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INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS DA AMAZÔNIA – INPA
PROGRAMA DE PÓS- GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA DE ÁGUA DOCE E
PESCA INTERIOR
STAURASTRUM MEYEN EX RALFS (CONJUGATOPHYCEAE, DESMIDIACEAE) DA
BACIA DO RIO NEGRO: TAXONOMIA E DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁ FICA
KARLA FERREIRA DE SOUZA
Manaus, Amazonas
2012
ii
KARLA FERREIRA DE SOUZA
STAURASTRUM MEYEN EX RALFS (CONJUGATOPHYCEAE, DESMIDIACEAE)
DA BACIA DO RIO NEGRO: TAXONOMIA E DISTRIBUIÇÃO GEO GRÁFICA
Orientador: Dr. Sérgio de Melo
Co-orientador: Dr. Carlos Eduardo de Mattos Bicudo
Manaus, Amazonas
2012
Tese apresentada ao Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia como parte dos requisitos para obtenção do título de Doutor em Biologia de água Doce e Pesca Interior.
iii
S729 Souza, Karla Ferreira de Staurastrum Meyen ex Ralfs (Conjugatophyceae, Desmidiaceae) da bacia do Rio Negro: taxonomia e distribuição geográfica / Karla Ferreira de Souza. --- Manaus : [s.n.], 2012. xvii, 259 f. : il. Tese (doutorado) --- INPA, Manaus, 2012 Orientador: Sergio de Melo Co-orientador : Carlos Eduardo de Mattos Bicudo Área de concentração : Biologia de Água Doce e Pesca Interior
1. Desmídias – Amazônia. 2. Águas pretas. I. Título.
CDD 19. ed. 589.47
iv
Sinopse: Estudou-se a riqueza de espécies de Staurastrum Meyen ex Ralfs em ambientes da bacia do Rio Negro, Amazonas. Aspectos como características morfológicas, limites métricos, ilustração, chave artificial para identificação taxonômica dos materiais estudados e distribuição geográfica para a Amazônia foram fornecidos. Palavras- chave: Desmídias, Águas pretas, Amazônia
v
Agradecimentos
♦ Em primeiro lugar agradeço a Deus por ter colocado em meu caminho esses seres
microscópicos, mas que tiveram impacto gigantesco em minha vida, e por ter
colocado nessa jornada somente pessoas abençoadas e que me ajudaram a concluir
essa fase singular da minha jornada.
♦ Ao Dr. Sérgio Melo meu orientador desde sempre, pela amizade, atenção, cuidado,
generosidade, conselhos, sugestões e força ao longo desses muitos anos de trabalho.
Karla agradece por você ter me apresentado o mundo das algas com aquela calma e
paciência, sempre pronto a esclarecer todas as minhas dúvidas. Por tudo, obrigada.
♦ Ao meu orientador Dr. Carlos Eduardo de Mattos Bicudo por ter me recebido tão bem
e ser tão disponível em me orientar e ceder um lugar na sua sala para que eu pudesse
consultar sua vasta bibliografia e que foram fundamentais a execução desse trabalho.
Não tenho palavras para expressar minha gratidão a esse profissional competente,
dedicado, atencioso e que contribuiu não apenas cedendo um nome, mas que
participou ativamente de cada parte dessa tese e que carinhosamente chamava de
NOSSA. Dr. Carlos, meus sinceros agradecimentos por toda contribuição e por todas
as palavras positivas, encorajadoras e de conforto que me deram certeza de que tudo
daria certo.
♦ Ao Dr. Edinaldo Nelson, meu orientador substituto por toda ajuda e colaboração
durante meu período no INPA.
♦ A pesquisadora-prima Climéia, por todas as orações, conversas, conselhos e por ser
meu ombro amigo nos momentos de muitas dificuldades que ocorreram nesses quatro
anos.
♦ À Dra. Angela Varella, coordenadora do curso, Carminha e Elany por todos os
esclarecimentos e ajuda.
♦ Ao Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia pelo suporte.
♦ À FAPEAM pela concessão da bolsa de doutorado.
♦ Ao Biotupé, Fundação Vitória Amazônica, CAPES e CNPq pelo financiamento de
projetos.
vi
♦ Dr. André Ghidini pela ajuda com as análises estatísticas e pelos momentos de
descontração fundamentais para descansar a vista entre uma lâmina e outra.
♦ As pesquisadoras da CPBO Dra. Francisca Dionísia e Dra. Iêda Amaral que conheci
durante a organização do 61º CNBot, e que me ensinaram e me apoiaram com
conselhos valiosos. Além disso, essas duas amigas juntas com Lourdes viabilizaram
minha ida a Santarém onde pude discutir com meu orientador alguns dados da tese.`
♦ À Dra. Denise Bicudo pelos conselhos e dicas na fase final da tese.
♦ Ao Dr. Moacir Alberto Assis Campos do SIGLAB pela elaboração dos mapas.
♦ À minha querida amiga Neide por suas orações e conselhos.
♦ À Técnica do Herbário INPA, Márcia Carla R. de Oliveira, pela rapidez com que
sempre me atendeu quando precisava depositar as amostras da tese.
♦ Ao querido amigo Dr. Elvis pela amizade, apoio e conversas animadas.
♦ Às amáveis colegas do quarto 3 do Alojamento do IBt de São Paulo por serem minha
família, minhas amigas e pelo carinho com que me trataram desde o primeiro
momento que pisei naquele quarto e que foram extraordinárias comigo: Vanessa,
Pryscilla, Camila e Simone.
♦ Ao Yukio do IBt em São Paulo, por sua atenção, por ser sempre muito prestativo,
sempre perguntando se precisava de algo e por todas as ajudas nos assuntos de
informática.
♦ Renan Paulo Rocha pela ajuda com a chave de identificação das espécies.
♦ À minha irmã Kellen por ser meu ombro, meu lenço, por ser minha companheira de
viagem (via Skype), por saber ouvir, me consolar e me confortar com suas palavras.
Desculpe se muitas vezes te afoguei com minhas lágrimas.
♦ Aos meus pais Raimundo e Maria e minha irmã Keyla pelo apoio, carinho e atenção
nos momentos de distância,pela força quando a saudade era insurpotável e a vontade
de voltar para casa imensa. Por todo suporte técnico, financeiro e sentimental,
obrigada.
♦ Às tias e primos por toda atenção e pelas orações (muitas) nos momentos difíceis que
Deus prontamente atendeu.
♦ Finalmente, ao meu amor que foi de extrema importância nessa fase final. João, você
entendeu minhas viagens e mesmo tão longe você esteve sempre perto se fazendo
presente em cada dia de ausência. Pela força, palavras de carinho e conforto,
obrigada♥!!!!!!!!!!!!!
vii
♦ Dr. Carlos me disse que uma guerra se vence com soldados cansados, mas quando
Deus é o nosso comandante e quando Ele coloca soldados fortes ao nosso lado tudo
termina bem. Obrigada a todos que estiveram ao meu lado e que me ajudaram a
concluir essa etapa da minha vida profissional e pessoal.
viii
Aos meus pais Raimundo e Maria e
minhas irmãs Kellen e Keyla
ix
Mas o SENHOR é a minha defesa; e o meu Deus é a rocha do meu refúgio.
Salmos 94:2
x
Resumo
Staurastrum Meyen ex Ralfs (Zygnemaphyceae, Desmidiales, Desmidiaceae) inclui,
em uma das estimativas mais rigorosas, cerca de 800 espécies, sendo um dos gêneros de
desmídias com maior número de espécies, variedades e formas taxonômicas. Seus
representantes habitam, principalmente, ambientes oligotróficos e ligeiramente ácidos,
características estas encontradas na bacia do rio Negro. Os objetivos deste estudo foram
identificar e descrever as espécies de Staurastrum coletadas na referida bacia e analisar a
influência do pulso de inundação sobre a morfologia e a estrutura dos espécimes e a
distribuição temporal das espécies. Para tanto, foram analisadas 279 amostras de material
proveniente do plâncton e do perifíton das cinco regiões seguintes: Alto Rio Negro (ARN),
Parque Nacional do Jaú (PNJ), Parque Estadual do Rio Negro (PERN), Reserva de
Desenvolvimento do Tupé (RDS-Tupé) e Baixo Rio Negro (BRN). As amostras de plâncton
foram obtidas com rede confeccionada com tecido com abertura de malha de 25 µm e as
perifíton através de partes submersas de macrófitas aquáticas presentes nos ambientes. Todas
as amostras foram fixadas com solução de Transeau na proporção 1:1 com a água da própria
amostra e depositadas no Herbário do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia. As
seguintes informações foram providenciadas para cada táxon identificado: referência
bibliográfica completa à obra que contém sua descrição e/ou diagnose original, descrição
morfológica com as devidas dimensões celulares, ilustrações, distribuição geográfica na
região amazônica, comentários taxonômicos e chave artificial para identificação das espécies
registradas. Foram identificados 99 táxons, os quais foram distribuídos em 42 espécies, sete
variedades típicas de suas respectivas espécies, 42 variedades não-típicas de suas respectivas
espécies e cinco formas taxonômicas igualmente não-típicas, porém, de suas respectivas
ariedades, três identificados em nível genérico. 24 desses táxons foram citados pioneiramente
para a região amazônica brasileira. Das regiões analisadas, PNJ foi a que apresentou a maior
riqueza de táxons com 66, seguida pela RDS-Tupé com 52, BRN com 45, ARN com 43 e
PERN foi a que a apresentou a menor riqueza, ou seja, 16 táxons. Os locais com maior
riqueza de táxons foram os seguintes, na ordem decrescente do número de táxons: lago Tupé
xi
(51 táxons), rio Negro-baixo rio Negro (47), lago Queiroz (35), rio Branco (33), lago Grande
(30), lagos Raimunda, Tiaracá e Volta (24 táxons cada um), lago Cutiuaú (23) e lago
Miratucu (20 táxons). Dois mil e três foi o ano que apresentou a maior riqueza de táxons com
59 identificados, seguido por 2004 com 55, 2009 com 51 e 2005 com 46 táxons. Os anos
2006, 2007 e 2008 apresentaram, respectivamente, 25, 22 e 28 táxons. Durante o presente
estudo, foi observada variação na riqueza de táxons em função dos períodos do ciclo
hidrológico, sendo o de enchente o que apresentou a maior riqueza com 80 táxons, o de seca
55, o de vazante 54 e o de cheia 30 táxons. Nas amostras perifíticas o número total de táxons
identificados foi 41, desses, três não foram registrados nas amostras planctônicas.
xii
Abstract
Staurastrum Meyen ex Ralfs (Zygnemaphyceae, Desmidiales, Desmidiaceae) includes about
800 species according to one of the most rigorous estimates, being one of the genera with
highest species richness if the total numbers of species, varieties and taxonomic formae are
considered. Its representatives inhabit mostly oligotrophic, slightly acid environments,
ecological features met in the Negro River basin. Main objective of present study was to
identify and describe all Staurastrum species collected and to analyze the influence of the
flooding pulse on the specimens morphology and the genus taxonomical richness, as well as
the genus temporal distribution. To do so, 279 plankton and periphyton samples were
thoroughly studied, collected from the following 5 regions: Upper Negro River (UNR), Jaú
National Park (JNP), Negro River State Park (NRSP), Tupé Development Reserve (TDR-
Tupé) and Lower Negro River (LNR). Plankton samples were obtained with a net built with a
25 µm mesh nylon cloth, and the periphyton ones by submersed local aquatic macrophyte
parts. All samples were fixed and preserved with 1:1 volume Transeau solution and deposited
in the Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia Herbarium. For each taxon identified the
following information was provided: complete bibliographic reference to its original
description and/or diagnosis, morphological description including all cell dimensions of
taxonomic interest, illustration, geographical distribution within the Amazon region,
taxonomic comments and an artificial key for identification of all material studied. Ninety
nine taxa were identified and distributed into 42 species, seven varieties that are the typical of
their respective species, 42 varieties not typical of their respective species and five taxonomic
formae that are also not the typical, but of their respective varieties. Twenty four out of the 99
taxa identified were cited for the first time for the Amazon region. From all regions studied,
JPN was the one presenting the highest taxonomic richness (66 taxa), followed by TDR-Tupé
with 52, LNR with 45, UNR with 43 and NRSP was the one with the least taxonomic
richness, i.e. 16 taxa. Taxonomic richness per locality was: Tupé Lake (51 taxa), River Negro-
lower Negro River (47), Queiroz Lake (35), Branco River (33), Grande Lake (30), lakes
Raimunda, Tiaracá and Volta (24 taxa each), Cutiuaú Lake (23) and Miratucu Lake (20 taxa).
xiii
Year 2003 presented the greatest taxonomic richness (59 taxa), followed by 2004 with 55,
2009 with 51 and 2005 with 46 taxa. Years 2006, 2007 and 2008 presented, respectively, 25,
22 and 28 taxa. Taxonomic richness variation was observed dependent on the hydrological
cycle period, the rising one showing the greatest richness (80 taxa), the dry one 55, the lowing
54 and the flood one 30 taxa. In samples periphytic the total number of taxa identified was 41,
these three were not recorded in planktonic samples.
xiv
Sumário
Agradecimentos v
Dedicatória vii
Epígrafe ix
Resumo x
Abstract xii
Sumário xiv
Lista da tabelas xv
Lista de figuras xvi
Introdução 1
Objetivos 8
Geral 8
Específicos 8
Material e métodos 9
Resultados e discussão 21
Parte taxonômica 44
Conclusão 165
Referências bibliográficas 171
Ilustrações 183
Anexos 224
Índice remissivo 256
xv
Lista de tabelas
Tabela 1. Esquema de realização das coletas nos respectivos locais em cada uma das cinco
regiões de estudo, períodos do ciclo hidrológico (E = enchente, C = cheia, V = vazante
e S = seca) e anos de coleta. Os números na tabela referem-se à quantidade de
amostras coletadas em cada ambiente.
Tabela 2: Lista de espécies de Staurastrum registrado por região da bacia do Rio Negro, ARN
(Alto Rio Negro), PNJ (Parque Nacional do Jaú), BRN (Baixo Rio Negro) e PERN
(Parque Estadual do Rio Negro).
Tabela 3: Lista de espécies de Staurastrum registrado por ano de coleta na bacia do Rio
Negro.
Tabela 4: Resultado da Análise de Coordenadas Principais (PCoA) sobre as 103 unidades
amostrais da região Parque Nacional do Jaú e os 67 táxons de Staurastrum
identificados.
Tabela 5: Resultado da Análise de Coordenadas Principais (PCoA) sobre as 10 unidades
amostrais da região Parque Estadual do Rio Negro e os 16 táxons de Staurastrum
identificados.
Tabela 6: Resultado da Análise de Coordenadas Principais (PCoA) sobre as 58 unidades
amostrais da região Parque Estadual do Rio Negro e os 51 táxons de Staurastrum
identificados
Tabela 7: Resultado da Análise de Coordenadas Principais (PCoA) sobre as 37 unidades
amostrais da região Baixo Rio Negro e os 45 táxons de Staurastrum identificados.
xvi
Lista de figuras
Figura 1. Mapa esquemático mostrando a localização das cinco regiões de estudo na bacia do
rio Negro onde: ● = Alto rio Negro; = Parque Nacional do Jaú; ■ = Parque
Estadual do Rio Negro; = Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Tupé; ▲
= baixo rio Negro.
Figura 2. Mapa esquemático com os sítios amostrais do alto rio Negro, na bacia do rio Negro,
onde IIB = igarapé Ibará, IIR = igarapé Irurabi, IJ = igarapé Jaradi, II = igarapé Iahá,
IM = igarapé Mabarra, RB = rio Branco, RN = rio Negro e RU = rio Unini. Os
números correspondem às estações amostrais.
Figura 3. Mapa esquemático com os sítios amostrais do Parque Nacional do Jaú na bacia do
Rio Negro, onde LC = lago Cutiuaú, LMI =lago Miratucu, IC = igarapé Cutiuaú, ITI
= igarapé Tiaracá, LR = lago Raimunda, LRP = lago Raimunda (perifíton), LG =
lago Grande, LP = lago Patauá, LT = lago Tiaracá, LQ = lago Queiroz, LV = lago
Volta e LCT = lago Catoá. Os números correspondem às estações de coleta.
Figura 4. Mapa esquemático com os sítios amostrais do Parque Estadual do rio Negro na
bacia do rio Negro, onde IF = igarapé Fogo, IP = igarapé Preto, IZ = igarapé Zito,
LM = lago Manixiuau, LU = lago Uruá e RP = rio Puduari. Os números
correspondem às estações de coleta.
Figura 5. Mapa esquemático dos sítios amostrais na Reserva de Desenvolvimento Sustentável
do Tupé na bacia do rio Negro, onde LT = lago Tupé e LTU = lago Tupé Utricularia
foliosa L.. Os números correspondem às estações de coleta.
xvii
Figura 6. Mapa esquemático com os sítios amostrais na região do baixo rio Negro, bacia do
rio Negro, onde IT = igarapé Tarumã, ITM = igarapé Tarumã-Mirim, LIC = lago Ilha
Camaleão e RNN = rio Negro. Os números correspondem às estações de coleta.
Figura 7. Esquema de um espécime de Staurastrum mostrando as características utilizadas na
identificação das espécies, variedades e formas taxonômicas.
Figura 8. Número total de táxons de Staurastrum registrado em cada uma das cinco regiões do
presente estudo: PNJ = Parque Nacional do Jaú, RDS-Tupé = Reserva de
Desenvolvimento Sustentável do Tupé, BRN = Baixo Rio Negro, ARN = Alto Rio
Negro e PERN = Parque Estadual do Rio Negro.
Figura 9. Análise de agrupamento (Método de Sørensen-Bray-Curtis) considerando a riqueza
de espécies entre os diferentes ambientes estudados na bacia do Rio Negro.
Figura 10. Número total de táxons registrado no período do atual estudo (2003-2009) nos
ambientes amostrados da bacia do rio Negro.
Figura 11. Número total de táxons de Staurastrum registrados por período do ciclo
hidrológico ao longo dos anos de estudo na bacia do rio Negro.
Figura 12. Número de táxons de Staurastrum registrados por período do ciclo hidrológico:
enchente (ENC), cheia (CHE), vazante (VAZ) e seca (SEC) nos anos 2003-2009 nos
ambientes da bacia do rio Negro.
Figura 13. Número de táxons identificados por sistema estudado na região do Alto Rio Negro.
Figura 14. Número total de táxons de Staurastrum identificados do material coletado no
Parque Nacional do Jaú, tanto nas amostras planctônicas quanto perifíticas (P).
Figura 15. Número de táxons de Staurastrum registrados por período do ciclo hidrológico
durante as coletas realizadas na região do Parque Nacional do Jaú.
Figura 16: Ordenação pela análise de Coordenadas Principais (PCoA) das unidades amostrais
da região Parque Nacional do Jaú com base em 67 táxons de Staurastrum
identificados nos quatro períodos do ciclo hidrológico.
Figura 17. Número de táxons de Staurastrum identificados por lago estudado na região do
xviii
Parque Estadual do Rio Negro.
Figura 18. Número total de táxons de Staurastrum identificados por período do ciclo
hidrológico no Parque Estadual do Rio Negro.
Figura 19: Ordenação pela análise de Coordenadas Principais (PCoA) das unidades amostrais
da região Parque Estadual do Rio Negro com base em 16 táxons de Staurastrum
identificados.
Figura 20. Número total de táxons de Staurastrum identificados por local amostrado na região
da Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Tupé.
Figura 21. Número total de táxons de Staurastrum identificados por período do ciclo
hidrológico na Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Tupé.
Figura 22: Ordenação pela análise de Coordenadas Principais (PCoA) das unidades amostrais
da região Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Tupé com base em 51
espécies de Staurastrum identificados nos quatro períodos do ciclo hidrológico.
Figura 23. Número total de táxons de Staurastrum identificados por local estudado na região
do baixo rio Negro.
Figura 24: Número de táxons de Staurastrum identificados por período do ciclo hidrológico
na região do baixo rio Negro.
Figura 25: Ordenação pela análise de Coordenadas Principais (PCoA) das unidades amostrais
da região Baixo Rio Negro com base em 45 espécies de Staurastrum identificados
nos quatro períodos do ciclo hidrológico.
Figura 26. Curva de rarefação obtida com a média do número de espécies por unidade
amostral analisada da bacia do rio Negro.
1
1 Introdução
Características marcantes da região amazônica são o volume e a quantidade de corpos
de água de tamanhos variados, além da coloração de suas águas, classificadas em brancas,
claras e pretas. Estas características propiciam a ocorrência de uma elevada riqueza de
organismos aquáticos e, entre tantos, destacam-se as algas, um grupo heterogêneo de
organismos, em geral, autotróficos presentes em todos os compartimentos dos ecossistemas
aquáticos. Embora os estudos sobre as algas na região amazônica tenham iniciado no final da
primeira metade do século XIX (Ehrenberg 1843), somente a partir da segunda metade do
século passado é que aconteceu o incremento nas publicações, principalmente devido às
coletas realizadas por Harald Sioli.
O levantamento bibliográfico realizado por Huszar (1994) descortinou que, até aquele
momento, os estudos ficológicos da Amazônia estavam restritos a 70 trabalhos, 46 dos quais
são de cunho taxonômico, 13 de levantamentos florísticos, nove possuem abordagem
qualitativa com citação de gêneros e espécies e dois são quantitativos. Somem-se a estes, por
terem sido publicados após o levantamento de Huszar (1994), os trabalhos publicados por
Huszar (1996), Sophia e Huszar (1996), Huszar e Reynolds (1997), Ibañez (1997, 1998),
Menezes e Huszar (1997), Kristiansen e Menezes (1998), Keppeler et al. (1999a, 1999b),
Melo e Huszar (2000), Pascoaloto (2001a, 2001b), Dias-Castro et al. (2003), Lopes e Bicudo
(2003). Destacam, mais recentemente, as publicações de Melo et al. (2004, 2005a, 2005b),
Ferrari et al. (2007), Metzeltin e Lange-Bertalot (2007), Souza et al. (2007), Souza (2008),
Costa et al. (2009), França et al. (2009; 2011), Souza e Melo (2011).
Conforme os resultados dos estudos realizados sobre algas da Amazônia, dois fatores
importantes determinam a estrutura e a dinâmica das comunidades desses organismos, quais
sejam: a cor das águas e o pulso de inundação. Em uma viagem pela Amazônia, Wallace
(1889) foi o primeiro a mencionar as diferentes colorações das águas amazônicas, dividindo-
2
as nos três grupos seguintes: rios de águas brancas, com material proveniente da região
Andina, que apresentam alta carga de sedimentos; rios de águas azuis ou claras, que correm
sobre rochas vulcânicas e cristalinas que conferem à água grande transparência; e rios de água
preta, que apresentam coloração escura em função da solução formada pela decomposição de
folhas, raízes e outras matérias orgânicas.
Junk (1980, 1983) e Sioli (1984) citaram outras características de cada tipo acima de
água e mencionaram o fato da coloração ocorrer em função de características geológicas das
bacias de drenagem e de características físicas e químicas da própria água. Os rios de águas
brancas apresentam coloração turva, são ricos em sais minerais, apresentam pH em torno do
neutro (6,5-7) e transparência variando entre 0,10 e 0,50 m. Os rios de águas claras
apresentam-se incolores ou ligeiramente esverdeados, transportam pouco material em
suspensão, podem ser pobres ou ricos em sais minerais dependendo da área de captação e
apresentam pH oscilando entre 4,5 e mais que 7 e transparência entre 1,1 e 4,3 m. Os rios de
águas pretas apresentam coloração castanho-alaranjada, transportam baixa carga de
sedimentos e apresentam pH em torno de 4 e transparência variando entre 1,3 e 2,9 m.
Em relação aos tipos de água, elevada riqueza de desmídias tem sido observada nos
ambientes de águas claras (Huszar e Reynolds 1997; Melo e Huszar 2000) e pretas (Melo et
al., 2004, 2005b; Souza et al., 2007; Souza 2008) e de euglenofíceas nas águas brancas
(Conforti 1993a, 1993b, 1994; Ibañez 1998). Com relação ao pulso de inundação, a maior
densidade populacional foi observada por Huszar e Reynolds (1997), Ibañez (1998) e Melo e
Huszar (2000) e a de riqueza de espécies nos períodos de menor profundidade dos lagos
(Huszar 1994; Ibañez 1998; Melo et al. 2005a, 2005b; Souza et al. 2007).
Entre os grandes grupos de algas de águas continentais, diatomáceas (Bacillariophyta)
e desmídias (Desmidiaceae, Chlorophyta) destacam-se na Amazônia em função da grande
riqueza de espécies conhecida em nível mundial e do elevado número de espécies, variedades
e formas taxonômicas descritas a partir de material dessa região. Conforme Uherkovich
(1984), dos 339 táxons de algas descritos com base em material da Amazônia, 313 são de
desmídias, 43 de diatomáceas e 33 são representantes de vários outros grupos reunidos. O
elevado número de espécies de desmídias na região tem sido frequentemente associado aos
baixos valores de pH e nutrientes dos ecossistemas aquáticos da região (Thomasson 1971;
Uherkovich 1984). Além disso, o aumento do número de espécies dos pólos no sentido do
equador levaria a uma flora altamente diversificada morfologicamente na região, autorizando
Coesel (1996) a formular a hipótese de que as desmídias tiveram sua origem evolutiva nos
trópicos justificando, portanto, sua elevada riqueza de espécies nessa região. Este fato pode
3
estar associado com a temperatura, visto que, nesta região, os valores de temperatura estão
próximos ao considerado ótimo (25-30 °C) para o desenvolvimento das desmídias, como foi
mostrado experimentalmente por Coesel e Wardenaar (1990).
As desmídias compreendem um grupo de algas classificado na divisão Chlorophyta,
classe Conjugatophyceae e ordem Desmidiales, segundo Mix (1972) ratificado por McCourt
et al. (2000) a partir da análise de biologia molecular. A ordem Desmidiales inclui três
famílias: Gonatozygaceae, Closteriaceae e Desmidiaceae. As desmídias são restritas aos
ambientes de água doce, podendo ser unicelulares, e possuir hábito isolado ou filamentoso
(Brook 1981). Muitas desmídias apresentam uma constrição mediana bem definida, o istmo,
que divide a célula em duas semicélulas, em geral, de morfologia idêntica (Gerrath 2003).
Embora as desmídias possam ser encontradas em todos os compartimentos aquáticos,
as registradas no plâncton são, frequentemente, oriundas de comunidades perifíticas (Happey-
Wood 1988), onde podem ser mais comuns e diversas (Griffiths 1928). Segundo Brook
(1981), as desmídias podem ser levadas para a região limnética devido à circulação da água.
Assim, lagos ou regiões do lago onde exista boa circulação da água possuem uma maior
diversidade de desmídias na coluna d’água se comparado a lagos onde essa circulação é
menor.
Um dos fatores associado com a ocorrência de desmídias é o pH. Estudos de
Thomasson (1971), Brook (1981) e Coesel (1982) demonstraram que essas algas se
desenvolvem melhor em ambientes cujo pH é ácido. De acordo com Kövask (1971), formas
de desmídias com afinidade por esses ambientes recebem a denominação de acidobiôntes, ou
seja, adaptadas a sobreviver em ambientes onde a amplitude de pH é 4-5. As desmídias
constituem um grupo de organismos muito sensível às variações do ambiente, o que as torna
uma importante ferramenta na utilização como indicadores ambientais (Brook 1981; Coesel
2001), principalmente, em ambientes ácidos (Kövask 1971, Gerrath 2003). Ambientes
oligotróficos ou distróficos são aqueles em que tais algas ocorrem abundantemente, em
especial espécies de Staurastrum Meyen ex Ralfs (Kövask 1971; Gerrath 2003).
Entre os gêneros de desmídias mais comumente documentados em amostras coletadas
no plâncton está Staurastrum. Isto se deve ao fato das espécies deste gênero apresentarem
morfologia elaborada, com estruturas como processos e espinhos, que favorecem a adaptação
desses organismos à vida planctônica (Margalef 1983). De acordo com Wiltshire et al. (2003),
os espécimes de Staurastrum podem produzir grande quantidade de mucilagem, o que pode
ser uma resposta ao seu ajuste na coluna d’água ou um mecanismo de defesa contra a ação de
predadores. Coesel (1997) estudou duas espécies de desmídias, Staurastrum chaetoceras
4
(Schr.) Smith e Cosmarium abbreviatum Raciborski var. planctonicum West e West, como
alimento para Daphnia galeata Sars e D. hyalina Leydig e verificou que a presença do
envoltório mucilaginoso pode ser um mecanismo de defesa, visto que, apesar de apresentar
processos, S. chaetoceras foi melhor assimilada em relação a C. abbreviatum var.
planctonicum quando esta espécie apresentou mucilagem. Observou mais, que após a retirada
do envoltório mucilaginoso, C. abbreviatum var. planctonicum foi significantemente mais
ingerida.
Embora seja um dos gêneros de desmídias mais característico da região limnética,
várias espécies de Staurastrum podem também ser encontradas integrando o perifíton, como
foi observado em diversos trabalhos que abordam a flora perifítica. Citam-se os realizados por
Cetto et al. (2004) que registrou cinco espécies do gênero no Reservatório de Iraí; Felisberto e
Rodrigues (2005) registraram nove espécies de Staurastrum em um estudo nos reservatórios
de Rosana e de Salto do Vau; Ferragut et al. (2005) registraram seis táxons no Lago do IAG
situado no Parque Estadual das Fontes do Ipiranga; Algarte et al. (2006) estudaram as algas
perifíticas de ambientes distintos na planície de inundação do alto rio Paraná e anotaram a
ocorrência de 18 espécies de Staurastrum; Camargo et al. (2009) identificaram oito espécies
entre as 43 desmídias perifíticas associadas à Eichhornia azurea (Schwartz) Kunth e
Eichhornia crassipes (Martius) Solms-Laubach.
O gênero Staurastrum exibe grande variação morfológica e a maioria das espécies
apresenta simetria radial quando em vista apical (vertical) e bilateral quando em vista frontal
(taxonômica). A vista vertical é comumente triangular, porém, existem formas biangulares,
quadrangulares, pentangulares, hexagonais e até 9-angulares. A parede celular é porosa e pode
ser lisa ou ornamentada com grânulos, dentículos, verrugas ou espinhos arranjados de forma,
em geral, simétrica, características estas importantes para a taxonomia. A vista frontal da
semicélula pode ser elíptica, semicircular ou poligonal. Os ângulos podem ser arredondados
ou estendidos de modo a formar processos (Brook 1981). Os indivíduos representantes de
Staurastrum podem apresentar três ou mais planos de simetria, dependendo do número e das
características dos processos que a espécie possui. Pequenas diferenças podem naturalmente
ocorrer em certas dimensões, ornamentações ou no desenvolvimento dos processos, o que
pode resultar em assimetria em relação a um ou mais planos de simetria (Brook 1981).
Casos de polimorfismo ou variação morfológica são comuns em muitos gêneros de
desmídias (Bicudo e Sormus 1972) e esta variação pode gerar interpretações controversas na
identificação taxonômica de certos materiais. Teiling (1957) chamou a atenção para os
espécimes que identificou como dicotípicos de desmídias, em que as diferenças morfológicas
5
entre as duas semicélulas de um mesmo indivíduo podem ser de tal monta que cada uma deva
ser identificada com uma espécie, variedade ou forma taxonômica diferente. Além das formas
dicotípicas, podem também ocorrer formas “Janus”, ou seja, espécimes em que as duas
semicélulas mostram diferentes padrões de simetria.
Assim como sucede em outros gêneros de desmídias, várias espécies de Staurastrum
podem apresentar profundas variações de formato e ornamentação (Reynolds 1940; Brook e
Hine 1966) ou, ainda, as semicélulas podem apresentar diferentes características de simetria,
como no caso de Staurastrum polymorphum que apresenta semicélulas com quatro processos
e três processos em uma mesma população e alguns indivíduos com semicélula com três e
semicélula com quatro processos, isto é, dicotípicos, o que pode estar associado com
mudanças de temperatura na alteração da morfologia dessa espécie (Brandham e Godward
1965). Outro exemplo é Staurastrum sebaldi var. ornatum que apresenta alta variabilidade de
simetria e muitos espécimes dicotípicos (Lind e Croasdale 1966).
Estudando o efeito da variação sazonal em Staurastrum paradoxumi em um
reservatório na Grã-Bretanha, Reynolds (1940) detectou três formas distintas da espécie, ou
seja, uma com três processos em cada semicélula, outra com dois processos em cada
semicélula e ainda outra intermediária, com três processos em uma semicélula e dois na outra.
Tais variações seriam influenciadas pelas mudanças sazonais. A forma com dois processos em
cada semicélula foi dominante durante o outono, o inverno e a primavera e a forma com três
processos em cada semicélula dominou durante o verão, ao mesmo tempo em que também
aumentou o número de espécimes com forma intermediária. Outro fator relacionado à
sazonalidade registrado por Reynolds (1940) referiu-se ao comprimento dos processos, que no
verão foram mais longos e com a proximidade do inverno ficaram mais curtos.
O levantamento dos trabalhos que abordaram a ocorrência de Staurastrum nas águas
da Amazônia brasileira registrou 333 táxons (espécies, variedades e formas taxonômicas), os
quais foram identificados em diferentes ambientes aquáticos da região (dados não
publicados). Desses trabalhos, muitos identificaram novas espécies, variedades, formas
taxonômicas, além de novas combinações para a ciência, o que totalizou 148 novidades.
Dickei (1881) foi o primeiro a citar a ocorrência de representantes de Staurastrum na
Amazônia. O autor citou, nesse trabalho, apenas duas espécies, S. inaequale Nordstedt e S.
quadrangulare Brébisson ex Ralfs var. attenuatum Nordstedt, ambas identificadas de material
do lago Paxusara no Município de Montealegre, Estado do Pará.
Grönblad (1945) identificou material do Estado do Pará, de ambientes próximos a
Santarém. Trata-se de um importante trabalho para a região, pois das diversas espécies de
6
desmídias identificadas pelo autor 157 táxons entre espécies, variedades e formas
taxonômicas perteceram apenas ao gênero Staurastrum. Nesse trabalho, o referido autor
propôs 19 novas espécies, 36 novas variedades e três novas combinações para a ciência.
O trabalho de Scott et al. (1965) foi realizado com material proveniente de 41 locais
amostrados da região de Santarém e da bacia do rio Negro. Foram aí identificados 71 táxons
do gênero, dois quais duas novas espécies e 11 variedades novas.
Förster (1969) também focalizou material do Estado do Pará e identificou 135 táxons,
sendo cinco novas espécies, 18 novas variedades, três novas formas taxonômicas e quatro
novas combinações; Thomasson (1971) propôs duas espécies, uma variedade e duas formas
taxonômicas do total de 23 táxons de Staurastrum identificados; Förster (1974) identificou 51
táxons e descreveu três variedades e duas formas taxonômicas; e Martins (1986) identificou
17 táxons, incluindo uma nova forma taxonômica de Staurastrum.
Além de trabalhos que trazem novas descrições para ciência, há outros que realizaram
levantamentos florísticos de desmídias. Entre os trabalhos que fazem estas citações de
ocorrência do gênero Staurastrum citamos os de Uherkovich e Schmidt (1974) que
identificaram 16 táxons; Uherkovich (1976) que registrou 45 táxons; Thomasson (1977) que
identificou 50 táxons; Uherkovich e Rai (1979) que identificaram 37 táxons; Uherkovich
(1981) que identificou 41 táxons; Bittencourt-Oliveira (1993) que identificou três táxons;
Huszar (1994) que identificou nove espécies; Dias e Sophia (1996) que identificaram em seu
estudo três táxons; Huszar (1996) identificou 11 espécies; Sophia e Huszar (1996) que
incluíram 12 espécies; Gomes et al. (2002) que cita a ocorrência de três espécies; Lopes e
Bicudo (2003) que registraram 16 espécies; Melo et al. (2004) registraram 11 espécies; Melo
et al. (2005b) que identificaram 29 espécies; Aprile e Mera (2007) apresentaram em seu
trabalho nove espécies do gênero; Souza et al. (2007) que registraram 13 táxons; Souza
(2008) que identificou 19 táxons; Costa et al. (2009) registraram a presença de 21 espécies;
Melo e Souza (2009) que registraram 19 espécies; Costa et al. (2010) identificaram 11
espécies de Staurastrum e Souza e Melo (2011) que identificaram 23 espécies em um lago no
Estado do Amapá.
Considerando a decantada riqueza de desmídias, as características peculiares dos
ambientes de águas pretas da Amazônia, o reduzido número de estudos enfocando a
taxonomia, a distribuição geográfica e aspectos ecológicos de desmídias de modo geral e de
Staurastrum em especial ao longo de um ciclo sazonal completo e, ainda, o fato de
Staurastrum poder apresentar um grande polimorfismo, formulou-se o presente projeto que
visou elucidar questões taxonômicas e de distribuição geográfica de Staurastrum em uma
7
bacia hidrográfica de águas pretas, bem como a avaliar os possíveis efeitos do pulso de
inundação sobre possíveis variações morfológicas e sobre a flutuação temporal das espécies.
8
2 Objetivos
Geral
Identificar taxonomicamente e descrever as espécies de Staurastrum Meyen ex Ralfs
de ambientes da bacia do rio Negro e analisar possíveis variações morfológicas e
morfométricas nas espécies ao longo dos períodos analisados. Além disso, objetivou analisar
possíveis alterações na distribuição temporal das espécies
Específicos
• Identificar e descrever as espécies de Staurastrum da região limnética
(planctônica) e litorânea (perifítica) de diferentes ambientes aquáticos da bacia do rio Negro.
• Avaliar a variação morfológica detectada no interior de cada espécie, variedade
ou forma taxonômica.
• Verificar a influência do ciclo hidrológico na composição florística de
Staurastrum.
• Verificar possível relação entre as características morfológicas e o tipo de
ambiente.
• Averiguar a distribuição geográfica das espécies registradas na região
amazônica.
9
3 Material e Métodos
1. Área de estudo
Os estudos foram centrados em diversos ambientes da bacia do rio Negro que abrange
uma área de drenagem de cerca de 600.000 km² distribuídos entre Colômbia, Venezuela e
Brasil (Franzinelli e Igreja 2002). Nessa área existem áreas alagáveis e não alagáveis com
características particulares de biodiversidade, temperatura e umidade (Oliveira et al. 2007). O
rio Negro é um dos principais afluentes do rio Amazonas, responsável por 15% da água que o
último despeja no Oceano Atlântico e drena uma área correspondente a 10% dos sete milhões
de quilômetros quadrados que abrangem a bacia Amazônica (Zeidemann 2001). Na bacia do
rio Negro é registrda média anual de precipitação de 2.000-2.200 mm podendo aumentar para
até 3.500 mm na parte noroeste do Amazonas (Goulding 1988).
O rio Negro é um típico curso de águas pretas pela definição de Wallace (1889) e Sioli
(1984), por apresentar águas com baixa capacidade de produção e condições ecofisiológicas
desfavoráveis dado o pH muito baixo, a quantidade baixa de sais minerais e a alta
concentração de substâncias húmicas (Junk 1979). Além disso, os rios da bacia do rio Negro
apresentam baixos valores de condutividade elétrica em conseqüência da pobreza de sais
minerais dissolvidos (Santos et al. 1984). Em função de suas áreas de captação, os rios
localizados na sua margem esquerda provenientes de montanhas são férteis em substâncias
nutritivas minerais enquanto os da margem direita são extremamente pobres porque nascem
em terras alagadiças e em campinas (Santos et al. 1984),
O rio Negro percorre cerca de 1.700 km (Goulding et al. 1988), com relevo suave e
pouco movimentado, no qual os processos erosivos são pouco intensos e a carga de
sedimentos transportados é baixa (Junk 1983). Apresenta marcada oscilação sazonal do nível
d’água, com flutuação entre 9-12 m e média anual de 9,8 m.
Para o presente estudo foram analisadas amostras de cinco regiões distintas (Figura 1)
assim denominadas de acordo com o sítio de coleta: Alto Rio Negro, Parque Nacional do Jaú,
10
Parque Estadual do Rio Negro, Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Tupé e Baixo
Rio Negro. As amostras foram coletadas em diferentes períodos do ciclo hidrológico e em
diversos locais de coleta visando ao registro, à identificação taxonômica das espécies de
Staurastrum e à distribuição geográfica das espécies ao longo da bacia.
Figura 1. Mapa esquemático mostrando a localização das cinco regiões de estudo na bacia do
rio Negro onde: ● = Alto Rio Negro; = Parque Nacional do Jaú; ■ = Parque Estadual do
Rio Negro; = Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Tupé; ▲ = Baixo Rio Negro.
11
1.1. Alto Rio Negro, ARN
A região do alto rio Negro aqui delimitada abrange parte do município de Barcelos até
a cidade de São Gabriel da Cachoeira. Apresenta valores anuais médios de chuva entre 2.000-
2.200 mm, porém, podendo alcançar níveis superiores a 3.500 mm, com temperatura média
anual de 26,6°C, temperatura média mensal de 27,2°C em março e de 26°C em julho
(Zeidemann 2001). Foram amostrados oito locais distintos nessa região (Figura 2).
Figura 2. Mapa esquemático com os sítios amostrais do alto rio Negro, na bacia do rio Negro,
onde IIB = igarapé Ibará, IIR = igarapé Irurabi, IJ = igarapé Jaradi, II = igarapé Iahá, IM =
igarapé Mabarra, RB = rio Branco, RN = rio Negro e RU = rio Unini. Os números
correspondem às estações amostrais.
1.2. Parque Nacional do Jaú, PNJ
O Parque Nacional do Jaú está localizado a cerca de 200 km da cidade de Manaus e é
uma das áreas protegidas mais extensas do Brasil, abrangendo as bacias hidrográficas dos rios
Jaú e Unini, ambos afluentes da margem direita do rio Negro. Devido à grande dimensão do
parque, as áreas selecionadas para estudo, denominadas janelas, foram eleitas de acordo com
suas características geológicas, de vegetação e presença humana (Borges et al. 2004). Para
este estudo foram analisadas 127 amostras coletadas em duas janelas, a saber: Seringalzinho e
12
Miratucu. Foram analisadas amostras provenientes de 13 locais distintos dessa região (Figura
3).
Figura 3. Mapa esquemático com os sítios amostrais do Parque Nacional do Jaú na bacia do
Rio Negro, onde LC = lago Cutiuaú, LMI =lago Miratucu, IC = igarapé Cutiuaú, ITI =
igarapé Tiaracá, LG = lago Grande, LP = lago Patauá, LT = lago Tiaracá, LQ = lago Queiroz,
LV = lago Volta e LCT = lago Catoá. Os números correspondem às estações de coleta.
1.3. Parque Estadual do Rio Negro, PERN
O Parque Estadual do Rio Negro, Setor Norte, foi criado em 1995 e situa-se a 170 km
a noroeste de Manaus. Com uma área que corresponde a 146.028 ha é limitado ao sul pelo rio
Puduari e ao norte pelo rio Carabinani que marca a fronteira com o Parque Nacional do Jaú
(PNJ). Foram coletadas 15 amostras de plâncton nessa região durante três períodos do ciclo
hidrológico e em dois anos de estudo (Figura 4).
13
Figura 4. Mapa esquemático com os sítios amostrais do Parque Estadual do rio Negro na
bacia do rio Negro, onde IF = igarapé Fogo, IP = igarapé Preto, IZ = igarapé Zito, LM = lago
Manixiuau, LU = lago Uruá e RP = rio Puduari. Os números correspondem às estações de
coleta.
1.4. Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Tupé, RDS Tupé
O lago Tupé está localizado na Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Tupé, que
fica na margem esquerda do rio Negro, a oeste de Manaus, distante cerca de 25 km em linha
reta do centro desta cidade (Scudeller et al. 2005). De acordo com Rai e Hill (1981), o lago
tem a superfície de 68 ha e o volume de cerca de 257.000 m³. Além disso, apresenta margens
íngremes e está submetido, na maior parte de seu ciclo hidrológico, à flutuação de nível do rio
Negro (Darwich et al. 2005). O lago está conectado ao rio Negro por um canal de cerca de 20
m de largura, 0,5 m de profundidade e 150 m de comprimento durante a fase seca. Durante a
cheia, o lago apresenta profundidade de cerca de 15 m em sua região central e 10 m na região
de cabeceira (Aprile e Darwich 2005). De acordo com Darwich et al. (2005), poucos
indivíduos de Utricularia sp. foram registrados durante o período deste estudo. Três estações
14
foram selecionadas no lago para o presente estudo, as quais foram denominadas ET1, ET9 e
ET10 e uma estação foi localizada na região central do rio Negro (LT12) em frente ao lago
(Figura 5).
Figura 5. Mapa esquemático dos sítios amostrais na Reserva de Desenvolvimento Sustentável
do Tupé na bacia do rio Negro, onde LT = lago Tupé e LTU = lago Tupé Utricularia foliosa
L.. Os números correspondem às estações de coleta.
1.5. Baixo Rio Negro, BRN
Na região do baixo rio Negro foram analisadas amostras da área do Tarumã, um
importante espaço geográfico próximo à zona urbana da cidade de Manaus, onde as
modificações da paisagem estão diretamente relacionadas com a forte tendência de ocupação
humana e de expansão de suas atividades, as quais estão essencialmente vinculadas à
velocidade e ao grau de organização desta ocupação (Pinto e Carvalho 2007). Fazendo limite
com essa bacia, no lado direito, situa-se a Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Tupé,
15
cujo recurso hídrico principal, o lago Tupé, também é formado por água preta (Pascoaloto et
al. 2009). Foram amostrados cinco sítios amostrais ao longo do rio Negro e em um pequeno
lago na ilha Camaleão (Figura 6).
Figura 6. Mapa esquemático com os sítios amostrais na região do baixo rio Negro, bacia do
rio Negro, onde IT = igarapé Tarumã, ITM = igarapé Tarumã-Mirim, LIC = lago Ilha
Camaleão e RNN = rio Negro. Os números correspondem às estações de coleta.
2. Coletas e preservação das amostras
O total de 279 unidades amostrais foi coletado e analisado, sendo 250 amostras de
material planctônico e 29 de material perifítico, todas provenientes das cinco regiões da bacia
do rio Negro (Tabela 1). As coletas da região planctônica foram feitas através de arrastos
verticais e horizontais com rede de plâncton confeccionada com tecido de abertura de malha
da ordem de 25 µm. A fixação das amostras foi feita com Solução de Transeau (Bicudo e
Bicudo 1970).
16
Em relação ao perifíton, a ênfase foi a abordagem taxonômica e as amostras foram
coletadas de forma esporádica ao longo dos anos do presente estudo. Por isso, o número
dessas amostras foi reduzido. Tais amostras foram obtidas de dois tipos de substrato vegetal,
na região do Parque Nacional do Jaú foi utiliado Oriza sp., nesse caso as amostras foram
obtidas pela raspagem do material aderido a caules e folhas. Na região Reserva de
Desenvolvimento Sustentável do Tupé as amostras foram obtidas da lavagem de partes
submersas da macrófita submersa Utricularia foliosa L. Todas as amostras perifíticas foram
imediatamente fixadas com Solução de Transeau.
Tabela 1. Esquema de realização das coletas nos respectivos locais em cada uma das cinco
regiões de estudo, períodos do ciclo hidrológico (E = enchente, C = cheia, V = vazante e S =
seca) e anos de coleta. Os números na tabela referem-se à quantidade de amostras coletadas
em cada ambiente.
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 Local amostrado E C V S E C V S E C E C V S E C C V E C V S
Alto rio Negro - ARN Rio Negro 10 Rio Unini 2 Rio Branco 3 Igarapé Mabarra 2 Igarapé Iahá 1 Igarapé Jaradi 1 Igarapé Ibará 1 Igarapé Irurabi 1
Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Tupé - RDS TUPÉ Lago Tupé 3 3 4 4 4 4 3 3 2 4 3 4 4 4 5 3 1 Lago Tupé* 5 4 5 Lago Araras 1
Parque Nacional do Jaú - PNJ Lago Miratucu 2 2 Igarapé Cutiuaú 1 2 1 1 Lago Cutiuaú 10 10 10 10 Lago Cutiuaú* 5 2 1 Lago Catoá 1 2 Lago Grande 2 2 3 3 2 2 1 1 2 1 1 Lago Queiroz 1 1 1 2 2 1 1 1 1 Lago Queiroz* 1 Lago Tiaracá 2 2 1 1 Igarapé Tiaracá 2 1 1 1 2 Lago Raimunda 1 1 1 1 1 1 1 Lago Raimunda* 1 1 1 Igarapé Raimunda* 1
17
continuação tabela 1 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 Local amostrado E C V S E C V S E C E C V S E C C V E C V S Lago Volta 1 1 1 1 1 1 1 Lago Patauá 1 1 Rio Jaú* 1
Parque Estadual do Rio Negro - PERN Lago Uruá 2 Lago Castanho 1 Lago Manixiau 2 Rio Puduari 2 Igarapé Preto 2 2 Igarapé Fogo 2 Igarapé Zito 2
Baixo rio Negro - BRN Lago Catalão 1 Rio Negro 5 5 5 5 Igarapé Tarumã-Mirim 2 2 2 2 Igarapé Tarumã 2 2 2 2 Lago Ilha Camaleão 2 2 2 Lago Ilha Camaleão* 1 *= amostras perífíticas
3. Análise do material qualitativo ao microscópio óptico
Cada unidade amostral foi analisada com auxílio de microscópio óptico Leitz
Laborlux S equipado com objetivas de vários aumentos (10, 25, 40 e 100x), lente
micrometrada e câmara clara, usando material concentrado. Foram analisados todos os
campos da lâmina, sendo preparadas tantas lâminas quantas foram necessárias para esgotar
taxonomicamente cada unidade amostral. No mínimo três preparações adicionais foram feitas
de cada unidade amostral para confirmar, após a saturação taxonômica, a ausência de material
ainda não inventariado.
Os caracteres métricos foram medidos através da lente micrometrada acoplada ao
microscópio: comprimento total da célula (C), ao comprimento total da célula sem considerar
a ornamentação (Cs), à largura total da célula (L), à largura total da célula sem considerar a
ornamentação (Ls) e à largura do istmo (I). O sistema de classificação adotado foi o proposto
por Mix (1972) que inclui o gêneros Staurastrum na classe Conjugatophyceae, ordem
Desmidiales e família Desmidiaceae. A identificação das espécies foi feita com base em
bibliografia especializada, por exemplo, os trabalhos de Grönblad (1945), Scott e Prescott
(1961), Scott et al. (1965), Förster (1963, 1969, 1974), Prescott et al. (1982), Bourrelly e
Couté (1991), Vyverman (1991), Dillard (1991), Croasdale et al. (1994) e Lenzenweger
18
(1996), buscando sempre que possível consultar a obra original das espécies descritas.
Para cada unidade amostral foi preparada pelo menos uma lâmina contendo uma gota
de material concentrado e outra de tinta nanquim, para observação da presença e do tamanho
da bainha de mucilagem.
4. Descrição e ilustração do material
Pelo menos uma ilustração de cada táxon foi providenciada e, quando necessário, mais
outras para mostrar a variação morfológica interna na espécie, variedade e/ou forma
taxonômica. Cada táxon foi ilustrado em vista frontal, que é a mais importante e essencial
para sua identificação taxonômica. Foi também observada a vista apical (vertical) para a
correta identificação do número de ângulos celulares.
A observação dessas vistas foi conseguida por meio de suaves batidas, com o auxílio
de um estilete ou lápis, sobre a lamínula, de modo a provocar a mudança de posição da célula
em relação ao observador.
A descrição dos representantes de cada táxon identificado foi baseada nas
características morfológicas de sua vista frontal, tais como: formato da semicélula, tipo de
seno mediano, tipo de istmo, formato da margem apical e basal da semicélula, orientação dos
espinhos e demais processos angulares, características da parede celular, presença, ausência e
características de espinho ou processos; além disso, foram observados o formato da
semicélula em vista apical (vertical). Foram, finalmente, consideradas as características
métricas celulares. A identificação taxonômica de indivíduos isolados só foi feita quando os
mesmos apresentaram características diacríticas facilmente reconhecíveis e absolutamente
inequívocas (Figura 7).
Figura 7. Esquema de um espécime de Staurastrum mostrando as características utilizadas na
identificação das espécies, variedades e formas taxonômicas.
19
Os esquemas foram feitos primeiramente à lápis com o auxílio de uma câmara clara
acoplada ao microscópio óptico. Posteriormente, esses esquemas foram selecionados e seu
traço coberto com tinta nanquim para comporem as pranchas do trabalho. Com base nos
caracteres diacríticos de cada espécie foi elaborada uma chave artificial dicotômica para
identificação das espécies, variedades e formas taxonômicas registradas e descritas durante o
presente estudo.
5. Tratamento dos dados
A partir da análise das lâminas foi estimada a riqueza específica, a qual foi expressa
pelo número de táxons presente em cada unidade amostral. Para verificar a similaridade entre
a composição de espécies e os locais de estudo foi utilizada análise de similaridade com base
na medida da distância de Sørensen (Bray-Curtis) pelo método de ligação de médias usando o
software PC-ORD versão 6.0 para Windows (McCune e Mefford 2011). Para realizar essa
análise as amostras foram agrupadas por ambiente, independente do período, estação e ano de
coleta, totalizando 32 locais.
Para efetuar-se a ordenação das unidades amostrais escolheu-se a análise de
coordenadas principais (PCoA) e, para o agrupamento, a soma dos quadrados (variância
mínima). Utilizou-se o software PC-ORD versão 6.0 para Windows (McCune e Mefford
2011). O mesmo programa foi utilizado para verificar se esforço amostral realizado capturou
o máximo de espécies de Staurastrum possível através da construção de curvas de rarefação.
Foi calculada a freqüência de ocorrência das espécies com base na equação
apresentada por Dajoz (1973), que considera constantes as espécies com C ≥ 51%, acessórias
com 25% < C ≤ 50% e acidentais com C ≤ 2 5%, de acordo com a fórmula abaixo:
onde:
C = Índice de Constância
p = número de amostras contendo a espécie em questão
P = número total de amostras
A riqueza de espécies foi estimada pelo método de Chao 2 (Colwell e Coddington
1994), de acordo com a fórmula:
20
onde:
S = estimativa de riqueza de espécies
S(obs) = número de espécies registradas no estudo
L = número de espécies que ocorreram em uma única amostra
M = número de espécies que ocorreram em exatamente duas amostras
6. Registro no Herbário do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia
As amostras foram depositadas no herbário do Instituto Nacional de Pesquisas da
Amazônia, para cada amostra se descreve a data da coleta, o nome da localidade de coleta,
observações durante a coleta e o nome (s) do(s) coletor(es) e tipo de amostra.
21
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Foram identificados 99 táxons, os quais foram distribuídos em 42 espécies, sete
variedades típicas de suas respectivas espécies, 42 variedades não-típicas de suas respectivas
espécies e cinco formas taxonômicas igualmente não-típicas, porém, de suas respectivas
ariedades, três identificados em nível genérico. A região do PNJ foi a que apresentou a maior
riqueza de táxons com 66, seguida pela RDS-Tupé com 52, BRN com 45, ARN com 43 e
PERN com 16, esta última com a menor riqueza de espécies entre as cinco regiões (Figura 8).
Figura 8. Número total de táxons de Staurastrum registrado em cada uma das cinco regiões do
presente estudo: PNJ = Parque Nacional do Jaú, RDS-Tupé = Reserva de Desenvolvimento
Sustentável do Tupé, BRN = Baixo Rio Negro, ARN = Alto Rio Negro e PERN = Parque
Estadual do Rio Negro.
22
Analisando a distribuição das espécies por região, observou-se que 23 dos 100 táxons
identificados foram registrados em duas das cinco áreas de estudo, 15 em três, 14 em quatro,
sete foram comuns às cinco regiões e 41 foram restritas a apenas uma região. PNJ foi a região
que apresentou o maior número de táxons exclusivos (21), seguida pela BRN com oito, ARN
e RDS-Tupé com sete e cinco, respectivamente, e o PERN não apresentou um táxon que fosse
restrito a essa região (Tabela 2).
Tabela 2: Lista de espécies de Staurastrum registrado por região da bacia do Rio Negro, ARN
(Alto Rio Negro), PNJ (Parque Nacional do Jaú), BRN (Baixo Rio Negro) e PERN (Parque
Estadual do Rio Negro).
ARN PNJ BRN RDS-TUPÉ PERN S. arachne Ralfs var. curvatum West e West X X S. asteroideum West e West var. asteroideum X X X X
S. bicoronatum Johnson var. simplicius West e West
X
S. binum Borge var. inaequale Grönblad e Croasdale X
S. boergensenii Raciborski var. depaupetarum Grönblad
X
S. boergensenii Raciborski var. elegans Borge
X X
S. botanense Playfair var. botanense
X
X
S. brachiatum Ralfs var. brachiatum X X X X X S. brachiatum Ralfs var. gracilius Maskell X X X X X S. brebissoni Archer var. brasiliense Grönblad
X
S. capitulum Brébisson in Ralfs var. tumidiusculum West e West
X
S. chaetoceras (Schroeder) Smith
X
S. chaetopus Hinode var. chaetopus f. minor Bourrelly e Couté
X
S. quadrangulare (Brébisson) Ralfs var. quadrangulare X
X
S. coronulatum (Boldt) Förster var. minus Förster
X
S. crenulatum (Nägeli) Delponte
X
S. dentatum Krieger
X
S. denticulatum (Nägeli) Archer X X X X X S. diptilum Nordstedt
X
S. dispergens Grönblad X
S. disputatum West e West var. sinense (Lütkemueller) West e West
X
X
S. elegantissimum Johnson var. brasiliense Förster
X X X
S. elegantissimum Johnson var. brasiliense Förster f. triaradiatum
X
S. ensiferum Turner
X
S. erinacoideum Scott e Croasdale X X
S. exporrectum Scott e Prescott
X
S. fittkaui Förster X X X X
S. forficulatum Lundell
X
S. furcatum (Ehrenberg) Brébisson
X X
S. gemelliparum Nordstedt X
S. geminatum Nordstedt X X
S. glaphyrum West e West
X
X
S. guentheri Thomasson
X X X
S. haaboliense Wille X
S. hagmanii Grönblad X
S. hirsutum (Ehrenberg) Ralfs
X
S. hystrix Ralfs var. floridense Scott e Croasdale
X
23
continuação tabela 2 ARN PNJ BRN RDS-TUPÉ PERN S. inconspicuum Nordestedt X S. laeve Ralfs var. latidivergens Scott e Grönblad X
S. leptacanthum Nordestedt var. leptacanthum X X X X
S. leptacanthum Nordestedt var. borgei Förster X
X X
S. leptocladum Nordstedt var.insigne West e West
X
S. leptocladum Nordstedt var. cornutum Wille X
X X
S. longipes (Nordstedt) Teiling X X X X X S. longispinun (Bailey) Archer var. bidentatum (Wittr.) West
X X
S. ungeri Reinsch X X
S. manfeldtii Delponte
X X X X
S. margaritaceum (Ehrenberg) Ralfs X X X X
S. micron West et West micron
X X
S. micron West var. unidentatum Hirano
X
S. minutissimum Auerswald
X
S. mutabile Turner X X
S. muticum (Brébisson) Ralfs X X
X S. novae caesare Wolle var. brasiliense Grönblad
X
S. octangulare Grönblad X X
X X
S. paradoxum Meyen X X X X
S. pendulum Nygaard var. pinguiforme Croasdale
X
X
S. pinnatum Turner var. reductum Krieger
X X X X S. planctonicum Teiling
X X
S. polymorphum Brébisson var. simplex West e West
X X X
S. pseudosebaldii Wille var. pseudosebaldii X X X X
S. pseudosebaldii Wille var. planctonicum Teiling
X
S. pseudotetracerum (Nordstedt) West var. curvatum Grönblad X
S. quadrangulare Brébisson var. contectum (Turner) Grönblad
X
X
S. quadrangulare Brébisson var. longispinum Börgesen
X X X X
S. quadrangulare Brébisson var. prolificum Croasdale in Scott; X X
X X S. quadrinotatum Grönblad var. quadrinotatum X X X X X S. quadrinotaum Grönblad var. constrictum Scott e Croasdale X
X X
S. quadrispinatum Turner var. spicatum (West e West) f. furcatum X
X
S. reinschii Roy X X
S. rotula Nordstedt X X X X
S. sebaldi Reinsch
X
S. setigerum Cleve var. occidentale West e West X X
X
S. setigerum Cleve var. pectinatum West e West X X X X X S. sexangulare (Bulnheim) Lundell var. brasiliense Grönblad
X
S. spiculiferum Borge X
X X
S. stelliferum Borge var. stelliferum X X X X
S. stelliferum Borge var. evolutum Thomasson
X
S. subdisputatum Scott e Grönblad var. maius Scott e Grönblad
X
S. subnudibrachiatum West e West
X X
S. subophiura Borge
X
X
S. tectum Borge var. ayayense Grönblad
X X X
S. teliferum Ralfs var. lagoense Wille X X
X
S. teliferum Ralfs var. horridum Lütkemüller
X
S. teliferum Ralfs var. longispinum Grönblad
X
S. tentaculiferum Borge
X X X
S. tetracerum (Kützing) Ralfs var. tetracerum X X
X
S. tetracerum (Kützing) Ralfs var. tetracerum f. trigona Lundell
X
S. thienemannii Krieger var. triradiatum Scott e Prescott
X X
S. tohopekaligense Wolle f. minus (Turner) Scott e Prescott X
X
24
continuação tabela 2 ARN PNJ BRN RDS-TUPÉ PERN S. tridens-neptunii West e West var. scotii Croasdale in Scott, X X X X X S. trifidum Nordstedt var. inflexum West e West X X X X
S. trifidum Nordstedt var. porrectum Croasdale e Scott in Scott,
X
S. trihedrale Wolle X X
X
S. tryssos Scott e Grönblad
X X X
S. villosum West e West var. simplicius Grönblad
X
Staurastrum sp.
X
Staurastrum sp. 2
X
Staurastrum sp. 3 X
Pela análise de similaridade entre os ambientes foi possível observar que as espécies
de Staurastrum apresentaram distribuição homogênea, ou seja, os locais estudados se
agruparam por região ou por tipo de amostra, ou seja, se de material de plâncton ou de
perifíton. Com o nível de similaridade em torno de 37% foram formados quatro grupos
(Figura 9).
Grupo A: com o nível de similaridade em torno dos 58%, foi formado pelos ambientes
com maior riqueza de espécies, o Rio Branco (RB), Rio Negro (RNBRN) e Lago Tupé, sendo
as amostras coletadas no lago (LT), as amostras perifíticas (LTU) e a amostra coletada no Rio
Negro (LTRN), locais estes pertencentes a três regiões de estudo, ARN, BRN e RDS-Tupé.
Foram reunidos 77 táxons neste grupo, sendo 38 restritos a um único ambiente, 24 foram
registrados em dois ambientes e 15 foram comuns aos três ambientes do grupo. Neste grupo, a
maior similaridade, em torno de 94%, ocorreu entre os ambientes LT e LTU, ou seja, a
amostra planctônica coletada no lago e a amostra proveniente da macrófita Utricularia
foliosa.
Grupo B: com similaridade em torno de 50%, agrupou praticamente todos os
ambientes do PNJ, exceto o IR. Esse grupo reuniu 67 espécies, sendo 27 delas restritas a um
ambiente e S. elegantissimum var. brasiliense a única espécie presente em 13 dos 14 locais
amostrados. Com um nível de similaridade em torno de 83%, foram separadas as duas
amostras de material perifítico (LCP e LQP) das demais amostras.
Grupo C: formado por três locais do presente estudo, pertencentes a região do BRN.
Este grupo reuniu 20 táxons, sendo nove restritos a um único local e S. margaritaceum, S.
longispinun var. bidentatum, S. pseudosebaldii var. planctonicum e S. quadrinotatum var.
quadrinotatum foram comuns aos três ambientes.
Grupo D: reuniu amostras de um único ambiente, PERN. Este grupo reuniu 25 táxons,
sendo sete de um ambiente, dois ambientes compartilharam seis táxons e e apenas duas (S.
quadrinotatum var. quadrinotatum e S. brachiatum var. brachiatum foram registradas nos três
25
locais amostrados durante o atual estudo.
Figura 9. Análise de agrupamento (Método de Sørensen-Bray-Curtis) considerando a riqueza
de espécies entre os diferentes ambientes estudados na bacia do Rio Negro.
Com base no Índice de Constância calculado a partir da frequência de ocorrência das
espécies mostrou que nenhuma delas foi constante neste estudo. Apenas duas espécies, S.
quadrinotatum e S. brachiatum var. brachiatum, com 45,5 e 30,4%, respectivamente, foram
as mais comuns nas amostras analisadas. As outras espécies foram consideradas acidentais.
Outros estudos realizados na bacia do rio Negro também apontaram para a baixa frequência
de ocorrência de espécies de desmídias nas regiões estudadas. Melo et al. (2005) constataram
que a maioria das 107 espécies de desmídias identificadas para o lago Tupé apenas 11 foram
classificadas como freqüentes ou constantes, destacando-se entre essas S. brachiatum var.
brachiatum, por ter sido freqüente em quatro das cinco estações do presente estudo. Melo e
Souza (2009) também registraram predomínio das espécies raras e esporádicas, ou seja, por
terem sido registradas em menos de 10% ou entre 10 e 30% das amostras analisadas,
respectivamente.
A contribuição dos diferentes anos do atual estudo na riqueza de espécies foi maior em
2003 com 59 espécies identificadas, seguida de 2004 com 55, 2009 com 51 e 2005 com 46.
Os anos 2006, 2007 e 2008 contribuíram, respectivamente, com 25, 22 e 21 espécies (Figura
10).
26
Figura 10. Número total de táxons registrado no período do atual estudo (2003-2009) nos
ambientes amostrados da bacia do rio Negro.
Das 100 espécies presentemente identificadas, 32 foram restritas a um dos anos do
estudo, 26 ocorreram em dois anos, 10 em três anos, 10 em quatro anos, sete foram comuns a
cinco e a sete anos e oito aos seis anos do presente estudo
Tabela 3: Lista de espécies de Staurastrum registrado por ano de coleta na bacia do Rio
Negro.
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
S. arachne Ralfs var. curvatum West e West X X S. asteroideum West e West var. asteroideum X X X X X X
S. bicoronatum Johnson var. simplicius West e West X
S. binum Borge var. inaequale Grönblad e Croasdale X
S. boergensenii Raciborski var. depaupetarum Grönblad X X
S. boergensenii Raciborski var. elegans Borge X X
S. botanense Playfair var. botanense X X
S. brachiatum Ralfs var. brachiatum X X X X X X X
S. brachiatum Ralfs var. gracilius Maskell X X X X X X X
S. brebissoni Archer var. brasiliense Grönblad X
S. capitulum Brébisson in Ralfs var. tumidiusculum West e X X
S. chaetoceras (Schroeder) Smith X
S. chaetopus Hinode var. chaetopus f. minor Bourrelly e X
S. quadrangulare (Brébisson) Ralfs var. quadrangulare X X X
S. coronulatum (Boldt) Förster var. minus Förster X X
S. crenulatum (Nägeli) Delponte X
S. dentatum Krieger X
S. denticulatum (Nägeli) Archer X X X X
S. diptilum Nordstedt X X
27
continuação tabela 3 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
S. dispergens Grönblad X S. disputatum West e West var. sinense (Lütkemueller) X X
S. elegantissimum Johnson var. brasiliense Förster X X X X
S. elegantissimum Johnson var. brasiliense Förster f. X
S. ensiferum Turner X X
S. erinacoideum Scott e Croasdale X X
S. exporrectum Scott e Prescott X
S. fittkaui Förster X X X X
S. forficulatum Lundell X
S. furcatum (Ehrenberg) Brébisson X X
S. gemelliparum Nordstedt X
S. geminatum Nordstedt X X
S. glaphyrum West e West X X
S. guentheri Thomasson X X X
S. haaboliense Wille X
S. hagmanii Grönblad X
S. hirsutum (Ehrenberg) Ralfs X X X
S. hystrix Ralfs var. floridense Scott e Croasdale X X
S. inconspicuum Nordestedt X X
S. laeve Ralfs var. latidivergens Scott e Grönblad X
S. leptacanthum Nordestedt var. leptacanthum X X X
S. leptacanthum Nordestedt var. borgei Förster X X X X
S. leptocladum Nordstedt var.insigne West e West X
S. leptocladum Nordstedt var. cornutum Wille X X X
S. longipes (Nordstedt) Teiling X X X X X X
S. longispinun (Bailey) Archer var. bidentatum (Wittr.) X X
S. ungeri Reinsch X X
S. manfeldtii Delponte X X X X X X
S. margaritaceum (Ehrenberg) Ralfs X X X X X
S. micron West e West micron X X
S. micron West var. unidentatum Hirano X
S. minutissimum Auerswald X
S. mutabile Turner X X X
S. muticum (Brébisson) Ralfs X X X X
S. novae caesare Wolle var. brasiliense Grönblad X
S. octangulare Grönblad X X X X X X X
S. paradoxum Meyen X X X X X X
S. pendulum Nygaard var. pinguiforme Croasdale X X
S. pinnatum Turner var. reductum Krieger X X X X
S. planctonicum Teiling X X
S. polymorphum Brébisson var. simplex West e West X X X
S. pseudosebaldii Wille var. pseudosebaldii X X X X
S. pseudosebaldii Wille var. planctonicum Teiling X
S. pseudotetracerum (Nordstedt) West var. curvatum X
S. quadrangulare Brébisson var. contectum (Turner) X X X X X
S. quadrangulare Brébisson var. longispinum Börgesen X X X X X
S. quadrangulare Brébisson var. prolificum Croasdale in X X X X X X
S. quadrinotatum Grönblad var. quadrinotatum X X X X X X X
28
continuação tabela 3 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
S. quadrinotaum Grönblad var. constrictum Scott e X X X S. quadrispinatum Turner var. spicatum (West e West) f. X X
S. reinschii Roy X X
S. rotula Nordstedt X X X X
S. sebaldi Reinsch X
S. setigerum Cleve var. occidentale West e West X X X
S. setigerum Cleve var. pectinatum West e West X X X X X X X
S. sexangulare (Bulnheim) Lundell var. brasiliense X
S. spiculiferum Borge X X X X X
S. stelliferum Borge var. stelliferum X X X X X X X
S. stelliferum Borge var. evolutum Thomasson X
S. subdisputatum Scott e Grönblad var. maius Scott e X
S. subnudibrachiatum West e West X X
S. subophiura Borge X X
S. tectum Borge var. ayayense Grönblad X X X X
S. teliferum Ralfs var. lagoense Wille X X X
S. teliferum Ralfs var. horridum Lütkemüller X
S. teliferum Ralfs var. longispinum Grönblad X X
S. tentaculiferum Borge X X X X X
S. tetracerum (Kützing) Ralfs var. tetracerum X X X X X
S. tetracerum (Kützing) Ralfs var. tetracerum f. trigona X
S. thienemannii Krieger var. triradiatum Scott e Prescott X X X X X
S. tohopekaligense Wolle f. minus (Turner) Scott e Prescott X X
S. tridens-neptunii West e West var. scotii Croasdale in X X X X X
S. trifidum Nordstedt var. inflexum West e West X X X X X X
S. trifidum Nordstedt var. porrectum Croasdale e Scott in X X
S. trihedrale Wolle X X X X X X
S. tryssos Scott e Grönblad X X X
S. villosum West e West var. simplicius Grönblad X
Staurastrum sp. X
Staurastrum sp. 2 X
Staurastrum sp. 3 X
Analisando a contribuição geral da riqueza de espécies nos períodos do ciclo
hidrológico, sua maior contribuição foi observada no período de enchente com 80 táxons
identificados, seguido pelos períodos de seca com 55, vazante com 53 e, por fim, o de cheia
com 31 táxons (Figura 11). Analisando a riqueza total de espécies por período do ciclo
hidrológico em cada ano deste estudo, observou-se diferença quanto ao número de espécies
registradas em cada um (Figura 12). O período de enchente foi o que apresentou os maiores
valores nos anos 2003, 2004 e 2005, enquanto que nos anos 2007 e 2009 o período de vazante
foi o que apresentou os maiores valores. No ano 2008, apenas os períodos de cheia e vazante
foram amostrados e a maior riqueza de espécies foi observada durante a vazante. Foi um fato
29
comum a todos os anos de estudo os menores valores terem sido registrados nos períodos de
cheia. Do total das espécies registradas, 40 foram restritas a um único período, 22 a dois
períodos, 17 a três períodos e 21 ocorreram em todos os períodos do estudo.
Figura 11. Número total de táxons de Staurastrum registrados por período do ciclo
hidrológico ao longo dos anos de estudo na bacia do rio Negro.
Figura 12. Número de táxons de Staurastrum registrados por período do ciclo hidrológico:
enchente (ENC), cheia (CHE), vazante (VAZ) e seca (SEC) nos anos 2003-2009 nos
ambientes da bacia do rio Negro.
30
Outros trabalhos realizados com desmídias na Amazônia também mostraram a
influência dos períodos do ciclo hidrológico sobre a riqueza de espécies. Assim, Souza et al.
(2007) identificaram para um lago no Parque Nacional do Jaú o período de enchente como o
que apresentou a maior riqueza de espécies tanto em 2002 quanto em 2003 . Os referidos
autores mencionaram que a presença de algumas espécies de macrófitas aquáticas da família
Poaceae, especialmente Oryza, abrigam uma grande riqueza de desmídias e que neste período
do ciclo hidrológico podem se desprender do substrato e passam a habitar o plâncton, o que
pode ter influenciado a maior riqueza medida neste período.
Os resultados de Melo et al. (2005) que registraram uma tendência ao padrão de
flutuação sazonal no lago Tupé, com maior riqueza de espécies nos períodos de seca e
enchente e menor nos períodos de cheia e vazante é semelhante ao que foi registrado no
presente trabalho.
RIQUEZA DE ESPÉCIES POR REGIÃO DE ESTUDO
4.1. Alto Rio Negro (ARN)
Dos oito ambientes analisados, apenas três, os rios de grande porte, apresentaram pelo
menos uma espécie de Staurastrum. O rio Branco, que foi amostrado na sua porção final
próxima ao seu deságüe no rio Negro, região de remanso e com grande colonização de
macrófitas aquáticas nas margens, foi o local com o maior número de espécies identificadas
(33), seguido pelo rio Negro com 11 e pelo rio Unini com 10 (Figura 13).
Figura 13. Número de táxons identificados por sistema estudado na região do Alto Rio Negro.
31
Uherkovich e Rai (1979) analisaram amostras de fitoplâncton do rio Negro e de alguns
de seus afluentes, entre os quais os rios Branco e Unini, coletadas em 1974. No rio Branco, os
referidos autores identicaram 22 espécies de Staurastrum, das quais S. boergesenii var.
depaupetarum, S. brachiatum, S. brebissoni var. brasiliense, S. elegantissimum var.
brasiliense f. triradiatum, S. leptacanthum var. leptacanthum, S. leptacanthum var. borgei, S.
leptocladum var. insigne, S. longipes, S. paradoxum, S. quadrinotatum, S. rotula, S. setigerum
var. occidentale e S. setigerum var. pectinatum foram novamente identificadas. No rio Negro,
das 12 espécies identificadas, 11 foram novamente identificadas, S. brachiatum, S.
elegantissimum var. brasiliense f. triradiatum, S. leptacanthum, S. longipes, S. quadrangulare
var. longispinum, S. rotula, S. setigerum var. pectinatum, S. spiniferum, S. trifidum var.
inflexum e S. ungeri foram novamente encontradas e identificadas. Já no rio Unini, das 12
espécies registradas por Uherkovich e Rai (1979) oito foram documentadas no presente
estudo, S. boergesenii var. depaupetarum, S. brachiatum, S. elegantissimum var. brasiliense,
S. longipes, S. muticum, S. quadrangulare var. longispinum, S. quadrinotatum e S. rotula. A
partir de tais resultados pode ser evidenciado um elevado grau de estabilidade destes
ambientes nos últimos 38 anos.
Uherkovich (1981) efetuou o levantamento taxonômico de alguns ambientes da região
amazônica e, dos ambientes que estudou, o rio Branco também foi presentemente amostrado.
Das três espécies registradas pelo autor acima, S. pseudosebaldii var. planctonicum e S.
setigerum var. pectinatum também foram atualmente registradas.
4.2. Parque Nacional do Jaú (PNJ)
Foram analisadas amostras de 16 ambientes distintos situados no Parque Nacional do
Jaú, dos quais em quatro (lagos Cutiuaú, Queiroz, Raimunda e rio Jaú) foram analizadas
amostras planctônicas e perifíticas) e nos demais apenas amostras planctônicas. Foram
identificados 67 táxons entre as amostras planctônicas e perifíticas. O lago Queiroz foi o que
apresentou a maior riqueza de espécies de Staurastrum (35), seguido pelo lago Grande com
30 espécies (Figura 14). Considerando apenas as amostas perifíticas coletadas nessa região
foram identificadas 33 espécies, sendo que o lago Cutiuáu e o lago Raimunda apresentaram
18 táxons cada um, enquanto o lago Queiroz apresentou 15 espécies e no igarapé Raimunda
apenas duas espécies foram identificadas. Na amostra de perifíton coletada no rio Jaú não foi
observado um exemplar sequer de representante do gênero.
32
Figura 14. Número total de táxons de Staurastrum identificados do material coletado no
Parque Nacional do Jaú, tanto nas amostras planctônicas quanto perifíticas (P).
Comparando a composição de espécies das amostras coletadas na região planctônica
com as coletadas na região perifíticas, 29 táxons foram identificadas em ambas as amostras,
enquanto 38 foram identificados em apenas um tipo de amostra, sendo 35 táxons identificados
nas amostras planctônicas e apenas três táxons foram restritos as amostras perifíticas.
Considerados os períodos do ciclo hidrológico, observou-se durante o presente estudo
variação da riqueza total de espécies. Agrupando as amostras por período independente do
local ou ano amostrado, o período de enchente foi o que apresentou a maior riqueza de
espécies com 55, o de seca com 28, o de vazante com 25 e o de cheia com a menor riqueza
apresentou 17 táxons (Figura 15).
33
Figura 15. Número de táxons de Staurastrum registrados por período do ciclo hidrológico
durante as coletas realizadas na região do Parque Nacional do Jaú.
Os resultados da Análise de Coordenadas Principais (PCoA) realizada para ordenar as
102 unidades amostrais da região PNJ a partir dos dados de 67 espécies de Staurastrum foram
sintetizados na tabela 3. Os dois primeiros eixos mantidos para interpretação explicam,
conjuntamente, 38,6% da variabilidade total dos dados com valores de p= 0,001 para os eixos
1 e 2 (Figura 16).
Tabela 4: Resultado da Análise de Coordenadas Principais (PCoA) sobre as 103 unidades
amostrais da região Parque Nacional do Jaú e os 67 táxons de Staurastrum identificados.
Autovalor
Variabilidade
(%)
Variabilidade
acumulada
(%)
p
Eixo 1 1792,5 25,24 25,24 0,001
Eixo 2 1253,5 10,09 35,33 0,111
Observa-se, de modo geral, separação entre os diferentes períodos e anos estudados,
não observa-se, no entanto separação entre os lagos analisados. No primeiro e quarto
quadrante ficaram ordenadas as amostras dos períodos de cheia, vazante e seca, no segundo e
terceiro quadrante houve um ordenamento das amostras de enchente, sendo as do segundo
34
quadrante no ano de 2004 e a do terceiro no ano de 2003. As amostras coletadas durante a
fese de cheia ficaram posicionadas apenas no lado direito do gráfico.
Figura 16: Ordenação pela análise de Coordenadas Principais (PCoA) das unidades amostrais
da região Parque Nacional do Jaú com base em 67 táxons de Staurastrum identificados nos
quatro períodos do ciclo hidrológico.
Melo et al. (2004) efetuaram o levantamento taxonômico do fitoplâncton de alguns
lagos do Parque Nacional do Jaú com base em uma coleta realizada no período de vazante, e
identificaram 11 espécies de Staurastrum, oito das quais também foram presentemente
registradas, quais sejam: S. brachiatum, S. elegantissimum var. brasiliense, S. erinacoideum,
S. leptocladum var. cornutum, S. quadrangulare var. longispinum, S. quadrangulare var.
prolificum, S. quadrinotatum e S. tridens-neptuni var. scottii.
Souza et. al. (2007) estudaram o lago Tiaracá, localizado no Parque Nacional do Jaú
durante dois anos abordando os quatro períodos do ciclo hidrológico e também identificaram
o de enchente como o que apresentou a maior riqueza de táxons, fato que, segundo os
referidos autores, está associado à fase de senescência de algumas espécies de macrófitas
aquáticas (Poaceae) que abrigam grande riqueza de desmídias e que, nesse período do ciclo
35
hidrológico, se desprendem do substrato e passam a habitar a coluna d’água. Das 13 espécies
que identificaram, S. brachiatum var. brachiatum, S. elegantissimum var. brasiliense, S.
quadrangulare var. longispinum, S. quadrangulare var. prolificum, S. quadrangulare var.
quadrangulare, S. quadrangulare var. setigerum, S. quadrinotatum, S. rotula, S. setigerum
var. pectinatum e S. tridens-neptuni var. scottii, todas foram novamente identificadas.
Melo e Souza (2009) estudaram o lago Cutiuaú ao longo de três anos e das 19 espécies
que identificaram, S. brachiatum, S. asteroideum var. asteroideum, S. denticulatum, S.
elegantissimum var. brasiliense, S. leptocladum, S. longipes, S. muticum, S. quadrangulare
var. longispinum, S. quadrangulare var. prolificum, S. quadrinotatum, S. rotula, S. sebaldii, S.
setigerum var. occidentale, S. setigerum var. pectinatum, S. tectum var. ayayense, S.
tetracerum, S. tridens-neptunii var. scotii e S. trifidum var. inflexum foram aqui novamente
registradas.
4.3. Parque Estadual do Rio Negro (PERN)
Dos seis ambientes estudados nessa região foram identificados16 táxons, sendo o lago
Manixiuau o ambiente que registrou a maior riqueza de espécies, seguido pelo igarapé Preto.
No igarapé Castanha, nenhuma espécie de Staurastrum foi identificada (Figura 17).
Figura 17. Número de táxons de Staurastrum identificados por lago estudado na região do
Parque Estadual do Rio Negro.
Apenas os períodos de cheia e vazante dessa região foram amostrados, sendo que o de
cheia apresentou seis táxons e o de vazante 14 espécie de Staurastrum (Figura 18).
36
Figura 18. Número total de táxons de Staurastrum identificados por período do ciclo
hidrológico no Parque Estadual do Rio Negro.
Os resultados da Análise de Coordenadas Principais (PCoA) realizada para ordenar as
10 unidades amostrais da região PERN a partir dos dados de 16 espécies de Staurastrum
foram sintetizados na tabela 4. Os dois primeiros eixos mantidos para interpretação explicam,
conjuntamente, 80,77% da variabilidade total dos dados com valores de p= 0,001 para o eixo
1 e p= 0,378 para o eixo 2 (Figura 19).
Tabela 5: Resultado da Análise de Coordenadas Principais (PCoA) sobre as 10 unidades
amostrais da região Parque Estadual do Rio Negro e os 16 táxons de Staurastrum
identificados.
Autovalor Variabilidade
(%)
Variabilidade
acumulada (%)
p
Eixo 1 123,79 57,4 57,4 0,001
Eixo 2 50,41 23,37 80,78 0,378
Observa-se, de modo geral, separação entre os diferentes períodos do ciclo
hidrológico. O eixo 1 foi o único significativo, separando as amostras de cheia e vazante,
sendo esse último período mais heterogêneo, observados nos quatro quadrantes e tanto no
lado esquerdo quanto no lado direito. As amostras de cheia ficaram restriras ao lado esquerdo
e segundo e terceiro quadrantes.
37
Figura 19: Ordenação pela análise de Coordenadas Principais (PCoA) das unidades amostrais
da região Parque Estadual do Rio Negro com base em 16 táxons de Staurastrum identificados.
4.4. Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Tupé (RDS- Tupé)
Neste ambiente foram identificados 51 táxons incluindo as amostras coletadas no lago
Tupé, no rio Negro e nas amostras perifíticas coletadas sobre Utricularia foliosa L. . O lago
Tupé foi o ambiente que apresentou a maior riqueza de espécies com 51, enquanto que o rio
Negro apresentou 40 e as amostras de U. foliosa 19 (Figura 20). Das espécies identificadas
nas amostras dessa região apenas uma espécie não foi identificada nas amostras planctônicas,
18 táxons foram identificadas em ambas as amostras e 32 foram restritas a região limnética.
Melo et al. (2005) realizaram coletas mensais de março de 2002 a outubro de 2003 no
lago Tupé e no rio Negro e registraram a presença de 29 táxons de Staurastrum, dos quais os
seguintes foram novamente identificados: S. asteroideum var. asteroideum, S. brachiatum var.
brachiatum, S. elegantissimum var. brasiliense, S. guentheri, S. leptacanthum var.
leptacanthum, S. leptacanthum var. borgei, S. leptocladum var. cornutum, S. longipes, S.
quadrangulare var. longispinum, S. quadrangulare var. prolificum, S. quadrinotaum, S.
setigerum var. occidentale, S. setigerum var. pectinatum, S. stelliferum, S. tentaculiferum, S.
tetracerum e S. trifidum var. inflexum.
38
Figura 20. Número total de táxons de Staurastrum identificados por local amostrado na região
da Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Tupé.
Analisando a contribuição total das espécies por período do ciclo hidrológico sem
considerar local ou ano de coleta, os períodos de enchente, vazante e seca apresentaram
riqueza de espécies aproximada com 32, 28 e 30 táxons, respectivamente, enquanto o período
de cheia apresentou apenas 18 espécies (Figura 21).
Melo et al. (2005) estudaram a variação temporal das desmídias no lago Tupé e no rio
Negro e constataram ligeira tendência a um padrão de flutuação sazonal, com a maior riqueza
de espécies documentada nos períodos de enchente e seca e o menor nos de cheia e vazante.
Figura 21. Número total de táxons de Staurastrum identificados por período do ciclo
hidrológico na Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Tupé.
39
Os resultados da Análise de Coordenadas Principais (PCoA) realizada para ordenar as
58 unidades amostrais da região RDS-Tupé a partir dos dados de 51 espécies de Staurastrum
foram sintetizados na tabela 5. Os dois primeiros eixos mantidos para interpretação explicam,
conjuntamente, 41,36% da variabilidade total dos dados com valores de p= 0,001 para os dois
primeiros eixos (Figura 22).
Tabela 6: Resultado da Análise de Coordenadas Principais (PCoA) sobre as 58 unidades
amostrais da região Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Tupé e os 51 táxons de
Staurastrum identificados.
Autovalor Variabilidade (%) Variabilidade
acumulada (%)
p
Eixo 1 687,04 24,37 24,37 0,001
Eixo 2 478,97 16,99 41,37 0,001
Na figura 22, a análise de coordenadas principais não evidencia uma separação
temporal entre as amostras por período do ciclo hidrológico, mas as amostras coletadas no
perifíton ficaram mais agrupadas entre si como observa-se destacado na figura.
Figura 22: Ordenação pela análise de Coordenadas Principais (PCoA) das unidades amostrais
da região Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Tupé com base em 51 espécies de
40
Staurastrum identificados nos quatro períodos do ciclo hidrológico.
4.5. Baixo Rio Negro (BRN)
Das amostras coletadas nesta região foram identificados 45 táxons, sendo o rio Negro
o ambiente que apresentou a maior riqueza taxonômica com 41, seguido pelo igarapé Tarumã-
Mirim com 14 e a menor riqueza foi registrada no lago Catalão, onde somente três táxons
foram identificados na única amostra coletada. Na amostra perifítica coletada na Ilha
Camaleão durante o período de enchente não foi identificada nenhuma espécie de
Staurastrum (Figura 23).
Figura 23. Número total de táxons de Staurastrum identificados por local estudado na região
do baixo rio Negro.
Analisando a influência dos períodos do ciclo hidrológico sobre a riqueza total de
espécies observou-se variação influenciada, ao que tudo indica, pelos diferentes períodos. No
caso da área do baixo rio Negro, a maior riqueza foi observada nos períodos de seca e
vazante, representada por 27 espécies de Staurastrum em cada um. O período de enchente
apresentou 17 e o de cheia nove táxons (Figura 24).
A análise de Coordenadas Principais (PCoA) que ordenou as 37 unidades amostrais da
região BRN a partir dos dados de 45 espécies de Staurastrum são apresentados na tabela 6. Os
41
dois primeiros eixos mantidos para interpretação explicam, conjuntamente, 65,22% da
variabilidade total dos dados com valores de p= 0,001 para o eixo 1 e p= 0,03 para o eixo 2
(Figura 19).
Figura 24: Número de táxons de Staurastrum identificados por período do ciclo hidrológico
na região do baixo rio Negro.
Tabela 7: Resultado da Análise de Coordenadas Principais (PCoA) sobre as 37 unidades
amostrais da região Baixo Rio Negro e os 45 táxons de Staurastrum identificados.
Autovalor Variabilidade
(%)
Variabilidade
acumulada
(%)
p
Eixo 1 1588,8 52,33 52,33 0,001
Eixo 2 391,57 12,89 65,23 0,03
A análise de coordenadas principais mostra uma separação sazonal entre as amostras
coletadas nos diferentes períodos do ciclo hidrológico. Do lado positivo do eixo 1 ordenaram-
se as amostras de vazante no primeiro quadrante e as amostras de seca no quarto quadrante,
do lado negativo do eixo as amostras de enchente e cheia. Os dois primeiros eixos foram
significativos. (Figura 25).
42
Figura 25: Ordenação pela análise de Coordenadas Principais (PCoA) das unidades amostrais
da região Baixo Rio Negro com base em 45 espécies de Staurastrum identificados nos quatro
períodos do ciclo hidrológico.
Ao analisar a morfologia dos representantes das espécies identificadas viu-se que tanto
as formas sem ornamentação, ou seja, sem processos ou espinhos, quanto as providas de tais
estruturas foram registradas nas amostras de plâncton e de perifíton, indicando que não houve
relação entre o tipo de hábitat e a morfologia dos espécimes.
Cetto et al. (2004) registraram tanto formas com processos, como as de S. disputatum
West e West, S. excavatum West e West e S. leptocladum Nordstedt, quanto forma com
espinhos, S. trifidum Nordstedt entre as espécies presentes na comunidade de algas perifíticas.
Felisberto e Rodrigues (2005) registraram as espécies S. ambiguum, S. anatinum, S. cf.
dilatatum, S. leptacanthum var. borgei, S. quadrangulare, S. sebaldi var. ornatum e S.
tetracerum nas amostras analisadas na Planície de inundação do alto rio Paraná, mostrando
que tanto os espécimes ornamentados com processos ou espinhos angulares foram
identificados em ambientes perifíticos.
Entre as espécies registradas por Algarte et al. (2006) estão algumas ornamentadas
com espinhos ou processos angulares como as que seguem: S. cf. claviferum West e West, S.
cf. hantzschii Reincsh, S. cf. micron West e West, S. cf. nudibrachiatum Borge, S. cf.
teliferum Ralfs, S. convergens (Ehrenberg) Teiling, S. leptocladum Nordstedt, S.
margaritaceum (Ehrenberg) ex Ralfs, S. quadrispinatum Turner, S. sebaldi Reinsch, S.
43
setigerum Cleve e S. trifidum Nordstedt.
O trabalho realizado por Camargo et al. (2009) também registrou a presença tanto de
espécimes sem ornamentação em S. muticum (Brebisson) Ralfs var. muticum e S. orbiculare
(Ehrenberg) Ralfs var. orbiculare, quanto de outros providos de processos ou espinhos
angulares, como os de S. inconspicuum Nordstedt var. inconspicuum f. inconspicuum, S.
leptocladum Nordstedt var. leptocladum, S. margaritaceum (Ehrenberg) Ralfs var.
margaritaceum, S. setigerum Cleve var. subvillosum Grönblad, S. tetracerum (Kützing) Ralfs
var. tetracerum f. tetracerum e S. trifidum Nordstedt var. inflexum West e West.
A curva de rarefação elaborada com o número total de espécies observado neste
estudo mostrou não haver estabilização horizontal, sugerindo a existência de espécies de
Staurastrum que não foram amostradas ao longo da bacia do rio Negro. Contudo, pode-se
observar a tendência à formação de uma assíntota com maior acúmulo no número de espécies
(Figura 26). Através do estimador de riqueza de espécies Chao 2, observa-se que esse estudo
permitiu elevado registro de táxons, no qual o número total de espécies de Staurastrum
registradas para a região da bacia do Rio Negro correspondeu a 83% de um total de um total
de 118 espécies que era esperado.
Figura 26: Curva de rarefação obtida com a média do número de espécies por unidade
amostral analisada da bacia do rio Negro.
44
Parte taxonômica
Staurastrum Meyen 1829 ex Ralfs 1848.
O gênero Staurastrum, com cerca de 800 espécies, é caracterizado pela grande
variedade de formas e tamanhos. Seus representantes apresentam, em geral, simetria radial,
embora haja uns poucos com simetria bilateral, porém, todos dotados de uma constrição
mediana que pode variar desde rasa até bastante profunda e desde aberta até fechada. O
formato das semicélulas também é bastante variável, incluindo circular, elíptico, triangular,
trapeziforme, campanular, etc. Os ângulos podem ou não apresentar prolongamentos e estes
podem ser espinhos e processos lisos ou decorados. Os processos podem ser, de acordo com a
espécie, bastante variáveis. Algumas formas apresentam processos lisos outras serreados,
curtos ou longos e em diferentes orientações, ou seja, horizontais, convergentes ou
divergentes. As extremidades desses processos também podem ser 2-furcadas ou decoradas
com diminutos dentículos. A parede celular pode lisa, pontuada ou decorada com grânulos,
verrugas ou espinhos com tamanho e distribuição variáveis.
A vista vertical das semicélulas pode ser desde 2-radiada até 11-radiada, sendo as
formas 3-5-radiadas as mais comuns. Podem apresentar ornamentação marginal, intramarginal
e/ou cobrindo toda ou quase toda a face das semicélulas. No último caso, a ornamentação
pode estar distribuída de forma regular ou irregular na parede celular. Outra característica de
algumas espécies são os processos acessórios. As margens entre os ângulos variam entre retas,
côncavas ou convexas, com ornamentação marginal e/ou intramarginal simples ou 2-furcada.
Algumas espécies apresentam as ornamentações angulares, seja processo ou espinho,
organizadas em dois níveis em vez de um em cada semicélula. Essa ornamentação pode
apresentar tamanho variável em um mesmo ângulo e, neste caso, a inferior possui tamanho
geralmente maior do que a superior.
O gênero está representado na área estudada por 99 táxons entre espécies, variedades
e formas taxonômicas, os quais podem identificados conforme a chave abaixo:
45
1. Ângulos celulares prolongados em espinhos ou processos .............................................. 2
1. Ângulos celulares não prolongados em espinhos ou processos...................................... 98
2. Ângulos prolongados em espinhos ................................................................................... 3
2. Ângulos prolongados em processos ................................................................................ 30
3. Vista vertical 4 ou mais angular........................................................................................ 4
3. Vista vertical 2-3-angular ................................... ............................................................. 9
4. Base dos espinhos decorada .............................................................................................. 5
4. Base dos espinhos não decorada ....................................................................................... 7
5. Base dos espinhos mamilada....................................................... S. binum var. inaequale
5. Base dos espinhos com dentículos .................................................................................. 6
6. Ângulos prolongados em 1 espinho ............................................................ S. spiculiferum
6. Ângulos prolongados em 1 par de espinhos ........................ S. tridens-neptunii var. scottii
7. Semicélula oval............................................................ S. novae-caesare var. brasiliense
7. Semicélula retangular ................................................................................................... 8
8. Margem lateral com 1 espinho ....................................... S. quadrangulare var. prolificum
8. Margem lateral com 1 par de espinhos.................... S. quadrangulare var. quadrangulare
9. Margem apical reta ou côncava...................................................................................... 10
9. Margem apical convexa.................................................................................................. 15
10. Espinhos angulares simples ...................................... S. quadrangulare var. longispinun
10. Espinhos angulares 2-furcados ..................................................................................... 11
11. Semicélula de formato retangular................................ S. quadrangulare var. contectum
11. Semicélula de formato não retangular ......................................................................... 12
12. Semicélula campanular ..................................................................................... S. ensiferum
12. Semicélula não campanular .............................................................................................. 13
13. Espinho angular superior ligeiramente mais curto que inferior S. botanense var.
botanense
13. Espinhos angulares de tamanho similares ...................... S. longispinun var. bidentatum
14. Espinhos angulares convergentes................................................... S. trifidum var. inflexum
14. Espinhos angulares divergentes ........................................................................................ 15
15. Espinhos angulares e da parede celular de mesmo desenvolvimento ......................... 16
15. Espinhos angulares mais desenvolvidos ..................................................................... 23
16. Vista vertical com espinhos restritos aos ângulos ......................... S. hystrix var. floridense
16. Vista vertical com espinhos distribuídos pela parede celular .......................................... 17
17. Vista vertical oval ................................................................. S. teliferum var. lagoensis
46
17. Vista vertical 3-angular ............................................................................................... 18
18. Margem basal reta ........................................................................................ S. denticulatum
18. Margem basal convexa ...................................................................................................... 19
19. Semicélula com formato transversalmente elíptico .................................................... 20
19. Semicélula com formato ovóide comprimido ............................................................. 22
20. Espinhos curvos nos ângulos ................................................. S. brebissoni var. brasiliense
20. Espinhos retos nos ângulos ............................................................................................... 21
21. Margem entre os ângulos reta ............................................................... S. erinacoideum
21. Margem entre os ângulos convexa ................................... S. setigerum var. occidentale
22. Vista vertical com espinhos distribuídos mais regularmente .............................. S. hirsutum
22. Vista vertical com espinhos distribuídos irregularmente ............ S. villosum var. simplicius
23. Três espinhos angulares mais desenvolvidos ................... S. teliferum var. longispinum
23. Até 2 espinhos angulares mais desenvolvidos ............................................................ 24
24. Espinhos 2-furcados nos ângulos ........................................................................ S. reinschii
24. Espinhos simples nos ângulos ........................................................................................... 24
25. Face da semicélula com 2 fileiras de espinhos ........................................................... 26
25. Face da semicélula sem 2 fileiras de espinhos ............................................................ 27
26. Semicélula com formato elíptico ..................................................................... S. geminatum
26. Semicélula com formato campanular.............................................................. S. dispergens
27. Único espinho angular divergente..................................................................... S. ungeri
27. Dois espinhos angulares divergentes .......................................................................... 28
28. Espinho angular superior maior que o inferior .......................................... S. tentaculiferum
28. Espinho angular de mesmo tamanho .............................................................................. 29
29. Ângulo da vista vertical agudo........................................... S. setigerum var. pectinatum
29. Ângulo da vista vertical arredondado..................................... S. teliferum var. horridum
30. Prolongamentos angulares lisos ........................................................................................ 31
30. Prolongamentos angulares serreados ................................................................................ 52
31. Processos com extremidade arredondada.............................................. S. minutissimum
31. Processos com extremidade denticulada ..................................................................... 32
32. Vista vertical com processos acessórios ........................................................................... 33
32. Vista vertical sem processos acessórios ............................................................................ 38
33. Um processo em cada ângulo ....................................................................................... 34
33. Dois processos em cada ângulo ................................................................................... 36
34. Margem basal da semicélula com 1 espinho ................................................ S. forficulatum
47
34. Margem basal da semicélula lisa ..................................................................................... 35
35. Semicélula de formato obovóide .......................................... S. tohopekaligense f. minus
35. Semicélula de formato transversalmente elíptico ................... S. furcatum var. furcatum
36. Vista vertical 8-angular .................................................................................. S. octangulare
36. Vista vertical 3-angular...................................................................................................... 37
37. Base da semicélula com 1 espinho.............S. quadrispinatum var. spicatum f. furcatum
37. Base da semicélula sem espinho ............................................................. S. gemeliparum
38. Dois dentículos na extremidade ........................................................................................ 39
38. Três ou mais dentículos na extremidade ........................................................................... 42
39. Margem apical com espinhos marginais ..................................................................... 40
39. Margem apical lisa ..................................................................................................... 41
40. Vista vertical 2-angular............................................... S. chaetopus var. chaetopus f. minor
40. Vista vertical 7-angular .............................................................. S. boergesenii var. elegans
41. Base dos processos mamilada .................................................. S. laeve var latidivergens
41. Base dos processos lisa.................................................................................... S. diptilum
42. Margem apical ornamentada............................................ S. boergesenii var. depauperatum
42. Margem apical lisa ............................................................................................................ 43
43. Base dos processos com dentículos ............................................................................. 44
43. Base dos processos sem dentículos .............................................................................. 46
44. Vista vertical 3-angular...................................................... S. thienemannii var. triradiatum
44. Vista vertical 4-angular ..................................................................................................... 45
45. Região istmial com espinho............................................. .. S. stelliferum var. stelliferum
45. Região istmial lisa.............................................................. S. stellieferum var. evolutum
46. Margem apical convexa .................................................................................................... 47
46. Margem apical côncava .................................................................................................... 48
47. Seno mediano agudo ..................................................................................... S. hagmanii
47. Seno mediano arredondado ........................................................... S. subnudibrachiatum
48. Seno mediano arredondado ............................................................................ S. brachiatum
48. Seno mediano agudo ......................................................................................................... 49
49. Células com presença de mucilagem................................... S. brachiatum var. gracilius
49. Células sem presença de mucilagem ............................................................................. 50
50. Células até 50-72 µm comprimento ....................................................................... S. tryssos
50. Células até 44 µm de comprimento ................................................................................... 51
51. Vista vertical com margem entre os processos reta................ S. trifidum var. porrectum
48
51. Vista vertical com margem entre os processos côncava.............................. S. glaphyrum
52. Processos angulares retos ou convergentes ....................................................................... 53
52. Processos angulares nem retos nem convergentes ............................................................ 69
53. Região istmial com fileira de espinho .......................................................................... 54
53. Região istmial sem fileira de espinho .......................................................................... 59
54. Base da semicélula inflada ..................................................... S. leptocladum var. cornutum
54. Base da semicélula não inflada ......................................................................................... 55
55. Margem apical lisa .............................................................................. S. margaritaceum
55. Margem apical com verrugas marginais ...................................................................... 56
56. Vista vertical com espinhos simples marginais................S. elegantissimum var. brasiliense
56. Vista vertical com espinhos 2-furcados marginais............................................................ 57
57. Vista vertical 6-angular................................................................................. S. mutabile
57. Vista vertical 3-angular ................................................................................................ 58
58. Semicélula de formato obtrapeziforme..... S. elegantissimum var. brasiliense f. triradiatum
58. Semicélula de formato campanular ............................................................ S. pseudosebaldi
59. Processos retos ............................................................................................................. 60
59. Processos convergentes ................................................................................................ 65
60. Seno mediano arredondado...................................................................................... S. rotula
60. Seno mediano agudo.......................................................................................................... 61
61. Vista vertical com verrugas marginais 2-furcadas........................................................ 62
61. Vista vertical com verrugas marginais simples ............................................................ 63
62. Vista vertical 5-angular ............................................................... S. pinnatum var. reductum
62. Vista vertical 3-angular ........................................................ S. bicoronatum var. simplicius
63. Margem entre os processos angulares côncava ............................................................. 64
63. Margem entre os processos angulares reta............................. S. micron var. unidentatum
64. Processos fletidos...................................................................................... .Staurastrum sp.
64. Processos retos ................................................................................................... S. dentatum
65. Parede celular decorada com espinhos................................. S. subdisputatum var. maius
65. Parede celular não decorada com espinhos .................................................................. 66
66. Vista vertical com margem reta entre os processos angulares........................ S. haaboliense
66. Vista vertical com margem côncava entre os processos angulares.................................... 67
67. Margem apical com verrugas marginais 2-furcadas................................... S. subophiura
67. Margem apical com verrugas marginais simples.......................................................... 68
68. Vista vertical com verrugas 2-furcadas intramarginais................................... S. crenulatum
49
68. Vista vertical com verrugas simples intramarginais .............................................. S. sebaldi
69. Células com 2 processos por ângulo......................................................... S. sexangulare
69. Células com apenas 1 processo por ângulo................................................................... 70
70. Vista vertical até 2-angular ............................................................................................... 71
70. Vista vertical 3 ou mais angular ........................................................................................ 78
71. Margem apical côncava ................................................................................................ 72
71. Margem apical convexa ................................................................................................ 73
72. Base dos processos lisa .................................................................................... S. tetracerum
72. Base dos processos com 1 espinho ............................................................... S. exporrectum
73. Vista vertical com verrugas 2-furcadas marginais ........................................................ 74
73. Vista vertical com verrugas simples marginais ..............................................................75
74. Semicélula poculiforme ................................................................... S. tectum var. ayayense
74. Semicélula trapeziforme ................................................................................ S. chaetoceras
75. Região istmial com fileira de espinhos ......................................................... S. guentheri
75. Região istmial sem espinhos ........................................................................................ 76
76. Margem apical com verrugas intramarginais............................. S. leptocladum var. insigne
76. Margem apical sem verrugas intramarginais.................................................................... 77
77. Formato da semicélula triangular .......................................................... S. quadrinotatum
77. Semicélula campanular .................................................S. quadrinotaum var. constrictum
78. Vista vertical com processos fletidos ......................... S. pseudotetracerum var. curvatum
78. Vista vertical com processos retos .................................................................................... 79
79.Região istmial com fileira de espinhos .......................................................................... 80
79. Região istmial sem fileira de espinhos .......................................................................... 84
80. Margem apical com espinhos 2-furcados .......................................................................... 81
80. Margem apical com espinhos simples ou ausentes ........................................................... 82
81. Vista vertical com verrugas 2-furcadas marginais... S. pseudosebaldi var. planctonicum
81. Vista vertical sem verrugas marginais ......................................................... S. manfeldtii
82. Margem apical côncava ..................................................... S. capitulum var. tumidiusculum
82. Margem apical ligeiramente convexa ........................................................... ................... 83
83. Vista vertical 4-angular .......................................................... S. coronulatum var. minus
83. Vista vertical 5-angular .............................................. S. asteroideum var. asteroideum
84. Presença de grânulos nos processos .................................................................................. 85
84. Ausência de grânulos nos processos ................................................................................. 86
85. Semicélula cuneiforme............................................................ S. disputatum var. sinense
50
85. Semicélula obtrapeziforme ..................................................... S. tetracerum var. trigona
86. Vista vertical com processos em 2 níveis ............................... S. leptacanthum var. borgei
86. Vista vertical com processos em 1 nível ........................................................................... 87
87. Região central da vista vertical com 1 círculo de 12 verrugas 2-furcadas ......... S. fitkaui
87. Região central da vista vertical sem 1 círculo de 12 verrugas 2-furcadas................... 88
88. Presença de ornamentações intramarginais na vista vertical........................................... 89
88. Ausência de ornamentações intramarginais em vista vertical.......................................... 91
89. Vista vertical 3-angular..................................................................................................90
89. Vista vertical 5-angular ............................................................. S. arachne var. curvatum
90. Margem da vista vertical decorada com ornamentações bifurcadas.................... S. longipes
90. Margem da vista vertical decorada com ornamentações simples..............................S. sp.3
91. Semicélula de formato circular............................................................... S. leptacanthum
91. Semicélula de formato não circular............................................................................... 92
92. Margem basal reta.............................................................................................................. 93
92. Margem basal convexa....................................................................................................... 94
93. Semicélula de formato poculiforme................................................................... S. sp.2
93. Semicélula de formato obtrapeziforme......................................... S. micron var. micron
94. Margem apical com verrugas 2-furcadas marginais.................................... S. planctonicum
94. Margem apical lisa ............................................................................................................ 95
95. Seno mediano arredondado ................................................................... S. inconspicuum
95. Seno mediano agudo.................................................................................................... 96
96. Semicélula 4-angular................................................................S. polymorphum var. simplex
96. Semicélula 3-angular ......................................................................................................... 97
97. Presença de verrugas marginais 2-furcadas......................S. pendulum var. pinguiforme
97. Ausência de verrugas marginais................................................................ S. paradoxum
98. Seno mediano aberto ........................................................................................... S. muticum
98. Seno mediano fechado ...................................................................................... S. trihedrale
S. arachne Ralfs var. curvatum West e West
Linnean Society Journal of Botany 35: 549, pl. 18, fig. 9. 1903.
(Figuras 207-208)
Células 1,1- 1,9 vez mais larga que longa. Semicélula amplamente campanulada;
constrição mediana profunda, seno mediano amplamente aberto, istmo estreito, ângulos
prolongados em processos alongados, divergentes, serreados, margem apical reta ou
51
ligeiramente convexa e verrucosa. Vista vertical 5-angular, com verrugas intramarginais e
submarginais, processos em um único nível sendo os de uma semicélula alternados com os da
outra.
Medidas: Comprimento com processos: 26-40 µm, sem processos 18-22 µm.
Largura com processos 46-50 µm, sem processos 10-14 µm. Istmo 4- 6 µm larg.
Distribuição geográfica na Amazônia:
EM LITERATURA: Pará: Área Santarém (Grönblad 1945).
MATERIAL ESTUDADO: INPA 237954: Lago Ilha Camaleão, 06/10/2009, fitoplâncton;
Estação 1; INPA 238018: Rio Branco, 12/03/2005, fitoplâncton; Estação 2; INPA 238028:
Rio Negro, 06/10/2009, fitoplâncton; Estação 2; INPA 238032: Rio Negro, 02/12/2009,
fitoplâncton; Estação 3; INPA 238037: Rio Negro, 02/12/2009, fitoplâncton; Estação 4;
INPA 238038: Rio Negro, 06/10/2009, fitoplâncton; Estação INPA 238042: Rio Negro,
02/12/2009, fitoplâncton; Estação 5.; INPA 238043: Rio Negro, 06/10/2009, fitoplâncton;
Estação 5; INPA 239841: Lago Ilha Camaleão, 18/02/2009, fitoplâncton; Estação 1.
Comentários: Staurastrum arachne Ralfs var. curvatum West e West foi descrito por
West e West (1903) e difere da variedade típica da espécie pela orientação divergente dos
processos angulares. As medidas fornecidas pelos respectivos autores são equivalentes às aqui
apresentadas (C = 30 µm, L = 57-70 µm, Ls = 18 µm I = 9 µm). A ilustração constante em
West e West (1903) mostra a vista apical 4-angular, porém, os autores comentaram a
possibilidade de ocorrerem células 5-angulares, como aquelas que atualmente identificamos.
Grönblad (1945) não apresentou ilustração do material desta variedade que
identificou, mas referiu suas medidas que se aproximam das registradas no presente estudo
(Cs = 23 µm, L = 47 µm, I = 7,6 µm).
S. asteroideum West e West var. asteroideum
Transactions of the Linnean Society, London: série Botânica 2(5): 202, pl. 17, fig. 5. 1896.
(Figuras 181-182)
Células tão longa quanto largas ou até 1,3 vez mais larga que longa. Semicélula
campanulada, constrição mediana rasa, seno mediano aberto, margem basal convexa, região
do istmo com 1 fileira de espinhos, margem apical convexa, verrugas marginais, ângulos
apicais prolongados em processos curtos, serreados, divergentes, extremidades denticuladas.
Vista vertical 5-angular, margens amplamente côncavas entre os processos, espinhos
marginais.
52
Medidas: Comprimento com processos: 14-22 µm, sem processos 12-18 µm.
Largura com processos 18-30 µm, sem processos 10-12,5 µm. Istmo 4-7,5 µm larg.
Distribuição geográfica na Amazônia:
EM LITERATURA: Amazonas : cachoeira 40 ilhas (Gomes et al. 2002); lago Tupé
(Melo et al. 2005); lago Cutiuaú (Melo e Souza 2009); Pará: Área Santarém (Grönblad
1945); Roraima: cachoeira Travessão (Gomes et al. 2002)
MATERIAL ESTUDADO: INPA 222734: Lago Cutiuaú, 21/03/2003, fitoplâncton;
Estação 1; INPA 222741: Lago Cutiuaú, 21/03/2003, fitoplâncton; Estação 8; INPA 237883:
Igarapé Cutiuaú, 22/03/2003, fitoplâncton; Estação 3; INPA 237884: Igarapé
Cutiuaú,09/02/2004, fitoplâncton; Estação 2; INPA 237928: Lago Cutiuaú , 21/06/2003,
perifíton; Estação 2; INPA 237929: Lago Cutiuaú , 22/06/2003, perifíton; Estação 3; INPA
237930: Lago Cutiuaú , 21/03/2003, perifíton; Estação 3; INPA 237931: Lago Cutiuaú ,
21/03/2003, perifíton; Estação 4; INPA 237935: Lago Grande, 29/03/2007, fitoplâncton;
Estação 1; INPA 237943: Lago Tupé, 13/04/2003, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237944:
Lago Grande, 11/02/2004, fitoplâncton; Estação 2; INPA 237948: Lago Grande, 11/02/2004,
fitoplâncton; Estação 2; INPA 237960: Lago Miratucu, 12/02/2004, fitoplâncton; Estação 1;
INPA 237962: Lago Miratucu, 12/02/2004, fitoplâncton; Estação 2; INPA 237964: Lago
Patauá, 12/02/2004, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237974: Lago Queiroz, 12/02/2004,
fitoplâncton; Estação 1; INPA 237979: Lago Raimunda, 10/02/2004, fitoplâncton; Estação 1;
INPA 237982: Lago Raimunda, 13/11/2003, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237984: Lago
Raimunda, 10/02/2004, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237988: Lago Tiaracá, 22/11/2006,
fitoplâncton; Estação 1; INPA 238002: Lago Tupé, 19/06/2008, fitoplâncton; Estação 12;
INPA 238013: Lago Volta, 11/02/2004, fitoplâncton; Estação 1; INPA 238017: Rio Branco,
12/03/2005, fitoplâncton; Estação 1; INPA 238018: Rio Branco, 12/03/2005, fitoplâncton;
Estação 2; INPA 238045: Rio Negro, 18/02/2009, fitoplâncton; Estação 5; INPA 238049:
Rio Negro, 06/03/2005, fitoplâncton; Estação 8; INPA 238050: Rio Negro, 07/03/2005,
fitoplâncton; Estação 9; INPA 238054: Rio Unini, 13/03/2005, fitoplâncton; Estação 3; INPA
239806: Lago Tupé, 13/12/2003, fitoplâncton; Estação 10; INPA 239821: Lago Tupé,
25/01/2004, fitoplâncton; Estação 12; INPA 239837: Lago Tiaracá, 10/02/2004, fitoplâncton;
Estação 1.
Comentários: Staurastrum asteroideum West e West foi descrito a partir de material
coletado na América do Norte. No ato da proposta da espécie, os autores apresentaram limites
métricos semelhantes aos aqui apresentados (C = 19-24 µm; Cs = 15-16,5 µm; L = 25-27 µm;
Ls = 8,5-10,5 µm; I = 5,5 µm). A ilustração então fornecida apresenta igual número de
53
processos angulares, diferindo apenas quanto a presença de espinhos na região do istmo.
Prescott et al. (1982) ilustraram a espécie com espinhos supra-istmiais, semelhantes aos
atualmente registrados.
Todos os trabalhos que mencionaram a ocorrência da espécie na Amazônia apenas a
citaram, sem fornecer descrição e/ou ilustração dos materiais identificados.
S. bicoronatum Johnson var. simplicius West e West
Transactions of the Linnean Society, London: série Botânica 5(5): 264, pl. 17, fig. 6. 1896.
(Figuras 198-199)
Célula 1,4- 1,8 vez mais larga que longa. Semicélula obtrapeziforme, constrição
mediana rasa, seno mediano aberto, margem basal convexa, margem apical ligeiramente
convexa, ângulos apicais prolongados em processos serreados, retos, extremidade denticulada.
Vista vertical 3-angular, margens entre os processos côncavas, 2 pares de espinhos bífidos na
base dos processos, disposição dos processos de uma semicélulas iguais aos da outra.
Medidas: Comprimento com processos: 16- 18 µm. Largura com processos 26- 30
µm, sem processos 8- 11µm. Istmo 3- 4 µm larg.
Distribuição geográfica na Amazônia:
EM LITERATURA: primeira citação de ocorrência para a Amazônia.
MATERIAL ESTUDADO: INPA 237931: Lago Cutiuaú , 21/03/2003, perifíton;
Estação 4
Comentários: Staurastrum bicoronatum Johnson var. simplicius West e West foi
proposto por West e West (1896) a partir de material oriundo da América do Norte. Difere da
variedade típica da espécie pela presença de dois espinhos bífidos na base de cada processo.
As medidas em West e West (1896) são próximas às ora apresentadas (C = 14,5 µm; L = 32-
34,5 µm; Ls = 9,5 µm; I = 6 µm).
S. binum Borge var. inaequale Grönblad e Croasdale
Acta Botanica Fennica 69: 50, fig. 190. 1965.
(Figuras 89-90)
Células tão longa quanto largas ou até 1,1 vez mais larga que longa. Semicélula
elíptica, constrição mediana rasa, seno mediano aberto, margem basal amplamente convexa,
margem apical ligeiramente convexa, 1 par de espinhos divergentes na região superior da
54
semicélula, espinhos mais curtos acima do istmo. Vista vertical 6-angular, margens retas entre
os espinhos, base dos espinhos mamilada.
Medidas: Comprimento com espinhos 56- 64 µm, sem espinhos 30- 36 µm.
Largura com espinhos 60- 74 µm, sem espinhos 22- 26 µm. Istmo 12- 13 µm larg.
Distribuição geográfica na Amazônia:
EM LITERATURA : Pará: rio Arapiuns (Scott et al.1965); Nhamundá-Terra Santa
(Thomasson 1977).
MATERIAL ESTUDADO: INPA 238046: Rio Negro, 04/03/2005, fitoplâncton;
Estação 5.
Comentários: a variedade foi descrita por Scott et al. (1965) a partir de material
coletado no rio Arapiuns, no Estado do Pará. De acordo com os autores que descreveram
originalmente a variedade, a característica que a separa da típica da espécie é a diferença de
comprimento dos espinhos situados nas regiões superior e inferior da semicélula, sendo os da
região superior maiores e mais espessos do que os da região inferior.
Os limites métricos fornecidos por Scott et al. (1965) são pouco inferiores às
registrada em Scott et al. (1965: C = 65 µm, Cs = 37 µm, L = 66 µm, Ls = 33 µm, I = 23 µm
larg.). Difere do que é apresentado pelos autores pelo número de ângulos que em nosso
trabalho é 6-angular, enquanto na obra original 5-angular.
Thomasson (1977) não incluiu ilustração do material que identificou desta variedade.
Só referiu as medidas (C = 92 µm; Cs = 48 µm; L = 80 µm; Ls = 28 µm) e comentou a
presença de sete longos espinhos tanto no nível superior quanto na região do istmo, no que
também difere da descrição original da variedade.
S. boergesenii Raciborski var. depaupetarum Grönblad
Acta Societatis Scientiarum Fennicae: série B, 2(6): 24; fig. 194-195. 1945.
(Figuras 111- 115)
Células 1,1- 1,2 vez mais larga que longa. Semicélula elíptica, seno mediano aberto,
margem basal ligeiramente convexa, dentículos logo acima do istmo, margem apical
ornamentada, reta ou ligeiramente convexa, ângulos prolongados em processos lisos,
divergentes, extremidade denticulada. Vista vertical 4-5-angular, margens convexas,
processos de uma semicélula alternados com os da outra.
Medidas: Comprimento com processos 36-50 µm, sem processos 16-20 µm.
Largura com processos 41-58 µm, sem processos 12-16 µm. Istmo 8-10 µm larg.
55
Distribuição geográfica na Amazônia:
EM LITERATURA : Amazonas: rio Unini (Uherkovich e Rai 1979); lago São
Sebastião (Martins 1986); Pará: Área Santarém (Grönblad 1945; Förster 1969); igarapé Assu
(Scott et al. 1965); lago Maicá (Thomasson 1971); rio Tapajós (Uherkovich 1976);
MATERIAL ESTUDADO : INPA 237925: Lago Cutiuaú , 21/03/2003, perifíton;
Estação 2; INPA 237979: Lago Raimunda, 10/02/2004, fitoplâncton; Estação 1; INPA
237984: Lago Raimunda, 10/02/2004, fitoplâncton; Estação 1; INPA 238013: Lago Volta,
11/02/2004, fitoplâncton; Estação 1; INPA 239838: Lago Tiaracá, 10/02/2004, fitoplâncton;
Estação 2.
Comentários: esta variedade foi descrita por Grönblad (1945) após estudar material
proveniente do Estado do Pará e difere da típica da espécie pela presença de espinhos simples
e muito pequenos na região do istmo e na margem apical. As medidas celulares nesse trabalho
(C = 53-61 µm, Cs = 36-40 µm, L = 95 µm, Ls = 30 µm, I = 19-21 µm) aproximam-se das
atualmente registradas. Quanto as características morfológicas, ambos materiais apresentam
diminutos espinhos na região acima do istmo e na margem apical.
Förster (1969) registrou a presença desta variedade na região de Santarém e a
ilustração fornecida não mostra os espinhos na região do istmo, apenas os localizados na
região apical de cada semicélula. As medidas em Förster (1969: C = 50-74 µm, Cs = 33-36
µm, L = 69-101 µm, Ls = 24-30 µm, I = 18-20,5 µm) são, entretanto, maiores do que as dos
presentes materiais.
O exemplar ilustrado em Scott et al. (1965) é distinto daquele em Grönblad (1945),
que afirmou que a espécie concorda, através de sua variedade-tipo, com a presente var.
depaupetarum Grönblad por apresentar a região do istmo lisa, entretanto, seria diferente pelos
espinhos bifurcados situados na região apical das semicélulas.
Thomasson (1971) forneceu duas ilustrações dessa espécie, nas quais se observam os
espinhos simples na região apical das semicélulas, mas não na região do istmo. O referido
autor não forneceu medidas do material que identificou.
Martins (1986) registrou a presença da espécie em um lago amazônico e comentou a
existência de variação morfológica na ornamentação, que foi reduzida a pequenas verrugas ou
dentículos e que os processos basais, localizados acima do istmo, foram reduzidos a
dentículos ou estiveram ausentes. Também registrou o encontro de um indivíduo com as
verrugas apicais morfologicamente reduzidas em uma semicélula e ausentes na outra. As
medidas registradas por Martins (1986: C = 51-62 µm, Cs = 34-40 µm, L = 76-85 µm, Ls =
25-30 µm, I = 17-21 µm) são equivalentes àquelas ora documentadas.
56
Foram identificados indivíduos com quatro processos por semicélula e um indivíduo
com cinco em uma semicélula e quatro na outra.
S. boergesenii Raciborski var. elegans Borge
Arkiv för Botanik 19(17): 40, pl. 5, fig. 12. 1925.
(Figuras 117-118)
Células tão longa quanto largas ou até 1,2 vez mais larga que longa. Semicélula
poculiforme, seno mediano aberto, acutangular, margem apical convexa, espinhos marginais
2-furcados, ângulos prolongados em processos lisos, robustos, divergentes, 2 dentículos
grandes na extremidade, região do istmo com fileira de espinhos simples. Vista vertical 7-
angular, margens côncavas, lisas entre os processos, 6 espinhos 2-furcados na região mediana,
disposição dos processos de uma semicélula equivalentes aos da outra semicélula.
Medidas: Comprimento com processos 64- 80 µm sem processos 35- 42 µm.
Largura com processos 74- 80 µm, sem processos 29- 52 µm. Istmo 22- 24 µm larg.
Distribuição geográfica na Amazônia:
EM LITERATURA : Amapá: lago Novo (Souza e Melo 2011); Amazonas: rio
Mapiri (Uherkovich 1981); Pará: rio Arapiuns (Scott et al. 1965); Área Santarém (Förster
1969); rio Maués-Assu, igarapé Laguinho, rio Madeira (Förster 1974); rio Tapajós
(Uherkovich 1976); Nhamundá-Terra Santa (Thomasson 1977).
MATERIAL ESTUDADO: INPA 238003: Lago Tupé, INPA 23/09/2008,
fitoplâncton; Estação 12.
Comentários: Staurastrum boergesenii Raciborski var. elegans Borge foi proposto
por Börge (1925) e em sua descrição original o autor colocou como característica diagnóstica
a presença de espinhos bifurcados na região do istmo, no que os indivíduos ora identificados
diferem por apresentar espinhos simples. Além disso, os limites métricos originais (Cs = 50-
53 µm, L = 100-120 µm, Ls = 36 µm, I = 23 µm larg.) são próximos daqueles ora
documentados.
Förster (1974) documentou indivíduos com medidas semelhantes (C = 62-80 µm, Cs =
43-47 µm, L = 92-118 µm, Ls = 30-35 µm, I = 22-24 µm) às de Borge (1925). Quanto as
características morfológicas também se verifica variação nos espinhos da região do istmo, que
ora se apresentaram bifurcados, ora simples; além disso, também se observa variação no
número de processos por semicélula, com exemplares com seis processos por semicélula ao
lado de outros com sete.
57
Thomasson (1977) e Uherkovich (1976; 1981) apresentaram apenas listas das espécies
identificadas.
Souza e Melo (2011) identificaram a referida var. elegans Borge depois de estudar
material coletado no Estado do Amapá e apresentaram medidas próximas das atualmente
registradas (C = 76-123 µm; Cs = 38-60 µm, L = 89-153 µm; Ls = 28-43 µm; I = 18-33 µm).
No que diz respeito, entretanto, à ilustração fornecida pelos referidos autores, apenas a vista
frontal (taxonômica) da célula é apresentada, a qual difere da atual apenas nos espinhos
bífidos na região acima de istmo.
S. botanense Playfair var. botanense
Proceeding of the Linnean Society of New South Wales 32(1): 191, pl. 4, fig. 19. 1907.
(Figuras 69- 72)
Células tão longa quanto largas ou até 1,2 vez mais larga que longa. Semicélula
subtriangular, seno mediano aberto, constrição mediana profunda, margem basal ligeiramente
convexa, margem apical lisa, côncava, ângulos prolongados em 1 par de espinhos
sobrepostos, sendo o espinho angular superior ligeiramente mais curto que o inferior. Vista
vertical 3-angular, margens lisas, côncavas, pólos acuminados.
Medidas: Comprimento com espinhos 25- 26 µm sem espinhos 18- 20 µm.
Largura com espinhos 24- 31 µm, sem espinhos 17- 18 µm. Istmo 6- 8 µm larg.
Distribuição geográfica na Amazônia:
EM LITERATURA : Pará: Área Santarém (Grönblad 1945).
MATERIAL ESTUDADO : INPA 237939: Lago Grande, 12/11/2003, fitoplâncton;
Estação 1; INPA 237976: Lago Queiroz, 14/11/2003, fitoplâncton; Estação 1; INPA 238003:
Lago Tupé, 23/09/2008, fitoplâncton; Estação 12.
Comentários: Playflair descreveu a espécie a partir de material coletado na Austrália
e forneceu medidas (C = 30 µm, L = 30 µm) um pouco superiores às atuais registradas. A
ilustração que incluiu em seu trabalho é idêntica às presentes da Amazônia.
Segundo o mesmo autor, S. botanense Playfair lembra, morfologicamente, S.
tridentulum Playfair, com limites métricos semelhantes aos presentemente registrados (C = 24
µm, Ls = 30 µm), porém, morfologicamente S. tridentulum Playfair apresenta espinhos
sobrepostos, dos quais o posicionado mais abaixo bífido e não simples como em S. botanense.
Os limites métricos fornecidos por Grönblad (1945: C = 38 µm, Cs = 28 µm, L = 37
µm, Ls = 25 µm, I = 10 µm) são pouco superiores aos apresentados nesse estudo, fato este
58
comentado pelo referido autor, que ainda citou que o exemplar por ele avaliado apresentou
espinhos proporcionalmente mais longos e divergentes.
S. brachiatum Ralfs var. brachiatum
British Desmidiaceae. 131, pl. 23, fig. 9. 1848.
(Figuras 107-108)
Células tão longa quanto largas ou até 1,3 vez mais largas que longas. Semicélula
trapeziforme, seno mediano amplamente aberto, arredondado, margem apical côncava,
margem lateral reta ou ligeiramente côncava, parede celular lisa, processos subcilíndricos,
divergentes, lisos nos ângulos, terminando em 3 dentículos na extremidade. Vista vertical 4-
angular, margem côncava, processos de 1 semicélula alternados com os da outra.
Medidas: Comprimento com processos 20-38 µm, sem processos 10-21 µm.
Largura com processos 20-48 µm, sem processos 12-21 µm. Istmo 8-12 µm larg.
Distribuição geográfica na Amazônia:
EM LITERATURA: Amapá: lago Novo (Souza e Melo 2011); Amazonas: rio
Maués, rio Maués-assu, igarapé Laguinho, rio Apoquitaua, paraná Urariá, lago do Elias, rio
Abacaxis, rio Canumã (Förster 1974); rio Negro (Uherkovich 1976); rio Unini, rio Branco, rio
Negro (Uherkovich e Rai 1979); rio Maués-assu, rio Paraconi (Uherkovich 1981); lago
Cristalino, lago São Sebastião (Martins 1986); lago Tupé (Melo et al. 2005); lago Cutiuaú
(Melo e Souza 2009); Pará: Área Santarém (Grönblad 1945; Förster 1969); lago da boca do
igarapé Mentaí, rio Arapiuns (Scott et al. 1965); lago Maicá (Thomasson 1971); rio Tapajós
(Uherkovich 1976); Nhamundá-Terra Santa (Thomasson 1977); lago Batata, lago Mussurá,
rio Trombetas (Huszar 1996).
MATERIAL ESTUDADO: INPA 222734: Lago Cutiuaú, 21/03/2003, fitoplâncton;
Estação 1; INPA 222735: Lago Cutiuaú, 21/03/2003, fitoplâncton; Estação 2; INPA 222737:
Lago Cutiuaú, 21/03/2003, fitoplâncton; Estação 4; INPA 222738: Lago Cutiuaú, 21/03/2003,
fitoplâncton; Estação 5; INPA 222739: Lago Cutiuaú, 21/03/2003, fitoplâncton; Estação 6;
INPA 222740: Lago Cutiuaú, 21/03/2003, fitoplâncton; Estação 7; INPA 222741: Lago
Cutiuaú, 21/03/2003, fitoplâncton; Estação 8; INPA 222742: Lago Cutiuaú, 21/03/2003,
fitoplâncton; Estação 9; INPA 222743: Lago Cutiuaú, 21/03/2003, fitoplâncton; Estação 10;
INPA 222766: Lago Cutiuaú, 12/11/2003, fitoplâncton; Estação 3; INPA 222768: Lago
Cutiuaú, 12/11/2003, fitoplâncton; Estação 5; INPA 222770: Lago Cutiuaú, 12/11/2003,
fitoplâncton; Estação 7; INPA 222772: Lago Cutiuaú, 12/11/2003, fitoplâncton; Estação 9;
59
INPA 222773: Lago Cutiuaú, 12/11/2003, fitoplâncton; Estação 10; INPA 237883: Igarapé
Cutiuaú, 22/03/2003, fitoplâncton; Estação 3; INPA 237891: Igarapé Preto, 19/10/2004,
fitoplâncton; Estação 1; INPA 237908: Igarapé Tarumã: Mirim, 02/12/2009, fitoplâncton;
Estação 2; INPA 237913: Igarapé Zito, 20/10/2004, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237918:
Lago Grande , 13/09/2003, fitoplâncton; Estação 2; INPA 237920: Lago Grande ,
24/03/2003, fitoplâncton; Estação 5; INPA 237923: Lago Catoá ,06/02/2004, fitoplâncton;
Estação 1; INPA 237924: Lago Catoá ,06/02/2004, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237934:
Lago Grande, 26/03/2006, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237935: Lago Grande, 29/03/2007,
fitoplâncton; Estação 1; INPA 237938: Lago Grande,07/08/2006, fitoplâncton; Estação 1;
INPA 237939: Lago Grande, 12/11/2003, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237940: Lago
Grande, 25/03/2003, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237942: Lago Grande, 07/08/2006,
fitoplâncton; Estação 2; INPA 237943: Lago Tupé, 13/04/2003, fitoplâncton; Estação 1;
INPA 237945: Lago Grande, 24/10/2004, fitoplâncton; Estação 2; INPA 237950: Lago
Grande, 14/11/2003, fitoplâncton; Estação 3; INPA 237954: Lago Ilha Camaleão,06/10/2009,
fitoplâncton; Estação 1; INPA 237957: Lago Manixiuau, 20/10/2004, fitoplâncton; Estação 1;
INPA 237960: Lago Miratucu, 12/02/2004, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237962: Lago
Miratucu, 12/02/2004, fitoplâncton; Estação 2; INPA 237964: Lago Patauá, 12/02/2004,
fitoplâncton; Estação 1; INPA 237965: Lago Queiroz, 22/11/2006, fitoplâncton; Estação 1;
INPA 237968: Lago Queiroz, 25/03/2003, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237972: Lago
Queiroz, 25/10/2004, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237976: Lago Queiroz, 14/11/2003,
fitoplâncton; Estação 1; INPA 237977: Lago Raimunda, 29/03/2007, fitoplâncton; Estação 1;
INPA 237979: Lago Raimunda, 10/02/2004, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237980: Lago
Raimunda, 24/03/2003, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237981: Lago Raimunda,07/08/2006,
fitoplâncton; Estação 1; INPA 237982: Lago Raimunda, 13/11/2003, fitoplâncton; Estação 1;
INPA 237987: Lago Raimunda, 13/05/2005, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237988: Lago
Tiaracá, 22/11/2006, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237996: Lago Tupé, 26/02/2009,
fitoplâncton; Estação 1; INPA 238002: Lago Tupé, 19/06/2008, fitoplâncton; Estação 12;
INPA 238008: Lago Uruá, 14/05/2005, fitoplâncton; Estação 1; INPA 238013: Lago Volta,
11/02/2004, fitoplâncton; Estação 1; INPA 238017: Rio Branco, 12/03/2005, fitoplâncton;
Estação 1; INPA 238018: Rio Branco, 12/03/2005, fitoplâncton; Estação 2; INPA 238019:
Rio Branco, 12/03/2005, fitoplâncton; Estação 3; INPA 238021: Rio Negro, 02/12/2009,
fitoplâncton; Estação 1; INPA 238025: Rio Negro, 02/03/2005, fitoplâncton; Estação 1;
INPA 238026: Rio Negro, 10/03/2005, fitoplâncton; Estação 10; INPA 238027: Rio Negro,
02/12/2009, fitoplâncton; Estação 2; INPA 238028: Rio Negro, 06/10/2009, fitoplâncton;
60
Estação 2; INPA 238029: Rio Negro, 18/07/2009, fitoplâncton; Estação 2; INPA 238032:
Rio Negro, 02/12/2009, fitoplâncton; Estação 3; INPA 238033: Rio Negro, 06/10/2009,
fitoplâncton; Estação 3; INPA 238035: Rio Negro, 18/02/2009, fitoplâncton; Estação 3;
INPA 238036: Rio Negro, 02/03/2005, fitoplâncton; Estação 3; INPA 238037: Rio Negro,
02/12/2009, fitoplâncton; Estação 4; INPA 238038: Rio Negro, 06/10/2009, fitoplâncton;
Estação 4 ; INPA 238041: Rio Negro, 02/03/2005, fitoplâncton; Estação 4; INPA 238042:
Rio Negro, 02/12/2009, fitoplâncton; Estação 5; INPA 238043: Rio Negro, 06/10/2009,
fitoplâncton; Estação 5; INPA 238046: Rio Negro, 04/03/2005, fitoplâncton; Estação 5;
INPA 238047: Rio Negro, 05/03/2005, fitoplâncton; Estação 6; INPA 238048: Rio Negro,
06/03/2005, fitoplâncton; Estação 7; INPA 238049: Rio Negro, 06/03/2005, fitoplâncton;
Estação 8; INPA 238050: Rio Negro, 07/03/2005, fitoplâncton; Estação 9; INPA 239821:
Lago Tupé, 25/01/2004, fitoplâncton; Estação 12; INPA 239823: Lago Tupé,09/03/2003,
fitoplâncton; Estação 9; INPA 239837: Lago Tiaracá, 10/02/2004, fitoplâncton; Estação 1;
INPA 239841: Lago Ilha Camaleão, 18/02/2009, fitoplâncton; Estação 1; INPA 239849:
Igarapé Tiaracá, 10/02/2004, fitoplâncton; Estação 1; INPA 239851: Igarapé Tiaracá,
24/03/2003, fitoplâncton; Estação 2; INPA 239867: Lago Tupé, 20/04/2009, perifíton:
Utricularia foliosa; Estação 1; INPA 239869: Lago Tupé, 20/04/2009, perifíton: U. foliosa;
Estação 7; INPA 239870: Lago Tupé, 20/04/2009, perifíton U. foliosa; Estação 8; INPA
239876: Lago Tupé, 27/09/2009, perifíton: U. foliosa; Estação 2; INPA 239880: Lago Tupé,
27/09/2009, perifíton: U. foliosa; Estação 9.
Comentários: a variedade típica da espécie foi proposta por Ralfs (1848) e. As
medidas referidas em sua descrição original são ora semelhantes ora inferiores às que ora
registramos (C = 22,9 µm, Cs = 10-13 µm, L = 14,2 µm). As características morfológicas são,
todavia, semelhantes às dos atuais materiais da Amazônia, diferindo apenas na extremidade 2-
furcada dos processos em Ralfs (1848), porém, que, segundo o mesmo autor, podem ser 2 ou
3-furcadas.
Grönblad (1945) foi o primeiro autor a citar a ocorrência da espécie na região
amazônica, porém, sem fazer menção a medidas nem ilustrar o material que identificou.
Scott et al. (1965) apresentou medidas pouco superiores às do material que ora
estudamos (C = 39-51 µm, Cs = 21-22 µm, L = 51-55 µm, Ls = 15 µm, I = 9-12 µm),
contudo, não mostrou diferença no que tange às características morfológicas, inclusive à
extremidade 3-furcadas dos processos angulares, como foi observado no presente material.
Os limites métricos em Förster (1969: C = 33-52 µm, Cs = 20-26 µm, L = 33-52 µm,
I= 10-14 µm; 1974: C = 33-52 µm, Cs = 20-26 µm, L = 33-52 µm, I = 10-14 µm) são
61
semelhantes aos que ora obtivemos, bem como as características morfológicas, exceto pelas
extremidades 4-furcadas dos processos angulares.
Martins (1986) referiu a ocorrência da variedade em um lago de águas brancas da
Amazônia Central e apresentou medidas (C = 26-32 µm, Cs = 17-22 µm, Ls = 31-41 µm, I =
9,5-12 µm) semelhantes às atualmente obtidas.
Em lagos no Estado do Pará, registraram a ocorrência da variedade em pauta com
medidas celulares semelhantes às atualmente registradas (C = 21-37,9 µm, L = 20-38.5 µm,
I= 4,2-6,3 µm). Apenas a ilustração da vista frontal foi fornecida em Sophia e Huszar (1996).
Souza e Melo (2011) revelaram medidas celulares superiores àquelas que ora são
apresentadas (C = 43-60 µm, Cs = 23-35 µm; L = 50-72 µm, Ls = 15-20 µm I = 8-18 µm).
Quanto às características morfológicas, os referidos autores apresentaram apenas a vista
frontal de um espécime, que mostrou as semicélulas quadrangulares, enquanto que nos
exemplares que ora estudamos é trapeziforme.
Os trabalhos de Thomasson (1971), Uherkovich (1976; 1981), Thomasson (1977),
Uherkovich e Rai (1979), Huszar (1996), Melo et al. (2005) e Melo e Souza (2009)
resumiram a ocorrência de S. brachiatum Ralfs var. brachiatum em suas respectivas Areals de
trabalho à sua simples citação, sem fazer referência a medidas nem a ilustração dos materiais
estudados.
Alguns dos indivíduos presentemente observados apresentaram-se envoltos por
mucilagem abundante, que formou uma esfera em volta da célula.
S. brachiatum Ralfs var. gracilius Maskell
Transactions and Proceedings of the New Zealand Institute 21: 26, pl. 5, fig. 48. 1889.
(Figuras 109- 110)
Células tão longa quanto largas ou até 1,3 vez mais larga que longa. Semicélula
triangular, seno mediano amplamente aberto, margem apical côncava, margem lateral reta ou
ligeiramente convexa, parede celular lisa, processos subcilíndricos, longos, divergentes,
terminando em dentículos. Vista vertical 3-angular, margens convexas, processos de 1
semicélula alternados com os da outra. Envoltório mucilaginoso em torno da célula.
Medidas: Comprimento com processos 24-30 µm, sem processos 8-20 µm.
Largura com processos 22-40 µm sem processos 6-15µm. Istmo 4-8 µm larg.
Distribuição geográfica na Amazônia:
EM LITERATURA : Amazonas: rio Maués, rio Maués-Assu, igarapé Laguinho, rio
62
Apoquitaua, igarapé Assu, rio Paraconí, igarapé Peixinho (Förster 1974).
MATERIAL ESTUDADO : INPA 238018: Rio Branco, 12/03/2005, fitoplâncton; Estação 2;
INPA 237908: Igarapé Tarumã: Mirim, 02/12/2009, fitoplâncton; Estação 2; INPA 237934:
Lago Grande, 26/03/2006, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237935: Lago Grande, 29/03/2007,
fitoplâncton; Estação 1; INPA 237936: Lago Grande, 22/11/2006, fitoplâncton; Estação 1;
INPA 237943: Lago Tupé, 13/04/2003, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237944: Lago Grande,
11/02/2004, fitoplâncton; Estação 2; INPA 237945: Lago Grande, 24/10/2004, fitoplâncton;
Estação 2; INPA 237948: Lago Grande, 11/02/2004, fitoplâncton; Estação 2; INPA 237949:
Lago Grande, 24/10/2004, fitoplâncton; Estação 3; INPA 237958: Lago Manixiuau,
20/10/2004, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237974: Lago Queiroz, 12/02/2004, fitoplâncton;
Estação 1; INPA 237977: Lago Raimunda, 29/03/2007, fitoplâncton; Estação 1; INPA
237982: Lago Raimunda, 13/11/2003, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237984: Lago
Raimunda, 10/02/2004, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237988: Lago Tiaracá, 22/11/2006,
fitoplâncton; Estação 1; INPA 237994: Lago Tupé, 21/11/2009, fitoplâncton; próximo ao
Igarapé das Onça; INPA 237996: Lago Tupé, 26/02/2009, fitoplâncton; Estação 1; INPA
237997: Lago Tupé, ; INPA 23/09/2008, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237998: Lago
Tupé,30/10/2008, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237999: Lago Tupé, 26/02/2009,
fitoplâncton; Estação 10; INPA 238000: Lago Tupé, 23/09/2008, fitoplâncton; Estação 10;
INPA 238005: Lago Tupé, 26/02/2009, fitoplâncton; Estação 9; INPA 238013: Lago Volta,
11/02/2004, fitoplâncton; Estação 1; INPA 238053: Rio Unini, 13/03/2005, fitoplâncton;
Estação 2; INPA 239785: Lago Tupé,09/03/2003, fitoplâncton; Estação 1; INPA 239788:
Lago Tupé, 13/12/2003, fitoplâncton; Estação 1; INPA 239790: Lago Tupé, 14/03/2004,
fitoplâncton; Estação 1; INPA 239793: Lago Tupé, 24/09/2006, fitoplâncton; Estação 1;
INPA 239794: Lago Tupé, 12/11/2006, fitoplâncton; Estação 1; INPA 239795: Lago Tupé,
27/02/2007, fitoplâncton; Estação 1; INPA 239800: Lago Tupé, 21/11/2004, fitoplâncton;
Estação 1; INPA 239806: Lago Tupé, 13/12/2003, fitoplâncton; Estação 10; INPA 239807:
Lago Tupé, 14/03/2004, fitoplâncton; Estação 10; INPA 239811: Lago Tupé, 12/11/2006,
fitoplâncton; Estação 10; INPA 239812: Lago Tupé, 27/02/2007, fitoplâncton; Estação 10;
INPA 239815: Lago Tupé, 12/11/2006, fitoplâncton; Estação 12; INPA 239818: Lago Tupé,
27/02/2007, fitoplâncton; Estação 12; INPA 239820: Lago Tupé, 17/08/2003, fitoplâncton;
Estação 12; INPA 239821: Lago Tupé, 25/01/2004, fitoplâncton; Estação 12; INPA 239823:
Lago Tupé,09/03/2003, fitoplâncton; Estação 9; INPA 239826: Lago Tupé, 13/12/2003,
fitoplâncton; Estação 9; INPA 239827: Lago Tupé, 24/01/2004, fitoplâncton; Estação 9;
INPA 239828: Lago Tupé, 13/03/2004, fitoplâncton; Estação 9; INPA 239832: Lago Tupé,
63
12/11/2006, fitoplâncton; Estação 9; INPA 239833: Lago Tupé, 12/11/2006, fitoplâncton;
Estação 9; INPA 239837: Lago Tiaracá, 10/02/2004, fitoplâncton; Estação 1; INPA 239838:
Lago Tiaracá, 10/02/2004, fitoplâncton; Estação 2; INPA 239851: Igarapé Tiaracá,
24/03/2003, fitoplâncton; Estação 2; INPA 239854: Igarapé Tiaracá, 10/02/2004,
fitoplâncton; Estação 2; INPA 239872: Lago Tupé, 18/06/2009, perifíton: Utricularia
foliosa; Estação 2; INPA 239876: Lago Tupé, 27/09/2009, perifíton: U. foliosa; Estação 2;
INPA 239878: Lago Tupé, 27/09/2009, perifíton: U. foliosa; Estação 5; INPA 240149: Lago
Tupé, 13/09/2003, fitoplâncton; Estação 12; INPA 240153: Lago Tupé, 14/02/2004,
fitoplâncton; Estação 12.
Comentários: Maskell (1889) propôs S. brachiatum Ralfs var. gracilius Maskell e
referiu na descrição original da variedade medidas pouco inferiores (Cs = 7,5 µm, L = 5 µm)
às que ora obtivemos, entretanto, a ilustração que forneceu equivale à dos presentes materiais,
tanto na vista frontal quanto na vertical.
Staurastrum brachiatum Ralfs var. gracilius Maskell apresenta medidas e morfologia
celular semelhantes às observadas por Förster (1974: C = 23-28 µm, Cs = 10-13 µm, L = 30-
42 µm, Ls = 7-8,5 µm, I = 6-7 µm) de material coletado no Estado do Amazonas.
S. brebissonii Archer var. brasiliense Grönblad
Acta Societatis Scientiarum Fennicae: série B, 2(6): 24, fig. 198. 1945.
(Figuras 61-62)
Células tão largas quanto longas 1,4 vez mais larga que longa. Semicélula triangular;
seno mediano aberto, margem basal convexa, margem apical convexa, decorada com espinhos
marginais, ângulos apicais prolongados em 1 par de espinhos curvos, margem lateral convexa,
seno mediano aberto; parede celular decorada com espinhos formando anéis concêntricos.
Vista vertical 3-angular, com espinhos marginais e submarginais.
Medidas: Comprimento com espinhos 40-48 µm, sem espinhos 30-42 µm. Largura
com espinhos 40-50 µm, sem espinhos 28-36 µm. Istmo 6-10 µm larg.
Distribuição geográfica na Amazônia:
EM LITERATURA : Amapá: lago Novo (Souza e Melo 2011); Amazonas: rio
Madeira (Förster 1974); rio Negro (Uherkovich 1976); rio Branco (Uherkovich e Rai 1979);
Pará: Área Santarém (Grönblad 1945; Förster 1969); lago Maicá, lago Jurucuí (Thomasson
1971).
MATERIAL ESTUDADO : INPA 237900: Igarapé Tarumã, 02/12/2009,
64
fitoplâncton; Estação 2; INPA 238043: Rio Negro, 06/10/2009, fitoplâncton; Estação 5.
Comentários: a variedade foi descrita em Grönblad (1945) de material coletado no
Estado do Pará, cujas medidas são um pouco superiores às aqui registradas (Cs = 61 µm, L =
59 µm, I = 17 µm), porém, as características morfológicas apresentadas naquele trabalho são
equivalentes às que ora apresentamos como, por exemplo, os espinhos angulares curvos.
Förster (1969) também forneceu medidas superiores às presentemente registradas (C =
66-68 µm, Cs = 58 µm, L = 75-78 µm, Ls = 53-55 µm, I = 16 µm), contudo, como no caso
anterior, com características diacríticas semelhantes tanto em vista frontal quanto vertical.
Förster (1974) estudou material coletado no rio Madeira, cujas medidas aproximaram-se
daquelas do presente material (Cs = 44,5-51 µm, L = 53-59 µm, Ls = 34-41 µm, I = 12,5-14,5
µm), porém, a única diferença é o formato da semicélula ligeiramente mais elíptico do que
apresentado na atual ilustração (Fig. 61). Segundo Förster (1974), a única diferença entre os
exemplares do rio Madeira e os da Área Santarém residiria na relação comprimento:largura
celular, que no primeiro material é menor.
Os exemplares em Thomasson (1971) também se aproximam, quanto a morfologia,
aos apresentados neste trabalho, inclusive as medidas (C = 54,4-64 µm, L = 48-64 µm).
Com relação ao material em Souza e Melo (2011), as medidas também são um pouco
superiores (C = 52-78 µm, Cs = 42-62 µm, L = 86-100 µm, Ls = 40-59 µm, I = 15-23 µm).
S. capitulum Brébisson in Ralfs var. tumidiusculum (Nordstedt) West e West
British Desmidieae. IV: 126, pl. 18, fig. 9. 1912.
Basiônimo: S. amoenun Hilse var. tumidiusculum Nordstedt. 1887
(Figuras 167-168)
Células 1,9- 2 vezes mais longas que largas. Semicélula campanular, seno mediano
aberto, constrição mediana rasa, margem basal inflada, ligeiramente retusa logo acima, fileira
de espinhos na região do istmo, margem apical côncava, ângulos prolongados em processos
curtos, serreados, com 3 espinhos nos pólos. Vista vertical 3-angular; margens retas ou
ligeiramente côncavas, 2 séries de espinhos diminutos, disposição dos processos das
semicélulas equivalente.
Medidas: Comprimento com processos 44- 47 µm, sem processos 36- 37 µm.
Largura com processos 22- 24 µm, sem processos 11- 14 µm. Istmo 8- 10 µm larg.
Distribuição geográfica na Amazônia:
EM LITERATURA : Pará: Nhamundá-Terra Santa (Thomasson 1977); Roraima:
65
Serra da Lua (Förster 1963).
MATERIAL ESTUDADO : INPA 237974: Lago Queiroz, 12/02/2004, fitoplâncton;
Estação 1; INPA 237985: Lago Raimunda, 10/02/2004, perifíton; Estação 1.
Comentários: Förster (1963) registrou a ocorrência de material da espécie na Serra da
Lua, Estado de Roraima. Nesse trabalho, o autor forneceu medidas semelhantes às aqui
registradas (Cs = 32-34 µm, L = 16-17 µm, I = 8-11 µm). O material que estudou é bastante
próximo, do ponto de vista de sua morfologia, do atualmente identificado, com ênfase nos
espinhos da região do istmo, na margem apical côncava. A diferença reside na vista vertical 4-
angular e não 3-angular como nos atuais exemplares. Exemplares com três processos
angulares foram documentados por A. M. Scott em carta a K. Förster, conforme comentado
por este último autor no trabalho em pauta (Förster 1963).
Thomasson (1977) apresentou apenas a lista das espécies que identificou, sem lhes
juntar descrição ou ilustração.
S. chaetopus Hinode var. chaetopus f. minor Bourrelly e Couté
Bibliotheca Phycologica 86: 196, pl. 54, fig. 7. 1991.
(Figuras 103-104)
Células 1,1- 1,2 vez mais longas que largas. Semicélula retangular, constrição mediana
profunda, seno mediano ligeiramente aberto, margem basal convexa, 1 espinho logo acima do
istmo, margem apical côncava, 1 par de espinhos marginais, ângulos apicais prolongados em
processos lisos, 1 espinho na base dos processos. Vista vertical 2-angular, margens convexas.
Medidas: Comprimento com processos: 38- 40 µm, sem processos 10- 12 µm.
Largura com processos 31- 36 µm, sem processos 8- 12 µm. Istmo 3- 6 µm larg.
Distribuição geográfica na Amazônia:
EM LITERATURA : primeira citação de ocorrência para a Amazônia.
MATERIAL ESTUDADO : INPA 237973: Lago Queiroz, 29/06/2004, fitoplâncton;
Estação 1.
Comentários: Staurastrum chaetopus Hinode var. chaetopus f. minor Bourrelly e
Couté foi proposto por Bourrelly e Couté (1991), a partir de material coletado em
Madagascar, por diferir da forma típica da espécie pelas dimensões menores e pelo menor
número de crenulações nos processos angulares. As medidas originais são semelhantes às ora
apresentadas (Cs = 14 µm, L = 30-45 µm).
66
S. chaetoceras (Schröder) Smith
Wisconsin Geological e Natural History Survey Bulletin 57(2): 99, pl. 76, fig. 21-24. 1924.
(Figuras 207-208)
Células 1,2- 1,5 vez mais largas que longas. Semicélula trapeziforme, constrição
mediana profunda, seno mediano aberto, margem basal reta, face da semicélula com espinhos
dispersos, margem apical reta ou ligeiramente convexa, verrugas marginais 2-furcadas,
ângulos apicais prolongados em processos serreados, divergentes, extremidades 3-
denticuladas. Vista vertical 2-angular, margens amplamente côncavas entre as verrugas
intramarginais 2-furcadas.
Medidas: Comprimento com espinhos 30-48 µm, sem espinhos 15-22,5 µm.
Largura com espinhos 45-60 µm, sem espinhos ca. 10 µm. Istmo 4-6 µm larg.
Distribuição geográfica na Amazônia:
EM LITERATURA : primeira citação de ocorrência para a Amazônia.
MATERIAL ESTUDADO : INPA 238028: Rio Negro, 06/10/2009, fitoplâncton;
Estação 2.
Comentários: Prescott et al. (1982) apresentaram dimensões próximas àquelas que
ora obtivemos (C = 46-94 µm, Cs = 19-22 µm, Ls = 16-22 µm, I = ca. 5,5 µm), entretanto, as
características morfológicas observadas a partir da ilustração por eles fornecida diferem no
que tange à presença de espinhos diminutos espalhados pelos processos angulares e na região
do istmo, características estas observadas nos exemplares amazônicos. Vyverman (1991)
identificou material de Papua Nova Guiné com medidas semelhantes às que ora apresentamos
(C = 49-68 µm, Cs = 20-22 µm, Ls = 18-19 µm, I = 6-7 µm). Ademais, a ilustração que
apresentou é bastante parecida com a do atual trabalho, exceto pelas verrugas marginais
bifurcadas do presente material. Vyverman (1991) mencionou a dificuldade em distinguir S.
chaetoceras (Schröder) Smith de S. playfairi Scott e Prescott, as quais difeririam pelaúltima
apresentar célula relativamente mais delgada, com mais espinhos dispersos e a base da
semicélula dilatada.
S. coronulatum (Boldt) Förster var. minus Förster
Amazoniana 2(1-2): 80, pl. 41, fig. 11. 1969.
(Figuras 183-184)
Basiônimo: S. gracile Ralfs var. coronulatum Boldt Öfvers. K. [Svenska] Vet.- Akad. Förh,
42 (2): 11, pl. V, fig. 28. 1885.
67
Células tão largas quanto longas ou até 1,1 vez mais largas que longas. Semicélula
poculiforme, constrição mediana rasa, seno mediano aberto, margem basal ligeiramente
inflada, convexa, fileira de espinhos na região do istmo, margem apical reta, espinhos simples
marginais, ângulos apicais prolongados em processos divergentes, serreados, extremidade
denticulada. Vista vertical 4-angular, margens entre os processos côncava, lisa, espinhos
intramarginais.
Medidas: Comprimento com processos 18-23 µm, sem processos ca. 16 µm.
Largura com processos 16-25 µm, sem processos 10-15 µm. Istmo ca. 6 µm larg.
Distribuição geográfica na Amazônia:
EM LITERATURA : Pará: Amazonas: rio Abacaxis (Förster 1974); Área Santarém
(Förster 1969);
MATERIAL ESTUDADO : INPA 237980: Lago Raimunda, 24/03/2003,
fitoplâncton; Estação 1.
Comentários: Esta variedade difere da típica da espécie pelo menor tamanho da célula
(C = 45,7 µm, L = 83,8 µm, I = 25,4 µm), pelos processos angulares convergentes e pela vista
vertical 6-angular.
Förster (1969) identificou material proveniente do Estado do Pará com medidas
semelhantes às atualmente registradas (C = 18-18,5 µm, L = 19-22 µm, I = 7,5 µm), mas que
diferem unicamente pela presença de verrugas marginais na região apical das semicélulas, que
na ilustração que fornece são bifurcadas e não simples como nos presentes espécimes.
A ilustração em Förster (1974) de material do rio Abacaxis lembra bastante o material
aqui apresentado, principalmente, no que se refere às verrugas marginais simples em vistas
frontal e vertical. A existência de verrugas marginais simples foi comentada por Förster
(1974) ao descrever o material que identificou. Quanto aos limites métricos, o último autor
apresentou medidas semelhantes às presentemente registradas (C = 20-21 µm, L = 19-20 µm,
I = 7 µm).
S. crenulatum (Nägeli) Delponte var. crenulatum
Memorie della Reale Accademia de Scienze di Torino: série 2, 28: 68, pl. 12, fig. 1-11. 1877.
(Figuras 177-178)
Basiônimo: Phycastrum crenulatum Nägeli 1849, Gatt. Einz. Algen, p. 129. Pl. 129, Pl. 8B.
Células 1,7 – 1,9 vez mais largas que longas. Semicélula campanular, constrição
mediana rasa, seno mediano aberto, margem basal ligeiramente convexa, margem apical
68
convexa, espinhos simples marginais, ângulos prolongados em processos serreados,
convergentes. Vista vertical 3-angular, margem entre os processos côncava, verrugas
marginais e intramarginais 2-furcadas.
Medidas: Comprimento com processos 24- 26 µm. Largura com processos 42- 51
µm, sem processos. 12- 15µm. Istmo ca. 6 µm larg.
Distribuição geográfica na Amazônia:
EM LITERATURA : primeira citação de ocorrência para a Amazônia.
MATERIAL ESTUDADO : INPA 237883: Igarapé Cutiuaú, 22/03/2003,
fitoplâncton; Estação 3.
Comentários: West e West (1923) registraram a ocorrência de exemplares com
medidas coincidentes com aquelas que ora apresentamos (C = 20-25µm, L = 20-33 µm, I = 5-
7 µm) e comentaram a possibilidade de ocorrerem indivíduos tanto 3 quanto 5-angulares. As
ilustrações que forneceram são diferentes do que é atualmente apresentado, principalmente
em vista frontal, pois os processos angulares são um pouco mais curtos, mas a vista vertical
equivale à dos atuais espécimes, mormente no que tange às verrugas intramarginais.
Prescott et al. (1982) forneceram dimensões semelhantes às que constam em West e
West (1923) e ilustraram indivíduos com três, quatro e cinco processos por semicélula e mais
retilíneos do que nos espécimes do atual estudo.
Bourrelly e Couté (1991) ilustraram um exemplar idêntico ao do presente estudo,
inclusive, no que diz respeito às medidas (C = 24 µm, L = 40 µm). Nesse trabalho. os
referidos autores comentaram a semelhança morfológica de S. crenulatum (Nägeli) Delponte
com S. gracile Ralfs var. coronulatum Boldt e salientou que o último apresenta os processos
angulares horizontalmente dispostos ou divergentes entre si o que seria, a seu ver, a única
diferença entre os dois materiais.
S. dentatum Krieger
Archiv für Hydrobiologie: supl. 11: 197, pl. 16, fig. 20. 1932.
(Figuras 191-192)
Células 1,4 vez mais largas que longas. Semicélula retangular, constrição mediana
rasa, margem basal ligeiramente convexa, 1 espinho logo acima da região do istmo, margem
apical reta, espinhos simples, ângulos apicais prolongados em processos serreados, retos ou
ligeiramente divergentes, extremidade 3-denticulada. Vista vertical 3-angular, margens
côncavas entre os processos, espinhos intramarginais na face da semicélula.
69
Medidas: Comprimento com processos 27- 30,6 µm, sem processos ca. 27 µm.
Largura com processos 37,8- 45 µm, sem processos 21 µm. Istmo 7- 9 µm larg.
Distribuição geográfica na Amazônia:
EM LITERATURA : primeira citação de ocorrência para a Amazônia.
MATERIAL ESTUDADO : INPA 237938: Lago Grande,07/08/2006, fitoplâncton;
Estação 1; INPA 237942: Lago Grande, 07/08/2006, fitoplâncton; Estação 2.
Comentários: a ocorrência desta espécie foi registrada nos Estados Unidos da
América por Prescott et al. (1982), cujo material apresentou morfologia geral semelhante à
dos atuais exemplares da Amazônia, diferindo apenas pela presença de um par de espinhos na
região do istmo, que não apareceram nos presentes exemplares. Os limites métricos em
Prescott et al. (1982) são semelhantes aos registrados neste trabalho (C = 27-28 µm, L = 28-
30 µm, I = 5,5-6 µm).
S. denticulatum (Nägeli) Archer
Infusoria. 738. 1861.
(Figuras 47-48)
Basiônimo: Phycastrum denticulatum Nägeli 1849, Gatt. Einz. Algen, p. 129. Pl. 8C.
Células tão longas quanto largas ou até 1,1 vez mais longas que largas. Semicélula
triangular, constrição mediana relativamente profunda, seno mediano agudo, margem apical
reta a ligeiramente convexa, espinhos curtos, margem basal reta; parede celular com espinhos
diminutos. Vista vertical 3-angular, lados retos, espinhos intramarginais, pólos com
extremidade 2-furcada.
Medidas: Comprimento com espinhos 16-23 µm, sem espinhos 16-20 µm. Largura
com espinhos 16-25 µm, sem espinhos 14- 22µm. Istmo 4-6 µm larg.
Distribuição geográfica na Amazônia:
EM LITERATURA : Amazonas: lago Cutiuaú (Melo e Souza 2009).
MATERIAL ESTUDADO : INPA 222738: Lago Cutiuaú, 21/03/2003, fitoplâncton;
Estação 5; INPA 222739: Lago Cutiuaú, 21/03/2003, fitoplâncton; Estação 6; INPA 237923:
Lago Catoá ,06/02/2004, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237924: Lago Catoá ,06/02/2004,
fitoplâncton; Estação 1; INPA 237944: Lago Grande, 11/02/2004, fitoplâncton; Estação 2;
INPA 237948: Lago Grande, 11/02/2004, fitoplâncton; Estação 2; INPA 237949: Lago
Grande, 24/10/2004, fitoplâncton; Estação 3; INPA 237950: Lago Grande, 14/11/2003,
fitoplâncton; Estação 3; INPA 237957: Lago Manixiuau, 20/10/2004, fitoplâncton; Estação 1;
70
INPA 237960: Lago Miratucu, 12/02/2004, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237962: Lago
Miratucu, 12/02/2004, fitoplâncton; Estação 2; INPA 237976: Lago Queiroz, 14/11/2003,
fitoplâncton; Estação 1; INPA 237979: Lago Raimunda, 10/02/2004, fitoplâncton; Estação 1;
INPA 237982: Lago Raimunda, 13/11/2003, fitoplâncton; Estação 1; INPA 238013: Lago
Volta, 11/02/2004, fitoplâncton; Estação 1; INPA 238014: Lago Volta, 14/11/2003,
fitoplâncton; Estação 1; INPA 238017: Rio Branco, 12/03/2005, fitoplâncton; Estação 1;
INPA 238042: Rio Negro, 02/12/2009, fitoplâncton; Estação 5; INPA 239821: Lago Tupé,
25/01/2004, fitoplâncton; Estação 12; INPA 239837: Lago Tiaracá, 10/02/2004, fitoplâncton;
Estação 1; INPA 239849: Igarapé Tiaracá, 10/02/2004, fitoplâncton; Estação 1
Comentários: Os autores que citam a ocorrência da referida espécie para a região
amazônica não citam limites métricos apenas fornecem a ilustração por se tratar de primeira
citação de ocorrência para o Amazonas.
S. diptilum Nordstedt
Videnskabelige Meddelelser fra Dansk naturhistorisk Forening i Kjøbenhavn 1869(14-15):
227, pl. 4, fig. 56. 1870.
(Figuras 98-102)
Células até 1,3 vez mais largas que longas. Semicélula subcuneada ou ligeiramente
triangular, seno mediano agudo, margem apical ligeiramente convexa, ângulos prolongados
em 1 par de processos divergentes, 2-furcados, margem lateral reta ou ligeiramente convexa.
Vista vertical 3-angular, margens retas ou ligeiramente côncavas entre os ângulos, espinhos
de 1 semicélula coincidentes com os da outra semicélula.
Medidas: Comprimento com espinhos 12-16 µm, sem espinhos 8-12 µm. Largura
com espinhos 16-20 µm sem espinhos 10-12 µm. Istmo ca. 6 µm larg.
Distribuição geográfica na Amazônia:
EM LITERATURA : Pará: Área Santarém (Grönblad 1945; Förster 1969);
Nhamundá-Terra Santa (Thomasson 1977).
MATERIAL ESTUDADO : INPA 222738: Lago Cutiuaú, 21/03/2003, fitoplâncton;
Estação 5; INPA 222739: Lago Cutiuaú, 21/03/2003, fitoplâncton; Estação 6; INPA 222740:
Lago Cutiuaú, 21/03/2003, fitoplâncton; Estação 7; INPA 222743: Lago Cutiuaú, 21/03/2003,
fitoplâncton; Estação 10; INPA 237966: Lago Queiroz, 25/03/2003, perifíton; Estação 1;
INPA 237974: Lago Queiroz, 12/02/2004, fitoplâncton; Estação 1.
Comentários: A descrição desta espécie em por Nordstedt (1870) apresenta a
71
semicélula com base convexa e margem apical reta, no que difere do que foi atualmente
registrado. Os limites métricos em Nordstedt (1870: C = ca. 17,7 µm, Cs = ca. 14,7 µm, L =
ca. 27,7 µm, Ls = ca. 17,7 µm) são um pouco superiores aos presentemente medidos.
As características morfológicas em Scott e Prescott (1961) para material da Indonésia
são semelhantes às dos atuais exemplares, mas os limites métricos são um pouco superiores
(C = 18 µm, L = 24 µm, Ls = 13 µm).
Grönblad (1945) documentou medidas (C = 16 µm, Cs = 9,5 µm, L = 21 µm, I = 5
µm) e características morfológicas de material do Estado do Pará próximas às que ora
obtivemos.
Förster (1969) registrou a presença de indivíduos desta espécie na região de Santarém
e tanto as medidas (C = 14-15 µm, Cs = 11-13 µm, Ls = 14-16,5 µm, I = 6-7,5 µm) quanto a
ilustração que forneceu se assemelham às do presente material.
Thomasson (1971) apenas citou a ocorrência da espécie no Estado do Amazonas, sem
fazer referência a medidas ou fornecer-lhe ilustração.
Staurastrum diptilum Nordstedt é morfologicamente semelhante a S. bifurcatum
Förster, mas difere pelo formato trapeziforme das semicélulas e pelas margens apical e basal
convexas. As medidas são superiores às do material presentemente estudado (C = 18-19 µm,
L = 15-16 µm, I = 7,5 µm).
S. dispergens Grönblad
Acta Societatis Scientiarum Fennicae: série B, 2(6): 25, fig. 206. 1945.
(Figuras 59-60)
Células 1,1- 1,2 vez mais largas que longas. Semicélula campanular, constrição
mediana rasa, seno mediano aberto, margem basal amplamente convexa, margem apical reta
ou ligeiramente convexa, espinhos simples marginais, ângulos prolongados em 1 par de
espinhos divergentes, face da semicélula com 2 fileiras de espinhos, sendo 1 série voltada
para cima e a outra para baixo. Vista vertical 3-angular, margens entre os ângulos
ligeiramente convexa, espinhos marginais e intramarginais.
Medidas: Comprimento com espinhos 38- 40 µm, sem espinhos 22- 23 µm.
Largura com espinhos 32- 35 µm, sem espinhos 16- 18 µm. Istmo 6- 7 µm larg.
Distribuição geográfica na Amazônia:
EM LITERATURA : Amapá: lago Novo (Souza e Melo 2011); Pará: Área Santarém
(Grönblad 1945).
72
MATERIAL ESTUDADO : INPA 238018: Rio Branco, 12/03/2005, fitoplâncton;
Estação 2.
Comentários: Staurastrum dispergens Grönblad foi descrito de material coletado no
Estado do Pará e, nesse trabalho, Grönblad (1945) referiu medidas um pouco superiores (Cs =
28 µm, L = 23 µm, I = 9 µm) às atualmente registradas; e a ilustração que forneceu é idêntica
à do material ora examinado. O referido autor ainda comentou a semelhança dos exemplares
dessa espécie com os de S. quadrispinatum Turner, porém, as ilustrações fornecidas por
Prescott et al. (1982) não mostram tal semelhança pois, em vista frontal, não se observam as
duas fileiras de espinhos características da espécie e, em vista vertical, a quantidade de
espinhos marginais e intramarginais é inferior à demonstrada na descrição original de S.
dispergens em Grönblad (1945).
Souza e Melo (2011) registraram a ocorrência dessa espécie no lago Novo, no Estado
do Amapá, cujas medidas são semelhantes às presentemente anotadas (C = 40-41 µm, Cs =20-
25 µm, L = 22-35 µm, Ls = 4-18 µm, I = 6-8 µm). A ilustração fornecida pelos últimos
autores foi apenas da vista frontal e é idêntica à observada por Grönblad (1945) e durante a
atual pesquisa.
S. disputatum West e West var. sinense (Lütkemüller) West e West
A monograph of the British Desmidiaceae 4: 176, pl. 126, fig. 19. 1912.
Basiônimo: S. sinense Lütkemüller, Ann. Hofmuseums 15: 124. Pl. 6, Figs. 39, 40. 1900.
(Figuras 171-172)
Células tão largas quanto longas ou até 1,1 vez larga que longa. Semicélula
cuneiforme, constrição mediana rasa, seno mediano amplo, margem basal convexa, margem
apical reta ou ligeiramente côncava, ângulos apicais prolongados em processos robustos,
cilíndricos, curtos e lisos; 4 séries de grânulos próximo aos ângulos. Vista vertical 4-angular,
margem entre os processos côncava.
Medidas: Comprimento com processos 18-23 µm, sem processos 18- 19 µm.
Largura com processos 20- 24 µm, sem processos 8-15 µm. Istmo 4-6 µm larg.
Distribuição geográfica na Amazônia:
EM LITERATURA : Maranhão: lagoa do Caçó (Dellamano-Oliveira 2008); Pará:
Área Santarém (Grönblad 1945).
MATERIAL ESTUDADO : INPA 222743: Lago Cutiuaú, 21/03/2003, fitoplâncton;
Estação 10; INPA 237883: Igarapé Cutiuaú, 22/03/2003, fitoplâncton; Estação 3; INPA
73
237925: Lago Cutiuaú , 21/03/2003, perifíton; Estação 2; INPA 237930: Lago Cutiuaú,
21/03/2003, perifíton; Estação 3; INPA 237932: Lago Cutiuaú , 21/03/2003, perifíton;
Estação 5; INPA 237962: Lago Miratucu, 12/02/2004, fitoplâncton; Estação 2; INPA
237966: Lago Queiroz, 25/03/2003, perifíton; Estação 1; INPA 239821: Lago Tupé,
25/01/2004, fitoplâncton; Estação 12.
Comentários: A presente variedade difere da típica da espécie pelos processos
angulares mais pronunciados e mais longos, além de apresentar quatro anéis de grânulos na
base dos ângulos.
Essa variedade é semelhante à var. extensum da mesma espécie, conforme comentado
por Prescott et al. (1982), porém, o corpo da célula neste última é um pouco mais alongado e
cilíndrico do que na presente var. sinense.
Dellamano-Oliveira et al. (2008) citam limites métricos um pouco superiores aos aqui
registrados (C = ca. 27,1µm, L = ca. 21,4 µm, I = ca. 8,5 µm), mas morfologicamente as
características se assemelham com o material aqui ilustrado. Grönblad (1945) apenas mencionou a
ocorrência da espécie no Área Santarém, sem descrever o material que identificou nem
fornecer ilustração.
S. elegantissimum Johnson var. brasiliense Förster
Amazoniana 2(1-2): 81, pl. 46, fig. 1-3. 1969.
(Figuras 259-263)
Células até 1,4 vez mais larga que longa. Semicélula obtrapeziforme, seno mediano
aberto, margem apical amplamente convexa, com espinhos marginais 2-furcados, margem
basal convexa, ângulos prolongados em processos serreados, dispostos horizontalmente,
extremidades denticuladas; parede celular lisa exceto pela fileira de espinhos diminutos na
região logo acima do istmo. Vista vertical 3-5-angular, margem apical côncava entre os
processos, espinhos marginais simples, 1 anel com 10 verrugas intramarginais.
Medidas: Comprimento com processos 32- 40 µm sem processos 28- 32 µm.
Largura com processos 44- 58 µm sem processos 18- 24 µm. Istmo 8- 10 µm.
Distribuição geográfica na Amazônia:
EM LITERATURA : Amapá: lago Novo (Souza e Melo 2011); Amazonas: rio
Maués, rio Maués-Assu (Förster 1974); rio Jauaperi (Uherkovich e Rai 1979); rio Maués-
Mirim, lago Piranha (Uherkovich 1981); lago Cristalino (Martins 1986); lago Tupé (Melo et
al. 2005); lago Cutiuaú (Melo e Souza 2009); Pará: Área Santarém (Förster 1969); Lago ilha
74
Grande, corredeira Boa Esperança; remanso Boa Esperança, remanso Arroz Cru, corredeira
Caitucá, remanso CNEC, corredeira CNEC (Costa et al. 2009).
MATERIAL ESTUDADO : INPA 222734: Lago Cutiuaú, 21/03/2003, fitoplâncton; Estação
1; INPA 222735: Lago Cutiuaú, 21/03/2003, fitoplâncton; Estação 2; INPA 222736: Lago
Cutiuaú, 21/03/2003, fitoplâncton; Estação 3; INPA 222738: Lago Cutiuaú, 21/03/2003,
fitoplâncton; Estação 5; INPA 222739: Lago Cutiuaú, 21/03/2003, fitoplâncton; Estação 6;
INPA 222740: Lago Cutiuaú, 21/03/2003, fitoplâncton; Estação 7; INPA 222741: Lago
Cutiuaú, 21/03/2003, fitoplâncton; Estação 8; INPA 222743: Lago Cutiuaú, 21/03/2003,
fitoplâncton; Estação 10; INPA 222765: Lago Cutiuaú, 12/11/2003, fitoplâncton; Estação 2;
INPA 222767: Lago Cutiuaú, 12/11/2003, fitoplâncton; Estação 4; INPA 222769: Lago
Cutiuaú, 12/11/2003, fitoplâncton; Estação 6; INPA 222770: Lago Cutiuaú, 12/11/2003,
fitoplâncton; Estação 7; INPA 222772: Lago Cutiuaú, 12/11/2003, fitoplâncton; Estação 9;
INPA 237883: Igarapé Cutiuaú, 22/03/2003, fitoplâncton; Estação 3; INPA 237920: Lago
Grande, 24/03/2003, fitoplâncton; Estação 5; INPA 237923: Lago Catoá ,06/02/2004,
fitoplâncton; Estação 1; INPA 237924: Lago Catoá ,06/02/2004, fitoplâncton; Estação 1;
INPA 237931: Lago Cutiuaú , 21/03/2003, perifíton; Estação 4; INPA 237932: Lago
Cutiuaú, 21/03/2003, perifíton; Estação 5; INPA 237940: Lago Grande, 25/03/2003,
fitoplâncton; Estação 1; INPA 237944: Lago Grande, 11/02/2004, fitoplâncton; Estação 2;
INPA 237962: Lago Miratucu, 12/02/2004, fitoplâncton; Estação 2; INPA 237964: Lago
Patauá, 12/02/2004, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237966: Lago Queiroz, 25/03/2003,
perifíton; Estação 1; INPA 237967: Lago Queiroz, 12/04/2004, fitoplâncton; Estação 1;
INPA 237968: Lago Queiroz, 25/03/2003, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237974: Lago
Queiroz, 12/02/2004, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237975: Lago Queiroz ,04/04/2004,
fitoplâncton; Estação 1; INPA 237979: Lago Raimunda, 10/02/2004, fitoplâncton; Estação 1;
INPA 237980: Lago Raimunda, 24/03/2003, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237988: Lago
Tiaracá, 22/11/2006, fitoplâncton; Estação 1; INPA 238038: Rio Negro, 06/10/2009,
fitoplâncton; Estação 4; INPA 238043: Rio Negro, 06/10/2009, fitoplâncton; Estação 5;
INPA 239818: Lago Tupé, 27/02/2007, fitoplâncton; Estação 12; INPA 239851: Igarapé
Tiaracá, 24/03/2003, fitoplâncton; Estação 2.
Comentários: a var. brasiliense difere da típica da espécie pelo formato
obtrapeziforme da semicélula. Foi descrita por Förster (1969) de material coletado no Estado
do Pará, cujas medidas são: Cs = 40-42 µm, L = 58-64 µm, Ls = 22-24 µm, I = 13-14,5 µm.
Foram encontradas durante o presente estudo duas variações morfológicas de S.
elegantissimum var. brasiliense, uma das quais dicotípica, ou seja, com umas das semicélulas
75
com três processos e a outra semicélula com cinco. Forma dicotípica semelhante foi registrada
por Souza e Melo (2011), do estudo de material do Estado do Amapá. A outra variação
morfológica atualmente registrada também mostra um indivíduo dicotípico, entretanto, com
uma semicélula 5-angular e outra 6-angular. As medidas dos representantes desta última
forma foram semelhantes às registradas para a variedade (C = 40 µm, L = 62,5 µm, Ls = 25
µm, I = 10 µm).
S. elegantissimum Johnson var. brasiliense Förster f. triaradiatum Förster
Amazoniana 2(1-2): 81, pl. 46, fig. 4-7. 1969.
(Figuras 257-258)
Células 1,2 – 1,6 vez mais larga que longa. Semicélula obtrapeziforme, seno mediano
aberto, constrição mediana rasa, margem basal convexa, 1 fileira de espinhos na região acima
do istmo, margem apical côncava, com espinhos marginais simples, ângulos prolongados em
processos serreados, levemente convergentes, com verrugas. Vista vertical 3-angular, margens
levemente convexas, espinhos marginais 2-furcados e verrugas intramarginais simples.
Medidas: Comprimento com processos 25- 44 µm sem processos 30 µm. Largura
com processos 40- 52 µm sem processos 18- 22 µm. Istmo 6-8 µm.
Distribuição geográfica na Amazônia:
EM LITERATURA : Amazonas: rio Negro, rio Branco (Uherkovich e Rai 1979);
Pará: Área Santarém (Förster 1969); Nhamundá-Terra Santa (Thomasson 1977).
MATERIAL ESTUDADO : INPA 237974: Lago Queiroz, 12/02/2004, fitoplâncton;
Estação 1.
Comentários: Staurastrum elegantissimum Johnson var. brasiliense Förster f.
triradiatum foi descrito por Förster (1969) e difere da f. brasiliense por possuir os processos
angulares paralelos entre si e não convergentes; além disso, as extremidades dos processos
são 4-denticuladas. Morfologicamente semelhante a espécie apresentada por Förster na
descrição da espécie, porém os limites métricos são um pouco superiores aos que
apresentamos nesse trabalho (Cs= 39- 40µm, L= 64- 74µm, I= 12-13µm).
S. ensiferum Turner
Kongliga Svenska Vetenskapsakademiens Handlingar 25(5): 109, pl. 14, fig. 22. 1892.
(Figuras 65-66)
76
Células até 1,3 vez mais longa que larga. Semicélula campanular, seno mediano
aberto, constrição mediana moderada, margem basal convexa, margem apical reta ou
ligeiramente côncava, ângulos prolongados em 1 par de espinhos. Vista vertical 3- angular,
espinhos sobrepostos um ao outro, margem reta ou ligeiramente côncava entre os ângulos.
Medidas: Comprimento com espinhos 44- 61 µm, sem espinhos 26- 36 µm.
Largura com espinhos ca. 45 µm, sem espinhos ca. 30 µm. Istmo 8-11 µm larg.
Distribuição geográfica na Amazônia:
EM LITERATURA : primeira citação de ocorrência para a Amazônia.
MATERIAL ESTUDADO : INPA 239814: Lago Tupé, 19/06/2008, fitoplâncton;
Estação 10; INPA 239822: Lago Tupé, 24/06/2007, fitoplâncton; Estação 12.
Comentários: Essa nova espécie foi proposta por Turner (1892) para material
proveniente da Índia. Os limites métricos fornecidos pelo autor (C= 54 µm, L= 62 µm, I= 11
µm) são um pouco superiores aos aqui registrados, mas as características morfológicas
fornecidas pelo autor da descrição são idênticas às apresentadas nesse trabalho, sendo que não
foi fornecida a vista vertical da espécie.
S. erinacoideum Scott e Croasdale
Acta Botanica Fennica 69: 53, pl. 14, fig. 193. 1965.
(Figuras 63-64)
Células tão largas quanto longas ou até 1,1 vez mais longa quanto larga. Semicélula
oval, constrição mediana profunda, seno mediano aberto, acutangular, margens basal e apical
amplamente convexas, com espinhos marginais, ângulos apicais prolongados em espinhos
robustos, divergentes, agudos. Vista vertical 3-angular, margens entre os ângulos retas.
Medidas: Comprimento com espinhos 58-78 µm, sem espinhos 42-53 µm. Largura
com espinhos 52-89 µm, sem espinhos 30-49 µm. Istmo 8-15 µm larg.
Distribuição geográfica na Amazônia:
EM LITERATURA : Amazonas: rio Abacaxis (Förster 1974); rio Maués-Mirim
(Uherkovich 1981); lago Tupé (Melo et al. 2005); Pará: Igarapé Curí, igarapé Assu (Scott et
al. 1965); Área Santarém (Förster 1969).
MATERIAL ESTUDADO : INPA 237938: Lago Grande,07/08/2006, fitoplâncton;
Estação 1; INPA 237965: Lago Queiroz, 22/11/2006, fitoplâncton; Estação 1; INPA 238053:
Rio Unini, 13/03/2005, fitoplâncton; Estação 2; INPA 238054: Rio Unini, 13/03/2005,
fitoplâncton; Estação 3.
77
Comentários: S. erinacoideum Scott e Croasdale foi descrita por Scott et al. (1965) a
partir de material coletado no Estado do Pará e as medidas registradas por esses autores (C =
69-80 µm, Cs = 57-60 µm, L = 60-70 µm, Ls = 42-45 µm, = 16-20 µm) são semelhantes às
registradas durante este estudo, ficando ora dentro dos limites constantes na descrição da
espécie ora abaixo. As medidas registradas por Förster (1969) de material do Areal de
Santarém (C = 68-83 µm, Cs = 55-63 µm, L = 65-78 µm, Ls = 38-46 µm, I = 16,5-18 µm)
também são semelhantes às atualmente registradas, assim como suas feições morfológicas.
Förster (1974) apresentou características morfológicas e medidas de material identificado do
rio Abacaxis, Estado do Amazonas (C = 57-63 µm, L = 65-81 µm, Ls = 42-44 µm, I = 16 µm)
semelhantes às do material que examinamos.
S. exporrectum Scott e Prescott
Hydrobiologia 17(1-2): 91, pl. 50, fig. 4. 1961.
(Figuras 245-246)
Células 2,0 vezes mais largas que longas. Semicélula trapezoidal, constrição mediana
rasa, seno mediano aberto, margem basal reta ou ligeiramente convexa, serreada, margem
apical reta, com espinhos intramarginais, ângulos apicais prolongados em processos
serreados, amplamente divergentes, extremidades 2-denticuladas e com um espinho na base.
Vista vertical 2-angular, margens convexas, lisas.
Medidas: Comprimento com processos ca. 42 µm, sem processos ca. 20 µm.
Largura com processos 22- 32 µm, sem processos 12- 13 µm. Istmo ca. 4 µm larg.
Distribuição geográfica na Amazônia:
EM LITERATURA : primeira citação de ocorrência para a Amazônia.
MATERIAL ESTUDADO : INPA 238030: Rio Negro, 18/02/2009, fitoplâncton;
Estação 2.
Comentários: As medidas em Scott e Prescott (1961) de material da Indonésia (C =
52-54 µm, Cs = 24 µm, L = 31-35 µm, Ls = 21-23 µm, I = 8 µm) são superiores às registradas
neste estudo, mas as características morfológicas são semelhantes. Os referidos autores
comentaram que o epíteto específico exporrectum define o formato esticado da célula e
afirmaram não conhecer outra espécie de Staurastrum que pudesse ser comparada com S.
exporrectum. Alguns anos depois, todavia, Thomasson (1966) descreveu para o lago Shiwa
Ngandu a espécie Staurastrum invocator, muito semelhante a S. exporrectum, porém, a
diferença entre as duas espécies residiria na presença de margens laterais onduladas em S.
78
invacator e ligeiramente mais largas, além desta última espécie não apresentar as
ornamentações intramarginais apicais.
S. fittkaui Förster
Amazoniana 2(1-2): 82, pl. 43, fig. 11-13. 1969.
(Figuras 209-210)
Células até 1,2 vez mais longa que larga. Semicélula obtrapeziforme, constrição
mediana rasa, seno mediano aberto, margem basal reta ou ligeiramente convexa, margem
apical ligeiramente convexa, ângulos apicais prolongados em processos serreados, delgados,
divergentes, com extremidades denticuladas. Vista vertical 6-angular, margens côncavas entre
os processos, região central com um círculo de 12 verrugas 2-furcadas.
Medidas: Comprimento com processos 36- 60 µm, sem processos 11- 20µm.
Largura com processos 40- 48 µm, sem processos 14- 19 µm. Istmo 6- 9 µm larg.
Distribuição geográfica na Amazônia:
EM LITERATURA : Amazonas: rio Madeira (Förster 1974); rio Negro (Uherkovich
1976); Pará: Área Santarém (Förster 1969); rio Tapajós (Uherkovich 1976); lago Água Preta
(Martins-da-Silva e Bicudo 2007).
MATERIAL ESTUDADO : INPA 237943: Lago Tupé, 13/04/2003, fitoplâncton;
Estação 1; INPA 237980: Lago Raimunda, 24/03/2003, fitoplâncton; Estação 1; INPA
238017: Rio Branco, 12/03/2005, fitoplâncton; Estação 1; INPA 238018: Rio Branco,
12/03/2005, fitoplâncton; Estação 2; INPA 238037: Rio Negro, 02/12/2009, fitoplâncton;
Estação 4; INPA 239816: Lago Tupé, 20/04/2006, fitoplâncton; Estação 12.
Comentários: A espécie foi descrita por Förster (1969) após estudar material
proveniente do Pará e as características morfológicas e medidas originais são semelhantes às
registradas no presente estudo (C = 28-42 µm, Cs = 22-28 µm, L = 50-62 µm, Ls = 12,5-15
µm, I = 7-8,5 µm). Uherkovich (1976) apenas citou a ocorrência da espécie e o local de onde
foi coletada, não fazendo referência a medidas ou ilustração desse material. O espécime em
Förster (1974) apresenta vista vertical 5-angular e medidas (C = 29-33 µm, Cs = 22-25 µm, L
= 50-58 µm, Ls = 14 µm, I = 7,5-8 µm) ora abaixo ora dentro da faixa de variação em Förster
(1969).
Martins-da-Silva e Bicudo (2007) apresentam para um lago no Pará a referida espécie
com limites métricos inferiores aos aqui registrados (C= 21-23,5µm, L= 12,5- 15µm, I= 5-
7µm) e quanto as características morfológicas difere do que é apresentado aqui pelo número
79
de ângulos celulares, no caso 5-angular e as verrugas marginais são simples e não bifurcadas
como em nosso trabalho.
S. forficulatum Lundell
Nova Acta Regia Societatis Scientiarum Upsaliensis: série 3, 8(2): 66, pl. 4, fig. 5. 1871.
(Figuras 161-162)
Células 1,1 vez mais larga que longa. Semicélula subtrapeziforme a subelíptica,
constrição mediana profunda, seno mediano aberto, margem basal convexa, 1 espinho
simples, marginal, margem apical reta ou ligeiramente convexa, margem basal com 1
processo bífido, ângulos apicais prolongados em processos bífidos, divergentes. Vista vertical
3-angular, margens côncavas, 2 espinhos bífidos na base de cada processo angular.
Medidas: Comprimento com processo 25-30,6 µm, sem processos 21-27 µm.
Largura com processos 28-40 µm, sem processos 13- 15 µm. Istmo 6- 7 µm larg.
Distribuição geográfica na Amazônia:
EM LITERATURA : primeira citação de ocorrência para a Amazônia.
MATERIAL ESTUDADO : INPA 237938: Lago Grande,07/08/2006, fitoplâncton;
Estação 1; INPA 237942: Lago Grande, 07/08/2006, fitoplâncton; Estação 2.
Comentários: West e West (1923) forneceram medidas superiores às atualmente
registradas (C = 48-64 µm, Cs =40-45 µm, L = 54-95 µm, Ls = 37-60 µm, I = 9-16 µm), mas
a descrição que fizeram do material estudado é equivalente à do ora identificado. Nas
ilustrações apresentadas, os referidos autores mostraram semicélula com formato elíptico a
subhexagonal, com pequenas verrugas na parede celular e podendo se apresentar de 2 a 4-
angular; mostraram também a presença de dois pequenos espinhos bífidos situados
intramarginalmente entre os espinhos angulares.
Prescott et al. (1982) também apresentaram medidas e ilustrações semelhantes às de
West e West (1923).
Vyverman (1991) estudou material coletado em Papua Nova Guiné e registrou
medidas mais aproximadas das atualmente registradas (C = 35-37 µm, Cs = 24-27 µm, L =
35-38 µm, Ls = 21-23 µm). O referido autor comentou também que numerosas formas
intermediárias (expressões morfológicas) e variedades taxonômicas têm sido descritas para S.
forficulatum Lundell.
80
S. furcatum (Ehrenberg) Brébisson var. furcatum
Mémoires de la Societé Imperiale des Sciences Naturelles de Chebourg 4: 136. 1856.
(Figuras 155-156)
Células tão largas quanto longas ou até 1,1 vez mais larga que longa. Semicélula
transversalmente elíptica, constrição mediana rasa, margem basal convexa, margem lateral
com 1 processo 2-furcado, margem apical reta ou ligeiramente côncava, ângulos apicais
prolongados em processos 2-furcados, divergentes. Vista vertical 3-angular; margens retusas
na região mediana, 2 processos acessórios, curtos, extremidade bífida, próximos a cada
ângulo.
Medidas: Comprimento com processos 20-26 µm, sem processos 14-20 µm.
Largura com processos 22-26 µm, sem processos 14-16 µm. Istmo 6-8 µm larg.
Distribuição geográfica na Amazônia:
EM LITERATURA : primeira citação de ocorrência para a Amazônia.
MATERIAL ESTUDADO : INPA 238024: Rio Negro, 18/02/2009, fitoplâncton;
Estação 1; INPA 238045: Rio Negro, 18/02/2009, fitoplâncton; Estação 5; INPA 239818:
Lago Tupé, 27/02/2007, fitoplâncton; Estação 12.
Comentários: West e West (1923) forneceram várias ilustrações desta espécie,
mostrando que é bem característica a presença de dois processos bífidos em cada ângulo.
Quanto a dimensões, elas se assemelham às atualmente registradas (C = 25-33 µm, L = 20-40
µm, I = 6-10 µm). Prescott et al. (1982) também ilustraram vários indivíduos da espécie, com
as mesmas medidas e características morfológicas apresentadas por West e West (1923).
S. gemelliparum Nordstedt
Videnskabelige Meddelelser fra Dansk naturhistorisk Forening i Kjøbenhavn 1869(14-15):
230, pl. 4, fig. 54. 1869 (1870).
(Figuras 153-154)
Célula 1,1 vez mais longa que larga. Semicélula elíptica, seno mediano aberto,
margem basal convexa, ângulos laterais terminando em espinhos curtos, 2-furcados, margem
apical ligeiramente convexa, margem basal lisa, ângulos terminando em processos curtos, 2-
furcados; parede celular lisa. Vista vertical 3-angular, margens amplamente convexas entre os
processos, 1 par de processos bífidos, curtos, intramarginais.
Medidas: Comprimento com processos ca. 22 µm, sem processos ca. 18 µm.
Largura com processos ca. 20 µm, sem processos ca. 14 µm. Istmo ca. 8 µm larg.
81
Distribuição geográfica na Amazônia:
EM LITERATURA : Pará: lago Água Preta (Martins-da-Silva 2007).
MATERIAL ESTUDADO : INPA 238017: Rio Branco, 12/03/2005, fitoplâncton;
Estação 1; INPA 238018: Rio Branco, 12/03/2005, fitoplâncton; Estação 2.
Comentários: Nordstedt (1969) descreveu S. gemelliparum a partir de coleta realizada
no Estado de Minas Gerais. As medidas fornacidas pelo autor são próximas daquelas ora
registradas (C = 26 µm, Cs = 17 µm, L = 25 µm, Ls = 13 µm, I = 7,7 µm), bem como todas
suas características morfológicas.
Staurastrum gemelliparum Nordstedt é muito parecido, quanto a sua morfologia em
vista frontal, com S. furcatum (Ehrenberg) Brébisson var. scaevum Scott e Grönblad, porém,
quando observada em vista vertical, são diferentes quanto à presença de processos bífidos e
assimétricos à esquerda dos ângulos das semicélulas característicos desta variedade. Há uma
diferença entre o presente material e a descrição de S. gemelliparum no que tange aos
espinhos bífidos intramarginais, que são ora mais desenvolvidos.
As medidas na descrição original da nova espécie assemelham-se às ora obtidas do
material deste estudo.
Para material registrado na Amazônia, o trabalho de Martins-da-Silva e Bicudo (2007)
citam limites métricos aproximados aos aqui registrados (C= 17- 22,5µm, L= 27-29,5µm). As
características morfológicas são em vista frontal semelhantes, mas em vista vertical, observa-
se variação quanto ao número de processos angulares, no caso 4-angular e na ilustração
fornecida pelos autores não é demonstrado a presença de processos bífidos marginais.
S. geminatum Nordstedt var. geminatum
Acta Universitatis Lundensis 9: 30, pl. 1, fig. 13. 1873.
(Figuras 49-50)
Células tão longas quanto largas. Semicélula elíptica, seno mediano aberto,
arredondado, constrição mediana profunda, margem basal convexa, margem apical
amplamente convexa, margeada por espinhos curtos, ângulos apicais prolongados em 1 par de
espinhos divergentes, simples; parede celular decorada com 2 fileiras de espinhos. Vista
vertical 3-angular, margens retas ou ligeiramente convexas, espinhos marginais e
submarginais.
Medidas: Comprimento com processos 22-35 µm, sem processos 18-30 µm.
Largura com processos 24-32 µm, sem processos 20- 22 µm. Istmo 4-8 µm larg.
82
Distribuição geográfica na Amazônia:
EM LITERATURA : primeira citação de ocorrência para a Amazônia.
MATERIAL ESTUDADO : INPA 237949: Lago Grande, 24/10/2004, fitoplâncton;
Estação 3; INPA 238017: Rio Branco, 12/03/2005, fitoplâncton; Estação 1.
Comentários: os presentes exemplares de S. geminatum são muito semelhantes, tanto
morfologicamente quanto às medidas, com os estudados por Prescott et al. (1982: Cs= 29-
32µm, Ls= 25- 28µm, I= 11µm) e Dillard (1991: Cs= 29- 32µm, Ls= 25- 28µm, I= 11µm) e
ambos de material proveniente dos Estados Unidos da América e do Canadá e somente dos
Estados Unidos da América, respectivamente, principalmente quanto aos espinhos angulares e
as duas fileiras de espinhos na face de cada semicélula.
S. glaphyrum West e West
Transactions of the Linnean Society of London: série 2, 5: 74, pl. 8, fig. 27. 1895.
(Figuras 123-132)
Células tão largas quanto longas ou até 1,2 vez mais larga que longa. Semicélula
obtriangular, constrição mediana profunda, seno aberto, arredondado, margem basal reta ou
ligeiramente convexa, margem apical amplamente convexa, ângulos apicais prolongados em
processos lisos, delgados, divergentes, extremidade 3-denticulada. Vista vertical 3-angular,
margem entre os processos amplamente convexa, processos de uma semicélula alternos com
os da outra semicélula.
Medidas: Comprimento com processos 25-44 µm sem processos 8-14 µm. Largura
com processos 31-46 µm, sem processos 6-10 µm. Istmo 4-6 µm larg.
Distribuição geográfica na Amazônia:
EM LITERATURA : Pará: Igarapé Curí (Scott et al. 1965).
MATERIAL ESTUDADO : INPA 237923: Lago Catoá ,06/02/2004, fitoplâncton;
Estação 1; INPA 237924: Lago Catoá ,06/02/2004, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237943:
Lago Tupé, 13/04/2003, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237948: Lago Grande, 11/02/2004,
fitoplâncton; Estação 2; INPA 237962: Lago Miratucu, 12/02/2004, fitoplâncton; Estação 2;
INPA 237974: Lago Queiroz, 12/02/2004, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237984: Lago
Raimunda, 10/02/2004, fitoplâncton; Estação 1; INPA 238013: Lago Volta, 11/02/2004,
fitoplâncton; Estação 1; INPA 239790: Lago Tupé, 14/03/2004, fitoplâncton; Estação 1;
INPA 239807: Lago Tupé, 14/03/2004, fitoplâncton; Estação 10; INPA 239821: Lago Tupé,
25/01/2004, fitoplâncton; Estação 12; INPA 239827: Lago Tupé, 24/01/2004, fitoplâncton;
83
Estação 9; INPA 239828: Lago Tupé, 13/03/2004, fitoplâncton; Estação 9; INPA 240153:
Lago Tupé, 14/02/2004, fitoplâncton; Estação 12.
Comentários: A única referência à ocorrência desta espécie na região amazônica é o
trabalho de Scott et al. (1965), no qual os autores não mostraram certeza quanto à sua
identificação dizendo ter grande possibilidade de ser essa espécie. Além da dúvida na
identificação do material, os referidos autores também colocaram como dúvida no fato de ser
a sua a primeira citação da ocorrência no Brasil. A ilustração que apresentaram mostra apenas
a vista frontal de um espécime e as medidas que forneceram são semelhantes às obtidas
durante a presente investigação (C = 32 µm, Cs = 14 µm, L = 55 µm, Ls = 14 µm, I = 10 µm).
Foi observada variação quanto ao número de processos das duas semicélulas de um mesmo
indivíduls (espécimes dicotípicos) e entre indivíduos. Foram vistos exemplares com três e
com quatro processos ao lado de outros, dicotípicos, em que uma semicélula apresentou dois
processos e outra três ou uma semicélula apresentou três processos e a outra com quatro.
S. guentheri Thomasson
Revue Algologique: nova série, 7: 125, fig. 12. 1956.
(Figuras 213-214)
Células tão largas quanto longas ou até 1,2 vez mais larga que longa. Semicélula
obtrapeziforme, constrição mediana rasa, margem basal ligeiramente convexa, margem apical
reta, espinhos marginais simples, ângulos prolongados em processos serreados, divergentes,
extremidade 2-denticulada, fileira de espinhos simples na região do istmo e na face da
semicélula. Vista vertical não observada.
Medidas: Comprimento com processos 107,5- 132 µm, sem processos 27,5- 30 µm.
Largura com processos 127,5- 130 µm, sem processos 15- 22 µm. Istmo 7,5- 10 µm larg.
Distribuição geográfica na Amazônia:
EM LITERATURA : Amazonas: rio Juruena, rio Solimões (Uherkovich 1981), lago
Tupé (Melo et al. 2005); Pará: Área Santarém (Förster 1969), lago Maicá (Thomasson 1971).
MATERIAL ESTUDADO : INPA 222735: Lago Cutiuaú, 21/03/2003, fitoplâncton;
Estação 2; INPA 222738: Lago Cutiuaú, 21/03/2003, fitoplâncton; Estação 5; INPA 237943:
Lago Tupé, 13/04/2003, fitoplâncton; Estação 1; INPA 238037: Rio Negro, 02/12/2009,
fitoplâncton; Estação 4; INPA 239800: Lago Tupé, 21/11/2004, fitoplâncton; Estação 1;
INPA 239821: Lago Tupé, 25/01/2004, fitoplâncton; Estação 12; INPA 239869: Lago Tupé,
20/04/2009, perifíton: Utricularia foliosa; Estação 7; INPA 239878: Lago Tupé, 27/09/2009,
84
perifíton: U. foliosa; Estação 5.
Comentários: Staurastrum guentheri foi descrito por Thomasson (1956) após estudar
material coletado nas proximidades de Manaus. Förster (1969) citou a ocorrência da espécie
no Areal de Santarém, Estado do Pará. Nesse trabalho, o autor apresentou medidas próximas
daquelas atualmente registradas (C = 108-118 µm, Cs = 31-33 µm, L = 98-112 µm, I = 8-8,5
µm). A ilustração em Förster (1969) é bastante semelhante àquela do atual material, diferindo
apenas quanto aos processos que em Förster (1969) são mais curvados dos que os presentes.
Os trabalhos de Thomasson (1971), Uherkovich (1981) e Melo et al. (2005) apenas
citaram a ocorrência da espécie em suas respectivas listas dos espécimes identificados, sem
incluir medidas e/ou ilustração desses materiais.
S. haaboliense Wille
Christiania 11: 42, pl. 2, fig. 27. 1880.
(Figuras 189- 190)
Células 1,4- 1,5 vez mais largas que longas. Semicélula fusiforme, constrição mediana
profunda, seno mediano aberto, margem basal convexa, margem apical reta ou ligeiramente
convexa, ângulos apicais prolongados em processos convergentes, curtos, serreados,
extremidade com dentículos. Vista vertical 3-angular, margens entre os processos sem
ornamentação, retas ou ligeiramente côncavas.
Medidas: Comprimento com processos 20- 23 µm. Largura com processos 28- 34
µm, sem processos 14- 20 µm. Istmo ca. 4 µm larg.
Distribuição geográfica na Amazônia:
EM LITERATURA : primeira citação de ocorrência para a Amazônia.
MATERIAL ESTUDADO : INPA 238017: Rio Branco, 12/03/2005, fitoplâncton;
Estação 1.
Comentários: essa espécie foi registrada para a América do Norte por Prescott et al.
(1982) e as características morfológicas, se assemelham às apresentadas aqui, principalmente
na característica dos processos convergentes e formato da semicélula. Em vista vertical a
margem entre os processos também lisa. Quanto aos limites métricos fornecidos, estes são
aproximados aos que aqui apresentamos (C= 15- 18µm, L= 24- 27µm, I= 5-7µm).
85
S. hagmannii Grönblad
Acta Societatis Scientiarum Fennicae: série B, 2(6): 25, fig. 209. 1945.
(Figuras 105-106)
Células tão longas quanto largas ou até 1,1 vez mais larga que longas. Semicélula
triangular, constrição mediana rasa, seno mediano agudo, margem basal convexa, margem
apical reta ou ligeiramente convexa, ângulos apicais prolongados em processos robustos, 4
espinhos diminutos nos pólos. Vista vertical 3-angular, margens sem ornamentação, côncavas
entre os espinhos angulares acuminados.
Medidas: Comprimento com processos 19- 20 µm sem processos 16µm. Largura
com processos 20- 23 µm, sem processos 18- 19 µm. Istmo 6- 7 µm larg.
Distribuição geográfica na Amazônia:
EM LITERATURA : Amazonas: lago São Sebastião (Martins 1986); Pará: Área
Santarém (Grönblad 1945); lago Água Preta (Martins-da-Silva 2007).
MATERIAL ESTUDADO : INPA 238018: Rio Branco, 12/03/2005, fitoplâncton;
Estação 2.
Comentários: a espécie foi descrita originalmente por Grönblad (1945) a partir de
material proveniente do Estado do Pará. O exemplar estudado apresentou processos
relativamente mais curtos dos que foi observado por outros autores que registraram a presença
da espécie na Amazônia.
As medidas em Grönblad (1945) são semelhantes às apresentadas neste trabalho (C =
21 µm, L = 25 µm, I = 6,9 µm). A ilustração da vista frontal (taxonômica) em Grönblad
(1945) mostra os espinhos angulares nas vistas frontal e vertical 3-angular, com os ângulos
acuminados.
A ilustração em Martins (1986) é distinta da atualmente apresentada, mostrando como
se fossem dois processos bífidos na margem semicelular lateral e a margem apical
ornamentada com espinhos simples.
Martins-da-Silva e Bicudo (2007) citam para o estado do Pará a ocorrência da referida
espécies, com limites métricos aproximados aos ora apresentados (C= 17-25,5µm, L= 19-
28µm, I= 6- 7,8µm) e morfologicamente idêntico ao que é aqui apresentado, tanto em vista
frontal quanto em vista vertical.
S. hirsutum (Ehrenberg) Ralfs
British Desmidieae. 127, pl. 22, fig. 3. 1848.
86
(Figuras 31-34)
Célula 1,1- 1,2 vez mais longa que larga Semicélula transversalmente elíptica,
constrição mediana profunda, seno mediano aberto, margem basal ligeiramente convexa,
margem apical amplamente convexa, espinhos curtos marginais, face da semicélula com
espinhos concêntricos. Vista vertical 3-angular, margens retas ou ligeiramente convexas,
espinhos marginais e submarginais distribuídos de forma regular.
Medidas: Comprimento com espinhos 26-35 µm, sem espinhos 20-30 µm. Largura
com espinhos 22-30 µm, sem espinhos 20-25 µm. Istmo 6-9 µm larg.
Distribuição geográfica na Amazônia:
EM LITERATURA : Acre: lago Amapá (Keppeler et al. 1999b); Amazonas: rio
Jauaperi (Uherkovich e Rai 1979); Pará: lago Água Preta (Martins-da-Silva e Bicudo 2007).
MATERIAL ESTUDADO : INPA 222738: Lago Cutiuaú, 21/03/2003, fitoplâncton;
Estação 5; INPA 222739: Lago Cutiuaú, 21/03/2003, fitoplâncton; Estação 6; INPA 237882:
Igarapé Cutiuaú, 11/09/2003, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237883: Igarapé Cutiuaú,
22/03/2003, fitoplâncton; Estação 3; INPA 237923: Lago Catoá ,06/02/2004, fitoplâncton;
Estação 1; INPA 237924: Lago Catoá ,06/02/2004, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237925:
Lago Cutiuaú , 21/03/2003, perifíton; Estação 2; INPA 237926: Lago Cutiuaú , 22/03/2003,
perifíton; Estação 1; INPA 237931: Lago Cutiuaú , 21/03/2003, perifíton; Estação 4; INPA
237932: Lago Cutiuaú , 21/03/2003, perifíton; Estação 5; INPA 237935: Lago Grande,
29/03/2007, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237964: Lago Patauá, 12/02/2004, fitoplâncton;
Estação 1; INPA 237966: Lago Queiroz, 25/03/2003, perifíton; Estação 1; INPA 237975:
Lago Queiroz ,04/04/2004, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237978: Lago Raimunda,
24/06/2003, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237979: Lago Raimunda, 10/02/2004,
fitoplâncton; Estação 1; INPA 237980: Lago Raimunda, 24/03/2003, fitoplâncton; Estação 1;
INPA 237991: Lago Tiaracá, 25/06/2004, fitoplâncton; Estação 2; INPA 238013: Lago
Volta, 11/02/2004, fitoplâncton; Estação 1; INPA 238014: Lago Volta, 14/11/2003,
fitoplâncton; Estação 1 .
Comentários: Staurastrum hirsutum foi inicialmente descrito por Ehrenberg como
Xanthidium hirsutum (Ehrenberg 1833) e a combinação S. hirsutum foi proposta por Ralfs
(1848). As medidas em Ralfs (1848: C = 37,5-54,2 µm, L = 30,5-52,9 µm, I = 11 µm)
aproximam-se das atualmente registradas. Conforme comentado por Ralfs (1848) S. hirsutum
é muito semelhante, quanto aos seus detalhes morfológicos, a S. muricatum Brébisson ex
Ralfs, do qual difere por apresentar dimensões maiores (C = 62,1 µm, L = 53,6 µm) e
espinhos ou grânulos comparativamente menos robustos. West e West (1923) também
87
fizeram essa afirmação e afirmaram existir expressões morfológicas intermediárias entre as
duas espécies.
Prescott et al. (1982) forneceram medidas um pouco superiores (C = 38-54 µm, L =
30,5-54 µm, I = 11 µm) às presentemente obtidas do material amazônico. Os referidos autores
comentaram que, em vista vertical, as margens são côncavas entre os ângulos que são, por sua
vez, amplamente arredondados e que a região mediana é decorada com espinhos distribuídos
de maneira uniforme, exceto na porção mediana. Prescott et al. (1982) forneceram duas
ilustrações de exemplares da espécie e uma delas é bastante semelhante à ora registrada do
estudo do presente material do Amazonas.
Uherkovich e Rai (1979) apenas citaram a ocorrência da espécie no Estado do
Amazonas, sem citar medidas ou fornecer ilustração do material que estudaram.
Para o material do lago Amapá, Keppeler et al. (1999) cita limites métricos (C= 38-
54µm, L= 30,5-54µm, I= 11µm) ora dentro do que é apresentado ora superior. Em vista
vertical é idêntico ao que apresentamos aqui, mas em vista vertical a margem entre os ângulos
difere do nosso material pelas margens mais côncavas.
Foi observada variação no número de ângulos da semicélula em vista vertical, pois um
dos espécimes apresentou apenas dois. As medidas desta última expressão morfológica da
espécie (C = 28 µm, Cs = 20 µm, L = 26 µm, Ls = 20 µm, I = 8 µm) não foram diferentes
daquelas das expressões com três ângulos.
Martins-da-Silva e Bicudo (2007) apresentam a referida espécie para o estado do Pará
com limites métricos dentro da faixa que á apresentado em nosso trabalho (C= 25-35µm, L=
21- 32µm, I= 7,5- 10µm), morfologicamente semelhante ao aqui apresentado, tanto em vista
frontal quanto em vista vertical.
S. hystrix Ralfs var. floridense Scott e Croasdale
Acta Societatis Scientiarum Fennicae: série B, 2(8): 38, pl. 38, fig. 9-10. 1957.
(Figuras 35-36)
Células tão longas quanto largas. Semicélula elíptica, constrição mediana rasa, seno
mediano aberto, margem basal convexa, margem apical amplamente convexa, espinhos
diminutos marginais; parede celular com espinhos arrumados de forma concêntrica nos
ângulos. Vista vertical 3-angular, margem apical convexa, espinhos apicais e subapicais
restritos aos ângulos.
Medidas: Comprimento com espinhos 37- 37,5 µm, sem espinhos 32,5- 33µm.
88
Largura com espinhos ca. 35 µm, sem espinhos 27- 30 µm. Istmo 12,5- 15 µm larg.
Distribuição geográfica na Amazônia:
EM LITERATURA : Pará: Nhamundá-Terra Santa (Thomasson 1977).
MATERIAL ESTUDADO : INPA 237880: Igarapé Cutiuaú, 22/10/2004,
fitoplâncton; Estação 2; INPA 237888: Igarapé Jaradi ,05/03/2005, fitoplâncton; Estação 1.
Comentários: A variedade em pauta foi proposta a partir de material coletado por
Scott e Grönblad (1957) nos Estados Unidos da América. As medidas fornecidas
originalmente são inferiores às atualmente registradas (C = 25 µm, L = 19-20 µm, I = 8-9
µm), porém, todos os demais aspectos morfológicos concordam com a ilustração fornecida
por eles, principalmente, quando são observados os espinhos em vista vertical, situação em
que aparecem restritos aos ângulos.
O único trabalho que faz menção à presença dessa espécie na Amazônia é de
Thomasson (1977), que apenas a incluiu na lista de materiais identificados para Nhamundá-
Terra Santa, sem incluir ilustração ou medidas do(s) espécime(s) examinado(s).
S. inconspicuum Nordstedt
Acta Universitatis Lundensis 9: 26, pl. 1, fig. 11. 1873.
(Figuras 163-164)
Células tão largas quanto longas ou até 1,1 vez mais larga quanto longas. Semicélula
quadrangular, seno mediano aberto, arredondado, constrição mediana moderada, margem
basal reta, margem apical côncava, ângulos prolongados em processos curtos, serreados,
robustos, extremidade denticulada. Vista vertical 4-angular, margens côncavas, processos de
uma semicélula alternos com os da outra semicélula.
Medidas: Comprimento com processos 12-14 µm, sem processos 8-10 µm.
Largura com processos 11-16 µm, sem processos 6-8 µm. Istmo 4-6 µm larg.
Distribuição geográfica na Amazônia:
EM LITERATURA : Pará: Área Santarém (Grönblad 1945); Nhamundá-Terra Santa
Thomasson (1977).
MATERIAL ESTUDADO : INPA 238031: Rio Negro, 02/03/2005, fitoplâncton;
Estação 2.
Comentários: apenas os trabalhos de Grönblad (1945) e Thomasson (1977) referem a
ocorrência de S. inconspicuum na região amazônica, porém, nenhum deles incluiu medidas
e/ou ilustração dos materiais que estudaram.
89
S. laeve Ralfs var. latidivergens Scott e Grönblad
Acta Societatis Scientiarum Fennicae: série B, 2(8): pág. ?, pl. 31, fig. 4. 1957.
(Figuras 151-152)
Células tão largas quanto longas. Semicélula elíptica, constrição mediana rasa,
margem basal convexa, margem lateral com processos 2-furcados, margem apical reta;
ângulos apicais prolongados em processos divergentes, amplamente 2-furcados. Vista vertical
3-angular, processos mamilados, verrugas na base dos processos.
Medidas: Comprimento com processos ca. 22 µm, sem processos ca. 18 µm.
Largura com processos ca. 24 µm, sem processos ca. 20 µm. Istmo ca. 4 µm larg.
Distribuição geográfica na Amazônia:
EM LITERATURA : primeira citação de ocorrência para a Amazônia.
MATERIAL ESTUDADO : INPA 238031: Rio Negro, 02/03/2005, fitoplâncton;
Estação 2.
Comentários: Staurastrum laeve Ralfs var. latidivergens Scott e Grönblad foi,
originalmente, apenas ilustrada a partir de material coletado por Scott e Grönblad (1957) nos
Estados Unidos da América. Não existe nesse último trabalho uma descrição da nova
variedade proposta. A ilustração que forneceram difere um pouco da que é atualmente
apresentada, pois, em vista frontal, a margem apical da semicélula é ligeiramente convexa,
enquanto que na vertical não houve diferença. Os referidos autores não forneceram descrição,
nem medidas da nova variedade.
S. leptacanthum Nordstedt var. leptacanthum
Videnskabelige Meddelelser fra Dansk naturhistorisk Forening i Kjøbenhavn (14-15): 229, pl.
4, fig. 46. 1869 (1870).
(Figuras 119-120)
Células 1,1 vez mais longas que largas. Semicélula circular, constrição mediana
profunda, seno mediano aberto, margem basal convexa, sem ornamentação, margem apical
convexa, sem ornamentação, ângulos apicais prolongados em processos cilíndricos, lisos,
divergentes, terminados em 2 dentículos. Vista vertical 6-angular, margens retas, sem
ornamentações entre os processos.
Medidas: Comprimento com processos 48-77,5 µm, sem processos 28-36 µm.
Largura com processos 42-68 µm, sem processos 18-26 µm. Istmo 8-14 µm larg.
Distribuição geográfica na Amazônia:
90
EM LITERATURA : Amazonas: rio Maués, rio Maués-Assu, rio Apoquitaua, lago
do Elias, rio Canumã (Förster 1974); rio Negro (Uherkovich 1976); lago Cabaliana
(Uherkovich 1981); Maranhão: lago Quebra-Pote (Nogueira et al. 2005); Pará: Área
Santarém (Grönblad 1945); rio Arapiuns (Scott et al. 1965); Lago Jurucui, Lago Maica
(Thomasson 1971); Nhamundá-Terra Santa (Thomasson 1977); baía do Guajará e foz do rio
Guamá (Paiva et al. 2006); corredeira Boa Esperança, remanso Boa Esperança, remanso
Arroz Cru, corredeira Caitucá, remanso CNEC, corredeira CNEC (Costa et al. 2009); lago
Água Preta (Costa et al., 2010).
MATERIAL ESTUDADO : INPA 237966: Lago Queiroz, 25/03/2003, perifíton;
Estação 1; INPA 238017: Rio Branco, 12/03/2005, fitoplâncton; Estação 1; INPA 238021:
Rio Negro, 02/12/2009, fitoplâncton; Estação 1; INPA 238022: Rio Negro, 06/10/2009,
fitoplâncton; Estação 1; INPA 238037: Rio Negro, 02/12/2009, fitoplâncton; Estação 4;
INPA 238038: Rio Negro, 06/10/2009, fitoplâncton; Estação 4; INPA 238042: Rio Negro,
02/12/2009, fitoplâncton; Estação 5; INPA 239820: Lago Tupé, 17/08/2003, fitoplâncton;
Estação 12.
Comentários: Staurastrum leptacanthum foi proposto por Nordstedt (1970) a partir de
material coletado no Estado de Minas Gerais. O referido autor descreveu a espécie como
tendo os processos angulares inseridos em dois níveis, sendo oito deles no nível inferior e
quatro no superior, Contudo, na ilustração em Nordstedt (1870) há quatro processos no nível
superior e apenas seis no inferior, isto é, o mesmo número de processos atualmente
observados em cada nível.
Grönblad (1945) registrou a presença da espécie na região do Areal de Santarém e
observou variação no tamanho dos indivíduos nas distintas localidades (C = 84-103 µm, L =
80-95 µm, I = 18-19 µm), entretanto, não forneceu ilustração dos materiais que identificou.
As características dos espécimes em Scott et al. (1965) são diferentes das descritas
originalmente por Nordstedt (1870), que a descreveu com nove processos no nível inferior e
seis no superior. Scott et al. (1965) comentaram, além disso, que os exemplares que mediram
apresentaram duas vezes o tamanho registrado por Nordstedt (1870: C = 113 µm, Cs = 48 µm,
L = 117-126 µm, Ls = 28-30 µm, I = 21 µm).
Thomasson (1971) registrou a espécie em dois ambientes e forneceu apenas ilustração
de sua vista vertical. Nessa ilustração podem ser vistos nove processos no nível inferior e seis
no superior.
Em Förster (1974) também foram ilustrados indivíduos com seis processos no nível
inferior e quatro no superior. Com relação a medidas, os valores citados em Förster (1974) são
91
próximos àqueles ora identificados (60-94 µm, Cs = 28-36 µm, L = 50-95 µm, Ls = 17,5-23
µm, I = 13-14,5 µm).
Uherkovich (1976), Thomasson (1977), Uherkovich (1981), Nogueira et al. (2005),
Paiva et al. (2006) e Costa et al. (2009; 2010) somente citaram S. leptacanthum em seus
trabalhos, porém, não forneceram medidas nem ilustração dos materiais que estudaram.
S. leptacanthum Nordstedt var. borgei Förster
Amazoniana 2(1-2): 86, pl. 59, fig. 4-6. 1969.
(Figuras 121-122)
Células tão longas quanto largas. Semicélula circular, constrição mediana profunda,
seno mediano aberto, margem basal convexa, sem ornamentação, margem apical convexa,
ângulos apicais prolongados em processos cilíndricos, lisos, divergentes, situados em dois
níveis, sendo 9 mais longos no nível inferior e seis mais curtos no superior, extremidades dos
processos 2-denticuladas. Vista vertical 9-angular, margens retas, sem ornamentação entre os
processos, processos em dois níveis.
Medidas: Comprimento com processos 54-66 µm, sem processos 30-40 µm.
Largura com processos 50-70 µm, sem processos 20-22 µm. Istmo 12-16 µm larg.
Distribuição geográfica na Amazônia:
EM LITERATURA : Amazonas: rio Negro (Uherkovich 1976); rio Branco
(Uherkovich e Rai 1979); rio Maués-Assu, lago Cabaliana (Uherkovich 1981); lago São
Sebastião (Martins 1986); reservatório Balbina (Bittencourt-Oliveira 1993); Pará: Área
Santarém (Förster 1969); rio Tapajós (Uherkovich 1976);
MATERIAL ESTUDADO : INPA 238003: Lago Tupé, INPA 23/09/2008,
fitoplâncton; Estação 12; INPA 238019: Rio Branco, 12/03/2005, fitoplâncton; Estação 3;
INPA 238022: Rio Negro, 06/10/2009, fitoplâncton; Estação 1; INPA 239795: Lago Tupé,
27/02/2007, fitoplâncton; Estação 1; INPA 239875: Lago Tupé, 18/06/2009, perifíton:
Utricularia foliosa; Estação 8.
Comentários: S. leptacanthum Nordstedt var. borgei Förster foi descrita com base em
material coletado no Estado do Pará e difere da típica da espécie pela presença de nove
processos angulares no nível inferior da semicélula em vista frontal (taxonômica) e seis no
superior. As medidas dos exemplares neste estudo assemelham-se às referidas na descrição
original da var. borgei Förster em pauta (C = 71-115 µm, Cs = 32-49 µm, L = 68-112 µm, Ls
= 22-36 µm, I = 14,5-23 µm).
92
Uherkovich (1976), Uherkovich e Rai (1979) e Uherkovich (1981) apenas contêm uma
listagem das espécies registradas em seus respectivos estudos, sem incluir descrição, medidas
e/ou ilustração dos materiais que estudaram. Martins (1986) registrou a presença espécie no
Estado do Amazonas e tanto suas medidas quanto as demais características morfológicas são
praticamente idênticas às registradas neste estudo.
S. leptocladum Nordstedt var. cornutum Wille f. cornutum
Bih. K. Svenska Vetensk.-Akad. Handl. 8(18): 19, pl. 1, fig. 39. 1884.
(Figuras 267-270)
Células 2,7 vezes mais largas que longas. Semicélula subcampanular, constrição mediana
rasa, seno mediano aberto, margem basal ligeiramente inflada logo acima do istmo, convexa,
margem apical ligeiramente convexa ou reta, 1 par de espinhos inflados na base, um dos quais
posterior e o outro inferior, voltados para sentidos opostos, ângulos apicais prolongados em
processos serreados, retos ou ligeiramente elevados na região distal, 1 anel de grânulos na
região supraistmal. Vista vertical 2-angular, pólos estendidos em processos longos, afilados.
Medidas: Comprimento com processos 45-60 µm, sem processos 30-40 µm.
Largura com processos 70 - 147µm, sem processos 20-23 µm. Istmo 10-16 µm larg.
Distribuição geográfica na Amazônia:
EM LITERATURA : Amazonas: rio Amazonas, rio Içana (Uherkovich 1981); lago
Tupé (Melo et al. 2005); Pará: Área Santarém (Grönblad 1945; Förster 1969); lago Jurucuí,
lago Maicá (Thomasson 1971); rio Tapajós (Uherkovich 1976); Nhamundá-Terra Santa
(Thomasson 1977); lago Batata, lago Mussurá, rio Trombetas (Huszar 1996; Sophia e Huszar
1996); lago ilha Grande, remanso Boa Esperança (Costa et al. 2009).
MATERIAL ESTUDADO : INPA 237905: Igarapé Tarumã: Mirim, 06/10/2009,
fitoplâncton; Estação 1; INPA 238017: Rio Branco, 12/03/2005, fitoplâncton; Estação 1;
INPA 238019: Rio Branco, 12/03/2005, fitoplâncton; Estação 3; INPA 238021: Rio Negro,
02/12/2009, fitoplâncton; Estação 1; INPA 238022: Rio Negro, 06/10/2009, fitoplâncton;
Estação 1; INPA 238028: Rio Negro, 06/10/2009, fitoplâncton; Estação 2; INPA 238033: Rio
Negro, 06/10/2009, fitoplâncton; Estação 3; INPA 238038: Rio Negro, 06/10/2009,
fitoplâncton; Estação 4; INPA 238043: Rio Negro, 06/10/2009, fitoplâncton; Estação 5;
INPA 239806: Lago Tupé, 13/12/2003, fitoplâncton; Estação 10.
Comentários: Staurastrum leptocladum Nordstedt var. cornutum Wille difere da
93
variedade-tipo da espécie por conta dos processos inicialmente convergentes na porção
proximal da célula e, depois, voltados para cima na porção distal; e pela margem apical com
um par de espinhos que surge de uma protrusão apical.
O primeiro trabalho a abordar esta variedade taxonômica na região amazônica é de
Grönblad (1945), onde o autor fornece duas ilustrações equivalentes às registradas neste
trabalho, evidenciando as verrugas na região do istmo e a disposição dos espinhos na margem
apical.
Thomasson (1971; 1977), Uherkovich (1976; 1981), Huszar (1996), Melo et al. (2005)
e Costa et al. (2009) só incluíram uma lista das espécies que ocorreram em seus respectivos
locais de estudo, sem incluir qualquer descrição e/ou ilustração dos materiais que
examinaram.
Foram presentemente observados alguns indivíduos com a região logo acima do istmo
provida de grânulos e outros destituídos dessa ornamentação.
S. leptocladum Nordstedt var. insigne West e West
Transactions of the Linnean Society of London 5(5): 266, pl. 17, fig. 7. 1896.
(Figura 266)
Células 1,8 vez mais larga que longa. Semicélula subcampanular, constrição mediana
rasa, seno mediano aberto, margem basal inflada logo acima do istmo, margem apical
ligeiramente convexa, 1 fileira de verrugas marginais, ângulos apicais prolongados em
processos serreados, horizontalmente dispostos ou voltados para cima, extremidade
denticulada. Vista vertical não observada.
Medidas: Comprimento com processos 62- 69 µm, sem processos 42- 48 µm.
Largura com processos 108- 125 µm, sem processos 20- 37 µm. Istmo 6- 9 µm larg.
Distribuição geográfica na Amazônia:
EM LITERATURA : Amazonas: rio Maués (Förster 1974); rio Branco (Uherkovich e
Rai 1979); rio Amazonas, lago Calado (Uherkovich 1981); lago São Sebastião (Martins
1986); Pará: Área Santarém (Grönblad 1945; Förster 1969); lago Maicá (Thomasson 1971);
Nhamundá-Terra Santa (Thomasson 1977).
MATERIAL ESTUDADO : INPA 238033: Rio Negro, 06/10/2009, fitoplâncton;
Estação 3; INPA 238038: Rio Negro, 06/10/2009, fitoplâncton; Estação 4.
Comentários: Staurastrum leptocladum Nordstedt var. insigne foi proposto por West
e West (1896) para material proveniente da América do Norte e apresenta feições
94
morfológicas distintas das que foram registradas neste estudo. Na ilustração original os
processos angulares são amplamente divergentes, ocorrem verrugas ligeiramente bifurcadas
na margem apical e uma fileira de pequenos espinhos logo acima do istmo. As medidas dos
presentes espécimes foram ora superiores, ora inferiores e, às vezes, dentro do que foi
apresentado na descrição da variedade (C = 76 µm, Cs = 35 µm, L = 85 µm, Ls = 17 µm, I =
8,5 µm).
Prescott et al. (1982) identificaram a ocorrência de representantes desta variedade nos
Estados Unidos da América e no Canadá e incluíram ilustração de dois espécimes. Uma
dessas ilustrações (Prescott et al. 1982: pl. 408, fig. 7) é bastante comparável com as do atual
material da Amazônia, principalmente, no que diz respeito à ausência de ornamentação na
região próxima ao istmo e ao padrão de ornamentação da região apical da semicélula.
Dillard (1991) não apresentou diferença de medidas em relação ao que foi inicialmente
estabelecido por West e West (1896), nem quanto às demais características morfológicas.
Grönblad (1945) foi o primeiro autor a citar a ocorrência de S. leptocladum Nordstedt
var. insigne West e West na Amazônia. As características morfológicas e a ilustração do
materil em Grönblad (1945) são equivalentes às aqui apresentadas. Com relação a medidas,
essas foram superiores às aqui registradas (C = 103-115 µm, Cs = 43-44 µm, L = 126-144
µm, I = 9 µm).
Förster (1969) identificou espécimes de tamanho maior dos ora estudados (C = 93-100
µm, Cs = 50-62 µm, L = 129-167 µm, I = 10-13 µm). O referido autor forneceu duas
ilustrações de representantes da espécie, uma que apresenta pequenas verrugas bifurcadas
marginais e espinhos na região do istmo e a outra semelhante àquelas do presente trabalho, ou
seja, com verrugas simples na região apical da semicélula, porém, diferente por apresentar
espinhos na região do istmo. Em 1974, o mesmo autor (Förster 1974) também apresentou, ao
trabalhar com material do Estado do Amazonas, características morfológicas semelhantes às
aqui observadas, exceto pela ornamentação na região do istmo e pelas medidas que se
aproximaram do que é atualmente apresentado (C = 68-97 µm, Cs = 48-54 µm, L = 128-147
µm, I = 10 µm).
Martins (1986) registrou a ocorrência desta variedade no lago São Sebastião, no
Estado do Amazonas, cujos espécimes são muito próximos, quanto a sua morfologia, aos do
presente trabalho. As medidas em Martins (1986) apresentaram grande espectro de variação
(C = 47-119 µm, Cs = 48-59 µm, L = 134-150 µm, Ls = 19-28 µm, I = 6-10,5 µm). A referida
autora ainda comentou a ocorrência de uma grande variedade no desenvolvimento das
verrugas apicais, que em alguns indivíduos apareceram até muito reduzidas.
95
Thomasson (1977), Uherkovich e Rai (1979) e Uherkovich (1981) apenas citaram a
ocorrência da espécie, sem apresentar descrição, medidas e/ou ilustração dos materiais que
estudaram.
S. longipes (Nordstedt) Teiling var. longipes
Botaniska Notiser 1: 80, fig. 23. 1946.
(Figuras 243-244)
Células 1,1- 1,2 vez mais larga que longa. Semicélula subtriangular, constrição
mediana rasa, seno mediano agudo, margem apical reta ou ligeiramente convexa, margem
basal ligeiramente convexa, ângulos apicais prolongados em processos serreados, divergentes,
com grânulos ao longo dos processos; parede celular lisa. Vista vertical 3-angular, margens
sem ornamentação, retas entre os processos.
Medidas: Comprimento com processos 38- 75 µm, sem processos 20- 28 µm.
Largura com processos 42- 65 µm, sem processos 10- 17 µm. Istmo 4- 7 µm larg.
Distribuição geográfica na Amazônia:
EM LITERATURA : Amazonas: rio Negro, rio Branco, rio Jauaperi, rio Branquinho,
rio Jufari, rio Unini, rio Jaú (Uherkovich e Rai 1979); rio Solimões, rio Apoquitaua, rio Içá,
rio Maués-Assu, rio Paraconí (Uherkovich 1981); lago Cutiuaú (Melo e Souza 2009); Pará:
igarapé Curí, rio Arapiuns (Scott et al. 1965); Área Santarém (Förster 1969); lago Batata, lago
Mussurá, rio Trombetas (Huszar 1996, Sophia e Huszar 1996); baía do Guajará e foz do rio
Guamá (Paiva et al. 2006).
MATERIAL ESTUDADO : INPA 222735: Lago Cutiuaú, 21/03/2003, fitoplâncton;
Estação 2; INPA 222738: Lago Cutiuaú, 21/03/2003, fitoplâncton; Estação 5; INPA 237891:
Igarapé Preto, 19/10/2004, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237901: Igarapé Tarumã,
06/10/2009, fitoplâncton; Estação 2; INPA 237905: Igarapé Tarumã: Mirim, 06/10/2009,
fitoplâncton; Estação 1; INPA 237907: Igarapé Tarumã: Mirim , 18/02/2009, fitoplâncton;
Estação 1; INPA 237909: Igarapé Tarumã: Mirim, 06/10/2009, fitoplâncton; Estação 2;
INPA 237920: Lago Grande , 24/03/2003, fitoplâncton; Estação 5; INPA 237924: Lago
Catoá ,06/02/2004, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237925: Lago Cutiuaú , 21/03/2003,
perifíton; Estação 2; INPA 237930: Lago Cutiuaú , 21/03/2003, perifíton; Estação 3; INPA
237934: Lago Grande, 26/03/2006, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237935: Lago Grande,
29/03/2007, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237939: Lago Grande, 12/11/2003, fitoplâncton;
Estação 1; INPA 237948: Lago Grande, 11/02/2004, fitoplâncton; Estação 2; INPA 237949:
96
Lago Grande, 24/10/2004, fitoplâncton; Estação 3; INPA 237950: Lago Grande, 14/11/2003,
fitoplâncton; Estação 3; INPA 237957: Lago Manixiuau, 20/10/2004, fitoplâncton; Estação 1;
INPA 237958: Lago Manixiuau, 20/10/2004, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237962: Lago
Miratucu, 12/02/2004, fitoplâncton; Estação 2; INPA 237963: Lago no Araras, 28/02/2009,
fitoplâncton; Estação 1; INPA 237964: Lago Patauá, 12/02/2004, fitoplâncton; Estação 1;
INPA 237966: Lago Queiroz, 25/03/2003, perifíton; Estação 1; INPA 237972: Lago Queiroz,
25/10/2004, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237974: Lago Queiroz, 12/02/2004, fitoplâncton;
Estação 1; INPA 237976: Lago Queiroz, 14/11/2003, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237977:
Lago Raimunda, 29/03/2007, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237980: Lago Raimunda,
24/03/2003, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237982: Lago Raimunda, 13/11/2003,
fitoplâncton; Estação 1; INPA 237984: Lago Raimunda, 10/02/2004, fitoplâncton; Estação 1;
INPA 237987: Lago Raimunda, 13/05/2005, fitoplâncton; Estação 1; INPA 238010: Lago
Volta, 24/10/2004, fitoplâncton; Estação 1; INPA 238013: Lago Volta, 11/02/2004,
fitoplâncton; Estação 1; INPA 238017: Rio Branco, 12/03/2005, fitoplâncton; Estação 1;
INPA 238018: Rio Branco, 12/03/2005, fitoplâncton; Estação 2; INPA 238019: Rio Branco,
12/03/2005, fitoplâncton; Estação 3; INPA 238021: Rio Negro, 02/12/2009, fitoplâncton;
Estação 1; INPA 238022: Rio Negro, 06/10/2009, fitoplâncton; Estação 1; INPA 238026: Rio
Negro, 10/03/2005, fitoplâncton; Estação 10; INPA 238027: Rio Negro, 02/12/2009,
fitoplâncton; Estação 2; INPA 238028: Rio Negro, 06/10/2009, fitoplâncton; Estação 2;
INPA 238032: Rio Negro, 02/12/2009, fitoplâncton; Estação 3; INPA 238033: Rio Negro,
06/10/2009, fitoplâncton; Estação 3; INPA 238037: Rio Negro, 02/12/2009, fitoplâncton;
Estação 4; INPA 238038: Rio Negro, 06/10/2009, fitoplâncton; Estação 4; INPA 238042: Rio
Negro, 02/12/2009, fitoplâncton; Estação 5; INPA 238043: Rio Negro, 06/10/2009,
fitoplâncton; Estação 5; INPA 238053: Rio Unini, 13/03/2005, fitoplâncton; Estação 2; INPA
239785: Lago Tupé,09/03/2003, fitoplâncton; Estação 1; INPA 239790: Lago Tupé,
14/03/2004, fitoplâncton; Estação 1; INPA 239821: Lago Tupé, 25/01/2004, fitoplâncton;
Estação 12; INPA 239823: Lago Tupé,09/03/2003, fitoplâncton; Estação 9; INPA 239833:
Lago Tupé, 12/11/2006, fitoplâncton; Estação 9; INPA 239837: Lago Tiaracá, 10/02/2004,
fitoplâncton; Estação 1; INPA 239841: Lago Ilha Camaleão, 18/02/2009, fitoplâncton;
Estação 1; INPA 239849: Igarapé Tiaracá, 10/02/2004, fitoplâncton; Estação 1; INPA
239870: Lago Tupé, 20/04/2009, perifíton: Utricularia foliosa; Estação 8; INPA 239877:
Lago Tupé, 27/09/2009, perifíton: U. foliosa; Estação 4; INPA 239880: Lago Tupé,
27/09/2009, perifíton: U. foliosa; Estação 9; INPA 240153: Lago Tupé, 14/02/2004,
fitoplâncton; Estação 12.
97
Comentários: Förster (1969) identificou exemplares representantes desta espécie,
cujas características morfológicas e medidas (C = 55-70 µm, Cs = 27-30 µm, L = 55-84 µm,
Ls = 18-22 µm, I = 9-10,5 µm) se assemelham às dos presentes. Uherkovich e Rai (1979),
Uherkovich (1981), Huszar (1996) e Melo e Souza (2009) apenas incluíram esta espécie na
lista dos materiais das localidades que estudaram, sem lhes referir as medidas ou ilustração
dos respectivos materiais. Sophia e Huszar (1996) apresentaram uma breve descrição
morfológica e medidas dos materiais que examinaram.
O trabalho de Paiva et al. (2006) fornece apenas lista de ocorrência de espécies, sem
fazer citação a limites métricos ou fornecer ilustração.
S. longispinun (Bailey) Archer var. bidentatum (Wittr.) West
In West, West e Carter, A monograph of the British Desmidiaceae 5: 34, pl. 134, fig. 2-3.
1923.
Basiônimo: S. bidentatum Wittrock, Nova Acta reg. Soc. Sci. Upsaliensis, III, 7 (3): 16. Pl. 1,
Fig. 7. 1969.
(Figuras 67-68)
Células tão largas quanto longas ou até 1,1 vez mais larga que longa. Semicélula
subtriangular, constrição mediana profunda, seno mediano aberto, margem basal convexa,
margem apical reta, ângulos apicais prolongados em 1 par de espinhos robustos, ligeiramente
divergentes, agudos e de tamanho similar. Vista vertical 3-angular, margens ligeiramente
côncavas entre os espinhos angulares.
Medidas: Comprimento com espinhos ca. 30 µm, sem espinhos 22- 24 µm.
Largura com espinhos 32-33 µm, sem espinhos 18- 24 µm. Istmo 6- 9 µm larg.
Distribuição geográfica na Amazônia:
EM LITERATURA : primeira citação de ocorrência para a Amazônia.
MATERIAL ESTUDADO : INPA 238024: Rio Negro, 18/02/2009, fitoplâncton;
Estação 1; INPA 239812: Lago Tupé, 27/02/2007, fitoplâncton; Estação 10.
Comentários: foi observado em alguns indivíduos camada de mucilagem formando
esfera ao redor da célula e em outros essa características foi ausente. Os representantes desta
variedade são semelhantes aos da típica da espécie, exceto pelo fato de os espinhos serem
mais reduzidos e a margem apical não ser tão convexa. West e West (1923) forneceram
medidas bem superiores às aqui documentadas (C = 80-90 µm, Ls = 75-85 µm, I = 30-35
µm); além disso, a ilustração que apresentaram se confunde com aquelas que ora obtivemos
98
do material da Amazônia.
Hirano (1955) comentou que os espécimes do Japão apresentaram tamanho mais
reduzido (C = 31-62 µm, Ls = 37-64,5 µm, I = 11-26,5 µm) se comparado com aquelas em
West e West (1923). Tais espécimes do Japão equivalem, do ponto de vista morfológico, aos
desta pesquisa.
S. manfeldtii Delponte var. manfeldtii
Memorie della Reale Academia de Scienze di Torino: série 2, 28: 64, pl. 13, fig. 6-19. 1876.
(Figuras 237- 240)
Células 1,3- 1,5 vez mais larga que longa. Semicélula poculiforme, constrição
mediana rasa, seno mediano aberto, fileira de espinhos na região do istmo, margem basal
inflada, margem apical reta com verrugas 2-furcadas marginais, ângulos apicais prolongados
em processos serreados, divergentes, extremidade denticulada. Vista vertical 3-angular,
margem entre os processos côncava, verrugas intramarginais.
Medidas: Comprimento com processos 24- 48 µm, sem processos 27- 34 µm.
Largura com processos 32-68 µm, sem processos 10-20 µm. Istmo 6-10 µm larg.
Distribuição geográfica na Amazônia:
EM LITERATURA : Amazonas: lago Tupé (Melo et al. 2005); Pará: lago Maicá
(Thomasson 1971).
MATERIAL ESTUDADO : INPA 222737: Lago Cutiuaú, 21/03/2003, fitoplâncton;
Estação 4; INPA 222741: Lago Cutiuaú, 21/03/2003, fitoplâncton; Estação 8; INPA 237899:
Igarapé Tarumã, 18/02/2008, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237901: Igarapé Tarumã,
06/10/2009, fitoplâncton; Estação 2; INPA 237905: Igarapé Tarumã: Mirim, 06/10/2009,
fitoplâncton; Estação 1; INPA 237907: Igarapé Tarumã: Mirim , 18/02/2009, fitoplâncton;
Estação 1; INPA 237909: Igarapé Tarumã: Mirim, 06/10/2009, fitoplâncton; Estação 2;
INPA 237914: Igarapé Zito, 20/10/2004, fitoplâncton; Estação 2; INPA 237920: Lago
Grande , 24/03/2003, fitoplâncton; Estação 5; INPA 237930: Lago Cutiuaú , 21/03/2003,
perifíton; Estação 3; INPA 237938: Lago Grande,07/08/2006, fitoplâncton; Estação 1; INPA
237940: Lago Grande, 25/03/2003, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237952: Lago Ilha
Camaleão, 18/07/2009, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237954: Lago Ilha
Camaleão,06/10/2009, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237957: Lago Manixiuau, 20/10/2004,
fitoplâncton; Estação 1; INPA 237967: Lago Queiroz, 12/04/2004, fitoplâncton; Estação 1;
INPA 237974: Lago Queiroz, 12/02/2004, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237986: Lago
99
Raimunda, 13/05/2005, perifíton; Estação 1; INPA 237988: Lago Tiaracá, 22/11/2006,
fitoplâncton; Estação 1; INPA 238008: Lago Uruá, 14/05/2005, fitoplâncton; Estação 1;
INPA 238028: Rio Negro, 06/10/2009, fitoplâncton; Estação 2; INPA 238033: Rio Negro,
06/10/2009, fitoplâncton; Estação 3; INPA 238034: Rio Negro, 18/07/2009, fitoplâncton;
Estação 3; INPA 238038: Rio Negro, 06/10/2009, fitoplâncton; Estação 4; INPA 238040: Rio
Negro, 18/02/2009, fitoplâncton; Estação 4; INPA 239785: Lago Tupé,09/03/2003,
fitoplâncton; Estação 1; INPA 239790: Lago Tupé, 14/03/2004, fitoplâncton; Estação 1;
INPA 239791: Lago Tupé, 12/06/2004, fitoplâncton; Estação 1; INPA 239793: Lago Tupé,
24/09/2006, fitoplâncton; Estação 1; INPA 239810: Lago Tupé, 24/09/2006, fitoplâncton;
Estação 10; INPA 239823: Lago Tupé,09/03/2003, fitoplâncton; Estação 9; INPA 239826:
Lago Tupé, 13/12/2003, fitoplâncton; Estação 9; INPA 239831: Lago Tupé, 24/09/2006,
fitoplâncton; Estação 9; INPA 239867: Lago Tupé, 20/04/2009, perifíton: Utricularia
foliosa; Estação 1; INPA 239868: Lago Tupé, 20/04/2009, perifíton: U. foliosa; Estação 2;
INPA 239869: Lago Tupé, 20/04/2009, perifíton: U. foliosa; Estação 7; INPA 239870: Lago
Tupé, 20/04/2009, perifíton: U. foliosa; Estação 8; INPA 239871: Lago Tupé, 20/04/2009,
perifíton: U. foliosa; Estação 10; INPA 239872: Lago Tupé, 18/06/2009, perifíton: U.
foliosa; Estação 2; INPA 239874: Lago Tupé, 18/06/2009, perifíton: U. foliosa; Estação 7;
INPA 239875: Lago Tupé, 18/06/2009, perifíton: U. foliosa; Estação 8.
Comentários: nos exemplares examinados. Thomasson (1971) apenas divulgou os
limites métricos (C = 28 µm, L = 52 µm) do, aparentemente, único espécime deste tipo que
encontrou, sem ilustrá-lo. Melo et al. (2004) também só citaram a espécie em uma lista dos
materiais que identificou do lago Tupé, porém, desta vez sem ilustrar ou lhe incluir as
medidas celulares.
S. margaritaceum (Ehrenberg) Ralfs
British Desmidieae. 134, pl. 21, fig. 9. 1848.
(Figuras 200-206)
Células tão largas quanto longas ou até 1,6 vez mais larga que longa. Semicélula
campanular, constrição mediana rasa, seno mediano agudo, margens apical lisa e convexa,
margem basal convexa, fileira de espinhos na região do istmo, ângulos apicais prolongados
em processos serreados, horizontais ou ligeiramente divergentes; parede celular lisa. Vista
vertical 6-angular, margem entre os processos convexa.
Medidas: Comprimento com processos 20- 36 µm. Largura com processos 26-34
100
µm, sem processos 8-16 µm. Istmo 4-8 µm larg.
Distribuição geográfica na Amazônia:
EM LITERATURA : Amazonas: Parque Nacional do Jaú (Melo et al. 2004);
Maranhão: lagoa do Caçó (Dellamano-Oliveira 2008); Pará: Área Santarém (Grönblad
1945); igarapé do Juvêncio (Scott et al. 1965).
MATERIAL ESTUDADO : INPA 237899: Igarapé Tarumã, 18/02/2008,
fitoplâncton; Estação 1; INPA 237909: Igarapé Tarumã: Mirim, 06/10/2009, fitoplâncton;
Estação 2; INPA 237926: Lago Cutiuaú , 22/03/2003, perifíton; Estação 1; INPA 237931:
Lago Cutiuaú , 21/03/2003, perifíton; Estação 4; INPA 237962: Lago Miratucu, 12/02/2004,
fitoplâncton; Estação 2; INPA 237963: Lago no Araras, 28/02/2009, fitoplâncton; Estação 1;
INPA 238017: Rio Branco, 12/03/2005, fitoplâncton; Estação 1; INPA 238019: Rio Branco,
12/03/2005, fitoplâncton; Estação 3; INPA 238022: Rio Negro, 06/10/2009, fitoplâncton;
Estação 1; INPA 238024: Rio Negro, 18/02/2009, fitoplâncton; Estação 1; INPA 238028:
Rio Negro, 06/10/2009, fitoplâncton; Estação 2; INPA 238032: Rio Negro, 02/12/2009,
fitoplâncton; Estação 3; INPA 238033: Rio Negro, 06/10/2009, fitoplâncton; Estação 3;
INPA 238040: Rio Negro, 18/02/2009, fitoplâncton; Estação 4; INPA 238042: Rio Negro,
02/12/2009, fitoplâncton; Estação 5; INPA 238045: Rio Negro, 18/02/2009, fitoplâncton;
Estação 5; INPA 239819: Lago Tupé, 13/11/2003, fitoplâncton; Estação 12; INPA 239821:
Lago Tupé, 25/01/2004, fitoplâncton; Estação 12; INPA 239827: Lago Tupé, 24/01/2004,
fitoplâncton; Estação 9.
Comentários: Staurastrum margaritaceum (Ehrenberg) Ralfs foi inicialmente descrito
como Pentasterias margaritaceum Ehrenberg e a nova combinação foi feita por Ralfs (1848).
No último trabalho, o autor forneceu ilustração e medidas do material que examinou. As
medidas são semelhantes às presentemente registradas (C = 21,6 µm, Ls = 25,4 µm, Ls = 10,7
µm, I = 7,5 µm). Quanto às características morfológicas, entretanto, diferem, principalmente,
na orientação dos processos angulares, pois o último autor ilustrou apenas processos
convergentes e, presentemente, identificamos apenas espécimes com processos retos ou
ligeiramente divergentes nas extremidades. Ralfs (1848) também encontrou variação no
número de processos, desde cinco a sete.
Grönblad (1945) e Scott et al. (1965) apenas mencionaram a espécie em suas listas de
material identificado, mas não forneceram medidas nem ilustração desse material.
Para material coletado no Maranhão, Dellamano-Oliveira et al. (2008) ilustram
espéciemes semelhantes aos aqui registrados, tanto nos limites métricos quanto
morfologicamente (C= 21,4- 22,9µm, L= 18,3- 22,9µm, Ls= 7,6- 9,2µm, I= 5,3- 6,9µm).
101
Foi observada atualmente variação no número de processos das semicélulas de um
indivíduo, onde uma de suas semicélulas apresentou seis processos e a outra sete.
S. micron West e West var. micron
Journal of the Royal Microscopical Society 1896: 159, pl. 4, fig. 50-51. 1896.
(Figuras 193-194)
Células 1,1 ou até 1,4 vez mais larga que longa. Semicélula obtrapeziforme, constrição
mediana profunda, seno mediano aberto, margem basal reta, margem apical reta, ângulos
prolongados em processos serreados, divergentes, extremidade 3-denticulada. Vista vertical 3-
angular, margem entre os processos reta ou ligeiramente côncava.
Medidas: Comprimento com processos: 14-18 µm, sem processos 12-14 µm.
Largura com processos 20-24 µm, sem processos 9-14 µm. Istmo 4-6 µm larg.
Distribuição geográfica na Amazônia:
EM LITERATURA : Pará: Área Santarém (Grönblad 1945).
MATERIAL ESTUDADO : INPA 238033: Rio Negro, 06/10/2009, fitoplâncton;
Estação 3; INPA 239837: Lago Tiaracá, 10/02/2004, fitoplâncton; Estação 1.
Comentários: S. micron West e West foi registrada por Grönblad (1945) de material
proveniente do Areal de Santarém, Estado do Pará. Contudo, o autor apenas citou a ocorrência
da espécie sem fornecer medidas e/ou ilustração do material que estudou.
S. micron West var. unidentatum Hirano
Flora Desmidiarum Japanicarum, p. 358. PL. 44, Fig. 9. 1959.
(Figuras 195-196)
Células tão largas quanto longas ou até 1,2 vez mais larga que longa. Semicélula
triangular; constrição mediana profunda; seno mediano aberto; margem apical ligeiramente
convexa; ângulos apicais prolongados em processos horizontais e serreados com extremidades
denticuladas. Vista vertical 3- angular; margem entre os processos retas; espinhos simples
intramarginais.
Medidas: Comprimento com processo 12- 18 µm sem processo 10 µm. Largura
com processo 12- 22 µm sem processo 8- 15 µm. Istmo 4-5 µm.
Distribuição geográfica na Amazônia:
EM LITERATURA : primeira citação de ocorrência para a Amazônia.
102
MATERIAL ESTUDADO : INPA 237965: Lago Queiroz, 22/11/2006, fitoplâncton;
Estação 1.
Comentários: essa variedade foi descrita para material do Japão por Hirano (1959) e
cita como diferença para a forma típica a característica dos processos que são horizontais. Os
limites métricos fornecidos se aproximam da espécie aqui registrada (C= 15,4 µm; L= 19,6
µm, I= 5,6 µm) e a ilustração fornecida pelo autor é equivalente a de nosso trabalho, tanto em
vista frontal quanto em vista vertical.
S. minutissimum Auerswald
Abhandlungen hrsg. von der Senckenbergischen naturforschenden Gesellschaft 6: 140, pl. 22.
1866.
(Figuras 93-95)
Células até 1,2 vez mais largas que longas. Semicélula triangular, constrição mediana
rasa, seno mediano aberto, margens basal e apical retas, ângulos apicais prolongados em
processos com extremidades arredondadas. Vista vertical dicotípica, com uma semicélula 4-
angular e a outra 5-angular, margem entre ângulos amplamente convexa.
Medidas: Comprimento com processos 18- 20 µm. Largura com processos 16- 25
µm, sem processos ca. 10 µm. Istmo 6- 8 µm larg.
Distribuição geográfica na Amazônia:
EM LITERATURA : primeira citação de ocorrência para a Amazônia.
MATERIAL ESTUDADO : INPA 239819: Lago Tupé, 13/11/2003, fitoplâncton;
Estação 12.
Comentários: West e West (1912) forneceram as medidas (C = 8-12 µm, L = 6-9 µm,
I = 6-7,5 µm) e incluíram cópia da ilustração original apresentada em Reinsch (1867).
Prescott et al. (1982) citaram medidas celulares inferiores às atualmente registrados (C = 7-12
µm, L = 7-12 µm, I = 6-7,5 µm) e vista vertical dos espécimes 4 e 5-angular. O istmo
fornecido na ilustração original é mais largo do que é aqui apresentado, porém em vista
vertical é idêntico às ilustrações fornecidas por West e West (1912) e Prescott et al. (1982).
S. mutabile Turner
Kongliga Svenska Vetenskaps-Akademiens Handlingar 25(5): 129, pl. 16, fig. 42. 1892.
(Figuras 264-265)
103
Células 1,4 – 1,7 vez mais larga que longa. Semicélula campanular, constrição
mediana rasa, seno mediano aberto, margem basal convexa, margem apical convexa, espinhos
marginais, 2-furcados, diminutos, ângulos apicais prolongados em processos retos ou
ligeiramente convergentes, extremidade denticulada, fileira de espinhos diminutos na região
logo acima do istmo. Vista vertical 6-angular, margens serreadas, côncavas entre os
processos, espinhos submarginais.
Medidas: Comprimento com processos 30- 32 µm. Largura com processos 44- 56
µm, sem processos 16- 22 µm. Istmo 8- 12 µm larg.
Distribuição geográfica na Amazônia:
EM LITERATURA : Pará: Área Santarém (Grönblad 1945); Lago Maicá
(Thomasson 1971).
MATERIAL ESTUDADO : INPA 237883: Igarapé Cutiuaú, 22/03/2003,
fitoplâncton; Estação 3; INPA 237923: Lago Catoá ,06/02/2004, fitoplâncton; Estação 1;
INPA 238046: Rio Negro, 04/03/2005, fitoplâncton; Estação 5.
Comentários: Staurastrum mutabile foi proposto por Turner (1892) depois de
examinar material coletado na região leste da Índia. As medidas que forneceu são próximas
daquelas ora obtidas (C = 28 µm, L = 34 µm, I = 8,5 µm). Mas, as características
morfológicas são distintas, pois o formato da semicélula é mais cuneado, não se observa os
espinhos na região logo acima do istmo e a ilustração que o referido autor apresenta mostra
um indivíduo com sete processos angulares, embora refira a possibilidade de ocorrerem cinco
a sete processos angulares.
Do estudo de material da região amazônica, Grönblad (1945) forneceu ilustração
idêntica à presente, com destaque para a vista vertical da célula, o número de processos
angulares e a presença de espinhos na região logo acima do istmo. As medidas são um pouco
superiores às registradas durante este estudo (C = 40-45 µm, L = 59-72 µm, I = 15 µm).
Thomasson (1971) apenas citou a ocorrência da espécie, sem mencionar medidas ou
juntar ilustração do material identificado.
S. muticum (Brébisson) Ralfs
British Desmidiaceae. 125, pl. 21, fig. 4. 1848.
(Figuras 27-28)
Células 1,2 - 1,5 vez mais longa que larga. Semicélula elíptica, constrição mediana
rasa, seno mediano aberto,ângulos celulares não prolongados em espinhos ou processos,
104
margens apical e lateral convexas; parede celular lisa. Vista vertical: 3-angular, margem
convexa entre os ângulos, ângulos amplamente curvados, dispostos de forma equivalente em
ambas semicélulas.
Medidas: Comprimento 18-25 µm. Largura 12-20 µm. Istmo 4-7,5 µm larg.
Distribuição geográfica na Amazônia:
EM LITERATURA : Amazonas: rio Unini (Uherkovich e Rai 1979); rio Maués-
Mirim, rio Maués-Assu, igarapé Laguinho (Förster 1974); lago Novo Andirá (Lopes e Bicudo
2003); lago Cutiuaú (Melo e Souza 2009); Pará: Área Santarém (Grönblad 1945; Förster
1969); lago Batata, lago Mussurá, rio Trombetas (Huszar 1996, Sophia e Huszar 1996).
MATERIAL ESTUDADO : INPA 222735: Lago Cutiuaú, 21/03/2003, fitoplâncton;
Estação 2; INPA 222739: Lago Cutiuaú, 21/03/2003, fitoplâncton; Estação 6; INPA 237923:
Lago Catoá ,06/02/2004, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237924: Lago Catoá ,06/02/2004,
fitoplâncton; Estação 1; INPA 237935: Lago Grande, 29/03/2007, fitoplâncton; Estação 1;
INPA 237945: Lago Grande, 24/10/2004, fitoplâncton; Estação 2; INPA 237948: Lago
Grande, 11/02/2004, fitoplâncton; Estação 2; INPA 237949: Lago Grande, 24/10/2004,
fitoplâncton; Estação 3; INPA 237957: Lago Manixiuau, 20/10/2004, fitoplâncton; Estação 1;
INPA 237959: Lago Miratucu, 26/06/2003, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237960: Lago
Miratucu, 12/02/2004, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237962: Lago Miratucu, 12/02/2004,
fitoplâncton; Estação 2; INPA 237964: Lago Patauá, 12/02/2004, fitoplâncton; Estação 1;
INPA 237974: Lago Queiroz, 12/02/2004, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237975: Lago
Queiroz ,04/04/2004, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237979: Lago Raimunda, 10/02/2004,
fitoplâncton; Estação 1; INPA 237984: Lago Raimunda, 10/02/2004, fitoplâncton; Estação 1;
INPA 238013: Lago Volta, 11/02/2004, fitoplâncton; Estação 1; INPA 238018: Rio Branco,
12/03/2005, fitoplâncton; Estação 2; INPA 238019: Rio Branco, 12/03/2005, fitoplâncton;
Estação 3; INPA 239837: Lago Tiaracá, 10/02/2004, fitoplâncton; Estação 1; INPA 239838:
Lago Tiaracá, 10/02/2004, fitoplâncton; Estação 2; INPA 239849: Igarapé Tiaracá,
10/02/2004, fitoplâncton; Estação 1.
Comentários: foi observado em alguns indivíduos camada de mucilagem formando
esfera ao redor da célula e em outros essa característica não foi observada. A combinação
Staurastrum muticum foi proposta por Ralfs (1848) para Binatella mutica Brébisson. As
medidas celulares em Ralfs (1848: C = 37,7 µm, L = 37 µm, I = 10,1 µm) são um pouco
superiores às registrados durante este levantamento, porém, as características morfológicas
são idênticas.
As medidas e as características morfológicas apresentadas em Förster (1969: C = 21-
105
26 µm, L = 21-24 µm, I = 7,5 µm; 1974: C = 19-27 µm, L = 14,5-25 µm, I = 6-9 µm) são
semelhantes às registradas neste trabalho. Lopes e Bicudo (2003) apresentaram características
morfológicas, medidas e ilustração do material que identificaram, mas, as medidas foram
superiores às atualmente registradas (C = 31-35 µm, L = 29-33 µm, I = 8-10 µm).
Uherkovich e Rai (1979), Huszar (1996) e Melo e Souza (2009) incluíram o nome da
espécie em suas listas de material identificado para seus respectivos locais de trabalho, sem
fazer referência a medidas ou incluir ilustração dos materiais estudados.
S. novae-caesarae Wolle var. brasiliense (Grönblad) Förster
Amazoniana 2(1/2): 89, pl. 34, fig. 5-9. 1969
Basiônimo: S. pulcherrimum Cushman var. brasiliense Grönblad, Acta Societatis
Scientiarum Fennicae, p. 29, t. 12: 251-252. 1945.
(Figuras 91-92)
Células tão longas quanto largas até 1,1 vez mais longa que larga. Semicélula oval,
constrição mediana moderada, margem basal convexa, margem apical convexa, espinhos
marginais; parede celular decorada com espinhos distribuídos em toda a semicélula, ângulos
apicais prolongados em espinhos de base lisa. Vista vertical 4-angular, margens retas,
espinhos marginais e submarginais.
Medidas: Comprimento com espinhos 50- 60 µm, sem espinhos 37- 44 µm.
Largura com espinhos 50- 53 µm, sem espinhos 32- 34 µm. Istmo 14- 16 µm larg.
Distribuição geográfica na Amazônia:
EM LITERATURA : Amazonas: rio Preto da Eva (Thomasson 1971) rio Maués-
Assu (Förster 1974); rio Uaicurapá (Dias e Sophia 1996); Maranhão: lagoa do Caçó
(Dellamano-Oliveira 2008); Pará: Área Santarém (Grönblad 1945; Förster 1969); Lago
Jurucuí, lago Maicá (Thomasson 1971); Nhamundá-Terra Santa Thomasson (1977).
MATERIAL ESTUDADO : INPA 237905: Igarapé Tarumã: Mirim, 06/10/2009,
fitoplâncton; Estação 1; INPA 238038: Rio Negro, 06/10/2009, fitoplâncton; Estação 4.
Comentários: Grönblad (1945) apresentou medidas celulares um pouco superiores às
atualmente documentadas (C = 76 µm, Cs = 55 µm, L = 68 µm, Ls = 51 µm, I = 23 µm) e as
características morfológicas diferem apenas pelo tipo de ornamentação que no presente
trabalho são espinhos e no de Grönblad (1945) são verrugas distribuídas por toda a parede
celular. Tais características são de S. pulcherrimum Cushman var. brasiliense Grönblad, a
qual foi posteriormente combinada em Förster (1969).
106
O material de S. novae-caesare Wolle var. brasiliense Grönblad em Förster (1969)
apresentou medidas um pouco superiores às ora registradas (C = 78-90 µm, Cs = 53-62 µm, L
= 53-62 µm, Ls = 50-58 µm, I = 21,5-25 µm). O tipo de ornamentação que descreveu é de
verrugas espalhadas por toda a parede celular, exceto na região logo acima do istmo, onde
constituem uma fileira simples de espinhos.
A variedade foi registrada por Thomasson (1971), mas o referido autor forneceu
apenas ilustração do material que identificou, sem lhe juntar medidas e/ou ilustração.
Thomasson (1977) apenas citou a ocorrência da espécie em pauta, também sem fornecer
medidas e/ou ilustração.
Dias e Sophia (1996) registraram a ocorrência de S. novae-caesare Wolle var.
brasiliense Grönblad no rio Uaicupará, Estado do Amazonas. As ditas autoras apresentaram
medidas próximas das atualmente registradas (C = 68-69 µm, Cs = 50-51 µm, L = 56-57 µm,
Ls = 40-41 µm, I = 19-20 µm). Dias e Sophia (1996) mostram, em sua ilustração, espinhos
ornando a parede celular.
O material fornecido para a lagoa do Caçó (MA) por Dellamano-Oliveira et al. (2008)
apresenta limites métricos (C= 49,7µm, ls= 36,7µm, i= 18,3µm) um pouco superiores aos
aqui registrados e morfologicamentedistinto do que em nosso material. a parede, sim,
decorada com grânulos, mas o formato do istmo em nosso material é aberto e agudo, j’o
apresentado pelos autores em forma de “U”, a margem apical é reta, enquanto o espécime ora
apresentado apresenta margem apical convexa.
S. octangulare Grönblad
Acta Societatis Scientiarum Fennicae: série B, 2(6): 28, fig. 240. 1945.
(Figuras 159-160)
Células tão longa quanto largas. Semicélula transversalmente elíptica, constrição
mediana rasa, margem basal convexa, margem lateral com 2 processos curtos, 2-furcados,
margem apical reta, ângulos apicais prolongados em 2 processos divergentes, 2-furcados, face
da semicélula com processos curtos, 2-bifurcados. Vista vertical 8-angular, margens
amplamente côncavas entre os processos angulares bífidos, processos 2-furcados entre os
processos angulares.
Medidas: Comprimento com espinhos: 24-30 µm, sem espinhos 11-25 µm.
Largura com espinhos 22-28 µm, sem espinhos 16-22 µm. Istmo 6-12 µm larg.
Distribuição geográfica na Amazônia:
107
EM LITERATURA : Pará: Área Santarém (Grönblad 1945); Igarapé Curí, igarapé do
Juvêncio (Scott et al. 1965); Área Santarém (Förster 1969); lago Batata, lago Mussurá, rio
Trombetas (Huszar 1996, Sophia e Huszar 1996).
MATERIAL ESTUDADO : INPA 237894: Igarapé Preto, 14/05/2005, fitoplâncton;
Estação 2; INPA 237916: Lago Grande, 24/06/2003, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237917:
Lago Grande , 14/11/2003, fitoplâncton; Estação 2; INPA 237929: Lago Cutiuaú ,
22/06/2003, perifíton; Estação 3; INPA 237931: Lago Cutiuaú , 21/03/2003, perifíton;
Estação 4; INPA 237932: Lago Cutiuaú , 21/03/2003, perifíton; Estação 5; INPA 237934:
Lago Grande, 26/03/2006, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237936: Lago Grande, 22/11/2006,
fitoplâncton; Estação 1; INPA 237938: Lago Grande,07/08/2006, fitoplâncton; Estação 1;
INPA 237942: Lago Grande, 07/08/2006, fitoplâncton; Estação 2; INPA 237962: Lago
Miratucu, 12/02/2004, fitoplâncton; Estação 2; INPA 237965: Lago Queiroz, 22/11/2006,
fitoplâncton; Estação 1; INPA 237966: Lago Queiroz, 25/03/2003, perifíton; Estação 1;
INPA 237978: Lago Raimunda, 24/06/2003, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237979: Lago
Raimunda, 10/02/2004, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237981: Lago Raimunda,07/08/2006,
fitoplâncton; Estação 1; INPA 237985: Lago Raimunda, 10/02/2004, perifíton; Estação 1;
INPA 237986: Lago Raimunda, 13/05/2005, perifíton; Estação 1; INPA 237987: Lago
Raimunda, 13/05/2005, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237988: Lago Tiaracá, 22/11/2006,
fitoplâncton; Estação 1; INPA 237991: Lago Tiaracá, 25/06/2004, fitoplâncton; Estação 2;
INPA 238003: Lago Tupé, INPA 23/09/2008, fitoplâncton; Estação 12; INPA 238008: Lago
Uruá, 14/05/2005, fitoplâncton; Estação 1; INPA 238041: Rio Negro, 02/03/2005,
fitoplâncton; Estação 4; INPA 238046: Rio Negro, 04/03/2005, fitoplâncton; Estação 5;
INPA 238053: Rio Unini, 13/03/2005, fitoplâncton; Estação 2; INPA 238054: Rio Unini,
13/03/2005, fitoplâncton; Estação 3; INPA 239785: Lago Tupé,09/03/2003, fitoplâncton;
Estação 1; INPA 239790: Lago Tupé, 14/03/2004, fitoplâncton; Estação 1; INPA 239795:
Lago Tupé, 27/02/2007, fitoplâncton; Estação 1; INPA 239800: Lago Tupé, 21/11/2004,
fitoplâncton; Estação 1; INPA 239827: Lago Tupé, 24/01/2004, fitoplâncton; Estação 9;
INPA 239828: Lago Tupé, 13/03/2004, fitoplâncton; Estação 9; INPA 239851: Igarapé
Tiaracá, 24/03/2003, fitoplâncton; Estação 2; INPA 239875: Lago Tupé, 18/06/2009,
perifíton: Utricularia foliosa; Estação 8; INPA 239877: Lago Tupé, 27/09/2009, perifíton:
U. foliosa; Estação 4; INPA 239880: Lago Tupé, 27/09/2009, perifíton: U. foliosa; Estação
9.
Comentários: Staurastrum octangulare foi descrito e proposto por Grönblad (1945) a
partir de material coletado no Estado do Pará. Esse material apresentou medidas superiores às
108
ora registradas (C = 41 µm, L. 37 µm, I = 15 µm). Quanto às características morfológicas,
entretanto, difere pela margem apical da célula, que na descrição original é convexa e no
presente material é reta; mas, a disposição dos processos angulares em dois níveis, um inferior
e outro superior e de outros entre os processos angulares é idêntica.
As medidas celulares em Scott et al. (1965: C = 24-38 µm, Cs = 17-25 µm, L = 23-36
µm, Ls = 17-25 µm, I = 12-14 µm) são semelhantes às registradas neste estudo, da mesma
forma que a ilustração que fornecem é semelhante à que obtivemos do presente material.
Sophia e Huszar (1996) também apresentam medidas semelhantes às presentemente
apresentadas (C = 21,5-38,8 µm, L = 15,7-16,9 µm, I = 5,7 µm), entretanto, a ilustração que
forneceram difere das que obtivemos quanto ao número de processos angulares: três.
Staurastrum royii Turner é semelhante, morfologicamente, a S. octangulare Grönblad,
o que levou Förster (1969, 1974) a colocar S. octangulare na sinonímia de S. royii, com o que
discordamos, pois as características morfológicas de uma e outra espécie são distintas. Na
ilustração fornecida por Turner para S. royi mostra variação morfológica no que se refere ao
número de processos por semicélula, apresentando formas 3 ou 4- angular, os processos
intramarginais em cada ângulo são maiores que os presentes nos ângulos, além disso a
margem entre os processos são retas e não côncavas como em S. octangulare.
Staurastrum royii apresenta duas possibilidades de vista vertical, 3 e 4-angular. No
caso da semicélula 4-angular, os quatro ângulos são ornados com dois processos curtos e
bifurcados, que intercalam com um processo simples, mais longo; no caso da semicélula 3-
angular, os processos angulares são bifurcados, sendo o processo simples situado em um nível
superior e o mais longo no nível inferior.
Förster (1969) registrou a ocorrência de S. royii e forneceu medidas (C = 40-43 µm, L
= 35-37 µm, I = 10-11,5 µm) um pouco superiores às presentemente obtidas e a ilustração que
inclui é mais próxima de S. octangulare do que de S. royii. Förster (1974) forneceu uma
ilustração que difere da que é apresentada neste trabalho, pois a face da semicélula mostra um
espinho simples; além disso, a vista vertical da célula apresenta espinhos trifurcados nos
ângulos, além de outros intramarginais. As medidas (Cs = 27,5 µm, Ls = 22-23 µm, I = 11,5)
são semelhantes.
S. paradoxum Meyen
In West, West e Carter, A Monograph of British Desmidiaceae 5: 101, pl. 145, fig. 1. 1923.
(Figuras 253-254)
109
Células 1,1- 1,5 vez mais larga que longa. Semicélula campanular, constrição mediana
rasa, seno mediano aberto, margem basal convexa, margem apical reta ou ligeiramente
convexa, ângulos apicais prolongados em processos serreados, divergentes, extremidade
denticulada; parede celular lisa. Vista vertical 3-angular, margem reta entre os processos.
Medidas: Comprimento com processos 30- 35 µm, sem processos 20- 23 µm.
Largura com processos 34- 55 µm, sem processos 14- 15 µm. Istmo 4- 6 µm larg.
Distribuição geográfica na Amazônia:
EM LITERATURA : Amazonas: rio Maués, rio Maués-Assu, igarapé Laguinho, rio
Abacaxis (Förster 1974); rio Unini (Uherkovich e Rai 1979); rio Madeira, rio Maués-Assu,
rio Paraconi (Uherkovich 1981); Maranhão: lago Quebra-Pote (Nogueira et al. 2005); Pará:
Área Santarém (Grönblad 1945; Förster 1969); baía do Guajará e foz do rio Guamá (Paiva et
al. 2006); remanso Boa Esperança, remanso Arroz Cru, remanso CNEC, corredeira CNEC
(Costa et al. 2009).
MATERIAL ESTUDADO : INPA 237923: Lago Catoá ,06/02/2004, fitoplâncton;
Estação 1; INPA 237943: Lago Tupé, 13/04/2003, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237962:
Lago Miratucu, 12/02/2004, fitoplâncton; Estação 2; INPA 237974: Lago Queiroz,
12/02/2004, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237984: Lago Raimunda, 10/02/2004,
fitoplâncton; Estação 1; INPA 237988: Lago Tiaracá, 22/11/2006, fitoplâncton; Estação 1;
INPA 237996: Lago Tupé, 26/02/2009, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237999: Lago Tupé,
26/02/2009, fitoplâncton; Estação 10; INPA 238013: Lago Volta, 11/02/2004, fitoplâncton;
Estação 1; INPA 238017: Rio Branco, 12/03/2005, fitoplâncton; Estação 1; INPA 238018:
Rio Branco, 12/03/2005, fitoplâncton; Estação 2; INPA 238043: Rio Negro, 06/10/2009,
fitoplâncton; Estação 5; INPA 239793: Lago Tupé, 24/09/2006, fitoplâncton; Estação 1;
INPA 239794: Lago Tupé, 12/11/2006, fitoplâncton; Estação 1; INPA 239795: Lago Tupé,
27/02/2007, fitoplâncton; Estação 1; INPA 239810: Lago Tupé, 24/09/2006, fitoplâncton;
Estação 10; INPA 239815: Lago Tupé, 12/11/2006, fitoplâncton; Estação 12; INPA 239818:
Lago Tupé, 27/02/2007, fitoplâncton; Estação 12; INPA 239822: Lago Tupé, 24/06/2007,
fitoplâncton; Estação 12; INPA 239831: Lago Tupé, 24/09/2006, fitoplâncton; Estação 9;
INPA 239832: Lago Tupé, 12/11/2006, fitoplâncton; Estação 9; INPA 239837: Lago Tiaracá,
10/02/2004, fitoplâncton; Estação 1; INPA 239838: Lago Tiaracá, 10/02/2004, fitoplâncton;
Estação 2.
Comentários: em alguns indivíduos foi observado camada de mucilagem formando
esfera ao redor da célula e em outros essa característica não foi observada. Grönblad (1945)
registrou a ocorrência da espécie no Pará, porém, não forneceu medidas nem ilustração do
110
material que identificou.
As medidas em Förster (1969: C = 34-38 µm, Cs = 21-29 µm, L = 36-45 µm, I = 6,5-8
µm) são semelhantes às do presente material, bem como suas características morfológicas. As
características morfológicas fornecidas pela ilustração de Förster (1974) são diferentes das
apresentadas pelo mesmo autor em seu trabalho de 1969. No primeiro trabalho, a ilustração
mostra os processos angulares mais curtos e no ápice da semicélula vêm-se espinhos
marginais bifurcados. Ademais, nesse trabalho estão registradas duas expressões morfológicas
da espécie, das quais uma possui as medidas celulares maiores e a outra medidas inferiores,
mas as características morfológicas de ambas as expressões são idênticas.
Nogueira et al. (2005), Paiva et al. (2006) e Costa et al. (2009) apenas registraram a
ocorrência da espécie em uma lista de materiais identificados.
S. pendulum Nygaard var. pinguiforme Croasdale
Transactions of the American Microscopical Society 77(1): 31, fig. 2. 1958.
(Figuras 249)
Células 1,2 - 2,4 vezes mais largas que longas. Semicélula poculiforme, constrição
mediana profunda, seno mediano aberto, margem basal convexa, margem apical reta ou
ligeiramente convexa, verrugas marginais 2- furcadas, ângulos apicais prolongados em
processos paralelos ou levemente divergentes, serreados, extremidade 3-denticulada, espinhos
intramarginais.
Medidas: Comprimento com processos 30- 57,5 µm, sem processos 14- 23 µm.
Largura com processos 50- 73 µm, sem processos 10- 13 µm. Istmo 5- 7 µm larg.
Distribuição geográfica na Amazônia:
EM LITERATURA : primeira citação de ocorrência para a Amazônia.
MATERIAL ESTUDADO : INPA 237923: Lago Catoá ,06/02/2004, fitoplâncton;
Estação 1; INPA 237944: Lago Grande, 11/02/2004, fitoplâncton; Estação 2; INPA 237948:
Lago Grande, 11/02/2004, fitoplâncton; Estação 2; INPA 237960: Lago Miratucu,
12/02/2004, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237962: Lago Miratucu, 12/02/2004, fitoplâncton;
Estação 2; INPA 237964: Lago Patauá, 12/02/2004, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237974:
Lago Queiroz, 12/02/2004, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237984: Lago Raimunda,
10/02/2004, fitoplâncton; Estação 1; INPA 238013: Lago Volta, 11/02/2004, fitoplâncton;
Estação 1; INPA 239823: Lago Tupé,09/03/2003, fitoplâncton; Estação 9; INPA 239837:
Lago Tiaracá, 10/02/2004, fitoplâncton; Estação 1; INPA 239838: Lago Tiaracá, 10/02/2004,
111
fitoplâncton; Estação 2.
Comentários: esta variedade proposta por Croasdale (1958) difere da típica da espécie
pelas maiores dimensões celulares, pelo formato da semicélula, pelos processos curvados e
serreados e por possuir grânulos no corpo celular. As medidas fornecidas pela referida autora
são próximas daquelas aqui apresentadas (C = 32-45 µm, Cs = 24 µm, L = 50-60 µm, I = 6-7
µm) bem como suas características morfológicas.
S. pinnatum Turner var. reductum Krieger
Archiv für Hydrobiologie: supl. 11: 204, pl. 61, fig. 9. 1932.
(Figuras 169- 170)
Células tão largas quanto longas ou até 1,6 vez mais largas. Semicélula campanular,
seno mediano acutangular, margem apical reta, com verrugas 2-furcadas, margem basal
convexa, processos cilíndricos, retos ou ligeiramente divergentes, levemente serreados,
extremidades denticuladas; parede celular lisa. Vista vertical 5-angular, margem apical
côncava entre os processos, base dos processos com verrugas 2-furcadas, processos de 1
semicélula alternos com os da outra semicélula.
Medidas: Comprimento com processos 22-30 µm, sem processos 20-22 µm.
Largura com processos 22-46 µm, sem processos 12-18 µm. Istmo 6-8 µm larg.
Distribuição geográfica na Amazônia:
EM LITERATURA : Pará: Área Santarém (Förster 1969).
MATERIAL ESTUDADO : INPA 222735: Lago Cutiuaú, 21/03/2003, fitoplâncton;
Estação 2; INPA 222736: Lago Cutiuaú, 21/03/2003, fitoplâncton; Estação 3; INPA 222738:
Lago Cutiuaú, 21/03/2003, fitoplâncton; Estação 5; INPA 222739: Lago Cutiuaú, 21/03/2003,
fitoplâncton; Estação 6; INPA 222740: Lago Cutiuaú, 21/03/2003, fitoplâncton; Estação 7;
INPA 222741: Lago Cutiuaú, 21/03/2003, fitoplâncton; Estação 8; INPA 222742: Lago
Cutiuaú, 21/03/2003, fitoplâncton; Estação 9; INPA 222743: Lago Cutiuaú, 21/03/2003,
fitoplâncton; Estação 10; INPA 237895: Igarapé Raimunda, 24/03/2003, perifíton; INPA
237913: Igarapé Zito, 20/10/2004, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237921: Lago Catalão ,
18/02/2009, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237923: Lago Catoá ,06/02/2004, fitoplâncton;
Estação 1; INPA 237924: Lago Catoá ,06/02/2004, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237926:
Lago Cutiuaú , 22/03/2003, perifíton; Estação 1; INPA 237930: Lago Cutiuaú , 21/03/2003,
perifíton; Estação 3; INPA 237931: Lago Cutiuaú , 21/03/2003, perifíton; Estação 4; INPA
237932: Lago Cutiuaú , 21/03/2003, perifíton; Estação 5; INPA 237940: Lago Grande,
112
25/03/2003, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237944: Lago Grande, 11/02/2004, fitoplâncton;
Estação 2; INPA 237949: Lago Grande, 24/10/2004, fitoplâncton; Estação 3; INPA 237957:
Lago Manixiuau, 20/10/2004, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237964: Lago Patauá,
12/02/2004, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237966: Lago Queiroz, 25/03/2003, perifíton;
Estação 1; INPA 237968: Lago Queiroz, 25/03/2003, fitoplâncton; INPA 237974: Lago
Queiroz, 12/02/2004, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237976: Lago Queiroz, 14/11/2003,
fitoplâncton; Estação 1; INPA 237979: Lago Raimunda, 10/02/2004, fitoplâncton; Estação 1;
INPA 237980: Lago Raimunda, 24/03/2003, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237982: Lago
Raimunda, 13/11/2003, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237984: Lago Raimunda, 10/02/2004,
fitoplâncton; Estação 1; INPA 237988: Lago Tiaracá, 22/11/2006, fitoplâncton; Estação 1;
INPA 238003: Lago Tupé, INPA 23/09/2008, fitoplâncton; Estação 12; INPA 238010: Lago
Volta, 24/10/2004, fitoplâncton; Estação 1; INPA 238013: Lago Volta, 11/02/2004,
fitoplâncton; Estação 1; INPA 238014: Lago Volta, 14/11/2003, fitoplâncton; Estação 1;
INPA 238032: Rio Negro, 02/12/2009, fitoplâncton; Estação 3; INPA 239837: Lago Tiaracá,
10/02/2004, fitoplâncton; Estação 1; INPA 239849: Igarapé Tiaracá, 10/02/2004,
fitoplâncton; Estação 1; INPA 239851: Igarapé Tiaracá, 24/03/2003, fitoplâncton; Estação 2.
Comentários: O único trabalho que registrou a ocorrência de S. pinnatum Turner var.
reductum Krieger na Amazônia foi feito por Förster (1969) com material do Estado do Pará.
Nesse trabalho, o autor forneceu medidas semelhantes às ora registradas (C = 25-26 µm, L =
33-39 µm, I = 9,5-10 µm). Também é semelhante a ilustração que forneceu, principalmente,
quanto à presença das verrugas bifurcadas na base dos processos.
S. planctonicum Teiling
Botaniska Notiser 1: 77, fig. 30, 32. 1946.
(Figuras 250- 251)
Células tão larga longas ou até 1,1 vez mais larga que longa. Semicélula campanular,
constrição mediana rasa, margem basal convexa, margem apical côncava, 1 série de 3
espinhos 2-furcados marginais, ângulos apicais prolongados em processos serreados,
divergentes, extremidade 3-denticulada. Vista vertical 3-angular, margem entre os processos
reta.
Medidas: Comprimento com processos 55- 64 µm, sem processos 21- 50 µm.
Largura com processos 57- 62,5 µm, sem processos 14- 16µm. Istmo 6- 12,5 µm larg.
Distribuição geográfica na Amazônia:
113
EM LITERATURA : lago Maicá (Thomasson 1971).
MATERIAL ESTUDADO : INPA 238013: Lago Volta, 11/02/2004, fitoplâncton;
Estação 1.
Comentários: Staurastrum planctonicum Teiling teve sua presença registrada para a
região amazônica apenas por Thomasson (1971), em um lago no Estado do Pará. Nesse
trabalho, o referido autor só citou a ocorrência dessa espécie, sem fornecer medidas e/ou
ilustração do material que identificou.
Prescott et al. (1982) apresentaram medidas um pouco inferiores às aqui obtidas (C =
40-49 µm, I = 9,5-11,7 µm), porém, a ilustração que forneceram é semelhante à dos atuais
exemplares da amazônia. A diferença entre o presente material e o de Prescott et al. (1982)
reside apenas na ausência de ornamentação na margem apical da semicélula. Os referidos
autores não apresentaram a vista vertical dos exemplares que estudaram, porém, mencionaram
que é triangular, como a dos atuais materiais.
S. polymorphum Brébisson var. simplex West e West
Transactions e Proceedings of the Botanical Society of Edinburg 23: 26, fig. 28. 1905.
(Figuras 175-176)
Células tão longas quanto largas ou até 1,2 vez mais longa que larga. Semicélula
campanular, constrição mediana rasa, seno mediano aberto, margem basal convexa, margem
apical reta, ângulos apicais prolongados em processos curtos, ligeiramente divergentes,
serreados, extremidades denticuladas. Vista vertical 4-angular, margens côncavas entre os
processos.
Medidas: Comprimento com processos 14-18 µm, sem processos 13- 14 µm.
Largura com processos 14-18 µm, sem processos 8-10 µm. Istmo 4-6 µm larg.
Distribuição geográfica na Amazônia:
EM LITERATURA : primeira citação de ocorrência para a Amazônia.
MATERIAL ESTUDADO : INPA 237896: Igarapé Tarumã, 02/12/2009,
fitoplâncton; Estação 1; INPA 237930: Lago Cutiuaú , 21/03/2003, perifíton; Estação 3;
INPA 237931: Lago Cutiuaú , 21/03/2003, perifíton; Estação 4; INPA 237932: Lago Cutiuaú
, 21/03/2003, perifíton; Estação 5; INPA 237974: Lago Queiroz, 12/02/2004, fitoplâncton;
Estação 1; INPA 237979: Lago Raimunda, 10/02/2004, fitoplâncton; Estação 1; INPA
239819: Lago Tupé, 13/11/2003, fitoplâncton; Estação 12; INPA 239837: Lago Tiaracá,
10/02/2004, fitoplâncton; Estação 1; INPA 239869: Lago Tupé, 20/04/2009, perifíton:
114
Utricularia foliosa; Estação 7; INPA 239870: Lago Tupé, 20/04/2009, perifíton: U. foliosa;
Estação 8; INPA 239872: Lago Tupé, 18/06/2009, perifíton: U. foliosa; Estação 2; INPA
239874: Lago Tupé, 18/06/2009, perifíton: U. foliosa; Estação 7; INPA 239875: Lago Tupé,
18/06/2009, perifíton: U. foliosa; Estação 8; INPA 239880: Lago Tupé, 27/09/2009,
perifíton: U. foliosa; Estação 9; INPA 240153: Lago Tupé, 14/02/2004, fitoplâncton; Estação
12.
Comentários: os limites métricos fornecidos pelos autores na descrição da espécie é
ligeiramente superior a aqui apresentada (Cs= 21- 23µm, L= 23- 28,5µm, Ls= 12,5- 15µm,
I= 7,6µ), mas as características morfológicas são semelhantes tanto em vista frontal quanto
em vista vertical.
S. pseudosebaldii Wille var. pseudosebaldii
Christiania 1880(11); 45, pl. 2, fig. 30. 1880.
(Figuras 233-234)
Células 1,4- 2,1 vezes mais largas que longas. Semicélula campanular, constrição
mediana rasa, seno mediano agudo, margem basal convexa, margem apical reta ou
ligeiramente convexa, verrugas marginais, ângulos apicais prolongados em processos
serreados, divergentes, extremidades 3-denticuladas, verrugas concêntricas ao redor dos
processos, fileira de verrugas na região acima do istmo. Vista vertical 3-angular, margens
retas ou ligeiramente convexas, verrugas 2-furcadas, marginais e submarginais.
Medidas: Comprimento com processos 30-40 µm, sem processos 24-34 µm.
Largura com processos 44-64 µm, sem processos 10-22 µm. Istmo 6-8 µm larg.
Distribuição geográfica na Amazônia:
EM LITERATURA : Amazonas: rio Apoquitaua, rio Maués, rio Paraconí, rio Maués-
Assu (Förster 1974); rio Negro (Uherkovich 1976); rio Maués-Assu, lago Cabaliana, lago
Piranha, paraná do Tapará (Uherkovich 1981); lago São Sebastião (Martins 1986); Pará: Área
Santarém (Grönblad 1945; Förster 1969); baía do Guajará e foz do rio Guamá (Paiva et al.
2006); corredeira Boa Esperança, remanso Boa Esperança, remanso Arroz Cru, corredeira
Caitucá, remanso CNEC (Costa et al. 2009); lago Água Preta (Costa et al., 2010).
MATERIAL ESTUDADO : INPA 237901: Igarapé Tarumã, 06/10/2009,
fitoplâncton; Estação 2; INPA 237905: Igarapé Tarumã: Mirim, 06/10/2009, fitoplâncton;
Estação 1; INPA 237909: Igarapé Tarumã: Mirim, 06/10/2009, fitoplâncton; Estação 2;
INPA 237934: Lago Grande, 26/03/2006, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237954: Lago Ilha
115
Camaleão,06/10/2009, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237964: Lago Patauá, 12/02/2004,
fitoplâncton; Estação 1; INPA 238013: Lago Volta, 11/02/2004, fitoplâncton; Estação 1;
INPA 238017: Rio Branco, 12/03/2005, fitoplâncton; Estação 1; INPA 238021: Rio Negro,
02/12/2009, fitoplâncton; Estação 1; INPA 238022: Rio Negro, 06/10/2009, fitoplâncton;
Estação 1; INPA 238032: Rio Negro, 02/12/2009, fitoplâncton; Estação 3; INPA 238037: Rio
Negro, 02/12/2009, fitoplâncton; Estação 4; INPA 238038: Rio Negro, 06/10/2009,
fitoplâncton; Estação 4; INPA 238042: Rio Negro, 02/12/2009, fitoplâncton; Estação 5;
INPA 238043: Rio Negro, 06/10/2009, fitoplâncton; Estação 5; INPA 239878: Lago Tupé,
27/09/2009, perifíton: U. foliosa; Estação 5.
Comentários: A primeira menção à ocorrência de S. pseudosebaldii Wille var.
pseudosebaldii na região amazônica está em Grönblad (1945) que, entretanto, não forneceu
medidas e/ou ilustração do material que identificou, apenas citando as localidades em que foi
coletado.
Os limites métricos apresentados por Förster (1969) são superiores aos presentemente
registrados (C = 53-56 µm, L = 94-103 µm, I = 12,5-14 µm) e a ilustração que forneceu
apresenta os processos angulares proporcionalmente mais alongados e delgados do que os
atuais.
O mesmo autor (Förster 1974) apresentou medidas mais próximas (C = 43-52 µm, L = 60-87
µm, I = 9-12,5 µm) das atualmente obtidas dos materiais que examinamos e a ilustração que
forneceu é semelhante à que ora obtivemos. Martins (1986) trabalhou com material de um
lago de águas pretas e identificou material desta espécie cujas medidas também foram
superiores às registradas neste estudo (Cs = 47-51 µm, L = 2-92 µm, Ls = 17-21 µm, I = 12-
15 µm). A ilustração que forneceu possui feições morfológicas semelhantes às que apresentou
anteriormente em Förster (1969).
Uherkovich (1976, 1981), Paiva et al. (2006) e Costa et al. (2009; 2010) apresentaram
apenas listas das espécie que identificaram, sem menção a medidas nem ilustração dos
materiais que estudaram.
S. pseudosebaldii Wille var. planctonicum Teiling
Svenska Botanisk Tidskrift 41(2): 229, fig. 18-19. 1947.
(Figuras 235-236)
Células tão largas quanto longas ou até 1,3 vez mais longa que longa. Semicélula
116
obtrapeziforme, constrição mediana rasa, margem basal reta, espinhos simples acima do
istmo, margem apical ligeiramente convexa, espinhos 2-furcados, ângulos prolongados em
processos serreados, divergentes, extremidades 3-denticuladas. Vista vertical 3-angular,
margens entre os processos ligeiramente côncavas, verrugas 2-furcados, marginais e
intramarginais, processos de 1 semicélula alternos com os da outra semicélula.
Medidas: Comprimento com processos 40- 81 µm, sem processos ca. 30 µm.
Largura com processos 52- 76 µm, sem processos 16- 21 µm. Istmo 6- 10 µm larg.
Distribuição geográfica na Amazônia:
EM LITERATURA : Amazonas: rio Maués-Assu, igarapé Laguinho, paraná Urariá,
igarapé Assu (Förster 1974); rio Negro (Uherkovich 1976); rio Amazonas, rio Branco
(Uherkovich 1981); Pará: Área Santarém (Förster 1969); rio Tapajós (Uherkovich 1976);
lago Água Preta (Martins-da-Silva 2007).
MATERIAL ESTUDADO : INPA 237965: Lago Queiroz, 22/11/2006, fitoplâncton;
Estação 1.
Comentários: Staurastrum pseudosebaldii Wille var. planctonicum Teiling difere da
variedade-tipo da espécie por apresentar processos retos, base da semicélula intumescida e
processos menos delgados.
A primeira referência à presença da referida variedade na Amazônia consta em Förster
(1969), a partir de material coletado no Estado do Pará. As medidas que forneceu são
semelhantes àquelas atualmente obtidas (C = 46-85 µm, Cs = 34-50 µm, L = 58-88 µm, I =
8,5-11,5 µm), mas as características morfológicas são equivalentes, principalmente no que se
refere aos processos angulares e às ornamentações bifurcadas marginais.
A partir de material coletado no Estado do Amazonas, Förster (1974) também
registrou características morfológicas idênticas e medidas um pouco superiores às atualmente
apresentadas (C = 48-54 µm, Cs = 32-35 µm, L = 56-74 µm, I = 7-8 µm).
Uherkovich (1976, 1981) apenas citaram a ocorrência da variedade sem fornecer
medidas ou ilustração dos materiais que estudaram.
O material fornecido por Martins-da-Silva (2007) para o estado do Pará apresenta
medidas próximas às apresentadas em nosso trabalho (C= 38- 43,5µm, L= 77,5- 86µm, I= 7-
10µm) e é idêntico morfologicamente à ilustração por nós apresentada.
S. pseudotetracerum (Nordstedt) West var. curvatum Grönblad
Botaniska Notiser 4: 423, fig. 39-41. 1948.
117
(Figuras 173-174)
Células tão longa quanto largas ou até 1,2 vez mais larga que longa. Semicélula campanular,
constrição mediana profunda, seno mediano agudo, ângulos apicais terminados em processos
divergentes, serreados, extremidade 3-denticulada, margem apical ligeiramente reta, margem
basal convexa. Vista vertical 3-angular, margens retas entre os processos fletidos, processos
de 1 semicélula alternos com os da outra.
Medidas: Comprimento com processos 28- 29 µm, sem processos 10- 12µm.
Largura com processos 28- 41 µm, sem processos 8- 13 µm. Istmo 4- 5 µm larg.
Distribuição geográfica na Amazônia:
EM LITERATURA : Pará: Área Santarém (Förster 1969).
MATERIAL ESTUDADO : INPA 238018: Rio Branco, 12/03/2005, fitoplâncton;
Estação 2.
Comentários: Staurastrum pseudotetracerum (Nordstedt) West var. curvatum
Grönblad foi primeiro registrado para a Amazônia por Förster (1969) do estudo de material
coletado no Estado do Pará. Nesse trabalho, o referido autor incluiu medidas inferiores às
atualmente registradas (C = 16,5-19 µm, Cs = 13-13,5 µm, L = 27-32 µm, I = 6,5 µm), bem
como são um pouco distintas as características morfológicas observadas na ilustração em
Förster (1969). Assim, os processos angulares dos atuais exemplares são mais amplamente
curvados do que demonstrado em Förster (1969). Além disso, observou-se presentemente
maior curvatura dos processos angulares.
Scott e Prescott (1961) propuseram uma nova variedade, S. gyratum West e West var.
dextrum, que lembra S. pseudotetracerum var. curvatum por apresentar processos angulares
encurvados, porém, as medidas do primeiro (C = 22 µm, Cs = 12 µm, L = 31 µm, I = 6 µm)
são um pouco inferiores às dos materiais ora estudados. Förster (1969) colocou S. gyratum
West e West var. dextrum na sinonímia de S. pseudotetracerum (Nordstedt) West var.
curvatum Grönblad.
Tell (1980) registrou a ocorrência de representantes desta variedade na Argentina. O
referido autor ilustrou um espécime muito semelhante ao ora examinado, tanto na vista frontal
quanto na vertical, principalmente, no que se refere à curvatura dos processos angulares. As
medidas (C = 25-28 µm, Cs = 8 µm, L= 23-25 µm, Ls = 8 µm, I = 5 µm) são semelhantes às
registrados neste trabalho.
118
S. quadrangulare (Brébisson) Ralfs var. quadrangulare
British Desmidieae. 128, pl. 22, fig. 7, pl. 34, fig. 11. 1848.
(Figuras 75-76)
Células 1,1 vez mais larga que longa. Semicélula retangular, seno mediano
acuminado, margem apical reta, terminando em 1 espinho simples, margem lateral reta ou
ligeiramente convexa com 1 par de espinhos 2-furcados, margem basal convexa; parede
celular lisa. Vista vertical 4-angular, margens retas ou ligeiramente côncavas.
Medidas: Comprimento com espinhos 16-20 µm sem espinhos 10µm. Largura
com espinhos 18-22 µm, sem espinhos 14- 16 µm. Istmo 6-8 µm larg.
Distribuição geográfica na Amazônia:
EM LITERATURA : Amazonas: lago Novo Andirá (Lopes e Bicudo 2003); lago
Tiaracá (Souza et al. 2007); Pará: Área Santarém (Grönblad 1945); lago Água Preta
(Martins-da-Silva e Bicudo 2007)
MATERIAL ESTUDADO : INPA 238017: Rio Branco, 12/03/2005, fitoplâncton;
Estação 1; INPA 239821: Lago Tupé, 25/01/2004, fitoplâncton; Estação 12.
Comentários: As medidas em Grönblad (1945) são semelhantes às registradas durante
este estudo (C = 23 µm, L = 25 µm, I = 9,5 µm). A ilustração que forneceu mostra apenas um
espinho acima do istmo, divergindo do que atualmente apresentamos. Melo et al. (2004)
fizeram apenas uma listagem das espécies que identificaram, sem incluir medidas e/ou
fornecer ilustração dos materiais estudados.
Lopes e Bicudo (2003) foram os primeiros a registrar a ocorrência da variedade-tipo
da espécie no Estado do Amazonas, sendo as medidas que documentaram (C = 18-20 µm, Lc=
24-30 µm, Ls= 19-20µm, I= 8-10µm) semelhantes às presentemente registradas. A ilustração
que forneceram também é equivalente às deste trabalho.
No estudo que providenciaram do lago Tiaracá, Souza e Melo (2007) apenas citaram a
variedade-tipo da espécie na lista dos materiais que estudaram.
Staurastrum quadrangulare (Brébisson) Ralfs var. quadrangulare assemelha-se a S.
contectum Turner var. inevolutum Turner (C= 24 µm, L= 24 µm, I= 8-9 µm), mas, as
semicélulas têm formato relativamente mais quadrangular, o istmo é arredondado e a margem
apical ligeiramente convexa. Em Prescott et al. (1982), a morfologia das semicélulas é
bastante semelhante à do presente material.
Martins-da-Silva e Bicudo (2007) ilustram a referida espécie apenas em vista frontal e
a mesma difere do que é aqui apresentado no que diz respeito aos espinhos angulares da
margem apical que são bífidos e em nosso trabalho são simples, assim como os espinhos da
119
margem basal que são simples e os aqui apresentados são bífidos. Os limites métricos também
diferem por seresm ligeiramente superiores aos aqui registrados (C= 23-28µm,L= 23-28µm,
I= 7,5-9µm).
S. quadrangulare Brébisson var. contectum (Turner) Grönblad
Acta Societatis Scientiarum Fennica: série B, 2(6): 29, fig. 255. 1945.
(Figuras 77-78)
Células tão largas que longas. Semicélula retangular, constrição mediana moderada, seno
mediano aberto, arredondado, margem basal ligeiramente convexa, margem lateral com 1 par
de espinhos curtos, 2-furcados, margem apical reta, ângulos apicais prolongados em espinhos
divergentes, bífidos, o superior mais curto que o inferior. Vista vertical 3-angular, cada ângulo
com 3 espinhos, margem côncava entre os espinhos angulares.
Medidas: Comprimento com espinhos 20-30 µm, sem espinhos 15-20 µm. Largura
com espinhos 20-30 µm, sem espinhos 12-16 µm. Istmo ca. 6 µm larg.
Distribuição geográfica na Amazônia:
EM LITERATURA : Amazonas: lago Novo Andirá (Lopes e Bicudo 2003); Pará:
Área Santarém (Grönblad 1945; Förster 1969); Igarapé Curi (Scott et al. 1965); Nhamundá-
Terra Santa (Thomasson 1977).
MATERIAL ESTUDADO : INPA 222734: Lago Cutiuaú, 21/03/2003, fitoplâncton;
Estação 1; INPA 222739: Lago Cutiuaú, 21/03/2003, fitoplâncton; Estação 6; INPA 222740:
Lago Cutiuaú, 21/03/2003, fitoplâncton; Estação 7; INPA 237882: Igarapé Cutiuaú,
11/09/2003, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237883: Igarapé Cutiuaú, 22/03/2003,
fitoplâncton; Estação 3; INPA 237934: Lago Grande, 26/03/2006, fitoplâncton; Estação 1;
INPA 237935: Lago Grande, 29/03/2007, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237936: Lago
Grande, 22/11/2006, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237938: Lago Grande,07/08/2006,
fitoplâncton; Estação 1; INPA 237942: Lago Grande, 07/08/2006, fitoplâncton; Estação 2;
INPA 237943: Lago Tupé, 13/04/2003, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237965: Lago
Queiroz, 22/11/2006, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237974: Lago Queiroz, 12/02/2004,
fitoplâncton; Estação 1; INPA 237975: Lago Queiroz ,04/04/2004, fitoplâncton; Estação 1;
INPA 237976: Lago Queiroz, 14/11/2003, fitoplâncton; Estação 1; INPA 238013: Lago
Volta, 11/02/2004, fitoplâncton; Estação 1; INPA 239800: Lago Tupé, 21/11/2004,
fitoplâncton; Estação 1; INPA 239851: Igarapé Tiaracá, 24/03/2003, fitoplâncton; Estação 2;
120
INPA 239868: Lago Tupé, 20/04/2009, perifíton: Utricularia foliosa; Estação 2; INPA
239870: Lago Tupé, 20/04/2009, perifíton: U. foliosa; Estação 8; INPA 239871: Lago Tupé,
20/04/2009, perifíton: U. foliosa; Estação 10; INPA 239872: Lago Tupé, 18/06/2009,
perifíton: U. foliosa; Estação 2; INPA 239874: Lago Tupé, 18/06/2009, perifíton: U.
foliosa; Estação 7; INPA 239875: Lago Tupé, 18/06/2009, perifíton: U. foliosa; Estação 8.
Comentários: As medidas dos atuais exemplares são semelhantes às apresentadas em
Grönblad (1945). As características morfológicas divergem, existindo diferença quanto à
presença de espinhos bifurcados nos ângulos apicais das semicélulas, um sobre o outro, sendo
o superior menor do que o inferior. Além disto, o material atualmente identificado apresentou
células triangulares em vista apical.
As medidas fornecidas por Scott et al. (1965) são semelhantes às registradas durante o
presente estudo (C = 27-28 µm, Cs = 21 µm, L = 27-28 µm, Ls = 18 µm, I = 9 µm), bem
como o são as características morfológicas, principalmente, os espinhos angulares bífidos e
divergentes e o número de ângulos da semicélula em vista apical: 3-angular.
Förster (1969) também registrou a presença da variedade na Amazônia, mas as
características morfológicas desse material são distintas daquelas do atual trabalho, pois os
espinhos angulares são relativamente mais curtos, retos e apresentam tamanho idênticos.
Além disso, apresentam vista apical 4-angular, porém, as medidas celulares dos exemplares
que identificou se confundem com as dos presentes (Cs = 18,5-20 µm, L = 18,5-20,5 µm, I =
9-9,5 µm).
Lopes e Bicudo (2003) apresentaram medidas (Cs = 20-27 µm, L = 20-23µm, Ls =14-
26µm, I = 9-15µm) dos materiais que identificaram semelhantes às registradas neste estudo. A
diferença entre o material em Lopes e Bicudo (2003) e o presente está no número de ângulos
das semicélulas em vista vertical, que Lopes e Bicudo (2003) é cinco e neste estudo três.
S. quadrangulare Brébisson var. longispinum Börgesen
Videnskabelige Meddelelser fra Dansk naturhistorisk Forening i Kjøbenhavn 46: 49, pl. 5,
fig. 55. 1890.
(Figuras 81-84)
Células tão largas quanto longas ou até 1,5 vez mais larga que longa. Semicélula retangular,
constrição mediana moderada, seno mediano aberto, margem basal ligeiramente convexa, 1
espinho diminuto, 1 espinho pontiagudo, margem apical reta, ângulos apicais prolongados em
espinhos simples e divergentes, face da semicélula com espinhos curtos. Vista vertical 3-
121
angular, cada ângulo com 2 espinhos maiores e 1 menor entre eles, paralelos entre si, margens
côncavas entre os espinhos angulares.
Medidas: Comprimento com espinhos 26-34 µm, sem espinhos 16-22 µm. Largura
com espinhos 24-44 µm, sem espinhos 14-24 µm. Istmo 6- 10 µm larg.
Distribuição geográfica na Amazônia:
EM LITERATURA : Amazonas: Poço, rio Maués-Assu, igarapé Laguinho, lago do
Elias (Förster 1974); rio Negro, rio Cuieiras, rio Unini (Uherkovich e Rai 1979); rio Maués-
Assu (Uherkovich 1981); lago Tupé (Melo et al. 2005); lago Cutiuaú (Melo e Souza 2009);
Pará: Área Santarém (Grönblad 1945; Förster 1969);
MATERIAL ESTUDADO : INPA 222735: Lago Cutiuaú, 21/03/2003, fitoplâncton;
Estação 2; INPA 222736: Lago Cutiuaú, 21/03/2003, fitoplâncton; Estação 3; INPA 222738:
Lago Cutiuaú, 21/03/2003, fitoplâncton; Estação 5; INPA 222739: Lago Cutiuaú, 21/03/2003,
fitoplâncton; Estação 6; INPA 222741: Lago Cutiuaú, 21/03/2003, fitoplâncton; Estação 8;
INPA 222742: Lago Cutiuaú, 21/03/2003, fitoplâncton; Estação 9; INPA 222743: Lago
Cutiuaú, 21/03/2003, fitoplâncton; Estação 10; INPA 222750: Lago Cutiuaú, 22/06/2003,
fitoplâncton; Estação 7; INPA 222767: Lago Cutiuaú, 12/11/2003, fitoplâncton; Estação 4;
INPA 222769: Lago Cutiuaú, 12/11/2003, fitoplâncton; Estação 6; INPA 222770: Lago
Cutiuaú, 12/11/2003, fitoplâncton; Estação 7; INPA 222771: Lago Cutiuaú, 12/11/2003,
fitoplâncton; Estação 8; INPA 222772: Lago Cutiuaú, 12/11/2003, fitoplâncton; Estação 9;
INPA 222773: Lago Cutiuaú, 12/11/2003, fitoplâncton; Estação 10; INPA 237891: Igarapé
Preto, 19/10/2004, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237894: Igarapé Preto, 14/05/2005,
fitoplâncton; Estação 2; INPA 237909: Igarapé Tarumã: Mirim, 06/10/2009, fitoplâncton;
Estação 2; INPA 237920: Lago Grande , 24/03/2003, fitoplâncton; Estação 5; INPA 237925:
Lago Cutiuaú , 21/03/2003, perifíton; Estação 2; INPA 237926: Lago Cutiuaú , 22/03/2003,
perifíton; Estação 1; INPA 237928: Lago Cutiuaú , 21/06/2003, perifíton; Estação 2; INPA
237929: Lago Cutiuaú , 22/06/2003, perifíton; Estação 3; INPA 237931: Lago Cutiuaú ,
21/03/2003, perifíton; Estação 4; INPA 237932: Lago Cutiuaú , 21/03/2003, perifíton;
Estação 5; INPA 237940: Lago Grande, 25/03/2003, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237962:
Lago Miratucu, 12/02/2004, fitoplâncton; Estação 2; INPA 237966: Lago Queiroz,
25/03/2003, perifíton; Estação 1; INPA 237972: Lago Queiroz, 25/10/2004, fitoplâncton;
Estação 1; INPA 237975: Lago Queiroz ,04/04/2004, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237978:
Lago Raimunda, 24/06/2003, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237979: Lago Raimunda,
10/02/2004, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237980: Lago Raimunda, 24/03/2003,
122
fitoplâncton; Estação 1; INPA 237988: Lago Tiaracá, 22/11/2006, fitoplâncton; Estação 1;
INPA 237991: Lago Tiaracá, 25/06/2004, fitoplâncton; Estação 2; INPA 238002: Lago Tupé,
19/06/2008, fitoplâncton; Estação 12; INPA 239837: Lago Tiaracá, 10/02/2004, fitoplâncton;
Estação 1; INPA 239869: Lago Tupé, 20/04/2009, perifíton: Utricularia foliosa; Estação 7;
INPA 239870: Lago Tupé, 20/04/2009, perifíton: U. foliosa; Estação 8.
Comentários: Grönblad (1945) forneceu medidas semelhantes às registradas durante
este trabalho (C = 23 µm, L = 30 µm, I = 7 µm). A única diferença observada referiu-se à
margem apical da semicélula que em Grönblad (1945) é convexa.
Melo et al. (2005) e Melo e Souza (2009) apenas citaram a presente variedade nas
listas de espécies que identificaram.
S. quadrangulare Brébisson var. prolificum Croasdale in Scott, Grönblad e Croasdale
Acta Botanica Fennica 69. 57, fig. 176. 1965.
(Figuras 75-76)
Células tão longas quanto largas. Semicélula retangular, constrição mediana moderada, seno
mediano aberto, margem basal convexa, margem lateral convexa com 1 espinho divergente,
margem apical reta, sem ornamentação, ângulos prolongados em espinhos 2-furcados,
divergentes. Vista vertical 4-angular, margem entre os espinhos angulares reta ou ligeiramente
convexa.
Medidas: Comprimento com espinhos 24-28 µm, sem espinhos 18-24 µm. Largura
com espinhos 24-28 µm, sem espinhos 16-20 µm. Istmo 8-10 µm larg.
Distribuição geográfica na Amazônia:
EM LITERATURA : Amazonas: rio Branquinho (Uherkovich e Rai 1979); lago
Tupé (Melo et al. 2005); lago Cutiuaú (Melo e Souza 2009); Pará: igarapé do Juvêncio (Scott
et al. 1965); Área Santarém (Förster 1969).
MATERIAL ESTUDADO : INPA 222734: Lago Cutiuaú, 21/03/2003, fitoplâncton;
Estação 1; INPA 222738: Lago Cutiuaú, 21/03/2003, fitoplâncton; Estação 5; INPA 222743:
Lago Cutiuaú, 21/03/2003, fitoplâncton; Estação 10; INPA 222746: Lago Cutiuaú,
22/06/2003, fitoplâncton; Estação 3; INPA 222747: Lago Cutiuaú, INPA 23/06/2003,
fitoplâncton; Estação 4; INPA 222748: Lago Cutiuaú, 22/06/2003, fitoplâncton; Estação 5;
INPA 222751: Lago Cutiuaú, 22/06/2003, fitoplâncton; Estação 8; INPA 222752: Lago
Cutiuaú, 22/06/2003, fitoplâncton; Estação 9; INPA 222755: Lago Cutiuaú, 11/09/2003,
123
fitoplâncton; Estação 2; INPA 222765: Lago Cutiuaú, 12/11/2003, fitoplâncton; Estação 2;
INPA 222766: Lago Cutiuaú, 12/11/2003, fitoplâncton; Estação 3; INPA 222767: Lago
Cutiuaú, 12/11/2003, fitoplâncton; Estação 4; INPA 222771: Lago Cutiuaú, 12/11/2003,
fitoplâncton; Estação 8; INPA 237880: Igarapé Cutiuaú, 22/10/2004, fitoplâncton; Estação 2;
INPA 237882: Igarapé Cutiuaú, 11/09/2003, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237884: Igarapé
Cutiuaú,09/02/2004, fitoplâncton; Estação 2; INPA 237912: Igarapé Tiaracá, 24/03/2003,
fitoplâncton; Estação 1; INPA 237927: Lago Cutiuaú , 11/09/2003, perifíton; Estação 10;
INPA 237928: Lago Cutiuaú , 21/06/2003, perifíton; Estação 2; INPA 237929: Lago Cutiuaú
, 22/06/2003, perifíton; Estação 3; INPA 237930: Lago Cutiuaú , 21/03/2003, perifíton;
Estação 3; INPA 237931: Lago Cutiuaú , 21/03/2003, perifíton; Estação 4; INPA 237932:
Lago Cutiuaú , 21/03/2003, perifíton; Estação 5; INPA 237934: Lago Grande, 26/03/2006,
fitoplâncton; Estação 1; INPA 237937: Lago Grande, 29/04/2004, fitoplâncton; Estação 1;
INPA 237938: Lago Grande,07/08/2006, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237942: Lago
Grande, 07/08/2006, fitoplâncton; Estação 2; INPA 237943: Lago Tupé, 13/04/2003,
fitoplâncton; Estação 1; INPA 237957: Lago Manixiuau, 20/10/2004, fitoplâncton; Estação 1;
INPA 237959: Lago Miratucu, 26/06/2003, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237961: Lago
Miratucu, 26/06/2003, fitoplâncton; Estação 2; INPA 237967: Lago Queiroz, 12/04/2004,
fitoplâncton; Estação 1; INPA 237968: Lago Queiroz, 25/03/2003, fitoplâncton; INPA
237969: Lago Queiroz, 25/06/2003, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237971: Lago Queiroz,
13/05/2005, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237974: Lago Queiroz, 12/02/2004, fitoplâncton;
Estação 1; INPA 237975: Lago Queiroz ,04/04/2004, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237979:
Lago Raimunda, 10/02/2004, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237981: Lago
Raimunda,07/08/2006, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237982: Lago Raimunda, 13/11/2003,
fitoplâncton; Estação 1; INPA 237984: Lago Raimunda, 10/02/2004, fitoplâncton; Estação 1;
INPA 237985: Lago Raimunda, 10/02/2004, perifíton; Estação 1; INPA 237991: Lago
Tiaracá, 25/06/2004, fitoplâncton; Estação 2; INPA 237998: Lago Tupé,30/10/2008,
fitoplâncton; Estação 1; INPA 238009: Lago Uruá, 14/05/2005, fitoplâncton; Estação 2;
INPA 238012: Lago Volta, 24/06/2003, fitoplâncton; Estação 1; INPA 238013: Lago Volta,
11/02/2004, fitoplâncton; Estação 1; INPA 238014: Lago Volta, 14/11/2003, fitoplâncton;
Estação 1; INPA 238054: Rio Unini, 13/03/2005, fitoplâncton; Estação 3; INPA 239785:
Lago Tupé,09/03/2003, fitoplâncton; Estação 1; INPA 239787: Lago Tupé, 13/09/2003,
fitoplâncton; Estação 1; INPA 239790: Lago Tupé, 14/03/2004, fitoplâncton; Estação 1;
INPA 239800: Lago Tupé, 21/11/2004, fitoplâncton; Estação 1; INPA 239807: Lago Tupé,
14/03/2004, fitoplâncton; Estação 10; INPA 239827: Lago Tupé, 24/01/2004, fitoplâncton;
124
Estação 9; INPA 239828: Lago Tupé, 13/03/2004, fitoplâncton; Estação 9; INPA 239832:
Lago Tupé, 12/11/2006, fitoplâncton; Estação 9; INPA 239851: Igarapé Tiaracá, 24/03/2003,
fitoplâncton; Estação 2; INPA 239852: Igarapé Tiaracá, 24/06/2003, fitoplâncton; Estação 2;
INPA 239860: Lago Patoá, 26/06/2003, fitoplâncton; Estação 1; INPA 239868: Lago Tupé,
20/04/2009, perifíton: Utricularia foliosa; Estação 2; INPA 239869: Lago Tupé, 20/04/2009,
perifíton: U. foliosa; Estação 7; INPA 239870: Lago Tupé, 20/04/2009, perifíton: U. foliosa;
Estação 8; INPA 239871: Lago Tupé, 20/04/2009, perifíton: U. foliosa; Estação 10; INPA
239872: Lago Tupé, 18/06/2009, perifíton: U. foliosa; Estação 2; INPA 239874: Lago Tupé,
18/06/2009, perifíton: U. foliosa; Estação 7; INPA 239880: Lago Tupé, 27/09/2009,
perifíton: U. foliosa; Estação 9; INPA 240149: Lago Tupé, 13/09/2003, fitoplâncton; Estação
12.
Comentários: S. quadrangulare Brébisson var. prolificum Croasdale foi descrito em
Scott et al. (1965) do estudo de material do Estado do Pará e, segundo os autores, a variedade
apresenta maior número de espinhos nas regiões superior e inferior dos ângulos, além de
pequenos espinhos na região imediatamente acima do istmo. As medidas que forneceram (C =
30-35 µm, Cs = 27-30 µm, L = 25-30 µm, Ls = 18-24 µm, I = 12 µm) são semelhantes às dos
presentes materiais. Uherkovich e Rai (1979), Melo et al. (2005) e Melo e Souza (2009) não
forneceram medidas nem ilustração dos materiais que identificaram.
S. quadrinotatum Grönblad var. quadrinotatum
Acta Societatis Scientiarum Fennicae: série B, 2(6): 30; fig. 258. 1945.
(Figuras 215-216)
Células 1,2- 1,4 vez mais larga que longa. Semicélula triangular, constrição mediana rasa,
seno mediano aberto, margem basal ligeiramente convexa, margem apical reta ou
ligeiramente convexa, espinhos divergentes marginais, ângulos apicais prolongados em
processos divergentes, serreados, extremidade denticulada. Vista vertical 2-angular, margens
convexas, 1 par de espinhos simples intramarginais, processos de 1 semicélula sobrepõem os
da outra semicélula.
Medidas: Comprimento com processos 52-64 µm, sem processos 16-22 µm.
Largura com processos 62-83 µm, sem processos 10-14 µm. Istmo 4-8 µm larg.
Distribuição geográfica na Amazônia:
EM LITERATURA : Amazonas: rio Maués (Förster 1974); rio Preto da Eva
125
(Thomasson 1971); rio Negro, rio Tapajós (Uherkovich 1976); rio Branquinho, rio Jufari, rio
Branco, rio Cuieiras, rio Unini (Uherkovich e Rai 1979); rio Amazonas, rio Solimões, rio
Apoquitaua, rio Içá, rio Içana, rio Juruena, rio Madeira, rio Maués-Assu, rio Paraconi, lago
Cabaliana, lago Calado, paraná do Tapará (Uherkovich 1981); lago Cristalino (Martins 1986);
lago Novo Andirá (Lopes e Bicudo 2003); lago Tupé (Melo et al. 2005); lago Cutiuaú (Melo
e Souza 2009); Pará: Área Santarém (Grönblad 1945; Förster 1969); rio Arapiuns (Scott et
al. 1965); rio Tapajós (Uherkovich 1976); lago Batata, lago Mussurá, rio Trombetas (Huszar
1996; Sophia e Huszar 1996); corredeira Caitucá, Corredeira CNEC (Costa et al. 2009); lago
Água Preta (Costa et al., 2010).
MATERIAL ESTUDADO : INPA 222734: Lago Cutiuaú, 21/03/2003, fitoplâncton;
Estação 1; INPA 222735: Lago Cutiuaú, 21/03/2003, fitoplâncton; Estação 2; INPA 222737:
Lago Cutiuaú, 21/03/2003, fitoplâncton; Estação 4; INPA 222738: Lago Cutiuaú, 21/03/2003,
fitoplâncton; Estação 5; INPA 222739: Lago Cutiuaú, 21/03/2003, fitoplâncton; Estação 6;
INPA 222740: Lago Cutiuaú, 21/03/2003, fitoplâncton; Estação 7; INPA 222741: Lago
Cutiuaú, 21/03/2003, fitoplâncton; Estação 8; INPA 222742: Lago Cutiuaú, 21/03/2003,
fitoplâncton; Estação 9; INPA 222743: Lago Cutiuaú, 21/03/2003, fitoplâncton; Estação 10;
INPA 222759: Lago Cutiuaú, 11/09/2003, fitoplâncton; Estação 6; INPA 222765: Lago
Cutiuaú, 12/11/2003, fitoplâncton; Estação 2; INPA 222766: Lago Cutiuaú, 12/11/2003,
fitoplâncton; Estação 3; INPA 222767: Lago Cutiuaú, 12/11/2003, fitoplâncton; Estação 4;
INPA 222768: Lago Cutiuaú, 12/11/2003, fitoplâncton; Estação 5; INPA 222769: Lago
Cutiuaú, 12/11/2003, fitoplâncton; Estação 6; INPA 222773: Lago Cutiuaú, 12/11/2003,
fitoplâncton; Estação 10; INPA 237883: Igarapé Cutiuaú, 22/03/2003, fitoplâncton; Estação
3; INPA 237891: Igarapé Preto, 19/10/2004, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237893: Igarapé
Preto, 19/10/2004, fitoplâncton; Estação 2; INPA 237897: Igarapé Tarumã, 06/10/2009,
fitoplâncton; Estação 1; INPA 237899: Igarapé Tarumã, 18/02/2008, fitoplâncton; Estação 1;
INPA 237901: Igarapé Tarumã, 06/10/2009, fitoplâncton; Estação 2; INPA 237903: Igarapé
Tarumã, 18/02/2009, fitoplâncton; Estação 2; INPA 237904: Igarapé Tarumã: Mirim,
02/12/2009, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237905: Igarapé Tarumã: Mirim, 06/10/2009,
fitoplâncton; Estação 1; INPA 237907: Igarapé Tarumã: Mirim , 18/02/2009, fitoplâncton;
Estação 1; INPA 237908: Igarapé Tarumã: Mirim, 02/12/2009, fitoplâncton; Estação 2;
INPA 237909: Igarapé Tarumã: Mirim, 06/10/2009, fitoplâncton; Estação 2; INPA 237911:
Igarapé Tarumã: Mirim , 18/02/2009, fitoplâncton; Estação 2; INPA 237913: Igarapé Zito,
20/10/2004, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237917: Lago Grande , 14/11/2003, fitoplâncton;
Estação 2; INPA 237920: Lago Grande , 24/03/2003, fitoplâncton; Estação 5; INPA 237921:
126
Lago Catalão , 18/02/2009, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237923: Lago Catoá ,06/02/2004,
fitoplâncton; Estação 1; INPA 237924: Lago Catoá ,06/02/2004, fitoplâncton; Estação 1;
INPA 237929: Lago Cutiuaú , 22/06/2003, perifíton; Estação 3; INPA 237931: Lago Cutiuaú
, 21/03/2003, perifíton; Estação 4; INPA 237932: Lago Cutiuaú , 21/03/2003, perifíton;
Estação 5; INPA 237934: Lago Grande, 26/03/2006, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237935:
Lago Grande, 29/03/2007, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237936: Lago Grande, 22/11/2006,
fitoplâncton; Estação 1; INPA 237940: Lago Grande, 25/03/2003, fitoplâncton; Estação 1;
INPA 237943: Lago Tupé, 13/04/2003, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237944: Lago Grande,
11/02/2004, fitoplâncton; Estação 2; INPA 237945: Lago Grande, 24/10/2004, fitoplâncton;
Estação 2; INPA 237948: Lago Grande, 11/02/2004, fitoplâncton; Estação 2; INPA 237949:
Lago Grande, 24/10/2004, fitoplâncton; Estação 3; INPA 237952: Lago Ilha Camaleão,
18/07/2009, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237953: Lago Ilha Camaleão, 18/02/2009,
fitoplâncton; Estação 1; INPA 237954: Lago Ilha Camaleão,06/10/2009, fitoplâncton;
Estação 1; INPA 237957: Lago Manixiuau, 20/10/2004, fitoplâncton; Estação 1; INPA
237958: Lago Manixiuau, 20/10/2004, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237960: Lago
Miratucu, 12/02/2004, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237963: Lago no Araras, 28/02/2009,
fitoplâncton; Estação 1; INPA 237964: Lago Patauá, 12/02/2004, fitoplâncton; Estação 1;
INPA 237972: Lago Queiroz, 25/10/2004, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237974: Lago
Queiroz, 12/02/2004, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237976: Lago Queiroz, 14/11/2003,
fitoplâncton; Estação 1; INPA 237977: Lago Raimunda, 29/03/2007, fitoplâncton; Estação 1;
INPA 237980: Lago Raimunda, 24/03/2003, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237982: Lago
Raimunda, 13/11/2003, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237984: Lago Raimunda, 10/02/2004,
fitoplâncton; Estação 1; INPA 237987: Lago Raimunda, 13/05/2005, fitoplâncton; Estação 1;
INPA 237988: Lago Tiaracá, 22/11/2006, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237994: Lago Tupé,
21/11/2009, fitoplâncton; próximo ao Igarapé das Onças; INPA 237996: Lago Tupé,
26/02/2009, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237997: Lago Tupé, INPA 23/09/2008,
fitoplâncton; Estação 1; INPA 237998: Lago Tupé,30/10/2008, fitoplâncton; Estação 1;
INPA 237999: Lago Tupé, 26/02/2009, fitoplâncton; Estação 10; INPA 238000: Lago Tupé,
INPA 23/09/2008, fitoplâncton; Estação 10; INPA 238005: Lago Tupé, 26/02/2009,
fitoplâncton; Estação 9; INPA 238010: Lago Volta, 24/10/2004, fitoplâncton; Estação 1;
INPA 238013: Lago Volta, 11/02/2004, fitoplâncton; Estação 1; INPA 238014: Lago Volta,
14/11/2003, fitoplâncton; Estação 1; INPA 238017: Rio Branco, 12/03/2005, fitoplâncton;
Estação 1; INPA 238018: Rio Branco, 12/03/2005, fitoplâncton; Estação 2; INPA 238019:
Rio Branco, 12/03/2005, fitoplâncton; Estação 3; INPA 238021: Rio Negro, 02/12/2009,
127
fitoplâncton; Estação 1; INPA 238022: Rio Negro, 06/10/2009, fitoplâncton; Estação 1;
INPA 238024: Rio Negro, 18/02/2009, fitoplâncton; Estação 1; INPA 238028: Rio Negro,
06/10/2009, fitoplâncton; Estação 2; INPA 238030: Rio Negro, 18/02/2009, fitoplâncton;
Estação 2; INPA 238032: Rio Negro, 02/12/2009, fitoplâncton; Estação 3; INPA 238033: Rio
Negro, 06/10/2009, fitoplâncton; Estação 3; INPA 238034: Rio Negro, 18/07/2009,
fitoplâncton; Estação 3; INPA 238037: Rio Negro, 02/12/2009, fitoplâncton; Estação 4;
INPA 238038: Rio Negro, 06/10/2009, fitoplâncton; Estação 4; INPA 238040: Rio Negro,
18/02/2009, fitoplâncton; Estação 4; INPA 238042: Rio Negro, 02/12/2009, fitoplâncton;
Estação 5; INPA 238043: Rio Negro, 06/10/2009, fitoplâncton; Estação 5; INPA 238049: Rio
Negro, 06/03/2005, fitoplâncton; Estação 8; INPA 238053: Rio Unini, 13/03/2005,
fitoplâncton; Estação 2; INPA 239785: Lago Tupé,09/03/2003, fitoplâncton; Estação 1;
INPA 239787: Lago Tupé, 13/09/2003, fitoplâncton; Estação 1; INPA 239793: Lago Tupé,
24/09/2006, fitoplâncton; Estação 1; INPA 239794: Lago Tupé, 12/11/2006, fitoplâncton;
Estação 1; INPA 239795: Lago Tupé, 27/02/2007, fitoplâncton; Estação 1; INPA 239804:
Lago Tupé, 13/09/2003, fitoplâncton; Estação 10; INPA 239806: Lago Tupé, 13/12/2003,
fitoplâncton; Estação 10; INPA 239807: Lago Tupé, 14/03/2004, fitoplâncton; Estação 10;
INPA 239809: Lago Tupé, 20/04/2006, fitoplâncton; Estação 10; INPA 239810: Lago Tupé,
24/09/2006, fitoplâncton; Estação 10; INPA 239811: Lago Tupé, 12/11/2006, fitoplâncton;
Estação 10; INPA 239812: Lago Tupé, 27/02/2007, fitoplâncton; Estação 10; INPA 239815:
Lago Tupé, 12/11/2006, fitoplâncton; Estação 12; INPA 239816: Lago Tupé, 20/04/2006,
fitoplâncton; Estação 12; INPA 239818: Lago Tupé, 27/02/2007, fitoplâncton; Estação 12;
INPA 2398INPA 23: Lago Tupé,09/03/2003, fitoplâncton; Estação 9; INPA 239826: Lago
Tupé, 13/12/2003, fitoplâncton; Estação 9; INPA 239827: Lago Tupé, 24/01/2004,
fitoplâncton; Estação 9; INPA 239828: Lago Tupé, 13/03/2004, fitoplâncton; Estação 9;
INPA 239831: Lago Tupé, 24/09/2006, fitoplâncton; Estação 9; INPA 239832: Lago Tupé,
12/11/2006, fitoplâncton; Estação 9; INPA 239833: Lago Tupé, 12/11/2006, fitoplâncton;
Estação 9; INPA 239837: Lago Tiaracá, 10/02/2004, fitoplâncton; Estação 1; INPA 239838:
Lago Tiaracá, 10/02/2004, fitoplâncton; Estação 2; INPA 239840: Lago Ilha
Camaleão,06/10/2009, fitoplâncton; Estação 2; INPA 239841: Lago Ilha Camaleão,
18/02/2009, fitoplâncton; Estação 1; INPA 239849: Igarapé Tiaracá, 10/02/2004,
fitoplâncton; Estação 1; INPA 239851: Igarapé Tiaracá, 24/03/2003, fitoplâncton; Estação 2;
INPA 239854: Igarapé Tiaracá, 10/02/2004, fitoplâncton; Estação 2; INPA 239876: Lago
Tupé, 27/09/2009, perifíton: Utricularia foliosa; Estação 2; INPA 239877: Lago Tupé,
27/09/2009, perifíton: U. foliosa; Estação 4; INPA 239879: Lago Tupé, 27/09/2009,
128
perifíton: U. foliosa; Estação 7; INPA 239880: Lago Tupé, 27/09/2009, perifíton: U. foliosa;
Estação 9; INPA 240149: Lago Tupé, 13/09/2003, fitoplâncton; Estação 12, INPA 240153:
Lago Tupé, 14/02/2004, fitoplâncton; Estação 12.
Comentários: não foi observada mucilagem envolvendo os exemplares que
estudamos. Staurastrum quadrinotatum foi descrito por Grönblad (1945) para material
proveniente do Estado do Pará, cujas medidas são superiores às atualmente registradas (C =
80 µm, L = 110 µm, I = 7,6 µm); mas, as feições morfológicas são semelhantes.
A morfologia dos espécimes em Scott et al. (1965) diferem das que ora são
registradas, mas as medidas que forneceram (C = 82 µm, Cs = 25 µm, L = 108 µm, I = 10
µm) são superiores àquelas do presente material. Förster (1969) registrou medidas (C =60-78
µm, Cs = 18,5-23 µm, L = 88-96 µm, Ls = 13-15,5 µm, I = 5-6,5 µm) e características
morfológicas semelhantes às do presente estudo.
O trabalho de Costa et al. (2010) cita apenas a ocorrência da espécie sem fazer menção
a limites métricos ou ilustração.
S. quadrinotaum Grönblad var. constrictum Scott e Croasdale
Acta Botanica Fennica 69: 57, fig. 214-215. 1965.
(Figuras 217-218)
Células 1,2 - 1,4 vez mais largas que longas. Semicélula campanular, constrição
mediana rasa, seno mediano aberto, margem basal ligeiramente convexa, margem apical
ligeiramente convexa, 1 intumescência na região mediana, ângulos apicais prolongados em
processos divergentes, serreados, curvados para cima, extremidade denticulada. Vista vertical
2-angular, margens convexas.
Medidas: Comprimento com processos 52- 68 µm, sem processos 16-20 µm.
Largura com processos 72- 83 µm, sem processos ca. 12 µm. Istmo 5- 6 µm larg.
Distribuição geográfica na Amazônia:
EM LITERATURA : Pará: rio Maró, rio Arapiuns (Scott et al. 1965).
MATERIAL ESTUDADO : INPA 237914: Igarapé Zito, 20/10/2004, fitoplâncton;
Estação 2; INPA 237957: Lago Manixiuau, 20/10/2004, fitoplâncton; Estação 1; INPA
238046: Rio Negro, 04/03/2005, fitoplâncton; Estação 5; INPA 239812: Lago Tupé,
27/02/2007, fitoplâncton; Estação 10; INPA 239818: Lago Tupé, 27/02/2007, fitoplâncton;
Estação 12.
Comentários: esta variedade foi proposta por Scott et al. (1965) do estudo de material
129
do Estado do Pará e difere da típica da espécie pelo seno mediano mais aberto e processos
proporcionalmente mais curtos, que terminam bifurcados. As medidas que forneceram (C =
75 µm, Cs = 20 µm, L = 81 µm, Ls = 11 µm, I = 7 µm) são comparáveis às ora obtidas. A
única diferença entre ambos os materiais reside na extremidade dos processos, que em Scott et
al. (1965) é trifurcada e nos exemplares que examinamos, bifurcada.
S. quadrispinatum Turner var. spicatum (West e West) f. furcatum Scott e Grönblad
Acta Societatis Scientiarum Fennicae: série B, 2(8): 45, pl. 33, fig. 14-18. 1957.
(Figuras 157-158)
Células tão largas quanto longas ou até 1,1 vez mais larga quanto longa. Semicélula
elíptica, constrição mediana profunda, seno mediano aberto, margem basal convexa com 1
espinho diminuto acima do istmo, margem apical reta ou ligeiramente convexa, ângulos
apicais prolongados em processos divergentes, curtos, cilíndricos, 2-furcados. Vista vertical 3
angular, margens côncavas entre os espinhos angulares, retusa na região mediana, 1 par de
espinhos submarginais, 2-furcados, abaixo de cada ângulo.
Medidas: Comprimento com processos 20-26 µm, sem processos 14-20 µm.
Largura com processos 22-27 µm, sem processos 14-16 µm. Istmo 6-8 µm larg.
Distribuição geográfica na Amazônia:
EM LITERATURA : primeira citação de ocorrência para a Amazônia.
MATERIAL ESTUDADO : INPA 238017: Rio Branco, 12/03/2005, fitoplâncton;
Estação 1; INPA 238024: Rio Negro, 18/02/2009, fitoplâncton; Estação 1.
Comentários: foi observada nesse táxon a presença de mucilagem em forma de
circunferência envolvendo os indivíduos. Staurastrum quadrispinatum var. spicatum f.
furcatum foi proposto a partir de material coletado nos Estados Unidos da América e difere da
forma taxonômica típica da var. spicatum (West e West) pela presença de espinhos bifurcados
nos ângulos das semicélulas e pelas medidas (C = 31-40 µm, Cs = 21-27 µm, L = 30-39 µm,
Ls = 22-24 µm, I = 8-9 µm) um pouco superiores. Os atuais exemplares da Amazônia
encaixam-se, perfeitamente, na descrição original da f. furcatum Scott e Grönblad (1957).
A ilustração em Dillard (1991) feita de material dos Estados Unidos da América é
bastante semelhante às desse trabalho. Nesse mesmo trabalho, o referido autor ilustrou S.
furcatum (Ehrenberg) Brébisson (sic?) com características morfológicas semelhantes às do
presente material da Amazônia, porém, os espinhos bifurcados marginais foram ligeiramente
maiores do que em S. quadrispinatum var. spicatum f. furcatum.
130
S. reinschii Roy
Scottish Naturalist: nova série, 1(1): 39. 1883.
(Figuras 45-46)
Células 1,4- 1,5 vez mais larga que longa. Semicélula oval, constrição mediana rasa,
seno mediano aberto, margens basal e apical convexas, ângulos apicais prolongados em
espinhos 2-furcados, face da semicélula com 1 série de espinhos concêntricos. Vista vertical
3-angular, margem entre os espinhos reta, espinhos marginais e intramarginais.
Medidas: Comprimento com espinhos 16-22 µm. Largura com espinhos 24- 32
µm, Istmo 7-8 µm larg.
Distribuição geográfica na Amazônia:
EM LITERATURA : primeira citação de ocorrência para a Amazônia.
MATERIAL ESTUDADO : INPA 237917: Lago Grande , 14/11/2003, fitoplâncton;
Estação 2; INPA 238017: Rio Branco, 12/03/2005, fitoplâncton; Estação 1.
Comentários: Prescott et al. (1982) identificaram material de S. reinschii Roy
proveniente da América do Norte, fornecendo medidas semelhantes às aqui registradas (C =
20-30 µm, L = 24-26 µm, I = 7-8 µm). Embora a ilustração que forneceram não mostre os
espinhos concêntricos na face da semicélula, tal presença é referida na descrição que
forneceram. Staurastrum cornutum Archer pode ser confundido, quanto a sua morfologia,
com o presente material, mas difere pelas medidas maiores (Cs = 32-48 µm, L = 31-58 µm, I
= 11-14 µm) e pela ornamentação da parede celular representada por verrugas bifurcadas.
S. rotula Nordstedt
Videnskabelige Meddelelser fra Dansk naturhistorisk Forening i Kjøbenhavn 1869(14-15):
227, pl. 4, fig. 38. 1870.
(Figuras 221-232)
Células 1,3 – 1,7 vez mais larga que longa. Semicélula subhexagonal, constrição mediana
rasa, seno mediano aberto, arredondado, margem apical convexa, verrugas marginais, margem
basal convexa, ângulos apicais prolongados em processos serreados, horizontais ou
ligeiramente convergentes; extremidade denticulada; parede celular lisa. Vista vertical 6-8-
angular, margem apical convexa entre os processos, anel de verrugas subapicais, processos de
1 semicélula alternos com os da outra semicélula.
131
Medidas: Comprimento com processos 30-42 µm, sem processos 24-36 µm.
Largura com processos 40-70 µm, sem processos 12-22 µm. Istmo 6-9 µm larg.
Distribuição geográfica na Amazônia:
EM LITERATURA : Amazonas: rio Preto da Eva (Thomasson 1971); rio Maués, rio
Maués-Assu, igarapé Laguinho, rio Apoquitaua, paraná Urariá, lago do Elias, igarapé Assu
(Förster 1974); rio Negro (Uherkovich 1976); rio Negro (Uherkovich e Rai 1979); rio Branco,
rio Unini (Uherkovich e Rai 1979); rio Juruena, lago Calado, rio Içá, rio Içana (Uherkovich
1981); lago Cristalino, lago São Sebastião (Martins 1986); Parque Nacional do Jaú (Melo et
al. 2004); lago Novo Andirá (Lopes e Bicudo 2003); lago Cutiuaú (Melo e Souza 2009);
Maranhão: lagoa do Caçó (Dellamano-Oliveira 2008); Pará: Área Santarém (Grönblad
1945; Förster 1969); igarapé Assu (Scott et al. 1965); lago Jurucuí, lago Maicá (Thomasson
1971); rio Tapajós (Uherkovich 1976); Nhamundá-Terra Santa (Thomasson 1977); lago
Batata, lago Mussurá, rio Trombetas (Huszar 1996, Sophia e Huszar 1996); lago Água Preta
(Martins-da-Silva e Bicudo 2007); corredeira Boa Esperança, remanso Boa Esperança,
remanso Arroz Cru, corredeira Caitucá, corredeira CNEC (Costa et al. 2009); lago Água Preta
(Costa et al. 2010).
MATERIAL ESTUDADO : INPA 222734: Lago Cutiuaú, 21/03/2003, fitoplâncton;
Estação 1; INPA 222736: Lago Cutiuaú, 21/03/2003, fitoplâncton; Estação 3; INPA 222737:
Lago Cutiuaú, 21/03/2003, fitoplâncton; Estação 4; INPA 222738: Lago Cutiuaú, 21/03/2003,
fitoplâncton; Estação 5; INPA 222739: Lago Cutiuaú, 21/03/2003, fitoplâncton; Estação 6;
INPA 222740: Lago Cutiuaú, 21/03/2003, fitoplâncton; Estação 7; INPA 222742: Lago
Cutiuaú, 21/03/2003, fitoplâncton; Estação 9; INPA 222743: Lago Cutiuaú, 21/03/2003,
fitoplâncton; Estação 10; INPA 237895: Igarapé Raimunda, 24/03/2003, perifíton; INPA
237897: Igarapé Tarumã, 06/10/2009, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237901: Igarapé
Tarumã, 06/10/2009, fitoplâncton; Estação 2; INPA 237923: Lago Catoá ,06/02/2004,
fitoplâncton; Estação 1; INPA 237924: Lago Catoá ,06/02/2004, fitoplâncton; Estação 1;
INPA 237926: Lago Cutiuaú , 22/03/2003, perifíton; Estação 1; INPA 237931: Lago Cutiuaú
, 21/03/2003, perifíton; Estação 4; INPA 237932: Lago Cutiuaú , 21/03/2003, perifíton;
Estação 5; INPA 237952: Lago Ilha Camaleão, 18/07/2009, fitoplâncton; Estação 1; INPA
237954: Lago Ilha Camaleão,06/10/2009, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237964: Lago
Patauá, 12/02/2004, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237966: Lago Queiroz, 25/03/2003,
perifíton; Estação 1; INPA 237968: Lago Queiroz, 25/03/2003, fitoplâncton; INPA 237980:
Lago Raimunda, 24/03/2003, fitoplâncton; Estação 1; INPA 238017: Rio Branco,
12/03/2005, fitoplâncton; Estação 1; INPA 238018: Rio Branco, 12/03/2005, fitoplâncton;
132
Estação 2; INPA 238019: Rio Branco, 12/03/2005, fitoplâncton; Estação 3; INPA 238021:
Rio Negro, 02/12/2009, fitoplâncton; Estação 1; INPA 238028: Rio Negro, 06/10/2009,
fitoplâncton; Estação 2; INPA 238032: Rio Negro, 02/12/2009, fitoplâncton; Estação 3;
INPA 238034: Rio Negro, 18/07/2009, fitoplâncton; Estação 3; INPA 238037: Rio Negro,
02/12/2009, fitoplâncton; Estação 4; INPA 238038: Rio Negro, 06/10/2009, fitoplâncton;
Estação 4; INPA 239785: Lago Tupé,09/03/2003, fitoplâncton; Estação 1; INPA 239790:
Lago Tupé, 14/03/2004, fitoplâncton; Estação 1; INPA 239851: Igarapé Tiaracá, 24/03/2003,
fitoplâncton; Estação 2.
Comentários: Nordstedt (1889) descreveu esta espécie ao estudar material coletado
no Estado de Minas Gerais, e comentou que a espécie pode apresentar de sete a nove
processos por semicélula. As medidas originais (C = 48 µm, L = 77-96 µm, I = 11,6 µm) são
próoximas daquelas dos materiais ora examinados.
Grönblad (1945) registrou a ocorrência de S. rotula na região de Santarém e registrou
medidas aproximadas das aqui apresentadas (Cs = 38 µm, L = 68 µm). Quanto as feições
morfológicas, o aludido autor ilustrou espécime com vista vertical 9-angular e colocou no
texto que também podem ocorrer indivíduos com 8 processos por semicélula, como está
registrado neste estudo.
Scott et al. (1965) registraram variação no número de processos por semicélula e as
ilustrações que forneceram mostram exemplares com vista vertical 6 e 7-angular. Quanto às
medidas, os exemplares 7-angulares (C = 42 µm, L = 87 µm, I= 12 µm) apresentaram
tamanho ligeiramente superior aos 6-angulares (C = 36 µm, L = 86 µm, I = 10 µm). Förster
(1969) registrou espécimes 6 e 9-angulares, sendo os 6-angulares menores do que os 9-
angulares.
Förster (1974) examinou espécimes 5-angulares (Cs = 28-30 µm, L = 55-68 µm, I = 9-
9,5 µm), 6- angulares (Cs = 27,5-34 µm, L = 43-67 µm, I = 7,5-9 µm) e 8-angulares (Cs = 36-
37 µm, L = 63-68 µm, I = 9 µm) e registrou que a maior variação de tamanho ocorre entre os
exemplares 5-angulares e os maiores espécimes foram os 8-angulares. Sophia e Huszar (1996)
documentaram em espécime com seis processos por semicélula. A ilustração em Lopes e
Bicudo (2003) é de indivíduos 8-angulares.
Dellamano-Oliveira et al. (2005) apresentam limites métricos semelhantes aos aqui
registrados (Cs= 32,1µm, L= 58,1µm, Ls= 19,9µm, I= 10,2µm) e morfologicamente
idênticoaos aqui apresentados, sendo o número de processos ilustrados por semicélula sete.
Essa espécies registrada por Martins-da-Silva e Bicudo (2007) para o Pará apresenta
seis processos angulares e limites métricos aproximados aos aqui registrados (C= 38- 49µm,
133
L= 20- 26µm, I= 9,5-11µm).
Thomasson (1971), Huszar (1996), Melo et al. (2004), Melo e Souza (2009) e Costa et
al. (2009; 2010) apenas mencionaram a ocorrência da espécie em seus trabalhos, entretanto,
sem citar medidas ou fornecer ilustração.
Staurastrum rotula apresenta considerável variação no número de processos angulares
por semicélula. Foram identificados, no presente estudo, indivíduos com seis, sete e oito
processos angulares por semicélula. Em algumas circunstâncias, foram observados indivíduos
dicotípicos, isto é, que apresentaram número distinto de processos em cada semicélula.
Ilustrando, um indivíduo apresentou seis processos em uma semicélula e sete na outra; e outro
indivíduo mostrou sete processos em uma semicélula e oito na outra.
S. sebaldi Reinsch
Species et genera algarum. 133, pl. 24 D-I, fig. 1-3. 1867.
(Figuras 179-180)
Células 1,5- 1,8 vez mais larga que longa. Semicélula obtrapezeiforme, seno mediano
acutangular, ápice convexo, espinho robusto, ângulos prolongados em processos serreados,
convergentes, extremidade 3-denticulada. Vista vertical 3-angular, verrugas intramarginais
simples, margens convexas entre os processos.
Medidas: Comprimento com processos 40-45 µm. Largura com processos 62-68
µm, sem processos 24-30 µm. Istmo 10-11 µm larg.
Distribuição geográfica na Amazônia:
EM LITERATURA : Amazonas: lago Tupé (Melo et al 2005); lago Cutiuaú (Melo e
Souza 2009); Pará: baía Guajará e foz do rio Guamá (Paiva et al. 2006); remanso Boa
Esperança, remanso Arroz Cru, corredeira Boa Esperança, corredeira Arroz Cru, corredeira
Caituca, corredeira CNEC (Costa et al. 2009); lago Água Preta (Costa et al. 2010).
MATERIAL ESTUDADO : INPA 222761: Lago Cutiuaú, 11/09/2003, fitoplâncton;
Estação 8.
Comentários: Reinsch (1867) descreve e ilustra a espécie cujas características
morfológicas são semelhantes as aqui apresentadas no que diz respeito a características dos
processos convergentes, mas o formato da semicélula campanular é distinto do que
apresentamos em nosso trabalho. Em vista vertical as características apresentadas são
semelhantes, tanto em número de processos como nos espinhos intramarginais simples.
Os autores que mencionam a presença dessa espécie para a região amazônica o fazem
134
apenas citando uma lista de ocorrência sem citar limites métricos.
S. setigerum Cleve var. occidentale West e West
Transactions of the Linnean Society London: série 2, 5(5): 260, pl. 16, fig. 28. 1896.
(Figuras 43-44)
Células tão longas quanto largas ou até 1,2 vez mais longa quanto largas. Semicélula
transversalmente elíptica, constrição mediana profunda, seno mediano aberto, margem basal
convexa, face da semicélula ornamentada com 1 série de espinhos simples, concêntricos.
Vista vertical 3-angular, margens côncavas entre os ângulos, espinhos intramarginais simples.
Medidas: Comprimento com espinhos 25-31 µm, sem espinhos 22-25 µm. Largura
com espinhos 23-27 µm, sem espinhos 17-20 µm. Istmo 6-10 µm larg.
Distribuição geográfica na Amazônia:
EM LITERATURA : Amazonas: rio Branco (Uherkovich 1979); lago Cabaliana
(Uherkovich 1981); lago Tupé (Melo et al. 2005); lago Cutiuaú (Melo e Souza 2009); Pará:
Área Santarém (Grönblad 1945; Förster 1969).
MATERIAL ESTUDADO : INPA 222734: Lago Cutiuaú, 21/03/2003, fitoplâncton;
Estação 1; INPA 222735: Lago Cutiuaú, 21/03/2003, fitoplâncton; Estação 2; INPA 222736:
Lago Cutiuaú, 21/03/2003, fitoplâncton; Estação 3; INPA 222737: Lago Cutiuaú, 21/03/2003,
fitoplâncton; Estação 4; INPA 222738: Lago Cutiuaú, 21/03/2003, fitoplâncton; Estação 5;
INPA 222739: Lago Cutiuaú, 21/03/2003, fitoplâncton; Estação 6; INPA 222740: Lago
Cutiuaú, 21/03/2003, fitoplâncton; Estação 7; INPA 222741: Lago Cutiuaú, 21/03/2003,
fitoplâncton; Estação 8; INPA 222742: Lago Cutiuaú, 21/03/2003, fitoplâncton; Estação 9;
INPA 222743: Lago Cutiuaú, 21/03/2003, fitoplâncton; Estação 10; INPA 238017: Rio
Branco, 12/03/2005, fitoplâncton; Estação 1; INPA 239821: Lago Tupé, 25/01/2004,
fitoplâncton; Estação 12 .
Comentários: a primeira citação da ocorrência desta variedade na Amazônia consta
em Grönblad (1945) após estudar material proveniente de Santarém, Estado do Pará. Nesse
trabalho, o autor apresentou ilustração somente da vista vertical de um espécime, a qual é
diferente daquela que ora apresentamos e as diferenças estão nos espinhos angulares mais
longos e menos numerosos ma região marginal Há também diferença quanto às medidas (C =
72 µm; Cs = 42 µm), que são bastante maiores.
Förster (1969) também examinou material coletado na região de Santarém e sua
ilustração se assemelha à que ora apresentamos, tanto em vista frontal quanto na vertical. As
135
medidas aproximam-se, entretanto, daquelas no presente estudo (C = 35-39 µm, Cs = 31-33
µm, L = 32-40 µm, Ls = 25-28 µm, I = 12 µm).
Uherkovich (1979, 1981), Melo et al. (2005) e Melo e Souza (2009) apresentaram S.
setigerum Cleve var. occidentale West e West apenas nas listas de materiais que identificaram
em seus respectivos trabalhos, sem incluir medidas nem fornecer ilustração desses materiais.
S. setigerum Cleve var. pectinatum West e West
Transactions of the Linnean Society of London: série 2, 5(5): 260, pl. 16, fig. 28. 1896.
(Figuras 57-58)
Células 1,1 – 1,5 vez mais largas que longas. Semicélula triangular, constrição
mediana profunda, seno mediano aberto, margem basal reta, margem apical convexa,
espinhos marginais, ângulos apicais prolongados em 1 par de espinhos robustos, divergente,
mais longos que na variedade típica, anéis de espinhos concêntricos ao redor dos ângulos.
Vista vertical 3-angular, margens agudas entre os ângulos, espinhos concêntricos na região
mediana.
Medidas: Comprimento com espinhos 38-56 µm, sem espinhos 30-39 µm. Largura
com espinhos 50- 65 µm, sem espinhos 26- 37 µm. Istmo 6-8 µm larg.
Distribuição geográfica na Amazônia:
EM LITERATURA : Amapá: lago Novo (Souza e Melo 2011); Amazonas: rio
Canumã, rio Maués-Assu (Förster 1974); rio Negro (Uherkovich 1976), rio Negro, rio
Branco, rio Jauaperi, rio Jaú (Uherkovich e Rai (1979); rio Branco, rio Curucú, rio Juruena,
rio Madeira (Uherkovich 1981); lago Tupé (Melo et al. 2005); lago Tiaracá (Souza et al.
2007); lago Cutiuaú (Melo e Souza 2009); Pará: Área Santarém (Grönblad 1945; Förster
1969); rio Tapajós (Uherkovich 1976); lago Água Preta (Martins-da-Silva 2007).
MATERIAL ESTUDADO : INPA 222734: Lago Cutiuaú, 21/03/2003, fitoplâncton;
Estação 1; INPA 222735: Lago Cutiuaú, 21/03/2003, fitoplâncton; Estação 2; INPA 222736:
Lago Cutiuaú, 21/03/2003, fitoplâncton; Estação 3; INPA 222737: Lago Cutiuaú, 21/03/2003,
fitoplâncton; Estação 4; INPA 222738: Lago Cutiuaú, 21/03/2003, fitoplâncton; Estação 5;
INPA 222739: Lago Cutiuaú, 21/03/2003, fitoplâncton; Estação 6; INPA 222740: Lago
Cutiuaú, 21/03/2003, fitoplâncton; Estação 7; INPA 222741: Lago Cutiuaú, 21/03/2003,
fitoplâncton; Estação 8; INPA 222742: Lago Cutiuaú, 21/03/2003, fitoplâncton; Estação 9;
INPA 222743: Lago Cutiuaú, 21/03/2003, fitoplâncton; Estação 10; INPA 222770: Lago
Cutiuaú, 12/11/2003, fitoplâncton; Estação 7; INPA 237883: Igarapé Cutiuaú, 22/03/2003,
136
fitoplâncton; Estação 3; INPA 237891: Igarapé Preto, 19/10/2004, fitoplâncton; Estação 1;
INPA 237897: Igarapé Tarumã, 06/10/2009, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237905: Igarapé
Tarumã: Mirim, 06/10/2009, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237909: Igarapé Tarumã: Mirim,
06/10/2009, fitoplâncton; Estação 2; INPA 237920: Lago Grande , 24/03/2003, fitoplâncton;
Estação 5; INPA 237925: Lago Cutiuaú , 21/03/2003, perifíton; Estação 2; INPA 237926:
Lago Cutiuaú , 22/03/2003, perifíton; Estação 1; INPA 237930: Lago Cutiuaú , 21/03/2003,
perifíton; Estação 3; INPA 237931: Lago Cutiuaú , 21/03/2003, perifíton; Estação 4; INPA
237932: Lago Cutiuaú , 21/03/2003, perifíton; Estação 5; INPA 237934: Lago Grande,
26/03/2006, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237935: Lago Grande, 29/03/2007, fitoplâncton;
Estação 1; INPA 237939: Lago Grande, 12/11/2003, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237940:
Lago Grande, 25/03/2003, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237946: Lago Grande, 12/05/2005,
fitoplâncton; Estação 2; INPA 237949: Lago Grande, 24/10/2004, fitoplâncton; Estação 3;
INPA 237957: Lago Manixiuau, 20/10/2004, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237958: Lago
Manixiuau, 20/10/2004, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237962: Lago Miratucu, 12/02/2004,
fitoplâncton; Estação 2; INPA 237964: Lago Patauá, 12/02/2004, fitoplâncton; Estação 1;
INPA 237966: Lago Queiroz, 25/03/2003, perifíton; Estação 1; INPA 237975: Lago Queiroz
,04/04/2004, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237979: Lago Raimunda, 10/02/2004,
fitoplâncton; Estação 1; INPA 237980: Lago Raimunda, 24/03/2003, fitoplâncton; Estação 1;
INPA 237982: Lago Raimunda, 13/11/2003, fitoplâncton; Estação 1; INPA 238002: Lago
Tupé, 19/06/2008, fitoplâncton; Estação 12; INPA 238003: Lago Tupé, INPA 23/09/2008,
fitoplâncton; Estação 12; INPA 238013: Lago Volta, 11/02/2004, fitoplâncton; Estação 1;
INPA 238014: Lago Volta, 14/11/2003, fitoplâncton; Estação 1; INPA 238017: Rio Branco,
12/03/2005, fitoplâncton; Estação 1; INPA 238018: Rio Branco, 12/03/2005, fitoplâncton;
Estação 2; INPA 238019: Rio Branco, 12/03/2005, fitoplâncton; Estação 3; INPA 238022:
Rio Negro, 06/10/2009, fitoplâncton; Estação 1; INPA 238029: Rio Negro, 18/07/2009,
fitoplâncton; Estação 2; INPA 238032: Rio Negro, 02/12/2009, fitoplâncton; Estação 3;
INPA 238038: Rio Negro, 06/10/2009, fitoplâncton; Estação 4; INPA 238040: Rio Negro,
18/02/2009, fitoplâncton; Estação 4; INPA 238043: Rio Negro, 06/10/2009, fitoplâncton;
Estação 5; INPA 238045: Rio Negro, 18/02/2009, fitoplâncton; Estação 5; INPA 239819:
Lago Tupé, 13/11/2003, fitoplâncton; Estação 12 ; INPA 239821: Lago Tupé, 25/01/2004,
fitoplâncton; Estação 12; INPA 239851: Igarapé Tiaracá, 24/03/2003, fitoplâncton; Estação 2;
INPA 240149: Lago Tupé, 13/09/2003, fitoplâncton; Estação 12.
Comentários: Staurastrum setigerum Cleve var. pectinatum foi descrito por West e
West (1896) a partir de material coletado na América do Norte e difere da típica da espécie
137
pelos espinhos angulares relativamente mais longos e robustos. As medidas que forneceram
são próximas das que ora obtivemos (C = 44 µm, Cs = 34 µm, L = 46 µm, Ls = 31 µm, I = 6,5
µm). Os referidos autores ilustraram somente a vista vertical de um espécime, a qual é
semelhante à dos exemplares neste trabalho.
A primeira citação da ocorrência desta variedade na Amazônia está em Grönblad
(1945). Para a região do Areal de Santarém, Estado do Pará. O referido autor forneceu
medidas de um único exemplar (C= 61 µm, L= 61 µm), as quais são maiores do que as
presentemente registradas. A ilustração que forneceu equivale à de atual trabalho.
Também para material coletado na região de Santarém (Förster 1969) apresenta
limites métricos dentro da faixa que apresentamos aqui. (C = 51-60 µm, Cs = 40-47 µm, L =
68-75 µm, Ls = 39-44 µm, I = 12,5-13,5 µm) e as ilustrações fornecidas são idênticas as aqui
apresentadas, tanto em vista frontal quanto em vista vertical.
Förster (1974) comenta que a característica dos espinhos podem ser variáveis e sobre
células dicotípicas registradas. As dimensões fornecidas (Cs= 44- 52 µm, L= 67-84 µm, Ls=
32- 43 µm; I= 11- 15 µm) também superiores as aqui registradas. Quanto as ilustrações
fornecidas, o autor exemplifica as variações dos espinhos na margem apical, na qual pode-se
observar tanto espinhos curtos quanto espinhos maiores e curvados na margem. Em vista
vertical a ilustração demonstra espinhos marginais com o mesmo comprimento dos espinhos
angulares e espinhos intramarginais mais curtos.
Os limites métricos fornecidos por Martins-da-Silva (2007) são aproximados aos aqui
apresentados (C= 38-41µm, L= 48-58µm, I=8-13,5µm), semelhante morfologicamente ao que
é apresentado em nosso trabalho, exceto pela quantidade reduzida de espinhos apresentadas
em vista vertical pelos referidos autores.
Souza e Melo (2011) analisaram material coletado no Estado do Amapá e as medidas
que divulgaram desse material ora se aproximam ora são superiores às aqui apresentadas (C =
50-76 µm, Cs = 40-60 µm, L = 76-90 µm, Ls = 42-75 µm, I = 10-14 µm) e a ilustração
fornecida equivale à apresentada.
Uherkovich (1976), Uherkovich e Rai (1979), Uherkovich (1981), Melo et al. (2005),
Souza et al. (2007) e Melo e Souza (2009) apenas citaram o local de ocorrência dos espécimes
que estudaram, sem citar medidas ou ilustração desse material.
S. sexangulare (Bulnheim) Lundell var. brasiliense Grönblad
Acta Societatis Scientiarum Fennicae: série B, 2(6): 30, fig. 270. 1945.
138
(Figura 252)
Células 1,1- 1,2 vez mais longa que larga. Semicélula campanular, constrição mediana rasa,
margem basal convexa, margem apical reta ou ligeiramente convexa, ângulos apicais
prolongados em um par de processos divergentes, voltados para sentidos distintos, sendo 1
voltado para cima e o outro para baixo, processos com verrugas intramarginais. Vista vertical
não observada.
Medidas: Comprimento com processos 78- 81 µm, sem processos 54- 55 µm.
Largura com processos 88- 98 µm, sem processos 40- 42 µm. Istmo 23- 24 µm larg.
Distribuição geográfica na Amazônia:
EM LITERATURA : Amazonas: rio Maués-Assu (Förster 1974); Pará: Área
Santarém (Grönblad 1945; Förster 1969); lago Maicá (Thomasson 1971).
MATERIAL ESTUDADO : INPA 238023: Rio Negro, 18/07/2009, fitoplâncton;
Estação 1.
Comentários: Grönblad (1945) descreveu a nova variedade de material coletado no
Estado do Pará e a propôs por conta do formato campanular da semicélula, em que a margem
basal é amplamente convexa. As medidas que divulgou (C = 99 µm, L = 106 µm, I = 30 µm)
são superiores às presentemente registradas. A ilustração da vista vertical da semicélula em
Grönblad (1945) apresenta sete processos no nível inferior e outros sete, porém, menores no
superior.
Förster (1969) apresentou a vista vertical dos exemplares que identificou com números
distintos de processos por semicélula, que variou entre seis ou sete por semicélula. As
medidas desses dois grupos de exemplares também foram distintas, da seguinte forma:
espécimes com 6 processos: C = 90-104 µm, Cs = 58-62 µm, L = 109-114 µm, Ls = 41-44
µm, I = 29-31 µm; e espécimes com 7 processos: C = 92-110 µm, Cs = 55-59 µm, L = 96-120
µm, Ls = 40-42 µm, I = 26-31 µm. As medidas em Förster (1974) são ligeiramente superiores
àquelas atualmente registradas (C = 94-102µ m, Cs = 56-60 µm, L = 96-112 µm, Ls = 38-45
µm, I = 28-29,5 µm), porém, não as características morfológicas e a vista vertical dos
espécimes, conforme atesta a ilustração do espécime 6-angular. Thomasson (1971) apenas
citou a variedade na lista das espécies que ocorreram no Rio Maués-Assu, sem fornecer
medidas e/ou ilustração do material identificado.
139
S. spiculiferum Borge
Arkiv för Botanik 15(13): 54, pl. 8, fig. 9. 1918.
(Figuras 85-86)
Células tão longas quanto largas. Semicélula retangular, constrição mediana profunda,
margem basal convexa, 1 espinho acima do istmo, margem apical reta, ângulos apicais
prolongados em 1 espinho robusto, 1 dentículo diminuto na base, face da semicélula decorada
com espinhos diminutos. Vista vertical 4-angular, margem entre os espinhos angular, reta ou
ligeiramente convexa.
Medidas: Comprimento com processos 26-52,5 µm, sem processos 20-32,5 µm.
Largura com processos 26- 50 µm, sem processos 16-22,5 µm. Istmo 6-10 µm larg.
Distribuição geográfica na Amazônia:
EM LITERATURA : Amazonas: rio Maués, rio Maués-Assu, paraná Urariá, lago do
Elias, igarapé Assu, rio Paraconi, rio Abacaxis, rio Canumã (Förster 1974); Pará: Nhamundá-
Terra Santa (Thomasson 1977).
MATERIAL ESTUDADO : INPA 237911: Igarapé Tarumã: Mirim , 18/02/2009,
fitoplâncton; Estação 2; INPA 237953: Lago Ilha Camaleão, 18/02/2009, fitoplâncton;
Estação 1; INPA 238021: Rio Negro, 02/12/2009, fitoplâncton; Estação 1; INPA 238037: Rio
Negro, 02/12/2009, fitoplâncton; Estação 4; INPA 238053: Rio Unini, 13/03/2005,
fitoplâncton; Estação 2; INPA 239790: Lago Tupé, 14/03/2004, fitoplâncton; Estação 1;
INPA 239795: Lago Tupé, 27/02/2007, fitoplâncton; Estação 1; INPA 239821: Lago Tupé,
25/01/2004, fitoplâncton; Estação 12; INPA 239823: Lago Tupé,09/03/2003, fitoplâncton;
Estação 9; INPA 239827: Lago Tupé, 24/01/2004, fitoplâncton; Estação 9; INPA 239840:
Lago Ilha Camaleão,06/10/2009, fitoplâncton; Estação 2.
Comentários: foi observada mucilagem copiosa envolvendo a célula dos
representantes desta espécie. Förster (1974) apresentou uma série de ilustrações desta espécie,
porém, todas de exemplares com a vista vertical triangular. As medidas destes exemplares (C
= 30-39 µm, Cs = 24-29 µm, L = 22-58 µm, Ls = 16- 22 µm, I = 10,5-12,5 µm) são
semelhantes àquelas ora obtidas. Scott et al. (1965) propuzeram uma forma taxonômica nova
desta espécie que, segundo os referidos autores, seriam distintos por apresentar ornamentação
reduzida na base dos espinhos e vista vertical das semicélulas quadrangular. As medidas são:
C = 58 µm, Cs = 29 µm, L = 50 µm, Ls = 18 µm e I = 13 µm.
140
S. stelliferum Borge var. stelliferum
Arkiv för Botanik 19(17): 42, pl. 6, fig. 3-4. 1925.
(Figuras 133-135; 138- 140)
Células tão longas quanto largas ou até 1,2 vez mais longa que larga. Semicélula
subtrapeziforme, constrição mediana rasa, seno mediano aberto, margem basal côncava,
região istimial com fileira de espinhos, margem apical reta ou ligeiramente convexa, ângulos
apical prolongados em processos lisos, cilíndricos, divergentes, extremidade 4-denticulada,
base dos processos com 1 espinho. Vista vertical 4-angular, margens entre os processos
amplamente côncava, processos de 1 semicélula recobrindo os da outra semicélula.
Medidas: Comprimento com processos 44-69 µm, sem processos 20-30 µm.
Largura com processos 36-70 µm, sem processos 12-20 µm. Istmo 8-14 µm larg.
Distribuição geográfica na Amazônia:
EM LITERATURA : Amazonas: rio Maués- Mirim, rio Maués- Assú, igarapé
Laguinho, Paraná Urariá, rio Paraconí, rio Abacaxis, rio Canumã, rio Madeira (Förster 1974);
Maranhão: lagoa do Caçó (Dellamano-Oliveira 2008); Pará: rio Arapiuns (Scott et al. 1965),
Área Santarém (Förster 1969).
MATERIAL ESTUDADO : INPA 237897: Igarapé Tarumã, 06/10/2009,
fitoplâncton; Estação 1; INPA 237921: Lago Catalão , 18/02/2009, fitoplâncton; Estação 1;
INPA 237925: Lago Cutiuaú , 21/03/2003, perifíton; Estação 2; INPA 237936: Lago Grande,
22/11/2006, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237943: Lago Tupé, 13/04/2003, fitoplâncton;
Estação 1; INPA 237953: Lago Ilha Camaleão, 18/02/2009, fitoplâncton; Estação 1; INPA
237963: Lago no Araras, 28/02/2009, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237996: Lago Tupé,
26/02/2009, fitoplâncton; Estação 1; INPA 238003: Lago Tupé, INPA 23/09/2008,
fitoplâncton; Estação 12; INPA 238019: Rio Branco, 12/03/2005, fitoplâncton; Estação 3;
INPA 238021: Rio Negro, 02/12/2009, fitoplâncton; Estação 1; INPA 238023: Rio Negro,
18/07/2009, fitoplâncton; Estação 1; INPA 238027: Rio Negro, 02/12/2009, fitoplâncton;
Estação 2; INPA 238032: Rio Negro, 02/12/2009, fitoplâncton; Estação 3; INPA 238033: Rio
Negro, 06/10/2009, fitoplâncton; Estação 3; INPA 238042: Rio Negro, 02/12/2009,
fitoplâncton; Estação 5; INPA 238053: Rio Unini, 13/03/2005, fitoplâncton; Estação 2; INPA
239793: Lago Tupé, 24/09/2006, fitoplâncton; Estação 1; INPA 239794: Lago Tupé,
12/11/2006, fitoplâncton; Estação 1; INPA 239795: Lago Tupé, 27/02/2007, fitoplâncton;
Estação 1; INPA 239797: Lago Tupé, 22/07/2007, fitoplâncton; Estação 1; INPA 239800:
Lago Tupé, 21/11/2004, fitoplâncton; Estação 1; INPA 239806: Lago Tupé, 13/12/2003,
141
fitoplâncton; Estação 10; INPA 239807: Lago Tupé, 14/03/2004, fitoplâncton; Estação 10;
INPA 239809: Lago Tupé, 20/04/2006, fitoplâncton; Estação 10; INPA 239810: Lago Tupé,
24/09/2006, fitoplâncton; Estação 10; INPA 239812: Lago Tupé, 27/02/2007, fitoplâncton;
Estação 10; INPA 239815: Lago Tupé, 12/11/2006, fitoplâncton; Estação 12; INPA 239818:
Lago Tupé, 27/02/2007, fitoplâncton; Estação 12; INPA 239820: Lago Tupé, 17/08/2003,
fitoplâncton; Estação 12; INPA 239821: Lago Tupé, 25/01/2004, fitoplâncton; Estação 12;
INPA 239827: Lago Tupé, 24/01/2004, fitoplâncton; Estação 9; INPA 239828: Lago Tupé,
13/03/2004, fitoplâncton; Estação 9; INPA 239831: Lago Tupé, 24/09/2006, fitoplâncton;
Estação 9; INPA 239832: Lago Tupé, 12/11/2006, fitoplâncton; Estação 9; INPA 239833:
Lago Tupé, 12/11/2006, fitoplâncton; Estação 9; INPA 239840: Lago Ilha
Camaleão,06/10/2009, fitoplâncton; Estação 2; INPA 239854: Igarapé Tiaracá, 10/02/2004,
fitoplâncton; Estação 2; INPA 239876: Lago Tupé, 27/09/2009, perifíton: Utricularia
foliosa; Estação 2; INPA 239877: Lago Tupé, 27/09/2009, perifíton: U. foliosa; Estação 4;
INPA 239878: Lago Tupé, 27/09/2009, perifíton: U. foliosa; Estação 5; INPA 240153: Lago
Tupé, 14/02/2004, fitoplâncton; Estação 12.
Comentários: foi detectada em alguns indivíduos mucilagem abundante envolvendo a
célula dos representantes identificados e em outros essa característica não foi observada.
Staurastrum stelliferum foi descrito por Borge (1925) a partir de material coletado no Brasil,
durante a Expedição Científica Roosevelt-Rondon. As medidas fornecidas por Borge (1925:
C= 100 µm, Cs = 35-36 µm, L = 100 µm, I = 14 µm) são superiores às presentemente
registradas, mas a morfologia geral é semelhante. Borge (1925) aventou a possibilidade dos
espécimes nesta espécie apresentarem quatro ou cinco processos angulares. A ilustração que
forneceu difere da atualmente apresentada no que diz respeito à presença de pequenos
espinhos na região do istmo.
As medidas em Scott et al. (1965: C = 80-88 µm, Cs = 31-38 µm, L = 100-117 µm,
Ls= 17 µm, I = 13-14 µm) são um pouco superiores às fornecidas neste trabalho, contudo,
diferiram quanto as características morfológicas, pois foram vistos dois espinhos na base dos
processos angulares.
Förster (1969) apresentou medidas dentro do espectro de variação dos materiais
atualmente identificados (C = 56-102 µm, Cs = 31-36 µm, L = 70-112 µm, Ls = 57-62 µm, I=
11,5-15 µm) e os exemplares que identificou também apresentaram os dois espinhos na base
dos processos. Förster (1974) apresentou limites métricos (C = 66-96 µm, Cs = 29-33 µm, L =
64-74 µm, Ls = 16-22 µm, I = 11,5-14,5 µm) mais semelhantes aos registrados neste trabalho.
O trabalho de Dellamano-Oliveira (2008) para material coletado no Maranhão
142
apresenta medidas superiores as aqui registradas (C= 83,4- 128,5µm, Cs= 30,6- 38,2µm, L=
76,5- 127µm, Ls= 15,3- 22,9µm, I= 9- 13,8µm), mas as características morfológicas do
exemplar 4-angular observadas na ilustração fornecidas pelos autores são semelhantes as que
fornecemos em nosso trabalho.
S. stelliferum Borge var. evolutum Thomasson
Institute Royal des Sciences Naturelles de Belgique 86: 48, pl. 16, fig. 6, pl. 18, fig. 13-15.
1971.
(Figuras 136-137)
Células tão longas quanto largas ou até 1,2 vez mais longa que larga. Semicélula
trapeziforme, constrição mediana rasa, seno mediano aberto, margem basal côncava, região
istmial sem ornamentação, margem apical reta, ângulos apicais prolongados em processos
lisos, cilíndricos, divergentes, 2 pares de espinhos na base, extremidade 4-denticulada. Vista
vertical 4-angular, 2 espinhos intramarginais na base dos processos, margens entre os
processos reta ou ligeiramente conexa, processos de ambas semicélulas coincidentes.
Medidas: Comprimento com processos 31- 34 µm, sem processos 23- 26 µm.
Largura com processos 30- 38 µm, sem processos 14- 16 µm. Istmo 8- 9 µm larg.
Distribuição geográfica na Amazônia:
EM LITERATURA : Pará: lago Jurucuí (Thomasson 1971)
MATERIAL ESTUDADO : INPA 239797: Lago Tupé, 22/07/2007, fitoplâncton;
Estação 1.
Comentários: Staurastrum stelliferum Borge var. evolutum foi proposto por
Thomasson (1971) que, na ilustração fornecida, mostra espinhos bifurcados na região logo
acima do istmo. Esta é a diferença entre o material original e o presentemente estudado, pois
no último as ornamentações são restritas à base dos processos. Além desta diferença, os
espécimes estudados em Thomasson (1971) apresentam os processos angulares relativamente
mais longos. Bourrelly e Couté (1991) também identificaram esta espécie e os espécimes
examinados são semelhantes aos atuais da Amazônia no que refere à sua morfologia geral.
S. subdisputatum Scott e Grönblad var. maius Scott e Grönblad
Acta Societatis Scientiarum Fennicae: série B, 2(8): 46, pl. 31, fig. 7-8. 1957.
143
(Figuras 165-166)
Células tão longas quanto largas ou até 1,2 vez mais larga que longa. Semicélula
estreitamente transversalmente elíptica, constrição mediana profunda, margem basal convexa,
1 espinho acima do istmo, margem apical amplamente convexa, espinhos marginais, ângulos
apicais prolongados em processos convergentes, parede celular decorada com espinhos. Vista
vertical 3-angular, margens côncavas, espinhos marginais, processos de 1 semicélula alternos
com os da outra semicélula.
Medidas: Comprimento com processos 37- 58 µm sem processos ca. 28µm.
Largura com processos 35- 44 µm, sem processos 20- 22 µm. Istmo 11-13 µm larg.
Distribuição geográfica na Amazônia:
EM LITERATURA : primeira citação de ocorrência para a Amazônia.
MATERIAL ESTUDADO : INPA 237912: Igarapé Tiaracá, 24/03/2003,
fitoplâncton; Estação 1.
Comentários: esta variedade difere da típica a espécie pelo istmo relativamente mais
alongado. A ilustração fornecida pelos respectivos autores difere da que é apresentada nesse
trabalho pela maior convergência dos processos angulares nos espécimes deste trabalho e por
apresentar os dentículos da extremidade dos processos angulares mais desenvolvidos. Quanto
às medidas, são próximos dos ora registrados (C = 29-30 µm, L = 28-30 µm, I = 7,5-10 µm).
S. subnudibrachiatum West e West
Transactions of the Royal Society of Edinburgh 41(3): 502, pl. 7, fig 18-19. 1905.
(Figura 116)
Células tão larga quanto longas ou até 1,5 vez mais larga que longa. Semicélula
comprimidamente obovóide, constrição mediana profunda, seno mediano arredondado,
margem basal convexa, margem apical ligeiramente convexa, ângulos apicais prolongados em
processos lisos, cilíndricos,divergentes, extremidade 2-denticulada. Vista vertical não
observada.
Medidas: Comprimento com processos: 37,5- 58 µm, sem processos 25- 28 µm.
Largura com processos 60- 62 µm, sem processos 17,5- 20 µm. Istmo 7,5- 13 µm larg.
Distribuição geográfica na Amazônia:
EM LITERATURA : Pará: Área Santarém (Grönblad 1945).
MATERIAL ESTUDADO : INPA 222741: Lago Cutiuaú, 21/03/2003, fitoplâncton;
Estação 8; INPA 238037: Rio Negro, 02/12/2009, fitoplâncton; Estação 4.
144
Comentários: o único trabalho a citar a ocorrência de S. subnudibrachiatum West e
West na Amazônia é de Grönblad (1945), mas aí constam unicamente as medidas do material
que identificou (Cs = 25 µm, L = 57 µm, I = 13 µm), as quais são próximas das atualmente
registradas. O referido autor não forneceu ilustração do aparentemente único espécime que
examinou.
S. subophiura Borge
Arkiv för Botanik 15(13): 51, pl. 4, fig. 20. 1918.
(Figuras 211-212)
Células 1,2- 1,3 vez mais larga que longa.Semicélula campanular, constrição mediana
profunda, margem basal ligeiramente convexa, margem apical convexa, verrugas 2-furcadas
marginais, ângulos apicais prolongados em processos serreados, convergentes, extremidade 3-
denticulada, verrugas intramarginais. Vista vertical 6-angular, 2 fileiras de verrugas
intramarginais nos processos, margens entre os processos amplamente côncava, anel com 12
espinhos marginais 2-furcados, processos de uma semicélula sobrepondo os da outra
semicélula.
Medidas: Comprimento com processos 43-65 µm, sem processos ca. 50 µm.
Largura com processos 56- 82 µm, sem processos 22-32,5 µm. Istmo 10-12,5 µm larg.
Distribuição geográfica na Amazônia:
EM LITERATURA : Amazonas: rio Maués Assú (Förster 1974); Pará: Área
Santarém (Förster 1969); baía do Guajará e foz do rio Guamá (Paiva et al. 2006).
MATERIAL ESTUDADO : INPA 237883: Igarapé Cutiuaú, 22/03/2003,
fitoplâncton; Estação 3; INPA 238003: Lago Tupé, INPA 23/09/2008, fitoplâncton; Estação
12.
Comentários: Staurastrum subophiura foi descrito por Börge (1918) após estudar
material coletado no Estado de São Paulo. As medidas celulares que forneceu são semelhantes
às ora obtidas (C = 44-46 µm, L = 103 µm, I = 17 µm). O mesmo acontece com as
características morfológicas, exceto pelos espinhos na margem apical, que são simples e não
bifurcados com os atuais.
As medidas e as características morfológicas em Förster (1969: Cs = 51 µm, L = 83-90
µm, Ls = 27-28 µm, I = 15,5 µm; 1974: Cs = 45-58 µm, L = 73-92 µm, Ls = 22-28 µm, I =
15,5-17,5 µm) são semelhantes às registradas nesse estudo.
145
O trabalho de Paiva et al. (2006) fornece apenas lista de ocorrência de espécies, sem
fazer citação a limites métricos ou fornecer ilustração.
S. tectum Borge var. ayayense Grönblad
Acta Societatis Scientiarum Fennicae: série B, 2(6): 14, fig. 289-291. 1945.
(Figuras 119-220)
Células 1,4- 1,7 vez mais larga longa. Semicélula poculiforme, constrição mediana rasa,
margem basal convexa, margem apical reta, verrugas 2-furcadas marginais, margem lateral
com espinho 2-furcados, ângulos apicais prolongados em processos serreados, divergentes,
extremidade 2-denticulada, face da semicélula com espinhos 2-furcados. Vista vertical 2-
angular, margens convexas, espinhos simples intramarginais.
Medidas: Comprimento com processos: 38- 62,5 µm, sem processos 16-26 µm.
Largura com processos 56- 92,5 µm, sem processos 10-17,5 µm. Istmo 4-8 µm larg.
Distribuição geográfica na Amazônia:
EM LITERATURA : Amazonas: rio Preto da Eva (Thomasson 1971); rio Maués-
Assu, igarapé Laguinho, rio Apoquitaua, paraná Urariá, Lago do Elias, igarapé Assu, rio
Paraconi, igarapé Peixinho, rio Abacaxis, rio Canumã, rio Madeira (Förster 1974); rio Negro
(Uherkovich 1976); rio Branco (Uherkovich e Rai 1979); rio Apoquitaua (Uherkovich 1981);
lago São Sebastião (Martins 1986); lago Cutiuaú (Melo e Souza 2009); Pará: Área Santarém
(Grönblad 1945); Área Santarém (Förster 1969); lago Maicá (Thomasson 1971); Nhamundá-
Terra Santa Thomasson (1977).
MATERIAL ESTUDADO : INPA 237905: Igarapé Tarumã: Mirim, 06/10/2009,
fitoplâncton; Estação 1; INPA 237916: Lago Grande , 24/06/2003, fitoplâncton; Estação 1;
INPA 237923: Lago Catoá ,06/02/2004, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237950: Lago
Grande, 14/11/2003, fitoplâncton; Estação 3; INPA 237955: Lago Ilha Camaleão,
18/07/2009, fitoplâncton; Estação 2; INPA 237962: Lago Miratucu, 12/02/2004, fitoplâncton;
Estação 2; INPA 237968: Lago Queiroz, 25/03/2003, fitoplâncton; INPA 237982: Lago
Raimunda, 13/11/2003, fitoplâncton; Estação 1; INPA 238024: Rio Negro, 18/02/2009,
fitoplâncton; Estação 1; INPA 238037: Rio Negro, 02/12/2009, fitoplâncton; Estação 4
INPA 238038: Rio Negro, 06/10/2009, fitoplâncton; Estação 4; INPA 239816: Lago Tupé,
20/04/2006, fitoplâncton; Estação 12.
Comentários: Förster (1969) identificou material desta espécie, cujas medidas são
146
semelhantes àquelas registradas durante o presentesso estudo (C = 54-105 µm, Cs = 24-33
µm, L = 105-170 µm, Ls = 16-26 µm, I = 6-8 µm). Quanto as características morfológicas, a
margem apical apresenta apenas espinhos simples marginais e os espinhos na face da
semicélula são de tamanho mais reduzido do que o dos marginais. As medidas em Thomasson
(1971) são variáveis, pois o autor registrou exemplares com o comprimento celular bem
reduzido (C = 28-30, L = 140,5-156 µm). Förster (1974: C = 54-99 µm, Cs = 18,5-23 µm, L =
77-127 µm, I = 5,5-7,5 µm) examinou material cujas feições morfológicas foram bem
semelhantes às registradas nesse estudo, principalmente a presença de espinhos marginais na
região apical e os espinhos na face da semicélula. Martins (1986) descreveu e ilustrou
material de S. tectum var. ayayense e algumas medidas que forneceu são semelhantes às
presentemente registrados enquanto outras são um pouco superiores (C = 62-102 µm, Cs =
24-32 µm, L = 95-131 µm, Ls = 15-22 µm, I = 8-12 µm). Deve-se acrescentar que a ilustração
fornecida em Martins (1986) não apresenta os espinhos da face da semicélula. Uherkovich e
Rai (1979), Uherkovich (1981) e Melo e Souza (2009) apenas citaram a espécies em suas
listas de materiais identificados.
S. teliferum Ralfs var. horridum Lütkemüller
Verhandlungen der K.K. Zoologisch-botanischen Gesellschaft in Wien 50: 82, pl. 1, fig. 57.
1900.
(Figuras 39-40)
Células tão longa quanto largas ou até 1,1 vez mais larga que longa. Semicélula
transversalmente elíptica, seno mediano aberto, margem basal convexa, margem apical
amplamente convexa, espinhos marginais, face da semicélula com espinhos simples. Vista
vertical 3-angular, espinhos marginais e intramarginais, margem entre os ângulos
arredondada.
Medidas: Comprimento com espinhos 32- 35 µm sem espinhos 23- 25 µm.
Largura com espinhos 31- 40 µm sem espinhos 18- 30 µm. Istmo 7- 15 µm larg.
Distribuição geográfica na Amazônia:
EM LITERATURA : primeira citação de ocorrência para a Amazônia.
MATERIAL ESTUDADO : INPA 238021: Rio Negro, 02/12/2009, fitoplâncton;
Estação 1.
Comentários: S. teliferum Ralfs var. horridum foi descrita em Lütkemüller (1900) a
147
partir do exame de material coletado na Áustria. Segundo o referido autor, a variedade difere
da típica da espécie por apresentar semicélula reniforme, triangular em vista vertical, porém,
com espinhos restritos aos ângulos e margem entre os ângulos amplamente côncava.
As medidas em Lütkemüller (1900: C = 40 µm, Cs = 31 µm, L = 35 µm, Ls = 26 µm,
I= 7 µm) são um pouco superiores às que obtivemos do material amazônico, contudo, as
características morfológicas são idênticas.
S. teliferum Ralfs var. lagoensis Wille
Kungliga Svenska vetenskapsakademiens handlingar 8(18): 19, pl. 1, fig. 38. 1884.
(Figuras 41-42)
Células tão longas quanto largas ou até 1,4 vez mais longa que larga. Semicélula circular,
constrição mediana rasa, margens basal e apical amplamente convexas; parede celular
decorada com espinhos diminutos. Vista vertical oval, espinhos marginais e intramarginais
dispostos de forma concêntrica.
Medidas: Comprimento com espinhos 22-28 µm, sem espinhos 20-22 µm. Largura
com espinhos 16-27 µm, sem espinhos 14-18µm. Istmo 6-10 µm larg.
Distribuição geográfica na Amazônia:
EM LITERATURA : Pará: Área Santarém (Grönblad 1945).
MATERIAL ESTUDADO : INPA 238017: Rio Branco, 12/03/2005, fitoplâncton;
Estação 1.
Comentários: Grönblad (1945) foi o único que citou a ocorrência de S. teliferum Ralfs
var. lagoense Wille na região amazônica e, mais especificamente, para o Estado do Pará. As
medidas que forneceu (Cs = 34 µm, Ls = 21 µm) são um pouco superiores às que ora
registrados. Os materiais presentemente observados são semelhantes aos ilustrados em
Grönblad (1945), principalmente quanto ao formato das semicélulas.
S. teliferum Ralfs var. longispinum Grönblad
Acta Societatis Scientiarum Fennicae: série B, 2(6): 31, fig. 293. 1945.
(Figuras 53-54)
Células 1,3 – 1,4 vez mais longa que largas. Semicélula circular, constrição mediana
profunda, margem basal amplamente convexa, margem apical ligeiramente convexa, margens
148
decoradas com espinhos simples, ângulos apicais terminados em 3 espinhos. Vista vertical 3-
angular, margens retas, espinhos marginais e intramarginais.
Medidas: Comprimento com espinhos 34-44 µm, sem espinhos 20- 29 µm.
Largura com espinhos 26-31 µm, sem espinhos 14- 19 µm. Istmo 4- 9 µm larg.
Distribuição geográfica na Amazônia:
EM LITERATURA : Amazonas: rio Maués-Mirim (Uherkovich 1981); Pará: Área
Santarém (Grönblad 1945), Área Santarém (Förster 1969).
MATERIAL ESTUDADO : INPA 239807: Lago Tupé, 14/03/2004, fitoplâncton;
Estação 10; INPA 239828: Lago Tupé, 13/03/2004, fitoplâncton; Estação 9; INPA 239869:
Lago Tupé, 20/04/2009, perifíton: Utricularia foliosa; Estação 7.
Comentários: a presente variedade difere da típica da espécie por apresentar os
espinhos angulares significativamente maiores e mais divergentes; além disso, em vista
vertical os representantes da variedade-tipo apresentam a margem retusa entre os pólos
amplamente arredondados, enquanto os da variedade S. teliferum var. longispinum apresentam
as margens retas entre os pólos.
Grönblad (1945) descreveu e propôs esta variedade a partir do estudo de material
coletado no Estado do Pará. As medidas originais são um pouco inferiores do que as
atualmente obtidas (Cs = 25-28 µm, Ls = 17-18 µm) e as características morfológicas só
diferem quanto aos espinhos angulares, que são maiores dos que o que registramos neste
trabalho.
As medidas fornecidas por Förster (1969: C = 39 µm, Cs = 24 µm, L = 29-32 µm, Ls
= 7,4 µm) aproximam-se das obtidas durante esta pesquisa bem como o são as características
morfológicas dos exemplares em Förster (1969) e do atual inventário florístico. Uherkovich
(1981) não apresentou medidas nem ilustração do material que identificou com S. teliferum
Ralfs var. longispinum Grönblad.
S. tentaculiferum Borge
Bihang till K. Svenska vetenskapsakademiens handlingar: série 3, 24(12): 31, pl. 2, fig. 48.
1898.
(Figuras 55-56)
Células 1,8- 2,2 vezes mais longa que larga. Semicélula subcircular, constrição mediana
profunda, margem basal convexa, margem apical ligeiramente convexa, espinhos simples,
149
ângulos apicais prolongados em 1 par de espinhos, o superior maior, divergente, o inferior
menor; face da semicélula com 2 fileiras de espinhos. Vista vertical 3-angular, margens
convexas, espinhos marginais, espinhos intramarginais espalhadas pela semicélula.
Medidas: Comprimento com espinhos 44-64 µm, sem espinhos 22-30 µm. Largura
com espinhos 20-35 µm, sem espinhos 14-20 µm. Istmo 4-8 µm larg.
Distribuição geográfica na Amazônia:
EM LITERATURA : Amazonas: lago Tupé (Melo et al. 2005); Maranhão: lagoa do
Caçó (Dellamano-Oliveira 2008); Pará: Lago Jurucuí (Thomasson 1971); Nhamundá-Terra
Santa (Thomasson 1977).
MATERIAL ESTUDADO : INPA 237996: Lago Tupé, 26/02/2009, fitoplâncton;
Estação 1; INPA 238000: Lago Tupé; INPA 238027: Rio Negro, 02/12/2009, fitoplâncton;
Estação 2; INPA 238043: Rio Negro, 06/10/2009, fitoplâncton; Estação 5; INPA 239785:
Lago Tupé,09/03/2003, fitoplâncton; Estação 1; INPA 239790: Lago Tupé, 14/03/2004,
fitoplâncton; Estação 1; INPA 239797: Lago Tupé, 22/07/2007, fitoplâncton; Estação 1;
INPA 239807: Lago Tupé, 14/03/2004, fitoplâncton; Estação 10; INPA 239823: Lago
Tupé,09/03/2003, fitoplâncton; Estação 9; INPA 239828: Lago Tupé, 13/03/2004,
fitoplâncton; Estação 9; INPA 239851: Igarapé Tiaracá, 24/03/2003, fitoplâncton; Estação 2;
INPA 239867: Lago Tupé, 20/04/2009, perifíton: Utricularia foliosa; Estação 1; INPA
239868: Lago Tupé, 20/04/2009, perifíton: U. foliosa; Estação 2; INPA 239869: Lago Tupé,
20/04/2009, perifíton: U. foliosa; Estação 7; INPA 239870: Lago Tupé, 20/04/2009,
perifíton: U. foliosa; Estação 8; INPA 239878: Lago Tupé, 27/09/2009, perifíton: U. foliosa;
Estação 5.
Comentários: S. tentaculiferum foi descrito por Borge (1898) a partir de coleta
realizada na América do Sul, incluindo alguns locais do Brasil. As medidas (Cs = 27-29 µm,
L = 17-18 µm, I = 8 µm) e as características morfológicas descritas na descrição original da
espécie são idênticas às presentemente registradas.
Dellamano-Oliveira (2008) fornece limites métricos semelhantes aos ora apresentados
(C= 61,9µm, Cs= 32µm, L= 35,2µm, Ls= 21,4µm, I= 9µm)
S. tetracerum (Kützing) Ralfs var. tetracerum
Annals and Magazine of Natural History 15: 150, pl. 10, fig. 1a-1c. 1845.
(Figuras 185-186)
150
Células 1,3- 1,4 vez mais longa que larga. Semicélula obtrapeziforme, constrição
mediana rasa, margem basal convexa, 1 espinho acima do istmo, margem apical côncava,
ângulos apicais prolongados em processos serreados, extremidade 3-denticulada. Vista
vertical 2-angular.
Medidas: Comprimento com processos 18-32 µm, sem processos 7-12,5 µm.
Largura com processos 14-22 µm, sem processos 6-13 µm. Istmo 4-5 µm larg.
Distribuição geográfica na Amazônia:
EM LITERATURA : Amazonas: lago Tupé (Melo et al. 2005); lago Cutiuaú (Melo e
Souza 2009); Maranhão: lagoa do Caçó (Dellamano-Oliveira 2008); Pará: Área Santarém
(Grönblad 1945), Lago Jurucuí (Thomasson 1971); Nhamundá-Terra Santa (Thomasson
1977); lago Água Preta (Martins-da-Silva 2007).
MATERIAL ESTUDADO : INPA 237927: Lago Cutiuaú , 11/09/2003, perifíton;
Estação 10; INPA 237931: Lago Cutiuaú , 21/03/2003, perifíton; Estação 4; INPA 237932:
Lago Cutiuaú , 21/03/2003, perifíton; Estação 5; INPA 237948: Lago Grande, 11/02/2004,
fitoplâncton; Estação 2; INPA 237966: Lago Queiroz, 25/03/2003, perifíton; Estação 1;
INPA 237974: Lago Queiroz, 12/02/2004, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237976: Lago
Queiroz, 14/11/2003, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237979: Lago Raimunda, 10/02/2004,
fitoplâncton; Estação 1; INPA 238013: Lago Volta, 11/02/2004, fitoplâncton; Estação 1;
INPA 238018: Rio Branco, 12/03/2005, fitoplâncton; Estação 2; INPA 239794: Lago Tupé,
12/11/2006, fitoplâncton; Estação 1; INPA 239874: Lago Tupé, 18/06/2009, perifíton:
Utricularia foliosa; Estação 7; INPA 239875: Lago Tupé, 18/06/2009, perifíton: U. foliosa;
Estação 8; INPA 239876: Lago Tupé, 27/09/2009, perifíton: U. foliosa; Estação 2.
Comentários: S. tetracerum (Kützing) Ralfs é uma nova combinação proposta para
Micrasterias tetracera Kützing. Ralfs (1845) inclui apenas a ilustração do material
examinado, onde as características morfológicas são distintas das presentemente apresentadas,
pois as semicélulas são quadrangulares, possuindo a margem apical reta. Nessa ilustração,
apenas o número de ângulos em vista apical é semelhante ao do atual material amazônico: 2-
angular. Ralfs (1848) forneceu medidas bastante inferiores (C = 9,4 µm, L = 14,2 µm) àquelas
ora documentadas e as ilustrações que incluiu também diferem daquelas do presente trabalho
por apresentar, inclusive, diferentes vistas verticais, 2 e 4-angular.
Thomasson (1971) não ilustra e espécie apenas comenta que o número de ângulos em
cada semicélula em vista apical, se dois ou três.
O trabalho de Martins-da-Silva e Bicudo (2007) ilustra a referida espécie com limites
métricos distintos do que apresentamos em nosso trabalho (C= 8-11,5µm, L= 35- 46µm, I= 5-
151
7,5µm) e a ilustração fornecida em vista vertical não comparar morfologicamente os
materiais.
O exemplar apresentado por Dellamano-Oliveira (2008) tem limites métricos (Cs=
7,6- 10,7µm, L= 30,6- 32,6µm, Ls= 6,6- 9,9µm, I= 3,5- 5,3µm) aproximados aos aqui
apresentados. A ilustração em vista frontal fornecida é semelhante aos que registramos aqui.
Prescott et al. (1982) apresentaram uma série de ilustrações para esta espécie, nas
quais as características morfológicas são semelhantes às dos atual material. Quanto às
medidas, são semelhantes (C = 20-23 µm, Cs = 10 µm, L = 22,5 µm, I = 5 µm).
S. tetracerum (Kützing) Ralfs var. tetracerum f. trigona Lundell
Nova Acta Regia Societatis Scientiarum Upsaliensis: série 3, 8: 69. 1871.
(Figuras 187-188)
Células 1,3 vez mais larga que longa. Semicélula obtrapeziforme, constrição mediana rasa,
seno mediano aberto, margem basal ligeiramente côncava, margem apical reta, ângulos
apicais prolongados em processos ligeiramente divergentes, serreados, extremidade 3-
denticulada, grânulos restritos aos processos. Vista vertical 3-angular, margenm entre os
processos reta, processos de 1 semicélula coincidentes com os da outra semicélula.
Medidas: Comprimento com processos ca. 24 µm, sem processos 18- 21 µm.
Largura com processos 32- 50µm, sem processos 12- 18 µm. Istmo 4- 6 µm larg.
Distribuição geográfica na Amazônia:
EM LITERATURA : Amazonas: lago Novo Andirá (Lopes e Bicudo 2003);
Maranhão: lagoa do Caçó (Dellamano-Oliveira 2008).
MATERIAL ESTUDADO : INPA 237925: Lago Cutiuaú , 21/03/2003, perifíton;
Estação 2.
Comentários: Lopes e Bicudo (2003) registraram a ocorrência de S. tetracerum
(Kützing) Ralfs var. tetracerum f. trigona Lundell na região amazônica, especificamente para
o Estado do Amazonas. Nesse trabalho, os autores forneceram medidas (C = 16-27 µm, L =
30-50 µm, Ls = 12-19 µm, I = 7-9 µm) semelhantes às registradas durante este estudo.
O espécime apresentado no trabalho de Dellamano-Oliveira para o Maranhão difere do
que é apresentado em nosso trabalho e do que é apresentado por Lopes e Bicudo (2003), com
relação as caracteísticas morfológicas. O espécime do Maranhão apresenta processos
amplamente divergentes, margem apical côncava, enquanto em nosso trabalho processos são
152
ligeiramente divergentes e grânulos nos processos, característica ausente no que é apresentado
por Dellamano-Oliveira et al. (2008) e apresenta como em nosso trabalho vista vertical 3-
angular, o que é apenas citado e não ilustrado. Os limites métricos são aproximados aos aqui
apresentados (C= 26,4- 27,5µm, Cs= 12,2- 13,4µm, L= 22,9- 25,5µm, Ls=10,7µm, I= 4,6-
5,7µm).
S. thienemannii Krieger var. triradiatum Scott e Prescott
Hydrobiologia 17(1-2): 113, pl. 42, fig. 5. 1961.
(Figuras 141-142)
Células tão largas quanto longas ou até 1,2 vez mais larga que longa. Semicélula
obtrapeziforme, constrição mediana rasa, margem basal ligeiramente convexa, margem apical
reta, ângulos apicais prolongados em processos cilíndricos, divergentes, lisos, extremidade 4-
denticulada, base dos processos com 1 pequeno espinho de cada lado. Vista vertical 3-
angular, margem entre os processos convexa.
Medidas: Comprimento com processos 32-62 µm, sem processos ca. 20 µm.
Largura com processos 38-64 µm, sem processos 10-16 µm. Istmo 4-8 µm larg.
Distribuição geográfica na Amazônia:
EM LITERATURA : primeira citação de ocorrência para a Amazônia.
MATERIAL ESTUDADO : INPA 237943: Lago Tupé, 13/04/2003, fitoplâncton;
Estação 1; INPA 237963: Lago no Araras, 28/02/2009, fitoplâncton; Estação 1; INPA
237996: Lago Tupé, 26/02/2009, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237999: Lago Tupé,
26/02/2009, fitoplâncton; Estação 10; INPA 238005: Lago Tupé, 26/02/2009, fitoplâncton;
Estação 9; INPA 238021: Rio Negro, 02/12/2009, fitoplâncton; Estação 1; INPA 238027: Rio
Negro, 02/12/2009, fitoplâncton; Estação 2; INPA 238032: Rio Negro, 02/12/2009,
fitoplâncton; Estação 3; INPA 238042: Rio Negro, 02/12/2009, fitoplâncton; Estação 5;
INPA 238043: Rio Negro, 06/10/2009, fitoplâncton; Estação 5; INPA 239785: Lago
Tupé,09/03/2003, fitoplâncton; Estação 1; INPA 239790: Lago Tupé, 14/03/2004,
fitoplâncton; Estação 1; INPA 239793: Lago Tupé, 24/09/2006, fitoplâncton; Estação 1;
INPA 239794: Lago Tupé, 12/11/2006, fitoplâncton; Estação 1; INPA 239795: Lago Tupé,
27/02/2007, fitoplâncton; Estação 1; INPA 239800: Lago Tupé, 21/11/2004, fitoplâncton;
Estação 1; INPA 239806: Lago Tupé, 13/12/2003, fitoplâncton; Estação 10 ; INPA 239807:
Lago Tupé, 14/03/2004, fitoplâncton; Estação 10; INPA 239810: Lago Tupé, 24/09/2006,
153
fitoplâncton; Estação 10; INPA 239811: Lago Tupé, 12/11/2006, fitoplâncton; Estação 10;
INPA 239812: Lago Tupé, 27/02/2007, fitoplâncton; Estação 10; INPA 239815: Lago Tupé,
12/11/2006, fitoplâncton; Estação 12; INPA 239827: Lago Tupé, 24/01/2004, fitoplâncton;
Estação 9; INPA 239828: Lago Tupé, 13/03/2004, fitoplâncton; Estação 9; INPA 239831:
Lago Tupé, 24/09/2006, fitoplâncton; Estação 9; INPA 239832: Lago Tupé, 12/11/2006,
fitoplâncton; Estação 9; INPA 239833: Lago Tupé, 12/11/2006, fitoplâncton; Estação 9;
INPA 239876: Lago Tupé, 27/09/2009, perifíton: Utricularia foliosa; Estação 2; INPA
239877: Lago Tupé, 27/09/2009, perifíton: U. foliosa; Estação 4; INPA 239878: Lago Tupé,
27/09/2009, perifíton: U. foliosa; Estação 5; INPA 239879: Lago Tupé, 27/09/2009,
perifíton: U. foliosa; Estação 7; INPA 240153: Lago Tupé, 14/02/2004, fitoplâncton; Estação
12.
Comentários: não foi observado envoltório mucilaginoso nos exemplares
examinados. Staurastrum thienemannii Krieger var. triradiatum foi descrito por Scott e
Prescott (1961) após estudarem material coletado na Indonésia. Os referidos autores
afirmaram que a diferença entre esta variedade e a típica da espécie reside na presença de três
processos por semicélula e de pequenos espinhos na base de cada processo. As medidas que
apresentadas (C = 45 µm, Cs = 16 µm, L = 61 µm, I = 9 µm) são semelhantes às obtidas
durante o presente levantamento florístico.
S. tohopekaligense Wolle f. minus (Turner) Scott e Prescott
Hydrobiologia 17(1-2): 114, pl. 48, fig. 1. 1961.
(Figuras 149-150)
Células 1,1- 1,3 vez mais longa que larga. Semicélula obovóide, constrição mediana rasa,
margem basal convexa, margem apical ligeiramente convexa, ângulos apicais prolongados em
processos cilíndricos, distribuídos em 2 níveis, o superior com 6 e o inferior com 3,
extremidade 3-denticulada. Vista vertical 3-angular, margem entre os processos convexa, 6
processos observados no nível superior.
Medidas: Comprimento com processos 34- 35 µm, sem processos 22- 24 µm.
Largura com processos 24-46 µm, sem processos 16- 17 µm. Istmo 8-11 µm larg.
Distribuição geográfica na Amazônia:
EM LITERATURA : primeira citação de ocorrência para a Amazônia.
MATERIAL ESTUDADO : INPA 238017: Rio Branco, 12/03/2005, fitoplâncton;
154
Estação 1; INPA 239826: Lago Tupé, 13/12/2003, fitoplâncton; Estação 9.
Comentários: esta forma taxonômica foi proposta por Scott e Prescott (1961) por
conta de seus representantes apresentarem medidas bastante inferiores às descritas para a
forma típica da espécie. Os referidos autores ilustraram duas expressões moirfológicas, das
quais uma é muito semelhante à que ora identificamos, mormente as medidas que forneceram
(C = 36-45 µm, Cs = 22-30 µm, L = 33-42 µm, Ls = 18-21 µm, I = 10-13 µm).
S. tridens-neptunii West e West var. scottii Croasdale in Scott, Grönblad e Croasdale
Acta Botanica Fennica 69: 60, pl. 4, fig. 191. 1965.
(Figuras 87-88)
Célula 1,2- 1,6 vez mais larga que longa. Semicélula poculiforme, constrição mediana rasa,
seno mediano agudo, margem basal convexa, margem apical plana, ângulos apicais
prolongados em 1 par de espinhos de base mamilada, dispostos em 2 níveis, processos
localizados no nível superior menores que o do nível inferior. Vista vertical 5-angular,
margem entre os espinhos reta.
Medidas: Comprimento com espinhos 38-50 µm, sem espinhos 30-36 µm. Largura
com espinhos 36-58 µm, sem espinhos 22-34 µm. Istmo 10-18 µm larg.
Distribuição geográfica na Amazônia:
EM LITERATURA : Amazonas: rio Uaicurapá (Dias e Sophia 1996); lago Cutiuaú
(Melo e Souza 2009); Pará: rio Maró (Scott et al. 1965); Área Santarém (Förster 1969).
MATERIAL ESTUDADO : INPA 222744: Lago Cutiuaú, INPA 23/06/2003,
fitoplâncton; Estação 1; INPA 237882: Igarapé Cutiuaú, 11/09/2003, fitoplâncton; Estação 1;
INPA 237946: Lago Grande, 12/05/2005, fitoplâncton; Estação 2; INPA 237961: Lago
Miratucu, 26/06/2003, fitoplâncton; Estação 2; INPA 237967: Lago Queiroz, 12/04/2004,
fitoplâncton; Estação 1; INPA 237971: Lago Queiroz, 13/05/2005, fitoplâncton; Estação 1;
INPA 237985: Lago Raimunda, 10/02/2004, perifíton; Estação 1; INPA 237986: Lago
Raimunda, 13/05/2005, perifíton; Estação 1; INPA 237991: Lago Tiaracá, 25/06/2004,
fitoplâncton; Estação 2; INPA 238008: Lago Uruá, 14/05/2005, fitoplâncton; Estação 1;
INPA 238009: Lago Uruá, 14/05/2005, fitoplâncton; Estação 2; INPA 238025: Rio Negro,
02/03/2005, fitoplâncton; Estação 1; INPA 238036: Rio Negro, 02/03/2005, fitoplâncton;
Estação 3; INPA 238040: Rio Negro, 18/02/2009, fitoplâncton; Estação 4; INPA 238046:
Rio Negro, 04/03/2005, fitoplâncton; Estação 5; INPA 238051: Rio Puduari , 15/05/2005,
155
fitoplâncton; Estação 1; INPA 238053: Rio Unini, 13/03/2005, fitoplâncton; Estação 2; INPA
239816: Lago Tupé, 20/04/2006, fitoplâncton; Estação 12; INPA 239851: Igarapé Tiaracá,
24/03/2003, fitoplâncton; Estação 2; INPA 239854: Igarapé Tiaracá, 10/02/2004,
fitoplâncton; Estação 2.
Comentários: Staurastrum tridens-neptunii West e West var. scottii foi descrita por
Croasdale em Scott et al. (1965), por conta de seus representantes apresentarem dois espinhos
angulares em vez de três como na variedade-tipo da espécie. Além disso, os espinhos são
divergentes. As medidas que forneceram (C = 54-60 µm, Cs = 39-42 µm, L = 55-60 µm, Ls =
36-37, I = 15-18 µm) são um pouco suoperiores àquelas dos atuais exemplares. Förster (1969)
apresentou medidas (C = 45-55 µm, Cs = 33-41 µm, L = 43-55 µm, Ls = 30-36 µm, I = 15,5-
22 µm) que se encaixam nos limites métricos ora fornecidos. Melo e Souza (2009)
documentaram a ocorrência desta variedade na Amazônia unicamente em uma lista dos
materiais identificados.
S. trifidum Nordstedt var. inflexum West e West
Transactions of the Linnean Society: série Botânica 2, 5(6): 258, pl. 16, fig. 22. 1896.
(Figuras 73-74)
Células 1,3- 1,6 vez mais larga que longa. Semicélula triangular, constrição mediana
profunda, seno mediano aberto, margem basal reta ou ligeiramente convexa, margem apical
reta ou ligeiramente convexa, ângulos apicais prolongados em 3 espinhos curtos, curvados e
convergentes. Vista vertical 3-angular, margens retas.
Medidas: Comprimento 22-26 µm. Largura com espinhos 30-36 µm, sem espinhos
18-24 µm. Istmo 8-10 µm larg.
Distribuição geográfica na Amazônia:
EM LITERATURA : Amazonas: rio Negro, rio Branco (Uherkovich e Rai 1979);
Reservatório Balbina (Bittencourt-Oliveira 1993); Parque Nacional do Jaú (Melo et al. 2004);
lago Tupé (Melo et al. 2005); lago Cutiuaú (Melo e Souza 2009); Pará: Área Santarém
(Förster 1969); Nhamundá-Terra Santa (Thomasson 1977); lago Água Preta (Martins-da-Silva
e Bicudo 2007).
MATERIAL ESTUDADO : INPA 222735: Lago Cutiuaú, 21/03/2003, fitoplâncton;
Estação 2; INPA 222738: Lago Cutiuaú, 21/03/2003, fitoplâncton; Estação 5; INPA 237897:
Igarapé Tarumã, 06/10/2009, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237900: Igarapé Tarumã,
02/12/2009, fitoplâncton; Estação 2; INPA 237923: Lago Catoá ,06/02/2004, fitoplâncton;
156
Estação 1; INPA 237924: Lago Catoá ,06/02/2004, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237934:
Lago Grande, 26/03/2006, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237962: Lago Miratucu,
12/02/2004, fitoplâncton; Estação 2; INPA 237964: Lago Patauá, 12/02/2004, fitoplâncton;
Estação 1; INPA 237968: Lago Queiroz, 25/03/2003, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237974:
Lago Queiroz, 12/02/2004, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237979: Lago Raimunda,
10/02/2004, fitoplâncton; Estação 1; INPA 238003: Lago Tupé, INPA 23/09/2008,
fitoplâncton; Estação 12; INPA 238013: Lago Volta, 11/02/2004, fitoplâncton; Estação 1;
INPA 238014: Lago Volta, 14/11/2003, fitoplâncton; Estação 1; INPA 238017: Rio Branco,
12/03/2005, fitoplâncton; Estação 1; INPA 238018: Rio Branco, 12/03/2005, fitoplâncton;
Estação 2; INPA 238040: Rio Negro, 18/02/2009, fitoplâncton; Estação 4; INPA 238045:
Rio Negro, 18/02/2009, fitoplâncton; Estação 5; INPA 239806: Lago Tupé, 13/12/2003,
fitoplâncton; Estação 10; INPA 239819: Lago Tupé, 13/11/2003, fitoplâncton; Estação 12;
INPA 239821: Lago Tupé, 25/01/2004, fitoplâncton; Estação 12; INPA 239837: Lago
Tiaracá, 10/02/2004, fitoplâncton; Estação 1; INPA 239851: Igarapé Tiaracá, 24/03/2003,
fitoplâncton; Estação 2.
Comentários: As medidas fornecidas em Förster (1969: C = 27-33 µm, L = 37-44 µm,
Ls = 23-28 µm, I = 13-14 µm) e as características morfológicas do material que estudou são
semelhantes às registradas durante este estudo.
Bittencourt-Oliveira (1993) registrou a ocorrência de S. trifidum Nordstedt var.
inflexum West e West no Reservatório de Balbina e as características morfológicas e medidas
(C = 29,1-33,3 µm, L = 34,7-41,6 µm, I = 12,2-15 µm) que forneceu são semelhantes às do
presente material.
Martins-da-Silva e Bicudo (2007) citam para material do Pará limites métricos
aproximados aos aqui registrados (C= 27-35µm, 35-42µm, I= 8,5- 9,4µm) e
morfologicamente muito semelhante ao que é aqui apresentado.
Uherkovich e Rai (1979) e Melo e Souza (2009) referiram-se à presença da variedade
em pauta na Amazônia apenas pela inclusão de seus nomes em suas respectivas listas de
material identificado.
S. trifidum Nordstedt var. porrectum Croasdale e Scott in Scott, Grönblad e Croasdale
Acta Botanica Fennica 69: 61, fig. 173-174. 1965.
(Figuras 96-97)
Células 1,1 vez mais longa que larga. Semicélula trapeziforme, constrição mediana rasa,
157
margem basal reta, margem apical côncava, ângulos apicais prolongados em processos
divergentes, curtos, extremidade 3-denticulada. Vista vertical 3-angular, margem entre os
processos côncava.
Medidas: Comprimento com processos 18-23 µm, sem processos 8-12 µm.
Largura com processos 16-20 µm, sem processos 8-12 µm. Istmo 4-6 µm larg.
Distribuição geográfica na Amazônia:
EM LITERATURA : Amazonas: rio Maués, igarapé Laguinho, paraná Urariá,
igarapé Assu, rio Paraconi, igarapé Peixinho; rio Abacaxis, rio Canumã (Förster 1974); Pará:
rio Arapiuns (Scott et al. 1965);
MATERIAL ESTUDADO : INPA 237923: Lago Catoá, 06/02/2004, fitoplâncton;
Estação 1; INPA 237924: Lago Catoá ,06/02/2004, fitoplâncton; Estação 1; INPA 237987:
Lago Raimunda, 13/05/2005, fitoplâncton; Estação 1.
Comentários: em alguns indivíduos foi observado envoltório mucilaginoso ao redor
da célula e em outros tal estrutura não foi observado. S. trifidum Nordstedt var. porrectum
Croasdale e Scott difere da variedade típica da espécie por apresentar os ângulos celulares
com processos comparativamente mais elaborados e de extremidade 3-4-denticulada. As
medidas constantes na descrição original da variedade são superiores às que ora apresentamos
(C = 34-36 µm, Cs =27 µm, L = 36-39 µm, Ls = 27-30 µm, I = 10 µm).
As medidas do material em Förster (1974: C = 23-33 µm, Cs = 14-21 µm, L = 22-31
µm, Ls = 14-18 µm) são próximas das atualmente registradas. Conforme Förster (1974), o
material que ele identificou apresenta dimensões menores do que as que constam na descrição
original da variedade em pauta. Além disso, os processos são relativamente mais curtos e a
vista vertical da célula mostra os lados mais convexos.
S. trihedrale Wolle
Bulletin of the Torrey Botanical Club 10(2): 20, pl. 27, fig. 20. 1883.
(Figuras 29- 30)
Células 1,5- 1,8 vez mais longa que larga. Semicélula triangular, constrição mediana
profunda, seno mediano fechado, ângulos celulares não prolongados em espinhos ou
processos, margens basal e apical amplamente convexas. Vista vertical 3-angular, margens
côncavas.
Medidas: Comprimento 30-38 µm. Largura com espinhos 20-24 µm. Istmo 6-12
158
µm larg.
Distribuição geográfica na Amazônia:
EM LITERATURA : Pará: rio Arapiuns (Scott et al. 1965); lago Jurucuí
(Thomasson 1971); Nhamundá-Terra Santa (Thomasson 1977).
MATERIAL ESTUDADO : INPA 237883: Igarapé Cutiuaú, 22/03/2003,
fitoplâncton; Estação 3; INPA 237927: Lago Cutiuaú , 11/09/2003, perifíton; Estação 10;
INPA 237998: Lago Tupé,30/10/2008, fitoplâncton; Estação 1; INPA 238041: Rio Negro,
02/03/2005, fitoplâncton; Estação 4; INPA 238049: Rio Negro, 06/03/2005, fitoplâncton;
Estação 8; INPA 239794: Lago Tupé, 12/11/2006, fitoplâncton; Estação 1; INPA 239806:
Lago Tupé, 13/12/2003, fitoplâncton; Estação 10; INPA 239821: Lago Tupé, 25/01/2004,
fitoplâncton; Estação 12; INPA 239870: Lago Tupé, 20/04/2009, perifíton: Utricularia
foliosa; Estação 8.
Comentários: Wolle (1883) propôs esta espécie a partir de material coletado nos
Estados Unidos da América, fazendo constar em sua descrição original, como medida, apenas
o diâmetro da célula, 30 µm. Esta medida e todas as características morfológicas que constam
da referida descrição original concordam com as respectivas do presente material.
As características morfológicas apresentadas em Scott et al. (1965) e as medidas (C =
35 µm, L = 21 µm, I = 10 µm) do material que identificaram concordam com as do presente
estudo. Thomasson (1977) apresentou valores apenas do comprimento e da largura dos
exemplares que identificou (C = 54 µm, L = 50 µm), os quais são superiores aos registrados
do material do presente estudo.
S. tryssos Scott e Grönblad
Acta Societatis Scientiarum Fennicae: série B, 2(8): 48, pl. 28, fig. 15. 1957.
(Figuras 143-148)
Células 1,2- 1,3 vez mais larga que longa. Semicélula trapeziforme, contrição mediana rasa,
seno mediano aberto, margem basal ligeiramente convexa, margem apical reta, sem
ornamentação, ângulos apicais prolongados em processos cilíndricos, divergentes, lisos,
extremidades denticuladas. Vista vertical 4-5-angular, margem côncava entre os processos.
Medidas: Comprimento com processos 50-81 µm, sem processos 20-24 µm.
Largura com processos 62-110 µm, sem processos 12-16 µm. Istmo 6-8 µm larg.
Distribuição geográfica na Amazônia:
159
EM LITERATURA : Amazonas: rio Negro (Uherkovich 1976); rio Cuieiras
(Uherkovich e Rai 1979); rio Abacaxis (Uherkovich 1981); Pará: Área Santarém (Förster
1969).
MATERIAL ESTUDADO : INPA 237958: Lago Manixiuau, 20/10/2004,
fitoplâncton; Estação 1; INPA 238023: Rio Negro, 18/07/2009, fitoplâncton; Estação 1;
INPA 238027: Rio Negro, 02/12/2009, fitoplâncton; Estação 2; INPA 239785: Lago
Tupé,09/03/2003, fitoplâncton; Estação 1; INPA 239788: Lago Tupé, 13/12/2003,
fitoplâncton; Estação 1; INPA 239790: Lago Tupé, 14/03/2004, fitoplâncton; Estação 1;
INPA 239807: Lago Tupé, 14/03/2004, fitoplâncton; Estação 10; INPA 239821: Lago Tupé,
25/01/2004, fitoplâncton; Estação 12; INPA 239828: Lago Tupé, 13/03/2004, fitoplâncton;
Estação 9.
Comentários: Scott e Grönblad (1957) descreveram esta espécie depois de estudar
material coletado nos Estados Unidos da América, mas não forneceram as medidas desse
material. Afirmou apenas que a espécie pode apresentar vista vertical tetra ou pentangular e
que os processos são alongados e possuem extremidade 3-denticulada.
Scott et al. (1965) descreveram para material oriundo do Pará uma nova variedade, S.
stelliferum var. laeve, que difere da típica da espécie na ausência total de ornamentação no
corpo celular e nos processos. As medidas são próximas daquelas ora registradas (C = 88-98
µm, Cs = 22-30 µm, L = 94-114 µm, Ls =18-21 µm, I = 14-19 µm). Förster (1969) colocou S.
stelliferum Borge var. laeve Scott, Grönblad e Croasdale na sinonímia de S. tryssos. Esta
espécie é, morfologicamente, muito semelhante ao indivíduo 5-angular registrado neste
trabalho, exceto pela margem apical ligeiramente convexa, enquanto que na ilustração
fornecida por Scott et al. (1965) é ligeiramente côncava.
Förster (1969) também considerou S. tenuibrachiatum sinônimo de S. tryssos, uma
espécie proposta por Thomasson (1966) para material coletado na África. As medidas
fornecidas pelo último autor (C = 128-188 µm, Cs = 24-40 µm, L = 150-188 µm, Ls = 20-24
µm) são superiores às presentemente registradas. Segundo Thomasson (1971), esta espécie é
característica de ambiente planctônico e por possuir os processos delgados e lisos, podendo
apresentar vista vertical 3-4-radiada.
Scott e Prescott (1957) descreveram para a Indonésia a variedade S. thienemanii var.
calvum (C = 54 µm, Cs = 20-24 µm, L = 71-80 µm, I = 12-14 µm) citando, como
característica da variedade, a ausência de espinhos apicais e na base de cada processo, ou seja,
as mesmas características que levaram por Scott et al. (1965) a descrever e propor a variedade
S. stelliferum var. laeve.
160
Bourrelly e Couté (1991) propuseram uma nova combinação, S. thienemanii var.
tryssos (C = 40 µm, Cs = 20 µm, L = 60-90 µm, I = 10 µm), para reunir S. tryssos e S.
thienemanii var. calvum. Os espécimes representantes dessa variedade apresentam cinco
processos por semicélula e dimensões menores do que as que foram apresentadas por Scott et
al. (1965) para S. stelliferum var. laeve, que também tem cinco processos. Bourrelly e Couté
(1991) até comentaram que esta última variedade é morfologicamente muito próxima, senão
idêntica, a S. tryssos.
Devido a essa variedade de nomenclaturas para a mesma espécie e por não
apresentarem variação morfológica entre as diferentes denominações, optamos por identificar
o material amazônico com S. tryssos pelo fato de ser a denominação mais antiga de todas e de
as outras espécies apresentarem as mesmas características morfológicas citadas Scott e
Prescott (1957) como características diagnósticas de S. tryssos.
Förster (1969) citou a ocorrência da espécie no Estado do Pará, com base em espécimes cujas
medidas (C = 67-83 µm, Cs = 25-26 µm, L = 82-96 µm, Ls =17,5-19 µm) são um pouco
superiores às dos atuais exemplares, entretanto, as características morfológicas são
equivalentes, inclusive o número de processos por semicélula.
Uherkovich (1976, 1981) e Uherkovich e Rai (1979) apenas citaram a ocorrência de S.
tryssos em suas respectivas listas de materiais identificados, sem fornecer medidas nem
ilustração.
Apesar dos autores, de modo geral, referirem apenas vista vertical 4-5-angular,
detectamos também exemplares com tal vista 6-angular. Tais exemplares apresentaram, em
vista frontal, características morfológicas típicas de S. tryssos.
S. ungeri Reinsch
British Desmidieae. 124, pl. 34, fig. 12. 1848.
(Figuras 51-52)
Células tão longas quanto largas. Semicélula elíptica, constrição mediana rasa, seno mediano
aberto, margem basal convexa, margem apical convexa, espinhos marginais, ângulos apicais
prolongados em espinho único, agudo, divergente, face da semicélula com numerosos
espinhos concêntricos. Vista vertical 3-angular, margens retas ou ligeiramente côncavas,
espinhos marginais e submarginais curtos.
Medidas: Comprimento com espinhos 16-25 µm, sem espinhos 12-22 µm. Largura
161
com espinhos 16-26 µm, sem espinhos 10-17 µm. Istmo 4-6 µm larg.
Distribuição geográfica na Amazônia:
EM LITERATURA : Amazonas: rio Negro (Uherkovich e Rai 1979).
MATERIAL ESTUDADO : INPA 238014: Lago Volta, 14/11/2003, fitoplâncton;
Estação 1; INPA 238017: Rio Branco, 12/03/2005, fitoplâncton; Estação 1; INPA 238018:
Rio Branco, 12/03/2005, fitoplâncton; Estação 2.
Comentários: apesar de haver observado um número razoável de espécimes, jamais
foi vista mucilagem ao redor da célula.
West e West (1923) forneceram uma descrição bastante detalhada da espécie, na qual
se encaixam, perfeitamente, os atuais exemplares da Amazônia. As medidas são, contudo, um
pouco superiores (C = L = 27-28 µm).
S. ungeri lembra, quanto a sua morfologia, S. lunatum Ralfs por apresentar o corpo
celular com pequenos espinhos e na região angular um espinho bem desenvolvido. Mas,
difere por apresentar a margem entre os ângulos amplamente côncava em vista vertical. West
e West (1923) também identificaram S. lunatum e mencionaram a presença de grânulos
ornamentando a parede celular. Afirmaram mais, que esses grânulos são mais desenvolvidos
nos ângulos, dando a impressão dos espinhos angulares serem duplos. As medidas em Ralfs
(1848: C= 29,6 µm, L= 37 µm, I= 10,9 µm) são superiores àquelas do presente material.
O único trabalho que cita a ocorrência dessa espécie na região amazônica é de
Uherkovich e Rai (1979), mas esses autores fizeram menção apenas ao local de ocorrência da
espécie e às medidas do material estudado (C = 27 µm, L = 44 µm, Ls = 28 µm, Ls = 8 µm),
que também são um pouco maiores do que as obtidas durante o atual estudo.
S. villosum West e West var. simplicius Grönblad
Societatis Scientiarum Fennica Commentationes Biologicae 15(2): 34, pl. 11, fig. 132-133.
1956.
(Figuras 37-38)
Células 1,1 – 1,2 vez mais longa que larga. Semicélula oval, seno mediano ligeiramente
aberto, constrição mediana rasa, margem ventral com espinhos divergentes, agudos, robustos
na margem, ângulos terminados com 2 espinhos mais proeminentes, margem apical
amplamente convexa, espinhos marginais agudos, divergentes, espinhos curtos espalhados por
toda semicélula. Vista vertical 3-angular, margens retas, espinhos marginais e submarginais
distribuídos de maneira irregular.
162
Medidas: Comprimento com espinhos 35- 37 µm, sem espinhos 27,5- 29 µm.
Largura com espinhos 30- 31 µm, sem espinhos 22,5- 25 µm. Istmo 7,5- 10 µm larg.
Distribuição geográfica na Amazônia:
EM LITERATURA : primeira citação de ocorrência para a Amazônia.
MATERIAL ESTUDADO : INPA 237966: Lago Queiroz, 25/03/2003, perifíton;
Estação 1.
Comentários: S. villosum West e West var. simplicius foi proposto por Grönblad
(1956) e difere da variedade típica da espécie por conta do formato amplamente oval da
semicélula e do menor número de espinhos, os quais são também menores e encontram-se
mais espalhados pela semicélula.
Prescott et al. (1982) registraram a ocorrência dessa variedade na América do Norte e
mencionaram medidas (C = 42 µm, L = 37 µm) um pouco superiores às atuais tiradas de
material amazônico. As características morfológicas em Prescott et al. (1982) coincidem com
as do presente material.
S. sp.
(Figuras 241-242)
Células 1,1 1,5 vez mais larga que longa. Semicélula obtrapeziforme, constrição
mediana rasa; seno mediano agudo; margem basal convexa; margem apical reta; ângulos
apicais prolongados em processos serreados, divergentes e com extremidade denticulada.
Vista vertical 3-angular; margens côncavas entre os processos fletidos; verrugas
intramarginais bifurcadas.
Medidas: Comprimento com espinhos 20- 35 µm, sem espinhos 27,5 µm. Largura
com espinhos 30- 39 µm sem espinhos 11- 22,5 µm. Istmo 6- 7,5 µm.
Distribuição geográfica na Amazônia:
MATERIAL ESTUDADO : INPA 239851: Igarapé Tiaracá, 24/03/2003,
fitoplâncton; Estação 2.
Comentários: não foi identificada nenhuma semelhança dessa espécie com nenhuma
outra registrada para a literatura consultada. Uma característica bem marcante dessa espécie é
visualizada em vista vertical, por essa espécie apresentar processos fletidos, mesmo assim,
com essa característica singular não foi possível identificá-la, sendo a única nesse estudo sem
a referida identificação.
163
S. sp.2
(Figura 197)
Células 1,2- 1,4 vez mais larga que longa. Semicélula poculiforme, constrição
mediana rasa, seno mediano aberto, margem basal convexa, margem apical lisa, amplamente
convexa, ângulos apicais prolongados em processos divergentes, serreados, extremidade 3-
denticulada. Vista vertical não observada.
Medidas: Comprimento com processo 16- 20 µm, sem processos 10- 14 µm.
Largura com processos 20- 28µm, sem processos 10- 11 µm. Istmo ca. 4 µm larg.
Distribuição geográfica na Amazônia:
MATERIAL ESTUDADO : INPA 237909: Igarapé Tarumã: Mirim, 06/10/2009,
fitoplâncton; Estação 2.
Comentários: essa espécie é ilustrada nesse trabalho apenas em vista frontal e suas
características morfológicas são muito semelhantes às apresentadas por Prescott et al. (1982)
para S. frangens Irinée-Marie, quanto a características dos processos, divergentes e
extremidades 3-denticulada, com margem apical convexa e os limites métricos fornecidos
pelos autores são aproximados aos aqui apresentados (C= 23- 25µm, Cs= 13- 14,5µm, L=
21,5- 22,5µm, Ls= 9,7- 10µm, I= 4- 4,5µm), porém como não foi visualizada a vista vertical
não pudemos confirmar a identificação.
S. sp.3
(Figuras 255-256)
Células 1,1 - 1,2 vez mais larga que longa. Semicélula campanular; constrição
mediana rasa; seno mediano aberto; margem basal convexa; margem apical reta ou
ligeiramente convexa; parede celular decorada com espinhos diminutos concêntricos; ângulos
apicais prolongados em processo divergentes e com pólos denticulados. Vista vertical 3-
angular; margens entre os processos retas; espinhos marginais e intramarginais simples.
Medidas: Comprimento 22- 23 µm sem processos 20- 21 µm. Largura com
processos 25- 28 µm sem processos 18- 20 µm. Istmo 5- 6 µm.
Distribuição geográfica na Amazônia:
MATERIAL ESTUDADO : INPA 238013: Lago Volta, 11/02/2004, fitoplâncton;
Estação 1.
Comentários: Förster (1974) registrou a ocorrência de uma forma semelhante a aqui
164
apresentada para dois ambientes do estado do Amazonas. O autor fornece limites métricos
aproximados aos aqui registrado (Cs= 20-23µm, L= 20- 26µm, I= 7,3- 7,5µm). As
características morfológicas apresentadas são semelhantes a que apresentamos em nosso
trabalho, porém difere em muito da forma típica de S. paradoxum.
165
5 Conclusões
Após o levantamento florístico do gênero Staurastrum em alguns pontos da bacia do
rio Negro, no Estado do Amazonas, pôde-se concluir:
1. Foram identificados 99 táxons na região da bacia do rio Negro distribuídos em 42
espécies, sete variedades típicas de suas respectivas espécies, 42 variedades não-típicas de
suas respectivas espécies e cinco formas taxonômicas igualmente não-típicas, porém, de suas
respectivas ariedades, três identificados em nível genérico.
2. Foram identificadas espécies de Staurastrum em 81% das amostras analisadas
considerando tanto material do plâncton quanto do perifíton, sendo que nas amostras
planctônicas foram identificados 97 táxons e nas perifíticas 41 táxons, das quais S.
bicoronatum Johnson var. simplicius West & West, S. tetracerum (Kützing) Ralfs var.
tetracerum f. trigona Lundell e S. villosum West & West var. simplicius Grönblad foram
restritas a este último ambiente.
3. As espécies mais comumente registradas no atual estudo foram: S. quadrinotatum
Grönblad var. quadrinotatum, S. brachiatum Ralfs var. brachiatum, S. quadrangulare
Brébisson var. prolificum Croasdale in Scott, Grönblad & Croasdale, S. longipes (Nordstedt)
Teiling, S. brachiatum Ralfs var. gracilius Maskell, S. setigerum Cleve var. pectinatum West
& West, S. stelliferum Borge var. stelliferum, S. manfeldtii Delponte, S. pinnatum Turner var.
reductum Krieger, S. quadrangulare Brébisson var. longispinum Börgesen, S. octangulare
Grönblad, S. elegantissimum Johnson var. brasiliense Förster, S. rotula Nordstedt, S.
thienemannii Krieger var. triradiatum Scott & Prescott e S. asteroideum West & West var.
asteroideum.
4. As seguintes espécies ocorreram em apenas uma das unidades amostrais analisadas: S.
bicoronatum Johnson var. simplicius West & West, S. binum Borge var. inaequale Grönblad
166
& Croasdale, S. chaetopus Hinode var. chaetopus f. minor Bourrelly & Couté, S. chaetoceras
(Schröder) Smith, S. crenulatum (Nägeli) Delponte, S. dispergens Grönblad, S.
elegantissimum Johnson var. brasiliense Förster f. triaradiatum Förster, S. exporrectum Scott
& Prescott, S. forficulatum Lundell, S. haaboliense Wille, S. hagmanii Grönblad, S. laeve
Ralfs var. latidivergens Scott & Grönblad, S. micron West & West var. unidentatum Hirano,
S. minutissimum Auerswald, S. pseudosebaldii Wille var. planctonicum Teiling, S.
pseudotetracerum (Nordstedt) West & West var. curvatum Grönblad, S. sebaldi Reinsch, S.
sexangulare (Bulnheim) Lundell var. brasiliense Grönblad, S. stelliferum Borge var. evolutum
Thomasson, S. subdisputatum Scott & Grönblad var. maius Scott & Grönblad, S. teliferum
Ralfs var. horridum Lütkemüller, S. tetracerum (Kützing) Ralfs var. tetracerum f. trigona
Lundell, S. villosum West & West var. simplicius Grönblad, Staurastrum sp. e Staurastrum
sp. 3.
5. Os locais com maior riqueza de espécies foram: lago Tupé (51 táxons), rio Negro e baixo
rio Negro (47), lago Queiroz (35), rio Branco (33), lago Grande (30), lagos Raimunda,
Tiaracá e Volta (24 táxons cada um), lago Cutiuáu (23) e lago Miratucu (20).
6. Comparando a riqueza de espécies do lago Tupé e da estação amostral localizada no rio
Negro observou-se maior riqueza neste último local com 40 táxons identificados, enquanto
que as amostras coletadas no interior do Tupé apresentaram 31 espécies.
7. Independente do esforço amostral dos sete anos de estudo, 2003 foi o que apresentou a
maior riqueza de táxons (59), 2004 com 55, 2009 com 51 e 2005 com 46 táxons. Os anos
2006, 2007 e 2008 apresentaram, respectivamente, 25, 22 e 21 espécies.
8. Foi verificada influência dos períodos do ciclo hidrológico sobre a composição de
espécies dos ambientes estudados, sendo a maior contribuição detectada no período de
enchente com 80 táxons identificados, enquanto que no período de seca foram identificados
55, no de vazante 54 e no de cheia 30 táxons.
9. As seguintes espécies foram registradas apenas no período de enchente: S. arachne Ralfs
var. curvatum West & West, S. asteroideum West & West var. asteroideum, S. bicoronatum
Johnson var. simplicius West & West, S. boergesenii Raciborski var. elegans Borge, S.
botanense Playfair var. botanense, S. brachiatum Ralfs var. brachiatum, S. brebissoni Archer
var. brasiliense Grönblad, S. capitulum Brébisson in Ralfs var. tumidiusculum West & West,
S. chaetopus Hinode var. chaetopus f. minor Bourrelly & Couté, S. diptilum Nordstedt, S.
disputatum West & West var. sinense (Lütkemüller) West & West, S. elegantissimum
Johnson var. brasiliense Förster f. triradiatum Förster, S. erinacoideum Scott & Croasdale, S.
exporrectum Scott & Prescott, S. gemelliparum Nordstedt, S. geminatum Nordstedt, S.
167
glaphyrum West & West, S. haaboliense Wille, S. hystrix Ralfs var. floridense Scott &
Croasdale, S. leptacanthum Nordstedt var. leptacanthum, S. leptacanthum Nordstedt var.
borgei Förster, S. leptocladum Nordstedt var. cornutum Wille e S. longispinun (Bailey)
Archer var. bidentatum (Wittrock) West. Foram restritas ao período de cheia as espécies S.
boergesenii Raciborski var. depauperatum Grönblad, S. botanense Playflair var. variabile
Krieger, S. fittkaui Förster e Staurastrum sp. 3. Os táxons a seguir foram identificados apenas
no período de vazante: S. brachiatum Ralfs var. gracilius Maskell, S. denticulatum (Nägeli)
Archer, S. elegantissimum Johnson var. brasiliense Förster, S. guentheri Thomasson, S.
hagmanii Grönblad e S. laeve Ralfs var. latidivergens Scott & Grönblad. Limitadas ao
período de seca foram: S. binum Borge var. inaequale Grönblad & Croasdale, S. ensiferum
Turner, S. hirsutum (Ehrenberg) Ralfs, S. inconspicuum Nordstedt, S. leptocladum Nordstedt
var. insigne West & West e S. longipes (Nordstedt) Teiling.
10. Observou-se a ocorrência de variação morfológica em determinados períodos do ciclo
hidrológico no que tange ao número de processos por semicélula. Assim, S. boergesenii
Raciborski var. depaupetarum Grönblad apresentou espécimes 4/4 e 4/5 no período de
enchente; S. elegantissimum Johnson var. brasiliense Förster espécimes 3/3 nos períodos de
enchente e vazante, sendo uma variação 3/5 registrada apenas durante o período de enchente;
S. glaphyrum West & West apresentou espécimes 3/3 e 4/4 durante o período de enchente e
2/3 durante o de seca; S. margaritaceum (Ehrenberg) Ralfs apresentou espécimes 5/5 durante
os períodos de enchente, vazante e seca e apenas durante o de enchente foram registrados
espécimes 6/6 e 6/7; S. rotula Nordstedt apresentou indivíduos 6/6 durante os períodos de
enchente e vazante, indivíduos 7/7 em todos os períodos do ciclo hidrológico e indivíduos 8/8,
6/7 e 7/8 unicamente durante o período de enchente; S. stelliferum Borge var. stelliferum
apresentou indivíduos 4/4 em todos os períodos do ciclo hidrológico, enquanto que indivíduos
3/4 apenas durante o de enchente; e S. tryssos Scott & Grönblad apresentou indivíduos 5/5 em
todos os períodos do ciclo hidrológico, mas os 6/6 somente durante o período de seca.
11. Nas seguintes espécies foi observada uma matriz envolvente de mucilagem, de espessura
variável ao redor da célula: S. brachiatum Ralfs var. brachiatum, S. brachiatum Ralfs var.
gracilius Maskell, S. longispinun (Bailey) Archer var. bidentatum (Wittrock) West & West, S.
muticum (Brébisson) Ralfs, S. paradoxum Meyen, S. quadrangulare Brébisson var. contectum
(Turner) Grönblad, S. quadrispinatum Turner var. spicatum (West & West) Scott & Grönblad
f. furcatum Scott & Grönblad, S. setigerum Cleve var. pectinatum West & West, S.
spiculiferum Borge, S. tridens-neptunii West & West var. scotii Croasdale in Scott, Grönblad
168
& Croasdale e S. trifidum Nordstedt var. porrectum Croasdale & Scott in Scott, Grönblad &
Croasdale.
12. Considerando as amostras coletadas simultaneamente no plâncton e no perifíton foram
registradas 47 espécies. O número total de táxons identificados nas amostras de perífiton foi
41, enquanto que 30 táxons o foram nas de plâncton. Vinte e quatro espécies foram comuns
tanto nas amostras de material perifítico quanto nas de material planctônico e são: S.
asteroideum West & West var. asteroideum, S. boergesenii Raciborski var. depaupetarum
Grönblad, S. brachiatum Ralfs var. brachiatum, S. brachiatum Ralfs var. gracilius Maskell, S.
denticulatum (Nägeli) Archer, S. diptilum Nordstedt, S. elegantissimum Johnson var.
brasiliense Förster, S. guentheri Thomasson, S. hirsutum (Ehrenberg) Ralfs, S. longipes
(Nordstedt) Teiling, S. manfeldtii Delponte, S. muticum (Brébisson) Ralfs, S. octangulare
Grönblad, S. pinnatum Turner var. reductum Krieger, S. quadrangulare Brébisson var.
contectum (Turner) Grönblad, S. quadrangulare Brébisson var. longispinum Börgesen, S.
quadrangulare Brébisson var. prolificum Croasdale in Scott, Grönblad & Croasdale, S.
quadrinotatum Grönblad var. quadrinotatum, S. rotula Nordstedt, S. setigerum Cleve var.
pectinatum West & West, S. stelliferum Borge var. stelliferum, S. teliferum Ralfs var.
lagoense Wille, S. tridens-neptunii West & West var. scotii Croasdale in Scott, Grönblad &
Croasdale e S. trifidum Nordstedt var. inflexum West & West; 17 táxons foram registrados
apenas nas amostras de material perifítico, quais sejam: S. bicoronatum Johnson var.
simplicius West & West, S. capitulum Brébisson in Ralfs var. tumidiusculum West & West, S.
coronulatum (Boldt) Förster var. minus Förster, S. disputatum West & West var. sinense
(Lütkemüller) West & West, S. inconspicuum Nordstedt, S. leptacanthum Nordstedt var.
leptacanthum, S. leptacanthum Nordstedt var. borgei Förster, S. margaritaceum (Ehrenberg)
Ralfs, S. polymorphum Brébisson var. simplex West & West, S. pseudosebaldii Wille var.
pseudosebaldii, S. teliferum Ralfs var. longispinum Grönblad, S. tentaculiferum Borge, S.
tetracerum (Kützing) Ralfs var. tetracerum f. tetracerum, S. tetracerum (Kützing) Ralfs var.
tetracerum f. trigona Lundell, S. thienemannii Krieger var. triradiatum Scott & Prescott, S.
trihedrale Wolle e S. villosum West & West var. simplicius Grönblad; e seis espécies foram
registradas apenas nas amostras planctônicas, quais sejam: S. glaphyrum West & West, S.
paradoxum Meyen, S. pendulum Nygaard var. pinguiforme Croasdale, S. setigerum Cleve var.
occidentale West & West, S. spiculiferum Borge e S. tectum Borge var. ayayense Grönblad.
13. Nas 250 amostras planctônicas foram identificados 97 táxons, enquanto nas 29 amostras
perifíticas 41 táxons foram registrados, sendo restritos a esse último ambiente três espécies: S.
169
bicoronatum Johnson var. simplicius West e West, S. thienemannii Krieger var. triradiatum
Scott e Prescott e S. villosum West & West var. simplicius Grönblad.
14. Os limites métricos atualmente observados nos representantes das espécies não
apresentaram grandes diferenças dos materiais anteriormente identificados quando da
descrição original do táxon ou em outros materiais coletados na Amazônia. O que se observou
foi diferença de poucos micrômetros, ora superiores ora inferiores aos registrados na
literatura, porém, essa característica não foi considerada neste trabalho determinante na
separação dos táxons.
15. A característica morfológica que mais variou entre os representantes das espécies
identificadas foi o número de processos nas semicélulas [observem-se S. elegantissimum
Johnson var. brasiliense Förster, S. glaphyrum West & West, S. margaritaceum (Ehrenberg)
Ralfs, S. rotula Nordstedt, S. stelliferum Borge var. stelliferum e S. tryssos Scott & Grönblad].
16. Foi verificado para determinados períodos do ciclo hidrológico variação morfológica no
que diz respeito ao número de processos por semicélula. S. boergensenii Raciborski var.
depaupetarum Grönblad apresentou espécimes 4/4 e 4/5 no período de enchente; S.
elegantissimum Johnson var. brasiliense Förster com espécimes 3/3 foram registrados no
período de enchente e vazante, enquanto uma variação 3/5 foi registrada apenas durante a
enchente; S. glaphyrum West e West com formas 3/3 e 4/4 foram registradas durante a
enchente e a foma 2/3 durante a seca; S. margaritaceum (Ehrenberg) Ralfs apresentou durante
a enchente, vazante e seca espécimes 5/5, e apenas durante a enchente as formas 6/6 e 6/7; S.
rotula Nordstedt com indivíduos 6/6 foram registrados durante a enchente e vazante, a forma
7/7 foi registrada em todos os períodos do ciclo hidrológico e as formas 8/8, 6/7 e 7/8 forma
registradas apenas durante a enchente; S. stelliferum Borge var. stelliferum apresentou em
todos os períodos do ciclo hidrológicoa forma 4/4, enquanto indivíduos ¾ forma observados
apenas durante a enchente; S. tryssos Scott e Grönblad apresentou em todos os períodos do
ciclo hidrológico a forma 5/5, já a forma 6/6 foi observada durante a seca e indivíduos 6/6
foram observados apenas durante a seca.
17. As seguintes espécies tiveram sua ocorrência citada pioneiramente para a Amazônia: S.
bicoronatum Johnson var. simplicius West e West, S. botanense Playflair var. variabile
Krieger, S. chaetopus Hinode var. chaetopus f. minor Bourrelly e Couté, S. chaetoceras
(Schröder) Smith, S. crenulatum (Nägeli) Delponte, S. dentatum Krieger, S. ensiferum Turner,
S. exporrectum Scott e Prescott, S. forficulatum Lundell, S. furcatum (Ehrenberg) Brébisson,
S. haaboliense Wille, S. laeve Ralfs var. latidivergens Scott e Grönblad, S. longispinun
(Bailey) Archer var. bidentatum (Wittr.) West, S. micron West var. unidentatum Hirano, S.
170
minutissimum Auerswald, S. pendulum Nygaard var. pinguiforme Croasdale, S. polymorphum
Brébisson var. simplex West e West, S. quadrispinatum Turner var. spicatum (West e West) f.
furcatum Scott e Grönblad, S. reinschii Roy, S. subdisputatum Scott e Grönblad var. maius
Scott e Grönblad, S. teliferum Ralfs var. horridum Lütkemüller, S. thienemannii Krieger var.
triradiatum Scott e Prescott, S. tohopekaligense Wolle f. minus (Turner) Scott e Prescott, S.
villosum West e West var. simplicius Grönblad.
Considerando que Staurastrum é o segundo gênero com maior riqueza de espécies
entre as desmídias, com cerca de 800 espécies, variedades e formas taxonômicas descritas,
sugere-se:
• Consultar, na medida do possível, a bibliografia original (obra “princeps”) referente ao
táxon em pauta, pois existe muita variação de uma obra para outra, o que dificulta a correta
identificação de espécies, variedades e formas taxonômicas. Muitas vezes, as ilustrações
fornecidas em uma obra não coincidem, em maior ou menor extensão, com a original.
• Examinar o maior número possível de indivíduos durante o processo de identificação
taxonômica de material de Staurastrum, para conhecer as diferentes características
morfológicas e, no caso de haver variação, avaliar a amplitude dessa variação em nível
populacional para, em seguida, hierarquiza-la, isto é, identificar quais deverão ser usadas para
o nível espécie, quais para o nível variedade e quais para o nível forma taxonômica.
• Rever Staurastrum taxonômica e nomenclaturalmente, pois se trata de um gênero
muito complexo, extremamente artificial, que inclui uma ampla variação morfológica, onde as
características jamais foram avaliadas e hierarquizadas. Primeiro, o gênero demanda sua
divisão em vários outros. Segundo, muitas espécies, variedades e formas taxonômicas foram
propostas com base em características muito lábeis, cujo espectro de variação recobre o de
outras já existentes, tornando sua separação até, com certa frequência, impossível. Este é um
trabalho de fôlego, que deverá utilizar, obrigatoriamente, informação decorrente da aplicação
de técnicas de biologia molecular. Informação sobre a ecologia das espécies também será útil
durante este processo de revisão.
171
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183
Ilustrações
184
Prancha 1
Fig.27- 28. Staurastrum muticum (Brébisson) Ralfs: 8. vista frontal; 9. vista vertical
Fig. 29- 30. S. trihedrale Wolle: 10. vista frontal; 11. vista vertical
Fig. 31- 32. S. hirsutum (Ehrenberg) Ralfs: 31. vista frontal; 32. vista vertical
Fig. 33- 34. S. hirsutum (Ehrenberg) Ralfs- forma variável: 33. vista frontal; 34. vista vertical
Fig. 35- 36. S. hystrix Ralfs var. floridense Scott & Croasdale: 35. vista frontal; 36. vista
vertical
Fig. 37- 38. S. villosum West & West var. simplicius Grönblad: 37. vista frontal; 38. vista
vertical
Fig. 39- 40. S. teliferum Ralfs var. horridum Lütkemüller: 39. vista frontal; 40. vista vertical
Fig .41- 42. S. teliferum Ralfs var. lagoense Wille: 22. vista frontal; 23. vista vertical
Fig. 43- 44. S. setigerum Cleve var. occidentale West & West: 43. vista frontal; 44. vista
vertical
Fig. 45- 46. S. reinschii Roy: 45. vista frontal; 46. vista vertical
Fig. 47- 48. S. denticulatum (Nägeli) Archer: 28. vista frontal; 29. vista vertical
Fig. 49-50. S. geminatum Nordstedt var. geminatum: 30. vista frontal; 31. vista vertical
Fig. 51- 52. S. ungeri Reinsch: 32. vista frontal; 33. vista vertical
Escala 10µm
185
186
Prancha 2
Fig. 53- 54. S. teliferum Ralfs var. longispinum Grönblad: 53. vista frontal; 54. vista vertical
Fig. 55- 56. S. tentaculiferum Borge: 55. vista frontal; 56. vista vertical
Fig. 57- 58. S. setigerum Gleve var. pectinatum West & West: 57. vista frontal; 58. vista
vertical
Fig. 59- 60. S. dispergens Grönblad: 59. vista frontal; 60. vista vertical
Fig. 61- 62. S. brebissoni Archer var. brasiliense Grönblad: 61. vista frontal; 62. vista vertical
Fig. 63- 64. S. erinacoideum Scott & Croasdale: 63. vista frontal; 64. vista vertical
Escala 10µm
187
188
Prancha 3
Fig. 65- 66. S. ensiferum Turner: 65. vista frontal; 66. vista vertical
Fig. 67- 68. S. longispinun (Bailey) Archer var. bidentatum (Wittr.) West: 67. vista frontal;
68. vista vertical
Fig. 69- 70. S. botanense Playfair; var. botanense: 69. vista frontal; 70. vista vertical
Fig. 71- 72. S. botanense Playflair var. botanense: 71. vista frontal; 72. vista vertical
Fig. 73- 74. S. trifidum Nordstedt var. inflexum West & West: 73. vista frontal; 74. vista
vertical
Fig. 75- 76. S. quadrangulare (Brébisson) Ralfs var. quadrangulare: 75. vista frontal; 76.
vista vertical
Fig. 77- 78. S. quadrangulare Brébisson var. contectum (Turner) Grönblad: 77. vista frontal;
78. vista vertical
Fig. 79- 80. S. quadrangulare Brébisson var. prolificum Croasdale in Scott; Grönblad &
Croasdale: 79. vista frontal; 80. vista vertical
Fig. 81- 82. S. quadrangulare Brébisson var. longispinum Börgesen: 81. vista frontal; 82.
vista vertical
Fig. 83- 84. S. quadrangulare Brébisson var. longispinum Börgesen- forma variável: 83. vista
frontal; 84. vista vertical
Escala 10µm
189
190
Prancha 4
Fig. 85- 86. S. spiculiferum Borge: 85. vista frontal; 86. vista vertical
Fig. 87- 88. S. tridens-neptunii West & West var. scotii Croasdale in Scott, Grönblad &
Croasdale: 87. vista frontal; 88. vista vertical
Fig. 89- 90. S. binum Borge var. inaequale Grönblad & Croasdale: 89. vista frontal; 90. vista
vertical
Fig. 91- 92. S. novae-caesare Wolle var. brasiliense Grönblad: 91. vista frontal; 92. vista
vertical
Escala 10µm
191
192
Prancha 5
Fig. 93- 95. S. minutissimum Auerswald: 93. vista frontal; 94-95. vista vertical
Fig. 96- 97. S. trifidum Nordstedt var. porrectum Croasdale & Scott in Scott, Grönblad &
Croasdale: 96. vista frontal; 97. vista vertical
Fig. 98- 99. S. diptilum Nordstedt: 98. vista frontal; 99. vista vertical
Fig. 100- 102. S. diptilum Nordstedt: 100. vista frontal; 101- 102. vista vertical- alteração em
uma das semicélulas
Fig. 103- 104. S. chaetopus Hinode var. chaetopus f. minor Bourrelly & Couté: 103. vista
frontal; 104. vista vertical
Fig. 105- 106. S. hagmannii Grönblad: a. vista frontal; b. vista vertical
Escala 10µm
193
194
Prancha 6
Fig.107- 108. S. brachiatum Ralfs var. brachiatum: 107. vista frontal; 108. vista vertical
Fig. 109- 110. S. brachiatum Ralfs var. gracilius Maskell: 109. vista frontal; 110. vista
vertical
Fig. 111- 112. S. boergesenii Raciborski var. depaupetarum Grönblad: 111. vista frontal;
112- 113. vista vertical- com vista vertical distinta, uma 4 e outra 5-angular
Fig. 114- 115. S. boergesenii Raciborski var. depaupetarum Grönblad: 114. vista frontal;
115. vista vertical
Fig. 116. S. subnudibrachiatum West & West: a. vista frontal
Escala 10µm
195
196
Prancha 7
Fig. 117- 118. S. boergensenii Raciborski var. elegans Borge: 117. vista frontal; 118. vista
vertical
Fig. 119- 120. S. leptacanthum Nordestedt: 119. vista frontal; 120. vista vertical
Fig. 121- 122. S. leptacanthum Nordestedt var. borgei Förster: 121. vista frontal; 122. vista
vertical
Escala 10µm
197
117 118
119 120
121 122
117 118
198
Prancha 8
Fig. 123- 124. S. glaphyrum West & West: 123. vista frontal; 124. vista vertical – 3-angular
Fig. 125- 126. S. glaphyrum West & West: 125. vista frontal; 126. vista vertical – 4-angular
Fig. 127- 129. S. glaphyrum West & West: 127. vista frontal; 128- 129. vista vertical – vista
vertical distinta, uma semicélula 3 e outra 4-angular
Fig. 130- 132. S. glaphyrum West & West: 130. vista frontal; 131- 132. vista vertical – vista
vertical distinta, uma semicélula 2 e outra 3-angular
Escala 10µm
199
200
Prancha 9
Fig. 133- 134. S. stelliferum Borge var. stelliferum: 133. vista frontal; 134. vista vertical
Fig. 135. S. stelliferum Borge var. stelliferum: 116. vista frontal- sem espinhos na base da
semicélula
Fig. 136- 137. S. stelliferum Borge var. evolutum Thomasson: 136. vista frontal; 137. vista
vertical
Fig. 138- 140. S. stelliferum Borge var. stelliferum: 138. vista frontal; 139-140. vista vertical-
uma semicélula 3 e outra 4- angular
Fig. 141- 142. S. thienemannii Krieger var. triradiatum Scott & Prescott: 141. vista frontal;
142. vista vertical
Escala 10µm
201
202
Prancha 10
Fig. 143- 144. S. tryssos Scott & Grönblad: 143. vista frontal; 144. vista vertical- 4- angular
Fig. 145- 146. S. tryssos Scott & Grönblad: 145. vista frontal; 146. vista vertical- 5 angular
Fig. 147- 148. S. tryssos Scott & Grönblad: 147. vista frontal; 148. vista vertical- 6- angular
Escala 10µm
203
204
Prancha 11
Fig. 149- 150. S. tohopekaligense Wolle f. minus (Turner) Scott & Prescott: 149. vista frontal;
150. vista vertical
Fig. 151- 152. S. laeve Ralfs var. latidivergens Scott & Grönblad: 151. vista frontal; 152. vista
vertical
Fig. 153- 154. S. gemelliparum Nordstedt: 153. vista frontal; 154. vista vertical
Fig. 155- 156. S. furcatum (Ehrenberg) Brébisson: 155. vista frontal; 156. vista vertical
Fig. 157- 158. S. quadrispinatum Turner var. spicatum (West & West) f. furcatum Scott et
Grönblad: 157. vista frontal; 158. vista vertical
Fig. 159- 160. S. octangulare Grönblad: 159. vista frontal; 160. vista vertical
Fig. 161- 162. S. forficulatum Lundell: 161. vista frontal; 162. vista vertical
Fig. 163- 164. S. inconspicuum Nordestedt: 163. vista frontal; 164. vista vertical
Escala 10µm
205
206
Prancha 12
Fig. 165- 166. S. subdisputatum Scott & Grönblad var. maius Scott & Grönblad: 165. vista
frontal; 166. vista vertical
Fig. 167- 168. S. capitulum Brébisson in Ralfs var. tumidiusculum West & West: 167. vista
frontal; 168. vista vertical
Fig. 169- 170. S. pinnatum Turner var. reductum Krieger: 169. vista frontal; 170. vista vertical
Fig. 171- 172. S. disputatum West & West var. sinense (Lütkemueller) West & West: 171.
vista frontal; 172. vista vertical
Fig. 173- 174. S. pseudotetracerum (Nordstedt) West var. curvatum Grönblad: 173. vista
frontal; 174. vista vertical
Fig. 175- 176. S. polymorphum Brébisson var. simplex West & West: 175. vista frontal; 176.
vista vertical
Fig. 177- 178. S. crenulatum (Nägeli) Delponte: 177. vista frontal; 178. vista vertical
Fig. 179- 180. S. sebaldi Reinsch: 160. vista frontal; 161. vista vertical
Escala 10µm
207
208
Prancha 13
Fig. 181- 182. S. asteroideum West & West var. asteroideum: 181. vista frontal; 182. vista
vertical
Fig. 183- 184. S. coronulatum (Boldt) Förster var. minus Förster: 183. vista frontal; 184. vista
vertical
Fig. 185- 186. S. tetracerum (Kützing) Ralfs: 185. vista frontal; 186. vista vertical
Fig. 187- 188. S. tetracerum (Kützing) Ralfs var. tetracerum f. trigona Lundell: 187. vista
frontal; 188. vista vertical
Fig. 189- 190. S. haaboliense Wille: 189. vista frontal; 190. vista vertical
Fig. 191- 192. S. dentatum Krieger: 191. vista frontal; 192. vista vertical
Fig. 193- 194. S. micron West & West: 193. vista frontal; 194. vista vertical
Fig. 195- 196. S. micron West & West var. unidentatum Hirano: 195. vista frontal; 196. vista
vertical
Fig. 197. S. sp.2: 197. vista frontal
Fig. 198- 199. S. bicoronatum Johnson var. simplicius West & West: 198. vista frontal; 199.
vista vertical
Fig. 200- 201. S. margaritaceum (Ehrenberg) Ralfs: 200. vista frontal; 201. vista vertical 5-
angular
Fig. 202- 203. S. margaritaceum (Ehrenberg) Ralfs: 202. vista frontal; 203. vista vertical 6-
angular
Fig. 204- 206. S. margaritaceum (Ehrenberg) Ralfs: 204. vista frontal; 205-206. vista vertical
Escala 10µm
209
210
Prancha 14
Fig. 207- 208. S. aracnhe Ralfs var. curvatum West & West: 207. vista frontal; 208. vista
vertical
Fig. 209- 210. S. fittkaui Förster: 209. vista frontal; 210. vista vertical
Fig. 211- 212. S. subophiura Borge: 211. vista frontal; 212. vista vertical
Escala 10µm
211
212
Prancha 15
Fig. 213- 214. S. guentheri Thomasson: 213. vista frontal; 214. vista vertical
Fig. 215- 216. S. quadrinotatum Grönblad: 215. vista frontal; 216. vista vertical
Fig. 217- 218. S. quadrinotaum Grönblad var. constrictum Scott & Croasdale: 198. vista
frontal; 199. vista vertical
Fig. 219- 220. S. tectum Borge var. ayayense Grönblad: 200. vista frontal; 201. vista vertical
Escala 10µm
213
214
Prancha 16
Fig. 221-222. S. rotula Nordstedt: 221. vista frontal; 222. vista vertical 6-angular
Fig. 223- 224. S. rotula Nordstedt: 223. vista frontal; 224. vista vertical 7- angular
Fig. 225- 226. S. rotula Nordstedt: 225. vista frontal; 226. vista vertical 8- angular
Fig. 227- 229. S. rotula Nordstedt: 227. vista frontal; 228-229. vista vertical distinta, uma
semicélula 6 e outra 7-angular
Fig. 230- 232. S. rotula Nordstedt: 230. vista frontal; 231- 232. vista vertical distinta, uma
semicélula 7 e outra 8-angular
Escala 10µm
215
216
Prancha 17
Fig. 233- 234. S. pseudosebaldii Wille var. pseudosebaldii: 233. vista frontal; 234. vista
vertical
Fig. 235- 236. S. pseudosebaldii Wille var. planctonicum Teiling: 216. vista frontal; 217. vista
vertical
Fig. 237- 238. S. manfeldtii Delponte: 218. vista frontal; 219. vista vertical
Fig. 239- 240. S. manfeldtii Delponte: 239. vista frontal; 240. vista vertical com margens
retusas na região mediana
Fig. 241- 242. S. sp. 241. vista frontal; 242. vista vertical.
Escala 10µm
217
218
Prancha 18
Fig. 243- 244. S. longipes (Nordstedt) Teiling: 243. vista frontal; 244. vista vertical
Fig. 245- 246. S. exporrectum Scott & Prescott: 245. vista frontal; 246. vista vertical
Fig. 247- 248. S. chaetoceras (Schroeder) Smith: 247. vista frontal; 248. vista vertical
Fig. 249. S. pendulum Nygaard var. pinguiforme Croasdale: 249. vista frontal
Fig. 250- 251. S. planctonicum Teiling: 250. vista frontal; 251. vista vertical
Fig. 252. S. sexangulare (Bulnh.) Lundell var. brasiliense Grönblad: 252. vista frontal
Fig. 253- 254. S. paradoxum Meyen in West, West & Carter: 253. vista frontal; 254. vista
vertical
Fig. 255- 256. Staurastrum sp. 3. vista frontal; 256. vista vertical
Escala 10µm
219
220
Prancha 19
Fig. 257- 258. S. elegantissimum Johnson var. brasiliense Förster f. triaradiatum Förster: 257.
vista frontal; 258. vista vertical
Fig. 259- 260. S. elegantissimum Johnson var. brasiliense Förster: 236. vista frontal; 237.
vista vertical- 5-angular
Fig. 261-263. S. elegantissimum Johnson var. brasiliense Förster: 261. vista frontal; 262- 263.
vista vertical distinta, uma semicélula 3-angular e outra 5-angular
Fig. 264- 265. S. mutabile Turner: 264. vista frontal; 265. vista vertical
Escala 10µm
221
259 260
261 262 263
264 265
257 258
222
Prancha 20
Fig. 266. S. leptocladum Nordstedt var.insigne West & West: 266. vista frontal
Fig. 267- 268. S. leptocladum Nordestedt var. cornutum Wille: 267. vista frontal; 268. vista
vertical
Fig. 269- 270. S. leptocladum Nordestedt var. cornutum Wille: 269. vista frontal; 270. vista
vertical – sem verrugas na base da semicélula
Escala 10µm
223
224
Anexos
225
Anexo 1: Relação das amostras coletadas na região da bacia do rio Negro com respectivo
registro no Herbário do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, local e data de coleta,
tipo de amostra e coletores.
1. 222734 - lago Cutiuaú, 21/03/2003, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 1, col.:
Melo, S. e Rebelo, S.
2. 222735 - lago Cutiuaú, 21/03/2003, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 2, col.:
Melo, S. e Rebelo, S.
3. 222736 - lago Cutiuaú, 21/03/2003, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 3, col.:
Melo, S. e Rebelo, S.
4. 222737 - lago Cutiuaú, 21/03/2003, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 4, col.:
Melo, S. e Rebelo, S.
5. 222738 - lago Cutiuaú, 21/03/2003, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 5, col.:
Melo, S. e Rebelo, S.
6. 222739 - lago Cutiuaú, 21/03/2003, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 6, col.:
Melo, S. e Rebelo, S.
7. 222740 - lago Cutiuaú, 21/03/2003, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 7, col.:
Melo, S. e Rebelo, S.
8. 222741 - lago Cutiuaú, 21/03/2003, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 8, col.:
Melo, S. e Rebelo, S.
9. 222742 - lago Cutiuaú, 21/03/2003, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 9, col.:
Melo, S. e Rebelo, S.
10. 222743 - lago Cutiuaú, 21/03/2003, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 10, col.:
Melo, S. e Rebelo, S.
11. 222744 - lago Cutiuaú, 23/06/2003, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 1, col.:
Melo, S. e Jorge, L.
12. 222745 - lago Cutiuaú, 23/06/2003, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 2, col.:
Melo, S. e Jorge, L.
13. 222746 - lago Cutiuaú, 22/06/2003, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 3, col.:
Melo, S. e Jorge, L.
14. 222747 - lago Cutiuaú, 23/06/2003, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 4, col.:
Melo, S. e Jorge, L.
15. 222748 - lago Cutiuaú, 22/06/2003, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 5, col.:
Melo, S. e Jorge, L.
226
16. 222749 - lago Cutiuaú, 22/06/2003, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 6, col.:
Melo, S. e Jorge, L.
17. 222750 - lago Cutiuaú, 22/06/2003, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 7, col.:
Melo, S. e Jorge, L.
18. 222751 - lago Cutiuaú, 22/06/2003, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 8, col.:
Melo, S. e Jorge, L.
19. 222752 - lago Cutiuaú, 22/06/2003, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 9, col.:
Melo, S. e Jorge, L.
20. 222753 - lago Cutiuaú, 22/06/2003, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 10, col.:
Melo, S. e Jorge, L.
21. 222754 - lago Cutiuaú, 11/09/2003, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 1, col.:
Melo, S., Souza, K. e Cordeiro, A.
22. 222755 - lago Cutiuaú, 11/09/2003, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 2, col.:
Melo, S., Souza, K. e Cordeiro, A.
23. 222756 - lago Cutiuaú, 11/09/2003, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 3, col.:
Melo, S., Souza, K. e Cordeiro, A.
24. 222757 - lago Cutiuaú, 11/09/2003, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 4, col.:
Melo, S., Souza, K. e Cordeiro, A.
25. 222758 - lago Cutiuaú, 11/09/2003, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 5, col.:
Melo, S., Souza, K. e Cordeiro, A.
26. 222759 - lago Cutiuaú, 11/09/2003, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 6, col.:
Melo, S., Souza, K. e Cordeiro, A.
27. 222760 - lago Cutiuaú, 11/09/2003, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 7, col.:
Melo, S., Souza, K. e Cordeiro, A.
28. 222761 - lago Cutiuaú, 11/09/2003, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 8, col.:
Melo, S., Souza, K. e Cordeiro, A.
29. 222762 - lago Cutiuaú, 11/09/2003, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 9, col.:
Melo, S., Souza, K. e Cordeiro, A.
30. 222763 - lago Cutiuaú, 11/09/2003, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 10, col.:
Melo, S., Souza, K. e Cordeiro, A.
31. 222764 - lago Cutiuaú, 12/11/2003, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 1, col.;
Melo, S. e Previattelli, D.
32. 222765 - lago Cutiuaú, 12/11/2003, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 2, col.;
Melo, S. e Previattelli, D.
227
33. 222766 - lago Cutiuaú, 12/11/2003, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 3, col.;
Melo, S. e Previattelli, D.
34. 222767 - lago Cutiuaú, 12/11/2003, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 4, col.;
Melo, S. e Previattelli, D.
35. 222768 - lago Cutiuaú, 12/11/2003, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 5, col.;
Melo, S. e Previattelli, D.
36. 222769 - lago Cutiuaú, 12/11/2003, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 6, col.;
Melo, S. e Previattelli, D.
37. 222770 - lago Cutiuaú, 12/11/2003, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 7, col.;
Melo, S. e Previattelli, D.
38. 222771 - lago Cutiuaú, 12/11/2003, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 8, col.;
Melo, S. e Previattelli, D.
39. 222772 - lago Cutiuaú, 12/11/2003, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 9, col.;
Melo, S. e Previattelli, D.
40. 222773 - lago Cutiuaú, 12/11/2003, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 10, col.;
Melo, S. e Previattelli, D.
41. 237879 - igarapé Castanha, 15/10/2004, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 1,
col.: Melo, S. e Raupp, S.
42. 237880 - igarapé Cutiuaú, 22/10/2004, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 2, col.:
Melo, S. e Raupp, S.
43. 237881 - igarapé Cutiuaú, 11/09/2003, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 2, col.:
Melo, S., Souza, K. e Cordeiro, A.
44. 237882 - igarapé Cutiuaú, 11/09/2003, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 1, col.:
Melo, S., Souza, K. e Cordeiro, A.
45. 237883 - igarapé Cutiuaú, 22/03/2003, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 3, col.:
Melo, S., Rebelo, S. e Oliveira, E.
46. 237884 - igarapé Cutiuaú,09/02/2004, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 2, col.:
Melo, S. e Corgosinho, P.
47. 237885 - igarapé Iahá,04/03/2005, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 1, col.:
Melo, S.
48. 237886 - igarapé Ibará ,07/03/2005, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 1, col.:
Melo, S.
49. 237887 - igarapé Irurabi ,07/03/2005, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 1, col.:
Melo, S.
228
50. 237888 - igarapé Jaradi ,05/03/2005, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 1, col.:
Melo, S.
51. 237889 - igarapé Mabarra ,04/03/2005, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 1,
col.: Melo, S.
52. 237890 - igarapé Mabarra ,04/03/2005, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 2,
col.: Melo, S.
53. 237891 - igarapé Preto, 19/10/2004, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 1, col.:
Melo, S.
54. 237892 - igarapé Preto, 14/05/2004, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 1, col.:
Melo, S., Rebelo, S. e Previatelli, D.
55. 237893 - igarapé Preto, 19/10/2004, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 2, col.:
Melo, S. e Raupp, S.
56. 237894 - igarapé Preto, 14/05/2005, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 2, col.:
Melo, S., Rebelo, S. e Previatelli, D.
57. 237895 - igarapé Raimunda, 24/03/2003, perifíton; amostra qualitativa;, col.: Melo, S.;
Rebelo, S. e Oliveira, E.
58. 237896 - igarapé Tarumã, 02/12/2009, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 1, col.:
Souza, K., Leandro, T. e Silva, S.
59. 237897 - igarapé Tarumã, 06/10/2009, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 1, col.:
Melo, S. e Souza, K.
60. 237898 - igarapé Tarumã, 18/07/2009, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 1, col.:
Melo, S., Souza, K. e Ribeiro, L.
61. 237899 - igarapé Tarumã, 18/02/2008, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 1, col.:
Melo, S., Souza, K. e Ribeiro, L.
62. 237900 - igarapé Tarumã, 02/12/2009, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 2, col.:
Souza, K., Leandro, T. e Silva, S.
63. 237901 - igarapé Tarumã, 06/10/2009, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 2, col.:
Melo, S. e Souza, K.
64. 237902 - igarapé Tarumã, 18/07/2009, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 2, col.:
Melo, S., Souza, K. e Ribeiro, L.
65. 237903 - igarapé Tarumã, 18/02/2009, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 2, col.:
Melo, S., Souza, K. e Ribeiro, L.
66. 237904 - igarapé Tarumã- Mirim, 02/12/2009, fitoplâncton; amostra qualitativa;
Estação 1, col.: Souza, K., Leandro, T. e Silva, S.
229
67. 237905 - igarapé Tarumã- Mirim, 06/10/2009, fitoplâncton; amostra qualitativa;
Estação 1, col.: Melo, S. e Souza, K.
68. 237906 - igarapé Tarumã- Mirim, 18/07/2009, fitoplâncton; amostra qualitativa;
Estação 1, col.: Melo, S., Souza, K. e Ribeiro, L.
69. 237907 - igarapé Tarumã- Mirim, 18/02/2009, fitoplâncton; amostra qualitativa;
Estação 1, col.: Melo, S., Souza, K. e Ribeiro, L.
70. 237908 - igarapé Tarumã- Mirim, 02/12/2009, fitoplâncton; amostra qualitativa;
Estação 2, col.: Souza, K., Leandro, T. e Silva, S.
71. 237909 - igarapé Tarumã- Mirim, 06/10/2009, fitoplâncton; amostra qualitativa;
Estação 2, col.: Melo, S. e Souza, K.
72. 237910 - igarapé Tarumã- Mirim, 18/07/2009, fitoplâncton; amostra qualitativa;
Estação 2, col.: Melo, S., Souza, K. e Ribeiro, L.
73. 237911 - igarapé Tarumã- Mirim, 18/02/2009, fitoplâncton; amostra qualitativa;
Estação 2, col.: Melo, S., Souza, K. e Ribeiro, L.
74. 237912 - igarapé Tiaracá, 24/03/2003, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 1, col.:
Melo, S. e Rebelo, S.
75. 237913 - igarapé Zito, 20/10/2004, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 1, col.:
Melo, S. e Raupp, S.
76. 237914 - igarapé Zito, 20/10/2004, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 2, col.:
Melo, S. e Raupp, S.
77. 237915 - lago Grande, 13/09/2003, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 1, col.:
Melo, S., Souza, K. e Cordeiro, A.
78. 237916 - lago Grande, 24/06/2003, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 1, col.:
Melo, S. e Guedes, M.
79. 237917 - lago Grande, 14/11/2003, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 2, col.:
Melo, S. e Previatelli, D.
80. 237918 - lago Grande, 13/09/2003, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 2, col.:
Melo, S., Souza, K. e Cordeiro, A.
81. 237919 - lago Grande, 24/06/2003, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 2, col.:
Melo, S. e Jorge, L.
82. 237920 - lago Grande, 24/03/2003, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 5, col.:
Melo, S. e Rebelo, S.
83. 237921 - lago Catalão, 18/02/2009, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 1, col.:
Melo, S., Souza, K. e Ribeiro, L.
230
84. 237922 - lago Catoá, 26/06/2003, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 1, col.:
Melo, S. e Jorge, L.
85. 237923 - lago Catoá ,06/02/2004, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 1, col.:
Melo, S. e Corgosinho, P.
86. 237924 - lago Catoá ,06/02/2004, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 1, col.:
Melo, S. e Corgosinho, P.
87. 237925 - lago Cutiuaú, 21/03/2003, perifíton; amostra qualitativa; Estação 2, col.: Melo,
S. e Rebelo, S.
88. 237926 - lago Cutiuaú, 22/03/2003, perifíton; amostra qualitativa; Estação 1, col.: Melo,
S. e Rebelo, S.
89. 237927 - lago Cutiuaú, 11/09/2003, perifíton; amostra qualitativa; Estação 10, col.:
Melo, S., Souza, K. e Cordeiro, A.
90. 237928 - lago Cutiuaú, 21/06/2003, perifíton; amostra qualitativa; Estação 2, col.: Melo,
S. e Jorge, L.
91. 237929 - lago Cutiuaú, 22/06/2003, perifíton; amostra qualitativa; Estação 3, col.: Melo,
S. e Jorge, L.
92. 237930 - lago Cutiuaú, 21/03/2003, perifíton; amostra qualitativa; Estação 3, col.: Melo,
S. e Rebelo, S.
93. 237931 - lago Cutiuaú, 21/03/2003, perifíton; amostra qualitativa; Estação 4, col.: Melo,
S. e Rebelo, S.
94. 237932 - lago Cutiuaú, 21/03/2003, perifíton; amostra qualitativa; Estação 5, col.: Melo,
S. e Rebelo, S.
95. 237933 - lago da Volta, 12/05/2005, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 1, col.:
Melo, S., Rebelo, S. e Previatelli, D.
96. 237934 - lago Grande, 26/03/2006, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 1, col.:
Doran, A.
97. 237935 - lago Grande, 29/03/2007, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 1, col.:
Doran, A.
98. 237936 - lago Grande, 22/11/2006, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 1, col.:
Doran, A. e Jorge, L.
99. 237937 - lago Grande, 29/04/2004, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 1, col.:
Melo, S.
100. 237938 - lago Grande,07/08/2006, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 1, col.:
Doran, A. e Almeida, F.
231
101. 237939 - lago Grande, 12/11/2003, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 1, col.:
Melo, S. e Previatelli, D.
102. 237940 - lago Grande, 25/03/2003, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 1, col.:
Melo, S., Rebelo, S. e Oliveira, E.
103. 237942 - lago Grande, 07/08/2006, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 2, col.:
Doran, A. e Almeida, F.
104. 237943 - lago Tupé, 13/04/2003, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 1, col.:
dOran, A. e Jorge, L.
105. 237944 - lago Grande, 11/02/2004, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 2, col.:
Melo, S. e Corgosinho, P.
106. 237945 - lago Grande, 24/10/2004, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 2, col.:
Melo, S.
107. 237946 - lago Grande, 12/05/2005, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 2, col.:
Melo, S., Rebelo, S. e Previatelli, D.
108. 237948 - lago Grande, 11/02/2004, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 2, col.:
Melo, S. e Corgosinho, P.
109. 237949 - lago Grande, 24/10/2004, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 3, col.:
Melo, S.
110. 237950 - lago Grande, 14/11/2003, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 3, col.:
Melo, S. e Previatelli, D.
111. 237952 - lago Ilha Camaleão, 18/07/2009, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 1,
col.: Melo, S.; Souza, K. e Ribeiro, L.
112. 237953 - lago Ilha Camaleão, 18/02/2009, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 1,
col.: Melo, S., Souza, K. e Ribeiro, L.
113. 237954 - lago Ilha Camaleão,06/10/2009, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 1,
col.: Melo, S. e Souza, K.
114. 237955 - lago Ilha Camaleão, 18/07/2009, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 2,
col.: Melo, S., Souza, K. e Ribeiro, L.
115. 237956 - lago Ilha Camaleão, 18/02/2009, perifíton; amostra qualitativa; Estação 2, col.:
Melo, S., Souza, K. e Ribeiro, L.
116. 237957 - lago Manixiuau, 20/10/2004, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 1, col.:
Melo, S. e Raupp, S.
117. 237958 - lago Manixiuau, 20/10/2004, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 1, col.:
Melo, S. e Raupp, S.
232
118. 237959 - lago Miratucu, 26/06/2003, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 1, col.:
Melo, S. e Jorge, L.
119. 237960 - lago Miratucu, 12/02/2004, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 1, col.:
Melo, S. e Corgosinho, P.
120. 237961 - lago Miratucu, 26/06/2003, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 2, col.:
Melo, S. e Jorge, L.
121. 237962 - lago Miratucu, 12/02/2004, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 2, col.:
Melo, S. e Corgosinho, P.
122. 237963 - lago no Araras, 28/02/2009, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 1, col.:
Souza, K. e Pereira, A.
123. 237964 - lago Patauá, 12/02/2004, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 1, col.:
Melo, S. e Corgosinho, P.
124. 237965 - lago Queiroz, 22/11/2006, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 1, col.:
Doran, A. e Jorge, L.
125. 237966 - lago Queiroz, 25/03/2003, perifíton; amostra qualitativa; Estação 1, col.:
Melo, S.; Rebelo, S. e Oliveira. E.
126. 237967 - lago Queiroz, 12/04/2004, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 1, col.:
Rebelo, S. e Doran, A.
127. 237968 - lago Queiroz, 25/03/2003, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 1, col.:
Melo, S., Rebelo, S. e Oliveira, E.
128. 237969 - lago Queiroz, 25/06/2003, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 1, col.:
Melo, S. e Jorge, L.
129. 237970 - lago Queiroz, 19/09/2003, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 1, col.:
Melo, S., Souza, K. e Cordeiro, A.
130. 237971 - lago Queiroz, 13/05/2005, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 1, col.:
Melo, S., Rebelo, S. e Previatelli, D.
131. 237972 - lago Queiroz, 25/10/2004, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 1, col.:
Melo, S. e Raupp, S.
132. 237973 - lago Queiroz, 29/06/2004, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 1, col.:
Melo, S.
133. 237974 - lago Queiroz, 12/02/2004, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 1, col.:
Melo, S. e Corgosinho, P.
134. 237975 - lago Queiroz ,04/04/2004, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 1, col.:
Melo, S.
233
135. 237976 - lago Queiroz, 14/11/2003, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 1, col.:
Melo, S. e Previatelli, D.
136. 237977 - lago Raimunda, 29/03/2007, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 1, col.:
Doran, A.
137. 237978 - lago Raimunda, 24/06/2003, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 1, col.:
Melo, S. e Jorge, L.
138. 237979 - lago Raimunda, 10/02/2004, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 1, col.:
Melo, S. e Corgosinho, P.
139. 237980 - lago Raimunda, 24/03/2003, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 1, col.:
Melo, S., Rebelo, S. e Oliveira. E.
140. 237981 - lago Raimunda,07/08/2006, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 1, col.:
Doran, A. e Almeida, F.
141. 237982 - lago Raimunda, 13/11/2003, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 1, col.:
Melo, S. e Previatelli, D.
142. 237983 - lago Raimunda, 26/06/2004, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 1, col.:
Melo, S.
143. 237984 - lago Raimunda, 10/02/2004, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 1, col.:
Melo, S. e Corgosinho, P.
144. 237985 - lago Raimunda, 10/02/2004, perifíton; amostra qualitativa; Estação 1, col.:
Melo, S. e Corgosinho, P.
145. 237986 - lago Raimunda, 13/05/2005, perifíton; amostra qualitativa; Estação 1, col.:
Melo, S., Rebelo, S. e Previatelli, D.
146. 237987 - lago Raimunda, 13/05/2005, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 1, col.:
Melo, S., Rebelo, S. e Previatelli, D.
147. 237988 - lago Tiaracá, 22/11/2006, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 1, col.:
Doran, A. e Jorge, L.
148. 237991 - lago Tiaracá, 25/06/2004, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 2, col.:
Melo, S.
149. 237993 - lago Tiaracá, 25/06/2004, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 3, col.:
Melo, S.
150. 237994 - lago Tupé, 21/11/2009, fitoplâncton; próximo ao Igarapé das Onças, col.:
Leão, B.
151. 237995 - lago Tupé, 19/06/2008, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 1, col.:
Pereira, A.
234
152. 237996 - lago Tupé, 26/02/2009, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 1, col.:
Pereira, A. e Souza, K.
153. 237997 - lago Tupé, 23/09/2008, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 1, col.:
Pereira, A.
154. 237999 - lago Tupé, 26/02/2009, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 10, col.:
Pereira, A. e Souza, K.
155. 238000 - lago Tupé, 23/09/2008, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 10, col.:
Pereira, A.
156. 238001 - lago Tupé,30/10/2008, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 10, col.:
Pereira, A.
157. 238002 - lago Tupé, 19/06/2008, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 12, col.:
Pereira, A.
158. 238003 - lago Tupé, 23/09/2008, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 12, col.:
Pereira, A.
159. 238004 - lago Tupé, 19/06/2008, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 9, col.:
Pereira, A.
160. 238005 - lago Tupé, 26/02/2009, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 9, col.:
Pereira, A. e Souza, K.
161. 238006 - lago Tupé, 23/09/2008, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 9, col.:
Pereira, A.
162. 238008 - lago Uruá, 14/05/2005, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 1, col.:
Melo, S., Rebelo, S. e Previatelli, D.
163. 238009 - lago Uruá, 14/05/2005, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 2, col.:
Melo, S., Rebelo, S. e Previatelli, D.
164. 238010 - lago Volta, 24/10/2004, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 1, col.:
Melo, S. e Raupp, S.
165. 238011 - lago Volta, 12/06/2004, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 1, col.:
Melo, S.
166. 238012 - lago Volta, 24/06/2003, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 1, col.:
Melo, S. e Jorge, L.
167. 238013 - lago Volta, 11/02/2004, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 1, col.:
Melo, S. e Corgosinho, P.
168. 238014 - lago Volta, 14/11/2003, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 1, col.:
Melo, S. e Previatelli, D.
235
169. 238015 - lago Volta, 13/09/2003, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 1, col.:
Melo, S., Souza, K. e Cordeiro, A.
170. 238017 - rio Branco, 12/03/2005, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 1, col.:
Melo, S., Rebelo, S. e Previatelli, D.
171. 238018 - rio Branco, 12/03/2005, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 2, col.:
Melo, S., Rebelo, S. e Previatelli, D.
172. 238019 - rio Branco, 12/03/2005, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 3, col.:
Melo, S., Rebelo, S. e Previatelli, D.
173. 238020 - rio Jaú, 11/09/2003, perifíton; amostra qualitativa; Estação 053, col.: Melo, S.;
Souza, K. e Cordeiro, A.
174. 238021 - rio Negro, 02/12/2009, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 1, col.:
Souza, K., Leandro, T. e Silva, S.
175. 238022 - rio Negro, 06/10/2009, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 1, col.:
Melo, S. e Souza, K.
176. 238023 - rio Negro, 18/07/2009, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 1, col.:
Melo, S., Souza, K. e Ribeiro, L.
177. 238024 - rio Negro, 18/02/2009, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 1, col.:
Melo, S., Souza, K. e Ribeiro, L.
178. 238025 - rio Negro, 02/03/2005, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 1, col.:
Melo, S., Rebelo, S. e Previatelli, D.
179. 238026 - rio Negro, 10/03/2005, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 10, col.:
Melo, S., Rebelo, S. e Previatelli, D.
180. 238027 - rRio Negro, 02/12/2009, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 2, col.:
Souza, K., Leandro, T. e Silva, S.
181. 238028 - rio Negro, 06/10/2009, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 2, col.:
Melo, S. e Souza, K.
182. 238029 - rio Negro, 18/07/2009, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 2, col.:
Melo, S., Souza, K. e Ribeiro, L.
183. 238030 - rio Negro, 18/02/2009, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 2, col.:
Melo, S., Souza, K. e Ribeiro, L.
184. 238031 - rRio Negro, 02/03/2005, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 2, col.:
Melo, S.
185. 238032 - rio Negro, 02/12/2009, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 3, col.:
Souza, K.; Leandro, T. e Silva, S.
236
186. 238033 - rio Negro, 06/10/2009, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 3, col.:
Melo, S. e Souza, K.
187. 238034 - rio Negro, 18/07/2009, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 3, col.:
Melo, S., Souza, K. e Ribeiro, L.
188. 238035 - rio Negro, 18/02/2009, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 3, col.:
Melo, S., Souza, K. e Ribeiro, L.
189. 238036 - rio Negro, 02/03/2005, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 3, col.:
Melo, S., Rebelo, S. e Previatelli, D.
190. 238037 - rio Negro, 02/12/2009, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 4, col.:
Souza, K., Leandro, T. e Silva, S.
191. 238038 - rio Negro, 06/10/2009, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 4, col.:
Melo, S. e Souza, K.
192. 238039 - rio Negro, 18/07/2009, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 4, col.:
Melo, S., Souza, K. e Ribeiro, L.
193. 238040 - rio Negro, 18/02/2009, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 4, col.:
Melo, S., Souza, K. e Ribeiro, L.
194. 238041 - rio Negro, 02/03/2005, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 4, col.:
Melo, S.
195. 238042 - rio Negro, 02/12/2009, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 5, col.:
Souza, K., Leandro, T. e Silva, S.
196. 238043 - rio Negro, 06/10/2009, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 5, col.:
Melo, S. e Souza, K.
197. 238044 - rio Negro, 18/07/2009, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 5, col.:
Melo, S., Souza, K. e Ribeiro, L.
198. 238045 - rio Negro, 18/02/2009, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 5, col.:
Melo, S., Souza, K. e Ribeiro, L.
199. 238046 - rio Negro, 04/03/2005, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 5, col.:
Melo, S., Rebelo, S. e Previatelli, D.
200. 238047 - rio Negro, 05/03/2005, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 6, col.:
Melo, S., Rebelo, S. e Previatelli, D.
201. 238048 - rio Negro, 06/03/2005, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 7, col.:
Melo, S., Rebelo, S. e Previatelli, D.
202. 238049 - rio Negro, 06/03/2005, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 8, col.:
Melo, S., Rebelo, S. e Previatelli, D.
237
203. 238050 - rio Negro, 07/03/2005, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 9, col.:
Melo, S., Rebelo, S. e Previatelli, D.
204. 238051 - rio Puduari, 15/05/2005, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 1, col.:
Melo, S. e Rebelo, S.
205. 238052 - rio Puduari, 15/05/2005, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 1, col.:
Melo, S. e Rebelo, S.
206. 238053 - rio Unini, 13/03/2005, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 2, col.: Melo,
S. e Rebelo, S.
207. 238054- rio Unini, 13/03/2005, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 3, col.: Melo,
S. e Rebelo, S.
208. 238055 - Utricularia, 18/06/2009, perifíton; amostra qualitativa; Estação 1, col.: Pereira,
A.
209. 239785 - lago Tupé,09/03/2003, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 1, col.: Melo,
S. e Rebelo, S.
210. 239786 - lago Tupé, 12/07/2003, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 1, col.:
Melo, S. e Rebelo, S.
211. 239787 - lago Tupé, 13/09/2003, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 1, col.:
Melo, S. e Rebelo, S.
212. 239788 - lago Tupé, 13/12/2003, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 1, col.:
Melo, S. e Rebelo, S.
213. 239790 - lago Tupé, 14/03/2004, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 1, col.:
Melo, S. e Rebelo, S.
214. 239791 - lago Tupé, 12/06/2004, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 1, col.:
Melo, S. e Rebelo, S.
215. 239792 - lago Tupé, 20/04/2006, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 1, col.:
Leão, B.
216. 239793 - lago Tupé, 24/09/2006, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 1, col.:
Leão, B.
217. 239794 - lago Tupé, 12/11/2006, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 1, col.:
Leão, B.
218. 239795 - lago Tupé, 27/02/2007, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 1, col.:
Leão, B.
219. 239797 - lago Tupé, 22/07/2007, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 1, col.:
Leão, B.
238
220. 239800 - lago Tupé, 21/11/2004, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 1, col.:
Melo, S. e Rebelo, S.
221. 239802 - lago Tupé,09/03/2003, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 10, col.:
Melo, S. e Rebelo, S.
222. 239803 - lago Tupé, 12/07/2003, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 10, col.:
Melo, S. e Rebelo, S.
223. 239804 - lago Tupé, 13/09/2003, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 10, col.:
Melo, S. e Rebelo, S.
224. 239806 - lago Tupé, 13/12/2003, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 10, col.:
Melo, S. e Rebelo, S.
225. 239807 - lago Tupé, 14/03/2004, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 10, col.:
Melo, S. e Rebelo, S.
226. 239808 - lago Tupé, 12/06/2004, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 10, col.:
Melo, S. e Rebelo, S.
227. 239809 - lago Tupé, 20/04/2006, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 10, col.:
Leão, B.
228. 239810 - lago Tupé, 24/09/2006, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 10, col.:
Leão, B.
229. 239811 - lago Tupé, 12/11/2006, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 10, col.:
Leão, B.
230. 239812 - lago Tupé, 27/02/2007, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 10, col.:
Leão, B.
231. 239813 - lago Tupé, 24/06/2007, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 10, col.:
Leão, B.
232. 239814 - lago Tupé, 19/06/2008, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 10, col.:
Pereira, A.
233. 239815 - lago Tupé, 12/11/2006, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 12, col.:
Leão, B.
234. 239816 - lago Tupé, 20/04/2006, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 12, col.:
Leão, B.
235. 239817 - lago Tupé, 24/09/2006, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 12, col.:
Leão, B.
236. 239818 - lago Tupé, 27/02/2007, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 12, col.:
Leão, B.
239
237. 239819 - lago Tupé, 13/11/2003, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 12, col.:
Melo, S. e Rebelo, S.
238. 239820 - lago Tupé, 17/08/2003, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 12, col.:
Melo, S. e Rebelo, S.
239. 239821 - lago Tupé, 25/01/2004, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 12, col.:
Melo, S. e Rebelo, S.
240. 239822 - lago Tupé, 24/06/2007, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 12, col.:
Leão, B.
241. 239823 - lago Tupé,09/03/2003, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 9, col.: Melo,
S. e Rebelo, S.
242. 239824 - lago Tupé, 12/07/2003, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 9, col.:
Melo, S. e Rebelo, S.
243. 239825 - lago Tupé, 13/09/2003, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 9, col.:
Melo, S. e Rebelo, S.
244. 239826 – lago Tupé, 13/12/2003, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 9, col.:
Melo, S. e Rebelo, S.
245. 239827 - lago Tupé, 24/01/2004, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 9, col.:
Melo, S. e Rebelo, S.
246. 239828 - lago Tupé, 13/03/2004, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 9, col.:
Melo, S. e Rebelo, S.
247. 239829 - lago Tupé, 12/06/2004, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 9, col.:
Melo, S. e Rebelo, S.
248. 239830 - lago Tupé, 20/04/2006, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 9, col.:
Leão, B.
249. 239831 - lago Tupé, 24/09/2006, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 9, col.:
Leão, B.
250. 239832 - lago Tupé, 12/11/2006, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 9, col.:
Leão, B.
251. 239833 - lago Tupé, 12/11/2006, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 9, col.:
Leão, B.
252. 239834 - lago Tupé, 27/02/2007, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 9, col.:
Leão, B.
253. 239836 - lago Queiroz, 12/02/2004, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 1, col.:
Melo, S. e Corgosinho, P.
240
254. 239837 - lago Tiaracá, 10/02/2004, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 1, col.:
Melo, S. e Corgosinho, P.
255. 239838 - lago Tiaracá, 10/02/2004, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 2, col.:
Melo, S. e Corgosinho, P.
256. 239840 - lago Ilha Camaleão,06/10/2009, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 2,
col.: Melo, S. e Souza, K.
257. 239841 - lago Ilha Camaleão, 18/02/2009, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 1,
col.: Melo, S., Souza, K. e Ribeiro, L.
258. 239849 - igarapé Tiaracá, 10/02/2004, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 1, col.:
Melo, S. e Corgosinho, P.
259. 239851 - igarapé Tiaracá, 24/03/2003, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 2, col.:
Melo, S. e Rebelo, S.
260. 239852 - igarapé Tiaracá, 24/06/2003, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 2, col.:
Melo, S. e Jorge, L.
261. 239853 - igarapé Tiaracá, 12/09/2003, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 2, col.:
Melo, S. e Souza, K.
262. 239854 - igarapé Tiaracá, 10/02/2004, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 2, col.:
Melo, S. e Corgosinho, P.
263. 239855 - igarapé Tiaracá, 13/11/2003, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 2, col.:
Melo, S. e Previattelli, D.
264. 239860 - lago Patauá, 26/06/2003, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 1, col.:
Melo, S. e Jorge, L.
265. 239867 - lago Tupé, 20/04/2009, perifíton- Utricularia foliosa; amostra qualitativa;
Estação 1, col.: Pereira, A.
266. 239868 - lago Tupé, 20/04/2009, perifíton- Utricularia foliosa; amostra qualitativa;
Estação 2, col.: Pereira, A.
267. 239869 - lago Tupé, 20/04/2009, perifíton- Utricularia foliosa; amostra qualitativa;
Estação 7, col.: Pereira, A.
268. 239870 - lago Tupé, 20/04/2009, perifíton- Utricularia foliosa; amostra qualitativa;
Estação 8, col.: Pereira, A.
269. 239871 - lago Tupé, 20/04/2009, perifíton- Utricularia foliosa; amostra qualitativa;
Estação 10, col.: Pereira, A.
270. 239872 - lago Tupé, 18/06/2009, perifíton- Utricularia foliosa; amostra qualitativa;
Estação 2, col.: Pereira, A.
241
271. 239874 - lago Tupé, 18/06/2009, perifíton- Utricularia foliosa; amostra qualitativa;
Estação 7, col.: Pereira, A.
272. 239875 - lago Tupé, 18/06/2009, perifíton- Utricularia foliosa; amostra qualitativa;
Estação 8, col.: Pereira, A.
273. 239876 - lago Tupé, 27/09/2009, perifíton- Utricularia foliosa; amostra qualitativa;
Estação 2, col.: Pereira, A. e Souza, K.
274. 239877 - lago Tupé, 27/09/2009, perifíton- Utricularia foliosa; amostra qualitativa;
Estação 4, col.: Pereira, A. e Souza, K.
275. 239878 - lago Tupé, 27/09/2009, perifíton- Utricularia foliosa; amostra qualitativa;
Estação 5, col.: Pereira, A. e Souza, K.
276. 239879 - lago Tupé, 27/09/2009, perifíton- Utricularia foliosa; amostra qualitativa;
Estação 7, col.: Pereira, A. e Souza, K.
277. 239880 - lago Tupé, 27/09/2009, perifíton- Utricularia foliosa; amostra qualitativa;
Estação 9, col.: Pereira, A. e Souza, K.
278. 240149 - lago Tupé, 13/09/2003, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 12, col.:
Melo, S.
279. 240153 - lago Tupé, 14/02/2004, fitoplâncton; amostra qualitativa; Estação 12, col.:
Rebelo, S. e Souza, K.
242
Anexo 2: Coordenadas geográficas dos locais amostrados em pontos da bacia do Rio Negro,
onde ARN= Alto Rio Negro, PNJ= Parque Nacional do Jaú, BRN= Baixo Rio Negro, RDS-
Tupé= Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Tupé, PERN= Parque Estadual do Rio
Negro).
SIGLA Local Estação
de coleta
S W Abrangência
LT1 Lago Tupé E1 03°01'33,5'' 60°15'58'' RDS- TUPÉ LT10 Lago Tupé E10 03°02'35'' 60°15'17,5'' RDS- TUPÉ LT12 Lago Tupé E12 03°02'47,8'' 60°15'13,1'' RDS- TUPÉ LT9 Lago Tupé E9 03°02'17,5'' 60°15'44'' RDS- TUPÉ
LTU1 Lago Tupé U1 03°01'45,9'' 60°16'06,4'' RDS- TUPÉ LTU10 Lago Tupé U10 03°02'31,3'' 60°15'07,5'' RDS- TUPÉ LTU2 Lago Tupé U2 03°01'35,8'' 60°16'05'' RDS- TUPÉ LTU2 Lago Tupé U2 03°02'15,4'' 60°15'54,4'' RDS- TUPÉ LTU4 Lago Tupé U4 03°02'01,6'' 60°16'02,8'' RDS- TUPÉ LTU5 Lago Tupé U5 03°01'14,4'' 60°15'58,9'' RDS- TUPÉ LTU5 Lago Tupé U5 03°01'46,1'' 60°15'59,7'' RDS- TUPÉ LTU7 Lago Tupé U7 03°01'58,3'' 60°16'09,8'' RDS- TUPÉ
LTU7.1 Lago Tupé U7.1 03°01'47,2'' 60°15'50,1'' RDS- TUPÉ LTU8 Lago Tupé U8 03°01'56,3'' 60°15'05,7'' RDS- TUPÉ LTU9 Lago Tupé U9 03°01'46'' 60°16'06,3'' RDS- TUPÉ LA1 Lago no Araras E1 03°03'3,6'' 60°17'12'' RDS- TUPÉ IC2 Igarapé Cutiuaú E2 01°51'57'' 61°37'28'' PNJ IC1 Igarapé Cutiuaú E1 01°52'56'' 61°37'28'' PNJ IC3 Igarapé Cutiuaú E3 01°51'47'' 61°37'10'' PNJ IR1 Igarapé Raimunda E1 01°49'50'' 61°36'54'' PNJ ITI1 Igarapé Tiaracá E1 01°48'17'' 61°37'80'' PNJ ITI2 Igarapé Tiaracá E2 01°48'67,3'' 61°37'26,6'' PNJ ITI1 Igarapé Tiaracá E1 01°49'21'' 61°37'41'' PNJ LG2 Lago Grande E2 01°54'57'' 61°43'40'' PNJ LG5 Lago Grande E5 01°54'55,5'' 61°43'58'' PNJ
LCT1 Lago Catoá E1 01°57'43,9'' 61°48'18,9'' PNJ LCT2 Lago Catoá E2 01°57'18,9'' 61°47'51,5'' PNJ LC1 Lago Cutiuaú E1 01°50'24'' 61°37'44'' PNJ LC2 Lago Cutiuaú E2 01°50'50'' 61°37'16'' PNJ LC3 Lago Cutiuaú E3 01°50'47'' 61°36'52'' PNJ LC4 Lago Cutiuaú E4 01°51'12'' 61°37'20'' PNJ LC5 Lago Cutiuaú E5 01°51'05'' 61°36'56'' PNJ LC6 Lago Cutiuaú E6 01°50'42'' 61°35'55'' PNJ LC7 Lago Cutiuaú E7 01°50'33'' 61°35'43'' PNJ LC8 Lago Cutiuaú E8 01°51'40'' 61°37'3'' PNJ LC9 Lago Cutiuaú E9 01°51'20'' 61°36'14'' PNJ LC10 Lago Cutiuaú E10 01°51'04'' 61°35'52'' PNJ LCP1 Lago Cutiuaú PRFT E1 01°50'33'' 61°37'73,5'' PNJ
243
continuação Anexo 2
SIGLA Local Estação
de coleta
S W Abrangência
LCP10 Lago Cutiuaú PRFT E10 01°51'04'' 61°35'79,8'' PNJ LCP2 Lago Cutiuaú PRFT E2 01°50'79,7'' 61°37'28,2'' PNJ LCP3 Lago Cutiuaú PRFT E3 01°50'52,5'' 61°36'93,4'' PNJ LCP4 Lago Cutiuaú PRFT E4 01°51'15'' 61°37'29,5'' PNJ LCP5 Lago Cutiuaú PRFT E5 01°50'97,6'' 61°36'86,9'' PNJ LV1 Lago da Volta E1 01°50'57'' 61°39'15'' PNJ LG2 Lago Grande E2 01°54'59'' 61°43'40'' PNJ LG3 Lago Grande E3 01°54'01'' 61°43'44'' PNJ LG4 Lago Grande E4 01°54'15'' 61°43'18'' PNJ LG1 Lago Grande E1 01°54'43'' 61°43'56'' PNJ LMI1 Lago Miratucu E1 01°57'06'' 61°50'10,2'' PNJ LMI2 Lago Miratucu E2 01°56'94,2'' 61°49'61,1'' PNJ LP1 Lago Patoá E1 01°53'75,8'' 61°44'30,4'' PNJ LP2 Lago Patoá E2 01°54'23,7'' 61°43'55,5'' PNJ LP3 Lago Patoá E3 01°54'15,8'' 61°43'34,1' PNJ LQ1 Lago Queiroz E1 01°50'85'' 61°39'13,8'' PNJ
LQP1 Lago Queiroz E1 01°50'78'' 61°39'13,8'' PNJ LRP1 Lago Raimunda PRFT E1 01°50'19,5'' 61°36'00,2'' PNJ LR1 Lago Raimunda E1 01°49'50'' 61°43'56'' PNJ LTI1 Lago Tiaracá E1 01°49'33,5'' 61°48'18,9'' PNJ LTI2 Lago Tiaracá E2 01°49'26,6'' 61°37'61,3'' PNJ LTI3 Lago Tiaracá E3 01°48'92'' 61°37'32'' PNJ CA1 Igarapé Castanha E1 01°55'53'' 61°26'43'' PERN IF1 Igarapé Fogo E1 01°58'23'' 61°29'55'' PERN IF2 Igarapé Fogo E2 02°13'24'' 61°20'20'' PERN IZ1 Igarapé Zito E1 01°58'23'' 61°29'55'' PERN IZ2 Igarapé Zito E2 01°58'31'' 61°29'57'' PERN
LM1 Lago Manixiuau E1 01°58'15'' 61°30'02'' PERN LM2 Lago Manixiuau E2 01°58'04'' 61°30'18'' PERN LU1 Lago Uruá E1 01°54'22'' 61°27'23'' PERN LU2 Lago Uruá E2 01°54'48'' 61°27'18'' PERN RP1 Rio Puduari E1 02°06'08'' 61°13'02'' PERN RP2 Rio Puduari E2 02°09'02'' 61°17'12'' PERN IP1 Igarapé Preto E1 01°57'03'' 61°27'01'' PERN IP2 Igarapé Preto E2 01°51'57'' 61°26'31'' PERN IP3 Igarapé Preto E3 01°58'25'' 61°26'36'' PERN II1 Igarapé Iahá E1 00°24'10,3'' 64°36'29,6'' ARN
IIB1 Igarapé Ibará E1 00°17'11,6'' 66°35'17,9'' ARN IIR1 Igarapé Irurabi E1 00°22'17,3'' 61°48'18,9'' ARN IJ1 Igarapé Jaradi E1 00°19'44,3'' 65°18'27,3'' ARN IM1 Igarapé Mabarra E1 00°29'17,8'' 64°36'46,6'' ARN IM2 Igarapé Mabarra E2 00°30'51,4'' 64°39'17'' ARN
244
continuação Anexo 2
SIGLA Local Estação
de coleta
S W Abrangência
RB2 Rio Branco E2 01°18'41'' 61°51'51'' ARN RN10 Rio Negro E10 00°08'51,7'' 66°56'02,8'' ARN RN5 Rio Negro E5 00°28'40,2'' 64°37'32,3'' ARN RN7 Rio Negro E7 00°18'0,07'' 65°57'45,5'' ARN RN8 Rio Negro E8 00°21'18,2'' 66°33'53,4'' ARN RU1 Rio Unini E1 01°40'11'' 61°32'35'' ARN RU2 Rio Unini E2 01°40'01'' 61°32'31'' ARN IT1 Igarapé Tarumã E1 02°59'06,4'' 60°06'26,5'' BRN IT2 Igarapé Tarumã E2 03°00'34,4'' 60°02'30'' BRN
ITM1 Igarapé Tarumã-Mirim E1 03°00'47,1'' 60°10'50,4'' BRN ITM2 Igarapé Tarumã-Mirim E2 03°01'45,8'' 60°10'0,08'' BRN LIC1 Lago Ilha Camaleão E1 03°06'11,5'' 60°10'09'' BRN LIC2 Lago Ilha Camaleão E2 03°01'29,4'' 60°09'35,1'' BRN RNN1 Rio Negro E1 03°03'41,6'' 60°05'45'' BRN RNN2 Rio Negro E2 03°07'07,8'' 60°07'46,5'' BRN RNN3 Rio Negro E3 03°07'42,1'' 60°04'58,4'' BRN RNN4 Rio Negro E4 03°08'46,3'' 60°02'3,5'' BRN RNN5 Rio Negro E5 03°08'26,2'' 59°55'29,8'' BRN
245
Anexo 3: Lista de abreviações das siglas das amostras planctônicas (QL) ou perifíticas
(PRFT) coletadas em ambientes da bacia do Rio Negro, onde ARN= Alto Rio Negro, PNJ=
Parque Nacional do Jaú, BRN= Baixo Rio Negro, RDS-Tupé= Reserva de Desenvolvimento
Sustentável do Tupé, PERN= Parque Estadual do Rio Negro).
SIGLA LOCAL DE COLETA
ESTAÇÃO DE
COLETA
PERÍODO DE
COLETA
TIPO DE AMOSTRA
DATA DE COLETA
REGIÃO
RB1E5 Rio Branco E1 Enchente QL 12.03.2005 ARN RB2E5 Rio Branco E2 Enchente QL 12.03.2005 ARN RB3E5 Rio Branco E3 Enchente QL 12.03.2005 ARN
RNN1E5 Rio Negro E1 Enchente QL 02.03.2005 ARN RNN2E5 Rio Negro E2 Enchente QL 02.03.2005 ARN RNN3E5 Rio Negro E3 Enchente QL 02.03.2005 ARN RNN4E5 Rio Negro E4 Enchente QL 02.03.2005 ARN RNN5E5 Rio Negro E5 Enchente QL 04.03.2005 ARN RNN6E5 Rio Negro E6 Enchente QL 05.03.2005 ARN RNN7E5 Rio Negro E7 Enchente QL 06.03.2005 ARN RNN8E5 Rio Negro E8 Enchente QL 06.03.2005 ARN RNN9E5 Rio Negro E9 Enchente QL 07.03.2005 ARN RNN10E5 Rio Negro E10 Enchente QL 10.03.2005 ARN
RU1E5 Rio Unini E1 Enchente QL 13.03.2005 ARN RU3E5 Rio Unini E2 Enchente QL 13.03.2005 ARN II1E5 Igarapé Iahá E1 Enchente QL 04.03.2005 ARN
IIB1E5 Igarapé Ibará E1 Enchente QL 07.03.2005 ARN IIR1E5 Igarapé Irurabi E1 Enchente QL 07.03.2005 ARN IJ1E5 Igarapé Jaradi E1 Enchente QL 05.03.2005 ARN IM1E5 Igarapé Mabarra E1 Enchente QL 04.03.2005 ARN IM1E5 Igarapé Mabarra E2 Enchente QL 04.03.2005 ARN IC1V3 Igarapé Cutiuaú E1 Vazante QL 11.09.2003 PNJ IC2E4 Igarapé Cutiuaú E2 Enchente QL 09.02.2004 PNJ IC2V3 Igarapé Cutiuaú E2 Vazante QL 11.09.2003 PNJ IC2V4 Igarapé Cutiuaú E2 Vazante QL 22.10.2004 PNJ IC3E3 Igarapé Cutiuaú E3 Enchente QL 22.03.2003 PNJ
IR1PE3 Igarapé Raimunda E1 Enchente PRFT 24.03.2003 PNJ IT1E3 Igarapé Tiaracá E1 Enchente QL 24.03.2003 PNJ IT2S3 Igarapé Tiaracá E2 Seca QL 13.11.2003 PNJ IT1E4 Igarapé Tiaracá E1 Enchente QL 10.02.2004 PNJ
IT2E4 Igarapé Tiaracá E2 Enchente QL 10.02.2004 PNJ IT2V3 Igarapé Tiaracá E2 Vazante QL 12.09.2003 PNJ IT2E3 Igarapé Tiaracá E2 Enchente QL 24.03.2003 PNJ IT2C3 Igarapé Tiaracá E2 Cheia QL 24.06.2003 PNJ
LCT1E4 Lago Catoá E1 Enchente QL 06.02.2004 PNJ
246
continuação Anexo 3
SIGLA LOCAL DE COLETA
ESTAÇÃO DE
COLETA
PERÍODO DE
COLETA
TIPO DE AMOSTRA
DATA DE COLETA
REGIÃO
LCT1C3 Lago Catoá E1 Cheia QL 26.06.2003 PNJ
LC2E4 Lago Catoá E2 Enchente QL 02.04.2011 PNJ LC1V3 Lago Cutiuaú E1 Vazante QL 11.09.2003 PNJ LC10V3 Lago Cutiuaú E10 Vazante QL 11.09.2003 PNJ
LC2V3 Lago Cutiuaú E2 Vazante QL 11.09.2003 PNJ
LC3V3 Lago Cutiuaú E3 Vazante QL 11.09.2003 PNJ LC4V3 Lago Cutiuaú E4 Vazante QL 11.09.2003 PNJ LC5V3 Lago Cutiuaú E5 Vazante QL 11.09.2003 PNJ
LC6V3 Lago Cutiuaú E6 Vazante QL 11.09.2003 PNJ
LC7V3 Lago Cutiuaú E7 Vazante QL 11.09.2003 PNJ LC8V3 Lago Cutiuaú E8 Vazante QL 11.09.2003 PNJ LC9V3 Lago Cutiuaú E9 Vazante QL 11.09.2003 PNJ
LC2PV3 Lago Cutiuaú E2 Vazante PRFT 11.09.2003 PNJ
LC1S3 Lago Cutiuaú E1 Seca QL 12.11.2003 PNJ LC10S3 Lago Cutiuaú E10 Seca QL 12.11.2003 PNJ LC2S3 Lago Cutiuaú E2 Seca QL 12.11.2003 PNJ
LC3S3 Lago Cutiuaú E3 Seca QL 12.11.2003 PNJ
LC4S3 Lago Cutiuaú E4 Seca QL 12.11.2003 PNJ LC5S3 Lago Cutiuaú E5 Seca QL 12.11.2003 PNJ LC6S3 Lago Cutiuaú E6 Seca QL 12.11.2003 PNJ
LC7S3 Lago Cutiuaú E7 Seca QL 12.11.2003 PNJ
LC8S3 Lago Cutiuaú E8 Seca QL 12.11.2003 PNJ LC9S3 Lago Cutiuaú E9 Seca QL 12.11.2003 PNJ LC1E3 Lago Cutiuaú E1 Enchente QL 21.03.2003 PNJ
LC10E3 Lago Cutiuaú E10 Enchente QL 21.03.2003 PNJ
LC2E3 Lago Cutiuaú E2 Enchente QL 21.03.2003 PNJ LC3E3 Lago Cutiuaú E3 Enchente QL 21.03.2003 PNJ LC4E3 Lago Cutiuaú E4 Enchente QL 21.03.2003 PNJ
LC5E3 Lago Cutiuaú E5 Enchente QL 21.03.2003 PNJ
LC6E3 Lago Cutiuaú E6 Enchente QL 21.03.2003 PNJ LC7E3 Lago Cutiuaú E7 Enchente QL 21.03.2003 PNJ LC8E3 Lago Cutiuaú E8 Enchente QL 21.03.2003 PNJ
LC9E3 Lago Cutiuaú E9 Enchente QL 21.03.2003 PNJ
LC2PE3 Lago Cutiuaú E2 Enchente PRFT 21.03.2003 PNJ LC3PE3 Lago Cutiuaú E3 Enchente PRFT 21.03.2003 PNJ LC4PE3 Lago Cutiuaú E4 Enchente PRFT 21.03.2003 PNJ
LC5PE3 Lago Cutiuaú E5 Enchente PRFT 21.03.2003 PNJ
LC1PE3 Lago Cutiuaú E1 Enchente PRFT 22.03.2003 PNJ LC10PC3 Lago Cutiuaú E10 Cheia PRFT 22.06.2003 PNJ
247
continuação Anexo 3
SIGLA LOCAL DE COLETA
ESTAÇÃO DE
COLETA
PERÍODO DE
COLETA
TIPO DE AMOSTRA
DATA DE COLETA
REGIÃO
LC3PC3 Lago Cutiuaú E3 Cheia PRFT 22.06.2003 PNJ
LC1C3 Lago Cutiuaú E1 Cheia QL 23.06.2003 PNJ LC10C3 Lago Cutiuaú E10 Cheia QL 23.06.2003 PNJ LC2C3 Lago Cutiuaú E2 Cheia QL 23.06.2003 PNJ
LC3C3 Lago Cutiuaú E3 Cheia QL 23.06.2003 PNJ
LC4C3 Lago Cutiuaú E4 Cheia QL 23.06.2003 PNJ LC5C3 Lago Cutiuaú E5 Cheia QL 23.06.2003 PNJ LC6C3 Lago Cutiuaú E6 Cheia QL 23.06.2003 PNJ
LC7C3 Lago Cutiuaú E7 Cheia QL 23.06.2003 PNJ
LC8C3 Lago Cutiuaú E8 Cheia QL 23.06.2003 PNJ LC9C3 Lago Cutiuaú E9 Cheia QL 23.06.2003 PNJ LG1V3 Lago Grande E1 Vazante QL 13.09.2003 PNJ
LG1C3 Lago Grande E1 Cheia QL 24.06.2003 PNJ
LG2V3 Lago Grande E2 Vazante QL 13.09.2003 PNJ LG2S3 Lago Grande E2 Seca QL 14.11.2003 PNJ LG2C3 Lago Grande E2 Cheia QL 24.06.2003 PNJ
LG5E3 Lago Grande E5 Enchente QL 24.03.2003 PNJ
LG1E6 Lago Grande E1 Enchente QL 26.03.2006 PNJ LG1E3 Lago Grande E1 Vazante QL 07.08.2006 PNJ LG1V8 Lago Grande E1 Seca QL 12.11.2003 PNJ
LG1S3 Lago Grande E1 Seca QL 22.11.2006 PNJ
LG1S6 Lago Grande E1 Enchente QL 25.03.2003 PNJ LG1E3 Lago Grande E1 Enchente QL 29.03.2007 PNJ LG1E4 Lago Grande E1 Enchente QL 29.04.2004 PNJ
LG2V6 Lago Grande E2 Vazante QL 07.08.2006 PNJ
LG2E4 Lago Grande E2 Enchente QL 11.02.2004 PNJ LG2E4 Lago Grande E2 Enchente QL 11.02.2004 PNJ LGEC5 Lago Grande E2 Cheia QL 12.05.2005 PNJ
LG2V4 Lago Grande E2 Vazante QL 24.10.2004 PNJ
LG3V4 Lago Grande E3 Vazante QL 24.10.2004 PNJ LG4S3 Lago Grande E4 Seca QL 14.11.2003 PNJ
LMI1E4 Lago Miratucu E1 Enchente QL 02.04.2011 PNJ
LMI1C3 Lago Miratucu E1 Cheia QL 26.06.2003 PNJ
LMI2E4 Lago Miratucu E2 Enchente QL 12.02.2004 PNJ LMI2C3 Lago Miratucu E2 Cheia QL 26.06.2003 PNJ LP1E4 Lago Patauá E1 Enchente QL 12.02.2004 PNJ
LP1C3 Lago Patauá E1 Cheia QL 26.06.2003 PNJ
LQ1E4 Lago Queiroz E1 Enchente QL 04.04.2004 PNJ LQ1E41 Lago Queiroz E1 Enchente QL 12.02.2004 PNJ
248
continuação Anexo 3
SIGLA LOCAL DE COLETA
ESTAÇÃO DE
COLETA
PERÍODO DE
COLETA
TIPO DE AMOSTRA
DATA DE COLETA
REGIÃO
LQ1C4 Lago Queiroz E1 Cheia QL 12.04.2004 PNJ
LQ1C5 Lago Queiroz E1 Cheia QL 13.05.2005 PNJ LQ1S3 Lago Queiroz E1 Seca QL 14.11.2003 PNJ LQ1V3 Lago Queiroz E1 Vazante QL 19.09.2003 PNJ
LQ1S6 Lago Queiroz E1 Seca QL 22.11.2006 PNJ
LQ1PE3 Lago Queiroz E1 Enchente PRFT 25.03.2003 PNJ LQ1E3 Lago Queiroz E1 Enchente QL 25.03.2003 PNJ LQ1C3 Lago Queiroz E1 Cheia QL 25.06.2003 PNJ
LQ1V4 Lago Queiroz E1 Vazante QL 25.10.2004 PNJ
LQ1S4 Lago Queiroz E1 Cheia QL 29.06.2004 PNJ LR1V6 Lago Raimunda E1 Vazante QL 07.08.2006 PNJ LR1PE4 Lago Raimunda E1 Enchente PRFT 10.02.2004 PNJ
LR1E4 Lago Raimunda E1 Enchente QL 10.02.2004 PNJ
LR1PC5 Lago Raimunda E1 Cheia PRFT 13.05.2005 PNJ LR1C5 Lago Raimunda E1 Cheia QL 13.05.2005 PNJ LR1S3 Lago Raimunda E1 Seca QL 13.11.2003 PNJ
LR1E7 Lago Raimunda E1 Enchente QL 23.03.2007 PNJ
LR1E3 Lago Raimunda E1 Enchente QL 24.03.2003 PNJ LR1PC3 Lago Raimunda E1 Cheia PRFT 24.06.2003 PNJ LR1C4 Lago Raimunda E1 Cheia QL 26.06.2004 PNJ
LTI1E4 Lago Tiaracá E1 Enchente QL 10.02.2004 PNJ
LTI1V4 Lago Tiaracá E1 Vazante QL 21.10.2004 PNJ LTI1S6 Lago Tiaracá E1 Seca QL 22.11.2006 PNJ LTI2E4 Lago Tiaracá E2 Enchente QL 10.02.2004 PNJ
LTI2C4 Lago Tiaracá E2 Cheia QL 25.06.2004 PNJ
LTI3C4 Lago Tiaracá E3 Cheia QL 25.06.2004 PNJ LV1E4 Lago Volta E1 Enchente QL 11.02.2004 PNJ LV1C5 Lago Volta E1 Cheia QL 12.05.2005 PNJ
LV1C4 Lago Volta E1 Cheia QL 12.06.2004 PNJ
LV1V3 Lago Volta E1 Vazante QL 13.09.2003 PNJ LV1S3 Lago Volta E1 Seca QL 14.11.2003 PNJ LV1C3 Lago Volta E1 Cheia QL 24.06.2003 PNJ
LV1V4 Lago Volta E1 Vazante QL 24.10.2004 PNJ
RJ53PV3 Rio Jaú 53 Vazante PRFT 11.09.2003 PNJ ITII1S9 Igarapé Tarumã E1 Seca QL 02.12.2009 BRN ITI1V9 Igarapé Tarumã E1 Vazante QL 06.10.2009 BRN ITI1E9 Igarapé Tarumã E1 Enchente QL 18.02.2008 BRN ITI1C9 Igarapé Tarumã E1 Cheia QL 18.07.2009 BRN ITI2S9 Igarapé Tarumã E2 Seca QL 02.12.2009 BRN
249
continuação Anexo 3
SIGLA LOCAL DE COLETA
ESTAÇÃO DE
COLETA
PERÍODO DE
COLETA
TIPO DE AMOSTRA
DATA DE COLETA
REGIÃO
ITI2V9 Igarapé Tarumã E2 Vazante QL 06.10.2009 BRN ITI2E9 Igarapé Tarumã E2 Enchente QL 18.02.2009 BRN ITI2C9 Igarapé Tarumã E2 Cheia QL 18.07.2009 BRN
ITM1S9 Igarapé Tarumã-
Mirim E1 Seca QL 02.12.2009 BRN
ITM1V9 Igarapé Tarumã-
Mirim E1 Vazante QL 06.10.2009 BRN
ITM1E9 Igarapé Tarumã-
Mirim E1 Enchente QL 18.02.2009 BRN
ITM1C9 Igarapé Tarumã-
Mirim E1 Cheia QL 18.07.2009 BRN
ITM2S9 Igarapé Tarumã-
Mirim E2 Seca QL 02.12.2009 BRN
ITM2C9 Igarapé Tarumã-
Mirim E2 Vazante QL 06.10.2009 BRN
ITM2E9 Igarapé Tarumã-
Mirim E2 Enchente QL 18.02.2009 BRN
ITM2C9 Igarapé Tarumã-
Mirim E2 Cheia QL 18.07.2009 BRN
LIC1V9 Lago Ilha Camaleão E1 Vazante QL 06.10.2009
BRN
LIC1E9 Lago Ilha Camaleão E1 Enchente QL 18.02.2009
BRN
LIC1C9 Lago Ilha Camaleão E1 Cheia QL 18.07.2009
BRN
LIC2E9 Lago Ilha Camaleão E2 Enchente QL 18.02.2009
BRN
LIC2PE9 Lago Ilha Camaleão E2 Enchente PRFT 18.02.2009
BRN
LIC2C9 Lago Ilha Camaleão E2 Cheia QL 18.07.2009
BRN
LIC2V9 Lago Ilha Camaleão E2 Vazante QL 06.10.2009
BRN
RNN1S9 Rio Negro E1 Seca QL 02.12.2009 BRN RNN1V9 Rio Negro E1 Vazante QL 06.10.2009 BRN
RNN1E9 Rio Negro E1 Enchente QL 18.02.2009 BRN
RNN1C9 Rio Negro E1 Cheia QL 18.07.2009 BRN RNN2S9 Rio Negro E2 Seca QL 02.12.2009 BRN RNN2V9 Rio Negro E2 Vazante QL 06.10.2009 BRN
RNN2E9 Rio Negro E2 Enchente QL 18.02.2009 BRN
RNN2C9 Rio Negro E2 Cheia QL 18.07.2009 BRN RNN3S9 Rio Negro E3 Seca QL 02.12.2009 BRN RNN3V9 Rio Negro E3 Vazante QL 06.10.2009 BRN
250
continuação Anexo 3
SIGLA LOCAL DE COLETA
ESTAÇÃO DE
COLETA
PERÍODO DE
COLETA
TIPO DE AMOSTRA
DATA DE COLETA
REGIÃO
RNN3E9 Rio Negro E3 Enchente QL 18.02.2009 BRN
RNN3C9 Rio Negro E3 Cheia QL 18.07.2009 BRN RNN4S9 Rio Negro E4 Seca QL 02.12.2009 BRN RNN4V9 Rio Negro E4 Vazante QL 06.10.2009 BRN
RNN4E9 Rio Negro E4 Enchente QL 18.02.2009 BRN
RNN4C9 Rio Negro E4 Cheia QL 18.07.2009 BRN RNN5S9 Rio Negro E5 Seca QL 02.12.2009 BRN RNN5V9 Rio Negro E5 Vazante QL 06.10.2009 BRN
RNN5E9 Rio Negro E5 Enchente QL 18.02.2009 BRN
RNN5C9 Rio Negro E5 Cheia QL 18.07.2009 BRN LCL1E9 Lago Catalão E1 Enchente QL 18.02.2009 BRN LA1E9 Lago no Araras Araras Enchente QL 28.02.2009 RDS-TUPÉ LT12E3 Lago Tupé E12 Enchente QL 13.04.2003 RDS-TUPÉ LT12V3 Lago Tupé E12 Vazante QL 13.09.2003 RDS-TUPÉ LT12E4 Lago Tupé E12 Enchente QL 14.02.2004 RDS-TUPÉ LTU5V9 Lago Tupé E5 Vazante PRFT 27.09.2009 RDS-TUPÉ LTU1E9 Lago Tupé U1 Enchente PRFT 20.04.2009 RDS-TUPÉ LTU10E9 Lago Tupé U10 Enchente PRFT 20.04.2009 RDS-TUPÉ LTU2E9 Lago Tupé U2 Enchente PRFT 20.04.2009 RDS-TUPÉ LTU2V9 Lago Tupé U2 Vazante PRFT 27.09.2009 RDS-TUPÉ LTU4V9 Lago Tupé U4 Vazante PRFT 27.09.2009 RDS-TUPÉ LTU7C9 Lago Tupé U7 Cheia PRFT 18.06.2009 RDS-TUPÉ LTU7E9 Lago Tupé U7 Enchente PRFT 20.04.2009 RDS-TUPÉ LTU7V9 Lago Tupé U7 Vazante PRFT 27.09.2009 RDS-TUPÉ LTU8C9 Lago Tupé U8 Cheia PRFT 18.06.2009 RDS-TUPÉ LTU8E9 Lago Tupé U8 Enchente PRFT 20.04.2009 RDS-TUPÉ LTU9V9 Lago Tupé U9 Vazante PRFT 27.09.2009 RDS-TUPÉ LTU1C9 Lago Tupé U1 Cheia PRFT 18.06.2009 RDS-TUPÉ LTU2C9 Lago Tupé U2 Cheia PRFT 18.06.2009 RDS-TUPÉ LT1E3 Lago Tupé E1 Enchente QL 09.03.2003 RDS-TUPÉ LT1C4 Lago Tupé E1 Cheia QL 12.06.2004 RDS-TUPÉ LT1C3 Lago Tupé E1 Cheia QL 12.07.2003 RDS-TUPÉ LT1S6 Lago Tupé E1 Seca QL 12.11.2006 RDS-TUPÉ LT1V3 Lago Tupé E1 Vazante QL 13.09.2003 RDS-TUPÉ LT1S3 Lago Tupé E1 Seca QL 13.12.2003 RDS-TUPÉ LT1E4 Lago Tupé E1 Enchente QL 14.03.2004 RDS-TUPÉ LT1C8 Lago Tupé E1 Cheia QL 19.06.2008 RDS-TUPÉ LT1E6 Lago Tupé E1 Cheia QL 20.04.2006 RDS-TUPÉ LT1S4 Lago Tupé E1 Seca QL 21.11.2004 RDS-TUPÉ
251
continuação Anexo 3
SIGLA LOCAL DE COLETA
ESTAÇÃO DE
COLETA
PERÍODO DE
COLETA
TIPO DE AMOSTRA
DATA DE COLETA
REGIÃO
LT1C7 Lago Tupé E1 Cheia QL 22.07.2007 RDS-TUPÉ LT1V8 Lago Tupé E1 Vazante QL 23.09.2008 RDS-TUPÉ LT1V6 Lago Tupé E1 Vazante QL 24.09.2006 RDS-TUPÉ LT1E9 Lago Tupé E1 Enchente QL 26.02.2009 RDS-TUPÉ LT1E7 Lago Tupé E1 Enchente QL 27.02.2007 RDS-TUPÉ LT1V8 Lago Tupé E1 Vazante QL 30.10.2008 RDS-TUPÉ LT10C4 Lago Tupé E10 Cheia QL 12.06.2004 RDS-TUPÉ LT10C3 Lago Tupé E10 Cheia QL 12.07.2003 RDS-TUPÉ LT10S6 Lago Tupé E10 Seca QL 12.11.2006 RDS-TUPÉ LT10V3 Lago Tupé E10 Vazante QL 13.09.2003 RDS-TUPÉ LT10S3 Lago Tupé E10 Seca QL 13.12.2003 RDS-TUPÉ LT10E4 Lago Tupé E10 Enchente QL 14.03.2004 RDS-TUPÉ LT10C8 Lago Tupé E10 Cheia QL 19.06.2008 RDS-TUPÉ LT10E6 Lago Tupé E10 Enchente QL 20.04.2006 RDS-TUPÉ LT10V8 Lago Tupé E10 Vazante QL 23.09.2008 RDS-TUPÉ LT10C7 Lago Tupé E10 Cheia QL 24.06.2007 RDS-TUPÉ LT10V6 Lago Tupé E10 Vazante QL 24.09.2006 RDS-TUPÉ LT10E9 Lago Tupé E10 Enchente QL 26.02.2009 RDS-TUPÉ LT10E7 Lago Tupé E10 Enchente QL 27.02.2007 RDS-TUPÉ LT12S6 Lago Tupé E12 Seca QL 12.11.2006 RDS-TUPÉ LT12S3 Lago Tupé E12 Seca QL 13.11.2003 RDS-TUPÉ LT12V3 Lago Tupé E12 Vazante QL 17.08.2003 RDS-TUPÉ LT12C8 Lago Tupé E12 Cheia QL 19.06.2008 RDS-TUPÉ LT12E6 Lago Tupé E12 Enchente QL 20.04.2006 RDS-TUPÉ LT12C7 Lago Tupé E12 Cheia QL 24.06.2007 RDS-TUPÉ LT12V6 Lago Tupé E12 Vazante QL 24.09.2006 RDS-TUPÉ LT12S4 Lago Tupé E12 Seca QL 25.01.2004 RDS-TUPÉ LT12E7 Lago Tupé E12 Enchente QL 27.02.2007 RDS-TUPÉ LT13V8 Lago Tupé E12 Vazante QL 23.09.2008 RDS-TUPÉ LT9E3 Lago Tupé E9 Enchente QL 09.03.2003 RDS-TUPÉ LT9C4 Lago Tupé E9 Cheia QL 12.06.2004 RDS-TUPÉ LT9C3 Lago Tupé E9 Cheia QL 12.07.2003 RDS-TUPÉ LT9S6 Lago Tupé E9 Seca QL 12.11.2006 RDS-TUPÉ LT9E3 Lago Tupé E9 Enchente QL 13.03.2004 RDS-TUPÉ LT9V3 Lago Tupé E9 Vazante QL 13.09.2003 RDS-TUPÉ LT9S3 Lago Tupé E9 Seca QL 13.12.2003 RDS-TUPÉ LT9C8 Lago Tupé E9 Cheia QL 19.06.2008 RDS-TUPÉ LT9E6 Lago Tupé E9 Enchente QL 20.04.2006 RDS-TUPÉ LT9V8 Lago Tupé E9 Vazante QL 23.09.2008 RDS-TUPÉ
252
continuação Anexo 3
SIGLA LOCAL DE COLETA
ESTAÇÃO DE
COLETA
PERÍODO DE
COLETA
TIPO DE AMOSTRA
DATA DE COLETA
REGIÃO
LT9S4 Lago Tupé E9 Seca QL 24.01.2004 RDS-TUPÉ LT9C7 Lago Tupé E9 Cheia QL 24.06.2007 RDS-TUPÉ LT9V6 Lago Tupé E9 Vazante QL 24.09.2006 RDS-TUPÉ LT9E9 Lago Tupé E9 Enchente QL 26.02.2009 RDS-TUPÉ LT9E7 Lago Tupé E9 Enchente QL 27.02.2007 RDS-TUPÉ LTIOS9 Lago Tupé Ig. Onça Seca QL 21.11.2009 RDS-TUPÉ RP1C5 Rio Puduari E1 Cheia QL 15.05.2005 PERN RP2C5 Rio Puduari E2 Cheia QL 15.05.2005 PERN LU1C5 Lago Uruá E1 Cheia QL 14.05.2005 PERN LU2C5 Lago Uruá E2 Cheia QL 14.05.2005 PERN LM1V4 Lago Manixiuau E1 Vazante QL 20.10.2004 PERN LM2V4 Lago Manixiuau E2 Vazante QL 20.10.2004 PERN IZ1V4 Igarapé Zito E1 Vazante QL 20.10.2004 PERN IZ2V4 Igarapé Zito E2 Vazante QL 20.10.2004 PERN IP1C5 Igarapé Preto E1 Cheia QL 14.05.2005 PERN IP1V4 Igarapé Preto E1 Vazante QL 19.10.2004 PERN IF1C5 Igarapé Fogo E1 Cheia QL 15.05.2005 PERN IF2C5 Igarapé Fogo E2 Cheia QL 15.05.2005 PERN IP2C5 Igarapé Preto E2 Cheia QL 14.05.2005 PERN IP2V4 Igarapé Preto E2 Vazante QL 19.10.2004 PERN CA1V4 Igarapé Castanha E1 Vazante QL 15.10.2004 PERN
QL= amostra qualitativa
PRFT= amostra perifítica
253
Anexo 4: lista de ocorrência das espécies de Staurastrum por tipo de amostra, perifítica ou
planctônica de elguns pontos na bacia do Rio Negro.
Amostra perifítica
Amostra planctônica
Staurastrum arachne Ralfs var. curvatum West e West X Staurastrum asteroideum West e West var. asteroideum X X Staurastrum bicoronatum Johnson var. simplicius West e West X Staurastrum binum Borge var. inaequale Grönblad e Croasdale X Staurastrum boergensenii Raciborski var. depaupetarum Grönblad
X X Staurastrum boergensenii Raciborski var. elegans Borge X Staurastrum botanense Playfair var. botanense X Staurastrum botanense Playflair var. variabile Krieger X Staurastrum brachiatum Ralfs var. brachiatum X X Staurastrum brachiatum Ralfs var. gracilius Maskell X X Staurastrum brebissoni Archer var. brasiliense Grönblad X Staurastrum capitulum Brébisson in Ralfs var. tumidiusculum West e West
X X Staurastrum chaetoceras (Schroeder) Smith X Staurastrum chaetopus Hinode var. chaetopus f. minor Bourrelly e Couté
X Staurastrum coronulatum (Boldt) Förster var. minus Förster X X Staurastrum crenulatum (Nägeli) Delponte X Staurastrum dentatum Krieger X Staurastrum denticulatum (Nägeli) Archer X X Staurastrum diptilum Nordstedt X X Staurastrum dispergens Grönblad X Staurastrum disputatum West e West var. sinense (Lütkemueller) West e West
X X Staurastrum elegantissimum Johnson var. brasiliense Förster X X Staurastrum elegantissimum Johnson var. brasiliense Förster f. triaradiatum Förster X Staurastrum ensiferum Turner X Staurastrum erinacoideum Scott e Croasdale X Staurastrum exporrectum Scott e Prescott X Staurastrum fittkaui Förster X Staurastrum forficulatum Lundell X Staurastrum furcatum (Ehrenberg) Brébisson X Staurastrum gemelliparum Nordstedt X Staurastrum geminatum Nordstedt X Staurastrum glaphyrum West e West X Staurastrum guentheri Thomasson X X Staurastrum haaboliense Wille X Staurastrum hagmanii Grönblad X Staurastrum hirsutum (Ehrenberg) Ralfs X X Staurastrum hystrix Ralfs var. floridense Scott e Croasdale X Staurastrum inconspicuum Nordestedt X X
254
continuação Anexo 4
Amostra perifítica
Amostra planctônica
Staurastrum laeve Ralfs var. latidivergens Scott e Grönblad X Staurastrum leptacanthum Nordestedt var. borgei Förster X X Staurastrum leptacanthum Nordestedt var. leptacanthum X X Staurastrum leptocladum Nordstedt var. cornutum Wille X Staurastrum leptocladum Nordstedt var.insigne West e West X Staurastrum longipes (Nordstedt) Teiling X X Staurastrum longispinun (Bailey) Archer var. bidentatum (Wittr.) West
X Staurastrum manfeldtii Delponte X X Staurastrum margaritaceum (Ehrenberg) Ralfs X X Staurastrum micron West e West micron X S. micron West var. unidentatum Hirano X Staurastrum minutissimum Auerswald X Staurastrum mutabile Turner X Staurastrum muticum (Brébisson) Ralfs X X Staurastrum novae caesare Wolle var. brasiliense Grönblad X Staurastrum octangulare Grönblad X X Staurastrum paradoxum Meyen X Staurastrum pendulum Nygaard var. pinguiforme Croasdale X Staurastrum pinnatum Turner var. reductum Krieger X X Staurastrum planctonicum Teiling X Staurastrum polymorphum Brébisson var. simplex West e West X X Staurastrum pseudosebaldii Wille var. planctonicum Teiling X Staurastrum pseudosebaldii Wille var. pseudosebaldii X X Staurastrum pseudotetracerum (Nordstedt) West var. curvatum Grönblad
X Staurastrum quadrangulare (Brébisson) Ralfs var. quadrangulare
X Staurastrum quadrangulare Brébisson var. contectum (Turner) Grönblad
X X Staurastrum quadrangulare Brébisson var. longispinum Börgesen
X X Staurastrum quadrangulare Brébisson var. prolificum Croasdale in Scott; Grönblad e Croasdale
X X Staurastrum quadrinotatum Grönblad var. quadrinotatum X X Staurastrum quadrinotaum Grönblad var. constrictum Scott e Croasdale
X Staurastrum quadrispinatum Turner var. spicatum (West e West) f. furcatum Scott et Grönblad
X Staurastrum reinschii Roy X Staurastrum rotula Nordstedt X X Staurastrum sebaldi Reinsch X Staurastrum setigerum Cleve var. occidentale West e West X Staurastrum setigerum Cleve var. pectinatum West e West X X Staurastrum sexangulare (Bulnheim) Lundell var. brasiliense Grönblad
X Staurastrum spiculiferum Borge X Staurastrum stelliferum Borge var. evolutum Thomasson X Staurastrum stelliferum Borge var. stelliferum X X Staurastrum subdisputatum Scott e Grönblad var. maius Scott e Grönblad
X Staurastrum subnudibrachiatum West e West X
255
Staurastrum subophiura Borge X
continuação Anexo 4
Amostra perifítica
Amostra planctônica
Staurastrum tectum Borge var. ayayense Grönblad X Staurastrum teliferum Ralfs var. horridum Lütkemüller X Staurastrum teliferum Ralfs var. lagoense Wille X X Staurastrum teliferum Ralfs var. longispinum Grönblad X X Staurastrum tentaculiferum Borge X X Staurastrum tetracerum (Kützing) Ralfs var. tetracerum X X Staurastrum tetracerum (Kützing) Ralfs var. tetracerum f. trigona Lundell
X Staurastrum thienemannii Krieger var. triradiatum Scott e Prescott
X X Staurastrum tohopekaligense Wolle f. minus (Turner) Scott e Prescott
X Staurastrum tridens-neptunii West e West var. scotii Croasdale in Scott, Grönblad e Croasdale.
X X Staurastrum trifidum Nordstedt var. inflexum West e West X X Staurastrum trifidum Nordstedt var. porrectum Croasdale e Scott in Scott, Grönblad e Croasdale
X Staurastrum trihedrale Wolle X X Staurastrum tryssos Scott e Grönblad X Staurastrum ungeri Reinsch X Staurastrum villosum West e West var. simplicius Grönblad X Staurastrum sp.
X Staurastrum sp. 2
X Staurastrum sp. 3
X
256
Índice remissivo
Staurastrum arachne Ralfs var. curvatum West e West 50 Staurastrum asteroideum West e West var. asteroideum 51 Staurastrum bicoronatum Johnson var. simplicius West e West 53 Staurastrum binum Borge var. inaequale Grönblad e Croasdale 53 Staurastrum boergesenii Raciborski var. depaupetarum Grönblad 54 Staurastrum boergesenii Raciborski var. elegans Borge 56 Staurastrum botanense Playfair var. botanense 57 Staurastrum brachiatum Ralfs var. brachiatum 58 Staurastrum brachiatum Ralfs var. gracilius Maskell 61 Staurastrum brebissoni Archer var. brasiliense Grönblad 63 Staurastrum capitulum Brébisson in Ralfs var. tumidiusculum West e West 64 Staurastrum chaetopus Hinode var. chaetopus f. minor Bourrelly e Couté 65 Staurastrum chaetoceras (Schroeder) Smith 66 Staurastrum coronulatum (Boldt) Förster var. minus Förster 66 Staurastrum crenulatum (Nägeli) Delponte 67 Staurastrum dentatum Krieger 68 Staurastrum denticulatum (Nägeli) Archer 69 Staurastrum diptilum Nordstedt 70 Staurastrum dispergens Grönblad 71 Staurastrum disputatum West e West var. sinense (Lütkemueller) West e West 72 Staurastrum elegantissimum Johnson var. brasiliense Förster 73 Staurastrum elegantissimum Johnson var. brasiliense Förster f. triaradiatum Förster
75
Staurastrum ensiferum Turner 75 Staurastrum erinacoideum Scott e Croasdale 76 Staurastrum exporrectum Scott e Prescott 77 Staurastrum fittkaui Förster 78 Staurastrum forficulatum Lundell 79 Staurastrum furcatum (Ehrenberg) Brébisson 80 Staurastrum gemelliparum Nordstedt 80 Staurastrum geminatum Nordstedt 81 Staurastrum glaphyrum West e West 82 Staurastrum guentheri Thomasson 83 Staurastrum haaboliense Wille 84 Staurastrum hagmanii Grönblad 85 Staurastrum hirsutum (Ehrenberg) Ralfs 85 Staurastrum hystrix Ralfs var. floridense Scott e Croasdale 87 Staurastrum inconspicuum Nordestedt 88 Staurastrum laeve Ralfs var. latidivergens Scott e Grönblad 89
257
Staurastrum leptacanthum Nordestedt 89 Staurastrum leptacanthum Nordestedt var. borgei Förster 91 Staurastrum leptocladum Nordestedt var. cornutum Wille 92 Staurastrum leptocladum Nordstedt var.insigne West e West 93 Staurastrum longipes (Nordstedt) Teiling 95 Staurastrum longispinun (Bailey) Archer var. bidentatum (Wittr.) West 97 Staurastrum manfeldtii Delponte 98 Staurastrum margaritaceum (Ehrenberg) Ralfs 99 Staurastrum micron West e West 101 Staurastrum micron West var. unidentatum Hirano 101 Staurastrum minutissimum Auerswald 102 Staurastrum mutabile Turner 102 Staurastrum muticum (Brébisson) Ralfs 103 Staurastrum novae caesare Wolle var. brasiliense Grönblad 105 Staurastrum octangulare Grönblad 106 Staurastrum paradoxum Meyen 108 Staurastrum pendulum Nygaard var. pinguiforme Croasdale 110 Staurastrum pinnatum Turner var. reductum Krieger 111 Staurastrum planctonicum Teiling 112 Staurastrum polymorphum Brébisson var. simplex West e West 113 Staurastrum pseudosebaldii Wille var. pseudosebaldii 114 Staurastrum pseudosebaldii Wille var. planctonicum Teiling 115 Staurastrum pseudotetracerum (Nordstedt) West var. curvatum Grönblad 116 Staurastrum quadrangulare (Brébisson) Ralfs var. quadrangulare 118 Staurastrum quadrangulare Brébisson var. contectum (Turner) Grönblad 119 Staurastrum quadrangulare Brébisson var. longispinum Börgesen 120
Staurastrum quadrangulare Brébisson var. prolificum Croasdale in Scott, Grönblad e Croasdale
122
Staurastrum quadrinotatum Grönblad var. quadrinotatum 124 Staurastrum quadrinotaum Grönblad var. constrictum Scott e Croasdale 128
Staurastrum quadrispinatum Turner var. spicatum (West e West) f. furcatum Scott et Grönblad
129
Staurastrum reinschii Roy 130 Staurastrum rotula Nordstedt 130 Staurastrum sebaldi Reinsch 133 Staurastrum setigerum Cleve var. occidentale West e West 134 Staurastrum setigerum Cleve var. pectinatum West e West 135 Staurastrum sexangulare (Bulnheim) Lundell var. brasiliense Grönblad 137 Staurastrum spiculiferum Borge 139 Staurastrum stelliferum Borge var. stelliferum 140 Staurastrum stelliferum Borge var. evolutum Thomasson 142 Staurastrum subdisputatum Scott e Grönblad var. maius Scott e Grönblad 142 Staurastrum subnudibrachiatum West e West 143 Staurastrum subophiura Borge 143
258
Staurastrum tectum Borge var. ayayense Grönblad 144 Staurastrum teliferum Ralfs var. horridum Lütkemüller 145 Staurastrum teliferum Ralfs var. lagoense Wille 147 Staurastrum teliferum Ralfs var. longispinum Grönblad 147 Staurastrum tentaculiferum Borge 148 Staurastrum tetracerum (Kützing) Ralfs 149 Staurastrum tetracerum (Kützing) Ralfs var. tetracerum f. trigona Lundell 151 Staurastrum thienemannii Krieger var. triradiatum Scott e Prescott 152 Staurastrum tohopekaligense Wolle f. minus (Turner) Scott e Prescott 153 Staurastrum tridens-neptunii West e West var. scotii Croasdale in Scott, Grönblad e Croasdale.
154
Staurastrum trifidum Nordstedt var. inflexum West e West 155 Staurastrum trifidum Nordstedt var. porrectum Croasdale e Scott in Scott, Grönblad e Croasdale
156
Staurastrum trihedrale Wolle 157 Staurastrum tryssos Scott e Grönblad 158 Staurastrum ungeri Reinsch 160 Staurastrum villosum West e West var. simplicius Grönblad 161 Staurastrum sp. 162 Staurastrum sp. 2 163 Staurastrum sp. 3 163