integridade biótica de um córrego na bacia do alto rio paraná

25
http://www.biotaneotropica.org.br Integridade biótica de um córrego na bacia do Alto Rio Paraná avaliada por meio da comunidade de peixes 1. UNESP - Universidade Estadual Paulista, Laboratório de Ictiologia, Departamento de Zoologia e Botânica, IBILCE (www.ibilce.unesp.br), Rua Cristóvão Colombo, 2265, 15054-000, São José do Rio Preto, SP, Brasil. E-mail: [email protected], [email protected] 2. Autor para correspondência: Cristiane de Paula Ferreira, e-mail: [email protected] Abstract Ferreira, C.P. and Casatti, L. Stream biotic integrity assessed by fish assemblages in the Upper Rio Paraná basin. Biota Neotrop. Sep/Dec 2006 vol. 6, no. 3 http://www.biotaneotropica.org.br/v6n3/pt/abstract?article+bn00306032006 ISSN 1676-0603 The state of conservation of the Córrego da Água Limpa, an important water supply for the Monte Aprazível city in the northwestern portion of the São Paulo State, was evaluated. Attributes were selected to compose the fish index of biotic integrity (IBI), aiming to establish a long term monitoring analysis protocol for that basin. The IBI of four equidistant sites along the stream was calculated using two sampling protocols and during dry and wet periods. Biological attributes comparisons were carried out based on the reference scenarios, following a site-specific approach. Few influences of the sampling protocols and seasonality were detected in the IBI final values. Sites 1 and 4 showed fair IBI, site 2 was considered poor and site 3 very poor; such results agree with aspects of the physical habitat quality. Key words: streams, ichthyofauna, IBI, northwestern São Paulo, biomonitoring Resumo Ferreira, C.P. and Casatti, L. Integridade biótica de um córrego na bacia do Alto Rio Paraná avaliada por meio da comunidade de peixes. Biota Neotrop . Sep/Dec 2006 vol. 6, no. 3 http://www.biotaneotropica.org.br/v6n3/pt/ abstract?article+bn00306032006 ISSN 1676-0603 Neste estudo avaliamos o estado de conservação do Córrego da Água Limpa, uma importante fonte de abastecimento de água para a cidade de Monte Aprazível no noroeste do Estado de São Paulo. Atributos da comunidade de peixes foram selecionados para compor um índice de integridade biótica (IBI), visando gerar um protocolo para monitoramento daquela micro-bacia. O IBI de quatro trechos eqüidistantes ao longo do riacho foi calculado para dois protocolos de amostragem e nos períodos seco e chuvoso. As comparações de atributos selecionados foram realizadas com base em cenários referência, seguindo uma abordagem sítio-específico. Houve pouca influência do esforço de amostragem e da sazonalidade nos valores finais do IBI. De modo geral, os trechos 1 e 4 apresentaram integridade biótica regular, o trecho 2 foi considerado pobre e o trecho 3, muito pobre; tais resultados coincidem com aspectos da qualidade física do hábitat. Palavras-chave: riachos, ictiofauna, IBI, noroeste paulista, biomonitoramento Biota Neotropica v6 (n3) –http://www.biotaneotropica.org.br/v6n3/pt/abstract?article+bn00306032006 Cristiane de Paula Ferreira 1,2 & Lilian Casatti 1 Recebido em 15/03/06 Versão reformulada 20/07/06. Publicado em 01/09/06.

Upload: phungnhan

Post on 08-Jan-2017

218 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Integridade biótica de um córrego na bacia do Alto Rio Paraná

http://www.biotaneotropica.org.br

Integridade biótica de um córrego na bacia do Alto Rio Paraná avaliada pormeio da comunidade de peixes

1. UNESP - Universidade Estadual Paulista, Laboratório de Ictiologia, Departamento de Zoologia e Botânica, IBILCE(www.ibilce.unesp.br), Rua Cristóvão Colombo, 2265, 15054-000, São José do Rio Preto, SP, Brasil. E-mail:

[email protected], [email protected]. Autor para correspondência: Cristiane de Paula Ferreira, e-mail: [email protected]

AbstractFerreira, C.P. and Casatti, L. Stream biotic integrity assessed by fish assemblages in the Upper Rio Paraná basin. Biota

Neotrop. Sep/Dec 2006 vol. 6, no. 3 http://www.biotaneotropica.org.br/v6n3/pt/abstract?article+bn00306032006 ISSN1676-0603

The state of conservation of the Córrego da Água Limpa, an important water supply for the Monte Aprazível city in thenorthwestern portion of the São Paulo State, was evaluated. Attributes were selected to compose the fish index of bioticintegrity (IBI), aiming to establish a long term monitoring analysis protocol for that basin. The IBI of four equidistant sites alongthe stream was calculated using two sampling protocols and during dry and wet periods. Biological attributes comparisonswere carried out based on the reference scenarios, following a site-specific approach. Few influences of the sampling protocolsand seasonality were detected in the IBI final values. Sites 1 and 4 showed fair IBI, site 2 was considered poor and site 3 verypoor; such results agree with aspects of the physical habitat quality.

Key words: streams, ichthyofauna, IBI, northwestern São Paulo, biomonitoring

ResumoFerreira, C.P. and Casatti, L. Integridade biótica de um córrego na bacia do Alto Rio Paraná avaliada por meio da comunidade

de peixes. Biota Neotrop. Sep/Dec 2006 vol. 6, no. 3 http://www.biotaneotropica.org.br/v6n3/pt/abstract?article+bn00306032006 ISSN 1676-0603

Neste estudo avaliamos o estado de conservação do Córrego da Água Limpa, uma importante fonte de abastecimentode água para a cidade de Monte Aprazível no noroeste do Estado de São Paulo. Atributos da comunidade de peixes foramselecionados para compor um índice de integridade biótica (IBI), visando gerar um protocolo para monitoramento daquelamicro-bacia. O IBI de quatro trechos eqüidistantes ao longo do riacho foi calculado para dois protocolos de amostragem enos períodos seco e chuvoso. As comparações de atributos selecionados foram realizadas com base em cenários referência,seguindo uma abordagem sítio-específico. Houve pouca influência do esforço de amostragem e da sazonalidade nosvalores finais do IBI. De modo geral, os trechos 1 e 4 apresentaram integridade biótica regular, o trecho 2 foi consideradopobre e o trecho 3, muito pobre; tais resultados coincidem com aspectos da qualidade física do hábitat.

Palavras-chave: riachos, ictiofauna, IBI, noroeste paulista, biomonitoramento

Biota Neotropica v6 (n3) –http://www.biotaneotropica.org.br/v6n3/pt/abstract?article+bn00306032006

Cristiane de Paula Ferreira1,2 & Lilian Casatti1

Recebido em 15/03/06Versão reformulada 20/07/06.

Publicado em 01/09/06.

Page 2: Integridade biótica de um córrego na bacia do Alto Rio Paraná

http://www.biotaneotropica.org.br

Ferreira, C.P. and Casatti, L.- Biota Neotropica, v6 (n3) - bn00306032006

IntroduçãoOs impactos que as ações antrópicas causam aos

ambientes lóticos levam à perda de qualidade e dificultama manutenção da integridade desses ecossistemas, alémde interferir na sustentabilidade de suas comunidades(Karr & Schlosser 1978, Karr & Dudley 1981, Allan &Flecker 1993, Karr 1999). Embora seja comum o emprego decritérios químicos para detectar os danos causados aosambientes aquáticos, avaliações dessa natureza geralmentesubestimam a real magnitude desses danos (Karr & Chu1999). As abordagens mais recentes de avaliação daqualidade da água empregam descritores físicos e químicosda água e informações sobre a biota aquática em diferentesníveis de organização. Além disso, a estrutura física dohábitat também deve ser considerada na avaliação daqualidade desses ecossistemas, pois influenciam naestrutura e composição das comunidades biológicas,notavelmente peixes (Gorman & Karr 1978) emacroinvertebrados bentônicos (Callisto et al. 2001).

O índice de integridade biológica ou biótica(doravante IBI) foi proposto por Karr (1981) para investigaro estado de conservação de riachos nos Estados Unidosutilizando, para isso, atributos observados em comunidadesde peixes. Tais atributos devem representar a ampladiversidade ecológica existente e os diversos níveis deorganização biológica, e devem ser comparados comcondições referência, definidas como aquelas que possuema menor influência antrópica possível em uma dada região(Hughes 1995). Apesar de algumas limitações, este índice éconsiderado adequado para identificar a capacidade doambiente em manter uma comunidade de espécies, comdiversidade e organização funcional comparáveis àquelasregistradas em áreas minimamente impactadas (Tejerina-Garro et al. 2005).

Baseados no trabalho pioneiro de Karr (1981), o IBIutilizando comunidades de peixes foi adaptado para diversasregiões do mundo, tais como América do Norte (Karr 1981,Angermeier & Karr 1986, Miller et al. 1988), Europa (Oberdorff& Hughes 1992, Angermeier & Davideanu 2004), AméricaCentral (Lyons et al. 1995), Índia (Ganasan & Hughes 1998),África (Kamdem Toham & Teugels 1999), Brasil (Araújo etal. 2003, Bozzetti & Schulz 2004, Terra 2004) e Nova Zelândia(Joy & Death 2004). Adaptações foram feitas para ambientesmarinhos (Jameson et al. 2001), estuarinos (Weisberg et al.1997), lacustres (Karr & Dionne 1991) e terrestres (Kimberlinget al. 2001), como também para incorporar outros elementosda biota aquática, tais como macroinvertebrados bentônicos(Kerans & Karr 1994, Stribling et al. 1998), algas (Hill et al.2000) e anfíbios (Micacchion 2002).

Apesar da expansão e aplicação em vários sistemasecológicos, são escassos estudos onde o IBI é interpretadoem associação com descritores de qualidade química da águae de integridade física do hábitat ou ainda com aspectos dapaisagem e da história de uso da terra (Oberdorff et al. 2002),

com exceção de alguns estudos produzidos na América doNorte (Roth et al. 1996, Stauffer et al. 2000), Europa(Angermeier & Davideanu 2004) e Brasil (Araújo et al. 2003,Bozzetti & Schulz 2004).

Na região noroeste do Estado de São Paulo restamapenas 3,3 % de vegetação natural (SMA/IF 2005), dispostosem pequenos fragmentos (a maioria com até 10 ha), o que acaracteriza como uma das mais degradadas áreas do Estado.Na bacia do Rio São José dos Dourados, o Córrego da ÁguaLimpa é a principal fonte de abastecimento para a cidade deMonte Aprazível e, em razão de tal importância, foiimplementado um plano de recuperação de suas matasciliares, com a coordenação do Ministério Público de MonteAprazível e participação da CATI (Coordenadoria deAssistência Técnica e Integral) e do 4º Batalhão da PolíciaAmbiental do Estado de São Paulo.

O presente estudo teve o objetivo de avaliar o estado deconservação do Córrego da Água Limpa, por meio da adaptaçãode um índice de integridade biótica empregando característicasda ictiofauna, passível de ser utilizado para monitorar em longoprazo os efeitos do plano de recuperação das matas ciliaresrecentemente implementado nesta micro-bacia. Investigamosainda o efeito de diferentes esforços de amostragens e ainfluência da sazonalidade no valor do IBI para cada trecho.

Material e métodosÁrea de estudo

O riacho estudado é o Córrego da Água Limpa, umafluente da margem esquerda do Rio São José dos Dourados(Figura 1), uma das principais bacias de drenagem da regiãonoroeste do Estado de São Paulo. Da área total da micro-bacia do Córrego da Água Limpa (7.384 ha), 64% são utilizadospara pastagens e 59% são considerados muito susceptíveisà erosão (A. M. da Silva dados não publicados). Ao longo deseu curso de aproximadamente 16 km até a cidade de MonteAprazível, foram selecionados quatro trechos eqüidistantes,de hierarquia fluvial crescente, cuja descrição detalhada éapresentada por Ferreira & Casatti (2006).

Coleta de peixes e análise dos conteúdosestomacais

Foram aplicados dois protocolos amostrais paraverificar a influência de diferentes esforços de coletas e dasazonalidade no cálculo do IBI. Um dos protocolos (doravanteProtocolo 1) foi aplicado em abril de 2004, utilizando-se deduas passagens de pesca elétrica em 75 metros de extensãoem cada trecho, bloqueado nos limites jusante e montante, deacordo com metodologia modificada a partir de Mazzoni et al.(2000) e Castro et al. (2003). Em um segundo protocolo(doravante Protocolo 2) foi aplicada uma passagem de pescaelétrica em 60 metros de extensão em cada trecho, nos trêsprincipais meses dos períodos seco (julho, agosto e setembrode 2004) e chuvoso (janeiro, fevereiro e março de 2005),totalizando seis amostragens em cada trecho. Em ambos os

Page 3: Integridade biótica de um córrego na bacia do Alto Rio Paraná

http://www.biotaneotropica.org.br

Ferreira, C.P. and Casatti, L.- Biota Neotropica, v6 (n3) - bn00306032006 3

Figura 1. Localização da área de estudo no sistema do Alto Rio Paraná e no Estado de São Paulo, sudeste do Brasil (acima) e os trechosestudados (1-4) ao longo do Córrego da Água Limpa, mostrando sua proximidade com as cidades de Neves Paulista e Monte Aprazível (abaixo).Figure 1. Location of the study area in the Alto Rio Paraná system and in the São Paulo State, southeastern Brazil (above) and the studiedstretches (1-4) along the Córrego da Água Limpa, showing their proximity with the cities of Neves Paulista and Monte Aprazível (below).

Page 4: Integridade biótica de um córrego na bacia do Alto Rio Paraná

http://www.biotaneotropica.org.br

Ferreira, C.P. and Casatti, L.- Biota Neotropica, v6 (n3) - bn00306032006

protocolos, os exemplares capturados foram fixados emsolução de formalina a 10% e, após 36 horas, em média,transferidos para solução de EtOH a 70%. Os exemplares fo-ram depositados na Coleção de Peixes do Departamento deZoologia e Botânica (DZSJRP 8038-8312), UniversidadeEstadual Paulista, São José do Rio Preto, Brasil.

Com a finalidade de identificar atributos de naturezatrófica, foi analisada a dieta de todas as espécies coletadascom o Protocolo 2. Para cada item alimentar encontrado nosconteúdos gástricos foi calculada a freqüência de ocorrência(Gelwick & Matthews 1996) e a dominância (Frost & Went1940 apud Hynes 1950), esta dada como a porcentagem donúmero de vezes em que o item ocupa a maior parte doconteúdo de cada estômago em função do número total deexemplares analisados. Os grupos tróficos de cada espécie(com mais que cinco indivíduos coletados, possuindoconteúdo estomacal) foram determinados a partir daidentificação dos itens mais dominantes e freqüentes; paratal, a dominância (eixo y) de cada item foi plotada em funçãoda freqüência de ocorrência (eixo x), segundo a proposta deBennemann et al. (2006), que consiste em uma adaptação dométodo gráfico de Costello (1990).

Composição do cenário referência para cadatrecho e seleção de atributos biológicos

Um cenário referência deveria representar ascondições existentes numa época anterior à intensaocupação dos continentes pelo homem, o que é praticamenteimpossível. Assim, idealmente um cenário referência deveriaser determinado com base em condições observadas emáreas que sofreram a menor interferência antrópica possível,tanto em escala regional quanto sítio-específico (Hughes1995). Além disso, para se avaliar os reais danos antrópicoscausados aos ambientes aquáticos, são necessáriasadaptações em atributos já utilizados ou elaboração de novosatributos, de acordo com as características fisiográficas daregião e da biota local (Tejerina-Garro et al. 2005). No presenteestudo foi adotada a abordagem sítio-específico, visto quecada trecho possui fisionomias diferenciadas, o que tornariaimpraticável aplicar um mesmo cenário referência para aferira integridade biótica de todos os trechos e, de acordo comas características de cada trecho e da composição daictiofauna, alguns atributos consagrados na literatura fo-ram adaptados e outros novos foram propostos.

Para compor o cenário referência do trecho 1 do Córregoda Água Limpa (1ª ordem) foram utilizadas informações deestudos realizados em áreas de referência na bacia do AltoRio Paraná (Casatti 2002, 2003, 2005, Casatti et al. 2001, Castroet al. 2003) e foram selecionadas nove métricas com poder dediscriminar riachos referência daqueles impactados (LilianCasatti, estudo em preparação). A determinação de cenáriosreferência para os demais trechos foi prejudicada em razão daescassez de áreas de referência comparáveis, do longohistórico de degradação da região (há pelo menos 100 anos,segundo Monbeig 1998) e da falta de conhecimento sobre ohistórico de uso do solo, que dificulta ainda mais a

determinação da magnitude dos danos ocasionados (Hardinget al. 1998). Assim, os cenários referência para trechos desegunda a quarta ordem foram compostos a partir dacombinação de informações publicadas, dados da coleçãocientífica do Departamento de Zoologia e Botânica (DZSJRP)do Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas (UNESPcampus de São José do Rio Preto) e experiência de campo dosautores E importante salientar que o conjunto de atributosbiológicos para os trechos de segunda a quarta ordem sãode natureza qualitativa, e sua validação está condicionada àrealização de testes adicionais.

O cenário referência para o trecho 2 foi adaptado apartir do estudo de Castro & Casatti (1997), no qual foramanalisadas características bióticas e abióticas de um riachoafluente do Rio Pardo, que naquela época corria dentro de umdos raros fragmentos íntegros da região norte do Estado deSão Paulo (Tabela 1). Para o trecho 3 foi utilizado o trabalhode Stopiglia (2001), desenvolvido na porção florestada doRibeirão Bonito, localizada no parque Estadual Morro doDiabo, município de Teodoro Sampaio (Tabela 1). O cenárioreferência para o trecho 4 foi elaborado com base em coletasrealizadas por Valdener Garutti no Córrego da Barra Funda,município de São José do Rio Preto, durante o período secode 1980 (Tabela 1), e tais informações foram obtidas peranteconsulta à Coleção de Peixes do Departamento de Zoologia eBotânica (também disponível em http://www.splink.org.br).

Pontuação dos atributosApós definir o conjunto de atributos que melhor

discrimina os riachos referência daqueles impactados, fo-ram estabelecidos o escore superior e inferior para cadaatributo. O escore superior representa 75% ou mais dacondição encontrada nas referências; o escore inferiorcorresponde a 25% ou menos da condição encontrada nasreferências (Schleiger 2000). Ao primeiro caso é dada a nota5; ao segundo caso, nota 1; condições intermediárias, ouseja, entre 75 e 25% das encontradas nas referências,recebem nota 3. Tais valores foram adaptados a partir doestudo de Roth et al. (1999), onde os autores delimitam osescores extremos como 50 e 10%. O IBI para cada trecho foideterminado a partir do cálculo da média dos escores detodos os atributos e classificado em uma das quatrocategorias de integridade biótica (Tabela 2).

Resultados e DiscussãoCom o Protocolo 1foram coletadas 22 espécies,

totalizando 338 indivíduos (Tabela 3), e com o Protocolo 2foram coletadas 27 espécies e 1.241 indivíduos, dos quais563 (45,4%) no período seco e 678 (54,6%) no períodochuvoso (Tabela 3). Os grupos tróficos (Tabela 4) foramdeterminados para aquelas espécies com pelo menos cincoindivíduos coletados com o Protocolo 2 (Figuras 2 a 4). Nocaso de espécies com menos de cinco indivíduos coletados,foram mencionados apenas os itens mais abundantes nosconteúdos gástricos (Tabela 4).

Page 5: Integridade biótica de um córrego na bacia do Alto Rio Paraná

http://www.biotaneotropica.org.br

Ferreira, C.P. and Casatti, L.- Biota Neotropica, v6 (n3) - bn00306032006

Simuliidae

0.0

50.0

100.0

0.0 50.0 100.0

Frequência de ocorrência (%)

Do

min

ânci

a (%

)

frag.animal

0.0

50.0

100.0

0.0 50.0 100.0

Frequência de ocorrência (%)

Do

min

ânci

a (%

)

Aspidoras fuscoguttatus (n=16) Astyanax altiparanae (n=16)

frag.animal

0.0

50.0

100.0

0.0 50.0 100.0

Frequência de ocorrência (%)

Do

min

ânci

a (%

)

frag.ins.aquát.

0.0

50.0

100.0

0.0 50.0 100.0

Frequência de ocorrência (%)

Do

min

ânci

a (%

)

Callichthys callichthys (n=6) Corydoras aeneus (n=16)

frag.ins.aquát.

0

50

100

0 50 100

Frequência de ocorrência (%)

Do

min

ânci

a (%

)

detrito

0.0

50.0

100.0

0.0 50.0 100.0

Frequência de ocorrência (%)

Do

min

ânci

a (%

)

Crenicichla britski (n=20) Cyphocharax vanderi (n=7)

larva Trichoptera

0.0

50.0

100.0

0.0 50.0 100.0

Frequência de ocorrência (%)

Do

min

ânci

a (%

)

frag.ins.aquát.

0

50

100

0 50 100

Frequência de ocorrência (%)

Do

min

ânci

a (%

)

Eigenmannia virescens (n=6) Gymnotus carapo (n=20)

Figura 2. Representação gráfica da dominância (eixo y) e freqüência de ocorrência (eixo x) dos itens alimentares encontrados nos conteúdosgástricos de Aspidoras fuscoguttatus, Astyanax altiparanae, Callichthys callichthys, Corydoras aeneus, Crenicichla britskii, Cyphocharaxvanderi, Eigenmannia virescens e Gymnotus carapo no Córrego da Água Limpa. Os números entre parênteses se referem aos indivíduos quecontinham conteúdo gástrico.Figure 2. Graphic representation of the dominance (axis y) and frequency of occurrence (axis x) of the feeding items registered in the gastriccontents of Aspidoras fuscoguttatus, Astyanax altiparanae, Callichthys callichthys, Corydoras aeneus, Crenicichla britskii, Cyphocharaxvanderi, Eigenmannia virescens and Gymnotus carapo from the Córrego da Água Limpa. The numbers between parentheses means thenumber of examined specimens with gastric contents.

i

Page 6: Integridade biótica de um córrego na bacia do Alto Rio Paraná

http://www.biotaneotropica.org.br

Ferreira, C.P. and Casatti, L.- Biota Neotropica, v6 (n3) - bn00306032006

detrito

0

50

100

0 50 100

Frequência de ocorrência (%)

Do

min

ânci

a (%

)

detrito

0.0

50.0

100.0

0.0 50.0 100.0

Frequência de ocorrência (%)

Do

min

ânci

a (%

)

Hisonotus francirochai (n=10) Hisonotus insperatus (n=18)

detrito

0.0

50.0

100.0

0.0 50.0 100.0

Frequência de ocorrência (%)

Do

min

ânci

a (%

)

detrito

0

50

100

0 50 100

Frequência de ocorrência (%)D

om

inân

cia

(%)

Hypostomus ancistroides (n=14) Hypostomus nigromaculatus (n=17)

detrito

0.0

50.0

100.0

0.0 50.0 100.0

Frequência de ocorrência (%)

Do

min

ânci

a (%

)

frag.ins.aquát.

0

50

100

0 50 100

Frequência de ocorrência (%)

Do

min

ânci

a (%

)

Hypostomus variipictus (n=20) Imparfinis mirini (n=20)

frag. animal

ninfa Ephemeroptera

0.0

50.0

100.0

0.0 50.0 100.0

Frequência de ocorrência (%)

Do

min

ânci

a (%

)

algas

0.0

50.0

100.0

0.0 50.0 100.0

Frequência de ocorrência (%)

Do

min

ânci

a (%

)

Oligosarcus pintoi (n=19) Parodon nasus (n=7)

Figura 3. Representação gráfica da dominância (eixo y) e freqüência de ocorrência (eixo x) dos itens alimentares encontrados nos conteúdosgástricos de Hisonotus francirochai, H. insperatus, Hypostomus ancistroides, H. nigromaculatus, H. variipictus, Imparfinis mirini, Oligosarcuspintoi e Parodon nasus no Córrego da Água Limpa. Os números entre parênteses se referem aos indivíduos que continham conteúdo gástricoFigure 3. Graphic representation of the dominance (axis y) and frequency of occurrence (axis x) of the feeding items registered in the gastriccontents of Hisonotus francirochai, H. insperatus, Hypostomus ancistroides, H. nigromaculatus, H. variipictus, Imparfinis mirini, Oligosarcuspintoi and Parodon nasus from the Córrego da Água Limpa. The numbers between parentheses means the number of examined specimens withgastric contents.

Page 7: Integridade biótica de um córrego na bacia do Alto Rio Paraná

http://www.biotaneotropica.org.br

Ferreira, C.P. and Casatti, L.- Biota Neotropica, v6 (n3) - bn00306032006

detrito

0

50

100

0 50 100

Frequência de ocorrência (%)

Do

min

ânci

a (%

)

frag.ins.aquát.

0

50

100

0 50 100

Frequência de ocorrência (%)

Do

min

ânci

a (%

)

Phalloceros caudimaculatus (n=20) Piabina argentea (n=20)

detrito

0

50

100

0 50 100

Frequência de ocorrência (%)

Do

min

ânci

a (%

)

frag.ins.aquát.

0.0

50.0

100.0

0.0 50.0 100.0

Frequência de ocorrência (%)

Do

min

ânci

a (%

)

Poecilia reticulata (n=20) Rhamdia quelen (n=13)

algas

0.0

50.0

100.0

0.0 50.0 100.0

Frequência de ocorrência (%)

Do

min

ânci

a (%

)

Serrapinnus notomelas (n=11)

Figura 4. Representação gráfica da dominância (eixo y) e freqüência de ocorrência (eixo x) dos itens alimentares encontrados nos conteúdosgástricos de Phalloceros caudimaculatus, Piabina argentea, Poecilia reticulata, Rhamdia quelen e Serrapinnus notomelas no Córrego da ÁguaLimpa. Os números entre parênteses se referem aos indivíduos que continham conteúdo gástrico.Figure 4. Graphic representation of the dominance (axis y) and frequency of occurrence (axis x) of the feeding items registered in the gastriccontents of Phalloceros caudimaculatus, Piabina argentea, Poecilia reticulata, Rhamdia quelen e Serrapinnus notomelas from the Córrego daÁgua Limpa. The numbers between parentheses means the number of examined specimens with gastric contents.

Page 8: Integridade biótica de um córrego na bacia do Alto Rio Paraná

http://www.biotaneotropica.org.br

Ferreira, C.P. and Casatti, L.- Biota Neotropica, v6 (n3) - bn00306032006

Análise dos atributos biológicos para cada trechoTodos os atributos considerados quali ou

quantitativamente consistentes para responder aos impactosantrópicos impostos ao Córrego da Água Limpa estãomencionados na Tabela 5. Os valores dos atributos dostrechos estudados no Córrego da Água Limpa, baseadosno cenário referência adaptado para cada um deles, e seusrespectivos escores estão listados nas Tabelas 6 a 9.

Os atributos “número de espécies nativas” e“número de categorias tróficas” foram adaptados a cadatrecho, visto que a riqueza e complexidade trófica tendema aumentar conforme a hierarquia fluvial (Barreto & Uieda1998, Casatti 2005, Braga & Andrade 2005). Os valorespara os atributos “percentual de indivíduos tolerantes”,“percentual de abundância de Poecilia reticulata” e“percentual de riqueza de Characiformes e Siluriformes”foram os mesmos atribuídos aos trechos de primeira ordem,visto que refletem padrões gerais encontrados em riachosde regiões pouco impactadas na bacia do Alto Rio Paraná(Böhlke et al. 1978, Lowe-McConnell 1987, Menezes 1996,Castro & Menezes 1998).

Avaliação da integridade bióticaComparação entre diferentes protocolos deamostragem

O IBI obtido por meio dos dois protocolos deamostragem foi semelhante para cada trecho (Tabelas 10 a13). Houve pequenas variações quanto aos escores dealguns atributos, com pouca influência na nota final. Assim,para riachos de baixa ordem, é possível obter dadosconsistentes para análises de integridade biótica daictiofauna empregando um menor esforço de coleta(Protocolo 1), onde foram aplicadas duas passagens de pescaelétrica em 75 metros de extensão em uma única ocasião.

Dentre os estudos realizados com o propósito deadequar IBIs utilizando atributos da ictiofauna em riachos,há grande variação entre os esforços amostraisestabelecidos em função da largura e profundidade doriacho. Em geral são empregados protocolos amostraiscapazes de explorar uma amostra representativa de hábitatspresentes no local (p. ex., Karr 1981), podendo variar deduas passagens de pesca elétrica em 75 metros de extensão(Roth et al. 1999), uma passagem de pesca elétrica em 93metros (Schleiger 2000) ou ainda três passagens de pescaelétrica em 100-150 metros (Bozzetti & Schulz 2004). Apesarda pesca elétrica se mostrar um método eficiente paracoletar peixes em riachos de baixa ordem, vários fatorespodem afetar sua eficiência, dentre os quais condutividade,turbidez, flutuações sazonais, velocidade da corrente e,principalmente, profundidade e largura do canal (Zalewski& Cowx 1990).

Comparação entre os períodos do anoFoi calculado o IBI entre os períodos do ano,

utilizando dados obtidos com o Protocolo 2 de amostragem.Foi observada menor integridade no trecho 2 no períodoseco, sendo que para os demais trechos não houve alteraçãodo valor final do IBI (Tabelas 10 a 13).

Os valores de IBI do Córrego da Água Limpa variarampouco com relação à sazonalidade. A única mudança decategoria foi referente ao trecho 2, que passou de pobre noperíodo seco para regular no período chuvoso e pode serexplicada pelos maiores escores dos atributos “percentualde indivíduos tolerantes à hipóxia”, “riqueza de espéciesnativas” e “riqueza de espécies nectônicas”. Neste caso, amelhoria na qualidade desses atributos pode estarocasionalmente associada ao recrutamento de espécies deáreas adjacentes devido ao aumento no volume de água.Pouca influência sazonal no IBI também foi registrada porBozzetti & Schulz (2004) em riachos do Sul do Brasil. Emlocais com maior grau de poluição química, contudo, Araújo(1998a) observou maiores valores de IBI no período seco emenores no período chuvoso, explicando tais resultadospelo maior aporte de material alóctone para dentro dostrechos estudados, diminuindo a qualidade química da águae influenciando negativamente o valor final do IBI.

Comentários GeraisHouve pouca alteração da integridade biótica perante

diferentes esforços de amostragem e entre os períodos secoe chuvoso (Tabela 14). Por tais razões e para que seja possívelcomparar os quatro trechos do Córrego da Água Limpa comooutros estudos em andamento no noroeste do Estado deSão Paulo (L. Casatti dados não publicados), ascomparações com condições físicas, químicas e estruturaisdo hábitat (Tabela 14) foram conduzidas com o IBI calculadopara o Protocolo 1 de amostragem.

Paralelamente ao cálculo do IBI de cada trecho, fo-ram também calculados o Índice de Qualidade Química parariachos (“Stream Water Index”, SWI) e o Índice Físico doHábitat (“Physical Habitat Index”, PHI), seguindo propostase adaptações de Casatti et al. (2006). Os detalhes dasavaliações do SWI e PHI no Córrego da Água Limpa estãoapresentados e discutidos por Ferreira & Casatti (2006). OSWI foi considerado bom para todos os trechos; por outrolado, o PHI foi considerado regular para os trechos 1 e 4 epobre para os trechos 2 e 3 (Tabela 14).

A integridade da biota aquática pode ser influenciadapela queda na qualidade química da água (Karr 1993),representada tanto pela lavagem dos solos contendodefensivos agrícolas e adubos à base de nitrogênio e fósforo(Brodie & Mitchell 2005) quanto pela descarga de esgotodoméstico. Tais compostos, quando lançados na água,podem reduzir as concentrações de oxigênio dissolvido queé consumido durante a decomposição das altas quantidades

Page 9: Integridade biótica de um córrego na bacia do Alto Rio Paraná

http://www.biotaneotropica.org.br

Ferreira, C.P. and Casatti, L.- Biota Neotropica, v6 (n3) - bn00306032006

de compostos orgânicos e conseqüentemente ocasionar amortandade de muitas espécies de peixes menos tolerantesa tais condições (Eklöv et al. 1998). Um outro tipo de impactoocorre em áreas mais urbanizadas, onde indústrias despejamseus efluentes químicos in natura nos rios que corremdentro das cidades, podendo levar ao aparecimento dediversas patologias nos peixes e ao acúmulo de compostostóxicos ao longo da cadeia trófica, além de eliminar espéciesmais sensíveis (DelValls et al. 1998, Eklöv et al. 1998). Ascondições registradas no Córrego da Água Limpa indicamque a qualidade química da água não influencia diretamentea integridade biótica local. Contudo, as nascentes desseriacho estão localizadas na periferia do município de NevesPaulista, e a manutenção das boas condições registradasdepende da prevenção de lançamento inadequado deefluentes domésticos.

Mais interligados, no entanto, foram os resultadosda integridade física do hábitat e da integridade biótica decada trecho. O trecho 1 apresentou integridade física regu-lar, reflexo principalmente da boa diversidade de hábitats(poços, corredores e corredeiras). Tal diversidade de hábitatspermite a ocorrência de várias espécies com característicasbiológicas diferenciadas, tais como Astyanax altiparanaee Piabina argentea, espécies nectônicas, que ocupam acoluna d’água; Aspidoras fuscoguttatus e Corydorasaeneus que forrageiam no fundo arenoso; Gymnotus carapoque utiliza os bancos de gramíneas marginais para abrigo eforrageio e Hypostomus nigromaculatus que ocorre nascorredeiras de substrato rochoso. A alta diversidade deespécies e eqüitabilidade possivelmente estão associadasà maior heterogeneidade de hábitats disponíveis (Ferreira& Casatti 2006). Tais características de estrutura ecomposição da ictiocenose se refletem no IBI do trecho 1,que obteve os maiores escores nos atributos “número deespécies nativas”, “número de espécies de corredeiras”,“percentual de espécies reofílicas”, “percentual deabundância de P. reticulata” e “dominância”.

No trecho 2 o PHI foi considerado pobre,principalmente por ser um corredor único, sem diversidadede hábitats e substrato instável, fatores que favoreceramalgumas espécies mais generalistas de hábitos bentônicosem fundo arenoso e, em contraste, inviabilizaram a ocorrênciade espécies reofílicas. Tais fatores também foram refletidosno IBI; por exemplo, a abundância de gramíneas nas margens,ao longo de todo trecho, disponibilizam um micro-hábitatque favorece a ocupação de G. carapo, espécie que, sendodominante no ambiente (Ferreira & Casatti 2006), contribuicomo um atributo de influência negativa no IBI. A elevadaabundância de P. reticulata nesse trecho também colaboroupara a queda no resultado final do IBI, pois além de ser umaespécie exótica, está geralmente associada a hábitatssimplificados, alimenta-se de uma grande variedade derecursos e possui poucas exigências quanto à disponibilidadede sítios para reprodução (Reznick & Bryga 1987, Trexler1988, Oliveira & Bennemann 2004). A ausência de espécies

reofílicas e o baixo percentual de espécies de Characiformese Siluriformes notadamente influenciaram o baixo valor doIBI neste trecho.

No trecho 3 foi marcante a baixa riqueza de espécies,quando comparado com a condição referência e algumascaracterísticas físicas podem estar diretamente associadasà baixa integridade biótica encontrada neste trecho. A baixaestabilidade do substrato, elevada turbidez e profundidadedeste local podem inviabilizar o estabelecimento do perifítone, conseqüentemente, a ocorrência de espécies de hábitosperifitívoros, como os parodontídeos e loricariídeos. Aausência de vegetação ripária, também inviabiliza aocorrência de espécies que se alimentam exclusivamente dematerial vegetal alóctone, como frutos e sementes. Em razãoda ausência dessas várias categorias de espécies, os escoresdos atributos “número de espécies nativas”, “percentualde indivíduos perifitívoros”, “número de espécies da famíliaCurimatidae”, “número de espécies de Characiformesfrugívoros ou herbívoros alóctones” e “número de espéciespiscívoras” receberam pontuação muito baixa ou não forampontuados, influenciando negativamente a nota final do IBIdeste trecho, classificado como muito pobre.

O trecho 4, embora estruturalmente menosheterogêneo do que o trecho 1 em razão da predominânciade corredeiras, também mostrou integridade biótica regular.Tal resultado se deve principalmente às característicasfísicas do hábitat que disponibilizam micro-hábitats paradiversas espécies de hábitos reofílicos, especialmenteSiluriformes, influenciando positivamente o IBI. Além disso,em razão da forte correnteza, não foram registrados micro-hábitats que seriam utilizados por espécies tolerantes e porP. reticulata, contribuindo para que os escores dessesatributos fossem altos.

Em síntese, mesmo com o emprego de atributos aindanão testados quantitativamente (trechos 2-4) em razão daurgência no desenvolvimento deste protocolo demonitoramento, ficou evidente que a integridade biótica doCórrego da Água Limpa sofre notável influência da estruturado hábitat. A combinação de ferramentas de análise queincluem informações físicas, químicas, estruturais do hábitate biológicas, tal como aplicada neste estudo, permitirá realizarum monitoramento em longo prazo da micro-bacia emquestão, empregando pouco tempo de trabalho no campo,baixo custo e rápida liberação de resultados. Finalmente,consideramos fundamental o incentivo à preservação deremanescentes florestais na região e seus corpos d’água,que serão valiosos como áreas comparativas em futurosestudos de biomonitoramento.

AgradecimentosAgradecemos à equipe do Laboratório de Ictiologia

DZSJRP-IBILCE pelo auxílio no campo; Francisco Langeanipelo auxílio nas identificações taxonômicas dos peixes;

Page 10: Integridade biótica de um córrego na bacia do Alto Rio Paraná

http://www.biotaneotropica.org.br

Ferreira, C.P. and Casatti, L.- Biota Neotropica, v6 (n3) - bn00306032006

Alexandre M. Silva pela análise de uso e ocupação do soloda micro-bacia; Departamento de Zoologia e Botânica ePrograma de Pós-Graduação em Biologia Animal IBILCE-UNESP pelo apoio; IBAMA pela licença de coleta (001/2003);4º Batalhão da Polícia Ambiental do Estado de São Paulopelo auxílio na localização e reconhecimento dos pontos decoleta; Ricardo M. C. Castro, Sirlei T. Bennemann eassessores anônimos por valiosas sugestões. Este trabalhofoi financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa doEstado de São Paulo (FAPESP) dentro do ProgramaBIOTASP/FAPESP - O Instituto Virtual da Biodiversidade(www.biota.org.br) - através do Auxílio à Pesquisa“Avaliação da integridade biótica dos riachos da regiãonoroeste do Estado de São Paulo, bacia do Alto Paraná,utilizando comunidades de peixes” (FAPESP nº 01/13340-7).As autoras foram bolsistas da FAPESP (processos nº 02/05996-2, 03/09612-7).

Referências bibliográficasALLAN, J.D. & FLECKER, A.S. 1993. Biodiversity conser-

vation in running waters. BioScience 43:32-43.ANGERMEIER, P.L. & KARR, J.R. 1986. Applying an index

of biotic integrity based on stream-fish communities:considerations in sampling and interpretation. N. Am. J.Fish. Manage. 6:418-429.

ANGERMEIER, P.L. & DAVIDEANU, G. 2004. Using fishcommunities to assess streams in Romania: initial de-velopment of an index biotic integrity. Hydrobiol.511:65-78.

ARAÚJO, F.G. 1998a. Adaptação do índice de integridadebiótica usando a comunidade de peixes para o Rio Paraíbado Sul. Revta Bras. Zool. 58:547-558.

ARAÚJO, F.G. 1998b. Uso da taxocenose de peixes comoindicadora de degradação ambiental no Rio Paraíba doSul, Rio de Janeiro, Brasil. Braz. Arch. Biol. Technol.41:370-378.

ARAÚJO, F.G., FICHBERG, I., PINTO, B.C.T. & PEIXOTO,M.G. 2003. A preliminary index of biotic integrity for moni-toring the condition of the Rio Paraíba do Sul, southeastBrazil. Environ. Manage. 32:516-526.

BARRETO, M.G. & UIEDA, V.S. 1998. Influence of the abi-otic factors on the ichthyofauna composition in differ-ent orders stretches of Capivara River, São Paulo State,Brazil. Verh. Internat. Verein. Limnol. 26:2180-2183.

BENNEMANN, S.T., CASATTI, L. & OLIVEIRA, D.C. 2006.Alimentação de peixes: proposta para análise de itensregistrados em conteúdos gástricos. Biota Neotrop.6(2):http://www.biotaneotropica.org.br/v6n2/pt/abstract?article+bn01206022006

BÖHLKE, J., WEITZMANN, S.H. & MENEZES, N.A. 1978.Estado atual da sistemática de peixes de água doce daAmérica do Sul. Acta Amaz. 8:657-677.

BOZZETTI, M. & SCHULZ, U.H. 2004. An index of bioticintegrity based on fish assemblages for subtropicalstreams in southern Brazil. Hydrobiol. 529:133-144.

BRAGA, F.M.S. & ANDRADE, P.M. 2005. Distribuição depeixes na microbacia do Ribeirão Grande, Serra daMantiqueira Oriental, São Paulo, Brasil. Iheringia, Ser.Zool. 95:121-126.

BRODIE, J.E. & MITCHELL, A.W. 2005. Nutrients in Aus-tralian tropical rivers: changes with agricultural devel-opment and implications for receiving environments. Mar.Fresh. Res. 56:279-302.

CALLISTO, M., MORETTI, M. & GOULART, M. 2001.Macroinvertebrados bentônicos como ferramenta paraavaliar a saúde de riachos. Rev. Bras. Rec. Hídricos6:71-82.

CASATTI, L. 2002. Alimentação dos peixes em um riacho doParque Estadual Morro do Diabo, bacia do Alto RioParaná, Sudeste do Brasil. Biota Neotrop. 2(2):http://w w w . b i o t a n e o t r o p i c a . o r g . b r / v 2 n 2 / p t /abstract?article+BN02502022002

CASATTI, L. 2003. Biology of a catfish, Trichomycterus sp.(Pisces, Siluriformes), in a pristine stream in the Morrodo Diabo State Park, Southeastern Brazil. Stud. Neotrop.Fauna Environ. 38:105-110.

CASATTI, L. 2005. Fish assemblage structure in a first or-der stream, Southeastern Brazil: longitudinal distribu-tion, seasonality and microhabitat diversity. BiotaNeotrop. 5(1):http://www.biotaneotropica.org.br/v5n1/pt/abstract?article+BN02505012005

CASATTI, L., LANGEANI, F. & CASTRO, R.M.C. 2001.Peixes de riacho do Parque Estadual Morro do Diabo,bacia do Alto Rio Paraná, SP. Biota Neotrop. 1(1/2):http:// w w w. b i o t a n e o t r o p i c a . o r g . b r / v 1 n 1 2 / p t /abstract?inventory+BN00201122001

CASATTI, L., SILVA, A.M., LANGEANI, F. & CASTRO,R.M.C. 2006. Stream fishes, water and habitat quality ina pasture dominated basin, Southeastern Brazil. Braz. J.Biol. 66:681-696.

CASTRO, R.M.C.& CASATTI, L. 1997. The fish faunafrom a small forest stream of the upper Paraná Riverbasin, southeastern Brazil. Ichthyol. Explor. Freshwa-ters 7:337-352.

CASTRO, R.M.C. & MENEZES, N.A. 1998. Estudodiagnóstico da diversidade de peixes do Estado de SãoPaulo. In Biodiversidade do Estado de São Paulo, Brasil:síntese do conhecimento ao final do século XX, 6,vertebrados (R.M.C. Castro, ed.). WinnerGraph &FAPESP, São Paulo, p.1-13.

Page 11: Integridade biótica de um córrego na bacia do Alto Rio Paraná

http://www.biotaneotropica.org.br

Ferreira, C.P. and Casatti, L.- Biota Neotropica, v6 (n3) - bn00306032006

CASTRO, R.M.C., CASATTI, L., SANTOS, H.F., FERREIRA,K.M., RIBEIRO, A.C., BENINE, R.C., DARGIS, G.Z.P.,MELO, A.L.A., STOPIGLIA, R., ABREU, T.X.,BOCKMANN, F.A., CARVALHO, M., GIBRAN, F.Z. &LIMA, F.T.C. 2003. Estrutura e composição da ictiofaunade riachos do Rio Paranapanema, sudeste do Brasil. BiotaNeotrop. 3(1):http://www.biotaneotropica.org.br/v3n1/pt/abstract?article+BN01703012003

COSTELLO, M.J. 1990. Predator feeding strategy and prey im-portance: a new graphical analysis. J. Fish Biol. 36:261-263.

DELVALLS, T.A., CONRADI, M., GARCIA-ADIEGO, E.,FORJA, J.M. & GÓMEZ-PARRA, A. 1998. Analysis ofmacrobenthic community structure in relation to differ-ent environmental sources of contamination in two lit-toral ecosystems from the Gulf of Cádiz (SW Spain).Hydrobiol. 385:59-70.

EKLÖV, A.G., GREENBERG, L.A., BRÖNMARK, C.,LARSSON, P. & BERGLUND, O. 1998. Response ofstream fish to improved water quality: a comparison be-tween the 1960s and 1990s. Freshwater Biol. 40:771-782.

FERREIRA, C.P. & CASATTI, L. 2006. Influência da estruturado hábitat sobre a ictiofauna de um riacho em uma mi-cro-bacia de pastagem, São Paulo, Brasil. Revta Bras.Zool. 23:642-651.

FROST, W.E. & WENT, A.E.J. 1940. River Liffey survey. III.The growth and food of young salmon. Proc. R. IrishAcad. 46B:53-80.

GANASAN, V. & HUGHES, R.M. 1998. Application of anindex of biological integrity (IBI) to fish assemblages ofthe rivers Khan and Kshipra (Madhya Pradesh), India.Freshwater Biol. 40:367-83.

GARUTTI, V. 1988. Distribuição longitudinal da ictiofaunaem um córrego da região noroeste do Estado de SãoPaulo, bacia do rio Paraná. Rev. Brasil. Biol., 48:747-759.

GELWICK, F. P. & MATTHEWS, W. J. 1996. Trophic relationsof stream fishes. In Methods in stream ecology (G. Lamberti& R. Hauer, eds.). Academic Press, New York, p.475-492.

GORMAN, O.T. & KARR, J.R. 1978. Habitat structure andstream fish communities. Ecology 59:507-515.

HARDING, J.S., BENFIELD, E.F., BOLSTAD, P.V., HELFMAN,G.S. & JONES III, E.B.D. 1998. Stream biodiversity: The ghostof land use past. Proc. Nat. Acad. Sci. 95:14843-14847.

HARRIS, J.H. 1995. The use of fish in ecological assess-ments. Aust. J. Ecol. 20:65-80.

HILL, B.H., HERLIHY, A.T., KAUFFMANN, P.R.,STEVERSON, R.J., MCCORMICK, F.H. & JOHNSON,C.B. 2000. Use of periphyton assemblage data as an in-dex of biotic integrity. J. North Am. Benth. Soc. 19:50-67.

HUGHES R.M. 1995. Defining acceptable biological statusby comparing with reference conditions. In Biologicalassessment and criteria: tools for water resource plan-ning and decision making (W.S. Davis & T.P. Simon,eds.). CRC Press Inc., Boca Raton, Florida, p.31-47.

HYNES, H.B.N. 1950. The food of fresh-water sticklebacks(Gasterosteus aculeatus and Pygosteus pungitius), witha review of methods used in studies of the food of fishes.J. Anim. Ecol. 19:36-57.

JAMESON, S.C., ERDMANN, M.V., KARR, J.R. & POTTS,K.W. 2001. Charting a course toward diagnostic moni-toring: a continuing review of coral reef attributes and aresearch strategy for creating coral reef indexes of bioticintegrity. B. Mar. Sci. 69:701-44.

JOY, M.K. & DEATH, R.G. 2004. Application of the index ofbiotic integrity methodology to New Zealand freshwa-ter fish communities. Environ. Manage. 34:415-428.

KAMDEM TOHAM, A.K. & TEUGELS, G.G. 1999. Firstdata on an index of biotic integrity (IBI) based on fishassemblages for the assessment of the impact of defor-estation in a tropical West African river system.Hydrobiol. 397:29-38.

KARR, J.R. 1981. Assessment of biotic integrity using fishcommunities. Fisheries 6:21-27.

KARR, J.R. 1993. Measuring biological integrity: lessonsfrom streams. In Ecological integrity and the manage-ment of ecosystems (S. Woodley, J. Ray & G. Francis,eds.). Saint Lucie Press, Ottawa, p.83-103.

KARR, J.R. 1999. Defining and measuring river health. Fresh-water Biol. 41:221-234.

KARR, J.R. & SCHLOSSER, I.J. 1978. Water resources andthe land-water interface. Science 201:229-234.

KARR, J.R. & DUDLEY, D.R. 1981. Ecological perspectiveon water quality goals. Environ. Manage. 5:55-68.

KARR, J.R. & DIONNE, M. 1991. Designing surveys to as-sess biological integrity in lakes and reservoirs. In Bio-logical criteria: research and regulation. U.S. Environ-mental Protection Agency, Washington D.C., EPA – 440/5-91-005, p.62-72.

KARR, J.R. & CHU, E.W. 1999. Restoring life in running waters:better biological monitoring. Island Press, Washington DC.

KERANS, B.L. & KARR, J.R. 1994. A benthic index of bioticintegrity (B-IBI) for rivers of the Tennesse Valley. Ecol.Appl. 4:768-785.

KIMBERLING, D.N., KARR, J.R. & FORE, L.S. 2001. Measuringhuman disturbance using terrestrial invertebrates in the shrub-steppe of eastern Washington (USA). Ecol. Indic. 1:63-81.

LOWE-MCCONNELL, R.H. 1987. Ecologial studies in tropicalfish communities. Cambridge University Press, Cambridge.

LYONS, J., NAVARRO-PEREZ, S., COCHRAN, P.A.,SANTANA, E. & GUZMÁN-ARROYO, M. 1995. Indexof biotic integrity based on fish assemblages for theconservation of streams and rivers in West-CentralMéxico. Conserv. Biol. 9:569-584.

MAZZONI, R., FENERICH-VERANI, N. & CARAMASCHI,E.P. 2000. Electrofishing as a sampling technique forcoastal stream fish populations and communities in thesoutheast of Brazil. Rev. Brasil. Biol. 60:205-216.

Page 12: Integridade biótica de um córrego na bacia do Alto Rio Paraná

http://www.biotaneotropica.org.br

Ferreira, C.P. and Casatti, L.- Biota Neotropica, v6 (n3) - bn00306032006

MENEZES, N. A. 1996. Methods for assessing freshwaterfish diversity. In Biodiversity in Brazil (C.E.M. Bicudo &N.A. Menezes, eds.). CNPq, São Paulo, p.289-295.

MICACCHION, M. 2002. Amphibian index of biotic integ-rity (AmphIBI) for wetlands. Final Report EPA GrantnºCD985875-01, Ohio.

MILLER, D.L., LEONARD, P.M., HUGHES, R.M., KARR, J.,MOYLE, P.B., SCHRADER, L.H., THOMPSON, B.A.,DANIELS, R.A., FAUSCH, K.D., FITZHUGH, G.A.,GAMMON, J.R., HALLIWELL, D.B., ANGERMEIER, P.L.& ORTH, D.J. 1988. Regional applications of an index ofbiotic integrity for use in water resource management.Fisheries 13:12-20.

MONBEIG, P. 1998. Pioneiros e fazendeiros de São Paulo.Hucitec, São Paulo.

OBERDORFF, T. & POCHER, J.P. 1994. An index of bioticintegrity to assess biological impacts of salmonid farmeffluents on receiving waters. Aquaculture 119:219-235.

OBERDORFF, T. & HUGHES, R.M. 1992. Modification of anindex of biotic integrity based on fish assemblages tocharacterize rivers of the Seine Basin, France. Hydrobiol.228:117-30.

OBERDORFF, T., PONT, D., HUGUENY, B. & PORCHER,J.P. 2002. Development and validation of a fish-basedindex for the assessment of ‘river health’ in France. Fresh-water Biol. 47:1720–1734.

OLIVEIRA, D.C. & BENNEMANN, S.T. 2004. Ictiofauna,recursos alimentares e relações com as interferênciasantrópicas em um riacho urbano no sul do Brasil. BiotaNeotrop. 5(1):http://www.biotaneotropica.org.br/v5n1/pt/abstract?article+BN02905012005

REZNICK, D.N. & BRYGA, H. 1987. Life-history evolutionin guppies (Poecilia reticulata): 1. Phenotipic and ge-netic changes in an introduction experiment. Evolution41:370-1385.

ROTH, N.E., ALLAN, J.D. & ERICKSON, D.L. 1996. Land-scape influences on stream biotic integrity assessed atmultiple spatial scales. Landscape Ecol. 11:141-156.

ROTH, N.E., SOUTHERLAND, M.T., MERCURIO, G.,CHAILLOU, J.C., KAZYAK, P.F., STRANKO, S.S.,PROCHASKA, A.P., HEIMBUCH, D.G. & SEIBEL, J.C.1999. State of the streams: 1995-1997 Maryland biologi-cal stream survey results. Prepared by Tetra Tech Inc.for the Maryland Department of Natural Resources,Monitoring and Non-Tidal Assessment division, An-napolis, Maryland, CBWP-MANTA - EA-99-6.

SCHLEIGER, S.L. 2000. Use of an index of biotic integrityto detect effects of land uses on stream fish communi-ties in West-Central Georgia. Trans. Am. Fish. Soc.129:1118-1133.

SMA/IF (Secretaria do Meio Ambiente / Instituto Florestal).2005. Inventário florestal da vegetação natural doEstado de São Paulo. Imprensa Oficial do Estado deSão Paulo, São Paulo.

STAUFFER, J.C., GOLDSTEIN, R.M. & NEWMAN, R.M.2000. Relationship of wooded riparian zones and runoffpotential to fish community composition in agriculturalstreams. Can. J. Fish. Aquat. Sci. 57:307-316.

STOPIGLIA, R. 2001. Diversidade e aspectos da biologia deduas comunidades de peixes do Ribeirão Bonito, baciado Alto Rio Paraná, SP. Monografia de Bacharelado,FFCLRP-USP, Ribeirão Preto.

STRIBLING, J.B., JESSUP, B.J., WHITE, J.S., BOWARD, D.& HURD, M. 1998. Development of a benthic index ofbiotic integrity for Maryland streams. Prepared by TetraTech Inc. for the Maryland Department of Natural Re-sources, Monitoring and Non-Tidal Assessment divi-sion, Annapolis, Maryland, CBWP-EA-98-3.

TEJERINA-GARRO, F.L., MALDONADO, M., IBAÑEZ, C.,PONT, D., ROSET, N. & OBERDORFF, T. 2005. Effects ofnatural and anthropogenic environmental changes on riv-erine fish assemblages: a framework for ecological assess-ment of rivers. Braz. Arch. Biol. Technol. 48:91-108.

TERRA, L.C.C. 2004. Avaliação da integridade biótica doRio Formoso e Córrego Bonito, na bacia do Rio Formoso,município de Bonito, Mato Grosso do Sul. Dissertaçãode Mestrado, UNIDERP, Campo Grande.

TREXLER, J.C. 1988. Phenotypic plasticity in poeciliid lifehistories. In Ecology and evolution of livebearing fishes(Poeciliidae) (G.K. Meffe & F.F. Snelson, eds.). PrenticeHall, New Jersey, p.201-214

WEISBERG, S.B., RANASINGHE, J.A., SCHAFFNER, L.C.,DIAZ, R.J., DAUER, D.M. & FRITHSEN, J.B. 1997. Anestuarine benthic index of biotic integrity (B-IBI) forChesapeake Bay. Estuaries 20:149-58.

ZALEWSKI, M. & COWX, I.G. 1990. Factors affecting the effi-ciency of electric fishing. In Fishing with electricity - appli-cations in freshwater fisheries management (I.G. Cowx & P.Lamarque, eds.). Fishing New Books, Oxford, p.89-111.

Título: Integridade biótica de um córrego na baciado Alto Rio Paraná avaliada por meio da comunidadede peixes.

Autores: Ferreira, C.P. and Casatti, L.

Biota Neotropica, Vol. 6 ( número 3 ): 2006ht tp : / /www.bio taneot rop ica .org .br /v6n3/p t /abstract?article+bn00306032006

Recebido em 15/03/06 - Versão reformulada 20/07/06Publicado em 01/09/06.

ISSN 1676-0603

Page 13: Integridade biótica de um córrego na bacia do Alto Rio Paraná

http://www.biotaneotropica.org.br

Ferreira, C.P. and Casatti, L.- Biota Neotropica, v6 (n3) - bn00306032006

Tabela 1. Abundância total e relativa de cada espécie registrada no estudo de Castro & Casatti (1997), utilizado como referência para otrecho 2, e no estudo de Stopiglia (2001), utilizado como referência para o trecho 3. A referência do trecho 4 foi composta com base emexemplares coletados por Valdener Garutti, em 1980, depositados da Coleção de Peixes do Departamento de Zoologia e Botânica (DZSJRP)IBILCE/UNESP.Table 1. Total and relative abundance of each species registered in the study of Castro & Casatti (1997), used as reference to site 2, and in thestudy of Stopiglia (2001), used as reference to site 3. The reference to site 4 was based on fishes sampled by Valdener Garutti, in 1980, depositedin the fish collection of the Departamento de Zoologia e Botânica (DZSJRP) IBILCE/UNESP.

p g ( )

Trecho 2 Trecho 3 Trecho 4 Espécies

N % N % N %

Aspidoras fuscoguttatus - - - - 30 7,5

Astyanax altiparanae 305 26,8 - - 9 2,3

Astyanax fasciatus 323 28,4 11 7,7 18 4,5

Astyanax paranae1 96 8,4 - - - -

Astyanax sp. 1 5 0,4 3 2,1 - -

Astyanax sp. 2 - - - - 6 1,5

Bryconamericus stramineus - - 85 59,4 - -

Cetopsorhamdia iheringi - - - - 3 0,8

Characidium fasciatum - - - - 61 15,3

Characidium gomesi 3 0,3 - - - -

Characidium zebra 31 2,7 - - - -

Cheirodon stenodon - - - - 2 0,5

Corydoras difluviatilis2 3 0,3 - - - -

Crenicichla britskii - - 1 0,7 5 1,3

Eigenmannia virescens 2 0,2 - - 23 5,8

Gymnotus carapo 13 1,1 - - 2 0,5

Hisonotus francirochai 8 0,7 10 7,0 90 22,6

Hisonotus insperatus - - 1 0,7 - -

Hoplias malabaricus 4 0,4 - - - -

Hypostomus ancistroides 37 3,3 12 8,4 - -

Hypostomus nigromaculatus - - 6 4,2 - -

Hypostomus sp. - - - - 10 2,5

Imparfinis mirini 5 0,4 1 0,7 3 0,8

Imparfinis schubarti - - - - 1 0,3

Leporinus striatus - - - - 2 0,5

Moenkhausia sanctaefilomenae - - - - 6 1,5

Oligosarcus pintoi 9 0,8 - - 6 1,5

Phalloceros caudimaculatus 232 20,4 10 7,0 - -

Piabina argentea - - - - 57 14,3

Pimelodella avanhandavae - - - - 46 11,6

Pimelodella sp. 1 0,1 - - - -

Pyrrhulina australis - - - - 7 1,8

Rhamdia quelen 48 4,2 2 1,4 1 0,3

Rhamdiopsis sp. 3 0,3 - - - -

Serrapinnus notomelas - - - - 6 1,5

Steindachnerina insculpta - - - - 1 0,3

Synbranchus marmoratus - - - - 3 0,8

Tatia neivai - - 1 0,7 - -

Trichomycterus sp. 9 0,8 - - - -

Abundância total 1.137 100 143 100 398 100 1. Espécie mencionada como Astyanax scabripinnis no estudo de Castro & Casatti (1997) 2. Espécie mencionada como Corydoras aff. cochui no estudo de Castro & Casatti (1997)

Page 14: Integridade biótica de um córrego na bacia do Alto Rio Paraná

http://www.biotaneotropica.org.br

Ferreira, C.P. and Casatti, L.- Biota Neotropica, v6 (n3) - bn00306032006

Tabela 2. Descrição das categorias de integridade biótica empregadas no presente estudo (adaptadas a partir de Roth et al. 1999).Table 2. Description of the biotic integrity categories applied to the present study (adapted from Roth et al. 1999).

Categoria Valor numérico Descrição

Bom 4,0-5,0

Comparável aos riachos referência e considerados minimamente

impactados. Em média, os atributos biológicos se enquadram acima

de 75% da condição referência.

Regular 3,0-3,9

Comparável aos riachos-referência, porém com alguns aspectos da

biologia comprometidos. Em média, os atributos situam-se entre 75

e 50% da condição referência.

Pobre 2,0-2,9

Significativo desvio da condição referência, com muitos aspectos da

integridade biológica distantes da situação minimamente impactada.

Em média, os atributos situam-se entre 50 e 25% da condição

referência.

Muito pobre 0-1,9

Forte desvio da condição referência, com muitos aspectos da

integridade biológica alterados, indicando degradação séria. A

maioria dos atributos biológicos está abaixo de 25% da condição

referência

Page 15: Integridade biótica de um córrego na bacia do Alto Rio Paraná

http://www.biotaneotropica.org.br

Ferreira, C.P. and Casatti, L.- Biota Neotropica, v6 (n3) - bn00306032006

Tabe

la 3

. Abu

ndân

cia

das

espé

cies

de

peix

es d

o C

órre

go d

a Ág

ua L

impa

, co

leta

das

de a

cord

o co

m o

s Pr

otoc

olos

1 e

2 d

e am

ostr

agem

(Pr

otoc

olo

2 in

clui

am

ostr

agen

s em

per

íodo

s se

co e

chuv

oso)

.Ta

ble

3. A

bund

ance

of

the

fish

spec

ies

from

Cór

rego

da

Água

Lim

pa, s

ampl

ed a

ccor

ding

to

the

Prot

ocol

1 a

nd 2

(Pr

otoc

ol 2

inc

lude

s sa

mpl

es i

n bo

th d

ry a

nd w

et p

erio

ds).

Pro

toco

lo 1

P

roto

colo

2

trec

ho 1

tr

echo

2

trec

ho 3

tr

echo

4

Esp

écie

s tr

echo

1

trec

ho 2

tr

echo

3

trec

ho 4

se

co

chuv

oso

seco

ch

uvos

o se

co

chuv

oso

seco

ch

uvos

o A

pare

iodo

n ib

itien

sis

- -

- -

- -

- -

- -

1 1

Apa

reio

don

pira

cica

bae

- -

- -

- -

- -

- -

1 -

Asp

idor

as fu

scog

utta

tus

8 -

- -

11

1 2

6 -

- -

- A

stya

nax

altip

aran

ae

11

- 4

2 13

9

- 2

4 1

3 2

Cal

licht

hys

calli

chth

ys

- 2

- -

2 5

2 -

- -

- -

Cha

raci

dium

gom

esi

- -

- 1

- -

- -

- -

1 -

Cic

hlas

oma

para

naen

se

1 -

- 2

- -

- 1

- -

- -

Cor

ydor

as a

eneu

s 2

10

1 1

4 4

20

15

- -

1 2

Cre

nici

chla

bri

tski

i 6

5 3

5 9

11

2 15

3

- 6

7 C

ypho

char

ax v

ande

ri

1 -

- -

6 -

- -

- 1

1 -

Eig

enm

anni

a vi

resc

ens

- 3

- -

- -

4 2

- 1

- -

Geo

phag

us b

rasi

liens

is

- -

- -

- -

- -

- -

1 2

Gym

notu

s ca

rapo

12

33

-

2 16

43

55

36

1

1 2

5 H

ison

otus

fran

ciro

chai

-

23

- 1

-

- -

- -

- -

His

onot

us in

sper

atus

-

9 -

- -

- 8

13

- -

- -

Hop

lias

mal

abar

icus

-

- 1

- 1

3 1

- -

1 -

- H

ypos

tom

us a

ncis

troi

des

8 -

- 1

6 13

17

67

1

3 2

15

Hyp

osto

mus

nig

rom

acul

atus

4

- 2

87

10

5 -

- -

2 10

9 10

7 H

ypos

tom

us v

ariip

ictu

s 1

- -

19

- -

- -

- -

37

21

Impa

rfin

is m

irin

i 9

4 -

1 9

9 4

38

- -

- -

Olig

osar

cus

pint

oi

5 3

- 1

5 45

3

12

2 -

5 15

P

arod

on n

asus

4

- -

1 -

- -

- 1

- 3

5 P

hallo

cero

s ca

udim

acul

atus

-

- -

- -

- 6

2 9

11

- -

Pia

bina

arg

ente

a 9

1 9

7 30

13

15

8

36

11

33

16

Poe

cilia

ret

icul

ata

- -

7 3

6 4

- 1

27

23

- 2

Rha

mdi

a qu

elen

-

1 1

1 4

1 1

9 -

- -

1 Se

rrap

innu

s no

tom

elas

-

- -

- -

25

1 1

- -

- 2

Synb

ranc

hus

mar

mor

atus

-

- -

- -

- -

1 -

- -

-

Riq

ueza

de

espé

cies

14

11

8

16

15

15

15

17

9 10

15

15

Abu

ndân

cia

81

94

28

135

132

191

141

229

84

55

206

203

Page 16: Integridade biótica de um córrego na bacia do Alto Rio Paraná

http://www.biotaneotropica.org.br

Ferreira, C.P. and Casatti, L.- Biota Neotropica, v6 (n3) - bn00306032006

Tabela 4. Grupos tróficos das espécies registradas no Córrego da Água Limpa. *Quando menos de cinco exemplares foram examinados, sãomencionados apenas os itens predominantes nos conteúdos gástricos.Table 4. Trophic groups of the fish species registered in the Córrego da Água Limpa. *When less than five specimens were examined, onlypredominant items in each stomach were mentioned.

Espécies Grupos Tróficos / Itens predominantes

Apareiodon ibitiensis* Vegetais superiores e larvas de Chironomidae

Apareiodon piracicabae* Vegetais superiores

Aspidoras fuscoguttatus Insetívoro aquático generalista

Astyanax altiparanae Onívoro

Callichthys callichthys Onívoro

Characidium gomesi* Fragmentos de insetos aquáticos

Cichlasoma paranaense* Fragmentos de insetos aquáticos

Corydoras aeneus Insetívoro aquático generalista

Crenicichla britskii Insetívoro aquático generalista

Cyphocharax vanderi Detritívoro

Eigenmannia virescens Insetívoro aquático generalista

Geophagus brasiliensis* Fragmentos de insetos aquáticos

Gymnotus carapo Insetívoro aquático generalista

Hisonotus francirochai Detritívoro

Hisonotus insperatus Detritívoro

Hoplias malabaricus* Decápodes, hemípteros e peixes

Hypostomus ancistroides Detritívoro

Hypostomus nigromaculatus Detritívoro

Hypostomus variipictus Detritívoro

Imparfinis mirini Insetívoro aquático generalista

Oligosarcus pintoi Insetívoro generalista

Parodon nasus Algívoro

Phalloceros caudimaculatus Detritívoro

Piabina argentea Insetívoro aquático generalista

Poecilia reticulata Detritívoro

Rhamdia quelen Insetívoro aquático generalista

Serrapinnus notomelas Algívoro

Synbranchus marmoratus* Fragmento animal

Page 17: Integridade biótica de um córrego na bacia do Alto Rio Paraná

http://www.biotaneotropica.org.br

Ferreira, C.P. and Casatti, L.- Biota Neotropica, v6 (n3) - bn00306032006

Tabe

la 5

. Atr

ibut

os u

tiliz

ados

no

cálc

ulo

do í

ndic

e de

int

egri

dade

bió

tica

dos

trech

os e

stud

ados

no

Cór

rego

da

Água

Lim

pa e

res

pect

ivos

tre

chos

ond

e ca

da a

trib

uto

foi

utili

zado

. *O

s va

lore

sdo

s at

ribu

tos

fora

m a

dapt

ados

a c

ada

trec

ho.

Tabl

e 5.

Attr

ibut

es u

sed

to c

alcu

late

the

biot

ic in

tegr

ity in

dex

of th

e C

órre

go d

a Ág

ua L

impa

stre

tche

s sa

mpl

ed a

nd r

espe

ctiv

e st

retc

hes

in w

hich

suc

h at

trib

utes

wer

e ap

plie

d. *

The

attr

ibut

es v

alue

sw

ere

adap

ted

to e

ach

stre

tch.

trec

hos

Atr

ibut

os

Com

entá

rios

1

2 3

4

Perc

entu

al d

e es

péci

es d

e C

hara

cifo

rmes

e

Sil

urif

orm

es

A p

ropo

rção

de

espé

cies

per

tenc

ente

s às

ord

ens

Cha

raci

form

es e

Silu

rifo

rmes

em

águ

as c

ontin

enta

is c

onse

rvad

as d

a

regi

ão N

eotr

opic

al é

bem

con

heci

da 1 ; c

ontu

do, e

m c

ondi

ções

deg

rada

das

o am

bien

te p

ode

ser

dom

inad

o po

r

espé

cies

mai

s to

lera

ntes

das

ord

ens

Perc

ifor

mes

e C

ypri

nodo

ntif

orm

es 15

.

X

X

X

X

Perc

entu

al d

e ab

undâ

ncia

de

Poe

cilia

ret

icul

ata

Alé

m d

e se

r um

a es

péci

e ex

ótic

a, é

con

side

rada

pio

neir

a po

r oc

upar

háb

itats

bas

tant

e im

pact

ados

3 . Em

ria

chos

ínte

gros

nor

mal

men

te ta

l esp

écie

não

oco

rre

4 . X

X

X

X

Per

cent

ual d

e in

diví

duos

tole

rant

es à

hip

óxia

* E

m a

mbi

ente

s de

grad

ados

que

apr

esen

tem

bai

xa c

once

ntra

ção

de o

xigê

nio

diss

olvi

do, e

sper

a-se

enc

ontr

ar u

m m

aior

núm

ero

de in

diví

duos

que

sup

orta

m ta

is c

ondi

ções

, dev

ido

a ad

apta

ções

fis

ioló

gica

s e/

ou c

ompo

rtam

enta

is 5 .

X

X

X

X

Riq

ueza

de

espé

cies

nat

ivas

* O

núm

ero

de e

spéc

ies

pres

ente

em

um

am

bien

te p

ode

dim

inui

r co

nfor

me

a de

grad

ação

aum

enta

. Nes

se a

trib

uto

fora

m e

xclu

ídas

as

espé

cies

exó

ticas

ou

alóc

tone

s po

r in

dica

rem

alg

um g

rau

de in

terf

erên

cia

antr

ópic

a 6 .

X

X

X

X

Núm

ero

de c

ateg

oria

s tr

ófic

as*

Em

peq

ueno

s ri

acho

s ín

tegr

os g

eral

men

te s

ão r

egis

trad

as e

spéc

ies

de p

eixe

s co

m h

ábit

os o

nívo

ros,

inse

tívor

os o

u

peri

fitív

oros

. Con

form

e o

grau

de

inte

rfer

ênci

a an

tróp

ica

aum

enta

, o n

úmer

o de

cat

egor

ias

alim

enta

res

tend

e a

dim

inui

r em

fun

ção

da o

fert

a m

enos

var

iada

de

iten

s al

imen

tare

s 7,

8.

X

X

X

X

Riq

ueza

de

espé

cies

nec

tôni

cas

As

espé

cies

com

háb

itos

nec

tôni

cos

(pri

ncip

alm

ente

dos

gên

eros

Ast

yana

x, B

ryco

nam

eric

us, M

oenk

haus

ia e

Hem

igra

mm

us e

m r

iach

os d

o S

iste

ma

do A

lto

Rio

Par

aná)

são

ger

alm

ente

des

favo

reci

das

em c

ondi

ções

de

men

or

volu

me

de h

ábit

at, e

spec

ialm

ente

em

con

seqü

ênci

a do

ass

orea

men

to, u

m d

os im

pact

os m

ais

com

uns

nest

e si

stem

a

hidr

ográ

fico

4, 5.

X

X

Riq

ueza

de

espé

cies

reo

fílic

as

Em

ria

chos

de

prim

eira

ord

em b

em c

onse

rvad

os é

esp

erad

o en

cont

rar

vári

as e

spéc

ies

reof

ílic

as, o

u se

ja, e

spéc

ies

adap

tada

s a

área

s de

cor

rede

iras

, que

ger

alm

ente

pos

suem

sub

stra

tos

roch

osos

. Com

o a

umen

to d

a de

grad

ação

,

espe

cial

men

te d

a zo

na r

ipár

ia, p

ode

ocor

rer

inte

nsif

icaç

ão d

o as

sore

amen

to e

sot

erra

men

to d

e ta

is s

ubst

rato

s,

com

prom

eten

do a

spec

tos

da b

iolo

gia

alim

enta

r e

repr

odut

iva

dess

as e

spéc

ies,

o q

ue p

ode

se r

efle

tir

em u

m m

enor

núm

ero

de e

spéc

ies

dess

a ca

tego

ria

9, 1

0 .

X

X

Per

cent

ual d

e in

diví

duos

reo

fíli

cos

Em

ria

chos

de

prim

eira

ord

em a

oco

rrên

cia

de u

ma

ou o

utra

esp

écie

reo

fíli

ca p

ode

não

dem

onst

rar

as r

eais

con

diçõ

es

da s

aúde

do

ambi

ente

, vis

to q

ue p

ode

se tr

atar

de

um r

egis

tro

acid

enta

l. E

m c

ondi

ções

pou

co im

pact

adas

, esp

era-

se

que

a ab

undâ

ncia

rel

ativ

a de

sse

grup

o se

ja p

elo

men

os d

e 6%

4, 1

0 .

X

X

Dom

inân

cia

(Índ

ice

de S

imps

on)

Em

am

bien

tes

cons

erva

dos

há b

aixa

dom

inân

cia

por

uma

espé

cie

em p

arti

cula

r, m

as c

om a

deg

rada

ção

ambi

enta

l as

popu

laçõ

es d

as e

spéc

ies

mai

s se

nsív

eis

são

elim

inad

as o

u re

duzi

das

a po

ucos

indi

vídu

os, p

erm

anec

endo

em

alta

abun

dânc

ia a

s es

péci

es m

ais

gene

rali

stas

, o q

ue g

eral

men

te o

casi

ona

valo

res

de d

omin

ânci

a m

ais

elev

ados

2 .

X

Per

cent

ual d

e in

diví

duos

que

se

abri

gam

na

vege

taçã

o m

argi

nal

Atr

ibut

o ba

sead

o na

pri

ncip

al c

arac

terí

stic

a do

trec

ho 2

, que

é a

oco

rrên

cia

de a

mpl

os b

anco

s de

gra

mín

eas

(Poa

ceae

) se

mi-

subm

ersa

s na

s m

arge

ns, r

epre

sent

ando

um

mic

ro-h

ábit

at q

ue f

avor

ece

a oc

orrê

ncia

de

Gym

notu

s

cara

po. E

spéc

ies

dess

e gê

nero

, em

bora

pre

sent

es, o

corr

em e

m a

bund

ânci

as r

elat

ivam

ente

mai

s ba

ixas

em

ria

chos

com

veg

etaç

ão r

ipár

ia ín

tegr

a pr

ovav

elm

ente

em

raz

ão d

a m

enor

ofe

rta

de a

brig

os m

argi

nais

15.

X

Per

cent

ual d

e in

diví

duos

nec

tôni

cos

Em

ria

chos

com

mai

or v

olum

e de

háb

itat

(ge

ralm

ente

ord

ens

mai

ores

que

1)

apen

as o

reg

istr

o do

núm

ero

de e

spéc

ies

nect

ônic

as p

ode

se tr

atar

de

regi

stro

s ac

iden

tais

e, e

m ta

is c

ondi

ções

torn

a-se

impo

rtan

te a

vali

ar s

e ta

is e

spéc

ies

tam

bém

são

rep

rese

ntad

as p

or p

opul

açõe

s re

lativ

amen

te n

umer

osas

15.

X

X

Page 18: Integridade biótica de um córrego na bacia do Alto Rio Paraná

http://www.biotaneotropica.org.br

Ferreira, C.P. and Casatti, L.- Biota Neotropica, v6 (n3) - bn00306032006

C

ontin

uaçã

o da

Tab

ela

5

trec

hos

Atr

ibut

os

Com

entá

rios

1

2 3

4

Riq

ueza

de

espé

cies

reo

fílic

as c

om h

ábito

alim

enta

r

inse

tívor

o aq

uátic

o

Em

ria

chos

ínte

gros

são

ger

alm

ente

enc

ontr

adas

esp

écie

s re

ofíli

cas

com

háb

itos

alim

enta

res

peri

fitív

oros

ou

inse

tívor

os; n

este

últi

mo

caso

alim

enta

ndo-

se p

rinc

ipal

men

te d

e la

rvas

aqu

átic

as d

e in

seto

s. E

m c

ondi

ções

degr

adad

as, v

ário

s gr

upos

de

inse

tos

aquá

tico

s sã

o el

imin

ados

do

ambi

ente

, red

uzin

do a

ofe

rta

alim

enta

r pa

ra a

s

espé

cies

de

peix

es r

eofí

licos

e c

onse

qüen

tem

ente

, sua

riq

ueza

15.

X

Perc

entu

al d

e in

diví

duos

com

háb

ito

alim

enta

r

inse

tívor

o ge

nera

lista

Em

ria

chos

ínte

gros

são

enc

ontr

adas

esp

écie

s de

pei

xes

inse

tívor

os q

ue in

gere

m it

ens

tant

o au

tóct

ones

qua

nto

alóc

tone

s, c

arac

teri

zand

o-os

com

o ge

nera

list

as q

uant

o à

orig

em d

o al

imen

to. C

om o

aum

ento

da

degr

adaç

ão,

espe

cial

men

te d

a zo

na r

ipár

ia, a

s es

péci

es q

ue s

e al

imen

tam

de

iten

s al

ócto

nes

são

gera

lmen

te d

esfa

vore

cida

s e

rara

men

te s

ão r

egis

trad

as n

o am

bien

te 15

.

X

Perc

entu

al d

e in

diví

duos

per

ifití

voro

s

Em

ria

chos

ínte

gros

de

orde

ns m

ais

elev

adas

, com

pará

veis

ao

trec

ho 3

, o s

ombr

eam

ento

oca

sion

ado

pela

pre

senç

a da

vege

taçã

o ri

pári

a se

ria

rela

tivam

ente

res

trito

, inc

rem

enta

ndo

a pr

odut

ivid

ade

prim

ária

, esp

ecia

lmen

te d

o pe

rifí

ton,

utili

zado

com

o re

curs

o al

imen

tar

por

paro

dont

ídeo

s e

lori

cari

ídeo

s 15

. Em

con

diçõ

es d

egra

dada

s, o

inte

nso

apor

te d

e

sedi

men

to to

rna

o su

bstr

ato

inst

ável

, dif

icul

tand

o a

fixa

ção

de o

rgan

ism

os q

ue c

ompõ

em o

per

ifít

on; d

essa

for

ma,

as

espé

cies

de

peix

es c

om ta

is h

ábito

s se

torn

am r

aras

no

ambi

ente

.

X

Riq

ueza

de

espé

cies

da

fam

ília

Cur

imat

idae

Em

ria

chos

ínte

gros

de

orde

ns m

ais

elev

adas

ger

alm

ente

são

reg

istr

adas

esp

écie

s da

fam

ília

Cur

imat

idae

11, q

ue s

e

alim

enta

m d

e de

trit

os f

locu

lado

s. N

o en

tant

o, e

m r

iach

os m

uito

ass

orea

dos,

com

inte

nso

apor

te d

e se

dim

ento

, ess

as

espé

cies

se

torn

am r

aras

, pro

vave

lmen

te d

evid

o à

falta

de

subs

trat

o id

eal p

ara

depo

siçã

o de

sses

det

rito

s.

X

Riq

ueza

de

espé

cies

de

Cha

raci

form

es

frug

ívor

os/h

erbí

voro

s

Em

ria

chos

ínte

gros

de

orde

ns m

ais

elev

adas

, com

pará

veis

aos

trec

hos

3 e

4, s

ão r

egis

trad

as e

spéc

ies

que

se

alim

enta

m d

e fr

utos

e s

emen

tes

prov

enie

ntes

da

vege

taçã

o ri

pári

a, p

rinc

ipal

men

te B

ryco

n sp

p. e

Lep

orin

us s

pp. 11

,12,

15. À

med

ida

que

a de

grad

ação

se

inte

nsif

ica

na z

ona

ripá

ria,

tais

rec

urso

s al

imen

tare

s se

torn

am e

scas

sos,

e e

ssas

espé

cies

se

torn

am r

aras

no

ambi

ente

.

X

X

Riq

ueza

de

espé

cies

pis

cívo

ras

Em

ria

chos

ínte

gros

de

orde

ns m

ais

elev

adas

, o m

aior

vol

ume

de h

ábit

at p

erm

itir

ia a

oco

rrên

cia

de e

spéc

ies

de

peix

es c

om h

ábit

os a

lim

enta

res

pisc

ívor

os, t

ais

com

o A

sces

tror

hync

hus

lacu

stri

s 13

, 14,

15. À

med

ida

que

a

inte

rfer

ênci

a an

tróp

ica

aum

enta

(re

pres

enta

da p

or r

epre

sam

ento

s, a

ssor

eam

ento

, pes

ca p

reda

tóri

a, e

ntre

out

ros)

tais

espé

cies

se

torn

am r

aras

.

X

Riq

ueza

de

espé

cies

de

Sil

urif

orm

es

Em

ria

chos

ínte

gros

de

orde

ns m

ais

elev

adas

, com

pará

veis

aos

trec

hos

3 e

4, s

eria

esp

erad

o en

cont

rar

vári

as e

spéc

ies

da o

rdem

Sil

urif

orm

es 14

, 15 . E

m c

ondi

ções

deg

rada

das,

esp

ecia

lmen

te p

elo

asso

ream

ento

, a r

ique

za d

e S

ilur

ifor

mes

tend

e a

dim

inui

r, p

rova

velm

ente

em

raz

ão d

e ta

is e

spéc

ies

tere

m s

eus

síti

os d

e al

imen

taçã

o e

repr

oduç

ão

prej

udic

ados

.

X

X

1.

Low

e-M

cCon

nell

1987

; C

astro

& M

enez

es 1

998,

2.

Osc

ar S

hiba

tta,

Sirle

i T.

Ben

nem

ann

& Â

ngel

a T.

Silv

a-So

uza

dado

s nã

o pu

blic

ados

, 3.

Schl

eige

r 20

00,

4. C

asat

ti et

al.

2006

, 5.

Kar

r 19

81,

6. O

berd

orff

& P

orch

er 1

994,

7.

Cas

atti

2002

, 8.

Cas

tro

& C

asat

ti 19

97,

9. H

arri

s 19

95,

10.

Cas

atti

2005

, 11

. G

arut

ti 19

88,

12.

Ferr

eira

& C

asat

ti 20

06,

13. T

erra

200

4, 1

4. S

topi

glia

200

1, 1

5. O

bser

vaçõ

es p

esso

ais.

Page 19: Integridade biótica de um córrego na bacia do Alto Rio Paraná

http://www.biotaneotropica.org.br

Ferreira, C.P. and Casatti, L.- Biota Neotropica, v6 (n3) - bn00306032006

Tabela 6. Atributos biológicos e escores utilizados no Índice de Integridade Biótica para o trecho 1 do Córrego da Água Limpa.Table 6. Biological attributes and scores used in the Index of Biotic Integrity for the stretch 1 of the Córrego da Água Limpa.

Escores Atributos

5 3 1

Percentual de Characiformes e Siluriformes x 83 76 x < 83 x < 76

Percentual de abundância de Poecilia reticulata x < 6,3 6,3 x < 9 x 9

Percentual de indivíduos tolerantes à hipóxia x < 12 12 x < 16,3 x 16,3

Riqueza de espécies nativas x 12 12 < x 4 x < 4

Número de categorias tróficas x 4 2 < x < 3 x = 1

Riqueza de espécies nectônicas* x 3 x = 2 x = 1

Riqueza de espécies reofílicas* x 3 x = 2 x = 1

Percentual de indivíduos reofílicos x 3 3 < x 1 x < 1

Dominância x < 25 25 x < 35 x 35

* atributo pontuado como zero quando tais espécies não foram registradas

Tabela 7. Atributos biológicos e escores utilizados no Índice de Integridade Biótica para o trecho 2 do Córrego da Água Limpa.Table 7. Biological attributes and scores used in the Index of Biotic Integrity for stretch 2 of the Córrego da Água Limpa.

Escores Atributos

5 3 1

Percentual de Characiformes e Siluriformes x 83 76 x < 83 x < 76

Percentual de abundância de Poecilia reticulata x < 6,3 6,3 x < 9 x 9

Percentual de indivíduos tolerantes à hipoxia x < 36 50 > x > 36 x 50

Riqueza de espécies nativas x 14 5 x < 14 x < 5

Número de categorias tróficas x 5 2 < x < 5 x 2

Riqueza de espécies nectônicas* x 3 x = 2 x = 1

Percentual de indivíduos que se abrigam na vegetação marginal x < 2,5 2,5 x < 3,5 X 3,5

Percentual de indivíduos nectônicos x 48 16 x < 48 x < 16

Riqueza de espécies reofílicas com hábito alimentar insetívoro aquático* x 3 x = 2 x = 1

Percentual de indivíduos com hábito alimentar insetívoro generalista x 5 2 x < 5 x < 2

* atributo pontuado como zero quando tais espécies não foram registradas

Page 20: Integridade biótica de um córrego na bacia do Alto Rio Paraná

http://www.biotaneotropica.org.br

Ferreira, C.P. and Casatti, L.- Biota Neotropica, v6 (n3) - bn00306032006

Escores Atributos

5 3 1

Percentual de Characiformes e Siluriformes x 83 76 x < 83 x < 76

Percentual de abundância de Poecilia reticulata x < 6,3 6,3 x < 9 x 9

Percentual de indivíduos tolerantes à hipóxia x < 36 50 > x 14 x 50

Riqueza de espécies nativas x > 9 3 < x 9 x 3

Número de categorias tróficas x 4 2 x <4 x < 2

Percentual de indivíduos nectônicos x > 52 17 < x 52 x 17

Percentual de indivíduos perifitívoros x 9,5 3 < x < 9,5 x 3

Riqueza de espécies da família Curimatidae* x = 3 x = 2 x =1

Riqueza de espécies de Characiformes frugívoros/herbívoros* x 3 x = 2 x = 1

Riqueza de espécies piscívoras* x 3 x = 2 x = 1

Riqueza de espécies de Siluriformes x 5 2 x < 5 x 2

* atributo pontuado como zero quando tais espécies não foram registradas

Tabela 8. Atributos biológicos e escores utilizados no Índice de Integridade Biótica para o trecho 3 do Córrego da Água Limpa.Table 8. Biological attributes and scores used in the Index of Biotic Integrity for stretch 3 of the Córrego da Água Limpa.

Tabela 9. Atributos biológicos e escores utilizados no Índice de Integridade Biótica para o trecho 4 do Córrego da Água Limpa.Table 9. Biological attributes and scores used in the Index of Biotic Integrity for stretch 4 of the Córrego da Água Limpa.

Escores Atributos

5 3 1

Percentual de Characiformes e Siluriformes x 83 76 x < 83 x < 76

Percentual de abundância de Poecilia reticulata x < 6,3 6,3 x < 9 x 9

Percentual de indivíduos tolerantes à hipóxia x < 36 50 > x 36 x 50

Riqueza de espécies nativas x 18 6 < x < 18 x 6

Número de categorias tróficas x 5 2 x <5 x 2

Riqueza de espécies reofílicas x 5 2 x < 5 x < 2

Percentual de indivíduos reofílicos x > 60 20 < x 60 x 20

Riqueza de espécies de Characiformes frugívoros/herbívoros* x 3 x = 2 x = 1

Riqueza de espécies de Siluriformes x 6 2 < x <6 x 2

* atributo pontuado como zero quando tais espécies não foram registradas

Page 21: Integridade biótica de um córrego na bacia do Alto Rio Paraná

http://www.biotaneotropica.org.br

Ferreira, C.P. and Casatti, L.- Biota Neotropica, v6 (n3) - bn00306032006

Tabe

la 1

0. V

alor

es d

e ca

da a

trib

uto,

seu

s re

spec

tivos

esc

ores

, IBI

fin

al e

cat

egor

ia d

e in

tegr

idad

e ob

tidos

com

os

dois

pro

toco

los

de a

mos

trag

em e

em

per

íodo

s se

co e

chu

voso

no

trech

o 1

doC

órre

go d

a Ág

ua L

impa

.Ta

ble

10. V

alue

s of

eac

h at

trib

ute,

sco

res,

fin

al I

BI a

nd i

nteg

rity

cat

egor

y ob

tain

ed w

ith t

he t

wo

sam

plin

g pr

otoc

ols

in t

he d

ry a

nd w

et p

erio

ds i

n th

e st

retc

h 1

of t

he C

órre

go d

a Ág

ua L

impa

.

Pro

toco

lo 2

P

roto

colo

1

Pro

toco

lo 2

P

erío

do S

eco

Per

íodo

Chu

voso

A

trib

utos

valo

r ob

tido

es

core

va

lor

obti

do

esco

re

valo

r ob

tido

es

core

va

lor

obti

do

esco

re

Per

cent

ual d

e es

péci

es d

e C

hara

cifo

rmes

e S

ilur

ifor

mes

78

,6

3 81

,2

3 80

3

80

3

Perc

entu

al d

e ab

undâ

ncia

de

Poe

cilia

ret

icul

ata

0 5

3,1

5 5

5 2

5

Per

cent

ual d

e in

diví

duos

tole

rant

es à

hip

oxia

42

1

48

1 40

1

36

1

Riq

ueza

de

espé

cies

nat

ivas

14

5

15

5 14

5

14

5

Núm

ero

de c

ateg

oria

s tr

ófic

as

5 5

7 5

6 5

7 5

Riq

ueza

de

espé

cies

nec

tôni

cas

2 3

2 3

2 3

2 3

Riq

ueza

de

espé

cies

reo

fíli

cas

3 5

1 1

1 1

1 1

Perc

entu

al d

e in

diví

duos

reo

fílic

os

21,4

5

4,6

5 7,

6 5

2,6

3

Dom

inân

cia

10

5 10

5

11

5 14

5

IBI

4,1

3,7

3,7

3,4

Cat

egor

ia

BO

M

RE

GU

LA

R

RE

GU

LA

R

RE

GU

LA

R

Page 22: Integridade biótica de um córrego na bacia do Alto Rio Paraná

http://www.biotaneotropica.org.br

Ferreira, C.P. and Casatti, L.- Biota Neotropica, v6 (n3) - bn00306032006

Pro

toco

lo 2

P

roto

colo

1

Pro

toco

lo 2

P

erío

do S

eco

Per

íodo

Chu

voso

A

trib

utos

valo

r ob

tido

es

core

va

lor

obti

do

esco

re

valo

r ob

tido

es

core

va

lor

obti

do

esco

re

Per

cent

ual d

e es

péci

es d

e C

hara

cifo

rmes

e S

ilur

ifor

mes

73

1

58

1 73

1

60

1

Perc

entu

al d

e ab

undâ

ncia

de

Poe

cilia

ret

icul

ata

0 5

0,3

5 0

5 0,

4 5

Per

cent

ual d

e in

diví

duos

tole

rant

es à

hip

oxia

47

,8

3 38

,5

3 57

1

27

5

Riq

ueza

de

espé

cies

nat

ivas

11

3

18

5 11

3

16

5

Núm

ero

de c

ateg

oria

s tr

ófic

as

4 3

7 5

6 5

6 5

Riq

ueza

de

espé

cies

nec

tôni

cas

1 1

2 3

1 1

2 3

Per

cent

ual d

e in

diví

duos

que

se

abri

gam

na

vege

taçã

o m

argi

nal

72,4

1

31,9

1

47,5

1

22,3

1

Per

cent

ual d

e in

diví

duos

nec

tôni

cos

1,1

1 6,

7 1

10,6

1

4,4

1

Riq

ueza

de

espé

cies

reo

fíli

cas

com

háb

ito

alim

enta

r in

setí

voro

aqu

átic

o 0

0 0

0 0

0 0

0

Per

cent

ual d

e in

diví

duos

de

hábi

to in

setí

voro

gen

eral

ista

3,

2 3

4,1

3 2,

1 3

5 5

IBI

2,1

2,7

2,1

3,1

Cat

egor

ia

PO

BR

E

PO

BR

E

PO

BR

E

RE

GU

LA

R

Tabe

la 1

1. V

alor

es d

e ca

da a

trib

uto,

seu

s re

spec

tivos

esc

ores

, IBI

fin

al e

cat

egor

ia d

e in

tegr

idad

e ob

tidos

com

os

dois

pro

toco

los

de a

mos

trag

em e

em

per

íodo

s se

co e

chu

voso

no

trech

o 2

doC

órre

go d

a Ág

ua L

impa

.Ta

ble

11. V

alue

s of

eac

h at

trib

ute,

sco

res,

fin

al I

BI a

nd i

nteg

rity

cat

egor

y ob

tain

ed w

ith t

he t

wo

sam

plin

g pr

otoc

ols

in t

he d

ry a

nd w

et p

erio

ds i

n st

retc

h 2,

Cór

rego

da

Água

Lim

pa.

Page 23: Integridade biótica de um córrego na bacia do Alto Rio Paraná

http://www.biotaneotropica.org.br

Ferreira, C.P. and Casatti, L.- Biota Neotropica, v6 (n3) - bn00306032006

Tabe

la 1

2. V

alor

es d

e ca

da a

trib

uto,

seu

s re

spec

tivos

esc

ores

, IBI

fin

al e

cat

egor

ia d

e in

tegr

idad

e co

m o

s do

is p

roto

colo

s de

am

ostr

agem

e e

m p

erío

dos

seco

e c

huvo

so n

o tre

cho

3 do

Cór

rego

da Á

gua

Lim

pa.

Tabl

e 12

. Val

ues

of e

ach

attr

ibut

e, s

core

s, f

inal

IBI

and

int

egri

ty c

ateg

ory

obta

ined

with

the

tw

o sa

mpl

ing

prot

ocol

s in

the

dry

and

wet

per

iods

in

stre

tch

3, C

órre

go d

a Ág

ua L

impa

.

Pro

toco

lo 2

P

roto

colo

1

Pro

toco

lo 2

P

erío

do S

eco

Per

íodo

Chu

voso

A

trib

utos

valo

r ob

tido

es

core

va

lor

obti

do

esco

re

valo

r ob

tido

es

core

va

lor

obti

do

esco

re

Per

cent

ual d

e es

péci

es d

e C

hara

cifo

rmes

e S

ilur

ifor

mes

75

1

62

1 67

1

60

1

Perc

entu

al d

e ab

undâ

ncia

de

Poe

cilia

ret

icul

ata

25

1 36

1

32,1

1

41,8

1

Per

cent

ual d

e in

diví

duos

tole

rant

es à

hip

oxia

42

,9

3 41

,7

3 40

3

47

3

Riq

ueza

de

espé

cies

nat

ivas

7

3 12

5

8 1

9 3

Núm

ero

de c

ateg

oria

s tr

ófic

as

4 5

7 5

6 5

5 5

Per

cent

ual d

e in

diví

duos

nec

tôni

cos

46,4

3

37,4

3

47,7

3

22

3

Per

cent

ual d

e in

diví

duos

per

ifit

ívor

os

0 1

0 1

0 1

0 1

Riq

ueza

de

espé

cies

da

fam

ília

Cur

imat

idae

0

0 0

0 0

0 0

0

Riq

ueza

de

espé

cies

de

Cha

raci

form

es f

rugí

voro

s/he

rbív

oros

0

0 0

0 0

0 0

0

Riq

ueza

de

espé

cies

pis

cívo

ras

0 0

0 0

0 0

0 0

Riq

ueza

de

espé

cies

Sil

urif

orm

es

3 3

2 1

1 1

2 1

IBI

1,8

1,8

1,5

1,6

Cat

egor

ia

MU

ITO

PO

BR

E

MU

ITO

PO

BR

E

MU

ITO

PO

BR

E

MU

ITO

PO

BR

E

Page 24: Integridade biótica de um córrego na bacia do Alto Rio Paraná

http://www.biotaneotropica.org.br

Ferreira, C.P. and Casatti, L.- Biota Neotropica, v6 (n3) - bn00306032006

Tabe

la 1

3. V

alor

es d

e ca

da a

trib

uto,

seu

s re

spec

tivos

esc

ores

, IBI

fin

al e

cat

egor

ia d

e in

tegr

idad

e co

m o

s do

is p

roto

colo

s de

am

ostr

agem

e e

m p

erío

dos

seco

e c

huvo

so n

o tre

cho

4 do

Cór

rego

da Á

gua

Lim

pa.

Tabl

e 13

. Val

ues

of e

ach

attr

ibut

e, s

core

s, f

inal

IBI

and

int

egri

ty c

ateg

ory

obta

ined

with

the

tw

o sa

mpl

ing

prot

ocol

s in

the

dry

and

wet

per

iods

in

stre

tch

4, C

órre

go d

a Ág

ua L

impa

.

Pro

toco

lo 2

P

roto

colo

1

Pro

toco

lo 2

P

erío

do S

eco

Per

íodo

Chu

voso

A

trib

utos

valo

r ob

tido

es

core

va

lor

obti

does

core

va

lor

obti

do

esco

re

valo

r ob

tido

es

core

Per

cent

ual d

e es

péci

es d

e C

hara

cifo

rmes

e S

ilur

ifor

mes

75

1

78

3 80

3

73,3

1

Per

cent

ual d

e ab

undâ

ncia

de

Poe

cilia

ret

icul

ata

2,2

5 0,

5 5

0 5

1 5

Per

cent

ual d

e in

diví

duos

tole

rant

es à

hip

oxia

7,

4 5

4,8

5 3,

4 5

6,4

5

Riq

ueza

de

espé

cies

nat

ivas

15

3

17

3 15

3

14

3

Núm

ero

de c

ateg

oria

s tr

ófic

as

5 5

6 5

6 5

6 5

Riq

ueza

de

espé

cies

reo

fíli

cas

4 3

6 5

6 5

4 3

Per

cent

ual d

e in

diví

duos

reo

fíli

cos

79,9

5

69,9

5

74

5 66

5

Riq

ueza

de

espé

cies

de

Cha

raci

form

es f

rugí

voro

s/he

rbív

oros

0

0 0

0 0

0 0

0

Riq

ueza

de

espé

cies

Sil

urif

orm

es

5 3

5 3

4 3

5 3

IBI

3,3

3,8

3,8

3,3

Cat

egor

ia

RE

GU

LA

R

RE

GU

LA

R

RE

GU

LA

R

RE

GU

LA

R

Page 25: Integridade biótica de um córrego na bacia do Alto Rio Paraná

http://www.biotaneotropica.org.br

Ferreira, C.P. and Casatti, L.- Biota Neotropica, v6 (n3) - bn00306032006

Tabela 14. Índice de qualidade química da água para riachos (SWI, “Stream Water Index”), índice de integridade física do hábitat (PHI,“Physical Habitat Index”) e índice de integridade biótica (IBI, “Index of Biotic Integrity”) calculado com diferentes métodos de amostrageme nos dois períodos do ano para os trechos estudados no Córrego da Água Limpa.Table 14. Stream Water Index (SWI), Physical Habitat Integrity Index (PHI) and Index of Biotic Integrity (IBI) calculated applying differentsampling methods in both seasons to the studied stretches of the Córrego da Água Limpa.

Trechos SWI PHI IBI

Protocolo 1*

IBI

Protocolo 2**

IBI

Período Seco**

IBI

Período Chuvoso**

1 Bom Regular Bom Regular Regular Regular 2 Regular Pobre Pobre Pobre Pobre Regular 3 Bom Pobre Muito pobre Muito Pobre Muito Pobre Muito Pobre

4 Bom Regular Regular Regular Regular Regular * duas passagens de pesca elétrica em 75 metros de extensão / 2 passes of eletrofishing in 75 meters long

** uma passagem de pesca elétrica em 60 metros de extensão / 1 pass of electrofishing in 60 meters long