introdução à organização de computadores, redes e segurança

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ução à organização d Objetivos do módulo �������������������������������������������������������������������������������� 2 Introdução ��������������������������������������������������������������������������������������������� 2 Conteúdo ���������������������������������������������������������������������������������������������� 3 Considerações finais��������������������������������������������������������������������������������� 13 Referências bibliográficas �������������������������������������������������������������������������� 13 Introdução à organização de computadores, redes e segurança Sumário ESPECIALIZAÇÃO EM Informática Saúde em Prof. Dr. Marcelo de Paiva Guimarães Richard William Valdivia Autores

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Apresentar os conceitos básicos de computação. Para isso, serão abordados assuntos como: o fluxo de funcionamento dos computadores, as redes de computadores, a segurança de informação e o backup.

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  • Introduo organizao de

    Objetivos do mdulo 2

    Introduo 2

    Contedo 3

    Consideraes finais 13

    Referncias bibliogrficas 13

    Introduo organizao de computadores, redes e segurana

    Sum

    rio

    E S P E C I A L I Z A O E M

    InformticaSadeem

    Prof. Dr. Marcelo de Paiva Guimares Richard William Valdivia

    Autores

  • Informtica em Sade https://is.uab.unifesp.br/

    Mdulo Bsico2

    Informtica em Sade

    Introduo organizao de computadores, redes e segurana

    Objetivos do MduloApresentar os conceitos bsicos de computao Para isso, sero abordados assuntos como: o fluxo de funcionamento dos computadores, as redes de computadores, a segurana de informao e o backup

    IntroduoVamos iniciar este mdulo falando dos avanos tecnolgicos das ltimas dcadas e como tem conduzi-do os usurios finais ao uso de diversos tipos de equipamentos, como computadores pessoais, tablets e celulares, e, muitas vezes, hardwares com alto poder de processamento e armazenamento, como os su-percomputadores e mainframes Com instrues adequadas, esses computadores so capazes de execu-tar uma variedade de tarefas que necessitam de alta velocidade e preciso Por isso, esto cada vez mais presentes nos mais variados contextos, desde os educacionais at os industriais Independentemente do tipo de computador e de seu uso, eles so compostos por trs componentes bsicos:

    Componente Descrio

    Peopleware usurios finais que utilizam o computador como ferramenta

    Hardware componentes fsicos do computador (por exemplo, monitor, processador, memria, teclado e mouse)

    Software componentes lgicos do computador (por exemplo, editor de texto, banco de dados, editor de planilhas e jogos)

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    ContedoOrganizao de ComputadoresComo dissemos anteriormente, os computadores esto cada vez mais presentes na vida das pessoas, mas para que possamos nos valer de todos os benefcios que eles podem nos oferecer preciso que haja um sistema operacional para facilitar o seu uso e para que seja possvel utilizar o hardware da melhor forma possvel, buscando ocupar todos os componentes da mquina na maior parte do tempo com as tarefas existentes

    Os sistemas operacionais diferenciam-se dos outros softwares em seus objetivos e no seu modo de execuo, pois atua como um supervisor ou gerenciador, o que o capacita a controlar todas as aes dos outros softwares que esto rodando no computador Ento, por exemplo, um editor de texto precisa de permisso do sistema operacional para salvar os arquivos em disco O sistema ope-racional executado aps a inicializao (boot) do computador, que, nesse momento testa o hardware e inicia a execuo de todos os outros softwares (por exemplo, antivrus e sistema de mensagens - Skype) Supervisionar o computador inclui tarefas como a gerncia de discos e arquivos, o controle de exibio de imagem no monitor, a definio das prioridades de impresso e a reserva de espao de memria principal para cada software

    Saiba mais...

    Para que voc possa aprofundar seus conhecimento sobre os tipos de discos, acesse o link .

    O princpio de funcionamento de qualquer computador o mesmo, ou seja, um notebook executa as tarefas da mesma forma que um supercomputador Eles recebem dados (input), processam e geram informaes (output) Podemos dizer que os dados de entrada so informaes em seu estado bruto,

    Saiba mais...

    Os softwares, tambm conhecidos como aplicativos ou programas, escondem as complexidades do hardware e permitem seu uso. Cada software tem um propsito, or exemplo, os editores de textos tem por objetivo criar, alterar e armazenar documentos. Os softwares podem ser classificados em: Bsico: formado pelo sistema operacional (por exemplo, Linux, Windows, Irix

    e Mac OS), que tem como objetivo gerenciar o computador, e por softwares de uso geral, como os compactadores de arquivos (por exemplo, o winzip, winrar e ogzip), os antivrus (por exemplo, Panda, Avira e Norton) e os aplicativos de backup (por exemplo, Cobian Backup e Norton Ghost);

    Aplicativos: visam facilitar o trabalho dos usurios finais, provendo funcionalidades especficas, como edio de textos (por exemplo, Word, Gedit e Notepad) e de imagens (por exemplo, Paintbrush, Corel Draw e Gimp).

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    como os nmeros, textos, imagens e sons O processamento trata de efetuar operaes nos dados de entrada A ordenao e/ou comparao (operaes aritmticas e lgicas) so alguns exemplos de processamento As informaes resultantes, que so os dados tratados durante o processamento, so enviadas para os dispositivos de sadas, como o monitor e disco rgido, podendo ento ser analisadas e utilizadas pelos seres humanosPor exemplo: um celular ou um mainframe recebem como dados de entrada um conjunto de caracteres (S, P, L, H, T, O, A, I), processam (formam palavras) e geram a in-formao organizada (SOL, SOPA, PIA, PISTA, HOSPITAL) Os dados de entrada desorganizados no fornecem conhecimento, mas, aps o processamento, geram um conhecimento Assim, pode-se dizer que as informaes resultantes so um conjunto de dados que foram processados e que produzem um resultado com significado A figura 1 representa esse fluxo de funcionamento

    Apesar de todos os computadores utilizarem o mesmo princpio de funcionamento, eles se diferen-ciam uns dos outros em seus aspectos fsicos e de manipulao, como os tablets, os notebooks, os laptops e os ultrabooks, que fornecem mobilidade aos usurios Enquanto os computadores pessoais exigem um local fixo devido ao tamanho, ao peso e necessidade de tomada eltrica Os mainframes por sua vez possuem alta capacidade de processamento e tamanho de memria J os supercomputadores so capazes de atender tarefas que exigem alta capacidade de processamento, inclusive suportando pro-cessamento paralelo (capacidade de executar mais de uma tarefa ao mesmo tempo) Os computadores vestveis, que so computadores integrados aos usurios (relgios de pulso, celulares, roupas, dentre outros), so pequenos e, muitas vezes, imperceptveis Essas diferenas entre os diversos tipos de com-putadores ocorrem porque o hardware e/ou software disponveis para cada plataforma so distintos em sua arquitetura (design)

    A figura 2 apresenta a arquitetura de Von Neumann, que uma viso abstrata dos componentes principais de qualquer computador A Unidade de Entrada codifica informaes introduzidas por dis-positivos de entrada (teclado, mouse, dentre outros) para que a Unidade Central de Processamento (CPU) possa entender A CPU, conhecida como microprocessador, responsvel pelo processamento da entrada gerando a sada desejada (monitor, impressora, projetor, dentre outros) A CPU compos-ta pela Unidade Lgica e Aritmtica, que realiza clculos aritmticos e manipulao de dados, e pela Unidade de Controle, que responsvel pelo trfego dos dados Outro componente dessa arquitetura a Memria, que armazena dados, e o software em execuo

    _Fig. 1 Fluxo de funcionamento dos computadores

    Dispositivo de entrada:Teclado, mouse, kinect,

    scanner...

    Dispositivo de sada:Monitor, impressora,

    projetor...

    Entrada

    Processamento

    Sada

    L, H, S, O, I, A, P, T

    Forma palavras

    SOL, SOPA, PIA, PISTA, HOSPITAL

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    Introduo organizao de computadores, redes e seguranaMdulo Bsico 5

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    A quantidade de bits enviados e recebidos dos dispositivos (como monitor e disco rgido) depen-dente da capacidade do processador Quanto maior a capacidade do processador, mais rapidamente as informaes so processadas A velocidade do computador determinada pela frequncia (megahertz) do relgio (clock) do computador Contudo, o desempenho do computador como um todo depende dos dispositivos de entrada, do processador e dos dispositivos de sada Ento, por exemplo, se o disco de armazenamento for lento e o software executar muitas leituras no disco, o desempenho do sistema ser baixo Em um caso como esse, aes como a troca do processador por um mais moderno ou a adi-o de mais memria proporcionaro ganhos mnimos de desempenho A ao adequada a ser realizada ser a troca do disco de armazenamento por um mais rpido

    Os computadores utilizam a numerao binria (0 ou 1) para representar qualquer informao e instruo A passagem de corrente por um ponto do circuito representada pelo algarismo 1 (um) e a ausncia de corrente representada pelo algarismo 0 (zero) Um bit (binarydigit) a menor unidade de informao de um computador As informaes podem ser representadas por um nico bit ou por um conjunto de bits A unidade utilizada para quantificar a informao denominada byte (B-bynaryterm), sendo que 1byte representa 8 bits (28), o que permite 256 combinaes Um esquema de codificao (ou cdigo) atribui cada uma dessas combinaes a um caractere especfico, o mais comum o cdigo ASCII (American Standard Code for Information Interchange)

    Saiba mais...

    Para saber um pouco mais sobre o cdigo ASCII acesse o link .

    No decorrer dos anos, a unidade byte tornou-se pequena para representar os arquivos e a capacidade de armazenamento dos dispositivos, por isso foram criadas novas unidades como pode ser observado na tabela 1 Ento, por exemplo, uma unidade de armazenamento com capacidade de 4,3GB permite armazenar aproximadamente 4 milhes e 500 mil caracteres Existem outras unidades de medida no

    Unidade de entrada

    Memria(Principal)

    Unidade de sada

    Unidade Lgica Aritmtica

    Unidade deControle

    CPU

    _Fig. 2 Arquitetura de Von Neumann

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    contexto da Computao, como Pixel (Pictureelement), que representa o menor elemento em um dispo-sitivo de exibio (como um monitor) - quanto maior for o nmero de pixels, melhor ser a resoluo da imagem A resoluo de 1,3 megapixels em uma imagem significa que ela tem cerca de 1300000 pixels, ou seja, uma imagem de 1280 por 1024 pixels Outros exemplos de unidade so: CPS (caracteres por segundo), LPM (linhas por minuto) e PPM (pginas por minuto)

    Apesar dos computadores trabalharem com dados binrios, os softwares so construdos (programa-dos) utilizando linguagens de alto nvel, como C++, Cobol, Pascal, PHP e Java Ento, antes de serem executados, os softwares so transformados em linguagem de computador por programas denomina-dos interpretadores e tradutores

    As informaes dos computadores so organizadas internamente atravs de uma unidade conhe-cida como arquivo A organizao deles determinada pelo contedo, por exemplo, os softwares so arquivos denominados executveis; um arquivo de texto ou de som denominado arquivo de dados

    Redes de Computadores, Internet, Intranet e ExtranetNo tpico anterior ns falamos sobre como os computadores so organizados, neste vamos entender como o avano tecnolgico das ltimas dcadas e a propagao da internet impulsionaram o uso das redes de computadores, que so solues computacionais que permitem que usurios, utilizando com-putadores com softwares apropriados, troquem informaes As redes tambm permitem que equipa-mentos como celulares, telescpio, impressora e equipamentos mdicos possam trocar informaes Ento, por exemplo, os dados de um telescpio podem ser transmitidos para uma impressora via rede de computadores Sem o uso de uma rede, a impresso s possvel se a impressora estiver conectada diretamente ao equipamento, ou seja, as redes favorecem o compartilhamento de recursos

    Com a crescente necessidade das organizaes e das pessoas de trabalharem colaborativamente no mundo moderno, as redes de computadores, que so a base da internet, tornaram-se uma ferramenta indispensvel em todos os setores, tanto para o mundo corporativo como para o usurio final

    As aplicaes relacionadas com internet so construdas utilizando servios (softwares com funcio-nalidades especficas) como:

    TABELA 1Unidade de medida

    Unidade Medida Abreviao

    1 byte 8 bits B

    1 kilobyte 1024 B KB

    1 megabyte 1024 KB MB

    1 gigabyte 1024 MB GB

    1 terabyte 1024 GB GB

    1 petabyte 1024 TB PB

    1 exabyte 1024 PB EB

    1 zettabyte 1024 EB ZB

    1 yottabyte 1024 ZB YB

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    ServioWebouWWW: permite que os navegadores acessem os sites, que so compostos basica-mente por pginas que contm textos, imagens, udios, vdeos e animaes inter-relacionados;CorreioEletrnico: possibilita que mensagens sejam enviadas e recebidas por intermdio de

    servidores de e-mails;Transfernciadearquivos:possibilita que arquivos sejam transferidos de uma localidade para

    outra Por exemplo, que fotos sejam copiadas de um celular para um computador pessoal;Gerncia remota: torna possvel aes do administrador sobre dispositivos remotos Por

    exemplo, ele pode reinicializar um computador sem estar na localidade fsica dele;Serviosdeudioevideoconferncia: trata de aplicaes de telefonia, conferncia, u-

    dio e TV;Serviodenomes: todos os computadores possuem um identificador nico; esse servio tra-

    duz nomes de dispositivos para seus respectivos identificadores e vice-versa Quando o usurio digita um nome no navegador, esse nome traduzido para o IP (Internet Protocol) de um servidor;Serviosdearquivose impresso: permitem o acesso a arquivos e diretrios que esto

    fisicamente armazenados em um computador conectado rede GoogleDocs e o Skydrive so exem-plos de aplicaes que usam esse servio;Soluesdetrfegoseguro: fornecem solues de segurana para as informaes que os

    usurios enviam pela rede, como a criptografa das informaesCada um desses servios funciona de uma determinada maneira, por exemplo, a transferncia de

    arquivos geralmente via protocolo denominado FTP (File Transfer Protocol) e o e-mail, utilizando o protocolo SMTP (Simple Mail Transfer Protocol) Cada um tem suas especificidades, por isso cada usurio informa os prprios parmetros em um servio, como no e-mail

    As redes de computadores surgiram na dcada de 1970 com o objetivo de suprir necessidades mi-litares, provendo uma rede de comunicao separada da rede de telefonia pblica, que era vulnervel a ataques O projeto era denominado ARPANET e visava interligao de bases militares e departa-mentos de pesquisa do governo Norte-Americano Com a evoluo tecnolgica surgiu a internet, com abrangncia mundial Ela uma rede de computadores ligados via servidores, que armazenam os sites e os programas que os usurios acessam

    Existem outras redes de computadores alm da internet, como pode ser visualizado na figura 3, porm com outros fins Por exemplo, as LANs (Local Area Networks) so redes especficas para uma localidade fsica Um consultrio mdico pode possuir uma LAN para que todos os computadores da localidade acessem um programa especfico, como a agenda do consultrio Levando em considerao a abrangncia fsica, tambm existem as MANs (Metropolitan Area Network), que so caracterizadas por cobrirem uma regio metropolitana de uma determinada cidade; e as WANs (Wide Area Network), que englobam uma regio maior, como um estado, pas ou continente

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    As redes que visam fornecer acesso somente a uma organizao, como aos funcionrios de uma universidade ou de uma empresa, so denominadas intranet, ou seja, so acessadas somente por com-putadores de uma rede local no so acessveis via computadores externos organizao Existem tambm as extranets, que operam de forma similar a uma intranet, contudo permitem que os usurios com computadores fora da rede local da organizao acessem a rede interna via internet, ou seja, qual-quer funcionrio pode acessar a rede da empresa externamente

    O objetivo das extranets proporcionar comunicao entre funcionrios e empresas parceiras Com elas possvel fazer com que uma aplicao de uma empresa troque informaes com uma aplicao de outra empresa (por exemplo, a criao de um pedido de compra baseado no estoque atual) Exis-tem diversas formas de classificao de rede, por exemplo, as baseadas em aspectos como tecnologia de transmisso, modo de transmisso e modo de operao

    Quando as redes so comparadas entre elas, os seguintes parmetros de avaliao so geralmen-te considerados: custo; desempenho; capacidade de adicionar novos equipamentos; disponibilidade - tempo que a rede permanece em funcionamento de forma ininterrupta; segurana; e padro - tec-nologia utilizada, como Token Ring, Token Bus, ATM LAN e Ethernet

    Segurana da InformaoAt aqui ns vimos como os computadores so organizados e como a troca de informaes pode ser viabilizada, agora vamos compreender a importncia da proteo das informaes, no sentido de preservar o valor que possuem para um indivduo ou organizao As informaes processadas pelos computadores podem ser pblicas ou privadas, o que demanda instrumentos voltados para a segurana da informao, como polticas de troca de senhas de acesso e controle de acesso fsico a computadores

    As informaes nos computadores esto sempre na memria principal (RAM-Randon Access Memory - Memria de acesso aleatrio) ou nas memrias secundrias (discos, pendrives, dvds, blue rays e outras) Dessa forma, so os dois pontos principais que devem ser controlados para que somente operaes autorizadas sejam executadas nesses locais Quaisquer softwares, incluindo os vrus de computadores e os editores de texto, devem estar na memria principal do computador para serem executados

    A diferena entre um vrus e um editor de texto a finalidade; enquanto um editor de texto visa permitir que o usurio crie textos, os vrus almejam prejudicar o funcionamento do computador En-tre as ameaas de um vrus est o envio de informaes, como dados pessoais, informaes bancrias e senhas pessoais para outra pessoa na rede, eliminao de arquivos e lentido do computador Assim como o usurio instala o editor de texto, os vrus tambm so instalados nos computadores Mas,

    _Fig. 3 As redes de computadores em termos de rea de abrangncia

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    geralmente, os vrus utilizam artifcios para que os usurios os instalem sem perceber Por exemplo, muitos vrus so capazes de se autoinstalarem quando o usurio conecta o pendrive no computador

    Algumas medidas podem ser tomadas para se evitar vrus A primeira delas a instalao de antiv-rus, que so softwares especializados em prevenir, detectar e remover ameaas que possam prejudicar a segurana do usurio enquanto faz uso de seu computador Existem no mercado diversas opes pagas e gratuitas de antivrus importante notar que as funcionalidades dos antivrus podem ser diferentes Por exemplo, eles podem ou no oferecer filtro contra e-mails indesejados (antispam), proteo contra invaso do seu computador (firewall), bloqueio de sites inadequados para crianas (parental control) e criptografia dos arquivos e pastas (encrypt system)

    Na maioria das vezes os vrus so disseminados por meio de anexos em e-mails Normalmente, os usurios executam os arquivos que recebem em anexo; ento, o vrus instalado e entra em execu-o sem que o usurio perceba Portanto, importante no abrir e-mails de origem desconhecida ou com assuntos (subject) desconhecidos Essa ao no garante que o computador no seja infectado, mas diminui muito as chances disso acontecer Mesmo um e-mail com origem conhecida pode trazer vrus anexado Nesse caso, a mquina infectada do remetente envia, de forma automtica, uma cpia do vrus para todos os contatos dele com uma mensagem falsa O antivrus atua nesse caso analisando todos os e-mails recebidos e avisando das possveis infeces

    O antivrus instalado deve ser atualizado diariamente, garantindo, ento, que ele receba as in-formaes (instrues para deteco e eliminao) das novas ameaas que surgiram J que o vrus geralmente se aproveita de falhas (bugs) existentes em aplicativos, como no sistema operacional e em navegadores, importante que esses tambm sejam sempre atualizados

    Outro software que aumenta a proteo das informaes o Firewall, que tem como objetivo blo-quear acessos no autorizados a determinados computadores ou redes de computadores Eles tm como funo barrar dados no autorizados de entrarem no computador, por exemplo, a pornografia, e informaes no autorizadas de sarem, como os dados pessoais dos usurios Atualmente, os sistemas operacionais modernos (Windows 8 e Linux) oferecem firewalls durante a instalao

    As informaes que so enviadas e recebidas pelos navegadores geralmente so verificadas por um firewall, porm podem ser acessadas sem autorizao aps passar por eles Ento, os navegadores tam-bm fornecem mecanismos de criptografia que asseguram que a conexo segura para os servidores Esses mecanismos so utilizados para impedir que sejam decodificadas informaes que esto na inter-net Os navegadores se comunicam com os servidores utilizando o protocolo (regras) de comunicao

    _Fig. 4 Firewall

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    HTTP (Hypertext Transfer Protocol - Protocolo de Transferncia de Hipertexto) para a maioria das cone-xes Entretanto, o HTTP no fornece criptografia e tambm no garante que os dados transmitidos no possam ser interceptados por algum software malicioso

    Como a maioria das informaes que o usurio acessa com o navegador no sigilosa, ento no h segurana; por isso utiliza-se o HTTP Isso ocorre ao acessar sites de notcias, pesquisa na internet e vdeos do Youtube Contudo, quando o usurio envia e recebe dados sigilosos, como senhas de banco, utiliza-se o protocolo HTTPS (Hypertext Transfer Protocol Secure - Protocolo de Transferncia de Hiper-texto Seguro) Esse protocolo usa tcnicas computacionais (criptografia) para assegurar a confidencia-lidade e integridade das informaes enviadas pela rede

    O usurio reconhece que o protocolo seguro est em uso ao observar o endereo digitado na bar-ra de endereo do navegador Quando o endereo iniciar com http:// ou no tiver a indicao desse protocolo no incio do endereo, no estar no modo seguro Ao contrrio, quando o endereo iniciar com https:// (note que h uma letra s no http), a conexo ser segura A figura 5 mostra exemplos, na barra de endereo, de diversos navegadores de forma no segura

    A figura 6 ilustra conexes seguras em diversos navegadores, ou seja, as informaes so criptogra-fadas antes do envio A criptografia ocorre sem interferncia do usurio Note que na barra de ende-reo aparece o prefixo https://

    Alguns navegadores, como o caso do Google Chrome no exemplo da figura 6, mostram um cone de cadeado fechado no lado esquerdo, indicando que a conexo segura, alm de ter o prefixo https:// como parte do endereo da internet Outros navegadores apresentam esse cone de cadeado fechado no lado direito do navegador

    _Fig. 5 Barra de endereo de diversos navegadores no segura (fonte: Cartilha de Segurana da Internet do NIC.br)

    _Fig. 6 Barra de endereo de diversos navegadores segura(fonte: Cartilha de Segurana da Internet do NIC.br)

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    O processo de criptografia exige, alm da identificao do protocolo https://, o uso de certificados digitais autoassinados fornecidos por uma entidade de certificao Caso o certificado tenha algum risco, por exemplo, o de ser invlido, o navegador avisar o usurio, por meio de um alerta, que o certificado no reconhecido

    A figura 7 mostra algumas das possveis telas de aviso emitidas pelos navegadores, que detectam um certificado de segurana no confivel Apesar de o navegador emitir o aviso de que o site no confi-vel, o usurio poder optar por continuar a navegao Isso acontece quando o usurio conhece o site e reconhece que no h risco na troca de informaes Entretanto, o ideal entrar em contato com a instituio e esclarecer o ocorrido Esses certificados so, por exemplo, instalados quando o usurio acessa o site do banco pela primeira vez

    Os usurios devem ficar atentos s questes referentes a senhas, pois elas garantem o acesso a siste-mas Elas so de responsabilidade do usurio e demandam alguns cuidados, como:

    1 Cada usurio deve ter a sua prpria senha;2 A senha no deve ser anotada;3 As senhas devem ser trocadas periodicamente;4 No se deve reutilizar senhas antigas;5 Recomenda-se utilizar letras e nmeros para criar sua senha;6 Nunca usar datas de aniversrio, nomes de familiares, placas de veculos

    A segurana das informaes nos computadores envolve hardware, software, usurios e ambiente fsico Existem muitas solues disponveis que devem ser utilizadas de maneira complementar em uma cadeia de aes responsabilidade de todos os usurios zelarem pelas informaes que eles aces-sarem, pois seu trabalho pode ser seriamente comprometido caso no se tenha informao suficiente sobre as questes de segurana

    Backup (cpia de segurana)Para finalizarmos este mdulo vamos abordar o tema Backup que se refere ao de copiar dados de

    um dispositivo de armazenamento para outro, visando recuperao de informaes caso haja perda dos dados originais

    As informaes dos computadores podem estar fisicamente na memria primria (RAM - Randon Access Memory / Memria de acesso aleatria), que o local de armazenamento temporrio dos pro-

    _Fig. 7 Aviso dos navegadores Certificado no confivel (fonte: Cartilha de Segurana da Internet do NIC.br)

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    Introduo organizao de computadores, redes e segurana Mdulo Bsico12

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    gramas e dos dados Esse tipo de memria conhecida como voltil, pois perdem-se as informaes quando o computador desligado ou reinicializado

    Outro local de armazenamento a memria secundria (discos rgidos, fitas dat, cd, dvd), que tem como caracterstica principal a no volatilidade Dessa forma, o princpio inicial que garante a no per-da das informaes o seu armazenamento em memria do tipo secundria Isso pode ocorrer quando o usurio solicita para o editor de texto gravar o documento no disco Porm, no suficiente, pois os computadores esto sujeitos a diversos tipos de panes, como as falhas fsicas (inundao, queda de energia, dentre outras), humanas (eliminao acidental) ou de software (vrus)

    Para que seja possvel a recuperao das informaes em caso de problemas necessrio implantar alguma soluo de backup importante notar que o backup recupera todas as informaes, com altera-es, at o momento em que ele foi realizado As alteraes realizadas aps o momento do backup so perdidas O planejamento de como realizar backup deve considerar dois pontos:

    Sistemadebackup: trata da periodicidade em que o backup realizado Por exemplo, algumas organizaes optam por realizar backup uma vez por dia Outras, como os bancos, antes de con-cluir qualquer operao, fazem cpias de segurana Assim, se ocorrer algum imprevisto, como falta de energia, possvel recuperar o sistema para um estado consistente rapidamente Esse tipo de backup de alta confiabilidade;Mdiaconfivel: cuida dos locais de armazenamento dos dados, que pode ser, por exemplo,

    um pendrive ou outro computador O local de armazenamento deve levar em conta itens, como volume de dados que precisam ser armazenados desejvel que o armazenamento dos backups seja feito, no mnimo, em dois lugares: um na prpria organizao (por exemplo, em outro com-putador), que permita a fcil restaurao, e outro fora das dependncias da organizao, de tal forma que torne os dados salvos de problemas fsicos que destruam a organizao

    As grandes organizaes geralmente utilizam profissionais especializados para definir a poltica de backup Os procedimentos podem ser complexos e de alto-custo, incluindo, por exemplo, cofres an-tichamas, robs, cpias instantneas antes da execuo de cada operao Quando ocorre algum pro-blema, sistemas sofisticados de backup entram em operao, permitindo que as aplicaes no parem e apenas fiquem lentas devido execuo do procedimento de restaurao

    Os usurios finais, mesmo com pouco volume de informaes, devem realizar backup de seus dados No recomendado realizar cpias de segurana no computador local, pois se ocorrer algum problema nesse computador, todos os dados podero ser perdidos Recomenda-se que a cpia dos ar-quivos pessoais seja feita em unidades de armazenamento, como disco rgido externo, outros compu-tadores, pendrives, cd ou dvd, ou seja, sempre em mdias externas Se for necessrio recuperar o backup, as alteraes realizadas posteriormente devero ser refeitas Assim, quanto menor o intervalo entre um backup e outro, menor ser a necessidade de refazer algum trabalho

    Independentemente do procedimento de backup ser realizado para uma organizao ou para usu-rios finais, importante que esse seja testado sempre Dessa forma, possvel garantir que as informa-es no sero perdidas em caso de desastre

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    Consideraes FinaisNos ltimos anos, a informtica tornou-se parte do cotidiano de todos Ela se encontra presente nos mais variados contextos e locais, como na residncia do usurio, no lazer e no trabalho Em muitas si-tuaes os usurios no percebem a complexidade computacional que est sendo utilizada na execuo de uma operao que j cotidiana, como no uso de uma videoconferncia via Internet

    Contudo, independentemente do tipo e do uso do computador que est realizando as tarefas, todos trabalham utilizando o mesmo princpio: recebimento dos dados, processamento e sada O que difere uma mquina de outra a capacidade de execuo dessas atividades Os computadores modernos, por exemplo, possuem um ou mais processadores, e, com isso possvel executar atividades em paralelo, ao passo que os computadores mais simples executam somente uma tarefa por vez

    Uma das principais tecnologias que impulsionou o uso de computadores foi a possibilidade de in-terligao entre eles, ou seja, as redes de computadores Com elas, as informaes no tm mais fron-teiras e esto disponveis para todos de forma quase instantnea Assim, os usurios podem, por exem-plo, visitar virtualmente uma localidade ou at comprar um objeto em um pas fisicamente distante

    Fazem parte do uso dos computadores novos desafios para a humanidade, dentre eles, o controle das in-formaes O caminho para utilizar os computadores de forma segura se prevenir;para isso o usurio deve seguir as recomendaes gerais, como a de instalao de antivrus e a troca de senhas Outro ponto desafia-dor a garantia de que os dados no sero perdidos aps panes, por isso essencial a realizao de backup

    Referncias BibliogrficasALVES, W O InformticaFundamental:introduoaoProcessamentodeDados Editora rica, 1edio, 224 pginas, 2010

    CAPRON, H L&JOHSON, J A Introduo Informtica8 edio, Pearson/Prentice Hall, 2004

    LANCHARRO, E Aet alii InformticaBsica So Paulo, Makron Books, 1991

    MAULA, M & FILHO, P A B Informtica:ConceitoseAplicaes Editora rica, 3edio, 408 pginas, 2008

    SILBERSCHATZ,ASistemasOperacionaiscomJava. Editora Elsevier, 673 pginas, 2008

    TANENBAUM, A S SistemasOperacionaisModernos 3edio, Editora Prentice Hall, 2010

    Saiba mais...

    Os assuntos aqui abordados esto vastamente documentados na literatura. Voc poder encontrar mais informaes no livro Sistemas Operacionais Modernos de Andrew S. Tanenbaum. Recomendamos a leitura dos captulos: O que um sistema operacional Histria dos Sistemas Operacionais Chamadas de sistema