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UNIVERSIDADE TUIUTI DE PARANÁ FACAERO Peter Enke
IOSA
O SISTEMA DE QUALIDADE OPERACIONAL DA IATA NA EMPRESA GOL LINHAS AÉREAS
CURITIBA 2011
PETER ENKE
IOSA
O SISTEMA DE QUALIDADE OPERACIONAL DA IATA NA EMPRESA GOL LINHAS AÉREAS
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Superior de Tecnologia em Pilotagem Profissional de Aeronaves da Faculdade de Ciências Aeronáuticas da Universidade Tuiuti do Paraná, como requisito parcial para a obtenção do grau de Tecnólogo.
Orientador Profº: Pedro de Araujo Souza.
CURITIBA 2011
PETER ENKE
O SISTEMA DE QUALIDAE IOSA-IATA NA EMPRESA GOL LINHAS AÉREAS
Este TCC foi elaborado como requisito parcial para a obtenção da graduação de Tecnólogo em Ciências Aeronáuticas pela Universidade Tuiuti do Paraná.
Profº Orientador: Cel. Pedro de Araujo Souza ......................................................................... Aluno: Peter Enke ..........................................................................
RESUMO
O objetivo desta pesquisa será analisar a melhoria contínua da qualidade no que diz respeito IOSA e IATA na empresa Gol Transportes Aéreos. Devido o aumento da demanda, concorrência e busca por competitividade, as empresas cada vez mais investem na qualidade de seus produtos, serviços e processos. Para isso existem diversos métodos e programas que visam o aumento da qualidade e produtividade. A necessidade de melhoria é constante, exigindo dos gestores a padronização dos processos, treinamento contínuo, verificações e correções estabelecendo um ciclo de melhoria aos moldes da empresa.Planejar, controlar e formar de maneira correta os custos da empresa também é uma das formas de melhoria de processos de vital importância, pois disponibiliza informações básicas para tomada de decisões assertivas, permitindo a implantação de medidas que melhoram o desempenho das empresas no mercado em que atuam. A revisão dos processos e o realinhamento de estratégias poderão contribuir para a agilidade de respostas relevantes entre carreiras e suas habilidades no decorrer do tempo e da experiência. Serviços com um padrão de qualidade ocorrem por meio de ciclos desde a contratação, treinamentos e um plano de carreira em um mundo empresarial competitivo e globalizado. Para atingir bons patamares de qualidade as empresas precisam demonstrar o porquê de manter uma boa rotina operacional e assim não perder estes bons colaboradores e não necessitar iniciar um novo ciclo de contratações, treinamentos, novos fornecedores capazes de atender aquele padrão já atingido anteriormente, e manter um bom serviço aos seus clientes e colaboradores com um elevada cultura organizacional de qualidade. Palavras- Chave: Procedimento, classificação, qualidade, IOSA, Empresa Gol
ABSTRACT
This research will analyze the continuous quality improvement as regards the IATA IOSA and Gol Transportes Aereos. Due to increased demand, competition and the search for competitiveness, companies increasingly invest in the quality of its products, services and processes. For this there are various methods and programs aimed at increasing the quality and productivity. A need for improvement is constant, requiring managers to standardize processes, continuous training, establishing checks and fixes a cycle of improvement, similar to the company. Plan, control and train properly the costs of the company is also one way of improving processes of vital importance as it provides basic information for decision making assertions, allowing the implementation of measures that improve the performance of companies on the market they serve. A review of processes and the realignment of strategies can contribute to the agility of relevant responses between careers and skills throughout the ages and experience. Satisfactory services occur through an important cycle of contract which also involves the trajectory of the career in a competitive business world and frequent change globalized and this organization is losing an employee with competence and skill, plus the cost of hiring process, training a new employee as well as suppliers able to meet the needs of companies who depend on their products, services and customers for the full development of organizational quality. Keywords: Procedure, classification, quality, IOSA, Company Gal.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO........................................................................................................8
1.1 OBJETIVO GERAL ...............................................................................................9
1.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS .................................................................................9
1.3. JUSTIFICATIVA ...................................................................................................9
1.4. METODOLOGIA.................................................................................................10 2 HISTÓRIA E OS PRINCIPAIS CONCEITOS DA QUALIDADE.............................11
2.1 OBJETIVOS DA QUALIDADE..............................................................................16
2.1.1 Sistema de gestão da geral..............................................................................17
2.1.2. Processo .........................................................................................................18
2.2. AQUISIÇÃO .......................................................................................................18
2.2.1. Avaliação de Subcontratados..........................................................................19
2.2.2. Controle de Registros......................................................................................19
2.3 INFORMAÇÕES DE AQUISIÇÃO.......................................................................19
2.3.1. Verificação do Produto Adquirido ....................................................................19
2.4 GERENCIAMENTO TOTAL DA QUALIDADE.....................................................19
2.5 PADRONIZAÇÃO DO SISTEMA DA QUALIDADE .............................................20
3 A IOSA E IATA NA EMPRESA GOL DE TRANSPORTES AÉREOS ....................23
4. CONCLUSÃO........................................................................................................27
REFERÊNCIAS.........................................................................................................28
..................................................................................................................................
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1- Eras da Gestão da Qualidade............................................................12
LISTA DE QUADROS
Quadro1- Família ISO 9000............................................................................21
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1. INTRODUÇÃO
A busca da perfeição é uma constante que torna imperativos os estudos
sobre qualidade. Apesar da grande quantidade, as pesquisas não esgotam o
assunto e, perpetuam a idéia de que é essencial, para qualquer organização,
concentrar esforços na incansável tentativa de melhorar continuamente.
Em função disso, o conceito de qualidade, cada dia mais diversificado, cada
vez mais relacionado à interpretação individual, torna-se mais difícil de definir. Tal
dificuldade decorre de sua característica mutável, sempre se elevando a um novo
patamar.
A concorrência fortalece as mudanças para atender a clientes cada vez mais
exigentes, uma vez que eles têm cada vez mais possibilidades de avaliar produtos e
serviços, pois o mercado fornece informações que permite saber quais
características e atributos são determinantes para escolher um produto ou serviço.
Desta forma, autores como Campos (1992), Falconi (1999), Werkena (1995),
entre outros procuram definir a qualidade a partir de parâmetros que, em conjunto,
conduzam a organização ao que se chama de qualidade total, que não é mais uma
fórmula com conceitos baseados em números e informações, mas sim uma
definição única e pessoal.
Alguns conceitos incorporados ao cotidiano organizacional deixaram de ser
um diferencial de sucesso, para ser um fator determinante para a permanência no
mercado, uma vez que as organizações têm que oferecer serviços melhores e mais
completos, decorrentes da atenção aos processos e a comunicação, esperando
obter resultados através da satisfação dos clientes.
Segundo Grohmann (2000) o Presidente Fernando Collor de Mello adotou as
seguintes medidas para a melhoria nas empresas nacionais: a elaboração do
Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade (PBQP) cujo principal objetivo era
aumentar a melhoria da produtividade e a adoção de técnicas de qualidade nas
empresas, minimizando os custos e passando a ser mais competitivas no mercado
internacional; e a atração de empresas internacionais, com a abertura do mercado
interno, procurando com isso derrubar as fronteiras para o mercado nacional e
pressionando as empresas nacionais com aumento da concorrência. Desta forma,
9
elas valorizaram seus processos, passando a praticar a Gestão de Qualidade Total a
fim de ganhar credibilidade em um momento de tantas mudanças.
O controle e processo de qualidade devem ser aplicados por várias vezes
durante o processo de melhoria contínua, pois a cada finalização de uma etapa
passa-se para o próximo passo, sempre em busca do melhor, mais perto de
alcançar novos objetivos.
Campos (1992) enfatizam que, precisa-se pensar em aumentar a
produtividade visando à melhoria da qualidade, pois é o contexto do processo com o
objetivo de defeito zero, que tem ajudado a melhorar resultados junto aos clientes e
na própria empresa.
1.1 OBJETIVO GERAL
Analisar a melhoria contínua da qualidade no que diz respeito ao método
IOSA e IATA de qualidade no sistema organizacional da empresa Gol de transportes
aéreos.
1.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Apresentar o procedimento padrão para a seleção, avaliação e reavaliação de
tal método na qualidade da referida empresa.
1.3. JUSTIFICATIVA
Devido à relevância do tema para a competitividade das empresas, este
estudo abre uma discussão acerca da administração da atividade de compras dentro
das organizações.
Através deste estudo torna-se evidente a necessidade de justificar pela
oportunidade do tema pela importância da qualidade pelo método IATA na empresa
Gol de Transportes Aéreos.
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1.4. METODOLOGIA
O Estudo de Caso permite uma investigação que preserva as características
holísticas e significativas de eventos reais, tais como: ciclos de vida, processos
organizacionais e administrativos, mudanças ocorridas em regiões urbanas, relações
internacionais e a experiência de alguns setores (YIN, 2001).
Yin (2001) classifica ainda os estudos de caso como sendo de caso único e
de casos múltiplos. Esta distinção é fundamental que seja feita na coleta de dados.
A definição de qualidade no âmbito internacional é a totalidade das
características de uma entidade, que lhe confere a capacidade de satisfazer as
necessidades explícitas e implícitas, com isso, um aspecto importante é o de
conseguir transformar e expressar essas necessidades. A qualidade constitui-se no
mais importante atributo de uma organização. Ela dirige o foco do negócio para
todas as partes, em especial para os clientes. Os níveis de qualidade devem ser
alcançados não somente por força da concorrência de mercado, mas também por
imposições legais. A Gestão da Qualidade trata de assegurar que um determinado
projeto irá satisfazer todas as necessidades para as quais ele foi proposto.
As normas da família NBR ISO9000 foram concebidas para prover um
conjunto genérico de normas de sistema da qualidade, aplicáveis a uma vasta
extensão de indústrias e de setores econômicos. Contudo, tanto a norma ISO 9000
quanto a norma ISO 14000 são conhecidas como normas genéricas de sistemas de
gestão.
Segundo a ISO (2001), genérico significa que a mesma norma pode ser
aplicada a qualquer tipo de organização, grande ou pequena, seja qual for seu
produto, inclusive quando ele é na verdade um serviço, em qualquer setor de
atividade, e seja qual for seu meio de negócio, podendo ser uma administração
pública ou um departamento.
O método utilizado para este estudo será analisado por meio do site da IOSA
e IATA bem como da Gol Linhas Aéreas.
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2 HISTÓRIA E OS PRINCIPAIS CONCEITOS DA QUALIDADE
Segundo Oliveira (2006) desde antes de Cristo as pessoas já se
preocupavam com a qualidade das coisas que compravam e que produziam. Os
Fenícios castigavam aqueles que não cumprissem com as especificações do
governo de como deveriam ser produzidas as habitações, isso tudo já ocorria por
volta de 2150 a.C.
Os romanos também se preocupavam com a qualidade das medições de
suas terras, para que não houvesse enganos sobre quem era dono das terras, para
isso criaram ferramentas que possibilitassem as medições e padrões.
Com a revolução industrial em meados do século XIX, os artesãos faziam
uma inspeção minuciosa para que não houvesse problemas em suas produções,
para agradar a seus clientes e, em seguida, com as inovações tecnológicas nas
indústrias que foram nascendo já havia pessoas responsáveis para fazer essa
inspeção na produção (WERKENA, 1995).
Para Teboul (1991) a gestão da qualidade nas fábricas, com o passar do
tempo, deixou as oficinas e fábricas para se incorporar às preocupações de
conselhos de administração e diretoria. Para ele o controle da qualidade tem seu
começo junto com o inicio da produção em massa.
A gestão da qualidade passou por uma evolução durante esses anos, Oliveira
(2006) discorre sobre três grandes fases: a era da inspeção; a era do controle
estatístico; e a era da qualidade total. A era de inspeção, começou um pouco antes
da revolução industrial e continuando durante ela, aonde chegou ao auge, quando o
produtor e o cliente inspecionavam o produto, tentando evitar defeitos.
Teboul (1991) não discorre especificamente sobre a inspeção, porém
comenta sobre a tarefa de controlar o produto:
(...) esta corrida inexorável em direção à redução de custos por economia de escala provoca a separação entre operários e funcionários responsáveis pela execução e os engenheiros projetistas, de método e planejamento. Simples executores julgados pela quantidade e pelo rendimento, como os operários podem ser responsáveis pelo que produzem? (TEBOUL, 1991).
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O controle estatístico segundo Oliveira (2006), o chamado controle estatístico
está voltado à argumentação pelo uso de técnicas favoráveis as grandes
quantidades que devem ser inspecionadas ao encontro de amostragens que
atualmente é conhecido como processo de produção definido pelo autor como: (...) toda a empresa passa a ser responsável pela garantia da qualidade dos produtos e serviços” – todos os funcionários e todos os setores. Para tanto, é necessário que se pense sobre os processos relacionados à gestão da qualidade de forma sistêmica, de tal modo que os inter-relacionamentos e interdependências sejam considerados entre todos os níveis da empresa. (OLIVEIRA, 2006).
Para Teboul (1991) a era do controle estatístico teve seu inicio na década de
30. E por último veio a era da qualidade total, onde o cliente é o centro, o qual deve
ter suas necessidades e expectativas supridas.
Figura 1 – Eras da Gestão da Qualidade
Era do controle estatístico
1. Produtos são verificados por amostragem.
2. Departamento especializado faz inspeção de qualidade.
3. Ênfase na localização de defeitos.
Era da inspeção
1. Produtos são verificados um a um.
2. Cliente participa da inspeção.
3. Inspeção encontra defeitos, mas não produz qualidade.
Era da qualidade total
1. Processo produtivo é controlado.
2. Toda empresa é responsável.
3. Ênfase na prevenção de defeitos.
Fonte: Oliveira 2006
Para Oliveira (2006) o cliente deve ser o foco das organizações que devem
ter como principal objetivo, suprir e até mesmo superar as expectativas de seus
clientes. Ele ainda fala que a qualidade total está embasada em algumas teorias,
como a engenharia da confiabilidade segundo a qual as taxas de falhas não são
constantes, sendo que em um primeiro momento, o de adaptação, essas taxas
podem ser altas, porém no momento da operação as taxas de falhas são baixas e
constantes.
Outra teoria é a do defeito zero, que na concepção de Oliveira (2006) o ser
humano pode realizar suas tarefas sem que haja qualquer tipo de erro.
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Segundo Crosby (1998) “zero defeitos” significa que, todos os colaboradores
da organização, devem estar comprometidos com a qualidade, reafirmando este
compromisso a cada dia, por isso o produto perfeito não é a prioridade e sim o
compromisso da busca incansável pela qualidade na organização.
Crosby (1998) explica que, no primeiro momento, se comparou o conceito de
qualidade à conformidade, às especificações e, mais adiante o mesmo conceito foi
repensado e definido como a visão da satisfação do cliente. Além disso, destaca o
autor que a satisfação dos clientes depende também de outros fatores como
pontualidade na entrega, atendimento e flexibilidade.
Para Juran (1991) “Qualidade é ausência de deficiências, ou seja, quanto
menos defeitos, melhor a qualidade” e, são três os pontos principais na gestão da
qualidade, que fazem parte da sua famosa trilogia:
- Planejamento da qualidade: por meio da identificação de seus clientes fiéis e
características dos produtos oferecidos é possível identificar também as suas
qualidades de liderança e nível ao qual pretende operar os seus produtos;
- Melhoria da qualidade: referem-se as melhorias necessárias para que todas
as tarefas possam ser identificadas e assim a melhoria quanto a qualidade nos
projetos possam também servir de sistemas para que os níveis nos planos de
negócio estejam voltados a missão da empresa;
- Controle da qualidade: os objetivos fixados por uma determinada
organização servem de comparação e a redução do nível de desempenho atual e
aos que estão sendo estabelecidos na complementação da abordagem
organizacional oferecendo assim:
- A prova de que estas necessidades de melhoria devem ser executadas;
- A identificação do projeto a ser desempenhado;
- A comunicação organizacional para que estes projetos possam ser
monitorados e dirigidos, diagnosticando e analisando estes projetos;
- Por meio destes projetos se torna possível o diagnóstico da empresa e suas
causas e assim a contestação de suas ações corretivas e controle de novos níveis;
Crosby é citado também como um dos gurus, só comparado com Juran e Deming.
Ficou conhecido pela frase: “A qualidade é grátis” que tem como principal
característica o fazer bem a primeira vez e o defeito zero, como parte da filosofia de
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trabalho. Para Crosby1 qualidade significa harmonia nas informações e preocupação
com as necessidades dos clientes e, vê na prevenção, o principal motivo do alcance
da qualidade. Ainda cita três bases a serem seguidas, sendo elas a determinação,
liderança e formação.
Muito importante no entendimento da linha de pensamento de Crosby, são os
pontos de Crosby, pois neles está inserida a sequência de passos para a qualidade,
com foco na melhoria contínua na organização:
- O compromisso de uma organização parte das ações da gerência para que a
qualidade seja estabelecida e assim os documentos de cunho escrito exprimam
as respostas e as necessidades de seus clientes;
- A melhoria da qualidade também acontece por meio da direção e da equipe
supervisional envolvendo tosos os departamentos de uma referida empresa
como forma de avaliar a política de qualidade desta organização;
- Medida da qualidade. Todos os indicadores estão em favor da qualidade
voltadas a qualidade e a melhoria;
- Avaliação do custo da não qualidade. Neste sentido deve-se analisar o
controle de custos de uma empresa para que assim possam ser identificadas
as melhores ações quanto a rentabilidade desta organização;
- Tomada de consciência das necessidades da qualidade. Todos os envolvidos
devem ter consciência dos custos reais de uma empresa bem como suas
especificações;
- Planejar um programa "zero defeitos". Ou seja, a organização deverá
determinar suas necessidades em contrapartida com a cultura da empresa,
formação dos responsáveis como os inspetores e assim a melhoria na
qualidade instituídos em um dia específico para o “zero defeitos”;
- Definição de objetivos. Ocorrem em reuniões semanais ou mensais em que o
aperfeiçoamento poderá ser estabelecido e assim os resultados sejam
mensuráveis;
1 Philip Crosby ficou conhecido pelos seus conceitos de zero defeito e de fazer certo na primeira vez. Em sua opinião, a qualidade significa cumprir com os requisitos (conformidade com especificações), que variam consoantes as empresas e de acordo com as necessidades dos seus clientes.
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- Eliminar as causas dos erros. Refere-se as dificuldades para atingir as metas
da empresa e seus erros. Os mesmos devem estar conscientizados por toda a
equipe organizacional;
- Círculos de qualidade. As metas estabelecidas por meio de reuniões devem
acontecer de forma regular para que a troca de idéias e de experiências possa
acontecer de forma regular;
- Recomeçar e progredir sempre. Refere-se ao compromisso de funcionários
antigos para com os novos por meio de novos processos seguindo quase sempre a
mesma linha de estratégias.
A teoria de “zero defeitos” citada por Crosby (1961), ainda ressalta que existem
cinco ilusões quanto a qualidade e suas políticas de prevenção de problemas como:
- Ilusão 1: A qualidade relaciona-se com a ganância e o luxo;
- Ilusão 2: A qualidade não é mensurável;
- Ilusão 3: Fazer bem logo na primeira tentativa é impossível;
- Ilusão 4: Os problemas de qualidade partem dos trabalhadores;
- Ilusão 5: A qualidade é criada pelos departamentos de qualidade.
Para Crosby, a falta de qualidade tem como responsáveis os gestores, ao
contrário do que dizem não são os trabalhadores. Para que a qualidade seja
permanente na conscientização dos colaboradores, o exemplo deve vir de cima para
baixo, com os gestores comprometidos e os colaboradores preparados com
informação sobre a melhoria contínua para a qualidade.
Falconi (1999) comenta que um produto ou serviço tem qualidade quando ele é
entregue no momento certo, da forma certa, quando é acessível, confiável e supre
as necessidades do cliente. Para Garvin (1992) há cinco itens para que se possa
definir a qualidade, que são: transcendental, fundamentada no produto, no usuário,
na produção e no valor.
Segundo Oliveira (2006) a abordagem transcendental, percebe a qualidade
como excelência absoluta, algo que só se pode notar com o tempo e a experiência,
ou seja, é algo que dificilmente pode ser definido com precisão.
Na abordagem fundamentada no produto, Oliveira (2006) descreve como
sendo uma visão que é precisa e também mensurável.
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Essa abordagem confere uma dimensão vertical ou hierárquica à qualidade, pois os produtos podem ser classificados de acordo com a quantidade e o atributo desejado. Entretanto, uma classificação sem ambigüidade só se torna possível se os atributos em questão forem classificados com o mesmo critério praticamente pó todos os usuários. (OLIVEIRA, 2006).
Para o mesmo autor a abordagem fundamentada no usuário, a qualidade
depende dos olhos que observam, ou seja, tudo depende do cliente, para cada
pessoa o conceito de qualidade será diferente, é uma visão subjetiva e pessoal.
A abordagem fundamentada no valor é de difícil aplicação, pois a qualidade é
definida por preço e custo, ou seja, um produto de qualidade tem um preço e custo
aceitável, segundo Oliveira (2006).
Depois de vários conceitos a questão é: o que afinal é qualidade para as
organizações e, em termos gerais, pode-se resumir que é fornecer produtos ou
serviços que venham superar o que os clientes esperam e ultrapassar suas
expectativas sempre.
Neste caso não se pode esquecer os cinco principais pontos da qualidade
total, que atendem as necessidades dos clientes citados por Crosby (1998):
1 – Qualidade intrínseca do produto ou serviço;
2 – Custo ou preço;
3 – Atendimento ou prazo;
4 – Moral ou ética;
5 – Segurança do cliente e das pessoas da organização.
Como conclusão percebe-se que para uma organização permanecer no
contexto do mercado atual, é fundamental a atenção aos desafios constantes, estar
atualizada com a inovação tecnológica e às novas tendências, sempre com a visão
voltada às necessidades do cliente.
2.1 OBJETIVOS DA QUALIDADE
Um objetivo da qualidade indica o que pretendemos atingir, enquanto a meta
nos informa o quanto e quando pretendemos atingir esse objetivo. Os objetivos da
qualidade são importantes instrumentos de estímulo para a tomada de ação, que
propiciam a gestão estratégica da organização de forma estratégica e não por meio
de crises (JURAN,1991).
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Segundo a norma ISO9001 (2000), os objetivos da qualidade precisam ser
consistentes com a política da qualidade e com o comprometimento para a melhoria
contínua, e seus resultados devem ser mensuráveis. A realização dos objetivos da
qualidade do produto ou do serviço, na eficácia operacional e no desempenho
financeiro, conduzindo assim à satisfação e à confiança das partes interessadas.
Juran (2001) define algumas características que os objetivos da qualidade
devem possuir. Assim, um objetivo da qualidade deve ser:
- Mensurável: quando os objetivos são expressos em números, eles podem ser
comunicados com maior precisão;
- Compreensível: os objetivos da qualidade devem ser redigidos em linguagem
simples e clara;
- Abrangente: as atividades para as quais foram estabelecidos os objetivos
ganham prioridade maior, mas necessitam que as outras atividades sejam
realizadas para que eles possam ser atingidos;
- Aplicável: os objetivos da qualidade devem adequar-se às condições de uso
ou ser flexíveis para se adaptarem as condições de uso;
- Atingível: deve ser possível que os colaboradores atinjam os objetivos da
qualidade por meio da aplicação de um esforço absolutamente normal;
- Mantido com facilidade: os objetivos da qualidade devem ser projetados de
maneira modular (independentes), para que os elementos possam ser revisados
sem afetar os demais elementos;
- Econômico: os resultados obtidos com os objetivos da qualidade devem ser
maiores que o custo investido para o seu estabelecimento e gestão.
2.1.1Sistema de Gestão de Qualidade
A norma enfatiza a necessidade de a organização identificar os processos
necessários para a operacionalização do seu sistema de gestão da qualidade, tarefa
que deve ser feita de forma seletiva pela organização, de modo a buscar o foco em
seu negócio. Esse requisito pode ser atendido por meio da definição da unidade de
negócio da organização, ou seja, definindo para cada unidade de negócio quem são
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seus fornecedores, quais são os insumos, qual seu macro-processo, quais são os
produtos, quem são seus clientes e qual sua missão.
2.1.2. Processo
As conceituações de processo e sistema são de fundamental importância
para a boa administração das organizações e para o gerenciamento em geral. Todas
as atividades técnicas, gerenciais e administrativas podem ser estruturadas sob a
forma de processos. Definimos então como qualquer trabalho, operação
administrativa, função biológica, produtiva ou social. Entende-se por processo, um
conjunto inter-relacionado de recursos e atividades que transformam entradas em
saídas. As entradas e saídas são denominadas insumos e produtos,
respectivamente.
Os recursos são os meios necessários ao processo e compreendem
gerenciamento, serviços, pessoas, finanças, instalações, equipamentos, técnicas e
métodos. Os recursos são classificados em três categorias: financeiros, humanos e
materiais.
Atividade é qualquer ação ou trabalho específico exercido sobre as entradas e
executado pelos recursos, com a finalidade de transformá-los em saídas.
Entrada é tudo aquilo que é fornecido ao processo para utilização,
transformação e consumo, ou seja, são documentos ou itens documentáveis sobre
os quais as ações serão executadas.
Saída ou produto é o resultado de atividades ou processos que podem ser
materiais e equipamentos, materiais processados, informações, serviços ou uma
combinação destes. Tanto as entradas como as saídas podem ser:
- Tangíveis (materiais processados);
- Intangíveis (informação ou decisão).
Os produtos podem ser:
- Intencional, um bem ou serviço, constituindo o objetivo declarado do
processo;
- Não intencional, aquele que se forma e é debitado como resultado não
procurado, podendo ter efeitos indesejáveis ou ser valioso, também chamado de
subproduto.
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2.2. AQUISIÇÃO
A NBR ISO9001 versão 2008 define aquisição da seguinte maneira:
Para que um produto possa estar assegurado de acordo com as
especificações de qualidade é necessário que as especificações da Norma sejam
estabelecidas.
2.2.1. Avaliação de Subcontratados
Ao manter relacionamento com seus fornecedores, a organização precisa
selecionar por meio de uma avaliação a capacidade de seus fornecedores em
critérios de seleção e reavaliação estabelecidas.
2.2.2. Controle de Registros
Os requisitos registrados no sistema de gestão de qualidade estabelecem
assim os procedimentos documentais quanto aos controles, armazenamento. Tais
registros precisam estar legíveis e recuperáveis.
2.3 INFORMAÇÕES DE AQUISIÇÃO
Tais informações descrevem o produto do qual a empresa pretende adquirir e
o melhor local para estas aquisições obedecendo aos seguintes requisitos:
a) aprovação de produto, procedimentos, processos e equipamento;
b) qualificação de pessoal, e
c) requisitos do sistema de gestão da qualidade.
Estes requisitos devem ser analisados e especificados antes da referida
aquisição de produtos.
2.3.1. Verificação do Produto Adquirido
A organização deve estabelecer e programar a inspeção até mesmo em
outras atividades para a conformidade de seus produtos e aquisição ou outras
atividades necessárias para assegurar que o produto adquirido atenda aos requisitos
de aquisição especificados também para as instalações dos fornecedores.
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2.4 GERENCIAMENTO TOTAL DA QUALIDADE
A origem do Gerenciamento Total da Qualidade ou TQM (Total Quality
Management) foi introduzida por Armand Feigenbaum em 1957, quando fazia
doutorado no Massachusetts Institute of Technology,e tem sido desenvolvida por
vários “gurus da qualidade”. Originalmente, qualidade era atingida por inspeção, ou
seja, detectar defeitos antes que fossem percebidos pelos consumidores. O controle
de qualidade (CQ) surge para desenvolver uma abordagem sistemática do
problema, não apenas detectando, mas resolvendo os problemas da qualidade. A
garantia da qualidade (GQ) ampliou a responsabilidade da qualidade incluindo
outras funções além das operações diretas. O TQM vai além, envolvendo toda a
administração e mostra para as organizações maneiras de descobrirem as
expectativas dos consumidores, baseando-se no ponto de vista do próprio
consumidor.
“Para uma organização ser verdadeiramente eficaz, cada parte dela, cada
departamento, atividade, pessoa e nível deve trabalhar em conjunto” (OAKLAND,
2004).Alguns pontos para se entender os fundamentos do modelo TQM.
Comprometimento, cultura, treinar o pessoal para entender o relacionamento
Cliente-Fornecedor, não comprar produtos ou serviços levando-se em conta
unicamente o preço, analisar o custo total, melhorar os sistemas internos da
organização, adotar métodos modernos de supervisão e treinamento, melhorar as
comunicações e o trabalho em grupo, obter fatos utilizando ferramentas corretas,
desenvolver especialistas e desenvolver uma abordagem sistemática para gerenciar
a implementação do TQM (OAKLAND, 2004).
2.5 PADRONIZAÇÃO DO SISTEMA DA QUALIDADE
As normas da família NBR ISO 9000 foram concebidas para prover um
conjunto genérico de normas de sistema da qualidade, aplicáveis a uma vasta
extensão de indústrias e de setores econômicos. Segundo a norma ISO 9001
(2000), os objetivos da qualidade precisam ser consistentes com a política da
qualidade e com o comprometimento para a melhoria contínua, e seus resultados
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devem ser mensuráveis.O quadro a seguir mostra as normas, diretrizes e relatórios
que compõem a família ISO 9000, com a data mais recente de sua atualização.
NORMAS E DIRETRIZES PROPÓSITO
ISO 9000:2005
Sistemas de Gestão da Qualidade – Fundamentos e
vocabulário.
Estabelece o ponto de partida para o entendimento das
normas e define termos e definições fundamentais
usados na família ISO 9000, necessários para evitar
interpretações erradas durante seu uso.
ISO 9001:2008
Sistemas de Gestão da Qualidade – Requisitos.
Essa é a norma de requisitos usada para avaliar a
capacidade de uma organização em atingir os
requisitos do cliente e regulamentares aplicáveis e,
assim satisfazer a seus clientes. Agora essa é a única
norma da família ISO9000 contra a qual uma
certificação de terceira parte pode ser obtida.
ISO 19011:2003
Diretrizes para auditoria de sistemas de gestão da
qualidade e/ou ambiental.
Diretrizes para a verificação da capacidade do sistema
em atingir os objetivos da qualidade definidos. Essa
norma pode ser usada internamente ou na auditoria de
fornecedores.
Coletânea de normas de resíduos sólidos:2004
Sistemas de Gestão da Qualidade -
Esta coletânea contém as normas ISO 10004, 10005,
10006 e 10007.
Classificação de resíduos sólidos, procedimentos para
obtenção de extrato lixiviado, solubilizado e
amostragem de resíduo sólido.
ISO/DIS 10012:2004
Sistema da Gestão de Medição
Estabelece requisitos para os processos de medição e
equipamentos de medição.
ISO 10013:2003
Diretrizes para desenvolvimento de manuais da
qualidade.
Diretrizes para o desenvolvimento e manutenção de
manuais da qualidade, feitos para necessidades
específicas.
ISO/TR 10014:2008
Diretrizes para gestão econômica da qualidade.
Diretrizes sobre como atingir benefícios financeiros e
econômicos da aplicação do sistema de gestão.
ISO 10015:2001
Gestão da Qualidade – Diretrizes para treinamento.
Diretrizes no desenvolvimento, implementação,
manutenção e melhoria das estratégias e sistemas
para treinamento que afetam a qualidade dos produtos.
ISO/TS 16949:2007
Sistemas da Qualidade – Fornecedores automotivos –
Requisitos particulares para aplicação da ISO 9001.
Diretriz específica de setor para aplicação da ISO 9001
na indústria automotiva.
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Quadro 1 Família ISO 9000 Fonte:.abntcatalogo
Algumas organizações podem expandir seu sistema de gestão por meio da
extensão da estrutura da norma ISO 9001 para incluir os requisitos da ISO 14000
(sistemas de gestão ambiental). Os requisitos estruturais e organizacionais dos dois
sistemas de gestão foram projetados para ser compatíveis.
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3 A IOSA E IATA NA EMPRESA GOL DE TRANSPORTES AÉREOS
A apresentação dos dados abaixo, são referentes ao site da IATA bem como
da Gol Transportes Aéreos justamente por não haver escritos presentes em livros
referenciados portanto, por autores.
A IATA Operational Safety Audit (IOSA) programa é um sistema de avaliação
internacionalmente reconhecidos e aceitos desenhado para avaliar a gestão
operacional e sistemas de controle de uma companhia aérea.Os princípios de
qualidade da auditoria IOSA são projetados para realizar auditorias de forma
padronizada.
Com a implementação e aceitação internacional do IOSA, as companhias
aéreas e órgãos reguladores alcançar os seguintes benefícios:
- A redução de custos e necessidades de recursos de auditorias de
companhias aéreas e órgãos reguladores.
- Contínua atualização das normas para refletir as revisões regulatórias e na
evolução das melhorias práticas da indústria aeronáutica.
- Um programa de auditoria de qualidade sob a administração contínua da
IATA, credenciada nas organizações de auditoria com os auditores formalmente
treinados e qualificados para a aviação.
A Associação Internacional de Transportes Aéreos, IATA, iniciou o programa
de Auditorias de Segurança Operativa IOSA em 2001, para satisfazer duas
necessidades específicas da indústria da aviação nas áreas da eficiência de custos
e da segurança operacional.
A indústria dos transportes aéreos está sujeita a uma proliferação crescente
de auditorias que muitas vezes se sobrepõem na sua intenção e conteúdo. A IOSA
foi criada para modificar esta situação, mediante a introdução de uma norma única
acordada e comum para este tipo de auditorias.
A segurança na operação das companhias de aviação, continua ser a maior
prioridade da indústria aeronáutica. O cumprimento das normas e das práticas
recomendadas pelo programa IOSA, ajudam as companhias de aviação a
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conseguirem a segurança operativa em todas as áreas fundamentais, assim como a
operarem de forma mais eficiente e lucrativa.no setor segurança.
A IOSA, como programa de auditorias comumente aceita, pode substituir a
maioria das auditorias de código partilhado que são atualmente efetuadas. Uma
companhia de aviação que tenha sido auditada e esteja em conformidade com as
normas IOSA, projeta uma imagem positiva sobre a integridade das suas operações
e das suas capacidades para gerir os riscos a elas associados, reduzindo
drasticamente o número de auditorias operacionais que deve suportar.
O resultado imediato será uma redução de custos, dado que se podem
dedicar menos recursos humanos a esta função, o que de igual modo significa
custos mais baixos.
A IOSA representa a excelência operativa. Para o operador IOSA registrado,
há um maior potencial para uma vasta gama de oportunidades (por exemplo: voos
partilhados (codeshare), leasing de aeronaves e seguros aeronáuticos mais baratos,
treinamento de tripulantes mais qualificados, etc).
Lançado oficialmente pela IATA em 2003, o Programa IOSA é referência
mundial para o gerenciamento da segurança operacional na aviação civil e avalia
processos das empresas aéreas relacionados a: sistema de gerenciamento,
operações de voo, despacho operacional, operações de rampa, aeroportos,
manutenção, cargas, segurança operacional e treinamento de todas as áreas
envolvidas nas operações.
Produzidos de forma padronizada e consistente, os relatórios IOSA são
aceitos pelas principais autoridades aeronáuticas do mundo. Também são aceitos
por empresas aéreas internacionais nos acordos de code-shares, dispensando
sobreposições de auditorias da mesma natureza a cada nova parceria estabelecida.
Com a renovação do registro IOSA, a Gol atende a mais um requisito para o
ingresso de uma aliança internacional, Sky team, ONE world e assim expandir suas
rotas e aumentar o índice de assento ocupado em suas aeronaves.
Com a certificação a GOL transportes Aéreos já pode firmar diversos acordos
como INTERLINE com as empresas AirFrance/KLM, American Airlines, Delta,
Emirates e demais outras já em estudo.
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De acordo com os mais altos padrões de governança, o departamento Safety
da GOL é totalmente independente dos demais setores da empresa e responde
diretamente à Presidência.
A GOL segue rigorosamente normas e padrões estabelecidos pelas
autoridades aeronáuticas do Brasil, Estados Unidos e Europa, além de organizações
internacionais, como a ICAO (International Civil Aviation Organization). Também é
filiada aos mais importantes órgãos de segurança de voo da aviação civil no mundo,
entre eles a FSF (Flight Safety Foundation), a maior organização mundial não-
governamental.
A companhia participa ativamente do Comitê Regional de Segurança de Voo
(RCG) das Américas – Caribe , da IATA, e é membro efetivo do United Kingdom
Flight Safety Committee (UKFSC), associação de entidades e profissionais
dedicados ao aprimoramento da segurança de voo na aviação comercial no mundo.
A Gol é a 350ª companhia aérea do mundo a receber o certificado IOSA (Iata
Operations Safety Audit). A conquista da certificação de segurança operacional foi
celebrada pela diretoria da Gol Linhas Aéreas em conjunto com o diretor Geral e
CEO da International Air Transport Association (Iata), Giovanni Bisignani, na sede da
empresa, em São Paulo. "Esse certificado e a criação da Diretoria de Segurança
Operacional em maio de 2008 sob o comando do executivo Cmte Sérgio Quito
contribuirão para que a Gol tenha condições de pleitear sua entrada como membro
efetivo da Iata num futuro breve", destacou o presidente Constantino Oliveira Jr.
Criado em 2003 pela IATA para disseminar a filosofia de segurança dentro
das companhias aéreas e nas próprias autoridades governamentais, essa é a quinta
vez que o Giovanni Bisignani entrega pessoalmente a certificação. A cada dois anos,
todas as empresas aéreas que possuem esse reconhecimento passam por novas
auditorias. Na Gol, especificamente, a primeira auditoria aconteceu em dezembro de
2009. Os consultores da Iata passaram cinco dias avaliando aéreas como os
comitês da Qualidade e de Prevenção de Acidentes, Quality Assurance, Safety,
Security, Operações, Manutenção, Aeroportos, Tripulação Técnica, Tripulação
Comercial e Cargas.
De acordo com o Cmte. Sérgio Quito, diretor de Segurança Operacional da
Gol, ao receber o certificado IOSA a companhia está alinhada a uma exigência
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internacional de abordagem sistêmica da gestão operacional de empresas aéreas.
"Nossa meta agora é olhar para o futuro, antecipando tendências. Por isso estamos
investindo na conquista de um outro importante certificado internacional e que
passará a ser uma exigência a partir de 1º de janeiro de 2012. Cerca de 80% deste
trabalho já está sendo feito", explica Quito.
O presidente da Gol, Constantino Oliveira Jr, ressaltou que além de prestar
credibilidade à empresa, o IOSA poderá aumentar os acordos comerciais e de code-
share com companhias estrangeiras que operam voos intercontinentais para o Brasil
e América do Sul. "Sem contar o ganho de milhas para os passageiros Smiles, a
redução de custos de nossas operações e a ampliação de nosso papel de
benchmarking e consultoria", completa Oliveira Jr. Disponível em: <
http://www.iata.org/ps/certification/iosa/Pages/index.aspx&ei >
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4. CONCLUSÃO
Toda empresa necessita destas mudanças pois o mercado está cada vez
mais exigente além de reduzir os importantes desperdícios.
Para que este programa seja desenvolvido depois de sua implantação, é
necessário acima de tudo, motivação para que ele seja contínuo em relação aos
objetivos e exercício das funções de cada membro de uma organização.
Verificou-se nesta pesquisa da IATA e IOSA que são favoráveis a aceitação
deste programa na empresas e com um bom esclarecimento aos funcionários da
importante função do programa, a qualidade de vida de seus colaboradores
melhorou na questão vida e operacionalmente em suas carreiras e assim
expandindo uma cultura de qualidade de vida com uma enorme segurança.
A Gol por meio da IATA pretende continuar sendo tecnicamente reconhecida
pela qualidade de seus produtos e soluções eficazes para os seus clientes,
conscientizar e comprometer os recursos humanos da empresa quanto à
importância de seu trabalho, desenvolver e fortalecer o relacionamento com
fornecedores, assegurar a continuidade do negócio e melhorar continuamente os
processos da organização, assegurando sempre atingir os resultados planejados.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR ISO 9001 2ª edição – Rio de Janeiro, 2008. CAMPOS, V. F. TQC: Controle da Qualidade Total. 6. Ed. Minas Gerais: Fundação Christinano Ottoni, Escola de Engenharia de UFMG, 1992. CAMPOS, V.F. TQC: Gerenciamento da Rotina do Trabalho do dia a dia. 2. Ed. Fundação Christina Ottoni, UFMG. Rio de Janeiro: Bloch, 1994. CROSBY, P. B. É Preciso Praticar uma Filosofia da Qualidade, Revista Controle da Qualidade, Editora Banas, São Paulo, no 73, Junho 1998, p. 34-38 FALCONI, V. Gerenciamento pelas Diretrizes. Dois ed. Belo Horizonte: QFCO, 1999. 331p. IATA. Operational Safety Audit. Disponível em: www.iata.org/ps/certification/iosa/Pages/index.aspx Acesso em: 10.abr.2011. JURAN, J. M. A Qualidade desde o Projeto - Os Novos Passos para o Planejamento da Qualidade em Produtos e Serviços. 1. Ed. Cengage, 1991. OAKLAND, J. Gerenciamento da qualidade total. São Paulo: Nobel, 1994. OLIVEIRA, O. J. Gestão da Qualidade Tópicos Avançados. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2006. TÉBOUL, James. Gerenciando a dinâmica da qualidade. Rio de Janeiro: Qualitymark, 1991. WERKENA, Maria Cristina Catarino. As Ferramentas da Qualidade no Gerenciamento de Processos. Editora Líttera Maciel Ltda. Belo Horizonte. MG. 1995. YIN, R. K. Estudo de caso: planejamento e métodos. 3 ed. Porto Alegre: Bookman, 2001.