infecÇÕes cutÂneas & de tecidos moles
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INFECÇÕES CUTÂNEAS & DE TECIDOS MOLES. Profa. Cláudia de Mendonça Souza Depto Patologia Universidade Federal Fluminense. Pele – Divisão em camadas. Logo abaixo da pele: Fáscia Muscular e Músculo. Vias de entradas. Patógenos têm acesso por diferentes vias: Bactérias, Fungos, Vírus - PowerPoint PPT PresentationTRANSCRIPT
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INFECÇÕES CUTÂNEAS &
DE TECIDOS MOLES
Profa. Cláudia R. V. de Mendonça Souza
Depto PatologiaUniversidade Federal Fluminense
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Pele – Divisão em camadas
Logo abaixo da pele: Fáscia Muscular e Músculo
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Vias de entradas
Patógenos têm acesso por diferentes vias:
Bactérias, Fungos, Vírus
Microtraumatismo ou Macrotraumatismo
Perda da integridade da pele, expondo a região lesionada à colonização ou infecção: queimaduras, processos cirúrgicos, implantes, mordeduras, picadas de insetos, traumas, OU mecanismos endógenos: processo de pressão (escara), alterações metabólicas.
Via Hematogênica: disseminação de toxinas ou de microorganismos
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Infecções Cutâneas
• Exsudato de lesão
• Biópsia
• Coleta preferencialmente através de aspiração com agulha e seringa.
• Material das margens e da profundidade da lesão.
• Realizar antissepsia prévia da região.
Coleta de Material clínico
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Infecções Cutâneas
Coleta de material clínico Amostras Inadequadas:
• Pus;• Swab de queimaduras;• Fragmentos de pele em formol;• Amostra superficial (swab) de úlcera de
decúbito, úlcera; de pé diabético.
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Infecções Cutâneas
Principais Patógenos:
Staphylococcus aureus
Streptococcus pyogenes
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Infecções Cutâneas: Staphylococcus aureus
Impetigo Bolhoso
•Lesão cutânea epidérmica, superficial.
•Geralmente, em recém-natos. Acomete: axilas, nariz, virilha.
•Altamente contagiosa e dolorosa.
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Impetigo bolhoso•Diagnóstico Laboratorial
- A 1ª análise é clínica.
- Coletar material das “bolhas” com swab.
- Gram, cultura e testes bioquímicos
Cultura em agar sangue
Infecções Cutâneas: S. aureus
Manitol SalgadoCoagulase Livre
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Foliculite• Infecção e inflamação
dos folículos pilosos (por oclusão da glândula sebácea ou pequeno trauma).
• Limita-se à epiderme.
• Agente mais comum: S. aureus
•Outros: Pseudomonas aeruginosa, Proteus sp.
Infecções Cutâneas: S. aureus
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Foliculite• Diagnóstico Laboratorial
- Principalmente clínico.
Pode ser ocasionada por raspagem, depilação, excesso de calor e umidade.
Infecções Cutâneas: S. aureus
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Furúnculos•Infecção aguda dos
folículos pilosos e glândulas sebáceas, com comprometimento dérmico.
•Ocorre em qualquer idade, sobretudo em indivíduos colonizados ou imunodeprimidos.
•Qualquer parte do corpo, desde que haja pelo, principalmente em áreas de atrito (axilas, nádegas, virilha).
Infecções Cutâneas: S. aureus
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Carbúnculos•É um agrupamento
de vários furúnculos.
•Infecção aguda dos folículos pilosos e glândulas sebáceas: comprometimento dérmico.
Infecções Cutâneas: S. aureus
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Carbúnculos•Mais comuns em
homens de meia idade e idosos.
•Áreas de fricção: coxa, virilha, nuca, axilas.
•Pode estar associado com febre, mal-estar, complicações por celulite ou bacteremia.
•Diagnóstico clínico.
Infecções Cutâneas: S. aureus
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Síndromes causadas por S. aureusAssociadas com produção de toxinas
Síndrome do Choque Tóxico• Ação sistêmica provocada por cepas
produtoras de toxina (TSS-1: superantígeno – ativa grande população de células T: ↑ liberação de citocinas).
•“Síndrome do OB” (anos 80). •Pode ocorrer em outros sítios.
•Pode ocorrer em homens.
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Síndromes causadas por S. aureusAssociadas com produção de toxinas
Síndrome do Choque Tóxico●Características e Evolução
●Sintomas: febre alta, manifestações cutâneas com descamação plantar e palmar e exantema, vômito, diarreia, confusão mental, queda rápida da pressão sanguínea e choque.
Choque: trombocitopenia, disfunção renal e hepática.
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Síndromes causadas por S. aureusAssociadas com produção de toxinas Síndrome da Pele Escaldada• Comum em recém-natos.
• Lesão cutânea com intensa descamação de pele.
• Bolhas grandes e flácidas: pele avermelhada, aparência de queimadura.
• Cepas produtoras de exotoxina (esfoliatina: destrói os desmossomos, com descamação)
• Associada à condições socioeconômicas e higiênicas.
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Infecções Cutâneas: Streptococcus pyogenes
Impetigo Seco• Lesão cutânea epidérmica
e superficial.
• Lesão com prurido (disseminação).
• Ocorre principalmente em crianças.
• Complicações: Glomerulonefrite Aguda (mais associada com infecções cutâneas do que com faringite).
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Impetigo Seco
• Diagnóstico Laboratorial- Swab umedecido do material da lesão (coletar da crosta, em profundidade).
- Cultura em agar sangue (por esgotamento e profundidade).
- Verificação de presença de colônias β–hemolíticas.
Infecções Cutâneas: S. pyogenes
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Erisipela• Envolve a derme e as camadas mais superficiais do tecido subcutâneo (bloqueio dos vasos linfáticos).
• Ocorre, principalmente, nos membros inferiores, em idosos.
• Pode ser causada por outros Estreptococos β-hemolíticos (grupos B, C e G).
Infecções Cutâneas: S. pyogenes
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Infecções Cutâneas: S. pyogenes
Erisipela• Características e Evolução
Lesões com eritema com induração, edema, vermelhidão e dor. Bordas elevadas e bem marcadas por pele normal, ao redor. Mortalidade alta. Diagnóstico clínico. Hemoculturas podem ser positivas.
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Celulite• Infecção da derme e tecido subcutâneo.
• Origem a partir de furúnculos, úlceras, traumas.
• Etiologia diversa:
Outras bactérias Gram positivas: estafilococos.
Bactérias Gram negativas: Vibrio, Aeromonas, Erysipelothrix rhusiopathiae, E. coli, H. influenzae spp.
Infecções Cutâneas: S. pyogenes
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Celulite: Características e Evolução
• Dor, eritema e calor. Bordas indefinidas.
• Processo difuso que se dissemina rapidamente, com febre.
•Diagnóstico laboratorial: biópsia; aspirado por agulha da borda ativa da lesão, swab umedecido profundo (20% de culturas positivas).
Infecções Cutâneas: S. pyogenes
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Fasciíte Necrotizante
(Tipos I e II)
•Conhecida desde o século XVIII, de casos nas décadas de 80 e 90.
•Infecção aguda e grave.
•Tecido subcutâneo e fáscia superficial.
Infecções Cutâneas: S. pyogenes
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Infecções Cutâneas: S. pyogenes
Fasciíte Necrotizante (Tipos I e II)
•Etiologia:
•Tipo I: Anaeróbios.
•Tipo II: cepas invasivas de S. pyogenes em associação (ou não) com S. aureus.
•Mortalidade alta: 30% (resposta pobre à antibioticoterapia)
•S. pyogenes: sorotipos da proteína M: M1, M3 e M49.
•Exotoxinas pirogênicas (SPE - superantígenos).
•SPE-A: 80% das cepas.
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Infecções Cutâneas: S. pyogenes
Anaeróbios + Facultativos S. pyogenes + S. aureus
* varicela: crianças
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Outras infecções
Infecções de feridas cirúrgicas• S. aureus, enterococos, micobactérias
• Diagnóstico a partir da secreção da ferida.
- Gram, cultura e testes bioquímicos.
Infecções de Queimaduras • Patógenos penetram no tecido subcutâneo. • Biópsia de tecido profundo é o recomendado para cultura.• Pseudomonas aeruginosa é um importante agente.
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Outras infecções
Infecções de Úlceras
• Causas: Necrose de pele por pressão (úlceras de decúbito) Diabettes Mellitus (pé diabético)
Insuficiência venosa em membros inferiores
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Gangrena Gasosa (Mionecrose)
•Causada mais frequentemente por Clostridium perfringens (anaeróbio; produtor de toxina: alfa-toxina).
•Esporos presentes no solo e fezes de animais e humanos: contaminação de feridas.
Outras infecções
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Outras infecções
Gangrena Gasosa (Mionecrose)
•Infecção grave, atinge derme,tecido subcutâneo e músculo.
•Progressão rápida, podendo ser fatal.
•Excisão do tecido afetado.
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• As micobactérias de crescimento rápido (MCR) são patógenos oportunistas que têm sido associados a infecções pós-operatórias (videocirurgias, lipoaspiração, mastoplastia, mesoterapia, etc).
• Espécies envolvidas: M. abcessus, M. abscessus subesp bolettii (M. massiliensis e M. bolletii), M. fortuitum e M. chenolae.
Infecções cutâneas por micobactérias
![Page 31: INFECÇÕES CUTÂNEAS & DE TECIDOS MOLES](https://reader033.vdocuments.net/reader033/viewer/2022061504/568146b8550346895db3e06d/html5/thumbnails/31.jpg)
Infecções cutâneas por micobactérias
Surtos no Brasil
• 2003 a 2009: 2.520 casos (ANVISA, 2010).
•Maior número de casos entre 2006-2008.
•23 estados brasileiros (98%: 10 estados; 44%: Rio de Janeiro).
•Falhas nos processos de limpeza, desinfecção e esterilização de instrumentais cirúrgicos.
• Principalmente em hospitais privados.
•Um clone de M. massiliensis (BRA100) tolerante ao glutaraldeído a 2% (mesmo após 10h) disseminado no Brasil.
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Infecções cutâneas por micobactérias
• Diagnóstico: • Ziehl Neelsen (baciloscopia).• Cultura: meios agar sangue, agar chocolate,
MacConkey, Lowenstein-Jensen.• Identificação espécie: métodos
moleculares.
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• Tratamento: Baseado em testes de susceptibilidade
(doxiciclina, imipenem, fluoroquinolonas, amicacina, cefoxitina, claritromicina, tigeciclina).
Resposta lenta. 2 drogas.
Infecções cutâneas por micobactérias