intervenção fisioterapêutica no alívio da sintomatologia ...a técnica de klapp foi descoberta...
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Intervenção fisioterapêutica no alívio da sintomatologia
provocada por cervicobraquialgia: Um estudo de caso
Catiane de Morais DIAS – Acadêmica do curso de Fisioterapia – Centro Universitário de
Caratinga - UNEC – [email protected]
Patricia Brandão AMORIM – Graduada em Fisioterapia – Mestre em meio Ambiente e
Sustentabilidade – Doutora em Saúde Pública – Coordenadora do Curso de Fisioterapia do
Centro Universitário de Caratinga – Campus UNEC de Nanuque –
Daniella Souza SANTOS – Acadêmica do curso de Fisioterapia – Centro Universitário de
Caratinga - UNEC – [email protected]
Pedro Afonso Rocha RIBEIRO – Acadêmico do curso de Fisioterapia – Centro Universitário
de Caratinga - UNEC – [email protected]
Resumo:
INTRODUÇÃO: A cervicobraquialgia é uma patologia de caráter neurológico, que tem
sido de grande incidência, atingindo jovens, adultos e idosos. Acomete a região cervical,
sendo evidênciada por dor com irradiação para braços e mãos. É causada por compressão de
uma ou várias raízes nervosas uni ou bilateral, por alterações vertebrais decorrentes de
traumas, movimentos repentinos/repetitivos, sobrecarga nos exercícios, pesos, estresse, dentre
outros. Tudo isso pode acarretar em sobrecarga articular, inflamação dores
musculoesqueléticas e também a presença de hérnias discais e diminuição de espaço
intervertebral, acasionando cefaleia, fraqueza de membro superiores e parestesia.
OBJETIVO: O objetivo deste estudo é analisar os efeitos da intervenção fisioterapêutica no
alívio das sintomatologias provinientes da cervicobraquialgia. PROCEDIMENTOS
METODOLÓGICOS: Trata-se de um estudo de caso realizado com um paciente do sexo
masculino, 49 anos, atendido no Centro de Assistência à Saúde Unec (CASU), com
diagnóstico clínico de cervicobraquialgia, que desencadeou a perda dos movimentos cinético-
funcionais, diminuição da força muscular e amplitude de movimento (ADM), parestesia e
quadro álgico intenso. O paciente foi submetido a 24 sessões de fisioterapia, 03 vezes por
semana, por meio de cinesioterapia, liberação miofacial, Reedução Postural Global (RPG),
propriocepção corporal e Estimulação Elétrica Nervosa Transcutânea (TENS). PRINCIPAIS
RESULTADOS: Após a utilização das técnicas de tratamento, conclui-se, que a intervenção
fisioterapêutica no alívio das sintomatologias da cervicobraquialgia foi relevente, pois
proporcionou benefícios na recuperação funcional, aumento da amplitude de movimento
(ADM), e força muscular, diminuição da dor do membro afetado, normoestesia e
propriocepção corporal, possibilitando ao paciente atuar em suas Atividades de Vida Diária
(AVD’s).
Palavras chave: cervicobraquialgia, dor, intervenção fisioterapêutica.
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1. Introdução
A fisioterapia é uma das grandes inovações na área da saúde, sendo um ciência que tem
como objetivo devolver total ou parcialmente a autonomia de quaisquer segmentos do corpo
humano que necessite ser reabilitado, prevenindo e tratando distúrbios que venham
comprometer a depêndencia do indivíduo em excutar as AVD’s, seja por alterações
genéticas, fisiológicas, posturais, traumáticas ou por doenças adquiridas (DE ALMEIDA
VASCONCELOS et al, 2017).
A cervicobraquialgia é uma patologia que costuma ser insidiosa, idioptática, em algumas
situações pode acometer o indivíduo de forma súbita, relacionada a movimentos abruptos do
pescoço ou por longos períodos em uma posição forçada ou a repetição de tais movimentos,
o que requer um esforço, muitas vezes traumático.
O repouso, em sua quase totatidade é eficaz no tratamento e, a piora vem
consequentemente ao movimento. A sensibilidade alterada juntamente a pressão exercida
sobre as raizes nervosas, faz com que a dor se torne dinâmica, espalhando-se pelos membros
superiores. A parestesia é um sintoma e queixa mais presente. A paralisia da musculatura é
rara. Pode se encontrar déficit de força muscular nos músculos inervados pela raiz
comprometida.
A dor pode ter causas variadas, ou seja, nem todas as dores que se apresentam em
membros superiores é causada necessariamnte por compressão em raizes nervosas da cervical,
porém, ela é presente na cervicobraquialgia. Dentre os métodos e protocolos de tratamento
fisioterapêutico a cinesioterapia, TENS, liberação miofacial, RPG (exercícios de Klapp),
propriocepção corporal, foram escolhidas neste estudo, por ter resultados imediatos.
O principal motivo, é o sucesso de seu protocolo que, quando bem indicadas e bem
aplicados, promove melhoras em curto prazo.
Portanto, o objetivo deste estudo e analisar os benefícios da intervenção fisioterapêutica
no alívio das sintomatologias ( dor, diminuição de força, diminuição de ADM, parestesia) da
cervicobraquialgia.
2. Referencial
2.1 Mecânica da cervical
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A coluna cervical é o seguimento mais móvel da complexa estrutura que é a coluna
vertebral; e essa mobilidade no entanto, pode estar comprometida se houver alterações que
mudem o curso fisiológico de tal curvatura, causando dores que não ficam restritas apenas à
cervical, mas, se estende aos demais seguimentos do corpo, podendo acarretar muitos
problemas que imputam limites no movimento da coluna cervical e do ombro. Alterações
notórias podem ser observadas se a musculatura adjacente dessa região sofre alguma alteração
pequena ou exacerbada (DOS REIS et al, 2017).
As manifestações da cervical, se tornaram queixas comuns hoje em dia, e isso, se deve
muito ao modo de vida que se tem. As sobrecargas cotidianas se dão de muitas formas, e
todas elas se inserem inicialmente no sistema nervoso em geral, por que é o local em que tudo
é processado e consequentemente se manifestará de forma física. No labor diário, o físico é
recrutado e exigido em todo tempo, e é comum que se sinta todas as alterações sofridas
durante um dia intenso de trabalho. Os esforços físicos se repetem de forma corriqueira e tudo
isso acarreta mudanças na mecânica da cervical, muitas vezes associada a hérnia de disco
(DOS REIS et al, 2017).
As vértebras, se diferem uma das outras de acordo com a região em que se está. As
vértebras cervicais são pequenas e apresenta uma complacência entre si, já as torácicas, se
apresentam maiores em relação às cervicais e menores em relação as lombares. As vértebras
cervicais se destacam também por não apresentarem em sua anatomia processos transversos,
espinhosos e processo mamilar. A medula espinhal se dissemina desde o sistema nervoso,
passando pelo forame vertebral localizado na região anterior e, exerce função de proteção.
(KNOPLICH, 2015).
2.2 Estimulação Elétrica Nervosa Transcutânea (Transcutaneal eletric neural
stimulation – TENS)
Há diversidade de recursos fisioterapêuticos amplamente utilizados no alívio sintomático
da dor e, dentre muitos a TENS é bastante utilizada, sendo que sua ação é de estimular as
fibras nervosas que levam sinais ao cérebro, interpretados como dor, emitindo sinais elétricos
que impedem a propagação dos estimulos dolorosos, tornando sua efetividade comprovada
(TAKATANI et al, s/d).
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2.3 Liberação Miofacial
A liberação miofascial - LMF - é uma técnica manual de característica passiva. A fáscia é
como um envoltório de tecido conjuntivo, que recobre todo o corpo humano, desde músculos
e até ossos, vasos sanguíneos...As tensões sofridas pelos músculos podem ter vários fatores,
desde sobrecargas mecânicas até emocionais, como o estresse, e essas tensões se acumulam
por dias ou meses, fazendo com que ocorra desequilíbrios musculares. A principal finalidade
da técnica de LMF é, diminuir a fricção entre os músculos, impedindo a fadiga desses
músculos. A técnica consiste em impedir a perda progressiva de energia. Segundo dados os
músculos não sofrem remodelação ou aumento da flexibilidade. Apesar disso, diversos
estudos apontam resultados positivos para ganhos de flexibilidade. (DA SILVA et al, 2017).
2.4 Reeducação Postural Global
Segura et al, 2015, afirma que a Reeducação Postural Global (RPG) é uma técnica que
promove estabilização corpórea, por ser um estímulo cinestésico, agindo de maneira a corrigir
e equilibrar o sistema músculo esquelético. Mesmo com uma gama variada de técnicas para a
reabilitação dos desvios posturais, a RPG tem se destacado pela efetividade e tem como
característica a contração muscular isométrica dos músculos estáticos.
2.4 Método Klapp
A técnica de klapp foi descoberta em 1940, por observar quadrúpedes sem escoliose,
rodolph klapp resolveu usar sua aplicabilidade em humanos. O alongamento e fortalecimento
são características dos exercícios de klapp, que sao divididos em sub grupos, são eles:
Exercício de “engatinhar perto do chão", onde o paciente apoia os cotovelos a 90º, os
dedos e mãos direcionados para frente, a cabeça erguida, quadril e joelhos a 90º realiza
movimentos de hipercifose torácica e hiperlordose lombar.
Exercício de “deslizamento horizontal”, paciente fica na posição de gatas, com o quadril
e joelho a 90º de flexão, o paciente estende o tronco e os membros superiores à frente sem
tocar os cotovelos no chão, manter a cabeça erguida e manter a distância entre as mãos igual
à largura dos ombros. O paciente desliza o tronco e os membros superiores em direção ao lado
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convexo da escoliose, o que consiste no exercício de “deslizamento lateral” (FIORELLI,
2014). Figura 1,2,3.
Figura 1,2,3 – Método Klapp
Fonte: FIORELLI (2014)
Exercício “engatinhar lateral”, paciente fica na posição quadrúpede, com as mãos
direcionadas interiormente, levando para frente o membro superior e para trás o
membro inferior do lado da concavidade, a cabeça é mantida rodada para o lado da
convexidade.
Exercício “arco grande”, paciente também na posição quadrúpede, estende o membro
superior e o membro inferior do lado côncavo em diagonal, joelho e cotovelo contralateral
são mantidos aproximados.
Exercício “virar o braço”, paciente novamente na posição de gatas, com membro superior
do lado côncavo em extensão e abdução de 90º, realiza uma rotação do tronco acompanhado
da cabeça também em direção ao lado da concavidade. Exercício “grande curva”, o
paciente de gatas realiza extensão do membro superior e inferior do lado da concavidade
(FIORELLI, 2014). Figura 4,5,6,7.
Figura 4,5,6,7 – Método Klapp
Fonte: FIORELLI (2014)
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2.6 Propriocepção Corporal:
O corpo humano vive em alerta, um sentinela atenta e esguia, moldado por complexas
estruturas que o mantém de pé. Na verdade se nos aprofundarmos um pouco mais, não são
apenas músculos e ossos que nos mantém de tal modo, mas é muito mais. O cérebro é o
comando de todo o corpo, e em meio ao grande número de funções que ele possui o equilíbrio
é mais uma. O sistema vestibular é um dos responsáveis pelo bom desempenho postural,
sendo um centro do equilíbrio e sobriedade. Todos os movimentos realizados é por ação direta
do sistema vestibular. A capacidade de interação, homem objeto, homem e demais ambientes
é fruto desse equilíbrio sensório motor que o sistema manipula com perfeição (DE SOUZA et
al, 2017).
A manutenção do equilíbrio postural é realizada tanto pelas propriedades viscoelásticas
dos músculos quanto por ajustes posturais desencadeados a partir das informações sensoriais
visuais, vestibulares e somatossensoriais. A propriocepção tem sua importância associada ao
bem estar do homem, tendo seu início ainda na infância e, conforme o crescimento, mais
preciso ele vai ficando, porém, no decorrer dos anos, com o envelhecimento há uma queda
progressiva nesse equilíbrio, desencadeando uma série de prejuízos ao indivíduo sendo
responsável por quedas e acidentes domésticos em idosos.
De Souza et al, 2017 diz que aproximadamente 50% das quedas em idosos são por
movimentos como escorregões e tropeços ou acidentes domésticos, e 35% destas são devido a
deslocamento do centro do corpo, sendo que 1% das quedas tem por consequência fraturas no
quadril; 3 a 5% resultam em outros tipos de fraturas, e 5% causam graves lesões nos tecidos
moles.
A causa destes distúrbios podem ter fatores variados, fatores estes que alteram o
funcionamento de uma das estruturas envolvidas, por exemplo: perda de força, diminuição de
ADM, lesões neurológicas e/ou distúrbios sensitivos. Nesse contexto, diversos autores têm
relatado a importância da propriocepção cervical no controle postural e que disfunções
cervicais, como cervicobraquialgia. Lesões osteopáticas, que se constituem de restrição dos
micromovimentos articulares e que comumente vêm acompanhadas de disfunções em outros
tecidos, como fáscia, músculo ou nervo, também provocam o mau funcionamento dos
proprioceptores e consequentes alterações do equilíbrio (DE SOUZA et al, 2017).
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3. Procedimentos Metodológicos
Trata- se de um estudo de caso clínico realizado no Centro de Assintência à Saúde Unec
(CASU) do Centro Universitário de Caratinga (UNEC), em Nanuque – MG, três vezes por
semana, na qual foi avaliado o paciente A.S, sexo masculino, 49 anos, pescador com
diagnóstico clínico de cervicobraquilgia.
O paciente foi avaliado para a coleta de dados, através da Ficha de Avaliação Fisioterapia
Ortopédica, contendo dados pessoais do paciente, Queixa Principal (QP), História da Moléstia
Atual (HMA), medicamentos, exames complementares, exame físico, contendo Pressão
Arterial (PA), Frequência Cardíaca (FC), Frequência Respiratória (FR), inspeção: Vista
anterior, lateral, posterior, testes especiais, goniometria, escala visual analógica de dor (EVA),
teste de força muscular e teste e sensibilidade superficial e profunda. Os materiais utilizados
durante as sessões foram: Aparelho da TENS, halter, instrumentos de liberação miofacial,
theraband, bastão, espaldar. No último dia da sessão o paciente foi reavaliado.
4. Resultados e discussões
Aos dias 08 de março de 2018 o paciente A.S de 49 anos, pescador, residente em Nanuque
– MG, foi atendido na clínica da UNEC. Em seu diagnóstico clínico com cervicobraquialgia.
Em sua consulta fisioterápica a queixa principal (QP) do paciente era dores na cervical ao
movimento e em repouso, formigamento no antebraço e dedos. Na história da moléstia atual
(HMP), o paciente relatou que vem queixando de dores a mais de três anos, considerando que
há doze anos trabalha como pescador, sente dores na coluna, pescoço e braços, ressaltando
que já passou por procedimento cirúrgico na coluna, devido a Hérnia de Disco. A dor irradia
do pesçoço, braços e dedos, sente formigamento (na extensão cervical). Paciente fazia uso de
medicamento para dor (pregabalina).
Nos exames complementares o paciente realizou raio x de cervical, no qual apresentava
osteófitos em região cervical.
Durante o exame físico a paciente apresentou pressão arterial (PA): 130x90 mmHg,
frequências cardíaca (FC): 92 bpm e Frequência respiratória (FR): 18 ipm, considerados
parâmetros normais.
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Na inspeção observou-se na vista anterior cabeça rodada á direita, vista lateral tronco
rodado a direita, vista posterior cabeça rodada á direita, ombro direito deprimido, escápulas
aladas. Teste sensibilidade superficial e profunda estavam preservadas.
Na avaliação da dor, foi utilizada a escala analógica visual (EVA), escala de 0 (nenhuma
dor) a 10 (pior dor imaginável), onde o paciente relatou quadro de algia, classificando-a em
grau 7, no final tratamento o grau de dor foi para 0 (Tabela 1).
A ciência trata a dor como resposta frente a um estímulo sofrido pelo corpo e o cérebro
envia uma resposta de dor como forma de proteção ao corpo, sinal vital e necessário, um
aviso de que algo está fora do lugar e precisa ser melhorado. Se fossemos escolher uma
resposta, a dor certamente seria descartada como tal, mas, a dor é também o que nos mantém
vivos, pois é o sinal que leva ao problema que está oculto (QUEIRÓZ et al, 2015).
Foram atribuídos manobras para relaxar a musculatura cervical, alongamentos cervicais,
alongamento de ombro e de cintura escapular associado a TENS, foram usadas também
técnicas de RPG, constatou se que as técnicas de manipulação e a RPG promoveram um
ganho no tocante e evolução das amplitudes de movimento tanto da coluna cervical, quanto
do membro superior da dor sintomático, além de melhorar a propriocepção corporal do
paciente (DA CERVICALGIA, s/d).
Gráfico 1: Representação da Intensidade da dor inicial e final do paciente
Fonte: Dados da pesquisa do próprio autor (2018)
Goniometria de cervical flexão 60º , extensão 12º, rotação direita 32º, rotação esquerda
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20º, inclinação 20º. Após a intervenção fisioterápica o paciente retornou ao parâmetros
normais de ADM, cervical flexão 65º , extensão 50º, rotação direita 55º, rotação esquerda 55º,
Inclinação 40º (Grafico 2)
Flexão Extensão Inclinação Rotação direitaRotação
Esquerda
Inicial 60 12 20 32 20
Final 65 50 40 55 55
Cervical
0
10
20
30
40
50
60
70
Títu
lo d
o E
ixo
Goniometria de Coluna Cervical
Gráfico 2 – Amplitude articular de Coluna Cervical inicial e final do paciente
Fonte: Dados da pesquisa do próprio autor (2018)
Ombro flexão 125º, extensão 25º, abdução 150º, adução 32º, rotação interna 70º, rotação
externa 80º. Após a intervenção fisioterápica o paciente retornou ao parâmetros normais de
ADM, flexão 180º, extensão 45º, abdução 180º, adução 40º, rotação interna 70º, rotação
externa 90º (Gráfico 3)
Flexão Extensão Abdução AduçãoRotaçãoInterna
RotaçãoExterna
Inicial 125 25 150 32 70 80
Final 180 45 180 40 70 90
Ombro
0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
200
Títu
lo d
o Ei
xo
Goniometria de Ombro
Gráfico 3 – Amplitude articular de Ombro inicial e final do paciente
Fonte: Dados da pesquisa do próprio autor (2018)
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De acordo Dias et al, 2015 cinesioterapia é uma técnica conservadora, porém, vasta no
que diz respeito a funcionalidade. São usadas técnicas manuais, ou, mesmo o uso de
ferramentas mais específicos que proporciona ao indíviduo uma melhor qualidade de vida,
oferecendo condições quanto a realização de suas AVD’s, muitas intervenções em
cinesioterapia são utilizadas para a modalidade dos tecidos e aumentar a amplitude articular.
No teste de força muscular da coluna cervical e no ombro foi demonstrado a habilidade
do grau de potência quando um movimento é resistido tanto por um objeto ou pela gravidade
da musculatura. A graduação vai de 0 sem nenhuma e evidência de contrabilidade (sem
contração muscular) até 5 movimentação com gravidade e resistência total (contração
máxima). Tabela1.
Tabela 1: Força Muscular
Graduação Graduação Qualificação
5 Normal Movimentação contra gravidade e resistência total
4 Bom Movimentação contra gravidade e resistência parcial
3 Regular Movimentação completa contra a gravidade
2 Mau Movimentação completa elimintando a gravidade
1 Traços Pouca contrabilidade sem mobilidade articular
0 Paralisado Sem nenhuma evidência de contrabilidade
Fonte: Dados da pesquisa, 2018.
O paciente quando chegou ao CASU apresentava grau de força 4 contra-resistência
moderado, na medida que o tratamento foi se processando o grau de força do paciente foi para
5 contração máxima. Conforme a Tabela 2.
Tabela 2: Análise de Força Muscular
Articulação Direito Esquerdo
Ombro Pré Pós Pré Pós
Flexão 4 5 4 5
Extensão 4 5 4 5
Abdução 4 5 4 5
Adução 4 5 4 5
Rotação Interna 4 5 4 5
Rotação Externa 4 5 4 5
Cervical Pré Pós Pré Pós
Flexão 4 5 4 5
Extensão 4 5 4 5
Inclinação direita 4 5 4 5
Inclinação esquerda 4 5 4 5
Rotação direita 4 5 4 5
Rotação esquerda 4 5 4 5
Fonte: Dados da pesquisa, 2018.
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5. Considerações finais
O paciente sofria com dores, de origem neuropática que se seguia desde a região cervical até
o braço. Como forma de paliativo conseguia alívio temporário, por meio de fármacos. A
fisioterapia dispõe de recursos infindáveis. Recursos estes, que quebram as barreiras da
temporalidade momentânea, mostrando sua ação de maneira promissora e cada vez mais
precisa de extrema confiança, que cada vez mais se mostra necessários e por estes recursos o
prognóstico teve êxito em todas as ações e planos de tratamento proposto.
A veracidade quanto à eficácia da fisioterapia cada vez se firma, sendo visto, provado e
comprovado no meio científico, desmistificando seu efeito placebo. Cada elemento
apresentado como ferramenta nesse artigo se mostrou de importância para a melhora do
paciente.
Os resultados obtidos por este estudo condizem com os objetivos traçados, constatando-se
então, que a cinesioterapia, TENS, liberação miofacial, RPG (exercícios de Klapp),
propriocepção corporal, realizada no membro superior acometido é eficaz para a redução do
quadro doloroso e evolução das amplitudes de movimento e força muscular tanto da coluna
cervical quanto do membro superior sintomático.
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