intervenção no hospial miguel bombarda
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Trabalho para a disciplina de Conservação, Reabilitação e RestauroTRANSCRIPT
NÃO BOMBARDEIEM O MIGUEL BOMBARDA
ARTE BRUTA NO MUSEU
FAUTL – MESTRADO INTEGRADO EM ARQUITECTURA CONSERVAÇÃO, RESTAURO E REABILITAÇÃODOCENTE: JOSÉ AGUIAR
Autores: Camila Matos 20108168, Carolina Fonteles 20108170, Cibele Bonfim 20108169, Francesca A. Scapoli 20108103
“Em 1848 Portugal vê fundado o primeiro hospital psiquiátrico, o Hospital de Alienados em Rilhafoles, por iniciativa do chefe de governo, Duque de Saldanha, aproveitando as instalações do antigo Convento dos Padres de S. Vicente de Paula que foi ampliado para se adaptar às novas funções e realidade.”(documento de classificação da ZEP de Rilhafolles)
O trecho acima, refere-se ao edifício erguido na colina ao norte do Campo de Santana, freguesia da Pena, e que recebeu posteriormente o nome de Hospital Miguel Bombarda, em homenagem ao importante médico ativista do Movimento Republicanodo do 5 de outubro de 1910.
N
Pavilhão de segurança
Hospital Miguel Bombarda
Balneário D. Maria II
fachada principal lado sul
fachada norte
Hospital Miguel Bombarda
Antigo convento dos padres de S. Vicente de Paula, o edifício do século XVIII, então conhecido por Convento de Rilhafoles foi utilizado em 1829 para alojar a recém fundada missão de portugal da Companhia de Jesus. Poucos anos mais tarde, e no seguimento do decerto de extinção das ordens religiosas de 1834, ainda aí funcionou o Colégio Militar.Foi transformado em hospital para doentes mentais pelo Marechal Duque de Saldanha, que fundou o hospital de alienados de rilhafoles em 1848, e recebeu o seu nome actual em homenagem ao dr. Miguel Bombarda, ilustre médico e director da instituição, activista do movimento do 5 de outubro de 1910, assassinado na véspera dos eventos.
escada
Todas as fotos são de arquivo pessoal
Posteriormente, o Hospital Miguel Bombarda transformou-se num complexo de edifícios que se estendia por sobre a antiga “Quinta de Rilhafolles”, do qual podemos destacar como elementos de relevência histórica e social: o já citado edifício principal; 5ª e 6ª enfermarias, balneário D. Maria II (1853), Pavilhão de Segurança (1853), sendo estes dois últimos classificados como conjunto de interesse público.
Atualmente, o complexo já foi quase totalmente desativado enquanto hospital psiquiátrico. E deixa como legado anos de história de evolução do tratamento de doentes mentais, além de um acervo de quase 4000 obras de arte bruta (ou outsider art) produzidas pelos internos do Hospital, durante terapia.
A partir da importância deste complexo arquitetônico, propomos uma intervenção de restauro e reabilitação, com foco no edifício principal do hospital, que abriga também a casa onde viveu o médico Miguel Bombarda. Para tal, sugerimos novo uso para o edifício, a partir da análise de seu caráter histórico, mas recolocando sua funcionalidade e forma, de acordo com o contexto urbano atual.
A IntervençãoConsiste, essencialmente, na retomada do “eixo” de ligação entre os claustros do Hospital e do Pavilhão de Segurança, no intuito de promover a ligação entre os mesmos e garantir sua funcionalidade integrada dentro do complexo Miguel Bombarda. Muda-se o acesso principal, anteriormente localizado na fachada sul do edifício, para a fachada norte, aproveitando-se do desnível natural do terreno para abrir a entrada no subsolo e promover a integração física e visual com o Panóptico.
Distribuição vertical lado sul Distribuição vertical lado leste celas
Fachada sul Fachada norte
Espaço em celas Circulação vertical
Todas as fotos são de arquivo pessoal
Subsolo fachada principal lado sulfachada principal lado sul
panóptico
Corte da ideia
Vista do hospital até panóptico fonte: arquivo pessoal
Vista da panóptico até o hospital fonte> arquivio pessoal
Corte mostrando os novos usos do edifício
Espaço administração e reserva técnica
Espaço expositivo
Espaço atelier e bar
O Programa:
No subsolo, rés do chão e primeiro piso do edifício funcionarão parte das instalações do Museu de Arte Bruta: salas administrativas, reserva técnica, ateliês de trabalho, auditório, bem como uma galeria para exposições e um bar, que servirá aos visitantes do museu e público em geral.O edifício funcionará integrado ao museu do panóptico.Nos dois pisos superiores, propomos a instalação de uma residência universitária, no sentido de garantir o uso do edifício para além das atividades ligadas à memória do hospital. A presença de alguns centros universitários muito próximos da região foi também o que nos motivou a considerar o uso enquanto residência para o edifício.Por fim, propõe-se passarelas que perpassam transversalmenteo edifício, mudando, assim, seu eixo de circulação;no intuito de valorizar o pátio enquanto elemento estruturadordo edifício e ressaltar o eixo que liga-o ao Panóptico.
Planta piso 1 escala 1:500
Isométrica do piso 1
Percurso expositivo
Percurso administração
espaço expositivo
espaço administrativo: 200m2espaço reserva técnica: 400m2espaço expositivo: 450m2
Sala Expositiva
Sala Expositiva
13
Sala Expositiva - vista para o panóptico
14Passarelas [mudança de eixo do prédio] e Pátio
Imagems da passarela no patio da pinacoteca fonte: http://wehrintheworld.blogspot.com/2009/07/pinacoteca-do-estado-sao-paulo-photo.html
fonte: arquivio pessoal
Projecto: PINACOTECA DO ESTADO DE SÃO PAULO, Prêmio Mies Van de Rohe ano 2000.Arquitecto: Paulo Mendes de Rocha
Imagens do passarela fonte: http://www.megliopossibile.it/post.php?id=3965
Projecto: “Le murate” projecto EUROPEO REPRISE: Regeneration of Prisons in Europe, Firenze, Italia, 1998-2010Arquitecto: diretrizes de projeto do Renzo Piano, o projeto global foi editado pelo Arq. Mario Pittalis e Arq. Melosi RobertoTema: recuperação e requalificação do antigo cárcere “le Murate” em edifício residencial público, lojas, espaços criativos.
Imagens do pátio fonte: http://www.megliopossibile.it/post.php?id=3965
Imagens do book shop do piso superior do museu fonte: Arq. Jose Aguiar
Projecto: Museo do Douro, PourtugalArquitecto: Fernando Seara
Imagens do piso 0 ao piso superior do museu fonte: Arq. Jose Aguiar
Percurso expositivo
Planta piso 0 escala 1:500
Isométrica do piso 0
bilheteria espaço expositivo
auditórioBook shop
espaço loja/bilheteria: 400m2espaço expositivo: 1000m2espaço auditório: 180m2
Bilheteria/Book shop
Book shop
Auditório
Auditório
Imagens da requalificação das celas do projecto “Le Murate” fonte: http://www.megliopossibile.it/post.php?id=3965
Imagens do auditório do Museu do Douro fonte: Arq. José Aguiar
Imagens do auditório do Museu do Douro fonte: Arq. José Aguiar
Referências
Percurso bar/atelier
Planta piso -1 escala 1:500
Isométrica do piso -1
espaço bar: 260m2espaço atelier: 380m2
Perspectiva pátio atualmente
Atelier
Atelier
Atelier
Bar
Bar - cozinha
Pátio Interno
entrada
Imagens pátio do Moma fonte: Arquitecto José Aguiar
Projecto: MOMA, New YorkArquitectos: Phillip Goodwin e Edward Stone, 1939Redesign: Yoshio Taniguehi, 1997
Imagens relativas às rua de Sevilha Fonte: Arquitecto José Aguiar