuteximos das variaacuteveis analisadas
Variaacuteveis Mulheres (n=167) Homens (n=133) Valor-p
Idade (anos) 7078 plusmn 821 (60-108)
7259 plusmn 786 (60-93)
0055
Massa corporal (kg) 6020 plusmn 1223 (2970-9580)
6384 plusmn 1250 (4010-11840)
0012
Estatura (cm) 14875 plusmn 616 (129-164)
16080 plusmn 782 (135-183)
lt00001
IMC (kgm2) 2715 plusmn505 (1342-4064)
2458 plusmn 390 (1475-3544)
lt00001
CC (cm)dagger 8734 plusmn 1126 (55-130)
8894 plusmn 1010 (66-115)
0208
RCEst 057 plusmn 011 (000-087)
055 plusmn 006 (042-073)
0086
Iacutendice C 123 plusmn 021 (000-166)
129 plusmn 006 (117-150)
0001
PAS 14096 plusmn 2218 (87-200)
13735 plusmn 2251 (98-209)
0166
PAD 7671 plusmn 1091 (45-105)
7697 plusmn 1179 (49-110)
0846
IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia da cintura RCEst - razatildeo cintura-estatura Iacutendice C - Iacutendice de Conicidade PAS - pressatildeo arterial sistoacutelica PAD ndash pressatildeo arterial diastoacutelica dagger Variaacuteveis com perdas (n=163 mulheres) Teste T de Student para amostras independentes
Tabela 5 - Percentuais das variaacuteveis analisadas
Variaacutevel Mulheres Homens Valor-p
Pressatildeo Arterial (n) (n)
Normal 557 (93) 594 (79) 0011
Hipertensatildeo 443 (74) 406 (54)
Estado nutricional (n) (n)
Baixo peso 144 (24) 301 (40)
Normal 353 (59) 436 (58) lt00001
Sobrepeso 503 (84) 263 (35)
Teste Qui-quadrado
53 Anaacutelise da curva ROC
22
As aacutereas sob a curva ROC do IMC da CC da RCEst e do iacutendice C como
preditores de hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos e os respectivos
intervalos de confianccedila (IC 95) podem ser observados na Tabela 6 e nas Figuras 2
3 4 5 6 7 8 9 Evidenciou-se que alguns iacutendices antropomeacutetricos apresentaram
aacuterea sob a curva ROC significativas Todavia a RCEst e o IMC assumiram maiores
aacutereas com diferenccedila significativa para os homens
Tabela 6 - Aacuterea sob a curva ROC e IC95 entre os iacutendices antropomeacutetricos e hipertensatildeo arterial em idosos
Aacuterea sob a curva ROC
PA elevada Mulheres
Homens
p
IMC (kgm2) 053 (044-062) 060 (050-070)
lt00001dagger
CC (cm) 057 (048-066) 058 (048-068)
lt00001dagger
RCEst 056 (047-065) 061 (051-071)
lt00001dagger
Iacutendice C 058 (049-066) 058 (058-068) lt00001dagger
IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia de cintura RCEst - razatildeo cinturaestatura Iacutendice C - iacutendice de conicidade ROC ndashReceiver Operating CharacteristicIC95 - intervalo de confianccedila a 95Aacuterea sob a curva ROC apresentando poder discriminatoacuterio para pressatildeo arterial elevada (Li-IC ge 050) daggerTeste Qui-quadrado
23
Figura 2 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) IMC - iacutendice de massa corporal
Figura 3 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) IMC - iacutendice de massa corporal
24
Figura 4 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) CC ndash circunferecircncia da cintura
Figura 5 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) CC ndash circunferecircncia da cintura
25
Figura 6 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) RCEst - razatildeo cinturaestatura
Figura 7 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) RCEst - razatildeo cinturaestatura
26
Figura 8 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) Iacutendice C -iacutendice de conicidade
Figura 9 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) Iacutendice C - iacutendice de conicidade
27
Os valores dos pontos de corte dos iacutendices antropomeacutetricos como preditores
de hipertensatildeo arterial e suas respectivas sensibilidade e especificidade (mais
adequado equiliacutebrio entre si) satildeo apresentados na Tabela 7 Observa-se que entre
os iacutendices antropomeacutetricos a RCEst teve melhor percentual de sensibilidade e de
especificidade para discriminar a pressatildeo arterial elevada para os homens
Tabela 7 - Pontos de corte sensibilidade e especificidade dos iacutendices antropomeacutetricos para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial em idosos
Mulheres Homens PA elevada
Ponto de corte
Sensibilidade ()
Especificidade ()
Ponto de corte
Sensibilidade ()
Especificidade ()
IMC (kgm2)
2679 527 548 2420 527 548
CC (cm) 8750 577 457 8650 593 532 RCEst 059 568 430 054 648 456 Iacutendice C 126 541 452 129 574 456
IMC ndash Iacutendice de Massa Corporal CC ndash Circunferecircncia da Cintura RCEst ndash Razatildeo Cintura-Estatura Iacutendice C ndash Iacutendice de Conicidade
28
6 DISCUSSAtildeO
61 Aacutereas sob a Curva ROC
Este estudo teve como objetivo identificar a capacidade preditiva de iacutendices
antropomeacutetricos de obesidade geral e abdominal para discriminar a presenccedila de
hipertensatildeo arterial em idosos com foco de utilizaccedilatildeo no ambiente da estrateacutegia de
sauacutede da famiacutelia Nessa perspectiva surge uma proposta de triagem dos casos de
idosos com possiacuteveis alteraccedilotildees crocircnicas em sua pressatildeo arterial aleacutem de possibilitar
a discussatildeo sobre validaccedilatildeo de tais iacutendices para uso no contexto da sauacutede
Dessa forma recomenda-se a anaacutelise da sensibilidade e especificidade por
meio da construccedilatildeo de curvas ROC pois eacute a melhor opccedilatildeo para determinar pontos de
corte em estudos epidemioloacutegicos78 Essa anaacutelise permite fornecer a aacuterea sob a curva
que traduz o poder de discriminaccedilatildeo de um indicador para um determinado desfecho
e a identificaccedilatildeo do melhor ponto de corte
A proposta dessa pesquisa natildeo eacute excluir o diagnoacutestico meacutedico mas
proporcionar uma estrateacutegia mais abrangente a ser utilizada pelas USFs em parceria
entre os profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica e os profissionais de sauacutede no contexto da
atenccedilatildeo primaacuteria
Embora exista associaccedilatildeo entre sobrepesoobesidade e a pressatildeo arterial
elevada poucos estudos tecircm identificado pontos de corte de iacutendices antropomeacutetricos
que visem agrave detecccedilatildeo da hipertensatildeo arterial em idosos Diversos estudos tecircm
demonstrado que os iacutendices antropomeacutetricos satildeo bons indicadores de obesidade e
estatildeo relacionados a fatores de risco cardiovascular795880 Todavia a hipertensatildeo eacute
apontada como um dos principais fatores de risco cardiovasculares o que denota a
necessidade de um olhar diferenciado
A prevalecircncia de hipertensatildeo foi inferior agrave encontrada em outros estudos818283
Contudo diferenccedilas metodoloacutegicas nuacutemero de medidas realizadas e os diferentes
criteacuterios de referecircncia satildeo as principais causas da grande variabilidade nas
prevalecircncias de pressatildeo arterial elevada entre as investigaccedilotildees No presente estudo
29
optou-se por maior rigorosidade ao diagnosticar a pressatildeo arterial elevada
considerando a realizaccedilatildeo de trecircs medidas
Nessa amostra observou-se que a prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi
443 nas mulheres e 406 nos homens Demonstrando ser uma alta prevalecircncia
pois se trata de uma populaccedilatildeo que eacute influenciada diretamente pelo o aumento da
morbimortalidade durante o envelhecimento Estudos envolvendo idosos indicam que
a prevalecircncia da hipertensatildeo encontra-se entre 50-70 com o aumento da idade84
Poucos estudos epidemioloacutegicos foram conduzidos com o objetivo de identificar
e discriminar a capacidade de iacutendices antropomeacutetricos de obesidade para a pressatildeo
arterial elevada na populaccedilatildeo de idosos e principalmente utilizando o iacutendice C o
RCEst Um estudo realizado com a populaccedilatildeo de idosos utilizou o mesmo objetivo
poreacutem usou como ponto de corte o iacutendice de massa corporal e o iacutendice de adiposidade
corporal85 Entretanto faz-se necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de outros iacutendices para identificar
hipertensatildeo arterial em idosos
De acordo com os resultados do presente estudo somente alguns dos
indicadores antropomeacutetricos apresentaram capacidade preditiva para a hipertensatildeo
arterial em idosos de acordo com limite inferior do intervalo de confianccedila de 9586
Dessa forma foi observado que a RCEst e IMC para os homens mostraram-se com
bom poder de detecccedilatildeo para a hipertensatildeo arterial pois obtiveram maiores valores
sob a curva para esse desfecho
Em 2013 Leal Neto et al85 identificaram em seus resultados que o IMC e o
iacutendice de adiposidade corporal foram os melhores indicadores preditivos de
hipertensatildeo arterial nos idosos em ambos os sexos independentemente de outros
fatores tais como idade tabagismo consumo de aacutelcool e atividade fiacutesica
No presente estudo os principais indicadores que tiveram uma boa aacuterea sob a
curva foram o IMC RCEst e Iacutendice C com resultados de 060 IC95 (050-070) 061
IC95 (051-071) e 058 IC95 (058-068) respectivamente para homens
Nas mulheres tais iacutendices mostraram-se com menor poder discriminatoacuterio para
diagnosticar a hipertensatildeo arterial A HAS eacute um desfecho que pode ser influenciado
por fatores multicausais (hormonais estresse etc) Na anaacutelise do desempenho do
iacutendice antropomeacutetrico a loacutegica eacute unidirecional ou seja verificar o desempenho desses
iacutendices apenas como preditores de hipertensatildeo arterial foram mais satisfatoacuterios entre
os homens Os iacutendices podem interferir mas natildeo determinar a prevalecircncia da
30
hipertensatildeo Embora as mulheres tenham uma maior prevalecircncia essa natildeo eacute
determinada pelos iacutendices antropomeacutetricos no presente estudo
Tais resultados diferem do estudo realizado em 2012 por Samsen et al87 no
qual a circunferecircncia da cintura teve boa ASC nos homens = 0684 com IC95 (0672-
0695) e nas mulheres = 0673 IC95 (0665-0681) sendo o melhor indicador
significativamente (p lt0001) do que o IMC no qual a ASC em homens foi de = 0667
IC95 (0656-679) e nas mulheres = 0636 IC95 (0628-0644) em discriminaccedilatildeo
de pelo menos um fator de risco cardiovascular Isso se deve ao fato de tal estudo ter
sido realizado com uma abrangecircncia maior na faixa etaacuteria que foi de 45-80 anos
Uma possiacutevel limitaccedilatildeo para discussatildeo dos resultados desse estudo foi a faixa
etaacuteria restrita que natildeo incluiu idosos (igual ou acima de 60 anos) o que impossibilita
a triagem da pressatildeo arterial elevada nessa populaccedilatildeo
62 Iacutendices antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial
Nesse estudo a CC e RCEst foram as variaacuteveis com maiores valores absolutos
de sensibilidade para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial respectivamente para mulheres
e homens Tais resultados indicam as proporccedilotildees de verdadeiros positivos na
ocorrecircncia de hipertensatildeo arterial
Quanto ao ponto de corte do RCEst nas mulheres foi de 059 sendo 568 de
sensibilidade e 430 de especificidade Valores inferiores ao encontrado no presente
estudo para mulheres foram sugeridos em Taiwan (045) Cingapura (048) e na China
(050) No Brasil em 2009 Haun Pitanga e Lessa16 recomendaram para a RCEst
053 como melhor ponto de corte com sensibilidade (67) e especificidade (58) e
aacuterea sob a curva ROC de 069 (IC 95 = 064-075) Outro ponto de corte semelhante
ao observado no Brasil com mulheres mexicanas variou de 053 a 0535 para a
RCEst discriminar diabete tipo 2 hipertensatildeo e dislipidemias88899091
Os pontos de corte sugeridos por esses paiacuteses e no Brasil podem ter sido
inferiores por causa da abrangecircncia na faixa etaacuteria dos indiviacuteduos no qual incluiacuteram
mulheres de 30 a 74 anos como tambeacutem as caracteriacutesticas econocircmicas culturais e
31
de estilo de vida diferem da realidade das mulheres que residem em cidades de
pequeno porte Estudos que discriminem hipertensatildeo arterial principalmente em
idosos com RCEst satildeo escassos na literatura
Em 2010 Browning Hsieh e Ashwel92 realizaram uma revisatildeo sistemaacutetica
sobre a potencialidade de indicadores antropomeacutetricos em predizer doenccedilas
cardiovasculares e identificou a RCEst como variaacutevel de melhor desempenho A
RCEst apresentou maiores ASC quando comparada ao IMC ou CC Os dados
analisados foram de quatorze paiacuteses diferentes e incluiacuteram caucasianos asiaacuteticos e
da Ameacuterica Central Segundo os autores uma RCEst ge 05 eacute capaz de identificar
fatores de risco cardiovasculares Esse ponto de corte eacute inferior aos encontrados para
homens e mulheres no presente estudo significando que o ponto de corte encontrado
pode diagnosticar risco cardiovascular e consequentemente a presenccedila de
hipertensatildeo
Outros autores afirmam essa hipoacutetese relacionada aos valores limites para
RCEst em diversas populaccedilotildees e indicaram que um ponto de corte de 05 eacute o valor
mais indicado para ambos os sexos todas as idades e diferentes populaccedilotildees899315
Com relaccedilatildeo agrave especificidade a variaacutevel com maior valor foi o IMC
independentemente do sexo Nas mulheres o ponto de corte sugerido foi 2679 kgm2
e nos homens 2420 kgm2 O valor da especificidade foi de 548 para ambos os
sexos o qual possibilita determinar corretamente a ausecircncia de hipertensatildeo arterial
Sendo assim este estudo sugere que o IMC natildeo foi o melhor preditor de hipertensatildeo
arterial
O estudo de Leal Neto et al (2013)85 tambeacutem testou a capacidade de
indicadores antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial em idosos
sugeriu como pontos de corte para IMC valores de 247 kgm2 igual ao encontrado no
presente estudo e de 273 kgm2 nuacutemero superior que aos dados do presente
trabalho para homens e mulheres respectivamente
Em outro estudo realizado com 19621 homens e mulheres com faixa etaacuteria de
45-80 anos a meacutedia da idade foi de 598 anos para os homens e 585 anos para as
mulheres O ponto de corte adequado de IMC foi de 23 kgm2 em homens e 24 kgm2
em mulheres Os pontos de corte de CC foram 80 cm e 78 cm em homens e mulheres
respectivamente Os achados do presente estudo foram superiores a esses
32
resultados todavia deve ser considerado que a populaccedilatildeo alvo foi diferente e com
idade menor da populaccedilatildeo pesquisada no presente trabalho87
Com relaccedilatildeo agrave CC o ponto de corte identificado para a prediccedilatildeo de hipertensatildeo
arterial nas mulheres foi superior ao dos homens Contudo os valores de sensibilidade
e especificidade desses pontos de corte foram maiores entre os homens o que pode
indicar que o poder preditivo da CC para a hipertensatildeo arterial eacute melhor para o sexo
masculino Quanto menor o ponto de corte maior seraacute a habilidade do teste em
classificar os doentes como positivos isto eacute maior seraacute a sensibilidade76 Os pontos
de corte dos homens foram em sua maioria menores em comparaccedilatildeo aos das
mulheres
Tais resultados satildeo contraacuterios aos achados do estudo de Kashihara et al
(2009)94 com indiviacuteduos de 30-74 anos que comparou paciente com hipertensatildeo e sem
hipertensatildeo Em seus pontos de corte de CC para os homens foram superiores aos
pontos de corte definidos para as mulheres e os valores de sensibilidade e
especificidade foi maior nas mulheres para identificar risco cardiovascular Poreacutem a
idade foi menor ao proposto no presente estudo
Outro estudo que contraria tais resultados quanto ao ponto de corte da CC foi
o de Haun Pitanga e Lessa (2009)16 que foi superior para os homens enquanto o
niacutevel de sensibilidade e especificidade foi igual aos nossos achados Poreacutem esse
estudo foi realizado com indiviacuteduos de idade entre 30-74 anos e discriminou risco
coronariano elevado
Quanto ao Iacutendice C no presente estudo o ponto de corte sugerido foi de 126
nas mulheres (sensibilidade 541 e especificidade 452) e 129 para os homens
(sensibilidade 574 e especificidade 456)
Diferentemente do resultado encontrado no presente estudo Pitanga e Lessa
(2005)56 sugeriram como o melhor ponto de corte para risco coronariano com o iacutendice
C 118 para mulheres apresentando valores de sensibilidade (7339) e
especificidade (6115) Para os homens o ponto de corte foi de 125 com valores de
sensibilidade (7391) e especificidade (7492) Tais pontos de corte foram para
indiviacuteduos adultos por esse motivo foram mais baixos que os achados do presente
trabalho Deve-se considerar que existem modificaccedilotildees na composiccedilatildeo corporal com
o processo do envelhecimento o que poderia alterar os pontos de corte para as essas
medidas antropomeacutetricas
33
Em outro estudo com os mesmo autores foram apresentados outros pontos de
corte comparando diferentes faixas etaacuterias Para as mulheres de 30-49 anos o melhor
ponto de corte foi o mesmo (118) com melhor sensibilidade (7857) e
especificidade (6524) e tambeacutem melhor aacuterea sob a curva ROC 081 (IC95 = 070-
092) Entre as de idade mais avanccedilada (50-74 anos) o melhor ponto de corte
sugerido foi 122 com sensibilidade (6000) e especificidade (6582) e aacuterea sob a
curva ROC 065 (IC 95 = 058-073) Portanto o iacutendice C apresentou melhor poder
discriminatoacuterio de RCEst para as mulheres mais jovens64
Almeida Almeida e Arauacutejo (2009)58 conduziram uma pesquisa com mulheres
de 30 e 69 anos buscando avaliar o desempenho de diferentes pontos de corte do
iacutendice C RCQ CC e RCEst para discriminar Risco Coronariano Elevado e o ponto de
corte encontrado para o Iacutendice C foi (125) proacuteximo ao ponto de corte para mulheres
nos nossos achados Dessa forma tais autores afirmaram que os indicadores
antropomeacutetricos de obesidade abdominal analisados tiveram desempenhos
satisfatoacuterios e similares para discriminar RCEst poreacutem o iacutendice C foi o que
apresentou o melhor poder discriminatoacuterio
As informaccedilotildees sobre o iacutendice C satildeo limitadas quanto agrave discussatildeo do ponto de
corte para hipertensatildeo arterial principalmente por encontrar poucos estudos sobre
essa medida como referecircncia para idosos Pitanga e Lessa (2004)55 relatam como
uma limitaccedilatildeo para a utilizaccedilatildeo do Iacutendice C em estudos populacionais a dificuldade de
se calcular o denominador da equaccedilatildeo proposta para sua determinaccedilatildeo
O excesso de gordura em geral estaacute associado ao aparecimento de doenccedilas
cardiovasculares hipertensatildeo arterial e mortalidade a definiccedilatildeo de pontos de corte
para iacutendices que se destacam por sua simplicidade operacional e boa acuraacutecia
permite a detecccedilatildeo dos indiviacuteduos sob risco sendo de grande utilidade nos serviccedilos
de atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede aleacutem de possibilitar o conhecimento da situaccedilatildeo de
grupos populacionais especiacuteficos frente a esses riscos quando empregados na
pesquisa epidemioloacutegica
No contexto das cidades de pequeno porte (rurais e urbanas) os recursos de
sauacutede satildeo muitas vezes limitados e escassos sendo importante a utilizaccedilatildeo desses
iacutendices antropomeacutetricos como substituiccedilatildeo eou apoio a avaliaccedilatildeo tradicional da
pressatildeo arterial Em vaacuterias conjunturas de sauacutede a alta demanda de paciente com
hipertensatildeo arterial exige a utilizaccedilatildeo de instrumentos de diagnoacutesticos e rastreamento
34
de raacutepida e faacutecil aplicaccedilatildeo que possam ser manejados por diferentes profissionais e
que sobretudo apresentem validade e fidedignidade A adequada validaccedilatildeo de
instrumentos e conhecimento de suas propriedades teacutecnicas na populaccedilatildeo brasileira
tambeacutem deve contribuir com a seleccedilatildeo de prioridades e delimitaccedilatildeo do conteuacutedo dos
programas de sauacutede pelos tomadores de decisatildeo em diferentes niacuteveis de gestatildeo
35
7 CONCLUSAtildeO
As anaacutelises dos dados permitem frente aos objetivos estabelecidos formular
as seguintes conclusotildees Quanto ao poder de discriminaccedilatildeo de iacutendices
antropomeacutetricos para a hipertensatildeo arterial em idosos os iacutendices antropomeacutetricos
(IMC RCEst e Iacutendice C) foram bons preditores de hipertensatildeo arterial para os homens
Dessa forma tais iacutendices podem ser empregados nos homens poreacutem tais medidas
natildeo foram satisfatoacuterias para predizer pressatildeo arterial elevada nas mulheres idosas
limitando a sua utilizaccedilatildeo para o sexo feminino com idades avanccediladas
O melhor ponto de corte para discriminar hipertensatildeo arterial foi 054 para a
RCEst nos homens dessa forma tal ponto de corte deve ser empregada no contexto
da atenccedilatildeo primaacuteria nos homens Sugere-se a utilizaccedilatildeo dessa medida a fim de
detectar e realizar a triagem da hipertensatildeo arterial com caracteriacutesticas similares agrave
amostra deste estudo
Recomenda-se que a utilizaccedilatildeo de dois iacutendices simultaneamente resulte em
uma maior eficiecircncia na avaliaccedilatildeo do risco de hipertensatildeo arterial em idosos A
indicaccedilatildeo destas medidas permite que ela seja realizada nas Unidades de Sauacutede da
Famiacutelia como meacutetodo de triagem para idosos com hipertensatildeo arterial utilizando
materiais de faacutecil manejo e de baixo custo
Dessa forma pode-se efetivamente atingir uma das estrateacutegias de prevenccedilatildeo
da hipertensatildeo arterial sistecircmica que eacute o controle da pressatildeo arterial durante o
envelhecimento Todavia sugere-se cautela na utilizaccedilatildeo do ponto de corte desses
indicadores para as mulheres pois os resultados natildeo foram satisfatoacuterios
Fica evidente a necessidade de outros estudos que identifiquem pontos de
corte de iacutendices antropomeacutetricos visando agrave detecccedilatildeo de hipertensatildeo arterial e de
outros fatores de risco cardiovascular nas mulheres idosas que residem em cidades
de pequeno porte
36
8 REFEREcircNCIAS
1 Omram AR The epidemiologic transition a theory of the epidemiology of population change Milbank Memorial Fund Quarterly 1971 49 (Part 1) 509-538
2 Wong LR Carvalho JM Age-strucutural transition in Brazil demographic bonuses and emerging challenges In Pool I Wong LLR Vilquin E editores Age-structural transitions challenges for development Paris Committee for International Cooperation in National Research in Demography 2006
3 Gragnolati M Jorgensen OH Rocha R Fruttero AA Envelhecendo em um Brasil mais Velho implicaccedilotildees do envelhecimento populacional sobre o crescimento econocircmico reduccedilatildeo da pobreza financcedilas puacuteblicas prestaccedilatildeo de serviccedilos Banco Internacional para a Reconstruccedilatildeo e o Desenvolvimento Banco Mundial 2011
4 Schmidt MI Duncan BB Silva GA et al Health in Brazil 4 Chronic non-communicable diseases in Brazil burden and current challenges The Lancet 2011 377
5 Ezzati M Hoorn SV Rodgers A et al Comparative Risk Assessment Collaborating Group Selected major risk factors and global and regional burden of disease Lancet 2002 360 1347-60
6 Lim SS Vos T Flaxman AD et al A comparative risk assessment of burden of disease and injury attributable to 67 risk factors and risk factor clusters in 21 regions 1990-2010 a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2010 Lancet 2012 380 (9859)2224-60
7 Sociedade Brasileira de Cardiologia Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Sociedade Brasileira de Nefrologia VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 2010 95(1) 1-51
8 Miranda DR Perrotti TC Bellinazzi VR et al Hipertensatildeo arterial no idoso peculiaridades na fisiopatologia no diagnoacutestico e no tratamento Rev Bras Hipertens 2002 9 293-300
9 Pilger C Menon MU Mathias TAF Caracteriacutesticas sociodemograacuteficas e de sauacutede de idosos contribuiccedilotildees para os serviccedilos de sauacutede Rev Latino-Am Enfermagem 2011 19(5)1230-1238
10 Pilger C Menon MU Mathias TAF Utilizaccedilatildeo de serviccedilos de sauacutede por idosos vivendo na comunidade Rev esc enferm USP 2013 47(1)213-220
11 Mariath AB Grillo LP Silva RO et al Obesidade e fatores de risco para o desenvolvimento de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis entre usuaacuterios de unidade de alimentaccedilatildeo e nutriccedilatildeo Cad Sauacutede Puacuteblica 2007 23 (4) 897-905
37
12 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Diretrizes e recomendaccedilotildees para o cuidado
integral de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis promoccedilatildeo da sauacutede vigilacircncia prevenccedilatildeo e assistecircncia Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2008
13 Kuumlmpe DA Sodreacute AC Pomatti DM et al Obesidade em Idosos Acompanhados
pela Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia Texto Contexto Enferm Florianoacutepolis 2011 20(3) 471-7
14 Silva KS Farias Juacutenior JC Fatores de risco associados agrave pressatildeo arterial elevada em adolescentes Rev Bras Med Esporte 2007 13(4) 237-40
15 Pitanga FJG Lessa I Razatildeo cintura-estatura como discriminador do risco
coronariano de adultos Rev Assoc Med Bras 2006 52157-61
16 Haun DR Pitanga FJG Lessa I Razatildeo CinturaEstatura comparado a outros indicadores antropomeacutetricos de obesidade como preditor de risco coronariano elevado Rev Assoc Med Bras [online] 2009 55(6) 705-711
17 Nascimento CM Ribeiro AQ SantrsquoAna LFR et al Estado nutricional e condiccedilotildees de sauacutede da populaccedilatildeo idosa brasileira revisatildeo da literatura Rev meacuted Minas Gerais 2011 21(2)174-180
18 Gomes MA Beck cc Duarte MFS et al Ficha Antropomeacutetrica no Nuacutecleo de Apoio a Sauacutede da Famiacutelia o que medir e para que medir Rev bras cineantropom desempenho hum 2009 11(2) 243-253
19 Azevedo LF Oliveira ACC Lima JRP et al Recomendaccedilotildees sobre condutas e procedimentos do profissional de educaccedilatildeo fiacutesica na atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede Rio de Janeiro CONFEF 2010 109-55
20 World Health Organization World health statistics 2012 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghopublicationsworld_health_statistics2012enindexhtmlgt [2012 set 18]
21 World Health Organization Global health risks mortality and burden of disease attributable to selected major risks Geneva World Health Organization 2009a
22 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Panorama da sauacutede brasileira em muacuteltiplos aspectos Percepccedilatildeo do estado de sauacutede estilo de vida e doenccedila crocircnica Pesquisa Nacional de Sauacutede 2013
23 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Pesquisa Nacional por Amostra
de Domiciacutelios 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapesquisaspesquisa_resultadosphpid_pesquisa=149gt[2014 dez 04]
24 Tribess S Virtuoso Junior JS Prescriccedilatildeo de exerciacutecios fiacutesicos para idosos Rev saudecom 2005 1(2)163-72
38
25 Pollock ML Wilmore JH Exerciacutecio na Sauacutede e na Doenccedila avaliaccedilatildeo e prescriccedilatildeo para prevenccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo Editora MEDSI 2ordf ed Rio de Janeiro 1993
26 Sociedade Brasileira de Cardiologia V Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 20061-48
27 World Health Organization Global Health Observatory (GHO) 2014 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghoncdrisk_factorsblood_pressure_prevalence_textengt [2014 dez 04]
28 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Secretaria de Atenccedilatildeo baacutesica agrave Sauacutede Departamento de atenccedilatildeo baacutesica - Hipertensatildeo arterial sistecircmica Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2006
29 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) (2009) Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeGestorvisualizar_textocfmidtxt=24421gt [2010 abr 07]
30 Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Nuacutemero de hipertenso 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwsbhorgbripadgeralphpgt [09 nov 2014]
31 Secretaria de Sauacutede do Estado da Bahia Hipertensatildeo Quantidade de Hipertensos na Bahia Disponiacutevel em (2014) lthttpwwwsaudebagovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=4418ampcatid=1ampItemid=14gt [2014 jan 10]
32 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica 2014 Dados de mortalidade na Bahia Disponiacutevel em lthttptabnetdatasusgovbrcgitabcgiexesiabcnvSIABSBAdefgt [2014 mai 05]
33 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica Dados sociodemograacuteficos de Ibicuiacute 2014 lthttptabnetdatasusgovbrcgideftohtmexesiabcnvSIABFBAdefgt [2014 jan 05]
34 Williams B The year in hypertension JACC 2010 55(1) 66-73
35 Lipp M Rocha JC Stress Hipertensatildeo Arterial e Qualidade de vida um guia de tratamento para o hipertenso Campinas Papirus 1996
36 Borenstein MS (Org) Manual de Hipertensatildeo Arterial Porto Allege Editora Sagra Luzzatto 1999
37 Joint National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure The Sixth Report of the Join National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure Arch Intern Med 1997157 2413-2446
39
38 Mitchell GF Parise H Benjamin EJ et al Changes in arterial stiffness and wave reflection with advancing age in health men and women Hypertension 2004 431239-1245
39 Matos AC Ladeia AM Avaliaccedilatildeo de fatores de risco cardiovascular em uma comunidade rural da Bahia Arq Bras Cardiol 2003 81(3) 291-6
40 World Health Organization Who Expert Committee on Physical Status the use and interpretation of antropometry Report of a WHO Expert Commitee Geneva WHO 1995 p 854
41 Pitanga FJG Antropometria na avaliaccedilatildeo da obesidade abdominal e risco coronariano Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum 201113(3) 238-241
42 Ferreira LS Amaral TF Marucci MFN et al Under nutrition as a major risk factor for death among older Brazilian adults in the community-dwelling setting SABE survey Nutrition 201127(10)17-22
43 Andrade FB Caldas Junior AF Kitoko PM et al Prevalence of overweight and obesity in elderly people from Vitoacuteria-ES Brazil Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2012 set17(3)749-756
44 Boscatto EC Duarte Mde F Coqueiro Rda S Barbosa AR Nutritional status in the oldest elderly and associated factors Rev Assoc Med Bras 2013 59(1)40-47
45 Kostka J Borowiak E Kostka T Nutritional status and quality of life in different
populations of older people in Poland Eur J Clin Nutr 2014 Nov68(11)1210-5
46 Silva DAS Petroski EL Associaccedilatildeo de diferentes pontos de corte para sobrepeso e obesidade com pressatildeo arterial elevada em idosas Rev Educ Fis UEM 2009 20 415-22
47 Nutrition Screening Initiative Interventions manual for professionals caring for older Americans Washington DC Nutrition Screening Initiative 1992
48 World Health Organization Obesity preventing and managing the global epidemic Report of a WHO Consultation on Obesity Geneva World Health Organization 1998
49 Cameron AJ Dunstan DW Owen N et al Health and mortality consequences
of abdominal obesity evidence from the Aus Diab study Med J Aust 2009191 202ndash208
50 Fox KA Despres JP Richard AJ et al Does abdominal obesity have a similar impact on cardiovascular disease and diabetes A study of 91246 ambulant patients in 27 European countries Eur Heart J 2009 30 3055ndash3063
40
51 Pouliot MC Despreacutes JP Lemieux S et al Waist circumference and abdominal sagittal diameter Best simple anthropometric indexes of abdominal visceral adipose tissue accumulation and related cardiovascular risk in men and woman Am J Cardiology 1994 73 460-468
52 Peixoto MRG Beniacutecio MHD Latorre M et al Circunferecircncia da Cintura e Iacutendice de massa Corporal como Preditores da Hipertensatildeo Arterial Arq Bras Cardiol 200687 462-470
53 MacKay MF Haffner SM Wagenknecht LE et al Prediction of type 2 diabetes using alternate anthropometric measures in a multiethnic cohort the insulin resistance atherosclerosis study Diabetes Care 200932(5)956-8
54 Valdez R A simple model-based index of abdominal adiposity J Clin Epidemiol1991 44(9) 955-6
55 Pitanga FJG Lessa I Sensibilidade e especificidade do iacutendice de conicidade como discriminador do risco coronariano de adultos em Salvador Brasil Rev Bras Epidemiol 20047(3)259-69
56 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano elevado em adultos na cidade de Salvador - Bahia Arq Bras Cardiol 2005 85 (1)26-31
57 Ghosh JR Bandyopadhyay AR Comparative evaluation of obesity measures relationship with blood pressures and hypertension Singapore Med J 200748(3) 232-5
58 Almeida RT Almeida MMG Araujo TM Obesidade abdominal e risco cardiovascular desempenho de indicadores antropomeacutetricos em mulheres Arq Bras Cardiol 2009 out92(5)375-380
59 Freitas Juacutenior Costa Rosa CS Codogno JS et al Capacidade cardiorrespiratoacuteria e distribuiccedilatildeo de gordura corporal de mulheres com 50 anos ou mais Rev Esc Enferm USP 2010 44(2) 395-400
60 Matos LN Giorelli GV Dias CB Correlation of anthropometric indicators for identifying insulin sensitivity and resistance Satildeo Paulo Med J [online] 2011 129(1) 30-35
61 Gomes MA Rech CR Gomes MBA et al Correlaccedilatildeo entre iacutendices antropomeacutetricos e distribuiccedilatildeo de gordura corporal em mulheres idosas Rev bras cineantropom desempenho hum 2006 set 8(3) 16-22
62 Tarastchuk JCE Gueacuterios EE Bueno RRL et al Obesidade e intervenccedilatildeo coronariana devemos continuar valorizando o Iacutendice de Massa Corpoacuterea Arq Bras Cardiol [online] 2008 90(5) 311-316
41
63 Ferreira AP CB Ferreira VC Souza et al Risco de distuacuterbio glicecircmico em mulheres idosas ajustado por antropometria e genoacutetipos de citocinas Rev Assoc Med Bras [online] 201157(5) 565-569
64 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano em mulheres Rev Bras Cineantrop Desempenho Hum 2006 8 (1) 14-21
65 Newman TB Browner WS Cummings SR Delineando estudos de testes meacutedicos In Hulley SB et al Delineando a pesquisa cliacutenica uma abordagem epidemioloacutegica 2 ed Porto Alegre Artmed 2003 203-224
66 Toscano CM As campanhas nacionais para detecccedilatildeo das doenccedilas crocircnicas natildeo-transmissiacuteveis diabetes e hipertensatildeo arterial Ciecircnc sauacutede Coletiva out-dez 2004 9(4) 885-895
67 Fletcher RH Fletcher SW Prevenccedilatildeo In Fletcher R Fletcher S Epidemiologia
cliacutenica elementos essenciais 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 2006 179-201
68 Jeckel J Elmore J Katz D Meacutetodos de prevenccedilatildeo secundaacuteria In _____ Epidemiologia bioestatiacutestica e medicina preventiva 2 ed Porto Alegre Artmed 2005 236-247
69 Klein CH Bloch KV Estudos seccionais In Medronho RA Carvalho DM Bloch KV Luiz RR Werneck GL Epidemiologia 1ordf ed Satildeo Paulo Editora Atheneu 2002 125-150
70 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Resoluccedilatildeo nordm- 6 de 3 de novembro de 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcenso2010ibgegovbrdados_divulgadosindexphpuf=29gt[201 dez 18]
71 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica ndash Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais (2014) Disponiacutevel em lthttpcodibgegovbr398G9gt [2014 ago 30]
72 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230gt [2013 mai 01]
73 Luiz RR Magnanini MMF A loacutegica da determinaccedilatildeo do tamanho da amostra em investigaccedilotildees epidemioloacutegicas Cad sauacutede coletiva Rio de Janeiro 2000 8(2) 9-28
74 Reis MC Nascimento RAS Pedreira RBS et al Validaccedilatildeo de Face e Clareza do Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede dos Idosos ndash IASI [resumo] in Anais do XIX Congresso Brasileiro Geriatria e Gerontologia Beleacutem 2014 296-296
75 Lohman TG Roche AF Martorell R Anthropometric Standardization Reference Manual Champaign Illinois Human Kinetics 1988
42
76 Vaz JCL Regiotildees de Incerteza para Curva ROC em Teste Diagnoacutesticos
[dissertaccedilatildeo] Satildeo Carlos Universidade Federal de Satildeo Carlos 2009
77 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de 2012
78 Erdreich LS Lee ET Use of relative operating characteristic analysis in epidemiology A method for dealing with subjective judgement Am J Epidemiol 1981 114649-62
79 Aekplakorn W Pakpeankitwatana V Lee CM et al Abdominal obesity and coronary heart disease in Thai men Obesity 200715(4)1036-42
80 Oliveira MAM Fagundes RLM Moreira EAM et al Relaccedilatildeo de Indicadores Antropomeacutetricos com Fatores de Risco para Doenccedila Cardiovascular Arq Bras Cardiol 2010 abr 94(4) 478-485
81 Mendes TAB Goldbaum M Segri NJ et al Factors associated with the prevalence of hypertension and control practices among elderly residents of Satildeo Paulo city Brazil Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(11) 2275-2286
82 Oliveira BFA Souza Mouratildeo D Gomes N et al Prevalecircncia de hipertensatildeo arterial em comunidades ribeirinhas do Rio Madeira Amazocircnia Ocidental Brasileira Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(8) 1617-1630
83 Picon RV Fuchs FD Moreira LB et al Prevalence of Hypertension Among Elderly Persons in Urban Brazil A Systematic Review With Meta-Analysis Am J Hypertens 2013 26 (4) 541-548
84 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Pessoa Idosa e Envelhecimento Seacuteries Pactos pela Sauacutede 2006 v 12 Brasiacutelia ndash DF 2010
85 Leal Neto JS Souza J Coqueiro RS et al Anthropometric indicators of obesity as screening tools for high blood pressure in the elderly Int J Nurs Pract 2013 Aug 19(4) 360-367
86 Schisterman EF Faraggi D Reiser B Trevisan M Statistical inference for the area under the receiver operating characteristic curve in the presence of random measurement error Am J Epidemiol 2001 154 (2) 174-9
87 Samsen M Hanchaiphiboolkul S Puthkhao P et al Appropriate body mass index and waist circumference cutoffs for middle and older age group in Thailand data of 19621 participants from Thai epidemiologic stroke (TES) study J Med Assoc Thai 2012 Sep 95(9)1156-66
88 Ko GTC Chan JCN Cockram CS Woo J Prediction of hypertension diabetes dyslipidemia or albuminuria using simple anthropometric indexes in Hong Kong Chinese Int J Obes 1999 23 (11) 1136-42
43
89 Lin WY Lee LT Chen CY et al Optimal cut-off values for obesity using simple anthropometric indices to predict cardiovascular risk factors in Taiwan Int J Obes Relat Metab Disord 2002261232-8
90 Pua YH Ong PH Anthropometric indices as screening tools for cardiovascular risk factors in Singaporean women Asia Pac J Clin Nutr 2005 14 (1) 74-9
91 Berber A Goacutemez-Santos R Fanghaumlnel G Saacutenchez-Reyes L Anthropometric
indexes in the prediction of type 2 diabetes mellitus hypertension and dyslipidaemia in a Mexican population Int J Obes 200125(12)1794-9
92 Browning LM Hsieh SD Ashwell M A systematic review of waist-to-height ratio
as a screening tool for the prediction of cardiovascular disease and diabetes 05 could be a suitable global boundary value Nutr Res Rev 2010 23(2)247-69
93 Bertsias G Mammas I Linardakis M Kafatos A Overweight and obesity in
relation to cardiovascular disease risk factors among medical students in Crete Greece BMC Public Health 2003 31-9
94 Kashihara H Lee JS Kawakubo K et al Criteria of Waist Circumference According to Computed Tomography-Measured Visceral Fat Area and the Clustering of Cardiovascular Risk Factors Circ J 2009 73 1881-1886
44
APEcircNDICES
45
Apecircndice 1
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
46
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS
PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE SAUacuteDE
DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE
Jequieacute ____ ____ 201__
APEcircNDICE 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Vocecirc esta sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa do Nuacutecleo de
Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo (NESP) da Universidade Estadual do Sudoeste da
Bahia
Objetivo do estudo Avaliar e monitorar as condiccedilotildees de sauacutede de idosos residentes
em comunidade
Participaccedilatildeo Ao aceitar participar do estudo estarei agrave disposiccedilatildeo do pesquisador
para responder ao formulaacuterio que seraacute arquivado pelo autor por um periacuteodo de cinco
anos sendo posteriormente incinerado
Riscos Este estudo natildeo traraacute riscos para minha integridade fiacutesica ou moral dos
participantes
Confidencialidade do estudo Seraacute garantida a privacidade o anonimato bem como
o direito de aceitar ou natildeo participar da pesquisa podendo ser essa autorizaccedilatildeo
suspensa em qualquer fase do estudo Assim as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo
4662012 do Conselho Nacional de Sauacutede que discorre sobre pesquisa envolvendo
seres humanos seratildeo atendidas Os resultados seratildeo publicados no relatoacuterio final da
dissertaccedilatildeo e artigos cientiacuteficos
47
Benefiacutecios Accedilotildees interinstitucionais articuladas promovidas numa perspectiva
interdisciplinar possibilitaratildeo uma melhor compreensatildeo das condiccedilotildees de sauacutede dos
idosos residentes em comunidade do municiacutepio e contribuiraacute para a formulaccedilatildeo de
accedilotildees direcionadas as necessidades dessa populaccedilatildeo
Danos advindos da pesquisa Caso haja algum prejuiacutezo decorrente da realizaccedilatildeo
deste estudo seraacute providenciada a devida reparaccedilatildeo dos danos atraveacutes do
responsaacutevel pelo estudo O pesquisador e os entrevistados natildeo receberatildeo benefiacutecios
financeiros para participaccedilatildeo no estudo Todas as despesas seratildeo por conta do
pesquisador
Participaccedilatildeo voluntaacuteria Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria podendo a qualquer
momento desistir do estudo sem qualquer prejuiacutezo ou penalidade para mim
Consentimento para participaccedilatildeo Apoacutes ser devidamente esclarecido (a) quanto
aos objetivos deste estudo dos procedimentos aos quais serei submetido (a) bem
como dos possiacuteveis riscos decorrentes da minha participaccedilatildeo estou de acordo em
participar do mesmo O pesquisador responsaacutevel pelo estudo assegura que seraacute
disponibilizado qualquer esclarecimento adicional que eu venha a solicitar durante a
realizaccedilatildeo da pesquisa e o direito de desistir da participaccedilatildeo em qualquer momento
Em casos de duacutevidas eou problemas referentes ao estudo vocecirc poderaacute
entrar em contato com o autor atraveacutes do Nuacutecleo de Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo
(NESP) (73) 3528-9721
Sendo assim eu ______________________________________________
aceito livremente participar do Projeto MONIDI
__________________________________ __________________________________
Assinatura do (a) participante
RG _________________________
Assinatura do (a) pesquisador
RG_________________________
48
Apecircndice 2
Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede do Idoso
49
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS
PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE
SAUacuteDE DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE
Nuacutemero do Questionaacuterio |__|__|__|
Nome do Entrevistador ___________________________
Visita 1 2 3
Data Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Hora de iniacutecio ________
Hora de teacutermino ________
I INFORMACcedilOtildeES PESSOAIS E SOCIODEMOGRAacuteFICAS
1 Nome do entrevistado
2Sexo
0 ( ) Feminino
1 ( ) Masculino
3 Endereccedilo completotelefone
4 Idade ____ anos
41 Data de Nascimento
____________
50
5 Situaccedilatildeo conjugal atual
1 ( ) Casado(a) 2 ( ) Uniatildeo estaacutevel 3 ( ) Solteiroa
4 ( ) Divorciado(a)separado(a)desquitado(a) 5 ( ) Viuacutevoa
6 No total quantas vezes o (a) Sr(a) esteve casado(a) ou em uniatildeo
Nordm de vezes |___|___|
7 Na escola qual a uacuteltima seacuterie grau que concluiu com aprovaccedilatildeo
1 - Nunca foi agrave escola ( ) 4 - Fundamental II ( )5 a ( )6 a ( )7 a ( )8 a
2 - Lecirc e escreve o nome ( ) 5 - Ensino Meacutedio ( ) 1 a ( )2 a ( )3
3 - Fundamental I ( )1 a ( )2 a 6 - Superior ( ) completo ( ) incompleto
( )3 a ( )4 a
8 Como vocecirc classificaria a cor da sua pele
1( ) Branca 2( ) Amarela (oriental) 3( ) Parda
4( ) Origem indiacutegena 5( ) Preta 9( ) Natildeo sabe
9 Cor da pele (entrevistador)
1( ) branca 2( ) amarela (oriental) 3( ) parda
4( ) origem indiacutegena 5( ) preta
10-Quantos filhos e filhas nascidos vivos o(a)Sr(a) teve (natildeo inclua enteados filhos
adotivos abortos ou filhos nascidos mortos)
Nuacutemero de filhos |____|____| (98) NS (99) NR
11 Atualmente o senhor (a) mora sozinho ou acompanhado
1( )Acompanhado 2( ) Sozinho 3( ) NR 4( )NS
51
12 Desde que o senhor (a) nasceu viveu no campo por 5 anos ou mais
0( ) Natildeo 1( ) Sim 2( ) NS 3( ) NR
13 Qual eacute a sua religiatildeo
1( ) Catoacutelica 2( ) Protestante 3( ) Judaica
4( ) Espiacuteritakardecista 5( ) Umbanda 6( ) Outras ____________
14 Qual a importacircncia da religiatildeo em sua vida
(1) Importante (2) Regular (3) Nada importante (8) NS (9) NR
15 Com que frequecircncia o senhor vai agrave igreja ou ao serviccedilo religioso
( ) Nunca ( ) Vaacuterias vezes por ano ( ) Uma duas vezes por mecircs
( ) Quase toda semana ( ) Mais de uma vez por semana ( ) NS ( ) NR
16 Quanto vocecirc ganha em meacutedia por mecircs R$ __________8( )Natildeo se aplica
II A CONSUMO DE AacuteLCOOL E TABACO
Uso de bebidas alcooacutelicas
1 Vocecirc consome bebidas alcooacutelicas Se vocecirc NAtildeO BEBE siga para o bloco III C
0 ( )sim 1( ) natildeo
2 Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
3 As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
4 Sente-se chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
5 Costuma beber pela manhatilde para diminuir o nervosismo ou a ressaca
0 ( ) sim 1( ) natildeo
Haacutebito de fumar
1 Vocecirc jaacute foi fumante 0 ( ) sim 1( ) natildeo
52
2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco
III C
3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros
4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias
III ANTROPOMETRIA
MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS
ESTATURA
MASSA CORPORAL
CIRCUNFEREcircNCIA
DE CINTURA
IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL
MEDIDA 01 02 03
Pressatildeo arterial
sistoacutelica
Pressatildeo arterial
diastoacutelica
53
ANEXOS
54
Anexo 1
Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos
55
56
1
1 INTRODUCcedilAtildeO
A transiccedilatildeo epidemioloacutegica caracteriza-se pela evoluccedilatildeo progressiva de um
perfil de alta mortalidade por doenccedilas infecciosas para outro onde predominam os
oacutebitos por doenccedilas cardiovasculares neoplasias causas externas e outras doenccedilas
consideradas crocircnico-degenerativas natildeo transmissiacuteveis1 Jaacute a transiccedilatildeo demograacutefica
tem relaccedilatildeo direta com a evoluccedilatildeo das taxas de mortalidade natalidade e
fecundidade no qual houve uma mudanccedila da populaccedilatildeo jovem para um contingente
cada vez maior e mais importante de pessoas com 60 anos ou mais de idade2
As mudanccedilas demograacuteficas evidenciam o aumento na expectativa de vida com
consequente crescimento da populaccedilatildeo idosa3 Essa modificaccedilatildeo no perfil etaacuterio da
populaccedilatildeo concorre para transformaccedilatildeo nos aspectos relacionados agrave
morbimortalidade nos quais as doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis (DCNT) passam
a ser as principais causas de adoecimentomorte As DCNT mais prevalentes satildeo as
doenccedilas cardiovasculares cacircnceres respiratoacuterias crocircnicas diabetes e hipertensatildeo
arterial4
A hipertensatildeo arterial sistecircmica (HAS) eacute a primeira causa de mortalidade em
acircmbito mundial e a terceira causa de incapacidade induzida por doenccedila apoacutes
desnutriccedilatildeo e doenccedilas sexualmente transmissiacuteveis5 Estima-se que a pressatildeo arterial
elevada cause 94 milhotildees de mortes por ano no mundo6 A HAS eacute o principal fator de
risco para acidente vascular encefaacutelico (AVE) doenccedila arterial coronariana
insuficiecircncia cardiacuteaca insuficiecircncia renal crocircnica e doenccedila vascular de extremidades7
Tal enfermidade em idosos estaacute associada a significante aumento nos distuacuterbios
cardiovasculares na incidecircncia de doenccedilas incapacitantes com consequente
diminuiccedilatildeo da sobrevida e piora na qualidade de vida resultando dependecircncia e perda
da autonomia8910
Vaacuterios estudos evidenciam que a gordura corporal estaacute relacionada com a
pressatildeo arterial elevada em idosos111213 Dessa forma para discriminar a quantidade
de gordura corporal e sua distribuiccedilatildeo os iacutendices antropomeacutetricos satildeo instrumentos
haacutebeis principalmente em estudos epidemioloacutegicos Aleacutem disso tecircm sido utilizados
com frequecircncia em estudos populacionais e satildeo importantes por monitorar o estado
nutricional em diferentes grupos Esses iacutendices satildeo bons preditores para a
hipertensatildeo arterial14 diabetes mellitus doenccedilas cardiovasculares e para discriminar
2
o risco coronariano em diferentes populaccedilotildees1516 Apresentam como vantagens a sua
simplicidade baixo custo e faacutecil utilizaccedilatildeo Contudo estudos sobre os iacutendices
antropomeacutetricos satildeo escassos e inconclusivos na populaccedilatildeo idosa17
A identificaccedilatildeo indireta da hipertensatildeo arterial por meio dos iacutendices
antropomeacutetricos pode ser uma estrateacutegia importante na sauacutede puacuteblica como
instrumento de triagem favorecendo a identificaccedilatildeo das alteraccedilotildees na pressatildeo
arterial Uma das estrateacutegias recomendadas para atingir essa proposta eacute a utilizaccedilatildeo
de instrumentos de rastreamento adequados de raacutepida e faacutecil aplicaccedilatildeo e que
apresentem coeficientes de fidedignidade e de validade significativos No contexto da
atenccedilatildeo primaacuteria recentemente Gomes et al (2009)18 e Azevedo et al (2010)19
propuseram a aplicaccedilatildeo da antropometria para a detecccedilatildeo de fatores de risco agrave sauacutede
sugerindo a utilizaccedilatildeo do iacutendice de massa corporal (IMC) e circunferecircncia da cintura
(CC) como medidas de triagem
Averiguar o poder discriminatoacuterio e estabelecer pontos de corte ou seja
valores criacuteticos de iacutendices antropomeacutetricos que se associem a hipertensatildeo arterial em
idosos pode ser uma boa estrateacutegia de monitoramento e de triagem destes fatores de
risco Sendo que os valores criacuteticos dos iacutendices antropomeacutetricos para idosos natildeo
foram estabelecidos na literatura Dessa forma parecem ser relevantes os estudos
que indiquem meios indiretos para detectar fatores de risco cardiovascular Os iacutendices
antropomeacutetricos podem ser utilizados como estrateacutegia eficiente no processo de
triagem da hipertensatildeo arterial no ambiente da atenccedilatildeo primaacuteria do Sistema Uacutenico de
Sauacutede (SUS)
3
2 REVISAtildeO DE LITERATURA
21 Consideraccedilotildees sobre doenccedilas cardiovasculares no Brasil e o processo de envelhecimento populacional
Atualmente as doenccedilas cardiovasculares tecircm acometido grande parcela da
populaccedilatildeo mundial Em 2012 o relatoacuterio da World Health Organization (WHO)20
estimou que 175 milhotildees de pessoas morreram de doenccedilas cardiovasculares
representando 46 de todas as mortes globais Jaacute a pressatildeo arterial elevada
provoca 51 das mortes por acidente vascular cerebral e 45 das mortes por doenccedila
arterial coronariana21
Tais doenccedilas foram responsaacuteveis por 70 das causas de morte no Brasil no
ano de 2013 As doenccedilas cardiovasculares como do aparelho circulatoacuterio cacircncer e
diabetes tecircm respondido por um nuacutemero elevado de mortes antes dos 70 anos22
O crescimento populacional e o aumento da longevidade podem acarretar a um
raacutepido aumento no nuacutemero total de adultos de meia-idade e mais velhos com um
correspondente aumento do nuacutemero de mortes causadas por doenccedilas crocircnicas natildeo
transmissiacuteveis
Dessa forma a quantidade de pessoas com mais de 60 anos satildeo hoje 13 da
populaccedilatildeo brasileira ou 261 milhotildees de indiviacuteduo em 201323 Com o processo de
envelhecimento populacional as doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis ganharam
expressotildees para a sociedade para previdecircncia social e por consequecircncia para a
sauacutede puacuteblica
A fase do envelhecimento eacute o momento caracterizado pelas alteraccedilotildees fiacutesicas
psicossociais e pelo decliacutenio da capacidade funcional dos organismos como tambeacutem
pelo surgimento de condiccedilotildees patoloacutegicas advindas de haacutebitos de vida inadequados
(tabagismo alcoolismo alimentaccedilatildeo incorreta ausecircncia de atividade fiacutesica regular
entre outros)24 Dessa forma para retardar essas mudanccedilas eacute necessaacuterio ter um
envelhecimento saudaacutevel
4
22 Hipertensatildeo arterial e a populaccedilatildeo idosa
A hipertensatildeo arterial eacute definida como sendo uma condiccedilatildeo crocircnica da tensatildeo
arterial elevada resultando em valores acima do considerado aceito ou seja quando
a pressatildeo arterial sistoacutelica (PAS) estaacute cronicamente acima de 140 mmHg ou a pressatildeo
arterial diastoacutelica (PAD) estaacute cronicamente acima de 90 mmHg2526
No mundo em torno de um bilhatildeo de pessoas satildeo hipertensas natildeo controladas
sendo que 75 milhotildees de pessoas morreram a cada ano pela doenccedila ateacute o ano de
200827 Estimativas do Ministeacuterio da Sauacutede indica que cerca de 17 milhotildees de
brasileiros apresentam hipertensatildeo arterial sendo que 35 dessa populaccedilatildeo tinham
idade igual ou superior a 40 anos Em comparaccedilatildeo com anos anteriores pode-se
observar que a proporccedilatildeo de brasileiros diagnosticados com hipertensatildeo arterial
cresceu de 215 em 2006 para 244 em 20092829
O resultado da Pesquisa Nacional de Sauacutede do primeiro semestre de 2013
estimou que o Brasil tem 313 milhotildees de hipertensos Entre as pessoas com mais de
60 anos mais de 444 tecircm hipertensatildeo sendo que essa prevalecircncia cresce com a
idade22 Esses dados se aproximam aos nuacutemeros da Sociedade Brasileira de
Hipertensatildeo (SBH) no qual estima que haja 30 milhotildees de hipertensos no Brasil em
2014 ou seja cerca de 30 da populaccedilatildeo adulta30
Jaacute na populaccedilatildeo baiana com idade acima de 40 anos cerca de 35 tecircm
hipertensatildeo arterial correspondendo a cerca de 13 milhatildeo de pessoas acometidas
pela doenccedila Na populaccedilatildeo dos 55 aos 64 anos 516 tecircm pressatildeo arterial elevada
e com 65 anos ou mais esse nuacutemero chega a 60631 No estado da Bahia foram
registradas 6274 mortes por doenccedilas de aparelho circulatoacuterio ateacute o mecircs de outubro
de 2013 Dentre os registros 649 foram por hipertensatildeo32 No municiacutepio de Ibicuiacute ndash
BA a prevalecircncia de HAS cadastrados nas Unidades de Sauacutede da Famiacutelia (USFs) foi
de 643 idosos33
A hipertensatildeo arterial eacute caracterizada por niacuteveis elevados e sustentados de
pressatildeo arterial (PA) como uma condiccedilatildeo cliacutenica multifatorial Associa-se
frequentemente a alteraccedilotildees funcionais eou estruturais dos oacutergatildeos-alvo (coraccedilatildeo
enceacutefalo rins e vasos sanguiacuteneos) e a alteraccedilotildees metaboacutelicas2634 Pode ser
classificada em primaacuteria e secundaacuteria de acordo com a sua origem A primaacuteria tem
5
sua origem desconhecida35 e a secundaacuteria eacute decorrente de alguma doenccedila
subjacente36
No caso de a PA estar cronicamente elevada ou seja hipertensatildeo arterial o
risco de desenvolvimento de complicaccedilotildees cardiovasculares renais e ateacute mesmo o
oacutebito aumenta consideravelmente37
Com relaccedilatildeo agrave caracteriacutestica fisiopatoloacutegica da HAS a partir dos 50 ou 60 anos
de idade a pressatildeo diastoacutelica diminui e a pressatildeo central aumenta determinando um
balanccedilo proacuteximo entre resistecircncia aumentada e aumento da impedacircncia na aorta
toraacutecica Dessa forma a pressatildeo de pulso comeccedila a se elevar e a HAS se torna o
principal subtipo de hipertensatildeo apoacutes a sexta deacutecada de vida38
Contudo apoacutes os 60 anos ocorre o enrijecimento arterial central indicado pela
queda na pressatildeo diastoacutelica e o raacutepido alargamento da pressatildeo de pulso O aumento
da rigidez arterial central e a amplitude da onda de pulso satildeo fatores hemodinacircmicos
dominantes nos indiviacuteduos normotensos e hipertensos apoacutes os 60 anos38
Aleacutem dos fatores fisiopatoloacutegicos vale destacar que o aumento da pressatildeo
arterial com a idade tambeacutem estaacute relacionado com o consumo de sal exagerado ao
longo da vida39
As principais estrateacutegias no tratamento natildeo-farmacoloacutegico da HAS segundo
Ministeacuterio da Sauacutede28 se encontram na adoccedilatildeo de haacutebitos alimentares saudaacuteveis
reduccedilatildeo na ingestatildeo de soacutedio reduccedilatildeo do consumo de bebidas alcooacutelicas abandono
do tabagismo praacutetica de atividade fiacutesica regular controle ou diminuiccedilatildeo da massa
corporal
23 Iacutendices antropomeacutetricos de sobrepeso e obesidade
Como meacutetodo natildeo invasivo a antropometria eacute utilizada principalmente para
avaliar as proporccedilotildees tamanho e a composiccedilatildeo corporal40 Tal meacutetodo possui relaccedilatildeo
com estado de sauacutede condiccedilotildees sociais e econocircmicas de grupos populacionais
podendo diagnosticar a desnutriccedilatildeo ou excesso de peso Os iacutendices antropomeacutetricos
que consistem na mediccedilatildeo de dimensotildees corporais podem ser usados para predizer
a sauacutede geral e bem-estar da populaccedilatildeo40
6
Em 2011 estudo realizado por Pitanga41 indica que os iacutendices antropomeacutetricos
apresentam-se como preditores do risco de infarto do miocaacuterdio acidente vascular
encefaacutelico e morte prematura
O IMC eacute determinado pela massa corporal em quilogramas dividido pela
estatura em metros ao quadrado eacute uma medida que determina o estado nutricional
Este iacutendice antropomeacutetrico eacute comumente aplicado em estudos epidemioloacutegicos em
idosos para diagnosticar o excesso de peso (sobrepesoobesidade) principalmente
por ser um meacutetodo faacutecil de aplicar raacutepido e de baixo custo Deste modo vaacuterios
estudos com essa populaccedilatildeo tecircm avaliado o estado nutricional por meio do IMC42
434445
No estudo de Silva e Petroski (2009)46 com idosas de um grupo de convivecircncia
do municiacutepio de Aracaju ndash Sergipe sugeriu que o ponto de corte do IMC utilizado pela
Nutricion Screening Initiative ndash NSI (1992)47 para sobrepeso e excesso de peso foi o
mais bem associado com a PA elevada e para obesidade o melhor ponto de corte
associado com a PA elevada foi o da WHO (1998)48
A outra medida importante para avaliaccedilatildeo da obesidade central dos indiviacuteduos
eacute a circunferecircncia de cintura A obesidade eacute caracterizada pelo acuacutemulo excessivo de
gordura corporal no indiviacuteduo e quando presente na regiatildeo abdominal tem alta
correlaccedilatildeo com doenccedilas cardiovasculares e distuacuterbios metaboacutelicos40 O obeso tem
mais propensatildeo a desenvolver problemas como hipertensatildeo doenccedilas
cardiovasculares diabetes tipo 2 entre outras doenccedilas4950
Comparando as medidas antropomeacutetricas com exames de diagnoacutesticos por
imagens como a tomografia computadorizada e a ressonacircncia magneacutetica foi
verificado que a circunferecircncia da cintura apresentou melhor correlaccedilatildeo com o tecido
adiposo visceral51 Tambeacutem o aumento da circunferecircncia da cintura teve boa
associaccedilatildeo com o aumento significativo da prevalecircncia da hipertensatildeo arterial52
A razatildeo cintura-estatura (RCEst) eacute determinado pela divisatildeo da circunferecircncia
da cintura (cm) pela estatura (cm) Este indicador tem sido utilizado para identificar
alto risco metaboacutelico obesidade fatores de risco cardiovascular e maior capacidade
preditiva para o risco coronariano elevado em populaccedilotildees adultas e idosas1653
tambeacutem eacute fortemente associada a diversos fatores de risco cardiovascular em
diferentes populaccedilotildees15
7
O Iacutendice C eacute determinado com as medidas de massa corporal da estatura e da
circunferecircncia da cintura54 e eacute muito utilizado com a populaccedilatildeo adulta555657585960 Jaacute
com a populaccedilatildeo de idosos o iacutendice C tem sido pouco utilizado e somente alguns
estudos usaram esse indicador para tentar identificar distuacuterbios metaboacutelicos risco
coronariano e prevalecircncia de risco agrave sauacutede616263 Natildeo foram encontrados estudos
associativos entre o Iacutendice C e pressatildeo arterial elevada em idosos
Tais iacutendices satildeo pouco utilizados com a populaccedilatildeo idosa e principalmente com
populaccedilotildees residentes em cidades de pequeno porte Dessa forma para discriminar e
analisar o incremento de gordura corporal os iacutendices antropomeacutetricos tecircm
demonstrado eficiecircncia principalmente em estudos epidemioloacutegicos Cada indicador
tem peculiaridade quanto a sua distribuiccedilatildeo e discriminaccedilatildeo por isso podem ser
utilizados conjuntamente ou separadamente dependendo dos objetivos como
estrateacutegia eficiente para a detecccedilatildeo e o controle de doenccedilas
Contudo os iacutendices antropomeacutetricos tecircm sido bem utilizados para associar
vaacuterios fatores de risco de sauacutede como doenccedilas coronarianas cardiovasculares
distuacuterbios metaboacutelicos dentre outros641641 Poreacutem ainda natildeo estaacute clara sua
associaccedilatildeo com pressatildeo arterial elevada em idosos
Sendo assim os iacutendices antropomeacutetricos satildeo eficientes para identificar a
hipertensatildeo arterial em idosos E quais satildeo os melhores iacutendices para identificar as
alteraccedilotildees da pressatildeo arterial elevada em idosos
24 A importacircncia da validaccedilatildeo
Como se trata de um estudo de validaccedilatildeo de um meacutetodo faz-se necessaacuterio
debater sobre o tema Os instrumentos de rastreamento satildeo ferramentas essenciais
para os serviccedilos de sauacutede pois fornecem medidas relevantes reprodutiacuteveis e
acuradas permitindo a identificaccedilatildeo das pessoas com maior chance de preencher os
criteacuterios para uma determinada condiccedilatildeo ou doenccedila Como tambeacutem completa o
registro de informaccedilatildeo e a comparaccedilatildeo de resultados minimizando a influecircncia de
fatores subjetivos na coleta e registro de dados6566
A escolha de um instrumento deve-se basear em suas qualidades que
consistem em coeficientes significativos de validade e fidedignidade Dessa forma
8
essas medidas necessitam apresentar simplicidade na teacutecnica economia facilidade
e rapidez na aplicaccedilatildeo e interpretaccedilatildeo666768
A validade caracteriza-se como a capacidade do instrumento medir aquilo que
se propotildees a medir Envolve um componente conceitual (julgamento subjetivo a
respeito do instrumento pelo pesquisador) e um componente operacional (avaliaccedilatildeo
sistemaacutetica (estatiacutestica) do teste) geralmente o comparando com um criteacuterio padratildeo
ouro67
A avaliaccedilatildeo operacional da validade utilizada nessa pesquisa foi a de criteacuterio
no qual mede agrave extensatildeo com que o instrumento discrimina sujeitos que diferem em
determinadas caracteriacutesticas Refere-se agrave capacidade de uma escala de se
corresponder com outras medidas ou de predizer algo a que se propotildee Eacute avaliada
por meio de criteacuterio-padratildeo (validade concorrente e validade preditiva) Sendo que a
validade preditiva eacute estimulada estatisticamente e expressa por meio da sensibilidade
especificidade valor preditivo positivo valor preditivo negativo e taxa de classificaccedilatildeo
incorreta67
A sensibilidade corresponde agrave proporccedilatildeo de casos positivos identificados
corretamente ou melhor eacute a capacidade de medida de reconhecer os verdadeiros
positivos Quanto maior a sensibilidade maior a chance de detectar a doenccedila A
especificidade eacute proporccedilatildeo de casos negativos identificados corretamente eacute a
capacidade do instrumento de reconhecer os verdadeiros negativos67
Quanto mais sensiacutevel for o teste melhor seraacute seu valor preditivo negativo ou
seja maior seraacute a certeza de que uma pessoa com resultado negativo natildeo tenha
realmente a doenccedila Quanto mais especifico melhor seraacute seu valor preditivo positivo
ou seja maior seraacute a certeza de que uma pessoa com resultado positivo tenha a
hipertensatildeo arterial67
Como estrateacutegia geral quando a principal preocupaccedilatildeo for evitar o resultado
falso-positivo entatildeo o ponto de corte deve objetivar o maacuteximo de especificidade e se
a preocupaccedilatildeo maior eacute evitar resultado falso-negativo (o resultado do teste em
paciente com suspeita de hipertensatildeo arterial) o ponto de corte deve objetivar o
maacuteximo de sensibilidade67 Os autores ainda referem que a curva Receive Operator
Caracteristic (ROC) eacute a melhor maneira de estabelecer o ponto de corte otimizando
a sensibilidade e especificidade do teste diagnoacutestico
9
Destaca-se que as qualidades de um instrumento aplicado em condiccedilotildees de
campo satildeo modificadas pela prevalecircncia de casos na populaccedilatildeo cliacutenica (onde eacute
esperado ter maior proporccedilatildeo de doenccedila) comparada com uma populaccedilatildeo geral
10
3 OBJETIVOS
Determinar o poder preditivo de iacutendices antropomeacutetricos para predizer
hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos
Estabelecer pontos de corte como discriminadores de hipertensatildeo arterial em
mulheres e homens idosos
Identificar o iacutendice antropomeacutetrico de obesidade que melhor discrimina a
hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos
11
4 MATERIAL E MEacuteTODOS
41 Tipos de estudo
Esta pesquisa eacute do tipo transversal ou seccional como parte do projeto de
Monitoramento da Sauacutede de Idosos de um Municiacutepio de Pequeno Porte ESTUDO
MONIDI Em estudos transversais a estrateacutegia de observaccedilatildeo da populaccedilatildeo eacute
seccional isto eacute as informaccedilotildees obtidas referem-se ao mesmo momento sendo mais
adequado para obtenccedilatildeo de estimativas populacionais As informaccedilotildees individuais
devem ser coletadas num determinado prazo mais curto possiacutevel decorrido entre as
observaccedilotildees do primeiro e uacuteltimo indiviacuteduo69
42 Cenaacuterios do estudo
O municiacutepio de Ibicuiacute fica localizado na zona fisiograacutefica de Vitoacuteria da Conquista
(Encosta do Planalto) e situada no Sudoeste do Estado da Bahia possui uma aacuterea
territorial de 1176843 kmsup2 populaccedilatildeo de 16640 habitantes7071 A populaccedilatildeo de
idosos no ano de 2013 era de 2124 habitantes e destes 525 estavam cadastrados
nas Unidades de Sauacutede da Famiacutelia33
12
Figura 1 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Ibicuiacute BA na regiatildeo Nordeste do Brasil
Fonte Adaptado do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE)72 Infograacuteficos
Cidades Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230
43 Populaccedilatildeo e amostra
A populaccedilatildeo alvo do presente estudo foi constituiacuteda por indiviacuteduos com idade
igual ou superior a 60 anos de ambos os sexos cadastrados na Estrateacutegia de Sauacutede
da Famiacutelia (ESF) que atenderam agraves aacutereas urbanas e rurais do municiacutepio de Ibicuiacute-BA
no ano de 2014 A lista com o nuacutemero de usuaacuterios idosos cadastrados nas USFs da
zona rural e urbana do municiacutepio foi solicitada junto agrave Secretaria Municipal de Sauacutede
Foram incluiacutedos no estudo idosos que estavam cadastrados na Estrateacutegia de
Sauacutede da Famiacutelia que aceitaram participar da pesquisa atraveacutes da assinatura do
Termo de Consentimento Livre Esclarecido (TCLE)
Os criteacuterios de exclusatildeo foram os participantes com diagnoacutestico de demecircncia
ou qualquer outro tipo de alteraccedilatildeo cognitiva que comprometesse a veracidade das
informaccedilotildees fornecidas idosos acamados portadores de doenccedila de Alzheimer ou
outro tipo de doenccedila neuroloacutegica que afetasse a cogniccedilatildeo doenccedila em estaacutegio
terminal
Apoacutes aplicaccedilatildeo dos criteacuterios de exclusatildeo foi efetuado o caacutelculo amostral
seguindo a proposta de Luiz e Magnanini (2000)73 para populaccedilotildees finitas com
13
predominacircncia desconhecida de 50 sendo adotado niacutevel de significacircncia de 5
(correspondendo a um intervalo de confianccedila de 95) e erro toleraacutevel de amostragem
de 25
O caacutelculo amostral resultou numa amostra miacutenima necessaacuteria de 305 idosos
Esse caacutelculo amostral sofreu ajuste em 10 para compensar eventuais perdas e
recusas Apoacutes o resultado do caacutelculo amostral os idosos participantes foram
selecionados atraveacutes de sorteio sendo este proporcional ao tamanho e a distribuiccedilatildeo
por sexo e por quantidade de idosos na Unidade de Sauacutede da Famiacutelia
Os indiviacuteduos assinaram o TCLE foram entrevistados e avaliados nas
dependecircncias da USF sendo que aqueles que natildeo foram localizados ou natildeo
compareceram a USF apoacutes trecircs tentativas foram automaticamente substituiacutedos por
meio de sorteio
44 Equipes de coleta de dados
A equipe de coleta foi composta por dois profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica
(Coordenadores) e cinco acadecircmicos de fisioterapia enfermagem e medicina A
equipe foi previamente treinada em reuniotildees teacutecnicas e no estudo piloto que foi
realizado no periacuteodo de Outubro a Dezembro de 2013 visando padronizar todo o
processo de coleta Foram estabelecidas accedilotildees referentes agrave logiacutestica agrave aplicaccedilatildeo dos
questionaacuterios e aos procedimentos de medidas das variaacuteveis antropomeacutetricas A
coleta propriamente dita ocorreu entre o periacuteodo de 03022014 a 20022014
14
45 Procedimentos para coleta de dados
451 Variaacuteveis do estudo e dados coletados
Foram mensuradas as variaacuteveis idade sexo situaccedilatildeo conjugal niacutevel de
escolaridade raccedilacor renda mensal alcoolismos e tabagismos Como tambeacutem
medidas de pressatildeo arterial sistoacutelica e diastoacutelica massa corporal estatura e
circunferecircncia da cintura
452 Instrumentos de coleta
Foi utilizado o instrumento de coleta denominado Instrumento de Avaliaccedilatildeo da
Sauacutede de Idosos (IASI) padronizado e validado previamente74 Tal instrumento obteacutem
caracteriacutesticas sociodemograacuteficas informaccedilotildees pessoais consumo de aacutelcool e
tabaco avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica e de pressatildeo arterial
Para aferir a pressatildeo arterial foi utilizado o aparelho digital (marca OMRONreg
modelo HEM ndash 742 INT) Utilizou-se ainda uma balanccedila digital portaacutetil (OMRONreg) e
um estadiocircmetro (marca Sannyreg) ambos devidamente calibrados e fita
antropomeacutetrica flexiacutevel (Cardiomedreg)
453 Pressatildeo Arterial
A pressatildeo arterial foi aferida com um aparelho digital de braccedilo com manguito
adequado agrave circunferecircncia do mesmo A medida foi realizada no braccedilo direito a altura
do coraccedilatildeo Foram realizadas trecircs medidas da pressatildeo arterial sendo a primeira apoacutes
o idoso permanecer cinco minutos em repouso e sentado a segunda apoacutes dois
minutos e a terceira dois minutos apoacutes a realizaccedilatildeo da segunda (foi utilizada a meacutedia
das trecircs medidas) Valores de referecircncia estatildeo estabelecidos na Tabela 1
15
Tabela 1 - Classificaccedilatildeo da pressatildeo arterial de acordo com a VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo (2010)
Classificaccedilatildeo Pressatildeo Sistoacutelica (mmHg)
Pressatildeo Diastoacutelica (mmHg)
Oacutetima Normal Limiacutetrofe
lt 120 lt 130 130-139
lt 80 lt 85 85-80
Hipertensatildeo estaacutegio I 140-159 90-99 Hipertensatildeo estaacutegio II 160-179 100-109 Hipertensatildeo estaacutegio III ge 180 ge 110 Hipertensatildeo sistoacutelica isolada
ge 140 lt 90
Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo (2010)7
454 Antropometria
Todas as medidas antropomeacutetricas foram realizadas trecircs vezes (verificou-se a
meacutedia de tais medidas) por um profissional de Educaccedilatildeo Fiacutesica para diminuir o erro
intra e inter avaliadores e anotados por um apontador Os idosos foram medidos
conforme procedimentos padronizados por Lohman et al (1988)75 sem calccedilados
roupas leves sem reloacutegio chaves celular etc
Foi mensurada a circunferecircncia da cintura com uma fita antropomeacutetrica flexiacutevel
no ponto meacutedio entre a uacuteltima costela e a crista iliacuteaca e o procedimento foi deixar a
cintura livre de roupa e os braccedilos cruzados no peito Classificaccedilatildeo de risco para
desenvolver doenccedilas por Lohman et al (1988)75 HOMENS gt 102 cm e MULHERES
gt 88 cm Foi determinado o IMC atraveacutes da equaccedilatildeo [IMC =massa corporal
(kg)estatura2(m)] Valores de referecircncia estatildeo estabelecidos na Tabela 2
Tabela 2 - Classificaccedilatildeo do Iacutendice de Massa Corporal
IMC Classificaccedilatildeo
Baixo peso lt 220 kgm2 Peso adequado 220 le IMC le 270 kgm2 Obesidade gt 270 kgm2
Lohman et al (1988)75
16
A razatildeo cintura-estatura foi determinada pela equaccedilatildeo proposta por Pitanga e
Lessa (2006)15 a qual utiliza a CC (cm) e a estatura (cm) O Iacutendice C foi estimado por
meio das medidas de massa corporal estatura e circunferecircncia da cintura utilizando-
se um modelo proposto por Valdez (1991)54 cuja equaccedilatildeo matemaacutetica estaacute descrita a
seguir
46 Anaacutelise dos dados
Os dados foram digitados com dupla entrada no software Epidata 31 Apoacutes a
digitaccedilatildeo dos dados foram verificados manualmente os valores discrepantes e a
consistecircncia das informaccedilotildees
Na anaacutelise de dados foram utilizados os procedimentos da estatiacutestica descritiva
expressa por meacutedia desvio padratildeo nuacutemero de observaccedilotildees e percentual das
variaacuteveis avaliadas A diferenccedila entre os sexos nas variaacuteveis contiacutenuas foi analisada
pelo teste t de Student para amostras independentes uma vez que as variaacuteveis
apresentaram distribuiccedilatildeo normal e o teste do Qui-quadrado para comparar as
proporccedilotildees (variaacuteveis qualitativas) entre os idosos do sexo masculino e feminino
O poder discriminatoacuterio para determinar a hipertensatildeo arterial e os iacutendices
antropomeacutetricos foi verificado atraveacutes da utilizaccedilatildeo das curvas ROC recurso utilizado
para obtenccedilatildeo de pontos de corte que visam diagnoacutesticos ou triagem
A aacuterea sob a curva ROC (ASC) determina a capacidade preditiva do indicador
para presenccedila ou ausecircncia de hipertensatildeo arterial Uma ASC igual a 10 eacute
considerada perfeita poreacutem se for igual ou menor a 05 indica que sua capacidade
preditiva natildeo eacute melhor que ao acaso
17
Neste estudo o pressuposto para anaacutelise da ASC foi agrave sensibilidade pois em
determinadas situaccedilotildees quando natildeo pode correr o risco de natildeo diagnosticar
determinada doenccedila eacute melhor privilegiar a sensibilidade76
Apoacutes determinados os pontos de corte para cada uma das variaacuteveis
investigadas para prediccedilatildeo de hipertensatildeo essas foram dicotomizadas com base em
seus respectivos valores de referecircncia As anaacutelises estatiacutesticas foram conduzidas no
Statistical Product and Service Solutions (SPSS) reg 130 Em todas as anaacutelises foram
efetuadas respeitando-se o niacutevel de significacircncia de 5
47 Aspectos Eacuteticos
O estudo foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa da Universidade
Estadual do Sudoeste da Bahia com parecer (CAAE 22969013000000055) (Anexo
1) seguindo princiacutepios eacuteticos estabelecidos na Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de
2012 do Conselho Nacional de Sauacutede (CNS)77
18
5 RESULTADOS
51 Caracterizaccedilatildeo da amostra estudada
De acordo com a contabilizaccedilatildeo das perdas (mudou-se do municiacutepio natildeo foi
encontrado por mais de 3 vezes na USF ou domicilio) e recusas (n=31) a amostra final
foi composta por 310 idosos (201 zona urbana e 109 zona rural) A taxa de respostas
foi de 912 com 88 (n=31) de recusas e 92 (n=29) de exclusatildeo
Participaram do estudo 175 mulheres (565) e 135 homens (435) As
idades variaram entre 60 e 108 anos com meacutedia de 7078 plusmn 82 anos para as mulheres
e 60 a 93 anos com meacutedia de 7259 plusmn 78 anos para homens
A maioria das mulheres se auto referiu ser negra e os homens pardo O iacutendice
de analfabetismo apresentou-se elevado em ambos os sexos A maior parte dos idosos
eacute casado A maioria dos idosos sobrevivia com renda mensal inferior ou igual a um
salaacuterio miacutenimo (Tabela 3)
19
Tabela 3 - Variaacuteveis sociodemograacuteficas e de estilo de vida em idosos
Mulheres (n=175) Taxa de Resposta
Homens (n=135) Taxa de Resposta
n n P
Raccedilacor 9861 991
Branco 47 2686 43 3209
Preto 73 4171 26 1940 0001
Pardo 49 2800 55 4074
Natildeo sabe 4 229 10 741
Escolaridade 9918 1000
Analfabeto 95 5429 84 6222
Baacutesica 72 4114 46 3408 0001
Secundaacuteria 5 286 5 370
Superior 2 114 - -
Estado Civil 9789 991
Casadouniatildeo estaacutevel
74 4229 78 5777
Solteiroseparado 33 1886 36 2667 0001
Viuacuteva 63 3600 20 1481
Renda Mensal 9918 1000
le 1 salaacuterio 165 9428 123 9111
11 a 2 salaacuterio 8 458 10 74 0001
21 a salaacuterio 1 057 2 148
Alcoolismo 9989 1000
Sim 4 229 9 667 0001
Natildeo 170 9714 126 9333
Tabagismo 9597 1000
Sim 15 857 21 1556 0001
Natildeo 152 8686 114 8444
Teste Qui-quadrado
20
52 Caracteriacutesticas antropomeacutetricas
Apoacutes a assinatura do TCLE e realizaccedilatildeo do questionaacuterio 10 idosos foram
excluiacutedos (recusas e informaccedilatildeo incompleta do questionaacuterio) desta etapa de anaacutelise
Dessa forma foram analisadas 300 avaliaccedilotildees das medidas antropomeacutetricas
Na Tabela 4 podem ser observados os valores meacutedios desvio padratildeo valores
miacutenimos e maacuteximos e percentuais das variaacuteveis avaliadas A meacutedia do IMC foi menor
nos homens quando comparado com o resultado das mulheres (p lt 0001) Natildeo houve
diferenccedila significativa da variaacutevel circunferecircncia da cintura entre homens e mulheres
(p = 0208) A prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi maior nas mulheres A maioria
das mulheres eacute obesa e entre os homens o estado nutricional foi considerado eutroacutefico
(Tabela 5)
21
Tabela 4 - Valores descritivos miacutenimos e maacuteximos das variaacuteveis analisadas
Variaacuteveis Mulheres (n=167) Homens (n=133) Valor-p
Idade (anos) 7078 plusmn 821 (60-108)
7259 plusmn 786 (60-93)
0055
Massa corporal (kg) 6020 plusmn 1223 (2970-9580)
6384 plusmn 1250 (4010-11840)
0012
Estatura (cm) 14875 plusmn 616 (129-164)
16080 plusmn 782 (135-183)
lt00001
IMC (kgm2) 2715 plusmn505 (1342-4064)
2458 plusmn 390 (1475-3544)
lt00001
CC (cm)dagger 8734 plusmn 1126 (55-130)
8894 plusmn 1010 (66-115)
0208
RCEst 057 plusmn 011 (000-087)
055 plusmn 006 (042-073)
0086
Iacutendice C 123 plusmn 021 (000-166)
129 plusmn 006 (117-150)
0001
PAS 14096 plusmn 2218 (87-200)
13735 plusmn 2251 (98-209)
0166
PAD 7671 plusmn 1091 (45-105)
7697 plusmn 1179 (49-110)
0846
IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia da cintura RCEst - razatildeo cintura-estatura Iacutendice C - Iacutendice de Conicidade PAS - pressatildeo arterial sistoacutelica PAD ndash pressatildeo arterial diastoacutelica dagger Variaacuteveis com perdas (n=163 mulheres) Teste T de Student para amostras independentes
Tabela 5 - Percentuais das variaacuteveis analisadas
Variaacutevel Mulheres Homens Valor-p
Pressatildeo Arterial (n) (n)
Normal 557 (93) 594 (79) 0011
Hipertensatildeo 443 (74) 406 (54)
Estado nutricional (n) (n)
Baixo peso 144 (24) 301 (40)
Normal 353 (59) 436 (58) lt00001
Sobrepeso 503 (84) 263 (35)
Teste Qui-quadrado
53 Anaacutelise da curva ROC
22
As aacutereas sob a curva ROC do IMC da CC da RCEst e do iacutendice C como
preditores de hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos e os respectivos
intervalos de confianccedila (IC 95) podem ser observados na Tabela 6 e nas Figuras 2
3 4 5 6 7 8 9 Evidenciou-se que alguns iacutendices antropomeacutetricos apresentaram
aacuterea sob a curva ROC significativas Todavia a RCEst e o IMC assumiram maiores
aacutereas com diferenccedila significativa para os homens
Tabela 6 - Aacuterea sob a curva ROC e IC95 entre os iacutendices antropomeacutetricos e hipertensatildeo arterial em idosos
Aacuterea sob a curva ROC
PA elevada Mulheres
Homens
p
IMC (kgm2) 053 (044-062) 060 (050-070)
lt00001dagger
CC (cm) 057 (048-066) 058 (048-068)
lt00001dagger
RCEst 056 (047-065) 061 (051-071)
lt00001dagger
Iacutendice C 058 (049-066) 058 (058-068) lt00001dagger
IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia de cintura RCEst - razatildeo cinturaestatura Iacutendice C - iacutendice de conicidade ROC ndashReceiver Operating CharacteristicIC95 - intervalo de confianccedila a 95Aacuterea sob a curva ROC apresentando poder discriminatoacuterio para pressatildeo arterial elevada (Li-IC ge 050) daggerTeste Qui-quadrado
23
Figura 2 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) IMC - iacutendice de massa corporal
Figura 3 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) IMC - iacutendice de massa corporal
24
Figura 4 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) CC ndash circunferecircncia da cintura
Figura 5 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) CC ndash circunferecircncia da cintura
25
Figura 6 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) RCEst - razatildeo cinturaestatura
Figura 7 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) RCEst - razatildeo cinturaestatura
26
Figura 8 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) Iacutendice C -iacutendice de conicidade
Figura 9 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) Iacutendice C - iacutendice de conicidade
27
Os valores dos pontos de corte dos iacutendices antropomeacutetricos como preditores
de hipertensatildeo arterial e suas respectivas sensibilidade e especificidade (mais
adequado equiliacutebrio entre si) satildeo apresentados na Tabela 7 Observa-se que entre
os iacutendices antropomeacutetricos a RCEst teve melhor percentual de sensibilidade e de
especificidade para discriminar a pressatildeo arterial elevada para os homens
Tabela 7 - Pontos de corte sensibilidade e especificidade dos iacutendices antropomeacutetricos para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial em idosos
Mulheres Homens PA elevada
Ponto de corte
Sensibilidade ()
Especificidade ()
Ponto de corte
Sensibilidade ()
Especificidade ()
IMC (kgm2)
2679 527 548 2420 527 548
CC (cm) 8750 577 457 8650 593 532 RCEst 059 568 430 054 648 456 Iacutendice C 126 541 452 129 574 456
IMC ndash Iacutendice de Massa Corporal CC ndash Circunferecircncia da Cintura RCEst ndash Razatildeo Cintura-Estatura Iacutendice C ndash Iacutendice de Conicidade
28
6 DISCUSSAtildeO
61 Aacutereas sob a Curva ROC
Este estudo teve como objetivo identificar a capacidade preditiva de iacutendices
antropomeacutetricos de obesidade geral e abdominal para discriminar a presenccedila de
hipertensatildeo arterial em idosos com foco de utilizaccedilatildeo no ambiente da estrateacutegia de
sauacutede da famiacutelia Nessa perspectiva surge uma proposta de triagem dos casos de
idosos com possiacuteveis alteraccedilotildees crocircnicas em sua pressatildeo arterial aleacutem de possibilitar
a discussatildeo sobre validaccedilatildeo de tais iacutendices para uso no contexto da sauacutede
Dessa forma recomenda-se a anaacutelise da sensibilidade e especificidade por
meio da construccedilatildeo de curvas ROC pois eacute a melhor opccedilatildeo para determinar pontos de
corte em estudos epidemioloacutegicos78 Essa anaacutelise permite fornecer a aacuterea sob a curva
que traduz o poder de discriminaccedilatildeo de um indicador para um determinado desfecho
e a identificaccedilatildeo do melhor ponto de corte
A proposta dessa pesquisa natildeo eacute excluir o diagnoacutestico meacutedico mas
proporcionar uma estrateacutegia mais abrangente a ser utilizada pelas USFs em parceria
entre os profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica e os profissionais de sauacutede no contexto da
atenccedilatildeo primaacuteria
Embora exista associaccedilatildeo entre sobrepesoobesidade e a pressatildeo arterial
elevada poucos estudos tecircm identificado pontos de corte de iacutendices antropomeacutetricos
que visem agrave detecccedilatildeo da hipertensatildeo arterial em idosos Diversos estudos tecircm
demonstrado que os iacutendices antropomeacutetricos satildeo bons indicadores de obesidade e
estatildeo relacionados a fatores de risco cardiovascular795880 Todavia a hipertensatildeo eacute
apontada como um dos principais fatores de risco cardiovasculares o que denota a
necessidade de um olhar diferenciado
A prevalecircncia de hipertensatildeo foi inferior agrave encontrada em outros estudos818283
Contudo diferenccedilas metodoloacutegicas nuacutemero de medidas realizadas e os diferentes
criteacuterios de referecircncia satildeo as principais causas da grande variabilidade nas
prevalecircncias de pressatildeo arterial elevada entre as investigaccedilotildees No presente estudo
29
optou-se por maior rigorosidade ao diagnosticar a pressatildeo arterial elevada
considerando a realizaccedilatildeo de trecircs medidas
Nessa amostra observou-se que a prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi
443 nas mulheres e 406 nos homens Demonstrando ser uma alta prevalecircncia
pois se trata de uma populaccedilatildeo que eacute influenciada diretamente pelo o aumento da
morbimortalidade durante o envelhecimento Estudos envolvendo idosos indicam que
a prevalecircncia da hipertensatildeo encontra-se entre 50-70 com o aumento da idade84
Poucos estudos epidemioloacutegicos foram conduzidos com o objetivo de identificar
e discriminar a capacidade de iacutendices antropomeacutetricos de obesidade para a pressatildeo
arterial elevada na populaccedilatildeo de idosos e principalmente utilizando o iacutendice C o
RCEst Um estudo realizado com a populaccedilatildeo de idosos utilizou o mesmo objetivo
poreacutem usou como ponto de corte o iacutendice de massa corporal e o iacutendice de adiposidade
corporal85 Entretanto faz-se necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de outros iacutendices para identificar
hipertensatildeo arterial em idosos
De acordo com os resultados do presente estudo somente alguns dos
indicadores antropomeacutetricos apresentaram capacidade preditiva para a hipertensatildeo
arterial em idosos de acordo com limite inferior do intervalo de confianccedila de 9586
Dessa forma foi observado que a RCEst e IMC para os homens mostraram-se com
bom poder de detecccedilatildeo para a hipertensatildeo arterial pois obtiveram maiores valores
sob a curva para esse desfecho
Em 2013 Leal Neto et al85 identificaram em seus resultados que o IMC e o
iacutendice de adiposidade corporal foram os melhores indicadores preditivos de
hipertensatildeo arterial nos idosos em ambos os sexos independentemente de outros
fatores tais como idade tabagismo consumo de aacutelcool e atividade fiacutesica
No presente estudo os principais indicadores que tiveram uma boa aacuterea sob a
curva foram o IMC RCEst e Iacutendice C com resultados de 060 IC95 (050-070) 061
IC95 (051-071) e 058 IC95 (058-068) respectivamente para homens
Nas mulheres tais iacutendices mostraram-se com menor poder discriminatoacuterio para
diagnosticar a hipertensatildeo arterial A HAS eacute um desfecho que pode ser influenciado
por fatores multicausais (hormonais estresse etc) Na anaacutelise do desempenho do
iacutendice antropomeacutetrico a loacutegica eacute unidirecional ou seja verificar o desempenho desses
iacutendices apenas como preditores de hipertensatildeo arterial foram mais satisfatoacuterios entre
os homens Os iacutendices podem interferir mas natildeo determinar a prevalecircncia da
30
hipertensatildeo Embora as mulheres tenham uma maior prevalecircncia essa natildeo eacute
determinada pelos iacutendices antropomeacutetricos no presente estudo
Tais resultados diferem do estudo realizado em 2012 por Samsen et al87 no
qual a circunferecircncia da cintura teve boa ASC nos homens = 0684 com IC95 (0672-
0695) e nas mulheres = 0673 IC95 (0665-0681) sendo o melhor indicador
significativamente (p lt0001) do que o IMC no qual a ASC em homens foi de = 0667
IC95 (0656-679) e nas mulheres = 0636 IC95 (0628-0644) em discriminaccedilatildeo
de pelo menos um fator de risco cardiovascular Isso se deve ao fato de tal estudo ter
sido realizado com uma abrangecircncia maior na faixa etaacuteria que foi de 45-80 anos
Uma possiacutevel limitaccedilatildeo para discussatildeo dos resultados desse estudo foi a faixa
etaacuteria restrita que natildeo incluiu idosos (igual ou acima de 60 anos) o que impossibilita
a triagem da pressatildeo arterial elevada nessa populaccedilatildeo
62 Iacutendices antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial
Nesse estudo a CC e RCEst foram as variaacuteveis com maiores valores absolutos
de sensibilidade para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial respectivamente para mulheres
e homens Tais resultados indicam as proporccedilotildees de verdadeiros positivos na
ocorrecircncia de hipertensatildeo arterial
Quanto ao ponto de corte do RCEst nas mulheres foi de 059 sendo 568 de
sensibilidade e 430 de especificidade Valores inferiores ao encontrado no presente
estudo para mulheres foram sugeridos em Taiwan (045) Cingapura (048) e na China
(050) No Brasil em 2009 Haun Pitanga e Lessa16 recomendaram para a RCEst
053 como melhor ponto de corte com sensibilidade (67) e especificidade (58) e
aacuterea sob a curva ROC de 069 (IC 95 = 064-075) Outro ponto de corte semelhante
ao observado no Brasil com mulheres mexicanas variou de 053 a 0535 para a
RCEst discriminar diabete tipo 2 hipertensatildeo e dislipidemias88899091
Os pontos de corte sugeridos por esses paiacuteses e no Brasil podem ter sido
inferiores por causa da abrangecircncia na faixa etaacuteria dos indiviacuteduos no qual incluiacuteram
mulheres de 30 a 74 anos como tambeacutem as caracteriacutesticas econocircmicas culturais e
31
de estilo de vida diferem da realidade das mulheres que residem em cidades de
pequeno porte Estudos que discriminem hipertensatildeo arterial principalmente em
idosos com RCEst satildeo escassos na literatura
Em 2010 Browning Hsieh e Ashwel92 realizaram uma revisatildeo sistemaacutetica
sobre a potencialidade de indicadores antropomeacutetricos em predizer doenccedilas
cardiovasculares e identificou a RCEst como variaacutevel de melhor desempenho A
RCEst apresentou maiores ASC quando comparada ao IMC ou CC Os dados
analisados foram de quatorze paiacuteses diferentes e incluiacuteram caucasianos asiaacuteticos e
da Ameacuterica Central Segundo os autores uma RCEst ge 05 eacute capaz de identificar
fatores de risco cardiovasculares Esse ponto de corte eacute inferior aos encontrados para
homens e mulheres no presente estudo significando que o ponto de corte encontrado
pode diagnosticar risco cardiovascular e consequentemente a presenccedila de
hipertensatildeo
Outros autores afirmam essa hipoacutetese relacionada aos valores limites para
RCEst em diversas populaccedilotildees e indicaram que um ponto de corte de 05 eacute o valor
mais indicado para ambos os sexos todas as idades e diferentes populaccedilotildees899315
Com relaccedilatildeo agrave especificidade a variaacutevel com maior valor foi o IMC
independentemente do sexo Nas mulheres o ponto de corte sugerido foi 2679 kgm2
e nos homens 2420 kgm2 O valor da especificidade foi de 548 para ambos os
sexos o qual possibilita determinar corretamente a ausecircncia de hipertensatildeo arterial
Sendo assim este estudo sugere que o IMC natildeo foi o melhor preditor de hipertensatildeo
arterial
O estudo de Leal Neto et al (2013)85 tambeacutem testou a capacidade de
indicadores antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial em idosos
sugeriu como pontos de corte para IMC valores de 247 kgm2 igual ao encontrado no
presente estudo e de 273 kgm2 nuacutemero superior que aos dados do presente
trabalho para homens e mulheres respectivamente
Em outro estudo realizado com 19621 homens e mulheres com faixa etaacuteria de
45-80 anos a meacutedia da idade foi de 598 anos para os homens e 585 anos para as
mulheres O ponto de corte adequado de IMC foi de 23 kgm2 em homens e 24 kgm2
em mulheres Os pontos de corte de CC foram 80 cm e 78 cm em homens e mulheres
respectivamente Os achados do presente estudo foram superiores a esses
32
resultados todavia deve ser considerado que a populaccedilatildeo alvo foi diferente e com
idade menor da populaccedilatildeo pesquisada no presente trabalho87
Com relaccedilatildeo agrave CC o ponto de corte identificado para a prediccedilatildeo de hipertensatildeo
arterial nas mulheres foi superior ao dos homens Contudo os valores de sensibilidade
e especificidade desses pontos de corte foram maiores entre os homens o que pode
indicar que o poder preditivo da CC para a hipertensatildeo arterial eacute melhor para o sexo
masculino Quanto menor o ponto de corte maior seraacute a habilidade do teste em
classificar os doentes como positivos isto eacute maior seraacute a sensibilidade76 Os pontos
de corte dos homens foram em sua maioria menores em comparaccedilatildeo aos das
mulheres
Tais resultados satildeo contraacuterios aos achados do estudo de Kashihara et al
(2009)94 com indiviacuteduos de 30-74 anos que comparou paciente com hipertensatildeo e sem
hipertensatildeo Em seus pontos de corte de CC para os homens foram superiores aos
pontos de corte definidos para as mulheres e os valores de sensibilidade e
especificidade foi maior nas mulheres para identificar risco cardiovascular Poreacutem a
idade foi menor ao proposto no presente estudo
Outro estudo que contraria tais resultados quanto ao ponto de corte da CC foi
o de Haun Pitanga e Lessa (2009)16 que foi superior para os homens enquanto o
niacutevel de sensibilidade e especificidade foi igual aos nossos achados Poreacutem esse
estudo foi realizado com indiviacuteduos de idade entre 30-74 anos e discriminou risco
coronariano elevado
Quanto ao Iacutendice C no presente estudo o ponto de corte sugerido foi de 126
nas mulheres (sensibilidade 541 e especificidade 452) e 129 para os homens
(sensibilidade 574 e especificidade 456)
Diferentemente do resultado encontrado no presente estudo Pitanga e Lessa
(2005)56 sugeriram como o melhor ponto de corte para risco coronariano com o iacutendice
C 118 para mulheres apresentando valores de sensibilidade (7339) e
especificidade (6115) Para os homens o ponto de corte foi de 125 com valores de
sensibilidade (7391) e especificidade (7492) Tais pontos de corte foram para
indiviacuteduos adultos por esse motivo foram mais baixos que os achados do presente
trabalho Deve-se considerar que existem modificaccedilotildees na composiccedilatildeo corporal com
o processo do envelhecimento o que poderia alterar os pontos de corte para as essas
medidas antropomeacutetricas
33
Em outro estudo com os mesmo autores foram apresentados outros pontos de
corte comparando diferentes faixas etaacuterias Para as mulheres de 30-49 anos o melhor
ponto de corte foi o mesmo (118) com melhor sensibilidade (7857) e
especificidade (6524) e tambeacutem melhor aacuterea sob a curva ROC 081 (IC95 = 070-
092) Entre as de idade mais avanccedilada (50-74 anos) o melhor ponto de corte
sugerido foi 122 com sensibilidade (6000) e especificidade (6582) e aacuterea sob a
curva ROC 065 (IC 95 = 058-073) Portanto o iacutendice C apresentou melhor poder
discriminatoacuterio de RCEst para as mulheres mais jovens64
Almeida Almeida e Arauacutejo (2009)58 conduziram uma pesquisa com mulheres
de 30 e 69 anos buscando avaliar o desempenho de diferentes pontos de corte do
iacutendice C RCQ CC e RCEst para discriminar Risco Coronariano Elevado e o ponto de
corte encontrado para o Iacutendice C foi (125) proacuteximo ao ponto de corte para mulheres
nos nossos achados Dessa forma tais autores afirmaram que os indicadores
antropomeacutetricos de obesidade abdominal analisados tiveram desempenhos
satisfatoacuterios e similares para discriminar RCEst poreacutem o iacutendice C foi o que
apresentou o melhor poder discriminatoacuterio
As informaccedilotildees sobre o iacutendice C satildeo limitadas quanto agrave discussatildeo do ponto de
corte para hipertensatildeo arterial principalmente por encontrar poucos estudos sobre
essa medida como referecircncia para idosos Pitanga e Lessa (2004)55 relatam como
uma limitaccedilatildeo para a utilizaccedilatildeo do Iacutendice C em estudos populacionais a dificuldade de
se calcular o denominador da equaccedilatildeo proposta para sua determinaccedilatildeo
O excesso de gordura em geral estaacute associado ao aparecimento de doenccedilas
cardiovasculares hipertensatildeo arterial e mortalidade a definiccedilatildeo de pontos de corte
para iacutendices que se destacam por sua simplicidade operacional e boa acuraacutecia
permite a detecccedilatildeo dos indiviacuteduos sob risco sendo de grande utilidade nos serviccedilos
de atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede aleacutem de possibilitar o conhecimento da situaccedilatildeo de
grupos populacionais especiacuteficos frente a esses riscos quando empregados na
pesquisa epidemioloacutegica
No contexto das cidades de pequeno porte (rurais e urbanas) os recursos de
sauacutede satildeo muitas vezes limitados e escassos sendo importante a utilizaccedilatildeo desses
iacutendices antropomeacutetricos como substituiccedilatildeo eou apoio a avaliaccedilatildeo tradicional da
pressatildeo arterial Em vaacuterias conjunturas de sauacutede a alta demanda de paciente com
hipertensatildeo arterial exige a utilizaccedilatildeo de instrumentos de diagnoacutesticos e rastreamento
34
de raacutepida e faacutecil aplicaccedilatildeo que possam ser manejados por diferentes profissionais e
que sobretudo apresentem validade e fidedignidade A adequada validaccedilatildeo de
instrumentos e conhecimento de suas propriedades teacutecnicas na populaccedilatildeo brasileira
tambeacutem deve contribuir com a seleccedilatildeo de prioridades e delimitaccedilatildeo do conteuacutedo dos
programas de sauacutede pelos tomadores de decisatildeo em diferentes niacuteveis de gestatildeo
35
7 CONCLUSAtildeO
As anaacutelises dos dados permitem frente aos objetivos estabelecidos formular
as seguintes conclusotildees Quanto ao poder de discriminaccedilatildeo de iacutendices
antropomeacutetricos para a hipertensatildeo arterial em idosos os iacutendices antropomeacutetricos
(IMC RCEst e Iacutendice C) foram bons preditores de hipertensatildeo arterial para os homens
Dessa forma tais iacutendices podem ser empregados nos homens poreacutem tais medidas
natildeo foram satisfatoacuterias para predizer pressatildeo arterial elevada nas mulheres idosas
limitando a sua utilizaccedilatildeo para o sexo feminino com idades avanccediladas
O melhor ponto de corte para discriminar hipertensatildeo arterial foi 054 para a
RCEst nos homens dessa forma tal ponto de corte deve ser empregada no contexto
da atenccedilatildeo primaacuteria nos homens Sugere-se a utilizaccedilatildeo dessa medida a fim de
detectar e realizar a triagem da hipertensatildeo arterial com caracteriacutesticas similares agrave
amostra deste estudo
Recomenda-se que a utilizaccedilatildeo de dois iacutendices simultaneamente resulte em
uma maior eficiecircncia na avaliaccedilatildeo do risco de hipertensatildeo arterial em idosos A
indicaccedilatildeo destas medidas permite que ela seja realizada nas Unidades de Sauacutede da
Famiacutelia como meacutetodo de triagem para idosos com hipertensatildeo arterial utilizando
materiais de faacutecil manejo e de baixo custo
Dessa forma pode-se efetivamente atingir uma das estrateacutegias de prevenccedilatildeo
da hipertensatildeo arterial sistecircmica que eacute o controle da pressatildeo arterial durante o
envelhecimento Todavia sugere-se cautela na utilizaccedilatildeo do ponto de corte desses
indicadores para as mulheres pois os resultados natildeo foram satisfatoacuterios
Fica evidente a necessidade de outros estudos que identifiquem pontos de
corte de iacutendices antropomeacutetricos visando agrave detecccedilatildeo de hipertensatildeo arterial e de
outros fatores de risco cardiovascular nas mulheres idosas que residem em cidades
de pequeno porte
36
8 REFEREcircNCIAS
1 Omram AR The epidemiologic transition a theory of the epidemiology of population change Milbank Memorial Fund Quarterly 1971 49 (Part 1) 509-538
2 Wong LR Carvalho JM Age-strucutural transition in Brazil demographic bonuses and emerging challenges In Pool I Wong LLR Vilquin E editores Age-structural transitions challenges for development Paris Committee for International Cooperation in National Research in Demography 2006
3 Gragnolati M Jorgensen OH Rocha R Fruttero AA Envelhecendo em um Brasil mais Velho implicaccedilotildees do envelhecimento populacional sobre o crescimento econocircmico reduccedilatildeo da pobreza financcedilas puacuteblicas prestaccedilatildeo de serviccedilos Banco Internacional para a Reconstruccedilatildeo e o Desenvolvimento Banco Mundial 2011
4 Schmidt MI Duncan BB Silva GA et al Health in Brazil 4 Chronic non-communicable diseases in Brazil burden and current challenges The Lancet 2011 377
5 Ezzati M Hoorn SV Rodgers A et al Comparative Risk Assessment Collaborating Group Selected major risk factors and global and regional burden of disease Lancet 2002 360 1347-60
6 Lim SS Vos T Flaxman AD et al A comparative risk assessment of burden of disease and injury attributable to 67 risk factors and risk factor clusters in 21 regions 1990-2010 a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2010 Lancet 2012 380 (9859)2224-60
7 Sociedade Brasileira de Cardiologia Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Sociedade Brasileira de Nefrologia VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 2010 95(1) 1-51
8 Miranda DR Perrotti TC Bellinazzi VR et al Hipertensatildeo arterial no idoso peculiaridades na fisiopatologia no diagnoacutestico e no tratamento Rev Bras Hipertens 2002 9 293-300
9 Pilger C Menon MU Mathias TAF Caracteriacutesticas sociodemograacuteficas e de sauacutede de idosos contribuiccedilotildees para os serviccedilos de sauacutede Rev Latino-Am Enfermagem 2011 19(5)1230-1238
10 Pilger C Menon MU Mathias TAF Utilizaccedilatildeo de serviccedilos de sauacutede por idosos vivendo na comunidade Rev esc enferm USP 2013 47(1)213-220
11 Mariath AB Grillo LP Silva RO et al Obesidade e fatores de risco para o desenvolvimento de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis entre usuaacuterios de unidade de alimentaccedilatildeo e nutriccedilatildeo Cad Sauacutede Puacuteblica 2007 23 (4) 897-905
37
12 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Diretrizes e recomendaccedilotildees para o cuidado
integral de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis promoccedilatildeo da sauacutede vigilacircncia prevenccedilatildeo e assistecircncia Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2008
13 Kuumlmpe DA Sodreacute AC Pomatti DM et al Obesidade em Idosos Acompanhados
pela Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia Texto Contexto Enferm Florianoacutepolis 2011 20(3) 471-7
14 Silva KS Farias Juacutenior JC Fatores de risco associados agrave pressatildeo arterial elevada em adolescentes Rev Bras Med Esporte 2007 13(4) 237-40
15 Pitanga FJG Lessa I Razatildeo cintura-estatura como discriminador do risco
coronariano de adultos Rev Assoc Med Bras 2006 52157-61
16 Haun DR Pitanga FJG Lessa I Razatildeo CinturaEstatura comparado a outros indicadores antropomeacutetricos de obesidade como preditor de risco coronariano elevado Rev Assoc Med Bras [online] 2009 55(6) 705-711
17 Nascimento CM Ribeiro AQ SantrsquoAna LFR et al Estado nutricional e condiccedilotildees de sauacutede da populaccedilatildeo idosa brasileira revisatildeo da literatura Rev meacuted Minas Gerais 2011 21(2)174-180
18 Gomes MA Beck cc Duarte MFS et al Ficha Antropomeacutetrica no Nuacutecleo de Apoio a Sauacutede da Famiacutelia o que medir e para que medir Rev bras cineantropom desempenho hum 2009 11(2) 243-253
19 Azevedo LF Oliveira ACC Lima JRP et al Recomendaccedilotildees sobre condutas e procedimentos do profissional de educaccedilatildeo fiacutesica na atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede Rio de Janeiro CONFEF 2010 109-55
20 World Health Organization World health statistics 2012 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghopublicationsworld_health_statistics2012enindexhtmlgt [2012 set 18]
21 World Health Organization Global health risks mortality and burden of disease attributable to selected major risks Geneva World Health Organization 2009a
22 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Panorama da sauacutede brasileira em muacuteltiplos aspectos Percepccedilatildeo do estado de sauacutede estilo de vida e doenccedila crocircnica Pesquisa Nacional de Sauacutede 2013
23 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Pesquisa Nacional por Amostra
de Domiciacutelios 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapesquisaspesquisa_resultadosphpid_pesquisa=149gt[2014 dez 04]
24 Tribess S Virtuoso Junior JS Prescriccedilatildeo de exerciacutecios fiacutesicos para idosos Rev saudecom 2005 1(2)163-72
38
25 Pollock ML Wilmore JH Exerciacutecio na Sauacutede e na Doenccedila avaliaccedilatildeo e prescriccedilatildeo para prevenccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo Editora MEDSI 2ordf ed Rio de Janeiro 1993
26 Sociedade Brasileira de Cardiologia V Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 20061-48
27 World Health Organization Global Health Observatory (GHO) 2014 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghoncdrisk_factorsblood_pressure_prevalence_textengt [2014 dez 04]
28 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Secretaria de Atenccedilatildeo baacutesica agrave Sauacutede Departamento de atenccedilatildeo baacutesica - Hipertensatildeo arterial sistecircmica Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2006
29 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) (2009) Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeGestorvisualizar_textocfmidtxt=24421gt [2010 abr 07]
30 Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Nuacutemero de hipertenso 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwsbhorgbripadgeralphpgt [09 nov 2014]
31 Secretaria de Sauacutede do Estado da Bahia Hipertensatildeo Quantidade de Hipertensos na Bahia Disponiacutevel em (2014) lthttpwwwsaudebagovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=4418ampcatid=1ampItemid=14gt [2014 jan 10]
32 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica 2014 Dados de mortalidade na Bahia Disponiacutevel em lthttptabnetdatasusgovbrcgitabcgiexesiabcnvSIABSBAdefgt [2014 mai 05]
33 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica Dados sociodemograacuteficos de Ibicuiacute 2014 lthttptabnetdatasusgovbrcgideftohtmexesiabcnvSIABFBAdefgt [2014 jan 05]
34 Williams B The year in hypertension JACC 2010 55(1) 66-73
35 Lipp M Rocha JC Stress Hipertensatildeo Arterial e Qualidade de vida um guia de tratamento para o hipertenso Campinas Papirus 1996
36 Borenstein MS (Org) Manual de Hipertensatildeo Arterial Porto Allege Editora Sagra Luzzatto 1999
37 Joint National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure The Sixth Report of the Join National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure Arch Intern Med 1997157 2413-2446
39
38 Mitchell GF Parise H Benjamin EJ et al Changes in arterial stiffness and wave reflection with advancing age in health men and women Hypertension 2004 431239-1245
39 Matos AC Ladeia AM Avaliaccedilatildeo de fatores de risco cardiovascular em uma comunidade rural da Bahia Arq Bras Cardiol 2003 81(3) 291-6
40 World Health Organization Who Expert Committee on Physical Status the use and interpretation of antropometry Report of a WHO Expert Commitee Geneva WHO 1995 p 854
41 Pitanga FJG Antropometria na avaliaccedilatildeo da obesidade abdominal e risco coronariano Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum 201113(3) 238-241
42 Ferreira LS Amaral TF Marucci MFN et al Under nutrition as a major risk factor for death among older Brazilian adults in the community-dwelling setting SABE survey Nutrition 201127(10)17-22
43 Andrade FB Caldas Junior AF Kitoko PM et al Prevalence of overweight and obesity in elderly people from Vitoacuteria-ES Brazil Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2012 set17(3)749-756
44 Boscatto EC Duarte Mde F Coqueiro Rda S Barbosa AR Nutritional status in the oldest elderly and associated factors Rev Assoc Med Bras 2013 59(1)40-47
45 Kostka J Borowiak E Kostka T Nutritional status and quality of life in different
populations of older people in Poland Eur J Clin Nutr 2014 Nov68(11)1210-5
46 Silva DAS Petroski EL Associaccedilatildeo de diferentes pontos de corte para sobrepeso e obesidade com pressatildeo arterial elevada em idosas Rev Educ Fis UEM 2009 20 415-22
47 Nutrition Screening Initiative Interventions manual for professionals caring for older Americans Washington DC Nutrition Screening Initiative 1992
48 World Health Organization Obesity preventing and managing the global epidemic Report of a WHO Consultation on Obesity Geneva World Health Organization 1998
49 Cameron AJ Dunstan DW Owen N et al Health and mortality consequences
of abdominal obesity evidence from the Aus Diab study Med J Aust 2009191 202ndash208
50 Fox KA Despres JP Richard AJ et al Does abdominal obesity have a similar impact on cardiovascular disease and diabetes A study of 91246 ambulant patients in 27 European countries Eur Heart J 2009 30 3055ndash3063
40
51 Pouliot MC Despreacutes JP Lemieux S et al Waist circumference and abdominal sagittal diameter Best simple anthropometric indexes of abdominal visceral adipose tissue accumulation and related cardiovascular risk in men and woman Am J Cardiology 1994 73 460-468
52 Peixoto MRG Beniacutecio MHD Latorre M et al Circunferecircncia da Cintura e Iacutendice de massa Corporal como Preditores da Hipertensatildeo Arterial Arq Bras Cardiol 200687 462-470
53 MacKay MF Haffner SM Wagenknecht LE et al Prediction of type 2 diabetes using alternate anthropometric measures in a multiethnic cohort the insulin resistance atherosclerosis study Diabetes Care 200932(5)956-8
54 Valdez R A simple model-based index of abdominal adiposity J Clin Epidemiol1991 44(9) 955-6
55 Pitanga FJG Lessa I Sensibilidade e especificidade do iacutendice de conicidade como discriminador do risco coronariano de adultos em Salvador Brasil Rev Bras Epidemiol 20047(3)259-69
56 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano elevado em adultos na cidade de Salvador - Bahia Arq Bras Cardiol 2005 85 (1)26-31
57 Ghosh JR Bandyopadhyay AR Comparative evaluation of obesity measures relationship with blood pressures and hypertension Singapore Med J 200748(3) 232-5
58 Almeida RT Almeida MMG Araujo TM Obesidade abdominal e risco cardiovascular desempenho de indicadores antropomeacutetricos em mulheres Arq Bras Cardiol 2009 out92(5)375-380
59 Freitas Juacutenior Costa Rosa CS Codogno JS et al Capacidade cardiorrespiratoacuteria e distribuiccedilatildeo de gordura corporal de mulheres com 50 anos ou mais Rev Esc Enferm USP 2010 44(2) 395-400
60 Matos LN Giorelli GV Dias CB Correlation of anthropometric indicators for identifying insulin sensitivity and resistance Satildeo Paulo Med J [online] 2011 129(1) 30-35
61 Gomes MA Rech CR Gomes MBA et al Correlaccedilatildeo entre iacutendices antropomeacutetricos e distribuiccedilatildeo de gordura corporal em mulheres idosas Rev bras cineantropom desempenho hum 2006 set 8(3) 16-22
62 Tarastchuk JCE Gueacuterios EE Bueno RRL et al Obesidade e intervenccedilatildeo coronariana devemos continuar valorizando o Iacutendice de Massa Corpoacuterea Arq Bras Cardiol [online] 2008 90(5) 311-316
41
63 Ferreira AP CB Ferreira VC Souza et al Risco de distuacuterbio glicecircmico em mulheres idosas ajustado por antropometria e genoacutetipos de citocinas Rev Assoc Med Bras [online] 201157(5) 565-569
64 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano em mulheres Rev Bras Cineantrop Desempenho Hum 2006 8 (1) 14-21
65 Newman TB Browner WS Cummings SR Delineando estudos de testes meacutedicos In Hulley SB et al Delineando a pesquisa cliacutenica uma abordagem epidemioloacutegica 2 ed Porto Alegre Artmed 2003 203-224
66 Toscano CM As campanhas nacionais para detecccedilatildeo das doenccedilas crocircnicas natildeo-transmissiacuteveis diabetes e hipertensatildeo arterial Ciecircnc sauacutede Coletiva out-dez 2004 9(4) 885-895
67 Fletcher RH Fletcher SW Prevenccedilatildeo In Fletcher R Fletcher S Epidemiologia
cliacutenica elementos essenciais 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 2006 179-201
68 Jeckel J Elmore J Katz D Meacutetodos de prevenccedilatildeo secundaacuteria In _____ Epidemiologia bioestatiacutestica e medicina preventiva 2 ed Porto Alegre Artmed 2005 236-247
69 Klein CH Bloch KV Estudos seccionais In Medronho RA Carvalho DM Bloch KV Luiz RR Werneck GL Epidemiologia 1ordf ed Satildeo Paulo Editora Atheneu 2002 125-150
70 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Resoluccedilatildeo nordm- 6 de 3 de novembro de 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcenso2010ibgegovbrdados_divulgadosindexphpuf=29gt[201 dez 18]
71 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica ndash Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais (2014) Disponiacutevel em lthttpcodibgegovbr398G9gt [2014 ago 30]
72 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230gt [2013 mai 01]
73 Luiz RR Magnanini MMF A loacutegica da determinaccedilatildeo do tamanho da amostra em investigaccedilotildees epidemioloacutegicas Cad sauacutede coletiva Rio de Janeiro 2000 8(2) 9-28
74 Reis MC Nascimento RAS Pedreira RBS et al Validaccedilatildeo de Face e Clareza do Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede dos Idosos ndash IASI [resumo] in Anais do XIX Congresso Brasileiro Geriatria e Gerontologia Beleacutem 2014 296-296
75 Lohman TG Roche AF Martorell R Anthropometric Standardization Reference Manual Champaign Illinois Human Kinetics 1988
42
76 Vaz JCL Regiotildees de Incerteza para Curva ROC em Teste Diagnoacutesticos
[dissertaccedilatildeo] Satildeo Carlos Universidade Federal de Satildeo Carlos 2009
77 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de 2012
78 Erdreich LS Lee ET Use of relative operating characteristic analysis in epidemiology A method for dealing with subjective judgement Am J Epidemiol 1981 114649-62
79 Aekplakorn W Pakpeankitwatana V Lee CM et al Abdominal obesity and coronary heart disease in Thai men Obesity 200715(4)1036-42
80 Oliveira MAM Fagundes RLM Moreira EAM et al Relaccedilatildeo de Indicadores Antropomeacutetricos com Fatores de Risco para Doenccedila Cardiovascular Arq Bras Cardiol 2010 abr 94(4) 478-485
81 Mendes TAB Goldbaum M Segri NJ et al Factors associated with the prevalence of hypertension and control practices among elderly residents of Satildeo Paulo city Brazil Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(11) 2275-2286
82 Oliveira BFA Souza Mouratildeo D Gomes N et al Prevalecircncia de hipertensatildeo arterial em comunidades ribeirinhas do Rio Madeira Amazocircnia Ocidental Brasileira Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(8) 1617-1630
83 Picon RV Fuchs FD Moreira LB et al Prevalence of Hypertension Among Elderly Persons in Urban Brazil A Systematic Review With Meta-Analysis Am J Hypertens 2013 26 (4) 541-548
84 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Pessoa Idosa e Envelhecimento Seacuteries Pactos pela Sauacutede 2006 v 12 Brasiacutelia ndash DF 2010
85 Leal Neto JS Souza J Coqueiro RS et al Anthropometric indicators of obesity as screening tools for high blood pressure in the elderly Int J Nurs Pract 2013 Aug 19(4) 360-367
86 Schisterman EF Faraggi D Reiser B Trevisan M Statistical inference for the area under the receiver operating characteristic curve in the presence of random measurement error Am J Epidemiol 2001 154 (2) 174-9
87 Samsen M Hanchaiphiboolkul S Puthkhao P et al Appropriate body mass index and waist circumference cutoffs for middle and older age group in Thailand data of 19621 participants from Thai epidemiologic stroke (TES) study J Med Assoc Thai 2012 Sep 95(9)1156-66
88 Ko GTC Chan JCN Cockram CS Woo J Prediction of hypertension diabetes dyslipidemia or albuminuria using simple anthropometric indexes in Hong Kong Chinese Int J Obes 1999 23 (11) 1136-42
43
89 Lin WY Lee LT Chen CY et al Optimal cut-off values for obesity using simple anthropometric indices to predict cardiovascular risk factors in Taiwan Int J Obes Relat Metab Disord 2002261232-8
90 Pua YH Ong PH Anthropometric indices as screening tools for cardiovascular risk factors in Singaporean women Asia Pac J Clin Nutr 2005 14 (1) 74-9
91 Berber A Goacutemez-Santos R Fanghaumlnel G Saacutenchez-Reyes L Anthropometric
indexes in the prediction of type 2 diabetes mellitus hypertension and dyslipidaemia in a Mexican population Int J Obes 200125(12)1794-9
92 Browning LM Hsieh SD Ashwell M A systematic review of waist-to-height ratio
as a screening tool for the prediction of cardiovascular disease and diabetes 05 could be a suitable global boundary value Nutr Res Rev 2010 23(2)247-69
93 Bertsias G Mammas I Linardakis M Kafatos A Overweight and obesity in
relation to cardiovascular disease risk factors among medical students in Crete Greece BMC Public Health 2003 31-9
94 Kashihara H Lee JS Kawakubo K et al Criteria of Waist Circumference According to Computed Tomography-Measured Visceral Fat Area and the Clustering of Cardiovascular Risk Factors Circ J 2009 73 1881-1886
44
APEcircNDICES
45
Apecircndice 1
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
46
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS
PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE SAUacuteDE
DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE
Jequieacute ____ ____ 201__
APEcircNDICE 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Vocecirc esta sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa do Nuacutecleo de
Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo (NESP) da Universidade Estadual do Sudoeste da
Bahia
Objetivo do estudo Avaliar e monitorar as condiccedilotildees de sauacutede de idosos residentes
em comunidade
Participaccedilatildeo Ao aceitar participar do estudo estarei agrave disposiccedilatildeo do pesquisador
para responder ao formulaacuterio que seraacute arquivado pelo autor por um periacuteodo de cinco
anos sendo posteriormente incinerado
Riscos Este estudo natildeo traraacute riscos para minha integridade fiacutesica ou moral dos
participantes
Confidencialidade do estudo Seraacute garantida a privacidade o anonimato bem como
o direito de aceitar ou natildeo participar da pesquisa podendo ser essa autorizaccedilatildeo
suspensa em qualquer fase do estudo Assim as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo
4662012 do Conselho Nacional de Sauacutede que discorre sobre pesquisa envolvendo
seres humanos seratildeo atendidas Os resultados seratildeo publicados no relatoacuterio final da
dissertaccedilatildeo e artigos cientiacuteficos
47
Benefiacutecios Accedilotildees interinstitucionais articuladas promovidas numa perspectiva
interdisciplinar possibilitaratildeo uma melhor compreensatildeo das condiccedilotildees de sauacutede dos
idosos residentes em comunidade do municiacutepio e contribuiraacute para a formulaccedilatildeo de
accedilotildees direcionadas as necessidades dessa populaccedilatildeo
Danos advindos da pesquisa Caso haja algum prejuiacutezo decorrente da realizaccedilatildeo
deste estudo seraacute providenciada a devida reparaccedilatildeo dos danos atraveacutes do
responsaacutevel pelo estudo O pesquisador e os entrevistados natildeo receberatildeo benefiacutecios
financeiros para participaccedilatildeo no estudo Todas as despesas seratildeo por conta do
pesquisador
Participaccedilatildeo voluntaacuteria Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria podendo a qualquer
momento desistir do estudo sem qualquer prejuiacutezo ou penalidade para mim
Consentimento para participaccedilatildeo Apoacutes ser devidamente esclarecido (a) quanto
aos objetivos deste estudo dos procedimentos aos quais serei submetido (a) bem
como dos possiacuteveis riscos decorrentes da minha participaccedilatildeo estou de acordo em
participar do mesmo O pesquisador responsaacutevel pelo estudo assegura que seraacute
disponibilizado qualquer esclarecimento adicional que eu venha a solicitar durante a
realizaccedilatildeo da pesquisa e o direito de desistir da participaccedilatildeo em qualquer momento
Em casos de duacutevidas eou problemas referentes ao estudo vocecirc poderaacute
entrar em contato com o autor atraveacutes do Nuacutecleo de Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo
(NESP) (73) 3528-9721
Sendo assim eu ______________________________________________
aceito livremente participar do Projeto MONIDI
__________________________________ __________________________________
Assinatura do (a) participante
RG _________________________
Assinatura do (a) pesquisador
RG_________________________
48
Apecircndice 2
Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede do Idoso
49
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS
PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE
SAUacuteDE DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE
Nuacutemero do Questionaacuterio |__|__|__|
Nome do Entrevistador ___________________________
Visita 1 2 3
Data Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Hora de iniacutecio ________
Hora de teacutermino ________
I INFORMACcedilOtildeES PESSOAIS E SOCIODEMOGRAacuteFICAS
1 Nome do entrevistado
2Sexo
0 ( ) Feminino
1 ( ) Masculino
3 Endereccedilo completotelefone
4 Idade ____ anos
41 Data de Nascimento
____________
50
5 Situaccedilatildeo conjugal atual
1 ( ) Casado(a) 2 ( ) Uniatildeo estaacutevel 3 ( ) Solteiroa
4 ( ) Divorciado(a)separado(a)desquitado(a) 5 ( ) Viuacutevoa
6 No total quantas vezes o (a) Sr(a) esteve casado(a) ou em uniatildeo
Nordm de vezes |___|___|
7 Na escola qual a uacuteltima seacuterie grau que concluiu com aprovaccedilatildeo
1 - Nunca foi agrave escola ( ) 4 - Fundamental II ( )5 a ( )6 a ( )7 a ( )8 a
2 - Lecirc e escreve o nome ( ) 5 - Ensino Meacutedio ( ) 1 a ( )2 a ( )3
3 - Fundamental I ( )1 a ( )2 a 6 - Superior ( ) completo ( ) incompleto
( )3 a ( )4 a
8 Como vocecirc classificaria a cor da sua pele
1( ) Branca 2( ) Amarela (oriental) 3( ) Parda
4( ) Origem indiacutegena 5( ) Preta 9( ) Natildeo sabe
9 Cor da pele (entrevistador)
1( ) branca 2( ) amarela (oriental) 3( ) parda
4( ) origem indiacutegena 5( ) preta
10-Quantos filhos e filhas nascidos vivos o(a)Sr(a) teve (natildeo inclua enteados filhos
adotivos abortos ou filhos nascidos mortos)
Nuacutemero de filhos |____|____| (98) NS (99) NR
11 Atualmente o senhor (a) mora sozinho ou acompanhado
1( )Acompanhado 2( ) Sozinho 3( ) NR 4( )NS
51
12 Desde que o senhor (a) nasceu viveu no campo por 5 anos ou mais
0( ) Natildeo 1( ) Sim 2( ) NS 3( ) NR
13 Qual eacute a sua religiatildeo
1( ) Catoacutelica 2( ) Protestante 3( ) Judaica
4( ) Espiacuteritakardecista 5( ) Umbanda 6( ) Outras ____________
14 Qual a importacircncia da religiatildeo em sua vida
(1) Importante (2) Regular (3) Nada importante (8) NS (9) NR
15 Com que frequecircncia o senhor vai agrave igreja ou ao serviccedilo religioso
( ) Nunca ( ) Vaacuterias vezes por ano ( ) Uma duas vezes por mecircs
( ) Quase toda semana ( ) Mais de uma vez por semana ( ) NS ( ) NR
16 Quanto vocecirc ganha em meacutedia por mecircs R$ __________8( )Natildeo se aplica
II A CONSUMO DE AacuteLCOOL E TABACO
Uso de bebidas alcooacutelicas
1 Vocecirc consome bebidas alcooacutelicas Se vocecirc NAtildeO BEBE siga para o bloco III C
0 ( )sim 1( ) natildeo
2 Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
3 As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
4 Sente-se chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
5 Costuma beber pela manhatilde para diminuir o nervosismo ou a ressaca
0 ( ) sim 1( ) natildeo
Haacutebito de fumar
1 Vocecirc jaacute foi fumante 0 ( ) sim 1( ) natildeo
52
2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco
III C
3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros
4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias
III ANTROPOMETRIA
MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS
ESTATURA
MASSA CORPORAL
CIRCUNFEREcircNCIA
DE CINTURA
IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL
MEDIDA 01 02 03
Pressatildeo arterial
sistoacutelica
Pressatildeo arterial
diastoacutelica
53
ANEXOS
54
Anexo 1
Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos
55
56
2
o risco coronariano em diferentes populaccedilotildees1516 Apresentam como vantagens a sua
simplicidade baixo custo e faacutecil utilizaccedilatildeo Contudo estudos sobre os iacutendices
antropomeacutetricos satildeo escassos e inconclusivos na populaccedilatildeo idosa17
A identificaccedilatildeo indireta da hipertensatildeo arterial por meio dos iacutendices
antropomeacutetricos pode ser uma estrateacutegia importante na sauacutede puacuteblica como
instrumento de triagem favorecendo a identificaccedilatildeo das alteraccedilotildees na pressatildeo
arterial Uma das estrateacutegias recomendadas para atingir essa proposta eacute a utilizaccedilatildeo
de instrumentos de rastreamento adequados de raacutepida e faacutecil aplicaccedilatildeo e que
apresentem coeficientes de fidedignidade e de validade significativos No contexto da
atenccedilatildeo primaacuteria recentemente Gomes et al (2009)18 e Azevedo et al (2010)19
propuseram a aplicaccedilatildeo da antropometria para a detecccedilatildeo de fatores de risco agrave sauacutede
sugerindo a utilizaccedilatildeo do iacutendice de massa corporal (IMC) e circunferecircncia da cintura
(CC) como medidas de triagem
Averiguar o poder discriminatoacuterio e estabelecer pontos de corte ou seja
valores criacuteticos de iacutendices antropomeacutetricos que se associem a hipertensatildeo arterial em
idosos pode ser uma boa estrateacutegia de monitoramento e de triagem destes fatores de
risco Sendo que os valores criacuteticos dos iacutendices antropomeacutetricos para idosos natildeo
foram estabelecidos na literatura Dessa forma parecem ser relevantes os estudos
que indiquem meios indiretos para detectar fatores de risco cardiovascular Os iacutendices
antropomeacutetricos podem ser utilizados como estrateacutegia eficiente no processo de
triagem da hipertensatildeo arterial no ambiente da atenccedilatildeo primaacuteria do Sistema Uacutenico de
Sauacutede (SUS)
3
2 REVISAtildeO DE LITERATURA
21 Consideraccedilotildees sobre doenccedilas cardiovasculares no Brasil e o processo de envelhecimento populacional
Atualmente as doenccedilas cardiovasculares tecircm acometido grande parcela da
populaccedilatildeo mundial Em 2012 o relatoacuterio da World Health Organization (WHO)20
estimou que 175 milhotildees de pessoas morreram de doenccedilas cardiovasculares
representando 46 de todas as mortes globais Jaacute a pressatildeo arterial elevada
provoca 51 das mortes por acidente vascular cerebral e 45 das mortes por doenccedila
arterial coronariana21
Tais doenccedilas foram responsaacuteveis por 70 das causas de morte no Brasil no
ano de 2013 As doenccedilas cardiovasculares como do aparelho circulatoacuterio cacircncer e
diabetes tecircm respondido por um nuacutemero elevado de mortes antes dos 70 anos22
O crescimento populacional e o aumento da longevidade podem acarretar a um
raacutepido aumento no nuacutemero total de adultos de meia-idade e mais velhos com um
correspondente aumento do nuacutemero de mortes causadas por doenccedilas crocircnicas natildeo
transmissiacuteveis
Dessa forma a quantidade de pessoas com mais de 60 anos satildeo hoje 13 da
populaccedilatildeo brasileira ou 261 milhotildees de indiviacuteduo em 201323 Com o processo de
envelhecimento populacional as doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis ganharam
expressotildees para a sociedade para previdecircncia social e por consequecircncia para a
sauacutede puacuteblica
A fase do envelhecimento eacute o momento caracterizado pelas alteraccedilotildees fiacutesicas
psicossociais e pelo decliacutenio da capacidade funcional dos organismos como tambeacutem
pelo surgimento de condiccedilotildees patoloacutegicas advindas de haacutebitos de vida inadequados
(tabagismo alcoolismo alimentaccedilatildeo incorreta ausecircncia de atividade fiacutesica regular
entre outros)24 Dessa forma para retardar essas mudanccedilas eacute necessaacuterio ter um
envelhecimento saudaacutevel
4
22 Hipertensatildeo arterial e a populaccedilatildeo idosa
A hipertensatildeo arterial eacute definida como sendo uma condiccedilatildeo crocircnica da tensatildeo
arterial elevada resultando em valores acima do considerado aceito ou seja quando
a pressatildeo arterial sistoacutelica (PAS) estaacute cronicamente acima de 140 mmHg ou a pressatildeo
arterial diastoacutelica (PAD) estaacute cronicamente acima de 90 mmHg2526
No mundo em torno de um bilhatildeo de pessoas satildeo hipertensas natildeo controladas
sendo que 75 milhotildees de pessoas morreram a cada ano pela doenccedila ateacute o ano de
200827 Estimativas do Ministeacuterio da Sauacutede indica que cerca de 17 milhotildees de
brasileiros apresentam hipertensatildeo arterial sendo que 35 dessa populaccedilatildeo tinham
idade igual ou superior a 40 anos Em comparaccedilatildeo com anos anteriores pode-se
observar que a proporccedilatildeo de brasileiros diagnosticados com hipertensatildeo arterial
cresceu de 215 em 2006 para 244 em 20092829
O resultado da Pesquisa Nacional de Sauacutede do primeiro semestre de 2013
estimou que o Brasil tem 313 milhotildees de hipertensos Entre as pessoas com mais de
60 anos mais de 444 tecircm hipertensatildeo sendo que essa prevalecircncia cresce com a
idade22 Esses dados se aproximam aos nuacutemeros da Sociedade Brasileira de
Hipertensatildeo (SBH) no qual estima que haja 30 milhotildees de hipertensos no Brasil em
2014 ou seja cerca de 30 da populaccedilatildeo adulta30
Jaacute na populaccedilatildeo baiana com idade acima de 40 anos cerca de 35 tecircm
hipertensatildeo arterial correspondendo a cerca de 13 milhatildeo de pessoas acometidas
pela doenccedila Na populaccedilatildeo dos 55 aos 64 anos 516 tecircm pressatildeo arterial elevada
e com 65 anos ou mais esse nuacutemero chega a 60631 No estado da Bahia foram
registradas 6274 mortes por doenccedilas de aparelho circulatoacuterio ateacute o mecircs de outubro
de 2013 Dentre os registros 649 foram por hipertensatildeo32 No municiacutepio de Ibicuiacute ndash
BA a prevalecircncia de HAS cadastrados nas Unidades de Sauacutede da Famiacutelia (USFs) foi
de 643 idosos33
A hipertensatildeo arterial eacute caracterizada por niacuteveis elevados e sustentados de
pressatildeo arterial (PA) como uma condiccedilatildeo cliacutenica multifatorial Associa-se
frequentemente a alteraccedilotildees funcionais eou estruturais dos oacutergatildeos-alvo (coraccedilatildeo
enceacutefalo rins e vasos sanguiacuteneos) e a alteraccedilotildees metaboacutelicas2634 Pode ser
classificada em primaacuteria e secundaacuteria de acordo com a sua origem A primaacuteria tem
5
sua origem desconhecida35 e a secundaacuteria eacute decorrente de alguma doenccedila
subjacente36
No caso de a PA estar cronicamente elevada ou seja hipertensatildeo arterial o
risco de desenvolvimento de complicaccedilotildees cardiovasculares renais e ateacute mesmo o
oacutebito aumenta consideravelmente37
Com relaccedilatildeo agrave caracteriacutestica fisiopatoloacutegica da HAS a partir dos 50 ou 60 anos
de idade a pressatildeo diastoacutelica diminui e a pressatildeo central aumenta determinando um
balanccedilo proacuteximo entre resistecircncia aumentada e aumento da impedacircncia na aorta
toraacutecica Dessa forma a pressatildeo de pulso comeccedila a se elevar e a HAS se torna o
principal subtipo de hipertensatildeo apoacutes a sexta deacutecada de vida38
Contudo apoacutes os 60 anos ocorre o enrijecimento arterial central indicado pela
queda na pressatildeo diastoacutelica e o raacutepido alargamento da pressatildeo de pulso O aumento
da rigidez arterial central e a amplitude da onda de pulso satildeo fatores hemodinacircmicos
dominantes nos indiviacuteduos normotensos e hipertensos apoacutes os 60 anos38
Aleacutem dos fatores fisiopatoloacutegicos vale destacar que o aumento da pressatildeo
arterial com a idade tambeacutem estaacute relacionado com o consumo de sal exagerado ao
longo da vida39
As principais estrateacutegias no tratamento natildeo-farmacoloacutegico da HAS segundo
Ministeacuterio da Sauacutede28 se encontram na adoccedilatildeo de haacutebitos alimentares saudaacuteveis
reduccedilatildeo na ingestatildeo de soacutedio reduccedilatildeo do consumo de bebidas alcooacutelicas abandono
do tabagismo praacutetica de atividade fiacutesica regular controle ou diminuiccedilatildeo da massa
corporal
23 Iacutendices antropomeacutetricos de sobrepeso e obesidade
Como meacutetodo natildeo invasivo a antropometria eacute utilizada principalmente para
avaliar as proporccedilotildees tamanho e a composiccedilatildeo corporal40 Tal meacutetodo possui relaccedilatildeo
com estado de sauacutede condiccedilotildees sociais e econocircmicas de grupos populacionais
podendo diagnosticar a desnutriccedilatildeo ou excesso de peso Os iacutendices antropomeacutetricos
que consistem na mediccedilatildeo de dimensotildees corporais podem ser usados para predizer
a sauacutede geral e bem-estar da populaccedilatildeo40
6
Em 2011 estudo realizado por Pitanga41 indica que os iacutendices antropomeacutetricos
apresentam-se como preditores do risco de infarto do miocaacuterdio acidente vascular
encefaacutelico e morte prematura
O IMC eacute determinado pela massa corporal em quilogramas dividido pela
estatura em metros ao quadrado eacute uma medida que determina o estado nutricional
Este iacutendice antropomeacutetrico eacute comumente aplicado em estudos epidemioloacutegicos em
idosos para diagnosticar o excesso de peso (sobrepesoobesidade) principalmente
por ser um meacutetodo faacutecil de aplicar raacutepido e de baixo custo Deste modo vaacuterios
estudos com essa populaccedilatildeo tecircm avaliado o estado nutricional por meio do IMC42
434445
No estudo de Silva e Petroski (2009)46 com idosas de um grupo de convivecircncia
do municiacutepio de Aracaju ndash Sergipe sugeriu que o ponto de corte do IMC utilizado pela
Nutricion Screening Initiative ndash NSI (1992)47 para sobrepeso e excesso de peso foi o
mais bem associado com a PA elevada e para obesidade o melhor ponto de corte
associado com a PA elevada foi o da WHO (1998)48
A outra medida importante para avaliaccedilatildeo da obesidade central dos indiviacuteduos
eacute a circunferecircncia de cintura A obesidade eacute caracterizada pelo acuacutemulo excessivo de
gordura corporal no indiviacuteduo e quando presente na regiatildeo abdominal tem alta
correlaccedilatildeo com doenccedilas cardiovasculares e distuacuterbios metaboacutelicos40 O obeso tem
mais propensatildeo a desenvolver problemas como hipertensatildeo doenccedilas
cardiovasculares diabetes tipo 2 entre outras doenccedilas4950
Comparando as medidas antropomeacutetricas com exames de diagnoacutesticos por
imagens como a tomografia computadorizada e a ressonacircncia magneacutetica foi
verificado que a circunferecircncia da cintura apresentou melhor correlaccedilatildeo com o tecido
adiposo visceral51 Tambeacutem o aumento da circunferecircncia da cintura teve boa
associaccedilatildeo com o aumento significativo da prevalecircncia da hipertensatildeo arterial52
A razatildeo cintura-estatura (RCEst) eacute determinado pela divisatildeo da circunferecircncia
da cintura (cm) pela estatura (cm) Este indicador tem sido utilizado para identificar
alto risco metaboacutelico obesidade fatores de risco cardiovascular e maior capacidade
preditiva para o risco coronariano elevado em populaccedilotildees adultas e idosas1653
tambeacutem eacute fortemente associada a diversos fatores de risco cardiovascular em
diferentes populaccedilotildees15
7
O Iacutendice C eacute determinado com as medidas de massa corporal da estatura e da
circunferecircncia da cintura54 e eacute muito utilizado com a populaccedilatildeo adulta555657585960 Jaacute
com a populaccedilatildeo de idosos o iacutendice C tem sido pouco utilizado e somente alguns
estudos usaram esse indicador para tentar identificar distuacuterbios metaboacutelicos risco
coronariano e prevalecircncia de risco agrave sauacutede616263 Natildeo foram encontrados estudos
associativos entre o Iacutendice C e pressatildeo arterial elevada em idosos
Tais iacutendices satildeo pouco utilizados com a populaccedilatildeo idosa e principalmente com
populaccedilotildees residentes em cidades de pequeno porte Dessa forma para discriminar e
analisar o incremento de gordura corporal os iacutendices antropomeacutetricos tecircm
demonstrado eficiecircncia principalmente em estudos epidemioloacutegicos Cada indicador
tem peculiaridade quanto a sua distribuiccedilatildeo e discriminaccedilatildeo por isso podem ser
utilizados conjuntamente ou separadamente dependendo dos objetivos como
estrateacutegia eficiente para a detecccedilatildeo e o controle de doenccedilas
Contudo os iacutendices antropomeacutetricos tecircm sido bem utilizados para associar
vaacuterios fatores de risco de sauacutede como doenccedilas coronarianas cardiovasculares
distuacuterbios metaboacutelicos dentre outros641641 Poreacutem ainda natildeo estaacute clara sua
associaccedilatildeo com pressatildeo arterial elevada em idosos
Sendo assim os iacutendices antropomeacutetricos satildeo eficientes para identificar a
hipertensatildeo arterial em idosos E quais satildeo os melhores iacutendices para identificar as
alteraccedilotildees da pressatildeo arterial elevada em idosos
24 A importacircncia da validaccedilatildeo
Como se trata de um estudo de validaccedilatildeo de um meacutetodo faz-se necessaacuterio
debater sobre o tema Os instrumentos de rastreamento satildeo ferramentas essenciais
para os serviccedilos de sauacutede pois fornecem medidas relevantes reprodutiacuteveis e
acuradas permitindo a identificaccedilatildeo das pessoas com maior chance de preencher os
criteacuterios para uma determinada condiccedilatildeo ou doenccedila Como tambeacutem completa o
registro de informaccedilatildeo e a comparaccedilatildeo de resultados minimizando a influecircncia de
fatores subjetivos na coleta e registro de dados6566
A escolha de um instrumento deve-se basear em suas qualidades que
consistem em coeficientes significativos de validade e fidedignidade Dessa forma
8
essas medidas necessitam apresentar simplicidade na teacutecnica economia facilidade
e rapidez na aplicaccedilatildeo e interpretaccedilatildeo666768
A validade caracteriza-se como a capacidade do instrumento medir aquilo que
se propotildees a medir Envolve um componente conceitual (julgamento subjetivo a
respeito do instrumento pelo pesquisador) e um componente operacional (avaliaccedilatildeo
sistemaacutetica (estatiacutestica) do teste) geralmente o comparando com um criteacuterio padratildeo
ouro67
A avaliaccedilatildeo operacional da validade utilizada nessa pesquisa foi a de criteacuterio
no qual mede agrave extensatildeo com que o instrumento discrimina sujeitos que diferem em
determinadas caracteriacutesticas Refere-se agrave capacidade de uma escala de se
corresponder com outras medidas ou de predizer algo a que se propotildee Eacute avaliada
por meio de criteacuterio-padratildeo (validade concorrente e validade preditiva) Sendo que a
validade preditiva eacute estimulada estatisticamente e expressa por meio da sensibilidade
especificidade valor preditivo positivo valor preditivo negativo e taxa de classificaccedilatildeo
incorreta67
A sensibilidade corresponde agrave proporccedilatildeo de casos positivos identificados
corretamente ou melhor eacute a capacidade de medida de reconhecer os verdadeiros
positivos Quanto maior a sensibilidade maior a chance de detectar a doenccedila A
especificidade eacute proporccedilatildeo de casos negativos identificados corretamente eacute a
capacidade do instrumento de reconhecer os verdadeiros negativos67
Quanto mais sensiacutevel for o teste melhor seraacute seu valor preditivo negativo ou
seja maior seraacute a certeza de que uma pessoa com resultado negativo natildeo tenha
realmente a doenccedila Quanto mais especifico melhor seraacute seu valor preditivo positivo
ou seja maior seraacute a certeza de que uma pessoa com resultado positivo tenha a
hipertensatildeo arterial67
Como estrateacutegia geral quando a principal preocupaccedilatildeo for evitar o resultado
falso-positivo entatildeo o ponto de corte deve objetivar o maacuteximo de especificidade e se
a preocupaccedilatildeo maior eacute evitar resultado falso-negativo (o resultado do teste em
paciente com suspeita de hipertensatildeo arterial) o ponto de corte deve objetivar o
maacuteximo de sensibilidade67 Os autores ainda referem que a curva Receive Operator
Caracteristic (ROC) eacute a melhor maneira de estabelecer o ponto de corte otimizando
a sensibilidade e especificidade do teste diagnoacutestico
9
Destaca-se que as qualidades de um instrumento aplicado em condiccedilotildees de
campo satildeo modificadas pela prevalecircncia de casos na populaccedilatildeo cliacutenica (onde eacute
esperado ter maior proporccedilatildeo de doenccedila) comparada com uma populaccedilatildeo geral
10
3 OBJETIVOS
Determinar o poder preditivo de iacutendices antropomeacutetricos para predizer
hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos
Estabelecer pontos de corte como discriminadores de hipertensatildeo arterial em
mulheres e homens idosos
Identificar o iacutendice antropomeacutetrico de obesidade que melhor discrimina a
hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos
11
4 MATERIAL E MEacuteTODOS
41 Tipos de estudo
Esta pesquisa eacute do tipo transversal ou seccional como parte do projeto de
Monitoramento da Sauacutede de Idosos de um Municiacutepio de Pequeno Porte ESTUDO
MONIDI Em estudos transversais a estrateacutegia de observaccedilatildeo da populaccedilatildeo eacute
seccional isto eacute as informaccedilotildees obtidas referem-se ao mesmo momento sendo mais
adequado para obtenccedilatildeo de estimativas populacionais As informaccedilotildees individuais
devem ser coletadas num determinado prazo mais curto possiacutevel decorrido entre as
observaccedilotildees do primeiro e uacuteltimo indiviacuteduo69
42 Cenaacuterios do estudo
O municiacutepio de Ibicuiacute fica localizado na zona fisiograacutefica de Vitoacuteria da Conquista
(Encosta do Planalto) e situada no Sudoeste do Estado da Bahia possui uma aacuterea
territorial de 1176843 kmsup2 populaccedilatildeo de 16640 habitantes7071 A populaccedilatildeo de
idosos no ano de 2013 era de 2124 habitantes e destes 525 estavam cadastrados
nas Unidades de Sauacutede da Famiacutelia33
12
Figura 1 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Ibicuiacute BA na regiatildeo Nordeste do Brasil
Fonte Adaptado do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE)72 Infograacuteficos
Cidades Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230
43 Populaccedilatildeo e amostra
A populaccedilatildeo alvo do presente estudo foi constituiacuteda por indiviacuteduos com idade
igual ou superior a 60 anos de ambos os sexos cadastrados na Estrateacutegia de Sauacutede
da Famiacutelia (ESF) que atenderam agraves aacutereas urbanas e rurais do municiacutepio de Ibicuiacute-BA
no ano de 2014 A lista com o nuacutemero de usuaacuterios idosos cadastrados nas USFs da
zona rural e urbana do municiacutepio foi solicitada junto agrave Secretaria Municipal de Sauacutede
Foram incluiacutedos no estudo idosos que estavam cadastrados na Estrateacutegia de
Sauacutede da Famiacutelia que aceitaram participar da pesquisa atraveacutes da assinatura do
Termo de Consentimento Livre Esclarecido (TCLE)
Os criteacuterios de exclusatildeo foram os participantes com diagnoacutestico de demecircncia
ou qualquer outro tipo de alteraccedilatildeo cognitiva que comprometesse a veracidade das
informaccedilotildees fornecidas idosos acamados portadores de doenccedila de Alzheimer ou
outro tipo de doenccedila neuroloacutegica que afetasse a cogniccedilatildeo doenccedila em estaacutegio
terminal
Apoacutes aplicaccedilatildeo dos criteacuterios de exclusatildeo foi efetuado o caacutelculo amostral
seguindo a proposta de Luiz e Magnanini (2000)73 para populaccedilotildees finitas com
13
predominacircncia desconhecida de 50 sendo adotado niacutevel de significacircncia de 5
(correspondendo a um intervalo de confianccedila de 95) e erro toleraacutevel de amostragem
de 25
O caacutelculo amostral resultou numa amostra miacutenima necessaacuteria de 305 idosos
Esse caacutelculo amostral sofreu ajuste em 10 para compensar eventuais perdas e
recusas Apoacutes o resultado do caacutelculo amostral os idosos participantes foram
selecionados atraveacutes de sorteio sendo este proporcional ao tamanho e a distribuiccedilatildeo
por sexo e por quantidade de idosos na Unidade de Sauacutede da Famiacutelia
Os indiviacuteduos assinaram o TCLE foram entrevistados e avaliados nas
dependecircncias da USF sendo que aqueles que natildeo foram localizados ou natildeo
compareceram a USF apoacutes trecircs tentativas foram automaticamente substituiacutedos por
meio de sorteio
44 Equipes de coleta de dados
A equipe de coleta foi composta por dois profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica
(Coordenadores) e cinco acadecircmicos de fisioterapia enfermagem e medicina A
equipe foi previamente treinada em reuniotildees teacutecnicas e no estudo piloto que foi
realizado no periacuteodo de Outubro a Dezembro de 2013 visando padronizar todo o
processo de coleta Foram estabelecidas accedilotildees referentes agrave logiacutestica agrave aplicaccedilatildeo dos
questionaacuterios e aos procedimentos de medidas das variaacuteveis antropomeacutetricas A
coleta propriamente dita ocorreu entre o periacuteodo de 03022014 a 20022014
14
45 Procedimentos para coleta de dados
451 Variaacuteveis do estudo e dados coletados
Foram mensuradas as variaacuteveis idade sexo situaccedilatildeo conjugal niacutevel de
escolaridade raccedilacor renda mensal alcoolismos e tabagismos Como tambeacutem
medidas de pressatildeo arterial sistoacutelica e diastoacutelica massa corporal estatura e
circunferecircncia da cintura
452 Instrumentos de coleta
Foi utilizado o instrumento de coleta denominado Instrumento de Avaliaccedilatildeo da
Sauacutede de Idosos (IASI) padronizado e validado previamente74 Tal instrumento obteacutem
caracteriacutesticas sociodemograacuteficas informaccedilotildees pessoais consumo de aacutelcool e
tabaco avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica e de pressatildeo arterial
Para aferir a pressatildeo arterial foi utilizado o aparelho digital (marca OMRONreg
modelo HEM ndash 742 INT) Utilizou-se ainda uma balanccedila digital portaacutetil (OMRONreg) e
um estadiocircmetro (marca Sannyreg) ambos devidamente calibrados e fita
antropomeacutetrica flexiacutevel (Cardiomedreg)
453 Pressatildeo Arterial
A pressatildeo arterial foi aferida com um aparelho digital de braccedilo com manguito
adequado agrave circunferecircncia do mesmo A medida foi realizada no braccedilo direito a altura
do coraccedilatildeo Foram realizadas trecircs medidas da pressatildeo arterial sendo a primeira apoacutes
o idoso permanecer cinco minutos em repouso e sentado a segunda apoacutes dois
minutos e a terceira dois minutos apoacutes a realizaccedilatildeo da segunda (foi utilizada a meacutedia
das trecircs medidas) Valores de referecircncia estatildeo estabelecidos na Tabela 1
15
Tabela 1 - Classificaccedilatildeo da pressatildeo arterial de acordo com a VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo (2010)
Classificaccedilatildeo Pressatildeo Sistoacutelica (mmHg)
Pressatildeo Diastoacutelica (mmHg)
Oacutetima Normal Limiacutetrofe
lt 120 lt 130 130-139
lt 80 lt 85 85-80
Hipertensatildeo estaacutegio I 140-159 90-99 Hipertensatildeo estaacutegio II 160-179 100-109 Hipertensatildeo estaacutegio III ge 180 ge 110 Hipertensatildeo sistoacutelica isolada
ge 140 lt 90
Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo (2010)7
454 Antropometria
Todas as medidas antropomeacutetricas foram realizadas trecircs vezes (verificou-se a
meacutedia de tais medidas) por um profissional de Educaccedilatildeo Fiacutesica para diminuir o erro
intra e inter avaliadores e anotados por um apontador Os idosos foram medidos
conforme procedimentos padronizados por Lohman et al (1988)75 sem calccedilados
roupas leves sem reloacutegio chaves celular etc
Foi mensurada a circunferecircncia da cintura com uma fita antropomeacutetrica flexiacutevel
no ponto meacutedio entre a uacuteltima costela e a crista iliacuteaca e o procedimento foi deixar a
cintura livre de roupa e os braccedilos cruzados no peito Classificaccedilatildeo de risco para
desenvolver doenccedilas por Lohman et al (1988)75 HOMENS gt 102 cm e MULHERES
gt 88 cm Foi determinado o IMC atraveacutes da equaccedilatildeo [IMC =massa corporal
(kg)estatura2(m)] Valores de referecircncia estatildeo estabelecidos na Tabela 2
Tabela 2 - Classificaccedilatildeo do Iacutendice de Massa Corporal
IMC Classificaccedilatildeo
Baixo peso lt 220 kgm2 Peso adequado 220 le IMC le 270 kgm2 Obesidade gt 270 kgm2
Lohman et al (1988)75
16
A razatildeo cintura-estatura foi determinada pela equaccedilatildeo proposta por Pitanga e
Lessa (2006)15 a qual utiliza a CC (cm) e a estatura (cm) O Iacutendice C foi estimado por
meio das medidas de massa corporal estatura e circunferecircncia da cintura utilizando-
se um modelo proposto por Valdez (1991)54 cuja equaccedilatildeo matemaacutetica estaacute descrita a
seguir
46 Anaacutelise dos dados
Os dados foram digitados com dupla entrada no software Epidata 31 Apoacutes a
digitaccedilatildeo dos dados foram verificados manualmente os valores discrepantes e a
consistecircncia das informaccedilotildees
Na anaacutelise de dados foram utilizados os procedimentos da estatiacutestica descritiva
expressa por meacutedia desvio padratildeo nuacutemero de observaccedilotildees e percentual das
variaacuteveis avaliadas A diferenccedila entre os sexos nas variaacuteveis contiacutenuas foi analisada
pelo teste t de Student para amostras independentes uma vez que as variaacuteveis
apresentaram distribuiccedilatildeo normal e o teste do Qui-quadrado para comparar as
proporccedilotildees (variaacuteveis qualitativas) entre os idosos do sexo masculino e feminino
O poder discriminatoacuterio para determinar a hipertensatildeo arterial e os iacutendices
antropomeacutetricos foi verificado atraveacutes da utilizaccedilatildeo das curvas ROC recurso utilizado
para obtenccedilatildeo de pontos de corte que visam diagnoacutesticos ou triagem
A aacuterea sob a curva ROC (ASC) determina a capacidade preditiva do indicador
para presenccedila ou ausecircncia de hipertensatildeo arterial Uma ASC igual a 10 eacute
considerada perfeita poreacutem se for igual ou menor a 05 indica que sua capacidade
preditiva natildeo eacute melhor que ao acaso
17
Neste estudo o pressuposto para anaacutelise da ASC foi agrave sensibilidade pois em
determinadas situaccedilotildees quando natildeo pode correr o risco de natildeo diagnosticar
determinada doenccedila eacute melhor privilegiar a sensibilidade76
Apoacutes determinados os pontos de corte para cada uma das variaacuteveis
investigadas para prediccedilatildeo de hipertensatildeo essas foram dicotomizadas com base em
seus respectivos valores de referecircncia As anaacutelises estatiacutesticas foram conduzidas no
Statistical Product and Service Solutions (SPSS) reg 130 Em todas as anaacutelises foram
efetuadas respeitando-se o niacutevel de significacircncia de 5
47 Aspectos Eacuteticos
O estudo foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa da Universidade
Estadual do Sudoeste da Bahia com parecer (CAAE 22969013000000055) (Anexo
1) seguindo princiacutepios eacuteticos estabelecidos na Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de
2012 do Conselho Nacional de Sauacutede (CNS)77
18
5 RESULTADOS
51 Caracterizaccedilatildeo da amostra estudada
De acordo com a contabilizaccedilatildeo das perdas (mudou-se do municiacutepio natildeo foi
encontrado por mais de 3 vezes na USF ou domicilio) e recusas (n=31) a amostra final
foi composta por 310 idosos (201 zona urbana e 109 zona rural) A taxa de respostas
foi de 912 com 88 (n=31) de recusas e 92 (n=29) de exclusatildeo
Participaram do estudo 175 mulheres (565) e 135 homens (435) As
idades variaram entre 60 e 108 anos com meacutedia de 7078 plusmn 82 anos para as mulheres
e 60 a 93 anos com meacutedia de 7259 plusmn 78 anos para homens
A maioria das mulheres se auto referiu ser negra e os homens pardo O iacutendice
de analfabetismo apresentou-se elevado em ambos os sexos A maior parte dos idosos
eacute casado A maioria dos idosos sobrevivia com renda mensal inferior ou igual a um
salaacuterio miacutenimo (Tabela 3)
19
Tabela 3 - Variaacuteveis sociodemograacuteficas e de estilo de vida em idosos
Mulheres (n=175) Taxa de Resposta
Homens (n=135) Taxa de Resposta
n n P
Raccedilacor 9861 991
Branco 47 2686 43 3209
Preto 73 4171 26 1940 0001
Pardo 49 2800 55 4074
Natildeo sabe 4 229 10 741
Escolaridade 9918 1000
Analfabeto 95 5429 84 6222
Baacutesica 72 4114 46 3408 0001
Secundaacuteria 5 286 5 370
Superior 2 114 - -
Estado Civil 9789 991
Casadouniatildeo estaacutevel
74 4229 78 5777
Solteiroseparado 33 1886 36 2667 0001
Viuacuteva 63 3600 20 1481
Renda Mensal 9918 1000
le 1 salaacuterio 165 9428 123 9111
11 a 2 salaacuterio 8 458 10 74 0001
21 a salaacuterio 1 057 2 148
Alcoolismo 9989 1000
Sim 4 229 9 667 0001
Natildeo 170 9714 126 9333
Tabagismo 9597 1000
Sim 15 857 21 1556 0001
Natildeo 152 8686 114 8444
Teste Qui-quadrado
20
52 Caracteriacutesticas antropomeacutetricas
Apoacutes a assinatura do TCLE e realizaccedilatildeo do questionaacuterio 10 idosos foram
excluiacutedos (recusas e informaccedilatildeo incompleta do questionaacuterio) desta etapa de anaacutelise
Dessa forma foram analisadas 300 avaliaccedilotildees das medidas antropomeacutetricas
Na Tabela 4 podem ser observados os valores meacutedios desvio padratildeo valores
miacutenimos e maacuteximos e percentuais das variaacuteveis avaliadas A meacutedia do IMC foi menor
nos homens quando comparado com o resultado das mulheres (p lt 0001) Natildeo houve
diferenccedila significativa da variaacutevel circunferecircncia da cintura entre homens e mulheres
(p = 0208) A prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi maior nas mulheres A maioria
das mulheres eacute obesa e entre os homens o estado nutricional foi considerado eutroacutefico
(Tabela 5)
21
Tabela 4 - Valores descritivos miacutenimos e maacuteximos das variaacuteveis analisadas
Variaacuteveis Mulheres (n=167) Homens (n=133) Valor-p
Idade (anos) 7078 plusmn 821 (60-108)
7259 plusmn 786 (60-93)
0055
Massa corporal (kg) 6020 plusmn 1223 (2970-9580)
6384 plusmn 1250 (4010-11840)
0012
Estatura (cm) 14875 plusmn 616 (129-164)
16080 plusmn 782 (135-183)
lt00001
IMC (kgm2) 2715 plusmn505 (1342-4064)
2458 plusmn 390 (1475-3544)
lt00001
CC (cm)dagger 8734 plusmn 1126 (55-130)
8894 plusmn 1010 (66-115)
0208
RCEst 057 plusmn 011 (000-087)
055 plusmn 006 (042-073)
0086
Iacutendice C 123 plusmn 021 (000-166)
129 plusmn 006 (117-150)
0001
PAS 14096 plusmn 2218 (87-200)
13735 plusmn 2251 (98-209)
0166
PAD 7671 plusmn 1091 (45-105)
7697 plusmn 1179 (49-110)
0846
IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia da cintura RCEst - razatildeo cintura-estatura Iacutendice C - Iacutendice de Conicidade PAS - pressatildeo arterial sistoacutelica PAD ndash pressatildeo arterial diastoacutelica dagger Variaacuteveis com perdas (n=163 mulheres) Teste T de Student para amostras independentes
Tabela 5 - Percentuais das variaacuteveis analisadas
Variaacutevel Mulheres Homens Valor-p
Pressatildeo Arterial (n) (n)
Normal 557 (93) 594 (79) 0011
Hipertensatildeo 443 (74) 406 (54)
Estado nutricional (n) (n)
Baixo peso 144 (24) 301 (40)
Normal 353 (59) 436 (58) lt00001
Sobrepeso 503 (84) 263 (35)
Teste Qui-quadrado
53 Anaacutelise da curva ROC
22
As aacutereas sob a curva ROC do IMC da CC da RCEst e do iacutendice C como
preditores de hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos e os respectivos
intervalos de confianccedila (IC 95) podem ser observados na Tabela 6 e nas Figuras 2
3 4 5 6 7 8 9 Evidenciou-se que alguns iacutendices antropomeacutetricos apresentaram
aacuterea sob a curva ROC significativas Todavia a RCEst e o IMC assumiram maiores
aacutereas com diferenccedila significativa para os homens
Tabela 6 - Aacuterea sob a curva ROC e IC95 entre os iacutendices antropomeacutetricos e hipertensatildeo arterial em idosos
Aacuterea sob a curva ROC
PA elevada Mulheres
Homens
p
IMC (kgm2) 053 (044-062) 060 (050-070)
lt00001dagger
CC (cm) 057 (048-066) 058 (048-068)
lt00001dagger
RCEst 056 (047-065) 061 (051-071)
lt00001dagger
Iacutendice C 058 (049-066) 058 (058-068) lt00001dagger
IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia de cintura RCEst - razatildeo cinturaestatura Iacutendice C - iacutendice de conicidade ROC ndashReceiver Operating CharacteristicIC95 - intervalo de confianccedila a 95Aacuterea sob a curva ROC apresentando poder discriminatoacuterio para pressatildeo arterial elevada (Li-IC ge 050) daggerTeste Qui-quadrado
23
Figura 2 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) IMC - iacutendice de massa corporal
Figura 3 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) IMC - iacutendice de massa corporal
24
Figura 4 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) CC ndash circunferecircncia da cintura
Figura 5 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) CC ndash circunferecircncia da cintura
25
Figura 6 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) RCEst - razatildeo cinturaestatura
Figura 7 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) RCEst - razatildeo cinturaestatura
26
Figura 8 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) Iacutendice C -iacutendice de conicidade
Figura 9 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) Iacutendice C - iacutendice de conicidade
27
Os valores dos pontos de corte dos iacutendices antropomeacutetricos como preditores
de hipertensatildeo arterial e suas respectivas sensibilidade e especificidade (mais
adequado equiliacutebrio entre si) satildeo apresentados na Tabela 7 Observa-se que entre
os iacutendices antropomeacutetricos a RCEst teve melhor percentual de sensibilidade e de
especificidade para discriminar a pressatildeo arterial elevada para os homens
Tabela 7 - Pontos de corte sensibilidade e especificidade dos iacutendices antropomeacutetricos para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial em idosos
Mulheres Homens PA elevada
Ponto de corte
Sensibilidade ()
Especificidade ()
Ponto de corte
Sensibilidade ()
Especificidade ()
IMC (kgm2)
2679 527 548 2420 527 548
CC (cm) 8750 577 457 8650 593 532 RCEst 059 568 430 054 648 456 Iacutendice C 126 541 452 129 574 456
IMC ndash Iacutendice de Massa Corporal CC ndash Circunferecircncia da Cintura RCEst ndash Razatildeo Cintura-Estatura Iacutendice C ndash Iacutendice de Conicidade
28
6 DISCUSSAtildeO
61 Aacutereas sob a Curva ROC
Este estudo teve como objetivo identificar a capacidade preditiva de iacutendices
antropomeacutetricos de obesidade geral e abdominal para discriminar a presenccedila de
hipertensatildeo arterial em idosos com foco de utilizaccedilatildeo no ambiente da estrateacutegia de
sauacutede da famiacutelia Nessa perspectiva surge uma proposta de triagem dos casos de
idosos com possiacuteveis alteraccedilotildees crocircnicas em sua pressatildeo arterial aleacutem de possibilitar
a discussatildeo sobre validaccedilatildeo de tais iacutendices para uso no contexto da sauacutede
Dessa forma recomenda-se a anaacutelise da sensibilidade e especificidade por
meio da construccedilatildeo de curvas ROC pois eacute a melhor opccedilatildeo para determinar pontos de
corte em estudos epidemioloacutegicos78 Essa anaacutelise permite fornecer a aacuterea sob a curva
que traduz o poder de discriminaccedilatildeo de um indicador para um determinado desfecho
e a identificaccedilatildeo do melhor ponto de corte
A proposta dessa pesquisa natildeo eacute excluir o diagnoacutestico meacutedico mas
proporcionar uma estrateacutegia mais abrangente a ser utilizada pelas USFs em parceria
entre os profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica e os profissionais de sauacutede no contexto da
atenccedilatildeo primaacuteria
Embora exista associaccedilatildeo entre sobrepesoobesidade e a pressatildeo arterial
elevada poucos estudos tecircm identificado pontos de corte de iacutendices antropomeacutetricos
que visem agrave detecccedilatildeo da hipertensatildeo arterial em idosos Diversos estudos tecircm
demonstrado que os iacutendices antropomeacutetricos satildeo bons indicadores de obesidade e
estatildeo relacionados a fatores de risco cardiovascular795880 Todavia a hipertensatildeo eacute
apontada como um dos principais fatores de risco cardiovasculares o que denota a
necessidade de um olhar diferenciado
A prevalecircncia de hipertensatildeo foi inferior agrave encontrada em outros estudos818283
Contudo diferenccedilas metodoloacutegicas nuacutemero de medidas realizadas e os diferentes
criteacuterios de referecircncia satildeo as principais causas da grande variabilidade nas
prevalecircncias de pressatildeo arterial elevada entre as investigaccedilotildees No presente estudo
29
optou-se por maior rigorosidade ao diagnosticar a pressatildeo arterial elevada
considerando a realizaccedilatildeo de trecircs medidas
Nessa amostra observou-se que a prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi
443 nas mulheres e 406 nos homens Demonstrando ser uma alta prevalecircncia
pois se trata de uma populaccedilatildeo que eacute influenciada diretamente pelo o aumento da
morbimortalidade durante o envelhecimento Estudos envolvendo idosos indicam que
a prevalecircncia da hipertensatildeo encontra-se entre 50-70 com o aumento da idade84
Poucos estudos epidemioloacutegicos foram conduzidos com o objetivo de identificar
e discriminar a capacidade de iacutendices antropomeacutetricos de obesidade para a pressatildeo
arterial elevada na populaccedilatildeo de idosos e principalmente utilizando o iacutendice C o
RCEst Um estudo realizado com a populaccedilatildeo de idosos utilizou o mesmo objetivo
poreacutem usou como ponto de corte o iacutendice de massa corporal e o iacutendice de adiposidade
corporal85 Entretanto faz-se necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de outros iacutendices para identificar
hipertensatildeo arterial em idosos
De acordo com os resultados do presente estudo somente alguns dos
indicadores antropomeacutetricos apresentaram capacidade preditiva para a hipertensatildeo
arterial em idosos de acordo com limite inferior do intervalo de confianccedila de 9586
Dessa forma foi observado que a RCEst e IMC para os homens mostraram-se com
bom poder de detecccedilatildeo para a hipertensatildeo arterial pois obtiveram maiores valores
sob a curva para esse desfecho
Em 2013 Leal Neto et al85 identificaram em seus resultados que o IMC e o
iacutendice de adiposidade corporal foram os melhores indicadores preditivos de
hipertensatildeo arterial nos idosos em ambos os sexos independentemente de outros
fatores tais como idade tabagismo consumo de aacutelcool e atividade fiacutesica
No presente estudo os principais indicadores que tiveram uma boa aacuterea sob a
curva foram o IMC RCEst e Iacutendice C com resultados de 060 IC95 (050-070) 061
IC95 (051-071) e 058 IC95 (058-068) respectivamente para homens
Nas mulheres tais iacutendices mostraram-se com menor poder discriminatoacuterio para
diagnosticar a hipertensatildeo arterial A HAS eacute um desfecho que pode ser influenciado
por fatores multicausais (hormonais estresse etc) Na anaacutelise do desempenho do
iacutendice antropomeacutetrico a loacutegica eacute unidirecional ou seja verificar o desempenho desses
iacutendices apenas como preditores de hipertensatildeo arterial foram mais satisfatoacuterios entre
os homens Os iacutendices podem interferir mas natildeo determinar a prevalecircncia da
30
hipertensatildeo Embora as mulheres tenham uma maior prevalecircncia essa natildeo eacute
determinada pelos iacutendices antropomeacutetricos no presente estudo
Tais resultados diferem do estudo realizado em 2012 por Samsen et al87 no
qual a circunferecircncia da cintura teve boa ASC nos homens = 0684 com IC95 (0672-
0695) e nas mulheres = 0673 IC95 (0665-0681) sendo o melhor indicador
significativamente (p lt0001) do que o IMC no qual a ASC em homens foi de = 0667
IC95 (0656-679) e nas mulheres = 0636 IC95 (0628-0644) em discriminaccedilatildeo
de pelo menos um fator de risco cardiovascular Isso se deve ao fato de tal estudo ter
sido realizado com uma abrangecircncia maior na faixa etaacuteria que foi de 45-80 anos
Uma possiacutevel limitaccedilatildeo para discussatildeo dos resultados desse estudo foi a faixa
etaacuteria restrita que natildeo incluiu idosos (igual ou acima de 60 anos) o que impossibilita
a triagem da pressatildeo arterial elevada nessa populaccedilatildeo
62 Iacutendices antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial
Nesse estudo a CC e RCEst foram as variaacuteveis com maiores valores absolutos
de sensibilidade para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial respectivamente para mulheres
e homens Tais resultados indicam as proporccedilotildees de verdadeiros positivos na
ocorrecircncia de hipertensatildeo arterial
Quanto ao ponto de corte do RCEst nas mulheres foi de 059 sendo 568 de
sensibilidade e 430 de especificidade Valores inferiores ao encontrado no presente
estudo para mulheres foram sugeridos em Taiwan (045) Cingapura (048) e na China
(050) No Brasil em 2009 Haun Pitanga e Lessa16 recomendaram para a RCEst
053 como melhor ponto de corte com sensibilidade (67) e especificidade (58) e
aacuterea sob a curva ROC de 069 (IC 95 = 064-075) Outro ponto de corte semelhante
ao observado no Brasil com mulheres mexicanas variou de 053 a 0535 para a
RCEst discriminar diabete tipo 2 hipertensatildeo e dislipidemias88899091
Os pontos de corte sugeridos por esses paiacuteses e no Brasil podem ter sido
inferiores por causa da abrangecircncia na faixa etaacuteria dos indiviacuteduos no qual incluiacuteram
mulheres de 30 a 74 anos como tambeacutem as caracteriacutesticas econocircmicas culturais e
31
de estilo de vida diferem da realidade das mulheres que residem em cidades de
pequeno porte Estudos que discriminem hipertensatildeo arterial principalmente em
idosos com RCEst satildeo escassos na literatura
Em 2010 Browning Hsieh e Ashwel92 realizaram uma revisatildeo sistemaacutetica
sobre a potencialidade de indicadores antropomeacutetricos em predizer doenccedilas
cardiovasculares e identificou a RCEst como variaacutevel de melhor desempenho A
RCEst apresentou maiores ASC quando comparada ao IMC ou CC Os dados
analisados foram de quatorze paiacuteses diferentes e incluiacuteram caucasianos asiaacuteticos e
da Ameacuterica Central Segundo os autores uma RCEst ge 05 eacute capaz de identificar
fatores de risco cardiovasculares Esse ponto de corte eacute inferior aos encontrados para
homens e mulheres no presente estudo significando que o ponto de corte encontrado
pode diagnosticar risco cardiovascular e consequentemente a presenccedila de
hipertensatildeo
Outros autores afirmam essa hipoacutetese relacionada aos valores limites para
RCEst em diversas populaccedilotildees e indicaram que um ponto de corte de 05 eacute o valor
mais indicado para ambos os sexos todas as idades e diferentes populaccedilotildees899315
Com relaccedilatildeo agrave especificidade a variaacutevel com maior valor foi o IMC
independentemente do sexo Nas mulheres o ponto de corte sugerido foi 2679 kgm2
e nos homens 2420 kgm2 O valor da especificidade foi de 548 para ambos os
sexos o qual possibilita determinar corretamente a ausecircncia de hipertensatildeo arterial
Sendo assim este estudo sugere que o IMC natildeo foi o melhor preditor de hipertensatildeo
arterial
O estudo de Leal Neto et al (2013)85 tambeacutem testou a capacidade de
indicadores antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial em idosos
sugeriu como pontos de corte para IMC valores de 247 kgm2 igual ao encontrado no
presente estudo e de 273 kgm2 nuacutemero superior que aos dados do presente
trabalho para homens e mulheres respectivamente
Em outro estudo realizado com 19621 homens e mulheres com faixa etaacuteria de
45-80 anos a meacutedia da idade foi de 598 anos para os homens e 585 anos para as
mulheres O ponto de corte adequado de IMC foi de 23 kgm2 em homens e 24 kgm2
em mulheres Os pontos de corte de CC foram 80 cm e 78 cm em homens e mulheres
respectivamente Os achados do presente estudo foram superiores a esses
32
resultados todavia deve ser considerado que a populaccedilatildeo alvo foi diferente e com
idade menor da populaccedilatildeo pesquisada no presente trabalho87
Com relaccedilatildeo agrave CC o ponto de corte identificado para a prediccedilatildeo de hipertensatildeo
arterial nas mulheres foi superior ao dos homens Contudo os valores de sensibilidade
e especificidade desses pontos de corte foram maiores entre os homens o que pode
indicar que o poder preditivo da CC para a hipertensatildeo arterial eacute melhor para o sexo
masculino Quanto menor o ponto de corte maior seraacute a habilidade do teste em
classificar os doentes como positivos isto eacute maior seraacute a sensibilidade76 Os pontos
de corte dos homens foram em sua maioria menores em comparaccedilatildeo aos das
mulheres
Tais resultados satildeo contraacuterios aos achados do estudo de Kashihara et al
(2009)94 com indiviacuteduos de 30-74 anos que comparou paciente com hipertensatildeo e sem
hipertensatildeo Em seus pontos de corte de CC para os homens foram superiores aos
pontos de corte definidos para as mulheres e os valores de sensibilidade e
especificidade foi maior nas mulheres para identificar risco cardiovascular Poreacutem a
idade foi menor ao proposto no presente estudo
Outro estudo que contraria tais resultados quanto ao ponto de corte da CC foi
o de Haun Pitanga e Lessa (2009)16 que foi superior para os homens enquanto o
niacutevel de sensibilidade e especificidade foi igual aos nossos achados Poreacutem esse
estudo foi realizado com indiviacuteduos de idade entre 30-74 anos e discriminou risco
coronariano elevado
Quanto ao Iacutendice C no presente estudo o ponto de corte sugerido foi de 126
nas mulheres (sensibilidade 541 e especificidade 452) e 129 para os homens
(sensibilidade 574 e especificidade 456)
Diferentemente do resultado encontrado no presente estudo Pitanga e Lessa
(2005)56 sugeriram como o melhor ponto de corte para risco coronariano com o iacutendice
C 118 para mulheres apresentando valores de sensibilidade (7339) e
especificidade (6115) Para os homens o ponto de corte foi de 125 com valores de
sensibilidade (7391) e especificidade (7492) Tais pontos de corte foram para
indiviacuteduos adultos por esse motivo foram mais baixos que os achados do presente
trabalho Deve-se considerar que existem modificaccedilotildees na composiccedilatildeo corporal com
o processo do envelhecimento o que poderia alterar os pontos de corte para as essas
medidas antropomeacutetricas
33
Em outro estudo com os mesmo autores foram apresentados outros pontos de
corte comparando diferentes faixas etaacuterias Para as mulheres de 30-49 anos o melhor
ponto de corte foi o mesmo (118) com melhor sensibilidade (7857) e
especificidade (6524) e tambeacutem melhor aacuterea sob a curva ROC 081 (IC95 = 070-
092) Entre as de idade mais avanccedilada (50-74 anos) o melhor ponto de corte
sugerido foi 122 com sensibilidade (6000) e especificidade (6582) e aacuterea sob a
curva ROC 065 (IC 95 = 058-073) Portanto o iacutendice C apresentou melhor poder
discriminatoacuterio de RCEst para as mulheres mais jovens64
Almeida Almeida e Arauacutejo (2009)58 conduziram uma pesquisa com mulheres
de 30 e 69 anos buscando avaliar o desempenho de diferentes pontos de corte do
iacutendice C RCQ CC e RCEst para discriminar Risco Coronariano Elevado e o ponto de
corte encontrado para o Iacutendice C foi (125) proacuteximo ao ponto de corte para mulheres
nos nossos achados Dessa forma tais autores afirmaram que os indicadores
antropomeacutetricos de obesidade abdominal analisados tiveram desempenhos
satisfatoacuterios e similares para discriminar RCEst poreacutem o iacutendice C foi o que
apresentou o melhor poder discriminatoacuterio
As informaccedilotildees sobre o iacutendice C satildeo limitadas quanto agrave discussatildeo do ponto de
corte para hipertensatildeo arterial principalmente por encontrar poucos estudos sobre
essa medida como referecircncia para idosos Pitanga e Lessa (2004)55 relatam como
uma limitaccedilatildeo para a utilizaccedilatildeo do Iacutendice C em estudos populacionais a dificuldade de
se calcular o denominador da equaccedilatildeo proposta para sua determinaccedilatildeo
O excesso de gordura em geral estaacute associado ao aparecimento de doenccedilas
cardiovasculares hipertensatildeo arterial e mortalidade a definiccedilatildeo de pontos de corte
para iacutendices que se destacam por sua simplicidade operacional e boa acuraacutecia
permite a detecccedilatildeo dos indiviacuteduos sob risco sendo de grande utilidade nos serviccedilos
de atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede aleacutem de possibilitar o conhecimento da situaccedilatildeo de
grupos populacionais especiacuteficos frente a esses riscos quando empregados na
pesquisa epidemioloacutegica
No contexto das cidades de pequeno porte (rurais e urbanas) os recursos de
sauacutede satildeo muitas vezes limitados e escassos sendo importante a utilizaccedilatildeo desses
iacutendices antropomeacutetricos como substituiccedilatildeo eou apoio a avaliaccedilatildeo tradicional da
pressatildeo arterial Em vaacuterias conjunturas de sauacutede a alta demanda de paciente com
hipertensatildeo arterial exige a utilizaccedilatildeo de instrumentos de diagnoacutesticos e rastreamento
34
de raacutepida e faacutecil aplicaccedilatildeo que possam ser manejados por diferentes profissionais e
que sobretudo apresentem validade e fidedignidade A adequada validaccedilatildeo de
instrumentos e conhecimento de suas propriedades teacutecnicas na populaccedilatildeo brasileira
tambeacutem deve contribuir com a seleccedilatildeo de prioridades e delimitaccedilatildeo do conteuacutedo dos
programas de sauacutede pelos tomadores de decisatildeo em diferentes niacuteveis de gestatildeo
35
7 CONCLUSAtildeO
As anaacutelises dos dados permitem frente aos objetivos estabelecidos formular
as seguintes conclusotildees Quanto ao poder de discriminaccedilatildeo de iacutendices
antropomeacutetricos para a hipertensatildeo arterial em idosos os iacutendices antropomeacutetricos
(IMC RCEst e Iacutendice C) foram bons preditores de hipertensatildeo arterial para os homens
Dessa forma tais iacutendices podem ser empregados nos homens poreacutem tais medidas
natildeo foram satisfatoacuterias para predizer pressatildeo arterial elevada nas mulheres idosas
limitando a sua utilizaccedilatildeo para o sexo feminino com idades avanccediladas
O melhor ponto de corte para discriminar hipertensatildeo arterial foi 054 para a
RCEst nos homens dessa forma tal ponto de corte deve ser empregada no contexto
da atenccedilatildeo primaacuteria nos homens Sugere-se a utilizaccedilatildeo dessa medida a fim de
detectar e realizar a triagem da hipertensatildeo arterial com caracteriacutesticas similares agrave
amostra deste estudo
Recomenda-se que a utilizaccedilatildeo de dois iacutendices simultaneamente resulte em
uma maior eficiecircncia na avaliaccedilatildeo do risco de hipertensatildeo arterial em idosos A
indicaccedilatildeo destas medidas permite que ela seja realizada nas Unidades de Sauacutede da
Famiacutelia como meacutetodo de triagem para idosos com hipertensatildeo arterial utilizando
materiais de faacutecil manejo e de baixo custo
Dessa forma pode-se efetivamente atingir uma das estrateacutegias de prevenccedilatildeo
da hipertensatildeo arterial sistecircmica que eacute o controle da pressatildeo arterial durante o
envelhecimento Todavia sugere-se cautela na utilizaccedilatildeo do ponto de corte desses
indicadores para as mulheres pois os resultados natildeo foram satisfatoacuterios
Fica evidente a necessidade de outros estudos que identifiquem pontos de
corte de iacutendices antropomeacutetricos visando agrave detecccedilatildeo de hipertensatildeo arterial e de
outros fatores de risco cardiovascular nas mulheres idosas que residem em cidades
de pequeno porte
36
8 REFEREcircNCIAS
1 Omram AR The epidemiologic transition a theory of the epidemiology of population change Milbank Memorial Fund Quarterly 1971 49 (Part 1) 509-538
2 Wong LR Carvalho JM Age-strucutural transition in Brazil demographic bonuses and emerging challenges In Pool I Wong LLR Vilquin E editores Age-structural transitions challenges for development Paris Committee for International Cooperation in National Research in Demography 2006
3 Gragnolati M Jorgensen OH Rocha R Fruttero AA Envelhecendo em um Brasil mais Velho implicaccedilotildees do envelhecimento populacional sobre o crescimento econocircmico reduccedilatildeo da pobreza financcedilas puacuteblicas prestaccedilatildeo de serviccedilos Banco Internacional para a Reconstruccedilatildeo e o Desenvolvimento Banco Mundial 2011
4 Schmidt MI Duncan BB Silva GA et al Health in Brazil 4 Chronic non-communicable diseases in Brazil burden and current challenges The Lancet 2011 377
5 Ezzati M Hoorn SV Rodgers A et al Comparative Risk Assessment Collaborating Group Selected major risk factors and global and regional burden of disease Lancet 2002 360 1347-60
6 Lim SS Vos T Flaxman AD et al A comparative risk assessment of burden of disease and injury attributable to 67 risk factors and risk factor clusters in 21 regions 1990-2010 a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2010 Lancet 2012 380 (9859)2224-60
7 Sociedade Brasileira de Cardiologia Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Sociedade Brasileira de Nefrologia VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 2010 95(1) 1-51
8 Miranda DR Perrotti TC Bellinazzi VR et al Hipertensatildeo arterial no idoso peculiaridades na fisiopatologia no diagnoacutestico e no tratamento Rev Bras Hipertens 2002 9 293-300
9 Pilger C Menon MU Mathias TAF Caracteriacutesticas sociodemograacuteficas e de sauacutede de idosos contribuiccedilotildees para os serviccedilos de sauacutede Rev Latino-Am Enfermagem 2011 19(5)1230-1238
10 Pilger C Menon MU Mathias TAF Utilizaccedilatildeo de serviccedilos de sauacutede por idosos vivendo na comunidade Rev esc enferm USP 2013 47(1)213-220
11 Mariath AB Grillo LP Silva RO et al Obesidade e fatores de risco para o desenvolvimento de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis entre usuaacuterios de unidade de alimentaccedilatildeo e nutriccedilatildeo Cad Sauacutede Puacuteblica 2007 23 (4) 897-905
37
12 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Diretrizes e recomendaccedilotildees para o cuidado
integral de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis promoccedilatildeo da sauacutede vigilacircncia prevenccedilatildeo e assistecircncia Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2008
13 Kuumlmpe DA Sodreacute AC Pomatti DM et al Obesidade em Idosos Acompanhados
pela Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia Texto Contexto Enferm Florianoacutepolis 2011 20(3) 471-7
14 Silva KS Farias Juacutenior JC Fatores de risco associados agrave pressatildeo arterial elevada em adolescentes Rev Bras Med Esporte 2007 13(4) 237-40
15 Pitanga FJG Lessa I Razatildeo cintura-estatura como discriminador do risco
coronariano de adultos Rev Assoc Med Bras 2006 52157-61
16 Haun DR Pitanga FJG Lessa I Razatildeo CinturaEstatura comparado a outros indicadores antropomeacutetricos de obesidade como preditor de risco coronariano elevado Rev Assoc Med Bras [online] 2009 55(6) 705-711
17 Nascimento CM Ribeiro AQ SantrsquoAna LFR et al Estado nutricional e condiccedilotildees de sauacutede da populaccedilatildeo idosa brasileira revisatildeo da literatura Rev meacuted Minas Gerais 2011 21(2)174-180
18 Gomes MA Beck cc Duarte MFS et al Ficha Antropomeacutetrica no Nuacutecleo de Apoio a Sauacutede da Famiacutelia o que medir e para que medir Rev bras cineantropom desempenho hum 2009 11(2) 243-253
19 Azevedo LF Oliveira ACC Lima JRP et al Recomendaccedilotildees sobre condutas e procedimentos do profissional de educaccedilatildeo fiacutesica na atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede Rio de Janeiro CONFEF 2010 109-55
20 World Health Organization World health statistics 2012 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghopublicationsworld_health_statistics2012enindexhtmlgt [2012 set 18]
21 World Health Organization Global health risks mortality and burden of disease attributable to selected major risks Geneva World Health Organization 2009a
22 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Panorama da sauacutede brasileira em muacuteltiplos aspectos Percepccedilatildeo do estado de sauacutede estilo de vida e doenccedila crocircnica Pesquisa Nacional de Sauacutede 2013
23 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Pesquisa Nacional por Amostra
de Domiciacutelios 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapesquisaspesquisa_resultadosphpid_pesquisa=149gt[2014 dez 04]
24 Tribess S Virtuoso Junior JS Prescriccedilatildeo de exerciacutecios fiacutesicos para idosos Rev saudecom 2005 1(2)163-72
38
25 Pollock ML Wilmore JH Exerciacutecio na Sauacutede e na Doenccedila avaliaccedilatildeo e prescriccedilatildeo para prevenccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo Editora MEDSI 2ordf ed Rio de Janeiro 1993
26 Sociedade Brasileira de Cardiologia V Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 20061-48
27 World Health Organization Global Health Observatory (GHO) 2014 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghoncdrisk_factorsblood_pressure_prevalence_textengt [2014 dez 04]
28 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Secretaria de Atenccedilatildeo baacutesica agrave Sauacutede Departamento de atenccedilatildeo baacutesica - Hipertensatildeo arterial sistecircmica Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2006
29 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) (2009) Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeGestorvisualizar_textocfmidtxt=24421gt [2010 abr 07]
30 Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Nuacutemero de hipertenso 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwsbhorgbripadgeralphpgt [09 nov 2014]
31 Secretaria de Sauacutede do Estado da Bahia Hipertensatildeo Quantidade de Hipertensos na Bahia Disponiacutevel em (2014) lthttpwwwsaudebagovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=4418ampcatid=1ampItemid=14gt [2014 jan 10]
32 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica 2014 Dados de mortalidade na Bahia Disponiacutevel em lthttptabnetdatasusgovbrcgitabcgiexesiabcnvSIABSBAdefgt [2014 mai 05]
33 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica Dados sociodemograacuteficos de Ibicuiacute 2014 lthttptabnetdatasusgovbrcgideftohtmexesiabcnvSIABFBAdefgt [2014 jan 05]
34 Williams B The year in hypertension JACC 2010 55(1) 66-73
35 Lipp M Rocha JC Stress Hipertensatildeo Arterial e Qualidade de vida um guia de tratamento para o hipertenso Campinas Papirus 1996
36 Borenstein MS (Org) Manual de Hipertensatildeo Arterial Porto Allege Editora Sagra Luzzatto 1999
37 Joint National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure The Sixth Report of the Join National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure Arch Intern Med 1997157 2413-2446
39
38 Mitchell GF Parise H Benjamin EJ et al Changes in arterial stiffness and wave reflection with advancing age in health men and women Hypertension 2004 431239-1245
39 Matos AC Ladeia AM Avaliaccedilatildeo de fatores de risco cardiovascular em uma comunidade rural da Bahia Arq Bras Cardiol 2003 81(3) 291-6
40 World Health Organization Who Expert Committee on Physical Status the use and interpretation of antropometry Report of a WHO Expert Commitee Geneva WHO 1995 p 854
41 Pitanga FJG Antropometria na avaliaccedilatildeo da obesidade abdominal e risco coronariano Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum 201113(3) 238-241
42 Ferreira LS Amaral TF Marucci MFN et al Under nutrition as a major risk factor for death among older Brazilian adults in the community-dwelling setting SABE survey Nutrition 201127(10)17-22
43 Andrade FB Caldas Junior AF Kitoko PM et al Prevalence of overweight and obesity in elderly people from Vitoacuteria-ES Brazil Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2012 set17(3)749-756
44 Boscatto EC Duarte Mde F Coqueiro Rda S Barbosa AR Nutritional status in the oldest elderly and associated factors Rev Assoc Med Bras 2013 59(1)40-47
45 Kostka J Borowiak E Kostka T Nutritional status and quality of life in different
populations of older people in Poland Eur J Clin Nutr 2014 Nov68(11)1210-5
46 Silva DAS Petroski EL Associaccedilatildeo de diferentes pontos de corte para sobrepeso e obesidade com pressatildeo arterial elevada em idosas Rev Educ Fis UEM 2009 20 415-22
47 Nutrition Screening Initiative Interventions manual for professionals caring for older Americans Washington DC Nutrition Screening Initiative 1992
48 World Health Organization Obesity preventing and managing the global epidemic Report of a WHO Consultation on Obesity Geneva World Health Organization 1998
49 Cameron AJ Dunstan DW Owen N et al Health and mortality consequences
of abdominal obesity evidence from the Aus Diab study Med J Aust 2009191 202ndash208
50 Fox KA Despres JP Richard AJ et al Does abdominal obesity have a similar impact on cardiovascular disease and diabetes A study of 91246 ambulant patients in 27 European countries Eur Heart J 2009 30 3055ndash3063
40
51 Pouliot MC Despreacutes JP Lemieux S et al Waist circumference and abdominal sagittal diameter Best simple anthropometric indexes of abdominal visceral adipose tissue accumulation and related cardiovascular risk in men and woman Am J Cardiology 1994 73 460-468
52 Peixoto MRG Beniacutecio MHD Latorre M et al Circunferecircncia da Cintura e Iacutendice de massa Corporal como Preditores da Hipertensatildeo Arterial Arq Bras Cardiol 200687 462-470
53 MacKay MF Haffner SM Wagenknecht LE et al Prediction of type 2 diabetes using alternate anthropometric measures in a multiethnic cohort the insulin resistance atherosclerosis study Diabetes Care 200932(5)956-8
54 Valdez R A simple model-based index of abdominal adiposity J Clin Epidemiol1991 44(9) 955-6
55 Pitanga FJG Lessa I Sensibilidade e especificidade do iacutendice de conicidade como discriminador do risco coronariano de adultos em Salvador Brasil Rev Bras Epidemiol 20047(3)259-69
56 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano elevado em adultos na cidade de Salvador - Bahia Arq Bras Cardiol 2005 85 (1)26-31
57 Ghosh JR Bandyopadhyay AR Comparative evaluation of obesity measures relationship with blood pressures and hypertension Singapore Med J 200748(3) 232-5
58 Almeida RT Almeida MMG Araujo TM Obesidade abdominal e risco cardiovascular desempenho de indicadores antropomeacutetricos em mulheres Arq Bras Cardiol 2009 out92(5)375-380
59 Freitas Juacutenior Costa Rosa CS Codogno JS et al Capacidade cardiorrespiratoacuteria e distribuiccedilatildeo de gordura corporal de mulheres com 50 anos ou mais Rev Esc Enferm USP 2010 44(2) 395-400
60 Matos LN Giorelli GV Dias CB Correlation of anthropometric indicators for identifying insulin sensitivity and resistance Satildeo Paulo Med J [online] 2011 129(1) 30-35
61 Gomes MA Rech CR Gomes MBA et al Correlaccedilatildeo entre iacutendices antropomeacutetricos e distribuiccedilatildeo de gordura corporal em mulheres idosas Rev bras cineantropom desempenho hum 2006 set 8(3) 16-22
62 Tarastchuk JCE Gueacuterios EE Bueno RRL et al Obesidade e intervenccedilatildeo coronariana devemos continuar valorizando o Iacutendice de Massa Corpoacuterea Arq Bras Cardiol [online] 2008 90(5) 311-316
41
63 Ferreira AP CB Ferreira VC Souza et al Risco de distuacuterbio glicecircmico em mulheres idosas ajustado por antropometria e genoacutetipos de citocinas Rev Assoc Med Bras [online] 201157(5) 565-569
64 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano em mulheres Rev Bras Cineantrop Desempenho Hum 2006 8 (1) 14-21
65 Newman TB Browner WS Cummings SR Delineando estudos de testes meacutedicos In Hulley SB et al Delineando a pesquisa cliacutenica uma abordagem epidemioloacutegica 2 ed Porto Alegre Artmed 2003 203-224
66 Toscano CM As campanhas nacionais para detecccedilatildeo das doenccedilas crocircnicas natildeo-transmissiacuteveis diabetes e hipertensatildeo arterial Ciecircnc sauacutede Coletiva out-dez 2004 9(4) 885-895
67 Fletcher RH Fletcher SW Prevenccedilatildeo In Fletcher R Fletcher S Epidemiologia
cliacutenica elementos essenciais 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 2006 179-201
68 Jeckel J Elmore J Katz D Meacutetodos de prevenccedilatildeo secundaacuteria In _____ Epidemiologia bioestatiacutestica e medicina preventiva 2 ed Porto Alegre Artmed 2005 236-247
69 Klein CH Bloch KV Estudos seccionais In Medronho RA Carvalho DM Bloch KV Luiz RR Werneck GL Epidemiologia 1ordf ed Satildeo Paulo Editora Atheneu 2002 125-150
70 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Resoluccedilatildeo nordm- 6 de 3 de novembro de 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcenso2010ibgegovbrdados_divulgadosindexphpuf=29gt[201 dez 18]
71 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica ndash Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais (2014) Disponiacutevel em lthttpcodibgegovbr398G9gt [2014 ago 30]
72 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230gt [2013 mai 01]
73 Luiz RR Magnanini MMF A loacutegica da determinaccedilatildeo do tamanho da amostra em investigaccedilotildees epidemioloacutegicas Cad sauacutede coletiva Rio de Janeiro 2000 8(2) 9-28
74 Reis MC Nascimento RAS Pedreira RBS et al Validaccedilatildeo de Face e Clareza do Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede dos Idosos ndash IASI [resumo] in Anais do XIX Congresso Brasileiro Geriatria e Gerontologia Beleacutem 2014 296-296
75 Lohman TG Roche AF Martorell R Anthropometric Standardization Reference Manual Champaign Illinois Human Kinetics 1988
42
76 Vaz JCL Regiotildees de Incerteza para Curva ROC em Teste Diagnoacutesticos
[dissertaccedilatildeo] Satildeo Carlos Universidade Federal de Satildeo Carlos 2009
77 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de 2012
78 Erdreich LS Lee ET Use of relative operating characteristic analysis in epidemiology A method for dealing with subjective judgement Am J Epidemiol 1981 114649-62
79 Aekplakorn W Pakpeankitwatana V Lee CM et al Abdominal obesity and coronary heart disease in Thai men Obesity 200715(4)1036-42
80 Oliveira MAM Fagundes RLM Moreira EAM et al Relaccedilatildeo de Indicadores Antropomeacutetricos com Fatores de Risco para Doenccedila Cardiovascular Arq Bras Cardiol 2010 abr 94(4) 478-485
81 Mendes TAB Goldbaum M Segri NJ et al Factors associated with the prevalence of hypertension and control practices among elderly residents of Satildeo Paulo city Brazil Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(11) 2275-2286
82 Oliveira BFA Souza Mouratildeo D Gomes N et al Prevalecircncia de hipertensatildeo arterial em comunidades ribeirinhas do Rio Madeira Amazocircnia Ocidental Brasileira Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(8) 1617-1630
83 Picon RV Fuchs FD Moreira LB et al Prevalence of Hypertension Among Elderly Persons in Urban Brazil A Systematic Review With Meta-Analysis Am J Hypertens 2013 26 (4) 541-548
84 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Pessoa Idosa e Envelhecimento Seacuteries Pactos pela Sauacutede 2006 v 12 Brasiacutelia ndash DF 2010
85 Leal Neto JS Souza J Coqueiro RS et al Anthropometric indicators of obesity as screening tools for high blood pressure in the elderly Int J Nurs Pract 2013 Aug 19(4) 360-367
86 Schisterman EF Faraggi D Reiser B Trevisan M Statistical inference for the area under the receiver operating characteristic curve in the presence of random measurement error Am J Epidemiol 2001 154 (2) 174-9
87 Samsen M Hanchaiphiboolkul S Puthkhao P et al Appropriate body mass index and waist circumference cutoffs for middle and older age group in Thailand data of 19621 participants from Thai epidemiologic stroke (TES) study J Med Assoc Thai 2012 Sep 95(9)1156-66
88 Ko GTC Chan JCN Cockram CS Woo J Prediction of hypertension diabetes dyslipidemia or albuminuria using simple anthropometric indexes in Hong Kong Chinese Int J Obes 1999 23 (11) 1136-42
43
89 Lin WY Lee LT Chen CY et al Optimal cut-off values for obesity using simple anthropometric indices to predict cardiovascular risk factors in Taiwan Int J Obes Relat Metab Disord 2002261232-8
90 Pua YH Ong PH Anthropometric indices as screening tools for cardiovascular risk factors in Singaporean women Asia Pac J Clin Nutr 2005 14 (1) 74-9
91 Berber A Goacutemez-Santos R Fanghaumlnel G Saacutenchez-Reyes L Anthropometric
indexes in the prediction of type 2 diabetes mellitus hypertension and dyslipidaemia in a Mexican population Int J Obes 200125(12)1794-9
92 Browning LM Hsieh SD Ashwell M A systematic review of waist-to-height ratio
as a screening tool for the prediction of cardiovascular disease and diabetes 05 could be a suitable global boundary value Nutr Res Rev 2010 23(2)247-69
93 Bertsias G Mammas I Linardakis M Kafatos A Overweight and obesity in
relation to cardiovascular disease risk factors among medical students in Crete Greece BMC Public Health 2003 31-9
94 Kashihara H Lee JS Kawakubo K et al Criteria of Waist Circumference According to Computed Tomography-Measured Visceral Fat Area and the Clustering of Cardiovascular Risk Factors Circ J 2009 73 1881-1886
44
APEcircNDICES
45
Apecircndice 1
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
46
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS
PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE SAUacuteDE
DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE
Jequieacute ____ ____ 201__
APEcircNDICE 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Vocecirc esta sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa do Nuacutecleo de
Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo (NESP) da Universidade Estadual do Sudoeste da
Bahia
Objetivo do estudo Avaliar e monitorar as condiccedilotildees de sauacutede de idosos residentes
em comunidade
Participaccedilatildeo Ao aceitar participar do estudo estarei agrave disposiccedilatildeo do pesquisador
para responder ao formulaacuterio que seraacute arquivado pelo autor por um periacuteodo de cinco
anos sendo posteriormente incinerado
Riscos Este estudo natildeo traraacute riscos para minha integridade fiacutesica ou moral dos
participantes
Confidencialidade do estudo Seraacute garantida a privacidade o anonimato bem como
o direito de aceitar ou natildeo participar da pesquisa podendo ser essa autorizaccedilatildeo
suspensa em qualquer fase do estudo Assim as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo
4662012 do Conselho Nacional de Sauacutede que discorre sobre pesquisa envolvendo
seres humanos seratildeo atendidas Os resultados seratildeo publicados no relatoacuterio final da
dissertaccedilatildeo e artigos cientiacuteficos
47
Benefiacutecios Accedilotildees interinstitucionais articuladas promovidas numa perspectiva
interdisciplinar possibilitaratildeo uma melhor compreensatildeo das condiccedilotildees de sauacutede dos
idosos residentes em comunidade do municiacutepio e contribuiraacute para a formulaccedilatildeo de
accedilotildees direcionadas as necessidades dessa populaccedilatildeo
Danos advindos da pesquisa Caso haja algum prejuiacutezo decorrente da realizaccedilatildeo
deste estudo seraacute providenciada a devida reparaccedilatildeo dos danos atraveacutes do
responsaacutevel pelo estudo O pesquisador e os entrevistados natildeo receberatildeo benefiacutecios
financeiros para participaccedilatildeo no estudo Todas as despesas seratildeo por conta do
pesquisador
Participaccedilatildeo voluntaacuteria Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria podendo a qualquer
momento desistir do estudo sem qualquer prejuiacutezo ou penalidade para mim
Consentimento para participaccedilatildeo Apoacutes ser devidamente esclarecido (a) quanto
aos objetivos deste estudo dos procedimentos aos quais serei submetido (a) bem
como dos possiacuteveis riscos decorrentes da minha participaccedilatildeo estou de acordo em
participar do mesmo O pesquisador responsaacutevel pelo estudo assegura que seraacute
disponibilizado qualquer esclarecimento adicional que eu venha a solicitar durante a
realizaccedilatildeo da pesquisa e o direito de desistir da participaccedilatildeo em qualquer momento
Em casos de duacutevidas eou problemas referentes ao estudo vocecirc poderaacute
entrar em contato com o autor atraveacutes do Nuacutecleo de Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo
(NESP) (73) 3528-9721
Sendo assim eu ______________________________________________
aceito livremente participar do Projeto MONIDI
__________________________________ __________________________________
Assinatura do (a) participante
RG _________________________
Assinatura do (a) pesquisador
RG_________________________
48
Apecircndice 2
Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede do Idoso
49
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS
PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE
SAUacuteDE DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE
Nuacutemero do Questionaacuterio |__|__|__|
Nome do Entrevistador ___________________________
Visita 1 2 3
Data Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Hora de iniacutecio ________
Hora de teacutermino ________
I INFORMACcedilOtildeES PESSOAIS E SOCIODEMOGRAacuteFICAS
1 Nome do entrevistado
2Sexo
0 ( ) Feminino
1 ( ) Masculino
3 Endereccedilo completotelefone
4 Idade ____ anos
41 Data de Nascimento
____________
50
5 Situaccedilatildeo conjugal atual
1 ( ) Casado(a) 2 ( ) Uniatildeo estaacutevel 3 ( ) Solteiroa
4 ( ) Divorciado(a)separado(a)desquitado(a) 5 ( ) Viuacutevoa
6 No total quantas vezes o (a) Sr(a) esteve casado(a) ou em uniatildeo
Nordm de vezes |___|___|
7 Na escola qual a uacuteltima seacuterie grau que concluiu com aprovaccedilatildeo
1 - Nunca foi agrave escola ( ) 4 - Fundamental II ( )5 a ( )6 a ( )7 a ( )8 a
2 - Lecirc e escreve o nome ( ) 5 - Ensino Meacutedio ( ) 1 a ( )2 a ( )3
3 - Fundamental I ( )1 a ( )2 a 6 - Superior ( ) completo ( ) incompleto
( )3 a ( )4 a
8 Como vocecirc classificaria a cor da sua pele
1( ) Branca 2( ) Amarela (oriental) 3( ) Parda
4( ) Origem indiacutegena 5( ) Preta 9( ) Natildeo sabe
9 Cor da pele (entrevistador)
1( ) branca 2( ) amarela (oriental) 3( ) parda
4( ) origem indiacutegena 5( ) preta
10-Quantos filhos e filhas nascidos vivos o(a)Sr(a) teve (natildeo inclua enteados filhos
adotivos abortos ou filhos nascidos mortos)
Nuacutemero de filhos |____|____| (98) NS (99) NR
11 Atualmente o senhor (a) mora sozinho ou acompanhado
1( )Acompanhado 2( ) Sozinho 3( ) NR 4( )NS
51
12 Desde que o senhor (a) nasceu viveu no campo por 5 anos ou mais
0( ) Natildeo 1( ) Sim 2( ) NS 3( ) NR
13 Qual eacute a sua religiatildeo
1( ) Catoacutelica 2( ) Protestante 3( ) Judaica
4( ) Espiacuteritakardecista 5( ) Umbanda 6( ) Outras ____________
14 Qual a importacircncia da religiatildeo em sua vida
(1) Importante (2) Regular (3) Nada importante (8) NS (9) NR
15 Com que frequecircncia o senhor vai agrave igreja ou ao serviccedilo religioso
( ) Nunca ( ) Vaacuterias vezes por ano ( ) Uma duas vezes por mecircs
( ) Quase toda semana ( ) Mais de uma vez por semana ( ) NS ( ) NR
16 Quanto vocecirc ganha em meacutedia por mecircs R$ __________8( )Natildeo se aplica
II A CONSUMO DE AacuteLCOOL E TABACO
Uso de bebidas alcooacutelicas
1 Vocecirc consome bebidas alcooacutelicas Se vocecirc NAtildeO BEBE siga para o bloco III C
0 ( )sim 1( ) natildeo
2 Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
3 As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
4 Sente-se chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
5 Costuma beber pela manhatilde para diminuir o nervosismo ou a ressaca
0 ( ) sim 1( ) natildeo
Haacutebito de fumar
1 Vocecirc jaacute foi fumante 0 ( ) sim 1( ) natildeo
52
2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco
III C
3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros
4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias
III ANTROPOMETRIA
MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS
ESTATURA
MASSA CORPORAL
CIRCUNFEREcircNCIA
DE CINTURA
IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL
MEDIDA 01 02 03
Pressatildeo arterial
sistoacutelica
Pressatildeo arterial
diastoacutelica
53
ANEXOS
54
Anexo 1
Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos
55
56
3
2 REVISAtildeO DE LITERATURA
21 Consideraccedilotildees sobre doenccedilas cardiovasculares no Brasil e o processo de envelhecimento populacional
Atualmente as doenccedilas cardiovasculares tecircm acometido grande parcela da
populaccedilatildeo mundial Em 2012 o relatoacuterio da World Health Organization (WHO)20
estimou que 175 milhotildees de pessoas morreram de doenccedilas cardiovasculares
representando 46 de todas as mortes globais Jaacute a pressatildeo arterial elevada
provoca 51 das mortes por acidente vascular cerebral e 45 das mortes por doenccedila
arterial coronariana21
Tais doenccedilas foram responsaacuteveis por 70 das causas de morte no Brasil no
ano de 2013 As doenccedilas cardiovasculares como do aparelho circulatoacuterio cacircncer e
diabetes tecircm respondido por um nuacutemero elevado de mortes antes dos 70 anos22
O crescimento populacional e o aumento da longevidade podem acarretar a um
raacutepido aumento no nuacutemero total de adultos de meia-idade e mais velhos com um
correspondente aumento do nuacutemero de mortes causadas por doenccedilas crocircnicas natildeo
transmissiacuteveis
Dessa forma a quantidade de pessoas com mais de 60 anos satildeo hoje 13 da
populaccedilatildeo brasileira ou 261 milhotildees de indiviacuteduo em 201323 Com o processo de
envelhecimento populacional as doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis ganharam
expressotildees para a sociedade para previdecircncia social e por consequecircncia para a
sauacutede puacuteblica
A fase do envelhecimento eacute o momento caracterizado pelas alteraccedilotildees fiacutesicas
psicossociais e pelo decliacutenio da capacidade funcional dos organismos como tambeacutem
pelo surgimento de condiccedilotildees patoloacutegicas advindas de haacutebitos de vida inadequados
(tabagismo alcoolismo alimentaccedilatildeo incorreta ausecircncia de atividade fiacutesica regular
entre outros)24 Dessa forma para retardar essas mudanccedilas eacute necessaacuterio ter um
envelhecimento saudaacutevel
4
22 Hipertensatildeo arterial e a populaccedilatildeo idosa
A hipertensatildeo arterial eacute definida como sendo uma condiccedilatildeo crocircnica da tensatildeo
arterial elevada resultando em valores acima do considerado aceito ou seja quando
a pressatildeo arterial sistoacutelica (PAS) estaacute cronicamente acima de 140 mmHg ou a pressatildeo
arterial diastoacutelica (PAD) estaacute cronicamente acima de 90 mmHg2526
No mundo em torno de um bilhatildeo de pessoas satildeo hipertensas natildeo controladas
sendo que 75 milhotildees de pessoas morreram a cada ano pela doenccedila ateacute o ano de
200827 Estimativas do Ministeacuterio da Sauacutede indica que cerca de 17 milhotildees de
brasileiros apresentam hipertensatildeo arterial sendo que 35 dessa populaccedilatildeo tinham
idade igual ou superior a 40 anos Em comparaccedilatildeo com anos anteriores pode-se
observar que a proporccedilatildeo de brasileiros diagnosticados com hipertensatildeo arterial
cresceu de 215 em 2006 para 244 em 20092829
O resultado da Pesquisa Nacional de Sauacutede do primeiro semestre de 2013
estimou que o Brasil tem 313 milhotildees de hipertensos Entre as pessoas com mais de
60 anos mais de 444 tecircm hipertensatildeo sendo que essa prevalecircncia cresce com a
idade22 Esses dados se aproximam aos nuacutemeros da Sociedade Brasileira de
Hipertensatildeo (SBH) no qual estima que haja 30 milhotildees de hipertensos no Brasil em
2014 ou seja cerca de 30 da populaccedilatildeo adulta30
Jaacute na populaccedilatildeo baiana com idade acima de 40 anos cerca de 35 tecircm
hipertensatildeo arterial correspondendo a cerca de 13 milhatildeo de pessoas acometidas
pela doenccedila Na populaccedilatildeo dos 55 aos 64 anos 516 tecircm pressatildeo arterial elevada
e com 65 anos ou mais esse nuacutemero chega a 60631 No estado da Bahia foram
registradas 6274 mortes por doenccedilas de aparelho circulatoacuterio ateacute o mecircs de outubro
de 2013 Dentre os registros 649 foram por hipertensatildeo32 No municiacutepio de Ibicuiacute ndash
BA a prevalecircncia de HAS cadastrados nas Unidades de Sauacutede da Famiacutelia (USFs) foi
de 643 idosos33
A hipertensatildeo arterial eacute caracterizada por niacuteveis elevados e sustentados de
pressatildeo arterial (PA) como uma condiccedilatildeo cliacutenica multifatorial Associa-se
frequentemente a alteraccedilotildees funcionais eou estruturais dos oacutergatildeos-alvo (coraccedilatildeo
enceacutefalo rins e vasos sanguiacuteneos) e a alteraccedilotildees metaboacutelicas2634 Pode ser
classificada em primaacuteria e secundaacuteria de acordo com a sua origem A primaacuteria tem
5
sua origem desconhecida35 e a secundaacuteria eacute decorrente de alguma doenccedila
subjacente36
No caso de a PA estar cronicamente elevada ou seja hipertensatildeo arterial o
risco de desenvolvimento de complicaccedilotildees cardiovasculares renais e ateacute mesmo o
oacutebito aumenta consideravelmente37
Com relaccedilatildeo agrave caracteriacutestica fisiopatoloacutegica da HAS a partir dos 50 ou 60 anos
de idade a pressatildeo diastoacutelica diminui e a pressatildeo central aumenta determinando um
balanccedilo proacuteximo entre resistecircncia aumentada e aumento da impedacircncia na aorta
toraacutecica Dessa forma a pressatildeo de pulso comeccedila a se elevar e a HAS se torna o
principal subtipo de hipertensatildeo apoacutes a sexta deacutecada de vida38
Contudo apoacutes os 60 anos ocorre o enrijecimento arterial central indicado pela
queda na pressatildeo diastoacutelica e o raacutepido alargamento da pressatildeo de pulso O aumento
da rigidez arterial central e a amplitude da onda de pulso satildeo fatores hemodinacircmicos
dominantes nos indiviacuteduos normotensos e hipertensos apoacutes os 60 anos38
Aleacutem dos fatores fisiopatoloacutegicos vale destacar que o aumento da pressatildeo
arterial com a idade tambeacutem estaacute relacionado com o consumo de sal exagerado ao
longo da vida39
As principais estrateacutegias no tratamento natildeo-farmacoloacutegico da HAS segundo
Ministeacuterio da Sauacutede28 se encontram na adoccedilatildeo de haacutebitos alimentares saudaacuteveis
reduccedilatildeo na ingestatildeo de soacutedio reduccedilatildeo do consumo de bebidas alcooacutelicas abandono
do tabagismo praacutetica de atividade fiacutesica regular controle ou diminuiccedilatildeo da massa
corporal
23 Iacutendices antropomeacutetricos de sobrepeso e obesidade
Como meacutetodo natildeo invasivo a antropometria eacute utilizada principalmente para
avaliar as proporccedilotildees tamanho e a composiccedilatildeo corporal40 Tal meacutetodo possui relaccedilatildeo
com estado de sauacutede condiccedilotildees sociais e econocircmicas de grupos populacionais
podendo diagnosticar a desnutriccedilatildeo ou excesso de peso Os iacutendices antropomeacutetricos
que consistem na mediccedilatildeo de dimensotildees corporais podem ser usados para predizer
a sauacutede geral e bem-estar da populaccedilatildeo40
6
Em 2011 estudo realizado por Pitanga41 indica que os iacutendices antropomeacutetricos
apresentam-se como preditores do risco de infarto do miocaacuterdio acidente vascular
encefaacutelico e morte prematura
O IMC eacute determinado pela massa corporal em quilogramas dividido pela
estatura em metros ao quadrado eacute uma medida que determina o estado nutricional
Este iacutendice antropomeacutetrico eacute comumente aplicado em estudos epidemioloacutegicos em
idosos para diagnosticar o excesso de peso (sobrepesoobesidade) principalmente
por ser um meacutetodo faacutecil de aplicar raacutepido e de baixo custo Deste modo vaacuterios
estudos com essa populaccedilatildeo tecircm avaliado o estado nutricional por meio do IMC42
434445
No estudo de Silva e Petroski (2009)46 com idosas de um grupo de convivecircncia
do municiacutepio de Aracaju ndash Sergipe sugeriu que o ponto de corte do IMC utilizado pela
Nutricion Screening Initiative ndash NSI (1992)47 para sobrepeso e excesso de peso foi o
mais bem associado com a PA elevada e para obesidade o melhor ponto de corte
associado com a PA elevada foi o da WHO (1998)48
A outra medida importante para avaliaccedilatildeo da obesidade central dos indiviacuteduos
eacute a circunferecircncia de cintura A obesidade eacute caracterizada pelo acuacutemulo excessivo de
gordura corporal no indiviacuteduo e quando presente na regiatildeo abdominal tem alta
correlaccedilatildeo com doenccedilas cardiovasculares e distuacuterbios metaboacutelicos40 O obeso tem
mais propensatildeo a desenvolver problemas como hipertensatildeo doenccedilas
cardiovasculares diabetes tipo 2 entre outras doenccedilas4950
Comparando as medidas antropomeacutetricas com exames de diagnoacutesticos por
imagens como a tomografia computadorizada e a ressonacircncia magneacutetica foi
verificado que a circunferecircncia da cintura apresentou melhor correlaccedilatildeo com o tecido
adiposo visceral51 Tambeacutem o aumento da circunferecircncia da cintura teve boa
associaccedilatildeo com o aumento significativo da prevalecircncia da hipertensatildeo arterial52
A razatildeo cintura-estatura (RCEst) eacute determinado pela divisatildeo da circunferecircncia
da cintura (cm) pela estatura (cm) Este indicador tem sido utilizado para identificar
alto risco metaboacutelico obesidade fatores de risco cardiovascular e maior capacidade
preditiva para o risco coronariano elevado em populaccedilotildees adultas e idosas1653
tambeacutem eacute fortemente associada a diversos fatores de risco cardiovascular em
diferentes populaccedilotildees15
7
O Iacutendice C eacute determinado com as medidas de massa corporal da estatura e da
circunferecircncia da cintura54 e eacute muito utilizado com a populaccedilatildeo adulta555657585960 Jaacute
com a populaccedilatildeo de idosos o iacutendice C tem sido pouco utilizado e somente alguns
estudos usaram esse indicador para tentar identificar distuacuterbios metaboacutelicos risco
coronariano e prevalecircncia de risco agrave sauacutede616263 Natildeo foram encontrados estudos
associativos entre o Iacutendice C e pressatildeo arterial elevada em idosos
Tais iacutendices satildeo pouco utilizados com a populaccedilatildeo idosa e principalmente com
populaccedilotildees residentes em cidades de pequeno porte Dessa forma para discriminar e
analisar o incremento de gordura corporal os iacutendices antropomeacutetricos tecircm
demonstrado eficiecircncia principalmente em estudos epidemioloacutegicos Cada indicador
tem peculiaridade quanto a sua distribuiccedilatildeo e discriminaccedilatildeo por isso podem ser
utilizados conjuntamente ou separadamente dependendo dos objetivos como
estrateacutegia eficiente para a detecccedilatildeo e o controle de doenccedilas
Contudo os iacutendices antropomeacutetricos tecircm sido bem utilizados para associar
vaacuterios fatores de risco de sauacutede como doenccedilas coronarianas cardiovasculares
distuacuterbios metaboacutelicos dentre outros641641 Poreacutem ainda natildeo estaacute clara sua
associaccedilatildeo com pressatildeo arterial elevada em idosos
Sendo assim os iacutendices antropomeacutetricos satildeo eficientes para identificar a
hipertensatildeo arterial em idosos E quais satildeo os melhores iacutendices para identificar as
alteraccedilotildees da pressatildeo arterial elevada em idosos
24 A importacircncia da validaccedilatildeo
Como se trata de um estudo de validaccedilatildeo de um meacutetodo faz-se necessaacuterio
debater sobre o tema Os instrumentos de rastreamento satildeo ferramentas essenciais
para os serviccedilos de sauacutede pois fornecem medidas relevantes reprodutiacuteveis e
acuradas permitindo a identificaccedilatildeo das pessoas com maior chance de preencher os
criteacuterios para uma determinada condiccedilatildeo ou doenccedila Como tambeacutem completa o
registro de informaccedilatildeo e a comparaccedilatildeo de resultados minimizando a influecircncia de
fatores subjetivos na coleta e registro de dados6566
A escolha de um instrumento deve-se basear em suas qualidades que
consistem em coeficientes significativos de validade e fidedignidade Dessa forma
8
essas medidas necessitam apresentar simplicidade na teacutecnica economia facilidade
e rapidez na aplicaccedilatildeo e interpretaccedilatildeo666768
A validade caracteriza-se como a capacidade do instrumento medir aquilo que
se propotildees a medir Envolve um componente conceitual (julgamento subjetivo a
respeito do instrumento pelo pesquisador) e um componente operacional (avaliaccedilatildeo
sistemaacutetica (estatiacutestica) do teste) geralmente o comparando com um criteacuterio padratildeo
ouro67
A avaliaccedilatildeo operacional da validade utilizada nessa pesquisa foi a de criteacuterio
no qual mede agrave extensatildeo com que o instrumento discrimina sujeitos que diferem em
determinadas caracteriacutesticas Refere-se agrave capacidade de uma escala de se
corresponder com outras medidas ou de predizer algo a que se propotildee Eacute avaliada
por meio de criteacuterio-padratildeo (validade concorrente e validade preditiva) Sendo que a
validade preditiva eacute estimulada estatisticamente e expressa por meio da sensibilidade
especificidade valor preditivo positivo valor preditivo negativo e taxa de classificaccedilatildeo
incorreta67
A sensibilidade corresponde agrave proporccedilatildeo de casos positivos identificados
corretamente ou melhor eacute a capacidade de medida de reconhecer os verdadeiros
positivos Quanto maior a sensibilidade maior a chance de detectar a doenccedila A
especificidade eacute proporccedilatildeo de casos negativos identificados corretamente eacute a
capacidade do instrumento de reconhecer os verdadeiros negativos67
Quanto mais sensiacutevel for o teste melhor seraacute seu valor preditivo negativo ou
seja maior seraacute a certeza de que uma pessoa com resultado negativo natildeo tenha
realmente a doenccedila Quanto mais especifico melhor seraacute seu valor preditivo positivo
ou seja maior seraacute a certeza de que uma pessoa com resultado positivo tenha a
hipertensatildeo arterial67
Como estrateacutegia geral quando a principal preocupaccedilatildeo for evitar o resultado
falso-positivo entatildeo o ponto de corte deve objetivar o maacuteximo de especificidade e se
a preocupaccedilatildeo maior eacute evitar resultado falso-negativo (o resultado do teste em
paciente com suspeita de hipertensatildeo arterial) o ponto de corte deve objetivar o
maacuteximo de sensibilidade67 Os autores ainda referem que a curva Receive Operator
Caracteristic (ROC) eacute a melhor maneira de estabelecer o ponto de corte otimizando
a sensibilidade e especificidade do teste diagnoacutestico
9
Destaca-se que as qualidades de um instrumento aplicado em condiccedilotildees de
campo satildeo modificadas pela prevalecircncia de casos na populaccedilatildeo cliacutenica (onde eacute
esperado ter maior proporccedilatildeo de doenccedila) comparada com uma populaccedilatildeo geral
10
3 OBJETIVOS
Determinar o poder preditivo de iacutendices antropomeacutetricos para predizer
hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos
Estabelecer pontos de corte como discriminadores de hipertensatildeo arterial em
mulheres e homens idosos
Identificar o iacutendice antropomeacutetrico de obesidade que melhor discrimina a
hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos
11
4 MATERIAL E MEacuteTODOS
41 Tipos de estudo
Esta pesquisa eacute do tipo transversal ou seccional como parte do projeto de
Monitoramento da Sauacutede de Idosos de um Municiacutepio de Pequeno Porte ESTUDO
MONIDI Em estudos transversais a estrateacutegia de observaccedilatildeo da populaccedilatildeo eacute
seccional isto eacute as informaccedilotildees obtidas referem-se ao mesmo momento sendo mais
adequado para obtenccedilatildeo de estimativas populacionais As informaccedilotildees individuais
devem ser coletadas num determinado prazo mais curto possiacutevel decorrido entre as
observaccedilotildees do primeiro e uacuteltimo indiviacuteduo69
42 Cenaacuterios do estudo
O municiacutepio de Ibicuiacute fica localizado na zona fisiograacutefica de Vitoacuteria da Conquista
(Encosta do Planalto) e situada no Sudoeste do Estado da Bahia possui uma aacuterea
territorial de 1176843 kmsup2 populaccedilatildeo de 16640 habitantes7071 A populaccedilatildeo de
idosos no ano de 2013 era de 2124 habitantes e destes 525 estavam cadastrados
nas Unidades de Sauacutede da Famiacutelia33
12
Figura 1 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Ibicuiacute BA na regiatildeo Nordeste do Brasil
Fonte Adaptado do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE)72 Infograacuteficos
Cidades Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230
43 Populaccedilatildeo e amostra
A populaccedilatildeo alvo do presente estudo foi constituiacuteda por indiviacuteduos com idade
igual ou superior a 60 anos de ambos os sexos cadastrados na Estrateacutegia de Sauacutede
da Famiacutelia (ESF) que atenderam agraves aacutereas urbanas e rurais do municiacutepio de Ibicuiacute-BA
no ano de 2014 A lista com o nuacutemero de usuaacuterios idosos cadastrados nas USFs da
zona rural e urbana do municiacutepio foi solicitada junto agrave Secretaria Municipal de Sauacutede
Foram incluiacutedos no estudo idosos que estavam cadastrados na Estrateacutegia de
Sauacutede da Famiacutelia que aceitaram participar da pesquisa atraveacutes da assinatura do
Termo de Consentimento Livre Esclarecido (TCLE)
Os criteacuterios de exclusatildeo foram os participantes com diagnoacutestico de demecircncia
ou qualquer outro tipo de alteraccedilatildeo cognitiva que comprometesse a veracidade das
informaccedilotildees fornecidas idosos acamados portadores de doenccedila de Alzheimer ou
outro tipo de doenccedila neuroloacutegica que afetasse a cogniccedilatildeo doenccedila em estaacutegio
terminal
Apoacutes aplicaccedilatildeo dos criteacuterios de exclusatildeo foi efetuado o caacutelculo amostral
seguindo a proposta de Luiz e Magnanini (2000)73 para populaccedilotildees finitas com
13
predominacircncia desconhecida de 50 sendo adotado niacutevel de significacircncia de 5
(correspondendo a um intervalo de confianccedila de 95) e erro toleraacutevel de amostragem
de 25
O caacutelculo amostral resultou numa amostra miacutenima necessaacuteria de 305 idosos
Esse caacutelculo amostral sofreu ajuste em 10 para compensar eventuais perdas e
recusas Apoacutes o resultado do caacutelculo amostral os idosos participantes foram
selecionados atraveacutes de sorteio sendo este proporcional ao tamanho e a distribuiccedilatildeo
por sexo e por quantidade de idosos na Unidade de Sauacutede da Famiacutelia
Os indiviacuteduos assinaram o TCLE foram entrevistados e avaliados nas
dependecircncias da USF sendo que aqueles que natildeo foram localizados ou natildeo
compareceram a USF apoacutes trecircs tentativas foram automaticamente substituiacutedos por
meio de sorteio
44 Equipes de coleta de dados
A equipe de coleta foi composta por dois profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica
(Coordenadores) e cinco acadecircmicos de fisioterapia enfermagem e medicina A
equipe foi previamente treinada em reuniotildees teacutecnicas e no estudo piloto que foi
realizado no periacuteodo de Outubro a Dezembro de 2013 visando padronizar todo o
processo de coleta Foram estabelecidas accedilotildees referentes agrave logiacutestica agrave aplicaccedilatildeo dos
questionaacuterios e aos procedimentos de medidas das variaacuteveis antropomeacutetricas A
coleta propriamente dita ocorreu entre o periacuteodo de 03022014 a 20022014
14
45 Procedimentos para coleta de dados
451 Variaacuteveis do estudo e dados coletados
Foram mensuradas as variaacuteveis idade sexo situaccedilatildeo conjugal niacutevel de
escolaridade raccedilacor renda mensal alcoolismos e tabagismos Como tambeacutem
medidas de pressatildeo arterial sistoacutelica e diastoacutelica massa corporal estatura e
circunferecircncia da cintura
452 Instrumentos de coleta
Foi utilizado o instrumento de coleta denominado Instrumento de Avaliaccedilatildeo da
Sauacutede de Idosos (IASI) padronizado e validado previamente74 Tal instrumento obteacutem
caracteriacutesticas sociodemograacuteficas informaccedilotildees pessoais consumo de aacutelcool e
tabaco avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica e de pressatildeo arterial
Para aferir a pressatildeo arterial foi utilizado o aparelho digital (marca OMRONreg
modelo HEM ndash 742 INT) Utilizou-se ainda uma balanccedila digital portaacutetil (OMRONreg) e
um estadiocircmetro (marca Sannyreg) ambos devidamente calibrados e fita
antropomeacutetrica flexiacutevel (Cardiomedreg)
453 Pressatildeo Arterial
A pressatildeo arterial foi aferida com um aparelho digital de braccedilo com manguito
adequado agrave circunferecircncia do mesmo A medida foi realizada no braccedilo direito a altura
do coraccedilatildeo Foram realizadas trecircs medidas da pressatildeo arterial sendo a primeira apoacutes
o idoso permanecer cinco minutos em repouso e sentado a segunda apoacutes dois
minutos e a terceira dois minutos apoacutes a realizaccedilatildeo da segunda (foi utilizada a meacutedia
das trecircs medidas) Valores de referecircncia estatildeo estabelecidos na Tabela 1
15
Tabela 1 - Classificaccedilatildeo da pressatildeo arterial de acordo com a VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo (2010)
Classificaccedilatildeo Pressatildeo Sistoacutelica (mmHg)
Pressatildeo Diastoacutelica (mmHg)
Oacutetima Normal Limiacutetrofe
lt 120 lt 130 130-139
lt 80 lt 85 85-80
Hipertensatildeo estaacutegio I 140-159 90-99 Hipertensatildeo estaacutegio II 160-179 100-109 Hipertensatildeo estaacutegio III ge 180 ge 110 Hipertensatildeo sistoacutelica isolada
ge 140 lt 90
Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo (2010)7
454 Antropometria
Todas as medidas antropomeacutetricas foram realizadas trecircs vezes (verificou-se a
meacutedia de tais medidas) por um profissional de Educaccedilatildeo Fiacutesica para diminuir o erro
intra e inter avaliadores e anotados por um apontador Os idosos foram medidos
conforme procedimentos padronizados por Lohman et al (1988)75 sem calccedilados
roupas leves sem reloacutegio chaves celular etc
Foi mensurada a circunferecircncia da cintura com uma fita antropomeacutetrica flexiacutevel
no ponto meacutedio entre a uacuteltima costela e a crista iliacuteaca e o procedimento foi deixar a
cintura livre de roupa e os braccedilos cruzados no peito Classificaccedilatildeo de risco para
desenvolver doenccedilas por Lohman et al (1988)75 HOMENS gt 102 cm e MULHERES
gt 88 cm Foi determinado o IMC atraveacutes da equaccedilatildeo [IMC =massa corporal
(kg)estatura2(m)] Valores de referecircncia estatildeo estabelecidos na Tabela 2
Tabela 2 - Classificaccedilatildeo do Iacutendice de Massa Corporal
IMC Classificaccedilatildeo
Baixo peso lt 220 kgm2 Peso adequado 220 le IMC le 270 kgm2 Obesidade gt 270 kgm2
Lohman et al (1988)75
16
A razatildeo cintura-estatura foi determinada pela equaccedilatildeo proposta por Pitanga e
Lessa (2006)15 a qual utiliza a CC (cm) e a estatura (cm) O Iacutendice C foi estimado por
meio das medidas de massa corporal estatura e circunferecircncia da cintura utilizando-
se um modelo proposto por Valdez (1991)54 cuja equaccedilatildeo matemaacutetica estaacute descrita a
seguir
46 Anaacutelise dos dados
Os dados foram digitados com dupla entrada no software Epidata 31 Apoacutes a
digitaccedilatildeo dos dados foram verificados manualmente os valores discrepantes e a
consistecircncia das informaccedilotildees
Na anaacutelise de dados foram utilizados os procedimentos da estatiacutestica descritiva
expressa por meacutedia desvio padratildeo nuacutemero de observaccedilotildees e percentual das
variaacuteveis avaliadas A diferenccedila entre os sexos nas variaacuteveis contiacutenuas foi analisada
pelo teste t de Student para amostras independentes uma vez que as variaacuteveis
apresentaram distribuiccedilatildeo normal e o teste do Qui-quadrado para comparar as
proporccedilotildees (variaacuteveis qualitativas) entre os idosos do sexo masculino e feminino
O poder discriminatoacuterio para determinar a hipertensatildeo arterial e os iacutendices
antropomeacutetricos foi verificado atraveacutes da utilizaccedilatildeo das curvas ROC recurso utilizado
para obtenccedilatildeo de pontos de corte que visam diagnoacutesticos ou triagem
A aacuterea sob a curva ROC (ASC) determina a capacidade preditiva do indicador
para presenccedila ou ausecircncia de hipertensatildeo arterial Uma ASC igual a 10 eacute
considerada perfeita poreacutem se for igual ou menor a 05 indica que sua capacidade
preditiva natildeo eacute melhor que ao acaso
17
Neste estudo o pressuposto para anaacutelise da ASC foi agrave sensibilidade pois em
determinadas situaccedilotildees quando natildeo pode correr o risco de natildeo diagnosticar
determinada doenccedila eacute melhor privilegiar a sensibilidade76
Apoacutes determinados os pontos de corte para cada uma das variaacuteveis
investigadas para prediccedilatildeo de hipertensatildeo essas foram dicotomizadas com base em
seus respectivos valores de referecircncia As anaacutelises estatiacutesticas foram conduzidas no
Statistical Product and Service Solutions (SPSS) reg 130 Em todas as anaacutelises foram
efetuadas respeitando-se o niacutevel de significacircncia de 5
47 Aspectos Eacuteticos
O estudo foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa da Universidade
Estadual do Sudoeste da Bahia com parecer (CAAE 22969013000000055) (Anexo
1) seguindo princiacutepios eacuteticos estabelecidos na Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de
2012 do Conselho Nacional de Sauacutede (CNS)77
18
5 RESULTADOS
51 Caracterizaccedilatildeo da amostra estudada
De acordo com a contabilizaccedilatildeo das perdas (mudou-se do municiacutepio natildeo foi
encontrado por mais de 3 vezes na USF ou domicilio) e recusas (n=31) a amostra final
foi composta por 310 idosos (201 zona urbana e 109 zona rural) A taxa de respostas
foi de 912 com 88 (n=31) de recusas e 92 (n=29) de exclusatildeo
Participaram do estudo 175 mulheres (565) e 135 homens (435) As
idades variaram entre 60 e 108 anos com meacutedia de 7078 plusmn 82 anos para as mulheres
e 60 a 93 anos com meacutedia de 7259 plusmn 78 anos para homens
A maioria das mulheres se auto referiu ser negra e os homens pardo O iacutendice
de analfabetismo apresentou-se elevado em ambos os sexos A maior parte dos idosos
eacute casado A maioria dos idosos sobrevivia com renda mensal inferior ou igual a um
salaacuterio miacutenimo (Tabela 3)
19
Tabela 3 - Variaacuteveis sociodemograacuteficas e de estilo de vida em idosos
Mulheres (n=175) Taxa de Resposta
Homens (n=135) Taxa de Resposta
n n P
Raccedilacor 9861 991
Branco 47 2686 43 3209
Preto 73 4171 26 1940 0001
Pardo 49 2800 55 4074
Natildeo sabe 4 229 10 741
Escolaridade 9918 1000
Analfabeto 95 5429 84 6222
Baacutesica 72 4114 46 3408 0001
Secundaacuteria 5 286 5 370
Superior 2 114 - -
Estado Civil 9789 991
Casadouniatildeo estaacutevel
74 4229 78 5777
Solteiroseparado 33 1886 36 2667 0001
Viuacuteva 63 3600 20 1481
Renda Mensal 9918 1000
le 1 salaacuterio 165 9428 123 9111
11 a 2 salaacuterio 8 458 10 74 0001
21 a salaacuterio 1 057 2 148
Alcoolismo 9989 1000
Sim 4 229 9 667 0001
Natildeo 170 9714 126 9333
Tabagismo 9597 1000
Sim 15 857 21 1556 0001
Natildeo 152 8686 114 8444
Teste Qui-quadrado
20
52 Caracteriacutesticas antropomeacutetricas
Apoacutes a assinatura do TCLE e realizaccedilatildeo do questionaacuterio 10 idosos foram
excluiacutedos (recusas e informaccedilatildeo incompleta do questionaacuterio) desta etapa de anaacutelise
Dessa forma foram analisadas 300 avaliaccedilotildees das medidas antropomeacutetricas
Na Tabela 4 podem ser observados os valores meacutedios desvio padratildeo valores
miacutenimos e maacuteximos e percentuais das variaacuteveis avaliadas A meacutedia do IMC foi menor
nos homens quando comparado com o resultado das mulheres (p lt 0001) Natildeo houve
diferenccedila significativa da variaacutevel circunferecircncia da cintura entre homens e mulheres
(p = 0208) A prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi maior nas mulheres A maioria
das mulheres eacute obesa e entre os homens o estado nutricional foi considerado eutroacutefico
(Tabela 5)
21
Tabela 4 - Valores descritivos miacutenimos e maacuteximos das variaacuteveis analisadas
Variaacuteveis Mulheres (n=167) Homens (n=133) Valor-p
Idade (anos) 7078 plusmn 821 (60-108)
7259 plusmn 786 (60-93)
0055
Massa corporal (kg) 6020 plusmn 1223 (2970-9580)
6384 plusmn 1250 (4010-11840)
0012
Estatura (cm) 14875 plusmn 616 (129-164)
16080 plusmn 782 (135-183)
lt00001
IMC (kgm2) 2715 plusmn505 (1342-4064)
2458 plusmn 390 (1475-3544)
lt00001
CC (cm)dagger 8734 plusmn 1126 (55-130)
8894 plusmn 1010 (66-115)
0208
RCEst 057 plusmn 011 (000-087)
055 plusmn 006 (042-073)
0086
Iacutendice C 123 plusmn 021 (000-166)
129 plusmn 006 (117-150)
0001
PAS 14096 plusmn 2218 (87-200)
13735 plusmn 2251 (98-209)
0166
PAD 7671 plusmn 1091 (45-105)
7697 plusmn 1179 (49-110)
0846
IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia da cintura RCEst - razatildeo cintura-estatura Iacutendice C - Iacutendice de Conicidade PAS - pressatildeo arterial sistoacutelica PAD ndash pressatildeo arterial diastoacutelica dagger Variaacuteveis com perdas (n=163 mulheres) Teste T de Student para amostras independentes
Tabela 5 - Percentuais das variaacuteveis analisadas
Variaacutevel Mulheres Homens Valor-p
Pressatildeo Arterial (n) (n)
Normal 557 (93) 594 (79) 0011
Hipertensatildeo 443 (74) 406 (54)
Estado nutricional (n) (n)
Baixo peso 144 (24) 301 (40)
Normal 353 (59) 436 (58) lt00001
Sobrepeso 503 (84) 263 (35)
Teste Qui-quadrado
53 Anaacutelise da curva ROC
22
As aacutereas sob a curva ROC do IMC da CC da RCEst e do iacutendice C como
preditores de hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos e os respectivos
intervalos de confianccedila (IC 95) podem ser observados na Tabela 6 e nas Figuras 2
3 4 5 6 7 8 9 Evidenciou-se que alguns iacutendices antropomeacutetricos apresentaram
aacuterea sob a curva ROC significativas Todavia a RCEst e o IMC assumiram maiores
aacutereas com diferenccedila significativa para os homens
Tabela 6 - Aacuterea sob a curva ROC e IC95 entre os iacutendices antropomeacutetricos e hipertensatildeo arterial em idosos
Aacuterea sob a curva ROC
PA elevada Mulheres
Homens
p
IMC (kgm2) 053 (044-062) 060 (050-070)
lt00001dagger
CC (cm) 057 (048-066) 058 (048-068)
lt00001dagger
RCEst 056 (047-065) 061 (051-071)
lt00001dagger
Iacutendice C 058 (049-066) 058 (058-068) lt00001dagger
IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia de cintura RCEst - razatildeo cinturaestatura Iacutendice C - iacutendice de conicidade ROC ndashReceiver Operating CharacteristicIC95 - intervalo de confianccedila a 95Aacuterea sob a curva ROC apresentando poder discriminatoacuterio para pressatildeo arterial elevada (Li-IC ge 050) daggerTeste Qui-quadrado
23
Figura 2 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) IMC - iacutendice de massa corporal
Figura 3 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) IMC - iacutendice de massa corporal
24
Figura 4 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) CC ndash circunferecircncia da cintura
Figura 5 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) CC ndash circunferecircncia da cintura
25
Figura 6 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) RCEst - razatildeo cinturaestatura
Figura 7 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) RCEst - razatildeo cinturaestatura
26
Figura 8 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) Iacutendice C -iacutendice de conicidade
Figura 9 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) Iacutendice C - iacutendice de conicidade
27
Os valores dos pontos de corte dos iacutendices antropomeacutetricos como preditores
de hipertensatildeo arterial e suas respectivas sensibilidade e especificidade (mais
adequado equiliacutebrio entre si) satildeo apresentados na Tabela 7 Observa-se que entre
os iacutendices antropomeacutetricos a RCEst teve melhor percentual de sensibilidade e de
especificidade para discriminar a pressatildeo arterial elevada para os homens
Tabela 7 - Pontos de corte sensibilidade e especificidade dos iacutendices antropomeacutetricos para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial em idosos
Mulheres Homens PA elevada
Ponto de corte
Sensibilidade ()
Especificidade ()
Ponto de corte
Sensibilidade ()
Especificidade ()
IMC (kgm2)
2679 527 548 2420 527 548
CC (cm) 8750 577 457 8650 593 532 RCEst 059 568 430 054 648 456 Iacutendice C 126 541 452 129 574 456
IMC ndash Iacutendice de Massa Corporal CC ndash Circunferecircncia da Cintura RCEst ndash Razatildeo Cintura-Estatura Iacutendice C ndash Iacutendice de Conicidade
28
6 DISCUSSAtildeO
61 Aacutereas sob a Curva ROC
Este estudo teve como objetivo identificar a capacidade preditiva de iacutendices
antropomeacutetricos de obesidade geral e abdominal para discriminar a presenccedila de
hipertensatildeo arterial em idosos com foco de utilizaccedilatildeo no ambiente da estrateacutegia de
sauacutede da famiacutelia Nessa perspectiva surge uma proposta de triagem dos casos de
idosos com possiacuteveis alteraccedilotildees crocircnicas em sua pressatildeo arterial aleacutem de possibilitar
a discussatildeo sobre validaccedilatildeo de tais iacutendices para uso no contexto da sauacutede
Dessa forma recomenda-se a anaacutelise da sensibilidade e especificidade por
meio da construccedilatildeo de curvas ROC pois eacute a melhor opccedilatildeo para determinar pontos de
corte em estudos epidemioloacutegicos78 Essa anaacutelise permite fornecer a aacuterea sob a curva
que traduz o poder de discriminaccedilatildeo de um indicador para um determinado desfecho
e a identificaccedilatildeo do melhor ponto de corte
A proposta dessa pesquisa natildeo eacute excluir o diagnoacutestico meacutedico mas
proporcionar uma estrateacutegia mais abrangente a ser utilizada pelas USFs em parceria
entre os profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica e os profissionais de sauacutede no contexto da
atenccedilatildeo primaacuteria
Embora exista associaccedilatildeo entre sobrepesoobesidade e a pressatildeo arterial
elevada poucos estudos tecircm identificado pontos de corte de iacutendices antropomeacutetricos
que visem agrave detecccedilatildeo da hipertensatildeo arterial em idosos Diversos estudos tecircm
demonstrado que os iacutendices antropomeacutetricos satildeo bons indicadores de obesidade e
estatildeo relacionados a fatores de risco cardiovascular795880 Todavia a hipertensatildeo eacute
apontada como um dos principais fatores de risco cardiovasculares o que denota a
necessidade de um olhar diferenciado
A prevalecircncia de hipertensatildeo foi inferior agrave encontrada em outros estudos818283
Contudo diferenccedilas metodoloacutegicas nuacutemero de medidas realizadas e os diferentes
criteacuterios de referecircncia satildeo as principais causas da grande variabilidade nas
prevalecircncias de pressatildeo arterial elevada entre as investigaccedilotildees No presente estudo
29
optou-se por maior rigorosidade ao diagnosticar a pressatildeo arterial elevada
considerando a realizaccedilatildeo de trecircs medidas
Nessa amostra observou-se que a prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi
443 nas mulheres e 406 nos homens Demonstrando ser uma alta prevalecircncia
pois se trata de uma populaccedilatildeo que eacute influenciada diretamente pelo o aumento da
morbimortalidade durante o envelhecimento Estudos envolvendo idosos indicam que
a prevalecircncia da hipertensatildeo encontra-se entre 50-70 com o aumento da idade84
Poucos estudos epidemioloacutegicos foram conduzidos com o objetivo de identificar
e discriminar a capacidade de iacutendices antropomeacutetricos de obesidade para a pressatildeo
arterial elevada na populaccedilatildeo de idosos e principalmente utilizando o iacutendice C o
RCEst Um estudo realizado com a populaccedilatildeo de idosos utilizou o mesmo objetivo
poreacutem usou como ponto de corte o iacutendice de massa corporal e o iacutendice de adiposidade
corporal85 Entretanto faz-se necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de outros iacutendices para identificar
hipertensatildeo arterial em idosos
De acordo com os resultados do presente estudo somente alguns dos
indicadores antropomeacutetricos apresentaram capacidade preditiva para a hipertensatildeo
arterial em idosos de acordo com limite inferior do intervalo de confianccedila de 9586
Dessa forma foi observado que a RCEst e IMC para os homens mostraram-se com
bom poder de detecccedilatildeo para a hipertensatildeo arterial pois obtiveram maiores valores
sob a curva para esse desfecho
Em 2013 Leal Neto et al85 identificaram em seus resultados que o IMC e o
iacutendice de adiposidade corporal foram os melhores indicadores preditivos de
hipertensatildeo arterial nos idosos em ambos os sexos independentemente de outros
fatores tais como idade tabagismo consumo de aacutelcool e atividade fiacutesica
No presente estudo os principais indicadores que tiveram uma boa aacuterea sob a
curva foram o IMC RCEst e Iacutendice C com resultados de 060 IC95 (050-070) 061
IC95 (051-071) e 058 IC95 (058-068) respectivamente para homens
Nas mulheres tais iacutendices mostraram-se com menor poder discriminatoacuterio para
diagnosticar a hipertensatildeo arterial A HAS eacute um desfecho que pode ser influenciado
por fatores multicausais (hormonais estresse etc) Na anaacutelise do desempenho do
iacutendice antropomeacutetrico a loacutegica eacute unidirecional ou seja verificar o desempenho desses
iacutendices apenas como preditores de hipertensatildeo arterial foram mais satisfatoacuterios entre
os homens Os iacutendices podem interferir mas natildeo determinar a prevalecircncia da
30
hipertensatildeo Embora as mulheres tenham uma maior prevalecircncia essa natildeo eacute
determinada pelos iacutendices antropomeacutetricos no presente estudo
Tais resultados diferem do estudo realizado em 2012 por Samsen et al87 no
qual a circunferecircncia da cintura teve boa ASC nos homens = 0684 com IC95 (0672-
0695) e nas mulheres = 0673 IC95 (0665-0681) sendo o melhor indicador
significativamente (p lt0001) do que o IMC no qual a ASC em homens foi de = 0667
IC95 (0656-679) e nas mulheres = 0636 IC95 (0628-0644) em discriminaccedilatildeo
de pelo menos um fator de risco cardiovascular Isso se deve ao fato de tal estudo ter
sido realizado com uma abrangecircncia maior na faixa etaacuteria que foi de 45-80 anos
Uma possiacutevel limitaccedilatildeo para discussatildeo dos resultados desse estudo foi a faixa
etaacuteria restrita que natildeo incluiu idosos (igual ou acima de 60 anos) o que impossibilita
a triagem da pressatildeo arterial elevada nessa populaccedilatildeo
62 Iacutendices antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial
Nesse estudo a CC e RCEst foram as variaacuteveis com maiores valores absolutos
de sensibilidade para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial respectivamente para mulheres
e homens Tais resultados indicam as proporccedilotildees de verdadeiros positivos na
ocorrecircncia de hipertensatildeo arterial
Quanto ao ponto de corte do RCEst nas mulheres foi de 059 sendo 568 de
sensibilidade e 430 de especificidade Valores inferiores ao encontrado no presente
estudo para mulheres foram sugeridos em Taiwan (045) Cingapura (048) e na China
(050) No Brasil em 2009 Haun Pitanga e Lessa16 recomendaram para a RCEst
053 como melhor ponto de corte com sensibilidade (67) e especificidade (58) e
aacuterea sob a curva ROC de 069 (IC 95 = 064-075) Outro ponto de corte semelhante
ao observado no Brasil com mulheres mexicanas variou de 053 a 0535 para a
RCEst discriminar diabete tipo 2 hipertensatildeo e dislipidemias88899091
Os pontos de corte sugeridos por esses paiacuteses e no Brasil podem ter sido
inferiores por causa da abrangecircncia na faixa etaacuteria dos indiviacuteduos no qual incluiacuteram
mulheres de 30 a 74 anos como tambeacutem as caracteriacutesticas econocircmicas culturais e
31
de estilo de vida diferem da realidade das mulheres que residem em cidades de
pequeno porte Estudos que discriminem hipertensatildeo arterial principalmente em
idosos com RCEst satildeo escassos na literatura
Em 2010 Browning Hsieh e Ashwel92 realizaram uma revisatildeo sistemaacutetica
sobre a potencialidade de indicadores antropomeacutetricos em predizer doenccedilas
cardiovasculares e identificou a RCEst como variaacutevel de melhor desempenho A
RCEst apresentou maiores ASC quando comparada ao IMC ou CC Os dados
analisados foram de quatorze paiacuteses diferentes e incluiacuteram caucasianos asiaacuteticos e
da Ameacuterica Central Segundo os autores uma RCEst ge 05 eacute capaz de identificar
fatores de risco cardiovasculares Esse ponto de corte eacute inferior aos encontrados para
homens e mulheres no presente estudo significando que o ponto de corte encontrado
pode diagnosticar risco cardiovascular e consequentemente a presenccedila de
hipertensatildeo
Outros autores afirmam essa hipoacutetese relacionada aos valores limites para
RCEst em diversas populaccedilotildees e indicaram que um ponto de corte de 05 eacute o valor
mais indicado para ambos os sexos todas as idades e diferentes populaccedilotildees899315
Com relaccedilatildeo agrave especificidade a variaacutevel com maior valor foi o IMC
independentemente do sexo Nas mulheres o ponto de corte sugerido foi 2679 kgm2
e nos homens 2420 kgm2 O valor da especificidade foi de 548 para ambos os
sexos o qual possibilita determinar corretamente a ausecircncia de hipertensatildeo arterial
Sendo assim este estudo sugere que o IMC natildeo foi o melhor preditor de hipertensatildeo
arterial
O estudo de Leal Neto et al (2013)85 tambeacutem testou a capacidade de
indicadores antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial em idosos
sugeriu como pontos de corte para IMC valores de 247 kgm2 igual ao encontrado no
presente estudo e de 273 kgm2 nuacutemero superior que aos dados do presente
trabalho para homens e mulheres respectivamente
Em outro estudo realizado com 19621 homens e mulheres com faixa etaacuteria de
45-80 anos a meacutedia da idade foi de 598 anos para os homens e 585 anos para as
mulheres O ponto de corte adequado de IMC foi de 23 kgm2 em homens e 24 kgm2
em mulheres Os pontos de corte de CC foram 80 cm e 78 cm em homens e mulheres
respectivamente Os achados do presente estudo foram superiores a esses
32
resultados todavia deve ser considerado que a populaccedilatildeo alvo foi diferente e com
idade menor da populaccedilatildeo pesquisada no presente trabalho87
Com relaccedilatildeo agrave CC o ponto de corte identificado para a prediccedilatildeo de hipertensatildeo
arterial nas mulheres foi superior ao dos homens Contudo os valores de sensibilidade
e especificidade desses pontos de corte foram maiores entre os homens o que pode
indicar que o poder preditivo da CC para a hipertensatildeo arterial eacute melhor para o sexo
masculino Quanto menor o ponto de corte maior seraacute a habilidade do teste em
classificar os doentes como positivos isto eacute maior seraacute a sensibilidade76 Os pontos
de corte dos homens foram em sua maioria menores em comparaccedilatildeo aos das
mulheres
Tais resultados satildeo contraacuterios aos achados do estudo de Kashihara et al
(2009)94 com indiviacuteduos de 30-74 anos que comparou paciente com hipertensatildeo e sem
hipertensatildeo Em seus pontos de corte de CC para os homens foram superiores aos
pontos de corte definidos para as mulheres e os valores de sensibilidade e
especificidade foi maior nas mulheres para identificar risco cardiovascular Poreacutem a
idade foi menor ao proposto no presente estudo
Outro estudo que contraria tais resultados quanto ao ponto de corte da CC foi
o de Haun Pitanga e Lessa (2009)16 que foi superior para os homens enquanto o
niacutevel de sensibilidade e especificidade foi igual aos nossos achados Poreacutem esse
estudo foi realizado com indiviacuteduos de idade entre 30-74 anos e discriminou risco
coronariano elevado
Quanto ao Iacutendice C no presente estudo o ponto de corte sugerido foi de 126
nas mulheres (sensibilidade 541 e especificidade 452) e 129 para os homens
(sensibilidade 574 e especificidade 456)
Diferentemente do resultado encontrado no presente estudo Pitanga e Lessa
(2005)56 sugeriram como o melhor ponto de corte para risco coronariano com o iacutendice
C 118 para mulheres apresentando valores de sensibilidade (7339) e
especificidade (6115) Para os homens o ponto de corte foi de 125 com valores de
sensibilidade (7391) e especificidade (7492) Tais pontos de corte foram para
indiviacuteduos adultos por esse motivo foram mais baixos que os achados do presente
trabalho Deve-se considerar que existem modificaccedilotildees na composiccedilatildeo corporal com
o processo do envelhecimento o que poderia alterar os pontos de corte para as essas
medidas antropomeacutetricas
33
Em outro estudo com os mesmo autores foram apresentados outros pontos de
corte comparando diferentes faixas etaacuterias Para as mulheres de 30-49 anos o melhor
ponto de corte foi o mesmo (118) com melhor sensibilidade (7857) e
especificidade (6524) e tambeacutem melhor aacuterea sob a curva ROC 081 (IC95 = 070-
092) Entre as de idade mais avanccedilada (50-74 anos) o melhor ponto de corte
sugerido foi 122 com sensibilidade (6000) e especificidade (6582) e aacuterea sob a
curva ROC 065 (IC 95 = 058-073) Portanto o iacutendice C apresentou melhor poder
discriminatoacuterio de RCEst para as mulheres mais jovens64
Almeida Almeida e Arauacutejo (2009)58 conduziram uma pesquisa com mulheres
de 30 e 69 anos buscando avaliar o desempenho de diferentes pontos de corte do
iacutendice C RCQ CC e RCEst para discriminar Risco Coronariano Elevado e o ponto de
corte encontrado para o Iacutendice C foi (125) proacuteximo ao ponto de corte para mulheres
nos nossos achados Dessa forma tais autores afirmaram que os indicadores
antropomeacutetricos de obesidade abdominal analisados tiveram desempenhos
satisfatoacuterios e similares para discriminar RCEst poreacutem o iacutendice C foi o que
apresentou o melhor poder discriminatoacuterio
As informaccedilotildees sobre o iacutendice C satildeo limitadas quanto agrave discussatildeo do ponto de
corte para hipertensatildeo arterial principalmente por encontrar poucos estudos sobre
essa medida como referecircncia para idosos Pitanga e Lessa (2004)55 relatam como
uma limitaccedilatildeo para a utilizaccedilatildeo do Iacutendice C em estudos populacionais a dificuldade de
se calcular o denominador da equaccedilatildeo proposta para sua determinaccedilatildeo
O excesso de gordura em geral estaacute associado ao aparecimento de doenccedilas
cardiovasculares hipertensatildeo arterial e mortalidade a definiccedilatildeo de pontos de corte
para iacutendices que se destacam por sua simplicidade operacional e boa acuraacutecia
permite a detecccedilatildeo dos indiviacuteduos sob risco sendo de grande utilidade nos serviccedilos
de atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede aleacutem de possibilitar o conhecimento da situaccedilatildeo de
grupos populacionais especiacuteficos frente a esses riscos quando empregados na
pesquisa epidemioloacutegica
No contexto das cidades de pequeno porte (rurais e urbanas) os recursos de
sauacutede satildeo muitas vezes limitados e escassos sendo importante a utilizaccedilatildeo desses
iacutendices antropomeacutetricos como substituiccedilatildeo eou apoio a avaliaccedilatildeo tradicional da
pressatildeo arterial Em vaacuterias conjunturas de sauacutede a alta demanda de paciente com
hipertensatildeo arterial exige a utilizaccedilatildeo de instrumentos de diagnoacutesticos e rastreamento
34
de raacutepida e faacutecil aplicaccedilatildeo que possam ser manejados por diferentes profissionais e
que sobretudo apresentem validade e fidedignidade A adequada validaccedilatildeo de
instrumentos e conhecimento de suas propriedades teacutecnicas na populaccedilatildeo brasileira
tambeacutem deve contribuir com a seleccedilatildeo de prioridades e delimitaccedilatildeo do conteuacutedo dos
programas de sauacutede pelos tomadores de decisatildeo em diferentes niacuteveis de gestatildeo
35
7 CONCLUSAtildeO
As anaacutelises dos dados permitem frente aos objetivos estabelecidos formular
as seguintes conclusotildees Quanto ao poder de discriminaccedilatildeo de iacutendices
antropomeacutetricos para a hipertensatildeo arterial em idosos os iacutendices antropomeacutetricos
(IMC RCEst e Iacutendice C) foram bons preditores de hipertensatildeo arterial para os homens
Dessa forma tais iacutendices podem ser empregados nos homens poreacutem tais medidas
natildeo foram satisfatoacuterias para predizer pressatildeo arterial elevada nas mulheres idosas
limitando a sua utilizaccedilatildeo para o sexo feminino com idades avanccediladas
O melhor ponto de corte para discriminar hipertensatildeo arterial foi 054 para a
RCEst nos homens dessa forma tal ponto de corte deve ser empregada no contexto
da atenccedilatildeo primaacuteria nos homens Sugere-se a utilizaccedilatildeo dessa medida a fim de
detectar e realizar a triagem da hipertensatildeo arterial com caracteriacutesticas similares agrave
amostra deste estudo
Recomenda-se que a utilizaccedilatildeo de dois iacutendices simultaneamente resulte em
uma maior eficiecircncia na avaliaccedilatildeo do risco de hipertensatildeo arterial em idosos A
indicaccedilatildeo destas medidas permite que ela seja realizada nas Unidades de Sauacutede da
Famiacutelia como meacutetodo de triagem para idosos com hipertensatildeo arterial utilizando
materiais de faacutecil manejo e de baixo custo
Dessa forma pode-se efetivamente atingir uma das estrateacutegias de prevenccedilatildeo
da hipertensatildeo arterial sistecircmica que eacute o controle da pressatildeo arterial durante o
envelhecimento Todavia sugere-se cautela na utilizaccedilatildeo do ponto de corte desses
indicadores para as mulheres pois os resultados natildeo foram satisfatoacuterios
Fica evidente a necessidade de outros estudos que identifiquem pontos de
corte de iacutendices antropomeacutetricos visando agrave detecccedilatildeo de hipertensatildeo arterial e de
outros fatores de risco cardiovascular nas mulheres idosas que residem em cidades
de pequeno porte
36
8 REFEREcircNCIAS
1 Omram AR The epidemiologic transition a theory of the epidemiology of population change Milbank Memorial Fund Quarterly 1971 49 (Part 1) 509-538
2 Wong LR Carvalho JM Age-strucutural transition in Brazil demographic bonuses and emerging challenges In Pool I Wong LLR Vilquin E editores Age-structural transitions challenges for development Paris Committee for International Cooperation in National Research in Demography 2006
3 Gragnolati M Jorgensen OH Rocha R Fruttero AA Envelhecendo em um Brasil mais Velho implicaccedilotildees do envelhecimento populacional sobre o crescimento econocircmico reduccedilatildeo da pobreza financcedilas puacuteblicas prestaccedilatildeo de serviccedilos Banco Internacional para a Reconstruccedilatildeo e o Desenvolvimento Banco Mundial 2011
4 Schmidt MI Duncan BB Silva GA et al Health in Brazil 4 Chronic non-communicable diseases in Brazil burden and current challenges The Lancet 2011 377
5 Ezzati M Hoorn SV Rodgers A et al Comparative Risk Assessment Collaborating Group Selected major risk factors and global and regional burden of disease Lancet 2002 360 1347-60
6 Lim SS Vos T Flaxman AD et al A comparative risk assessment of burden of disease and injury attributable to 67 risk factors and risk factor clusters in 21 regions 1990-2010 a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2010 Lancet 2012 380 (9859)2224-60
7 Sociedade Brasileira de Cardiologia Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Sociedade Brasileira de Nefrologia VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 2010 95(1) 1-51
8 Miranda DR Perrotti TC Bellinazzi VR et al Hipertensatildeo arterial no idoso peculiaridades na fisiopatologia no diagnoacutestico e no tratamento Rev Bras Hipertens 2002 9 293-300
9 Pilger C Menon MU Mathias TAF Caracteriacutesticas sociodemograacuteficas e de sauacutede de idosos contribuiccedilotildees para os serviccedilos de sauacutede Rev Latino-Am Enfermagem 2011 19(5)1230-1238
10 Pilger C Menon MU Mathias TAF Utilizaccedilatildeo de serviccedilos de sauacutede por idosos vivendo na comunidade Rev esc enferm USP 2013 47(1)213-220
11 Mariath AB Grillo LP Silva RO et al Obesidade e fatores de risco para o desenvolvimento de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis entre usuaacuterios de unidade de alimentaccedilatildeo e nutriccedilatildeo Cad Sauacutede Puacuteblica 2007 23 (4) 897-905
37
12 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Diretrizes e recomendaccedilotildees para o cuidado
integral de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis promoccedilatildeo da sauacutede vigilacircncia prevenccedilatildeo e assistecircncia Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2008
13 Kuumlmpe DA Sodreacute AC Pomatti DM et al Obesidade em Idosos Acompanhados
pela Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia Texto Contexto Enferm Florianoacutepolis 2011 20(3) 471-7
14 Silva KS Farias Juacutenior JC Fatores de risco associados agrave pressatildeo arterial elevada em adolescentes Rev Bras Med Esporte 2007 13(4) 237-40
15 Pitanga FJG Lessa I Razatildeo cintura-estatura como discriminador do risco
coronariano de adultos Rev Assoc Med Bras 2006 52157-61
16 Haun DR Pitanga FJG Lessa I Razatildeo CinturaEstatura comparado a outros indicadores antropomeacutetricos de obesidade como preditor de risco coronariano elevado Rev Assoc Med Bras [online] 2009 55(6) 705-711
17 Nascimento CM Ribeiro AQ SantrsquoAna LFR et al Estado nutricional e condiccedilotildees de sauacutede da populaccedilatildeo idosa brasileira revisatildeo da literatura Rev meacuted Minas Gerais 2011 21(2)174-180
18 Gomes MA Beck cc Duarte MFS et al Ficha Antropomeacutetrica no Nuacutecleo de Apoio a Sauacutede da Famiacutelia o que medir e para que medir Rev bras cineantropom desempenho hum 2009 11(2) 243-253
19 Azevedo LF Oliveira ACC Lima JRP et al Recomendaccedilotildees sobre condutas e procedimentos do profissional de educaccedilatildeo fiacutesica na atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede Rio de Janeiro CONFEF 2010 109-55
20 World Health Organization World health statistics 2012 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghopublicationsworld_health_statistics2012enindexhtmlgt [2012 set 18]
21 World Health Organization Global health risks mortality and burden of disease attributable to selected major risks Geneva World Health Organization 2009a
22 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Panorama da sauacutede brasileira em muacuteltiplos aspectos Percepccedilatildeo do estado de sauacutede estilo de vida e doenccedila crocircnica Pesquisa Nacional de Sauacutede 2013
23 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Pesquisa Nacional por Amostra
de Domiciacutelios 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapesquisaspesquisa_resultadosphpid_pesquisa=149gt[2014 dez 04]
24 Tribess S Virtuoso Junior JS Prescriccedilatildeo de exerciacutecios fiacutesicos para idosos Rev saudecom 2005 1(2)163-72
38
25 Pollock ML Wilmore JH Exerciacutecio na Sauacutede e na Doenccedila avaliaccedilatildeo e prescriccedilatildeo para prevenccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo Editora MEDSI 2ordf ed Rio de Janeiro 1993
26 Sociedade Brasileira de Cardiologia V Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 20061-48
27 World Health Organization Global Health Observatory (GHO) 2014 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghoncdrisk_factorsblood_pressure_prevalence_textengt [2014 dez 04]
28 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Secretaria de Atenccedilatildeo baacutesica agrave Sauacutede Departamento de atenccedilatildeo baacutesica - Hipertensatildeo arterial sistecircmica Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2006
29 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) (2009) Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeGestorvisualizar_textocfmidtxt=24421gt [2010 abr 07]
30 Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Nuacutemero de hipertenso 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwsbhorgbripadgeralphpgt [09 nov 2014]
31 Secretaria de Sauacutede do Estado da Bahia Hipertensatildeo Quantidade de Hipertensos na Bahia Disponiacutevel em (2014) lthttpwwwsaudebagovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=4418ampcatid=1ampItemid=14gt [2014 jan 10]
32 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica 2014 Dados de mortalidade na Bahia Disponiacutevel em lthttptabnetdatasusgovbrcgitabcgiexesiabcnvSIABSBAdefgt [2014 mai 05]
33 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica Dados sociodemograacuteficos de Ibicuiacute 2014 lthttptabnetdatasusgovbrcgideftohtmexesiabcnvSIABFBAdefgt [2014 jan 05]
34 Williams B The year in hypertension JACC 2010 55(1) 66-73
35 Lipp M Rocha JC Stress Hipertensatildeo Arterial e Qualidade de vida um guia de tratamento para o hipertenso Campinas Papirus 1996
36 Borenstein MS (Org) Manual de Hipertensatildeo Arterial Porto Allege Editora Sagra Luzzatto 1999
37 Joint National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure The Sixth Report of the Join National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure Arch Intern Med 1997157 2413-2446
39
38 Mitchell GF Parise H Benjamin EJ et al Changes in arterial stiffness and wave reflection with advancing age in health men and women Hypertension 2004 431239-1245
39 Matos AC Ladeia AM Avaliaccedilatildeo de fatores de risco cardiovascular em uma comunidade rural da Bahia Arq Bras Cardiol 2003 81(3) 291-6
40 World Health Organization Who Expert Committee on Physical Status the use and interpretation of antropometry Report of a WHO Expert Commitee Geneva WHO 1995 p 854
41 Pitanga FJG Antropometria na avaliaccedilatildeo da obesidade abdominal e risco coronariano Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum 201113(3) 238-241
42 Ferreira LS Amaral TF Marucci MFN et al Under nutrition as a major risk factor for death among older Brazilian adults in the community-dwelling setting SABE survey Nutrition 201127(10)17-22
43 Andrade FB Caldas Junior AF Kitoko PM et al Prevalence of overweight and obesity in elderly people from Vitoacuteria-ES Brazil Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2012 set17(3)749-756
44 Boscatto EC Duarte Mde F Coqueiro Rda S Barbosa AR Nutritional status in the oldest elderly and associated factors Rev Assoc Med Bras 2013 59(1)40-47
45 Kostka J Borowiak E Kostka T Nutritional status and quality of life in different
populations of older people in Poland Eur J Clin Nutr 2014 Nov68(11)1210-5
46 Silva DAS Petroski EL Associaccedilatildeo de diferentes pontos de corte para sobrepeso e obesidade com pressatildeo arterial elevada em idosas Rev Educ Fis UEM 2009 20 415-22
47 Nutrition Screening Initiative Interventions manual for professionals caring for older Americans Washington DC Nutrition Screening Initiative 1992
48 World Health Organization Obesity preventing and managing the global epidemic Report of a WHO Consultation on Obesity Geneva World Health Organization 1998
49 Cameron AJ Dunstan DW Owen N et al Health and mortality consequences
of abdominal obesity evidence from the Aus Diab study Med J Aust 2009191 202ndash208
50 Fox KA Despres JP Richard AJ et al Does abdominal obesity have a similar impact on cardiovascular disease and diabetes A study of 91246 ambulant patients in 27 European countries Eur Heart J 2009 30 3055ndash3063
40
51 Pouliot MC Despreacutes JP Lemieux S et al Waist circumference and abdominal sagittal diameter Best simple anthropometric indexes of abdominal visceral adipose tissue accumulation and related cardiovascular risk in men and woman Am J Cardiology 1994 73 460-468
52 Peixoto MRG Beniacutecio MHD Latorre M et al Circunferecircncia da Cintura e Iacutendice de massa Corporal como Preditores da Hipertensatildeo Arterial Arq Bras Cardiol 200687 462-470
53 MacKay MF Haffner SM Wagenknecht LE et al Prediction of type 2 diabetes using alternate anthropometric measures in a multiethnic cohort the insulin resistance atherosclerosis study Diabetes Care 200932(5)956-8
54 Valdez R A simple model-based index of abdominal adiposity J Clin Epidemiol1991 44(9) 955-6
55 Pitanga FJG Lessa I Sensibilidade e especificidade do iacutendice de conicidade como discriminador do risco coronariano de adultos em Salvador Brasil Rev Bras Epidemiol 20047(3)259-69
56 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano elevado em adultos na cidade de Salvador - Bahia Arq Bras Cardiol 2005 85 (1)26-31
57 Ghosh JR Bandyopadhyay AR Comparative evaluation of obesity measures relationship with blood pressures and hypertension Singapore Med J 200748(3) 232-5
58 Almeida RT Almeida MMG Araujo TM Obesidade abdominal e risco cardiovascular desempenho de indicadores antropomeacutetricos em mulheres Arq Bras Cardiol 2009 out92(5)375-380
59 Freitas Juacutenior Costa Rosa CS Codogno JS et al Capacidade cardiorrespiratoacuteria e distribuiccedilatildeo de gordura corporal de mulheres com 50 anos ou mais Rev Esc Enferm USP 2010 44(2) 395-400
60 Matos LN Giorelli GV Dias CB Correlation of anthropometric indicators for identifying insulin sensitivity and resistance Satildeo Paulo Med J [online] 2011 129(1) 30-35
61 Gomes MA Rech CR Gomes MBA et al Correlaccedilatildeo entre iacutendices antropomeacutetricos e distribuiccedilatildeo de gordura corporal em mulheres idosas Rev bras cineantropom desempenho hum 2006 set 8(3) 16-22
62 Tarastchuk JCE Gueacuterios EE Bueno RRL et al Obesidade e intervenccedilatildeo coronariana devemos continuar valorizando o Iacutendice de Massa Corpoacuterea Arq Bras Cardiol [online] 2008 90(5) 311-316
41
63 Ferreira AP CB Ferreira VC Souza et al Risco de distuacuterbio glicecircmico em mulheres idosas ajustado por antropometria e genoacutetipos de citocinas Rev Assoc Med Bras [online] 201157(5) 565-569
64 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano em mulheres Rev Bras Cineantrop Desempenho Hum 2006 8 (1) 14-21
65 Newman TB Browner WS Cummings SR Delineando estudos de testes meacutedicos In Hulley SB et al Delineando a pesquisa cliacutenica uma abordagem epidemioloacutegica 2 ed Porto Alegre Artmed 2003 203-224
66 Toscano CM As campanhas nacionais para detecccedilatildeo das doenccedilas crocircnicas natildeo-transmissiacuteveis diabetes e hipertensatildeo arterial Ciecircnc sauacutede Coletiva out-dez 2004 9(4) 885-895
67 Fletcher RH Fletcher SW Prevenccedilatildeo In Fletcher R Fletcher S Epidemiologia
cliacutenica elementos essenciais 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 2006 179-201
68 Jeckel J Elmore J Katz D Meacutetodos de prevenccedilatildeo secundaacuteria In _____ Epidemiologia bioestatiacutestica e medicina preventiva 2 ed Porto Alegre Artmed 2005 236-247
69 Klein CH Bloch KV Estudos seccionais In Medronho RA Carvalho DM Bloch KV Luiz RR Werneck GL Epidemiologia 1ordf ed Satildeo Paulo Editora Atheneu 2002 125-150
70 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Resoluccedilatildeo nordm- 6 de 3 de novembro de 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcenso2010ibgegovbrdados_divulgadosindexphpuf=29gt[201 dez 18]
71 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica ndash Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais (2014) Disponiacutevel em lthttpcodibgegovbr398G9gt [2014 ago 30]
72 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230gt [2013 mai 01]
73 Luiz RR Magnanini MMF A loacutegica da determinaccedilatildeo do tamanho da amostra em investigaccedilotildees epidemioloacutegicas Cad sauacutede coletiva Rio de Janeiro 2000 8(2) 9-28
74 Reis MC Nascimento RAS Pedreira RBS et al Validaccedilatildeo de Face e Clareza do Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede dos Idosos ndash IASI [resumo] in Anais do XIX Congresso Brasileiro Geriatria e Gerontologia Beleacutem 2014 296-296
75 Lohman TG Roche AF Martorell R Anthropometric Standardization Reference Manual Champaign Illinois Human Kinetics 1988
42
76 Vaz JCL Regiotildees de Incerteza para Curva ROC em Teste Diagnoacutesticos
[dissertaccedilatildeo] Satildeo Carlos Universidade Federal de Satildeo Carlos 2009
77 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de 2012
78 Erdreich LS Lee ET Use of relative operating characteristic analysis in epidemiology A method for dealing with subjective judgement Am J Epidemiol 1981 114649-62
79 Aekplakorn W Pakpeankitwatana V Lee CM et al Abdominal obesity and coronary heart disease in Thai men Obesity 200715(4)1036-42
80 Oliveira MAM Fagundes RLM Moreira EAM et al Relaccedilatildeo de Indicadores Antropomeacutetricos com Fatores de Risco para Doenccedila Cardiovascular Arq Bras Cardiol 2010 abr 94(4) 478-485
81 Mendes TAB Goldbaum M Segri NJ et al Factors associated with the prevalence of hypertension and control practices among elderly residents of Satildeo Paulo city Brazil Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(11) 2275-2286
82 Oliveira BFA Souza Mouratildeo D Gomes N et al Prevalecircncia de hipertensatildeo arterial em comunidades ribeirinhas do Rio Madeira Amazocircnia Ocidental Brasileira Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(8) 1617-1630
83 Picon RV Fuchs FD Moreira LB et al Prevalence of Hypertension Among Elderly Persons in Urban Brazil A Systematic Review With Meta-Analysis Am J Hypertens 2013 26 (4) 541-548
84 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Pessoa Idosa e Envelhecimento Seacuteries Pactos pela Sauacutede 2006 v 12 Brasiacutelia ndash DF 2010
85 Leal Neto JS Souza J Coqueiro RS et al Anthropometric indicators of obesity as screening tools for high blood pressure in the elderly Int J Nurs Pract 2013 Aug 19(4) 360-367
86 Schisterman EF Faraggi D Reiser B Trevisan M Statistical inference for the area under the receiver operating characteristic curve in the presence of random measurement error Am J Epidemiol 2001 154 (2) 174-9
87 Samsen M Hanchaiphiboolkul S Puthkhao P et al Appropriate body mass index and waist circumference cutoffs for middle and older age group in Thailand data of 19621 participants from Thai epidemiologic stroke (TES) study J Med Assoc Thai 2012 Sep 95(9)1156-66
88 Ko GTC Chan JCN Cockram CS Woo J Prediction of hypertension diabetes dyslipidemia or albuminuria using simple anthropometric indexes in Hong Kong Chinese Int J Obes 1999 23 (11) 1136-42
43
89 Lin WY Lee LT Chen CY et al Optimal cut-off values for obesity using simple anthropometric indices to predict cardiovascular risk factors in Taiwan Int J Obes Relat Metab Disord 2002261232-8
90 Pua YH Ong PH Anthropometric indices as screening tools for cardiovascular risk factors in Singaporean women Asia Pac J Clin Nutr 2005 14 (1) 74-9
91 Berber A Goacutemez-Santos R Fanghaumlnel G Saacutenchez-Reyes L Anthropometric
indexes in the prediction of type 2 diabetes mellitus hypertension and dyslipidaemia in a Mexican population Int J Obes 200125(12)1794-9
92 Browning LM Hsieh SD Ashwell M A systematic review of waist-to-height ratio
as a screening tool for the prediction of cardiovascular disease and diabetes 05 could be a suitable global boundary value Nutr Res Rev 2010 23(2)247-69
93 Bertsias G Mammas I Linardakis M Kafatos A Overweight and obesity in
relation to cardiovascular disease risk factors among medical students in Crete Greece BMC Public Health 2003 31-9
94 Kashihara H Lee JS Kawakubo K et al Criteria of Waist Circumference According to Computed Tomography-Measured Visceral Fat Area and the Clustering of Cardiovascular Risk Factors Circ J 2009 73 1881-1886
44
APEcircNDICES
45
Apecircndice 1
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
46
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS
PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE SAUacuteDE
DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE
Jequieacute ____ ____ 201__
APEcircNDICE 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Vocecirc esta sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa do Nuacutecleo de
Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo (NESP) da Universidade Estadual do Sudoeste da
Bahia
Objetivo do estudo Avaliar e monitorar as condiccedilotildees de sauacutede de idosos residentes
em comunidade
Participaccedilatildeo Ao aceitar participar do estudo estarei agrave disposiccedilatildeo do pesquisador
para responder ao formulaacuterio que seraacute arquivado pelo autor por um periacuteodo de cinco
anos sendo posteriormente incinerado
Riscos Este estudo natildeo traraacute riscos para minha integridade fiacutesica ou moral dos
participantes
Confidencialidade do estudo Seraacute garantida a privacidade o anonimato bem como
o direito de aceitar ou natildeo participar da pesquisa podendo ser essa autorizaccedilatildeo
suspensa em qualquer fase do estudo Assim as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo
4662012 do Conselho Nacional de Sauacutede que discorre sobre pesquisa envolvendo
seres humanos seratildeo atendidas Os resultados seratildeo publicados no relatoacuterio final da
dissertaccedilatildeo e artigos cientiacuteficos
47
Benefiacutecios Accedilotildees interinstitucionais articuladas promovidas numa perspectiva
interdisciplinar possibilitaratildeo uma melhor compreensatildeo das condiccedilotildees de sauacutede dos
idosos residentes em comunidade do municiacutepio e contribuiraacute para a formulaccedilatildeo de
accedilotildees direcionadas as necessidades dessa populaccedilatildeo
Danos advindos da pesquisa Caso haja algum prejuiacutezo decorrente da realizaccedilatildeo
deste estudo seraacute providenciada a devida reparaccedilatildeo dos danos atraveacutes do
responsaacutevel pelo estudo O pesquisador e os entrevistados natildeo receberatildeo benefiacutecios
financeiros para participaccedilatildeo no estudo Todas as despesas seratildeo por conta do
pesquisador
Participaccedilatildeo voluntaacuteria Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria podendo a qualquer
momento desistir do estudo sem qualquer prejuiacutezo ou penalidade para mim
Consentimento para participaccedilatildeo Apoacutes ser devidamente esclarecido (a) quanto
aos objetivos deste estudo dos procedimentos aos quais serei submetido (a) bem
como dos possiacuteveis riscos decorrentes da minha participaccedilatildeo estou de acordo em
participar do mesmo O pesquisador responsaacutevel pelo estudo assegura que seraacute
disponibilizado qualquer esclarecimento adicional que eu venha a solicitar durante a
realizaccedilatildeo da pesquisa e o direito de desistir da participaccedilatildeo em qualquer momento
Em casos de duacutevidas eou problemas referentes ao estudo vocecirc poderaacute
entrar em contato com o autor atraveacutes do Nuacutecleo de Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo
(NESP) (73) 3528-9721
Sendo assim eu ______________________________________________
aceito livremente participar do Projeto MONIDI
__________________________________ __________________________________
Assinatura do (a) participante
RG _________________________
Assinatura do (a) pesquisador
RG_________________________
48
Apecircndice 2
Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede do Idoso
49
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS
PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE
SAUacuteDE DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE
Nuacutemero do Questionaacuterio |__|__|__|
Nome do Entrevistador ___________________________
Visita 1 2 3
Data Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Hora de iniacutecio ________
Hora de teacutermino ________
I INFORMACcedilOtildeES PESSOAIS E SOCIODEMOGRAacuteFICAS
1 Nome do entrevistado
2Sexo
0 ( ) Feminino
1 ( ) Masculino
3 Endereccedilo completotelefone
4 Idade ____ anos
41 Data de Nascimento
____________
50
5 Situaccedilatildeo conjugal atual
1 ( ) Casado(a) 2 ( ) Uniatildeo estaacutevel 3 ( ) Solteiroa
4 ( ) Divorciado(a)separado(a)desquitado(a) 5 ( ) Viuacutevoa
6 No total quantas vezes o (a) Sr(a) esteve casado(a) ou em uniatildeo
Nordm de vezes |___|___|
7 Na escola qual a uacuteltima seacuterie grau que concluiu com aprovaccedilatildeo
1 - Nunca foi agrave escola ( ) 4 - Fundamental II ( )5 a ( )6 a ( )7 a ( )8 a
2 - Lecirc e escreve o nome ( ) 5 - Ensino Meacutedio ( ) 1 a ( )2 a ( )3
3 - Fundamental I ( )1 a ( )2 a 6 - Superior ( ) completo ( ) incompleto
( )3 a ( )4 a
8 Como vocecirc classificaria a cor da sua pele
1( ) Branca 2( ) Amarela (oriental) 3( ) Parda
4( ) Origem indiacutegena 5( ) Preta 9( ) Natildeo sabe
9 Cor da pele (entrevistador)
1( ) branca 2( ) amarela (oriental) 3( ) parda
4( ) origem indiacutegena 5( ) preta
10-Quantos filhos e filhas nascidos vivos o(a)Sr(a) teve (natildeo inclua enteados filhos
adotivos abortos ou filhos nascidos mortos)
Nuacutemero de filhos |____|____| (98) NS (99) NR
11 Atualmente o senhor (a) mora sozinho ou acompanhado
1( )Acompanhado 2( ) Sozinho 3( ) NR 4( )NS
51
12 Desde que o senhor (a) nasceu viveu no campo por 5 anos ou mais
0( ) Natildeo 1( ) Sim 2( ) NS 3( ) NR
13 Qual eacute a sua religiatildeo
1( ) Catoacutelica 2( ) Protestante 3( ) Judaica
4( ) Espiacuteritakardecista 5( ) Umbanda 6( ) Outras ____________
14 Qual a importacircncia da religiatildeo em sua vida
(1) Importante (2) Regular (3) Nada importante (8) NS (9) NR
15 Com que frequecircncia o senhor vai agrave igreja ou ao serviccedilo religioso
( ) Nunca ( ) Vaacuterias vezes por ano ( ) Uma duas vezes por mecircs
( ) Quase toda semana ( ) Mais de uma vez por semana ( ) NS ( ) NR
16 Quanto vocecirc ganha em meacutedia por mecircs R$ __________8( )Natildeo se aplica
II A CONSUMO DE AacuteLCOOL E TABACO
Uso de bebidas alcooacutelicas
1 Vocecirc consome bebidas alcooacutelicas Se vocecirc NAtildeO BEBE siga para o bloco III C
0 ( )sim 1( ) natildeo
2 Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
3 As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
4 Sente-se chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
5 Costuma beber pela manhatilde para diminuir o nervosismo ou a ressaca
0 ( ) sim 1( ) natildeo
Haacutebito de fumar
1 Vocecirc jaacute foi fumante 0 ( ) sim 1( ) natildeo
52
2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco
III C
3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros
4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias
III ANTROPOMETRIA
MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS
ESTATURA
MASSA CORPORAL
CIRCUNFEREcircNCIA
DE CINTURA
IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL
MEDIDA 01 02 03
Pressatildeo arterial
sistoacutelica
Pressatildeo arterial
diastoacutelica
53
ANEXOS
54
Anexo 1
Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos
55
56
4
22 Hipertensatildeo arterial e a populaccedilatildeo idosa
A hipertensatildeo arterial eacute definida como sendo uma condiccedilatildeo crocircnica da tensatildeo
arterial elevada resultando em valores acima do considerado aceito ou seja quando
a pressatildeo arterial sistoacutelica (PAS) estaacute cronicamente acima de 140 mmHg ou a pressatildeo
arterial diastoacutelica (PAD) estaacute cronicamente acima de 90 mmHg2526
No mundo em torno de um bilhatildeo de pessoas satildeo hipertensas natildeo controladas
sendo que 75 milhotildees de pessoas morreram a cada ano pela doenccedila ateacute o ano de
200827 Estimativas do Ministeacuterio da Sauacutede indica que cerca de 17 milhotildees de
brasileiros apresentam hipertensatildeo arterial sendo que 35 dessa populaccedilatildeo tinham
idade igual ou superior a 40 anos Em comparaccedilatildeo com anos anteriores pode-se
observar que a proporccedilatildeo de brasileiros diagnosticados com hipertensatildeo arterial
cresceu de 215 em 2006 para 244 em 20092829
O resultado da Pesquisa Nacional de Sauacutede do primeiro semestre de 2013
estimou que o Brasil tem 313 milhotildees de hipertensos Entre as pessoas com mais de
60 anos mais de 444 tecircm hipertensatildeo sendo que essa prevalecircncia cresce com a
idade22 Esses dados se aproximam aos nuacutemeros da Sociedade Brasileira de
Hipertensatildeo (SBH) no qual estima que haja 30 milhotildees de hipertensos no Brasil em
2014 ou seja cerca de 30 da populaccedilatildeo adulta30
Jaacute na populaccedilatildeo baiana com idade acima de 40 anos cerca de 35 tecircm
hipertensatildeo arterial correspondendo a cerca de 13 milhatildeo de pessoas acometidas
pela doenccedila Na populaccedilatildeo dos 55 aos 64 anos 516 tecircm pressatildeo arterial elevada
e com 65 anos ou mais esse nuacutemero chega a 60631 No estado da Bahia foram
registradas 6274 mortes por doenccedilas de aparelho circulatoacuterio ateacute o mecircs de outubro
de 2013 Dentre os registros 649 foram por hipertensatildeo32 No municiacutepio de Ibicuiacute ndash
BA a prevalecircncia de HAS cadastrados nas Unidades de Sauacutede da Famiacutelia (USFs) foi
de 643 idosos33
A hipertensatildeo arterial eacute caracterizada por niacuteveis elevados e sustentados de
pressatildeo arterial (PA) como uma condiccedilatildeo cliacutenica multifatorial Associa-se
frequentemente a alteraccedilotildees funcionais eou estruturais dos oacutergatildeos-alvo (coraccedilatildeo
enceacutefalo rins e vasos sanguiacuteneos) e a alteraccedilotildees metaboacutelicas2634 Pode ser
classificada em primaacuteria e secundaacuteria de acordo com a sua origem A primaacuteria tem
5
sua origem desconhecida35 e a secundaacuteria eacute decorrente de alguma doenccedila
subjacente36
No caso de a PA estar cronicamente elevada ou seja hipertensatildeo arterial o
risco de desenvolvimento de complicaccedilotildees cardiovasculares renais e ateacute mesmo o
oacutebito aumenta consideravelmente37
Com relaccedilatildeo agrave caracteriacutestica fisiopatoloacutegica da HAS a partir dos 50 ou 60 anos
de idade a pressatildeo diastoacutelica diminui e a pressatildeo central aumenta determinando um
balanccedilo proacuteximo entre resistecircncia aumentada e aumento da impedacircncia na aorta
toraacutecica Dessa forma a pressatildeo de pulso comeccedila a se elevar e a HAS se torna o
principal subtipo de hipertensatildeo apoacutes a sexta deacutecada de vida38
Contudo apoacutes os 60 anos ocorre o enrijecimento arterial central indicado pela
queda na pressatildeo diastoacutelica e o raacutepido alargamento da pressatildeo de pulso O aumento
da rigidez arterial central e a amplitude da onda de pulso satildeo fatores hemodinacircmicos
dominantes nos indiviacuteduos normotensos e hipertensos apoacutes os 60 anos38
Aleacutem dos fatores fisiopatoloacutegicos vale destacar que o aumento da pressatildeo
arterial com a idade tambeacutem estaacute relacionado com o consumo de sal exagerado ao
longo da vida39
As principais estrateacutegias no tratamento natildeo-farmacoloacutegico da HAS segundo
Ministeacuterio da Sauacutede28 se encontram na adoccedilatildeo de haacutebitos alimentares saudaacuteveis
reduccedilatildeo na ingestatildeo de soacutedio reduccedilatildeo do consumo de bebidas alcooacutelicas abandono
do tabagismo praacutetica de atividade fiacutesica regular controle ou diminuiccedilatildeo da massa
corporal
23 Iacutendices antropomeacutetricos de sobrepeso e obesidade
Como meacutetodo natildeo invasivo a antropometria eacute utilizada principalmente para
avaliar as proporccedilotildees tamanho e a composiccedilatildeo corporal40 Tal meacutetodo possui relaccedilatildeo
com estado de sauacutede condiccedilotildees sociais e econocircmicas de grupos populacionais
podendo diagnosticar a desnutriccedilatildeo ou excesso de peso Os iacutendices antropomeacutetricos
que consistem na mediccedilatildeo de dimensotildees corporais podem ser usados para predizer
a sauacutede geral e bem-estar da populaccedilatildeo40
6
Em 2011 estudo realizado por Pitanga41 indica que os iacutendices antropomeacutetricos
apresentam-se como preditores do risco de infarto do miocaacuterdio acidente vascular
encefaacutelico e morte prematura
O IMC eacute determinado pela massa corporal em quilogramas dividido pela
estatura em metros ao quadrado eacute uma medida que determina o estado nutricional
Este iacutendice antropomeacutetrico eacute comumente aplicado em estudos epidemioloacutegicos em
idosos para diagnosticar o excesso de peso (sobrepesoobesidade) principalmente
por ser um meacutetodo faacutecil de aplicar raacutepido e de baixo custo Deste modo vaacuterios
estudos com essa populaccedilatildeo tecircm avaliado o estado nutricional por meio do IMC42
434445
No estudo de Silva e Petroski (2009)46 com idosas de um grupo de convivecircncia
do municiacutepio de Aracaju ndash Sergipe sugeriu que o ponto de corte do IMC utilizado pela
Nutricion Screening Initiative ndash NSI (1992)47 para sobrepeso e excesso de peso foi o
mais bem associado com a PA elevada e para obesidade o melhor ponto de corte
associado com a PA elevada foi o da WHO (1998)48
A outra medida importante para avaliaccedilatildeo da obesidade central dos indiviacuteduos
eacute a circunferecircncia de cintura A obesidade eacute caracterizada pelo acuacutemulo excessivo de
gordura corporal no indiviacuteduo e quando presente na regiatildeo abdominal tem alta
correlaccedilatildeo com doenccedilas cardiovasculares e distuacuterbios metaboacutelicos40 O obeso tem
mais propensatildeo a desenvolver problemas como hipertensatildeo doenccedilas
cardiovasculares diabetes tipo 2 entre outras doenccedilas4950
Comparando as medidas antropomeacutetricas com exames de diagnoacutesticos por
imagens como a tomografia computadorizada e a ressonacircncia magneacutetica foi
verificado que a circunferecircncia da cintura apresentou melhor correlaccedilatildeo com o tecido
adiposo visceral51 Tambeacutem o aumento da circunferecircncia da cintura teve boa
associaccedilatildeo com o aumento significativo da prevalecircncia da hipertensatildeo arterial52
A razatildeo cintura-estatura (RCEst) eacute determinado pela divisatildeo da circunferecircncia
da cintura (cm) pela estatura (cm) Este indicador tem sido utilizado para identificar
alto risco metaboacutelico obesidade fatores de risco cardiovascular e maior capacidade
preditiva para o risco coronariano elevado em populaccedilotildees adultas e idosas1653
tambeacutem eacute fortemente associada a diversos fatores de risco cardiovascular em
diferentes populaccedilotildees15
7
O Iacutendice C eacute determinado com as medidas de massa corporal da estatura e da
circunferecircncia da cintura54 e eacute muito utilizado com a populaccedilatildeo adulta555657585960 Jaacute
com a populaccedilatildeo de idosos o iacutendice C tem sido pouco utilizado e somente alguns
estudos usaram esse indicador para tentar identificar distuacuterbios metaboacutelicos risco
coronariano e prevalecircncia de risco agrave sauacutede616263 Natildeo foram encontrados estudos
associativos entre o Iacutendice C e pressatildeo arterial elevada em idosos
Tais iacutendices satildeo pouco utilizados com a populaccedilatildeo idosa e principalmente com
populaccedilotildees residentes em cidades de pequeno porte Dessa forma para discriminar e
analisar o incremento de gordura corporal os iacutendices antropomeacutetricos tecircm
demonstrado eficiecircncia principalmente em estudos epidemioloacutegicos Cada indicador
tem peculiaridade quanto a sua distribuiccedilatildeo e discriminaccedilatildeo por isso podem ser
utilizados conjuntamente ou separadamente dependendo dos objetivos como
estrateacutegia eficiente para a detecccedilatildeo e o controle de doenccedilas
Contudo os iacutendices antropomeacutetricos tecircm sido bem utilizados para associar
vaacuterios fatores de risco de sauacutede como doenccedilas coronarianas cardiovasculares
distuacuterbios metaboacutelicos dentre outros641641 Poreacutem ainda natildeo estaacute clara sua
associaccedilatildeo com pressatildeo arterial elevada em idosos
Sendo assim os iacutendices antropomeacutetricos satildeo eficientes para identificar a
hipertensatildeo arterial em idosos E quais satildeo os melhores iacutendices para identificar as
alteraccedilotildees da pressatildeo arterial elevada em idosos
24 A importacircncia da validaccedilatildeo
Como se trata de um estudo de validaccedilatildeo de um meacutetodo faz-se necessaacuterio
debater sobre o tema Os instrumentos de rastreamento satildeo ferramentas essenciais
para os serviccedilos de sauacutede pois fornecem medidas relevantes reprodutiacuteveis e
acuradas permitindo a identificaccedilatildeo das pessoas com maior chance de preencher os
criteacuterios para uma determinada condiccedilatildeo ou doenccedila Como tambeacutem completa o
registro de informaccedilatildeo e a comparaccedilatildeo de resultados minimizando a influecircncia de
fatores subjetivos na coleta e registro de dados6566
A escolha de um instrumento deve-se basear em suas qualidades que
consistem em coeficientes significativos de validade e fidedignidade Dessa forma
8
essas medidas necessitam apresentar simplicidade na teacutecnica economia facilidade
e rapidez na aplicaccedilatildeo e interpretaccedilatildeo666768
A validade caracteriza-se como a capacidade do instrumento medir aquilo que
se propotildees a medir Envolve um componente conceitual (julgamento subjetivo a
respeito do instrumento pelo pesquisador) e um componente operacional (avaliaccedilatildeo
sistemaacutetica (estatiacutestica) do teste) geralmente o comparando com um criteacuterio padratildeo
ouro67
A avaliaccedilatildeo operacional da validade utilizada nessa pesquisa foi a de criteacuterio
no qual mede agrave extensatildeo com que o instrumento discrimina sujeitos que diferem em
determinadas caracteriacutesticas Refere-se agrave capacidade de uma escala de se
corresponder com outras medidas ou de predizer algo a que se propotildee Eacute avaliada
por meio de criteacuterio-padratildeo (validade concorrente e validade preditiva) Sendo que a
validade preditiva eacute estimulada estatisticamente e expressa por meio da sensibilidade
especificidade valor preditivo positivo valor preditivo negativo e taxa de classificaccedilatildeo
incorreta67
A sensibilidade corresponde agrave proporccedilatildeo de casos positivos identificados
corretamente ou melhor eacute a capacidade de medida de reconhecer os verdadeiros
positivos Quanto maior a sensibilidade maior a chance de detectar a doenccedila A
especificidade eacute proporccedilatildeo de casos negativos identificados corretamente eacute a
capacidade do instrumento de reconhecer os verdadeiros negativos67
Quanto mais sensiacutevel for o teste melhor seraacute seu valor preditivo negativo ou
seja maior seraacute a certeza de que uma pessoa com resultado negativo natildeo tenha
realmente a doenccedila Quanto mais especifico melhor seraacute seu valor preditivo positivo
ou seja maior seraacute a certeza de que uma pessoa com resultado positivo tenha a
hipertensatildeo arterial67
Como estrateacutegia geral quando a principal preocupaccedilatildeo for evitar o resultado
falso-positivo entatildeo o ponto de corte deve objetivar o maacuteximo de especificidade e se
a preocupaccedilatildeo maior eacute evitar resultado falso-negativo (o resultado do teste em
paciente com suspeita de hipertensatildeo arterial) o ponto de corte deve objetivar o
maacuteximo de sensibilidade67 Os autores ainda referem que a curva Receive Operator
Caracteristic (ROC) eacute a melhor maneira de estabelecer o ponto de corte otimizando
a sensibilidade e especificidade do teste diagnoacutestico
9
Destaca-se que as qualidades de um instrumento aplicado em condiccedilotildees de
campo satildeo modificadas pela prevalecircncia de casos na populaccedilatildeo cliacutenica (onde eacute
esperado ter maior proporccedilatildeo de doenccedila) comparada com uma populaccedilatildeo geral
10
3 OBJETIVOS
Determinar o poder preditivo de iacutendices antropomeacutetricos para predizer
hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos
Estabelecer pontos de corte como discriminadores de hipertensatildeo arterial em
mulheres e homens idosos
Identificar o iacutendice antropomeacutetrico de obesidade que melhor discrimina a
hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos
11
4 MATERIAL E MEacuteTODOS
41 Tipos de estudo
Esta pesquisa eacute do tipo transversal ou seccional como parte do projeto de
Monitoramento da Sauacutede de Idosos de um Municiacutepio de Pequeno Porte ESTUDO
MONIDI Em estudos transversais a estrateacutegia de observaccedilatildeo da populaccedilatildeo eacute
seccional isto eacute as informaccedilotildees obtidas referem-se ao mesmo momento sendo mais
adequado para obtenccedilatildeo de estimativas populacionais As informaccedilotildees individuais
devem ser coletadas num determinado prazo mais curto possiacutevel decorrido entre as
observaccedilotildees do primeiro e uacuteltimo indiviacuteduo69
42 Cenaacuterios do estudo
O municiacutepio de Ibicuiacute fica localizado na zona fisiograacutefica de Vitoacuteria da Conquista
(Encosta do Planalto) e situada no Sudoeste do Estado da Bahia possui uma aacuterea
territorial de 1176843 kmsup2 populaccedilatildeo de 16640 habitantes7071 A populaccedilatildeo de
idosos no ano de 2013 era de 2124 habitantes e destes 525 estavam cadastrados
nas Unidades de Sauacutede da Famiacutelia33
12
Figura 1 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Ibicuiacute BA na regiatildeo Nordeste do Brasil
Fonte Adaptado do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE)72 Infograacuteficos
Cidades Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230
43 Populaccedilatildeo e amostra
A populaccedilatildeo alvo do presente estudo foi constituiacuteda por indiviacuteduos com idade
igual ou superior a 60 anos de ambos os sexos cadastrados na Estrateacutegia de Sauacutede
da Famiacutelia (ESF) que atenderam agraves aacutereas urbanas e rurais do municiacutepio de Ibicuiacute-BA
no ano de 2014 A lista com o nuacutemero de usuaacuterios idosos cadastrados nas USFs da
zona rural e urbana do municiacutepio foi solicitada junto agrave Secretaria Municipal de Sauacutede
Foram incluiacutedos no estudo idosos que estavam cadastrados na Estrateacutegia de
Sauacutede da Famiacutelia que aceitaram participar da pesquisa atraveacutes da assinatura do
Termo de Consentimento Livre Esclarecido (TCLE)
Os criteacuterios de exclusatildeo foram os participantes com diagnoacutestico de demecircncia
ou qualquer outro tipo de alteraccedilatildeo cognitiva que comprometesse a veracidade das
informaccedilotildees fornecidas idosos acamados portadores de doenccedila de Alzheimer ou
outro tipo de doenccedila neuroloacutegica que afetasse a cogniccedilatildeo doenccedila em estaacutegio
terminal
Apoacutes aplicaccedilatildeo dos criteacuterios de exclusatildeo foi efetuado o caacutelculo amostral
seguindo a proposta de Luiz e Magnanini (2000)73 para populaccedilotildees finitas com
13
predominacircncia desconhecida de 50 sendo adotado niacutevel de significacircncia de 5
(correspondendo a um intervalo de confianccedila de 95) e erro toleraacutevel de amostragem
de 25
O caacutelculo amostral resultou numa amostra miacutenima necessaacuteria de 305 idosos
Esse caacutelculo amostral sofreu ajuste em 10 para compensar eventuais perdas e
recusas Apoacutes o resultado do caacutelculo amostral os idosos participantes foram
selecionados atraveacutes de sorteio sendo este proporcional ao tamanho e a distribuiccedilatildeo
por sexo e por quantidade de idosos na Unidade de Sauacutede da Famiacutelia
Os indiviacuteduos assinaram o TCLE foram entrevistados e avaliados nas
dependecircncias da USF sendo que aqueles que natildeo foram localizados ou natildeo
compareceram a USF apoacutes trecircs tentativas foram automaticamente substituiacutedos por
meio de sorteio
44 Equipes de coleta de dados
A equipe de coleta foi composta por dois profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica
(Coordenadores) e cinco acadecircmicos de fisioterapia enfermagem e medicina A
equipe foi previamente treinada em reuniotildees teacutecnicas e no estudo piloto que foi
realizado no periacuteodo de Outubro a Dezembro de 2013 visando padronizar todo o
processo de coleta Foram estabelecidas accedilotildees referentes agrave logiacutestica agrave aplicaccedilatildeo dos
questionaacuterios e aos procedimentos de medidas das variaacuteveis antropomeacutetricas A
coleta propriamente dita ocorreu entre o periacuteodo de 03022014 a 20022014
14
45 Procedimentos para coleta de dados
451 Variaacuteveis do estudo e dados coletados
Foram mensuradas as variaacuteveis idade sexo situaccedilatildeo conjugal niacutevel de
escolaridade raccedilacor renda mensal alcoolismos e tabagismos Como tambeacutem
medidas de pressatildeo arterial sistoacutelica e diastoacutelica massa corporal estatura e
circunferecircncia da cintura
452 Instrumentos de coleta
Foi utilizado o instrumento de coleta denominado Instrumento de Avaliaccedilatildeo da
Sauacutede de Idosos (IASI) padronizado e validado previamente74 Tal instrumento obteacutem
caracteriacutesticas sociodemograacuteficas informaccedilotildees pessoais consumo de aacutelcool e
tabaco avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica e de pressatildeo arterial
Para aferir a pressatildeo arterial foi utilizado o aparelho digital (marca OMRONreg
modelo HEM ndash 742 INT) Utilizou-se ainda uma balanccedila digital portaacutetil (OMRONreg) e
um estadiocircmetro (marca Sannyreg) ambos devidamente calibrados e fita
antropomeacutetrica flexiacutevel (Cardiomedreg)
453 Pressatildeo Arterial
A pressatildeo arterial foi aferida com um aparelho digital de braccedilo com manguito
adequado agrave circunferecircncia do mesmo A medida foi realizada no braccedilo direito a altura
do coraccedilatildeo Foram realizadas trecircs medidas da pressatildeo arterial sendo a primeira apoacutes
o idoso permanecer cinco minutos em repouso e sentado a segunda apoacutes dois
minutos e a terceira dois minutos apoacutes a realizaccedilatildeo da segunda (foi utilizada a meacutedia
das trecircs medidas) Valores de referecircncia estatildeo estabelecidos na Tabela 1
15
Tabela 1 - Classificaccedilatildeo da pressatildeo arterial de acordo com a VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo (2010)
Classificaccedilatildeo Pressatildeo Sistoacutelica (mmHg)
Pressatildeo Diastoacutelica (mmHg)
Oacutetima Normal Limiacutetrofe
lt 120 lt 130 130-139
lt 80 lt 85 85-80
Hipertensatildeo estaacutegio I 140-159 90-99 Hipertensatildeo estaacutegio II 160-179 100-109 Hipertensatildeo estaacutegio III ge 180 ge 110 Hipertensatildeo sistoacutelica isolada
ge 140 lt 90
Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo (2010)7
454 Antropometria
Todas as medidas antropomeacutetricas foram realizadas trecircs vezes (verificou-se a
meacutedia de tais medidas) por um profissional de Educaccedilatildeo Fiacutesica para diminuir o erro
intra e inter avaliadores e anotados por um apontador Os idosos foram medidos
conforme procedimentos padronizados por Lohman et al (1988)75 sem calccedilados
roupas leves sem reloacutegio chaves celular etc
Foi mensurada a circunferecircncia da cintura com uma fita antropomeacutetrica flexiacutevel
no ponto meacutedio entre a uacuteltima costela e a crista iliacuteaca e o procedimento foi deixar a
cintura livre de roupa e os braccedilos cruzados no peito Classificaccedilatildeo de risco para
desenvolver doenccedilas por Lohman et al (1988)75 HOMENS gt 102 cm e MULHERES
gt 88 cm Foi determinado o IMC atraveacutes da equaccedilatildeo [IMC =massa corporal
(kg)estatura2(m)] Valores de referecircncia estatildeo estabelecidos na Tabela 2
Tabela 2 - Classificaccedilatildeo do Iacutendice de Massa Corporal
IMC Classificaccedilatildeo
Baixo peso lt 220 kgm2 Peso adequado 220 le IMC le 270 kgm2 Obesidade gt 270 kgm2
Lohman et al (1988)75
16
A razatildeo cintura-estatura foi determinada pela equaccedilatildeo proposta por Pitanga e
Lessa (2006)15 a qual utiliza a CC (cm) e a estatura (cm) O Iacutendice C foi estimado por
meio das medidas de massa corporal estatura e circunferecircncia da cintura utilizando-
se um modelo proposto por Valdez (1991)54 cuja equaccedilatildeo matemaacutetica estaacute descrita a
seguir
46 Anaacutelise dos dados
Os dados foram digitados com dupla entrada no software Epidata 31 Apoacutes a
digitaccedilatildeo dos dados foram verificados manualmente os valores discrepantes e a
consistecircncia das informaccedilotildees
Na anaacutelise de dados foram utilizados os procedimentos da estatiacutestica descritiva
expressa por meacutedia desvio padratildeo nuacutemero de observaccedilotildees e percentual das
variaacuteveis avaliadas A diferenccedila entre os sexos nas variaacuteveis contiacutenuas foi analisada
pelo teste t de Student para amostras independentes uma vez que as variaacuteveis
apresentaram distribuiccedilatildeo normal e o teste do Qui-quadrado para comparar as
proporccedilotildees (variaacuteveis qualitativas) entre os idosos do sexo masculino e feminino
O poder discriminatoacuterio para determinar a hipertensatildeo arterial e os iacutendices
antropomeacutetricos foi verificado atraveacutes da utilizaccedilatildeo das curvas ROC recurso utilizado
para obtenccedilatildeo de pontos de corte que visam diagnoacutesticos ou triagem
A aacuterea sob a curva ROC (ASC) determina a capacidade preditiva do indicador
para presenccedila ou ausecircncia de hipertensatildeo arterial Uma ASC igual a 10 eacute
considerada perfeita poreacutem se for igual ou menor a 05 indica que sua capacidade
preditiva natildeo eacute melhor que ao acaso
17
Neste estudo o pressuposto para anaacutelise da ASC foi agrave sensibilidade pois em
determinadas situaccedilotildees quando natildeo pode correr o risco de natildeo diagnosticar
determinada doenccedila eacute melhor privilegiar a sensibilidade76
Apoacutes determinados os pontos de corte para cada uma das variaacuteveis
investigadas para prediccedilatildeo de hipertensatildeo essas foram dicotomizadas com base em
seus respectivos valores de referecircncia As anaacutelises estatiacutesticas foram conduzidas no
Statistical Product and Service Solutions (SPSS) reg 130 Em todas as anaacutelises foram
efetuadas respeitando-se o niacutevel de significacircncia de 5
47 Aspectos Eacuteticos
O estudo foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa da Universidade
Estadual do Sudoeste da Bahia com parecer (CAAE 22969013000000055) (Anexo
1) seguindo princiacutepios eacuteticos estabelecidos na Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de
2012 do Conselho Nacional de Sauacutede (CNS)77
18
5 RESULTADOS
51 Caracterizaccedilatildeo da amostra estudada
De acordo com a contabilizaccedilatildeo das perdas (mudou-se do municiacutepio natildeo foi
encontrado por mais de 3 vezes na USF ou domicilio) e recusas (n=31) a amostra final
foi composta por 310 idosos (201 zona urbana e 109 zona rural) A taxa de respostas
foi de 912 com 88 (n=31) de recusas e 92 (n=29) de exclusatildeo
Participaram do estudo 175 mulheres (565) e 135 homens (435) As
idades variaram entre 60 e 108 anos com meacutedia de 7078 plusmn 82 anos para as mulheres
e 60 a 93 anos com meacutedia de 7259 plusmn 78 anos para homens
A maioria das mulheres se auto referiu ser negra e os homens pardo O iacutendice
de analfabetismo apresentou-se elevado em ambos os sexos A maior parte dos idosos
eacute casado A maioria dos idosos sobrevivia com renda mensal inferior ou igual a um
salaacuterio miacutenimo (Tabela 3)
19
Tabela 3 - Variaacuteveis sociodemograacuteficas e de estilo de vida em idosos
Mulheres (n=175) Taxa de Resposta
Homens (n=135) Taxa de Resposta
n n P
Raccedilacor 9861 991
Branco 47 2686 43 3209
Preto 73 4171 26 1940 0001
Pardo 49 2800 55 4074
Natildeo sabe 4 229 10 741
Escolaridade 9918 1000
Analfabeto 95 5429 84 6222
Baacutesica 72 4114 46 3408 0001
Secundaacuteria 5 286 5 370
Superior 2 114 - -
Estado Civil 9789 991
Casadouniatildeo estaacutevel
74 4229 78 5777
Solteiroseparado 33 1886 36 2667 0001
Viuacuteva 63 3600 20 1481
Renda Mensal 9918 1000
le 1 salaacuterio 165 9428 123 9111
11 a 2 salaacuterio 8 458 10 74 0001
21 a salaacuterio 1 057 2 148
Alcoolismo 9989 1000
Sim 4 229 9 667 0001
Natildeo 170 9714 126 9333
Tabagismo 9597 1000
Sim 15 857 21 1556 0001
Natildeo 152 8686 114 8444
Teste Qui-quadrado
20
52 Caracteriacutesticas antropomeacutetricas
Apoacutes a assinatura do TCLE e realizaccedilatildeo do questionaacuterio 10 idosos foram
excluiacutedos (recusas e informaccedilatildeo incompleta do questionaacuterio) desta etapa de anaacutelise
Dessa forma foram analisadas 300 avaliaccedilotildees das medidas antropomeacutetricas
Na Tabela 4 podem ser observados os valores meacutedios desvio padratildeo valores
miacutenimos e maacuteximos e percentuais das variaacuteveis avaliadas A meacutedia do IMC foi menor
nos homens quando comparado com o resultado das mulheres (p lt 0001) Natildeo houve
diferenccedila significativa da variaacutevel circunferecircncia da cintura entre homens e mulheres
(p = 0208) A prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi maior nas mulheres A maioria
das mulheres eacute obesa e entre os homens o estado nutricional foi considerado eutroacutefico
(Tabela 5)
21
Tabela 4 - Valores descritivos miacutenimos e maacuteximos das variaacuteveis analisadas
Variaacuteveis Mulheres (n=167) Homens (n=133) Valor-p
Idade (anos) 7078 plusmn 821 (60-108)
7259 plusmn 786 (60-93)
0055
Massa corporal (kg) 6020 plusmn 1223 (2970-9580)
6384 plusmn 1250 (4010-11840)
0012
Estatura (cm) 14875 plusmn 616 (129-164)
16080 plusmn 782 (135-183)
lt00001
IMC (kgm2) 2715 plusmn505 (1342-4064)
2458 plusmn 390 (1475-3544)
lt00001
CC (cm)dagger 8734 plusmn 1126 (55-130)
8894 plusmn 1010 (66-115)
0208
RCEst 057 plusmn 011 (000-087)
055 plusmn 006 (042-073)
0086
Iacutendice C 123 plusmn 021 (000-166)
129 plusmn 006 (117-150)
0001
PAS 14096 plusmn 2218 (87-200)
13735 plusmn 2251 (98-209)
0166
PAD 7671 plusmn 1091 (45-105)
7697 plusmn 1179 (49-110)
0846
IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia da cintura RCEst - razatildeo cintura-estatura Iacutendice C - Iacutendice de Conicidade PAS - pressatildeo arterial sistoacutelica PAD ndash pressatildeo arterial diastoacutelica dagger Variaacuteveis com perdas (n=163 mulheres) Teste T de Student para amostras independentes
Tabela 5 - Percentuais das variaacuteveis analisadas
Variaacutevel Mulheres Homens Valor-p
Pressatildeo Arterial (n) (n)
Normal 557 (93) 594 (79) 0011
Hipertensatildeo 443 (74) 406 (54)
Estado nutricional (n) (n)
Baixo peso 144 (24) 301 (40)
Normal 353 (59) 436 (58) lt00001
Sobrepeso 503 (84) 263 (35)
Teste Qui-quadrado
53 Anaacutelise da curva ROC
22
As aacutereas sob a curva ROC do IMC da CC da RCEst e do iacutendice C como
preditores de hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos e os respectivos
intervalos de confianccedila (IC 95) podem ser observados na Tabela 6 e nas Figuras 2
3 4 5 6 7 8 9 Evidenciou-se que alguns iacutendices antropomeacutetricos apresentaram
aacuterea sob a curva ROC significativas Todavia a RCEst e o IMC assumiram maiores
aacutereas com diferenccedila significativa para os homens
Tabela 6 - Aacuterea sob a curva ROC e IC95 entre os iacutendices antropomeacutetricos e hipertensatildeo arterial em idosos
Aacuterea sob a curva ROC
PA elevada Mulheres
Homens
p
IMC (kgm2) 053 (044-062) 060 (050-070)
lt00001dagger
CC (cm) 057 (048-066) 058 (048-068)
lt00001dagger
RCEst 056 (047-065) 061 (051-071)
lt00001dagger
Iacutendice C 058 (049-066) 058 (058-068) lt00001dagger
IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia de cintura RCEst - razatildeo cinturaestatura Iacutendice C - iacutendice de conicidade ROC ndashReceiver Operating CharacteristicIC95 - intervalo de confianccedila a 95Aacuterea sob a curva ROC apresentando poder discriminatoacuterio para pressatildeo arterial elevada (Li-IC ge 050) daggerTeste Qui-quadrado
23
Figura 2 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) IMC - iacutendice de massa corporal
Figura 3 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) IMC - iacutendice de massa corporal
24
Figura 4 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) CC ndash circunferecircncia da cintura
Figura 5 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) CC ndash circunferecircncia da cintura
25
Figura 6 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) RCEst - razatildeo cinturaestatura
Figura 7 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) RCEst - razatildeo cinturaestatura
26
Figura 8 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) Iacutendice C -iacutendice de conicidade
Figura 9 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) Iacutendice C - iacutendice de conicidade
27
Os valores dos pontos de corte dos iacutendices antropomeacutetricos como preditores
de hipertensatildeo arterial e suas respectivas sensibilidade e especificidade (mais
adequado equiliacutebrio entre si) satildeo apresentados na Tabela 7 Observa-se que entre
os iacutendices antropomeacutetricos a RCEst teve melhor percentual de sensibilidade e de
especificidade para discriminar a pressatildeo arterial elevada para os homens
Tabela 7 - Pontos de corte sensibilidade e especificidade dos iacutendices antropomeacutetricos para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial em idosos
Mulheres Homens PA elevada
Ponto de corte
Sensibilidade ()
Especificidade ()
Ponto de corte
Sensibilidade ()
Especificidade ()
IMC (kgm2)
2679 527 548 2420 527 548
CC (cm) 8750 577 457 8650 593 532 RCEst 059 568 430 054 648 456 Iacutendice C 126 541 452 129 574 456
IMC ndash Iacutendice de Massa Corporal CC ndash Circunferecircncia da Cintura RCEst ndash Razatildeo Cintura-Estatura Iacutendice C ndash Iacutendice de Conicidade
28
6 DISCUSSAtildeO
61 Aacutereas sob a Curva ROC
Este estudo teve como objetivo identificar a capacidade preditiva de iacutendices
antropomeacutetricos de obesidade geral e abdominal para discriminar a presenccedila de
hipertensatildeo arterial em idosos com foco de utilizaccedilatildeo no ambiente da estrateacutegia de
sauacutede da famiacutelia Nessa perspectiva surge uma proposta de triagem dos casos de
idosos com possiacuteveis alteraccedilotildees crocircnicas em sua pressatildeo arterial aleacutem de possibilitar
a discussatildeo sobre validaccedilatildeo de tais iacutendices para uso no contexto da sauacutede
Dessa forma recomenda-se a anaacutelise da sensibilidade e especificidade por
meio da construccedilatildeo de curvas ROC pois eacute a melhor opccedilatildeo para determinar pontos de
corte em estudos epidemioloacutegicos78 Essa anaacutelise permite fornecer a aacuterea sob a curva
que traduz o poder de discriminaccedilatildeo de um indicador para um determinado desfecho
e a identificaccedilatildeo do melhor ponto de corte
A proposta dessa pesquisa natildeo eacute excluir o diagnoacutestico meacutedico mas
proporcionar uma estrateacutegia mais abrangente a ser utilizada pelas USFs em parceria
entre os profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica e os profissionais de sauacutede no contexto da
atenccedilatildeo primaacuteria
Embora exista associaccedilatildeo entre sobrepesoobesidade e a pressatildeo arterial
elevada poucos estudos tecircm identificado pontos de corte de iacutendices antropomeacutetricos
que visem agrave detecccedilatildeo da hipertensatildeo arterial em idosos Diversos estudos tecircm
demonstrado que os iacutendices antropomeacutetricos satildeo bons indicadores de obesidade e
estatildeo relacionados a fatores de risco cardiovascular795880 Todavia a hipertensatildeo eacute
apontada como um dos principais fatores de risco cardiovasculares o que denota a
necessidade de um olhar diferenciado
A prevalecircncia de hipertensatildeo foi inferior agrave encontrada em outros estudos818283
Contudo diferenccedilas metodoloacutegicas nuacutemero de medidas realizadas e os diferentes
criteacuterios de referecircncia satildeo as principais causas da grande variabilidade nas
prevalecircncias de pressatildeo arterial elevada entre as investigaccedilotildees No presente estudo
29
optou-se por maior rigorosidade ao diagnosticar a pressatildeo arterial elevada
considerando a realizaccedilatildeo de trecircs medidas
Nessa amostra observou-se que a prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi
443 nas mulheres e 406 nos homens Demonstrando ser uma alta prevalecircncia
pois se trata de uma populaccedilatildeo que eacute influenciada diretamente pelo o aumento da
morbimortalidade durante o envelhecimento Estudos envolvendo idosos indicam que
a prevalecircncia da hipertensatildeo encontra-se entre 50-70 com o aumento da idade84
Poucos estudos epidemioloacutegicos foram conduzidos com o objetivo de identificar
e discriminar a capacidade de iacutendices antropomeacutetricos de obesidade para a pressatildeo
arterial elevada na populaccedilatildeo de idosos e principalmente utilizando o iacutendice C o
RCEst Um estudo realizado com a populaccedilatildeo de idosos utilizou o mesmo objetivo
poreacutem usou como ponto de corte o iacutendice de massa corporal e o iacutendice de adiposidade
corporal85 Entretanto faz-se necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de outros iacutendices para identificar
hipertensatildeo arterial em idosos
De acordo com os resultados do presente estudo somente alguns dos
indicadores antropomeacutetricos apresentaram capacidade preditiva para a hipertensatildeo
arterial em idosos de acordo com limite inferior do intervalo de confianccedila de 9586
Dessa forma foi observado que a RCEst e IMC para os homens mostraram-se com
bom poder de detecccedilatildeo para a hipertensatildeo arterial pois obtiveram maiores valores
sob a curva para esse desfecho
Em 2013 Leal Neto et al85 identificaram em seus resultados que o IMC e o
iacutendice de adiposidade corporal foram os melhores indicadores preditivos de
hipertensatildeo arterial nos idosos em ambos os sexos independentemente de outros
fatores tais como idade tabagismo consumo de aacutelcool e atividade fiacutesica
No presente estudo os principais indicadores que tiveram uma boa aacuterea sob a
curva foram o IMC RCEst e Iacutendice C com resultados de 060 IC95 (050-070) 061
IC95 (051-071) e 058 IC95 (058-068) respectivamente para homens
Nas mulheres tais iacutendices mostraram-se com menor poder discriminatoacuterio para
diagnosticar a hipertensatildeo arterial A HAS eacute um desfecho que pode ser influenciado
por fatores multicausais (hormonais estresse etc) Na anaacutelise do desempenho do
iacutendice antropomeacutetrico a loacutegica eacute unidirecional ou seja verificar o desempenho desses
iacutendices apenas como preditores de hipertensatildeo arterial foram mais satisfatoacuterios entre
os homens Os iacutendices podem interferir mas natildeo determinar a prevalecircncia da
30
hipertensatildeo Embora as mulheres tenham uma maior prevalecircncia essa natildeo eacute
determinada pelos iacutendices antropomeacutetricos no presente estudo
Tais resultados diferem do estudo realizado em 2012 por Samsen et al87 no
qual a circunferecircncia da cintura teve boa ASC nos homens = 0684 com IC95 (0672-
0695) e nas mulheres = 0673 IC95 (0665-0681) sendo o melhor indicador
significativamente (p lt0001) do que o IMC no qual a ASC em homens foi de = 0667
IC95 (0656-679) e nas mulheres = 0636 IC95 (0628-0644) em discriminaccedilatildeo
de pelo menos um fator de risco cardiovascular Isso se deve ao fato de tal estudo ter
sido realizado com uma abrangecircncia maior na faixa etaacuteria que foi de 45-80 anos
Uma possiacutevel limitaccedilatildeo para discussatildeo dos resultados desse estudo foi a faixa
etaacuteria restrita que natildeo incluiu idosos (igual ou acima de 60 anos) o que impossibilita
a triagem da pressatildeo arterial elevada nessa populaccedilatildeo
62 Iacutendices antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial
Nesse estudo a CC e RCEst foram as variaacuteveis com maiores valores absolutos
de sensibilidade para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial respectivamente para mulheres
e homens Tais resultados indicam as proporccedilotildees de verdadeiros positivos na
ocorrecircncia de hipertensatildeo arterial
Quanto ao ponto de corte do RCEst nas mulheres foi de 059 sendo 568 de
sensibilidade e 430 de especificidade Valores inferiores ao encontrado no presente
estudo para mulheres foram sugeridos em Taiwan (045) Cingapura (048) e na China
(050) No Brasil em 2009 Haun Pitanga e Lessa16 recomendaram para a RCEst
053 como melhor ponto de corte com sensibilidade (67) e especificidade (58) e
aacuterea sob a curva ROC de 069 (IC 95 = 064-075) Outro ponto de corte semelhante
ao observado no Brasil com mulheres mexicanas variou de 053 a 0535 para a
RCEst discriminar diabete tipo 2 hipertensatildeo e dislipidemias88899091
Os pontos de corte sugeridos por esses paiacuteses e no Brasil podem ter sido
inferiores por causa da abrangecircncia na faixa etaacuteria dos indiviacuteduos no qual incluiacuteram
mulheres de 30 a 74 anos como tambeacutem as caracteriacutesticas econocircmicas culturais e
31
de estilo de vida diferem da realidade das mulheres que residem em cidades de
pequeno porte Estudos que discriminem hipertensatildeo arterial principalmente em
idosos com RCEst satildeo escassos na literatura
Em 2010 Browning Hsieh e Ashwel92 realizaram uma revisatildeo sistemaacutetica
sobre a potencialidade de indicadores antropomeacutetricos em predizer doenccedilas
cardiovasculares e identificou a RCEst como variaacutevel de melhor desempenho A
RCEst apresentou maiores ASC quando comparada ao IMC ou CC Os dados
analisados foram de quatorze paiacuteses diferentes e incluiacuteram caucasianos asiaacuteticos e
da Ameacuterica Central Segundo os autores uma RCEst ge 05 eacute capaz de identificar
fatores de risco cardiovasculares Esse ponto de corte eacute inferior aos encontrados para
homens e mulheres no presente estudo significando que o ponto de corte encontrado
pode diagnosticar risco cardiovascular e consequentemente a presenccedila de
hipertensatildeo
Outros autores afirmam essa hipoacutetese relacionada aos valores limites para
RCEst em diversas populaccedilotildees e indicaram que um ponto de corte de 05 eacute o valor
mais indicado para ambos os sexos todas as idades e diferentes populaccedilotildees899315
Com relaccedilatildeo agrave especificidade a variaacutevel com maior valor foi o IMC
independentemente do sexo Nas mulheres o ponto de corte sugerido foi 2679 kgm2
e nos homens 2420 kgm2 O valor da especificidade foi de 548 para ambos os
sexos o qual possibilita determinar corretamente a ausecircncia de hipertensatildeo arterial
Sendo assim este estudo sugere que o IMC natildeo foi o melhor preditor de hipertensatildeo
arterial
O estudo de Leal Neto et al (2013)85 tambeacutem testou a capacidade de
indicadores antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial em idosos
sugeriu como pontos de corte para IMC valores de 247 kgm2 igual ao encontrado no
presente estudo e de 273 kgm2 nuacutemero superior que aos dados do presente
trabalho para homens e mulheres respectivamente
Em outro estudo realizado com 19621 homens e mulheres com faixa etaacuteria de
45-80 anos a meacutedia da idade foi de 598 anos para os homens e 585 anos para as
mulheres O ponto de corte adequado de IMC foi de 23 kgm2 em homens e 24 kgm2
em mulheres Os pontos de corte de CC foram 80 cm e 78 cm em homens e mulheres
respectivamente Os achados do presente estudo foram superiores a esses
32
resultados todavia deve ser considerado que a populaccedilatildeo alvo foi diferente e com
idade menor da populaccedilatildeo pesquisada no presente trabalho87
Com relaccedilatildeo agrave CC o ponto de corte identificado para a prediccedilatildeo de hipertensatildeo
arterial nas mulheres foi superior ao dos homens Contudo os valores de sensibilidade
e especificidade desses pontos de corte foram maiores entre os homens o que pode
indicar que o poder preditivo da CC para a hipertensatildeo arterial eacute melhor para o sexo
masculino Quanto menor o ponto de corte maior seraacute a habilidade do teste em
classificar os doentes como positivos isto eacute maior seraacute a sensibilidade76 Os pontos
de corte dos homens foram em sua maioria menores em comparaccedilatildeo aos das
mulheres
Tais resultados satildeo contraacuterios aos achados do estudo de Kashihara et al
(2009)94 com indiviacuteduos de 30-74 anos que comparou paciente com hipertensatildeo e sem
hipertensatildeo Em seus pontos de corte de CC para os homens foram superiores aos
pontos de corte definidos para as mulheres e os valores de sensibilidade e
especificidade foi maior nas mulheres para identificar risco cardiovascular Poreacutem a
idade foi menor ao proposto no presente estudo
Outro estudo que contraria tais resultados quanto ao ponto de corte da CC foi
o de Haun Pitanga e Lessa (2009)16 que foi superior para os homens enquanto o
niacutevel de sensibilidade e especificidade foi igual aos nossos achados Poreacutem esse
estudo foi realizado com indiviacuteduos de idade entre 30-74 anos e discriminou risco
coronariano elevado
Quanto ao Iacutendice C no presente estudo o ponto de corte sugerido foi de 126
nas mulheres (sensibilidade 541 e especificidade 452) e 129 para os homens
(sensibilidade 574 e especificidade 456)
Diferentemente do resultado encontrado no presente estudo Pitanga e Lessa
(2005)56 sugeriram como o melhor ponto de corte para risco coronariano com o iacutendice
C 118 para mulheres apresentando valores de sensibilidade (7339) e
especificidade (6115) Para os homens o ponto de corte foi de 125 com valores de
sensibilidade (7391) e especificidade (7492) Tais pontos de corte foram para
indiviacuteduos adultos por esse motivo foram mais baixos que os achados do presente
trabalho Deve-se considerar que existem modificaccedilotildees na composiccedilatildeo corporal com
o processo do envelhecimento o que poderia alterar os pontos de corte para as essas
medidas antropomeacutetricas
33
Em outro estudo com os mesmo autores foram apresentados outros pontos de
corte comparando diferentes faixas etaacuterias Para as mulheres de 30-49 anos o melhor
ponto de corte foi o mesmo (118) com melhor sensibilidade (7857) e
especificidade (6524) e tambeacutem melhor aacuterea sob a curva ROC 081 (IC95 = 070-
092) Entre as de idade mais avanccedilada (50-74 anos) o melhor ponto de corte
sugerido foi 122 com sensibilidade (6000) e especificidade (6582) e aacuterea sob a
curva ROC 065 (IC 95 = 058-073) Portanto o iacutendice C apresentou melhor poder
discriminatoacuterio de RCEst para as mulheres mais jovens64
Almeida Almeida e Arauacutejo (2009)58 conduziram uma pesquisa com mulheres
de 30 e 69 anos buscando avaliar o desempenho de diferentes pontos de corte do
iacutendice C RCQ CC e RCEst para discriminar Risco Coronariano Elevado e o ponto de
corte encontrado para o Iacutendice C foi (125) proacuteximo ao ponto de corte para mulheres
nos nossos achados Dessa forma tais autores afirmaram que os indicadores
antropomeacutetricos de obesidade abdominal analisados tiveram desempenhos
satisfatoacuterios e similares para discriminar RCEst poreacutem o iacutendice C foi o que
apresentou o melhor poder discriminatoacuterio
As informaccedilotildees sobre o iacutendice C satildeo limitadas quanto agrave discussatildeo do ponto de
corte para hipertensatildeo arterial principalmente por encontrar poucos estudos sobre
essa medida como referecircncia para idosos Pitanga e Lessa (2004)55 relatam como
uma limitaccedilatildeo para a utilizaccedilatildeo do Iacutendice C em estudos populacionais a dificuldade de
se calcular o denominador da equaccedilatildeo proposta para sua determinaccedilatildeo
O excesso de gordura em geral estaacute associado ao aparecimento de doenccedilas
cardiovasculares hipertensatildeo arterial e mortalidade a definiccedilatildeo de pontos de corte
para iacutendices que se destacam por sua simplicidade operacional e boa acuraacutecia
permite a detecccedilatildeo dos indiviacuteduos sob risco sendo de grande utilidade nos serviccedilos
de atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede aleacutem de possibilitar o conhecimento da situaccedilatildeo de
grupos populacionais especiacuteficos frente a esses riscos quando empregados na
pesquisa epidemioloacutegica
No contexto das cidades de pequeno porte (rurais e urbanas) os recursos de
sauacutede satildeo muitas vezes limitados e escassos sendo importante a utilizaccedilatildeo desses
iacutendices antropomeacutetricos como substituiccedilatildeo eou apoio a avaliaccedilatildeo tradicional da
pressatildeo arterial Em vaacuterias conjunturas de sauacutede a alta demanda de paciente com
hipertensatildeo arterial exige a utilizaccedilatildeo de instrumentos de diagnoacutesticos e rastreamento
34
de raacutepida e faacutecil aplicaccedilatildeo que possam ser manejados por diferentes profissionais e
que sobretudo apresentem validade e fidedignidade A adequada validaccedilatildeo de
instrumentos e conhecimento de suas propriedades teacutecnicas na populaccedilatildeo brasileira
tambeacutem deve contribuir com a seleccedilatildeo de prioridades e delimitaccedilatildeo do conteuacutedo dos
programas de sauacutede pelos tomadores de decisatildeo em diferentes niacuteveis de gestatildeo
35
7 CONCLUSAtildeO
As anaacutelises dos dados permitem frente aos objetivos estabelecidos formular
as seguintes conclusotildees Quanto ao poder de discriminaccedilatildeo de iacutendices
antropomeacutetricos para a hipertensatildeo arterial em idosos os iacutendices antropomeacutetricos
(IMC RCEst e Iacutendice C) foram bons preditores de hipertensatildeo arterial para os homens
Dessa forma tais iacutendices podem ser empregados nos homens poreacutem tais medidas
natildeo foram satisfatoacuterias para predizer pressatildeo arterial elevada nas mulheres idosas
limitando a sua utilizaccedilatildeo para o sexo feminino com idades avanccediladas
O melhor ponto de corte para discriminar hipertensatildeo arterial foi 054 para a
RCEst nos homens dessa forma tal ponto de corte deve ser empregada no contexto
da atenccedilatildeo primaacuteria nos homens Sugere-se a utilizaccedilatildeo dessa medida a fim de
detectar e realizar a triagem da hipertensatildeo arterial com caracteriacutesticas similares agrave
amostra deste estudo
Recomenda-se que a utilizaccedilatildeo de dois iacutendices simultaneamente resulte em
uma maior eficiecircncia na avaliaccedilatildeo do risco de hipertensatildeo arterial em idosos A
indicaccedilatildeo destas medidas permite que ela seja realizada nas Unidades de Sauacutede da
Famiacutelia como meacutetodo de triagem para idosos com hipertensatildeo arterial utilizando
materiais de faacutecil manejo e de baixo custo
Dessa forma pode-se efetivamente atingir uma das estrateacutegias de prevenccedilatildeo
da hipertensatildeo arterial sistecircmica que eacute o controle da pressatildeo arterial durante o
envelhecimento Todavia sugere-se cautela na utilizaccedilatildeo do ponto de corte desses
indicadores para as mulheres pois os resultados natildeo foram satisfatoacuterios
Fica evidente a necessidade de outros estudos que identifiquem pontos de
corte de iacutendices antropomeacutetricos visando agrave detecccedilatildeo de hipertensatildeo arterial e de
outros fatores de risco cardiovascular nas mulheres idosas que residem em cidades
de pequeno porte
36
8 REFEREcircNCIAS
1 Omram AR The epidemiologic transition a theory of the epidemiology of population change Milbank Memorial Fund Quarterly 1971 49 (Part 1) 509-538
2 Wong LR Carvalho JM Age-strucutural transition in Brazil demographic bonuses and emerging challenges In Pool I Wong LLR Vilquin E editores Age-structural transitions challenges for development Paris Committee for International Cooperation in National Research in Demography 2006
3 Gragnolati M Jorgensen OH Rocha R Fruttero AA Envelhecendo em um Brasil mais Velho implicaccedilotildees do envelhecimento populacional sobre o crescimento econocircmico reduccedilatildeo da pobreza financcedilas puacuteblicas prestaccedilatildeo de serviccedilos Banco Internacional para a Reconstruccedilatildeo e o Desenvolvimento Banco Mundial 2011
4 Schmidt MI Duncan BB Silva GA et al Health in Brazil 4 Chronic non-communicable diseases in Brazil burden and current challenges The Lancet 2011 377
5 Ezzati M Hoorn SV Rodgers A et al Comparative Risk Assessment Collaborating Group Selected major risk factors and global and regional burden of disease Lancet 2002 360 1347-60
6 Lim SS Vos T Flaxman AD et al A comparative risk assessment of burden of disease and injury attributable to 67 risk factors and risk factor clusters in 21 regions 1990-2010 a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2010 Lancet 2012 380 (9859)2224-60
7 Sociedade Brasileira de Cardiologia Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Sociedade Brasileira de Nefrologia VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 2010 95(1) 1-51
8 Miranda DR Perrotti TC Bellinazzi VR et al Hipertensatildeo arterial no idoso peculiaridades na fisiopatologia no diagnoacutestico e no tratamento Rev Bras Hipertens 2002 9 293-300
9 Pilger C Menon MU Mathias TAF Caracteriacutesticas sociodemograacuteficas e de sauacutede de idosos contribuiccedilotildees para os serviccedilos de sauacutede Rev Latino-Am Enfermagem 2011 19(5)1230-1238
10 Pilger C Menon MU Mathias TAF Utilizaccedilatildeo de serviccedilos de sauacutede por idosos vivendo na comunidade Rev esc enferm USP 2013 47(1)213-220
11 Mariath AB Grillo LP Silva RO et al Obesidade e fatores de risco para o desenvolvimento de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis entre usuaacuterios de unidade de alimentaccedilatildeo e nutriccedilatildeo Cad Sauacutede Puacuteblica 2007 23 (4) 897-905
37
12 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Diretrizes e recomendaccedilotildees para o cuidado
integral de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis promoccedilatildeo da sauacutede vigilacircncia prevenccedilatildeo e assistecircncia Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2008
13 Kuumlmpe DA Sodreacute AC Pomatti DM et al Obesidade em Idosos Acompanhados
pela Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia Texto Contexto Enferm Florianoacutepolis 2011 20(3) 471-7
14 Silva KS Farias Juacutenior JC Fatores de risco associados agrave pressatildeo arterial elevada em adolescentes Rev Bras Med Esporte 2007 13(4) 237-40
15 Pitanga FJG Lessa I Razatildeo cintura-estatura como discriminador do risco
coronariano de adultos Rev Assoc Med Bras 2006 52157-61
16 Haun DR Pitanga FJG Lessa I Razatildeo CinturaEstatura comparado a outros indicadores antropomeacutetricos de obesidade como preditor de risco coronariano elevado Rev Assoc Med Bras [online] 2009 55(6) 705-711
17 Nascimento CM Ribeiro AQ SantrsquoAna LFR et al Estado nutricional e condiccedilotildees de sauacutede da populaccedilatildeo idosa brasileira revisatildeo da literatura Rev meacuted Minas Gerais 2011 21(2)174-180
18 Gomes MA Beck cc Duarte MFS et al Ficha Antropomeacutetrica no Nuacutecleo de Apoio a Sauacutede da Famiacutelia o que medir e para que medir Rev bras cineantropom desempenho hum 2009 11(2) 243-253
19 Azevedo LF Oliveira ACC Lima JRP et al Recomendaccedilotildees sobre condutas e procedimentos do profissional de educaccedilatildeo fiacutesica na atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede Rio de Janeiro CONFEF 2010 109-55
20 World Health Organization World health statistics 2012 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghopublicationsworld_health_statistics2012enindexhtmlgt [2012 set 18]
21 World Health Organization Global health risks mortality and burden of disease attributable to selected major risks Geneva World Health Organization 2009a
22 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Panorama da sauacutede brasileira em muacuteltiplos aspectos Percepccedilatildeo do estado de sauacutede estilo de vida e doenccedila crocircnica Pesquisa Nacional de Sauacutede 2013
23 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Pesquisa Nacional por Amostra
de Domiciacutelios 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapesquisaspesquisa_resultadosphpid_pesquisa=149gt[2014 dez 04]
24 Tribess S Virtuoso Junior JS Prescriccedilatildeo de exerciacutecios fiacutesicos para idosos Rev saudecom 2005 1(2)163-72
38
25 Pollock ML Wilmore JH Exerciacutecio na Sauacutede e na Doenccedila avaliaccedilatildeo e prescriccedilatildeo para prevenccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo Editora MEDSI 2ordf ed Rio de Janeiro 1993
26 Sociedade Brasileira de Cardiologia V Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 20061-48
27 World Health Organization Global Health Observatory (GHO) 2014 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghoncdrisk_factorsblood_pressure_prevalence_textengt [2014 dez 04]
28 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Secretaria de Atenccedilatildeo baacutesica agrave Sauacutede Departamento de atenccedilatildeo baacutesica - Hipertensatildeo arterial sistecircmica Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2006
29 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) (2009) Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeGestorvisualizar_textocfmidtxt=24421gt [2010 abr 07]
30 Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Nuacutemero de hipertenso 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwsbhorgbripadgeralphpgt [09 nov 2014]
31 Secretaria de Sauacutede do Estado da Bahia Hipertensatildeo Quantidade de Hipertensos na Bahia Disponiacutevel em (2014) lthttpwwwsaudebagovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=4418ampcatid=1ampItemid=14gt [2014 jan 10]
32 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica 2014 Dados de mortalidade na Bahia Disponiacutevel em lthttptabnetdatasusgovbrcgitabcgiexesiabcnvSIABSBAdefgt [2014 mai 05]
33 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica Dados sociodemograacuteficos de Ibicuiacute 2014 lthttptabnetdatasusgovbrcgideftohtmexesiabcnvSIABFBAdefgt [2014 jan 05]
34 Williams B The year in hypertension JACC 2010 55(1) 66-73
35 Lipp M Rocha JC Stress Hipertensatildeo Arterial e Qualidade de vida um guia de tratamento para o hipertenso Campinas Papirus 1996
36 Borenstein MS (Org) Manual de Hipertensatildeo Arterial Porto Allege Editora Sagra Luzzatto 1999
37 Joint National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure The Sixth Report of the Join National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure Arch Intern Med 1997157 2413-2446
39
38 Mitchell GF Parise H Benjamin EJ et al Changes in arterial stiffness and wave reflection with advancing age in health men and women Hypertension 2004 431239-1245
39 Matos AC Ladeia AM Avaliaccedilatildeo de fatores de risco cardiovascular em uma comunidade rural da Bahia Arq Bras Cardiol 2003 81(3) 291-6
40 World Health Organization Who Expert Committee on Physical Status the use and interpretation of antropometry Report of a WHO Expert Commitee Geneva WHO 1995 p 854
41 Pitanga FJG Antropometria na avaliaccedilatildeo da obesidade abdominal e risco coronariano Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum 201113(3) 238-241
42 Ferreira LS Amaral TF Marucci MFN et al Under nutrition as a major risk factor for death among older Brazilian adults in the community-dwelling setting SABE survey Nutrition 201127(10)17-22
43 Andrade FB Caldas Junior AF Kitoko PM et al Prevalence of overweight and obesity in elderly people from Vitoacuteria-ES Brazil Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2012 set17(3)749-756
44 Boscatto EC Duarte Mde F Coqueiro Rda S Barbosa AR Nutritional status in the oldest elderly and associated factors Rev Assoc Med Bras 2013 59(1)40-47
45 Kostka J Borowiak E Kostka T Nutritional status and quality of life in different
populations of older people in Poland Eur J Clin Nutr 2014 Nov68(11)1210-5
46 Silva DAS Petroski EL Associaccedilatildeo de diferentes pontos de corte para sobrepeso e obesidade com pressatildeo arterial elevada em idosas Rev Educ Fis UEM 2009 20 415-22
47 Nutrition Screening Initiative Interventions manual for professionals caring for older Americans Washington DC Nutrition Screening Initiative 1992
48 World Health Organization Obesity preventing and managing the global epidemic Report of a WHO Consultation on Obesity Geneva World Health Organization 1998
49 Cameron AJ Dunstan DW Owen N et al Health and mortality consequences
of abdominal obesity evidence from the Aus Diab study Med J Aust 2009191 202ndash208
50 Fox KA Despres JP Richard AJ et al Does abdominal obesity have a similar impact on cardiovascular disease and diabetes A study of 91246 ambulant patients in 27 European countries Eur Heart J 2009 30 3055ndash3063
40
51 Pouliot MC Despreacutes JP Lemieux S et al Waist circumference and abdominal sagittal diameter Best simple anthropometric indexes of abdominal visceral adipose tissue accumulation and related cardiovascular risk in men and woman Am J Cardiology 1994 73 460-468
52 Peixoto MRG Beniacutecio MHD Latorre M et al Circunferecircncia da Cintura e Iacutendice de massa Corporal como Preditores da Hipertensatildeo Arterial Arq Bras Cardiol 200687 462-470
53 MacKay MF Haffner SM Wagenknecht LE et al Prediction of type 2 diabetes using alternate anthropometric measures in a multiethnic cohort the insulin resistance atherosclerosis study Diabetes Care 200932(5)956-8
54 Valdez R A simple model-based index of abdominal adiposity J Clin Epidemiol1991 44(9) 955-6
55 Pitanga FJG Lessa I Sensibilidade e especificidade do iacutendice de conicidade como discriminador do risco coronariano de adultos em Salvador Brasil Rev Bras Epidemiol 20047(3)259-69
56 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano elevado em adultos na cidade de Salvador - Bahia Arq Bras Cardiol 2005 85 (1)26-31
57 Ghosh JR Bandyopadhyay AR Comparative evaluation of obesity measures relationship with blood pressures and hypertension Singapore Med J 200748(3) 232-5
58 Almeida RT Almeida MMG Araujo TM Obesidade abdominal e risco cardiovascular desempenho de indicadores antropomeacutetricos em mulheres Arq Bras Cardiol 2009 out92(5)375-380
59 Freitas Juacutenior Costa Rosa CS Codogno JS et al Capacidade cardiorrespiratoacuteria e distribuiccedilatildeo de gordura corporal de mulheres com 50 anos ou mais Rev Esc Enferm USP 2010 44(2) 395-400
60 Matos LN Giorelli GV Dias CB Correlation of anthropometric indicators for identifying insulin sensitivity and resistance Satildeo Paulo Med J [online] 2011 129(1) 30-35
61 Gomes MA Rech CR Gomes MBA et al Correlaccedilatildeo entre iacutendices antropomeacutetricos e distribuiccedilatildeo de gordura corporal em mulheres idosas Rev bras cineantropom desempenho hum 2006 set 8(3) 16-22
62 Tarastchuk JCE Gueacuterios EE Bueno RRL et al Obesidade e intervenccedilatildeo coronariana devemos continuar valorizando o Iacutendice de Massa Corpoacuterea Arq Bras Cardiol [online] 2008 90(5) 311-316
41
63 Ferreira AP CB Ferreira VC Souza et al Risco de distuacuterbio glicecircmico em mulheres idosas ajustado por antropometria e genoacutetipos de citocinas Rev Assoc Med Bras [online] 201157(5) 565-569
64 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano em mulheres Rev Bras Cineantrop Desempenho Hum 2006 8 (1) 14-21
65 Newman TB Browner WS Cummings SR Delineando estudos de testes meacutedicos In Hulley SB et al Delineando a pesquisa cliacutenica uma abordagem epidemioloacutegica 2 ed Porto Alegre Artmed 2003 203-224
66 Toscano CM As campanhas nacionais para detecccedilatildeo das doenccedilas crocircnicas natildeo-transmissiacuteveis diabetes e hipertensatildeo arterial Ciecircnc sauacutede Coletiva out-dez 2004 9(4) 885-895
67 Fletcher RH Fletcher SW Prevenccedilatildeo In Fletcher R Fletcher S Epidemiologia
cliacutenica elementos essenciais 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 2006 179-201
68 Jeckel J Elmore J Katz D Meacutetodos de prevenccedilatildeo secundaacuteria In _____ Epidemiologia bioestatiacutestica e medicina preventiva 2 ed Porto Alegre Artmed 2005 236-247
69 Klein CH Bloch KV Estudos seccionais In Medronho RA Carvalho DM Bloch KV Luiz RR Werneck GL Epidemiologia 1ordf ed Satildeo Paulo Editora Atheneu 2002 125-150
70 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Resoluccedilatildeo nordm- 6 de 3 de novembro de 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcenso2010ibgegovbrdados_divulgadosindexphpuf=29gt[201 dez 18]
71 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica ndash Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais (2014) Disponiacutevel em lthttpcodibgegovbr398G9gt [2014 ago 30]
72 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230gt [2013 mai 01]
73 Luiz RR Magnanini MMF A loacutegica da determinaccedilatildeo do tamanho da amostra em investigaccedilotildees epidemioloacutegicas Cad sauacutede coletiva Rio de Janeiro 2000 8(2) 9-28
74 Reis MC Nascimento RAS Pedreira RBS et al Validaccedilatildeo de Face e Clareza do Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede dos Idosos ndash IASI [resumo] in Anais do XIX Congresso Brasileiro Geriatria e Gerontologia Beleacutem 2014 296-296
75 Lohman TG Roche AF Martorell R Anthropometric Standardization Reference Manual Champaign Illinois Human Kinetics 1988
42
76 Vaz JCL Regiotildees de Incerteza para Curva ROC em Teste Diagnoacutesticos
[dissertaccedilatildeo] Satildeo Carlos Universidade Federal de Satildeo Carlos 2009
77 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de 2012
78 Erdreich LS Lee ET Use of relative operating characteristic analysis in epidemiology A method for dealing with subjective judgement Am J Epidemiol 1981 114649-62
79 Aekplakorn W Pakpeankitwatana V Lee CM et al Abdominal obesity and coronary heart disease in Thai men Obesity 200715(4)1036-42
80 Oliveira MAM Fagundes RLM Moreira EAM et al Relaccedilatildeo de Indicadores Antropomeacutetricos com Fatores de Risco para Doenccedila Cardiovascular Arq Bras Cardiol 2010 abr 94(4) 478-485
81 Mendes TAB Goldbaum M Segri NJ et al Factors associated with the prevalence of hypertension and control practices among elderly residents of Satildeo Paulo city Brazil Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(11) 2275-2286
82 Oliveira BFA Souza Mouratildeo D Gomes N et al Prevalecircncia de hipertensatildeo arterial em comunidades ribeirinhas do Rio Madeira Amazocircnia Ocidental Brasileira Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(8) 1617-1630
83 Picon RV Fuchs FD Moreira LB et al Prevalence of Hypertension Among Elderly Persons in Urban Brazil A Systematic Review With Meta-Analysis Am J Hypertens 2013 26 (4) 541-548
84 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Pessoa Idosa e Envelhecimento Seacuteries Pactos pela Sauacutede 2006 v 12 Brasiacutelia ndash DF 2010
85 Leal Neto JS Souza J Coqueiro RS et al Anthropometric indicators of obesity as screening tools for high blood pressure in the elderly Int J Nurs Pract 2013 Aug 19(4) 360-367
86 Schisterman EF Faraggi D Reiser B Trevisan M Statistical inference for the area under the receiver operating characteristic curve in the presence of random measurement error Am J Epidemiol 2001 154 (2) 174-9
87 Samsen M Hanchaiphiboolkul S Puthkhao P et al Appropriate body mass index and waist circumference cutoffs for middle and older age group in Thailand data of 19621 participants from Thai epidemiologic stroke (TES) study J Med Assoc Thai 2012 Sep 95(9)1156-66
88 Ko GTC Chan JCN Cockram CS Woo J Prediction of hypertension diabetes dyslipidemia or albuminuria using simple anthropometric indexes in Hong Kong Chinese Int J Obes 1999 23 (11) 1136-42
43
89 Lin WY Lee LT Chen CY et al Optimal cut-off values for obesity using simple anthropometric indices to predict cardiovascular risk factors in Taiwan Int J Obes Relat Metab Disord 2002261232-8
90 Pua YH Ong PH Anthropometric indices as screening tools for cardiovascular risk factors in Singaporean women Asia Pac J Clin Nutr 2005 14 (1) 74-9
91 Berber A Goacutemez-Santos R Fanghaumlnel G Saacutenchez-Reyes L Anthropometric
indexes in the prediction of type 2 diabetes mellitus hypertension and dyslipidaemia in a Mexican population Int J Obes 200125(12)1794-9
92 Browning LM Hsieh SD Ashwell M A systematic review of waist-to-height ratio
as a screening tool for the prediction of cardiovascular disease and diabetes 05 could be a suitable global boundary value Nutr Res Rev 2010 23(2)247-69
93 Bertsias G Mammas I Linardakis M Kafatos A Overweight and obesity in
relation to cardiovascular disease risk factors among medical students in Crete Greece BMC Public Health 2003 31-9
94 Kashihara H Lee JS Kawakubo K et al Criteria of Waist Circumference According to Computed Tomography-Measured Visceral Fat Area and the Clustering of Cardiovascular Risk Factors Circ J 2009 73 1881-1886
44
APEcircNDICES
45
Apecircndice 1
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
46
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS
PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE SAUacuteDE
DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE
Jequieacute ____ ____ 201__
APEcircNDICE 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Vocecirc esta sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa do Nuacutecleo de
Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo (NESP) da Universidade Estadual do Sudoeste da
Bahia
Objetivo do estudo Avaliar e monitorar as condiccedilotildees de sauacutede de idosos residentes
em comunidade
Participaccedilatildeo Ao aceitar participar do estudo estarei agrave disposiccedilatildeo do pesquisador
para responder ao formulaacuterio que seraacute arquivado pelo autor por um periacuteodo de cinco
anos sendo posteriormente incinerado
Riscos Este estudo natildeo traraacute riscos para minha integridade fiacutesica ou moral dos
participantes
Confidencialidade do estudo Seraacute garantida a privacidade o anonimato bem como
o direito de aceitar ou natildeo participar da pesquisa podendo ser essa autorizaccedilatildeo
suspensa em qualquer fase do estudo Assim as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo
4662012 do Conselho Nacional de Sauacutede que discorre sobre pesquisa envolvendo
seres humanos seratildeo atendidas Os resultados seratildeo publicados no relatoacuterio final da
dissertaccedilatildeo e artigos cientiacuteficos
47
Benefiacutecios Accedilotildees interinstitucionais articuladas promovidas numa perspectiva
interdisciplinar possibilitaratildeo uma melhor compreensatildeo das condiccedilotildees de sauacutede dos
idosos residentes em comunidade do municiacutepio e contribuiraacute para a formulaccedilatildeo de
accedilotildees direcionadas as necessidades dessa populaccedilatildeo
Danos advindos da pesquisa Caso haja algum prejuiacutezo decorrente da realizaccedilatildeo
deste estudo seraacute providenciada a devida reparaccedilatildeo dos danos atraveacutes do
responsaacutevel pelo estudo O pesquisador e os entrevistados natildeo receberatildeo benefiacutecios
financeiros para participaccedilatildeo no estudo Todas as despesas seratildeo por conta do
pesquisador
Participaccedilatildeo voluntaacuteria Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria podendo a qualquer
momento desistir do estudo sem qualquer prejuiacutezo ou penalidade para mim
Consentimento para participaccedilatildeo Apoacutes ser devidamente esclarecido (a) quanto
aos objetivos deste estudo dos procedimentos aos quais serei submetido (a) bem
como dos possiacuteveis riscos decorrentes da minha participaccedilatildeo estou de acordo em
participar do mesmo O pesquisador responsaacutevel pelo estudo assegura que seraacute
disponibilizado qualquer esclarecimento adicional que eu venha a solicitar durante a
realizaccedilatildeo da pesquisa e o direito de desistir da participaccedilatildeo em qualquer momento
Em casos de duacutevidas eou problemas referentes ao estudo vocecirc poderaacute
entrar em contato com o autor atraveacutes do Nuacutecleo de Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo
(NESP) (73) 3528-9721
Sendo assim eu ______________________________________________
aceito livremente participar do Projeto MONIDI
__________________________________ __________________________________
Assinatura do (a) participante
RG _________________________
Assinatura do (a) pesquisador
RG_________________________
48
Apecircndice 2
Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede do Idoso
49
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS
PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE
SAUacuteDE DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE
Nuacutemero do Questionaacuterio |__|__|__|
Nome do Entrevistador ___________________________
Visita 1 2 3
Data Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Hora de iniacutecio ________
Hora de teacutermino ________
I INFORMACcedilOtildeES PESSOAIS E SOCIODEMOGRAacuteFICAS
1 Nome do entrevistado
2Sexo
0 ( ) Feminino
1 ( ) Masculino
3 Endereccedilo completotelefone
4 Idade ____ anos
41 Data de Nascimento
____________
50
5 Situaccedilatildeo conjugal atual
1 ( ) Casado(a) 2 ( ) Uniatildeo estaacutevel 3 ( ) Solteiroa
4 ( ) Divorciado(a)separado(a)desquitado(a) 5 ( ) Viuacutevoa
6 No total quantas vezes o (a) Sr(a) esteve casado(a) ou em uniatildeo
Nordm de vezes |___|___|
7 Na escola qual a uacuteltima seacuterie grau que concluiu com aprovaccedilatildeo
1 - Nunca foi agrave escola ( ) 4 - Fundamental II ( )5 a ( )6 a ( )7 a ( )8 a
2 - Lecirc e escreve o nome ( ) 5 - Ensino Meacutedio ( ) 1 a ( )2 a ( )3
3 - Fundamental I ( )1 a ( )2 a 6 - Superior ( ) completo ( ) incompleto
( )3 a ( )4 a
8 Como vocecirc classificaria a cor da sua pele
1( ) Branca 2( ) Amarela (oriental) 3( ) Parda
4( ) Origem indiacutegena 5( ) Preta 9( ) Natildeo sabe
9 Cor da pele (entrevistador)
1( ) branca 2( ) amarela (oriental) 3( ) parda
4( ) origem indiacutegena 5( ) preta
10-Quantos filhos e filhas nascidos vivos o(a)Sr(a) teve (natildeo inclua enteados filhos
adotivos abortos ou filhos nascidos mortos)
Nuacutemero de filhos |____|____| (98) NS (99) NR
11 Atualmente o senhor (a) mora sozinho ou acompanhado
1( )Acompanhado 2( ) Sozinho 3( ) NR 4( )NS
51
12 Desde que o senhor (a) nasceu viveu no campo por 5 anos ou mais
0( ) Natildeo 1( ) Sim 2( ) NS 3( ) NR
13 Qual eacute a sua religiatildeo
1( ) Catoacutelica 2( ) Protestante 3( ) Judaica
4( ) Espiacuteritakardecista 5( ) Umbanda 6( ) Outras ____________
14 Qual a importacircncia da religiatildeo em sua vida
(1) Importante (2) Regular (3) Nada importante (8) NS (9) NR
15 Com que frequecircncia o senhor vai agrave igreja ou ao serviccedilo religioso
( ) Nunca ( ) Vaacuterias vezes por ano ( ) Uma duas vezes por mecircs
( ) Quase toda semana ( ) Mais de uma vez por semana ( ) NS ( ) NR
16 Quanto vocecirc ganha em meacutedia por mecircs R$ __________8( )Natildeo se aplica
II A CONSUMO DE AacuteLCOOL E TABACO
Uso de bebidas alcooacutelicas
1 Vocecirc consome bebidas alcooacutelicas Se vocecirc NAtildeO BEBE siga para o bloco III C
0 ( )sim 1( ) natildeo
2 Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
3 As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
4 Sente-se chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
5 Costuma beber pela manhatilde para diminuir o nervosismo ou a ressaca
0 ( ) sim 1( ) natildeo
Haacutebito de fumar
1 Vocecirc jaacute foi fumante 0 ( ) sim 1( ) natildeo
52
2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco
III C
3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros
4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias
III ANTROPOMETRIA
MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS
ESTATURA
MASSA CORPORAL
CIRCUNFEREcircNCIA
DE CINTURA
IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL
MEDIDA 01 02 03
Pressatildeo arterial
sistoacutelica
Pressatildeo arterial
diastoacutelica
53
ANEXOS
54
Anexo 1
Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos
55
56
5
sua origem desconhecida35 e a secundaacuteria eacute decorrente de alguma doenccedila
subjacente36
No caso de a PA estar cronicamente elevada ou seja hipertensatildeo arterial o
risco de desenvolvimento de complicaccedilotildees cardiovasculares renais e ateacute mesmo o
oacutebito aumenta consideravelmente37
Com relaccedilatildeo agrave caracteriacutestica fisiopatoloacutegica da HAS a partir dos 50 ou 60 anos
de idade a pressatildeo diastoacutelica diminui e a pressatildeo central aumenta determinando um
balanccedilo proacuteximo entre resistecircncia aumentada e aumento da impedacircncia na aorta
toraacutecica Dessa forma a pressatildeo de pulso comeccedila a se elevar e a HAS se torna o
principal subtipo de hipertensatildeo apoacutes a sexta deacutecada de vida38
Contudo apoacutes os 60 anos ocorre o enrijecimento arterial central indicado pela
queda na pressatildeo diastoacutelica e o raacutepido alargamento da pressatildeo de pulso O aumento
da rigidez arterial central e a amplitude da onda de pulso satildeo fatores hemodinacircmicos
dominantes nos indiviacuteduos normotensos e hipertensos apoacutes os 60 anos38
Aleacutem dos fatores fisiopatoloacutegicos vale destacar que o aumento da pressatildeo
arterial com a idade tambeacutem estaacute relacionado com o consumo de sal exagerado ao
longo da vida39
As principais estrateacutegias no tratamento natildeo-farmacoloacutegico da HAS segundo
Ministeacuterio da Sauacutede28 se encontram na adoccedilatildeo de haacutebitos alimentares saudaacuteveis
reduccedilatildeo na ingestatildeo de soacutedio reduccedilatildeo do consumo de bebidas alcooacutelicas abandono
do tabagismo praacutetica de atividade fiacutesica regular controle ou diminuiccedilatildeo da massa
corporal
23 Iacutendices antropomeacutetricos de sobrepeso e obesidade
Como meacutetodo natildeo invasivo a antropometria eacute utilizada principalmente para
avaliar as proporccedilotildees tamanho e a composiccedilatildeo corporal40 Tal meacutetodo possui relaccedilatildeo
com estado de sauacutede condiccedilotildees sociais e econocircmicas de grupos populacionais
podendo diagnosticar a desnutriccedilatildeo ou excesso de peso Os iacutendices antropomeacutetricos
que consistem na mediccedilatildeo de dimensotildees corporais podem ser usados para predizer
a sauacutede geral e bem-estar da populaccedilatildeo40
6
Em 2011 estudo realizado por Pitanga41 indica que os iacutendices antropomeacutetricos
apresentam-se como preditores do risco de infarto do miocaacuterdio acidente vascular
encefaacutelico e morte prematura
O IMC eacute determinado pela massa corporal em quilogramas dividido pela
estatura em metros ao quadrado eacute uma medida que determina o estado nutricional
Este iacutendice antropomeacutetrico eacute comumente aplicado em estudos epidemioloacutegicos em
idosos para diagnosticar o excesso de peso (sobrepesoobesidade) principalmente
por ser um meacutetodo faacutecil de aplicar raacutepido e de baixo custo Deste modo vaacuterios
estudos com essa populaccedilatildeo tecircm avaliado o estado nutricional por meio do IMC42
434445
No estudo de Silva e Petroski (2009)46 com idosas de um grupo de convivecircncia
do municiacutepio de Aracaju ndash Sergipe sugeriu que o ponto de corte do IMC utilizado pela
Nutricion Screening Initiative ndash NSI (1992)47 para sobrepeso e excesso de peso foi o
mais bem associado com a PA elevada e para obesidade o melhor ponto de corte
associado com a PA elevada foi o da WHO (1998)48
A outra medida importante para avaliaccedilatildeo da obesidade central dos indiviacuteduos
eacute a circunferecircncia de cintura A obesidade eacute caracterizada pelo acuacutemulo excessivo de
gordura corporal no indiviacuteduo e quando presente na regiatildeo abdominal tem alta
correlaccedilatildeo com doenccedilas cardiovasculares e distuacuterbios metaboacutelicos40 O obeso tem
mais propensatildeo a desenvolver problemas como hipertensatildeo doenccedilas
cardiovasculares diabetes tipo 2 entre outras doenccedilas4950
Comparando as medidas antropomeacutetricas com exames de diagnoacutesticos por
imagens como a tomografia computadorizada e a ressonacircncia magneacutetica foi
verificado que a circunferecircncia da cintura apresentou melhor correlaccedilatildeo com o tecido
adiposo visceral51 Tambeacutem o aumento da circunferecircncia da cintura teve boa
associaccedilatildeo com o aumento significativo da prevalecircncia da hipertensatildeo arterial52
A razatildeo cintura-estatura (RCEst) eacute determinado pela divisatildeo da circunferecircncia
da cintura (cm) pela estatura (cm) Este indicador tem sido utilizado para identificar
alto risco metaboacutelico obesidade fatores de risco cardiovascular e maior capacidade
preditiva para o risco coronariano elevado em populaccedilotildees adultas e idosas1653
tambeacutem eacute fortemente associada a diversos fatores de risco cardiovascular em
diferentes populaccedilotildees15
7
O Iacutendice C eacute determinado com as medidas de massa corporal da estatura e da
circunferecircncia da cintura54 e eacute muito utilizado com a populaccedilatildeo adulta555657585960 Jaacute
com a populaccedilatildeo de idosos o iacutendice C tem sido pouco utilizado e somente alguns
estudos usaram esse indicador para tentar identificar distuacuterbios metaboacutelicos risco
coronariano e prevalecircncia de risco agrave sauacutede616263 Natildeo foram encontrados estudos
associativos entre o Iacutendice C e pressatildeo arterial elevada em idosos
Tais iacutendices satildeo pouco utilizados com a populaccedilatildeo idosa e principalmente com
populaccedilotildees residentes em cidades de pequeno porte Dessa forma para discriminar e
analisar o incremento de gordura corporal os iacutendices antropomeacutetricos tecircm
demonstrado eficiecircncia principalmente em estudos epidemioloacutegicos Cada indicador
tem peculiaridade quanto a sua distribuiccedilatildeo e discriminaccedilatildeo por isso podem ser
utilizados conjuntamente ou separadamente dependendo dos objetivos como
estrateacutegia eficiente para a detecccedilatildeo e o controle de doenccedilas
Contudo os iacutendices antropomeacutetricos tecircm sido bem utilizados para associar
vaacuterios fatores de risco de sauacutede como doenccedilas coronarianas cardiovasculares
distuacuterbios metaboacutelicos dentre outros641641 Poreacutem ainda natildeo estaacute clara sua
associaccedilatildeo com pressatildeo arterial elevada em idosos
Sendo assim os iacutendices antropomeacutetricos satildeo eficientes para identificar a
hipertensatildeo arterial em idosos E quais satildeo os melhores iacutendices para identificar as
alteraccedilotildees da pressatildeo arterial elevada em idosos
24 A importacircncia da validaccedilatildeo
Como se trata de um estudo de validaccedilatildeo de um meacutetodo faz-se necessaacuterio
debater sobre o tema Os instrumentos de rastreamento satildeo ferramentas essenciais
para os serviccedilos de sauacutede pois fornecem medidas relevantes reprodutiacuteveis e
acuradas permitindo a identificaccedilatildeo das pessoas com maior chance de preencher os
criteacuterios para uma determinada condiccedilatildeo ou doenccedila Como tambeacutem completa o
registro de informaccedilatildeo e a comparaccedilatildeo de resultados minimizando a influecircncia de
fatores subjetivos na coleta e registro de dados6566
A escolha de um instrumento deve-se basear em suas qualidades que
consistem em coeficientes significativos de validade e fidedignidade Dessa forma
8
essas medidas necessitam apresentar simplicidade na teacutecnica economia facilidade
e rapidez na aplicaccedilatildeo e interpretaccedilatildeo666768
A validade caracteriza-se como a capacidade do instrumento medir aquilo que
se propotildees a medir Envolve um componente conceitual (julgamento subjetivo a
respeito do instrumento pelo pesquisador) e um componente operacional (avaliaccedilatildeo
sistemaacutetica (estatiacutestica) do teste) geralmente o comparando com um criteacuterio padratildeo
ouro67
A avaliaccedilatildeo operacional da validade utilizada nessa pesquisa foi a de criteacuterio
no qual mede agrave extensatildeo com que o instrumento discrimina sujeitos que diferem em
determinadas caracteriacutesticas Refere-se agrave capacidade de uma escala de se
corresponder com outras medidas ou de predizer algo a que se propotildee Eacute avaliada
por meio de criteacuterio-padratildeo (validade concorrente e validade preditiva) Sendo que a
validade preditiva eacute estimulada estatisticamente e expressa por meio da sensibilidade
especificidade valor preditivo positivo valor preditivo negativo e taxa de classificaccedilatildeo
incorreta67
A sensibilidade corresponde agrave proporccedilatildeo de casos positivos identificados
corretamente ou melhor eacute a capacidade de medida de reconhecer os verdadeiros
positivos Quanto maior a sensibilidade maior a chance de detectar a doenccedila A
especificidade eacute proporccedilatildeo de casos negativos identificados corretamente eacute a
capacidade do instrumento de reconhecer os verdadeiros negativos67
Quanto mais sensiacutevel for o teste melhor seraacute seu valor preditivo negativo ou
seja maior seraacute a certeza de que uma pessoa com resultado negativo natildeo tenha
realmente a doenccedila Quanto mais especifico melhor seraacute seu valor preditivo positivo
ou seja maior seraacute a certeza de que uma pessoa com resultado positivo tenha a
hipertensatildeo arterial67
Como estrateacutegia geral quando a principal preocupaccedilatildeo for evitar o resultado
falso-positivo entatildeo o ponto de corte deve objetivar o maacuteximo de especificidade e se
a preocupaccedilatildeo maior eacute evitar resultado falso-negativo (o resultado do teste em
paciente com suspeita de hipertensatildeo arterial) o ponto de corte deve objetivar o
maacuteximo de sensibilidade67 Os autores ainda referem que a curva Receive Operator
Caracteristic (ROC) eacute a melhor maneira de estabelecer o ponto de corte otimizando
a sensibilidade e especificidade do teste diagnoacutestico
9
Destaca-se que as qualidades de um instrumento aplicado em condiccedilotildees de
campo satildeo modificadas pela prevalecircncia de casos na populaccedilatildeo cliacutenica (onde eacute
esperado ter maior proporccedilatildeo de doenccedila) comparada com uma populaccedilatildeo geral
10
3 OBJETIVOS
Determinar o poder preditivo de iacutendices antropomeacutetricos para predizer
hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos
Estabelecer pontos de corte como discriminadores de hipertensatildeo arterial em
mulheres e homens idosos
Identificar o iacutendice antropomeacutetrico de obesidade que melhor discrimina a
hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos
11
4 MATERIAL E MEacuteTODOS
41 Tipos de estudo
Esta pesquisa eacute do tipo transversal ou seccional como parte do projeto de
Monitoramento da Sauacutede de Idosos de um Municiacutepio de Pequeno Porte ESTUDO
MONIDI Em estudos transversais a estrateacutegia de observaccedilatildeo da populaccedilatildeo eacute
seccional isto eacute as informaccedilotildees obtidas referem-se ao mesmo momento sendo mais
adequado para obtenccedilatildeo de estimativas populacionais As informaccedilotildees individuais
devem ser coletadas num determinado prazo mais curto possiacutevel decorrido entre as
observaccedilotildees do primeiro e uacuteltimo indiviacuteduo69
42 Cenaacuterios do estudo
O municiacutepio de Ibicuiacute fica localizado na zona fisiograacutefica de Vitoacuteria da Conquista
(Encosta do Planalto) e situada no Sudoeste do Estado da Bahia possui uma aacuterea
territorial de 1176843 kmsup2 populaccedilatildeo de 16640 habitantes7071 A populaccedilatildeo de
idosos no ano de 2013 era de 2124 habitantes e destes 525 estavam cadastrados
nas Unidades de Sauacutede da Famiacutelia33
12
Figura 1 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Ibicuiacute BA na regiatildeo Nordeste do Brasil
Fonte Adaptado do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE)72 Infograacuteficos
Cidades Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230
43 Populaccedilatildeo e amostra
A populaccedilatildeo alvo do presente estudo foi constituiacuteda por indiviacuteduos com idade
igual ou superior a 60 anos de ambos os sexos cadastrados na Estrateacutegia de Sauacutede
da Famiacutelia (ESF) que atenderam agraves aacutereas urbanas e rurais do municiacutepio de Ibicuiacute-BA
no ano de 2014 A lista com o nuacutemero de usuaacuterios idosos cadastrados nas USFs da
zona rural e urbana do municiacutepio foi solicitada junto agrave Secretaria Municipal de Sauacutede
Foram incluiacutedos no estudo idosos que estavam cadastrados na Estrateacutegia de
Sauacutede da Famiacutelia que aceitaram participar da pesquisa atraveacutes da assinatura do
Termo de Consentimento Livre Esclarecido (TCLE)
Os criteacuterios de exclusatildeo foram os participantes com diagnoacutestico de demecircncia
ou qualquer outro tipo de alteraccedilatildeo cognitiva que comprometesse a veracidade das
informaccedilotildees fornecidas idosos acamados portadores de doenccedila de Alzheimer ou
outro tipo de doenccedila neuroloacutegica que afetasse a cogniccedilatildeo doenccedila em estaacutegio
terminal
Apoacutes aplicaccedilatildeo dos criteacuterios de exclusatildeo foi efetuado o caacutelculo amostral
seguindo a proposta de Luiz e Magnanini (2000)73 para populaccedilotildees finitas com
13
predominacircncia desconhecida de 50 sendo adotado niacutevel de significacircncia de 5
(correspondendo a um intervalo de confianccedila de 95) e erro toleraacutevel de amostragem
de 25
O caacutelculo amostral resultou numa amostra miacutenima necessaacuteria de 305 idosos
Esse caacutelculo amostral sofreu ajuste em 10 para compensar eventuais perdas e
recusas Apoacutes o resultado do caacutelculo amostral os idosos participantes foram
selecionados atraveacutes de sorteio sendo este proporcional ao tamanho e a distribuiccedilatildeo
por sexo e por quantidade de idosos na Unidade de Sauacutede da Famiacutelia
Os indiviacuteduos assinaram o TCLE foram entrevistados e avaliados nas
dependecircncias da USF sendo que aqueles que natildeo foram localizados ou natildeo
compareceram a USF apoacutes trecircs tentativas foram automaticamente substituiacutedos por
meio de sorteio
44 Equipes de coleta de dados
A equipe de coleta foi composta por dois profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica
(Coordenadores) e cinco acadecircmicos de fisioterapia enfermagem e medicina A
equipe foi previamente treinada em reuniotildees teacutecnicas e no estudo piloto que foi
realizado no periacuteodo de Outubro a Dezembro de 2013 visando padronizar todo o
processo de coleta Foram estabelecidas accedilotildees referentes agrave logiacutestica agrave aplicaccedilatildeo dos
questionaacuterios e aos procedimentos de medidas das variaacuteveis antropomeacutetricas A
coleta propriamente dita ocorreu entre o periacuteodo de 03022014 a 20022014
14
45 Procedimentos para coleta de dados
451 Variaacuteveis do estudo e dados coletados
Foram mensuradas as variaacuteveis idade sexo situaccedilatildeo conjugal niacutevel de
escolaridade raccedilacor renda mensal alcoolismos e tabagismos Como tambeacutem
medidas de pressatildeo arterial sistoacutelica e diastoacutelica massa corporal estatura e
circunferecircncia da cintura
452 Instrumentos de coleta
Foi utilizado o instrumento de coleta denominado Instrumento de Avaliaccedilatildeo da
Sauacutede de Idosos (IASI) padronizado e validado previamente74 Tal instrumento obteacutem
caracteriacutesticas sociodemograacuteficas informaccedilotildees pessoais consumo de aacutelcool e
tabaco avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica e de pressatildeo arterial
Para aferir a pressatildeo arterial foi utilizado o aparelho digital (marca OMRONreg
modelo HEM ndash 742 INT) Utilizou-se ainda uma balanccedila digital portaacutetil (OMRONreg) e
um estadiocircmetro (marca Sannyreg) ambos devidamente calibrados e fita
antropomeacutetrica flexiacutevel (Cardiomedreg)
453 Pressatildeo Arterial
A pressatildeo arterial foi aferida com um aparelho digital de braccedilo com manguito
adequado agrave circunferecircncia do mesmo A medida foi realizada no braccedilo direito a altura
do coraccedilatildeo Foram realizadas trecircs medidas da pressatildeo arterial sendo a primeira apoacutes
o idoso permanecer cinco minutos em repouso e sentado a segunda apoacutes dois
minutos e a terceira dois minutos apoacutes a realizaccedilatildeo da segunda (foi utilizada a meacutedia
das trecircs medidas) Valores de referecircncia estatildeo estabelecidos na Tabela 1
15
Tabela 1 - Classificaccedilatildeo da pressatildeo arterial de acordo com a VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo (2010)
Classificaccedilatildeo Pressatildeo Sistoacutelica (mmHg)
Pressatildeo Diastoacutelica (mmHg)
Oacutetima Normal Limiacutetrofe
lt 120 lt 130 130-139
lt 80 lt 85 85-80
Hipertensatildeo estaacutegio I 140-159 90-99 Hipertensatildeo estaacutegio II 160-179 100-109 Hipertensatildeo estaacutegio III ge 180 ge 110 Hipertensatildeo sistoacutelica isolada
ge 140 lt 90
Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo (2010)7
454 Antropometria
Todas as medidas antropomeacutetricas foram realizadas trecircs vezes (verificou-se a
meacutedia de tais medidas) por um profissional de Educaccedilatildeo Fiacutesica para diminuir o erro
intra e inter avaliadores e anotados por um apontador Os idosos foram medidos
conforme procedimentos padronizados por Lohman et al (1988)75 sem calccedilados
roupas leves sem reloacutegio chaves celular etc
Foi mensurada a circunferecircncia da cintura com uma fita antropomeacutetrica flexiacutevel
no ponto meacutedio entre a uacuteltima costela e a crista iliacuteaca e o procedimento foi deixar a
cintura livre de roupa e os braccedilos cruzados no peito Classificaccedilatildeo de risco para
desenvolver doenccedilas por Lohman et al (1988)75 HOMENS gt 102 cm e MULHERES
gt 88 cm Foi determinado o IMC atraveacutes da equaccedilatildeo [IMC =massa corporal
(kg)estatura2(m)] Valores de referecircncia estatildeo estabelecidos na Tabela 2
Tabela 2 - Classificaccedilatildeo do Iacutendice de Massa Corporal
IMC Classificaccedilatildeo
Baixo peso lt 220 kgm2 Peso adequado 220 le IMC le 270 kgm2 Obesidade gt 270 kgm2
Lohman et al (1988)75
16
A razatildeo cintura-estatura foi determinada pela equaccedilatildeo proposta por Pitanga e
Lessa (2006)15 a qual utiliza a CC (cm) e a estatura (cm) O Iacutendice C foi estimado por
meio das medidas de massa corporal estatura e circunferecircncia da cintura utilizando-
se um modelo proposto por Valdez (1991)54 cuja equaccedilatildeo matemaacutetica estaacute descrita a
seguir
46 Anaacutelise dos dados
Os dados foram digitados com dupla entrada no software Epidata 31 Apoacutes a
digitaccedilatildeo dos dados foram verificados manualmente os valores discrepantes e a
consistecircncia das informaccedilotildees
Na anaacutelise de dados foram utilizados os procedimentos da estatiacutestica descritiva
expressa por meacutedia desvio padratildeo nuacutemero de observaccedilotildees e percentual das
variaacuteveis avaliadas A diferenccedila entre os sexos nas variaacuteveis contiacutenuas foi analisada
pelo teste t de Student para amostras independentes uma vez que as variaacuteveis
apresentaram distribuiccedilatildeo normal e o teste do Qui-quadrado para comparar as
proporccedilotildees (variaacuteveis qualitativas) entre os idosos do sexo masculino e feminino
O poder discriminatoacuterio para determinar a hipertensatildeo arterial e os iacutendices
antropomeacutetricos foi verificado atraveacutes da utilizaccedilatildeo das curvas ROC recurso utilizado
para obtenccedilatildeo de pontos de corte que visam diagnoacutesticos ou triagem
A aacuterea sob a curva ROC (ASC) determina a capacidade preditiva do indicador
para presenccedila ou ausecircncia de hipertensatildeo arterial Uma ASC igual a 10 eacute
considerada perfeita poreacutem se for igual ou menor a 05 indica que sua capacidade
preditiva natildeo eacute melhor que ao acaso
17
Neste estudo o pressuposto para anaacutelise da ASC foi agrave sensibilidade pois em
determinadas situaccedilotildees quando natildeo pode correr o risco de natildeo diagnosticar
determinada doenccedila eacute melhor privilegiar a sensibilidade76
Apoacutes determinados os pontos de corte para cada uma das variaacuteveis
investigadas para prediccedilatildeo de hipertensatildeo essas foram dicotomizadas com base em
seus respectivos valores de referecircncia As anaacutelises estatiacutesticas foram conduzidas no
Statistical Product and Service Solutions (SPSS) reg 130 Em todas as anaacutelises foram
efetuadas respeitando-se o niacutevel de significacircncia de 5
47 Aspectos Eacuteticos
O estudo foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa da Universidade
Estadual do Sudoeste da Bahia com parecer (CAAE 22969013000000055) (Anexo
1) seguindo princiacutepios eacuteticos estabelecidos na Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de
2012 do Conselho Nacional de Sauacutede (CNS)77
18
5 RESULTADOS
51 Caracterizaccedilatildeo da amostra estudada
De acordo com a contabilizaccedilatildeo das perdas (mudou-se do municiacutepio natildeo foi
encontrado por mais de 3 vezes na USF ou domicilio) e recusas (n=31) a amostra final
foi composta por 310 idosos (201 zona urbana e 109 zona rural) A taxa de respostas
foi de 912 com 88 (n=31) de recusas e 92 (n=29) de exclusatildeo
Participaram do estudo 175 mulheres (565) e 135 homens (435) As
idades variaram entre 60 e 108 anos com meacutedia de 7078 plusmn 82 anos para as mulheres
e 60 a 93 anos com meacutedia de 7259 plusmn 78 anos para homens
A maioria das mulheres se auto referiu ser negra e os homens pardo O iacutendice
de analfabetismo apresentou-se elevado em ambos os sexos A maior parte dos idosos
eacute casado A maioria dos idosos sobrevivia com renda mensal inferior ou igual a um
salaacuterio miacutenimo (Tabela 3)
19
Tabela 3 - Variaacuteveis sociodemograacuteficas e de estilo de vida em idosos
Mulheres (n=175) Taxa de Resposta
Homens (n=135) Taxa de Resposta
n n P
Raccedilacor 9861 991
Branco 47 2686 43 3209
Preto 73 4171 26 1940 0001
Pardo 49 2800 55 4074
Natildeo sabe 4 229 10 741
Escolaridade 9918 1000
Analfabeto 95 5429 84 6222
Baacutesica 72 4114 46 3408 0001
Secundaacuteria 5 286 5 370
Superior 2 114 - -
Estado Civil 9789 991
Casadouniatildeo estaacutevel
74 4229 78 5777
Solteiroseparado 33 1886 36 2667 0001
Viuacuteva 63 3600 20 1481
Renda Mensal 9918 1000
le 1 salaacuterio 165 9428 123 9111
11 a 2 salaacuterio 8 458 10 74 0001
21 a salaacuterio 1 057 2 148
Alcoolismo 9989 1000
Sim 4 229 9 667 0001
Natildeo 170 9714 126 9333
Tabagismo 9597 1000
Sim 15 857 21 1556 0001
Natildeo 152 8686 114 8444
Teste Qui-quadrado
20
52 Caracteriacutesticas antropomeacutetricas
Apoacutes a assinatura do TCLE e realizaccedilatildeo do questionaacuterio 10 idosos foram
excluiacutedos (recusas e informaccedilatildeo incompleta do questionaacuterio) desta etapa de anaacutelise
Dessa forma foram analisadas 300 avaliaccedilotildees das medidas antropomeacutetricas
Na Tabela 4 podem ser observados os valores meacutedios desvio padratildeo valores
miacutenimos e maacuteximos e percentuais das variaacuteveis avaliadas A meacutedia do IMC foi menor
nos homens quando comparado com o resultado das mulheres (p lt 0001) Natildeo houve
diferenccedila significativa da variaacutevel circunferecircncia da cintura entre homens e mulheres
(p = 0208) A prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi maior nas mulheres A maioria
das mulheres eacute obesa e entre os homens o estado nutricional foi considerado eutroacutefico
(Tabela 5)
21
Tabela 4 - Valores descritivos miacutenimos e maacuteximos das variaacuteveis analisadas
Variaacuteveis Mulheres (n=167) Homens (n=133) Valor-p
Idade (anos) 7078 plusmn 821 (60-108)
7259 plusmn 786 (60-93)
0055
Massa corporal (kg) 6020 plusmn 1223 (2970-9580)
6384 plusmn 1250 (4010-11840)
0012
Estatura (cm) 14875 plusmn 616 (129-164)
16080 plusmn 782 (135-183)
lt00001
IMC (kgm2) 2715 plusmn505 (1342-4064)
2458 plusmn 390 (1475-3544)
lt00001
CC (cm)dagger 8734 plusmn 1126 (55-130)
8894 plusmn 1010 (66-115)
0208
RCEst 057 plusmn 011 (000-087)
055 plusmn 006 (042-073)
0086
Iacutendice C 123 plusmn 021 (000-166)
129 plusmn 006 (117-150)
0001
PAS 14096 plusmn 2218 (87-200)
13735 plusmn 2251 (98-209)
0166
PAD 7671 plusmn 1091 (45-105)
7697 plusmn 1179 (49-110)
0846
IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia da cintura RCEst - razatildeo cintura-estatura Iacutendice C - Iacutendice de Conicidade PAS - pressatildeo arterial sistoacutelica PAD ndash pressatildeo arterial diastoacutelica dagger Variaacuteveis com perdas (n=163 mulheres) Teste T de Student para amostras independentes
Tabela 5 - Percentuais das variaacuteveis analisadas
Variaacutevel Mulheres Homens Valor-p
Pressatildeo Arterial (n) (n)
Normal 557 (93) 594 (79) 0011
Hipertensatildeo 443 (74) 406 (54)
Estado nutricional (n) (n)
Baixo peso 144 (24) 301 (40)
Normal 353 (59) 436 (58) lt00001
Sobrepeso 503 (84) 263 (35)
Teste Qui-quadrado
53 Anaacutelise da curva ROC
22
As aacutereas sob a curva ROC do IMC da CC da RCEst e do iacutendice C como
preditores de hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos e os respectivos
intervalos de confianccedila (IC 95) podem ser observados na Tabela 6 e nas Figuras 2
3 4 5 6 7 8 9 Evidenciou-se que alguns iacutendices antropomeacutetricos apresentaram
aacuterea sob a curva ROC significativas Todavia a RCEst e o IMC assumiram maiores
aacutereas com diferenccedila significativa para os homens
Tabela 6 - Aacuterea sob a curva ROC e IC95 entre os iacutendices antropomeacutetricos e hipertensatildeo arterial em idosos
Aacuterea sob a curva ROC
PA elevada Mulheres
Homens
p
IMC (kgm2) 053 (044-062) 060 (050-070)
lt00001dagger
CC (cm) 057 (048-066) 058 (048-068)
lt00001dagger
RCEst 056 (047-065) 061 (051-071)
lt00001dagger
Iacutendice C 058 (049-066) 058 (058-068) lt00001dagger
IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia de cintura RCEst - razatildeo cinturaestatura Iacutendice C - iacutendice de conicidade ROC ndashReceiver Operating CharacteristicIC95 - intervalo de confianccedila a 95Aacuterea sob a curva ROC apresentando poder discriminatoacuterio para pressatildeo arterial elevada (Li-IC ge 050) daggerTeste Qui-quadrado
23
Figura 2 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) IMC - iacutendice de massa corporal
Figura 3 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) IMC - iacutendice de massa corporal
24
Figura 4 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) CC ndash circunferecircncia da cintura
Figura 5 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) CC ndash circunferecircncia da cintura
25
Figura 6 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) RCEst - razatildeo cinturaestatura
Figura 7 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) RCEst - razatildeo cinturaestatura
26
Figura 8 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) Iacutendice C -iacutendice de conicidade
Figura 9 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) Iacutendice C - iacutendice de conicidade
27
Os valores dos pontos de corte dos iacutendices antropomeacutetricos como preditores
de hipertensatildeo arterial e suas respectivas sensibilidade e especificidade (mais
adequado equiliacutebrio entre si) satildeo apresentados na Tabela 7 Observa-se que entre
os iacutendices antropomeacutetricos a RCEst teve melhor percentual de sensibilidade e de
especificidade para discriminar a pressatildeo arterial elevada para os homens
Tabela 7 - Pontos de corte sensibilidade e especificidade dos iacutendices antropomeacutetricos para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial em idosos
Mulheres Homens PA elevada
Ponto de corte
Sensibilidade ()
Especificidade ()
Ponto de corte
Sensibilidade ()
Especificidade ()
IMC (kgm2)
2679 527 548 2420 527 548
CC (cm) 8750 577 457 8650 593 532 RCEst 059 568 430 054 648 456 Iacutendice C 126 541 452 129 574 456
IMC ndash Iacutendice de Massa Corporal CC ndash Circunferecircncia da Cintura RCEst ndash Razatildeo Cintura-Estatura Iacutendice C ndash Iacutendice de Conicidade
28
6 DISCUSSAtildeO
61 Aacutereas sob a Curva ROC
Este estudo teve como objetivo identificar a capacidade preditiva de iacutendices
antropomeacutetricos de obesidade geral e abdominal para discriminar a presenccedila de
hipertensatildeo arterial em idosos com foco de utilizaccedilatildeo no ambiente da estrateacutegia de
sauacutede da famiacutelia Nessa perspectiva surge uma proposta de triagem dos casos de
idosos com possiacuteveis alteraccedilotildees crocircnicas em sua pressatildeo arterial aleacutem de possibilitar
a discussatildeo sobre validaccedilatildeo de tais iacutendices para uso no contexto da sauacutede
Dessa forma recomenda-se a anaacutelise da sensibilidade e especificidade por
meio da construccedilatildeo de curvas ROC pois eacute a melhor opccedilatildeo para determinar pontos de
corte em estudos epidemioloacutegicos78 Essa anaacutelise permite fornecer a aacuterea sob a curva
que traduz o poder de discriminaccedilatildeo de um indicador para um determinado desfecho
e a identificaccedilatildeo do melhor ponto de corte
A proposta dessa pesquisa natildeo eacute excluir o diagnoacutestico meacutedico mas
proporcionar uma estrateacutegia mais abrangente a ser utilizada pelas USFs em parceria
entre os profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica e os profissionais de sauacutede no contexto da
atenccedilatildeo primaacuteria
Embora exista associaccedilatildeo entre sobrepesoobesidade e a pressatildeo arterial
elevada poucos estudos tecircm identificado pontos de corte de iacutendices antropomeacutetricos
que visem agrave detecccedilatildeo da hipertensatildeo arterial em idosos Diversos estudos tecircm
demonstrado que os iacutendices antropomeacutetricos satildeo bons indicadores de obesidade e
estatildeo relacionados a fatores de risco cardiovascular795880 Todavia a hipertensatildeo eacute
apontada como um dos principais fatores de risco cardiovasculares o que denota a
necessidade de um olhar diferenciado
A prevalecircncia de hipertensatildeo foi inferior agrave encontrada em outros estudos818283
Contudo diferenccedilas metodoloacutegicas nuacutemero de medidas realizadas e os diferentes
criteacuterios de referecircncia satildeo as principais causas da grande variabilidade nas
prevalecircncias de pressatildeo arterial elevada entre as investigaccedilotildees No presente estudo
29
optou-se por maior rigorosidade ao diagnosticar a pressatildeo arterial elevada
considerando a realizaccedilatildeo de trecircs medidas
Nessa amostra observou-se que a prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi
443 nas mulheres e 406 nos homens Demonstrando ser uma alta prevalecircncia
pois se trata de uma populaccedilatildeo que eacute influenciada diretamente pelo o aumento da
morbimortalidade durante o envelhecimento Estudos envolvendo idosos indicam que
a prevalecircncia da hipertensatildeo encontra-se entre 50-70 com o aumento da idade84
Poucos estudos epidemioloacutegicos foram conduzidos com o objetivo de identificar
e discriminar a capacidade de iacutendices antropomeacutetricos de obesidade para a pressatildeo
arterial elevada na populaccedilatildeo de idosos e principalmente utilizando o iacutendice C o
RCEst Um estudo realizado com a populaccedilatildeo de idosos utilizou o mesmo objetivo
poreacutem usou como ponto de corte o iacutendice de massa corporal e o iacutendice de adiposidade
corporal85 Entretanto faz-se necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de outros iacutendices para identificar
hipertensatildeo arterial em idosos
De acordo com os resultados do presente estudo somente alguns dos
indicadores antropomeacutetricos apresentaram capacidade preditiva para a hipertensatildeo
arterial em idosos de acordo com limite inferior do intervalo de confianccedila de 9586
Dessa forma foi observado que a RCEst e IMC para os homens mostraram-se com
bom poder de detecccedilatildeo para a hipertensatildeo arterial pois obtiveram maiores valores
sob a curva para esse desfecho
Em 2013 Leal Neto et al85 identificaram em seus resultados que o IMC e o
iacutendice de adiposidade corporal foram os melhores indicadores preditivos de
hipertensatildeo arterial nos idosos em ambos os sexos independentemente de outros
fatores tais como idade tabagismo consumo de aacutelcool e atividade fiacutesica
No presente estudo os principais indicadores que tiveram uma boa aacuterea sob a
curva foram o IMC RCEst e Iacutendice C com resultados de 060 IC95 (050-070) 061
IC95 (051-071) e 058 IC95 (058-068) respectivamente para homens
Nas mulheres tais iacutendices mostraram-se com menor poder discriminatoacuterio para
diagnosticar a hipertensatildeo arterial A HAS eacute um desfecho que pode ser influenciado
por fatores multicausais (hormonais estresse etc) Na anaacutelise do desempenho do
iacutendice antropomeacutetrico a loacutegica eacute unidirecional ou seja verificar o desempenho desses
iacutendices apenas como preditores de hipertensatildeo arterial foram mais satisfatoacuterios entre
os homens Os iacutendices podem interferir mas natildeo determinar a prevalecircncia da
30
hipertensatildeo Embora as mulheres tenham uma maior prevalecircncia essa natildeo eacute
determinada pelos iacutendices antropomeacutetricos no presente estudo
Tais resultados diferem do estudo realizado em 2012 por Samsen et al87 no
qual a circunferecircncia da cintura teve boa ASC nos homens = 0684 com IC95 (0672-
0695) e nas mulheres = 0673 IC95 (0665-0681) sendo o melhor indicador
significativamente (p lt0001) do que o IMC no qual a ASC em homens foi de = 0667
IC95 (0656-679) e nas mulheres = 0636 IC95 (0628-0644) em discriminaccedilatildeo
de pelo menos um fator de risco cardiovascular Isso se deve ao fato de tal estudo ter
sido realizado com uma abrangecircncia maior na faixa etaacuteria que foi de 45-80 anos
Uma possiacutevel limitaccedilatildeo para discussatildeo dos resultados desse estudo foi a faixa
etaacuteria restrita que natildeo incluiu idosos (igual ou acima de 60 anos) o que impossibilita
a triagem da pressatildeo arterial elevada nessa populaccedilatildeo
62 Iacutendices antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial
Nesse estudo a CC e RCEst foram as variaacuteveis com maiores valores absolutos
de sensibilidade para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial respectivamente para mulheres
e homens Tais resultados indicam as proporccedilotildees de verdadeiros positivos na
ocorrecircncia de hipertensatildeo arterial
Quanto ao ponto de corte do RCEst nas mulheres foi de 059 sendo 568 de
sensibilidade e 430 de especificidade Valores inferiores ao encontrado no presente
estudo para mulheres foram sugeridos em Taiwan (045) Cingapura (048) e na China
(050) No Brasil em 2009 Haun Pitanga e Lessa16 recomendaram para a RCEst
053 como melhor ponto de corte com sensibilidade (67) e especificidade (58) e
aacuterea sob a curva ROC de 069 (IC 95 = 064-075) Outro ponto de corte semelhante
ao observado no Brasil com mulheres mexicanas variou de 053 a 0535 para a
RCEst discriminar diabete tipo 2 hipertensatildeo e dislipidemias88899091
Os pontos de corte sugeridos por esses paiacuteses e no Brasil podem ter sido
inferiores por causa da abrangecircncia na faixa etaacuteria dos indiviacuteduos no qual incluiacuteram
mulheres de 30 a 74 anos como tambeacutem as caracteriacutesticas econocircmicas culturais e
31
de estilo de vida diferem da realidade das mulheres que residem em cidades de
pequeno porte Estudos que discriminem hipertensatildeo arterial principalmente em
idosos com RCEst satildeo escassos na literatura
Em 2010 Browning Hsieh e Ashwel92 realizaram uma revisatildeo sistemaacutetica
sobre a potencialidade de indicadores antropomeacutetricos em predizer doenccedilas
cardiovasculares e identificou a RCEst como variaacutevel de melhor desempenho A
RCEst apresentou maiores ASC quando comparada ao IMC ou CC Os dados
analisados foram de quatorze paiacuteses diferentes e incluiacuteram caucasianos asiaacuteticos e
da Ameacuterica Central Segundo os autores uma RCEst ge 05 eacute capaz de identificar
fatores de risco cardiovasculares Esse ponto de corte eacute inferior aos encontrados para
homens e mulheres no presente estudo significando que o ponto de corte encontrado
pode diagnosticar risco cardiovascular e consequentemente a presenccedila de
hipertensatildeo
Outros autores afirmam essa hipoacutetese relacionada aos valores limites para
RCEst em diversas populaccedilotildees e indicaram que um ponto de corte de 05 eacute o valor
mais indicado para ambos os sexos todas as idades e diferentes populaccedilotildees899315
Com relaccedilatildeo agrave especificidade a variaacutevel com maior valor foi o IMC
independentemente do sexo Nas mulheres o ponto de corte sugerido foi 2679 kgm2
e nos homens 2420 kgm2 O valor da especificidade foi de 548 para ambos os
sexos o qual possibilita determinar corretamente a ausecircncia de hipertensatildeo arterial
Sendo assim este estudo sugere que o IMC natildeo foi o melhor preditor de hipertensatildeo
arterial
O estudo de Leal Neto et al (2013)85 tambeacutem testou a capacidade de
indicadores antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial em idosos
sugeriu como pontos de corte para IMC valores de 247 kgm2 igual ao encontrado no
presente estudo e de 273 kgm2 nuacutemero superior que aos dados do presente
trabalho para homens e mulheres respectivamente
Em outro estudo realizado com 19621 homens e mulheres com faixa etaacuteria de
45-80 anos a meacutedia da idade foi de 598 anos para os homens e 585 anos para as
mulheres O ponto de corte adequado de IMC foi de 23 kgm2 em homens e 24 kgm2
em mulheres Os pontos de corte de CC foram 80 cm e 78 cm em homens e mulheres
respectivamente Os achados do presente estudo foram superiores a esses
32
resultados todavia deve ser considerado que a populaccedilatildeo alvo foi diferente e com
idade menor da populaccedilatildeo pesquisada no presente trabalho87
Com relaccedilatildeo agrave CC o ponto de corte identificado para a prediccedilatildeo de hipertensatildeo
arterial nas mulheres foi superior ao dos homens Contudo os valores de sensibilidade
e especificidade desses pontos de corte foram maiores entre os homens o que pode
indicar que o poder preditivo da CC para a hipertensatildeo arterial eacute melhor para o sexo
masculino Quanto menor o ponto de corte maior seraacute a habilidade do teste em
classificar os doentes como positivos isto eacute maior seraacute a sensibilidade76 Os pontos
de corte dos homens foram em sua maioria menores em comparaccedilatildeo aos das
mulheres
Tais resultados satildeo contraacuterios aos achados do estudo de Kashihara et al
(2009)94 com indiviacuteduos de 30-74 anos que comparou paciente com hipertensatildeo e sem
hipertensatildeo Em seus pontos de corte de CC para os homens foram superiores aos
pontos de corte definidos para as mulheres e os valores de sensibilidade e
especificidade foi maior nas mulheres para identificar risco cardiovascular Poreacutem a
idade foi menor ao proposto no presente estudo
Outro estudo que contraria tais resultados quanto ao ponto de corte da CC foi
o de Haun Pitanga e Lessa (2009)16 que foi superior para os homens enquanto o
niacutevel de sensibilidade e especificidade foi igual aos nossos achados Poreacutem esse
estudo foi realizado com indiviacuteduos de idade entre 30-74 anos e discriminou risco
coronariano elevado
Quanto ao Iacutendice C no presente estudo o ponto de corte sugerido foi de 126
nas mulheres (sensibilidade 541 e especificidade 452) e 129 para os homens
(sensibilidade 574 e especificidade 456)
Diferentemente do resultado encontrado no presente estudo Pitanga e Lessa
(2005)56 sugeriram como o melhor ponto de corte para risco coronariano com o iacutendice
C 118 para mulheres apresentando valores de sensibilidade (7339) e
especificidade (6115) Para os homens o ponto de corte foi de 125 com valores de
sensibilidade (7391) e especificidade (7492) Tais pontos de corte foram para
indiviacuteduos adultos por esse motivo foram mais baixos que os achados do presente
trabalho Deve-se considerar que existem modificaccedilotildees na composiccedilatildeo corporal com
o processo do envelhecimento o que poderia alterar os pontos de corte para as essas
medidas antropomeacutetricas
33
Em outro estudo com os mesmo autores foram apresentados outros pontos de
corte comparando diferentes faixas etaacuterias Para as mulheres de 30-49 anos o melhor
ponto de corte foi o mesmo (118) com melhor sensibilidade (7857) e
especificidade (6524) e tambeacutem melhor aacuterea sob a curva ROC 081 (IC95 = 070-
092) Entre as de idade mais avanccedilada (50-74 anos) o melhor ponto de corte
sugerido foi 122 com sensibilidade (6000) e especificidade (6582) e aacuterea sob a
curva ROC 065 (IC 95 = 058-073) Portanto o iacutendice C apresentou melhor poder
discriminatoacuterio de RCEst para as mulheres mais jovens64
Almeida Almeida e Arauacutejo (2009)58 conduziram uma pesquisa com mulheres
de 30 e 69 anos buscando avaliar o desempenho de diferentes pontos de corte do
iacutendice C RCQ CC e RCEst para discriminar Risco Coronariano Elevado e o ponto de
corte encontrado para o Iacutendice C foi (125) proacuteximo ao ponto de corte para mulheres
nos nossos achados Dessa forma tais autores afirmaram que os indicadores
antropomeacutetricos de obesidade abdominal analisados tiveram desempenhos
satisfatoacuterios e similares para discriminar RCEst poreacutem o iacutendice C foi o que
apresentou o melhor poder discriminatoacuterio
As informaccedilotildees sobre o iacutendice C satildeo limitadas quanto agrave discussatildeo do ponto de
corte para hipertensatildeo arterial principalmente por encontrar poucos estudos sobre
essa medida como referecircncia para idosos Pitanga e Lessa (2004)55 relatam como
uma limitaccedilatildeo para a utilizaccedilatildeo do Iacutendice C em estudos populacionais a dificuldade de
se calcular o denominador da equaccedilatildeo proposta para sua determinaccedilatildeo
O excesso de gordura em geral estaacute associado ao aparecimento de doenccedilas
cardiovasculares hipertensatildeo arterial e mortalidade a definiccedilatildeo de pontos de corte
para iacutendices que se destacam por sua simplicidade operacional e boa acuraacutecia
permite a detecccedilatildeo dos indiviacuteduos sob risco sendo de grande utilidade nos serviccedilos
de atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede aleacutem de possibilitar o conhecimento da situaccedilatildeo de
grupos populacionais especiacuteficos frente a esses riscos quando empregados na
pesquisa epidemioloacutegica
No contexto das cidades de pequeno porte (rurais e urbanas) os recursos de
sauacutede satildeo muitas vezes limitados e escassos sendo importante a utilizaccedilatildeo desses
iacutendices antropomeacutetricos como substituiccedilatildeo eou apoio a avaliaccedilatildeo tradicional da
pressatildeo arterial Em vaacuterias conjunturas de sauacutede a alta demanda de paciente com
hipertensatildeo arterial exige a utilizaccedilatildeo de instrumentos de diagnoacutesticos e rastreamento
34
de raacutepida e faacutecil aplicaccedilatildeo que possam ser manejados por diferentes profissionais e
que sobretudo apresentem validade e fidedignidade A adequada validaccedilatildeo de
instrumentos e conhecimento de suas propriedades teacutecnicas na populaccedilatildeo brasileira
tambeacutem deve contribuir com a seleccedilatildeo de prioridades e delimitaccedilatildeo do conteuacutedo dos
programas de sauacutede pelos tomadores de decisatildeo em diferentes niacuteveis de gestatildeo
35
7 CONCLUSAtildeO
As anaacutelises dos dados permitem frente aos objetivos estabelecidos formular
as seguintes conclusotildees Quanto ao poder de discriminaccedilatildeo de iacutendices
antropomeacutetricos para a hipertensatildeo arterial em idosos os iacutendices antropomeacutetricos
(IMC RCEst e Iacutendice C) foram bons preditores de hipertensatildeo arterial para os homens
Dessa forma tais iacutendices podem ser empregados nos homens poreacutem tais medidas
natildeo foram satisfatoacuterias para predizer pressatildeo arterial elevada nas mulheres idosas
limitando a sua utilizaccedilatildeo para o sexo feminino com idades avanccediladas
O melhor ponto de corte para discriminar hipertensatildeo arterial foi 054 para a
RCEst nos homens dessa forma tal ponto de corte deve ser empregada no contexto
da atenccedilatildeo primaacuteria nos homens Sugere-se a utilizaccedilatildeo dessa medida a fim de
detectar e realizar a triagem da hipertensatildeo arterial com caracteriacutesticas similares agrave
amostra deste estudo
Recomenda-se que a utilizaccedilatildeo de dois iacutendices simultaneamente resulte em
uma maior eficiecircncia na avaliaccedilatildeo do risco de hipertensatildeo arterial em idosos A
indicaccedilatildeo destas medidas permite que ela seja realizada nas Unidades de Sauacutede da
Famiacutelia como meacutetodo de triagem para idosos com hipertensatildeo arterial utilizando
materiais de faacutecil manejo e de baixo custo
Dessa forma pode-se efetivamente atingir uma das estrateacutegias de prevenccedilatildeo
da hipertensatildeo arterial sistecircmica que eacute o controle da pressatildeo arterial durante o
envelhecimento Todavia sugere-se cautela na utilizaccedilatildeo do ponto de corte desses
indicadores para as mulheres pois os resultados natildeo foram satisfatoacuterios
Fica evidente a necessidade de outros estudos que identifiquem pontos de
corte de iacutendices antropomeacutetricos visando agrave detecccedilatildeo de hipertensatildeo arterial e de
outros fatores de risco cardiovascular nas mulheres idosas que residem em cidades
de pequeno porte
36
8 REFEREcircNCIAS
1 Omram AR The epidemiologic transition a theory of the epidemiology of population change Milbank Memorial Fund Quarterly 1971 49 (Part 1) 509-538
2 Wong LR Carvalho JM Age-strucutural transition in Brazil demographic bonuses and emerging challenges In Pool I Wong LLR Vilquin E editores Age-structural transitions challenges for development Paris Committee for International Cooperation in National Research in Demography 2006
3 Gragnolati M Jorgensen OH Rocha R Fruttero AA Envelhecendo em um Brasil mais Velho implicaccedilotildees do envelhecimento populacional sobre o crescimento econocircmico reduccedilatildeo da pobreza financcedilas puacuteblicas prestaccedilatildeo de serviccedilos Banco Internacional para a Reconstruccedilatildeo e o Desenvolvimento Banco Mundial 2011
4 Schmidt MI Duncan BB Silva GA et al Health in Brazil 4 Chronic non-communicable diseases in Brazil burden and current challenges The Lancet 2011 377
5 Ezzati M Hoorn SV Rodgers A et al Comparative Risk Assessment Collaborating Group Selected major risk factors and global and regional burden of disease Lancet 2002 360 1347-60
6 Lim SS Vos T Flaxman AD et al A comparative risk assessment of burden of disease and injury attributable to 67 risk factors and risk factor clusters in 21 regions 1990-2010 a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2010 Lancet 2012 380 (9859)2224-60
7 Sociedade Brasileira de Cardiologia Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Sociedade Brasileira de Nefrologia VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 2010 95(1) 1-51
8 Miranda DR Perrotti TC Bellinazzi VR et al Hipertensatildeo arterial no idoso peculiaridades na fisiopatologia no diagnoacutestico e no tratamento Rev Bras Hipertens 2002 9 293-300
9 Pilger C Menon MU Mathias TAF Caracteriacutesticas sociodemograacuteficas e de sauacutede de idosos contribuiccedilotildees para os serviccedilos de sauacutede Rev Latino-Am Enfermagem 2011 19(5)1230-1238
10 Pilger C Menon MU Mathias TAF Utilizaccedilatildeo de serviccedilos de sauacutede por idosos vivendo na comunidade Rev esc enferm USP 2013 47(1)213-220
11 Mariath AB Grillo LP Silva RO et al Obesidade e fatores de risco para o desenvolvimento de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis entre usuaacuterios de unidade de alimentaccedilatildeo e nutriccedilatildeo Cad Sauacutede Puacuteblica 2007 23 (4) 897-905
37
12 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Diretrizes e recomendaccedilotildees para o cuidado
integral de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis promoccedilatildeo da sauacutede vigilacircncia prevenccedilatildeo e assistecircncia Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2008
13 Kuumlmpe DA Sodreacute AC Pomatti DM et al Obesidade em Idosos Acompanhados
pela Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia Texto Contexto Enferm Florianoacutepolis 2011 20(3) 471-7
14 Silva KS Farias Juacutenior JC Fatores de risco associados agrave pressatildeo arterial elevada em adolescentes Rev Bras Med Esporte 2007 13(4) 237-40
15 Pitanga FJG Lessa I Razatildeo cintura-estatura como discriminador do risco
coronariano de adultos Rev Assoc Med Bras 2006 52157-61
16 Haun DR Pitanga FJG Lessa I Razatildeo CinturaEstatura comparado a outros indicadores antropomeacutetricos de obesidade como preditor de risco coronariano elevado Rev Assoc Med Bras [online] 2009 55(6) 705-711
17 Nascimento CM Ribeiro AQ SantrsquoAna LFR et al Estado nutricional e condiccedilotildees de sauacutede da populaccedilatildeo idosa brasileira revisatildeo da literatura Rev meacuted Minas Gerais 2011 21(2)174-180
18 Gomes MA Beck cc Duarte MFS et al Ficha Antropomeacutetrica no Nuacutecleo de Apoio a Sauacutede da Famiacutelia o que medir e para que medir Rev bras cineantropom desempenho hum 2009 11(2) 243-253
19 Azevedo LF Oliveira ACC Lima JRP et al Recomendaccedilotildees sobre condutas e procedimentos do profissional de educaccedilatildeo fiacutesica na atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede Rio de Janeiro CONFEF 2010 109-55
20 World Health Organization World health statistics 2012 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghopublicationsworld_health_statistics2012enindexhtmlgt [2012 set 18]
21 World Health Organization Global health risks mortality and burden of disease attributable to selected major risks Geneva World Health Organization 2009a
22 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Panorama da sauacutede brasileira em muacuteltiplos aspectos Percepccedilatildeo do estado de sauacutede estilo de vida e doenccedila crocircnica Pesquisa Nacional de Sauacutede 2013
23 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Pesquisa Nacional por Amostra
de Domiciacutelios 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapesquisaspesquisa_resultadosphpid_pesquisa=149gt[2014 dez 04]
24 Tribess S Virtuoso Junior JS Prescriccedilatildeo de exerciacutecios fiacutesicos para idosos Rev saudecom 2005 1(2)163-72
38
25 Pollock ML Wilmore JH Exerciacutecio na Sauacutede e na Doenccedila avaliaccedilatildeo e prescriccedilatildeo para prevenccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo Editora MEDSI 2ordf ed Rio de Janeiro 1993
26 Sociedade Brasileira de Cardiologia V Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 20061-48
27 World Health Organization Global Health Observatory (GHO) 2014 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghoncdrisk_factorsblood_pressure_prevalence_textengt [2014 dez 04]
28 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Secretaria de Atenccedilatildeo baacutesica agrave Sauacutede Departamento de atenccedilatildeo baacutesica - Hipertensatildeo arterial sistecircmica Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2006
29 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) (2009) Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeGestorvisualizar_textocfmidtxt=24421gt [2010 abr 07]
30 Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Nuacutemero de hipertenso 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwsbhorgbripadgeralphpgt [09 nov 2014]
31 Secretaria de Sauacutede do Estado da Bahia Hipertensatildeo Quantidade de Hipertensos na Bahia Disponiacutevel em (2014) lthttpwwwsaudebagovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=4418ampcatid=1ampItemid=14gt [2014 jan 10]
32 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica 2014 Dados de mortalidade na Bahia Disponiacutevel em lthttptabnetdatasusgovbrcgitabcgiexesiabcnvSIABSBAdefgt [2014 mai 05]
33 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica Dados sociodemograacuteficos de Ibicuiacute 2014 lthttptabnetdatasusgovbrcgideftohtmexesiabcnvSIABFBAdefgt [2014 jan 05]
34 Williams B The year in hypertension JACC 2010 55(1) 66-73
35 Lipp M Rocha JC Stress Hipertensatildeo Arterial e Qualidade de vida um guia de tratamento para o hipertenso Campinas Papirus 1996
36 Borenstein MS (Org) Manual de Hipertensatildeo Arterial Porto Allege Editora Sagra Luzzatto 1999
37 Joint National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure The Sixth Report of the Join National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure Arch Intern Med 1997157 2413-2446
39
38 Mitchell GF Parise H Benjamin EJ et al Changes in arterial stiffness and wave reflection with advancing age in health men and women Hypertension 2004 431239-1245
39 Matos AC Ladeia AM Avaliaccedilatildeo de fatores de risco cardiovascular em uma comunidade rural da Bahia Arq Bras Cardiol 2003 81(3) 291-6
40 World Health Organization Who Expert Committee on Physical Status the use and interpretation of antropometry Report of a WHO Expert Commitee Geneva WHO 1995 p 854
41 Pitanga FJG Antropometria na avaliaccedilatildeo da obesidade abdominal e risco coronariano Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum 201113(3) 238-241
42 Ferreira LS Amaral TF Marucci MFN et al Under nutrition as a major risk factor for death among older Brazilian adults in the community-dwelling setting SABE survey Nutrition 201127(10)17-22
43 Andrade FB Caldas Junior AF Kitoko PM et al Prevalence of overweight and obesity in elderly people from Vitoacuteria-ES Brazil Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2012 set17(3)749-756
44 Boscatto EC Duarte Mde F Coqueiro Rda S Barbosa AR Nutritional status in the oldest elderly and associated factors Rev Assoc Med Bras 2013 59(1)40-47
45 Kostka J Borowiak E Kostka T Nutritional status and quality of life in different
populations of older people in Poland Eur J Clin Nutr 2014 Nov68(11)1210-5
46 Silva DAS Petroski EL Associaccedilatildeo de diferentes pontos de corte para sobrepeso e obesidade com pressatildeo arterial elevada em idosas Rev Educ Fis UEM 2009 20 415-22
47 Nutrition Screening Initiative Interventions manual for professionals caring for older Americans Washington DC Nutrition Screening Initiative 1992
48 World Health Organization Obesity preventing and managing the global epidemic Report of a WHO Consultation on Obesity Geneva World Health Organization 1998
49 Cameron AJ Dunstan DW Owen N et al Health and mortality consequences
of abdominal obesity evidence from the Aus Diab study Med J Aust 2009191 202ndash208
50 Fox KA Despres JP Richard AJ et al Does abdominal obesity have a similar impact on cardiovascular disease and diabetes A study of 91246 ambulant patients in 27 European countries Eur Heart J 2009 30 3055ndash3063
40
51 Pouliot MC Despreacutes JP Lemieux S et al Waist circumference and abdominal sagittal diameter Best simple anthropometric indexes of abdominal visceral adipose tissue accumulation and related cardiovascular risk in men and woman Am J Cardiology 1994 73 460-468
52 Peixoto MRG Beniacutecio MHD Latorre M et al Circunferecircncia da Cintura e Iacutendice de massa Corporal como Preditores da Hipertensatildeo Arterial Arq Bras Cardiol 200687 462-470
53 MacKay MF Haffner SM Wagenknecht LE et al Prediction of type 2 diabetes using alternate anthropometric measures in a multiethnic cohort the insulin resistance atherosclerosis study Diabetes Care 200932(5)956-8
54 Valdez R A simple model-based index of abdominal adiposity J Clin Epidemiol1991 44(9) 955-6
55 Pitanga FJG Lessa I Sensibilidade e especificidade do iacutendice de conicidade como discriminador do risco coronariano de adultos em Salvador Brasil Rev Bras Epidemiol 20047(3)259-69
56 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano elevado em adultos na cidade de Salvador - Bahia Arq Bras Cardiol 2005 85 (1)26-31
57 Ghosh JR Bandyopadhyay AR Comparative evaluation of obesity measures relationship with blood pressures and hypertension Singapore Med J 200748(3) 232-5
58 Almeida RT Almeida MMG Araujo TM Obesidade abdominal e risco cardiovascular desempenho de indicadores antropomeacutetricos em mulheres Arq Bras Cardiol 2009 out92(5)375-380
59 Freitas Juacutenior Costa Rosa CS Codogno JS et al Capacidade cardiorrespiratoacuteria e distribuiccedilatildeo de gordura corporal de mulheres com 50 anos ou mais Rev Esc Enferm USP 2010 44(2) 395-400
60 Matos LN Giorelli GV Dias CB Correlation of anthropometric indicators for identifying insulin sensitivity and resistance Satildeo Paulo Med J [online] 2011 129(1) 30-35
61 Gomes MA Rech CR Gomes MBA et al Correlaccedilatildeo entre iacutendices antropomeacutetricos e distribuiccedilatildeo de gordura corporal em mulheres idosas Rev bras cineantropom desempenho hum 2006 set 8(3) 16-22
62 Tarastchuk JCE Gueacuterios EE Bueno RRL et al Obesidade e intervenccedilatildeo coronariana devemos continuar valorizando o Iacutendice de Massa Corpoacuterea Arq Bras Cardiol [online] 2008 90(5) 311-316
41
63 Ferreira AP CB Ferreira VC Souza et al Risco de distuacuterbio glicecircmico em mulheres idosas ajustado por antropometria e genoacutetipos de citocinas Rev Assoc Med Bras [online] 201157(5) 565-569
64 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano em mulheres Rev Bras Cineantrop Desempenho Hum 2006 8 (1) 14-21
65 Newman TB Browner WS Cummings SR Delineando estudos de testes meacutedicos In Hulley SB et al Delineando a pesquisa cliacutenica uma abordagem epidemioloacutegica 2 ed Porto Alegre Artmed 2003 203-224
66 Toscano CM As campanhas nacionais para detecccedilatildeo das doenccedilas crocircnicas natildeo-transmissiacuteveis diabetes e hipertensatildeo arterial Ciecircnc sauacutede Coletiva out-dez 2004 9(4) 885-895
67 Fletcher RH Fletcher SW Prevenccedilatildeo In Fletcher R Fletcher S Epidemiologia
cliacutenica elementos essenciais 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 2006 179-201
68 Jeckel J Elmore J Katz D Meacutetodos de prevenccedilatildeo secundaacuteria In _____ Epidemiologia bioestatiacutestica e medicina preventiva 2 ed Porto Alegre Artmed 2005 236-247
69 Klein CH Bloch KV Estudos seccionais In Medronho RA Carvalho DM Bloch KV Luiz RR Werneck GL Epidemiologia 1ordf ed Satildeo Paulo Editora Atheneu 2002 125-150
70 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Resoluccedilatildeo nordm- 6 de 3 de novembro de 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcenso2010ibgegovbrdados_divulgadosindexphpuf=29gt[201 dez 18]
71 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica ndash Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais (2014) Disponiacutevel em lthttpcodibgegovbr398G9gt [2014 ago 30]
72 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230gt [2013 mai 01]
73 Luiz RR Magnanini MMF A loacutegica da determinaccedilatildeo do tamanho da amostra em investigaccedilotildees epidemioloacutegicas Cad sauacutede coletiva Rio de Janeiro 2000 8(2) 9-28
74 Reis MC Nascimento RAS Pedreira RBS et al Validaccedilatildeo de Face e Clareza do Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede dos Idosos ndash IASI [resumo] in Anais do XIX Congresso Brasileiro Geriatria e Gerontologia Beleacutem 2014 296-296
75 Lohman TG Roche AF Martorell R Anthropometric Standardization Reference Manual Champaign Illinois Human Kinetics 1988
42
76 Vaz JCL Regiotildees de Incerteza para Curva ROC em Teste Diagnoacutesticos
[dissertaccedilatildeo] Satildeo Carlos Universidade Federal de Satildeo Carlos 2009
77 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de 2012
78 Erdreich LS Lee ET Use of relative operating characteristic analysis in epidemiology A method for dealing with subjective judgement Am J Epidemiol 1981 114649-62
79 Aekplakorn W Pakpeankitwatana V Lee CM et al Abdominal obesity and coronary heart disease in Thai men Obesity 200715(4)1036-42
80 Oliveira MAM Fagundes RLM Moreira EAM et al Relaccedilatildeo de Indicadores Antropomeacutetricos com Fatores de Risco para Doenccedila Cardiovascular Arq Bras Cardiol 2010 abr 94(4) 478-485
81 Mendes TAB Goldbaum M Segri NJ et al Factors associated with the prevalence of hypertension and control practices among elderly residents of Satildeo Paulo city Brazil Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(11) 2275-2286
82 Oliveira BFA Souza Mouratildeo D Gomes N et al Prevalecircncia de hipertensatildeo arterial em comunidades ribeirinhas do Rio Madeira Amazocircnia Ocidental Brasileira Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(8) 1617-1630
83 Picon RV Fuchs FD Moreira LB et al Prevalence of Hypertension Among Elderly Persons in Urban Brazil A Systematic Review With Meta-Analysis Am J Hypertens 2013 26 (4) 541-548
84 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Pessoa Idosa e Envelhecimento Seacuteries Pactos pela Sauacutede 2006 v 12 Brasiacutelia ndash DF 2010
85 Leal Neto JS Souza J Coqueiro RS et al Anthropometric indicators of obesity as screening tools for high blood pressure in the elderly Int J Nurs Pract 2013 Aug 19(4) 360-367
86 Schisterman EF Faraggi D Reiser B Trevisan M Statistical inference for the area under the receiver operating characteristic curve in the presence of random measurement error Am J Epidemiol 2001 154 (2) 174-9
87 Samsen M Hanchaiphiboolkul S Puthkhao P et al Appropriate body mass index and waist circumference cutoffs for middle and older age group in Thailand data of 19621 participants from Thai epidemiologic stroke (TES) study J Med Assoc Thai 2012 Sep 95(9)1156-66
88 Ko GTC Chan JCN Cockram CS Woo J Prediction of hypertension diabetes dyslipidemia or albuminuria using simple anthropometric indexes in Hong Kong Chinese Int J Obes 1999 23 (11) 1136-42
43
89 Lin WY Lee LT Chen CY et al Optimal cut-off values for obesity using simple anthropometric indices to predict cardiovascular risk factors in Taiwan Int J Obes Relat Metab Disord 2002261232-8
90 Pua YH Ong PH Anthropometric indices as screening tools for cardiovascular risk factors in Singaporean women Asia Pac J Clin Nutr 2005 14 (1) 74-9
91 Berber A Goacutemez-Santos R Fanghaumlnel G Saacutenchez-Reyes L Anthropometric
indexes in the prediction of type 2 diabetes mellitus hypertension and dyslipidaemia in a Mexican population Int J Obes 200125(12)1794-9
92 Browning LM Hsieh SD Ashwell M A systematic review of waist-to-height ratio
as a screening tool for the prediction of cardiovascular disease and diabetes 05 could be a suitable global boundary value Nutr Res Rev 2010 23(2)247-69
93 Bertsias G Mammas I Linardakis M Kafatos A Overweight and obesity in
relation to cardiovascular disease risk factors among medical students in Crete Greece BMC Public Health 2003 31-9
94 Kashihara H Lee JS Kawakubo K et al Criteria of Waist Circumference According to Computed Tomography-Measured Visceral Fat Area and the Clustering of Cardiovascular Risk Factors Circ J 2009 73 1881-1886
44
APEcircNDICES
45
Apecircndice 1
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
46
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS
PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE SAUacuteDE
DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE
Jequieacute ____ ____ 201__
APEcircNDICE 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Vocecirc esta sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa do Nuacutecleo de
Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo (NESP) da Universidade Estadual do Sudoeste da
Bahia
Objetivo do estudo Avaliar e monitorar as condiccedilotildees de sauacutede de idosos residentes
em comunidade
Participaccedilatildeo Ao aceitar participar do estudo estarei agrave disposiccedilatildeo do pesquisador
para responder ao formulaacuterio que seraacute arquivado pelo autor por um periacuteodo de cinco
anos sendo posteriormente incinerado
Riscos Este estudo natildeo traraacute riscos para minha integridade fiacutesica ou moral dos
participantes
Confidencialidade do estudo Seraacute garantida a privacidade o anonimato bem como
o direito de aceitar ou natildeo participar da pesquisa podendo ser essa autorizaccedilatildeo
suspensa em qualquer fase do estudo Assim as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo
4662012 do Conselho Nacional de Sauacutede que discorre sobre pesquisa envolvendo
seres humanos seratildeo atendidas Os resultados seratildeo publicados no relatoacuterio final da
dissertaccedilatildeo e artigos cientiacuteficos
47
Benefiacutecios Accedilotildees interinstitucionais articuladas promovidas numa perspectiva
interdisciplinar possibilitaratildeo uma melhor compreensatildeo das condiccedilotildees de sauacutede dos
idosos residentes em comunidade do municiacutepio e contribuiraacute para a formulaccedilatildeo de
accedilotildees direcionadas as necessidades dessa populaccedilatildeo
Danos advindos da pesquisa Caso haja algum prejuiacutezo decorrente da realizaccedilatildeo
deste estudo seraacute providenciada a devida reparaccedilatildeo dos danos atraveacutes do
responsaacutevel pelo estudo O pesquisador e os entrevistados natildeo receberatildeo benefiacutecios
financeiros para participaccedilatildeo no estudo Todas as despesas seratildeo por conta do
pesquisador
Participaccedilatildeo voluntaacuteria Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria podendo a qualquer
momento desistir do estudo sem qualquer prejuiacutezo ou penalidade para mim
Consentimento para participaccedilatildeo Apoacutes ser devidamente esclarecido (a) quanto
aos objetivos deste estudo dos procedimentos aos quais serei submetido (a) bem
como dos possiacuteveis riscos decorrentes da minha participaccedilatildeo estou de acordo em
participar do mesmo O pesquisador responsaacutevel pelo estudo assegura que seraacute
disponibilizado qualquer esclarecimento adicional que eu venha a solicitar durante a
realizaccedilatildeo da pesquisa e o direito de desistir da participaccedilatildeo em qualquer momento
Em casos de duacutevidas eou problemas referentes ao estudo vocecirc poderaacute
entrar em contato com o autor atraveacutes do Nuacutecleo de Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo
(NESP) (73) 3528-9721
Sendo assim eu ______________________________________________
aceito livremente participar do Projeto MONIDI
__________________________________ __________________________________
Assinatura do (a) participante
RG _________________________
Assinatura do (a) pesquisador
RG_________________________
48
Apecircndice 2
Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede do Idoso
49
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS
PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE
SAUacuteDE DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE
Nuacutemero do Questionaacuterio |__|__|__|
Nome do Entrevistador ___________________________
Visita 1 2 3
Data Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Hora de iniacutecio ________
Hora de teacutermino ________
I INFORMACcedilOtildeES PESSOAIS E SOCIODEMOGRAacuteFICAS
1 Nome do entrevistado
2Sexo
0 ( ) Feminino
1 ( ) Masculino
3 Endereccedilo completotelefone
4 Idade ____ anos
41 Data de Nascimento
____________
50
5 Situaccedilatildeo conjugal atual
1 ( ) Casado(a) 2 ( ) Uniatildeo estaacutevel 3 ( ) Solteiroa
4 ( ) Divorciado(a)separado(a)desquitado(a) 5 ( ) Viuacutevoa
6 No total quantas vezes o (a) Sr(a) esteve casado(a) ou em uniatildeo
Nordm de vezes |___|___|
7 Na escola qual a uacuteltima seacuterie grau que concluiu com aprovaccedilatildeo
1 - Nunca foi agrave escola ( ) 4 - Fundamental II ( )5 a ( )6 a ( )7 a ( )8 a
2 - Lecirc e escreve o nome ( ) 5 - Ensino Meacutedio ( ) 1 a ( )2 a ( )3
3 - Fundamental I ( )1 a ( )2 a 6 - Superior ( ) completo ( ) incompleto
( )3 a ( )4 a
8 Como vocecirc classificaria a cor da sua pele
1( ) Branca 2( ) Amarela (oriental) 3( ) Parda
4( ) Origem indiacutegena 5( ) Preta 9( ) Natildeo sabe
9 Cor da pele (entrevistador)
1( ) branca 2( ) amarela (oriental) 3( ) parda
4( ) origem indiacutegena 5( ) preta
10-Quantos filhos e filhas nascidos vivos o(a)Sr(a) teve (natildeo inclua enteados filhos
adotivos abortos ou filhos nascidos mortos)
Nuacutemero de filhos |____|____| (98) NS (99) NR
11 Atualmente o senhor (a) mora sozinho ou acompanhado
1( )Acompanhado 2( ) Sozinho 3( ) NR 4( )NS
51
12 Desde que o senhor (a) nasceu viveu no campo por 5 anos ou mais
0( ) Natildeo 1( ) Sim 2( ) NS 3( ) NR
13 Qual eacute a sua religiatildeo
1( ) Catoacutelica 2( ) Protestante 3( ) Judaica
4( ) Espiacuteritakardecista 5( ) Umbanda 6( ) Outras ____________
14 Qual a importacircncia da religiatildeo em sua vida
(1) Importante (2) Regular (3) Nada importante (8) NS (9) NR
15 Com que frequecircncia o senhor vai agrave igreja ou ao serviccedilo religioso
( ) Nunca ( ) Vaacuterias vezes por ano ( ) Uma duas vezes por mecircs
( ) Quase toda semana ( ) Mais de uma vez por semana ( ) NS ( ) NR
16 Quanto vocecirc ganha em meacutedia por mecircs R$ __________8( )Natildeo se aplica
II A CONSUMO DE AacuteLCOOL E TABACO
Uso de bebidas alcooacutelicas
1 Vocecirc consome bebidas alcooacutelicas Se vocecirc NAtildeO BEBE siga para o bloco III C
0 ( )sim 1( ) natildeo
2 Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
3 As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
4 Sente-se chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
5 Costuma beber pela manhatilde para diminuir o nervosismo ou a ressaca
0 ( ) sim 1( ) natildeo
Haacutebito de fumar
1 Vocecirc jaacute foi fumante 0 ( ) sim 1( ) natildeo
52
2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco
III C
3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros
4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias
III ANTROPOMETRIA
MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS
ESTATURA
MASSA CORPORAL
CIRCUNFEREcircNCIA
DE CINTURA
IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL
MEDIDA 01 02 03
Pressatildeo arterial
sistoacutelica
Pressatildeo arterial
diastoacutelica
53
ANEXOS
54
Anexo 1
Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos
55
56
6
Em 2011 estudo realizado por Pitanga41 indica que os iacutendices antropomeacutetricos
apresentam-se como preditores do risco de infarto do miocaacuterdio acidente vascular
encefaacutelico e morte prematura
O IMC eacute determinado pela massa corporal em quilogramas dividido pela
estatura em metros ao quadrado eacute uma medida que determina o estado nutricional
Este iacutendice antropomeacutetrico eacute comumente aplicado em estudos epidemioloacutegicos em
idosos para diagnosticar o excesso de peso (sobrepesoobesidade) principalmente
por ser um meacutetodo faacutecil de aplicar raacutepido e de baixo custo Deste modo vaacuterios
estudos com essa populaccedilatildeo tecircm avaliado o estado nutricional por meio do IMC42
434445
No estudo de Silva e Petroski (2009)46 com idosas de um grupo de convivecircncia
do municiacutepio de Aracaju ndash Sergipe sugeriu que o ponto de corte do IMC utilizado pela
Nutricion Screening Initiative ndash NSI (1992)47 para sobrepeso e excesso de peso foi o
mais bem associado com a PA elevada e para obesidade o melhor ponto de corte
associado com a PA elevada foi o da WHO (1998)48
A outra medida importante para avaliaccedilatildeo da obesidade central dos indiviacuteduos
eacute a circunferecircncia de cintura A obesidade eacute caracterizada pelo acuacutemulo excessivo de
gordura corporal no indiviacuteduo e quando presente na regiatildeo abdominal tem alta
correlaccedilatildeo com doenccedilas cardiovasculares e distuacuterbios metaboacutelicos40 O obeso tem
mais propensatildeo a desenvolver problemas como hipertensatildeo doenccedilas
cardiovasculares diabetes tipo 2 entre outras doenccedilas4950
Comparando as medidas antropomeacutetricas com exames de diagnoacutesticos por
imagens como a tomografia computadorizada e a ressonacircncia magneacutetica foi
verificado que a circunferecircncia da cintura apresentou melhor correlaccedilatildeo com o tecido
adiposo visceral51 Tambeacutem o aumento da circunferecircncia da cintura teve boa
associaccedilatildeo com o aumento significativo da prevalecircncia da hipertensatildeo arterial52
A razatildeo cintura-estatura (RCEst) eacute determinado pela divisatildeo da circunferecircncia
da cintura (cm) pela estatura (cm) Este indicador tem sido utilizado para identificar
alto risco metaboacutelico obesidade fatores de risco cardiovascular e maior capacidade
preditiva para o risco coronariano elevado em populaccedilotildees adultas e idosas1653
tambeacutem eacute fortemente associada a diversos fatores de risco cardiovascular em
diferentes populaccedilotildees15
7
O Iacutendice C eacute determinado com as medidas de massa corporal da estatura e da
circunferecircncia da cintura54 e eacute muito utilizado com a populaccedilatildeo adulta555657585960 Jaacute
com a populaccedilatildeo de idosos o iacutendice C tem sido pouco utilizado e somente alguns
estudos usaram esse indicador para tentar identificar distuacuterbios metaboacutelicos risco
coronariano e prevalecircncia de risco agrave sauacutede616263 Natildeo foram encontrados estudos
associativos entre o Iacutendice C e pressatildeo arterial elevada em idosos
Tais iacutendices satildeo pouco utilizados com a populaccedilatildeo idosa e principalmente com
populaccedilotildees residentes em cidades de pequeno porte Dessa forma para discriminar e
analisar o incremento de gordura corporal os iacutendices antropomeacutetricos tecircm
demonstrado eficiecircncia principalmente em estudos epidemioloacutegicos Cada indicador
tem peculiaridade quanto a sua distribuiccedilatildeo e discriminaccedilatildeo por isso podem ser
utilizados conjuntamente ou separadamente dependendo dos objetivos como
estrateacutegia eficiente para a detecccedilatildeo e o controle de doenccedilas
Contudo os iacutendices antropomeacutetricos tecircm sido bem utilizados para associar
vaacuterios fatores de risco de sauacutede como doenccedilas coronarianas cardiovasculares
distuacuterbios metaboacutelicos dentre outros641641 Poreacutem ainda natildeo estaacute clara sua
associaccedilatildeo com pressatildeo arterial elevada em idosos
Sendo assim os iacutendices antropomeacutetricos satildeo eficientes para identificar a
hipertensatildeo arterial em idosos E quais satildeo os melhores iacutendices para identificar as
alteraccedilotildees da pressatildeo arterial elevada em idosos
24 A importacircncia da validaccedilatildeo
Como se trata de um estudo de validaccedilatildeo de um meacutetodo faz-se necessaacuterio
debater sobre o tema Os instrumentos de rastreamento satildeo ferramentas essenciais
para os serviccedilos de sauacutede pois fornecem medidas relevantes reprodutiacuteveis e
acuradas permitindo a identificaccedilatildeo das pessoas com maior chance de preencher os
criteacuterios para uma determinada condiccedilatildeo ou doenccedila Como tambeacutem completa o
registro de informaccedilatildeo e a comparaccedilatildeo de resultados minimizando a influecircncia de
fatores subjetivos na coleta e registro de dados6566
A escolha de um instrumento deve-se basear em suas qualidades que
consistem em coeficientes significativos de validade e fidedignidade Dessa forma
8
essas medidas necessitam apresentar simplicidade na teacutecnica economia facilidade
e rapidez na aplicaccedilatildeo e interpretaccedilatildeo666768
A validade caracteriza-se como a capacidade do instrumento medir aquilo que
se propotildees a medir Envolve um componente conceitual (julgamento subjetivo a
respeito do instrumento pelo pesquisador) e um componente operacional (avaliaccedilatildeo
sistemaacutetica (estatiacutestica) do teste) geralmente o comparando com um criteacuterio padratildeo
ouro67
A avaliaccedilatildeo operacional da validade utilizada nessa pesquisa foi a de criteacuterio
no qual mede agrave extensatildeo com que o instrumento discrimina sujeitos que diferem em
determinadas caracteriacutesticas Refere-se agrave capacidade de uma escala de se
corresponder com outras medidas ou de predizer algo a que se propotildee Eacute avaliada
por meio de criteacuterio-padratildeo (validade concorrente e validade preditiva) Sendo que a
validade preditiva eacute estimulada estatisticamente e expressa por meio da sensibilidade
especificidade valor preditivo positivo valor preditivo negativo e taxa de classificaccedilatildeo
incorreta67
A sensibilidade corresponde agrave proporccedilatildeo de casos positivos identificados
corretamente ou melhor eacute a capacidade de medida de reconhecer os verdadeiros
positivos Quanto maior a sensibilidade maior a chance de detectar a doenccedila A
especificidade eacute proporccedilatildeo de casos negativos identificados corretamente eacute a
capacidade do instrumento de reconhecer os verdadeiros negativos67
Quanto mais sensiacutevel for o teste melhor seraacute seu valor preditivo negativo ou
seja maior seraacute a certeza de que uma pessoa com resultado negativo natildeo tenha
realmente a doenccedila Quanto mais especifico melhor seraacute seu valor preditivo positivo
ou seja maior seraacute a certeza de que uma pessoa com resultado positivo tenha a
hipertensatildeo arterial67
Como estrateacutegia geral quando a principal preocupaccedilatildeo for evitar o resultado
falso-positivo entatildeo o ponto de corte deve objetivar o maacuteximo de especificidade e se
a preocupaccedilatildeo maior eacute evitar resultado falso-negativo (o resultado do teste em
paciente com suspeita de hipertensatildeo arterial) o ponto de corte deve objetivar o
maacuteximo de sensibilidade67 Os autores ainda referem que a curva Receive Operator
Caracteristic (ROC) eacute a melhor maneira de estabelecer o ponto de corte otimizando
a sensibilidade e especificidade do teste diagnoacutestico
9
Destaca-se que as qualidades de um instrumento aplicado em condiccedilotildees de
campo satildeo modificadas pela prevalecircncia de casos na populaccedilatildeo cliacutenica (onde eacute
esperado ter maior proporccedilatildeo de doenccedila) comparada com uma populaccedilatildeo geral
10
3 OBJETIVOS
Determinar o poder preditivo de iacutendices antropomeacutetricos para predizer
hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos
Estabelecer pontos de corte como discriminadores de hipertensatildeo arterial em
mulheres e homens idosos
Identificar o iacutendice antropomeacutetrico de obesidade que melhor discrimina a
hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos
11
4 MATERIAL E MEacuteTODOS
41 Tipos de estudo
Esta pesquisa eacute do tipo transversal ou seccional como parte do projeto de
Monitoramento da Sauacutede de Idosos de um Municiacutepio de Pequeno Porte ESTUDO
MONIDI Em estudos transversais a estrateacutegia de observaccedilatildeo da populaccedilatildeo eacute
seccional isto eacute as informaccedilotildees obtidas referem-se ao mesmo momento sendo mais
adequado para obtenccedilatildeo de estimativas populacionais As informaccedilotildees individuais
devem ser coletadas num determinado prazo mais curto possiacutevel decorrido entre as
observaccedilotildees do primeiro e uacuteltimo indiviacuteduo69
42 Cenaacuterios do estudo
O municiacutepio de Ibicuiacute fica localizado na zona fisiograacutefica de Vitoacuteria da Conquista
(Encosta do Planalto) e situada no Sudoeste do Estado da Bahia possui uma aacuterea
territorial de 1176843 kmsup2 populaccedilatildeo de 16640 habitantes7071 A populaccedilatildeo de
idosos no ano de 2013 era de 2124 habitantes e destes 525 estavam cadastrados
nas Unidades de Sauacutede da Famiacutelia33
12
Figura 1 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Ibicuiacute BA na regiatildeo Nordeste do Brasil
Fonte Adaptado do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE)72 Infograacuteficos
Cidades Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230
43 Populaccedilatildeo e amostra
A populaccedilatildeo alvo do presente estudo foi constituiacuteda por indiviacuteduos com idade
igual ou superior a 60 anos de ambos os sexos cadastrados na Estrateacutegia de Sauacutede
da Famiacutelia (ESF) que atenderam agraves aacutereas urbanas e rurais do municiacutepio de Ibicuiacute-BA
no ano de 2014 A lista com o nuacutemero de usuaacuterios idosos cadastrados nas USFs da
zona rural e urbana do municiacutepio foi solicitada junto agrave Secretaria Municipal de Sauacutede
Foram incluiacutedos no estudo idosos que estavam cadastrados na Estrateacutegia de
Sauacutede da Famiacutelia que aceitaram participar da pesquisa atraveacutes da assinatura do
Termo de Consentimento Livre Esclarecido (TCLE)
Os criteacuterios de exclusatildeo foram os participantes com diagnoacutestico de demecircncia
ou qualquer outro tipo de alteraccedilatildeo cognitiva que comprometesse a veracidade das
informaccedilotildees fornecidas idosos acamados portadores de doenccedila de Alzheimer ou
outro tipo de doenccedila neuroloacutegica que afetasse a cogniccedilatildeo doenccedila em estaacutegio
terminal
Apoacutes aplicaccedilatildeo dos criteacuterios de exclusatildeo foi efetuado o caacutelculo amostral
seguindo a proposta de Luiz e Magnanini (2000)73 para populaccedilotildees finitas com
13
predominacircncia desconhecida de 50 sendo adotado niacutevel de significacircncia de 5
(correspondendo a um intervalo de confianccedila de 95) e erro toleraacutevel de amostragem
de 25
O caacutelculo amostral resultou numa amostra miacutenima necessaacuteria de 305 idosos
Esse caacutelculo amostral sofreu ajuste em 10 para compensar eventuais perdas e
recusas Apoacutes o resultado do caacutelculo amostral os idosos participantes foram
selecionados atraveacutes de sorteio sendo este proporcional ao tamanho e a distribuiccedilatildeo
por sexo e por quantidade de idosos na Unidade de Sauacutede da Famiacutelia
Os indiviacuteduos assinaram o TCLE foram entrevistados e avaliados nas
dependecircncias da USF sendo que aqueles que natildeo foram localizados ou natildeo
compareceram a USF apoacutes trecircs tentativas foram automaticamente substituiacutedos por
meio de sorteio
44 Equipes de coleta de dados
A equipe de coleta foi composta por dois profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica
(Coordenadores) e cinco acadecircmicos de fisioterapia enfermagem e medicina A
equipe foi previamente treinada em reuniotildees teacutecnicas e no estudo piloto que foi
realizado no periacuteodo de Outubro a Dezembro de 2013 visando padronizar todo o
processo de coleta Foram estabelecidas accedilotildees referentes agrave logiacutestica agrave aplicaccedilatildeo dos
questionaacuterios e aos procedimentos de medidas das variaacuteveis antropomeacutetricas A
coleta propriamente dita ocorreu entre o periacuteodo de 03022014 a 20022014
14
45 Procedimentos para coleta de dados
451 Variaacuteveis do estudo e dados coletados
Foram mensuradas as variaacuteveis idade sexo situaccedilatildeo conjugal niacutevel de
escolaridade raccedilacor renda mensal alcoolismos e tabagismos Como tambeacutem
medidas de pressatildeo arterial sistoacutelica e diastoacutelica massa corporal estatura e
circunferecircncia da cintura
452 Instrumentos de coleta
Foi utilizado o instrumento de coleta denominado Instrumento de Avaliaccedilatildeo da
Sauacutede de Idosos (IASI) padronizado e validado previamente74 Tal instrumento obteacutem
caracteriacutesticas sociodemograacuteficas informaccedilotildees pessoais consumo de aacutelcool e
tabaco avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica e de pressatildeo arterial
Para aferir a pressatildeo arterial foi utilizado o aparelho digital (marca OMRONreg
modelo HEM ndash 742 INT) Utilizou-se ainda uma balanccedila digital portaacutetil (OMRONreg) e
um estadiocircmetro (marca Sannyreg) ambos devidamente calibrados e fita
antropomeacutetrica flexiacutevel (Cardiomedreg)
453 Pressatildeo Arterial
A pressatildeo arterial foi aferida com um aparelho digital de braccedilo com manguito
adequado agrave circunferecircncia do mesmo A medida foi realizada no braccedilo direito a altura
do coraccedilatildeo Foram realizadas trecircs medidas da pressatildeo arterial sendo a primeira apoacutes
o idoso permanecer cinco minutos em repouso e sentado a segunda apoacutes dois
minutos e a terceira dois minutos apoacutes a realizaccedilatildeo da segunda (foi utilizada a meacutedia
das trecircs medidas) Valores de referecircncia estatildeo estabelecidos na Tabela 1
15
Tabela 1 - Classificaccedilatildeo da pressatildeo arterial de acordo com a VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo (2010)
Classificaccedilatildeo Pressatildeo Sistoacutelica (mmHg)
Pressatildeo Diastoacutelica (mmHg)
Oacutetima Normal Limiacutetrofe
lt 120 lt 130 130-139
lt 80 lt 85 85-80
Hipertensatildeo estaacutegio I 140-159 90-99 Hipertensatildeo estaacutegio II 160-179 100-109 Hipertensatildeo estaacutegio III ge 180 ge 110 Hipertensatildeo sistoacutelica isolada
ge 140 lt 90
Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo (2010)7
454 Antropometria
Todas as medidas antropomeacutetricas foram realizadas trecircs vezes (verificou-se a
meacutedia de tais medidas) por um profissional de Educaccedilatildeo Fiacutesica para diminuir o erro
intra e inter avaliadores e anotados por um apontador Os idosos foram medidos
conforme procedimentos padronizados por Lohman et al (1988)75 sem calccedilados
roupas leves sem reloacutegio chaves celular etc
Foi mensurada a circunferecircncia da cintura com uma fita antropomeacutetrica flexiacutevel
no ponto meacutedio entre a uacuteltima costela e a crista iliacuteaca e o procedimento foi deixar a
cintura livre de roupa e os braccedilos cruzados no peito Classificaccedilatildeo de risco para
desenvolver doenccedilas por Lohman et al (1988)75 HOMENS gt 102 cm e MULHERES
gt 88 cm Foi determinado o IMC atraveacutes da equaccedilatildeo [IMC =massa corporal
(kg)estatura2(m)] Valores de referecircncia estatildeo estabelecidos na Tabela 2
Tabela 2 - Classificaccedilatildeo do Iacutendice de Massa Corporal
IMC Classificaccedilatildeo
Baixo peso lt 220 kgm2 Peso adequado 220 le IMC le 270 kgm2 Obesidade gt 270 kgm2
Lohman et al (1988)75
16
A razatildeo cintura-estatura foi determinada pela equaccedilatildeo proposta por Pitanga e
Lessa (2006)15 a qual utiliza a CC (cm) e a estatura (cm) O Iacutendice C foi estimado por
meio das medidas de massa corporal estatura e circunferecircncia da cintura utilizando-
se um modelo proposto por Valdez (1991)54 cuja equaccedilatildeo matemaacutetica estaacute descrita a
seguir
46 Anaacutelise dos dados
Os dados foram digitados com dupla entrada no software Epidata 31 Apoacutes a
digitaccedilatildeo dos dados foram verificados manualmente os valores discrepantes e a
consistecircncia das informaccedilotildees
Na anaacutelise de dados foram utilizados os procedimentos da estatiacutestica descritiva
expressa por meacutedia desvio padratildeo nuacutemero de observaccedilotildees e percentual das
variaacuteveis avaliadas A diferenccedila entre os sexos nas variaacuteveis contiacutenuas foi analisada
pelo teste t de Student para amostras independentes uma vez que as variaacuteveis
apresentaram distribuiccedilatildeo normal e o teste do Qui-quadrado para comparar as
proporccedilotildees (variaacuteveis qualitativas) entre os idosos do sexo masculino e feminino
O poder discriminatoacuterio para determinar a hipertensatildeo arterial e os iacutendices
antropomeacutetricos foi verificado atraveacutes da utilizaccedilatildeo das curvas ROC recurso utilizado
para obtenccedilatildeo de pontos de corte que visam diagnoacutesticos ou triagem
A aacuterea sob a curva ROC (ASC) determina a capacidade preditiva do indicador
para presenccedila ou ausecircncia de hipertensatildeo arterial Uma ASC igual a 10 eacute
considerada perfeita poreacutem se for igual ou menor a 05 indica que sua capacidade
preditiva natildeo eacute melhor que ao acaso
17
Neste estudo o pressuposto para anaacutelise da ASC foi agrave sensibilidade pois em
determinadas situaccedilotildees quando natildeo pode correr o risco de natildeo diagnosticar
determinada doenccedila eacute melhor privilegiar a sensibilidade76
Apoacutes determinados os pontos de corte para cada uma das variaacuteveis
investigadas para prediccedilatildeo de hipertensatildeo essas foram dicotomizadas com base em
seus respectivos valores de referecircncia As anaacutelises estatiacutesticas foram conduzidas no
Statistical Product and Service Solutions (SPSS) reg 130 Em todas as anaacutelises foram
efetuadas respeitando-se o niacutevel de significacircncia de 5
47 Aspectos Eacuteticos
O estudo foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa da Universidade
Estadual do Sudoeste da Bahia com parecer (CAAE 22969013000000055) (Anexo
1) seguindo princiacutepios eacuteticos estabelecidos na Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de
2012 do Conselho Nacional de Sauacutede (CNS)77
18
5 RESULTADOS
51 Caracterizaccedilatildeo da amostra estudada
De acordo com a contabilizaccedilatildeo das perdas (mudou-se do municiacutepio natildeo foi
encontrado por mais de 3 vezes na USF ou domicilio) e recusas (n=31) a amostra final
foi composta por 310 idosos (201 zona urbana e 109 zona rural) A taxa de respostas
foi de 912 com 88 (n=31) de recusas e 92 (n=29) de exclusatildeo
Participaram do estudo 175 mulheres (565) e 135 homens (435) As
idades variaram entre 60 e 108 anos com meacutedia de 7078 plusmn 82 anos para as mulheres
e 60 a 93 anos com meacutedia de 7259 plusmn 78 anos para homens
A maioria das mulheres se auto referiu ser negra e os homens pardo O iacutendice
de analfabetismo apresentou-se elevado em ambos os sexos A maior parte dos idosos
eacute casado A maioria dos idosos sobrevivia com renda mensal inferior ou igual a um
salaacuterio miacutenimo (Tabela 3)
19
Tabela 3 - Variaacuteveis sociodemograacuteficas e de estilo de vida em idosos
Mulheres (n=175) Taxa de Resposta
Homens (n=135) Taxa de Resposta
n n P
Raccedilacor 9861 991
Branco 47 2686 43 3209
Preto 73 4171 26 1940 0001
Pardo 49 2800 55 4074
Natildeo sabe 4 229 10 741
Escolaridade 9918 1000
Analfabeto 95 5429 84 6222
Baacutesica 72 4114 46 3408 0001
Secundaacuteria 5 286 5 370
Superior 2 114 - -
Estado Civil 9789 991
Casadouniatildeo estaacutevel
74 4229 78 5777
Solteiroseparado 33 1886 36 2667 0001
Viuacuteva 63 3600 20 1481
Renda Mensal 9918 1000
le 1 salaacuterio 165 9428 123 9111
11 a 2 salaacuterio 8 458 10 74 0001
21 a salaacuterio 1 057 2 148
Alcoolismo 9989 1000
Sim 4 229 9 667 0001
Natildeo 170 9714 126 9333
Tabagismo 9597 1000
Sim 15 857 21 1556 0001
Natildeo 152 8686 114 8444
Teste Qui-quadrado
20
52 Caracteriacutesticas antropomeacutetricas
Apoacutes a assinatura do TCLE e realizaccedilatildeo do questionaacuterio 10 idosos foram
excluiacutedos (recusas e informaccedilatildeo incompleta do questionaacuterio) desta etapa de anaacutelise
Dessa forma foram analisadas 300 avaliaccedilotildees das medidas antropomeacutetricas
Na Tabela 4 podem ser observados os valores meacutedios desvio padratildeo valores
miacutenimos e maacuteximos e percentuais das variaacuteveis avaliadas A meacutedia do IMC foi menor
nos homens quando comparado com o resultado das mulheres (p lt 0001) Natildeo houve
diferenccedila significativa da variaacutevel circunferecircncia da cintura entre homens e mulheres
(p = 0208) A prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi maior nas mulheres A maioria
das mulheres eacute obesa e entre os homens o estado nutricional foi considerado eutroacutefico
(Tabela 5)
21
Tabela 4 - Valores descritivos miacutenimos e maacuteximos das variaacuteveis analisadas
Variaacuteveis Mulheres (n=167) Homens (n=133) Valor-p
Idade (anos) 7078 plusmn 821 (60-108)
7259 plusmn 786 (60-93)
0055
Massa corporal (kg) 6020 plusmn 1223 (2970-9580)
6384 plusmn 1250 (4010-11840)
0012
Estatura (cm) 14875 plusmn 616 (129-164)
16080 plusmn 782 (135-183)
lt00001
IMC (kgm2) 2715 plusmn505 (1342-4064)
2458 plusmn 390 (1475-3544)
lt00001
CC (cm)dagger 8734 plusmn 1126 (55-130)
8894 plusmn 1010 (66-115)
0208
RCEst 057 plusmn 011 (000-087)
055 plusmn 006 (042-073)
0086
Iacutendice C 123 plusmn 021 (000-166)
129 plusmn 006 (117-150)
0001
PAS 14096 plusmn 2218 (87-200)
13735 plusmn 2251 (98-209)
0166
PAD 7671 plusmn 1091 (45-105)
7697 plusmn 1179 (49-110)
0846
IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia da cintura RCEst - razatildeo cintura-estatura Iacutendice C - Iacutendice de Conicidade PAS - pressatildeo arterial sistoacutelica PAD ndash pressatildeo arterial diastoacutelica dagger Variaacuteveis com perdas (n=163 mulheres) Teste T de Student para amostras independentes
Tabela 5 - Percentuais das variaacuteveis analisadas
Variaacutevel Mulheres Homens Valor-p
Pressatildeo Arterial (n) (n)
Normal 557 (93) 594 (79) 0011
Hipertensatildeo 443 (74) 406 (54)
Estado nutricional (n) (n)
Baixo peso 144 (24) 301 (40)
Normal 353 (59) 436 (58) lt00001
Sobrepeso 503 (84) 263 (35)
Teste Qui-quadrado
53 Anaacutelise da curva ROC
22
As aacutereas sob a curva ROC do IMC da CC da RCEst e do iacutendice C como
preditores de hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos e os respectivos
intervalos de confianccedila (IC 95) podem ser observados na Tabela 6 e nas Figuras 2
3 4 5 6 7 8 9 Evidenciou-se que alguns iacutendices antropomeacutetricos apresentaram
aacuterea sob a curva ROC significativas Todavia a RCEst e o IMC assumiram maiores
aacutereas com diferenccedila significativa para os homens
Tabela 6 - Aacuterea sob a curva ROC e IC95 entre os iacutendices antropomeacutetricos e hipertensatildeo arterial em idosos
Aacuterea sob a curva ROC
PA elevada Mulheres
Homens
p
IMC (kgm2) 053 (044-062) 060 (050-070)
lt00001dagger
CC (cm) 057 (048-066) 058 (048-068)
lt00001dagger
RCEst 056 (047-065) 061 (051-071)
lt00001dagger
Iacutendice C 058 (049-066) 058 (058-068) lt00001dagger
IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia de cintura RCEst - razatildeo cinturaestatura Iacutendice C - iacutendice de conicidade ROC ndashReceiver Operating CharacteristicIC95 - intervalo de confianccedila a 95Aacuterea sob a curva ROC apresentando poder discriminatoacuterio para pressatildeo arterial elevada (Li-IC ge 050) daggerTeste Qui-quadrado
23
Figura 2 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) IMC - iacutendice de massa corporal
Figura 3 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) IMC - iacutendice de massa corporal
24
Figura 4 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) CC ndash circunferecircncia da cintura
Figura 5 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) CC ndash circunferecircncia da cintura
25
Figura 6 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) RCEst - razatildeo cinturaestatura
Figura 7 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) RCEst - razatildeo cinturaestatura
26
Figura 8 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) Iacutendice C -iacutendice de conicidade
Figura 9 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) Iacutendice C - iacutendice de conicidade
27
Os valores dos pontos de corte dos iacutendices antropomeacutetricos como preditores
de hipertensatildeo arterial e suas respectivas sensibilidade e especificidade (mais
adequado equiliacutebrio entre si) satildeo apresentados na Tabela 7 Observa-se que entre
os iacutendices antropomeacutetricos a RCEst teve melhor percentual de sensibilidade e de
especificidade para discriminar a pressatildeo arterial elevada para os homens
Tabela 7 - Pontos de corte sensibilidade e especificidade dos iacutendices antropomeacutetricos para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial em idosos
Mulheres Homens PA elevada
Ponto de corte
Sensibilidade ()
Especificidade ()
Ponto de corte
Sensibilidade ()
Especificidade ()
IMC (kgm2)
2679 527 548 2420 527 548
CC (cm) 8750 577 457 8650 593 532 RCEst 059 568 430 054 648 456 Iacutendice C 126 541 452 129 574 456
IMC ndash Iacutendice de Massa Corporal CC ndash Circunferecircncia da Cintura RCEst ndash Razatildeo Cintura-Estatura Iacutendice C ndash Iacutendice de Conicidade
28
6 DISCUSSAtildeO
61 Aacutereas sob a Curva ROC
Este estudo teve como objetivo identificar a capacidade preditiva de iacutendices
antropomeacutetricos de obesidade geral e abdominal para discriminar a presenccedila de
hipertensatildeo arterial em idosos com foco de utilizaccedilatildeo no ambiente da estrateacutegia de
sauacutede da famiacutelia Nessa perspectiva surge uma proposta de triagem dos casos de
idosos com possiacuteveis alteraccedilotildees crocircnicas em sua pressatildeo arterial aleacutem de possibilitar
a discussatildeo sobre validaccedilatildeo de tais iacutendices para uso no contexto da sauacutede
Dessa forma recomenda-se a anaacutelise da sensibilidade e especificidade por
meio da construccedilatildeo de curvas ROC pois eacute a melhor opccedilatildeo para determinar pontos de
corte em estudos epidemioloacutegicos78 Essa anaacutelise permite fornecer a aacuterea sob a curva
que traduz o poder de discriminaccedilatildeo de um indicador para um determinado desfecho
e a identificaccedilatildeo do melhor ponto de corte
A proposta dessa pesquisa natildeo eacute excluir o diagnoacutestico meacutedico mas
proporcionar uma estrateacutegia mais abrangente a ser utilizada pelas USFs em parceria
entre os profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica e os profissionais de sauacutede no contexto da
atenccedilatildeo primaacuteria
Embora exista associaccedilatildeo entre sobrepesoobesidade e a pressatildeo arterial
elevada poucos estudos tecircm identificado pontos de corte de iacutendices antropomeacutetricos
que visem agrave detecccedilatildeo da hipertensatildeo arterial em idosos Diversos estudos tecircm
demonstrado que os iacutendices antropomeacutetricos satildeo bons indicadores de obesidade e
estatildeo relacionados a fatores de risco cardiovascular795880 Todavia a hipertensatildeo eacute
apontada como um dos principais fatores de risco cardiovasculares o que denota a
necessidade de um olhar diferenciado
A prevalecircncia de hipertensatildeo foi inferior agrave encontrada em outros estudos818283
Contudo diferenccedilas metodoloacutegicas nuacutemero de medidas realizadas e os diferentes
criteacuterios de referecircncia satildeo as principais causas da grande variabilidade nas
prevalecircncias de pressatildeo arterial elevada entre as investigaccedilotildees No presente estudo
29
optou-se por maior rigorosidade ao diagnosticar a pressatildeo arterial elevada
considerando a realizaccedilatildeo de trecircs medidas
Nessa amostra observou-se que a prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi
443 nas mulheres e 406 nos homens Demonstrando ser uma alta prevalecircncia
pois se trata de uma populaccedilatildeo que eacute influenciada diretamente pelo o aumento da
morbimortalidade durante o envelhecimento Estudos envolvendo idosos indicam que
a prevalecircncia da hipertensatildeo encontra-se entre 50-70 com o aumento da idade84
Poucos estudos epidemioloacutegicos foram conduzidos com o objetivo de identificar
e discriminar a capacidade de iacutendices antropomeacutetricos de obesidade para a pressatildeo
arterial elevada na populaccedilatildeo de idosos e principalmente utilizando o iacutendice C o
RCEst Um estudo realizado com a populaccedilatildeo de idosos utilizou o mesmo objetivo
poreacutem usou como ponto de corte o iacutendice de massa corporal e o iacutendice de adiposidade
corporal85 Entretanto faz-se necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de outros iacutendices para identificar
hipertensatildeo arterial em idosos
De acordo com os resultados do presente estudo somente alguns dos
indicadores antropomeacutetricos apresentaram capacidade preditiva para a hipertensatildeo
arterial em idosos de acordo com limite inferior do intervalo de confianccedila de 9586
Dessa forma foi observado que a RCEst e IMC para os homens mostraram-se com
bom poder de detecccedilatildeo para a hipertensatildeo arterial pois obtiveram maiores valores
sob a curva para esse desfecho
Em 2013 Leal Neto et al85 identificaram em seus resultados que o IMC e o
iacutendice de adiposidade corporal foram os melhores indicadores preditivos de
hipertensatildeo arterial nos idosos em ambos os sexos independentemente de outros
fatores tais como idade tabagismo consumo de aacutelcool e atividade fiacutesica
No presente estudo os principais indicadores que tiveram uma boa aacuterea sob a
curva foram o IMC RCEst e Iacutendice C com resultados de 060 IC95 (050-070) 061
IC95 (051-071) e 058 IC95 (058-068) respectivamente para homens
Nas mulheres tais iacutendices mostraram-se com menor poder discriminatoacuterio para
diagnosticar a hipertensatildeo arterial A HAS eacute um desfecho que pode ser influenciado
por fatores multicausais (hormonais estresse etc) Na anaacutelise do desempenho do
iacutendice antropomeacutetrico a loacutegica eacute unidirecional ou seja verificar o desempenho desses
iacutendices apenas como preditores de hipertensatildeo arterial foram mais satisfatoacuterios entre
os homens Os iacutendices podem interferir mas natildeo determinar a prevalecircncia da
30
hipertensatildeo Embora as mulheres tenham uma maior prevalecircncia essa natildeo eacute
determinada pelos iacutendices antropomeacutetricos no presente estudo
Tais resultados diferem do estudo realizado em 2012 por Samsen et al87 no
qual a circunferecircncia da cintura teve boa ASC nos homens = 0684 com IC95 (0672-
0695) e nas mulheres = 0673 IC95 (0665-0681) sendo o melhor indicador
significativamente (p lt0001) do que o IMC no qual a ASC em homens foi de = 0667
IC95 (0656-679) e nas mulheres = 0636 IC95 (0628-0644) em discriminaccedilatildeo
de pelo menos um fator de risco cardiovascular Isso se deve ao fato de tal estudo ter
sido realizado com uma abrangecircncia maior na faixa etaacuteria que foi de 45-80 anos
Uma possiacutevel limitaccedilatildeo para discussatildeo dos resultados desse estudo foi a faixa
etaacuteria restrita que natildeo incluiu idosos (igual ou acima de 60 anos) o que impossibilita
a triagem da pressatildeo arterial elevada nessa populaccedilatildeo
62 Iacutendices antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial
Nesse estudo a CC e RCEst foram as variaacuteveis com maiores valores absolutos
de sensibilidade para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial respectivamente para mulheres
e homens Tais resultados indicam as proporccedilotildees de verdadeiros positivos na
ocorrecircncia de hipertensatildeo arterial
Quanto ao ponto de corte do RCEst nas mulheres foi de 059 sendo 568 de
sensibilidade e 430 de especificidade Valores inferiores ao encontrado no presente
estudo para mulheres foram sugeridos em Taiwan (045) Cingapura (048) e na China
(050) No Brasil em 2009 Haun Pitanga e Lessa16 recomendaram para a RCEst
053 como melhor ponto de corte com sensibilidade (67) e especificidade (58) e
aacuterea sob a curva ROC de 069 (IC 95 = 064-075) Outro ponto de corte semelhante
ao observado no Brasil com mulheres mexicanas variou de 053 a 0535 para a
RCEst discriminar diabete tipo 2 hipertensatildeo e dislipidemias88899091
Os pontos de corte sugeridos por esses paiacuteses e no Brasil podem ter sido
inferiores por causa da abrangecircncia na faixa etaacuteria dos indiviacuteduos no qual incluiacuteram
mulheres de 30 a 74 anos como tambeacutem as caracteriacutesticas econocircmicas culturais e
31
de estilo de vida diferem da realidade das mulheres que residem em cidades de
pequeno porte Estudos que discriminem hipertensatildeo arterial principalmente em
idosos com RCEst satildeo escassos na literatura
Em 2010 Browning Hsieh e Ashwel92 realizaram uma revisatildeo sistemaacutetica
sobre a potencialidade de indicadores antropomeacutetricos em predizer doenccedilas
cardiovasculares e identificou a RCEst como variaacutevel de melhor desempenho A
RCEst apresentou maiores ASC quando comparada ao IMC ou CC Os dados
analisados foram de quatorze paiacuteses diferentes e incluiacuteram caucasianos asiaacuteticos e
da Ameacuterica Central Segundo os autores uma RCEst ge 05 eacute capaz de identificar
fatores de risco cardiovasculares Esse ponto de corte eacute inferior aos encontrados para
homens e mulheres no presente estudo significando que o ponto de corte encontrado
pode diagnosticar risco cardiovascular e consequentemente a presenccedila de
hipertensatildeo
Outros autores afirmam essa hipoacutetese relacionada aos valores limites para
RCEst em diversas populaccedilotildees e indicaram que um ponto de corte de 05 eacute o valor
mais indicado para ambos os sexos todas as idades e diferentes populaccedilotildees899315
Com relaccedilatildeo agrave especificidade a variaacutevel com maior valor foi o IMC
independentemente do sexo Nas mulheres o ponto de corte sugerido foi 2679 kgm2
e nos homens 2420 kgm2 O valor da especificidade foi de 548 para ambos os
sexos o qual possibilita determinar corretamente a ausecircncia de hipertensatildeo arterial
Sendo assim este estudo sugere que o IMC natildeo foi o melhor preditor de hipertensatildeo
arterial
O estudo de Leal Neto et al (2013)85 tambeacutem testou a capacidade de
indicadores antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial em idosos
sugeriu como pontos de corte para IMC valores de 247 kgm2 igual ao encontrado no
presente estudo e de 273 kgm2 nuacutemero superior que aos dados do presente
trabalho para homens e mulheres respectivamente
Em outro estudo realizado com 19621 homens e mulheres com faixa etaacuteria de
45-80 anos a meacutedia da idade foi de 598 anos para os homens e 585 anos para as
mulheres O ponto de corte adequado de IMC foi de 23 kgm2 em homens e 24 kgm2
em mulheres Os pontos de corte de CC foram 80 cm e 78 cm em homens e mulheres
respectivamente Os achados do presente estudo foram superiores a esses
32
resultados todavia deve ser considerado que a populaccedilatildeo alvo foi diferente e com
idade menor da populaccedilatildeo pesquisada no presente trabalho87
Com relaccedilatildeo agrave CC o ponto de corte identificado para a prediccedilatildeo de hipertensatildeo
arterial nas mulheres foi superior ao dos homens Contudo os valores de sensibilidade
e especificidade desses pontos de corte foram maiores entre os homens o que pode
indicar que o poder preditivo da CC para a hipertensatildeo arterial eacute melhor para o sexo
masculino Quanto menor o ponto de corte maior seraacute a habilidade do teste em
classificar os doentes como positivos isto eacute maior seraacute a sensibilidade76 Os pontos
de corte dos homens foram em sua maioria menores em comparaccedilatildeo aos das
mulheres
Tais resultados satildeo contraacuterios aos achados do estudo de Kashihara et al
(2009)94 com indiviacuteduos de 30-74 anos que comparou paciente com hipertensatildeo e sem
hipertensatildeo Em seus pontos de corte de CC para os homens foram superiores aos
pontos de corte definidos para as mulheres e os valores de sensibilidade e
especificidade foi maior nas mulheres para identificar risco cardiovascular Poreacutem a
idade foi menor ao proposto no presente estudo
Outro estudo que contraria tais resultados quanto ao ponto de corte da CC foi
o de Haun Pitanga e Lessa (2009)16 que foi superior para os homens enquanto o
niacutevel de sensibilidade e especificidade foi igual aos nossos achados Poreacutem esse
estudo foi realizado com indiviacuteduos de idade entre 30-74 anos e discriminou risco
coronariano elevado
Quanto ao Iacutendice C no presente estudo o ponto de corte sugerido foi de 126
nas mulheres (sensibilidade 541 e especificidade 452) e 129 para os homens
(sensibilidade 574 e especificidade 456)
Diferentemente do resultado encontrado no presente estudo Pitanga e Lessa
(2005)56 sugeriram como o melhor ponto de corte para risco coronariano com o iacutendice
C 118 para mulheres apresentando valores de sensibilidade (7339) e
especificidade (6115) Para os homens o ponto de corte foi de 125 com valores de
sensibilidade (7391) e especificidade (7492) Tais pontos de corte foram para
indiviacuteduos adultos por esse motivo foram mais baixos que os achados do presente
trabalho Deve-se considerar que existem modificaccedilotildees na composiccedilatildeo corporal com
o processo do envelhecimento o que poderia alterar os pontos de corte para as essas
medidas antropomeacutetricas
33
Em outro estudo com os mesmo autores foram apresentados outros pontos de
corte comparando diferentes faixas etaacuterias Para as mulheres de 30-49 anos o melhor
ponto de corte foi o mesmo (118) com melhor sensibilidade (7857) e
especificidade (6524) e tambeacutem melhor aacuterea sob a curva ROC 081 (IC95 = 070-
092) Entre as de idade mais avanccedilada (50-74 anos) o melhor ponto de corte
sugerido foi 122 com sensibilidade (6000) e especificidade (6582) e aacuterea sob a
curva ROC 065 (IC 95 = 058-073) Portanto o iacutendice C apresentou melhor poder
discriminatoacuterio de RCEst para as mulheres mais jovens64
Almeida Almeida e Arauacutejo (2009)58 conduziram uma pesquisa com mulheres
de 30 e 69 anos buscando avaliar o desempenho de diferentes pontos de corte do
iacutendice C RCQ CC e RCEst para discriminar Risco Coronariano Elevado e o ponto de
corte encontrado para o Iacutendice C foi (125) proacuteximo ao ponto de corte para mulheres
nos nossos achados Dessa forma tais autores afirmaram que os indicadores
antropomeacutetricos de obesidade abdominal analisados tiveram desempenhos
satisfatoacuterios e similares para discriminar RCEst poreacutem o iacutendice C foi o que
apresentou o melhor poder discriminatoacuterio
As informaccedilotildees sobre o iacutendice C satildeo limitadas quanto agrave discussatildeo do ponto de
corte para hipertensatildeo arterial principalmente por encontrar poucos estudos sobre
essa medida como referecircncia para idosos Pitanga e Lessa (2004)55 relatam como
uma limitaccedilatildeo para a utilizaccedilatildeo do Iacutendice C em estudos populacionais a dificuldade de
se calcular o denominador da equaccedilatildeo proposta para sua determinaccedilatildeo
O excesso de gordura em geral estaacute associado ao aparecimento de doenccedilas
cardiovasculares hipertensatildeo arterial e mortalidade a definiccedilatildeo de pontos de corte
para iacutendices que se destacam por sua simplicidade operacional e boa acuraacutecia
permite a detecccedilatildeo dos indiviacuteduos sob risco sendo de grande utilidade nos serviccedilos
de atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede aleacutem de possibilitar o conhecimento da situaccedilatildeo de
grupos populacionais especiacuteficos frente a esses riscos quando empregados na
pesquisa epidemioloacutegica
No contexto das cidades de pequeno porte (rurais e urbanas) os recursos de
sauacutede satildeo muitas vezes limitados e escassos sendo importante a utilizaccedilatildeo desses
iacutendices antropomeacutetricos como substituiccedilatildeo eou apoio a avaliaccedilatildeo tradicional da
pressatildeo arterial Em vaacuterias conjunturas de sauacutede a alta demanda de paciente com
hipertensatildeo arterial exige a utilizaccedilatildeo de instrumentos de diagnoacutesticos e rastreamento
34
de raacutepida e faacutecil aplicaccedilatildeo que possam ser manejados por diferentes profissionais e
que sobretudo apresentem validade e fidedignidade A adequada validaccedilatildeo de
instrumentos e conhecimento de suas propriedades teacutecnicas na populaccedilatildeo brasileira
tambeacutem deve contribuir com a seleccedilatildeo de prioridades e delimitaccedilatildeo do conteuacutedo dos
programas de sauacutede pelos tomadores de decisatildeo em diferentes niacuteveis de gestatildeo
35
7 CONCLUSAtildeO
As anaacutelises dos dados permitem frente aos objetivos estabelecidos formular
as seguintes conclusotildees Quanto ao poder de discriminaccedilatildeo de iacutendices
antropomeacutetricos para a hipertensatildeo arterial em idosos os iacutendices antropomeacutetricos
(IMC RCEst e Iacutendice C) foram bons preditores de hipertensatildeo arterial para os homens
Dessa forma tais iacutendices podem ser empregados nos homens poreacutem tais medidas
natildeo foram satisfatoacuterias para predizer pressatildeo arterial elevada nas mulheres idosas
limitando a sua utilizaccedilatildeo para o sexo feminino com idades avanccediladas
O melhor ponto de corte para discriminar hipertensatildeo arterial foi 054 para a
RCEst nos homens dessa forma tal ponto de corte deve ser empregada no contexto
da atenccedilatildeo primaacuteria nos homens Sugere-se a utilizaccedilatildeo dessa medida a fim de
detectar e realizar a triagem da hipertensatildeo arterial com caracteriacutesticas similares agrave
amostra deste estudo
Recomenda-se que a utilizaccedilatildeo de dois iacutendices simultaneamente resulte em
uma maior eficiecircncia na avaliaccedilatildeo do risco de hipertensatildeo arterial em idosos A
indicaccedilatildeo destas medidas permite que ela seja realizada nas Unidades de Sauacutede da
Famiacutelia como meacutetodo de triagem para idosos com hipertensatildeo arterial utilizando
materiais de faacutecil manejo e de baixo custo
Dessa forma pode-se efetivamente atingir uma das estrateacutegias de prevenccedilatildeo
da hipertensatildeo arterial sistecircmica que eacute o controle da pressatildeo arterial durante o
envelhecimento Todavia sugere-se cautela na utilizaccedilatildeo do ponto de corte desses
indicadores para as mulheres pois os resultados natildeo foram satisfatoacuterios
Fica evidente a necessidade de outros estudos que identifiquem pontos de
corte de iacutendices antropomeacutetricos visando agrave detecccedilatildeo de hipertensatildeo arterial e de
outros fatores de risco cardiovascular nas mulheres idosas que residem em cidades
de pequeno porte
36
8 REFEREcircNCIAS
1 Omram AR The epidemiologic transition a theory of the epidemiology of population change Milbank Memorial Fund Quarterly 1971 49 (Part 1) 509-538
2 Wong LR Carvalho JM Age-strucutural transition in Brazil demographic bonuses and emerging challenges In Pool I Wong LLR Vilquin E editores Age-structural transitions challenges for development Paris Committee for International Cooperation in National Research in Demography 2006
3 Gragnolati M Jorgensen OH Rocha R Fruttero AA Envelhecendo em um Brasil mais Velho implicaccedilotildees do envelhecimento populacional sobre o crescimento econocircmico reduccedilatildeo da pobreza financcedilas puacuteblicas prestaccedilatildeo de serviccedilos Banco Internacional para a Reconstruccedilatildeo e o Desenvolvimento Banco Mundial 2011
4 Schmidt MI Duncan BB Silva GA et al Health in Brazil 4 Chronic non-communicable diseases in Brazil burden and current challenges The Lancet 2011 377
5 Ezzati M Hoorn SV Rodgers A et al Comparative Risk Assessment Collaborating Group Selected major risk factors and global and regional burden of disease Lancet 2002 360 1347-60
6 Lim SS Vos T Flaxman AD et al A comparative risk assessment of burden of disease and injury attributable to 67 risk factors and risk factor clusters in 21 regions 1990-2010 a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2010 Lancet 2012 380 (9859)2224-60
7 Sociedade Brasileira de Cardiologia Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Sociedade Brasileira de Nefrologia VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 2010 95(1) 1-51
8 Miranda DR Perrotti TC Bellinazzi VR et al Hipertensatildeo arterial no idoso peculiaridades na fisiopatologia no diagnoacutestico e no tratamento Rev Bras Hipertens 2002 9 293-300
9 Pilger C Menon MU Mathias TAF Caracteriacutesticas sociodemograacuteficas e de sauacutede de idosos contribuiccedilotildees para os serviccedilos de sauacutede Rev Latino-Am Enfermagem 2011 19(5)1230-1238
10 Pilger C Menon MU Mathias TAF Utilizaccedilatildeo de serviccedilos de sauacutede por idosos vivendo na comunidade Rev esc enferm USP 2013 47(1)213-220
11 Mariath AB Grillo LP Silva RO et al Obesidade e fatores de risco para o desenvolvimento de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis entre usuaacuterios de unidade de alimentaccedilatildeo e nutriccedilatildeo Cad Sauacutede Puacuteblica 2007 23 (4) 897-905
37
12 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Diretrizes e recomendaccedilotildees para o cuidado
integral de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis promoccedilatildeo da sauacutede vigilacircncia prevenccedilatildeo e assistecircncia Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2008
13 Kuumlmpe DA Sodreacute AC Pomatti DM et al Obesidade em Idosos Acompanhados
pela Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia Texto Contexto Enferm Florianoacutepolis 2011 20(3) 471-7
14 Silva KS Farias Juacutenior JC Fatores de risco associados agrave pressatildeo arterial elevada em adolescentes Rev Bras Med Esporte 2007 13(4) 237-40
15 Pitanga FJG Lessa I Razatildeo cintura-estatura como discriminador do risco
coronariano de adultos Rev Assoc Med Bras 2006 52157-61
16 Haun DR Pitanga FJG Lessa I Razatildeo CinturaEstatura comparado a outros indicadores antropomeacutetricos de obesidade como preditor de risco coronariano elevado Rev Assoc Med Bras [online] 2009 55(6) 705-711
17 Nascimento CM Ribeiro AQ SantrsquoAna LFR et al Estado nutricional e condiccedilotildees de sauacutede da populaccedilatildeo idosa brasileira revisatildeo da literatura Rev meacuted Minas Gerais 2011 21(2)174-180
18 Gomes MA Beck cc Duarte MFS et al Ficha Antropomeacutetrica no Nuacutecleo de Apoio a Sauacutede da Famiacutelia o que medir e para que medir Rev bras cineantropom desempenho hum 2009 11(2) 243-253
19 Azevedo LF Oliveira ACC Lima JRP et al Recomendaccedilotildees sobre condutas e procedimentos do profissional de educaccedilatildeo fiacutesica na atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede Rio de Janeiro CONFEF 2010 109-55
20 World Health Organization World health statistics 2012 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghopublicationsworld_health_statistics2012enindexhtmlgt [2012 set 18]
21 World Health Organization Global health risks mortality and burden of disease attributable to selected major risks Geneva World Health Organization 2009a
22 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Panorama da sauacutede brasileira em muacuteltiplos aspectos Percepccedilatildeo do estado de sauacutede estilo de vida e doenccedila crocircnica Pesquisa Nacional de Sauacutede 2013
23 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Pesquisa Nacional por Amostra
de Domiciacutelios 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapesquisaspesquisa_resultadosphpid_pesquisa=149gt[2014 dez 04]
24 Tribess S Virtuoso Junior JS Prescriccedilatildeo de exerciacutecios fiacutesicos para idosos Rev saudecom 2005 1(2)163-72
38
25 Pollock ML Wilmore JH Exerciacutecio na Sauacutede e na Doenccedila avaliaccedilatildeo e prescriccedilatildeo para prevenccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo Editora MEDSI 2ordf ed Rio de Janeiro 1993
26 Sociedade Brasileira de Cardiologia V Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 20061-48
27 World Health Organization Global Health Observatory (GHO) 2014 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghoncdrisk_factorsblood_pressure_prevalence_textengt [2014 dez 04]
28 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Secretaria de Atenccedilatildeo baacutesica agrave Sauacutede Departamento de atenccedilatildeo baacutesica - Hipertensatildeo arterial sistecircmica Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2006
29 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) (2009) Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeGestorvisualizar_textocfmidtxt=24421gt [2010 abr 07]
30 Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Nuacutemero de hipertenso 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwsbhorgbripadgeralphpgt [09 nov 2014]
31 Secretaria de Sauacutede do Estado da Bahia Hipertensatildeo Quantidade de Hipertensos na Bahia Disponiacutevel em (2014) lthttpwwwsaudebagovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=4418ampcatid=1ampItemid=14gt [2014 jan 10]
32 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica 2014 Dados de mortalidade na Bahia Disponiacutevel em lthttptabnetdatasusgovbrcgitabcgiexesiabcnvSIABSBAdefgt [2014 mai 05]
33 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica Dados sociodemograacuteficos de Ibicuiacute 2014 lthttptabnetdatasusgovbrcgideftohtmexesiabcnvSIABFBAdefgt [2014 jan 05]
34 Williams B The year in hypertension JACC 2010 55(1) 66-73
35 Lipp M Rocha JC Stress Hipertensatildeo Arterial e Qualidade de vida um guia de tratamento para o hipertenso Campinas Papirus 1996
36 Borenstein MS (Org) Manual de Hipertensatildeo Arterial Porto Allege Editora Sagra Luzzatto 1999
37 Joint National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure The Sixth Report of the Join National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure Arch Intern Med 1997157 2413-2446
39
38 Mitchell GF Parise H Benjamin EJ et al Changes in arterial stiffness and wave reflection with advancing age in health men and women Hypertension 2004 431239-1245
39 Matos AC Ladeia AM Avaliaccedilatildeo de fatores de risco cardiovascular em uma comunidade rural da Bahia Arq Bras Cardiol 2003 81(3) 291-6
40 World Health Organization Who Expert Committee on Physical Status the use and interpretation of antropometry Report of a WHO Expert Commitee Geneva WHO 1995 p 854
41 Pitanga FJG Antropometria na avaliaccedilatildeo da obesidade abdominal e risco coronariano Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum 201113(3) 238-241
42 Ferreira LS Amaral TF Marucci MFN et al Under nutrition as a major risk factor for death among older Brazilian adults in the community-dwelling setting SABE survey Nutrition 201127(10)17-22
43 Andrade FB Caldas Junior AF Kitoko PM et al Prevalence of overweight and obesity in elderly people from Vitoacuteria-ES Brazil Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2012 set17(3)749-756
44 Boscatto EC Duarte Mde F Coqueiro Rda S Barbosa AR Nutritional status in the oldest elderly and associated factors Rev Assoc Med Bras 2013 59(1)40-47
45 Kostka J Borowiak E Kostka T Nutritional status and quality of life in different
populations of older people in Poland Eur J Clin Nutr 2014 Nov68(11)1210-5
46 Silva DAS Petroski EL Associaccedilatildeo de diferentes pontos de corte para sobrepeso e obesidade com pressatildeo arterial elevada em idosas Rev Educ Fis UEM 2009 20 415-22
47 Nutrition Screening Initiative Interventions manual for professionals caring for older Americans Washington DC Nutrition Screening Initiative 1992
48 World Health Organization Obesity preventing and managing the global epidemic Report of a WHO Consultation on Obesity Geneva World Health Organization 1998
49 Cameron AJ Dunstan DW Owen N et al Health and mortality consequences
of abdominal obesity evidence from the Aus Diab study Med J Aust 2009191 202ndash208
50 Fox KA Despres JP Richard AJ et al Does abdominal obesity have a similar impact on cardiovascular disease and diabetes A study of 91246 ambulant patients in 27 European countries Eur Heart J 2009 30 3055ndash3063
40
51 Pouliot MC Despreacutes JP Lemieux S et al Waist circumference and abdominal sagittal diameter Best simple anthropometric indexes of abdominal visceral adipose tissue accumulation and related cardiovascular risk in men and woman Am J Cardiology 1994 73 460-468
52 Peixoto MRG Beniacutecio MHD Latorre M et al Circunferecircncia da Cintura e Iacutendice de massa Corporal como Preditores da Hipertensatildeo Arterial Arq Bras Cardiol 200687 462-470
53 MacKay MF Haffner SM Wagenknecht LE et al Prediction of type 2 diabetes using alternate anthropometric measures in a multiethnic cohort the insulin resistance atherosclerosis study Diabetes Care 200932(5)956-8
54 Valdez R A simple model-based index of abdominal adiposity J Clin Epidemiol1991 44(9) 955-6
55 Pitanga FJG Lessa I Sensibilidade e especificidade do iacutendice de conicidade como discriminador do risco coronariano de adultos em Salvador Brasil Rev Bras Epidemiol 20047(3)259-69
56 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano elevado em adultos na cidade de Salvador - Bahia Arq Bras Cardiol 2005 85 (1)26-31
57 Ghosh JR Bandyopadhyay AR Comparative evaluation of obesity measures relationship with blood pressures and hypertension Singapore Med J 200748(3) 232-5
58 Almeida RT Almeida MMG Araujo TM Obesidade abdominal e risco cardiovascular desempenho de indicadores antropomeacutetricos em mulheres Arq Bras Cardiol 2009 out92(5)375-380
59 Freitas Juacutenior Costa Rosa CS Codogno JS et al Capacidade cardiorrespiratoacuteria e distribuiccedilatildeo de gordura corporal de mulheres com 50 anos ou mais Rev Esc Enferm USP 2010 44(2) 395-400
60 Matos LN Giorelli GV Dias CB Correlation of anthropometric indicators for identifying insulin sensitivity and resistance Satildeo Paulo Med J [online] 2011 129(1) 30-35
61 Gomes MA Rech CR Gomes MBA et al Correlaccedilatildeo entre iacutendices antropomeacutetricos e distribuiccedilatildeo de gordura corporal em mulheres idosas Rev bras cineantropom desempenho hum 2006 set 8(3) 16-22
62 Tarastchuk JCE Gueacuterios EE Bueno RRL et al Obesidade e intervenccedilatildeo coronariana devemos continuar valorizando o Iacutendice de Massa Corpoacuterea Arq Bras Cardiol [online] 2008 90(5) 311-316
41
63 Ferreira AP CB Ferreira VC Souza et al Risco de distuacuterbio glicecircmico em mulheres idosas ajustado por antropometria e genoacutetipos de citocinas Rev Assoc Med Bras [online] 201157(5) 565-569
64 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano em mulheres Rev Bras Cineantrop Desempenho Hum 2006 8 (1) 14-21
65 Newman TB Browner WS Cummings SR Delineando estudos de testes meacutedicos In Hulley SB et al Delineando a pesquisa cliacutenica uma abordagem epidemioloacutegica 2 ed Porto Alegre Artmed 2003 203-224
66 Toscano CM As campanhas nacionais para detecccedilatildeo das doenccedilas crocircnicas natildeo-transmissiacuteveis diabetes e hipertensatildeo arterial Ciecircnc sauacutede Coletiva out-dez 2004 9(4) 885-895
67 Fletcher RH Fletcher SW Prevenccedilatildeo In Fletcher R Fletcher S Epidemiologia
cliacutenica elementos essenciais 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 2006 179-201
68 Jeckel J Elmore J Katz D Meacutetodos de prevenccedilatildeo secundaacuteria In _____ Epidemiologia bioestatiacutestica e medicina preventiva 2 ed Porto Alegre Artmed 2005 236-247
69 Klein CH Bloch KV Estudos seccionais In Medronho RA Carvalho DM Bloch KV Luiz RR Werneck GL Epidemiologia 1ordf ed Satildeo Paulo Editora Atheneu 2002 125-150
70 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Resoluccedilatildeo nordm- 6 de 3 de novembro de 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcenso2010ibgegovbrdados_divulgadosindexphpuf=29gt[201 dez 18]
71 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica ndash Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais (2014) Disponiacutevel em lthttpcodibgegovbr398G9gt [2014 ago 30]
72 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230gt [2013 mai 01]
73 Luiz RR Magnanini MMF A loacutegica da determinaccedilatildeo do tamanho da amostra em investigaccedilotildees epidemioloacutegicas Cad sauacutede coletiva Rio de Janeiro 2000 8(2) 9-28
74 Reis MC Nascimento RAS Pedreira RBS et al Validaccedilatildeo de Face e Clareza do Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede dos Idosos ndash IASI [resumo] in Anais do XIX Congresso Brasileiro Geriatria e Gerontologia Beleacutem 2014 296-296
75 Lohman TG Roche AF Martorell R Anthropometric Standardization Reference Manual Champaign Illinois Human Kinetics 1988
42
76 Vaz JCL Regiotildees de Incerteza para Curva ROC em Teste Diagnoacutesticos
[dissertaccedilatildeo] Satildeo Carlos Universidade Federal de Satildeo Carlos 2009
77 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de 2012
78 Erdreich LS Lee ET Use of relative operating characteristic analysis in epidemiology A method for dealing with subjective judgement Am J Epidemiol 1981 114649-62
79 Aekplakorn W Pakpeankitwatana V Lee CM et al Abdominal obesity and coronary heart disease in Thai men Obesity 200715(4)1036-42
80 Oliveira MAM Fagundes RLM Moreira EAM et al Relaccedilatildeo de Indicadores Antropomeacutetricos com Fatores de Risco para Doenccedila Cardiovascular Arq Bras Cardiol 2010 abr 94(4) 478-485
81 Mendes TAB Goldbaum M Segri NJ et al Factors associated with the prevalence of hypertension and control practices among elderly residents of Satildeo Paulo city Brazil Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(11) 2275-2286
82 Oliveira BFA Souza Mouratildeo D Gomes N et al Prevalecircncia de hipertensatildeo arterial em comunidades ribeirinhas do Rio Madeira Amazocircnia Ocidental Brasileira Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(8) 1617-1630
83 Picon RV Fuchs FD Moreira LB et al Prevalence of Hypertension Among Elderly Persons in Urban Brazil A Systematic Review With Meta-Analysis Am J Hypertens 2013 26 (4) 541-548
84 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Pessoa Idosa e Envelhecimento Seacuteries Pactos pela Sauacutede 2006 v 12 Brasiacutelia ndash DF 2010
85 Leal Neto JS Souza J Coqueiro RS et al Anthropometric indicators of obesity as screening tools for high blood pressure in the elderly Int J Nurs Pract 2013 Aug 19(4) 360-367
86 Schisterman EF Faraggi D Reiser B Trevisan M Statistical inference for the area under the receiver operating characteristic curve in the presence of random measurement error Am J Epidemiol 2001 154 (2) 174-9
87 Samsen M Hanchaiphiboolkul S Puthkhao P et al Appropriate body mass index and waist circumference cutoffs for middle and older age group in Thailand data of 19621 participants from Thai epidemiologic stroke (TES) study J Med Assoc Thai 2012 Sep 95(9)1156-66
88 Ko GTC Chan JCN Cockram CS Woo J Prediction of hypertension diabetes dyslipidemia or albuminuria using simple anthropometric indexes in Hong Kong Chinese Int J Obes 1999 23 (11) 1136-42
43
89 Lin WY Lee LT Chen CY et al Optimal cut-off values for obesity using simple anthropometric indices to predict cardiovascular risk factors in Taiwan Int J Obes Relat Metab Disord 2002261232-8
90 Pua YH Ong PH Anthropometric indices as screening tools for cardiovascular risk factors in Singaporean women Asia Pac J Clin Nutr 2005 14 (1) 74-9
91 Berber A Goacutemez-Santos R Fanghaumlnel G Saacutenchez-Reyes L Anthropometric
indexes in the prediction of type 2 diabetes mellitus hypertension and dyslipidaemia in a Mexican population Int J Obes 200125(12)1794-9
92 Browning LM Hsieh SD Ashwell M A systematic review of waist-to-height ratio
as a screening tool for the prediction of cardiovascular disease and diabetes 05 could be a suitable global boundary value Nutr Res Rev 2010 23(2)247-69
93 Bertsias G Mammas I Linardakis M Kafatos A Overweight and obesity in
relation to cardiovascular disease risk factors among medical students in Crete Greece BMC Public Health 2003 31-9
94 Kashihara H Lee JS Kawakubo K et al Criteria of Waist Circumference According to Computed Tomography-Measured Visceral Fat Area and the Clustering of Cardiovascular Risk Factors Circ J 2009 73 1881-1886
44
APEcircNDICES
45
Apecircndice 1
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
46
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS
PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE SAUacuteDE
DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE
Jequieacute ____ ____ 201__
APEcircNDICE 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Vocecirc esta sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa do Nuacutecleo de
Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo (NESP) da Universidade Estadual do Sudoeste da
Bahia
Objetivo do estudo Avaliar e monitorar as condiccedilotildees de sauacutede de idosos residentes
em comunidade
Participaccedilatildeo Ao aceitar participar do estudo estarei agrave disposiccedilatildeo do pesquisador
para responder ao formulaacuterio que seraacute arquivado pelo autor por um periacuteodo de cinco
anos sendo posteriormente incinerado
Riscos Este estudo natildeo traraacute riscos para minha integridade fiacutesica ou moral dos
participantes
Confidencialidade do estudo Seraacute garantida a privacidade o anonimato bem como
o direito de aceitar ou natildeo participar da pesquisa podendo ser essa autorizaccedilatildeo
suspensa em qualquer fase do estudo Assim as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo
4662012 do Conselho Nacional de Sauacutede que discorre sobre pesquisa envolvendo
seres humanos seratildeo atendidas Os resultados seratildeo publicados no relatoacuterio final da
dissertaccedilatildeo e artigos cientiacuteficos
47
Benefiacutecios Accedilotildees interinstitucionais articuladas promovidas numa perspectiva
interdisciplinar possibilitaratildeo uma melhor compreensatildeo das condiccedilotildees de sauacutede dos
idosos residentes em comunidade do municiacutepio e contribuiraacute para a formulaccedilatildeo de
accedilotildees direcionadas as necessidades dessa populaccedilatildeo
Danos advindos da pesquisa Caso haja algum prejuiacutezo decorrente da realizaccedilatildeo
deste estudo seraacute providenciada a devida reparaccedilatildeo dos danos atraveacutes do
responsaacutevel pelo estudo O pesquisador e os entrevistados natildeo receberatildeo benefiacutecios
financeiros para participaccedilatildeo no estudo Todas as despesas seratildeo por conta do
pesquisador
Participaccedilatildeo voluntaacuteria Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria podendo a qualquer
momento desistir do estudo sem qualquer prejuiacutezo ou penalidade para mim
Consentimento para participaccedilatildeo Apoacutes ser devidamente esclarecido (a) quanto
aos objetivos deste estudo dos procedimentos aos quais serei submetido (a) bem
como dos possiacuteveis riscos decorrentes da minha participaccedilatildeo estou de acordo em
participar do mesmo O pesquisador responsaacutevel pelo estudo assegura que seraacute
disponibilizado qualquer esclarecimento adicional que eu venha a solicitar durante a
realizaccedilatildeo da pesquisa e o direito de desistir da participaccedilatildeo em qualquer momento
Em casos de duacutevidas eou problemas referentes ao estudo vocecirc poderaacute
entrar em contato com o autor atraveacutes do Nuacutecleo de Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo
(NESP) (73) 3528-9721
Sendo assim eu ______________________________________________
aceito livremente participar do Projeto MONIDI
__________________________________ __________________________________
Assinatura do (a) participante
RG _________________________
Assinatura do (a) pesquisador
RG_________________________
48
Apecircndice 2
Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede do Idoso
49
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS
PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE
SAUacuteDE DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE
Nuacutemero do Questionaacuterio |__|__|__|
Nome do Entrevistador ___________________________
Visita 1 2 3
Data Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Hora de iniacutecio ________
Hora de teacutermino ________
I INFORMACcedilOtildeES PESSOAIS E SOCIODEMOGRAacuteFICAS
1 Nome do entrevistado
2Sexo
0 ( ) Feminino
1 ( ) Masculino
3 Endereccedilo completotelefone
4 Idade ____ anos
41 Data de Nascimento
____________
50
5 Situaccedilatildeo conjugal atual
1 ( ) Casado(a) 2 ( ) Uniatildeo estaacutevel 3 ( ) Solteiroa
4 ( ) Divorciado(a)separado(a)desquitado(a) 5 ( ) Viuacutevoa
6 No total quantas vezes o (a) Sr(a) esteve casado(a) ou em uniatildeo
Nordm de vezes |___|___|
7 Na escola qual a uacuteltima seacuterie grau que concluiu com aprovaccedilatildeo
1 - Nunca foi agrave escola ( ) 4 - Fundamental II ( )5 a ( )6 a ( )7 a ( )8 a
2 - Lecirc e escreve o nome ( ) 5 - Ensino Meacutedio ( ) 1 a ( )2 a ( )3
3 - Fundamental I ( )1 a ( )2 a 6 - Superior ( ) completo ( ) incompleto
( )3 a ( )4 a
8 Como vocecirc classificaria a cor da sua pele
1( ) Branca 2( ) Amarela (oriental) 3( ) Parda
4( ) Origem indiacutegena 5( ) Preta 9( ) Natildeo sabe
9 Cor da pele (entrevistador)
1( ) branca 2( ) amarela (oriental) 3( ) parda
4( ) origem indiacutegena 5( ) preta
10-Quantos filhos e filhas nascidos vivos o(a)Sr(a) teve (natildeo inclua enteados filhos
adotivos abortos ou filhos nascidos mortos)
Nuacutemero de filhos |____|____| (98) NS (99) NR
11 Atualmente o senhor (a) mora sozinho ou acompanhado
1( )Acompanhado 2( ) Sozinho 3( ) NR 4( )NS
51
12 Desde que o senhor (a) nasceu viveu no campo por 5 anos ou mais
0( ) Natildeo 1( ) Sim 2( ) NS 3( ) NR
13 Qual eacute a sua religiatildeo
1( ) Catoacutelica 2( ) Protestante 3( ) Judaica
4( ) Espiacuteritakardecista 5( ) Umbanda 6( ) Outras ____________
14 Qual a importacircncia da religiatildeo em sua vida
(1) Importante (2) Regular (3) Nada importante (8) NS (9) NR
15 Com que frequecircncia o senhor vai agrave igreja ou ao serviccedilo religioso
( ) Nunca ( ) Vaacuterias vezes por ano ( ) Uma duas vezes por mecircs
( ) Quase toda semana ( ) Mais de uma vez por semana ( ) NS ( ) NR
16 Quanto vocecirc ganha em meacutedia por mecircs R$ __________8( )Natildeo se aplica
II A CONSUMO DE AacuteLCOOL E TABACO
Uso de bebidas alcooacutelicas
1 Vocecirc consome bebidas alcooacutelicas Se vocecirc NAtildeO BEBE siga para o bloco III C
0 ( )sim 1( ) natildeo
2 Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
3 As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
4 Sente-se chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
5 Costuma beber pela manhatilde para diminuir o nervosismo ou a ressaca
0 ( ) sim 1( ) natildeo
Haacutebito de fumar
1 Vocecirc jaacute foi fumante 0 ( ) sim 1( ) natildeo
52
2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco
III C
3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros
4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias
III ANTROPOMETRIA
MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS
ESTATURA
MASSA CORPORAL
CIRCUNFEREcircNCIA
DE CINTURA
IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL
MEDIDA 01 02 03
Pressatildeo arterial
sistoacutelica
Pressatildeo arterial
diastoacutelica
53
ANEXOS
54
Anexo 1
Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos
55
56
7
O Iacutendice C eacute determinado com as medidas de massa corporal da estatura e da
circunferecircncia da cintura54 e eacute muito utilizado com a populaccedilatildeo adulta555657585960 Jaacute
com a populaccedilatildeo de idosos o iacutendice C tem sido pouco utilizado e somente alguns
estudos usaram esse indicador para tentar identificar distuacuterbios metaboacutelicos risco
coronariano e prevalecircncia de risco agrave sauacutede616263 Natildeo foram encontrados estudos
associativos entre o Iacutendice C e pressatildeo arterial elevada em idosos
Tais iacutendices satildeo pouco utilizados com a populaccedilatildeo idosa e principalmente com
populaccedilotildees residentes em cidades de pequeno porte Dessa forma para discriminar e
analisar o incremento de gordura corporal os iacutendices antropomeacutetricos tecircm
demonstrado eficiecircncia principalmente em estudos epidemioloacutegicos Cada indicador
tem peculiaridade quanto a sua distribuiccedilatildeo e discriminaccedilatildeo por isso podem ser
utilizados conjuntamente ou separadamente dependendo dos objetivos como
estrateacutegia eficiente para a detecccedilatildeo e o controle de doenccedilas
Contudo os iacutendices antropomeacutetricos tecircm sido bem utilizados para associar
vaacuterios fatores de risco de sauacutede como doenccedilas coronarianas cardiovasculares
distuacuterbios metaboacutelicos dentre outros641641 Poreacutem ainda natildeo estaacute clara sua
associaccedilatildeo com pressatildeo arterial elevada em idosos
Sendo assim os iacutendices antropomeacutetricos satildeo eficientes para identificar a
hipertensatildeo arterial em idosos E quais satildeo os melhores iacutendices para identificar as
alteraccedilotildees da pressatildeo arterial elevada em idosos
24 A importacircncia da validaccedilatildeo
Como se trata de um estudo de validaccedilatildeo de um meacutetodo faz-se necessaacuterio
debater sobre o tema Os instrumentos de rastreamento satildeo ferramentas essenciais
para os serviccedilos de sauacutede pois fornecem medidas relevantes reprodutiacuteveis e
acuradas permitindo a identificaccedilatildeo das pessoas com maior chance de preencher os
criteacuterios para uma determinada condiccedilatildeo ou doenccedila Como tambeacutem completa o
registro de informaccedilatildeo e a comparaccedilatildeo de resultados minimizando a influecircncia de
fatores subjetivos na coleta e registro de dados6566
A escolha de um instrumento deve-se basear em suas qualidades que
consistem em coeficientes significativos de validade e fidedignidade Dessa forma
8
essas medidas necessitam apresentar simplicidade na teacutecnica economia facilidade
e rapidez na aplicaccedilatildeo e interpretaccedilatildeo666768
A validade caracteriza-se como a capacidade do instrumento medir aquilo que
se propotildees a medir Envolve um componente conceitual (julgamento subjetivo a
respeito do instrumento pelo pesquisador) e um componente operacional (avaliaccedilatildeo
sistemaacutetica (estatiacutestica) do teste) geralmente o comparando com um criteacuterio padratildeo
ouro67
A avaliaccedilatildeo operacional da validade utilizada nessa pesquisa foi a de criteacuterio
no qual mede agrave extensatildeo com que o instrumento discrimina sujeitos que diferem em
determinadas caracteriacutesticas Refere-se agrave capacidade de uma escala de se
corresponder com outras medidas ou de predizer algo a que se propotildee Eacute avaliada
por meio de criteacuterio-padratildeo (validade concorrente e validade preditiva) Sendo que a
validade preditiva eacute estimulada estatisticamente e expressa por meio da sensibilidade
especificidade valor preditivo positivo valor preditivo negativo e taxa de classificaccedilatildeo
incorreta67
A sensibilidade corresponde agrave proporccedilatildeo de casos positivos identificados
corretamente ou melhor eacute a capacidade de medida de reconhecer os verdadeiros
positivos Quanto maior a sensibilidade maior a chance de detectar a doenccedila A
especificidade eacute proporccedilatildeo de casos negativos identificados corretamente eacute a
capacidade do instrumento de reconhecer os verdadeiros negativos67
Quanto mais sensiacutevel for o teste melhor seraacute seu valor preditivo negativo ou
seja maior seraacute a certeza de que uma pessoa com resultado negativo natildeo tenha
realmente a doenccedila Quanto mais especifico melhor seraacute seu valor preditivo positivo
ou seja maior seraacute a certeza de que uma pessoa com resultado positivo tenha a
hipertensatildeo arterial67
Como estrateacutegia geral quando a principal preocupaccedilatildeo for evitar o resultado
falso-positivo entatildeo o ponto de corte deve objetivar o maacuteximo de especificidade e se
a preocupaccedilatildeo maior eacute evitar resultado falso-negativo (o resultado do teste em
paciente com suspeita de hipertensatildeo arterial) o ponto de corte deve objetivar o
maacuteximo de sensibilidade67 Os autores ainda referem que a curva Receive Operator
Caracteristic (ROC) eacute a melhor maneira de estabelecer o ponto de corte otimizando
a sensibilidade e especificidade do teste diagnoacutestico
9
Destaca-se que as qualidades de um instrumento aplicado em condiccedilotildees de
campo satildeo modificadas pela prevalecircncia de casos na populaccedilatildeo cliacutenica (onde eacute
esperado ter maior proporccedilatildeo de doenccedila) comparada com uma populaccedilatildeo geral
10
3 OBJETIVOS
Determinar o poder preditivo de iacutendices antropomeacutetricos para predizer
hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos
Estabelecer pontos de corte como discriminadores de hipertensatildeo arterial em
mulheres e homens idosos
Identificar o iacutendice antropomeacutetrico de obesidade que melhor discrimina a
hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos
11
4 MATERIAL E MEacuteTODOS
41 Tipos de estudo
Esta pesquisa eacute do tipo transversal ou seccional como parte do projeto de
Monitoramento da Sauacutede de Idosos de um Municiacutepio de Pequeno Porte ESTUDO
MONIDI Em estudos transversais a estrateacutegia de observaccedilatildeo da populaccedilatildeo eacute
seccional isto eacute as informaccedilotildees obtidas referem-se ao mesmo momento sendo mais
adequado para obtenccedilatildeo de estimativas populacionais As informaccedilotildees individuais
devem ser coletadas num determinado prazo mais curto possiacutevel decorrido entre as
observaccedilotildees do primeiro e uacuteltimo indiviacuteduo69
42 Cenaacuterios do estudo
O municiacutepio de Ibicuiacute fica localizado na zona fisiograacutefica de Vitoacuteria da Conquista
(Encosta do Planalto) e situada no Sudoeste do Estado da Bahia possui uma aacuterea
territorial de 1176843 kmsup2 populaccedilatildeo de 16640 habitantes7071 A populaccedilatildeo de
idosos no ano de 2013 era de 2124 habitantes e destes 525 estavam cadastrados
nas Unidades de Sauacutede da Famiacutelia33
12
Figura 1 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Ibicuiacute BA na regiatildeo Nordeste do Brasil
Fonte Adaptado do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE)72 Infograacuteficos
Cidades Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230
43 Populaccedilatildeo e amostra
A populaccedilatildeo alvo do presente estudo foi constituiacuteda por indiviacuteduos com idade
igual ou superior a 60 anos de ambos os sexos cadastrados na Estrateacutegia de Sauacutede
da Famiacutelia (ESF) que atenderam agraves aacutereas urbanas e rurais do municiacutepio de Ibicuiacute-BA
no ano de 2014 A lista com o nuacutemero de usuaacuterios idosos cadastrados nas USFs da
zona rural e urbana do municiacutepio foi solicitada junto agrave Secretaria Municipal de Sauacutede
Foram incluiacutedos no estudo idosos que estavam cadastrados na Estrateacutegia de
Sauacutede da Famiacutelia que aceitaram participar da pesquisa atraveacutes da assinatura do
Termo de Consentimento Livre Esclarecido (TCLE)
Os criteacuterios de exclusatildeo foram os participantes com diagnoacutestico de demecircncia
ou qualquer outro tipo de alteraccedilatildeo cognitiva que comprometesse a veracidade das
informaccedilotildees fornecidas idosos acamados portadores de doenccedila de Alzheimer ou
outro tipo de doenccedila neuroloacutegica que afetasse a cogniccedilatildeo doenccedila em estaacutegio
terminal
Apoacutes aplicaccedilatildeo dos criteacuterios de exclusatildeo foi efetuado o caacutelculo amostral
seguindo a proposta de Luiz e Magnanini (2000)73 para populaccedilotildees finitas com
13
predominacircncia desconhecida de 50 sendo adotado niacutevel de significacircncia de 5
(correspondendo a um intervalo de confianccedila de 95) e erro toleraacutevel de amostragem
de 25
O caacutelculo amostral resultou numa amostra miacutenima necessaacuteria de 305 idosos
Esse caacutelculo amostral sofreu ajuste em 10 para compensar eventuais perdas e
recusas Apoacutes o resultado do caacutelculo amostral os idosos participantes foram
selecionados atraveacutes de sorteio sendo este proporcional ao tamanho e a distribuiccedilatildeo
por sexo e por quantidade de idosos na Unidade de Sauacutede da Famiacutelia
Os indiviacuteduos assinaram o TCLE foram entrevistados e avaliados nas
dependecircncias da USF sendo que aqueles que natildeo foram localizados ou natildeo
compareceram a USF apoacutes trecircs tentativas foram automaticamente substituiacutedos por
meio de sorteio
44 Equipes de coleta de dados
A equipe de coleta foi composta por dois profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica
(Coordenadores) e cinco acadecircmicos de fisioterapia enfermagem e medicina A
equipe foi previamente treinada em reuniotildees teacutecnicas e no estudo piloto que foi
realizado no periacuteodo de Outubro a Dezembro de 2013 visando padronizar todo o
processo de coleta Foram estabelecidas accedilotildees referentes agrave logiacutestica agrave aplicaccedilatildeo dos
questionaacuterios e aos procedimentos de medidas das variaacuteveis antropomeacutetricas A
coleta propriamente dita ocorreu entre o periacuteodo de 03022014 a 20022014
14
45 Procedimentos para coleta de dados
451 Variaacuteveis do estudo e dados coletados
Foram mensuradas as variaacuteveis idade sexo situaccedilatildeo conjugal niacutevel de
escolaridade raccedilacor renda mensal alcoolismos e tabagismos Como tambeacutem
medidas de pressatildeo arterial sistoacutelica e diastoacutelica massa corporal estatura e
circunferecircncia da cintura
452 Instrumentos de coleta
Foi utilizado o instrumento de coleta denominado Instrumento de Avaliaccedilatildeo da
Sauacutede de Idosos (IASI) padronizado e validado previamente74 Tal instrumento obteacutem
caracteriacutesticas sociodemograacuteficas informaccedilotildees pessoais consumo de aacutelcool e
tabaco avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica e de pressatildeo arterial
Para aferir a pressatildeo arterial foi utilizado o aparelho digital (marca OMRONreg
modelo HEM ndash 742 INT) Utilizou-se ainda uma balanccedila digital portaacutetil (OMRONreg) e
um estadiocircmetro (marca Sannyreg) ambos devidamente calibrados e fita
antropomeacutetrica flexiacutevel (Cardiomedreg)
453 Pressatildeo Arterial
A pressatildeo arterial foi aferida com um aparelho digital de braccedilo com manguito
adequado agrave circunferecircncia do mesmo A medida foi realizada no braccedilo direito a altura
do coraccedilatildeo Foram realizadas trecircs medidas da pressatildeo arterial sendo a primeira apoacutes
o idoso permanecer cinco minutos em repouso e sentado a segunda apoacutes dois
minutos e a terceira dois minutos apoacutes a realizaccedilatildeo da segunda (foi utilizada a meacutedia
das trecircs medidas) Valores de referecircncia estatildeo estabelecidos na Tabela 1
15
Tabela 1 - Classificaccedilatildeo da pressatildeo arterial de acordo com a VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo (2010)
Classificaccedilatildeo Pressatildeo Sistoacutelica (mmHg)
Pressatildeo Diastoacutelica (mmHg)
Oacutetima Normal Limiacutetrofe
lt 120 lt 130 130-139
lt 80 lt 85 85-80
Hipertensatildeo estaacutegio I 140-159 90-99 Hipertensatildeo estaacutegio II 160-179 100-109 Hipertensatildeo estaacutegio III ge 180 ge 110 Hipertensatildeo sistoacutelica isolada
ge 140 lt 90
Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo (2010)7
454 Antropometria
Todas as medidas antropomeacutetricas foram realizadas trecircs vezes (verificou-se a
meacutedia de tais medidas) por um profissional de Educaccedilatildeo Fiacutesica para diminuir o erro
intra e inter avaliadores e anotados por um apontador Os idosos foram medidos
conforme procedimentos padronizados por Lohman et al (1988)75 sem calccedilados
roupas leves sem reloacutegio chaves celular etc
Foi mensurada a circunferecircncia da cintura com uma fita antropomeacutetrica flexiacutevel
no ponto meacutedio entre a uacuteltima costela e a crista iliacuteaca e o procedimento foi deixar a
cintura livre de roupa e os braccedilos cruzados no peito Classificaccedilatildeo de risco para
desenvolver doenccedilas por Lohman et al (1988)75 HOMENS gt 102 cm e MULHERES
gt 88 cm Foi determinado o IMC atraveacutes da equaccedilatildeo [IMC =massa corporal
(kg)estatura2(m)] Valores de referecircncia estatildeo estabelecidos na Tabela 2
Tabela 2 - Classificaccedilatildeo do Iacutendice de Massa Corporal
IMC Classificaccedilatildeo
Baixo peso lt 220 kgm2 Peso adequado 220 le IMC le 270 kgm2 Obesidade gt 270 kgm2
Lohman et al (1988)75
16
A razatildeo cintura-estatura foi determinada pela equaccedilatildeo proposta por Pitanga e
Lessa (2006)15 a qual utiliza a CC (cm) e a estatura (cm) O Iacutendice C foi estimado por
meio das medidas de massa corporal estatura e circunferecircncia da cintura utilizando-
se um modelo proposto por Valdez (1991)54 cuja equaccedilatildeo matemaacutetica estaacute descrita a
seguir
46 Anaacutelise dos dados
Os dados foram digitados com dupla entrada no software Epidata 31 Apoacutes a
digitaccedilatildeo dos dados foram verificados manualmente os valores discrepantes e a
consistecircncia das informaccedilotildees
Na anaacutelise de dados foram utilizados os procedimentos da estatiacutestica descritiva
expressa por meacutedia desvio padratildeo nuacutemero de observaccedilotildees e percentual das
variaacuteveis avaliadas A diferenccedila entre os sexos nas variaacuteveis contiacutenuas foi analisada
pelo teste t de Student para amostras independentes uma vez que as variaacuteveis
apresentaram distribuiccedilatildeo normal e o teste do Qui-quadrado para comparar as
proporccedilotildees (variaacuteveis qualitativas) entre os idosos do sexo masculino e feminino
O poder discriminatoacuterio para determinar a hipertensatildeo arterial e os iacutendices
antropomeacutetricos foi verificado atraveacutes da utilizaccedilatildeo das curvas ROC recurso utilizado
para obtenccedilatildeo de pontos de corte que visam diagnoacutesticos ou triagem
A aacuterea sob a curva ROC (ASC) determina a capacidade preditiva do indicador
para presenccedila ou ausecircncia de hipertensatildeo arterial Uma ASC igual a 10 eacute
considerada perfeita poreacutem se for igual ou menor a 05 indica que sua capacidade
preditiva natildeo eacute melhor que ao acaso
17
Neste estudo o pressuposto para anaacutelise da ASC foi agrave sensibilidade pois em
determinadas situaccedilotildees quando natildeo pode correr o risco de natildeo diagnosticar
determinada doenccedila eacute melhor privilegiar a sensibilidade76
Apoacutes determinados os pontos de corte para cada uma das variaacuteveis
investigadas para prediccedilatildeo de hipertensatildeo essas foram dicotomizadas com base em
seus respectivos valores de referecircncia As anaacutelises estatiacutesticas foram conduzidas no
Statistical Product and Service Solutions (SPSS) reg 130 Em todas as anaacutelises foram
efetuadas respeitando-se o niacutevel de significacircncia de 5
47 Aspectos Eacuteticos
O estudo foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa da Universidade
Estadual do Sudoeste da Bahia com parecer (CAAE 22969013000000055) (Anexo
1) seguindo princiacutepios eacuteticos estabelecidos na Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de
2012 do Conselho Nacional de Sauacutede (CNS)77
18
5 RESULTADOS
51 Caracterizaccedilatildeo da amostra estudada
De acordo com a contabilizaccedilatildeo das perdas (mudou-se do municiacutepio natildeo foi
encontrado por mais de 3 vezes na USF ou domicilio) e recusas (n=31) a amostra final
foi composta por 310 idosos (201 zona urbana e 109 zona rural) A taxa de respostas
foi de 912 com 88 (n=31) de recusas e 92 (n=29) de exclusatildeo
Participaram do estudo 175 mulheres (565) e 135 homens (435) As
idades variaram entre 60 e 108 anos com meacutedia de 7078 plusmn 82 anos para as mulheres
e 60 a 93 anos com meacutedia de 7259 plusmn 78 anos para homens
A maioria das mulheres se auto referiu ser negra e os homens pardo O iacutendice
de analfabetismo apresentou-se elevado em ambos os sexos A maior parte dos idosos
eacute casado A maioria dos idosos sobrevivia com renda mensal inferior ou igual a um
salaacuterio miacutenimo (Tabela 3)
19
Tabela 3 - Variaacuteveis sociodemograacuteficas e de estilo de vida em idosos
Mulheres (n=175) Taxa de Resposta
Homens (n=135) Taxa de Resposta
n n P
Raccedilacor 9861 991
Branco 47 2686 43 3209
Preto 73 4171 26 1940 0001
Pardo 49 2800 55 4074
Natildeo sabe 4 229 10 741
Escolaridade 9918 1000
Analfabeto 95 5429 84 6222
Baacutesica 72 4114 46 3408 0001
Secundaacuteria 5 286 5 370
Superior 2 114 - -
Estado Civil 9789 991
Casadouniatildeo estaacutevel
74 4229 78 5777
Solteiroseparado 33 1886 36 2667 0001
Viuacuteva 63 3600 20 1481
Renda Mensal 9918 1000
le 1 salaacuterio 165 9428 123 9111
11 a 2 salaacuterio 8 458 10 74 0001
21 a salaacuterio 1 057 2 148
Alcoolismo 9989 1000
Sim 4 229 9 667 0001
Natildeo 170 9714 126 9333
Tabagismo 9597 1000
Sim 15 857 21 1556 0001
Natildeo 152 8686 114 8444
Teste Qui-quadrado
20
52 Caracteriacutesticas antropomeacutetricas
Apoacutes a assinatura do TCLE e realizaccedilatildeo do questionaacuterio 10 idosos foram
excluiacutedos (recusas e informaccedilatildeo incompleta do questionaacuterio) desta etapa de anaacutelise
Dessa forma foram analisadas 300 avaliaccedilotildees das medidas antropomeacutetricas
Na Tabela 4 podem ser observados os valores meacutedios desvio padratildeo valores
miacutenimos e maacuteximos e percentuais das variaacuteveis avaliadas A meacutedia do IMC foi menor
nos homens quando comparado com o resultado das mulheres (p lt 0001) Natildeo houve
diferenccedila significativa da variaacutevel circunferecircncia da cintura entre homens e mulheres
(p = 0208) A prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi maior nas mulheres A maioria
das mulheres eacute obesa e entre os homens o estado nutricional foi considerado eutroacutefico
(Tabela 5)
21
Tabela 4 - Valores descritivos miacutenimos e maacuteximos das variaacuteveis analisadas
Variaacuteveis Mulheres (n=167) Homens (n=133) Valor-p
Idade (anos) 7078 plusmn 821 (60-108)
7259 plusmn 786 (60-93)
0055
Massa corporal (kg) 6020 plusmn 1223 (2970-9580)
6384 plusmn 1250 (4010-11840)
0012
Estatura (cm) 14875 plusmn 616 (129-164)
16080 plusmn 782 (135-183)
lt00001
IMC (kgm2) 2715 plusmn505 (1342-4064)
2458 plusmn 390 (1475-3544)
lt00001
CC (cm)dagger 8734 plusmn 1126 (55-130)
8894 plusmn 1010 (66-115)
0208
RCEst 057 plusmn 011 (000-087)
055 plusmn 006 (042-073)
0086
Iacutendice C 123 plusmn 021 (000-166)
129 plusmn 006 (117-150)
0001
PAS 14096 plusmn 2218 (87-200)
13735 plusmn 2251 (98-209)
0166
PAD 7671 plusmn 1091 (45-105)
7697 plusmn 1179 (49-110)
0846
IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia da cintura RCEst - razatildeo cintura-estatura Iacutendice C - Iacutendice de Conicidade PAS - pressatildeo arterial sistoacutelica PAD ndash pressatildeo arterial diastoacutelica dagger Variaacuteveis com perdas (n=163 mulheres) Teste T de Student para amostras independentes
Tabela 5 - Percentuais das variaacuteveis analisadas
Variaacutevel Mulheres Homens Valor-p
Pressatildeo Arterial (n) (n)
Normal 557 (93) 594 (79) 0011
Hipertensatildeo 443 (74) 406 (54)
Estado nutricional (n) (n)
Baixo peso 144 (24) 301 (40)
Normal 353 (59) 436 (58) lt00001
Sobrepeso 503 (84) 263 (35)
Teste Qui-quadrado
53 Anaacutelise da curva ROC
22
As aacutereas sob a curva ROC do IMC da CC da RCEst e do iacutendice C como
preditores de hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos e os respectivos
intervalos de confianccedila (IC 95) podem ser observados na Tabela 6 e nas Figuras 2
3 4 5 6 7 8 9 Evidenciou-se que alguns iacutendices antropomeacutetricos apresentaram
aacuterea sob a curva ROC significativas Todavia a RCEst e o IMC assumiram maiores
aacutereas com diferenccedila significativa para os homens
Tabela 6 - Aacuterea sob a curva ROC e IC95 entre os iacutendices antropomeacutetricos e hipertensatildeo arterial em idosos
Aacuterea sob a curva ROC
PA elevada Mulheres
Homens
p
IMC (kgm2) 053 (044-062) 060 (050-070)
lt00001dagger
CC (cm) 057 (048-066) 058 (048-068)
lt00001dagger
RCEst 056 (047-065) 061 (051-071)
lt00001dagger
Iacutendice C 058 (049-066) 058 (058-068) lt00001dagger
IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia de cintura RCEst - razatildeo cinturaestatura Iacutendice C - iacutendice de conicidade ROC ndashReceiver Operating CharacteristicIC95 - intervalo de confianccedila a 95Aacuterea sob a curva ROC apresentando poder discriminatoacuterio para pressatildeo arterial elevada (Li-IC ge 050) daggerTeste Qui-quadrado
23
Figura 2 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) IMC - iacutendice de massa corporal
Figura 3 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) IMC - iacutendice de massa corporal
24
Figura 4 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) CC ndash circunferecircncia da cintura
Figura 5 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) CC ndash circunferecircncia da cintura
25
Figura 6 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) RCEst - razatildeo cinturaestatura
Figura 7 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) RCEst - razatildeo cinturaestatura
26
Figura 8 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) Iacutendice C -iacutendice de conicidade
Figura 9 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) Iacutendice C - iacutendice de conicidade
27
Os valores dos pontos de corte dos iacutendices antropomeacutetricos como preditores
de hipertensatildeo arterial e suas respectivas sensibilidade e especificidade (mais
adequado equiliacutebrio entre si) satildeo apresentados na Tabela 7 Observa-se que entre
os iacutendices antropomeacutetricos a RCEst teve melhor percentual de sensibilidade e de
especificidade para discriminar a pressatildeo arterial elevada para os homens
Tabela 7 - Pontos de corte sensibilidade e especificidade dos iacutendices antropomeacutetricos para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial em idosos
Mulheres Homens PA elevada
Ponto de corte
Sensibilidade ()
Especificidade ()
Ponto de corte
Sensibilidade ()
Especificidade ()
IMC (kgm2)
2679 527 548 2420 527 548
CC (cm) 8750 577 457 8650 593 532 RCEst 059 568 430 054 648 456 Iacutendice C 126 541 452 129 574 456
IMC ndash Iacutendice de Massa Corporal CC ndash Circunferecircncia da Cintura RCEst ndash Razatildeo Cintura-Estatura Iacutendice C ndash Iacutendice de Conicidade
28
6 DISCUSSAtildeO
61 Aacutereas sob a Curva ROC
Este estudo teve como objetivo identificar a capacidade preditiva de iacutendices
antropomeacutetricos de obesidade geral e abdominal para discriminar a presenccedila de
hipertensatildeo arterial em idosos com foco de utilizaccedilatildeo no ambiente da estrateacutegia de
sauacutede da famiacutelia Nessa perspectiva surge uma proposta de triagem dos casos de
idosos com possiacuteveis alteraccedilotildees crocircnicas em sua pressatildeo arterial aleacutem de possibilitar
a discussatildeo sobre validaccedilatildeo de tais iacutendices para uso no contexto da sauacutede
Dessa forma recomenda-se a anaacutelise da sensibilidade e especificidade por
meio da construccedilatildeo de curvas ROC pois eacute a melhor opccedilatildeo para determinar pontos de
corte em estudos epidemioloacutegicos78 Essa anaacutelise permite fornecer a aacuterea sob a curva
que traduz o poder de discriminaccedilatildeo de um indicador para um determinado desfecho
e a identificaccedilatildeo do melhor ponto de corte
A proposta dessa pesquisa natildeo eacute excluir o diagnoacutestico meacutedico mas
proporcionar uma estrateacutegia mais abrangente a ser utilizada pelas USFs em parceria
entre os profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica e os profissionais de sauacutede no contexto da
atenccedilatildeo primaacuteria
Embora exista associaccedilatildeo entre sobrepesoobesidade e a pressatildeo arterial
elevada poucos estudos tecircm identificado pontos de corte de iacutendices antropomeacutetricos
que visem agrave detecccedilatildeo da hipertensatildeo arterial em idosos Diversos estudos tecircm
demonstrado que os iacutendices antropomeacutetricos satildeo bons indicadores de obesidade e
estatildeo relacionados a fatores de risco cardiovascular795880 Todavia a hipertensatildeo eacute
apontada como um dos principais fatores de risco cardiovasculares o que denota a
necessidade de um olhar diferenciado
A prevalecircncia de hipertensatildeo foi inferior agrave encontrada em outros estudos818283
Contudo diferenccedilas metodoloacutegicas nuacutemero de medidas realizadas e os diferentes
criteacuterios de referecircncia satildeo as principais causas da grande variabilidade nas
prevalecircncias de pressatildeo arterial elevada entre as investigaccedilotildees No presente estudo
29
optou-se por maior rigorosidade ao diagnosticar a pressatildeo arterial elevada
considerando a realizaccedilatildeo de trecircs medidas
Nessa amostra observou-se que a prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi
443 nas mulheres e 406 nos homens Demonstrando ser uma alta prevalecircncia
pois se trata de uma populaccedilatildeo que eacute influenciada diretamente pelo o aumento da
morbimortalidade durante o envelhecimento Estudos envolvendo idosos indicam que
a prevalecircncia da hipertensatildeo encontra-se entre 50-70 com o aumento da idade84
Poucos estudos epidemioloacutegicos foram conduzidos com o objetivo de identificar
e discriminar a capacidade de iacutendices antropomeacutetricos de obesidade para a pressatildeo
arterial elevada na populaccedilatildeo de idosos e principalmente utilizando o iacutendice C o
RCEst Um estudo realizado com a populaccedilatildeo de idosos utilizou o mesmo objetivo
poreacutem usou como ponto de corte o iacutendice de massa corporal e o iacutendice de adiposidade
corporal85 Entretanto faz-se necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de outros iacutendices para identificar
hipertensatildeo arterial em idosos
De acordo com os resultados do presente estudo somente alguns dos
indicadores antropomeacutetricos apresentaram capacidade preditiva para a hipertensatildeo
arterial em idosos de acordo com limite inferior do intervalo de confianccedila de 9586
Dessa forma foi observado que a RCEst e IMC para os homens mostraram-se com
bom poder de detecccedilatildeo para a hipertensatildeo arterial pois obtiveram maiores valores
sob a curva para esse desfecho
Em 2013 Leal Neto et al85 identificaram em seus resultados que o IMC e o
iacutendice de adiposidade corporal foram os melhores indicadores preditivos de
hipertensatildeo arterial nos idosos em ambos os sexos independentemente de outros
fatores tais como idade tabagismo consumo de aacutelcool e atividade fiacutesica
No presente estudo os principais indicadores que tiveram uma boa aacuterea sob a
curva foram o IMC RCEst e Iacutendice C com resultados de 060 IC95 (050-070) 061
IC95 (051-071) e 058 IC95 (058-068) respectivamente para homens
Nas mulheres tais iacutendices mostraram-se com menor poder discriminatoacuterio para
diagnosticar a hipertensatildeo arterial A HAS eacute um desfecho que pode ser influenciado
por fatores multicausais (hormonais estresse etc) Na anaacutelise do desempenho do
iacutendice antropomeacutetrico a loacutegica eacute unidirecional ou seja verificar o desempenho desses
iacutendices apenas como preditores de hipertensatildeo arterial foram mais satisfatoacuterios entre
os homens Os iacutendices podem interferir mas natildeo determinar a prevalecircncia da
30
hipertensatildeo Embora as mulheres tenham uma maior prevalecircncia essa natildeo eacute
determinada pelos iacutendices antropomeacutetricos no presente estudo
Tais resultados diferem do estudo realizado em 2012 por Samsen et al87 no
qual a circunferecircncia da cintura teve boa ASC nos homens = 0684 com IC95 (0672-
0695) e nas mulheres = 0673 IC95 (0665-0681) sendo o melhor indicador
significativamente (p lt0001) do que o IMC no qual a ASC em homens foi de = 0667
IC95 (0656-679) e nas mulheres = 0636 IC95 (0628-0644) em discriminaccedilatildeo
de pelo menos um fator de risco cardiovascular Isso se deve ao fato de tal estudo ter
sido realizado com uma abrangecircncia maior na faixa etaacuteria que foi de 45-80 anos
Uma possiacutevel limitaccedilatildeo para discussatildeo dos resultados desse estudo foi a faixa
etaacuteria restrita que natildeo incluiu idosos (igual ou acima de 60 anos) o que impossibilita
a triagem da pressatildeo arterial elevada nessa populaccedilatildeo
62 Iacutendices antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial
Nesse estudo a CC e RCEst foram as variaacuteveis com maiores valores absolutos
de sensibilidade para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial respectivamente para mulheres
e homens Tais resultados indicam as proporccedilotildees de verdadeiros positivos na
ocorrecircncia de hipertensatildeo arterial
Quanto ao ponto de corte do RCEst nas mulheres foi de 059 sendo 568 de
sensibilidade e 430 de especificidade Valores inferiores ao encontrado no presente
estudo para mulheres foram sugeridos em Taiwan (045) Cingapura (048) e na China
(050) No Brasil em 2009 Haun Pitanga e Lessa16 recomendaram para a RCEst
053 como melhor ponto de corte com sensibilidade (67) e especificidade (58) e
aacuterea sob a curva ROC de 069 (IC 95 = 064-075) Outro ponto de corte semelhante
ao observado no Brasil com mulheres mexicanas variou de 053 a 0535 para a
RCEst discriminar diabete tipo 2 hipertensatildeo e dislipidemias88899091
Os pontos de corte sugeridos por esses paiacuteses e no Brasil podem ter sido
inferiores por causa da abrangecircncia na faixa etaacuteria dos indiviacuteduos no qual incluiacuteram
mulheres de 30 a 74 anos como tambeacutem as caracteriacutesticas econocircmicas culturais e
31
de estilo de vida diferem da realidade das mulheres que residem em cidades de
pequeno porte Estudos que discriminem hipertensatildeo arterial principalmente em
idosos com RCEst satildeo escassos na literatura
Em 2010 Browning Hsieh e Ashwel92 realizaram uma revisatildeo sistemaacutetica
sobre a potencialidade de indicadores antropomeacutetricos em predizer doenccedilas
cardiovasculares e identificou a RCEst como variaacutevel de melhor desempenho A
RCEst apresentou maiores ASC quando comparada ao IMC ou CC Os dados
analisados foram de quatorze paiacuteses diferentes e incluiacuteram caucasianos asiaacuteticos e
da Ameacuterica Central Segundo os autores uma RCEst ge 05 eacute capaz de identificar
fatores de risco cardiovasculares Esse ponto de corte eacute inferior aos encontrados para
homens e mulheres no presente estudo significando que o ponto de corte encontrado
pode diagnosticar risco cardiovascular e consequentemente a presenccedila de
hipertensatildeo
Outros autores afirmam essa hipoacutetese relacionada aos valores limites para
RCEst em diversas populaccedilotildees e indicaram que um ponto de corte de 05 eacute o valor
mais indicado para ambos os sexos todas as idades e diferentes populaccedilotildees899315
Com relaccedilatildeo agrave especificidade a variaacutevel com maior valor foi o IMC
independentemente do sexo Nas mulheres o ponto de corte sugerido foi 2679 kgm2
e nos homens 2420 kgm2 O valor da especificidade foi de 548 para ambos os
sexos o qual possibilita determinar corretamente a ausecircncia de hipertensatildeo arterial
Sendo assim este estudo sugere que o IMC natildeo foi o melhor preditor de hipertensatildeo
arterial
O estudo de Leal Neto et al (2013)85 tambeacutem testou a capacidade de
indicadores antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial em idosos
sugeriu como pontos de corte para IMC valores de 247 kgm2 igual ao encontrado no
presente estudo e de 273 kgm2 nuacutemero superior que aos dados do presente
trabalho para homens e mulheres respectivamente
Em outro estudo realizado com 19621 homens e mulheres com faixa etaacuteria de
45-80 anos a meacutedia da idade foi de 598 anos para os homens e 585 anos para as
mulheres O ponto de corte adequado de IMC foi de 23 kgm2 em homens e 24 kgm2
em mulheres Os pontos de corte de CC foram 80 cm e 78 cm em homens e mulheres
respectivamente Os achados do presente estudo foram superiores a esses
32
resultados todavia deve ser considerado que a populaccedilatildeo alvo foi diferente e com
idade menor da populaccedilatildeo pesquisada no presente trabalho87
Com relaccedilatildeo agrave CC o ponto de corte identificado para a prediccedilatildeo de hipertensatildeo
arterial nas mulheres foi superior ao dos homens Contudo os valores de sensibilidade
e especificidade desses pontos de corte foram maiores entre os homens o que pode
indicar que o poder preditivo da CC para a hipertensatildeo arterial eacute melhor para o sexo
masculino Quanto menor o ponto de corte maior seraacute a habilidade do teste em
classificar os doentes como positivos isto eacute maior seraacute a sensibilidade76 Os pontos
de corte dos homens foram em sua maioria menores em comparaccedilatildeo aos das
mulheres
Tais resultados satildeo contraacuterios aos achados do estudo de Kashihara et al
(2009)94 com indiviacuteduos de 30-74 anos que comparou paciente com hipertensatildeo e sem
hipertensatildeo Em seus pontos de corte de CC para os homens foram superiores aos
pontos de corte definidos para as mulheres e os valores de sensibilidade e
especificidade foi maior nas mulheres para identificar risco cardiovascular Poreacutem a
idade foi menor ao proposto no presente estudo
Outro estudo que contraria tais resultados quanto ao ponto de corte da CC foi
o de Haun Pitanga e Lessa (2009)16 que foi superior para os homens enquanto o
niacutevel de sensibilidade e especificidade foi igual aos nossos achados Poreacutem esse
estudo foi realizado com indiviacuteduos de idade entre 30-74 anos e discriminou risco
coronariano elevado
Quanto ao Iacutendice C no presente estudo o ponto de corte sugerido foi de 126
nas mulheres (sensibilidade 541 e especificidade 452) e 129 para os homens
(sensibilidade 574 e especificidade 456)
Diferentemente do resultado encontrado no presente estudo Pitanga e Lessa
(2005)56 sugeriram como o melhor ponto de corte para risco coronariano com o iacutendice
C 118 para mulheres apresentando valores de sensibilidade (7339) e
especificidade (6115) Para os homens o ponto de corte foi de 125 com valores de
sensibilidade (7391) e especificidade (7492) Tais pontos de corte foram para
indiviacuteduos adultos por esse motivo foram mais baixos que os achados do presente
trabalho Deve-se considerar que existem modificaccedilotildees na composiccedilatildeo corporal com
o processo do envelhecimento o que poderia alterar os pontos de corte para as essas
medidas antropomeacutetricas
33
Em outro estudo com os mesmo autores foram apresentados outros pontos de
corte comparando diferentes faixas etaacuterias Para as mulheres de 30-49 anos o melhor
ponto de corte foi o mesmo (118) com melhor sensibilidade (7857) e
especificidade (6524) e tambeacutem melhor aacuterea sob a curva ROC 081 (IC95 = 070-
092) Entre as de idade mais avanccedilada (50-74 anos) o melhor ponto de corte
sugerido foi 122 com sensibilidade (6000) e especificidade (6582) e aacuterea sob a
curva ROC 065 (IC 95 = 058-073) Portanto o iacutendice C apresentou melhor poder
discriminatoacuterio de RCEst para as mulheres mais jovens64
Almeida Almeida e Arauacutejo (2009)58 conduziram uma pesquisa com mulheres
de 30 e 69 anos buscando avaliar o desempenho de diferentes pontos de corte do
iacutendice C RCQ CC e RCEst para discriminar Risco Coronariano Elevado e o ponto de
corte encontrado para o Iacutendice C foi (125) proacuteximo ao ponto de corte para mulheres
nos nossos achados Dessa forma tais autores afirmaram que os indicadores
antropomeacutetricos de obesidade abdominal analisados tiveram desempenhos
satisfatoacuterios e similares para discriminar RCEst poreacutem o iacutendice C foi o que
apresentou o melhor poder discriminatoacuterio
As informaccedilotildees sobre o iacutendice C satildeo limitadas quanto agrave discussatildeo do ponto de
corte para hipertensatildeo arterial principalmente por encontrar poucos estudos sobre
essa medida como referecircncia para idosos Pitanga e Lessa (2004)55 relatam como
uma limitaccedilatildeo para a utilizaccedilatildeo do Iacutendice C em estudos populacionais a dificuldade de
se calcular o denominador da equaccedilatildeo proposta para sua determinaccedilatildeo
O excesso de gordura em geral estaacute associado ao aparecimento de doenccedilas
cardiovasculares hipertensatildeo arterial e mortalidade a definiccedilatildeo de pontos de corte
para iacutendices que se destacam por sua simplicidade operacional e boa acuraacutecia
permite a detecccedilatildeo dos indiviacuteduos sob risco sendo de grande utilidade nos serviccedilos
de atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede aleacutem de possibilitar o conhecimento da situaccedilatildeo de
grupos populacionais especiacuteficos frente a esses riscos quando empregados na
pesquisa epidemioloacutegica
No contexto das cidades de pequeno porte (rurais e urbanas) os recursos de
sauacutede satildeo muitas vezes limitados e escassos sendo importante a utilizaccedilatildeo desses
iacutendices antropomeacutetricos como substituiccedilatildeo eou apoio a avaliaccedilatildeo tradicional da
pressatildeo arterial Em vaacuterias conjunturas de sauacutede a alta demanda de paciente com
hipertensatildeo arterial exige a utilizaccedilatildeo de instrumentos de diagnoacutesticos e rastreamento
34
de raacutepida e faacutecil aplicaccedilatildeo que possam ser manejados por diferentes profissionais e
que sobretudo apresentem validade e fidedignidade A adequada validaccedilatildeo de
instrumentos e conhecimento de suas propriedades teacutecnicas na populaccedilatildeo brasileira
tambeacutem deve contribuir com a seleccedilatildeo de prioridades e delimitaccedilatildeo do conteuacutedo dos
programas de sauacutede pelos tomadores de decisatildeo em diferentes niacuteveis de gestatildeo
35
7 CONCLUSAtildeO
As anaacutelises dos dados permitem frente aos objetivos estabelecidos formular
as seguintes conclusotildees Quanto ao poder de discriminaccedilatildeo de iacutendices
antropomeacutetricos para a hipertensatildeo arterial em idosos os iacutendices antropomeacutetricos
(IMC RCEst e Iacutendice C) foram bons preditores de hipertensatildeo arterial para os homens
Dessa forma tais iacutendices podem ser empregados nos homens poreacutem tais medidas
natildeo foram satisfatoacuterias para predizer pressatildeo arterial elevada nas mulheres idosas
limitando a sua utilizaccedilatildeo para o sexo feminino com idades avanccediladas
O melhor ponto de corte para discriminar hipertensatildeo arterial foi 054 para a
RCEst nos homens dessa forma tal ponto de corte deve ser empregada no contexto
da atenccedilatildeo primaacuteria nos homens Sugere-se a utilizaccedilatildeo dessa medida a fim de
detectar e realizar a triagem da hipertensatildeo arterial com caracteriacutesticas similares agrave
amostra deste estudo
Recomenda-se que a utilizaccedilatildeo de dois iacutendices simultaneamente resulte em
uma maior eficiecircncia na avaliaccedilatildeo do risco de hipertensatildeo arterial em idosos A
indicaccedilatildeo destas medidas permite que ela seja realizada nas Unidades de Sauacutede da
Famiacutelia como meacutetodo de triagem para idosos com hipertensatildeo arterial utilizando
materiais de faacutecil manejo e de baixo custo
Dessa forma pode-se efetivamente atingir uma das estrateacutegias de prevenccedilatildeo
da hipertensatildeo arterial sistecircmica que eacute o controle da pressatildeo arterial durante o
envelhecimento Todavia sugere-se cautela na utilizaccedilatildeo do ponto de corte desses
indicadores para as mulheres pois os resultados natildeo foram satisfatoacuterios
Fica evidente a necessidade de outros estudos que identifiquem pontos de
corte de iacutendices antropomeacutetricos visando agrave detecccedilatildeo de hipertensatildeo arterial e de
outros fatores de risco cardiovascular nas mulheres idosas que residem em cidades
de pequeno porte
36
8 REFEREcircNCIAS
1 Omram AR The epidemiologic transition a theory of the epidemiology of population change Milbank Memorial Fund Quarterly 1971 49 (Part 1) 509-538
2 Wong LR Carvalho JM Age-strucutural transition in Brazil demographic bonuses and emerging challenges In Pool I Wong LLR Vilquin E editores Age-structural transitions challenges for development Paris Committee for International Cooperation in National Research in Demography 2006
3 Gragnolati M Jorgensen OH Rocha R Fruttero AA Envelhecendo em um Brasil mais Velho implicaccedilotildees do envelhecimento populacional sobre o crescimento econocircmico reduccedilatildeo da pobreza financcedilas puacuteblicas prestaccedilatildeo de serviccedilos Banco Internacional para a Reconstruccedilatildeo e o Desenvolvimento Banco Mundial 2011
4 Schmidt MI Duncan BB Silva GA et al Health in Brazil 4 Chronic non-communicable diseases in Brazil burden and current challenges The Lancet 2011 377
5 Ezzati M Hoorn SV Rodgers A et al Comparative Risk Assessment Collaborating Group Selected major risk factors and global and regional burden of disease Lancet 2002 360 1347-60
6 Lim SS Vos T Flaxman AD et al A comparative risk assessment of burden of disease and injury attributable to 67 risk factors and risk factor clusters in 21 regions 1990-2010 a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2010 Lancet 2012 380 (9859)2224-60
7 Sociedade Brasileira de Cardiologia Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Sociedade Brasileira de Nefrologia VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 2010 95(1) 1-51
8 Miranda DR Perrotti TC Bellinazzi VR et al Hipertensatildeo arterial no idoso peculiaridades na fisiopatologia no diagnoacutestico e no tratamento Rev Bras Hipertens 2002 9 293-300
9 Pilger C Menon MU Mathias TAF Caracteriacutesticas sociodemograacuteficas e de sauacutede de idosos contribuiccedilotildees para os serviccedilos de sauacutede Rev Latino-Am Enfermagem 2011 19(5)1230-1238
10 Pilger C Menon MU Mathias TAF Utilizaccedilatildeo de serviccedilos de sauacutede por idosos vivendo na comunidade Rev esc enferm USP 2013 47(1)213-220
11 Mariath AB Grillo LP Silva RO et al Obesidade e fatores de risco para o desenvolvimento de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis entre usuaacuterios de unidade de alimentaccedilatildeo e nutriccedilatildeo Cad Sauacutede Puacuteblica 2007 23 (4) 897-905
37
12 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Diretrizes e recomendaccedilotildees para o cuidado
integral de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis promoccedilatildeo da sauacutede vigilacircncia prevenccedilatildeo e assistecircncia Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2008
13 Kuumlmpe DA Sodreacute AC Pomatti DM et al Obesidade em Idosos Acompanhados
pela Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia Texto Contexto Enferm Florianoacutepolis 2011 20(3) 471-7
14 Silva KS Farias Juacutenior JC Fatores de risco associados agrave pressatildeo arterial elevada em adolescentes Rev Bras Med Esporte 2007 13(4) 237-40
15 Pitanga FJG Lessa I Razatildeo cintura-estatura como discriminador do risco
coronariano de adultos Rev Assoc Med Bras 2006 52157-61
16 Haun DR Pitanga FJG Lessa I Razatildeo CinturaEstatura comparado a outros indicadores antropomeacutetricos de obesidade como preditor de risco coronariano elevado Rev Assoc Med Bras [online] 2009 55(6) 705-711
17 Nascimento CM Ribeiro AQ SantrsquoAna LFR et al Estado nutricional e condiccedilotildees de sauacutede da populaccedilatildeo idosa brasileira revisatildeo da literatura Rev meacuted Minas Gerais 2011 21(2)174-180
18 Gomes MA Beck cc Duarte MFS et al Ficha Antropomeacutetrica no Nuacutecleo de Apoio a Sauacutede da Famiacutelia o que medir e para que medir Rev bras cineantropom desempenho hum 2009 11(2) 243-253
19 Azevedo LF Oliveira ACC Lima JRP et al Recomendaccedilotildees sobre condutas e procedimentos do profissional de educaccedilatildeo fiacutesica na atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede Rio de Janeiro CONFEF 2010 109-55
20 World Health Organization World health statistics 2012 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghopublicationsworld_health_statistics2012enindexhtmlgt [2012 set 18]
21 World Health Organization Global health risks mortality and burden of disease attributable to selected major risks Geneva World Health Organization 2009a
22 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Panorama da sauacutede brasileira em muacuteltiplos aspectos Percepccedilatildeo do estado de sauacutede estilo de vida e doenccedila crocircnica Pesquisa Nacional de Sauacutede 2013
23 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Pesquisa Nacional por Amostra
de Domiciacutelios 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapesquisaspesquisa_resultadosphpid_pesquisa=149gt[2014 dez 04]
24 Tribess S Virtuoso Junior JS Prescriccedilatildeo de exerciacutecios fiacutesicos para idosos Rev saudecom 2005 1(2)163-72
38
25 Pollock ML Wilmore JH Exerciacutecio na Sauacutede e na Doenccedila avaliaccedilatildeo e prescriccedilatildeo para prevenccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo Editora MEDSI 2ordf ed Rio de Janeiro 1993
26 Sociedade Brasileira de Cardiologia V Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 20061-48
27 World Health Organization Global Health Observatory (GHO) 2014 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghoncdrisk_factorsblood_pressure_prevalence_textengt [2014 dez 04]
28 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Secretaria de Atenccedilatildeo baacutesica agrave Sauacutede Departamento de atenccedilatildeo baacutesica - Hipertensatildeo arterial sistecircmica Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2006
29 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) (2009) Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeGestorvisualizar_textocfmidtxt=24421gt [2010 abr 07]
30 Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Nuacutemero de hipertenso 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwsbhorgbripadgeralphpgt [09 nov 2014]
31 Secretaria de Sauacutede do Estado da Bahia Hipertensatildeo Quantidade de Hipertensos na Bahia Disponiacutevel em (2014) lthttpwwwsaudebagovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=4418ampcatid=1ampItemid=14gt [2014 jan 10]
32 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica 2014 Dados de mortalidade na Bahia Disponiacutevel em lthttptabnetdatasusgovbrcgitabcgiexesiabcnvSIABSBAdefgt [2014 mai 05]
33 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica Dados sociodemograacuteficos de Ibicuiacute 2014 lthttptabnetdatasusgovbrcgideftohtmexesiabcnvSIABFBAdefgt [2014 jan 05]
34 Williams B The year in hypertension JACC 2010 55(1) 66-73
35 Lipp M Rocha JC Stress Hipertensatildeo Arterial e Qualidade de vida um guia de tratamento para o hipertenso Campinas Papirus 1996
36 Borenstein MS (Org) Manual de Hipertensatildeo Arterial Porto Allege Editora Sagra Luzzatto 1999
37 Joint National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure The Sixth Report of the Join National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure Arch Intern Med 1997157 2413-2446
39
38 Mitchell GF Parise H Benjamin EJ et al Changes in arterial stiffness and wave reflection with advancing age in health men and women Hypertension 2004 431239-1245
39 Matos AC Ladeia AM Avaliaccedilatildeo de fatores de risco cardiovascular em uma comunidade rural da Bahia Arq Bras Cardiol 2003 81(3) 291-6
40 World Health Organization Who Expert Committee on Physical Status the use and interpretation of antropometry Report of a WHO Expert Commitee Geneva WHO 1995 p 854
41 Pitanga FJG Antropometria na avaliaccedilatildeo da obesidade abdominal e risco coronariano Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum 201113(3) 238-241
42 Ferreira LS Amaral TF Marucci MFN et al Under nutrition as a major risk factor for death among older Brazilian adults in the community-dwelling setting SABE survey Nutrition 201127(10)17-22
43 Andrade FB Caldas Junior AF Kitoko PM et al Prevalence of overweight and obesity in elderly people from Vitoacuteria-ES Brazil Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2012 set17(3)749-756
44 Boscatto EC Duarte Mde F Coqueiro Rda S Barbosa AR Nutritional status in the oldest elderly and associated factors Rev Assoc Med Bras 2013 59(1)40-47
45 Kostka J Borowiak E Kostka T Nutritional status and quality of life in different
populations of older people in Poland Eur J Clin Nutr 2014 Nov68(11)1210-5
46 Silva DAS Petroski EL Associaccedilatildeo de diferentes pontos de corte para sobrepeso e obesidade com pressatildeo arterial elevada em idosas Rev Educ Fis UEM 2009 20 415-22
47 Nutrition Screening Initiative Interventions manual for professionals caring for older Americans Washington DC Nutrition Screening Initiative 1992
48 World Health Organization Obesity preventing and managing the global epidemic Report of a WHO Consultation on Obesity Geneva World Health Organization 1998
49 Cameron AJ Dunstan DW Owen N et al Health and mortality consequences
of abdominal obesity evidence from the Aus Diab study Med J Aust 2009191 202ndash208
50 Fox KA Despres JP Richard AJ et al Does abdominal obesity have a similar impact on cardiovascular disease and diabetes A study of 91246 ambulant patients in 27 European countries Eur Heart J 2009 30 3055ndash3063
40
51 Pouliot MC Despreacutes JP Lemieux S et al Waist circumference and abdominal sagittal diameter Best simple anthropometric indexes of abdominal visceral adipose tissue accumulation and related cardiovascular risk in men and woman Am J Cardiology 1994 73 460-468
52 Peixoto MRG Beniacutecio MHD Latorre M et al Circunferecircncia da Cintura e Iacutendice de massa Corporal como Preditores da Hipertensatildeo Arterial Arq Bras Cardiol 200687 462-470
53 MacKay MF Haffner SM Wagenknecht LE et al Prediction of type 2 diabetes using alternate anthropometric measures in a multiethnic cohort the insulin resistance atherosclerosis study Diabetes Care 200932(5)956-8
54 Valdez R A simple model-based index of abdominal adiposity J Clin Epidemiol1991 44(9) 955-6
55 Pitanga FJG Lessa I Sensibilidade e especificidade do iacutendice de conicidade como discriminador do risco coronariano de adultos em Salvador Brasil Rev Bras Epidemiol 20047(3)259-69
56 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano elevado em adultos na cidade de Salvador - Bahia Arq Bras Cardiol 2005 85 (1)26-31
57 Ghosh JR Bandyopadhyay AR Comparative evaluation of obesity measures relationship with blood pressures and hypertension Singapore Med J 200748(3) 232-5
58 Almeida RT Almeida MMG Araujo TM Obesidade abdominal e risco cardiovascular desempenho de indicadores antropomeacutetricos em mulheres Arq Bras Cardiol 2009 out92(5)375-380
59 Freitas Juacutenior Costa Rosa CS Codogno JS et al Capacidade cardiorrespiratoacuteria e distribuiccedilatildeo de gordura corporal de mulheres com 50 anos ou mais Rev Esc Enferm USP 2010 44(2) 395-400
60 Matos LN Giorelli GV Dias CB Correlation of anthropometric indicators for identifying insulin sensitivity and resistance Satildeo Paulo Med J [online] 2011 129(1) 30-35
61 Gomes MA Rech CR Gomes MBA et al Correlaccedilatildeo entre iacutendices antropomeacutetricos e distribuiccedilatildeo de gordura corporal em mulheres idosas Rev bras cineantropom desempenho hum 2006 set 8(3) 16-22
62 Tarastchuk JCE Gueacuterios EE Bueno RRL et al Obesidade e intervenccedilatildeo coronariana devemos continuar valorizando o Iacutendice de Massa Corpoacuterea Arq Bras Cardiol [online] 2008 90(5) 311-316
41
63 Ferreira AP CB Ferreira VC Souza et al Risco de distuacuterbio glicecircmico em mulheres idosas ajustado por antropometria e genoacutetipos de citocinas Rev Assoc Med Bras [online] 201157(5) 565-569
64 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano em mulheres Rev Bras Cineantrop Desempenho Hum 2006 8 (1) 14-21
65 Newman TB Browner WS Cummings SR Delineando estudos de testes meacutedicos In Hulley SB et al Delineando a pesquisa cliacutenica uma abordagem epidemioloacutegica 2 ed Porto Alegre Artmed 2003 203-224
66 Toscano CM As campanhas nacionais para detecccedilatildeo das doenccedilas crocircnicas natildeo-transmissiacuteveis diabetes e hipertensatildeo arterial Ciecircnc sauacutede Coletiva out-dez 2004 9(4) 885-895
67 Fletcher RH Fletcher SW Prevenccedilatildeo In Fletcher R Fletcher S Epidemiologia
cliacutenica elementos essenciais 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 2006 179-201
68 Jeckel J Elmore J Katz D Meacutetodos de prevenccedilatildeo secundaacuteria In _____ Epidemiologia bioestatiacutestica e medicina preventiva 2 ed Porto Alegre Artmed 2005 236-247
69 Klein CH Bloch KV Estudos seccionais In Medronho RA Carvalho DM Bloch KV Luiz RR Werneck GL Epidemiologia 1ordf ed Satildeo Paulo Editora Atheneu 2002 125-150
70 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Resoluccedilatildeo nordm- 6 de 3 de novembro de 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcenso2010ibgegovbrdados_divulgadosindexphpuf=29gt[201 dez 18]
71 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica ndash Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais (2014) Disponiacutevel em lthttpcodibgegovbr398G9gt [2014 ago 30]
72 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230gt [2013 mai 01]
73 Luiz RR Magnanini MMF A loacutegica da determinaccedilatildeo do tamanho da amostra em investigaccedilotildees epidemioloacutegicas Cad sauacutede coletiva Rio de Janeiro 2000 8(2) 9-28
74 Reis MC Nascimento RAS Pedreira RBS et al Validaccedilatildeo de Face e Clareza do Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede dos Idosos ndash IASI [resumo] in Anais do XIX Congresso Brasileiro Geriatria e Gerontologia Beleacutem 2014 296-296
75 Lohman TG Roche AF Martorell R Anthropometric Standardization Reference Manual Champaign Illinois Human Kinetics 1988
42
76 Vaz JCL Regiotildees de Incerteza para Curva ROC em Teste Diagnoacutesticos
[dissertaccedilatildeo] Satildeo Carlos Universidade Federal de Satildeo Carlos 2009
77 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de 2012
78 Erdreich LS Lee ET Use of relative operating characteristic analysis in epidemiology A method for dealing with subjective judgement Am J Epidemiol 1981 114649-62
79 Aekplakorn W Pakpeankitwatana V Lee CM et al Abdominal obesity and coronary heart disease in Thai men Obesity 200715(4)1036-42
80 Oliveira MAM Fagundes RLM Moreira EAM et al Relaccedilatildeo de Indicadores Antropomeacutetricos com Fatores de Risco para Doenccedila Cardiovascular Arq Bras Cardiol 2010 abr 94(4) 478-485
81 Mendes TAB Goldbaum M Segri NJ et al Factors associated with the prevalence of hypertension and control practices among elderly residents of Satildeo Paulo city Brazil Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(11) 2275-2286
82 Oliveira BFA Souza Mouratildeo D Gomes N et al Prevalecircncia de hipertensatildeo arterial em comunidades ribeirinhas do Rio Madeira Amazocircnia Ocidental Brasileira Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(8) 1617-1630
83 Picon RV Fuchs FD Moreira LB et al Prevalence of Hypertension Among Elderly Persons in Urban Brazil A Systematic Review With Meta-Analysis Am J Hypertens 2013 26 (4) 541-548
84 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Pessoa Idosa e Envelhecimento Seacuteries Pactos pela Sauacutede 2006 v 12 Brasiacutelia ndash DF 2010
85 Leal Neto JS Souza J Coqueiro RS et al Anthropometric indicators of obesity as screening tools for high blood pressure in the elderly Int J Nurs Pract 2013 Aug 19(4) 360-367
86 Schisterman EF Faraggi D Reiser B Trevisan M Statistical inference for the area under the receiver operating characteristic curve in the presence of random measurement error Am J Epidemiol 2001 154 (2) 174-9
87 Samsen M Hanchaiphiboolkul S Puthkhao P et al Appropriate body mass index and waist circumference cutoffs for middle and older age group in Thailand data of 19621 participants from Thai epidemiologic stroke (TES) study J Med Assoc Thai 2012 Sep 95(9)1156-66
88 Ko GTC Chan JCN Cockram CS Woo J Prediction of hypertension diabetes dyslipidemia or albuminuria using simple anthropometric indexes in Hong Kong Chinese Int J Obes 1999 23 (11) 1136-42
43
89 Lin WY Lee LT Chen CY et al Optimal cut-off values for obesity using simple anthropometric indices to predict cardiovascular risk factors in Taiwan Int J Obes Relat Metab Disord 2002261232-8
90 Pua YH Ong PH Anthropometric indices as screening tools for cardiovascular risk factors in Singaporean women Asia Pac J Clin Nutr 2005 14 (1) 74-9
91 Berber A Goacutemez-Santos R Fanghaumlnel G Saacutenchez-Reyes L Anthropometric
indexes in the prediction of type 2 diabetes mellitus hypertension and dyslipidaemia in a Mexican population Int J Obes 200125(12)1794-9
92 Browning LM Hsieh SD Ashwell M A systematic review of waist-to-height ratio
as a screening tool for the prediction of cardiovascular disease and diabetes 05 could be a suitable global boundary value Nutr Res Rev 2010 23(2)247-69
93 Bertsias G Mammas I Linardakis M Kafatos A Overweight and obesity in
relation to cardiovascular disease risk factors among medical students in Crete Greece BMC Public Health 2003 31-9
94 Kashihara H Lee JS Kawakubo K et al Criteria of Waist Circumference According to Computed Tomography-Measured Visceral Fat Area and the Clustering of Cardiovascular Risk Factors Circ J 2009 73 1881-1886
44
APEcircNDICES
45
Apecircndice 1
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
46
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS
PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE SAUacuteDE
DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE
Jequieacute ____ ____ 201__
APEcircNDICE 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Vocecirc esta sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa do Nuacutecleo de
Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo (NESP) da Universidade Estadual do Sudoeste da
Bahia
Objetivo do estudo Avaliar e monitorar as condiccedilotildees de sauacutede de idosos residentes
em comunidade
Participaccedilatildeo Ao aceitar participar do estudo estarei agrave disposiccedilatildeo do pesquisador
para responder ao formulaacuterio que seraacute arquivado pelo autor por um periacuteodo de cinco
anos sendo posteriormente incinerado
Riscos Este estudo natildeo traraacute riscos para minha integridade fiacutesica ou moral dos
participantes
Confidencialidade do estudo Seraacute garantida a privacidade o anonimato bem como
o direito de aceitar ou natildeo participar da pesquisa podendo ser essa autorizaccedilatildeo
suspensa em qualquer fase do estudo Assim as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo
4662012 do Conselho Nacional de Sauacutede que discorre sobre pesquisa envolvendo
seres humanos seratildeo atendidas Os resultados seratildeo publicados no relatoacuterio final da
dissertaccedilatildeo e artigos cientiacuteficos
47
Benefiacutecios Accedilotildees interinstitucionais articuladas promovidas numa perspectiva
interdisciplinar possibilitaratildeo uma melhor compreensatildeo das condiccedilotildees de sauacutede dos
idosos residentes em comunidade do municiacutepio e contribuiraacute para a formulaccedilatildeo de
accedilotildees direcionadas as necessidades dessa populaccedilatildeo
Danos advindos da pesquisa Caso haja algum prejuiacutezo decorrente da realizaccedilatildeo
deste estudo seraacute providenciada a devida reparaccedilatildeo dos danos atraveacutes do
responsaacutevel pelo estudo O pesquisador e os entrevistados natildeo receberatildeo benefiacutecios
financeiros para participaccedilatildeo no estudo Todas as despesas seratildeo por conta do
pesquisador
Participaccedilatildeo voluntaacuteria Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria podendo a qualquer
momento desistir do estudo sem qualquer prejuiacutezo ou penalidade para mim
Consentimento para participaccedilatildeo Apoacutes ser devidamente esclarecido (a) quanto
aos objetivos deste estudo dos procedimentos aos quais serei submetido (a) bem
como dos possiacuteveis riscos decorrentes da minha participaccedilatildeo estou de acordo em
participar do mesmo O pesquisador responsaacutevel pelo estudo assegura que seraacute
disponibilizado qualquer esclarecimento adicional que eu venha a solicitar durante a
realizaccedilatildeo da pesquisa e o direito de desistir da participaccedilatildeo em qualquer momento
Em casos de duacutevidas eou problemas referentes ao estudo vocecirc poderaacute
entrar em contato com o autor atraveacutes do Nuacutecleo de Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo
(NESP) (73) 3528-9721
Sendo assim eu ______________________________________________
aceito livremente participar do Projeto MONIDI
__________________________________ __________________________________
Assinatura do (a) participante
RG _________________________
Assinatura do (a) pesquisador
RG_________________________
48
Apecircndice 2
Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede do Idoso
49
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS
PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE
SAUacuteDE DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE
Nuacutemero do Questionaacuterio |__|__|__|
Nome do Entrevistador ___________________________
Visita 1 2 3
Data Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Hora de iniacutecio ________
Hora de teacutermino ________
I INFORMACcedilOtildeES PESSOAIS E SOCIODEMOGRAacuteFICAS
1 Nome do entrevistado
2Sexo
0 ( ) Feminino
1 ( ) Masculino
3 Endereccedilo completotelefone
4 Idade ____ anos
41 Data de Nascimento
____________
50
5 Situaccedilatildeo conjugal atual
1 ( ) Casado(a) 2 ( ) Uniatildeo estaacutevel 3 ( ) Solteiroa
4 ( ) Divorciado(a)separado(a)desquitado(a) 5 ( ) Viuacutevoa
6 No total quantas vezes o (a) Sr(a) esteve casado(a) ou em uniatildeo
Nordm de vezes |___|___|
7 Na escola qual a uacuteltima seacuterie grau que concluiu com aprovaccedilatildeo
1 - Nunca foi agrave escola ( ) 4 - Fundamental II ( )5 a ( )6 a ( )7 a ( )8 a
2 - Lecirc e escreve o nome ( ) 5 - Ensino Meacutedio ( ) 1 a ( )2 a ( )3
3 - Fundamental I ( )1 a ( )2 a 6 - Superior ( ) completo ( ) incompleto
( )3 a ( )4 a
8 Como vocecirc classificaria a cor da sua pele
1( ) Branca 2( ) Amarela (oriental) 3( ) Parda
4( ) Origem indiacutegena 5( ) Preta 9( ) Natildeo sabe
9 Cor da pele (entrevistador)
1( ) branca 2( ) amarela (oriental) 3( ) parda
4( ) origem indiacutegena 5( ) preta
10-Quantos filhos e filhas nascidos vivos o(a)Sr(a) teve (natildeo inclua enteados filhos
adotivos abortos ou filhos nascidos mortos)
Nuacutemero de filhos |____|____| (98) NS (99) NR
11 Atualmente o senhor (a) mora sozinho ou acompanhado
1( )Acompanhado 2( ) Sozinho 3( ) NR 4( )NS
51
12 Desde que o senhor (a) nasceu viveu no campo por 5 anos ou mais
0( ) Natildeo 1( ) Sim 2( ) NS 3( ) NR
13 Qual eacute a sua religiatildeo
1( ) Catoacutelica 2( ) Protestante 3( ) Judaica
4( ) Espiacuteritakardecista 5( ) Umbanda 6( ) Outras ____________
14 Qual a importacircncia da religiatildeo em sua vida
(1) Importante (2) Regular (3) Nada importante (8) NS (9) NR
15 Com que frequecircncia o senhor vai agrave igreja ou ao serviccedilo religioso
( ) Nunca ( ) Vaacuterias vezes por ano ( ) Uma duas vezes por mecircs
( ) Quase toda semana ( ) Mais de uma vez por semana ( ) NS ( ) NR
16 Quanto vocecirc ganha em meacutedia por mecircs R$ __________8( )Natildeo se aplica
II A CONSUMO DE AacuteLCOOL E TABACO
Uso de bebidas alcooacutelicas
1 Vocecirc consome bebidas alcooacutelicas Se vocecirc NAtildeO BEBE siga para o bloco III C
0 ( )sim 1( ) natildeo
2 Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
3 As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
4 Sente-se chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
5 Costuma beber pela manhatilde para diminuir o nervosismo ou a ressaca
0 ( ) sim 1( ) natildeo
Haacutebito de fumar
1 Vocecirc jaacute foi fumante 0 ( ) sim 1( ) natildeo
52
2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco
III C
3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros
4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias
III ANTROPOMETRIA
MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS
ESTATURA
MASSA CORPORAL
CIRCUNFEREcircNCIA
DE CINTURA
IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL
MEDIDA 01 02 03
Pressatildeo arterial
sistoacutelica
Pressatildeo arterial
diastoacutelica
53
ANEXOS
54
Anexo 1
Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos
55
56
8
essas medidas necessitam apresentar simplicidade na teacutecnica economia facilidade
e rapidez na aplicaccedilatildeo e interpretaccedilatildeo666768
A validade caracteriza-se como a capacidade do instrumento medir aquilo que
se propotildees a medir Envolve um componente conceitual (julgamento subjetivo a
respeito do instrumento pelo pesquisador) e um componente operacional (avaliaccedilatildeo
sistemaacutetica (estatiacutestica) do teste) geralmente o comparando com um criteacuterio padratildeo
ouro67
A avaliaccedilatildeo operacional da validade utilizada nessa pesquisa foi a de criteacuterio
no qual mede agrave extensatildeo com que o instrumento discrimina sujeitos que diferem em
determinadas caracteriacutesticas Refere-se agrave capacidade de uma escala de se
corresponder com outras medidas ou de predizer algo a que se propotildee Eacute avaliada
por meio de criteacuterio-padratildeo (validade concorrente e validade preditiva) Sendo que a
validade preditiva eacute estimulada estatisticamente e expressa por meio da sensibilidade
especificidade valor preditivo positivo valor preditivo negativo e taxa de classificaccedilatildeo
incorreta67
A sensibilidade corresponde agrave proporccedilatildeo de casos positivos identificados
corretamente ou melhor eacute a capacidade de medida de reconhecer os verdadeiros
positivos Quanto maior a sensibilidade maior a chance de detectar a doenccedila A
especificidade eacute proporccedilatildeo de casos negativos identificados corretamente eacute a
capacidade do instrumento de reconhecer os verdadeiros negativos67
Quanto mais sensiacutevel for o teste melhor seraacute seu valor preditivo negativo ou
seja maior seraacute a certeza de que uma pessoa com resultado negativo natildeo tenha
realmente a doenccedila Quanto mais especifico melhor seraacute seu valor preditivo positivo
ou seja maior seraacute a certeza de que uma pessoa com resultado positivo tenha a
hipertensatildeo arterial67
Como estrateacutegia geral quando a principal preocupaccedilatildeo for evitar o resultado
falso-positivo entatildeo o ponto de corte deve objetivar o maacuteximo de especificidade e se
a preocupaccedilatildeo maior eacute evitar resultado falso-negativo (o resultado do teste em
paciente com suspeita de hipertensatildeo arterial) o ponto de corte deve objetivar o
maacuteximo de sensibilidade67 Os autores ainda referem que a curva Receive Operator
Caracteristic (ROC) eacute a melhor maneira de estabelecer o ponto de corte otimizando
a sensibilidade e especificidade do teste diagnoacutestico
9
Destaca-se que as qualidades de um instrumento aplicado em condiccedilotildees de
campo satildeo modificadas pela prevalecircncia de casos na populaccedilatildeo cliacutenica (onde eacute
esperado ter maior proporccedilatildeo de doenccedila) comparada com uma populaccedilatildeo geral
10
3 OBJETIVOS
Determinar o poder preditivo de iacutendices antropomeacutetricos para predizer
hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos
Estabelecer pontos de corte como discriminadores de hipertensatildeo arterial em
mulheres e homens idosos
Identificar o iacutendice antropomeacutetrico de obesidade que melhor discrimina a
hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos
11
4 MATERIAL E MEacuteTODOS
41 Tipos de estudo
Esta pesquisa eacute do tipo transversal ou seccional como parte do projeto de
Monitoramento da Sauacutede de Idosos de um Municiacutepio de Pequeno Porte ESTUDO
MONIDI Em estudos transversais a estrateacutegia de observaccedilatildeo da populaccedilatildeo eacute
seccional isto eacute as informaccedilotildees obtidas referem-se ao mesmo momento sendo mais
adequado para obtenccedilatildeo de estimativas populacionais As informaccedilotildees individuais
devem ser coletadas num determinado prazo mais curto possiacutevel decorrido entre as
observaccedilotildees do primeiro e uacuteltimo indiviacuteduo69
42 Cenaacuterios do estudo
O municiacutepio de Ibicuiacute fica localizado na zona fisiograacutefica de Vitoacuteria da Conquista
(Encosta do Planalto) e situada no Sudoeste do Estado da Bahia possui uma aacuterea
territorial de 1176843 kmsup2 populaccedilatildeo de 16640 habitantes7071 A populaccedilatildeo de
idosos no ano de 2013 era de 2124 habitantes e destes 525 estavam cadastrados
nas Unidades de Sauacutede da Famiacutelia33
12
Figura 1 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Ibicuiacute BA na regiatildeo Nordeste do Brasil
Fonte Adaptado do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE)72 Infograacuteficos
Cidades Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230
43 Populaccedilatildeo e amostra
A populaccedilatildeo alvo do presente estudo foi constituiacuteda por indiviacuteduos com idade
igual ou superior a 60 anos de ambos os sexos cadastrados na Estrateacutegia de Sauacutede
da Famiacutelia (ESF) que atenderam agraves aacutereas urbanas e rurais do municiacutepio de Ibicuiacute-BA
no ano de 2014 A lista com o nuacutemero de usuaacuterios idosos cadastrados nas USFs da
zona rural e urbana do municiacutepio foi solicitada junto agrave Secretaria Municipal de Sauacutede
Foram incluiacutedos no estudo idosos que estavam cadastrados na Estrateacutegia de
Sauacutede da Famiacutelia que aceitaram participar da pesquisa atraveacutes da assinatura do
Termo de Consentimento Livre Esclarecido (TCLE)
Os criteacuterios de exclusatildeo foram os participantes com diagnoacutestico de demecircncia
ou qualquer outro tipo de alteraccedilatildeo cognitiva que comprometesse a veracidade das
informaccedilotildees fornecidas idosos acamados portadores de doenccedila de Alzheimer ou
outro tipo de doenccedila neuroloacutegica que afetasse a cogniccedilatildeo doenccedila em estaacutegio
terminal
Apoacutes aplicaccedilatildeo dos criteacuterios de exclusatildeo foi efetuado o caacutelculo amostral
seguindo a proposta de Luiz e Magnanini (2000)73 para populaccedilotildees finitas com
13
predominacircncia desconhecida de 50 sendo adotado niacutevel de significacircncia de 5
(correspondendo a um intervalo de confianccedila de 95) e erro toleraacutevel de amostragem
de 25
O caacutelculo amostral resultou numa amostra miacutenima necessaacuteria de 305 idosos
Esse caacutelculo amostral sofreu ajuste em 10 para compensar eventuais perdas e
recusas Apoacutes o resultado do caacutelculo amostral os idosos participantes foram
selecionados atraveacutes de sorteio sendo este proporcional ao tamanho e a distribuiccedilatildeo
por sexo e por quantidade de idosos na Unidade de Sauacutede da Famiacutelia
Os indiviacuteduos assinaram o TCLE foram entrevistados e avaliados nas
dependecircncias da USF sendo que aqueles que natildeo foram localizados ou natildeo
compareceram a USF apoacutes trecircs tentativas foram automaticamente substituiacutedos por
meio de sorteio
44 Equipes de coleta de dados
A equipe de coleta foi composta por dois profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica
(Coordenadores) e cinco acadecircmicos de fisioterapia enfermagem e medicina A
equipe foi previamente treinada em reuniotildees teacutecnicas e no estudo piloto que foi
realizado no periacuteodo de Outubro a Dezembro de 2013 visando padronizar todo o
processo de coleta Foram estabelecidas accedilotildees referentes agrave logiacutestica agrave aplicaccedilatildeo dos
questionaacuterios e aos procedimentos de medidas das variaacuteveis antropomeacutetricas A
coleta propriamente dita ocorreu entre o periacuteodo de 03022014 a 20022014
14
45 Procedimentos para coleta de dados
451 Variaacuteveis do estudo e dados coletados
Foram mensuradas as variaacuteveis idade sexo situaccedilatildeo conjugal niacutevel de
escolaridade raccedilacor renda mensal alcoolismos e tabagismos Como tambeacutem
medidas de pressatildeo arterial sistoacutelica e diastoacutelica massa corporal estatura e
circunferecircncia da cintura
452 Instrumentos de coleta
Foi utilizado o instrumento de coleta denominado Instrumento de Avaliaccedilatildeo da
Sauacutede de Idosos (IASI) padronizado e validado previamente74 Tal instrumento obteacutem
caracteriacutesticas sociodemograacuteficas informaccedilotildees pessoais consumo de aacutelcool e
tabaco avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica e de pressatildeo arterial
Para aferir a pressatildeo arterial foi utilizado o aparelho digital (marca OMRONreg
modelo HEM ndash 742 INT) Utilizou-se ainda uma balanccedila digital portaacutetil (OMRONreg) e
um estadiocircmetro (marca Sannyreg) ambos devidamente calibrados e fita
antropomeacutetrica flexiacutevel (Cardiomedreg)
453 Pressatildeo Arterial
A pressatildeo arterial foi aferida com um aparelho digital de braccedilo com manguito
adequado agrave circunferecircncia do mesmo A medida foi realizada no braccedilo direito a altura
do coraccedilatildeo Foram realizadas trecircs medidas da pressatildeo arterial sendo a primeira apoacutes
o idoso permanecer cinco minutos em repouso e sentado a segunda apoacutes dois
minutos e a terceira dois minutos apoacutes a realizaccedilatildeo da segunda (foi utilizada a meacutedia
das trecircs medidas) Valores de referecircncia estatildeo estabelecidos na Tabela 1
15
Tabela 1 - Classificaccedilatildeo da pressatildeo arterial de acordo com a VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo (2010)
Classificaccedilatildeo Pressatildeo Sistoacutelica (mmHg)
Pressatildeo Diastoacutelica (mmHg)
Oacutetima Normal Limiacutetrofe
lt 120 lt 130 130-139
lt 80 lt 85 85-80
Hipertensatildeo estaacutegio I 140-159 90-99 Hipertensatildeo estaacutegio II 160-179 100-109 Hipertensatildeo estaacutegio III ge 180 ge 110 Hipertensatildeo sistoacutelica isolada
ge 140 lt 90
Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo (2010)7
454 Antropometria
Todas as medidas antropomeacutetricas foram realizadas trecircs vezes (verificou-se a
meacutedia de tais medidas) por um profissional de Educaccedilatildeo Fiacutesica para diminuir o erro
intra e inter avaliadores e anotados por um apontador Os idosos foram medidos
conforme procedimentos padronizados por Lohman et al (1988)75 sem calccedilados
roupas leves sem reloacutegio chaves celular etc
Foi mensurada a circunferecircncia da cintura com uma fita antropomeacutetrica flexiacutevel
no ponto meacutedio entre a uacuteltima costela e a crista iliacuteaca e o procedimento foi deixar a
cintura livre de roupa e os braccedilos cruzados no peito Classificaccedilatildeo de risco para
desenvolver doenccedilas por Lohman et al (1988)75 HOMENS gt 102 cm e MULHERES
gt 88 cm Foi determinado o IMC atraveacutes da equaccedilatildeo [IMC =massa corporal
(kg)estatura2(m)] Valores de referecircncia estatildeo estabelecidos na Tabela 2
Tabela 2 - Classificaccedilatildeo do Iacutendice de Massa Corporal
IMC Classificaccedilatildeo
Baixo peso lt 220 kgm2 Peso adequado 220 le IMC le 270 kgm2 Obesidade gt 270 kgm2
Lohman et al (1988)75
16
A razatildeo cintura-estatura foi determinada pela equaccedilatildeo proposta por Pitanga e
Lessa (2006)15 a qual utiliza a CC (cm) e a estatura (cm) O Iacutendice C foi estimado por
meio das medidas de massa corporal estatura e circunferecircncia da cintura utilizando-
se um modelo proposto por Valdez (1991)54 cuja equaccedilatildeo matemaacutetica estaacute descrita a
seguir
46 Anaacutelise dos dados
Os dados foram digitados com dupla entrada no software Epidata 31 Apoacutes a
digitaccedilatildeo dos dados foram verificados manualmente os valores discrepantes e a
consistecircncia das informaccedilotildees
Na anaacutelise de dados foram utilizados os procedimentos da estatiacutestica descritiva
expressa por meacutedia desvio padratildeo nuacutemero de observaccedilotildees e percentual das
variaacuteveis avaliadas A diferenccedila entre os sexos nas variaacuteveis contiacutenuas foi analisada
pelo teste t de Student para amostras independentes uma vez que as variaacuteveis
apresentaram distribuiccedilatildeo normal e o teste do Qui-quadrado para comparar as
proporccedilotildees (variaacuteveis qualitativas) entre os idosos do sexo masculino e feminino
O poder discriminatoacuterio para determinar a hipertensatildeo arterial e os iacutendices
antropomeacutetricos foi verificado atraveacutes da utilizaccedilatildeo das curvas ROC recurso utilizado
para obtenccedilatildeo de pontos de corte que visam diagnoacutesticos ou triagem
A aacuterea sob a curva ROC (ASC) determina a capacidade preditiva do indicador
para presenccedila ou ausecircncia de hipertensatildeo arterial Uma ASC igual a 10 eacute
considerada perfeita poreacutem se for igual ou menor a 05 indica que sua capacidade
preditiva natildeo eacute melhor que ao acaso
17
Neste estudo o pressuposto para anaacutelise da ASC foi agrave sensibilidade pois em
determinadas situaccedilotildees quando natildeo pode correr o risco de natildeo diagnosticar
determinada doenccedila eacute melhor privilegiar a sensibilidade76
Apoacutes determinados os pontos de corte para cada uma das variaacuteveis
investigadas para prediccedilatildeo de hipertensatildeo essas foram dicotomizadas com base em
seus respectivos valores de referecircncia As anaacutelises estatiacutesticas foram conduzidas no
Statistical Product and Service Solutions (SPSS) reg 130 Em todas as anaacutelises foram
efetuadas respeitando-se o niacutevel de significacircncia de 5
47 Aspectos Eacuteticos
O estudo foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa da Universidade
Estadual do Sudoeste da Bahia com parecer (CAAE 22969013000000055) (Anexo
1) seguindo princiacutepios eacuteticos estabelecidos na Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de
2012 do Conselho Nacional de Sauacutede (CNS)77
18
5 RESULTADOS
51 Caracterizaccedilatildeo da amostra estudada
De acordo com a contabilizaccedilatildeo das perdas (mudou-se do municiacutepio natildeo foi
encontrado por mais de 3 vezes na USF ou domicilio) e recusas (n=31) a amostra final
foi composta por 310 idosos (201 zona urbana e 109 zona rural) A taxa de respostas
foi de 912 com 88 (n=31) de recusas e 92 (n=29) de exclusatildeo
Participaram do estudo 175 mulheres (565) e 135 homens (435) As
idades variaram entre 60 e 108 anos com meacutedia de 7078 plusmn 82 anos para as mulheres
e 60 a 93 anos com meacutedia de 7259 plusmn 78 anos para homens
A maioria das mulheres se auto referiu ser negra e os homens pardo O iacutendice
de analfabetismo apresentou-se elevado em ambos os sexos A maior parte dos idosos
eacute casado A maioria dos idosos sobrevivia com renda mensal inferior ou igual a um
salaacuterio miacutenimo (Tabela 3)
19
Tabela 3 - Variaacuteveis sociodemograacuteficas e de estilo de vida em idosos
Mulheres (n=175) Taxa de Resposta
Homens (n=135) Taxa de Resposta
n n P
Raccedilacor 9861 991
Branco 47 2686 43 3209
Preto 73 4171 26 1940 0001
Pardo 49 2800 55 4074
Natildeo sabe 4 229 10 741
Escolaridade 9918 1000
Analfabeto 95 5429 84 6222
Baacutesica 72 4114 46 3408 0001
Secundaacuteria 5 286 5 370
Superior 2 114 - -
Estado Civil 9789 991
Casadouniatildeo estaacutevel
74 4229 78 5777
Solteiroseparado 33 1886 36 2667 0001
Viuacuteva 63 3600 20 1481
Renda Mensal 9918 1000
le 1 salaacuterio 165 9428 123 9111
11 a 2 salaacuterio 8 458 10 74 0001
21 a salaacuterio 1 057 2 148
Alcoolismo 9989 1000
Sim 4 229 9 667 0001
Natildeo 170 9714 126 9333
Tabagismo 9597 1000
Sim 15 857 21 1556 0001
Natildeo 152 8686 114 8444
Teste Qui-quadrado
20
52 Caracteriacutesticas antropomeacutetricas
Apoacutes a assinatura do TCLE e realizaccedilatildeo do questionaacuterio 10 idosos foram
excluiacutedos (recusas e informaccedilatildeo incompleta do questionaacuterio) desta etapa de anaacutelise
Dessa forma foram analisadas 300 avaliaccedilotildees das medidas antropomeacutetricas
Na Tabela 4 podem ser observados os valores meacutedios desvio padratildeo valores
miacutenimos e maacuteximos e percentuais das variaacuteveis avaliadas A meacutedia do IMC foi menor
nos homens quando comparado com o resultado das mulheres (p lt 0001) Natildeo houve
diferenccedila significativa da variaacutevel circunferecircncia da cintura entre homens e mulheres
(p = 0208) A prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi maior nas mulheres A maioria
das mulheres eacute obesa e entre os homens o estado nutricional foi considerado eutroacutefico
(Tabela 5)
21
Tabela 4 - Valores descritivos miacutenimos e maacuteximos das variaacuteveis analisadas
Variaacuteveis Mulheres (n=167) Homens (n=133) Valor-p
Idade (anos) 7078 plusmn 821 (60-108)
7259 plusmn 786 (60-93)
0055
Massa corporal (kg) 6020 plusmn 1223 (2970-9580)
6384 plusmn 1250 (4010-11840)
0012
Estatura (cm) 14875 plusmn 616 (129-164)
16080 plusmn 782 (135-183)
lt00001
IMC (kgm2) 2715 plusmn505 (1342-4064)
2458 plusmn 390 (1475-3544)
lt00001
CC (cm)dagger 8734 plusmn 1126 (55-130)
8894 plusmn 1010 (66-115)
0208
RCEst 057 plusmn 011 (000-087)
055 plusmn 006 (042-073)
0086
Iacutendice C 123 plusmn 021 (000-166)
129 plusmn 006 (117-150)
0001
PAS 14096 plusmn 2218 (87-200)
13735 plusmn 2251 (98-209)
0166
PAD 7671 plusmn 1091 (45-105)
7697 plusmn 1179 (49-110)
0846
IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia da cintura RCEst - razatildeo cintura-estatura Iacutendice C - Iacutendice de Conicidade PAS - pressatildeo arterial sistoacutelica PAD ndash pressatildeo arterial diastoacutelica dagger Variaacuteveis com perdas (n=163 mulheres) Teste T de Student para amostras independentes
Tabela 5 - Percentuais das variaacuteveis analisadas
Variaacutevel Mulheres Homens Valor-p
Pressatildeo Arterial (n) (n)
Normal 557 (93) 594 (79) 0011
Hipertensatildeo 443 (74) 406 (54)
Estado nutricional (n) (n)
Baixo peso 144 (24) 301 (40)
Normal 353 (59) 436 (58) lt00001
Sobrepeso 503 (84) 263 (35)
Teste Qui-quadrado
53 Anaacutelise da curva ROC
22
As aacutereas sob a curva ROC do IMC da CC da RCEst e do iacutendice C como
preditores de hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos e os respectivos
intervalos de confianccedila (IC 95) podem ser observados na Tabela 6 e nas Figuras 2
3 4 5 6 7 8 9 Evidenciou-se que alguns iacutendices antropomeacutetricos apresentaram
aacuterea sob a curva ROC significativas Todavia a RCEst e o IMC assumiram maiores
aacutereas com diferenccedila significativa para os homens
Tabela 6 - Aacuterea sob a curva ROC e IC95 entre os iacutendices antropomeacutetricos e hipertensatildeo arterial em idosos
Aacuterea sob a curva ROC
PA elevada Mulheres
Homens
p
IMC (kgm2) 053 (044-062) 060 (050-070)
lt00001dagger
CC (cm) 057 (048-066) 058 (048-068)
lt00001dagger
RCEst 056 (047-065) 061 (051-071)
lt00001dagger
Iacutendice C 058 (049-066) 058 (058-068) lt00001dagger
IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia de cintura RCEst - razatildeo cinturaestatura Iacutendice C - iacutendice de conicidade ROC ndashReceiver Operating CharacteristicIC95 - intervalo de confianccedila a 95Aacuterea sob a curva ROC apresentando poder discriminatoacuterio para pressatildeo arterial elevada (Li-IC ge 050) daggerTeste Qui-quadrado
23
Figura 2 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) IMC - iacutendice de massa corporal
Figura 3 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) IMC - iacutendice de massa corporal
24
Figura 4 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) CC ndash circunferecircncia da cintura
Figura 5 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) CC ndash circunferecircncia da cintura
25
Figura 6 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) RCEst - razatildeo cinturaestatura
Figura 7 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) RCEst - razatildeo cinturaestatura
26
Figura 8 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) Iacutendice C -iacutendice de conicidade
Figura 9 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) Iacutendice C - iacutendice de conicidade
27
Os valores dos pontos de corte dos iacutendices antropomeacutetricos como preditores
de hipertensatildeo arterial e suas respectivas sensibilidade e especificidade (mais
adequado equiliacutebrio entre si) satildeo apresentados na Tabela 7 Observa-se que entre
os iacutendices antropomeacutetricos a RCEst teve melhor percentual de sensibilidade e de
especificidade para discriminar a pressatildeo arterial elevada para os homens
Tabela 7 - Pontos de corte sensibilidade e especificidade dos iacutendices antropomeacutetricos para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial em idosos
Mulheres Homens PA elevada
Ponto de corte
Sensibilidade ()
Especificidade ()
Ponto de corte
Sensibilidade ()
Especificidade ()
IMC (kgm2)
2679 527 548 2420 527 548
CC (cm) 8750 577 457 8650 593 532 RCEst 059 568 430 054 648 456 Iacutendice C 126 541 452 129 574 456
IMC ndash Iacutendice de Massa Corporal CC ndash Circunferecircncia da Cintura RCEst ndash Razatildeo Cintura-Estatura Iacutendice C ndash Iacutendice de Conicidade
28
6 DISCUSSAtildeO
61 Aacutereas sob a Curva ROC
Este estudo teve como objetivo identificar a capacidade preditiva de iacutendices
antropomeacutetricos de obesidade geral e abdominal para discriminar a presenccedila de
hipertensatildeo arterial em idosos com foco de utilizaccedilatildeo no ambiente da estrateacutegia de
sauacutede da famiacutelia Nessa perspectiva surge uma proposta de triagem dos casos de
idosos com possiacuteveis alteraccedilotildees crocircnicas em sua pressatildeo arterial aleacutem de possibilitar
a discussatildeo sobre validaccedilatildeo de tais iacutendices para uso no contexto da sauacutede
Dessa forma recomenda-se a anaacutelise da sensibilidade e especificidade por
meio da construccedilatildeo de curvas ROC pois eacute a melhor opccedilatildeo para determinar pontos de
corte em estudos epidemioloacutegicos78 Essa anaacutelise permite fornecer a aacuterea sob a curva
que traduz o poder de discriminaccedilatildeo de um indicador para um determinado desfecho
e a identificaccedilatildeo do melhor ponto de corte
A proposta dessa pesquisa natildeo eacute excluir o diagnoacutestico meacutedico mas
proporcionar uma estrateacutegia mais abrangente a ser utilizada pelas USFs em parceria
entre os profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica e os profissionais de sauacutede no contexto da
atenccedilatildeo primaacuteria
Embora exista associaccedilatildeo entre sobrepesoobesidade e a pressatildeo arterial
elevada poucos estudos tecircm identificado pontos de corte de iacutendices antropomeacutetricos
que visem agrave detecccedilatildeo da hipertensatildeo arterial em idosos Diversos estudos tecircm
demonstrado que os iacutendices antropomeacutetricos satildeo bons indicadores de obesidade e
estatildeo relacionados a fatores de risco cardiovascular795880 Todavia a hipertensatildeo eacute
apontada como um dos principais fatores de risco cardiovasculares o que denota a
necessidade de um olhar diferenciado
A prevalecircncia de hipertensatildeo foi inferior agrave encontrada em outros estudos818283
Contudo diferenccedilas metodoloacutegicas nuacutemero de medidas realizadas e os diferentes
criteacuterios de referecircncia satildeo as principais causas da grande variabilidade nas
prevalecircncias de pressatildeo arterial elevada entre as investigaccedilotildees No presente estudo
29
optou-se por maior rigorosidade ao diagnosticar a pressatildeo arterial elevada
considerando a realizaccedilatildeo de trecircs medidas
Nessa amostra observou-se que a prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi
443 nas mulheres e 406 nos homens Demonstrando ser uma alta prevalecircncia
pois se trata de uma populaccedilatildeo que eacute influenciada diretamente pelo o aumento da
morbimortalidade durante o envelhecimento Estudos envolvendo idosos indicam que
a prevalecircncia da hipertensatildeo encontra-se entre 50-70 com o aumento da idade84
Poucos estudos epidemioloacutegicos foram conduzidos com o objetivo de identificar
e discriminar a capacidade de iacutendices antropomeacutetricos de obesidade para a pressatildeo
arterial elevada na populaccedilatildeo de idosos e principalmente utilizando o iacutendice C o
RCEst Um estudo realizado com a populaccedilatildeo de idosos utilizou o mesmo objetivo
poreacutem usou como ponto de corte o iacutendice de massa corporal e o iacutendice de adiposidade
corporal85 Entretanto faz-se necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de outros iacutendices para identificar
hipertensatildeo arterial em idosos
De acordo com os resultados do presente estudo somente alguns dos
indicadores antropomeacutetricos apresentaram capacidade preditiva para a hipertensatildeo
arterial em idosos de acordo com limite inferior do intervalo de confianccedila de 9586
Dessa forma foi observado que a RCEst e IMC para os homens mostraram-se com
bom poder de detecccedilatildeo para a hipertensatildeo arterial pois obtiveram maiores valores
sob a curva para esse desfecho
Em 2013 Leal Neto et al85 identificaram em seus resultados que o IMC e o
iacutendice de adiposidade corporal foram os melhores indicadores preditivos de
hipertensatildeo arterial nos idosos em ambos os sexos independentemente de outros
fatores tais como idade tabagismo consumo de aacutelcool e atividade fiacutesica
No presente estudo os principais indicadores que tiveram uma boa aacuterea sob a
curva foram o IMC RCEst e Iacutendice C com resultados de 060 IC95 (050-070) 061
IC95 (051-071) e 058 IC95 (058-068) respectivamente para homens
Nas mulheres tais iacutendices mostraram-se com menor poder discriminatoacuterio para
diagnosticar a hipertensatildeo arterial A HAS eacute um desfecho que pode ser influenciado
por fatores multicausais (hormonais estresse etc) Na anaacutelise do desempenho do
iacutendice antropomeacutetrico a loacutegica eacute unidirecional ou seja verificar o desempenho desses
iacutendices apenas como preditores de hipertensatildeo arterial foram mais satisfatoacuterios entre
os homens Os iacutendices podem interferir mas natildeo determinar a prevalecircncia da
30
hipertensatildeo Embora as mulheres tenham uma maior prevalecircncia essa natildeo eacute
determinada pelos iacutendices antropomeacutetricos no presente estudo
Tais resultados diferem do estudo realizado em 2012 por Samsen et al87 no
qual a circunferecircncia da cintura teve boa ASC nos homens = 0684 com IC95 (0672-
0695) e nas mulheres = 0673 IC95 (0665-0681) sendo o melhor indicador
significativamente (p lt0001) do que o IMC no qual a ASC em homens foi de = 0667
IC95 (0656-679) e nas mulheres = 0636 IC95 (0628-0644) em discriminaccedilatildeo
de pelo menos um fator de risco cardiovascular Isso se deve ao fato de tal estudo ter
sido realizado com uma abrangecircncia maior na faixa etaacuteria que foi de 45-80 anos
Uma possiacutevel limitaccedilatildeo para discussatildeo dos resultados desse estudo foi a faixa
etaacuteria restrita que natildeo incluiu idosos (igual ou acima de 60 anos) o que impossibilita
a triagem da pressatildeo arterial elevada nessa populaccedilatildeo
62 Iacutendices antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial
Nesse estudo a CC e RCEst foram as variaacuteveis com maiores valores absolutos
de sensibilidade para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial respectivamente para mulheres
e homens Tais resultados indicam as proporccedilotildees de verdadeiros positivos na
ocorrecircncia de hipertensatildeo arterial
Quanto ao ponto de corte do RCEst nas mulheres foi de 059 sendo 568 de
sensibilidade e 430 de especificidade Valores inferiores ao encontrado no presente
estudo para mulheres foram sugeridos em Taiwan (045) Cingapura (048) e na China
(050) No Brasil em 2009 Haun Pitanga e Lessa16 recomendaram para a RCEst
053 como melhor ponto de corte com sensibilidade (67) e especificidade (58) e
aacuterea sob a curva ROC de 069 (IC 95 = 064-075) Outro ponto de corte semelhante
ao observado no Brasil com mulheres mexicanas variou de 053 a 0535 para a
RCEst discriminar diabete tipo 2 hipertensatildeo e dislipidemias88899091
Os pontos de corte sugeridos por esses paiacuteses e no Brasil podem ter sido
inferiores por causa da abrangecircncia na faixa etaacuteria dos indiviacuteduos no qual incluiacuteram
mulheres de 30 a 74 anos como tambeacutem as caracteriacutesticas econocircmicas culturais e
31
de estilo de vida diferem da realidade das mulheres que residem em cidades de
pequeno porte Estudos que discriminem hipertensatildeo arterial principalmente em
idosos com RCEst satildeo escassos na literatura
Em 2010 Browning Hsieh e Ashwel92 realizaram uma revisatildeo sistemaacutetica
sobre a potencialidade de indicadores antropomeacutetricos em predizer doenccedilas
cardiovasculares e identificou a RCEst como variaacutevel de melhor desempenho A
RCEst apresentou maiores ASC quando comparada ao IMC ou CC Os dados
analisados foram de quatorze paiacuteses diferentes e incluiacuteram caucasianos asiaacuteticos e
da Ameacuterica Central Segundo os autores uma RCEst ge 05 eacute capaz de identificar
fatores de risco cardiovasculares Esse ponto de corte eacute inferior aos encontrados para
homens e mulheres no presente estudo significando que o ponto de corte encontrado
pode diagnosticar risco cardiovascular e consequentemente a presenccedila de
hipertensatildeo
Outros autores afirmam essa hipoacutetese relacionada aos valores limites para
RCEst em diversas populaccedilotildees e indicaram que um ponto de corte de 05 eacute o valor
mais indicado para ambos os sexos todas as idades e diferentes populaccedilotildees899315
Com relaccedilatildeo agrave especificidade a variaacutevel com maior valor foi o IMC
independentemente do sexo Nas mulheres o ponto de corte sugerido foi 2679 kgm2
e nos homens 2420 kgm2 O valor da especificidade foi de 548 para ambos os
sexos o qual possibilita determinar corretamente a ausecircncia de hipertensatildeo arterial
Sendo assim este estudo sugere que o IMC natildeo foi o melhor preditor de hipertensatildeo
arterial
O estudo de Leal Neto et al (2013)85 tambeacutem testou a capacidade de
indicadores antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial em idosos
sugeriu como pontos de corte para IMC valores de 247 kgm2 igual ao encontrado no
presente estudo e de 273 kgm2 nuacutemero superior que aos dados do presente
trabalho para homens e mulheres respectivamente
Em outro estudo realizado com 19621 homens e mulheres com faixa etaacuteria de
45-80 anos a meacutedia da idade foi de 598 anos para os homens e 585 anos para as
mulheres O ponto de corte adequado de IMC foi de 23 kgm2 em homens e 24 kgm2
em mulheres Os pontos de corte de CC foram 80 cm e 78 cm em homens e mulheres
respectivamente Os achados do presente estudo foram superiores a esses
32
resultados todavia deve ser considerado que a populaccedilatildeo alvo foi diferente e com
idade menor da populaccedilatildeo pesquisada no presente trabalho87
Com relaccedilatildeo agrave CC o ponto de corte identificado para a prediccedilatildeo de hipertensatildeo
arterial nas mulheres foi superior ao dos homens Contudo os valores de sensibilidade
e especificidade desses pontos de corte foram maiores entre os homens o que pode
indicar que o poder preditivo da CC para a hipertensatildeo arterial eacute melhor para o sexo
masculino Quanto menor o ponto de corte maior seraacute a habilidade do teste em
classificar os doentes como positivos isto eacute maior seraacute a sensibilidade76 Os pontos
de corte dos homens foram em sua maioria menores em comparaccedilatildeo aos das
mulheres
Tais resultados satildeo contraacuterios aos achados do estudo de Kashihara et al
(2009)94 com indiviacuteduos de 30-74 anos que comparou paciente com hipertensatildeo e sem
hipertensatildeo Em seus pontos de corte de CC para os homens foram superiores aos
pontos de corte definidos para as mulheres e os valores de sensibilidade e
especificidade foi maior nas mulheres para identificar risco cardiovascular Poreacutem a
idade foi menor ao proposto no presente estudo
Outro estudo que contraria tais resultados quanto ao ponto de corte da CC foi
o de Haun Pitanga e Lessa (2009)16 que foi superior para os homens enquanto o
niacutevel de sensibilidade e especificidade foi igual aos nossos achados Poreacutem esse
estudo foi realizado com indiviacuteduos de idade entre 30-74 anos e discriminou risco
coronariano elevado
Quanto ao Iacutendice C no presente estudo o ponto de corte sugerido foi de 126
nas mulheres (sensibilidade 541 e especificidade 452) e 129 para os homens
(sensibilidade 574 e especificidade 456)
Diferentemente do resultado encontrado no presente estudo Pitanga e Lessa
(2005)56 sugeriram como o melhor ponto de corte para risco coronariano com o iacutendice
C 118 para mulheres apresentando valores de sensibilidade (7339) e
especificidade (6115) Para os homens o ponto de corte foi de 125 com valores de
sensibilidade (7391) e especificidade (7492) Tais pontos de corte foram para
indiviacuteduos adultos por esse motivo foram mais baixos que os achados do presente
trabalho Deve-se considerar que existem modificaccedilotildees na composiccedilatildeo corporal com
o processo do envelhecimento o que poderia alterar os pontos de corte para as essas
medidas antropomeacutetricas
33
Em outro estudo com os mesmo autores foram apresentados outros pontos de
corte comparando diferentes faixas etaacuterias Para as mulheres de 30-49 anos o melhor
ponto de corte foi o mesmo (118) com melhor sensibilidade (7857) e
especificidade (6524) e tambeacutem melhor aacuterea sob a curva ROC 081 (IC95 = 070-
092) Entre as de idade mais avanccedilada (50-74 anos) o melhor ponto de corte
sugerido foi 122 com sensibilidade (6000) e especificidade (6582) e aacuterea sob a
curva ROC 065 (IC 95 = 058-073) Portanto o iacutendice C apresentou melhor poder
discriminatoacuterio de RCEst para as mulheres mais jovens64
Almeida Almeida e Arauacutejo (2009)58 conduziram uma pesquisa com mulheres
de 30 e 69 anos buscando avaliar o desempenho de diferentes pontos de corte do
iacutendice C RCQ CC e RCEst para discriminar Risco Coronariano Elevado e o ponto de
corte encontrado para o Iacutendice C foi (125) proacuteximo ao ponto de corte para mulheres
nos nossos achados Dessa forma tais autores afirmaram que os indicadores
antropomeacutetricos de obesidade abdominal analisados tiveram desempenhos
satisfatoacuterios e similares para discriminar RCEst poreacutem o iacutendice C foi o que
apresentou o melhor poder discriminatoacuterio
As informaccedilotildees sobre o iacutendice C satildeo limitadas quanto agrave discussatildeo do ponto de
corte para hipertensatildeo arterial principalmente por encontrar poucos estudos sobre
essa medida como referecircncia para idosos Pitanga e Lessa (2004)55 relatam como
uma limitaccedilatildeo para a utilizaccedilatildeo do Iacutendice C em estudos populacionais a dificuldade de
se calcular o denominador da equaccedilatildeo proposta para sua determinaccedilatildeo
O excesso de gordura em geral estaacute associado ao aparecimento de doenccedilas
cardiovasculares hipertensatildeo arterial e mortalidade a definiccedilatildeo de pontos de corte
para iacutendices que se destacam por sua simplicidade operacional e boa acuraacutecia
permite a detecccedilatildeo dos indiviacuteduos sob risco sendo de grande utilidade nos serviccedilos
de atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede aleacutem de possibilitar o conhecimento da situaccedilatildeo de
grupos populacionais especiacuteficos frente a esses riscos quando empregados na
pesquisa epidemioloacutegica
No contexto das cidades de pequeno porte (rurais e urbanas) os recursos de
sauacutede satildeo muitas vezes limitados e escassos sendo importante a utilizaccedilatildeo desses
iacutendices antropomeacutetricos como substituiccedilatildeo eou apoio a avaliaccedilatildeo tradicional da
pressatildeo arterial Em vaacuterias conjunturas de sauacutede a alta demanda de paciente com
hipertensatildeo arterial exige a utilizaccedilatildeo de instrumentos de diagnoacutesticos e rastreamento
34
de raacutepida e faacutecil aplicaccedilatildeo que possam ser manejados por diferentes profissionais e
que sobretudo apresentem validade e fidedignidade A adequada validaccedilatildeo de
instrumentos e conhecimento de suas propriedades teacutecnicas na populaccedilatildeo brasileira
tambeacutem deve contribuir com a seleccedilatildeo de prioridades e delimitaccedilatildeo do conteuacutedo dos
programas de sauacutede pelos tomadores de decisatildeo em diferentes niacuteveis de gestatildeo
35
7 CONCLUSAtildeO
As anaacutelises dos dados permitem frente aos objetivos estabelecidos formular
as seguintes conclusotildees Quanto ao poder de discriminaccedilatildeo de iacutendices
antropomeacutetricos para a hipertensatildeo arterial em idosos os iacutendices antropomeacutetricos
(IMC RCEst e Iacutendice C) foram bons preditores de hipertensatildeo arterial para os homens
Dessa forma tais iacutendices podem ser empregados nos homens poreacutem tais medidas
natildeo foram satisfatoacuterias para predizer pressatildeo arterial elevada nas mulheres idosas
limitando a sua utilizaccedilatildeo para o sexo feminino com idades avanccediladas
O melhor ponto de corte para discriminar hipertensatildeo arterial foi 054 para a
RCEst nos homens dessa forma tal ponto de corte deve ser empregada no contexto
da atenccedilatildeo primaacuteria nos homens Sugere-se a utilizaccedilatildeo dessa medida a fim de
detectar e realizar a triagem da hipertensatildeo arterial com caracteriacutesticas similares agrave
amostra deste estudo
Recomenda-se que a utilizaccedilatildeo de dois iacutendices simultaneamente resulte em
uma maior eficiecircncia na avaliaccedilatildeo do risco de hipertensatildeo arterial em idosos A
indicaccedilatildeo destas medidas permite que ela seja realizada nas Unidades de Sauacutede da
Famiacutelia como meacutetodo de triagem para idosos com hipertensatildeo arterial utilizando
materiais de faacutecil manejo e de baixo custo
Dessa forma pode-se efetivamente atingir uma das estrateacutegias de prevenccedilatildeo
da hipertensatildeo arterial sistecircmica que eacute o controle da pressatildeo arterial durante o
envelhecimento Todavia sugere-se cautela na utilizaccedilatildeo do ponto de corte desses
indicadores para as mulheres pois os resultados natildeo foram satisfatoacuterios
Fica evidente a necessidade de outros estudos que identifiquem pontos de
corte de iacutendices antropomeacutetricos visando agrave detecccedilatildeo de hipertensatildeo arterial e de
outros fatores de risco cardiovascular nas mulheres idosas que residem em cidades
de pequeno porte
36
8 REFEREcircNCIAS
1 Omram AR The epidemiologic transition a theory of the epidemiology of population change Milbank Memorial Fund Quarterly 1971 49 (Part 1) 509-538
2 Wong LR Carvalho JM Age-strucutural transition in Brazil demographic bonuses and emerging challenges In Pool I Wong LLR Vilquin E editores Age-structural transitions challenges for development Paris Committee for International Cooperation in National Research in Demography 2006
3 Gragnolati M Jorgensen OH Rocha R Fruttero AA Envelhecendo em um Brasil mais Velho implicaccedilotildees do envelhecimento populacional sobre o crescimento econocircmico reduccedilatildeo da pobreza financcedilas puacuteblicas prestaccedilatildeo de serviccedilos Banco Internacional para a Reconstruccedilatildeo e o Desenvolvimento Banco Mundial 2011
4 Schmidt MI Duncan BB Silva GA et al Health in Brazil 4 Chronic non-communicable diseases in Brazil burden and current challenges The Lancet 2011 377
5 Ezzati M Hoorn SV Rodgers A et al Comparative Risk Assessment Collaborating Group Selected major risk factors and global and regional burden of disease Lancet 2002 360 1347-60
6 Lim SS Vos T Flaxman AD et al A comparative risk assessment of burden of disease and injury attributable to 67 risk factors and risk factor clusters in 21 regions 1990-2010 a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2010 Lancet 2012 380 (9859)2224-60
7 Sociedade Brasileira de Cardiologia Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Sociedade Brasileira de Nefrologia VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 2010 95(1) 1-51
8 Miranda DR Perrotti TC Bellinazzi VR et al Hipertensatildeo arterial no idoso peculiaridades na fisiopatologia no diagnoacutestico e no tratamento Rev Bras Hipertens 2002 9 293-300
9 Pilger C Menon MU Mathias TAF Caracteriacutesticas sociodemograacuteficas e de sauacutede de idosos contribuiccedilotildees para os serviccedilos de sauacutede Rev Latino-Am Enfermagem 2011 19(5)1230-1238
10 Pilger C Menon MU Mathias TAF Utilizaccedilatildeo de serviccedilos de sauacutede por idosos vivendo na comunidade Rev esc enferm USP 2013 47(1)213-220
11 Mariath AB Grillo LP Silva RO et al Obesidade e fatores de risco para o desenvolvimento de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis entre usuaacuterios de unidade de alimentaccedilatildeo e nutriccedilatildeo Cad Sauacutede Puacuteblica 2007 23 (4) 897-905
37
12 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Diretrizes e recomendaccedilotildees para o cuidado
integral de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis promoccedilatildeo da sauacutede vigilacircncia prevenccedilatildeo e assistecircncia Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2008
13 Kuumlmpe DA Sodreacute AC Pomatti DM et al Obesidade em Idosos Acompanhados
pela Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia Texto Contexto Enferm Florianoacutepolis 2011 20(3) 471-7
14 Silva KS Farias Juacutenior JC Fatores de risco associados agrave pressatildeo arterial elevada em adolescentes Rev Bras Med Esporte 2007 13(4) 237-40
15 Pitanga FJG Lessa I Razatildeo cintura-estatura como discriminador do risco
coronariano de adultos Rev Assoc Med Bras 2006 52157-61
16 Haun DR Pitanga FJG Lessa I Razatildeo CinturaEstatura comparado a outros indicadores antropomeacutetricos de obesidade como preditor de risco coronariano elevado Rev Assoc Med Bras [online] 2009 55(6) 705-711
17 Nascimento CM Ribeiro AQ SantrsquoAna LFR et al Estado nutricional e condiccedilotildees de sauacutede da populaccedilatildeo idosa brasileira revisatildeo da literatura Rev meacuted Minas Gerais 2011 21(2)174-180
18 Gomes MA Beck cc Duarte MFS et al Ficha Antropomeacutetrica no Nuacutecleo de Apoio a Sauacutede da Famiacutelia o que medir e para que medir Rev bras cineantropom desempenho hum 2009 11(2) 243-253
19 Azevedo LF Oliveira ACC Lima JRP et al Recomendaccedilotildees sobre condutas e procedimentos do profissional de educaccedilatildeo fiacutesica na atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede Rio de Janeiro CONFEF 2010 109-55
20 World Health Organization World health statistics 2012 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghopublicationsworld_health_statistics2012enindexhtmlgt [2012 set 18]
21 World Health Organization Global health risks mortality and burden of disease attributable to selected major risks Geneva World Health Organization 2009a
22 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Panorama da sauacutede brasileira em muacuteltiplos aspectos Percepccedilatildeo do estado de sauacutede estilo de vida e doenccedila crocircnica Pesquisa Nacional de Sauacutede 2013
23 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Pesquisa Nacional por Amostra
de Domiciacutelios 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapesquisaspesquisa_resultadosphpid_pesquisa=149gt[2014 dez 04]
24 Tribess S Virtuoso Junior JS Prescriccedilatildeo de exerciacutecios fiacutesicos para idosos Rev saudecom 2005 1(2)163-72
38
25 Pollock ML Wilmore JH Exerciacutecio na Sauacutede e na Doenccedila avaliaccedilatildeo e prescriccedilatildeo para prevenccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo Editora MEDSI 2ordf ed Rio de Janeiro 1993
26 Sociedade Brasileira de Cardiologia V Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 20061-48
27 World Health Organization Global Health Observatory (GHO) 2014 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghoncdrisk_factorsblood_pressure_prevalence_textengt [2014 dez 04]
28 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Secretaria de Atenccedilatildeo baacutesica agrave Sauacutede Departamento de atenccedilatildeo baacutesica - Hipertensatildeo arterial sistecircmica Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2006
29 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) (2009) Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeGestorvisualizar_textocfmidtxt=24421gt [2010 abr 07]
30 Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Nuacutemero de hipertenso 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwsbhorgbripadgeralphpgt [09 nov 2014]
31 Secretaria de Sauacutede do Estado da Bahia Hipertensatildeo Quantidade de Hipertensos na Bahia Disponiacutevel em (2014) lthttpwwwsaudebagovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=4418ampcatid=1ampItemid=14gt [2014 jan 10]
32 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica 2014 Dados de mortalidade na Bahia Disponiacutevel em lthttptabnetdatasusgovbrcgitabcgiexesiabcnvSIABSBAdefgt [2014 mai 05]
33 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica Dados sociodemograacuteficos de Ibicuiacute 2014 lthttptabnetdatasusgovbrcgideftohtmexesiabcnvSIABFBAdefgt [2014 jan 05]
34 Williams B The year in hypertension JACC 2010 55(1) 66-73
35 Lipp M Rocha JC Stress Hipertensatildeo Arterial e Qualidade de vida um guia de tratamento para o hipertenso Campinas Papirus 1996
36 Borenstein MS (Org) Manual de Hipertensatildeo Arterial Porto Allege Editora Sagra Luzzatto 1999
37 Joint National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure The Sixth Report of the Join National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure Arch Intern Med 1997157 2413-2446
39
38 Mitchell GF Parise H Benjamin EJ et al Changes in arterial stiffness and wave reflection with advancing age in health men and women Hypertension 2004 431239-1245
39 Matos AC Ladeia AM Avaliaccedilatildeo de fatores de risco cardiovascular em uma comunidade rural da Bahia Arq Bras Cardiol 2003 81(3) 291-6
40 World Health Organization Who Expert Committee on Physical Status the use and interpretation of antropometry Report of a WHO Expert Commitee Geneva WHO 1995 p 854
41 Pitanga FJG Antropometria na avaliaccedilatildeo da obesidade abdominal e risco coronariano Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum 201113(3) 238-241
42 Ferreira LS Amaral TF Marucci MFN et al Under nutrition as a major risk factor for death among older Brazilian adults in the community-dwelling setting SABE survey Nutrition 201127(10)17-22
43 Andrade FB Caldas Junior AF Kitoko PM et al Prevalence of overweight and obesity in elderly people from Vitoacuteria-ES Brazil Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2012 set17(3)749-756
44 Boscatto EC Duarte Mde F Coqueiro Rda S Barbosa AR Nutritional status in the oldest elderly and associated factors Rev Assoc Med Bras 2013 59(1)40-47
45 Kostka J Borowiak E Kostka T Nutritional status and quality of life in different
populations of older people in Poland Eur J Clin Nutr 2014 Nov68(11)1210-5
46 Silva DAS Petroski EL Associaccedilatildeo de diferentes pontos de corte para sobrepeso e obesidade com pressatildeo arterial elevada em idosas Rev Educ Fis UEM 2009 20 415-22
47 Nutrition Screening Initiative Interventions manual for professionals caring for older Americans Washington DC Nutrition Screening Initiative 1992
48 World Health Organization Obesity preventing and managing the global epidemic Report of a WHO Consultation on Obesity Geneva World Health Organization 1998
49 Cameron AJ Dunstan DW Owen N et al Health and mortality consequences
of abdominal obesity evidence from the Aus Diab study Med J Aust 2009191 202ndash208
50 Fox KA Despres JP Richard AJ et al Does abdominal obesity have a similar impact on cardiovascular disease and diabetes A study of 91246 ambulant patients in 27 European countries Eur Heart J 2009 30 3055ndash3063
40
51 Pouliot MC Despreacutes JP Lemieux S et al Waist circumference and abdominal sagittal diameter Best simple anthropometric indexes of abdominal visceral adipose tissue accumulation and related cardiovascular risk in men and woman Am J Cardiology 1994 73 460-468
52 Peixoto MRG Beniacutecio MHD Latorre M et al Circunferecircncia da Cintura e Iacutendice de massa Corporal como Preditores da Hipertensatildeo Arterial Arq Bras Cardiol 200687 462-470
53 MacKay MF Haffner SM Wagenknecht LE et al Prediction of type 2 diabetes using alternate anthropometric measures in a multiethnic cohort the insulin resistance atherosclerosis study Diabetes Care 200932(5)956-8
54 Valdez R A simple model-based index of abdominal adiposity J Clin Epidemiol1991 44(9) 955-6
55 Pitanga FJG Lessa I Sensibilidade e especificidade do iacutendice de conicidade como discriminador do risco coronariano de adultos em Salvador Brasil Rev Bras Epidemiol 20047(3)259-69
56 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano elevado em adultos na cidade de Salvador - Bahia Arq Bras Cardiol 2005 85 (1)26-31
57 Ghosh JR Bandyopadhyay AR Comparative evaluation of obesity measures relationship with blood pressures and hypertension Singapore Med J 200748(3) 232-5
58 Almeida RT Almeida MMG Araujo TM Obesidade abdominal e risco cardiovascular desempenho de indicadores antropomeacutetricos em mulheres Arq Bras Cardiol 2009 out92(5)375-380
59 Freitas Juacutenior Costa Rosa CS Codogno JS et al Capacidade cardiorrespiratoacuteria e distribuiccedilatildeo de gordura corporal de mulheres com 50 anos ou mais Rev Esc Enferm USP 2010 44(2) 395-400
60 Matos LN Giorelli GV Dias CB Correlation of anthropometric indicators for identifying insulin sensitivity and resistance Satildeo Paulo Med J [online] 2011 129(1) 30-35
61 Gomes MA Rech CR Gomes MBA et al Correlaccedilatildeo entre iacutendices antropomeacutetricos e distribuiccedilatildeo de gordura corporal em mulheres idosas Rev bras cineantropom desempenho hum 2006 set 8(3) 16-22
62 Tarastchuk JCE Gueacuterios EE Bueno RRL et al Obesidade e intervenccedilatildeo coronariana devemos continuar valorizando o Iacutendice de Massa Corpoacuterea Arq Bras Cardiol [online] 2008 90(5) 311-316
41
63 Ferreira AP CB Ferreira VC Souza et al Risco de distuacuterbio glicecircmico em mulheres idosas ajustado por antropometria e genoacutetipos de citocinas Rev Assoc Med Bras [online] 201157(5) 565-569
64 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano em mulheres Rev Bras Cineantrop Desempenho Hum 2006 8 (1) 14-21
65 Newman TB Browner WS Cummings SR Delineando estudos de testes meacutedicos In Hulley SB et al Delineando a pesquisa cliacutenica uma abordagem epidemioloacutegica 2 ed Porto Alegre Artmed 2003 203-224
66 Toscano CM As campanhas nacionais para detecccedilatildeo das doenccedilas crocircnicas natildeo-transmissiacuteveis diabetes e hipertensatildeo arterial Ciecircnc sauacutede Coletiva out-dez 2004 9(4) 885-895
67 Fletcher RH Fletcher SW Prevenccedilatildeo In Fletcher R Fletcher S Epidemiologia
cliacutenica elementos essenciais 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 2006 179-201
68 Jeckel J Elmore J Katz D Meacutetodos de prevenccedilatildeo secundaacuteria In _____ Epidemiologia bioestatiacutestica e medicina preventiva 2 ed Porto Alegre Artmed 2005 236-247
69 Klein CH Bloch KV Estudos seccionais In Medronho RA Carvalho DM Bloch KV Luiz RR Werneck GL Epidemiologia 1ordf ed Satildeo Paulo Editora Atheneu 2002 125-150
70 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Resoluccedilatildeo nordm- 6 de 3 de novembro de 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcenso2010ibgegovbrdados_divulgadosindexphpuf=29gt[201 dez 18]
71 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica ndash Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais (2014) Disponiacutevel em lthttpcodibgegovbr398G9gt [2014 ago 30]
72 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230gt [2013 mai 01]
73 Luiz RR Magnanini MMF A loacutegica da determinaccedilatildeo do tamanho da amostra em investigaccedilotildees epidemioloacutegicas Cad sauacutede coletiva Rio de Janeiro 2000 8(2) 9-28
74 Reis MC Nascimento RAS Pedreira RBS et al Validaccedilatildeo de Face e Clareza do Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede dos Idosos ndash IASI [resumo] in Anais do XIX Congresso Brasileiro Geriatria e Gerontologia Beleacutem 2014 296-296
75 Lohman TG Roche AF Martorell R Anthropometric Standardization Reference Manual Champaign Illinois Human Kinetics 1988
42
76 Vaz JCL Regiotildees de Incerteza para Curva ROC em Teste Diagnoacutesticos
[dissertaccedilatildeo] Satildeo Carlos Universidade Federal de Satildeo Carlos 2009
77 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de 2012
78 Erdreich LS Lee ET Use of relative operating characteristic analysis in epidemiology A method for dealing with subjective judgement Am J Epidemiol 1981 114649-62
79 Aekplakorn W Pakpeankitwatana V Lee CM et al Abdominal obesity and coronary heart disease in Thai men Obesity 200715(4)1036-42
80 Oliveira MAM Fagundes RLM Moreira EAM et al Relaccedilatildeo de Indicadores Antropomeacutetricos com Fatores de Risco para Doenccedila Cardiovascular Arq Bras Cardiol 2010 abr 94(4) 478-485
81 Mendes TAB Goldbaum M Segri NJ et al Factors associated with the prevalence of hypertension and control practices among elderly residents of Satildeo Paulo city Brazil Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(11) 2275-2286
82 Oliveira BFA Souza Mouratildeo D Gomes N et al Prevalecircncia de hipertensatildeo arterial em comunidades ribeirinhas do Rio Madeira Amazocircnia Ocidental Brasileira Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(8) 1617-1630
83 Picon RV Fuchs FD Moreira LB et al Prevalence of Hypertension Among Elderly Persons in Urban Brazil A Systematic Review With Meta-Analysis Am J Hypertens 2013 26 (4) 541-548
84 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Pessoa Idosa e Envelhecimento Seacuteries Pactos pela Sauacutede 2006 v 12 Brasiacutelia ndash DF 2010
85 Leal Neto JS Souza J Coqueiro RS et al Anthropometric indicators of obesity as screening tools for high blood pressure in the elderly Int J Nurs Pract 2013 Aug 19(4) 360-367
86 Schisterman EF Faraggi D Reiser B Trevisan M Statistical inference for the area under the receiver operating characteristic curve in the presence of random measurement error Am J Epidemiol 2001 154 (2) 174-9
87 Samsen M Hanchaiphiboolkul S Puthkhao P et al Appropriate body mass index and waist circumference cutoffs for middle and older age group in Thailand data of 19621 participants from Thai epidemiologic stroke (TES) study J Med Assoc Thai 2012 Sep 95(9)1156-66
88 Ko GTC Chan JCN Cockram CS Woo J Prediction of hypertension diabetes dyslipidemia or albuminuria using simple anthropometric indexes in Hong Kong Chinese Int J Obes 1999 23 (11) 1136-42
43
89 Lin WY Lee LT Chen CY et al Optimal cut-off values for obesity using simple anthropometric indices to predict cardiovascular risk factors in Taiwan Int J Obes Relat Metab Disord 2002261232-8
90 Pua YH Ong PH Anthropometric indices as screening tools for cardiovascular risk factors in Singaporean women Asia Pac J Clin Nutr 2005 14 (1) 74-9
91 Berber A Goacutemez-Santos R Fanghaumlnel G Saacutenchez-Reyes L Anthropometric
indexes in the prediction of type 2 diabetes mellitus hypertension and dyslipidaemia in a Mexican population Int J Obes 200125(12)1794-9
92 Browning LM Hsieh SD Ashwell M A systematic review of waist-to-height ratio
as a screening tool for the prediction of cardiovascular disease and diabetes 05 could be a suitable global boundary value Nutr Res Rev 2010 23(2)247-69
93 Bertsias G Mammas I Linardakis M Kafatos A Overweight and obesity in
relation to cardiovascular disease risk factors among medical students in Crete Greece BMC Public Health 2003 31-9
94 Kashihara H Lee JS Kawakubo K et al Criteria of Waist Circumference According to Computed Tomography-Measured Visceral Fat Area and the Clustering of Cardiovascular Risk Factors Circ J 2009 73 1881-1886
44
APEcircNDICES
45
Apecircndice 1
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
46
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS
PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE SAUacuteDE
DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE
Jequieacute ____ ____ 201__
APEcircNDICE 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Vocecirc esta sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa do Nuacutecleo de
Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo (NESP) da Universidade Estadual do Sudoeste da
Bahia
Objetivo do estudo Avaliar e monitorar as condiccedilotildees de sauacutede de idosos residentes
em comunidade
Participaccedilatildeo Ao aceitar participar do estudo estarei agrave disposiccedilatildeo do pesquisador
para responder ao formulaacuterio que seraacute arquivado pelo autor por um periacuteodo de cinco
anos sendo posteriormente incinerado
Riscos Este estudo natildeo traraacute riscos para minha integridade fiacutesica ou moral dos
participantes
Confidencialidade do estudo Seraacute garantida a privacidade o anonimato bem como
o direito de aceitar ou natildeo participar da pesquisa podendo ser essa autorizaccedilatildeo
suspensa em qualquer fase do estudo Assim as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo
4662012 do Conselho Nacional de Sauacutede que discorre sobre pesquisa envolvendo
seres humanos seratildeo atendidas Os resultados seratildeo publicados no relatoacuterio final da
dissertaccedilatildeo e artigos cientiacuteficos
47
Benefiacutecios Accedilotildees interinstitucionais articuladas promovidas numa perspectiva
interdisciplinar possibilitaratildeo uma melhor compreensatildeo das condiccedilotildees de sauacutede dos
idosos residentes em comunidade do municiacutepio e contribuiraacute para a formulaccedilatildeo de
accedilotildees direcionadas as necessidades dessa populaccedilatildeo
Danos advindos da pesquisa Caso haja algum prejuiacutezo decorrente da realizaccedilatildeo
deste estudo seraacute providenciada a devida reparaccedilatildeo dos danos atraveacutes do
responsaacutevel pelo estudo O pesquisador e os entrevistados natildeo receberatildeo benefiacutecios
financeiros para participaccedilatildeo no estudo Todas as despesas seratildeo por conta do
pesquisador
Participaccedilatildeo voluntaacuteria Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria podendo a qualquer
momento desistir do estudo sem qualquer prejuiacutezo ou penalidade para mim
Consentimento para participaccedilatildeo Apoacutes ser devidamente esclarecido (a) quanto
aos objetivos deste estudo dos procedimentos aos quais serei submetido (a) bem
como dos possiacuteveis riscos decorrentes da minha participaccedilatildeo estou de acordo em
participar do mesmo O pesquisador responsaacutevel pelo estudo assegura que seraacute
disponibilizado qualquer esclarecimento adicional que eu venha a solicitar durante a
realizaccedilatildeo da pesquisa e o direito de desistir da participaccedilatildeo em qualquer momento
Em casos de duacutevidas eou problemas referentes ao estudo vocecirc poderaacute
entrar em contato com o autor atraveacutes do Nuacutecleo de Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo
(NESP) (73) 3528-9721
Sendo assim eu ______________________________________________
aceito livremente participar do Projeto MONIDI
__________________________________ __________________________________
Assinatura do (a) participante
RG _________________________
Assinatura do (a) pesquisador
RG_________________________
48
Apecircndice 2
Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede do Idoso
49
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS
PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE
SAUacuteDE DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE
Nuacutemero do Questionaacuterio |__|__|__|
Nome do Entrevistador ___________________________
Visita 1 2 3
Data Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Hora de iniacutecio ________
Hora de teacutermino ________
I INFORMACcedilOtildeES PESSOAIS E SOCIODEMOGRAacuteFICAS
1 Nome do entrevistado
2Sexo
0 ( ) Feminino
1 ( ) Masculino
3 Endereccedilo completotelefone
4 Idade ____ anos
41 Data de Nascimento
____________
50
5 Situaccedilatildeo conjugal atual
1 ( ) Casado(a) 2 ( ) Uniatildeo estaacutevel 3 ( ) Solteiroa
4 ( ) Divorciado(a)separado(a)desquitado(a) 5 ( ) Viuacutevoa
6 No total quantas vezes o (a) Sr(a) esteve casado(a) ou em uniatildeo
Nordm de vezes |___|___|
7 Na escola qual a uacuteltima seacuterie grau que concluiu com aprovaccedilatildeo
1 - Nunca foi agrave escola ( ) 4 - Fundamental II ( )5 a ( )6 a ( )7 a ( )8 a
2 - Lecirc e escreve o nome ( ) 5 - Ensino Meacutedio ( ) 1 a ( )2 a ( )3
3 - Fundamental I ( )1 a ( )2 a 6 - Superior ( ) completo ( ) incompleto
( )3 a ( )4 a
8 Como vocecirc classificaria a cor da sua pele
1( ) Branca 2( ) Amarela (oriental) 3( ) Parda
4( ) Origem indiacutegena 5( ) Preta 9( ) Natildeo sabe
9 Cor da pele (entrevistador)
1( ) branca 2( ) amarela (oriental) 3( ) parda
4( ) origem indiacutegena 5( ) preta
10-Quantos filhos e filhas nascidos vivos o(a)Sr(a) teve (natildeo inclua enteados filhos
adotivos abortos ou filhos nascidos mortos)
Nuacutemero de filhos |____|____| (98) NS (99) NR
11 Atualmente o senhor (a) mora sozinho ou acompanhado
1( )Acompanhado 2( ) Sozinho 3( ) NR 4( )NS
51
12 Desde que o senhor (a) nasceu viveu no campo por 5 anos ou mais
0( ) Natildeo 1( ) Sim 2( ) NS 3( ) NR
13 Qual eacute a sua religiatildeo
1( ) Catoacutelica 2( ) Protestante 3( ) Judaica
4( ) Espiacuteritakardecista 5( ) Umbanda 6( ) Outras ____________
14 Qual a importacircncia da religiatildeo em sua vida
(1) Importante (2) Regular (3) Nada importante (8) NS (9) NR
15 Com que frequecircncia o senhor vai agrave igreja ou ao serviccedilo religioso
( ) Nunca ( ) Vaacuterias vezes por ano ( ) Uma duas vezes por mecircs
( ) Quase toda semana ( ) Mais de uma vez por semana ( ) NS ( ) NR
16 Quanto vocecirc ganha em meacutedia por mecircs R$ __________8( )Natildeo se aplica
II A CONSUMO DE AacuteLCOOL E TABACO
Uso de bebidas alcooacutelicas
1 Vocecirc consome bebidas alcooacutelicas Se vocecirc NAtildeO BEBE siga para o bloco III C
0 ( )sim 1( ) natildeo
2 Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
3 As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
4 Sente-se chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
5 Costuma beber pela manhatilde para diminuir o nervosismo ou a ressaca
0 ( ) sim 1( ) natildeo
Haacutebito de fumar
1 Vocecirc jaacute foi fumante 0 ( ) sim 1( ) natildeo
52
2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco
III C
3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros
4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias
III ANTROPOMETRIA
MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS
ESTATURA
MASSA CORPORAL
CIRCUNFEREcircNCIA
DE CINTURA
IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL
MEDIDA 01 02 03
Pressatildeo arterial
sistoacutelica
Pressatildeo arterial
diastoacutelica
53
ANEXOS
54
Anexo 1
Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos
55
56
9
Destaca-se que as qualidades de um instrumento aplicado em condiccedilotildees de
campo satildeo modificadas pela prevalecircncia de casos na populaccedilatildeo cliacutenica (onde eacute
esperado ter maior proporccedilatildeo de doenccedila) comparada com uma populaccedilatildeo geral
10
3 OBJETIVOS
Determinar o poder preditivo de iacutendices antropomeacutetricos para predizer
hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos
Estabelecer pontos de corte como discriminadores de hipertensatildeo arterial em
mulheres e homens idosos
Identificar o iacutendice antropomeacutetrico de obesidade que melhor discrimina a
hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos
11
4 MATERIAL E MEacuteTODOS
41 Tipos de estudo
Esta pesquisa eacute do tipo transversal ou seccional como parte do projeto de
Monitoramento da Sauacutede de Idosos de um Municiacutepio de Pequeno Porte ESTUDO
MONIDI Em estudos transversais a estrateacutegia de observaccedilatildeo da populaccedilatildeo eacute
seccional isto eacute as informaccedilotildees obtidas referem-se ao mesmo momento sendo mais
adequado para obtenccedilatildeo de estimativas populacionais As informaccedilotildees individuais
devem ser coletadas num determinado prazo mais curto possiacutevel decorrido entre as
observaccedilotildees do primeiro e uacuteltimo indiviacuteduo69
42 Cenaacuterios do estudo
O municiacutepio de Ibicuiacute fica localizado na zona fisiograacutefica de Vitoacuteria da Conquista
(Encosta do Planalto) e situada no Sudoeste do Estado da Bahia possui uma aacuterea
territorial de 1176843 kmsup2 populaccedilatildeo de 16640 habitantes7071 A populaccedilatildeo de
idosos no ano de 2013 era de 2124 habitantes e destes 525 estavam cadastrados
nas Unidades de Sauacutede da Famiacutelia33
12
Figura 1 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Ibicuiacute BA na regiatildeo Nordeste do Brasil
Fonte Adaptado do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE)72 Infograacuteficos
Cidades Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230
43 Populaccedilatildeo e amostra
A populaccedilatildeo alvo do presente estudo foi constituiacuteda por indiviacuteduos com idade
igual ou superior a 60 anos de ambos os sexos cadastrados na Estrateacutegia de Sauacutede
da Famiacutelia (ESF) que atenderam agraves aacutereas urbanas e rurais do municiacutepio de Ibicuiacute-BA
no ano de 2014 A lista com o nuacutemero de usuaacuterios idosos cadastrados nas USFs da
zona rural e urbana do municiacutepio foi solicitada junto agrave Secretaria Municipal de Sauacutede
Foram incluiacutedos no estudo idosos que estavam cadastrados na Estrateacutegia de
Sauacutede da Famiacutelia que aceitaram participar da pesquisa atraveacutes da assinatura do
Termo de Consentimento Livre Esclarecido (TCLE)
Os criteacuterios de exclusatildeo foram os participantes com diagnoacutestico de demecircncia
ou qualquer outro tipo de alteraccedilatildeo cognitiva que comprometesse a veracidade das
informaccedilotildees fornecidas idosos acamados portadores de doenccedila de Alzheimer ou
outro tipo de doenccedila neuroloacutegica que afetasse a cogniccedilatildeo doenccedila em estaacutegio
terminal
Apoacutes aplicaccedilatildeo dos criteacuterios de exclusatildeo foi efetuado o caacutelculo amostral
seguindo a proposta de Luiz e Magnanini (2000)73 para populaccedilotildees finitas com
13
predominacircncia desconhecida de 50 sendo adotado niacutevel de significacircncia de 5
(correspondendo a um intervalo de confianccedila de 95) e erro toleraacutevel de amostragem
de 25
O caacutelculo amostral resultou numa amostra miacutenima necessaacuteria de 305 idosos
Esse caacutelculo amostral sofreu ajuste em 10 para compensar eventuais perdas e
recusas Apoacutes o resultado do caacutelculo amostral os idosos participantes foram
selecionados atraveacutes de sorteio sendo este proporcional ao tamanho e a distribuiccedilatildeo
por sexo e por quantidade de idosos na Unidade de Sauacutede da Famiacutelia
Os indiviacuteduos assinaram o TCLE foram entrevistados e avaliados nas
dependecircncias da USF sendo que aqueles que natildeo foram localizados ou natildeo
compareceram a USF apoacutes trecircs tentativas foram automaticamente substituiacutedos por
meio de sorteio
44 Equipes de coleta de dados
A equipe de coleta foi composta por dois profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica
(Coordenadores) e cinco acadecircmicos de fisioterapia enfermagem e medicina A
equipe foi previamente treinada em reuniotildees teacutecnicas e no estudo piloto que foi
realizado no periacuteodo de Outubro a Dezembro de 2013 visando padronizar todo o
processo de coleta Foram estabelecidas accedilotildees referentes agrave logiacutestica agrave aplicaccedilatildeo dos
questionaacuterios e aos procedimentos de medidas das variaacuteveis antropomeacutetricas A
coleta propriamente dita ocorreu entre o periacuteodo de 03022014 a 20022014
14
45 Procedimentos para coleta de dados
451 Variaacuteveis do estudo e dados coletados
Foram mensuradas as variaacuteveis idade sexo situaccedilatildeo conjugal niacutevel de
escolaridade raccedilacor renda mensal alcoolismos e tabagismos Como tambeacutem
medidas de pressatildeo arterial sistoacutelica e diastoacutelica massa corporal estatura e
circunferecircncia da cintura
452 Instrumentos de coleta
Foi utilizado o instrumento de coleta denominado Instrumento de Avaliaccedilatildeo da
Sauacutede de Idosos (IASI) padronizado e validado previamente74 Tal instrumento obteacutem
caracteriacutesticas sociodemograacuteficas informaccedilotildees pessoais consumo de aacutelcool e
tabaco avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica e de pressatildeo arterial
Para aferir a pressatildeo arterial foi utilizado o aparelho digital (marca OMRONreg
modelo HEM ndash 742 INT) Utilizou-se ainda uma balanccedila digital portaacutetil (OMRONreg) e
um estadiocircmetro (marca Sannyreg) ambos devidamente calibrados e fita
antropomeacutetrica flexiacutevel (Cardiomedreg)
453 Pressatildeo Arterial
A pressatildeo arterial foi aferida com um aparelho digital de braccedilo com manguito
adequado agrave circunferecircncia do mesmo A medida foi realizada no braccedilo direito a altura
do coraccedilatildeo Foram realizadas trecircs medidas da pressatildeo arterial sendo a primeira apoacutes
o idoso permanecer cinco minutos em repouso e sentado a segunda apoacutes dois
minutos e a terceira dois minutos apoacutes a realizaccedilatildeo da segunda (foi utilizada a meacutedia
das trecircs medidas) Valores de referecircncia estatildeo estabelecidos na Tabela 1
15
Tabela 1 - Classificaccedilatildeo da pressatildeo arterial de acordo com a VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo (2010)
Classificaccedilatildeo Pressatildeo Sistoacutelica (mmHg)
Pressatildeo Diastoacutelica (mmHg)
Oacutetima Normal Limiacutetrofe
lt 120 lt 130 130-139
lt 80 lt 85 85-80
Hipertensatildeo estaacutegio I 140-159 90-99 Hipertensatildeo estaacutegio II 160-179 100-109 Hipertensatildeo estaacutegio III ge 180 ge 110 Hipertensatildeo sistoacutelica isolada
ge 140 lt 90
Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo (2010)7
454 Antropometria
Todas as medidas antropomeacutetricas foram realizadas trecircs vezes (verificou-se a
meacutedia de tais medidas) por um profissional de Educaccedilatildeo Fiacutesica para diminuir o erro
intra e inter avaliadores e anotados por um apontador Os idosos foram medidos
conforme procedimentos padronizados por Lohman et al (1988)75 sem calccedilados
roupas leves sem reloacutegio chaves celular etc
Foi mensurada a circunferecircncia da cintura com uma fita antropomeacutetrica flexiacutevel
no ponto meacutedio entre a uacuteltima costela e a crista iliacuteaca e o procedimento foi deixar a
cintura livre de roupa e os braccedilos cruzados no peito Classificaccedilatildeo de risco para
desenvolver doenccedilas por Lohman et al (1988)75 HOMENS gt 102 cm e MULHERES
gt 88 cm Foi determinado o IMC atraveacutes da equaccedilatildeo [IMC =massa corporal
(kg)estatura2(m)] Valores de referecircncia estatildeo estabelecidos na Tabela 2
Tabela 2 - Classificaccedilatildeo do Iacutendice de Massa Corporal
IMC Classificaccedilatildeo
Baixo peso lt 220 kgm2 Peso adequado 220 le IMC le 270 kgm2 Obesidade gt 270 kgm2
Lohman et al (1988)75
16
A razatildeo cintura-estatura foi determinada pela equaccedilatildeo proposta por Pitanga e
Lessa (2006)15 a qual utiliza a CC (cm) e a estatura (cm) O Iacutendice C foi estimado por
meio das medidas de massa corporal estatura e circunferecircncia da cintura utilizando-
se um modelo proposto por Valdez (1991)54 cuja equaccedilatildeo matemaacutetica estaacute descrita a
seguir
46 Anaacutelise dos dados
Os dados foram digitados com dupla entrada no software Epidata 31 Apoacutes a
digitaccedilatildeo dos dados foram verificados manualmente os valores discrepantes e a
consistecircncia das informaccedilotildees
Na anaacutelise de dados foram utilizados os procedimentos da estatiacutestica descritiva
expressa por meacutedia desvio padratildeo nuacutemero de observaccedilotildees e percentual das
variaacuteveis avaliadas A diferenccedila entre os sexos nas variaacuteveis contiacutenuas foi analisada
pelo teste t de Student para amostras independentes uma vez que as variaacuteveis
apresentaram distribuiccedilatildeo normal e o teste do Qui-quadrado para comparar as
proporccedilotildees (variaacuteveis qualitativas) entre os idosos do sexo masculino e feminino
O poder discriminatoacuterio para determinar a hipertensatildeo arterial e os iacutendices
antropomeacutetricos foi verificado atraveacutes da utilizaccedilatildeo das curvas ROC recurso utilizado
para obtenccedilatildeo de pontos de corte que visam diagnoacutesticos ou triagem
A aacuterea sob a curva ROC (ASC) determina a capacidade preditiva do indicador
para presenccedila ou ausecircncia de hipertensatildeo arterial Uma ASC igual a 10 eacute
considerada perfeita poreacutem se for igual ou menor a 05 indica que sua capacidade
preditiva natildeo eacute melhor que ao acaso
17
Neste estudo o pressuposto para anaacutelise da ASC foi agrave sensibilidade pois em
determinadas situaccedilotildees quando natildeo pode correr o risco de natildeo diagnosticar
determinada doenccedila eacute melhor privilegiar a sensibilidade76
Apoacutes determinados os pontos de corte para cada uma das variaacuteveis
investigadas para prediccedilatildeo de hipertensatildeo essas foram dicotomizadas com base em
seus respectivos valores de referecircncia As anaacutelises estatiacutesticas foram conduzidas no
Statistical Product and Service Solutions (SPSS) reg 130 Em todas as anaacutelises foram
efetuadas respeitando-se o niacutevel de significacircncia de 5
47 Aspectos Eacuteticos
O estudo foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa da Universidade
Estadual do Sudoeste da Bahia com parecer (CAAE 22969013000000055) (Anexo
1) seguindo princiacutepios eacuteticos estabelecidos na Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de
2012 do Conselho Nacional de Sauacutede (CNS)77
18
5 RESULTADOS
51 Caracterizaccedilatildeo da amostra estudada
De acordo com a contabilizaccedilatildeo das perdas (mudou-se do municiacutepio natildeo foi
encontrado por mais de 3 vezes na USF ou domicilio) e recusas (n=31) a amostra final
foi composta por 310 idosos (201 zona urbana e 109 zona rural) A taxa de respostas
foi de 912 com 88 (n=31) de recusas e 92 (n=29) de exclusatildeo
Participaram do estudo 175 mulheres (565) e 135 homens (435) As
idades variaram entre 60 e 108 anos com meacutedia de 7078 plusmn 82 anos para as mulheres
e 60 a 93 anos com meacutedia de 7259 plusmn 78 anos para homens
A maioria das mulheres se auto referiu ser negra e os homens pardo O iacutendice
de analfabetismo apresentou-se elevado em ambos os sexos A maior parte dos idosos
eacute casado A maioria dos idosos sobrevivia com renda mensal inferior ou igual a um
salaacuterio miacutenimo (Tabela 3)
19
Tabela 3 - Variaacuteveis sociodemograacuteficas e de estilo de vida em idosos
Mulheres (n=175) Taxa de Resposta
Homens (n=135) Taxa de Resposta
n n P
Raccedilacor 9861 991
Branco 47 2686 43 3209
Preto 73 4171 26 1940 0001
Pardo 49 2800 55 4074
Natildeo sabe 4 229 10 741
Escolaridade 9918 1000
Analfabeto 95 5429 84 6222
Baacutesica 72 4114 46 3408 0001
Secundaacuteria 5 286 5 370
Superior 2 114 - -
Estado Civil 9789 991
Casadouniatildeo estaacutevel
74 4229 78 5777
Solteiroseparado 33 1886 36 2667 0001
Viuacuteva 63 3600 20 1481
Renda Mensal 9918 1000
le 1 salaacuterio 165 9428 123 9111
11 a 2 salaacuterio 8 458 10 74 0001
21 a salaacuterio 1 057 2 148
Alcoolismo 9989 1000
Sim 4 229 9 667 0001
Natildeo 170 9714 126 9333
Tabagismo 9597 1000
Sim 15 857 21 1556 0001
Natildeo 152 8686 114 8444
Teste Qui-quadrado
20
52 Caracteriacutesticas antropomeacutetricas
Apoacutes a assinatura do TCLE e realizaccedilatildeo do questionaacuterio 10 idosos foram
excluiacutedos (recusas e informaccedilatildeo incompleta do questionaacuterio) desta etapa de anaacutelise
Dessa forma foram analisadas 300 avaliaccedilotildees das medidas antropomeacutetricas
Na Tabela 4 podem ser observados os valores meacutedios desvio padratildeo valores
miacutenimos e maacuteximos e percentuais das variaacuteveis avaliadas A meacutedia do IMC foi menor
nos homens quando comparado com o resultado das mulheres (p lt 0001) Natildeo houve
diferenccedila significativa da variaacutevel circunferecircncia da cintura entre homens e mulheres
(p = 0208) A prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi maior nas mulheres A maioria
das mulheres eacute obesa e entre os homens o estado nutricional foi considerado eutroacutefico
(Tabela 5)
21
Tabela 4 - Valores descritivos miacutenimos e maacuteximos das variaacuteveis analisadas
Variaacuteveis Mulheres (n=167) Homens (n=133) Valor-p
Idade (anos) 7078 plusmn 821 (60-108)
7259 plusmn 786 (60-93)
0055
Massa corporal (kg) 6020 plusmn 1223 (2970-9580)
6384 plusmn 1250 (4010-11840)
0012
Estatura (cm) 14875 plusmn 616 (129-164)
16080 plusmn 782 (135-183)
lt00001
IMC (kgm2) 2715 plusmn505 (1342-4064)
2458 plusmn 390 (1475-3544)
lt00001
CC (cm)dagger 8734 plusmn 1126 (55-130)
8894 plusmn 1010 (66-115)
0208
RCEst 057 plusmn 011 (000-087)
055 plusmn 006 (042-073)
0086
Iacutendice C 123 plusmn 021 (000-166)
129 plusmn 006 (117-150)
0001
PAS 14096 plusmn 2218 (87-200)
13735 plusmn 2251 (98-209)
0166
PAD 7671 plusmn 1091 (45-105)
7697 plusmn 1179 (49-110)
0846
IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia da cintura RCEst - razatildeo cintura-estatura Iacutendice C - Iacutendice de Conicidade PAS - pressatildeo arterial sistoacutelica PAD ndash pressatildeo arterial diastoacutelica dagger Variaacuteveis com perdas (n=163 mulheres) Teste T de Student para amostras independentes
Tabela 5 - Percentuais das variaacuteveis analisadas
Variaacutevel Mulheres Homens Valor-p
Pressatildeo Arterial (n) (n)
Normal 557 (93) 594 (79) 0011
Hipertensatildeo 443 (74) 406 (54)
Estado nutricional (n) (n)
Baixo peso 144 (24) 301 (40)
Normal 353 (59) 436 (58) lt00001
Sobrepeso 503 (84) 263 (35)
Teste Qui-quadrado
53 Anaacutelise da curva ROC
22
As aacutereas sob a curva ROC do IMC da CC da RCEst e do iacutendice C como
preditores de hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos e os respectivos
intervalos de confianccedila (IC 95) podem ser observados na Tabela 6 e nas Figuras 2
3 4 5 6 7 8 9 Evidenciou-se que alguns iacutendices antropomeacutetricos apresentaram
aacuterea sob a curva ROC significativas Todavia a RCEst e o IMC assumiram maiores
aacutereas com diferenccedila significativa para os homens
Tabela 6 - Aacuterea sob a curva ROC e IC95 entre os iacutendices antropomeacutetricos e hipertensatildeo arterial em idosos
Aacuterea sob a curva ROC
PA elevada Mulheres
Homens
p
IMC (kgm2) 053 (044-062) 060 (050-070)
lt00001dagger
CC (cm) 057 (048-066) 058 (048-068)
lt00001dagger
RCEst 056 (047-065) 061 (051-071)
lt00001dagger
Iacutendice C 058 (049-066) 058 (058-068) lt00001dagger
IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia de cintura RCEst - razatildeo cinturaestatura Iacutendice C - iacutendice de conicidade ROC ndashReceiver Operating CharacteristicIC95 - intervalo de confianccedila a 95Aacuterea sob a curva ROC apresentando poder discriminatoacuterio para pressatildeo arterial elevada (Li-IC ge 050) daggerTeste Qui-quadrado
23
Figura 2 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) IMC - iacutendice de massa corporal
Figura 3 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) IMC - iacutendice de massa corporal
24
Figura 4 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) CC ndash circunferecircncia da cintura
Figura 5 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) CC ndash circunferecircncia da cintura
25
Figura 6 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) RCEst - razatildeo cinturaestatura
Figura 7 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) RCEst - razatildeo cinturaestatura
26
Figura 8 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) Iacutendice C -iacutendice de conicidade
Figura 9 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) Iacutendice C - iacutendice de conicidade
27
Os valores dos pontos de corte dos iacutendices antropomeacutetricos como preditores
de hipertensatildeo arterial e suas respectivas sensibilidade e especificidade (mais
adequado equiliacutebrio entre si) satildeo apresentados na Tabela 7 Observa-se que entre
os iacutendices antropomeacutetricos a RCEst teve melhor percentual de sensibilidade e de
especificidade para discriminar a pressatildeo arterial elevada para os homens
Tabela 7 - Pontos de corte sensibilidade e especificidade dos iacutendices antropomeacutetricos para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial em idosos
Mulheres Homens PA elevada
Ponto de corte
Sensibilidade ()
Especificidade ()
Ponto de corte
Sensibilidade ()
Especificidade ()
IMC (kgm2)
2679 527 548 2420 527 548
CC (cm) 8750 577 457 8650 593 532 RCEst 059 568 430 054 648 456 Iacutendice C 126 541 452 129 574 456
IMC ndash Iacutendice de Massa Corporal CC ndash Circunferecircncia da Cintura RCEst ndash Razatildeo Cintura-Estatura Iacutendice C ndash Iacutendice de Conicidade
28
6 DISCUSSAtildeO
61 Aacutereas sob a Curva ROC
Este estudo teve como objetivo identificar a capacidade preditiva de iacutendices
antropomeacutetricos de obesidade geral e abdominal para discriminar a presenccedila de
hipertensatildeo arterial em idosos com foco de utilizaccedilatildeo no ambiente da estrateacutegia de
sauacutede da famiacutelia Nessa perspectiva surge uma proposta de triagem dos casos de
idosos com possiacuteveis alteraccedilotildees crocircnicas em sua pressatildeo arterial aleacutem de possibilitar
a discussatildeo sobre validaccedilatildeo de tais iacutendices para uso no contexto da sauacutede
Dessa forma recomenda-se a anaacutelise da sensibilidade e especificidade por
meio da construccedilatildeo de curvas ROC pois eacute a melhor opccedilatildeo para determinar pontos de
corte em estudos epidemioloacutegicos78 Essa anaacutelise permite fornecer a aacuterea sob a curva
que traduz o poder de discriminaccedilatildeo de um indicador para um determinado desfecho
e a identificaccedilatildeo do melhor ponto de corte
A proposta dessa pesquisa natildeo eacute excluir o diagnoacutestico meacutedico mas
proporcionar uma estrateacutegia mais abrangente a ser utilizada pelas USFs em parceria
entre os profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica e os profissionais de sauacutede no contexto da
atenccedilatildeo primaacuteria
Embora exista associaccedilatildeo entre sobrepesoobesidade e a pressatildeo arterial
elevada poucos estudos tecircm identificado pontos de corte de iacutendices antropomeacutetricos
que visem agrave detecccedilatildeo da hipertensatildeo arterial em idosos Diversos estudos tecircm
demonstrado que os iacutendices antropomeacutetricos satildeo bons indicadores de obesidade e
estatildeo relacionados a fatores de risco cardiovascular795880 Todavia a hipertensatildeo eacute
apontada como um dos principais fatores de risco cardiovasculares o que denota a
necessidade de um olhar diferenciado
A prevalecircncia de hipertensatildeo foi inferior agrave encontrada em outros estudos818283
Contudo diferenccedilas metodoloacutegicas nuacutemero de medidas realizadas e os diferentes
criteacuterios de referecircncia satildeo as principais causas da grande variabilidade nas
prevalecircncias de pressatildeo arterial elevada entre as investigaccedilotildees No presente estudo
29
optou-se por maior rigorosidade ao diagnosticar a pressatildeo arterial elevada
considerando a realizaccedilatildeo de trecircs medidas
Nessa amostra observou-se que a prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi
443 nas mulheres e 406 nos homens Demonstrando ser uma alta prevalecircncia
pois se trata de uma populaccedilatildeo que eacute influenciada diretamente pelo o aumento da
morbimortalidade durante o envelhecimento Estudos envolvendo idosos indicam que
a prevalecircncia da hipertensatildeo encontra-se entre 50-70 com o aumento da idade84
Poucos estudos epidemioloacutegicos foram conduzidos com o objetivo de identificar
e discriminar a capacidade de iacutendices antropomeacutetricos de obesidade para a pressatildeo
arterial elevada na populaccedilatildeo de idosos e principalmente utilizando o iacutendice C o
RCEst Um estudo realizado com a populaccedilatildeo de idosos utilizou o mesmo objetivo
poreacutem usou como ponto de corte o iacutendice de massa corporal e o iacutendice de adiposidade
corporal85 Entretanto faz-se necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de outros iacutendices para identificar
hipertensatildeo arterial em idosos
De acordo com os resultados do presente estudo somente alguns dos
indicadores antropomeacutetricos apresentaram capacidade preditiva para a hipertensatildeo
arterial em idosos de acordo com limite inferior do intervalo de confianccedila de 9586
Dessa forma foi observado que a RCEst e IMC para os homens mostraram-se com
bom poder de detecccedilatildeo para a hipertensatildeo arterial pois obtiveram maiores valores
sob a curva para esse desfecho
Em 2013 Leal Neto et al85 identificaram em seus resultados que o IMC e o
iacutendice de adiposidade corporal foram os melhores indicadores preditivos de
hipertensatildeo arterial nos idosos em ambos os sexos independentemente de outros
fatores tais como idade tabagismo consumo de aacutelcool e atividade fiacutesica
No presente estudo os principais indicadores que tiveram uma boa aacuterea sob a
curva foram o IMC RCEst e Iacutendice C com resultados de 060 IC95 (050-070) 061
IC95 (051-071) e 058 IC95 (058-068) respectivamente para homens
Nas mulheres tais iacutendices mostraram-se com menor poder discriminatoacuterio para
diagnosticar a hipertensatildeo arterial A HAS eacute um desfecho que pode ser influenciado
por fatores multicausais (hormonais estresse etc) Na anaacutelise do desempenho do
iacutendice antropomeacutetrico a loacutegica eacute unidirecional ou seja verificar o desempenho desses
iacutendices apenas como preditores de hipertensatildeo arterial foram mais satisfatoacuterios entre
os homens Os iacutendices podem interferir mas natildeo determinar a prevalecircncia da
30
hipertensatildeo Embora as mulheres tenham uma maior prevalecircncia essa natildeo eacute
determinada pelos iacutendices antropomeacutetricos no presente estudo
Tais resultados diferem do estudo realizado em 2012 por Samsen et al87 no
qual a circunferecircncia da cintura teve boa ASC nos homens = 0684 com IC95 (0672-
0695) e nas mulheres = 0673 IC95 (0665-0681) sendo o melhor indicador
significativamente (p lt0001) do que o IMC no qual a ASC em homens foi de = 0667
IC95 (0656-679) e nas mulheres = 0636 IC95 (0628-0644) em discriminaccedilatildeo
de pelo menos um fator de risco cardiovascular Isso se deve ao fato de tal estudo ter
sido realizado com uma abrangecircncia maior na faixa etaacuteria que foi de 45-80 anos
Uma possiacutevel limitaccedilatildeo para discussatildeo dos resultados desse estudo foi a faixa
etaacuteria restrita que natildeo incluiu idosos (igual ou acima de 60 anos) o que impossibilita
a triagem da pressatildeo arterial elevada nessa populaccedilatildeo
62 Iacutendices antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial
Nesse estudo a CC e RCEst foram as variaacuteveis com maiores valores absolutos
de sensibilidade para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial respectivamente para mulheres
e homens Tais resultados indicam as proporccedilotildees de verdadeiros positivos na
ocorrecircncia de hipertensatildeo arterial
Quanto ao ponto de corte do RCEst nas mulheres foi de 059 sendo 568 de
sensibilidade e 430 de especificidade Valores inferiores ao encontrado no presente
estudo para mulheres foram sugeridos em Taiwan (045) Cingapura (048) e na China
(050) No Brasil em 2009 Haun Pitanga e Lessa16 recomendaram para a RCEst
053 como melhor ponto de corte com sensibilidade (67) e especificidade (58) e
aacuterea sob a curva ROC de 069 (IC 95 = 064-075) Outro ponto de corte semelhante
ao observado no Brasil com mulheres mexicanas variou de 053 a 0535 para a
RCEst discriminar diabete tipo 2 hipertensatildeo e dislipidemias88899091
Os pontos de corte sugeridos por esses paiacuteses e no Brasil podem ter sido
inferiores por causa da abrangecircncia na faixa etaacuteria dos indiviacuteduos no qual incluiacuteram
mulheres de 30 a 74 anos como tambeacutem as caracteriacutesticas econocircmicas culturais e
31
de estilo de vida diferem da realidade das mulheres que residem em cidades de
pequeno porte Estudos que discriminem hipertensatildeo arterial principalmente em
idosos com RCEst satildeo escassos na literatura
Em 2010 Browning Hsieh e Ashwel92 realizaram uma revisatildeo sistemaacutetica
sobre a potencialidade de indicadores antropomeacutetricos em predizer doenccedilas
cardiovasculares e identificou a RCEst como variaacutevel de melhor desempenho A
RCEst apresentou maiores ASC quando comparada ao IMC ou CC Os dados
analisados foram de quatorze paiacuteses diferentes e incluiacuteram caucasianos asiaacuteticos e
da Ameacuterica Central Segundo os autores uma RCEst ge 05 eacute capaz de identificar
fatores de risco cardiovasculares Esse ponto de corte eacute inferior aos encontrados para
homens e mulheres no presente estudo significando que o ponto de corte encontrado
pode diagnosticar risco cardiovascular e consequentemente a presenccedila de
hipertensatildeo
Outros autores afirmam essa hipoacutetese relacionada aos valores limites para
RCEst em diversas populaccedilotildees e indicaram que um ponto de corte de 05 eacute o valor
mais indicado para ambos os sexos todas as idades e diferentes populaccedilotildees899315
Com relaccedilatildeo agrave especificidade a variaacutevel com maior valor foi o IMC
independentemente do sexo Nas mulheres o ponto de corte sugerido foi 2679 kgm2
e nos homens 2420 kgm2 O valor da especificidade foi de 548 para ambos os
sexos o qual possibilita determinar corretamente a ausecircncia de hipertensatildeo arterial
Sendo assim este estudo sugere que o IMC natildeo foi o melhor preditor de hipertensatildeo
arterial
O estudo de Leal Neto et al (2013)85 tambeacutem testou a capacidade de
indicadores antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial em idosos
sugeriu como pontos de corte para IMC valores de 247 kgm2 igual ao encontrado no
presente estudo e de 273 kgm2 nuacutemero superior que aos dados do presente
trabalho para homens e mulheres respectivamente
Em outro estudo realizado com 19621 homens e mulheres com faixa etaacuteria de
45-80 anos a meacutedia da idade foi de 598 anos para os homens e 585 anos para as
mulheres O ponto de corte adequado de IMC foi de 23 kgm2 em homens e 24 kgm2
em mulheres Os pontos de corte de CC foram 80 cm e 78 cm em homens e mulheres
respectivamente Os achados do presente estudo foram superiores a esses
32
resultados todavia deve ser considerado que a populaccedilatildeo alvo foi diferente e com
idade menor da populaccedilatildeo pesquisada no presente trabalho87
Com relaccedilatildeo agrave CC o ponto de corte identificado para a prediccedilatildeo de hipertensatildeo
arterial nas mulheres foi superior ao dos homens Contudo os valores de sensibilidade
e especificidade desses pontos de corte foram maiores entre os homens o que pode
indicar que o poder preditivo da CC para a hipertensatildeo arterial eacute melhor para o sexo
masculino Quanto menor o ponto de corte maior seraacute a habilidade do teste em
classificar os doentes como positivos isto eacute maior seraacute a sensibilidade76 Os pontos
de corte dos homens foram em sua maioria menores em comparaccedilatildeo aos das
mulheres
Tais resultados satildeo contraacuterios aos achados do estudo de Kashihara et al
(2009)94 com indiviacuteduos de 30-74 anos que comparou paciente com hipertensatildeo e sem
hipertensatildeo Em seus pontos de corte de CC para os homens foram superiores aos
pontos de corte definidos para as mulheres e os valores de sensibilidade e
especificidade foi maior nas mulheres para identificar risco cardiovascular Poreacutem a
idade foi menor ao proposto no presente estudo
Outro estudo que contraria tais resultados quanto ao ponto de corte da CC foi
o de Haun Pitanga e Lessa (2009)16 que foi superior para os homens enquanto o
niacutevel de sensibilidade e especificidade foi igual aos nossos achados Poreacutem esse
estudo foi realizado com indiviacuteduos de idade entre 30-74 anos e discriminou risco
coronariano elevado
Quanto ao Iacutendice C no presente estudo o ponto de corte sugerido foi de 126
nas mulheres (sensibilidade 541 e especificidade 452) e 129 para os homens
(sensibilidade 574 e especificidade 456)
Diferentemente do resultado encontrado no presente estudo Pitanga e Lessa
(2005)56 sugeriram como o melhor ponto de corte para risco coronariano com o iacutendice
C 118 para mulheres apresentando valores de sensibilidade (7339) e
especificidade (6115) Para os homens o ponto de corte foi de 125 com valores de
sensibilidade (7391) e especificidade (7492) Tais pontos de corte foram para
indiviacuteduos adultos por esse motivo foram mais baixos que os achados do presente
trabalho Deve-se considerar que existem modificaccedilotildees na composiccedilatildeo corporal com
o processo do envelhecimento o que poderia alterar os pontos de corte para as essas
medidas antropomeacutetricas
33
Em outro estudo com os mesmo autores foram apresentados outros pontos de
corte comparando diferentes faixas etaacuterias Para as mulheres de 30-49 anos o melhor
ponto de corte foi o mesmo (118) com melhor sensibilidade (7857) e
especificidade (6524) e tambeacutem melhor aacuterea sob a curva ROC 081 (IC95 = 070-
092) Entre as de idade mais avanccedilada (50-74 anos) o melhor ponto de corte
sugerido foi 122 com sensibilidade (6000) e especificidade (6582) e aacuterea sob a
curva ROC 065 (IC 95 = 058-073) Portanto o iacutendice C apresentou melhor poder
discriminatoacuterio de RCEst para as mulheres mais jovens64
Almeida Almeida e Arauacutejo (2009)58 conduziram uma pesquisa com mulheres
de 30 e 69 anos buscando avaliar o desempenho de diferentes pontos de corte do
iacutendice C RCQ CC e RCEst para discriminar Risco Coronariano Elevado e o ponto de
corte encontrado para o Iacutendice C foi (125) proacuteximo ao ponto de corte para mulheres
nos nossos achados Dessa forma tais autores afirmaram que os indicadores
antropomeacutetricos de obesidade abdominal analisados tiveram desempenhos
satisfatoacuterios e similares para discriminar RCEst poreacutem o iacutendice C foi o que
apresentou o melhor poder discriminatoacuterio
As informaccedilotildees sobre o iacutendice C satildeo limitadas quanto agrave discussatildeo do ponto de
corte para hipertensatildeo arterial principalmente por encontrar poucos estudos sobre
essa medida como referecircncia para idosos Pitanga e Lessa (2004)55 relatam como
uma limitaccedilatildeo para a utilizaccedilatildeo do Iacutendice C em estudos populacionais a dificuldade de
se calcular o denominador da equaccedilatildeo proposta para sua determinaccedilatildeo
O excesso de gordura em geral estaacute associado ao aparecimento de doenccedilas
cardiovasculares hipertensatildeo arterial e mortalidade a definiccedilatildeo de pontos de corte
para iacutendices que se destacam por sua simplicidade operacional e boa acuraacutecia
permite a detecccedilatildeo dos indiviacuteduos sob risco sendo de grande utilidade nos serviccedilos
de atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede aleacutem de possibilitar o conhecimento da situaccedilatildeo de
grupos populacionais especiacuteficos frente a esses riscos quando empregados na
pesquisa epidemioloacutegica
No contexto das cidades de pequeno porte (rurais e urbanas) os recursos de
sauacutede satildeo muitas vezes limitados e escassos sendo importante a utilizaccedilatildeo desses
iacutendices antropomeacutetricos como substituiccedilatildeo eou apoio a avaliaccedilatildeo tradicional da
pressatildeo arterial Em vaacuterias conjunturas de sauacutede a alta demanda de paciente com
hipertensatildeo arterial exige a utilizaccedilatildeo de instrumentos de diagnoacutesticos e rastreamento
34
de raacutepida e faacutecil aplicaccedilatildeo que possam ser manejados por diferentes profissionais e
que sobretudo apresentem validade e fidedignidade A adequada validaccedilatildeo de
instrumentos e conhecimento de suas propriedades teacutecnicas na populaccedilatildeo brasileira
tambeacutem deve contribuir com a seleccedilatildeo de prioridades e delimitaccedilatildeo do conteuacutedo dos
programas de sauacutede pelos tomadores de decisatildeo em diferentes niacuteveis de gestatildeo
35
7 CONCLUSAtildeO
As anaacutelises dos dados permitem frente aos objetivos estabelecidos formular
as seguintes conclusotildees Quanto ao poder de discriminaccedilatildeo de iacutendices
antropomeacutetricos para a hipertensatildeo arterial em idosos os iacutendices antropomeacutetricos
(IMC RCEst e Iacutendice C) foram bons preditores de hipertensatildeo arterial para os homens
Dessa forma tais iacutendices podem ser empregados nos homens poreacutem tais medidas
natildeo foram satisfatoacuterias para predizer pressatildeo arterial elevada nas mulheres idosas
limitando a sua utilizaccedilatildeo para o sexo feminino com idades avanccediladas
O melhor ponto de corte para discriminar hipertensatildeo arterial foi 054 para a
RCEst nos homens dessa forma tal ponto de corte deve ser empregada no contexto
da atenccedilatildeo primaacuteria nos homens Sugere-se a utilizaccedilatildeo dessa medida a fim de
detectar e realizar a triagem da hipertensatildeo arterial com caracteriacutesticas similares agrave
amostra deste estudo
Recomenda-se que a utilizaccedilatildeo de dois iacutendices simultaneamente resulte em
uma maior eficiecircncia na avaliaccedilatildeo do risco de hipertensatildeo arterial em idosos A
indicaccedilatildeo destas medidas permite que ela seja realizada nas Unidades de Sauacutede da
Famiacutelia como meacutetodo de triagem para idosos com hipertensatildeo arterial utilizando
materiais de faacutecil manejo e de baixo custo
Dessa forma pode-se efetivamente atingir uma das estrateacutegias de prevenccedilatildeo
da hipertensatildeo arterial sistecircmica que eacute o controle da pressatildeo arterial durante o
envelhecimento Todavia sugere-se cautela na utilizaccedilatildeo do ponto de corte desses
indicadores para as mulheres pois os resultados natildeo foram satisfatoacuterios
Fica evidente a necessidade de outros estudos que identifiquem pontos de
corte de iacutendices antropomeacutetricos visando agrave detecccedilatildeo de hipertensatildeo arterial e de
outros fatores de risco cardiovascular nas mulheres idosas que residem em cidades
de pequeno porte
36
8 REFEREcircNCIAS
1 Omram AR The epidemiologic transition a theory of the epidemiology of population change Milbank Memorial Fund Quarterly 1971 49 (Part 1) 509-538
2 Wong LR Carvalho JM Age-strucutural transition in Brazil demographic bonuses and emerging challenges In Pool I Wong LLR Vilquin E editores Age-structural transitions challenges for development Paris Committee for International Cooperation in National Research in Demography 2006
3 Gragnolati M Jorgensen OH Rocha R Fruttero AA Envelhecendo em um Brasil mais Velho implicaccedilotildees do envelhecimento populacional sobre o crescimento econocircmico reduccedilatildeo da pobreza financcedilas puacuteblicas prestaccedilatildeo de serviccedilos Banco Internacional para a Reconstruccedilatildeo e o Desenvolvimento Banco Mundial 2011
4 Schmidt MI Duncan BB Silva GA et al Health in Brazil 4 Chronic non-communicable diseases in Brazil burden and current challenges The Lancet 2011 377
5 Ezzati M Hoorn SV Rodgers A et al Comparative Risk Assessment Collaborating Group Selected major risk factors and global and regional burden of disease Lancet 2002 360 1347-60
6 Lim SS Vos T Flaxman AD et al A comparative risk assessment of burden of disease and injury attributable to 67 risk factors and risk factor clusters in 21 regions 1990-2010 a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2010 Lancet 2012 380 (9859)2224-60
7 Sociedade Brasileira de Cardiologia Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Sociedade Brasileira de Nefrologia VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 2010 95(1) 1-51
8 Miranda DR Perrotti TC Bellinazzi VR et al Hipertensatildeo arterial no idoso peculiaridades na fisiopatologia no diagnoacutestico e no tratamento Rev Bras Hipertens 2002 9 293-300
9 Pilger C Menon MU Mathias TAF Caracteriacutesticas sociodemograacuteficas e de sauacutede de idosos contribuiccedilotildees para os serviccedilos de sauacutede Rev Latino-Am Enfermagem 2011 19(5)1230-1238
10 Pilger C Menon MU Mathias TAF Utilizaccedilatildeo de serviccedilos de sauacutede por idosos vivendo na comunidade Rev esc enferm USP 2013 47(1)213-220
11 Mariath AB Grillo LP Silva RO et al Obesidade e fatores de risco para o desenvolvimento de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis entre usuaacuterios de unidade de alimentaccedilatildeo e nutriccedilatildeo Cad Sauacutede Puacuteblica 2007 23 (4) 897-905
37
12 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Diretrizes e recomendaccedilotildees para o cuidado
integral de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis promoccedilatildeo da sauacutede vigilacircncia prevenccedilatildeo e assistecircncia Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2008
13 Kuumlmpe DA Sodreacute AC Pomatti DM et al Obesidade em Idosos Acompanhados
pela Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia Texto Contexto Enferm Florianoacutepolis 2011 20(3) 471-7
14 Silva KS Farias Juacutenior JC Fatores de risco associados agrave pressatildeo arterial elevada em adolescentes Rev Bras Med Esporte 2007 13(4) 237-40
15 Pitanga FJG Lessa I Razatildeo cintura-estatura como discriminador do risco
coronariano de adultos Rev Assoc Med Bras 2006 52157-61
16 Haun DR Pitanga FJG Lessa I Razatildeo CinturaEstatura comparado a outros indicadores antropomeacutetricos de obesidade como preditor de risco coronariano elevado Rev Assoc Med Bras [online] 2009 55(6) 705-711
17 Nascimento CM Ribeiro AQ SantrsquoAna LFR et al Estado nutricional e condiccedilotildees de sauacutede da populaccedilatildeo idosa brasileira revisatildeo da literatura Rev meacuted Minas Gerais 2011 21(2)174-180
18 Gomes MA Beck cc Duarte MFS et al Ficha Antropomeacutetrica no Nuacutecleo de Apoio a Sauacutede da Famiacutelia o que medir e para que medir Rev bras cineantropom desempenho hum 2009 11(2) 243-253
19 Azevedo LF Oliveira ACC Lima JRP et al Recomendaccedilotildees sobre condutas e procedimentos do profissional de educaccedilatildeo fiacutesica na atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede Rio de Janeiro CONFEF 2010 109-55
20 World Health Organization World health statistics 2012 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghopublicationsworld_health_statistics2012enindexhtmlgt [2012 set 18]
21 World Health Organization Global health risks mortality and burden of disease attributable to selected major risks Geneva World Health Organization 2009a
22 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Panorama da sauacutede brasileira em muacuteltiplos aspectos Percepccedilatildeo do estado de sauacutede estilo de vida e doenccedila crocircnica Pesquisa Nacional de Sauacutede 2013
23 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Pesquisa Nacional por Amostra
de Domiciacutelios 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapesquisaspesquisa_resultadosphpid_pesquisa=149gt[2014 dez 04]
24 Tribess S Virtuoso Junior JS Prescriccedilatildeo de exerciacutecios fiacutesicos para idosos Rev saudecom 2005 1(2)163-72
38
25 Pollock ML Wilmore JH Exerciacutecio na Sauacutede e na Doenccedila avaliaccedilatildeo e prescriccedilatildeo para prevenccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo Editora MEDSI 2ordf ed Rio de Janeiro 1993
26 Sociedade Brasileira de Cardiologia V Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 20061-48
27 World Health Organization Global Health Observatory (GHO) 2014 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghoncdrisk_factorsblood_pressure_prevalence_textengt [2014 dez 04]
28 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Secretaria de Atenccedilatildeo baacutesica agrave Sauacutede Departamento de atenccedilatildeo baacutesica - Hipertensatildeo arterial sistecircmica Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2006
29 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) (2009) Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeGestorvisualizar_textocfmidtxt=24421gt [2010 abr 07]
30 Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Nuacutemero de hipertenso 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwsbhorgbripadgeralphpgt [09 nov 2014]
31 Secretaria de Sauacutede do Estado da Bahia Hipertensatildeo Quantidade de Hipertensos na Bahia Disponiacutevel em (2014) lthttpwwwsaudebagovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=4418ampcatid=1ampItemid=14gt [2014 jan 10]
32 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica 2014 Dados de mortalidade na Bahia Disponiacutevel em lthttptabnetdatasusgovbrcgitabcgiexesiabcnvSIABSBAdefgt [2014 mai 05]
33 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica Dados sociodemograacuteficos de Ibicuiacute 2014 lthttptabnetdatasusgovbrcgideftohtmexesiabcnvSIABFBAdefgt [2014 jan 05]
34 Williams B The year in hypertension JACC 2010 55(1) 66-73
35 Lipp M Rocha JC Stress Hipertensatildeo Arterial e Qualidade de vida um guia de tratamento para o hipertenso Campinas Papirus 1996
36 Borenstein MS (Org) Manual de Hipertensatildeo Arterial Porto Allege Editora Sagra Luzzatto 1999
37 Joint National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure The Sixth Report of the Join National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure Arch Intern Med 1997157 2413-2446
39
38 Mitchell GF Parise H Benjamin EJ et al Changes in arterial stiffness and wave reflection with advancing age in health men and women Hypertension 2004 431239-1245
39 Matos AC Ladeia AM Avaliaccedilatildeo de fatores de risco cardiovascular em uma comunidade rural da Bahia Arq Bras Cardiol 2003 81(3) 291-6
40 World Health Organization Who Expert Committee on Physical Status the use and interpretation of antropometry Report of a WHO Expert Commitee Geneva WHO 1995 p 854
41 Pitanga FJG Antropometria na avaliaccedilatildeo da obesidade abdominal e risco coronariano Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum 201113(3) 238-241
42 Ferreira LS Amaral TF Marucci MFN et al Under nutrition as a major risk factor for death among older Brazilian adults in the community-dwelling setting SABE survey Nutrition 201127(10)17-22
43 Andrade FB Caldas Junior AF Kitoko PM et al Prevalence of overweight and obesity in elderly people from Vitoacuteria-ES Brazil Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2012 set17(3)749-756
44 Boscatto EC Duarte Mde F Coqueiro Rda S Barbosa AR Nutritional status in the oldest elderly and associated factors Rev Assoc Med Bras 2013 59(1)40-47
45 Kostka J Borowiak E Kostka T Nutritional status and quality of life in different
populations of older people in Poland Eur J Clin Nutr 2014 Nov68(11)1210-5
46 Silva DAS Petroski EL Associaccedilatildeo de diferentes pontos de corte para sobrepeso e obesidade com pressatildeo arterial elevada em idosas Rev Educ Fis UEM 2009 20 415-22
47 Nutrition Screening Initiative Interventions manual for professionals caring for older Americans Washington DC Nutrition Screening Initiative 1992
48 World Health Organization Obesity preventing and managing the global epidemic Report of a WHO Consultation on Obesity Geneva World Health Organization 1998
49 Cameron AJ Dunstan DW Owen N et al Health and mortality consequences
of abdominal obesity evidence from the Aus Diab study Med J Aust 2009191 202ndash208
50 Fox KA Despres JP Richard AJ et al Does abdominal obesity have a similar impact on cardiovascular disease and diabetes A study of 91246 ambulant patients in 27 European countries Eur Heart J 2009 30 3055ndash3063
40
51 Pouliot MC Despreacutes JP Lemieux S et al Waist circumference and abdominal sagittal diameter Best simple anthropometric indexes of abdominal visceral adipose tissue accumulation and related cardiovascular risk in men and woman Am J Cardiology 1994 73 460-468
52 Peixoto MRG Beniacutecio MHD Latorre M et al Circunferecircncia da Cintura e Iacutendice de massa Corporal como Preditores da Hipertensatildeo Arterial Arq Bras Cardiol 200687 462-470
53 MacKay MF Haffner SM Wagenknecht LE et al Prediction of type 2 diabetes using alternate anthropometric measures in a multiethnic cohort the insulin resistance atherosclerosis study Diabetes Care 200932(5)956-8
54 Valdez R A simple model-based index of abdominal adiposity J Clin Epidemiol1991 44(9) 955-6
55 Pitanga FJG Lessa I Sensibilidade e especificidade do iacutendice de conicidade como discriminador do risco coronariano de adultos em Salvador Brasil Rev Bras Epidemiol 20047(3)259-69
56 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano elevado em adultos na cidade de Salvador - Bahia Arq Bras Cardiol 2005 85 (1)26-31
57 Ghosh JR Bandyopadhyay AR Comparative evaluation of obesity measures relationship with blood pressures and hypertension Singapore Med J 200748(3) 232-5
58 Almeida RT Almeida MMG Araujo TM Obesidade abdominal e risco cardiovascular desempenho de indicadores antropomeacutetricos em mulheres Arq Bras Cardiol 2009 out92(5)375-380
59 Freitas Juacutenior Costa Rosa CS Codogno JS et al Capacidade cardiorrespiratoacuteria e distribuiccedilatildeo de gordura corporal de mulheres com 50 anos ou mais Rev Esc Enferm USP 2010 44(2) 395-400
60 Matos LN Giorelli GV Dias CB Correlation of anthropometric indicators for identifying insulin sensitivity and resistance Satildeo Paulo Med J [online] 2011 129(1) 30-35
61 Gomes MA Rech CR Gomes MBA et al Correlaccedilatildeo entre iacutendices antropomeacutetricos e distribuiccedilatildeo de gordura corporal em mulheres idosas Rev bras cineantropom desempenho hum 2006 set 8(3) 16-22
62 Tarastchuk JCE Gueacuterios EE Bueno RRL et al Obesidade e intervenccedilatildeo coronariana devemos continuar valorizando o Iacutendice de Massa Corpoacuterea Arq Bras Cardiol [online] 2008 90(5) 311-316
41
63 Ferreira AP CB Ferreira VC Souza et al Risco de distuacuterbio glicecircmico em mulheres idosas ajustado por antropometria e genoacutetipos de citocinas Rev Assoc Med Bras [online] 201157(5) 565-569
64 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano em mulheres Rev Bras Cineantrop Desempenho Hum 2006 8 (1) 14-21
65 Newman TB Browner WS Cummings SR Delineando estudos de testes meacutedicos In Hulley SB et al Delineando a pesquisa cliacutenica uma abordagem epidemioloacutegica 2 ed Porto Alegre Artmed 2003 203-224
66 Toscano CM As campanhas nacionais para detecccedilatildeo das doenccedilas crocircnicas natildeo-transmissiacuteveis diabetes e hipertensatildeo arterial Ciecircnc sauacutede Coletiva out-dez 2004 9(4) 885-895
67 Fletcher RH Fletcher SW Prevenccedilatildeo In Fletcher R Fletcher S Epidemiologia
cliacutenica elementos essenciais 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 2006 179-201
68 Jeckel J Elmore J Katz D Meacutetodos de prevenccedilatildeo secundaacuteria In _____ Epidemiologia bioestatiacutestica e medicina preventiva 2 ed Porto Alegre Artmed 2005 236-247
69 Klein CH Bloch KV Estudos seccionais In Medronho RA Carvalho DM Bloch KV Luiz RR Werneck GL Epidemiologia 1ordf ed Satildeo Paulo Editora Atheneu 2002 125-150
70 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Resoluccedilatildeo nordm- 6 de 3 de novembro de 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcenso2010ibgegovbrdados_divulgadosindexphpuf=29gt[201 dez 18]
71 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica ndash Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais (2014) Disponiacutevel em lthttpcodibgegovbr398G9gt [2014 ago 30]
72 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230gt [2013 mai 01]
73 Luiz RR Magnanini MMF A loacutegica da determinaccedilatildeo do tamanho da amostra em investigaccedilotildees epidemioloacutegicas Cad sauacutede coletiva Rio de Janeiro 2000 8(2) 9-28
74 Reis MC Nascimento RAS Pedreira RBS et al Validaccedilatildeo de Face e Clareza do Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede dos Idosos ndash IASI [resumo] in Anais do XIX Congresso Brasileiro Geriatria e Gerontologia Beleacutem 2014 296-296
75 Lohman TG Roche AF Martorell R Anthropometric Standardization Reference Manual Champaign Illinois Human Kinetics 1988
42
76 Vaz JCL Regiotildees de Incerteza para Curva ROC em Teste Diagnoacutesticos
[dissertaccedilatildeo] Satildeo Carlos Universidade Federal de Satildeo Carlos 2009
77 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de 2012
78 Erdreich LS Lee ET Use of relative operating characteristic analysis in epidemiology A method for dealing with subjective judgement Am J Epidemiol 1981 114649-62
79 Aekplakorn W Pakpeankitwatana V Lee CM et al Abdominal obesity and coronary heart disease in Thai men Obesity 200715(4)1036-42
80 Oliveira MAM Fagundes RLM Moreira EAM et al Relaccedilatildeo de Indicadores Antropomeacutetricos com Fatores de Risco para Doenccedila Cardiovascular Arq Bras Cardiol 2010 abr 94(4) 478-485
81 Mendes TAB Goldbaum M Segri NJ et al Factors associated with the prevalence of hypertension and control practices among elderly residents of Satildeo Paulo city Brazil Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(11) 2275-2286
82 Oliveira BFA Souza Mouratildeo D Gomes N et al Prevalecircncia de hipertensatildeo arterial em comunidades ribeirinhas do Rio Madeira Amazocircnia Ocidental Brasileira Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(8) 1617-1630
83 Picon RV Fuchs FD Moreira LB et al Prevalence of Hypertension Among Elderly Persons in Urban Brazil A Systematic Review With Meta-Analysis Am J Hypertens 2013 26 (4) 541-548
84 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Pessoa Idosa e Envelhecimento Seacuteries Pactos pela Sauacutede 2006 v 12 Brasiacutelia ndash DF 2010
85 Leal Neto JS Souza J Coqueiro RS et al Anthropometric indicators of obesity as screening tools for high blood pressure in the elderly Int J Nurs Pract 2013 Aug 19(4) 360-367
86 Schisterman EF Faraggi D Reiser B Trevisan M Statistical inference for the area under the receiver operating characteristic curve in the presence of random measurement error Am J Epidemiol 2001 154 (2) 174-9
87 Samsen M Hanchaiphiboolkul S Puthkhao P et al Appropriate body mass index and waist circumference cutoffs for middle and older age group in Thailand data of 19621 participants from Thai epidemiologic stroke (TES) study J Med Assoc Thai 2012 Sep 95(9)1156-66
88 Ko GTC Chan JCN Cockram CS Woo J Prediction of hypertension diabetes dyslipidemia or albuminuria using simple anthropometric indexes in Hong Kong Chinese Int J Obes 1999 23 (11) 1136-42
43
89 Lin WY Lee LT Chen CY et al Optimal cut-off values for obesity using simple anthropometric indices to predict cardiovascular risk factors in Taiwan Int J Obes Relat Metab Disord 2002261232-8
90 Pua YH Ong PH Anthropometric indices as screening tools for cardiovascular risk factors in Singaporean women Asia Pac J Clin Nutr 2005 14 (1) 74-9
91 Berber A Goacutemez-Santos R Fanghaumlnel G Saacutenchez-Reyes L Anthropometric
indexes in the prediction of type 2 diabetes mellitus hypertension and dyslipidaemia in a Mexican population Int J Obes 200125(12)1794-9
92 Browning LM Hsieh SD Ashwell M A systematic review of waist-to-height ratio
as a screening tool for the prediction of cardiovascular disease and diabetes 05 could be a suitable global boundary value Nutr Res Rev 2010 23(2)247-69
93 Bertsias G Mammas I Linardakis M Kafatos A Overweight and obesity in
relation to cardiovascular disease risk factors among medical students in Crete Greece BMC Public Health 2003 31-9
94 Kashihara H Lee JS Kawakubo K et al Criteria of Waist Circumference According to Computed Tomography-Measured Visceral Fat Area and the Clustering of Cardiovascular Risk Factors Circ J 2009 73 1881-1886
44
APEcircNDICES
45
Apecircndice 1
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
46
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS
PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE SAUacuteDE
DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE
Jequieacute ____ ____ 201__
APEcircNDICE 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Vocecirc esta sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa do Nuacutecleo de
Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo (NESP) da Universidade Estadual do Sudoeste da
Bahia
Objetivo do estudo Avaliar e monitorar as condiccedilotildees de sauacutede de idosos residentes
em comunidade
Participaccedilatildeo Ao aceitar participar do estudo estarei agrave disposiccedilatildeo do pesquisador
para responder ao formulaacuterio que seraacute arquivado pelo autor por um periacuteodo de cinco
anos sendo posteriormente incinerado
Riscos Este estudo natildeo traraacute riscos para minha integridade fiacutesica ou moral dos
participantes
Confidencialidade do estudo Seraacute garantida a privacidade o anonimato bem como
o direito de aceitar ou natildeo participar da pesquisa podendo ser essa autorizaccedilatildeo
suspensa em qualquer fase do estudo Assim as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo
4662012 do Conselho Nacional de Sauacutede que discorre sobre pesquisa envolvendo
seres humanos seratildeo atendidas Os resultados seratildeo publicados no relatoacuterio final da
dissertaccedilatildeo e artigos cientiacuteficos
47
Benefiacutecios Accedilotildees interinstitucionais articuladas promovidas numa perspectiva
interdisciplinar possibilitaratildeo uma melhor compreensatildeo das condiccedilotildees de sauacutede dos
idosos residentes em comunidade do municiacutepio e contribuiraacute para a formulaccedilatildeo de
accedilotildees direcionadas as necessidades dessa populaccedilatildeo
Danos advindos da pesquisa Caso haja algum prejuiacutezo decorrente da realizaccedilatildeo
deste estudo seraacute providenciada a devida reparaccedilatildeo dos danos atraveacutes do
responsaacutevel pelo estudo O pesquisador e os entrevistados natildeo receberatildeo benefiacutecios
financeiros para participaccedilatildeo no estudo Todas as despesas seratildeo por conta do
pesquisador
Participaccedilatildeo voluntaacuteria Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria podendo a qualquer
momento desistir do estudo sem qualquer prejuiacutezo ou penalidade para mim
Consentimento para participaccedilatildeo Apoacutes ser devidamente esclarecido (a) quanto
aos objetivos deste estudo dos procedimentos aos quais serei submetido (a) bem
como dos possiacuteveis riscos decorrentes da minha participaccedilatildeo estou de acordo em
participar do mesmo O pesquisador responsaacutevel pelo estudo assegura que seraacute
disponibilizado qualquer esclarecimento adicional que eu venha a solicitar durante a
realizaccedilatildeo da pesquisa e o direito de desistir da participaccedilatildeo em qualquer momento
Em casos de duacutevidas eou problemas referentes ao estudo vocecirc poderaacute
entrar em contato com o autor atraveacutes do Nuacutecleo de Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo
(NESP) (73) 3528-9721
Sendo assim eu ______________________________________________
aceito livremente participar do Projeto MONIDI
__________________________________ __________________________________
Assinatura do (a) participante
RG _________________________
Assinatura do (a) pesquisador
RG_________________________
48
Apecircndice 2
Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede do Idoso
49
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS
PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE
SAUacuteDE DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE
Nuacutemero do Questionaacuterio |__|__|__|
Nome do Entrevistador ___________________________
Visita 1 2 3
Data Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Hora de iniacutecio ________
Hora de teacutermino ________
I INFORMACcedilOtildeES PESSOAIS E SOCIODEMOGRAacuteFICAS
1 Nome do entrevistado
2Sexo
0 ( ) Feminino
1 ( ) Masculino
3 Endereccedilo completotelefone
4 Idade ____ anos
41 Data de Nascimento
____________
50
5 Situaccedilatildeo conjugal atual
1 ( ) Casado(a) 2 ( ) Uniatildeo estaacutevel 3 ( ) Solteiroa
4 ( ) Divorciado(a)separado(a)desquitado(a) 5 ( ) Viuacutevoa
6 No total quantas vezes o (a) Sr(a) esteve casado(a) ou em uniatildeo
Nordm de vezes |___|___|
7 Na escola qual a uacuteltima seacuterie grau que concluiu com aprovaccedilatildeo
1 - Nunca foi agrave escola ( ) 4 - Fundamental II ( )5 a ( )6 a ( )7 a ( )8 a
2 - Lecirc e escreve o nome ( ) 5 - Ensino Meacutedio ( ) 1 a ( )2 a ( )3
3 - Fundamental I ( )1 a ( )2 a 6 - Superior ( ) completo ( ) incompleto
( )3 a ( )4 a
8 Como vocecirc classificaria a cor da sua pele
1( ) Branca 2( ) Amarela (oriental) 3( ) Parda
4( ) Origem indiacutegena 5( ) Preta 9( ) Natildeo sabe
9 Cor da pele (entrevistador)
1( ) branca 2( ) amarela (oriental) 3( ) parda
4( ) origem indiacutegena 5( ) preta
10-Quantos filhos e filhas nascidos vivos o(a)Sr(a) teve (natildeo inclua enteados filhos
adotivos abortos ou filhos nascidos mortos)
Nuacutemero de filhos |____|____| (98) NS (99) NR
11 Atualmente o senhor (a) mora sozinho ou acompanhado
1( )Acompanhado 2( ) Sozinho 3( ) NR 4( )NS
51
12 Desde que o senhor (a) nasceu viveu no campo por 5 anos ou mais
0( ) Natildeo 1( ) Sim 2( ) NS 3( ) NR
13 Qual eacute a sua religiatildeo
1( ) Catoacutelica 2( ) Protestante 3( ) Judaica
4( ) Espiacuteritakardecista 5( ) Umbanda 6( ) Outras ____________
14 Qual a importacircncia da religiatildeo em sua vida
(1) Importante (2) Regular (3) Nada importante (8) NS (9) NR
15 Com que frequecircncia o senhor vai agrave igreja ou ao serviccedilo religioso
( ) Nunca ( ) Vaacuterias vezes por ano ( ) Uma duas vezes por mecircs
( ) Quase toda semana ( ) Mais de uma vez por semana ( ) NS ( ) NR
16 Quanto vocecirc ganha em meacutedia por mecircs R$ __________8( )Natildeo se aplica
II A CONSUMO DE AacuteLCOOL E TABACO
Uso de bebidas alcooacutelicas
1 Vocecirc consome bebidas alcooacutelicas Se vocecirc NAtildeO BEBE siga para o bloco III C
0 ( )sim 1( ) natildeo
2 Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
3 As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
4 Sente-se chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
5 Costuma beber pela manhatilde para diminuir o nervosismo ou a ressaca
0 ( ) sim 1( ) natildeo
Haacutebito de fumar
1 Vocecirc jaacute foi fumante 0 ( ) sim 1( ) natildeo
52
2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco
III C
3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros
4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias
III ANTROPOMETRIA
MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS
ESTATURA
MASSA CORPORAL
CIRCUNFEREcircNCIA
DE CINTURA
IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL
MEDIDA 01 02 03
Pressatildeo arterial
sistoacutelica
Pressatildeo arterial
diastoacutelica
53
ANEXOS
54
Anexo 1
Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos
55
56
10
3 OBJETIVOS
Determinar o poder preditivo de iacutendices antropomeacutetricos para predizer
hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos
Estabelecer pontos de corte como discriminadores de hipertensatildeo arterial em
mulheres e homens idosos
Identificar o iacutendice antropomeacutetrico de obesidade que melhor discrimina a
hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos
11
4 MATERIAL E MEacuteTODOS
41 Tipos de estudo
Esta pesquisa eacute do tipo transversal ou seccional como parte do projeto de
Monitoramento da Sauacutede de Idosos de um Municiacutepio de Pequeno Porte ESTUDO
MONIDI Em estudos transversais a estrateacutegia de observaccedilatildeo da populaccedilatildeo eacute
seccional isto eacute as informaccedilotildees obtidas referem-se ao mesmo momento sendo mais
adequado para obtenccedilatildeo de estimativas populacionais As informaccedilotildees individuais
devem ser coletadas num determinado prazo mais curto possiacutevel decorrido entre as
observaccedilotildees do primeiro e uacuteltimo indiviacuteduo69
42 Cenaacuterios do estudo
O municiacutepio de Ibicuiacute fica localizado na zona fisiograacutefica de Vitoacuteria da Conquista
(Encosta do Planalto) e situada no Sudoeste do Estado da Bahia possui uma aacuterea
territorial de 1176843 kmsup2 populaccedilatildeo de 16640 habitantes7071 A populaccedilatildeo de
idosos no ano de 2013 era de 2124 habitantes e destes 525 estavam cadastrados
nas Unidades de Sauacutede da Famiacutelia33
12
Figura 1 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Ibicuiacute BA na regiatildeo Nordeste do Brasil
Fonte Adaptado do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE)72 Infograacuteficos
Cidades Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230
43 Populaccedilatildeo e amostra
A populaccedilatildeo alvo do presente estudo foi constituiacuteda por indiviacuteduos com idade
igual ou superior a 60 anos de ambos os sexos cadastrados na Estrateacutegia de Sauacutede
da Famiacutelia (ESF) que atenderam agraves aacutereas urbanas e rurais do municiacutepio de Ibicuiacute-BA
no ano de 2014 A lista com o nuacutemero de usuaacuterios idosos cadastrados nas USFs da
zona rural e urbana do municiacutepio foi solicitada junto agrave Secretaria Municipal de Sauacutede
Foram incluiacutedos no estudo idosos que estavam cadastrados na Estrateacutegia de
Sauacutede da Famiacutelia que aceitaram participar da pesquisa atraveacutes da assinatura do
Termo de Consentimento Livre Esclarecido (TCLE)
Os criteacuterios de exclusatildeo foram os participantes com diagnoacutestico de demecircncia
ou qualquer outro tipo de alteraccedilatildeo cognitiva que comprometesse a veracidade das
informaccedilotildees fornecidas idosos acamados portadores de doenccedila de Alzheimer ou
outro tipo de doenccedila neuroloacutegica que afetasse a cogniccedilatildeo doenccedila em estaacutegio
terminal
Apoacutes aplicaccedilatildeo dos criteacuterios de exclusatildeo foi efetuado o caacutelculo amostral
seguindo a proposta de Luiz e Magnanini (2000)73 para populaccedilotildees finitas com
13
predominacircncia desconhecida de 50 sendo adotado niacutevel de significacircncia de 5
(correspondendo a um intervalo de confianccedila de 95) e erro toleraacutevel de amostragem
de 25
O caacutelculo amostral resultou numa amostra miacutenima necessaacuteria de 305 idosos
Esse caacutelculo amostral sofreu ajuste em 10 para compensar eventuais perdas e
recusas Apoacutes o resultado do caacutelculo amostral os idosos participantes foram
selecionados atraveacutes de sorteio sendo este proporcional ao tamanho e a distribuiccedilatildeo
por sexo e por quantidade de idosos na Unidade de Sauacutede da Famiacutelia
Os indiviacuteduos assinaram o TCLE foram entrevistados e avaliados nas
dependecircncias da USF sendo que aqueles que natildeo foram localizados ou natildeo
compareceram a USF apoacutes trecircs tentativas foram automaticamente substituiacutedos por
meio de sorteio
44 Equipes de coleta de dados
A equipe de coleta foi composta por dois profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica
(Coordenadores) e cinco acadecircmicos de fisioterapia enfermagem e medicina A
equipe foi previamente treinada em reuniotildees teacutecnicas e no estudo piloto que foi
realizado no periacuteodo de Outubro a Dezembro de 2013 visando padronizar todo o
processo de coleta Foram estabelecidas accedilotildees referentes agrave logiacutestica agrave aplicaccedilatildeo dos
questionaacuterios e aos procedimentos de medidas das variaacuteveis antropomeacutetricas A
coleta propriamente dita ocorreu entre o periacuteodo de 03022014 a 20022014
14
45 Procedimentos para coleta de dados
451 Variaacuteveis do estudo e dados coletados
Foram mensuradas as variaacuteveis idade sexo situaccedilatildeo conjugal niacutevel de
escolaridade raccedilacor renda mensal alcoolismos e tabagismos Como tambeacutem
medidas de pressatildeo arterial sistoacutelica e diastoacutelica massa corporal estatura e
circunferecircncia da cintura
452 Instrumentos de coleta
Foi utilizado o instrumento de coleta denominado Instrumento de Avaliaccedilatildeo da
Sauacutede de Idosos (IASI) padronizado e validado previamente74 Tal instrumento obteacutem
caracteriacutesticas sociodemograacuteficas informaccedilotildees pessoais consumo de aacutelcool e
tabaco avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica e de pressatildeo arterial
Para aferir a pressatildeo arterial foi utilizado o aparelho digital (marca OMRONreg
modelo HEM ndash 742 INT) Utilizou-se ainda uma balanccedila digital portaacutetil (OMRONreg) e
um estadiocircmetro (marca Sannyreg) ambos devidamente calibrados e fita
antropomeacutetrica flexiacutevel (Cardiomedreg)
453 Pressatildeo Arterial
A pressatildeo arterial foi aferida com um aparelho digital de braccedilo com manguito
adequado agrave circunferecircncia do mesmo A medida foi realizada no braccedilo direito a altura
do coraccedilatildeo Foram realizadas trecircs medidas da pressatildeo arterial sendo a primeira apoacutes
o idoso permanecer cinco minutos em repouso e sentado a segunda apoacutes dois
minutos e a terceira dois minutos apoacutes a realizaccedilatildeo da segunda (foi utilizada a meacutedia
das trecircs medidas) Valores de referecircncia estatildeo estabelecidos na Tabela 1
15
Tabela 1 - Classificaccedilatildeo da pressatildeo arterial de acordo com a VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo (2010)
Classificaccedilatildeo Pressatildeo Sistoacutelica (mmHg)
Pressatildeo Diastoacutelica (mmHg)
Oacutetima Normal Limiacutetrofe
lt 120 lt 130 130-139
lt 80 lt 85 85-80
Hipertensatildeo estaacutegio I 140-159 90-99 Hipertensatildeo estaacutegio II 160-179 100-109 Hipertensatildeo estaacutegio III ge 180 ge 110 Hipertensatildeo sistoacutelica isolada
ge 140 lt 90
Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo (2010)7
454 Antropometria
Todas as medidas antropomeacutetricas foram realizadas trecircs vezes (verificou-se a
meacutedia de tais medidas) por um profissional de Educaccedilatildeo Fiacutesica para diminuir o erro
intra e inter avaliadores e anotados por um apontador Os idosos foram medidos
conforme procedimentos padronizados por Lohman et al (1988)75 sem calccedilados
roupas leves sem reloacutegio chaves celular etc
Foi mensurada a circunferecircncia da cintura com uma fita antropomeacutetrica flexiacutevel
no ponto meacutedio entre a uacuteltima costela e a crista iliacuteaca e o procedimento foi deixar a
cintura livre de roupa e os braccedilos cruzados no peito Classificaccedilatildeo de risco para
desenvolver doenccedilas por Lohman et al (1988)75 HOMENS gt 102 cm e MULHERES
gt 88 cm Foi determinado o IMC atraveacutes da equaccedilatildeo [IMC =massa corporal
(kg)estatura2(m)] Valores de referecircncia estatildeo estabelecidos na Tabela 2
Tabela 2 - Classificaccedilatildeo do Iacutendice de Massa Corporal
IMC Classificaccedilatildeo
Baixo peso lt 220 kgm2 Peso adequado 220 le IMC le 270 kgm2 Obesidade gt 270 kgm2
Lohman et al (1988)75
16
A razatildeo cintura-estatura foi determinada pela equaccedilatildeo proposta por Pitanga e
Lessa (2006)15 a qual utiliza a CC (cm) e a estatura (cm) O Iacutendice C foi estimado por
meio das medidas de massa corporal estatura e circunferecircncia da cintura utilizando-
se um modelo proposto por Valdez (1991)54 cuja equaccedilatildeo matemaacutetica estaacute descrita a
seguir
46 Anaacutelise dos dados
Os dados foram digitados com dupla entrada no software Epidata 31 Apoacutes a
digitaccedilatildeo dos dados foram verificados manualmente os valores discrepantes e a
consistecircncia das informaccedilotildees
Na anaacutelise de dados foram utilizados os procedimentos da estatiacutestica descritiva
expressa por meacutedia desvio padratildeo nuacutemero de observaccedilotildees e percentual das
variaacuteveis avaliadas A diferenccedila entre os sexos nas variaacuteveis contiacutenuas foi analisada
pelo teste t de Student para amostras independentes uma vez que as variaacuteveis
apresentaram distribuiccedilatildeo normal e o teste do Qui-quadrado para comparar as
proporccedilotildees (variaacuteveis qualitativas) entre os idosos do sexo masculino e feminino
O poder discriminatoacuterio para determinar a hipertensatildeo arterial e os iacutendices
antropomeacutetricos foi verificado atraveacutes da utilizaccedilatildeo das curvas ROC recurso utilizado
para obtenccedilatildeo de pontos de corte que visam diagnoacutesticos ou triagem
A aacuterea sob a curva ROC (ASC) determina a capacidade preditiva do indicador
para presenccedila ou ausecircncia de hipertensatildeo arterial Uma ASC igual a 10 eacute
considerada perfeita poreacutem se for igual ou menor a 05 indica que sua capacidade
preditiva natildeo eacute melhor que ao acaso
17
Neste estudo o pressuposto para anaacutelise da ASC foi agrave sensibilidade pois em
determinadas situaccedilotildees quando natildeo pode correr o risco de natildeo diagnosticar
determinada doenccedila eacute melhor privilegiar a sensibilidade76
Apoacutes determinados os pontos de corte para cada uma das variaacuteveis
investigadas para prediccedilatildeo de hipertensatildeo essas foram dicotomizadas com base em
seus respectivos valores de referecircncia As anaacutelises estatiacutesticas foram conduzidas no
Statistical Product and Service Solutions (SPSS) reg 130 Em todas as anaacutelises foram
efetuadas respeitando-se o niacutevel de significacircncia de 5
47 Aspectos Eacuteticos
O estudo foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa da Universidade
Estadual do Sudoeste da Bahia com parecer (CAAE 22969013000000055) (Anexo
1) seguindo princiacutepios eacuteticos estabelecidos na Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de
2012 do Conselho Nacional de Sauacutede (CNS)77
18
5 RESULTADOS
51 Caracterizaccedilatildeo da amostra estudada
De acordo com a contabilizaccedilatildeo das perdas (mudou-se do municiacutepio natildeo foi
encontrado por mais de 3 vezes na USF ou domicilio) e recusas (n=31) a amostra final
foi composta por 310 idosos (201 zona urbana e 109 zona rural) A taxa de respostas
foi de 912 com 88 (n=31) de recusas e 92 (n=29) de exclusatildeo
Participaram do estudo 175 mulheres (565) e 135 homens (435) As
idades variaram entre 60 e 108 anos com meacutedia de 7078 plusmn 82 anos para as mulheres
e 60 a 93 anos com meacutedia de 7259 plusmn 78 anos para homens
A maioria das mulheres se auto referiu ser negra e os homens pardo O iacutendice
de analfabetismo apresentou-se elevado em ambos os sexos A maior parte dos idosos
eacute casado A maioria dos idosos sobrevivia com renda mensal inferior ou igual a um
salaacuterio miacutenimo (Tabela 3)
19
Tabela 3 - Variaacuteveis sociodemograacuteficas e de estilo de vida em idosos
Mulheres (n=175) Taxa de Resposta
Homens (n=135) Taxa de Resposta
n n P
Raccedilacor 9861 991
Branco 47 2686 43 3209
Preto 73 4171 26 1940 0001
Pardo 49 2800 55 4074
Natildeo sabe 4 229 10 741
Escolaridade 9918 1000
Analfabeto 95 5429 84 6222
Baacutesica 72 4114 46 3408 0001
Secundaacuteria 5 286 5 370
Superior 2 114 - -
Estado Civil 9789 991
Casadouniatildeo estaacutevel
74 4229 78 5777
Solteiroseparado 33 1886 36 2667 0001
Viuacuteva 63 3600 20 1481
Renda Mensal 9918 1000
le 1 salaacuterio 165 9428 123 9111
11 a 2 salaacuterio 8 458 10 74 0001
21 a salaacuterio 1 057 2 148
Alcoolismo 9989 1000
Sim 4 229 9 667 0001
Natildeo 170 9714 126 9333
Tabagismo 9597 1000
Sim 15 857 21 1556 0001
Natildeo 152 8686 114 8444
Teste Qui-quadrado
20
52 Caracteriacutesticas antropomeacutetricas
Apoacutes a assinatura do TCLE e realizaccedilatildeo do questionaacuterio 10 idosos foram
excluiacutedos (recusas e informaccedilatildeo incompleta do questionaacuterio) desta etapa de anaacutelise
Dessa forma foram analisadas 300 avaliaccedilotildees das medidas antropomeacutetricas
Na Tabela 4 podem ser observados os valores meacutedios desvio padratildeo valores
miacutenimos e maacuteximos e percentuais das variaacuteveis avaliadas A meacutedia do IMC foi menor
nos homens quando comparado com o resultado das mulheres (p lt 0001) Natildeo houve
diferenccedila significativa da variaacutevel circunferecircncia da cintura entre homens e mulheres
(p = 0208) A prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi maior nas mulheres A maioria
das mulheres eacute obesa e entre os homens o estado nutricional foi considerado eutroacutefico
(Tabela 5)
21
Tabela 4 - Valores descritivos miacutenimos e maacuteximos das variaacuteveis analisadas
Variaacuteveis Mulheres (n=167) Homens (n=133) Valor-p
Idade (anos) 7078 plusmn 821 (60-108)
7259 plusmn 786 (60-93)
0055
Massa corporal (kg) 6020 plusmn 1223 (2970-9580)
6384 plusmn 1250 (4010-11840)
0012
Estatura (cm) 14875 plusmn 616 (129-164)
16080 plusmn 782 (135-183)
lt00001
IMC (kgm2) 2715 plusmn505 (1342-4064)
2458 plusmn 390 (1475-3544)
lt00001
CC (cm)dagger 8734 plusmn 1126 (55-130)
8894 plusmn 1010 (66-115)
0208
RCEst 057 plusmn 011 (000-087)
055 plusmn 006 (042-073)
0086
Iacutendice C 123 plusmn 021 (000-166)
129 plusmn 006 (117-150)
0001
PAS 14096 plusmn 2218 (87-200)
13735 plusmn 2251 (98-209)
0166
PAD 7671 plusmn 1091 (45-105)
7697 plusmn 1179 (49-110)
0846
IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia da cintura RCEst - razatildeo cintura-estatura Iacutendice C - Iacutendice de Conicidade PAS - pressatildeo arterial sistoacutelica PAD ndash pressatildeo arterial diastoacutelica dagger Variaacuteveis com perdas (n=163 mulheres) Teste T de Student para amostras independentes
Tabela 5 - Percentuais das variaacuteveis analisadas
Variaacutevel Mulheres Homens Valor-p
Pressatildeo Arterial (n) (n)
Normal 557 (93) 594 (79) 0011
Hipertensatildeo 443 (74) 406 (54)
Estado nutricional (n) (n)
Baixo peso 144 (24) 301 (40)
Normal 353 (59) 436 (58) lt00001
Sobrepeso 503 (84) 263 (35)
Teste Qui-quadrado
53 Anaacutelise da curva ROC
22
As aacutereas sob a curva ROC do IMC da CC da RCEst e do iacutendice C como
preditores de hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos e os respectivos
intervalos de confianccedila (IC 95) podem ser observados na Tabela 6 e nas Figuras 2
3 4 5 6 7 8 9 Evidenciou-se que alguns iacutendices antropomeacutetricos apresentaram
aacuterea sob a curva ROC significativas Todavia a RCEst e o IMC assumiram maiores
aacutereas com diferenccedila significativa para os homens
Tabela 6 - Aacuterea sob a curva ROC e IC95 entre os iacutendices antropomeacutetricos e hipertensatildeo arterial em idosos
Aacuterea sob a curva ROC
PA elevada Mulheres
Homens
p
IMC (kgm2) 053 (044-062) 060 (050-070)
lt00001dagger
CC (cm) 057 (048-066) 058 (048-068)
lt00001dagger
RCEst 056 (047-065) 061 (051-071)
lt00001dagger
Iacutendice C 058 (049-066) 058 (058-068) lt00001dagger
IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia de cintura RCEst - razatildeo cinturaestatura Iacutendice C - iacutendice de conicidade ROC ndashReceiver Operating CharacteristicIC95 - intervalo de confianccedila a 95Aacuterea sob a curva ROC apresentando poder discriminatoacuterio para pressatildeo arterial elevada (Li-IC ge 050) daggerTeste Qui-quadrado
23
Figura 2 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) IMC - iacutendice de massa corporal
Figura 3 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) IMC - iacutendice de massa corporal
24
Figura 4 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) CC ndash circunferecircncia da cintura
Figura 5 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) CC ndash circunferecircncia da cintura
25
Figura 6 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) RCEst - razatildeo cinturaestatura
Figura 7 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) RCEst - razatildeo cinturaestatura
26
Figura 8 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) Iacutendice C -iacutendice de conicidade
Figura 9 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) Iacutendice C - iacutendice de conicidade
27
Os valores dos pontos de corte dos iacutendices antropomeacutetricos como preditores
de hipertensatildeo arterial e suas respectivas sensibilidade e especificidade (mais
adequado equiliacutebrio entre si) satildeo apresentados na Tabela 7 Observa-se que entre
os iacutendices antropomeacutetricos a RCEst teve melhor percentual de sensibilidade e de
especificidade para discriminar a pressatildeo arterial elevada para os homens
Tabela 7 - Pontos de corte sensibilidade e especificidade dos iacutendices antropomeacutetricos para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial em idosos
Mulheres Homens PA elevada
Ponto de corte
Sensibilidade ()
Especificidade ()
Ponto de corte
Sensibilidade ()
Especificidade ()
IMC (kgm2)
2679 527 548 2420 527 548
CC (cm) 8750 577 457 8650 593 532 RCEst 059 568 430 054 648 456 Iacutendice C 126 541 452 129 574 456
IMC ndash Iacutendice de Massa Corporal CC ndash Circunferecircncia da Cintura RCEst ndash Razatildeo Cintura-Estatura Iacutendice C ndash Iacutendice de Conicidade
28
6 DISCUSSAtildeO
61 Aacutereas sob a Curva ROC
Este estudo teve como objetivo identificar a capacidade preditiva de iacutendices
antropomeacutetricos de obesidade geral e abdominal para discriminar a presenccedila de
hipertensatildeo arterial em idosos com foco de utilizaccedilatildeo no ambiente da estrateacutegia de
sauacutede da famiacutelia Nessa perspectiva surge uma proposta de triagem dos casos de
idosos com possiacuteveis alteraccedilotildees crocircnicas em sua pressatildeo arterial aleacutem de possibilitar
a discussatildeo sobre validaccedilatildeo de tais iacutendices para uso no contexto da sauacutede
Dessa forma recomenda-se a anaacutelise da sensibilidade e especificidade por
meio da construccedilatildeo de curvas ROC pois eacute a melhor opccedilatildeo para determinar pontos de
corte em estudos epidemioloacutegicos78 Essa anaacutelise permite fornecer a aacuterea sob a curva
que traduz o poder de discriminaccedilatildeo de um indicador para um determinado desfecho
e a identificaccedilatildeo do melhor ponto de corte
A proposta dessa pesquisa natildeo eacute excluir o diagnoacutestico meacutedico mas
proporcionar uma estrateacutegia mais abrangente a ser utilizada pelas USFs em parceria
entre os profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica e os profissionais de sauacutede no contexto da
atenccedilatildeo primaacuteria
Embora exista associaccedilatildeo entre sobrepesoobesidade e a pressatildeo arterial
elevada poucos estudos tecircm identificado pontos de corte de iacutendices antropomeacutetricos
que visem agrave detecccedilatildeo da hipertensatildeo arterial em idosos Diversos estudos tecircm
demonstrado que os iacutendices antropomeacutetricos satildeo bons indicadores de obesidade e
estatildeo relacionados a fatores de risco cardiovascular795880 Todavia a hipertensatildeo eacute
apontada como um dos principais fatores de risco cardiovasculares o que denota a
necessidade de um olhar diferenciado
A prevalecircncia de hipertensatildeo foi inferior agrave encontrada em outros estudos818283
Contudo diferenccedilas metodoloacutegicas nuacutemero de medidas realizadas e os diferentes
criteacuterios de referecircncia satildeo as principais causas da grande variabilidade nas
prevalecircncias de pressatildeo arterial elevada entre as investigaccedilotildees No presente estudo
29
optou-se por maior rigorosidade ao diagnosticar a pressatildeo arterial elevada
considerando a realizaccedilatildeo de trecircs medidas
Nessa amostra observou-se que a prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi
443 nas mulheres e 406 nos homens Demonstrando ser uma alta prevalecircncia
pois se trata de uma populaccedilatildeo que eacute influenciada diretamente pelo o aumento da
morbimortalidade durante o envelhecimento Estudos envolvendo idosos indicam que
a prevalecircncia da hipertensatildeo encontra-se entre 50-70 com o aumento da idade84
Poucos estudos epidemioloacutegicos foram conduzidos com o objetivo de identificar
e discriminar a capacidade de iacutendices antropomeacutetricos de obesidade para a pressatildeo
arterial elevada na populaccedilatildeo de idosos e principalmente utilizando o iacutendice C o
RCEst Um estudo realizado com a populaccedilatildeo de idosos utilizou o mesmo objetivo
poreacutem usou como ponto de corte o iacutendice de massa corporal e o iacutendice de adiposidade
corporal85 Entretanto faz-se necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de outros iacutendices para identificar
hipertensatildeo arterial em idosos
De acordo com os resultados do presente estudo somente alguns dos
indicadores antropomeacutetricos apresentaram capacidade preditiva para a hipertensatildeo
arterial em idosos de acordo com limite inferior do intervalo de confianccedila de 9586
Dessa forma foi observado que a RCEst e IMC para os homens mostraram-se com
bom poder de detecccedilatildeo para a hipertensatildeo arterial pois obtiveram maiores valores
sob a curva para esse desfecho
Em 2013 Leal Neto et al85 identificaram em seus resultados que o IMC e o
iacutendice de adiposidade corporal foram os melhores indicadores preditivos de
hipertensatildeo arterial nos idosos em ambos os sexos independentemente de outros
fatores tais como idade tabagismo consumo de aacutelcool e atividade fiacutesica
No presente estudo os principais indicadores que tiveram uma boa aacuterea sob a
curva foram o IMC RCEst e Iacutendice C com resultados de 060 IC95 (050-070) 061
IC95 (051-071) e 058 IC95 (058-068) respectivamente para homens
Nas mulheres tais iacutendices mostraram-se com menor poder discriminatoacuterio para
diagnosticar a hipertensatildeo arterial A HAS eacute um desfecho que pode ser influenciado
por fatores multicausais (hormonais estresse etc) Na anaacutelise do desempenho do
iacutendice antropomeacutetrico a loacutegica eacute unidirecional ou seja verificar o desempenho desses
iacutendices apenas como preditores de hipertensatildeo arterial foram mais satisfatoacuterios entre
os homens Os iacutendices podem interferir mas natildeo determinar a prevalecircncia da
30
hipertensatildeo Embora as mulheres tenham uma maior prevalecircncia essa natildeo eacute
determinada pelos iacutendices antropomeacutetricos no presente estudo
Tais resultados diferem do estudo realizado em 2012 por Samsen et al87 no
qual a circunferecircncia da cintura teve boa ASC nos homens = 0684 com IC95 (0672-
0695) e nas mulheres = 0673 IC95 (0665-0681) sendo o melhor indicador
significativamente (p lt0001) do que o IMC no qual a ASC em homens foi de = 0667
IC95 (0656-679) e nas mulheres = 0636 IC95 (0628-0644) em discriminaccedilatildeo
de pelo menos um fator de risco cardiovascular Isso se deve ao fato de tal estudo ter
sido realizado com uma abrangecircncia maior na faixa etaacuteria que foi de 45-80 anos
Uma possiacutevel limitaccedilatildeo para discussatildeo dos resultados desse estudo foi a faixa
etaacuteria restrita que natildeo incluiu idosos (igual ou acima de 60 anos) o que impossibilita
a triagem da pressatildeo arterial elevada nessa populaccedilatildeo
62 Iacutendices antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial
Nesse estudo a CC e RCEst foram as variaacuteveis com maiores valores absolutos
de sensibilidade para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial respectivamente para mulheres
e homens Tais resultados indicam as proporccedilotildees de verdadeiros positivos na
ocorrecircncia de hipertensatildeo arterial
Quanto ao ponto de corte do RCEst nas mulheres foi de 059 sendo 568 de
sensibilidade e 430 de especificidade Valores inferiores ao encontrado no presente
estudo para mulheres foram sugeridos em Taiwan (045) Cingapura (048) e na China
(050) No Brasil em 2009 Haun Pitanga e Lessa16 recomendaram para a RCEst
053 como melhor ponto de corte com sensibilidade (67) e especificidade (58) e
aacuterea sob a curva ROC de 069 (IC 95 = 064-075) Outro ponto de corte semelhante
ao observado no Brasil com mulheres mexicanas variou de 053 a 0535 para a
RCEst discriminar diabete tipo 2 hipertensatildeo e dislipidemias88899091
Os pontos de corte sugeridos por esses paiacuteses e no Brasil podem ter sido
inferiores por causa da abrangecircncia na faixa etaacuteria dos indiviacuteduos no qual incluiacuteram
mulheres de 30 a 74 anos como tambeacutem as caracteriacutesticas econocircmicas culturais e
31
de estilo de vida diferem da realidade das mulheres que residem em cidades de
pequeno porte Estudos que discriminem hipertensatildeo arterial principalmente em
idosos com RCEst satildeo escassos na literatura
Em 2010 Browning Hsieh e Ashwel92 realizaram uma revisatildeo sistemaacutetica
sobre a potencialidade de indicadores antropomeacutetricos em predizer doenccedilas
cardiovasculares e identificou a RCEst como variaacutevel de melhor desempenho A
RCEst apresentou maiores ASC quando comparada ao IMC ou CC Os dados
analisados foram de quatorze paiacuteses diferentes e incluiacuteram caucasianos asiaacuteticos e
da Ameacuterica Central Segundo os autores uma RCEst ge 05 eacute capaz de identificar
fatores de risco cardiovasculares Esse ponto de corte eacute inferior aos encontrados para
homens e mulheres no presente estudo significando que o ponto de corte encontrado
pode diagnosticar risco cardiovascular e consequentemente a presenccedila de
hipertensatildeo
Outros autores afirmam essa hipoacutetese relacionada aos valores limites para
RCEst em diversas populaccedilotildees e indicaram que um ponto de corte de 05 eacute o valor
mais indicado para ambos os sexos todas as idades e diferentes populaccedilotildees899315
Com relaccedilatildeo agrave especificidade a variaacutevel com maior valor foi o IMC
independentemente do sexo Nas mulheres o ponto de corte sugerido foi 2679 kgm2
e nos homens 2420 kgm2 O valor da especificidade foi de 548 para ambos os
sexos o qual possibilita determinar corretamente a ausecircncia de hipertensatildeo arterial
Sendo assim este estudo sugere que o IMC natildeo foi o melhor preditor de hipertensatildeo
arterial
O estudo de Leal Neto et al (2013)85 tambeacutem testou a capacidade de
indicadores antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial em idosos
sugeriu como pontos de corte para IMC valores de 247 kgm2 igual ao encontrado no
presente estudo e de 273 kgm2 nuacutemero superior que aos dados do presente
trabalho para homens e mulheres respectivamente
Em outro estudo realizado com 19621 homens e mulheres com faixa etaacuteria de
45-80 anos a meacutedia da idade foi de 598 anos para os homens e 585 anos para as
mulheres O ponto de corte adequado de IMC foi de 23 kgm2 em homens e 24 kgm2
em mulheres Os pontos de corte de CC foram 80 cm e 78 cm em homens e mulheres
respectivamente Os achados do presente estudo foram superiores a esses
32
resultados todavia deve ser considerado que a populaccedilatildeo alvo foi diferente e com
idade menor da populaccedilatildeo pesquisada no presente trabalho87
Com relaccedilatildeo agrave CC o ponto de corte identificado para a prediccedilatildeo de hipertensatildeo
arterial nas mulheres foi superior ao dos homens Contudo os valores de sensibilidade
e especificidade desses pontos de corte foram maiores entre os homens o que pode
indicar que o poder preditivo da CC para a hipertensatildeo arterial eacute melhor para o sexo
masculino Quanto menor o ponto de corte maior seraacute a habilidade do teste em
classificar os doentes como positivos isto eacute maior seraacute a sensibilidade76 Os pontos
de corte dos homens foram em sua maioria menores em comparaccedilatildeo aos das
mulheres
Tais resultados satildeo contraacuterios aos achados do estudo de Kashihara et al
(2009)94 com indiviacuteduos de 30-74 anos que comparou paciente com hipertensatildeo e sem
hipertensatildeo Em seus pontos de corte de CC para os homens foram superiores aos
pontos de corte definidos para as mulheres e os valores de sensibilidade e
especificidade foi maior nas mulheres para identificar risco cardiovascular Poreacutem a
idade foi menor ao proposto no presente estudo
Outro estudo que contraria tais resultados quanto ao ponto de corte da CC foi
o de Haun Pitanga e Lessa (2009)16 que foi superior para os homens enquanto o
niacutevel de sensibilidade e especificidade foi igual aos nossos achados Poreacutem esse
estudo foi realizado com indiviacuteduos de idade entre 30-74 anos e discriminou risco
coronariano elevado
Quanto ao Iacutendice C no presente estudo o ponto de corte sugerido foi de 126
nas mulheres (sensibilidade 541 e especificidade 452) e 129 para os homens
(sensibilidade 574 e especificidade 456)
Diferentemente do resultado encontrado no presente estudo Pitanga e Lessa
(2005)56 sugeriram como o melhor ponto de corte para risco coronariano com o iacutendice
C 118 para mulheres apresentando valores de sensibilidade (7339) e
especificidade (6115) Para os homens o ponto de corte foi de 125 com valores de
sensibilidade (7391) e especificidade (7492) Tais pontos de corte foram para
indiviacuteduos adultos por esse motivo foram mais baixos que os achados do presente
trabalho Deve-se considerar que existem modificaccedilotildees na composiccedilatildeo corporal com
o processo do envelhecimento o que poderia alterar os pontos de corte para as essas
medidas antropomeacutetricas
33
Em outro estudo com os mesmo autores foram apresentados outros pontos de
corte comparando diferentes faixas etaacuterias Para as mulheres de 30-49 anos o melhor
ponto de corte foi o mesmo (118) com melhor sensibilidade (7857) e
especificidade (6524) e tambeacutem melhor aacuterea sob a curva ROC 081 (IC95 = 070-
092) Entre as de idade mais avanccedilada (50-74 anos) o melhor ponto de corte
sugerido foi 122 com sensibilidade (6000) e especificidade (6582) e aacuterea sob a
curva ROC 065 (IC 95 = 058-073) Portanto o iacutendice C apresentou melhor poder
discriminatoacuterio de RCEst para as mulheres mais jovens64
Almeida Almeida e Arauacutejo (2009)58 conduziram uma pesquisa com mulheres
de 30 e 69 anos buscando avaliar o desempenho de diferentes pontos de corte do
iacutendice C RCQ CC e RCEst para discriminar Risco Coronariano Elevado e o ponto de
corte encontrado para o Iacutendice C foi (125) proacuteximo ao ponto de corte para mulheres
nos nossos achados Dessa forma tais autores afirmaram que os indicadores
antropomeacutetricos de obesidade abdominal analisados tiveram desempenhos
satisfatoacuterios e similares para discriminar RCEst poreacutem o iacutendice C foi o que
apresentou o melhor poder discriminatoacuterio
As informaccedilotildees sobre o iacutendice C satildeo limitadas quanto agrave discussatildeo do ponto de
corte para hipertensatildeo arterial principalmente por encontrar poucos estudos sobre
essa medida como referecircncia para idosos Pitanga e Lessa (2004)55 relatam como
uma limitaccedilatildeo para a utilizaccedilatildeo do Iacutendice C em estudos populacionais a dificuldade de
se calcular o denominador da equaccedilatildeo proposta para sua determinaccedilatildeo
O excesso de gordura em geral estaacute associado ao aparecimento de doenccedilas
cardiovasculares hipertensatildeo arterial e mortalidade a definiccedilatildeo de pontos de corte
para iacutendices que se destacam por sua simplicidade operacional e boa acuraacutecia
permite a detecccedilatildeo dos indiviacuteduos sob risco sendo de grande utilidade nos serviccedilos
de atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede aleacutem de possibilitar o conhecimento da situaccedilatildeo de
grupos populacionais especiacuteficos frente a esses riscos quando empregados na
pesquisa epidemioloacutegica
No contexto das cidades de pequeno porte (rurais e urbanas) os recursos de
sauacutede satildeo muitas vezes limitados e escassos sendo importante a utilizaccedilatildeo desses
iacutendices antropomeacutetricos como substituiccedilatildeo eou apoio a avaliaccedilatildeo tradicional da
pressatildeo arterial Em vaacuterias conjunturas de sauacutede a alta demanda de paciente com
hipertensatildeo arterial exige a utilizaccedilatildeo de instrumentos de diagnoacutesticos e rastreamento
34
de raacutepida e faacutecil aplicaccedilatildeo que possam ser manejados por diferentes profissionais e
que sobretudo apresentem validade e fidedignidade A adequada validaccedilatildeo de
instrumentos e conhecimento de suas propriedades teacutecnicas na populaccedilatildeo brasileira
tambeacutem deve contribuir com a seleccedilatildeo de prioridades e delimitaccedilatildeo do conteuacutedo dos
programas de sauacutede pelos tomadores de decisatildeo em diferentes niacuteveis de gestatildeo
35
7 CONCLUSAtildeO
As anaacutelises dos dados permitem frente aos objetivos estabelecidos formular
as seguintes conclusotildees Quanto ao poder de discriminaccedilatildeo de iacutendices
antropomeacutetricos para a hipertensatildeo arterial em idosos os iacutendices antropomeacutetricos
(IMC RCEst e Iacutendice C) foram bons preditores de hipertensatildeo arterial para os homens
Dessa forma tais iacutendices podem ser empregados nos homens poreacutem tais medidas
natildeo foram satisfatoacuterias para predizer pressatildeo arterial elevada nas mulheres idosas
limitando a sua utilizaccedilatildeo para o sexo feminino com idades avanccediladas
O melhor ponto de corte para discriminar hipertensatildeo arterial foi 054 para a
RCEst nos homens dessa forma tal ponto de corte deve ser empregada no contexto
da atenccedilatildeo primaacuteria nos homens Sugere-se a utilizaccedilatildeo dessa medida a fim de
detectar e realizar a triagem da hipertensatildeo arterial com caracteriacutesticas similares agrave
amostra deste estudo
Recomenda-se que a utilizaccedilatildeo de dois iacutendices simultaneamente resulte em
uma maior eficiecircncia na avaliaccedilatildeo do risco de hipertensatildeo arterial em idosos A
indicaccedilatildeo destas medidas permite que ela seja realizada nas Unidades de Sauacutede da
Famiacutelia como meacutetodo de triagem para idosos com hipertensatildeo arterial utilizando
materiais de faacutecil manejo e de baixo custo
Dessa forma pode-se efetivamente atingir uma das estrateacutegias de prevenccedilatildeo
da hipertensatildeo arterial sistecircmica que eacute o controle da pressatildeo arterial durante o
envelhecimento Todavia sugere-se cautela na utilizaccedilatildeo do ponto de corte desses
indicadores para as mulheres pois os resultados natildeo foram satisfatoacuterios
Fica evidente a necessidade de outros estudos que identifiquem pontos de
corte de iacutendices antropomeacutetricos visando agrave detecccedilatildeo de hipertensatildeo arterial e de
outros fatores de risco cardiovascular nas mulheres idosas que residem em cidades
de pequeno porte
36
8 REFEREcircNCIAS
1 Omram AR The epidemiologic transition a theory of the epidemiology of population change Milbank Memorial Fund Quarterly 1971 49 (Part 1) 509-538
2 Wong LR Carvalho JM Age-strucutural transition in Brazil demographic bonuses and emerging challenges In Pool I Wong LLR Vilquin E editores Age-structural transitions challenges for development Paris Committee for International Cooperation in National Research in Demography 2006
3 Gragnolati M Jorgensen OH Rocha R Fruttero AA Envelhecendo em um Brasil mais Velho implicaccedilotildees do envelhecimento populacional sobre o crescimento econocircmico reduccedilatildeo da pobreza financcedilas puacuteblicas prestaccedilatildeo de serviccedilos Banco Internacional para a Reconstruccedilatildeo e o Desenvolvimento Banco Mundial 2011
4 Schmidt MI Duncan BB Silva GA et al Health in Brazil 4 Chronic non-communicable diseases in Brazil burden and current challenges The Lancet 2011 377
5 Ezzati M Hoorn SV Rodgers A et al Comparative Risk Assessment Collaborating Group Selected major risk factors and global and regional burden of disease Lancet 2002 360 1347-60
6 Lim SS Vos T Flaxman AD et al A comparative risk assessment of burden of disease and injury attributable to 67 risk factors and risk factor clusters in 21 regions 1990-2010 a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2010 Lancet 2012 380 (9859)2224-60
7 Sociedade Brasileira de Cardiologia Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Sociedade Brasileira de Nefrologia VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 2010 95(1) 1-51
8 Miranda DR Perrotti TC Bellinazzi VR et al Hipertensatildeo arterial no idoso peculiaridades na fisiopatologia no diagnoacutestico e no tratamento Rev Bras Hipertens 2002 9 293-300
9 Pilger C Menon MU Mathias TAF Caracteriacutesticas sociodemograacuteficas e de sauacutede de idosos contribuiccedilotildees para os serviccedilos de sauacutede Rev Latino-Am Enfermagem 2011 19(5)1230-1238
10 Pilger C Menon MU Mathias TAF Utilizaccedilatildeo de serviccedilos de sauacutede por idosos vivendo na comunidade Rev esc enferm USP 2013 47(1)213-220
11 Mariath AB Grillo LP Silva RO et al Obesidade e fatores de risco para o desenvolvimento de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis entre usuaacuterios de unidade de alimentaccedilatildeo e nutriccedilatildeo Cad Sauacutede Puacuteblica 2007 23 (4) 897-905
37
12 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Diretrizes e recomendaccedilotildees para o cuidado
integral de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis promoccedilatildeo da sauacutede vigilacircncia prevenccedilatildeo e assistecircncia Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2008
13 Kuumlmpe DA Sodreacute AC Pomatti DM et al Obesidade em Idosos Acompanhados
pela Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia Texto Contexto Enferm Florianoacutepolis 2011 20(3) 471-7
14 Silva KS Farias Juacutenior JC Fatores de risco associados agrave pressatildeo arterial elevada em adolescentes Rev Bras Med Esporte 2007 13(4) 237-40
15 Pitanga FJG Lessa I Razatildeo cintura-estatura como discriminador do risco
coronariano de adultos Rev Assoc Med Bras 2006 52157-61
16 Haun DR Pitanga FJG Lessa I Razatildeo CinturaEstatura comparado a outros indicadores antropomeacutetricos de obesidade como preditor de risco coronariano elevado Rev Assoc Med Bras [online] 2009 55(6) 705-711
17 Nascimento CM Ribeiro AQ SantrsquoAna LFR et al Estado nutricional e condiccedilotildees de sauacutede da populaccedilatildeo idosa brasileira revisatildeo da literatura Rev meacuted Minas Gerais 2011 21(2)174-180
18 Gomes MA Beck cc Duarte MFS et al Ficha Antropomeacutetrica no Nuacutecleo de Apoio a Sauacutede da Famiacutelia o que medir e para que medir Rev bras cineantropom desempenho hum 2009 11(2) 243-253
19 Azevedo LF Oliveira ACC Lima JRP et al Recomendaccedilotildees sobre condutas e procedimentos do profissional de educaccedilatildeo fiacutesica na atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede Rio de Janeiro CONFEF 2010 109-55
20 World Health Organization World health statistics 2012 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghopublicationsworld_health_statistics2012enindexhtmlgt [2012 set 18]
21 World Health Organization Global health risks mortality and burden of disease attributable to selected major risks Geneva World Health Organization 2009a
22 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Panorama da sauacutede brasileira em muacuteltiplos aspectos Percepccedilatildeo do estado de sauacutede estilo de vida e doenccedila crocircnica Pesquisa Nacional de Sauacutede 2013
23 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Pesquisa Nacional por Amostra
de Domiciacutelios 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapesquisaspesquisa_resultadosphpid_pesquisa=149gt[2014 dez 04]
24 Tribess S Virtuoso Junior JS Prescriccedilatildeo de exerciacutecios fiacutesicos para idosos Rev saudecom 2005 1(2)163-72
38
25 Pollock ML Wilmore JH Exerciacutecio na Sauacutede e na Doenccedila avaliaccedilatildeo e prescriccedilatildeo para prevenccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo Editora MEDSI 2ordf ed Rio de Janeiro 1993
26 Sociedade Brasileira de Cardiologia V Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 20061-48
27 World Health Organization Global Health Observatory (GHO) 2014 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghoncdrisk_factorsblood_pressure_prevalence_textengt [2014 dez 04]
28 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Secretaria de Atenccedilatildeo baacutesica agrave Sauacutede Departamento de atenccedilatildeo baacutesica - Hipertensatildeo arterial sistecircmica Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2006
29 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) (2009) Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeGestorvisualizar_textocfmidtxt=24421gt [2010 abr 07]
30 Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Nuacutemero de hipertenso 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwsbhorgbripadgeralphpgt [09 nov 2014]
31 Secretaria de Sauacutede do Estado da Bahia Hipertensatildeo Quantidade de Hipertensos na Bahia Disponiacutevel em (2014) lthttpwwwsaudebagovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=4418ampcatid=1ampItemid=14gt [2014 jan 10]
32 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica 2014 Dados de mortalidade na Bahia Disponiacutevel em lthttptabnetdatasusgovbrcgitabcgiexesiabcnvSIABSBAdefgt [2014 mai 05]
33 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica Dados sociodemograacuteficos de Ibicuiacute 2014 lthttptabnetdatasusgovbrcgideftohtmexesiabcnvSIABFBAdefgt [2014 jan 05]
34 Williams B The year in hypertension JACC 2010 55(1) 66-73
35 Lipp M Rocha JC Stress Hipertensatildeo Arterial e Qualidade de vida um guia de tratamento para o hipertenso Campinas Papirus 1996
36 Borenstein MS (Org) Manual de Hipertensatildeo Arterial Porto Allege Editora Sagra Luzzatto 1999
37 Joint National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure The Sixth Report of the Join National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure Arch Intern Med 1997157 2413-2446
39
38 Mitchell GF Parise H Benjamin EJ et al Changes in arterial stiffness and wave reflection with advancing age in health men and women Hypertension 2004 431239-1245
39 Matos AC Ladeia AM Avaliaccedilatildeo de fatores de risco cardiovascular em uma comunidade rural da Bahia Arq Bras Cardiol 2003 81(3) 291-6
40 World Health Organization Who Expert Committee on Physical Status the use and interpretation of antropometry Report of a WHO Expert Commitee Geneva WHO 1995 p 854
41 Pitanga FJG Antropometria na avaliaccedilatildeo da obesidade abdominal e risco coronariano Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum 201113(3) 238-241
42 Ferreira LS Amaral TF Marucci MFN et al Under nutrition as a major risk factor for death among older Brazilian adults in the community-dwelling setting SABE survey Nutrition 201127(10)17-22
43 Andrade FB Caldas Junior AF Kitoko PM et al Prevalence of overweight and obesity in elderly people from Vitoacuteria-ES Brazil Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2012 set17(3)749-756
44 Boscatto EC Duarte Mde F Coqueiro Rda S Barbosa AR Nutritional status in the oldest elderly and associated factors Rev Assoc Med Bras 2013 59(1)40-47
45 Kostka J Borowiak E Kostka T Nutritional status and quality of life in different
populations of older people in Poland Eur J Clin Nutr 2014 Nov68(11)1210-5
46 Silva DAS Petroski EL Associaccedilatildeo de diferentes pontos de corte para sobrepeso e obesidade com pressatildeo arterial elevada em idosas Rev Educ Fis UEM 2009 20 415-22
47 Nutrition Screening Initiative Interventions manual for professionals caring for older Americans Washington DC Nutrition Screening Initiative 1992
48 World Health Organization Obesity preventing and managing the global epidemic Report of a WHO Consultation on Obesity Geneva World Health Organization 1998
49 Cameron AJ Dunstan DW Owen N et al Health and mortality consequences
of abdominal obesity evidence from the Aus Diab study Med J Aust 2009191 202ndash208
50 Fox KA Despres JP Richard AJ et al Does abdominal obesity have a similar impact on cardiovascular disease and diabetes A study of 91246 ambulant patients in 27 European countries Eur Heart J 2009 30 3055ndash3063
40
51 Pouliot MC Despreacutes JP Lemieux S et al Waist circumference and abdominal sagittal diameter Best simple anthropometric indexes of abdominal visceral adipose tissue accumulation and related cardiovascular risk in men and woman Am J Cardiology 1994 73 460-468
52 Peixoto MRG Beniacutecio MHD Latorre M et al Circunferecircncia da Cintura e Iacutendice de massa Corporal como Preditores da Hipertensatildeo Arterial Arq Bras Cardiol 200687 462-470
53 MacKay MF Haffner SM Wagenknecht LE et al Prediction of type 2 diabetes using alternate anthropometric measures in a multiethnic cohort the insulin resistance atherosclerosis study Diabetes Care 200932(5)956-8
54 Valdez R A simple model-based index of abdominal adiposity J Clin Epidemiol1991 44(9) 955-6
55 Pitanga FJG Lessa I Sensibilidade e especificidade do iacutendice de conicidade como discriminador do risco coronariano de adultos em Salvador Brasil Rev Bras Epidemiol 20047(3)259-69
56 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano elevado em adultos na cidade de Salvador - Bahia Arq Bras Cardiol 2005 85 (1)26-31
57 Ghosh JR Bandyopadhyay AR Comparative evaluation of obesity measures relationship with blood pressures and hypertension Singapore Med J 200748(3) 232-5
58 Almeida RT Almeida MMG Araujo TM Obesidade abdominal e risco cardiovascular desempenho de indicadores antropomeacutetricos em mulheres Arq Bras Cardiol 2009 out92(5)375-380
59 Freitas Juacutenior Costa Rosa CS Codogno JS et al Capacidade cardiorrespiratoacuteria e distribuiccedilatildeo de gordura corporal de mulheres com 50 anos ou mais Rev Esc Enferm USP 2010 44(2) 395-400
60 Matos LN Giorelli GV Dias CB Correlation of anthropometric indicators for identifying insulin sensitivity and resistance Satildeo Paulo Med J [online] 2011 129(1) 30-35
61 Gomes MA Rech CR Gomes MBA et al Correlaccedilatildeo entre iacutendices antropomeacutetricos e distribuiccedilatildeo de gordura corporal em mulheres idosas Rev bras cineantropom desempenho hum 2006 set 8(3) 16-22
62 Tarastchuk JCE Gueacuterios EE Bueno RRL et al Obesidade e intervenccedilatildeo coronariana devemos continuar valorizando o Iacutendice de Massa Corpoacuterea Arq Bras Cardiol [online] 2008 90(5) 311-316
41
63 Ferreira AP CB Ferreira VC Souza et al Risco de distuacuterbio glicecircmico em mulheres idosas ajustado por antropometria e genoacutetipos de citocinas Rev Assoc Med Bras [online] 201157(5) 565-569
64 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano em mulheres Rev Bras Cineantrop Desempenho Hum 2006 8 (1) 14-21
65 Newman TB Browner WS Cummings SR Delineando estudos de testes meacutedicos In Hulley SB et al Delineando a pesquisa cliacutenica uma abordagem epidemioloacutegica 2 ed Porto Alegre Artmed 2003 203-224
66 Toscano CM As campanhas nacionais para detecccedilatildeo das doenccedilas crocircnicas natildeo-transmissiacuteveis diabetes e hipertensatildeo arterial Ciecircnc sauacutede Coletiva out-dez 2004 9(4) 885-895
67 Fletcher RH Fletcher SW Prevenccedilatildeo In Fletcher R Fletcher S Epidemiologia
cliacutenica elementos essenciais 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 2006 179-201
68 Jeckel J Elmore J Katz D Meacutetodos de prevenccedilatildeo secundaacuteria In _____ Epidemiologia bioestatiacutestica e medicina preventiva 2 ed Porto Alegre Artmed 2005 236-247
69 Klein CH Bloch KV Estudos seccionais In Medronho RA Carvalho DM Bloch KV Luiz RR Werneck GL Epidemiologia 1ordf ed Satildeo Paulo Editora Atheneu 2002 125-150
70 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Resoluccedilatildeo nordm- 6 de 3 de novembro de 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcenso2010ibgegovbrdados_divulgadosindexphpuf=29gt[201 dez 18]
71 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica ndash Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais (2014) Disponiacutevel em lthttpcodibgegovbr398G9gt [2014 ago 30]
72 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230gt [2013 mai 01]
73 Luiz RR Magnanini MMF A loacutegica da determinaccedilatildeo do tamanho da amostra em investigaccedilotildees epidemioloacutegicas Cad sauacutede coletiva Rio de Janeiro 2000 8(2) 9-28
74 Reis MC Nascimento RAS Pedreira RBS et al Validaccedilatildeo de Face e Clareza do Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede dos Idosos ndash IASI [resumo] in Anais do XIX Congresso Brasileiro Geriatria e Gerontologia Beleacutem 2014 296-296
75 Lohman TG Roche AF Martorell R Anthropometric Standardization Reference Manual Champaign Illinois Human Kinetics 1988
42
76 Vaz JCL Regiotildees de Incerteza para Curva ROC em Teste Diagnoacutesticos
[dissertaccedilatildeo] Satildeo Carlos Universidade Federal de Satildeo Carlos 2009
77 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de 2012
78 Erdreich LS Lee ET Use of relative operating characteristic analysis in epidemiology A method for dealing with subjective judgement Am J Epidemiol 1981 114649-62
79 Aekplakorn W Pakpeankitwatana V Lee CM et al Abdominal obesity and coronary heart disease in Thai men Obesity 200715(4)1036-42
80 Oliveira MAM Fagundes RLM Moreira EAM et al Relaccedilatildeo de Indicadores Antropomeacutetricos com Fatores de Risco para Doenccedila Cardiovascular Arq Bras Cardiol 2010 abr 94(4) 478-485
81 Mendes TAB Goldbaum M Segri NJ et al Factors associated with the prevalence of hypertension and control practices among elderly residents of Satildeo Paulo city Brazil Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(11) 2275-2286
82 Oliveira BFA Souza Mouratildeo D Gomes N et al Prevalecircncia de hipertensatildeo arterial em comunidades ribeirinhas do Rio Madeira Amazocircnia Ocidental Brasileira Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(8) 1617-1630
83 Picon RV Fuchs FD Moreira LB et al Prevalence of Hypertension Among Elderly Persons in Urban Brazil A Systematic Review With Meta-Analysis Am J Hypertens 2013 26 (4) 541-548
84 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Pessoa Idosa e Envelhecimento Seacuteries Pactos pela Sauacutede 2006 v 12 Brasiacutelia ndash DF 2010
85 Leal Neto JS Souza J Coqueiro RS et al Anthropometric indicators of obesity as screening tools for high blood pressure in the elderly Int J Nurs Pract 2013 Aug 19(4) 360-367
86 Schisterman EF Faraggi D Reiser B Trevisan M Statistical inference for the area under the receiver operating characteristic curve in the presence of random measurement error Am J Epidemiol 2001 154 (2) 174-9
87 Samsen M Hanchaiphiboolkul S Puthkhao P et al Appropriate body mass index and waist circumference cutoffs for middle and older age group in Thailand data of 19621 participants from Thai epidemiologic stroke (TES) study J Med Assoc Thai 2012 Sep 95(9)1156-66
88 Ko GTC Chan JCN Cockram CS Woo J Prediction of hypertension diabetes dyslipidemia or albuminuria using simple anthropometric indexes in Hong Kong Chinese Int J Obes 1999 23 (11) 1136-42
43
89 Lin WY Lee LT Chen CY et al Optimal cut-off values for obesity using simple anthropometric indices to predict cardiovascular risk factors in Taiwan Int J Obes Relat Metab Disord 2002261232-8
90 Pua YH Ong PH Anthropometric indices as screening tools for cardiovascular risk factors in Singaporean women Asia Pac J Clin Nutr 2005 14 (1) 74-9
91 Berber A Goacutemez-Santos R Fanghaumlnel G Saacutenchez-Reyes L Anthropometric
indexes in the prediction of type 2 diabetes mellitus hypertension and dyslipidaemia in a Mexican population Int J Obes 200125(12)1794-9
92 Browning LM Hsieh SD Ashwell M A systematic review of waist-to-height ratio
as a screening tool for the prediction of cardiovascular disease and diabetes 05 could be a suitable global boundary value Nutr Res Rev 2010 23(2)247-69
93 Bertsias G Mammas I Linardakis M Kafatos A Overweight and obesity in
relation to cardiovascular disease risk factors among medical students in Crete Greece BMC Public Health 2003 31-9
94 Kashihara H Lee JS Kawakubo K et al Criteria of Waist Circumference According to Computed Tomography-Measured Visceral Fat Area and the Clustering of Cardiovascular Risk Factors Circ J 2009 73 1881-1886
44
APEcircNDICES
45
Apecircndice 1
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
46
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS
PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE SAUacuteDE
DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE
Jequieacute ____ ____ 201__
APEcircNDICE 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Vocecirc esta sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa do Nuacutecleo de
Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo (NESP) da Universidade Estadual do Sudoeste da
Bahia
Objetivo do estudo Avaliar e monitorar as condiccedilotildees de sauacutede de idosos residentes
em comunidade
Participaccedilatildeo Ao aceitar participar do estudo estarei agrave disposiccedilatildeo do pesquisador
para responder ao formulaacuterio que seraacute arquivado pelo autor por um periacuteodo de cinco
anos sendo posteriormente incinerado
Riscos Este estudo natildeo traraacute riscos para minha integridade fiacutesica ou moral dos
participantes
Confidencialidade do estudo Seraacute garantida a privacidade o anonimato bem como
o direito de aceitar ou natildeo participar da pesquisa podendo ser essa autorizaccedilatildeo
suspensa em qualquer fase do estudo Assim as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo
4662012 do Conselho Nacional de Sauacutede que discorre sobre pesquisa envolvendo
seres humanos seratildeo atendidas Os resultados seratildeo publicados no relatoacuterio final da
dissertaccedilatildeo e artigos cientiacuteficos
47
Benefiacutecios Accedilotildees interinstitucionais articuladas promovidas numa perspectiva
interdisciplinar possibilitaratildeo uma melhor compreensatildeo das condiccedilotildees de sauacutede dos
idosos residentes em comunidade do municiacutepio e contribuiraacute para a formulaccedilatildeo de
accedilotildees direcionadas as necessidades dessa populaccedilatildeo
Danos advindos da pesquisa Caso haja algum prejuiacutezo decorrente da realizaccedilatildeo
deste estudo seraacute providenciada a devida reparaccedilatildeo dos danos atraveacutes do
responsaacutevel pelo estudo O pesquisador e os entrevistados natildeo receberatildeo benefiacutecios
financeiros para participaccedilatildeo no estudo Todas as despesas seratildeo por conta do
pesquisador
Participaccedilatildeo voluntaacuteria Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria podendo a qualquer
momento desistir do estudo sem qualquer prejuiacutezo ou penalidade para mim
Consentimento para participaccedilatildeo Apoacutes ser devidamente esclarecido (a) quanto
aos objetivos deste estudo dos procedimentos aos quais serei submetido (a) bem
como dos possiacuteveis riscos decorrentes da minha participaccedilatildeo estou de acordo em
participar do mesmo O pesquisador responsaacutevel pelo estudo assegura que seraacute
disponibilizado qualquer esclarecimento adicional que eu venha a solicitar durante a
realizaccedilatildeo da pesquisa e o direito de desistir da participaccedilatildeo em qualquer momento
Em casos de duacutevidas eou problemas referentes ao estudo vocecirc poderaacute
entrar em contato com o autor atraveacutes do Nuacutecleo de Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo
(NESP) (73) 3528-9721
Sendo assim eu ______________________________________________
aceito livremente participar do Projeto MONIDI
__________________________________ __________________________________
Assinatura do (a) participante
RG _________________________
Assinatura do (a) pesquisador
RG_________________________
48
Apecircndice 2
Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede do Idoso
49
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS
PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE
SAUacuteDE DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE
Nuacutemero do Questionaacuterio |__|__|__|
Nome do Entrevistador ___________________________
Visita 1 2 3
Data Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Hora de iniacutecio ________
Hora de teacutermino ________
I INFORMACcedilOtildeES PESSOAIS E SOCIODEMOGRAacuteFICAS
1 Nome do entrevistado
2Sexo
0 ( ) Feminino
1 ( ) Masculino
3 Endereccedilo completotelefone
4 Idade ____ anos
41 Data de Nascimento
____________
50
5 Situaccedilatildeo conjugal atual
1 ( ) Casado(a) 2 ( ) Uniatildeo estaacutevel 3 ( ) Solteiroa
4 ( ) Divorciado(a)separado(a)desquitado(a) 5 ( ) Viuacutevoa
6 No total quantas vezes o (a) Sr(a) esteve casado(a) ou em uniatildeo
Nordm de vezes |___|___|
7 Na escola qual a uacuteltima seacuterie grau que concluiu com aprovaccedilatildeo
1 - Nunca foi agrave escola ( ) 4 - Fundamental II ( )5 a ( )6 a ( )7 a ( )8 a
2 - Lecirc e escreve o nome ( ) 5 - Ensino Meacutedio ( ) 1 a ( )2 a ( )3
3 - Fundamental I ( )1 a ( )2 a 6 - Superior ( ) completo ( ) incompleto
( )3 a ( )4 a
8 Como vocecirc classificaria a cor da sua pele
1( ) Branca 2( ) Amarela (oriental) 3( ) Parda
4( ) Origem indiacutegena 5( ) Preta 9( ) Natildeo sabe
9 Cor da pele (entrevistador)
1( ) branca 2( ) amarela (oriental) 3( ) parda
4( ) origem indiacutegena 5( ) preta
10-Quantos filhos e filhas nascidos vivos o(a)Sr(a) teve (natildeo inclua enteados filhos
adotivos abortos ou filhos nascidos mortos)
Nuacutemero de filhos |____|____| (98) NS (99) NR
11 Atualmente o senhor (a) mora sozinho ou acompanhado
1( )Acompanhado 2( ) Sozinho 3( ) NR 4( )NS
51
12 Desde que o senhor (a) nasceu viveu no campo por 5 anos ou mais
0( ) Natildeo 1( ) Sim 2( ) NS 3( ) NR
13 Qual eacute a sua religiatildeo
1( ) Catoacutelica 2( ) Protestante 3( ) Judaica
4( ) Espiacuteritakardecista 5( ) Umbanda 6( ) Outras ____________
14 Qual a importacircncia da religiatildeo em sua vida
(1) Importante (2) Regular (3) Nada importante (8) NS (9) NR
15 Com que frequecircncia o senhor vai agrave igreja ou ao serviccedilo religioso
( ) Nunca ( ) Vaacuterias vezes por ano ( ) Uma duas vezes por mecircs
( ) Quase toda semana ( ) Mais de uma vez por semana ( ) NS ( ) NR
16 Quanto vocecirc ganha em meacutedia por mecircs R$ __________8( )Natildeo se aplica
II A CONSUMO DE AacuteLCOOL E TABACO
Uso de bebidas alcooacutelicas
1 Vocecirc consome bebidas alcooacutelicas Se vocecirc NAtildeO BEBE siga para o bloco III C
0 ( )sim 1( ) natildeo
2 Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
3 As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
4 Sente-se chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
5 Costuma beber pela manhatilde para diminuir o nervosismo ou a ressaca
0 ( ) sim 1( ) natildeo
Haacutebito de fumar
1 Vocecirc jaacute foi fumante 0 ( ) sim 1( ) natildeo
52
2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco
III C
3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros
4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias
III ANTROPOMETRIA
MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS
ESTATURA
MASSA CORPORAL
CIRCUNFEREcircNCIA
DE CINTURA
IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL
MEDIDA 01 02 03
Pressatildeo arterial
sistoacutelica
Pressatildeo arterial
diastoacutelica
53
ANEXOS
54
Anexo 1
Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos
55
56
11
4 MATERIAL E MEacuteTODOS
41 Tipos de estudo
Esta pesquisa eacute do tipo transversal ou seccional como parte do projeto de
Monitoramento da Sauacutede de Idosos de um Municiacutepio de Pequeno Porte ESTUDO
MONIDI Em estudos transversais a estrateacutegia de observaccedilatildeo da populaccedilatildeo eacute
seccional isto eacute as informaccedilotildees obtidas referem-se ao mesmo momento sendo mais
adequado para obtenccedilatildeo de estimativas populacionais As informaccedilotildees individuais
devem ser coletadas num determinado prazo mais curto possiacutevel decorrido entre as
observaccedilotildees do primeiro e uacuteltimo indiviacuteduo69
42 Cenaacuterios do estudo
O municiacutepio de Ibicuiacute fica localizado na zona fisiograacutefica de Vitoacuteria da Conquista
(Encosta do Planalto) e situada no Sudoeste do Estado da Bahia possui uma aacuterea
territorial de 1176843 kmsup2 populaccedilatildeo de 16640 habitantes7071 A populaccedilatildeo de
idosos no ano de 2013 era de 2124 habitantes e destes 525 estavam cadastrados
nas Unidades de Sauacutede da Famiacutelia33
12
Figura 1 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Ibicuiacute BA na regiatildeo Nordeste do Brasil
Fonte Adaptado do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE)72 Infograacuteficos
Cidades Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230
43 Populaccedilatildeo e amostra
A populaccedilatildeo alvo do presente estudo foi constituiacuteda por indiviacuteduos com idade
igual ou superior a 60 anos de ambos os sexos cadastrados na Estrateacutegia de Sauacutede
da Famiacutelia (ESF) que atenderam agraves aacutereas urbanas e rurais do municiacutepio de Ibicuiacute-BA
no ano de 2014 A lista com o nuacutemero de usuaacuterios idosos cadastrados nas USFs da
zona rural e urbana do municiacutepio foi solicitada junto agrave Secretaria Municipal de Sauacutede
Foram incluiacutedos no estudo idosos que estavam cadastrados na Estrateacutegia de
Sauacutede da Famiacutelia que aceitaram participar da pesquisa atraveacutes da assinatura do
Termo de Consentimento Livre Esclarecido (TCLE)
Os criteacuterios de exclusatildeo foram os participantes com diagnoacutestico de demecircncia
ou qualquer outro tipo de alteraccedilatildeo cognitiva que comprometesse a veracidade das
informaccedilotildees fornecidas idosos acamados portadores de doenccedila de Alzheimer ou
outro tipo de doenccedila neuroloacutegica que afetasse a cogniccedilatildeo doenccedila em estaacutegio
terminal
Apoacutes aplicaccedilatildeo dos criteacuterios de exclusatildeo foi efetuado o caacutelculo amostral
seguindo a proposta de Luiz e Magnanini (2000)73 para populaccedilotildees finitas com
13
predominacircncia desconhecida de 50 sendo adotado niacutevel de significacircncia de 5
(correspondendo a um intervalo de confianccedila de 95) e erro toleraacutevel de amostragem
de 25
O caacutelculo amostral resultou numa amostra miacutenima necessaacuteria de 305 idosos
Esse caacutelculo amostral sofreu ajuste em 10 para compensar eventuais perdas e
recusas Apoacutes o resultado do caacutelculo amostral os idosos participantes foram
selecionados atraveacutes de sorteio sendo este proporcional ao tamanho e a distribuiccedilatildeo
por sexo e por quantidade de idosos na Unidade de Sauacutede da Famiacutelia
Os indiviacuteduos assinaram o TCLE foram entrevistados e avaliados nas
dependecircncias da USF sendo que aqueles que natildeo foram localizados ou natildeo
compareceram a USF apoacutes trecircs tentativas foram automaticamente substituiacutedos por
meio de sorteio
44 Equipes de coleta de dados
A equipe de coleta foi composta por dois profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica
(Coordenadores) e cinco acadecircmicos de fisioterapia enfermagem e medicina A
equipe foi previamente treinada em reuniotildees teacutecnicas e no estudo piloto que foi
realizado no periacuteodo de Outubro a Dezembro de 2013 visando padronizar todo o
processo de coleta Foram estabelecidas accedilotildees referentes agrave logiacutestica agrave aplicaccedilatildeo dos
questionaacuterios e aos procedimentos de medidas das variaacuteveis antropomeacutetricas A
coleta propriamente dita ocorreu entre o periacuteodo de 03022014 a 20022014
14
45 Procedimentos para coleta de dados
451 Variaacuteveis do estudo e dados coletados
Foram mensuradas as variaacuteveis idade sexo situaccedilatildeo conjugal niacutevel de
escolaridade raccedilacor renda mensal alcoolismos e tabagismos Como tambeacutem
medidas de pressatildeo arterial sistoacutelica e diastoacutelica massa corporal estatura e
circunferecircncia da cintura
452 Instrumentos de coleta
Foi utilizado o instrumento de coleta denominado Instrumento de Avaliaccedilatildeo da
Sauacutede de Idosos (IASI) padronizado e validado previamente74 Tal instrumento obteacutem
caracteriacutesticas sociodemograacuteficas informaccedilotildees pessoais consumo de aacutelcool e
tabaco avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica e de pressatildeo arterial
Para aferir a pressatildeo arterial foi utilizado o aparelho digital (marca OMRONreg
modelo HEM ndash 742 INT) Utilizou-se ainda uma balanccedila digital portaacutetil (OMRONreg) e
um estadiocircmetro (marca Sannyreg) ambos devidamente calibrados e fita
antropomeacutetrica flexiacutevel (Cardiomedreg)
453 Pressatildeo Arterial
A pressatildeo arterial foi aferida com um aparelho digital de braccedilo com manguito
adequado agrave circunferecircncia do mesmo A medida foi realizada no braccedilo direito a altura
do coraccedilatildeo Foram realizadas trecircs medidas da pressatildeo arterial sendo a primeira apoacutes
o idoso permanecer cinco minutos em repouso e sentado a segunda apoacutes dois
minutos e a terceira dois minutos apoacutes a realizaccedilatildeo da segunda (foi utilizada a meacutedia
das trecircs medidas) Valores de referecircncia estatildeo estabelecidos na Tabela 1
15
Tabela 1 - Classificaccedilatildeo da pressatildeo arterial de acordo com a VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo (2010)
Classificaccedilatildeo Pressatildeo Sistoacutelica (mmHg)
Pressatildeo Diastoacutelica (mmHg)
Oacutetima Normal Limiacutetrofe
lt 120 lt 130 130-139
lt 80 lt 85 85-80
Hipertensatildeo estaacutegio I 140-159 90-99 Hipertensatildeo estaacutegio II 160-179 100-109 Hipertensatildeo estaacutegio III ge 180 ge 110 Hipertensatildeo sistoacutelica isolada
ge 140 lt 90
Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo (2010)7
454 Antropometria
Todas as medidas antropomeacutetricas foram realizadas trecircs vezes (verificou-se a
meacutedia de tais medidas) por um profissional de Educaccedilatildeo Fiacutesica para diminuir o erro
intra e inter avaliadores e anotados por um apontador Os idosos foram medidos
conforme procedimentos padronizados por Lohman et al (1988)75 sem calccedilados
roupas leves sem reloacutegio chaves celular etc
Foi mensurada a circunferecircncia da cintura com uma fita antropomeacutetrica flexiacutevel
no ponto meacutedio entre a uacuteltima costela e a crista iliacuteaca e o procedimento foi deixar a
cintura livre de roupa e os braccedilos cruzados no peito Classificaccedilatildeo de risco para
desenvolver doenccedilas por Lohman et al (1988)75 HOMENS gt 102 cm e MULHERES
gt 88 cm Foi determinado o IMC atraveacutes da equaccedilatildeo [IMC =massa corporal
(kg)estatura2(m)] Valores de referecircncia estatildeo estabelecidos na Tabela 2
Tabela 2 - Classificaccedilatildeo do Iacutendice de Massa Corporal
IMC Classificaccedilatildeo
Baixo peso lt 220 kgm2 Peso adequado 220 le IMC le 270 kgm2 Obesidade gt 270 kgm2
Lohman et al (1988)75
16
A razatildeo cintura-estatura foi determinada pela equaccedilatildeo proposta por Pitanga e
Lessa (2006)15 a qual utiliza a CC (cm) e a estatura (cm) O Iacutendice C foi estimado por
meio das medidas de massa corporal estatura e circunferecircncia da cintura utilizando-
se um modelo proposto por Valdez (1991)54 cuja equaccedilatildeo matemaacutetica estaacute descrita a
seguir
46 Anaacutelise dos dados
Os dados foram digitados com dupla entrada no software Epidata 31 Apoacutes a
digitaccedilatildeo dos dados foram verificados manualmente os valores discrepantes e a
consistecircncia das informaccedilotildees
Na anaacutelise de dados foram utilizados os procedimentos da estatiacutestica descritiva
expressa por meacutedia desvio padratildeo nuacutemero de observaccedilotildees e percentual das
variaacuteveis avaliadas A diferenccedila entre os sexos nas variaacuteveis contiacutenuas foi analisada
pelo teste t de Student para amostras independentes uma vez que as variaacuteveis
apresentaram distribuiccedilatildeo normal e o teste do Qui-quadrado para comparar as
proporccedilotildees (variaacuteveis qualitativas) entre os idosos do sexo masculino e feminino
O poder discriminatoacuterio para determinar a hipertensatildeo arterial e os iacutendices
antropomeacutetricos foi verificado atraveacutes da utilizaccedilatildeo das curvas ROC recurso utilizado
para obtenccedilatildeo de pontos de corte que visam diagnoacutesticos ou triagem
A aacuterea sob a curva ROC (ASC) determina a capacidade preditiva do indicador
para presenccedila ou ausecircncia de hipertensatildeo arterial Uma ASC igual a 10 eacute
considerada perfeita poreacutem se for igual ou menor a 05 indica que sua capacidade
preditiva natildeo eacute melhor que ao acaso
17
Neste estudo o pressuposto para anaacutelise da ASC foi agrave sensibilidade pois em
determinadas situaccedilotildees quando natildeo pode correr o risco de natildeo diagnosticar
determinada doenccedila eacute melhor privilegiar a sensibilidade76
Apoacutes determinados os pontos de corte para cada uma das variaacuteveis
investigadas para prediccedilatildeo de hipertensatildeo essas foram dicotomizadas com base em
seus respectivos valores de referecircncia As anaacutelises estatiacutesticas foram conduzidas no
Statistical Product and Service Solutions (SPSS) reg 130 Em todas as anaacutelises foram
efetuadas respeitando-se o niacutevel de significacircncia de 5
47 Aspectos Eacuteticos
O estudo foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa da Universidade
Estadual do Sudoeste da Bahia com parecer (CAAE 22969013000000055) (Anexo
1) seguindo princiacutepios eacuteticos estabelecidos na Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de
2012 do Conselho Nacional de Sauacutede (CNS)77
18
5 RESULTADOS
51 Caracterizaccedilatildeo da amostra estudada
De acordo com a contabilizaccedilatildeo das perdas (mudou-se do municiacutepio natildeo foi
encontrado por mais de 3 vezes na USF ou domicilio) e recusas (n=31) a amostra final
foi composta por 310 idosos (201 zona urbana e 109 zona rural) A taxa de respostas
foi de 912 com 88 (n=31) de recusas e 92 (n=29) de exclusatildeo
Participaram do estudo 175 mulheres (565) e 135 homens (435) As
idades variaram entre 60 e 108 anos com meacutedia de 7078 plusmn 82 anos para as mulheres
e 60 a 93 anos com meacutedia de 7259 plusmn 78 anos para homens
A maioria das mulheres se auto referiu ser negra e os homens pardo O iacutendice
de analfabetismo apresentou-se elevado em ambos os sexos A maior parte dos idosos
eacute casado A maioria dos idosos sobrevivia com renda mensal inferior ou igual a um
salaacuterio miacutenimo (Tabela 3)
19
Tabela 3 - Variaacuteveis sociodemograacuteficas e de estilo de vida em idosos
Mulheres (n=175) Taxa de Resposta
Homens (n=135) Taxa de Resposta
n n P
Raccedilacor 9861 991
Branco 47 2686 43 3209
Preto 73 4171 26 1940 0001
Pardo 49 2800 55 4074
Natildeo sabe 4 229 10 741
Escolaridade 9918 1000
Analfabeto 95 5429 84 6222
Baacutesica 72 4114 46 3408 0001
Secundaacuteria 5 286 5 370
Superior 2 114 - -
Estado Civil 9789 991
Casadouniatildeo estaacutevel
74 4229 78 5777
Solteiroseparado 33 1886 36 2667 0001
Viuacuteva 63 3600 20 1481
Renda Mensal 9918 1000
le 1 salaacuterio 165 9428 123 9111
11 a 2 salaacuterio 8 458 10 74 0001
21 a salaacuterio 1 057 2 148
Alcoolismo 9989 1000
Sim 4 229 9 667 0001
Natildeo 170 9714 126 9333
Tabagismo 9597 1000
Sim 15 857 21 1556 0001
Natildeo 152 8686 114 8444
Teste Qui-quadrado
20
52 Caracteriacutesticas antropomeacutetricas
Apoacutes a assinatura do TCLE e realizaccedilatildeo do questionaacuterio 10 idosos foram
excluiacutedos (recusas e informaccedilatildeo incompleta do questionaacuterio) desta etapa de anaacutelise
Dessa forma foram analisadas 300 avaliaccedilotildees das medidas antropomeacutetricas
Na Tabela 4 podem ser observados os valores meacutedios desvio padratildeo valores
miacutenimos e maacuteximos e percentuais das variaacuteveis avaliadas A meacutedia do IMC foi menor
nos homens quando comparado com o resultado das mulheres (p lt 0001) Natildeo houve
diferenccedila significativa da variaacutevel circunferecircncia da cintura entre homens e mulheres
(p = 0208) A prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi maior nas mulheres A maioria
das mulheres eacute obesa e entre os homens o estado nutricional foi considerado eutroacutefico
(Tabela 5)
21
Tabela 4 - Valores descritivos miacutenimos e maacuteximos das variaacuteveis analisadas
Variaacuteveis Mulheres (n=167) Homens (n=133) Valor-p
Idade (anos) 7078 plusmn 821 (60-108)
7259 plusmn 786 (60-93)
0055
Massa corporal (kg) 6020 plusmn 1223 (2970-9580)
6384 plusmn 1250 (4010-11840)
0012
Estatura (cm) 14875 plusmn 616 (129-164)
16080 plusmn 782 (135-183)
lt00001
IMC (kgm2) 2715 plusmn505 (1342-4064)
2458 plusmn 390 (1475-3544)
lt00001
CC (cm)dagger 8734 plusmn 1126 (55-130)
8894 plusmn 1010 (66-115)
0208
RCEst 057 plusmn 011 (000-087)
055 plusmn 006 (042-073)
0086
Iacutendice C 123 plusmn 021 (000-166)
129 plusmn 006 (117-150)
0001
PAS 14096 plusmn 2218 (87-200)
13735 plusmn 2251 (98-209)
0166
PAD 7671 plusmn 1091 (45-105)
7697 plusmn 1179 (49-110)
0846
IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia da cintura RCEst - razatildeo cintura-estatura Iacutendice C - Iacutendice de Conicidade PAS - pressatildeo arterial sistoacutelica PAD ndash pressatildeo arterial diastoacutelica dagger Variaacuteveis com perdas (n=163 mulheres) Teste T de Student para amostras independentes
Tabela 5 - Percentuais das variaacuteveis analisadas
Variaacutevel Mulheres Homens Valor-p
Pressatildeo Arterial (n) (n)
Normal 557 (93) 594 (79) 0011
Hipertensatildeo 443 (74) 406 (54)
Estado nutricional (n) (n)
Baixo peso 144 (24) 301 (40)
Normal 353 (59) 436 (58) lt00001
Sobrepeso 503 (84) 263 (35)
Teste Qui-quadrado
53 Anaacutelise da curva ROC
22
As aacutereas sob a curva ROC do IMC da CC da RCEst e do iacutendice C como
preditores de hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos e os respectivos
intervalos de confianccedila (IC 95) podem ser observados na Tabela 6 e nas Figuras 2
3 4 5 6 7 8 9 Evidenciou-se que alguns iacutendices antropomeacutetricos apresentaram
aacuterea sob a curva ROC significativas Todavia a RCEst e o IMC assumiram maiores
aacutereas com diferenccedila significativa para os homens
Tabela 6 - Aacuterea sob a curva ROC e IC95 entre os iacutendices antropomeacutetricos e hipertensatildeo arterial em idosos
Aacuterea sob a curva ROC
PA elevada Mulheres
Homens
p
IMC (kgm2) 053 (044-062) 060 (050-070)
lt00001dagger
CC (cm) 057 (048-066) 058 (048-068)
lt00001dagger
RCEst 056 (047-065) 061 (051-071)
lt00001dagger
Iacutendice C 058 (049-066) 058 (058-068) lt00001dagger
IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia de cintura RCEst - razatildeo cinturaestatura Iacutendice C - iacutendice de conicidade ROC ndashReceiver Operating CharacteristicIC95 - intervalo de confianccedila a 95Aacuterea sob a curva ROC apresentando poder discriminatoacuterio para pressatildeo arterial elevada (Li-IC ge 050) daggerTeste Qui-quadrado
23
Figura 2 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) IMC - iacutendice de massa corporal
Figura 3 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) IMC - iacutendice de massa corporal
24
Figura 4 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) CC ndash circunferecircncia da cintura
Figura 5 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) CC ndash circunferecircncia da cintura
25
Figura 6 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) RCEst - razatildeo cinturaestatura
Figura 7 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) RCEst - razatildeo cinturaestatura
26
Figura 8 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) Iacutendice C -iacutendice de conicidade
Figura 9 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) Iacutendice C - iacutendice de conicidade
27
Os valores dos pontos de corte dos iacutendices antropomeacutetricos como preditores
de hipertensatildeo arterial e suas respectivas sensibilidade e especificidade (mais
adequado equiliacutebrio entre si) satildeo apresentados na Tabela 7 Observa-se que entre
os iacutendices antropomeacutetricos a RCEst teve melhor percentual de sensibilidade e de
especificidade para discriminar a pressatildeo arterial elevada para os homens
Tabela 7 - Pontos de corte sensibilidade e especificidade dos iacutendices antropomeacutetricos para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial em idosos
Mulheres Homens PA elevada
Ponto de corte
Sensibilidade ()
Especificidade ()
Ponto de corte
Sensibilidade ()
Especificidade ()
IMC (kgm2)
2679 527 548 2420 527 548
CC (cm) 8750 577 457 8650 593 532 RCEst 059 568 430 054 648 456 Iacutendice C 126 541 452 129 574 456
IMC ndash Iacutendice de Massa Corporal CC ndash Circunferecircncia da Cintura RCEst ndash Razatildeo Cintura-Estatura Iacutendice C ndash Iacutendice de Conicidade
28
6 DISCUSSAtildeO
61 Aacutereas sob a Curva ROC
Este estudo teve como objetivo identificar a capacidade preditiva de iacutendices
antropomeacutetricos de obesidade geral e abdominal para discriminar a presenccedila de
hipertensatildeo arterial em idosos com foco de utilizaccedilatildeo no ambiente da estrateacutegia de
sauacutede da famiacutelia Nessa perspectiva surge uma proposta de triagem dos casos de
idosos com possiacuteveis alteraccedilotildees crocircnicas em sua pressatildeo arterial aleacutem de possibilitar
a discussatildeo sobre validaccedilatildeo de tais iacutendices para uso no contexto da sauacutede
Dessa forma recomenda-se a anaacutelise da sensibilidade e especificidade por
meio da construccedilatildeo de curvas ROC pois eacute a melhor opccedilatildeo para determinar pontos de
corte em estudos epidemioloacutegicos78 Essa anaacutelise permite fornecer a aacuterea sob a curva
que traduz o poder de discriminaccedilatildeo de um indicador para um determinado desfecho
e a identificaccedilatildeo do melhor ponto de corte
A proposta dessa pesquisa natildeo eacute excluir o diagnoacutestico meacutedico mas
proporcionar uma estrateacutegia mais abrangente a ser utilizada pelas USFs em parceria
entre os profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica e os profissionais de sauacutede no contexto da
atenccedilatildeo primaacuteria
Embora exista associaccedilatildeo entre sobrepesoobesidade e a pressatildeo arterial
elevada poucos estudos tecircm identificado pontos de corte de iacutendices antropomeacutetricos
que visem agrave detecccedilatildeo da hipertensatildeo arterial em idosos Diversos estudos tecircm
demonstrado que os iacutendices antropomeacutetricos satildeo bons indicadores de obesidade e
estatildeo relacionados a fatores de risco cardiovascular795880 Todavia a hipertensatildeo eacute
apontada como um dos principais fatores de risco cardiovasculares o que denota a
necessidade de um olhar diferenciado
A prevalecircncia de hipertensatildeo foi inferior agrave encontrada em outros estudos818283
Contudo diferenccedilas metodoloacutegicas nuacutemero de medidas realizadas e os diferentes
criteacuterios de referecircncia satildeo as principais causas da grande variabilidade nas
prevalecircncias de pressatildeo arterial elevada entre as investigaccedilotildees No presente estudo
29
optou-se por maior rigorosidade ao diagnosticar a pressatildeo arterial elevada
considerando a realizaccedilatildeo de trecircs medidas
Nessa amostra observou-se que a prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi
443 nas mulheres e 406 nos homens Demonstrando ser uma alta prevalecircncia
pois se trata de uma populaccedilatildeo que eacute influenciada diretamente pelo o aumento da
morbimortalidade durante o envelhecimento Estudos envolvendo idosos indicam que
a prevalecircncia da hipertensatildeo encontra-se entre 50-70 com o aumento da idade84
Poucos estudos epidemioloacutegicos foram conduzidos com o objetivo de identificar
e discriminar a capacidade de iacutendices antropomeacutetricos de obesidade para a pressatildeo
arterial elevada na populaccedilatildeo de idosos e principalmente utilizando o iacutendice C o
RCEst Um estudo realizado com a populaccedilatildeo de idosos utilizou o mesmo objetivo
poreacutem usou como ponto de corte o iacutendice de massa corporal e o iacutendice de adiposidade
corporal85 Entretanto faz-se necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de outros iacutendices para identificar
hipertensatildeo arterial em idosos
De acordo com os resultados do presente estudo somente alguns dos
indicadores antropomeacutetricos apresentaram capacidade preditiva para a hipertensatildeo
arterial em idosos de acordo com limite inferior do intervalo de confianccedila de 9586
Dessa forma foi observado que a RCEst e IMC para os homens mostraram-se com
bom poder de detecccedilatildeo para a hipertensatildeo arterial pois obtiveram maiores valores
sob a curva para esse desfecho
Em 2013 Leal Neto et al85 identificaram em seus resultados que o IMC e o
iacutendice de adiposidade corporal foram os melhores indicadores preditivos de
hipertensatildeo arterial nos idosos em ambos os sexos independentemente de outros
fatores tais como idade tabagismo consumo de aacutelcool e atividade fiacutesica
No presente estudo os principais indicadores que tiveram uma boa aacuterea sob a
curva foram o IMC RCEst e Iacutendice C com resultados de 060 IC95 (050-070) 061
IC95 (051-071) e 058 IC95 (058-068) respectivamente para homens
Nas mulheres tais iacutendices mostraram-se com menor poder discriminatoacuterio para
diagnosticar a hipertensatildeo arterial A HAS eacute um desfecho que pode ser influenciado
por fatores multicausais (hormonais estresse etc) Na anaacutelise do desempenho do
iacutendice antropomeacutetrico a loacutegica eacute unidirecional ou seja verificar o desempenho desses
iacutendices apenas como preditores de hipertensatildeo arterial foram mais satisfatoacuterios entre
os homens Os iacutendices podem interferir mas natildeo determinar a prevalecircncia da
30
hipertensatildeo Embora as mulheres tenham uma maior prevalecircncia essa natildeo eacute
determinada pelos iacutendices antropomeacutetricos no presente estudo
Tais resultados diferem do estudo realizado em 2012 por Samsen et al87 no
qual a circunferecircncia da cintura teve boa ASC nos homens = 0684 com IC95 (0672-
0695) e nas mulheres = 0673 IC95 (0665-0681) sendo o melhor indicador
significativamente (p lt0001) do que o IMC no qual a ASC em homens foi de = 0667
IC95 (0656-679) e nas mulheres = 0636 IC95 (0628-0644) em discriminaccedilatildeo
de pelo menos um fator de risco cardiovascular Isso se deve ao fato de tal estudo ter
sido realizado com uma abrangecircncia maior na faixa etaacuteria que foi de 45-80 anos
Uma possiacutevel limitaccedilatildeo para discussatildeo dos resultados desse estudo foi a faixa
etaacuteria restrita que natildeo incluiu idosos (igual ou acima de 60 anos) o que impossibilita
a triagem da pressatildeo arterial elevada nessa populaccedilatildeo
62 Iacutendices antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial
Nesse estudo a CC e RCEst foram as variaacuteveis com maiores valores absolutos
de sensibilidade para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial respectivamente para mulheres
e homens Tais resultados indicam as proporccedilotildees de verdadeiros positivos na
ocorrecircncia de hipertensatildeo arterial
Quanto ao ponto de corte do RCEst nas mulheres foi de 059 sendo 568 de
sensibilidade e 430 de especificidade Valores inferiores ao encontrado no presente
estudo para mulheres foram sugeridos em Taiwan (045) Cingapura (048) e na China
(050) No Brasil em 2009 Haun Pitanga e Lessa16 recomendaram para a RCEst
053 como melhor ponto de corte com sensibilidade (67) e especificidade (58) e
aacuterea sob a curva ROC de 069 (IC 95 = 064-075) Outro ponto de corte semelhante
ao observado no Brasil com mulheres mexicanas variou de 053 a 0535 para a
RCEst discriminar diabete tipo 2 hipertensatildeo e dislipidemias88899091
Os pontos de corte sugeridos por esses paiacuteses e no Brasil podem ter sido
inferiores por causa da abrangecircncia na faixa etaacuteria dos indiviacuteduos no qual incluiacuteram
mulheres de 30 a 74 anos como tambeacutem as caracteriacutesticas econocircmicas culturais e
31
de estilo de vida diferem da realidade das mulheres que residem em cidades de
pequeno porte Estudos que discriminem hipertensatildeo arterial principalmente em
idosos com RCEst satildeo escassos na literatura
Em 2010 Browning Hsieh e Ashwel92 realizaram uma revisatildeo sistemaacutetica
sobre a potencialidade de indicadores antropomeacutetricos em predizer doenccedilas
cardiovasculares e identificou a RCEst como variaacutevel de melhor desempenho A
RCEst apresentou maiores ASC quando comparada ao IMC ou CC Os dados
analisados foram de quatorze paiacuteses diferentes e incluiacuteram caucasianos asiaacuteticos e
da Ameacuterica Central Segundo os autores uma RCEst ge 05 eacute capaz de identificar
fatores de risco cardiovasculares Esse ponto de corte eacute inferior aos encontrados para
homens e mulheres no presente estudo significando que o ponto de corte encontrado
pode diagnosticar risco cardiovascular e consequentemente a presenccedila de
hipertensatildeo
Outros autores afirmam essa hipoacutetese relacionada aos valores limites para
RCEst em diversas populaccedilotildees e indicaram que um ponto de corte de 05 eacute o valor
mais indicado para ambos os sexos todas as idades e diferentes populaccedilotildees899315
Com relaccedilatildeo agrave especificidade a variaacutevel com maior valor foi o IMC
independentemente do sexo Nas mulheres o ponto de corte sugerido foi 2679 kgm2
e nos homens 2420 kgm2 O valor da especificidade foi de 548 para ambos os
sexos o qual possibilita determinar corretamente a ausecircncia de hipertensatildeo arterial
Sendo assim este estudo sugere que o IMC natildeo foi o melhor preditor de hipertensatildeo
arterial
O estudo de Leal Neto et al (2013)85 tambeacutem testou a capacidade de
indicadores antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial em idosos
sugeriu como pontos de corte para IMC valores de 247 kgm2 igual ao encontrado no
presente estudo e de 273 kgm2 nuacutemero superior que aos dados do presente
trabalho para homens e mulheres respectivamente
Em outro estudo realizado com 19621 homens e mulheres com faixa etaacuteria de
45-80 anos a meacutedia da idade foi de 598 anos para os homens e 585 anos para as
mulheres O ponto de corte adequado de IMC foi de 23 kgm2 em homens e 24 kgm2
em mulheres Os pontos de corte de CC foram 80 cm e 78 cm em homens e mulheres
respectivamente Os achados do presente estudo foram superiores a esses
32
resultados todavia deve ser considerado que a populaccedilatildeo alvo foi diferente e com
idade menor da populaccedilatildeo pesquisada no presente trabalho87
Com relaccedilatildeo agrave CC o ponto de corte identificado para a prediccedilatildeo de hipertensatildeo
arterial nas mulheres foi superior ao dos homens Contudo os valores de sensibilidade
e especificidade desses pontos de corte foram maiores entre os homens o que pode
indicar que o poder preditivo da CC para a hipertensatildeo arterial eacute melhor para o sexo
masculino Quanto menor o ponto de corte maior seraacute a habilidade do teste em
classificar os doentes como positivos isto eacute maior seraacute a sensibilidade76 Os pontos
de corte dos homens foram em sua maioria menores em comparaccedilatildeo aos das
mulheres
Tais resultados satildeo contraacuterios aos achados do estudo de Kashihara et al
(2009)94 com indiviacuteduos de 30-74 anos que comparou paciente com hipertensatildeo e sem
hipertensatildeo Em seus pontos de corte de CC para os homens foram superiores aos
pontos de corte definidos para as mulheres e os valores de sensibilidade e
especificidade foi maior nas mulheres para identificar risco cardiovascular Poreacutem a
idade foi menor ao proposto no presente estudo
Outro estudo que contraria tais resultados quanto ao ponto de corte da CC foi
o de Haun Pitanga e Lessa (2009)16 que foi superior para os homens enquanto o
niacutevel de sensibilidade e especificidade foi igual aos nossos achados Poreacutem esse
estudo foi realizado com indiviacuteduos de idade entre 30-74 anos e discriminou risco
coronariano elevado
Quanto ao Iacutendice C no presente estudo o ponto de corte sugerido foi de 126
nas mulheres (sensibilidade 541 e especificidade 452) e 129 para os homens
(sensibilidade 574 e especificidade 456)
Diferentemente do resultado encontrado no presente estudo Pitanga e Lessa
(2005)56 sugeriram como o melhor ponto de corte para risco coronariano com o iacutendice
C 118 para mulheres apresentando valores de sensibilidade (7339) e
especificidade (6115) Para os homens o ponto de corte foi de 125 com valores de
sensibilidade (7391) e especificidade (7492) Tais pontos de corte foram para
indiviacuteduos adultos por esse motivo foram mais baixos que os achados do presente
trabalho Deve-se considerar que existem modificaccedilotildees na composiccedilatildeo corporal com
o processo do envelhecimento o que poderia alterar os pontos de corte para as essas
medidas antropomeacutetricas
33
Em outro estudo com os mesmo autores foram apresentados outros pontos de
corte comparando diferentes faixas etaacuterias Para as mulheres de 30-49 anos o melhor
ponto de corte foi o mesmo (118) com melhor sensibilidade (7857) e
especificidade (6524) e tambeacutem melhor aacuterea sob a curva ROC 081 (IC95 = 070-
092) Entre as de idade mais avanccedilada (50-74 anos) o melhor ponto de corte
sugerido foi 122 com sensibilidade (6000) e especificidade (6582) e aacuterea sob a
curva ROC 065 (IC 95 = 058-073) Portanto o iacutendice C apresentou melhor poder
discriminatoacuterio de RCEst para as mulheres mais jovens64
Almeida Almeida e Arauacutejo (2009)58 conduziram uma pesquisa com mulheres
de 30 e 69 anos buscando avaliar o desempenho de diferentes pontos de corte do
iacutendice C RCQ CC e RCEst para discriminar Risco Coronariano Elevado e o ponto de
corte encontrado para o Iacutendice C foi (125) proacuteximo ao ponto de corte para mulheres
nos nossos achados Dessa forma tais autores afirmaram que os indicadores
antropomeacutetricos de obesidade abdominal analisados tiveram desempenhos
satisfatoacuterios e similares para discriminar RCEst poreacutem o iacutendice C foi o que
apresentou o melhor poder discriminatoacuterio
As informaccedilotildees sobre o iacutendice C satildeo limitadas quanto agrave discussatildeo do ponto de
corte para hipertensatildeo arterial principalmente por encontrar poucos estudos sobre
essa medida como referecircncia para idosos Pitanga e Lessa (2004)55 relatam como
uma limitaccedilatildeo para a utilizaccedilatildeo do Iacutendice C em estudos populacionais a dificuldade de
se calcular o denominador da equaccedilatildeo proposta para sua determinaccedilatildeo
O excesso de gordura em geral estaacute associado ao aparecimento de doenccedilas
cardiovasculares hipertensatildeo arterial e mortalidade a definiccedilatildeo de pontos de corte
para iacutendices que se destacam por sua simplicidade operacional e boa acuraacutecia
permite a detecccedilatildeo dos indiviacuteduos sob risco sendo de grande utilidade nos serviccedilos
de atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede aleacutem de possibilitar o conhecimento da situaccedilatildeo de
grupos populacionais especiacuteficos frente a esses riscos quando empregados na
pesquisa epidemioloacutegica
No contexto das cidades de pequeno porte (rurais e urbanas) os recursos de
sauacutede satildeo muitas vezes limitados e escassos sendo importante a utilizaccedilatildeo desses
iacutendices antropomeacutetricos como substituiccedilatildeo eou apoio a avaliaccedilatildeo tradicional da
pressatildeo arterial Em vaacuterias conjunturas de sauacutede a alta demanda de paciente com
hipertensatildeo arterial exige a utilizaccedilatildeo de instrumentos de diagnoacutesticos e rastreamento
34
de raacutepida e faacutecil aplicaccedilatildeo que possam ser manejados por diferentes profissionais e
que sobretudo apresentem validade e fidedignidade A adequada validaccedilatildeo de
instrumentos e conhecimento de suas propriedades teacutecnicas na populaccedilatildeo brasileira
tambeacutem deve contribuir com a seleccedilatildeo de prioridades e delimitaccedilatildeo do conteuacutedo dos
programas de sauacutede pelos tomadores de decisatildeo em diferentes niacuteveis de gestatildeo
35
7 CONCLUSAtildeO
As anaacutelises dos dados permitem frente aos objetivos estabelecidos formular
as seguintes conclusotildees Quanto ao poder de discriminaccedilatildeo de iacutendices
antropomeacutetricos para a hipertensatildeo arterial em idosos os iacutendices antropomeacutetricos
(IMC RCEst e Iacutendice C) foram bons preditores de hipertensatildeo arterial para os homens
Dessa forma tais iacutendices podem ser empregados nos homens poreacutem tais medidas
natildeo foram satisfatoacuterias para predizer pressatildeo arterial elevada nas mulheres idosas
limitando a sua utilizaccedilatildeo para o sexo feminino com idades avanccediladas
O melhor ponto de corte para discriminar hipertensatildeo arterial foi 054 para a
RCEst nos homens dessa forma tal ponto de corte deve ser empregada no contexto
da atenccedilatildeo primaacuteria nos homens Sugere-se a utilizaccedilatildeo dessa medida a fim de
detectar e realizar a triagem da hipertensatildeo arterial com caracteriacutesticas similares agrave
amostra deste estudo
Recomenda-se que a utilizaccedilatildeo de dois iacutendices simultaneamente resulte em
uma maior eficiecircncia na avaliaccedilatildeo do risco de hipertensatildeo arterial em idosos A
indicaccedilatildeo destas medidas permite que ela seja realizada nas Unidades de Sauacutede da
Famiacutelia como meacutetodo de triagem para idosos com hipertensatildeo arterial utilizando
materiais de faacutecil manejo e de baixo custo
Dessa forma pode-se efetivamente atingir uma das estrateacutegias de prevenccedilatildeo
da hipertensatildeo arterial sistecircmica que eacute o controle da pressatildeo arterial durante o
envelhecimento Todavia sugere-se cautela na utilizaccedilatildeo do ponto de corte desses
indicadores para as mulheres pois os resultados natildeo foram satisfatoacuterios
Fica evidente a necessidade de outros estudos que identifiquem pontos de
corte de iacutendices antropomeacutetricos visando agrave detecccedilatildeo de hipertensatildeo arterial e de
outros fatores de risco cardiovascular nas mulheres idosas que residem em cidades
de pequeno porte
36
8 REFEREcircNCIAS
1 Omram AR The epidemiologic transition a theory of the epidemiology of population change Milbank Memorial Fund Quarterly 1971 49 (Part 1) 509-538
2 Wong LR Carvalho JM Age-strucutural transition in Brazil demographic bonuses and emerging challenges In Pool I Wong LLR Vilquin E editores Age-structural transitions challenges for development Paris Committee for International Cooperation in National Research in Demography 2006
3 Gragnolati M Jorgensen OH Rocha R Fruttero AA Envelhecendo em um Brasil mais Velho implicaccedilotildees do envelhecimento populacional sobre o crescimento econocircmico reduccedilatildeo da pobreza financcedilas puacuteblicas prestaccedilatildeo de serviccedilos Banco Internacional para a Reconstruccedilatildeo e o Desenvolvimento Banco Mundial 2011
4 Schmidt MI Duncan BB Silva GA et al Health in Brazil 4 Chronic non-communicable diseases in Brazil burden and current challenges The Lancet 2011 377
5 Ezzati M Hoorn SV Rodgers A et al Comparative Risk Assessment Collaborating Group Selected major risk factors and global and regional burden of disease Lancet 2002 360 1347-60
6 Lim SS Vos T Flaxman AD et al A comparative risk assessment of burden of disease and injury attributable to 67 risk factors and risk factor clusters in 21 regions 1990-2010 a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2010 Lancet 2012 380 (9859)2224-60
7 Sociedade Brasileira de Cardiologia Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Sociedade Brasileira de Nefrologia VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 2010 95(1) 1-51
8 Miranda DR Perrotti TC Bellinazzi VR et al Hipertensatildeo arterial no idoso peculiaridades na fisiopatologia no diagnoacutestico e no tratamento Rev Bras Hipertens 2002 9 293-300
9 Pilger C Menon MU Mathias TAF Caracteriacutesticas sociodemograacuteficas e de sauacutede de idosos contribuiccedilotildees para os serviccedilos de sauacutede Rev Latino-Am Enfermagem 2011 19(5)1230-1238
10 Pilger C Menon MU Mathias TAF Utilizaccedilatildeo de serviccedilos de sauacutede por idosos vivendo na comunidade Rev esc enferm USP 2013 47(1)213-220
11 Mariath AB Grillo LP Silva RO et al Obesidade e fatores de risco para o desenvolvimento de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis entre usuaacuterios de unidade de alimentaccedilatildeo e nutriccedilatildeo Cad Sauacutede Puacuteblica 2007 23 (4) 897-905
37
12 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Diretrizes e recomendaccedilotildees para o cuidado
integral de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis promoccedilatildeo da sauacutede vigilacircncia prevenccedilatildeo e assistecircncia Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2008
13 Kuumlmpe DA Sodreacute AC Pomatti DM et al Obesidade em Idosos Acompanhados
pela Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia Texto Contexto Enferm Florianoacutepolis 2011 20(3) 471-7
14 Silva KS Farias Juacutenior JC Fatores de risco associados agrave pressatildeo arterial elevada em adolescentes Rev Bras Med Esporte 2007 13(4) 237-40
15 Pitanga FJG Lessa I Razatildeo cintura-estatura como discriminador do risco
coronariano de adultos Rev Assoc Med Bras 2006 52157-61
16 Haun DR Pitanga FJG Lessa I Razatildeo CinturaEstatura comparado a outros indicadores antropomeacutetricos de obesidade como preditor de risco coronariano elevado Rev Assoc Med Bras [online] 2009 55(6) 705-711
17 Nascimento CM Ribeiro AQ SantrsquoAna LFR et al Estado nutricional e condiccedilotildees de sauacutede da populaccedilatildeo idosa brasileira revisatildeo da literatura Rev meacuted Minas Gerais 2011 21(2)174-180
18 Gomes MA Beck cc Duarte MFS et al Ficha Antropomeacutetrica no Nuacutecleo de Apoio a Sauacutede da Famiacutelia o que medir e para que medir Rev bras cineantropom desempenho hum 2009 11(2) 243-253
19 Azevedo LF Oliveira ACC Lima JRP et al Recomendaccedilotildees sobre condutas e procedimentos do profissional de educaccedilatildeo fiacutesica na atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede Rio de Janeiro CONFEF 2010 109-55
20 World Health Organization World health statistics 2012 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghopublicationsworld_health_statistics2012enindexhtmlgt [2012 set 18]
21 World Health Organization Global health risks mortality and burden of disease attributable to selected major risks Geneva World Health Organization 2009a
22 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Panorama da sauacutede brasileira em muacuteltiplos aspectos Percepccedilatildeo do estado de sauacutede estilo de vida e doenccedila crocircnica Pesquisa Nacional de Sauacutede 2013
23 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Pesquisa Nacional por Amostra
de Domiciacutelios 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapesquisaspesquisa_resultadosphpid_pesquisa=149gt[2014 dez 04]
24 Tribess S Virtuoso Junior JS Prescriccedilatildeo de exerciacutecios fiacutesicos para idosos Rev saudecom 2005 1(2)163-72
38
25 Pollock ML Wilmore JH Exerciacutecio na Sauacutede e na Doenccedila avaliaccedilatildeo e prescriccedilatildeo para prevenccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo Editora MEDSI 2ordf ed Rio de Janeiro 1993
26 Sociedade Brasileira de Cardiologia V Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 20061-48
27 World Health Organization Global Health Observatory (GHO) 2014 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghoncdrisk_factorsblood_pressure_prevalence_textengt [2014 dez 04]
28 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Secretaria de Atenccedilatildeo baacutesica agrave Sauacutede Departamento de atenccedilatildeo baacutesica - Hipertensatildeo arterial sistecircmica Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2006
29 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) (2009) Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeGestorvisualizar_textocfmidtxt=24421gt [2010 abr 07]
30 Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Nuacutemero de hipertenso 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwsbhorgbripadgeralphpgt [09 nov 2014]
31 Secretaria de Sauacutede do Estado da Bahia Hipertensatildeo Quantidade de Hipertensos na Bahia Disponiacutevel em (2014) lthttpwwwsaudebagovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=4418ampcatid=1ampItemid=14gt [2014 jan 10]
32 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica 2014 Dados de mortalidade na Bahia Disponiacutevel em lthttptabnetdatasusgovbrcgitabcgiexesiabcnvSIABSBAdefgt [2014 mai 05]
33 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica Dados sociodemograacuteficos de Ibicuiacute 2014 lthttptabnetdatasusgovbrcgideftohtmexesiabcnvSIABFBAdefgt [2014 jan 05]
34 Williams B The year in hypertension JACC 2010 55(1) 66-73
35 Lipp M Rocha JC Stress Hipertensatildeo Arterial e Qualidade de vida um guia de tratamento para o hipertenso Campinas Papirus 1996
36 Borenstein MS (Org) Manual de Hipertensatildeo Arterial Porto Allege Editora Sagra Luzzatto 1999
37 Joint National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure The Sixth Report of the Join National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure Arch Intern Med 1997157 2413-2446
39
38 Mitchell GF Parise H Benjamin EJ et al Changes in arterial stiffness and wave reflection with advancing age in health men and women Hypertension 2004 431239-1245
39 Matos AC Ladeia AM Avaliaccedilatildeo de fatores de risco cardiovascular em uma comunidade rural da Bahia Arq Bras Cardiol 2003 81(3) 291-6
40 World Health Organization Who Expert Committee on Physical Status the use and interpretation of antropometry Report of a WHO Expert Commitee Geneva WHO 1995 p 854
41 Pitanga FJG Antropometria na avaliaccedilatildeo da obesidade abdominal e risco coronariano Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum 201113(3) 238-241
42 Ferreira LS Amaral TF Marucci MFN et al Under nutrition as a major risk factor for death among older Brazilian adults in the community-dwelling setting SABE survey Nutrition 201127(10)17-22
43 Andrade FB Caldas Junior AF Kitoko PM et al Prevalence of overweight and obesity in elderly people from Vitoacuteria-ES Brazil Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2012 set17(3)749-756
44 Boscatto EC Duarte Mde F Coqueiro Rda S Barbosa AR Nutritional status in the oldest elderly and associated factors Rev Assoc Med Bras 2013 59(1)40-47
45 Kostka J Borowiak E Kostka T Nutritional status and quality of life in different
populations of older people in Poland Eur J Clin Nutr 2014 Nov68(11)1210-5
46 Silva DAS Petroski EL Associaccedilatildeo de diferentes pontos de corte para sobrepeso e obesidade com pressatildeo arterial elevada em idosas Rev Educ Fis UEM 2009 20 415-22
47 Nutrition Screening Initiative Interventions manual for professionals caring for older Americans Washington DC Nutrition Screening Initiative 1992
48 World Health Organization Obesity preventing and managing the global epidemic Report of a WHO Consultation on Obesity Geneva World Health Organization 1998
49 Cameron AJ Dunstan DW Owen N et al Health and mortality consequences
of abdominal obesity evidence from the Aus Diab study Med J Aust 2009191 202ndash208
50 Fox KA Despres JP Richard AJ et al Does abdominal obesity have a similar impact on cardiovascular disease and diabetes A study of 91246 ambulant patients in 27 European countries Eur Heart J 2009 30 3055ndash3063
40
51 Pouliot MC Despreacutes JP Lemieux S et al Waist circumference and abdominal sagittal diameter Best simple anthropometric indexes of abdominal visceral adipose tissue accumulation and related cardiovascular risk in men and woman Am J Cardiology 1994 73 460-468
52 Peixoto MRG Beniacutecio MHD Latorre M et al Circunferecircncia da Cintura e Iacutendice de massa Corporal como Preditores da Hipertensatildeo Arterial Arq Bras Cardiol 200687 462-470
53 MacKay MF Haffner SM Wagenknecht LE et al Prediction of type 2 diabetes using alternate anthropometric measures in a multiethnic cohort the insulin resistance atherosclerosis study Diabetes Care 200932(5)956-8
54 Valdez R A simple model-based index of abdominal adiposity J Clin Epidemiol1991 44(9) 955-6
55 Pitanga FJG Lessa I Sensibilidade e especificidade do iacutendice de conicidade como discriminador do risco coronariano de adultos em Salvador Brasil Rev Bras Epidemiol 20047(3)259-69
56 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano elevado em adultos na cidade de Salvador - Bahia Arq Bras Cardiol 2005 85 (1)26-31
57 Ghosh JR Bandyopadhyay AR Comparative evaluation of obesity measures relationship with blood pressures and hypertension Singapore Med J 200748(3) 232-5
58 Almeida RT Almeida MMG Araujo TM Obesidade abdominal e risco cardiovascular desempenho de indicadores antropomeacutetricos em mulheres Arq Bras Cardiol 2009 out92(5)375-380
59 Freitas Juacutenior Costa Rosa CS Codogno JS et al Capacidade cardiorrespiratoacuteria e distribuiccedilatildeo de gordura corporal de mulheres com 50 anos ou mais Rev Esc Enferm USP 2010 44(2) 395-400
60 Matos LN Giorelli GV Dias CB Correlation of anthropometric indicators for identifying insulin sensitivity and resistance Satildeo Paulo Med J [online] 2011 129(1) 30-35
61 Gomes MA Rech CR Gomes MBA et al Correlaccedilatildeo entre iacutendices antropomeacutetricos e distribuiccedilatildeo de gordura corporal em mulheres idosas Rev bras cineantropom desempenho hum 2006 set 8(3) 16-22
62 Tarastchuk JCE Gueacuterios EE Bueno RRL et al Obesidade e intervenccedilatildeo coronariana devemos continuar valorizando o Iacutendice de Massa Corpoacuterea Arq Bras Cardiol [online] 2008 90(5) 311-316
41
63 Ferreira AP CB Ferreira VC Souza et al Risco de distuacuterbio glicecircmico em mulheres idosas ajustado por antropometria e genoacutetipos de citocinas Rev Assoc Med Bras [online] 201157(5) 565-569
64 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano em mulheres Rev Bras Cineantrop Desempenho Hum 2006 8 (1) 14-21
65 Newman TB Browner WS Cummings SR Delineando estudos de testes meacutedicos In Hulley SB et al Delineando a pesquisa cliacutenica uma abordagem epidemioloacutegica 2 ed Porto Alegre Artmed 2003 203-224
66 Toscano CM As campanhas nacionais para detecccedilatildeo das doenccedilas crocircnicas natildeo-transmissiacuteveis diabetes e hipertensatildeo arterial Ciecircnc sauacutede Coletiva out-dez 2004 9(4) 885-895
67 Fletcher RH Fletcher SW Prevenccedilatildeo In Fletcher R Fletcher S Epidemiologia
cliacutenica elementos essenciais 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 2006 179-201
68 Jeckel J Elmore J Katz D Meacutetodos de prevenccedilatildeo secundaacuteria In _____ Epidemiologia bioestatiacutestica e medicina preventiva 2 ed Porto Alegre Artmed 2005 236-247
69 Klein CH Bloch KV Estudos seccionais In Medronho RA Carvalho DM Bloch KV Luiz RR Werneck GL Epidemiologia 1ordf ed Satildeo Paulo Editora Atheneu 2002 125-150
70 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Resoluccedilatildeo nordm- 6 de 3 de novembro de 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcenso2010ibgegovbrdados_divulgadosindexphpuf=29gt[201 dez 18]
71 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica ndash Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais (2014) Disponiacutevel em lthttpcodibgegovbr398G9gt [2014 ago 30]
72 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230gt [2013 mai 01]
73 Luiz RR Magnanini MMF A loacutegica da determinaccedilatildeo do tamanho da amostra em investigaccedilotildees epidemioloacutegicas Cad sauacutede coletiva Rio de Janeiro 2000 8(2) 9-28
74 Reis MC Nascimento RAS Pedreira RBS et al Validaccedilatildeo de Face e Clareza do Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede dos Idosos ndash IASI [resumo] in Anais do XIX Congresso Brasileiro Geriatria e Gerontologia Beleacutem 2014 296-296
75 Lohman TG Roche AF Martorell R Anthropometric Standardization Reference Manual Champaign Illinois Human Kinetics 1988
42
76 Vaz JCL Regiotildees de Incerteza para Curva ROC em Teste Diagnoacutesticos
[dissertaccedilatildeo] Satildeo Carlos Universidade Federal de Satildeo Carlos 2009
77 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de 2012
78 Erdreich LS Lee ET Use of relative operating characteristic analysis in epidemiology A method for dealing with subjective judgement Am J Epidemiol 1981 114649-62
79 Aekplakorn W Pakpeankitwatana V Lee CM et al Abdominal obesity and coronary heart disease in Thai men Obesity 200715(4)1036-42
80 Oliveira MAM Fagundes RLM Moreira EAM et al Relaccedilatildeo de Indicadores Antropomeacutetricos com Fatores de Risco para Doenccedila Cardiovascular Arq Bras Cardiol 2010 abr 94(4) 478-485
81 Mendes TAB Goldbaum M Segri NJ et al Factors associated with the prevalence of hypertension and control practices among elderly residents of Satildeo Paulo city Brazil Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(11) 2275-2286
82 Oliveira BFA Souza Mouratildeo D Gomes N et al Prevalecircncia de hipertensatildeo arterial em comunidades ribeirinhas do Rio Madeira Amazocircnia Ocidental Brasileira Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(8) 1617-1630
83 Picon RV Fuchs FD Moreira LB et al Prevalence of Hypertension Among Elderly Persons in Urban Brazil A Systematic Review With Meta-Analysis Am J Hypertens 2013 26 (4) 541-548
84 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Pessoa Idosa e Envelhecimento Seacuteries Pactos pela Sauacutede 2006 v 12 Brasiacutelia ndash DF 2010
85 Leal Neto JS Souza J Coqueiro RS et al Anthropometric indicators of obesity as screening tools for high blood pressure in the elderly Int J Nurs Pract 2013 Aug 19(4) 360-367
86 Schisterman EF Faraggi D Reiser B Trevisan M Statistical inference for the area under the receiver operating characteristic curve in the presence of random measurement error Am J Epidemiol 2001 154 (2) 174-9
87 Samsen M Hanchaiphiboolkul S Puthkhao P et al Appropriate body mass index and waist circumference cutoffs for middle and older age group in Thailand data of 19621 participants from Thai epidemiologic stroke (TES) study J Med Assoc Thai 2012 Sep 95(9)1156-66
88 Ko GTC Chan JCN Cockram CS Woo J Prediction of hypertension diabetes dyslipidemia or albuminuria using simple anthropometric indexes in Hong Kong Chinese Int J Obes 1999 23 (11) 1136-42
43
89 Lin WY Lee LT Chen CY et al Optimal cut-off values for obesity using simple anthropometric indices to predict cardiovascular risk factors in Taiwan Int J Obes Relat Metab Disord 2002261232-8
90 Pua YH Ong PH Anthropometric indices as screening tools for cardiovascular risk factors in Singaporean women Asia Pac J Clin Nutr 2005 14 (1) 74-9
91 Berber A Goacutemez-Santos R Fanghaumlnel G Saacutenchez-Reyes L Anthropometric
indexes in the prediction of type 2 diabetes mellitus hypertension and dyslipidaemia in a Mexican population Int J Obes 200125(12)1794-9
92 Browning LM Hsieh SD Ashwell M A systematic review of waist-to-height ratio
as a screening tool for the prediction of cardiovascular disease and diabetes 05 could be a suitable global boundary value Nutr Res Rev 2010 23(2)247-69
93 Bertsias G Mammas I Linardakis M Kafatos A Overweight and obesity in
relation to cardiovascular disease risk factors among medical students in Crete Greece BMC Public Health 2003 31-9
94 Kashihara H Lee JS Kawakubo K et al Criteria of Waist Circumference According to Computed Tomography-Measured Visceral Fat Area and the Clustering of Cardiovascular Risk Factors Circ J 2009 73 1881-1886
44
APEcircNDICES
45
Apecircndice 1
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
46
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS
PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE SAUacuteDE
DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE
Jequieacute ____ ____ 201__
APEcircNDICE 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Vocecirc esta sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa do Nuacutecleo de
Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo (NESP) da Universidade Estadual do Sudoeste da
Bahia
Objetivo do estudo Avaliar e monitorar as condiccedilotildees de sauacutede de idosos residentes
em comunidade
Participaccedilatildeo Ao aceitar participar do estudo estarei agrave disposiccedilatildeo do pesquisador
para responder ao formulaacuterio que seraacute arquivado pelo autor por um periacuteodo de cinco
anos sendo posteriormente incinerado
Riscos Este estudo natildeo traraacute riscos para minha integridade fiacutesica ou moral dos
participantes
Confidencialidade do estudo Seraacute garantida a privacidade o anonimato bem como
o direito de aceitar ou natildeo participar da pesquisa podendo ser essa autorizaccedilatildeo
suspensa em qualquer fase do estudo Assim as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo
4662012 do Conselho Nacional de Sauacutede que discorre sobre pesquisa envolvendo
seres humanos seratildeo atendidas Os resultados seratildeo publicados no relatoacuterio final da
dissertaccedilatildeo e artigos cientiacuteficos
47
Benefiacutecios Accedilotildees interinstitucionais articuladas promovidas numa perspectiva
interdisciplinar possibilitaratildeo uma melhor compreensatildeo das condiccedilotildees de sauacutede dos
idosos residentes em comunidade do municiacutepio e contribuiraacute para a formulaccedilatildeo de
accedilotildees direcionadas as necessidades dessa populaccedilatildeo
Danos advindos da pesquisa Caso haja algum prejuiacutezo decorrente da realizaccedilatildeo
deste estudo seraacute providenciada a devida reparaccedilatildeo dos danos atraveacutes do
responsaacutevel pelo estudo O pesquisador e os entrevistados natildeo receberatildeo benefiacutecios
financeiros para participaccedilatildeo no estudo Todas as despesas seratildeo por conta do
pesquisador
Participaccedilatildeo voluntaacuteria Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria podendo a qualquer
momento desistir do estudo sem qualquer prejuiacutezo ou penalidade para mim
Consentimento para participaccedilatildeo Apoacutes ser devidamente esclarecido (a) quanto
aos objetivos deste estudo dos procedimentos aos quais serei submetido (a) bem
como dos possiacuteveis riscos decorrentes da minha participaccedilatildeo estou de acordo em
participar do mesmo O pesquisador responsaacutevel pelo estudo assegura que seraacute
disponibilizado qualquer esclarecimento adicional que eu venha a solicitar durante a
realizaccedilatildeo da pesquisa e o direito de desistir da participaccedilatildeo em qualquer momento
Em casos de duacutevidas eou problemas referentes ao estudo vocecirc poderaacute
entrar em contato com o autor atraveacutes do Nuacutecleo de Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo
(NESP) (73) 3528-9721
Sendo assim eu ______________________________________________
aceito livremente participar do Projeto MONIDI
__________________________________ __________________________________
Assinatura do (a) participante
RG _________________________
Assinatura do (a) pesquisador
RG_________________________
48
Apecircndice 2
Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede do Idoso
49
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS
PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE
SAUacuteDE DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE
Nuacutemero do Questionaacuterio |__|__|__|
Nome do Entrevistador ___________________________
Visita 1 2 3
Data Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Hora de iniacutecio ________
Hora de teacutermino ________
I INFORMACcedilOtildeES PESSOAIS E SOCIODEMOGRAacuteFICAS
1 Nome do entrevistado
2Sexo
0 ( ) Feminino
1 ( ) Masculino
3 Endereccedilo completotelefone
4 Idade ____ anos
41 Data de Nascimento
____________
50
5 Situaccedilatildeo conjugal atual
1 ( ) Casado(a) 2 ( ) Uniatildeo estaacutevel 3 ( ) Solteiroa
4 ( ) Divorciado(a)separado(a)desquitado(a) 5 ( ) Viuacutevoa
6 No total quantas vezes o (a) Sr(a) esteve casado(a) ou em uniatildeo
Nordm de vezes |___|___|
7 Na escola qual a uacuteltima seacuterie grau que concluiu com aprovaccedilatildeo
1 - Nunca foi agrave escola ( ) 4 - Fundamental II ( )5 a ( )6 a ( )7 a ( )8 a
2 - Lecirc e escreve o nome ( ) 5 - Ensino Meacutedio ( ) 1 a ( )2 a ( )3
3 - Fundamental I ( )1 a ( )2 a 6 - Superior ( ) completo ( ) incompleto
( )3 a ( )4 a
8 Como vocecirc classificaria a cor da sua pele
1( ) Branca 2( ) Amarela (oriental) 3( ) Parda
4( ) Origem indiacutegena 5( ) Preta 9( ) Natildeo sabe
9 Cor da pele (entrevistador)
1( ) branca 2( ) amarela (oriental) 3( ) parda
4( ) origem indiacutegena 5( ) preta
10-Quantos filhos e filhas nascidos vivos o(a)Sr(a) teve (natildeo inclua enteados filhos
adotivos abortos ou filhos nascidos mortos)
Nuacutemero de filhos |____|____| (98) NS (99) NR
11 Atualmente o senhor (a) mora sozinho ou acompanhado
1( )Acompanhado 2( ) Sozinho 3( ) NR 4( )NS
51
12 Desde que o senhor (a) nasceu viveu no campo por 5 anos ou mais
0( ) Natildeo 1( ) Sim 2( ) NS 3( ) NR
13 Qual eacute a sua religiatildeo
1( ) Catoacutelica 2( ) Protestante 3( ) Judaica
4( ) Espiacuteritakardecista 5( ) Umbanda 6( ) Outras ____________
14 Qual a importacircncia da religiatildeo em sua vida
(1) Importante (2) Regular (3) Nada importante (8) NS (9) NR
15 Com que frequecircncia o senhor vai agrave igreja ou ao serviccedilo religioso
( ) Nunca ( ) Vaacuterias vezes por ano ( ) Uma duas vezes por mecircs
( ) Quase toda semana ( ) Mais de uma vez por semana ( ) NS ( ) NR
16 Quanto vocecirc ganha em meacutedia por mecircs R$ __________8( )Natildeo se aplica
II A CONSUMO DE AacuteLCOOL E TABACO
Uso de bebidas alcooacutelicas
1 Vocecirc consome bebidas alcooacutelicas Se vocecirc NAtildeO BEBE siga para o bloco III C
0 ( )sim 1( ) natildeo
2 Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
3 As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
4 Sente-se chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
5 Costuma beber pela manhatilde para diminuir o nervosismo ou a ressaca
0 ( ) sim 1( ) natildeo
Haacutebito de fumar
1 Vocecirc jaacute foi fumante 0 ( ) sim 1( ) natildeo
52
2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco
III C
3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros
4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias
III ANTROPOMETRIA
MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS
ESTATURA
MASSA CORPORAL
CIRCUNFEREcircNCIA
DE CINTURA
IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL
MEDIDA 01 02 03
Pressatildeo arterial
sistoacutelica
Pressatildeo arterial
diastoacutelica
53
ANEXOS
54
Anexo 1
Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos
55
56
12
Figura 1 - Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Ibicuiacute BA na regiatildeo Nordeste do Brasil
Fonte Adaptado do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE)72 Infograacuteficos
Cidades Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230
43 Populaccedilatildeo e amostra
A populaccedilatildeo alvo do presente estudo foi constituiacuteda por indiviacuteduos com idade
igual ou superior a 60 anos de ambos os sexos cadastrados na Estrateacutegia de Sauacutede
da Famiacutelia (ESF) que atenderam agraves aacutereas urbanas e rurais do municiacutepio de Ibicuiacute-BA
no ano de 2014 A lista com o nuacutemero de usuaacuterios idosos cadastrados nas USFs da
zona rural e urbana do municiacutepio foi solicitada junto agrave Secretaria Municipal de Sauacutede
Foram incluiacutedos no estudo idosos que estavam cadastrados na Estrateacutegia de
Sauacutede da Famiacutelia que aceitaram participar da pesquisa atraveacutes da assinatura do
Termo de Consentimento Livre Esclarecido (TCLE)
Os criteacuterios de exclusatildeo foram os participantes com diagnoacutestico de demecircncia
ou qualquer outro tipo de alteraccedilatildeo cognitiva que comprometesse a veracidade das
informaccedilotildees fornecidas idosos acamados portadores de doenccedila de Alzheimer ou
outro tipo de doenccedila neuroloacutegica que afetasse a cogniccedilatildeo doenccedila em estaacutegio
terminal
Apoacutes aplicaccedilatildeo dos criteacuterios de exclusatildeo foi efetuado o caacutelculo amostral
seguindo a proposta de Luiz e Magnanini (2000)73 para populaccedilotildees finitas com
13
predominacircncia desconhecida de 50 sendo adotado niacutevel de significacircncia de 5
(correspondendo a um intervalo de confianccedila de 95) e erro toleraacutevel de amostragem
de 25
O caacutelculo amostral resultou numa amostra miacutenima necessaacuteria de 305 idosos
Esse caacutelculo amostral sofreu ajuste em 10 para compensar eventuais perdas e
recusas Apoacutes o resultado do caacutelculo amostral os idosos participantes foram
selecionados atraveacutes de sorteio sendo este proporcional ao tamanho e a distribuiccedilatildeo
por sexo e por quantidade de idosos na Unidade de Sauacutede da Famiacutelia
Os indiviacuteduos assinaram o TCLE foram entrevistados e avaliados nas
dependecircncias da USF sendo que aqueles que natildeo foram localizados ou natildeo
compareceram a USF apoacutes trecircs tentativas foram automaticamente substituiacutedos por
meio de sorteio
44 Equipes de coleta de dados
A equipe de coleta foi composta por dois profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica
(Coordenadores) e cinco acadecircmicos de fisioterapia enfermagem e medicina A
equipe foi previamente treinada em reuniotildees teacutecnicas e no estudo piloto que foi
realizado no periacuteodo de Outubro a Dezembro de 2013 visando padronizar todo o
processo de coleta Foram estabelecidas accedilotildees referentes agrave logiacutestica agrave aplicaccedilatildeo dos
questionaacuterios e aos procedimentos de medidas das variaacuteveis antropomeacutetricas A
coleta propriamente dita ocorreu entre o periacuteodo de 03022014 a 20022014
14
45 Procedimentos para coleta de dados
451 Variaacuteveis do estudo e dados coletados
Foram mensuradas as variaacuteveis idade sexo situaccedilatildeo conjugal niacutevel de
escolaridade raccedilacor renda mensal alcoolismos e tabagismos Como tambeacutem
medidas de pressatildeo arterial sistoacutelica e diastoacutelica massa corporal estatura e
circunferecircncia da cintura
452 Instrumentos de coleta
Foi utilizado o instrumento de coleta denominado Instrumento de Avaliaccedilatildeo da
Sauacutede de Idosos (IASI) padronizado e validado previamente74 Tal instrumento obteacutem
caracteriacutesticas sociodemograacuteficas informaccedilotildees pessoais consumo de aacutelcool e
tabaco avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica e de pressatildeo arterial
Para aferir a pressatildeo arterial foi utilizado o aparelho digital (marca OMRONreg
modelo HEM ndash 742 INT) Utilizou-se ainda uma balanccedila digital portaacutetil (OMRONreg) e
um estadiocircmetro (marca Sannyreg) ambos devidamente calibrados e fita
antropomeacutetrica flexiacutevel (Cardiomedreg)
453 Pressatildeo Arterial
A pressatildeo arterial foi aferida com um aparelho digital de braccedilo com manguito
adequado agrave circunferecircncia do mesmo A medida foi realizada no braccedilo direito a altura
do coraccedilatildeo Foram realizadas trecircs medidas da pressatildeo arterial sendo a primeira apoacutes
o idoso permanecer cinco minutos em repouso e sentado a segunda apoacutes dois
minutos e a terceira dois minutos apoacutes a realizaccedilatildeo da segunda (foi utilizada a meacutedia
das trecircs medidas) Valores de referecircncia estatildeo estabelecidos na Tabela 1
15
Tabela 1 - Classificaccedilatildeo da pressatildeo arterial de acordo com a VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo (2010)
Classificaccedilatildeo Pressatildeo Sistoacutelica (mmHg)
Pressatildeo Diastoacutelica (mmHg)
Oacutetima Normal Limiacutetrofe
lt 120 lt 130 130-139
lt 80 lt 85 85-80
Hipertensatildeo estaacutegio I 140-159 90-99 Hipertensatildeo estaacutegio II 160-179 100-109 Hipertensatildeo estaacutegio III ge 180 ge 110 Hipertensatildeo sistoacutelica isolada
ge 140 lt 90
Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo (2010)7
454 Antropometria
Todas as medidas antropomeacutetricas foram realizadas trecircs vezes (verificou-se a
meacutedia de tais medidas) por um profissional de Educaccedilatildeo Fiacutesica para diminuir o erro
intra e inter avaliadores e anotados por um apontador Os idosos foram medidos
conforme procedimentos padronizados por Lohman et al (1988)75 sem calccedilados
roupas leves sem reloacutegio chaves celular etc
Foi mensurada a circunferecircncia da cintura com uma fita antropomeacutetrica flexiacutevel
no ponto meacutedio entre a uacuteltima costela e a crista iliacuteaca e o procedimento foi deixar a
cintura livre de roupa e os braccedilos cruzados no peito Classificaccedilatildeo de risco para
desenvolver doenccedilas por Lohman et al (1988)75 HOMENS gt 102 cm e MULHERES
gt 88 cm Foi determinado o IMC atraveacutes da equaccedilatildeo [IMC =massa corporal
(kg)estatura2(m)] Valores de referecircncia estatildeo estabelecidos na Tabela 2
Tabela 2 - Classificaccedilatildeo do Iacutendice de Massa Corporal
IMC Classificaccedilatildeo
Baixo peso lt 220 kgm2 Peso adequado 220 le IMC le 270 kgm2 Obesidade gt 270 kgm2
Lohman et al (1988)75
16
A razatildeo cintura-estatura foi determinada pela equaccedilatildeo proposta por Pitanga e
Lessa (2006)15 a qual utiliza a CC (cm) e a estatura (cm) O Iacutendice C foi estimado por
meio das medidas de massa corporal estatura e circunferecircncia da cintura utilizando-
se um modelo proposto por Valdez (1991)54 cuja equaccedilatildeo matemaacutetica estaacute descrita a
seguir
46 Anaacutelise dos dados
Os dados foram digitados com dupla entrada no software Epidata 31 Apoacutes a
digitaccedilatildeo dos dados foram verificados manualmente os valores discrepantes e a
consistecircncia das informaccedilotildees
Na anaacutelise de dados foram utilizados os procedimentos da estatiacutestica descritiva
expressa por meacutedia desvio padratildeo nuacutemero de observaccedilotildees e percentual das
variaacuteveis avaliadas A diferenccedila entre os sexos nas variaacuteveis contiacutenuas foi analisada
pelo teste t de Student para amostras independentes uma vez que as variaacuteveis
apresentaram distribuiccedilatildeo normal e o teste do Qui-quadrado para comparar as
proporccedilotildees (variaacuteveis qualitativas) entre os idosos do sexo masculino e feminino
O poder discriminatoacuterio para determinar a hipertensatildeo arterial e os iacutendices
antropomeacutetricos foi verificado atraveacutes da utilizaccedilatildeo das curvas ROC recurso utilizado
para obtenccedilatildeo de pontos de corte que visam diagnoacutesticos ou triagem
A aacuterea sob a curva ROC (ASC) determina a capacidade preditiva do indicador
para presenccedila ou ausecircncia de hipertensatildeo arterial Uma ASC igual a 10 eacute
considerada perfeita poreacutem se for igual ou menor a 05 indica que sua capacidade
preditiva natildeo eacute melhor que ao acaso
17
Neste estudo o pressuposto para anaacutelise da ASC foi agrave sensibilidade pois em
determinadas situaccedilotildees quando natildeo pode correr o risco de natildeo diagnosticar
determinada doenccedila eacute melhor privilegiar a sensibilidade76
Apoacutes determinados os pontos de corte para cada uma das variaacuteveis
investigadas para prediccedilatildeo de hipertensatildeo essas foram dicotomizadas com base em
seus respectivos valores de referecircncia As anaacutelises estatiacutesticas foram conduzidas no
Statistical Product and Service Solutions (SPSS) reg 130 Em todas as anaacutelises foram
efetuadas respeitando-se o niacutevel de significacircncia de 5
47 Aspectos Eacuteticos
O estudo foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa da Universidade
Estadual do Sudoeste da Bahia com parecer (CAAE 22969013000000055) (Anexo
1) seguindo princiacutepios eacuteticos estabelecidos na Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de
2012 do Conselho Nacional de Sauacutede (CNS)77
18
5 RESULTADOS
51 Caracterizaccedilatildeo da amostra estudada
De acordo com a contabilizaccedilatildeo das perdas (mudou-se do municiacutepio natildeo foi
encontrado por mais de 3 vezes na USF ou domicilio) e recusas (n=31) a amostra final
foi composta por 310 idosos (201 zona urbana e 109 zona rural) A taxa de respostas
foi de 912 com 88 (n=31) de recusas e 92 (n=29) de exclusatildeo
Participaram do estudo 175 mulheres (565) e 135 homens (435) As
idades variaram entre 60 e 108 anos com meacutedia de 7078 plusmn 82 anos para as mulheres
e 60 a 93 anos com meacutedia de 7259 plusmn 78 anos para homens
A maioria das mulheres se auto referiu ser negra e os homens pardo O iacutendice
de analfabetismo apresentou-se elevado em ambos os sexos A maior parte dos idosos
eacute casado A maioria dos idosos sobrevivia com renda mensal inferior ou igual a um
salaacuterio miacutenimo (Tabela 3)
19
Tabela 3 - Variaacuteveis sociodemograacuteficas e de estilo de vida em idosos
Mulheres (n=175) Taxa de Resposta
Homens (n=135) Taxa de Resposta
n n P
Raccedilacor 9861 991
Branco 47 2686 43 3209
Preto 73 4171 26 1940 0001
Pardo 49 2800 55 4074
Natildeo sabe 4 229 10 741
Escolaridade 9918 1000
Analfabeto 95 5429 84 6222
Baacutesica 72 4114 46 3408 0001
Secundaacuteria 5 286 5 370
Superior 2 114 - -
Estado Civil 9789 991
Casadouniatildeo estaacutevel
74 4229 78 5777
Solteiroseparado 33 1886 36 2667 0001
Viuacuteva 63 3600 20 1481
Renda Mensal 9918 1000
le 1 salaacuterio 165 9428 123 9111
11 a 2 salaacuterio 8 458 10 74 0001
21 a salaacuterio 1 057 2 148
Alcoolismo 9989 1000
Sim 4 229 9 667 0001
Natildeo 170 9714 126 9333
Tabagismo 9597 1000
Sim 15 857 21 1556 0001
Natildeo 152 8686 114 8444
Teste Qui-quadrado
20
52 Caracteriacutesticas antropomeacutetricas
Apoacutes a assinatura do TCLE e realizaccedilatildeo do questionaacuterio 10 idosos foram
excluiacutedos (recusas e informaccedilatildeo incompleta do questionaacuterio) desta etapa de anaacutelise
Dessa forma foram analisadas 300 avaliaccedilotildees das medidas antropomeacutetricas
Na Tabela 4 podem ser observados os valores meacutedios desvio padratildeo valores
miacutenimos e maacuteximos e percentuais das variaacuteveis avaliadas A meacutedia do IMC foi menor
nos homens quando comparado com o resultado das mulheres (p lt 0001) Natildeo houve
diferenccedila significativa da variaacutevel circunferecircncia da cintura entre homens e mulheres
(p = 0208) A prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi maior nas mulheres A maioria
das mulheres eacute obesa e entre os homens o estado nutricional foi considerado eutroacutefico
(Tabela 5)
21
Tabela 4 - Valores descritivos miacutenimos e maacuteximos das variaacuteveis analisadas
Variaacuteveis Mulheres (n=167) Homens (n=133) Valor-p
Idade (anos) 7078 plusmn 821 (60-108)
7259 plusmn 786 (60-93)
0055
Massa corporal (kg) 6020 plusmn 1223 (2970-9580)
6384 plusmn 1250 (4010-11840)
0012
Estatura (cm) 14875 plusmn 616 (129-164)
16080 plusmn 782 (135-183)
lt00001
IMC (kgm2) 2715 plusmn505 (1342-4064)
2458 plusmn 390 (1475-3544)
lt00001
CC (cm)dagger 8734 plusmn 1126 (55-130)
8894 plusmn 1010 (66-115)
0208
RCEst 057 plusmn 011 (000-087)
055 plusmn 006 (042-073)
0086
Iacutendice C 123 plusmn 021 (000-166)
129 plusmn 006 (117-150)
0001
PAS 14096 plusmn 2218 (87-200)
13735 plusmn 2251 (98-209)
0166
PAD 7671 plusmn 1091 (45-105)
7697 plusmn 1179 (49-110)
0846
IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia da cintura RCEst - razatildeo cintura-estatura Iacutendice C - Iacutendice de Conicidade PAS - pressatildeo arterial sistoacutelica PAD ndash pressatildeo arterial diastoacutelica dagger Variaacuteveis com perdas (n=163 mulheres) Teste T de Student para amostras independentes
Tabela 5 - Percentuais das variaacuteveis analisadas
Variaacutevel Mulheres Homens Valor-p
Pressatildeo Arterial (n) (n)
Normal 557 (93) 594 (79) 0011
Hipertensatildeo 443 (74) 406 (54)
Estado nutricional (n) (n)
Baixo peso 144 (24) 301 (40)
Normal 353 (59) 436 (58) lt00001
Sobrepeso 503 (84) 263 (35)
Teste Qui-quadrado
53 Anaacutelise da curva ROC
22
As aacutereas sob a curva ROC do IMC da CC da RCEst e do iacutendice C como
preditores de hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos e os respectivos
intervalos de confianccedila (IC 95) podem ser observados na Tabela 6 e nas Figuras 2
3 4 5 6 7 8 9 Evidenciou-se que alguns iacutendices antropomeacutetricos apresentaram
aacuterea sob a curva ROC significativas Todavia a RCEst e o IMC assumiram maiores
aacutereas com diferenccedila significativa para os homens
Tabela 6 - Aacuterea sob a curva ROC e IC95 entre os iacutendices antropomeacutetricos e hipertensatildeo arterial em idosos
Aacuterea sob a curva ROC
PA elevada Mulheres
Homens
p
IMC (kgm2) 053 (044-062) 060 (050-070)
lt00001dagger
CC (cm) 057 (048-066) 058 (048-068)
lt00001dagger
RCEst 056 (047-065) 061 (051-071)
lt00001dagger
Iacutendice C 058 (049-066) 058 (058-068) lt00001dagger
IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia de cintura RCEst - razatildeo cinturaestatura Iacutendice C - iacutendice de conicidade ROC ndashReceiver Operating CharacteristicIC95 - intervalo de confianccedila a 95Aacuterea sob a curva ROC apresentando poder discriminatoacuterio para pressatildeo arterial elevada (Li-IC ge 050) daggerTeste Qui-quadrado
23
Figura 2 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) IMC - iacutendice de massa corporal
Figura 3 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) IMC - iacutendice de massa corporal
24
Figura 4 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) CC ndash circunferecircncia da cintura
Figura 5 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) CC ndash circunferecircncia da cintura
25
Figura 6 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) RCEst - razatildeo cinturaestatura
Figura 7 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) RCEst - razatildeo cinturaestatura
26
Figura 8 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) Iacutendice C -iacutendice de conicidade
Figura 9 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) Iacutendice C - iacutendice de conicidade
27
Os valores dos pontos de corte dos iacutendices antropomeacutetricos como preditores
de hipertensatildeo arterial e suas respectivas sensibilidade e especificidade (mais
adequado equiliacutebrio entre si) satildeo apresentados na Tabela 7 Observa-se que entre
os iacutendices antropomeacutetricos a RCEst teve melhor percentual de sensibilidade e de
especificidade para discriminar a pressatildeo arterial elevada para os homens
Tabela 7 - Pontos de corte sensibilidade e especificidade dos iacutendices antropomeacutetricos para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial em idosos
Mulheres Homens PA elevada
Ponto de corte
Sensibilidade ()
Especificidade ()
Ponto de corte
Sensibilidade ()
Especificidade ()
IMC (kgm2)
2679 527 548 2420 527 548
CC (cm) 8750 577 457 8650 593 532 RCEst 059 568 430 054 648 456 Iacutendice C 126 541 452 129 574 456
IMC ndash Iacutendice de Massa Corporal CC ndash Circunferecircncia da Cintura RCEst ndash Razatildeo Cintura-Estatura Iacutendice C ndash Iacutendice de Conicidade
28
6 DISCUSSAtildeO
61 Aacutereas sob a Curva ROC
Este estudo teve como objetivo identificar a capacidade preditiva de iacutendices
antropomeacutetricos de obesidade geral e abdominal para discriminar a presenccedila de
hipertensatildeo arterial em idosos com foco de utilizaccedilatildeo no ambiente da estrateacutegia de
sauacutede da famiacutelia Nessa perspectiva surge uma proposta de triagem dos casos de
idosos com possiacuteveis alteraccedilotildees crocircnicas em sua pressatildeo arterial aleacutem de possibilitar
a discussatildeo sobre validaccedilatildeo de tais iacutendices para uso no contexto da sauacutede
Dessa forma recomenda-se a anaacutelise da sensibilidade e especificidade por
meio da construccedilatildeo de curvas ROC pois eacute a melhor opccedilatildeo para determinar pontos de
corte em estudos epidemioloacutegicos78 Essa anaacutelise permite fornecer a aacuterea sob a curva
que traduz o poder de discriminaccedilatildeo de um indicador para um determinado desfecho
e a identificaccedilatildeo do melhor ponto de corte
A proposta dessa pesquisa natildeo eacute excluir o diagnoacutestico meacutedico mas
proporcionar uma estrateacutegia mais abrangente a ser utilizada pelas USFs em parceria
entre os profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica e os profissionais de sauacutede no contexto da
atenccedilatildeo primaacuteria
Embora exista associaccedilatildeo entre sobrepesoobesidade e a pressatildeo arterial
elevada poucos estudos tecircm identificado pontos de corte de iacutendices antropomeacutetricos
que visem agrave detecccedilatildeo da hipertensatildeo arterial em idosos Diversos estudos tecircm
demonstrado que os iacutendices antropomeacutetricos satildeo bons indicadores de obesidade e
estatildeo relacionados a fatores de risco cardiovascular795880 Todavia a hipertensatildeo eacute
apontada como um dos principais fatores de risco cardiovasculares o que denota a
necessidade de um olhar diferenciado
A prevalecircncia de hipertensatildeo foi inferior agrave encontrada em outros estudos818283
Contudo diferenccedilas metodoloacutegicas nuacutemero de medidas realizadas e os diferentes
criteacuterios de referecircncia satildeo as principais causas da grande variabilidade nas
prevalecircncias de pressatildeo arterial elevada entre as investigaccedilotildees No presente estudo
29
optou-se por maior rigorosidade ao diagnosticar a pressatildeo arterial elevada
considerando a realizaccedilatildeo de trecircs medidas
Nessa amostra observou-se que a prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi
443 nas mulheres e 406 nos homens Demonstrando ser uma alta prevalecircncia
pois se trata de uma populaccedilatildeo que eacute influenciada diretamente pelo o aumento da
morbimortalidade durante o envelhecimento Estudos envolvendo idosos indicam que
a prevalecircncia da hipertensatildeo encontra-se entre 50-70 com o aumento da idade84
Poucos estudos epidemioloacutegicos foram conduzidos com o objetivo de identificar
e discriminar a capacidade de iacutendices antropomeacutetricos de obesidade para a pressatildeo
arterial elevada na populaccedilatildeo de idosos e principalmente utilizando o iacutendice C o
RCEst Um estudo realizado com a populaccedilatildeo de idosos utilizou o mesmo objetivo
poreacutem usou como ponto de corte o iacutendice de massa corporal e o iacutendice de adiposidade
corporal85 Entretanto faz-se necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de outros iacutendices para identificar
hipertensatildeo arterial em idosos
De acordo com os resultados do presente estudo somente alguns dos
indicadores antropomeacutetricos apresentaram capacidade preditiva para a hipertensatildeo
arterial em idosos de acordo com limite inferior do intervalo de confianccedila de 9586
Dessa forma foi observado que a RCEst e IMC para os homens mostraram-se com
bom poder de detecccedilatildeo para a hipertensatildeo arterial pois obtiveram maiores valores
sob a curva para esse desfecho
Em 2013 Leal Neto et al85 identificaram em seus resultados que o IMC e o
iacutendice de adiposidade corporal foram os melhores indicadores preditivos de
hipertensatildeo arterial nos idosos em ambos os sexos independentemente de outros
fatores tais como idade tabagismo consumo de aacutelcool e atividade fiacutesica
No presente estudo os principais indicadores que tiveram uma boa aacuterea sob a
curva foram o IMC RCEst e Iacutendice C com resultados de 060 IC95 (050-070) 061
IC95 (051-071) e 058 IC95 (058-068) respectivamente para homens
Nas mulheres tais iacutendices mostraram-se com menor poder discriminatoacuterio para
diagnosticar a hipertensatildeo arterial A HAS eacute um desfecho que pode ser influenciado
por fatores multicausais (hormonais estresse etc) Na anaacutelise do desempenho do
iacutendice antropomeacutetrico a loacutegica eacute unidirecional ou seja verificar o desempenho desses
iacutendices apenas como preditores de hipertensatildeo arterial foram mais satisfatoacuterios entre
os homens Os iacutendices podem interferir mas natildeo determinar a prevalecircncia da
30
hipertensatildeo Embora as mulheres tenham uma maior prevalecircncia essa natildeo eacute
determinada pelos iacutendices antropomeacutetricos no presente estudo
Tais resultados diferem do estudo realizado em 2012 por Samsen et al87 no
qual a circunferecircncia da cintura teve boa ASC nos homens = 0684 com IC95 (0672-
0695) e nas mulheres = 0673 IC95 (0665-0681) sendo o melhor indicador
significativamente (p lt0001) do que o IMC no qual a ASC em homens foi de = 0667
IC95 (0656-679) e nas mulheres = 0636 IC95 (0628-0644) em discriminaccedilatildeo
de pelo menos um fator de risco cardiovascular Isso se deve ao fato de tal estudo ter
sido realizado com uma abrangecircncia maior na faixa etaacuteria que foi de 45-80 anos
Uma possiacutevel limitaccedilatildeo para discussatildeo dos resultados desse estudo foi a faixa
etaacuteria restrita que natildeo incluiu idosos (igual ou acima de 60 anos) o que impossibilita
a triagem da pressatildeo arterial elevada nessa populaccedilatildeo
62 Iacutendices antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial
Nesse estudo a CC e RCEst foram as variaacuteveis com maiores valores absolutos
de sensibilidade para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial respectivamente para mulheres
e homens Tais resultados indicam as proporccedilotildees de verdadeiros positivos na
ocorrecircncia de hipertensatildeo arterial
Quanto ao ponto de corte do RCEst nas mulheres foi de 059 sendo 568 de
sensibilidade e 430 de especificidade Valores inferiores ao encontrado no presente
estudo para mulheres foram sugeridos em Taiwan (045) Cingapura (048) e na China
(050) No Brasil em 2009 Haun Pitanga e Lessa16 recomendaram para a RCEst
053 como melhor ponto de corte com sensibilidade (67) e especificidade (58) e
aacuterea sob a curva ROC de 069 (IC 95 = 064-075) Outro ponto de corte semelhante
ao observado no Brasil com mulheres mexicanas variou de 053 a 0535 para a
RCEst discriminar diabete tipo 2 hipertensatildeo e dislipidemias88899091
Os pontos de corte sugeridos por esses paiacuteses e no Brasil podem ter sido
inferiores por causa da abrangecircncia na faixa etaacuteria dos indiviacuteduos no qual incluiacuteram
mulheres de 30 a 74 anos como tambeacutem as caracteriacutesticas econocircmicas culturais e
31
de estilo de vida diferem da realidade das mulheres que residem em cidades de
pequeno porte Estudos que discriminem hipertensatildeo arterial principalmente em
idosos com RCEst satildeo escassos na literatura
Em 2010 Browning Hsieh e Ashwel92 realizaram uma revisatildeo sistemaacutetica
sobre a potencialidade de indicadores antropomeacutetricos em predizer doenccedilas
cardiovasculares e identificou a RCEst como variaacutevel de melhor desempenho A
RCEst apresentou maiores ASC quando comparada ao IMC ou CC Os dados
analisados foram de quatorze paiacuteses diferentes e incluiacuteram caucasianos asiaacuteticos e
da Ameacuterica Central Segundo os autores uma RCEst ge 05 eacute capaz de identificar
fatores de risco cardiovasculares Esse ponto de corte eacute inferior aos encontrados para
homens e mulheres no presente estudo significando que o ponto de corte encontrado
pode diagnosticar risco cardiovascular e consequentemente a presenccedila de
hipertensatildeo
Outros autores afirmam essa hipoacutetese relacionada aos valores limites para
RCEst em diversas populaccedilotildees e indicaram que um ponto de corte de 05 eacute o valor
mais indicado para ambos os sexos todas as idades e diferentes populaccedilotildees899315
Com relaccedilatildeo agrave especificidade a variaacutevel com maior valor foi o IMC
independentemente do sexo Nas mulheres o ponto de corte sugerido foi 2679 kgm2
e nos homens 2420 kgm2 O valor da especificidade foi de 548 para ambos os
sexos o qual possibilita determinar corretamente a ausecircncia de hipertensatildeo arterial
Sendo assim este estudo sugere que o IMC natildeo foi o melhor preditor de hipertensatildeo
arterial
O estudo de Leal Neto et al (2013)85 tambeacutem testou a capacidade de
indicadores antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial em idosos
sugeriu como pontos de corte para IMC valores de 247 kgm2 igual ao encontrado no
presente estudo e de 273 kgm2 nuacutemero superior que aos dados do presente
trabalho para homens e mulheres respectivamente
Em outro estudo realizado com 19621 homens e mulheres com faixa etaacuteria de
45-80 anos a meacutedia da idade foi de 598 anos para os homens e 585 anos para as
mulheres O ponto de corte adequado de IMC foi de 23 kgm2 em homens e 24 kgm2
em mulheres Os pontos de corte de CC foram 80 cm e 78 cm em homens e mulheres
respectivamente Os achados do presente estudo foram superiores a esses
32
resultados todavia deve ser considerado que a populaccedilatildeo alvo foi diferente e com
idade menor da populaccedilatildeo pesquisada no presente trabalho87
Com relaccedilatildeo agrave CC o ponto de corte identificado para a prediccedilatildeo de hipertensatildeo
arterial nas mulheres foi superior ao dos homens Contudo os valores de sensibilidade
e especificidade desses pontos de corte foram maiores entre os homens o que pode
indicar que o poder preditivo da CC para a hipertensatildeo arterial eacute melhor para o sexo
masculino Quanto menor o ponto de corte maior seraacute a habilidade do teste em
classificar os doentes como positivos isto eacute maior seraacute a sensibilidade76 Os pontos
de corte dos homens foram em sua maioria menores em comparaccedilatildeo aos das
mulheres
Tais resultados satildeo contraacuterios aos achados do estudo de Kashihara et al
(2009)94 com indiviacuteduos de 30-74 anos que comparou paciente com hipertensatildeo e sem
hipertensatildeo Em seus pontos de corte de CC para os homens foram superiores aos
pontos de corte definidos para as mulheres e os valores de sensibilidade e
especificidade foi maior nas mulheres para identificar risco cardiovascular Poreacutem a
idade foi menor ao proposto no presente estudo
Outro estudo que contraria tais resultados quanto ao ponto de corte da CC foi
o de Haun Pitanga e Lessa (2009)16 que foi superior para os homens enquanto o
niacutevel de sensibilidade e especificidade foi igual aos nossos achados Poreacutem esse
estudo foi realizado com indiviacuteduos de idade entre 30-74 anos e discriminou risco
coronariano elevado
Quanto ao Iacutendice C no presente estudo o ponto de corte sugerido foi de 126
nas mulheres (sensibilidade 541 e especificidade 452) e 129 para os homens
(sensibilidade 574 e especificidade 456)
Diferentemente do resultado encontrado no presente estudo Pitanga e Lessa
(2005)56 sugeriram como o melhor ponto de corte para risco coronariano com o iacutendice
C 118 para mulheres apresentando valores de sensibilidade (7339) e
especificidade (6115) Para os homens o ponto de corte foi de 125 com valores de
sensibilidade (7391) e especificidade (7492) Tais pontos de corte foram para
indiviacuteduos adultos por esse motivo foram mais baixos que os achados do presente
trabalho Deve-se considerar que existem modificaccedilotildees na composiccedilatildeo corporal com
o processo do envelhecimento o que poderia alterar os pontos de corte para as essas
medidas antropomeacutetricas
33
Em outro estudo com os mesmo autores foram apresentados outros pontos de
corte comparando diferentes faixas etaacuterias Para as mulheres de 30-49 anos o melhor
ponto de corte foi o mesmo (118) com melhor sensibilidade (7857) e
especificidade (6524) e tambeacutem melhor aacuterea sob a curva ROC 081 (IC95 = 070-
092) Entre as de idade mais avanccedilada (50-74 anos) o melhor ponto de corte
sugerido foi 122 com sensibilidade (6000) e especificidade (6582) e aacuterea sob a
curva ROC 065 (IC 95 = 058-073) Portanto o iacutendice C apresentou melhor poder
discriminatoacuterio de RCEst para as mulheres mais jovens64
Almeida Almeida e Arauacutejo (2009)58 conduziram uma pesquisa com mulheres
de 30 e 69 anos buscando avaliar o desempenho de diferentes pontos de corte do
iacutendice C RCQ CC e RCEst para discriminar Risco Coronariano Elevado e o ponto de
corte encontrado para o Iacutendice C foi (125) proacuteximo ao ponto de corte para mulheres
nos nossos achados Dessa forma tais autores afirmaram que os indicadores
antropomeacutetricos de obesidade abdominal analisados tiveram desempenhos
satisfatoacuterios e similares para discriminar RCEst poreacutem o iacutendice C foi o que
apresentou o melhor poder discriminatoacuterio
As informaccedilotildees sobre o iacutendice C satildeo limitadas quanto agrave discussatildeo do ponto de
corte para hipertensatildeo arterial principalmente por encontrar poucos estudos sobre
essa medida como referecircncia para idosos Pitanga e Lessa (2004)55 relatam como
uma limitaccedilatildeo para a utilizaccedilatildeo do Iacutendice C em estudos populacionais a dificuldade de
se calcular o denominador da equaccedilatildeo proposta para sua determinaccedilatildeo
O excesso de gordura em geral estaacute associado ao aparecimento de doenccedilas
cardiovasculares hipertensatildeo arterial e mortalidade a definiccedilatildeo de pontos de corte
para iacutendices que se destacam por sua simplicidade operacional e boa acuraacutecia
permite a detecccedilatildeo dos indiviacuteduos sob risco sendo de grande utilidade nos serviccedilos
de atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede aleacutem de possibilitar o conhecimento da situaccedilatildeo de
grupos populacionais especiacuteficos frente a esses riscos quando empregados na
pesquisa epidemioloacutegica
No contexto das cidades de pequeno porte (rurais e urbanas) os recursos de
sauacutede satildeo muitas vezes limitados e escassos sendo importante a utilizaccedilatildeo desses
iacutendices antropomeacutetricos como substituiccedilatildeo eou apoio a avaliaccedilatildeo tradicional da
pressatildeo arterial Em vaacuterias conjunturas de sauacutede a alta demanda de paciente com
hipertensatildeo arterial exige a utilizaccedilatildeo de instrumentos de diagnoacutesticos e rastreamento
34
de raacutepida e faacutecil aplicaccedilatildeo que possam ser manejados por diferentes profissionais e
que sobretudo apresentem validade e fidedignidade A adequada validaccedilatildeo de
instrumentos e conhecimento de suas propriedades teacutecnicas na populaccedilatildeo brasileira
tambeacutem deve contribuir com a seleccedilatildeo de prioridades e delimitaccedilatildeo do conteuacutedo dos
programas de sauacutede pelos tomadores de decisatildeo em diferentes niacuteveis de gestatildeo
35
7 CONCLUSAtildeO
As anaacutelises dos dados permitem frente aos objetivos estabelecidos formular
as seguintes conclusotildees Quanto ao poder de discriminaccedilatildeo de iacutendices
antropomeacutetricos para a hipertensatildeo arterial em idosos os iacutendices antropomeacutetricos
(IMC RCEst e Iacutendice C) foram bons preditores de hipertensatildeo arterial para os homens
Dessa forma tais iacutendices podem ser empregados nos homens poreacutem tais medidas
natildeo foram satisfatoacuterias para predizer pressatildeo arterial elevada nas mulheres idosas
limitando a sua utilizaccedilatildeo para o sexo feminino com idades avanccediladas
O melhor ponto de corte para discriminar hipertensatildeo arterial foi 054 para a
RCEst nos homens dessa forma tal ponto de corte deve ser empregada no contexto
da atenccedilatildeo primaacuteria nos homens Sugere-se a utilizaccedilatildeo dessa medida a fim de
detectar e realizar a triagem da hipertensatildeo arterial com caracteriacutesticas similares agrave
amostra deste estudo
Recomenda-se que a utilizaccedilatildeo de dois iacutendices simultaneamente resulte em
uma maior eficiecircncia na avaliaccedilatildeo do risco de hipertensatildeo arterial em idosos A
indicaccedilatildeo destas medidas permite que ela seja realizada nas Unidades de Sauacutede da
Famiacutelia como meacutetodo de triagem para idosos com hipertensatildeo arterial utilizando
materiais de faacutecil manejo e de baixo custo
Dessa forma pode-se efetivamente atingir uma das estrateacutegias de prevenccedilatildeo
da hipertensatildeo arterial sistecircmica que eacute o controle da pressatildeo arterial durante o
envelhecimento Todavia sugere-se cautela na utilizaccedilatildeo do ponto de corte desses
indicadores para as mulheres pois os resultados natildeo foram satisfatoacuterios
Fica evidente a necessidade de outros estudos que identifiquem pontos de
corte de iacutendices antropomeacutetricos visando agrave detecccedilatildeo de hipertensatildeo arterial e de
outros fatores de risco cardiovascular nas mulheres idosas que residem em cidades
de pequeno porte
36
8 REFEREcircNCIAS
1 Omram AR The epidemiologic transition a theory of the epidemiology of population change Milbank Memorial Fund Quarterly 1971 49 (Part 1) 509-538
2 Wong LR Carvalho JM Age-strucutural transition in Brazil demographic bonuses and emerging challenges In Pool I Wong LLR Vilquin E editores Age-structural transitions challenges for development Paris Committee for International Cooperation in National Research in Demography 2006
3 Gragnolati M Jorgensen OH Rocha R Fruttero AA Envelhecendo em um Brasil mais Velho implicaccedilotildees do envelhecimento populacional sobre o crescimento econocircmico reduccedilatildeo da pobreza financcedilas puacuteblicas prestaccedilatildeo de serviccedilos Banco Internacional para a Reconstruccedilatildeo e o Desenvolvimento Banco Mundial 2011
4 Schmidt MI Duncan BB Silva GA et al Health in Brazil 4 Chronic non-communicable diseases in Brazil burden and current challenges The Lancet 2011 377
5 Ezzati M Hoorn SV Rodgers A et al Comparative Risk Assessment Collaborating Group Selected major risk factors and global and regional burden of disease Lancet 2002 360 1347-60
6 Lim SS Vos T Flaxman AD et al A comparative risk assessment of burden of disease and injury attributable to 67 risk factors and risk factor clusters in 21 regions 1990-2010 a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2010 Lancet 2012 380 (9859)2224-60
7 Sociedade Brasileira de Cardiologia Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Sociedade Brasileira de Nefrologia VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 2010 95(1) 1-51
8 Miranda DR Perrotti TC Bellinazzi VR et al Hipertensatildeo arterial no idoso peculiaridades na fisiopatologia no diagnoacutestico e no tratamento Rev Bras Hipertens 2002 9 293-300
9 Pilger C Menon MU Mathias TAF Caracteriacutesticas sociodemograacuteficas e de sauacutede de idosos contribuiccedilotildees para os serviccedilos de sauacutede Rev Latino-Am Enfermagem 2011 19(5)1230-1238
10 Pilger C Menon MU Mathias TAF Utilizaccedilatildeo de serviccedilos de sauacutede por idosos vivendo na comunidade Rev esc enferm USP 2013 47(1)213-220
11 Mariath AB Grillo LP Silva RO et al Obesidade e fatores de risco para o desenvolvimento de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis entre usuaacuterios de unidade de alimentaccedilatildeo e nutriccedilatildeo Cad Sauacutede Puacuteblica 2007 23 (4) 897-905
37
12 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Diretrizes e recomendaccedilotildees para o cuidado
integral de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis promoccedilatildeo da sauacutede vigilacircncia prevenccedilatildeo e assistecircncia Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2008
13 Kuumlmpe DA Sodreacute AC Pomatti DM et al Obesidade em Idosos Acompanhados
pela Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia Texto Contexto Enferm Florianoacutepolis 2011 20(3) 471-7
14 Silva KS Farias Juacutenior JC Fatores de risco associados agrave pressatildeo arterial elevada em adolescentes Rev Bras Med Esporte 2007 13(4) 237-40
15 Pitanga FJG Lessa I Razatildeo cintura-estatura como discriminador do risco
coronariano de adultos Rev Assoc Med Bras 2006 52157-61
16 Haun DR Pitanga FJG Lessa I Razatildeo CinturaEstatura comparado a outros indicadores antropomeacutetricos de obesidade como preditor de risco coronariano elevado Rev Assoc Med Bras [online] 2009 55(6) 705-711
17 Nascimento CM Ribeiro AQ SantrsquoAna LFR et al Estado nutricional e condiccedilotildees de sauacutede da populaccedilatildeo idosa brasileira revisatildeo da literatura Rev meacuted Minas Gerais 2011 21(2)174-180
18 Gomes MA Beck cc Duarte MFS et al Ficha Antropomeacutetrica no Nuacutecleo de Apoio a Sauacutede da Famiacutelia o que medir e para que medir Rev bras cineantropom desempenho hum 2009 11(2) 243-253
19 Azevedo LF Oliveira ACC Lima JRP et al Recomendaccedilotildees sobre condutas e procedimentos do profissional de educaccedilatildeo fiacutesica na atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede Rio de Janeiro CONFEF 2010 109-55
20 World Health Organization World health statistics 2012 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghopublicationsworld_health_statistics2012enindexhtmlgt [2012 set 18]
21 World Health Organization Global health risks mortality and burden of disease attributable to selected major risks Geneva World Health Organization 2009a
22 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Panorama da sauacutede brasileira em muacuteltiplos aspectos Percepccedilatildeo do estado de sauacutede estilo de vida e doenccedila crocircnica Pesquisa Nacional de Sauacutede 2013
23 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Pesquisa Nacional por Amostra
de Domiciacutelios 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapesquisaspesquisa_resultadosphpid_pesquisa=149gt[2014 dez 04]
24 Tribess S Virtuoso Junior JS Prescriccedilatildeo de exerciacutecios fiacutesicos para idosos Rev saudecom 2005 1(2)163-72
38
25 Pollock ML Wilmore JH Exerciacutecio na Sauacutede e na Doenccedila avaliaccedilatildeo e prescriccedilatildeo para prevenccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo Editora MEDSI 2ordf ed Rio de Janeiro 1993
26 Sociedade Brasileira de Cardiologia V Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 20061-48
27 World Health Organization Global Health Observatory (GHO) 2014 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghoncdrisk_factorsblood_pressure_prevalence_textengt [2014 dez 04]
28 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Secretaria de Atenccedilatildeo baacutesica agrave Sauacutede Departamento de atenccedilatildeo baacutesica - Hipertensatildeo arterial sistecircmica Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2006
29 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) (2009) Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeGestorvisualizar_textocfmidtxt=24421gt [2010 abr 07]
30 Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Nuacutemero de hipertenso 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwsbhorgbripadgeralphpgt [09 nov 2014]
31 Secretaria de Sauacutede do Estado da Bahia Hipertensatildeo Quantidade de Hipertensos na Bahia Disponiacutevel em (2014) lthttpwwwsaudebagovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=4418ampcatid=1ampItemid=14gt [2014 jan 10]
32 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica 2014 Dados de mortalidade na Bahia Disponiacutevel em lthttptabnetdatasusgovbrcgitabcgiexesiabcnvSIABSBAdefgt [2014 mai 05]
33 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica Dados sociodemograacuteficos de Ibicuiacute 2014 lthttptabnetdatasusgovbrcgideftohtmexesiabcnvSIABFBAdefgt [2014 jan 05]
34 Williams B The year in hypertension JACC 2010 55(1) 66-73
35 Lipp M Rocha JC Stress Hipertensatildeo Arterial e Qualidade de vida um guia de tratamento para o hipertenso Campinas Papirus 1996
36 Borenstein MS (Org) Manual de Hipertensatildeo Arterial Porto Allege Editora Sagra Luzzatto 1999
37 Joint National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure The Sixth Report of the Join National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure Arch Intern Med 1997157 2413-2446
39
38 Mitchell GF Parise H Benjamin EJ et al Changes in arterial stiffness and wave reflection with advancing age in health men and women Hypertension 2004 431239-1245
39 Matos AC Ladeia AM Avaliaccedilatildeo de fatores de risco cardiovascular em uma comunidade rural da Bahia Arq Bras Cardiol 2003 81(3) 291-6
40 World Health Organization Who Expert Committee on Physical Status the use and interpretation of antropometry Report of a WHO Expert Commitee Geneva WHO 1995 p 854
41 Pitanga FJG Antropometria na avaliaccedilatildeo da obesidade abdominal e risco coronariano Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum 201113(3) 238-241
42 Ferreira LS Amaral TF Marucci MFN et al Under nutrition as a major risk factor for death among older Brazilian adults in the community-dwelling setting SABE survey Nutrition 201127(10)17-22
43 Andrade FB Caldas Junior AF Kitoko PM et al Prevalence of overweight and obesity in elderly people from Vitoacuteria-ES Brazil Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2012 set17(3)749-756
44 Boscatto EC Duarte Mde F Coqueiro Rda S Barbosa AR Nutritional status in the oldest elderly and associated factors Rev Assoc Med Bras 2013 59(1)40-47
45 Kostka J Borowiak E Kostka T Nutritional status and quality of life in different
populations of older people in Poland Eur J Clin Nutr 2014 Nov68(11)1210-5
46 Silva DAS Petroski EL Associaccedilatildeo de diferentes pontos de corte para sobrepeso e obesidade com pressatildeo arterial elevada em idosas Rev Educ Fis UEM 2009 20 415-22
47 Nutrition Screening Initiative Interventions manual for professionals caring for older Americans Washington DC Nutrition Screening Initiative 1992
48 World Health Organization Obesity preventing and managing the global epidemic Report of a WHO Consultation on Obesity Geneva World Health Organization 1998
49 Cameron AJ Dunstan DW Owen N et al Health and mortality consequences
of abdominal obesity evidence from the Aus Diab study Med J Aust 2009191 202ndash208
50 Fox KA Despres JP Richard AJ et al Does abdominal obesity have a similar impact on cardiovascular disease and diabetes A study of 91246 ambulant patients in 27 European countries Eur Heart J 2009 30 3055ndash3063
40
51 Pouliot MC Despreacutes JP Lemieux S et al Waist circumference and abdominal sagittal diameter Best simple anthropometric indexes of abdominal visceral adipose tissue accumulation and related cardiovascular risk in men and woman Am J Cardiology 1994 73 460-468
52 Peixoto MRG Beniacutecio MHD Latorre M et al Circunferecircncia da Cintura e Iacutendice de massa Corporal como Preditores da Hipertensatildeo Arterial Arq Bras Cardiol 200687 462-470
53 MacKay MF Haffner SM Wagenknecht LE et al Prediction of type 2 diabetes using alternate anthropometric measures in a multiethnic cohort the insulin resistance atherosclerosis study Diabetes Care 200932(5)956-8
54 Valdez R A simple model-based index of abdominal adiposity J Clin Epidemiol1991 44(9) 955-6
55 Pitanga FJG Lessa I Sensibilidade e especificidade do iacutendice de conicidade como discriminador do risco coronariano de adultos em Salvador Brasil Rev Bras Epidemiol 20047(3)259-69
56 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano elevado em adultos na cidade de Salvador - Bahia Arq Bras Cardiol 2005 85 (1)26-31
57 Ghosh JR Bandyopadhyay AR Comparative evaluation of obesity measures relationship with blood pressures and hypertension Singapore Med J 200748(3) 232-5
58 Almeida RT Almeida MMG Araujo TM Obesidade abdominal e risco cardiovascular desempenho de indicadores antropomeacutetricos em mulheres Arq Bras Cardiol 2009 out92(5)375-380
59 Freitas Juacutenior Costa Rosa CS Codogno JS et al Capacidade cardiorrespiratoacuteria e distribuiccedilatildeo de gordura corporal de mulheres com 50 anos ou mais Rev Esc Enferm USP 2010 44(2) 395-400
60 Matos LN Giorelli GV Dias CB Correlation of anthropometric indicators for identifying insulin sensitivity and resistance Satildeo Paulo Med J [online] 2011 129(1) 30-35
61 Gomes MA Rech CR Gomes MBA et al Correlaccedilatildeo entre iacutendices antropomeacutetricos e distribuiccedilatildeo de gordura corporal em mulheres idosas Rev bras cineantropom desempenho hum 2006 set 8(3) 16-22
62 Tarastchuk JCE Gueacuterios EE Bueno RRL et al Obesidade e intervenccedilatildeo coronariana devemos continuar valorizando o Iacutendice de Massa Corpoacuterea Arq Bras Cardiol [online] 2008 90(5) 311-316
41
63 Ferreira AP CB Ferreira VC Souza et al Risco de distuacuterbio glicecircmico em mulheres idosas ajustado por antropometria e genoacutetipos de citocinas Rev Assoc Med Bras [online] 201157(5) 565-569
64 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano em mulheres Rev Bras Cineantrop Desempenho Hum 2006 8 (1) 14-21
65 Newman TB Browner WS Cummings SR Delineando estudos de testes meacutedicos In Hulley SB et al Delineando a pesquisa cliacutenica uma abordagem epidemioloacutegica 2 ed Porto Alegre Artmed 2003 203-224
66 Toscano CM As campanhas nacionais para detecccedilatildeo das doenccedilas crocircnicas natildeo-transmissiacuteveis diabetes e hipertensatildeo arterial Ciecircnc sauacutede Coletiva out-dez 2004 9(4) 885-895
67 Fletcher RH Fletcher SW Prevenccedilatildeo In Fletcher R Fletcher S Epidemiologia
cliacutenica elementos essenciais 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 2006 179-201
68 Jeckel J Elmore J Katz D Meacutetodos de prevenccedilatildeo secundaacuteria In _____ Epidemiologia bioestatiacutestica e medicina preventiva 2 ed Porto Alegre Artmed 2005 236-247
69 Klein CH Bloch KV Estudos seccionais In Medronho RA Carvalho DM Bloch KV Luiz RR Werneck GL Epidemiologia 1ordf ed Satildeo Paulo Editora Atheneu 2002 125-150
70 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Resoluccedilatildeo nordm- 6 de 3 de novembro de 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcenso2010ibgegovbrdados_divulgadosindexphpuf=29gt[201 dez 18]
71 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica ndash Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais (2014) Disponiacutevel em lthttpcodibgegovbr398G9gt [2014 ago 30]
72 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230gt [2013 mai 01]
73 Luiz RR Magnanini MMF A loacutegica da determinaccedilatildeo do tamanho da amostra em investigaccedilotildees epidemioloacutegicas Cad sauacutede coletiva Rio de Janeiro 2000 8(2) 9-28
74 Reis MC Nascimento RAS Pedreira RBS et al Validaccedilatildeo de Face e Clareza do Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede dos Idosos ndash IASI [resumo] in Anais do XIX Congresso Brasileiro Geriatria e Gerontologia Beleacutem 2014 296-296
75 Lohman TG Roche AF Martorell R Anthropometric Standardization Reference Manual Champaign Illinois Human Kinetics 1988
42
76 Vaz JCL Regiotildees de Incerteza para Curva ROC em Teste Diagnoacutesticos
[dissertaccedilatildeo] Satildeo Carlos Universidade Federal de Satildeo Carlos 2009
77 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de 2012
78 Erdreich LS Lee ET Use of relative operating characteristic analysis in epidemiology A method for dealing with subjective judgement Am J Epidemiol 1981 114649-62
79 Aekplakorn W Pakpeankitwatana V Lee CM et al Abdominal obesity and coronary heart disease in Thai men Obesity 200715(4)1036-42
80 Oliveira MAM Fagundes RLM Moreira EAM et al Relaccedilatildeo de Indicadores Antropomeacutetricos com Fatores de Risco para Doenccedila Cardiovascular Arq Bras Cardiol 2010 abr 94(4) 478-485
81 Mendes TAB Goldbaum M Segri NJ et al Factors associated with the prevalence of hypertension and control practices among elderly residents of Satildeo Paulo city Brazil Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(11) 2275-2286
82 Oliveira BFA Souza Mouratildeo D Gomes N et al Prevalecircncia de hipertensatildeo arterial em comunidades ribeirinhas do Rio Madeira Amazocircnia Ocidental Brasileira Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(8) 1617-1630
83 Picon RV Fuchs FD Moreira LB et al Prevalence of Hypertension Among Elderly Persons in Urban Brazil A Systematic Review With Meta-Analysis Am J Hypertens 2013 26 (4) 541-548
84 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Pessoa Idosa e Envelhecimento Seacuteries Pactos pela Sauacutede 2006 v 12 Brasiacutelia ndash DF 2010
85 Leal Neto JS Souza J Coqueiro RS et al Anthropometric indicators of obesity as screening tools for high blood pressure in the elderly Int J Nurs Pract 2013 Aug 19(4) 360-367
86 Schisterman EF Faraggi D Reiser B Trevisan M Statistical inference for the area under the receiver operating characteristic curve in the presence of random measurement error Am J Epidemiol 2001 154 (2) 174-9
87 Samsen M Hanchaiphiboolkul S Puthkhao P et al Appropriate body mass index and waist circumference cutoffs for middle and older age group in Thailand data of 19621 participants from Thai epidemiologic stroke (TES) study J Med Assoc Thai 2012 Sep 95(9)1156-66
88 Ko GTC Chan JCN Cockram CS Woo J Prediction of hypertension diabetes dyslipidemia or albuminuria using simple anthropometric indexes in Hong Kong Chinese Int J Obes 1999 23 (11) 1136-42
43
89 Lin WY Lee LT Chen CY et al Optimal cut-off values for obesity using simple anthropometric indices to predict cardiovascular risk factors in Taiwan Int J Obes Relat Metab Disord 2002261232-8
90 Pua YH Ong PH Anthropometric indices as screening tools for cardiovascular risk factors in Singaporean women Asia Pac J Clin Nutr 2005 14 (1) 74-9
91 Berber A Goacutemez-Santos R Fanghaumlnel G Saacutenchez-Reyes L Anthropometric
indexes in the prediction of type 2 diabetes mellitus hypertension and dyslipidaemia in a Mexican population Int J Obes 200125(12)1794-9
92 Browning LM Hsieh SD Ashwell M A systematic review of waist-to-height ratio
as a screening tool for the prediction of cardiovascular disease and diabetes 05 could be a suitable global boundary value Nutr Res Rev 2010 23(2)247-69
93 Bertsias G Mammas I Linardakis M Kafatos A Overweight and obesity in
relation to cardiovascular disease risk factors among medical students in Crete Greece BMC Public Health 2003 31-9
94 Kashihara H Lee JS Kawakubo K et al Criteria of Waist Circumference According to Computed Tomography-Measured Visceral Fat Area and the Clustering of Cardiovascular Risk Factors Circ J 2009 73 1881-1886
44
APEcircNDICES
45
Apecircndice 1
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
46
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS
PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE SAUacuteDE
DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE
Jequieacute ____ ____ 201__
APEcircNDICE 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Vocecirc esta sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa do Nuacutecleo de
Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo (NESP) da Universidade Estadual do Sudoeste da
Bahia
Objetivo do estudo Avaliar e monitorar as condiccedilotildees de sauacutede de idosos residentes
em comunidade
Participaccedilatildeo Ao aceitar participar do estudo estarei agrave disposiccedilatildeo do pesquisador
para responder ao formulaacuterio que seraacute arquivado pelo autor por um periacuteodo de cinco
anos sendo posteriormente incinerado
Riscos Este estudo natildeo traraacute riscos para minha integridade fiacutesica ou moral dos
participantes
Confidencialidade do estudo Seraacute garantida a privacidade o anonimato bem como
o direito de aceitar ou natildeo participar da pesquisa podendo ser essa autorizaccedilatildeo
suspensa em qualquer fase do estudo Assim as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo
4662012 do Conselho Nacional de Sauacutede que discorre sobre pesquisa envolvendo
seres humanos seratildeo atendidas Os resultados seratildeo publicados no relatoacuterio final da
dissertaccedilatildeo e artigos cientiacuteficos
47
Benefiacutecios Accedilotildees interinstitucionais articuladas promovidas numa perspectiva
interdisciplinar possibilitaratildeo uma melhor compreensatildeo das condiccedilotildees de sauacutede dos
idosos residentes em comunidade do municiacutepio e contribuiraacute para a formulaccedilatildeo de
accedilotildees direcionadas as necessidades dessa populaccedilatildeo
Danos advindos da pesquisa Caso haja algum prejuiacutezo decorrente da realizaccedilatildeo
deste estudo seraacute providenciada a devida reparaccedilatildeo dos danos atraveacutes do
responsaacutevel pelo estudo O pesquisador e os entrevistados natildeo receberatildeo benefiacutecios
financeiros para participaccedilatildeo no estudo Todas as despesas seratildeo por conta do
pesquisador
Participaccedilatildeo voluntaacuteria Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria podendo a qualquer
momento desistir do estudo sem qualquer prejuiacutezo ou penalidade para mim
Consentimento para participaccedilatildeo Apoacutes ser devidamente esclarecido (a) quanto
aos objetivos deste estudo dos procedimentos aos quais serei submetido (a) bem
como dos possiacuteveis riscos decorrentes da minha participaccedilatildeo estou de acordo em
participar do mesmo O pesquisador responsaacutevel pelo estudo assegura que seraacute
disponibilizado qualquer esclarecimento adicional que eu venha a solicitar durante a
realizaccedilatildeo da pesquisa e o direito de desistir da participaccedilatildeo em qualquer momento
Em casos de duacutevidas eou problemas referentes ao estudo vocecirc poderaacute
entrar em contato com o autor atraveacutes do Nuacutecleo de Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo
(NESP) (73) 3528-9721
Sendo assim eu ______________________________________________
aceito livremente participar do Projeto MONIDI
__________________________________ __________________________________
Assinatura do (a) participante
RG _________________________
Assinatura do (a) pesquisador
RG_________________________
48
Apecircndice 2
Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede do Idoso
49
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS
PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE
SAUacuteDE DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE
Nuacutemero do Questionaacuterio |__|__|__|
Nome do Entrevistador ___________________________
Visita 1 2 3
Data Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Hora de iniacutecio ________
Hora de teacutermino ________
I INFORMACcedilOtildeES PESSOAIS E SOCIODEMOGRAacuteFICAS
1 Nome do entrevistado
2Sexo
0 ( ) Feminino
1 ( ) Masculino
3 Endereccedilo completotelefone
4 Idade ____ anos
41 Data de Nascimento
____________
50
5 Situaccedilatildeo conjugal atual
1 ( ) Casado(a) 2 ( ) Uniatildeo estaacutevel 3 ( ) Solteiroa
4 ( ) Divorciado(a)separado(a)desquitado(a) 5 ( ) Viuacutevoa
6 No total quantas vezes o (a) Sr(a) esteve casado(a) ou em uniatildeo
Nordm de vezes |___|___|
7 Na escola qual a uacuteltima seacuterie grau que concluiu com aprovaccedilatildeo
1 - Nunca foi agrave escola ( ) 4 - Fundamental II ( )5 a ( )6 a ( )7 a ( )8 a
2 - Lecirc e escreve o nome ( ) 5 - Ensino Meacutedio ( ) 1 a ( )2 a ( )3
3 - Fundamental I ( )1 a ( )2 a 6 - Superior ( ) completo ( ) incompleto
( )3 a ( )4 a
8 Como vocecirc classificaria a cor da sua pele
1( ) Branca 2( ) Amarela (oriental) 3( ) Parda
4( ) Origem indiacutegena 5( ) Preta 9( ) Natildeo sabe
9 Cor da pele (entrevistador)
1( ) branca 2( ) amarela (oriental) 3( ) parda
4( ) origem indiacutegena 5( ) preta
10-Quantos filhos e filhas nascidos vivos o(a)Sr(a) teve (natildeo inclua enteados filhos
adotivos abortos ou filhos nascidos mortos)
Nuacutemero de filhos |____|____| (98) NS (99) NR
11 Atualmente o senhor (a) mora sozinho ou acompanhado
1( )Acompanhado 2( ) Sozinho 3( ) NR 4( )NS
51
12 Desde que o senhor (a) nasceu viveu no campo por 5 anos ou mais
0( ) Natildeo 1( ) Sim 2( ) NS 3( ) NR
13 Qual eacute a sua religiatildeo
1( ) Catoacutelica 2( ) Protestante 3( ) Judaica
4( ) Espiacuteritakardecista 5( ) Umbanda 6( ) Outras ____________
14 Qual a importacircncia da religiatildeo em sua vida
(1) Importante (2) Regular (3) Nada importante (8) NS (9) NR
15 Com que frequecircncia o senhor vai agrave igreja ou ao serviccedilo religioso
( ) Nunca ( ) Vaacuterias vezes por ano ( ) Uma duas vezes por mecircs
( ) Quase toda semana ( ) Mais de uma vez por semana ( ) NS ( ) NR
16 Quanto vocecirc ganha em meacutedia por mecircs R$ __________8( )Natildeo se aplica
II A CONSUMO DE AacuteLCOOL E TABACO
Uso de bebidas alcooacutelicas
1 Vocecirc consome bebidas alcooacutelicas Se vocecirc NAtildeO BEBE siga para o bloco III C
0 ( )sim 1( ) natildeo
2 Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
3 As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
4 Sente-se chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
5 Costuma beber pela manhatilde para diminuir o nervosismo ou a ressaca
0 ( ) sim 1( ) natildeo
Haacutebito de fumar
1 Vocecirc jaacute foi fumante 0 ( ) sim 1( ) natildeo
52
2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco
III C
3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros
4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias
III ANTROPOMETRIA
MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS
ESTATURA
MASSA CORPORAL
CIRCUNFEREcircNCIA
DE CINTURA
IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL
MEDIDA 01 02 03
Pressatildeo arterial
sistoacutelica
Pressatildeo arterial
diastoacutelica
53
ANEXOS
54
Anexo 1
Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos
55
56
13
predominacircncia desconhecida de 50 sendo adotado niacutevel de significacircncia de 5
(correspondendo a um intervalo de confianccedila de 95) e erro toleraacutevel de amostragem
de 25
O caacutelculo amostral resultou numa amostra miacutenima necessaacuteria de 305 idosos
Esse caacutelculo amostral sofreu ajuste em 10 para compensar eventuais perdas e
recusas Apoacutes o resultado do caacutelculo amostral os idosos participantes foram
selecionados atraveacutes de sorteio sendo este proporcional ao tamanho e a distribuiccedilatildeo
por sexo e por quantidade de idosos na Unidade de Sauacutede da Famiacutelia
Os indiviacuteduos assinaram o TCLE foram entrevistados e avaliados nas
dependecircncias da USF sendo que aqueles que natildeo foram localizados ou natildeo
compareceram a USF apoacutes trecircs tentativas foram automaticamente substituiacutedos por
meio de sorteio
44 Equipes de coleta de dados
A equipe de coleta foi composta por dois profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica
(Coordenadores) e cinco acadecircmicos de fisioterapia enfermagem e medicina A
equipe foi previamente treinada em reuniotildees teacutecnicas e no estudo piloto que foi
realizado no periacuteodo de Outubro a Dezembro de 2013 visando padronizar todo o
processo de coleta Foram estabelecidas accedilotildees referentes agrave logiacutestica agrave aplicaccedilatildeo dos
questionaacuterios e aos procedimentos de medidas das variaacuteveis antropomeacutetricas A
coleta propriamente dita ocorreu entre o periacuteodo de 03022014 a 20022014
14
45 Procedimentos para coleta de dados
451 Variaacuteveis do estudo e dados coletados
Foram mensuradas as variaacuteveis idade sexo situaccedilatildeo conjugal niacutevel de
escolaridade raccedilacor renda mensal alcoolismos e tabagismos Como tambeacutem
medidas de pressatildeo arterial sistoacutelica e diastoacutelica massa corporal estatura e
circunferecircncia da cintura
452 Instrumentos de coleta
Foi utilizado o instrumento de coleta denominado Instrumento de Avaliaccedilatildeo da
Sauacutede de Idosos (IASI) padronizado e validado previamente74 Tal instrumento obteacutem
caracteriacutesticas sociodemograacuteficas informaccedilotildees pessoais consumo de aacutelcool e
tabaco avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica e de pressatildeo arterial
Para aferir a pressatildeo arterial foi utilizado o aparelho digital (marca OMRONreg
modelo HEM ndash 742 INT) Utilizou-se ainda uma balanccedila digital portaacutetil (OMRONreg) e
um estadiocircmetro (marca Sannyreg) ambos devidamente calibrados e fita
antropomeacutetrica flexiacutevel (Cardiomedreg)
453 Pressatildeo Arterial
A pressatildeo arterial foi aferida com um aparelho digital de braccedilo com manguito
adequado agrave circunferecircncia do mesmo A medida foi realizada no braccedilo direito a altura
do coraccedilatildeo Foram realizadas trecircs medidas da pressatildeo arterial sendo a primeira apoacutes
o idoso permanecer cinco minutos em repouso e sentado a segunda apoacutes dois
minutos e a terceira dois minutos apoacutes a realizaccedilatildeo da segunda (foi utilizada a meacutedia
das trecircs medidas) Valores de referecircncia estatildeo estabelecidos na Tabela 1
15
Tabela 1 - Classificaccedilatildeo da pressatildeo arterial de acordo com a VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo (2010)
Classificaccedilatildeo Pressatildeo Sistoacutelica (mmHg)
Pressatildeo Diastoacutelica (mmHg)
Oacutetima Normal Limiacutetrofe
lt 120 lt 130 130-139
lt 80 lt 85 85-80
Hipertensatildeo estaacutegio I 140-159 90-99 Hipertensatildeo estaacutegio II 160-179 100-109 Hipertensatildeo estaacutegio III ge 180 ge 110 Hipertensatildeo sistoacutelica isolada
ge 140 lt 90
Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo (2010)7
454 Antropometria
Todas as medidas antropomeacutetricas foram realizadas trecircs vezes (verificou-se a
meacutedia de tais medidas) por um profissional de Educaccedilatildeo Fiacutesica para diminuir o erro
intra e inter avaliadores e anotados por um apontador Os idosos foram medidos
conforme procedimentos padronizados por Lohman et al (1988)75 sem calccedilados
roupas leves sem reloacutegio chaves celular etc
Foi mensurada a circunferecircncia da cintura com uma fita antropomeacutetrica flexiacutevel
no ponto meacutedio entre a uacuteltima costela e a crista iliacuteaca e o procedimento foi deixar a
cintura livre de roupa e os braccedilos cruzados no peito Classificaccedilatildeo de risco para
desenvolver doenccedilas por Lohman et al (1988)75 HOMENS gt 102 cm e MULHERES
gt 88 cm Foi determinado o IMC atraveacutes da equaccedilatildeo [IMC =massa corporal
(kg)estatura2(m)] Valores de referecircncia estatildeo estabelecidos na Tabela 2
Tabela 2 - Classificaccedilatildeo do Iacutendice de Massa Corporal
IMC Classificaccedilatildeo
Baixo peso lt 220 kgm2 Peso adequado 220 le IMC le 270 kgm2 Obesidade gt 270 kgm2
Lohman et al (1988)75
16
A razatildeo cintura-estatura foi determinada pela equaccedilatildeo proposta por Pitanga e
Lessa (2006)15 a qual utiliza a CC (cm) e a estatura (cm) O Iacutendice C foi estimado por
meio das medidas de massa corporal estatura e circunferecircncia da cintura utilizando-
se um modelo proposto por Valdez (1991)54 cuja equaccedilatildeo matemaacutetica estaacute descrita a
seguir
46 Anaacutelise dos dados
Os dados foram digitados com dupla entrada no software Epidata 31 Apoacutes a
digitaccedilatildeo dos dados foram verificados manualmente os valores discrepantes e a
consistecircncia das informaccedilotildees
Na anaacutelise de dados foram utilizados os procedimentos da estatiacutestica descritiva
expressa por meacutedia desvio padratildeo nuacutemero de observaccedilotildees e percentual das
variaacuteveis avaliadas A diferenccedila entre os sexos nas variaacuteveis contiacutenuas foi analisada
pelo teste t de Student para amostras independentes uma vez que as variaacuteveis
apresentaram distribuiccedilatildeo normal e o teste do Qui-quadrado para comparar as
proporccedilotildees (variaacuteveis qualitativas) entre os idosos do sexo masculino e feminino
O poder discriminatoacuterio para determinar a hipertensatildeo arterial e os iacutendices
antropomeacutetricos foi verificado atraveacutes da utilizaccedilatildeo das curvas ROC recurso utilizado
para obtenccedilatildeo de pontos de corte que visam diagnoacutesticos ou triagem
A aacuterea sob a curva ROC (ASC) determina a capacidade preditiva do indicador
para presenccedila ou ausecircncia de hipertensatildeo arterial Uma ASC igual a 10 eacute
considerada perfeita poreacutem se for igual ou menor a 05 indica que sua capacidade
preditiva natildeo eacute melhor que ao acaso
17
Neste estudo o pressuposto para anaacutelise da ASC foi agrave sensibilidade pois em
determinadas situaccedilotildees quando natildeo pode correr o risco de natildeo diagnosticar
determinada doenccedila eacute melhor privilegiar a sensibilidade76
Apoacutes determinados os pontos de corte para cada uma das variaacuteveis
investigadas para prediccedilatildeo de hipertensatildeo essas foram dicotomizadas com base em
seus respectivos valores de referecircncia As anaacutelises estatiacutesticas foram conduzidas no
Statistical Product and Service Solutions (SPSS) reg 130 Em todas as anaacutelises foram
efetuadas respeitando-se o niacutevel de significacircncia de 5
47 Aspectos Eacuteticos
O estudo foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa da Universidade
Estadual do Sudoeste da Bahia com parecer (CAAE 22969013000000055) (Anexo
1) seguindo princiacutepios eacuteticos estabelecidos na Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de
2012 do Conselho Nacional de Sauacutede (CNS)77
18
5 RESULTADOS
51 Caracterizaccedilatildeo da amostra estudada
De acordo com a contabilizaccedilatildeo das perdas (mudou-se do municiacutepio natildeo foi
encontrado por mais de 3 vezes na USF ou domicilio) e recusas (n=31) a amostra final
foi composta por 310 idosos (201 zona urbana e 109 zona rural) A taxa de respostas
foi de 912 com 88 (n=31) de recusas e 92 (n=29) de exclusatildeo
Participaram do estudo 175 mulheres (565) e 135 homens (435) As
idades variaram entre 60 e 108 anos com meacutedia de 7078 plusmn 82 anos para as mulheres
e 60 a 93 anos com meacutedia de 7259 plusmn 78 anos para homens
A maioria das mulheres se auto referiu ser negra e os homens pardo O iacutendice
de analfabetismo apresentou-se elevado em ambos os sexos A maior parte dos idosos
eacute casado A maioria dos idosos sobrevivia com renda mensal inferior ou igual a um
salaacuterio miacutenimo (Tabela 3)
19
Tabela 3 - Variaacuteveis sociodemograacuteficas e de estilo de vida em idosos
Mulheres (n=175) Taxa de Resposta
Homens (n=135) Taxa de Resposta
n n P
Raccedilacor 9861 991
Branco 47 2686 43 3209
Preto 73 4171 26 1940 0001
Pardo 49 2800 55 4074
Natildeo sabe 4 229 10 741
Escolaridade 9918 1000
Analfabeto 95 5429 84 6222
Baacutesica 72 4114 46 3408 0001
Secundaacuteria 5 286 5 370
Superior 2 114 - -
Estado Civil 9789 991
Casadouniatildeo estaacutevel
74 4229 78 5777
Solteiroseparado 33 1886 36 2667 0001
Viuacuteva 63 3600 20 1481
Renda Mensal 9918 1000
le 1 salaacuterio 165 9428 123 9111
11 a 2 salaacuterio 8 458 10 74 0001
21 a salaacuterio 1 057 2 148
Alcoolismo 9989 1000
Sim 4 229 9 667 0001
Natildeo 170 9714 126 9333
Tabagismo 9597 1000
Sim 15 857 21 1556 0001
Natildeo 152 8686 114 8444
Teste Qui-quadrado
20
52 Caracteriacutesticas antropomeacutetricas
Apoacutes a assinatura do TCLE e realizaccedilatildeo do questionaacuterio 10 idosos foram
excluiacutedos (recusas e informaccedilatildeo incompleta do questionaacuterio) desta etapa de anaacutelise
Dessa forma foram analisadas 300 avaliaccedilotildees das medidas antropomeacutetricas
Na Tabela 4 podem ser observados os valores meacutedios desvio padratildeo valores
miacutenimos e maacuteximos e percentuais das variaacuteveis avaliadas A meacutedia do IMC foi menor
nos homens quando comparado com o resultado das mulheres (p lt 0001) Natildeo houve
diferenccedila significativa da variaacutevel circunferecircncia da cintura entre homens e mulheres
(p = 0208) A prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi maior nas mulheres A maioria
das mulheres eacute obesa e entre os homens o estado nutricional foi considerado eutroacutefico
(Tabela 5)
21
Tabela 4 - Valores descritivos miacutenimos e maacuteximos das variaacuteveis analisadas
Variaacuteveis Mulheres (n=167) Homens (n=133) Valor-p
Idade (anos) 7078 plusmn 821 (60-108)
7259 plusmn 786 (60-93)
0055
Massa corporal (kg) 6020 plusmn 1223 (2970-9580)
6384 plusmn 1250 (4010-11840)
0012
Estatura (cm) 14875 plusmn 616 (129-164)
16080 plusmn 782 (135-183)
lt00001
IMC (kgm2) 2715 plusmn505 (1342-4064)
2458 plusmn 390 (1475-3544)
lt00001
CC (cm)dagger 8734 plusmn 1126 (55-130)
8894 plusmn 1010 (66-115)
0208
RCEst 057 plusmn 011 (000-087)
055 plusmn 006 (042-073)
0086
Iacutendice C 123 plusmn 021 (000-166)
129 plusmn 006 (117-150)
0001
PAS 14096 plusmn 2218 (87-200)
13735 plusmn 2251 (98-209)
0166
PAD 7671 plusmn 1091 (45-105)
7697 plusmn 1179 (49-110)
0846
IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia da cintura RCEst - razatildeo cintura-estatura Iacutendice C - Iacutendice de Conicidade PAS - pressatildeo arterial sistoacutelica PAD ndash pressatildeo arterial diastoacutelica dagger Variaacuteveis com perdas (n=163 mulheres) Teste T de Student para amostras independentes
Tabela 5 - Percentuais das variaacuteveis analisadas
Variaacutevel Mulheres Homens Valor-p
Pressatildeo Arterial (n) (n)
Normal 557 (93) 594 (79) 0011
Hipertensatildeo 443 (74) 406 (54)
Estado nutricional (n) (n)
Baixo peso 144 (24) 301 (40)
Normal 353 (59) 436 (58) lt00001
Sobrepeso 503 (84) 263 (35)
Teste Qui-quadrado
53 Anaacutelise da curva ROC
22
As aacutereas sob a curva ROC do IMC da CC da RCEst e do iacutendice C como
preditores de hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos e os respectivos
intervalos de confianccedila (IC 95) podem ser observados na Tabela 6 e nas Figuras 2
3 4 5 6 7 8 9 Evidenciou-se que alguns iacutendices antropomeacutetricos apresentaram
aacuterea sob a curva ROC significativas Todavia a RCEst e o IMC assumiram maiores
aacutereas com diferenccedila significativa para os homens
Tabela 6 - Aacuterea sob a curva ROC e IC95 entre os iacutendices antropomeacutetricos e hipertensatildeo arterial em idosos
Aacuterea sob a curva ROC
PA elevada Mulheres
Homens
p
IMC (kgm2) 053 (044-062) 060 (050-070)
lt00001dagger
CC (cm) 057 (048-066) 058 (048-068)
lt00001dagger
RCEst 056 (047-065) 061 (051-071)
lt00001dagger
Iacutendice C 058 (049-066) 058 (058-068) lt00001dagger
IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia de cintura RCEst - razatildeo cinturaestatura Iacutendice C - iacutendice de conicidade ROC ndashReceiver Operating CharacteristicIC95 - intervalo de confianccedila a 95Aacuterea sob a curva ROC apresentando poder discriminatoacuterio para pressatildeo arterial elevada (Li-IC ge 050) daggerTeste Qui-quadrado
23
Figura 2 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) IMC - iacutendice de massa corporal
Figura 3 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) IMC - iacutendice de massa corporal
24
Figura 4 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) CC ndash circunferecircncia da cintura
Figura 5 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) CC ndash circunferecircncia da cintura
25
Figura 6 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) RCEst - razatildeo cinturaestatura
Figura 7 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) RCEst - razatildeo cinturaestatura
26
Figura 8 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) Iacutendice C -iacutendice de conicidade
Figura 9 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) Iacutendice C - iacutendice de conicidade
27
Os valores dos pontos de corte dos iacutendices antropomeacutetricos como preditores
de hipertensatildeo arterial e suas respectivas sensibilidade e especificidade (mais
adequado equiliacutebrio entre si) satildeo apresentados na Tabela 7 Observa-se que entre
os iacutendices antropomeacutetricos a RCEst teve melhor percentual de sensibilidade e de
especificidade para discriminar a pressatildeo arterial elevada para os homens
Tabela 7 - Pontos de corte sensibilidade e especificidade dos iacutendices antropomeacutetricos para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial em idosos
Mulheres Homens PA elevada
Ponto de corte
Sensibilidade ()
Especificidade ()
Ponto de corte
Sensibilidade ()
Especificidade ()
IMC (kgm2)
2679 527 548 2420 527 548
CC (cm) 8750 577 457 8650 593 532 RCEst 059 568 430 054 648 456 Iacutendice C 126 541 452 129 574 456
IMC ndash Iacutendice de Massa Corporal CC ndash Circunferecircncia da Cintura RCEst ndash Razatildeo Cintura-Estatura Iacutendice C ndash Iacutendice de Conicidade
28
6 DISCUSSAtildeO
61 Aacutereas sob a Curva ROC
Este estudo teve como objetivo identificar a capacidade preditiva de iacutendices
antropomeacutetricos de obesidade geral e abdominal para discriminar a presenccedila de
hipertensatildeo arterial em idosos com foco de utilizaccedilatildeo no ambiente da estrateacutegia de
sauacutede da famiacutelia Nessa perspectiva surge uma proposta de triagem dos casos de
idosos com possiacuteveis alteraccedilotildees crocircnicas em sua pressatildeo arterial aleacutem de possibilitar
a discussatildeo sobre validaccedilatildeo de tais iacutendices para uso no contexto da sauacutede
Dessa forma recomenda-se a anaacutelise da sensibilidade e especificidade por
meio da construccedilatildeo de curvas ROC pois eacute a melhor opccedilatildeo para determinar pontos de
corte em estudos epidemioloacutegicos78 Essa anaacutelise permite fornecer a aacuterea sob a curva
que traduz o poder de discriminaccedilatildeo de um indicador para um determinado desfecho
e a identificaccedilatildeo do melhor ponto de corte
A proposta dessa pesquisa natildeo eacute excluir o diagnoacutestico meacutedico mas
proporcionar uma estrateacutegia mais abrangente a ser utilizada pelas USFs em parceria
entre os profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica e os profissionais de sauacutede no contexto da
atenccedilatildeo primaacuteria
Embora exista associaccedilatildeo entre sobrepesoobesidade e a pressatildeo arterial
elevada poucos estudos tecircm identificado pontos de corte de iacutendices antropomeacutetricos
que visem agrave detecccedilatildeo da hipertensatildeo arterial em idosos Diversos estudos tecircm
demonstrado que os iacutendices antropomeacutetricos satildeo bons indicadores de obesidade e
estatildeo relacionados a fatores de risco cardiovascular795880 Todavia a hipertensatildeo eacute
apontada como um dos principais fatores de risco cardiovasculares o que denota a
necessidade de um olhar diferenciado
A prevalecircncia de hipertensatildeo foi inferior agrave encontrada em outros estudos818283
Contudo diferenccedilas metodoloacutegicas nuacutemero de medidas realizadas e os diferentes
criteacuterios de referecircncia satildeo as principais causas da grande variabilidade nas
prevalecircncias de pressatildeo arterial elevada entre as investigaccedilotildees No presente estudo
29
optou-se por maior rigorosidade ao diagnosticar a pressatildeo arterial elevada
considerando a realizaccedilatildeo de trecircs medidas
Nessa amostra observou-se que a prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi
443 nas mulheres e 406 nos homens Demonstrando ser uma alta prevalecircncia
pois se trata de uma populaccedilatildeo que eacute influenciada diretamente pelo o aumento da
morbimortalidade durante o envelhecimento Estudos envolvendo idosos indicam que
a prevalecircncia da hipertensatildeo encontra-se entre 50-70 com o aumento da idade84
Poucos estudos epidemioloacutegicos foram conduzidos com o objetivo de identificar
e discriminar a capacidade de iacutendices antropomeacutetricos de obesidade para a pressatildeo
arterial elevada na populaccedilatildeo de idosos e principalmente utilizando o iacutendice C o
RCEst Um estudo realizado com a populaccedilatildeo de idosos utilizou o mesmo objetivo
poreacutem usou como ponto de corte o iacutendice de massa corporal e o iacutendice de adiposidade
corporal85 Entretanto faz-se necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de outros iacutendices para identificar
hipertensatildeo arterial em idosos
De acordo com os resultados do presente estudo somente alguns dos
indicadores antropomeacutetricos apresentaram capacidade preditiva para a hipertensatildeo
arterial em idosos de acordo com limite inferior do intervalo de confianccedila de 9586
Dessa forma foi observado que a RCEst e IMC para os homens mostraram-se com
bom poder de detecccedilatildeo para a hipertensatildeo arterial pois obtiveram maiores valores
sob a curva para esse desfecho
Em 2013 Leal Neto et al85 identificaram em seus resultados que o IMC e o
iacutendice de adiposidade corporal foram os melhores indicadores preditivos de
hipertensatildeo arterial nos idosos em ambos os sexos independentemente de outros
fatores tais como idade tabagismo consumo de aacutelcool e atividade fiacutesica
No presente estudo os principais indicadores que tiveram uma boa aacuterea sob a
curva foram o IMC RCEst e Iacutendice C com resultados de 060 IC95 (050-070) 061
IC95 (051-071) e 058 IC95 (058-068) respectivamente para homens
Nas mulheres tais iacutendices mostraram-se com menor poder discriminatoacuterio para
diagnosticar a hipertensatildeo arterial A HAS eacute um desfecho que pode ser influenciado
por fatores multicausais (hormonais estresse etc) Na anaacutelise do desempenho do
iacutendice antropomeacutetrico a loacutegica eacute unidirecional ou seja verificar o desempenho desses
iacutendices apenas como preditores de hipertensatildeo arterial foram mais satisfatoacuterios entre
os homens Os iacutendices podem interferir mas natildeo determinar a prevalecircncia da
30
hipertensatildeo Embora as mulheres tenham uma maior prevalecircncia essa natildeo eacute
determinada pelos iacutendices antropomeacutetricos no presente estudo
Tais resultados diferem do estudo realizado em 2012 por Samsen et al87 no
qual a circunferecircncia da cintura teve boa ASC nos homens = 0684 com IC95 (0672-
0695) e nas mulheres = 0673 IC95 (0665-0681) sendo o melhor indicador
significativamente (p lt0001) do que o IMC no qual a ASC em homens foi de = 0667
IC95 (0656-679) e nas mulheres = 0636 IC95 (0628-0644) em discriminaccedilatildeo
de pelo menos um fator de risco cardiovascular Isso se deve ao fato de tal estudo ter
sido realizado com uma abrangecircncia maior na faixa etaacuteria que foi de 45-80 anos
Uma possiacutevel limitaccedilatildeo para discussatildeo dos resultados desse estudo foi a faixa
etaacuteria restrita que natildeo incluiu idosos (igual ou acima de 60 anos) o que impossibilita
a triagem da pressatildeo arterial elevada nessa populaccedilatildeo
62 Iacutendices antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial
Nesse estudo a CC e RCEst foram as variaacuteveis com maiores valores absolutos
de sensibilidade para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial respectivamente para mulheres
e homens Tais resultados indicam as proporccedilotildees de verdadeiros positivos na
ocorrecircncia de hipertensatildeo arterial
Quanto ao ponto de corte do RCEst nas mulheres foi de 059 sendo 568 de
sensibilidade e 430 de especificidade Valores inferiores ao encontrado no presente
estudo para mulheres foram sugeridos em Taiwan (045) Cingapura (048) e na China
(050) No Brasil em 2009 Haun Pitanga e Lessa16 recomendaram para a RCEst
053 como melhor ponto de corte com sensibilidade (67) e especificidade (58) e
aacuterea sob a curva ROC de 069 (IC 95 = 064-075) Outro ponto de corte semelhante
ao observado no Brasil com mulheres mexicanas variou de 053 a 0535 para a
RCEst discriminar diabete tipo 2 hipertensatildeo e dislipidemias88899091
Os pontos de corte sugeridos por esses paiacuteses e no Brasil podem ter sido
inferiores por causa da abrangecircncia na faixa etaacuteria dos indiviacuteduos no qual incluiacuteram
mulheres de 30 a 74 anos como tambeacutem as caracteriacutesticas econocircmicas culturais e
31
de estilo de vida diferem da realidade das mulheres que residem em cidades de
pequeno porte Estudos que discriminem hipertensatildeo arterial principalmente em
idosos com RCEst satildeo escassos na literatura
Em 2010 Browning Hsieh e Ashwel92 realizaram uma revisatildeo sistemaacutetica
sobre a potencialidade de indicadores antropomeacutetricos em predizer doenccedilas
cardiovasculares e identificou a RCEst como variaacutevel de melhor desempenho A
RCEst apresentou maiores ASC quando comparada ao IMC ou CC Os dados
analisados foram de quatorze paiacuteses diferentes e incluiacuteram caucasianos asiaacuteticos e
da Ameacuterica Central Segundo os autores uma RCEst ge 05 eacute capaz de identificar
fatores de risco cardiovasculares Esse ponto de corte eacute inferior aos encontrados para
homens e mulheres no presente estudo significando que o ponto de corte encontrado
pode diagnosticar risco cardiovascular e consequentemente a presenccedila de
hipertensatildeo
Outros autores afirmam essa hipoacutetese relacionada aos valores limites para
RCEst em diversas populaccedilotildees e indicaram que um ponto de corte de 05 eacute o valor
mais indicado para ambos os sexos todas as idades e diferentes populaccedilotildees899315
Com relaccedilatildeo agrave especificidade a variaacutevel com maior valor foi o IMC
independentemente do sexo Nas mulheres o ponto de corte sugerido foi 2679 kgm2
e nos homens 2420 kgm2 O valor da especificidade foi de 548 para ambos os
sexos o qual possibilita determinar corretamente a ausecircncia de hipertensatildeo arterial
Sendo assim este estudo sugere que o IMC natildeo foi o melhor preditor de hipertensatildeo
arterial
O estudo de Leal Neto et al (2013)85 tambeacutem testou a capacidade de
indicadores antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial em idosos
sugeriu como pontos de corte para IMC valores de 247 kgm2 igual ao encontrado no
presente estudo e de 273 kgm2 nuacutemero superior que aos dados do presente
trabalho para homens e mulheres respectivamente
Em outro estudo realizado com 19621 homens e mulheres com faixa etaacuteria de
45-80 anos a meacutedia da idade foi de 598 anos para os homens e 585 anos para as
mulheres O ponto de corte adequado de IMC foi de 23 kgm2 em homens e 24 kgm2
em mulheres Os pontos de corte de CC foram 80 cm e 78 cm em homens e mulheres
respectivamente Os achados do presente estudo foram superiores a esses
32
resultados todavia deve ser considerado que a populaccedilatildeo alvo foi diferente e com
idade menor da populaccedilatildeo pesquisada no presente trabalho87
Com relaccedilatildeo agrave CC o ponto de corte identificado para a prediccedilatildeo de hipertensatildeo
arterial nas mulheres foi superior ao dos homens Contudo os valores de sensibilidade
e especificidade desses pontos de corte foram maiores entre os homens o que pode
indicar que o poder preditivo da CC para a hipertensatildeo arterial eacute melhor para o sexo
masculino Quanto menor o ponto de corte maior seraacute a habilidade do teste em
classificar os doentes como positivos isto eacute maior seraacute a sensibilidade76 Os pontos
de corte dos homens foram em sua maioria menores em comparaccedilatildeo aos das
mulheres
Tais resultados satildeo contraacuterios aos achados do estudo de Kashihara et al
(2009)94 com indiviacuteduos de 30-74 anos que comparou paciente com hipertensatildeo e sem
hipertensatildeo Em seus pontos de corte de CC para os homens foram superiores aos
pontos de corte definidos para as mulheres e os valores de sensibilidade e
especificidade foi maior nas mulheres para identificar risco cardiovascular Poreacutem a
idade foi menor ao proposto no presente estudo
Outro estudo que contraria tais resultados quanto ao ponto de corte da CC foi
o de Haun Pitanga e Lessa (2009)16 que foi superior para os homens enquanto o
niacutevel de sensibilidade e especificidade foi igual aos nossos achados Poreacutem esse
estudo foi realizado com indiviacuteduos de idade entre 30-74 anos e discriminou risco
coronariano elevado
Quanto ao Iacutendice C no presente estudo o ponto de corte sugerido foi de 126
nas mulheres (sensibilidade 541 e especificidade 452) e 129 para os homens
(sensibilidade 574 e especificidade 456)
Diferentemente do resultado encontrado no presente estudo Pitanga e Lessa
(2005)56 sugeriram como o melhor ponto de corte para risco coronariano com o iacutendice
C 118 para mulheres apresentando valores de sensibilidade (7339) e
especificidade (6115) Para os homens o ponto de corte foi de 125 com valores de
sensibilidade (7391) e especificidade (7492) Tais pontos de corte foram para
indiviacuteduos adultos por esse motivo foram mais baixos que os achados do presente
trabalho Deve-se considerar que existem modificaccedilotildees na composiccedilatildeo corporal com
o processo do envelhecimento o que poderia alterar os pontos de corte para as essas
medidas antropomeacutetricas
33
Em outro estudo com os mesmo autores foram apresentados outros pontos de
corte comparando diferentes faixas etaacuterias Para as mulheres de 30-49 anos o melhor
ponto de corte foi o mesmo (118) com melhor sensibilidade (7857) e
especificidade (6524) e tambeacutem melhor aacuterea sob a curva ROC 081 (IC95 = 070-
092) Entre as de idade mais avanccedilada (50-74 anos) o melhor ponto de corte
sugerido foi 122 com sensibilidade (6000) e especificidade (6582) e aacuterea sob a
curva ROC 065 (IC 95 = 058-073) Portanto o iacutendice C apresentou melhor poder
discriminatoacuterio de RCEst para as mulheres mais jovens64
Almeida Almeida e Arauacutejo (2009)58 conduziram uma pesquisa com mulheres
de 30 e 69 anos buscando avaliar o desempenho de diferentes pontos de corte do
iacutendice C RCQ CC e RCEst para discriminar Risco Coronariano Elevado e o ponto de
corte encontrado para o Iacutendice C foi (125) proacuteximo ao ponto de corte para mulheres
nos nossos achados Dessa forma tais autores afirmaram que os indicadores
antropomeacutetricos de obesidade abdominal analisados tiveram desempenhos
satisfatoacuterios e similares para discriminar RCEst poreacutem o iacutendice C foi o que
apresentou o melhor poder discriminatoacuterio
As informaccedilotildees sobre o iacutendice C satildeo limitadas quanto agrave discussatildeo do ponto de
corte para hipertensatildeo arterial principalmente por encontrar poucos estudos sobre
essa medida como referecircncia para idosos Pitanga e Lessa (2004)55 relatam como
uma limitaccedilatildeo para a utilizaccedilatildeo do Iacutendice C em estudos populacionais a dificuldade de
se calcular o denominador da equaccedilatildeo proposta para sua determinaccedilatildeo
O excesso de gordura em geral estaacute associado ao aparecimento de doenccedilas
cardiovasculares hipertensatildeo arterial e mortalidade a definiccedilatildeo de pontos de corte
para iacutendices que se destacam por sua simplicidade operacional e boa acuraacutecia
permite a detecccedilatildeo dos indiviacuteduos sob risco sendo de grande utilidade nos serviccedilos
de atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede aleacutem de possibilitar o conhecimento da situaccedilatildeo de
grupos populacionais especiacuteficos frente a esses riscos quando empregados na
pesquisa epidemioloacutegica
No contexto das cidades de pequeno porte (rurais e urbanas) os recursos de
sauacutede satildeo muitas vezes limitados e escassos sendo importante a utilizaccedilatildeo desses
iacutendices antropomeacutetricos como substituiccedilatildeo eou apoio a avaliaccedilatildeo tradicional da
pressatildeo arterial Em vaacuterias conjunturas de sauacutede a alta demanda de paciente com
hipertensatildeo arterial exige a utilizaccedilatildeo de instrumentos de diagnoacutesticos e rastreamento
34
de raacutepida e faacutecil aplicaccedilatildeo que possam ser manejados por diferentes profissionais e
que sobretudo apresentem validade e fidedignidade A adequada validaccedilatildeo de
instrumentos e conhecimento de suas propriedades teacutecnicas na populaccedilatildeo brasileira
tambeacutem deve contribuir com a seleccedilatildeo de prioridades e delimitaccedilatildeo do conteuacutedo dos
programas de sauacutede pelos tomadores de decisatildeo em diferentes niacuteveis de gestatildeo
35
7 CONCLUSAtildeO
As anaacutelises dos dados permitem frente aos objetivos estabelecidos formular
as seguintes conclusotildees Quanto ao poder de discriminaccedilatildeo de iacutendices
antropomeacutetricos para a hipertensatildeo arterial em idosos os iacutendices antropomeacutetricos
(IMC RCEst e Iacutendice C) foram bons preditores de hipertensatildeo arterial para os homens
Dessa forma tais iacutendices podem ser empregados nos homens poreacutem tais medidas
natildeo foram satisfatoacuterias para predizer pressatildeo arterial elevada nas mulheres idosas
limitando a sua utilizaccedilatildeo para o sexo feminino com idades avanccediladas
O melhor ponto de corte para discriminar hipertensatildeo arterial foi 054 para a
RCEst nos homens dessa forma tal ponto de corte deve ser empregada no contexto
da atenccedilatildeo primaacuteria nos homens Sugere-se a utilizaccedilatildeo dessa medida a fim de
detectar e realizar a triagem da hipertensatildeo arterial com caracteriacutesticas similares agrave
amostra deste estudo
Recomenda-se que a utilizaccedilatildeo de dois iacutendices simultaneamente resulte em
uma maior eficiecircncia na avaliaccedilatildeo do risco de hipertensatildeo arterial em idosos A
indicaccedilatildeo destas medidas permite que ela seja realizada nas Unidades de Sauacutede da
Famiacutelia como meacutetodo de triagem para idosos com hipertensatildeo arterial utilizando
materiais de faacutecil manejo e de baixo custo
Dessa forma pode-se efetivamente atingir uma das estrateacutegias de prevenccedilatildeo
da hipertensatildeo arterial sistecircmica que eacute o controle da pressatildeo arterial durante o
envelhecimento Todavia sugere-se cautela na utilizaccedilatildeo do ponto de corte desses
indicadores para as mulheres pois os resultados natildeo foram satisfatoacuterios
Fica evidente a necessidade de outros estudos que identifiquem pontos de
corte de iacutendices antropomeacutetricos visando agrave detecccedilatildeo de hipertensatildeo arterial e de
outros fatores de risco cardiovascular nas mulheres idosas que residem em cidades
de pequeno porte
36
8 REFEREcircNCIAS
1 Omram AR The epidemiologic transition a theory of the epidemiology of population change Milbank Memorial Fund Quarterly 1971 49 (Part 1) 509-538
2 Wong LR Carvalho JM Age-strucutural transition in Brazil demographic bonuses and emerging challenges In Pool I Wong LLR Vilquin E editores Age-structural transitions challenges for development Paris Committee for International Cooperation in National Research in Demography 2006
3 Gragnolati M Jorgensen OH Rocha R Fruttero AA Envelhecendo em um Brasil mais Velho implicaccedilotildees do envelhecimento populacional sobre o crescimento econocircmico reduccedilatildeo da pobreza financcedilas puacuteblicas prestaccedilatildeo de serviccedilos Banco Internacional para a Reconstruccedilatildeo e o Desenvolvimento Banco Mundial 2011
4 Schmidt MI Duncan BB Silva GA et al Health in Brazil 4 Chronic non-communicable diseases in Brazil burden and current challenges The Lancet 2011 377
5 Ezzati M Hoorn SV Rodgers A et al Comparative Risk Assessment Collaborating Group Selected major risk factors and global and regional burden of disease Lancet 2002 360 1347-60
6 Lim SS Vos T Flaxman AD et al A comparative risk assessment of burden of disease and injury attributable to 67 risk factors and risk factor clusters in 21 regions 1990-2010 a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2010 Lancet 2012 380 (9859)2224-60
7 Sociedade Brasileira de Cardiologia Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Sociedade Brasileira de Nefrologia VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 2010 95(1) 1-51
8 Miranda DR Perrotti TC Bellinazzi VR et al Hipertensatildeo arterial no idoso peculiaridades na fisiopatologia no diagnoacutestico e no tratamento Rev Bras Hipertens 2002 9 293-300
9 Pilger C Menon MU Mathias TAF Caracteriacutesticas sociodemograacuteficas e de sauacutede de idosos contribuiccedilotildees para os serviccedilos de sauacutede Rev Latino-Am Enfermagem 2011 19(5)1230-1238
10 Pilger C Menon MU Mathias TAF Utilizaccedilatildeo de serviccedilos de sauacutede por idosos vivendo na comunidade Rev esc enferm USP 2013 47(1)213-220
11 Mariath AB Grillo LP Silva RO et al Obesidade e fatores de risco para o desenvolvimento de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis entre usuaacuterios de unidade de alimentaccedilatildeo e nutriccedilatildeo Cad Sauacutede Puacuteblica 2007 23 (4) 897-905
37
12 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Diretrizes e recomendaccedilotildees para o cuidado
integral de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis promoccedilatildeo da sauacutede vigilacircncia prevenccedilatildeo e assistecircncia Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2008
13 Kuumlmpe DA Sodreacute AC Pomatti DM et al Obesidade em Idosos Acompanhados
pela Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia Texto Contexto Enferm Florianoacutepolis 2011 20(3) 471-7
14 Silva KS Farias Juacutenior JC Fatores de risco associados agrave pressatildeo arterial elevada em adolescentes Rev Bras Med Esporte 2007 13(4) 237-40
15 Pitanga FJG Lessa I Razatildeo cintura-estatura como discriminador do risco
coronariano de adultos Rev Assoc Med Bras 2006 52157-61
16 Haun DR Pitanga FJG Lessa I Razatildeo CinturaEstatura comparado a outros indicadores antropomeacutetricos de obesidade como preditor de risco coronariano elevado Rev Assoc Med Bras [online] 2009 55(6) 705-711
17 Nascimento CM Ribeiro AQ SantrsquoAna LFR et al Estado nutricional e condiccedilotildees de sauacutede da populaccedilatildeo idosa brasileira revisatildeo da literatura Rev meacuted Minas Gerais 2011 21(2)174-180
18 Gomes MA Beck cc Duarte MFS et al Ficha Antropomeacutetrica no Nuacutecleo de Apoio a Sauacutede da Famiacutelia o que medir e para que medir Rev bras cineantropom desempenho hum 2009 11(2) 243-253
19 Azevedo LF Oliveira ACC Lima JRP et al Recomendaccedilotildees sobre condutas e procedimentos do profissional de educaccedilatildeo fiacutesica na atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede Rio de Janeiro CONFEF 2010 109-55
20 World Health Organization World health statistics 2012 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghopublicationsworld_health_statistics2012enindexhtmlgt [2012 set 18]
21 World Health Organization Global health risks mortality and burden of disease attributable to selected major risks Geneva World Health Organization 2009a
22 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Panorama da sauacutede brasileira em muacuteltiplos aspectos Percepccedilatildeo do estado de sauacutede estilo de vida e doenccedila crocircnica Pesquisa Nacional de Sauacutede 2013
23 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Pesquisa Nacional por Amostra
de Domiciacutelios 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapesquisaspesquisa_resultadosphpid_pesquisa=149gt[2014 dez 04]
24 Tribess S Virtuoso Junior JS Prescriccedilatildeo de exerciacutecios fiacutesicos para idosos Rev saudecom 2005 1(2)163-72
38
25 Pollock ML Wilmore JH Exerciacutecio na Sauacutede e na Doenccedila avaliaccedilatildeo e prescriccedilatildeo para prevenccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo Editora MEDSI 2ordf ed Rio de Janeiro 1993
26 Sociedade Brasileira de Cardiologia V Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 20061-48
27 World Health Organization Global Health Observatory (GHO) 2014 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghoncdrisk_factorsblood_pressure_prevalence_textengt [2014 dez 04]
28 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Secretaria de Atenccedilatildeo baacutesica agrave Sauacutede Departamento de atenccedilatildeo baacutesica - Hipertensatildeo arterial sistecircmica Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2006
29 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) (2009) Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeGestorvisualizar_textocfmidtxt=24421gt [2010 abr 07]
30 Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Nuacutemero de hipertenso 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwsbhorgbripadgeralphpgt [09 nov 2014]
31 Secretaria de Sauacutede do Estado da Bahia Hipertensatildeo Quantidade de Hipertensos na Bahia Disponiacutevel em (2014) lthttpwwwsaudebagovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=4418ampcatid=1ampItemid=14gt [2014 jan 10]
32 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica 2014 Dados de mortalidade na Bahia Disponiacutevel em lthttptabnetdatasusgovbrcgitabcgiexesiabcnvSIABSBAdefgt [2014 mai 05]
33 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica Dados sociodemograacuteficos de Ibicuiacute 2014 lthttptabnetdatasusgovbrcgideftohtmexesiabcnvSIABFBAdefgt [2014 jan 05]
34 Williams B The year in hypertension JACC 2010 55(1) 66-73
35 Lipp M Rocha JC Stress Hipertensatildeo Arterial e Qualidade de vida um guia de tratamento para o hipertenso Campinas Papirus 1996
36 Borenstein MS (Org) Manual de Hipertensatildeo Arterial Porto Allege Editora Sagra Luzzatto 1999
37 Joint National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure The Sixth Report of the Join National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure Arch Intern Med 1997157 2413-2446
39
38 Mitchell GF Parise H Benjamin EJ et al Changes in arterial stiffness and wave reflection with advancing age in health men and women Hypertension 2004 431239-1245
39 Matos AC Ladeia AM Avaliaccedilatildeo de fatores de risco cardiovascular em uma comunidade rural da Bahia Arq Bras Cardiol 2003 81(3) 291-6
40 World Health Organization Who Expert Committee on Physical Status the use and interpretation of antropometry Report of a WHO Expert Commitee Geneva WHO 1995 p 854
41 Pitanga FJG Antropometria na avaliaccedilatildeo da obesidade abdominal e risco coronariano Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum 201113(3) 238-241
42 Ferreira LS Amaral TF Marucci MFN et al Under nutrition as a major risk factor for death among older Brazilian adults in the community-dwelling setting SABE survey Nutrition 201127(10)17-22
43 Andrade FB Caldas Junior AF Kitoko PM et al Prevalence of overweight and obesity in elderly people from Vitoacuteria-ES Brazil Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2012 set17(3)749-756
44 Boscatto EC Duarte Mde F Coqueiro Rda S Barbosa AR Nutritional status in the oldest elderly and associated factors Rev Assoc Med Bras 2013 59(1)40-47
45 Kostka J Borowiak E Kostka T Nutritional status and quality of life in different
populations of older people in Poland Eur J Clin Nutr 2014 Nov68(11)1210-5
46 Silva DAS Petroski EL Associaccedilatildeo de diferentes pontos de corte para sobrepeso e obesidade com pressatildeo arterial elevada em idosas Rev Educ Fis UEM 2009 20 415-22
47 Nutrition Screening Initiative Interventions manual for professionals caring for older Americans Washington DC Nutrition Screening Initiative 1992
48 World Health Organization Obesity preventing and managing the global epidemic Report of a WHO Consultation on Obesity Geneva World Health Organization 1998
49 Cameron AJ Dunstan DW Owen N et al Health and mortality consequences
of abdominal obesity evidence from the Aus Diab study Med J Aust 2009191 202ndash208
50 Fox KA Despres JP Richard AJ et al Does abdominal obesity have a similar impact on cardiovascular disease and diabetes A study of 91246 ambulant patients in 27 European countries Eur Heart J 2009 30 3055ndash3063
40
51 Pouliot MC Despreacutes JP Lemieux S et al Waist circumference and abdominal sagittal diameter Best simple anthropometric indexes of abdominal visceral adipose tissue accumulation and related cardiovascular risk in men and woman Am J Cardiology 1994 73 460-468
52 Peixoto MRG Beniacutecio MHD Latorre M et al Circunferecircncia da Cintura e Iacutendice de massa Corporal como Preditores da Hipertensatildeo Arterial Arq Bras Cardiol 200687 462-470
53 MacKay MF Haffner SM Wagenknecht LE et al Prediction of type 2 diabetes using alternate anthropometric measures in a multiethnic cohort the insulin resistance atherosclerosis study Diabetes Care 200932(5)956-8
54 Valdez R A simple model-based index of abdominal adiposity J Clin Epidemiol1991 44(9) 955-6
55 Pitanga FJG Lessa I Sensibilidade e especificidade do iacutendice de conicidade como discriminador do risco coronariano de adultos em Salvador Brasil Rev Bras Epidemiol 20047(3)259-69
56 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano elevado em adultos na cidade de Salvador - Bahia Arq Bras Cardiol 2005 85 (1)26-31
57 Ghosh JR Bandyopadhyay AR Comparative evaluation of obesity measures relationship with blood pressures and hypertension Singapore Med J 200748(3) 232-5
58 Almeida RT Almeida MMG Araujo TM Obesidade abdominal e risco cardiovascular desempenho de indicadores antropomeacutetricos em mulheres Arq Bras Cardiol 2009 out92(5)375-380
59 Freitas Juacutenior Costa Rosa CS Codogno JS et al Capacidade cardiorrespiratoacuteria e distribuiccedilatildeo de gordura corporal de mulheres com 50 anos ou mais Rev Esc Enferm USP 2010 44(2) 395-400
60 Matos LN Giorelli GV Dias CB Correlation of anthropometric indicators for identifying insulin sensitivity and resistance Satildeo Paulo Med J [online] 2011 129(1) 30-35
61 Gomes MA Rech CR Gomes MBA et al Correlaccedilatildeo entre iacutendices antropomeacutetricos e distribuiccedilatildeo de gordura corporal em mulheres idosas Rev bras cineantropom desempenho hum 2006 set 8(3) 16-22
62 Tarastchuk JCE Gueacuterios EE Bueno RRL et al Obesidade e intervenccedilatildeo coronariana devemos continuar valorizando o Iacutendice de Massa Corpoacuterea Arq Bras Cardiol [online] 2008 90(5) 311-316
41
63 Ferreira AP CB Ferreira VC Souza et al Risco de distuacuterbio glicecircmico em mulheres idosas ajustado por antropometria e genoacutetipos de citocinas Rev Assoc Med Bras [online] 201157(5) 565-569
64 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano em mulheres Rev Bras Cineantrop Desempenho Hum 2006 8 (1) 14-21
65 Newman TB Browner WS Cummings SR Delineando estudos de testes meacutedicos In Hulley SB et al Delineando a pesquisa cliacutenica uma abordagem epidemioloacutegica 2 ed Porto Alegre Artmed 2003 203-224
66 Toscano CM As campanhas nacionais para detecccedilatildeo das doenccedilas crocircnicas natildeo-transmissiacuteveis diabetes e hipertensatildeo arterial Ciecircnc sauacutede Coletiva out-dez 2004 9(4) 885-895
67 Fletcher RH Fletcher SW Prevenccedilatildeo In Fletcher R Fletcher S Epidemiologia
cliacutenica elementos essenciais 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 2006 179-201
68 Jeckel J Elmore J Katz D Meacutetodos de prevenccedilatildeo secundaacuteria In _____ Epidemiologia bioestatiacutestica e medicina preventiva 2 ed Porto Alegre Artmed 2005 236-247
69 Klein CH Bloch KV Estudos seccionais In Medronho RA Carvalho DM Bloch KV Luiz RR Werneck GL Epidemiologia 1ordf ed Satildeo Paulo Editora Atheneu 2002 125-150
70 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Resoluccedilatildeo nordm- 6 de 3 de novembro de 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcenso2010ibgegovbrdados_divulgadosindexphpuf=29gt[201 dez 18]
71 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica ndash Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais (2014) Disponiacutevel em lthttpcodibgegovbr398G9gt [2014 ago 30]
72 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230gt [2013 mai 01]
73 Luiz RR Magnanini MMF A loacutegica da determinaccedilatildeo do tamanho da amostra em investigaccedilotildees epidemioloacutegicas Cad sauacutede coletiva Rio de Janeiro 2000 8(2) 9-28
74 Reis MC Nascimento RAS Pedreira RBS et al Validaccedilatildeo de Face e Clareza do Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede dos Idosos ndash IASI [resumo] in Anais do XIX Congresso Brasileiro Geriatria e Gerontologia Beleacutem 2014 296-296
75 Lohman TG Roche AF Martorell R Anthropometric Standardization Reference Manual Champaign Illinois Human Kinetics 1988
42
76 Vaz JCL Regiotildees de Incerteza para Curva ROC em Teste Diagnoacutesticos
[dissertaccedilatildeo] Satildeo Carlos Universidade Federal de Satildeo Carlos 2009
77 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de 2012
78 Erdreich LS Lee ET Use of relative operating characteristic analysis in epidemiology A method for dealing with subjective judgement Am J Epidemiol 1981 114649-62
79 Aekplakorn W Pakpeankitwatana V Lee CM et al Abdominal obesity and coronary heart disease in Thai men Obesity 200715(4)1036-42
80 Oliveira MAM Fagundes RLM Moreira EAM et al Relaccedilatildeo de Indicadores Antropomeacutetricos com Fatores de Risco para Doenccedila Cardiovascular Arq Bras Cardiol 2010 abr 94(4) 478-485
81 Mendes TAB Goldbaum M Segri NJ et al Factors associated with the prevalence of hypertension and control practices among elderly residents of Satildeo Paulo city Brazil Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(11) 2275-2286
82 Oliveira BFA Souza Mouratildeo D Gomes N et al Prevalecircncia de hipertensatildeo arterial em comunidades ribeirinhas do Rio Madeira Amazocircnia Ocidental Brasileira Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(8) 1617-1630
83 Picon RV Fuchs FD Moreira LB et al Prevalence of Hypertension Among Elderly Persons in Urban Brazil A Systematic Review With Meta-Analysis Am J Hypertens 2013 26 (4) 541-548
84 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Pessoa Idosa e Envelhecimento Seacuteries Pactos pela Sauacutede 2006 v 12 Brasiacutelia ndash DF 2010
85 Leal Neto JS Souza J Coqueiro RS et al Anthropometric indicators of obesity as screening tools for high blood pressure in the elderly Int J Nurs Pract 2013 Aug 19(4) 360-367
86 Schisterman EF Faraggi D Reiser B Trevisan M Statistical inference for the area under the receiver operating characteristic curve in the presence of random measurement error Am J Epidemiol 2001 154 (2) 174-9
87 Samsen M Hanchaiphiboolkul S Puthkhao P et al Appropriate body mass index and waist circumference cutoffs for middle and older age group in Thailand data of 19621 participants from Thai epidemiologic stroke (TES) study J Med Assoc Thai 2012 Sep 95(9)1156-66
88 Ko GTC Chan JCN Cockram CS Woo J Prediction of hypertension diabetes dyslipidemia or albuminuria using simple anthropometric indexes in Hong Kong Chinese Int J Obes 1999 23 (11) 1136-42
43
89 Lin WY Lee LT Chen CY et al Optimal cut-off values for obesity using simple anthropometric indices to predict cardiovascular risk factors in Taiwan Int J Obes Relat Metab Disord 2002261232-8
90 Pua YH Ong PH Anthropometric indices as screening tools for cardiovascular risk factors in Singaporean women Asia Pac J Clin Nutr 2005 14 (1) 74-9
91 Berber A Goacutemez-Santos R Fanghaumlnel G Saacutenchez-Reyes L Anthropometric
indexes in the prediction of type 2 diabetes mellitus hypertension and dyslipidaemia in a Mexican population Int J Obes 200125(12)1794-9
92 Browning LM Hsieh SD Ashwell M A systematic review of waist-to-height ratio
as a screening tool for the prediction of cardiovascular disease and diabetes 05 could be a suitable global boundary value Nutr Res Rev 2010 23(2)247-69
93 Bertsias G Mammas I Linardakis M Kafatos A Overweight and obesity in
relation to cardiovascular disease risk factors among medical students in Crete Greece BMC Public Health 2003 31-9
94 Kashihara H Lee JS Kawakubo K et al Criteria of Waist Circumference According to Computed Tomography-Measured Visceral Fat Area and the Clustering of Cardiovascular Risk Factors Circ J 2009 73 1881-1886
44
APEcircNDICES
45
Apecircndice 1
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
46
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS
PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE SAUacuteDE
DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE
Jequieacute ____ ____ 201__
APEcircNDICE 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Vocecirc esta sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa do Nuacutecleo de
Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo (NESP) da Universidade Estadual do Sudoeste da
Bahia
Objetivo do estudo Avaliar e monitorar as condiccedilotildees de sauacutede de idosos residentes
em comunidade
Participaccedilatildeo Ao aceitar participar do estudo estarei agrave disposiccedilatildeo do pesquisador
para responder ao formulaacuterio que seraacute arquivado pelo autor por um periacuteodo de cinco
anos sendo posteriormente incinerado
Riscos Este estudo natildeo traraacute riscos para minha integridade fiacutesica ou moral dos
participantes
Confidencialidade do estudo Seraacute garantida a privacidade o anonimato bem como
o direito de aceitar ou natildeo participar da pesquisa podendo ser essa autorizaccedilatildeo
suspensa em qualquer fase do estudo Assim as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo
4662012 do Conselho Nacional de Sauacutede que discorre sobre pesquisa envolvendo
seres humanos seratildeo atendidas Os resultados seratildeo publicados no relatoacuterio final da
dissertaccedilatildeo e artigos cientiacuteficos
47
Benefiacutecios Accedilotildees interinstitucionais articuladas promovidas numa perspectiva
interdisciplinar possibilitaratildeo uma melhor compreensatildeo das condiccedilotildees de sauacutede dos
idosos residentes em comunidade do municiacutepio e contribuiraacute para a formulaccedilatildeo de
accedilotildees direcionadas as necessidades dessa populaccedilatildeo
Danos advindos da pesquisa Caso haja algum prejuiacutezo decorrente da realizaccedilatildeo
deste estudo seraacute providenciada a devida reparaccedilatildeo dos danos atraveacutes do
responsaacutevel pelo estudo O pesquisador e os entrevistados natildeo receberatildeo benefiacutecios
financeiros para participaccedilatildeo no estudo Todas as despesas seratildeo por conta do
pesquisador
Participaccedilatildeo voluntaacuteria Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria podendo a qualquer
momento desistir do estudo sem qualquer prejuiacutezo ou penalidade para mim
Consentimento para participaccedilatildeo Apoacutes ser devidamente esclarecido (a) quanto
aos objetivos deste estudo dos procedimentos aos quais serei submetido (a) bem
como dos possiacuteveis riscos decorrentes da minha participaccedilatildeo estou de acordo em
participar do mesmo O pesquisador responsaacutevel pelo estudo assegura que seraacute
disponibilizado qualquer esclarecimento adicional que eu venha a solicitar durante a
realizaccedilatildeo da pesquisa e o direito de desistir da participaccedilatildeo em qualquer momento
Em casos de duacutevidas eou problemas referentes ao estudo vocecirc poderaacute
entrar em contato com o autor atraveacutes do Nuacutecleo de Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo
(NESP) (73) 3528-9721
Sendo assim eu ______________________________________________
aceito livremente participar do Projeto MONIDI
__________________________________ __________________________________
Assinatura do (a) participante
RG _________________________
Assinatura do (a) pesquisador
RG_________________________
48
Apecircndice 2
Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede do Idoso
49
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS
PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE
SAUacuteDE DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE
Nuacutemero do Questionaacuterio |__|__|__|
Nome do Entrevistador ___________________________
Visita 1 2 3
Data Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Hora de iniacutecio ________
Hora de teacutermino ________
I INFORMACcedilOtildeES PESSOAIS E SOCIODEMOGRAacuteFICAS
1 Nome do entrevistado
2Sexo
0 ( ) Feminino
1 ( ) Masculino
3 Endereccedilo completotelefone
4 Idade ____ anos
41 Data de Nascimento
____________
50
5 Situaccedilatildeo conjugal atual
1 ( ) Casado(a) 2 ( ) Uniatildeo estaacutevel 3 ( ) Solteiroa
4 ( ) Divorciado(a)separado(a)desquitado(a) 5 ( ) Viuacutevoa
6 No total quantas vezes o (a) Sr(a) esteve casado(a) ou em uniatildeo
Nordm de vezes |___|___|
7 Na escola qual a uacuteltima seacuterie grau que concluiu com aprovaccedilatildeo
1 - Nunca foi agrave escola ( ) 4 - Fundamental II ( )5 a ( )6 a ( )7 a ( )8 a
2 - Lecirc e escreve o nome ( ) 5 - Ensino Meacutedio ( ) 1 a ( )2 a ( )3
3 - Fundamental I ( )1 a ( )2 a 6 - Superior ( ) completo ( ) incompleto
( )3 a ( )4 a
8 Como vocecirc classificaria a cor da sua pele
1( ) Branca 2( ) Amarela (oriental) 3( ) Parda
4( ) Origem indiacutegena 5( ) Preta 9( ) Natildeo sabe
9 Cor da pele (entrevistador)
1( ) branca 2( ) amarela (oriental) 3( ) parda
4( ) origem indiacutegena 5( ) preta
10-Quantos filhos e filhas nascidos vivos o(a)Sr(a) teve (natildeo inclua enteados filhos
adotivos abortos ou filhos nascidos mortos)
Nuacutemero de filhos |____|____| (98) NS (99) NR
11 Atualmente o senhor (a) mora sozinho ou acompanhado
1( )Acompanhado 2( ) Sozinho 3( ) NR 4( )NS
51
12 Desde que o senhor (a) nasceu viveu no campo por 5 anos ou mais
0( ) Natildeo 1( ) Sim 2( ) NS 3( ) NR
13 Qual eacute a sua religiatildeo
1( ) Catoacutelica 2( ) Protestante 3( ) Judaica
4( ) Espiacuteritakardecista 5( ) Umbanda 6( ) Outras ____________
14 Qual a importacircncia da religiatildeo em sua vida
(1) Importante (2) Regular (3) Nada importante (8) NS (9) NR
15 Com que frequecircncia o senhor vai agrave igreja ou ao serviccedilo religioso
( ) Nunca ( ) Vaacuterias vezes por ano ( ) Uma duas vezes por mecircs
( ) Quase toda semana ( ) Mais de uma vez por semana ( ) NS ( ) NR
16 Quanto vocecirc ganha em meacutedia por mecircs R$ __________8( )Natildeo se aplica
II A CONSUMO DE AacuteLCOOL E TABACO
Uso de bebidas alcooacutelicas
1 Vocecirc consome bebidas alcooacutelicas Se vocecirc NAtildeO BEBE siga para o bloco III C
0 ( )sim 1( ) natildeo
2 Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
3 As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
4 Sente-se chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
5 Costuma beber pela manhatilde para diminuir o nervosismo ou a ressaca
0 ( ) sim 1( ) natildeo
Haacutebito de fumar
1 Vocecirc jaacute foi fumante 0 ( ) sim 1( ) natildeo
52
2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco
III C
3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros
4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias
III ANTROPOMETRIA
MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS
ESTATURA
MASSA CORPORAL
CIRCUNFEREcircNCIA
DE CINTURA
IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL
MEDIDA 01 02 03
Pressatildeo arterial
sistoacutelica
Pressatildeo arterial
diastoacutelica
53
ANEXOS
54
Anexo 1
Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos
55
56
14
45 Procedimentos para coleta de dados
451 Variaacuteveis do estudo e dados coletados
Foram mensuradas as variaacuteveis idade sexo situaccedilatildeo conjugal niacutevel de
escolaridade raccedilacor renda mensal alcoolismos e tabagismos Como tambeacutem
medidas de pressatildeo arterial sistoacutelica e diastoacutelica massa corporal estatura e
circunferecircncia da cintura
452 Instrumentos de coleta
Foi utilizado o instrumento de coleta denominado Instrumento de Avaliaccedilatildeo da
Sauacutede de Idosos (IASI) padronizado e validado previamente74 Tal instrumento obteacutem
caracteriacutesticas sociodemograacuteficas informaccedilotildees pessoais consumo de aacutelcool e
tabaco avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica e de pressatildeo arterial
Para aferir a pressatildeo arterial foi utilizado o aparelho digital (marca OMRONreg
modelo HEM ndash 742 INT) Utilizou-se ainda uma balanccedila digital portaacutetil (OMRONreg) e
um estadiocircmetro (marca Sannyreg) ambos devidamente calibrados e fita
antropomeacutetrica flexiacutevel (Cardiomedreg)
453 Pressatildeo Arterial
A pressatildeo arterial foi aferida com um aparelho digital de braccedilo com manguito
adequado agrave circunferecircncia do mesmo A medida foi realizada no braccedilo direito a altura
do coraccedilatildeo Foram realizadas trecircs medidas da pressatildeo arterial sendo a primeira apoacutes
o idoso permanecer cinco minutos em repouso e sentado a segunda apoacutes dois
minutos e a terceira dois minutos apoacutes a realizaccedilatildeo da segunda (foi utilizada a meacutedia
das trecircs medidas) Valores de referecircncia estatildeo estabelecidos na Tabela 1
15
Tabela 1 - Classificaccedilatildeo da pressatildeo arterial de acordo com a VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo (2010)
Classificaccedilatildeo Pressatildeo Sistoacutelica (mmHg)
Pressatildeo Diastoacutelica (mmHg)
Oacutetima Normal Limiacutetrofe
lt 120 lt 130 130-139
lt 80 lt 85 85-80
Hipertensatildeo estaacutegio I 140-159 90-99 Hipertensatildeo estaacutegio II 160-179 100-109 Hipertensatildeo estaacutegio III ge 180 ge 110 Hipertensatildeo sistoacutelica isolada
ge 140 lt 90
Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo (2010)7
454 Antropometria
Todas as medidas antropomeacutetricas foram realizadas trecircs vezes (verificou-se a
meacutedia de tais medidas) por um profissional de Educaccedilatildeo Fiacutesica para diminuir o erro
intra e inter avaliadores e anotados por um apontador Os idosos foram medidos
conforme procedimentos padronizados por Lohman et al (1988)75 sem calccedilados
roupas leves sem reloacutegio chaves celular etc
Foi mensurada a circunferecircncia da cintura com uma fita antropomeacutetrica flexiacutevel
no ponto meacutedio entre a uacuteltima costela e a crista iliacuteaca e o procedimento foi deixar a
cintura livre de roupa e os braccedilos cruzados no peito Classificaccedilatildeo de risco para
desenvolver doenccedilas por Lohman et al (1988)75 HOMENS gt 102 cm e MULHERES
gt 88 cm Foi determinado o IMC atraveacutes da equaccedilatildeo [IMC =massa corporal
(kg)estatura2(m)] Valores de referecircncia estatildeo estabelecidos na Tabela 2
Tabela 2 - Classificaccedilatildeo do Iacutendice de Massa Corporal
IMC Classificaccedilatildeo
Baixo peso lt 220 kgm2 Peso adequado 220 le IMC le 270 kgm2 Obesidade gt 270 kgm2
Lohman et al (1988)75
16
A razatildeo cintura-estatura foi determinada pela equaccedilatildeo proposta por Pitanga e
Lessa (2006)15 a qual utiliza a CC (cm) e a estatura (cm) O Iacutendice C foi estimado por
meio das medidas de massa corporal estatura e circunferecircncia da cintura utilizando-
se um modelo proposto por Valdez (1991)54 cuja equaccedilatildeo matemaacutetica estaacute descrita a
seguir
46 Anaacutelise dos dados
Os dados foram digitados com dupla entrada no software Epidata 31 Apoacutes a
digitaccedilatildeo dos dados foram verificados manualmente os valores discrepantes e a
consistecircncia das informaccedilotildees
Na anaacutelise de dados foram utilizados os procedimentos da estatiacutestica descritiva
expressa por meacutedia desvio padratildeo nuacutemero de observaccedilotildees e percentual das
variaacuteveis avaliadas A diferenccedila entre os sexos nas variaacuteveis contiacutenuas foi analisada
pelo teste t de Student para amostras independentes uma vez que as variaacuteveis
apresentaram distribuiccedilatildeo normal e o teste do Qui-quadrado para comparar as
proporccedilotildees (variaacuteveis qualitativas) entre os idosos do sexo masculino e feminino
O poder discriminatoacuterio para determinar a hipertensatildeo arterial e os iacutendices
antropomeacutetricos foi verificado atraveacutes da utilizaccedilatildeo das curvas ROC recurso utilizado
para obtenccedilatildeo de pontos de corte que visam diagnoacutesticos ou triagem
A aacuterea sob a curva ROC (ASC) determina a capacidade preditiva do indicador
para presenccedila ou ausecircncia de hipertensatildeo arterial Uma ASC igual a 10 eacute
considerada perfeita poreacutem se for igual ou menor a 05 indica que sua capacidade
preditiva natildeo eacute melhor que ao acaso
17
Neste estudo o pressuposto para anaacutelise da ASC foi agrave sensibilidade pois em
determinadas situaccedilotildees quando natildeo pode correr o risco de natildeo diagnosticar
determinada doenccedila eacute melhor privilegiar a sensibilidade76
Apoacutes determinados os pontos de corte para cada uma das variaacuteveis
investigadas para prediccedilatildeo de hipertensatildeo essas foram dicotomizadas com base em
seus respectivos valores de referecircncia As anaacutelises estatiacutesticas foram conduzidas no
Statistical Product and Service Solutions (SPSS) reg 130 Em todas as anaacutelises foram
efetuadas respeitando-se o niacutevel de significacircncia de 5
47 Aspectos Eacuteticos
O estudo foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa da Universidade
Estadual do Sudoeste da Bahia com parecer (CAAE 22969013000000055) (Anexo
1) seguindo princiacutepios eacuteticos estabelecidos na Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de
2012 do Conselho Nacional de Sauacutede (CNS)77
18
5 RESULTADOS
51 Caracterizaccedilatildeo da amostra estudada
De acordo com a contabilizaccedilatildeo das perdas (mudou-se do municiacutepio natildeo foi
encontrado por mais de 3 vezes na USF ou domicilio) e recusas (n=31) a amostra final
foi composta por 310 idosos (201 zona urbana e 109 zona rural) A taxa de respostas
foi de 912 com 88 (n=31) de recusas e 92 (n=29) de exclusatildeo
Participaram do estudo 175 mulheres (565) e 135 homens (435) As
idades variaram entre 60 e 108 anos com meacutedia de 7078 plusmn 82 anos para as mulheres
e 60 a 93 anos com meacutedia de 7259 plusmn 78 anos para homens
A maioria das mulheres se auto referiu ser negra e os homens pardo O iacutendice
de analfabetismo apresentou-se elevado em ambos os sexos A maior parte dos idosos
eacute casado A maioria dos idosos sobrevivia com renda mensal inferior ou igual a um
salaacuterio miacutenimo (Tabela 3)
19
Tabela 3 - Variaacuteveis sociodemograacuteficas e de estilo de vida em idosos
Mulheres (n=175) Taxa de Resposta
Homens (n=135) Taxa de Resposta
n n P
Raccedilacor 9861 991
Branco 47 2686 43 3209
Preto 73 4171 26 1940 0001
Pardo 49 2800 55 4074
Natildeo sabe 4 229 10 741
Escolaridade 9918 1000
Analfabeto 95 5429 84 6222
Baacutesica 72 4114 46 3408 0001
Secundaacuteria 5 286 5 370
Superior 2 114 - -
Estado Civil 9789 991
Casadouniatildeo estaacutevel
74 4229 78 5777
Solteiroseparado 33 1886 36 2667 0001
Viuacuteva 63 3600 20 1481
Renda Mensal 9918 1000
le 1 salaacuterio 165 9428 123 9111
11 a 2 salaacuterio 8 458 10 74 0001
21 a salaacuterio 1 057 2 148
Alcoolismo 9989 1000
Sim 4 229 9 667 0001
Natildeo 170 9714 126 9333
Tabagismo 9597 1000
Sim 15 857 21 1556 0001
Natildeo 152 8686 114 8444
Teste Qui-quadrado
20
52 Caracteriacutesticas antropomeacutetricas
Apoacutes a assinatura do TCLE e realizaccedilatildeo do questionaacuterio 10 idosos foram
excluiacutedos (recusas e informaccedilatildeo incompleta do questionaacuterio) desta etapa de anaacutelise
Dessa forma foram analisadas 300 avaliaccedilotildees das medidas antropomeacutetricas
Na Tabela 4 podem ser observados os valores meacutedios desvio padratildeo valores
miacutenimos e maacuteximos e percentuais das variaacuteveis avaliadas A meacutedia do IMC foi menor
nos homens quando comparado com o resultado das mulheres (p lt 0001) Natildeo houve
diferenccedila significativa da variaacutevel circunferecircncia da cintura entre homens e mulheres
(p = 0208) A prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi maior nas mulheres A maioria
das mulheres eacute obesa e entre os homens o estado nutricional foi considerado eutroacutefico
(Tabela 5)
21
Tabela 4 - Valores descritivos miacutenimos e maacuteximos das variaacuteveis analisadas
Variaacuteveis Mulheres (n=167) Homens (n=133) Valor-p
Idade (anos) 7078 plusmn 821 (60-108)
7259 plusmn 786 (60-93)
0055
Massa corporal (kg) 6020 plusmn 1223 (2970-9580)
6384 plusmn 1250 (4010-11840)
0012
Estatura (cm) 14875 plusmn 616 (129-164)
16080 plusmn 782 (135-183)
lt00001
IMC (kgm2) 2715 plusmn505 (1342-4064)
2458 plusmn 390 (1475-3544)
lt00001
CC (cm)dagger 8734 plusmn 1126 (55-130)
8894 plusmn 1010 (66-115)
0208
RCEst 057 plusmn 011 (000-087)
055 plusmn 006 (042-073)
0086
Iacutendice C 123 plusmn 021 (000-166)
129 plusmn 006 (117-150)
0001
PAS 14096 plusmn 2218 (87-200)
13735 plusmn 2251 (98-209)
0166
PAD 7671 plusmn 1091 (45-105)
7697 plusmn 1179 (49-110)
0846
IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia da cintura RCEst - razatildeo cintura-estatura Iacutendice C - Iacutendice de Conicidade PAS - pressatildeo arterial sistoacutelica PAD ndash pressatildeo arterial diastoacutelica dagger Variaacuteveis com perdas (n=163 mulheres) Teste T de Student para amostras independentes
Tabela 5 - Percentuais das variaacuteveis analisadas
Variaacutevel Mulheres Homens Valor-p
Pressatildeo Arterial (n) (n)
Normal 557 (93) 594 (79) 0011
Hipertensatildeo 443 (74) 406 (54)
Estado nutricional (n) (n)
Baixo peso 144 (24) 301 (40)
Normal 353 (59) 436 (58) lt00001
Sobrepeso 503 (84) 263 (35)
Teste Qui-quadrado
53 Anaacutelise da curva ROC
22
As aacutereas sob a curva ROC do IMC da CC da RCEst e do iacutendice C como
preditores de hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos e os respectivos
intervalos de confianccedila (IC 95) podem ser observados na Tabela 6 e nas Figuras 2
3 4 5 6 7 8 9 Evidenciou-se que alguns iacutendices antropomeacutetricos apresentaram
aacuterea sob a curva ROC significativas Todavia a RCEst e o IMC assumiram maiores
aacutereas com diferenccedila significativa para os homens
Tabela 6 - Aacuterea sob a curva ROC e IC95 entre os iacutendices antropomeacutetricos e hipertensatildeo arterial em idosos
Aacuterea sob a curva ROC
PA elevada Mulheres
Homens
p
IMC (kgm2) 053 (044-062) 060 (050-070)
lt00001dagger
CC (cm) 057 (048-066) 058 (048-068)
lt00001dagger
RCEst 056 (047-065) 061 (051-071)
lt00001dagger
Iacutendice C 058 (049-066) 058 (058-068) lt00001dagger
IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia de cintura RCEst - razatildeo cinturaestatura Iacutendice C - iacutendice de conicidade ROC ndashReceiver Operating CharacteristicIC95 - intervalo de confianccedila a 95Aacuterea sob a curva ROC apresentando poder discriminatoacuterio para pressatildeo arterial elevada (Li-IC ge 050) daggerTeste Qui-quadrado
23
Figura 2 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) IMC - iacutendice de massa corporal
Figura 3 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) IMC - iacutendice de massa corporal
24
Figura 4 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) CC ndash circunferecircncia da cintura
Figura 5 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) CC ndash circunferecircncia da cintura
25
Figura 6 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) RCEst - razatildeo cinturaestatura
Figura 7 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) RCEst - razatildeo cinturaestatura
26
Figura 8 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) Iacutendice C -iacutendice de conicidade
Figura 9 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) Iacutendice C - iacutendice de conicidade
27
Os valores dos pontos de corte dos iacutendices antropomeacutetricos como preditores
de hipertensatildeo arterial e suas respectivas sensibilidade e especificidade (mais
adequado equiliacutebrio entre si) satildeo apresentados na Tabela 7 Observa-se que entre
os iacutendices antropomeacutetricos a RCEst teve melhor percentual de sensibilidade e de
especificidade para discriminar a pressatildeo arterial elevada para os homens
Tabela 7 - Pontos de corte sensibilidade e especificidade dos iacutendices antropomeacutetricos para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial em idosos
Mulheres Homens PA elevada
Ponto de corte
Sensibilidade ()
Especificidade ()
Ponto de corte
Sensibilidade ()
Especificidade ()
IMC (kgm2)
2679 527 548 2420 527 548
CC (cm) 8750 577 457 8650 593 532 RCEst 059 568 430 054 648 456 Iacutendice C 126 541 452 129 574 456
IMC ndash Iacutendice de Massa Corporal CC ndash Circunferecircncia da Cintura RCEst ndash Razatildeo Cintura-Estatura Iacutendice C ndash Iacutendice de Conicidade
28
6 DISCUSSAtildeO
61 Aacutereas sob a Curva ROC
Este estudo teve como objetivo identificar a capacidade preditiva de iacutendices
antropomeacutetricos de obesidade geral e abdominal para discriminar a presenccedila de
hipertensatildeo arterial em idosos com foco de utilizaccedilatildeo no ambiente da estrateacutegia de
sauacutede da famiacutelia Nessa perspectiva surge uma proposta de triagem dos casos de
idosos com possiacuteveis alteraccedilotildees crocircnicas em sua pressatildeo arterial aleacutem de possibilitar
a discussatildeo sobre validaccedilatildeo de tais iacutendices para uso no contexto da sauacutede
Dessa forma recomenda-se a anaacutelise da sensibilidade e especificidade por
meio da construccedilatildeo de curvas ROC pois eacute a melhor opccedilatildeo para determinar pontos de
corte em estudos epidemioloacutegicos78 Essa anaacutelise permite fornecer a aacuterea sob a curva
que traduz o poder de discriminaccedilatildeo de um indicador para um determinado desfecho
e a identificaccedilatildeo do melhor ponto de corte
A proposta dessa pesquisa natildeo eacute excluir o diagnoacutestico meacutedico mas
proporcionar uma estrateacutegia mais abrangente a ser utilizada pelas USFs em parceria
entre os profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica e os profissionais de sauacutede no contexto da
atenccedilatildeo primaacuteria
Embora exista associaccedilatildeo entre sobrepesoobesidade e a pressatildeo arterial
elevada poucos estudos tecircm identificado pontos de corte de iacutendices antropomeacutetricos
que visem agrave detecccedilatildeo da hipertensatildeo arterial em idosos Diversos estudos tecircm
demonstrado que os iacutendices antropomeacutetricos satildeo bons indicadores de obesidade e
estatildeo relacionados a fatores de risco cardiovascular795880 Todavia a hipertensatildeo eacute
apontada como um dos principais fatores de risco cardiovasculares o que denota a
necessidade de um olhar diferenciado
A prevalecircncia de hipertensatildeo foi inferior agrave encontrada em outros estudos818283
Contudo diferenccedilas metodoloacutegicas nuacutemero de medidas realizadas e os diferentes
criteacuterios de referecircncia satildeo as principais causas da grande variabilidade nas
prevalecircncias de pressatildeo arterial elevada entre as investigaccedilotildees No presente estudo
29
optou-se por maior rigorosidade ao diagnosticar a pressatildeo arterial elevada
considerando a realizaccedilatildeo de trecircs medidas
Nessa amostra observou-se que a prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi
443 nas mulheres e 406 nos homens Demonstrando ser uma alta prevalecircncia
pois se trata de uma populaccedilatildeo que eacute influenciada diretamente pelo o aumento da
morbimortalidade durante o envelhecimento Estudos envolvendo idosos indicam que
a prevalecircncia da hipertensatildeo encontra-se entre 50-70 com o aumento da idade84
Poucos estudos epidemioloacutegicos foram conduzidos com o objetivo de identificar
e discriminar a capacidade de iacutendices antropomeacutetricos de obesidade para a pressatildeo
arterial elevada na populaccedilatildeo de idosos e principalmente utilizando o iacutendice C o
RCEst Um estudo realizado com a populaccedilatildeo de idosos utilizou o mesmo objetivo
poreacutem usou como ponto de corte o iacutendice de massa corporal e o iacutendice de adiposidade
corporal85 Entretanto faz-se necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de outros iacutendices para identificar
hipertensatildeo arterial em idosos
De acordo com os resultados do presente estudo somente alguns dos
indicadores antropomeacutetricos apresentaram capacidade preditiva para a hipertensatildeo
arterial em idosos de acordo com limite inferior do intervalo de confianccedila de 9586
Dessa forma foi observado que a RCEst e IMC para os homens mostraram-se com
bom poder de detecccedilatildeo para a hipertensatildeo arterial pois obtiveram maiores valores
sob a curva para esse desfecho
Em 2013 Leal Neto et al85 identificaram em seus resultados que o IMC e o
iacutendice de adiposidade corporal foram os melhores indicadores preditivos de
hipertensatildeo arterial nos idosos em ambos os sexos independentemente de outros
fatores tais como idade tabagismo consumo de aacutelcool e atividade fiacutesica
No presente estudo os principais indicadores que tiveram uma boa aacuterea sob a
curva foram o IMC RCEst e Iacutendice C com resultados de 060 IC95 (050-070) 061
IC95 (051-071) e 058 IC95 (058-068) respectivamente para homens
Nas mulheres tais iacutendices mostraram-se com menor poder discriminatoacuterio para
diagnosticar a hipertensatildeo arterial A HAS eacute um desfecho que pode ser influenciado
por fatores multicausais (hormonais estresse etc) Na anaacutelise do desempenho do
iacutendice antropomeacutetrico a loacutegica eacute unidirecional ou seja verificar o desempenho desses
iacutendices apenas como preditores de hipertensatildeo arterial foram mais satisfatoacuterios entre
os homens Os iacutendices podem interferir mas natildeo determinar a prevalecircncia da
30
hipertensatildeo Embora as mulheres tenham uma maior prevalecircncia essa natildeo eacute
determinada pelos iacutendices antropomeacutetricos no presente estudo
Tais resultados diferem do estudo realizado em 2012 por Samsen et al87 no
qual a circunferecircncia da cintura teve boa ASC nos homens = 0684 com IC95 (0672-
0695) e nas mulheres = 0673 IC95 (0665-0681) sendo o melhor indicador
significativamente (p lt0001) do que o IMC no qual a ASC em homens foi de = 0667
IC95 (0656-679) e nas mulheres = 0636 IC95 (0628-0644) em discriminaccedilatildeo
de pelo menos um fator de risco cardiovascular Isso se deve ao fato de tal estudo ter
sido realizado com uma abrangecircncia maior na faixa etaacuteria que foi de 45-80 anos
Uma possiacutevel limitaccedilatildeo para discussatildeo dos resultados desse estudo foi a faixa
etaacuteria restrita que natildeo incluiu idosos (igual ou acima de 60 anos) o que impossibilita
a triagem da pressatildeo arterial elevada nessa populaccedilatildeo
62 Iacutendices antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial
Nesse estudo a CC e RCEst foram as variaacuteveis com maiores valores absolutos
de sensibilidade para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial respectivamente para mulheres
e homens Tais resultados indicam as proporccedilotildees de verdadeiros positivos na
ocorrecircncia de hipertensatildeo arterial
Quanto ao ponto de corte do RCEst nas mulheres foi de 059 sendo 568 de
sensibilidade e 430 de especificidade Valores inferiores ao encontrado no presente
estudo para mulheres foram sugeridos em Taiwan (045) Cingapura (048) e na China
(050) No Brasil em 2009 Haun Pitanga e Lessa16 recomendaram para a RCEst
053 como melhor ponto de corte com sensibilidade (67) e especificidade (58) e
aacuterea sob a curva ROC de 069 (IC 95 = 064-075) Outro ponto de corte semelhante
ao observado no Brasil com mulheres mexicanas variou de 053 a 0535 para a
RCEst discriminar diabete tipo 2 hipertensatildeo e dislipidemias88899091
Os pontos de corte sugeridos por esses paiacuteses e no Brasil podem ter sido
inferiores por causa da abrangecircncia na faixa etaacuteria dos indiviacuteduos no qual incluiacuteram
mulheres de 30 a 74 anos como tambeacutem as caracteriacutesticas econocircmicas culturais e
31
de estilo de vida diferem da realidade das mulheres que residem em cidades de
pequeno porte Estudos que discriminem hipertensatildeo arterial principalmente em
idosos com RCEst satildeo escassos na literatura
Em 2010 Browning Hsieh e Ashwel92 realizaram uma revisatildeo sistemaacutetica
sobre a potencialidade de indicadores antropomeacutetricos em predizer doenccedilas
cardiovasculares e identificou a RCEst como variaacutevel de melhor desempenho A
RCEst apresentou maiores ASC quando comparada ao IMC ou CC Os dados
analisados foram de quatorze paiacuteses diferentes e incluiacuteram caucasianos asiaacuteticos e
da Ameacuterica Central Segundo os autores uma RCEst ge 05 eacute capaz de identificar
fatores de risco cardiovasculares Esse ponto de corte eacute inferior aos encontrados para
homens e mulheres no presente estudo significando que o ponto de corte encontrado
pode diagnosticar risco cardiovascular e consequentemente a presenccedila de
hipertensatildeo
Outros autores afirmam essa hipoacutetese relacionada aos valores limites para
RCEst em diversas populaccedilotildees e indicaram que um ponto de corte de 05 eacute o valor
mais indicado para ambos os sexos todas as idades e diferentes populaccedilotildees899315
Com relaccedilatildeo agrave especificidade a variaacutevel com maior valor foi o IMC
independentemente do sexo Nas mulheres o ponto de corte sugerido foi 2679 kgm2
e nos homens 2420 kgm2 O valor da especificidade foi de 548 para ambos os
sexos o qual possibilita determinar corretamente a ausecircncia de hipertensatildeo arterial
Sendo assim este estudo sugere que o IMC natildeo foi o melhor preditor de hipertensatildeo
arterial
O estudo de Leal Neto et al (2013)85 tambeacutem testou a capacidade de
indicadores antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial em idosos
sugeriu como pontos de corte para IMC valores de 247 kgm2 igual ao encontrado no
presente estudo e de 273 kgm2 nuacutemero superior que aos dados do presente
trabalho para homens e mulheres respectivamente
Em outro estudo realizado com 19621 homens e mulheres com faixa etaacuteria de
45-80 anos a meacutedia da idade foi de 598 anos para os homens e 585 anos para as
mulheres O ponto de corte adequado de IMC foi de 23 kgm2 em homens e 24 kgm2
em mulheres Os pontos de corte de CC foram 80 cm e 78 cm em homens e mulheres
respectivamente Os achados do presente estudo foram superiores a esses
32
resultados todavia deve ser considerado que a populaccedilatildeo alvo foi diferente e com
idade menor da populaccedilatildeo pesquisada no presente trabalho87
Com relaccedilatildeo agrave CC o ponto de corte identificado para a prediccedilatildeo de hipertensatildeo
arterial nas mulheres foi superior ao dos homens Contudo os valores de sensibilidade
e especificidade desses pontos de corte foram maiores entre os homens o que pode
indicar que o poder preditivo da CC para a hipertensatildeo arterial eacute melhor para o sexo
masculino Quanto menor o ponto de corte maior seraacute a habilidade do teste em
classificar os doentes como positivos isto eacute maior seraacute a sensibilidade76 Os pontos
de corte dos homens foram em sua maioria menores em comparaccedilatildeo aos das
mulheres
Tais resultados satildeo contraacuterios aos achados do estudo de Kashihara et al
(2009)94 com indiviacuteduos de 30-74 anos que comparou paciente com hipertensatildeo e sem
hipertensatildeo Em seus pontos de corte de CC para os homens foram superiores aos
pontos de corte definidos para as mulheres e os valores de sensibilidade e
especificidade foi maior nas mulheres para identificar risco cardiovascular Poreacutem a
idade foi menor ao proposto no presente estudo
Outro estudo que contraria tais resultados quanto ao ponto de corte da CC foi
o de Haun Pitanga e Lessa (2009)16 que foi superior para os homens enquanto o
niacutevel de sensibilidade e especificidade foi igual aos nossos achados Poreacutem esse
estudo foi realizado com indiviacuteduos de idade entre 30-74 anos e discriminou risco
coronariano elevado
Quanto ao Iacutendice C no presente estudo o ponto de corte sugerido foi de 126
nas mulheres (sensibilidade 541 e especificidade 452) e 129 para os homens
(sensibilidade 574 e especificidade 456)
Diferentemente do resultado encontrado no presente estudo Pitanga e Lessa
(2005)56 sugeriram como o melhor ponto de corte para risco coronariano com o iacutendice
C 118 para mulheres apresentando valores de sensibilidade (7339) e
especificidade (6115) Para os homens o ponto de corte foi de 125 com valores de
sensibilidade (7391) e especificidade (7492) Tais pontos de corte foram para
indiviacuteduos adultos por esse motivo foram mais baixos que os achados do presente
trabalho Deve-se considerar que existem modificaccedilotildees na composiccedilatildeo corporal com
o processo do envelhecimento o que poderia alterar os pontos de corte para as essas
medidas antropomeacutetricas
33
Em outro estudo com os mesmo autores foram apresentados outros pontos de
corte comparando diferentes faixas etaacuterias Para as mulheres de 30-49 anos o melhor
ponto de corte foi o mesmo (118) com melhor sensibilidade (7857) e
especificidade (6524) e tambeacutem melhor aacuterea sob a curva ROC 081 (IC95 = 070-
092) Entre as de idade mais avanccedilada (50-74 anos) o melhor ponto de corte
sugerido foi 122 com sensibilidade (6000) e especificidade (6582) e aacuterea sob a
curva ROC 065 (IC 95 = 058-073) Portanto o iacutendice C apresentou melhor poder
discriminatoacuterio de RCEst para as mulheres mais jovens64
Almeida Almeida e Arauacutejo (2009)58 conduziram uma pesquisa com mulheres
de 30 e 69 anos buscando avaliar o desempenho de diferentes pontos de corte do
iacutendice C RCQ CC e RCEst para discriminar Risco Coronariano Elevado e o ponto de
corte encontrado para o Iacutendice C foi (125) proacuteximo ao ponto de corte para mulheres
nos nossos achados Dessa forma tais autores afirmaram que os indicadores
antropomeacutetricos de obesidade abdominal analisados tiveram desempenhos
satisfatoacuterios e similares para discriminar RCEst poreacutem o iacutendice C foi o que
apresentou o melhor poder discriminatoacuterio
As informaccedilotildees sobre o iacutendice C satildeo limitadas quanto agrave discussatildeo do ponto de
corte para hipertensatildeo arterial principalmente por encontrar poucos estudos sobre
essa medida como referecircncia para idosos Pitanga e Lessa (2004)55 relatam como
uma limitaccedilatildeo para a utilizaccedilatildeo do Iacutendice C em estudos populacionais a dificuldade de
se calcular o denominador da equaccedilatildeo proposta para sua determinaccedilatildeo
O excesso de gordura em geral estaacute associado ao aparecimento de doenccedilas
cardiovasculares hipertensatildeo arterial e mortalidade a definiccedilatildeo de pontos de corte
para iacutendices que se destacam por sua simplicidade operacional e boa acuraacutecia
permite a detecccedilatildeo dos indiviacuteduos sob risco sendo de grande utilidade nos serviccedilos
de atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede aleacutem de possibilitar o conhecimento da situaccedilatildeo de
grupos populacionais especiacuteficos frente a esses riscos quando empregados na
pesquisa epidemioloacutegica
No contexto das cidades de pequeno porte (rurais e urbanas) os recursos de
sauacutede satildeo muitas vezes limitados e escassos sendo importante a utilizaccedilatildeo desses
iacutendices antropomeacutetricos como substituiccedilatildeo eou apoio a avaliaccedilatildeo tradicional da
pressatildeo arterial Em vaacuterias conjunturas de sauacutede a alta demanda de paciente com
hipertensatildeo arterial exige a utilizaccedilatildeo de instrumentos de diagnoacutesticos e rastreamento
34
de raacutepida e faacutecil aplicaccedilatildeo que possam ser manejados por diferentes profissionais e
que sobretudo apresentem validade e fidedignidade A adequada validaccedilatildeo de
instrumentos e conhecimento de suas propriedades teacutecnicas na populaccedilatildeo brasileira
tambeacutem deve contribuir com a seleccedilatildeo de prioridades e delimitaccedilatildeo do conteuacutedo dos
programas de sauacutede pelos tomadores de decisatildeo em diferentes niacuteveis de gestatildeo
35
7 CONCLUSAtildeO
As anaacutelises dos dados permitem frente aos objetivos estabelecidos formular
as seguintes conclusotildees Quanto ao poder de discriminaccedilatildeo de iacutendices
antropomeacutetricos para a hipertensatildeo arterial em idosos os iacutendices antropomeacutetricos
(IMC RCEst e Iacutendice C) foram bons preditores de hipertensatildeo arterial para os homens
Dessa forma tais iacutendices podem ser empregados nos homens poreacutem tais medidas
natildeo foram satisfatoacuterias para predizer pressatildeo arterial elevada nas mulheres idosas
limitando a sua utilizaccedilatildeo para o sexo feminino com idades avanccediladas
O melhor ponto de corte para discriminar hipertensatildeo arterial foi 054 para a
RCEst nos homens dessa forma tal ponto de corte deve ser empregada no contexto
da atenccedilatildeo primaacuteria nos homens Sugere-se a utilizaccedilatildeo dessa medida a fim de
detectar e realizar a triagem da hipertensatildeo arterial com caracteriacutesticas similares agrave
amostra deste estudo
Recomenda-se que a utilizaccedilatildeo de dois iacutendices simultaneamente resulte em
uma maior eficiecircncia na avaliaccedilatildeo do risco de hipertensatildeo arterial em idosos A
indicaccedilatildeo destas medidas permite que ela seja realizada nas Unidades de Sauacutede da
Famiacutelia como meacutetodo de triagem para idosos com hipertensatildeo arterial utilizando
materiais de faacutecil manejo e de baixo custo
Dessa forma pode-se efetivamente atingir uma das estrateacutegias de prevenccedilatildeo
da hipertensatildeo arterial sistecircmica que eacute o controle da pressatildeo arterial durante o
envelhecimento Todavia sugere-se cautela na utilizaccedilatildeo do ponto de corte desses
indicadores para as mulheres pois os resultados natildeo foram satisfatoacuterios
Fica evidente a necessidade de outros estudos que identifiquem pontos de
corte de iacutendices antropomeacutetricos visando agrave detecccedilatildeo de hipertensatildeo arterial e de
outros fatores de risco cardiovascular nas mulheres idosas que residem em cidades
de pequeno porte
36
8 REFEREcircNCIAS
1 Omram AR The epidemiologic transition a theory of the epidemiology of population change Milbank Memorial Fund Quarterly 1971 49 (Part 1) 509-538
2 Wong LR Carvalho JM Age-strucutural transition in Brazil demographic bonuses and emerging challenges In Pool I Wong LLR Vilquin E editores Age-structural transitions challenges for development Paris Committee for International Cooperation in National Research in Demography 2006
3 Gragnolati M Jorgensen OH Rocha R Fruttero AA Envelhecendo em um Brasil mais Velho implicaccedilotildees do envelhecimento populacional sobre o crescimento econocircmico reduccedilatildeo da pobreza financcedilas puacuteblicas prestaccedilatildeo de serviccedilos Banco Internacional para a Reconstruccedilatildeo e o Desenvolvimento Banco Mundial 2011
4 Schmidt MI Duncan BB Silva GA et al Health in Brazil 4 Chronic non-communicable diseases in Brazil burden and current challenges The Lancet 2011 377
5 Ezzati M Hoorn SV Rodgers A et al Comparative Risk Assessment Collaborating Group Selected major risk factors and global and regional burden of disease Lancet 2002 360 1347-60
6 Lim SS Vos T Flaxman AD et al A comparative risk assessment of burden of disease and injury attributable to 67 risk factors and risk factor clusters in 21 regions 1990-2010 a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2010 Lancet 2012 380 (9859)2224-60
7 Sociedade Brasileira de Cardiologia Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Sociedade Brasileira de Nefrologia VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 2010 95(1) 1-51
8 Miranda DR Perrotti TC Bellinazzi VR et al Hipertensatildeo arterial no idoso peculiaridades na fisiopatologia no diagnoacutestico e no tratamento Rev Bras Hipertens 2002 9 293-300
9 Pilger C Menon MU Mathias TAF Caracteriacutesticas sociodemograacuteficas e de sauacutede de idosos contribuiccedilotildees para os serviccedilos de sauacutede Rev Latino-Am Enfermagem 2011 19(5)1230-1238
10 Pilger C Menon MU Mathias TAF Utilizaccedilatildeo de serviccedilos de sauacutede por idosos vivendo na comunidade Rev esc enferm USP 2013 47(1)213-220
11 Mariath AB Grillo LP Silva RO et al Obesidade e fatores de risco para o desenvolvimento de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis entre usuaacuterios de unidade de alimentaccedilatildeo e nutriccedilatildeo Cad Sauacutede Puacuteblica 2007 23 (4) 897-905
37
12 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Diretrizes e recomendaccedilotildees para o cuidado
integral de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis promoccedilatildeo da sauacutede vigilacircncia prevenccedilatildeo e assistecircncia Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2008
13 Kuumlmpe DA Sodreacute AC Pomatti DM et al Obesidade em Idosos Acompanhados
pela Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia Texto Contexto Enferm Florianoacutepolis 2011 20(3) 471-7
14 Silva KS Farias Juacutenior JC Fatores de risco associados agrave pressatildeo arterial elevada em adolescentes Rev Bras Med Esporte 2007 13(4) 237-40
15 Pitanga FJG Lessa I Razatildeo cintura-estatura como discriminador do risco
coronariano de adultos Rev Assoc Med Bras 2006 52157-61
16 Haun DR Pitanga FJG Lessa I Razatildeo CinturaEstatura comparado a outros indicadores antropomeacutetricos de obesidade como preditor de risco coronariano elevado Rev Assoc Med Bras [online] 2009 55(6) 705-711
17 Nascimento CM Ribeiro AQ SantrsquoAna LFR et al Estado nutricional e condiccedilotildees de sauacutede da populaccedilatildeo idosa brasileira revisatildeo da literatura Rev meacuted Minas Gerais 2011 21(2)174-180
18 Gomes MA Beck cc Duarte MFS et al Ficha Antropomeacutetrica no Nuacutecleo de Apoio a Sauacutede da Famiacutelia o que medir e para que medir Rev bras cineantropom desempenho hum 2009 11(2) 243-253
19 Azevedo LF Oliveira ACC Lima JRP et al Recomendaccedilotildees sobre condutas e procedimentos do profissional de educaccedilatildeo fiacutesica na atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede Rio de Janeiro CONFEF 2010 109-55
20 World Health Organization World health statistics 2012 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghopublicationsworld_health_statistics2012enindexhtmlgt [2012 set 18]
21 World Health Organization Global health risks mortality and burden of disease attributable to selected major risks Geneva World Health Organization 2009a
22 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Panorama da sauacutede brasileira em muacuteltiplos aspectos Percepccedilatildeo do estado de sauacutede estilo de vida e doenccedila crocircnica Pesquisa Nacional de Sauacutede 2013
23 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Pesquisa Nacional por Amostra
de Domiciacutelios 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapesquisaspesquisa_resultadosphpid_pesquisa=149gt[2014 dez 04]
24 Tribess S Virtuoso Junior JS Prescriccedilatildeo de exerciacutecios fiacutesicos para idosos Rev saudecom 2005 1(2)163-72
38
25 Pollock ML Wilmore JH Exerciacutecio na Sauacutede e na Doenccedila avaliaccedilatildeo e prescriccedilatildeo para prevenccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo Editora MEDSI 2ordf ed Rio de Janeiro 1993
26 Sociedade Brasileira de Cardiologia V Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 20061-48
27 World Health Organization Global Health Observatory (GHO) 2014 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghoncdrisk_factorsblood_pressure_prevalence_textengt [2014 dez 04]
28 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Secretaria de Atenccedilatildeo baacutesica agrave Sauacutede Departamento de atenccedilatildeo baacutesica - Hipertensatildeo arterial sistecircmica Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2006
29 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) (2009) Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeGestorvisualizar_textocfmidtxt=24421gt [2010 abr 07]
30 Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Nuacutemero de hipertenso 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwsbhorgbripadgeralphpgt [09 nov 2014]
31 Secretaria de Sauacutede do Estado da Bahia Hipertensatildeo Quantidade de Hipertensos na Bahia Disponiacutevel em (2014) lthttpwwwsaudebagovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=4418ampcatid=1ampItemid=14gt [2014 jan 10]
32 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica 2014 Dados de mortalidade na Bahia Disponiacutevel em lthttptabnetdatasusgovbrcgitabcgiexesiabcnvSIABSBAdefgt [2014 mai 05]
33 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica Dados sociodemograacuteficos de Ibicuiacute 2014 lthttptabnetdatasusgovbrcgideftohtmexesiabcnvSIABFBAdefgt [2014 jan 05]
34 Williams B The year in hypertension JACC 2010 55(1) 66-73
35 Lipp M Rocha JC Stress Hipertensatildeo Arterial e Qualidade de vida um guia de tratamento para o hipertenso Campinas Papirus 1996
36 Borenstein MS (Org) Manual de Hipertensatildeo Arterial Porto Allege Editora Sagra Luzzatto 1999
37 Joint National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure The Sixth Report of the Join National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure Arch Intern Med 1997157 2413-2446
39
38 Mitchell GF Parise H Benjamin EJ et al Changes in arterial stiffness and wave reflection with advancing age in health men and women Hypertension 2004 431239-1245
39 Matos AC Ladeia AM Avaliaccedilatildeo de fatores de risco cardiovascular em uma comunidade rural da Bahia Arq Bras Cardiol 2003 81(3) 291-6
40 World Health Organization Who Expert Committee on Physical Status the use and interpretation of antropometry Report of a WHO Expert Commitee Geneva WHO 1995 p 854
41 Pitanga FJG Antropometria na avaliaccedilatildeo da obesidade abdominal e risco coronariano Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum 201113(3) 238-241
42 Ferreira LS Amaral TF Marucci MFN et al Under nutrition as a major risk factor for death among older Brazilian adults in the community-dwelling setting SABE survey Nutrition 201127(10)17-22
43 Andrade FB Caldas Junior AF Kitoko PM et al Prevalence of overweight and obesity in elderly people from Vitoacuteria-ES Brazil Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2012 set17(3)749-756
44 Boscatto EC Duarte Mde F Coqueiro Rda S Barbosa AR Nutritional status in the oldest elderly and associated factors Rev Assoc Med Bras 2013 59(1)40-47
45 Kostka J Borowiak E Kostka T Nutritional status and quality of life in different
populations of older people in Poland Eur J Clin Nutr 2014 Nov68(11)1210-5
46 Silva DAS Petroski EL Associaccedilatildeo de diferentes pontos de corte para sobrepeso e obesidade com pressatildeo arterial elevada em idosas Rev Educ Fis UEM 2009 20 415-22
47 Nutrition Screening Initiative Interventions manual for professionals caring for older Americans Washington DC Nutrition Screening Initiative 1992
48 World Health Organization Obesity preventing and managing the global epidemic Report of a WHO Consultation on Obesity Geneva World Health Organization 1998
49 Cameron AJ Dunstan DW Owen N et al Health and mortality consequences
of abdominal obesity evidence from the Aus Diab study Med J Aust 2009191 202ndash208
50 Fox KA Despres JP Richard AJ et al Does abdominal obesity have a similar impact on cardiovascular disease and diabetes A study of 91246 ambulant patients in 27 European countries Eur Heart J 2009 30 3055ndash3063
40
51 Pouliot MC Despreacutes JP Lemieux S et al Waist circumference and abdominal sagittal diameter Best simple anthropometric indexes of abdominal visceral adipose tissue accumulation and related cardiovascular risk in men and woman Am J Cardiology 1994 73 460-468
52 Peixoto MRG Beniacutecio MHD Latorre M et al Circunferecircncia da Cintura e Iacutendice de massa Corporal como Preditores da Hipertensatildeo Arterial Arq Bras Cardiol 200687 462-470
53 MacKay MF Haffner SM Wagenknecht LE et al Prediction of type 2 diabetes using alternate anthropometric measures in a multiethnic cohort the insulin resistance atherosclerosis study Diabetes Care 200932(5)956-8
54 Valdez R A simple model-based index of abdominal adiposity J Clin Epidemiol1991 44(9) 955-6
55 Pitanga FJG Lessa I Sensibilidade e especificidade do iacutendice de conicidade como discriminador do risco coronariano de adultos em Salvador Brasil Rev Bras Epidemiol 20047(3)259-69
56 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano elevado em adultos na cidade de Salvador - Bahia Arq Bras Cardiol 2005 85 (1)26-31
57 Ghosh JR Bandyopadhyay AR Comparative evaluation of obesity measures relationship with blood pressures and hypertension Singapore Med J 200748(3) 232-5
58 Almeida RT Almeida MMG Araujo TM Obesidade abdominal e risco cardiovascular desempenho de indicadores antropomeacutetricos em mulheres Arq Bras Cardiol 2009 out92(5)375-380
59 Freitas Juacutenior Costa Rosa CS Codogno JS et al Capacidade cardiorrespiratoacuteria e distribuiccedilatildeo de gordura corporal de mulheres com 50 anos ou mais Rev Esc Enferm USP 2010 44(2) 395-400
60 Matos LN Giorelli GV Dias CB Correlation of anthropometric indicators for identifying insulin sensitivity and resistance Satildeo Paulo Med J [online] 2011 129(1) 30-35
61 Gomes MA Rech CR Gomes MBA et al Correlaccedilatildeo entre iacutendices antropomeacutetricos e distribuiccedilatildeo de gordura corporal em mulheres idosas Rev bras cineantropom desempenho hum 2006 set 8(3) 16-22
62 Tarastchuk JCE Gueacuterios EE Bueno RRL et al Obesidade e intervenccedilatildeo coronariana devemos continuar valorizando o Iacutendice de Massa Corpoacuterea Arq Bras Cardiol [online] 2008 90(5) 311-316
41
63 Ferreira AP CB Ferreira VC Souza et al Risco de distuacuterbio glicecircmico em mulheres idosas ajustado por antropometria e genoacutetipos de citocinas Rev Assoc Med Bras [online] 201157(5) 565-569
64 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano em mulheres Rev Bras Cineantrop Desempenho Hum 2006 8 (1) 14-21
65 Newman TB Browner WS Cummings SR Delineando estudos de testes meacutedicos In Hulley SB et al Delineando a pesquisa cliacutenica uma abordagem epidemioloacutegica 2 ed Porto Alegre Artmed 2003 203-224
66 Toscano CM As campanhas nacionais para detecccedilatildeo das doenccedilas crocircnicas natildeo-transmissiacuteveis diabetes e hipertensatildeo arterial Ciecircnc sauacutede Coletiva out-dez 2004 9(4) 885-895
67 Fletcher RH Fletcher SW Prevenccedilatildeo In Fletcher R Fletcher S Epidemiologia
cliacutenica elementos essenciais 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 2006 179-201
68 Jeckel J Elmore J Katz D Meacutetodos de prevenccedilatildeo secundaacuteria In _____ Epidemiologia bioestatiacutestica e medicina preventiva 2 ed Porto Alegre Artmed 2005 236-247
69 Klein CH Bloch KV Estudos seccionais In Medronho RA Carvalho DM Bloch KV Luiz RR Werneck GL Epidemiologia 1ordf ed Satildeo Paulo Editora Atheneu 2002 125-150
70 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Resoluccedilatildeo nordm- 6 de 3 de novembro de 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcenso2010ibgegovbrdados_divulgadosindexphpuf=29gt[201 dez 18]
71 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica ndash Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais (2014) Disponiacutevel em lthttpcodibgegovbr398G9gt [2014 ago 30]
72 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230gt [2013 mai 01]
73 Luiz RR Magnanini MMF A loacutegica da determinaccedilatildeo do tamanho da amostra em investigaccedilotildees epidemioloacutegicas Cad sauacutede coletiva Rio de Janeiro 2000 8(2) 9-28
74 Reis MC Nascimento RAS Pedreira RBS et al Validaccedilatildeo de Face e Clareza do Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede dos Idosos ndash IASI [resumo] in Anais do XIX Congresso Brasileiro Geriatria e Gerontologia Beleacutem 2014 296-296
75 Lohman TG Roche AF Martorell R Anthropometric Standardization Reference Manual Champaign Illinois Human Kinetics 1988
42
76 Vaz JCL Regiotildees de Incerteza para Curva ROC em Teste Diagnoacutesticos
[dissertaccedilatildeo] Satildeo Carlos Universidade Federal de Satildeo Carlos 2009
77 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de 2012
78 Erdreich LS Lee ET Use of relative operating characteristic analysis in epidemiology A method for dealing with subjective judgement Am J Epidemiol 1981 114649-62
79 Aekplakorn W Pakpeankitwatana V Lee CM et al Abdominal obesity and coronary heart disease in Thai men Obesity 200715(4)1036-42
80 Oliveira MAM Fagundes RLM Moreira EAM et al Relaccedilatildeo de Indicadores Antropomeacutetricos com Fatores de Risco para Doenccedila Cardiovascular Arq Bras Cardiol 2010 abr 94(4) 478-485
81 Mendes TAB Goldbaum M Segri NJ et al Factors associated with the prevalence of hypertension and control practices among elderly residents of Satildeo Paulo city Brazil Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(11) 2275-2286
82 Oliveira BFA Souza Mouratildeo D Gomes N et al Prevalecircncia de hipertensatildeo arterial em comunidades ribeirinhas do Rio Madeira Amazocircnia Ocidental Brasileira Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(8) 1617-1630
83 Picon RV Fuchs FD Moreira LB et al Prevalence of Hypertension Among Elderly Persons in Urban Brazil A Systematic Review With Meta-Analysis Am J Hypertens 2013 26 (4) 541-548
84 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Pessoa Idosa e Envelhecimento Seacuteries Pactos pela Sauacutede 2006 v 12 Brasiacutelia ndash DF 2010
85 Leal Neto JS Souza J Coqueiro RS et al Anthropometric indicators of obesity as screening tools for high blood pressure in the elderly Int J Nurs Pract 2013 Aug 19(4) 360-367
86 Schisterman EF Faraggi D Reiser B Trevisan M Statistical inference for the area under the receiver operating characteristic curve in the presence of random measurement error Am J Epidemiol 2001 154 (2) 174-9
87 Samsen M Hanchaiphiboolkul S Puthkhao P et al Appropriate body mass index and waist circumference cutoffs for middle and older age group in Thailand data of 19621 participants from Thai epidemiologic stroke (TES) study J Med Assoc Thai 2012 Sep 95(9)1156-66
88 Ko GTC Chan JCN Cockram CS Woo J Prediction of hypertension diabetes dyslipidemia or albuminuria using simple anthropometric indexes in Hong Kong Chinese Int J Obes 1999 23 (11) 1136-42
43
89 Lin WY Lee LT Chen CY et al Optimal cut-off values for obesity using simple anthropometric indices to predict cardiovascular risk factors in Taiwan Int J Obes Relat Metab Disord 2002261232-8
90 Pua YH Ong PH Anthropometric indices as screening tools for cardiovascular risk factors in Singaporean women Asia Pac J Clin Nutr 2005 14 (1) 74-9
91 Berber A Goacutemez-Santos R Fanghaumlnel G Saacutenchez-Reyes L Anthropometric
indexes in the prediction of type 2 diabetes mellitus hypertension and dyslipidaemia in a Mexican population Int J Obes 200125(12)1794-9
92 Browning LM Hsieh SD Ashwell M A systematic review of waist-to-height ratio
as a screening tool for the prediction of cardiovascular disease and diabetes 05 could be a suitable global boundary value Nutr Res Rev 2010 23(2)247-69
93 Bertsias G Mammas I Linardakis M Kafatos A Overweight and obesity in
relation to cardiovascular disease risk factors among medical students in Crete Greece BMC Public Health 2003 31-9
94 Kashihara H Lee JS Kawakubo K et al Criteria of Waist Circumference According to Computed Tomography-Measured Visceral Fat Area and the Clustering of Cardiovascular Risk Factors Circ J 2009 73 1881-1886
44
APEcircNDICES
45
Apecircndice 1
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
46
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS
PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE SAUacuteDE
DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE
Jequieacute ____ ____ 201__
APEcircNDICE 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Vocecirc esta sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa do Nuacutecleo de
Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo (NESP) da Universidade Estadual do Sudoeste da
Bahia
Objetivo do estudo Avaliar e monitorar as condiccedilotildees de sauacutede de idosos residentes
em comunidade
Participaccedilatildeo Ao aceitar participar do estudo estarei agrave disposiccedilatildeo do pesquisador
para responder ao formulaacuterio que seraacute arquivado pelo autor por um periacuteodo de cinco
anos sendo posteriormente incinerado
Riscos Este estudo natildeo traraacute riscos para minha integridade fiacutesica ou moral dos
participantes
Confidencialidade do estudo Seraacute garantida a privacidade o anonimato bem como
o direito de aceitar ou natildeo participar da pesquisa podendo ser essa autorizaccedilatildeo
suspensa em qualquer fase do estudo Assim as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo
4662012 do Conselho Nacional de Sauacutede que discorre sobre pesquisa envolvendo
seres humanos seratildeo atendidas Os resultados seratildeo publicados no relatoacuterio final da
dissertaccedilatildeo e artigos cientiacuteficos
47
Benefiacutecios Accedilotildees interinstitucionais articuladas promovidas numa perspectiva
interdisciplinar possibilitaratildeo uma melhor compreensatildeo das condiccedilotildees de sauacutede dos
idosos residentes em comunidade do municiacutepio e contribuiraacute para a formulaccedilatildeo de
accedilotildees direcionadas as necessidades dessa populaccedilatildeo
Danos advindos da pesquisa Caso haja algum prejuiacutezo decorrente da realizaccedilatildeo
deste estudo seraacute providenciada a devida reparaccedilatildeo dos danos atraveacutes do
responsaacutevel pelo estudo O pesquisador e os entrevistados natildeo receberatildeo benefiacutecios
financeiros para participaccedilatildeo no estudo Todas as despesas seratildeo por conta do
pesquisador
Participaccedilatildeo voluntaacuteria Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria podendo a qualquer
momento desistir do estudo sem qualquer prejuiacutezo ou penalidade para mim
Consentimento para participaccedilatildeo Apoacutes ser devidamente esclarecido (a) quanto
aos objetivos deste estudo dos procedimentos aos quais serei submetido (a) bem
como dos possiacuteveis riscos decorrentes da minha participaccedilatildeo estou de acordo em
participar do mesmo O pesquisador responsaacutevel pelo estudo assegura que seraacute
disponibilizado qualquer esclarecimento adicional que eu venha a solicitar durante a
realizaccedilatildeo da pesquisa e o direito de desistir da participaccedilatildeo em qualquer momento
Em casos de duacutevidas eou problemas referentes ao estudo vocecirc poderaacute
entrar em contato com o autor atraveacutes do Nuacutecleo de Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo
(NESP) (73) 3528-9721
Sendo assim eu ______________________________________________
aceito livremente participar do Projeto MONIDI
__________________________________ __________________________________
Assinatura do (a) participante
RG _________________________
Assinatura do (a) pesquisador
RG_________________________
48
Apecircndice 2
Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede do Idoso
49
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS
PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE
SAUacuteDE DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE
Nuacutemero do Questionaacuterio |__|__|__|
Nome do Entrevistador ___________________________
Visita 1 2 3
Data Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Hora de iniacutecio ________
Hora de teacutermino ________
I INFORMACcedilOtildeES PESSOAIS E SOCIODEMOGRAacuteFICAS
1 Nome do entrevistado
2Sexo
0 ( ) Feminino
1 ( ) Masculino
3 Endereccedilo completotelefone
4 Idade ____ anos
41 Data de Nascimento
____________
50
5 Situaccedilatildeo conjugal atual
1 ( ) Casado(a) 2 ( ) Uniatildeo estaacutevel 3 ( ) Solteiroa
4 ( ) Divorciado(a)separado(a)desquitado(a) 5 ( ) Viuacutevoa
6 No total quantas vezes o (a) Sr(a) esteve casado(a) ou em uniatildeo
Nordm de vezes |___|___|
7 Na escola qual a uacuteltima seacuterie grau que concluiu com aprovaccedilatildeo
1 - Nunca foi agrave escola ( ) 4 - Fundamental II ( )5 a ( )6 a ( )7 a ( )8 a
2 - Lecirc e escreve o nome ( ) 5 - Ensino Meacutedio ( ) 1 a ( )2 a ( )3
3 - Fundamental I ( )1 a ( )2 a 6 - Superior ( ) completo ( ) incompleto
( )3 a ( )4 a
8 Como vocecirc classificaria a cor da sua pele
1( ) Branca 2( ) Amarela (oriental) 3( ) Parda
4( ) Origem indiacutegena 5( ) Preta 9( ) Natildeo sabe
9 Cor da pele (entrevistador)
1( ) branca 2( ) amarela (oriental) 3( ) parda
4( ) origem indiacutegena 5( ) preta
10-Quantos filhos e filhas nascidos vivos o(a)Sr(a) teve (natildeo inclua enteados filhos
adotivos abortos ou filhos nascidos mortos)
Nuacutemero de filhos |____|____| (98) NS (99) NR
11 Atualmente o senhor (a) mora sozinho ou acompanhado
1( )Acompanhado 2( ) Sozinho 3( ) NR 4( )NS
51
12 Desde que o senhor (a) nasceu viveu no campo por 5 anos ou mais
0( ) Natildeo 1( ) Sim 2( ) NS 3( ) NR
13 Qual eacute a sua religiatildeo
1( ) Catoacutelica 2( ) Protestante 3( ) Judaica
4( ) Espiacuteritakardecista 5( ) Umbanda 6( ) Outras ____________
14 Qual a importacircncia da religiatildeo em sua vida
(1) Importante (2) Regular (3) Nada importante (8) NS (9) NR
15 Com que frequecircncia o senhor vai agrave igreja ou ao serviccedilo religioso
( ) Nunca ( ) Vaacuterias vezes por ano ( ) Uma duas vezes por mecircs
( ) Quase toda semana ( ) Mais de uma vez por semana ( ) NS ( ) NR
16 Quanto vocecirc ganha em meacutedia por mecircs R$ __________8( )Natildeo se aplica
II A CONSUMO DE AacuteLCOOL E TABACO
Uso de bebidas alcooacutelicas
1 Vocecirc consome bebidas alcooacutelicas Se vocecirc NAtildeO BEBE siga para o bloco III C
0 ( )sim 1( ) natildeo
2 Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
3 As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
4 Sente-se chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
5 Costuma beber pela manhatilde para diminuir o nervosismo ou a ressaca
0 ( ) sim 1( ) natildeo
Haacutebito de fumar
1 Vocecirc jaacute foi fumante 0 ( ) sim 1( ) natildeo
52
2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco
III C
3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros
4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias
III ANTROPOMETRIA
MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS
ESTATURA
MASSA CORPORAL
CIRCUNFEREcircNCIA
DE CINTURA
IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL
MEDIDA 01 02 03
Pressatildeo arterial
sistoacutelica
Pressatildeo arterial
diastoacutelica
53
ANEXOS
54
Anexo 1
Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos
55
56
15
Tabela 1 - Classificaccedilatildeo da pressatildeo arterial de acordo com a VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo (2010)
Classificaccedilatildeo Pressatildeo Sistoacutelica (mmHg)
Pressatildeo Diastoacutelica (mmHg)
Oacutetima Normal Limiacutetrofe
lt 120 lt 130 130-139
lt 80 lt 85 85-80
Hipertensatildeo estaacutegio I 140-159 90-99 Hipertensatildeo estaacutegio II 160-179 100-109 Hipertensatildeo estaacutegio III ge 180 ge 110 Hipertensatildeo sistoacutelica isolada
ge 140 lt 90
Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo (2010)7
454 Antropometria
Todas as medidas antropomeacutetricas foram realizadas trecircs vezes (verificou-se a
meacutedia de tais medidas) por um profissional de Educaccedilatildeo Fiacutesica para diminuir o erro
intra e inter avaliadores e anotados por um apontador Os idosos foram medidos
conforme procedimentos padronizados por Lohman et al (1988)75 sem calccedilados
roupas leves sem reloacutegio chaves celular etc
Foi mensurada a circunferecircncia da cintura com uma fita antropomeacutetrica flexiacutevel
no ponto meacutedio entre a uacuteltima costela e a crista iliacuteaca e o procedimento foi deixar a
cintura livre de roupa e os braccedilos cruzados no peito Classificaccedilatildeo de risco para
desenvolver doenccedilas por Lohman et al (1988)75 HOMENS gt 102 cm e MULHERES
gt 88 cm Foi determinado o IMC atraveacutes da equaccedilatildeo [IMC =massa corporal
(kg)estatura2(m)] Valores de referecircncia estatildeo estabelecidos na Tabela 2
Tabela 2 - Classificaccedilatildeo do Iacutendice de Massa Corporal
IMC Classificaccedilatildeo
Baixo peso lt 220 kgm2 Peso adequado 220 le IMC le 270 kgm2 Obesidade gt 270 kgm2
Lohman et al (1988)75
16
A razatildeo cintura-estatura foi determinada pela equaccedilatildeo proposta por Pitanga e
Lessa (2006)15 a qual utiliza a CC (cm) e a estatura (cm) O Iacutendice C foi estimado por
meio das medidas de massa corporal estatura e circunferecircncia da cintura utilizando-
se um modelo proposto por Valdez (1991)54 cuja equaccedilatildeo matemaacutetica estaacute descrita a
seguir
46 Anaacutelise dos dados
Os dados foram digitados com dupla entrada no software Epidata 31 Apoacutes a
digitaccedilatildeo dos dados foram verificados manualmente os valores discrepantes e a
consistecircncia das informaccedilotildees
Na anaacutelise de dados foram utilizados os procedimentos da estatiacutestica descritiva
expressa por meacutedia desvio padratildeo nuacutemero de observaccedilotildees e percentual das
variaacuteveis avaliadas A diferenccedila entre os sexos nas variaacuteveis contiacutenuas foi analisada
pelo teste t de Student para amostras independentes uma vez que as variaacuteveis
apresentaram distribuiccedilatildeo normal e o teste do Qui-quadrado para comparar as
proporccedilotildees (variaacuteveis qualitativas) entre os idosos do sexo masculino e feminino
O poder discriminatoacuterio para determinar a hipertensatildeo arterial e os iacutendices
antropomeacutetricos foi verificado atraveacutes da utilizaccedilatildeo das curvas ROC recurso utilizado
para obtenccedilatildeo de pontos de corte que visam diagnoacutesticos ou triagem
A aacuterea sob a curva ROC (ASC) determina a capacidade preditiva do indicador
para presenccedila ou ausecircncia de hipertensatildeo arterial Uma ASC igual a 10 eacute
considerada perfeita poreacutem se for igual ou menor a 05 indica que sua capacidade
preditiva natildeo eacute melhor que ao acaso
17
Neste estudo o pressuposto para anaacutelise da ASC foi agrave sensibilidade pois em
determinadas situaccedilotildees quando natildeo pode correr o risco de natildeo diagnosticar
determinada doenccedila eacute melhor privilegiar a sensibilidade76
Apoacutes determinados os pontos de corte para cada uma das variaacuteveis
investigadas para prediccedilatildeo de hipertensatildeo essas foram dicotomizadas com base em
seus respectivos valores de referecircncia As anaacutelises estatiacutesticas foram conduzidas no
Statistical Product and Service Solutions (SPSS) reg 130 Em todas as anaacutelises foram
efetuadas respeitando-se o niacutevel de significacircncia de 5
47 Aspectos Eacuteticos
O estudo foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa da Universidade
Estadual do Sudoeste da Bahia com parecer (CAAE 22969013000000055) (Anexo
1) seguindo princiacutepios eacuteticos estabelecidos na Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de
2012 do Conselho Nacional de Sauacutede (CNS)77
18
5 RESULTADOS
51 Caracterizaccedilatildeo da amostra estudada
De acordo com a contabilizaccedilatildeo das perdas (mudou-se do municiacutepio natildeo foi
encontrado por mais de 3 vezes na USF ou domicilio) e recusas (n=31) a amostra final
foi composta por 310 idosos (201 zona urbana e 109 zona rural) A taxa de respostas
foi de 912 com 88 (n=31) de recusas e 92 (n=29) de exclusatildeo
Participaram do estudo 175 mulheres (565) e 135 homens (435) As
idades variaram entre 60 e 108 anos com meacutedia de 7078 plusmn 82 anos para as mulheres
e 60 a 93 anos com meacutedia de 7259 plusmn 78 anos para homens
A maioria das mulheres se auto referiu ser negra e os homens pardo O iacutendice
de analfabetismo apresentou-se elevado em ambos os sexos A maior parte dos idosos
eacute casado A maioria dos idosos sobrevivia com renda mensal inferior ou igual a um
salaacuterio miacutenimo (Tabela 3)
19
Tabela 3 - Variaacuteveis sociodemograacuteficas e de estilo de vida em idosos
Mulheres (n=175) Taxa de Resposta
Homens (n=135) Taxa de Resposta
n n P
Raccedilacor 9861 991
Branco 47 2686 43 3209
Preto 73 4171 26 1940 0001
Pardo 49 2800 55 4074
Natildeo sabe 4 229 10 741
Escolaridade 9918 1000
Analfabeto 95 5429 84 6222
Baacutesica 72 4114 46 3408 0001
Secundaacuteria 5 286 5 370
Superior 2 114 - -
Estado Civil 9789 991
Casadouniatildeo estaacutevel
74 4229 78 5777
Solteiroseparado 33 1886 36 2667 0001
Viuacuteva 63 3600 20 1481
Renda Mensal 9918 1000
le 1 salaacuterio 165 9428 123 9111
11 a 2 salaacuterio 8 458 10 74 0001
21 a salaacuterio 1 057 2 148
Alcoolismo 9989 1000
Sim 4 229 9 667 0001
Natildeo 170 9714 126 9333
Tabagismo 9597 1000
Sim 15 857 21 1556 0001
Natildeo 152 8686 114 8444
Teste Qui-quadrado
20
52 Caracteriacutesticas antropomeacutetricas
Apoacutes a assinatura do TCLE e realizaccedilatildeo do questionaacuterio 10 idosos foram
excluiacutedos (recusas e informaccedilatildeo incompleta do questionaacuterio) desta etapa de anaacutelise
Dessa forma foram analisadas 300 avaliaccedilotildees das medidas antropomeacutetricas
Na Tabela 4 podem ser observados os valores meacutedios desvio padratildeo valores
miacutenimos e maacuteximos e percentuais das variaacuteveis avaliadas A meacutedia do IMC foi menor
nos homens quando comparado com o resultado das mulheres (p lt 0001) Natildeo houve
diferenccedila significativa da variaacutevel circunferecircncia da cintura entre homens e mulheres
(p = 0208) A prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi maior nas mulheres A maioria
das mulheres eacute obesa e entre os homens o estado nutricional foi considerado eutroacutefico
(Tabela 5)
21
Tabela 4 - Valores descritivos miacutenimos e maacuteximos das variaacuteveis analisadas
Variaacuteveis Mulheres (n=167) Homens (n=133) Valor-p
Idade (anos) 7078 plusmn 821 (60-108)
7259 plusmn 786 (60-93)
0055
Massa corporal (kg) 6020 plusmn 1223 (2970-9580)
6384 plusmn 1250 (4010-11840)
0012
Estatura (cm) 14875 plusmn 616 (129-164)
16080 plusmn 782 (135-183)
lt00001
IMC (kgm2) 2715 plusmn505 (1342-4064)
2458 plusmn 390 (1475-3544)
lt00001
CC (cm)dagger 8734 plusmn 1126 (55-130)
8894 plusmn 1010 (66-115)
0208
RCEst 057 plusmn 011 (000-087)
055 plusmn 006 (042-073)
0086
Iacutendice C 123 plusmn 021 (000-166)
129 plusmn 006 (117-150)
0001
PAS 14096 plusmn 2218 (87-200)
13735 plusmn 2251 (98-209)
0166
PAD 7671 plusmn 1091 (45-105)
7697 plusmn 1179 (49-110)
0846
IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia da cintura RCEst - razatildeo cintura-estatura Iacutendice C - Iacutendice de Conicidade PAS - pressatildeo arterial sistoacutelica PAD ndash pressatildeo arterial diastoacutelica dagger Variaacuteveis com perdas (n=163 mulheres) Teste T de Student para amostras independentes
Tabela 5 - Percentuais das variaacuteveis analisadas
Variaacutevel Mulheres Homens Valor-p
Pressatildeo Arterial (n) (n)
Normal 557 (93) 594 (79) 0011
Hipertensatildeo 443 (74) 406 (54)
Estado nutricional (n) (n)
Baixo peso 144 (24) 301 (40)
Normal 353 (59) 436 (58) lt00001
Sobrepeso 503 (84) 263 (35)
Teste Qui-quadrado
53 Anaacutelise da curva ROC
22
As aacutereas sob a curva ROC do IMC da CC da RCEst e do iacutendice C como
preditores de hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos e os respectivos
intervalos de confianccedila (IC 95) podem ser observados na Tabela 6 e nas Figuras 2
3 4 5 6 7 8 9 Evidenciou-se que alguns iacutendices antropomeacutetricos apresentaram
aacuterea sob a curva ROC significativas Todavia a RCEst e o IMC assumiram maiores
aacutereas com diferenccedila significativa para os homens
Tabela 6 - Aacuterea sob a curva ROC e IC95 entre os iacutendices antropomeacutetricos e hipertensatildeo arterial em idosos
Aacuterea sob a curva ROC
PA elevada Mulheres
Homens
p
IMC (kgm2) 053 (044-062) 060 (050-070)
lt00001dagger
CC (cm) 057 (048-066) 058 (048-068)
lt00001dagger
RCEst 056 (047-065) 061 (051-071)
lt00001dagger
Iacutendice C 058 (049-066) 058 (058-068) lt00001dagger
IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia de cintura RCEst - razatildeo cinturaestatura Iacutendice C - iacutendice de conicidade ROC ndashReceiver Operating CharacteristicIC95 - intervalo de confianccedila a 95Aacuterea sob a curva ROC apresentando poder discriminatoacuterio para pressatildeo arterial elevada (Li-IC ge 050) daggerTeste Qui-quadrado
23
Figura 2 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) IMC - iacutendice de massa corporal
Figura 3 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) IMC - iacutendice de massa corporal
24
Figura 4 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) CC ndash circunferecircncia da cintura
Figura 5 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) CC ndash circunferecircncia da cintura
25
Figura 6 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) RCEst - razatildeo cinturaestatura
Figura 7 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) RCEst - razatildeo cinturaestatura
26
Figura 8 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) Iacutendice C -iacutendice de conicidade
Figura 9 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) Iacutendice C - iacutendice de conicidade
27
Os valores dos pontos de corte dos iacutendices antropomeacutetricos como preditores
de hipertensatildeo arterial e suas respectivas sensibilidade e especificidade (mais
adequado equiliacutebrio entre si) satildeo apresentados na Tabela 7 Observa-se que entre
os iacutendices antropomeacutetricos a RCEst teve melhor percentual de sensibilidade e de
especificidade para discriminar a pressatildeo arterial elevada para os homens
Tabela 7 - Pontos de corte sensibilidade e especificidade dos iacutendices antropomeacutetricos para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial em idosos
Mulheres Homens PA elevada
Ponto de corte
Sensibilidade ()
Especificidade ()
Ponto de corte
Sensibilidade ()
Especificidade ()
IMC (kgm2)
2679 527 548 2420 527 548
CC (cm) 8750 577 457 8650 593 532 RCEst 059 568 430 054 648 456 Iacutendice C 126 541 452 129 574 456
IMC ndash Iacutendice de Massa Corporal CC ndash Circunferecircncia da Cintura RCEst ndash Razatildeo Cintura-Estatura Iacutendice C ndash Iacutendice de Conicidade
28
6 DISCUSSAtildeO
61 Aacutereas sob a Curva ROC
Este estudo teve como objetivo identificar a capacidade preditiva de iacutendices
antropomeacutetricos de obesidade geral e abdominal para discriminar a presenccedila de
hipertensatildeo arterial em idosos com foco de utilizaccedilatildeo no ambiente da estrateacutegia de
sauacutede da famiacutelia Nessa perspectiva surge uma proposta de triagem dos casos de
idosos com possiacuteveis alteraccedilotildees crocircnicas em sua pressatildeo arterial aleacutem de possibilitar
a discussatildeo sobre validaccedilatildeo de tais iacutendices para uso no contexto da sauacutede
Dessa forma recomenda-se a anaacutelise da sensibilidade e especificidade por
meio da construccedilatildeo de curvas ROC pois eacute a melhor opccedilatildeo para determinar pontos de
corte em estudos epidemioloacutegicos78 Essa anaacutelise permite fornecer a aacuterea sob a curva
que traduz o poder de discriminaccedilatildeo de um indicador para um determinado desfecho
e a identificaccedilatildeo do melhor ponto de corte
A proposta dessa pesquisa natildeo eacute excluir o diagnoacutestico meacutedico mas
proporcionar uma estrateacutegia mais abrangente a ser utilizada pelas USFs em parceria
entre os profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica e os profissionais de sauacutede no contexto da
atenccedilatildeo primaacuteria
Embora exista associaccedilatildeo entre sobrepesoobesidade e a pressatildeo arterial
elevada poucos estudos tecircm identificado pontos de corte de iacutendices antropomeacutetricos
que visem agrave detecccedilatildeo da hipertensatildeo arterial em idosos Diversos estudos tecircm
demonstrado que os iacutendices antropomeacutetricos satildeo bons indicadores de obesidade e
estatildeo relacionados a fatores de risco cardiovascular795880 Todavia a hipertensatildeo eacute
apontada como um dos principais fatores de risco cardiovasculares o que denota a
necessidade de um olhar diferenciado
A prevalecircncia de hipertensatildeo foi inferior agrave encontrada em outros estudos818283
Contudo diferenccedilas metodoloacutegicas nuacutemero de medidas realizadas e os diferentes
criteacuterios de referecircncia satildeo as principais causas da grande variabilidade nas
prevalecircncias de pressatildeo arterial elevada entre as investigaccedilotildees No presente estudo
29
optou-se por maior rigorosidade ao diagnosticar a pressatildeo arterial elevada
considerando a realizaccedilatildeo de trecircs medidas
Nessa amostra observou-se que a prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi
443 nas mulheres e 406 nos homens Demonstrando ser uma alta prevalecircncia
pois se trata de uma populaccedilatildeo que eacute influenciada diretamente pelo o aumento da
morbimortalidade durante o envelhecimento Estudos envolvendo idosos indicam que
a prevalecircncia da hipertensatildeo encontra-se entre 50-70 com o aumento da idade84
Poucos estudos epidemioloacutegicos foram conduzidos com o objetivo de identificar
e discriminar a capacidade de iacutendices antropomeacutetricos de obesidade para a pressatildeo
arterial elevada na populaccedilatildeo de idosos e principalmente utilizando o iacutendice C o
RCEst Um estudo realizado com a populaccedilatildeo de idosos utilizou o mesmo objetivo
poreacutem usou como ponto de corte o iacutendice de massa corporal e o iacutendice de adiposidade
corporal85 Entretanto faz-se necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de outros iacutendices para identificar
hipertensatildeo arterial em idosos
De acordo com os resultados do presente estudo somente alguns dos
indicadores antropomeacutetricos apresentaram capacidade preditiva para a hipertensatildeo
arterial em idosos de acordo com limite inferior do intervalo de confianccedila de 9586
Dessa forma foi observado que a RCEst e IMC para os homens mostraram-se com
bom poder de detecccedilatildeo para a hipertensatildeo arterial pois obtiveram maiores valores
sob a curva para esse desfecho
Em 2013 Leal Neto et al85 identificaram em seus resultados que o IMC e o
iacutendice de adiposidade corporal foram os melhores indicadores preditivos de
hipertensatildeo arterial nos idosos em ambos os sexos independentemente de outros
fatores tais como idade tabagismo consumo de aacutelcool e atividade fiacutesica
No presente estudo os principais indicadores que tiveram uma boa aacuterea sob a
curva foram o IMC RCEst e Iacutendice C com resultados de 060 IC95 (050-070) 061
IC95 (051-071) e 058 IC95 (058-068) respectivamente para homens
Nas mulheres tais iacutendices mostraram-se com menor poder discriminatoacuterio para
diagnosticar a hipertensatildeo arterial A HAS eacute um desfecho que pode ser influenciado
por fatores multicausais (hormonais estresse etc) Na anaacutelise do desempenho do
iacutendice antropomeacutetrico a loacutegica eacute unidirecional ou seja verificar o desempenho desses
iacutendices apenas como preditores de hipertensatildeo arterial foram mais satisfatoacuterios entre
os homens Os iacutendices podem interferir mas natildeo determinar a prevalecircncia da
30
hipertensatildeo Embora as mulheres tenham uma maior prevalecircncia essa natildeo eacute
determinada pelos iacutendices antropomeacutetricos no presente estudo
Tais resultados diferem do estudo realizado em 2012 por Samsen et al87 no
qual a circunferecircncia da cintura teve boa ASC nos homens = 0684 com IC95 (0672-
0695) e nas mulheres = 0673 IC95 (0665-0681) sendo o melhor indicador
significativamente (p lt0001) do que o IMC no qual a ASC em homens foi de = 0667
IC95 (0656-679) e nas mulheres = 0636 IC95 (0628-0644) em discriminaccedilatildeo
de pelo menos um fator de risco cardiovascular Isso se deve ao fato de tal estudo ter
sido realizado com uma abrangecircncia maior na faixa etaacuteria que foi de 45-80 anos
Uma possiacutevel limitaccedilatildeo para discussatildeo dos resultados desse estudo foi a faixa
etaacuteria restrita que natildeo incluiu idosos (igual ou acima de 60 anos) o que impossibilita
a triagem da pressatildeo arterial elevada nessa populaccedilatildeo
62 Iacutendices antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial
Nesse estudo a CC e RCEst foram as variaacuteveis com maiores valores absolutos
de sensibilidade para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial respectivamente para mulheres
e homens Tais resultados indicam as proporccedilotildees de verdadeiros positivos na
ocorrecircncia de hipertensatildeo arterial
Quanto ao ponto de corte do RCEst nas mulheres foi de 059 sendo 568 de
sensibilidade e 430 de especificidade Valores inferiores ao encontrado no presente
estudo para mulheres foram sugeridos em Taiwan (045) Cingapura (048) e na China
(050) No Brasil em 2009 Haun Pitanga e Lessa16 recomendaram para a RCEst
053 como melhor ponto de corte com sensibilidade (67) e especificidade (58) e
aacuterea sob a curva ROC de 069 (IC 95 = 064-075) Outro ponto de corte semelhante
ao observado no Brasil com mulheres mexicanas variou de 053 a 0535 para a
RCEst discriminar diabete tipo 2 hipertensatildeo e dislipidemias88899091
Os pontos de corte sugeridos por esses paiacuteses e no Brasil podem ter sido
inferiores por causa da abrangecircncia na faixa etaacuteria dos indiviacuteduos no qual incluiacuteram
mulheres de 30 a 74 anos como tambeacutem as caracteriacutesticas econocircmicas culturais e
31
de estilo de vida diferem da realidade das mulheres que residem em cidades de
pequeno porte Estudos que discriminem hipertensatildeo arterial principalmente em
idosos com RCEst satildeo escassos na literatura
Em 2010 Browning Hsieh e Ashwel92 realizaram uma revisatildeo sistemaacutetica
sobre a potencialidade de indicadores antropomeacutetricos em predizer doenccedilas
cardiovasculares e identificou a RCEst como variaacutevel de melhor desempenho A
RCEst apresentou maiores ASC quando comparada ao IMC ou CC Os dados
analisados foram de quatorze paiacuteses diferentes e incluiacuteram caucasianos asiaacuteticos e
da Ameacuterica Central Segundo os autores uma RCEst ge 05 eacute capaz de identificar
fatores de risco cardiovasculares Esse ponto de corte eacute inferior aos encontrados para
homens e mulheres no presente estudo significando que o ponto de corte encontrado
pode diagnosticar risco cardiovascular e consequentemente a presenccedila de
hipertensatildeo
Outros autores afirmam essa hipoacutetese relacionada aos valores limites para
RCEst em diversas populaccedilotildees e indicaram que um ponto de corte de 05 eacute o valor
mais indicado para ambos os sexos todas as idades e diferentes populaccedilotildees899315
Com relaccedilatildeo agrave especificidade a variaacutevel com maior valor foi o IMC
independentemente do sexo Nas mulheres o ponto de corte sugerido foi 2679 kgm2
e nos homens 2420 kgm2 O valor da especificidade foi de 548 para ambos os
sexos o qual possibilita determinar corretamente a ausecircncia de hipertensatildeo arterial
Sendo assim este estudo sugere que o IMC natildeo foi o melhor preditor de hipertensatildeo
arterial
O estudo de Leal Neto et al (2013)85 tambeacutem testou a capacidade de
indicadores antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial em idosos
sugeriu como pontos de corte para IMC valores de 247 kgm2 igual ao encontrado no
presente estudo e de 273 kgm2 nuacutemero superior que aos dados do presente
trabalho para homens e mulheres respectivamente
Em outro estudo realizado com 19621 homens e mulheres com faixa etaacuteria de
45-80 anos a meacutedia da idade foi de 598 anos para os homens e 585 anos para as
mulheres O ponto de corte adequado de IMC foi de 23 kgm2 em homens e 24 kgm2
em mulheres Os pontos de corte de CC foram 80 cm e 78 cm em homens e mulheres
respectivamente Os achados do presente estudo foram superiores a esses
32
resultados todavia deve ser considerado que a populaccedilatildeo alvo foi diferente e com
idade menor da populaccedilatildeo pesquisada no presente trabalho87
Com relaccedilatildeo agrave CC o ponto de corte identificado para a prediccedilatildeo de hipertensatildeo
arterial nas mulheres foi superior ao dos homens Contudo os valores de sensibilidade
e especificidade desses pontos de corte foram maiores entre os homens o que pode
indicar que o poder preditivo da CC para a hipertensatildeo arterial eacute melhor para o sexo
masculino Quanto menor o ponto de corte maior seraacute a habilidade do teste em
classificar os doentes como positivos isto eacute maior seraacute a sensibilidade76 Os pontos
de corte dos homens foram em sua maioria menores em comparaccedilatildeo aos das
mulheres
Tais resultados satildeo contraacuterios aos achados do estudo de Kashihara et al
(2009)94 com indiviacuteduos de 30-74 anos que comparou paciente com hipertensatildeo e sem
hipertensatildeo Em seus pontos de corte de CC para os homens foram superiores aos
pontos de corte definidos para as mulheres e os valores de sensibilidade e
especificidade foi maior nas mulheres para identificar risco cardiovascular Poreacutem a
idade foi menor ao proposto no presente estudo
Outro estudo que contraria tais resultados quanto ao ponto de corte da CC foi
o de Haun Pitanga e Lessa (2009)16 que foi superior para os homens enquanto o
niacutevel de sensibilidade e especificidade foi igual aos nossos achados Poreacutem esse
estudo foi realizado com indiviacuteduos de idade entre 30-74 anos e discriminou risco
coronariano elevado
Quanto ao Iacutendice C no presente estudo o ponto de corte sugerido foi de 126
nas mulheres (sensibilidade 541 e especificidade 452) e 129 para os homens
(sensibilidade 574 e especificidade 456)
Diferentemente do resultado encontrado no presente estudo Pitanga e Lessa
(2005)56 sugeriram como o melhor ponto de corte para risco coronariano com o iacutendice
C 118 para mulheres apresentando valores de sensibilidade (7339) e
especificidade (6115) Para os homens o ponto de corte foi de 125 com valores de
sensibilidade (7391) e especificidade (7492) Tais pontos de corte foram para
indiviacuteduos adultos por esse motivo foram mais baixos que os achados do presente
trabalho Deve-se considerar que existem modificaccedilotildees na composiccedilatildeo corporal com
o processo do envelhecimento o que poderia alterar os pontos de corte para as essas
medidas antropomeacutetricas
33
Em outro estudo com os mesmo autores foram apresentados outros pontos de
corte comparando diferentes faixas etaacuterias Para as mulheres de 30-49 anos o melhor
ponto de corte foi o mesmo (118) com melhor sensibilidade (7857) e
especificidade (6524) e tambeacutem melhor aacuterea sob a curva ROC 081 (IC95 = 070-
092) Entre as de idade mais avanccedilada (50-74 anos) o melhor ponto de corte
sugerido foi 122 com sensibilidade (6000) e especificidade (6582) e aacuterea sob a
curva ROC 065 (IC 95 = 058-073) Portanto o iacutendice C apresentou melhor poder
discriminatoacuterio de RCEst para as mulheres mais jovens64
Almeida Almeida e Arauacutejo (2009)58 conduziram uma pesquisa com mulheres
de 30 e 69 anos buscando avaliar o desempenho de diferentes pontos de corte do
iacutendice C RCQ CC e RCEst para discriminar Risco Coronariano Elevado e o ponto de
corte encontrado para o Iacutendice C foi (125) proacuteximo ao ponto de corte para mulheres
nos nossos achados Dessa forma tais autores afirmaram que os indicadores
antropomeacutetricos de obesidade abdominal analisados tiveram desempenhos
satisfatoacuterios e similares para discriminar RCEst poreacutem o iacutendice C foi o que
apresentou o melhor poder discriminatoacuterio
As informaccedilotildees sobre o iacutendice C satildeo limitadas quanto agrave discussatildeo do ponto de
corte para hipertensatildeo arterial principalmente por encontrar poucos estudos sobre
essa medida como referecircncia para idosos Pitanga e Lessa (2004)55 relatam como
uma limitaccedilatildeo para a utilizaccedilatildeo do Iacutendice C em estudos populacionais a dificuldade de
se calcular o denominador da equaccedilatildeo proposta para sua determinaccedilatildeo
O excesso de gordura em geral estaacute associado ao aparecimento de doenccedilas
cardiovasculares hipertensatildeo arterial e mortalidade a definiccedilatildeo de pontos de corte
para iacutendices que se destacam por sua simplicidade operacional e boa acuraacutecia
permite a detecccedilatildeo dos indiviacuteduos sob risco sendo de grande utilidade nos serviccedilos
de atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede aleacutem de possibilitar o conhecimento da situaccedilatildeo de
grupos populacionais especiacuteficos frente a esses riscos quando empregados na
pesquisa epidemioloacutegica
No contexto das cidades de pequeno porte (rurais e urbanas) os recursos de
sauacutede satildeo muitas vezes limitados e escassos sendo importante a utilizaccedilatildeo desses
iacutendices antropomeacutetricos como substituiccedilatildeo eou apoio a avaliaccedilatildeo tradicional da
pressatildeo arterial Em vaacuterias conjunturas de sauacutede a alta demanda de paciente com
hipertensatildeo arterial exige a utilizaccedilatildeo de instrumentos de diagnoacutesticos e rastreamento
34
de raacutepida e faacutecil aplicaccedilatildeo que possam ser manejados por diferentes profissionais e
que sobretudo apresentem validade e fidedignidade A adequada validaccedilatildeo de
instrumentos e conhecimento de suas propriedades teacutecnicas na populaccedilatildeo brasileira
tambeacutem deve contribuir com a seleccedilatildeo de prioridades e delimitaccedilatildeo do conteuacutedo dos
programas de sauacutede pelos tomadores de decisatildeo em diferentes niacuteveis de gestatildeo
35
7 CONCLUSAtildeO
As anaacutelises dos dados permitem frente aos objetivos estabelecidos formular
as seguintes conclusotildees Quanto ao poder de discriminaccedilatildeo de iacutendices
antropomeacutetricos para a hipertensatildeo arterial em idosos os iacutendices antropomeacutetricos
(IMC RCEst e Iacutendice C) foram bons preditores de hipertensatildeo arterial para os homens
Dessa forma tais iacutendices podem ser empregados nos homens poreacutem tais medidas
natildeo foram satisfatoacuterias para predizer pressatildeo arterial elevada nas mulheres idosas
limitando a sua utilizaccedilatildeo para o sexo feminino com idades avanccediladas
O melhor ponto de corte para discriminar hipertensatildeo arterial foi 054 para a
RCEst nos homens dessa forma tal ponto de corte deve ser empregada no contexto
da atenccedilatildeo primaacuteria nos homens Sugere-se a utilizaccedilatildeo dessa medida a fim de
detectar e realizar a triagem da hipertensatildeo arterial com caracteriacutesticas similares agrave
amostra deste estudo
Recomenda-se que a utilizaccedilatildeo de dois iacutendices simultaneamente resulte em
uma maior eficiecircncia na avaliaccedilatildeo do risco de hipertensatildeo arterial em idosos A
indicaccedilatildeo destas medidas permite que ela seja realizada nas Unidades de Sauacutede da
Famiacutelia como meacutetodo de triagem para idosos com hipertensatildeo arterial utilizando
materiais de faacutecil manejo e de baixo custo
Dessa forma pode-se efetivamente atingir uma das estrateacutegias de prevenccedilatildeo
da hipertensatildeo arterial sistecircmica que eacute o controle da pressatildeo arterial durante o
envelhecimento Todavia sugere-se cautela na utilizaccedilatildeo do ponto de corte desses
indicadores para as mulheres pois os resultados natildeo foram satisfatoacuterios
Fica evidente a necessidade de outros estudos que identifiquem pontos de
corte de iacutendices antropomeacutetricos visando agrave detecccedilatildeo de hipertensatildeo arterial e de
outros fatores de risco cardiovascular nas mulheres idosas que residem em cidades
de pequeno porte
36
8 REFEREcircNCIAS
1 Omram AR The epidemiologic transition a theory of the epidemiology of population change Milbank Memorial Fund Quarterly 1971 49 (Part 1) 509-538
2 Wong LR Carvalho JM Age-strucutural transition in Brazil demographic bonuses and emerging challenges In Pool I Wong LLR Vilquin E editores Age-structural transitions challenges for development Paris Committee for International Cooperation in National Research in Demography 2006
3 Gragnolati M Jorgensen OH Rocha R Fruttero AA Envelhecendo em um Brasil mais Velho implicaccedilotildees do envelhecimento populacional sobre o crescimento econocircmico reduccedilatildeo da pobreza financcedilas puacuteblicas prestaccedilatildeo de serviccedilos Banco Internacional para a Reconstruccedilatildeo e o Desenvolvimento Banco Mundial 2011
4 Schmidt MI Duncan BB Silva GA et al Health in Brazil 4 Chronic non-communicable diseases in Brazil burden and current challenges The Lancet 2011 377
5 Ezzati M Hoorn SV Rodgers A et al Comparative Risk Assessment Collaborating Group Selected major risk factors and global and regional burden of disease Lancet 2002 360 1347-60
6 Lim SS Vos T Flaxman AD et al A comparative risk assessment of burden of disease and injury attributable to 67 risk factors and risk factor clusters in 21 regions 1990-2010 a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2010 Lancet 2012 380 (9859)2224-60
7 Sociedade Brasileira de Cardiologia Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Sociedade Brasileira de Nefrologia VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 2010 95(1) 1-51
8 Miranda DR Perrotti TC Bellinazzi VR et al Hipertensatildeo arterial no idoso peculiaridades na fisiopatologia no diagnoacutestico e no tratamento Rev Bras Hipertens 2002 9 293-300
9 Pilger C Menon MU Mathias TAF Caracteriacutesticas sociodemograacuteficas e de sauacutede de idosos contribuiccedilotildees para os serviccedilos de sauacutede Rev Latino-Am Enfermagem 2011 19(5)1230-1238
10 Pilger C Menon MU Mathias TAF Utilizaccedilatildeo de serviccedilos de sauacutede por idosos vivendo na comunidade Rev esc enferm USP 2013 47(1)213-220
11 Mariath AB Grillo LP Silva RO et al Obesidade e fatores de risco para o desenvolvimento de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis entre usuaacuterios de unidade de alimentaccedilatildeo e nutriccedilatildeo Cad Sauacutede Puacuteblica 2007 23 (4) 897-905
37
12 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Diretrizes e recomendaccedilotildees para o cuidado
integral de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis promoccedilatildeo da sauacutede vigilacircncia prevenccedilatildeo e assistecircncia Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2008
13 Kuumlmpe DA Sodreacute AC Pomatti DM et al Obesidade em Idosos Acompanhados
pela Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia Texto Contexto Enferm Florianoacutepolis 2011 20(3) 471-7
14 Silva KS Farias Juacutenior JC Fatores de risco associados agrave pressatildeo arterial elevada em adolescentes Rev Bras Med Esporte 2007 13(4) 237-40
15 Pitanga FJG Lessa I Razatildeo cintura-estatura como discriminador do risco
coronariano de adultos Rev Assoc Med Bras 2006 52157-61
16 Haun DR Pitanga FJG Lessa I Razatildeo CinturaEstatura comparado a outros indicadores antropomeacutetricos de obesidade como preditor de risco coronariano elevado Rev Assoc Med Bras [online] 2009 55(6) 705-711
17 Nascimento CM Ribeiro AQ SantrsquoAna LFR et al Estado nutricional e condiccedilotildees de sauacutede da populaccedilatildeo idosa brasileira revisatildeo da literatura Rev meacuted Minas Gerais 2011 21(2)174-180
18 Gomes MA Beck cc Duarte MFS et al Ficha Antropomeacutetrica no Nuacutecleo de Apoio a Sauacutede da Famiacutelia o que medir e para que medir Rev bras cineantropom desempenho hum 2009 11(2) 243-253
19 Azevedo LF Oliveira ACC Lima JRP et al Recomendaccedilotildees sobre condutas e procedimentos do profissional de educaccedilatildeo fiacutesica na atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede Rio de Janeiro CONFEF 2010 109-55
20 World Health Organization World health statistics 2012 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghopublicationsworld_health_statistics2012enindexhtmlgt [2012 set 18]
21 World Health Organization Global health risks mortality and burden of disease attributable to selected major risks Geneva World Health Organization 2009a
22 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Panorama da sauacutede brasileira em muacuteltiplos aspectos Percepccedilatildeo do estado de sauacutede estilo de vida e doenccedila crocircnica Pesquisa Nacional de Sauacutede 2013
23 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Pesquisa Nacional por Amostra
de Domiciacutelios 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapesquisaspesquisa_resultadosphpid_pesquisa=149gt[2014 dez 04]
24 Tribess S Virtuoso Junior JS Prescriccedilatildeo de exerciacutecios fiacutesicos para idosos Rev saudecom 2005 1(2)163-72
38
25 Pollock ML Wilmore JH Exerciacutecio na Sauacutede e na Doenccedila avaliaccedilatildeo e prescriccedilatildeo para prevenccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo Editora MEDSI 2ordf ed Rio de Janeiro 1993
26 Sociedade Brasileira de Cardiologia V Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 20061-48
27 World Health Organization Global Health Observatory (GHO) 2014 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghoncdrisk_factorsblood_pressure_prevalence_textengt [2014 dez 04]
28 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Secretaria de Atenccedilatildeo baacutesica agrave Sauacutede Departamento de atenccedilatildeo baacutesica - Hipertensatildeo arterial sistecircmica Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2006
29 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) (2009) Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeGestorvisualizar_textocfmidtxt=24421gt [2010 abr 07]
30 Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Nuacutemero de hipertenso 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwsbhorgbripadgeralphpgt [09 nov 2014]
31 Secretaria de Sauacutede do Estado da Bahia Hipertensatildeo Quantidade de Hipertensos na Bahia Disponiacutevel em (2014) lthttpwwwsaudebagovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=4418ampcatid=1ampItemid=14gt [2014 jan 10]
32 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica 2014 Dados de mortalidade na Bahia Disponiacutevel em lthttptabnetdatasusgovbrcgitabcgiexesiabcnvSIABSBAdefgt [2014 mai 05]
33 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica Dados sociodemograacuteficos de Ibicuiacute 2014 lthttptabnetdatasusgovbrcgideftohtmexesiabcnvSIABFBAdefgt [2014 jan 05]
34 Williams B The year in hypertension JACC 2010 55(1) 66-73
35 Lipp M Rocha JC Stress Hipertensatildeo Arterial e Qualidade de vida um guia de tratamento para o hipertenso Campinas Papirus 1996
36 Borenstein MS (Org) Manual de Hipertensatildeo Arterial Porto Allege Editora Sagra Luzzatto 1999
37 Joint National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure The Sixth Report of the Join National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure Arch Intern Med 1997157 2413-2446
39
38 Mitchell GF Parise H Benjamin EJ et al Changes in arterial stiffness and wave reflection with advancing age in health men and women Hypertension 2004 431239-1245
39 Matos AC Ladeia AM Avaliaccedilatildeo de fatores de risco cardiovascular em uma comunidade rural da Bahia Arq Bras Cardiol 2003 81(3) 291-6
40 World Health Organization Who Expert Committee on Physical Status the use and interpretation of antropometry Report of a WHO Expert Commitee Geneva WHO 1995 p 854
41 Pitanga FJG Antropometria na avaliaccedilatildeo da obesidade abdominal e risco coronariano Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum 201113(3) 238-241
42 Ferreira LS Amaral TF Marucci MFN et al Under nutrition as a major risk factor for death among older Brazilian adults in the community-dwelling setting SABE survey Nutrition 201127(10)17-22
43 Andrade FB Caldas Junior AF Kitoko PM et al Prevalence of overweight and obesity in elderly people from Vitoacuteria-ES Brazil Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2012 set17(3)749-756
44 Boscatto EC Duarte Mde F Coqueiro Rda S Barbosa AR Nutritional status in the oldest elderly and associated factors Rev Assoc Med Bras 2013 59(1)40-47
45 Kostka J Borowiak E Kostka T Nutritional status and quality of life in different
populations of older people in Poland Eur J Clin Nutr 2014 Nov68(11)1210-5
46 Silva DAS Petroski EL Associaccedilatildeo de diferentes pontos de corte para sobrepeso e obesidade com pressatildeo arterial elevada em idosas Rev Educ Fis UEM 2009 20 415-22
47 Nutrition Screening Initiative Interventions manual for professionals caring for older Americans Washington DC Nutrition Screening Initiative 1992
48 World Health Organization Obesity preventing and managing the global epidemic Report of a WHO Consultation on Obesity Geneva World Health Organization 1998
49 Cameron AJ Dunstan DW Owen N et al Health and mortality consequences
of abdominal obesity evidence from the Aus Diab study Med J Aust 2009191 202ndash208
50 Fox KA Despres JP Richard AJ et al Does abdominal obesity have a similar impact on cardiovascular disease and diabetes A study of 91246 ambulant patients in 27 European countries Eur Heart J 2009 30 3055ndash3063
40
51 Pouliot MC Despreacutes JP Lemieux S et al Waist circumference and abdominal sagittal diameter Best simple anthropometric indexes of abdominal visceral adipose tissue accumulation and related cardiovascular risk in men and woman Am J Cardiology 1994 73 460-468
52 Peixoto MRG Beniacutecio MHD Latorre M et al Circunferecircncia da Cintura e Iacutendice de massa Corporal como Preditores da Hipertensatildeo Arterial Arq Bras Cardiol 200687 462-470
53 MacKay MF Haffner SM Wagenknecht LE et al Prediction of type 2 diabetes using alternate anthropometric measures in a multiethnic cohort the insulin resistance atherosclerosis study Diabetes Care 200932(5)956-8
54 Valdez R A simple model-based index of abdominal adiposity J Clin Epidemiol1991 44(9) 955-6
55 Pitanga FJG Lessa I Sensibilidade e especificidade do iacutendice de conicidade como discriminador do risco coronariano de adultos em Salvador Brasil Rev Bras Epidemiol 20047(3)259-69
56 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano elevado em adultos na cidade de Salvador - Bahia Arq Bras Cardiol 2005 85 (1)26-31
57 Ghosh JR Bandyopadhyay AR Comparative evaluation of obesity measures relationship with blood pressures and hypertension Singapore Med J 200748(3) 232-5
58 Almeida RT Almeida MMG Araujo TM Obesidade abdominal e risco cardiovascular desempenho de indicadores antropomeacutetricos em mulheres Arq Bras Cardiol 2009 out92(5)375-380
59 Freitas Juacutenior Costa Rosa CS Codogno JS et al Capacidade cardiorrespiratoacuteria e distribuiccedilatildeo de gordura corporal de mulheres com 50 anos ou mais Rev Esc Enferm USP 2010 44(2) 395-400
60 Matos LN Giorelli GV Dias CB Correlation of anthropometric indicators for identifying insulin sensitivity and resistance Satildeo Paulo Med J [online] 2011 129(1) 30-35
61 Gomes MA Rech CR Gomes MBA et al Correlaccedilatildeo entre iacutendices antropomeacutetricos e distribuiccedilatildeo de gordura corporal em mulheres idosas Rev bras cineantropom desempenho hum 2006 set 8(3) 16-22
62 Tarastchuk JCE Gueacuterios EE Bueno RRL et al Obesidade e intervenccedilatildeo coronariana devemos continuar valorizando o Iacutendice de Massa Corpoacuterea Arq Bras Cardiol [online] 2008 90(5) 311-316
41
63 Ferreira AP CB Ferreira VC Souza et al Risco de distuacuterbio glicecircmico em mulheres idosas ajustado por antropometria e genoacutetipos de citocinas Rev Assoc Med Bras [online] 201157(5) 565-569
64 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano em mulheres Rev Bras Cineantrop Desempenho Hum 2006 8 (1) 14-21
65 Newman TB Browner WS Cummings SR Delineando estudos de testes meacutedicos In Hulley SB et al Delineando a pesquisa cliacutenica uma abordagem epidemioloacutegica 2 ed Porto Alegre Artmed 2003 203-224
66 Toscano CM As campanhas nacionais para detecccedilatildeo das doenccedilas crocircnicas natildeo-transmissiacuteveis diabetes e hipertensatildeo arterial Ciecircnc sauacutede Coletiva out-dez 2004 9(4) 885-895
67 Fletcher RH Fletcher SW Prevenccedilatildeo In Fletcher R Fletcher S Epidemiologia
cliacutenica elementos essenciais 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 2006 179-201
68 Jeckel J Elmore J Katz D Meacutetodos de prevenccedilatildeo secundaacuteria In _____ Epidemiologia bioestatiacutestica e medicina preventiva 2 ed Porto Alegre Artmed 2005 236-247
69 Klein CH Bloch KV Estudos seccionais In Medronho RA Carvalho DM Bloch KV Luiz RR Werneck GL Epidemiologia 1ordf ed Satildeo Paulo Editora Atheneu 2002 125-150
70 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Resoluccedilatildeo nordm- 6 de 3 de novembro de 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcenso2010ibgegovbrdados_divulgadosindexphpuf=29gt[201 dez 18]
71 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica ndash Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais (2014) Disponiacutevel em lthttpcodibgegovbr398G9gt [2014 ago 30]
72 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230gt [2013 mai 01]
73 Luiz RR Magnanini MMF A loacutegica da determinaccedilatildeo do tamanho da amostra em investigaccedilotildees epidemioloacutegicas Cad sauacutede coletiva Rio de Janeiro 2000 8(2) 9-28
74 Reis MC Nascimento RAS Pedreira RBS et al Validaccedilatildeo de Face e Clareza do Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede dos Idosos ndash IASI [resumo] in Anais do XIX Congresso Brasileiro Geriatria e Gerontologia Beleacutem 2014 296-296
75 Lohman TG Roche AF Martorell R Anthropometric Standardization Reference Manual Champaign Illinois Human Kinetics 1988
42
76 Vaz JCL Regiotildees de Incerteza para Curva ROC em Teste Diagnoacutesticos
[dissertaccedilatildeo] Satildeo Carlos Universidade Federal de Satildeo Carlos 2009
77 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de 2012
78 Erdreich LS Lee ET Use of relative operating characteristic analysis in epidemiology A method for dealing with subjective judgement Am J Epidemiol 1981 114649-62
79 Aekplakorn W Pakpeankitwatana V Lee CM et al Abdominal obesity and coronary heart disease in Thai men Obesity 200715(4)1036-42
80 Oliveira MAM Fagundes RLM Moreira EAM et al Relaccedilatildeo de Indicadores Antropomeacutetricos com Fatores de Risco para Doenccedila Cardiovascular Arq Bras Cardiol 2010 abr 94(4) 478-485
81 Mendes TAB Goldbaum M Segri NJ et al Factors associated with the prevalence of hypertension and control practices among elderly residents of Satildeo Paulo city Brazil Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(11) 2275-2286
82 Oliveira BFA Souza Mouratildeo D Gomes N et al Prevalecircncia de hipertensatildeo arterial em comunidades ribeirinhas do Rio Madeira Amazocircnia Ocidental Brasileira Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(8) 1617-1630
83 Picon RV Fuchs FD Moreira LB et al Prevalence of Hypertension Among Elderly Persons in Urban Brazil A Systematic Review With Meta-Analysis Am J Hypertens 2013 26 (4) 541-548
84 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Pessoa Idosa e Envelhecimento Seacuteries Pactos pela Sauacutede 2006 v 12 Brasiacutelia ndash DF 2010
85 Leal Neto JS Souza J Coqueiro RS et al Anthropometric indicators of obesity as screening tools for high blood pressure in the elderly Int J Nurs Pract 2013 Aug 19(4) 360-367
86 Schisterman EF Faraggi D Reiser B Trevisan M Statistical inference for the area under the receiver operating characteristic curve in the presence of random measurement error Am J Epidemiol 2001 154 (2) 174-9
87 Samsen M Hanchaiphiboolkul S Puthkhao P et al Appropriate body mass index and waist circumference cutoffs for middle and older age group in Thailand data of 19621 participants from Thai epidemiologic stroke (TES) study J Med Assoc Thai 2012 Sep 95(9)1156-66
88 Ko GTC Chan JCN Cockram CS Woo J Prediction of hypertension diabetes dyslipidemia or albuminuria using simple anthropometric indexes in Hong Kong Chinese Int J Obes 1999 23 (11) 1136-42
43
89 Lin WY Lee LT Chen CY et al Optimal cut-off values for obesity using simple anthropometric indices to predict cardiovascular risk factors in Taiwan Int J Obes Relat Metab Disord 2002261232-8
90 Pua YH Ong PH Anthropometric indices as screening tools for cardiovascular risk factors in Singaporean women Asia Pac J Clin Nutr 2005 14 (1) 74-9
91 Berber A Goacutemez-Santos R Fanghaumlnel G Saacutenchez-Reyes L Anthropometric
indexes in the prediction of type 2 diabetes mellitus hypertension and dyslipidaemia in a Mexican population Int J Obes 200125(12)1794-9
92 Browning LM Hsieh SD Ashwell M A systematic review of waist-to-height ratio
as a screening tool for the prediction of cardiovascular disease and diabetes 05 could be a suitable global boundary value Nutr Res Rev 2010 23(2)247-69
93 Bertsias G Mammas I Linardakis M Kafatos A Overweight and obesity in
relation to cardiovascular disease risk factors among medical students in Crete Greece BMC Public Health 2003 31-9
94 Kashihara H Lee JS Kawakubo K et al Criteria of Waist Circumference According to Computed Tomography-Measured Visceral Fat Area and the Clustering of Cardiovascular Risk Factors Circ J 2009 73 1881-1886
44
APEcircNDICES
45
Apecircndice 1
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
46
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS
PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE SAUacuteDE
DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE
Jequieacute ____ ____ 201__
APEcircNDICE 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Vocecirc esta sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa do Nuacutecleo de
Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo (NESP) da Universidade Estadual do Sudoeste da
Bahia
Objetivo do estudo Avaliar e monitorar as condiccedilotildees de sauacutede de idosos residentes
em comunidade
Participaccedilatildeo Ao aceitar participar do estudo estarei agrave disposiccedilatildeo do pesquisador
para responder ao formulaacuterio que seraacute arquivado pelo autor por um periacuteodo de cinco
anos sendo posteriormente incinerado
Riscos Este estudo natildeo traraacute riscos para minha integridade fiacutesica ou moral dos
participantes
Confidencialidade do estudo Seraacute garantida a privacidade o anonimato bem como
o direito de aceitar ou natildeo participar da pesquisa podendo ser essa autorizaccedilatildeo
suspensa em qualquer fase do estudo Assim as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo
4662012 do Conselho Nacional de Sauacutede que discorre sobre pesquisa envolvendo
seres humanos seratildeo atendidas Os resultados seratildeo publicados no relatoacuterio final da
dissertaccedilatildeo e artigos cientiacuteficos
47
Benefiacutecios Accedilotildees interinstitucionais articuladas promovidas numa perspectiva
interdisciplinar possibilitaratildeo uma melhor compreensatildeo das condiccedilotildees de sauacutede dos
idosos residentes em comunidade do municiacutepio e contribuiraacute para a formulaccedilatildeo de
accedilotildees direcionadas as necessidades dessa populaccedilatildeo
Danos advindos da pesquisa Caso haja algum prejuiacutezo decorrente da realizaccedilatildeo
deste estudo seraacute providenciada a devida reparaccedilatildeo dos danos atraveacutes do
responsaacutevel pelo estudo O pesquisador e os entrevistados natildeo receberatildeo benefiacutecios
financeiros para participaccedilatildeo no estudo Todas as despesas seratildeo por conta do
pesquisador
Participaccedilatildeo voluntaacuteria Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria podendo a qualquer
momento desistir do estudo sem qualquer prejuiacutezo ou penalidade para mim
Consentimento para participaccedilatildeo Apoacutes ser devidamente esclarecido (a) quanto
aos objetivos deste estudo dos procedimentos aos quais serei submetido (a) bem
como dos possiacuteveis riscos decorrentes da minha participaccedilatildeo estou de acordo em
participar do mesmo O pesquisador responsaacutevel pelo estudo assegura que seraacute
disponibilizado qualquer esclarecimento adicional que eu venha a solicitar durante a
realizaccedilatildeo da pesquisa e o direito de desistir da participaccedilatildeo em qualquer momento
Em casos de duacutevidas eou problemas referentes ao estudo vocecirc poderaacute
entrar em contato com o autor atraveacutes do Nuacutecleo de Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo
(NESP) (73) 3528-9721
Sendo assim eu ______________________________________________
aceito livremente participar do Projeto MONIDI
__________________________________ __________________________________
Assinatura do (a) participante
RG _________________________
Assinatura do (a) pesquisador
RG_________________________
48
Apecircndice 2
Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede do Idoso
49
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS
PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE
SAUacuteDE DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE
Nuacutemero do Questionaacuterio |__|__|__|
Nome do Entrevistador ___________________________
Visita 1 2 3
Data Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Hora de iniacutecio ________
Hora de teacutermino ________
I INFORMACcedilOtildeES PESSOAIS E SOCIODEMOGRAacuteFICAS
1 Nome do entrevistado
2Sexo
0 ( ) Feminino
1 ( ) Masculino
3 Endereccedilo completotelefone
4 Idade ____ anos
41 Data de Nascimento
____________
50
5 Situaccedilatildeo conjugal atual
1 ( ) Casado(a) 2 ( ) Uniatildeo estaacutevel 3 ( ) Solteiroa
4 ( ) Divorciado(a)separado(a)desquitado(a) 5 ( ) Viuacutevoa
6 No total quantas vezes o (a) Sr(a) esteve casado(a) ou em uniatildeo
Nordm de vezes |___|___|
7 Na escola qual a uacuteltima seacuterie grau que concluiu com aprovaccedilatildeo
1 - Nunca foi agrave escola ( ) 4 - Fundamental II ( )5 a ( )6 a ( )7 a ( )8 a
2 - Lecirc e escreve o nome ( ) 5 - Ensino Meacutedio ( ) 1 a ( )2 a ( )3
3 - Fundamental I ( )1 a ( )2 a 6 - Superior ( ) completo ( ) incompleto
( )3 a ( )4 a
8 Como vocecirc classificaria a cor da sua pele
1( ) Branca 2( ) Amarela (oriental) 3( ) Parda
4( ) Origem indiacutegena 5( ) Preta 9( ) Natildeo sabe
9 Cor da pele (entrevistador)
1( ) branca 2( ) amarela (oriental) 3( ) parda
4( ) origem indiacutegena 5( ) preta
10-Quantos filhos e filhas nascidos vivos o(a)Sr(a) teve (natildeo inclua enteados filhos
adotivos abortos ou filhos nascidos mortos)
Nuacutemero de filhos |____|____| (98) NS (99) NR
11 Atualmente o senhor (a) mora sozinho ou acompanhado
1( )Acompanhado 2( ) Sozinho 3( ) NR 4( )NS
51
12 Desde que o senhor (a) nasceu viveu no campo por 5 anos ou mais
0( ) Natildeo 1( ) Sim 2( ) NS 3( ) NR
13 Qual eacute a sua religiatildeo
1( ) Catoacutelica 2( ) Protestante 3( ) Judaica
4( ) Espiacuteritakardecista 5( ) Umbanda 6( ) Outras ____________
14 Qual a importacircncia da religiatildeo em sua vida
(1) Importante (2) Regular (3) Nada importante (8) NS (9) NR
15 Com que frequecircncia o senhor vai agrave igreja ou ao serviccedilo religioso
( ) Nunca ( ) Vaacuterias vezes por ano ( ) Uma duas vezes por mecircs
( ) Quase toda semana ( ) Mais de uma vez por semana ( ) NS ( ) NR
16 Quanto vocecirc ganha em meacutedia por mecircs R$ __________8( )Natildeo se aplica
II A CONSUMO DE AacuteLCOOL E TABACO
Uso de bebidas alcooacutelicas
1 Vocecirc consome bebidas alcooacutelicas Se vocecirc NAtildeO BEBE siga para o bloco III C
0 ( )sim 1( ) natildeo
2 Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
3 As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
4 Sente-se chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
5 Costuma beber pela manhatilde para diminuir o nervosismo ou a ressaca
0 ( ) sim 1( ) natildeo
Haacutebito de fumar
1 Vocecirc jaacute foi fumante 0 ( ) sim 1( ) natildeo
52
2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco
III C
3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros
4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias
III ANTROPOMETRIA
MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS
ESTATURA
MASSA CORPORAL
CIRCUNFEREcircNCIA
DE CINTURA
IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL
MEDIDA 01 02 03
Pressatildeo arterial
sistoacutelica
Pressatildeo arterial
diastoacutelica
53
ANEXOS
54
Anexo 1
Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos
55
56
16
A razatildeo cintura-estatura foi determinada pela equaccedilatildeo proposta por Pitanga e
Lessa (2006)15 a qual utiliza a CC (cm) e a estatura (cm) O Iacutendice C foi estimado por
meio das medidas de massa corporal estatura e circunferecircncia da cintura utilizando-
se um modelo proposto por Valdez (1991)54 cuja equaccedilatildeo matemaacutetica estaacute descrita a
seguir
46 Anaacutelise dos dados
Os dados foram digitados com dupla entrada no software Epidata 31 Apoacutes a
digitaccedilatildeo dos dados foram verificados manualmente os valores discrepantes e a
consistecircncia das informaccedilotildees
Na anaacutelise de dados foram utilizados os procedimentos da estatiacutestica descritiva
expressa por meacutedia desvio padratildeo nuacutemero de observaccedilotildees e percentual das
variaacuteveis avaliadas A diferenccedila entre os sexos nas variaacuteveis contiacutenuas foi analisada
pelo teste t de Student para amostras independentes uma vez que as variaacuteveis
apresentaram distribuiccedilatildeo normal e o teste do Qui-quadrado para comparar as
proporccedilotildees (variaacuteveis qualitativas) entre os idosos do sexo masculino e feminino
O poder discriminatoacuterio para determinar a hipertensatildeo arterial e os iacutendices
antropomeacutetricos foi verificado atraveacutes da utilizaccedilatildeo das curvas ROC recurso utilizado
para obtenccedilatildeo de pontos de corte que visam diagnoacutesticos ou triagem
A aacuterea sob a curva ROC (ASC) determina a capacidade preditiva do indicador
para presenccedila ou ausecircncia de hipertensatildeo arterial Uma ASC igual a 10 eacute
considerada perfeita poreacutem se for igual ou menor a 05 indica que sua capacidade
preditiva natildeo eacute melhor que ao acaso
17
Neste estudo o pressuposto para anaacutelise da ASC foi agrave sensibilidade pois em
determinadas situaccedilotildees quando natildeo pode correr o risco de natildeo diagnosticar
determinada doenccedila eacute melhor privilegiar a sensibilidade76
Apoacutes determinados os pontos de corte para cada uma das variaacuteveis
investigadas para prediccedilatildeo de hipertensatildeo essas foram dicotomizadas com base em
seus respectivos valores de referecircncia As anaacutelises estatiacutesticas foram conduzidas no
Statistical Product and Service Solutions (SPSS) reg 130 Em todas as anaacutelises foram
efetuadas respeitando-se o niacutevel de significacircncia de 5
47 Aspectos Eacuteticos
O estudo foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa da Universidade
Estadual do Sudoeste da Bahia com parecer (CAAE 22969013000000055) (Anexo
1) seguindo princiacutepios eacuteticos estabelecidos na Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de
2012 do Conselho Nacional de Sauacutede (CNS)77
18
5 RESULTADOS
51 Caracterizaccedilatildeo da amostra estudada
De acordo com a contabilizaccedilatildeo das perdas (mudou-se do municiacutepio natildeo foi
encontrado por mais de 3 vezes na USF ou domicilio) e recusas (n=31) a amostra final
foi composta por 310 idosos (201 zona urbana e 109 zona rural) A taxa de respostas
foi de 912 com 88 (n=31) de recusas e 92 (n=29) de exclusatildeo
Participaram do estudo 175 mulheres (565) e 135 homens (435) As
idades variaram entre 60 e 108 anos com meacutedia de 7078 plusmn 82 anos para as mulheres
e 60 a 93 anos com meacutedia de 7259 plusmn 78 anos para homens
A maioria das mulheres se auto referiu ser negra e os homens pardo O iacutendice
de analfabetismo apresentou-se elevado em ambos os sexos A maior parte dos idosos
eacute casado A maioria dos idosos sobrevivia com renda mensal inferior ou igual a um
salaacuterio miacutenimo (Tabela 3)
19
Tabela 3 - Variaacuteveis sociodemograacuteficas e de estilo de vida em idosos
Mulheres (n=175) Taxa de Resposta
Homens (n=135) Taxa de Resposta
n n P
Raccedilacor 9861 991
Branco 47 2686 43 3209
Preto 73 4171 26 1940 0001
Pardo 49 2800 55 4074
Natildeo sabe 4 229 10 741
Escolaridade 9918 1000
Analfabeto 95 5429 84 6222
Baacutesica 72 4114 46 3408 0001
Secundaacuteria 5 286 5 370
Superior 2 114 - -
Estado Civil 9789 991
Casadouniatildeo estaacutevel
74 4229 78 5777
Solteiroseparado 33 1886 36 2667 0001
Viuacuteva 63 3600 20 1481
Renda Mensal 9918 1000
le 1 salaacuterio 165 9428 123 9111
11 a 2 salaacuterio 8 458 10 74 0001
21 a salaacuterio 1 057 2 148
Alcoolismo 9989 1000
Sim 4 229 9 667 0001
Natildeo 170 9714 126 9333
Tabagismo 9597 1000
Sim 15 857 21 1556 0001
Natildeo 152 8686 114 8444
Teste Qui-quadrado
20
52 Caracteriacutesticas antropomeacutetricas
Apoacutes a assinatura do TCLE e realizaccedilatildeo do questionaacuterio 10 idosos foram
excluiacutedos (recusas e informaccedilatildeo incompleta do questionaacuterio) desta etapa de anaacutelise
Dessa forma foram analisadas 300 avaliaccedilotildees das medidas antropomeacutetricas
Na Tabela 4 podem ser observados os valores meacutedios desvio padratildeo valores
miacutenimos e maacuteximos e percentuais das variaacuteveis avaliadas A meacutedia do IMC foi menor
nos homens quando comparado com o resultado das mulheres (p lt 0001) Natildeo houve
diferenccedila significativa da variaacutevel circunferecircncia da cintura entre homens e mulheres
(p = 0208) A prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi maior nas mulheres A maioria
das mulheres eacute obesa e entre os homens o estado nutricional foi considerado eutroacutefico
(Tabela 5)
21
Tabela 4 - Valores descritivos miacutenimos e maacuteximos das variaacuteveis analisadas
Variaacuteveis Mulheres (n=167) Homens (n=133) Valor-p
Idade (anos) 7078 plusmn 821 (60-108)
7259 plusmn 786 (60-93)
0055
Massa corporal (kg) 6020 plusmn 1223 (2970-9580)
6384 plusmn 1250 (4010-11840)
0012
Estatura (cm) 14875 plusmn 616 (129-164)
16080 plusmn 782 (135-183)
lt00001
IMC (kgm2) 2715 plusmn505 (1342-4064)
2458 plusmn 390 (1475-3544)
lt00001
CC (cm)dagger 8734 plusmn 1126 (55-130)
8894 plusmn 1010 (66-115)
0208
RCEst 057 plusmn 011 (000-087)
055 plusmn 006 (042-073)
0086
Iacutendice C 123 plusmn 021 (000-166)
129 plusmn 006 (117-150)
0001
PAS 14096 plusmn 2218 (87-200)
13735 plusmn 2251 (98-209)
0166
PAD 7671 plusmn 1091 (45-105)
7697 plusmn 1179 (49-110)
0846
IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia da cintura RCEst - razatildeo cintura-estatura Iacutendice C - Iacutendice de Conicidade PAS - pressatildeo arterial sistoacutelica PAD ndash pressatildeo arterial diastoacutelica dagger Variaacuteveis com perdas (n=163 mulheres) Teste T de Student para amostras independentes
Tabela 5 - Percentuais das variaacuteveis analisadas
Variaacutevel Mulheres Homens Valor-p
Pressatildeo Arterial (n) (n)
Normal 557 (93) 594 (79) 0011
Hipertensatildeo 443 (74) 406 (54)
Estado nutricional (n) (n)
Baixo peso 144 (24) 301 (40)
Normal 353 (59) 436 (58) lt00001
Sobrepeso 503 (84) 263 (35)
Teste Qui-quadrado
53 Anaacutelise da curva ROC
22
As aacutereas sob a curva ROC do IMC da CC da RCEst e do iacutendice C como
preditores de hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos e os respectivos
intervalos de confianccedila (IC 95) podem ser observados na Tabela 6 e nas Figuras 2
3 4 5 6 7 8 9 Evidenciou-se que alguns iacutendices antropomeacutetricos apresentaram
aacuterea sob a curva ROC significativas Todavia a RCEst e o IMC assumiram maiores
aacutereas com diferenccedila significativa para os homens
Tabela 6 - Aacuterea sob a curva ROC e IC95 entre os iacutendices antropomeacutetricos e hipertensatildeo arterial em idosos
Aacuterea sob a curva ROC
PA elevada Mulheres
Homens
p
IMC (kgm2) 053 (044-062) 060 (050-070)
lt00001dagger
CC (cm) 057 (048-066) 058 (048-068)
lt00001dagger
RCEst 056 (047-065) 061 (051-071)
lt00001dagger
Iacutendice C 058 (049-066) 058 (058-068) lt00001dagger
IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia de cintura RCEst - razatildeo cinturaestatura Iacutendice C - iacutendice de conicidade ROC ndashReceiver Operating CharacteristicIC95 - intervalo de confianccedila a 95Aacuterea sob a curva ROC apresentando poder discriminatoacuterio para pressatildeo arterial elevada (Li-IC ge 050) daggerTeste Qui-quadrado
23
Figura 2 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) IMC - iacutendice de massa corporal
Figura 3 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) IMC - iacutendice de massa corporal
24
Figura 4 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) CC ndash circunferecircncia da cintura
Figura 5 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) CC ndash circunferecircncia da cintura
25
Figura 6 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) RCEst - razatildeo cinturaestatura
Figura 7 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) RCEst - razatildeo cinturaestatura
26
Figura 8 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) Iacutendice C -iacutendice de conicidade
Figura 9 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) Iacutendice C - iacutendice de conicidade
27
Os valores dos pontos de corte dos iacutendices antropomeacutetricos como preditores
de hipertensatildeo arterial e suas respectivas sensibilidade e especificidade (mais
adequado equiliacutebrio entre si) satildeo apresentados na Tabela 7 Observa-se que entre
os iacutendices antropomeacutetricos a RCEst teve melhor percentual de sensibilidade e de
especificidade para discriminar a pressatildeo arterial elevada para os homens
Tabela 7 - Pontos de corte sensibilidade e especificidade dos iacutendices antropomeacutetricos para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial em idosos
Mulheres Homens PA elevada
Ponto de corte
Sensibilidade ()
Especificidade ()
Ponto de corte
Sensibilidade ()
Especificidade ()
IMC (kgm2)
2679 527 548 2420 527 548
CC (cm) 8750 577 457 8650 593 532 RCEst 059 568 430 054 648 456 Iacutendice C 126 541 452 129 574 456
IMC ndash Iacutendice de Massa Corporal CC ndash Circunferecircncia da Cintura RCEst ndash Razatildeo Cintura-Estatura Iacutendice C ndash Iacutendice de Conicidade
28
6 DISCUSSAtildeO
61 Aacutereas sob a Curva ROC
Este estudo teve como objetivo identificar a capacidade preditiva de iacutendices
antropomeacutetricos de obesidade geral e abdominal para discriminar a presenccedila de
hipertensatildeo arterial em idosos com foco de utilizaccedilatildeo no ambiente da estrateacutegia de
sauacutede da famiacutelia Nessa perspectiva surge uma proposta de triagem dos casos de
idosos com possiacuteveis alteraccedilotildees crocircnicas em sua pressatildeo arterial aleacutem de possibilitar
a discussatildeo sobre validaccedilatildeo de tais iacutendices para uso no contexto da sauacutede
Dessa forma recomenda-se a anaacutelise da sensibilidade e especificidade por
meio da construccedilatildeo de curvas ROC pois eacute a melhor opccedilatildeo para determinar pontos de
corte em estudos epidemioloacutegicos78 Essa anaacutelise permite fornecer a aacuterea sob a curva
que traduz o poder de discriminaccedilatildeo de um indicador para um determinado desfecho
e a identificaccedilatildeo do melhor ponto de corte
A proposta dessa pesquisa natildeo eacute excluir o diagnoacutestico meacutedico mas
proporcionar uma estrateacutegia mais abrangente a ser utilizada pelas USFs em parceria
entre os profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica e os profissionais de sauacutede no contexto da
atenccedilatildeo primaacuteria
Embora exista associaccedilatildeo entre sobrepesoobesidade e a pressatildeo arterial
elevada poucos estudos tecircm identificado pontos de corte de iacutendices antropomeacutetricos
que visem agrave detecccedilatildeo da hipertensatildeo arterial em idosos Diversos estudos tecircm
demonstrado que os iacutendices antropomeacutetricos satildeo bons indicadores de obesidade e
estatildeo relacionados a fatores de risco cardiovascular795880 Todavia a hipertensatildeo eacute
apontada como um dos principais fatores de risco cardiovasculares o que denota a
necessidade de um olhar diferenciado
A prevalecircncia de hipertensatildeo foi inferior agrave encontrada em outros estudos818283
Contudo diferenccedilas metodoloacutegicas nuacutemero de medidas realizadas e os diferentes
criteacuterios de referecircncia satildeo as principais causas da grande variabilidade nas
prevalecircncias de pressatildeo arterial elevada entre as investigaccedilotildees No presente estudo
29
optou-se por maior rigorosidade ao diagnosticar a pressatildeo arterial elevada
considerando a realizaccedilatildeo de trecircs medidas
Nessa amostra observou-se que a prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi
443 nas mulheres e 406 nos homens Demonstrando ser uma alta prevalecircncia
pois se trata de uma populaccedilatildeo que eacute influenciada diretamente pelo o aumento da
morbimortalidade durante o envelhecimento Estudos envolvendo idosos indicam que
a prevalecircncia da hipertensatildeo encontra-se entre 50-70 com o aumento da idade84
Poucos estudos epidemioloacutegicos foram conduzidos com o objetivo de identificar
e discriminar a capacidade de iacutendices antropomeacutetricos de obesidade para a pressatildeo
arterial elevada na populaccedilatildeo de idosos e principalmente utilizando o iacutendice C o
RCEst Um estudo realizado com a populaccedilatildeo de idosos utilizou o mesmo objetivo
poreacutem usou como ponto de corte o iacutendice de massa corporal e o iacutendice de adiposidade
corporal85 Entretanto faz-se necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de outros iacutendices para identificar
hipertensatildeo arterial em idosos
De acordo com os resultados do presente estudo somente alguns dos
indicadores antropomeacutetricos apresentaram capacidade preditiva para a hipertensatildeo
arterial em idosos de acordo com limite inferior do intervalo de confianccedila de 9586
Dessa forma foi observado que a RCEst e IMC para os homens mostraram-se com
bom poder de detecccedilatildeo para a hipertensatildeo arterial pois obtiveram maiores valores
sob a curva para esse desfecho
Em 2013 Leal Neto et al85 identificaram em seus resultados que o IMC e o
iacutendice de adiposidade corporal foram os melhores indicadores preditivos de
hipertensatildeo arterial nos idosos em ambos os sexos independentemente de outros
fatores tais como idade tabagismo consumo de aacutelcool e atividade fiacutesica
No presente estudo os principais indicadores que tiveram uma boa aacuterea sob a
curva foram o IMC RCEst e Iacutendice C com resultados de 060 IC95 (050-070) 061
IC95 (051-071) e 058 IC95 (058-068) respectivamente para homens
Nas mulheres tais iacutendices mostraram-se com menor poder discriminatoacuterio para
diagnosticar a hipertensatildeo arterial A HAS eacute um desfecho que pode ser influenciado
por fatores multicausais (hormonais estresse etc) Na anaacutelise do desempenho do
iacutendice antropomeacutetrico a loacutegica eacute unidirecional ou seja verificar o desempenho desses
iacutendices apenas como preditores de hipertensatildeo arterial foram mais satisfatoacuterios entre
os homens Os iacutendices podem interferir mas natildeo determinar a prevalecircncia da
30
hipertensatildeo Embora as mulheres tenham uma maior prevalecircncia essa natildeo eacute
determinada pelos iacutendices antropomeacutetricos no presente estudo
Tais resultados diferem do estudo realizado em 2012 por Samsen et al87 no
qual a circunferecircncia da cintura teve boa ASC nos homens = 0684 com IC95 (0672-
0695) e nas mulheres = 0673 IC95 (0665-0681) sendo o melhor indicador
significativamente (p lt0001) do que o IMC no qual a ASC em homens foi de = 0667
IC95 (0656-679) e nas mulheres = 0636 IC95 (0628-0644) em discriminaccedilatildeo
de pelo menos um fator de risco cardiovascular Isso se deve ao fato de tal estudo ter
sido realizado com uma abrangecircncia maior na faixa etaacuteria que foi de 45-80 anos
Uma possiacutevel limitaccedilatildeo para discussatildeo dos resultados desse estudo foi a faixa
etaacuteria restrita que natildeo incluiu idosos (igual ou acima de 60 anos) o que impossibilita
a triagem da pressatildeo arterial elevada nessa populaccedilatildeo
62 Iacutendices antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial
Nesse estudo a CC e RCEst foram as variaacuteveis com maiores valores absolutos
de sensibilidade para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial respectivamente para mulheres
e homens Tais resultados indicam as proporccedilotildees de verdadeiros positivos na
ocorrecircncia de hipertensatildeo arterial
Quanto ao ponto de corte do RCEst nas mulheres foi de 059 sendo 568 de
sensibilidade e 430 de especificidade Valores inferiores ao encontrado no presente
estudo para mulheres foram sugeridos em Taiwan (045) Cingapura (048) e na China
(050) No Brasil em 2009 Haun Pitanga e Lessa16 recomendaram para a RCEst
053 como melhor ponto de corte com sensibilidade (67) e especificidade (58) e
aacuterea sob a curva ROC de 069 (IC 95 = 064-075) Outro ponto de corte semelhante
ao observado no Brasil com mulheres mexicanas variou de 053 a 0535 para a
RCEst discriminar diabete tipo 2 hipertensatildeo e dislipidemias88899091
Os pontos de corte sugeridos por esses paiacuteses e no Brasil podem ter sido
inferiores por causa da abrangecircncia na faixa etaacuteria dos indiviacuteduos no qual incluiacuteram
mulheres de 30 a 74 anos como tambeacutem as caracteriacutesticas econocircmicas culturais e
31
de estilo de vida diferem da realidade das mulheres que residem em cidades de
pequeno porte Estudos que discriminem hipertensatildeo arterial principalmente em
idosos com RCEst satildeo escassos na literatura
Em 2010 Browning Hsieh e Ashwel92 realizaram uma revisatildeo sistemaacutetica
sobre a potencialidade de indicadores antropomeacutetricos em predizer doenccedilas
cardiovasculares e identificou a RCEst como variaacutevel de melhor desempenho A
RCEst apresentou maiores ASC quando comparada ao IMC ou CC Os dados
analisados foram de quatorze paiacuteses diferentes e incluiacuteram caucasianos asiaacuteticos e
da Ameacuterica Central Segundo os autores uma RCEst ge 05 eacute capaz de identificar
fatores de risco cardiovasculares Esse ponto de corte eacute inferior aos encontrados para
homens e mulheres no presente estudo significando que o ponto de corte encontrado
pode diagnosticar risco cardiovascular e consequentemente a presenccedila de
hipertensatildeo
Outros autores afirmam essa hipoacutetese relacionada aos valores limites para
RCEst em diversas populaccedilotildees e indicaram que um ponto de corte de 05 eacute o valor
mais indicado para ambos os sexos todas as idades e diferentes populaccedilotildees899315
Com relaccedilatildeo agrave especificidade a variaacutevel com maior valor foi o IMC
independentemente do sexo Nas mulheres o ponto de corte sugerido foi 2679 kgm2
e nos homens 2420 kgm2 O valor da especificidade foi de 548 para ambos os
sexos o qual possibilita determinar corretamente a ausecircncia de hipertensatildeo arterial
Sendo assim este estudo sugere que o IMC natildeo foi o melhor preditor de hipertensatildeo
arterial
O estudo de Leal Neto et al (2013)85 tambeacutem testou a capacidade de
indicadores antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial em idosos
sugeriu como pontos de corte para IMC valores de 247 kgm2 igual ao encontrado no
presente estudo e de 273 kgm2 nuacutemero superior que aos dados do presente
trabalho para homens e mulheres respectivamente
Em outro estudo realizado com 19621 homens e mulheres com faixa etaacuteria de
45-80 anos a meacutedia da idade foi de 598 anos para os homens e 585 anos para as
mulheres O ponto de corte adequado de IMC foi de 23 kgm2 em homens e 24 kgm2
em mulheres Os pontos de corte de CC foram 80 cm e 78 cm em homens e mulheres
respectivamente Os achados do presente estudo foram superiores a esses
32
resultados todavia deve ser considerado que a populaccedilatildeo alvo foi diferente e com
idade menor da populaccedilatildeo pesquisada no presente trabalho87
Com relaccedilatildeo agrave CC o ponto de corte identificado para a prediccedilatildeo de hipertensatildeo
arterial nas mulheres foi superior ao dos homens Contudo os valores de sensibilidade
e especificidade desses pontos de corte foram maiores entre os homens o que pode
indicar que o poder preditivo da CC para a hipertensatildeo arterial eacute melhor para o sexo
masculino Quanto menor o ponto de corte maior seraacute a habilidade do teste em
classificar os doentes como positivos isto eacute maior seraacute a sensibilidade76 Os pontos
de corte dos homens foram em sua maioria menores em comparaccedilatildeo aos das
mulheres
Tais resultados satildeo contraacuterios aos achados do estudo de Kashihara et al
(2009)94 com indiviacuteduos de 30-74 anos que comparou paciente com hipertensatildeo e sem
hipertensatildeo Em seus pontos de corte de CC para os homens foram superiores aos
pontos de corte definidos para as mulheres e os valores de sensibilidade e
especificidade foi maior nas mulheres para identificar risco cardiovascular Poreacutem a
idade foi menor ao proposto no presente estudo
Outro estudo que contraria tais resultados quanto ao ponto de corte da CC foi
o de Haun Pitanga e Lessa (2009)16 que foi superior para os homens enquanto o
niacutevel de sensibilidade e especificidade foi igual aos nossos achados Poreacutem esse
estudo foi realizado com indiviacuteduos de idade entre 30-74 anos e discriminou risco
coronariano elevado
Quanto ao Iacutendice C no presente estudo o ponto de corte sugerido foi de 126
nas mulheres (sensibilidade 541 e especificidade 452) e 129 para os homens
(sensibilidade 574 e especificidade 456)
Diferentemente do resultado encontrado no presente estudo Pitanga e Lessa
(2005)56 sugeriram como o melhor ponto de corte para risco coronariano com o iacutendice
C 118 para mulheres apresentando valores de sensibilidade (7339) e
especificidade (6115) Para os homens o ponto de corte foi de 125 com valores de
sensibilidade (7391) e especificidade (7492) Tais pontos de corte foram para
indiviacuteduos adultos por esse motivo foram mais baixos que os achados do presente
trabalho Deve-se considerar que existem modificaccedilotildees na composiccedilatildeo corporal com
o processo do envelhecimento o que poderia alterar os pontos de corte para as essas
medidas antropomeacutetricas
33
Em outro estudo com os mesmo autores foram apresentados outros pontos de
corte comparando diferentes faixas etaacuterias Para as mulheres de 30-49 anos o melhor
ponto de corte foi o mesmo (118) com melhor sensibilidade (7857) e
especificidade (6524) e tambeacutem melhor aacuterea sob a curva ROC 081 (IC95 = 070-
092) Entre as de idade mais avanccedilada (50-74 anos) o melhor ponto de corte
sugerido foi 122 com sensibilidade (6000) e especificidade (6582) e aacuterea sob a
curva ROC 065 (IC 95 = 058-073) Portanto o iacutendice C apresentou melhor poder
discriminatoacuterio de RCEst para as mulheres mais jovens64
Almeida Almeida e Arauacutejo (2009)58 conduziram uma pesquisa com mulheres
de 30 e 69 anos buscando avaliar o desempenho de diferentes pontos de corte do
iacutendice C RCQ CC e RCEst para discriminar Risco Coronariano Elevado e o ponto de
corte encontrado para o Iacutendice C foi (125) proacuteximo ao ponto de corte para mulheres
nos nossos achados Dessa forma tais autores afirmaram que os indicadores
antropomeacutetricos de obesidade abdominal analisados tiveram desempenhos
satisfatoacuterios e similares para discriminar RCEst poreacutem o iacutendice C foi o que
apresentou o melhor poder discriminatoacuterio
As informaccedilotildees sobre o iacutendice C satildeo limitadas quanto agrave discussatildeo do ponto de
corte para hipertensatildeo arterial principalmente por encontrar poucos estudos sobre
essa medida como referecircncia para idosos Pitanga e Lessa (2004)55 relatam como
uma limitaccedilatildeo para a utilizaccedilatildeo do Iacutendice C em estudos populacionais a dificuldade de
se calcular o denominador da equaccedilatildeo proposta para sua determinaccedilatildeo
O excesso de gordura em geral estaacute associado ao aparecimento de doenccedilas
cardiovasculares hipertensatildeo arterial e mortalidade a definiccedilatildeo de pontos de corte
para iacutendices que se destacam por sua simplicidade operacional e boa acuraacutecia
permite a detecccedilatildeo dos indiviacuteduos sob risco sendo de grande utilidade nos serviccedilos
de atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede aleacutem de possibilitar o conhecimento da situaccedilatildeo de
grupos populacionais especiacuteficos frente a esses riscos quando empregados na
pesquisa epidemioloacutegica
No contexto das cidades de pequeno porte (rurais e urbanas) os recursos de
sauacutede satildeo muitas vezes limitados e escassos sendo importante a utilizaccedilatildeo desses
iacutendices antropomeacutetricos como substituiccedilatildeo eou apoio a avaliaccedilatildeo tradicional da
pressatildeo arterial Em vaacuterias conjunturas de sauacutede a alta demanda de paciente com
hipertensatildeo arterial exige a utilizaccedilatildeo de instrumentos de diagnoacutesticos e rastreamento
34
de raacutepida e faacutecil aplicaccedilatildeo que possam ser manejados por diferentes profissionais e
que sobretudo apresentem validade e fidedignidade A adequada validaccedilatildeo de
instrumentos e conhecimento de suas propriedades teacutecnicas na populaccedilatildeo brasileira
tambeacutem deve contribuir com a seleccedilatildeo de prioridades e delimitaccedilatildeo do conteuacutedo dos
programas de sauacutede pelos tomadores de decisatildeo em diferentes niacuteveis de gestatildeo
35
7 CONCLUSAtildeO
As anaacutelises dos dados permitem frente aos objetivos estabelecidos formular
as seguintes conclusotildees Quanto ao poder de discriminaccedilatildeo de iacutendices
antropomeacutetricos para a hipertensatildeo arterial em idosos os iacutendices antropomeacutetricos
(IMC RCEst e Iacutendice C) foram bons preditores de hipertensatildeo arterial para os homens
Dessa forma tais iacutendices podem ser empregados nos homens poreacutem tais medidas
natildeo foram satisfatoacuterias para predizer pressatildeo arterial elevada nas mulheres idosas
limitando a sua utilizaccedilatildeo para o sexo feminino com idades avanccediladas
O melhor ponto de corte para discriminar hipertensatildeo arterial foi 054 para a
RCEst nos homens dessa forma tal ponto de corte deve ser empregada no contexto
da atenccedilatildeo primaacuteria nos homens Sugere-se a utilizaccedilatildeo dessa medida a fim de
detectar e realizar a triagem da hipertensatildeo arterial com caracteriacutesticas similares agrave
amostra deste estudo
Recomenda-se que a utilizaccedilatildeo de dois iacutendices simultaneamente resulte em
uma maior eficiecircncia na avaliaccedilatildeo do risco de hipertensatildeo arterial em idosos A
indicaccedilatildeo destas medidas permite que ela seja realizada nas Unidades de Sauacutede da
Famiacutelia como meacutetodo de triagem para idosos com hipertensatildeo arterial utilizando
materiais de faacutecil manejo e de baixo custo
Dessa forma pode-se efetivamente atingir uma das estrateacutegias de prevenccedilatildeo
da hipertensatildeo arterial sistecircmica que eacute o controle da pressatildeo arterial durante o
envelhecimento Todavia sugere-se cautela na utilizaccedilatildeo do ponto de corte desses
indicadores para as mulheres pois os resultados natildeo foram satisfatoacuterios
Fica evidente a necessidade de outros estudos que identifiquem pontos de
corte de iacutendices antropomeacutetricos visando agrave detecccedilatildeo de hipertensatildeo arterial e de
outros fatores de risco cardiovascular nas mulheres idosas que residem em cidades
de pequeno porte
36
8 REFEREcircNCIAS
1 Omram AR The epidemiologic transition a theory of the epidemiology of population change Milbank Memorial Fund Quarterly 1971 49 (Part 1) 509-538
2 Wong LR Carvalho JM Age-strucutural transition in Brazil demographic bonuses and emerging challenges In Pool I Wong LLR Vilquin E editores Age-structural transitions challenges for development Paris Committee for International Cooperation in National Research in Demography 2006
3 Gragnolati M Jorgensen OH Rocha R Fruttero AA Envelhecendo em um Brasil mais Velho implicaccedilotildees do envelhecimento populacional sobre o crescimento econocircmico reduccedilatildeo da pobreza financcedilas puacuteblicas prestaccedilatildeo de serviccedilos Banco Internacional para a Reconstruccedilatildeo e o Desenvolvimento Banco Mundial 2011
4 Schmidt MI Duncan BB Silva GA et al Health in Brazil 4 Chronic non-communicable diseases in Brazil burden and current challenges The Lancet 2011 377
5 Ezzati M Hoorn SV Rodgers A et al Comparative Risk Assessment Collaborating Group Selected major risk factors and global and regional burden of disease Lancet 2002 360 1347-60
6 Lim SS Vos T Flaxman AD et al A comparative risk assessment of burden of disease and injury attributable to 67 risk factors and risk factor clusters in 21 regions 1990-2010 a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2010 Lancet 2012 380 (9859)2224-60
7 Sociedade Brasileira de Cardiologia Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Sociedade Brasileira de Nefrologia VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 2010 95(1) 1-51
8 Miranda DR Perrotti TC Bellinazzi VR et al Hipertensatildeo arterial no idoso peculiaridades na fisiopatologia no diagnoacutestico e no tratamento Rev Bras Hipertens 2002 9 293-300
9 Pilger C Menon MU Mathias TAF Caracteriacutesticas sociodemograacuteficas e de sauacutede de idosos contribuiccedilotildees para os serviccedilos de sauacutede Rev Latino-Am Enfermagem 2011 19(5)1230-1238
10 Pilger C Menon MU Mathias TAF Utilizaccedilatildeo de serviccedilos de sauacutede por idosos vivendo na comunidade Rev esc enferm USP 2013 47(1)213-220
11 Mariath AB Grillo LP Silva RO et al Obesidade e fatores de risco para o desenvolvimento de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis entre usuaacuterios de unidade de alimentaccedilatildeo e nutriccedilatildeo Cad Sauacutede Puacuteblica 2007 23 (4) 897-905
37
12 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Diretrizes e recomendaccedilotildees para o cuidado
integral de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis promoccedilatildeo da sauacutede vigilacircncia prevenccedilatildeo e assistecircncia Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2008
13 Kuumlmpe DA Sodreacute AC Pomatti DM et al Obesidade em Idosos Acompanhados
pela Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia Texto Contexto Enferm Florianoacutepolis 2011 20(3) 471-7
14 Silva KS Farias Juacutenior JC Fatores de risco associados agrave pressatildeo arterial elevada em adolescentes Rev Bras Med Esporte 2007 13(4) 237-40
15 Pitanga FJG Lessa I Razatildeo cintura-estatura como discriminador do risco
coronariano de adultos Rev Assoc Med Bras 2006 52157-61
16 Haun DR Pitanga FJG Lessa I Razatildeo CinturaEstatura comparado a outros indicadores antropomeacutetricos de obesidade como preditor de risco coronariano elevado Rev Assoc Med Bras [online] 2009 55(6) 705-711
17 Nascimento CM Ribeiro AQ SantrsquoAna LFR et al Estado nutricional e condiccedilotildees de sauacutede da populaccedilatildeo idosa brasileira revisatildeo da literatura Rev meacuted Minas Gerais 2011 21(2)174-180
18 Gomes MA Beck cc Duarte MFS et al Ficha Antropomeacutetrica no Nuacutecleo de Apoio a Sauacutede da Famiacutelia o que medir e para que medir Rev bras cineantropom desempenho hum 2009 11(2) 243-253
19 Azevedo LF Oliveira ACC Lima JRP et al Recomendaccedilotildees sobre condutas e procedimentos do profissional de educaccedilatildeo fiacutesica na atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede Rio de Janeiro CONFEF 2010 109-55
20 World Health Organization World health statistics 2012 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghopublicationsworld_health_statistics2012enindexhtmlgt [2012 set 18]
21 World Health Organization Global health risks mortality and burden of disease attributable to selected major risks Geneva World Health Organization 2009a
22 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Panorama da sauacutede brasileira em muacuteltiplos aspectos Percepccedilatildeo do estado de sauacutede estilo de vida e doenccedila crocircnica Pesquisa Nacional de Sauacutede 2013
23 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Pesquisa Nacional por Amostra
de Domiciacutelios 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapesquisaspesquisa_resultadosphpid_pesquisa=149gt[2014 dez 04]
24 Tribess S Virtuoso Junior JS Prescriccedilatildeo de exerciacutecios fiacutesicos para idosos Rev saudecom 2005 1(2)163-72
38
25 Pollock ML Wilmore JH Exerciacutecio na Sauacutede e na Doenccedila avaliaccedilatildeo e prescriccedilatildeo para prevenccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo Editora MEDSI 2ordf ed Rio de Janeiro 1993
26 Sociedade Brasileira de Cardiologia V Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 20061-48
27 World Health Organization Global Health Observatory (GHO) 2014 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghoncdrisk_factorsblood_pressure_prevalence_textengt [2014 dez 04]
28 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Secretaria de Atenccedilatildeo baacutesica agrave Sauacutede Departamento de atenccedilatildeo baacutesica - Hipertensatildeo arterial sistecircmica Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2006
29 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) (2009) Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeGestorvisualizar_textocfmidtxt=24421gt [2010 abr 07]
30 Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Nuacutemero de hipertenso 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwsbhorgbripadgeralphpgt [09 nov 2014]
31 Secretaria de Sauacutede do Estado da Bahia Hipertensatildeo Quantidade de Hipertensos na Bahia Disponiacutevel em (2014) lthttpwwwsaudebagovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=4418ampcatid=1ampItemid=14gt [2014 jan 10]
32 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica 2014 Dados de mortalidade na Bahia Disponiacutevel em lthttptabnetdatasusgovbrcgitabcgiexesiabcnvSIABSBAdefgt [2014 mai 05]
33 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica Dados sociodemograacuteficos de Ibicuiacute 2014 lthttptabnetdatasusgovbrcgideftohtmexesiabcnvSIABFBAdefgt [2014 jan 05]
34 Williams B The year in hypertension JACC 2010 55(1) 66-73
35 Lipp M Rocha JC Stress Hipertensatildeo Arterial e Qualidade de vida um guia de tratamento para o hipertenso Campinas Papirus 1996
36 Borenstein MS (Org) Manual de Hipertensatildeo Arterial Porto Allege Editora Sagra Luzzatto 1999
37 Joint National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure The Sixth Report of the Join National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure Arch Intern Med 1997157 2413-2446
39
38 Mitchell GF Parise H Benjamin EJ et al Changes in arterial stiffness and wave reflection with advancing age in health men and women Hypertension 2004 431239-1245
39 Matos AC Ladeia AM Avaliaccedilatildeo de fatores de risco cardiovascular em uma comunidade rural da Bahia Arq Bras Cardiol 2003 81(3) 291-6
40 World Health Organization Who Expert Committee on Physical Status the use and interpretation of antropometry Report of a WHO Expert Commitee Geneva WHO 1995 p 854
41 Pitanga FJG Antropometria na avaliaccedilatildeo da obesidade abdominal e risco coronariano Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum 201113(3) 238-241
42 Ferreira LS Amaral TF Marucci MFN et al Under nutrition as a major risk factor for death among older Brazilian adults in the community-dwelling setting SABE survey Nutrition 201127(10)17-22
43 Andrade FB Caldas Junior AF Kitoko PM et al Prevalence of overweight and obesity in elderly people from Vitoacuteria-ES Brazil Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2012 set17(3)749-756
44 Boscatto EC Duarte Mde F Coqueiro Rda S Barbosa AR Nutritional status in the oldest elderly and associated factors Rev Assoc Med Bras 2013 59(1)40-47
45 Kostka J Borowiak E Kostka T Nutritional status and quality of life in different
populations of older people in Poland Eur J Clin Nutr 2014 Nov68(11)1210-5
46 Silva DAS Petroski EL Associaccedilatildeo de diferentes pontos de corte para sobrepeso e obesidade com pressatildeo arterial elevada em idosas Rev Educ Fis UEM 2009 20 415-22
47 Nutrition Screening Initiative Interventions manual for professionals caring for older Americans Washington DC Nutrition Screening Initiative 1992
48 World Health Organization Obesity preventing and managing the global epidemic Report of a WHO Consultation on Obesity Geneva World Health Organization 1998
49 Cameron AJ Dunstan DW Owen N et al Health and mortality consequences
of abdominal obesity evidence from the Aus Diab study Med J Aust 2009191 202ndash208
50 Fox KA Despres JP Richard AJ et al Does abdominal obesity have a similar impact on cardiovascular disease and diabetes A study of 91246 ambulant patients in 27 European countries Eur Heart J 2009 30 3055ndash3063
40
51 Pouliot MC Despreacutes JP Lemieux S et al Waist circumference and abdominal sagittal diameter Best simple anthropometric indexes of abdominal visceral adipose tissue accumulation and related cardiovascular risk in men and woman Am J Cardiology 1994 73 460-468
52 Peixoto MRG Beniacutecio MHD Latorre M et al Circunferecircncia da Cintura e Iacutendice de massa Corporal como Preditores da Hipertensatildeo Arterial Arq Bras Cardiol 200687 462-470
53 MacKay MF Haffner SM Wagenknecht LE et al Prediction of type 2 diabetes using alternate anthropometric measures in a multiethnic cohort the insulin resistance atherosclerosis study Diabetes Care 200932(5)956-8
54 Valdez R A simple model-based index of abdominal adiposity J Clin Epidemiol1991 44(9) 955-6
55 Pitanga FJG Lessa I Sensibilidade e especificidade do iacutendice de conicidade como discriminador do risco coronariano de adultos em Salvador Brasil Rev Bras Epidemiol 20047(3)259-69
56 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano elevado em adultos na cidade de Salvador - Bahia Arq Bras Cardiol 2005 85 (1)26-31
57 Ghosh JR Bandyopadhyay AR Comparative evaluation of obesity measures relationship with blood pressures and hypertension Singapore Med J 200748(3) 232-5
58 Almeida RT Almeida MMG Araujo TM Obesidade abdominal e risco cardiovascular desempenho de indicadores antropomeacutetricos em mulheres Arq Bras Cardiol 2009 out92(5)375-380
59 Freitas Juacutenior Costa Rosa CS Codogno JS et al Capacidade cardiorrespiratoacuteria e distribuiccedilatildeo de gordura corporal de mulheres com 50 anos ou mais Rev Esc Enferm USP 2010 44(2) 395-400
60 Matos LN Giorelli GV Dias CB Correlation of anthropometric indicators for identifying insulin sensitivity and resistance Satildeo Paulo Med J [online] 2011 129(1) 30-35
61 Gomes MA Rech CR Gomes MBA et al Correlaccedilatildeo entre iacutendices antropomeacutetricos e distribuiccedilatildeo de gordura corporal em mulheres idosas Rev bras cineantropom desempenho hum 2006 set 8(3) 16-22
62 Tarastchuk JCE Gueacuterios EE Bueno RRL et al Obesidade e intervenccedilatildeo coronariana devemos continuar valorizando o Iacutendice de Massa Corpoacuterea Arq Bras Cardiol [online] 2008 90(5) 311-316
41
63 Ferreira AP CB Ferreira VC Souza et al Risco de distuacuterbio glicecircmico em mulheres idosas ajustado por antropometria e genoacutetipos de citocinas Rev Assoc Med Bras [online] 201157(5) 565-569
64 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano em mulheres Rev Bras Cineantrop Desempenho Hum 2006 8 (1) 14-21
65 Newman TB Browner WS Cummings SR Delineando estudos de testes meacutedicos In Hulley SB et al Delineando a pesquisa cliacutenica uma abordagem epidemioloacutegica 2 ed Porto Alegre Artmed 2003 203-224
66 Toscano CM As campanhas nacionais para detecccedilatildeo das doenccedilas crocircnicas natildeo-transmissiacuteveis diabetes e hipertensatildeo arterial Ciecircnc sauacutede Coletiva out-dez 2004 9(4) 885-895
67 Fletcher RH Fletcher SW Prevenccedilatildeo In Fletcher R Fletcher S Epidemiologia
cliacutenica elementos essenciais 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 2006 179-201
68 Jeckel J Elmore J Katz D Meacutetodos de prevenccedilatildeo secundaacuteria In _____ Epidemiologia bioestatiacutestica e medicina preventiva 2 ed Porto Alegre Artmed 2005 236-247
69 Klein CH Bloch KV Estudos seccionais In Medronho RA Carvalho DM Bloch KV Luiz RR Werneck GL Epidemiologia 1ordf ed Satildeo Paulo Editora Atheneu 2002 125-150
70 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Resoluccedilatildeo nordm- 6 de 3 de novembro de 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcenso2010ibgegovbrdados_divulgadosindexphpuf=29gt[201 dez 18]
71 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica ndash Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais (2014) Disponiacutevel em lthttpcodibgegovbr398G9gt [2014 ago 30]
72 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230gt [2013 mai 01]
73 Luiz RR Magnanini MMF A loacutegica da determinaccedilatildeo do tamanho da amostra em investigaccedilotildees epidemioloacutegicas Cad sauacutede coletiva Rio de Janeiro 2000 8(2) 9-28
74 Reis MC Nascimento RAS Pedreira RBS et al Validaccedilatildeo de Face e Clareza do Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede dos Idosos ndash IASI [resumo] in Anais do XIX Congresso Brasileiro Geriatria e Gerontologia Beleacutem 2014 296-296
75 Lohman TG Roche AF Martorell R Anthropometric Standardization Reference Manual Champaign Illinois Human Kinetics 1988
42
76 Vaz JCL Regiotildees de Incerteza para Curva ROC em Teste Diagnoacutesticos
[dissertaccedilatildeo] Satildeo Carlos Universidade Federal de Satildeo Carlos 2009
77 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de 2012
78 Erdreich LS Lee ET Use of relative operating characteristic analysis in epidemiology A method for dealing with subjective judgement Am J Epidemiol 1981 114649-62
79 Aekplakorn W Pakpeankitwatana V Lee CM et al Abdominal obesity and coronary heart disease in Thai men Obesity 200715(4)1036-42
80 Oliveira MAM Fagundes RLM Moreira EAM et al Relaccedilatildeo de Indicadores Antropomeacutetricos com Fatores de Risco para Doenccedila Cardiovascular Arq Bras Cardiol 2010 abr 94(4) 478-485
81 Mendes TAB Goldbaum M Segri NJ et al Factors associated with the prevalence of hypertension and control practices among elderly residents of Satildeo Paulo city Brazil Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(11) 2275-2286
82 Oliveira BFA Souza Mouratildeo D Gomes N et al Prevalecircncia de hipertensatildeo arterial em comunidades ribeirinhas do Rio Madeira Amazocircnia Ocidental Brasileira Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(8) 1617-1630
83 Picon RV Fuchs FD Moreira LB et al Prevalence of Hypertension Among Elderly Persons in Urban Brazil A Systematic Review With Meta-Analysis Am J Hypertens 2013 26 (4) 541-548
84 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Pessoa Idosa e Envelhecimento Seacuteries Pactos pela Sauacutede 2006 v 12 Brasiacutelia ndash DF 2010
85 Leal Neto JS Souza J Coqueiro RS et al Anthropometric indicators of obesity as screening tools for high blood pressure in the elderly Int J Nurs Pract 2013 Aug 19(4) 360-367
86 Schisterman EF Faraggi D Reiser B Trevisan M Statistical inference for the area under the receiver operating characteristic curve in the presence of random measurement error Am J Epidemiol 2001 154 (2) 174-9
87 Samsen M Hanchaiphiboolkul S Puthkhao P et al Appropriate body mass index and waist circumference cutoffs for middle and older age group in Thailand data of 19621 participants from Thai epidemiologic stroke (TES) study J Med Assoc Thai 2012 Sep 95(9)1156-66
88 Ko GTC Chan JCN Cockram CS Woo J Prediction of hypertension diabetes dyslipidemia or albuminuria using simple anthropometric indexes in Hong Kong Chinese Int J Obes 1999 23 (11) 1136-42
43
89 Lin WY Lee LT Chen CY et al Optimal cut-off values for obesity using simple anthropometric indices to predict cardiovascular risk factors in Taiwan Int J Obes Relat Metab Disord 2002261232-8
90 Pua YH Ong PH Anthropometric indices as screening tools for cardiovascular risk factors in Singaporean women Asia Pac J Clin Nutr 2005 14 (1) 74-9
91 Berber A Goacutemez-Santos R Fanghaumlnel G Saacutenchez-Reyes L Anthropometric
indexes in the prediction of type 2 diabetes mellitus hypertension and dyslipidaemia in a Mexican population Int J Obes 200125(12)1794-9
92 Browning LM Hsieh SD Ashwell M A systematic review of waist-to-height ratio
as a screening tool for the prediction of cardiovascular disease and diabetes 05 could be a suitable global boundary value Nutr Res Rev 2010 23(2)247-69
93 Bertsias G Mammas I Linardakis M Kafatos A Overweight and obesity in
relation to cardiovascular disease risk factors among medical students in Crete Greece BMC Public Health 2003 31-9
94 Kashihara H Lee JS Kawakubo K et al Criteria of Waist Circumference According to Computed Tomography-Measured Visceral Fat Area and the Clustering of Cardiovascular Risk Factors Circ J 2009 73 1881-1886
44
APEcircNDICES
45
Apecircndice 1
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
46
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS
PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE SAUacuteDE
DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE
Jequieacute ____ ____ 201__
APEcircNDICE 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Vocecirc esta sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa do Nuacutecleo de
Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo (NESP) da Universidade Estadual do Sudoeste da
Bahia
Objetivo do estudo Avaliar e monitorar as condiccedilotildees de sauacutede de idosos residentes
em comunidade
Participaccedilatildeo Ao aceitar participar do estudo estarei agrave disposiccedilatildeo do pesquisador
para responder ao formulaacuterio que seraacute arquivado pelo autor por um periacuteodo de cinco
anos sendo posteriormente incinerado
Riscos Este estudo natildeo traraacute riscos para minha integridade fiacutesica ou moral dos
participantes
Confidencialidade do estudo Seraacute garantida a privacidade o anonimato bem como
o direito de aceitar ou natildeo participar da pesquisa podendo ser essa autorizaccedilatildeo
suspensa em qualquer fase do estudo Assim as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo
4662012 do Conselho Nacional de Sauacutede que discorre sobre pesquisa envolvendo
seres humanos seratildeo atendidas Os resultados seratildeo publicados no relatoacuterio final da
dissertaccedilatildeo e artigos cientiacuteficos
47
Benefiacutecios Accedilotildees interinstitucionais articuladas promovidas numa perspectiva
interdisciplinar possibilitaratildeo uma melhor compreensatildeo das condiccedilotildees de sauacutede dos
idosos residentes em comunidade do municiacutepio e contribuiraacute para a formulaccedilatildeo de
accedilotildees direcionadas as necessidades dessa populaccedilatildeo
Danos advindos da pesquisa Caso haja algum prejuiacutezo decorrente da realizaccedilatildeo
deste estudo seraacute providenciada a devida reparaccedilatildeo dos danos atraveacutes do
responsaacutevel pelo estudo O pesquisador e os entrevistados natildeo receberatildeo benefiacutecios
financeiros para participaccedilatildeo no estudo Todas as despesas seratildeo por conta do
pesquisador
Participaccedilatildeo voluntaacuteria Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria podendo a qualquer
momento desistir do estudo sem qualquer prejuiacutezo ou penalidade para mim
Consentimento para participaccedilatildeo Apoacutes ser devidamente esclarecido (a) quanto
aos objetivos deste estudo dos procedimentos aos quais serei submetido (a) bem
como dos possiacuteveis riscos decorrentes da minha participaccedilatildeo estou de acordo em
participar do mesmo O pesquisador responsaacutevel pelo estudo assegura que seraacute
disponibilizado qualquer esclarecimento adicional que eu venha a solicitar durante a
realizaccedilatildeo da pesquisa e o direito de desistir da participaccedilatildeo em qualquer momento
Em casos de duacutevidas eou problemas referentes ao estudo vocecirc poderaacute
entrar em contato com o autor atraveacutes do Nuacutecleo de Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo
(NESP) (73) 3528-9721
Sendo assim eu ______________________________________________
aceito livremente participar do Projeto MONIDI
__________________________________ __________________________________
Assinatura do (a) participante
RG _________________________
Assinatura do (a) pesquisador
RG_________________________
48
Apecircndice 2
Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede do Idoso
49
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS
PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE
SAUacuteDE DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE
Nuacutemero do Questionaacuterio |__|__|__|
Nome do Entrevistador ___________________________
Visita 1 2 3
Data Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Hora de iniacutecio ________
Hora de teacutermino ________
I INFORMACcedilOtildeES PESSOAIS E SOCIODEMOGRAacuteFICAS
1 Nome do entrevistado
2Sexo
0 ( ) Feminino
1 ( ) Masculino
3 Endereccedilo completotelefone
4 Idade ____ anos
41 Data de Nascimento
____________
50
5 Situaccedilatildeo conjugal atual
1 ( ) Casado(a) 2 ( ) Uniatildeo estaacutevel 3 ( ) Solteiroa
4 ( ) Divorciado(a)separado(a)desquitado(a) 5 ( ) Viuacutevoa
6 No total quantas vezes o (a) Sr(a) esteve casado(a) ou em uniatildeo
Nordm de vezes |___|___|
7 Na escola qual a uacuteltima seacuterie grau que concluiu com aprovaccedilatildeo
1 - Nunca foi agrave escola ( ) 4 - Fundamental II ( )5 a ( )6 a ( )7 a ( )8 a
2 - Lecirc e escreve o nome ( ) 5 - Ensino Meacutedio ( ) 1 a ( )2 a ( )3
3 - Fundamental I ( )1 a ( )2 a 6 - Superior ( ) completo ( ) incompleto
( )3 a ( )4 a
8 Como vocecirc classificaria a cor da sua pele
1( ) Branca 2( ) Amarela (oriental) 3( ) Parda
4( ) Origem indiacutegena 5( ) Preta 9( ) Natildeo sabe
9 Cor da pele (entrevistador)
1( ) branca 2( ) amarela (oriental) 3( ) parda
4( ) origem indiacutegena 5( ) preta
10-Quantos filhos e filhas nascidos vivos o(a)Sr(a) teve (natildeo inclua enteados filhos
adotivos abortos ou filhos nascidos mortos)
Nuacutemero de filhos |____|____| (98) NS (99) NR
11 Atualmente o senhor (a) mora sozinho ou acompanhado
1( )Acompanhado 2( ) Sozinho 3( ) NR 4( )NS
51
12 Desde que o senhor (a) nasceu viveu no campo por 5 anos ou mais
0( ) Natildeo 1( ) Sim 2( ) NS 3( ) NR
13 Qual eacute a sua religiatildeo
1( ) Catoacutelica 2( ) Protestante 3( ) Judaica
4( ) Espiacuteritakardecista 5( ) Umbanda 6( ) Outras ____________
14 Qual a importacircncia da religiatildeo em sua vida
(1) Importante (2) Regular (3) Nada importante (8) NS (9) NR
15 Com que frequecircncia o senhor vai agrave igreja ou ao serviccedilo religioso
( ) Nunca ( ) Vaacuterias vezes por ano ( ) Uma duas vezes por mecircs
( ) Quase toda semana ( ) Mais de uma vez por semana ( ) NS ( ) NR
16 Quanto vocecirc ganha em meacutedia por mecircs R$ __________8( )Natildeo se aplica
II A CONSUMO DE AacuteLCOOL E TABACO
Uso de bebidas alcooacutelicas
1 Vocecirc consome bebidas alcooacutelicas Se vocecirc NAtildeO BEBE siga para o bloco III C
0 ( )sim 1( ) natildeo
2 Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
3 As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
4 Sente-se chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
5 Costuma beber pela manhatilde para diminuir o nervosismo ou a ressaca
0 ( ) sim 1( ) natildeo
Haacutebito de fumar
1 Vocecirc jaacute foi fumante 0 ( ) sim 1( ) natildeo
52
2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco
III C
3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros
4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias
III ANTROPOMETRIA
MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS
ESTATURA
MASSA CORPORAL
CIRCUNFEREcircNCIA
DE CINTURA
IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL
MEDIDA 01 02 03
Pressatildeo arterial
sistoacutelica
Pressatildeo arterial
diastoacutelica
53
ANEXOS
54
Anexo 1
Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos
55
56
17
Neste estudo o pressuposto para anaacutelise da ASC foi agrave sensibilidade pois em
determinadas situaccedilotildees quando natildeo pode correr o risco de natildeo diagnosticar
determinada doenccedila eacute melhor privilegiar a sensibilidade76
Apoacutes determinados os pontos de corte para cada uma das variaacuteveis
investigadas para prediccedilatildeo de hipertensatildeo essas foram dicotomizadas com base em
seus respectivos valores de referecircncia As anaacutelises estatiacutesticas foram conduzidas no
Statistical Product and Service Solutions (SPSS) reg 130 Em todas as anaacutelises foram
efetuadas respeitando-se o niacutevel de significacircncia de 5
47 Aspectos Eacuteticos
O estudo foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa da Universidade
Estadual do Sudoeste da Bahia com parecer (CAAE 22969013000000055) (Anexo
1) seguindo princiacutepios eacuteticos estabelecidos na Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de
2012 do Conselho Nacional de Sauacutede (CNS)77
18
5 RESULTADOS
51 Caracterizaccedilatildeo da amostra estudada
De acordo com a contabilizaccedilatildeo das perdas (mudou-se do municiacutepio natildeo foi
encontrado por mais de 3 vezes na USF ou domicilio) e recusas (n=31) a amostra final
foi composta por 310 idosos (201 zona urbana e 109 zona rural) A taxa de respostas
foi de 912 com 88 (n=31) de recusas e 92 (n=29) de exclusatildeo
Participaram do estudo 175 mulheres (565) e 135 homens (435) As
idades variaram entre 60 e 108 anos com meacutedia de 7078 plusmn 82 anos para as mulheres
e 60 a 93 anos com meacutedia de 7259 plusmn 78 anos para homens
A maioria das mulheres se auto referiu ser negra e os homens pardo O iacutendice
de analfabetismo apresentou-se elevado em ambos os sexos A maior parte dos idosos
eacute casado A maioria dos idosos sobrevivia com renda mensal inferior ou igual a um
salaacuterio miacutenimo (Tabela 3)
19
Tabela 3 - Variaacuteveis sociodemograacuteficas e de estilo de vida em idosos
Mulheres (n=175) Taxa de Resposta
Homens (n=135) Taxa de Resposta
n n P
Raccedilacor 9861 991
Branco 47 2686 43 3209
Preto 73 4171 26 1940 0001
Pardo 49 2800 55 4074
Natildeo sabe 4 229 10 741
Escolaridade 9918 1000
Analfabeto 95 5429 84 6222
Baacutesica 72 4114 46 3408 0001
Secundaacuteria 5 286 5 370
Superior 2 114 - -
Estado Civil 9789 991
Casadouniatildeo estaacutevel
74 4229 78 5777
Solteiroseparado 33 1886 36 2667 0001
Viuacuteva 63 3600 20 1481
Renda Mensal 9918 1000
le 1 salaacuterio 165 9428 123 9111
11 a 2 salaacuterio 8 458 10 74 0001
21 a salaacuterio 1 057 2 148
Alcoolismo 9989 1000
Sim 4 229 9 667 0001
Natildeo 170 9714 126 9333
Tabagismo 9597 1000
Sim 15 857 21 1556 0001
Natildeo 152 8686 114 8444
Teste Qui-quadrado
20
52 Caracteriacutesticas antropomeacutetricas
Apoacutes a assinatura do TCLE e realizaccedilatildeo do questionaacuterio 10 idosos foram
excluiacutedos (recusas e informaccedilatildeo incompleta do questionaacuterio) desta etapa de anaacutelise
Dessa forma foram analisadas 300 avaliaccedilotildees das medidas antropomeacutetricas
Na Tabela 4 podem ser observados os valores meacutedios desvio padratildeo valores
miacutenimos e maacuteximos e percentuais das variaacuteveis avaliadas A meacutedia do IMC foi menor
nos homens quando comparado com o resultado das mulheres (p lt 0001) Natildeo houve
diferenccedila significativa da variaacutevel circunferecircncia da cintura entre homens e mulheres
(p = 0208) A prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi maior nas mulheres A maioria
das mulheres eacute obesa e entre os homens o estado nutricional foi considerado eutroacutefico
(Tabela 5)
21
Tabela 4 - Valores descritivos miacutenimos e maacuteximos das variaacuteveis analisadas
Variaacuteveis Mulheres (n=167) Homens (n=133) Valor-p
Idade (anos) 7078 plusmn 821 (60-108)
7259 plusmn 786 (60-93)
0055
Massa corporal (kg) 6020 plusmn 1223 (2970-9580)
6384 plusmn 1250 (4010-11840)
0012
Estatura (cm) 14875 plusmn 616 (129-164)
16080 plusmn 782 (135-183)
lt00001
IMC (kgm2) 2715 plusmn505 (1342-4064)
2458 plusmn 390 (1475-3544)
lt00001
CC (cm)dagger 8734 plusmn 1126 (55-130)
8894 plusmn 1010 (66-115)
0208
RCEst 057 plusmn 011 (000-087)
055 plusmn 006 (042-073)
0086
Iacutendice C 123 plusmn 021 (000-166)
129 plusmn 006 (117-150)
0001
PAS 14096 plusmn 2218 (87-200)
13735 plusmn 2251 (98-209)
0166
PAD 7671 plusmn 1091 (45-105)
7697 plusmn 1179 (49-110)
0846
IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia da cintura RCEst - razatildeo cintura-estatura Iacutendice C - Iacutendice de Conicidade PAS - pressatildeo arterial sistoacutelica PAD ndash pressatildeo arterial diastoacutelica dagger Variaacuteveis com perdas (n=163 mulheres) Teste T de Student para amostras independentes
Tabela 5 - Percentuais das variaacuteveis analisadas
Variaacutevel Mulheres Homens Valor-p
Pressatildeo Arterial (n) (n)
Normal 557 (93) 594 (79) 0011
Hipertensatildeo 443 (74) 406 (54)
Estado nutricional (n) (n)
Baixo peso 144 (24) 301 (40)
Normal 353 (59) 436 (58) lt00001
Sobrepeso 503 (84) 263 (35)
Teste Qui-quadrado
53 Anaacutelise da curva ROC
22
As aacutereas sob a curva ROC do IMC da CC da RCEst e do iacutendice C como
preditores de hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos e os respectivos
intervalos de confianccedila (IC 95) podem ser observados na Tabela 6 e nas Figuras 2
3 4 5 6 7 8 9 Evidenciou-se que alguns iacutendices antropomeacutetricos apresentaram
aacuterea sob a curva ROC significativas Todavia a RCEst e o IMC assumiram maiores
aacutereas com diferenccedila significativa para os homens
Tabela 6 - Aacuterea sob a curva ROC e IC95 entre os iacutendices antropomeacutetricos e hipertensatildeo arterial em idosos
Aacuterea sob a curva ROC
PA elevada Mulheres
Homens
p
IMC (kgm2) 053 (044-062) 060 (050-070)
lt00001dagger
CC (cm) 057 (048-066) 058 (048-068)
lt00001dagger
RCEst 056 (047-065) 061 (051-071)
lt00001dagger
Iacutendice C 058 (049-066) 058 (058-068) lt00001dagger
IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia de cintura RCEst - razatildeo cinturaestatura Iacutendice C - iacutendice de conicidade ROC ndashReceiver Operating CharacteristicIC95 - intervalo de confianccedila a 95Aacuterea sob a curva ROC apresentando poder discriminatoacuterio para pressatildeo arterial elevada (Li-IC ge 050) daggerTeste Qui-quadrado
23
Figura 2 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) IMC - iacutendice de massa corporal
Figura 3 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) IMC - iacutendice de massa corporal
24
Figura 4 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) CC ndash circunferecircncia da cintura
Figura 5 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) CC ndash circunferecircncia da cintura
25
Figura 6 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) RCEst - razatildeo cinturaestatura
Figura 7 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) RCEst - razatildeo cinturaestatura
26
Figura 8 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) Iacutendice C -iacutendice de conicidade
Figura 9 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) Iacutendice C - iacutendice de conicidade
27
Os valores dos pontos de corte dos iacutendices antropomeacutetricos como preditores
de hipertensatildeo arterial e suas respectivas sensibilidade e especificidade (mais
adequado equiliacutebrio entre si) satildeo apresentados na Tabela 7 Observa-se que entre
os iacutendices antropomeacutetricos a RCEst teve melhor percentual de sensibilidade e de
especificidade para discriminar a pressatildeo arterial elevada para os homens
Tabela 7 - Pontos de corte sensibilidade e especificidade dos iacutendices antropomeacutetricos para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial em idosos
Mulheres Homens PA elevada
Ponto de corte
Sensibilidade ()
Especificidade ()
Ponto de corte
Sensibilidade ()
Especificidade ()
IMC (kgm2)
2679 527 548 2420 527 548
CC (cm) 8750 577 457 8650 593 532 RCEst 059 568 430 054 648 456 Iacutendice C 126 541 452 129 574 456
IMC ndash Iacutendice de Massa Corporal CC ndash Circunferecircncia da Cintura RCEst ndash Razatildeo Cintura-Estatura Iacutendice C ndash Iacutendice de Conicidade
28
6 DISCUSSAtildeO
61 Aacutereas sob a Curva ROC
Este estudo teve como objetivo identificar a capacidade preditiva de iacutendices
antropomeacutetricos de obesidade geral e abdominal para discriminar a presenccedila de
hipertensatildeo arterial em idosos com foco de utilizaccedilatildeo no ambiente da estrateacutegia de
sauacutede da famiacutelia Nessa perspectiva surge uma proposta de triagem dos casos de
idosos com possiacuteveis alteraccedilotildees crocircnicas em sua pressatildeo arterial aleacutem de possibilitar
a discussatildeo sobre validaccedilatildeo de tais iacutendices para uso no contexto da sauacutede
Dessa forma recomenda-se a anaacutelise da sensibilidade e especificidade por
meio da construccedilatildeo de curvas ROC pois eacute a melhor opccedilatildeo para determinar pontos de
corte em estudos epidemioloacutegicos78 Essa anaacutelise permite fornecer a aacuterea sob a curva
que traduz o poder de discriminaccedilatildeo de um indicador para um determinado desfecho
e a identificaccedilatildeo do melhor ponto de corte
A proposta dessa pesquisa natildeo eacute excluir o diagnoacutestico meacutedico mas
proporcionar uma estrateacutegia mais abrangente a ser utilizada pelas USFs em parceria
entre os profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica e os profissionais de sauacutede no contexto da
atenccedilatildeo primaacuteria
Embora exista associaccedilatildeo entre sobrepesoobesidade e a pressatildeo arterial
elevada poucos estudos tecircm identificado pontos de corte de iacutendices antropomeacutetricos
que visem agrave detecccedilatildeo da hipertensatildeo arterial em idosos Diversos estudos tecircm
demonstrado que os iacutendices antropomeacutetricos satildeo bons indicadores de obesidade e
estatildeo relacionados a fatores de risco cardiovascular795880 Todavia a hipertensatildeo eacute
apontada como um dos principais fatores de risco cardiovasculares o que denota a
necessidade de um olhar diferenciado
A prevalecircncia de hipertensatildeo foi inferior agrave encontrada em outros estudos818283
Contudo diferenccedilas metodoloacutegicas nuacutemero de medidas realizadas e os diferentes
criteacuterios de referecircncia satildeo as principais causas da grande variabilidade nas
prevalecircncias de pressatildeo arterial elevada entre as investigaccedilotildees No presente estudo
29
optou-se por maior rigorosidade ao diagnosticar a pressatildeo arterial elevada
considerando a realizaccedilatildeo de trecircs medidas
Nessa amostra observou-se que a prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi
443 nas mulheres e 406 nos homens Demonstrando ser uma alta prevalecircncia
pois se trata de uma populaccedilatildeo que eacute influenciada diretamente pelo o aumento da
morbimortalidade durante o envelhecimento Estudos envolvendo idosos indicam que
a prevalecircncia da hipertensatildeo encontra-se entre 50-70 com o aumento da idade84
Poucos estudos epidemioloacutegicos foram conduzidos com o objetivo de identificar
e discriminar a capacidade de iacutendices antropomeacutetricos de obesidade para a pressatildeo
arterial elevada na populaccedilatildeo de idosos e principalmente utilizando o iacutendice C o
RCEst Um estudo realizado com a populaccedilatildeo de idosos utilizou o mesmo objetivo
poreacutem usou como ponto de corte o iacutendice de massa corporal e o iacutendice de adiposidade
corporal85 Entretanto faz-se necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de outros iacutendices para identificar
hipertensatildeo arterial em idosos
De acordo com os resultados do presente estudo somente alguns dos
indicadores antropomeacutetricos apresentaram capacidade preditiva para a hipertensatildeo
arterial em idosos de acordo com limite inferior do intervalo de confianccedila de 9586
Dessa forma foi observado que a RCEst e IMC para os homens mostraram-se com
bom poder de detecccedilatildeo para a hipertensatildeo arterial pois obtiveram maiores valores
sob a curva para esse desfecho
Em 2013 Leal Neto et al85 identificaram em seus resultados que o IMC e o
iacutendice de adiposidade corporal foram os melhores indicadores preditivos de
hipertensatildeo arterial nos idosos em ambos os sexos independentemente de outros
fatores tais como idade tabagismo consumo de aacutelcool e atividade fiacutesica
No presente estudo os principais indicadores que tiveram uma boa aacuterea sob a
curva foram o IMC RCEst e Iacutendice C com resultados de 060 IC95 (050-070) 061
IC95 (051-071) e 058 IC95 (058-068) respectivamente para homens
Nas mulheres tais iacutendices mostraram-se com menor poder discriminatoacuterio para
diagnosticar a hipertensatildeo arterial A HAS eacute um desfecho que pode ser influenciado
por fatores multicausais (hormonais estresse etc) Na anaacutelise do desempenho do
iacutendice antropomeacutetrico a loacutegica eacute unidirecional ou seja verificar o desempenho desses
iacutendices apenas como preditores de hipertensatildeo arterial foram mais satisfatoacuterios entre
os homens Os iacutendices podem interferir mas natildeo determinar a prevalecircncia da
30
hipertensatildeo Embora as mulheres tenham uma maior prevalecircncia essa natildeo eacute
determinada pelos iacutendices antropomeacutetricos no presente estudo
Tais resultados diferem do estudo realizado em 2012 por Samsen et al87 no
qual a circunferecircncia da cintura teve boa ASC nos homens = 0684 com IC95 (0672-
0695) e nas mulheres = 0673 IC95 (0665-0681) sendo o melhor indicador
significativamente (p lt0001) do que o IMC no qual a ASC em homens foi de = 0667
IC95 (0656-679) e nas mulheres = 0636 IC95 (0628-0644) em discriminaccedilatildeo
de pelo menos um fator de risco cardiovascular Isso se deve ao fato de tal estudo ter
sido realizado com uma abrangecircncia maior na faixa etaacuteria que foi de 45-80 anos
Uma possiacutevel limitaccedilatildeo para discussatildeo dos resultados desse estudo foi a faixa
etaacuteria restrita que natildeo incluiu idosos (igual ou acima de 60 anos) o que impossibilita
a triagem da pressatildeo arterial elevada nessa populaccedilatildeo
62 Iacutendices antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial
Nesse estudo a CC e RCEst foram as variaacuteveis com maiores valores absolutos
de sensibilidade para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial respectivamente para mulheres
e homens Tais resultados indicam as proporccedilotildees de verdadeiros positivos na
ocorrecircncia de hipertensatildeo arterial
Quanto ao ponto de corte do RCEst nas mulheres foi de 059 sendo 568 de
sensibilidade e 430 de especificidade Valores inferiores ao encontrado no presente
estudo para mulheres foram sugeridos em Taiwan (045) Cingapura (048) e na China
(050) No Brasil em 2009 Haun Pitanga e Lessa16 recomendaram para a RCEst
053 como melhor ponto de corte com sensibilidade (67) e especificidade (58) e
aacuterea sob a curva ROC de 069 (IC 95 = 064-075) Outro ponto de corte semelhante
ao observado no Brasil com mulheres mexicanas variou de 053 a 0535 para a
RCEst discriminar diabete tipo 2 hipertensatildeo e dislipidemias88899091
Os pontos de corte sugeridos por esses paiacuteses e no Brasil podem ter sido
inferiores por causa da abrangecircncia na faixa etaacuteria dos indiviacuteduos no qual incluiacuteram
mulheres de 30 a 74 anos como tambeacutem as caracteriacutesticas econocircmicas culturais e
31
de estilo de vida diferem da realidade das mulheres que residem em cidades de
pequeno porte Estudos que discriminem hipertensatildeo arterial principalmente em
idosos com RCEst satildeo escassos na literatura
Em 2010 Browning Hsieh e Ashwel92 realizaram uma revisatildeo sistemaacutetica
sobre a potencialidade de indicadores antropomeacutetricos em predizer doenccedilas
cardiovasculares e identificou a RCEst como variaacutevel de melhor desempenho A
RCEst apresentou maiores ASC quando comparada ao IMC ou CC Os dados
analisados foram de quatorze paiacuteses diferentes e incluiacuteram caucasianos asiaacuteticos e
da Ameacuterica Central Segundo os autores uma RCEst ge 05 eacute capaz de identificar
fatores de risco cardiovasculares Esse ponto de corte eacute inferior aos encontrados para
homens e mulheres no presente estudo significando que o ponto de corte encontrado
pode diagnosticar risco cardiovascular e consequentemente a presenccedila de
hipertensatildeo
Outros autores afirmam essa hipoacutetese relacionada aos valores limites para
RCEst em diversas populaccedilotildees e indicaram que um ponto de corte de 05 eacute o valor
mais indicado para ambos os sexos todas as idades e diferentes populaccedilotildees899315
Com relaccedilatildeo agrave especificidade a variaacutevel com maior valor foi o IMC
independentemente do sexo Nas mulheres o ponto de corte sugerido foi 2679 kgm2
e nos homens 2420 kgm2 O valor da especificidade foi de 548 para ambos os
sexos o qual possibilita determinar corretamente a ausecircncia de hipertensatildeo arterial
Sendo assim este estudo sugere que o IMC natildeo foi o melhor preditor de hipertensatildeo
arterial
O estudo de Leal Neto et al (2013)85 tambeacutem testou a capacidade de
indicadores antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial em idosos
sugeriu como pontos de corte para IMC valores de 247 kgm2 igual ao encontrado no
presente estudo e de 273 kgm2 nuacutemero superior que aos dados do presente
trabalho para homens e mulheres respectivamente
Em outro estudo realizado com 19621 homens e mulheres com faixa etaacuteria de
45-80 anos a meacutedia da idade foi de 598 anos para os homens e 585 anos para as
mulheres O ponto de corte adequado de IMC foi de 23 kgm2 em homens e 24 kgm2
em mulheres Os pontos de corte de CC foram 80 cm e 78 cm em homens e mulheres
respectivamente Os achados do presente estudo foram superiores a esses
32
resultados todavia deve ser considerado que a populaccedilatildeo alvo foi diferente e com
idade menor da populaccedilatildeo pesquisada no presente trabalho87
Com relaccedilatildeo agrave CC o ponto de corte identificado para a prediccedilatildeo de hipertensatildeo
arterial nas mulheres foi superior ao dos homens Contudo os valores de sensibilidade
e especificidade desses pontos de corte foram maiores entre os homens o que pode
indicar que o poder preditivo da CC para a hipertensatildeo arterial eacute melhor para o sexo
masculino Quanto menor o ponto de corte maior seraacute a habilidade do teste em
classificar os doentes como positivos isto eacute maior seraacute a sensibilidade76 Os pontos
de corte dos homens foram em sua maioria menores em comparaccedilatildeo aos das
mulheres
Tais resultados satildeo contraacuterios aos achados do estudo de Kashihara et al
(2009)94 com indiviacuteduos de 30-74 anos que comparou paciente com hipertensatildeo e sem
hipertensatildeo Em seus pontos de corte de CC para os homens foram superiores aos
pontos de corte definidos para as mulheres e os valores de sensibilidade e
especificidade foi maior nas mulheres para identificar risco cardiovascular Poreacutem a
idade foi menor ao proposto no presente estudo
Outro estudo que contraria tais resultados quanto ao ponto de corte da CC foi
o de Haun Pitanga e Lessa (2009)16 que foi superior para os homens enquanto o
niacutevel de sensibilidade e especificidade foi igual aos nossos achados Poreacutem esse
estudo foi realizado com indiviacuteduos de idade entre 30-74 anos e discriminou risco
coronariano elevado
Quanto ao Iacutendice C no presente estudo o ponto de corte sugerido foi de 126
nas mulheres (sensibilidade 541 e especificidade 452) e 129 para os homens
(sensibilidade 574 e especificidade 456)
Diferentemente do resultado encontrado no presente estudo Pitanga e Lessa
(2005)56 sugeriram como o melhor ponto de corte para risco coronariano com o iacutendice
C 118 para mulheres apresentando valores de sensibilidade (7339) e
especificidade (6115) Para os homens o ponto de corte foi de 125 com valores de
sensibilidade (7391) e especificidade (7492) Tais pontos de corte foram para
indiviacuteduos adultos por esse motivo foram mais baixos que os achados do presente
trabalho Deve-se considerar que existem modificaccedilotildees na composiccedilatildeo corporal com
o processo do envelhecimento o que poderia alterar os pontos de corte para as essas
medidas antropomeacutetricas
33
Em outro estudo com os mesmo autores foram apresentados outros pontos de
corte comparando diferentes faixas etaacuterias Para as mulheres de 30-49 anos o melhor
ponto de corte foi o mesmo (118) com melhor sensibilidade (7857) e
especificidade (6524) e tambeacutem melhor aacuterea sob a curva ROC 081 (IC95 = 070-
092) Entre as de idade mais avanccedilada (50-74 anos) o melhor ponto de corte
sugerido foi 122 com sensibilidade (6000) e especificidade (6582) e aacuterea sob a
curva ROC 065 (IC 95 = 058-073) Portanto o iacutendice C apresentou melhor poder
discriminatoacuterio de RCEst para as mulheres mais jovens64
Almeida Almeida e Arauacutejo (2009)58 conduziram uma pesquisa com mulheres
de 30 e 69 anos buscando avaliar o desempenho de diferentes pontos de corte do
iacutendice C RCQ CC e RCEst para discriminar Risco Coronariano Elevado e o ponto de
corte encontrado para o Iacutendice C foi (125) proacuteximo ao ponto de corte para mulheres
nos nossos achados Dessa forma tais autores afirmaram que os indicadores
antropomeacutetricos de obesidade abdominal analisados tiveram desempenhos
satisfatoacuterios e similares para discriminar RCEst poreacutem o iacutendice C foi o que
apresentou o melhor poder discriminatoacuterio
As informaccedilotildees sobre o iacutendice C satildeo limitadas quanto agrave discussatildeo do ponto de
corte para hipertensatildeo arterial principalmente por encontrar poucos estudos sobre
essa medida como referecircncia para idosos Pitanga e Lessa (2004)55 relatam como
uma limitaccedilatildeo para a utilizaccedilatildeo do Iacutendice C em estudos populacionais a dificuldade de
se calcular o denominador da equaccedilatildeo proposta para sua determinaccedilatildeo
O excesso de gordura em geral estaacute associado ao aparecimento de doenccedilas
cardiovasculares hipertensatildeo arterial e mortalidade a definiccedilatildeo de pontos de corte
para iacutendices que se destacam por sua simplicidade operacional e boa acuraacutecia
permite a detecccedilatildeo dos indiviacuteduos sob risco sendo de grande utilidade nos serviccedilos
de atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede aleacutem de possibilitar o conhecimento da situaccedilatildeo de
grupos populacionais especiacuteficos frente a esses riscos quando empregados na
pesquisa epidemioloacutegica
No contexto das cidades de pequeno porte (rurais e urbanas) os recursos de
sauacutede satildeo muitas vezes limitados e escassos sendo importante a utilizaccedilatildeo desses
iacutendices antropomeacutetricos como substituiccedilatildeo eou apoio a avaliaccedilatildeo tradicional da
pressatildeo arterial Em vaacuterias conjunturas de sauacutede a alta demanda de paciente com
hipertensatildeo arterial exige a utilizaccedilatildeo de instrumentos de diagnoacutesticos e rastreamento
34
de raacutepida e faacutecil aplicaccedilatildeo que possam ser manejados por diferentes profissionais e
que sobretudo apresentem validade e fidedignidade A adequada validaccedilatildeo de
instrumentos e conhecimento de suas propriedades teacutecnicas na populaccedilatildeo brasileira
tambeacutem deve contribuir com a seleccedilatildeo de prioridades e delimitaccedilatildeo do conteuacutedo dos
programas de sauacutede pelos tomadores de decisatildeo em diferentes niacuteveis de gestatildeo
35
7 CONCLUSAtildeO
As anaacutelises dos dados permitem frente aos objetivos estabelecidos formular
as seguintes conclusotildees Quanto ao poder de discriminaccedilatildeo de iacutendices
antropomeacutetricos para a hipertensatildeo arterial em idosos os iacutendices antropomeacutetricos
(IMC RCEst e Iacutendice C) foram bons preditores de hipertensatildeo arterial para os homens
Dessa forma tais iacutendices podem ser empregados nos homens poreacutem tais medidas
natildeo foram satisfatoacuterias para predizer pressatildeo arterial elevada nas mulheres idosas
limitando a sua utilizaccedilatildeo para o sexo feminino com idades avanccediladas
O melhor ponto de corte para discriminar hipertensatildeo arterial foi 054 para a
RCEst nos homens dessa forma tal ponto de corte deve ser empregada no contexto
da atenccedilatildeo primaacuteria nos homens Sugere-se a utilizaccedilatildeo dessa medida a fim de
detectar e realizar a triagem da hipertensatildeo arterial com caracteriacutesticas similares agrave
amostra deste estudo
Recomenda-se que a utilizaccedilatildeo de dois iacutendices simultaneamente resulte em
uma maior eficiecircncia na avaliaccedilatildeo do risco de hipertensatildeo arterial em idosos A
indicaccedilatildeo destas medidas permite que ela seja realizada nas Unidades de Sauacutede da
Famiacutelia como meacutetodo de triagem para idosos com hipertensatildeo arterial utilizando
materiais de faacutecil manejo e de baixo custo
Dessa forma pode-se efetivamente atingir uma das estrateacutegias de prevenccedilatildeo
da hipertensatildeo arterial sistecircmica que eacute o controle da pressatildeo arterial durante o
envelhecimento Todavia sugere-se cautela na utilizaccedilatildeo do ponto de corte desses
indicadores para as mulheres pois os resultados natildeo foram satisfatoacuterios
Fica evidente a necessidade de outros estudos que identifiquem pontos de
corte de iacutendices antropomeacutetricos visando agrave detecccedilatildeo de hipertensatildeo arterial e de
outros fatores de risco cardiovascular nas mulheres idosas que residem em cidades
de pequeno porte
36
8 REFEREcircNCIAS
1 Omram AR The epidemiologic transition a theory of the epidemiology of population change Milbank Memorial Fund Quarterly 1971 49 (Part 1) 509-538
2 Wong LR Carvalho JM Age-strucutural transition in Brazil demographic bonuses and emerging challenges In Pool I Wong LLR Vilquin E editores Age-structural transitions challenges for development Paris Committee for International Cooperation in National Research in Demography 2006
3 Gragnolati M Jorgensen OH Rocha R Fruttero AA Envelhecendo em um Brasil mais Velho implicaccedilotildees do envelhecimento populacional sobre o crescimento econocircmico reduccedilatildeo da pobreza financcedilas puacuteblicas prestaccedilatildeo de serviccedilos Banco Internacional para a Reconstruccedilatildeo e o Desenvolvimento Banco Mundial 2011
4 Schmidt MI Duncan BB Silva GA et al Health in Brazil 4 Chronic non-communicable diseases in Brazil burden and current challenges The Lancet 2011 377
5 Ezzati M Hoorn SV Rodgers A et al Comparative Risk Assessment Collaborating Group Selected major risk factors and global and regional burden of disease Lancet 2002 360 1347-60
6 Lim SS Vos T Flaxman AD et al A comparative risk assessment of burden of disease and injury attributable to 67 risk factors and risk factor clusters in 21 regions 1990-2010 a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2010 Lancet 2012 380 (9859)2224-60
7 Sociedade Brasileira de Cardiologia Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Sociedade Brasileira de Nefrologia VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 2010 95(1) 1-51
8 Miranda DR Perrotti TC Bellinazzi VR et al Hipertensatildeo arterial no idoso peculiaridades na fisiopatologia no diagnoacutestico e no tratamento Rev Bras Hipertens 2002 9 293-300
9 Pilger C Menon MU Mathias TAF Caracteriacutesticas sociodemograacuteficas e de sauacutede de idosos contribuiccedilotildees para os serviccedilos de sauacutede Rev Latino-Am Enfermagem 2011 19(5)1230-1238
10 Pilger C Menon MU Mathias TAF Utilizaccedilatildeo de serviccedilos de sauacutede por idosos vivendo na comunidade Rev esc enferm USP 2013 47(1)213-220
11 Mariath AB Grillo LP Silva RO et al Obesidade e fatores de risco para o desenvolvimento de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis entre usuaacuterios de unidade de alimentaccedilatildeo e nutriccedilatildeo Cad Sauacutede Puacuteblica 2007 23 (4) 897-905
37
12 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Diretrizes e recomendaccedilotildees para o cuidado
integral de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis promoccedilatildeo da sauacutede vigilacircncia prevenccedilatildeo e assistecircncia Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2008
13 Kuumlmpe DA Sodreacute AC Pomatti DM et al Obesidade em Idosos Acompanhados
pela Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia Texto Contexto Enferm Florianoacutepolis 2011 20(3) 471-7
14 Silva KS Farias Juacutenior JC Fatores de risco associados agrave pressatildeo arterial elevada em adolescentes Rev Bras Med Esporte 2007 13(4) 237-40
15 Pitanga FJG Lessa I Razatildeo cintura-estatura como discriminador do risco
coronariano de adultos Rev Assoc Med Bras 2006 52157-61
16 Haun DR Pitanga FJG Lessa I Razatildeo CinturaEstatura comparado a outros indicadores antropomeacutetricos de obesidade como preditor de risco coronariano elevado Rev Assoc Med Bras [online] 2009 55(6) 705-711
17 Nascimento CM Ribeiro AQ SantrsquoAna LFR et al Estado nutricional e condiccedilotildees de sauacutede da populaccedilatildeo idosa brasileira revisatildeo da literatura Rev meacuted Minas Gerais 2011 21(2)174-180
18 Gomes MA Beck cc Duarte MFS et al Ficha Antropomeacutetrica no Nuacutecleo de Apoio a Sauacutede da Famiacutelia o que medir e para que medir Rev bras cineantropom desempenho hum 2009 11(2) 243-253
19 Azevedo LF Oliveira ACC Lima JRP et al Recomendaccedilotildees sobre condutas e procedimentos do profissional de educaccedilatildeo fiacutesica na atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede Rio de Janeiro CONFEF 2010 109-55
20 World Health Organization World health statistics 2012 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghopublicationsworld_health_statistics2012enindexhtmlgt [2012 set 18]
21 World Health Organization Global health risks mortality and burden of disease attributable to selected major risks Geneva World Health Organization 2009a
22 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Panorama da sauacutede brasileira em muacuteltiplos aspectos Percepccedilatildeo do estado de sauacutede estilo de vida e doenccedila crocircnica Pesquisa Nacional de Sauacutede 2013
23 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Pesquisa Nacional por Amostra
de Domiciacutelios 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapesquisaspesquisa_resultadosphpid_pesquisa=149gt[2014 dez 04]
24 Tribess S Virtuoso Junior JS Prescriccedilatildeo de exerciacutecios fiacutesicos para idosos Rev saudecom 2005 1(2)163-72
38
25 Pollock ML Wilmore JH Exerciacutecio na Sauacutede e na Doenccedila avaliaccedilatildeo e prescriccedilatildeo para prevenccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo Editora MEDSI 2ordf ed Rio de Janeiro 1993
26 Sociedade Brasileira de Cardiologia V Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 20061-48
27 World Health Organization Global Health Observatory (GHO) 2014 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghoncdrisk_factorsblood_pressure_prevalence_textengt [2014 dez 04]
28 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Secretaria de Atenccedilatildeo baacutesica agrave Sauacutede Departamento de atenccedilatildeo baacutesica - Hipertensatildeo arterial sistecircmica Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2006
29 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) (2009) Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeGestorvisualizar_textocfmidtxt=24421gt [2010 abr 07]
30 Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Nuacutemero de hipertenso 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwsbhorgbripadgeralphpgt [09 nov 2014]
31 Secretaria de Sauacutede do Estado da Bahia Hipertensatildeo Quantidade de Hipertensos na Bahia Disponiacutevel em (2014) lthttpwwwsaudebagovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=4418ampcatid=1ampItemid=14gt [2014 jan 10]
32 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica 2014 Dados de mortalidade na Bahia Disponiacutevel em lthttptabnetdatasusgovbrcgitabcgiexesiabcnvSIABSBAdefgt [2014 mai 05]
33 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica Dados sociodemograacuteficos de Ibicuiacute 2014 lthttptabnetdatasusgovbrcgideftohtmexesiabcnvSIABFBAdefgt [2014 jan 05]
34 Williams B The year in hypertension JACC 2010 55(1) 66-73
35 Lipp M Rocha JC Stress Hipertensatildeo Arterial e Qualidade de vida um guia de tratamento para o hipertenso Campinas Papirus 1996
36 Borenstein MS (Org) Manual de Hipertensatildeo Arterial Porto Allege Editora Sagra Luzzatto 1999
37 Joint National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure The Sixth Report of the Join National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure Arch Intern Med 1997157 2413-2446
39
38 Mitchell GF Parise H Benjamin EJ et al Changes in arterial stiffness and wave reflection with advancing age in health men and women Hypertension 2004 431239-1245
39 Matos AC Ladeia AM Avaliaccedilatildeo de fatores de risco cardiovascular em uma comunidade rural da Bahia Arq Bras Cardiol 2003 81(3) 291-6
40 World Health Organization Who Expert Committee on Physical Status the use and interpretation of antropometry Report of a WHO Expert Commitee Geneva WHO 1995 p 854
41 Pitanga FJG Antropometria na avaliaccedilatildeo da obesidade abdominal e risco coronariano Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum 201113(3) 238-241
42 Ferreira LS Amaral TF Marucci MFN et al Under nutrition as a major risk factor for death among older Brazilian adults in the community-dwelling setting SABE survey Nutrition 201127(10)17-22
43 Andrade FB Caldas Junior AF Kitoko PM et al Prevalence of overweight and obesity in elderly people from Vitoacuteria-ES Brazil Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2012 set17(3)749-756
44 Boscatto EC Duarte Mde F Coqueiro Rda S Barbosa AR Nutritional status in the oldest elderly and associated factors Rev Assoc Med Bras 2013 59(1)40-47
45 Kostka J Borowiak E Kostka T Nutritional status and quality of life in different
populations of older people in Poland Eur J Clin Nutr 2014 Nov68(11)1210-5
46 Silva DAS Petroski EL Associaccedilatildeo de diferentes pontos de corte para sobrepeso e obesidade com pressatildeo arterial elevada em idosas Rev Educ Fis UEM 2009 20 415-22
47 Nutrition Screening Initiative Interventions manual for professionals caring for older Americans Washington DC Nutrition Screening Initiative 1992
48 World Health Organization Obesity preventing and managing the global epidemic Report of a WHO Consultation on Obesity Geneva World Health Organization 1998
49 Cameron AJ Dunstan DW Owen N et al Health and mortality consequences
of abdominal obesity evidence from the Aus Diab study Med J Aust 2009191 202ndash208
50 Fox KA Despres JP Richard AJ et al Does abdominal obesity have a similar impact on cardiovascular disease and diabetes A study of 91246 ambulant patients in 27 European countries Eur Heart J 2009 30 3055ndash3063
40
51 Pouliot MC Despreacutes JP Lemieux S et al Waist circumference and abdominal sagittal diameter Best simple anthropometric indexes of abdominal visceral adipose tissue accumulation and related cardiovascular risk in men and woman Am J Cardiology 1994 73 460-468
52 Peixoto MRG Beniacutecio MHD Latorre M et al Circunferecircncia da Cintura e Iacutendice de massa Corporal como Preditores da Hipertensatildeo Arterial Arq Bras Cardiol 200687 462-470
53 MacKay MF Haffner SM Wagenknecht LE et al Prediction of type 2 diabetes using alternate anthropometric measures in a multiethnic cohort the insulin resistance atherosclerosis study Diabetes Care 200932(5)956-8
54 Valdez R A simple model-based index of abdominal adiposity J Clin Epidemiol1991 44(9) 955-6
55 Pitanga FJG Lessa I Sensibilidade e especificidade do iacutendice de conicidade como discriminador do risco coronariano de adultos em Salvador Brasil Rev Bras Epidemiol 20047(3)259-69
56 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano elevado em adultos na cidade de Salvador - Bahia Arq Bras Cardiol 2005 85 (1)26-31
57 Ghosh JR Bandyopadhyay AR Comparative evaluation of obesity measures relationship with blood pressures and hypertension Singapore Med J 200748(3) 232-5
58 Almeida RT Almeida MMG Araujo TM Obesidade abdominal e risco cardiovascular desempenho de indicadores antropomeacutetricos em mulheres Arq Bras Cardiol 2009 out92(5)375-380
59 Freitas Juacutenior Costa Rosa CS Codogno JS et al Capacidade cardiorrespiratoacuteria e distribuiccedilatildeo de gordura corporal de mulheres com 50 anos ou mais Rev Esc Enferm USP 2010 44(2) 395-400
60 Matos LN Giorelli GV Dias CB Correlation of anthropometric indicators for identifying insulin sensitivity and resistance Satildeo Paulo Med J [online] 2011 129(1) 30-35
61 Gomes MA Rech CR Gomes MBA et al Correlaccedilatildeo entre iacutendices antropomeacutetricos e distribuiccedilatildeo de gordura corporal em mulheres idosas Rev bras cineantropom desempenho hum 2006 set 8(3) 16-22
62 Tarastchuk JCE Gueacuterios EE Bueno RRL et al Obesidade e intervenccedilatildeo coronariana devemos continuar valorizando o Iacutendice de Massa Corpoacuterea Arq Bras Cardiol [online] 2008 90(5) 311-316
41
63 Ferreira AP CB Ferreira VC Souza et al Risco de distuacuterbio glicecircmico em mulheres idosas ajustado por antropometria e genoacutetipos de citocinas Rev Assoc Med Bras [online] 201157(5) 565-569
64 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano em mulheres Rev Bras Cineantrop Desempenho Hum 2006 8 (1) 14-21
65 Newman TB Browner WS Cummings SR Delineando estudos de testes meacutedicos In Hulley SB et al Delineando a pesquisa cliacutenica uma abordagem epidemioloacutegica 2 ed Porto Alegre Artmed 2003 203-224
66 Toscano CM As campanhas nacionais para detecccedilatildeo das doenccedilas crocircnicas natildeo-transmissiacuteveis diabetes e hipertensatildeo arterial Ciecircnc sauacutede Coletiva out-dez 2004 9(4) 885-895
67 Fletcher RH Fletcher SW Prevenccedilatildeo In Fletcher R Fletcher S Epidemiologia
cliacutenica elementos essenciais 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 2006 179-201
68 Jeckel J Elmore J Katz D Meacutetodos de prevenccedilatildeo secundaacuteria In _____ Epidemiologia bioestatiacutestica e medicina preventiva 2 ed Porto Alegre Artmed 2005 236-247
69 Klein CH Bloch KV Estudos seccionais In Medronho RA Carvalho DM Bloch KV Luiz RR Werneck GL Epidemiologia 1ordf ed Satildeo Paulo Editora Atheneu 2002 125-150
70 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Resoluccedilatildeo nordm- 6 de 3 de novembro de 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcenso2010ibgegovbrdados_divulgadosindexphpuf=29gt[201 dez 18]
71 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica ndash Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais (2014) Disponiacutevel em lthttpcodibgegovbr398G9gt [2014 ago 30]
72 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230gt [2013 mai 01]
73 Luiz RR Magnanini MMF A loacutegica da determinaccedilatildeo do tamanho da amostra em investigaccedilotildees epidemioloacutegicas Cad sauacutede coletiva Rio de Janeiro 2000 8(2) 9-28
74 Reis MC Nascimento RAS Pedreira RBS et al Validaccedilatildeo de Face e Clareza do Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede dos Idosos ndash IASI [resumo] in Anais do XIX Congresso Brasileiro Geriatria e Gerontologia Beleacutem 2014 296-296
75 Lohman TG Roche AF Martorell R Anthropometric Standardization Reference Manual Champaign Illinois Human Kinetics 1988
42
76 Vaz JCL Regiotildees de Incerteza para Curva ROC em Teste Diagnoacutesticos
[dissertaccedilatildeo] Satildeo Carlos Universidade Federal de Satildeo Carlos 2009
77 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de 2012
78 Erdreich LS Lee ET Use of relative operating characteristic analysis in epidemiology A method for dealing with subjective judgement Am J Epidemiol 1981 114649-62
79 Aekplakorn W Pakpeankitwatana V Lee CM et al Abdominal obesity and coronary heart disease in Thai men Obesity 200715(4)1036-42
80 Oliveira MAM Fagundes RLM Moreira EAM et al Relaccedilatildeo de Indicadores Antropomeacutetricos com Fatores de Risco para Doenccedila Cardiovascular Arq Bras Cardiol 2010 abr 94(4) 478-485
81 Mendes TAB Goldbaum M Segri NJ et al Factors associated with the prevalence of hypertension and control practices among elderly residents of Satildeo Paulo city Brazil Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(11) 2275-2286
82 Oliveira BFA Souza Mouratildeo D Gomes N et al Prevalecircncia de hipertensatildeo arterial em comunidades ribeirinhas do Rio Madeira Amazocircnia Ocidental Brasileira Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(8) 1617-1630
83 Picon RV Fuchs FD Moreira LB et al Prevalence of Hypertension Among Elderly Persons in Urban Brazil A Systematic Review With Meta-Analysis Am J Hypertens 2013 26 (4) 541-548
84 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Pessoa Idosa e Envelhecimento Seacuteries Pactos pela Sauacutede 2006 v 12 Brasiacutelia ndash DF 2010
85 Leal Neto JS Souza J Coqueiro RS et al Anthropometric indicators of obesity as screening tools for high blood pressure in the elderly Int J Nurs Pract 2013 Aug 19(4) 360-367
86 Schisterman EF Faraggi D Reiser B Trevisan M Statistical inference for the area under the receiver operating characteristic curve in the presence of random measurement error Am J Epidemiol 2001 154 (2) 174-9
87 Samsen M Hanchaiphiboolkul S Puthkhao P et al Appropriate body mass index and waist circumference cutoffs for middle and older age group in Thailand data of 19621 participants from Thai epidemiologic stroke (TES) study J Med Assoc Thai 2012 Sep 95(9)1156-66
88 Ko GTC Chan JCN Cockram CS Woo J Prediction of hypertension diabetes dyslipidemia or albuminuria using simple anthropometric indexes in Hong Kong Chinese Int J Obes 1999 23 (11) 1136-42
43
89 Lin WY Lee LT Chen CY et al Optimal cut-off values for obesity using simple anthropometric indices to predict cardiovascular risk factors in Taiwan Int J Obes Relat Metab Disord 2002261232-8
90 Pua YH Ong PH Anthropometric indices as screening tools for cardiovascular risk factors in Singaporean women Asia Pac J Clin Nutr 2005 14 (1) 74-9
91 Berber A Goacutemez-Santos R Fanghaumlnel G Saacutenchez-Reyes L Anthropometric
indexes in the prediction of type 2 diabetes mellitus hypertension and dyslipidaemia in a Mexican population Int J Obes 200125(12)1794-9
92 Browning LM Hsieh SD Ashwell M A systematic review of waist-to-height ratio
as a screening tool for the prediction of cardiovascular disease and diabetes 05 could be a suitable global boundary value Nutr Res Rev 2010 23(2)247-69
93 Bertsias G Mammas I Linardakis M Kafatos A Overweight and obesity in
relation to cardiovascular disease risk factors among medical students in Crete Greece BMC Public Health 2003 31-9
94 Kashihara H Lee JS Kawakubo K et al Criteria of Waist Circumference According to Computed Tomography-Measured Visceral Fat Area and the Clustering of Cardiovascular Risk Factors Circ J 2009 73 1881-1886
44
APEcircNDICES
45
Apecircndice 1
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
46
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS
PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE SAUacuteDE
DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE
Jequieacute ____ ____ 201__
APEcircNDICE 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Vocecirc esta sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa do Nuacutecleo de
Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo (NESP) da Universidade Estadual do Sudoeste da
Bahia
Objetivo do estudo Avaliar e monitorar as condiccedilotildees de sauacutede de idosos residentes
em comunidade
Participaccedilatildeo Ao aceitar participar do estudo estarei agrave disposiccedilatildeo do pesquisador
para responder ao formulaacuterio que seraacute arquivado pelo autor por um periacuteodo de cinco
anos sendo posteriormente incinerado
Riscos Este estudo natildeo traraacute riscos para minha integridade fiacutesica ou moral dos
participantes
Confidencialidade do estudo Seraacute garantida a privacidade o anonimato bem como
o direito de aceitar ou natildeo participar da pesquisa podendo ser essa autorizaccedilatildeo
suspensa em qualquer fase do estudo Assim as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo
4662012 do Conselho Nacional de Sauacutede que discorre sobre pesquisa envolvendo
seres humanos seratildeo atendidas Os resultados seratildeo publicados no relatoacuterio final da
dissertaccedilatildeo e artigos cientiacuteficos
47
Benefiacutecios Accedilotildees interinstitucionais articuladas promovidas numa perspectiva
interdisciplinar possibilitaratildeo uma melhor compreensatildeo das condiccedilotildees de sauacutede dos
idosos residentes em comunidade do municiacutepio e contribuiraacute para a formulaccedilatildeo de
accedilotildees direcionadas as necessidades dessa populaccedilatildeo
Danos advindos da pesquisa Caso haja algum prejuiacutezo decorrente da realizaccedilatildeo
deste estudo seraacute providenciada a devida reparaccedilatildeo dos danos atraveacutes do
responsaacutevel pelo estudo O pesquisador e os entrevistados natildeo receberatildeo benefiacutecios
financeiros para participaccedilatildeo no estudo Todas as despesas seratildeo por conta do
pesquisador
Participaccedilatildeo voluntaacuteria Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria podendo a qualquer
momento desistir do estudo sem qualquer prejuiacutezo ou penalidade para mim
Consentimento para participaccedilatildeo Apoacutes ser devidamente esclarecido (a) quanto
aos objetivos deste estudo dos procedimentos aos quais serei submetido (a) bem
como dos possiacuteveis riscos decorrentes da minha participaccedilatildeo estou de acordo em
participar do mesmo O pesquisador responsaacutevel pelo estudo assegura que seraacute
disponibilizado qualquer esclarecimento adicional que eu venha a solicitar durante a
realizaccedilatildeo da pesquisa e o direito de desistir da participaccedilatildeo em qualquer momento
Em casos de duacutevidas eou problemas referentes ao estudo vocecirc poderaacute
entrar em contato com o autor atraveacutes do Nuacutecleo de Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo
(NESP) (73) 3528-9721
Sendo assim eu ______________________________________________
aceito livremente participar do Projeto MONIDI
__________________________________ __________________________________
Assinatura do (a) participante
RG _________________________
Assinatura do (a) pesquisador
RG_________________________
48
Apecircndice 2
Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede do Idoso
49
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS
PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE
SAUacuteDE DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE
Nuacutemero do Questionaacuterio |__|__|__|
Nome do Entrevistador ___________________________
Visita 1 2 3
Data Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Hora de iniacutecio ________
Hora de teacutermino ________
I INFORMACcedilOtildeES PESSOAIS E SOCIODEMOGRAacuteFICAS
1 Nome do entrevistado
2Sexo
0 ( ) Feminino
1 ( ) Masculino
3 Endereccedilo completotelefone
4 Idade ____ anos
41 Data de Nascimento
____________
50
5 Situaccedilatildeo conjugal atual
1 ( ) Casado(a) 2 ( ) Uniatildeo estaacutevel 3 ( ) Solteiroa
4 ( ) Divorciado(a)separado(a)desquitado(a) 5 ( ) Viuacutevoa
6 No total quantas vezes o (a) Sr(a) esteve casado(a) ou em uniatildeo
Nordm de vezes |___|___|
7 Na escola qual a uacuteltima seacuterie grau que concluiu com aprovaccedilatildeo
1 - Nunca foi agrave escola ( ) 4 - Fundamental II ( )5 a ( )6 a ( )7 a ( )8 a
2 - Lecirc e escreve o nome ( ) 5 - Ensino Meacutedio ( ) 1 a ( )2 a ( )3
3 - Fundamental I ( )1 a ( )2 a 6 - Superior ( ) completo ( ) incompleto
( )3 a ( )4 a
8 Como vocecirc classificaria a cor da sua pele
1( ) Branca 2( ) Amarela (oriental) 3( ) Parda
4( ) Origem indiacutegena 5( ) Preta 9( ) Natildeo sabe
9 Cor da pele (entrevistador)
1( ) branca 2( ) amarela (oriental) 3( ) parda
4( ) origem indiacutegena 5( ) preta
10-Quantos filhos e filhas nascidos vivos o(a)Sr(a) teve (natildeo inclua enteados filhos
adotivos abortos ou filhos nascidos mortos)
Nuacutemero de filhos |____|____| (98) NS (99) NR
11 Atualmente o senhor (a) mora sozinho ou acompanhado
1( )Acompanhado 2( ) Sozinho 3( ) NR 4( )NS
51
12 Desde que o senhor (a) nasceu viveu no campo por 5 anos ou mais
0( ) Natildeo 1( ) Sim 2( ) NS 3( ) NR
13 Qual eacute a sua religiatildeo
1( ) Catoacutelica 2( ) Protestante 3( ) Judaica
4( ) Espiacuteritakardecista 5( ) Umbanda 6( ) Outras ____________
14 Qual a importacircncia da religiatildeo em sua vida
(1) Importante (2) Regular (3) Nada importante (8) NS (9) NR
15 Com que frequecircncia o senhor vai agrave igreja ou ao serviccedilo religioso
( ) Nunca ( ) Vaacuterias vezes por ano ( ) Uma duas vezes por mecircs
( ) Quase toda semana ( ) Mais de uma vez por semana ( ) NS ( ) NR
16 Quanto vocecirc ganha em meacutedia por mecircs R$ __________8( )Natildeo se aplica
II A CONSUMO DE AacuteLCOOL E TABACO
Uso de bebidas alcooacutelicas
1 Vocecirc consome bebidas alcooacutelicas Se vocecirc NAtildeO BEBE siga para o bloco III C
0 ( )sim 1( ) natildeo
2 Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
3 As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
4 Sente-se chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
5 Costuma beber pela manhatilde para diminuir o nervosismo ou a ressaca
0 ( ) sim 1( ) natildeo
Haacutebito de fumar
1 Vocecirc jaacute foi fumante 0 ( ) sim 1( ) natildeo
52
2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco
III C
3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros
4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias
III ANTROPOMETRIA
MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS
ESTATURA
MASSA CORPORAL
CIRCUNFEREcircNCIA
DE CINTURA
IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL
MEDIDA 01 02 03
Pressatildeo arterial
sistoacutelica
Pressatildeo arterial
diastoacutelica
53
ANEXOS
54
Anexo 1
Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos
55
56
18
5 RESULTADOS
51 Caracterizaccedilatildeo da amostra estudada
De acordo com a contabilizaccedilatildeo das perdas (mudou-se do municiacutepio natildeo foi
encontrado por mais de 3 vezes na USF ou domicilio) e recusas (n=31) a amostra final
foi composta por 310 idosos (201 zona urbana e 109 zona rural) A taxa de respostas
foi de 912 com 88 (n=31) de recusas e 92 (n=29) de exclusatildeo
Participaram do estudo 175 mulheres (565) e 135 homens (435) As
idades variaram entre 60 e 108 anos com meacutedia de 7078 plusmn 82 anos para as mulheres
e 60 a 93 anos com meacutedia de 7259 plusmn 78 anos para homens
A maioria das mulheres se auto referiu ser negra e os homens pardo O iacutendice
de analfabetismo apresentou-se elevado em ambos os sexos A maior parte dos idosos
eacute casado A maioria dos idosos sobrevivia com renda mensal inferior ou igual a um
salaacuterio miacutenimo (Tabela 3)
19
Tabela 3 - Variaacuteveis sociodemograacuteficas e de estilo de vida em idosos
Mulheres (n=175) Taxa de Resposta
Homens (n=135) Taxa de Resposta
n n P
Raccedilacor 9861 991
Branco 47 2686 43 3209
Preto 73 4171 26 1940 0001
Pardo 49 2800 55 4074
Natildeo sabe 4 229 10 741
Escolaridade 9918 1000
Analfabeto 95 5429 84 6222
Baacutesica 72 4114 46 3408 0001
Secundaacuteria 5 286 5 370
Superior 2 114 - -
Estado Civil 9789 991
Casadouniatildeo estaacutevel
74 4229 78 5777
Solteiroseparado 33 1886 36 2667 0001
Viuacuteva 63 3600 20 1481
Renda Mensal 9918 1000
le 1 salaacuterio 165 9428 123 9111
11 a 2 salaacuterio 8 458 10 74 0001
21 a salaacuterio 1 057 2 148
Alcoolismo 9989 1000
Sim 4 229 9 667 0001
Natildeo 170 9714 126 9333
Tabagismo 9597 1000
Sim 15 857 21 1556 0001
Natildeo 152 8686 114 8444
Teste Qui-quadrado
20
52 Caracteriacutesticas antropomeacutetricas
Apoacutes a assinatura do TCLE e realizaccedilatildeo do questionaacuterio 10 idosos foram
excluiacutedos (recusas e informaccedilatildeo incompleta do questionaacuterio) desta etapa de anaacutelise
Dessa forma foram analisadas 300 avaliaccedilotildees das medidas antropomeacutetricas
Na Tabela 4 podem ser observados os valores meacutedios desvio padratildeo valores
miacutenimos e maacuteximos e percentuais das variaacuteveis avaliadas A meacutedia do IMC foi menor
nos homens quando comparado com o resultado das mulheres (p lt 0001) Natildeo houve
diferenccedila significativa da variaacutevel circunferecircncia da cintura entre homens e mulheres
(p = 0208) A prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi maior nas mulheres A maioria
das mulheres eacute obesa e entre os homens o estado nutricional foi considerado eutroacutefico
(Tabela 5)
21
Tabela 4 - Valores descritivos miacutenimos e maacuteximos das variaacuteveis analisadas
Variaacuteveis Mulheres (n=167) Homens (n=133) Valor-p
Idade (anos) 7078 plusmn 821 (60-108)
7259 plusmn 786 (60-93)
0055
Massa corporal (kg) 6020 plusmn 1223 (2970-9580)
6384 plusmn 1250 (4010-11840)
0012
Estatura (cm) 14875 plusmn 616 (129-164)
16080 plusmn 782 (135-183)
lt00001
IMC (kgm2) 2715 plusmn505 (1342-4064)
2458 plusmn 390 (1475-3544)
lt00001
CC (cm)dagger 8734 plusmn 1126 (55-130)
8894 plusmn 1010 (66-115)
0208
RCEst 057 plusmn 011 (000-087)
055 plusmn 006 (042-073)
0086
Iacutendice C 123 plusmn 021 (000-166)
129 plusmn 006 (117-150)
0001
PAS 14096 plusmn 2218 (87-200)
13735 plusmn 2251 (98-209)
0166
PAD 7671 plusmn 1091 (45-105)
7697 plusmn 1179 (49-110)
0846
IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia da cintura RCEst - razatildeo cintura-estatura Iacutendice C - Iacutendice de Conicidade PAS - pressatildeo arterial sistoacutelica PAD ndash pressatildeo arterial diastoacutelica dagger Variaacuteveis com perdas (n=163 mulheres) Teste T de Student para amostras independentes
Tabela 5 - Percentuais das variaacuteveis analisadas
Variaacutevel Mulheres Homens Valor-p
Pressatildeo Arterial (n) (n)
Normal 557 (93) 594 (79) 0011
Hipertensatildeo 443 (74) 406 (54)
Estado nutricional (n) (n)
Baixo peso 144 (24) 301 (40)
Normal 353 (59) 436 (58) lt00001
Sobrepeso 503 (84) 263 (35)
Teste Qui-quadrado
53 Anaacutelise da curva ROC
22
As aacutereas sob a curva ROC do IMC da CC da RCEst e do iacutendice C como
preditores de hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos e os respectivos
intervalos de confianccedila (IC 95) podem ser observados na Tabela 6 e nas Figuras 2
3 4 5 6 7 8 9 Evidenciou-se que alguns iacutendices antropomeacutetricos apresentaram
aacuterea sob a curva ROC significativas Todavia a RCEst e o IMC assumiram maiores
aacutereas com diferenccedila significativa para os homens
Tabela 6 - Aacuterea sob a curva ROC e IC95 entre os iacutendices antropomeacutetricos e hipertensatildeo arterial em idosos
Aacuterea sob a curva ROC
PA elevada Mulheres
Homens
p
IMC (kgm2) 053 (044-062) 060 (050-070)
lt00001dagger
CC (cm) 057 (048-066) 058 (048-068)
lt00001dagger
RCEst 056 (047-065) 061 (051-071)
lt00001dagger
Iacutendice C 058 (049-066) 058 (058-068) lt00001dagger
IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia de cintura RCEst - razatildeo cinturaestatura Iacutendice C - iacutendice de conicidade ROC ndashReceiver Operating CharacteristicIC95 - intervalo de confianccedila a 95Aacuterea sob a curva ROC apresentando poder discriminatoacuterio para pressatildeo arterial elevada (Li-IC ge 050) daggerTeste Qui-quadrado
23
Figura 2 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) IMC - iacutendice de massa corporal
Figura 3 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) IMC - iacutendice de massa corporal
24
Figura 4 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) CC ndash circunferecircncia da cintura
Figura 5 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) CC ndash circunferecircncia da cintura
25
Figura 6 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) RCEst - razatildeo cinturaestatura
Figura 7 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) RCEst - razatildeo cinturaestatura
26
Figura 8 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) Iacutendice C -iacutendice de conicidade
Figura 9 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) Iacutendice C - iacutendice de conicidade
27
Os valores dos pontos de corte dos iacutendices antropomeacutetricos como preditores
de hipertensatildeo arterial e suas respectivas sensibilidade e especificidade (mais
adequado equiliacutebrio entre si) satildeo apresentados na Tabela 7 Observa-se que entre
os iacutendices antropomeacutetricos a RCEst teve melhor percentual de sensibilidade e de
especificidade para discriminar a pressatildeo arterial elevada para os homens
Tabela 7 - Pontos de corte sensibilidade e especificidade dos iacutendices antropomeacutetricos para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial em idosos
Mulheres Homens PA elevada
Ponto de corte
Sensibilidade ()
Especificidade ()
Ponto de corte
Sensibilidade ()
Especificidade ()
IMC (kgm2)
2679 527 548 2420 527 548
CC (cm) 8750 577 457 8650 593 532 RCEst 059 568 430 054 648 456 Iacutendice C 126 541 452 129 574 456
IMC ndash Iacutendice de Massa Corporal CC ndash Circunferecircncia da Cintura RCEst ndash Razatildeo Cintura-Estatura Iacutendice C ndash Iacutendice de Conicidade
28
6 DISCUSSAtildeO
61 Aacutereas sob a Curva ROC
Este estudo teve como objetivo identificar a capacidade preditiva de iacutendices
antropomeacutetricos de obesidade geral e abdominal para discriminar a presenccedila de
hipertensatildeo arterial em idosos com foco de utilizaccedilatildeo no ambiente da estrateacutegia de
sauacutede da famiacutelia Nessa perspectiva surge uma proposta de triagem dos casos de
idosos com possiacuteveis alteraccedilotildees crocircnicas em sua pressatildeo arterial aleacutem de possibilitar
a discussatildeo sobre validaccedilatildeo de tais iacutendices para uso no contexto da sauacutede
Dessa forma recomenda-se a anaacutelise da sensibilidade e especificidade por
meio da construccedilatildeo de curvas ROC pois eacute a melhor opccedilatildeo para determinar pontos de
corte em estudos epidemioloacutegicos78 Essa anaacutelise permite fornecer a aacuterea sob a curva
que traduz o poder de discriminaccedilatildeo de um indicador para um determinado desfecho
e a identificaccedilatildeo do melhor ponto de corte
A proposta dessa pesquisa natildeo eacute excluir o diagnoacutestico meacutedico mas
proporcionar uma estrateacutegia mais abrangente a ser utilizada pelas USFs em parceria
entre os profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica e os profissionais de sauacutede no contexto da
atenccedilatildeo primaacuteria
Embora exista associaccedilatildeo entre sobrepesoobesidade e a pressatildeo arterial
elevada poucos estudos tecircm identificado pontos de corte de iacutendices antropomeacutetricos
que visem agrave detecccedilatildeo da hipertensatildeo arterial em idosos Diversos estudos tecircm
demonstrado que os iacutendices antropomeacutetricos satildeo bons indicadores de obesidade e
estatildeo relacionados a fatores de risco cardiovascular795880 Todavia a hipertensatildeo eacute
apontada como um dos principais fatores de risco cardiovasculares o que denota a
necessidade de um olhar diferenciado
A prevalecircncia de hipertensatildeo foi inferior agrave encontrada em outros estudos818283
Contudo diferenccedilas metodoloacutegicas nuacutemero de medidas realizadas e os diferentes
criteacuterios de referecircncia satildeo as principais causas da grande variabilidade nas
prevalecircncias de pressatildeo arterial elevada entre as investigaccedilotildees No presente estudo
29
optou-se por maior rigorosidade ao diagnosticar a pressatildeo arterial elevada
considerando a realizaccedilatildeo de trecircs medidas
Nessa amostra observou-se que a prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi
443 nas mulheres e 406 nos homens Demonstrando ser uma alta prevalecircncia
pois se trata de uma populaccedilatildeo que eacute influenciada diretamente pelo o aumento da
morbimortalidade durante o envelhecimento Estudos envolvendo idosos indicam que
a prevalecircncia da hipertensatildeo encontra-se entre 50-70 com o aumento da idade84
Poucos estudos epidemioloacutegicos foram conduzidos com o objetivo de identificar
e discriminar a capacidade de iacutendices antropomeacutetricos de obesidade para a pressatildeo
arterial elevada na populaccedilatildeo de idosos e principalmente utilizando o iacutendice C o
RCEst Um estudo realizado com a populaccedilatildeo de idosos utilizou o mesmo objetivo
poreacutem usou como ponto de corte o iacutendice de massa corporal e o iacutendice de adiposidade
corporal85 Entretanto faz-se necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de outros iacutendices para identificar
hipertensatildeo arterial em idosos
De acordo com os resultados do presente estudo somente alguns dos
indicadores antropomeacutetricos apresentaram capacidade preditiva para a hipertensatildeo
arterial em idosos de acordo com limite inferior do intervalo de confianccedila de 9586
Dessa forma foi observado que a RCEst e IMC para os homens mostraram-se com
bom poder de detecccedilatildeo para a hipertensatildeo arterial pois obtiveram maiores valores
sob a curva para esse desfecho
Em 2013 Leal Neto et al85 identificaram em seus resultados que o IMC e o
iacutendice de adiposidade corporal foram os melhores indicadores preditivos de
hipertensatildeo arterial nos idosos em ambos os sexos independentemente de outros
fatores tais como idade tabagismo consumo de aacutelcool e atividade fiacutesica
No presente estudo os principais indicadores que tiveram uma boa aacuterea sob a
curva foram o IMC RCEst e Iacutendice C com resultados de 060 IC95 (050-070) 061
IC95 (051-071) e 058 IC95 (058-068) respectivamente para homens
Nas mulheres tais iacutendices mostraram-se com menor poder discriminatoacuterio para
diagnosticar a hipertensatildeo arterial A HAS eacute um desfecho que pode ser influenciado
por fatores multicausais (hormonais estresse etc) Na anaacutelise do desempenho do
iacutendice antropomeacutetrico a loacutegica eacute unidirecional ou seja verificar o desempenho desses
iacutendices apenas como preditores de hipertensatildeo arterial foram mais satisfatoacuterios entre
os homens Os iacutendices podem interferir mas natildeo determinar a prevalecircncia da
30
hipertensatildeo Embora as mulheres tenham uma maior prevalecircncia essa natildeo eacute
determinada pelos iacutendices antropomeacutetricos no presente estudo
Tais resultados diferem do estudo realizado em 2012 por Samsen et al87 no
qual a circunferecircncia da cintura teve boa ASC nos homens = 0684 com IC95 (0672-
0695) e nas mulheres = 0673 IC95 (0665-0681) sendo o melhor indicador
significativamente (p lt0001) do que o IMC no qual a ASC em homens foi de = 0667
IC95 (0656-679) e nas mulheres = 0636 IC95 (0628-0644) em discriminaccedilatildeo
de pelo menos um fator de risco cardiovascular Isso se deve ao fato de tal estudo ter
sido realizado com uma abrangecircncia maior na faixa etaacuteria que foi de 45-80 anos
Uma possiacutevel limitaccedilatildeo para discussatildeo dos resultados desse estudo foi a faixa
etaacuteria restrita que natildeo incluiu idosos (igual ou acima de 60 anos) o que impossibilita
a triagem da pressatildeo arterial elevada nessa populaccedilatildeo
62 Iacutendices antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial
Nesse estudo a CC e RCEst foram as variaacuteveis com maiores valores absolutos
de sensibilidade para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial respectivamente para mulheres
e homens Tais resultados indicam as proporccedilotildees de verdadeiros positivos na
ocorrecircncia de hipertensatildeo arterial
Quanto ao ponto de corte do RCEst nas mulheres foi de 059 sendo 568 de
sensibilidade e 430 de especificidade Valores inferiores ao encontrado no presente
estudo para mulheres foram sugeridos em Taiwan (045) Cingapura (048) e na China
(050) No Brasil em 2009 Haun Pitanga e Lessa16 recomendaram para a RCEst
053 como melhor ponto de corte com sensibilidade (67) e especificidade (58) e
aacuterea sob a curva ROC de 069 (IC 95 = 064-075) Outro ponto de corte semelhante
ao observado no Brasil com mulheres mexicanas variou de 053 a 0535 para a
RCEst discriminar diabete tipo 2 hipertensatildeo e dislipidemias88899091
Os pontos de corte sugeridos por esses paiacuteses e no Brasil podem ter sido
inferiores por causa da abrangecircncia na faixa etaacuteria dos indiviacuteduos no qual incluiacuteram
mulheres de 30 a 74 anos como tambeacutem as caracteriacutesticas econocircmicas culturais e
31
de estilo de vida diferem da realidade das mulheres que residem em cidades de
pequeno porte Estudos que discriminem hipertensatildeo arterial principalmente em
idosos com RCEst satildeo escassos na literatura
Em 2010 Browning Hsieh e Ashwel92 realizaram uma revisatildeo sistemaacutetica
sobre a potencialidade de indicadores antropomeacutetricos em predizer doenccedilas
cardiovasculares e identificou a RCEst como variaacutevel de melhor desempenho A
RCEst apresentou maiores ASC quando comparada ao IMC ou CC Os dados
analisados foram de quatorze paiacuteses diferentes e incluiacuteram caucasianos asiaacuteticos e
da Ameacuterica Central Segundo os autores uma RCEst ge 05 eacute capaz de identificar
fatores de risco cardiovasculares Esse ponto de corte eacute inferior aos encontrados para
homens e mulheres no presente estudo significando que o ponto de corte encontrado
pode diagnosticar risco cardiovascular e consequentemente a presenccedila de
hipertensatildeo
Outros autores afirmam essa hipoacutetese relacionada aos valores limites para
RCEst em diversas populaccedilotildees e indicaram que um ponto de corte de 05 eacute o valor
mais indicado para ambos os sexos todas as idades e diferentes populaccedilotildees899315
Com relaccedilatildeo agrave especificidade a variaacutevel com maior valor foi o IMC
independentemente do sexo Nas mulheres o ponto de corte sugerido foi 2679 kgm2
e nos homens 2420 kgm2 O valor da especificidade foi de 548 para ambos os
sexos o qual possibilita determinar corretamente a ausecircncia de hipertensatildeo arterial
Sendo assim este estudo sugere que o IMC natildeo foi o melhor preditor de hipertensatildeo
arterial
O estudo de Leal Neto et al (2013)85 tambeacutem testou a capacidade de
indicadores antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial em idosos
sugeriu como pontos de corte para IMC valores de 247 kgm2 igual ao encontrado no
presente estudo e de 273 kgm2 nuacutemero superior que aos dados do presente
trabalho para homens e mulheres respectivamente
Em outro estudo realizado com 19621 homens e mulheres com faixa etaacuteria de
45-80 anos a meacutedia da idade foi de 598 anos para os homens e 585 anos para as
mulheres O ponto de corte adequado de IMC foi de 23 kgm2 em homens e 24 kgm2
em mulheres Os pontos de corte de CC foram 80 cm e 78 cm em homens e mulheres
respectivamente Os achados do presente estudo foram superiores a esses
32
resultados todavia deve ser considerado que a populaccedilatildeo alvo foi diferente e com
idade menor da populaccedilatildeo pesquisada no presente trabalho87
Com relaccedilatildeo agrave CC o ponto de corte identificado para a prediccedilatildeo de hipertensatildeo
arterial nas mulheres foi superior ao dos homens Contudo os valores de sensibilidade
e especificidade desses pontos de corte foram maiores entre os homens o que pode
indicar que o poder preditivo da CC para a hipertensatildeo arterial eacute melhor para o sexo
masculino Quanto menor o ponto de corte maior seraacute a habilidade do teste em
classificar os doentes como positivos isto eacute maior seraacute a sensibilidade76 Os pontos
de corte dos homens foram em sua maioria menores em comparaccedilatildeo aos das
mulheres
Tais resultados satildeo contraacuterios aos achados do estudo de Kashihara et al
(2009)94 com indiviacuteduos de 30-74 anos que comparou paciente com hipertensatildeo e sem
hipertensatildeo Em seus pontos de corte de CC para os homens foram superiores aos
pontos de corte definidos para as mulheres e os valores de sensibilidade e
especificidade foi maior nas mulheres para identificar risco cardiovascular Poreacutem a
idade foi menor ao proposto no presente estudo
Outro estudo que contraria tais resultados quanto ao ponto de corte da CC foi
o de Haun Pitanga e Lessa (2009)16 que foi superior para os homens enquanto o
niacutevel de sensibilidade e especificidade foi igual aos nossos achados Poreacutem esse
estudo foi realizado com indiviacuteduos de idade entre 30-74 anos e discriminou risco
coronariano elevado
Quanto ao Iacutendice C no presente estudo o ponto de corte sugerido foi de 126
nas mulheres (sensibilidade 541 e especificidade 452) e 129 para os homens
(sensibilidade 574 e especificidade 456)
Diferentemente do resultado encontrado no presente estudo Pitanga e Lessa
(2005)56 sugeriram como o melhor ponto de corte para risco coronariano com o iacutendice
C 118 para mulheres apresentando valores de sensibilidade (7339) e
especificidade (6115) Para os homens o ponto de corte foi de 125 com valores de
sensibilidade (7391) e especificidade (7492) Tais pontos de corte foram para
indiviacuteduos adultos por esse motivo foram mais baixos que os achados do presente
trabalho Deve-se considerar que existem modificaccedilotildees na composiccedilatildeo corporal com
o processo do envelhecimento o que poderia alterar os pontos de corte para as essas
medidas antropomeacutetricas
33
Em outro estudo com os mesmo autores foram apresentados outros pontos de
corte comparando diferentes faixas etaacuterias Para as mulheres de 30-49 anos o melhor
ponto de corte foi o mesmo (118) com melhor sensibilidade (7857) e
especificidade (6524) e tambeacutem melhor aacuterea sob a curva ROC 081 (IC95 = 070-
092) Entre as de idade mais avanccedilada (50-74 anos) o melhor ponto de corte
sugerido foi 122 com sensibilidade (6000) e especificidade (6582) e aacuterea sob a
curva ROC 065 (IC 95 = 058-073) Portanto o iacutendice C apresentou melhor poder
discriminatoacuterio de RCEst para as mulheres mais jovens64
Almeida Almeida e Arauacutejo (2009)58 conduziram uma pesquisa com mulheres
de 30 e 69 anos buscando avaliar o desempenho de diferentes pontos de corte do
iacutendice C RCQ CC e RCEst para discriminar Risco Coronariano Elevado e o ponto de
corte encontrado para o Iacutendice C foi (125) proacuteximo ao ponto de corte para mulheres
nos nossos achados Dessa forma tais autores afirmaram que os indicadores
antropomeacutetricos de obesidade abdominal analisados tiveram desempenhos
satisfatoacuterios e similares para discriminar RCEst poreacutem o iacutendice C foi o que
apresentou o melhor poder discriminatoacuterio
As informaccedilotildees sobre o iacutendice C satildeo limitadas quanto agrave discussatildeo do ponto de
corte para hipertensatildeo arterial principalmente por encontrar poucos estudos sobre
essa medida como referecircncia para idosos Pitanga e Lessa (2004)55 relatam como
uma limitaccedilatildeo para a utilizaccedilatildeo do Iacutendice C em estudos populacionais a dificuldade de
se calcular o denominador da equaccedilatildeo proposta para sua determinaccedilatildeo
O excesso de gordura em geral estaacute associado ao aparecimento de doenccedilas
cardiovasculares hipertensatildeo arterial e mortalidade a definiccedilatildeo de pontos de corte
para iacutendices que se destacam por sua simplicidade operacional e boa acuraacutecia
permite a detecccedilatildeo dos indiviacuteduos sob risco sendo de grande utilidade nos serviccedilos
de atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede aleacutem de possibilitar o conhecimento da situaccedilatildeo de
grupos populacionais especiacuteficos frente a esses riscos quando empregados na
pesquisa epidemioloacutegica
No contexto das cidades de pequeno porte (rurais e urbanas) os recursos de
sauacutede satildeo muitas vezes limitados e escassos sendo importante a utilizaccedilatildeo desses
iacutendices antropomeacutetricos como substituiccedilatildeo eou apoio a avaliaccedilatildeo tradicional da
pressatildeo arterial Em vaacuterias conjunturas de sauacutede a alta demanda de paciente com
hipertensatildeo arterial exige a utilizaccedilatildeo de instrumentos de diagnoacutesticos e rastreamento
34
de raacutepida e faacutecil aplicaccedilatildeo que possam ser manejados por diferentes profissionais e
que sobretudo apresentem validade e fidedignidade A adequada validaccedilatildeo de
instrumentos e conhecimento de suas propriedades teacutecnicas na populaccedilatildeo brasileira
tambeacutem deve contribuir com a seleccedilatildeo de prioridades e delimitaccedilatildeo do conteuacutedo dos
programas de sauacutede pelos tomadores de decisatildeo em diferentes niacuteveis de gestatildeo
35
7 CONCLUSAtildeO
As anaacutelises dos dados permitem frente aos objetivos estabelecidos formular
as seguintes conclusotildees Quanto ao poder de discriminaccedilatildeo de iacutendices
antropomeacutetricos para a hipertensatildeo arterial em idosos os iacutendices antropomeacutetricos
(IMC RCEst e Iacutendice C) foram bons preditores de hipertensatildeo arterial para os homens
Dessa forma tais iacutendices podem ser empregados nos homens poreacutem tais medidas
natildeo foram satisfatoacuterias para predizer pressatildeo arterial elevada nas mulheres idosas
limitando a sua utilizaccedilatildeo para o sexo feminino com idades avanccediladas
O melhor ponto de corte para discriminar hipertensatildeo arterial foi 054 para a
RCEst nos homens dessa forma tal ponto de corte deve ser empregada no contexto
da atenccedilatildeo primaacuteria nos homens Sugere-se a utilizaccedilatildeo dessa medida a fim de
detectar e realizar a triagem da hipertensatildeo arterial com caracteriacutesticas similares agrave
amostra deste estudo
Recomenda-se que a utilizaccedilatildeo de dois iacutendices simultaneamente resulte em
uma maior eficiecircncia na avaliaccedilatildeo do risco de hipertensatildeo arterial em idosos A
indicaccedilatildeo destas medidas permite que ela seja realizada nas Unidades de Sauacutede da
Famiacutelia como meacutetodo de triagem para idosos com hipertensatildeo arterial utilizando
materiais de faacutecil manejo e de baixo custo
Dessa forma pode-se efetivamente atingir uma das estrateacutegias de prevenccedilatildeo
da hipertensatildeo arterial sistecircmica que eacute o controle da pressatildeo arterial durante o
envelhecimento Todavia sugere-se cautela na utilizaccedilatildeo do ponto de corte desses
indicadores para as mulheres pois os resultados natildeo foram satisfatoacuterios
Fica evidente a necessidade de outros estudos que identifiquem pontos de
corte de iacutendices antropomeacutetricos visando agrave detecccedilatildeo de hipertensatildeo arterial e de
outros fatores de risco cardiovascular nas mulheres idosas que residem em cidades
de pequeno porte
36
8 REFEREcircNCIAS
1 Omram AR The epidemiologic transition a theory of the epidemiology of population change Milbank Memorial Fund Quarterly 1971 49 (Part 1) 509-538
2 Wong LR Carvalho JM Age-strucutural transition in Brazil demographic bonuses and emerging challenges In Pool I Wong LLR Vilquin E editores Age-structural transitions challenges for development Paris Committee for International Cooperation in National Research in Demography 2006
3 Gragnolati M Jorgensen OH Rocha R Fruttero AA Envelhecendo em um Brasil mais Velho implicaccedilotildees do envelhecimento populacional sobre o crescimento econocircmico reduccedilatildeo da pobreza financcedilas puacuteblicas prestaccedilatildeo de serviccedilos Banco Internacional para a Reconstruccedilatildeo e o Desenvolvimento Banco Mundial 2011
4 Schmidt MI Duncan BB Silva GA et al Health in Brazil 4 Chronic non-communicable diseases in Brazil burden and current challenges The Lancet 2011 377
5 Ezzati M Hoorn SV Rodgers A et al Comparative Risk Assessment Collaborating Group Selected major risk factors and global and regional burden of disease Lancet 2002 360 1347-60
6 Lim SS Vos T Flaxman AD et al A comparative risk assessment of burden of disease and injury attributable to 67 risk factors and risk factor clusters in 21 regions 1990-2010 a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2010 Lancet 2012 380 (9859)2224-60
7 Sociedade Brasileira de Cardiologia Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Sociedade Brasileira de Nefrologia VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 2010 95(1) 1-51
8 Miranda DR Perrotti TC Bellinazzi VR et al Hipertensatildeo arterial no idoso peculiaridades na fisiopatologia no diagnoacutestico e no tratamento Rev Bras Hipertens 2002 9 293-300
9 Pilger C Menon MU Mathias TAF Caracteriacutesticas sociodemograacuteficas e de sauacutede de idosos contribuiccedilotildees para os serviccedilos de sauacutede Rev Latino-Am Enfermagem 2011 19(5)1230-1238
10 Pilger C Menon MU Mathias TAF Utilizaccedilatildeo de serviccedilos de sauacutede por idosos vivendo na comunidade Rev esc enferm USP 2013 47(1)213-220
11 Mariath AB Grillo LP Silva RO et al Obesidade e fatores de risco para o desenvolvimento de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis entre usuaacuterios de unidade de alimentaccedilatildeo e nutriccedilatildeo Cad Sauacutede Puacuteblica 2007 23 (4) 897-905
37
12 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Diretrizes e recomendaccedilotildees para o cuidado
integral de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis promoccedilatildeo da sauacutede vigilacircncia prevenccedilatildeo e assistecircncia Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2008
13 Kuumlmpe DA Sodreacute AC Pomatti DM et al Obesidade em Idosos Acompanhados
pela Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia Texto Contexto Enferm Florianoacutepolis 2011 20(3) 471-7
14 Silva KS Farias Juacutenior JC Fatores de risco associados agrave pressatildeo arterial elevada em adolescentes Rev Bras Med Esporte 2007 13(4) 237-40
15 Pitanga FJG Lessa I Razatildeo cintura-estatura como discriminador do risco
coronariano de adultos Rev Assoc Med Bras 2006 52157-61
16 Haun DR Pitanga FJG Lessa I Razatildeo CinturaEstatura comparado a outros indicadores antropomeacutetricos de obesidade como preditor de risco coronariano elevado Rev Assoc Med Bras [online] 2009 55(6) 705-711
17 Nascimento CM Ribeiro AQ SantrsquoAna LFR et al Estado nutricional e condiccedilotildees de sauacutede da populaccedilatildeo idosa brasileira revisatildeo da literatura Rev meacuted Minas Gerais 2011 21(2)174-180
18 Gomes MA Beck cc Duarte MFS et al Ficha Antropomeacutetrica no Nuacutecleo de Apoio a Sauacutede da Famiacutelia o que medir e para que medir Rev bras cineantropom desempenho hum 2009 11(2) 243-253
19 Azevedo LF Oliveira ACC Lima JRP et al Recomendaccedilotildees sobre condutas e procedimentos do profissional de educaccedilatildeo fiacutesica na atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede Rio de Janeiro CONFEF 2010 109-55
20 World Health Organization World health statistics 2012 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghopublicationsworld_health_statistics2012enindexhtmlgt [2012 set 18]
21 World Health Organization Global health risks mortality and burden of disease attributable to selected major risks Geneva World Health Organization 2009a
22 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Panorama da sauacutede brasileira em muacuteltiplos aspectos Percepccedilatildeo do estado de sauacutede estilo de vida e doenccedila crocircnica Pesquisa Nacional de Sauacutede 2013
23 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Pesquisa Nacional por Amostra
de Domiciacutelios 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapesquisaspesquisa_resultadosphpid_pesquisa=149gt[2014 dez 04]
24 Tribess S Virtuoso Junior JS Prescriccedilatildeo de exerciacutecios fiacutesicos para idosos Rev saudecom 2005 1(2)163-72
38
25 Pollock ML Wilmore JH Exerciacutecio na Sauacutede e na Doenccedila avaliaccedilatildeo e prescriccedilatildeo para prevenccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo Editora MEDSI 2ordf ed Rio de Janeiro 1993
26 Sociedade Brasileira de Cardiologia V Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 20061-48
27 World Health Organization Global Health Observatory (GHO) 2014 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghoncdrisk_factorsblood_pressure_prevalence_textengt [2014 dez 04]
28 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Secretaria de Atenccedilatildeo baacutesica agrave Sauacutede Departamento de atenccedilatildeo baacutesica - Hipertensatildeo arterial sistecircmica Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2006
29 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) (2009) Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeGestorvisualizar_textocfmidtxt=24421gt [2010 abr 07]
30 Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Nuacutemero de hipertenso 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwsbhorgbripadgeralphpgt [09 nov 2014]
31 Secretaria de Sauacutede do Estado da Bahia Hipertensatildeo Quantidade de Hipertensos na Bahia Disponiacutevel em (2014) lthttpwwwsaudebagovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=4418ampcatid=1ampItemid=14gt [2014 jan 10]
32 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica 2014 Dados de mortalidade na Bahia Disponiacutevel em lthttptabnetdatasusgovbrcgitabcgiexesiabcnvSIABSBAdefgt [2014 mai 05]
33 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica Dados sociodemograacuteficos de Ibicuiacute 2014 lthttptabnetdatasusgovbrcgideftohtmexesiabcnvSIABFBAdefgt [2014 jan 05]
34 Williams B The year in hypertension JACC 2010 55(1) 66-73
35 Lipp M Rocha JC Stress Hipertensatildeo Arterial e Qualidade de vida um guia de tratamento para o hipertenso Campinas Papirus 1996
36 Borenstein MS (Org) Manual de Hipertensatildeo Arterial Porto Allege Editora Sagra Luzzatto 1999
37 Joint National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure The Sixth Report of the Join National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure Arch Intern Med 1997157 2413-2446
39
38 Mitchell GF Parise H Benjamin EJ et al Changes in arterial stiffness and wave reflection with advancing age in health men and women Hypertension 2004 431239-1245
39 Matos AC Ladeia AM Avaliaccedilatildeo de fatores de risco cardiovascular em uma comunidade rural da Bahia Arq Bras Cardiol 2003 81(3) 291-6
40 World Health Organization Who Expert Committee on Physical Status the use and interpretation of antropometry Report of a WHO Expert Commitee Geneva WHO 1995 p 854
41 Pitanga FJG Antropometria na avaliaccedilatildeo da obesidade abdominal e risco coronariano Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum 201113(3) 238-241
42 Ferreira LS Amaral TF Marucci MFN et al Under nutrition as a major risk factor for death among older Brazilian adults in the community-dwelling setting SABE survey Nutrition 201127(10)17-22
43 Andrade FB Caldas Junior AF Kitoko PM et al Prevalence of overweight and obesity in elderly people from Vitoacuteria-ES Brazil Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2012 set17(3)749-756
44 Boscatto EC Duarte Mde F Coqueiro Rda S Barbosa AR Nutritional status in the oldest elderly and associated factors Rev Assoc Med Bras 2013 59(1)40-47
45 Kostka J Borowiak E Kostka T Nutritional status and quality of life in different
populations of older people in Poland Eur J Clin Nutr 2014 Nov68(11)1210-5
46 Silva DAS Petroski EL Associaccedilatildeo de diferentes pontos de corte para sobrepeso e obesidade com pressatildeo arterial elevada em idosas Rev Educ Fis UEM 2009 20 415-22
47 Nutrition Screening Initiative Interventions manual for professionals caring for older Americans Washington DC Nutrition Screening Initiative 1992
48 World Health Organization Obesity preventing and managing the global epidemic Report of a WHO Consultation on Obesity Geneva World Health Organization 1998
49 Cameron AJ Dunstan DW Owen N et al Health and mortality consequences
of abdominal obesity evidence from the Aus Diab study Med J Aust 2009191 202ndash208
50 Fox KA Despres JP Richard AJ et al Does abdominal obesity have a similar impact on cardiovascular disease and diabetes A study of 91246 ambulant patients in 27 European countries Eur Heart J 2009 30 3055ndash3063
40
51 Pouliot MC Despreacutes JP Lemieux S et al Waist circumference and abdominal sagittal diameter Best simple anthropometric indexes of abdominal visceral adipose tissue accumulation and related cardiovascular risk in men and woman Am J Cardiology 1994 73 460-468
52 Peixoto MRG Beniacutecio MHD Latorre M et al Circunferecircncia da Cintura e Iacutendice de massa Corporal como Preditores da Hipertensatildeo Arterial Arq Bras Cardiol 200687 462-470
53 MacKay MF Haffner SM Wagenknecht LE et al Prediction of type 2 diabetes using alternate anthropometric measures in a multiethnic cohort the insulin resistance atherosclerosis study Diabetes Care 200932(5)956-8
54 Valdez R A simple model-based index of abdominal adiposity J Clin Epidemiol1991 44(9) 955-6
55 Pitanga FJG Lessa I Sensibilidade e especificidade do iacutendice de conicidade como discriminador do risco coronariano de adultos em Salvador Brasil Rev Bras Epidemiol 20047(3)259-69
56 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano elevado em adultos na cidade de Salvador - Bahia Arq Bras Cardiol 2005 85 (1)26-31
57 Ghosh JR Bandyopadhyay AR Comparative evaluation of obesity measures relationship with blood pressures and hypertension Singapore Med J 200748(3) 232-5
58 Almeida RT Almeida MMG Araujo TM Obesidade abdominal e risco cardiovascular desempenho de indicadores antropomeacutetricos em mulheres Arq Bras Cardiol 2009 out92(5)375-380
59 Freitas Juacutenior Costa Rosa CS Codogno JS et al Capacidade cardiorrespiratoacuteria e distribuiccedilatildeo de gordura corporal de mulheres com 50 anos ou mais Rev Esc Enferm USP 2010 44(2) 395-400
60 Matos LN Giorelli GV Dias CB Correlation of anthropometric indicators for identifying insulin sensitivity and resistance Satildeo Paulo Med J [online] 2011 129(1) 30-35
61 Gomes MA Rech CR Gomes MBA et al Correlaccedilatildeo entre iacutendices antropomeacutetricos e distribuiccedilatildeo de gordura corporal em mulheres idosas Rev bras cineantropom desempenho hum 2006 set 8(3) 16-22
62 Tarastchuk JCE Gueacuterios EE Bueno RRL et al Obesidade e intervenccedilatildeo coronariana devemos continuar valorizando o Iacutendice de Massa Corpoacuterea Arq Bras Cardiol [online] 2008 90(5) 311-316
41
63 Ferreira AP CB Ferreira VC Souza et al Risco de distuacuterbio glicecircmico em mulheres idosas ajustado por antropometria e genoacutetipos de citocinas Rev Assoc Med Bras [online] 201157(5) 565-569
64 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano em mulheres Rev Bras Cineantrop Desempenho Hum 2006 8 (1) 14-21
65 Newman TB Browner WS Cummings SR Delineando estudos de testes meacutedicos In Hulley SB et al Delineando a pesquisa cliacutenica uma abordagem epidemioloacutegica 2 ed Porto Alegre Artmed 2003 203-224
66 Toscano CM As campanhas nacionais para detecccedilatildeo das doenccedilas crocircnicas natildeo-transmissiacuteveis diabetes e hipertensatildeo arterial Ciecircnc sauacutede Coletiva out-dez 2004 9(4) 885-895
67 Fletcher RH Fletcher SW Prevenccedilatildeo In Fletcher R Fletcher S Epidemiologia
cliacutenica elementos essenciais 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 2006 179-201
68 Jeckel J Elmore J Katz D Meacutetodos de prevenccedilatildeo secundaacuteria In _____ Epidemiologia bioestatiacutestica e medicina preventiva 2 ed Porto Alegre Artmed 2005 236-247
69 Klein CH Bloch KV Estudos seccionais In Medronho RA Carvalho DM Bloch KV Luiz RR Werneck GL Epidemiologia 1ordf ed Satildeo Paulo Editora Atheneu 2002 125-150
70 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Resoluccedilatildeo nordm- 6 de 3 de novembro de 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcenso2010ibgegovbrdados_divulgadosindexphpuf=29gt[201 dez 18]
71 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica ndash Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais (2014) Disponiacutevel em lthttpcodibgegovbr398G9gt [2014 ago 30]
72 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230gt [2013 mai 01]
73 Luiz RR Magnanini MMF A loacutegica da determinaccedilatildeo do tamanho da amostra em investigaccedilotildees epidemioloacutegicas Cad sauacutede coletiva Rio de Janeiro 2000 8(2) 9-28
74 Reis MC Nascimento RAS Pedreira RBS et al Validaccedilatildeo de Face e Clareza do Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede dos Idosos ndash IASI [resumo] in Anais do XIX Congresso Brasileiro Geriatria e Gerontologia Beleacutem 2014 296-296
75 Lohman TG Roche AF Martorell R Anthropometric Standardization Reference Manual Champaign Illinois Human Kinetics 1988
42
76 Vaz JCL Regiotildees de Incerteza para Curva ROC em Teste Diagnoacutesticos
[dissertaccedilatildeo] Satildeo Carlos Universidade Federal de Satildeo Carlos 2009
77 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de 2012
78 Erdreich LS Lee ET Use of relative operating characteristic analysis in epidemiology A method for dealing with subjective judgement Am J Epidemiol 1981 114649-62
79 Aekplakorn W Pakpeankitwatana V Lee CM et al Abdominal obesity and coronary heart disease in Thai men Obesity 200715(4)1036-42
80 Oliveira MAM Fagundes RLM Moreira EAM et al Relaccedilatildeo de Indicadores Antropomeacutetricos com Fatores de Risco para Doenccedila Cardiovascular Arq Bras Cardiol 2010 abr 94(4) 478-485
81 Mendes TAB Goldbaum M Segri NJ et al Factors associated with the prevalence of hypertension and control practices among elderly residents of Satildeo Paulo city Brazil Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(11) 2275-2286
82 Oliveira BFA Souza Mouratildeo D Gomes N et al Prevalecircncia de hipertensatildeo arterial em comunidades ribeirinhas do Rio Madeira Amazocircnia Ocidental Brasileira Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(8) 1617-1630
83 Picon RV Fuchs FD Moreira LB et al Prevalence of Hypertension Among Elderly Persons in Urban Brazil A Systematic Review With Meta-Analysis Am J Hypertens 2013 26 (4) 541-548
84 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Pessoa Idosa e Envelhecimento Seacuteries Pactos pela Sauacutede 2006 v 12 Brasiacutelia ndash DF 2010
85 Leal Neto JS Souza J Coqueiro RS et al Anthropometric indicators of obesity as screening tools for high blood pressure in the elderly Int J Nurs Pract 2013 Aug 19(4) 360-367
86 Schisterman EF Faraggi D Reiser B Trevisan M Statistical inference for the area under the receiver operating characteristic curve in the presence of random measurement error Am J Epidemiol 2001 154 (2) 174-9
87 Samsen M Hanchaiphiboolkul S Puthkhao P et al Appropriate body mass index and waist circumference cutoffs for middle and older age group in Thailand data of 19621 participants from Thai epidemiologic stroke (TES) study J Med Assoc Thai 2012 Sep 95(9)1156-66
88 Ko GTC Chan JCN Cockram CS Woo J Prediction of hypertension diabetes dyslipidemia or albuminuria using simple anthropometric indexes in Hong Kong Chinese Int J Obes 1999 23 (11) 1136-42
43
89 Lin WY Lee LT Chen CY et al Optimal cut-off values for obesity using simple anthropometric indices to predict cardiovascular risk factors in Taiwan Int J Obes Relat Metab Disord 2002261232-8
90 Pua YH Ong PH Anthropometric indices as screening tools for cardiovascular risk factors in Singaporean women Asia Pac J Clin Nutr 2005 14 (1) 74-9
91 Berber A Goacutemez-Santos R Fanghaumlnel G Saacutenchez-Reyes L Anthropometric
indexes in the prediction of type 2 diabetes mellitus hypertension and dyslipidaemia in a Mexican population Int J Obes 200125(12)1794-9
92 Browning LM Hsieh SD Ashwell M A systematic review of waist-to-height ratio
as a screening tool for the prediction of cardiovascular disease and diabetes 05 could be a suitable global boundary value Nutr Res Rev 2010 23(2)247-69
93 Bertsias G Mammas I Linardakis M Kafatos A Overweight and obesity in
relation to cardiovascular disease risk factors among medical students in Crete Greece BMC Public Health 2003 31-9
94 Kashihara H Lee JS Kawakubo K et al Criteria of Waist Circumference According to Computed Tomography-Measured Visceral Fat Area and the Clustering of Cardiovascular Risk Factors Circ J 2009 73 1881-1886
44
APEcircNDICES
45
Apecircndice 1
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
46
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS
PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE SAUacuteDE
DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE
Jequieacute ____ ____ 201__
APEcircNDICE 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Vocecirc esta sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa do Nuacutecleo de
Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo (NESP) da Universidade Estadual do Sudoeste da
Bahia
Objetivo do estudo Avaliar e monitorar as condiccedilotildees de sauacutede de idosos residentes
em comunidade
Participaccedilatildeo Ao aceitar participar do estudo estarei agrave disposiccedilatildeo do pesquisador
para responder ao formulaacuterio que seraacute arquivado pelo autor por um periacuteodo de cinco
anos sendo posteriormente incinerado
Riscos Este estudo natildeo traraacute riscos para minha integridade fiacutesica ou moral dos
participantes
Confidencialidade do estudo Seraacute garantida a privacidade o anonimato bem como
o direito de aceitar ou natildeo participar da pesquisa podendo ser essa autorizaccedilatildeo
suspensa em qualquer fase do estudo Assim as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo
4662012 do Conselho Nacional de Sauacutede que discorre sobre pesquisa envolvendo
seres humanos seratildeo atendidas Os resultados seratildeo publicados no relatoacuterio final da
dissertaccedilatildeo e artigos cientiacuteficos
47
Benefiacutecios Accedilotildees interinstitucionais articuladas promovidas numa perspectiva
interdisciplinar possibilitaratildeo uma melhor compreensatildeo das condiccedilotildees de sauacutede dos
idosos residentes em comunidade do municiacutepio e contribuiraacute para a formulaccedilatildeo de
accedilotildees direcionadas as necessidades dessa populaccedilatildeo
Danos advindos da pesquisa Caso haja algum prejuiacutezo decorrente da realizaccedilatildeo
deste estudo seraacute providenciada a devida reparaccedilatildeo dos danos atraveacutes do
responsaacutevel pelo estudo O pesquisador e os entrevistados natildeo receberatildeo benefiacutecios
financeiros para participaccedilatildeo no estudo Todas as despesas seratildeo por conta do
pesquisador
Participaccedilatildeo voluntaacuteria Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria podendo a qualquer
momento desistir do estudo sem qualquer prejuiacutezo ou penalidade para mim
Consentimento para participaccedilatildeo Apoacutes ser devidamente esclarecido (a) quanto
aos objetivos deste estudo dos procedimentos aos quais serei submetido (a) bem
como dos possiacuteveis riscos decorrentes da minha participaccedilatildeo estou de acordo em
participar do mesmo O pesquisador responsaacutevel pelo estudo assegura que seraacute
disponibilizado qualquer esclarecimento adicional que eu venha a solicitar durante a
realizaccedilatildeo da pesquisa e o direito de desistir da participaccedilatildeo em qualquer momento
Em casos de duacutevidas eou problemas referentes ao estudo vocecirc poderaacute
entrar em contato com o autor atraveacutes do Nuacutecleo de Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo
(NESP) (73) 3528-9721
Sendo assim eu ______________________________________________
aceito livremente participar do Projeto MONIDI
__________________________________ __________________________________
Assinatura do (a) participante
RG _________________________
Assinatura do (a) pesquisador
RG_________________________
48
Apecircndice 2
Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede do Idoso
49
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS
PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE
SAUacuteDE DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE
Nuacutemero do Questionaacuterio |__|__|__|
Nome do Entrevistador ___________________________
Visita 1 2 3
Data Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Hora de iniacutecio ________
Hora de teacutermino ________
I INFORMACcedilOtildeES PESSOAIS E SOCIODEMOGRAacuteFICAS
1 Nome do entrevistado
2Sexo
0 ( ) Feminino
1 ( ) Masculino
3 Endereccedilo completotelefone
4 Idade ____ anos
41 Data de Nascimento
____________
50
5 Situaccedilatildeo conjugal atual
1 ( ) Casado(a) 2 ( ) Uniatildeo estaacutevel 3 ( ) Solteiroa
4 ( ) Divorciado(a)separado(a)desquitado(a) 5 ( ) Viuacutevoa
6 No total quantas vezes o (a) Sr(a) esteve casado(a) ou em uniatildeo
Nordm de vezes |___|___|
7 Na escola qual a uacuteltima seacuterie grau que concluiu com aprovaccedilatildeo
1 - Nunca foi agrave escola ( ) 4 - Fundamental II ( )5 a ( )6 a ( )7 a ( )8 a
2 - Lecirc e escreve o nome ( ) 5 - Ensino Meacutedio ( ) 1 a ( )2 a ( )3
3 - Fundamental I ( )1 a ( )2 a 6 - Superior ( ) completo ( ) incompleto
( )3 a ( )4 a
8 Como vocecirc classificaria a cor da sua pele
1( ) Branca 2( ) Amarela (oriental) 3( ) Parda
4( ) Origem indiacutegena 5( ) Preta 9( ) Natildeo sabe
9 Cor da pele (entrevistador)
1( ) branca 2( ) amarela (oriental) 3( ) parda
4( ) origem indiacutegena 5( ) preta
10-Quantos filhos e filhas nascidos vivos o(a)Sr(a) teve (natildeo inclua enteados filhos
adotivos abortos ou filhos nascidos mortos)
Nuacutemero de filhos |____|____| (98) NS (99) NR
11 Atualmente o senhor (a) mora sozinho ou acompanhado
1( )Acompanhado 2( ) Sozinho 3( ) NR 4( )NS
51
12 Desde que o senhor (a) nasceu viveu no campo por 5 anos ou mais
0( ) Natildeo 1( ) Sim 2( ) NS 3( ) NR
13 Qual eacute a sua religiatildeo
1( ) Catoacutelica 2( ) Protestante 3( ) Judaica
4( ) Espiacuteritakardecista 5( ) Umbanda 6( ) Outras ____________
14 Qual a importacircncia da religiatildeo em sua vida
(1) Importante (2) Regular (3) Nada importante (8) NS (9) NR
15 Com que frequecircncia o senhor vai agrave igreja ou ao serviccedilo religioso
( ) Nunca ( ) Vaacuterias vezes por ano ( ) Uma duas vezes por mecircs
( ) Quase toda semana ( ) Mais de uma vez por semana ( ) NS ( ) NR
16 Quanto vocecirc ganha em meacutedia por mecircs R$ __________8( )Natildeo se aplica
II A CONSUMO DE AacuteLCOOL E TABACO
Uso de bebidas alcooacutelicas
1 Vocecirc consome bebidas alcooacutelicas Se vocecirc NAtildeO BEBE siga para o bloco III C
0 ( )sim 1( ) natildeo
2 Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
3 As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
4 Sente-se chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
5 Costuma beber pela manhatilde para diminuir o nervosismo ou a ressaca
0 ( ) sim 1( ) natildeo
Haacutebito de fumar
1 Vocecirc jaacute foi fumante 0 ( ) sim 1( ) natildeo
52
2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco
III C
3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros
4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias
III ANTROPOMETRIA
MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS
ESTATURA
MASSA CORPORAL
CIRCUNFEREcircNCIA
DE CINTURA
IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL
MEDIDA 01 02 03
Pressatildeo arterial
sistoacutelica
Pressatildeo arterial
diastoacutelica
53
ANEXOS
54
Anexo 1
Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos
55
56
19
Tabela 3 - Variaacuteveis sociodemograacuteficas e de estilo de vida em idosos
Mulheres (n=175) Taxa de Resposta
Homens (n=135) Taxa de Resposta
n n P
Raccedilacor 9861 991
Branco 47 2686 43 3209
Preto 73 4171 26 1940 0001
Pardo 49 2800 55 4074
Natildeo sabe 4 229 10 741
Escolaridade 9918 1000
Analfabeto 95 5429 84 6222
Baacutesica 72 4114 46 3408 0001
Secundaacuteria 5 286 5 370
Superior 2 114 - -
Estado Civil 9789 991
Casadouniatildeo estaacutevel
74 4229 78 5777
Solteiroseparado 33 1886 36 2667 0001
Viuacuteva 63 3600 20 1481
Renda Mensal 9918 1000
le 1 salaacuterio 165 9428 123 9111
11 a 2 salaacuterio 8 458 10 74 0001
21 a salaacuterio 1 057 2 148
Alcoolismo 9989 1000
Sim 4 229 9 667 0001
Natildeo 170 9714 126 9333
Tabagismo 9597 1000
Sim 15 857 21 1556 0001
Natildeo 152 8686 114 8444
Teste Qui-quadrado
20
52 Caracteriacutesticas antropomeacutetricas
Apoacutes a assinatura do TCLE e realizaccedilatildeo do questionaacuterio 10 idosos foram
excluiacutedos (recusas e informaccedilatildeo incompleta do questionaacuterio) desta etapa de anaacutelise
Dessa forma foram analisadas 300 avaliaccedilotildees das medidas antropomeacutetricas
Na Tabela 4 podem ser observados os valores meacutedios desvio padratildeo valores
miacutenimos e maacuteximos e percentuais das variaacuteveis avaliadas A meacutedia do IMC foi menor
nos homens quando comparado com o resultado das mulheres (p lt 0001) Natildeo houve
diferenccedila significativa da variaacutevel circunferecircncia da cintura entre homens e mulheres
(p = 0208) A prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi maior nas mulheres A maioria
das mulheres eacute obesa e entre os homens o estado nutricional foi considerado eutroacutefico
(Tabela 5)
21
Tabela 4 - Valores descritivos miacutenimos e maacuteximos das variaacuteveis analisadas
Variaacuteveis Mulheres (n=167) Homens (n=133) Valor-p
Idade (anos) 7078 plusmn 821 (60-108)
7259 plusmn 786 (60-93)
0055
Massa corporal (kg) 6020 plusmn 1223 (2970-9580)
6384 plusmn 1250 (4010-11840)
0012
Estatura (cm) 14875 plusmn 616 (129-164)
16080 plusmn 782 (135-183)
lt00001
IMC (kgm2) 2715 plusmn505 (1342-4064)
2458 plusmn 390 (1475-3544)
lt00001
CC (cm)dagger 8734 plusmn 1126 (55-130)
8894 plusmn 1010 (66-115)
0208
RCEst 057 plusmn 011 (000-087)
055 plusmn 006 (042-073)
0086
Iacutendice C 123 plusmn 021 (000-166)
129 plusmn 006 (117-150)
0001
PAS 14096 plusmn 2218 (87-200)
13735 plusmn 2251 (98-209)
0166
PAD 7671 plusmn 1091 (45-105)
7697 plusmn 1179 (49-110)
0846
IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia da cintura RCEst - razatildeo cintura-estatura Iacutendice C - Iacutendice de Conicidade PAS - pressatildeo arterial sistoacutelica PAD ndash pressatildeo arterial diastoacutelica dagger Variaacuteveis com perdas (n=163 mulheres) Teste T de Student para amostras independentes
Tabela 5 - Percentuais das variaacuteveis analisadas
Variaacutevel Mulheres Homens Valor-p
Pressatildeo Arterial (n) (n)
Normal 557 (93) 594 (79) 0011
Hipertensatildeo 443 (74) 406 (54)
Estado nutricional (n) (n)
Baixo peso 144 (24) 301 (40)
Normal 353 (59) 436 (58) lt00001
Sobrepeso 503 (84) 263 (35)
Teste Qui-quadrado
53 Anaacutelise da curva ROC
22
As aacutereas sob a curva ROC do IMC da CC da RCEst e do iacutendice C como
preditores de hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos e os respectivos
intervalos de confianccedila (IC 95) podem ser observados na Tabela 6 e nas Figuras 2
3 4 5 6 7 8 9 Evidenciou-se que alguns iacutendices antropomeacutetricos apresentaram
aacuterea sob a curva ROC significativas Todavia a RCEst e o IMC assumiram maiores
aacutereas com diferenccedila significativa para os homens
Tabela 6 - Aacuterea sob a curva ROC e IC95 entre os iacutendices antropomeacutetricos e hipertensatildeo arterial em idosos
Aacuterea sob a curva ROC
PA elevada Mulheres
Homens
p
IMC (kgm2) 053 (044-062) 060 (050-070)
lt00001dagger
CC (cm) 057 (048-066) 058 (048-068)
lt00001dagger
RCEst 056 (047-065) 061 (051-071)
lt00001dagger
Iacutendice C 058 (049-066) 058 (058-068) lt00001dagger
IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia de cintura RCEst - razatildeo cinturaestatura Iacutendice C - iacutendice de conicidade ROC ndashReceiver Operating CharacteristicIC95 - intervalo de confianccedila a 95Aacuterea sob a curva ROC apresentando poder discriminatoacuterio para pressatildeo arterial elevada (Li-IC ge 050) daggerTeste Qui-quadrado
23
Figura 2 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) IMC - iacutendice de massa corporal
Figura 3 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) IMC - iacutendice de massa corporal
24
Figura 4 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) CC ndash circunferecircncia da cintura
Figura 5 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) CC ndash circunferecircncia da cintura
25
Figura 6 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) RCEst - razatildeo cinturaestatura
Figura 7 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) RCEst - razatildeo cinturaestatura
26
Figura 8 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) Iacutendice C -iacutendice de conicidade
Figura 9 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) Iacutendice C - iacutendice de conicidade
27
Os valores dos pontos de corte dos iacutendices antropomeacutetricos como preditores
de hipertensatildeo arterial e suas respectivas sensibilidade e especificidade (mais
adequado equiliacutebrio entre si) satildeo apresentados na Tabela 7 Observa-se que entre
os iacutendices antropomeacutetricos a RCEst teve melhor percentual de sensibilidade e de
especificidade para discriminar a pressatildeo arterial elevada para os homens
Tabela 7 - Pontos de corte sensibilidade e especificidade dos iacutendices antropomeacutetricos para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial em idosos
Mulheres Homens PA elevada
Ponto de corte
Sensibilidade ()
Especificidade ()
Ponto de corte
Sensibilidade ()
Especificidade ()
IMC (kgm2)
2679 527 548 2420 527 548
CC (cm) 8750 577 457 8650 593 532 RCEst 059 568 430 054 648 456 Iacutendice C 126 541 452 129 574 456
IMC ndash Iacutendice de Massa Corporal CC ndash Circunferecircncia da Cintura RCEst ndash Razatildeo Cintura-Estatura Iacutendice C ndash Iacutendice de Conicidade
28
6 DISCUSSAtildeO
61 Aacutereas sob a Curva ROC
Este estudo teve como objetivo identificar a capacidade preditiva de iacutendices
antropomeacutetricos de obesidade geral e abdominal para discriminar a presenccedila de
hipertensatildeo arterial em idosos com foco de utilizaccedilatildeo no ambiente da estrateacutegia de
sauacutede da famiacutelia Nessa perspectiva surge uma proposta de triagem dos casos de
idosos com possiacuteveis alteraccedilotildees crocircnicas em sua pressatildeo arterial aleacutem de possibilitar
a discussatildeo sobre validaccedilatildeo de tais iacutendices para uso no contexto da sauacutede
Dessa forma recomenda-se a anaacutelise da sensibilidade e especificidade por
meio da construccedilatildeo de curvas ROC pois eacute a melhor opccedilatildeo para determinar pontos de
corte em estudos epidemioloacutegicos78 Essa anaacutelise permite fornecer a aacuterea sob a curva
que traduz o poder de discriminaccedilatildeo de um indicador para um determinado desfecho
e a identificaccedilatildeo do melhor ponto de corte
A proposta dessa pesquisa natildeo eacute excluir o diagnoacutestico meacutedico mas
proporcionar uma estrateacutegia mais abrangente a ser utilizada pelas USFs em parceria
entre os profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica e os profissionais de sauacutede no contexto da
atenccedilatildeo primaacuteria
Embora exista associaccedilatildeo entre sobrepesoobesidade e a pressatildeo arterial
elevada poucos estudos tecircm identificado pontos de corte de iacutendices antropomeacutetricos
que visem agrave detecccedilatildeo da hipertensatildeo arterial em idosos Diversos estudos tecircm
demonstrado que os iacutendices antropomeacutetricos satildeo bons indicadores de obesidade e
estatildeo relacionados a fatores de risco cardiovascular795880 Todavia a hipertensatildeo eacute
apontada como um dos principais fatores de risco cardiovasculares o que denota a
necessidade de um olhar diferenciado
A prevalecircncia de hipertensatildeo foi inferior agrave encontrada em outros estudos818283
Contudo diferenccedilas metodoloacutegicas nuacutemero de medidas realizadas e os diferentes
criteacuterios de referecircncia satildeo as principais causas da grande variabilidade nas
prevalecircncias de pressatildeo arterial elevada entre as investigaccedilotildees No presente estudo
29
optou-se por maior rigorosidade ao diagnosticar a pressatildeo arterial elevada
considerando a realizaccedilatildeo de trecircs medidas
Nessa amostra observou-se que a prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi
443 nas mulheres e 406 nos homens Demonstrando ser uma alta prevalecircncia
pois se trata de uma populaccedilatildeo que eacute influenciada diretamente pelo o aumento da
morbimortalidade durante o envelhecimento Estudos envolvendo idosos indicam que
a prevalecircncia da hipertensatildeo encontra-se entre 50-70 com o aumento da idade84
Poucos estudos epidemioloacutegicos foram conduzidos com o objetivo de identificar
e discriminar a capacidade de iacutendices antropomeacutetricos de obesidade para a pressatildeo
arterial elevada na populaccedilatildeo de idosos e principalmente utilizando o iacutendice C o
RCEst Um estudo realizado com a populaccedilatildeo de idosos utilizou o mesmo objetivo
poreacutem usou como ponto de corte o iacutendice de massa corporal e o iacutendice de adiposidade
corporal85 Entretanto faz-se necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de outros iacutendices para identificar
hipertensatildeo arterial em idosos
De acordo com os resultados do presente estudo somente alguns dos
indicadores antropomeacutetricos apresentaram capacidade preditiva para a hipertensatildeo
arterial em idosos de acordo com limite inferior do intervalo de confianccedila de 9586
Dessa forma foi observado que a RCEst e IMC para os homens mostraram-se com
bom poder de detecccedilatildeo para a hipertensatildeo arterial pois obtiveram maiores valores
sob a curva para esse desfecho
Em 2013 Leal Neto et al85 identificaram em seus resultados que o IMC e o
iacutendice de adiposidade corporal foram os melhores indicadores preditivos de
hipertensatildeo arterial nos idosos em ambos os sexos independentemente de outros
fatores tais como idade tabagismo consumo de aacutelcool e atividade fiacutesica
No presente estudo os principais indicadores que tiveram uma boa aacuterea sob a
curva foram o IMC RCEst e Iacutendice C com resultados de 060 IC95 (050-070) 061
IC95 (051-071) e 058 IC95 (058-068) respectivamente para homens
Nas mulheres tais iacutendices mostraram-se com menor poder discriminatoacuterio para
diagnosticar a hipertensatildeo arterial A HAS eacute um desfecho que pode ser influenciado
por fatores multicausais (hormonais estresse etc) Na anaacutelise do desempenho do
iacutendice antropomeacutetrico a loacutegica eacute unidirecional ou seja verificar o desempenho desses
iacutendices apenas como preditores de hipertensatildeo arterial foram mais satisfatoacuterios entre
os homens Os iacutendices podem interferir mas natildeo determinar a prevalecircncia da
30
hipertensatildeo Embora as mulheres tenham uma maior prevalecircncia essa natildeo eacute
determinada pelos iacutendices antropomeacutetricos no presente estudo
Tais resultados diferem do estudo realizado em 2012 por Samsen et al87 no
qual a circunferecircncia da cintura teve boa ASC nos homens = 0684 com IC95 (0672-
0695) e nas mulheres = 0673 IC95 (0665-0681) sendo o melhor indicador
significativamente (p lt0001) do que o IMC no qual a ASC em homens foi de = 0667
IC95 (0656-679) e nas mulheres = 0636 IC95 (0628-0644) em discriminaccedilatildeo
de pelo menos um fator de risco cardiovascular Isso se deve ao fato de tal estudo ter
sido realizado com uma abrangecircncia maior na faixa etaacuteria que foi de 45-80 anos
Uma possiacutevel limitaccedilatildeo para discussatildeo dos resultados desse estudo foi a faixa
etaacuteria restrita que natildeo incluiu idosos (igual ou acima de 60 anos) o que impossibilita
a triagem da pressatildeo arterial elevada nessa populaccedilatildeo
62 Iacutendices antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial
Nesse estudo a CC e RCEst foram as variaacuteveis com maiores valores absolutos
de sensibilidade para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial respectivamente para mulheres
e homens Tais resultados indicam as proporccedilotildees de verdadeiros positivos na
ocorrecircncia de hipertensatildeo arterial
Quanto ao ponto de corte do RCEst nas mulheres foi de 059 sendo 568 de
sensibilidade e 430 de especificidade Valores inferiores ao encontrado no presente
estudo para mulheres foram sugeridos em Taiwan (045) Cingapura (048) e na China
(050) No Brasil em 2009 Haun Pitanga e Lessa16 recomendaram para a RCEst
053 como melhor ponto de corte com sensibilidade (67) e especificidade (58) e
aacuterea sob a curva ROC de 069 (IC 95 = 064-075) Outro ponto de corte semelhante
ao observado no Brasil com mulheres mexicanas variou de 053 a 0535 para a
RCEst discriminar diabete tipo 2 hipertensatildeo e dislipidemias88899091
Os pontos de corte sugeridos por esses paiacuteses e no Brasil podem ter sido
inferiores por causa da abrangecircncia na faixa etaacuteria dos indiviacuteduos no qual incluiacuteram
mulheres de 30 a 74 anos como tambeacutem as caracteriacutesticas econocircmicas culturais e
31
de estilo de vida diferem da realidade das mulheres que residem em cidades de
pequeno porte Estudos que discriminem hipertensatildeo arterial principalmente em
idosos com RCEst satildeo escassos na literatura
Em 2010 Browning Hsieh e Ashwel92 realizaram uma revisatildeo sistemaacutetica
sobre a potencialidade de indicadores antropomeacutetricos em predizer doenccedilas
cardiovasculares e identificou a RCEst como variaacutevel de melhor desempenho A
RCEst apresentou maiores ASC quando comparada ao IMC ou CC Os dados
analisados foram de quatorze paiacuteses diferentes e incluiacuteram caucasianos asiaacuteticos e
da Ameacuterica Central Segundo os autores uma RCEst ge 05 eacute capaz de identificar
fatores de risco cardiovasculares Esse ponto de corte eacute inferior aos encontrados para
homens e mulheres no presente estudo significando que o ponto de corte encontrado
pode diagnosticar risco cardiovascular e consequentemente a presenccedila de
hipertensatildeo
Outros autores afirmam essa hipoacutetese relacionada aos valores limites para
RCEst em diversas populaccedilotildees e indicaram que um ponto de corte de 05 eacute o valor
mais indicado para ambos os sexos todas as idades e diferentes populaccedilotildees899315
Com relaccedilatildeo agrave especificidade a variaacutevel com maior valor foi o IMC
independentemente do sexo Nas mulheres o ponto de corte sugerido foi 2679 kgm2
e nos homens 2420 kgm2 O valor da especificidade foi de 548 para ambos os
sexos o qual possibilita determinar corretamente a ausecircncia de hipertensatildeo arterial
Sendo assim este estudo sugere que o IMC natildeo foi o melhor preditor de hipertensatildeo
arterial
O estudo de Leal Neto et al (2013)85 tambeacutem testou a capacidade de
indicadores antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial em idosos
sugeriu como pontos de corte para IMC valores de 247 kgm2 igual ao encontrado no
presente estudo e de 273 kgm2 nuacutemero superior que aos dados do presente
trabalho para homens e mulheres respectivamente
Em outro estudo realizado com 19621 homens e mulheres com faixa etaacuteria de
45-80 anos a meacutedia da idade foi de 598 anos para os homens e 585 anos para as
mulheres O ponto de corte adequado de IMC foi de 23 kgm2 em homens e 24 kgm2
em mulheres Os pontos de corte de CC foram 80 cm e 78 cm em homens e mulheres
respectivamente Os achados do presente estudo foram superiores a esses
32
resultados todavia deve ser considerado que a populaccedilatildeo alvo foi diferente e com
idade menor da populaccedilatildeo pesquisada no presente trabalho87
Com relaccedilatildeo agrave CC o ponto de corte identificado para a prediccedilatildeo de hipertensatildeo
arterial nas mulheres foi superior ao dos homens Contudo os valores de sensibilidade
e especificidade desses pontos de corte foram maiores entre os homens o que pode
indicar que o poder preditivo da CC para a hipertensatildeo arterial eacute melhor para o sexo
masculino Quanto menor o ponto de corte maior seraacute a habilidade do teste em
classificar os doentes como positivos isto eacute maior seraacute a sensibilidade76 Os pontos
de corte dos homens foram em sua maioria menores em comparaccedilatildeo aos das
mulheres
Tais resultados satildeo contraacuterios aos achados do estudo de Kashihara et al
(2009)94 com indiviacuteduos de 30-74 anos que comparou paciente com hipertensatildeo e sem
hipertensatildeo Em seus pontos de corte de CC para os homens foram superiores aos
pontos de corte definidos para as mulheres e os valores de sensibilidade e
especificidade foi maior nas mulheres para identificar risco cardiovascular Poreacutem a
idade foi menor ao proposto no presente estudo
Outro estudo que contraria tais resultados quanto ao ponto de corte da CC foi
o de Haun Pitanga e Lessa (2009)16 que foi superior para os homens enquanto o
niacutevel de sensibilidade e especificidade foi igual aos nossos achados Poreacutem esse
estudo foi realizado com indiviacuteduos de idade entre 30-74 anos e discriminou risco
coronariano elevado
Quanto ao Iacutendice C no presente estudo o ponto de corte sugerido foi de 126
nas mulheres (sensibilidade 541 e especificidade 452) e 129 para os homens
(sensibilidade 574 e especificidade 456)
Diferentemente do resultado encontrado no presente estudo Pitanga e Lessa
(2005)56 sugeriram como o melhor ponto de corte para risco coronariano com o iacutendice
C 118 para mulheres apresentando valores de sensibilidade (7339) e
especificidade (6115) Para os homens o ponto de corte foi de 125 com valores de
sensibilidade (7391) e especificidade (7492) Tais pontos de corte foram para
indiviacuteduos adultos por esse motivo foram mais baixos que os achados do presente
trabalho Deve-se considerar que existem modificaccedilotildees na composiccedilatildeo corporal com
o processo do envelhecimento o que poderia alterar os pontos de corte para as essas
medidas antropomeacutetricas
33
Em outro estudo com os mesmo autores foram apresentados outros pontos de
corte comparando diferentes faixas etaacuterias Para as mulheres de 30-49 anos o melhor
ponto de corte foi o mesmo (118) com melhor sensibilidade (7857) e
especificidade (6524) e tambeacutem melhor aacuterea sob a curva ROC 081 (IC95 = 070-
092) Entre as de idade mais avanccedilada (50-74 anos) o melhor ponto de corte
sugerido foi 122 com sensibilidade (6000) e especificidade (6582) e aacuterea sob a
curva ROC 065 (IC 95 = 058-073) Portanto o iacutendice C apresentou melhor poder
discriminatoacuterio de RCEst para as mulheres mais jovens64
Almeida Almeida e Arauacutejo (2009)58 conduziram uma pesquisa com mulheres
de 30 e 69 anos buscando avaliar o desempenho de diferentes pontos de corte do
iacutendice C RCQ CC e RCEst para discriminar Risco Coronariano Elevado e o ponto de
corte encontrado para o Iacutendice C foi (125) proacuteximo ao ponto de corte para mulheres
nos nossos achados Dessa forma tais autores afirmaram que os indicadores
antropomeacutetricos de obesidade abdominal analisados tiveram desempenhos
satisfatoacuterios e similares para discriminar RCEst poreacutem o iacutendice C foi o que
apresentou o melhor poder discriminatoacuterio
As informaccedilotildees sobre o iacutendice C satildeo limitadas quanto agrave discussatildeo do ponto de
corte para hipertensatildeo arterial principalmente por encontrar poucos estudos sobre
essa medida como referecircncia para idosos Pitanga e Lessa (2004)55 relatam como
uma limitaccedilatildeo para a utilizaccedilatildeo do Iacutendice C em estudos populacionais a dificuldade de
se calcular o denominador da equaccedilatildeo proposta para sua determinaccedilatildeo
O excesso de gordura em geral estaacute associado ao aparecimento de doenccedilas
cardiovasculares hipertensatildeo arterial e mortalidade a definiccedilatildeo de pontos de corte
para iacutendices que se destacam por sua simplicidade operacional e boa acuraacutecia
permite a detecccedilatildeo dos indiviacuteduos sob risco sendo de grande utilidade nos serviccedilos
de atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede aleacutem de possibilitar o conhecimento da situaccedilatildeo de
grupos populacionais especiacuteficos frente a esses riscos quando empregados na
pesquisa epidemioloacutegica
No contexto das cidades de pequeno porte (rurais e urbanas) os recursos de
sauacutede satildeo muitas vezes limitados e escassos sendo importante a utilizaccedilatildeo desses
iacutendices antropomeacutetricos como substituiccedilatildeo eou apoio a avaliaccedilatildeo tradicional da
pressatildeo arterial Em vaacuterias conjunturas de sauacutede a alta demanda de paciente com
hipertensatildeo arterial exige a utilizaccedilatildeo de instrumentos de diagnoacutesticos e rastreamento
34
de raacutepida e faacutecil aplicaccedilatildeo que possam ser manejados por diferentes profissionais e
que sobretudo apresentem validade e fidedignidade A adequada validaccedilatildeo de
instrumentos e conhecimento de suas propriedades teacutecnicas na populaccedilatildeo brasileira
tambeacutem deve contribuir com a seleccedilatildeo de prioridades e delimitaccedilatildeo do conteuacutedo dos
programas de sauacutede pelos tomadores de decisatildeo em diferentes niacuteveis de gestatildeo
35
7 CONCLUSAtildeO
As anaacutelises dos dados permitem frente aos objetivos estabelecidos formular
as seguintes conclusotildees Quanto ao poder de discriminaccedilatildeo de iacutendices
antropomeacutetricos para a hipertensatildeo arterial em idosos os iacutendices antropomeacutetricos
(IMC RCEst e Iacutendice C) foram bons preditores de hipertensatildeo arterial para os homens
Dessa forma tais iacutendices podem ser empregados nos homens poreacutem tais medidas
natildeo foram satisfatoacuterias para predizer pressatildeo arterial elevada nas mulheres idosas
limitando a sua utilizaccedilatildeo para o sexo feminino com idades avanccediladas
O melhor ponto de corte para discriminar hipertensatildeo arterial foi 054 para a
RCEst nos homens dessa forma tal ponto de corte deve ser empregada no contexto
da atenccedilatildeo primaacuteria nos homens Sugere-se a utilizaccedilatildeo dessa medida a fim de
detectar e realizar a triagem da hipertensatildeo arterial com caracteriacutesticas similares agrave
amostra deste estudo
Recomenda-se que a utilizaccedilatildeo de dois iacutendices simultaneamente resulte em
uma maior eficiecircncia na avaliaccedilatildeo do risco de hipertensatildeo arterial em idosos A
indicaccedilatildeo destas medidas permite que ela seja realizada nas Unidades de Sauacutede da
Famiacutelia como meacutetodo de triagem para idosos com hipertensatildeo arterial utilizando
materiais de faacutecil manejo e de baixo custo
Dessa forma pode-se efetivamente atingir uma das estrateacutegias de prevenccedilatildeo
da hipertensatildeo arterial sistecircmica que eacute o controle da pressatildeo arterial durante o
envelhecimento Todavia sugere-se cautela na utilizaccedilatildeo do ponto de corte desses
indicadores para as mulheres pois os resultados natildeo foram satisfatoacuterios
Fica evidente a necessidade de outros estudos que identifiquem pontos de
corte de iacutendices antropomeacutetricos visando agrave detecccedilatildeo de hipertensatildeo arterial e de
outros fatores de risco cardiovascular nas mulheres idosas que residem em cidades
de pequeno porte
36
8 REFEREcircNCIAS
1 Omram AR The epidemiologic transition a theory of the epidemiology of population change Milbank Memorial Fund Quarterly 1971 49 (Part 1) 509-538
2 Wong LR Carvalho JM Age-strucutural transition in Brazil demographic bonuses and emerging challenges In Pool I Wong LLR Vilquin E editores Age-structural transitions challenges for development Paris Committee for International Cooperation in National Research in Demography 2006
3 Gragnolati M Jorgensen OH Rocha R Fruttero AA Envelhecendo em um Brasil mais Velho implicaccedilotildees do envelhecimento populacional sobre o crescimento econocircmico reduccedilatildeo da pobreza financcedilas puacuteblicas prestaccedilatildeo de serviccedilos Banco Internacional para a Reconstruccedilatildeo e o Desenvolvimento Banco Mundial 2011
4 Schmidt MI Duncan BB Silva GA et al Health in Brazil 4 Chronic non-communicable diseases in Brazil burden and current challenges The Lancet 2011 377
5 Ezzati M Hoorn SV Rodgers A et al Comparative Risk Assessment Collaborating Group Selected major risk factors and global and regional burden of disease Lancet 2002 360 1347-60
6 Lim SS Vos T Flaxman AD et al A comparative risk assessment of burden of disease and injury attributable to 67 risk factors and risk factor clusters in 21 regions 1990-2010 a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2010 Lancet 2012 380 (9859)2224-60
7 Sociedade Brasileira de Cardiologia Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Sociedade Brasileira de Nefrologia VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 2010 95(1) 1-51
8 Miranda DR Perrotti TC Bellinazzi VR et al Hipertensatildeo arterial no idoso peculiaridades na fisiopatologia no diagnoacutestico e no tratamento Rev Bras Hipertens 2002 9 293-300
9 Pilger C Menon MU Mathias TAF Caracteriacutesticas sociodemograacuteficas e de sauacutede de idosos contribuiccedilotildees para os serviccedilos de sauacutede Rev Latino-Am Enfermagem 2011 19(5)1230-1238
10 Pilger C Menon MU Mathias TAF Utilizaccedilatildeo de serviccedilos de sauacutede por idosos vivendo na comunidade Rev esc enferm USP 2013 47(1)213-220
11 Mariath AB Grillo LP Silva RO et al Obesidade e fatores de risco para o desenvolvimento de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis entre usuaacuterios de unidade de alimentaccedilatildeo e nutriccedilatildeo Cad Sauacutede Puacuteblica 2007 23 (4) 897-905
37
12 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Diretrizes e recomendaccedilotildees para o cuidado
integral de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis promoccedilatildeo da sauacutede vigilacircncia prevenccedilatildeo e assistecircncia Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2008
13 Kuumlmpe DA Sodreacute AC Pomatti DM et al Obesidade em Idosos Acompanhados
pela Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia Texto Contexto Enferm Florianoacutepolis 2011 20(3) 471-7
14 Silva KS Farias Juacutenior JC Fatores de risco associados agrave pressatildeo arterial elevada em adolescentes Rev Bras Med Esporte 2007 13(4) 237-40
15 Pitanga FJG Lessa I Razatildeo cintura-estatura como discriminador do risco
coronariano de adultos Rev Assoc Med Bras 2006 52157-61
16 Haun DR Pitanga FJG Lessa I Razatildeo CinturaEstatura comparado a outros indicadores antropomeacutetricos de obesidade como preditor de risco coronariano elevado Rev Assoc Med Bras [online] 2009 55(6) 705-711
17 Nascimento CM Ribeiro AQ SantrsquoAna LFR et al Estado nutricional e condiccedilotildees de sauacutede da populaccedilatildeo idosa brasileira revisatildeo da literatura Rev meacuted Minas Gerais 2011 21(2)174-180
18 Gomes MA Beck cc Duarte MFS et al Ficha Antropomeacutetrica no Nuacutecleo de Apoio a Sauacutede da Famiacutelia o que medir e para que medir Rev bras cineantropom desempenho hum 2009 11(2) 243-253
19 Azevedo LF Oliveira ACC Lima JRP et al Recomendaccedilotildees sobre condutas e procedimentos do profissional de educaccedilatildeo fiacutesica na atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede Rio de Janeiro CONFEF 2010 109-55
20 World Health Organization World health statistics 2012 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghopublicationsworld_health_statistics2012enindexhtmlgt [2012 set 18]
21 World Health Organization Global health risks mortality and burden of disease attributable to selected major risks Geneva World Health Organization 2009a
22 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Panorama da sauacutede brasileira em muacuteltiplos aspectos Percepccedilatildeo do estado de sauacutede estilo de vida e doenccedila crocircnica Pesquisa Nacional de Sauacutede 2013
23 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Pesquisa Nacional por Amostra
de Domiciacutelios 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapesquisaspesquisa_resultadosphpid_pesquisa=149gt[2014 dez 04]
24 Tribess S Virtuoso Junior JS Prescriccedilatildeo de exerciacutecios fiacutesicos para idosos Rev saudecom 2005 1(2)163-72
38
25 Pollock ML Wilmore JH Exerciacutecio na Sauacutede e na Doenccedila avaliaccedilatildeo e prescriccedilatildeo para prevenccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo Editora MEDSI 2ordf ed Rio de Janeiro 1993
26 Sociedade Brasileira de Cardiologia V Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 20061-48
27 World Health Organization Global Health Observatory (GHO) 2014 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghoncdrisk_factorsblood_pressure_prevalence_textengt [2014 dez 04]
28 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Secretaria de Atenccedilatildeo baacutesica agrave Sauacutede Departamento de atenccedilatildeo baacutesica - Hipertensatildeo arterial sistecircmica Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2006
29 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) (2009) Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeGestorvisualizar_textocfmidtxt=24421gt [2010 abr 07]
30 Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Nuacutemero de hipertenso 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwsbhorgbripadgeralphpgt [09 nov 2014]
31 Secretaria de Sauacutede do Estado da Bahia Hipertensatildeo Quantidade de Hipertensos na Bahia Disponiacutevel em (2014) lthttpwwwsaudebagovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=4418ampcatid=1ampItemid=14gt [2014 jan 10]
32 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica 2014 Dados de mortalidade na Bahia Disponiacutevel em lthttptabnetdatasusgovbrcgitabcgiexesiabcnvSIABSBAdefgt [2014 mai 05]
33 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica Dados sociodemograacuteficos de Ibicuiacute 2014 lthttptabnetdatasusgovbrcgideftohtmexesiabcnvSIABFBAdefgt [2014 jan 05]
34 Williams B The year in hypertension JACC 2010 55(1) 66-73
35 Lipp M Rocha JC Stress Hipertensatildeo Arterial e Qualidade de vida um guia de tratamento para o hipertenso Campinas Papirus 1996
36 Borenstein MS (Org) Manual de Hipertensatildeo Arterial Porto Allege Editora Sagra Luzzatto 1999
37 Joint National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure The Sixth Report of the Join National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure Arch Intern Med 1997157 2413-2446
39
38 Mitchell GF Parise H Benjamin EJ et al Changes in arterial stiffness and wave reflection with advancing age in health men and women Hypertension 2004 431239-1245
39 Matos AC Ladeia AM Avaliaccedilatildeo de fatores de risco cardiovascular em uma comunidade rural da Bahia Arq Bras Cardiol 2003 81(3) 291-6
40 World Health Organization Who Expert Committee on Physical Status the use and interpretation of antropometry Report of a WHO Expert Commitee Geneva WHO 1995 p 854
41 Pitanga FJG Antropometria na avaliaccedilatildeo da obesidade abdominal e risco coronariano Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum 201113(3) 238-241
42 Ferreira LS Amaral TF Marucci MFN et al Under nutrition as a major risk factor for death among older Brazilian adults in the community-dwelling setting SABE survey Nutrition 201127(10)17-22
43 Andrade FB Caldas Junior AF Kitoko PM et al Prevalence of overweight and obesity in elderly people from Vitoacuteria-ES Brazil Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2012 set17(3)749-756
44 Boscatto EC Duarte Mde F Coqueiro Rda S Barbosa AR Nutritional status in the oldest elderly and associated factors Rev Assoc Med Bras 2013 59(1)40-47
45 Kostka J Borowiak E Kostka T Nutritional status and quality of life in different
populations of older people in Poland Eur J Clin Nutr 2014 Nov68(11)1210-5
46 Silva DAS Petroski EL Associaccedilatildeo de diferentes pontos de corte para sobrepeso e obesidade com pressatildeo arterial elevada em idosas Rev Educ Fis UEM 2009 20 415-22
47 Nutrition Screening Initiative Interventions manual for professionals caring for older Americans Washington DC Nutrition Screening Initiative 1992
48 World Health Organization Obesity preventing and managing the global epidemic Report of a WHO Consultation on Obesity Geneva World Health Organization 1998
49 Cameron AJ Dunstan DW Owen N et al Health and mortality consequences
of abdominal obesity evidence from the Aus Diab study Med J Aust 2009191 202ndash208
50 Fox KA Despres JP Richard AJ et al Does abdominal obesity have a similar impact on cardiovascular disease and diabetes A study of 91246 ambulant patients in 27 European countries Eur Heart J 2009 30 3055ndash3063
40
51 Pouliot MC Despreacutes JP Lemieux S et al Waist circumference and abdominal sagittal diameter Best simple anthropometric indexes of abdominal visceral adipose tissue accumulation and related cardiovascular risk in men and woman Am J Cardiology 1994 73 460-468
52 Peixoto MRG Beniacutecio MHD Latorre M et al Circunferecircncia da Cintura e Iacutendice de massa Corporal como Preditores da Hipertensatildeo Arterial Arq Bras Cardiol 200687 462-470
53 MacKay MF Haffner SM Wagenknecht LE et al Prediction of type 2 diabetes using alternate anthropometric measures in a multiethnic cohort the insulin resistance atherosclerosis study Diabetes Care 200932(5)956-8
54 Valdez R A simple model-based index of abdominal adiposity J Clin Epidemiol1991 44(9) 955-6
55 Pitanga FJG Lessa I Sensibilidade e especificidade do iacutendice de conicidade como discriminador do risco coronariano de adultos em Salvador Brasil Rev Bras Epidemiol 20047(3)259-69
56 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano elevado em adultos na cidade de Salvador - Bahia Arq Bras Cardiol 2005 85 (1)26-31
57 Ghosh JR Bandyopadhyay AR Comparative evaluation of obesity measures relationship with blood pressures and hypertension Singapore Med J 200748(3) 232-5
58 Almeida RT Almeida MMG Araujo TM Obesidade abdominal e risco cardiovascular desempenho de indicadores antropomeacutetricos em mulheres Arq Bras Cardiol 2009 out92(5)375-380
59 Freitas Juacutenior Costa Rosa CS Codogno JS et al Capacidade cardiorrespiratoacuteria e distribuiccedilatildeo de gordura corporal de mulheres com 50 anos ou mais Rev Esc Enferm USP 2010 44(2) 395-400
60 Matos LN Giorelli GV Dias CB Correlation of anthropometric indicators for identifying insulin sensitivity and resistance Satildeo Paulo Med J [online] 2011 129(1) 30-35
61 Gomes MA Rech CR Gomes MBA et al Correlaccedilatildeo entre iacutendices antropomeacutetricos e distribuiccedilatildeo de gordura corporal em mulheres idosas Rev bras cineantropom desempenho hum 2006 set 8(3) 16-22
62 Tarastchuk JCE Gueacuterios EE Bueno RRL et al Obesidade e intervenccedilatildeo coronariana devemos continuar valorizando o Iacutendice de Massa Corpoacuterea Arq Bras Cardiol [online] 2008 90(5) 311-316
41
63 Ferreira AP CB Ferreira VC Souza et al Risco de distuacuterbio glicecircmico em mulheres idosas ajustado por antropometria e genoacutetipos de citocinas Rev Assoc Med Bras [online] 201157(5) 565-569
64 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano em mulheres Rev Bras Cineantrop Desempenho Hum 2006 8 (1) 14-21
65 Newman TB Browner WS Cummings SR Delineando estudos de testes meacutedicos In Hulley SB et al Delineando a pesquisa cliacutenica uma abordagem epidemioloacutegica 2 ed Porto Alegre Artmed 2003 203-224
66 Toscano CM As campanhas nacionais para detecccedilatildeo das doenccedilas crocircnicas natildeo-transmissiacuteveis diabetes e hipertensatildeo arterial Ciecircnc sauacutede Coletiva out-dez 2004 9(4) 885-895
67 Fletcher RH Fletcher SW Prevenccedilatildeo In Fletcher R Fletcher S Epidemiologia
cliacutenica elementos essenciais 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 2006 179-201
68 Jeckel J Elmore J Katz D Meacutetodos de prevenccedilatildeo secundaacuteria In _____ Epidemiologia bioestatiacutestica e medicina preventiva 2 ed Porto Alegre Artmed 2005 236-247
69 Klein CH Bloch KV Estudos seccionais In Medronho RA Carvalho DM Bloch KV Luiz RR Werneck GL Epidemiologia 1ordf ed Satildeo Paulo Editora Atheneu 2002 125-150
70 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Resoluccedilatildeo nordm- 6 de 3 de novembro de 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcenso2010ibgegovbrdados_divulgadosindexphpuf=29gt[201 dez 18]
71 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica ndash Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais (2014) Disponiacutevel em lthttpcodibgegovbr398G9gt [2014 ago 30]
72 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230gt [2013 mai 01]
73 Luiz RR Magnanini MMF A loacutegica da determinaccedilatildeo do tamanho da amostra em investigaccedilotildees epidemioloacutegicas Cad sauacutede coletiva Rio de Janeiro 2000 8(2) 9-28
74 Reis MC Nascimento RAS Pedreira RBS et al Validaccedilatildeo de Face e Clareza do Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede dos Idosos ndash IASI [resumo] in Anais do XIX Congresso Brasileiro Geriatria e Gerontologia Beleacutem 2014 296-296
75 Lohman TG Roche AF Martorell R Anthropometric Standardization Reference Manual Champaign Illinois Human Kinetics 1988
42
76 Vaz JCL Regiotildees de Incerteza para Curva ROC em Teste Diagnoacutesticos
[dissertaccedilatildeo] Satildeo Carlos Universidade Federal de Satildeo Carlos 2009
77 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de 2012
78 Erdreich LS Lee ET Use of relative operating characteristic analysis in epidemiology A method for dealing with subjective judgement Am J Epidemiol 1981 114649-62
79 Aekplakorn W Pakpeankitwatana V Lee CM et al Abdominal obesity and coronary heart disease in Thai men Obesity 200715(4)1036-42
80 Oliveira MAM Fagundes RLM Moreira EAM et al Relaccedilatildeo de Indicadores Antropomeacutetricos com Fatores de Risco para Doenccedila Cardiovascular Arq Bras Cardiol 2010 abr 94(4) 478-485
81 Mendes TAB Goldbaum M Segri NJ et al Factors associated with the prevalence of hypertension and control practices among elderly residents of Satildeo Paulo city Brazil Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(11) 2275-2286
82 Oliveira BFA Souza Mouratildeo D Gomes N et al Prevalecircncia de hipertensatildeo arterial em comunidades ribeirinhas do Rio Madeira Amazocircnia Ocidental Brasileira Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(8) 1617-1630
83 Picon RV Fuchs FD Moreira LB et al Prevalence of Hypertension Among Elderly Persons in Urban Brazil A Systematic Review With Meta-Analysis Am J Hypertens 2013 26 (4) 541-548
84 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Pessoa Idosa e Envelhecimento Seacuteries Pactos pela Sauacutede 2006 v 12 Brasiacutelia ndash DF 2010
85 Leal Neto JS Souza J Coqueiro RS et al Anthropometric indicators of obesity as screening tools for high blood pressure in the elderly Int J Nurs Pract 2013 Aug 19(4) 360-367
86 Schisterman EF Faraggi D Reiser B Trevisan M Statistical inference for the area under the receiver operating characteristic curve in the presence of random measurement error Am J Epidemiol 2001 154 (2) 174-9
87 Samsen M Hanchaiphiboolkul S Puthkhao P et al Appropriate body mass index and waist circumference cutoffs for middle and older age group in Thailand data of 19621 participants from Thai epidemiologic stroke (TES) study J Med Assoc Thai 2012 Sep 95(9)1156-66
88 Ko GTC Chan JCN Cockram CS Woo J Prediction of hypertension diabetes dyslipidemia or albuminuria using simple anthropometric indexes in Hong Kong Chinese Int J Obes 1999 23 (11) 1136-42
43
89 Lin WY Lee LT Chen CY et al Optimal cut-off values for obesity using simple anthropometric indices to predict cardiovascular risk factors in Taiwan Int J Obes Relat Metab Disord 2002261232-8
90 Pua YH Ong PH Anthropometric indices as screening tools for cardiovascular risk factors in Singaporean women Asia Pac J Clin Nutr 2005 14 (1) 74-9
91 Berber A Goacutemez-Santos R Fanghaumlnel G Saacutenchez-Reyes L Anthropometric
indexes in the prediction of type 2 diabetes mellitus hypertension and dyslipidaemia in a Mexican population Int J Obes 200125(12)1794-9
92 Browning LM Hsieh SD Ashwell M A systematic review of waist-to-height ratio
as a screening tool for the prediction of cardiovascular disease and diabetes 05 could be a suitable global boundary value Nutr Res Rev 2010 23(2)247-69
93 Bertsias G Mammas I Linardakis M Kafatos A Overweight and obesity in
relation to cardiovascular disease risk factors among medical students in Crete Greece BMC Public Health 2003 31-9
94 Kashihara H Lee JS Kawakubo K et al Criteria of Waist Circumference According to Computed Tomography-Measured Visceral Fat Area and the Clustering of Cardiovascular Risk Factors Circ J 2009 73 1881-1886
44
APEcircNDICES
45
Apecircndice 1
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
46
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS
PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE SAUacuteDE
DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE
Jequieacute ____ ____ 201__
APEcircNDICE 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Vocecirc esta sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa do Nuacutecleo de
Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo (NESP) da Universidade Estadual do Sudoeste da
Bahia
Objetivo do estudo Avaliar e monitorar as condiccedilotildees de sauacutede de idosos residentes
em comunidade
Participaccedilatildeo Ao aceitar participar do estudo estarei agrave disposiccedilatildeo do pesquisador
para responder ao formulaacuterio que seraacute arquivado pelo autor por um periacuteodo de cinco
anos sendo posteriormente incinerado
Riscos Este estudo natildeo traraacute riscos para minha integridade fiacutesica ou moral dos
participantes
Confidencialidade do estudo Seraacute garantida a privacidade o anonimato bem como
o direito de aceitar ou natildeo participar da pesquisa podendo ser essa autorizaccedilatildeo
suspensa em qualquer fase do estudo Assim as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo
4662012 do Conselho Nacional de Sauacutede que discorre sobre pesquisa envolvendo
seres humanos seratildeo atendidas Os resultados seratildeo publicados no relatoacuterio final da
dissertaccedilatildeo e artigos cientiacuteficos
47
Benefiacutecios Accedilotildees interinstitucionais articuladas promovidas numa perspectiva
interdisciplinar possibilitaratildeo uma melhor compreensatildeo das condiccedilotildees de sauacutede dos
idosos residentes em comunidade do municiacutepio e contribuiraacute para a formulaccedilatildeo de
accedilotildees direcionadas as necessidades dessa populaccedilatildeo
Danos advindos da pesquisa Caso haja algum prejuiacutezo decorrente da realizaccedilatildeo
deste estudo seraacute providenciada a devida reparaccedilatildeo dos danos atraveacutes do
responsaacutevel pelo estudo O pesquisador e os entrevistados natildeo receberatildeo benefiacutecios
financeiros para participaccedilatildeo no estudo Todas as despesas seratildeo por conta do
pesquisador
Participaccedilatildeo voluntaacuteria Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria podendo a qualquer
momento desistir do estudo sem qualquer prejuiacutezo ou penalidade para mim
Consentimento para participaccedilatildeo Apoacutes ser devidamente esclarecido (a) quanto
aos objetivos deste estudo dos procedimentos aos quais serei submetido (a) bem
como dos possiacuteveis riscos decorrentes da minha participaccedilatildeo estou de acordo em
participar do mesmo O pesquisador responsaacutevel pelo estudo assegura que seraacute
disponibilizado qualquer esclarecimento adicional que eu venha a solicitar durante a
realizaccedilatildeo da pesquisa e o direito de desistir da participaccedilatildeo em qualquer momento
Em casos de duacutevidas eou problemas referentes ao estudo vocecirc poderaacute
entrar em contato com o autor atraveacutes do Nuacutecleo de Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo
(NESP) (73) 3528-9721
Sendo assim eu ______________________________________________
aceito livremente participar do Projeto MONIDI
__________________________________ __________________________________
Assinatura do (a) participante
RG _________________________
Assinatura do (a) pesquisador
RG_________________________
48
Apecircndice 2
Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede do Idoso
49
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS
PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE
SAUacuteDE DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE
Nuacutemero do Questionaacuterio |__|__|__|
Nome do Entrevistador ___________________________
Visita 1 2 3
Data Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Hora de iniacutecio ________
Hora de teacutermino ________
I INFORMACcedilOtildeES PESSOAIS E SOCIODEMOGRAacuteFICAS
1 Nome do entrevistado
2Sexo
0 ( ) Feminino
1 ( ) Masculino
3 Endereccedilo completotelefone
4 Idade ____ anos
41 Data de Nascimento
____________
50
5 Situaccedilatildeo conjugal atual
1 ( ) Casado(a) 2 ( ) Uniatildeo estaacutevel 3 ( ) Solteiroa
4 ( ) Divorciado(a)separado(a)desquitado(a) 5 ( ) Viuacutevoa
6 No total quantas vezes o (a) Sr(a) esteve casado(a) ou em uniatildeo
Nordm de vezes |___|___|
7 Na escola qual a uacuteltima seacuterie grau que concluiu com aprovaccedilatildeo
1 - Nunca foi agrave escola ( ) 4 - Fundamental II ( )5 a ( )6 a ( )7 a ( )8 a
2 - Lecirc e escreve o nome ( ) 5 - Ensino Meacutedio ( ) 1 a ( )2 a ( )3
3 - Fundamental I ( )1 a ( )2 a 6 - Superior ( ) completo ( ) incompleto
( )3 a ( )4 a
8 Como vocecirc classificaria a cor da sua pele
1( ) Branca 2( ) Amarela (oriental) 3( ) Parda
4( ) Origem indiacutegena 5( ) Preta 9( ) Natildeo sabe
9 Cor da pele (entrevistador)
1( ) branca 2( ) amarela (oriental) 3( ) parda
4( ) origem indiacutegena 5( ) preta
10-Quantos filhos e filhas nascidos vivos o(a)Sr(a) teve (natildeo inclua enteados filhos
adotivos abortos ou filhos nascidos mortos)
Nuacutemero de filhos |____|____| (98) NS (99) NR
11 Atualmente o senhor (a) mora sozinho ou acompanhado
1( )Acompanhado 2( ) Sozinho 3( ) NR 4( )NS
51
12 Desde que o senhor (a) nasceu viveu no campo por 5 anos ou mais
0( ) Natildeo 1( ) Sim 2( ) NS 3( ) NR
13 Qual eacute a sua religiatildeo
1( ) Catoacutelica 2( ) Protestante 3( ) Judaica
4( ) Espiacuteritakardecista 5( ) Umbanda 6( ) Outras ____________
14 Qual a importacircncia da religiatildeo em sua vida
(1) Importante (2) Regular (3) Nada importante (8) NS (9) NR
15 Com que frequecircncia o senhor vai agrave igreja ou ao serviccedilo religioso
( ) Nunca ( ) Vaacuterias vezes por ano ( ) Uma duas vezes por mecircs
( ) Quase toda semana ( ) Mais de uma vez por semana ( ) NS ( ) NR
16 Quanto vocecirc ganha em meacutedia por mecircs R$ __________8( )Natildeo se aplica
II A CONSUMO DE AacuteLCOOL E TABACO
Uso de bebidas alcooacutelicas
1 Vocecirc consome bebidas alcooacutelicas Se vocecirc NAtildeO BEBE siga para o bloco III C
0 ( )sim 1( ) natildeo
2 Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
3 As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
4 Sente-se chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
5 Costuma beber pela manhatilde para diminuir o nervosismo ou a ressaca
0 ( ) sim 1( ) natildeo
Haacutebito de fumar
1 Vocecirc jaacute foi fumante 0 ( ) sim 1( ) natildeo
52
2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco
III C
3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros
4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias
III ANTROPOMETRIA
MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS
ESTATURA
MASSA CORPORAL
CIRCUNFEREcircNCIA
DE CINTURA
IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL
MEDIDA 01 02 03
Pressatildeo arterial
sistoacutelica
Pressatildeo arterial
diastoacutelica
53
ANEXOS
54
Anexo 1
Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos
55
56
20
52 Caracteriacutesticas antropomeacutetricas
Apoacutes a assinatura do TCLE e realizaccedilatildeo do questionaacuterio 10 idosos foram
excluiacutedos (recusas e informaccedilatildeo incompleta do questionaacuterio) desta etapa de anaacutelise
Dessa forma foram analisadas 300 avaliaccedilotildees das medidas antropomeacutetricas
Na Tabela 4 podem ser observados os valores meacutedios desvio padratildeo valores
miacutenimos e maacuteximos e percentuais das variaacuteveis avaliadas A meacutedia do IMC foi menor
nos homens quando comparado com o resultado das mulheres (p lt 0001) Natildeo houve
diferenccedila significativa da variaacutevel circunferecircncia da cintura entre homens e mulheres
(p = 0208) A prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi maior nas mulheres A maioria
das mulheres eacute obesa e entre os homens o estado nutricional foi considerado eutroacutefico
(Tabela 5)
21
Tabela 4 - Valores descritivos miacutenimos e maacuteximos das variaacuteveis analisadas
Variaacuteveis Mulheres (n=167) Homens (n=133) Valor-p
Idade (anos) 7078 plusmn 821 (60-108)
7259 plusmn 786 (60-93)
0055
Massa corporal (kg) 6020 plusmn 1223 (2970-9580)
6384 plusmn 1250 (4010-11840)
0012
Estatura (cm) 14875 plusmn 616 (129-164)
16080 plusmn 782 (135-183)
lt00001
IMC (kgm2) 2715 plusmn505 (1342-4064)
2458 plusmn 390 (1475-3544)
lt00001
CC (cm)dagger 8734 plusmn 1126 (55-130)
8894 plusmn 1010 (66-115)
0208
RCEst 057 plusmn 011 (000-087)
055 plusmn 006 (042-073)
0086
Iacutendice C 123 plusmn 021 (000-166)
129 plusmn 006 (117-150)
0001
PAS 14096 plusmn 2218 (87-200)
13735 plusmn 2251 (98-209)
0166
PAD 7671 plusmn 1091 (45-105)
7697 plusmn 1179 (49-110)
0846
IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia da cintura RCEst - razatildeo cintura-estatura Iacutendice C - Iacutendice de Conicidade PAS - pressatildeo arterial sistoacutelica PAD ndash pressatildeo arterial diastoacutelica dagger Variaacuteveis com perdas (n=163 mulheres) Teste T de Student para amostras independentes
Tabela 5 - Percentuais das variaacuteveis analisadas
Variaacutevel Mulheres Homens Valor-p
Pressatildeo Arterial (n) (n)
Normal 557 (93) 594 (79) 0011
Hipertensatildeo 443 (74) 406 (54)
Estado nutricional (n) (n)
Baixo peso 144 (24) 301 (40)
Normal 353 (59) 436 (58) lt00001
Sobrepeso 503 (84) 263 (35)
Teste Qui-quadrado
53 Anaacutelise da curva ROC
22
As aacutereas sob a curva ROC do IMC da CC da RCEst e do iacutendice C como
preditores de hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos e os respectivos
intervalos de confianccedila (IC 95) podem ser observados na Tabela 6 e nas Figuras 2
3 4 5 6 7 8 9 Evidenciou-se que alguns iacutendices antropomeacutetricos apresentaram
aacuterea sob a curva ROC significativas Todavia a RCEst e o IMC assumiram maiores
aacutereas com diferenccedila significativa para os homens
Tabela 6 - Aacuterea sob a curva ROC e IC95 entre os iacutendices antropomeacutetricos e hipertensatildeo arterial em idosos
Aacuterea sob a curva ROC
PA elevada Mulheres
Homens
p
IMC (kgm2) 053 (044-062) 060 (050-070)
lt00001dagger
CC (cm) 057 (048-066) 058 (048-068)
lt00001dagger
RCEst 056 (047-065) 061 (051-071)
lt00001dagger
Iacutendice C 058 (049-066) 058 (058-068) lt00001dagger
IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia de cintura RCEst - razatildeo cinturaestatura Iacutendice C - iacutendice de conicidade ROC ndashReceiver Operating CharacteristicIC95 - intervalo de confianccedila a 95Aacuterea sob a curva ROC apresentando poder discriminatoacuterio para pressatildeo arterial elevada (Li-IC ge 050) daggerTeste Qui-quadrado
23
Figura 2 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) IMC - iacutendice de massa corporal
Figura 3 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) IMC - iacutendice de massa corporal
24
Figura 4 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) CC ndash circunferecircncia da cintura
Figura 5 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) CC ndash circunferecircncia da cintura
25
Figura 6 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) RCEst - razatildeo cinturaestatura
Figura 7 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) RCEst - razatildeo cinturaestatura
26
Figura 8 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) Iacutendice C -iacutendice de conicidade
Figura 9 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) Iacutendice C - iacutendice de conicidade
27
Os valores dos pontos de corte dos iacutendices antropomeacutetricos como preditores
de hipertensatildeo arterial e suas respectivas sensibilidade e especificidade (mais
adequado equiliacutebrio entre si) satildeo apresentados na Tabela 7 Observa-se que entre
os iacutendices antropomeacutetricos a RCEst teve melhor percentual de sensibilidade e de
especificidade para discriminar a pressatildeo arterial elevada para os homens
Tabela 7 - Pontos de corte sensibilidade e especificidade dos iacutendices antropomeacutetricos para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial em idosos
Mulheres Homens PA elevada
Ponto de corte
Sensibilidade ()
Especificidade ()
Ponto de corte
Sensibilidade ()
Especificidade ()
IMC (kgm2)
2679 527 548 2420 527 548
CC (cm) 8750 577 457 8650 593 532 RCEst 059 568 430 054 648 456 Iacutendice C 126 541 452 129 574 456
IMC ndash Iacutendice de Massa Corporal CC ndash Circunferecircncia da Cintura RCEst ndash Razatildeo Cintura-Estatura Iacutendice C ndash Iacutendice de Conicidade
28
6 DISCUSSAtildeO
61 Aacutereas sob a Curva ROC
Este estudo teve como objetivo identificar a capacidade preditiva de iacutendices
antropomeacutetricos de obesidade geral e abdominal para discriminar a presenccedila de
hipertensatildeo arterial em idosos com foco de utilizaccedilatildeo no ambiente da estrateacutegia de
sauacutede da famiacutelia Nessa perspectiva surge uma proposta de triagem dos casos de
idosos com possiacuteveis alteraccedilotildees crocircnicas em sua pressatildeo arterial aleacutem de possibilitar
a discussatildeo sobre validaccedilatildeo de tais iacutendices para uso no contexto da sauacutede
Dessa forma recomenda-se a anaacutelise da sensibilidade e especificidade por
meio da construccedilatildeo de curvas ROC pois eacute a melhor opccedilatildeo para determinar pontos de
corte em estudos epidemioloacutegicos78 Essa anaacutelise permite fornecer a aacuterea sob a curva
que traduz o poder de discriminaccedilatildeo de um indicador para um determinado desfecho
e a identificaccedilatildeo do melhor ponto de corte
A proposta dessa pesquisa natildeo eacute excluir o diagnoacutestico meacutedico mas
proporcionar uma estrateacutegia mais abrangente a ser utilizada pelas USFs em parceria
entre os profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica e os profissionais de sauacutede no contexto da
atenccedilatildeo primaacuteria
Embora exista associaccedilatildeo entre sobrepesoobesidade e a pressatildeo arterial
elevada poucos estudos tecircm identificado pontos de corte de iacutendices antropomeacutetricos
que visem agrave detecccedilatildeo da hipertensatildeo arterial em idosos Diversos estudos tecircm
demonstrado que os iacutendices antropomeacutetricos satildeo bons indicadores de obesidade e
estatildeo relacionados a fatores de risco cardiovascular795880 Todavia a hipertensatildeo eacute
apontada como um dos principais fatores de risco cardiovasculares o que denota a
necessidade de um olhar diferenciado
A prevalecircncia de hipertensatildeo foi inferior agrave encontrada em outros estudos818283
Contudo diferenccedilas metodoloacutegicas nuacutemero de medidas realizadas e os diferentes
criteacuterios de referecircncia satildeo as principais causas da grande variabilidade nas
prevalecircncias de pressatildeo arterial elevada entre as investigaccedilotildees No presente estudo
29
optou-se por maior rigorosidade ao diagnosticar a pressatildeo arterial elevada
considerando a realizaccedilatildeo de trecircs medidas
Nessa amostra observou-se que a prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi
443 nas mulheres e 406 nos homens Demonstrando ser uma alta prevalecircncia
pois se trata de uma populaccedilatildeo que eacute influenciada diretamente pelo o aumento da
morbimortalidade durante o envelhecimento Estudos envolvendo idosos indicam que
a prevalecircncia da hipertensatildeo encontra-se entre 50-70 com o aumento da idade84
Poucos estudos epidemioloacutegicos foram conduzidos com o objetivo de identificar
e discriminar a capacidade de iacutendices antropomeacutetricos de obesidade para a pressatildeo
arterial elevada na populaccedilatildeo de idosos e principalmente utilizando o iacutendice C o
RCEst Um estudo realizado com a populaccedilatildeo de idosos utilizou o mesmo objetivo
poreacutem usou como ponto de corte o iacutendice de massa corporal e o iacutendice de adiposidade
corporal85 Entretanto faz-se necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de outros iacutendices para identificar
hipertensatildeo arterial em idosos
De acordo com os resultados do presente estudo somente alguns dos
indicadores antropomeacutetricos apresentaram capacidade preditiva para a hipertensatildeo
arterial em idosos de acordo com limite inferior do intervalo de confianccedila de 9586
Dessa forma foi observado que a RCEst e IMC para os homens mostraram-se com
bom poder de detecccedilatildeo para a hipertensatildeo arterial pois obtiveram maiores valores
sob a curva para esse desfecho
Em 2013 Leal Neto et al85 identificaram em seus resultados que o IMC e o
iacutendice de adiposidade corporal foram os melhores indicadores preditivos de
hipertensatildeo arterial nos idosos em ambos os sexos independentemente de outros
fatores tais como idade tabagismo consumo de aacutelcool e atividade fiacutesica
No presente estudo os principais indicadores que tiveram uma boa aacuterea sob a
curva foram o IMC RCEst e Iacutendice C com resultados de 060 IC95 (050-070) 061
IC95 (051-071) e 058 IC95 (058-068) respectivamente para homens
Nas mulheres tais iacutendices mostraram-se com menor poder discriminatoacuterio para
diagnosticar a hipertensatildeo arterial A HAS eacute um desfecho que pode ser influenciado
por fatores multicausais (hormonais estresse etc) Na anaacutelise do desempenho do
iacutendice antropomeacutetrico a loacutegica eacute unidirecional ou seja verificar o desempenho desses
iacutendices apenas como preditores de hipertensatildeo arterial foram mais satisfatoacuterios entre
os homens Os iacutendices podem interferir mas natildeo determinar a prevalecircncia da
30
hipertensatildeo Embora as mulheres tenham uma maior prevalecircncia essa natildeo eacute
determinada pelos iacutendices antropomeacutetricos no presente estudo
Tais resultados diferem do estudo realizado em 2012 por Samsen et al87 no
qual a circunferecircncia da cintura teve boa ASC nos homens = 0684 com IC95 (0672-
0695) e nas mulheres = 0673 IC95 (0665-0681) sendo o melhor indicador
significativamente (p lt0001) do que o IMC no qual a ASC em homens foi de = 0667
IC95 (0656-679) e nas mulheres = 0636 IC95 (0628-0644) em discriminaccedilatildeo
de pelo menos um fator de risco cardiovascular Isso se deve ao fato de tal estudo ter
sido realizado com uma abrangecircncia maior na faixa etaacuteria que foi de 45-80 anos
Uma possiacutevel limitaccedilatildeo para discussatildeo dos resultados desse estudo foi a faixa
etaacuteria restrita que natildeo incluiu idosos (igual ou acima de 60 anos) o que impossibilita
a triagem da pressatildeo arterial elevada nessa populaccedilatildeo
62 Iacutendices antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial
Nesse estudo a CC e RCEst foram as variaacuteveis com maiores valores absolutos
de sensibilidade para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial respectivamente para mulheres
e homens Tais resultados indicam as proporccedilotildees de verdadeiros positivos na
ocorrecircncia de hipertensatildeo arterial
Quanto ao ponto de corte do RCEst nas mulheres foi de 059 sendo 568 de
sensibilidade e 430 de especificidade Valores inferiores ao encontrado no presente
estudo para mulheres foram sugeridos em Taiwan (045) Cingapura (048) e na China
(050) No Brasil em 2009 Haun Pitanga e Lessa16 recomendaram para a RCEst
053 como melhor ponto de corte com sensibilidade (67) e especificidade (58) e
aacuterea sob a curva ROC de 069 (IC 95 = 064-075) Outro ponto de corte semelhante
ao observado no Brasil com mulheres mexicanas variou de 053 a 0535 para a
RCEst discriminar diabete tipo 2 hipertensatildeo e dislipidemias88899091
Os pontos de corte sugeridos por esses paiacuteses e no Brasil podem ter sido
inferiores por causa da abrangecircncia na faixa etaacuteria dos indiviacuteduos no qual incluiacuteram
mulheres de 30 a 74 anos como tambeacutem as caracteriacutesticas econocircmicas culturais e
31
de estilo de vida diferem da realidade das mulheres que residem em cidades de
pequeno porte Estudos que discriminem hipertensatildeo arterial principalmente em
idosos com RCEst satildeo escassos na literatura
Em 2010 Browning Hsieh e Ashwel92 realizaram uma revisatildeo sistemaacutetica
sobre a potencialidade de indicadores antropomeacutetricos em predizer doenccedilas
cardiovasculares e identificou a RCEst como variaacutevel de melhor desempenho A
RCEst apresentou maiores ASC quando comparada ao IMC ou CC Os dados
analisados foram de quatorze paiacuteses diferentes e incluiacuteram caucasianos asiaacuteticos e
da Ameacuterica Central Segundo os autores uma RCEst ge 05 eacute capaz de identificar
fatores de risco cardiovasculares Esse ponto de corte eacute inferior aos encontrados para
homens e mulheres no presente estudo significando que o ponto de corte encontrado
pode diagnosticar risco cardiovascular e consequentemente a presenccedila de
hipertensatildeo
Outros autores afirmam essa hipoacutetese relacionada aos valores limites para
RCEst em diversas populaccedilotildees e indicaram que um ponto de corte de 05 eacute o valor
mais indicado para ambos os sexos todas as idades e diferentes populaccedilotildees899315
Com relaccedilatildeo agrave especificidade a variaacutevel com maior valor foi o IMC
independentemente do sexo Nas mulheres o ponto de corte sugerido foi 2679 kgm2
e nos homens 2420 kgm2 O valor da especificidade foi de 548 para ambos os
sexos o qual possibilita determinar corretamente a ausecircncia de hipertensatildeo arterial
Sendo assim este estudo sugere que o IMC natildeo foi o melhor preditor de hipertensatildeo
arterial
O estudo de Leal Neto et al (2013)85 tambeacutem testou a capacidade de
indicadores antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial em idosos
sugeriu como pontos de corte para IMC valores de 247 kgm2 igual ao encontrado no
presente estudo e de 273 kgm2 nuacutemero superior que aos dados do presente
trabalho para homens e mulheres respectivamente
Em outro estudo realizado com 19621 homens e mulheres com faixa etaacuteria de
45-80 anos a meacutedia da idade foi de 598 anos para os homens e 585 anos para as
mulheres O ponto de corte adequado de IMC foi de 23 kgm2 em homens e 24 kgm2
em mulheres Os pontos de corte de CC foram 80 cm e 78 cm em homens e mulheres
respectivamente Os achados do presente estudo foram superiores a esses
32
resultados todavia deve ser considerado que a populaccedilatildeo alvo foi diferente e com
idade menor da populaccedilatildeo pesquisada no presente trabalho87
Com relaccedilatildeo agrave CC o ponto de corte identificado para a prediccedilatildeo de hipertensatildeo
arterial nas mulheres foi superior ao dos homens Contudo os valores de sensibilidade
e especificidade desses pontos de corte foram maiores entre os homens o que pode
indicar que o poder preditivo da CC para a hipertensatildeo arterial eacute melhor para o sexo
masculino Quanto menor o ponto de corte maior seraacute a habilidade do teste em
classificar os doentes como positivos isto eacute maior seraacute a sensibilidade76 Os pontos
de corte dos homens foram em sua maioria menores em comparaccedilatildeo aos das
mulheres
Tais resultados satildeo contraacuterios aos achados do estudo de Kashihara et al
(2009)94 com indiviacuteduos de 30-74 anos que comparou paciente com hipertensatildeo e sem
hipertensatildeo Em seus pontos de corte de CC para os homens foram superiores aos
pontos de corte definidos para as mulheres e os valores de sensibilidade e
especificidade foi maior nas mulheres para identificar risco cardiovascular Poreacutem a
idade foi menor ao proposto no presente estudo
Outro estudo que contraria tais resultados quanto ao ponto de corte da CC foi
o de Haun Pitanga e Lessa (2009)16 que foi superior para os homens enquanto o
niacutevel de sensibilidade e especificidade foi igual aos nossos achados Poreacutem esse
estudo foi realizado com indiviacuteduos de idade entre 30-74 anos e discriminou risco
coronariano elevado
Quanto ao Iacutendice C no presente estudo o ponto de corte sugerido foi de 126
nas mulheres (sensibilidade 541 e especificidade 452) e 129 para os homens
(sensibilidade 574 e especificidade 456)
Diferentemente do resultado encontrado no presente estudo Pitanga e Lessa
(2005)56 sugeriram como o melhor ponto de corte para risco coronariano com o iacutendice
C 118 para mulheres apresentando valores de sensibilidade (7339) e
especificidade (6115) Para os homens o ponto de corte foi de 125 com valores de
sensibilidade (7391) e especificidade (7492) Tais pontos de corte foram para
indiviacuteduos adultos por esse motivo foram mais baixos que os achados do presente
trabalho Deve-se considerar que existem modificaccedilotildees na composiccedilatildeo corporal com
o processo do envelhecimento o que poderia alterar os pontos de corte para as essas
medidas antropomeacutetricas
33
Em outro estudo com os mesmo autores foram apresentados outros pontos de
corte comparando diferentes faixas etaacuterias Para as mulheres de 30-49 anos o melhor
ponto de corte foi o mesmo (118) com melhor sensibilidade (7857) e
especificidade (6524) e tambeacutem melhor aacuterea sob a curva ROC 081 (IC95 = 070-
092) Entre as de idade mais avanccedilada (50-74 anos) o melhor ponto de corte
sugerido foi 122 com sensibilidade (6000) e especificidade (6582) e aacuterea sob a
curva ROC 065 (IC 95 = 058-073) Portanto o iacutendice C apresentou melhor poder
discriminatoacuterio de RCEst para as mulheres mais jovens64
Almeida Almeida e Arauacutejo (2009)58 conduziram uma pesquisa com mulheres
de 30 e 69 anos buscando avaliar o desempenho de diferentes pontos de corte do
iacutendice C RCQ CC e RCEst para discriminar Risco Coronariano Elevado e o ponto de
corte encontrado para o Iacutendice C foi (125) proacuteximo ao ponto de corte para mulheres
nos nossos achados Dessa forma tais autores afirmaram que os indicadores
antropomeacutetricos de obesidade abdominal analisados tiveram desempenhos
satisfatoacuterios e similares para discriminar RCEst poreacutem o iacutendice C foi o que
apresentou o melhor poder discriminatoacuterio
As informaccedilotildees sobre o iacutendice C satildeo limitadas quanto agrave discussatildeo do ponto de
corte para hipertensatildeo arterial principalmente por encontrar poucos estudos sobre
essa medida como referecircncia para idosos Pitanga e Lessa (2004)55 relatam como
uma limitaccedilatildeo para a utilizaccedilatildeo do Iacutendice C em estudos populacionais a dificuldade de
se calcular o denominador da equaccedilatildeo proposta para sua determinaccedilatildeo
O excesso de gordura em geral estaacute associado ao aparecimento de doenccedilas
cardiovasculares hipertensatildeo arterial e mortalidade a definiccedilatildeo de pontos de corte
para iacutendices que se destacam por sua simplicidade operacional e boa acuraacutecia
permite a detecccedilatildeo dos indiviacuteduos sob risco sendo de grande utilidade nos serviccedilos
de atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede aleacutem de possibilitar o conhecimento da situaccedilatildeo de
grupos populacionais especiacuteficos frente a esses riscos quando empregados na
pesquisa epidemioloacutegica
No contexto das cidades de pequeno porte (rurais e urbanas) os recursos de
sauacutede satildeo muitas vezes limitados e escassos sendo importante a utilizaccedilatildeo desses
iacutendices antropomeacutetricos como substituiccedilatildeo eou apoio a avaliaccedilatildeo tradicional da
pressatildeo arterial Em vaacuterias conjunturas de sauacutede a alta demanda de paciente com
hipertensatildeo arterial exige a utilizaccedilatildeo de instrumentos de diagnoacutesticos e rastreamento
34
de raacutepida e faacutecil aplicaccedilatildeo que possam ser manejados por diferentes profissionais e
que sobretudo apresentem validade e fidedignidade A adequada validaccedilatildeo de
instrumentos e conhecimento de suas propriedades teacutecnicas na populaccedilatildeo brasileira
tambeacutem deve contribuir com a seleccedilatildeo de prioridades e delimitaccedilatildeo do conteuacutedo dos
programas de sauacutede pelos tomadores de decisatildeo em diferentes niacuteveis de gestatildeo
35
7 CONCLUSAtildeO
As anaacutelises dos dados permitem frente aos objetivos estabelecidos formular
as seguintes conclusotildees Quanto ao poder de discriminaccedilatildeo de iacutendices
antropomeacutetricos para a hipertensatildeo arterial em idosos os iacutendices antropomeacutetricos
(IMC RCEst e Iacutendice C) foram bons preditores de hipertensatildeo arterial para os homens
Dessa forma tais iacutendices podem ser empregados nos homens poreacutem tais medidas
natildeo foram satisfatoacuterias para predizer pressatildeo arterial elevada nas mulheres idosas
limitando a sua utilizaccedilatildeo para o sexo feminino com idades avanccediladas
O melhor ponto de corte para discriminar hipertensatildeo arterial foi 054 para a
RCEst nos homens dessa forma tal ponto de corte deve ser empregada no contexto
da atenccedilatildeo primaacuteria nos homens Sugere-se a utilizaccedilatildeo dessa medida a fim de
detectar e realizar a triagem da hipertensatildeo arterial com caracteriacutesticas similares agrave
amostra deste estudo
Recomenda-se que a utilizaccedilatildeo de dois iacutendices simultaneamente resulte em
uma maior eficiecircncia na avaliaccedilatildeo do risco de hipertensatildeo arterial em idosos A
indicaccedilatildeo destas medidas permite que ela seja realizada nas Unidades de Sauacutede da
Famiacutelia como meacutetodo de triagem para idosos com hipertensatildeo arterial utilizando
materiais de faacutecil manejo e de baixo custo
Dessa forma pode-se efetivamente atingir uma das estrateacutegias de prevenccedilatildeo
da hipertensatildeo arterial sistecircmica que eacute o controle da pressatildeo arterial durante o
envelhecimento Todavia sugere-se cautela na utilizaccedilatildeo do ponto de corte desses
indicadores para as mulheres pois os resultados natildeo foram satisfatoacuterios
Fica evidente a necessidade de outros estudos que identifiquem pontos de
corte de iacutendices antropomeacutetricos visando agrave detecccedilatildeo de hipertensatildeo arterial e de
outros fatores de risco cardiovascular nas mulheres idosas que residem em cidades
de pequeno porte
36
8 REFEREcircNCIAS
1 Omram AR The epidemiologic transition a theory of the epidemiology of population change Milbank Memorial Fund Quarterly 1971 49 (Part 1) 509-538
2 Wong LR Carvalho JM Age-strucutural transition in Brazil demographic bonuses and emerging challenges In Pool I Wong LLR Vilquin E editores Age-structural transitions challenges for development Paris Committee for International Cooperation in National Research in Demography 2006
3 Gragnolati M Jorgensen OH Rocha R Fruttero AA Envelhecendo em um Brasil mais Velho implicaccedilotildees do envelhecimento populacional sobre o crescimento econocircmico reduccedilatildeo da pobreza financcedilas puacuteblicas prestaccedilatildeo de serviccedilos Banco Internacional para a Reconstruccedilatildeo e o Desenvolvimento Banco Mundial 2011
4 Schmidt MI Duncan BB Silva GA et al Health in Brazil 4 Chronic non-communicable diseases in Brazil burden and current challenges The Lancet 2011 377
5 Ezzati M Hoorn SV Rodgers A et al Comparative Risk Assessment Collaborating Group Selected major risk factors and global and regional burden of disease Lancet 2002 360 1347-60
6 Lim SS Vos T Flaxman AD et al A comparative risk assessment of burden of disease and injury attributable to 67 risk factors and risk factor clusters in 21 regions 1990-2010 a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2010 Lancet 2012 380 (9859)2224-60
7 Sociedade Brasileira de Cardiologia Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Sociedade Brasileira de Nefrologia VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 2010 95(1) 1-51
8 Miranda DR Perrotti TC Bellinazzi VR et al Hipertensatildeo arterial no idoso peculiaridades na fisiopatologia no diagnoacutestico e no tratamento Rev Bras Hipertens 2002 9 293-300
9 Pilger C Menon MU Mathias TAF Caracteriacutesticas sociodemograacuteficas e de sauacutede de idosos contribuiccedilotildees para os serviccedilos de sauacutede Rev Latino-Am Enfermagem 2011 19(5)1230-1238
10 Pilger C Menon MU Mathias TAF Utilizaccedilatildeo de serviccedilos de sauacutede por idosos vivendo na comunidade Rev esc enferm USP 2013 47(1)213-220
11 Mariath AB Grillo LP Silva RO et al Obesidade e fatores de risco para o desenvolvimento de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis entre usuaacuterios de unidade de alimentaccedilatildeo e nutriccedilatildeo Cad Sauacutede Puacuteblica 2007 23 (4) 897-905
37
12 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Diretrizes e recomendaccedilotildees para o cuidado
integral de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis promoccedilatildeo da sauacutede vigilacircncia prevenccedilatildeo e assistecircncia Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2008
13 Kuumlmpe DA Sodreacute AC Pomatti DM et al Obesidade em Idosos Acompanhados
pela Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia Texto Contexto Enferm Florianoacutepolis 2011 20(3) 471-7
14 Silva KS Farias Juacutenior JC Fatores de risco associados agrave pressatildeo arterial elevada em adolescentes Rev Bras Med Esporte 2007 13(4) 237-40
15 Pitanga FJG Lessa I Razatildeo cintura-estatura como discriminador do risco
coronariano de adultos Rev Assoc Med Bras 2006 52157-61
16 Haun DR Pitanga FJG Lessa I Razatildeo CinturaEstatura comparado a outros indicadores antropomeacutetricos de obesidade como preditor de risco coronariano elevado Rev Assoc Med Bras [online] 2009 55(6) 705-711
17 Nascimento CM Ribeiro AQ SantrsquoAna LFR et al Estado nutricional e condiccedilotildees de sauacutede da populaccedilatildeo idosa brasileira revisatildeo da literatura Rev meacuted Minas Gerais 2011 21(2)174-180
18 Gomes MA Beck cc Duarte MFS et al Ficha Antropomeacutetrica no Nuacutecleo de Apoio a Sauacutede da Famiacutelia o que medir e para que medir Rev bras cineantropom desempenho hum 2009 11(2) 243-253
19 Azevedo LF Oliveira ACC Lima JRP et al Recomendaccedilotildees sobre condutas e procedimentos do profissional de educaccedilatildeo fiacutesica na atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede Rio de Janeiro CONFEF 2010 109-55
20 World Health Organization World health statistics 2012 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghopublicationsworld_health_statistics2012enindexhtmlgt [2012 set 18]
21 World Health Organization Global health risks mortality and burden of disease attributable to selected major risks Geneva World Health Organization 2009a
22 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Panorama da sauacutede brasileira em muacuteltiplos aspectos Percepccedilatildeo do estado de sauacutede estilo de vida e doenccedila crocircnica Pesquisa Nacional de Sauacutede 2013
23 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Pesquisa Nacional por Amostra
de Domiciacutelios 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapesquisaspesquisa_resultadosphpid_pesquisa=149gt[2014 dez 04]
24 Tribess S Virtuoso Junior JS Prescriccedilatildeo de exerciacutecios fiacutesicos para idosos Rev saudecom 2005 1(2)163-72
38
25 Pollock ML Wilmore JH Exerciacutecio na Sauacutede e na Doenccedila avaliaccedilatildeo e prescriccedilatildeo para prevenccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo Editora MEDSI 2ordf ed Rio de Janeiro 1993
26 Sociedade Brasileira de Cardiologia V Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 20061-48
27 World Health Organization Global Health Observatory (GHO) 2014 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghoncdrisk_factorsblood_pressure_prevalence_textengt [2014 dez 04]
28 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Secretaria de Atenccedilatildeo baacutesica agrave Sauacutede Departamento de atenccedilatildeo baacutesica - Hipertensatildeo arterial sistecircmica Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2006
29 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) (2009) Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeGestorvisualizar_textocfmidtxt=24421gt [2010 abr 07]
30 Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Nuacutemero de hipertenso 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwsbhorgbripadgeralphpgt [09 nov 2014]
31 Secretaria de Sauacutede do Estado da Bahia Hipertensatildeo Quantidade de Hipertensos na Bahia Disponiacutevel em (2014) lthttpwwwsaudebagovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=4418ampcatid=1ampItemid=14gt [2014 jan 10]
32 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica 2014 Dados de mortalidade na Bahia Disponiacutevel em lthttptabnetdatasusgovbrcgitabcgiexesiabcnvSIABSBAdefgt [2014 mai 05]
33 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica Dados sociodemograacuteficos de Ibicuiacute 2014 lthttptabnetdatasusgovbrcgideftohtmexesiabcnvSIABFBAdefgt [2014 jan 05]
34 Williams B The year in hypertension JACC 2010 55(1) 66-73
35 Lipp M Rocha JC Stress Hipertensatildeo Arterial e Qualidade de vida um guia de tratamento para o hipertenso Campinas Papirus 1996
36 Borenstein MS (Org) Manual de Hipertensatildeo Arterial Porto Allege Editora Sagra Luzzatto 1999
37 Joint National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure The Sixth Report of the Join National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure Arch Intern Med 1997157 2413-2446
39
38 Mitchell GF Parise H Benjamin EJ et al Changes in arterial stiffness and wave reflection with advancing age in health men and women Hypertension 2004 431239-1245
39 Matos AC Ladeia AM Avaliaccedilatildeo de fatores de risco cardiovascular em uma comunidade rural da Bahia Arq Bras Cardiol 2003 81(3) 291-6
40 World Health Organization Who Expert Committee on Physical Status the use and interpretation of antropometry Report of a WHO Expert Commitee Geneva WHO 1995 p 854
41 Pitanga FJG Antropometria na avaliaccedilatildeo da obesidade abdominal e risco coronariano Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum 201113(3) 238-241
42 Ferreira LS Amaral TF Marucci MFN et al Under nutrition as a major risk factor for death among older Brazilian adults in the community-dwelling setting SABE survey Nutrition 201127(10)17-22
43 Andrade FB Caldas Junior AF Kitoko PM et al Prevalence of overweight and obesity in elderly people from Vitoacuteria-ES Brazil Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2012 set17(3)749-756
44 Boscatto EC Duarte Mde F Coqueiro Rda S Barbosa AR Nutritional status in the oldest elderly and associated factors Rev Assoc Med Bras 2013 59(1)40-47
45 Kostka J Borowiak E Kostka T Nutritional status and quality of life in different
populations of older people in Poland Eur J Clin Nutr 2014 Nov68(11)1210-5
46 Silva DAS Petroski EL Associaccedilatildeo de diferentes pontos de corte para sobrepeso e obesidade com pressatildeo arterial elevada em idosas Rev Educ Fis UEM 2009 20 415-22
47 Nutrition Screening Initiative Interventions manual for professionals caring for older Americans Washington DC Nutrition Screening Initiative 1992
48 World Health Organization Obesity preventing and managing the global epidemic Report of a WHO Consultation on Obesity Geneva World Health Organization 1998
49 Cameron AJ Dunstan DW Owen N et al Health and mortality consequences
of abdominal obesity evidence from the Aus Diab study Med J Aust 2009191 202ndash208
50 Fox KA Despres JP Richard AJ et al Does abdominal obesity have a similar impact on cardiovascular disease and diabetes A study of 91246 ambulant patients in 27 European countries Eur Heart J 2009 30 3055ndash3063
40
51 Pouliot MC Despreacutes JP Lemieux S et al Waist circumference and abdominal sagittal diameter Best simple anthropometric indexes of abdominal visceral adipose tissue accumulation and related cardiovascular risk in men and woman Am J Cardiology 1994 73 460-468
52 Peixoto MRG Beniacutecio MHD Latorre M et al Circunferecircncia da Cintura e Iacutendice de massa Corporal como Preditores da Hipertensatildeo Arterial Arq Bras Cardiol 200687 462-470
53 MacKay MF Haffner SM Wagenknecht LE et al Prediction of type 2 diabetes using alternate anthropometric measures in a multiethnic cohort the insulin resistance atherosclerosis study Diabetes Care 200932(5)956-8
54 Valdez R A simple model-based index of abdominal adiposity J Clin Epidemiol1991 44(9) 955-6
55 Pitanga FJG Lessa I Sensibilidade e especificidade do iacutendice de conicidade como discriminador do risco coronariano de adultos em Salvador Brasil Rev Bras Epidemiol 20047(3)259-69
56 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano elevado em adultos na cidade de Salvador - Bahia Arq Bras Cardiol 2005 85 (1)26-31
57 Ghosh JR Bandyopadhyay AR Comparative evaluation of obesity measures relationship with blood pressures and hypertension Singapore Med J 200748(3) 232-5
58 Almeida RT Almeida MMG Araujo TM Obesidade abdominal e risco cardiovascular desempenho de indicadores antropomeacutetricos em mulheres Arq Bras Cardiol 2009 out92(5)375-380
59 Freitas Juacutenior Costa Rosa CS Codogno JS et al Capacidade cardiorrespiratoacuteria e distribuiccedilatildeo de gordura corporal de mulheres com 50 anos ou mais Rev Esc Enferm USP 2010 44(2) 395-400
60 Matos LN Giorelli GV Dias CB Correlation of anthropometric indicators for identifying insulin sensitivity and resistance Satildeo Paulo Med J [online] 2011 129(1) 30-35
61 Gomes MA Rech CR Gomes MBA et al Correlaccedilatildeo entre iacutendices antropomeacutetricos e distribuiccedilatildeo de gordura corporal em mulheres idosas Rev bras cineantropom desempenho hum 2006 set 8(3) 16-22
62 Tarastchuk JCE Gueacuterios EE Bueno RRL et al Obesidade e intervenccedilatildeo coronariana devemos continuar valorizando o Iacutendice de Massa Corpoacuterea Arq Bras Cardiol [online] 2008 90(5) 311-316
41
63 Ferreira AP CB Ferreira VC Souza et al Risco de distuacuterbio glicecircmico em mulheres idosas ajustado por antropometria e genoacutetipos de citocinas Rev Assoc Med Bras [online] 201157(5) 565-569
64 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano em mulheres Rev Bras Cineantrop Desempenho Hum 2006 8 (1) 14-21
65 Newman TB Browner WS Cummings SR Delineando estudos de testes meacutedicos In Hulley SB et al Delineando a pesquisa cliacutenica uma abordagem epidemioloacutegica 2 ed Porto Alegre Artmed 2003 203-224
66 Toscano CM As campanhas nacionais para detecccedilatildeo das doenccedilas crocircnicas natildeo-transmissiacuteveis diabetes e hipertensatildeo arterial Ciecircnc sauacutede Coletiva out-dez 2004 9(4) 885-895
67 Fletcher RH Fletcher SW Prevenccedilatildeo In Fletcher R Fletcher S Epidemiologia
cliacutenica elementos essenciais 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 2006 179-201
68 Jeckel J Elmore J Katz D Meacutetodos de prevenccedilatildeo secundaacuteria In _____ Epidemiologia bioestatiacutestica e medicina preventiva 2 ed Porto Alegre Artmed 2005 236-247
69 Klein CH Bloch KV Estudos seccionais In Medronho RA Carvalho DM Bloch KV Luiz RR Werneck GL Epidemiologia 1ordf ed Satildeo Paulo Editora Atheneu 2002 125-150
70 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Resoluccedilatildeo nordm- 6 de 3 de novembro de 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcenso2010ibgegovbrdados_divulgadosindexphpuf=29gt[201 dez 18]
71 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica ndash Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais (2014) Disponiacutevel em lthttpcodibgegovbr398G9gt [2014 ago 30]
72 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230gt [2013 mai 01]
73 Luiz RR Magnanini MMF A loacutegica da determinaccedilatildeo do tamanho da amostra em investigaccedilotildees epidemioloacutegicas Cad sauacutede coletiva Rio de Janeiro 2000 8(2) 9-28
74 Reis MC Nascimento RAS Pedreira RBS et al Validaccedilatildeo de Face e Clareza do Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede dos Idosos ndash IASI [resumo] in Anais do XIX Congresso Brasileiro Geriatria e Gerontologia Beleacutem 2014 296-296
75 Lohman TG Roche AF Martorell R Anthropometric Standardization Reference Manual Champaign Illinois Human Kinetics 1988
42
76 Vaz JCL Regiotildees de Incerteza para Curva ROC em Teste Diagnoacutesticos
[dissertaccedilatildeo] Satildeo Carlos Universidade Federal de Satildeo Carlos 2009
77 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de 2012
78 Erdreich LS Lee ET Use of relative operating characteristic analysis in epidemiology A method for dealing with subjective judgement Am J Epidemiol 1981 114649-62
79 Aekplakorn W Pakpeankitwatana V Lee CM et al Abdominal obesity and coronary heart disease in Thai men Obesity 200715(4)1036-42
80 Oliveira MAM Fagundes RLM Moreira EAM et al Relaccedilatildeo de Indicadores Antropomeacutetricos com Fatores de Risco para Doenccedila Cardiovascular Arq Bras Cardiol 2010 abr 94(4) 478-485
81 Mendes TAB Goldbaum M Segri NJ et al Factors associated with the prevalence of hypertension and control practices among elderly residents of Satildeo Paulo city Brazil Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(11) 2275-2286
82 Oliveira BFA Souza Mouratildeo D Gomes N et al Prevalecircncia de hipertensatildeo arterial em comunidades ribeirinhas do Rio Madeira Amazocircnia Ocidental Brasileira Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(8) 1617-1630
83 Picon RV Fuchs FD Moreira LB et al Prevalence of Hypertension Among Elderly Persons in Urban Brazil A Systematic Review With Meta-Analysis Am J Hypertens 2013 26 (4) 541-548
84 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Pessoa Idosa e Envelhecimento Seacuteries Pactos pela Sauacutede 2006 v 12 Brasiacutelia ndash DF 2010
85 Leal Neto JS Souza J Coqueiro RS et al Anthropometric indicators of obesity as screening tools for high blood pressure in the elderly Int J Nurs Pract 2013 Aug 19(4) 360-367
86 Schisterman EF Faraggi D Reiser B Trevisan M Statistical inference for the area under the receiver operating characteristic curve in the presence of random measurement error Am J Epidemiol 2001 154 (2) 174-9
87 Samsen M Hanchaiphiboolkul S Puthkhao P et al Appropriate body mass index and waist circumference cutoffs for middle and older age group in Thailand data of 19621 participants from Thai epidemiologic stroke (TES) study J Med Assoc Thai 2012 Sep 95(9)1156-66
88 Ko GTC Chan JCN Cockram CS Woo J Prediction of hypertension diabetes dyslipidemia or albuminuria using simple anthropometric indexes in Hong Kong Chinese Int J Obes 1999 23 (11) 1136-42
43
89 Lin WY Lee LT Chen CY et al Optimal cut-off values for obesity using simple anthropometric indices to predict cardiovascular risk factors in Taiwan Int J Obes Relat Metab Disord 2002261232-8
90 Pua YH Ong PH Anthropometric indices as screening tools for cardiovascular risk factors in Singaporean women Asia Pac J Clin Nutr 2005 14 (1) 74-9
91 Berber A Goacutemez-Santos R Fanghaumlnel G Saacutenchez-Reyes L Anthropometric
indexes in the prediction of type 2 diabetes mellitus hypertension and dyslipidaemia in a Mexican population Int J Obes 200125(12)1794-9
92 Browning LM Hsieh SD Ashwell M A systematic review of waist-to-height ratio
as a screening tool for the prediction of cardiovascular disease and diabetes 05 could be a suitable global boundary value Nutr Res Rev 2010 23(2)247-69
93 Bertsias G Mammas I Linardakis M Kafatos A Overweight and obesity in
relation to cardiovascular disease risk factors among medical students in Crete Greece BMC Public Health 2003 31-9
94 Kashihara H Lee JS Kawakubo K et al Criteria of Waist Circumference According to Computed Tomography-Measured Visceral Fat Area and the Clustering of Cardiovascular Risk Factors Circ J 2009 73 1881-1886
44
APEcircNDICES
45
Apecircndice 1
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
46
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS
PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE SAUacuteDE
DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE
Jequieacute ____ ____ 201__
APEcircNDICE 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Vocecirc esta sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa do Nuacutecleo de
Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo (NESP) da Universidade Estadual do Sudoeste da
Bahia
Objetivo do estudo Avaliar e monitorar as condiccedilotildees de sauacutede de idosos residentes
em comunidade
Participaccedilatildeo Ao aceitar participar do estudo estarei agrave disposiccedilatildeo do pesquisador
para responder ao formulaacuterio que seraacute arquivado pelo autor por um periacuteodo de cinco
anos sendo posteriormente incinerado
Riscos Este estudo natildeo traraacute riscos para minha integridade fiacutesica ou moral dos
participantes
Confidencialidade do estudo Seraacute garantida a privacidade o anonimato bem como
o direito de aceitar ou natildeo participar da pesquisa podendo ser essa autorizaccedilatildeo
suspensa em qualquer fase do estudo Assim as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo
4662012 do Conselho Nacional de Sauacutede que discorre sobre pesquisa envolvendo
seres humanos seratildeo atendidas Os resultados seratildeo publicados no relatoacuterio final da
dissertaccedilatildeo e artigos cientiacuteficos
47
Benefiacutecios Accedilotildees interinstitucionais articuladas promovidas numa perspectiva
interdisciplinar possibilitaratildeo uma melhor compreensatildeo das condiccedilotildees de sauacutede dos
idosos residentes em comunidade do municiacutepio e contribuiraacute para a formulaccedilatildeo de
accedilotildees direcionadas as necessidades dessa populaccedilatildeo
Danos advindos da pesquisa Caso haja algum prejuiacutezo decorrente da realizaccedilatildeo
deste estudo seraacute providenciada a devida reparaccedilatildeo dos danos atraveacutes do
responsaacutevel pelo estudo O pesquisador e os entrevistados natildeo receberatildeo benefiacutecios
financeiros para participaccedilatildeo no estudo Todas as despesas seratildeo por conta do
pesquisador
Participaccedilatildeo voluntaacuteria Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria podendo a qualquer
momento desistir do estudo sem qualquer prejuiacutezo ou penalidade para mim
Consentimento para participaccedilatildeo Apoacutes ser devidamente esclarecido (a) quanto
aos objetivos deste estudo dos procedimentos aos quais serei submetido (a) bem
como dos possiacuteveis riscos decorrentes da minha participaccedilatildeo estou de acordo em
participar do mesmo O pesquisador responsaacutevel pelo estudo assegura que seraacute
disponibilizado qualquer esclarecimento adicional que eu venha a solicitar durante a
realizaccedilatildeo da pesquisa e o direito de desistir da participaccedilatildeo em qualquer momento
Em casos de duacutevidas eou problemas referentes ao estudo vocecirc poderaacute
entrar em contato com o autor atraveacutes do Nuacutecleo de Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo
(NESP) (73) 3528-9721
Sendo assim eu ______________________________________________
aceito livremente participar do Projeto MONIDI
__________________________________ __________________________________
Assinatura do (a) participante
RG _________________________
Assinatura do (a) pesquisador
RG_________________________
48
Apecircndice 2
Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede do Idoso
49
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS
PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE
SAUacuteDE DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE
Nuacutemero do Questionaacuterio |__|__|__|
Nome do Entrevistador ___________________________
Visita 1 2 3
Data Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Hora de iniacutecio ________
Hora de teacutermino ________
I INFORMACcedilOtildeES PESSOAIS E SOCIODEMOGRAacuteFICAS
1 Nome do entrevistado
2Sexo
0 ( ) Feminino
1 ( ) Masculino
3 Endereccedilo completotelefone
4 Idade ____ anos
41 Data de Nascimento
____________
50
5 Situaccedilatildeo conjugal atual
1 ( ) Casado(a) 2 ( ) Uniatildeo estaacutevel 3 ( ) Solteiroa
4 ( ) Divorciado(a)separado(a)desquitado(a) 5 ( ) Viuacutevoa
6 No total quantas vezes o (a) Sr(a) esteve casado(a) ou em uniatildeo
Nordm de vezes |___|___|
7 Na escola qual a uacuteltima seacuterie grau que concluiu com aprovaccedilatildeo
1 - Nunca foi agrave escola ( ) 4 - Fundamental II ( )5 a ( )6 a ( )7 a ( )8 a
2 - Lecirc e escreve o nome ( ) 5 - Ensino Meacutedio ( ) 1 a ( )2 a ( )3
3 - Fundamental I ( )1 a ( )2 a 6 - Superior ( ) completo ( ) incompleto
( )3 a ( )4 a
8 Como vocecirc classificaria a cor da sua pele
1( ) Branca 2( ) Amarela (oriental) 3( ) Parda
4( ) Origem indiacutegena 5( ) Preta 9( ) Natildeo sabe
9 Cor da pele (entrevistador)
1( ) branca 2( ) amarela (oriental) 3( ) parda
4( ) origem indiacutegena 5( ) preta
10-Quantos filhos e filhas nascidos vivos o(a)Sr(a) teve (natildeo inclua enteados filhos
adotivos abortos ou filhos nascidos mortos)
Nuacutemero de filhos |____|____| (98) NS (99) NR
11 Atualmente o senhor (a) mora sozinho ou acompanhado
1( )Acompanhado 2( ) Sozinho 3( ) NR 4( )NS
51
12 Desde que o senhor (a) nasceu viveu no campo por 5 anos ou mais
0( ) Natildeo 1( ) Sim 2( ) NS 3( ) NR
13 Qual eacute a sua religiatildeo
1( ) Catoacutelica 2( ) Protestante 3( ) Judaica
4( ) Espiacuteritakardecista 5( ) Umbanda 6( ) Outras ____________
14 Qual a importacircncia da religiatildeo em sua vida
(1) Importante (2) Regular (3) Nada importante (8) NS (9) NR
15 Com que frequecircncia o senhor vai agrave igreja ou ao serviccedilo religioso
( ) Nunca ( ) Vaacuterias vezes por ano ( ) Uma duas vezes por mecircs
( ) Quase toda semana ( ) Mais de uma vez por semana ( ) NS ( ) NR
16 Quanto vocecirc ganha em meacutedia por mecircs R$ __________8( )Natildeo se aplica
II A CONSUMO DE AacuteLCOOL E TABACO
Uso de bebidas alcooacutelicas
1 Vocecirc consome bebidas alcooacutelicas Se vocecirc NAtildeO BEBE siga para o bloco III C
0 ( )sim 1( ) natildeo
2 Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
3 As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
4 Sente-se chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
5 Costuma beber pela manhatilde para diminuir o nervosismo ou a ressaca
0 ( ) sim 1( ) natildeo
Haacutebito de fumar
1 Vocecirc jaacute foi fumante 0 ( ) sim 1( ) natildeo
52
2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco
III C
3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros
4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias
III ANTROPOMETRIA
MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS
ESTATURA
MASSA CORPORAL
CIRCUNFEREcircNCIA
DE CINTURA
IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL
MEDIDA 01 02 03
Pressatildeo arterial
sistoacutelica
Pressatildeo arterial
diastoacutelica
53
ANEXOS
54
Anexo 1
Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos
55
56
21
Tabela 4 - Valores descritivos miacutenimos e maacuteximos das variaacuteveis analisadas
Variaacuteveis Mulheres (n=167) Homens (n=133) Valor-p
Idade (anos) 7078 plusmn 821 (60-108)
7259 plusmn 786 (60-93)
0055
Massa corporal (kg) 6020 plusmn 1223 (2970-9580)
6384 plusmn 1250 (4010-11840)
0012
Estatura (cm) 14875 plusmn 616 (129-164)
16080 plusmn 782 (135-183)
lt00001
IMC (kgm2) 2715 plusmn505 (1342-4064)
2458 plusmn 390 (1475-3544)
lt00001
CC (cm)dagger 8734 plusmn 1126 (55-130)
8894 plusmn 1010 (66-115)
0208
RCEst 057 plusmn 011 (000-087)
055 plusmn 006 (042-073)
0086
Iacutendice C 123 plusmn 021 (000-166)
129 plusmn 006 (117-150)
0001
PAS 14096 plusmn 2218 (87-200)
13735 plusmn 2251 (98-209)
0166
PAD 7671 plusmn 1091 (45-105)
7697 plusmn 1179 (49-110)
0846
IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia da cintura RCEst - razatildeo cintura-estatura Iacutendice C - Iacutendice de Conicidade PAS - pressatildeo arterial sistoacutelica PAD ndash pressatildeo arterial diastoacutelica dagger Variaacuteveis com perdas (n=163 mulheres) Teste T de Student para amostras independentes
Tabela 5 - Percentuais das variaacuteveis analisadas
Variaacutevel Mulheres Homens Valor-p
Pressatildeo Arterial (n) (n)
Normal 557 (93) 594 (79) 0011
Hipertensatildeo 443 (74) 406 (54)
Estado nutricional (n) (n)
Baixo peso 144 (24) 301 (40)
Normal 353 (59) 436 (58) lt00001
Sobrepeso 503 (84) 263 (35)
Teste Qui-quadrado
53 Anaacutelise da curva ROC
22
As aacutereas sob a curva ROC do IMC da CC da RCEst e do iacutendice C como
preditores de hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos e os respectivos
intervalos de confianccedila (IC 95) podem ser observados na Tabela 6 e nas Figuras 2
3 4 5 6 7 8 9 Evidenciou-se que alguns iacutendices antropomeacutetricos apresentaram
aacuterea sob a curva ROC significativas Todavia a RCEst e o IMC assumiram maiores
aacutereas com diferenccedila significativa para os homens
Tabela 6 - Aacuterea sob a curva ROC e IC95 entre os iacutendices antropomeacutetricos e hipertensatildeo arterial em idosos
Aacuterea sob a curva ROC
PA elevada Mulheres
Homens
p
IMC (kgm2) 053 (044-062) 060 (050-070)
lt00001dagger
CC (cm) 057 (048-066) 058 (048-068)
lt00001dagger
RCEst 056 (047-065) 061 (051-071)
lt00001dagger
Iacutendice C 058 (049-066) 058 (058-068) lt00001dagger
IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia de cintura RCEst - razatildeo cinturaestatura Iacutendice C - iacutendice de conicidade ROC ndashReceiver Operating CharacteristicIC95 - intervalo de confianccedila a 95Aacuterea sob a curva ROC apresentando poder discriminatoacuterio para pressatildeo arterial elevada (Li-IC ge 050) daggerTeste Qui-quadrado
23
Figura 2 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) IMC - iacutendice de massa corporal
Figura 3 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) IMC - iacutendice de massa corporal
24
Figura 4 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) CC ndash circunferecircncia da cintura
Figura 5 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) CC ndash circunferecircncia da cintura
25
Figura 6 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) RCEst - razatildeo cinturaestatura
Figura 7 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) RCEst - razatildeo cinturaestatura
26
Figura 8 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) Iacutendice C -iacutendice de conicidade
Figura 9 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) Iacutendice C - iacutendice de conicidade
27
Os valores dos pontos de corte dos iacutendices antropomeacutetricos como preditores
de hipertensatildeo arterial e suas respectivas sensibilidade e especificidade (mais
adequado equiliacutebrio entre si) satildeo apresentados na Tabela 7 Observa-se que entre
os iacutendices antropomeacutetricos a RCEst teve melhor percentual de sensibilidade e de
especificidade para discriminar a pressatildeo arterial elevada para os homens
Tabela 7 - Pontos de corte sensibilidade e especificidade dos iacutendices antropomeacutetricos para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial em idosos
Mulheres Homens PA elevada
Ponto de corte
Sensibilidade ()
Especificidade ()
Ponto de corte
Sensibilidade ()
Especificidade ()
IMC (kgm2)
2679 527 548 2420 527 548
CC (cm) 8750 577 457 8650 593 532 RCEst 059 568 430 054 648 456 Iacutendice C 126 541 452 129 574 456
IMC ndash Iacutendice de Massa Corporal CC ndash Circunferecircncia da Cintura RCEst ndash Razatildeo Cintura-Estatura Iacutendice C ndash Iacutendice de Conicidade
28
6 DISCUSSAtildeO
61 Aacutereas sob a Curva ROC
Este estudo teve como objetivo identificar a capacidade preditiva de iacutendices
antropomeacutetricos de obesidade geral e abdominal para discriminar a presenccedila de
hipertensatildeo arterial em idosos com foco de utilizaccedilatildeo no ambiente da estrateacutegia de
sauacutede da famiacutelia Nessa perspectiva surge uma proposta de triagem dos casos de
idosos com possiacuteveis alteraccedilotildees crocircnicas em sua pressatildeo arterial aleacutem de possibilitar
a discussatildeo sobre validaccedilatildeo de tais iacutendices para uso no contexto da sauacutede
Dessa forma recomenda-se a anaacutelise da sensibilidade e especificidade por
meio da construccedilatildeo de curvas ROC pois eacute a melhor opccedilatildeo para determinar pontos de
corte em estudos epidemioloacutegicos78 Essa anaacutelise permite fornecer a aacuterea sob a curva
que traduz o poder de discriminaccedilatildeo de um indicador para um determinado desfecho
e a identificaccedilatildeo do melhor ponto de corte
A proposta dessa pesquisa natildeo eacute excluir o diagnoacutestico meacutedico mas
proporcionar uma estrateacutegia mais abrangente a ser utilizada pelas USFs em parceria
entre os profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica e os profissionais de sauacutede no contexto da
atenccedilatildeo primaacuteria
Embora exista associaccedilatildeo entre sobrepesoobesidade e a pressatildeo arterial
elevada poucos estudos tecircm identificado pontos de corte de iacutendices antropomeacutetricos
que visem agrave detecccedilatildeo da hipertensatildeo arterial em idosos Diversos estudos tecircm
demonstrado que os iacutendices antropomeacutetricos satildeo bons indicadores de obesidade e
estatildeo relacionados a fatores de risco cardiovascular795880 Todavia a hipertensatildeo eacute
apontada como um dos principais fatores de risco cardiovasculares o que denota a
necessidade de um olhar diferenciado
A prevalecircncia de hipertensatildeo foi inferior agrave encontrada em outros estudos818283
Contudo diferenccedilas metodoloacutegicas nuacutemero de medidas realizadas e os diferentes
criteacuterios de referecircncia satildeo as principais causas da grande variabilidade nas
prevalecircncias de pressatildeo arterial elevada entre as investigaccedilotildees No presente estudo
29
optou-se por maior rigorosidade ao diagnosticar a pressatildeo arterial elevada
considerando a realizaccedilatildeo de trecircs medidas
Nessa amostra observou-se que a prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi
443 nas mulheres e 406 nos homens Demonstrando ser uma alta prevalecircncia
pois se trata de uma populaccedilatildeo que eacute influenciada diretamente pelo o aumento da
morbimortalidade durante o envelhecimento Estudos envolvendo idosos indicam que
a prevalecircncia da hipertensatildeo encontra-se entre 50-70 com o aumento da idade84
Poucos estudos epidemioloacutegicos foram conduzidos com o objetivo de identificar
e discriminar a capacidade de iacutendices antropomeacutetricos de obesidade para a pressatildeo
arterial elevada na populaccedilatildeo de idosos e principalmente utilizando o iacutendice C o
RCEst Um estudo realizado com a populaccedilatildeo de idosos utilizou o mesmo objetivo
poreacutem usou como ponto de corte o iacutendice de massa corporal e o iacutendice de adiposidade
corporal85 Entretanto faz-se necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de outros iacutendices para identificar
hipertensatildeo arterial em idosos
De acordo com os resultados do presente estudo somente alguns dos
indicadores antropomeacutetricos apresentaram capacidade preditiva para a hipertensatildeo
arterial em idosos de acordo com limite inferior do intervalo de confianccedila de 9586
Dessa forma foi observado que a RCEst e IMC para os homens mostraram-se com
bom poder de detecccedilatildeo para a hipertensatildeo arterial pois obtiveram maiores valores
sob a curva para esse desfecho
Em 2013 Leal Neto et al85 identificaram em seus resultados que o IMC e o
iacutendice de adiposidade corporal foram os melhores indicadores preditivos de
hipertensatildeo arterial nos idosos em ambos os sexos independentemente de outros
fatores tais como idade tabagismo consumo de aacutelcool e atividade fiacutesica
No presente estudo os principais indicadores que tiveram uma boa aacuterea sob a
curva foram o IMC RCEst e Iacutendice C com resultados de 060 IC95 (050-070) 061
IC95 (051-071) e 058 IC95 (058-068) respectivamente para homens
Nas mulheres tais iacutendices mostraram-se com menor poder discriminatoacuterio para
diagnosticar a hipertensatildeo arterial A HAS eacute um desfecho que pode ser influenciado
por fatores multicausais (hormonais estresse etc) Na anaacutelise do desempenho do
iacutendice antropomeacutetrico a loacutegica eacute unidirecional ou seja verificar o desempenho desses
iacutendices apenas como preditores de hipertensatildeo arterial foram mais satisfatoacuterios entre
os homens Os iacutendices podem interferir mas natildeo determinar a prevalecircncia da
30
hipertensatildeo Embora as mulheres tenham uma maior prevalecircncia essa natildeo eacute
determinada pelos iacutendices antropomeacutetricos no presente estudo
Tais resultados diferem do estudo realizado em 2012 por Samsen et al87 no
qual a circunferecircncia da cintura teve boa ASC nos homens = 0684 com IC95 (0672-
0695) e nas mulheres = 0673 IC95 (0665-0681) sendo o melhor indicador
significativamente (p lt0001) do que o IMC no qual a ASC em homens foi de = 0667
IC95 (0656-679) e nas mulheres = 0636 IC95 (0628-0644) em discriminaccedilatildeo
de pelo menos um fator de risco cardiovascular Isso se deve ao fato de tal estudo ter
sido realizado com uma abrangecircncia maior na faixa etaacuteria que foi de 45-80 anos
Uma possiacutevel limitaccedilatildeo para discussatildeo dos resultados desse estudo foi a faixa
etaacuteria restrita que natildeo incluiu idosos (igual ou acima de 60 anos) o que impossibilita
a triagem da pressatildeo arterial elevada nessa populaccedilatildeo
62 Iacutendices antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial
Nesse estudo a CC e RCEst foram as variaacuteveis com maiores valores absolutos
de sensibilidade para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial respectivamente para mulheres
e homens Tais resultados indicam as proporccedilotildees de verdadeiros positivos na
ocorrecircncia de hipertensatildeo arterial
Quanto ao ponto de corte do RCEst nas mulheres foi de 059 sendo 568 de
sensibilidade e 430 de especificidade Valores inferiores ao encontrado no presente
estudo para mulheres foram sugeridos em Taiwan (045) Cingapura (048) e na China
(050) No Brasil em 2009 Haun Pitanga e Lessa16 recomendaram para a RCEst
053 como melhor ponto de corte com sensibilidade (67) e especificidade (58) e
aacuterea sob a curva ROC de 069 (IC 95 = 064-075) Outro ponto de corte semelhante
ao observado no Brasil com mulheres mexicanas variou de 053 a 0535 para a
RCEst discriminar diabete tipo 2 hipertensatildeo e dislipidemias88899091
Os pontos de corte sugeridos por esses paiacuteses e no Brasil podem ter sido
inferiores por causa da abrangecircncia na faixa etaacuteria dos indiviacuteduos no qual incluiacuteram
mulheres de 30 a 74 anos como tambeacutem as caracteriacutesticas econocircmicas culturais e
31
de estilo de vida diferem da realidade das mulheres que residem em cidades de
pequeno porte Estudos que discriminem hipertensatildeo arterial principalmente em
idosos com RCEst satildeo escassos na literatura
Em 2010 Browning Hsieh e Ashwel92 realizaram uma revisatildeo sistemaacutetica
sobre a potencialidade de indicadores antropomeacutetricos em predizer doenccedilas
cardiovasculares e identificou a RCEst como variaacutevel de melhor desempenho A
RCEst apresentou maiores ASC quando comparada ao IMC ou CC Os dados
analisados foram de quatorze paiacuteses diferentes e incluiacuteram caucasianos asiaacuteticos e
da Ameacuterica Central Segundo os autores uma RCEst ge 05 eacute capaz de identificar
fatores de risco cardiovasculares Esse ponto de corte eacute inferior aos encontrados para
homens e mulheres no presente estudo significando que o ponto de corte encontrado
pode diagnosticar risco cardiovascular e consequentemente a presenccedila de
hipertensatildeo
Outros autores afirmam essa hipoacutetese relacionada aos valores limites para
RCEst em diversas populaccedilotildees e indicaram que um ponto de corte de 05 eacute o valor
mais indicado para ambos os sexos todas as idades e diferentes populaccedilotildees899315
Com relaccedilatildeo agrave especificidade a variaacutevel com maior valor foi o IMC
independentemente do sexo Nas mulheres o ponto de corte sugerido foi 2679 kgm2
e nos homens 2420 kgm2 O valor da especificidade foi de 548 para ambos os
sexos o qual possibilita determinar corretamente a ausecircncia de hipertensatildeo arterial
Sendo assim este estudo sugere que o IMC natildeo foi o melhor preditor de hipertensatildeo
arterial
O estudo de Leal Neto et al (2013)85 tambeacutem testou a capacidade de
indicadores antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial em idosos
sugeriu como pontos de corte para IMC valores de 247 kgm2 igual ao encontrado no
presente estudo e de 273 kgm2 nuacutemero superior que aos dados do presente
trabalho para homens e mulheres respectivamente
Em outro estudo realizado com 19621 homens e mulheres com faixa etaacuteria de
45-80 anos a meacutedia da idade foi de 598 anos para os homens e 585 anos para as
mulheres O ponto de corte adequado de IMC foi de 23 kgm2 em homens e 24 kgm2
em mulheres Os pontos de corte de CC foram 80 cm e 78 cm em homens e mulheres
respectivamente Os achados do presente estudo foram superiores a esses
32
resultados todavia deve ser considerado que a populaccedilatildeo alvo foi diferente e com
idade menor da populaccedilatildeo pesquisada no presente trabalho87
Com relaccedilatildeo agrave CC o ponto de corte identificado para a prediccedilatildeo de hipertensatildeo
arterial nas mulheres foi superior ao dos homens Contudo os valores de sensibilidade
e especificidade desses pontos de corte foram maiores entre os homens o que pode
indicar que o poder preditivo da CC para a hipertensatildeo arterial eacute melhor para o sexo
masculino Quanto menor o ponto de corte maior seraacute a habilidade do teste em
classificar os doentes como positivos isto eacute maior seraacute a sensibilidade76 Os pontos
de corte dos homens foram em sua maioria menores em comparaccedilatildeo aos das
mulheres
Tais resultados satildeo contraacuterios aos achados do estudo de Kashihara et al
(2009)94 com indiviacuteduos de 30-74 anos que comparou paciente com hipertensatildeo e sem
hipertensatildeo Em seus pontos de corte de CC para os homens foram superiores aos
pontos de corte definidos para as mulheres e os valores de sensibilidade e
especificidade foi maior nas mulheres para identificar risco cardiovascular Poreacutem a
idade foi menor ao proposto no presente estudo
Outro estudo que contraria tais resultados quanto ao ponto de corte da CC foi
o de Haun Pitanga e Lessa (2009)16 que foi superior para os homens enquanto o
niacutevel de sensibilidade e especificidade foi igual aos nossos achados Poreacutem esse
estudo foi realizado com indiviacuteduos de idade entre 30-74 anos e discriminou risco
coronariano elevado
Quanto ao Iacutendice C no presente estudo o ponto de corte sugerido foi de 126
nas mulheres (sensibilidade 541 e especificidade 452) e 129 para os homens
(sensibilidade 574 e especificidade 456)
Diferentemente do resultado encontrado no presente estudo Pitanga e Lessa
(2005)56 sugeriram como o melhor ponto de corte para risco coronariano com o iacutendice
C 118 para mulheres apresentando valores de sensibilidade (7339) e
especificidade (6115) Para os homens o ponto de corte foi de 125 com valores de
sensibilidade (7391) e especificidade (7492) Tais pontos de corte foram para
indiviacuteduos adultos por esse motivo foram mais baixos que os achados do presente
trabalho Deve-se considerar que existem modificaccedilotildees na composiccedilatildeo corporal com
o processo do envelhecimento o que poderia alterar os pontos de corte para as essas
medidas antropomeacutetricas
33
Em outro estudo com os mesmo autores foram apresentados outros pontos de
corte comparando diferentes faixas etaacuterias Para as mulheres de 30-49 anos o melhor
ponto de corte foi o mesmo (118) com melhor sensibilidade (7857) e
especificidade (6524) e tambeacutem melhor aacuterea sob a curva ROC 081 (IC95 = 070-
092) Entre as de idade mais avanccedilada (50-74 anos) o melhor ponto de corte
sugerido foi 122 com sensibilidade (6000) e especificidade (6582) e aacuterea sob a
curva ROC 065 (IC 95 = 058-073) Portanto o iacutendice C apresentou melhor poder
discriminatoacuterio de RCEst para as mulheres mais jovens64
Almeida Almeida e Arauacutejo (2009)58 conduziram uma pesquisa com mulheres
de 30 e 69 anos buscando avaliar o desempenho de diferentes pontos de corte do
iacutendice C RCQ CC e RCEst para discriminar Risco Coronariano Elevado e o ponto de
corte encontrado para o Iacutendice C foi (125) proacuteximo ao ponto de corte para mulheres
nos nossos achados Dessa forma tais autores afirmaram que os indicadores
antropomeacutetricos de obesidade abdominal analisados tiveram desempenhos
satisfatoacuterios e similares para discriminar RCEst poreacutem o iacutendice C foi o que
apresentou o melhor poder discriminatoacuterio
As informaccedilotildees sobre o iacutendice C satildeo limitadas quanto agrave discussatildeo do ponto de
corte para hipertensatildeo arterial principalmente por encontrar poucos estudos sobre
essa medida como referecircncia para idosos Pitanga e Lessa (2004)55 relatam como
uma limitaccedilatildeo para a utilizaccedilatildeo do Iacutendice C em estudos populacionais a dificuldade de
se calcular o denominador da equaccedilatildeo proposta para sua determinaccedilatildeo
O excesso de gordura em geral estaacute associado ao aparecimento de doenccedilas
cardiovasculares hipertensatildeo arterial e mortalidade a definiccedilatildeo de pontos de corte
para iacutendices que se destacam por sua simplicidade operacional e boa acuraacutecia
permite a detecccedilatildeo dos indiviacuteduos sob risco sendo de grande utilidade nos serviccedilos
de atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede aleacutem de possibilitar o conhecimento da situaccedilatildeo de
grupos populacionais especiacuteficos frente a esses riscos quando empregados na
pesquisa epidemioloacutegica
No contexto das cidades de pequeno porte (rurais e urbanas) os recursos de
sauacutede satildeo muitas vezes limitados e escassos sendo importante a utilizaccedilatildeo desses
iacutendices antropomeacutetricos como substituiccedilatildeo eou apoio a avaliaccedilatildeo tradicional da
pressatildeo arterial Em vaacuterias conjunturas de sauacutede a alta demanda de paciente com
hipertensatildeo arterial exige a utilizaccedilatildeo de instrumentos de diagnoacutesticos e rastreamento
34
de raacutepida e faacutecil aplicaccedilatildeo que possam ser manejados por diferentes profissionais e
que sobretudo apresentem validade e fidedignidade A adequada validaccedilatildeo de
instrumentos e conhecimento de suas propriedades teacutecnicas na populaccedilatildeo brasileira
tambeacutem deve contribuir com a seleccedilatildeo de prioridades e delimitaccedilatildeo do conteuacutedo dos
programas de sauacutede pelos tomadores de decisatildeo em diferentes niacuteveis de gestatildeo
35
7 CONCLUSAtildeO
As anaacutelises dos dados permitem frente aos objetivos estabelecidos formular
as seguintes conclusotildees Quanto ao poder de discriminaccedilatildeo de iacutendices
antropomeacutetricos para a hipertensatildeo arterial em idosos os iacutendices antropomeacutetricos
(IMC RCEst e Iacutendice C) foram bons preditores de hipertensatildeo arterial para os homens
Dessa forma tais iacutendices podem ser empregados nos homens poreacutem tais medidas
natildeo foram satisfatoacuterias para predizer pressatildeo arterial elevada nas mulheres idosas
limitando a sua utilizaccedilatildeo para o sexo feminino com idades avanccediladas
O melhor ponto de corte para discriminar hipertensatildeo arterial foi 054 para a
RCEst nos homens dessa forma tal ponto de corte deve ser empregada no contexto
da atenccedilatildeo primaacuteria nos homens Sugere-se a utilizaccedilatildeo dessa medida a fim de
detectar e realizar a triagem da hipertensatildeo arterial com caracteriacutesticas similares agrave
amostra deste estudo
Recomenda-se que a utilizaccedilatildeo de dois iacutendices simultaneamente resulte em
uma maior eficiecircncia na avaliaccedilatildeo do risco de hipertensatildeo arterial em idosos A
indicaccedilatildeo destas medidas permite que ela seja realizada nas Unidades de Sauacutede da
Famiacutelia como meacutetodo de triagem para idosos com hipertensatildeo arterial utilizando
materiais de faacutecil manejo e de baixo custo
Dessa forma pode-se efetivamente atingir uma das estrateacutegias de prevenccedilatildeo
da hipertensatildeo arterial sistecircmica que eacute o controle da pressatildeo arterial durante o
envelhecimento Todavia sugere-se cautela na utilizaccedilatildeo do ponto de corte desses
indicadores para as mulheres pois os resultados natildeo foram satisfatoacuterios
Fica evidente a necessidade de outros estudos que identifiquem pontos de
corte de iacutendices antropomeacutetricos visando agrave detecccedilatildeo de hipertensatildeo arterial e de
outros fatores de risco cardiovascular nas mulheres idosas que residem em cidades
de pequeno porte
36
8 REFEREcircNCIAS
1 Omram AR The epidemiologic transition a theory of the epidemiology of population change Milbank Memorial Fund Quarterly 1971 49 (Part 1) 509-538
2 Wong LR Carvalho JM Age-strucutural transition in Brazil demographic bonuses and emerging challenges In Pool I Wong LLR Vilquin E editores Age-structural transitions challenges for development Paris Committee for International Cooperation in National Research in Demography 2006
3 Gragnolati M Jorgensen OH Rocha R Fruttero AA Envelhecendo em um Brasil mais Velho implicaccedilotildees do envelhecimento populacional sobre o crescimento econocircmico reduccedilatildeo da pobreza financcedilas puacuteblicas prestaccedilatildeo de serviccedilos Banco Internacional para a Reconstruccedilatildeo e o Desenvolvimento Banco Mundial 2011
4 Schmidt MI Duncan BB Silva GA et al Health in Brazil 4 Chronic non-communicable diseases in Brazil burden and current challenges The Lancet 2011 377
5 Ezzati M Hoorn SV Rodgers A et al Comparative Risk Assessment Collaborating Group Selected major risk factors and global and regional burden of disease Lancet 2002 360 1347-60
6 Lim SS Vos T Flaxman AD et al A comparative risk assessment of burden of disease and injury attributable to 67 risk factors and risk factor clusters in 21 regions 1990-2010 a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2010 Lancet 2012 380 (9859)2224-60
7 Sociedade Brasileira de Cardiologia Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Sociedade Brasileira de Nefrologia VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 2010 95(1) 1-51
8 Miranda DR Perrotti TC Bellinazzi VR et al Hipertensatildeo arterial no idoso peculiaridades na fisiopatologia no diagnoacutestico e no tratamento Rev Bras Hipertens 2002 9 293-300
9 Pilger C Menon MU Mathias TAF Caracteriacutesticas sociodemograacuteficas e de sauacutede de idosos contribuiccedilotildees para os serviccedilos de sauacutede Rev Latino-Am Enfermagem 2011 19(5)1230-1238
10 Pilger C Menon MU Mathias TAF Utilizaccedilatildeo de serviccedilos de sauacutede por idosos vivendo na comunidade Rev esc enferm USP 2013 47(1)213-220
11 Mariath AB Grillo LP Silva RO et al Obesidade e fatores de risco para o desenvolvimento de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis entre usuaacuterios de unidade de alimentaccedilatildeo e nutriccedilatildeo Cad Sauacutede Puacuteblica 2007 23 (4) 897-905
37
12 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Diretrizes e recomendaccedilotildees para o cuidado
integral de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis promoccedilatildeo da sauacutede vigilacircncia prevenccedilatildeo e assistecircncia Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2008
13 Kuumlmpe DA Sodreacute AC Pomatti DM et al Obesidade em Idosos Acompanhados
pela Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia Texto Contexto Enferm Florianoacutepolis 2011 20(3) 471-7
14 Silva KS Farias Juacutenior JC Fatores de risco associados agrave pressatildeo arterial elevada em adolescentes Rev Bras Med Esporte 2007 13(4) 237-40
15 Pitanga FJG Lessa I Razatildeo cintura-estatura como discriminador do risco
coronariano de adultos Rev Assoc Med Bras 2006 52157-61
16 Haun DR Pitanga FJG Lessa I Razatildeo CinturaEstatura comparado a outros indicadores antropomeacutetricos de obesidade como preditor de risco coronariano elevado Rev Assoc Med Bras [online] 2009 55(6) 705-711
17 Nascimento CM Ribeiro AQ SantrsquoAna LFR et al Estado nutricional e condiccedilotildees de sauacutede da populaccedilatildeo idosa brasileira revisatildeo da literatura Rev meacuted Minas Gerais 2011 21(2)174-180
18 Gomes MA Beck cc Duarte MFS et al Ficha Antropomeacutetrica no Nuacutecleo de Apoio a Sauacutede da Famiacutelia o que medir e para que medir Rev bras cineantropom desempenho hum 2009 11(2) 243-253
19 Azevedo LF Oliveira ACC Lima JRP et al Recomendaccedilotildees sobre condutas e procedimentos do profissional de educaccedilatildeo fiacutesica na atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede Rio de Janeiro CONFEF 2010 109-55
20 World Health Organization World health statistics 2012 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghopublicationsworld_health_statistics2012enindexhtmlgt [2012 set 18]
21 World Health Organization Global health risks mortality and burden of disease attributable to selected major risks Geneva World Health Organization 2009a
22 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Panorama da sauacutede brasileira em muacuteltiplos aspectos Percepccedilatildeo do estado de sauacutede estilo de vida e doenccedila crocircnica Pesquisa Nacional de Sauacutede 2013
23 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Pesquisa Nacional por Amostra
de Domiciacutelios 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapesquisaspesquisa_resultadosphpid_pesquisa=149gt[2014 dez 04]
24 Tribess S Virtuoso Junior JS Prescriccedilatildeo de exerciacutecios fiacutesicos para idosos Rev saudecom 2005 1(2)163-72
38
25 Pollock ML Wilmore JH Exerciacutecio na Sauacutede e na Doenccedila avaliaccedilatildeo e prescriccedilatildeo para prevenccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo Editora MEDSI 2ordf ed Rio de Janeiro 1993
26 Sociedade Brasileira de Cardiologia V Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 20061-48
27 World Health Organization Global Health Observatory (GHO) 2014 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghoncdrisk_factorsblood_pressure_prevalence_textengt [2014 dez 04]
28 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Secretaria de Atenccedilatildeo baacutesica agrave Sauacutede Departamento de atenccedilatildeo baacutesica - Hipertensatildeo arterial sistecircmica Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2006
29 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) (2009) Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeGestorvisualizar_textocfmidtxt=24421gt [2010 abr 07]
30 Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Nuacutemero de hipertenso 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwsbhorgbripadgeralphpgt [09 nov 2014]
31 Secretaria de Sauacutede do Estado da Bahia Hipertensatildeo Quantidade de Hipertensos na Bahia Disponiacutevel em (2014) lthttpwwwsaudebagovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=4418ampcatid=1ampItemid=14gt [2014 jan 10]
32 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica 2014 Dados de mortalidade na Bahia Disponiacutevel em lthttptabnetdatasusgovbrcgitabcgiexesiabcnvSIABSBAdefgt [2014 mai 05]
33 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica Dados sociodemograacuteficos de Ibicuiacute 2014 lthttptabnetdatasusgovbrcgideftohtmexesiabcnvSIABFBAdefgt [2014 jan 05]
34 Williams B The year in hypertension JACC 2010 55(1) 66-73
35 Lipp M Rocha JC Stress Hipertensatildeo Arterial e Qualidade de vida um guia de tratamento para o hipertenso Campinas Papirus 1996
36 Borenstein MS (Org) Manual de Hipertensatildeo Arterial Porto Allege Editora Sagra Luzzatto 1999
37 Joint National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure The Sixth Report of the Join National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure Arch Intern Med 1997157 2413-2446
39
38 Mitchell GF Parise H Benjamin EJ et al Changes in arterial stiffness and wave reflection with advancing age in health men and women Hypertension 2004 431239-1245
39 Matos AC Ladeia AM Avaliaccedilatildeo de fatores de risco cardiovascular em uma comunidade rural da Bahia Arq Bras Cardiol 2003 81(3) 291-6
40 World Health Organization Who Expert Committee on Physical Status the use and interpretation of antropometry Report of a WHO Expert Commitee Geneva WHO 1995 p 854
41 Pitanga FJG Antropometria na avaliaccedilatildeo da obesidade abdominal e risco coronariano Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum 201113(3) 238-241
42 Ferreira LS Amaral TF Marucci MFN et al Under nutrition as a major risk factor for death among older Brazilian adults in the community-dwelling setting SABE survey Nutrition 201127(10)17-22
43 Andrade FB Caldas Junior AF Kitoko PM et al Prevalence of overweight and obesity in elderly people from Vitoacuteria-ES Brazil Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2012 set17(3)749-756
44 Boscatto EC Duarte Mde F Coqueiro Rda S Barbosa AR Nutritional status in the oldest elderly and associated factors Rev Assoc Med Bras 2013 59(1)40-47
45 Kostka J Borowiak E Kostka T Nutritional status and quality of life in different
populations of older people in Poland Eur J Clin Nutr 2014 Nov68(11)1210-5
46 Silva DAS Petroski EL Associaccedilatildeo de diferentes pontos de corte para sobrepeso e obesidade com pressatildeo arterial elevada em idosas Rev Educ Fis UEM 2009 20 415-22
47 Nutrition Screening Initiative Interventions manual for professionals caring for older Americans Washington DC Nutrition Screening Initiative 1992
48 World Health Organization Obesity preventing and managing the global epidemic Report of a WHO Consultation on Obesity Geneva World Health Organization 1998
49 Cameron AJ Dunstan DW Owen N et al Health and mortality consequences
of abdominal obesity evidence from the Aus Diab study Med J Aust 2009191 202ndash208
50 Fox KA Despres JP Richard AJ et al Does abdominal obesity have a similar impact on cardiovascular disease and diabetes A study of 91246 ambulant patients in 27 European countries Eur Heart J 2009 30 3055ndash3063
40
51 Pouliot MC Despreacutes JP Lemieux S et al Waist circumference and abdominal sagittal diameter Best simple anthropometric indexes of abdominal visceral adipose tissue accumulation and related cardiovascular risk in men and woman Am J Cardiology 1994 73 460-468
52 Peixoto MRG Beniacutecio MHD Latorre M et al Circunferecircncia da Cintura e Iacutendice de massa Corporal como Preditores da Hipertensatildeo Arterial Arq Bras Cardiol 200687 462-470
53 MacKay MF Haffner SM Wagenknecht LE et al Prediction of type 2 diabetes using alternate anthropometric measures in a multiethnic cohort the insulin resistance atherosclerosis study Diabetes Care 200932(5)956-8
54 Valdez R A simple model-based index of abdominal adiposity J Clin Epidemiol1991 44(9) 955-6
55 Pitanga FJG Lessa I Sensibilidade e especificidade do iacutendice de conicidade como discriminador do risco coronariano de adultos em Salvador Brasil Rev Bras Epidemiol 20047(3)259-69
56 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano elevado em adultos na cidade de Salvador - Bahia Arq Bras Cardiol 2005 85 (1)26-31
57 Ghosh JR Bandyopadhyay AR Comparative evaluation of obesity measures relationship with blood pressures and hypertension Singapore Med J 200748(3) 232-5
58 Almeida RT Almeida MMG Araujo TM Obesidade abdominal e risco cardiovascular desempenho de indicadores antropomeacutetricos em mulheres Arq Bras Cardiol 2009 out92(5)375-380
59 Freitas Juacutenior Costa Rosa CS Codogno JS et al Capacidade cardiorrespiratoacuteria e distribuiccedilatildeo de gordura corporal de mulheres com 50 anos ou mais Rev Esc Enferm USP 2010 44(2) 395-400
60 Matos LN Giorelli GV Dias CB Correlation of anthropometric indicators for identifying insulin sensitivity and resistance Satildeo Paulo Med J [online] 2011 129(1) 30-35
61 Gomes MA Rech CR Gomes MBA et al Correlaccedilatildeo entre iacutendices antropomeacutetricos e distribuiccedilatildeo de gordura corporal em mulheres idosas Rev bras cineantropom desempenho hum 2006 set 8(3) 16-22
62 Tarastchuk JCE Gueacuterios EE Bueno RRL et al Obesidade e intervenccedilatildeo coronariana devemos continuar valorizando o Iacutendice de Massa Corpoacuterea Arq Bras Cardiol [online] 2008 90(5) 311-316
41
63 Ferreira AP CB Ferreira VC Souza et al Risco de distuacuterbio glicecircmico em mulheres idosas ajustado por antropometria e genoacutetipos de citocinas Rev Assoc Med Bras [online] 201157(5) 565-569
64 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano em mulheres Rev Bras Cineantrop Desempenho Hum 2006 8 (1) 14-21
65 Newman TB Browner WS Cummings SR Delineando estudos de testes meacutedicos In Hulley SB et al Delineando a pesquisa cliacutenica uma abordagem epidemioloacutegica 2 ed Porto Alegre Artmed 2003 203-224
66 Toscano CM As campanhas nacionais para detecccedilatildeo das doenccedilas crocircnicas natildeo-transmissiacuteveis diabetes e hipertensatildeo arterial Ciecircnc sauacutede Coletiva out-dez 2004 9(4) 885-895
67 Fletcher RH Fletcher SW Prevenccedilatildeo In Fletcher R Fletcher S Epidemiologia
cliacutenica elementos essenciais 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 2006 179-201
68 Jeckel J Elmore J Katz D Meacutetodos de prevenccedilatildeo secundaacuteria In _____ Epidemiologia bioestatiacutestica e medicina preventiva 2 ed Porto Alegre Artmed 2005 236-247
69 Klein CH Bloch KV Estudos seccionais In Medronho RA Carvalho DM Bloch KV Luiz RR Werneck GL Epidemiologia 1ordf ed Satildeo Paulo Editora Atheneu 2002 125-150
70 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Resoluccedilatildeo nordm- 6 de 3 de novembro de 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcenso2010ibgegovbrdados_divulgadosindexphpuf=29gt[201 dez 18]
71 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica ndash Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais (2014) Disponiacutevel em lthttpcodibgegovbr398G9gt [2014 ago 30]
72 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230gt [2013 mai 01]
73 Luiz RR Magnanini MMF A loacutegica da determinaccedilatildeo do tamanho da amostra em investigaccedilotildees epidemioloacutegicas Cad sauacutede coletiva Rio de Janeiro 2000 8(2) 9-28
74 Reis MC Nascimento RAS Pedreira RBS et al Validaccedilatildeo de Face e Clareza do Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede dos Idosos ndash IASI [resumo] in Anais do XIX Congresso Brasileiro Geriatria e Gerontologia Beleacutem 2014 296-296
75 Lohman TG Roche AF Martorell R Anthropometric Standardization Reference Manual Champaign Illinois Human Kinetics 1988
42
76 Vaz JCL Regiotildees de Incerteza para Curva ROC em Teste Diagnoacutesticos
[dissertaccedilatildeo] Satildeo Carlos Universidade Federal de Satildeo Carlos 2009
77 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de 2012
78 Erdreich LS Lee ET Use of relative operating characteristic analysis in epidemiology A method for dealing with subjective judgement Am J Epidemiol 1981 114649-62
79 Aekplakorn W Pakpeankitwatana V Lee CM et al Abdominal obesity and coronary heart disease in Thai men Obesity 200715(4)1036-42
80 Oliveira MAM Fagundes RLM Moreira EAM et al Relaccedilatildeo de Indicadores Antropomeacutetricos com Fatores de Risco para Doenccedila Cardiovascular Arq Bras Cardiol 2010 abr 94(4) 478-485
81 Mendes TAB Goldbaum M Segri NJ et al Factors associated with the prevalence of hypertension and control practices among elderly residents of Satildeo Paulo city Brazil Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(11) 2275-2286
82 Oliveira BFA Souza Mouratildeo D Gomes N et al Prevalecircncia de hipertensatildeo arterial em comunidades ribeirinhas do Rio Madeira Amazocircnia Ocidental Brasileira Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(8) 1617-1630
83 Picon RV Fuchs FD Moreira LB et al Prevalence of Hypertension Among Elderly Persons in Urban Brazil A Systematic Review With Meta-Analysis Am J Hypertens 2013 26 (4) 541-548
84 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Pessoa Idosa e Envelhecimento Seacuteries Pactos pela Sauacutede 2006 v 12 Brasiacutelia ndash DF 2010
85 Leal Neto JS Souza J Coqueiro RS et al Anthropometric indicators of obesity as screening tools for high blood pressure in the elderly Int J Nurs Pract 2013 Aug 19(4) 360-367
86 Schisterman EF Faraggi D Reiser B Trevisan M Statistical inference for the area under the receiver operating characteristic curve in the presence of random measurement error Am J Epidemiol 2001 154 (2) 174-9
87 Samsen M Hanchaiphiboolkul S Puthkhao P et al Appropriate body mass index and waist circumference cutoffs for middle and older age group in Thailand data of 19621 participants from Thai epidemiologic stroke (TES) study J Med Assoc Thai 2012 Sep 95(9)1156-66
88 Ko GTC Chan JCN Cockram CS Woo J Prediction of hypertension diabetes dyslipidemia or albuminuria using simple anthropometric indexes in Hong Kong Chinese Int J Obes 1999 23 (11) 1136-42
43
89 Lin WY Lee LT Chen CY et al Optimal cut-off values for obesity using simple anthropometric indices to predict cardiovascular risk factors in Taiwan Int J Obes Relat Metab Disord 2002261232-8
90 Pua YH Ong PH Anthropometric indices as screening tools for cardiovascular risk factors in Singaporean women Asia Pac J Clin Nutr 2005 14 (1) 74-9
91 Berber A Goacutemez-Santos R Fanghaumlnel G Saacutenchez-Reyes L Anthropometric
indexes in the prediction of type 2 diabetes mellitus hypertension and dyslipidaemia in a Mexican population Int J Obes 200125(12)1794-9
92 Browning LM Hsieh SD Ashwell M A systematic review of waist-to-height ratio
as a screening tool for the prediction of cardiovascular disease and diabetes 05 could be a suitable global boundary value Nutr Res Rev 2010 23(2)247-69
93 Bertsias G Mammas I Linardakis M Kafatos A Overweight and obesity in
relation to cardiovascular disease risk factors among medical students in Crete Greece BMC Public Health 2003 31-9
94 Kashihara H Lee JS Kawakubo K et al Criteria of Waist Circumference According to Computed Tomography-Measured Visceral Fat Area and the Clustering of Cardiovascular Risk Factors Circ J 2009 73 1881-1886
44
APEcircNDICES
45
Apecircndice 1
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
46
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS
PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE SAUacuteDE
DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE
Jequieacute ____ ____ 201__
APEcircNDICE 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Vocecirc esta sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa do Nuacutecleo de
Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo (NESP) da Universidade Estadual do Sudoeste da
Bahia
Objetivo do estudo Avaliar e monitorar as condiccedilotildees de sauacutede de idosos residentes
em comunidade
Participaccedilatildeo Ao aceitar participar do estudo estarei agrave disposiccedilatildeo do pesquisador
para responder ao formulaacuterio que seraacute arquivado pelo autor por um periacuteodo de cinco
anos sendo posteriormente incinerado
Riscos Este estudo natildeo traraacute riscos para minha integridade fiacutesica ou moral dos
participantes
Confidencialidade do estudo Seraacute garantida a privacidade o anonimato bem como
o direito de aceitar ou natildeo participar da pesquisa podendo ser essa autorizaccedilatildeo
suspensa em qualquer fase do estudo Assim as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo
4662012 do Conselho Nacional de Sauacutede que discorre sobre pesquisa envolvendo
seres humanos seratildeo atendidas Os resultados seratildeo publicados no relatoacuterio final da
dissertaccedilatildeo e artigos cientiacuteficos
47
Benefiacutecios Accedilotildees interinstitucionais articuladas promovidas numa perspectiva
interdisciplinar possibilitaratildeo uma melhor compreensatildeo das condiccedilotildees de sauacutede dos
idosos residentes em comunidade do municiacutepio e contribuiraacute para a formulaccedilatildeo de
accedilotildees direcionadas as necessidades dessa populaccedilatildeo
Danos advindos da pesquisa Caso haja algum prejuiacutezo decorrente da realizaccedilatildeo
deste estudo seraacute providenciada a devida reparaccedilatildeo dos danos atraveacutes do
responsaacutevel pelo estudo O pesquisador e os entrevistados natildeo receberatildeo benefiacutecios
financeiros para participaccedilatildeo no estudo Todas as despesas seratildeo por conta do
pesquisador
Participaccedilatildeo voluntaacuteria Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria podendo a qualquer
momento desistir do estudo sem qualquer prejuiacutezo ou penalidade para mim
Consentimento para participaccedilatildeo Apoacutes ser devidamente esclarecido (a) quanto
aos objetivos deste estudo dos procedimentos aos quais serei submetido (a) bem
como dos possiacuteveis riscos decorrentes da minha participaccedilatildeo estou de acordo em
participar do mesmo O pesquisador responsaacutevel pelo estudo assegura que seraacute
disponibilizado qualquer esclarecimento adicional que eu venha a solicitar durante a
realizaccedilatildeo da pesquisa e o direito de desistir da participaccedilatildeo em qualquer momento
Em casos de duacutevidas eou problemas referentes ao estudo vocecirc poderaacute
entrar em contato com o autor atraveacutes do Nuacutecleo de Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo
(NESP) (73) 3528-9721
Sendo assim eu ______________________________________________
aceito livremente participar do Projeto MONIDI
__________________________________ __________________________________
Assinatura do (a) participante
RG _________________________
Assinatura do (a) pesquisador
RG_________________________
48
Apecircndice 2
Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede do Idoso
49
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS
PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE
SAUacuteDE DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE
Nuacutemero do Questionaacuterio |__|__|__|
Nome do Entrevistador ___________________________
Visita 1 2 3
Data Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Hora de iniacutecio ________
Hora de teacutermino ________
I INFORMACcedilOtildeES PESSOAIS E SOCIODEMOGRAacuteFICAS
1 Nome do entrevistado
2Sexo
0 ( ) Feminino
1 ( ) Masculino
3 Endereccedilo completotelefone
4 Idade ____ anos
41 Data de Nascimento
____________
50
5 Situaccedilatildeo conjugal atual
1 ( ) Casado(a) 2 ( ) Uniatildeo estaacutevel 3 ( ) Solteiroa
4 ( ) Divorciado(a)separado(a)desquitado(a) 5 ( ) Viuacutevoa
6 No total quantas vezes o (a) Sr(a) esteve casado(a) ou em uniatildeo
Nordm de vezes |___|___|
7 Na escola qual a uacuteltima seacuterie grau que concluiu com aprovaccedilatildeo
1 - Nunca foi agrave escola ( ) 4 - Fundamental II ( )5 a ( )6 a ( )7 a ( )8 a
2 - Lecirc e escreve o nome ( ) 5 - Ensino Meacutedio ( ) 1 a ( )2 a ( )3
3 - Fundamental I ( )1 a ( )2 a 6 - Superior ( ) completo ( ) incompleto
( )3 a ( )4 a
8 Como vocecirc classificaria a cor da sua pele
1( ) Branca 2( ) Amarela (oriental) 3( ) Parda
4( ) Origem indiacutegena 5( ) Preta 9( ) Natildeo sabe
9 Cor da pele (entrevistador)
1( ) branca 2( ) amarela (oriental) 3( ) parda
4( ) origem indiacutegena 5( ) preta
10-Quantos filhos e filhas nascidos vivos o(a)Sr(a) teve (natildeo inclua enteados filhos
adotivos abortos ou filhos nascidos mortos)
Nuacutemero de filhos |____|____| (98) NS (99) NR
11 Atualmente o senhor (a) mora sozinho ou acompanhado
1( )Acompanhado 2( ) Sozinho 3( ) NR 4( )NS
51
12 Desde que o senhor (a) nasceu viveu no campo por 5 anos ou mais
0( ) Natildeo 1( ) Sim 2( ) NS 3( ) NR
13 Qual eacute a sua religiatildeo
1( ) Catoacutelica 2( ) Protestante 3( ) Judaica
4( ) Espiacuteritakardecista 5( ) Umbanda 6( ) Outras ____________
14 Qual a importacircncia da religiatildeo em sua vida
(1) Importante (2) Regular (3) Nada importante (8) NS (9) NR
15 Com que frequecircncia o senhor vai agrave igreja ou ao serviccedilo religioso
( ) Nunca ( ) Vaacuterias vezes por ano ( ) Uma duas vezes por mecircs
( ) Quase toda semana ( ) Mais de uma vez por semana ( ) NS ( ) NR
16 Quanto vocecirc ganha em meacutedia por mecircs R$ __________8( )Natildeo se aplica
II A CONSUMO DE AacuteLCOOL E TABACO
Uso de bebidas alcooacutelicas
1 Vocecirc consome bebidas alcooacutelicas Se vocecirc NAtildeO BEBE siga para o bloco III C
0 ( )sim 1( ) natildeo
2 Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
3 As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
4 Sente-se chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
5 Costuma beber pela manhatilde para diminuir o nervosismo ou a ressaca
0 ( ) sim 1( ) natildeo
Haacutebito de fumar
1 Vocecirc jaacute foi fumante 0 ( ) sim 1( ) natildeo
52
2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco
III C
3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros
4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias
III ANTROPOMETRIA
MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS
ESTATURA
MASSA CORPORAL
CIRCUNFEREcircNCIA
DE CINTURA
IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL
MEDIDA 01 02 03
Pressatildeo arterial
sistoacutelica
Pressatildeo arterial
diastoacutelica
53
ANEXOS
54
Anexo 1
Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos
55
56
22
As aacutereas sob a curva ROC do IMC da CC da RCEst e do iacutendice C como
preditores de hipertensatildeo arterial em mulheres e homens idosos e os respectivos
intervalos de confianccedila (IC 95) podem ser observados na Tabela 6 e nas Figuras 2
3 4 5 6 7 8 9 Evidenciou-se que alguns iacutendices antropomeacutetricos apresentaram
aacuterea sob a curva ROC significativas Todavia a RCEst e o IMC assumiram maiores
aacutereas com diferenccedila significativa para os homens
Tabela 6 - Aacuterea sob a curva ROC e IC95 entre os iacutendices antropomeacutetricos e hipertensatildeo arterial em idosos
Aacuterea sob a curva ROC
PA elevada Mulheres
Homens
p
IMC (kgm2) 053 (044-062) 060 (050-070)
lt00001dagger
CC (cm) 057 (048-066) 058 (048-068)
lt00001dagger
RCEst 056 (047-065) 061 (051-071)
lt00001dagger
Iacutendice C 058 (049-066) 058 (058-068) lt00001dagger
IMC - iacutendice de massa corporal CC - circunferecircncia de cintura RCEst - razatildeo cinturaestatura Iacutendice C - iacutendice de conicidade ROC ndashReceiver Operating CharacteristicIC95 - intervalo de confianccedila a 95Aacuterea sob a curva ROC apresentando poder discriminatoacuterio para pressatildeo arterial elevada (Li-IC ge 050) daggerTeste Qui-quadrado
23
Figura 2 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) IMC - iacutendice de massa corporal
Figura 3 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) IMC - iacutendice de massa corporal
24
Figura 4 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) CC ndash circunferecircncia da cintura
Figura 5 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) CC ndash circunferecircncia da cintura
25
Figura 6 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) RCEst - razatildeo cinturaestatura
Figura 7 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) RCEst - razatildeo cinturaestatura
26
Figura 8 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) Iacutendice C -iacutendice de conicidade
Figura 9 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) Iacutendice C - iacutendice de conicidade
27
Os valores dos pontos de corte dos iacutendices antropomeacutetricos como preditores
de hipertensatildeo arterial e suas respectivas sensibilidade e especificidade (mais
adequado equiliacutebrio entre si) satildeo apresentados na Tabela 7 Observa-se que entre
os iacutendices antropomeacutetricos a RCEst teve melhor percentual de sensibilidade e de
especificidade para discriminar a pressatildeo arterial elevada para os homens
Tabela 7 - Pontos de corte sensibilidade e especificidade dos iacutendices antropomeacutetricos para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial em idosos
Mulheres Homens PA elevada
Ponto de corte
Sensibilidade ()
Especificidade ()
Ponto de corte
Sensibilidade ()
Especificidade ()
IMC (kgm2)
2679 527 548 2420 527 548
CC (cm) 8750 577 457 8650 593 532 RCEst 059 568 430 054 648 456 Iacutendice C 126 541 452 129 574 456
IMC ndash Iacutendice de Massa Corporal CC ndash Circunferecircncia da Cintura RCEst ndash Razatildeo Cintura-Estatura Iacutendice C ndash Iacutendice de Conicidade
28
6 DISCUSSAtildeO
61 Aacutereas sob a Curva ROC
Este estudo teve como objetivo identificar a capacidade preditiva de iacutendices
antropomeacutetricos de obesidade geral e abdominal para discriminar a presenccedila de
hipertensatildeo arterial em idosos com foco de utilizaccedilatildeo no ambiente da estrateacutegia de
sauacutede da famiacutelia Nessa perspectiva surge uma proposta de triagem dos casos de
idosos com possiacuteveis alteraccedilotildees crocircnicas em sua pressatildeo arterial aleacutem de possibilitar
a discussatildeo sobre validaccedilatildeo de tais iacutendices para uso no contexto da sauacutede
Dessa forma recomenda-se a anaacutelise da sensibilidade e especificidade por
meio da construccedilatildeo de curvas ROC pois eacute a melhor opccedilatildeo para determinar pontos de
corte em estudos epidemioloacutegicos78 Essa anaacutelise permite fornecer a aacuterea sob a curva
que traduz o poder de discriminaccedilatildeo de um indicador para um determinado desfecho
e a identificaccedilatildeo do melhor ponto de corte
A proposta dessa pesquisa natildeo eacute excluir o diagnoacutestico meacutedico mas
proporcionar uma estrateacutegia mais abrangente a ser utilizada pelas USFs em parceria
entre os profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica e os profissionais de sauacutede no contexto da
atenccedilatildeo primaacuteria
Embora exista associaccedilatildeo entre sobrepesoobesidade e a pressatildeo arterial
elevada poucos estudos tecircm identificado pontos de corte de iacutendices antropomeacutetricos
que visem agrave detecccedilatildeo da hipertensatildeo arterial em idosos Diversos estudos tecircm
demonstrado que os iacutendices antropomeacutetricos satildeo bons indicadores de obesidade e
estatildeo relacionados a fatores de risco cardiovascular795880 Todavia a hipertensatildeo eacute
apontada como um dos principais fatores de risco cardiovasculares o que denota a
necessidade de um olhar diferenciado
A prevalecircncia de hipertensatildeo foi inferior agrave encontrada em outros estudos818283
Contudo diferenccedilas metodoloacutegicas nuacutemero de medidas realizadas e os diferentes
criteacuterios de referecircncia satildeo as principais causas da grande variabilidade nas
prevalecircncias de pressatildeo arterial elevada entre as investigaccedilotildees No presente estudo
29
optou-se por maior rigorosidade ao diagnosticar a pressatildeo arterial elevada
considerando a realizaccedilatildeo de trecircs medidas
Nessa amostra observou-se que a prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi
443 nas mulheres e 406 nos homens Demonstrando ser uma alta prevalecircncia
pois se trata de uma populaccedilatildeo que eacute influenciada diretamente pelo o aumento da
morbimortalidade durante o envelhecimento Estudos envolvendo idosos indicam que
a prevalecircncia da hipertensatildeo encontra-se entre 50-70 com o aumento da idade84
Poucos estudos epidemioloacutegicos foram conduzidos com o objetivo de identificar
e discriminar a capacidade de iacutendices antropomeacutetricos de obesidade para a pressatildeo
arterial elevada na populaccedilatildeo de idosos e principalmente utilizando o iacutendice C o
RCEst Um estudo realizado com a populaccedilatildeo de idosos utilizou o mesmo objetivo
poreacutem usou como ponto de corte o iacutendice de massa corporal e o iacutendice de adiposidade
corporal85 Entretanto faz-se necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de outros iacutendices para identificar
hipertensatildeo arterial em idosos
De acordo com os resultados do presente estudo somente alguns dos
indicadores antropomeacutetricos apresentaram capacidade preditiva para a hipertensatildeo
arterial em idosos de acordo com limite inferior do intervalo de confianccedila de 9586
Dessa forma foi observado que a RCEst e IMC para os homens mostraram-se com
bom poder de detecccedilatildeo para a hipertensatildeo arterial pois obtiveram maiores valores
sob a curva para esse desfecho
Em 2013 Leal Neto et al85 identificaram em seus resultados que o IMC e o
iacutendice de adiposidade corporal foram os melhores indicadores preditivos de
hipertensatildeo arterial nos idosos em ambos os sexos independentemente de outros
fatores tais como idade tabagismo consumo de aacutelcool e atividade fiacutesica
No presente estudo os principais indicadores que tiveram uma boa aacuterea sob a
curva foram o IMC RCEst e Iacutendice C com resultados de 060 IC95 (050-070) 061
IC95 (051-071) e 058 IC95 (058-068) respectivamente para homens
Nas mulheres tais iacutendices mostraram-se com menor poder discriminatoacuterio para
diagnosticar a hipertensatildeo arterial A HAS eacute um desfecho que pode ser influenciado
por fatores multicausais (hormonais estresse etc) Na anaacutelise do desempenho do
iacutendice antropomeacutetrico a loacutegica eacute unidirecional ou seja verificar o desempenho desses
iacutendices apenas como preditores de hipertensatildeo arterial foram mais satisfatoacuterios entre
os homens Os iacutendices podem interferir mas natildeo determinar a prevalecircncia da
30
hipertensatildeo Embora as mulheres tenham uma maior prevalecircncia essa natildeo eacute
determinada pelos iacutendices antropomeacutetricos no presente estudo
Tais resultados diferem do estudo realizado em 2012 por Samsen et al87 no
qual a circunferecircncia da cintura teve boa ASC nos homens = 0684 com IC95 (0672-
0695) e nas mulheres = 0673 IC95 (0665-0681) sendo o melhor indicador
significativamente (p lt0001) do que o IMC no qual a ASC em homens foi de = 0667
IC95 (0656-679) e nas mulheres = 0636 IC95 (0628-0644) em discriminaccedilatildeo
de pelo menos um fator de risco cardiovascular Isso se deve ao fato de tal estudo ter
sido realizado com uma abrangecircncia maior na faixa etaacuteria que foi de 45-80 anos
Uma possiacutevel limitaccedilatildeo para discussatildeo dos resultados desse estudo foi a faixa
etaacuteria restrita que natildeo incluiu idosos (igual ou acima de 60 anos) o que impossibilita
a triagem da pressatildeo arterial elevada nessa populaccedilatildeo
62 Iacutendices antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial
Nesse estudo a CC e RCEst foram as variaacuteveis com maiores valores absolutos
de sensibilidade para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial respectivamente para mulheres
e homens Tais resultados indicam as proporccedilotildees de verdadeiros positivos na
ocorrecircncia de hipertensatildeo arterial
Quanto ao ponto de corte do RCEst nas mulheres foi de 059 sendo 568 de
sensibilidade e 430 de especificidade Valores inferiores ao encontrado no presente
estudo para mulheres foram sugeridos em Taiwan (045) Cingapura (048) e na China
(050) No Brasil em 2009 Haun Pitanga e Lessa16 recomendaram para a RCEst
053 como melhor ponto de corte com sensibilidade (67) e especificidade (58) e
aacuterea sob a curva ROC de 069 (IC 95 = 064-075) Outro ponto de corte semelhante
ao observado no Brasil com mulheres mexicanas variou de 053 a 0535 para a
RCEst discriminar diabete tipo 2 hipertensatildeo e dislipidemias88899091
Os pontos de corte sugeridos por esses paiacuteses e no Brasil podem ter sido
inferiores por causa da abrangecircncia na faixa etaacuteria dos indiviacuteduos no qual incluiacuteram
mulheres de 30 a 74 anos como tambeacutem as caracteriacutesticas econocircmicas culturais e
31
de estilo de vida diferem da realidade das mulheres que residem em cidades de
pequeno porte Estudos que discriminem hipertensatildeo arterial principalmente em
idosos com RCEst satildeo escassos na literatura
Em 2010 Browning Hsieh e Ashwel92 realizaram uma revisatildeo sistemaacutetica
sobre a potencialidade de indicadores antropomeacutetricos em predizer doenccedilas
cardiovasculares e identificou a RCEst como variaacutevel de melhor desempenho A
RCEst apresentou maiores ASC quando comparada ao IMC ou CC Os dados
analisados foram de quatorze paiacuteses diferentes e incluiacuteram caucasianos asiaacuteticos e
da Ameacuterica Central Segundo os autores uma RCEst ge 05 eacute capaz de identificar
fatores de risco cardiovasculares Esse ponto de corte eacute inferior aos encontrados para
homens e mulheres no presente estudo significando que o ponto de corte encontrado
pode diagnosticar risco cardiovascular e consequentemente a presenccedila de
hipertensatildeo
Outros autores afirmam essa hipoacutetese relacionada aos valores limites para
RCEst em diversas populaccedilotildees e indicaram que um ponto de corte de 05 eacute o valor
mais indicado para ambos os sexos todas as idades e diferentes populaccedilotildees899315
Com relaccedilatildeo agrave especificidade a variaacutevel com maior valor foi o IMC
independentemente do sexo Nas mulheres o ponto de corte sugerido foi 2679 kgm2
e nos homens 2420 kgm2 O valor da especificidade foi de 548 para ambos os
sexos o qual possibilita determinar corretamente a ausecircncia de hipertensatildeo arterial
Sendo assim este estudo sugere que o IMC natildeo foi o melhor preditor de hipertensatildeo
arterial
O estudo de Leal Neto et al (2013)85 tambeacutem testou a capacidade de
indicadores antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial em idosos
sugeriu como pontos de corte para IMC valores de 247 kgm2 igual ao encontrado no
presente estudo e de 273 kgm2 nuacutemero superior que aos dados do presente
trabalho para homens e mulheres respectivamente
Em outro estudo realizado com 19621 homens e mulheres com faixa etaacuteria de
45-80 anos a meacutedia da idade foi de 598 anos para os homens e 585 anos para as
mulheres O ponto de corte adequado de IMC foi de 23 kgm2 em homens e 24 kgm2
em mulheres Os pontos de corte de CC foram 80 cm e 78 cm em homens e mulheres
respectivamente Os achados do presente estudo foram superiores a esses
32
resultados todavia deve ser considerado que a populaccedilatildeo alvo foi diferente e com
idade menor da populaccedilatildeo pesquisada no presente trabalho87
Com relaccedilatildeo agrave CC o ponto de corte identificado para a prediccedilatildeo de hipertensatildeo
arterial nas mulheres foi superior ao dos homens Contudo os valores de sensibilidade
e especificidade desses pontos de corte foram maiores entre os homens o que pode
indicar que o poder preditivo da CC para a hipertensatildeo arterial eacute melhor para o sexo
masculino Quanto menor o ponto de corte maior seraacute a habilidade do teste em
classificar os doentes como positivos isto eacute maior seraacute a sensibilidade76 Os pontos
de corte dos homens foram em sua maioria menores em comparaccedilatildeo aos das
mulheres
Tais resultados satildeo contraacuterios aos achados do estudo de Kashihara et al
(2009)94 com indiviacuteduos de 30-74 anos que comparou paciente com hipertensatildeo e sem
hipertensatildeo Em seus pontos de corte de CC para os homens foram superiores aos
pontos de corte definidos para as mulheres e os valores de sensibilidade e
especificidade foi maior nas mulheres para identificar risco cardiovascular Poreacutem a
idade foi menor ao proposto no presente estudo
Outro estudo que contraria tais resultados quanto ao ponto de corte da CC foi
o de Haun Pitanga e Lessa (2009)16 que foi superior para os homens enquanto o
niacutevel de sensibilidade e especificidade foi igual aos nossos achados Poreacutem esse
estudo foi realizado com indiviacuteduos de idade entre 30-74 anos e discriminou risco
coronariano elevado
Quanto ao Iacutendice C no presente estudo o ponto de corte sugerido foi de 126
nas mulheres (sensibilidade 541 e especificidade 452) e 129 para os homens
(sensibilidade 574 e especificidade 456)
Diferentemente do resultado encontrado no presente estudo Pitanga e Lessa
(2005)56 sugeriram como o melhor ponto de corte para risco coronariano com o iacutendice
C 118 para mulheres apresentando valores de sensibilidade (7339) e
especificidade (6115) Para os homens o ponto de corte foi de 125 com valores de
sensibilidade (7391) e especificidade (7492) Tais pontos de corte foram para
indiviacuteduos adultos por esse motivo foram mais baixos que os achados do presente
trabalho Deve-se considerar que existem modificaccedilotildees na composiccedilatildeo corporal com
o processo do envelhecimento o que poderia alterar os pontos de corte para as essas
medidas antropomeacutetricas
33
Em outro estudo com os mesmo autores foram apresentados outros pontos de
corte comparando diferentes faixas etaacuterias Para as mulheres de 30-49 anos o melhor
ponto de corte foi o mesmo (118) com melhor sensibilidade (7857) e
especificidade (6524) e tambeacutem melhor aacuterea sob a curva ROC 081 (IC95 = 070-
092) Entre as de idade mais avanccedilada (50-74 anos) o melhor ponto de corte
sugerido foi 122 com sensibilidade (6000) e especificidade (6582) e aacuterea sob a
curva ROC 065 (IC 95 = 058-073) Portanto o iacutendice C apresentou melhor poder
discriminatoacuterio de RCEst para as mulheres mais jovens64
Almeida Almeida e Arauacutejo (2009)58 conduziram uma pesquisa com mulheres
de 30 e 69 anos buscando avaliar o desempenho de diferentes pontos de corte do
iacutendice C RCQ CC e RCEst para discriminar Risco Coronariano Elevado e o ponto de
corte encontrado para o Iacutendice C foi (125) proacuteximo ao ponto de corte para mulheres
nos nossos achados Dessa forma tais autores afirmaram que os indicadores
antropomeacutetricos de obesidade abdominal analisados tiveram desempenhos
satisfatoacuterios e similares para discriminar RCEst poreacutem o iacutendice C foi o que
apresentou o melhor poder discriminatoacuterio
As informaccedilotildees sobre o iacutendice C satildeo limitadas quanto agrave discussatildeo do ponto de
corte para hipertensatildeo arterial principalmente por encontrar poucos estudos sobre
essa medida como referecircncia para idosos Pitanga e Lessa (2004)55 relatam como
uma limitaccedilatildeo para a utilizaccedilatildeo do Iacutendice C em estudos populacionais a dificuldade de
se calcular o denominador da equaccedilatildeo proposta para sua determinaccedilatildeo
O excesso de gordura em geral estaacute associado ao aparecimento de doenccedilas
cardiovasculares hipertensatildeo arterial e mortalidade a definiccedilatildeo de pontos de corte
para iacutendices que se destacam por sua simplicidade operacional e boa acuraacutecia
permite a detecccedilatildeo dos indiviacuteduos sob risco sendo de grande utilidade nos serviccedilos
de atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede aleacutem de possibilitar o conhecimento da situaccedilatildeo de
grupos populacionais especiacuteficos frente a esses riscos quando empregados na
pesquisa epidemioloacutegica
No contexto das cidades de pequeno porte (rurais e urbanas) os recursos de
sauacutede satildeo muitas vezes limitados e escassos sendo importante a utilizaccedilatildeo desses
iacutendices antropomeacutetricos como substituiccedilatildeo eou apoio a avaliaccedilatildeo tradicional da
pressatildeo arterial Em vaacuterias conjunturas de sauacutede a alta demanda de paciente com
hipertensatildeo arterial exige a utilizaccedilatildeo de instrumentos de diagnoacutesticos e rastreamento
34
de raacutepida e faacutecil aplicaccedilatildeo que possam ser manejados por diferentes profissionais e
que sobretudo apresentem validade e fidedignidade A adequada validaccedilatildeo de
instrumentos e conhecimento de suas propriedades teacutecnicas na populaccedilatildeo brasileira
tambeacutem deve contribuir com a seleccedilatildeo de prioridades e delimitaccedilatildeo do conteuacutedo dos
programas de sauacutede pelos tomadores de decisatildeo em diferentes niacuteveis de gestatildeo
35
7 CONCLUSAtildeO
As anaacutelises dos dados permitem frente aos objetivos estabelecidos formular
as seguintes conclusotildees Quanto ao poder de discriminaccedilatildeo de iacutendices
antropomeacutetricos para a hipertensatildeo arterial em idosos os iacutendices antropomeacutetricos
(IMC RCEst e Iacutendice C) foram bons preditores de hipertensatildeo arterial para os homens
Dessa forma tais iacutendices podem ser empregados nos homens poreacutem tais medidas
natildeo foram satisfatoacuterias para predizer pressatildeo arterial elevada nas mulheres idosas
limitando a sua utilizaccedilatildeo para o sexo feminino com idades avanccediladas
O melhor ponto de corte para discriminar hipertensatildeo arterial foi 054 para a
RCEst nos homens dessa forma tal ponto de corte deve ser empregada no contexto
da atenccedilatildeo primaacuteria nos homens Sugere-se a utilizaccedilatildeo dessa medida a fim de
detectar e realizar a triagem da hipertensatildeo arterial com caracteriacutesticas similares agrave
amostra deste estudo
Recomenda-se que a utilizaccedilatildeo de dois iacutendices simultaneamente resulte em
uma maior eficiecircncia na avaliaccedilatildeo do risco de hipertensatildeo arterial em idosos A
indicaccedilatildeo destas medidas permite que ela seja realizada nas Unidades de Sauacutede da
Famiacutelia como meacutetodo de triagem para idosos com hipertensatildeo arterial utilizando
materiais de faacutecil manejo e de baixo custo
Dessa forma pode-se efetivamente atingir uma das estrateacutegias de prevenccedilatildeo
da hipertensatildeo arterial sistecircmica que eacute o controle da pressatildeo arterial durante o
envelhecimento Todavia sugere-se cautela na utilizaccedilatildeo do ponto de corte desses
indicadores para as mulheres pois os resultados natildeo foram satisfatoacuterios
Fica evidente a necessidade de outros estudos que identifiquem pontos de
corte de iacutendices antropomeacutetricos visando agrave detecccedilatildeo de hipertensatildeo arterial e de
outros fatores de risco cardiovascular nas mulheres idosas que residem em cidades
de pequeno porte
36
8 REFEREcircNCIAS
1 Omram AR The epidemiologic transition a theory of the epidemiology of population change Milbank Memorial Fund Quarterly 1971 49 (Part 1) 509-538
2 Wong LR Carvalho JM Age-strucutural transition in Brazil demographic bonuses and emerging challenges In Pool I Wong LLR Vilquin E editores Age-structural transitions challenges for development Paris Committee for International Cooperation in National Research in Demography 2006
3 Gragnolati M Jorgensen OH Rocha R Fruttero AA Envelhecendo em um Brasil mais Velho implicaccedilotildees do envelhecimento populacional sobre o crescimento econocircmico reduccedilatildeo da pobreza financcedilas puacuteblicas prestaccedilatildeo de serviccedilos Banco Internacional para a Reconstruccedilatildeo e o Desenvolvimento Banco Mundial 2011
4 Schmidt MI Duncan BB Silva GA et al Health in Brazil 4 Chronic non-communicable diseases in Brazil burden and current challenges The Lancet 2011 377
5 Ezzati M Hoorn SV Rodgers A et al Comparative Risk Assessment Collaborating Group Selected major risk factors and global and regional burden of disease Lancet 2002 360 1347-60
6 Lim SS Vos T Flaxman AD et al A comparative risk assessment of burden of disease and injury attributable to 67 risk factors and risk factor clusters in 21 regions 1990-2010 a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2010 Lancet 2012 380 (9859)2224-60
7 Sociedade Brasileira de Cardiologia Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Sociedade Brasileira de Nefrologia VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 2010 95(1) 1-51
8 Miranda DR Perrotti TC Bellinazzi VR et al Hipertensatildeo arterial no idoso peculiaridades na fisiopatologia no diagnoacutestico e no tratamento Rev Bras Hipertens 2002 9 293-300
9 Pilger C Menon MU Mathias TAF Caracteriacutesticas sociodemograacuteficas e de sauacutede de idosos contribuiccedilotildees para os serviccedilos de sauacutede Rev Latino-Am Enfermagem 2011 19(5)1230-1238
10 Pilger C Menon MU Mathias TAF Utilizaccedilatildeo de serviccedilos de sauacutede por idosos vivendo na comunidade Rev esc enferm USP 2013 47(1)213-220
11 Mariath AB Grillo LP Silva RO et al Obesidade e fatores de risco para o desenvolvimento de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis entre usuaacuterios de unidade de alimentaccedilatildeo e nutriccedilatildeo Cad Sauacutede Puacuteblica 2007 23 (4) 897-905
37
12 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Diretrizes e recomendaccedilotildees para o cuidado
integral de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis promoccedilatildeo da sauacutede vigilacircncia prevenccedilatildeo e assistecircncia Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2008
13 Kuumlmpe DA Sodreacute AC Pomatti DM et al Obesidade em Idosos Acompanhados
pela Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia Texto Contexto Enferm Florianoacutepolis 2011 20(3) 471-7
14 Silva KS Farias Juacutenior JC Fatores de risco associados agrave pressatildeo arterial elevada em adolescentes Rev Bras Med Esporte 2007 13(4) 237-40
15 Pitanga FJG Lessa I Razatildeo cintura-estatura como discriminador do risco
coronariano de adultos Rev Assoc Med Bras 2006 52157-61
16 Haun DR Pitanga FJG Lessa I Razatildeo CinturaEstatura comparado a outros indicadores antropomeacutetricos de obesidade como preditor de risco coronariano elevado Rev Assoc Med Bras [online] 2009 55(6) 705-711
17 Nascimento CM Ribeiro AQ SantrsquoAna LFR et al Estado nutricional e condiccedilotildees de sauacutede da populaccedilatildeo idosa brasileira revisatildeo da literatura Rev meacuted Minas Gerais 2011 21(2)174-180
18 Gomes MA Beck cc Duarte MFS et al Ficha Antropomeacutetrica no Nuacutecleo de Apoio a Sauacutede da Famiacutelia o que medir e para que medir Rev bras cineantropom desempenho hum 2009 11(2) 243-253
19 Azevedo LF Oliveira ACC Lima JRP et al Recomendaccedilotildees sobre condutas e procedimentos do profissional de educaccedilatildeo fiacutesica na atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede Rio de Janeiro CONFEF 2010 109-55
20 World Health Organization World health statistics 2012 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghopublicationsworld_health_statistics2012enindexhtmlgt [2012 set 18]
21 World Health Organization Global health risks mortality and burden of disease attributable to selected major risks Geneva World Health Organization 2009a
22 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Panorama da sauacutede brasileira em muacuteltiplos aspectos Percepccedilatildeo do estado de sauacutede estilo de vida e doenccedila crocircnica Pesquisa Nacional de Sauacutede 2013
23 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Pesquisa Nacional por Amostra
de Domiciacutelios 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapesquisaspesquisa_resultadosphpid_pesquisa=149gt[2014 dez 04]
24 Tribess S Virtuoso Junior JS Prescriccedilatildeo de exerciacutecios fiacutesicos para idosos Rev saudecom 2005 1(2)163-72
38
25 Pollock ML Wilmore JH Exerciacutecio na Sauacutede e na Doenccedila avaliaccedilatildeo e prescriccedilatildeo para prevenccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo Editora MEDSI 2ordf ed Rio de Janeiro 1993
26 Sociedade Brasileira de Cardiologia V Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 20061-48
27 World Health Organization Global Health Observatory (GHO) 2014 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghoncdrisk_factorsblood_pressure_prevalence_textengt [2014 dez 04]
28 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Secretaria de Atenccedilatildeo baacutesica agrave Sauacutede Departamento de atenccedilatildeo baacutesica - Hipertensatildeo arterial sistecircmica Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2006
29 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) (2009) Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeGestorvisualizar_textocfmidtxt=24421gt [2010 abr 07]
30 Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Nuacutemero de hipertenso 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwsbhorgbripadgeralphpgt [09 nov 2014]
31 Secretaria de Sauacutede do Estado da Bahia Hipertensatildeo Quantidade de Hipertensos na Bahia Disponiacutevel em (2014) lthttpwwwsaudebagovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=4418ampcatid=1ampItemid=14gt [2014 jan 10]
32 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica 2014 Dados de mortalidade na Bahia Disponiacutevel em lthttptabnetdatasusgovbrcgitabcgiexesiabcnvSIABSBAdefgt [2014 mai 05]
33 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica Dados sociodemograacuteficos de Ibicuiacute 2014 lthttptabnetdatasusgovbrcgideftohtmexesiabcnvSIABFBAdefgt [2014 jan 05]
34 Williams B The year in hypertension JACC 2010 55(1) 66-73
35 Lipp M Rocha JC Stress Hipertensatildeo Arterial e Qualidade de vida um guia de tratamento para o hipertenso Campinas Papirus 1996
36 Borenstein MS (Org) Manual de Hipertensatildeo Arterial Porto Allege Editora Sagra Luzzatto 1999
37 Joint National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure The Sixth Report of the Join National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure Arch Intern Med 1997157 2413-2446
39
38 Mitchell GF Parise H Benjamin EJ et al Changes in arterial stiffness and wave reflection with advancing age in health men and women Hypertension 2004 431239-1245
39 Matos AC Ladeia AM Avaliaccedilatildeo de fatores de risco cardiovascular em uma comunidade rural da Bahia Arq Bras Cardiol 2003 81(3) 291-6
40 World Health Organization Who Expert Committee on Physical Status the use and interpretation of antropometry Report of a WHO Expert Commitee Geneva WHO 1995 p 854
41 Pitanga FJG Antropometria na avaliaccedilatildeo da obesidade abdominal e risco coronariano Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum 201113(3) 238-241
42 Ferreira LS Amaral TF Marucci MFN et al Under nutrition as a major risk factor for death among older Brazilian adults in the community-dwelling setting SABE survey Nutrition 201127(10)17-22
43 Andrade FB Caldas Junior AF Kitoko PM et al Prevalence of overweight and obesity in elderly people from Vitoacuteria-ES Brazil Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2012 set17(3)749-756
44 Boscatto EC Duarte Mde F Coqueiro Rda S Barbosa AR Nutritional status in the oldest elderly and associated factors Rev Assoc Med Bras 2013 59(1)40-47
45 Kostka J Borowiak E Kostka T Nutritional status and quality of life in different
populations of older people in Poland Eur J Clin Nutr 2014 Nov68(11)1210-5
46 Silva DAS Petroski EL Associaccedilatildeo de diferentes pontos de corte para sobrepeso e obesidade com pressatildeo arterial elevada em idosas Rev Educ Fis UEM 2009 20 415-22
47 Nutrition Screening Initiative Interventions manual for professionals caring for older Americans Washington DC Nutrition Screening Initiative 1992
48 World Health Organization Obesity preventing and managing the global epidemic Report of a WHO Consultation on Obesity Geneva World Health Organization 1998
49 Cameron AJ Dunstan DW Owen N et al Health and mortality consequences
of abdominal obesity evidence from the Aus Diab study Med J Aust 2009191 202ndash208
50 Fox KA Despres JP Richard AJ et al Does abdominal obesity have a similar impact on cardiovascular disease and diabetes A study of 91246 ambulant patients in 27 European countries Eur Heart J 2009 30 3055ndash3063
40
51 Pouliot MC Despreacutes JP Lemieux S et al Waist circumference and abdominal sagittal diameter Best simple anthropometric indexes of abdominal visceral adipose tissue accumulation and related cardiovascular risk in men and woman Am J Cardiology 1994 73 460-468
52 Peixoto MRG Beniacutecio MHD Latorre M et al Circunferecircncia da Cintura e Iacutendice de massa Corporal como Preditores da Hipertensatildeo Arterial Arq Bras Cardiol 200687 462-470
53 MacKay MF Haffner SM Wagenknecht LE et al Prediction of type 2 diabetes using alternate anthropometric measures in a multiethnic cohort the insulin resistance atherosclerosis study Diabetes Care 200932(5)956-8
54 Valdez R A simple model-based index of abdominal adiposity J Clin Epidemiol1991 44(9) 955-6
55 Pitanga FJG Lessa I Sensibilidade e especificidade do iacutendice de conicidade como discriminador do risco coronariano de adultos em Salvador Brasil Rev Bras Epidemiol 20047(3)259-69
56 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano elevado em adultos na cidade de Salvador - Bahia Arq Bras Cardiol 2005 85 (1)26-31
57 Ghosh JR Bandyopadhyay AR Comparative evaluation of obesity measures relationship with blood pressures and hypertension Singapore Med J 200748(3) 232-5
58 Almeida RT Almeida MMG Araujo TM Obesidade abdominal e risco cardiovascular desempenho de indicadores antropomeacutetricos em mulheres Arq Bras Cardiol 2009 out92(5)375-380
59 Freitas Juacutenior Costa Rosa CS Codogno JS et al Capacidade cardiorrespiratoacuteria e distribuiccedilatildeo de gordura corporal de mulheres com 50 anos ou mais Rev Esc Enferm USP 2010 44(2) 395-400
60 Matos LN Giorelli GV Dias CB Correlation of anthropometric indicators for identifying insulin sensitivity and resistance Satildeo Paulo Med J [online] 2011 129(1) 30-35
61 Gomes MA Rech CR Gomes MBA et al Correlaccedilatildeo entre iacutendices antropomeacutetricos e distribuiccedilatildeo de gordura corporal em mulheres idosas Rev bras cineantropom desempenho hum 2006 set 8(3) 16-22
62 Tarastchuk JCE Gueacuterios EE Bueno RRL et al Obesidade e intervenccedilatildeo coronariana devemos continuar valorizando o Iacutendice de Massa Corpoacuterea Arq Bras Cardiol [online] 2008 90(5) 311-316
41
63 Ferreira AP CB Ferreira VC Souza et al Risco de distuacuterbio glicecircmico em mulheres idosas ajustado por antropometria e genoacutetipos de citocinas Rev Assoc Med Bras [online] 201157(5) 565-569
64 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano em mulheres Rev Bras Cineantrop Desempenho Hum 2006 8 (1) 14-21
65 Newman TB Browner WS Cummings SR Delineando estudos de testes meacutedicos In Hulley SB et al Delineando a pesquisa cliacutenica uma abordagem epidemioloacutegica 2 ed Porto Alegre Artmed 2003 203-224
66 Toscano CM As campanhas nacionais para detecccedilatildeo das doenccedilas crocircnicas natildeo-transmissiacuteveis diabetes e hipertensatildeo arterial Ciecircnc sauacutede Coletiva out-dez 2004 9(4) 885-895
67 Fletcher RH Fletcher SW Prevenccedilatildeo In Fletcher R Fletcher S Epidemiologia
cliacutenica elementos essenciais 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 2006 179-201
68 Jeckel J Elmore J Katz D Meacutetodos de prevenccedilatildeo secundaacuteria In _____ Epidemiologia bioestatiacutestica e medicina preventiva 2 ed Porto Alegre Artmed 2005 236-247
69 Klein CH Bloch KV Estudos seccionais In Medronho RA Carvalho DM Bloch KV Luiz RR Werneck GL Epidemiologia 1ordf ed Satildeo Paulo Editora Atheneu 2002 125-150
70 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Resoluccedilatildeo nordm- 6 de 3 de novembro de 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcenso2010ibgegovbrdados_divulgadosindexphpuf=29gt[201 dez 18]
71 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica ndash Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais (2014) Disponiacutevel em lthttpcodibgegovbr398G9gt [2014 ago 30]
72 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230gt [2013 mai 01]
73 Luiz RR Magnanini MMF A loacutegica da determinaccedilatildeo do tamanho da amostra em investigaccedilotildees epidemioloacutegicas Cad sauacutede coletiva Rio de Janeiro 2000 8(2) 9-28
74 Reis MC Nascimento RAS Pedreira RBS et al Validaccedilatildeo de Face e Clareza do Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede dos Idosos ndash IASI [resumo] in Anais do XIX Congresso Brasileiro Geriatria e Gerontologia Beleacutem 2014 296-296
75 Lohman TG Roche AF Martorell R Anthropometric Standardization Reference Manual Champaign Illinois Human Kinetics 1988
42
76 Vaz JCL Regiotildees de Incerteza para Curva ROC em Teste Diagnoacutesticos
[dissertaccedilatildeo] Satildeo Carlos Universidade Federal de Satildeo Carlos 2009
77 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de 2012
78 Erdreich LS Lee ET Use of relative operating characteristic analysis in epidemiology A method for dealing with subjective judgement Am J Epidemiol 1981 114649-62
79 Aekplakorn W Pakpeankitwatana V Lee CM et al Abdominal obesity and coronary heart disease in Thai men Obesity 200715(4)1036-42
80 Oliveira MAM Fagundes RLM Moreira EAM et al Relaccedilatildeo de Indicadores Antropomeacutetricos com Fatores de Risco para Doenccedila Cardiovascular Arq Bras Cardiol 2010 abr 94(4) 478-485
81 Mendes TAB Goldbaum M Segri NJ et al Factors associated with the prevalence of hypertension and control practices among elderly residents of Satildeo Paulo city Brazil Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(11) 2275-2286
82 Oliveira BFA Souza Mouratildeo D Gomes N et al Prevalecircncia de hipertensatildeo arterial em comunidades ribeirinhas do Rio Madeira Amazocircnia Ocidental Brasileira Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(8) 1617-1630
83 Picon RV Fuchs FD Moreira LB et al Prevalence of Hypertension Among Elderly Persons in Urban Brazil A Systematic Review With Meta-Analysis Am J Hypertens 2013 26 (4) 541-548
84 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Pessoa Idosa e Envelhecimento Seacuteries Pactos pela Sauacutede 2006 v 12 Brasiacutelia ndash DF 2010
85 Leal Neto JS Souza J Coqueiro RS et al Anthropometric indicators of obesity as screening tools for high blood pressure in the elderly Int J Nurs Pract 2013 Aug 19(4) 360-367
86 Schisterman EF Faraggi D Reiser B Trevisan M Statistical inference for the area under the receiver operating characteristic curve in the presence of random measurement error Am J Epidemiol 2001 154 (2) 174-9
87 Samsen M Hanchaiphiboolkul S Puthkhao P et al Appropriate body mass index and waist circumference cutoffs for middle and older age group in Thailand data of 19621 participants from Thai epidemiologic stroke (TES) study J Med Assoc Thai 2012 Sep 95(9)1156-66
88 Ko GTC Chan JCN Cockram CS Woo J Prediction of hypertension diabetes dyslipidemia or albuminuria using simple anthropometric indexes in Hong Kong Chinese Int J Obes 1999 23 (11) 1136-42
43
89 Lin WY Lee LT Chen CY et al Optimal cut-off values for obesity using simple anthropometric indices to predict cardiovascular risk factors in Taiwan Int J Obes Relat Metab Disord 2002261232-8
90 Pua YH Ong PH Anthropometric indices as screening tools for cardiovascular risk factors in Singaporean women Asia Pac J Clin Nutr 2005 14 (1) 74-9
91 Berber A Goacutemez-Santos R Fanghaumlnel G Saacutenchez-Reyes L Anthropometric
indexes in the prediction of type 2 diabetes mellitus hypertension and dyslipidaemia in a Mexican population Int J Obes 200125(12)1794-9
92 Browning LM Hsieh SD Ashwell M A systematic review of waist-to-height ratio
as a screening tool for the prediction of cardiovascular disease and diabetes 05 could be a suitable global boundary value Nutr Res Rev 2010 23(2)247-69
93 Bertsias G Mammas I Linardakis M Kafatos A Overweight and obesity in
relation to cardiovascular disease risk factors among medical students in Crete Greece BMC Public Health 2003 31-9
94 Kashihara H Lee JS Kawakubo K et al Criteria of Waist Circumference According to Computed Tomography-Measured Visceral Fat Area and the Clustering of Cardiovascular Risk Factors Circ J 2009 73 1881-1886
44
APEcircNDICES
45
Apecircndice 1
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
46
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS
PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE SAUacuteDE
DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE
Jequieacute ____ ____ 201__
APEcircNDICE 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Vocecirc esta sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa do Nuacutecleo de
Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo (NESP) da Universidade Estadual do Sudoeste da
Bahia
Objetivo do estudo Avaliar e monitorar as condiccedilotildees de sauacutede de idosos residentes
em comunidade
Participaccedilatildeo Ao aceitar participar do estudo estarei agrave disposiccedilatildeo do pesquisador
para responder ao formulaacuterio que seraacute arquivado pelo autor por um periacuteodo de cinco
anos sendo posteriormente incinerado
Riscos Este estudo natildeo traraacute riscos para minha integridade fiacutesica ou moral dos
participantes
Confidencialidade do estudo Seraacute garantida a privacidade o anonimato bem como
o direito de aceitar ou natildeo participar da pesquisa podendo ser essa autorizaccedilatildeo
suspensa em qualquer fase do estudo Assim as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo
4662012 do Conselho Nacional de Sauacutede que discorre sobre pesquisa envolvendo
seres humanos seratildeo atendidas Os resultados seratildeo publicados no relatoacuterio final da
dissertaccedilatildeo e artigos cientiacuteficos
47
Benefiacutecios Accedilotildees interinstitucionais articuladas promovidas numa perspectiva
interdisciplinar possibilitaratildeo uma melhor compreensatildeo das condiccedilotildees de sauacutede dos
idosos residentes em comunidade do municiacutepio e contribuiraacute para a formulaccedilatildeo de
accedilotildees direcionadas as necessidades dessa populaccedilatildeo
Danos advindos da pesquisa Caso haja algum prejuiacutezo decorrente da realizaccedilatildeo
deste estudo seraacute providenciada a devida reparaccedilatildeo dos danos atraveacutes do
responsaacutevel pelo estudo O pesquisador e os entrevistados natildeo receberatildeo benefiacutecios
financeiros para participaccedilatildeo no estudo Todas as despesas seratildeo por conta do
pesquisador
Participaccedilatildeo voluntaacuteria Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria podendo a qualquer
momento desistir do estudo sem qualquer prejuiacutezo ou penalidade para mim
Consentimento para participaccedilatildeo Apoacutes ser devidamente esclarecido (a) quanto
aos objetivos deste estudo dos procedimentos aos quais serei submetido (a) bem
como dos possiacuteveis riscos decorrentes da minha participaccedilatildeo estou de acordo em
participar do mesmo O pesquisador responsaacutevel pelo estudo assegura que seraacute
disponibilizado qualquer esclarecimento adicional que eu venha a solicitar durante a
realizaccedilatildeo da pesquisa e o direito de desistir da participaccedilatildeo em qualquer momento
Em casos de duacutevidas eou problemas referentes ao estudo vocecirc poderaacute
entrar em contato com o autor atraveacutes do Nuacutecleo de Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo
(NESP) (73) 3528-9721
Sendo assim eu ______________________________________________
aceito livremente participar do Projeto MONIDI
__________________________________ __________________________________
Assinatura do (a) participante
RG _________________________
Assinatura do (a) pesquisador
RG_________________________
48
Apecircndice 2
Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede do Idoso
49
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS
PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE
SAUacuteDE DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE
Nuacutemero do Questionaacuterio |__|__|__|
Nome do Entrevistador ___________________________
Visita 1 2 3
Data Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Hora de iniacutecio ________
Hora de teacutermino ________
I INFORMACcedilOtildeES PESSOAIS E SOCIODEMOGRAacuteFICAS
1 Nome do entrevistado
2Sexo
0 ( ) Feminino
1 ( ) Masculino
3 Endereccedilo completotelefone
4 Idade ____ anos
41 Data de Nascimento
____________
50
5 Situaccedilatildeo conjugal atual
1 ( ) Casado(a) 2 ( ) Uniatildeo estaacutevel 3 ( ) Solteiroa
4 ( ) Divorciado(a)separado(a)desquitado(a) 5 ( ) Viuacutevoa
6 No total quantas vezes o (a) Sr(a) esteve casado(a) ou em uniatildeo
Nordm de vezes |___|___|
7 Na escola qual a uacuteltima seacuterie grau que concluiu com aprovaccedilatildeo
1 - Nunca foi agrave escola ( ) 4 - Fundamental II ( )5 a ( )6 a ( )7 a ( )8 a
2 - Lecirc e escreve o nome ( ) 5 - Ensino Meacutedio ( ) 1 a ( )2 a ( )3
3 - Fundamental I ( )1 a ( )2 a 6 - Superior ( ) completo ( ) incompleto
( )3 a ( )4 a
8 Como vocecirc classificaria a cor da sua pele
1( ) Branca 2( ) Amarela (oriental) 3( ) Parda
4( ) Origem indiacutegena 5( ) Preta 9( ) Natildeo sabe
9 Cor da pele (entrevistador)
1( ) branca 2( ) amarela (oriental) 3( ) parda
4( ) origem indiacutegena 5( ) preta
10-Quantos filhos e filhas nascidos vivos o(a)Sr(a) teve (natildeo inclua enteados filhos
adotivos abortos ou filhos nascidos mortos)
Nuacutemero de filhos |____|____| (98) NS (99) NR
11 Atualmente o senhor (a) mora sozinho ou acompanhado
1( )Acompanhado 2( ) Sozinho 3( ) NR 4( )NS
51
12 Desde que o senhor (a) nasceu viveu no campo por 5 anos ou mais
0( ) Natildeo 1( ) Sim 2( ) NS 3( ) NR
13 Qual eacute a sua religiatildeo
1( ) Catoacutelica 2( ) Protestante 3( ) Judaica
4( ) Espiacuteritakardecista 5( ) Umbanda 6( ) Outras ____________
14 Qual a importacircncia da religiatildeo em sua vida
(1) Importante (2) Regular (3) Nada importante (8) NS (9) NR
15 Com que frequecircncia o senhor vai agrave igreja ou ao serviccedilo religioso
( ) Nunca ( ) Vaacuterias vezes por ano ( ) Uma duas vezes por mecircs
( ) Quase toda semana ( ) Mais de uma vez por semana ( ) NS ( ) NR
16 Quanto vocecirc ganha em meacutedia por mecircs R$ __________8( )Natildeo se aplica
II A CONSUMO DE AacuteLCOOL E TABACO
Uso de bebidas alcooacutelicas
1 Vocecirc consome bebidas alcooacutelicas Se vocecirc NAtildeO BEBE siga para o bloco III C
0 ( )sim 1( ) natildeo
2 Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
3 As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
4 Sente-se chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
5 Costuma beber pela manhatilde para diminuir o nervosismo ou a ressaca
0 ( ) sim 1( ) natildeo
Haacutebito de fumar
1 Vocecirc jaacute foi fumante 0 ( ) sim 1( ) natildeo
52
2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco
III C
3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros
4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias
III ANTROPOMETRIA
MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS
ESTATURA
MASSA CORPORAL
CIRCUNFEREcircNCIA
DE CINTURA
IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL
MEDIDA 01 02 03
Pressatildeo arterial
sistoacutelica
Pressatildeo arterial
diastoacutelica
53
ANEXOS
54
Anexo 1
Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos
55
56
23
Figura 2 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) IMC - iacutendice de massa corporal
Figura 3 - Curvas ROC do IMC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) IMC - iacutendice de massa corporal
24
Figura 4 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) CC ndash circunferecircncia da cintura
Figura 5 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) CC ndash circunferecircncia da cintura
25
Figura 6 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) RCEst - razatildeo cinturaestatura
Figura 7 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) RCEst - razatildeo cinturaestatura
26
Figura 8 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) Iacutendice C -iacutendice de conicidade
Figura 9 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) Iacutendice C - iacutendice de conicidade
27
Os valores dos pontos de corte dos iacutendices antropomeacutetricos como preditores
de hipertensatildeo arterial e suas respectivas sensibilidade e especificidade (mais
adequado equiliacutebrio entre si) satildeo apresentados na Tabela 7 Observa-se que entre
os iacutendices antropomeacutetricos a RCEst teve melhor percentual de sensibilidade e de
especificidade para discriminar a pressatildeo arterial elevada para os homens
Tabela 7 - Pontos de corte sensibilidade e especificidade dos iacutendices antropomeacutetricos para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial em idosos
Mulheres Homens PA elevada
Ponto de corte
Sensibilidade ()
Especificidade ()
Ponto de corte
Sensibilidade ()
Especificidade ()
IMC (kgm2)
2679 527 548 2420 527 548
CC (cm) 8750 577 457 8650 593 532 RCEst 059 568 430 054 648 456 Iacutendice C 126 541 452 129 574 456
IMC ndash Iacutendice de Massa Corporal CC ndash Circunferecircncia da Cintura RCEst ndash Razatildeo Cintura-Estatura Iacutendice C ndash Iacutendice de Conicidade
28
6 DISCUSSAtildeO
61 Aacutereas sob a Curva ROC
Este estudo teve como objetivo identificar a capacidade preditiva de iacutendices
antropomeacutetricos de obesidade geral e abdominal para discriminar a presenccedila de
hipertensatildeo arterial em idosos com foco de utilizaccedilatildeo no ambiente da estrateacutegia de
sauacutede da famiacutelia Nessa perspectiva surge uma proposta de triagem dos casos de
idosos com possiacuteveis alteraccedilotildees crocircnicas em sua pressatildeo arterial aleacutem de possibilitar
a discussatildeo sobre validaccedilatildeo de tais iacutendices para uso no contexto da sauacutede
Dessa forma recomenda-se a anaacutelise da sensibilidade e especificidade por
meio da construccedilatildeo de curvas ROC pois eacute a melhor opccedilatildeo para determinar pontos de
corte em estudos epidemioloacutegicos78 Essa anaacutelise permite fornecer a aacuterea sob a curva
que traduz o poder de discriminaccedilatildeo de um indicador para um determinado desfecho
e a identificaccedilatildeo do melhor ponto de corte
A proposta dessa pesquisa natildeo eacute excluir o diagnoacutestico meacutedico mas
proporcionar uma estrateacutegia mais abrangente a ser utilizada pelas USFs em parceria
entre os profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica e os profissionais de sauacutede no contexto da
atenccedilatildeo primaacuteria
Embora exista associaccedilatildeo entre sobrepesoobesidade e a pressatildeo arterial
elevada poucos estudos tecircm identificado pontos de corte de iacutendices antropomeacutetricos
que visem agrave detecccedilatildeo da hipertensatildeo arterial em idosos Diversos estudos tecircm
demonstrado que os iacutendices antropomeacutetricos satildeo bons indicadores de obesidade e
estatildeo relacionados a fatores de risco cardiovascular795880 Todavia a hipertensatildeo eacute
apontada como um dos principais fatores de risco cardiovasculares o que denota a
necessidade de um olhar diferenciado
A prevalecircncia de hipertensatildeo foi inferior agrave encontrada em outros estudos818283
Contudo diferenccedilas metodoloacutegicas nuacutemero de medidas realizadas e os diferentes
criteacuterios de referecircncia satildeo as principais causas da grande variabilidade nas
prevalecircncias de pressatildeo arterial elevada entre as investigaccedilotildees No presente estudo
29
optou-se por maior rigorosidade ao diagnosticar a pressatildeo arterial elevada
considerando a realizaccedilatildeo de trecircs medidas
Nessa amostra observou-se que a prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi
443 nas mulheres e 406 nos homens Demonstrando ser uma alta prevalecircncia
pois se trata de uma populaccedilatildeo que eacute influenciada diretamente pelo o aumento da
morbimortalidade durante o envelhecimento Estudos envolvendo idosos indicam que
a prevalecircncia da hipertensatildeo encontra-se entre 50-70 com o aumento da idade84
Poucos estudos epidemioloacutegicos foram conduzidos com o objetivo de identificar
e discriminar a capacidade de iacutendices antropomeacutetricos de obesidade para a pressatildeo
arterial elevada na populaccedilatildeo de idosos e principalmente utilizando o iacutendice C o
RCEst Um estudo realizado com a populaccedilatildeo de idosos utilizou o mesmo objetivo
poreacutem usou como ponto de corte o iacutendice de massa corporal e o iacutendice de adiposidade
corporal85 Entretanto faz-se necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de outros iacutendices para identificar
hipertensatildeo arterial em idosos
De acordo com os resultados do presente estudo somente alguns dos
indicadores antropomeacutetricos apresentaram capacidade preditiva para a hipertensatildeo
arterial em idosos de acordo com limite inferior do intervalo de confianccedila de 9586
Dessa forma foi observado que a RCEst e IMC para os homens mostraram-se com
bom poder de detecccedilatildeo para a hipertensatildeo arterial pois obtiveram maiores valores
sob a curva para esse desfecho
Em 2013 Leal Neto et al85 identificaram em seus resultados que o IMC e o
iacutendice de adiposidade corporal foram os melhores indicadores preditivos de
hipertensatildeo arterial nos idosos em ambos os sexos independentemente de outros
fatores tais como idade tabagismo consumo de aacutelcool e atividade fiacutesica
No presente estudo os principais indicadores que tiveram uma boa aacuterea sob a
curva foram o IMC RCEst e Iacutendice C com resultados de 060 IC95 (050-070) 061
IC95 (051-071) e 058 IC95 (058-068) respectivamente para homens
Nas mulheres tais iacutendices mostraram-se com menor poder discriminatoacuterio para
diagnosticar a hipertensatildeo arterial A HAS eacute um desfecho que pode ser influenciado
por fatores multicausais (hormonais estresse etc) Na anaacutelise do desempenho do
iacutendice antropomeacutetrico a loacutegica eacute unidirecional ou seja verificar o desempenho desses
iacutendices apenas como preditores de hipertensatildeo arterial foram mais satisfatoacuterios entre
os homens Os iacutendices podem interferir mas natildeo determinar a prevalecircncia da
30
hipertensatildeo Embora as mulheres tenham uma maior prevalecircncia essa natildeo eacute
determinada pelos iacutendices antropomeacutetricos no presente estudo
Tais resultados diferem do estudo realizado em 2012 por Samsen et al87 no
qual a circunferecircncia da cintura teve boa ASC nos homens = 0684 com IC95 (0672-
0695) e nas mulheres = 0673 IC95 (0665-0681) sendo o melhor indicador
significativamente (p lt0001) do que o IMC no qual a ASC em homens foi de = 0667
IC95 (0656-679) e nas mulheres = 0636 IC95 (0628-0644) em discriminaccedilatildeo
de pelo menos um fator de risco cardiovascular Isso se deve ao fato de tal estudo ter
sido realizado com uma abrangecircncia maior na faixa etaacuteria que foi de 45-80 anos
Uma possiacutevel limitaccedilatildeo para discussatildeo dos resultados desse estudo foi a faixa
etaacuteria restrita que natildeo incluiu idosos (igual ou acima de 60 anos) o que impossibilita
a triagem da pressatildeo arterial elevada nessa populaccedilatildeo
62 Iacutendices antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial
Nesse estudo a CC e RCEst foram as variaacuteveis com maiores valores absolutos
de sensibilidade para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial respectivamente para mulheres
e homens Tais resultados indicam as proporccedilotildees de verdadeiros positivos na
ocorrecircncia de hipertensatildeo arterial
Quanto ao ponto de corte do RCEst nas mulheres foi de 059 sendo 568 de
sensibilidade e 430 de especificidade Valores inferiores ao encontrado no presente
estudo para mulheres foram sugeridos em Taiwan (045) Cingapura (048) e na China
(050) No Brasil em 2009 Haun Pitanga e Lessa16 recomendaram para a RCEst
053 como melhor ponto de corte com sensibilidade (67) e especificidade (58) e
aacuterea sob a curva ROC de 069 (IC 95 = 064-075) Outro ponto de corte semelhante
ao observado no Brasil com mulheres mexicanas variou de 053 a 0535 para a
RCEst discriminar diabete tipo 2 hipertensatildeo e dislipidemias88899091
Os pontos de corte sugeridos por esses paiacuteses e no Brasil podem ter sido
inferiores por causa da abrangecircncia na faixa etaacuteria dos indiviacuteduos no qual incluiacuteram
mulheres de 30 a 74 anos como tambeacutem as caracteriacutesticas econocircmicas culturais e
31
de estilo de vida diferem da realidade das mulheres que residem em cidades de
pequeno porte Estudos que discriminem hipertensatildeo arterial principalmente em
idosos com RCEst satildeo escassos na literatura
Em 2010 Browning Hsieh e Ashwel92 realizaram uma revisatildeo sistemaacutetica
sobre a potencialidade de indicadores antropomeacutetricos em predizer doenccedilas
cardiovasculares e identificou a RCEst como variaacutevel de melhor desempenho A
RCEst apresentou maiores ASC quando comparada ao IMC ou CC Os dados
analisados foram de quatorze paiacuteses diferentes e incluiacuteram caucasianos asiaacuteticos e
da Ameacuterica Central Segundo os autores uma RCEst ge 05 eacute capaz de identificar
fatores de risco cardiovasculares Esse ponto de corte eacute inferior aos encontrados para
homens e mulheres no presente estudo significando que o ponto de corte encontrado
pode diagnosticar risco cardiovascular e consequentemente a presenccedila de
hipertensatildeo
Outros autores afirmam essa hipoacutetese relacionada aos valores limites para
RCEst em diversas populaccedilotildees e indicaram que um ponto de corte de 05 eacute o valor
mais indicado para ambos os sexos todas as idades e diferentes populaccedilotildees899315
Com relaccedilatildeo agrave especificidade a variaacutevel com maior valor foi o IMC
independentemente do sexo Nas mulheres o ponto de corte sugerido foi 2679 kgm2
e nos homens 2420 kgm2 O valor da especificidade foi de 548 para ambos os
sexos o qual possibilita determinar corretamente a ausecircncia de hipertensatildeo arterial
Sendo assim este estudo sugere que o IMC natildeo foi o melhor preditor de hipertensatildeo
arterial
O estudo de Leal Neto et al (2013)85 tambeacutem testou a capacidade de
indicadores antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial em idosos
sugeriu como pontos de corte para IMC valores de 247 kgm2 igual ao encontrado no
presente estudo e de 273 kgm2 nuacutemero superior que aos dados do presente
trabalho para homens e mulheres respectivamente
Em outro estudo realizado com 19621 homens e mulheres com faixa etaacuteria de
45-80 anos a meacutedia da idade foi de 598 anos para os homens e 585 anos para as
mulheres O ponto de corte adequado de IMC foi de 23 kgm2 em homens e 24 kgm2
em mulheres Os pontos de corte de CC foram 80 cm e 78 cm em homens e mulheres
respectivamente Os achados do presente estudo foram superiores a esses
32
resultados todavia deve ser considerado que a populaccedilatildeo alvo foi diferente e com
idade menor da populaccedilatildeo pesquisada no presente trabalho87
Com relaccedilatildeo agrave CC o ponto de corte identificado para a prediccedilatildeo de hipertensatildeo
arterial nas mulheres foi superior ao dos homens Contudo os valores de sensibilidade
e especificidade desses pontos de corte foram maiores entre os homens o que pode
indicar que o poder preditivo da CC para a hipertensatildeo arterial eacute melhor para o sexo
masculino Quanto menor o ponto de corte maior seraacute a habilidade do teste em
classificar os doentes como positivos isto eacute maior seraacute a sensibilidade76 Os pontos
de corte dos homens foram em sua maioria menores em comparaccedilatildeo aos das
mulheres
Tais resultados satildeo contraacuterios aos achados do estudo de Kashihara et al
(2009)94 com indiviacuteduos de 30-74 anos que comparou paciente com hipertensatildeo e sem
hipertensatildeo Em seus pontos de corte de CC para os homens foram superiores aos
pontos de corte definidos para as mulheres e os valores de sensibilidade e
especificidade foi maior nas mulheres para identificar risco cardiovascular Poreacutem a
idade foi menor ao proposto no presente estudo
Outro estudo que contraria tais resultados quanto ao ponto de corte da CC foi
o de Haun Pitanga e Lessa (2009)16 que foi superior para os homens enquanto o
niacutevel de sensibilidade e especificidade foi igual aos nossos achados Poreacutem esse
estudo foi realizado com indiviacuteduos de idade entre 30-74 anos e discriminou risco
coronariano elevado
Quanto ao Iacutendice C no presente estudo o ponto de corte sugerido foi de 126
nas mulheres (sensibilidade 541 e especificidade 452) e 129 para os homens
(sensibilidade 574 e especificidade 456)
Diferentemente do resultado encontrado no presente estudo Pitanga e Lessa
(2005)56 sugeriram como o melhor ponto de corte para risco coronariano com o iacutendice
C 118 para mulheres apresentando valores de sensibilidade (7339) e
especificidade (6115) Para os homens o ponto de corte foi de 125 com valores de
sensibilidade (7391) e especificidade (7492) Tais pontos de corte foram para
indiviacuteduos adultos por esse motivo foram mais baixos que os achados do presente
trabalho Deve-se considerar que existem modificaccedilotildees na composiccedilatildeo corporal com
o processo do envelhecimento o que poderia alterar os pontos de corte para as essas
medidas antropomeacutetricas
33
Em outro estudo com os mesmo autores foram apresentados outros pontos de
corte comparando diferentes faixas etaacuterias Para as mulheres de 30-49 anos o melhor
ponto de corte foi o mesmo (118) com melhor sensibilidade (7857) e
especificidade (6524) e tambeacutem melhor aacuterea sob a curva ROC 081 (IC95 = 070-
092) Entre as de idade mais avanccedilada (50-74 anos) o melhor ponto de corte
sugerido foi 122 com sensibilidade (6000) e especificidade (6582) e aacuterea sob a
curva ROC 065 (IC 95 = 058-073) Portanto o iacutendice C apresentou melhor poder
discriminatoacuterio de RCEst para as mulheres mais jovens64
Almeida Almeida e Arauacutejo (2009)58 conduziram uma pesquisa com mulheres
de 30 e 69 anos buscando avaliar o desempenho de diferentes pontos de corte do
iacutendice C RCQ CC e RCEst para discriminar Risco Coronariano Elevado e o ponto de
corte encontrado para o Iacutendice C foi (125) proacuteximo ao ponto de corte para mulheres
nos nossos achados Dessa forma tais autores afirmaram que os indicadores
antropomeacutetricos de obesidade abdominal analisados tiveram desempenhos
satisfatoacuterios e similares para discriminar RCEst poreacutem o iacutendice C foi o que
apresentou o melhor poder discriminatoacuterio
As informaccedilotildees sobre o iacutendice C satildeo limitadas quanto agrave discussatildeo do ponto de
corte para hipertensatildeo arterial principalmente por encontrar poucos estudos sobre
essa medida como referecircncia para idosos Pitanga e Lessa (2004)55 relatam como
uma limitaccedilatildeo para a utilizaccedilatildeo do Iacutendice C em estudos populacionais a dificuldade de
se calcular o denominador da equaccedilatildeo proposta para sua determinaccedilatildeo
O excesso de gordura em geral estaacute associado ao aparecimento de doenccedilas
cardiovasculares hipertensatildeo arterial e mortalidade a definiccedilatildeo de pontos de corte
para iacutendices que se destacam por sua simplicidade operacional e boa acuraacutecia
permite a detecccedilatildeo dos indiviacuteduos sob risco sendo de grande utilidade nos serviccedilos
de atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede aleacutem de possibilitar o conhecimento da situaccedilatildeo de
grupos populacionais especiacuteficos frente a esses riscos quando empregados na
pesquisa epidemioloacutegica
No contexto das cidades de pequeno porte (rurais e urbanas) os recursos de
sauacutede satildeo muitas vezes limitados e escassos sendo importante a utilizaccedilatildeo desses
iacutendices antropomeacutetricos como substituiccedilatildeo eou apoio a avaliaccedilatildeo tradicional da
pressatildeo arterial Em vaacuterias conjunturas de sauacutede a alta demanda de paciente com
hipertensatildeo arterial exige a utilizaccedilatildeo de instrumentos de diagnoacutesticos e rastreamento
34
de raacutepida e faacutecil aplicaccedilatildeo que possam ser manejados por diferentes profissionais e
que sobretudo apresentem validade e fidedignidade A adequada validaccedilatildeo de
instrumentos e conhecimento de suas propriedades teacutecnicas na populaccedilatildeo brasileira
tambeacutem deve contribuir com a seleccedilatildeo de prioridades e delimitaccedilatildeo do conteuacutedo dos
programas de sauacutede pelos tomadores de decisatildeo em diferentes niacuteveis de gestatildeo
35
7 CONCLUSAtildeO
As anaacutelises dos dados permitem frente aos objetivos estabelecidos formular
as seguintes conclusotildees Quanto ao poder de discriminaccedilatildeo de iacutendices
antropomeacutetricos para a hipertensatildeo arterial em idosos os iacutendices antropomeacutetricos
(IMC RCEst e Iacutendice C) foram bons preditores de hipertensatildeo arterial para os homens
Dessa forma tais iacutendices podem ser empregados nos homens poreacutem tais medidas
natildeo foram satisfatoacuterias para predizer pressatildeo arterial elevada nas mulheres idosas
limitando a sua utilizaccedilatildeo para o sexo feminino com idades avanccediladas
O melhor ponto de corte para discriminar hipertensatildeo arterial foi 054 para a
RCEst nos homens dessa forma tal ponto de corte deve ser empregada no contexto
da atenccedilatildeo primaacuteria nos homens Sugere-se a utilizaccedilatildeo dessa medida a fim de
detectar e realizar a triagem da hipertensatildeo arterial com caracteriacutesticas similares agrave
amostra deste estudo
Recomenda-se que a utilizaccedilatildeo de dois iacutendices simultaneamente resulte em
uma maior eficiecircncia na avaliaccedilatildeo do risco de hipertensatildeo arterial em idosos A
indicaccedilatildeo destas medidas permite que ela seja realizada nas Unidades de Sauacutede da
Famiacutelia como meacutetodo de triagem para idosos com hipertensatildeo arterial utilizando
materiais de faacutecil manejo e de baixo custo
Dessa forma pode-se efetivamente atingir uma das estrateacutegias de prevenccedilatildeo
da hipertensatildeo arterial sistecircmica que eacute o controle da pressatildeo arterial durante o
envelhecimento Todavia sugere-se cautela na utilizaccedilatildeo do ponto de corte desses
indicadores para as mulheres pois os resultados natildeo foram satisfatoacuterios
Fica evidente a necessidade de outros estudos que identifiquem pontos de
corte de iacutendices antropomeacutetricos visando agrave detecccedilatildeo de hipertensatildeo arterial e de
outros fatores de risco cardiovascular nas mulheres idosas que residem em cidades
de pequeno porte
36
8 REFEREcircNCIAS
1 Omram AR The epidemiologic transition a theory of the epidemiology of population change Milbank Memorial Fund Quarterly 1971 49 (Part 1) 509-538
2 Wong LR Carvalho JM Age-strucutural transition in Brazil demographic bonuses and emerging challenges In Pool I Wong LLR Vilquin E editores Age-structural transitions challenges for development Paris Committee for International Cooperation in National Research in Demography 2006
3 Gragnolati M Jorgensen OH Rocha R Fruttero AA Envelhecendo em um Brasil mais Velho implicaccedilotildees do envelhecimento populacional sobre o crescimento econocircmico reduccedilatildeo da pobreza financcedilas puacuteblicas prestaccedilatildeo de serviccedilos Banco Internacional para a Reconstruccedilatildeo e o Desenvolvimento Banco Mundial 2011
4 Schmidt MI Duncan BB Silva GA et al Health in Brazil 4 Chronic non-communicable diseases in Brazil burden and current challenges The Lancet 2011 377
5 Ezzati M Hoorn SV Rodgers A et al Comparative Risk Assessment Collaborating Group Selected major risk factors and global and regional burden of disease Lancet 2002 360 1347-60
6 Lim SS Vos T Flaxman AD et al A comparative risk assessment of burden of disease and injury attributable to 67 risk factors and risk factor clusters in 21 regions 1990-2010 a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2010 Lancet 2012 380 (9859)2224-60
7 Sociedade Brasileira de Cardiologia Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Sociedade Brasileira de Nefrologia VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 2010 95(1) 1-51
8 Miranda DR Perrotti TC Bellinazzi VR et al Hipertensatildeo arterial no idoso peculiaridades na fisiopatologia no diagnoacutestico e no tratamento Rev Bras Hipertens 2002 9 293-300
9 Pilger C Menon MU Mathias TAF Caracteriacutesticas sociodemograacuteficas e de sauacutede de idosos contribuiccedilotildees para os serviccedilos de sauacutede Rev Latino-Am Enfermagem 2011 19(5)1230-1238
10 Pilger C Menon MU Mathias TAF Utilizaccedilatildeo de serviccedilos de sauacutede por idosos vivendo na comunidade Rev esc enferm USP 2013 47(1)213-220
11 Mariath AB Grillo LP Silva RO et al Obesidade e fatores de risco para o desenvolvimento de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis entre usuaacuterios de unidade de alimentaccedilatildeo e nutriccedilatildeo Cad Sauacutede Puacuteblica 2007 23 (4) 897-905
37
12 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Diretrizes e recomendaccedilotildees para o cuidado
integral de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis promoccedilatildeo da sauacutede vigilacircncia prevenccedilatildeo e assistecircncia Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2008
13 Kuumlmpe DA Sodreacute AC Pomatti DM et al Obesidade em Idosos Acompanhados
pela Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia Texto Contexto Enferm Florianoacutepolis 2011 20(3) 471-7
14 Silva KS Farias Juacutenior JC Fatores de risco associados agrave pressatildeo arterial elevada em adolescentes Rev Bras Med Esporte 2007 13(4) 237-40
15 Pitanga FJG Lessa I Razatildeo cintura-estatura como discriminador do risco
coronariano de adultos Rev Assoc Med Bras 2006 52157-61
16 Haun DR Pitanga FJG Lessa I Razatildeo CinturaEstatura comparado a outros indicadores antropomeacutetricos de obesidade como preditor de risco coronariano elevado Rev Assoc Med Bras [online] 2009 55(6) 705-711
17 Nascimento CM Ribeiro AQ SantrsquoAna LFR et al Estado nutricional e condiccedilotildees de sauacutede da populaccedilatildeo idosa brasileira revisatildeo da literatura Rev meacuted Minas Gerais 2011 21(2)174-180
18 Gomes MA Beck cc Duarte MFS et al Ficha Antropomeacutetrica no Nuacutecleo de Apoio a Sauacutede da Famiacutelia o que medir e para que medir Rev bras cineantropom desempenho hum 2009 11(2) 243-253
19 Azevedo LF Oliveira ACC Lima JRP et al Recomendaccedilotildees sobre condutas e procedimentos do profissional de educaccedilatildeo fiacutesica na atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede Rio de Janeiro CONFEF 2010 109-55
20 World Health Organization World health statistics 2012 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghopublicationsworld_health_statistics2012enindexhtmlgt [2012 set 18]
21 World Health Organization Global health risks mortality and burden of disease attributable to selected major risks Geneva World Health Organization 2009a
22 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Panorama da sauacutede brasileira em muacuteltiplos aspectos Percepccedilatildeo do estado de sauacutede estilo de vida e doenccedila crocircnica Pesquisa Nacional de Sauacutede 2013
23 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Pesquisa Nacional por Amostra
de Domiciacutelios 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapesquisaspesquisa_resultadosphpid_pesquisa=149gt[2014 dez 04]
24 Tribess S Virtuoso Junior JS Prescriccedilatildeo de exerciacutecios fiacutesicos para idosos Rev saudecom 2005 1(2)163-72
38
25 Pollock ML Wilmore JH Exerciacutecio na Sauacutede e na Doenccedila avaliaccedilatildeo e prescriccedilatildeo para prevenccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo Editora MEDSI 2ordf ed Rio de Janeiro 1993
26 Sociedade Brasileira de Cardiologia V Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 20061-48
27 World Health Organization Global Health Observatory (GHO) 2014 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghoncdrisk_factorsblood_pressure_prevalence_textengt [2014 dez 04]
28 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Secretaria de Atenccedilatildeo baacutesica agrave Sauacutede Departamento de atenccedilatildeo baacutesica - Hipertensatildeo arterial sistecircmica Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2006
29 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) (2009) Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeGestorvisualizar_textocfmidtxt=24421gt [2010 abr 07]
30 Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Nuacutemero de hipertenso 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwsbhorgbripadgeralphpgt [09 nov 2014]
31 Secretaria de Sauacutede do Estado da Bahia Hipertensatildeo Quantidade de Hipertensos na Bahia Disponiacutevel em (2014) lthttpwwwsaudebagovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=4418ampcatid=1ampItemid=14gt [2014 jan 10]
32 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica 2014 Dados de mortalidade na Bahia Disponiacutevel em lthttptabnetdatasusgovbrcgitabcgiexesiabcnvSIABSBAdefgt [2014 mai 05]
33 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica Dados sociodemograacuteficos de Ibicuiacute 2014 lthttptabnetdatasusgovbrcgideftohtmexesiabcnvSIABFBAdefgt [2014 jan 05]
34 Williams B The year in hypertension JACC 2010 55(1) 66-73
35 Lipp M Rocha JC Stress Hipertensatildeo Arterial e Qualidade de vida um guia de tratamento para o hipertenso Campinas Papirus 1996
36 Borenstein MS (Org) Manual de Hipertensatildeo Arterial Porto Allege Editora Sagra Luzzatto 1999
37 Joint National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure The Sixth Report of the Join National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure Arch Intern Med 1997157 2413-2446
39
38 Mitchell GF Parise H Benjamin EJ et al Changes in arterial stiffness and wave reflection with advancing age in health men and women Hypertension 2004 431239-1245
39 Matos AC Ladeia AM Avaliaccedilatildeo de fatores de risco cardiovascular em uma comunidade rural da Bahia Arq Bras Cardiol 2003 81(3) 291-6
40 World Health Organization Who Expert Committee on Physical Status the use and interpretation of antropometry Report of a WHO Expert Commitee Geneva WHO 1995 p 854
41 Pitanga FJG Antropometria na avaliaccedilatildeo da obesidade abdominal e risco coronariano Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum 201113(3) 238-241
42 Ferreira LS Amaral TF Marucci MFN et al Under nutrition as a major risk factor for death among older Brazilian adults in the community-dwelling setting SABE survey Nutrition 201127(10)17-22
43 Andrade FB Caldas Junior AF Kitoko PM et al Prevalence of overweight and obesity in elderly people from Vitoacuteria-ES Brazil Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2012 set17(3)749-756
44 Boscatto EC Duarte Mde F Coqueiro Rda S Barbosa AR Nutritional status in the oldest elderly and associated factors Rev Assoc Med Bras 2013 59(1)40-47
45 Kostka J Borowiak E Kostka T Nutritional status and quality of life in different
populations of older people in Poland Eur J Clin Nutr 2014 Nov68(11)1210-5
46 Silva DAS Petroski EL Associaccedilatildeo de diferentes pontos de corte para sobrepeso e obesidade com pressatildeo arterial elevada em idosas Rev Educ Fis UEM 2009 20 415-22
47 Nutrition Screening Initiative Interventions manual for professionals caring for older Americans Washington DC Nutrition Screening Initiative 1992
48 World Health Organization Obesity preventing and managing the global epidemic Report of a WHO Consultation on Obesity Geneva World Health Organization 1998
49 Cameron AJ Dunstan DW Owen N et al Health and mortality consequences
of abdominal obesity evidence from the Aus Diab study Med J Aust 2009191 202ndash208
50 Fox KA Despres JP Richard AJ et al Does abdominal obesity have a similar impact on cardiovascular disease and diabetes A study of 91246 ambulant patients in 27 European countries Eur Heart J 2009 30 3055ndash3063
40
51 Pouliot MC Despreacutes JP Lemieux S et al Waist circumference and abdominal sagittal diameter Best simple anthropometric indexes of abdominal visceral adipose tissue accumulation and related cardiovascular risk in men and woman Am J Cardiology 1994 73 460-468
52 Peixoto MRG Beniacutecio MHD Latorre M et al Circunferecircncia da Cintura e Iacutendice de massa Corporal como Preditores da Hipertensatildeo Arterial Arq Bras Cardiol 200687 462-470
53 MacKay MF Haffner SM Wagenknecht LE et al Prediction of type 2 diabetes using alternate anthropometric measures in a multiethnic cohort the insulin resistance atherosclerosis study Diabetes Care 200932(5)956-8
54 Valdez R A simple model-based index of abdominal adiposity J Clin Epidemiol1991 44(9) 955-6
55 Pitanga FJG Lessa I Sensibilidade e especificidade do iacutendice de conicidade como discriminador do risco coronariano de adultos em Salvador Brasil Rev Bras Epidemiol 20047(3)259-69
56 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano elevado em adultos na cidade de Salvador - Bahia Arq Bras Cardiol 2005 85 (1)26-31
57 Ghosh JR Bandyopadhyay AR Comparative evaluation of obesity measures relationship with blood pressures and hypertension Singapore Med J 200748(3) 232-5
58 Almeida RT Almeida MMG Araujo TM Obesidade abdominal e risco cardiovascular desempenho de indicadores antropomeacutetricos em mulheres Arq Bras Cardiol 2009 out92(5)375-380
59 Freitas Juacutenior Costa Rosa CS Codogno JS et al Capacidade cardiorrespiratoacuteria e distribuiccedilatildeo de gordura corporal de mulheres com 50 anos ou mais Rev Esc Enferm USP 2010 44(2) 395-400
60 Matos LN Giorelli GV Dias CB Correlation of anthropometric indicators for identifying insulin sensitivity and resistance Satildeo Paulo Med J [online] 2011 129(1) 30-35
61 Gomes MA Rech CR Gomes MBA et al Correlaccedilatildeo entre iacutendices antropomeacutetricos e distribuiccedilatildeo de gordura corporal em mulheres idosas Rev bras cineantropom desempenho hum 2006 set 8(3) 16-22
62 Tarastchuk JCE Gueacuterios EE Bueno RRL et al Obesidade e intervenccedilatildeo coronariana devemos continuar valorizando o Iacutendice de Massa Corpoacuterea Arq Bras Cardiol [online] 2008 90(5) 311-316
41
63 Ferreira AP CB Ferreira VC Souza et al Risco de distuacuterbio glicecircmico em mulheres idosas ajustado por antropometria e genoacutetipos de citocinas Rev Assoc Med Bras [online] 201157(5) 565-569
64 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano em mulheres Rev Bras Cineantrop Desempenho Hum 2006 8 (1) 14-21
65 Newman TB Browner WS Cummings SR Delineando estudos de testes meacutedicos In Hulley SB et al Delineando a pesquisa cliacutenica uma abordagem epidemioloacutegica 2 ed Porto Alegre Artmed 2003 203-224
66 Toscano CM As campanhas nacionais para detecccedilatildeo das doenccedilas crocircnicas natildeo-transmissiacuteveis diabetes e hipertensatildeo arterial Ciecircnc sauacutede Coletiva out-dez 2004 9(4) 885-895
67 Fletcher RH Fletcher SW Prevenccedilatildeo In Fletcher R Fletcher S Epidemiologia
cliacutenica elementos essenciais 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 2006 179-201
68 Jeckel J Elmore J Katz D Meacutetodos de prevenccedilatildeo secundaacuteria In _____ Epidemiologia bioestatiacutestica e medicina preventiva 2 ed Porto Alegre Artmed 2005 236-247
69 Klein CH Bloch KV Estudos seccionais In Medronho RA Carvalho DM Bloch KV Luiz RR Werneck GL Epidemiologia 1ordf ed Satildeo Paulo Editora Atheneu 2002 125-150
70 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Resoluccedilatildeo nordm- 6 de 3 de novembro de 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcenso2010ibgegovbrdados_divulgadosindexphpuf=29gt[201 dez 18]
71 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica ndash Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais (2014) Disponiacutevel em lthttpcodibgegovbr398G9gt [2014 ago 30]
72 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230gt [2013 mai 01]
73 Luiz RR Magnanini MMF A loacutegica da determinaccedilatildeo do tamanho da amostra em investigaccedilotildees epidemioloacutegicas Cad sauacutede coletiva Rio de Janeiro 2000 8(2) 9-28
74 Reis MC Nascimento RAS Pedreira RBS et al Validaccedilatildeo de Face e Clareza do Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede dos Idosos ndash IASI [resumo] in Anais do XIX Congresso Brasileiro Geriatria e Gerontologia Beleacutem 2014 296-296
75 Lohman TG Roche AF Martorell R Anthropometric Standardization Reference Manual Champaign Illinois Human Kinetics 1988
42
76 Vaz JCL Regiotildees de Incerteza para Curva ROC em Teste Diagnoacutesticos
[dissertaccedilatildeo] Satildeo Carlos Universidade Federal de Satildeo Carlos 2009
77 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de 2012
78 Erdreich LS Lee ET Use of relative operating characteristic analysis in epidemiology A method for dealing with subjective judgement Am J Epidemiol 1981 114649-62
79 Aekplakorn W Pakpeankitwatana V Lee CM et al Abdominal obesity and coronary heart disease in Thai men Obesity 200715(4)1036-42
80 Oliveira MAM Fagundes RLM Moreira EAM et al Relaccedilatildeo de Indicadores Antropomeacutetricos com Fatores de Risco para Doenccedila Cardiovascular Arq Bras Cardiol 2010 abr 94(4) 478-485
81 Mendes TAB Goldbaum M Segri NJ et al Factors associated with the prevalence of hypertension and control practices among elderly residents of Satildeo Paulo city Brazil Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(11) 2275-2286
82 Oliveira BFA Souza Mouratildeo D Gomes N et al Prevalecircncia de hipertensatildeo arterial em comunidades ribeirinhas do Rio Madeira Amazocircnia Ocidental Brasileira Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(8) 1617-1630
83 Picon RV Fuchs FD Moreira LB et al Prevalence of Hypertension Among Elderly Persons in Urban Brazil A Systematic Review With Meta-Analysis Am J Hypertens 2013 26 (4) 541-548
84 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Pessoa Idosa e Envelhecimento Seacuteries Pactos pela Sauacutede 2006 v 12 Brasiacutelia ndash DF 2010
85 Leal Neto JS Souza J Coqueiro RS et al Anthropometric indicators of obesity as screening tools for high blood pressure in the elderly Int J Nurs Pract 2013 Aug 19(4) 360-367
86 Schisterman EF Faraggi D Reiser B Trevisan M Statistical inference for the area under the receiver operating characteristic curve in the presence of random measurement error Am J Epidemiol 2001 154 (2) 174-9
87 Samsen M Hanchaiphiboolkul S Puthkhao P et al Appropriate body mass index and waist circumference cutoffs for middle and older age group in Thailand data of 19621 participants from Thai epidemiologic stroke (TES) study J Med Assoc Thai 2012 Sep 95(9)1156-66
88 Ko GTC Chan JCN Cockram CS Woo J Prediction of hypertension diabetes dyslipidemia or albuminuria using simple anthropometric indexes in Hong Kong Chinese Int J Obes 1999 23 (11) 1136-42
43
89 Lin WY Lee LT Chen CY et al Optimal cut-off values for obesity using simple anthropometric indices to predict cardiovascular risk factors in Taiwan Int J Obes Relat Metab Disord 2002261232-8
90 Pua YH Ong PH Anthropometric indices as screening tools for cardiovascular risk factors in Singaporean women Asia Pac J Clin Nutr 2005 14 (1) 74-9
91 Berber A Goacutemez-Santos R Fanghaumlnel G Saacutenchez-Reyes L Anthropometric
indexes in the prediction of type 2 diabetes mellitus hypertension and dyslipidaemia in a Mexican population Int J Obes 200125(12)1794-9
92 Browning LM Hsieh SD Ashwell M A systematic review of waist-to-height ratio
as a screening tool for the prediction of cardiovascular disease and diabetes 05 could be a suitable global boundary value Nutr Res Rev 2010 23(2)247-69
93 Bertsias G Mammas I Linardakis M Kafatos A Overweight and obesity in
relation to cardiovascular disease risk factors among medical students in Crete Greece BMC Public Health 2003 31-9
94 Kashihara H Lee JS Kawakubo K et al Criteria of Waist Circumference According to Computed Tomography-Measured Visceral Fat Area and the Clustering of Cardiovascular Risk Factors Circ J 2009 73 1881-1886
44
APEcircNDICES
45
Apecircndice 1
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
46
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS
PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE SAUacuteDE
DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE
Jequieacute ____ ____ 201__
APEcircNDICE 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Vocecirc esta sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa do Nuacutecleo de
Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo (NESP) da Universidade Estadual do Sudoeste da
Bahia
Objetivo do estudo Avaliar e monitorar as condiccedilotildees de sauacutede de idosos residentes
em comunidade
Participaccedilatildeo Ao aceitar participar do estudo estarei agrave disposiccedilatildeo do pesquisador
para responder ao formulaacuterio que seraacute arquivado pelo autor por um periacuteodo de cinco
anos sendo posteriormente incinerado
Riscos Este estudo natildeo traraacute riscos para minha integridade fiacutesica ou moral dos
participantes
Confidencialidade do estudo Seraacute garantida a privacidade o anonimato bem como
o direito de aceitar ou natildeo participar da pesquisa podendo ser essa autorizaccedilatildeo
suspensa em qualquer fase do estudo Assim as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo
4662012 do Conselho Nacional de Sauacutede que discorre sobre pesquisa envolvendo
seres humanos seratildeo atendidas Os resultados seratildeo publicados no relatoacuterio final da
dissertaccedilatildeo e artigos cientiacuteficos
47
Benefiacutecios Accedilotildees interinstitucionais articuladas promovidas numa perspectiva
interdisciplinar possibilitaratildeo uma melhor compreensatildeo das condiccedilotildees de sauacutede dos
idosos residentes em comunidade do municiacutepio e contribuiraacute para a formulaccedilatildeo de
accedilotildees direcionadas as necessidades dessa populaccedilatildeo
Danos advindos da pesquisa Caso haja algum prejuiacutezo decorrente da realizaccedilatildeo
deste estudo seraacute providenciada a devida reparaccedilatildeo dos danos atraveacutes do
responsaacutevel pelo estudo O pesquisador e os entrevistados natildeo receberatildeo benefiacutecios
financeiros para participaccedilatildeo no estudo Todas as despesas seratildeo por conta do
pesquisador
Participaccedilatildeo voluntaacuteria Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria podendo a qualquer
momento desistir do estudo sem qualquer prejuiacutezo ou penalidade para mim
Consentimento para participaccedilatildeo Apoacutes ser devidamente esclarecido (a) quanto
aos objetivos deste estudo dos procedimentos aos quais serei submetido (a) bem
como dos possiacuteveis riscos decorrentes da minha participaccedilatildeo estou de acordo em
participar do mesmo O pesquisador responsaacutevel pelo estudo assegura que seraacute
disponibilizado qualquer esclarecimento adicional que eu venha a solicitar durante a
realizaccedilatildeo da pesquisa e o direito de desistir da participaccedilatildeo em qualquer momento
Em casos de duacutevidas eou problemas referentes ao estudo vocecirc poderaacute
entrar em contato com o autor atraveacutes do Nuacutecleo de Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo
(NESP) (73) 3528-9721
Sendo assim eu ______________________________________________
aceito livremente participar do Projeto MONIDI
__________________________________ __________________________________
Assinatura do (a) participante
RG _________________________
Assinatura do (a) pesquisador
RG_________________________
48
Apecircndice 2
Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede do Idoso
49
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS
PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE
SAUacuteDE DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE
Nuacutemero do Questionaacuterio |__|__|__|
Nome do Entrevistador ___________________________
Visita 1 2 3
Data Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Hora de iniacutecio ________
Hora de teacutermino ________
I INFORMACcedilOtildeES PESSOAIS E SOCIODEMOGRAacuteFICAS
1 Nome do entrevistado
2Sexo
0 ( ) Feminino
1 ( ) Masculino
3 Endereccedilo completotelefone
4 Idade ____ anos
41 Data de Nascimento
____________
50
5 Situaccedilatildeo conjugal atual
1 ( ) Casado(a) 2 ( ) Uniatildeo estaacutevel 3 ( ) Solteiroa
4 ( ) Divorciado(a)separado(a)desquitado(a) 5 ( ) Viuacutevoa
6 No total quantas vezes o (a) Sr(a) esteve casado(a) ou em uniatildeo
Nordm de vezes |___|___|
7 Na escola qual a uacuteltima seacuterie grau que concluiu com aprovaccedilatildeo
1 - Nunca foi agrave escola ( ) 4 - Fundamental II ( )5 a ( )6 a ( )7 a ( )8 a
2 - Lecirc e escreve o nome ( ) 5 - Ensino Meacutedio ( ) 1 a ( )2 a ( )3
3 - Fundamental I ( )1 a ( )2 a 6 - Superior ( ) completo ( ) incompleto
( )3 a ( )4 a
8 Como vocecirc classificaria a cor da sua pele
1( ) Branca 2( ) Amarela (oriental) 3( ) Parda
4( ) Origem indiacutegena 5( ) Preta 9( ) Natildeo sabe
9 Cor da pele (entrevistador)
1( ) branca 2( ) amarela (oriental) 3( ) parda
4( ) origem indiacutegena 5( ) preta
10-Quantos filhos e filhas nascidos vivos o(a)Sr(a) teve (natildeo inclua enteados filhos
adotivos abortos ou filhos nascidos mortos)
Nuacutemero de filhos |____|____| (98) NS (99) NR
11 Atualmente o senhor (a) mora sozinho ou acompanhado
1( )Acompanhado 2( ) Sozinho 3( ) NR 4( )NS
51
12 Desde que o senhor (a) nasceu viveu no campo por 5 anos ou mais
0( ) Natildeo 1( ) Sim 2( ) NS 3( ) NR
13 Qual eacute a sua religiatildeo
1( ) Catoacutelica 2( ) Protestante 3( ) Judaica
4( ) Espiacuteritakardecista 5( ) Umbanda 6( ) Outras ____________
14 Qual a importacircncia da religiatildeo em sua vida
(1) Importante (2) Regular (3) Nada importante (8) NS (9) NR
15 Com que frequecircncia o senhor vai agrave igreja ou ao serviccedilo religioso
( ) Nunca ( ) Vaacuterias vezes por ano ( ) Uma duas vezes por mecircs
( ) Quase toda semana ( ) Mais de uma vez por semana ( ) NS ( ) NR
16 Quanto vocecirc ganha em meacutedia por mecircs R$ __________8( )Natildeo se aplica
II A CONSUMO DE AacuteLCOOL E TABACO
Uso de bebidas alcooacutelicas
1 Vocecirc consome bebidas alcooacutelicas Se vocecirc NAtildeO BEBE siga para o bloco III C
0 ( )sim 1( ) natildeo
2 Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
3 As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
4 Sente-se chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
5 Costuma beber pela manhatilde para diminuir o nervosismo ou a ressaca
0 ( ) sim 1( ) natildeo
Haacutebito de fumar
1 Vocecirc jaacute foi fumante 0 ( ) sim 1( ) natildeo
52
2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco
III C
3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros
4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias
III ANTROPOMETRIA
MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS
ESTATURA
MASSA CORPORAL
CIRCUNFEREcircNCIA
DE CINTURA
IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL
MEDIDA 01 02 03
Pressatildeo arterial
sistoacutelica
Pressatildeo arterial
diastoacutelica
53
ANEXOS
54
Anexo 1
Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos
55
56
24
Figura 4 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) CC ndash circunferecircncia da cintura
Figura 5 - Curvas ROC da CC como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) CC ndash circunferecircncia da cintura
25
Figura 6 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) RCEst - razatildeo cinturaestatura
Figura 7 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) RCEst - razatildeo cinturaestatura
26
Figura 8 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) Iacutendice C -iacutendice de conicidade
Figura 9 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) Iacutendice C - iacutendice de conicidade
27
Os valores dos pontos de corte dos iacutendices antropomeacutetricos como preditores
de hipertensatildeo arterial e suas respectivas sensibilidade e especificidade (mais
adequado equiliacutebrio entre si) satildeo apresentados na Tabela 7 Observa-se que entre
os iacutendices antropomeacutetricos a RCEst teve melhor percentual de sensibilidade e de
especificidade para discriminar a pressatildeo arterial elevada para os homens
Tabela 7 - Pontos de corte sensibilidade e especificidade dos iacutendices antropomeacutetricos para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial em idosos
Mulheres Homens PA elevada
Ponto de corte
Sensibilidade ()
Especificidade ()
Ponto de corte
Sensibilidade ()
Especificidade ()
IMC (kgm2)
2679 527 548 2420 527 548
CC (cm) 8750 577 457 8650 593 532 RCEst 059 568 430 054 648 456 Iacutendice C 126 541 452 129 574 456
IMC ndash Iacutendice de Massa Corporal CC ndash Circunferecircncia da Cintura RCEst ndash Razatildeo Cintura-Estatura Iacutendice C ndash Iacutendice de Conicidade
28
6 DISCUSSAtildeO
61 Aacutereas sob a Curva ROC
Este estudo teve como objetivo identificar a capacidade preditiva de iacutendices
antropomeacutetricos de obesidade geral e abdominal para discriminar a presenccedila de
hipertensatildeo arterial em idosos com foco de utilizaccedilatildeo no ambiente da estrateacutegia de
sauacutede da famiacutelia Nessa perspectiva surge uma proposta de triagem dos casos de
idosos com possiacuteveis alteraccedilotildees crocircnicas em sua pressatildeo arterial aleacutem de possibilitar
a discussatildeo sobre validaccedilatildeo de tais iacutendices para uso no contexto da sauacutede
Dessa forma recomenda-se a anaacutelise da sensibilidade e especificidade por
meio da construccedilatildeo de curvas ROC pois eacute a melhor opccedilatildeo para determinar pontos de
corte em estudos epidemioloacutegicos78 Essa anaacutelise permite fornecer a aacuterea sob a curva
que traduz o poder de discriminaccedilatildeo de um indicador para um determinado desfecho
e a identificaccedilatildeo do melhor ponto de corte
A proposta dessa pesquisa natildeo eacute excluir o diagnoacutestico meacutedico mas
proporcionar uma estrateacutegia mais abrangente a ser utilizada pelas USFs em parceria
entre os profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica e os profissionais de sauacutede no contexto da
atenccedilatildeo primaacuteria
Embora exista associaccedilatildeo entre sobrepesoobesidade e a pressatildeo arterial
elevada poucos estudos tecircm identificado pontos de corte de iacutendices antropomeacutetricos
que visem agrave detecccedilatildeo da hipertensatildeo arterial em idosos Diversos estudos tecircm
demonstrado que os iacutendices antropomeacutetricos satildeo bons indicadores de obesidade e
estatildeo relacionados a fatores de risco cardiovascular795880 Todavia a hipertensatildeo eacute
apontada como um dos principais fatores de risco cardiovasculares o que denota a
necessidade de um olhar diferenciado
A prevalecircncia de hipertensatildeo foi inferior agrave encontrada em outros estudos818283
Contudo diferenccedilas metodoloacutegicas nuacutemero de medidas realizadas e os diferentes
criteacuterios de referecircncia satildeo as principais causas da grande variabilidade nas
prevalecircncias de pressatildeo arterial elevada entre as investigaccedilotildees No presente estudo
29
optou-se por maior rigorosidade ao diagnosticar a pressatildeo arterial elevada
considerando a realizaccedilatildeo de trecircs medidas
Nessa amostra observou-se que a prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi
443 nas mulheres e 406 nos homens Demonstrando ser uma alta prevalecircncia
pois se trata de uma populaccedilatildeo que eacute influenciada diretamente pelo o aumento da
morbimortalidade durante o envelhecimento Estudos envolvendo idosos indicam que
a prevalecircncia da hipertensatildeo encontra-se entre 50-70 com o aumento da idade84
Poucos estudos epidemioloacutegicos foram conduzidos com o objetivo de identificar
e discriminar a capacidade de iacutendices antropomeacutetricos de obesidade para a pressatildeo
arterial elevada na populaccedilatildeo de idosos e principalmente utilizando o iacutendice C o
RCEst Um estudo realizado com a populaccedilatildeo de idosos utilizou o mesmo objetivo
poreacutem usou como ponto de corte o iacutendice de massa corporal e o iacutendice de adiposidade
corporal85 Entretanto faz-se necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de outros iacutendices para identificar
hipertensatildeo arterial em idosos
De acordo com os resultados do presente estudo somente alguns dos
indicadores antropomeacutetricos apresentaram capacidade preditiva para a hipertensatildeo
arterial em idosos de acordo com limite inferior do intervalo de confianccedila de 9586
Dessa forma foi observado que a RCEst e IMC para os homens mostraram-se com
bom poder de detecccedilatildeo para a hipertensatildeo arterial pois obtiveram maiores valores
sob a curva para esse desfecho
Em 2013 Leal Neto et al85 identificaram em seus resultados que o IMC e o
iacutendice de adiposidade corporal foram os melhores indicadores preditivos de
hipertensatildeo arterial nos idosos em ambos os sexos independentemente de outros
fatores tais como idade tabagismo consumo de aacutelcool e atividade fiacutesica
No presente estudo os principais indicadores que tiveram uma boa aacuterea sob a
curva foram o IMC RCEst e Iacutendice C com resultados de 060 IC95 (050-070) 061
IC95 (051-071) e 058 IC95 (058-068) respectivamente para homens
Nas mulheres tais iacutendices mostraram-se com menor poder discriminatoacuterio para
diagnosticar a hipertensatildeo arterial A HAS eacute um desfecho que pode ser influenciado
por fatores multicausais (hormonais estresse etc) Na anaacutelise do desempenho do
iacutendice antropomeacutetrico a loacutegica eacute unidirecional ou seja verificar o desempenho desses
iacutendices apenas como preditores de hipertensatildeo arterial foram mais satisfatoacuterios entre
os homens Os iacutendices podem interferir mas natildeo determinar a prevalecircncia da
30
hipertensatildeo Embora as mulheres tenham uma maior prevalecircncia essa natildeo eacute
determinada pelos iacutendices antropomeacutetricos no presente estudo
Tais resultados diferem do estudo realizado em 2012 por Samsen et al87 no
qual a circunferecircncia da cintura teve boa ASC nos homens = 0684 com IC95 (0672-
0695) e nas mulheres = 0673 IC95 (0665-0681) sendo o melhor indicador
significativamente (p lt0001) do que o IMC no qual a ASC em homens foi de = 0667
IC95 (0656-679) e nas mulheres = 0636 IC95 (0628-0644) em discriminaccedilatildeo
de pelo menos um fator de risco cardiovascular Isso se deve ao fato de tal estudo ter
sido realizado com uma abrangecircncia maior na faixa etaacuteria que foi de 45-80 anos
Uma possiacutevel limitaccedilatildeo para discussatildeo dos resultados desse estudo foi a faixa
etaacuteria restrita que natildeo incluiu idosos (igual ou acima de 60 anos) o que impossibilita
a triagem da pressatildeo arterial elevada nessa populaccedilatildeo
62 Iacutendices antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial
Nesse estudo a CC e RCEst foram as variaacuteveis com maiores valores absolutos
de sensibilidade para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial respectivamente para mulheres
e homens Tais resultados indicam as proporccedilotildees de verdadeiros positivos na
ocorrecircncia de hipertensatildeo arterial
Quanto ao ponto de corte do RCEst nas mulheres foi de 059 sendo 568 de
sensibilidade e 430 de especificidade Valores inferiores ao encontrado no presente
estudo para mulheres foram sugeridos em Taiwan (045) Cingapura (048) e na China
(050) No Brasil em 2009 Haun Pitanga e Lessa16 recomendaram para a RCEst
053 como melhor ponto de corte com sensibilidade (67) e especificidade (58) e
aacuterea sob a curva ROC de 069 (IC 95 = 064-075) Outro ponto de corte semelhante
ao observado no Brasil com mulheres mexicanas variou de 053 a 0535 para a
RCEst discriminar diabete tipo 2 hipertensatildeo e dislipidemias88899091
Os pontos de corte sugeridos por esses paiacuteses e no Brasil podem ter sido
inferiores por causa da abrangecircncia na faixa etaacuteria dos indiviacuteduos no qual incluiacuteram
mulheres de 30 a 74 anos como tambeacutem as caracteriacutesticas econocircmicas culturais e
31
de estilo de vida diferem da realidade das mulheres que residem em cidades de
pequeno porte Estudos que discriminem hipertensatildeo arterial principalmente em
idosos com RCEst satildeo escassos na literatura
Em 2010 Browning Hsieh e Ashwel92 realizaram uma revisatildeo sistemaacutetica
sobre a potencialidade de indicadores antropomeacutetricos em predizer doenccedilas
cardiovasculares e identificou a RCEst como variaacutevel de melhor desempenho A
RCEst apresentou maiores ASC quando comparada ao IMC ou CC Os dados
analisados foram de quatorze paiacuteses diferentes e incluiacuteram caucasianos asiaacuteticos e
da Ameacuterica Central Segundo os autores uma RCEst ge 05 eacute capaz de identificar
fatores de risco cardiovasculares Esse ponto de corte eacute inferior aos encontrados para
homens e mulheres no presente estudo significando que o ponto de corte encontrado
pode diagnosticar risco cardiovascular e consequentemente a presenccedila de
hipertensatildeo
Outros autores afirmam essa hipoacutetese relacionada aos valores limites para
RCEst em diversas populaccedilotildees e indicaram que um ponto de corte de 05 eacute o valor
mais indicado para ambos os sexos todas as idades e diferentes populaccedilotildees899315
Com relaccedilatildeo agrave especificidade a variaacutevel com maior valor foi o IMC
independentemente do sexo Nas mulheres o ponto de corte sugerido foi 2679 kgm2
e nos homens 2420 kgm2 O valor da especificidade foi de 548 para ambos os
sexos o qual possibilita determinar corretamente a ausecircncia de hipertensatildeo arterial
Sendo assim este estudo sugere que o IMC natildeo foi o melhor preditor de hipertensatildeo
arterial
O estudo de Leal Neto et al (2013)85 tambeacutem testou a capacidade de
indicadores antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial em idosos
sugeriu como pontos de corte para IMC valores de 247 kgm2 igual ao encontrado no
presente estudo e de 273 kgm2 nuacutemero superior que aos dados do presente
trabalho para homens e mulheres respectivamente
Em outro estudo realizado com 19621 homens e mulheres com faixa etaacuteria de
45-80 anos a meacutedia da idade foi de 598 anos para os homens e 585 anos para as
mulheres O ponto de corte adequado de IMC foi de 23 kgm2 em homens e 24 kgm2
em mulheres Os pontos de corte de CC foram 80 cm e 78 cm em homens e mulheres
respectivamente Os achados do presente estudo foram superiores a esses
32
resultados todavia deve ser considerado que a populaccedilatildeo alvo foi diferente e com
idade menor da populaccedilatildeo pesquisada no presente trabalho87
Com relaccedilatildeo agrave CC o ponto de corte identificado para a prediccedilatildeo de hipertensatildeo
arterial nas mulheres foi superior ao dos homens Contudo os valores de sensibilidade
e especificidade desses pontos de corte foram maiores entre os homens o que pode
indicar que o poder preditivo da CC para a hipertensatildeo arterial eacute melhor para o sexo
masculino Quanto menor o ponto de corte maior seraacute a habilidade do teste em
classificar os doentes como positivos isto eacute maior seraacute a sensibilidade76 Os pontos
de corte dos homens foram em sua maioria menores em comparaccedilatildeo aos das
mulheres
Tais resultados satildeo contraacuterios aos achados do estudo de Kashihara et al
(2009)94 com indiviacuteduos de 30-74 anos que comparou paciente com hipertensatildeo e sem
hipertensatildeo Em seus pontos de corte de CC para os homens foram superiores aos
pontos de corte definidos para as mulheres e os valores de sensibilidade e
especificidade foi maior nas mulheres para identificar risco cardiovascular Poreacutem a
idade foi menor ao proposto no presente estudo
Outro estudo que contraria tais resultados quanto ao ponto de corte da CC foi
o de Haun Pitanga e Lessa (2009)16 que foi superior para os homens enquanto o
niacutevel de sensibilidade e especificidade foi igual aos nossos achados Poreacutem esse
estudo foi realizado com indiviacuteduos de idade entre 30-74 anos e discriminou risco
coronariano elevado
Quanto ao Iacutendice C no presente estudo o ponto de corte sugerido foi de 126
nas mulheres (sensibilidade 541 e especificidade 452) e 129 para os homens
(sensibilidade 574 e especificidade 456)
Diferentemente do resultado encontrado no presente estudo Pitanga e Lessa
(2005)56 sugeriram como o melhor ponto de corte para risco coronariano com o iacutendice
C 118 para mulheres apresentando valores de sensibilidade (7339) e
especificidade (6115) Para os homens o ponto de corte foi de 125 com valores de
sensibilidade (7391) e especificidade (7492) Tais pontos de corte foram para
indiviacuteduos adultos por esse motivo foram mais baixos que os achados do presente
trabalho Deve-se considerar que existem modificaccedilotildees na composiccedilatildeo corporal com
o processo do envelhecimento o que poderia alterar os pontos de corte para as essas
medidas antropomeacutetricas
33
Em outro estudo com os mesmo autores foram apresentados outros pontos de
corte comparando diferentes faixas etaacuterias Para as mulheres de 30-49 anos o melhor
ponto de corte foi o mesmo (118) com melhor sensibilidade (7857) e
especificidade (6524) e tambeacutem melhor aacuterea sob a curva ROC 081 (IC95 = 070-
092) Entre as de idade mais avanccedilada (50-74 anos) o melhor ponto de corte
sugerido foi 122 com sensibilidade (6000) e especificidade (6582) e aacuterea sob a
curva ROC 065 (IC 95 = 058-073) Portanto o iacutendice C apresentou melhor poder
discriminatoacuterio de RCEst para as mulheres mais jovens64
Almeida Almeida e Arauacutejo (2009)58 conduziram uma pesquisa com mulheres
de 30 e 69 anos buscando avaliar o desempenho de diferentes pontos de corte do
iacutendice C RCQ CC e RCEst para discriminar Risco Coronariano Elevado e o ponto de
corte encontrado para o Iacutendice C foi (125) proacuteximo ao ponto de corte para mulheres
nos nossos achados Dessa forma tais autores afirmaram que os indicadores
antropomeacutetricos de obesidade abdominal analisados tiveram desempenhos
satisfatoacuterios e similares para discriminar RCEst poreacutem o iacutendice C foi o que
apresentou o melhor poder discriminatoacuterio
As informaccedilotildees sobre o iacutendice C satildeo limitadas quanto agrave discussatildeo do ponto de
corte para hipertensatildeo arterial principalmente por encontrar poucos estudos sobre
essa medida como referecircncia para idosos Pitanga e Lessa (2004)55 relatam como
uma limitaccedilatildeo para a utilizaccedilatildeo do Iacutendice C em estudos populacionais a dificuldade de
se calcular o denominador da equaccedilatildeo proposta para sua determinaccedilatildeo
O excesso de gordura em geral estaacute associado ao aparecimento de doenccedilas
cardiovasculares hipertensatildeo arterial e mortalidade a definiccedilatildeo de pontos de corte
para iacutendices que se destacam por sua simplicidade operacional e boa acuraacutecia
permite a detecccedilatildeo dos indiviacuteduos sob risco sendo de grande utilidade nos serviccedilos
de atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede aleacutem de possibilitar o conhecimento da situaccedilatildeo de
grupos populacionais especiacuteficos frente a esses riscos quando empregados na
pesquisa epidemioloacutegica
No contexto das cidades de pequeno porte (rurais e urbanas) os recursos de
sauacutede satildeo muitas vezes limitados e escassos sendo importante a utilizaccedilatildeo desses
iacutendices antropomeacutetricos como substituiccedilatildeo eou apoio a avaliaccedilatildeo tradicional da
pressatildeo arterial Em vaacuterias conjunturas de sauacutede a alta demanda de paciente com
hipertensatildeo arterial exige a utilizaccedilatildeo de instrumentos de diagnoacutesticos e rastreamento
34
de raacutepida e faacutecil aplicaccedilatildeo que possam ser manejados por diferentes profissionais e
que sobretudo apresentem validade e fidedignidade A adequada validaccedilatildeo de
instrumentos e conhecimento de suas propriedades teacutecnicas na populaccedilatildeo brasileira
tambeacutem deve contribuir com a seleccedilatildeo de prioridades e delimitaccedilatildeo do conteuacutedo dos
programas de sauacutede pelos tomadores de decisatildeo em diferentes niacuteveis de gestatildeo
35
7 CONCLUSAtildeO
As anaacutelises dos dados permitem frente aos objetivos estabelecidos formular
as seguintes conclusotildees Quanto ao poder de discriminaccedilatildeo de iacutendices
antropomeacutetricos para a hipertensatildeo arterial em idosos os iacutendices antropomeacutetricos
(IMC RCEst e Iacutendice C) foram bons preditores de hipertensatildeo arterial para os homens
Dessa forma tais iacutendices podem ser empregados nos homens poreacutem tais medidas
natildeo foram satisfatoacuterias para predizer pressatildeo arterial elevada nas mulheres idosas
limitando a sua utilizaccedilatildeo para o sexo feminino com idades avanccediladas
O melhor ponto de corte para discriminar hipertensatildeo arterial foi 054 para a
RCEst nos homens dessa forma tal ponto de corte deve ser empregada no contexto
da atenccedilatildeo primaacuteria nos homens Sugere-se a utilizaccedilatildeo dessa medida a fim de
detectar e realizar a triagem da hipertensatildeo arterial com caracteriacutesticas similares agrave
amostra deste estudo
Recomenda-se que a utilizaccedilatildeo de dois iacutendices simultaneamente resulte em
uma maior eficiecircncia na avaliaccedilatildeo do risco de hipertensatildeo arterial em idosos A
indicaccedilatildeo destas medidas permite que ela seja realizada nas Unidades de Sauacutede da
Famiacutelia como meacutetodo de triagem para idosos com hipertensatildeo arterial utilizando
materiais de faacutecil manejo e de baixo custo
Dessa forma pode-se efetivamente atingir uma das estrateacutegias de prevenccedilatildeo
da hipertensatildeo arterial sistecircmica que eacute o controle da pressatildeo arterial durante o
envelhecimento Todavia sugere-se cautela na utilizaccedilatildeo do ponto de corte desses
indicadores para as mulheres pois os resultados natildeo foram satisfatoacuterios
Fica evidente a necessidade de outros estudos que identifiquem pontos de
corte de iacutendices antropomeacutetricos visando agrave detecccedilatildeo de hipertensatildeo arterial e de
outros fatores de risco cardiovascular nas mulheres idosas que residem em cidades
de pequeno porte
36
8 REFEREcircNCIAS
1 Omram AR The epidemiologic transition a theory of the epidemiology of population change Milbank Memorial Fund Quarterly 1971 49 (Part 1) 509-538
2 Wong LR Carvalho JM Age-strucutural transition in Brazil demographic bonuses and emerging challenges In Pool I Wong LLR Vilquin E editores Age-structural transitions challenges for development Paris Committee for International Cooperation in National Research in Demography 2006
3 Gragnolati M Jorgensen OH Rocha R Fruttero AA Envelhecendo em um Brasil mais Velho implicaccedilotildees do envelhecimento populacional sobre o crescimento econocircmico reduccedilatildeo da pobreza financcedilas puacuteblicas prestaccedilatildeo de serviccedilos Banco Internacional para a Reconstruccedilatildeo e o Desenvolvimento Banco Mundial 2011
4 Schmidt MI Duncan BB Silva GA et al Health in Brazil 4 Chronic non-communicable diseases in Brazil burden and current challenges The Lancet 2011 377
5 Ezzati M Hoorn SV Rodgers A et al Comparative Risk Assessment Collaborating Group Selected major risk factors and global and regional burden of disease Lancet 2002 360 1347-60
6 Lim SS Vos T Flaxman AD et al A comparative risk assessment of burden of disease and injury attributable to 67 risk factors and risk factor clusters in 21 regions 1990-2010 a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2010 Lancet 2012 380 (9859)2224-60
7 Sociedade Brasileira de Cardiologia Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Sociedade Brasileira de Nefrologia VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 2010 95(1) 1-51
8 Miranda DR Perrotti TC Bellinazzi VR et al Hipertensatildeo arterial no idoso peculiaridades na fisiopatologia no diagnoacutestico e no tratamento Rev Bras Hipertens 2002 9 293-300
9 Pilger C Menon MU Mathias TAF Caracteriacutesticas sociodemograacuteficas e de sauacutede de idosos contribuiccedilotildees para os serviccedilos de sauacutede Rev Latino-Am Enfermagem 2011 19(5)1230-1238
10 Pilger C Menon MU Mathias TAF Utilizaccedilatildeo de serviccedilos de sauacutede por idosos vivendo na comunidade Rev esc enferm USP 2013 47(1)213-220
11 Mariath AB Grillo LP Silva RO et al Obesidade e fatores de risco para o desenvolvimento de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis entre usuaacuterios de unidade de alimentaccedilatildeo e nutriccedilatildeo Cad Sauacutede Puacuteblica 2007 23 (4) 897-905
37
12 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Diretrizes e recomendaccedilotildees para o cuidado
integral de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis promoccedilatildeo da sauacutede vigilacircncia prevenccedilatildeo e assistecircncia Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2008
13 Kuumlmpe DA Sodreacute AC Pomatti DM et al Obesidade em Idosos Acompanhados
pela Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia Texto Contexto Enferm Florianoacutepolis 2011 20(3) 471-7
14 Silva KS Farias Juacutenior JC Fatores de risco associados agrave pressatildeo arterial elevada em adolescentes Rev Bras Med Esporte 2007 13(4) 237-40
15 Pitanga FJG Lessa I Razatildeo cintura-estatura como discriminador do risco
coronariano de adultos Rev Assoc Med Bras 2006 52157-61
16 Haun DR Pitanga FJG Lessa I Razatildeo CinturaEstatura comparado a outros indicadores antropomeacutetricos de obesidade como preditor de risco coronariano elevado Rev Assoc Med Bras [online] 2009 55(6) 705-711
17 Nascimento CM Ribeiro AQ SantrsquoAna LFR et al Estado nutricional e condiccedilotildees de sauacutede da populaccedilatildeo idosa brasileira revisatildeo da literatura Rev meacuted Minas Gerais 2011 21(2)174-180
18 Gomes MA Beck cc Duarte MFS et al Ficha Antropomeacutetrica no Nuacutecleo de Apoio a Sauacutede da Famiacutelia o que medir e para que medir Rev bras cineantropom desempenho hum 2009 11(2) 243-253
19 Azevedo LF Oliveira ACC Lima JRP et al Recomendaccedilotildees sobre condutas e procedimentos do profissional de educaccedilatildeo fiacutesica na atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede Rio de Janeiro CONFEF 2010 109-55
20 World Health Organization World health statistics 2012 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghopublicationsworld_health_statistics2012enindexhtmlgt [2012 set 18]
21 World Health Organization Global health risks mortality and burden of disease attributable to selected major risks Geneva World Health Organization 2009a
22 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Panorama da sauacutede brasileira em muacuteltiplos aspectos Percepccedilatildeo do estado de sauacutede estilo de vida e doenccedila crocircnica Pesquisa Nacional de Sauacutede 2013
23 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Pesquisa Nacional por Amostra
de Domiciacutelios 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapesquisaspesquisa_resultadosphpid_pesquisa=149gt[2014 dez 04]
24 Tribess S Virtuoso Junior JS Prescriccedilatildeo de exerciacutecios fiacutesicos para idosos Rev saudecom 2005 1(2)163-72
38
25 Pollock ML Wilmore JH Exerciacutecio na Sauacutede e na Doenccedila avaliaccedilatildeo e prescriccedilatildeo para prevenccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo Editora MEDSI 2ordf ed Rio de Janeiro 1993
26 Sociedade Brasileira de Cardiologia V Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 20061-48
27 World Health Organization Global Health Observatory (GHO) 2014 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghoncdrisk_factorsblood_pressure_prevalence_textengt [2014 dez 04]
28 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Secretaria de Atenccedilatildeo baacutesica agrave Sauacutede Departamento de atenccedilatildeo baacutesica - Hipertensatildeo arterial sistecircmica Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2006
29 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) (2009) Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeGestorvisualizar_textocfmidtxt=24421gt [2010 abr 07]
30 Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Nuacutemero de hipertenso 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwsbhorgbripadgeralphpgt [09 nov 2014]
31 Secretaria de Sauacutede do Estado da Bahia Hipertensatildeo Quantidade de Hipertensos na Bahia Disponiacutevel em (2014) lthttpwwwsaudebagovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=4418ampcatid=1ampItemid=14gt [2014 jan 10]
32 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica 2014 Dados de mortalidade na Bahia Disponiacutevel em lthttptabnetdatasusgovbrcgitabcgiexesiabcnvSIABSBAdefgt [2014 mai 05]
33 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica Dados sociodemograacuteficos de Ibicuiacute 2014 lthttptabnetdatasusgovbrcgideftohtmexesiabcnvSIABFBAdefgt [2014 jan 05]
34 Williams B The year in hypertension JACC 2010 55(1) 66-73
35 Lipp M Rocha JC Stress Hipertensatildeo Arterial e Qualidade de vida um guia de tratamento para o hipertenso Campinas Papirus 1996
36 Borenstein MS (Org) Manual de Hipertensatildeo Arterial Porto Allege Editora Sagra Luzzatto 1999
37 Joint National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure The Sixth Report of the Join National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure Arch Intern Med 1997157 2413-2446
39
38 Mitchell GF Parise H Benjamin EJ et al Changes in arterial stiffness and wave reflection with advancing age in health men and women Hypertension 2004 431239-1245
39 Matos AC Ladeia AM Avaliaccedilatildeo de fatores de risco cardiovascular em uma comunidade rural da Bahia Arq Bras Cardiol 2003 81(3) 291-6
40 World Health Organization Who Expert Committee on Physical Status the use and interpretation of antropometry Report of a WHO Expert Commitee Geneva WHO 1995 p 854
41 Pitanga FJG Antropometria na avaliaccedilatildeo da obesidade abdominal e risco coronariano Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum 201113(3) 238-241
42 Ferreira LS Amaral TF Marucci MFN et al Under nutrition as a major risk factor for death among older Brazilian adults in the community-dwelling setting SABE survey Nutrition 201127(10)17-22
43 Andrade FB Caldas Junior AF Kitoko PM et al Prevalence of overweight and obesity in elderly people from Vitoacuteria-ES Brazil Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2012 set17(3)749-756
44 Boscatto EC Duarte Mde F Coqueiro Rda S Barbosa AR Nutritional status in the oldest elderly and associated factors Rev Assoc Med Bras 2013 59(1)40-47
45 Kostka J Borowiak E Kostka T Nutritional status and quality of life in different
populations of older people in Poland Eur J Clin Nutr 2014 Nov68(11)1210-5
46 Silva DAS Petroski EL Associaccedilatildeo de diferentes pontos de corte para sobrepeso e obesidade com pressatildeo arterial elevada em idosas Rev Educ Fis UEM 2009 20 415-22
47 Nutrition Screening Initiative Interventions manual for professionals caring for older Americans Washington DC Nutrition Screening Initiative 1992
48 World Health Organization Obesity preventing and managing the global epidemic Report of a WHO Consultation on Obesity Geneva World Health Organization 1998
49 Cameron AJ Dunstan DW Owen N et al Health and mortality consequences
of abdominal obesity evidence from the Aus Diab study Med J Aust 2009191 202ndash208
50 Fox KA Despres JP Richard AJ et al Does abdominal obesity have a similar impact on cardiovascular disease and diabetes A study of 91246 ambulant patients in 27 European countries Eur Heart J 2009 30 3055ndash3063
40
51 Pouliot MC Despreacutes JP Lemieux S et al Waist circumference and abdominal sagittal diameter Best simple anthropometric indexes of abdominal visceral adipose tissue accumulation and related cardiovascular risk in men and woman Am J Cardiology 1994 73 460-468
52 Peixoto MRG Beniacutecio MHD Latorre M et al Circunferecircncia da Cintura e Iacutendice de massa Corporal como Preditores da Hipertensatildeo Arterial Arq Bras Cardiol 200687 462-470
53 MacKay MF Haffner SM Wagenknecht LE et al Prediction of type 2 diabetes using alternate anthropometric measures in a multiethnic cohort the insulin resistance atherosclerosis study Diabetes Care 200932(5)956-8
54 Valdez R A simple model-based index of abdominal adiposity J Clin Epidemiol1991 44(9) 955-6
55 Pitanga FJG Lessa I Sensibilidade e especificidade do iacutendice de conicidade como discriminador do risco coronariano de adultos em Salvador Brasil Rev Bras Epidemiol 20047(3)259-69
56 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano elevado em adultos na cidade de Salvador - Bahia Arq Bras Cardiol 2005 85 (1)26-31
57 Ghosh JR Bandyopadhyay AR Comparative evaluation of obesity measures relationship with blood pressures and hypertension Singapore Med J 200748(3) 232-5
58 Almeida RT Almeida MMG Araujo TM Obesidade abdominal e risco cardiovascular desempenho de indicadores antropomeacutetricos em mulheres Arq Bras Cardiol 2009 out92(5)375-380
59 Freitas Juacutenior Costa Rosa CS Codogno JS et al Capacidade cardiorrespiratoacuteria e distribuiccedilatildeo de gordura corporal de mulheres com 50 anos ou mais Rev Esc Enferm USP 2010 44(2) 395-400
60 Matos LN Giorelli GV Dias CB Correlation of anthropometric indicators for identifying insulin sensitivity and resistance Satildeo Paulo Med J [online] 2011 129(1) 30-35
61 Gomes MA Rech CR Gomes MBA et al Correlaccedilatildeo entre iacutendices antropomeacutetricos e distribuiccedilatildeo de gordura corporal em mulheres idosas Rev bras cineantropom desempenho hum 2006 set 8(3) 16-22
62 Tarastchuk JCE Gueacuterios EE Bueno RRL et al Obesidade e intervenccedilatildeo coronariana devemos continuar valorizando o Iacutendice de Massa Corpoacuterea Arq Bras Cardiol [online] 2008 90(5) 311-316
41
63 Ferreira AP CB Ferreira VC Souza et al Risco de distuacuterbio glicecircmico em mulheres idosas ajustado por antropometria e genoacutetipos de citocinas Rev Assoc Med Bras [online] 201157(5) 565-569
64 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano em mulheres Rev Bras Cineantrop Desempenho Hum 2006 8 (1) 14-21
65 Newman TB Browner WS Cummings SR Delineando estudos de testes meacutedicos In Hulley SB et al Delineando a pesquisa cliacutenica uma abordagem epidemioloacutegica 2 ed Porto Alegre Artmed 2003 203-224
66 Toscano CM As campanhas nacionais para detecccedilatildeo das doenccedilas crocircnicas natildeo-transmissiacuteveis diabetes e hipertensatildeo arterial Ciecircnc sauacutede Coletiva out-dez 2004 9(4) 885-895
67 Fletcher RH Fletcher SW Prevenccedilatildeo In Fletcher R Fletcher S Epidemiologia
cliacutenica elementos essenciais 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 2006 179-201
68 Jeckel J Elmore J Katz D Meacutetodos de prevenccedilatildeo secundaacuteria In _____ Epidemiologia bioestatiacutestica e medicina preventiva 2 ed Porto Alegre Artmed 2005 236-247
69 Klein CH Bloch KV Estudos seccionais In Medronho RA Carvalho DM Bloch KV Luiz RR Werneck GL Epidemiologia 1ordf ed Satildeo Paulo Editora Atheneu 2002 125-150
70 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Resoluccedilatildeo nordm- 6 de 3 de novembro de 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcenso2010ibgegovbrdados_divulgadosindexphpuf=29gt[201 dez 18]
71 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica ndash Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais (2014) Disponiacutevel em lthttpcodibgegovbr398G9gt [2014 ago 30]
72 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230gt [2013 mai 01]
73 Luiz RR Magnanini MMF A loacutegica da determinaccedilatildeo do tamanho da amostra em investigaccedilotildees epidemioloacutegicas Cad sauacutede coletiva Rio de Janeiro 2000 8(2) 9-28
74 Reis MC Nascimento RAS Pedreira RBS et al Validaccedilatildeo de Face e Clareza do Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede dos Idosos ndash IASI [resumo] in Anais do XIX Congresso Brasileiro Geriatria e Gerontologia Beleacutem 2014 296-296
75 Lohman TG Roche AF Martorell R Anthropometric Standardization Reference Manual Champaign Illinois Human Kinetics 1988
42
76 Vaz JCL Regiotildees de Incerteza para Curva ROC em Teste Diagnoacutesticos
[dissertaccedilatildeo] Satildeo Carlos Universidade Federal de Satildeo Carlos 2009
77 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de 2012
78 Erdreich LS Lee ET Use of relative operating characteristic analysis in epidemiology A method for dealing with subjective judgement Am J Epidemiol 1981 114649-62
79 Aekplakorn W Pakpeankitwatana V Lee CM et al Abdominal obesity and coronary heart disease in Thai men Obesity 200715(4)1036-42
80 Oliveira MAM Fagundes RLM Moreira EAM et al Relaccedilatildeo de Indicadores Antropomeacutetricos com Fatores de Risco para Doenccedila Cardiovascular Arq Bras Cardiol 2010 abr 94(4) 478-485
81 Mendes TAB Goldbaum M Segri NJ et al Factors associated with the prevalence of hypertension and control practices among elderly residents of Satildeo Paulo city Brazil Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(11) 2275-2286
82 Oliveira BFA Souza Mouratildeo D Gomes N et al Prevalecircncia de hipertensatildeo arterial em comunidades ribeirinhas do Rio Madeira Amazocircnia Ocidental Brasileira Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(8) 1617-1630
83 Picon RV Fuchs FD Moreira LB et al Prevalence of Hypertension Among Elderly Persons in Urban Brazil A Systematic Review With Meta-Analysis Am J Hypertens 2013 26 (4) 541-548
84 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Pessoa Idosa e Envelhecimento Seacuteries Pactos pela Sauacutede 2006 v 12 Brasiacutelia ndash DF 2010
85 Leal Neto JS Souza J Coqueiro RS et al Anthropometric indicators of obesity as screening tools for high blood pressure in the elderly Int J Nurs Pract 2013 Aug 19(4) 360-367
86 Schisterman EF Faraggi D Reiser B Trevisan M Statistical inference for the area under the receiver operating characteristic curve in the presence of random measurement error Am J Epidemiol 2001 154 (2) 174-9
87 Samsen M Hanchaiphiboolkul S Puthkhao P et al Appropriate body mass index and waist circumference cutoffs for middle and older age group in Thailand data of 19621 participants from Thai epidemiologic stroke (TES) study J Med Assoc Thai 2012 Sep 95(9)1156-66
88 Ko GTC Chan JCN Cockram CS Woo J Prediction of hypertension diabetes dyslipidemia or albuminuria using simple anthropometric indexes in Hong Kong Chinese Int J Obes 1999 23 (11) 1136-42
43
89 Lin WY Lee LT Chen CY et al Optimal cut-off values for obesity using simple anthropometric indices to predict cardiovascular risk factors in Taiwan Int J Obes Relat Metab Disord 2002261232-8
90 Pua YH Ong PH Anthropometric indices as screening tools for cardiovascular risk factors in Singaporean women Asia Pac J Clin Nutr 2005 14 (1) 74-9
91 Berber A Goacutemez-Santos R Fanghaumlnel G Saacutenchez-Reyes L Anthropometric
indexes in the prediction of type 2 diabetes mellitus hypertension and dyslipidaemia in a Mexican population Int J Obes 200125(12)1794-9
92 Browning LM Hsieh SD Ashwell M A systematic review of waist-to-height ratio
as a screening tool for the prediction of cardiovascular disease and diabetes 05 could be a suitable global boundary value Nutr Res Rev 2010 23(2)247-69
93 Bertsias G Mammas I Linardakis M Kafatos A Overweight and obesity in
relation to cardiovascular disease risk factors among medical students in Crete Greece BMC Public Health 2003 31-9
94 Kashihara H Lee JS Kawakubo K et al Criteria of Waist Circumference According to Computed Tomography-Measured Visceral Fat Area and the Clustering of Cardiovascular Risk Factors Circ J 2009 73 1881-1886
44
APEcircNDICES
45
Apecircndice 1
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
46
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS
PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE SAUacuteDE
DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE
Jequieacute ____ ____ 201__
APEcircNDICE 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Vocecirc esta sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa do Nuacutecleo de
Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo (NESP) da Universidade Estadual do Sudoeste da
Bahia
Objetivo do estudo Avaliar e monitorar as condiccedilotildees de sauacutede de idosos residentes
em comunidade
Participaccedilatildeo Ao aceitar participar do estudo estarei agrave disposiccedilatildeo do pesquisador
para responder ao formulaacuterio que seraacute arquivado pelo autor por um periacuteodo de cinco
anos sendo posteriormente incinerado
Riscos Este estudo natildeo traraacute riscos para minha integridade fiacutesica ou moral dos
participantes
Confidencialidade do estudo Seraacute garantida a privacidade o anonimato bem como
o direito de aceitar ou natildeo participar da pesquisa podendo ser essa autorizaccedilatildeo
suspensa em qualquer fase do estudo Assim as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo
4662012 do Conselho Nacional de Sauacutede que discorre sobre pesquisa envolvendo
seres humanos seratildeo atendidas Os resultados seratildeo publicados no relatoacuterio final da
dissertaccedilatildeo e artigos cientiacuteficos
47
Benefiacutecios Accedilotildees interinstitucionais articuladas promovidas numa perspectiva
interdisciplinar possibilitaratildeo uma melhor compreensatildeo das condiccedilotildees de sauacutede dos
idosos residentes em comunidade do municiacutepio e contribuiraacute para a formulaccedilatildeo de
accedilotildees direcionadas as necessidades dessa populaccedilatildeo
Danos advindos da pesquisa Caso haja algum prejuiacutezo decorrente da realizaccedilatildeo
deste estudo seraacute providenciada a devida reparaccedilatildeo dos danos atraveacutes do
responsaacutevel pelo estudo O pesquisador e os entrevistados natildeo receberatildeo benefiacutecios
financeiros para participaccedilatildeo no estudo Todas as despesas seratildeo por conta do
pesquisador
Participaccedilatildeo voluntaacuteria Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria podendo a qualquer
momento desistir do estudo sem qualquer prejuiacutezo ou penalidade para mim
Consentimento para participaccedilatildeo Apoacutes ser devidamente esclarecido (a) quanto
aos objetivos deste estudo dos procedimentos aos quais serei submetido (a) bem
como dos possiacuteveis riscos decorrentes da minha participaccedilatildeo estou de acordo em
participar do mesmo O pesquisador responsaacutevel pelo estudo assegura que seraacute
disponibilizado qualquer esclarecimento adicional que eu venha a solicitar durante a
realizaccedilatildeo da pesquisa e o direito de desistir da participaccedilatildeo em qualquer momento
Em casos de duacutevidas eou problemas referentes ao estudo vocecirc poderaacute
entrar em contato com o autor atraveacutes do Nuacutecleo de Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo
(NESP) (73) 3528-9721
Sendo assim eu ______________________________________________
aceito livremente participar do Projeto MONIDI
__________________________________ __________________________________
Assinatura do (a) participante
RG _________________________
Assinatura do (a) pesquisador
RG_________________________
48
Apecircndice 2
Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede do Idoso
49
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS
PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE
SAUacuteDE DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE
Nuacutemero do Questionaacuterio |__|__|__|
Nome do Entrevistador ___________________________
Visita 1 2 3
Data Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Hora de iniacutecio ________
Hora de teacutermino ________
I INFORMACcedilOtildeES PESSOAIS E SOCIODEMOGRAacuteFICAS
1 Nome do entrevistado
2Sexo
0 ( ) Feminino
1 ( ) Masculino
3 Endereccedilo completotelefone
4 Idade ____ anos
41 Data de Nascimento
____________
50
5 Situaccedilatildeo conjugal atual
1 ( ) Casado(a) 2 ( ) Uniatildeo estaacutevel 3 ( ) Solteiroa
4 ( ) Divorciado(a)separado(a)desquitado(a) 5 ( ) Viuacutevoa
6 No total quantas vezes o (a) Sr(a) esteve casado(a) ou em uniatildeo
Nordm de vezes |___|___|
7 Na escola qual a uacuteltima seacuterie grau que concluiu com aprovaccedilatildeo
1 - Nunca foi agrave escola ( ) 4 - Fundamental II ( )5 a ( )6 a ( )7 a ( )8 a
2 - Lecirc e escreve o nome ( ) 5 - Ensino Meacutedio ( ) 1 a ( )2 a ( )3
3 - Fundamental I ( )1 a ( )2 a 6 - Superior ( ) completo ( ) incompleto
( )3 a ( )4 a
8 Como vocecirc classificaria a cor da sua pele
1( ) Branca 2( ) Amarela (oriental) 3( ) Parda
4( ) Origem indiacutegena 5( ) Preta 9( ) Natildeo sabe
9 Cor da pele (entrevistador)
1( ) branca 2( ) amarela (oriental) 3( ) parda
4( ) origem indiacutegena 5( ) preta
10-Quantos filhos e filhas nascidos vivos o(a)Sr(a) teve (natildeo inclua enteados filhos
adotivos abortos ou filhos nascidos mortos)
Nuacutemero de filhos |____|____| (98) NS (99) NR
11 Atualmente o senhor (a) mora sozinho ou acompanhado
1( )Acompanhado 2( ) Sozinho 3( ) NR 4( )NS
51
12 Desde que o senhor (a) nasceu viveu no campo por 5 anos ou mais
0( ) Natildeo 1( ) Sim 2( ) NS 3( ) NR
13 Qual eacute a sua religiatildeo
1( ) Catoacutelica 2( ) Protestante 3( ) Judaica
4( ) Espiacuteritakardecista 5( ) Umbanda 6( ) Outras ____________
14 Qual a importacircncia da religiatildeo em sua vida
(1) Importante (2) Regular (3) Nada importante (8) NS (9) NR
15 Com que frequecircncia o senhor vai agrave igreja ou ao serviccedilo religioso
( ) Nunca ( ) Vaacuterias vezes por ano ( ) Uma duas vezes por mecircs
( ) Quase toda semana ( ) Mais de uma vez por semana ( ) NS ( ) NR
16 Quanto vocecirc ganha em meacutedia por mecircs R$ __________8( )Natildeo se aplica
II A CONSUMO DE AacuteLCOOL E TABACO
Uso de bebidas alcooacutelicas
1 Vocecirc consome bebidas alcooacutelicas Se vocecirc NAtildeO BEBE siga para o bloco III C
0 ( )sim 1( ) natildeo
2 Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
3 As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
4 Sente-se chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
5 Costuma beber pela manhatilde para diminuir o nervosismo ou a ressaca
0 ( ) sim 1( ) natildeo
Haacutebito de fumar
1 Vocecirc jaacute foi fumante 0 ( ) sim 1( ) natildeo
52
2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco
III C
3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros
4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias
III ANTROPOMETRIA
MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS
ESTATURA
MASSA CORPORAL
CIRCUNFEREcircNCIA
DE CINTURA
IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL
MEDIDA 01 02 03
Pressatildeo arterial
sistoacutelica
Pressatildeo arterial
diastoacutelica
53
ANEXOS
54
Anexo 1
Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos
55
56
25
Figura 6 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) RCEst - razatildeo cinturaestatura
Figura 7 - Curvas ROC da RCEst como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) RCEst - razatildeo cinturaestatura
26
Figura 8 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) Iacutendice C -iacutendice de conicidade
Figura 9 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) Iacutendice C - iacutendice de conicidade
27
Os valores dos pontos de corte dos iacutendices antropomeacutetricos como preditores
de hipertensatildeo arterial e suas respectivas sensibilidade e especificidade (mais
adequado equiliacutebrio entre si) satildeo apresentados na Tabela 7 Observa-se que entre
os iacutendices antropomeacutetricos a RCEst teve melhor percentual de sensibilidade e de
especificidade para discriminar a pressatildeo arterial elevada para os homens
Tabela 7 - Pontos de corte sensibilidade e especificidade dos iacutendices antropomeacutetricos para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial em idosos
Mulheres Homens PA elevada
Ponto de corte
Sensibilidade ()
Especificidade ()
Ponto de corte
Sensibilidade ()
Especificidade ()
IMC (kgm2)
2679 527 548 2420 527 548
CC (cm) 8750 577 457 8650 593 532 RCEst 059 568 430 054 648 456 Iacutendice C 126 541 452 129 574 456
IMC ndash Iacutendice de Massa Corporal CC ndash Circunferecircncia da Cintura RCEst ndash Razatildeo Cintura-Estatura Iacutendice C ndash Iacutendice de Conicidade
28
6 DISCUSSAtildeO
61 Aacutereas sob a Curva ROC
Este estudo teve como objetivo identificar a capacidade preditiva de iacutendices
antropomeacutetricos de obesidade geral e abdominal para discriminar a presenccedila de
hipertensatildeo arterial em idosos com foco de utilizaccedilatildeo no ambiente da estrateacutegia de
sauacutede da famiacutelia Nessa perspectiva surge uma proposta de triagem dos casos de
idosos com possiacuteveis alteraccedilotildees crocircnicas em sua pressatildeo arterial aleacutem de possibilitar
a discussatildeo sobre validaccedilatildeo de tais iacutendices para uso no contexto da sauacutede
Dessa forma recomenda-se a anaacutelise da sensibilidade e especificidade por
meio da construccedilatildeo de curvas ROC pois eacute a melhor opccedilatildeo para determinar pontos de
corte em estudos epidemioloacutegicos78 Essa anaacutelise permite fornecer a aacuterea sob a curva
que traduz o poder de discriminaccedilatildeo de um indicador para um determinado desfecho
e a identificaccedilatildeo do melhor ponto de corte
A proposta dessa pesquisa natildeo eacute excluir o diagnoacutestico meacutedico mas
proporcionar uma estrateacutegia mais abrangente a ser utilizada pelas USFs em parceria
entre os profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica e os profissionais de sauacutede no contexto da
atenccedilatildeo primaacuteria
Embora exista associaccedilatildeo entre sobrepesoobesidade e a pressatildeo arterial
elevada poucos estudos tecircm identificado pontos de corte de iacutendices antropomeacutetricos
que visem agrave detecccedilatildeo da hipertensatildeo arterial em idosos Diversos estudos tecircm
demonstrado que os iacutendices antropomeacutetricos satildeo bons indicadores de obesidade e
estatildeo relacionados a fatores de risco cardiovascular795880 Todavia a hipertensatildeo eacute
apontada como um dos principais fatores de risco cardiovasculares o que denota a
necessidade de um olhar diferenciado
A prevalecircncia de hipertensatildeo foi inferior agrave encontrada em outros estudos818283
Contudo diferenccedilas metodoloacutegicas nuacutemero de medidas realizadas e os diferentes
criteacuterios de referecircncia satildeo as principais causas da grande variabilidade nas
prevalecircncias de pressatildeo arterial elevada entre as investigaccedilotildees No presente estudo
29
optou-se por maior rigorosidade ao diagnosticar a pressatildeo arterial elevada
considerando a realizaccedilatildeo de trecircs medidas
Nessa amostra observou-se que a prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi
443 nas mulheres e 406 nos homens Demonstrando ser uma alta prevalecircncia
pois se trata de uma populaccedilatildeo que eacute influenciada diretamente pelo o aumento da
morbimortalidade durante o envelhecimento Estudos envolvendo idosos indicam que
a prevalecircncia da hipertensatildeo encontra-se entre 50-70 com o aumento da idade84
Poucos estudos epidemioloacutegicos foram conduzidos com o objetivo de identificar
e discriminar a capacidade de iacutendices antropomeacutetricos de obesidade para a pressatildeo
arterial elevada na populaccedilatildeo de idosos e principalmente utilizando o iacutendice C o
RCEst Um estudo realizado com a populaccedilatildeo de idosos utilizou o mesmo objetivo
poreacutem usou como ponto de corte o iacutendice de massa corporal e o iacutendice de adiposidade
corporal85 Entretanto faz-se necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de outros iacutendices para identificar
hipertensatildeo arterial em idosos
De acordo com os resultados do presente estudo somente alguns dos
indicadores antropomeacutetricos apresentaram capacidade preditiva para a hipertensatildeo
arterial em idosos de acordo com limite inferior do intervalo de confianccedila de 9586
Dessa forma foi observado que a RCEst e IMC para os homens mostraram-se com
bom poder de detecccedilatildeo para a hipertensatildeo arterial pois obtiveram maiores valores
sob a curva para esse desfecho
Em 2013 Leal Neto et al85 identificaram em seus resultados que o IMC e o
iacutendice de adiposidade corporal foram os melhores indicadores preditivos de
hipertensatildeo arterial nos idosos em ambos os sexos independentemente de outros
fatores tais como idade tabagismo consumo de aacutelcool e atividade fiacutesica
No presente estudo os principais indicadores que tiveram uma boa aacuterea sob a
curva foram o IMC RCEst e Iacutendice C com resultados de 060 IC95 (050-070) 061
IC95 (051-071) e 058 IC95 (058-068) respectivamente para homens
Nas mulheres tais iacutendices mostraram-se com menor poder discriminatoacuterio para
diagnosticar a hipertensatildeo arterial A HAS eacute um desfecho que pode ser influenciado
por fatores multicausais (hormonais estresse etc) Na anaacutelise do desempenho do
iacutendice antropomeacutetrico a loacutegica eacute unidirecional ou seja verificar o desempenho desses
iacutendices apenas como preditores de hipertensatildeo arterial foram mais satisfatoacuterios entre
os homens Os iacutendices podem interferir mas natildeo determinar a prevalecircncia da
30
hipertensatildeo Embora as mulheres tenham uma maior prevalecircncia essa natildeo eacute
determinada pelos iacutendices antropomeacutetricos no presente estudo
Tais resultados diferem do estudo realizado em 2012 por Samsen et al87 no
qual a circunferecircncia da cintura teve boa ASC nos homens = 0684 com IC95 (0672-
0695) e nas mulheres = 0673 IC95 (0665-0681) sendo o melhor indicador
significativamente (p lt0001) do que o IMC no qual a ASC em homens foi de = 0667
IC95 (0656-679) e nas mulheres = 0636 IC95 (0628-0644) em discriminaccedilatildeo
de pelo menos um fator de risco cardiovascular Isso se deve ao fato de tal estudo ter
sido realizado com uma abrangecircncia maior na faixa etaacuteria que foi de 45-80 anos
Uma possiacutevel limitaccedilatildeo para discussatildeo dos resultados desse estudo foi a faixa
etaacuteria restrita que natildeo incluiu idosos (igual ou acima de 60 anos) o que impossibilita
a triagem da pressatildeo arterial elevada nessa populaccedilatildeo
62 Iacutendices antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial
Nesse estudo a CC e RCEst foram as variaacuteveis com maiores valores absolutos
de sensibilidade para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial respectivamente para mulheres
e homens Tais resultados indicam as proporccedilotildees de verdadeiros positivos na
ocorrecircncia de hipertensatildeo arterial
Quanto ao ponto de corte do RCEst nas mulheres foi de 059 sendo 568 de
sensibilidade e 430 de especificidade Valores inferiores ao encontrado no presente
estudo para mulheres foram sugeridos em Taiwan (045) Cingapura (048) e na China
(050) No Brasil em 2009 Haun Pitanga e Lessa16 recomendaram para a RCEst
053 como melhor ponto de corte com sensibilidade (67) e especificidade (58) e
aacuterea sob a curva ROC de 069 (IC 95 = 064-075) Outro ponto de corte semelhante
ao observado no Brasil com mulheres mexicanas variou de 053 a 0535 para a
RCEst discriminar diabete tipo 2 hipertensatildeo e dislipidemias88899091
Os pontos de corte sugeridos por esses paiacuteses e no Brasil podem ter sido
inferiores por causa da abrangecircncia na faixa etaacuteria dos indiviacuteduos no qual incluiacuteram
mulheres de 30 a 74 anos como tambeacutem as caracteriacutesticas econocircmicas culturais e
31
de estilo de vida diferem da realidade das mulheres que residem em cidades de
pequeno porte Estudos que discriminem hipertensatildeo arterial principalmente em
idosos com RCEst satildeo escassos na literatura
Em 2010 Browning Hsieh e Ashwel92 realizaram uma revisatildeo sistemaacutetica
sobre a potencialidade de indicadores antropomeacutetricos em predizer doenccedilas
cardiovasculares e identificou a RCEst como variaacutevel de melhor desempenho A
RCEst apresentou maiores ASC quando comparada ao IMC ou CC Os dados
analisados foram de quatorze paiacuteses diferentes e incluiacuteram caucasianos asiaacuteticos e
da Ameacuterica Central Segundo os autores uma RCEst ge 05 eacute capaz de identificar
fatores de risco cardiovasculares Esse ponto de corte eacute inferior aos encontrados para
homens e mulheres no presente estudo significando que o ponto de corte encontrado
pode diagnosticar risco cardiovascular e consequentemente a presenccedila de
hipertensatildeo
Outros autores afirmam essa hipoacutetese relacionada aos valores limites para
RCEst em diversas populaccedilotildees e indicaram que um ponto de corte de 05 eacute o valor
mais indicado para ambos os sexos todas as idades e diferentes populaccedilotildees899315
Com relaccedilatildeo agrave especificidade a variaacutevel com maior valor foi o IMC
independentemente do sexo Nas mulheres o ponto de corte sugerido foi 2679 kgm2
e nos homens 2420 kgm2 O valor da especificidade foi de 548 para ambos os
sexos o qual possibilita determinar corretamente a ausecircncia de hipertensatildeo arterial
Sendo assim este estudo sugere que o IMC natildeo foi o melhor preditor de hipertensatildeo
arterial
O estudo de Leal Neto et al (2013)85 tambeacutem testou a capacidade de
indicadores antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial em idosos
sugeriu como pontos de corte para IMC valores de 247 kgm2 igual ao encontrado no
presente estudo e de 273 kgm2 nuacutemero superior que aos dados do presente
trabalho para homens e mulheres respectivamente
Em outro estudo realizado com 19621 homens e mulheres com faixa etaacuteria de
45-80 anos a meacutedia da idade foi de 598 anos para os homens e 585 anos para as
mulheres O ponto de corte adequado de IMC foi de 23 kgm2 em homens e 24 kgm2
em mulheres Os pontos de corte de CC foram 80 cm e 78 cm em homens e mulheres
respectivamente Os achados do presente estudo foram superiores a esses
32
resultados todavia deve ser considerado que a populaccedilatildeo alvo foi diferente e com
idade menor da populaccedilatildeo pesquisada no presente trabalho87
Com relaccedilatildeo agrave CC o ponto de corte identificado para a prediccedilatildeo de hipertensatildeo
arterial nas mulheres foi superior ao dos homens Contudo os valores de sensibilidade
e especificidade desses pontos de corte foram maiores entre os homens o que pode
indicar que o poder preditivo da CC para a hipertensatildeo arterial eacute melhor para o sexo
masculino Quanto menor o ponto de corte maior seraacute a habilidade do teste em
classificar os doentes como positivos isto eacute maior seraacute a sensibilidade76 Os pontos
de corte dos homens foram em sua maioria menores em comparaccedilatildeo aos das
mulheres
Tais resultados satildeo contraacuterios aos achados do estudo de Kashihara et al
(2009)94 com indiviacuteduos de 30-74 anos que comparou paciente com hipertensatildeo e sem
hipertensatildeo Em seus pontos de corte de CC para os homens foram superiores aos
pontos de corte definidos para as mulheres e os valores de sensibilidade e
especificidade foi maior nas mulheres para identificar risco cardiovascular Poreacutem a
idade foi menor ao proposto no presente estudo
Outro estudo que contraria tais resultados quanto ao ponto de corte da CC foi
o de Haun Pitanga e Lessa (2009)16 que foi superior para os homens enquanto o
niacutevel de sensibilidade e especificidade foi igual aos nossos achados Poreacutem esse
estudo foi realizado com indiviacuteduos de idade entre 30-74 anos e discriminou risco
coronariano elevado
Quanto ao Iacutendice C no presente estudo o ponto de corte sugerido foi de 126
nas mulheres (sensibilidade 541 e especificidade 452) e 129 para os homens
(sensibilidade 574 e especificidade 456)
Diferentemente do resultado encontrado no presente estudo Pitanga e Lessa
(2005)56 sugeriram como o melhor ponto de corte para risco coronariano com o iacutendice
C 118 para mulheres apresentando valores de sensibilidade (7339) e
especificidade (6115) Para os homens o ponto de corte foi de 125 com valores de
sensibilidade (7391) e especificidade (7492) Tais pontos de corte foram para
indiviacuteduos adultos por esse motivo foram mais baixos que os achados do presente
trabalho Deve-se considerar que existem modificaccedilotildees na composiccedilatildeo corporal com
o processo do envelhecimento o que poderia alterar os pontos de corte para as essas
medidas antropomeacutetricas
33
Em outro estudo com os mesmo autores foram apresentados outros pontos de
corte comparando diferentes faixas etaacuterias Para as mulheres de 30-49 anos o melhor
ponto de corte foi o mesmo (118) com melhor sensibilidade (7857) e
especificidade (6524) e tambeacutem melhor aacuterea sob a curva ROC 081 (IC95 = 070-
092) Entre as de idade mais avanccedilada (50-74 anos) o melhor ponto de corte
sugerido foi 122 com sensibilidade (6000) e especificidade (6582) e aacuterea sob a
curva ROC 065 (IC 95 = 058-073) Portanto o iacutendice C apresentou melhor poder
discriminatoacuterio de RCEst para as mulheres mais jovens64
Almeida Almeida e Arauacutejo (2009)58 conduziram uma pesquisa com mulheres
de 30 e 69 anos buscando avaliar o desempenho de diferentes pontos de corte do
iacutendice C RCQ CC e RCEst para discriminar Risco Coronariano Elevado e o ponto de
corte encontrado para o Iacutendice C foi (125) proacuteximo ao ponto de corte para mulheres
nos nossos achados Dessa forma tais autores afirmaram que os indicadores
antropomeacutetricos de obesidade abdominal analisados tiveram desempenhos
satisfatoacuterios e similares para discriminar RCEst poreacutem o iacutendice C foi o que
apresentou o melhor poder discriminatoacuterio
As informaccedilotildees sobre o iacutendice C satildeo limitadas quanto agrave discussatildeo do ponto de
corte para hipertensatildeo arterial principalmente por encontrar poucos estudos sobre
essa medida como referecircncia para idosos Pitanga e Lessa (2004)55 relatam como
uma limitaccedilatildeo para a utilizaccedilatildeo do Iacutendice C em estudos populacionais a dificuldade de
se calcular o denominador da equaccedilatildeo proposta para sua determinaccedilatildeo
O excesso de gordura em geral estaacute associado ao aparecimento de doenccedilas
cardiovasculares hipertensatildeo arterial e mortalidade a definiccedilatildeo de pontos de corte
para iacutendices que se destacam por sua simplicidade operacional e boa acuraacutecia
permite a detecccedilatildeo dos indiviacuteduos sob risco sendo de grande utilidade nos serviccedilos
de atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede aleacutem de possibilitar o conhecimento da situaccedilatildeo de
grupos populacionais especiacuteficos frente a esses riscos quando empregados na
pesquisa epidemioloacutegica
No contexto das cidades de pequeno porte (rurais e urbanas) os recursos de
sauacutede satildeo muitas vezes limitados e escassos sendo importante a utilizaccedilatildeo desses
iacutendices antropomeacutetricos como substituiccedilatildeo eou apoio a avaliaccedilatildeo tradicional da
pressatildeo arterial Em vaacuterias conjunturas de sauacutede a alta demanda de paciente com
hipertensatildeo arterial exige a utilizaccedilatildeo de instrumentos de diagnoacutesticos e rastreamento
34
de raacutepida e faacutecil aplicaccedilatildeo que possam ser manejados por diferentes profissionais e
que sobretudo apresentem validade e fidedignidade A adequada validaccedilatildeo de
instrumentos e conhecimento de suas propriedades teacutecnicas na populaccedilatildeo brasileira
tambeacutem deve contribuir com a seleccedilatildeo de prioridades e delimitaccedilatildeo do conteuacutedo dos
programas de sauacutede pelos tomadores de decisatildeo em diferentes niacuteveis de gestatildeo
35
7 CONCLUSAtildeO
As anaacutelises dos dados permitem frente aos objetivos estabelecidos formular
as seguintes conclusotildees Quanto ao poder de discriminaccedilatildeo de iacutendices
antropomeacutetricos para a hipertensatildeo arterial em idosos os iacutendices antropomeacutetricos
(IMC RCEst e Iacutendice C) foram bons preditores de hipertensatildeo arterial para os homens
Dessa forma tais iacutendices podem ser empregados nos homens poreacutem tais medidas
natildeo foram satisfatoacuterias para predizer pressatildeo arterial elevada nas mulheres idosas
limitando a sua utilizaccedilatildeo para o sexo feminino com idades avanccediladas
O melhor ponto de corte para discriminar hipertensatildeo arterial foi 054 para a
RCEst nos homens dessa forma tal ponto de corte deve ser empregada no contexto
da atenccedilatildeo primaacuteria nos homens Sugere-se a utilizaccedilatildeo dessa medida a fim de
detectar e realizar a triagem da hipertensatildeo arterial com caracteriacutesticas similares agrave
amostra deste estudo
Recomenda-se que a utilizaccedilatildeo de dois iacutendices simultaneamente resulte em
uma maior eficiecircncia na avaliaccedilatildeo do risco de hipertensatildeo arterial em idosos A
indicaccedilatildeo destas medidas permite que ela seja realizada nas Unidades de Sauacutede da
Famiacutelia como meacutetodo de triagem para idosos com hipertensatildeo arterial utilizando
materiais de faacutecil manejo e de baixo custo
Dessa forma pode-se efetivamente atingir uma das estrateacutegias de prevenccedilatildeo
da hipertensatildeo arterial sistecircmica que eacute o controle da pressatildeo arterial durante o
envelhecimento Todavia sugere-se cautela na utilizaccedilatildeo do ponto de corte desses
indicadores para as mulheres pois os resultados natildeo foram satisfatoacuterios
Fica evidente a necessidade de outros estudos que identifiquem pontos de
corte de iacutendices antropomeacutetricos visando agrave detecccedilatildeo de hipertensatildeo arterial e de
outros fatores de risco cardiovascular nas mulheres idosas que residem em cidades
de pequeno porte
36
8 REFEREcircNCIAS
1 Omram AR The epidemiologic transition a theory of the epidemiology of population change Milbank Memorial Fund Quarterly 1971 49 (Part 1) 509-538
2 Wong LR Carvalho JM Age-strucutural transition in Brazil demographic bonuses and emerging challenges In Pool I Wong LLR Vilquin E editores Age-structural transitions challenges for development Paris Committee for International Cooperation in National Research in Demography 2006
3 Gragnolati M Jorgensen OH Rocha R Fruttero AA Envelhecendo em um Brasil mais Velho implicaccedilotildees do envelhecimento populacional sobre o crescimento econocircmico reduccedilatildeo da pobreza financcedilas puacuteblicas prestaccedilatildeo de serviccedilos Banco Internacional para a Reconstruccedilatildeo e o Desenvolvimento Banco Mundial 2011
4 Schmidt MI Duncan BB Silva GA et al Health in Brazil 4 Chronic non-communicable diseases in Brazil burden and current challenges The Lancet 2011 377
5 Ezzati M Hoorn SV Rodgers A et al Comparative Risk Assessment Collaborating Group Selected major risk factors and global and regional burden of disease Lancet 2002 360 1347-60
6 Lim SS Vos T Flaxman AD et al A comparative risk assessment of burden of disease and injury attributable to 67 risk factors and risk factor clusters in 21 regions 1990-2010 a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2010 Lancet 2012 380 (9859)2224-60
7 Sociedade Brasileira de Cardiologia Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Sociedade Brasileira de Nefrologia VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 2010 95(1) 1-51
8 Miranda DR Perrotti TC Bellinazzi VR et al Hipertensatildeo arterial no idoso peculiaridades na fisiopatologia no diagnoacutestico e no tratamento Rev Bras Hipertens 2002 9 293-300
9 Pilger C Menon MU Mathias TAF Caracteriacutesticas sociodemograacuteficas e de sauacutede de idosos contribuiccedilotildees para os serviccedilos de sauacutede Rev Latino-Am Enfermagem 2011 19(5)1230-1238
10 Pilger C Menon MU Mathias TAF Utilizaccedilatildeo de serviccedilos de sauacutede por idosos vivendo na comunidade Rev esc enferm USP 2013 47(1)213-220
11 Mariath AB Grillo LP Silva RO et al Obesidade e fatores de risco para o desenvolvimento de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis entre usuaacuterios de unidade de alimentaccedilatildeo e nutriccedilatildeo Cad Sauacutede Puacuteblica 2007 23 (4) 897-905
37
12 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Diretrizes e recomendaccedilotildees para o cuidado
integral de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis promoccedilatildeo da sauacutede vigilacircncia prevenccedilatildeo e assistecircncia Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2008
13 Kuumlmpe DA Sodreacute AC Pomatti DM et al Obesidade em Idosos Acompanhados
pela Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia Texto Contexto Enferm Florianoacutepolis 2011 20(3) 471-7
14 Silva KS Farias Juacutenior JC Fatores de risco associados agrave pressatildeo arterial elevada em adolescentes Rev Bras Med Esporte 2007 13(4) 237-40
15 Pitanga FJG Lessa I Razatildeo cintura-estatura como discriminador do risco
coronariano de adultos Rev Assoc Med Bras 2006 52157-61
16 Haun DR Pitanga FJG Lessa I Razatildeo CinturaEstatura comparado a outros indicadores antropomeacutetricos de obesidade como preditor de risco coronariano elevado Rev Assoc Med Bras [online] 2009 55(6) 705-711
17 Nascimento CM Ribeiro AQ SantrsquoAna LFR et al Estado nutricional e condiccedilotildees de sauacutede da populaccedilatildeo idosa brasileira revisatildeo da literatura Rev meacuted Minas Gerais 2011 21(2)174-180
18 Gomes MA Beck cc Duarte MFS et al Ficha Antropomeacutetrica no Nuacutecleo de Apoio a Sauacutede da Famiacutelia o que medir e para que medir Rev bras cineantropom desempenho hum 2009 11(2) 243-253
19 Azevedo LF Oliveira ACC Lima JRP et al Recomendaccedilotildees sobre condutas e procedimentos do profissional de educaccedilatildeo fiacutesica na atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede Rio de Janeiro CONFEF 2010 109-55
20 World Health Organization World health statistics 2012 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghopublicationsworld_health_statistics2012enindexhtmlgt [2012 set 18]
21 World Health Organization Global health risks mortality and burden of disease attributable to selected major risks Geneva World Health Organization 2009a
22 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Panorama da sauacutede brasileira em muacuteltiplos aspectos Percepccedilatildeo do estado de sauacutede estilo de vida e doenccedila crocircnica Pesquisa Nacional de Sauacutede 2013
23 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Pesquisa Nacional por Amostra
de Domiciacutelios 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapesquisaspesquisa_resultadosphpid_pesquisa=149gt[2014 dez 04]
24 Tribess S Virtuoso Junior JS Prescriccedilatildeo de exerciacutecios fiacutesicos para idosos Rev saudecom 2005 1(2)163-72
38
25 Pollock ML Wilmore JH Exerciacutecio na Sauacutede e na Doenccedila avaliaccedilatildeo e prescriccedilatildeo para prevenccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo Editora MEDSI 2ordf ed Rio de Janeiro 1993
26 Sociedade Brasileira de Cardiologia V Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 20061-48
27 World Health Organization Global Health Observatory (GHO) 2014 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghoncdrisk_factorsblood_pressure_prevalence_textengt [2014 dez 04]
28 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Secretaria de Atenccedilatildeo baacutesica agrave Sauacutede Departamento de atenccedilatildeo baacutesica - Hipertensatildeo arterial sistecircmica Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2006
29 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) (2009) Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeGestorvisualizar_textocfmidtxt=24421gt [2010 abr 07]
30 Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Nuacutemero de hipertenso 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwsbhorgbripadgeralphpgt [09 nov 2014]
31 Secretaria de Sauacutede do Estado da Bahia Hipertensatildeo Quantidade de Hipertensos na Bahia Disponiacutevel em (2014) lthttpwwwsaudebagovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=4418ampcatid=1ampItemid=14gt [2014 jan 10]
32 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica 2014 Dados de mortalidade na Bahia Disponiacutevel em lthttptabnetdatasusgovbrcgitabcgiexesiabcnvSIABSBAdefgt [2014 mai 05]
33 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica Dados sociodemograacuteficos de Ibicuiacute 2014 lthttptabnetdatasusgovbrcgideftohtmexesiabcnvSIABFBAdefgt [2014 jan 05]
34 Williams B The year in hypertension JACC 2010 55(1) 66-73
35 Lipp M Rocha JC Stress Hipertensatildeo Arterial e Qualidade de vida um guia de tratamento para o hipertenso Campinas Papirus 1996
36 Borenstein MS (Org) Manual de Hipertensatildeo Arterial Porto Allege Editora Sagra Luzzatto 1999
37 Joint National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure The Sixth Report of the Join National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure Arch Intern Med 1997157 2413-2446
39
38 Mitchell GF Parise H Benjamin EJ et al Changes in arterial stiffness and wave reflection with advancing age in health men and women Hypertension 2004 431239-1245
39 Matos AC Ladeia AM Avaliaccedilatildeo de fatores de risco cardiovascular em uma comunidade rural da Bahia Arq Bras Cardiol 2003 81(3) 291-6
40 World Health Organization Who Expert Committee on Physical Status the use and interpretation of antropometry Report of a WHO Expert Commitee Geneva WHO 1995 p 854
41 Pitanga FJG Antropometria na avaliaccedilatildeo da obesidade abdominal e risco coronariano Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum 201113(3) 238-241
42 Ferreira LS Amaral TF Marucci MFN et al Under nutrition as a major risk factor for death among older Brazilian adults in the community-dwelling setting SABE survey Nutrition 201127(10)17-22
43 Andrade FB Caldas Junior AF Kitoko PM et al Prevalence of overweight and obesity in elderly people from Vitoacuteria-ES Brazil Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2012 set17(3)749-756
44 Boscatto EC Duarte Mde F Coqueiro Rda S Barbosa AR Nutritional status in the oldest elderly and associated factors Rev Assoc Med Bras 2013 59(1)40-47
45 Kostka J Borowiak E Kostka T Nutritional status and quality of life in different
populations of older people in Poland Eur J Clin Nutr 2014 Nov68(11)1210-5
46 Silva DAS Petroski EL Associaccedilatildeo de diferentes pontos de corte para sobrepeso e obesidade com pressatildeo arterial elevada em idosas Rev Educ Fis UEM 2009 20 415-22
47 Nutrition Screening Initiative Interventions manual for professionals caring for older Americans Washington DC Nutrition Screening Initiative 1992
48 World Health Organization Obesity preventing and managing the global epidemic Report of a WHO Consultation on Obesity Geneva World Health Organization 1998
49 Cameron AJ Dunstan DW Owen N et al Health and mortality consequences
of abdominal obesity evidence from the Aus Diab study Med J Aust 2009191 202ndash208
50 Fox KA Despres JP Richard AJ et al Does abdominal obesity have a similar impact on cardiovascular disease and diabetes A study of 91246 ambulant patients in 27 European countries Eur Heart J 2009 30 3055ndash3063
40
51 Pouliot MC Despreacutes JP Lemieux S et al Waist circumference and abdominal sagittal diameter Best simple anthropometric indexes of abdominal visceral adipose tissue accumulation and related cardiovascular risk in men and woman Am J Cardiology 1994 73 460-468
52 Peixoto MRG Beniacutecio MHD Latorre M et al Circunferecircncia da Cintura e Iacutendice de massa Corporal como Preditores da Hipertensatildeo Arterial Arq Bras Cardiol 200687 462-470
53 MacKay MF Haffner SM Wagenknecht LE et al Prediction of type 2 diabetes using alternate anthropometric measures in a multiethnic cohort the insulin resistance atherosclerosis study Diabetes Care 200932(5)956-8
54 Valdez R A simple model-based index of abdominal adiposity J Clin Epidemiol1991 44(9) 955-6
55 Pitanga FJG Lessa I Sensibilidade e especificidade do iacutendice de conicidade como discriminador do risco coronariano de adultos em Salvador Brasil Rev Bras Epidemiol 20047(3)259-69
56 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano elevado em adultos na cidade de Salvador - Bahia Arq Bras Cardiol 2005 85 (1)26-31
57 Ghosh JR Bandyopadhyay AR Comparative evaluation of obesity measures relationship with blood pressures and hypertension Singapore Med J 200748(3) 232-5
58 Almeida RT Almeida MMG Araujo TM Obesidade abdominal e risco cardiovascular desempenho de indicadores antropomeacutetricos em mulheres Arq Bras Cardiol 2009 out92(5)375-380
59 Freitas Juacutenior Costa Rosa CS Codogno JS et al Capacidade cardiorrespiratoacuteria e distribuiccedilatildeo de gordura corporal de mulheres com 50 anos ou mais Rev Esc Enferm USP 2010 44(2) 395-400
60 Matos LN Giorelli GV Dias CB Correlation of anthropometric indicators for identifying insulin sensitivity and resistance Satildeo Paulo Med J [online] 2011 129(1) 30-35
61 Gomes MA Rech CR Gomes MBA et al Correlaccedilatildeo entre iacutendices antropomeacutetricos e distribuiccedilatildeo de gordura corporal em mulheres idosas Rev bras cineantropom desempenho hum 2006 set 8(3) 16-22
62 Tarastchuk JCE Gueacuterios EE Bueno RRL et al Obesidade e intervenccedilatildeo coronariana devemos continuar valorizando o Iacutendice de Massa Corpoacuterea Arq Bras Cardiol [online] 2008 90(5) 311-316
41
63 Ferreira AP CB Ferreira VC Souza et al Risco de distuacuterbio glicecircmico em mulheres idosas ajustado por antropometria e genoacutetipos de citocinas Rev Assoc Med Bras [online] 201157(5) 565-569
64 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano em mulheres Rev Bras Cineantrop Desempenho Hum 2006 8 (1) 14-21
65 Newman TB Browner WS Cummings SR Delineando estudos de testes meacutedicos In Hulley SB et al Delineando a pesquisa cliacutenica uma abordagem epidemioloacutegica 2 ed Porto Alegre Artmed 2003 203-224
66 Toscano CM As campanhas nacionais para detecccedilatildeo das doenccedilas crocircnicas natildeo-transmissiacuteveis diabetes e hipertensatildeo arterial Ciecircnc sauacutede Coletiva out-dez 2004 9(4) 885-895
67 Fletcher RH Fletcher SW Prevenccedilatildeo In Fletcher R Fletcher S Epidemiologia
cliacutenica elementos essenciais 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 2006 179-201
68 Jeckel J Elmore J Katz D Meacutetodos de prevenccedilatildeo secundaacuteria In _____ Epidemiologia bioestatiacutestica e medicina preventiva 2 ed Porto Alegre Artmed 2005 236-247
69 Klein CH Bloch KV Estudos seccionais In Medronho RA Carvalho DM Bloch KV Luiz RR Werneck GL Epidemiologia 1ordf ed Satildeo Paulo Editora Atheneu 2002 125-150
70 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Resoluccedilatildeo nordm- 6 de 3 de novembro de 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcenso2010ibgegovbrdados_divulgadosindexphpuf=29gt[201 dez 18]
71 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica ndash Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais (2014) Disponiacutevel em lthttpcodibgegovbr398G9gt [2014 ago 30]
72 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230gt [2013 mai 01]
73 Luiz RR Magnanini MMF A loacutegica da determinaccedilatildeo do tamanho da amostra em investigaccedilotildees epidemioloacutegicas Cad sauacutede coletiva Rio de Janeiro 2000 8(2) 9-28
74 Reis MC Nascimento RAS Pedreira RBS et al Validaccedilatildeo de Face e Clareza do Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede dos Idosos ndash IASI [resumo] in Anais do XIX Congresso Brasileiro Geriatria e Gerontologia Beleacutem 2014 296-296
75 Lohman TG Roche AF Martorell R Anthropometric Standardization Reference Manual Champaign Illinois Human Kinetics 1988
42
76 Vaz JCL Regiotildees de Incerteza para Curva ROC em Teste Diagnoacutesticos
[dissertaccedilatildeo] Satildeo Carlos Universidade Federal de Satildeo Carlos 2009
77 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de 2012
78 Erdreich LS Lee ET Use of relative operating characteristic analysis in epidemiology A method for dealing with subjective judgement Am J Epidemiol 1981 114649-62
79 Aekplakorn W Pakpeankitwatana V Lee CM et al Abdominal obesity and coronary heart disease in Thai men Obesity 200715(4)1036-42
80 Oliveira MAM Fagundes RLM Moreira EAM et al Relaccedilatildeo de Indicadores Antropomeacutetricos com Fatores de Risco para Doenccedila Cardiovascular Arq Bras Cardiol 2010 abr 94(4) 478-485
81 Mendes TAB Goldbaum M Segri NJ et al Factors associated with the prevalence of hypertension and control practices among elderly residents of Satildeo Paulo city Brazil Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(11) 2275-2286
82 Oliveira BFA Souza Mouratildeo D Gomes N et al Prevalecircncia de hipertensatildeo arterial em comunidades ribeirinhas do Rio Madeira Amazocircnia Ocidental Brasileira Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(8) 1617-1630
83 Picon RV Fuchs FD Moreira LB et al Prevalence of Hypertension Among Elderly Persons in Urban Brazil A Systematic Review With Meta-Analysis Am J Hypertens 2013 26 (4) 541-548
84 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Pessoa Idosa e Envelhecimento Seacuteries Pactos pela Sauacutede 2006 v 12 Brasiacutelia ndash DF 2010
85 Leal Neto JS Souza J Coqueiro RS et al Anthropometric indicators of obesity as screening tools for high blood pressure in the elderly Int J Nurs Pract 2013 Aug 19(4) 360-367
86 Schisterman EF Faraggi D Reiser B Trevisan M Statistical inference for the area under the receiver operating characteristic curve in the presence of random measurement error Am J Epidemiol 2001 154 (2) 174-9
87 Samsen M Hanchaiphiboolkul S Puthkhao P et al Appropriate body mass index and waist circumference cutoffs for middle and older age group in Thailand data of 19621 participants from Thai epidemiologic stroke (TES) study J Med Assoc Thai 2012 Sep 95(9)1156-66
88 Ko GTC Chan JCN Cockram CS Woo J Prediction of hypertension diabetes dyslipidemia or albuminuria using simple anthropometric indexes in Hong Kong Chinese Int J Obes 1999 23 (11) 1136-42
43
89 Lin WY Lee LT Chen CY et al Optimal cut-off values for obesity using simple anthropometric indices to predict cardiovascular risk factors in Taiwan Int J Obes Relat Metab Disord 2002261232-8
90 Pua YH Ong PH Anthropometric indices as screening tools for cardiovascular risk factors in Singaporean women Asia Pac J Clin Nutr 2005 14 (1) 74-9
91 Berber A Goacutemez-Santos R Fanghaumlnel G Saacutenchez-Reyes L Anthropometric
indexes in the prediction of type 2 diabetes mellitus hypertension and dyslipidaemia in a Mexican population Int J Obes 200125(12)1794-9
92 Browning LM Hsieh SD Ashwell M A systematic review of waist-to-height ratio
as a screening tool for the prediction of cardiovascular disease and diabetes 05 could be a suitable global boundary value Nutr Res Rev 2010 23(2)247-69
93 Bertsias G Mammas I Linardakis M Kafatos A Overweight and obesity in
relation to cardiovascular disease risk factors among medical students in Crete Greece BMC Public Health 2003 31-9
94 Kashihara H Lee JS Kawakubo K et al Criteria of Waist Circumference According to Computed Tomography-Measured Visceral Fat Area and the Clustering of Cardiovascular Risk Factors Circ J 2009 73 1881-1886
44
APEcircNDICES
45
Apecircndice 1
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
46
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS
PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE SAUacuteDE
DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE
Jequieacute ____ ____ 201__
APEcircNDICE 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Vocecirc esta sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa do Nuacutecleo de
Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo (NESP) da Universidade Estadual do Sudoeste da
Bahia
Objetivo do estudo Avaliar e monitorar as condiccedilotildees de sauacutede de idosos residentes
em comunidade
Participaccedilatildeo Ao aceitar participar do estudo estarei agrave disposiccedilatildeo do pesquisador
para responder ao formulaacuterio que seraacute arquivado pelo autor por um periacuteodo de cinco
anos sendo posteriormente incinerado
Riscos Este estudo natildeo traraacute riscos para minha integridade fiacutesica ou moral dos
participantes
Confidencialidade do estudo Seraacute garantida a privacidade o anonimato bem como
o direito de aceitar ou natildeo participar da pesquisa podendo ser essa autorizaccedilatildeo
suspensa em qualquer fase do estudo Assim as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo
4662012 do Conselho Nacional de Sauacutede que discorre sobre pesquisa envolvendo
seres humanos seratildeo atendidas Os resultados seratildeo publicados no relatoacuterio final da
dissertaccedilatildeo e artigos cientiacuteficos
47
Benefiacutecios Accedilotildees interinstitucionais articuladas promovidas numa perspectiva
interdisciplinar possibilitaratildeo uma melhor compreensatildeo das condiccedilotildees de sauacutede dos
idosos residentes em comunidade do municiacutepio e contribuiraacute para a formulaccedilatildeo de
accedilotildees direcionadas as necessidades dessa populaccedilatildeo
Danos advindos da pesquisa Caso haja algum prejuiacutezo decorrente da realizaccedilatildeo
deste estudo seraacute providenciada a devida reparaccedilatildeo dos danos atraveacutes do
responsaacutevel pelo estudo O pesquisador e os entrevistados natildeo receberatildeo benefiacutecios
financeiros para participaccedilatildeo no estudo Todas as despesas seratildeo por conta do
pesquisador
Participaccedilatildeo voluntaacuteria Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria podendo a qualquer
momento desistir do estudo sem qualquer prejuiacutezo ou penalidade para mim
Consentimento para participaccedilatildeo Apoacutes ser devidamente esclarecido (a) quanto
aos objetivos deste estudo dos procedimentos aos quais serei submetido (a) bem
como dos possiacuteveis riscos decorrentes da minha participaccedilatildeo estou de acordo em
participar do mesmo O pesquisador responsaacutevel pelo estudo assegura que seraacute
disponibilizado qualquer esclarecimento adicional que eu venha a solicitar durante a
realizaccedilatildeo da pesquisa e o direito de desistir da participaccedilatildeo em qualquer momento
Em casos de duacutevidas eou problemas referentes ao estudo vocecirc poderaacute
entrar em contato com o autor atraveacutes do Nuacutecleo de Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo
(NESP) (73) 3528-9721
Sendo assim eu ______________________________________________
aceito livremente participar do Projeto MONIDI
__________________________________ __________________________________
Assinatura do (a) participante
RG _________________________
Assinatura do (a) pesquisador
RG_________________________
48
Apecircndice 2
Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede do Idoso
49
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS
PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE
SAUacuteDE DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE
Nuacutemero do Questionaacuterio |__|__|__|
Nome do Entrevistador ___________________________
Visita 1 2 3
Data Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Hora de iniacutecio ________
Hora de teacutermino ________
I INFORMACcedilOtildeES PESSOAIS E SOCIODEMOGRAacuteFICAS
1 Nome do entrevistado
2Sexo
0 ( ) Feminino
1 ( ) Masculino
3 Endereccedilo completotelefone
4 Idade ____ anos
41 Data de Nascimento
____________
50
5 Situaccedilatildeo conjugal atual
1 ( ) Casado(a) 2 ( ) Uniatildeo estaacutevel 3 ( ) Solteiroa
4 ( ) Divorciado(a)separado(a)desquitado(a) 5 ( ) Viuacutevoa
6 No total quantas vezes o (a) Sr(a) esteve casado(a) ou em uniatildeo
Nordm de vezes |___|___|
7 Na escola qual a uacuteltima seacuterie grau que concluiu com aprovaccedilatildeo
1 - Nunca foi agrave escola ( ) 4 - Fundamental II ( )5 a ( )6 a ( )7 a ( )8 a
2 - Lecirc e escreve o nome ( ) 5 - Ensino Meacutedio ( ) 1 a ( )2 a ( )3
3 - Fundamental I ( )1 a ( )2 a 6 - Superior ( ) completo ( ) incompleto
( )3 a ( )4 a
8 Como vocecirc classificaria a cor da sua pele
1( ) Branca 2( ) Amarela (oriental) 3( ) Parda
4( ) Origem indiacutegena 5( ) Preta 9( ) Natildeo sabe
9 Cor da pele (entrevistador)
1( ) branca 2( ) amarela (oriental) 3( ) parda
4( ) origem indiacutegena 5( ) preta
10-Quantos filhos e filhas nascidos vivos o(a)Sr(a) teve (natildeo inclua enteados filhos
adotivos abortos ou filhos nascidos mortos)
Nuacutemero de filhos |____|____| (98) NS (99) NR
11 Atualmente o senhor (a) mora sozinho ou acompanhado
1( )Acompanhado 2( ) Sozinho 3( ) NR 4( )NS
51
12 Desde que o senhor (a) nasceu viveu no campo por 5 anos ou mais
0( ) Natildeo 1( ) Sim 2( ) NS 3( ) NR
13 Qual eacute a sua religiatildeo
1( ) Catoacutelica 2( ) Protestante 3( ) Judaica
4( ) Espiacuteritakardecista 5( ) Umbanda 6( ) Outras ____________
14 Qual a importacircncia da religiatildeo em sua vida
(1) Importante (2) Regular (3) Nada importante (8) NS (9) NR
15 Com que frequecircncia o senhor vai agrave igreja ou ao serviccedilo religioso
( ) Nunca ( ) Vaacuterias vezes por ano ( ) Uma duas vezes por mecircs
( ) Quase toda semana ( ) Mais de uma vez por semana ( ) NS ( ) NR
16 Quanto vocecirc ganha em meacutedia por mecircs R$ __________8( )Natildeo se aplica
II A CONSUMO DE AacuteLCOOL E TABACO
Uso de bebidas alcooacutelicas
1 Vocecirc consome bebidas alcooacutelicas Se vocecirc NAtildeO BEBE siga para o bloco III C
0 ( )sim 1( ) natildeo
2 Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
3 As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
4 Sente-se chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
5 Costuma beber pela manhatilde para diminuir o nervosismo ou a ressaca
0 ( ) sim 1( ) natildeo
Haacutebito de fumar
1 Vocecirc jaacute foi fumante 0 ( ) sim 1( ) natildeo
52
2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco
III C
3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros
4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias
III ANTROPOMETRIA
MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS
ESTATURA
MASSA CORPORAL
CIRCUNFEREcircNCIA
DE CINTURA
IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL
MEDIDA 01 02 03
Pressatildeo arterial
sistoacutelica
Pressatildeo arterial
diastoacutelica
53
ANEXOS
54
Anexo 1
Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos
55
56
26
Figura 8 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (mulheres) Iacutendice C -iacutendice de conicidade
Figura 9 - Curvas ROC do Iacutendice C como discriminador de hipertensatildeo arterial (homens) Iacutendice C - iacutendice de conicidade
27
Os valores dos pontos de corte dos iacutendices antropomeacutetricos como preditores
de hipertensatildeo arterial e suas respectivas sensibilidade e especificidade (mais
adequado equiliacutebrio entre si) satildeo apresentados na Tabela 7 Observa-se que entre
os iacutendices antropomeacutetricos a RCEst teve melhor percentual de sensibilidade e de
especificidade para discriminar a pressatildeo arterial elevada para os homens
Tabela 7 - Pontos de corte sensibilidade e especificidade dos iacutendices antropomeacutetricos para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial em idosos
Mulheres Homens PA elevada
Ponto de corte
Sensibilidade ()
Especificidade ()
Ponto de corte
Sensibilidade ()
Especificidade ()
IMC (kgm2)
2679 527 548 2420 527 548
CC (cm) 8750 577 457 8650 593 532 RCEst 059 568 430 054 648 456 Iacutendice C 126 541 452 129 574 456
IMC ndash Iacutendice de Massa Corporal CC ndash Circunferecircncia da Cintura RCEst ndash Razatildeo Cintura-Estatura Iacutendice C ndash Iacutendice de Conicidade
28
6 DISCUSSAtildeO
61 Aacutereas sob a Curva ROC
Este estudo teve como objetivo identificar a capacidade preditiva de iacutendices
antropomeacutetricos de obesidade geral e abdominal para discriminar a presenccedila de
hipertensatildeo arterial em idosos com foco de utilizaccedilatildeo no ambiente da estrateacutegia de
sauacutede da famiacutelia Nessa perspectiva surge uma proposta de triagem dos casos de
idosos com possiacuteveis alteraccedilotildees crocircnicas em sua pressatildeo arterial aleacutem de possibilitar
a discussatildeo sobre validaccedilatildeo de tais iacutendices para uso no contexto da sauacutede
Dessa forma recomenda-se a anaacutelise da sensibilidade e especificidade por
meio da construccedilatildeo de curvas ROC pois eacute a melhor opccedilatildeo para determinar pontos de
corte em estudos epidemioloacutegicos78 Essa anaacutelise permite fornecer a aacuterea sob a curva
que traduz o poder de discriminaccedilatildeo de um indicador para um determinado desfecho
e a identificaccedilatildeo do melhor ponto de corte
A proposta dessa pesquisa natildeo eacute excluir o diagnoacutestico meacutedico mas
proporcionar uma estrateacutegia mais abrangente a ser utilizada pelas USFs em parceria
entre os profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica e os profissionais de sauacutede no contexto da
atenccedilatildeo primaacuteria
Embora exista associaccedilatildeo entre sobrepesoobesidade e a pressatildeo arterial
elevada poucos estudos tecircm identificado pontos de corte de iacutendices antropomeacutetricos
que visem agrave detecccedilatildeo da hipertensatildeo arterial em idosos Diversos estudos tecircm
demonstrado que os iacutendices antropomeacutetricos satildeo bons indicadores de obesidade e
estatildeo relacionados a fatores de risco cardiovascular795880 Todavia a hipertensatildeo eacute
apontada como um dos principais fatores de risco cardiovasculares o que denota a
necessidade de um olhar diferenciado
A prevalecircncia de hipertensatildeo foi inferior agrave encontrada em outros estudos818283
Contudo diferenccedilas metodoloacutegicas nuacutemero de medidas realizadas e os diferentes
criteacuterios de referecircncia satildeo as principais causas da grande variabilidade nas
prevalecircncias de pressatildeo arterial elevada entre as investigaccedilotildees No presente estudo
29
optou-se por maior rigorosidade ao diagnosticar a pressatildeo arterial elevada
considerando a realizaccedilatildeo de trecircs medidas
Nessa amostra observou-se que a prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi
443 nas mulheres e 406 nos homens Demonstrando ser uma alta prevalecircncia
pois se trata de uma populaccedilatildeo que eacute influenciada diretamente pelo o aumento da
morbimortalidade durante o envelhecimento Estudos envolvendo idosos indicam que
a prevalecircncia da hipertensatildeo encontra-se entre 50-70 com o aumento da idade84
Poucos estudos epidemioloacutegicos foram conduzidos com o objetivo de identificar
e discriminar a capacidade de iacutendices antropomeacutetricos de obesidade para a pressatildeo
arterial elevada na populaccedilatildeo de idosos e principalmente utilizando o iacutendice C o
RCEst Um estudo realizado com a populaccedilatildeo de idosos utilizou o mesmo objetivo
poreacutem usou como ponto de corte o iacutendice de massa corporal e o iacutendice de adiposidade
corporal85 Entretanto faz-se necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de outros iacutendices para identificar
hipertensatildeo arterial em idosos
De acordo com os resultados do presente estudo somente alguns dos
indicadores antropomeacutetricos apresentaram capacidade preditiva para a hipertensatildeo
arterial em idosos de acordo com limite inferior do intervalo de confianccedila de 9586
Dessa forma foi observado que a RCEst e IMC para os homens mostraram-se com
bom poder de detecccedilatildeo para a hipertensatildeo arterial pois obtiveram maiores valores
sob a curva para esse desfecho
Em 2013 Leal Neto et al85 identificaram em seus resultados que o IMC e o
iacutendice de adiposidade corporal foram os melhores indicadores preditivos de
hipertensatildeo arterial nos idosos em ambos os sexos independentemente de outros
fatores tais como idade tabagismo consumo de aacutelcool e atividade fiacutesica
No presente estudo os principais indicadores que tiveram uma boa aacuterea sob a
curva foram o IMC RCEst e Iacutendice C com resultados de 060 IC95 (050-070) 061
IC95 (051-071) e 058 IC95 (058-068) respectivamente para homens
Nas mulheres tais iacutendices mostraram-se com menor poder discriminatoacuterio para
diagnosticar a hipertensatildeo arterial A HAS eacute um desfecho que pode ser influenciado
por fatores multicausais (hormonais estresse etc) Na anaacutelise do desempenho do
iacutendice antropomeacutetrico a loacutegica eacute unidirecional ou seja verificar o desempenho desses
iacutendices apenas como preditores de hipertensatildeo arterial foram mais satisfatoacuterios entre
os homens Os iacutendices podem interferir mas natildeo determinar a prevalecircncia da
30
hipertensatildeo Embora as mulheres tenham uma maior prevalecircncia essa natildeo eacute
determinada pelos iacutendices antropomeacutetricos no presente estudo
Tais resultados diferem do estudo realizado em 2012 por Samsen et al87 no
qual a circunferecircncia da cintura teve boa ASC nos homens = 0684 com IC95 (0672-
0695) e nas mulheres = 0673 IC95 (0665-0681) sendo o melhor indicador
significativamente (p lt0001) do que o IMC no qual a ASC em homens foi de = 0667
IC95 (0656-679) e nas mulheres = 0636 IC95 (0628-0644) em discriminaccedilatildeo
de pelo menos um fator de risco cardiovascular Isso se deve ao fato de tal estudo ter
sido realizado com uma abrangecircncia maior na faixa etaacuteria que foi de 45-80 anos
Uma possiacutevel limitaccedilatildeo para discussatildeo dos resultados desse estudo foi a faixa
etaacuteria restrita que natildeo incluiu idosos (igual ou acima de 60 anos) o que impossibilita
a triagem da pressatildeo arterial elevada nessa populaccedilatildeo
62 Iacutendices antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial
Nesse estudo a CC e RCEst foram as variaacuteveis com maiores valores absolutos
de sensibilidade para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial respectivamente para mulheres
e homens Tais resultados indicam as proporccedilotildees de verdadeiros positivos na
ocorrecircncia de hipertensatildeo arterial
Quanto ao ponto de corte do RCEst nas mulheres foi de 059 sendo 568 de
sensibilidade e 430 de especificidade Valores inferiores ao encontrado no presente
estudo para mulheres foram sugeridos em Taiwan (045) Cingapura (048) e na China
(050) No Brasil em 2009 Haun Pitanga e Lessa16 recomendaram para a RCEst
053 como melhor ponto de corte com sensibilidade (67) e especificidade (58) e
aacuterea sob a curva ROC de 069 (IC 95 = 064-075) Outro ponto de corte semelhante
ao observado no Brasil com mulheres mexicanas variou de 053 a 0535 para a
RCEst discriminar diabete tipo 2 hipertensatildeo e dislipidemias88899091
Os pontos de corte sugeridos por esses paiacuteses e no Brasil podem ter sido
inferiores por causa da abrangecircncia na faixa etaacuteria dos indiviacuteduos no qual incluiacuteram
mulheres de 30 a 74 anos como tambeacutem as caracteriacutesticas econocircmicas culturais e
31
de estilo de vida diferem da realidade das mulheres que residem em cidades de
pequeno porte Estudos que discriminem hipertensatildeo arterial principalmente em
idosos com RCEst satildeo escassos na literatura
Em 2010 Browning Hsieh e Ashwel92 realizaram uma revisatildeo sistemaacutetica
sobre a potencialidade de indicadores antropomeacutetricos em predizer doenccedilas
cardiovasculares e identificou a RCEst como variaacutevel de melhor desempenho A
RCEst apresentou maiores ASC quando comparada ao IMC ou CC Os dados
analisados foram de quatorze paiacuteses diferentes e incluiacuteram caucasianos asiaacuteticos e
da Ameacuterica Central Segundo os autores uma RCEst ge 05 eacute capaz de identificar
fatores de risco cardiovasculares Esse ponto de corte eacute inferior aos encontrados para
homens e mulheres no presente estudo significando que o ponto de corte encontrado
pode diagnosticar risco cardiovascular e consequentemente a presenccedila de
hipertensatildeo
Outros autores afirmam essa hipoacutetese relacionada aos valores limites para
RCEst em diversas populaccedilotildees e indicaram que um ponto de corte de 05 eacute o valor
mais indicado para ambos os sexos todas as idades e diferentes populaccedilotildees899315
Com relaccedilatildeo agrave especificidade a variaacutevel com maior valor foi o IMC
independentemente do sexo Nas mulheres o ponto de corte sugerido foi 2679 kgm2
e nos homens 2420 kgm2 O valor da especificidade foi de 548 para ambos os
sexos o qual possibilita determinar corretamente a ausecircncia de hipertensatildeo arterial
Sendo assim este estudo sugere que o IMC natildeo foi o melhor preditor de hipertensatildeo
arterial
O estudo de Leal Neto et al (2013)85 tambeacutem testou a capacidade de
indicadores antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial em idosos
sugeriu como pontos de corte para IMC valores de 247 kgm2 igual ao encontrado no
presente estudo e de 273 kgm2 nuacutemero superior que aos dados do presente
trabalho para homens e mulheres respectivamente
Em outro estudo realizado com 19621 homens e mulheres com faixa etaacuteria de
45-80 anos a meacutedia da idade foi de 598 anos para os homens e 585 anos para as
mulheres O ponto de corte adequado de IMC foi de 23 kgm2 em homens e 24 kgm2
em mulheres Os pontos de corte de CC foram 80 cm e 78 cm em homens e mulheres
respectivamente Os achados do presente estudo foram superiores a esses
32
resultados todavia deve ser considerado que a populaccedilatildeo alvo foi diferente e com
idade menor da populaccedilatildeo pesquisada no presente trabalho87
Com relaccedilatildeo agrave CC o ponto de corte identificado para a prediccedilatildeo de hipertensatildeo
arterial nas mulheres foi superior ao dos homens Contudo os valores de sensibilidade
e especificidade desses pontos de corte foram maiores entre os homens o que pode
indicar que o poder preditivo da CC para a hipertensatildeo arterial eacute melhor para o sexo
masculino Quanto menor o ponto de corte maior seraacute a habilidade do teste em
classificar os doentes como positivos isto eacute maior seraacute a sensibilidade76 Os pontos
de corte dos homens foram em sua maioria menores em comparaccedilatildeo aos das
mulheres
Tais resultados satildeo contraacuterios aos achados do estudo de Kashihara et al
(2009)94 com indiviacuteduos de 30-74 anos que comparou paciente com hipertensatildeo e sem
hipertensatildeo Em seus pontos de corte de CC para os homens foram superiores aos
pontos de corte definidos para as mulheres e os valores de sensibilidade e
especificidade foi maior nas mulheres para identificar risco cardiovascular Poreacutem a
idade foi menor ao proposto no presente estudo
Outro estudo que contraria tais resultados quanto ao ponto de corte da CC foi
o de Haun Pitanga e Lessa (2009)16 que foi superior para os homens enquanto o
niacutevel de sensibilidade e especificidade foi igual aos nossos achados Poreacutem esse
estudo foi realizado com indiviacuteduos de idade entre 30-74 anos e discriminou risco
coronariano elevado
Quanto ao Iacutendice C no presente estudo o ponto de corte sugerido foi de 126
nas mulheres (sensibilidade 541 e especificidade 452) e 129 para os homens
(sensibilidade 574 e especificidade 456)
Diferentemente do resultado encontrado no presente estudo Pitanga e Lessa
(2005)56 sugeriram como o melhor ponto de corte para risco coronariano com o iacutendice
C 118 para mulheres apresentando valores de sensibilidade (7339) e
especificidade (6115) Para os homens o ponto de corte foi de 125 com valores de
sensibilidade (7391) e especificidade (7492) Tais pontos de corte foram para
indiviacuteduos adultos por esse motivo foram mais baixos que os achados do presente
trabalho Deve-se considerar que existem modificaccedilotildees na composiccedilatildeo corporal com
o processo do envelhecimento o que poderia alterar os pontos de corte para as essas
medidas antropomeacutetricas
33
Em outro estudo com os mesmo autores foram apresentados outros pontos de
corte comparando diferentes faixas etaacuterias Para as mulheres de 30-49 anos o melhor
ponto de corte foi o mesmo (118) com melhor sensibilidade (7857) e
especificidade (6524) e tambeacutem melhor aacuterea sob a curva ROC 081 (IC95 = 070-
092) Entre as de idade mais avanccedilada (50-74 anos) o melhor ponto de corte
sugerido foi 122 com sensibilidade (6000) e especificidade (6582) e aacuterea sob a
curva ROC 065 (IC 95 = 058-073) Portanto o iacutendice C apresentou melhor poder
discriminatoacuterio de RCEst para as mulheres mais jovens64
Almeida Almeida e Arauacutejo (2009)58 conduziram uma pesquisa com mulheres
de 30 e 69 anos buscando avaliar o desempenho de diferentes pontos de corte do
iacutendice C RCQ CC e RCEst para discriminar Risco Coronariano Elevado e o ponto de
corte encontrado para o Iacutendice C foi (125) proacuteximo ao ponto de corte para mulheres
nos nossos achados Dessa forma tais autores afirmaram que os indicadores
antropomeacutetricos de obesidade abdominal analisados tiveram desempenhos
satisfatoacuterios e similares para discriminar RCEst poreacutem o iacutendice C foi o que
apresentou o melhor poder discriminatoacuterio
As informaccedilotildees sobre o iacutendice C satildeo limitadas quanto agrave discussatildeo do ponto de
corte para hipertensatildeo arterial principalmente por encontrar poucos estudos sobre
essa medida como referecircncia para idosos Pitanga e Lessa (2004)55 relatam como
uma limitaccedilatildeo para a utilizaccedilatildeo do Iacutendice C em estudos populacionais a dificuldade de
se calcular o denominador da equaccedilatildeo proposta para sua determinaccedilatildeo
O excesso de gordura em geral estaacute associado ao aparecimento de doenccedilas
cardiovasculares hipertensatildeo arterial e mortalidade a definiccedilatildeo de pontos de corte
para iacutendices que se destacam por sua simplicidade operacional e boa acuraacutecia
permite a detecccedilatildeo dos indiviacuteduos sob risco sendo de grande utilidade nos serviccedilos
de atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede aleacutem de possibilitar o conhecimento da situaccedilatildeo de
grupos populacionais especiacuteficos frente a esses riscos quando empregados na
pesquisa epidemioloacutegica
No contexto das cidades de pequeno porte (rurais e urbanas) os recursos de
sauacutede satildeo muitas vezes limitados e escassos sendo importante a utilizaccedilatildeo desses
iacutendices antropomeacutetricos como substituiccedilatildeo eou apoio a avaliaccedilatildeo tradicional da
pressatildeo arterial Em vaacuterias conjunturas de sauacutede a alta demanda de paciente com
hipertensatildeo arterial exige a utilizaccedilatildeo de instrumentos de diagnoacutesticos e rastreamento
34
de raacutepida e faacutecil aplicaccedilatildeo que possam ser manejados por diferentes profissionais e
que sobretudo apresentem validade e fidedignidade A adequada validaccedilatildeo de
instrumentos e conhecimento de suas propriedades teacutecnicas na populaccedilatildeo brasileira
tambeacutem deve contribuir com a seleccedilatildeo de prioridades e delimitaccedilatildeo do conteuacutedo dos
programas de sauacutede pelos tomadores de decisatildeo em diferentes niacuteveis de gestatildeo
35
7 CONCLUSAtildeO
As anaacutelises dos dados permitem frente aos objetivos estabelecidos formular
as seguintes conclusotildees Quanto ao poder de discriminaccedilatildeo de iacutendices
antropomeacutetricos para a hipertensatildeo arterial em idosos os iacutendices antropomeacutetricos
(IMC RCEst e Iacutendice C) foram bons preditores de hipertensatildeo arterial para os homens
Dessa forma tais iacutendices podem ser empregados nos homens poreacutem tais medidas
natildeo foram satisfatoacuterias para predizer pressatildeo arterial elevada nas mulheres idosas
limitando a sua utilizaccedilatildeo para o sexo feminino com idades avanccediladas
O melhor ponto de corte para discriminar hipertensatildeo arterial foi 054 para a
RCEst nos homens dessa forma tal ponto de corte deve ser empregada no contexto
da atenccedilatildeo primaacuteria nos homens Sugere-se a utilizaccedilatildeo dessa medida a fim de
detectar e realizar a triagem da hipertensatildeo arterial com caracteriacutesticas similares agrave
amostra deste estudo
Recomenda-se que a utilizaccedilatildeo de dois iacutendices simultaneamente resulte em
uma maior eficiecircncia na avaliaccedilatildeo do risco de hipertensatildeo arterial em idosos A
indicaccedilatildeo destas medidas permite que ela seja realizada nas Unidades de Sauacutede da
Famiacutelia como meacutetodo de triagem para idosos com hipertensatildeo arterial utilizando
materiais de faacutecil manejo e de baixo custo
Dessa forma pode-se efetivamente atingir uma das estrateacutegias de prevenccedilatildeo
da hipertensatildeo arterial sistecircmica que eacute o controle da pressatildeo arterial durante o
envelhecimento Todavia sugere-se cautela na utilizaccedilatildeo do ponto de corte desses
indicadores para as mulheres pois os resultados natildeo foram satisfatoacuterios
Fica evidente a necessidade de outros estudos que identifiquem pontos de
corte de iacutendices antropomeacutetricos visando agrave detecccedilatildeo de hipertensatildeo arterial e de
outros fatores de risco cardiovascular nas mulheres idosas que residem em cidades
de pequeno porte
36
8 REFEREcircNCIAS
1 Omram AR The epidemiologic transition a theory of the epidemiology of population change Milbank Memorial Fund Quarterly 1971 49 (Part 1) 509-538
2 Wong LR Carvalho JM Age-strucutural transition in Brazil demographic bonuses and emerging challenges In Pool I Wong LLR Vilquin E editores Age-structural transitions challenges for development Paris Committee for International Cooperation in National Research in Demography 2006
3 Gragnolati M Jorgensen OH Rocha R Fruttero AA Envelhecendo em um Brasil mais Velho implicaccedilotildees do envelhecimento populacional sobre o crescimento econocircmico reduccedilatildeo da pobreza financcedilas puacuteblicas prestaccedilatildeo de serviccedilos Banco Internacional para a Reconstruccedilatildeo e o Desenvolvimento Banco Mundial 2011
4 Schmidt MI Duncan BB Silva GA et al Health in Brazil 4 Chronic non-communicable diseases in Brazil burden and current challenges The Lancet 2011 377
5 Ezzati M Hoorn SV Rodgers A et al Comparative Risk Assessment Collaborating Group Selected major risk factors and global and regional burden of disease Lancet 2002 360 1347-60
6 Lim SS Vos T Flaxman AD et al A comparative risk assessment of burden of disease and injury attributable to 67 risk factors and risk factor clusters in 21 regions 1990-2010 a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2010 Lancet 2012 380 (9859)2224-60
7 Sociedade Brasileira de Cardiologia Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Sociedade Brasileira de Nefrologia VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 2010 95(1) 1-51
8 Miranda DR Perrotti TC Bellinazzi VR et al Hipertensatildeo arterial no idoso peculiaridades na fisiopatologia no diagnoacutestico e no tratamento Rev Bras Hipertens 2002 9 293-300
9 Pilger C Menon MU Mathias TAF Caracteriacutesticas sociodemograacuteficas e de sauacutede de idosos contribuiccedilotildees para os serviccedilos de sauacutede Rev Latino-Am Enfermagem 2011 19(5)1230-1238
10 Pilger C Menon MU Mathias TAF Utilizaccedilatildeo de serviccedilos de sauacutede por idosos vivendo na comunidade Rev esc enferm USP 2013 47(1)213-220
11 Mariath AB Grillo LP Silva RO et al Obesidade e fatores de risco para o desenvolvimento de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis entre usuaacuterios de unidade de alimentaccedilatildeo e nutriccedilatildeo Cad Sauacutede Puacuteblica 2007 23 (4) 897-905
37
12 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Diretrizes e recomendaccedilotildees para o cuidado
integral de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis promoccedilatildeo da sauacutede vigilacircncia prevenccedilatildeo e assistecircncia Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2008
13 Kuumlmpe DA Sodreacute AC Pomatti DM et al Obesidade em Idosos Acompanhados
pela Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia Texto Contexto Enferm Florianoacutepolis 2011 20(3) 471-7
14 Silva KS Farias Juacutenior JC Fatores de risco associados agrave pressatildeo arterial elevada em adolescentes Rev Bras Med Esporte 2007 13(4) 237-40
15 Pitanga FJG Lessa I Razatildeo cintura-estatura como discriminador do risco
coronariano de adultos Rev Assoc Med Bras 2006 52157-61
16 Haun DR Pitanga FJG Lessa I Razatildeo CinturaEstatura comparado a outros indicadores antropomeacutetricos de obesidade como preditor de risco coronariano elevado Rev Assoc Med Bras [online] 2009 55(6) 705-711
17 Nascimento CM Ribeiro AQ SantrsquoAna LFR et al Estado nutricional e condiccedilotildees de sauacutede da populaccedilatildeo idosa brasileira revisatildeo da literatura Rev meacuted Minas Gerais 2011 21(2)174-180
18 Gomes MA Beck cc Duarte MFS et al Ficha Antropomeacutetrica no Nuacutecleo de Apoio a Sauacutede da Famiacutelia o que medir e para que medir Rev bras cineantropom desempenho hum 2009 11(2) 243-253
19 Azevedo LF Oliveira ACC Lima JRP et al Recomendaccedilotildees sobre condutas e procedimentos do profissional de educaccedilatildeo fiacutesica na atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede Rio de Janeiro CONFEF 2010 109-55
20 World Health Organization World health statistics 2012 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghopublicationsworld_health_statistics2012enindexhtmlgt [2012 set 18]
21 World Health Organization Global health risks mortality and burden of disease attributable to selected major risks Geneva World Health Organization 2009a
22 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Panorama da sauacutede brasileira em muacuteltiplos aspectos Percepccedilatildeo do estado de sauacutede estilo de vida e doenccedila crocircnica Pesquisa Nacional de Sauacutede 2013
23 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Pesquisa Nacional por Amostra
de Domiciacutelios 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapesquisaspesquisa_resultadosphpid_pesquisa=149gt[2014 dez 04]
24 Tribess S Virtuoso Junior JS Prescriccedilatildeo de exerciacutecios fiacutesicos para idosos Rev saudecom 2005 1(2)163-72
38
25 Pollock ML Wilmore JH Exerciacutecio na Sauacutede e na Doenccedila avaliaccedilatildeo e prescriccedilatildeo para prevenccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo Editora MEDSI 2ordf ed Rio de Janeiro 1993
26 Sociedade Brasileira de Cardiologia V Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 20061-48
27 World Health Organization Global Health Observatory (GHO) 2014 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghoncdrisk_factorsblood_pressure_prevalence_textengt [2014 dez 04]
28 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Secretaria de Atenccedilatildeo baacutesica agrave Sauacutede Departamento de atenccedilatildeo baacutesica - Hipertensatildeo arterial sistecircmica Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2006
29 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) (2009) Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeGestorvisualizar_textocfmidtxt=24421gt [2010 abr 07]
30 Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Nuacutemero de hipertenso 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwsbhorgbripadgeralphpgt [09 nov 2014]
31 Secretaria de Sauacutede do Estado da Bahia Hipertensatildeo Quantidade de Hipertensos na Bahia Disponiacutevel em (2014) lthttpwwwsaudebagovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=4418ampcatid=1ampItemid=14gt [2014 jan 10]
32 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica 2014 Dados de mortalidade na Bahia Disponiacutevel em lthttptabnetdatasusgovbrcgitabcgiexesiabcnvSIABSBAdefgt [2014 mai 05]
33 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica Dados sociodemograacuteficos de Ibicuiacute 2014 lthttptabnetdatasusgovbrcgideftohtmexesiabcnvSIABFBAdefgt [2014 jan 05]
34 Williams B The year in hypertension JACC 2010 55(1) 66-73
35 Lipp M Rocha JC Stress Hipertensatildeo Arterial e Qualidade de vida um guia de tratamento para o hipertenso Campinas Papirus 1996
36 Borenstein MS (Org) Manual de Hipertensatildeo Arterial Porto Allege Editora Sagra Luzzatto 1999
37 Joint National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure The Sixth Report of the Join National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure Arch Intern Med 1997157 2413-2446
39
38 Mitchell GF Parise H Benjamin EJ et al Changes in arterial stiffness and wave reflection with advancing age in health men and women Hypertension 2004 431239-1245
39 Matos AC Ladeia AM Avaliaccedilatildeo de fatores de risco cardiovascular em uma comunidade rural da Bahia Arq Bras Cardiol 2003 81(3) 291-6
40 World Health Organization Who Expert Committee on Physical Status the use and interpretation of antropometry Report of a WHO Expert Commitee Geneva WHO 1995 p 854
41 Pitanga FJG Antropometria na avaliaccedilatildeo da obesidade abdominal e risco coronariano Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum 201113(3) 238-241
42 Ferreira LS Amaral TF Marucci MFN et al Under nutrition as a major risk factor for death among older Brazilian adults in the community-dwelling setting SABE survey Nutrition 201127(10)17-22
43 Andrade FB Caldas Junior AF Kitoko PM et al Prevalence of overweight and obesity in elderly people from Vitoacuteria-ES Brazil Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2012 set17(3)749-756
44 Boscatto EC Duarte Mde F Coqueiro Rda S Barbosa AR Nutritional status in the oldest elderly and associated factors Rev Assoc Med Bras 2013 59(1)40-47
45 Kostka J Borowiak E Kostka T Nutritional status and quality of life in different
populations of older people in Poland Eur J Clin Nutr 2014 Nov68(11)1210-5
46 Silva DAS Petroski EL Associaccedilatildeo de diferentes pontos de corte para sobrepeso e obesidade com pressatildeo arterial elevada em idosas Rev Educ Fis UEM 2009 20 415-22
47 Nutrition Screening Initiative Interventions manual for professionals caring for older Americans Washington DC Nutrition Screening Initiative 1992
48 World Health Organization Obesity preventing and managing the global epidemic Report of a WHO Consultation on Obesity Geneva World Health Organization 1998
49 Cameron AJ Dunstan DW Owen N et al Health and mortality consequences
of abdominal obesity evidence from the Aus Diab study Med J Aust 2009191 202ndash208
50 Fox KA Despres JP Richard AJ et al Does abdominal obesity have a similar impact on cardiovascular disease and diabetes A study of 91246 ambulant patients in 27 European countries Eur Heart J 2009 30 3055ndash3063
40
51 Pouliot MC Despreacutes JP Lemieux S et al Waist circumference and abdominal sagittal diameter Best simple anthropometric indexes of abdominal visceral adipose tissue accumulation and related cardiovascular risk in men and woman Am J Cardiology 1994 73 460-468
52 Peixoto MRG Beniacutecio MHD Latorre M et al Circunferecircncia da Cintura e Iacutendice de massa Corporal como Preditores da Hipertensatildeo Arterial Arq Bras Cardiol 200687 462-470
53 MacKay MF Haffner SM Wagenknecht LE et al Prediction of type 2 diabetes using alternate anthropometric measures in a multiethnic cohort the insulin resistance atherosclerosis study Diabetes Care 200932(5)956-8
54 Valdez R A simple model-based index of abdominal adiposity J Clin Epidemiol1991 44(9) 955-6
55 Pitanga FJG Lessa I Sensibilidade e especificidade do iacutendice de conicidade como discriminador do risco coronariano de adultos em Salvador Brasil Rev Bras Epidemiol 20047(3)259-69
56 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano elevado em adultos na cidade de Salvador - Bahia Arq Bras Cardiol 2005 85 (1)26-31
57 Ghosh JR Bandyopadhyay AR Comparative evaluation of obesity measures relationship with blood pressures and hypertension Singapore Med J 200748(3) 232-5
58 Almeida RT Almeida MMG Araujo TM Obesidade abdominal e risco cardiovascular desempenho de indicadores antropomeacutetricos em mulheres Arq Bras Cardiol 2009 out92(5)375-380
59 Freitas Juacutenior Costa Rosa CS Codogno JS et al Capacidade cardiorrespiratoacuteria e distribuiccedilatildeo de gordura corporal de mulheres com 50 anos ou mais Rev Esc Enferm USP 2010 44(2) 395-400
60 Matos LN Giorelli GV Dias CB Correlation of anthropometric indicators for identifying insulin sensitivity and resistance Satildeo Paulo Med J [online] 2011 129(1) 30-35
61 Gomes MA Rech CR Gomes MBA et al Correlaccedilatildeo entre iacutendices antropomeacutetricos e distribuiccedilatildeo de gordura corporal em mulheres idosas Rev bras cineantropom desempenho hum 2006 set 8(3) 16-22
62 Tarastchuk JCE Gueacuterios EE Bueno RRL et al Obesidade e intervenccedilatildeo coronariana devemos continuar valorizando o Iacutendice de Massa Corpoacuterea Arq Bras Cardiol [online] 2008 90(5) 311-316
41
63 Ferreira AP CB Ferreira VC Souza et al Risco de distuacuterbio glicecircmico em mulheres idosas ajustado por antropometria e genoacutetipos de citocinas Rev Assoc Med Bras [online] 201157(5) 565-569
64 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano em mulheres Rev Bras Cineantrop Desempenho Hum 2006 8 (1) 14-21
65 Newman TB Browner WS Cummings SR Delineando estudos de testes meacutedicos In Hulley SB et al Delineando a pesquisa cliacutenica uma abordagem epidemioloacutegica 2 ed Porto Alegre Artmed 2003 203-224
66 Toscano CM As campanhas nacionais para detecccedilatildeo das doenccedilas crocircnicas natildeo-transmissiacuteveis diabetes e hipertensatildeo arterial Ciecircnc sauacutede Coletiva out-dez 2004 9(4) 885-895
67 Fletcher RH Fletcher SW Prevenccedilatildeo In Fletcher R Fletcher S Epidemiologia
cliacutenica elementos essenciais 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 2006 179-201
68 Jeckel J Elmore J Katz D Meacutetodos de prevenccedilatildeo secundaacuteria In _____ Epidemiologia bioestatiacutestica e medicina preventiva 2 ed Porto Alegre Artmed 2005 236-247
69 Klein CH Bloch KV Estudos seccionais In Medronho RA Carvalho DM Bloch KV Luiz RR Werneck GL Epidemiologia 1ordf ed Satildeo Paulo Editora Atheneu 2002 125-150
70 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Resoluccedilatildeo nordm- 6 de 3 de novembro de 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcenso2010ibgegovbrdados_divulgadosindexphpuf=29gt[201 dez 18]
71 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica ndash Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais (2014) Disponiacutevel em lthttpcodibgegovbr398G9gt [2014 ago 30]
72 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230gt [2013 mai 01]
73 Luiz RR Magnanini MMF A loacutegica da determinaccedilatildeo do tamanho da amostra em investigaccedilotildees epidemioloacutegicas Cad sauacutede coletiva Rio de Janeiro 2000 8(2) 9-28
74 Reis MC Nascimento RAS Pedreira RBS et al Validaccedilatildeo de Face e Clareza do Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede dos Idosos ndash IASI [resumo] in Anais do XIX Congresso Brasileiro Geriatria e Gerontologia Beleacutem 2014 296-296
75 Lohman TG Roche AF Martorell R Anthropometric Standardization Reference Manual Champaign Illinois Human Kinetics 1988
42
76 Vaz JCL Regiotildees de Incerteza para Curva ROC em Teste Diagnoacutesticos
[dissertaccedilatildeo] Satildeo Carlos Universidade Federal de Satildeo Carlos 2009
77 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de 2012
78 Erdreich LS Lee ET Use of relative operating characteristic analysis in epidemiology A method for dealing with subjective judgement Am J Epidemiol 1981 114649-62
79 Aekplakorn W Pakpeankitwatana V Lee CM et al Abdominal obesity and coronary heart disease in Thai men Obesity 200715(4)1036-42
80 Oliveira MAM Fagundes RLM Moreira EAM et al Relaccedilatildeo de Indicadores Antropomeacutetricos com Fatores de Risco para Doenccedila Cardiovascular Arq Bras Cardiol 2010 abr 94(4) 478-485
81 Mendes TAB Goldbaum M Segri NJ et al Factors associated with the prevalence of hypertension and control practices among elderly residents of Satildeo Paulo city Brazil Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(11) 2275-2286
82 Oliveira BFA Souza Mouratildeo D Gomes N et al Prevalecircncia de hipertensatildeo arterial em comunidades ribeirinhas do Rio Madeira Amazocircnia Ocidental Brasileira Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(8) 1617-1630
83 Picon RV Fuchs FD Moreira LB et al Prevalence of Hypertension Among Elderly Persons in Urban Brazil A Systematic Review With Meta-Analysis Am J Hypertens 2013 26 (4) 541-548
84 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Pessoa Idosa e Envelhecimento Seacuteries Pactos pela Sauacutede 2006 v 12 Brasiacutelia ndash DF 2010
85 Leal Neto JS Souza J Coqueiro RS et al Anthropometric indicators of obesity as screening tools for high blood pressure in the elderly Int J Nurs Pract 2013 Aug 19(4) 360-367
86 Schisterman EF Faraggi D Reiser B Trevisan M Statistical inference for the area under the receiver operating characteristic curve in the presence of random measurement error Am J Epidemiol 2001 154 (2) 174-9
87 Samsen M Hanchaiphiboolkul S Puthkhao P et al Appropriate body mass index and waist circumference cutoffs for middle and older age group in Thailand data of 19621 participants from Thai epidemiologic stroke (TES) study J Med Assoc Thai 2012 Sep 95(9)1156-66
88 Ko GTC Chan JCN Cockram CS Woo J Prediction of hypertension diabetes dyslipidemia or albuminuria using simple anthropometric indexes in Hong Kong Chinese Int J Obes 1999 23 (11) 1136-42
43
89 Lin WY Lee LT Chen CY et al Optimal cut-off values for obesity using simple anthropometric indices to predict cardiovascular risk factors in Taiwan Int J Obes Relat Metab Disord 2002261232-8
90 Pua YH Ong PH Anthropometric indices as screening tools for cardiovascular risk factors in Singaporean women Asia Pac J Clin Nutr 2005 14 (1) 74-9
91 Berber A Goacutemez-Santos R Fanghaumlnel G Saacutenchez-Reyes L Anthropometric
indexes in the prediction of type 2 diabetes mellitus hypertension and dyslipidaemia in a Mexican population Int J Obes 200125(12)1794-9
92 Browning LM Hsieh SD Ashwell M A systematic review of waist-to-height ratio
as a screening tool for the prediction of cardiovascular disease and diabetes 05 could be a suitable global boundary value Nutr Res Rev 2010 23(2)247-69
93 Bertsias G Mammas I Linardakis M Kafatos A Overweight and obesity in
relation to cardiovascular disease risk factors among medical students in Crete Greece BMC Public Health 2003 31-9
94 Kashihara H Lee JS Kawakubo K et al Criteria of Waist Circumference According to Computed Tomography-Measured Visceral Fat Area and the Clustering of Cardiovascular Risk Factors Circ J 2009 73 1881-1886
44
APEcircNDICES
45
Apecircndice 1
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
46
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS
PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE SAUacuteDE
DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE
Jequieacute ____ ____ 201__
APEcircNDICE 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Vocecirc esta sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa do Nuacutecleo de
Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo (NESP) da Universidade Estadual do Sudoeste da
Bahia
Objetivo do estudo Avaliar e monitorar as condiccedilotildees de sauacutede de idosos residentes
em comunidade
Participaccedilatildeo Ao aceitar participar do estudo estarei agrave disposiccedilatildeo do pesquisador
para responder ao formulaacuterio que seraacute arquivado pelo autor por um periacuteodo de cinco
anos sendo posteriormente incinerado
Riscos Este estudo natildeo traraacute riscos para minha integridade fiacutesica ou moral dos
participantes
Confidencialidade do estudo Seraacute garantida a privacidade o anonimato bem como
o direito de aceitar ou natildeo participar da pesquisa podendo ser essa autorizaccedilatildeo
suspensa em qualquer fase do estudo Assim as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo
4662012 do Conselho Nacional de Sauacutede que discorre sobre pesquisa envolvendo
seres humanos seratildeo atendidas Os resultados seratildeo publicados no relatoacuterio final da
dissertaccedilatildeo e artigos cientiacuteficos
47
Benefiacutecios Accedilotildees interinstitucionais articuladas promovidas numa perspectiva
interdisciplinar possibilitaratildeo uma melhor compreensatildeo das condiccedilotildees de sauacutede dos
idosos residentes em comunidade do municiacutepio e contribuiraacute para a formulaccedilatildeo de
accedilotildees direcionadas as necessidades dessa populaccedilatildeo
Danos advindos da pesquisa Caso haja algum prejuiacutezo decorrente da realizaccedilatildeo
deste estudo seraacute providenciada a devida reparaccedilatildeo dos danos atraveacutes do
responsaacutevel pelo estudo O pesquisador e os entrevistados natildeo receberatildeo benefiacutecios
financeiros para participaccedilatildeo no estudo Todas as despesas seratildeo por conta do
pesquisador
Participaccedilatildeo voluntaacuteria Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria podendo a qualquer
momento desistir do estudo sem qualquer prejuiacutezo ou penalidade para mim
Consentimento para participaccedilatildeo Apoacutes ser devidamente esclarecido (a) quanto
aos objetivos deste estudo dos procedimentos aos quais serei submetido (a) bem
como dos possiacuteveis riscos decorrentes da minha participaccedilatildeo estou de acordo em
participar do mesmo O pesquisador responsaacutevel pelo estudo assegura que seraacute
disponibilizado qualquer esclarecimento adicional que eu venha a solicitar durante a
realizaccedilatildeo da pesquisa e o direito de desistir da participaccedilatildeo em qualquer momento
Em casos de duacutevidas eou problemas referentes ao estudo vocecirc poderaacute
entrar em contato com o autor atraveacutes do Nuacutecleo de Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo
(NESP) (73) 3528-9721
Sendo assim eu ______________________________________________
aceito livremente participar do Projeto MONIDI
__________________________________ __________________________________
Assinatura do (a) participante
RG _________________________
Assinatura do (a) pesquisador
RG_________________________
48
Apecircndice 2
Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede do Idoso
49
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS
PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE
SAUacuteDE DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE
Nuacutemero do Questionaacuterio |__|__|__|
Nome do Entrevistador ___________________________
Visita 1 2 3
Data Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Hora de iniacutecio ________
Hora de teacutermino ________
I INFORMACcedilOtildeES PESSOAIS E SOCIODEMOGRAacuteFICAS
1 Nome do entrevistado
2Sexo
0 ( ) Feminino
1 ( ) Masculino
3 Endereccedilo completotelefone
4 Idade ____ anos
41 Data de Nascimento
____________
50
5 Situaccedilatildeo conjugal atual
1 ( ) Casado(a) 2 ( ) Uniatildeo estaacutevel 3 ( ) Solteiroa
4 ( ) Divorciado(a)separado(a)desquitado(a) 5 ( ) Viuacutevoa
6 No total quantas vezes o (a) Sr(a) esteve casado(a) ou em uniatildeo
Nordm de vezes |___|___|
7 Na escola qual a uacuteltima seacuterie grau que concluiu com aprovaccedilatildeo
1 - Nunca foi agrave escola ( ) 4 - Fundamental II ( )5 a ( )6 a ( )7 a ( )8 a
2 - Lecirc e escreve o nome ( ) 5 - Ensino Meacutedio ( ) 1 a ( )2 a ( )3
3 - Fundamental I ( )1 a ( )2 a 6 - Superior ( ) completo ( ) incompleto
( )3 a ( )4 a
8 Como vocecirc classificaria a cor da sua pele
1( ) Branca 2( ) Amarela (oriental) 3( ) Parda
4( ) Origem indiacutegena 5( ) Preta 9( ) Natildeo sabe
9 Cor da pele (entrevistador)
1( ) branca 2( ) amarela (oriental) 3( ) parda
4( ) origem indiacutegena 5( ) preta
10-Quantos filhos e filhas nascidos vivos o(a)Sr(a) teve (natildeo inclua enteados filhos
adotivos abortos ou filhos nascidos mortos)
Nuacutemero de filhos |____|____| (98) NS (99) NR
11 Atualmente o senhor (a) mora sozinho ou acompanhado
1( )Acompanhado 2( ) Sozinho 3( ) NR 4( )NS
51
12 Desde que o senhor (a) nasceu viveu no campo por 5 anos ou mais
0( ) Natildeo 1( ) Sim 2( ) NS 3( ) NR
13 Qual eacute a sua religiatildeo
1( ) Catoacutelica 2( ) Protestante 3( ) Judaica
4( ) Espiacuteritakardecista 5( ) Umbanda 6( ) Outras ____________
14 Qual a importacircncia da religiatildeo em sua vida
(1) Importante (2) Regular (3) Nada importante (8) NS (9) NR
15 Com que frequecircncia o senhor vai agrave igreja ou ao serviccedilo religioso
( ) Nunca ( ) Vaacuterias vezes por ano ( ) Uma duas vezes por mecircs
( ) Quase toda semana ( ) Mais de uma vez por semana ( ) NS ( ) NR
16 Quanto vocecirc ganha em meacutedia por mecircs R$ __________8( )Natildeo se aplica
II A CONSUMO DE AacuteLCOOL E TABACO
Uso de bebidas alcooacutelicas
1 Vocecirc consome bebidas alcooacutelicas Se vocecirc NAtildeO BEBE siga para o bloco III C
0 ( )sim 1( ) natildeo
2 Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
3 As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
4 Sente-se chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
5 Costuma beber pela manhatilde para diminuir o nervosismo ou a ressaca
0 ( ) sim 1( ) natildeo
Haacutebito de fumar
1 Vocecirc jaacute foi fumante 0 ( ) sim 1( ) natildeo
52
2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco
III C
3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros
4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias
III ANTROPOMETRIA
MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS
ESTATURA
MASSA CORPORAL
CIRCUNFEREcircNCIA
DE CINTURA
IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL
MEDIDA 01 02 03
Pressatildeo arterial
sistoacutelica
Pressatildeo arterial
diastoacutelica
53
ANEXOS
54
Anexo 1
Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos
55
56
27
Os valores dos pontos de corte dos iacutendices antropomeacutetricos como preditores
de hipertensatildeo arterial e suas respectivas sensibilidade e especificidade (mais
adequado equiliacutebrio entre si) satildeo apresentados na Tabela 7 Observa-se que entre
os iacutendices antropomeacutetricos a RCEst teve melhor percentual de sensibilidade e de
especificidade para discriminar a pressatildeo arterial elevada para os homens
Tabela 7 - Pontos de corte sensibilidade e especificidade dos iacutendices antropomeacutetricos para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial em idosos
Mulheres Homens PA elevada
Ponto de corte
Sensibilidade ()
Especificidade ()
Ponto de corte
Sensibilidade ()
Especificidade ()
IMC (kgm2)
2679 527 548 2420 527 548
CC (cm) 8750 577 457 8650 593 532 RCEst 059 568 430 054 648 456 Iacutendice C 126 541 452 129 574 456
IMC ndash Iacutendice de Massa Corporal CC ndash Circunferecircncia da Cintura RCEst ndash Razatildeo Cintura-Estatura Iacutendice C ndash Iacutendice de Conicidade
28
6 DISCUSSAtildeO
61 Aacutereas sob a Curva ROC
Este estudo teve como objetivo identificar a capacidade preditiva de iacutendices
antropomeacutetricos de obesidade geral e abdominal para discriminar a presenccedila de
hipertensatildeo arterial em idosos com foco de utilizaccedilatildeo no ambiente da estrateacutegia de
sauacutede da famiacutelia Nessa perspectiva surge uma proposta de triagem dos casos de
idosos com possiacuteveis alteraccedilotildees crocircnicas em sua pressatildeo arterial aleacutem de possibilitar
a discussatildeo sobre validaccedilatildeo de tais iacutendices para uso no contexto da sauacutede
Dessa forma recomenda-se a anaacutelise da sensibilidade e especificidade por
meio da construccedilatildeo de curvas ROC pois eacute a melhor opccedilatildeo para determinar pontos de
corte em estudos epidemioloacutegicos78 Essa anaacutelise permite fornecer a aacuterea sob a curva
que traduz o poder de discriminaccedilatildeo de um indicador para um determinado desfecho
e a identificaccedilatildeo do melhor ponto de corte
A proposta dessa pesquisa natildeo eacute excluir o diagnoacutestico meacutedico mas
proporcionar uma estrateacutegia mais abrangente a ser utilizada pelas USFs em parceria
entre os profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica e os profissionais de sauacutede no contexto da
atenccedilatildeo primaacuteria
Embora exista associaccedilatildeo entre sobrepesoobesidade e a pressatildeo arterial
elevada poucos estudos tecircm identificado pontos de corte de iacutendices antropomeacutetricos
que visem agrave detecccedilatildeo da hipertensatildeo arterial em idosos Diversos estudos tecircm
demonstrado que os iacutendices antropomeacutetricos satildeo bons indicadores de obesidade e
estatildeo relacionados a fatores de risco cardiovascular795880 Todavia a hipertensatildeo eacute
apontada como um dos principais fatores de risco cardiovasculares o que denota a
necessidade de um olhar diferenciado
A prevalecircncia de hipertensatildeo foi inferior agrave encontrada em outros estudos818283
Contudo diferenccedilas metodoloacutegicas nuacutemero de medidas realizadas e os diferentes
criteacuterios de referecircncia satildeo as principais causas da grande variabilidade nas
prevalecircncias de pressatildeo arterial elevada entre as investigaccedilotildees No presente estudo
29
optou-se por maior rigorosidade ao diagnosticar a pressatildeo arterial elevada
considerando a realizaccedilatildeo de trecircs medidas
Nessa amostra observou-se que a prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi
443 nas mulheres e 406 nos homens Demonstrando ser uma alta prevalecircncia
pois se trata de uma populaccedilatildeo que eacute influenciada diretamente pelo o aumento da
morbimortalidade durante o envelhecimento Estudos envolvendo idosos indicam que
a prevalecircncia da hipertensatildeo encontra-se entre 50-70 com o aumento da idade84
Poucos estudos epidemioloacutegicos foram conduzidos com o objetivo de identificar
e discriminar a capacidade de iacutendices antropomeacutetricos de obesidade para a pressatildeo
arterial elevada na populaccedilatildeo de idosos e principalmente utilizando o iacutendice C o
RCEst Um estudo realizado com a populaccedilatildeo de idosos utilizou o mesmo objetivo
poreacutem usou como ponto de corte o iacutendice de massa corporal e o iacutendice de adiposidade
corporal85 Entretanto faz-se necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de outros iacutendices para identificar
hipertensatildeo arterial em idosos
De acordo com os resultados do presente estudo somente alguns dos
indicadores antropomeacutetricos apresentaram capacidade preditiva para a hipertensatildeo
arterial em idosos de acordo com limite inferior do intervalo de confianccedila de 9586
Dessa forma foi observado que a RCEst e IMC para os homens mostraram-se com
bom poder de detecccedilatildeo para a hipertensatildeo arterial pois obtiveram maiores valores
sob a curva para esse desfecho
Em 2013 Leal Neto et al85 identificaram em seus resultados que o IMC e o
iacutendice de adiposidade corporal foram os melhores indicadores preditivos de
hipertensatildeo arterial nos idosos em ambos os sexos independentemente de outros
fatores tais como idade tabagismo consumo de aacutelcool e atividade fiacutesica
No presente estudo os principais indicadores que tiveram uma boa aacuterea sob a
curva foram o IMC RCEst e Iacutendice C com resultados de 060 IC95 (050-070) 061
IC95 (051-071) e 058 IC95 (058-068) respectivamente para homens
Nas mulheres tais iacutendices mostraram-se com menor poder discriminatoacuterio para
diagnosticar a hipertensatildeo arterial A HAS eacute um desfecho que pode ser influenciado
por fatores multicausais (hormonais estresse etc) Na anaacutelise do desempenho do
iacutendice antropomeacutetrico a loacutegica eacute unidirecional ou seja verificar o desempenho desses
iacutendices apenas como preditores de hipertensatildeo arterial foram mais satisfatoacuterios entre
os homens Os iacutendices podem interferir mas natildeo determinar a prevalecircncia da
30
hipertensatildeo Embora as mulheres tenham uma maior prevalecircncia essa natildeo eacute
determinada pelos iacutendices antropomeacutetricos no presente estudo
Tais resultados diferem do estudo realizado em 2012 por Samsen et al87 no
qual a circunferecircncia da cintura teve boa ASC nos homens = 0684 com IC95 (0672-
0695) e nas mulheres = 0673 IC95 (0665-0681) sendo o melhor indicador
significativamente (p lt0001) do que o IMC no qual a ASC em homens foi de = 0667
IC95 (0656-679) e nas mulheres = 0636 IC95 (0628-0644) em discriminaccedilatildeo
de pelo menos um fator de risco cardiovascular Isso se deve ao fato de tal estudo ter
sido realizado com uma abrangecircncia maior na faixa etaacuteria que foi de 45-80 anos
Uma possiacutevel limitaccedilatildeo para discussatildeo dos resultados desse estudo foi a faixa
etaacuteria restrita que natildeo incluiu idosos (igual ou acima de 60 anos) o que impossibilita
a triagem da pressatildeo arterial elevada nessa populaccedilatildeo
62 Iacutendices antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial
Nesse estudo a CC e RCEst foram as variaacuteveis com maiores valores absolutos
de sensibilidade para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial respectivamente para mulheres
e homens Tais resultados indicam as proporccedilotildees de verdadeiros positivos na
ocorrecircncia de hipertensatildeo arterial
Quanto ao ponto de corte do RCEst nas mulheres foi de 059 sendo 568 de
sensibilidade e 430 de especificidade Valores inferiores ao encontrado no presente
estudo para mulheres foram sugeridos em Taiwan (045) Cingapura (048) e na China
(050) No Brasil em 2009 Haun Pitanga e Lessa16 recomendaram para a RCEst
053 como melhor ponto de corte com sensibilidade (67) e especificidade (58) e
aacuterea sob a curva ROC de 069 (IC 95 = 064-075) Outro ponto de corte semelhante
ao observado no Brasil com mulheres mexicanas variou de 053 a 0535 para a
RCEst discriminar diabete tipo 2 hipertensatildeo e dislipidemias88899091
Os pontos de corte sugeridos por esses paiacuteses e no Brasil podem ter sido
inferiores por causa da abrangecircncia na faixa etaacuteria dos indiviacuteduos no qual incluiacuteram
mulheres de 30 a 74 anos como tambeacutem as caracteriacutesticas econocircmicas culturais e
31
de estilo de vida diferem da realidade das mulheres que residem em cidades de
pequeno porte Estudos que discriminem hipertensatildeo arterial principalmente em
idosos com RCEst satildeo escassos na literatura
Em 2010 Browning Hsieh e Ashwel92 realizaram uma revisatildeo sistemaacutetica
sobre a potencialidade de indicadores antropomeacutetricos em predizer doenccedilas
cardiovasculares e identificou a RCEst como variaacutevel de melhor desempenho A
RCEst apresentou maiores ASC quando comparada ao IMC ou CC Os dados
analisados foram de quatorze paiacuteses diferentes e incluiacuteram caucasianos asiaacuteticos e
da Ameacuterica Central Segundo os autores uma RCEst ge 05 eacute capaz de identificar
fatores de risco cardiovasculares Esse ponto de corte eacute inferior aos encontrados para
homens e mulheres no presente estudo significando que o ponto de corte encontrado
pode diagnosticar risco cardiovascular e consequentemente a presenccedila de
hipertensatildeo
Outros autores afirmam essa hipoacutetese relacionada aos valores limites para
RCEst em diversas populaccedilotildees e indicaram que um ponto de corte de 05 eacute o valor
mais indicado para ambos os sexos todas as idades e diferentes populaccedilotildees899315
Com relaccedilatildeo agrave especificidade a variaacutevel com maior valor foi o IMC
independentemente do sexo Nas mulheres o ponto de corte sugerido foi 2679 kgm2
e nos homens 2420 kgm2 O valor da especificidade foi de 548 para ambos os
sexos o qual possibilita determinar corretamente a ausecircncia de hipertensatildeo arterial
Sendo assim este estudo sugere que o IMC natildeo foi o melhor preditor de hipertensatildeo
arterial
O estudo de Leal Neto et al (2013)85 tambeacutem testou a capacidade de
indicadores antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial em idosos
sugeriu como pontos de corte para IMC valores de 247 kgm2 igual ao encontrado no
presente estudo e de 273 kgm2 nuacutemero superior que aos dados do presente
trabalho para homens e mulheres respectivamente
Em outro estudo realizado com 19621 homens e mulheres com faixa etaacuteria de
45-80 anos a meacutedia da idade foi de 598 anos para os homens e 585 anos para as
mulheres O ponto de corte adequado de IMC foi de 23 kgm2 em homens e 24 kgm2
em mulheres Os pontos de corte de CC foram 80 cm e 78 cm em homens e mulheres
respectivamente Os achados do presente estudo foram superiores a esses
32
resultados todavia deve ser considerado que a populaccedilatildeo alvo foi diferente e com
idade menor da populaccedilatildeo pesquisada no presente trabalho87
Com relaccedilatildeo agrave CC o ponto de corte identificado para a prediccedilatildeo de hipertensatildeo
arterial nas mulheres foi superior ao dos homens Contudo os valores de sensibilidade
e especificidade desses pontos de corte foram maiores entre os homens o que pode
indicar que o poder preditivo da CC para a hipertensatildeo arterial eacute melhor para o sexo
masculino Quanto menor o ponto de corte maior seraacute a habilidade do teste em
classificar os doentes como positivos isto eacute maior seraacute a sensibilidade76 Os pontos
de corte dos homens foram em sua maioria menores em comparaccedilatildeo aos das
mulheres
Tais resultados satildeo contraacuterios aos achados do estudo de Kashihara et al
(2009)94 com indiviacuteduos de 30-74 anos que comparou paciente com hipertensatildeo e sem
hipertensatildeo Em seus pontos de corte de CC para os homens foram superiores aos
pontos de corte definidos para as mulheres e os valores de sensibilidade e
especificidade foi maior nas mulheres para identificar risco cardiovascular Poreacutem a
idade foi menor ao proposto no presente estudo
Outro estudo que contraria tais resultados quanto ao ponto de corte da CC foi
o de Haun Pitanga e Lessa (2009)16 que foi superior para os homens enquanto o
niacutevel de sensibilidade e especificidade foi igual aos nossos achados Poreacutem esse
estudo foi realizado com indiviacuteduos de idade entre 30-74 anos e discriminou risco
coronariano elevado
Quanto ao Iacutendice C no presente estudo o ponto de corte sugerido foi de 126
nas mulheres (sensibilidade 541 e especificidade 452) e 129 para os homens
(sensibilidade 574 e especificidade 456)
Diferentemente do resultado encontrado no presente estudo Pitanga e Lessa
(2005)56 sugeriram como o melhor ponto de corte para risco coronariano com o iacutendice
C 118 para mulheres apresentando valores de sensibilidade (7339) e
especificidade (6115) Para os homens o ponto de corte foi de 125 com valores de
sensibilidade (7391) e especificidade (7492) Tais pontos de corte foram para
indiviacuteduos adultos por esse motivo foram mais baixos que os achados do presente
trabalho Deve-se considerar que existem modificaccedilotildees na composiccedilatildeo corporal com
o processo do envelhecimento o que poderia alterar os pontos de corte para as essas
medidas antropomeacutetricas
33
Em outro estudo com os mesmo autores foram apresentados outros pontos de
corte comparando diferentes faixas etaacuterias Para as mulheres de 30-49 anos o melhor
ponto de corte foi o mesmo (118) com melhor sensibilidade (7857) e
especificidade (6524) e tambeacutem melhor aacuterea sob a curva ROC 081 (IC95 = 070-
092) Entre as de idade mais avanccedilada (50-74 anos) o melhor ponto de corte
sugerido foi 122 com sensibilidade (6000) e especificidade (6582) e aacuterea sob a
curva ROC 065 (IC 95 = 058-073) Portanto o iacutendice C apresentou melhor poder
discriminatoacuterio de RCEst para as mulheres mais jovens64
Almeida Almeida e Arauacutejo (2009)58 conduziram uma pesquisa com mulheres
de 30 e 69 anos buscando avaliar o desempenho de diferentes pontos de corte do
iacutendice C RCQ CC e RCEst para discriminar Risco Coronariano Elevado e o ponto de
corte encontrado para o Iacutendice C foi (125) proacuteximo ao ponto de corte para mulheres
nos nossos achados Dessa forma tais autores afirmaram que os indicadores
antropomeacutetricos de obesidade abdominal analisados tiveram desempenhos
satisfatoacuterios e similares para discriminar RCEst poreacutem o iacutendice C foi o que
apresentou o melhor poder discriminatoacuterio
As informaccedilotildees sobre o iacutendice C satildeo limitadas quanto agrave discussatildeo do ponto de
corte para hipertensatildeo arterial principalmente por encontrar poucos estudos sobre
essa medida como referecircncia para idosos Pitanga e Lessa (2004)55 relatam como
uma limitaccedilatildeo para a utilizaccedilatildeo do Iacutendice C em estudos populacionais a dificuldade de
se calcular o denominador da equaccedilatildeo proposta para sua determinaccedilatildeo
O excesso de gordura em geral estaacute associado ao aparecimento de doenccedilas
cardiovasculares hipertensatildeo arterial e mortalidade a definiccedilatildeo de pontos de corte
para iacutendices que se destacam por sua simplicidade operacional e boa acuraacutecia
permite a detecccedilatildeo dos indiviacuteduos sob risco sendo de grande utilidade nos serviccedilos
de atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede aleacutem de possibilitar o conhecimento da situaccedilatildeo de
grupos populacionais especiacuteficos frente a esses riscos quando empregados na
pesquisa epidemioloacutegica
No contexto das cidades de pequeno porte (rurais e urbanas) os recursos de
sauacutede satildeo muitas vezes limitados e escassos sendo importante a utilizaccedilatildeo desses
iacutendices antropomeacutetricos como substituiccedilatildeo eou apoio a avaliaccedilatildeo tradicional da
pressatildeo arterial Em vaacuterias conjunturas de sauacutede a alta demanda de paciente com
hipertensatildeo arterial exige a utilizaccedilatildeo de instrumentos de diagnoacutesticos e rastreamento
34
de raacutepida e faacutecil aplicaccedilatildeo que possam ser manejados por diferentes profissionais e
que sobretudo apresentem validade e fidedignidade A adequada validaccedilatildeo de
instrumentos e conhecimento de suas propriedades teacutecnicas na populaccedilatildeo brasileira
tambeacutem deve contribuir com a seleccedilatildeo de prioridades e delimitaccedilatildeo do conteuacutedo dos
programas de sauacutede pelos tomadores de decisatildeo em diferentes niacuteveis de gestatildeo
35
7 CONCLUSAtildeO
As anaacutelises dos dados permitem frente aos objetivos estabelecidos formular
as seguintes conclusotildees Quanto ao poder de discriminaccedilatildeo de iacutendices
antropomeacutetricos para a hipertensatildeo arterial em idosos os iacutendices antropomeacutetricos
(IMC RCEst e Iacutendice C) foram bons preditores de hipertensatildeo arterial para os homens
Dessa forma tais iacutendices podem ser empregados nos homens poreacutem tais medidas
natildeo foram satisfatoacuterias para predizer pressatildeo arterial elevada nas mulheres idosas
limitando a sua utilizaccedilatildeo para o sexo feminino com idades avanccediladas
O melhor ponto de corte para discriminar hipertensatildeo arterial foi 054 para a
RCEst nos homens dessa forma tal ponto de corte deve ser empregada no contexto
da atenccedilatildeo primaacuteria nos homens Sugere-se a utilizaccedilatildeo dessa medida a fim de
detectar e realizar a triagem da hipertensatildeo arterial com caracteriacutesticas similares agrave
amostra deste estudo
Recomenda-se que a utilizaccedilatildeo de dois iacutendices simultaneamente resulte em
uma maior eficiecircncia na avaliaccedilatildeo do risco de hipertensatildeo arterial em idosos A
indicaccedilatildeo destas medidas permite que ela seja realizada nas Unidades de Sauacutede da
Famiacutelia como meacutetodo de triagem para idosos com hipertensatildeo arterial utilizando
materiais de faacutecil manejo e de baixo custo
Dessa forma pode-se efetivamente atingir uma das estrateacutegias de prevenccedilatildeo
da hipertensatildeo arterial sistecircmica que eacute o controle da pressatildeo arterial durante o
envelhecimento Todavia sugere-se cautela na utilizaccedilatildeo do ponto de corte desses
indicadores para as mulheres pois os resultados natildeo foram satisfatoacuterios
Fica evidente a necessidade de outros estudos que identifiquem pontos de
corte de iacutendices antropomeacutetricos visando agrave detecccedilatildeo de hipertensatildeo arterial e de
outros fatores de risco cardiovascular nas mulheres idosas que residem em cidades
de pequeno porte
36
8 REFEREcircNCIAS
1 Omram AR The epidemiologic transition a theory of the epidemiology of population change Milbank Memorial Fund Quarterly 1971 49 (Part 1) 509-538
2 Wong LR Carvalho JM Age-strucutural transition in Brazil demographic bonuses and emerging challenges In Pool I Wong LLR Vilquin E editores Age-structural transitions challenges for development Paris Committee for International Cooperation in National Research in Demography 2006
3 Gragnolati M Jorgensen OH Rocha R Fruttero AA Envelhecendo em um Brasil mais Velho implicaccedilotildees do envelhecimento populacional sobre o crescimento econocircmico reduccedilatildeo da pobreza financcedilas puacuteblicas prestaccedilatildeo de serviccedilos Banco Internacional para a Reconstruccedilatildeo e o Desenvolvimento Banco Mundial 2011
4 Schmidt MI Duncan BB Silva GA et al Health in Brazil 4 Chronic non-communicable diseases in Brazil burden and current challenges The Lancet 2011 377
5 Ezzati M Hoorn SV Rodgers A et al Comparative Risk Assessment Collaborating Group Selected major risk factors and global and regional burden of disease Lancet 2002 360 1347-60
6 Lim SS Vos T Flaxman AD et al A comparative risk assessment of burden of disease and injury attributable to 67 risk factors and risk factor clusters in 21 regions 1990-2010 a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2010 Lancet 2012 380 (9859)2224-60
7 Sociedade Brasileira de Cardiologia Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Sociedade Brasileira de Nefrologia VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 2010 95(1) 1-51
8 Miranda DR Perrotti TC Bellinazzi VR et al Hipertensatildeo arterial no idoso peculiaridades na fisiopatologia no diagnoacutestico e no tratamento Rev Bras Hipertens 2002 9 293-300
9 Pilger C Menon MU Mathias TAF Caracteriacutesticas sociodemograacuteficas e de sauacutede de idosos contribuiccedilotildees para os serviccedilos de sauacutede Rev Latino-Am Enfermagem 2011 19(5)1230-1238
10 Pilger C Menon MU Mathias TAF Utilizaccedilatildeo de serviccedilos de sauacutede por idosos vivendo na comunidade Rev esc enferm USP 2013 47(1)213-220
11 Mariath AB Grillo LP Silva RO et al Obesidade e fatores de risco para o desenvolvimento de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis entre usuaacuterios de unidade de alimentaccedilatildeo e nutriccedilatildeo Cad Sauacutede Puacuteblica 2007 23 (4) 897-905
37
12 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Diretrizes e recomendaccedilotildees para o cuidado
integral de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis promoccedilatildeo da sauacutede vigilacircncia prevenccedilatildeo e assistecircncia Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2008
13 Kuumlmpe DA Sodreacute AC Pomatti DM et al Obesidade em Idosos Acompanhados
pela Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia Texto Contexto Enferm Florianoacutepolis 2011 20(3) 471-7
14 Silva KS Farias Juacutenior JC Fatores de risco associados agrave pressatildeo arterial elevada em adolescentes Rev Bras Med Esporte 2007 13(4) 237-40
15 Pitanga FJG Lessa I Razatildeo cintura-estatura como discriminador do risco
coronariano de adultos Rev Assoc Med Bras 2006 52157-61
16 Haun DR Pitanga FJG Lessa I Razatildeo CinturaEstatura comparado a outros indicadores antropomeacutetricos de obesidade como preditor de risco coronariano elevado Rev Assoc Med Bras [online] 2009 55(6) 705-711
17 Nascimento CM Ribeiro AQ SantrsquoAna LFR et al Estado nutricional e condiccedilotildees de sauacutede da populaccedilatildeo idosa brasileira revisatildeo da literatura Rev meacuted Minas Gerais 2011 21(2)174-180
18 Gomes MA Beck cc Duarte MFS et al Ficha Antropomeacutetrica no Nuacutecleo de Apoio a Sauacutede da Famiacutelia o que medir e para que medir Rev bras cineantropom desempenho hum 2009 11(2) 243-253
19 Azevedo LF Oliveira ACC Lima JRP et al Recomendaccedilotildees sobre condutas e procedimentos do profissional de educaccedilatildeo fiacutesica na atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede Rio de Janeiro CONFEF 2010 109-55
20 World Health Organization World health statistics 2012 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghopublicationsworld_health_statistics2012enindexhtmlgt [2012 set 18]
21 World Health Organization Global health risks mortality and burden of disease attributable to selected major risks Geneva World Health Organization 2009a
22 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Panorama da sauacutede brasileira em muacuteltiplos aspectos Percepccedilatildeo do estado de sauacutede estilo de vida e doenccedila crocircnica Pesquisa Nacional de Sauacutede 2013
23 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Pesquisa Nacional por Amostra
de Domiciacutelios 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapesquisaspesquisa_resultadosphpid_pesquisa=149gt[2014 dez 04]
24 Tribess S Virtuoso Junior JS Prescriccedilatildeo de exerciacutecios fiacutesicos para idosos Rev saudecom 2005 1(2)163-72
38
25 Pollock ML Wilmore JH Exerciacutecio na Sauacutede e na Doenccedila avaliaccedilatildeo e prescriccedilatildeo para prevenccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo Editora MEDSI 2ordf ed Rio de Janeiro 1993
26 Sociedade Brasileira de Cardiologia V Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 20061-48
27 World Health Organization Global Health Observatory (GHO) 2014 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghoncdrisk_factorsblood_pressure_prevalence_textengt [2014 dez 04]
28 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Secretaria de Atenccedilatildeo baacutesica agrave Sauacutede Departamento de atenccedilatildeo baacutesica - Hipertensatildeo arterial sistecircmica Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2006
29 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) (2009) Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeGestorvisualizar_textocfmidtxt=24421gt [2010 abr 07]
30 Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Nuacutemero de hipertenso 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwsbhorgbripadgeralphpgt [09 nov 2014]
31 Secretaria de Sauacutede do Estado da Bahia Hipertensatildeo Quantidade de Hipertensos na Bahia Disponiacutevel em (2014) lthttpwwwsaudebagovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=4418ampcatid=1ampItemid=14gt [2014 jan 10]
32 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica 2014 Dados de mortalidade na Bahia Disponiacutevel em lthttptabnetdatasusgovbrcgitabcgiexesiabcnvSIABSBAdefgt [2014 mai 05]
33 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica Dados sociodemograacuteficos de Ibicuiacute 2014 lthttptabnetdatasusgovbrcgideftohtmexesiabcnvSIABFBAdefgt [2014 jan 05]
34 Williams B The year in hypertension JACC 2010 55(1) 66-73
35 Lipp M Rocha JC Stress Hipertensatildeo Arterial e Qualidade de vida um guia de tratamento para o hipertenso Campinas Papirus 1996
36 Borenstein MS (Org) Manual de Hipertensatildeo Arterial Porto Allege Editora Sagra Luzzatto 1999
37 Joint National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure The Sixth Report of the Join National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure Arch Intern Med 1997157 2413-2446
39
38 Mitchell GF Parise H Benjamin EJ et al Changes in arterial stiffness and wave reflection with advancing age in health men and women Hypertension 2004 431239-1245
39 Matos AC Ladeia AM Avaliaccedilatildeo de fatores de risco cardiovascular em uma comunidade rural da Bahia Arq Bras Cardiol 2003 81(3) 291-6
40 World Health Organization Who Expert Committee on Physical Status the use and interpretation of antropometry Report of a WHO Expert Commitee Geneva WHO 1995 p 854
41 Pitanga FJG Antropometria na avaliaccedilatildeo da obesidade abdominal e risco coronariano Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum 201113(3) 238-241
42 Ferreira LS Amaral TF Marucci MFN et al Under nutrition as a major risk factor for death among older Brazilian adults in the community-dwelling setting SABE survey Nutrition 201127(10)17-22
43 Andrade FB Caldas Junior AF Kitoko PM et al Prevalence of overweight and obesity in elderly people from Vitoacuteria-ES Brazil Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2012 set17(3)749-756
44 Boscatto EC Duarte Mde F Coqueiro Rda S Barbosa AR Nutritional status in the oldest elderly and associated factors Rev Assoc Med Bras 2013 59(1)40-47
45 Kostka J Borowiak E Kostka T Nutritional status and quality of life in different
populations of older people in Poland Eur J Clin Nutr 2014 Nov68(11)1210-5
46 Silva DAS Petroski EL Associaccedilatildeo de diferentes pontos de corte para sobrepeso e obesidade com pressatildeo arterial elevada em idosas Rev Educ Fis UEM 2009 20 415-22
47 Nutrition Screening Initiative Interventions manual for professionals caring for older Americans Washington DC Nutrition Screening Initiative 1992
48 World Health Organization Obesity preventing and managing the global epidemic Report of a WHO Consultation on Obesity Geneva World Health Organization 1998
49 Cameron AJ Dunstan DW Owen N et al Health and mortality consequences
of abdominal obesity evidence from the Aus Diab study Med J Aust 2009191 202ndash208
50 Fox KA Despres JP Richard AJ et al Does abdominal obesity have a similar impact on cardiovascular disease and diabetes A study of 91246 ambulant patients in 27 European countries Eur Heart J 2009 30 3055ndash3063
40
51 Pouliot MC Despreacutes JP Lemieux S et al Waist circumference and abdominal sagittal diameter Best simple anthropometric indexes of abdominal visceral adipose tissue accumulation and related cardiovascular risk in men and woman Am J Cardiology 1994 73 460-468
52 Peixoto MRG Beniacutecio MHD Latorre M et al Circunferecircncia da Cintura e Iacutendice de massa Corporal como Preditores da Hipertensatildeo Arterial Arq Bras Cardiol 200687 462-470
53 MacKay MF Haffner SM Wagenknecht LE et al Prediction of type 2 diabetes using alternate anthropometric measures in a multiethnic cohort the insulin resistance atherosclerosis study Diabetes Care 200932(5)956-8
54 Valdez R A simple model-based index of abdominal adiposity J Clin Epidemiol1991 44(9) 955-6
55 Pitanga FJG Lessa I Sensibilidade e especificidade do iacutendice de conicidade como discriminador do risco coronariano de adultos em Salvador Brasil Rev Bras Epidemiol 20047(3)259-69
56 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano elevado em adultos na cidade de Salvador - Bahia Arq Bras Cardiol 2005 85 (1)26-31
57 Ghosh JR Bandyopadhyay AR Comparative evaluation of obesity measures relationship with blood pressures and hypertension Singapore Med J 200748(3) 232-5
58 Almeida RT Almeida MMG Araujo TM Obesidade abdominal e risco cardiovascular desempenho de indicadores antropomeacutetricos em mulheres Arq Bras Cardiol 2009 out92(5)375-380
59 Freitas Juacutenior Costa Rosa CS Codogno JS et al Capacidade cardiorrespiratoacuteria e distribuiccedilatildeo de gordura corporal de mulheres com 50 anos ou mais Rev Esc Enferm USP 2010 44(2) 395-400
60 Matos LN Giorelli GV Dias CB Correlation of anthropometric indicators for identifying insulin sensitivity and resistance Satildeo Paulo Med J [online] 2011 129(1) 30-35
61 Gomes MA Rech CR Gomes MBA et al Correlaccedilatildeo entre iacutendices antropomeacutetricos e distribuiccedilatildeo de gordura corporal em mulheres idosas Rev bras cineantropom desempenho hum 2006 set 8(3) 16-22
62 Tarastchuk JCE Gueacuterios EE Bueno RRL et al Obesidade e intervenccedilatildeo coronariana devemos continuar valorizando o Iacutendice de Massa Corpoacuterea Arq Bras Cardiol [online] 2008 90(5) 311-316
41
63 Ferreira AP CB Ferreira VC Souza et al Risco de distuacuterbio glicecircmico em mulheres idosas ajustado por antropometria e genoacutetipos de citocinas Rev Assoc Med Bras [online] 201157(5) 565-569
64 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano em mulheres Rev Bras Cineantrop Desempenho Hum 2006 8 (1) 14-21
65 Newman TB Browner WS Cummings SR Delineando estudos de testes meacutedicos In Hulley SB et al Delineando a pesquisa cliacutenica uma abordagem epidemioloacutegica 2 ed Porto Alegre Artmed 2003 203-224
66 Toscano CM As campanhas nacionais para detecccedilatildeo das doenccedilas crocircnicas natildeo-transmissiacuteveis diabetes e hipertensatildeo arterial Ciecircnc sauacutede Coletiva out-dez 2004 9(4) 885-895
67 Fletcher RH Fletcher SW Prevenccedilatildeo In Fletcher R Fletcher S Epidemiologia
cliacutenica elementos essenciais 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 2006 179-201
68 Jeckel J Elmore J Katz D Meacutetodos de prevenccedilatildeo secundaacuteria In _____ Epidemiologia bioestatiacutestica e medicina preventiva 2 ed Porto Alegre Artmed 2005 236-247
69 Klein CH Bloch KV Estudos seccionais In Medronho RA Carvalho DM Bloch KV Luiz RR Werneck GL Epidemiologia 1ordf ed Satildeo Paulo Editora Atheneu 2002 125-150
70 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Resoluccedilatildeo nordm- 6 de 3 de novembro de 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcenso2010ibgegovbrdados_divulgadosindexphpuf=29gt[201 dez 18]
71 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica ndash Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais (2014) Disponiacutevel em lthttpcodibgegovbr398G9gt [2014 ago 30]
72 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230gt [2013 mai 01]
73 Luiz RR Magnanini MMF A loacutegica da determinaccedilatildeo do tamanho da amostra em investigaccedilotildees epidemioloacutegicas Cad sauacutede coletiva Rio de Janeiro 2000 8(2) 9-28
74 Reis MC Nascimento RAS Pedreira RBS et al Validaccedilatildeo de Face e Clareza do Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede dos Idosos ndash IASI [resumo] in Anais do XIX Congresso Brasileiro Geriatria e Gerontologia Beleacutem 2014 296-296
75 Lohman TG Roche AF Martorell R Anthropometric Standardization Reference Manual Champaign Illinois Human Kinetics 1988
42
76 Vaz JCL Regiotildees de Incerteza para Curva ROC em Teste Diagnoacutesticos
[dissertaccedilatildeo] Satildeo Carlos Universidade Federal de Satildeo Carlos 2009
77 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de 2012
78 Erdreich LS Lee ET Use of relative operating characteristic analysis in epidemiology A method for dealing with subjective judgement Am J Epidemiol 1981 114649-62
79 Aekplakorn W Pakpeankitwatana V Lee CM et al Abdominal obesity and coronary heart disease in Thai men Obesity 200715(4)1036-42
80 Oliveira MAM Fagundes RLM Moreira EAM et al Relaccedilatildeo de Indicadores Antropomeacutetricos com Fatores de Risco para Doenccedila Cardiovascular Arq Bras Cardiol 2010 abr 94(4) 478-485
81 Mendes TAB Goldbaum M Segri NJ et al Factors associated with the prevalence of hypertension and control practices among elderly residents of Satildeo Paulo city Brazil Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(11) 2275-2286
82 Oliveira BFA Souza Mouratildeo D Gomes N et al Prevalecircncia de hipertensatildeo arterial em comunidades ribeirinhas do Rio Madeira Amazocircnia Ocidental Brasileira Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(8) 1617-1630
83 Picon RV Fuchs FD Moreira LB et al Prevalence of Hypertension Among Elderly Persons in Urban Brazil A Systematic Review With Meta-Analysis Am J Hypertens 2013 26 (4) 541-548
84 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Pessoa Idosa e Envelhecimento Seacuteries Pactos pela Sauacutede 2006 v 12 Brasiacutelia ndash DF 2010
85 Leal Neto JS Souza J Coqueiro RS et al Anthropometric indicators of obesity as screening tools for high blood pressure in the elderly Int J Nurs Pract 2013 Aug 19(4) 360-367
86 Schisterman EF Faraggi D Reiser B Trevisan M Statistical inference for the area under the receiver operating characteristic curve in the presence of random measurement error Am J Epidemiol 2001 154 (2) 174-9
87 Samsen M Hanchaiphiboolkul S Puthkhao P et al Appropriate body mass index and waist circumference cutoffs for middle and older age group in Thailand data of 19621 participants from Thai epidemiologic stroke (TES) study J Med Assoc Thai 2012 Sep 95(9)1156-66
88 Ko GTC Chan JCN Cockram CS Woo J Prediction of hypertension diabetes dyslipidemia or albuminuria using simple anthropometric indexes in Hong Kong Chinese Int J Obes 1999 23 (11) 1136-42
43
89 Lin WY Lee LT Chen CY et al Optimal cut-off values for obesity using simple anthropometric indices to predict cardiovascular risk factors in Taiwan Int J Obes Relat Metab Disord 2002261232-8
90 Pua YH Ong PH Anthropometric indices as screening tools for cardiovascular risk factors in Singaporean women Asia Pac J Clin Nutr 2005 14 (1) 74-9
91 Berber A Goacutemez-Santos R Fanghaumlnel G Saacutenchez-Reyes L Anthropometric
indexes in the prediction of type 2 diabetes mellitus hypertension and dyslipidaemia in a Mexican population Int J Obes 200125(12)1794-9
92 Browning LM Hsieh SD Ashwell M A systematic review of waist-to-height ratio
as a screening tool for the prediction of cardiovascular disease and diabetes 05 could be a suitable global boundary value Nutr Res Rev 2010 23(2)247-69
93 Bertsias G Mammas I Linardakis M Kafatos A Overweight and obesity in
relation to cardiovascular disease risk factors among medical students in Crete Greece BMC Public Health 2003 31-9
94 Kashihara H Lee JS Kawakubo K et al Criteria of Waist Circumference According to Computed Tomography-Measured Visceral Fat Area and the Clustering of Cardiovascular Risk Factors Circ J 2009 73 1881-1886
44
APEcircNDICES
45
Apecircndice 1
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
46
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS
PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE SAUacuteDE
DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE
Jequieacute ____ ____ 201__
APEcircNDICE 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Vocecirc esta sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa do Nuacutecleo de
Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo (NESP) da Universidade Estadual do Sudoeste da
Bahia
Objetivo do estudo Avaliar e monitorar as condiccedilotildees de sauacutede de idosos residentes
em comunidade
Participaccedilatildeo Ao aceitar participar do estudo estarei agrave disposiccedilatildeo do pesquisador
para responder ao formulaacuterio que seraacute arquivado pelo autor por um periacuteodo de cinco
anos sendo posteriormente incinerado
Riscos Este estudo natildeo traraacute riscos para minha integridade fiacutesica ou moral dos
participantes
Confidencialidade do estudo Seraacute garantida a privacidade o anonimato bem como
o direito de aceitar ou natildeo participar da pesquisa podendo ser essa autorizaccedilatildeo
suspensa em qualquer fase do estudo Assim as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo
4662012 do Conselho Nacional de Sauacutede que discorre sobre pesquisa envolvendo
seres humanos seratildeo atendidas Os resultados seratildeo publicados no relatoacuterio final da
dissertaccedilatildeo e artigos cientiacuteficos
47
Benefiacutecios Accedilotildees interinstitucionais articuladas promovidas numa perspectiva
interdisciplinar possibilitaratildeo uma melhor compreensatildeo das condiccedilotildees de sauacutede dos
idosos residentes em comunidade do municiacutepio e contribuiraacute para a formulaccedilatildeo de
accedilotildees direcionadas as necessidades dessa populaccedilatildeo
Danos advindos da pesquisa Caso haja algum prejuiacutezo decorrente da realizaccedilatildeo
deste estudo seraacute providenciada a devida reparaccedilatildeo dos danos atraveacutes do
responsaacutevel pelo estudo O pesquisador e os entrevistados natildeo receberatildeo benefiacutecios
financeiros para participaccedilatildeo no estudo Todas as despesas seratildeo por conta do
pesquisador
Participaccedilatildeo voluntaacuteria Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria podendo a qualquer
momento desistir do estudo sem qualquer prejuiacutezo ou penalidade para mim
Consentimento para participaccedilatildeo Apoacutes ser devidamente esclarecido (a) quanto
aos objetivos deste estudo dos procedimentos aos quais serei submetido (a) bem
como dos possiacuteveis riscos decorrentes da minha participaccedilatildeo estou de acordo em
participar do mesmo O pesquisador responsaacutevel pelo estudo assegura que seraacute
disponibilizado qualquer esclarecimento adicional que eu venha a solicitar durante a
realizaccedilatildeo da pesquisa e o direito de desistir da participaccedilatildeo em qualquer momento
Em casos de duacutevidas eou problemas referentes ao estudo vocecirc poderaacute
entrar em contato com o autor atraveacutes do Nuacutecleo de Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo
(NESP) (73) 3528-9721
Sendo assim eu ______________________________________________
aceito livremente participar do Projeto MONIDI
__________________________________ __________________________________
Assinatura do (a) participante
RG _________________________
Assinatura do (a) pesquisador
RG_________________________
48
Apecircndice 2
Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede do Idoso
49
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS
PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE
SAUacuteDE DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE
Nuacutemero do Questionaacuterio |__|__|__|
Nome do Entrevistador ___________________________
Visita 1 2 3
Data Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Hora de iniacutecio ________
Hora de teacutermino ________
I INFORMACcedilOtildeES PESSOAIS E SOCIODEMOGRAacuteFICAS
1 Nome do entrevistado
2Sexo
0 ( ) Feminino
1 ( ) Masculino
3 Endereccedilo completotelefone
4 Idade ____ anos
41 Data de Nascimento
____________
50
5 Situaccedilatildeo conjugal atual
1 ( ) Casado(a) 2 ( ) Uniatildeo estaacutevel 3 ( ) Solteiroa
4 ( ) Divorciado(a)separado(a)desquitado(a) 5 ( ) Viuacutevoa
6 No total quantas vezes o (a) Sr(a) esteve casado(a) ou em uniatildeo
Nordm de vezes |___|___|
7 Na escola qual a uacuteltima seacuterie grau que concluiu com aprovaccedilatildeo
1 - Nunca foi agrave escola ( ) 4 - Fundamental II ( )5 a ( )6 a ( )7 a ( )8 a
2 - Lecirc e escreve o nome ( ) 5 - Ensino Meacutedio ( ) 1 a ( )2 a ( )3
3 - Fundamental I ( )1 a ( )2 a 6 - Superior ( ) completo ( ) incompleto
( )3 a ( )4 a
8 Como vocecirc classificaria a cor da sua pele
1( ) Branca 2( ) Amarela (oriental) 3( ) Parda
4( ) Origem indiacutegena 5( ) Preta 9( ) Natildeo sabe
9 Cor da pele (entrevistador)
1( ) branca 2( ) amarela (oriental) 3( ) parda
4( ) origem indiacutegena 5( ) preta
10-Quantos filhos e filhas nascidos vivos o(a)Sr(a) teve (natildeo inclua enteados filhos
adotivos abortos ou filhos nascidos mortos)
Nuacutemero de filhos |____|____| (98) NS (99) NR
11 Atualmente o senhor (a) mora sozinho ou acompanhado
1( )Acompanhado 2( ) Sozinho 3( ) NR 4( )NS
51
12 Desde que o senhor (a) nasceu viveu no campo por 5 anos ou mais
0( ) Natildeo 1( ) Sim 2( ) NS 3( ) NR
13 Qual eacute a sua religiatildeo
1( ) Catoacutelica 2( ) Protestante 3( ) Judaica
4( ) Espiacuteritakardecista 5( ) Umbanda 6( ) Outras ____________
14 Qual a importacircncia da religiatildeo em sua vida
(1) Importante (2) Regular (3) Nada importante (8) NS (9) NR
15 Com que frequecircncia o senhor vai agrave igreja ou ao serviccedilo religioso
( ) Nunca ( ) Vaacuterias vezes por ano ( ) Uma duas vezes por mecircs
( ) Quase toda semana ( ) Mais de uma vez por semana ( ) NS ( ) NR
16 Quanto vocecirc ganha em meacutedia por mecircs R$ __________8( )Natildeo se aplica
II A CONSUMO DE AacuteLCOOL E TABACO
Uso de bebidas alcooacutelicas
1 Vocecirc consome bebidas alcooacutelicas Se vocecirc NAtildeO BEBE siga para o bloco III C
0 ( )sim 1( ) natildeo
2 Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
3 As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
4 Sente-se chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
5 Costuma beber pela manhatilde para diminuir o nervosismo ou a ressaca
0 ( ) sim 1( ) natildeo
Haacutebito de fumar
1 Vocecirc jaacute foi fumante 0 ( ) sim 1( ) natildeo
52
2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco
III C
3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros
4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias
III ANTROPOMETRIA
MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS
ESTATURA
MASSA CORPORAL
CIRCUNFEREcircNCIA
DE CINTURA
IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL
MEDIDA 01 02 03
Pressatildeo arterial
sistoacutelica
Pressatildeo arterial
diastoacutelica
53
ANEXOS
54
Anexo 1
Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos
55
56
28
6 DISCUSSAtildeO
61 Aacutereas sob a Curva ROC
Este estudo teve como objetivo identificar a capacidade preditiva de iacutendices
antropomeacutetricos de obesidade geral e abdominal para discriminar a presenccedila de
hipertensatildeo arterial em idosos com foco de utilizaccedilatildeo no ambiente da estrateacutegia de
sauacutede da famiacutelia Nessa perspectiva surge uma proposta de triagem dos casos de
idosos com possiacuteveis alteraccedilotildees crocircnicas em sua pressatildeo arterial aleacutem de possibilitar
a discussatildeo sobre validaccedilatildeo de tais iacutendices para uso no contexto da sauacutede
Dessa forma recomenda-se a anaacutelise da sensibilidade e especificidade por
meio da construccedilatildeo de curvas ROC pois eacute a melhor opccedilatildeo para determinar pontos de
corte em estudos epidemioloacutegicos78 Essa anaacutelise permite fornecer a aacuterea sob a curva
que traduz o poder de discriminaccedilatildeo de um indicador para um determinado desfecho
e a identificaccedilatildeo do melhor ponto de corte
A proposta dessa pesquisa natildeo eacute excluir o diagnoacutestico meacutedico mas
proporcionar uma estrateacutegia mais abrangente a ser utilizada pelas USFs em parceria
entre os profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica e os profissionais de sauacutede no contexto da
atenccedilatildeo primaacuteria
Embora exista associaccedilatildeo entre sobrepesoobesidade e a pressatildeo arterial
elevada poucos estudos tecircm identificado pontos de corte de iacutendices antropomeacutetricos
que visem agrave detecccedilatildeo da hipertensatildeo arterial em idosos Diversos estudos tecircm
demonstrado que os iacutendices antropomeacutetricos satildeo bons indicadores de obesidade e
estatildeo relacionados a fatores de risco cardiovascular795880 Todavia a hipertensatildeo eacute
apontada como um dos principais fatores de risco cardiovasculares o que denota a
necessidade de um olhar diferenciado
A prevalecircncia de hipertensatildeo foi inferior agrave encontrada em outros estudos818283
Contudo diferenccedilas metodoloacutegicas nuacutemero de medidas realizadas e os diferentes
criteacuterios de referecircncia satildeo as principais causas da grande variabilidade nas
prevalecircncias de pressatildeo arterial elevada entre as investigaccedilotildees No presente estudo
29
optou-se por maior rigorosidade ao diagnosticar a pressatildeo arterial elevada
considerando a realizaccedilatildeo de trecircs medidas
Nessa amostra observou-se que a prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi
443 nas mulheres e 406 nos homens Demonstrando ser uma alta prevalecircncia
pois se trata de uma populaccedilatildeo que eacute influenciada diretamente pelo o aumento da
morbimortalidade durante o envelhecimento Estudos envolvendo idosos indicam que
a prevalecircncia da hipertensatildeo encontra-se entre 50-70 com o aumento da idade84
Poucos estudos epidemioloacutegicos foram conduzidos com o objetivo de identificar
e discriminar a capacidade de iacutendices antropomeacutetricos de obesidade para a pressatildeo
arterial elevada na populaccedilatildeo de idosos e principalmente utilizando o iacutendice C o
RCEst Um estudo realizado com a populaccedilatildeo de idosos utilizou o mesmo objetivo
poreacutem usou como ponto de corte o iacutendice de massa corporal e o iacutendice de adiposidade
corporal85 Entretanto faz-se necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de outros iacutendices para identificar
hipertensatildeo arterial em idosos
De acordo com os resultados do presente estudo somente alguns dos
indicadores antropomeacutetricos apresentaram capacidade preditiva para a hipertensatildeo
arterial em idosos de acordo com limite inferior do intervalo de confianccedila de 9586
Dessa forma foi observado que a RCEst e IMC para os homens mostraram-se com
bom poder de detecccedilatildeo para a hipertensatildeo arterial pois obtiveram maiores valores
sob a curva para esse desfecho
Em 2013 Leal Neto et al85 identificaram em seus resultados que o IMC e o
iacutendice de adiposidade corporal foram os melhores indicadores preditivos de
hipertensatildeo arterial nos idosos em ambos os sexos independentemente de outros
fatores tais como idade tabagismo consumo de aacutelcool e atividade fiacutesica
No presente estudo os principais indicadores que tiveram uma boa aacuterea sob a
curva foram o IMC RCEst e Iacutendice C com resultados de 060 IC95 (050-070) 061
IC95 (051-071) e 058 IC95 (058-068) respectivamente para homens
Nas mulheres tais iacutendices mostraram-se com menor poder discriminatoacuterio para
diagnosticar a hipertensatildeo arterial A HAS eacute um desfecho que pode ser influenciado
por fatores multicausais (hormonais estresse etc) Na anaacutelise do desempenho do
iacutendice antropomeacutetrico a loacutegica eacute unidirecional ou seja verificar o desempenho desses
iacutendices apenas como preditores de hipertensatildeo arterial foram mais satisfatoacuterios entre
os homens Os iacutendices podem interferir mas natildeo determinar a prevalecircncia da
30
hipertensatildeo Embora as mulheres tenham uma maior prevalecircncia essa natildeo eacute
determinada pelos iacutendices antropomeacutetricos no presente estudo
Tais resultados diferem do estudo realizado em 2012 por Samsen et al87 no
qual a circunferecircncia da cintura teve boa ASC nos homens = 0684 com IC95 (0672-
0695) e nas mulheres = 0673 IC95 (0665-0681) sendo o melhor indicador
significativamente (p lt0001) do que o IMC no qual a ASC em homens foi de = 0667
IC95 (0656-679) e nas mulheres = 0636 IC95 (0628-0644) em discriminaccedilatildeo
de pelo menos um fator de risco cardiovascular Isso se deve ao fato de tal estudo ter
sido realizado com uma abrangecircncia maior na faixa etaacuteria que foi de 45-80 anos
Uma possiacutevel limitaccedilatildeo para discussatildeo dos resultados desse estudo foi a faixa
etaacuteria restrita que natildeo incluiu idosos (igual ou acima de 60 anos) o que impossibilita
a triagem da pressatildeo arterial elevada nessa populaccedilatildeo
62 Iacutendices antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial
Nesse estudo a CC e RCEst foram as variaacuteveis com maiores valores absolutos
de sensibilidade para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial respectivamente para mulheres
e homens Tais resultados indicam as proporccedilotildees de verdadeiros positivos na
ocorrecircncia de hipertensatildeo arterial
Quanto ao ponto de corte do RCEst nas mulheres foi de 059 sendo 568 de
sensibilidade e 430 de especificidade Valores inferiores ao encontrado no presente
estudo para mulheres foram sugeridos em Taiwan (045) Cingapura (048) e na China
(050) No Brasil em 2009 Haun Pitanga e Lessa16 recomendaram para a RCEst
053 como melhor ponto de corte com sensibilidade (67) e especificidade (58) e
aacuterea sob a curva ROC de 069 (IC 95 = 064-075) Outro ponto de corte semelhante
ao observado no Brasil com mulheres mexicanas variou de 053 a 0535 para a
RCEst discriminar diabete tipo 2 hipertensatildeo e dislipidemias88899091
Os pontos de corte sugeridos por esses paiacuteses e no Brasil podem ter sido
inferiores por causa da abrangecircncia na faixa etaacuteria dos indiviacuteduos no qual incluiacuteram
mulheres de 30 a 74 anos como tambeacutem as caracteriacutesticas econocircmicas culturais e
31
de estilo de vida diferem da realidade das mulheres que residem em cidades de
pequeno porte Estudos que discriminem hipertensatildeo arterial principalmente em
idosos com RCEst satildeo escassos na literatura
Em 2010 Browning Hsieh e Ashwel92 realizaram uma revisatildeo sistemaacutetica
sobre a potencialidade de indicadores antropomeacutetricos em predizer doenccedilas
cardiovasculares e identificou a RCEst como variaacutevel de melhor desempenho A
RCEst apresentou maiores ASC quando comparada ao IMC ou CC Os dados
analisados foram de quatorze paiacuteses diferentes e incluiacuteram caucasianos asiaacuteticos e
da Ameacuterica Central Segundo os autores uma RCEst ge 05 eacute capaz de identificar
fatores de risco cardiovasculares Esse ponto de corte eacute inferior aos encontrados para
homens e mulheres no presente estudo significando que o ponto de corte encontrado
pode diagnosticar risco cardiovascular e consequentemente a presenccedila de
hipertensatildeo
Outros autores afirmam essa hipoacutetese relacionada aos valores limites para
RCEst em diversas populaccedilotildees e indicaram que um ponto de corte de 05 eacute o valor
mais indicado para ambos os sexos todas as idades e diferentes populaccedilotildees899315
Com relaccedilatildeo agrave especificidade a variaacutevel com maior valor foi o IMC
independentemente do sexo Nas mulheres o ponto de corte sugerido foi 2679 kgm2
e nos homens 2420 kgm2 O valor da especificidade foi de 548 para ambos os
sexos o qual possibilita determinar corretamente a ausecircncia de hipertensatildeo arterial
Sendo assim este estudo sugere que o IMC natildeo foi o melhor preditor de hipertensatildeo
arterial
O estudo de Leal Neto et al (2013)85 tambeacutem testou a capacidade de
indicadores antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial em idosos
sugeriu como pontos de corte para IMC valores de 247 kgm2 igual ao encontrado no
presente estudo e de 273 kgm2 nuacutemero superior que aos dados do presente
trabalho para homens e mulheres respectivamente
Em outro estudo realizado com 19621 homens e mulheres com faixa etaacuteria de
45-80 anos a meacutedia da idade foi de 598 anos para os homens e 585 anos para as
mulheres O ponto de corte adequado de IMC foi de 23 kgm2 em homens e 24 kgm2
em mulheres Os pontos de corte de CC foram 80 cm e 78 cm em homens e mulheres
respectivamente Os achados do presente estudo foram superiores a esses
32
resultados todavia deve ser considerado que a populaccedilatildeo alvo foi diferente e com
idade menor da populaccedilatildeo pesquisada no presente trabalho87
Com relaccedilatildeo agrave CC o ponto de corte identificado para a prediccedilatildeo de hipertensatildeo
arterial nas mulheres foi superior ao dos homens Contudo os valores de sensibilidade
e especificidade desses pontos de corte foram maiores entre os homens o que pode
indicar que o poder preditivo da CC para a hipertensatildeo arterial eacute melhor para o sexo
masculino Quanto menor o ponto de corte maior seraacute a habilidade do teste em
classificar os doentes como positivos isto eacute maior seraacute a sensibilidade76 Os pontos
de corte dos homens foram em sua maioria menores em comparaccedilatildeo aos das
mulheres
Tais resultados satildeo contraacuterios aos achados do estudo de Kashihara et al
(2009)94 com indiviacuteduos de 30-74 anos que comparou paciente com hipertensatildeo e sem
hipertensatildeo Em seus pontos de corte de CC para os homens foram superiores aos
pontos de corte definidos para as mulheres e os valores de sensibilidade e
especificidade foi maior nas mulheres para identificar risco cardiovascular Poreacutem a
idade foi menor ao proposto no presente estudo
Outro estudo que contraria tais resultados quanto ao ponto de corte da CC foi
o de Haun Pitanga e Lessa (2009)16 que foi superior para os homens enquanto o
niacutevel de sensibilidade e especificidade foi igual aos nossos achados Poreacutem esse
estudo foi realizado com indiviacuteduos de idade entre 30-74 anos e discriminou risco
coronariano elevado
Quanto ao Iacutendice C no presente estudo o ponto de corte sugerido foi de 126
nas mulheres (sensibilidade 541 e especificidade 452) e 129 para os homens
(sensibilidade 574 e especificidade 456)
Diferentemente do resultado encontrado no presente estudo Pitanga e Lessa
(2005)56 sugeriram como o melhor ponto de corte para risco coronariano com o iacutendice
C 118 para mulheres apresentando valores de sensibilidade (7339) e
especificidade (6115) Para os homens o ponto de corte foi de 125 com valores de
sensibilidade (7391) e especificidade (7492) Tais pontos de corte foram para
indiviacuteduos adultos por esse motivo foram mais baixos que os achados do presente
trabalho Deve-se considerar que existem modificaccedilotildees na composiccedilatildeo corporal com
o processo do envelhecimento o que poderia alterar os pontos de corte para as essas
medidas antropomeacutetricas
33
Em outro estudo com os mesmo autores foram apresentados outros pontos de
corte comparando diferentes faixas etaacuterias Para as mulheres de 30-49 anos o melhor
ponto de corte foi o mesmo (118) com melhor sensibilidade (7857) e
especificidade (6524) e tambeacutem melhor aacuterea sob a curva ROC 081 (IC95 = 070-
092) Entre as de idade mais avanccedilada (50-74 anos) o melhor ponto de corte
sugerido foi 122 com sensibilidade (6000) e especificidade (6582) e aacuterea sob a
curva ROC 065 (IC 95 = 058-073) Portanto o iacutendice C apresentou melhor poder
discriminatoacuterio de RCEst para as mulheres mais jovens64
Almeida Almeida e Arauacutejo (2009)58 conduziram uma pesquisa com mulheres
de 30 e 69 anos buscando avaliar o desempenho de diferentes pontos de corte do
iacutendice C RCQ CC e RCEst para discriminar Risco Coronariano Elevado e o ponto de
corte encontrado para o Iacutendice C foi (125) proacuteximo ao ponto de corte para mulheres
nos nossos achados Dessa forma tais autores afirmaram que os indicadores
antropomeacutetricos de obesidade abdominal analisados tiveram desempenhos
satisfatoacuterios e similares para discriminar RCEst poreacutem o iacutendice C foi o que
apresentou o melhor poder discriminatoacuterio
As informaccedilotildees sobre o iacutendice C satildeo limitadas quanto agrave discussatildeo do ponto de
corte para hipertensatildeo arterial principalmente por encontrar poucos estudos sobre
essa medida como referecircncia para idosos Pitanga e Lessa (2004)55 relatam como
uma limitaccedilatildeo para a utilizaccedilatildeo do Iacutendice C em estudos populacionais a dificuldade de
se calcular o denominador da equaccedilatildeo proposta para sua determinaccedilatildeo
O excesso de gordura em geral estaacute associado ao aparecimento de doenccedilas
cardiovasculares hipertensatildeo arterial e mortalidade a definiccedilatildeo de pontos de corte
para iacutendices que se destacam por sua simplicidade operacional e boa acuraacutecia
permite a detecccedilatildeo dos indiviacuteduos sob risco sendo de grande utilidade nos serviccedilos
de atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede aleacutem de possibilitar o conhecimento da situaccedilatildeo de
grupos populacionais especiacuteficos frente a esses riscos quando empregados na
pesquisa epidemioloacutegica
No contexto das cidades de pequeno porte (rurais e urbanas) os recursos de
sauacutede satildeo muitas vezes limitados e escassos sendo importante a utilizaccedilatildeo desses
iacutendices antropomeacutetricos como substituiccedilatildeo eou apoio a avaliaccedilatildeo tradicional da
pressatildeo arterial Em vaacuterias conjunturas de sauacutede a alta demanda de paciente com
hipertensatildeo arterial exige a utilizaccedilatildeo de instrumentos de diagnoacutesticos e rastreamento
34
de raacutepida e faacutecil aplicaccedilatildeo que possam ser manejados por diferentes profissionais e
que sobretudo apresentem validade e fidedignidade A adequada validaccedilatildeo de
instrumentos e conhecimento de suas propriedades teacutecnicas na populaccedilatildeo brasileira
tambeacutem deve contribuir com a seleccedilatildeo de prioridades e delimitaccedilatildeo do conteuacutedo dos
programas de sauacutede pelos tomadores de decisatildeo em diferentes niacuteveis de gestatildeo
35
7 CONCLUSAtildeO
As anaacutelises dos dados permitem frente aos objetivos estabelecidos formular
as seguintes conclusotildees Quanto ao poder de discriminaccedilatildeo de iacutendices
antropomeacutetricos para a hipertensatildeo arterial em idosos os iacutendices antropomeacutetricos
(IMC RCEst e Iacutendice C) foram bons preditores de hipertensatildeo arterial para os homens
Dessa forma tais iacutendices podem ser empregados nos homens poreacutem tais medidas
natildeo foram satisfatoacuterias para predizer pressatildeo arterial elevada nas mulheres idosas
limitando a sua utilizaccedilatildeo para o sexo feminino com idades avanccediladas
O melhor ponto de corte para discriminar hipertensatildeo arterial foi 054 para a
RCEst nos homens dessa forma tal ponto de corte deve ser empregada no contexto
da atenccedilatildeo primaacuteria nos homens Sugere-se a utilizaccedilatildeo dessa medida a fim de
detectar e realizar a triagem da hipertensatildeo arterial com caracteriacutesticas similares agrave
amostra deste estudo
Recomenda-se que a utilizaccedilatildeo de dois iacutendices simultaneamente resulte em
uma maior eficiecircncia na avaliaccedilatildeo do risco de hipertensatildeo arterial em idosos A
indicaccedilatildeo destas medidas permite que ela seja realizada nas Unidades de Sauacutede da
Famiacutelia como meacutetodo de triagem para idosos com hipertensatildeo arterial utilizando
materiais de faacutecil manejo e de baixo custo
Dessa forma pode-se efetivamente atingir uma das estrateacutegias de prevenccedilatildeo
da hipertensatildeo arterial sistecircmica que eacute o controle da pressatildeo arterial durante o
envelhecimento Todavia sugere-se cautela na utilizaccedilatildeo do ponto de corte desses
indicadores para as mulheres pois os resultados natildeo foram satisfatoacuterios
Fica evidente a necessidade de outros estudos que identifiquem pontos de
corte de iacutendices antropomeacutetricos visando agrave detecccedilatildeo de hipertensatildeo arterial e de
outros fatores de risco cardiovascular nas mulheres idosas que residem em cidades
de pequeno porte
36
8 REFEREcircNCIAS
1 Omram AR The epidemiologic transition a theory of the epidemiology of population change Milbank Memorial Fund Quarterly 1971 49 (Part 1) 509-538
2 Wong LR Carvalho JM Age-strucutural transition in Brazil demographic bonuses and emerging challenges In Pool I Wong LLR Vilquin E editores Age-structural transitions challenges for development Paris Committee for International Cooperation in National Research in Demography 2006
3 Gragnolati M Jorgensen OH Rocha R Fruttero AA Envelhecendo em um Brasil mais Velho implicaccedilotildees do envelhecimento populacional sobre o crescimento econocircmico reduccedilatildeo da pobreza financcedilas puacuteblicas prestaccedilatildeo de serviccedilos Banco Internacional para a Reconstruccedilatildeo e o Desenvolvimento Banco Mundial 2011
4 Schmidt MI Duncan BB Silva GA et al Health in Brazil 4 Chronic non-communicable diseases in Brazil burden and current challenges The Lancet 2011 377
5 Ezzati M Hoorn SV Rodgers A et al Comparative Risk Assessment Collaborating Group Selected major risk factors and global and regional burden of disease Lancet 2002 360 1347-60
6 Lim SS Vos T Flaxman AD et al A comparative risk assessment of burden of disease and injury attributable to 67 risk factors and risk factor clusters in 21 regions 1990-2010 a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2010 Lancet 2012 380 (9859)2224-60
7 Sociedade Brasileira de Cardiologia Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Sociedade Brasileira de Nefrologia VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 2010 95(1) 1-51
8 Miranda DR Perrotti TC Bellinazzi VR et al Hipertensatildeo arterial no idoso peculiaridades na fisiopatologia no diagnoacutestico e no tratamento Rev Bras Hipertens 2002 9 293-300
9 Pilger C Menon MU Mathias TAF Caracteriacutesticas sociodemograacuteficas e de sauacutede de idosos contribuiccedilotildees para os serviccedilos de sauacutede Rev Latino-Am Enfermagem 2011 19(5)1230-1238
10 Pilger C Menon MU Mathias TAF Utilizaccedilatildeo de serviccedilos de sauacutede por idosos vivendo na comunidade Rev esc enferm USP 2013 47(1)213-220
11 Mariath AB Grillo LP Silva RO et al Obesidade e fatores de risco para o desenvolvimento de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis entre usuaacuterios de unidade de alimentaccedilatildeo e nutriccedilatildeo Cad Sauacutede Puacuteblica 2007 23 (4) 897-905
37
12 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Diretrizes e recomendaccedilotildees para o cuidado
integral de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis promoccedilatildeo da sauacutede vigilacircncia prevenccedilatildeo e assistecircncia Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2008
13 Kuumlmpe DA Sodreacute AC Pomatti DM et al Obesidade em Idosos Acompanhados
pela Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia Texto Contexto Enferm Florianoacutepolis 2011 20(3) 471-7
14 Silva KS Farias Juacutenior JC Fatores de risco associados agrave pressatildeo arterial elevada em adolescentes Rev Bras Med Esporte 2007 13(4) 237-40
15 Pitanga FJG Lessa I Razatildeo cintura-estatura como discriminador do risco
coronariano de adultos Rev Assoc Med Bras 2006 52157-61
16 Haun DR Pitanga FJG Lessa I Razatildeo CinturaEstatura comparado a outros indicadores antropomeacutetricos de obesidade como preditor de risco coronariano elevado Rev Assoc Med Bras [online] 2009 55(6) 705-711
17 Nascimento CM Ribeiro AQ SantrsquoAna LFR et al Estado nutricional e condiccedilotildees de sauacutede da populaccedilatildeo idosa brasileira revisatildeo da literatura Rev meacuted Minas Gerais 2011 21(2)174-180
18 Gomes MA Beck cc Duarte MFS et al Ficha Antropomeacutetrica no Nuacutecleo de Apoio a Sauacutede da Famiacutelia o que medir e para que medir Rev bras cineantropom desempenho hum 2009 11(2) 243-253
19 Azevedo LF Oliveira ACC Lima JRP et al Recomendaccedilotildees sobre condutas e procedimentos do profissional de educaccedilatildeo fiacutesica na atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede Rio de Janeiro CONFEF 2010 109-55
20 World Health Organization World health statistics 2012 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghopublicationsworld_health_statistics2012enindexhtmlgt [2012 set 18]
21 World Health Organization Global health risks mortality and burden of disease attributable to selected major risks Geneva World Health Organization 2009a
22 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Panorama da sauacutede brasileira em muacuteltiplos aspectos Percepccedilatildeo do estado de sauacutede estilo de vida e doenccedila crocircnica Pesquisa Nacional de Sauacutede 2013
23 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Pesquisa Nacional por Amostra
de Domiciacutelios 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapesquisaspesquisa_resultadosphpid_pesquisa=149gt[2014 dez 04]
24 Tribess S Virtuoso Junior JS Prescriccedilatildeo de exerciacutecios fiacutesicos para idosos Rev saudecom 2005 1(2)163-72
38
25 Pollock ML Wilmore JH Exerciacutecio na Sauacutede e na Doenccedila avaliaccedilatildeo e prescriccedilatildeo para prevenccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo Editora MEDSI 2ordf ed Rio de Janeiro 1993
26 Sociedade Brasileira de Cardiologia V Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 20061-48
27 World Health Organization Global Health Observatory (GHO) 2014 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghoncdrisk_factorsblood_pressure_prevalence_textengt [2014 dez 04]
28 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Secretaria de Atenccedilatildeo baacutesica agrave Sauacutede Departamento de atenccedilatildeo baacutesica - Hipertensatildeo arterial sistecircmica Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2006
29 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) (2009) Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeGestorvisualizar_textocfmidtxt=24421gt [2010 abr 07]
30 Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Nuacutemero de hipertenso 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwsbhorgbripadgeralphpgt [09 nov 2014]
31 Secretaria de Sauacutede do Estado da Bahia Hipertensatildeo Quantidade de Hipertensos na Bahia Disponiacutevel em (2014) lthttpwwwsaudebagovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=4418ampcatid=1ampItemid=14gt [2014 jan 10]
32 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica 2014 Dados de mortalidade na Bahia Disponiacutevel em lthttptabnetdatasusgovbrcgitabcgiexesiabcnvSIABSBAdefgt [2014 mai 05]
33 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica Dados sociodemograacuteficos de Ibicuiacute 2014 lthttptabnetdatasusgovbrcgideftohtmexesiabcnvSIABFBAdefgt [2014 jan 05]
34 Williams B The year in hypertension JACC 2010 55(1) 66-73
35 Lipp M Rocha JC Stress Hipertensatildeo Arterial e Qualidade de vida um guia de tratamento para o hipertenso Campinas Papirus 1996
36 Borenstein MS (Org) Manual de Hipertensatildeo Arterial Porto Allege Editora Sagra Luzzatto 1999
37 Joint National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure The Sixth Report of the Join National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure Arch Intern Med 1997157 2413-2446
39
38 Mitchell GF Parise H Benjamin EJ et al Changes in arterial stiffness and wave reflection with advancing age in health men and women Hypertension 2004 431239-1245
39 Matos AC Ladeia AM Avaliaccedilatildeo de fatores de risco cardiovascular em uma comunidade rural da Bahia Arq Bras Cardiol 2003 81(3) 291-6
40 World Health Organization Who Expert Committee on Physical Status the use and interpretation of antropometry Report of a WHO Expert Commitee Geneva WHO 1995 p 854
41 Pitanga FJG Antropometria na avaliaccedilatildeo da obesidade abdominal e risco coronariano Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum 201113(3) 238-241
42 Ferreira LS Amaral TF Marucci MFN et al Under nutrition as a major risk factor for death among older Brazilian adults in the community-dwelling setting SABE survey Nutrition 201127(10)17-22
43 Andrade FB Caldas Junior AF Kitoko PM et al Prevalence of overweight and obesity in elderly people from Vitoacuteria-ES Brazil Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2012 set17(3)749-756
44 Boscatto EC Duarte Mde F Coqueiro Rda S Barbosa AR Nutritional status in the oldest elderly and associated factors Rev Assoc Med Bras 2013 59(1)40-47
45 Kostka J Borowiak E Kostka T Nutritional status and quality of life in different
populations of older people in Poland Eur J Clin Nutr 2014 Nov68(11)1210-5
46 Silva DAS Petroski EL Associaccedilatildeo de diferentes pontos de corte para sobrepeso e obesidade com pressatildeo arterial elevada em idosas Rev Educ Fis UEM 2009 20 415-22
47 Nutrition Screening Initiative Interventions manual for professionals caring for older Americans Washington DC Nutrition Screening Initiative 1992
48 World Health Organization Obesity preventing and managing the global epidemic Report of a WHO Consultation on Obesity Geneva World Health Organization 1998
49 Cameron AJ Dunstan DW Owen N et al Health and mortality consequences
of abdominal obesity evidence from the Aus Diab study Med J Aust 2009191 202ndash208
50 Fox KA Despres JP Richard AJ et al Does abdominal obesity have a similar impact on cardiovascular disease and diabetes A study of 91246 ambulant patients in 27 European countries Eur Heart J 2009 30 3055ndash3063
40
51 Pouliot MC Despreacutes JP Lemieux S et al Waist circumference and abdominal sagittal diameter Best simple anthropometric indexes of abdominal visceral adipose tissue accumulation and related cardiovascular risk in men and woman Am J Cardiology 1994 73 460-468
52 Peixoto MRG Beniacutecio MHD Latorre M et al Circunferecircncia da Cintura e Iacutendice de massa Corporal como Preditores da Hipertensatildeo Arterial Arq Bras Cardiol 200687 462-470
53 MacKay MF Haffner SM Wagenknecht LE et al Prediction of type 2 diabetes using alternate anthropometric measures in a multiethnic cohort the insulin resistance atherosclerosis study Diabetes Care 200932(5)956-8
54 Valdez R A simple model-based index of abdominal adiposity J Clin Epidemiol1991 44(9) 955-6
55 Pitanga FJG Lessa I Sensibilidade e especificidade do iacutendice de conicidade como discriminador do risco coronariano de adultos em Salvador Brasil Rev Bras Epidemiol 20047(3)259-69
56 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano elevado em adultos na cidade de Salvador - Bahia Arq Bras Cardiol 2005 85 (1)26-31
57 Ghosh JR Bandyopadhyay AR Comparative evaluation of obesity measures relationship with blood pressures and hypertension Singapore Med J 200748(3) 232-5
58 Almeida RT Almeida MMG Araujo TM Obesidade abdominal e risco cardiovascular desempenho de indicadores antropomeacutetricos em mulheres Arq Bras Cardiol 2009 out92(5)375-380
59 Freitas Juacutenior Costa Rosa CS Codogno JS et al Capacidade cardiorrespiratoacuteria e distribuiccedilatildeo de gordura corporal de mulheres com 50 anos ou mais Rev Esc Enferm USP 2010 44(2) 395-400
60 Matos LN Giorelli GV Dias CB Correlation of anthropometric indicators for identifying insulin sensitivity and resistance Satildeo Paulo Med J [online] 2011 129(1) 30-35
61 Gomes MA Rech CR Gomes MBA et al Correlaccedilatildeo entre iacutendices antropomeacutetricos e distribuiccedilatildeo de gordura corporal em mulheres idosas Rev bras cineantropom desempenho hum 2006 set 8(3) 16-22
62 Tarastchuk JCE Gueacuterios EE Bueno RRL et al Obesidade e intervenccedilatildeo coronariana devemos continuar valorizando o Iacutendice de Massa Corpoacuterea Arq Bras Cardiol [online] 2008 90(5) 311-316
41
63 Ferreira AP CB Ferreira VC Souza et al Risco de distuacuterbio glicecircmico em mulheres idosas ajustado por antropometria e genoacutetipos de citocinas Rev Assoc Med Bras [online] 201157(5) 565-569
64 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano em mulheres Rev Bras Cineantrop Desempenho Hum 2006 8 (1) 14-21
65 Newman TB Browner WS Cummings SR Delineando estudos de testes meacutedicos In Hulley SB et al Delineando a pesquisa cliacutenica uma abordagem epidemioloacutegica 2 ed Porto Alegre Artmed 2003 203-224
66 Toscano CM As campanhas nacionais para detecccedilatildeo das doenccedilas crocircnicas natildeo-transmissiacuteveis diabetes e hipertensatildeo arterial Ciecircnc sauacutede Coletiva out-dez 2004 9(4) 885-895
67 Fletcher RH Fletcher SW Prevenccedilatildeo In Fletcher R Fletcher S Epidemiologia
cliacutenica elementos essenciais 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 2006 179-201
68 Jeckel J Elmore J Katz D Meacutetodos de prevenccedilatildeo secundaacuteria In _____ Epidemiologia bioestatiacutestica e medicina preventiva 2 ed Porto Alegre Artmed 2005 236-247
69 Klein CH Bloch KV Estudos seccionais In Medronho RA Carvalho DM Bloch KV Luiz RR Werneck GL Epidemiologia 1ordf ed Satildeo Paulo Editora Atheneu 2002 125-150
70 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Resoluccedilatildeo nordm- 6 de 3 de novembro de 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcenso2010ibgegovbrdados_divulgadosindexphpuf=29gt[201 dez 18]
71 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica ndash Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais (2014) Disponiacutevel em lthttpcodibgegovbr398G9gt [2014 ago 30]
72 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230gt [2013 mai 01]
73 Luiz RR Magnanini MMF A loacutegica da determinaccedilatildeo do tamanho da amostra em investigaccedilotildees epidemioloacutegicas Cad sauacutede coletiva Rio de Janeiro 2000 8(2) 9-28
74 Reis MC Nascimento RAS Pedreira RBS et al Validaccedilatildeo de Face e Clareza do Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede dos Idosos ndash IASI [resumo] in Anais do XIX Congresso Brasileiro Geriatria e Gerontologia Beleacutem 2014 296-296
75 Lohman TG Roche AF Martorell R Anthropometric Standardization Reference Manual Champaign Illinois Human Kinetics 1988
42
76 Vaz JCL Regiotildees de Incerteza para Curva ROC em Teste Diagnoacutesticos
[dissertaccedilatildeo] Satildeo Carlos Universidade Federal de Satildeo Carlos 2009
77 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de 2012
78 Erdreich LS Lee ET Use of relative operating characteristic analysis in epidemiology A method for dealing with subjective judgement Am J Epidemiol 1981 114649-62
79 Aekplakorn W Pakpeankitwatana V Lee CM et al Abdominal obesity and coronary heart disease in Thai men Obesity 200715(4)1036-42
80 Oliveira MAM Fagundes RLM Moreira EAM et al Relaccedilatildeo de Indicadores Antropomeacutetricos com Fatores de Risco para Doenccedila Cardiovascular Arq Bras Cardiol 2010 abr 94(4) 478-485
81 Mendes TAB Goldbaum M Segri NJ et al Factors associated with the prevalence of hypertension and control practices among elderly residents of Satildeo Paulo city Brazil Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(11) 2275-2286
82 Oliveira BFA Souza Mouratildeo D Gomes N et al Prevalecircncia de hipertensatildeo arterial em comunidades ribeirinhas do Rio Madeira Amazocircnia Ocidental Brasileira Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(8) 1617-1630
83 Picon RV Fuchs FD Moreira LB et al Prevalence of Hypertension Among Elderly Persons in Urban Brazil A Systematic Review With Meta-Analysis Am J Hypertens 2013 26 (4) 541-548
84 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Pessoa Idosa e Envelhecimento Seacuteries Pactos pela Sauacutede 2006 v 12 Brasiacutelia ndash DF 2010
85 Leal Neto JS Souza J Coqueiro RS et al Anthropometric indicators of obesity as screening tools for high blood pressure in the elderly Int J Nurs Pract 2013 Aug 19(4) 360-367
86 Schisterman EF Faraggi D Reiser B Trevisan M Statistical inference for the area under the receiver operating characteristic curve in the presence of random measurement error Am J Epidemiol 2001 154 (2) 174-9
87 Samsen M Hanchaiphiboolkul S Puthkhao P et al Appropriate body mass index and waist circumference cutoffs for middle and older age group in Thailand data of 19621 participants from Thai epidemiologic stroke (TES) study J Med Assoc Thai 2012 Sep 95(9)1156-66
88 Ko GTC Chan JCN Cockram CS Woo J Prediction of hypertension diabetes dyslipidemia or albuminuria using simple anthropometric indexes in Hong Kong Chinese Int J Obes 1999 23 (11) 1136-42
43
89 Lin WY Lee LT Chen CY et al Optimal cut-off values for obesity using simple anthropometric indices to predict cardiovascular risk factors in Taiwan Int J Obes Relat Metab Disord 2002261232-8
90 Pua YH Ong PH Anthropometric indices as screening tools for cardiovascular risk factors in Singaporean women Asia Pac J Clin Nutr 2005 14 (1) 74-9
91 Berber A Goacutemez-Santos R Fanghaumlnel G Saacutenchez-Reyes L Anthropometric
indexes in the prediction of type 2 diabetes mellitus hypertension and dyslipidaemia in a Mexican population Int J Obes 200125(12)1794-9
92 Browning LM Hsieh SD Ashwell M A systematic review of waist-to-height ratio
as a screening tool for the prediction of cardiovascular disease and diabetes 05 could be a suitable global boundary value Nutr Res Rev 2010 23(2)247-69
93 Bertsias G Mammas I Linardakis M Kafatos A Overweight and obesity in
relation to cardiovascular disease risk factors among medical students in Crete Greece BMC Public Health 2003 31-9
94 Kashihara H Lee JS Kawakubo K et al Criteria of Waist Circumference According to Computed Tomography-Measured Visceral Fat Area and the Clustering of Cardiovascular Risk Factors Circ J 2009 73 1881-1886
44
APEcircNDICES
45
Apecircndice 1
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
46
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS
PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE SAUacuteDE
DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE
Jequieacute ____ ____ 201__
APEcircNDICE 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Vocecirc esta sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa do Nuacutecleo de
Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo (NESP) da Universidade Estadual do Sudoeste da
Bahia
Objetivo do estudo Avaliar e monitorar as condiccedilotildees de sauacutede de idosos residentes
em comunidade
Participaccedilatildeo Ao aceitar participar do estudo estarei agrave disposiccedilatildeo do pesquisador
para responder ao formulaacuterio que seraacute arquivado pelo autor por um periacuteodo de cinco
anos sendo posteriormente incinerado
Riscos Este estudo natildeo traraacute riscos para minha integridade fiacutesica ou moral dos
participantes
Confidencialidade do estudo Seraacute garantida a privacidade o anonimato bem como
o direito de aceitar ou natildeo participar da pesquisa podendo ser essa autorizaccedilatildeo
suspensa em qualquer fase do estudo Assim as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo
4662012 do Conselho Nacional de Sauacutede que discorre sobre pesquisa envolvendo
seres humanos seratildeo atendidas Os resultados seratildeo publicados no relatoacuterio final da
dissertaccedilatildeo e artigos cientiacuteficos
47
Benefiacutecios Accedilotildees interinstitucionais articuladas promovidas numa perspectiva
interdisciplinar possibilitaratildeo uma melhor compreensatildeo das condiccedilotildees de sauacutede dos
idosos residentes em comunidade do municiacutepio e contribuiraacute para a formulaccedilatildeo de
accedilotildees direcionadas as necessidades dessa populaccedilatildeo
Danos advindos da pesquisa Caso haja algum prejuiacutezo decorrente da realizaccedilatildeo
deste estudo seraacute providenciada a devida reparaccedilatildeo dos danos atraveacutes do
responsaacutevel pelo estudo O pesquisador e os entrevistados natildeo receberatildeo benefiacutecios
financeiros para participaccedilatildeo no estudo Todas as despesas seratildeo por conta do
pesquisador
Participaccedilatildeo voluntaacuteria Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria podendo a qualquer
momento desistir do estudo sem qualquer prejuiacutezo ou penalidade para mim
Consentimento para participaccedilatildeo Apoacutes ser devidamente esclarecido (a) quanto
aos objetivos deste estudo dos procedimentos aos quais serei submetido (a) bem
como dos possiacuteveis riscos decorrentes da minha participaccedilatildeo estou de acordo em
participar do mesmo O pesquisador responsaacutevel pelo estudo assegura que seraacute
disponibilizado qualquer esclarecimento adicional que eu venha a solicitar durante a
realizaccedilatildeo da pesquisa e o direito de desistir da participaccedilatildeo em qualquer momento
Em casos de duacutevidas eou problemas referentes ao estudo vocecirc poderaacute
entrar em contato com o autor atraveacutes do Nuacutecleo de Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo
(NESP) (73) 3528-9721
Sendo assim eu ______________________________________________
aceito livremente participar do Projeto MONIDI
__________________________________ __________________________________
Assinatura do (a) participante
RG _________________________
Assinatura do (a) pesquisador
RG_________________________
48
Apecircndice 2
Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede do Idoso
49
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS
PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE
SAUacuteDE DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE
Nuacutemero do Questionaacuterio |__|__|__|
Nome do Entrevistador ___________________________
Visita 1 2 3
Data Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Hora de iniacutecio ________
Hora de teacutermino ________
I INFORMACcedilOtildeES PESSOAIS E SOCIODEMOGRAacuteFICAS
1 Nome do entrevistado
2Sexo
0 ( ) Feminino
1 ( ) Masculino
3 Endereccedilo completotelefone
4 Idade ____ anos
41 Data de Nascimento
____________
50
5 Situaccedilatildeo conjugal atual
1 ( ) Casado(a) 2 ( ) Uniatildeo estaacutevel 3 ( ) Solteiroa
4 ( ) Divorciado(a)separado(a)desquitado(a) 5 ( ) Viuacutevoa
6 No total quantas vezes o (a) Sr(a) esteve casado(a) ou em uniatildeo
Nordm de vezes |___|___|
7 Na escola qual a uacuteltima seacuterie grau que concluiu com aprovaccedilatildeo
1 - Nunca foi agrave escola ( ) 4 - Fundamental II ( )5 a ( )6 a ( )7 a ( )8 a
2 - Lecirc e escreve o nome ( ) 5 - Ensino Meacutedio ( ) 1 a ( )2 a ( )3
3 - Fundamental I ( )1 a ( )2 a 6 - Superior ( ) completo ( ) incompleto
( )3 a ( )4 a
8 Como vocecirc classificaria a cor da sua pele
1( ) Branca 2( ) Amarela (oriental) 3( ) Parda
4( ) Origem indiacutegena 5( ) Preta 9( ) Natildeo sabe
9 Cor da pele (entrevistador)
1( ) branca 2( ) amarela (oriental) 3( ) parda
4( ) origem indiacutegena 5( ) preta
10-Quantos filhos e filhas nascidos vivos o(a)Sr(a) teve (natildeo inclua enteados filhos
adotivos abortos ou filhos nascidos mortos)
Nuacutemero de filhos |____|____| (98) NS (99) NR
11 Atualmente o senhor (a) mora sozinho ou acompanhado
1( )Acompanhado 2( ) Sozinho 3( ) NR 4( )NS
51
12 Desde que o senhor (a) nasceu viveu no campo por 5 anos ou mais
0( ) Natildeo 1( ) Sim 2( ) NS 3( ) NR
13 Qual eacute a sua religiatildeo
1( ) Catoacutelica 2( ) Protestante 3( ) Judaica
4( ) Espiacuteritakardecista 5( ) Umbanda 6( ) Outras ____________
14 Qual a importacircncia da religiatildeo em sua vida
(1) Importante (2) Regular (3) Nada importante (8) NS (9) NR
15 Com que frequecircncia o senhor vai agrave igreja ou ao serviccedilo religioso
( ) Nunca ( ) Vaacuterias vezes por ano ( ) Uma duas vezes por mecircs
( ) Quase toda semana ( ) Mais de uma vez por semana ( ) NS ( ) NR
16 Quanto vocecirc ganha em meacutedia por mecircs R$ __________8( )Natildeo se aplica
II A CONSUMO DE AacuteLCOOL E TABACO
Uso de bebidas alcooacutelicas
1 Vocecirc consome bebidas alcooacutelicas Se vocecirc NAtildeO BEBE siga para o bloco III C
0 ( )sim 1( ) natildeo
2 Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
3 As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
4 Sente-se chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
5 Costuma beber pela manhatilde para diminuir o nervosismo ou a ressaca
0 ( ) sim 1( ) natildeo
Haacutebito de fumar
1 Vocecirc jaacute foi fumante 0 ( ) sim 1( ) natildeo
52
2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco
III C
3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros
4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias
III ANTROPOMETRIA
MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS
ESTATURA
MASSA CORPORAL
CIRCUNFEREcircNCIA
DE CINTURA
IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL
MEDIDA 01 02 03
Pressatildeo arterial
sistoacutelica
Pressatildeo arterial
diastoacutelica
53
ANEXOS
54
Anexo 1
Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos
55
56
29
optou-se por maior rigorosidade ao diagnosticar a pressatildeo arterial elevada
considerando a realizaccedilatildeo de trecircs medidas
Nessa amostra observou-se que a prevalecircncia de hipertensatildeo arterial foi
443 nas mulheres e 406 nos homens Demonstrando ser uma alta prevalecircncia
pois se trata de uma populaccedilatildeo que eacute influenciada diretamente pelo o aumento da
morbimortalidade durante o envelhecimento Estudos envolvendo idosos indicam que
a prevalecircncia da hipertensatildeo encontra-se entre 50-70 com o aumento da idade84
Poucos estudos epidemioloacutegicos foram conduzidos com o objetivo de identificar
e discriminar a capacidade de iacutendices antropomeacutetricos de obesidade para a pressatildeo
arterial elevada na populaccedilatildeo de idosos e principalmente utilizando o iacutendice C o
RCEst Um estudo realizado com a populaccedilatildeo de idosos utilizou o mesmo objetivo
poreacutem usou como ponto de corte o iacutendice de massa corporal e o iacutendice de adiposidade
corporal85 Entretanto faz-se necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de outros iacutendices para identificar
hipertensatildeo arterial em idosos
De acordo com os resultados do presente estudo somente alguns dos
indicadores antropomeacutetricos apresentaram capacidade preditiva para a hipertensatildeo
arterial em idosos de acordo com limite inferior do intervalo de confianccedila de 9586
Dessa forma foi observado que a RCEst e IMC para os homens mostraram-se com
bom poder de detecccedilatildeo para a hipertensatildeo arterial pois obtiveram maiores valores
sob a curva para esse desfecho
Em 2013 Leal Neto et al85 identificaram em seus resultados que o IMC e o
iacutendice de adiposidade corporal foram os melhores indicadores preditivos de
hipertensatildeo arterial nos idosos em ambos os sexos independentemente de outros
fatores tais como idade tabagismo consumo de aacutelcool e atividade fiacutesica
No presente estudo os principais indicadores que tiveram uma boa aacuterea sob a
curva foram o IMC RCEst e Iacutendice C com resultados de 060 IC95 (050-070) 061
IC95 (051-071) e 058 IC95 (058-068) respectivamente para homens
Nas mulheres tais iacutendices mostraram-se com menor poder discriminatoacuterio para
diagnosticar a hipertensatildeo arterial A HAS eacute um desfecho que pode ser influenciado
por fatores multicausais (hormonais estresse etc) Na anaacutelise do desempenho do
iacutendice antropomeacutetrico a loacutegica eacute unidirecional ou seja verificar o desempenho desses
iacutendices apenas como preditores de hipertensatildeo arterial foram mais satisfatoacuterios entre
os homens Os iacutendices podem interferir mas natildeo determinar a prevalecircncia da
30
hipertensatildeo Embora as mulheres tenham uma maior prevalecircncia essa natildeo eacute
determinada pelos iacutendices antropomeacutetricos no presente estudo
Tais resultados diferem do estudo realizado em 2012 por Samsen et al87 no
qual a circunferecircncia da cintura teve boa ASC nos homens = 0684 com IC95 (0672-
0695) e nas mulheres = 0673 IC95 (0665-0681) sendo o melhor indicador
significativamente (p lt0001) do que o IMC no qual a ASC em homens foi de = 0667
IC95 (0656-679) e nas mulheres = 0636 IC95 (0628-0644) em discriminaccedilatildeo
de pelo menos um fator de risco cardiovascular Isso se deve ao fato de tal estudo ter
sido realizado com uma abrangecircncia maior na faixa etaacuteria que foi de 45-80 anos
Uma possiacutevel limitaccedilatildeo para discussatildeo dos resultados desse estudo foi a faixa
etaacuteria restrita que natildeo incluiu idosos (igual ou acima de 60 anos) o que impossibilita
a triagem da pressatildeo arterial elevada nessa populaccedilatildeo
62 Iacutendices antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial
Nesse estudo a CC e RCEst foram as variaacuteveis com maiores valores absolutos
de sensibilidade para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial respectivamente para mulheres
e homens Tais resultados indicam as proporccedilotildees de verdadeiros positivos na
ocorrecircncia de hipertensatildeo arterial
Quanto ao ponto de corte do RCEst nas mulheres foi de 059 sendo 568 de
sensibilidade e 430 de especificidade Valores inferiores ao encontrado no presente
estudo para mulheres foram sugeridos em Taiwan (045) Cingapura (048) e na China
(050) No Brasil em 2009 Haun Pitanga e Lessa16 recomendaram para a RCEst
053 como melhor ponto de corte com sensibilidade (67) e especificidade (58) e
aacuterea sob a curva ROC de 069 (IC 95 = 064-075) Outro ponto de corte semelhante
ao observado no Brasil com mulheres mexicanas variou de 053 a 0535 para a
RCEst discriminar diabete tipo 2 hipertensatildeo e dislipidemias88899091
Os pontos de corte sugeridos por esses paiacuteses e no Brasil podem ter sido
inferiores por causa da abrangecircncia na faixa etaacuteria dos indiviacuteduos no qual incluiacuteram
mulheres de 30 a 74 anos como tambeacutem as caracteriacutesticas econocircmicas culturais e
31
de estilo de vida diferem da realidade das mulheres que residem em cidades de
pequeno porte Estudos que discriminem hipertensatildeo arterial principalmente em
idosos com RCEst satildeo escassos na literatura
Em 2010 Browning Hsieh e Ashwel92 realizaram uma revisatildeo sistemaacutetica
sobre a potencialidade de indicadores antropomeacutetricos em predizer doenccedilas
cardiovasculares e identificou a RCEst como variaacutevel de melhor desempenho A
RCEst apresentou maiores ASC quando comparada ao IMC ou CC Os dados
analisados foram de quatorze paiacuteses diferentes e incluiacuteram caucasianos asiaacuteticos e
da Ameacuterica Central Segundo os autores uma RCEst ge 05 eacute capaz de identificar
fatores de risco cardiovasculares Esse ponto de corte eacute inferior aos encontrados para
homens e mulheres no presente estudo significando que o ponto de corte encontrado
pode diagnosticar risco cardiovascular e consequentemente a presenccedila de
hipertensatildeo
Outros autores afirmam essa hipoacutetese relacionada aos valores limites para
RCEst em diversas populaccedilotildees e indicaram que um ponto de corte de 05 eacute o valor
mais indicado para ambos os sexos todas as idades e diferentes populaccedilotildees899315
Com relaccedilatildeo agrave especificidade a variaacutevel com maior valor foi o IMC
independentemente do sexo Nas mulheres o ponto de corte sugerido foi 2679 kgm2
e nos homens 2420 kgm2 O valor da especificidade foi de 548 para ambos os
sexos o qual possibilita determinar corretamente a ausecircncia de hipertensatildeo arterial
Sendo assim este estudo sugere que o IMC natildeo foi o melhor preditor de hipertensatildeo
arterial
O estudo de Leal Neto et al (2013)85 tambeacutem testou a capacidade de
indicadores antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial em idosos
sugeriu como pontos de corte para IMC valores de 247 kgm2 igual ao encontrado no
presente estudo e de 273 kgm2 nuacutemero superior que aos dados do presente
trabalho para homens e mulheres respectivamente
Em outro estudo realizado com 19621 homens e mulheres com faixa etaacuteria de
45-80 anos a meacutedia da idade foi de 598 anos para os homens e 585 anos para as
mulheres O ponto de corte adequado de IMC foi de 23 kgm2 em homens e 24 kgm2
em mulheres Os pontos de corte de CC foram 80 cm e 78 cm em homens e mulheres
respectivamente Os achados do presente estudo foram superiores a esses
32
resultados todavia deve ser considerado que a populaccedilatildeo alvo foi diferente e com
idade menor da populaccedilatildeo pesquisada no presente trabalho87
Com relaccedilatildeo agrave CC o ponto de corte identificado para a prediccedilatildeo de hipertensatildeo
arterial nas mulheres foi superior ao dos homens Contudo os valores de sensibilidade
e especificidade desses pontos de corte foram maiores entre os homens o que pode
indicar que o poder preditivo da CC para a hipertensatildeo arterial eacute melhor para o sexo
masculino Quanto menor o ponto de corte maior seraacute a habilidade do teste em
classificar os doentes como positivos isto eacute maior seraacute a sensibilidade76 Os pontos
de corte dos homens foram em sua maioria menores em comparaccedilatildeo aos das
mulheres
Tais resultados satildeo contraacuterios aos achados do estudo de Kashihara et al
(2009)94 com indiviacuteduos de 30-74 anos que comparou paciente com hipertensatildeo e sem
hipertensatildeo Em seus pontos de corte de CC para os homens foram superiores aos
pontos de corte definidos para as mulheres e os valores de sensibilidade e
especificidade foi maior nas mulheres para identificar risco cardiovascular Poreacutem a
idade foi menor ao proposto no presente estudo
Outro estudo que contraria tais resultados quanto ao ponto de corte da CC foi
o de Haun Pitanga e Lessa (2009)16 que foi superior para os homens enquanto o
niacutevel de sensibilidade e especificidade foi igual aos nossos achados Poreacutem esse
estudo foi realizado com indiviacuteduos de idade entre 30-74 anos e discriminou risco
coronariano elevado
Quanto ao Iacutendice C no presente estudo o ponto de corte sugerido foi de 126
nas mulheres (sensibilidade 541 e especificidade 452) e 129 para os homens
(sensibilidade 574 e especificidade 456)
Diferentemente do resultado encontrado no presente estudo Pitanga e Lessa
(2005)56 sugeriram como o melhor ponto de corte para risco coronariano com o iacutendice
C 118 para mulheres apresentando valores de sensibilidade (7339) e
especificidade (6115) Para os homens o ponto de corte foi de 125 com valores de
sensibilidade (7391) e especificidade (7492) Tais pontos de corte foram para
indiviacuteduos adultos por esse motivo foram mais baixos que os achados do presente
trabalho Deve-se considerar que existem modificaccedilotildees na composiccedilatildeo corporal com
o processo do envelhecimento o que poderia alterar os pontos de corte para as essas
medidas antropomeacutetricas
33
Em outro estudo com os mesmo autores foram apresentados outros pontos de
corte comparando diferentes faixas etaacuterias Para as mulheres de 30-49 anos o melhor
ponto de corte foi o mesmo (118) com melhor sensibilidade (7857) e
especificidade (6524) e tambeacutem melhor aacuterea sob a curva ROC 081 (IC95 = 070-
092) Entre as de idade mais avanccedilada (50-74 anos) o melhor ponto de corte
sugerido foi 122 com sensibilidade (6000) e especificidade (6582) e aacuterea sob a
curva ROC 065 (IC 95 = 058-073) Portanto o iacutendice C apresentou melhor poder
discriminatoacuterio de RCEst para as mulheres mais jovens64
Almeida Almeida e Arauacutejo (2009)58 conduziram uma pesquisa com mulheres
de 30 e 69 anos buscando avaliar o desempenho de diferentes pontos de corte do
iacutendice C RCQ CC e RCEst para discriminar Risco Coronariano Elevado e o ponto de
corte encontrado para o Iacutendice C foi (125) proacuteximo ao ponto de corte para mulheres
nos nossos achados Dessa forma tais autores afirmaram que os indicadores
antropomeacutetricos de obesidade abdominal analisados tiveram desempenhos
satisfatoacuterios e similares para discriminar RCEst poreacutem o iacutendice C foi o que
apresentou o melhor poder discriminatoacuterio
As informaccedilotildees sobre o iacutendice C satildeo limitadas quanto agrave discussatildeo do ponto de
corte para hipertensatildeo arterial principalmente por encontrar poucos estudos sobre
essa medida como referecircncia para idosos Pitanga e Lessa (2004)55 relatam como
uma limitaccedilatildeo para a utilizaccedilatildeo do Iacutendice C em estudos populacionais a dificuldade de
se calcular o denominador da equaccedilatildeo proposta para sua determinaccedilatildeo
O excesso de gordura em geral estaacute associado ao aparecimento de doenccedilas
cardiovasculares hipertensatildeo arterial e mortalidade a definiccedilatildeo de pontos de corte
para iacutendices que se destacam por sua simplicidade operacional e boa acuraacutecia
permite a detecccedilatildeo dos indiviacuteduos sob risco sendo de grande utilidade nos serviccedilos
de atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede aleacutem de possibilitar o conhecimento da situaccedilatildeo de
grupos populacionais especiacuteficos frente a esses riscos quando empregados na
pesquisa epidemioloacutegica
No contexto das cidades de pequeno porte (rurais e urbanas) os recursos de
sauacutede satildeo muitas vezes limitados e escassos sendo importante a utilizaccedilatildeo desses
iacutendices antropomeacutetricos como substituiccedilatildeo eou apoio a avaliaccedilatildeo tradicional da
pressatildeo arterial Em vaacuterias conjunturas de sauacutede a alta demanda de paciente com
hipertensatildeo arterial exige a utilizaccedilatildeo de instrumentos de diagnoacutesticos e rastreamento
34
de raacutepida e faacutecil aplicaccedilatildeo que possam ser manejados por diferentes profissionais e
que sobretudo apresentem validade e fidedignidade A adequada validaccedilatildeo de
instrumentos e conhecimento de suas propriedades teacutecnicas na populaccedilatildeo brasileira
tambeacutem deve contribuir com a seleccedilatildeo de prioridades e delimitaccedilatildeo do conteuacutedo dos
programas de sauacutede pelos tomadores de decisatildeo em diferentes niacuteveis de gestatildeo
35
7 CONCLUSAtildeO
As anaacutelises dos dados permitem frente aos objetivos estabelecidos formular
as seguintes conclusotildees Quanto ao poder de discriminaccedilatildeo de iacutendices
antropomeacutetricos para a hipertensatildeo arterial em idosos os iacutendices antropomeacutetricos
(IMC RCEst e Iacutendice C) foram bons preditores de hipertensatildeo arterial para os homens
Dessa forma tais iacutendices podem ser empregados nos homens poreacutem tais medidas
natildeo foram satisfatoacuterias para predizer pressatildeo arterial elevada nas mulheres idosas
limitando a sua utilizaccedilatildeo para o sexo feminino com idades avanccediladas
O melhor ponto de corte para discriminar hipertensatildeo arterial foi 054 para a
RCEst nos homens dessa forma tal ponto de corte deve ser empregada no contexto
da atenccedilatildeo primaacuteria nos homens Sugere-se a utilizaccedilatildeo dessa medida a fim de
detectar e realizar a triagem da hipertensatildeo arterial com caracteriacutesticas similares agrave
amostra deste estudo
Recomenda-se que a utilizaccedilatildeo de dois iacutendices simultaneamente resulte em
uma maior eficiecircncia na avaliaccedilatildeo do risco de hipertensatildeo arterial em idosos A
indicaccedilatildeo destas medidas permite que ela seja realizada nas Unidades de Sauacutede da
Famiacutelia como meacutetodo de triagem para idosos com hipertensatildeo arterial utilizando
materiais de faacutecil manejo e de baixo custo
Dessa forma pode-se efetivamente atingir uma das estrateacutegias de prevenccedilatildeo
da hipertensatildeo arterial sistecircmica que eacute o controle da pressatildeo arterial durante o
envelhecimento Todavia sugere-se cautela na utilizaccedilatildeo do ponto de corte desses
indicadores para as mulheres pois os resultados natildeo foram satisfatoacuterios
Fica evidente a necessidade de outros estudos que identifiquem pontos de
corte de iacutendices antropomeacutetricos visando agrave detecccedilatildeo de hipertensatildeo arterial e de
outros fatores de risco cardiovascular nas mulheres idosas que residem em cidades
de pequeno porte
36
8 REFEREcircNCIAS
1 Omram AR The epidemiologic transition a theory of the epidemiology of population change Milbank Memorial Fund Quarterly 1971 49 (Part 1) 509-538
2 Wong LR Carvalho JM Age-strucutural transition in Brazil demographic bonuses and emerging challenges In Pool I Wong LLR Vilquin E editores Age-structural transitions challenges for development Paris Committee for International Cooperation in National Research in Demography 2006
3 Gragnolati M Jorgensen OH Rocha R Fruttero AA Envelhecendo em um Brasil mais Velho implicaccedilotildees do envelhecimento populacional sobre o crescimento econocircmico reduccedilatildeo da pobreza financcedilas puacuteblicas prestaccedilatildeo de serviccedilos Banco Internacional para a Reconstruccedilatildeo e o Desenvolvimento Banco Mundial 2011
4 Schmidt MI Duncan BB Silva GA et al Health in Brazil 4 Chronic non-communicable diseases in Brazil burden and current challenges The Lancet 2011 377
5 Ezzati M Hoorn SV Rodgers A et al Comparative Risk Assessment Collaborating Group Selected major risk factors and global and regional burden of disease Lancet 2002 360 1347-60
6 Lim SS Vos T Flaxman AD et al A comparative risk assessment of burden of disease and injury attributable to 67 risk factors and risk factor clusters in 21 regions 1990-2010 a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2010 Lancet 2012 380 (9859)2224-60
7 Sociedade Brasileira de Cardiologia Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Sociedade Brasileira de Nefrologia VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 2010 95(1) 1-51
8 Miranda DR Perrotti TC Bellinazzi VR et al Hipertensatildeo arterial no idoso peculiaridades na fisiopatologia no diagnoacutestico e no tratamento Rev Bras Hipertens 2002 9 293-300
9 Pilger C Menon MU Mathias TAF Caracteriacutesticas sociodemograacuteficas e de sauacutede de idosos contribuiccedilotildees para os serviccedilos de sauacutede Rev Latino-Am Enfermagem 2011 19(5)1230-1238
10 Pilger C Menon MU Mathias TAF Utilizaccedilatildeo de serviccedilos de sauacutede por idosos vivendo na comunidade Rev esc enferm USP 2013 47(1)213-220
11 Mariath AB Grillo LP Silva RO et al Obesidade e fatores de risco para o desenvolvimento de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis entre usuaacuterios de unidade de alimentaccedilatildeo e nutriccedilatildeo Cad Sauacutede Puacuteblica 2007 23 (4) 897-905
37
12 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Diretrizes e recomendaccedilotildees para o cuidado
integral de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis promoccedilatildeo da sauacutede vigilacircncia prevenccedilatildeo e assistecircncia Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2008
13 Kuumlmpe DA Sodreacute AC Pomatti DM et al Obesidade em Idosos Acompanhados
pela Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia Texto Contexto Enferm Florianoacutepolis 2011 20(3) 471-7
14 Silva KS Farias Juacutenior JC Fatores de risco associados agrave pressatildeo arterial elevada em adolescentes Rev Bras Med Esporte 2007 13(4) 237-40
15 Pitanga FJG Lessa I Razatildeo cintura-estatura como discriminador do risco
coronariano de adultos Rev Assoc Med Bras 2006 52157-61
16 Haun DR Pitanga FJG Lessa I Razatildeo CinturaEstatura comparado a outros indicadores antropomeacutetricos de obesidade como preditor de risco coronariano elevado Rev Assoc Med Bras [online] 2009 55(6) 705-711
17 Nascimento CM Ribeiro AQ SantrsquoAna LFR et al Estado nutricional e condiccedilotildees de sauacutede da populaccedilatildeo idosa brasileira revisatildeo da literatura Rev meacuted Minas Gerais 2011 21(2)174-180
18 Gomes MA Beck cc Duarte MFS et al Ficha Antropomeacutetrica no Nuacutecleo de Apoio a Sauacutede da Famiacutelia o que medir e para que medir Rev bras cineantropom desempenho hum 2009 11(2) 243-253
19 Azevedo LF Oliveira ACC Lima JRP et al Recomendaccedilotildees sobre condutas e procedimentos do profissional de educaccedilatildeo fiacutesica na atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede Rio de Janeiro CONFEF 2010 109-55
20 World Health Organization World health statistics 2012 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghopublicationsworld_health_statistics2012enindexhtmlgt [2012 set 18]
21 World Health Organization Global health risks mortality and burden of disease attributable to selected major risks Geneva World Health Organization 2009a
22 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Panorama da sauacutede brasileira em muacuteltiplos aspectos Percepccedilatildeo do estado de sauacutede estilo de vida e doenccedila crocircnica Pesquisa Nacional de Sauacutede 2013
23 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Pesquisa Nacional por Amostra
de Domiciacutelios 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapesquisaspesquisa_resultadosphpid_pesquisa=149gt[2014 dez 04]
24 Tribess S Virtuoso Junior JS Prescriccedilatildeo de exerciacutecios fiacutesicos para idosos Rev saudecom 2005 1(2)163-72
38
25 Pollock ML Wilmore JH Exerciacutecio na Sauacutede e na Doenccedila avaliaccedilatildeo e prescriccedilatildeo para prevenccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo Editora MEDSI 2ordf ed Rio de Janeiro 1993
26 Sociedade Brasileira de Cardiologia V Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 20061-48
27 World Health Organization Global Health Observatory (GHO) 2014 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghoncdrisk_factorsblood_pressure_prevalence_textengt [2014 dez 04]
28 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Secretaria de Atenccedilatildeo baacutesica agrave Sauacutede Departamento de atenccedilatildeo baacutesica - Hipertensatildeo arterial sistecircmica Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2006
29 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) (2009) Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeGestorvisualizar_textocfmidtxt=24421gt [2010 abr 07]
30 Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Nuacutemero de hipertenso 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwsbhorgbripadgeralphpgt [09 nov 2014]
31 Secretaria de Sauacutede do Estado da Bahia Hipertensatildeo Quantidade de Hipertensos na Bahia Disponiacutevel em (2014) lthttpwwwsaudebagovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=4418ampcatid=1ampItemid=14gt [2014 jan 10]
32 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica 2014 Dados de mortalidade na Bahia Disponiacutevel em lthttptabnetdatasusgovbrcgitabcgiexesiabcnvSIABSBAdefgt [2014 mai 05]
33 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica Dados sociodemograacuteficos de Ibicuiacute 2014 lthttptabnetdatasusgovbrcgideftohtmexesiabcnvSIABFBAdefgt [2014 jan 05]
34 Williams B The year in hypertension JACC 2010 55(1) 66-73
35 Lipp M Rocha JC Stress Hipertensatildeo Arterial e Qualidade de vida um guia de tratamento para o hipertenso Campinas Papirus 1996
36 Borenstein MS (Org) Manual de Hipertensatildeo Arterial Porto Allege Editora Sagra Luzzatto 1999
37 Joint National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure The Sixth Report of the Join National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure Arch Intern Med 1997157 2413-2446
39
38 Mitchell GF Parise H Benjamin EJ et al Changes in arterial stiffness and wave reflection with advancing age in health men and women Hypertension 2004 431239-1245
39 Matos AC Ladeia AM Avaliaccedilatildeo de fatores de risco cardiovascular em uma comunidade rural da Bahia Arq Bras Cardiol 2003 81(3) 291-6
40 World Health Organization Who Expert Committee on Physical Status the use and interpretation of antropometry Report of a WHO Expert Commitee Geneva WHO 1995 p 854
41 Pitanga FJG Antropometria na avaliaccedilatildeo da obesidade abdominal e risco coronariano Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum 201113(3) 238-241
42 Ferreira LS Amaral TF Marucci MFN et al Under nutrition as a major risk factor for death among older Brazilian adults in the community-dwelling setting SABE survey Nutrition 201127(10)17-22
43 Andrade FB Caldas Junior AF Kitoko PM et al Prevalence of overweight and obesity in elderly people from Vitoacuteria-ES Brazil Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2012 set17(3)749-756
44 Boscatto EC Duarte Mde F Coqueiro Rda S Barbosa AR Nutritional status in the oldest elderly and associated factors Rev Assoc Med Bras 2013 59(1)40-47
45 Kostka J Borowiak E Kostka T Nutritional status and quality of life in different
populations of older people in Poland Eur J Clin Nutr 2014 Nov68(11)1210-5
46 Silva DAS Petroski EL Associaccedilatildeo de diferentes pontos de corte para sobrepeso e obesidade com pressatildeo arterial elevada em idosas Rev Educ Fis UEM 2009 20 415-22
47 Nutrition Screening Initiative Interventions manual for professionals caring for older Americans Washington DC Nutrition Screening Initiative 1992
48 World Health Organization Obesity preventing and managing the global epidemic Report of a WHO Consultation on Obesity Geneva World Health Organization 1998
49 Cameron AJ Dunstan DW Owen N et al Health and mortality consequences
of abdominal obesity evidence from the Aus Diab study Med J Aust 2009191 202ndash208
50 Fox KA Despres JP Richard AJ et al Does abdominal obesity have a similar impact on cardiovascular disease and diabetes A study of 91246 ambulant patients in 27 European countries Eur Heart J 2009 30 3055ndash3063
40
51 Pouliot MC Despreacutes JP Lemieux S et al Waist circumference and abdominal sagittal diameter Best simple anthropometric indexes of abdominal visceral adipose tissue accumulation and related cardiovascular risk in men and woman Am J Cardiology 1994 73 460-468
52 Peixoto MRG Beniacutecio MHD Latorre M et al Circunferecircncia da Cintura e Iacutendice de massa Corporal como Preditores da Hipertensatildeo Arterial Arq Bras Cardiol 200687 462-470
53 MacKay MF Haffner SM Wagenknecht LE et al Prediction of type 2 diabetes using alternate anthropometric measures in a multiethnic cohort the insulin resistance atherosclerosis study Diabetes Care 200932(5)956-8
54 Valdez R A simple model-based index of abdominal adiposity J Clin Epidemiol1991 44(9) 955-6
55 Pitanga FJG Lessa I Sensibilidade e especificidade do iacutendice de conicidade como discriminador do risco coronariano de adultos em Salvador Brasil Rev Bras Epidemiol 20047(3)259-69
56 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano elevado em adultos na cidade de Salvador - Bahia Arq Bras Cardiol 2005 85 (1)26-31
57 Ghosh JR Bandyopadhyay AR Comparative evaluation of obesity measures relationship with blood pressures and hypertension Singapore Med J 200748(3) 232-5
58 Almeida RT Almeida MMG Araujo TM Obesidade abdominal e risco cardiovascular desempenho de indicadores antropomeacutetricos em mulheres Arq Bras Cardiol 2009 out92(5)375-380
59 Freitas Juacutenior Costa Rosa CS Codogno JS et al Capacidade cardiorrespiratoacuteria e distribuiccedilatildeo de gordura corporal de mulheres com 50 anos ou mais Rev Esc Enferm USP 2010 44(2) 395-400
60 Matos LN Giorelli GV Dias CB Correlation of anthropometric indicators for identifying insulin sensitivity and resistance Satildeo Paulo Med J [online] 2011 129(1) 30-35
61 Gomes MA Rech CR Gomes MBA et al Correlaccedilatildeo entre iacutendices antropomeacutetricos e distribuiccedilatildeo de gordura corporal em mulheres idosas Rev bras cineantropom desempenho hum 2006 set 8(3) 16-22
62 Tarastchuk JCE Gueacuterios EE Bueno RRL et al Obesidade e intervenccedilatildeo coronariana devemos continuar valorizando o Iacutendice de Massa Corpoacuterea Arq Bras Cardiol [online] 2008 90(5) 311-316
41
63 Ferreira AP CB Ferreira VC Souza et al Risco de distuacuterbio glicecircmico em mulheres idosas ajustado por antropometria e genoacutetipos de citocinas Rev Assoc Med Bras [online] 201157(5) 565-569
64 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano em mulheres Rev Bras Cineantrop Desempenho Hum 2006 8 (1) 14-21
65 Newman TB Browner WS Cummings SR Delineando estudos de testes meacutedicos In Hulley SB et al Delineando a pesquisa cliacutenica uma abordagem epidemioloacutegica 2 ed Porto Alegre Artmed 2003 203-224
66 Toscano CM As campanhas nacionais para detecccedilatildeo das doenccedilas crocircnicas natildeo-transmissiacuteveis diabetes e hipertensatildeo arterial Ciecircnc sauacutede Coletiva out-dez 2004 9(4) 885-895
67 Fletcher RH Fletcher SW Prevenccedilatildeo In Fletcher R Fletcher S Epidemiologia
cliacutenica elementos essenciais 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 2006 179-201
68 Jeckel J Elmore J Katz D Meacutetodos de prevenccedilatildeo secundaacuteria In _____ Epidemiologia bioestatiacutestica e medicina preventiva 2 ed Porto Alegre Artmed 2005 236-247
69 Klein CH Bloch KV Estudos seccionais In Medronho RA Carvalho DM Bloch KV Luiz RR Werneck GL Epidemiologia 1ordf ed Satildeo Paulo Editora Atheneu 2002 125-150
70 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Resoluccedilatildeo nordm- 6 de 3 de novembro de 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcenso2010ibgegovbrdados_divulgadosindexphpuf=29gt[201 dez 18]
71 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica ndash Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais (2014) Disponiacutevel em lthttpcodibgegovbr398G9gt [2014 ago 30]
72 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230gt [2013 mai 01]
73 Luiz RR Magnanini MMF A loacutegica da determinaccedilatildeo do tamanho da amostra em investigaccedilotildees epidemioloacutegicas Cad sauacutede coletiva Rio de Janeiro 2000 8(2) 9-28
74 Reis MC Nascimento RAS Pedreira RBS et al Validaccedilatildeo de Face e Clareza do Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede dos Idosos ndash IASI [resumo] in Anais do XIX Congresso Brasileiro Geriatria e Gerontologia Beleacutem 2014 296-296
75 Lohman TG Roche AF Martorell R Anthropometric Standardization Reference Manual Champaign Illinois Human Kinetics 1988
42
76 Vaz JCL Regiotildees de Incerteza para Curva ROC em Teste Diagnoacutesticos
[dissertaccedilatildeo] Satildeo Carlos Universidade Federal de Satildeo Carlos 2009
77 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de 2012
78 Erdreich LS Lee ET Use of relative operating characteristic analysis in epidemiology A method for dealing with subjective judgement Am J Epidemiol 1981 114649-62
79 Aekplakorn W Pakpeankitwatana V Lee CM et al Abdominal obesity and coronary heart disease in Thai men Obesity 200715(4)1036-42
80 Oliveira MAM Fagundes RLM Moreira EAM et al Relaccedilatildeo de Indicadores Antropomeacutetricos com Fatores de Risco para Doenccedila Cardiovascular Arq Bras Cardiol 2010 abr 94(4) 478-485
81 Mendes TAB Goldbaum M Segri NJ et al Factors associated with the prevalence of hypertension and control practices among elderly residents of Satildeo Paulo city Brazil Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(11) 2275-2286
82 Oliveira BFA Souza Mouratildeo D Gomes N et al Prevalecircncia de hipertensatildeo arterial em comunidades ribeirinhas do Rio Madeira Amazocircnia Ocidental Brasileira Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(8) 1617-1630
83 Picon RV Fuchs FD Moreira LB et al Prevalence of Hypertension Among Elderly Persons in Urban Brazil A Systematic Review With Meta-Analysis Am J Hypertens 2013 26 (4) 541-548
84 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Pessoa Idosa e Envelhecimento Seacuteries Pactos pela Sauacutede 2006 v 12 Brasiacutelia ndash DF 2010
85 Leal Neto JS Souza J Coqueiro RS et al Anthropometric indicators of obesity as screening tools for high blood pressure in the elderly Int J Nurs Pract 2013 Aug 19(4) 360-367
86 Schisterman EF Faraggi D Reiser B Trevisan M Statistical inference for the area under the receiver operating characteristic curve in the presence of random measurement error Am J Epidemiol 2001 154 (2) 174-9
87 Samsen M Hanchaiphiboolkul S Puthkhao P et al Appropriate body mass index and waist circumference cutoffs for middle and older age group in Thailand data of 19621 participants from Thai epidemiologic stroke (TES) study J Med Assoc Thai 2012 Sep 95(9)1156-66
88 Ko GTC Chan JCN Cockram CS Woo J Prediction of hypertension diabetes dyslipidemia or albuminuria using simple anthropometric indexes in Hong Kong Chinese Int J Obes 1999 23 (11) 1136-42
43
89 Lin WY Lee LT Chen CY et al Optimal cut-off values for obesity using simple anthropometric indices to predict cardiovascular risk factors in Taiwan Int J Obes Relat Metab Disord 2002261232-8
90 Pua YH Ong PH Anthropometric indices as screening tools for cardiovascular risk factors in Singaporean women Asia Pac J Clin Nutr 2005 14 (1) 74-9
91 Berber A Goacutemez-Santos R Fanghaumlnel G Saacutenchez-Reyes L Anthropometric
indexes in the prediction of type 2 diabetes mellitus hypertension and dyslipidaemia in a Mexican population Int J Obes 200125(12)1794-9
92 Browning LM Hsieh SD Ashwell M A systematic review of waist-to-height ratio
as a screening tool for the prediction of cardiovascular disease and diabetes 05 could be a suitable global boundary value Nutr Res Rev 2010 23(2)247-69
93 Bertsias G Mammas I Linardakis M Kafatos A Overweight and obesity in
relation to cardiovascular disease risk factors among medical students in Crete Greece BMC Public Health 2003 31-9
94 Kashihara H Lee JS Kawakubo K et al Criteria of Waist Circumference According to Computed Tomography-Measured Visceral Fat Area and the Clustering of Cardiovascular Risk Factors Circ J 2009 73 1881-1886
44
APEcircNDICES
45
Apecircndice 1
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
46
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS
PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE SAUacuteDE
DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE
Jequieacute ____ ____ 201__
APEcircNDICE 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Vocecirc esta sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa do Nuacutecleo de
Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo (NESP) da Universidade Estadual do Sudoeste da
Bahia
Objetivo do estudo Avaliar e monitorar as condiccedilotildees de sauacutede de idosos residentes
em comunidade
Participaccedilatildeo Ao aceitar participar do estudo estarei agrave disposiccedilatildeo do pesquisador
para responder ao formulaacuterio que seraacute arquivado pelo autor por um periacuteodo de cinco
anos sendo posteriormente incinerado
Riscos Este estudo natildeo traraacute riscos para minha integridade fiacutesica ou moral dos
participantes
Confidencialidade do estudo Seraacute garantida a privacidade o anonimato bem como
o direito de aceitar ou natildeo participar da pesquisa podendo ser essa autorizaccedilatildeo
suspensa em qualquer fase do estudo Assim as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo
4662012 do Conselho Nacional de Sauacutede que discorre sobre pesquisa envolvendo
seres humanos seratildeo atendidas Os resultados seratildeo publicados no relatoacuterio final da
dissertaccedilatildeo e artigos cientiacuteficos
47
Benefiacutecios Accedilotildees interinstitucionais articuladas promovidas numa perspectiva
interdisciplinar possibilitaratildeo uma melhor compreensatildeo das condiccedilotildees de sauacutede dos
idosos residentes em comunidade do municiacutepio e contribuiraacute para a formulaccedilatildeo de
accedilotildees direcionadas as necessidades dessa populaccedilatildeo
Danos advindos da pesquisa Caso haja algum prejuiacutezo decorrente da realizaccedilatildeo
deste estudo seraacute providenciada a devida reparaccedilatildeo dos danos atraveacutes do
responsaacutevel pelo estudo O pesquisador e os entrevistados natildeo receberatildeo benefiacutecios
financeiros para participaccedilatildeo no estudo Todas as despesas seratildeo por conta do
pesquisador
Participaccedilatildeo voluntaacuteria Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria podendo a qualquer
momento desistir do estudo sem qualquer prejuiacutezo ou penalidade para mim
Consentimento para participaccedilatildeo Apoacutes ser devidamente esclarecido (a) quanto
aos objetivos deste estudo dos procedimentos aos quais serei submetido (a) bem
como dos possiacuteveis riscos decorrentes da minha participaccedilatildeo estou de acordo em
participar do mesmo O pesquisador responsaacutevel pelo estudo assegura que seraacute
disponibilizado qualquer esclarecimento adicional que eu venha a solicitar durante a
realizaccedilatildeo da pesquisa e o direito de desistir da participaccedilatildeo em qualquer momento
Em casos de duacutevidas eou problemas referentes ao estudo vocecirc poderaacute
entrar em contato com o autor atraveacutes do Nuacutecleo de Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo
(NESP) (73) 3528-9721
Sendo assim eu ______________________________________________
aceito livremente participar do Projeto MONIDI
__________________________________ __________________________________
Assinatura do (a) participante
RG _________________________
Assinatura do (a) pesquisador
RG_________________________
48
Apecircndice 2
Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede do Idoso
49
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS
PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE
SAUacuteDE DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE
Nuacutemero do Questionaacuterio |__|__|__|
Nome do Entrevistador ___________________________
Visita 1 2 3
Data Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Hora de iniacutecio ________
Hora de teacutermino ________
I INFORMACcedilOtildeES PESSOAIS E SOCIODEMOGRAacuteFICAS
1 Nome do entrevistado
2Sexo
0 ( ) Feminino
1 ( ) Masculino
3 Endereccedilo completotelefone
4 Idade ____ anos
41 Data de Nascimento
____________
50
5 Situaccedilatildeo conjugal atual
1 ( ) Casado(a) 2 ( ) Uniatildeo estaacutevel 3 ( ) Solteiroa
4 ( ) Divorciado(a)separado(a)desquitado(a) 5 ( ) Viuacutevoa
6 No total quantas vezes o (a) Sr(a) esteve casado(a) ou em uniatildeo
Nordm de vezes |___|___|
7 Na escola qual a uacuteltima seacuterie grau que concluiu com aprovaccedilatildeo
1 - Nunca foi agrave escola ( ) 4 - Fundamental II ( )5 a ( )6 a ( )7 a ( )8 a
2 - Lecirc e escreve o nome ( ) 5 - Ensino Meacutedio ( ) 1 a ( )2 a ( )3
3 - Fundamental I ( )1 a ( )2 a 6 - Superior ( ) completo ( ) incompleto
( )3 a ( )4 a
8 Como vocecirc classificaria a cor da sua pele
1( ) Branca 2( ) Amarela (oriental) 3( ) Parda
4( ) Origem indiacutegena 5( ) Preta 9( ) Natildeo sabe
9 Cor da pele (entrevistador)
1( ) branca 2( ) amarela (oriental) 3( ) parda
4( ) origem indiacutegena 5( ) preta
10-Quantos filhos e filhas nascidos vivos o(a)Sr(a) teve (natildeo inclua enteados filhos
adotivos abortos ou filhos nascidos mortos)
Nuacutemero de filhos |____|____| (98) NS (99) NR
11 Atualmente o senhor (a) mora sozinho ou acompanhado
1( )Acompanhado 2( ) Sozinho 3( ) NR 4( )NS
51
12 Desde que o senhor (a) nasceu viveu no campo por 5 anos ou mais
0( ) Natildeo 1( ) Sim 2( ) NS 3( ) NR
13 Qual eacute a sua religiatildeo
1( ) Catoacutelica 2( ) Protestante 3( ) Judaica
4( ) Espiacuteritakardecista 5( ) Umbanda 6( ) Outras ____________
14 Qual a importacircncia da religiatildeo em sua vida
(1) Importante (2) Regular (3) Nada importante (8) NS (9) NR
15 Com que frequecircncia o senhor vai agrave igreja ou ao serviccedilo religioso
( ) Nunca ( ) Vaacuterias vezes por ano ( ) Uma duas vezes por mecircs
( ) Quase toda semana ( ) Mais de uma vez por semana ( ) NS ( ) NR
16 Quanto vocecirc ganha em meacutedia por mecircs R$ __________8( )Natildeo se aplica
II A CONSUMO DE AacuteLCOOL E TABACO
Uso de bebidas alcooacutelicas
1 Vocecirc consome bebidas alcooacutelicas Se vocecirc NAtildeO BEBE siga para o bloco III C
0 ( )sim 1( ) natildeo
2 Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
3 As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
4 Sente-se chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
5 Costuma beber pela manhatilde para diminuir o nervosismo ou a ressaca
0 ( ) sim 1( ) natildeo
Haacutebito de fumar
1 Vocecirc jaacute foi fumante 0 ( ) sim 1( ) natildeo
52
2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco
III C
3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros
4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias
III ANTROPOMETRIA
MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS
ESTATURA
MASSA CORPORAL
CIRCUNFEREcircNCIA
DE CINTURA
IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL
MEDIDA 01 02 03
Pressatildeo arterial
sistoacutelica
Pressatildeo arterial
diastoacutelica
53
ANEXOS
54
Anexo 1
Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos
55
56
30
hipertensatildeo Embora as mulheres tenham uma maior prevalecircncia essa natildeo eacute
determinada pelos iacutendices antropomeacutetricos no presente estudo
Tais resultados diferem do estudo realizado em 2012 por Samsen et al87 no
qual a circunferecircncia da cintura teve boa ASC nos homens = 0684 com IC95 (0672-
0695) e nas mulheres = 0673 IC95 (0665-0681) sendo o melhor indicador
significativamente (p lt0001) do que o IMC no qual a ASC em homens foi de = 0667
IC95 (0656-679) e nas mulheres = 0636 IC95 (0628-0644) em discriminaccedilatildeo
de pelo menos um fator de risco cardiovascular Isso se deve ao fato de tal estudo ter
sido realizado com uma abrangecircncia maior na faixa etaacuteria que foi de 45-80 anos
Uma possiacutevel limitaccedilatildeo para discussatildeo dos resultados desse estudo foi a faixa
etaacuteria restrita que natildeo incluiu idosos (igual ou acima de 60 anos) o que impossibilita
a triagem da pressatildeo arterial elevada nessa populaccedilatildeo
62 Iacutendices antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial
Nesse estudo a CC e RCEst foram as variaacuteveis com maiores valores absolutos
de sensibilidade para prediccedilatildeo de hipertensatildeo arterial respectivamente para mulheres
e homens Tais resultados indicam as proporccedilotildees de verdadeiros positivos na
ocorrecircncia de hipertensatildeo arterial
Quanto ao ponto de corte do RCEst nas mulheres foi de 059 sendo 568 de
sensibilidade e 430 de especificidade Valores inferiores ao encontrado no presente
estudo para mulheres foram sugeridos em Taiwan (045) Cingapura (048) e na China
(050) No Brasil em 2009 Haun Pitanga e Lessa16 recomendaram para a RCEst
053 como melhor ponto de corte com sensibilidade (67) e especificidade (58) e
aacuterea sob a curva ROC de 069 (IC 95 = 064-075) Outro ponto de corte semelhante
ao observado no Brasil com mulheres mexicanas variou de 053 a 0535 para a
RCEst discriminar diabete tipo 2 hipertensatildeo e dislipidemias88899091
Os pontos de corte sugeridos por esses paiacuteses e no Brasil podem ter sido
inferiores por causa da abrangecircncia na faixa etaacuteria dos indiviacuteduos no qual incluiacuteram
mulheres de 30 a 74 anos como tambeacutem as caracteriacutesticas econocircmicas culturais e
31
de estilo de vida diferem da realidade das mulheres que residem em cidades de
pequeno porte Estudos que discriminem hipertensatildeo arterial principalmente em
idosos com RCEst satildeo escassos na literatura
Em 2010 Browning Hsieh e Ashwel92 realizaram uma revisatildeo sistemaacutetica
sobre a potencialidade de indicadores antropomeacutetricos em predizer doenccedilas
cardiovasculares e identificou a RCEst como variaacutevel de melhor desempenho A
RCEst apresentou maiores ASC quando comparada ao IMC ou CC Os dados
analisados foram de quatorze paiacuteses diferentes e incluiacuteram caucasianos asiaacuteticos e
da Ameacuterica Central Segundo os autores uma RCEst ge 05 eacute capaz de identificar
fatores de risco cardiovasculares Esse ponto de corte eacute inferior aos encontrados para
homens e mulheres no presente estudo significando que o ponto de corte encontrado
pode diagnosticar risco cardiovascular e consequentemente a presenccedila de
hipertensatildeo
Outros autores afirmam essa hipoacutetese relacionada aos valores limites para
RCEst em diversas populaccedilotildees e indicaram que um ponto de corte de 05 eacute o valor
mais indicado para ambos os sexos todas as idades e diferentes populaccedilotildees899315
Com relaccedilatildeo agrave especificidade a variaacutevel com maior valor foi o IMC
independentemente do sexo Nas mulheres o ponto de corte sugerido foi 2679 kgm2
e nos homens 2420 kgm2 O valor da especificidade foi de 548 para ambos os
sexos o qual possibilita determinar corretamente a ausecircncia de hipertensatildeo arterial
Sendo assim este estudo sugere que o IMC natildeo foi o melhor preditor de hipertensatildeo
arterial
O estudo de Leal Neto et al (2013)85 tambeacutem testou a capacidade de
indicadores antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial em idosos
sugeriu como pontos de corte para IMC valores de 247 kgm2 igual ao encontrado no
presente estudo e de 273 kgm2 nuacutemero superior que aos dados do presente
trabalho para homens e mulheres respectivamente
Em outro estudo realizado com 19621 homens e mulheres com faixa etaacuteria de
45-80 anos a meacutedia da idade foi de 598 anos para os homens e 585 anos para as
mulheres O ponto de corte adequado de IMC foi de 23 kgm2 em homens e 24 kgm2
em mulheres Os pontos de corte de CC foram 80 cm e 78 cm em homens e mulheres
respectivamente Os achados do presente estudo foram superiores a esses
32
resultados todavia deve ser considerado que a populaccedilatildeo alvo foi diferente e com
idade menor da populaccedilatildeo pesquisada no presente trabalho87
Com relaccedilatildeo agrave CC o ponto de corte identificado para a prediccedilatildeo de hipertensatildeo
arterial nas mulheres foi superior ao dos homens Contudo os valores de sensibilidade
e especificidade desses pontos de corte foram maiores entre os homens o que pode
indicar que o poder preditivo da CC para a hipertensatildeo arterial eacute melhor para o sexo
masculino Quanto menor o ponto de corte maior seraacute a habilidade do teste em
classificar os doentes como positivos isto eacute maior seraacute a sensibilidade76 Os pontos
de corte dos homens foram em sua maioria menores em comparaccedilatildeo aos das
mulheres
Tais resultados satildeo contraacuterios aos achados do estudo de Kashihara et al
(2009)94 com indiviacuteduos de 30-74 anos que comparou paciente com hipertensatildeo e sem
hipertensatildeo Em seus pontos de corte de CC para os homens foram superiores aos
pontos de corte definidos para as mulheres e os valores de sensibilidade e
especificidade foi maior nas mulheres para identificar risco cardiovascular Poreacutem a
idade foi menor ao proposto no presente estudo
Outro estudo que contraria tais resultados quanto ao ponto de corte da CC foi
o de Haun Pitanga e Lessa (2009)16 que foi superior para os homens enquanto o
niacutevel de sensibilidade e especificidade foi igual aos nossos achados Poreacutem esse
estudo foi realizado com indiviacuteduos de idade entre 30-74 anos e discriminou risco
coronariano elevado
Quanto ao Iacutendice C no presente estudo o ponto de corte sugerido foi de 126
nas mulheres (sensibilidade 541 e especificidade 452) e 129 para os homens
(sensibilidade 574 e especificidade 456)
Diferentemente do resultado encontrado no presente estudo Pitanga e Lessa
(2005)56 sugeriram como o melhor ponto de corte para risco coronariano com o iacutendice
C 118 para mulheres apresentando valores de sensibilidade (7339) e
especificidade (6115) Para os homens o ponto de corte foi de 125 com valores de
sensibilidade (7391) e especificidade (7492) Tais pontos de corte foram para
indiviacuteduos adultos por esse motivo foram mais baixos que os achados do presente
trabalho Deve-se considerar que existem modificaccedilotildees na composiccedilatildeo corporal com
o processo do envelhecimento o que poderia alterar os pontos de corte para as essas
medidas antropomeacutetricas
33
Em outro estudo com os mesmo autores foram apresentados outros pontos de
corte comparando diferentes faixas etaacuterias Para as mulheres de 30-49 anos o melhor
ponto de corte foi o mesmo (118) com melhor sensibilidade (7857) e
especificidade (6524) e tambeacutem melhor aacuterea sob a curva ROC 081 (IC95 = 070-
092) Entre as de idade mais avanccedilada (50-74 anos) o melhor ponto de corte
sugerido foi 122 com sensibilidade (6000) e especificidade (6582) e aacuterea sob a
curva ROC 065 (IC 95 = 058-073) Portanto o iacutendice C apresentou melhor poder
discriminatoacuterio de RCEst para as mulheres mais jovens64
Almeida Almeida e Arauacutejo (2009)58 conduziram uma pesquisa com mulheres
de 30 e 69 anos buscando avaliar o desempenho de diferentes pontos de corte do
iacutendice C RCQ CC e RCEst para discriminar Risco Coronariano Elevado e o ponto de
corte encontrado para o Iacutendice C foi (125) proacuteximo ao ponto de corte para mulheres
nos nossos achados Dessa forma tais autores afirmaram que os indicadores
antropomeacutetricos de obesidade abdominal analisados tiveram desempenhos
satisfatoacuterios e similares para discriminar RCEst poreacutem o iacutendice C foi o que
apresentou o melhor poder discriminatoacuterio
As informaccedilotildees sobre o iacutendice C satildeo limitadas quanto agrave discussatildeo do ponto de
corte para hipertensatildeo arterial principalmente por encontrar poucos estudos sobre
essa medida como referecircncia para idosos Pitanga e Lessa (2004)55 relatam como
uma limitaccedilatildeo para a utilizaccedilatildeo do Iacutendice C em estudos populacionais a dificuldade de
se calcular o denominador da equaccedilatildeo proposta para sua determinaccedilatildeo
O excesso de gordura em geral estaacute associado ao aparecimento de doenccedilas
cardiovasculares hipertensatildeo arterial e mortalidade a definiccedilatildeo de pontos de corte
para iacutendices que se destacam por sua simplicidade operacional e boa acuraacutecia
permite a detecccedilatildeo dos indiviacuteduos sob risco sendo de grande utilidade nos serviccedilos
de atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede aleacutem de possibilitar o conhecimento da situaccedilatildeo de
grupos populacionais especiacuteficos frente a esses riscos quando empregados na
pesquisa epidemioloacutegica
No contexto das cidades de pequeno porte (rurais e urbanas) os recursos de
sauacutede satildeo muitas vezes limitados e escassos sendo importante a utilizaccedilatildeo desses
iacutendices antropomeacutetricos como substituiccedilatildeo eou apoio a avaliaccedilatildeo tradicional da
pressatildeo arterial Em vaacuterias conjunturas de sauacutede a alta demanda de paciente com
hipertensatildeo arterial exige a utilizaccedilatildeo de instrumentos de diagnoacutesticos e rastreamento
34
de raacutepida e faacutecil aplicaccedilatildeo que possam ser manejados por diferentes profissionais e
que sobretudo apresentem validade e fidedignidade A adequada validaccedilatildeo de
instrumentos e conhecimento de suas propriedades teacutecnicas na populaccedilatildeo brasileira
tambeacutem deve contribuir com a seleccedilatildeo de prioridades e delimitaccedilatildeo do conteuacutedo dos
programas de sauacutede pelos tomadores de decisatildeo em diferentes niacuteveis de gestatildeo
35
7 CONCLUSAtildeO
As anaacutelises dos dados permitem frente aos objetivos estabelecidos formular
as seguintes conclusotildees Quanto ao poder de discriminaccedilatildeo de iacutendices
antropomeacutetricos para a hipertensatildeo arterial em idosos os iacutendices antropomeacutetricos
(IMC RCEst e Iacutendice C) foram bons preditores de hipertensatildeo arterial para os homens
Dessa forma tais iacutendices podem ser empregados nos homens poreacutem tais medidas
natildeo foram satisfatoacuterias para predizer pressatildeo arterial elevada nas mulheres idosas
limitando a sua utilizaccedilatildeo para o sexo feminino com idades avanccediladas
O melhor ponto de corte para discriminar hipertensatildeo arterial foi 054 para a
RCEst nos homens dessa forma tal ponto de corte deve ser empregada no contexto
da atenccedilatildeo primaacuteria nos homens Sugere-se a utilizaccedilatildeo dessa medida a fim de
detectar e realizar a triagem da hipertensatildeo arterial com caracteriacutesticas similares agrave
amostra deste estudo
Recomenda-se que a utilizaccedilatildeo de dois iacutendices simultaneamente resulte em
uma maior eficiecircncia na avaliaccedilatildeo do risco de hipertensatildeo arterial em idosos A
indicaccedilatildeo destas medidas permite que ela seja realizada nas Unidades de Sauacutede da
Famiacutelia como meacutetodo de triagem para idosos com hipertensatildeo arterial utilizando
materiais de faacutecil manejo e de baixo custo
Dessa forma pode-se efetivamente atingir uma das estrateacutegias de prevenccedilatildeo
da hipertensatildeo arterial sistecircmica que eacute o controle da pressatildeo arterial durante o
envelhecimento Todavia sugere-se cautela na utilizaccedilatildeo do ponto de corte desses
indicadores para as mulheres pois os resultados natildeo foram satisfatoacuterios
Fica evidente a necessidade de outros estudos que identifiquem pontos de
corte de iacutendices antropomeacutetricos visando agrave detecccedilatildeo de hipertensatildeo arterial e de
outros fatores de risco cardiovascular nas mulheres idosas que residem em cidades
de pequeno porte
36
8 REFEREcircNCIAS
1 Omram AR The epidemiologic transition a theory of the epidemiology of population change Milbank Memorial Fund Quarterly 1971 49 (Part 1) 509-538
2 Wong LR Carvalho JM Age-strucutural transition in Brazil demographic bonuses and emerging challenges In Pool I Wong LLR Vilquin E editores Age-structural transitions challenges for development Paris Committee for International Cooperation in National Research in Demography 2006
3 Gragnolati M Jorgensen OH Rocha R Fruttero AA Envelhecendo em um Brasil mais Velho implicaccedilotildees do envelhecimento populacional sobre o crescimento econocircmico reduccedilatildeo da pobreza financcedilas puacuteblicas prestaccedilatildeo de serviccedilos Banco Internacional para a Reconstruccedilatildeo e o Desenvolvimento Banco Mundial 2011
4 Schmidt MI Duncan BB Silva GA et al Health in Brazil 4 Chronic non-communicable diseases in Brazil burden and current challenges The Lancet 2011 377
5 Ezzati M Hoorn SV Rodgers A et al Comparative Risk Assessment Collaborating Group Selected major risk factors and global and regional burden of disease Lancet 2002 360 1347-60
6 Lim SS Vos T Flaxman AD et al A comparative risk assessment of burden of disease and injury attributable to 67 risk factors and risk factor clusters in 21 regions 1990-2010 a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2010 Lancet 2012 380 (9859)2224-60
7 Sociedade Brasileira de Cardiologia Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Sociedade Brasileira de Nefrologia VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 2010 95(1) 1-51
8 Miranda DR Perrotti TC Bellinazzi VR et al Hipertensatildeo arterial no idoso peculiaridades na fisiopatologia no diagnoacutestico e no tratamento Rev Bras Hipertens 2002 9 293-300
9 Pilger C Menon MU Mathias TAF Caracteriacutesticas sociodemograacuteficas e de sauacutede de idosos contribuiccedilotildees para os serviccedilos de sauacutede Rev Latino-Am Enfermagem 2011 19(5)1230-1238
10 Pilger C Menon MU Mathias TAF Utilizaccedilatildeo de serviccedilos de sauacutede por idosos vivendo na comunidade Rev esc enferm USP 2013 47(1)213-220
11 Mariath AB Grillo LP Silva RO et al Obesidade e fatores de risco para o desenvolvimento de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis entre usuaacuterios de unidade de alimentaccedilatildeo e nutriccedilatildeo Cad Sauacutede Puacuteblica 2007 23 (4) 897-905
37
12 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Diretrizes e recomendaccedilotildees para o cuidado
integral de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis promoccedilatildeo da sauacutede vigilacircncia prevenccedilatildeo e assistecircncia Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2008
13 Kuumlmpe DA Sodreacute AC Pomatti DM et al Obesidade em Idosos Acompanhados
pela Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia Texto Contexto Enferm Florianoacutepolis 2011 20(3) 471-7
14 Silva KS Farias Juacutenior JC Fatores de risco associados agrave pressatildeo arterial elevada em adolescentes Rev Bras Med Esporte 2007 13(4) 237-40
15 Pitanga FJG Lessa I Razatildeo cintura-estatura como discriminador do risco
coronariano de adultos Rev Assoc Med Bras 2006 52157-61
16 Haun DR Pitanga FJG Lessa I Razatildeo CinturaEstatura comparado a outros indicadores antropomeacutetricos de obesidade como preditor de risco coronariano elevado Rev Assoc Med Bras [online] 2009 55(6) 705-711
17 Nascimento CM Ribeiro AQ SantrsquoAna LFR et al Estado nutricional e condiccedilotildees de sauacutede da populaccedilatildeo idosa brasileira revisatildeo da literatura Rev meacuted Minas Gerais 2011 21(2)174-180
18 Gomes MA Beck cc Duarte MFS et al Ficha Antropomeacutetrica no Nuacutecleo de Apoio a Sauacutede da Famiacutelia o que medir e para que medir Rev bras cineantropom desempenho hum 2009 11(2) 243-253
19 Azevedo LF Oliveira ACC Lima JRP et al Recomendaccedilotildees sobre condutas e procedimentos do profissional de educaccedilatildeo fiacutesica na atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede Rio de Janeiro CONFEF 2010 109-55
20 World Health Organization World health statistics 2012 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghopublicationsworld_health_statistics2012enindexhtmlgt [2012 set 18]
21 World Health Organization Global health risks mortality and burden of disease attributable to selected major risks Geneva World Health Organization 2009a
22 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Panorama da sauacutede brasileira em muacuteltiplos aspectos Percepccedilatildeo do estado de sauacutede estilo de vida e doenccedila crocircnica Pesquisa Nacional de Sauacutede 2013
23 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Pesquisa Nacional por Amostra
de Domiciacutelios 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapesquisaspesquisa_resultadosphpid_pesquisa=149gt[2014 dez 04]
24 Tribess S Virtuoso Junior JS Prescriccedilatildeo de exerciacutecios fiacutesicos para idosos Rev saudecom 2005 1(2)163-72
38
25 Pollock ML Wilmore JH Exerciacutecio na Sauacutede e na Doenccedila avaliaccedilatildeo e prescriccedilatildeo para prevenccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo Editora MEDSI 2ordf ed Rio de Janeiro 1993
26 Sociedade Brasileira de Cardiologia V Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 20061-48
27 World Health Organization Global Health Observatory (GHO) 2014 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghoncdrisk_factorsblood_pressure_prevalence_textengt [2014 dez 04]
28 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Secretaria de Atenccedilatildeo baacutesica agrave Sauacutede Departamento de atenccedilatildeo baacutesica - Hipertensatildeo arterial sistecircmica Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2006
29 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) (2009) Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeGestorvisualizar_textocfmidtxt=24421gt [2010 abr 07]
30 Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Nuacutemero de hipertenso 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwsbhorgbripadgeralphpgt [09 nov 2014]
31 Secretaria de Sauacutede do Estado da Bahia Hipertensatildeo Quantidade de Hipertensos na Bahia Disponiacutevel em (2014) lthttpwwwsaudebagovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=4418ampcatid=1ampItemid=14gt [2014 jan 10]
32 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica 2014 Dados de mortalidade na Bahia Disponiacutevel em lthttptabnetdatasusgovbrcgitabcgiexesiabcnvSIABSBAdefgt [2014 mai 05]
33 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica Dados sociodemograacuteficos de Ibicuiacute 2014 lthttptabnetdatasusgovbrcgideftohtmexesiabcnvSIABFBAdefgt [2014 jan 05]
34 Williams B The year in hypertension JACC 2010 55(1) 66-73
35 Lipp M Rocha JC Stress Hipertensatildeo Arterial e Qualidade de vida um guia de tratamento para o hipertenso Campinas Papirus 1996
36 Borenstein MS (Org) Manual de Hipertensatildeo Arterial Porto Allege Editora Sagra Luzzatto 1999
37 Joint National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure The Sixth Report of the Join National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure Arch Intern Med 1997157 2413-2446
39
38 Mitchell GF Parise H Benjamin EJ et al Changes in arterial stiffness and wave reflection with advancing age in health men and women Hypertension 2004 431239-1245
39 Matos AC Ladeia AM Avaliaccedilatildeo de fatores de risco cardiovascular em uma comunidade rural da Bahia Arq Bras Cardiol 2003 81(3) 291-6
40 World Health Organization Who Expert Committee on Physical Status the use and interpretation of antropometry Report of a WHO Expert Commitee Geneva WHO 1995 p 854
41 Pitanga FJG Antropometria na avaliaccedilatildeo da obesidade abdominal e risco coronariano Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum 201113(3) 238-241
42 Ferreira LS Amaral TF Marucci MFN et al Under nutrition as a major risk factor for death among older Brazilian adults in the community-dwelling setting SABE survey Nutrition 201127(10)17-22
43 Andrade FB Caldas Junior AF Kitoko PM et al Prevalence of overweight and obesity in elderly people from Vitoacuteria-ES Brazil Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2012 set17(3)749-756
44 Boscatto EC Duarte Mde F Coqueiro Rda S Barbosa AR Nutritional status in the oldest elderly and associated factors Rev Assoc Med Bras 2013 59(1)40-47
45 Kostka J Borowiak E Kostka T Nutritional status and quality of life in different
populations of older people in Poland Eur J Clin Nutr 2014 Nov68(11)1210-5
46 Silva DAS Petroski EL Associaccedilatildeo de diferentes pontos de corte para sobrepeso e obesidade com pressatildeo arterial elevada em idosas Rev Educ Fis UEM 2009 20 415-22
47 Nutrition Screening Initiative Interventions manual for professionals caring for older Americans Washington DC Nutrition Screening Initiative 1992
48 World Health Organization Obesity preventing and managing the global epidemic Report of a WHO Consultation on Obesity Geneva World Health Organization 1998
49 Cameron AJ Dunstan DW Owen N et al Health and mortality consequences
of abdominal obesity evidence from the Aus Diab study Med J Aust 2009191 202ndash208
50 Fox KA Despres JP Richard AJ et al Does abdominal obesity have a similar impact on cardiovascular disease and diabetes A study of 91246 ambulant patients in 27 European countries Eur Heart J 2009 30 3055ndash3063
40
51 Pouliot MC Despreacutes JP Lemieux S et al Waist circumference and abdominal sagittal diameter Best simple anthropometric indexes of abdominal visceral adipose tissue accumulation and related cardiovascular risk in men and woman Am J Cardiology 1994 73 460-468
52 Peixoto MRG Beniacutecio MHD Latorre M et al Circunferecircncia da Cintura e Iacutendice de massa Corporal como Preditores da Hipertensatildeo Arterial Arq Bras Cardiol 200687 462-470
53 MacKay MF Haffner SM Wagenknecht LE et al Prediction of type 2 diabetes using alternate anthropometric measures in a multiethnic cohort the insulin resistance atherosclerosis study Diabetes Care 200932(5)956-8
54 Valdez R A simple model-based index of abdominal adiposity J Clin Epidemiol1991 44(9) 955-6
55 Pitanga FJG Lessa I Sensibilidade e especificidade do iacutendice de conicidade como discriminador do risco coronariano de adultos em Salvador Brasil Rev Bras Epidemiol 20047(3)259-69
56 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano elevado em adultos na cidade de Salvador - Bahia Arq Bras Cardiol 2005 85 (1)26-31
57 Ghosh JR Bandyopadhyay AR Comparative evaluation of obesity measures relationship with blood pressures and hypertension Singapore Med J 200748(3) 232-5
58 Almeida RT Almeida MMG Araujo TM Obesidade abdominal e risco cardiovascular desempenho de indicadores antropomeacutetricos em mulheres Arq Bras Cardiol 2009 out92(5)375-380
59 Freitas Juacutenior Costa Rosa CS Codogno JS et al Capacidade cardiorrespiratoacuteria e distribuiccedilatildeo de gordura corporal de mulheres com 50 anos ou mais Rev Esc Enferm USP 2010 44(2) 395-400
60 Matos LN Giorelli GV Dias CB Correlation of anthropometric indicators for identifying insulin sensitivity and resistance Satildeo Paulo Med J [online] 2011 129(1) 30-35
61 Gomes MA Rech CR Gomes MBA et al Correlaccedilatildeo entre iacutendices antropomeacutetricos e distribuiccedilatildeo de gordura corporal em mulheres idosas Rev bras cineantropom desempenho hum 2006 set 8(3) 16-22
62 Tarastchuk JCE Gueacuterios EE Bueno RRL et al Obesidade e intervenccedilatildeo coronariana devemos continuar valorizando o Iacutendice de Massa Corpoacuterea Arq Bras Cardiol [online] 2008 90(5) 311-316
41
63 Ferreira AP CB Ferreira VC Souza et al Risco de distuacuterbio glicecircmico em mulheres idosas ajustado por antropometria e genoacutetipos de citocinas Rev Assoc Med Bras [online] 201157(5) 565-569
64 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano em mulheres Rev Bras Cineantrop Desempenho Hum 2006 8 (1) 14-21
65 Newman TB Browner WS Cummings SR Delineando estudos de testes meacutedicos In Hulley SB et al Delineando a pesquisa cliacutenica uma abordagem epidemioloacutegica 2 ed Porto Alegre Artmed 2003 203-224
66 Toscano CM As campanhas nacionais para detecccedilatildeo das doenccedilas crocircnicas natildeo-transmissiacuteveis diabetes e hipertensatildeo arterial Ciecircnc sauacutede Coletiva out-dez 2004 9(4) 885-895
67 Fletcher RH Fletcher SW Prevenccedilatildeo In Fletcher R Fletcher S Epidemiologia
cliacutenica elementos essenciais 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 2006 179-201
68 Jeckel J Elmore J Katz D Meacutetodos de prevenccedilatildeo secundaacuteria In _____ Epidemiologia bioestatiacutestica e medicina preventiva 2 ed Porto Alegre Artmed 2005 236-247
69 Klein CH Bloch KV Estudos seccionais In Medronho RA Carvalho DM Bloch KV Luiz RR Werneck GL Epidemiologia 1ordf ed Satildeo Paulo Editora Atheneu 2002 125-150
70 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Resoluccedilatildeo nordm- 6 de 3 de novembro de 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcenso2010ibgegovbrdados_divulgadosindexphpuf=29gt[201 dez 18]
71 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica ndash Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais (2014) Disponiacutevel em lthttpcodibgegovbr398G9gt [2014 ago 30]
72 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230gt [2013 mai 01]
73 Luiz RR Magnanini MMF A loacutegica da determinaccedilatildeo do tamanho da amostra em investigaccedilotildees epidemioloacutegicas Cad sauacutede coletiva Rio de Janeiro 2000 8(2) 9-28
74 Reis MC Nascimento RAS Pedreira RBS et al Validaccedilatildeo de Face e Clareza do Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede dos Idosos ndash IASI [resumo] in Anais do XIX Congresso Brasileiro Geriatria e Gerontologia Beleacutem 2014 296-296
75 Lohman TG Roche AF Martorell R Anthropometric Standardization Reference Manual Champaign Illinois Human Kinetics 1988
42
76 Vaz JCL Regiotildees de Incerteza para Curva ROC em Teste Diagnoacutesticos
[dissertaccedilatildeo] Satildeo Carlos Universidade Federal de Satildeo Carlos 2009
77 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de 2012
78 Erdreich LS Lee ET Use of relative operating characteristic analysis in epidemiology A method for dealing with subjective judgement Am J Epidemiol 1981 114649-62
79 Aekplakorn W Pakpeankitwatana V Lee CM et al Abdominal obesity and coronary heart disease in Thai men Obesity 200715(4)1036-42
80 Oliveira MAM Fagundes RLM Moreira EAM et al Relaccedilatildeo de Indicadores Antropomeacutetricos com Fatores de Risco para Doenccedila Cardiovascular Arq Bras Cardiol 2010 abr 94(4) 478-485
81 Mendes TAB Goldbaum M Segri NJ et al Factors associated with the prevalence of hypertension and control practices among elderly residents of Satildeo Paulo city Brazil Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(11) 2275-2286
82 Oliveira BFA Souza Mouratildeo D Gomes N et al Prevalecircncia de hipertensatildeo arterial em comunidades ribeirinhas do Rio Madeira Amazocircnia Ocidental Brasileira Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(8) 1617-1630
83 Picon RV Fuchs FD Moreira LB et al Prevalence of Hypertension Among Elderly Persons in Urban Brazil A Systematic Review With Meta-Analysis Am J Hypertens 2013 26 (4) 541-548
84 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Pessoa Idosa e Envelhecimento Seacuteries Pactos pela Sauacutede 2006 v 12 Brasiacutelia ndash DF 2010
85 Leal Neto JS Souza J Coqueiro RS et al Anthropometric indicators of obesity as screening tools for high blood pressure in the elderly Int J Nurs Pract 2013 Aug 19(4) 360-367
86 Schisterman EF Faraggi D Reiser B Trevisan M Statistical inference for the area under the receiver operating characteristic curve in the presence of random measurement error Am J Epidemiol 2001 154 (2) 174-9
87 Samsen M Hanchaiphiboolkul S Puthkhao P et al Appropriate body mass index and waist circumference cutoffs for middle and older age group in Thailand data of 19621 participants from Thai epidemiologic stroke (TES) study J Med Assoc Thai 2012 Sep 95(9)1156-66
88 Ko GTC Chan JCN Cockram CS Woo J Prediction of hypertension diabetes dyslipidemia or albuminuria using simple anthropometric indexes in Hong Kong Chinese Int J Obes 1999 23 (11) 1136-42
43
89 Lin WY Lee LT Chen CY et al Optimal cut-off values for obesity using simple anthropometric indices to predict cardiovascular risk factors in Taiwan Int J Obes Relat Metab Disord 2002261232-8
90 Pua YH Ong PH Anthropometric indices as screening tools for cardiovascular risk factors in Singaporean women Asia Pac J Clin Nutr 2005 14 (1) 74-9
91 Berber A Goacutemez-Santos R Fanghaumlnel G Saacutenchez-Reyes L Anthropometric
indexes in the prediction of type 2 diabetes mellitus hypertension and dyslipidaemia in a Mexican population Int J Obes 200125(12)1794-9
92 Browning LM Hsieh SD Ashwell M A systematic review of waist-to-height ratio
as a screening tool for the prediction of cardiovascular disease and diabetes 05 could be a suitable global boundary value Nutr Res Rev 2010 23(2)247-69
93 Bertsias G Mammas I Linardakis M Kafatos A Overweight and obesity in
relation to cardiovascular disease risk factors among medical students in Crete Greece BMC Public Health 2003 31-9
94 Kashihara H Lee JS Kawakubo K et al Criteria of Waist Circumference According to Computed Tomography-Measured Visceral Fat Area and the Clustering of Cardiovascular Risk Factors Circ J 2009 73 1881-1886
44
APEcircNDICES
45
Apecircndice 1
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
46
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS
PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE SAUacuteDE
DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE
Jequieacute ____ ____ 201__
APEcircNDICE 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Vocecirc esta sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa do Nuacutecleo de
Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo (NESP) da Universidade Estadual do Sudoeste da
Bahia
Objetivo do estudo Avaliar e monitorar as condiccedilotildees de sauacutede de idosos residentes
em comunidade
Participaccedilatildeo Ao aceitar participar do estudo estarei agrave disposiccedilatildeo do pesquisador
para responder ao formulaacuterio que seraacute arquivado pelo autor por um periacuteodo de cinco
anos sendo posteriormente incinerado
Riscos Este estudo natildeo traraacute riscos para minha integridade fiacutesica ou moral dos
participantes
Confidencialidade do estudo Seraacute garantida a privacidade o anonimato bem como
o direito de aceitar ou natildeo participar da pesquisa podendo ser essa autorizaccedilatildeo
suspensa em qualquer fase do estudo Assim as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo
4662012 do Conselho Nacional de Sauacutede que discorre sobre pesquisa envolvendo
seres humanos seratildeo atendidas Os resultados seratildeo publicados no relatoacuterio final da
dissertaccedilatildeo e artigos cientiacuteficos
47
Benefiacutecios Accedilotildees interinstitucionais articuladas promovidas numa perspectiva
interdisciplinar possibilitaratildeo uma melhor compreensatildeo das condiccedilotildees de sauacutede dos
idosos residentes em comunidade do municiacutepio e contribuiraacute para a formulaccedilatildeo de
accedilotildees direcionadas as necessidades dessa populaccedilatildeo
Danos advindos da pesquisa Caso haja algum prejuiacutezo decorrente da realizaccedilatildeo
deste estudo seraacute providenciada a devida reparaccedilatildeo dos danos atraveacutes do
responsaacutevel pelo estudo O pesquisador e os entrevistados natildeo receberatildeo benefiacutecios
financeiros para participaccedilatildeo no estudo Todas as despesas seratildeo por conta do
pesquisador
Participaccedilatildeo voluntaacuteria Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria podendo a qualquer
momento desistir do estudo sem qualquer prejuiacutezo ou penalidade para mim
Consentimento para participaccedilatildeo Apoacutes ser devidamente esclarecido (a) quanto
aos objetivos deste estudo dos procedimentos aos quais serei submetido (a) bem
como dos possiacuteveis riscos decorrentes da minha participaccedilatildeo estou de acordo em
participar do mesmo O pesquisador responsaacutevel pelo estudo assegura que seraacute
disponibilizado qualquer esclarecimento adicional que eu venha a solicitar durante a
realizaccedilatildeo da pesquisa e o direito de desistir da participaccedilatildeo em qualquer momento
Em casos de duacutevidas eou problemas referentes ao estudo vocecirc poderaacute
entrar em contato com o autor atraveacutes do Nuacutecleo de Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo
(NESP) (73) 3528-9721
Sendo assim eu ______________________________________________
aceito livremente participar do Projeto MONIDI
__________________________________ __________________________________
Assinatura do (a) participante
RG _________________________
Assinatura do (a) pesquisador
RG_________________________
48
Apecircndice 2
Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede do Idoso
49
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS
PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE
SAUacuteDE DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE
Nuacutemero do Questionaacuterio |__|__|__|
Nome do Entrevistador ___________________________
Visita 1 2 3
Data Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Hora de iniacutecio ________
Hora de teacutermino ________
I INFORMACcedilOtildeES PESSOAIS E SOCIODEMOGRAacuteFICAS
1 Nome do entrevistado
2Sexo
0 ( ) Feminino
1 ( ) Masculino
3 Endereccedilo completotelefone
4 Idade ____ anos
41 Data de Nascimento
____________
50
5 Situaccedilatildeo conjugal atual
1 ( ) Casado(a) 2 ( ) Uniatildeo estaacutevel 3 ( ) Solteiroa
4 ( ) Divorciado(a)separado(a)desquitado(a) 5 ( ) Viuacutevoa
6 No total quantas vezes o (a) Sr(a) esteve casado(a) ou em uniatildeo
Nordm de vezes |___|___|
7 Na escola qual a uacuteltima seacuterie grau que concluiu com aprovaccedilatildeo
1 - Nunca foi agrave escola ( ) 4 - Fundamental II ( )5 a ( )6 a ( )7 a ( )8 a
2 - Lecirc e escreve o nome ( ) 5 - Ensino Meacutedio ( ) 1 a ( )2 a ( )3
3 - Fundamental I ( )1 a ( )2 a 6 - Superior ( ) completo ( ) incompleto
( )3 a ( )4 a
8 Como vocecirc classificaria a cor da sua pele
1( ) Branca 2( ) Amarela (oriental) 3( ) Parda
4( ) Origem indiacutegena 5( ) Preta 9( ) Natildeo sabe
9 Cor da pele (entrevistador)
1( ) branca 2( ) amarela (oriental) 3( ) parda
4( ) origem indiacutegena 5( ) preta
10-Quantos filhos e filhas nascidos vivos o(a)Sr(a) teve (natildeo inclua enteados filhos
adotivos abortos ou filhos nascidos mortos)
Nuacutemero de filhos |____|____| (98) NS (99) NR
11 Atualmente o senhor (a) mora sozinho ou acompanhado
1( )Acompanhado 2( ) Sozinho 3( ) NR 4( )NS
51
12 Desde que o senhor (a) nasceu viveu no campo por 5 anos ou mais
0( ) Natildeo 1( ) Sim 2( ) NS 3( ) NR
13 Qual eacute a sua religiatildeo
1( ) Catoacutelica 2( ) Protestante 3( ) Judaica
4( ) Espiacuteritakardecista 5( ) Umbanda 6( ) Outras ____________
14 Qual a importacircncia da religiatildeo em sua vida
(1) Importante (2) Regular (3) Nada importante (8) NS (9) NR
15 Com que frequecircncia o senhor vai agrave igreja ou ao serviccedilo religioso
( ) Nunca ( ) Vaacuterias vezes por ano ( ) Uma duas vezes por mecircs
( ) Quase toda semana ( ) Mais de uma vez por semana ( ) NS ( ) NR
16 Quanto vocecirc ganha em meacutedia por mecircs R$ __________8( )Natildeo se aplica
II A CONSUMO DE AacuteLCOOL E TABACO
Uso de bebidas alcooacutelicas
1 Vocecirc consome bebidas alcooacutelicas Se vocecirc NAtildeO BEBE siga para o bloco III C
0 ( )sim 1( ) natildeo
2 Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
3 As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
4 Sente-se chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
5 Costuma beber pela manhatilde para diminuir o nervosismo ou a ressaca
0 ( ) sim 1( ) natildeo
Haacutebito de fumar
1 Vocecirc jaacute foi fumante 0 ( ) sim 1( ) natildeo
52
2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco
III C
3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros
4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias
III ANTROPOMETRIA
MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS
ESTATURA
MASSA CORPORAL
CIRCUNFEREcircNCIA
DE CINTURA
IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL
MEDIDA 01 02 03
Pressatildeo arterial
sistoacutelica
Pressatildeo arterial
diastoacutelica
53
ANEXOS
54
Anexo 1
Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos
55
56
31
de estilo de vida diferem da realidade das mulheres que residem em cidades de
pequeno porte Estudos que discriminem hipertensatildeo arterial principalmente em
idosos com RCEst satildeo escassos na literatura
Em 2010 Browning Hsieh e Ashwel92 realizaram uma revisatildeo sistemaacutetica
sobre a potencialidade de indicadores antropomeacutetricos em predizer doenccedilas
cardiovasculares e identificou a RCEst como variaacutevel de melhor desempenho A
RCEst apresentou maiores ASC quando comparada ao IMC ou CC Os dados
analisados foram de quatorze paiacuteses diferentes e incluiacuteram caucasianos asiaacuteticos e
da Ameacuterica Central Segundo os autores uma RCEst ge 05 eacute capaz de identificar
fatores de risco cardiovasculares Esse ponto de corte eacute inferior aos encontrados para
homens e mulheres no presente estudo significando que o ponto de corte encontrado
pode diagnosticar risco cardiovascular e consequentemente a presenccedila de
hipertensatildeo
Outros autores afirmam essa hipoacutetese relacionada aos valores limites para
RCEst em diversas populaccedilotildees e indicaram que um ponto de corte de 05 eacute o valor
mais indicado para ambos os sexos todas as idades e diferentes populaccedilotildees899315
Com relaccedilatildeo agrave especificidade a variaacutevel com maior valor foi o IMC
independentemente do sexo Nas mulheres o ponto de corte sugerido foi 2679 kgm2
e nos homens 2420 kgm2 O valor da especificidade foi de 548 para ambos os
sexos o qual possibilita determinar corretamente a ausecircncia de hipertensatildeo arterial
Sendo assim este estudo sugere que o IMC natildeo foi o melhor preditor de hipertensatildeo
arterial
O estudo de Leal Neto et al (2013)85 tambeacutem testou a capacidade de
indicadores antropomeacutetricos como preditores de hipertensatildeo arterial em idosos
sugeriu como pontos de corte para IMC valores de 247 kgm2 igual ao encontrado no
presente estudo e de 273 kgm2 nuacutemero superior que aos dados do presente
trabalho para homens e mulheres respectivamente
Em outro estudo realizado com 19621 homens e mulheres com faixa etaacuteria de
45-80 anos a meacutedia da idade foi de 598 anos para os homens e 585 anos para as
mulheres O ponto de corte adequado de IMC foi de 23 kgm2 em homens e 24 kgm2
em mulheres Os pontos de corte de CC foram 80 cm e 78 cm em homens e mulheres
respectivamente Os achados do presente estudo foram superiores a esses
32
resultados todavia deve ser considerado que a populaccedilatildeo alvo foi diferente e com
idade menor da populaccedilatildeo pesquisada no presente trabalho87
Com relaccedilatildeo agrave CC o ponto de corte identificado para a prediccedilatildeo de hipertensatildeo
arterial nas mulheres foi superior ao dos homens Contudo os valores de sensibilidade
e especificidade desses pontos de corte foram maiores entre os homens o que pode
indicar que o poder preditivo da CC para a hipertensatildeo arterial eacute melhor para o sexo
masculino Quanto menor o ponto de corte maior seraacute a habilidade do teste em
classificar os doentes como positivos isto eacute maior seraacute a sensibilidade76 Os pontos
de corte dos homens foram em sua maioria menores em comparaccedilatildeo aos das
mulheres
Tais resultados satildeo contraacuterios aos achados do estudo de Kashihara et al
(2009)94 com indiviacuteduos de 30-74 anos que comparou paciente com hipertensatildeo e sem
hipertensatildeo Em seus pontos de corte de CC para os homens foram superiores aos
pontos de corte definidos para as mulheres e os valores de sensibilidade e
especificidade foi maior nas mulheres para identificar risco cardiovascular Poreacutem a
idade foi menor ao proposto no presente estudo
Outro estudo que contraria tais resultados quanto ao ponto de corte da CC foi
o de Haun Pitanga e Lessa (2009)16 que foi superior para os homens enquanto o
niacutevel de sensibilidade e especificidade foi igual aos nossos achados Poreacutem esse
estudo foi realizado com indiviacuteduos de idade entre 30-74 anos e discriminou risco
coronariano elevado
Quanto ao Iacutendice C no presente estudo o ponto de corte sugerido foi de 126
nas mulheres (sensibilidade 541 e especificidade 452) e 129 para os homens
(sensibilidade 574 e especificidade 456)
Diferentemente do resultado encontrado no presente estudo Pitanga e Lessa
(2005)56 sugeriram como o melhor ponto de corte para risco coronariano com o iacutendice
C 118 para mulheres apresentando valores de sensibilidade (7339) e
especificidade (6115) Para os homens o ponto de corte foi de 125 com valores de
sensibilidade (7391) e especificidade (7492) Tais pontos de corte foram para
indiviacuteduos adultos por esse motivo foram mais baixos que os achados do presente
trabalho Deve-se considerar que existem modificaccedilotildees na composiccedilatildeo corporal com
o processo do envelhecimento o que poderia alterar os pontos de corte para as essas
medidas antropomeacutetricas
33
Em outro estudo com os mesmo autores foram apresentados outros pontos de
corte comparando diferentes faixas etaacuterias Para as mulheres de 30-49 anos o melhor
ponto de corte foi o mesmo (118) com melhor sensibilidade (7857) e
especificidade (6524) e tambeacutem melhor aacuterea sob a curva ROC 081 (IC95 = 070-
092) Entre as de idade mais avanccedilada (50-74 anos) o melhor ponto de corte
sugerido foi 122 com sensibilidade (6000) e especificidade (6582) e aacuterea sob a
curva ROC 065 (IC 95 = 058-073) Portanto o iacutendice C apresentou melhor poder
discriminatoacuterio de RCEst para as mulheres mais jovens64
Almeida Almeida e Arauacutejo (2009)58 conduziram uma pesquisa com mulheres
de 30 e 69 anos buscando avaliar o desempenho de diferentes pontos de corte do
iacutendice C RCQ CC e RCEst para discriminar Risco Coronariano Elevado e o ponto de
corte encontrado para o Iacutendice C foi (125) proacuteximo ao ponto de corte para mulheres
nos nossos achados Dessa forma tais autores afirmaram que os indicadores
antropomeacutetricos de obesidade abdominal analisados tiveram desempenhos
satisfatoacuterios e similares para discriminar RCEst poreacutem o iacutendice C foi o que
apresentou o melhor poder discriminatoacuterio
As informaccedilotildees sobre o iacutendice C satildeo limitadas quanto agrave discussatildeo do ponto de
corte para hipertensatildeo arterial principalmente por encontrar poucos estudos sobre
essa medida como referecircncia para idosos Pitanga e Lessa (2004)55 relatam como
uma limitaccedilatildeo para a utilizaccedilatildeo do Iacutendice C em estudos populacionais a dificuldade de
se calcular o denominador da equaccedilatildeo proposta para sua determinaccedilatildeo
O excesso de gordura em geral estaacute associado ao aparecimento de doenccedilas
cardiovasculares hipertensatildeo arterial e mortalidade a definiccedilatildeo de pontos de corte
para iacutendices que se destacam por sua simplicidade operacional e boa acuraacutecia
permite a detecccedilatildeo dos indiviacuteduos sob risco sendo de grande utilidade nos serviccedilos
de atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede aleacutem de possibilitar o conhecimento da situaccedilatildeo de
grupos populacionais especiacuteficos frente a esses riscos quando empregados na
pesquisa epidemioloacutegica
No contexto das cidades de pequeno porte (rurais e urbanas) os recursos de
sauacutede satildeo muitas vezes limitados e escassos sendo importante a utilizaccedilatildeo desses
iacutendices antropomeacutetricos como substituiccedilatildeo eou apoio a avaliaccedilatildeo tradicional da
pressatildeo arterial Em vaacuterias conjunturas de sauacutede a alta demanda de paciente com
hipertensatildeo arterial exige a utilizaccedilatildeo de instrumentos de diagnoacutesticos e rastreamento
34
de raacutepida e faacutecil aplicaccedilatildeo que possam ser manejados por diferentes profissionais e
que sobretudo apresentem validade e fidedignidade A adequada validaccedilatildeo de
instrumentos e conhecimento de suas propriedades teacutecnicas na populaccedilatildeo brasileira
tambeacutem deve contribuir com a seleccedilatildeo de prioridades e delimitaccedilatildeo do conteuacutedo dos
programas de sauacutede pelos tomadores de decisatildeo em diferentes niacuteveis de gestatildeo
35
7 CONCLUSAtildeO
As anaacutelises dos dados permitem frente aos objetivos estabelecidos formular
as seguintes conclusotildees Quanto ao poder de discriminaccedilatildeo de iacutendices
antropomeacutetricos para a hipertensatildeo arterial em idosos os iacutendices antropomeacutetricos
(IMC RCEst e Iacutendice C) foram bons preditores de hipertensatildeo arterial para os homens
Dessa forma tais iacutendices podem ser empregados nos homens poreacutem tais medidas
natildeo foram satisfatoacuterias para predizer pressatildeo arterial elevada nas mulheres idosas
limitando a sua utilizaccedilatildeo para o sexo feminino com idades avanccediladas
O melhor ponto de corte para discriminar hipertensatildeo arterial foi 054 para a
RCEst nos homens dessa forma tal ponto de corte deve ser empregada no contexto
da atenccedilatildeo primaacuteria nos homens Sugere-se a utilizaccedilatildeo dessa medida a fim de
detectar e realizar a triagem da hipertensatildeo arterial com caracteriacutesticas similares agrave
amostra deste estudo
Recomenda-se que a utilizaccedilatildeo de dois iacutendices simultaneamente resulte em
uma maior eficiecircncia na avaliaccedilatildeo do risco de hipertensatildeo arterial em idosos A
indicaccedilatildeo destas medidas permite que ela seja realizada nas Unidades de Sauacutede da
Famiacutelia como meacutetodo de triagem para idosos com hipertensatildeo arterial utilizando
materiais de faacutecil manejo e de baixo custo
Dessa forma pode-se efetivamente atingir uma das estrateacutegias de prevenccedilatildeo
da hipertensatildeo arterial sistecircmica que eacute o controle da pressatildeo arterial durante o
envelhecimento Todavia sugere-se cautela na utilizaccedilatildeo do ponto de corte desses
indicadores para as mulheres pois os resultados natildeo foram satisfatoacuterios
Fica evidente a necessidade de outros estudos que identifiquem pontos de
corte de iacutendices antropomeacutetricos visando agrave detecccedilatildeo de hipertensatildeo arterial e de
outros fatores de risco cardiovascular nas mulheres idosas que residem em cidades
de pequeno porte
36
8 REFEREcircNCIAS
1 Omram AR The epidemiologic transition a theory of the epidemiology of population change Milbank Memorial Fund Quarterly 1971 49 (Part 1) 509-538
2 Wong LR Carvalho JM Age-strucutural transition in Brazil demographic bonuses and emerging challenges In Pool I Wong LLR Vilquin E editores Age-structural transitions challenges for development Paris Committee for International Cooperation in National Research in Demography 2006
3 Gragnolati M Jorgensen OH Rocha R Fruttero AA Envelhecendo em um Brasil mais Velho implicaccedilotildees do envelhecimento populacional sobre o crescimento econocircmico reduccedilatildeo da pobreza financcedilas puacuteblicas prestaccedilatildeo de serviccedilos Banco Internacional para a Reconstruccedilatildeo e o Desenvolvimento Banco Mundial 2011
4 Schmidt MI Duncan BB Silva GA et al Health in Brazil 4 Chronic non-communicable diseases in Brazil burden and current challenges The Lancet 2011 377
5 Ezzati M Hoorn SV Rodgers A et al Comparative Risk Assessment Collaborating Group Selected major risk factors and global and regional burden of disease Lancet 2002 360 1347-60
6 Lim SS Vos T Flaxman AD et al A comparative risk assessment of burden of disease and injury attributable to 67 risk factors and risk factor clusters in 21 regions 1990-2010 a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2010 Lancet 2012 380 (9859)2224-60
7 Sociedade Brasileira de Cardiologia Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Sociedade Brasileira de Nefrologia VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 2010 95(1) 1-51
8 Miranda DR Perrotti TC Bellinazzi VR et al Hipertensatildeo arterial no idoso peculiaridades na fisiopatologia no diagnoacutestico e no tratamento Rev Bras Hipertens 2002 9 293-300
9 Pilger C Menon MU Mathias TAF Caracteriacutesticas sociodemograacuteficas e de sauacutede de idosos contribuiccedilotildees para os serviccedilos de sauacutede Rev Latino-Am Enfermagem 2011 19(5)1230-1238
10 Pilger C Menon MU Mathias TAF Utilizaccedilatildeo de serviccedilos de sauacutede por idosos vivendo na comunidade Rev esc enferm USP 2013 47(1)213-220
11 Mariath AB Grillo LP Silva RO et al Obesidade e fatores de risco para o desenvolvimento de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis entre usuaacuterios de unidade de alimentaccedilatildeo e nutriccedilatildeo Cad Sauacutede Puacuteblica 2007 23 (4) 897-905
37
12 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Diretrizes e recomendaccedilotildees para o cuidado
integral de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis promoccedilatildeo da sauacutede vigilacircncia prevenccedilatildeo e assistecircncia Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2008
13 Kuumlmpe DA Sodreacute AC Pomatti DM et al Obesidade em Idosos Acompanhados
pela Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia Texto Contexto Enferm Florianoacutepolis 2011 20(3) 471-7
14 Silva KS Farias Juacutenior JC Fatores de risco associados agrave pressatildeo arterial elevada em adolescentes Rev Bras Med Esporte 2007 13(4) 237-40
15 Pitanga FJG Lessa I Razatildeo cintura-estatura como discriminador do risco
coronariano de adultos Rev Assoc Med Bras 2006 52157-61
16 Haun DR Pitanga FJG Lessa I Razatildeo CinturaEstatura comparado a outros indicadores antropomeacutetricos de obesidade como preditor de risco coronariano elevado Rev Assoc Med Bras [online] 2009 55(6) 705-711
17 Nascimento CM Ribeiro AQ SantrsquoAna LFR et al Estado nutricional e condiccedilotildees de sauacutede da populaccedilatildeo idosa brasileira revisatildeo da literatura Rev meacuted Minas Gerais 2011 21(2)174-180
18 Gomes MA Beck cc Duarte MFS et al Ficha Antropomeacutetrica no Nuacutecleo de Apoio a Sauacutede da Famiacutelia o que medir e para que medir Rev bras cineantropom desempenho hum 2009 11(2) 243-253
19 Azevedo LF Oliveira ACC Lima JRP et al Recomendaccedilotildees sobre condutas e procedimentos do profissional de educaccedilatildeo fiacutesica na atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede Rio de Janeiro CONFEF 2010 109-55
20 World Health Organization World health statistics 2012 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghopublicationsworld_health_statistics2012enindexhtmlgt [2012 set 18]
21 World Health Organization Global health risks mortality and burden of disease attributable to selected major risks Geneva World Health Organization 2009a
22 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Panorama da sauacutede brasileira em muacuteltiplos aspectos Percepccedilatildeo do estado de sauacutede estilo de vida e doenccedila crocircnica Pesquisa Nacional de Sauacutede 2013
23 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Pesquisa Nacional por Amostra
de Domiciacutelios 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapesquisaspesquisa_resultadosphpid_pesquisa=149gt[2014 dez 04]
24 Tribess S Virtuoso Junior JS Prescriccedilatildeo de exerciacutecios fiacutesicos para idosos Rev saudecom 2005 1(2)163-72
38
25 Pollock ML Wilmore JH Exerciacutecio na Sauacutede e na Doenccedila avaliaccedilatildeo e prescriccedilatildeo para prevenccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo Editora MEDSI 2ordf ed Rio de Janeiro 1993
26 Sociedade Brasileira de Cardiologia V Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 20061-48
27 World Health Organization Global Health Observatory (GHO) 2014 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghoncdrisk_factorsblood_pressure_prevalence_textengt [2014 dez 04]
28 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Secretaria de Atenccedilatildeo baacutesica agrave Sauacutede Departamento de atenccedilatildeo baacutesica - Hipertensatildeo arterial sistecircmica Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2006
29 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) (2009) Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeGestorvisualizar_textocfmidtxt=24421gt [2010 abr 07]
30 Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Nuacutemero de hipertenso 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwsbhorgbripadgeralphpgt [09 nov 2014]
31 Secretaria de Sauacutede do Estado da Bahia Hipertensatildeo Quantidade de Hipertensos na Bahia Disponiacutevel em (2014) lthttpwwwsaudebagovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=4418ampcatid=1ampItemid=14gt [2014 jan 10]
32 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica 2014 Dados de mortalidade na Bahia Disponiacutevel em lthttptabnetdatasusgovbrcgitabcgiexesiabcnvSIABSBAdefgt [2014 mai 05]
33 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica Dados sociodemograacuteficos de Ibicuiacute 2014 lthttptabnetdatasusgovbrcgideftohtmexesiabcnvSIABFBAdefgt [2014 jan 05]
34 Williams B The year in hypertension JACC 2010 55(1) 66-73
35 Lipp M Rocha JC Stress Hipertensatildeo Arterial e Qualidade de vida um guia de tratamento para o hipertenso Campinas Papirus 1996
36 Borenstein MS (Org) Manual de Hipertensatildeo Arterial Porto Allege Editora Sagra Luzzatto 1999
37 Joint National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure The Sixth Report of the Join National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure Arch Intern Med 1997157 2413-2446
39
38 Mitchell GF Parise H Benjamin EJ et al Changes in arterial stiffness and wave reflection with advancing age in health men and women Hypertension 2004 431239-1245
39 Matos AC Ladeia AM Avaliaccedilatildeo de fatores de risco cardiovascular em uma comunidade rural da Bahia Arq Bras Cardiol 2003 81(3) 291-6
40 World Health Organization Who Expert Committee on Physical Status the use and interpretation of antropometry Report of a WHO Expert Commitee Geneva WHO 1995 p 854
41 Pitanga FJG Antropometria na avaliaccedilatildeo da obesidade abdominal e risco coronariano Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum 201113(3) 238-241
42 Ferreira LS Amaral TF Marucci MFN et al Under nutrition as a major risk factor for death among older Brazilian adults in the community-dwelling setting SABE survey Nutrition 201127(10)17-22
43 Andrade FB Caldas Junior AF Kitoko PM et al Prevalence of overweight and obesity in elderly people from Vitoacuteria-ES Brazil Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2012 set17(3)749-756
44 Boscatto EC Duarte Mde F Coqueiro Rda S Barbosa AR Nutritional status in the oldest elderly and associated factors Rev Assoc Med Bras 2013 59(1)40-47
45 Kostka J Borowiak E Kostka T Nutritional status and quality of life in different
populations of older people in Poland Eur J Clin Nutr 2014 Nov68(11)1210-5
46 Silva DAS Petroski EL Associaccedilatildeo de diferentes pontos de corte para sobrepeso e obesidade com pressatildeo arterial elevada em idosas Rev Educ Fis UEM 2009 20 415-22
47 Nutrition Screening Initiative Interventions manual for professionals caring for older Americans Washington DC Nutrition Screening Initiative 1992
48 World Health Organization Obesity preventing and managing the global epidemic Report of a WHO Consultation on Obesity Geneva World Health Organization 1998
49 Cameron AJ Dunstan DW Owen N et al Health and mortality consequences
of abdominal obesity evidence from the Aus Diab study Med J Aust 2009191 202ndash208
50 Fox KA Despres JP Richard AJ et al Does abdominal obesity have a similar impact on cardiovascular disease and diabetes A study of 91246 ambulant patients in 27 European countries Eur Heart J 2009 30 3055ndash3063
40
51 Pouliot MC Despreacutes JP Lemieux S et al Waist circumference and abdominal sagittal diameter Best simple anthropometric indexes of abdominal visceral adipose tissue accumulation and related cardiovascular risk in men and woman Am J Cardiology 1994 73 460-468
52 Peixoto MRG Beniacutecio MHD Latorre M et al Circunferecircncia da Cintura e Iacutendice de massa Corporal como Preditores da Hipertensatildeo Arterial Arq Bras Cardiol 200687 462-470
53 MacKay MF Haffner SM Wagenknecht LE et al Prediction of type 2 diabetes using alternate anthropometric measures in a multiethnic cohort the insulin resistance atherosclerosis study Diabetes Care 200932(5)956-8
54 Valdez R A simple model-based index of abdominal adiposity J Clin Epidemiol1991 44(9) 955-6
55 Pitanga FJG Lessa I Sensibilidade e especificidade do iacutendice de conicidade como discriminador do risco coronariano de adultos em Salvador Brasil Rev Bras Epidemiol 20047(3)259-69
56 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano elevado em adultos na cidade de Salvador - Bahia Arq Bras Cardiol 2005 85 (1)26-31
57 Ghosh JR Bandyopadhyay AR Comparative evaluation of obesity measures relationship with blood pressures and hypertension Singapore Med J 200748(3) 232-5
58 Almeida RT Almeida MMG Araujo TM Obesidade abdominal e risco cardiovascular desempenho de indicadores antropomeacutetricos em mulheres Arq Bras Cardiol 2009 out92(5)375-380
59 Freitas Juacutenior Costa Rosa CS Codogno JS et al Capacidade cardiorrespiratoacuteria e distribuiccedilatildeo de gordura corporal de mulheres com 50 anos ou mais Rev Esc Enferm USP 2010 44(2) 395-400
60 Matos LN Giorelli GV Dias CB Correlation of anthropometric indicators for identifying insulin sensitivity and resistance Satildeo Paulo Med J [online] 2011 129(1) 30-35
61 Gomes MA Rech CR Gomes MBA et al Correlaccedilatildeo entre iacutendices antropomeacutetricos e distribuiccedilatildeo de gordura corporal em mulheres idosas Rev bras cineantropom desempenho hum 2006 set 8(3) 16-22
62 Tarastchuk JCE Gueacuterios EE Bueno RRL et al Obesidade e intervenccedilatildeo coronariana devemos continuar valorizando o Iacutendice de Massa Corpoacuterea Arq Bras Cardiol [online] 2008 90(5) 311-316
41
63 Ferreira AP CB Ferreira VC Souza et al Risco de distuacuterbio glicecircmico em mulheres idosas ajustado por antropometria e genoacutetipos de citocinas Rev Assoc Med Bras [online] 201157(5) 565-569
64 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano em mulheres Rev Bras Cineantrop Desempenho Hum 2006 8 (1) 14-21
65 Newman TB Browner WS Cummings SR Delineando estudos de testes meacutedicos In Hulley SB et al Delineando a pesquisa cliacutenica uma abordagem epidemioloacutegica 2 ed Porto Alegre Artmed 2003 203-224
66 Toscano CM As campanhas nacionais para detecccedilatildeo das doenccedilas crocircnicas natildeo-transmissiacuteveis diabetes e hipertensatildeo arterial Ciecircnc sauacutede Coletiva out-dez 2004 9(4) 885-895
67 Fletcher RH Fletcher SW Prevenccedilatildeo In Fletcher R Fletcher S Epidemiologia
cliacutenica elementos essenciais 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 2006 179-201
68 Jeckel J Elmore J Katz D Meacutetodos de prevenccedilatildeo secundaacuteria In _____ Epidemiologia bioestatiacutestica e medicina preventiva 2 ed Porto Alegre Artmed 2005 236-247
69 Klein CH Bloch KV Estudos seccionais In Medronho RA Carvalho DM Bloch KV Luiz RR Werneck GL Epidemiologia 1ordf ed Satildeo Paulo Editora Atheneu 2002 125-150
70 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Resoluccedilatildeo nordm- 6 de 3 de novembro de 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcenso2010ibgegovbrdados_divulgadosindexphpuf=29gt[201 dez 18]
71 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica ndash Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais (2014) Disponiacutevel em lthttpcodibgegovbr398G9gt [2014 ago 30]
72 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230gt [2013 mai 01]
73 Luiz RR Magnanini MMF A loacutegica da determinaccedilatildeo do tamanho da amostra em investigaccedilotildees epidemioloacutegicas Cad sauacutede coletiva Rio de Janeiro 2000 8(2) 9-28
74 Reis MC Nascimento RAS Pedreira RBS et al Validaccedilatildeo de Face e Clareza do Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede dos Idosos ndash IASI [resumo] in Anais do XIX Congresso Brasileiro Geriatria e Gerontologia Beleacutem 2014 296-296
75 Lohman TG Roche AF Martorell R Anthropometric Standardization Reference Manual Champaign Illinois Human Kinetics 1988
42
76 Vaz JCL Regiotildees de Incerteza para Curva ROC em Teste Diagnoacutesticos
[dissertaccedilatildeo] Satildeo Carlos Universidade Federal de Satildeo Carlos 2009
77 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de 2012
78 Erdreich LS Lee ET Use of relative operating characteristic analysis in epidemiology A method for dealing with subjective judgement Am J Epidemiol 1981 114649-62
79 Aekplakorn W Pakpeankitwatana V Lee CM et al Abdominal obesity and coronary heart disease in Thai men Obesity 200715(4)1036-42
80 Oliveira MAM Fagundes RLM Moreira EAM et al Relaccedilatildeo de Indicadores Antropomeacutetricos com Fatores de Risco para Doenccedila Cardiovascular Arq Bras Cardiol 2010 abr 94(4) 478-485
81 Mendes TAB Goldbaum M Segri NJ et al Factors associated with the prevalence of hypertension and control practices among elderly residents of Satildeo Paulo city Brazil Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(11) 2275-2286
82 Oliveira BFA Souza Mouratildeo D Gomes N et al Prevalecircncia de hipertensatildeo arterial em comunidades ribeirinhas do Rio Madeira Amazocircnia Ocidental Brasileira Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(8) 1617-1630
83 Picon RV Fuchs FD Moreira LB et al Prevalence of Hypertension Among Elderly Persons in Urban Brazil A Systematic Review With Meta-Analysis Am J Hypertens 2013 26 (4) 541-548
84 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Pessoa Idosa e Envelhecimento Seacuteries Pactos pela Sauacutede 2006 v 12 Brasiacutelia ndash DF 2010
85 Leal Neto JS Souza J Coqueiro RS et al Anthropometric indicators of obesity as screening tools for high blood pressure in the elderly Int J Nurs Pract 2013 Aug 19(4) 360-367
86 Schisterman EF Faraggi D Reiser B Trevisan M Statistical inference for the area under the receiver operating characteristic curve in the presence of random measurement error Am J Epidemiol 2001 154 (2) 174-9
87 Samsen M Hanchaiphiboolkul S Puthkhao P et al Appropriate body mass index and waist circumference cutoffs for middle and older age group in Thailand data of 19621 participants from Thai epidemiologic stroke (TES) study J Med Assoc Thai 2012 Sep 95(9)1156-66
88 Ko GTC Chan JCN Cockram CS Woo J Prediction of hypertension diabetes dyslipidemia or albuminuria using simple anthropometric indexes in Hong Kong Chinese Int J Obes 1999 23 (11) 1136-42
43
89 Lin WY Lee LT Chen CY et al Optimal cut-off values for obesity using simple anthropometric indices to predict cardiovascular risk factors in Taiwan Int J Obes Relat Metab Disord 2002261232-8
90 Pua YH Ong PH Anthropometric indices as screening tools for cardiovascular risk factors in Singaporean women Asia Pac J Clin Nutr 2005 14 (1) 74-9
91 Berber A Goacutemez-Santos R Fanghaumlnel G Saacutenchez-Reyes L Anthropometric
indexes in the prediction of type 2 diabetes mellitus hypertension and dyslipidaemia in a Mexican population Int J Obes 200125(12)1794-9
92 Browning LM Hsieh SD Ashwell M A systematic review of waist-to-height ratio
as a screening tool for the prediction of cardiovascular disease and diabetes 05 could be a suitable global boundary value Nutr Res Rev 2010 23(2)247-69
93 Bertsias G Mammas I Linardakis M Kafatos A Overweight and obesity in
relation to cardiovascular disease risk factors among medical students in Crete Greece BMC Public Health 2003 31-9
94 Kashihara H Lee JS Kawakubo K et al Criteria of Waist Circumference According to Computed Tomography-Measured Visceral Fat Area and the Clustering of Cardiovascular Risk Factors Circ J 2009 73 1881-1886
44
APEcircNDICES
45
Apecircndice 1
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
46
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS
PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE SAUacuteDE
DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE
Jequieacute ____ ____ 201__
APEcircNDICE 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Vocecirc esta sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa do Nuacutecleo de
Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo (NESP) da Universidade Estadual do Sudoeste da
Bahia
Objetivo do estudo Avaliar e monitorar as condiccedilotildees de sauacutede de idosos residentes
em comunidade
Participaccedilatildeo Ao aceitar participar do estudo estarei agrave disposiccedilatildeo do pesquisador
para responder ao formulaacuterio que seraacute arquivado pelo autor por um periacuteodo de cinco
anos sendo posteriormente incinerado
Riscos Este estudo natildeo traraacute riscos para minha integridade fiacutesica ou moral dos
participantes
Confidencialidade do estudo Seraacute garantida a privacidade o anonimato bem como
o direito de aceitar ou natildeo participar da pesquisa podendo ser essa autorizaccedilatildeo
suspensa em qualquer fase do estudo Assim as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo
4662012 do Conselho Nacional de Sauacutede que discorre sobre pesquisa envolvendo
seres humanos seratildeo atendidas Os resultados seratildeo publicados no relatoacuterio final da
dissertaccedilatildeo e artigos cientiacuteficos
47
Benefiacutecios Accedilotildees interinstitucionais articuladas promovidas numa perspectiva
interdisciplinar possibilitaratildeo uma melhor compreensatildeo das condiccedilotildees de sauacutede dos
idosos residentes em comunidade do municiacutepio e contribuiraacute para a formulaccedilatildeo de
accedilotildees direcionadas as necessidades dessa populaccedilatildeo
Danos advindos da pesquisa Caso haja algum prejuiacutezo decorrente da realizaccedilatildeo
deste estudo seraacute providenciada a devida reparaccedilatildeo dos danos atraveacutes do
responsaacutevel pelo estudo O pesquisador e os entrevistados natildeo receberatildeo benefiacutecios
financeiros para participaccedilatildeo no estudo Todas as despesas seratildeo por conta do
pesquisador
Participaccedilatildeo voluntaacuteria Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria podendo a qualquer
momento desistir do estudo sem qualquer prejuiacutezo ou penalidade para mim
Consentimento para participaccedilatildeo Apoacutes ser devidamente esclarecido (a) quanto
aos objetivos deste estudo dos procedimentos aos quais serei submetido (a) bem
como dos possiacuteveis riscos decorrentes da minha participaccedilatildeo estou de acordo em
participar do mesmo O pesquisador responsaacutevel pelo estudo assegura que seraacute
disponibilizado qualquer esclarecimento adicional que eu venha a solicitar durante a
realizaccedilatildeo da pesquisa e o direito de desistir da participaccedilatildeo em qualquer momento
Em casos de duacutevidas eou problemas referentes ao estudo vocecirc poderaacute
entrar em contato com o autor atraveacutes do Nuacutecleo de Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo
(NESP) (73) 3528-9721
Sendo assim eu ______________________________________________
aceito livremente participar do Projeto MONIDI
__________________________________ __________________________________
Assinatura do (a) participante
RG _________________________
Assinatura do (a) pesquisador
RG_________________________
48
Apecircndice 2
Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede do Idoso
49
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS
PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE
SAUacuteDE DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE
Nuacutemero do Questionaacuterio |__|__|__|
Nome do Entrevistador ___________________________
Visita 1 2 3
Data Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Hora de iniacutecio ________
Hora de teacutermino ________
I INFORMACcedilOtildeES PESSOAIS E SOCIODEMOGRAacuteFICAS
1 Nome do entrevistado
2Sexo
0 ( ) Feminino
1 ( ) Masculino
3 Endereccedilo completotelefone
4 Idade ____ anos
41 Data de Nascimento
____________
50
5 Situaccedilatildeo conjugal atual
1 ( ) Casado(a) 2 ( ) Uniatildeo estaacutevel 3 ( ) Solteiroa
4 ( ) Divorciado(a)separado(a)desquitado(a) 5 ( ) Viuacutevoa
6 No total quantas vezes o (a) Sr(a) esteve casado(a) ou em uniatildeo
Nordm de vezes |___|___|
7 Na escola qual a uacuteltima seacuterie grau que concluiu com aprovaccedilatildeo
1 - Nunca foi agrave escola ( ) 4 - Fundamental II ( )5 a ( )6 a ( )7 a ( )8 a
2 - Lecirc e escreve o nome ( ) 5 - Ensino Meacutedio ( ) 1 a ( )2 a ( )3
3 - Fundamental I ( )1 a ( )2 a 6 - Superior ( ) completo ( ) incompleto
( )3 a ( )4 a
8 Como vocecirc classificaria a cor da sua pele
1( ) Branca 2( ) Amarela (oriental) 3( ) Parda
4( ) Origem indiacutegena 5( ) Preta 9( ) Natildeo sabe
9 Cor da pele (entrevistador)
1( ) branca 2( ) amarela (oriental) 3( ) parda
4( ) origem indiacutegena 5( ) preta
10-Quantos filhos e filhas nascidos vivos o(a)Sr(a) teve (natildeo inclua enteados filhos
adotivos abortos ou filhos nascidos mortos)
Nuacutemero de filhos |____|____| (98) NS (99) NR
11 Atualmente o senhor (a) mora sozinho ou acompanhado
1( )Acompanhado 2( ) Sozinho 3( ) NR 4( )NS
51
12 Desde que o senhor (a) nasceu viveu no campo por 5 anos ou mais
0( ) Natildeo 1( ) Sim 2( ) NS 3( ) NR
13 Qual eacute a sua religiatildeo
1( ) Catoacutelica 2( ) Protestante 3( ) Judaica
4( ) Espiacuteritakardecista 5( ) Umbanda 6( ) Outras ____________
14 Qual a importacircncia da religiatildeo em sua vida
(1) Importante (2) Regular (3) Nada importante (8) NS (9) NR
15 Com que frequecircncia o senhor vai agrave igreja ou ao serviccedilo religioso
( ) Nunca ( ) Vaacuterias vezes por ano ( ) Uma duas vezes por mecircs
( ) Quase toda semana ( ) Mais de uma vez por semana ( ) NS ( ) NR
16 Quanto vocecirc ganha em meacutedia por mecircs R$ __________8( )Natildeo se aplica
II A CONSUMO DE AacuteLCOOL E TABACO
Uso de bebidas alcooacutelicas
1 Vocecirc consome bebidas alcooacutelicas Se vocecirc NAtildeO BEBE siga para o bloco III C
0 ( )sim 1( ) natildeo
2 Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
3 As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
4 Sente-se chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
5 Costuma beber pela manhatilde para diminuir o nervosismo ou a ressaca
0 ( ) sim 1( ) natildeo
Haacutebito de fumar
1 Vocecirc jaacute foi fumante 0 ( ) sim 1( ) natildeo
52
2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco
III C
3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros
4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias
III ANTROPOMETRIA
MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS
ESTATURA
MASSA CORPORAL
CIRCUNFEREcircNCIA
DE CINTURA
IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL
MEDIDA 01 02 03
Pressatildeo arterial
sistoacutelica
Pressatildeo arterial
diastoacutelica
53
ANEXOS
54
Anexo 1
Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos
55
56
32
resultados todavia deve ser considerado que a populaccedilatildeo alvo foi diferente e com
idade menor da populaccedilatildeo pesquisada no presente trabalho87
Com relaccedilatildeo agrave CC o ponto de corte identificado para a prediccedilatildeo de hipertensatildeo
arterial nas mulheres foi superior ao dos homens Contudo os valores de sensibilidade
e especificidade desses pontos de corte foram maiores entre os homens o que pode
indicar que o poder preditivo da CC para a hipertensatildeo arterial eacute melhor para o sexo
masculino Quanto menor o ponto de corte maior seraacute a habilidade do teste em
classificar os doentes como positivos isto eacute maior seraacute a sensibilidade76 Os pontos
de corte dos homens foram em sua maioria menores em comparaccedilatildeo aos das
mulheres
Tais resultados satildeo contraacuterios aos achados do estudo de Kashihara et al
(2009)94 com indiviacuteduos de 30-74 anos que comparou paciente com hipertensatildeo e sem
hipertensatildeo Em seus pontos de corte de CC para os homens foram superiores aos
pontos de corte definidos para as mulheres e os valores de sensibilidade e
especificidade foi maior nas mulheres para identificar risco cardiovascular Poreacutem a
idade foi menor ao proposto no presente estudo
Outro estudo que contraria tais resultados quanto ao ponto de corte da CC foi
o de Haun Pitanga e Lessa (2009)16 que foi superior para os homens enquanto o
niacutevel de sensibilidade e especificidade foi igual aos nossos achados Poreacutem esse
estudo foi realizado com indiviacuteduos de idade entre 30-74 anos e discriminou risco
coronariano elevado
Quanto ao Iacutendice C no presente estudo o ponto de corte sugerido foi de 126
nas mulheres (sensibilidade 541 e especificidade 452) e 129 para os homens
(sensibilidade 574 e especificidade 456)
Diferentemente do resultado encontrado no presente estudo Pitanga e Lessa
(2005)56 sugeriram como o melhor ponto de corte para risco coronariano com o iacutendice
C 118 para mulheres apresentando valores de sensibilidade (7339) e
especificidade (6115) Para os homens o ponto de corte foi de 125 com valores de
sensibilidade (7391) e especificidade (7492) Tais pontos de corte foram para
indiviacuteduos adultos por esse motivo foram mais baixos que os achados do presente
trabalho Deve-se considerar que existem modificaccedilotildees na composiccedilatildeo corporal com
o processo do envelhecimento o que poderia alterar os pontos de corte para as essas
medidas antropomeacutetricas
33
Em outro estudo com os mesmo autores foram apresentados outros pontos de
corte comparando diferentes faixas etaacuterias Para as mulheres de 30-49 anos o melhor
ponto de corte foi o mesmo (118) com melhor sensibilidade (7857) e
especificidade (6524) e tambeacutem melhor aacuterea sob a curva ROC 081 (IC95 = 070-
092) Entre as de idade mais avanccedilada (50-74 anos) o melhor ponto de corte
sugerido foi 122 com sensibilidade (6000) e especificidade (6582) e aacuterea sob a
curva ROC 065 (IC 95 = 058-073) Portanto o iacutendice C apresentou melhor poder
discriminatoacuterio de RCEst para as mulheres mais jovens64
Almeida Almeida e Arauacutejo (2009)58 conduziram uma pesquisa com mulheres
de 30 e 69 anos buscando avaliar o desempenho de diferentes pontos de corte do
iacutendice C RCQ CC e RCEst para discriminar Risco Coronariano Elevado e o ponto de
corte encontrado para o Iacutendice C foi (125) proacuteximo ao ponto de corte para mulheres
nos nossos achados Dessa forma tais autores afirmaram que os indicadores
antropomeacutetricos de obesidade abdominal analisados tiveram desempenhos
satisfatoacuterios e similares para discriminar RCEst poreacutem o iacutendice C foi o que
apresentou o melhor poder discriminatoacuterio
As informaccedilotildees sobre o iacutendice C satildeo limitadas quanto agrave discussatildeo do ponto de
corte para hipertensatildeo arterial principalmente por encontrar poucos estudos sobre
essa medida como referecircncia para idosos Pitanga e Lessa (2004)55 relatam como
uma limitaccedilatildeo para a utilizaccedilatildeo do Iacutendice C em estudos populacionais a dificuldade de
se calcular o denominador da equaccedilatildeo proposta para sua determinaccedilatildeo
O excesso de gordura em geral estaacute associado ao aparecimento de doenccedilas
cardiovasculares hipertensatildeo arterial e mortalidade a definiccedilatildeo de pontos de corte
para iacutendices que se destacam por sua simplicidade operacional e boa acuraacutecia
permite a detecccedilatildeo dos indiviacuteduos sob risco sendo de grande utilidade nos serviccedilos
de atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede aleacutem de possibilitar o conhecimento da situaccedilatildeo de
grupos populacionais especiacuteficos frente a esses riscos quando empregados na
pesquisa epidemioloacutegica
No contexto das cidades de pequeno porte (rurais e urbanas) os recursos de
sauacutede satildeo muitas vezes limitados e escassos sendo importante a utilizaccedilatildeo desses
iacutendices antropomeacutetricos como substituiccedilatildeo eou apoio a avaliaccedilatildeo tradicional da
pressatildeo arterial Em vaacuterias conjunturas de sauacutede a alta demanda de paciente com
hipertensatildeo arterial exige a utilizaccedilatildeo de instrumentos de diagnoacutesticos e rastreamento
34
de raacutepida e faacutecil aplicaccedilatildeo que possam ser manejados por diferentes profissionais e
que sobretudo apresentem validade e fidedignidade A adequada validaccedilatildeo de
instrumentos e conhecimento de suas propriedades teacutecnicas na populaccedilatildeo brasileira
tambeacutem deve contribuir com a seleccedilatildeo de prioridades e delimitaccedilatildeo do conteuacutedo dos
programas de sauacutede pelos tomadores de decisatildeo em diferentes niacuteveis de gestatildeo
35
7 CONCLUSAtildeO
As anaacutelises dos dados permitem frente aos objetivos estabelecidos formular
as seguintes conclusotildees Quanto ao poder de discriminaccedilatildeo de iacutendices
antropomeacutetricos para a hipertensatildeo arterial em idosos os iacutendices antropomeacutetricos
(IMC RCEst e Iacutendice C) foram bons preditores de hipertensatildeo arterial para os homens
Dessa forma tais iacutendices podem ser empregados nos homens poreacutem tais medidas
natildeo foram satisfatoacuterias para predizer pressatildeo arterial elevada nas mulheres idosas
limitando a sua utilizaccedilatildeo para o sexo feminino com idades avanccediladas
O melhor ponto de corte para discriminar hipertensatildeo arterial foi 054 para a
RCEst nos homens dessa forma tal ponto de corte deve ser empregada no contexto
da atenccedilatildeo primaacuteria nos homens Sugere-se a utilizaccedilatildeo dessa medida a fim de
detectar e realizar a triagem da hipertensatildeo arterial com caracteriacutesticas similares agrave
amostra deste estudo
Recomenda-se que a utilizaccedilatildeo de dois iacutendices simultaneamente resulte em
uma maior eficiecircncia na avaliaccedilatildeo do risco de hipertensatildeo arterial em idosos A
indicaccedilatildeo destas medidas permite que ela seja realizada nas Unidades de Sauacutede da
Famiacutelia como meacutetodo de triagem para idosos com hipertensatildeo arterial utilizando
materiais de faacutecil manejo e de baixo custo
Dessa forma pode-se efetivamente atingir uma das estrateacutegias de prevenccedilatildeo
da hipertensatildeo arterial sistecircmica que eacute o controle da pressatildeo arterial durante o
envelhecimento Todavia sugere-se cautela na utilizaccedilatildeo do ponto de corte desses
indicadores para as mulheres pois os resultados natildeo foram satisfatoacuterios
Fica evidente a necessidade de outros estudos que identifiquem pontos de
corte de iacutendices antropomeacutetricos visando agrave detecccedilatildeo de hipertensatildeo arterial e de
outros fatores de risco cardiovascular nas mulheres idosas que residem em cidades
de pequeno porte
36
8 REFEREcircNCIAS
1 Omram AR The epidemiologic transition a theory of the epidemiology of population change Milbank Memorial Fund Quarterly 1971 49 (Part 1) 509-538
2 Wong LR Carvalho JM Age-strucutural transition in Brazil demographic bonuses and emerging challenges In Pool I Wong LLR Vilquin E editores Age-structural transitions challenges for development Paris Committee for International Cooperation in National Research in Demography 2006
3 Gragnolati M Jorgensen OH Rocha R Fruttero AA Envelhecendo em um Brasil mais Velho implicaccedilotildees do envelhecimento populacional sobre o crescimento econocircmico reduccedilatildeo da pobreza financcedilas puacuteblicas prestaccedilatildeo de serviccedilos Banco Internacional para a Reconstruccedilatildeo e o Desenvolvimento Banco Mundial 2011
4 Schmidt MI Duncan BB Silva GA et al Health in Brazil 4 Chronic non-communicable diseases in Brazil burden and current challenges The Lancet 2011 377
5 Ezzati M Hoorn SV Rodgers A et al Comparative Risk Assessment Collaborating Group Selected major risk factors and global and regional burden of disease Lancet 2002 360 1347-60
6 Lim SS Vos T Flaxman AD et al A comparative risk assessment of burden of disease and injury attributable to 67 risk factors and risk factor clusters in 21 regions 1990-2010 a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2010 Lancet 2012 380 (9859)2224-60
7 Sociedade Brasileira de Cardiologia Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Sociedade Brasileira de Nefrologia VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 2010 95(1) 1-51
8 Miranda DR Perrotti TC Bellinazzi VR et al Hipertensatildeo arterial no idoso peculiaridades na fisiopatologia no diagnoacutestico e no tratamento Rev Bras Hipertens 2002 9 293-300
9 Pilger C Menon MU Mathias TAF Caracteriacutesticas sociodemograacuteficas e de sauacutede de idosos contribuiccedilotildees para os serviccedilos de sauacutede Rev Latino-Am Enfermagem 2011 19(5)1230-1238
10 Pilger C Menon MU Mathias TAF Utilizaccedilatildeo de serviccedilos de sauacutede por idosos vivendo na comunidade Rev esc enferm USP 2013 47(1)213-220
11 Mariath AB Grillo LP Silva RO et al Obesidade e fatores de risco para o desenvolvimento de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis entre usuaacuterios de unidade de alimentaccedilatildeo e nutriccedilatildeo Cad Sauacutede Puacuteblica 2007 23 (4) 897-905
37
12 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Diretrizes e recomendaccedilotildees para o cuidado
integral de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis promoccedilatildeo da sauacutede vigilacircncia prevenccedilatildeo e assistecircncia Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2008
13 Kuumlmpe DA Sodreacute AC Pomatti DM et al Obesidade em Idosos Acompanhados
pela Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia Texto Contexto Enferm Florianoacutepolis 2011 20(3) 471-7
14 Silva KS Farias Juacutenior JC Fatores de risco associados agrave pressatildeo arterial elevada em adolescentes Rev Bras Med Esporte 2007 13(4) 237-40
15 Pitanga FJG Lessa I Razatildeo cintura-estatura como discriminador do risco
coronariano de adultos Rev Assoc Med Bras 2006 52157-61
16 Haun DR Pitanga FJG Lessa I Razatildeo CinturaEstatura comparado a outros indicadores antropomeacutetricos de obesidade como preditor de risco coronariano elevado Rev Assoc Med Bras [online] 2009 55(6) 705-711
17 Nascimento CM Ribeiro AQ SantrsquoAna LFR et al Estado nutricional e condiccedilotildees de sauacutede da populaccedilatildeo idosa brasileira revisatildeo da literatura Rev meacuted Minas Gerais 2011 21(2)174-180
18 Gomes MA Beck cc Duarte MFS et al Ficha Antropomeacutetrica no Nuacutecleo de Apoio a Sauacutede da Famiacutelia o que medir e para que medir Rev bras cineantropom desempenho hum 2009 11(2) 243-253
19 Azevedo LF Oliveira ACC Lima JRP et al Recomendaccedilotildees sobre condutas e procedimentos do profissional de educaccedilatildeo fiacutesica na atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede Rio de Janeiro CONFEF 2010 109-55
20 World Health Organization World health statistics 2012 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghopublicationsworld_health_statistics2012enindexhtmlgt [2012 set 18]
21 World Health Organization Global health risks mortality and burden of disease attributable to selected major risks Geneva World Health Organization 2009a
22 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Panorama da sauacutede brasileira em muacuteltiplos aspectos Percepccedilatildeo do estado de sauacutede estilo de vida e doenccedila crocircnica Pesquisa Nacional de Sauacutede 2013
23 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Pesquisa Nacional por Amostra
de Domiciacutelios 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapesquisaspesquisa_resultadosphpid_pesquisa=149gt[2014 dez 04]
24 Tribess S Virtuoso Junior JS Prescriccedilatildeo de exerciacutecios fiacutesicos para idosos Rev saudecom 2005 1(2)163-72
38
25 Pollock ML Wilmore JH Exerciacutecio na Sauacutede e na Doenccedila avaliaccedilatildeo e prescriccedilatildeo para prevenccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo Editora MEDSI 2ordf ed Rio de Janeiro 1993
26 Sociedade Brasileira de Cardiologia V Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 20061-48
27 World Health Organization Global Health Observatory (GHO) 2014 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghoncdrisk_factorsblood_pressure_prevalence_textengt [2014 dez 04]
28 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Secretaria de Atenccedilatildeo baacutesica agrave Sauacutede Departamento de atenccedilatildeo baacutesica - Hipertensatildeo arterial sistecircmica Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2006
29 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) (2009) Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeGestorvisualizar_textocfmidtxt=24421gt [2010 abr 07]
30 Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Nuacutemero de hipertenso 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwsbhorgbripadgeralphpgt [09 nov 2014]
31 Secretaria de Sauacutede do Estado da Bahia Hipertensatildeo Quantidade de Hipertensos na Bahia Disponiacutevel em (2014) lthttpwwwsaudebagovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=4418ampcatid=1ampItemid=14gt [2014 jan 10]
32 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica 2014 Dados de mortalidade na Bahia Disponiacutevel em lthttptabnetdatasusgovbrcgitabcgiexesiabcnvSIABSBAdefgt [2014 mai 05]
33 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica Dados sociodemograacuteficos de Ibicuiacute 2014 lthttptabnetdatasusgovbrcgideftohtmexesiabcnvSIABFBAdefgt [2014 jan 05]
34 Williams B The year in hypertension JACC 2010 55(1) 66-73
35 Lipp M Rocha JC Stress Hipertensatildeo Arterial e Qualidade de vida um guia de tratamento para o hipertenso Campinas Papirus 1996
36 Borenstein MS (Org) Manual de Hipertensatildeo Arterial Porto Allege Editora Sagra Luzzatto 1999
37 Joint National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure The Sixth Report of the Join National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure Arch Intern Med 1997157 2413-2446
39
38 Mitchell GF Parise H Benjamin EJ et al Changes in arterial stiffness and wave reflection with advancing age in health men and women Hypertension 2004 431239-1245
39 Matos AC Ladeia AM Avaliaccedilatildeo de fatores de risco cardiovascular em uma comunidade rural da Bahia Arq Bras Cardiol 2003 81(3) 291-6
40 World Health Organization Who Expert Committee on Physical Status the use and interpretation of antropometry Report of a WHO Expert Commitee Geneva WHO 1995 p 854
41 Pitanga FJG Antropometria na avaliaccedilatildeo da obesidade abdominal e risco coronariano Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum 201113(3) 238-241
42 Ferreira LS Amaral TF Marucci MFN et al Under nutrition as a major risk factor for death among older Brazilian adults in the community-dwelling setting SABE survey Nutrition 201127(10)17-22
43 Andrade FB Caldas Junior AF Kitoko PM et al Prevalence of overweight and obesity in elderly people from Vitoacuteria-ES Brazil Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2012 set17(3)749-756
44 Boscatto EC Duarte Mde F Coqueiro Rda S Barbosa AR Nutritional status in the oldest elderly and associated factors Rev Assoc Med Bras 2013 59(1)40-47
45 Kostka J Borowiak E Kostka T Nutritional status and quality of life in different
populations of older people in Poland Eur J Clin Nutr 2014 Nov68(11)1210-5
46 Silva DAS Petroski EL Associaccedilatildeo de diferentes pontos de corte para sobrepeso e obesidade com pressatildeo arterial elevada em idosas Rev Educ Fis UEM 2009 20 415-22
47 Nutrition Screening Initiative Interventions manual for professionals caring for older Americans Washington DC Nutrition Screening Initiative 1992
48 World Health Organization Obesity preventing and managing the global epidemic Report of a WHO Consultation on Obesity Geneva World Health Organization 1998
49 Cameron AJ Dunstan DW Owen N et al Health and mortality consequences
of abdominal obesity evidence from the Aus Diab study Med J Aust 2009191 202ndash208
50 Fox KA Despres JP Richard AJ et al Does abdominal obesity have a similar impact on cardiovascular disease and diabetes A study of 91246 ambulant patients in 27 European countries Eur Heart J 2009 30 3055ndash3063
40
51 Pouliot MC Despreacutes JP Lemieux S et al Waist circumference and abdominal sagittal diameter Best simple anthropometric indexes of abdominal visceral adipose tissue accumulation and related cardiovascular risk in men and woman Am J Cardiology 1994 73 460-468
52 Peixoto MRG Beniacutecio MHD Latorre M et al Circunferecircncia da Cintura e Iacutendice de massa Corporal como Preditores da Hipertensatildeo Arterial Arq Bras Cardiol 200687 462-470
53 MacKay MF Haffner SM Wagenknecht LE et al Prediction of type 2 diabetes using alternate anthropometric measures in a multiethnic cohort the insulin resistance atherosclerosis study Diabetes Care 200932(5)956-8
54 Valdez R A simple model-based index of abdominal adiposity J Clin Epidemiol1991 44(9) 955-6
55 Pitanga FJG Lessa I Sensibilidade e especificidade do iacutendice de conicidade como discriminador do risco coronariano de adultos em Salvador Brasil Rev Bras Epidemiol 20047(3)259-69
56 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano elevado em adultos na cidade de Salvador - Bahia Arq Bras Cardiol 2005 85 (1)26-31
57 Ghosh JR Bandyopadhyay AR Comparative evaluation of obesity measures relationship with blood pressures and hypertension Singapore Med J 200748(3) 232-5
58 Almeida RT Almeida MMG Araujo TM Obesidade abdominal e risco cardiovascular desempenho de indicadores antropomeacutetricos em mulheres Arq Bras Cardiol 2009 out92(5)375-380
59 Freitas Juacutenior Costa Rosa CS Codogno JS et al Capacidade cardiorrespiratoacuteria e distribuiccedilatildeo de gordura corporal de mulheres com 50 anos ou mais Rev Esc Enferm USP 2010 44(2) 395-400
60 Matos LN Giorelli GV Dias CB Correlation of anthropometric indicators for identifying insulin sensitivity and resistance Satildeo Paulo Med J [online] 2011 129(1) 30-35
61 Gomes MA Rech CR Gomes MBA et al Correlaccedilatildeo entre iacutendices antropomeacutetricos e distribuiccedilatildeo de gordura corporal em mulheres idosas Rev bras cineantropom desempenho hum 2006 set 8(3) 16-22
62 Tarastchuk JCE Gueacuterios EE Bueno RRL et al Obesidade e intervenccedilatildeo coronariana devemos continuar valorizando o Iacutendice de Massa Corpoacuterea Arq Bras Cardiol [online] 2008 90(5) 311-316
41
63 Ferreira AP CB Ferreira VC Souza et al Risco de distuacuterbio glicecircmico em mulheres idosas ajustado por antropometria e genoacutetipos de citocinas Rev Assoc Med Bras [online] 201157(5) 565-569
64 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano em mulheres Rev Bras Cineantrop Desempenho Hum 2006 8 (1) 14-21
65 Newman TB Browner WS Cummings SR Delineando estudos de testes meacutedicos In Hulley SB et al Delineando a pesquisa cliacutenica uma abordagem epidemioloacutegica 2 ed Porto Alegre Artmed 2003 203-224
66 Toscano CM As campanhas nacionais para detecccedilatildeo das doenccedilas crocircnicas natildeo-transmissiacuteveis diabetes e hipertensatildeo arterial Ciecircnc sauacutede Coletiva out-dez 2004 9(4) 885-895
67 Fletcher RH Fletcher SW Prevenccedilatildeo In Fletcher R Fletcher S Epidemiologia
cliacutenica elementos essenciais 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 2006 179-201
68 Jeckel J Elmore J Katz D Meacutetodos de prevenccedilatildeo secundaacuteria In _____ Epidemiologia bioestatiacutestica e medicina preventiva 2 ed Porto Alegre Artmed 2005 236-247
69 Klein CH Bloch KV Estudos seccionais In Medronho RA Carvalho DM Bloch KV Luiz RR Werneck GL Epidemiologia 1ordf ed Satildeo Paulo Editora Atheneu 2002 125-150
70 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Resoluccedilatildeo nordm- 6 de 3 de novembro de 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcenso2010ibgegovbrdados_divulgadosindexphpuf=29gt[201 dez 18]
71 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica ndash Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais (2014) Disponiacutevel em lthttpcodibgegovbr398G9gt [2014 ago 30]
72 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230gt [2013 mai 01]
73 Luiz RR Magnanini MMF A loacutegica da determinaccedilatildeo do tamanho da amostra em investigaccedilotildees epidemioloacutegicas Cad sauacutede coletiva Rio de Janeiro 2000 8(2) 9-28
74 Reis MC Nascimento RAS Pedreira RBS et al Validaccedilatildeo de Face e Clareza do Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede dos Idosos ndash IASI [resumo] in Anais do XIX Congresso Brasileiro Geriatria e Gerontologia Beleacutem 2014 296-296
75 Lohman TG Roche AF Martorell R Anthropometric Standardization Reference Manual Champaign Illinois Human Kinetics 1988
42
76 Vaz JCL Regiotildees de Incerteza para Curva ROC em Teste Diagnoacutesticos
[dissertaccedilatildeo] Satildeo Carlos Universidade Federal de Satildeo Carlos 2009
77 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de 2012
78 Erdreich LS Lee ET Use of relative operating characteristic analysis in epidemiology A method for dealing with subjective judgement Am J Epidemiol 1981 114649-62
79 Aekplakorn W Pakpeankitwatana V Lee CM et al Abdominal obesity and coronary heart disease in Thai men Obesity 200715(4)1036-42
80 Oliveira MAM Fagundes RLM Moreira EAM et al Relaccedilatildeo de Indicadores Antropomeacutetricos com Fatores de Risco para Doenccedila Cardiovascular Arq Bras Cardiol 2010 abr 94(4) 478-485
81 Mendes TAB Goldbaum M Segri NJ et al Factors associated with the prevalence of hypertension and control practices among elderly residents of Satildeo Paulo city Brazil Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(11) 2275-2286
82 Oliveira BFA Souza Mouratildeo D Gomes N et al Prevalecircncia de hipertensatildeo arterial em comunidades ribeirinhas do Rio Madeira Amazocircnia Ocidental Brasileira Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(8) 1617-1630
83 Picon RV Fuchs FD Moreira LB et al Prevalence of Hypertension Among Elderly Persons in Urban Brazil A Systematic Review With Meta-Analysis Am J Hypertens 2013 26 (4) 541-548
84 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Pessoa Idosa e Envelhecimento Seacuteries Pactos pela Sauacutede 2006 v 12 Brasiacutelia ndash DF 2010
85 Leal Neto JS Souza J Coqueiro RS et al Anthropometric indicators of obesity as screening tools for high blood pressure in the elderly Int J Nurs Pract 2013 Aug 19(4) 360-367
86 Schisterman EF Faraggi D Reiser B Trevisan M Statistical inference for the area under the receiver operating characteristic curve in the presence of random measurement error Am J Epidemiol 2001 154 (2) 174-9
87 Samsen M Hanchaiphiboolkul S Puthkhao P et al Appropriate body mass index and waist circumference cutoffs for middle and older age group in Thailand data of 19621 participants from Thai epidemiologic stroke (TES) study J Med Assoc Thai 2012 Sep 95(9)1156-66
88 Ko GTC Chan JCN Cockram CS Woo J Prediction of hypertension diabetes dyslipidemia or albuminuria using simple anthropometric indexes in Hong Kong Chinese Int J Obes 1999 23 (11) 1136-42
43
89 Lin WY Lee LT Chen CY et al Optimal cut-off values for obesity using simple anthropometric indices to predict cardiovascular risk factors in Taiwan Int J Obes Relat Metab Disord 2002261232-8
90 Pua YH Ong PH Anthropometric indices as screening tools for cardiovascular risk factors in Singaporean women Asia Pac J Clin Nutr 2005 14 (1) 74-9
91 Berber A Goacutemez-Santos R Fanghaumlnel G Saacutenchez-Reyes L Anthropometric
indexes in the prediction of type 2 diabetes mellitus hypertension and dyslipidaemia in a Mexican population Int J Obes 200125(12)1794-9
92 Browning LM Hsieh SD Ashwell M A systematic review of waist-to-height ratio
as a screening tool for the prediction of cardiovascular disease and diabetes 05 could be a suitable global boundary value Nutr Res Rev 2010 23(2)247-69
93 Bertsias G Mammas I Linardakis M Kafatos A Overweight and obesity in
relation to cardiovascular disease risk factors among medical students in Crete Greece BMC Public Health 2003 31-9
94 Kashihara H Lee JS Kawakubo K et al Criteria of Waist Circumference According to Computed Tomography-Measured Visceral Fat Area and the Clustering of Cardiovascular Risk Factors Circ J 2009 73 1881-1886
44
APEcircNDICES
45
Apecircndice 1
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
46
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS
PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE SAUacuteDE
DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE
Jequieacute ____ ____ 201__
APEcircNDICE 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Vocecirc esta sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa do Nuacutecleo de
Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo (NESP) da Universidade Estadual do Sudoeste da
Bahia
Objetivo do estudo Avaliar e monitorar as condiccedilotildees de sauacutede de idosos residentes
em comunidade
Participaccedilatildeo Ao aceitar participar do estudo estarei agrave disposiccedilatildeo do pesquisador
para responder ao formulaacuterio que seraacute arquivado pelo autor por um periacuteodo de cinco
anos sendo posteriormente incinerado
Riscos Este estudo natildeo traraacute riscos para minha integridade fiacutesica ou moral dos
participantes
Confidencialidade do estudo Seraacute garantida a privacidade o anonimato bem como
o direito de aceitar ou natildeo participar da pesquisa podendo ser essa autorizaccedilatildeo
suspensa em qualquer fase do estudo Assim as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo
4662012 do Conselho Nacional de Sauacutede que discorre sobre pesquisa envolvendo
seres humanos seratildeo atendidas Os resultados seratildeo publicados no relatoacuterio final da
dissertaccedilatildeo e artigos cientiacuteficos
47
Benefiacutecios Accedilotildees interinstitucionais articuladas promovidas numa perspectiva
interdisciplinar possibilitaratildeo uma melhor compreensatildeo das condiccedilotildees de sauacutede dos
idosos residentes em comunidade do municiacutepio e contribuiraacute para a formulaccedilatildeo de
accedilotildees direcionadas as necessidades dessa populaccedilatildeo
Danos advindos da pesquisa Caso haja algum prejuiacutezo decorrente da realizaccedilatildeo
deste estudo seraacute providenciada a devida reparaccedilatildeo dos danos atraveacutes do
responsaacutevel pelo estudo O pesquisador e os entrevistados natildeo receberatildeo benefiacutecios
financeiros para participaccedilatildeo no estudo Todas as despesas seratildeo por conta do
pesquisador
Participaccedilatildeo voluntaacuteria Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria podendo a qualquer
momento desistir do estudo sem qualquer prejuiacutezo ou penalidade para mim
Consentimento para participaccedilatildeo Apoacutes ser devidamente esclarecido (a) quanto
aos objetivos deste estudo dos procedimentos aos quais serei submetido (a) bem
como dos possiacuteveis riscos decorrentes da minha participaccedilatildeo estou de acordo em
participar do mesmo O pesquisador responsaacutevel pelo estudo assegura que seraacute
disponibilizado qualquer esclarecimento adicional que eu venha a solicitar durante a
realizaccedilatildeo da pesquisa e o direito de desistir da participaccedilatildeo em qualquer momento
Em casos de duacutevidas eou problemas referentes ao estudo vocecirc poderaacute
entrar em contato com o autor atraveacutes do Nuacutecleo de Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo
(NESP) (73) 3528-9721
Sendo assim eu ______________________________________________
aceito livremente participar do Projeto MONIDI
__________________________________ __________________________________
Assinatura do (a) participante
RG _________________________
Assinatura do (a) pesquisador
RG_________________________
48
Apecircndice 2
Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede do Idoso
49
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS
PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE
SAUacuteDE DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE
Nuacutemero do Questionaacuterio |__|__|__|
Nome do Entrevistador ___________________________
Visita 1 2 3
Data Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Hora de iniacutecio ________
Hora de teacutermino ________
I INFORMACcedilOtildeES PESSOAIS E SOCIODEMOGRAacuteFICAS
1 Nome do entrevistado
2Sexo
0 ( ) Feminino
1 ( ) Masculino
3 Endereccedilo completotelefone
4 Idade ____ anos
41 Data de Nascimento
____________
50
5 Situaccedilatildeo conjugal atual
1 ( ) Casado(a) 2 ( ) Uniatildeo estaacutevel 3 ( ) Solteiroa
4 ( ) Divorciado(a)separado(a)desquitado(a) 5 ( ) Viuacutevoa
6 No total quantas vezes o (a) Sr(a) esteve casado(a) ou em uniatildeo
Nordm de vezes |___|___|
7 Na escola qual a uacuteltima seacuterie grau que concluiu com aprovaccedilatildeo
1 - Nunca foi agrave escola ( ) 4 - Fundamental II ( )5 a ( )6 a ( )7 a ( )8 a
2 - Lecirc e escreve o nome ( ) 5 - Ensino Meacutedio ( ) 1 a ( )2 a ( )3
3 - Fundamental I ( )1 a ( )2 a 6 - Superior ( ) completo ( ) incompleto
( )3 a ( )4 a
8 Como vocecirc classificaria a cor da sua pele
1( ) Branca 2( ) Amarela (oriental) 3( ) Parda
4( ) Origem indiacutegena 5( ) Preta 9( ) Natildeo sabe
9 Cor da pele (entrevistador)
1( ) branca 2( ) amarela (oriental) 3( ) parda
4( ) origem indiacutegena 5( ) preta
10-Quantos filhos e filhas nascidos vivos o(a)Sr(a) teve (natildeo inclua enteados filhos
adotivos abortos ou filhos nascidos mortos)
Nuacutemero de filhos |____|____| (98) NS (99) NR
11 Atualmente o senhor (a) mora sozinho ou acompanhado
1( )Acompanhado 2( ) Sozinho 3( ) NR 4( )NS
51
12 Desde que o senhor (a) nasceu viveu no campo por 5 anos ou mais
0( ) Natildeo 1( ) Sim 2( ) NS 3( ) NR
13 Qual eacute a sua religiatildeo
1( ) Catoacutelica 2( ) Protestante 3( ) Judaica
4( ) Espiacuteritakardecista 5( ) Umbanda 6( ) Outras ____________
14 Qual a importacircncia da religiatildeo em sua vida
(1) Importante (2) Regular (3) Nada importante (8) NS (9) NR
15 Com que frequecircncia o senhor vai agrave igreja ou ao serviccedilo religioso
( ) Nunca ( ) Vaacuterias vezes por ano ( ) Uma duas vezes por mecircs
( ) Quase toda semana ( ) Mais de uma vez por semana ( ) NS ( ) NR
16 Quanto vocecirc ganha em meacutedia por mecircs R$ __________8( )Natildeo se aplica
II A CONSUMO DE AacuteLCOOL E TABACO
Uso de bebidas alcooacutelicas
1 Vocecirc consome bebidas alcooacutelicas Se vocecirc NAtildeO BEBE siga para o bloco III C
0 ( )sim 1( ) natildeo
2 Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
3 As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
4 Sente-se chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
5 Costuma beber pela manhatilde para diminuir o nervosismo ou a ressaca
0 ( ) sim 1( ) natildeo
Haacutebito de fumar
1 Vocecirc jaacute foi fumante 0 ( ) sim 1( ) natildeo
52
2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco
III C
3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros
4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias
III ANTROPOMETRIA
MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS
ESTATURA
MASSA CORPORAL
CIRCUNFEREcircNCIA
DE CINTURA
IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL
MEDIDA 01 02 03
Pressatildeo arterial
sistoacutelica
Pressatildeo arterial
diastoacutelica
53
ANEXOS
54
Anexo 1
Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos
55
56
33
Em outro estudo com os mesmo autores foram apresentados outros pontos de
corte comparando diferentes faixas etaacuterias Para as mulheres de 30-49 anos o melhor
ponto de corte foi o mesmo (118) com melhor sensibilidade (7857) e
especificidade (6524) e tambeacutem melhor aacuterea sob a curva ROC 081 (IC95 = 070-
092) Entre as de idade mais avanccedilada (50-74 anos) o melhor ponto de corte
sugerido foi 122 com sensibilidade (6000) e especificidade (6582) e aacuterea sob a
curva ROC 065 (IC 95 = 058-073) Portanto o iacutendice C apresentou melhor poder
discriminatoacuterio de RCEst para as mulheres mais jovens64
Almeida Almeida e Arauacutejo (2009)58 conduziram uma pesquisa com mulheres
de 30 e 69 anos buscando avaliar o desempenho de diferentes pontos de corte do
iacutendice C RCQ CC e RCEst para discriminar Risco Coronariano Elevado e o ponto de
corte encontrado para o Iacutendice C foi (125) proacuteximo ao ponto de corte para mulheres
nos nossos achados Dessa forma tais autores afirmaram que os indicadores
antropomeacutetricos de obesidade abdominal analisados tiveram desempenhos
satisfatoacuterios e similares para discriminar RCEst poreacutem o iacutendice C foi o que
apresentou o melhor poder discriminatoacuterio
As informaccedilotildees sobre o iacutendice C satildeo limitadas quanto agrave discussatildeo do ponto de
corte para hipertensatildeo arterial principalmente por encontrar poucos estudos sobre
essa medida como referecircncia para idosos Pitanga e Lessa (2004)55 relatam como
uma limitaccedilatildeo para a utilizaccedilatildeo do Iacutendice C em estudos populacionais a dificuldade de
se calcular o denominador da equaccedilatildeo proposta para sua determinaccedilatildeo
O excesso de gordura em geral estaacute associado ao aparecimento de doenccedilas
cardiovasculares hipertensatildeo arterial e mortalidade a definiccedilatildeo de pontos de corte
para iacutendices que se destacam por sua simplicidade operacional e boa acuraacutecia
permite a detecccedilatildeo dos indiviacuteduos sob risco sendo de grande utilidade nos serviccedilos
de atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede aleacutem de possibilitar o conhecimento da situaccedilatildeo de
grupos populacionais especiacuteficos frente a esses riscos quando empregados na
pesquisa epidemioloacutegica
No contexto das cidades de pequeno porte (rurais e urbanas) os recursos de
sauacutede satildeo muitas vezes limitados e escassos sendo importante a utilizaccedilatildeo desses
iacutendices antropomeacutetricos como substituiccedilatildeo eou apoio a avaliaccedilatildeo tradicional da
pressatildeo arterial Em vaacuterias conjunturas de sauacutede a alta demanda de paciente com
hipertensatildeo arterial exige a utilizaccedilatildeo de instrumentos de diagnoacutesticos e rastreamento
34
de raacutepida e faacutecil aplicaccedilatildeo que possam ser manejados por diferentes profissionais e
que sobretudo apresentem validade e fidedignidade A adequada validaccedilatildeo de
instrumentos e conhecimento de suas propriedades teacutecnicas na populaccedilatildeo brasileira
tambeacutem deve contribuir com a seleccedilatildeo de prioridades e delimitaccedilatildeo do conteuacutedo dos
programas de sauacutede pelos tomadores de decisatildeo em diferentes niacuteveis de gestatildeo
35
7 CONCLUSAtildeO
As anaacutelises dos dados permitem frente aos objetivos estabelecidos formular
as seguintes conclusotildees Quanto ao poder de discriminaccedilatildeo de iacutendices
antropomeacutetricos para a hipertensatildeo arterial em idosos os iacutendices antropomeacutetricos
(IMC RCEst e Iacutendice C) foram bons preditores de hipertensatildeo arterial para os homens
Dessa forma tais iacutendices podem ser empregados nos homens poreacutem tais medidas
natildeo foram satisfatoacuterias para predizer pressatildeo arterial elevada nas mulheres idosas
limitando a sua utilizaccedilatildeo para o sexo feminino com idades avanccediladas
O melhor ponto de corte para discriminar hipertensatildeo arterial foi 054 para a
RCEst nos homens dessa forma tal ponto de corte deve ser empregada no contexto
da atenccedilatildeo primaacuteria nos homens Sugere-se a utilizaccedilatildeo dessa medida a fim de
detectar e realizar a triagem da hipertensatildeo arterial com caracteriacutesticas similares agrave
amostra deste estudo
Recomenda-se que a utilizaccedilatildeo de dois iacutendices simultaneamente resulte em
uma maior eficiecircncia na avaliaccedilatildeo do risco de hipertensatildeo arterial em idosos A
indicaccedilatildeo destas medidas permite que ela seja realizada nas Unidades de Sauacutede da
Famiacutelia como meacutetodo de triagem para idosos com hipertensatildeo arterial utilizando
materiais de faacutecil manejo e de baixo custo
Dessa forma pode-se efetivamente atingir uma das estrateacutegias de prevenccedilatildeo
da hipertensatildeo arterial sistecircmica que eacute o controle da pressatildeo arterial durante o
envelhecimento Todavia sugere-se cautela na utilizaccedilatildeo do ponto de corte desses
indicadores para as mulheres pois os resultados natildeo foram satisfatoacuterios
Fica evidente a necessidade de outros estudos que identifiquem pontos de
corte de iacutendices antropomeacutetricos visando agrave detecccedilatildeo de hipertensatildeo arterial e de
outros fatores de risco cardiovascular nas mulheres idosas que residem em cidades
de pequeno porte
36
8 REFEREcircNCIAS
1 Omram AR The epidemiologic transition a theory of the epidemiology of population change Milbank Memorial Fund Quarterly 1971 49 (Part 1) 509-538
2 Wong LR Carvalho JM Age-strucutural transition in Brazil demographic bonuses and emerging challenges In Pool I Wong LLR Vilquin E editores Age-structural transitions challenges for development Paris Committee for International Cooperation in National Research in Demography 2006
3 Gragnolati M Jorgensen OH Rocha R Fruttero AA Envelhecendo em um Brasil mais Velho implicaccedilotildees do envelhecimento populacional sobre o crescimento econocircmico reduccedilatildeo da pobreza financcedilas puacuteblicas prestaccedilatildeo de serviccedilos Banco Internacional para a Reconstruccedilatildeo e o Desenvolvimento Banco Mundial 2011
4 Schmidt MI Duncan BB Silva GA et al Health in Brazil 4 Chronic non-communicable diseases in Brazil burden and current challenges The Lancet 2011 377
5 Ezzati M Hoorn SV Rodgers A et al Comparative Risk Assessment Collaborating Group Selected major risk factors and global and regional burden of disease Lancet 2002 360 1347-60
6 Lim SS Vos T Flaxman AD et al A comparative risk assessment of burden of disease and injury attributable to 67 risk factors and risk factor clusters in 21 regions 1990-2010 a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2010 Lancet 2012 380 (9859)2224-60
7 Sociedade Brasileira de Cardiologia Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Sociedade Brasileira de Nefrologia VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 2010 95(1) 1-51
8 Miranda DR Perrotti TC Bellinazzi VR et al Hipertensatildeo arterial no idoso peculiaridades na fisiopatologia no diagnoacutestico e no tratamento Rev Bras Hipertens 2002 9 293-300
9 Pilger C Menon MU Mathias TAF Caracteriacutesticas sociodemograacuteficas e de sauacutede de idosos contribuiccedilotildees para os serviccedilos de sauacutede Rev Latino-Am Enfermagem 2011 19(5)1230-1238
10 Pilger C Menon MU Mathias TAF Utilizaccedilatildeo de serviccedilos de sauacutede por idosos vivendo na comunidade Rev esc enferm USP 2013 47(1)213-220
11 Mariath AB Grillo LP Silva RO et al Obesidade e fatores de risco para o desenvolvimento de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis entre usuaacuterios de unidade de alimentaccedilatildeo e nutriccedilatildeo Cad Sauacutede Puacuteblica 2007 23 (4) 897-905
37
12 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Diretrizes e recomendaccedilotildees para o cuidado
integral de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis promoccedilatildeo da sauacutede vigilacircncia prevenccedilatildeo e assistecircncia Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2008
13 Kuumlmpe DA Sodreacute AC Pomatti DM et al Obesidade em Idosos Acompanhados
pela Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia Texto Contexto Enferm Florianoacutepolis 2011 20(3) 471-7
14 Silva KS Farias Juacutenior JC Fatores de risco associados agrave pressatildeo arterial elevada em adolescentes Rev Bras Med Esporte 2007 13(4) 237-40
15 Pitanga FJG Lessa I Razatildeo cintura-estatura como discriminador do risco
coronariano de adultos Rev Assoc Med Bras 2006 52157-61
16 Haun DR Pitanga FJG Lessa I Razatildeo CinturaEstatura comparado a outros indicadores antropomeacutetricos de obesidade como preditor de risco coronariano elevado Rev Assoc Med Bras [online] 2009 55(6) 705-711
17 Nascimento CM Ribeiro AQ SantrsquoAna LFR et al Estado nutricional e condiccedilotildees de sauacutede da populaccedilatildeo idosa brasileira revisatildeo da literatura Rev meacuted Minas Gerais 2011 21(2)174-180
18 Gomes MA Beck cc Duarte MFS et al Ficha Antropomeacutetrica no Nuacutecleo de Apoio a Sauacutede da Famiacutelia o que medir e para que medir Rev bras cineantropom desempenho hum 2009 11(2) 243-253
19 Azevedo LF Oliveira ACC Lima JRP et al Recomendaccedilotildees sobre condutas e procedimentos do profissional de educaccedilatildeo fiacutesica na atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede Rio de Janeiro CONFEF 2010 109-55
20 World Health Organization World health statistics 2012 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghopublicationsworld_health_statistics2012enindexhtmlgt [2012 set 18]
21 World Health Organization Global health risks mortality and burden of disease attributable to selected major risks Geneva World Health Organization 2009a
22 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Panorama da sauacutede brasileira em muacuteltiplos aspectos Percepccedilatildeo do estado de sauacutede estilo de vida e doenccedila crocircnica Pesquisa Nacional de Sauacutede 2013
23 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Pesquisa Nacional por Amostra
de Domiciacutelios 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapesquisaspesquisa_resultadosphpid_pesquisa=149gt[2014 dez 04]
24 Tribess S Virtuoso Junior JS Prescriccedilatildeo de exerciacutecios fiacutesicos para idosos Rev saudecom 2005 1(2)163-72
38
25 Pollock ML Wilmore JH Exerciacutecio na Sauacutede e na Doenccedila avaliaccedilatildeo e prescriccedilatildeo para prevenccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo Editora MEDSI 2ordf ed Rio de Janeiro 1993
26 Sociedade Brasileira de Cardiologia V Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 20061-48
27 World Health Organization Global Health Observatory (GHO) 2014 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghoncdrisk_factorsblood_pressure_prevalence_textengt [2014 dez 04]
28 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Secretaria de Atenccedilatildeo baacutesica agrave Sauacutede Departamento de atenccedilatildeo baacutesica - Hipertensatildeo arterial sistecircmica Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2006
29 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) (2009) Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeGestorvisualizar_textocfmidtxt=24421gt [2010 abr 07]
30 Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Nuacutemero de hipertenso 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwsbhorgbripadgeralphpgt [09 nov 2014]
31 Secretaria de Sauacutede do Estado da Bahia Hipertensatildeo Quantidade de Hipertensos na Bahia Disponiacutevel em (2014) lthttpwwwsaudebagovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=4418ampcatid=1ampItemid=14gt [2014 jan 10]
32 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica 2014 Dados de mortalidade na Bahia Disponiacutevel em lthttptabnetdatasusgovbrcgitabcgiexesiabcnvSIABSBAdefgt [2014 mai 05]
33 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica Dados sociodemograacuteficos de Ibicuiacute 2014 lthttptabnetdatasusgovbrcgideftohtmexesiabcnvSIABFBAdefgt [2014 jan 05]
34 Williams B The year in hypertension JACC 2010 55(1) 66-73
35 Lipp M Rocha JC Stress Hipertensatildeo Arterial e Qualidade de vida um guia de tratamento para o hipertenso Campinas Papirus 1996
36 Borenstein MS (Org) Manual de Hipertensatildeo Arterial Porto Allege Editora Sagra Luzzatto 1999
37 Joint National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure The Sixth Report of the Join National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure Arch Intern Med 1997157 2413-2446
39
38 Mitchell GF Parise H Benjamin EJ et al Changes in arterial stiffness and wave reflection with advancing age in health men and women Hypertension 2004 431239-1245
39 Matos AC Ladeia AM Avaliaccedilatildeo de fatores de risco cardiovascular em uma comunidade rural da Bahia Arq Bras Cardiol 2003 81(3) 291-6
40 World Health Organization Who Expert Committee on Physical Status the use and interpretation of antropometry Report of a WHO Expert Commitee Geneva WHO 1995 p 854
41 Pitanga FJG Antropometria na avaliaccedilatildeo da obesidade abdominal e risco coronariano Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum 201113(3) 238-241
42 Ferreira LS Amaral TF Marucci MFN et al Under nutrition as a major risk factor for death among older Brazilian adults in the community-dwelling setting SABE survey Nutrition 201127(10)17-22
43 Andrade FB Caldas Junior AF Kitoko PM et al Prevalence of overweight and obesity in elderly people from Vitoacuteria-ES Brazil Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2012 set17(3)749-756
44 Boscatto EC Duarte Mde F Coqueiro Rda S Barbosa AR Nutritional status in the oldest elderly and associated factors Rev Assoc Med Bras 2013 59(1)40-47
45 Kostka J Borowiak E Kostka T Nutritional status and quality of life in different
populations of older people in Poland Eur J Clin Nutr 2014 Nov68(11)1210-5
46 Silva DAS Petroski EL Associaccedilatildeo de diferentes pontos de corte para sobrepeso e obesidade com pressatildeo arterial elevada em idosas Rev Educ Fis UEM 2009 20 415-22
47 Nutrition Screening Initiative Interventions manual for professionals caring for older Americans Washington DC Nutrition Screening Initiative 1992
48 World Health Organization Obesity preventing and managing the global epidemic Report of a WHO Consultation on Obesity Geneva World Health Organization 1998
49 Cameron AJ Dunstan DW Owen N et al Health and mortality consequences
of abdominal obesity evidence from the Aus Diab study Med J Aust 2009191 202ndash208
50 Fox KA Despres JP Richard AJ et al Does abdominal obesity have a similar impact on cardiovascular disease and diabetes A study of 91246 ambulant patients in 27 European countries Eur Heart J 2009 30 3055ndash3063
40
51 Pouliot MC Despreacutes JP Lemieux S et al Waist circumference and abdominal sagittal diameter Best simple anthropometric indexes of abdominal visceral adipose tissue accumulation and related cardiovascular risk in men and woman Am J Cardiology 1994 73 460-468
52 Peixoto MRG Beniacutecio MHD Latorre M et al Circunferecircncia da Cintura e Iacutendice de massa Corporal como Preditores da Hipertensatildeo Arterial Arq Bras Cardiol 200687 462-470
53 MacKay MF Haffner SM Wagenknecht LE et al Prediction of type 2 diabetes using alternate anthropometric measures in a multiethnic cohort the insulin resistance atherosclerosis study Diabetes Care 200932(5)956-8
54 Valdez R A simple model-based index of abdominal adiposity J Clin Epidemiol1991 44(9) 955-6
55 Pitanga FJG Lessa I Sensibilidade e especificidade do iacutendice de conicidade como discriminador do risco coronariano de adultos em Salvador Brasil Rev Bras Epidemiol 20047(3)259-69
56 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano elevado em adultos na cidade de Salvador - Bahia Arq Bras Cardiol 2005 85 (1)26-31
57 Ghosh JR Bandyopadhyay AR Comparative evaluation of obesity measures relationship with blood pressures and hypertension Singapore Med J 200748(3) 232-5
58 Almeida RT Almeida MMG Araujo TM Obesidade abdominal e risco cardiovascular desempenho de indicadores antropomeacutetricos em mulheres Arq Bras Cardiol 2009 out92(5)375-380
59 Freitas Juacutenior Costa Rosa CS Codogno JS et al Capacidade cardiorrespiratoacuteria e distribuiccedilatildeo de gordura corporal de mulheres com 50 anos ou mais Rev Esc Enferm USP 2010 44(2) 395-400
60 Matos LN Giorelli GV Dias CB Correlation of anthropometric indicators for identifying insulin sensitivity and resistance Satildeo Paulo Med J [online] 2011 129(1) 30-35
61 Gomes MA Rech CR Gomes MBA et al Correlaccedilatildeo entre iacutendices antropomeacutetricos e distribuiccedilatildeo de gordura corporal em mulheres idosas Rev bras cineantropom desempenho hum 2006 set 8(3) 16-22
62 Tarastchuk JCE Gueacuterios EE Bueno RRL et al Obesidade e intervenccedilatildeo coronariana devemos continuar valorizando o Iacutendice de Massa Corpoacuterea Arq Bras Cardiol [online] 2008 90(5) 311-316
41
63 Ferreira AP CB Ferreira VC Souza et al Risco de distuacuterbio glicecircmico em mulheres idosas ajustado por antropometria e genoacutetipos de citocinas Rev Assoc Med Bras [online] 201157(5) 565-569
64 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano em mulheres Rev Bras Cineantrop Desempenho Hum 2006 8 (1) 14-21
65 Newman TB Browner WS Cummings SR Delineando estudos de testes meacutedicos In Hulley SB et al Delineando a pesquisa cliacutenica uma abordagem epidemioloacutegica 2 ed Porto Alegre Artmed 2003 203-224
66 Toscano CM As campanhas nacionais para detecccedilatildeo das doenccedilas crocircnicas natildeo-transmissiacuteveis diabetes e hipertensatildeo arterial Ciecircnc sauacutede Coletiva out-dez 2004 9(4) 885-895
67 Fletcher RH Fletcher SW Prevenccedilatildeo In Fletcher R Fletcher S Epidemiologia
cliacutenica elementos essenciais 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 2006 179-201
68 Jeckel J Elmore J Katz D Meacutetodos de prevenccedilatildeo secundaacuteria In _____ Epidemiologia bioestatiacutestica e medicina preventiva 2 ed Porto Alegre Artmed 2005 236-247
69 Klein CH Bloch KV Estudos seccionais In Medronho RA Carvalho DM Bloch KV Luiz RR Werneck GL Epidemiologia 1ordf ed Satildeo Paulo Editora Atheneu 2002 125-150
70 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Resoluccedilatildeo nordm- 6 de 3 de novembro de 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcenso2010ibgegovbrdados_divulgadosindexphpuf=29gt[201 dez 18]
71 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica ndash Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais (2014) Disponiacutevel em lthttpcodibgegovbr398G9gt [2014 ago 30]
72 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230gt [2013 mai 01]
73 Luiz RR Magnanini MMF A loacutegica da determinaccedilatildeo do tamanho da amostra em investigaccedilotildees epidemioloacutegicas Cad sauacutede coletiva Rio de Janeiro 2000 8(2) 9-28
74 Reis MC Nascimento RAS Pedreira RBS et al Validaccedilatildeo de Face e Clareza do Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede dos Idosos ndash IASI [resumo] in Anais do XIX Congresso Brasileiro Geriatria e Gerontologia Beleacutem 2014 296-296
75 Lohman TG Roche AF Martorell R Anthropometric Standardization Reference Manual Champaign Illinois Human Kinetics 1988
42
76 Vaz JCL Regiotildees de Incerteza para Curva ROC em Teste Diagnoacutesticos
[dissertaccedilatildeo] Satildeo Carlos Universidade Federal de Satildeo Carlos 2009
77 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de 2012
78 Erdreich LS Lee ET Use of relative operating characteristic analysis in epidemiology A method for dealing with subjective judgement Am J Epidemiol 1981 114649-62
79 Aekplakorn W Pakpeankitwatana V Lee CM et al Abdominal obesity and coronary heart disease in Thai men Obesity 200715(4)1036-42
80 Oliveira MAM Fagundes RLM Moreira EAM et al Relaccedilatildeo de Indicadores Antropomeacutetricos com Fatores de Risco para Doenccedila Cardiovascular Arq Bras Cardiol 2010 abr 94(4) 478-485
81 Mendes TAB Goldbaum M Segri NJ et al Factors associated with the prevalence of hypertension and control practices among elderly residents of Satildeo Paulo city Brazil Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(11) 2275-2286
82 Oliveira BFA Souza Mouratildeo D Gomes N et al Prevalecircncia de hipertensatildeo arterial em comunidades ribeirinhas do Rio Madeira Amazocircnia Ocidental Brasileira Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(8) 1617-1630
83 Picon RV Fuchs FD Moreira LB et al Prevalence of Hypertension Among Elderly Persons in Urban Brazil A Systematic Review With Meta-Analysis Am J Hypertens 2013 26 (4) 541-548
84 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Pessoa Idosa e Envelhecimento Seacuteries Pactos pela Sauacutede 2006 v 12 Brasiacutelia ndash DF 2010
85 Leal Neto JS Souza J Coqueiro RS et al Anthropometric indicators of obesity as screening tools for high blood pressure in the elderly Int J Nurs Pract 2013 Aug 19(4) 360-367
86 Schisterman EF Faraggi D Reiser B Trevisan M Statistical inference for the area under the receiver operating characteristic curve in the presence of random measurement error Am J Epidemiol 2001 154 (2) 174-9
87 Samsen M Hanchaiphiboolkul S Puthkhao P et al Appropriate body mass index and waist circumference cutoffs for middle and older age group in Thailand data of 19621 participants from Thai epidemiologic stroke (TES) study J Med Assoc Thai 2012 Sep 95(9)1156-66
88 Ko GTC Chan JCN Cockram CS Woo J Prediction of hypertension diabetes dyslipidemia or albuminuria using simple anthropometric indexes in Hong Kong Chinese Int J Obes 1999 23 (11) 1136-42
43
89 Lin WY Lee LT Chen CY et al Optimal cut-off values for obesity using simple anthropometric indices to predict cardiovascular risk factors in Taiwan Int J Obes Relat Metab Disord 2002261232-8
90 Pua YH Ong PH Anthropometric indices as screening tools for cardiovascular risk factors in Singaporean women Asia Pac J Clin Nutr 2005 14 (1) 74-9
91 Berber A Goacutemez-Santos R Fanghaumlnel G Saacutenchez-Reyes L Anthropometric
indexes in the prediction of type 2 diabetes mellitus hypertension and dyslipidaemia in a Mexican population Int J Obes 200125(12)1794-9
92 Browning LM Hsieh SD Ashwell M A systematic review of waist-to-height ratio
as a screening tool for the prediction of cardiovascular disease and diabetes 05 could be a suitable global boundary value Nutr Res Rev 2010 23(2)247-69
93 Bertsias G Mammas I Linardakis M Kafatos A Overweight and obesity in
relation to cardiovascular disease risk factors among medical students in Crete Greece BMC Public Health 2003 31-9
94 Kashihara H Lee JS Kawakubo K et al Criteria of Waist Circumference According to Computed Tomography-Measured Visceral Fat Area and the Clustering of Cardiovascular Risk Factors Circ J 2009 73 1881-1886
44
APEcircNDICES
45
Apecircndice 1
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
46
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS
PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE SAUacuteDE
DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE
Jequieacute ____ ____ 201__
APEcircNDICE 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Vocecirc esta sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa do Nuacutecleo de
Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo (NESP) da Universidade Estadual do Sudoeste da
Bahia
Objetivo do estudo Avaliar e monitorar as condiccedilotildees de sauacutede de idosos residentes
em comunidade
Participaccedilatildeo Ao aceitar participar do estudo estarei agrave disposiccedilatildeo do pesquisador
para responder ao formulaacuterio que seraacute arquivado pelo autor por um periacuteodo de cinco
anos sendo posteriormente incinerado
Riscos Este estudo natildeo traraacute riscos para minha integridade fiacutesica ou moral dos
participantes
Confidencialidade do estudo Seraacute garantida a privacidade o anonimato bem como
o direito de aceitar ou natildeo participar da pesquisa podendo ser essa autorizaccedilatildeo
suspensa em qualquer fase do estudo Assim as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo
4662012 do Conselho Nacional de Sauacutede que discorre sobre pesquisa envolvendo
seres humanos seratildeo atendidas Os resultados seratildeo publicados no relatoacuterio final da
dissertaccedilatildeo e artigos cientiacuteficos
47
Benefiacutecios Accedilotildees interinstitucionais articuladas promovidas numa perspectiva
interdisciplinar possibilitaratildeo uma melhor compreensatildeo das condiccedilotildees de sauacutede dos
idosos residentes em comunidade do municiacutepio e contribuiraacute para a formulaccedilatildeo de
accedilotildees direcionadas as necessidades dessa populaccedilatildeo
Danos advindos da pesquisa Caso haja algum prejuiacutezo decorrente da realizaccedilatildeo
deste estudo seraacute providenciada a devida reparaccedilatildeo dos danos atraveacutes do
responsaacutevel pelo estudo O pesquisador e os entrevistados natildeo receberatildeo benefiacutecios
financeiros para participaccedilatildeo no estudo Todas as despesas seratildeo por conta do
pesquisador
Participaccedilatildeo voluntaacuteria Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria podendo a qualquer
momento desistir do estudo sem qualquer prejuiacutezo ou penalidade para mim
Consentimento para participaccedilatildeo Apoacutes ser devidamente esclarecido (a) quanto
aos objetivos deste estudo dos procedimentos aos quais serei submetido (a) bem
como dos possiacuteveis riscos decorrentes da minha participaccedilatildeo estou de acordo em
participar do mesmo O pesquisador responsaacutevel pelo estudo assegura que seraacute
disponibilizado qualquer esclarecimento adicional que eu venha a solicitar durante a
realizaccedilatildeo da pesquisa e o direito de desistir da participaccedilatildeo em qualquer momento
Em casos de duacutevidas eou problemas referentes ao estudo vocecirc poderaacute
entrar em contato com o autor atraveacutes do Nuacutecleo de Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo
(NESP) (73) 3528-9721
Sendo assim eu ______________________________________________
aceito livremente participar do Projeto MONIDI
__________________________________ __________________________________
Assinatura do (a) participante
RG _________________________
Assinatura do (a) pesquisador
RG_________________________
48
Apecircndice 2
Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede do Idoso
49
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS
PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE
SAUacuteDE DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE
Nuacutemero do Questionaacuterio |__|__|__|
Nome do Entrevistador ___________________________
Visita 1 2 3
Data Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Hora de iniacutecio ________
Hora de teacutermino ________
I INFORMACcedilOtildeES PESSOAIS E SOCIODEMOGRAacuteFICAS
1 Nome do entrevistado
2Sexo
0 ( ) Feminino
1 ( ) Masculino
3 Endereccedilo completotelefone
4 Idade ____ anos
41 Data de Nascimento
____________
50
5 Situaccedilatildeo conjugal atual
1 ( ) Casado(a) 2 ( ) Uniatildeo estaacutevel 3 ( ) Solteiroa
4 ( ) Divorciado(a)separado(a)desquitado(a) 5 ( ) Viuacutevoa
6 No total quantas vezes o (a) Sr(a) esteve casado(a) ou em uniatildeo
Nordm de vezes |___|___|
7 Na escola qual a uacuteltima seacuterie grau que concluiu com aprovaccedilatildeo
1 - Nunca foi agrave escola ( ) 4 - Fundamental II ( )5 a ( )6 a ( )7 a ( )8 a
2 - Lecirc e escreve o nome ( ) 5 - Ensino Meacutedio ( ) 1 a ( )2 a ( )3
3 - Fundamental I ( )1 a ( )2 a 6 - Superior ( ) completo ( ) incompleto
( )3 a ( )4 a
8 Como vocecirc classificaria a cor da sua pele
1( ) Branca 2( ) Amarela (oriental) 3( ) Parda
4( ) Origem indiacutegena 5( ) Preta 9( ) Natildeo sabe
9 Cor da pele (entrevistador)
1( ) branca 2( ) amarela (oriental) 3( ) parda
4( ) origem indiacutegena 5( ) preta
10-Quantos filhos e filhas nascidos vivos o(a)Sr(a) teve (natildeo inclua enteados filhos
adotivos abortos ou filhos nascidos mortos)
Nuacutemero de filhos |____|____| (98) NS (99) NR
11 Atualmente o senhor (a) mora sozinho ou acompanhado
1( )Acompanhado 2( ) Sozinho 3( ) NR 4( )NS
51
12 Desde que o senhor (a) nasceu viveu no campo por 5 anos ou mais
0( ) Natildeo 1( ) Sim 2( ) NS 3( ) NR
13 Qual eacute a sua religiatildeo
1( ) Catoacutelica 2( ) Protestante 3( ) Judaica
4( ) Espiacuteritakardecista 5( ) Umbanda 6( ) Outras ____________
14 Qual a importacircncia da religiatildeo em sua vida
(1) Importante (2) Regular (3) Nada importante (8) NS (9) NR
15 Com que frequecircncia o senhor vai agrave igreja ou ao serviccedilo religioso
( ) Nunca ( ) Vaacuterias vezes por ano ( ) Uma duas vezes por mecircs
( ) Quase toda semana ( ) Mais de uma vez por semana ( ) NS ( ) NR
16 Quanto vocecirc ganha em meacutedia por mecircs R$ __________8( )Natildeo se aplica
II A CONSUMO DE AacuteLCOOL E TABACO
Uso de bebidas alcooacutelicas
1 Vocecirc consome bebidas alcooacutelicas Se vocecirc NAtildeO BEBE siga para o bloco III C
0 ( )sim 1( ) natildeo
2 Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
3 As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
4 Sente-se chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
5 Costuma beber pela manhatilde para diminuir o nervosismo ou a ressaca
0 ( ) sim 1( ) natildeo
Haacutebito de fumar
1 Vocecirc jaacute foi fumante 0 ( ) sim 1( ) natildeo
52
2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco
III C
3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros
4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias
III ANTROPOMETRIA
MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS
ESTATURA
MASSA CORPORAL
CIRCUNFEREcircNCIA
DE CINTURA
IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL
MEDIDA 01 02 03
Pressatildeo arterial
sistoacutelica
Pressatildeo arterial
diastoacutelica
53
ANEXOS
54
Anexo 1
Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos
55
56
34
de raacutepida e faacutecil aplicaccedilatildeo que possam ser manejados por diferentes profissionais e
que sobretudo apresentem validade e fidedignidade A adequada validaccedilatildeo de
instrumentos e conhecimento de suas propriedades teacutecnicas na populaccedilatildeo brasileira
tambeacutem deve contribuir com a seleccedilatildeo de prioridades e delimitaccedilatildeo do conteuacutedo dos
programas de sauacutede pelos tomadores de decisatildeo em diferentes niacuteveis de gestatildeo
35
7 CONCLUSAtildeO
As anaacutelises dos dados permitem frente aos objetivos estabelecidos formular
as seguintes conclusotildees Quanto ao poder de discriminaccedilatildeo de iacutendices
antropomeacutetricos para a hipertensatildeo arterial em idosos os iacutendices antropomeacutetricos
(IMC RCEst e Iacutendice C) foram bons preditores de hipertensatildeo arterial para os homens
Dessa forma tais iacutendices podem ser empregados nos homens poreacutem tais medidas
natildeo foram satisfatoacuterias para predizer pressatildeo arterial elevada nas mulheres idosas
limitando a sua utilizaccedilatildeo para o sexo feminino com idades avanccediladas
O melhor ponto de corte para discriminar hipertensatildeo arterial foi 054 para a
RCEst nos homens dessa forma tal ponto de corte deve ser empregada no contexto
da atenccedilatildeo primaacuteria nos homens Sugere-se a utilizaccedilatildeo dessa medida a fim de
detectar e realizar a triagem da hipertensatildeo arterial com caracteriacutesticas similares agrave
amostra deste estudo
Recomenda-se que a utilizaccedilatildeo de dois iacutendices simultaneamente resulte em
uma maior eficiecircncia na avaliaccedilatildeo do risco de hipertensatildeo arterial em idosos A
indicaccedilatildeo destas medidas permite que ela seja realizada nas Unidades de Sauacutede da
Famiacutelia como meacutetodo de triagem para idosos com hipertensatildeo arterial utilizando
materiais de faacutecil manejo e de baixo custo
Dessa forma pode-se efetivamente atingir uma das estrateacutegias de prevenccedilatildeo
da hipertensatildeo arterial sistecircmica que eacute o controle da pressatildeo arterial durante o
envelhecimento Todavia sugere-se cautela na utilizaccedilatildeo do ponto de corte desses
indicadores para as mulheres pois os resultados natildeo foram satisfatoacuterios
Fica evidente a necessidade de outros estudos que identifiquem pontos de
corte de iacutendices antropomeacutetricos visando agrave detecccedilatildeo de hipertensatildeo arterial e de
outros fatores de risco cardiovascular nas mulheres idosas que residem em cidades
de pequeno porte
36
8 REFEREcircNCIAS
1 Omram AR The epidemiologic transition a theory of the epidemiology of population change Milbank Memorial Fund Quarterly 1971 49 (Part 1) 509-538
2 Wong LR Carvalho JM Age-strucutural transition in Brazil demographic bonuses and emerging challenges In Pool I Wong LLR Vilquin E editores Age-structural transitions challenges for development Paris Committee for International Cooperation in National Research in Demography 2006
3 Gragnolati M Jorgensen OH Rocha R Fruttero AA Envelhecendo em um Brasil mais Velho implicaccedilotildees do envelhecimento populacional sobre o crescimento econocircmico reduccedilatildeo da pobreza financcedilas puacuteblicas prestaccedilatildeo de serviccedilos Banco Internacional para a Reconstruccedilatildeo e o Desenvolvimento Banco Mundial 2011
4 Schmidt MI Duncan BB Silva GA et al Health in Brazil 4 Chronic non-communicable diseases in Brazil burden and current challenges The Lancet 2011 377
5 Ezzati M Hoorn SV Rodgers A et al Comparative Risk Assessment Collaborating Group Selected major risk factors and global and regional burden of disease Lancet 2002 360 1347-60
6 Lim SS Vos T Flaxman AD et al A comparative risk assessment of burden of disease and injury attributable to 67 risk factors and risk factor clusters in 21 regions 1990-2010 a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2010 Lancet 2012 380 (9859)2224-60
7 Sociedade Brasileira de Cardiologia Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Sociedade Brasileira de Nefrologia VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 2010 95(1) 1-51
8 Miranda DR Perrotti TC Bellinazzi VR et al Hipertensatildeo arterial no idoso peculiaridades na fisiopatologia no diagnoacutestico e no tratamento Rev Bras Hipertens 2002 9 293-300
9 Pilger C Menon MU Mathias TAF Caracteriacutesticas sociodemograacuteficas e de sauacutede de idosos contribuiccedilotildees para os serviccedilos de sauacutede Rev Latino-Am Enfermagem 2011 19(5)1230-1238
10 Pilger C Menon MU Mathias TAF Utilizaccedilatildeo de serviccedilos de sauacutede por idosos vivendo na comunidade Rev esc enferm USP 2013 47(1)213-220
11 Mariath AB Grillo LP Silva RO et al Obesidade e fatores de risco para o desenvolvimento de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis entre usuaacuterios de unidade de alimentaccedilatildeo e nutriccedilatildeo Cad Sauacutede Puacuteblica 2007 23 (4) 897-905
37
12 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Diretrizes e recomendaccedilotildees para o cuidado
integral de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis promoccedilatildeo da sauacutede vigilacircncia prevenccedilatildeo e assistecircncia Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2008
13 Kuumlmpe DA Sodreacute AC Pomatti DM et al Obesidade em Idosos Acompanhados
pela Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia Texto Contexto Enferm Florianoacutepolis 2011 20(3) 471-7
14 Silva KS Farias Juacutenior JC Fatores de risco associados agrave pressatildeo arterial elevada em adolescentes Rev Bras Med Esporte 2007 13(4) 237-40
15 Pitanga FJG Lessa I Razatildeo cintura-estatura como discriminador do risco
coronariano de adultos Rev Assoc Med Bras 2006 52157-61
16 Haun DR Pitanga FJG Lessa I Razatildeo CinturaEstatura comparado a outros indicadores antropomeacutetricos de obesidade como preditor de risco coronariano elevado Rev Assoc Med Bras [online] 2009 55(6) 705-711
17 Nascimento CM Ribeiro AQ SantrsquoAna LFR et al Estado nutricional e condiccedilotildees de sauacutede da populaccedilatildeo idosa brasileira revisatildeo da literatura Rev meacuted Minas Gerais 2011 21(2)174-180
18 Gomes MA Beck cc Duarte MFS et al Ficha Antropomeacutetrica no Nuacutecleo de Apoio a Sauacutede da Famiacutelia o que medir e para que medir Rev bras cineantropom desempenho hum 2009 11(2) 243-253
19 Azevedo LF Oliveira ACC Lima JRP et al Recomendaccedilotildees sobre condutas e procedimentos do profissional de educaccedilatildeo fiacutesica na atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede Rio de Janeiro CONFEF 2010 109-55
20 World Health Organization World health statistics 2012 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghopublicationsworld_health_statistics2012enindexhtmlgt [2012 set 18]
21 World Health Organization Global health risks mortality and burden of disease attributable to selected major risks Geneva World Health Organization 2009a
22 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Panorama da sauacutede brasileira em muacuteltiplos aspectos Percepccedilatildeo do estado de sauacutede estilo de vida e doenccedila crocircnica Pesquisa Nacional de Sauacutede 2013
23 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Pesquisa Nacional por Amostra
de Domiciacutelios 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapesquisaspesquisa_resultadosphpid_pesquisa=149gt[2014 dez 04]
24 Tribess S Virtuoso Junior JS Prescriccedilatildeo de exerciacutecios fiacutesicos para idosos Rev saudecom 2005 1(2)163-72
38
25 Pollock ML Wilmore JH Exerciacutecio na Sauacutede e na Doenccedila avaliaccedilatildeo e prescriccedilatildeo para prevenccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo Editora MEDSI 2ordf ed Rio de Janeiro 1993
26 Sociedade Brasileira de Cardiologia V Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 20061-48
27 World Health Organization Global Health Observatory (GHO) 2014 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghoncdrisk_factorsblood_pressure_prevalence_textengt [2014 dez 04]
28 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Secretaria de Atenccedilatildeo baacutesica agrave Sauacutede Departamento de atenccedilatildeo baacutesica - Hipertensatildeo arterial sistecircmica Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2006
29 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) (2009) Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeGestorvisualizar_textocfmidtxt=24421gt [2010 abr 07]
30 Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Nuacutemero de hipertenso 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwsbhorgbripadgeralphpgt [09 nov 2014]
31 Secretaria de Sauacutede do Estado da Bahia Hipertensatildeo Quantidade de Hipertensos na Bahia Disponiacutevel em (2014) lthttpwwwsaudebagovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=4418ampcatid=1ampItemid=14gt [2014 jan 10]
32 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica 2014 Dados de mortalidade na Bahia Disponiacutevel em lthttptabnetdatasusgovbrcgitabcgiexesiabcnvSIABSBAdefgt [2014 mai 05]
33 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica Dados sociodemograacuteficos de Ibicuiacute 2014 lthttptabnetdatasusgovbrcgideftohtmexesiabcnvSIABFBAdefgt [2014 jan 05]
34 Williams B The year in hypertension JACC 2010 55(1) 66-73
35 Lipp M Rocha JC Stress Hipertensatildeo Arterial e Qualidade de vida um guia de tratamento para o hipertenso Campinas Papirus 1996
36 Borenstein MS (Org) Manual de Hipertensatildeo Arterial Porto Allege Editora Sagra Luzzatto 1999
37 Joint National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure The Sixth Report of the Join National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure Arch Intern Med 1997157 2413-2446
39
38 Mitchell GF Parise H Benjamin EJ et al Changes in arterial stiffness and wave reflection with advancing age in health men and women Hypertension 2004 431239-1245
39 Matos AC Ladeia AM Avaliaccedilatildeo de fatores de risco cardiovascular em uma comunidade rural da Bahia Arq Bras Cardiol 2003 81(3) 291-6
40 World Health Organization Who Expert Committee on Physical Status the use and interpretation of antropometry Report of a WHO Expert Commitee Geneva WHO 1995 p 854
41 Pitanga FJG Antropometria na avaliaccedilatildeo da obesidade abdominal e risco coronariano Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum 201113(3) 238-241
42 Ferreira LS Amaral TF Marucci MFN et al Under nutrition as a major risk factor for death among older Brazilian adults in the community-dwelling setting SABE survey Nutrition 201127(10)17-22
43 Andrade FB Caldas Junior AF Kitoko PM et al Prevalence of overweight and obesity in elderly people from Vitoacuteria-ES Brazil Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2012 set17(3)749-756
44 Boscatto EC Duarte Mde F Coqueiro Rda S Barbosa AR Nutritional status in the oldest elderly and associated factors Rev Assoc Med Bras 2013 59(1)40-47
45 Kostka J Borowiak E Kostka T Nutritional status and quality of life in different
populations of older people in Poland Eur J Clin Nutr 2014 Nov68(11)1210-5
46 Silva DAS Petroski EL Associaccedilatildeo de diferentes pontos de corte para sobrepeso e obesidade com pressatildeo arterial elevada em idosas Rev Educ Fis UEM 2009 20 415-22
47 Nutrition Screening Initiative Interventions manual for professionals caring for older Americans Washington DC Nutrition Screening Initiative 1992
48 World Health Organization Obesity preventing and managing the global epidemic Report of a WHO Consultation on Obesity Geneva World Health Organization 1998
49 Cameron AJ Dunstan DW Owen N et al Health and mortality consequences
of abdominal obesity evidence from the Aus Diab study Med J Aust 2009191 202ndash208
50 Fox KA Despres JP Richard AJ et al Does abdominal obesity have a similar impact on cardiovascular disease and diabetes A study of 91246 ambulant patients in 27 European countries Eur Heart J 2009 30 3055ndash3063
40
51 Pouliot MC Despreacutes JP Lemieux S et al Waist circumference and abdominal sagittal diameter Best simple anthropometric indexes of abdominal visceral adipose tissue accumulation and related cardiovascular risk in men and woman Am J Cardiology 1994 73 460-468
52 Peixoto MRG Beniacutecio MHD Latorre M et al Circunferecircncia da Cintura e Iacutendice de massa Corporal como Preditores da Hipertensatildeo Arterial Arq Bras Cardiol 200687 462-470
53 MacKay MF Haffner SM Wagenknecht LE et al Prediction of type 2 diabetes using alternate anthropometric measures in a multiethnic cohort the insulin resistance atherosclerosis study Diabetes Care 200932(5)956-8
54 Valdez R A simple model-based index of abdominal adiposity J Clin Epidemiol1991 44(9) 955-6
55 Pitanga FJG Lessa I Sensibilidade e especificidade do iacutendice de conicidade como discriminador do risco coronariano de adultos em Salvador Brasil Rev Bras Epidemiol 20047(3)259-69
56 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano elevado em adultos na cidade de Salvador - Bahia Arq Bras Cardiol 2005 85 (1)26-31
57 Ghosh JR Bandyopadhyay AR Comparative evaluation of obesity measures relationship with blood pressures and hypertension Singapore Med J 200748(3) 232-5
58 Almeida RT Almeida MMG Araujo TM Obesidade abdominal e risco cardiovascular desempenho de indicadores antropomeacutetricos em mulheres Arq Bras Cardiol 2009 out92(5)375-380
59 Freitas Juacutenior Costa Rosa CS Codogno JS et al Capacidade cardiorrespiratoacuteria e distribuiccedilatildeo de gordura corporal de mulheres com 50 anos ou mais Rev Esc Enferm USP 2010 44(2) 395-400
60 Matos LN Giorelli GV Dias CB Correlation of anthropometric indicators for identifying insulin sensitivity and resistance Satildeo Paulo Med J [online] 2011 129(1) 30-35
61 Gomes MA Rech CR Gomes MBA et al Correlaccedilatildeo entre iacutendices antropomeacutetricos e distribuiccedilatildeo de gordura corporal em mulheres idosas Rev bras cineantropom desempenho hum 2006 set 8(3) 16-22
62 Tarastchuk JCE Gueacuterios EE Bueno RRL et al Obesidade e intervenccedilatildeo coronariana devemos continuar valorizando o Iacutendice de Massa Corpoacuterea Arq Bras Cardiol [online] 2008 90(5) 311-316
41
63 Ferreira AP CB Ferreira VC Souza et al Risco de distuacuterbio glicecircmico em mulheres idosas ajustado por antropometria e genoacutetipos de citocinas Rev Assoc Med Bras [online] 201157(5) 565-569
64 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano em mulheres Rev Bras Cineantrop Desempenho Hum 2006 8 (1) 14-21
65 Newman TB Browner WS Cummings SR Delineando estudos de testes meacutedicos In Hulley SB et al Delineando a pesquisa cliacutenica uma abordagem epidemioloacutegica 2 ed Porto Alegre Artmed 2003 203-224
66 Toscano CM As campanhas nacionais para detecccedilatildeo das doenccedilas crocircnicas natildeo-transmissiacuteveis diabetes e hipertensatildeo arterial Ciecircnc sauacutede Coletiva out-dez 2004 9(4) 885-895
67 Fletcher RH Fletcher SW Prevenccedilatildeo In Fletcher R Fletcher S Epidemiologia
cliacutenica elementos essenciais 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 2006 179-201
68 Jeckel J Elmore J Katz D Meacutetodos de prevenccedilatildeo secundaacuteria In _____ Epidemiologia bioestatiacutestica e medicina preventiva 2 ed Porto Alegre Artmed 2005 236-247
69 Klein CH Bloch KV Estudos seccionais In Medronho RA Carvalho DM Bloch KV Luiz RR Werneck GL Epidemiologia 1ordf ed Satildeo Paulo Editora Atheneu 2002 125-150
70 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Resoluccedilatildeo nordm- 6 de 3 de novembro de 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcenso2010ibgegovbrdados_divulgadosindexphpuf=29gt[201 dez 18]
71 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica ndash Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais (2014) Disponiacutevel em lthttpcodibgegovbr398G9gt [2014 ago 30]
72 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230gt [2013 mai 01]
73 Luiz RR Magnanini MMF A loacutegica da determinaccedilatildeo do tamanho da amostra em investigaccedilotildees epidemioloacutegicas Cad sauacutede coletiva Rio de Janeiro 2000 8(2) 9-28
74 Reis MC Nascimento RAS Pedreira RBS et al Validaccedilatildeo de Face e Clareza do Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede dos Idosos ndash IASI [resumo] in Anais do XIX Congresso Brasileiro Geriatria e Gerontologia Beleacutem 2014 296-296
75 Lohman TG Roche AF Martorell R Anthropometric Standardization Reference Manual Champaign Illinois Human Kinetics 1988
42
76 Vaz JCL Regiotildees de Incerteza para Curva ROC em Teste Diagnoacutesticos
[dissertaccedilatildeo] Satildeo Carlos Universidade Federal de Satildeo Carlos 2009
77 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de 2012
78 Erdreich LS Lee ET Use of relative operating characteristic analysis in epidemiology A method for dealing with subjective judgement Am J Epidemiol 1981 114649-62
79 Aekplakorn W Pakpeankitwatana V Lee CM et al Abdominal obesity and coronary heart disease in Thai men Obesity 200715(4)1036-42
80 Oliveira MAM Fagundes RLM Moreira EAM et al Relaccedilatildeo de Indicadores Antropomeacutetricos com Fatores de Risco para Doenccedila Cardiovascular Arq Bras Cardiol 2010 abr 94(4) 478-485
81 Mendes TAB Goldbaum M Segri NJ et al Factors associated with the prevalence of hypertension and control practices among elderly residents of Satildeo Paulo city Brazil Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(11) 2275-2286
82 Oliveira BFA Souza Mouratildeo D Gomes N et al Prevalecircncia de hipertensatildeo arterial em comunidades ribeirinhas do Rio Madeira Amazocircnia Ocidental Brasileira Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(8) 1617-1630
83 Picon RV Fuchs FD Moreira LB et al Prevalence of Hypertension Among Elderly Persons in Urban Brazil A Systematic Review With Meta-Analysis Am J Hypertens 2013 26 (4) 541-548
84 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Pessoa Idosa e Envelhecimento Seacuteries Pactos pela Sauacutede 2006 v 12 Brasiacutelia ndash DF 2010
85 Leal Neto JS Souza J Coqueiro RS et al Anthropometric indicators of obesity as screening tools for high blood pressure in the elderly Int J Nurs Pract 2013 Aug 19(4) 360-367
86 Schisterman EF Faraggi D Reiser B Trevisan M Statistical inference for the area under the receiver operating characteristic curve in the presence of random measurement error Am J Epidemiol 2001 154 (2) 174-9
87 Samsen M Hanchaiphiboolkul S Puthkhao P et al Appropriate body mass index and waist circumference cutoffs for middle and older age group in Thailand data of 19621 participants from Thai epidemiologic stroke (TES) study J Med Assoc Thai 2012 Sep 95(9)1156-66
88 Ko GTC Chan JCN Cockram CS Woo J Prediction of hypertension diabetes dyslipidemia or albuminuria using simple anthropometric indexes in Hong Kong Chinese Int J Obes 1999 23 (11) 1136-42
43
89 Lin WY Lee LT Chen CY et al Optimal cut-off values for obesity using simple anthropometric indices to predict cardiovascular risk factors in Taiwan Int J Obes Relat Metab Disord 2002261232-8
90 Pua YH Ong PH Anthropometric indices as screening tools for cardiovascular risk factors in Singaporean women Asia Pac J Clin Nutr 2005 14 (1) 74-9
91 Berber A Goacutemez-Santos R Fanghaumlnel G Saacutenchez-Reyes L Anthropometric
indexes in the prediction of type 2 diabetes mellitus hypertension and dyslipidaemia in a Mexican population Int J Obes 200125(12)1794-9
92 Browning LM Hsieh SD Ashwell M A systematic review of waist-to-height ratio
as a screening tool for the prediction of cardiovascular disease and diabetes 05 could be a suitable global boundary value Nutr Res Rev 2010 23(2)247-69
93 Bertsias G Mammas I Linardakis M Kafatos A Overweight and obesity in
relation to cardiovascular disease risk factors among medical students in Crete Greece BMC Public Health 2003 31-9
94 Kashihara H Lee JS Kawakubo K et al Criteria of Waist Circumference According to Computed Tomography-Measured Visceral Fat Area and the Clustering of Cardiovascular Risk Factors Circ J 2009 73 1881-1886
44
APEcircNDICES
45
Apecircndice 1
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
46
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS
PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE SAUacuteDE
DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE
Jequieacute ____ ____ 201__
APEcircNDICE 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Vocecirc esta sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa do Nuacutecleo de
Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo (NESP) da Universidade Estadual do Sudoeste da
Bahia
Objetivo do estudo Avaliar e monitorar as condiccedilotildees de sauacutede de idosos residentes
em comunidade
Participaccedilatildeo Ao aceitar participar do estudo estarei agrave disposiccedilatildeo do pesquisador
para responder ao formulaacuterio que seraacute arquivado pelo autor por um periacuteodo de cinco
anos sendo posteriormente incinerado
Riscos Este estudo natildeo traraacute riscos para minha integridade fiacutesica ou moral dos
participantes
Confidencialidade do estudo Seraacute garantida a privacidade o anonimato bem como
o direito de aceitar ou natildeo participar da pesquisa podendo ser essa autorizaccedilatildeo
suspensa em qualquer fase do estudo Assim as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo
4662012 do Conselho Nacional de Sauacutede que discorre sobre pesquisa envolvendo
seres humanos seratildeo atendidas Os resultados seratildeo publicados no relatoacuterio final da
dissertaccedilatildeo e artigos cientiacuteficos
47
Benefiacutecios Accedilotildees interinstitucionais articuladas promovidas numa perspectiva
interdisciplinar possibilitaratildeo uma melhor compreensatildeo das condiccedilotildees de sauacutede dos
idosos residentes em comunidade do municiacutepio e contribuiraacute para a formulaccedilatildeo de
accedilotildees direcionadas as necessidades dessa populaccedilatildeo
Danos advindos da pesquisa Caso haja algum prejuiacutezo decorrente da realizaccedilatildeo
deste estudo seraacute providenciada a devida reparaccedilatildeo dos danos atraveacutes do
responsaacutevel pelo estudo O pesquisador e os entrevistados natildeo receberatildeo benefiacutecios
financeiros para participaccedilatildeo no estudo Todas as despesas seratildeo por conta do
pesquisador
Participaccedilatildeo voluntaacuteria Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria podendo a qualquer
momento desistir do estudo sem qualquer prejuiacutezo ou penalidade para mim
Consentimento para participaccedilatildeo Apoacutes ser devidamente esclarecido (a) quanto
aos objetivos deste estudo dos procedimentos aos quais serei submetido (a) bem
como dos possiacuteveis riscos decorrentes da minha participaccedilatildeo estou de acordo em
participar do mesmo O pesquisador responsaacutevel pelo estudo assegura que seraacute
disponibilizado qualquer esclarecimento adicional que eu venha a solicitar durante a
realizaccedilatildeo da pesquisa e o direito de desistir da participaccedilatildeo em qualquer momento
Em casos de duacutevidas eou problemas referentes ao estudo vocecirc poderaacute
entrar em contato com o autor atraveacutes do Nuacutecleo de Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo
(NESP) (73) 3528-9721
Sendo assim eu ______________________________________________
aceito livremente participar do Projeto MONIDI
__________________________________ __________________________________
Assinatura do (a) participante
RG _________________________
Assinatura do (a) pesquisador
RG_________________________
48
Apecircndice 2
Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede do Idoso
49
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS
PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE
SAUacuteDE DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE
Nuacutemero do Questionaacuterio |__|__|__|
Nome do Entrevistador ___________________________
Visita 1 2 3
Data Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Hora de iniacutecio ________
Hora de teacutermino ________
I INFORMACcedilOtildeES PESSOAIS E SOCIODEMOGRAacuteFICAS
1 Nome do entrevistado
2Sexo
0 ( ) Feminino
1 ( ) Masculino
3 Endereccedilo completotelefone
4 Idade ____ anos
41 Data de Nascimento
____________
50
5 Situaccedilatildeo conjugal atual
1 ( ) Casado(a) 2 ( ) Uniatildeo estaacutevel 3 ( ) Solteiroa
4 ( ) Divorciado(a)separado(a)desquitado(a) 5 ( ) Viuacutevoa
6 No total quantas vezes o (a) Sr(a) esteve casado(a) ou em uniatildeo
Nordm de vezes |___|___|
7 Na escola qual a uacuteltima seacuterie grau que concluiu com aprovaccedilatildeo
1 - Nunca foi agrave escola ( ) 4 - Fundamental II ( )5 a ( )6 a ( )7 a ( )8 a
2 - Lecirc e escreve o nome ( ) 5 - Ensino Meacutedio ( ) 1 a ( )2 a ( )3
3 - Fundamental I ( )1 a ( )2 a 6 - Superior ( ) completo ( ) incompleto
( )3 a ( )4 a
8 Como vocecirc classificaria a cor da sua pele
1( ) Branca 2( ) Amarela (oriental) 3( ) Parda
4( ) Origem indiacutegena 5( ) Preta 9( ) Natildeo sabe
9 Cor da pele (entrevistador)
1( ) branca 2( ) amarela (oriental) 3( ) parda
4( ) origem indiacutegena 5( ) preta
10-Quantos filhos e filhas nascidos vivos o(a)Sr(a) teve (natildeo inclua enteados filhos
adotivos abortos ou filhos nascidos mortos)
Nuacutemero de filhos |____|____| (98) NS (99) NR
11 Atualmente o senhor (a) mora sozinho ou acompanhado
1( )Acompanhado 2( ) Sozinho 3( ) NR 4( )NS
51
12 Desde que o senhor (a) nasceu viveu no campo por 5 anos ou mais
0( ) Natildeo 1( ) Sim 2( ) NS 3( ) NR
13 Qual eacute a sua religiatildeo
1( ) Catoacutelica 2( ) Protestante 3( ) Judaica
4( ) Espiacuteritakardecista 5( ) Umbanda 6( ) Outras ____________
14 Qual a importacircncia da religiatildeo em sua vida
(1) Importante (2) Regular (3) Nada importante (8) NS (9) NR
15 Com que frequecircncia o senhor vai agrave igreja ou ao serviccedilo religioso
( ) Nunca ( ) Vaacuterias vezes por ano ( ) Uma duas vezes por mecircs
( ) Quase toda semana ( ) Mais de uma vez por semana ( ) NS ( ) NR
16 Quanto vocecirc ganha em meacutedia por mecircs R$ __________8( )Natildeo se aplica
II A CONSUMO DE AacuteLCOOL E TABACO
Uso de bebidas alcooacutelicas
1 Vocecirc consome bebidas alcooacutelicas Se vocecirc NAtildeO BEBE siga para o bloco III C
0 ( )sim 1( ) natildeo
2 Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
3 As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
4 Sente-se chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
5 Costuma beber pela manhatilde para diminuir o nervosismo ou a ressaca
0 ( ) sim 1( ) natildeo
Haacutebito de fumar
1 Vocecirc jaacute foi fumante 0 ( ) sim 1( ) natildeo
52
2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco
III C
3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros
4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias
III ANTROPOMETRIA
MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS
ESTATURA
MASSA CORPORAL
CIRCUNFEREcircNCIA
DE CINTURA
IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL
MEDIDA 01 02 03
Pressatildeo arterial
sistoacutelica
Pressatildeo arterial
diastoacutelica
53
ANEXOS
54
Anexo 1
Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos
55
56
35
7 CONCLUSAtildeO
As anaacutelises dos dados permitem frente aos objetivos estabelecidos formular
as seguintes conclusotildees Quanto ao poder de discriminaccedilatildeo de iacutendices
antropomeacutetricos para a hipertensatildeo arterial em idosos os iacutendices antropomeacutetricos
(IMC RCEst e Iacutendice C) foram bons preditores de hipertensatildeo arterial para os homens
Dessa forma tais iacutendices podem ser empregados nos homens poreacutem tais medidas
natildeo foram satisfatoacuterias para predizer pressatildeo arterial elevada nas mulheres idosas
limitando a sua utilizaccedilatildeo para o sexo feminino com idades avanccediladas
O melhor ponto de corte para discriminar hipertensatildeo arterial foi 054 para a
RCEst nos homens dessa forma tal ponto de corte deve ser empregada no contexto
da atenccedilatildeo primaacuteria nos homens Sugere-se a utilizaccedilatildeo dessa medida a fim de
detectar e realizar a triagem da hipertensatildeo arterial com caracteriacutesticas similares agrave
amostra deste estudo
Recomenda-se que a utilizaccedilatildeo de dois iacutendices simultaneamente resulte em
uma maior eficiecircncia na avaliaccedilatildeo do risco de hipertensatildeo arterial em idosos A
indicaccedilatildeo destas medidas permite que ela seja realizada nas Unidades de Sauacutede da
Famiacutelia como meacutetodo de triagem para idosos com hipertensatildeo arterial utilizando
materiais de faacutecil manejo e de baixo custo
Dessa forma pode-se efetivamente atingir uma das estrateacutegias de prevenccedilatildeo
da hipertensatildeo arterial sistecircmica que eacute o controle da pressatildeo arterial durante o
envelhecimento Todavia sugere-se cautela na utilizaccedilatildeo do ponto de corte desses
indicadores para as mulheres pois os resultados natildeo foram satisfatoacuterios
Fica evidente a necessidade de outros estudos que identifiquem pontos de
corte de iacutendices antropomeacutetricos visando agrave detecccedilatildeo de hipertensatildeo arterial e de
outros fatores de risco cardiovascular nas mulheres idosas que residem em cidades
de pequeno porte
36
8 REFEREcircNCIAS
1 Omram AR The epidemiologic transition a theory of the epidemiology of population change Milbank Memorial Fund Quarterly 1971 49 (Part 1) 509-538
2 Wong LR Carvalho JM Age-strucutural transition in Brazil demographic bonuses and emerging challenges In Pool I Wong LLR Vilquin E editores Age-structural transitions challenges for development Paris Committee for International Cooperation in National Research in Demography 2006
3 Gragnolati M Jorgensen OH Rocha R Fruttero AA Envelhecendo em um Brasil mais Velho implicaccedilotildees do envelhecimento populacional sobre o crescimento econocircmico reduccedilatildeo da pobreza financcedilas puacuteblicas prestaccedilatildeo de serviccedilos Banco Internacional para a Reconstruccedilatildeo e o Desenvolvimento Banco Mundial 2011
4 Schmidt MI Duncan BB Silva GA et al Health in Brazil 4 Chronic non-communicable diseases in Brazil burden and current challenges The Lancet 2011 377
5 Ezzati M Hoorn SV Rodgers A et al Comparative Risk Assessment Collaborating Group Selected major risk factors and global and regional burden of disease Lancet 2002 360 1347-60
6 Lim SS Vos T Flaxman AD et al A comparative risk assessment of burden of disease and injury attributable to 67 risk factors and risk factor clusters in 21 regions 1990-2010 a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2010 Lancet 2012 380 (9859)2224-60
7 Sociedade Brasileira de Cardiologia Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Sociedade Brasileira de Nefrologia VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 2010 95(1) 1-51
8 Miranda DR Perrotti TC Bellinazzi VR et al Hipertensatildeo arterial no idoso peculiaridades na fisiopatologia no diagnoacutestico e no tratamento Rev Bras Hipertens 2002 9 293-300
9 Pilger C Menon MU Mathias TAF Caracteriacutesticas sociodemograacuteficas e de sauacutede de idosos contribuiccedilotildees para os serviccedilos de sauacutede Rev Latino-Am Enfermagem 2011 19(5)1230-1238
10 Pilger C Menon MU Mathias TAF Utilizaccedilatildeo de serviccedilos de sauacutede por idosos vivendo na comunidade Rev esc enferm USP 2013 47(1)213-220
11 Mariath AB Grillo LP Silva RO et al Obesidade e fatores de risco para o desenvolvimento de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis entre usuaacuterios de unidade de alimentaccedilatildeo e nutriccedilatildeo Cad Sauacutede Puacuteblica 2007 23 (4) 897-905
37
12 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Diretrizes e recomendaccedilotildees para o cuidado
integral de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis promoccedilatildeo da sauacutede vigilacircncia prevenccedilatildeo e assistecircncia Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2008
13 Kuumlmpe DA Sodreacute AC Pomatti DM et al Obesidade em Idosos Acompanhados
pela Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia Texto Contexto Enferm Florianoacutepolis 2011 20(3) 471-7
14 Silva KS Farias Juacutenior JC Fatores de risco associados agrave pressatildeo arterial elevada em adolescentes Rev Bras Med Esporte 2007 13(4) 237-40
15 Pitanga FJG Lessa I Razatildeo cintura-estatura como discriminador do risco
coronariano de adultos Rev Assoc Med Bras 2006 52157-61
16 Haun DR Pitanga FJG Lessa I Razatildeo CinturaEstatura comparado a outros indicadores antropomeacutetricos de obesidade como preditor de risco coronariano elevado Rev Assoc Med Bras [online] 2009 55(6) 705-711
17 Nascimento CM Ribeiro AQ SantrsquoAna LFR et al Estado nutricional e condiccedilotildees de sauacutede da populaccedilatildeo idosa brasileira revisatildeo da literatura Rev meacuted Minas Gerais 2011 21(2)174-180
18 Gomes MA Beck cc Duarte MFS et al Ficha Antropomeacutetrica no Nuacutecleo de Apoio a Sauacutede da Famiacutelia o que medir e para que medir Rev bras cineantropom desempenho hum 2009 11(2) 243-253
19 Azevedo LF Oliveira ACC Lima JRP et al Recomendaccedilotildees sobre condutas e procedimentos do profissional de educaccedilatildeo fiacutesica na atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede Rio de Janeiro CONFEF 2010 109-55
20 World Health Organization World health statistics 2012 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghopublicationsworld_health_statistics2012enindexhtmlgt [2012 set 18]
21 World Health Organization Global health risks mortality and burden of disease attributable to selected major risks Geneva World Health Organization 2009a
22 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Panorama da sauacutede brasileira em muacuteltiplos aspectos Percepccedilatildeo do estado de sauacutede estilo de vida e doenccedila crocircnica Pesquisa Nacional de Sauacutede 2013
23 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Pesquisa Nacional por Amostra
de Domiciacutelios 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapesquisaspesquisa_resultadosphpid_pesquisa=149gt[2014 dez 04]
24 Tribess S Virtuoso Junior JS Prescriccedilatildeo de exerciacutecios fiacutesicos para idosos Rev saudecom 2005 1(2)163-72
38
25 Pollock ML Wilmore JH Exerciacutecio na Sauacutede e na Doenccedila avaliaccedilatildeo e prescriccedilatildeo para prevenccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo Editora MEDSI 2ordf ed Rio de Janeiro 1993
26 Sociedade Brasileira de Cardiologia V Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 20061-48
27 World Health Organization Global Health Observatory (GHO) 2014 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghoncdrisk_factorsblood_pressure_prevalence_textengt [2014 dez 04]
28 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Secretaria de Atenccedilatildeo baacutesica agrave Sauacutede Departamento de atenccedilatildeo baacutesica - Hipertensatildeo arterial sistecircmica Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2006
29 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) (2009) Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeGestorvisualizar_textocfmidtxt=24421gt [2010 abr 07]
30 Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Nuacutemero de hipertenso 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwsbhorgbripadgeralphpgt [09 nov 2014]
31 Secretaria de Sauacutede do Estado da Bahia Hipertensatildeo Quantidade de Hipertensos na Bahia Disponiacutevel em (2014) lthttpwwwsaudebagovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=4418ampcatid=1ampItemid=14gt [2014 jan 10]
32 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica 2014 Dados de mortalidade na Bahia Disponiacutevel em lthttptabnetdatasusgovbrcgitabcgiexesiabcnvSIABSBAdefgt [2014 mai 05]
33 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica Dados sociodemograacuteficos de Ibicuiacute 2014 lthttptabnetdatasusgovbrcgideftohtmexesiabcnvSIABFBAdefgt [2014 jan 05]
34 Williams B The year in hypertension JACC 2010 55(1) 66-73
35 Lipp M Rocha JC Stress Hipertensatildeo Arterial e Qualidade de vida um guia de tratamento para o hipertenso Campinas Papirus 1996
36 Borenstein MS (Org) Manual de Hipertensatildeo Arterial Porto Allege Editora Sagra Luzzatto 1999
37 Joint National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure The Sixth Report of the Join National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure Arch Intern Med 1997157 2413-2446
39
38 Mitchell GF Parise H Benjamin EJ et al Changes in arterial stiffness and wave reflection with advancing age in health men and women Hypertension 2004 431239-1245
39 Matos AC Ladeia AM Avaliaccedilatildeo de fatores de risco cardiovascular em uma comunidade rural da Bahia Arq Bras Cardiol 2003 81(3) 291-6
40 World Health Organization Who Expert Committee on Physical Status the use and interpretation of antropometry Report of a WHO Expert Commitee Geneva WHO 1995 p 854
41 Pitanga FJG Antropometria na avaliaccedilatildeo da obesidade abdominal e risco coronariano Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum 201113(3) 238-241
42 Ferreira LS Amaral TF Marucci MFN et al Under nutrition as a major risk factor for death among older Brazilian adults in the community-dwelling setting SABE survey Nutrition 201127(10)17-22
43 Andrade FB Caldas Junior AF Kitoko PM et al Prevalence of overweight and obesity in elderly people from Vitoacuteria-ES Brazil Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2012 set17(3)749-756
44 Boscatto EC Duarte Mde F Coqueiro Rda S Barbosa AR Nutritional status in the oldest elderly and associated factors Rev Assoc Med Bras 2013 59(1)40-47
45 Kostka J Borowiak E Kostka T Nutritional status and quality of life in different
populations of older people in Poland Eur J Clin Nutr 2014 Nov68(11)1210-5
46 Silva DAS Petroski EL Associaccedilatildeo de diferentes pontos de corte para sobrepeso e obesidade com pressatildeo arterial elevada em idosas Rev Educ Fis UEM 2009 20 415-22
47 Nutrition Screening Initiative Interventions manual for professionals caring for older Americans Washington DC Nutrition Screening Initiative 1992
48 World Health Organization Obesity preventing and managing the global epidemic Report of a WHO Consultation on Obesity Geneva World Health Organization 1998
49 Cameron AJ Dunstan DW Owen N et al Health and mortality consequences
of abdominal obesity evidence from the Aus Diab study Med J Aust 2009191 202ndash208
50 Fox KA Despres JP Richard AJ et al Does abdominal obesity have a similar impact on cardiovascular disease and diabetes A study of 91246 ambulant patients in 27 European countries Eur Heart J 2009 30 3055ndash3063
40
51 Pouliot MC Despreacutes JP Lemieux S et al Waist circumference and abdominal sagittal diameter Best simple anthropometric indexes of abdominal visceral adipose tissue accumulation and related cardiovascular risk in men and woman Am J Cardiology 1994 73 460-468
52 Peixoto MRG Beniacutecio MHD Latorre M et al Circunferecircncia da Cintura e Iacutendice de massa Corporal como Preditores da Hipertensatildeo Arterial Arq Bras Cardiol 200687 462-470
53 MacKay MF Haffner SM Wagenknecht LE et al Prediction of type 2 diabetes using alternate anthropometric measures in a multiethnic cohort the insulin resistance atherosclerosis study Diabetes Care 200932(5)956-8
54 Valdez R A simple model-based index of abdominal adiposity J Clin Epidemiol1991 44(9) 955-6
55 Pitanga FJG Lessa I Sensibilidade e especificidade do iacutendice de conicidade como discriminador do risco coronariano de adultos em Salvador Brasil Rev Bras Epidemiol 20047(3)259-69
56 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano elevado em adultos na cidade de Salvador - Bahia Arq Bras Cardiol 2005 85 (1)26-31
57 Ghosh JR Bandyopadhyay AR Comparative evaluation of obesity measures relationship with blood pressures and hypertension Singapore Med J 200748(3) 232-5
58 Almeida RT Almeida MMG Araujo TM Obesidade abdominal e risco cardiovascular desempenho de indicadores antropomeacutetricos em mulheres Arq Bras Cardiol 2009 out92(5)375-380
59 Freitas Juacutenior Costa Rosa CS Codogno JS et al Capacidade cardiorrespiratoacuteria e distribuiccedilatildeo de gordura corporal de mulheres com 50 anos ou mais Rev Esc Enferm USP 2010 44(2) 395-400
60 Matos LN Giorelli GV Dias CB Correlation of anthropometric indicators for identifying insulin sensitivity and resistance Satildeo Paulo Med J [online] 2011 129(1) 30-35
61 Gomes MA Rech CR Gomes MBA et al Correlaccedilatildeo entre iacutendices antropomeacutetricos e distribuiccedilatildeo de gordura corporal em mulheres idosas Rev bras cineantropom desempenho hum 2006 set 8(3) 16-22
62 Tarastchuk JCE Gueacuterios EE Bueno RRL et al Obesidade e intervenccedilatildeo coronariana devemos continuar valorizando o Iacutendice de Massa Corpoacuterea Arq Bras Cardiol [online] 2008 90(5) 311-316
41
63 Ferreira AP CB Ferreira VC Souza et al Risco de distuacuterbio glicecircmico em mulheres idosas ajustado por antropometria e genoacutetipos de citocinas Rev Assoc Med Bras [online] 201157(5) 565-569
64 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano em mulheres Rev Bras Cineantrop Desempenho Hum 2006 8 (1) 14-21
65 Newman TB Browner WS Cummings SR Delineando estudos de testes meacutedicos In Hulley SB et al Delineando a pesquisa cliacutenica uma abordagem epidemioloacutegica 2 ed Porto Alegre Artmed 2003 203-224
66 Toscano CM As campanhas nacionais para detecccedilatildeo das doenccedilas crocircnicas natildeo-transmissiacuteveis diabetes e hipertensatildeo arterial Ciecircnc sauacutede Coletiva out-dez 2004 9(4) 885-895
67 Fletcher RH Fletcher SW Prevenccedilatildeo In Fletcher R Fletcher S Epidemiologia
cliacutenica elementos essenciais 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 2006 179-201
68 Jeckel J Elmore J Katz D Meacutetodos de prevenccedilatildeo secundaacuteria In _____ Epidemiologia bioestatiacutestica e medicina preventiva 2 ed Porto Alegre Artmed 2005 236-247
69 Klein CH Bloch KV Estudos seccionais In Medronho RA Carvalho DM Bloch KV Luiz RR Werneck GL Epidemiologia 1ordf ed Satildeo Paulo Editora Atheneu 2002 125-150
70 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Resoluccedilatildeo nordm- 6 de 3 de novembro de 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcenso2010ibgegovbrdados_divulgadosindexphpuf=29gt[201 dez 18]
71 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica ndash Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais (2014) Disponiacutevel em lthttpcodibgegovbr398G9gt [2014 ago 30]
72 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230gt [2013 mai 01]
73 Luiz RR Magnanini MMF A loacutegica da determinaccedilatildeo do tamanho da amostra em investigaccedilotildees epidemioloacutegicas Cad sauacutede coletiva Rio de Janeiro 2000 8(2) 9-28
74 Reis MC Nascimento RAS Pedreira RBS et al Validaccedilatildeo de Face e Clareza do Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede dos Idosos ndash IASI [resumo] in Anais do XIX Congresso Brasileiro Geriatria e Gerontologia Beleacutem 2014 296-296
75 Lohman TG Roche AF Martorell R Anthropometric Standardization Reference Manual Champaign Illinois Human Kinetics 1988
42
76 Vaz JCL Regiotildees de Incerteza para Curva ROC em Teste Diagnoacutesticos
[dissertaccedilatildeo] Satildeo Carlos Universidade Federal de Satildeo Carlos 2009
77 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de 2012
78 Erdreich LS Lee ET Use of relative operating characteristic analysis in epidemiology A method for dealing with subjective judgement Am J Epidemiol 1981 114649-62
79 Aekplakorn W Pakpeankitwatana V Lee CM et al Abdominal obesity and coronary heart disease in Thai men Obesity 200715(4)1036-42
80 Oliveira MAM Fagundes RLM Moreira EAM et al Relaccedilatildeo de Indicadores Antropomeacutetricos com Fatores de Risco para Doenccedila Cardiovascular Arq Bras Cardiol 2010 abr 94(4) 478-485
81 Mendes TAB Goldbaum M Segri NJ et al Factors associated with the prevalence of hypertension and control practices among elderly residents of Satildeo Paulo city Brazil Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(11) 2275-2286
82 Oliveira BFA Souza Mouratildeo D Gomes N et al Prevalecircncia de hipertensatildeo arterial em comunidades ribeirinhas do Rio Madeira Amazocircnia Ocidental Brasileira Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(8) 1617-1630
83 Picon RV Fuchs FD Moreira LB et al Prevalence of Hypertension Among Elderly Persons in Urban Brazil A Systematic Review With Meta-Analysis Am J Hypertens 2013 26 (4) 541-548
84 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Pessoa Idosa e Envelhecimento Seacuteries Pactos pela Sauacutede 2006 v 12 Brasiacutelia ndash DF 2010
85 Leal Neto JS Souza J Coqueiro RS et al Anthropometric indicators of obesity as screening tools for high blood pressure in the elderly Int J Nurs Pract 2013 Aug 19(4) 360-367
86 Schisterman EF Faraggi D Reiser B Trevisan M Statistical inference for the area under the receiver operating characteristic curve in the presence of random measurement error Am J Epidemiol 2001 154 (2) 174-9
87 Samsen M Hanchaiphiboolkul S Puthkhao P et al Appropriate body mass index and waist circumference cutoffs for middle and older age group in Thailand data of 19621 participants from Thai epidemiologic stroke (TES) study J Med Assoc Thai 2012 Sep 95(9)1156-66
88 Ko GTC Chan JCN Cockram CS Woo J Prediction of hypertension diabetes dyslipidemia or albuminuria using simple anthropometric indexes in Hong Kong Chinese Int J Obes 1999 23 (11) 1136-42
43
89 Lin WY Lee LT Chen CY et al Optimal cut-off values for obesity using simple anthropometric indices to predict cardiovascular risk factors in Taiwan Int J Obes Relat Metab Disord 2002261232-8
90 Pua YH Ong PH Anthropometric indices as screening tools for cardiovascular risk factors in Singaporean women Asia Pac J Clin Nutr 2005 14 (1) 74-9
91 Berber A Goacutemez-Santos R Fanghaumlnel G Saacutenchez-Reyes L Anthropometric
indexes in the prediction of type 2 diabetes mellitus hypertension and dyslipidaemia in a Mexican population Int J Obes 200125(12)1794-9
92 Browning LM Hsieh SD Ashwell M A systematic review of waist-to-height ratio
as a screening tool for the prediction of cardiovascular disease and diabetes 05 could be a suitable global boundary value Nutr Res Rev 2010 23(2)247-69
93 Bertsias G Mammas I Linardakis M Kafatos A Overweight and obesity in
relation to cardiovascular disease risk factors among medical students in Crete Greece BMC Public Health 2003 31-9
94 Kashihara H Lee JS Kawakubo K et al Criteria of Waist Circumference According to Computed Tomography-Measured Visceral Fat Area and the Clustering of Cardiovascular Risk Factors Circ J 2009 73 1881-1886
44
APEcircNDICES
45
Apecircndice 1
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
46
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS
PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE SAUacuteDE
DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE
Jequieacute ____ ____ 201__
APEcircNDICE 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Vocecirc esta sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa do Nuacutecleo de
Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo (NESP) da Universidade Estadual do Sudoeste da
Bahia
Objetivo do estudo Avaliar e monitorar as condiccedilotildees de sauacutede de idosos residentes
em comunidade
Participaccedilatildeo Ao aceitar participar do estudo estarei agrave disposiccedilatildeo do pesquisador
para responder ao formulaacuterio que seraacute arquivado pelo autor por um periacuteodo de cinco
anos sendo posteriormente incinerado
Riscos Este estudo natildeo traraacute riscos para minha integridade fiacutesica ou moral dos
participantes
Confidencialidade do estudo Seraacute garantida a privacidade o anonimato bem como
o direito de aceitar ou natildeo participar da pesquisa podendo ser essa autorizaccedilatildeo
suspensa em qualquer fase do estudo Assim as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo
4662012 do Conselho Nacional de Sauacutede que discorre sobre pesquisa envolvendo
seres humanos seratildeo atendidas Os resultados seratildeo publicados no relatoacuterio final da
dissertaccedilatildeo e artigos cientiacuteficos
47
Benefiacutecios Accedilotildees interinstitucionais articuladas promovidas numa perspectiva
interdisciplinar possibilitaratildeo uma melhor compreensatildeo das condiccedilotildees de sauacutede dos
idosos residentes em comunidade do municiacutepio e contribuiraacute para a formulaccedilatildeo de
accedilotildees direcionadas as necessidades dessa populaccedilatildeo
Danos advindos da pesquisa Caso haja algum prejuiacutezo decorrente da realizaccedilatildeo
deste estudo seraacute providenciada a devida reparaccedilatildeo dos danos atraveacutes do
responsaacutevel pelo estudo O pesquisador e os entrevistados natildeo receberatildeo benefiacutecios
financeiros para participaccedilatildeo no estudo Todas as despesas seratildeo por conta do
pesquisador
Participaccedilatildeo voluntaacuteria Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria podendo a qualquer
momento desistir do estudo sem qualquer prejuiacutezo ou penalidade para mim
Consentimento para participaccedilatildeo Apoacutes ser devidamente esclarecido (a) quanto
aos objetivos deste estudo dos procedimentos aos quais serei submetido (a) bem
como dos possiacuteveis riscos decorrentes da minha participaccedilatildeo estou de acordo em
participar do mesmo O pesquisador responsaacutevel pelo estudo assegura que seraacute
disponibilizado qualquer esclarecimento adicional que eu venha a solicitar durante a
realizaccedilatildeo da pesquisa e o direito de desistir da participaccedilatildeo em qualquer momento
Em casos de duacutevidas eou problemas referentes ao estudo vocecirc poderaacute
entrar em contato com o autor atraveacutes do Nuacutecleo de Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo
(NESP) (73) 3528-9721
Sendo assim eu ______________________________________________
aceito livremente participar do Projeto MONIDI
__________________________________ __________________________________
Assinatura do (a) participante
RG _________________________
Assinatura do (a) pesquisador
RG_________________________
48
Apecircndice 2
Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede do Idoso
49
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS
PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE
SAUacuteDE DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE
Nuacutemero do Questionaacuterio |__|__|__|
Nome do Entrevistador ___________________________
Visita 1 2 3
Data Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Hora de iniacutecio ________
Hora de teacutermino ________
I INFORMACcedilOtildeES PESSOAIS E SOCIODEMOGRAacuteFICAS
1 Nome do entrevistado
2Sexo
0 ( ) Feminino
1 ( ) Masculino
3 Endereccedilo completotelefone
4 Idade ____ anos
41 Data de Nascimento
____________
50
5 Situaccedilatildeo conjugal atual
1 ( ) Casado(a) 2 ( ) Uniatildeo estaacutevel 3 ( ) Solteiroa
4 ( ) Divorciado(a)separado(a)desquitado(a) 5 ( ) Viuacutevoa
6 No total quantas vezes o (a) Sr(a) esteve casado(a) ou em uniatildeo
Nordm de vezes |___|___|
7 Na escola qual a uacuteltima seacuterie grau que concluiu com aprovaccedilatildeo
1 - Nunca foi agrave escola ( ) 4 - Fundamental II ( )5 a ( )6 a ( )7 a ( )8 a
2 - Lecirc e escreve o nome ( ) 5 - Ensino Meacutedio ( ) 1 a ( )2 a ( )3
3 - Fundamental I ( )1 a ( )2 a 6 - Superior ( ) completo ( ) incompleto
( )3 a ( )4 a
8 Como vocecirc classificaria a cor da sua pele
1( ) Branca 2( ) Amarela (oriental) 3( ) Parda
4( ) Origem indiacutegena 5( ) Preta 9( ) Natildeo sabe
9 Cor da pele (entrevistador)
1( ) branca 2( ) amarela (oriental) 3( ) parda
4( ) origem indiacutegena 5( ) preta
10-Quantos filhos e filhas nascidos vivos o(a)Sr(a) teve (natildeo inclua enteados filhos
adotivos abortos ou filhos nascidos mortos)
Nuacutemero de filhos |____|____| (98) NS (99) NR
11 Atualmente o senhor (a) mora sozinho ou acompanhado
1( )Acompanhado 2( ) Sozinho 3( ) NR 4( )NS
51
12 Desde que o senhor (a) nasceu viveu no campo por 5 anos ou mais
0( ) Natildeo 1( ) Sim 2( ) NS 3( ) NR
13 Qual eacute a sua religiatildeo
1( ) Catoacutelica 2( ) Protestante 3( ) Judaica
4( ) Espiacuteritakardecista 5( ) Umbanda 6( ) Outras ____________
14 Qual a importacircncia da religiatildeo em sua vida
(1) Importante (2) Regular (3) Nada importante (8) NS (9) NR
15 Com que frequecircncia o senhor vai agrave igreja ou ao serviccedilo religioso
( ) Nunca ( ) Vaacuterias vezes por ano ( ) Uma duas vezes por mecircs
( ) Quase toda semana ( ) Mais de uma vez por semana ( ) NS ( ) NR
16 Quanto vocecirc ganha em meacutedia por mecircs R$ __________8( )Natildeo se aplica
II A CONSUMO DE AacuteLCOOL E TABACO
Uso de bebidas alcooacutelicas
1 Vocecirc consome bebidas alcooacutelicas Se vocecirc NAtildeO BEBE siga para o bloco III C
0 ( )sim 1( ) natildeo
2 Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
3 As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
4 Sente-se chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
5 Costuma beber pela manhatilde para diminuir o nervosismo ou a ressaca
0 ( ) sim 1( ) natildeo
Haacutebito de fumar
1 Vocecirc jaacute foi fumante 0 ( ) sim 1( ) natildeo
52
2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco
III C
3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros
4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias
III ANTROPOMETRIA
MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS
ESTATURA
MASSA CORPORAL
CIRCUNFEREcircNCIA
DE CINTURA
IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL
MEDIDA 01 02 03
Pressatildeo arterial
sistoacutelica
Pressatildeo arterial
diastoacutelica
53
ANEXOS
54
Anexo 1
Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos
55
56
36
8 REFEREcircNCIAS
1 Omram AR The epidemiologic transition a theory of the epidemiology of population change Milbank Memorial Fund Quarterly 1971 49 (Part 1) 509-538
2 Wong LR Carvalho JM Age-strucutural transition in Brazil demographic bonuses and emerging challenges In Pool I Wong LLR Vilquin E editores Age-structural transitions challenges for development Paris Committee for International Cooperation in National Research in Demography 2006
3 Gragnolati M Jorgensen OH Rocha R Fruttero AA Envelhecendo em um Brasil mais Velho implicaccedilotildees do envelhecimento populacional sobre o crescimento econocircmico reduccedilatildeo da pobreza financcedilas puacuteblicas prestaccedilatildeo de serviccedilos Banco Internacional para a Reconstruccedilatildeo e o Desenvolvimento Banco Mundial 2011
4 Schmidt MI Duncan BB Silva GA et al Health in Brazil 4 Chronic non-communicable diseases in Brazil burden and current challenges The Lancet 2011 377
5 Ezzati M Hoorn SV Rodgers A et al Comparative Risk Assessment Collaborating Group Selected major risk factors and global and regional burden of disease Lancet 2002 360 1347-60
6 Lim SS Vos T Flaxman AD et al A comparative risk assessment of burden of disease and injury attributable to 67 risk factors and risk factor clusters in 21 regions 1990-2010 a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2010 Lancet 2012 380 (9859)2224-60
7 Sociedade Brasileira de Cardiologia Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Sociedade Brasileira de Nefrologia VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 2010 95(1) 1-51
8 Miranda DR Perrotti TC Bellinazzi VR et al Hipertensatildeo arterial no idoso peculiaridades na fisiopatologia no diagnoacutestico e no tratamento Rev Bras Hipertens 2002 9 293-300
9 Pilger C Menon MU Mathias TAF Caracteriacutesticas sociodemograacuteficas e de sauacutede de idosos contribuiccedilotildees para os serviccedilos de sauacutede Rev Latino-Am Enfermagem 2011 19(5)1230-1238
10 Pilger C Menon MU Mathias TAF Utilizaccedilatildeo de serviccedilos de sauacutede por idosos vivendo na comunidade Rev esc enferm USP 2013 47(1)213-220
11 Mariath AB Grillo LP Silva RO et al Obesidade e fatores de risco para o desenvolvimento de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis entre usuaacuterios de unidade de alimentaccedilatildeo e nutriccedilatildeo Cad Sauacutede Puacuteblica 2007 23 (4) 897-905
37
12 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Diretrizes e recomendaccedilotildees para o cuidado
integral de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis promoccedilatildeo da sauacutede vigilacircncia prevenccedilatildeo e assistecircncia Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2008
13 Kuumlmpe DA Sodreacute AC Pomatti DM et al Obesidade em Idosos Acompanhados
pela Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia Texto Contexto Enferm Florianoacutepolis 2011 20(3) 471-7
14 Silva KS Farias Juacutenior JC Fatores de risco associados agrave pressatildeo arterial elevada em adolescentes Rev Bras Med Esporte 2007 13(4) 237-40
15 Pitanga FJG Lessa I Razatildeo cintura-estatura como discriminador do risco
coronariano de adultos Rev Assoc Med Bras 2006 52157-61
16 Haun DR Pitanga FJG Lessa I Razatildeo CinturaEstatura comparado a outros indicadores antropomeacutetricos de obesidade como preditor de risco coronariano elevado Rev Assoc Med Bras [online] 2009 55(6) 705-711
17 Nascimento CM Ribeiro AQ SantrsquoAna LFR et al Estado nutricional e condiccedilotildees de sauacutede da populaccedilatildeo idosa brasileira revisatildeo da literatura Rev meacuted Minas Gerais 2011 21(2)174-180
18 Gomes MA Beck cc Duarte MFS et al Ficha Antropomeacutetrica no Nuacutecleo de Apoio a Sauacutede da Famiacutelia o que medir e para que medir Rev bras cineantropom desempenho hum 2009 11(2) 243-253
19 Azevedo LF Oliveira ACC Lima JRP et al Recomendaccedilotildees sobre condutas e procedimentos do profissional de educaccedilatildeo fiacutesica na atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede Rio de Janeiro CONFEF 2010 109-55
20 World Health Organization World health statistics 2012 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghopublicationsworld_health_statistics2012enindexhtmlgt [2012 set 18]
21 World Health Organization Global health risks mortality and burden of disease attributable to selected major risks Geneva World Health Organization 2009a
22 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Panorama da sauacutede brasileira em muacuteltiplos aspectos Percepccedilatildeo do estado de sauacutede estilo de vida e doenccedila crocircnica Pesquisa Nacional de Sauacutede 2013
23 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Pesquisa Nacional por Amostra
de Domiciacutelios 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapesquisaspesquisa_resultadosphpid_pesquisa=149gt[2014 dez 04]
24 Tribess S Virtuoso Junior JS Prescriccedilatildeo de exerciacutecios fiacutesicos para idosos Rev saudecom 2005 1(2)163-72
38
25 Pollock ML Wilmore JH Exerciacutecio na Sauacutede e na Doenccedila avaliaccedilatildeo e prescriccedilatildeo para prevenccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo Editora MEDSI 2ordf ed Rio de Janeiro 1993
26 Sociedade Brasileira de Cardiologia V Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 20061-48
27 World Health Organization Global Health Observatory (GHO) 2014 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghoncdrisk_factorsblood_pressure_prevalence_textengt [2014 dez 04]
28 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Secretaria de Atenccedilatildeo baacutesica agrave Sauacutede Departamento de atenccedilatildeo baacutesica - Hipertensatildeo arterial sistecircmica Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2006
29 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) (2009) Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeGestorvisualizar_textocfmidtxt=24421gt [2010 abr 07]
30 Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Nuacutemero de hipertenso 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwsbhorgbripadgeralphpgt [09 nov 2014]
31 Secretaria de Sauacutede do Estado da Bahia Hipertensatildeo Quantidade de Hipertensos na Bahia Disponiacutevel em (2014) lthttpwwwsaudebagovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=4418ampcatid=1ampItemid=14gt [2014 jan 10]
32 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica 2014 Dados de mortalidade na Bahia Disponiacutevel em lthttptabnetdatasusgovbrcgitabcgiexesiabcnvSIABSBAdefgt [2014 mai 05]
33 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica Dados sociodemograacuteficos de Ibicuiacute 2014 lthttptabnetdatasusgovbrcgideftohtmexesiabcnvSIABFBAdefgt [2014 jan 05]
34 Williams B The year in hypertension JACC 2010 55(1) 66-73
35 Lipp M Rocha JC Stress Hipertensatildeo Arterial e Qualidade de vida um guia de tratamento para o hipertenso Campinas Papirus 1996
36 Borenstein MS (Org) Manual de Hipertensatildeo Arterial Porto Allege Editora Sagra Luzzatto 1999
37 Joint National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure The Sixth Report of the Join National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure Arch Intern Med 1997157 2413-2446
39
38 Mitchell GF Parise H Benjamin EJ et al Changes in arterial stiffness and wave reflection with advancing age in health men and women Hypertension 2004 431239-1245
39 Matos AC Ladeia AM Avaliaccedilatildeo de fatores de risco cardiovascular em uma comunidade rural da Bahia Arq Bras Cardiol 2003 81(3) 291-6
40 World Health Organization Who Expert Committee on Physical Status the use and interpretation of antropometry Report of a WHO Expert Commitee Geneva WHO 1995 p 854
41 Pitanga FJG Antropometria na avaliaccedilatildeo da obesidade abdominal e risco coronariano Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum 201113(3) 238-241
42 Ferreira LS Amaral TF Marucci MFN et al Under nutrition as a major risk factor for death among older Brazilian adults in the community-dwelling setting SABE survey Nutrition 201127(10)17-22
43 Andrade FB Caldas Junior AF Kitoko PM et al Prevalence of overweight and obesity in elderly people from Vitoacuteria-ES Brazil Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2012 set17(3)749-756
44 Boscatto EC Duarte Mde F Coqueiro Rda S Barbosa AR Nutritional status in the oldest elderly and associated factors Rev Assoc Med Bras 2013 59(1)40-47
45 Kostka J Borowiak E Kostka T Nutritional status and quality of life in different
populations of older people in Poland Eur J Clin Nutr 2014 Nov68(11)1210-5
46 Silva DAS Petroski EL Associaccedilatildeo de diferentes pontos de corte para sobrepeso e obesidade com pressatildeo arterial elevada em idosas Rev Educ Fis UEM 2009 20 415-22
47 Nutrition Screening Initiative Interventions manual for professionals caring for older Americans Washington DC Nutrition Screening Initiative 1992
48 World Health Organization Obesity preventing and managing the global epidemic Report of a WHO Consultation on Obesity Geneva World Health Organization 1998
49 Cameron AJ Dunstan DW Owen N et al Health and mortality consequences
of abdominal obesity evidence from the Aus Diab study Med J Aust 2009191 202ndash208
50 Fox KA Despres JP Richard AJ et al Does abdominal obesity have a similar impact on cardiovascular disease and diabetes A study of 91246 ambulant patients in 27 European countries Eur Heart J 2009 30 3055ndash3063
40
51 Pouliot MC Despreacutes JP Lemieux S et al Waist circumference and abdominal sagittal diameter Best simple anthropometric indexes of abdominal visceral adipose tissue accumulation and related cardiovascular risk in men and woman Am J Cardiology 1994 73 460-468
52 Peixoto MRG Beniacutecio MHD Latorre M et al Circunferecircncia da Cintura e Iacutendice de massa Corporal como Preditores da Hipertensatildeo Arterial Arq Bras Cardiol 200687 462-470
53 MacKay MF Haffner SM Wagenknecht LE et al Prediction of type 2 diabetes using alternate anthropometric measures in a multiethnic cohort the insulin resistance atherosclerosis study Diabetes Care 200932(5)956-8
54 Valdez R A simple model-based index of abdominal adiposity J Clin Epidemiol1991 44(9) 955-6
55 Pitanga FJG Lessa I Sensibilidade e especificidade do iacutendice de conicidade como discriminador do risco coronariano de adultos em Salvador Brasil Rev Bras Epidemiol 20047(3)259-69
56 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano elevado em adultos na cidade de Salvador - Bahia Arq Bras Cardiol 2005 85 (1)26-31
57 Ghosh JR Bandyopadhyay AR Comparative evaluation of obesity measures relationship with blood pressures and hypertension Singapore Med J 200748(3) 232-5
58 Almeida RT Almeida MMG Araujo TM Obesidade abdominal e risco cardiovascular desempenho de indicadores antropomeacutetricos em mulheres Arq Bras Cardiol 2009 out92(5)375-380
59 Freitas Juacutenior Costa Rosa CS Codogno JS et al Capacidade cardiorrespiratoacuteria e distribuiccedilatildeo de gordura corporal de mulheres com 50 anos ou mais Rev Esc Enferm USP 2010 44(2) 395-400
60 Matos LN Giorelli GV Dias CB Correlation of anthropometric indicators for identifying insulin sensitivity and resistance Satildeo Paulo Med J [online] 2011 129(1) 30-35
61 Gomes MA Rech CR Gomes MBA et al Correlaccedilatildeo entre iacutendices antropomeacutetricos e distribuiccedilatildeo de gordura corporal em mulheres idosas Rev bras cineantropom desempenho hum 2006 set 8(3) 16-22
62 Tarastchuk JCE Gueacuterios EE Bueno RRL et al Obesidade e intervenccedilatildeo coronariana devemos continuar valorizando o Iacutendice de Massa Corpoacuterea Arq Bras Cardiol [online] 2008 90(5) 311-316
41
63 Ferreira AP CB Ferreira VC Souza et al Risco de distuacuterbio glicecircmico em mulheres idosas ajustado por antropometria e genoacutetipos de citocinas Rev Assoc Med Bras [online] 201157(5) 565-569
64 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano em mulheres Rev Bras Cineantrop Desempenho Hum 2006 8 (1) 14-21
65 Newman TB Browner WS Cummings SR Delineando estudos de testes meacutedicos In Hulley SB et al Delineando a pesquisa cliacutenica uma abordagem epidemioloacutegica 2 ed Porto Alegre Artmed 2003 203-224
66 Toscano CM As campanhas nacionais para detecccedilatildeo das doenccedilas crocircnicas natildeo-transmissiacuteveis diabetes e hipertensatildeo arterial Ciecircnc sauacutede Coletiva out-dez 2004 9(4) 885-895
67 Fletcher RH Fletcher SW Prevenccedilatildeo In Fletcher R Fletcher S Epidemiologia
cliacutenica elementos essenciais 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 2006 179-201
68 Jeckel J Elmore J Katz D Meacutetodos de prevenccedilatildeo secundaacuteria In _____ Epidemiologia bioestatiacutestica e medicina preventiva 2 ed Porto Alegre Artmed 2005 236-247
69 Klein CH Bloch KV Estudos seccionais In Medronho RA Carvalho DM Bloch KV Luiz RR Werneck GL Epidemiologia 1ordf ed Satildeo Paulo Editora Atheneu 2002 125-150
70 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Resoluccedilatildeo nordm- 6 de 3 de novembro de 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcenso2010ibgegovbrdados_divulgadosindexphpuf=29gt[201 dez 18]
71 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica ndash Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais (2014) Disponiacutevel em lthttpcodibgegovbr398G9gt [2014 ago 30]
72 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230gt [2013 mai 01]
73 Luiz RR Magnanini MMF A loacutegica da determinaccedilatildeo do tamanho da amostra em investigaccedilotildees epidemioloacutegicas Cad sauacutede coletiva Rio de Janeiro 2000 8(2) 9-28
74 Reis MC Nascimento RAS Pedreira RBS et al Validaccedilatildeo de Face e Clareza do Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede dos Idosos ndash IASI [resumo] in Anais do XIX Congresso Brasileiro Geriatria e Gerontologia Beleacutem 2014 296-296
75 Lohman TG Roche AF Martorell R Anthropometric Standardization Reference Manual Champaign Illinois Human Kinetics 1988
42
76 Vaz JCL Regiotildees de Incerteza para Curva ROC em Teste Diagnoacutesticos
[dissertaccedilatildeo] Satildeo Carlos Universidade Federal de Satildeo Carlos 2009
77 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de 2012
78 Erdreich LS Lee ET Use of relative operating characteristic analysis in epidemiology A method for dealing with subjective judgement Am J Epidemiol 1981 114649-62
79 Aekplakorn W Pakpeankitwatana V Lee CM et al Abdominal obesity and coronary heart disease in Thai men Obesity 200715(4)1036-42
80 Oliveira MAM Fagundes RLM Moreira EAM et al Relaccedilatildeo de Indicadores Antropomeacutetricos com Fatores de Risco para Doenccedila Cardiovascular Arq Bras Cardiol 2010 abr 94(4) 478-485
81 Mendes TAB Goldbaum M Segri NJ et al Factors associated with the prevalence of hypertension and control practices among elderly residents of Satildeo Paulo city Brazil Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(11) 2275-2286
82 Oliveira BFA Souza Mouratildeo D Gomes N et al Prevalecircncia de hipertensatildeo arterial em comunidades ribeirinhas do Rio Madeira Amazocircnia Ocidental Brasileira Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(8) 1617-1630
83 Picon RV Fuchs FD Moreira LB et al Prevalence of Hypertension Among Elderly Persons in Urban Brazil A Systematic Review With Meta-Analysis Am J Hypertens 2013 26 (4) 541-548
84 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Pessoa Idosa e Envelhecimento Seacuteries Pactos pela Sauacutede 2006 v 12 Brasiacutelia ndash DF 2010
85 Leal Neto JS Souza J Coqueiro RS et al Anthropometric indicators of obesity as screening tools for high blood pressure in the elderly Int J Nurs Pract 2013 Aug 19(4) 360-367
86 Schisterman EF Faraggi D Reiser B Trevisan M Statistical inference for the area under the receiver operating characteristic curve in the presence of random measurement error Am J Epidemiol 2001 154 (2) 174-9
87 Samsen M Hanchaiphiboolkul S Puthkhao P et al Appropriate body mass index and waist circumference cutoffs for middle and older age group in Thailand data of 19621 participants from Thai epidemiologic stroke (TES) study J Med Assoc Thai 2012 Sep 95(9)1156-66
88 Ko GTC Chan JCN Cockram CS Woo J Prediction of hypertension diabetes dyslipidemia or albuminuria using simple anthropometric indexes in Hong Kong Chinese Int J Obes 1999 23 (11) 1136-42
43
89 Lin WY Lee LT Chen CY et al Optimal cut-off values for obesity using simple anthropometric indices to predict cardiovascular risk factors in Taiwan Int J Obes Relat Metab Disord 2002261232-8
90 Pua YH Ong PH Anthropometric indices as screening tools for cardiovascular risk factors in Singaporean women Asia Pac J Clin Nutr 2005 14 (1) 74-9
91 Berber A Goacutemez-Santos R Fanghaumlnel G Saacutenchez-Reyes L Anthropometric
indexes in the prediction of type 2 diabetes mellitus hypertension and dyslipidaemia in a Mexican population Int J Obes 200125(12)1794-9
92 Browning LM Hsieh SD Ashwell M A systematic review of waist-to-height ratio
as a screening tool for the prediction of cardiovascular disease and diabetes 05 could be a suitable global boundary value Nutr Res Rev 2010 23(2)247-69
93 Bertsias G Mammas I Linardakis M Kafatos A Overweight and obesity in
relation to cardiovascular disease risk factors among medical students in Crete Greece BMC Public Health 2003 31-9
94 Kashihara H Lee JS Kawakubo K et al Criteria of Waist Circumference According to Computed Tomography-Measured Visceral Fat Area and the Clustering of Cardiovascular Risk Factors Circ J 2009 73 1881-1886
44
APEcircNDICES
45
Apecircndice 1
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
46
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS
PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE SAUacuteDE
DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE
Jequieacute ____ ____ 201__
APEcircNDICE 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Vocecirc esta sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa do Nuacutecleo de
Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo (NESP) da Universidade Estadual do Sudoeste da
Bahia
Objetivo do estudo Avaliar e monitorar as condiccedilotildees de sauacutede de idosos residentes
em comunidade
Participaccedilatildeo Ao aceitar participar do estudo estarei agrave disposiccedilatildeo do pesquisador
para responder ao formulaacuterio que seraacute arquivado pelo autor por um periacuteodo de cinco
anos sendo posteriormente incinerado
Riscos Este estudo natildeo traraacute riscos para minha integridade fiacutesica ou moral dos
participantes
Confidencialidade do estudo Seraacute garantida a privacidade o anonimato bem como
o direito de aceitar ou natildeo participar da pesquisa podendo ser essa autorizaccedilatildeo
suspensa em qualquer fase do estudo Assim as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo
4662012 do Conselho Nacional de Sauacutede que discorre sobre pesquisa envolvendo
seres humanos seratildeo atendidas Os resultados seratildeo publicados no relatoacuterio final da
dissertaccedilatildeo e artigos cientiacuteficos
47
Benefiacutecios Accedilotildees interinstitucionais articuladas promovidas numa perspectiva
interdisciplinar possibilitaratildeo uma melhor compreensatildeo das condiccedilotildees de sauacutede dos
idosos residentes em comunidade do municiacutepio e contribuiraacute para a formulaccedilatildeo de
accedilotildees direcionadas as necessidades dessa populaccedilatildeo
Danos advindos da pesquisa Caso haja algum prejuiacutezo decorrente da realizaccedilatildeo
deste estudo seraacute providenciada a devida reparaccedilatildeo dos danos atraveacutes do
responsaacutevel pelo estudo O pesquisador e os entrevistados natildeo receberatildeo benefiacutecios
financeiros para participaccedilatildeo no estudo Todas as despesas seratildeo por conta do
pesquisador
Participaccedilatildeo voluntaacuteria Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria podendo a qualquer
momento desistir do estudo sem qualquer prejuiacutezo ou penalidade para mim
Consentimento para participaccedilatildeo Apoacutes ser devidamente esclarecido (a) quanto
aos objetivos deste estudo dos procedimentos aos quais serei submetido (a) bem
como dos possiacuteveis riscos decorrentes da minha participaccedilatildeo estou de acordo em
participar do mesmo O pesquisador responsaacutevel pelo estudo assegura que seraacute
disponibilizado qualquer esclarecimento adicional que eu venha a solicitar durante a
realizaccedilatildeo da pesquisa e o direito de desistir da participaccedilatildeo em qualquer momento
Em casos de duacutevidas eou problemas referentes ao estudo vocecirc poderaacute
entrar em contato com o autor atraveacutes do Nuacutecleo de Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo
(NESP) (73) 3528-9721
Sendo assim eu ______________________________________________
aceito livremente participar do Projeto MONIDI
__________________________________ __________________________________
Assinatura do (a) participante
RG _________________________
Assinatura do (a) pesquisador
RG_________________________
48
Apecircndice 2
Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede do Idoso
49
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS
PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE
SAUacuteDE DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE
Nuacutemero do Questionaacuterio |__|__|__|
Nome do Entrevistador ___________________________
Visita 1 2 3
Data Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Hora de iniacutecio ________
Hora de teacutermino ________
I INFORMACcedilOtildeES PESSOAIS E SOCIODEMOGRAacuteFICAS
1 Nome do entrevistado
2Sexo
0 ( ) Feminino
1 ( ) Masculino
3 Endereccedilo completotelefone
4 Idade ____ anos
41 Data de Nascimento
____________
50
5 Situaccedilatildeo conjugal atual
1 ( ) Casado(a) 2 ( ) Uniatildeo estaacutevel 3 ( ) Solteiroa
4 ( ) Divorciado(a)separado(a)desquitado(a) 5 ( ) Viuacutevoa
6 No total quantas vezes o (a) Sr(a) esteve casado(a) ou em uniatildeo
Nordm de vezes |___|___|
7 Na escola qual a uacuteltima seacuterie grau que concluiu com aprovaccedilatildeo
1 - Nunca foi agrave escola ( ) 4 - Fundamental II ( )5 a ( )6 a ( )7 a ( )8 a
2 - Lecirc e escreve o nome ( ) 5 - Ensino Meacutedio ( ) 1 a ( )2 a ( )3
3 - Fundamental I ( )1 a ( )2 a 6 - Superior ( ) completo ( ) incompleto
( )3 a ( )4 a
8 Como vocecirc classificaria a cor da sua pele
1( ) Branca 2( ) Amarela (oriental) 3( ) Parda
4( ) Origem indiacutegena 5( ) Preta 9( ) Natildeo sabe
9 Cor da pele (entrevistador)
1( ) branca 2( ) amarela (oriental) 3( ) parda
4( ) origem indiacutegena 5( ) preta
10-Quantos filhos e filhas nascidos vivos o(a)Sr(a) teve (natildeo inclua enteados filhos
adotivos abortos ou filhos nascidos mortos)
Nuacutemero de filhos |____|____| (98) NS (99) NR
11 Atualmente o senhor (a) mora sozinho ou acompanhado
1( )Acompanhado 2( ) Sozinho 3( ) NR 4( )NS
51
12 Desde que o senhor (a) nasceu viveu no campo por 5 anos ou mais
0( ) Natildeo 1( ) Sim 2( ) NS 3( ) NR
13 Qual eacute a sua religiatildeo
1( ) Catoacutelica 2( ) Protestante 3( ) Judaica
4( ) Espiacuteritakardecista 5( ) Umbanda 6( ) Outras ____________
14 Qual a importacircncia da religiatildeo em sua vida
(1) Importante (2) Regular (3) Nada importante (8) NS (9) NR
15 Com que frequecircncia o senhor vai agrave igreja ou ao serviccedilo religioso
( ) Nunca ( ) Vaacuterias vezes por ano ( ) Uma duas vezes por mecircs
( ) Quase toda semana ( ) Mais de uma vez por semana ( ) NS ( ) NR
16 Quanto vocecirc ganha em meacutedia por mecircs R$ __________8( )Natildeo se aplica
II A CONSUMO DE AacuteLCOOL E TABACO
Uso de bebidas alcooacutelicas
1 Vocecirc consome bebidas alcooacutelicas Se vocecirc NAtildeO BEBE siga para o bloco III C
0 ( )sim 1( ) natildeo
2 Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
3 As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
4 Sente-se chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
5 Costuma beber pela manhatilde para diminuir o nervosismo ou a ressaca
0 ( ) sim 1( ) natildeo
Haacutebito de fumar
1 Vocecirc jaacute foi fumante 0 ( ) sim 1( ) natildeo
52
2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco
III C
3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros
4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias
III ANTROPOMETRIA
MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS
ESTATURA
MASSA CORPORAL
CIRCUNFEREcircNCIA
DE CINTURA
IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL
MEDIDA 01 02 03
Pressatildeo arterial
sistoacutelica
Pressatildeo arterial
diastoacutelica
53
ANEXOS
54
Anexo 1
Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos
55
56
37
12 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Diretrizes e recomendaccedilotildees para o cuidado
integral de doenccedilas crocircnicas natildeo transmissiacuteveis promoccedilatildeo da sauacutede vigilacircncia prevenccedilatildeo e assistecircncia Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2008
13 Kuumlmpe DA Sodreacute AC Pomatti DM et al Obesidade em Idosos Acompanhados
pela Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia Texto Contexto Enferm Florianoacutepolis 2011 20(3) 471-7
14 Silva KS Farias Juacutenior JC Fatores de risco associados agrave pressatildeo arterial elevada em adolescentes Rev Bras Med Esporte 2007 13(4) 237-40
15 Pitanga FJG Lessa I Razatildeo cintura-estatura como discriminador do risco
coronariano de adultos Rev Assoc Med Bras 2006 52157-61
16 Haun DR Pitanga FJG Lessa I Razatildeo CinturaEstatura comparado a outros indicadores antropomeacutetricos de obesidade como preditor de risco coronariano elevado Rev Assoc Med Bras [online] 2009 55(6) 705-711
17 Nascimento CM Ribeiro AQ SantrsquoAna LFR et al Estado nutricional e condiccedilotildees de sauacutede da populaccedilatildeo idosa brasileira revisatildeo da literatura Rev meacuted Minas Gerais 2011 21(2)174-180
18 Gomes MA Beck cc Duarte MFS et al Ficha Antropomeacutetrica no Nuacutecleo de Apoio a Sauacutede da Famiacutelia o que medir e para que medir Rev bras cineantropom desempenho hum 2009 11(2) 243-253
19 Azevedo LF Oliveira ACC Lima JRP et al Recomendaccedilotildees sobre condutas e procedimentos do profissional de educaccedilatildeo fiacutesica na atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede Rio de Janeiro CONFEF 2010 109-55
20 World Health Organization World health statistics 2012 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghopublicationsworld_health_statistics2012enindexhtmlgt [2012 set 18]
21 World Health Organization Global health risks mortality and burden of disease attributable to selected major risks Geneva World Health Organization 2009a
22 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Panorama da sauacutede brasileira em muacuteltiplos aspectos Percepccedilatildeo do estado de sauacutede estilo de vida e doenccedila crocircnica Pesquisa Nacional de Sauacutede 2013
23 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Pesquisa Nacional por Amostra
de Domiciacutelios 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapesquisaspesquisa_resultadosphpid_pesquisa=149gt[2014 dez 04]
24 Tribess S Virtuoso Junior JS Prescriccedilatildeo de exerciacutecios fiacutesicos para idosos Rev saudecom 2005 1(2)163-72
38
25 Pollock ML Wilmore JH Exerciacutecio na Sauacutede e na Doenccedila avaliaccedilatildeo e prescriccedilatildeo para prevenccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo Editora MEDSI 2ordf ed Rio de Janeiro 1993
26 Sociedade Brasileira de Cardiologia V Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 20061-48
27 World Health Organization Global Health Observatory (GHO) 2014 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghoncdrisk_factorsblood_pressure_prevalence_textengt [2014 dez 04]
28 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Secretaria de Atenccedilatildeo baacutesica agrave Sauacutede Departamento de atenccedilatildeo baacutesica - Hipertensatildeo arterial sistecircmica Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2006
29 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) (2009) Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeGestorvisualizar_textocfmidtxt=24421gt [2010 abr 07]
30 Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Nuacutemero de hipertenso 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwsbhorgbripadgeralphpgt [09 nov 2014]
31 Secretaria de Sauacutede do Estado da Bahia Hipertensatildeo Quantidade de Hipertensos na Bahia Disponiacutevel em (2014) lthttpwwwsaudebagovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=4418ampcatid=1ampItemid=14gt [2014 jan 10]
32 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica 2014 Dados de mortalidade na Bahia Disponiacutevel em lthttptabnetdatasusgovbrcgitabcgiexesiabcnvSIABSBAdefgt [2014 mai 05]
33 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica Dados sociodemograacuteficos de Ibicuiacute 2014 lthttptabnetdatasusgovbrcgideftohtmexesiabcnvSIABFBAdefgt [2014 jan 05]
34 Williams B The year in hypertension JACC 2010 55(1) 66-73
35 Lipp M Rocha JC Stress Hipertensatildeo Arterial e Qualidade de vida um guia de tratamento para o hipertenso Campinas Papirus 1996
36 Borenstein MS (Org) Manual de Hipertensatildeo Arterial Porto Allege Editora Sagra Luzzatto 1999
37 Joint National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure The Sixth Report of the Join National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure Arch Intern Med 1997157 2413-2446
39
38 Mitchell GF Parise H Benjamin EJ et al Changes in arterial stiffness and wave reflection with advancing age in health men and women Hypertension 2004 431239-1245
39 Matos AC Ladeia AM Avaliaccedilatildeo de fatores de risco cardiovascular em uma comunidade rural da Bahia Arq Bras Cardiol 2003 81(3) 291-6
40 World Health Organization Who Expert Committee on Physical Status the use and interpretation of antropometry Report of a WHO Expert Commitee Geneva WHO 1995 p 854
41 Pitanga FJG Antropometria na avaliaccedilatildeo da obesidade abdominal e risco coronariano Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum 201113(3) 238-241
42 Ferreira LS Amaral TF Marucci MFN et al Under nutrition as a major risk factor for death among older Brazilian adults in the community-dwelling setting SABE survey Nutrition 201127(10)17-22
43 Andrade FB Caldas Junior AF Kitoko PM et al Prevalence of overweight and obesity in elderly people from Vitoacuteria-ES Brazil Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2012 set17(3)749-756
44 Boscatto EC Duarte Mde F Coqueiro Rda S Barbosa AR Nutritional status in the oldest elderly and associated factors Rev Assoc Med Bras 2013 59(1)40-47
45 Kostka J Borowiak E Kostka T Nutritional status and quality of life in different
populations of older people in Poland Eur J Clin Nutr 2014 Nov68(11)1210-5
46 Silva DAS Petroski EL Associaccedilatildeo de diferentes pontos de corte para sobrepeso e obesidade com pressatildeo arterial elevada em idosas Rev Educ Fis UEM 2009 20 415-22
47 Nutrition Screening Initiative Interventions manual for professionals caring for older Americans Washington DC Nutrition Screening Initiative 1992
48 World Health Organization Obesity preventing and managing the global epidemic Report of a WHO Consultation on Obesity Geneva World Health Organization 1998
49 Cameron AJ Dunstan DW Owen N et al Health and mortality consequences
of abdominal obesity evidence from the Aus Diab study Med J Aust 2009191 202ndash208
50 Fox KA Despres JP Richard AJ et al Does abdominal obesity have a similar impact on cardiovascular disease and diabetes A study of 91246 ambulant patients in 27 European countries Eur Heart J 2009 30 3055ndash3063
40
51 Pouliot MC Despreacutes JP Lemieux S et al Waist circumference and abdominal sagittal diameter Best simple anthropometric indexes of abdominal visceral adipose tissue accumulation and related cardiovascular risk in men and woman Am J Cardiology 1994 73 460-468
52 Peixoto MRG Beniacutecio MHD Latorre M et al Circunferecircncia da Cintura e Iacutendice de massa Corporal como Preditores da Hipertensatildeo Arterial Arq Bras Cardiol 200687 462-470
53 MacKay MF Haffner SM Wagenknecht LE et al Prediction of type 2 diabetes using alternate anthropometric measures in a multiethnic cohort the insulin resistance atherosclerosis study Diabetes Care 200932(5)956-8
54 Valdez R A simple model-based index of abdominal adiposity J Clin Epidemiol1991 44(9) 955-6
55 Pitanga FJG Lessa I Sensibilidade e especificidade do iacutendice de conicidade como discriminador do risco coronariano de adultos em Salvador Brasil Rev Bras Epidemiol 20047(3)259-69
56 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano elevado em adultos na cidade de Salvador - Bahia Arq Bras Cardiol 2005 85 (1)26-31
57 Ghosh JR Bandyopadhyay AR Comparative evaluation of obesity measures relationship with blood pressures and hypertension Singapore Med J 200748(3) 232-5
58 Almeida RT Almeida MMG Araujo TM Obesidade abdominal e risco cardiovascular desempenho de indicadores antropomeacutetricos em mulheres Arq Bras Cardiol 2009 out92(5)375-380
59 Freitas Juacutenior Costa Rosa CS Codogno JS et al Capacidade cardiorrespiratoacuteria e distribuiccedilatildeo de gordura corporal de mulheres com 50 anos ou mais Rev Esc Enferm USP 2010 44(2) 395-400
60 Matos LN Giorelli GV Dias CB Correlation of anthropometric indicators for identifying insulin sensitivity and resistance Satildeo Paulo Med J [online] 2011 129(1) 30-35
61 Gomes MA Rech CR Gomes MBA et al Correlaccedilatildeo entre iacutendices antropomeacutetricos e distribuiccedilatildeo de gordura corporal em mulheres idosas Rev bras cineantropom desempenho hum 2006 set 8(3) 16-22
62 Tarastchuk JCE Gueacuterios EE Bueno RRL et al Obesidade e intervenccedilatildeo coronariana devemos continuar valorizando o Iacutendice de Massa Corpoacuterea Arq Bras Cardiol [online] 2008 90(5) 311-316
41
63 Ferreira AP CB Ferreira VC Souza et al Risco de distuacuterbio glicecircmico em mulheres idosas ajustado por antropometria e genoacutetipos de citocinas Rev Assoc Med Bras [online] 201157(5) 565-569
64 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano em mulheres Rev Bras Cineantrop Desempenho Hum 2006 8 (1) 14-21
65 Newman TB Browner WS Cummings SR Delineando estudos de testes meacutedicos In Hulley SB et al Delineando a pesquisa cliacutenica uma abordagem epidemioloacutegica 2 ed Porto Alegre Artmed 2003 203-224
66 Toscano CM As campanhas nacionais para detecccedilatildeo das doenccedilas crocircnicas natildeo-transmissiacuteveis diabetes e hipertensatildeo arterial Ciecircnc sauacutede Coletiva out-dez 2004 9(4) 885-895
67 Fletcher RH Fletcher SW Prevenccedilatildeo In Fletcher R Fletcher S Epidemiologia
cliacutenica elementos essenciais 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 2006 179-201
68 Jeckel J Elmore J Katz D Meacutetodos de prevenccedilatildeo secundaacuteria In _____ Epidemiologia bioestatiacutestica e medicina preventiva 2 ed Porto Alegre Artmed 2005 236-247
69 Klein CH Bloch KV Estudos seccionais In Medronho RA Carvalho DM Bloch KV Luiz RR Werneck GL Epidemiologia 1ordf ed Satildeo Paulo Editora Atheneu 2002 125-150
70 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Resoluccedilatildeo nordm- 6 de 3 de novembro de 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcenso2010ibgegovbrdados_divulgadosindexphpuf=29gt[201 dez 18]
71 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica ndash Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais (2014) Disponiacutevel em lthttpcodibgegovbr398G9gt [2014 ago 30]
72 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230gt [2013 mai 01]
73 Luiz RR Magnanini MMF A loacutegica da determinaccedilatildeo do tamanho da amostra em investigaccedilotildees epidemioloacutegicas Cad sauacutede coletiva Rio de Janeiro 2000 8(2) 9-28
74 Reis MC Nascimento RAS Pedreira RBS et al Validaccedilatildeo de Face e Clareza do Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede dos Idosos ndash IASI [resumo] in Anais do XIX Congresso Brasileiro Geriatria e Gerontologia Beleacutem 2014 296-296
75 Lohman TG Roche AF Martorell R Anthropometric Standardization Reference Manual Champaign Illinois Human Kinetics 1988
42
76 Vaz JCL Regiotildees de Incerteza para Curva ROC em Teste Diagnoacutesticos
[dissertaccedilatildeo] Satildeo Carlos Universidade Federal de Satildeo Carlos 2009
77 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de 2012
78 Erdreich LS Lee ET Use of relative operating characteristic analysis in epidemiology A method for dealing with subjective judgement Am J Epidemiol 1981 114649-62
79 Aekplakorn W Pakpeankitwatana V Lee CM et al Abdominal obesity and coronary heart disease in Thai men Obesity 200715(4)1036-42
80 Oliveira MAM Fagundes RLM Moreira EAM et al Relaccedilatildeo de Indicadores Antropomeacutetricos com Fatores de Risco para Doenccedila Cardiovascular Arq Bras Cardiol 2010 abr 94(4) 478-485
81 Mendes TAB Goldbaum M Segri NJ et al Factors associated with the prevalence of hypertension and control practices among elderly residents of Satildeo Paulo city Brazil Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(11) 2275-2286
82 Oliveira BFA Souza Mouratildeo D Gomes N et al Prevalecircncia de hipertensatildeo arterial em comunidades ribeirinhas do Rio Madeira Amazocircnia Ocidental Brasileira Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(8) 1617-1630
83 Picon RV Fuchs FD Moreira LB et al Prevalence of Hypertension Among Elderly Persons in Urban Brazil A Systematic Review With Meta-Analysis Am J Hypertens 2013 26 (4) 541-548
84 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Pessoa Idosa e Envelhecimento Seacuteries Pactos pela Sauacutede 2006 v 12 Brasiacutelia ndash DF 2010
85 Leal Neto JS Souza J Coqueiro RS et al Anthropometric indicators of obesity as screening tools for high blood pressure in the elderly Int J Nurs Pract 2013 Aug 19(4) 360-367
86 Schisterman EF Faraggi D Reiser B Trevisan M Statistical inference for the area under the receiver operating characteristic curve in the presence of random measurement error Am J Epidemiol 2001 154 (2) 174-9
87 Samsen M Hanchaiphiboolkul S Puthkhao P et al Appropriate body mass index and waist circumference cutoffs for middle and older age group in Thailand data of 19621 participants from Thai epidemiologic stroke (TES) study J Med Assoc Thai 2012 Sep 95(9)1156-66
88 Ko GTC Chan JCN Cockram CS Woo J Prediction of hypertension diabetes dyslipidemia or albuminuria using simple anthropometric indexes in Hong Kong Chinese Int J Obes 1999 23 (11) 1136-42
43
89 Lin WY Lee LT Chen CY et al Optimal cut-off values for obesity using simple anthropometric indices to predict cardiovascular risk factors in Taiwan Int J Obes Relat Metab Disord 2002261232-8
90 Pua YH Ong PH Anthropometric indices as screening tools for cardiovascular risk factors in Singaporean women Asia Pac J Clin Nutr 2005 14 (1) 74-9
91 Berber A Goacutemez-Santos R Fanghaumlnel G Saacutenchez-Reyes L Anthropometric
indexes in the prediction of type 2 diabetes mellitus hypertension and dyslipidaemia in a Mexican population Int J Obes 200125(12)1794-9
92 Browning LM Hsieh SD Ashwell M A systematic review of waist-to-height ratio
as a screening tool for the prediction of cardiovascular disease and diabetes 05 could be a suitable global boundary value Nutr Res Rev 2010 23(2)247-69
93 Bertsias G Mammas I Linardakis M Kafatos A Overweight and obesity in
relation to cardiovascular disease risk factors among medical students in Crete Greece BMC Public Health 2003 31-9
94 Kashihara H Lee JS Kawakubo K et al Criteria of Waist Circumference According to Computed Tomography-Measured Visceral Fat Area and the Clustering of Cardiovascular Risk Factors Circ J 2009 73 1881-1886
44
APEcircNDICES
45
Apecircndice 1
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
46
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS
PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE SAUacuteDE
DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE
Jequieacute ____ ____ 201__
APEcircNDICE 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Vocecirc esta sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa do Nuacutecleo de
Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo (NESP) da Universidade Estadual do Sudoeste da
Bahia
Objetivo do estudo Avaliar e monitorar as condiccedilotildees de sauacutede de idosos residentes
em comunidade
Participaccedilatildeo Ao aceitar participar do estudo estarei agrave disposiccedilatildeo do pesquisador
para responder ao formulaacuterio que seraacute arquivado pelo autor por um periacuteodo de cinco
anos sendo posteriormente incinerado
Riscos Este estudo natildeo traraacute riscos para minha integridade fiacutesica ou moral dos
participantes
Confidencialidade do estudo Seraacute garantida a privacidade o anonimato bem como
o direito de aceitar ou natildeo participar da pesquisa podendo ser essa autorizaccedilatildeo
suspensa em qualquer fase do estudo Assim as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo
4662012 do Conselho Nacional de Sauacutede que discorre sobre pesquisa envolvendo
seres humanos seratildeo atendidas Os resultados seratildeo publicados no relatoacuterio final da
dissertaccedilatildeo e artigos cientiacuteficos
47
Benefiacutecios Accedilotildees interinstitucionais articuladas promovidas numa perspectiva
interdisciplinar possibilitaratildeo uma melhor compreensatildeo das condiccedilotildees de sauacutede dos
idosos residentes em comunidade do municiacutepio e contribuiraacute para a formulaccedilatildeo de
accedilotildees direcionadas as necessidades dessa populaccedilatildeo
Danos advindos da pesquisa Caso haja algum prejuiacutezo decorrente da realizaccedilatildeo
deste estudo seraacute providenciada a devida reparaccedilatildeo dos danos atraveacutes do
responsaacutevel pelo estudo O pesquisador e os entrevistados natildeo receberatildeo benefiacutecios
financeiros para participaccedilatildeo no estudo Todas as despesas seratildeo por conta do
pesquisador
Participaccedilatildeo voluntaacuteria Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria podendo a qualquer
momento desistir do estudo sem qualquer prejuiacutezo ou penalidade para mim
Consentimento para participaccedilatildeo Apoacutes ser devidamente esclarecido (a) quanto
aos objetivos deste estudo dos procedimentos aos quais serei submetido (a) bem
como dos possiacuteveis riscos decorrentes da minha participaccedilatildeo estou de acordo em
participar do mesmo O pesquisador responsaacutevel pelo estudo assegura que seraacute
disponibilizado qualquer esclarecimento adicional que eu venha a solicitar durante a
realizaccedilatildeo da pesquisa e o direito de desistir da participaccedilatildeo em qualquer momento
Em casos de duacutevidas eou problemas referentes ao estudo vocecirc poderaacute
entrar em contato com o autor atraveacutes do Nuacutecleo de Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo
(NESP) (73) 3528-9721
Sendo assim eu ______________________________________________
aceito livremente participar do Projeto MONIDI
__________________________________ __________________________________
Assinatura do (a) participante
RG _________________________
Assinatura do (a) pesquisador
RG_________________________
48
Apecircndice 2
Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede do Idoso
49
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS
PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE
SAUacuteDE DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE
Nuacutemero do Questionaacuterio |__|__|__|
Nome do Entrevistador ___________________________
Visita 1 2 3
Data Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Hora de iniacutecio ________
Hora de teacutermino ________
I INFORMACcedilOtildeES PESSOAIS E SOCIODEMOGRAacuteFICAS
1 Nome do entrevistado
2Sexo
0 ( ) Feminino
1 ( ) Masculino
3 Endereccedilo completotelefone
4 Idade ____ anos
41 Data de Nascimento
____________
50
5 Situaccedilatildeo conjugal atual
1 ( ) Casado(a) 2 ( ) Uniatildeo estaacutevel 3 ( ) Solteiroa
4 ( ) Divorciado(a)separado(a)desquitado(a) 5 ( ) Viuacutevoa
6 No total quantas vezes o (a) Sr(a) esteve casado(a) ou em uniatildeo
Nordm de vezes |___|___|
7 Na escola qual a uacuteltima seacuterie grau que concluiu com aprovaccedilatildeo
1 - Nunca foi agrave escola ( ) 4 - Fundamental II ( )5 a ( )6 a ( )7 a ( )8 a
2 - Lecirc e escreve o nome ( ) 5 - Ensino Meacutedio ( ) 1 a ( )2 a ( )3
3 - Fundamental I ( )1 a ( )2 a 6 - Superior ( ) completo ( ) incompleto
( )3 a ( )4 a
8 Como vocecirc classificaria a cor da sua pele
1( ) Branca 2( ) Amarela (oriental) 3( ) Parda
4( ) Origem indiacutegena 5( ) Preta 9( ) Natildeo sabe
9 Cor da pele (entrevistador)
1( ) branca 2( ) amarela (oriental) 3( ) parda
4( ) origem indiacutegena 5( ) preta
10-Quantos filhos e filhas nascidos vivos o(a)Sr(a) teve (natildeo inclua enteados filhos
adotivos abortos ou filhos nascidos mortos)
Nuacutemero de filhos |____|____| (98) NS (99) NR
11 Atualmente o senhor (a) mora sozinho ou acompanhado
1( )Acompanhado 2( ) Sozinho 3( ) NR 4( )NS
51
12 Desde que o senhor (a) nasceu viveu no campo por 5 anos ou mais
0( ) Natildeo 1( ) Sim 2( ) NS 3( ) NR
13 Qual eacute a sua religiatildeo
1( ) Catoacutelica 2( ) Protestante 3( ) Judaica
4( ) Espiacuteritakardecista 5( ) Umbanda 6( ) Outras ____________
14 Qual a importacircncia da religiatildeo em sua vida
(1) Importante (2) Regular (3) Nada importante (8) NS (9) NR
15 Com que frequecircncia o senhor vai agrave igreja ou ao serviccedilo religioso
( ) Nunca ( ) Vaacuterias vezes por ano ( ) Uma duas vezes por mecircs
( ) Quase toda semana ( ) Mais de uma vez por semana ( ) NS ( ) NR
16 Quanto vocecirc ganha em meacutedia por mecircs R$ __________8( )Natildeo se aplica
II A CONSUMO DE AacuteLCOOL E TABACO
Uso de bebidas alcooacutelicas
1 Vocecirc consome bebidas alcooacutelicas Se vocecirc NAtildeO BEBE siga para o bloco III C
0 ( )sim 1( ) natildeo
2 Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
3 As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
4 Sente-se chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
5 Costuma beber pela manhatilde para diminuir o nervosismo ou a ressaca
0 ( ) sim 1( ) natildeo
Haacutebito de fumar
1 Vocecirc jaacute foi fumante 0 ( ) sim 1( ) natildeo
52
2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco
III C
3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros
4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias
III ANTROPOMETRIA
MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS
ESTATURA
MASSA CORPORAL
CIRCUNFEREcircNCIA
DE CINTURA
IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL
MEDIDA 01 02 03
Pressatildeo arterial
sistoacutelica
Pressatildeo arterial
diastoacutelica
53
ANEXOS
54
Anexo 1
Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos
55
56
38
25 Pollock ML Wilmore JH Exerciacutecio na Sauacutede e na Doenccedila avaliaccedilatildeo e prescriccedilatildeo para prevenccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo Editora MEDSI 2ordf ed Rio de Janeiro 1993
26 Sociedade Brasileira de Cardiologia V Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo Arq Bras Cardiol 20061-48
27 World Health Organization Global Health Observatory (GHO) 2014 Disponiacutevel emlthttpwwwwhointghoncdrisk_factorsblood_pressure_prevalence_textengt [2014 dez 04]
28 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Secretaria de Atenccedilatildeo baacutesica agrave Sauacutede Departamento de atenccedilatildeo baacutesica - Hipertensatildeo arterial sistecircmica Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2006
29 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) (2009) Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeGestorvisualizar_textocfmidtxt=24421gt [2010 abr 07]
30 Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Nuacutemero de hipertenso 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwsbhorgbripadgeralphpgt [09 nov 2014]
31 Secretaria de Sauacutede do Estado da Bahia Hipertensatildeo Quantidade de Hipertensos na Bahia Disponiacutevel em (2014) lthttpwwwsaudebagovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=4418ampcatid=1ampItemid=14gt [2014 jan 10]
32 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica 2014 Dados de mortalidade na Bahia Disponiacutevel em lthttptabnetdatasusgovbrcgitabcgiexesiabcnvSIABSBAdefgt [2014 mai 05]
33 Sistema de Atenccedilatildeo Baacutesica Dados sociodemograacuteficos de Ibicuiacute 2014 lthttptabnetdatasusgovbrcgideftohtmexesiabcnvSIABFBAdefgt [2014 jan 05]
34 Williams B The year in hypertension JACC 2010 55(1) 66-73
35 Lipp M Rocha JC Stress Hipertensatildeo Arterial e Qualidade de vida um guia de tratamento para o hipertenso Campinas Papirus 1996
36 Borenstein MS (Org) Manual de Hipertensatildeo Arterial Porto Allege Editora Sagra Luzzatto 1999
37 Joint National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure The Sixth Report of the Join National Committee on Prevention Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure Arch Intern Med 1997157 2413-2446
39
38 Mitchell GF Parise H Benjamin EJ et al Changes in arterial stiffness and wave reflection with advancing age in health men and women Hypertension 2004 431239-1245
39 Matos AC Ladeia AM Avaliaccedilatildeo de fatores de risco cardiovascular em uma comunidade rural da Bahia Arq Bras Cardiol 2003 81(3) 291-6
40 World Health Organization Who Expert Committee on Physical Status the use and interpretation of antropometry Report of a WHO Expert Commitee Geneva WHO 1995 p 854
41 Pitanga FJG Antropometria na avaliaccedilatildeo da obesidade abdominal e risco coronariano Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum 201113(3) 238-241
42 Ferreira LS Amaral TF Marucci MFN et al Under nutrition as a major risk factor for death among older Brazilian adults in the community-dwelling setting SABE survey Nutrition 201127(10)17-22
43 Andrade FB Caldas Junior AF Kitoko PM et al Prevalence of overweight and obesity in elderly people from Vitoacuteria-ES Brazil Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2012 set17(3)749-756
44 Boscatto EC Duarte Mde F Coqueiro Rda S Barbosa AR Nutritional status in the oldest elderly and associated factors Rev Assoc Med Bras 2013 59(1)40-47
45 Kostka J Borowiak E Kostka T Nutritional status and quality of life in different
populations of older people in Poland Eur J Clin Nutr 2014 Nov68(11)1210-5
46 Silva DAS Petroski EL Associaccedilatildeo de diferentes pontos de corte para sobrepeso e obesidade com pressatildeo arterial elevada em idosas Rev Educ Fis UEM 2009 20 415-22
47 Nutrition Screening Initiative Interventions manual for professionals caring for older Americans Washington DC Nutrition Screening Initiative 1992
48 World Health Organization Obesity preventing and managing the global epidemic Report of a WHO Consultation on Obesity Geneva World Health Organization 1998
49 Cameron AJ Dunstan DW Owen N et al Health and mortality consequences
of abdominal obesity evidence from the Aus Diab study Med J Aust 2009191 202ndash208
50 Fox KA Despres JP Richard AJ et al Does abdominal obesity have a similar impact on cardiovascular disease and diabetes A study of 91246 ambulant patients in 27 European countries Eur Heart J 2009 30 3055ndash3063
40
51 Pouliot MC Despreacutes JP Lemieux S et al Waist circumference and abdominal sagittal diameter Best simple anthropometric indexes of abdominal visceral adipose tissue accumulation and related cardiovascular risk in men and woman Am J Cardiology 1994 73 460-468
52 Peixoto MRG Beniacutecio MHD Latorre M et al Circunferecircncia da Cintura e Iacutendice de massa Corporal como Preditores da Hipertensatildeo Arterial Arq Bras Cardiol 200687 462-470
53 MacKay MF Haffner SM Wagenknecht LE et al Prediction of type 2 diabetes using alternate anthropometric measures in a multiethnic cohort the insulin resistance atherosclerosis study Diabetes Care 200932(5)956-8
54 Valdez R A simple model-based index of abdominal adiposity J Clin Epidemiol1991 44(9) 955-6
55 Pitanga FJG Lessa I Sensibilidade e especificidade do iacutendice de conicidade como discriminador do risco coronariano de adultos em Salvador Brasil Rev Bras Epidemiol 20047(3)259-69
56 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano elevado em adultos na cidade de Salvador - Bahia Arq Bras Cardiol 2005 85 (1)26-31
57 Ghosh JR Bandyopadhyay AR Comparative evaluation of obesity measures relationship with blood pressures and hypertension Singapore Med J 200748(3) 232-5
58 Almeida RT Almeida MMG Araujo TM Obesidade abdominal e risco cardiovascular desempenho de indicadores antropomeacutetricos em mulheres Arq Bras Cardiol 2009 out92(5)375-380
59 Freitas Juacutenior Costa Rosa CS Codogno JS et al Capacidade cardiorrespiratoacuteria e distribuiccedilatildeo de gordura corporal de mulheres com 50 anos ou mais Rev Esc Enferm USP 2010 44(2) 395-400
60 Matos LN Giorelli GV Dias CB Correlation of anthropometric indicators for identifying insulin sensitivity and resistance Satildeo Paulo Med J [online] 2011 129(1) 30-35
61 Gomes MA Rech CR Gomes MBA et al Correlaccedilatildeo entre iacutendices antropomeacutetricos e distribuiccedilatildeo de gordura corporal em mulheres idosas Rev bras cineantropom desempenho hum 2006 set 8(3) 16-22
62 Tarastchuk JCE Gueacuterios EE Bueno RRL et al Obesidade e intervenccedilatildeo coronariana devemos continuar valorizando o Iacutendice de Massa Corpoacuterea Arq Bras Cardiol [online] 2008 90(5) 311-316
41
63 Ferreira AP CB Ferreira VC Souza et al Risco de distuacuterbio glicecircmico em mulheres idosas ajustado por antropometria e genoacutetipos de citocinas Rev Assoc Med Bras [online] 201157(5) 565-569
64 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano em mulheres Rev Bras Cineantrop Desempenho Hum 2006 8 (1) 14-21
65 Newman TB Browner WS Cummings SR Delineando estudos de testes meacutedicos In Hulley SB et al Delineando a pesquisa cliacutenica uma abordagem epidemioloacutegica 2 ed Porto Alegre Artmed 2003 203-224
66 Toscano CM As campanhas nacionais para detecccedilatildeo das doenccedilas crocircnicas natildeo-transmissiacuteveis diabetes e hipertensatildeo arterial Ciecircnc sauacutede Coletiva out-dez 2004 9(4) 885-895
67 Fletcher RH Fletcher SW Prevenccedilatildeo In Fletcher R Fletcher S Epidemiologia
cliacutenica elementos essenciais 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 2006 179-201
68 Jeckel J Elmore J Katz D Meacutetodos de prevenccedilatildeo secundaacuteria In _____ Epidemiologia bioestatiacutestica e medicina preventiva 2 ed Porto Alegre Artmed 2005 236-247
69 Klein CH Bloch KV Estudos seccionais In Medronho RA Carvalho DM Bloch KV Luiz RR Werneck GL Epidemiologia 1ordf ed Satildeo Paulo Editora Atheneu 2002 125-150
70 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Resoluccedilatildeo nordm- 6 de 3 de novembro de 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcenso2010ibgegovbrdados_divulgadosindexphpuf=29gt[201 dez 18]
71 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica ndash Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais (2014) Disponiacutevel em lthttpcodibgegovbr398G9gt [2014 ago 30]
72 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230gt [2013 mai 01]
73 Luiz RR Magnanini MMF A loacutegica da determinaccedilatildeo do tamanho da amostra em investigaccedilotildees epidemioloacutegicas Cad sauacutede coletiva Rio de Janeiro 2000 8(2) 9-28
74 Reis MC Nascimento RAS Pedreira RBS et al Validaccedilatildeo de Face e Clareza do Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede dos Idosos ndash IASI [resumo] in Anais do XIX Congresso Brasileiro Geriatria e Gerontologia Beleacutem 2014 296-296
75 Lohman TG Roche AF Martorell R Anthropometric Standardization Reference Manual Champaign Illinois Human Kinetics 1988
42
76 Vaz JCL Regiotildees de Incerteza para Curva ROC em Teste Diagnoacutesticos
[dissertaccedilatildeo] Satildeo Carlos Universidade Federal de Satildeo Carlos 2009
77 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de 2012
78 Erdreich LS Lee ET Use of relative operating characteristic analysis in epidemiology A method for dealing with subjective judgement Am J Epidemiol 1981 114649-62
79 Aekplakorn W Pakpeankitwatana V Lee CM et al Abdominal obesity and coronary heart disease in Thai men Obesity 200715(4)1036-42
80 Oliveira MAM Fagundes RLM Moreira EAM et al Relaccedilatildeo de Indicadores Antropomeacutetricos com Fatores de Risco para Doenccedila Cardiovascular Arq Bras Cardiol 2010 abr 94(4) 478-485
81 Mendes TAB Goldbaum M Segri NJ et al Factors associated with the prevalence of hypertension and control practices among elderly residents of Satildeo Paulo city Brazil Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(11) 2275-2286
82 Oliveira BFA Souza Mouratildeo D Gomes N et al Prevalecircncia de hipertensatildeo arterial em comunidades ribeirinhas do Rio Madeira Amazocircnia Ocidental Brasileira Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(8) 1617-1630
83 Picon RV Fuchs FD Moreira LB et al Prevalence of Hypertension Among Elderly Persons in Urban Brazil A Systematic Review With Meta-Analysis Am J Hypertens 2013 26 (4) 541-548
84 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Pessoa Idosa e Envelhecimento Seacuteries Pactos pela Sauacutede 2006 v 12 Brasiacutelia ndash DF 2010
85 Leal Neto JS Souza J Coqueiro RS et al Anthropometric indicators of obesity as screening tools for high blood pressure in the elderly Int J Nurs Pract 2013 Aug 19(4) 360-367
86 Schisterman EF Faraggi D Reiser B Trevisan M Statistical inference for the area under the receiver operating characteristic curve in the presence of random measurement error Am J Epidemiol 2001 154 (2) 174-9
87 Samsen M Hanchaiphiboolkul S Puthkhao P et al Appropriate body mass index and waist circumference cutoffs for middle and older age group in Thailand data of 19621 participants from Thai epidemiologic stroke (TES) study J Med Assoc Thai 2012 Sep 95(9)1156-66
88 Ko GTC Chan JCN Cockram CS Woo J Prediction of hypertension diabetes dyslipidemia or albuminuria using simple anthropometric indexes in Hong Kong Chinese Int J Obes 1999 23 (11) 1136-42
43
89 Lin WY Lee LT Chen CY et al Optimal cut-off values for obesity using simple anthropometric indices to predict cardiovascular risk factors in Taiwan Int J Obes Relat Metab Disord 2002261232-8
90 Pua YH Ong PH Anthropometric indices as screening tools for cardiovascular risk factors in Singaporean women Asia Pac J Clin Nutr 2005 14 (1) 74-9
91 Berber A Goacutemez-Santos R Fanghaumlnel G Saacutenchez-Reyes L Anthropometric
indexes in the prediction of type 2 diabetes mellitus hypertension and dyslipidaemia in a Mexican population Int J Obes 200125(12)1794-9
92 Browning LM Hsieh SD Ashwell M A systematic review of waist-to-height ratio
as a screening tool for the prediction of cardiovascular disease and diabetes 05 could be a suitable global boundary value Nutr Res Rev 2010 23(2)247-69
93 Bertsias G Mammas I Linardakis M Kafatos A Overweight and obesity in
relation to cardiovascular disease risk factors among medical students in Crete Greece BMC Public Health 2003 31-9
94 Kashihara H Lee JS Kawakubo K et al Criteria of Waist Circumference According to Computed Tomography-Measured Visceral Fat Area and the Clustering of Cardiovascular Risk Factors Circ J 2009 73 1881-1886
44
APEcircNDICES
45
Apecircndice 1
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
46
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS
PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE SAUacuteDE
DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE
Jequieacute ____ ____ 201__
APEcircNDICE 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Vocecirc esta sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa do Nuacutecleo de
Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo (NESP) da Universidade Estadual do Sudoeste da
Bahia
Objetivo do estudo Avaliar e monitorar as condiccedilotildees de sauacutede de idosos residentes
em comunidade
Participaccedilatildeo Ao aceitar participar do estudo estarei agrave disposiccedilatildeo do pesquisador
para responder ao formulaacuterio que seraacute arquivado pelo autor por um periacuteodo de cinco
anos sendo posteriormente incinerado
Riscos Este estudo natildeo traraacute riscos para minha integridade fiacutesica ou moral dos
participantes
Confidencialidade do estudo Seraacute garantida a privacidade o anonimato bem como
o direito de aceitar ou natildeo participar da pesquisa podendo ser essa autorizaccedilatildeo
suspensa em qualquer fase do estudo Assim as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo
4662012 do Conselho Nacional de Sauacutede que discorre sobre pesquisa envolvendo
seres humanos seratildeo atendidas Os resultados seratildeo publicados no relatoacuterio final da
dissertaccedilatildeo e artigos cientiacuteficos
47
Benefiacutecios Accedilotildees interinstitucionais articuladas promovidas numa perspectiva
interdisciplinar possibilitaratildeo uma melhor compreensatildeo das condiccedilotildees de sauacutede dos
idosos residentes em comunidade do municiacutepio e contribuiraacute para a formulaccedilatildeo de
accedilotildees direcionadas as necessidades dessa populaccedilatildeo
Danos advindos da pesquisa Caso haja algum prejuiacutezo decorrente da realizaccedilatildeo
deste estudo seraacute providenciada a devida reparaccedilatildeo dos danos atraveacutes do
responsaacutevel pelo estudo O pesquisador e os entrevistados natildeo receberatildeo benefiacutecios
financeiros para participaccedilatildeo no estudo Todas as despesas seratildeo por conta do
pesquisador
Participaccedilatildeo voluntaacuteria Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria podendo a qualquer
momento desistir do estudo sem qualquer prejuiacutezo ou penalidade para mim
Consentimento para participaccedilatildeo Apoacutes ser devidamente esclarecido (a) quanto
aos objetivos deste estudo dos procedimentos aos quais serei submetido (a) bem
como dos possiacuteveis riscos decorrentes da minha participaccedilatildeo estou de acordo em
participar do mesmo O pesquisador responsaacutevel pelo estudo assegura que seraacute
disponibilizado qualquer esclarecimento adicional que eu venha a solicitar durante a
realizaccedilatildeo da pesquisa e o direito de desistir da participaccedilatildeo em qualquer momento
Em casos de duacutevidas eou problemas referentes ao estudo vocecirc poderaacute
entrar em contato com o autor atraveacutes do Nuacutecleo de Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo
(NESP) (73) 3528-9721
Sendo assim eu ______________________________________________
aceito livremente participar do Projeto MONIDI
__________________________________ __________________________________
Assinatura do (a) participante
RG _________________________
Assinatura do (a) pesquisador
RG_________________________
48
Apecircndice 2
Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede do Idoso
49
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS
PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE
SAUacuteDE DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE
Nuacutemero do Questionaacuterio |__|__|__|
Nome do Entrevistador ___________________________
Visita 1 2 3
Data Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Hora de iniacutecio ________
Hora de teacutermino ________
I INFORMACcedilOtildeES PESSOAIS E SOCIODEMOGRAacuteFICAS
1 Nome do entrevistado
2Sexo
0 ( ) Feminino
1 ( ) Masculino
3 Endereccedilo completotelefone
4 Idade ____ anos
41 Data de Nascimento
____________
50
5 Situaccedilatildeo conjugal atual
1 ( ) Casado(a) 2 ( ) Uniatildeo estaacutevel 3 ( ) Solteiroa
4 ( ) Divorciado(a)separado(a)desquitado(a) 5 ( ) Viuacutevoa
6 No total quantas vezes o (a) Sr(a) esteve casado(a) ou em uniatildeo
Nordm de vezes |___|___|
7 Na escola qual a uacuteltima seacuterie grau que concluiu com aprovaccedilatildeo
1 - Nunca foi agrave escola ( ) 4 - Fundamental II ( )5 a ( )6 a ( )7 a ( )8 a
2 - Lecirc e escreve o nome ( ) 5 - Ensino Meacutedio ( ) 1 a ( )2 a ( )3
3 - Fundamental I ( )1 a ( )2 a 6 - Superior ( ) completo ( ) incompleto
( )3 a ( )4 a
8 Como vocecirc classificaria a cor da sua pele
1( ) Branca 2( ) Amarela (oriental) 3( ) Parda
4( ) Origem indiacutegena 5( ) Preta 9( ) Natildeo sabe
9 Cor da pele (entrevistador)
1( ) branca 2( ) amarela (oriental) 3( ) parda
4( ) origem indiacutegena 5( ) preta
10-Quantos filhos e filhas nascidos vivos o(a)Sr(a) teve (natildeo inclua enteados filhos
adotivos abortos ou filhos nascidos mortos)
Nuacutemero de filhos |____|____| (98) NS (99) NR
11 Atualmente o senhor (a) mora sozinho ou acompanhado
1( )Acompanhado 2( ) Sozinho 3( ) NR 4( )NS
51
12 Desde que o senhor (a) nasceu viveu no campo por 5 anos ou mais
0( ) Natildeo 1( ) Sim 2( ) NS 3( ) NR
13 Qual eacute a sua religiatildeo
1( ) Catoacutelica 2( ) Protestante 3( ) Judaica
4( ) Espiacuteritakardecista 5( ) Umbanda 6( ) Outras ____________
14 Qual a importacircncia da religiatildeo em sua vida
(1) Importante (2) Regular (3) Nada importante (8) NS (9) NR
15 Com que frequecircncia o senhor vai agrave igreja ou ao serviccedilo religioso
( ) Nunca ( ) Vaacuterias vezes por ano ( ) Uma duas vezes por mecircs
( ) Quase toda semana ( ) Mais de uma vez por semana ( ) NS ( ) NR
16 Quanto vocecirc ganha em meacutedia por mecircs R$ __________8( )Natildeo se aplica
II A CONSUMO DE AacuteLCOOL E TABACO
Uso de bebidas alcooacutelicas
1 Vocecirc consome bebidas alcooacutelicas Se vocecirc NAtildeO BEBE siga para o bloco III C
0 ( )sim 1( ) natildeo
2 Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
3 As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
4 Sente-se chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
5 Costuma beber pela manhatilde para diminuir o nervosismo ou a ressaca
0 ( ) sim 1( ) natildeo
Haacutebito de fumar
1 Vocecirc jaacute foi fumante 0 ( ) sim 1( ) natildeo
52
2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco
III C
3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros
4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias
III ANTROPOMETRIA
MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS
ESTATURA
MASSA CORPORAL
CIRCUNFEREcircNCIA
DE CINTURA
IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL
MEDIDA 01 02 03
Pressatildeo arterial
sistoacutelica
Pressatildeo arterial
diastoacutelica
53
ANEXOS
54
Anexo 1
Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos
55
56
39
38 Mitchell GF Parise H Benjamin EJ et al Changes in arterial stiffness and wave reflection with advancing age in health men and women Hypertension 2004 431239-1245
39 Matos AC Ladeia AM Avaliaccedilatildeo de fatores de risco cardiovascular em uma comunidade rural da Bahia Arq Bras Cardiol 2003 81(3) 291-6
40 World Health Organization Who Expert Committee on Physical Status the use and interpretation of antropometry Report of a WHO Expert Commitee Geneva WHO 1995 p 854
41 Pitanga FJG Antropometria na avaliaccedilatildeo da obesidade abdominal e risco coronariano Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum 201113(3) 238-241
42 Ferreira LS Amaral TF Marucci MFN et al Under nutrition as a major risk factor for death among older Brazilian adults in the community-dwelling setting SABE survey Nutrition 201127(10)17-22
43 Andrade FB Caldas Junior AF Kitoko PM et al Prevalence of overweight and obesity in elderly people from Vitoacuteria-ES Brazil Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2012 set17(3)749-756
44 Boscatto EC Duarte Mde F Coqueiro Rda S Barbosa AR Nutritional status in the oldest elderly and associated factors Rev Assoc Med Bras 2013 59(1)40-47
45 Kostka J Borowiak E Kostka T Nutritional status and quality of life in different
populations of older people in Poland Eur J Clin Nutr 2014 Nov68(11)1210-5
46 Silva DAS Petroski EL Associaccedilatildeo de diferentes pontos de corte para sobrepeso e obesidade com pressatildeo arterial elevada em idosas Rev Educ Fis UEM 2009 20 415-22
47 Nutrition Screening Initiative Interventions manual for professionals caring for older Americans Washington DC Nutrition Screening Initiative 1992
48 World Health Organization Obesity preventing and managing the global epidemic Report of a WHO Consultation on Obesity Geneva World Health Organization 1998
49 Cameron AJ Dunstan DW Owen N et al Health and mortality consequences
of abdominal obesity evidence from the Aus Diab study Med J Aust 2009191 202ndash208
50 Fox KA Despres JP Richard AJ et al Does abdominal obesity have a similar impact on cardiovascular disease and diabetes A study of 91246 ambulant patients in 27 European countries Eur Heart J 2009 30 3055ndash3063
40
51 Pouliot MC Despreacutes JP Lemieux S et al Waist circumference and abdominal sagittal diameter Best simple anthropometric indexes of abdominal visceral adipose tissue accumulation and related cardiovascular risk in men and woman Am J Cardiology 1994 73 460-468
52 Peixoto MRG Beniacutecio MHD Latorre M et al Circunferecircncia da Cintura e Iacutendice de massa Corporal como Preditores da Hipertensatildeo Arterial Arq Bras Cardiol 200687 462-470
53 MacKay MF Haffner SM Wagenknecht LE et al Prediction of type 2 diabetes using alternate anthropometric measures in a multiethnic cohort the insulin resistance atherosclerosis study Diabetes Care 200932(5)956-8
54 Valdez R A simple model-based index of abdominal adiposity J Clin Epidemiol1991 44(9) 955-6
55 Pitanga FJG Lessa I Sensibilidade e especificidade do iacutendice de conicidade como discriminador do risco coronariano de adultos em Salvador Brasil Rev Bras Epidemiol 20047(3)259-69
56 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano elevado em adultos na cidade de Salvador - Bahia Arq Bras Cardiol 2005 85 (1)26-31
57 Ghosh JR Bandyopadhyay AR Comparative evaluation of obesity measures relationship with blood pressures and hypertension Singapore Med J 200748(3) 232-5
58 Almeida RT Almeida MMG Araujo TM Obesidade abdominal e risco cardiovascular desempenho de indicadores antropomeacutetricos em mulheres Arq Bras Cardiol 2009 out92(5)375-380
59 Freitas Juacutenior Costa Rosa CS Codogno JS et al Capacidade cardiorrespiratoacuteria e distribuiccedilatildeo de gordura corporal de mulheres com 50 anos ou mais Rev Esc Enferm USP 2010 44(2) 395-400
60 Matos LN Giorelli GV Dias CB Correlation of anthropometric indicators for identifying insulin sensitivity and resistance Satildeo Paulo Med J [online] 2011 129(1) 30-35
61 Gomes MA Rech CR Gomes MBA et al Correlaccedilatildeo entre iacutendices antropomeacutetricos e distribuiccedilatildeo de gordura corporal em mulheres idosas Rev bras cineantropom desempenho hum 2006 set 8(3) 16-22
62 Tarastchuk JCE Gueacuterios EE Bueno RRL et al Obesidade e intervenccedilatildeo coronariana devemos continuar valorizando o Iacutendice de Massa Corpoacuterea Arq Bras Cardiol [online] 2008 90(5) 311-316
41
63 Ferreira AP CB Ferreira VC Souza et al Risco de distuacuterbio glicecircmico em mulheres idosas ajustado por antropometria e genoacutetipos de citocinas Rev Assoc Med Bras [online] 201157(5) 565-569
64 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano em mulheres Rev Bras Cineantrop Desempenho Hum 2006 8 (1) 14-21
65 Newman TB Browner WS Cummings SR Delineando estudos de testes meacutedicos In Hulley SB et al Delineando a pesquisa cliacutenica uma abordagem epidemioloacutegica 2 ed Porto Alegre Artmed 2003 203-224
66 Toscano CM As campanhas nacionais para detecccedilatildeo das doenccedilas crocircnicas natildeo-transmissiacuteveis diabetes e hipertensatildeo arterial Ciecircnc sauacutede Coletiva out-dez 2004 9(4) 885-895
67 Fletcher RH Fletcher SW Prevenccedilatildeo In Fletcher R Fletcher S Epidemiologia
cliacutenica elementos essenciais 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 2006 179-201
68 Jeckel J Elmore J Katz D Meacutetodos de prevenccedilatildeo secundaacuteria In _____ Epidemiologia bioestatiacutestica e medicina preventiva 2 ed Porto Alegre Artmed 2005 236-247
69 Klein CH Bloch KV Estudos seccionais In Medronho RA Carvalho DM Bloch KV Luiz RR Werneck GL Epidemiologia 1ordf ed Satildeo Paulo Editora Atheneu 2002 125-150
70 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Resoluccedilatildeo nordm- 6 de 3 de novembro de 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcenso2010ibgegovbrdados_divulgadosindexphpuf=29gt[201 dez 18]
71 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica ndash Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais (2014) Disponiacutevel em lthttpcodibgegovbr398G9gt [2014 ago 30]
72 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230gt [2013 mai 01]
73 Luiz RR Magnanini MMF A loacutegica da determinaccedilatildeo do tamanho da amostra em investigaccedilotildees epidemioloacutegicas Cad sauacutede coletiva Rio de Janeiro 2000 8(2) 9-28
74 Reis MC Nascimento RAS Pedreira RBS et al Validaccedilatildeo de Face e Clareza do Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede dos Idosos ndash IASI [resumo] in Anais do XIX Congresso Brasileiro Geriatria e Gerontologia Beleacutem 2014 296-296
75 Lohman TG Roche AF Martorell R Anthropometric Standardization Reference Manual Champaign Illinois Human Kinetics 1988
42
76 Vaz JCL Regiotildees de Incerteza para Curva ROC em Teste Diagnoacutesticos
[dissertaccedilatildeo] Satildeo Carlos Universidade Federal de Satildeo Carlos 2009
77 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de 2012
78 Erdreich LS Lee ET Use of relative operating characteristic analysis in epidemiology A method for dealing with subjective judgement Am J Epidemiol 1981 114649-62
79 Aekplakorn W Pakpeankitwatana V Lee CM et al Abdominal obesity and coronary heart disease in Thai men Obesity 200715(4)1036-42
80 Oliveira MAM Fagundes RLM Moreira EAM et al Relaccedilatildeo de Indicadores Antropomeacutetricos com Fatores de Risco para Doenccedila Cardiovascular Arq Bras Cardiol 2010 abr 94(4) 478-485
81 Mendes TAB Goldbaum M Segri NJ et al Factors associated with the prevalence of hypertension and control practices among elderly residents of Satildeo Paulo city Brazil Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(11) 2275-2286
82 Oliveira BFA Souza Mouratildeo D Gomes N et al Prevalecircncia de hipertensatildeo arterial em comunidades ribeirinhas do Rio Madeira Amazocircnia Ocidental Brasileira Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(8) 1617-1630
83 Picon RV Fuchs FD Moreira LB et al Prevalence of Hypertension Among Elderly Persons in Urban Brazil A Systematic Review With Meta-Analysis Am J Hypertens 2013 26 (4) 541-548
84 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Pessoa Idosa e Envelhecimento Seacuteries Pactos pela Sauacutede 2006 v 12 Brasiacutelia ndash DF 2010
85 Leal Neto JS Souza J Coqueiro RS et al Anthropometric indicators of obesity as screening tools for high blood pressure in the elderly Int J Nurs Pract 2013 Aug 19(4) 360-367
86 Schisterman EF Faraggi D Reiser B Trevisan M Statistical inference for the area under the receiver operating characteristic curve in the presence of random measurement error Am J Epidemiol 2001 154 (2) 174-9
87 Samsen M Hanchaiphiboolkul S Puthkhao P et al Appropriate body mass index and waist circumference cutoffs for middle and older age group in Thailand data of 19621 participants from Thai epidemiologic stroke (TES) study J Med Assoc Thai 2012 Sep 95(9)1156-66
88 Ko GTC Chan JCN Cockram CS Woo J Prediction of hypertension diabetes dyslipidemia or albuminuria using simple anthropometric indexes in Hong Kong Chinese Int J Obes 1999 23 (11) 1136-42
43
89 Lin WY Lee LT Chen CY et al Optimal cut-off values for obesity using simple anthropometric indices to predict cardiovascular risk factors in Taiwan Int J Obes Relat Metab Disord 2002261232-8
90 Pua YH Ong PH Anthropometric indices as screening tools for cardiovascular risk factors in Singaporean women Asia Pac J Clin Nutr 2005 14 (1) 74-9
91 Berber A Goacutemez-Santos R Fanghaumlnel G Saacutenchez-Reyes L Anthropometric
indexes in the prediction of type 2 diabetes mellitus hypertension and dyslipidaemia in a Mexican population Int J Obes 200125(12)1794-9
92 Browning LM Hsieh SD Ashwell M A systematic review of waist-to-height ratio
as a screening tool for the prediction of cardiovascular disease and diabetes 05 could be a suitable global boundary value Nutr Res Rev 2010 23(2)247-69
93 Bertsias G Mammas I Linardakis M Kafatos A Overweight and obesity in
relation to cardiovascular disease risk factors among medical students in Crete Greece BMC Public Health 2003 31-9
94 Kashihara H Lee JS Kawakubo K et al Criteria of Waist Circumference According to Computed Tomography-Measured Visceral Fat Area and the Clustering of Cardiovascular Risk Factors Circ J 2009 73 1881-1886
44
APEcircNDICES
45
Apecircndice 1
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
46
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS
PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE SAUacuteDE
DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE
Jequieacute ____ ____ 201__
APEcircNDICE 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Vocecirc esta sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa do Nuacutecleo de
Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo (NESP) da Universidade Estadual do Sudoeste da
Bahia
Objetivo do estudo Avaliar e monitorar as condiccedilotildees de sauacutede de idosos residentes
em comunidade
Participaccedilatildeo Ao aceitar participar do estudo estarei agrave disposiccedilatildeo do pesquisador
para responder ao formulaacuterio que seraacute arquivado pelo autor por um periacuteodo de cinco
anos sendo posteriormente incinerado
Riscos Este estudo natildeo traraacute riscos para minha integridade fiacutesica ou moral dos
participantes
Confidencialidade do estudo Seraacute garantida a privacidade o anonimato bem como
o direito de aceitar ou natildeo participar da pesquisa podendo ser essa autorizaccedilatildeo
suspensa em qualquer fase do estudo Assim as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo
4662012 do Conselho Nacional de Sauacutede que discorre sobre pesquisa envolvendo
seres humanos seratildeo atendidas Os resultados seratildeo publicados no relatoacuterio final da
dissertaccedilatildeo e artigos cientiacuteficos
47
Benefiacutecios Accedilotildees interinstitucionais articuladas promovidas numa perspectiva
interdisciplinar possibilitaratildeo uma melhor compreensatildeo das condiccedilotildees de sauacutede dos
idosos residentes em comunidade do municiacutepio e contribuiraacute para a formulaccedilatildeo de
accedilotildees direcionadas as necessidades dessa populaccedilatildeo
Danos advindos da pesquisa Caso haja algum prejuiacutezo decorrente da realizaccedilatildeo
deste estudo seraacute providenciada a devida reparaccedilatildeo dos danos atraveacutes do
responsaacutevel pelo estudo O pesquisador e os entrevistados natildeo receberatildeo benefiacutecios
financeiros para participaccedilatildeo no estudo Todas as despesas seratildeo por conta do
pesquisador
Participaccedilatildeo voluntaacuteria Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria podendo a qualquer
momento desistir do estudo sem qualquer prejuiacutezo ou penalidade para mim
Consentimento para participaccedilatildeo Apoacutes ser devidamente esclarecido (a) quanto
aos objetivos deste estudo dos procedimentos aos quais serei submetido (a) bem
como dos possiacuteveis riscos decorrentes da minha participaccedilatildeo estou de acordo em
participar do mesmo O pesquisador responsaacutevel pelo estudo assegura que seraacute
disponibilizado qualquer esclarecimento adicional que eu venha a solicitar durante a
realizaccedilatildeo da pesquisa e o direito de desistir da participaccedilatildeo em qualquer momento
Em casos de duacutevidas eou problemas referentes ao estudo vocecirc poderaacute
entrar em contato com o autor atraveacutes do Nuacutecleo de Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo
(NESP) (73) 3528-9721
Sendo assim eu ______________________________________________
aceito livremente participar do Projeto MONIDI
__________________________________ __________________________________
Assinatura do (a) participante
RG _________________________
Assinatura do (a) pesquisador
RG_________________________
48
Apecircndice 2
Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede do Idoso
49
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS
PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE
SAUacuteDE DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE
Nuacutemero do Questionaacuterio |__|__|__|
Nome do Entrevistador ___________________________
Visita 1 2 3
Data Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Hora de iniacutecio ________
Hora de teacutermino ________
I INFORMACcedilOtildeES PESSOAIS E SOCIODEMOGRAacuteFICAS
1 Nome do entrevistado
2Sexo
0 ( ) Feminino
1 ( ) Masculino
3 Endereccedilo completotelefone
4 Idade ____ anos
41 Data de Nascimento
____________
50
5 Situaccedilatildeo conjugal atual
1 ( ) Casado(a) 2 ( ) Uniatildeo estaacutevel 3 ( ) Solteiroa
4 ( ) Divorciado(a)separado(a)desquitado(a) 5 ( ) Viuacutevoa
6 No total quantas vezes o (a) Sr(a) esteve casado(a) ou em uniatildeo
Nordm de vezes |___|___|
7 Na escola qual a uacuteltima seacuterie grau que concluiu com aprovaccedilatildeo
1 - Nunca foi agrave escola ( ) 4 - Fundamental II ( )5 a ( )6 a ( )7 a ( )8 a
2 - Lecirc e escreve o nome ( ) 5 - Ensino Meacutedio ( ) 1 a ( )2 a ( )3
3 - Fundamental I ( )1 a ( )2 a 6 - Superior ( ) completo ( ) incompleto
( )3 a ( )4 a
8 Como vocecirc classificaria a cor da sua pele
1( ) Branca 2( ) Amarela (oriental) 3( ) Parda
4( ) Origem indiacutegena 5( ) Preta 9( ) Natildeo sabe
9 Cor da pele (entrevistador)
1( ) branca 2( ) amarela (oriental) 3( ) parda
4( ) origem indiacutegena 5( ) preta
10-Quantos filhos e filhas nascidos vivos o(a)Sr(a) teve (natildeo inclua enteados filhos
adotivos abortos ou filhos nascidos mortos)
Nuacutemero de filhos |____|____| (98) NS (99) NR
11 Atualmente o senhor (a) mora sozinho ou acompanhado
1( )Acompanhado 2( ) Sozinho 3( ) NR 4( )NS
51
12 Desde que o senhor (a) nasceu viveu no campo por 5 anos ou mais
0( ) Natildeo 1( ) Sim 2( ) NS 3( ) NR
13 Qual eacute a sua religiatildeo
1( ) Catoacutelica 2( ) Protestante 3( ) Judaica
4( ) Espiacuteritakardecista 5( ) Umbanda 6( ) Outras ____________
14 Qual a importacircncia da religiatildeo em sua vida
(1) Importante (2) Regular (3) Nada importante (8) NS (9) NR
15 Com que frequecircncia o senhor vai agrave igreja ou ao serviccedilo religioso
( ) Nunca ( ) Vaacuterias vezes por ano ( ) Uma duas vezes por mecircs
( ) Quase toda semana ( ) Mais de uma vez por semana ( ) NS ( ) NR
16 Quanto vocecirc ganha em meacutedia por mecircs R$ __________8( )Natildeo se aplica
II A CONSUMO DE AacuteLCOOL E TABACO
Uso de bebidas alcooacutelicas
1 Vocecirc consome bebidas alcooacutelicas Se vocecirc NAtildeO BEBE siga para o bloco III C
0 ( )sim 1( ) natildeo
2 Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
3 As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
4 Sente-se chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
5 Costuma beber pela manhatilde para diminuir o nervosismo ou a ressaca
0 ( ) sim 1( ) natildeo
Haacutebito de fumar
1 Vocecirc jaacute foi fumante 0 ( ) sim 1( ) natildeo
52
2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco
III C
3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros
4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias
III ANTROPOMETRIA
MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS
ESTATURA
MASSA CORPORAL
CIRCUNFEREcircNCIA
DE CINTURA
IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL
MEDIDA 01 02 03
Pressatildeo arterial
sistoacutelica
Pressatildeo arterial
diastoacutelica
53
ANEXOS
54
Anexo 1
Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos
55
56
40
51 Pouliot MC Despreacutes JP Lemieux S et al Waist circumference and abdominal sagittal diameter Best simple anthropometric indexes of abdominal visceral adipose tissue accumulation and related cardiovascular risk in men and woman Am J Cardiology 1994 73 460-468
52 Peixoto MRG Beniacutecio MHD Latorre M et al Circunferecircncia da Cintura e Iacutendice de massa Corporal como Preditores da Hipertensatildeo Arterial Arq Bras Cardiol 200687 462-470
53 MacKay MF Haffner SM Wagenknecht LE et al Prediction of type 2 diabetes using alternate anthropometric measures in a multiethnic cohort the insulin resistance atherosclerosis study Diabetes Care 200932(5)956-8
54 Valdez R A simple model-based index of abdominal adiposity J Clin Epidemiol1991 44(9) 955-6
55 Pitanga FJG Lessa I Sensibilidade e especificidade do iacutendice de conicidade como discriminador do risco coronariano de adultos em Salvador Brasil Rev Bras Epidemiol 20047(3)259-69
56 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano elevado em adultos na cidade de Salvador - Bahia Arq Bras Cardiol 2005 85 (1)26-31
57 Ghosh JR Bandyopadhyay AR Comparative evaluation of obesity measures relationship with blood pressures and hypertension Singapore Med J 200748(3) 232-5
58 Almeida RT Almeida MMG Araujo TM Obesidade abdominal e risco cardiovascular desempenho de indicadores antropomeacutetricos em mulheres Arq Bras Cardiol 2009 out92(5)375-380
59 Freitas Juacutenior Costa Rosa CS Codogno JS et al Capacidade cardiorrespiratoacuteria e distribuiccedilatildeo de gordura corporal de mulheres com 50 anos ou mais Rev Esc Enferm USP 2010 44(2) 395-400
60 Matos LN Giorelli GV Dias CB Correlation of anthropometric indicators for identifying insulin sensitivity and resistance Satildeo Paulo Med J [online] 2011 129(1) 30-35
61 Gomes MA Rech CR Gomes MBA et al Correlaccedilatildeo entre iacutendices antropomeacutetricos e distribuiccedilatildeo de gordura corporal em mulheres idosas Rev bras cineantropom desempenho hum 2006 set 8(3) 16-22
62 Tarastchuk JCE Gueacuterios EE Bueno RRL et al Obesidade e intervenccedilatildeo coronariana devemos continuar valorizando o Iacutendice de Massa Corpoacuterea Arq Bras Cardiol [online] 2008 90(5) 311-316
41
63 Ferreira AP CB Ferreira VC Souza et al Risco de distuacuterbio glicecircmico em mulheres idosas ajustado por antropometria e genoacutetipos de citocinas Rev Assoc Med Bras [online] 201157(5) 565-569
64 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano em mulheres Rev Bras Cineantrop Desempenho Hum 2006 8 (1) 14-21
65 Newman TB Browner WS Cummings SR Delineando estudos de testes meacutedicos In Hulley SB et al Delineando a pesquisa cliacutenica uma abordagem epidemioloacutegica 2 ed Porto Alegre Artmed 2003 203-224
66 Toscano CM As campanhas nacionais para detecccedilatildeo das doenccedilas crocircnicas natildeo-transmissiacuteveis diabetes e hipertensatildeo arterial Ciecircnc sauacutede Coletiva out-dez 2004 9(4) 885-895
67 Fletcher RH Fletcher SW Prevenccedilatildeo In Fletcher R Fletcher S Epidemiologia
cliacutenica elementos essenciais 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 2006 179-201
68 Jeckel J Elmore J Katz D Meacutetodos de prevenccedilatildeo secundaacuteria In _____ Epidemiologia bioestatiacutestica e medicina preventiva 2 ed Porto Alegre Artmed 2005 236-247
69 Klein CH Bloch KV Estudos seccionais In Medronho RA Carvalho DM Bloch KV Luiz RR Werneck GL Epidemiologia 1ordf ed Satildeo Paulo Editora Atheneu 2002 125-150
70 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Resoluccedilatildeo nordm- 6 de 3 de novembro de 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcenso2010ibgegovbrdados_divulgadosindexphpuf=29gt[201 dez 18]
71 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica ndash Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais (2014) Disponiacutevel em lthttpcodibgegovbr398G9gt [2014 ago 30]
72 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230gt [2013 mai 01]
73 Luiz RR Magnanini MMF A loacutegica da determinaccedilatildeo do tamanho da amostra em investigaccedilotildees epidemioloacutegicas Cad sauacutede coletiva Rio de Janeiro 2000 8(2) 9-28
74 Reis MC Nascimento RAS Pedreira RBS et al Validaccedilatildeo de Face e Clareza do Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede dos Idosos ndash IASI [resumo] in Anais do XIX Congresso Brasileiro Geriatria e Gerontologia Beleacutem 2014 296-296
75 Lohman TG Roche AF Martorell R Anthropometric Standardization Reference Manual Champaign Illinois Human Kinetics 1988
42
76 Vaz JCL Regiotildees de Incerteza para Curva ROC em Teste Diagnoacutesticos
[dissertaccedilatildeo] Satildeo Carlos Universidade Federal de Satildeo Carlos 2009
77 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de 2012
78 Erdreich LS Lee ET Use of relative operating characteristic analysis in epidemiology A method for dealing with subjective judgement Am J Epidemiol 1981 114649-62
79 Aekplakorn W Pakpeankitwatana V Lee CM et al Abdominal obesity and coronary heart disease in Thai men Obesity 200715(4)1036-42
80 Oliveira MAM Fagundes RLM Moreira EAM et al Relaccedilatildeo de Indicadores Antropomeacutetricos com Fatores de Risco para Doenccedila Cardiovascular Arq Bras Cardiol 2010 abr 94(4) 478-485
81 Mendes TAB Goldbaum M Segri NJ et al Factors associated with the prevalence of hypertension and control practices among elderly residents of Satildeo Paulo city Brazil Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(11) 2275-2286
82 Oliveira BFA Souza Mouratildeo D Gomes N et al Prevalecircncia de hipertensatildeo arterial em comunidades ribeirinhas do Rio Madeira Amazocircnia Ocidental Brasileira Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(8) 1617-1630
83 Picon RV Fuchs FD Moreira LB et al Prevalence of Hypertension Among Elderly Persons in Urban Brazil A Systematic Review With Meta-Analysis Am J Hypertens 2013 26 (4) 541-548
84 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Pessoa Idosa e Envelhecimento Seacuteries Pactos pela Sauacutede 2006 v 12 Brasiacutelia ndash DF 2010
85 Leal Neto JS Souza J Coqueiro RS et al Anthropometric indicators of obesity as screening tools for high blood pressure in the elderly Int J Nurs Pract 2013 Aug 19(4) 360-367
86 Schisterman EF Faraggi D Reiser B Trevisan M Statistical inference for the area under the receiver operating characteristic curve in the presence of random measurement error Am J Epidemiol 2001 154 (2) 174-9
87 Samsen M Hanchaiphiboolkul S Puthkhao P et al Appropriate body mass index and waist circumference cutoffs for middle and older age group in Thailand data of 19621 participants from Thai epidemiologic stroke (TES) study J Med Assoc Thai 2012 Sep 95(9)1156-66
88 Ko GTC Chan JCN Cockram CS Woo J Prediction of hypertension diabetes dyslipidemia or albuminuria using simple anthropometric indexes in Hong Kong Chinese Int J Obes 1999 23 (11) 1136-42
43
89 Lin WY Lee LT Chen CY et al Optimal cut-off values for obesity using simple anthropometric indices to predict cardiovascular risk factors in Taiwan Int J Obes Relat Metab Disord 2002261232-8
90 Pua YH Ong PH Anthropometric indices as screening tools for cardiovascular risk factors in Singaporean women Asia Pac J Clin Nutr 2005 14 (1) 74-9
91 Berber A Goacutemez-Santos R Fanghaumlnel G Saacutenchez-Reyes L Anthropometric
indexes in the prediction of type 2 diabetes mellitus hypertension and dyslipidaemia in a Mexican population Int J Obes 200125(12)1794-9
92 Browning LM Hsieh SD Ashwell M A systematic review of waist-to-height ratio
as a screening tool for the prediction of cardiovascular disease and diabetes 05 could be a suitable global boundary value Nutr Res Rev 2010 23(2)247-69
93 Bertsias G Mammas I Linardakis M Kafatos A Overweight and obesity in
relation to cardiovascular disease risk factors among medical students in Crete Greece BMC Public Health 2003 31-9
94 Kashihara H Lee JS Kawakubo K et al Criteria of Waist Circumference According to Computed Tomography-Measured Visceral Fat Area and the Clustering of Cardiovascular Risk Factors Circ J 2009 73 1881-1886
44
APEcircNDICES
45
Apecircndice 1
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
46
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS
PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE SAUacuteDE
DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE
Jequieacute ____ ____ 201__
APEcircNDICE 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Vocecirc esta sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa do Nuacutecleo de
Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo (NESP) da Universidade Estadual do Sudoeste da
Bahia
Objetivo do estudo Avaliar e monitorar as condiccedilotildees de sauacutede de idosos residentes
em comunidade
Participaccedilatildeo Ao aceitar participar do estudo estarei agrave disposiccedilatildeo do pesquisador
para responder ao formulaacuterio que seraacute arquivado pelo autor por um periacuteodo de cinco
anos sendo posteriormente incinerado
Riscos Este estudo natildeo traraacute riscos para minha integridade fiacutesica ou moral dos
participantes
Confidencialidade do estudo Seraacute garantida a privacidade o anonimato bem como
o direito de aceitar ou natildeo participar da pesquisa podendo ser essa autorizaccedilatildeo
suspensa em qualquer fase do estudo Assim as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo
4662012 do Conselho Nacional de Sauacutede que discorre sobre pesquisa envolvendo
seres humanos seratildeo atendidas Os resultados seratildeo publicados no relatoacuterio final da
dissertaccedilatildeo e artigos cientiacuteficos
47
Benefiacutecios Accedilotildees interinstitucionais articuladas promovidas numa perspectiva
interdisciplinar possibilitaratildeo uma melhor compreensatildeo das condiccedilotildees de sauacutede dos
idosos residentes em comunidade do municiacutepio e contribuiraacute para a formulaccedilatildeo de
accedilotildees direcionadas as necessidades dessa populaccedilatildeo
Danos advindos da pesquisa Caso haja algum prejuiacutezo decorrente da realizaccedilatildeo
deste estudo seraacute providenciada a devida reparaccedilatildeo dos danos atraveacutes do
responsaacutevel pelo estudo O pesquisador e os entrevistados natildeo receberatildeo benefiacutecios
financeiros para participaccedilatildeo no estudo Todas as despesas seratildeo por conta do
pesquisador
Participaccedilatildeo voluntaacuteria Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria podendo a qualquer
momento desistir do estudo sem qualquer prejuiacutezo ou penalidade para mim
Consentimento para participaccedilatildeo Apoacutes ser devidamente esclarecido (a) quanto
aos objetivos deste estudo dos procedimentos aos quais serei submetido (a) bem
como dos possiacuteveis riscos decorrentes da minha participaccedilatildeo estou de acordo em
participar do mesmo O pesquisador responsaacutevel pelo estudo assegura que seraacute
disponibilizado qualquer esclarecimento adicional que eu venha a solicitar durante a
realizaccedilatildeo da pesquisa e o direito de desistir da participaccedilatildeo em qualquer momento
Em casos de duacutevidas eou problemas referentes ao estudo vocecirc poderaacute
entrar em contato com o autor atraveacutes do Nuacutecleo de Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo
(NESP) (73) 3528-9721
Sendo assim eu ______________________________________________
aceito livremente participar do Projeto MONIDI
__________________________________ __________________________________
Assinatura do (a) participante
RG _________________________
Assinatura do (a) pesquisador
RG_________________________
48
Apecircndice 2
Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede do Idoso
49
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS
PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE
SAUacuteDE DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE
Nuacutemero do Questionaacuterio |__|__|__|
Nome do Entrevistador ___________________________
Visita 1 2 3
Data Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Hora de iniacutecio ________
Hora de teacutermino ________
I INFORMACcedilOtildeES PESSOAIS E SOCIODEMOGRAacuteFICAS
1 Nome do entrevistado
2Sexo
0 ( ) Feminino
1 ( ) Masculino
3 Endereccedilo completotelefone
4 Idade ____ anos
41 Data de Nascimento
____________
50
5 Situaccedilatildeo conjugal atual
1 ( ) Casado(a) 2 ( ) Uniatildeo estaacutevel 3 ( ) Solteiroa
4 ( ) Divorciado(a)separado(a)desquitado(a) 5 ( ) Viuacutevoa
6 No total quantas vezes o (a) Sr(a) esteve casado(a) ou em uniatildeo
Nordm de vezes |___|___|
7 Na escola qual a uacuteltima seacuterie grau que concluiu com aprovaccedilatildeo
1 - Nunca foi agrave escola ( ) 4 - Fundamental II ( )5 a ( )6 a ( )7 a ( )8 a
2 - Lecirc e escreve o nome ( ) 5 - Ensino Meacutedio ( ) 1 a ( )2 a ( )3
3 - Fundamental I ( )1 a ( )2 a 6 - Superior ( ) completo ( ) incompleto
( )3 a ( )4 a
8 Como vocecirc classificaria a cor da sua pele
1( ) Branca 2( ) Amarela (oriental) 3( ) Parda
4( ) Origem indiacutegena 5( ) Preta 9( ) Natildeo sabe
9 Cor da pele (entrevistador)
1( ) branca 2( ) amarela (oriental) 3( ) parda
4( ) origem indiacutegena 5( ) preta
10-Quantos filhos e filhas nascidos vivos o(a)Sr(a) teve (natildeo inclua enteados filhos
adotivos abortos ou filhos nascidos mortos)
Nuacutemero de filhos |____|____| (98) NS (99) NR
11 Atualmente o senhor (a) mora sozinho ou acompanhado
1( )Acompanhado 2( ) Sozinho 3( ) NR 4( )NS
51
12 Desde que o senhor (a) nasceu viveu no campo por 5 anos ou mais
0( ) Natildeo 1( ) Sim 2( ) NS 3( ) NR
13 Qual eacute a sua religiatildeo
1( ) Catoacutelica 2( ) Protestante 3( ) Judaica
4( ) Espiacuteritakardecista 5( ) Umbanda 6( ) Outras ____________
14 Qual a importacircncia da religiatildeo em sua vida
(1) Importante (2) Regular (3) Nada importante (8) NS (9) NR
15 Com que frequecircncia o senhor vai agrave igreja ou ao serviccedilo religioso
( ) Nunca ( ) Vaacuterias vezes por ano ( ) Uma duas vezes por mecircs
( ) Quase toda semana ( ) Mais de uma vez por semana ( ) NS ( ) NR
16 Quanto vocecirc ganha em meacutedia por mecircs R$ __________8( )Natildeo se aplica
II A CONSUMO DE AacuteLCOOL E TABACO
Uso de bebidas alcooacutelicas
1 Vocecirc consome bebidas alcooacutelicas Se vocecirc NAtildeO BEBE siga para o bloco III C
0 ( )sim 1( ) natildeo
2 Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
3 As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
4 Sente-se chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
5 Costuma beber pela manhatilde para diminuir o nervosismo ou a ressaca
0 ( ) sim 1( ) natildeo
Haacutebito de fumar
1 Vocecirc jaacute foi fumante 0 ( ) sim 1( ) natildeo
52
2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco
III C
3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros
4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias
III ANTROPOMETRIA
MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS
ESTATURA
MASSA CORPORAL
CIRCUNFEREcircNCIA
DE CINTURA
IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL
MEDIDA 01 02 03
Pressatildeo arterial
sistoacutelica
Pressatildeo arterial
diastoacutelica
53
ANEXOS
54
Anexo 1
Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos
55
56
41
63 Ferreira AP CB Ferreira VC Souza et al Risco de distuacuterbio glicecircmico em mulheres idosas ajustado por antropometria e genoacutetipos de citocinas Rev Assoc Med Bras [online] 201157(5) 565-569
64 Pitanga FJG Lessa I Indicadores antropomeacutetricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano em mulheres Rev Bras Cineantrop Desempenho Hum 2006 8 (1) 14-21
65 Newman TB Browner WS Cummings SR Delineando estudos de testes meacutedicos In Hulley SB et al Delineando a pesquisa cliacutenica uma abordagem epidemioloacutegica 2 ed Porto Alegre Artmed 2003 203-224
66 Toscano CM As campanhas nacionais para detecccedilatildeo das doenccedilas crocircnicas natildeo-transmissiacuteveis diabetes e hipertensatildeo arterial Ciecircnc sauacutede Coletiva out-dez 2004 9(4) 885-895
67 Fletcher RH Fletcher SW Prevenccedilatildeo In Fletcher R Fletcher S Epidemiologia
cliacutenica elementos essenciais 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 2006 179-201
68 Jeckel J Elmore J Katz D Meacutetodos de prevenccedilatildeo secundaacuteria In _____ Epidemiologia bioestatiacutestica e medicina preventiva 2 ed Porto Alegre Artmed 2005 236-247
69 Klein CH Bloch KV Estudos seccionais In Medronho RA Carvalho DM Bloch KV Luiz RR Werneck GL Epidemiologia 1ordf ed Satildeo Paulo Editora Atheneu 2002 125-150
70 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Resoluccedilatildeo nordm- 6 de 3 de novembro de 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcenso2010ibgegovbrdados_divulgadosindexphpuf=29gt[201 dez 18]
71 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica ndash Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais (2014) Disponiacutevel em lthttpcodibgegovbr398G9gt [2014 ago 30]
72 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelpainelphpcodmun=291230gt [2013 mai 01]
73 Luiz RR Magnanini MMF A loacutegica da determinaccedilatildeo do tamanho da amostra em investigaccedilotildees epidemioloacutegicas Cad sauacutede coletiva Rio de Janeiro 2000 8(2) 9-28
74 Reis MC Nascimento RAS Pedreira RBS et al Validaccedilatildeo de Face e Clareza do Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede dos Idosos ndash IASI [resumo] in Anais do XIX Congresso Brasileiro Geriatria e Gerontologia Beleacutem 2014 296-296
75 Lohman TG Roche AF Martorell R Anthropometric Standardization Reference Manual Champaign Illinois Human Kinetics 1988
42
76 Vaz JCL Regiotildees de Incerteza para Curva ROC em Teste Diagnoacutesticos
[dissertaccedilatildeo] Satildeo Carlos Universidade Federal de Satildeo Carlos 2009
77 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de 2012
78 Erdreich LS Lee ET Use of relative operating characteristic analysis in epidemiology A method for dealing with subjective judgement Am J Epidemiol 1981 114649-62
79 Aekplakorn W Pakpeankitwatana V Lee CM et al Abdominal obesity and coronary heart disease in Thai men Obesity 200715(4)1036-42
80 Oliveira MAM Fagundes RLM Moreira EAM et al Relaccedilatildeo de Indicadores Antropomeacutetricos com Fatores de Risco para Doenccedila Cardiovascular Arq Bras Cardiol 2010 abr 94(4) 478-485
81 Mendes TAB Goldbaum M Segri NJ et al Factors associated with the prevalence of hypertension and control practices among elderly residents of Satildeo Paulo city Brazil Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(11) 2275-2286
82 Oliveira BFA Souza Mouratildeo D Gomes N et al Prevalecircncia de hipertensatildeo arterial em comunidades ribeirinhas do Rio Madeira Amazocircnia Ocidental Brasileira Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(8) 1617-1630
83 Picon RV Fuchs FD Moreira LB et al Prevalence of Hypertension Among Elderly Persons in Urban Brazil A Systematic Review With Meta-Analysis Am J Hypertens 2013 26 (4) 541-548
84 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Pessoa Idosa e Envelhecimento Seacuteries Pactos pela Sauacutede 2006 v 12 Brasiacutelia ndash DF 2010
85 Leal Neto JS Souza J Coqueiro RS et al Anthropometric indicators of obesity as screening tools for high blood pressure in the elderly Int J Nurs Pract 2013 Aug 19(4) 360-367
86 Schisterman EF Faraggi D Reiser B Trevisan M Statistical inference for the area under the receiver operating characteristic curve in the presence of random measurement error Am J Epidemiol 2001 154 (2) 174-9
87 Samsen M Hanchaiphiboolkul S Puthkhao P et al Appropriate body mass index and waist circumference cutoffs for middle and older age group in Thailand data of 19621 participants from Thai epidemiologic stroke (TES) study J Med Assoc Thai 2012 Sep 95(9)1156-66
88 Ko GTC Chan JCN Cockram CS Woo J Prediction of hypertension diabetes dyslipidemia or albuminuria using simple anthropometric indexes in Hong Kong Chinese Int J Obes 1999 23 (11) 1136-42
43
89 Lin WY Lee LT Chen CY et al Optimal cut-off values for obesity using simple anthropometric indices to predict cardiovascular risk factors in Taiwan Int J Obes Relat Metab Disord 2002261232-8
90 Pua YH Ong PH Anthropometric indices as screening tools for cardiovascular risk factors in Singaporean women Asia Pac J Clin Nutr 2005 14 (1) 74-9
91 Berber A Goacutemez-Santos R Fanghaumlnel G Saacutenchez-Reyes L Anthropometric
indexes in the prediction of type 2 diabetes mellitus hypertension and dyslipidaemia in a Mexican population Int J Obes 200125(12)1794-9
92 Browning LM Hsieh SD Ashwell M A systematic review of waist-to-height ratio
as a screening tool for the prediction of cardiovascular disease and diabetes 05 could be a suitable global boundary value Nutr Res Rev 2010 23(2)247-69
93 Bertsias G Mammas I Linardakis M Kafatos A Overweight and obesity in
relation to cardiovascular disease risk factors among medical students in Crete Greece BMC Public Health 2003 31-9
94 Kashihara H Lee JS Kawakubo K et al Criteria of Waist Circumference According to Computed Tomography-Measured Visceral Fat Area and the Clustering of Cardiovascular Risk Factors Circ J 2009 73 1881-1886
44
APEcircNDICES
45
Apecircndice 1
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
46
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS
PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE SAUacuteDE
DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE
Jequieacute ____ ____ 201__
APEcircNDICE 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Vocecirc esta sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa do Nuacutecleo de
Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo (NESP) da Universidade Estadual do Sudoeste da
Bahia
Objetivo do estudo Avaliar e monitorar as condiccedilotildees de sauacutede de idosos residentes
em comunidade
Participaccedilatildeo Ao aceitar participar do estudo estarei agrave disposiccedilatildeo do pesquisador
para responder ao formulaacuterio que seraacute arquivado pelo autor por um periacuteodo de cinco
anos sendo posteriormente incinerado
Riscos Este estudo natildeo traraacute riscos para minha integridade fiacutesica ou moral dos
participantes
Confidencialidade do estudo Seraacute garantida a privacidade o anonimato bem como
o direito de aceitar ou natildeo participar da pesquisa podendo ser essa autorizaccedilatildeo
suspensa em qualquer fase do estudo Assim as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo
4662012 do Conselho Nacional de Sauacutede que discorre sobre pesquisa envolvendo
seres humanos seratildeo atendidas Os resultados seratildeo publicados no relatoacuterio final da
dissertaccedilatildeo e artigos cientiacuteficos
47
Benefiacutecios Accedilotildees interinstitucionais articuladas promovidas numa perspectiva
interdisciplinar possibilitaratildeo uma melhor compreensatildeo das condiccedilotildees de sauacutede dos
idosos residentes em comunidade do municiacutepio e contribuiraacute para a formulaccedilatildeo de
accedilotildees direcionadas as necessidades dessa populaccedilatildeo
Danos advindos da pesquisa Caso haja algum prejuiacutezo decorrente da realizaccedilatildeo
deste estudo seraacute providenciada a devida reparaccedilatildeo dos danos atraveacutes do
responsaacutevel pelo estudo O pesquisador e os entrevistados natildeo receberatildeo benefiacutecios
financeiros para participaccedilatildeo no estudo Todas as despesas seratildeo por conta do
pesquisador
Participaccedilatildeo voluntaacuteria Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria podendo a qualquer
momento desistir do estudo sem qualquer prejuiacutezo ou penalidade para mim
Consentimento para participaccedilatildeo Apoacutes ser devidamente esclarecido (a) quanto
aos objetivos deste estudo dos procedimentos aos quais serei submetido (a) bem
como dos possiacuteveis riscos decorrentes da minha participaccedilatildeo estou de acordo em
participar do mesmo O pesquisador responsaacutevel pelo estudo assegura que seraacute
disponibilizado qualquer esclarecimento adicional que eu venha a solicitar durante a
realizaccedilatildeo da pesquisa e o direito de desistir da participaccedilatildeo em qualquer momento
Em casos de duacutevidas eou problemas referentes ao estudo vocecirc poderaacute
entrar em contato com o autor atraveacutes do Nuacutecleo de Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo
(NESP) (73) 3528-9721
Sendo assim eu ______________________________________________
aceito livremente participar do Projeto MONIDI
__________________________________ __________________________________
Assinatura do (a) participante
RG _________________________
Assinatura do (a) pesquisador
RG_________________________
48
Apecircndice 2
Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede do Idoso
49
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS
PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE
SAUacuteDE DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE
Nuacutemero do Questionaacuterio |__|__|__|
Nome do Entrevistador ___________________________
Visita 1 2 3
Data Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Hora de iniacutecio ________
Hora de teacutermino ________
I INFORMACcedilOtildeES PESSOAIS E SOCIODEMOGRAacuteFICAS
1 Nome do entrevistado
2Sexo
0 ( ) Feminino
1 ( ) Masculino
3 Endereccedilo completotelefone
4 Idade ____ anos
41 Data de Nascimento
____________
50
5 Situaccedilatildeo conjugal atual
1 ( ) Casado(a) 2 ( ) Uniatildeo estaacutevel 3 ( ) Solteiroa
4 ( ) Divorciado(a)separado(a)desquitado(a) 5 ( ) Viuacutevoa
6 No total quantas vezes o (a) Sr(a) esteve casado(a) ou em uniatildeo
Nordm de vezes |___|___|
7 Na escola qual a uacuteltima seacuterie grau que concluiu com aprovaccedilatildeo
1 - Nunca foi agrave escola ( ) 4 - Fundamental II ( )5 a ( )6 a ( )7 a ( )8 a
2 - Lecirc e escreve o nome ( ) 5 - Ensino Meacutedio ( ) 1 a ( )2 a ( )3
3 - Fundamental I ( )1 a ( )2 a 6 - Superior ( ) completo ( ) incompleto
( )3 a ( )4 a
8 Como vocecirc classificaria a cor da sua pele
1( ) Branca 2( ) Amarela (oriental) 3( ) Parda
4( ) Origem indiacutegena 5( ) Preta 9( ) Natildeo sabe
9 Cor da pele (entrevistador)
1( ) branca 2( ) amarela (oriental) 3( ) parda
4( ) origem indiacutegena 5( ) preta
10-Quantos filhos e filhas nascidos vivos o(a)Sr(a) teve (natildeo inclua enteados filhos
adotivos abortos ou filhos nascidos mortos)
Nuacutemero de filhos |____|____| (98) NS (99) NR
11 Atualmente o senhor (a) mora sozinho ou acompanhado
1( )Acompanhado 2( ) Sozinho 3( ) NR 4( )NS
51
12 Desde que o senhor (a) nasceu viveu no campo por 5 anos ou mais
0( ) Natildeo 1( ) Sim 2( ) NS 3( ) NR
13 Qual eacute a sua religiatildeo
1( ) Catoacutelica 2( ) Protestante 3( ) Judaica
4( ) Espiacuteritakardecista 5( ) Umbanda 6( ) Outras ____________
14 Qual a importacircncia da religiatildeo em sua vida
(1) Importante (2) Regular (3) Nada importante (8) NS (9) NR
15 Com que frequecircncia o senhor vai agrave igreja ou ao serviccedilo religioso
( ) Nunca ( ) Vaacuterias vezes por ano ( ) Uma duas vezes por mecircs
( ) Quase toda semana ( ) Mais de uma vez por semana ( ) NS ( ) NR
16 Quanto vocecirc ganha em meacutedia por mecircs R$ __________8( )Natildeo se aplica
II A CONSUMO DE AacuteLCOOL E TABACO
Uso de bebidas alcooacutelicas
1 Vocecirc consome bebidas alcooacutelicas Se vocecirc NAtildeO BEBE siga para o bloco III C
0 ( )sim 1( ) natildeo
2 Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
3 As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
4 Sente-se chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
5 Costuma beber pela manhatilde para diminuir o nervosismo ou a ressaca
0 ( ) sim 1( ) natildeo
Haacutebito de fumar
1 Vocecirc jaacute foi fumante 0 ( ) sim 1( ) natildeo
52
2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco
III C
3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros
4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias
III ANTROPOMETRIA
MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS
ESTATURA
MASSA CORPORAL
CIRCUNFEREcircNCIA
DE CINTURA
IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL
MEDIDA 01 02 03
Pressatildeo arterial
sistoacutelica
Pressatildeo arterial
diastoacutelica
53
ANEXOS
54
Anexo 1
Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos
55
56
42
76 Vaz JCL Regiotildees de Incerteza para Curva ROC em Teste Diagnoacutesticos
[dissertaccedilatildeo] Satildeo Carlos Universidade Federal de Satildeo Carlos 2009
77 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Conselho Nacional de Sauacutede Resoluccedilatildeo 46612 de 13 de junho de 2012
78 Erdreich LS Lee ET Use of relative operating characteristic analysis in epidemiology A method for dealing with subjective judgement Am J Epidemiol 1981 114649-62
79 Aekplakorn W Pakpeankitwatana V Lee CM et al Abdominal obesity and coronary heart disease in Thai men Obesity 200715(4)1036-42
80 Oliveira MAM Fagundes RLM Moreira EAM et al Relaccedilatildeo de Indicadores Antropomeacutetricos com Fatores de Risco para Doenccedila Cardiovascular Arq Bras Cardiol 2010 abr 94(4) 478-485
81 Mendes TAB Goldbaum M Segri NJ et al Factors associated with the prevalence of hypertension and control practices among elderly residents of Satildeo Paulo city Brazil Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(11) 2275-2286
82 Oliveira BFA Souza Mouratildeo D Gomes N et al Prevalecircncia de hipertensatildeo arterial em comunidades ribeirinhas do Rio Madeira Amazocircnia Ocidental Brasileira Cad sauacutede puacuteblica [online] 2013 29(8) 1617-1630
83 Picon RV Fuchs FD Moreira LB et al Prevalence of Hypertension Among Elderly Persons in Urban Brazil A Systematic Review With Meta-Analysis Am J Hypertens 2013 26 (4) 541-548
84 Ministeacuterio da Sauacutede (Brasil) Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Pessoa Idosa e Envelhecimento Seacuteries Pactos pela Sauacutede 2006 v 12 Brasiacutelia ndash DF 2010
85 Leal Neto JS Souza J Coqueiro RS et al Anthropometric indicators of obesity as screening tools for high blood pressure in the elderly Int J Nurs Pract 2013 Aug 19(4) 360-367
86 Schisterman EF Faraggi D Reiser B Trevisan M Statistical inference for the area under the receiver operating characteristic curve in the presence of random measurement error Am J Epidemiol 2001 154 (2) 174-9
87 Samsen M Hanchaiphiboolkul S Puthkhao P et al Appropriate body mass index and waist circumference cutoffs for middle and older age group in Thailand data of 19621 participants from Thai epidemiologic stroke (TES) study J Med Assoc Thai 2012 Sep 95(9)1156-66
88 Ko GTC Chan JCN Cockram CS Woo J Prediction of hypertension diabetes dyslipidemia or albuminuria using simple anthropometric indexes in Hong Kong Chinese Int J Obes 1999 23 (11) 1136-42
43
89 Lin WY Lee LT Chen CY et al Optimal cut-off values for obesity using simple anthropometric indices to predict cardiovascular risk factors in Taiwan Int J Obes Relat Metab Disord 2002261232-8
90 Pua YH Ong PH Anthropometric indices as screening tools for cardiovascular risk factors in Singaporean women Asia Pac J Clin Nutr 2005 14 (1) 74-9
91 Berber A Goacutemez-Santos R Fanghaumlnel G Saacutenchez-Reyes L Anthropometric
indexes in the prediction of type 2 diabetes mellitus hypertension and dyslipidaemia in a Mexican population Int J Obes 200125(12)1794-9
92 Browning LM Hsieh SD Ashwell M A systematic review of waist-to-height ratio
as a screening tool for the prediction of cardiovascular disease and diabetes 05 could be a suitable global boundary value Nutr Res Rev 2010 23(2)247-69
93 Bertsias G Mammas I Linardakis M Kafatos A Overweight and obesity in
relation to cardiovascular disease risk factors among medical students in Crete Greece BMC Public Health 2003 31-9
94 Kashihara H Lee JS Kawakubo K et al Criteria of Waist Circumference According to Computed Tomography-Measured Visceral Fat Area and the Clustering of Cardiovascular Risk Factors Circ J 2009 73 1881-1886
44
APEcircNDICES
45
Apecircndice 1
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
46
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS
PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE SAUacuteDE
DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE
Jequieacute ____ ____ 201__
APEcircNDICE 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Vocecirc esta sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa do Nuacutecleo de
Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo (NESP) da Universidade Estadual do Sudoeste da
Bahia
Objetivo do estudo Avaliar e monitorar as condiccedilotildees de sauacutede de idosos residentes
em comunidade
Participaccedilatildeo Ao aceitar participar do estudo estarei agrave disposiccedilatildeo do pesquisador
para responder ao formulaacuterio que seraacute arquivado pelo autor por um periacuteodo de cinco
anos sendo posteriormente incinerado
Riscos Este estudo natildeo traraacute riscos para minha integridade fiacutesica ou moral dos
participantes
Confidencialidade do estudo Seraacute garantida a privacidade o anonimato bem como
o direito de aceitar ou natildeo participar da pesquisa podendo ser essa autorizaccedilatildeo
suspensa em qualquer fase do estudo Assim as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo
4662012 do Conselho Nacional de Sauacutede que discorre sobre pesquisa envolvendo
seres humanos seratildeo atendidas Os resultados seratildeo publicados no relatoacuterio final da
dissertaccedilatildeo e artigos cientiacuteficos
47
Benefiacutecios Accedilotildees interinstitucionais articuladas promovidas numa perspectiva
interdisciplinar possibilitaratildeo uma melhor compreensatildeo das condiccedilotildees de sauacutede dos
idosos residentes em comunidade do municiacutepio e contribuiraacute para a formulaccedilatildeo de
accedilotildees direcionadas as necessidades dessa populaccedilatildeo
Danos advindos da pesquisa Caso haja algum prejuiacutezo decorrente da realizaccedilatildeo
deste estudo seraacute providenciada a devida reparaccedilatildeo dos danos atraveacutes do
responsaacutevel pelo estudo O pesquisador e os entrevistados natildeo receberatildeo benefiacutecios
financeiros para participaccedilatildeo no estudo Todas as despesas seratildeo por conta do
pesquisador
Participaccedilatildeo voluntaacuteria Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria podendo a qualquer
momento desistir do estudo sem qualquer prejuiacutezo ou penalidade para mim
Consentimento para participaccedilatildeo Apoacutes ser devidamente esclarecido (a) quanto
aos objetivos deste estudo dos procedimentos aos quais serei submetido (a) bem
como dos possiacuteveis riscos decorrentes da minha participaccedilatildeo estou de acordo em
participar do mesmo O pesquisador responsaacutevel pelo estudo assegura que seraacute
disponibilizado qualquer esclarecimento adicional que eu venha a solicitar durante a
realizaccedilatildeo da pesquisa e o direito de desistir da participaccedilatildeo em qualquer momento
Em casos de duacutevidas eou problemas referentes ao estudo vocecirc poderaacute
entrar em contato com o autor atraveacutes do Nuacutecleo de Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo
(NESP) (73) 3528-9721
Sendo assim eu ______________________________________________
aceito livremente participar do Projeto MONIDI
__________________________________ __________________________________
Assinatura do (a) participante
RG _________________________
Assinatura do (a) pesquisador
RG_________________________
48
Apecircndice 2
Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede do Idoso
49
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS
PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE
SAUacuteDE DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE
Nuacutemero do Questionaacuterio |__|__|__|
Nome do Entrevistador ___________________________
Visita 1 2 3
Data Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Hora de iniacutecio ________
Hora de teacutermino ________
I INFORMACcedilOtildeES PESSOAIS E SOCIODEMOGRAacuteFICAS
1 Nome do entrevistado
2Sexo
0 ( ) Feminino
1 ( ) Masculino
3 Endereccedilo completotelefone
4 Idade ____ anos
41 Data de Nascimento
____________
50
5 Situaccedilatildeo conjugal atual
1 ( ) Casado(a) 2 ( ) Uniatildeo estaacutevel 3 ( ) Solteiroa
4 ( ) Divorciado(a)separado(a)desquitado(a) 5 ( ) Viuacutevoa
6 No total quantas vezes o (a) Sr(a) esteve casado(a) ou em uniatildeo
Nordm de vezes |___|___|
7 Na escola qual a uacuteltima seacuterie grau que concluiu com aprovaccedilatildeo
1 - Nunca foi agrave escola ( ) 4 - Fundamental II ( )5 a ( )6 a ( )7 a ( )8 a
2 - Lecirc e escreve o nome ( ) 5 - Ensino Meacutedio ( ) 1 a ( )2 a ( )3
3 - Fundamental I ( )1 a ( )2 a 6 - Superior ( ) completo ( ) incompleto
( )3 a ( )4 a
8 Como vocecirc classificaria a cor da sua pele
1( ) Branca 2( ) Amarela (oriental) 3( ) Parda
4( ) Origem indiacutegena 5( ) Preta 9( ) Natildeo sabe
9 Cor da pele (entrevistador)
1( ) branca 2( ) amarela (oriental) 3( ) parda
4( ) origem indiacutegena 5( ) preta
10-Quantos filhos e filhas nascidos vivos o(a)Sr(a) teve (natildeo inclua enteados filhos
adotivos abortos ou filhos nascidos mortos)
Nuacutemero de filhos |____|____| (98) NS (99) NR
11 Atualmente o senhor (a) mora sozinho ou acompanhado
1( )Acompanhado 2( ) Sozinho 3( ) NR 4( )NS
51
12 Desde que o senhor (a) nasceu viveu no campo por 5 anos ou mais
0( ) Natildeo 1( ) Sim 2( ) NS 3( ) NR
13 Qual eacute a sua religiatildeo
1( ) Catoacutelica 2( ) Protestante 3( ) Judaica
4( ) Espiacuteritakardecista 5( ) Umbanda 6( ) Outras ____________
14 Qual a importacircncia da religiatildeo em sua vida
(1) Importante (2) Regular (3) Nada importante (8) NS (9) NR
15 Com que frequecircncia o senhor vai agrave igreja ou ao serviccedilo religioso
( ) Nunca ( ) Vaacuterias vezes por ano ( ) Uma duas vezes por mecircs
( ) Quase toda semana ( ) Mais de uma vez por semana ( ) NS ( ) NR
16 Quanto vocecirc ganha em meacutedia por mecircs R$ __________8( )Natildeo se aplica
II A CONSUMO DE AacuteLCOOL E TABACO
Uso de bebidas alcooacutelicas
1 Vocecirc consome bebidas alcooacutelicas Se vocecirc NAtildeO BEBE siga para o bloco III C
0 ( )sim 1( ) natildeo
2 Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
3 As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
4 Sente-se chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
5 Costuma beber pela manhatilde para diminuir o nervosismo ou a ressaca
0 ( ) sim 1( ) natildeo
Haacutebito de fumar
1 Vocecirc jaacute foi fumante 0 ( ) sim 1( ) natildeo
52
2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco
III C
3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros
4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias
III ANTROPOMETRIA
MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS
ESTATURA
MASSA CORPORAL
CIRCUNFEREcircNCIA
DE CINTURA
IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL
MEDIDA 01 02 03
Pressatildeo arterial
sistoacutelica
Pressatildeo arterial
diastoacutelica
53
ANEXOS
54
Anexo 1
Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos
55
56
43
89 Lin WY Lee LT Chen CY et al Optimal cut-off values for obesity using simple anthropometric indices to predict cardiovascular risk factors in Taiwan Int J Obes Relat Metab Disord 2002261232-8
90 Pua YH Ong PH Anthropometric indices as screening tools for cardiovascular risk factors in Singaporean women Asia Pac J Clin Nutr 2005 14 (1) 74-9
91 Berber A Goacutemez-Santos R Fanghaumlnel G Saacutenchez-Reyes L Anthropometric
indexes in the prediction of type 2 diabetes mellitus hypertension and dyslipidaemia in a Mexican population Int J Obes 200125(12)1794-9
92 Browning LM Hsieh SD Ashwell M A systematic review of waist-to-height ratio
as a screening tool for the prediction of cardiovascular disease and diabetes 05 could be a suitable global boundary value Nutr Res Rev 2010 23(2)247-69
93 Bertsias G Mammas I Linardakis M Kafatos A Overweight and obesity in
relation to cardiovascular disease risk factors among medical students in Crete Greece BMC Public Health 2003 31-9
94 Kashihara H Lee JS Kawakubo K et al Criteria of Waist Circumference According to Computed Tomography-Measured Visceral Fat Area and the Clustering of Cardiovascular Risk Factors Circ J 2009 73 1881-1886
44
APEcircNDICES
45
Apecircndice 1
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
46
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS
PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE SAUacuteDE
DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE
Jequieacute ____ ____ 201__
APEcircNDICE 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Vocecirc esta sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa do Nuacutecleo de
Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo (NESP) da Universidade Estadual do Sudoeste da
Bahia
Objetivo do estudo Avaliar e monitorar as condiccedilotildees de sauacutede de idosos residentes
em comunidade
Participaccedilatildeo Ao aceitar participar do estudo estarei agrave disposiccedilatildeo do pesquisador
para responder ao formulaacuterio que seraacute arquivado pelo autor por um periacuteodo de cinco
anos sendo posteriormente incinerado
Riscos Este estudo natildeo traraacute riscos para minha integridade fiacutesica ou moral dos
participantes
Confidencialidade do estudo Seraacute garantida a privacidade o anonimato bem como
o direito de aceitar ou natildeo participar da pesquisa podendo ser essa autorizaccedilatildeo
suspensa em qualquer fase do estudo Assim as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo
4662012 do Conselho Nacional de Sauacutede que discorre sobre pesquisa envolvendo
seres humanos seratildeo atendidas Os resultados seratildeo publicados no relatoacuterio final da
dissertaccedilatildeo e artigos cientiacuteficos
47
Benefiacutecios Accedilotildees interinstitucionais articuladas promovidas numa perspectiva
interdisciplinar possibilitaratildeo uma melhor compreensatildeo das condiccedilotildees de sauacutede dos
idosos residentes em comunidade do municiacutepio e contribuiraacute para a formulaccedilatildeo de
accedilotildees direcionadas as necessidades dessa populaccedilatildeo
Danos advindos da pesquisa Caso haja algum prejuiacutezo decorrente da realizaccedilatildeo
deste estudo seraacute providenciada a devida reparaccedilatildeo dos danos atraveacutes do
responsaacutevel pelo estudo O pesquisador e os entrevistados natildeo receberatildeo benefiacutecios
financeiros para participaccedilatildeo no estudo Todas as despesas seratildeo por conta do
pesquisador
Participaccedilatildeo voluntaacuteria Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria podendo a qualquer
momento desistir do estudo sem qualquer prejuiacutezo ou penalidade para mim
Consentimento para participaccedilatildeo Apoacutes ser devidamente esclarecido (a) quanto
aos objetivos deste estudo dos procedimentos aos quais serei submetido (a) bem
como dos possiacuteveis riscos decorrentes da minha participaccedilatildeo estou de acordo em
participar do mesmo O pesquisador responsaacutevel pelo estudo assegura que seraacute
disponibilizado qualquer esclarecimento adicional que eu venha a solicitar durante a
realizaccedilatildeo da pesquisa e o direito de desistir da participaccedilatildeo em qualquer momento
Em casos de duacutevidas eou problemas referentes ao estudo vocecirc poderaacute
entrar em contato com o autor atraveacutes do Nuacutecleo de Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo
(NESP) (73) 3528-9721
Sendo assim eu ______________________________________________
aceito livremente participar do Projeto MONIDI
__________________________________ __________________________________
Assinatura do (a) participante
RG _________________________
Assinatura do (a) pesquisador
RG_________________________
48
Apecircndice 2
Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede do Idoso
49
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS
PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE
SAUacuteDE DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE
Nuacutemero do Questionaacuterio |__|__|__|
Nome do Entrevistador ___________________________
Visita 1 2 3
Data Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Hora de iniacutecio ________
Hora de teacutermino ________
I INFORMACcedilOtildeES PESSOAIS E SOCIODEMOGRAacuteFICAS
1 Nome do entrevistado
2Sexo
0 ( ) Feminino
1 ( ) Masculino
3 Endereccedilo completotelefone
4 Idade ____ anos
41 Data de Nascimento
____________
50
5 Situaccedilatildeo conjugal atual
1 ( ) Casado(a) 2 ( ) Uniatildeo estaacutevel 3 ( ) Solteiroa
4 ( ) Divorciado(a)separado(a)desquitado(a) 5 ( ) Viuacutevoa
6 No total quantas vezes o (a) Sr(a) esteve casado(a) ou em uniatildeo
Nordm de vezes |___|___|
7 Na escola qual a uacuteltima seacuterie grau que concluiu com aprovaccedilatildeo
1 - Nunca foi agrave escola ( ) 4 - Fundamental II ( )5 a ( )6 a ( )7 a ( )8 a
2 - Lecirc e escreve o nome ( ) 5 - Ensino Meacutedio ( ) 1 a ( )2 a ( )3
3 - Fundamental I ( )1 a ( )2 a 6 - Superior ( ) completo ( ) incompleto
( )3 a ( )4 a
8 Como vocecirc classificaria a cor da sua pele
1( ) Branca 2( ) Amarela (oriental) 3( ) Parda
4( ) Origem indiacutegena 5( ) Preta 9( ) Natildeo sabe
9 Cor da pele (entrevistador)
1( ) branca 2( ) amarela (oriental) 3( ) parda
4( ) origem indiacutegena 5( ) preta
10-Quantos filhos e filhas nascidos vivos o(a)Sr(a) teve (natildeo inclua enteados filhos
adotivos abortos ou filhos nascidos mortos)
Nuacutemero de filhos |____|____| (98) NS (99) NR
11 Atualmente o senhor (a) mora sozinho ou acompanhado
1( )Acompanhado 2( ) Sozinho 3( ) NR 4( )NS
51
12 Desde que o senhor (a) nasceu viveu no campo por 5 anos ou mais
0( ) Natildeo 1( ) Sim 2( ) NS 3( ) NR
13 Qual eacute a sua religiatildeo
1( ) Catoacutelica 2( ) Protestante 3( ) Judaica
4( ) Espiacuteritakardecista 5( ) Umbanda 6( ) Outras ____________
14 Qual a importacircncia da religiatildeo em sua vida
(1) Importante (2) Regular (3) Nada importante (8) NS (9) NR
15 Com que frequecircncia o senhor vai agrave igreja ou ao serviccedilo religioso
( ) Nunca ( ) Vaacuterias vezes por ano ( ) Uma duas vezes por mecircs
( ) Quase toda semana ( ) Mais de uma vez por semana ( ) NS ( ) NR
16 Quanto vocecirc ganha em meacutedia por mecircs R$ __________8( )Natildeo se aplica
II A CONSUMO DE AacuteLCOOL E TABACO
Uso de bebidas alcooacutelicas
1 Vocecirc consome bebidas alcooacutelicas Se vocecirc NAtildeO BEBE siga para o bloco III C
0 ( )sim 1( ) natildeo
2 Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
3 As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
4 Sente-se chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
5 Costuma beber pela manhatilde para diminuir o nervosismo ou a ressaca
0 ( ) sim 1( ) natildeo
Haacutebito de fumar
1 Vocecirc jaacute foi fumante 0 ( ) sim 1( ) natildeo
52
2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco
III C
3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros
4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias
III ANTROPOMETRIA
MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS
ESTATURA
MASSA CORPORAL
CIRCUNFEREcircNCIA
DE CINTURA
IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL
MEDIDA 01 02 03
Pressatildeo arterial
sistoacutelica
Pressatildeo arterial
diastoacutelica
53
ANEXOS
54
Anexo 1
Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos
55
56
44
APEcircNDICES
45
Apecircndice 1
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
46
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS
PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE SAUacuteDE
DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE
Jequieacute ____ ____ 201__
APEcircNDICE 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Vocecirc esta sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa do Nuacutecleo de
Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo (NESP) da Universidade Estadual do Sudoeste da
Bahia
Objetivo do estudo Avaliar e monitorar as condiccedilotildees de sauacutede de idosos residentes
em comunidade
Participaccedilatildeo Ao aceitar participar do estudo estarei agrave disposiccedilatildeo do pesquisador
para responder ao formulaacuterio que seraacute arquivado pelo autor por um periacuteodo de cinco
anos sendo posteriormente incinerado
Riscos Este estudo natildeo traraacute riscos para minha integridade fiacutesica ou moral dos
participantes
Confidencialidade do estudo Seraacute garantida a privacidade o anonimato bem como
o direito de aceitar ou natildeo participar da pesquisa podendo ser essa autorizaccedilatildeo
suspensa em qualquer fase do estudo Assim as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo
4662012 do Conselho Nacional de Sauacutede que discorre sobre pesquisa envolvendo
seres humanos seratildeo atendidas Os resultados seratildeo publicados no relatoacuterio final da
dissertaccedilatildeo e artigos cientiacuteficos
47
Benefiacutecios Accedilotildees interinstitucionais articuladas promovidas numa perspectiva
interdisciplinar possibilitaratildeo uma melhor compreensatildeo das condiccedilotildees de sauacutede dos
idosos residentes em comunidade do municiacutepio e contribuiraacute para a formulaccedilatildeo de
accedilotildees direcionadas as necessidades dessa populaccedilatildeo
Danos advindos da pesquisa Caso haja algum prejuiacutezo decorrente da realizaccedilatildeo
deste estudo seraacute providenciada a devida reparaccedilatildeo dos danos atraveacutes do
responsaacutevel pelo estudo O pesquisador e os entrevistados natildeo receberatildeo benefiacutecios
financeiros para participaccedilatildeo no estudo Todas as despesas seratildeo por conta do
pesquisador
Participaccedilatildeo voluntaacuteria Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria podendo a qualquer
momento desistir do estudo sem qualquer prejuiacutezo ou penalidade para mim
Consentimento para participaccedilatildeo Apoacutes ser devidamente esclarecido (a) quanto
aos objetivos deste estudo dos procedimentos aos quais serei submetido (a) bem
como dos possiacuteveis riscos decorrentes da minha participaccedilatildeo estou de acordo em
participar do mesmo O pesquisador responsaacutevel pelo estudo assegura que seraacute
disponibilizado qualquer esclarecimento adicional que eu venha a solicitar durante a
realizaccedilatildeo da pesquisa e o direito de desistir da participaccedilatildeo em qualquer momento
Em casos de duacutevidas eou problemas referentes ao estudo vocecirc poderaacute
entrar em contato com o autor atraveacutes do Nuacutecleo de Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo
(NESP) (73) 3528-9721
Sendo assim eu ______________________________________________
aceito livremente participar do Projeto MONIDI
__________________________________ __________________________________
Assinatura do (a) participante
RG _________________________
Assinatura do (a) pesquisador
RG_________________________
48
Apecircndice 2
Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede do Idoso
49
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS
PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE
SAUacuteDE DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE
Nuacutemero do Questionaacuterio |__|__|__|
Nome do Entrevistador ___________________________
Visita 1 2 3
Data Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Hora de iniacutecio ________
Hora de teacutermino ________
I INFORMACcedilOtildeES PESSOAIS E SOCIODEMOGRAacuteFICAS
1 Nome do entrevistado
2Sexo
0 ( ) Feminino
1 ( ) Masculino
3 Endereccedilo completotelefone
4 Idade ____ anos
41 Data de Nascimento
____________
50
5 Situaccedilatildeo conjugal atual
1 ( ) Casado(a) 2 ( ) Uniatildeo estaacutevel 3 ( ) Solteiroa
4 ( ) Divorciado(a)separado(a)desquitado(a) 5 ( ) Viuacutevoa
6 No total quantas vezes o (a) Sr(a) esteve casado(a) ou em uniatildeo
Nordm de vezes |___|___|
7 Na escola qual a uacuteltima seacuterie grau que concluiu com aprovaccedilatildeo
1 - Nunca foi agrave escola ( ) 4 - Fundamental II ( )5 a ( )6 a ( )7 a ( )8 a
2 - Lecirc e escreve o nome ( ) 5 - Ensino Meacutedio ( ) 1 a ( )2 a ( )3
3 - Fundamental I ( )1 a ( )2 a 6 - Superior ( ) completo ( ) incompleto
( )3 a ( )4 a
8 Como vocecirc classificaria a cor da sua pele
1( ) Branca 2( ) Amarela (oriental) 3( ) Parda
4( ) Origem indiacutegena 5( ) Preta 9( ) Natildeo sabe
9 Cor da pele (entrevistador)
1( ) branca 2( ) amarela (oriental) 3( ) parda
4( ) origem indiacutegena 5( ) preta
10-Quantos filhos e filhas nascidos vivos o(a)Sr(a) teve (natildeo inclua enteados filhos
adotivos abortos ou filhos nascidos mortos)
Nuacutemero de filhos |____|____| (98) NS (99) NR
11 Atualmente o senhor (a) mora sozinho ou acompanhado
1( )Acompanhado 2( ) Sozinho 3( ) NR 4( )NS
51
12 Desde que o senhor (a) nasceu viveu no campo por 5 anos ou mais
0( ) Natildeo 1( ) Sim 2( ) NS 3( ) NR
13 Qual eacute a sua religiatildeo
1( ) Catoacutelica 2( ) Protestante 3( ) Judaica
4( ) Espiacuteritakardecista 5( ) Umbanda 6( ) Outras ____________
14 Qual a importacircncia da religiatildeo em sua vida
(1) Importante (2) Regular (3) Nada importante (8) NS (9) NR
15 Com que frequecircncia o senhor vai agrave igreja ou ao serviccedilo religioso
( ) Nunca ( ) Vaacuterias vezes por ano ( ) Uma duas vezes por mecircs
( ) Quase toda semana ( ) Mais de uma vez por semana ( ) NS ( ) NR
16 Quanto vocecirc ganha em meacutedia por mecircs R$ __________8( )Natildeo se aplica
II A CONSUMO DE AacuteLCOOL E TABACO
Uso de bebidas alcooacutelicas
1 Vocecirc consome bebidas alcooacutelicas Se vocecirc NAtildeO BEBE siga para o bloco III C
0 ( )sim 1( ) natildeo
2 Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
3 As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
4 Sente-se chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
5 Costuma beber pela manhatilde para diminuir o nervosismo ou a ressaca
0 ( ) sim 1( ) natildeo
Haacutebito de fumar
1 Vocecirc jaacute foi fumante 0 ( ) sim 1( ) natildeo
52
2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco
III C
3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros
4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias
III ANTROPOMETRIA
MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS
ESTATURA
MASSA CORPORAL
CIRCUNFEREcircNCIA
DE CINTURA
IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL
MEDIDA 01 02 03
Pressatildeo arterial
sistoacutelica
Pressatildeo arterial
diastoacutelica
53
ANEXOS
54
Anexo 1
Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos
55
56
45
Apecircndice 1
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
46
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS
PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE SAUacuteDE
DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE
Jequieacute ____ ____ 201__
APEcircNDICE 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Vocecirc esta sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa do Nuacutecleo de
Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo (NESP) da Universidade Estadual do Sudoeste da
Bahia
Objetivo do estudo Avaliar e monitorar as condiccedilotildees de sauacutede de idosos residentes
em comunidade
Participaccedilatildeo Ao aceitar participar do estudo estarei agrave disposiccedilatildeo do pesquisador
para responder ao formulaacuterio que seraacute arquivado pelo autor por um periacuteodo de cinco
anos sendo posteriormente incinerado
Riscos Este estudo natildeo traraacute riscos para minha integridade fiacutesica ou moral dos
participantes
Confidencialidade do estudo Seraacute garantida a privacidade o anonimato bem como
o direito de aceitar ou natildeo participar da pesquisa podendo ser essa autorizaccedilatildeo
suspensa em qualquer fase do estudo Assim as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo
4662012 do Conselho Nacional de Sauacutede que discorre sobre pesquisa envolvendo
seres humanos seratildeo atendidas Os resultados seratildeo publicados no relatoacuterio final da
dissertaccedilatildeo e artigos cientiacuteficos
47
Benefiacutecios Accedilotildees interinstitucionais articuladas promovidas numa perspectiva
interdisciplinar possibilitaratildeo uma melhor compreensatildeo das condiccedilotildees de sauacutede dos
idosos residentes em comunidade do municiacutepio e contribuiraacute para a formulaccedilatildeo de
accedilotildees direcionadas as necessidades dessa populaccedilatildeo
Danos advindos da pesquisa Caso haja algum prejuiacutezo decorrente da realizaccedilatildeo
deste estudo seraacute providenciada a devida reparaccedilatildeo dos danos atraveacutes do
responsaacutevel pelo estudo O pesquisador e os entrevistados natildeo receberatildeo benefiacutecios
financeiros para participaccedilatildeo no estudo Todas as despesas seratildeo por conta do
pesquisador
Participaccedilatildeo voluntaacuteria Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria podendo a qualquer
momento desistir do estudo sem qualquer prejuiacutezo ou penalidade para mim
Consentimento para participaccedilatildeo Apoacutes ser devidamente esclarecido (a) quanto
aos objetivos deste estudo dos procedimentos aos quais serei submetido (a) bem
como dos possiacuteveis riscos decorrentes da minha participaccedilatildeo estou de acordo em
participar do mesmo O pesquisador responsaacutevel pelo estudo assegura que seraacute
disponibilizado qualquer esclarecimento adicional que eu venha a solicitar durante a
realizaccedilatildeo da pesquisa e o direito de desistir da participaccedilatildeo em qualquer momento
Em casos de duacutevidas eou problemas referentes ao estudo vocecirc poderaacute
entrar em contato com o autor atraveacutes do Nuacutecleo de Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo
(NESP) (73) 3528-9721
Sendo assim eu ______________________________________________
aceito livremente participar do Projeto MONIDI
__________________________________ __________________________________
Assinatura do (a) participante
RG _________________________
Assinatura do (a) pesquisador
RG_________________________
48
Apecircndice 2
Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede do Idoso
49
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS
PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE
SAUacuteDE DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE
Nuacutemero do Questionaacuterio |__|__|__|
Nome do Entrevistador ___________________________
Visita 1 2 3
Data Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Hora de iniacutecio ________
Hora de teacutermino ________
I INFORMACcedilOtildeES PESSOAIS E SOCIODEMOGRAacuteFICAS
1 Nome do entrevistado
2Sexo
0 ( ) Feminino
1 ( ) Masculino
3 Endereccedilo completotelefone
4 Idade ____ anos
41 Data de Nascimento
____________
50
5 Situaccedilatildeo conjugal atual
1 ( ) Casado(a) 2 ( ) Uniatildeo estaacutevel 3 ( ) Solteiroa
4 ( ) Divorciado(a)separado(a)desquitado(a) 5 ( ) Viuacutevoa
6 No total quantas vezes o (a) Sr(a) esteve casado(a) ou em uniatildeo
Nordm de vezes |___|___|
7 Na escola qual a uacuteltima seacuterie grau que concluiu com aprovaccedilatildeo
1 - Nunca foi agrave escola ( ) 4 - Fundamental II ( )5 a ( )6 a ( )7 a ( )8 a
2 - Lecirc e escreve o nome ( ) 5 - Ensino Meacutedio ( ) 1 a ( )2 a ( )3
3 - Fundamental I ( )1 a ( )2 a 6 - Superior ( ) completo ( ) incompleto
( )3 a ( )4 a
8 Como vocecirc classificaria a cor da sua pele
1( ) Branca 2( ) Amarela (oriental) 3( ) Parda
4( ) Origem indiacutegena 5( ) Preta 9( ) Natildeo sabe
9 Cor da pele (entrevistador)
1( ) branca 2( ) amarela (oriental) 3( ) parda
4( ) origem indiacutegena 5( ) preta
10-Quantos filhos e filhas nascidos vivos o(a)Sr(a) teve (natildeo inclua enteados filhos
adotivos abortos ou filhos nascidos mortos)
Nuacutemero de filhos |____|____| (98) NS (99) NR
11 Atualmente o senhor (a) mora sozinho ou acompanhado
1( )Acompanhado 2( ) Sozinho 3( ) NR 4( )NS
51
12 Desde que o senhor (a) nasceu viveu no campo por 5 anos ou mais
0( ) Natildeo 1( ) Sim 2( ) NS 3( ) NR
13 Qual eacute a sua religiatildeo
1( ) Catoacutelica 2( ) Protestante 3( ) Judaica
4( ) Espiacuteritakardecista 5( ) Umbanda 6( ) Outras ____________
14 Qual a importacircncia da religiatildeo em sua vida
(1) Importante (2) Regular (3) Nada importante (8) NS (9) NR
15 Com que frequecircncia o senhor vai agrave igreja ou ao serviccedilo religioso
( ) Nunca ( ) Vaacuterias vezes por ano ( ) Uma duas vezes por mecircs
( ) Quase toda semana ( ) Mais de uma vez por semana ( ) NS ( ) NR
16 Quanto vocecirc ganha em meacutedia por mecircs R$ __________8( )Natildeo se aplica
II A CONSUMO DE AacuteLCOOL E TABACO
Uso de bebidas alcooacutelicas
1 Vocecirc consome bebidas alcooacutelicas Se vocecirc NAtildeO BEBE siga para o bloco III C
0 ( )sim 1( ) natildeo
2 Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
3 As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
4 Sente-se chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
5 Costuma beber pela manhatilde para diminuir o nervosismo ou a ressaca
0 ( ) sim 1( ) natildeo
Haacutebito de fumar
1 Vocecirc jaacute foi fumante 0 ( ) sim 1( ) natildeo
52
2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco
III C
3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros
4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias
III ANTROPOMETRIA
MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS
ESTATURA
MASSA CORPORAL
CIRCUNFEREcircNCIA
DE CINTURA
IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL
MEDIDA 01 02 03
Pressatildeo arterial
sistoacutelica
Pressatildeo arterial
diastoacutelica
53
ANEXOS
54
Anexo 1
Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos
55
56
46
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS
PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE SAUacuteDE
DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE
Jequieacute ____ ____ 201__
APEcircNDICE 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Vocecirc esta sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa do Nuacutecleo de
Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo (NESP) da Universidade Estadual do Sudoeste da
Bahia
Objetivo do estudo Avaliar e monitorar as condiccedilotildees de sauacutede de idosos residentes
em comunidade
Participaccedilatildeo Ao aceitar participar do estudo estarei agrave disposiccedilatildeo do pesquisador
para responder ao formulaacuterio que seraacute arquivado pelo autor por um periacuteodo de cinco
anos sendo posteriormente incinerado
Riscos Este estudo natildeo traraacute riscos para minha integridade fiacutesica ou moral dos
participantes
Confidencialidade do estudo Seraacute garantida a privacidade o anonimato bem como
o direito de aceitar ou natildeo participar da pesquisa podendo ser essa autorizaccedilatildeo
suspensa em qualquer fase do estudo Assim as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo
4662012 do Conselho Nacional de Sauacutede que discorre sobre pesquisa envolvendo
seres humanos seratildeo atendidas Os resultados seratildeo publicados no relatoacuterio final da
dissertaccedilatildeo e artigos cientiacuteficos
47
Benefiacutecios Accedilotildees interinstitucionais articuladas promovidas numa perspectiva
interdisciplinar possibilitaratildeo uma melhor compreensatildeo das condiccedilotildees de sauacutede dos
idosos residentes em comunidade do municiacutepio e contribuiraacute para a formulaccedilatildeo de
accedilotildees direcionadas as necessidades dessa populaccedilatildeo
Danos advindos da pesquisa Caso haja algum prejuiacutezo decorrente da realizaccedilatildeo
deste estudo seraacute providenciada a devida reparaccedilatildeo dos danos atraveacutes do
responsaacutevel pelo estudo O pesquisador e os entrevistados natildeo receberatildeo benefiacutecios
financeiros para participaccedilatildeo no estudo Todas as despesas seratildeo por conta do
pesquisador
Participaccedilatildeo voluntaacuteria Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria podendo a qualquer
momento desistir do estudo sem qualquer prejuiacutezo ou penalidade para mim
Consentimento para participaccedilatildeo Apoacutes ser devidamente esclarecido (a) quanto
aos objetivos deste estudo dos procedimentos aos quais serei submetido (a) bem
como dos possiacuteveis riscos decorrentes da minha participaccedilatildeo estou de acordo em
participar do mesmo O pesquisador responsaacutevel pelo estudo assegura que seraacute
disponibilizado qualquer esclarecimento adicional que eu venha a solicitar durante a
realizaccedilatildeo da pesquisa e o direito de desistir da participaccedilatildeo em qualquer momento
Em casos de duacutevidas eou problemas referentes ao estudo vocecirc poderaacute
entrar em contato com o autor atraveacutes do Nuacutecleo de Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo
(NESP) (73) 3528-9721
Sendo assim eu ______________________________________________
aceito livremente participar do Projeto MONIDI
__________________________________ __________________________________
Assinatura do (a) participante
RG _________________________
Assinatura do (a) pesquisador
RG_________________________
48
Apecircndice 2
Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede do Idoso
49
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS
PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE
SAUacuteDE DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE
Nuacutemero do Questionaacuterio |__|__|__|
Nome do Entrevistador ___________________________
Visita 1 2 3
Data Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Hora de iniacutecio ________
Hora de teacutermino ________
I INFORMACcedilOtildeES PESSOAIS E SOCIODEMOGRAacuteFICAS
1 Nome do entrevistado
2Sexo
0 ( ) Feminino
1 ( ) Masculino
3 Endereccedilo completotelefone
4 Idade ____ anos
41 Data de Nascimento
____________
50
5 Situaccedilatildeo conjugal atual
1 ( ) Casado(a) 2 ( ) Uniatildeo estaacutevel 3 ( ) Solteiroa
4 ( ) Divorciado(a)separado(a)desquitado(a) 5 ( ) Viuacutevoa
6 No total quantas vezes o (a) Sr(a) esteve casado(a) ou em uniatildeo
Nordm de vezes |___|___|
7 Na escola qual a uacuteltima seacuterie grau que concluiu com aprovaccedilatildeo
1 - Nunca foi agrave escola ( ) 4 - Fundamental II ( )5 a ( )6 a ( )7 a ( )8 a
2 - Lecirc e escreve o nome ( ) 5 - Ensino Meacutedio ( ) 1 a ( )2 a ( )3
3 - Fundamental I ( )1 a ( )2 a 6 - Superior ( ) completo ( ) incompleto
( )3 a ( )4 a
8 Como vocecirc classificaria a cor da sua pele
1( ) Branca 2( ) Amarela (oriental) 3( ) Parda
4( ) Origem indiacutegena 5( ) Preta 9( ) Natildeo sabe
9 Cor da pele (entrevistador)
1( ) branca 2( ) amarela (oriental) 3( ) parda
4( ) origem indiacutegena 5( ) preta
10-Quantos filhos e filhas nascidos vivos o(a)Sr(a) teve (natildeo inclua enteados filhos
adotivos abortos ou filhos nascidos mortos)
Nuacutemero de filhos |____|____| (98) NS (99) NR
11 Atualmente o senhor (a) mora sozinho ou acompanhado
1( )Acompanhado 2( ) Sozinho 3( ) NR 4( )NS
51
12 Desde que o senhor (a) nasceu viveu no campo por 5 anos ou mais
0( ) Natildeo 1( ) Sim 2( ) NS 3( ) NR
13 Qual eacute a sua religiatildeo
1( ) Catoacutelica 2( ) Protestante 3( ) Judaica
4( ) Espiacuteritakardecista 5( ) Umbanda 6( ) Outras ____________
14 Qual a importacircncia da religiatildeo em sua vida
(1) Importante (2) Regular (3) Nada importante (8) NS (9) NR
15 Com que frequecircncia o senhor vai agrave igreja ou ao serviccedilo religioso
( ) Nunca ( ) Vaacuterias vezes por ano ( ) Uma duas vezes por mecircs
( ) Quase toda semana ( ) Mais de uma vez por semana ( ) NS ( ) NR
16 Quanto vocecirc ganha em meacutedia por mecircs R$ __________8( )Natildeo se aplica
II A CONSUMO DE AacuteLCOOL E TABACO
Uso de bebidas alcooacutelicas
1 Vocecirc consome bebidas alcooacutelicas Se vocecirc NAtildeO BEBE siga para o bloco III C
0 ( )sim 1( ) natildeo
2 Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
3 As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
4 Sente-se chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
5 Costuma beber pela manhatilde para diminuir o nervosismo ou a ressaca
0 ( ) sim 1( ) natildeo
Haacutebito de fumar
1 Vocecirc jaacute foi fumante 0 ( ) sim 1( ) natildeo
52
2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco
III C
3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros
4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias
III ANTROPOMETRIA
MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS
ESTATURA
MASSA CORPORAL
CIRCUNFEREcircNCIA
DE CINTURA
IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL
MEDIDA 01 02 03
Pressatildeo arterial
sistoacutelica
Pressatildeo arterial
diastoacutelica
53
ANEXOS
54
Anexo 1
Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos
55
56
47
Benefiacutecios Accedilotildees interinstitucionais articuladas promovidas numa perspectiva
interdisciplinar possibilitaratildeo uma melhor compreensatildeo das condiccedilotildees de sauacutede dos
idosos residentes em comunidade do municiacutepio e contribuiraacute para a formulaccedilatildeo de
accedilotildees direcionadas as necessidades dessa populaccedilatildeo
Danos advindos da pesquisa Caso haja algum prejuiacutezo decorrente da realizaccedilatildeo
deste estudo seraacute providenciada a devida reparaccedilatildeo dos danos atraveacutes do
responsaacutevel pelo estudo O pesquisador e os entrevistados natildeo receberatildeo benefiacutecios
financeiros para participaccedilatildeo no estudo Todas as despesas seratildeo por conta do
pesquisador
Participaccedilatildeo voluntaacuteria Minha participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria podendo a qualquer
momento desistir do estudo sem qualquer prejuiacutezo ou penalidade para mim
Consentimento para participaccedilatildeo Apoacutes ser devidamente esclarecido (a) quanto
aos objetivos deste estudo dos procedimentos aos quais serei submetido (a) bem
como dos possiacuteveis riscos decorrentes da minha participaccedilatildeo estou de acordo em
participar do mesmo O pesquisador responsaacutevel pelo estudo assegura que seraacute
disponibilizado qualquer esclarecimento adicional que eu venha a solicitar durante a
realizaccedilatildeo da pesquisa e o direito de desistir da participaccedilatildeo em qualquer momento
Em casos de duacutevidas eou problemas referentes ao estudo vocecirc poderaacute
entrar em contato com o autor atraveacutes do Nuacutecleo de Estudos em Sauacutede da Populaccedilatildeo
(NESP) (73) 3528-9721
Sendo assim eu ______________________________________________
aceito livremente participar do Projeto MONIDI
__________________________________ __________________________________
Assinatura do (a) participante
RG _________________________
Assinatura do (a) pesquisador
RG_________________________
48
Apecircndice 2
Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede do Idoso
49
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS
PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE
SAUacuteDE DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE
Nuacutemero do Questionaacuterio |__|__|__|
Nome do Entrevistador ___________________________
Visita 1 2 3
Data Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Hora de iniacutecio ________
Hora de teacutermino ________
I INFORMACcedilOtildeES PESSOAIS E SOCIODEMOGRAacuteFICAS
1 Nome do entrevistado
2Sexo
0 ( ) Feminino
1 ( ) Masculino
3 Endereccedilo completotelefone
4 Idade ____ anos
41 Data de Nascimento
____________
50
5 Situaccedilatildeo conjugal atual
1 ( ) Casado(a) 2 ( ) Uniatildeo estaacutevel 3 ( ) Solteiroa
4 ( ) Divorciado(a)separado(a)desquitado(a) 5 ( ) Viuacutevoa
6 No total quantas vezes o (a) Sr(a) esteve casado(a) ou em uniatildeo
Nordm de vezes |___|___|
7 Na escola qual a uacuteltima seacuterie grau que concluiu com aprovaccedilatildeo
1 - Nunca foi agrave escola ( ) 4 - Fundamental II ( )5 a ( )6 a ( )7 a ( )8 a
2 - Lecirc e escreve o nome ( ) 5 - Ensino Meacutedio ( ) 1 a ( )2 a ( )3
3 - Fundamental I ( )1 a ( )2 a 6 - Superior ( ) completo ( ) incompleto
( )3 a ( )4 a
8 Como vocecirc classificaria a cor da sua pele
1( ) Branca 2( ) Amarela (oriental) 3( ) Parda
4( ) Origem indiacutegena 5( ) Preta 9( ) Natildeo sabe
9 Cor da pele (entrevistador)
1( ) branca 2( ) amarela (oriental) 3( ) parda
4( ) origem indiacutegena 5( ) preta
10-Quantos filhos e filhas nascidos vivos o(a)Sr(a) teve (natildeo inclua enteados filhos
adotivos abortos ou filhos nascidos mortos)
Nuacutemero de filhos |____|____| (98) NS (99) NR
11 Atualmente o senhor (a) mora sozinho ou acompanhado
1( )Acompanhado 2( ) Sozinho 3( ) NR 4( )NS
51
12 Desde que o senhor (a) nasceu viveu no campo por 5 anos ou mais
0( ) Natildeo 1( ) Sim 2( ) NS 3( ) NR
13 Qual eacute a sua religiatildeo
1( ) Catoacutelica 2( ) Protestante 3( ) Judaica
4( ) Espiacuteritakardecista 5( ) Umbanda 6( ) Outras ____________
14 Qual a importacircncia da religiatildeo em sua vida
(1) Importante (2) Regular (3) Nada importante (8) NS (9) NR
15 Com que frequecircncia o senhor vai agrave igreja ou ao serviccedilo religioso
( ) Nunca ( ) Vaacuterias vezes por ano ( ) Uma duas vezes por mecircs
( ) Quase toda semana ( ) Mais de uma vez por semana ( ) NS ( ) NR
16 Quanto vocecirc ganha em meacutedia por mecircs R$ __________8( )Natildeo se aplica
II A CONSUMO DE AacuteLCOOL E TABACO
Uso de bebidas alcooacutelicas
1 Vocecirc consome bebidas alcooacutelicas Se vocecirc NAtildeO BEBE siga para o bloco III C
0 ( )sim 1( ) natildeo
2 Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
3 As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
4 Sente-se chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
5 Costuma beber pela manhatilde para diminuir o nervosismo ou a ressaca
0 ( ) sim 1( ) natildeo
Haacutebito de fumar
1 Vocecirc jaacute foi fumante 0 ( ) sim 1( ) natildeo
52
2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco
III C
3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros
4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias
III ANTROPOMETRIA
MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS
ESTATURA
MASSA CORPORAL
CIRCUNFEREcircNCIA
DE CINTURA
IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL
MEDIDA 01 02 03
Pressatildeo arterial
sistoacutelica
Pressatildeo arterial
diastoacutelica
53
ANEXOS
54
Anexo 1
Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos
55
56
48
Apecircndice 2
Instrumento de Avaliaccedilatildeo da Sauacutede do Idoso
49
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS
PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE
SAUacuteDE DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE
Nuacutemero do Questionaacuterio |__|__|__|
Nome do Entrevistador ___________________________
Visita 1 2 3
Data Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Hora de iniacutecio ________
Hora de teacutermino ________
I INFORMACcedilOtildeES PESSOAIS E SOCIODEMOGRAacuteFICAS
1 Nome do entrevistado
2Sexo
0 ( ) Feminino
1 ( ) Masculino
3 Endereccedilo completotelefone
4 Idade ____ anos
41 Data de Nascimento
____________
50
5 Situaccedilatildeo conjugal atual
1 ( ) Casado(a) 2 ( ) Uniatildeo estaacutevel 3 ( ) Solteiroa
4 ( ) Divorciado(a)separado(a)desquitado(a) 5 ( ) Viuacutevoa
6 No total quantas vezes o (a) Sr(a) esteve casado(a) ou em uniatildeo
Nordm de vezes |___|___|
7 Na escola qual a uacuteltima seacuterie grau que concluiu com aprovaccedilatildeo
1 - Nunca foi agrave escola ( ) 4 - Fundamental II ( )5 a ( )6 a ( )7 a ( )8 a
2 - Lecirc e escreve o nome ( ) 5 - Ensino Meacutedio ( ) 1 a ( )2 a ( )3
3 - Fundamental I ( )1 a ( )2 a 6 - Superior ( ) completo ( ) incompleto
( )3 a ( )4 a
8 Como vocecirc classificaria a cor da sua pele
1( ) Branca 2( ) Amarela (oriental) 3( ) Parda
4( ) Origem indiacutegena 5( ) Preta 9( ) Natildeo sabe
9 Cor da pele (entrevistador)
1( ) branca 2( ) amarela (oriental) 3( ) parda
4( ) origem indiacutegena 5( ) preta
10-Quantos filhos e filhas nascidos vivos o(a)Sr(a) teve (natildeo inclua enteados filhos
adotivos abortos ou filhos nascidos mortos)
Nuacutemero de filhos |____|____| (98) NS (99) NR
11 Atualmente o senhor (a) mora sozinho ou acompanhado
1( )Acompanhado 2( ) Sozinho 3( ) NR 4( )NS
51
12 Desde que o senhor (a) nasceu viveu no campo por 5 anos ou mais
0( ) Natildeo 1( ) Sim 2( ) NS 3( ) NR
13 Qual eacute a sua religiatildeo
1( ) Catoacutelica 2( ) Protestante 3( ) Judaica
4( ) Espiacuteritakardecista 5( ) Umbanda 6( ) Outras ____________
14 Qual a importacircncia da religiatildeo em sua vida
(1) Importante (2) Regular (3) Nada importante (8) NS (9) NR
15 Com que frequecircncia o senhor vai agrave igreja ou ao serviccedilo religioso
( ) Nunca ( ) Vaacuterias vezes por ano ( ) Uma duas vezes por mecircs
( ) Quase toda semana ( ) Mais de uma vez por semana ( ) NS ( ) NR
16 Quanto vocecirc ganha em meacutedia por mecircs R$ __________8( )Natildeo se aplica
II A CONSUMO DE AacuteLCOOL E TABACO
Uso de bebidas alcooacutelicas
1 Vocecirc consome bebidas alcooacutelicas Se vocecirc NAtildeO BEBE siga para o bloco III C
0 ( )sim 1( ) natildeo
2 Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
3 As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
4 Sente-se chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
5 Costuma beber pela manhatilde para diminuir o nervosismo ou a ressaca
0 ( ) sim 1( ) natildeo
Haacutebito de fumar
1 Vocecirc jaacute foi fumante 0 ( ) sim 1( ) natildeo
52
2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco
III C
3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros
4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias
III ANTROPOMETRIA
MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS
ESTATURA
MASSA CORPORAL
CIRCUNFEREcircNCIA
DE CINTURA
IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL
MEDIDA 01 02 03
Pressatildeo arterial
sistoacutelica
Pressatildeo arterial
diastoacutelica
53
ANEXOS
54
Anexo 1
Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos
55
56
49
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA ndash UESB
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ndash UFS
PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
TIacuteTULO DO PROJETO MONIDI MONITORAMENTO DAS CONDICcedilOtildeES DE
SAUacuteDE DE IDOSOS DE UM MUNICIacutePIO DE PEQUENO PORTE
Nuacutemero do Questionaacuterio |__|__|__|
Nome do Entrevistador ___________________________
Visita 1 2 3
Data Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Dia I___I___I
Mecircs I___I___I
Ano I___I___I___I
Hora de iniacutecio ________
Hora de teacutermino ________
I INFORMACcedilOtildeES PESSOAIS E SOCIODEMOGRAacuteFICAS
1 Nome do entrevistado
2Sexo
0 ( ) Feminino
1 ( ) Masculino
3 Endereccedilo completotelefone
4 Idade ____ anos
41 Data de Nascimento
____________
50
5 Situaccedilatildeo conjugal atual
1 ( ) Casado(a) 2 ( ) Uniatildeo estaacutevel 3 ( ) Solteiroa
4 ( ) Divorciado(a)separado(a)desquitado(a) 5 ( ) Viuacutevoa
6 No total quantas vezes o (a) Sr(a) esteve casado(a) ou em uniatildeo
Nordm de vezes |___|___|
7 Na escola qual a uacuteltima seacuterie grau que concluiu com aprovaccedilatildeo
1 - Nunca foi agrave escola ( ) 4 - Fundamental II ( )5 a ( )6 a ( )7 a ( )8 a
2 - Lecirc e escreve o nome ( ) 5 - Ensino Meacutedio ( ) 1 a ( )2 a ( )3
3 - Fundamental I ( )1 a ( )2 a 6 - Superior ( ) completo ( ) incompleto
( )3 a ( )4 a
8 Como vocecirc classificaria a cor da sua pele
1( ) Branca 2( ) Amarela (oriental) 3( ) Parda
4( ) Origem indiacutegena 5( ) Preta 9( ) Natildeo sabe
9 Cor da pele (entrevistador)
1( ) branca 2( ) amarela (oriental) 3( ) parda
4( ) origem indiacutegena 5( ) preta
10-Quantos filhos e filhas nascidos vivos o(a)Sr(a) teve (natildeo inclua enteados filhos
adotivos abortos ou filhos nascidos mortos)
Nuacutemero de filhos |____|____| (98) NS (99) NR
11 Atualmente o senhor (a) mora sozinho ou acompanhado
1( )Acompanhado 2( ) Sozinho 3( ) NR 4( )NS
51
12 Desde que o senhor (a) nasceu viveu no campo por 5 anos ou mais
0( ) Natildeo 1( ) Sim 2( ) NS 3( ) NR
13 Qual eacute a sua religiatildeo
1( ) Catoacutelica 2( ) Protestante 3( ) Judaica
4( ) Espiacuteritakardecista 5( ) Umbanda 6( ) Outras ____________
14 Qual a importacircncia da religiatildeo em sua vida
(1) Importante (2) Regular (3) Nada importante (8) NS (9) NR
15 Com que frequecircncia o senhor vai agrave igreja ou ao serviccedilo religioso
( ) Nunca ( ) Vaacuterias vezes por ano ( ) Uma duas vezes por mecircs
( ) Quase toda semana ( ) Mais de uma vez por semana ( ) NS ( ) NR
16 Quanto vocecirc ganha em meacutedia por mecircs R$ __________8( )Natildeo se aplica
II A CONSUMO DE AacuteLCOOL E TABACO
Uso de bebidas alcooacutelicas
1 Vocecirc consome bebidas alcooacutelicas Se vocecirc NAtildeO BEBE siga para o bloco III C
0 ( )sim 1( ) natildeo
2 Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
3 As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
4 Sente-se chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
5 Costuma beber pela manhatilde para diminuir o nervosismo ou a ressaca
0 ( ) sim 1( ) natildeo
Haacutebito de fumar
1 Vocecirc jaacute foi fumante 0 ( ) sim 1( ) natildeo
52
2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco
III C
3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros
4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias
III ANTROPOMETRIA
MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS
ESTATURA
MASSA CORPORAL
CIRCUNFEREcircNCIA
DE CINTURA
IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL
MEDIDA 01 02 03
Pressatildeo arterial
sistoacutelica
Pressatildeo arterial
diastoacutelica
53
ANEXOS
54
Anexo 1
Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos
55
56
50
5 Situaccedilatildeo conjugal atual
1 ( ) Casado(a) 2 ( ) Uniatildeo estaacutevel 3 ( ) Solteiroa
4 ( ) Divorciado(a)separado(a)desquitado(a) 5 ( ) Viuacutevoa
6 No total quantas vezes o (a) Sr(a) esteve casado(a) ou em uniatildeo
Nordm de vezes |___|___|
7 Na escola qual a uacuteltima seacuterie grau que concluiu com aprovaccedilatildeo
1 - Nunca foi agrave escola ( ) 4 - Fundamental II ( )5 a ( )6 a ( )7 a ( )8 a
2 - Lecirc e escreve o nome ( ) 5 - Ensino Meacutedio ( ) 1 a ( )2 a ( )3
3 - Fundamental I ( )1 a ( )2 a 6 - Superior ( ) completo ( ) incompleto
( )3 a ( )4 a
8 Como vocecirc classificaria a cor da sua pele
1( ) Branca 2( ) Amarela (oriental) 3( ) Parda
4( ) Origem indiacutegena 5( ) Preta 9( ) Natildeo sabe
9 Cor da pele (entrevistador)
1( ) branca 2( ) amarela (oriental) 3( ) parda
4( ) origem indiacutegena 5( ) preta
10-Quantos filhos e filhas nascidos vivos o(a)Sr(a) teve (natildeo inclua enteados filhos
adotivos abortos ou filhos nascidos mortos)
Nuacutemero de filhos |____|____| (98) NS (99) NR
11 Atualmente o senhor (a) mora sozinho ou acompanhado
1( )Acompanhado 2( ) Sozinho 3( ) NR 4( )NS
51
12 Desde que o senhor (a) nasceu viveu no campo por 5 anos ou mais
0( ) Natildeo 1( ) Sim 2( ) NS 3( ) NR
13 Qual eacute a sua religiatildeo
1( ) Catoacutelica 2( ) Protestante 3( ) Judaica
4( ) Espiacuteritakardecista 5( ) Umbanda 6( ) Outras ____________
14 Qual a importacircncia da religiatildeo em sua vida
(1) Importante (2) Regular (3) Nada importante (8) NS (9) NR
15 Com que frequecircncia o senhor vai agrave igreja ou ao serviccedilo religioso
( ) Nunca ( ) Vaacuterias vezes por ano ( ) Uma duas vezes por mecircs
( ) Quase toda semana ( ) Mais de uma vez por semana ( ) NS ( ) NR
16 Quanto vocecirc ganha em meacutedia por mecircs R$ __________8( )Natildeo se aplica
II A CONSUMO DE AacuteLCOOL E TABACO
Uso de bebidas alcooacutelicas
1 Vocecirc consome bebidas alcooacutelicas Se vocecirc NAtildeO BEBE siga para o bloco III C
0 ( )sim 1( ) natildeo
2 Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
3 As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
4 Sente-se chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
5 Costuma beber pela manhatilde para diminuir o nervosismo ou a ressaca
0 ( ) sim 1( ) natildeo
Haacutebito de fumar
1 Vocecirc jaacute foi fumante 0 ( ) sim 1( ) natildeo
52
2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco
III C
3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros
4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias
III ANTROPOMETRIA
MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS
ESTATURA
MASSA CORPORAL
CIRCUNFEREcircNCIA
DE CINTURA
IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL
MEDIDA 01 02 03
Pressatildeo arterial
sistoacutelica
Pressatildeo arterial
diastoacutelica
53
ANEXOS
54
Anexo 1
Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos
55
56
51
12 Desde que o senhor (a) nasceu viveu no campo por 5 anos ou mais
0( ) Natildeo 1( ) Sim 2( ) NS 3( ) NR
13 Qual eacute a sua religiatildeo
1( ) Catoacutelica 2( ) Protestante 3( ) Judaica
4( ) Espiacuteritakardecista 5( ) Umbanda 6( ) Outras ____________
14 Qual a importacircncia da religiatildeo em sua vida
(1) Importante (2) Regular (3) Nada importante (8) NS (9) NR
15 Com que frequecircncia o senhor vai agrave igreja ou ao serviccedilo religioso
( ) Nunca ( ) Vaacuterias vezes por ano ( ) Uma duas vezes por mecircs
( ) Quase toda semana ( ) Mais de uma vez por semana ( ) NS ( ) NR
16 Quanto vocecirc ganha em meacutedia por mecircs R$ __________8( )Natildeo se aplica
II A CONSUMO DE AacuteLCOOL E TABACO
Uso de bebidas alcooacutelicas
1 Vocecirc consome bebidas alcooacutelicas Se vocecirc NAtildeO BEBE siga para o bloco III C
0 ( )sim 1( ) natildeo
2 Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
3 As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
4 Sente-se chateado consigo mesmo(a) pela maneira como costuma beber
0 ( ) sim 1( ) natildeo
5 Costuma beber pela manhatilde para diminuir o nervosismo ou a ressaca
0 ( ) sim 1( ) natildeo
Haacutebito de fumar
1 Vocecirc jaacute foi fumante 0 ( ) sim 1( ) natildeo
52
2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco
III C
3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros
4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias
III ANTROPOMETRIA
MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS
ESTATURA
MASSA CORPORAL
CIRCUNFEREcircNCIA
DE CINTURA
IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL
MEDIDA 01 02 03
Pressatildeo arterial
sistoacutelica
Pressatildeo arterial
diastoacutelica
53
ANEXOS
54
Anexo 1
Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos
55
56
52
2 Vocecirc fuma atualmente 0 ( ) sim 1( ) natildeo Se vocecirc NAtildeO FUMA siga para o bloco
III C
3 Quantos cigarros vocecirc fuma por dia ____ cigarros
4 Haacute quanto tempo vocecirc fuma ____anos ____ meses ____ dias
III ANTROPOMETRIA
MEDIDA 01 02 03 COMENTAacuteRIOS
ESTATURA
MASSA CORPORAL
CIRCUNFEREcircNCIA
DE CINTURA
IV AVALIACcedilAtildeO DA PRESSAtildeO ARTERIAL
MEDIDA 01 02 03
Pressatildeo arterial
sistoacutelica
Pressatildeo arterial
diastoacutelica
53
ANEXOS
54
Anexo 1
Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos
55
56
53
ANEXOS
54
Anexo 1
Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos
55
56
54
Anexo 1
Aprovaccedilatildeo do comitecirc de eacutetica e pesquisa com seres humanos
55
56
55
56
56