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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO
INSTITUTO DE FLORESTAS
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA FLORESTAL
GUILHERME DE ASSIS RODRIGUES
INFLUÊNCIA DA ALTITUDE NA ESTRUTURA DA FLORESTA
DE ENCOSTA NA ILHA DA MARAMBAIA - RJ
Profª. MsC. Marilena de Menezes Silva Conde
Orientadora
Seropédica, RJ
Julho de 2010.
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO
INSTITUTO DE FLORESTAS
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA FLORESTAL
GUILHERME DE ASSIS RODRIGUES
INFLUÊNCIA DA ALTITUDE NA ESTRUTURA DA FLORESTA
DE ENCOSTA NA ILHA DA MARAMBAIA - RJ
Monografia apresentada ao Curso de
Engenharia Florestal, como requisito
parcial para a obtenção do Título de
Engenheiro Florestal, Instituto de
Florestas da Universidade Federal
Rural do Rio de Janeiro.
Profª. MsC. Marilena de Menezes Silva Conde
Orientadora
Seropédica, RJ
Julho de 2010.
ii
INFLUÊNCIA DA ALTITUDE NA ESTRUTURA DA FLORESTA
DE ENCOSTA NA ILHA DA MARAMBAIA – RJ
Comissão examinadora:
Monografia aprovada em 08 de julho de 2010.
Profª. MsC. Marilena de Menezes Silva Conde
UFRRJ/ IB/ Dept. Botânica
Orientadora
Profª. Dr. Alexandra Pires
UFRRJ/ IF/ DCA
Membro
Profª. Dr. Genise Vieira Freire
UFRRJ/ IB/ Dept. Botânica
Membro
iii
DEDICATÓRIA
Dedico esta monografia a Deus, criador do mundo, e a meus pais, que com
muito esforço, fizeram de tudo para a minha formação. Meu reconhecimento
e gratidão pela paciência, compreensão e apoio constante nesta jornada da
vida.
Vocês me ensinaram a falar, a caminhar e a viver. Ungiram-me com amor e
me ajudaram a crescer. Sanaram minhas dúvidas e me deram de comer.
iv
AGRADECIMENTOS
Primeiramente, quero agradecer a Jesus Cristo, meu Deus, cuja bondade e amor são
infinitos! Ele me mostrou o caminho de uma profissão tão linda e apaixonante e hoje tenho
orgulho em dizer que sou um Engenheiro Florestal. E o que seria de mim sem minha amada
família? Eles são minha base. Tenho muito a agradecer aos meus queridos pais (Luiz e
Onélia) por todo apoio, carinho e dedicação, que foram fundamentais para mim.
Aos parentes que acreditaram na minha conclusão de curso, em especial ao meu tio
Jackson.
Também tenho muito a agradecer à Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, por
ter me proporcionado a obtenção dos conhecimentos e a aquisição das competências
necessárias no curso que estou concluindo.
À professora Marilena de Menezes Silva Conde, minha orientadora, pelas suas
sugestões, que foram preciosas para a concretização deste projeto. E também, por ouvir com
interesse e ânimo todas as questões, dúvidas e problemas que surgiram durante a realização
deste trabalho, e pela alegria de trabalharmos juntos.
Ao professor Luiz Fernando, por me convidar para trabalhar no Dept.de Botânica
desta universidade, e pela idealização este projeto.
Às Professoras Genise Freire, Denise Braz e Alexandra Pires, que sempre estiveram
dispostas a esclarecer qualquer dúvida.
Aos mestres pelos ensinamentos.
À Felipe Cito, por me „apadrinhar‟ na Botânica.
À Alexandre Medeiros, por sua amizade e referência como profissional.
Ao estagiário Tarcísio Duarte, pela organização do material coletado no acervo do
Dept. de Botância.
Aos queridos colegas, amigos e estagiários do Dept. de Botânica, por todo apoio
durante a realização deste projeto.
Aline Rodrigues, minha namorada e companheira. Você esteve presente em todos os
momentos e sempre me deu forças quando precisava.
Àqueles que conviveram comigo ao longo dessa difícil jornada na „República dos
Quebrados‟, os amigos, Christian da Silva, Luiz Henrique, Enéias de Góes e Sadi Castro pelos
grandes momentos de risadas e brincadeiras nesse tempo em que moramos juntos.
v
Aos amigos e amigas Rafael Medeiros, Luciano de Sene, Lucas Ferreira, Alan de
Boni, Amélia Guimarães, Schweyka Stanley, Daniel Rebuá, Renata Teixeira, Kelly Cristina,
Carol Coutinho, Daniela Cunha, Vinicius Cysneiros, Bruno Couto e Natasha Sophia pelos
anos de convívio.
Ao amigo e Biólogo Thiago Azevedo pelos conselhos e conversas.
À Gisely Oliveira, minha irmãzona, e ao Engenheirão Michel Cardoso pelos
momentos felizes e almoços aos finais de semana.
Aos amigos da turma 2005-II de Eng. Florestal da UFRRJ.
À Arthur Vinícius, Priscila Alves e Shana Assis, pela amizade e companheirismo. E
a Daniele Archer, não só pela amizade, como também pelas Malzbiers.
À Dona Nilva, que cuidou de mim aqui em Seropédica e se preocupava comigo como
se eu fosse seu filho.
Ao Prof. Roberto de Xerez, por estar sempre disposto a ajudar em qualquer coisa,
relacionado à Marambaia.
À Marinha do Brasil por todo o apoio logístico e estrutural nas pesquisas realizadas na
Ilha da Marambaia.
À Daniela Paes, André (Roots), Tayná (Tay) e Rodrigo Condé por estarem dispostos a
me ajudar no último dia de campo.
E para finalizar, quero agradecer àquela que foi a minha companheira em todos os dias
de trabalho de campo, a cachorrinha Branquinha.
Muito obrigado!
“ Eu aprendi que todo mundo quer
viver no topo da montanha, mas
toda a felicidade e crescimento
acontecem enquanto você a está
escalando.”
(Andy Rooney)
vi
RESUMO
A Ilha da Marambaia, localizada na porção sul do estado do Rio de Janeiro (23
o04‟ S e
43o53‟ W) possui trechos de floresta em bom estágio de regeneração. O estudo de variações
ecológicas em florestas tropicais é muito importante para o entendimento dos padrões de
distribuição das espécies em relação às variáveis ambientais. Mudanças na composição e
estrutura das florestas, influenciadas pela altitude, tem sido investigadas, em muitas encostas
tropicais. Este trabalho teve como objetivo descrever as variações estruturais da floresta nas
cotas 100 e 500 e verificar se existe similaridade florística entre elas. Foram encontradas 48
famílias e 170 espécies. Destas, 111 espécies ocorreram na cota 100 e 119 espécies na cota
500. Com relação ao DAP, registraram-se árvores mais robustas na cota 500 e mais delgadas
na cota 100. Foram encontrados 702 indivíduos ocupando a cota 100, contra 986 para a cota
500. Observa-se que o DAP, o número de indivíduos e a densidade seguiram o padrão
esperado aumentando com a altitude. Com relação à altura, a cota 500 apresentou árvores
mais altas, em relação à cota 100, o que não era esperado. Guapira opposita foi a espécie
dominante para a cota 100, e Eriotheca pentaphylla para a cota 500. Guapira opposita,
Vochysia oppugnata e Albizia policephala foram as espécies, de maior valor de Dominância,
Cobertura e Importância na cota 100. Na cota 500, Eriotheca pentaphylla e Guapira opposita
sobressaem-se em relação a esses três parâmetros. As duas cotas estudadas apresentaram
valores de similaridade muito próximos, provavelmente em virtude destas pertencerem à
mesma Tipologia Vegetal, i.e. Floresta Ombrófila Densa Submontana, cuja altitude varia de
50 a 500m, nas latitudes de 16° e 24° S.
Palavras-chave: Zonas Altitudinais, Fitossociologia, Floresta Atlântica, Rio de Janeiro.
vii
ABSTRACT
The Marambaia Island, located in the southern of Rio de Janeiro state (23o 04 'S and
43o53' W) has good stretches of forest in the regeneration stadium. The study of ecological
variations in tropical forests is very important for understanding patterns of species
distribution in relation to environmental variables. Changes in composition and structure of
forests affected by altitude, has been investigated in many tropical rain forests. This study
aimed to describe changes in forest structure at two altitudinal zones (100 and 500) and check
whether there are floristic similarity between them. It is found 48 families and 170 species,
leaving 111 species for the lower altitudinal zone - 100m and 119 species for the higher
altitudinal zone -500m With respect to the DAP, there were more robust trees at elevation
500m and thinner trees at elevation 100m. Were found 702 individuals occupying the
altitudinal zone 100m, against 986 for the 500 m. It is noted that the DAP, the number of
individuals and density followed the expected pattern with increasing altitude. Regarding
height, elevation 500m showed the highest trees, in relation to elevation 100m, which was not
expected. .In relation to the height, the high elevation - 500m presented taller trees than at low
elevation -100 m. Guapira opposita was the dominant species for the lower altitudinal zone
and the Eriotheca pentaphylla for the higher. Guapira opposita, Vochysia oppugnata and
Albizia policephala were the species of greater value of Dominance, Coverage and
Importance at elevation of 100m. At elevation of 500m, Eriotheca pentaphylla and Guapira
opposita standed out in relation to these same three parameters. In the two altitudinal zones
studied, the similarity values were very close, probably because the two zones belong to the
same Vegetation typology, i.e., Tropical Rainforest (Submontane), whose height varies from
50m to 500 m, in latitudes 16 ° and 24 ° S.
Keywords: Altitudinal Zones, Fitossociology, Atlantic Forest, Rio de Janeiro state.
viii
SUMÁRIO
LISTA DE FIGURAS ....................................................................................................
ix
LISTA DE TABELAS ...................................................................................................
xi
1. INTRODUÇÃO ..........................................................................................................
1
1.1 Revisão de Literatura ...........................................................................................
1.2 Objetivo..................................................................................................................
3
4
2. MATERIAL E MÉTODOS .......................................................................................
4
2.1. Descrição da Área de Estudo ................................................................................
4
2.2. Clima ..................................................................................................................... 5
2.3. Histórico da Área ..................................................................................................
6
2.4. Amostragem e Coleta das Variáveis Dendrométricas ..........................................
7
2.5. Análise Estrutural da Vegetação ..........................................................................
9
2.6. Diversidade e Equabilidade ..................................................................................
10
2.7. Similaridade ..........................................................................................................
11
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO ...............................................................................
11
3.1. Estratificação ........................................................................................................
15
3.2. Parâmetros Fitossociológicos ...............................................................................
18
3.3. Diversidade e Equabilidade ..................................................................................
25
3.4. Similaridade ..........................................................................................................
26
4. CONSIDERAÇÕES ...................................................................................................
26
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS ....................................................................
27
ANEXO 1 ........................................................................................................................ 32
ANEXO 2 ........................................................................................................................ 38
ANEXO 3 ........................................................................................................................ 42
ix
LISTA DE FIGURAS Pág.
Figura 1: Comportamento da Diversidade e Riqueza com o aumento da altitude ............
3
Figura 2: Complexo Ilha e Restinga da Marambaia ..........................................................
5
Figura 3: Vista panorâmica da Ilha da Marambaia com a presença dos dois sítios de
amostragem .......................................................................................................
7
Figura 4: Técnicas de Acrodendrologia ............................................................................
Figura 5: Curva do Coletor para a Cota 100. .........................................................................
Figura 6: Curva do Coletor para a Cota 500. .........................................................................
8
14
14
Figura 7: Freqüências das alturas dos indivíduos da cota 100, na Floresta Ombrófila
Densa, Ilha da Marambaia, RJ. .........................................................................
15
Figura 8: Freqüências das alturas dos indivíduos da cota 500, na Floresta Ombrófila
Densa, Ilha da Marambaia, RJ. .........................................................................
16
Figura 9: Altura média das dez espécies mais altas da cota 100 encontradas na Floresta
Ombrófila Densa da Ilha da Marambaia ................................................................
16
Figura 10: Altura média das dez espécies mais altas da cota 500 encontradas na Floresta
Ombrófila Densa da Ilha da Marambaia ................................................................
17
Figura 11: As dez espécies de maior Área Basal na cota 100 da Ilha da Marambaia,
RJ.......................................................................................................................
18
Figura 12: As dez espécies de maior Área Basal na cota 500 da Ilha da Marambaia,
RJ.....................................................................................................................
18
Figura 13: As oito famílias com os maiores valores de Densidade Relativa para ambas
as Cotas da Floresta Ombrófila Densa da Ilha da Marambaia, RJ .....................
19
Figura 14: As dez espécies com os maiores valores de Densidade Relativa para as
Cotas 100 e 500, na Floresta Ombrófila Densa da Ilha da Marambaia, RJ. ......
20
Figura 15: As oito famílias mais freqüentes nas cotas 100 e 500, na Floresta Ombrófila
Densa da Ilha da Marambaia, RJ. .....................................................................
20
Figura 16: As 11 espécies mais freqüentes em ambas cotas, na Floresta Ombrófila Densa
da Ilha da Marambaia, RJ. ...............................................................................
21
Figura 17: As sete famílias de maior Dominância Relativa, em ambas cotas, na Floresta
Ombrófila Densa da Ilha da Marambaia, RJ ......................................................
22
x
Figura 18: As dez espécies de maior Dominância Relativa, em ambas cotas, na Floresta
Ombrófila Densa da Ilha da Marambaia, RJ ......................................................
22
Figura 19: Distribuição das 12 famílias de maior VC nas Cotas 100 e 500, encontradas
na Floresta Ombrófila Densa da Ilha da Marambaia, RJ. ..................................
23
Figura 20: Distribuição das espécies de maior VC para ambas as cotas na Floresta
Ombrófila Densa da Ilha da Marambaia, RJ. .........................................................
24
Figura 21: Dez famílias de maior Valor de Importância para as cotas 100 e 500, de um
trecho da Floresta Ombrófila Densa da Ilha da Marambaia, RJ.........................
24
Figura 22: As 18 espécies de maior valor de importância para as cotas 100 e 500, de
um trecho da Floresta Ombrófila Densa da Ilha da Marambaia, RJ ..................
25
xi
LISTA DE TABELAS Pág.
Tabela 1: As sete famílias mais representativas em número de espécies nas Cotas 100
e 500m na Ilha da Marambaia, RJ, no período de 2007 a 2009 ....................
12
Tabela 2: As três famílias mais ricas em espécies em diferentes trechos de Floresta
Atlântica do Estado do Rio de Janeiro ..........................................................
12
Tabela 3: Comparação entre riqueza de espécies (S), área amostrada e critério de
inclusão do estudo em duas Zonas Altitudinais (Ilha da Marambaia, RJ) e
em outras áreas de Floresta Atlântica estudadas no estado do Rio de
Janeiro ...........................................................................................................
13
Tabela 4: DAP máximo de dez espécies encontradas na Floresta de Encosta na Ilha
da Marambaia, RJ, no período de 2007 a 2009, em ambas cotas. ................
17
0
1. INTRODUÇÃO
O Bioma Floresta Atlântica compreende um conjunto de formações florestais e
ecossistemas associados que incluem a Floresta Ombrófila Densa, a Floresta Ombrófila Mista,
a Floresta Ombrófila Aberta, a Floresta Estacional Semidecidual, a Floresta Estacional
Decidual, os Manguezais, as Restingas, os Campos de Altitude, os Brejos Interioranos e os
Encraves Florestais do Nordeste (IBGE, 1991), constituindo um mosaico vegetacional que
proporciona uma grande biodiversidade para o bioma.
De acordo com diversos autores (SILVA & LEITÃO-FILHO, 1982; MORI et al.,
1983; MARTINS, 1989; PEIXOTO & GENTRY, 1990; JOLY et al., 1991; BARROS et al.,
1991; BROWN JR., 1992 e THOMAZ et al., 1998), as áreas costeiras do Brasil representam
uma região com elevado índice de endemismo e grande diversidade florística que, em alguns
locais, são superiores às observadas em trechos de Floresta Amazônica.
A devastação da Floresta Atlântica é um reflexo, tanto da ocupação desordenada, como
da exploração intensa de seus recursos naturais (extração madeireira e/ou substituição de suas
florestas por áreas agrícolas e pastoris (DEAN, 1996). Neste domínio se encontram
aproximadamente 70 % da população brasileira (MORELLATO & HADDAD, 2000), o que
submete este domínio a diferentes tipos de pressão, reduzindo sua área natural drasticamente.
A cidade do Rio de Janeiro foi capital do país entre 1763 e 1960, atraindo um grande
contingente de imigrantes em busca de melhores condições de vida. Porém, a ocupação do
território sempre se defrontou com características naturais muito peculiares, gerando prejuízos
sociais e ambientais de grande importância (SANTANA, 2000). A expansão da cidade
reduziu continuamente os componentes florestais, que inicialmente recobria o equivalente a
97% da área do estado e atualmente restringe-se a aproximadamente 20% da sua cobertura
original (FUNDAÇÃO SOS MATA ATLÂNTICA-INPE, 2006). Os remanescentes florestais
estão localizados basicamente em escarpas muito íngremes ou em altitudes elevadas, onde as
práticas agropastoris ou madeireiras tornam-se inviáveis, além de outras poucas áreas de
preservação ambiental (FUNDAÇÃO SOS MATA ATLÂNTICA, 1998).
A Ilha da Marambaia, localizada na porção sul do estado do Rio de Janeiro (23o04‟ S e
43o53‟ W), apresenta uma floresta que sofreu com atividades antrópicas no passado (de 1614-
1950). No entanto, nos últimos 50 anos, após a Marinha do Brasil ter assumido o controle da
Ilha, a mesma vem sofrendo pouca pressão antrópica, quer em termos de ocupação do solo,
quer em termos de extrativismo, possuindo trechos de floresta em bom estágio de regeneração
(CONDE et al., 2005).
A altitude por si só não constitui uma variável ecológica que tenha conseqüências
diretas na zonação da vegetação, mas tem sido considerada como um fator complexo, que
atua simultaneamente com outros fatores ambientais. Por exemplo, as variações de altitude
estão associadas às variações de temperatura, de umidade na forma de precipitação ou de
neblina, que geralmente cobre de maneira intermitente ou permanente muitas das áreas
montanhosas (BRUIJNZEEL & VENEKLAAS, 1998).
2
A declividade acentuada afeta a altura das árvores, uma vez que o solo se torna mais
raso, e a face da vertente que está sendo colonizada é afetada mais ou menos pela incidência
dos raios solares.
Os ventos podem ou não ter efeito na zonação da vegetação, o que vai depender da
velocidade e da face da encosta que está sendo atingida (RICHTER, 2000). Tais variações
criam uma série de micro-ambientes influenciando a composição e a estrutura de
comunidades de plantas (PROCTOR et al., 1983; PENDRY & PROCTOR 1996;
BRUIJNZEEL & VENEKLAAS, 1998; MONTANA & VALIENTE-BANUET, 1998;
RICHTER, 2000 e DAMASCENO-JUNIOR, 2005).
Outros fatores relacionados são os edáficos, podendo haver diferenças na
disponibilidade de nutrientes ao longo da altitude de acordo com a idade dos solos, onde
atuam fatores como decomposição, lixiviação e incremento de matéria orgânica (TILMAN,
1984 e VITOUSEK et al., 1988).
As principais mudanças na vegetação observadas com o aumento da altitude em áreas
florestais são: a substituição de espécies, também chamada de zonação, onde espécies que
ocorrem em cotas mais baixas tendem a ser diferentes das que ocorrem em cotas mais altas; a
diminuição do número de espécies em grandes altitudes (LIEBERMAN et al., 1996); a
diminuição da estatura dos indivíduos, em virtude de haver uma maior oferta de radiação solar
em cotas mais altas, fazendo com que os indivíduos não venham a competir por luz; a
diminuição da riqueza e diversidade de espécies (GRUBB, 1977); o aumento da área basal e
densidade dos indivíduos (VÁSQUEZ & GIVNISH, 1998).
A diversidade é um reflexo de três parâmetros, que são a freqüência, a riqueza e
abundância em espécies. Neste sentido, de acordo com Mantovani (1993), vários são os
fatores que podem interferir no índice de diversidade, ressaltando, entre eles, o método de
amostragem e o critério de inclusão dos indivíduos. Ainda segundo este autor, a utilização de
critérios de inclusão que favoreçam a amostragem de componentes do sub-bosque interfere
diretamente no índice de Shannon, uma vez que este leva em consideração, como elementos
semelhantes, populações com indivíduos de tamanhos excepcionalmente diferentes.
Ao se analisar os trabalhos de Lieberman et al. (1996); Proctor et al. (1988); Vasquez
& Givnish (1998), Sanches et al. (2001) e Damasceno-Júnior (2005) baseados na composição
florística e estrutura das florestas tropicais, observou-se que todos registram uma tendência da
diversidade e riqueza inicialmente aumentarem até uma determinada altitude e de depois
diminuirem consideravelmente, uma vez que apenas espécies altamente adaptadas estarão
presentes em ambientes mais rústicos de elevadas altitudes (figura 1).
3
Figura 1: Comportamento da Diversidade e Riqueza com o aumento da altitude.
1.1 Revisão de Literatura
O estudo de variações ecológicas em florestas tropicais é muito importante para o
entendimento dos padrões de distribuição das espécies em relação às variáveis ambientais. A
influência dessas variáveis contribui para a zonação das espécies (CLARK et al., 1995). Uma
das questões que intrigam alguns pesquisadores há algum tempo é como estas variáveis
modificam a estrutura e composição das florestas.
- Proctor et al. (1988) ao estudar um gradiente altitudinal (280 a 870m), numa floresta
em estágio primário na Malásia, observou uma mudança considerável na composição
florística, principalmente entre as cotas 610 a 770m. Estes autores comentam que os limites
altitudinais nos quais ocorrem as mudanças na vegetação nas montanhas variam muito e são
influenciados pelo tipo de vegetação regional, pela interrelação entre altitude e latitude, pelos
diferentes padrões de precipitação e pela influência do tamanho e isolamento da montanha
sobre a taxa de diminuição da temperatura com a altitude (Efeito Massenerhebung);
- Lieberman et al. (1996), ao estudarem a estrutura e a composição florística de uma
floresta tropical primária ao longo de um gradiente altitudinal (30 a 2600m) na Costa Rica,
demonstra que a diversidade é grande em 300m e decresce a medida que a altitude aumenta,
que a composição florística varia continuamente com a altitude, portanto, não havendo
discontinuidades, as zonas florísticas não são evidenciadas;
- Pendry & Proctor (1996) ao analisarem as mudanças vegetacionais provocadas pela
altitude nas florestas tropicais de Brunei, Sudoeste da Ásia, evidenciaram que as mudanças na
estrutura e composição florística não dependeram do vento, umidade e das condições
edáficas, mas da redução da temperatura com a altitude.
- Vázquez & Givnish (1998), ao estudarem a variação na composição florística,
estrutura e diversidade ao longo de um gradiente altitudinal (1500 a 2500m), de uma Floresta
0
5
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1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11
Altitude
Div
./R
iq.
4
Tropical em Sierra Manantlán, México, observaram que a composição florística varia
continuamente com a altitude e a riqueza decresce consideravelmente.
No entanto, no Brasil existem poucos trabalhos sobre as variações florísticas e
estruturais da vegetação em relação à altitude
- Sanchez (2001), ao estudar a composiçção florística e estrutura da comunidade
arbórea num gradiente altitudinal (2 a 1000m) da Floresta Ombrófila Densa, do Parque
Estadual da Serra do Mar, em Ubatuba, SP, comenta que as análises evidenciaram diferenças
florísticas e estruturais entre as altitudes que permitiram o reconhecimento de três formaçoes:
A Floresta Ombrófila Densa das Terras Baixas (2m - planície), a Submontana (100-600) e a
Montana (1000m).
- Damasceno-Júnior (2005), analisando o estudo florístico e fitossociológico em
altitudes que variam de 100 a 800m, no Maciço do Urucum, MS, observou na área estudada,
dois grandes grupos de vegetação: o das Florestas Estacionais Decíduas (até 200m de altitude)
e das Florestas Estacionais Semidecíduas (acima de 400m de altiutde). O autor comenta que
estes dois grupos foram floristicamente distintos, sendo a precipitação o principal fator
associado às mudanças ocorridas na vegetação ao longo de um gradiente de altitude.
- Moreno et al. (2003), ao estudar a variação da composição florística e estrutural, em
relação a um gradiente altitudinal (50 e 250m) de um remanescente de Floresta Submontana
na região do Imbé, RJ, evidenciou uma diferença significativa da composição florística, mas
não na estrutura da comunidade.
1.2 Objetivo
O objetivo deste trabalho foi descrever as variações estruturais da Floresta Ombrófila
Densa Submontana, nas Zonas Altitudinais de 100 e 500m, e verificar se existe similaridade
entre elas.
2. MATERIAL E MÉTODOS
2.1 Descrição da Área de Estudo
A Marambaia é formada pelo complexo de duas regiões (ilha e restinga de mesmo
nome), que compreende uma região de uso restrito a atividades militares. Na Ilha, atua o
Centro de Adestramento da Ilha da Marambaia (CADIM), do Corpo de Fuzileiros Navais da
Marinha do Brasil (Figura 2).
5
Figura 2: Complexo Ilha e Restinga da Marambaia (BRASIL EM RELEVO, 2010).
Favorecida tanto pela posição geográfica quanto pela presença da Marinha, a Ilha da
Marambaia conserva ainda representativa parcela da Floresta Ombrófila Densa no estado do
Rio de Janeiro (PEREIRA et al., 1990). Situa-se a 23º 04‟ S e 43º 53‟ W, no sul do estado e
possui uma área aproximada de 42 km2.
A tipologia florestal que cobre a área de estudo é a Floresta Ombrófila Densa
Submontana, por estar localizada entre as latitudes 16° S a 24° S e entre as altitudes de 50 e
500m (IBGE, 1991).
A Ilha da Marambaia apresenta relevo variado desde planícies arenosas, ao nível do
mar, até a Floresta Ombrófila Densa, atingindo o pico da Marambaia com 641m.
2.2 Clima
O clima se enquadra no macroclima tipo AW-clima tropical chuvoso (KOËPPEN,
1948), com temperatura média anual de 23,7ºC, sendo fevereiro, o mês mais quente (26,8ºC)
e agosto, o mês mais frio (20,9ºC). As chuvas são abundantes no verão e escassas no inverno.
A média anual de precipitação é de 1239,7 mm (MATTOS, 2005).
6
2.3 Histórico da Área
Segundo Pereira et al. (1990), no Império, a Ilha da Marambaia abrigou importante
ponto de recebimento e triagem de escravos de propriedade do Comendador Joaquim José de
Souza Breves, o “Barão do Café”. A Ilha foi usada como entreposto negreiro até 1888, época
da abolição da escravatura. Com a morte do comendador em 1889, a fazenda entrou em franca
decadência, restando de pé a sede, a capela (ambas localizadas na praia da Armação) e uma
senzala (próxima à praia do CADIM). Em 1891, a viúva do comendador vendeu a Marambaia
à Companhia Promotora de Indústrias e Melhoramentos, que por sua vez repassou, em 1896,
ao Banco da República do Brasil.
Em 1905, a União adquiriu a Marambaia, do Banco da República do Brasil, “com todas
as suas terras, construções, dependências e servidões”.
Em 1908, a Marinha do Brasil instalou na ilha a Escola de Aprendizes de Marinheiros
do Estado do Rio de Janeiro, para funcionar na antiga sede da fazenda. No entanto dois anos
depois, em 1910, a escola foi transferida para a cidade de Campos (RJ), permanecendo as
instalações da ilha sem aplicação.
Até 1939 a ilha permaneceu em total abandono, habitada por algumas famílias de
pescadores completamente desasistidas. Neste mesmo ano, a ilha foi visitada por membros da
Diretoria do Abrigo do Cristo Redentor- instituição de assistência social, que se interessou em
construir ali uma escola profissional de pesca. Após a derrubada da mata (faces NW e N) e
do saneamento da ilha, partiu-se para a construção de casas com esgoto, água encanada, luz,
grupo escolar e cooperativa. A antiga senzala, após reforma, transformou-se em cooperativa e
dependências para visitantes.
Visando melhorar o nível do pescador brasileiro com preparo técnico, instrução e
melhores condições de vida, no segundo semestre de 1939 foi criada a Escola Técnica Darcy
Vargas.
Em 1940, passou a funcionar também a Escola Primária e a fábrica de sardinhas Abrigo
Redentor. A partir de 1941 passam a ser aceitos os primeiros alunos para a Escola de Pesca. A
preferência foi dada aos filhos de pescadores de qualquer parte do Brasil.
Em 1954, a pesca passou a realizar-se em alto-mar, optou-se então por deslocar a
produção para o continente, onde foi construído, em 1955, o Pier Levy Miranda, na Praça XV
de Novembro (RJ).A partir dai, toda a estrutura montada na ilha entra em decadência.
Em 1971, um decreto assinado pelo então Presidente E. G. Médici autorizou a re-
incorporação da Ilha da Marambaia à União e a administração da ilha volta, a partir de então,
ao Ministério da Marinha.
Após restauração das diversas construções anteriormente pertencentes à Escola Técnica
foi inaugurado em 1981, o Centro de Adestramento e Instrução dos Fuzileiros Navais. Este
firmou um convênio em 1990, com a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ),
tornando possível o desenvolvimento de pesquisas na região.
7
2.4 Amostragem e Coleta das Variáveis Dendrométricas
Para as coletas dos dados foram feitas expedições periódicas na área de estudo
quinzenalmente durante um período de dois anos (setembro de 2007 a agosto de 2009).
Para realização do levantamento fitossociológico foi utilizado o método de parcelas
fixas de 10 X 10 m (100 m²) (MÜELLER-DOMBOIS & ELLENBERG, 1974). Foram
estabelecidos dois sítios de coletas, o primeiro na zona altitudinal de 100m (cota 100) e o
segundo na de 500m (cota 500) (Figura 3). Em cada zona altitudinal foram instaladas
aleatoriamente 25 parcelas, respeitando-se sempre os limites altitudinais já citados através do
uso de um altímetro. Um total de 0,5 ha foi amostrado.
Figura 3: Vista panorâmica da Ilha da Marambaia com a presença dos dois sítios de
amostragem. (Foto: R. S. Nunes, 2008).
Em cada parcela foram amostrados e identificados todos os indivíduos arbustivo-
arbóreos com CAP (circunferência à altura do peito, 1,30 metros do solo) igual ou superior a
7,5 cm. A altura foi estimada tomando-se como referência uma vara telescópica (podão) de 6
m de altura. Posteriormente, os valores de CAP foram convertidos para DAP (diâmetro à
altura do peito) através da equação: DAP = CAP/(3,14) para a realização das análises.
Cada árvore plaquetada recebeu uma identificação constituída por dois números: o
primeiro referente à parcela e o segundo referente ao indivíduo coletado. Os troncos mortos
ainda de pé, encontrados no interior das parcelas foram considerados no estudo.
A coleta de material botânico foi feita com auxilio de um podão ou com tesoura de
poda. Para as coletas em árvores de grande porte foi necessário utilizar técnicas de
acrodendrologia (Figura 4) (OLIVEIRA & ZAÚ, 1995; PIÑA RODRIGUES, 2002).
Todo material botânico coletado foi devidamente herborizado de acordo com as
técnicas usuais de Sylvestre & Rosa (2002) e depositado no herbário do Departamento de
Botânica da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (RBR).
Cota 500 Cota 100
8
A identificação foi feita através de bibliografia especializada e da comparação das
exsicatas, com materiais dos herbários do Departamento de Botânica da Universidade Federal
do Rio de Janeiro (RBR), do Museu Nacional (R), do Instituto de Pesquisas Jardim Botânico
do Rio de Janeiro (RB) e da Fundação de Engenharia do Meio Ambiente – FEEMA (GUA), e
quando necessário, foram enviadas para especialistas.
Figura 4: Técnicas de Acrodendrologia (Foto: F. C. Nettsheim, 2007).
Para entender como se dá o incremento da riqueza de espécies com o aumento do
número de amostras realizadas no campo, utilizou-se o Método da Curva do Coletor. Esse
método verifica a suficiência amostral, desde que haja uma estabilização do número de espécies
acumuladas após um esforço amostral. (MÜELLER-DUMBOIS & ELLENBERG, 1974). No
entanto, esta metodologia vem sendo criticada, quando aplicada a florestas tropicais, uma vez
que não há estabilização da curva, mesmo após o aumento do esforço amostral, em virtude da
elevada riqueza de espécies (SCHILLING & BATISTA, 2008). Para minimizar este fato, Cain
(1938) apud Schilling & Batista (2008) recomenda que a amostragem seja considerada
adequada quando a um aumento de 10% da área amostrada, correspondesse a um aumento de
10% do número de espécies. Desta forma, neste estudo resolveu-se utilizar o método proposto
por Cain (1938).
9
2.5 Análise Estrutural da Vegetação
A estrutura horizontal da floresta reflete a distribuição espacial das espécies que
compõem a população. Ela pode ser analisada através dos valores de Freqüência, Densidade e
Dominância. Estes parâmetros fitossociológicos foram calculados segundo Vuono (2002).
Densidade (De)
Relaciona o número de indivíduos (ni) por unidade de área (ha) ou pelo total de
indivíduos da amostra (N).
1. Densidade Absoluta (DeA): A relação do número total de indivíduos de um táxon por
área, obtida pela divisão do número total de indivíduos do táxon (ni) encontrados na área
amostral (A), por unidade de área (1 ha).
DeA = ni x 1ha/A
2. Densidade Relativa (DeR): Representa a porcentagem com que um táxon i aparece na
amostragem em relação ao total de indivíduos do componente amostrado (N). A razão ni/N
representa a probabilidade de um indivíduo amostrado aleatoriamente, pertença ao táxon em
questão.
DeR = (ni/N) x 100
Freqüência (F)
Indica a ocorrência do táxon nas unidades amostrais.
1. Freqüência Absoluta (FA): A porcentagem de amostras em que foi registrado um dado
táxon i, ou a probabilidade de uma parcela aleatoriamente sorteada conter o táxon i. Expressa
pela porcentagem do número de unidades amostrais em que i ocorre (Oci) dividido pelo
número total de unidades amostrais (U.A.):
FA = (Oci/UA) x 100
2. Freqüência Relativa (FR): Relação em porcentagem da ocorrência do táxon i pela
somatória de ocorrências para todos os táxons do componente analisado.
FR = (Oci/∑ Oc) x 100
Dominância (Do)
Expressa a influência ou contribuição de cada táxon na comunidade. É calculada
geralmente em valores indiretos da biomassa. No presente estudo, foi utilizado o valor da área
da secção do tronco a 1,3 m de altura como indicativo para a Dominância.
10
1. Dominância Absoluta (DoA): É a contribuição da biomassa do táxon i na comunidade. É
calculada pelo somatório da Área Basal (AB) de todos os indivíduos de um táxon i, por
unidade de área(ha).
DoA= ABi /ha
A Área Basal é calculada pela fórmula:
AB = DAP2 x π/40 000; onde:
DAP= diâmetro a altura do peito, π (Pi= 3,14)
2. Dominância Relativa (DoR): Representa a contribuição da biomassa do táxon i em
relação ao total da biomassa do componente analisado. É calculada, através da Dominância
Absoluta de um táxon i pelo somatório da Dominância Absoluta de todos os táxons
amostrados e expressa em porcentagem.
DoR
Valor de Cobertura (VC): Somatório dos parâmetros relativos de densidade e dominância
das espécies amostradas informa a importância ecológica da espécie em termos de
distribuição horizontal, baseando-se, contudo, apenas na densidade e na dominância.
VC = DRi + DoRi
Valor de Importância (VI): É o somatório dos parâmetros relativos de densidade,
dominância e freqüência das espécies amostradas, informando a importância ecológica da
espécie em termos de distribuição horizontal. Este parâmetro permite a ordenação das
espécies hierarquicamente segundo sua importância na comunidade.
VI = DeRi + DoRi + FRi
2.6. Diversidade e Equabilidade
A variação de espécies existentes entre comunidades pode ser representada e
quantificada de diversas maneiras, sendo a mais comum por meio dos Índices de Diversidade.
Os mais usados são os Índices de Shannon e de Eqüabilidade de Pielou.
Índice de Shannon (H’) – É calculado pela fórmula abaixo:
H‟ = ∑ pi Ln pi;
onde: pi= Somatório de n. indivíduos de cada espécie (ni) , pelo n. total indivíduos
amostrados (N) = ∑ ni-n/N ; Ln= Logaritmo Neperiano.
11
A diversidade será máxima, quando todas as espécies contribuírem com igual
proporção para a comunidade. Quanto maior o valor de H‟, maior a diversidade da área em
estudo.
Índice de Equabilidade de Pielou (J’) – É derivado do índice de diversidade de
Shannon, que representa a uniformidade da distribuição dos indivíduos entre as espécies
existentes (PIELOU, 1966) apud (GOMIDE, 2006). Seu valor apresenta uma amplitude de 0
(uniformidade mínima) a 1 (uniformidade máxima). É calculado pela fórmula:
J’=H’/ ln (s)
onde: H‟= índice de Shannon; ln= logaritmo Neperiano; s= n. total de espécies.
2.7. Similaridade
Para avaliar a semelhança entre as cotas estudadas, foi utilizado o Índices de Bray -
Curtis.
Índice de Bray-Curtis ou Sörensen Quantitativo (CN): - É um coeficiente que compara
dados de abundância das espécies, ao longo de um gradiente ambiental (MAGURRAN,
1955).
CN= 2jN/ Na+Nb, onde:
Na= nº de indivíduos da cota 100m;
Nb= nº de indivíduos da cota 500m;
Nj = nº de indivíduos da cota que apresenta o menor valor.
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Na área de estudo foram amostrados um total de 1688 indivíduos pertencentes a 170
espécies distribuídas em 111 gêneros de 48 famílias. Destes indivíduos, 98,3% estavam vivos
(1659) e 1,7% mortos em pé (29). Do total de indivíduos, 702 foram registrados para cota 100
e 986, para cota 500. A densidade absoluta total foi de 2808 indivíduos por hectare para a cota
100 e 3944 para a cota 500. Cinco morfo-espécies foram identificadas em nível genérico, uma
em nível de família e uma permaneceu indeterminada (Anexo 1).
Foram registradas 38 famílias para a cota 100, sendo oito exclusivas. Já na cota 500,
registrou-se 43, sendo onze exclusivas. Vinte e nove famílias ocorreram em ambas as cotas.
As sete famílias mais ricas em espécies na cota 100 foram Myrtaceae (12), seguida por
Fabaceae e Lauraceae (9), Rubiaceae (6), Annonaceae, Meliaceae e Sapotaceae (5),
perfazendo 45,9% do total de famílias. Já na cota 500 as famílias as mais representativas
foram Myrtaceae (14), Lauraceae (11), Fabaceae (10), Sapotaceae (9), Rubiaceae (8),
Melastomataceae (7) e Annonaceae (5), perfazendo 53,4% do total (Tabela 1).
12
Tabela 1: As sete famílias mais representativas em número de espécies nas cotas 100 e 500
na Ilha da Marambaia, RJ, no período de 2007 a 2009.
Nº de espécies/fam % total Nº de espécies/fam % total
Cota 100 Cota 500
Myrtaceae (12) 10,8 Myrtaceae (14) 11,7
Fabaceae (9) 8,1 Lauraceae (11) 9,2
Lauraceae (9) 8,1 Fabaceae (10) 8,3
Rubiaceae (6) 5,4 Sapotaceae (9) 7,5
Annonaceae (5) 4,5 Rubiaceae (8) 6,6
Meliaceae (5) 4,5 Melastomataceae (7) 5,8
Sapotaceae(5) 4,5 Annonaceae (5) 4,3
Subtotal 45,9 Subtotal 53,4
Outras 31 fams (60) 54,1 Outras 36 fams (56) 46,6
Analisando-se os estudos florísticos para Ilha da Marambaia, Conde et. al (2005) e
Nettsheim (2008) ressaltaram as Myrtaceae, Lauraceae, Fabaceae e Euphorbiaceae como as
famílias de maior riqueza, o que vem corroborar este estudo. Observa-se resultados
semelhantes em outros trabalhos florísticos realizados no estado do Rio de Janeiro
(GANDRA, 2008; PEIXOTO et al., 2004 e OLIVEIRA, 2002) (Tabela 2). As famílias
Fabaceae, Lauraceae e Myrtaceae são as que apresentam os maiores valores de riqueza nos
estudos fitossociológicos da Floresta Atlântica do Rio de Janeiro.
Tabela 2: As três famílias mais ricas em espécies em diferentes trechos de Floresta Atlântica
do Estado do Rio de Janeiro.
Ilha da Marambaia Ilha
Grande
Serra
Capoeira
Grande
RPPN
Porangaba
Conde et al.
(2005)
Nettsheim
(2008)
Este estudo
Cota 100
Este estudo
Cota 500
Oliveira
(2002)
Peixoto et al.
(2004)
Gandra
(2008)
Myrtaceae Myrtaceae Myrtaceae Myrtaceae Myrtaceae Fabaceae Fabaceae Lauraceae Euphorbiaceae Fabaceae Lauraceae Rubiaceae Myrtaceae Myrtaceae Fabaceae Fabaceae Lauraceae Fabaceae Fabaceae Euphorbiaceae Moraceae
Alguns estudos sugerem que nas áreas de encosta localizadas entre as cotas altitudinais
de 50 e 500 m, classificadas como Florestas Submontanas, ocorra um estoque de espécies
dessas famílias, como é o caso de Fabaceae (OLIVEIRA & FONTES, 2000; LIMA, 2000).
Dessa forma, Peixoto et al. (2004) destacam a importância da preservação dos remanescentes
florestais nessas zonas altitudinais, já que estes poderiam conservar um conjunto de espécies
representativas das cotas altitudinais inferiores e superiores.
Das 48 famílias registradas, 21 que estão representadas por apenas uma espécie,
correspondendo a 43,7% do total, o que ressalta a riqueza de espécies na área de estudo.
Os gêneros de maior riqueza específica para a cota 100 foram: Eugenia (5 espécies),
seguido por Ocotea (4) e Inga (3). Enquanto para a cota 500, os gêneros com maior riqueza
foram: Eugenia (8 espécies), seguido por Miconia (5) e Ocotea (4) (Anexo 1).
13
Das 170 espécies amostradas, 61 são comuns as duas cotas (35,9% do total). Foi
registrado um total de 111 espécies para a cota 100, sendo 52 exclusivas. Já na cota 500,
ocorreram 119 espécies, sendo 57 exclusivas. Desta forma, o número de espécies amostradas
aumentou discretamente, com o aumento da altitude, o que era esperado de acordo com o
Comportamento da Riqueza e Diversidade com o aumento da altitude (Figura 1).
Na Ilha da Marambaia foram registradas mais 42 espécies (marcadas com asterisco no
Anexo 1), daquela registradas por Conde et al. (2005), ampliando desta forma o número de
táxons para Ilha.
Com relação à riqueza de espécies, comparando-se a Ilha da Marambaia com outras
áreas de estudo, pode-se observar que a Ilha Grande (OLIVEIRA, 2002) é a mais rica em
espécies, seguida do estudo de Nettesheim (2008) e deste estudo para Ilha da Marambaia,
ficando a RPPN Porangaba em terceiro lugar (Tabela 3).
Tabela 3: Comparação entre riqueza de espécies (S), área amostrada e critério de inclusão do
estudo em duas Zonas Altitudinais (Ilha da Marambaia, RJ) e em outras áreas de
Floresta Atlântica estudadas no estado do Rio de Janeiro.
Localidade S Área(ha) Citério Fonte
Ilha da
Marambaia
111 0,25 DAP ≥ 2,4 Este estudo-cota 100
Ilha da
Marambaia
119 0,25 DAP ≥ 2,4 Este estudo- cota 500
Ilha da
Marambaia
116 0,2 DAP ≥ 2,4 Nettsheim et al. (2008)
Ilha Grande 236 0,3 DAP ≥ 2,5 Oliveira (2002)- fragmentos de 50
anos
RPPN Porangaba 105 0,5 DAP ≥ 5,0 Gandra (2008)
A Suficiência Amostral foi atingida para ambas as cotas quando considerado o método
proposto por CAIN (1938). Em ambas as cotas, a suficiência foi atingida na Parcela 21
(Figuras 5 e 6).
14
0
20
40
60
80
100
120
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25
Figura 5: Curva do Coletor para a cota 100.
0
20
40
60
80
100
120
140
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 Figura 6: Curva do Coletor para a cota 500.
Com relação à presença de árvores mortas em pé, Martins (1991) comenta que pode
ser conseqüência de ventos, tempestades, quedas de grandes ramos, doenças, perturbações
antrópicas ou senescência. Para Lopes (1998) e Soares & Silva (2002), as árvores mortas em
pé têm valor ecológico para a fauna silvestre, oferecendo abrigo, local de nidificação e fonte
indireta de alimentos.
Vários trabalhos fitossociológicos realizados na Floresta Atlântica e em Florestas
Estacionais, nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo, têm observado a grande importância
das árvores mortas em pé em relação ao Valor de Importância (VI) (SILVA, 1989;
PROGRAMA MATA ATLÂNTICA, 1992; MARTINS, 1991). Este é caso da Ilha da
Marambaia, onde as árvores mortas em pé assumiram a décima primeira posição na cota 100
(VI= 4,54) e a décima sexta posição na cota 500 (VI= 4,39).
15
Com relação ao Valor de Cobertura (VC), as árvores mortas em pé assumiram a
décima sétima posição (VC= 2,63) na cota 100 e a vigésima segunda (VC= 2,15) na cota 500.
Os maiores valores de VI e VC para a cota 100 devem-se ao fato de que os indivíduos mortos
possuíam maiores valores de DAP em relação aos indivíduos da cota 500.
Do total de indivíduos amostrados, 29 (1,7%) estavam mortas em pé. Destes, doze
indivíduos foram encontrados em 8 parcelas da cota 100 e dezessete em 11 parcelas da cota
500, correspondendo a 38% do total de parcelas. Como a cota 500 apresenta uma alta
declividade, portanto sujeita a uma maior exposição aos ventos, tempestades e raios solares,
supõe-se que as árvores desta cota sofram mais com as intempéries, aumentando o número de
indivíduos mortos.
3.1 Estratificação
O dossel apresentou árvores emergentes atingindo de 20 a 25 m. Na cota 100, foram
27 árvores que atingiram essa medida, contra 13 na cota 500.
As famílias que mais contribuiram com indivíduos de 20 a 25m foram: Lauraceae,
Fabaceae e Annonaceae na cota 100m e Malvaceae, Fabaceae e Melastomataceae na cota
500m.
A altura da maioria dos indivíduos arbóreos na cota 100 variou de 3 a 8m. Foram
registrados 490 indivíduos (62,94% do total amostrado). Já na cota 500, a altura média variou
de 4 a 8m, onde foram computados 644 indivíduos (65,38% do total amostrado) (Figuras 7 e
8).
0
20
40
60
80
100
120
140
160
1m 3m 5m 7m 9m 11m
13m
15m
17m
19m
20m
22m
24m
freq
Figura 7: Freqüências das alturas dos indivíduos da cota 100, na
Floresta Ombrófila Densa, Ilha da Marambaia, RJ.
16
0
20
40
60
80
100
120
140
160
1m 3m 5m 7m 9m 11m
13m
15m
17m
19m
21m
23m
25m
freq
Figura 8: Freqüências das alturas dos indivíduos da cota 500, na
Floresta Ombrófila Densa, Ilha da Marambaia, RJ.
Com relação à altura média, as quatro espécies mais altas da cota 100 foram: Luehea
divaricata (25m), Ilex integerrima (20m), Licania riedelii (16m) e Tabernaemontana laeta
(15,0m). Observa-se também que as árvores mortas ocuparam a oitava posição (Figura 9). Já
na cota 500m, as quatro primeiras espécies mais altas foram: Sclerolobium pilgerianum
(21,7m), Licaria octandra (17,5m) Actinostemum sp. e Piptadenia gonoacantha (16,0m)
(Figura 10).
25
20
1615 15 14,7 14,6 14,4 14,4 14,2
0
5
10
15
20
25
30
L. d
ivar
icat
a
I. inte
gerrim
a
L. ri
edelli
T. lae
ta
T. jan
uare
nsis
X. b
rasilie
nsis
A. h
eter
ophy
llus
A. p
olyc
ephala
C. c
omm
erso
niana
T. bre
viacu
minata
Figura 9: Altura média das dez espécies mais altas da cota 100 encontradas
na Floresta Ombrófila Densa da Ilha da Marambaia, RJ.
17
21,7
17,516 16
15 15
12,7 12,5 12 12
0
5
10
15
20
25
S. p
ilgen
ianu
m
L. o
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dra
Actinos
temom
sp.
P. g
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cant
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M. int
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T. gra
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M. c
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M. s
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C. l
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olat
a
G. g
ardn
eriana
Figura 10: Altura média das dez espécies mais altas da cota 500, encontradas
na Floresta Ombrófila Densa da Ilha da Marambaia, RJ.
O diâmetro médio das árvores foi de 9,5cm para cota 100 e 9,8cm para cota 500. Das
dez espécies de maior valor de Diâmetro (DAP), na cota 100, ressalta-se: Luehea divaricata
(82,7cm) e Albizia polycephala (74,8cm). Já para cota 500, ressalta-se: Guapira opposita
(86,6cm) e Eriotheca penthaphylla (75,1cm). As dez espécies com maior valor de DAP
somaram 27,7% do total na cota 100 e 19,8% na cota 500. (Tabela 4).
Tabela 4: DAP máximo de dez espécies encontradas na Floresta Ombrófila Densa na
Ilha da Marambaia, RJ, no período de 2007 a 2009, em ambas cotas.
Cota 100 Cota 500
Espécies DAP Espécies DAP
Luehea divaricata 82,7 Guapira opposita 86,5
Albizia polycephala 74,8 Eriotheca penthaphylla 75,1
Vochysia oppugnata 44,5 Guatteria villosissima 47,7
Tabernaemontana laeta 44,1 Piptadenia gonoacantha 47,7
Anaxagorea dolichocarpa 42,3 Sclerolobium pilgenianum 47,7
Pouteria bangii 42,0 Qualea gestasiana 42,3
Campomanesia guaviroba 41,3 Cariniana legalis 42,0
Kielmeyera latrophyton 40,1 Eugenia punicifolia 40,5
Ilex integérrima 38,1 Actinostemom sp. 38,8
Tetragastris breviacuminata 35,4 Aniba firmula 38,5
A Área Basal média na cota 100 foi de 9,36 m² ha-1 e na cota 500 foi de 13,3 m² ha
-1.
Das dez espécies de maior Área Basal (AB), na cota 100 (53,2% do total), ressalta-se Guapira
opposita (1,09), Vochysia oppugnata (0,82) e Albizia polycephala ( 0,74). Já para a cota 500,
das dez espécies de maior AB (56% do total amostrado), ressalta-se Eriotheca pentaphylla
18
(2,89), seguida de Guapira opposita(1,53). Observou-se que apenas Guapira opposita e
Anaxagorea dolichocarpa estão bem representadas nas duas cotas (figura 11 e 12).
1,09
0,820,75
0,54
0,45
0,330,29
0,25 0,24 0,22
0
0,2
0,4
0,6
0,8
1
1,2
G. o
ppos
ita
V. o
ppug
nata
A. p
olyc
ephal
a
L. d
ivar
icat
a
P. b
angi
i
P. g
labra
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C. g
uavi
roba
X. s
ericea
O. t
elei
andra
A. d
olic
hoca
rpa
Figura 11: As dez espécies de maior Área Basal na cota 100 da Ilha da Marambaia,
RJ.
2,90
1,54
0,600,47 0,41 0,33 0,32 0,32 0,30 0,28
-
0,50
1,00
1,50
2,00
2,50
3,00
3,50
E. p
enth
aphy
lla
G. o
ppos
ita
S. p
ilgen
ianu
m
M. c
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mom
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Q. g
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sian
a
M. c
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M. v
enos
a
A. d
olicho
carp
a
G. v
illos
issim
a
Figura 12: As dez espécies de maior Área Basal na cota 500 da Ilha da Marambaia,
RJ.
3.2 Parâmetros Fitossociológicos
A Floresta da Ilha da Marambaia como um todo, caracterizou-se por apresentar muitas
espécies que ocorreram em baixa densidade. A maioria (51,7% do total) apresentou de dois a
19
nove indivíduos; 18,8% ocorreram com apenas um indivíduo e 29,5% das espécies
apresentaram-se com 10 ou mais.
As cinco famílias com maior valor de Densidade Relativa na cota 100 foram:
Myrtaceae (10,82), Nyctaginaceae (9,97), Fabaceae (8,26), Sapotaceae (7,12) e Lauraceae
(6,98), correspondendo a 43,16% do total. Já na cota 500, a famílias foram: Myrtaceae
(15,41), seguida por Rubiaceae (13,59), Malvaceae (7,30), Melastomataceae (6,59) e
Nyctaginaceae (5,78), perfazendo 48.68% do valor total (Figura 13).
Figura 13: As oito famílias com os maiores valores de Densidade Relativa para ambas cotas, da
Floresta Ombrófila Densa da Ilha da Marambaia, RJ.
As seis espécies que obtiveram os maiores valores de DeR na cota 100 foram: Guapira
opposita (9,97), Miconia prasina (5,41), Vochysia oppugnata (2,99), Anaxagorea
dolichocarpa (2,84), Pera glabrata (2,7) e Pouteria bangii (2,5), perfazendo 26,4% do total.
Já na cota 500, as espécies que apresentaram os maiores valores foram: Eriotheca
penthaphylla (6,69), Psychotria vellosiana (6,49), Guapira opposita (5,78), Eugenia rostrata
(5,27), Myrsine venosa (4,96) e Anaxagorea dolichocarpa (4,46), perfazendo 33,7% do total
(figura 14).
O valor da Densidade Absoluta das espécies na cota 100 foi de 2808, contra 3944 na
cota 500. Estes dados estão de acordo com a maioria dos trabalhos relacionados com Zonas
Altitudinais, entre eles Lieberman et al. (1996) e Vásques & Givnish (1998), onde a
Densidade aumenta com a altitude.
20
Densidade Relativa - espécies
0,00
2,00
4,00
6,00
8,00
10,00
12,00
G. o
ppos
ita
M. p
rasin
a
V. opp
ugna
ta
A. dol
icho
carp
a
P.gla
brata
P. ban
gii
P. vello
siana
E. pen
thap
hylla
M. v
enos
a
E. rost
rata
Cota 100
Cota 500
Figura 14: As dez espécies com os maiores valores de Densidade Relativa para as cotas 100 e
500, na Floresta Ombrófila Densa da Ilha da Marambaia, RJ.
Com relação à Freqüência Relativa (FR), as cinco famílias principais na cota 100,
foram: Fabaceae (7), Myrtaceae (6,37), Sapotaceae (6,36), Lauraceae (6,36) e Nyctaginaceae
(6,05), perfazendo 32,1% do total. Já na cota 500, as famílias Myrtaceae e Rubiaceae foram as
primeiras (6,55), seguidas por Malvaceae e Melastomataceae (5,98) e Lauraceae (5,69),
perfazendo um total de 30,7% (Figura 15). Fabaceae, a família mais freqüente na Cota 100,
caiu para a 9ª posição na cota 500. Malvaceae, que assumiu a 29ª posição na cota 100, ficou
em 3ª lugar na cota 500 (Anexos 2 e 3).
Figura 15: As oito famílias mais freqüentes nas cotas 100 e 500, na Floresta Ombrófila Densa
da Ilha da Marambaia, RJ.
Com relação à Freqüência Relativa (FR) das espécies na cota 100, Guapira opposita
apresentou a maior FR (4,54), seguida por Pouteria bangii (2,87) e Miconia prasina (2,63).
Frequência Relativa - Famílias
0,00
1,00
2,00
3,00
4,00
5,00
6,00
7,00
8,00
Fabaceae
Myr
tace
ae
Sapotaceae
Lauraceae
Nyctagin
aceae
Rubiaceae
Malva
ceae
Mela
stom
atace
ae
Cota 100
Cota 500
21
Para cota 500, Eriotheca. penthaphylla foi a que ocupou a primeira posição (4,28). As
subseqüentes foram: Guapira opposita (3,87) e Myrcia splendens (3,67) (Figura 16).
As dez espécies mais frequentes correspondem a 23,7% do valor total na cota 100 e a
30,3% do valor total da cota 500 (Anexos 2 e 3). As árvores mortas atingiram a sétima
posição (FR= 1,91) na cota 100 e a décima posição (2,24) na cota 500.
Figura 16: As 11 espécies mais freqüentes em ambas cotas, na Floresta Ombrófila Densa da
Ilha da Marambaia, RJ.
Fabaceae foi a família dominante (13,54) na cota 100, seguida por Nyctaginaceae
(11,65), Vochysiaceae (8,77), Sapotaceae (7,61) e Annonaceae (6,61), correspondendo a
39,4% do total. Já na cota 500, Malvaceae e Nyctaginaceae ocuparam os primeiros e
segundos lugares, respectivamente, com 22,03 e 11,55. Fabaceae e Myrtaceae apresentaram
valores muito próximos (8,22 e 8,11), sendo seguidas por Sapotaceae (6,20), perfazendo
56,1% do total ( Figura 17).
22
Figura 17: As sete famílias de maior Dominância Relativa, em ambas cotas, na Floresta
Ombrófila Densa da Ilha da Marambaia, RJ.
As cinco espécies dominantes na cota 100 foram: Guapira opposita (11,65), Vochysia
oppugnata (8,77), Albizia policephala (7,97), Luehea divaricata (5,74) e Pouteria bangii
(4,81), correspondendo a 38,9% do total. Já na cota 500, Eriotheca pentaphylla ocupa a
primeira posição (21,79) seguida por Guapira opposita (11,5), Sclerolobium pilgerianum
(4,5), Miconia cinnamomifolia (3,5) e Psychotria vellosiana (3,06), correspondendo a 44,4%
do total. (Anexos 2 e 3).
Destas cinco espécies de maior valor de Dominância Relativa (DoR) apenas Guapira
opposita, Pouteria bangii e Miconia cinnamomifolia ocorreram nas duas cotas (Figura 18).
Figura 18: As dez espécies de maior Dominância Relativa, em ambas cotas, na Floresta
Ombrófila Densa da Ilha da Marambaia, RJ.
Dominância Relativa - famílias
0,00
5,00
10,00
15,00
20,00
25,00
30,00
35,00
Faba
ceae
Nyc
tagina
ceae
Vochy
siac
eae
Sapot
acea
e
Annon
acea
e
Myr
tace
ae
Malva
ceae
Cota 100
Cota 500
Dominância Relativa - espécies
0,00
5,00
10,00
15,00
20,00
25,00
G. o
ppos
ita
V. o
ppug
nata
A. p
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epha
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L. d
ivar
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a
P. b
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P. g
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M. c
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mom
ifolia
P. v
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a
E. p
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S. p
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m
Cota 100
Cota 500
23
Valor de Cobertura - famílias
0
5
10
15
20
25
30
35
Fabace
ae
Nyc
tagin
aceae
Myr
tace
ae
Sap
otac
eae
Laur
acea
e
Ann
onac
eae
Voc
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ae
Eup
horb
iace
ae
Melas
tomata
ceae
Malva
ceae
Rubi
acea
e
Myr
sina
ceae
Cota 100
Cota 500
Das cinco espécies de maior DoR para ambas cotas (E. penthaphylla, G. opposita, M.
cinnamomifolia, P. vellosiana e V. oppugnata,) apresentaram como estratégia de ocupação do
ambiente, muitos indivíduos de porte relativamente reduzido, enquanto duas (Luehea
divaricata e Sclerolobium pilgenianum) apresentam poucos indivíduos que podem alcançar
grande porte (Anexos 2 e3).
A família Fabaceae ocupa o primeiro lugar em Valor de Cobertura (VC) na cota
100 (21,8), enquanto as Malvaceae (29,3) assumem o primeiro lugar na cota 500, passsando
as Fabaceae para a sexta posição. Observa-se ainda que das dez famílias de maior VC, as
Vochysiaceae foram exclusivas da cota 100, enquanto que as Myrsinaceae foram melhor
representadas na cota 500 (Figura 19).
Figura 19: Distribuição das 12 famílias de maior VC nas cotas 100 e 500m, encontradas na
Floresta Ombrófila Densa da Ilha da Marambaia, RJ.
Para a cota 100, as três espécies mais representativas em VC foram: Guapira opposita
(26,1), Vochysia oppugnata (13,6), Albizia polycephala (11,0). Já para cota 500, se
destacaram: Eriotheca penthaphylla (28,5), Guapira opposita (17,3) e Psychotria vellosiana
(9,5) (Figura 20). As dez espécies de maior VC na cota 100 e 500, correspondem a 41,7% e
49,8% do valor total de cobertura. O valor de cobertura das árvores mortas em pé foi de 2,2 na
cota 100, (ocupando a 16º posição) e de 2,65 na cota 500 (ocupando a 29º posição) (Anexos 2
e 3).
24
Valor de Cobertura - espécies
0
5
10
15
20
25
30
35
G. o
ppos
ita
V. opp
ugin
ata
A. polyc
ephal
a
E. pen
thap
hylla
P. vel
losian
a
Cota 100
Cota 500
Figura 20: Distribuição das cinco espécies de maior VC para ambas as cotas na
Floresta Ombrófila Densa da Ilha da Marambaia, RJ.
As três famílias de maior Valor de Importância (VI) para a cota 100 foram: Fabaceae
(28,8) Nyctaginaceae ( 27,7) e Vochysiaceae (11,8). Já na cota 500, ressalta-se: Malvaceae
(29,3), Myrtaceae (23,5) e Rubiaceae (19,0). A família Nyctagynaceae passa de 2º lugar na
cota 100 para a 4ª posição na cota 500. (Figura 21).
Figura 21: Dez famílias de maior Valor de Importância para as cotas 100 e 500, de
um trecho da Floresta Ombrófila Densa da Ilha da Marambaia, RJ.
DAs dez espécies com maior Valor de Importância na cota 100 ressalta-se: Guapira
opposita (26,17), Vochysia oppugnata (13,68), Albizia polycephala (11,07), Pouteria bangii
(10,25) e Miconia prasina (9,5), correspondendo a 50,9% do VI total. Na cota 500, ressalta-se:
Eriotheca penthaphylla (32,77), Guapira opposita (21,21), Psychotria vellosiana (12,00),
Valor de Importância - famílias
-
5,00
10,00
15,00
20,00
25,00
30,00
35,00
40,00
Fabace
ae
Nyc
tagin
aceae
Myr
tace
ae
Sap
otac
eae
Laur
acea
e
Ann
onac
eae
Eup
horb
iace
ae
Melas
tomata
ceae
Rubi
acea
e
Malva
ceae
Cota 100
Cota 500
25
Myrcia splendens (10.06) e Eugenia rostrata (9,83), correspondendo a 85,8% do total de VI.
(Figura 18).
Observa-se que Guapira opposita, espécie de maior VI na cota 100, foi substituída por
Eriotheca penthaphylla na cota 500. Ressalta-se ainda que Anaxagorea dolichocarpa ocorre
nas duas cotas com valores de VI próximos. Já Vochysia oppugnata não obteve
representatividade para cota 500. (Figura 22).
Valor de Importância - espécies
0
5
10
15
20
25
30
35
G. o
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ita
V. o
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nata
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P. b
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M. p
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P. g
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a
A. int
erm
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M. c
inna
mom
ifolia
R. m
eisn
eri
Cota 100
Cota 500
Figura: 22: As 18 espécies de maior valor de importância para as cotas 100 e 500, de um
trecho da Floresta Ombrófila Densa da Ilha da Marambaia, RJ.
3.3 Diversidade e Equabilidade
Neste estudo, o Índice de Diversidade de Shannon para famílias apresentou os valores
de 3,1 e 2,9 nats/indivíduo, nas cotas 100 e 500, respectivamente.
O Índice de Diversidade de Shannon (H‟) para as espécies variou de 4,25 e 4,05
nats/indivíduo para as cotas 100 e 500m, respectivamente. Com relação a Equabilidade de
Pielou (J‟), a Ilha da Marambaia apresentou um valor de J‟= 0,85 para a cota 100 e J‟= 0,79
para a cota 500.
Baseado no trabalho de Martins (1991), os índices encontrados na Ilha da Marambaia
(H‟= 4,25 e 4,05) podem ser considerados altos, uma vez que os valores de vários estudos de
diversidade para Floresta Atlântica variam de 3,61 a 4,07 nats/indivíduo. Já Kurtz & Araújo
(2000) sugerem que estes valores podem ter uma amplitude maior, entre 1,69 a 4,4
nats/indivíduos para o estado do Rio de Janeiro.
26
Nettsheim et al. (2006), ao analisarem a Eqüabilidade para Ilha da Marambaia como um
todo, encontraram J‟= 0,84 um valor próximo ao encontrado neste estudo (J‟= 0,86), se
consideradas todas as áreas amostradas. Sanchez (2001) ao analisar um gradiente altitudinal
no Parque Estadual da Serra do Mar em Pinciguaba, Ubatuba- SP, encontrou J‟= 0,84, 0,91 e
0,87, para as cotas 100, 300 e 600 respectivamente; Damasceno-Júnior (2005) ao estudar um
gradiente altitudinal na Floresta Estacional no Maciço do Urucum -MS, registrou J‟= 0,77 e
0,74, para as cotas 100 e 400m respectivamente. Observa-se que a Ilha da Marambaia
apresenta uma conformidade alta, i.é, as espécies contribuem de maneira uniforme para a
composição florística da Ilha.
Com relação às espécies raras, existem muitas formas pelas quais estas podem ser
consideradas como tal, padrão este com profundas conseqüências ecológicas e evolutivas
(RABINOWITZ, 1981). Martins (1991) considera como espécies raras, aquelas representadas
por apenas um indivíduo. Tomando-se como base o trabalho deste autor, foram computadas
na Ilha da Marambaia, 18 espécies raras (16,2%) na cota 100 e 28 (23,5%) na cota 500.
Kurtz & Araújo (2000), compilando estudos realizados na Floresta Atlântica do
estado do Rio de Janeiro, localizaram uma variação percentual de espécies raras de 9,5% a
45,2%. Os percentuais obtidos para a Floresta Ombrófila Densa Submontana da Ilha da
Marambaia corroboram com os resultados dos autores supracitados
3.4 Similaridade
Segundo Muller- Dombois & Ellenberg (1974), para que duas áreas sejam
consideradas floristicamente diferentes, este índice precisa ser inferior a 0,25. Ao se analisar a
similaridade, através do Índice de Bray-Curtis (CN), encontrou-se CN= 0, 41, indicando a
existência de similaridade entre as cotas. Com esse valor, não é possível distinguir duas cotas
através da composição florística.
4. CONSIDERAÇÕES
A Composição Florística e Diversidade variaram continuamente em resposta ao
gradiente altitudinal, não se percebendo duas Zonas Altitudinais discretas.
O número de famílias e espécies seguiu o padrão esperado, uma vez que seus valores
aumentaram com o aumento da altitude segundo o Comportamento da Diversidade e Riqueza
com relação à Altitude.
Com relação ao DAP, este segue o padrão esperado, com árvores mais robustas na cota
500 e mais delgadas na cota 100.
O número de indivíduos e a densidade seguiram um padrão esperado, aumentando de
acordo com a altitude.
Guapira opposita, Vochysia oppuginata e Albizia policephala foram as espécies de
maior valor de Dominância, Cobertura e Importância, na cota 100. Na cota 500, Eriotheca
pentaphylla e Guapira opposita sobressaem-se em relação a esses três parâmetros.
27
Foi observado que a ocorrência de árvores mortas foi maior na cota 500. Como esta cota
apresenta uma alta declividade, sujeita a uma maior exposição aos ventos, tempestades e raios
solares, supõe-se que as árvores sofram mais com as intempéries, aumentando o número de
indivíduos mortos.
O Índice de Similaridade de Bray-Curtis indicou a existência de similaridade entre as
cotas.
Não foi possível reconhecer uma variação estrutural nas duas cotas estudadas. Supõe-se
que este fato seja decorrente das duas cotas pertencerem a mesma tipologia vegetal, i.e.,
Floresta Ombrófila Densa Submontana, cuja altitude varia de 50 a 500m, nas latitudes de 16°e
24° S.
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32
ANEXOS
Anexo 1: Distribuição das Famílias e Espécies amostradas em duas Zonas Altitudinais na Ilha
da Marambaia, RJ. (continua).
Família/ Espécie Cota 100 Cota 500
Anacardiaceae
Astronium graveolens Jacq.
Annonaceae
Anaxagorea dolichocarpa Sprangue & Sandwith
Annona acutiflora Mart.
Guatteria candolleana Schltdl.
Guatteria villosissima Saint – Hilaire*
Xylopia brasiliensis Spreng.
Xylopia sericea A.St.-Hil.
Apocynaceae
Aspidosperma parvifolium A.DC.
Malouetia arborea (Vell.) Miers*
Tabernaemontana laeta Müll. Arg.
Aquifoliaceae
Ilex integerrima (Vell.) Reissek
Ilex theezans Mart.*
Araliaceae
Didymopanax anomalus Taub.
Asteraceae
Vernonia discolor (Spreng.) Less.*
Bignoniaceae
Cybistax antissyphilitica Mart.
Jacaranda puberula Cham.*
Tabebuia cassinoides (Lam.) DC.
Tabebuia heptaphylla (Vell.) Toledo *
Boraginaceae
Cordia trichoclada DC.
Burseraceae
Protium heptaphyllum (Aubl.) Marchand
Tetragastris breviacuminata Swart.*
Celastraceae
Maytenus alaternoides Reissek
Chrysobalanaceae
Couepia schottii Fritsch
Hirtella hebeclada Moric. ex DC.
Licania kunthiana Hook. f.*
33
Anexo 1: Continuação
Licania octandra (Hoff. ex Roem. & Schult.) Kuntze*
Licania riedelii Prance*
Clusiaceae
Garcinia gardneriana (Planch. & Triana) Zappi
Kielmeyera latrophyton Saddi
Combretaceae
Terminalia januarensis DC.*
Terminalia sp.1*
Terminalia sp.2*
Cyatheaceae
Cyathea corcovadensis (Raddi) Domin
Elaeocarpaceae
Sloania guianensis (Aubl.) Benth.
Erythroxylaceae
Erythroxylum passerinum Mart.
Erythroxylum pulchrum A. St. Hil.
Erythroxylum subsessile (Mart.) Howard
Euphorbiaceae
Actinostemom sp.
Alchornea triplinervia (Spreng.) Müll. Arg.
Aparisthimium cordatum (Juss.) Baill.
Croton floribundus Lund. ex Didr
Pera glabrata (Schott) Poepp. ex Baill.
Senefeldera verticillata (Vell.) Croizat
Fabaceae
Albizia polycephala (Bertham) Killip
Andira anthelmia (Vell.) J.F.Macbr.
Copaifera lucens Dwyer*.
Inga capitata Desv.
Inga laurina (Sw.) Willd.
Inga subnuda Salzm. ex Benth.
Machaerium lanceolatum (Vell.) Harms
Myrocarpus frondosus Allemão
Peltogyne angustiflora Ducke
Piptadenia gonoacanta (Mart.) J. F. Macbr.
Pseudopiptadenia contorta (DC.) G.P.Lewis &
M.P.Lima
Pseudopiptadenia leptostachya (Benth.) Rauschert
Sclerolobium pilgenianum Harms
Zoolernia ilisifolia (Brongn.) Vogel*
34
Anexo 1: Continuação
Icacinaceae
Citronella paniculata (Mart.) R. A. Howard
Lauraceae
Aniba firmula (Ness & Mart.) Mez.
Endlicheria glomerata Mez
Endlicheria paniculata (Spreng.) J. F. Macbr.
Licaria armeniaca (Nees) Koesterm.
Nectandra membranacea (Sw.) Griseb.*
Nectandra oppositifolia Nees & Mart.
Nectandra puberula Ness.*
Ocotea aciphylla (Ness) Mez.*
Ocotea elegans Mez*
Ocotea notata (Nees & C. Martius ex Nees) Mez
Ocotea shottii (Meisn.) Mez
Ocotea teleiandra (Meisn.) Mez
Lauraceae 1
Lecythidaceae
Cariniana estrellensis (Raddi) Kuntze
Cariniana legalis (Mart.) Kuntze
Malpighiaceae
Byrsonima crispa A. Juss.*
Byrsonima laxiflora Griseb.
Malvaceae
Chorisia speciosa A. St.-Hil.
Erioteca penthaphylla (Vell.) A. Robyns
Luehea divaricata Mart.
Quararibea turbinata (Sw.) Poir.
Melastomataceae
Huberia ovalifolia DC.
Miconia brasiliensis (Spreng.) Triana
Miconia chartaceae Triana var. longifólia*
Miconia cinnamomifolia (DC.) Naudin
Miconia cubatanensis Hoehne *
Miconia lepidota DC.
Miconia prasina (Sw.) DC.
Miconia pusilliflora (DC.) Naudin*
Tibouchina granulosa Cogn.*
35
Anexo 1: Continuação
Meliaceae
Guarea guidonia (L.) Sleumer
Guarea macrophylla Vahl
Trichilia casaretti C. DC.
Trichilia elegans A. Juss.
Trichilia lepidota Mart.*
Monimiaceae
Mollinedia oligantha Perkins
Siparuna guianensis Aubl.
Moraceae
Brosimum guianense (Aubl.) Huber
Ficus gomelleira Kunth. & C.D. Bouché
Sorocea guilleminiana Gaudich.*
Sorocea hilarii Gaudich.
Morta
Myristicaceae
Virola gardneri (A. DC.) Warb.*
Myrsinaceae
Cybianthus brasiliensis (Mez.) Agost.
Myrsine venosa A. DC.
Myrtaceae
Calyptranthes lanceolata O. Berg
Calyptranthes rufa O. Berg
Campomanesia guaviroba (DC.) Kiaersk.
Eugenia bahiensis DC.
Eugenia brasiliensis Lam.
Eugenia excelsa O. Berg.
Eugenia florida DC.*
Eugenia lanceolata Cambess.
Eugenia oblongata Mattos & D. Legrand
Eugenia ovalifolia Cambess.
Eugenia punicifolia (Kunth) DC.
Eugenia rostrata O. Berg.
Eugenia uniflora L.
Gomidesia spectabilis (DC.) Berg
Marlieria parviflora O.Berg.
Myrceugenia myrcioides (Cambess.) O. Berg
Myrcia multiflora Lam. DC.
Myrcia splendens (Sw.) D.C.*
Myrciaria floribunda (H. West ex Wild.) O. Berg.
Plinia rivularis (Cambess.) A.D. Rotman*
36
Anexo 1: Continuação
Nyctaginaceae
Guapira opposita (Vell.) Reitz
Ochnaceae
Ouratea cuspidata Tiegh.
Ouratea miersii (Planch.) Engl.*
Pentaphylacaceae (Ternstroemiaceae)
Ternstroemia brasiliens Camb.
Piperaceae
Piper mollicomum kunth
Podocarpaceae
Podocarpus sellowi Klotzsch ex Endl.
Proteaceae
Roupala meisneri Sleumer*
Rhamnaceae
Colubrina glandulosa Perkins
Rubiaceae
Amaioua intermedia Mart.
Faramea occidentalis (Vell.) Mull. Arg.
Guettarda viburnoides Cham. & Schltdl.
Posoqueria latifolia (Rudge) Roem. & Schultdl.
Psychotria mapourioides DC.
Psychotria stenocalyx Müll. Arg.
Psychotria vellosiana Benth.*
Rudgea nobilins Müll. Arg.*
Rutaceae
Almeidea rubra A.St.-Hil.
Dictyoloma vandellianum A.H.L. Juss.*
Esembeckia grandiflora Mart.
Zanthroxylum rhoifolium Lam.
Salicaceae
Casearia commersoniana Cambess
Casearia decandra Jacq.
Casearia sylvestris Sw.
Sapindaceae
Allophylus heterophyllus Radlk.*
Cupania concolor Radlk.
Cupania emarginata Cambess.
Cupania oblongifolia Mart.
Matayba guianensis Aulb.
Matayba intermedia Radlk
37
Anexo 1: Continuação
Sapotaceae
Chrysophyllum flexuosum Mart.
Chrysophyllum gonocarpum (Mart. & Eichler) Engl.*
Chrysophyllum sp.
Manilkara salzmannii (A. DC.) H.J. Lam *
Manilkara subsericea (Mart.) Dubard
Micropholis crassipedicellata (Mart. & Eichler ex
Miq.) Pierre*
Micropholis cuneata (Raunk.) Pierre ex Glaz.*
Pouteria bangii (Rusby) T.D. Penn.*
Pouteria caimito (Ruiz & Pav.) Radlk.
Pouteria grandiflora (A.DC.) Baehni
Solanaceae
Solanum sp.
Symplocaceae
Symplocos variabilis Mart. ex Miq.
Thymeliaceae
Daphnopsis coriacea Taub.
Urticaceae
Cecropia pachystachya Trécul
Vochysiaceae
Qualea gestasiana A. St. Hil.*
Vochysia oppugnata (Vell.) Warm.
Indeterminada
38
Anexo 2: Parâmetros fitossiciológicos da Cota 100, na Ilha da Marambaia, RJ, ordenados de acordo com o Valor de Impotância. Ni= Número de indivíduos por
espécie; Oc= Ocorrência; AB= Área basal em metros quadrados; DA= Densidade Absoluta; DR= Densidade Relativa; FA= Freqüência Absoluta; FR=
Freqüência Relativa; DoA= Dominância Absoluta; DoR= Dominância Relativa; VC= Valor de Cobertura;. VI= Valor de Importância. (Continua).
Espécie Ni Oc AB DA DR FA FR DoA DoR VC VI
Guapira opposita (Vell.) Reitz 70 19 1,091213276 280 9,97151 76 4,545455 4,364853 11,65714 21,62865 26,17411
Vochysia oppugnata (Vell.) Warm. 21 8 0,821870158 84 2,991453 32 1,913876 3,287481 8,779822 11,77128 13,68515
Albizia polycephala (Bertham) Killip 10 7 0,746975741 40 1,424501 28 1,674641 2,987903 7,979745 9,404246 11,07889
Pouteria bangii (Rusby) T.D. Penn. 18 12 0,450763596 72 2,564103 48 2,870813 1,803054 4,815389 7,379491 10,2503
Miconia prasina (Sw.) DC. 38 11 0,136476159 152 5,413105 44 2,631579 0,545905 1,457939 6,871044 9,502623
Pera glabrata (Schott) Poepp. ex Baill. 19 10 0,334464646 76 2,706553 40 2,392344 1,337859 3,572998 6,27955 8,671895
Anaxagorea dolichocarpa Sprangue & Sandwith 20 7 0,223815936 80 2,849003 28 1,674641 0,895264 2,390967 5,239969 6,914611
Campomanesia guaviroba (DC.) Kiaersk. 11 7 0,286738174 44 1,566952 28 1,674641 1,146953 3,063148 4,6301 6,304741
Luehea divaricata Mart. 1 1 0,537943708 4 0,14245 4 0,239234 2,151775 5,746711 5,889161 6,128395
Ocotea teleiandra (Meisn.) Mez 12 6 0,238121498 48 1,709402 24 1,435407 0,952486 2,543789 4,253191 5,688598
Xylopia sericea A.St.-Hil. 11 4 0,249505215 44 1,566952 16 0,956938 0,998021 2,665398 4,23235 5,189288
Morta 12 8 0,086749391 48 1,709402 32 1,913876 0,346998 0,926721 2,636123 4,549998
Cupania concolor Radlk. 10 8 0,10822934 40 1,424501 32 1,913876 0,432917 1,156186 2,580687 4,494563
Hirtella hebeclada Moric. ex DC. 13 7 0,088152282 52 1,851852 28 1,674641 0,352609 0,941708 2,793559 4,468201
Almeidea rubra A.St.-Hil. 12 7 0,096089797 48 1,709402 28 1,674641 0,384359 1,026502 2,735904 4,410545
Micropholis cuneata (Raunk.) Pierre ex Glaz. 8 8 0,126310615 32 1,139601 32 1,913876 0,505242 1,349343 2,488944 4,40282
Myrcia splendens (Sw.) D.C. 13 8 0,058610797 52 1,851852 32 1,913876 0,234443 0,626124 2,477976 4,391851
Inga subnuda Salzm. ex Benth. 7 6 0,167683659 28 0,997151 24 1,435407 0,670735 1,79132 2,788471 4,223878
Pseudopiptadenia leptostachya (Benth.) Rauschert 13 7 0,055204881 52 1,851852 28 1,674641 0,22082 0,589739 2,441591 4,116232
Pouteria grandiflora (A.DC.) Baehni 10 7 0,083478585 40 1,424501 28 1,674641 0,333914 0,89178 2,316281 3,990922
Astronium graveolens Jacq. 10 5 0,118979939 40 1,424501 20 1,196172 0,47592 1,271031 2,695533 3,891705
Amaioua intermedia Mart. 11 7 0,044770285 44 1,566952 28 1,674641 0,179081 0,478269 2,045221 3,719862
Senefeldera verticillata (Vell.) Croizat 8 5 0,129132034 32 1,139601 20 1,196172 0,516528 1,379483 2,519085 3,715257
Casearia sylvestris Sw. 8 7 0,078994646 32 1,139601 28 1,674641 0,315979 0,843879 1,98348 3,658121
Kielmeyera latrophyton Saddi 6 3 0,17898923 24 0,854701 12 0,717703 0,715957 1,912095 2,766796 3,484499
Gomidesia spectabilis (DC.) Berg 13 4 0,062796572 52 1,851852 16 0,956938 0,251186 0,670839 2,522691 3,479629
Sorocea hilarii Gaudich. 10 6 0,032668542 40 1,424501 24 1,435407 0,130674 0,348989 1,773491 3,208898
Inga laurina (Sw.) Willd. 6 6 0,085828282 24 0,854701 24 1,435407 0,343313 0,916881 1,771582 3,206988
Tetragastris breviacuminata Swart. 5 3 0,165327688 20 0,712251 12 0,717703 0,661311 1,766152 2,478403 3,196106
39
Anexo 2: Continuação
Espécie Ni Oc AB DA DR FA FR DoA DoR VC VI
Andira anthelmia (Vell.) J.F.Macbr. 7 5 0,082700887 28 0,997151 20 1,196172 0,330804 0,883472 1,880623 3,076795
Chrysophyllum flexuosum Mart. 10 5 0,03878407 40 1,424501 20 1,196172 0,155136 0,41432 1,838821 3,034994
Trichilia casaretti C. DC. 7 5 0,070134287 28 0,997151 20 1,196172 0,280537 0,749226 1,746377 2,942549
Casearia commersoniana Cambess 5 3 0,134453221 20 0,712251 12 0,717703 0,537813 1,436328 2,148579 2,866282
Calyptranthes rufa O. Berg 7 3 0,102254186 28 0,997151 12 0,717703 0,409017 1,092355 2,089506 2,807209
Guarea macrophylla Vahl 9 3 0,061368157 36 1,282051 12 0,717703 0,245473 0,65558 1,937631 2,655334
Cybistax antissyphilitica Mart. 5 5 0,065046117 20 0,712251 20 1,196172 0,260184 0,694871 1,407121 2,603293
Siparuna guianensis Aubl. 7 6 0,010422931 28 0,997151 24 1,435407 0,041692 0,111345 1,108496 2,543903
Tabebuia cassinoides (Lam.) DC. 9 3 0,05042697 36 1,282051 12 0,717703 0,201708 0,538698 1,820749 2,538453
Ocotea elegans Mez 5 4 0,077979954 20 0,712251 16 0,956938 0,31192 0,833039 1,54529 2,502228
Psychotria mapourioides DC. 6 4 0,060550498 24 0,854701 16 0,956938 0,242202 0,646845 1,501546 2,458484
Pseudopiptadenia contorta (DC.)
G.P.Lewis & M.P.Lima 5 3 0,093671756 20 0,712251 12 0,717703 0,374687 1,000671 1,712921 2,430625
Xylopia brasiliensis Spreng. 3 3 0,118970374 12 0,42735 12 0,717703 0,475881 1,270929 1,69828 2,415983
Miconia cinnamomifolia (DC.)
Naudin 6 4 0,055849459 24 0,854701 16 0,956938 0,223398 0,596625 1,451326 2,408264
Tabernaemontana laeta Müll. Arg. 2 2 0,153668774 8 0,2849 8 0,478469 0,614675 1,641603 1,926503 2,404972
Aniba firmula (Ness & Mart.) Mez. 5 3 0,086230148 20 0,712251 12 0,717703 0,344921 0,921174 1,633425 2,351128
Colubrina glandulosa Perkins 4 3 0,098715853 16 0,569801 12 0,717703 0,394863 1,054555 1,624356 2,342059
Nectandra oppositifolia Nees & Mart. 7 4 0,032270654 28 0,997151 16 0,956938 0,129083 0,344739 1,34189 2,298828
Psychotria vellosiana Benth. 7 5 0,009374226 28 0,997151 20 1,196172 0,037497 0,100142 1,097293 2,293466
Byrsonima laxiflora Griseb. 5 5 0,03308292 20 0,712251 20 1,196172 0,132332 0,353416 1,065667 2,261839
Ocotea notata (Nees & C. Martius ex
Nees) Mez 4 4 0,067785761 16 0,569801 16 0,956938 0,271143 0,724137 1,293938 2,250876
Brosimum guianense (Aubl.) Huber 5 5 0,026228735 20 0,712251 20 1,196172 0,104915 0,280195 0,992445 2,188618
Citronella paniculata (Mart.) R. A.
Howard 6 3 0,048824758 24 0,854701 12 0,717703 0,195299 0,521582 1,376283 2,093986
Ocotea shottii (Meisn.) Mez 6 4 0,023994597 24 0,854701 16 0,956938 0,095978 0,256328 1,111029 2,067967
Cupania oblongifolia Mart. 7 3 0,032855361 28 0,997151 12 0,717703 0,131421 0,350985 1,348136 2,06584
Eugenia brasiliensis Lam. 7 4 0,00674618 28 0,997151 16 0,956938 0,026985 0,072068 1,069219 2,026156
Allophylus heterophyllus Radlk. 3 2 0,093049937 12 0,42735 8 0,478469 0,3722 0,994028 1,421378 1,899847
40
Anexo 2: Continuação
Espécie Ni Oc AB DA DR FA FR DoA DoR VC VI
Endlicheria glomerata Mez 4 4 0,028707573 16 0,569801 16 0,956938 0,11483 0,306675 0,876476 1,833414
Calyptranthes lanceolata O. Berg 7 3 0,010323187 28 0,997151 12 0,717703 0,041293 0,11028 1,107431 1,825134
Myrcia multiflora Lam. DC. 5 4 0,010780758 20 0,712251 16 0,956938 0,043123 0,115168 0,827419 1,784357
Garcinia gardneriana (Planch. & Triana)
Zappi 4 4 0,016729174 16 0,569801 16 0,956938 0,066917 0,178713 0,748514 1,705452
Pouteria caimito (Ruiz & Pav.) Radlk. 4 4 0,013613716 16 0,569801 16 0,956938 0,054455 0,145432 0,715232 1,67217
Casearia decandra Jacq. 4 4 0,012418064 16 0,569801 16 0,956938 0,049672 0,132659 0,702459 1,659397
Ilex integerrima (Vell.) Reissek 1 1 0,114591559 4 0,14245 4 0,239234 0,458366 1,224151 1,366602 1,605836
Myrocarpus frondosus Allemão 5 3 0,014045424 20 0,712251 12 0,717703 0,056182 0,150044 0,862294 1,579998
Guatteria villosissima Saint – Hilaire 4 3 0,020779667 16 0,569801 12 0,717703 0,083119 0,221984 0,791784 1,509488
Croton floribundus Lund. ex Didr 3 3 0,025761217 12 0,42735 12 0,717703 0,103045 0,2752 0,702551 1,420254
Protium heptaphyllum (Aubl.) Marchand 4 2 0,033478557 16 0,569801 8 0,478469 0,133914 0,357643 0,927443 1,405912
Licania riedelii Prance 3 2 0,046067398 12 0,42735 8 0,478469 0,18427 0,492126 0,919476 1,397945
Trichilia lepidota Mart. 4 3 0,009368258 16 0,569801 12 0,717703 0,037473 0,100079 0,669879 1,387583
Guettarda viburnoides Cham. & Schltdl. 3 3 0,021736586 12 0,42735 12 0,717703 0,086946 0,232206 0,659557 1,37726
Mollinedia oligantha Perkins 4 3 0,00370831 16 0,569801 12 0,717703 0,014833 0,039615 0,609415 1,327119
Roupala meisneri Sleumer 3 2 0,037557065 12 0,42735 8 0,478469 0,150228 0,401212 0,828563 1,307032
Licaria armeniaca (Nees) Koesterm. 4 2 0,023550953 16 0,569801 8 0,478469 0,094204 0,251589 0,821389 1,299858
Cordia trichoclada DC. 3 3 0,010524121 12 0,42735 12 0,717703 0,042096 0,112426 0,539777 1,25748
Erythroxylum pulchrum A. St. Hil. 3 2 0,032636711 12 0,42735 8 0,478469 0,130547 0,348649 0,776 1,254469
Ficus gomelleira Kunth. & C.D. Bouché 3 3 0,009282712 12 0,42735 12 0,717703 0,037131 0,099165 0,526515 1,244219
Zanthroxylum rhoifolium Lam. 3 3 0,004101372 12 0,42735 12 0,717703 0,016405 0,043814 0,471164 1,188868
Guarea guidonia (L.) Sleumer 3 3 0,002691708 12 0,42735 12 0,717703 0,010767 0,028755 0,456105 1,173809
Piptadenia gonoacanta (Mart.) J. F.
Macbr. 3 2 0,020119174 12 0,42735 8 0,478469 0,080477 0,214928 0,642278 1,120747
Eugenia ovalifolia Cambess. 3 2 0,015043405 12 0,42735 8 0,478469 0,060174 0,160705 0,588055 1,066524
Marlieria parviflora O.Berg. 3 2 0,008843047 12 0,42735 8 0,478469 0,035372 0,094468 0,521818 1,000287
Eugenia bahiensis DC. 3 2 0,00829993 12 0,42735 8 0,478469 0,0332 0,088666 0,516016 0,994485
Couepia schottii Fritsch 2 2 0,014172748 8 0,2849 8 0,478469 0,056691 0,151404 0,436304 0,914773
Cecropia pachystachya Trécul 2 2 0,014167858 8 0,2849 8 0,478469 0,056671 0,151351 0,436252 0,914721
Miconia lepidota DC. 1 1 0,048414934 4 0,14245 4 0,239234 0,19366 0,517204 0,659654 0,898889
41
Anexo 2: Continuação
Espécie Ni Oc AB DA DR FA FR DoA DoR VC VI
Malouetia arborea (Vell.) Miers 2 2 0,012615019 8 0,2849 8 0,478469 0,05046 0,134763 0,419663 0,898132
Psychotria stenocalyx Müll. Arg. 2 2 0,011109015 8 0,2849 8 0,478469 0,044436 0,118675 0,403575 0,882044
Eugenia oblongata Mattos & D. Legrand 4 1 0,0048025 16 0,569801 4 0,239234 0,01921 0,051304 0,621104 0,860339
Annona acutiflora Mart. 2 2 0,006246832 8 0,2849 8 0,478469 0,024987 0,066733 0,351634 0,830102
Erythroxylum subsessile (Mart.) Howard 2 2 0,005618169 8 0,2849 8 0,478469 0,022473 0,060017 0,344918 0,823387
Trichilia elegans A. Juss. 2 2 0,005256092 8 0,2849 8 0,478469 0,021024 0,056149 0,34105 0,819519
Inga capitata Desv. 2 2 0,001989437 8 0,2849 8 0,478469 0,007958 0,021253 0,306153 0,784622
Faramea occidentalis (Vell.) Mull. Arg. 2 2 0,001655211 8 0,2849 8 0,478469 0,006621 0,017682 0,302582 0,781051
Aspidosperma parvifolium A.DC. 2 2 0,001452289 8 0,2849 8 0,478469 0,005809 0,015514 0,300415 0,778884
Terminalia januarensis DC. 1 1 0,020536081 4 0,14245 4 0,239234 0,082144 0,219382 0,361832 0,601066
Endlicheria paniculata (Spreng.) J. F.
Macbr. 2 1 0,002486796 8 0,2849 4 0,239234 0,009947 0,026566 0,311466 0,550701
Sorocea guilleminiana Gaudich. 2 1 0,002307747 8 0,2849 4 0,239234 0,009231 0,024653 0,309553 0,548788
Matayba guianensis Aulb. 1 1 0,007896075 4 0,14245 4 0,239234 0,031584 0,084352 0,226802 0,466036
Jacaranda puberula Cham. 1 1 0,006692465 4 0,14245 4 0,239234 0,02677 0,071494 0,213944 0,453178
Cyathea corcovadensis (Raddi) Domin 1 1 0,00385155 4 0,14245 4 0,239234 0,015406 0,041145 0,183595 0,42283
Cupania emarginata Cambess. 1 1 0,002915238 4 0,14245 4 0,239234 0,011661 0,031143 0,173593 0,412827
Licania kunthiana Hook. f. 1 1 0,00257831 4 0,14245 4 0,239234 0,010313 0,027543 0,169994 0,409228
Virola gardneri (A. DC.) Warb. 1 1 0,002037183 4 0,14245 4 0,239234 0,008149 0,021763 0,164213 0,403447
Erioteca penthaphylla (Vell.) A. Robyns 1 1 0,001145916 4 0,14245 4 0,239234 0,004584 0,012242 0,154692 0,393926
Terminalia sp. 2 1 1 0,000962887 4 0,14245 4 0,239234 0,003852 0,010286 0,152736 0,391971
Erythroxylum passerinum Mart. 1 1 0,000877342 4 0,14245 4 0,239234 0,003509 0,009372 0,151823 0,391057
Piper mollicomum kunth 1 1 0,000718187 4 0,14245 4 0,239234 0,002873 0,007672 0,150122 0,389357
Myrsine venosa A. DC. 1 1 0,000644578 4 0,14245 4 0,239234 0,002578 0,006886 0,149336 0,38857
Ouratea miersii (Planch.) Engl. 1 1 0,000644578 4 0,14245 4 0,239234 0,002578 0,006886 0,149336 0,38857
Alchornea triplinervia (Spreng.) Müll.
Arg. 1 1 0,000509296 4 0,14245 4 0,239234 0,002037 0,005441 0,147891 0,387125
Quararibea turbinata (Sw.) Poir. 1 1 0,000509296 4 0,14245 4 0,239234 0,002037 0,005441 0,147891 0,387125
Total geral 702 418 9,360898717 2808 100 1672 100 37,44359 100 200 300
42
Anexo 3: Parâmetros fitossiciológicos da Cota 500, na Ilha da Marambaia, RJ, ordenados de acordo com o Valor de Impotância. Ni= Número de indivíduos por
espécie; Oc= Ocorrência; AB= Área basal em metros quadrados; DA= Densidade Absoluta; DR= Densidade Relativa; FA= Freqüência Absoluta; FR=
Freqüência Relativa; DoA= Dominância Absoluta; DoR= Dominância Relativa; VC= Valor de Cobertura;. VI= Valor de Importância. (Continua).
Espécie Ni Oc AB DA DR FA FR DoA DoR VC VI
Erioteca penthaphylla (Vell.) A. Robyns 66 21 2,897950417 264 6,693712 84 4,285714 11,5918 21,79199 28,4857 32,77142
Guapira opposita (Vell.) Reitz 57 19 1,536331033 228 5,780933 76 3,877551 6,145324 11,55289 17,33383 21,21138
Psychotria vellosiana Benth. 64 12 0,407479625 256 6,490872 48 2,44898 1,629919 3,064163 9,555035 12,00402
Myrcia splendens (Sw.) D.C. 43 18 0,269932752 172 4,361055 72 3,673469 1,079731 2,029839 6,390894 10,06436
Eugenia rostrata O. Berg. 52 12 0,281200206 208 5,273834 48 2,44898 1,124801 2,114568 7,388402 9,837381
Myrsine venosa A. DC. 49 12 0,316053827 196 4,969574 48 2,44898 1,264215 2,37666 7,346234 9,795214
Amaioua intermedia Mart. 36 16 0,200348439 144 3,651116 64 3,265306 0,801394 1,506579 5,157695 8,423001
Anaxagorea dolichocarpa Sprangue &
Sandwith 44 8 0,296521867 176 4,462475 32 1,632653 1,186087 2,229784 6,692258 8,324911
Miconia cinnamomifolia (DC.) Naudin 25 11 0,465621712 100 2,535497 44 2,244898 1,862487 3,50138 6,036877 8,281775
Roupala meisneri Sleumer 28 16 0,114635659 112 2,839757 64 3,265306 0,458543 0,862037 3,701793 6,967099
Sclerolobium pilgenianum Harms 7 2 0,601096389 28 0,709939 8 0,408163 2,404386 4,520122 5,230061 5,638224
Aparisthimium cordatum (Juss.) Baill. 23 8 0,14500209 92 2,332657 32 1,632653 0,580008 1,090386 3,423043 5,055696
Micropholis cuneata (Raunk.) Pierre ex
Glaz. 13 6 0,31850495 52 1,318458 24 1,22449 1,27402 2,395092 3,71355 4,93804
Miconia cubatanensis Hoehne 17 12 0,083154956 68 1,724138 48 2,44898 0,33262 0,625308 2,349446 4,798426
Qualea gestasiana A. St. Hil. 9 6 0,327894993 36 0,912779 24 1,22449 1,31158 2,465703 3,378482 4,602972
Morta 17 11 0,056671096 68 1,724138 44 2,244898 0,226684 0,426155 2,150293 4,395191
Tabebuia cassinoides (Lam.) DC. 15 6 0,180949223 60 1,521298 24 1,22449 0,723797 1,360701 2,881999 4,106489
Didymopanax anomalus Taub. 13 10 0,097685325 52 1,318458 40 2,040816 0,390741 0,734574 2,053032 4,093848
Licania kunthiana Hook. f. 10 8 0,185126964 40 1,014199 32 1,632653 0,740508 1,392117 2,406316 4,038969
Eugenia punicifolia (Kunth) DC. 9 5 0,264144803 36 0,912779 20 1,020408 1,056579 1,986315 2,899094 3,919502
Micropholis crassipedicellata (Mart. &
Eichler ex Miq.) Pierre 12 6 0,193295668 48 1,217039 24 1,22449 0,773183 1,453544 2,670582 3,895072
Cupania concolor Radlk. 14 8 0,086759338 56 1,419878 32 1,632653 0,347037 0,652412 2,072291 3,704944
Guatteria villosissima Saint - Hilaire 5 4 0,282038475 20 0,507099 16 0,816327 1,128154 2,120871 2,627971 3,444297
Faramea occidentalis (Vell.) Mull. Arg. 11 9 0,025739333 44 1,115619 36 1,836735 0,102957 0,193555 1,309173 3,145908
Miconia chartaceae Triana var. longifolia 10 6 0,11442812 40 1,014199 24 1,22449 0,457712 0,860476 1,874675 3,099165
43
Anexo 3: Continuação
Espécie Ni Oc AB DA DR FA FR DoA DoR VC VI
Sloania guianensis (Aubl.) Benth. 10 6 0,107039657 40 1,014199 24 1,22449 0,428159 0,804916 1,819115 3,043605
Licania octandra (Hoffmanns. ex Roem. &
Schult.) Kuntze 4 4 0,237451217 16 0,40568 16 0,816327 0,949805 1,785584 2,191264 3,007591
Chrysophyllum flexuosum Mart. 12 7 0,031088929 48 1,217039 28 1,428571 0,124356 0,233782 1,450821 2,879392
Aniba firmula (Ness & Mart.) Mez. 7 4 0,171111458 28 0,709939 16 0,816327 0,684446 1,286723 1,996662 2,812989
Esembeckia grandiflora Mart. 6 5 0,152522705 24 0,608519 20 1,020408 0,610091 1,146939 1,755459 2,775867
Pera glabrata (Schott) Poepp. ex Baill. 9 5 0,111310978 36 0,912779 20 1,020408 0,445244 0,837036 1,749815 2,770223
Podocarpus sellowi Klotzsch ex Endl. 5 5 0,161120507 20 0,507099 20 1,020408 0,644482 1,211593 1,718693 2,739101
Inga laurina (Sw.) Willd. 11 7 0,023121234 44 1,115619 28 1,428571 0,092485 0,173867 1,289486 2,718057
Pseudopiptadenia contorta (DC.) G.P.Lewis
& M.P.Lima 7 4 0,141351473 28 0,709939 16 0,816327 0,565406 1,062934 1,772873 2,5892
Nectandra membranacea (Sw.) Griseb. 11 4 0,077970424 44 1,115619 16 0,816327 0,311882 0,586322 1,70194 2,518267
Ocotea shottii (Meisn.) Mez 8 5 0,080727586 32 0,811359 20 1,020408 0,32291 0,607055 1,418414 2,438822
Miconia brasiliensis (Spreng.) Triana 9 6 0,039221746 36 0,912779 24 1,22449 0,156887 0,294939 1,207718 2,432208
Ilex theezans Mart. 8 5 0,073987154 32 0,811359 20 1,020408 0,295949 0,556368 1,367727 2,388135
Tabebuia heptaphylla (Vell.) Toledo 6 6 0,048432839 24 0,608519 24 1,22449 0,193731 0,364205 0,972724 2,197214
Eugenia florida DC. 8 5 0,043791483 32 0,811359 20 1,020408 0,175166 0,329303 1,140662 2,16107
Ocotea notata (Nees & C. Martius ex Nees)
Mez 8 5 0,033460641 32 0,811359 20 1,020408 0,133843 0,251617 1,062976 2,083384
Pseudopiptadenia leptostachya (Benth.)
Rauschert 4 4 0,110151136 16 0,40568 16 0,816327 0,440605 0,828314 1,233993 2,05032
Piptadenia gonoacanta (Mart.) J. F. Macbr. 2 2 0,180609029 8 0,20284 8 0,408163 0,722436 1,358143 1,560983 1,969146
Ternstroemia brasiliens Camb. 8 5 0,012835846 32 0,811359 20 1,020408 0,051343 0,096523 0,907882 1,92829
Eugenia brasiliensis Lam. 8 3 0,049157491 32 0,811359 12 0,612245 0,19663 0,369654 1,181013 1,793258
Cariniana legalis (Mart.) Kuntze 3 2 0,141252001 12 0,30426 8 0,408163 0,565008 1,062186 1,366446 1,774609
Psychotria mapourioides DC. 8 4 0,01692016 32 0,811359 16 0,816327 0,067681 0,127236 0,938595 1,754922
Endlicheria glomerata Mez 7 3 0,054365339 28 0,709939 12 0,612245 0,217461 0,408816 1,118755 1,731
Ocotea teleiandra (Meisn.) Mez 6 4 0,034665936 24 0,608519 16 0,816327 0,138664 0,260681 0,8692 1,685527
Eugenia excelsa O. Berg. 8 3 0,024579492 32 0,811359 12 0,612245 0,098318 0,184833 0,996192 1,608437
Eugenia oblongata Mattos & D. Legrand 4 3 0,074510376 16 0,40568 12 0,612245 0,298042 0,560303 0,965982 1,578227
Guettarda viburnoides Cham. & Schltdl. 6 4 0,019862537 24 0,608519 16 0,816327 0,07945 0,149362 0,757881 1,574208
44
Anexo 3: Continuação
Espécie Ni Oc AB DA DR FA FR DoA DoR VC VI
Pouteria grandiflora (A.DC.) Baehni 4 3 0,067738333 16 0,40568 12 0,612245 0,270953 0,509378 0,915058 1,527303
Eugenia lanceolata Cambess. 5 4 0,024830161 20 0,507099 16 0,816327 0,099321 0,186718 0,693817 1,510144
Actinostemom sp. 2 1 0,139960857 8 0,20284 4 0,204082 0,559843 1,052477 1,255317 1,459398
Symplocos variabilis Mart. ex Miq. 4 4 0,030706957 16 0,40568 16 0,816327 0,122828 0,23091 0,63659 1,452916
Manilkara subsericea (Mart.) Dubard 2 2 0,108392474 8 0,20284 8 0,408163 0,43357 0,815089 1,017929 1,426092
Brosimum guianense (Aubl.) Huber 5 4 0,012280793 20 0,507099 16 0,816327 0,049123 0,092349 0,599448 1,415775
Copaifera lucens Dwyer. 4 4 0,019593963 16 0,40568 16 0,816327 0,078376 0,147343 0,553022 1,369349
Zanthroxylum rhoifolium Lam. 5 4 0,00572361 20 0,507099 16 0,816327 0,022894 0,04304 0,55014 1,366466
Casearia sylvestris Sw. 4 4 0,014845177 16 0,40568 16 0,816327 0,059381 0,111633 0,517312 1,333639
Matayba intermedia Radlk 3 1 0,096646839 12 0,30426 4 0,204082 0,386587 0,726764 1,031024 1,235106
Nectandra puberula Ness. 2 2 0,08026902 8 0,20284 8 0,408163 0,321076 0,603607 0,806446 1,21461
Tetragastris breviacuminata Swart. 4 3 0,006996849 16 0,40568 12 0,612245 0,027987 0,052615 0,458294 1,070539
Plinia rivularis (Cambess.) A.D. Rotman 4 3 0,004386708 16 0,40568 12 0,612245 0,017547 0,032987 0,438667 1,050912
Myrciaria floribunda (H. West ex Wild.) O.
Berg. 4 2 0,031289862 16 0,40568 8 0,408163 0,125159 0,235293 0,640973 1,049136
Chorisia speciosa A. St.-Hil. 5 2 0,012034103 20 0,507099 8 0,408163 0,048136 0,090494 0,597593 1,005757
Cyathea corcovadensis (Raddi) Domin 3 3 0,009734314 12 0,30426 12 0,612245 0,038937 0,0732 0,37746 0,989705
Psychotria stenocalyx Müll. Arg. 3 2 0,036429615 12 0,30426 8 0,408163 0,145718 0,273943 0,578203 0,986366
Xylopia sericea A.St.-Hil. 3 3 0,005874807 12 0,30426 12 0,612245 0,023499 0,044177 0,348437 0,960682
Huberia ovalifolia DC. 2 2 0,044698953 8 0,20284 8 0,408163 0,178796 0,336127 0,538967 0,94713
Ouratea cuspidata Tiegh. 3 3 0,003592923 12 0,30426 12 0,612245 0,014372 0,027018 0,331278 0,943523
Pouteria bangii (Rusby) T.D. Penn. 2 2 0,043369722 8 0,20284 8 0,408163 0,173479 0,326131 0,528971 0,937134
Byrsonima crispa A. Juss. 2 2 0,041674722 8 0,20284 8 0,408163 0,166699 0,313385 0,516225 0,924388
Tibouchina granulosa Cogn. 1 1 0,074874443 4 0,10142 4 0,204082 0,299498 0,56304 0,66446 0,868542
Posoqueria latifolia (Rudge) Roem. &
Schultdl. 3 2 0,020073417 12 0,30426 8 0,408163 0,080294 0,150948 0,455208 0,863371
Xylopia brasiliensis Spreng. 3 2 0,018834399 12 0,30426 8 0,408163 0,075338 0,141631 0,44589 0,854054
Myrceugenia myrcioides (Cambess.) O.
Berg 3 2 0,018471921 12 0,30426 8 0,408163 0,073888 0,138905 0,443165 0,851328
Nectandra oppositifolia Nees & Mart. 3 2 0,012453874 12 0,30426 8 0,408163 0,049815 0,093651 0,39791 0,806073
Casearia decandra Jacq. 3 2 0,012048029 12 0,30426 8 0,408163 0,048192 0,090599 0,394858 0,803022
45
Anexo 3: Continuação
Espécie Ni Oc AB DA DR FA FR DoA DoR VC VI
Malouetia arborea (Vell.) Miers 2 2 0,02108803 8 0,20284 8 0,408163 0,084352 0,158578 0,361417 0,769581
Myrcia multiflora Lam. DC. 3 2 0,005206356 12 0,30426 8 0,408163 0,020825 0,039151 0,34341 0,751574
Guarea macrophylla Vahl 2 2 0,015310706 8 0,20284 8 0,408163 0,061243 0,115133 0,317973 0,726136
Ocotea Aciphylla (Ness) Mez. 2 2 0,010957818 8 0,20284 8 0,408163 0,043831 0,082401 0,28524 0,693404
Byrsonima laxiflora Griseb. 2 2 0,008039314 8 0,20284 8 0,408163 0,032157 0,060454 0,263294 0,671457
Guarea guidonia (L.) Sleumer 2 2 0,006374155 8 0,20284 8 0,408163 0,025497 0,047932 0,250772 0,658935
Inga subnuda Salzm. ex Benth. 2 2 0,006318451 8 0,20284 8 0,408163 0,025274 0,047513 0,250353 0,658516
Daphnopsis coriacea Taub. 2 2 0,004251426 8 0,20284 8 0,408163 0,017006 0,03197 0,23481 0,642973
Hirtella hebeclada Moric. ex DC. 2 1 0,023803611 8 0,20284 4 0,204082 0,095214 0,178998 0,381838 0,58592
Manilkara salzmannii (A. DC.) H.J. Lam 2 1 0,021684861 8 0,20284 4 0,204082 0,086739 0,163066 0,365905 0,569987
Chrysophyllum sp. 2 1 0,020962695 8 0,20284 4 0,204082 0,083851 0,157635 0,360475 0,564557
Rudgea nobilins Müll. Arg. 3 1 0,005172536 12 0,30426 4 0,204082 0,02069 0,038896 0,343156 0,547238
Chrysophyllum gonocarpum 1 1 0,0206981 4 0,10142 4 0,204082 0,082792 0,155645 0,257065 0,461147
Garcinia gardneriana (Planch. & Triana)
Zappi 1 1 0,019106551 4 0,10142 4 0,204082 0,076426 0,143677 0,245097 0,449179
Vernonia discolor (Spreng.) Less. 1 1 0,017954667 4 0,10142 4 0,204082 0,071819 0,135015 0,236435 0,440517
Cybistax antissyphilitica Mart. 1 1 0,016838593 4 0,10142 4 0,204082 0,067354 0,126623 0,228043 0,432124
Aspidosperma parvifolium A.DC. 1 1 0,010894156 4 0,10142 4 0,204082 0,043577 0,081922 0,183342 0,387423
Machaerium lanceolatum (Vell.) Harms 1 1 0,008148733 4 0,10142 4 0,204082 0,032595 0,061277 0,162697 0,366778
Cecropia pachystachya Trécul 1 1 0,007647395 4 0,10142 4 0,204082 0,03059 0,057507 0,158927 0,363008
Maytenus alaternoides Reissek 1 1 0,006692465 4 0,10142 4 0,204082 0,02677 0,050326 0,151746 0,355827
Calyptranthes lanceolata O. Berg 1 1 0,005801198 4 0,10142 4 0,204082 0,023205 0,043624 0,145044 0,349125
Parinari excelsa Sabine 1 1 0,004973592 4 0,10142 4 0,204082 0,019894 0,0374 0,13882 0,342902
Carianiana estrellensis (Raddi) Kuntze 1 1 0,004136755 4 0,10142 4 0,204082 0,016547 0,031108 0,132527 0,336609
Dictyoloma vandellianum A.H.L. Juss. 1 1 0,002872747 4 0,10142 4 0,204082 0,011491 0,021602 0,123022 0,327104
Guatteria candolleana Schltdl. 1 1 0,002872747 4 0,10142 4 0,204082 0,011491 0,021602 0,123022 0,327104
Lauraceae 1 1 1 0,002872747 4 0,10142 4 0,204082 0,011491 0,021602 0,123022 0,327104
Terminalia sp. 1 1 0,00257831 4 0,10142 4 0,204082 0,010313 0,019388 0,120808 0,32489
Mollinedia oligantha Perkins 1 1 0,002299789 4 0,10142 4 0,204082 0,009199 0,017294 0,118714 0,322795
Eugenia uniflora L. 1 1 0,002037183 4 0,10142 4 0,204082 0,008149 0,015319 0,116739 0,320821
Zoolernia ilisifolia (Brongn.) Vogel 1 1 0,002037183 4 0,10142 4 0,204082 0,008149 0,015319 0,116739 0,320821
46
Anexo 3: Continuação
Espécie Ni Oc AB DA DR FA FR DoA DoR VC VI
Licania spicata Hook. F 1 1 0,001559718 4 0,10142 4 0,204082 0,006239 0,011729 0,113149 0,31723
Cybianthus brasiliensis (Mez.) Agost. 1 1 0,001344859 4 0,10142 4 0,204082 0,005379 0,010113 0,111533 0,315615
Miconia pusilliflora (DC.) Naudin 1 1 0,001344859 4 0,10142 4 0,204082 0,005379 0,010113 0,111533 0,315615
Indeterminada 1 1 0,001145916 4 0,10142 4 0,204082 0,004584 0,008617 0,110037 0,314119
Solanum sp. 1 1 0,001145916 4 0,10142 4 0,204082 0,004584 0,008617 0,110037 0,314119
Peltogyne angustiflora Ducke 1 1 0,000962887 4 0,10142 4 0,204082 0,003852 0,007241 0,108661 0,312742
Erythroxylum subsessile (Mart.) Howard 1 1 0,000795775 4 0,10142 4 0,204082 0,003183 0,005984 0,107404 0,311486
Alchornea triplinervia (Spreng.) Müll. Arg. 1 1 0,000644578 4 0,10142 4 0,204082 0,002578 0,004847 0,106267 0,310349
Endlicheria paniculata (Spreng.) J. F.
Macbr. 1 1 0,000644578 4 0,10142 4 0,204082 0,002578 0,004847 0,106267 0,310349
Total geral 986 490 13,29823544 3944 100 1960 100 53,19294 100 200 300