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INEGI INTEGRA CONSÓRCIO DE DESENVOLVIMENTO DO PRIMEIRO AUTOCARRO ELÉCTRICO PORTUGUÊS CLEARPEM-SONIC INSTALADO NO HOPITAL NORD MARSEILLE PELO INEGI À CONVERSA COM: ENGº CARLOS PIMENTA DIRECTOR DO CENTRO DE ESTUDOS EM ECONOMIA DA ENERGIA DOS TRANSPORTES E DO AMBIENTE - CEEETA 33 www.inegi.up.pt trimestral | maio 2011 INTRODUÇÃO DO DESIGN INDUSTRIAL NO DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS E SISTEMAS EVENTOS INVESTIGAÇÃO OPINIÃO INOVAÇÃO TECNOLOGIA COMPORTAMENTO A LONGO PRAZO DE TUBAGENS PRFV PARTICIPAÇÃO CONJUNTA DO INEGI/DEMEC NA MOSTRA DA UNIVERSIDADE DO PORTO 2011 CAETANO 2500EL

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INEGI INTEGRA CONSÓRCIO DE DESENVOLVIMENTO DO PRIMEIRO AUTOCARRO ELÉCTRICO PORTUGUÊS

CLEARPEM-SONIC INSTALADO NO HOPITAL NORD MARSEILLE PELO INEGI

À CONVERSA COM:ENGº CARLOS PIMENTA DIRECTOR DO CENTRO DE ESTUDOS EM ECONOMIA DA ENERGIA DOS TRANSPORTES E DO AMBIENTE - CEEETA

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11

INTRODUÇÃO DODESIGN INDUSTRIAL NO DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS E SISTEMAS

EVENTOS

INVESTIGAÇÃO

OPINIÃO

INOVAÇÃO

TECNOLOGIA

COMPORTAMENTO A LONGO PRAZO DE TUBAGENS PRFV

PARTICIPAÇÃO CONJUNTA DO INEGI/DEMEC NA MOSTRA DA UNIVERSIDADE DO PORTO 2011

CAETANO 2500EL

COMPORTAMENTO A LONGO PRAZO DE TUBAGENS PRFV: REDUÇÃO DA DURAÇÃO DOS TESTES DE PREVISÃO

Hugo Faria e R. M. Guedes

RESUMOA certificação de tubagens compósitas em plás-tico reforçado com fibra de vidro (PRFV) é re-gulada por procedimentos normativos que im-põem campanhas experimentais com durações até 10 000 horas, para estimar as suas proprie-dades mecânicas residuais no final do tempo de vida esperado (normalmente 50 anos).

Neste artigo é estudada e comprovada a pos-sibilidade de reduzir significativamente a du-ração dos testes, mantendo-se, ainda assim, o mesmo nível de previsão das propriedades a longo prazo. O estudo é suportado pelos resultados experimentais de testes normali-zados realizados em tubagens de 4 diferen-tes tipos e fabricantes de referência a nível internacional. Após tratamento e análise dos dados experimentais, verificou-se que o erro obtido na estimativa (a 50 anos) usando testes com duração mais reduzida (até 1000 horas) é consistentemente inferior a 10% face aos métodos e procedimentos impostos pelas normas em vigor.

PROCEDIMENTOS E RESULTADOS EXPERIMENTAISForam realizados testes mecânicos sob duas condições de carga distintas: compressão anelar – correspondendo a aplicações de tubagens enterradas (subsolo) – e pressão interna – correspondendo a aplicações de transporte de fluídos sob pressão. Na Figu-ra 1 são, esquematicamente, apresentados os dois casos de carga estudados.

A selecção de provetes, o projecto e montagem dos setups experimentais assim como os pro-cedimentos de teste, foram realizados de acor-do com as normas europeias EN1227:1995 – Determination of the long-term ultimate relative ring deflection under wet conditions e EN1447:1996 – Determination of long-term resistance to internal pressure, relativas aos casos de compressão anelar e pressão interna, respectivamente.

Em ambos os casos de carga, em cada ensaio foram registados o valor da carga constante aplicada (compressão anelar ou pressão in-terna) e o tempo decorrido até verificação de rotura do provete. A extrapolação dos dados obtidos, por forma a estimar o valor de car-ga constante aplicável a cada tipo de tubagem para que a falha não ocorra antes dos 50 anos de vida, foi efectuada usando o método da co-variância com relação linear. Assim, os dados dos ensaios transpostos para uma representa-ção logarítmica, são extrapolados por relações lineares do tipo

y = a + bx

em que y é o logaritmo (log) da carga sob aná-lise, a é o valor da carga para falha no tempo log t = 0, b é o declive da recta e x é o logaritmo (log) do tempo, em horas.

A adequação das séries de dados experimen-tais para análise estatística é avaliada calcu-lando os coeficientes de correlação linear, r. A aplicabilidade da extrapolação linear é valida-da se se verificar a seguinte relação

em que tv é o t de Student para n – 2 graus de liberdade (em que n é o número de provetes ensaiados na série validada), b é o declive da recta determinada para extrapolação e C é a variância desse mesmo declive. O procedi-mento de análise e validação estatística dos dados está estabelecido e detalhado na norma europeia EN705:1994 - Methods for regression analysis and their use. Nos gráficos das Figuras 2 e 3, estão sumariados os principais resultados do estudo realizado para os vários tipos de tu-bagens seleccionadas (A, B, C e D).

Figura 1 – Representação esquemática da aplicação de compressão anelar (esquerda) e pressão interna (direita) a tubagens.

Figura 2 – Resultados dos testes de compressão anelar (EN1227:1995) e sua regressão linear (EN705:1994): compressão anelar aplicada versus tempo até rotura.

Figura 3 – Resultados dos testes de pressão interna (EN1447:1996) e sua regressão linear (EN705:1994): pressão aplicada versus tempo até rotura.

CONCLUSÕESA metodologia alternativa para a previsão de propriedades a longo prazo de tubagens PRFV sob cargas de compressão anelar ou pressão interna, que consistiu em utilizar apenas os dados obtidos em ensaios de duração igual ou inferior a 1 000 horas, apresentou resultados muito próximos dos alcançados pelos méto-dos normalizados (que incluem dados de en-saios até 10 000 horas). Os “erros” observados foram de 2,4%-10,5%, 1,0%-8,2% e 0,6%-1,8% para as previsões nos casos de pressão interna, carga de compressão anelar e deflexão relativa inicial, respectivamente.

Apesar da dispersão considerável dos resulta-dos directos em cada série (que é, aliás, uma característica transversal a todos os materiais compósitos), a análise estatística por regres-são linear não revelou diferenças substanciais entre usar todos os dados que as normas pre-vêem ou apenas os dados de testes de menor duração. Isto sugere, pois, que os procedi-mentos estabelecidos nas normas em vigor, podem ser revistos, por forma a permitirem a redução relevante da duração das campanhas de teste necessárias para a certificação destes produtos. Mesmo para os casos de tubagens que apresentam resultados mais díspares, factores correctivos (nunca superiores a 10%) poderiam ser equacionados conduzindo a resultados equivalentes aos que actualmente as normas induzem. Tal alteração normativa promoveria, certamente, o desenvolvimento e optimização de produtos de forma mais céle-re, o que alavancaria esta indústria específica, permitindo uma maior entrada, competitivi-dade e proliferação no mercado.

Este excerto baseia-se no artigo publicado após premiação na conferência PVP2009 – Pressure Vessels and Piping Conference, organizada pela ASME – American Society of Mechanical Engineers.Hugo Faria, Rui M. Guedes, Long-Term Behaviour of GFRP Pipes: Reducing the Prediction Test Duration, Polymer Testing, Vol. 29 n.3, pp.337-345, 2010. O texto intergral pode ser consultado em: http://dx.doi.org/10.1016/j.polymertesting.2009.12.008

INVESTIGAÇÃO

OPINIÃO

À CONVERSA COM:ENGº CARLOS PIMENTA DIRECTOR DO CENTRO DE ESTUDOS EM ECONOMIA DA ENERGIA DOS TRANSPORTES E DO AMBIENTE - CEEETA.

INEGInotícias (IN) - Em que áreas da Enge-nharia deverá Portugal apostar, a curto prazo, de modo a obter uma maior capacidade para a re-solução dos seus problemas de competitividade?

Carlos Pimenta (CP) - Penso que as áreas que maior relevância vão ter nos próximos anos dizem respeito às telecomunicações e data processing (diversos ramos da informática), ciências e tecnologias associadas a novos ma-teriais, energia e as biotecnologias (com apli-cações em numerosos domínios).

IN - Do seu ponto de vista, onde poderá o país assentar as bases para o seu desenvolvimen-to futuro? Qual a importância do panorama energético nesse desenvolvimento?

CP - As importações de energia são a maior componente do nosso défice da Balança de Pa-gamentos, o que, em momentos de crise e de alterações bruscas do preço do petróleo, pode agravar significativamente a situação econó-mica e baixar a competitividade da economia. Há que continuar as políticas focadas na uti-lização dos recursos endógenos, no desenvol-vimento de fileiras industriais e de serviços nestas áreas e promover sistematicamente o aumento da eficiência energética a nível dos equipamentos e dos sistemas (exemplo os sis-temas urbanos e a mobilidade).

IN - Qual o papel dos institutos de interface e centros de inovação no desenvolvimento económico do país?

CP - A área da energia está a passar por uma re-volução que implica uma rotura qualitativa que só tem paralelo com o que se tem vindo a viver nas telecomunicações e informática. Se quere-mos ser agentes activos e não apenas importado-res de know-how há que reconhecer o trabalho de Instituições como o INEGI que, aliás, tem sido exemplar no profissionalismo e valor acrescenta-do que traz ao fazer “a ponte” entre a Universida-de e a actividade económica/industrial.

IN - Sente que nos últimos anos, o trabalho de-senvolvido pelo INEGI tem contribuído para o crescimento do país? Se sim, em que aspectos?

CP - Sem dúvida. Como disse anteriormente tenho pelo INEGI o respeito e o reconheci-

Engº Carlos Pimenta - BioÉ o Director do Centro de Estudos em Economia da Energia, dos Transportes e do Ambiente (CEEETA). O Engº Carlos Pimenta desde sempre esteve ligado à área do ambiente, ocupando cargos de destaque. Foi Secretá-rio de Estado do Ambiente, entre 1983 e 1984, Secretário de Estado do Ambiente e Recursos Naturais, entre 1985 e 1987 e Deputado no Parlamento Europeu, de 1987 a 1999. O Engº Carlos Pimenta, como comprova o seu vas-to curriculum, é uma referência nacional e internacional em questões de matérias energéticas e ambientais.

O INEGI tem procurado, desde a sua criação, fomentar e empenhar-se no estudo da utilização das fontes de energia renováveis, e na poupança e utilização racional da energia. O Instituto pretende apoiar o desenvolvimento das energias renováveis, contribuindo para a diversificação dos recursos primários usados na geração de electricidade e para a preservação do meio ambiente. À conversa com o Engº Carlos Pimenta procu-ramos perceber o papel e a importância das instituições de interface, como o INEGI, no desenvolvimento económico e energético nacionais.

mento que são devidos a uma instituição que muito contribui para o progresso do país, de-signadamente pelo seu papel no desenvolvi-mento da Energia Eólica em Portugal, procu-rando sempre responder atempadamente aos difíceis desafios colocados pelo estudo de um recurso muito variável como o vento.

O rigor dos trabalhos efectuados e a abertura à Investigação que sempre caracterizaram o INEGI, trouxeram-lhe o reconhecimento como institui-ção de referência a nível internacional.

IN - Da sua experiência pessoal com o INEGI e conhecimento da actividade que desenvolve, como deverá o Instituto acrescentar mais va-lor ao tecido empresarial?

CP - Mantendo as características que apontei: rigor e abertura à Investigação a par do diá-logo permanente com os agentes económicos do sector. A realidade está a mudar muito depressa, os ciclos de vida das tecnologias e saberes são muito curtos. Quem não investir na actualização permanente das suas metodo-logias e “ferramentas”, na formação das suas equipes, ou não perceber os novos desafios que se colocam, não poderá acompanhar as mudanças exigidas pelos seus pares ou pelos parceiros no mundo da economia.

IN - Qual poderá ser a importância do INEGI no desenvolvimento, promoção e implemen-tação das Energias Renováveis, em Portugal?

CP - O INEGI é um Centro de Excelência e como tal deve encarar o seu desenvolvimento. No que diz respeito às energias renováveis o INEGI deve continuar a desenvolver a sua ca-pacidade no que respeita à avaliação e estudo dos recursos relevantes neste domínio, bem como no sector das competências associadas à mudança do paradigma da energia, sobretu-do no que respeita à integração de múltiplas fontes intermitentes com potências muito diversas na rede eléctrica. Deve igualmente prestar atenção à crescente interpenetração de mundos até aqui quase autónomos, como seja a electricidade e os transportes, à mudança na forma de satisfazer as necessidades de aqueci-mento e arrefecimento dos edifícios, à dimen-são energética da renovação urbana, etc.

IN - Ultimamente, tem-se falado muito da ex-ploração dos recursos energéticos do mar. Que potencial pode advir da exploração das energias offshore nas necessidades energéticas nacionais?

CP - Ainda é cedo para fazer avaliações eco-nómicas. O potencial deve ser estudado, as so-luções tecnológicas testadas. Assim estamos numa fase em que instituições como o INEGI podem trazer imenso valor e ajudar a tomar decisões concretas de desenvolvimento.

IN - Como vê a evolução da economia por-tuguesa, caso se mantenha o actual nível de dependência das fontes externas de energia? Conseguirão as soluções em prática e em im-plementação mitigar um eventual impacto ne-gativo ou são necessários esforços adicionais?

CP - A actual relação entre o PIB português e as necessidades de energia do País, tem de me-lhorar em muito se queremos sair da crise e au-mentar a nossa competitividade sem baixar o “nível de conforto energético” dos portugueses.

Eficiência energética, apoio ao uso de Reno-váveis (incluindo para a satisfação de neces-sidades de cariz térmico) e sistemas eficientes e “inteligentes” na gestão das cidades, são al-guns dos desafios para esta década e que po-dem ajudar Portugal a melhorar a sua relação com a Energia e continuar a desenvolver um sector económico e de Investigação que de-vem ser protagonistas de referência no merca-do nacional e internacional.

INOVAÇÃO

Foi apresentado na sede da Salvador Caetano, com a presença do Primeiro Ministro José Sócrates, o primeiro autocarro eléctrico português, o Caetano 2500EL. Acompanhando as novas necessidades e expectativas de mobilidade dos seus parceiros e clientes, a CaetanoBus retomou em 2010 o desenvolvimento do autocarro eléctrico, com a proposta Caetano 2500EL, assumindo-se, no contexto actual, uma proposta viável e com potencial de procura crescente.

Esta retoma surge na sequência do projecto nacional para a mobilidade eléctrica e para a criação de infraestruturas de carregamento (Mobi.E) e do investimento de Portugal na produção de energias de fontes renováveis.

Os mercados internacionais demonstram ele-vado interesse na mobilidade eléctrica e Por-tugal tem em curso a instalação de uma rede de abastecimento eléctrico integrada e pionei-ra em toda a europa.

O INEGI assumiu um papel de relevância no projecto do Caetano 2500EL, desenvolvendo componentes em materiais compósitos de for-ma a reduzir o peso do veículo, tornando-o mais eficiente e aumentado a autonomia.

O autocarro terá capacidade para 70 passagei-ros, uma autonomia superior a 100 km e um tempo de recarga rápida de 4 h.

O Caetano 2500EL terá um preço inicial de comercialização de cerca de 500 mil euros, mas prevê-se que o preço baixe com o aumen-to da produção.

O projecto representa um investimento de 4 milhões de euros, sendo um milhão prove-niente do QREN, e pretende facilitar a mobi-lidade urbana, beneficiando o meio ambiente, ao mesmo tempo que corta na factura energé-tica das empresas de transportes. Estão ainda previstos testes piloto em algumas cidades portuguesas e alemãs.

PROJECTO I&DT EM CO-PROMOÇÃO, CO-FINANCIADO PELO QREN (Quadro de Referência Estratégico Nacional).

FICHA TÉCNICA

▪ Autocarro para circuito urbano; ▪ Chassis Low-Floor (piso baixo); ▪ Baterias montadas nas paredes laterais com grande acessibilidade pelo exterior;

▪ Portas concebidas para rápida acessibilidade; ▪ Dimensões: comp. 12m, larg. 2.55m; ▪ Capacidade para cerca de 70 pessoas; ▪ Equipado com ar condicionado; ▪ Motorização, motor magnético síncrono; ▪ Alimentação, baterias de iões de lítio LiFePO4, 150 kWh;

▪ Tracção dianteira; ▪ Motor e inversor com 150 kWh; ▪ Transmissão com 2 velocidades automáticas; ▪ Volume das baterias: 1200 L; ▪ Tempo de carga desde vazio: 10 kW trifásico: 16h (normal);

▪ Tempo de carga desde vazio: 62,5 kW trifásico: 4h (rápido);

▪ Preço na fase inicial fixado em cerca de 500.000 €, prevendo-se a redução com produção em esca-la e aumento da incorporação nacional – com possibilidade de recorrer a baterias nacionais.

INEGI INTEGRA CONSÓRCIO DE DESENVOLVIMENTO DO PRIMEIRO AUTOCARRO ELÉCTRICO PORTUGUÊS, O CAETANO 2500EL

CO-PROMOTORES:

CAETANO BUSEFACECPAUL INEGICONTRACALMA DESIGN

CAETANO 2500EL: O ELÉCTRICO REGRESSA ÀS CIDADES

Os desafios impostos pela crescente neces-sidade de mobilidade de pessoas e bens têm pressionado o equilíbrio vital para a sustenta-bilidade do planeta, exigindo a diminuição do tráfego nos centros urbanos.

Esta realidade tem alavancado a procura por alternativas de transportes energeticamente eficientes e menos poluentes.

Se para a mobilidade individual, em especial na alternativa aos automóveis, existem blo-queios à rápida adopção de alternativas eléc-tricas (autonomias, rede de infra-estruturas, tempo de carga, etc.), já a proposta eléctrica para o transporte colectivo nas cidades apre-senta-se neste momento como uma solução ideal e competitiva face às alternativas exis-tentes de combustão interna.

VANTAGENS DA MOBILIDADE ELÉCTRICA NOS TRANSPORTES COLECTIVOS

▪ Evolução actual da tecnologia, em especial no campo das baterias, permite viabilizar e ampliar a competitividade e fiabilidade da solução eléctrica;

▪ Criação de uma rede de infra-estruturas de carga em Portugal (Mobi.E) aumenta a ade-são à mobilidade eléctrica;

▪ Aumento global da procura de transportes de zero emissões de escape para diminuir a poluição atmosférica nas cidades;

▪ Zero emissões e ausência de ruído permite ace-der a centros urbanos com restrição de tráfego;

▪ Estimativa de custos operacionais inferiores aos de um autocarro convencional;

▪ Proposta ambientalmente mais competitiva para transporte nos centros das cidades e aeroportos;

▪ Mercados de exportação na Europa demonstram elevado interesse na mobilidade eléctrica.

INTRODUÇÃO DO DESIGN INDUSTRIAL NO DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS E SISTEMASPara contrariar o actual cenário económico, muitas empresas têm recorrido a novos métodos e práticas para conquistar mercado. Nesse exigente caminho, tornou-se clara a necessidade de recorrer aos contributos do design industrial para conceber melhores produtos. Para as empresas a utilização do design tem sido uma ferramenta poderosa para alcançar maior dife-renciação no mercado.

No INEGI, têm sido criadas pontes entre o design industrial, engenharia e desenvolvi-mento de produto, tendo-se conseguido com esta interface oferecer aos clientes novas va-lências, como a capacidade de acrescentar valor aos produtos industrializados. Hoje, os produtos para competir no mercado global devem estar preparados para uma projecção internacional e o caminho passa por aliar design, engenharia e qualidade.

A gestão do design industrial em compromis-so com a engenharia permite actualmente ao INEGI acompanhar projectos desde o esboço ao produto final.

A aplicação especializada do design industrial no INEGI tem dado resposta às solicitações de projectos em áreas como máquinas-ferra-mentas, dispositivos médicos e equipamentos termo-domésticos.

Segundo a equipa de Desenvolvimento de Produto do INEGI, a introdução do design industrial tem sido positiva e importante, sendo considerada a componente que falta-va. No decorrer do projecto, ter a valência do design industrial internamente ao Instituto é considerado uma mais-valia pelos engenhei-ros, pois a troca de ideias é feita de forma mais eficaz, diminuindo as barreiras causadas pe-los constrangimentos técnicos ao longo de

cada projecto. Outros factores passaram a ser contemplados nas suas soluções, como ergo-nomia, usabilidade, conforto e satisfação. A abordagem ao cliente também mudou, passou de uma primeira apresentação com imagens pouco apelativas, a soluções especializadas com grande rigor visual, muito aproximadas da solução final. Como exemplo, o de uma máquina-ferramenta, onde o cliente anterior-mente tinha apenas acesso a conceitos muito industrializados. Relativamente aos clientes, as reacções às propostas apresentadas têm sido muito positivas.

Com a introdução das competências de design industrial foi ainda adquirido um novo equipa-mento tecnológico, uma mesa gráfica profissio-nal. A sua utilização aumentou a rentabilidade do trabalho de design e a capacidade de respos-ta às crescentes solicitações das empresas.

No futuro, o domínio da gestão desta vertente por parte da equipa de desenvolvimento pode-rá contribuir para a submissão de projectos a prémios de design como DME Award, Sena da Silva, Good Design Award, IF Design Awards, Red Hot Design Award, International Design Award. Pretende-se com isso, proporcionar ao INEGI um maior reconhecimento e novas oportunidades de negócio, assim como criar mais-valias nos produtos dos nossos clientes.

INEGI INTEGRA CONSÓRCIO DE DESENVOLVIMENTO DO PRIMEIRO AUTOCARRO ELÉCTRICO PORTUGUÊS, O CAETANO 2500EL

INEGI INTEGRA O CONSÓRCIO DO PROJECTO WASIS

TECNOLOGIA

INEGI COOPERA COM SEA FOR LIFE NA EXPLORAÇÃO DE ENERGIA DAS ONDAS DO MARA empresa Sea For Life está a desenvolver e testar uma tecnologia inovadora para a produção de energia a partir das ondas do mar. Denominada WEGA – Wave Energy Gravitational Absorver, a tecnologia foi apresentada, recentemente, em Óbidos, onde a empresa está sediada.

CLEARPEM-SONIC INSTALADO NO HOPITAL NORD MARSEILLE PELO INEGIA máquina ClearPEM-Sonic, um scanner baseado em tecnologia PET - Positron Emis-sion Tomography, foi instalada com sucesso no departamento de radiologia do CHU - Hopital Nord Marseille, em França.

Instalada por equipas do INEGI e do Laborató-rio de Instrumentação e Física Experimental de Partículas (LIP), a ClearPEM-Sonic irá desen-volver testes clínicos para detecção de cancro da mama no hospital francês durante dois anos procurando, com isso, comprovar as suas capa-cidades técnicas em ambiente clínico.

Desenvolvida pelo consórcio Clear-PEM, este dispositivo melhora, e segundo os investiga-dores do INEGI envolvidos no Projecto, “de forma significativa a capacidade de detecção de cancro de mama em comparação com os sistemas existentes”.

O WEGA é um dispositivo composto por um corpo flutuante articulado, semi-submerso, ane-xado a uma estrutura de fixação, que oscila numa órbita elíptica com a passagem das ondas e que poderá vir a produzir perto de 150 kW de energia.

Depois de dois anos de testes em laboratório o WEGA irá ser implementado, dentro em breve e numa fase inicial, nearshore e numa zona da costa ainda não definida. Posteriormente, a tecnologia será usa-da offshore, ou seja, a uma maior distância da costa e em grandes profundidades.

Segundo os responsáveis pelo projecto, esta tecnologia pode ser usada em várias áreas relacionadas com a temática do mar, como a aquacultuta, a vigilância marítima ou a produção de energia para plataformas petrolíferas.

No âmbito deste projecto o INEGI foi responsá-vel pelo projecto e montagem do manipulador, pela componente mecânica dos detectores PET e respectivo sistema de controlo de temperatu-ra, assim como pela integração no equipamento dos componentes desenvolvidos pelos parceiros.

O consórcio Clear-PEM é, para além do INEGI, constituído pelo LIP, PETsys, Crystal Clear Collaboration, CERN, TagusParque, IBEB, IBILI, INOV e INESC-ID.

WASIS - Composite fuselage section Wafer Design Approach for Safety Increasing in Worst Case Situations and Joints Minimizing, visa enfrentar este desafio com o desenvolvimento de uma fuse-lagem estrutural, funcionalmente integrada.

O conceito a desenvolver combina várias tecnologias parcialmente validadas e permitirá a obtenção de uma melhor eficiência e comportamento mecânico, reduzindo o peso global da estrutura e ao mes-mo tempo conferindo-lhe uma maior capacidade de suporte em casos de carga limite. Tal conceito será comprovado numérica e experimentalmente e comparado às soluções alternativas existentes.

O projecto WASIS, financiado no âmbito do 7º Programa Quadro da Comissão Europeia, arran-cou em Janeiro de 2011 e conta com 12 parceiros de 10 países da União Europeia. A participação do INEGI abrange a validação do projecto, definição de especificações de produção e a execução de protótipos demonstradores desta tecnologia inovadora, nomeadamente através do processo de enrolamento filamentar.

Parceiros: Sea For Life, INEGI

A indústria aeronáutica mundial depara-se hoje com um grande desafio: desenvolver aeronaves mais seguras e amigas do ambiente ao mesmo tempo que, com a previsão de triplicação da pro-cura nos próximos 20 anos, necessita de se tornar economicamente mais competitiva. O projecto

EVENTOS

ENERGIA EÓLICA EM FOTOGRAFIA NO INEGIA exposição “Um olhAR sobre Éolos“, da autoria de Francisco Piqueiro, esteve patente, de 26 de Janeiro até 4 de Março, no INEGI.

PARTICIPAÇÃO CONJUNTA DO INEGI/DEMec NA MOSTRA DA UNIVERSIDADE DO PORTO 2011A 9.ª Mostra de Ciência, Ensino e Inovação (17-20 Março) decorreu no Pavilhão Rosa Mota contando com mais de 14 000 visitantes. Como vem sendo habitual, nestes quatro dias em que a Ciência e o Conhecimento abrem as suas portas à sociedade, os visitantes tiveram possibi-lidade de assistir e participar em diversas demonstrações, testes, experiências e ensaios nas mais distintas áreas de acção da Universidade do Porto.

WORKSHOP SOBRE BIOENERGIAO workshop “A Iniciativa Industrial Europeia em Bioenergia”, organizado pela DGEG - Direcção Geral de Energia e Geologia, pelo GPPQ - Gabinete de Promoção do 7º Programa-Quadro de IDT e pelo EnergyIN - Pólo de Competitividade e Tecnologia da Energia, decorrereu nas instalações do INEGI no passado mês de Janeiro.A mostra pretende ser um meio para a Univer-

sidade do Porto se dar a conhecer aos jovens que ambicionam entrar no ensino superior fornecendo-lhes acesso a informação detalha-da sobre os mais de 50 cursos de licenciatura e mestrado integrado, actualmente leccionados nas suas 14 faculdades.

Os institutos e centros de investigação asso-ciados à Universidade do Porto contribuem, igualmente, para esta mostra expondo e di-vulgando muitas das suas competências.

Este ano o INEGI participou conjuntamente com o Departamento de Engenharia Mecâni-ca (DEMec), da FEUP. O stand, que teve uma grande afluência de público, expôs alguns dos mais emblemáticos produtos desenvolvidos, em parceria com empresas, tais como lavatórios em fibra de coco e mica (CIFIAL/INEGI), ser-ras de corte para compósitos avançados (Frezi-te/INEGI), garrafas de gás leves (Amtrol-Alfa/INEGI), impulsores de turbocompressores para automóveis (Zollern&Comandita/INE-GI), implantes médicos em titânio e crânios

obtidos por processos aditivos de prototipagem rápida bem como próteses obtidas por fabrico aditivo e tecnologias de conversão. Em exposi-ção estiveram ainda dois carros, protótipos de competição do INEGI/FEUP, que concorrem, anualmente, na Shell Eco-Marathon.

De acordo com o fotógrafo “as imagens expostas foram uma colecção de fotografias aéreas centradas sobre as instalações de produção de energia éolica, procurando apresentar um conjunto de imagens que possa reflectir quer uma componente descritiva das instalações, quer uma componente onde a perspectiva, a partir do enfoque no detalhe e na anulação de referentes mais decifráveis, (…) trans-porte o observador para narrativas”.

Francisco Piqueiro é Professor Auxiliar Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto e co-laborador universitário do INEGI. Autodidacta, como se considera, já venceu alguns concursos e participou em exposições de fotografia ao longo da sua carreira.

DELEGAÇÃO DA FCT VISITA INEGIA Delegação Portuguesa da FCT para a Política Industrial da ESA visitou o INEGI e a HPS--Portugal no dia 1 de Março de 2011.

Os Delegados da FCT (Fundação para a Ciên-cia e Tecnologia) quiseram conhecer os meios e as instalações do INEGI e perceber qual é a motivação e os interesses estratégicos do Insti-tuto para as actividades futuras com a Agência Espacial Europeia (ESA).

De notar que o INEGI tem neste momento 6 projectos em curso com a ESA na área dos materiais compósitos, dos quais se destacam os projectos NACO (Carbon Nanotube Rein-forced Composites for Application in Space ) e Ku-DGR (Dual-gridded Carbon Fibre Rein-forced Plastic Reflector), coordenados pela investigadora Celeste Pereira. A Delegação visitou ainda as instalações da HPS - Portu-gal, empresa de base tecnológica sedeada no edifício do INEGI.

Este workshop foi o último de uma série de quatro workshops que tiverasm o objectivo de a dinamizar “o envolvimento das empresas portuguesas no SET-Plan: Strategic Energy Technology Plan”, através da identificação de competências, iniciativas ou projectos para uma participação nacional mais activa.

CONSULTORIA E SERVIÇOS

O actual panorama económico e ambiental torna imperativo apostar na investigação e desen-volvimento de tecnologias que possibilitem a utilização de recursos renováveis e, na medida do possível, endógenos.

Face às estratégias europeias para a energia, o INEGI, que conta com uma actividade reconhecida tanto na energia eólica como na eficiência energética, recentemente começou a intervir nas dife-rentes fases da cadeia de valor dos sectores da energia solar e da bioenergia.

O INEGI tem vindo a trabalhar nestas áreas, adquirindo experiência e desenvolvendo as suas competências, o que, associado a investimentos realizados na formação dos seus técnicos e em equipamento especializado (instalações laboratoriais e equipamentos que permitem realizar ensaios experimentais para quantificação de diferentes parâmetros), torna-o capaz de oferecer serviços de reconhecida qualidade de consultoria, transferência de tecnologia e investigação/de-senvolvimento nas referidas áreas.

O Instituto tem vindo a intervir nas seguintes fases da cadeia de valor desses sectores:

ENERGIA SOLAR

AGENDA

“Conferências do Conhecimento” com Barata da RochaPorto, 5 de Maio de 2011http://http://www.fe.up.pt/si/noticias_geral.ver_noticia?P_NR=11819

Marine Energy Business ForumLondres, 10 Maio 2011http://marineforum.newenergyworldnetwork.com/

GENERA - 14th Energy and Environment International Trade FairMadrid, 11-13 Maio 2011www.genera.ifema.es

13th CIRP Conference on Modeling of Machining OperationsSintra, 12-13 Maio 2011www.cirp-cmmo2011.com

Material Vision - Feira Internacional de Materiais para o Desenvolvimento de Produto, Design e ArquitecturaFrankfurt, 24-26 Maio 2011www.messefrankfurt.pt

Asia-Europe Symposium on Processing and Properties of Reinforced PolymersDresden, 29 de Maio a 1 de Junho 2011http://www.ipfdd.de/Asia-Europe-Symposium-on-Processing-and.1917.0.html Oceans 2011Santander, 6-9 Junho 2011http://www.oceans11ieeesantander.org/ Renewable Energy World Europe 2011Milão, 7-9 Junho 2011http://www.renewableenergyworld-europe.com

CMNE 2011 - Congresso de Métodos Numéricos em EngenhariaCoimbra (FCTUC), 14-17 Junho 2011www.itecons.uc.pt/cmne2011

ICCS16 - 16th International Conference on Composite StructuresPorto, 28-30 Junho 2011http://paginas.fe.up.pt/~iccs16/index.html Clean Air 2011 – 11th International Conference on Energy for a Clean Environment Lisboa, 5-8 Julho 2011http://www.oceans11ieeesantander.org/

18th International Conference on Composite MaterialsJeju, Korea, 21-26 Agosto 2011,http://www.iccm18.org/

10º Congresso Ibero-Americano de Engenharia MecânicaPorto (FEUP), 4-7 Setembro 2011www.fe.up.pt/cibem10

SERVIÇOS DE CONSULTORIA

▪ Avaliação do recurso solar;

▪ Mapeamento do recurso solar através da uti-lização de ferramentas de Sistemas de Infor-mação Geográfica;

▪ Estudos de viabilidade técnico-económica para sustentação de instalação de tecnolo-gias de aproveitamento de energia solar;

▪ Auditorias energéticas à indústria para sus-tentação de projectos de integração de energia solar para fornecimento de calor a processos industriais.

DESENVOLVIMENTO/OPTIMIZAÇÃO DE COMPONENTES E TECNOLOGIAS DE SUPORTE PARA SISTEMAS SOLARES TÉRMICOS E TERMOELÉCTRICOS

▪ Novos componentes/materiais;

▪ Novos sistemas de armazenamento de ener-gia térmica;

▪ Aplicações para a energia solar térmica.

MONITORIZAÇÃO DO FUNCIONAMENTO DE CENTRAIS SOLARES

▪ Desenvolvimento de correlações entre dados de recurso solar e desempenho de painéis CPV, PV e CSP:

. Configuração remota de painéis solares;

. Desenvolvimento de algoritmos para identificação de problemas relacionados com operação de painéis (nomeadamente PV, CPV e comparação com dados de fabricantes).

Sede: Rua Dr. Roberto Frias, nº400, 4200-465 Porto | Tlf.: 351 229578710 - Fax: 351 229537352 | Site: www.inegi.up.pt | Propriedade: INEGI | Distribuição: INEGI | Periodicidade: Trimestral Tiragem: 1200 exemplares | Edição: INEGI | Direcção Editorial: Prof. Barata da Rocha | Equipa Editorial: Daniela Silva, Hugo Faria, Joana Pinto, Joana Vale e Nelson Pereira | Design: Nelson Pereira

BIOENERGIA

APOIO AO PROJECTO E INSTALAÇÃO DE TECNOLOGIAS DE APROVEITAMENTO ENERGÉTICO DA BIOMASSA

▪ Mapeamento do recurso;

▪ Apoio ao projecto de centrais para produção de energia a partir de biomassa;

▪ Diagnósticos energéticos à indústria e con-sultoria para selecção de combustíveis e tec-nologias de conversão da biomassa (calor/electricidade/co-geração);

▪ Estudos de viabilidade de valorização de re-síduos sólidos/efluentes líquidos.

DESENVOLVIMENTO DE TECNOLOGIAS DE SUPORTE E APLICAÇÕES DE BIO-MASSA COM POTENCIAL ENERGÉTICO

▪ Apoio ao desenvolvimento de tecnologia: . Gasificadores; . Sistemas de queima; . Leitos fixo/fluidizado/circulante/rotacional;

▪ Aplicação industrial de tecnologias de com-bustão e gasificação de biomassa;

▪ Consultoria a projectos de biomassa no que respeita às seguintes aplicações: . District heating / district cooling; . Produção de hidrogénio.

DESENVOLVIMENTO E OPTIMIZAÇÃO DE TECNOLOGIAS DE SUPORTE E DA LOGÍSTICA ASSOCIADA AO USO DE VECTORES BIOENERGÉTICOS

▪ Biogás; ▪ Biodiesel.

BIOENERGIA E ENERGIA SOLAR

FORMAÇÃOO INEGI desenvolve acções de formação es-pecífica para empresas, a partir dos objectivos estabelecidos e de uma avaliação da situação actual. Sempre que for possível as acções de formação decorrerão nas instalações da em-presa tirando o máximo partido da utilização de exemplos da própria empresa nos conteú-dos das acções de formação. A intervenção do INEGI cobre todas a áreas da Engenharia Mecânica, Gestão Industrial e Ambiente.

Consulte a lista de cursos disponíveis em:www.inegi.up.pt