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Centro Universitário
UNA Instituto de Ciências Biológicas e Saúde
Curso de Enfermagem
Andréia Carvalho, Aline Eduarda, Daniela Ribeiro, Eduardo Rodrigues, Nayara Santos, Simone Alves, Rafaela Tamara e Pablo Verdolin.
O papel do enfermeiro na organização da assistência à Criança com dificuldade respiratória
Belo Horizonte, 2014

Andréia Carvalho, Aline Eduarda, Daniela Ribeiro, Eduardo Rodrigues, Nayara Santos, Simone Alves, Rafaela Tamara e Pablo Verdolin.
O papel do enfermeiro na organização da assistência à Criança com dificuldade respiratória
Trabalho acadêmico apresentado ao Curso de Enfermagem do Instituto de Ciências Biológicas e Saúde do Centro Universitário UNA como requisito parcial à obtenção de crédito da disciplina Ensino Clínico.
Coordenadora: Rozilene LimaOrientadora: Karina Menezes Fonseca.Coorientadora: Fátima Castro
Belo Horizonte2014

INTRODUÇÃO
Considerada uma doença inflamatória crônica caracterizada por hiper-
responsividade das vias aéreas inferiores e por limitação variável ao fluxo
aéreo, a asma pode ser reversível espontaneamente ou com tratamento
(SOCIEDADE BRASILEIRA DE PNEUMOLOGIA E TISIOLOGIA, 2006).
Quando os bronquíolos inflamam, segregam mais muco o que aumenta o
problema respiratório. Na asma, expirar é mais difícil do que inspirar, uma vez
que o ar viciado permanece nos pulmões provocando sensação de
sufoco(SANTOS 2007).
A asma é considerada a mais importante alergia respiratória, tendo em vista
suas sérias implicações físicas, sociais e econômicas, as quais determinam
sofrimento tanto ao indivíduo portador como a seus familiares.Há tipos variados
de asma: Asma alérgica, asma não alérgica, asma intermitente e asma
persistente (OLIVEIRA et al, 2006).
Na maioria dos casos é diagnosticada na infância e é comum manifestar-se em
pessoas de uma mesma família(SANTOS 2007).
As unidades de pronto atendimento (UPA) e serviços de emergência
constituem-sefrequentemente no principal ou único meio de acesso da
população de baixa renda ao sistema de saúde, que recebem crianças na fase
aguda ou crônica da doença (SANTOS 2007).
Então, as instituições de saúde, devem estar preparadas para o atendimento
dessas crianças, a atuação do enfermeiro é primordial, poispossui relevância
na atuação dos Sistemas de Saúde, na manutenção da política de saúde,
consequentemente, em gestão de sistema de saúde (AARESTRUP e
TAVARES, 2008).
Mas a atuação do enfermeiro como gestor podem sofrer interferências que
acabam comprometendo seu desempenho, como: condições de trabalho
insatisfatórias, tensão provocada pela pressão da demanda excessiva, falta de
recursos, entre outros (AARESTRUP e TAVARES, 2008).

Diante da grande admissão de criançasem crise asmática nos serviços de
urgência,acredita-se, portanto, que para que exista a qualidade do
atendimento, é necessária uma gestão efetiva com um serviço de saúde
organizado. Com o uso de ferramentas como o Diagnóstico Situacional (DS) e
Planejamento Estratégico Situacional (PES), poderemos conhecer melhor a
realidade da instituição, levantando seus pontos positivos e negativos,
buscando uma melhor organização para o atendimento de crianças em crise
asmática. Então foi elaborada a seguinte pergunta de partida:
Quais ações gerenciais para uma melhor assistência à criança em crise
asmática na Unidade de Pronto Atendimento (UPA)?
OBJETIVOS
Geral:
Identificar ações gerenciais para uma melhor assistência à criança em crise
asmática na Unidade de Pronto Atendimento (UPA).
Específicos:
1. Desenvolver o processo de enfermagem com uma criança em crise asmática;
2. Contextualizar a asma;
3. Mapear as funções do enfermeiro gestor;
4. Propor ações para minimizar as fragilidades da instituição.
JUSTIFICATIVA
O Enfermeiro gestor na sua prática precisa organizar o serviço de saúde, a fim
de torná-lo mais qualificado e produtivo. Considerando a grande demanda de
atendimento à crianças asmáticas na Unidade de Pronto Atendimento, é
necessário que exista toda uma estruturação, para que ocorra uma assistência
resolutiva, pois o enfermeiro como gestor deve assumir a segurança do doente
como o seu objetivo fundamental.

Contextualização da Asma
A asma é, por definições, uma doença inflamatória crônica das vias aéreas
caracterizada por obstrução brônquica generalizada, mas pode serreversível
espontaneamente ou por intervenção farmacológica (TODO-BOM E PINTO,
2006).
A patogênese da asma está associada a mecanismos moleculares e celulares
da inflamação das vias aéreas, na asma alérgica essa inflamação é altamente
dependente da sensibilização pela IgE. Caracteriza-se por infiltração
eosinofílica, degranulação de mastócitos, ativação de linfócitos Th2, que
produzem citocinas como as interleucinas 4, 5 e 13, promove o recrutamento
celular para as vias aéreas (mastócitos, eosinófilos, macrófagos e neutrófilos)
(TODO-BOM E PINTO, 2006).
Essas células liberam mediadores inflamatórios que causam lesões e
alterações na integridade epitelial, anormalidade no controle neural
autonômico, no tônus da via aérea, alteração na permeabilidade vascular,
hipersecreção de muco, alteração na função ciliar e aumento da reatividade do
músculo liso (TODO-BOM E PINTO, 2006).
A prevalência média mundial da asma encontra-se em torno de 11,6% entre
escolares e 13,7% entre adolescentes. No Brasil, a prevalência é de 20% em
ambas as faixas etárias. A mortalidade por asma não é considerada elevada,
mas apresenta magnitude crescente em diversos países ou regiões
(SOCIEDADE BRASILEIRA DE PNEUMOLOGIA E TISIOLOGIA, 2006).
Estudos mostram que 50% a 80% das crianças asmáticas desenvolvem seus
sintomas antes do quinto ano de vida, sendo bastante complexo o diagnóstico
clínico nessa faixa etária (TRINCA et al, 2011).
Os fatores de risco associados à asma tem sido motivo de várias investigações
nas últimas décadas e alguns foram identificados como: sexo masculino,
história familiar de alergia, tabagismo passivo, ausência de atendimento
materno e sensibilização aos alérgenos (MORAES et al, 2011)

O diagnóstico da asma deve ser baseado em condições clínicas e funcionais.
O diagnóstico clínico consiste em um ou mais dos seguintes sintomas:
dispneia,tosse Crônica, sibilância, aperto no peito ou desconforto torácico,
particularmente a noite ou nas primeiras horas da manhã.Para o diagnóstico
funcional é utilizado a espirometria (SOCIEDADE BRASILEIRA DE
PNEUMOLOGIA E FISIOLOGIA, 2006).
Ressalte-se ainda que os sintomas de sibilos podem ser confundidos com
outras doenças, como exemplo as bronquíolites virais, que é muito frequente
na faixa etária menor de cinco anos de idade (SALDANHA E BOTELHO, 2010).
Atualmente, recomenda-se que o manejo dos pacientes seja baseado no grau
da gravidade da doença. A classificação da gravidade da asma é primordial
para seu tratamento e controle. A gravidade da doença não é uma
característica fixa do paciente, podendo se alterar no decorrer de meses ou
anos, e por esse motivo recomendando-se avaliação periódica para o
estabelecimento do tratamento(SALDANHA E BOTELHO, 2010).
Alguns fatores pode-se destacar que um desencadeante mais comum da asma
são as infecções virais, as gripes e resfriados. A inflamação pode levar a um
aumento na secreção e até mudança da sua coloração(TRINCA et al, 2011).
Também outro fator muito importante é o emocional, pois as situações
estressantes podem ocasionar piora da crise complicando assim o seu
controle. E também outros como: os alérgenos inaláveis, o exercício físico, as
alterações climáticas, a exposição à fumaça e/ou a outros elementos irritantes.
Adoção de medidas de higiene domiciliar tem a finalidade de criar um ambiente
livre de alérgenos que constituem a causa primária de asma, principalmente
em crianças (TRINCA et al, 2011).
Os sintomas e as disfunções causados pela asma interferem no cotidiano de
seus portadores, bem como o tratamento adequado quando instituído
precocemente, pode controlá-la e permitir ao asmático ter uma vida normal
(BETTENCOURTet al,2012).

A atuação da enfermagem é descrita em vários programas de educação em
asma, tendo a responsabilidade de educar os pacientes e sua família. Essas
medidas visam à diminuição dos sintomas, prevenção de crises recorrentes e
manter a função pulmonar o mais próximo possível do normal
(BETTENCOURT et al,2012).
Quando orientado de forma correta, o doente passa a ter noções sobre a asma,
quais os fatores desencadeantes e como evita-los, e adquire habilidades como
uso correto das medicações e reconhecimentos dos sinais de controle e
descontrole da doença (BETTENCOURTet al, 2012).
METODOLOGIA
Trata-se de estudo de caso realizado em umaUnidade de Pronto Atendimento
da região Norte de Belo Horizonte, por acadêmicos do 7° período de
enfermagem do Centro Universitário Una.
Gil (2002)descreve um estudo de caso como sendo um estudo profundo e
exaustivo de um ou poucos objetos, de maneira que permita seu amplo e
detalhado conhecimento. Ele ainda define um conjunto de etapas que podem
ser seguidas como: Formulação do problema, definição da unidade-caso,
determinação do número de casos, coleta de dados, avaliação e análise dos
dados.
Para elaboração do caso clínico foi escolhido umacriança que se encontrava
em observação no Pronto Atendimento da Instituição em março/2014.
Procedeu-se à anamnese, exame físico e consulta ao prontuário do paciente,
bem como prescrições e registros de enfermagem. O caso foi montado
segundo a teoria de Wanda de Aguiar Horta e foi definido o tema“dispneia na
criança” para subsidiar as discussões sobre a atuação do enfermeiro no
gerenciamento.
Para a construção do referencial teórico realizou-se uma busca de artigos na
Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), com os seguintes descritores: Asma;
Pediatria; Gestão, Enfermeiro gestor; Wanda Horta. Como critério de inclusão

considerou-se como corte temporal o período de 2005 a 2010. Outro critério
utilizado foi à seleção de artigos escritos na língua portuguesa.
DESCRIÇÃO DO CASO CLÍNICO:
Para a realização do caso clínico baseamos na teoria das Necessidades
Humanas Básicas de Wanda de Aguiar Horta.
Anamnese
Dados de Identificação:
Trata-se de C.F.L.S., 1 ano e 2 meses, nascido em 20/01/2013, sexo
masculino, Brasileiro, melanoderma, residente em Belo Horizonte, natural de
Ipatinga - Minas Gerais.
Diagnóstico: Asma (prontuário)
Queixa Principal (QP)
“Tosse com chiado no peito” (sic)
História da Doença Atual (HDA)
A criança admitida na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) no dia
09/03/2014, trazida pela mãe, criança agitada, chorosa, foi atendida em crise
respiratória moderada.De acordo com a mãe o quadro iniciou no dia anterior
com início só de “coriza”, com piora do quadro a noite. Nega ter feito uso de
medicação na criança, febre, náuseas e vômitos, bem como alterações
intestinais. Refere inapetência desde o início do quadro.
A conduta médica:
Iniciar O2 por cateter nasal a 5l/min,micronebulizaçãocom adrenalina (1 ml)
associado a 2 ml de SF0,9% de 20 em 20 minutos, repetir por 2 vezes.
Após micronebulização com Atrovent (10 gotas), berotec (8 gotas) de 2/2
horas.
Administrado uma dose de corticoide oral 12 ml (predinisolona 1mg/ml).

Puncionado AVP em MSD com jelco 22, administrado hidrocortisona 500mg,
2,5ml EV, salinizado o acesso.Deixando a criança em observação na unidade.
.História da Saúde Pregressa (HSP)
Mãe relata ter só um filho, G1P1A0, foi um pré-natal de risco habitual,
acompanhado na atenção primária, sem intercorrências durante a gestação, o
parto foi por via vaginal sem complicações durante e no pós parto.
Criança nasceu a termo 40 semanas de gestação, na maternidade Hilda
Brandão, com apgar de 1’ de 9 e no 5’ de 10, Perímetro cefálico 33,5 com,
peso 3, 800 kg, medindo 49,5 cm, perímetro abdominal de 33,5cm.
Mãe relata amamentação exclusiva até 6 meses de idade.
Aos 2 meses e 25 dias de idade, a criança foi internada no Hospital de Ipatinga
com bronquiolite por 3 dias, fez uso de aerolin (sulfato de salbutamol) por
espaçador, recebeu alta e continuou com o tratamento em casa de 6/6 horas
durante 15 dias.
A criança apresentou 4crises ao longo do ano de 2013, sendo necessária
avaliação na cidade de Ipatinga, este ano, já foram duas crises, sendo que em
todas as vezes ficou em observação na UPA.
Segundo a mãe, a criança não faz uso de medicações contínuo em casa,
nunca fez outros exames, não é acompanhada em posto de saúde, apenas
segue as orientações de medidas de prevenção em casa, no primeiro ano eles
moravam em Ipatinga e já tinha sido orientada a levá-lo ao posto para
acompanhamento.Nas duas últimas crises a família resideem Belo horizonte e
procura, preferencialmente, a UPA para tratamento das crises, pois, segundo a
mãe, é atendida mais rápido, e quando vai para, usa o espaçador por mais
alguns dias e se recupera.
Calendário vacinal completo
História Familiar (HF)
Pais e irmão hígidos, nega outras comorbidades familiares.

Necessidades Psicossociais
Moram juntos o pai, mãe e o filho, reside em casa alugada, com saneamento
básico adequado. A profissão da mãe é do lar e do pai é autônomo com renda
média familiar de aproximadamente R$1.200,00.
Mãe relata que a criança possui sono leve, mas dorme a noite toda. Não possui
restrição hídrica, ingere cerca de 300 ml de água por dia, com dieta adequada
porém pouca variedade de frutas e proteínas (carne). Têm preferência por
iogurtes e sucos.
Alimentação: no estado normal tem bom apetite, mama mamadeira 3 vezes ao
dia (pela manhã, a tarde e a noite), come uma fruta pela manhã, almoça, suco
a tarde e jantar a noite, mas faz questão de relatar que tem poucas variedades
para oferece-lo.
Nega disúria, relata que sua diurese é de cor e odor característico. Relata
eliminação intestinal regular (2 vezes ao dia), as fezes são de característica
consistente.
Relata ter uma boa convivência em família, não possui animais de estimação e
nunca fumaram. A criança é ativa, gosta de brincar no quintal e com
coleguinhas da rua. Relata estar orientada quanto ao controle ambiental em
seu domicílio.
Necessidades Psicoespirituais
Evangélica.
Exame Físico
Necessidades Psicobiológicas
Condições gerais: Paciente BEG, com fácies de medo, tímido, desidratado +
+/4++, turgor e elasticidade preservado, fontanela anterior e posterior sem
abaulamento ou retrações, mucosas corada e desidratada ++/4++, acianótico,
anictérico, bem nutrido, com desenvolvimento normal pra idade, pesando 10kg,
longilíneo 85 cm, atitude e decúbito voluntário, eufásico, estado de higiene
adequado, sem presença de edemas, unhas lisas e brilhantes.
Regulação Neurológica: Criança ativa, reativa, alerta, consciente.

Coordenação motora:
Grossa: Criança deambula com um pouco de dificuldade (começando a
deambular).
Fina: Rabisca ainda com dificuldade, porém normal para a idade.
Condições do segmento da cabeça e do pescoço:
Crânio normocefálico, cabeça em posição ereta e movimentos normais sem dor
ou rigidez de nuca. Cabelos em condições de higiene adequadas, couro
cabeludo sem lesões, cicatrizes e feridas operatórias.
Face simétrica, com sensibilidade preservada, sobrancelhas, pálpebras, cílios,
córneas preservadas e íntegras, conjuntivas róseas, esclera anictérica, reflexo
córneo-palpebral presente, pupilas isocóricas, fotorreativas, em forma circular.
Nariz e aparelho lacrimal íntegro.
Cavidade bucal: lábios corados, mucosas hidratadas, dentição incompleta
com8 dentes, com boa higienização, sem cárie, papilas gustativas presentes,
língua rósea, simétrica, mobilidade preservada.
Acuidade auditiva preservada, orelhas com implantação alta, condições de
higiene adequadas, e sem presença de dor.
Linfonodos não palpáveis.
Traqueia centralizada.
Pulso carotídeo presente e rítmico.
Dados Vitais aferidos na admissão da criança em crise:
PA- 98x65 mmHg, FR- 65 irpm, TA- 36,5ºC, FC- 175 bpm, sat- 87% AA.
(dados do prontuário)
(FR normal para a idade: 12 meses a 5 anos até 40 irpm)
Na admissão criança com respiração do tipo abdominal, taquipneico, dispneico
utilizando musculatura acessória, expansão simétrica, na ausculta pulmonar

presença de sibilos difusos e roncos, apresentando tosse sem expectoração.
(Dados do prontuário)
Dados vitais aferidos pós crise:
FR -35 irpm, TA-36,5ºC, FC-135bpm, Sat 97% com O2 a 3 l/min por cânula
nasal.
Após 40 minutos da intervenção médica, criança eupnéico, ritmo normal,
expansão simétrica, frêmito tóracovocal normal, na ausculta pulmonar sem
presença de sibilos e poucos roncos, apresentando tosse sem expectoração.
Tórax e Oxigenação: Tórax com coloração normal, sem presença de
cicatrizes e feridas operatórias, tórax sem retrações ou abaulamentos.
Regulação vascular Ictuscordis visível e palpável(uma polpa) no 4º espaço
intercostal na linha hemiclavicular, frêmitos presentes, eucárdico (135 bpm),
BNRNF em 2T, pulso rítmico, cheio, simétrico, não foi detectado sopro.
Abdome e Nutrição:Simétrico,sem abaulamento, anictérico e temperatura
normal, sem presença de cicatrizes e feridas. Presença de cicatriz umbilical
retraída, ruídos hidroaéreos fisiológicos presentes.
MMSS: Sempresença deedema e cianose, em boa perfusão capilar.
MMII: Sempresença deedema e cianose. Pulso pedioso palpável, simétrico, cheio, rítmico.
Baseado na taxonomia NANDA-I (2010) e classificação NIC (2008), foram
elaborados alguns diagnósticos e intervenções de enfermagem referente
ao caso clínico da criança C.F.L.S.:
-Troca de gases prejudicada relacionado ao desequilíbrio na ventilação
perfusão, evidenciado por saturação diminuída.
Resultado esperado: A criança irá apresentar a melhora do quadro em até 4
horas.
Intervenções:

-Manter cabeceira elevada;
-Verificar saturação de O2;
-Observar e anotar estado de consciência;
-Ventilação espontânea prejudicada relacionada à fadiga da musculatura
acessória evidenciado por uso de musculatura acessória.
Resultado esperado: Apresentará melhora do desempenho da mecânica
corporal em até 1 semana.
Intervenções:
-Manter vias aéreas desobstruídas;
-Monitorar a fadiga dos músculos acessórios;
-Elevar cabeceira do leito;
-Posicionar o paciente visando facilitar a combinação ventilação perfusão
mantendo pulmão sadio para baixo quando adequado;
-Monitorar o estado respiratório e oxigenação;
-Risco de infecção relacionado à procedimento invasivo (acesso venoso).
Resultado esperado: A criança não irá apresentar infecção enquanto
permanecer com acesso venoso.
Intervenções:
-Trocar os equipos e locais de punção periférica de acordo com as normas da
Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) (72 às 96h);
-Lavar as mãos antes e depois da manipulação da criança;
-Trocar o curativo de acesso venoso periférico diariamente com álcool a 70 % e
ocluir com micropore;
-Nutrição desequilibradamenor que as necessidades corporais
relacionadosà dispneia, evidenciado à inapetência;

Resultados esperados: Espera-se que a criança apresente em até 24 horas a
vontade de se alimentar, respeitando as condições de jejum prescrito pelo
médico.
Intervenções:
-Investigar as preferências alimentares da criança;
-Oferecer uma oportunidade de higiene oral antes das refeições;
-Registrar a aceitação da dieta, dessa maneira tendo um controle da ingestão
alimentar;
-Paternidade ou maternidade prejudicada relacionada à manutenção
inadequada da saúde da criança caracterizada à falta de orientação.
Resultados esperados: Espera-se que os pais sejam orientados em até 24h.
Intervenções:
-Orientar os pais quanto ao estado respiratório iniciais da criança para ser
usado como material comparativo.
-Orienta os pais quanto à doença e seu controle adequado.
-Orientar os pais quanto ao uso correto das medicações prescritas pelo médico
(antiinflamatórios e broncodilatadores).
-Estabelecer um plano e orientar os pais quanto às exacerbações.
-Manutenção do lar prejudicada relacionada a conhecimento deficiente
caracterizado por crises repetidas.
Resultado esperado: Espera-se que a limpeza e ou manutenção do lar seja
realizada em até 6 h.
-Ajudar os pais a reconhecerem os sinais sintomas das reações asmáticas;
-Orientar como deve ser feita a limpeza da casa;
-Orientar quanto ao uso de produtos com cheiro forte;

-Orientar quanto à presença de cortinas e tapetes;
-Orientar sobres as possíveis formas de evitar ácaros.
DIAGNÓSTICO SITUACIONAL
De acordo com Clarice Henriques Santos 2010, O diagnóstico
Administrativo/Situacional de enfermagem e de saúde é considerado como a
primeira etapa do processo de planejamento. Pode ser elaborada em uma
instituição como um todo ou em setor específico.
Com objetivo de conhecer melhor o setor de pediatria da UPA Norte aplicamos
as seguintes etapas para diagnostico situacional:
Levantamento de dados,
Análise dos dados obtidos,
Estabelecimento de prioridades,
Propostas de organização e/ou reorganização com justificativas
Elaboração do planejamento estratégico.
Levantamento de dados:
A UPA Norte é uma unidade de pronto atendimento, do Sistema Único de
Saúde - SUS, situada naRua Oscar Lobo Pereira, n º 270, Bairro Primeiro de
Maio– Belo Horizonte (PORTAL PBH, 2014).
É um centro de referência secundário, que atende 19 centros de
saúde(PORTAL PBH, 2014).
É uma região com disparidade social acentuada, possui vilas e aglomerados
com alto índice e vulnerabilidade social e bairros de classe média (PORTAL
PBH, 2014).
Sua estrutura física geral é composta por portaria, sala de triagem, sala de
espera, consultórios médicos, sala de observação, enfermaria, sala de triagem,
sala de espera, consultórios médicos, sala de observação, enfermaria

(pediatra-adulto), sala de urgência, sala de raio X, sala para aplicação de
medicamentos e realização de ECG, farmácia, sala administrativa e gerência,
sala de conforto médico e enfermagem, refeitório, banheiros de pacientes e
funcionários e estacionamento interno (PORTAL PBH, 2014).
Para o atendimento pediátrico a UPA possui: 3 médicos Pediatras, 1
Enfermeira e 2 Técnicos de enfermagem, 1 Serviço Social, 1 pessoa
responsável pela higienização.
O setor de pediatria está situado no segundo andar da UPA, possuindo 1 sala
de espera com televisão, 3 consultórios para atendimento médico, 2 salas de
observação, 1 sala para atendimento de emergência, 1 sala destinada a
micronebulização, 1 posto de enfermagem.
Análise dos dados obtidos na UPA Norte:
REFERÊNCIAS:
SANTOS, Ana Paula Ochoa; LIMA, Luciane Soares de; WANDERLEY, Almir
Gonçalves. Comparação entre o tratamento farmacológico aplicado em
crianças de zero a cinco anos atendidas em uma unidade de emergência e as
diretrizes do III Consenso Brasileiro no Manejo da Asma. J. bras.pneumol.,
São Paulo , v. 33, n. 1, fev. 2007 . Disponível em
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1806-
37132007000100005&lng=pt&nrm=iso>. acesso em 29 mar. 2014.
http://dx.doi.org/10.1590/S1806-37132007000100005.
SILVA, Maíra Domingues Bernardes; SILVA, Leila Rangel da; SANTOS, Inês
Maria Meneses dos. O cuidado materno no manejo da asma infantil
contribuição da enfermagem transcultural. Esc. Anna Nery, Rio de Janeiro ,

v. 13, n. 4, Dec. 2009 . Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?
script=sci_arttext&pid=S1414-81452009000400012&lng=en&nrm=iso>. Acesso
em: 29 Mar. 2014. http://dx.doi.org/10.1590/S1414-81452009000400012.
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. São paulo: Ed. Atlas, 2002.
175p.
SOCIEDADE BRASILEIRA DE PNEUMOLOGIA E TISIOLOGIA. IV Consenso
Brasileiro no Manejo da Asma, 2006. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE
PNEUMOLOGIA, 33, Fortaleza, 2006.
http://www.scielo.br/pdf/ape/v19n4/v19n4a08.pdf
http://www.fen.ufg.br/fen_revista/v10/n1/pdf/v10n1a21.pdf
http://setorsaude.com.br/teresinhavalduga/2013/01/15/competencias-
fundamentais-do-enfermeiro-gestor/
https://estudogeral.sib.uc.pt/jspui/bitstream/10316/20323/1/Fisiopatologia
%20da%20asma%20grave(RevBrasAlerImunopatol2006).pdf