informativo bela serra 9 edição online

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OS BONS TEMPOS CHEGARAM A Serra Catarinense encerrou as férias de julho com o melhor resultado dos últimos 14 anos. A ocupação hoteleira dos municípios de Urubici, São Joaquim, Lages, Bom Jardim da Serra e Urupema cresceu de 20% a 30% em relação ao mesmo período de 2012. Em Urubici os índices batem recordes, tanto no número de visitantes como no investimento dos moradores locais no Turismo. TURISMO NA SERRA ATINGE RECORDE PÁG. 3 Divulgação Internet

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Page 1: Informativo bela serra 9 edição online

OS BONS

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A Serra Catarinense encerrou as férias de julho com o melhor resultado dos

últimos 14 anos. A ocupação hoteleira dos municípios de Urubici, São Joaquim,

Lages, Bom Jardim da Serra e Urupema cresceu de 20% a 30% em relação ao

mesmo período de 2012. Em Urubici os índices batem recordes, tanto no número

de visitantes como no investimento dos moradores locais no Turismo.

TURISMO NA SERRA ATINGE RECORDE

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EDITORIAL A força do Turismo para a região O Brasil cresce como destino de viagem dos próprios brasileiros. Um levantamento fei-to pelo Ministério do Turismo apontou que 69,6% dos brasilei-ros que pretendem viajar pelos próximos seis meses o farão pelo próprio país. Esses dados corrobo-ram outra informação: A de que a ocupação hoteleira dos muni-cípios de Urubici, São Joaquim, Lages, Bom Jardim da Serra e Urupema cresceu de 20% a

30% na última temporada de ju-lho, em relação ao mesmo pe-ríodo de 2012. Foram os melho-res resultados obtidos pela Ser-ra Catarinense nos últimos 14 anos. Esse otimismo é mais um fomentador para investi-mentos que ainda se fazem ne-cessários como a melhoria constante das rodovias como a Caminhos da Neve e a estrada dos cânyons, manutenção de campanhas de divulgação e in-

fraestrutura básica como sinali-zação, banheiros e esgoto sani-tário. O destaque para o muni-cípio de Urubici não é fortuito. O crescimento no número de pou-sadas, estabelecimentos co-mercias, de alimentação e volta-dos ao turista é surpreendente. Além disso, cresce na ci-dade a tendência de construção da segunda moradia, ou seja, as pessoas estão construindo a sua segunda morada em Urubi-

ci, como casa de lazer, aprovei-tando as belezas naturais e as baixas temperaturas. É grande o número de novas casas sendo construídas na cidade. Quem acreditar e inves-tir na região tem tudo para co-lher ótimos resultados em curto prazo. Os números comprovam que o Turismo na Serra Catari-nense possui consistência, tan-to econômica como no potenci-al das belezas naturais abun-dantes na região.

Perseverante Caminhada Em tempos de tamanha complexidade, com o elevado ní-vel de avanços que tem sido pro-duzidos na ciência e novos ar-ranjos sociais, com o advento da tecnologia e os novos cenári-os que se interpõem neste mun-do sem fronteiras e globalizado, é preciso que se debruce olhar vigilante sobre o papel da edu-cação na vida das pessoas, dos territórios que circundam e acer-cam a vida de todos. A formação de homens e mulheres, jovens, crianças e idosos, harmoniosamente de-senvolvidos que sejam de seu país e de seu tempo capazes e empreendedores, aptos a ser-vir no campo que escolherem das atividades humanas, será numa longa e perseverante cami-nhada, e deve ganhar o cuidado metódico e pertinaz da família, da escola, da sociedade e dos poderes constituídos. A educação é um dos mais poderosos fatores na for-mação das pessoas e também do desenvolvimento das institu-ições democráticas. Ela é ins-trumento de empoderamento.

Produção, editoraçãoe impressão

Graphel - Gráca e Editora Lages

* Os artigos assinados não expressam a opinião do informativo e são de inteira responsabilidade de seus autores.

Jornalista Responsável Ari Junior DRT/SC - 0003144 - JP

Fale com a Redaçã[email protected]

Tiragem10 mil exemplares distribuição gratuita

EXPEDIENTE

CirculaçãoRegional

Curtas e NotasSanta Catarina vem ao longo dos últimos anos exibindo indi-cadores de excelência em todos os setores: econômico, social, educacional. Investimentos for-tes em todas as regiões tem im-pactado qualitativamente a vida das pessoas. Investimentos tem sido feitos para a melhoria das condições físicas do trabalho es-colar, dos processos pedagógi-cos, da formação continuada dos professores e da melhoria na carreira do magistério. Mas a tarefa da educação é enorme e a colheita só se dá a longo prazo. As metas dos Planos Na-cional, Estadual e Municipais de Educação que denem as políti-cas públicas, devem nortear o rumo para vencer ainda grandes desaos e direitos constituídos: o acesso universal, o direito à aprendizagem com qualidade social, a permanência qualitati-va na escola para que a forma-ção dos estudantes contribua na construção de uma socieda-de de direitos com justiça, equi-dade e melhoria na vida das pes-soas. O recente Plano Nacio-

Elza Marina Moretto

Secretária Adjunta de Estado da Educação

Uma ideia de como cará a principal rua de São Joaquim com a implantação da revitalização,para implantação de um Boulevard

ELEIÇÃO 2014 – TSE divulgou a totalidade de eleitores em cada município brasileiro. Lages apre-sentou um aumento de 2,48% e passou de 118 mil para 120.725 votantes. Somados, todos os 18 municípios da Amures temos um colégio eleitoral de 225.986 eleitores. É esse contingente que está apto a ir às urnas na Serra Catarinense.

EMPREGO – Dados do Ministé-rio do Trabalho apontam o índice de empregabilidade em Lages. Neste ano foram geradas 686 va-gas a mais que a diferença entre admissões e demissões. No cômputo dos últimos 12 meses o somatório chega a 1.457 em-pregos gerados a mais que o quantitativo de demissões.

ROTATIVIDADE – Ainda segun-do o Ministério o quantitativo de rotatividade na mão-de-obra em Lages é algo signicativo. Nos úl-timos 12 meses foram admitidas 21.911 pessoas nos diversos se-tores da economia. E no mesmo período ocorreram 20.454 de-

missões.

LICITAÇÃO – Em Lages o prefei-to Elizeu Mattos pretende lançar em meados de setembro a licita-ção que irá denir qual empresa fará o trabalho de terraplanagem do terreno onde se instalará a Si-notruk (distrito de Índios). A obra custará em torno de R$ 5 mi-lhões, bancados pela Prefeitura de Lages e Governo do Estado.

NOVAER – Está em processo de compra (e não desapropriação) terreno situado ao lado do Aero-porto Federal de Lages para ins-talação da lial da empresa Nova-er. O avião ser fabricado em La-ges, cujo protótipo foi concebido na matriz da empresa no interior de São Paulo, fez primeiro voo teste no dia 22 de agosto.

S. JOAQUIM – Lançado projeto para implantação de um boule-vard na Rua de São Joaquim, a Major Jacinto Goulart, com revi-talização completa da via com a implantação de quiosques, ajar-dinamentos e iluminação.

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O Turismo na Região Ser-rana passou a ser coisa de pros-sional com o registro do melhor desempenho do setor nos últimos 14 anos. Além do Turismo Rural, as opções crescem e diversi-cam-se a cada temporada. Nas férias de julho foi registrado um crescimento de 20% a 30% na ocu-pação da rede hoteleira em Uru-bici, São Joaquim, Lages, Bom Jardim da Serra e Urupema. Os números foram divul-gados pelo presidente do Con-selho Estadual de Turismo, Ivan Cascaes. Segundo ele foram determinantes para este resultado as campanhas de divulgação, o programa Viva Serra e o frio intenso, inclusive com queda de neve. Do total de visitantes, 35% a 40% eram catarinenses, 30% de São Paulo, 12% do Paraná, 9% do Rio Grande do Sul, 4% de Minas Gerais e Rio de Janeiro. Números como esse con-rmam o potencial e a vocação da região para o turismo. O município de Urubici é destaque com cresci-mento surpreendente do setor, com mais de 200 mil turistas por ano. As pousadas que eram apenas 6 em 2001 passaram para

12 em 2004 e agora em 2014 são 55 estabelecimentos além dos 3 que estão em construção. O muni-cípio ainda oferece 30 casas alter-nativas para atender os visitantes. Outra forte tendência no município é a adoção de Urubici como segunda moradia. Muitas pessoas estão construindo na cidade sua residência de férias ou de lazer e com isso, movimen-tando o comércio local. As lojas de material de construção regis-tram movimento de vendas cres-cente. Outro forte demonstra-tivo do fortalecimento do turismo é o número de visitantes no Parque Nacional de São Joaquim, que passou de 71.579 em 2009 para 139.743 em 2014, ou seja, um crescimento de quase 100% no número de turistas que visi-taram esse impor tante ponto turístico que tem sede em Urubici e sua área abrange Urubici, Bom Jardim da Serra, Orleans e Grão-Pará, completando um total de 49.300 hectares. Criado em julho de 1961, tem o objetivo principal de proteger os remanescentes de Matas de Araucárias e as nas-centes de rios ali presentes.

Investimentos garantem o crescimento doTurismo na Região Serrana

Com um cenário de canyons, orestas, monta-nhas com água despencando em queda livre e vales recorta-dos por rios, Urubici possui be-lezas naturais que cam ainda mais atraentes com o frio e a neve, tendo registrado em 1990 temperatura recorde no país, com 17 graus negativos e sensação térmica de menos 40 graus. Com cerca de 11 mil habitantes, a acolhedora cida-de está a 925 metros acima do mar e o ponto mais alto do mu-nicípio chega a 1.827 metros, assim, no outono e no inver-no, a cerração toma conta da paisagem. A diversidade do rele-vo fez de Urubici um dos para-ísos do turismo de aventura no país. Pode-se fazer descida de rapel e tirolesa nas cachoeiras

e paredões, canoagem em um dos rios da região, cavalgadas ou caminhadas por trilhas com variados graus de dicul-dades. Lugar para saltos de pa-rapente e asa delta também não faltam. O cenário para liberar a adrenalina não poderia ser mais encantador, anal não é por acaso que Urubici ganhou o título de Capital Catarinense dos Tesouros Naturais. A cida-de oferece paisagens inesque-cíveis como a vista da Pedra Furada a partir do Morro da Igreja, ponto mais alto habita-do do sul do país, ou cascatas como a do Avencal e a Véu de Noiva. Conhecida como ter-ra das hortaliças, Urubici é o maior produtor catarinense de hortaliças, com 20 variedades

e uma produção de 74.000 to-neladas anuais. É o segundo maior produtor de trutas do pa-ís. Constituem a economia do município atividades como a agricultura, pecuária, a horti-cultura, a apicultura, a pisci-cultura e a extração vegetal. Na culinária, destaque para a truta como o prato principal do município. Estão localizadas em Urubici as nascentes do Rio Canoas e Rio Pelotas, princi-pais rios que formam o Rio Uruguai, que tem suas nas-centes nos pontos mais altos da topograa catarinense nos Campos dos Padres e Morro da Igreja sendo esse, o ponto mais alto habitado do sul do Brasil com 1.822m de altitude.

Capital Catarinense dos Tesouros Naturais

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Aqui tudo é

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Joaquinense está entre os cientistas que mais influenciaram o mundo nos últimos 11 anos

Adriano Nunes Nesi, nascido em São Joaquim, é um dos quatro brasileiros que fazem parte do ranking da agência de notícias Thomson Reuters, que destaca os cientistas que mais inuenciaram o mundo nos últimos 11 anos. Formando em Agrono-mia pelo Centro de Ciências

Quando se formou em Agronomia no Cav em 1997, quais eram seus planos? Conseguia imaginar o rumo que sua vida tomaria?Eu não imaginava que a minha vida tomaria o rumo que tomou. Eu queria fazer mestra-do em fruticultura de clima temperado e encontrar algum trabalho na mesma área de preferência em São Joaquim ou Lages.

Por que escolheu o curso de Agronomia? Em qual área pretendia exercer? Pensa-va em algo próximo a sua cidade natal São Joaquim?Como meus familiares sempre tiveram contato com a agricultura me interessei desde criança pela Agronomia. Fiz uma excelente escolha, não me arrependo. Inicialmente eu pretendia trabalhar com Fruticultura, área que está bastante relacionada com a região de São Joaquim mas, durante o mestrado escolhi como orientador o Dr Gerson Renan Fortes da Embrapa que trabalhava com biotecnolo-gia. Esta escolha foi fundamental para o rumo que eu dei para minha carreira. Acabei me interessando por siologia molecular de plantas, área na qual z o meu doutorado em Viçosa.

Como é ser considerado pela agência de noticia Thomson Reuters, um dos quatro cientistas brasileiros que mais inuenci-aram o mundo nos últimos 11 anos?É graticante ver que os trabalhos nos quais par ticipei são reconhecidos por pesquisadores da mesma área como fundamentais para o avanço da ciência.

O senhor é destaque no ramo da Fisiolo-gia Vegetal, como isso funciona? Tem mais alunos envolvidos no projeto?Atualmente tenho vários projetos nos quais muitos estudantes dos Programas de Pós Graduação em Fisiologia Vegetal e Botâni-ca estão envolvidos. Também tenho muitas colaborações com grupos da Alemanha, França e Inglaterra.

Como foi morar 8 anos fora do País? O doutorado e o pós doutorado foram concluídos lá?Foi uma experiência de vida única. Aprendi muito sobre a cultura Alemã e descobri como é bom viver em um país onde realmente existe segurança, saúde e transporte de qualidade. O meu doutorado foi concluído no Brasil,

mas o trabalho experimental foi realizado no Instituto Max Planck de Fisiologia Molecular de Plantas em Potsdam, Alemanha. O pós doutorado foi no mesmo Instituto.

Hoje como professor da Universidade Federal de Viçosa, de que maneira incentiva a prática de estudos cientíco aos alunos? A pouco tempo uma orien-tanda sua, também fez o mesmo inter-câmbio.Eu faço reuniões semanais com os membros do meu grupo de pesquisa para discussão de artigos cientícos e dos projetos em andamento. Nestes seminári-os participam estudantes de graduação que realizam estágio no laboratório. Eu os incentivo sempre a estudarem e aperfeiço-arem o Inglês e buscarem alternativas para terem uma experiência em Laboratórios como os do Max Planck. Experiência no exterior é fundamental. Atualmente uma estudante que fez mestrado comigo esta fazendo o doutorado integral na Alemanha sob a orientação do meu ex-orientador, Alisdair Fernie. Nos próximos meses mais três estudantes de doutorado irão concluir o trabalho de tese em laboratórios do exterior, dois irão para a Alemanha e um para a França, com bolsas da CAPES e da Fundação Mineira de Amparo à Pesquisa.

Para se destacar neste mercado compe-titivo, como o senhor avalia a postura do aluno em sala de aula hoje?O estudante deve adotar uma atitude prossional desde o início do curso, sendo pontual, participando nas aulas, discutindo os temas apresentados pelo professor e é claro, estudando muito.

Novos artigos ainda serão escritos? Onde serão publicados?Sem dúvida estamos trabalhando em alguns artigos que devem ser publicados em breve em revistas de impacto na área de siologia.

Como foi o tempo que passou em Lages?Um dos melhores da minha vida. Fiz bons amigos no período de graduação. Até hoje sinto muita saudade daquele tempo no CAV.

Como avalia a qualidade do ensino no Cav?No meu tempo o ensino no CAV era muito bom. Atualmente acredito que esteja bem melhor.

Agroveterinárias (CAV) na Udesc Lages, Adriano é destaque no ramo da Fisiologia Vegetal. Nossa equipe conver-sou com o professor que não esconde a alegria de estar entre os melhores. Para fazer a classi-cação, a agência usou como critério o número de citações entre 2002 e 2013.

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Alunos desenvolvem campanha de conscientização e repassam conhecimentos à comunidade

Reforma do Colégio Industrial de Lages segue em ritmo acelerado

Para comemorar o mês do estudante (agosto), uma escola da rede estadual de ensino preparou uma ativi-dade diferente para os alunos. Eles deixaram a festa, bolo e o refrigerante de lado e coloca-ram o pé na estrada em busca de conhecimento extra. Desa-ados pela professora de Educação Física Tat iane Oneda a entender como funci-onam os projetos executados em Lages, eles foram atrás das respostas. E não é que a ideia deu certo! Os mais de 900 alunos da Escola do Rosário dividi-ram-se em 21 grupos. Cada um escolheu um tema, dentre eles estava a importância de doar sangue e por que o esto-que disponível nos hemocen-tros não pode baixar. “Doar sangue é muito importante, vidas são salvas por meio dele e depois que entendemos como funciona, fomos repas-sar esse conhecimento para nossos familiares e amigos”, fala entusiasmada Natália Martinelli do 3° ano. Alunos, professores e a comunidade

Fundado em 16 de maio de 1964, a Escola de Educação Básica, antigo Colégio Industrial de Lages, comemorou 50 anos de fundação. E esta será a pri-meira vez que passará por refor-mas. As obras que iniciaram no mês de agosto devem ser con-cluídas no nal de 2015. De acordo com a asses-sora de direção Denise Araújo, os 1.100 alunos foram reloca-dos para outras salas, já que a obra iniciou na parte superior do colégio. “Biblioteca e sala de apoio se transformaram em sala de aula, todas as turmas estão bem instaladas”, explica. Até agora, oito salas na par te superior estão sendo reformadas. Denise comenta que o forro já foi retirado e será substituído por um com uma

envolvida realizaram doações de sangue e medula. Dar um destino corre-to ao óleo de cozinha também foi tarefa dos alunos. A equipe do 2° ano foi buscar técnicas com os avós de reaproveita-mento do óleo de cozinha. E assim, eles ensinaram a pre-parar uma receita antiga de sabão artesanal com óleo já usado. “Meu avô veio na escola ensinar, eu achei fan-tástico pois, sempre via ele fazendo o sabão mas nunca entendia o porquê”, comenta a aluna Natália Galvão. A equipe conseguiu recolher 50 litros de óleo de cozinha. Não foi só na prática que os alunos aprenderam. Teve também pesquisa, onde eles puderam orientar os familiares da importância da reciclagem. “Nós precisamos dar um destino correto para tudo: se jogarmos 1 litro de óleo no rio, isso pode conta-minar 1 milhão de litros de água. E como vamos sobrevi-ver?”, fala preocupada a aluna Vanessa Jutel dos Santos. Um dos beneciados

com o projeto foi o Hospital Infantil Seara do Bem, segun-do a professora Tatiana é o hospital que menos recebe arrecadações. Com isso eles conseguiram juntar fraldas e algumas caixas de leite para oferecer para as crianças. “Assim que souberam que a arrecadação era menor eles não pensaram duas vezes em começar uma campanha”, diz. Os alunos entende-ram a importância que cada um tem na sociedade. “Foi um verdadeiro sucesso, fui sur-preendida com o resultado. Tenho certeza que estes serão os jovens que farão a diferen-ça nesse mundo globalizado”, comenta a professora Tatiane. Depois dos projetos prontos, a Escola do Rosário juntamente com os alunos organizou uma Festa Cultural regada de muita música e dança. Foram 63 apresenta-ções, o auditório do colégio estava lotado de pais que foram prestigiaram o evento que aconteceu no nal de agosto.

qualidade melhor que incluirá uma manta térmica. No lugar do assoalho será colocado piso de cerâmica. As rachaduras foram reparadas e o último passo é a pintura. As 28 salas de aula serão reformadas, incluindo, oito banheiros, cobertura e piso, rede elétrica e hidrosanitária, substituição de vidros, portas, fechaduras e torneiras danica-das, além da pintura geral e adaptação de acessibilidade, laboratórios, setores adminis-trativos e alas dos cursos técni-cos. Toda a cober tura será substituída, e lajotas antiderra-pantes serão implantadas. No projeto, consta a reforma das salas, ginásio (que receberá uma quadra de espor-tes nova), estacionamento,

sistema elétrico e hidráulico. A mobília não será alterada nem está inclusa no edital de licita-ção. A empresa ganhadora da licitação é a Terra Engenharia, de Lages. As obras estão avalia-

das em R$ 5,6 milhões. Os mosaicos criados por Martinho de Haro, mesmo não sendo tombados, serão preservados, pois fazem parte da história do Colégio Industrial.

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Obras devem ser concluídas no nal de 2015

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Mais de 4 milhões de eleitores Catarinenses irão às urnas em outubro

Cerca de 120 mil eleitores a mais participarão do pleito no estado este ano.

O Tribunal Superior Elei-toral divulgou o perl do eleito-rado e candidatos. Nele também é possível consultar a base de dados eleitorais catarinenses, que informa número de votantes e concorrentes a cargos públi-cos, bem como gênero, idade e escolaridade. Em 2014, Santa Ca-tarina terá 4.859.324 eleitores regularizados, equivalente a 3,402% do eleitorado brasileiro. Cerca de 120 mil eleitores a mais votam em Santa Catarina este ano em relação a 2012.

O TSE também divulgou o perl do eleitorado majoritário do estado em 2014. No quesito gênero, as mulheres repre-sentam maior número de elei-tores, com 2.492.877, cerca de 51,301% do público votante. Já na classe faixa etária, pessoas entre 45 e 59 anos são maioria, com 24,884%, um total de 1.179.335. No que diz respeito a for-mação escolar, são 1.581.000 os eleitores com ensino funda-mental incompleto, 31,979%. Sobre o estado civi l , são

2.821.570 eleitores solteiros em Santa Catarina, que repre-sentam 58,065% do público vo-tante. Também há estatísticas sobre a situação das candida-turas. Contando candidatos a go-vernador, vice-governador, se-nador e seus suplentes, depu-tados federais e estaduais, foram registrados 634 interes-sados. Veja o número de elei-tores da Região e mais alguns municípios que montam o quadro eleitoral da Serra.

Cursos do Pronatec oferecem mais oportunidades e qualidade Os cursos de qualica-ção prossional do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) para o segundo semestre deste ano foram oferecidos à comuni-dade e devem começar na pri-meira quinzena de setembro. Todos são gratuitos e a preferência é para aqueles que recebem o benefício do Bolsa Fa-mília, como forma de inclusão no mundo do trabalho. Caso não haja interesse serão oferecidos aos demais. “Para o mecânico de motocicletas e soldador será disponibilizado uma ajuda de custo em dinheiro para o aluno custear o transporte e o lanche. Esta ação faz parte do “Plano

Brasil Sem Miséria”, explica a as-sistente social do Pronatec em Lages, Emília Fernanda Pires de Lima Toldo. De março até agosto foram realizadas 2 mil pré ins-crições. Em média, cada turma é fechada com 20 a 30 alunos. Em Lages cinco novos cursos serão oferecidos: mecâ-nico de motocicleta, soldador mig mag, almoxarife, compra-dor e auxiliar de recursos huma-nos. Os dois primeiros terão aulas no Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Se-nac) e os demais no de Aprendi-zagem Industrial (Senai). Os 19 cursos oferecidos no primeiro semestre devem encerrar as ati-vidades em outubro, são mais de 500 alunos participando. A

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De março até agosto foram realizadas 2 mil pré inscrições

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Os outros serão realiza-dos em parceria com o Ministé-rio do Desenvolvimento, Indús-tria e Comércio Exterior, Tam-bém de forma gratuita, mas sem o auxílio nanceiro estudantil. Pessoas portadoras de necessi-dades especiais também estão inseridas no contexto, conforme forem liberadas pela instituição de ensino, Governo Federal e Mi-nistério do Desenvolvimento So-

c ia l de Combate a Fome (Mdscf). As aulas de todos os cur-sos iniciam no mês de setembro e os interessados com mais de 15 anos já podem efetivar suas matrículas no Pronatec. Será ne-cessário trazer RG, CPF, com-provante de residência e escola-ridade. Para menores de 15 anos é necessário RG e CPF dos pais.

Lages

Bocaina do Sul

Bom Re�ro

Anita Garibaldi

Bom Jardim da Serra

Cerro Negro

Campo Belo do SulCampos NovosCapão AltoCelso Ramos

Correia PintoCuri�banos

Lebon RégisOtacílio CostaPainelPalmeiraPonte AltaRio RufinoSão JoaquimSão José do CerritoUrupemaUrubici

120.275

2.913

7.176

7.694

3.537

3.044

6.07925.329

2.8782.227

11.83930.102

9.13412.477

2.4422.7874.1052.290

18.8326.9872.1927.987

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Colaboradores conseguem comprar 97 poltronas e doar ao Hospital Tereza Ramosestá cuidando do avô de 94 anos que tem problemas respi-ratórios. Para ele a parte mais difícil é a hora de dormir. “Na cadeira era mais complicado, sentia dores nas costas, agora com a poltrona consigo até usar uma coberta e descasar um pouco enquanto meu avô dorme”, fala satisfeito. Os pacientes também podem utilizar as poltronas. “Na hora da sioterapia ou até mesmo quando se sentirem dispostos os pacientes podem sair da cama e sentar na poltro-na, isso é importante para o bom func ionamen to dos pulmões”, explica a Diretora do hospital Beatriz Montemezzo. O caminhoneiro Raul Arther, teve a experiência de sentar alguns minutos. Ele está internado há 10 dias e se sente conante. “Eu tive um noite ótima, há dias que não dormia direito, acordei disposto e consegui sentar um pouco na poltrona, está aprovada”, mesmo com todas as incerte-zas que vem tendo, Raul não deixa a tristeza tomar conta. Olades Amaral, também precisou dormir no hospital, ele chegou com a esposa Bruna Prado para acompanhar o nascimento do lho Israel. “Nós chegamos de madrugada e o neném nasceu de manhã, eu estava ansioso, e quando vi uma poltrona vaga, logo fui descasar”, comenta. Bruna tem 18 anos e esse é seu segundo

lho. “Israel nasceu de parto normal, estamos bem, ele é calminho, o atendimento foi ótimo”, diz a mamãe. O H o s p i t a l Te r e z a Ramos tem 73 anos e se tornou referência em gestação de alto risco, setor de oncologia bariá-trica (cirurgia de estômago), quimioterapia e radioterapia. “Atendemos diariamente paci-entes que vem do Meio Oeste até o alto Vale, somos referência no Estado, por isso precisamos oferecer conforto tanto para o

paciente como para o acompa-nhante, a iniciativa da doação de poltronas nos ajudou ainda mais”, comenta Beatriz. De acordo com o verea-dor Chagas, a iniciativa é doar poltronas também para o Hospi-tal Nossa Senhora dos Prazeres. “Os presidentes dos bairros estão nos orientando, contamos com o apoio da comunidade e entidades, acredito que vamos cumprir nosso papel de cida-dãos do futuro” reitera o verea-dor.

O Hospital Tereza Ra-mos recebeu como doação 97 poltronas. A iniciativa surgiu pe-la iniciativa de entidades, verea-dores e a comunidade de pro-porcionar um conforto maior pa-ra os acompanhantes que pas-sam dias cuidando de doentes. O custo de cada cadeira de acordo com o idealizador da campanha, vereador João Maria Chagas é de R$ 279,00. O Hos-pital Tereza Ramos possui 205 leitos, a ideia é que todos te-nham uma poltrona. “A campa-nha teve uma aceitação muito boa, muita gente está colabo-rando, até o nal de setembro queremos deixar uma poltrona em cada quarto”, explica. Quem já precisou acom-panhar algum doente na família, sabe bem como é difícil passar a noite em um hospital mal acomodado. Um exemplo é Cris-tiano Pereira, que há 20 dias

ANÚNCIO 23x8cm

Depois de 10 dias internado, Raul Arther experimenta pela primeira vez a poltrona

Pacientes internados a vários dias recebem atendimento de sioterapia todos os dias

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Produtores investem na Produtores investem na qualidade do Queijo Serranoqualidade do Queijo Serrano

Produtores investem na qualidade do Queijo Serrano

Estudos do QueijoEstudos do QueijoEstudos do Queijo Uma pesquisa feita pela Associação de Pro-dutores de Queijo (Apro-leite), mostrou o percen-tual de proteína contida em cada peça de queijo para denir as caracterís-ticas no período de matu-ração. Foram colhidas 132 amostras em diferentes propriedades divididas entre os meses de outo-no/inverno e primave-ra/verão em três altitudes. As amostras foram co-lhidas no mesmo dia e ma-turadas em períodos de 14,28,42 e 63 dias. Após cada período as amostras foram levadas para o laboratório do Nú-cleo de Tecnologia de Ali-mentos na Universidade

do Estado de Santa Cata-rina (Udesc). Durante o processo de fabricação os produtos seguiram uma rotina normal.

Resultado: Para os períodos de maturação 14,28,42 e 63 dias, os teores das prote-ínas foram mais elevados de acordo com o au-mento do tempo, embora com diferenças peque-nas. A variação maior ocorreu nos 63 dias, o teor de proteína foi mais elevado.

Conclusão: O teor de proteína pra-ticamente não altera com os períodos de matura-ção, embora seja maior.

2° Simpósio Interestadual de Queijo Artesanal Serrano

O queijo Serrano é um dos queijos artesanais mais antigos do Brasil

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Cerca de dois mil produtores de leite em Lages, na Serra Catari-nense, investiram na produção de queijo artesanal como alternativa de ampliar a renda familiar. Juntos eles formam a Associação de Produtores da Serra (Aproserra) e elaboram métodos para aprimorar os negócios. O encontro aconteceu na Universidade do Planalto Catarinense (Uniplac), no 2° Simpósio Interesta-dual de Queijo Artesanal Serrano, onde reuniu 300 produtores, comerciantes e técnicos do Sul do Brasil. O 1ª Simpósio Interestadual do Queijo Serrano foi realizado em 2012 em São José dos Ausentes. O queijo serrano é um dos queijos artesanais mais antigos do Brasil, é produzido com uma receita de origem portuguesa, a partir do leite cru extraído de vacas de raças nobres de cortes e alimentadas nos campos nativos. Em Lages, o queijo é vendido com cer ticação ar tesanal e para muitas famílias é a principal fonte de renda. De acordo com o Secretário de Agricultura e Pesca de Santa Catarina Airton Spíes, o objetivo do 2° Simpósio é discutir técnicas e agregar valor e

renda, além da formalização e exigên-c i a s d a V i g i l â n c i a S a n i t á r i a . “Queremos aumentar ainda mais a qualidade, assim a procura pelo queijo é maior, que acaba gerando mais lucro”, diz. Aproximadamente 10 queija-rias estão funcionando em Lages. Todas sob a supervisão do Serviço de Inspeção Municipal (SIM) que scaliza a qualidade e as técnicas de fabrica-ção. Marilene é agricultora há 25 anos, e decidiu investir na produção de queijos. Na Fazenda dos Morais onde ela mora são produzidos 150 quilos de queijo ao mês, uma média de mil peças/mês. “Eu aprendi a fazer queijo com a minha sogra e deu certo, hoje sou vice Presidente da Aproserra e nossos negócios tendem a crescer e muito, o melhor queijo sem dúvida é o Serrano”, fala empolgada. Segundo o presidente da Epagri de Santa Catarina Luiz Ademir Hessmann, estão cadastrados no estado 4.700 produtores que devem ser capacitados. “Em poucos lugares do mundo se encontra um queijo como esse produzido na serra” fala.