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Prof. Ricardo J. Rabelo
Tecnologias de Informação
e de Comunicações
na Automação Industrial
DAS - Departamento de Automação e Sistemas
UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina
DAS5316 – Integração de Sistemas Corporativos 2013©
Como conceber uma boa solução ?
Como visto anteriormente, um engenheiro de C&A
estará envolvido em uma série de ações
relacionadas a sistemas de automação, ações estas
que devem ser não apenas pensadas como também
igualmente conduzidas adequadamente para
garantir a efetividade da solução para a empresa.
Porém, além de todo custo atrelado, o fazer isso
esbarra em uma série de elementos, geralmente
bastante complexos, repletos de restrições e que
requerem muitas ponderações, em particular
soluções de automação de médio e grande portes.
DAS5316 – Integração de Sistemas Corporativos 2013©
Como conceber uma boa solução ?
Alinhamento com o planejamento estratégico da empresa.
Vários tipos de ações: elaboração, coordenação e
gerenciamento das atividades relacionadas com o projeto,
especificação, implementação e implantação de soluções
computacionais.
Tecnologicamente adequadas: avançadas, integráveis,
escaláveis e com aceitável ciclo de vida.
Viáveis sob as óticas financeira, organizacional, cultural,
temporal e de pessoal.
Consideração de várias diretrizes: gerencial, de métodos
de produção e de TICs.
DAS5316 – Integração de Sistemas Corporativos 2013©
Como fazer refletir a Perspectiva Gerencial
nas soluções de automação ?
*Sinergia* *Mentalidade* *Agregar*
*Mercado* *E-mail* *Follow up*
*Clientes* *Benefício* *Parceiros*
*Estratégia* *Sistema* *Internet*
*Pró-ativo* *Business* *Custos*
*Otimização* *Foco* *Efetivamente*
*Em nível de* *Recursos* *Resultados*
*Paradigma* *Projeto* *Implementação*
*Integrar* *Racionalizar* *Metas*
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Como fazer refletir a Perspectiva de TIC nas
soluções de automação ?
*XML* *BPML* *Web Services*
*TCP/IP* *Ethernet* *Banco de Dados*
*BPEL* *CAD* *CAM*
*CIM* *ERP* *wireless*
*PLM* *Data Warehouse* *CRM*
*Wireless* *Nuvem* *B2B & B2C*
*EDI* *Java* *Segurança*
*UML* *BP4PEOPLE* *UBL*
*SOA* *On-Demand* *ASP*
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Como fazer refletir a Perspectiva de Métodos
de Produção nas soluções de automação ?
*Kanban* *JIT* *Manufatura Enxuta*
*Tempo Real* *Política de Estoques* *OPC*
*Empresa Ágil* *OKP* *Manufatura Virtual*
*FMS & Células* *ERP* *CAE*
* …
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Complexidade para soluções de automação
Planejamento
estratégico
Gerenciamento
completo do
projeto
Adequação
tecnológica
Análise de
Viabilidade Diretrizes de TIC,
produção e
gerencial
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Complexidade para soluções de automação
Ao procurar fazer toda esta análise visando o projeto de
um novo sistema de automação e/ou a modificação de
um existente, o engenheiro depara-se com um
“mundo” de sistemas, tecnologias e estruturas
organizacionais da empresa.
Por exemplo:
Onde este novo sistema de automação vai “entrar” ?
Com quais outros sistemas este novo deve se trocar
informações ? Qual setor(es) vai usá-lo ? Qual o
impacto deste novo sistema nesses outros ? Etc.
Tudo isso o engenheiro precisa compreender para a
sua análise, ponderação e proposta.
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Áreas e Tecnologias de Engenharia
MPS
MRP
CRP
Planejamento
Supervisão do Planejamento
Supervisão do Scheduling
Supervisão do Execução
Alterações de Planejamento
Intra
Desvios a nível de Planejamento
Desvios a nível de Scheduling
Desvios a nível de Execução
Re-planejamento Operacional
Rescheduling
Planejamento de Processo
Projeto de Produto
Alterações de Planejamento
Inter -Organizacional
Re-planejamento Tático
Re-planejamento Estratégico
Execução
Scheduling
Recuperação
CAE & CAD
CAPP & GT
CAM (CNC, Robótica,
programação controladores, ferramental,transportes,
sensores, redes industriais, células, F(A/M)S, Ilhas,
armazenamento, Kanban, …) + Equipamentos Convencionais
MRP-II
Clientes e
Fornecedores
Cadeia Produtiva
(Supply-Chain)
Áreas Comercial, Adminstrativa,
Jurídica, Financeira e Informática
Engenharia Concorrente
& DFA / DFM
L Q
O U
G A
Í L
S + I
T D
I A
C D
A E
ERP
JIT, MRP,
OPT, ...
DRP
DRP-II
EDI & STEP
BOM
CAL & CAQ
(TQC, 5S, ISO900x)
-Organizacional
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Níveis de Aplicação da TIC
informação
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Complexidade para soluções de automação
Portanto, em teoria, para fazer toda a análise,
projeto e especificação do sistema de automação, é
o engenheiro (juntamente com outros atores do
processo) que tem que ajudar a definir os sistemas
a desenvolver, seus escopo funcional, os fluxos de
dados, quem deve se comunicar com que, quando,
em quais transações, etc., etc.
Mas como saber se isso está correto, completo e
globalmente consistente ?
Por exemplo, como saber se o que “eu acho” como
deve funcionar um sistema MES é o certo ? O que
seria o certo ?
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Complexidade para soluções de automação
A empresa ou o engenheiro tem basicamente duas
opções para tal:
Ou concebe a arquitetura global de integração a
partir do “zero”, baseado em suas análises
particulares e no que consideram o mais adequado
Ou concebem a arquitetura global de integração
tomando como base modelos de referência,
i.e. seguindo um padrão e fazendo adaptações de
acordo com os requisitos particulares da empresa.
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O modelo ISA-95
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O Padrão & Modelo ISA-95
O modelo ISA-95 foi desenvolvido nos EUA e tem
servido para as empresas (usuárias e de TI) como um
“modelo” / padrão de referência para a
organização das atividades de manufatura e
automação numa empresa, incluindo aspectos de
integração, terminologias e modelos de processos.
Não é um padrão totalmente pronto, mas em
constante evolução.
(www.isa.org)
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Motivações gerais de base para o
desenvolvimento do ISA-95
• Necessidade de acompanhar as atividades nas áreas-chave
da empresa;
• Necessidade de se conhecer detalhadamente a efetiva
capacidade produtiva;
• Necessidade de redução do tempo de ciclo e identificação das
áreas-problemas e as mais rentáveis para a empresa;
• Necessidade de uma maior otimização da Cadeia de
Suprimentos e sincronização com a produção, dando maior
agilidade e capacidade de resposta;
• Necessidade de melhor gestão do patrimônio (parque fabril) e
seu efetivo uso;
• Necessidade de melhor efetividade do plano de produção em
relação ao executado.
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Foco do ISA-95
O ISA-95 (também disponibilizado como IEC/ISO 62264) foi
proposto para atacar alguns problemas gerais essenciais:
1. Dificuldade de saber, medir e comparar a efetividade das
operações de manufatura, e também de posteriormente
comparar com outras plantas para identificação de melhores
práticas;
2. Complexidade de integração dos sistemas de negócios e
logística externa com os sistemas de manufatura.
3. Complexidade de integração dos sistemas de manufatura
entre si (sistemas MES e de ERP com definições de escopo
diferentes, terminologias diferentes, modelos de dados
diferentes, modelos de processos diferentes)
4. Custos de integração consomem entre 50% e 80% do valor
total do projeto, e tempo de implantação muito maior do que
o previsto.
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Áreas e Tecnologias de Engenharia
MPS
MRP
CRP
Planejamento
Supervisão do Planejamento
Supervisão do Scheduling
Supervisão do Execução
Alterações de Planejamento
Intra
Desvios a nível de Planejamento
Desvios a nível de Scheduling
Desvios a nível de Execução
Re-planejamento Operacional
Rescheduling
Planejamento de Processo
Projeto de Produto
Alterações de Planejamento
Inter -Organizacional
Re-planejamento Tático
Re-planejamento Estratégico
Execução
Scheduling
Recuperação
CAE & CAD
CAPP & GT
CAM (CNC, Robótica,
programação controladores, ferramental,transportes,
sensores, redes industriais, células, F(A/M)S, Ilhas,
armazenamento, Kanban, …) + Equipamentos Convencionais
MRP-II
Clientes e
Fornecedores
Cadeia Produtiva
(Supply-Chain)
Áreas Comercial, Adminstrativa,
Jurídica, Financeira e Informática
Engenharia Concorrente
& DFA / DFM
L Q
O U
G A
Í L
S + I
T D
I A
C D
A E
ERP
JIT, MRP,
OPT, ...
DRP
DRP-II
EDI & STEP
BOM
CAL & CAQ
(TQC, 5S, ISO900x)
-Organizacional
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Os 5 Níveis do ISA-95 & Atividades
Nível 0
Nível 1
Nível 2
Nível 3
Nível 4 Planejamento dos
Negócios & Logística Externa
Gestão das Operações
de Manufatura
Controle da Manufatura:
Supervisão e Controle
Controle da Manufatura:
Aquisição de Dados
Nível Físico:
Execução da Manufatura
Establishing the basic plant schedule -
production, material use, delivery, and
shipping. Determining inventory levels.
Time Frame: Months, weeks, days,
shifts
Work flow / control to produce the end
products. Maintaining records and
optimizing the production process.
Time Frame: Shifts, hours, minutes,
seconds
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Os 5 Níveis do ISA-95 & Sistemas
Nível 0
Nível 1
Nível 2
Nível 3
Nível 4 Planejamento dos
Negócios & Logística Externa
Gestão das Operações
de Manufatura
Controle da Manufatura:
Supervisão e Controle
Controle da Manufatura:
Aquisição de Dados
Nível Físico:
Execução da Manufatura
Típicos sistemas: ERP,
CRM, BI, Logística
Típicos sistemas: MES,
PIMS, LIMS, Scheduling,
Dispatching.
Típicos sistemas: PLC,
DCS, OCS, SCADA
Típicos sistemas: Visão,
Sensores, Atuadores, etc.
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Os 5 Níveis do ISA-95 e
as disciplinas do Curso
Nível 0
Nível 1
Nível 2
Nível 3
Nível 4 Planejamento dos
Negócios & Logística Externa
Gestão das Operações
de Manufatura
Controle da Manufatura:
Supervisão e Controle
Controle da Manufatura:
Aquisição de Dados
Nível Físico:
Execução da Manufatura
EPS5211, DAS5316
EMC5255, EMC5246,
EMC5301, DAS5313
DAS5202, EMC5255,
DAS5313
Info I, Redes,
Instrumentação e Controle
EMC5219, EMC5425 , EMC5467
EMC5251 , EMC5255,
Instrumentação e Controle
DA
S5316
Re
de
s
Sis
tem
as D
istr
ibuíd
os
Banco
de
Dados
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As Partes do Padrão ISA-95
O ISA-95 vem sendo desenvolvido desde o ano de 2000 e sua
especificação é dividida em Parts:
• ANSI/ISA 95.01-2000 “Enterprise - Control System Integration –
Part 1: Models and Terminology”
• ANSI-ISA 95.02-2001 “Enterprise - Control System Integration –
Part 2: Object Attributes”
• ANSI/ISA 95.03-2005 “Enterprise - Control System Integration –
Part 3: Models of Manufacturing Operations”
• ANSI/ISA 95.05-2007 “Enterprise - Control System Integration –
Part 5: Business to Manufacturing Transactions”
• Em desenvolvimento: “Parts 4 e 6 - Models of exchanged
information within manufacturing operations systems”
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A visão da relação entre
os Níveis 3 e 4
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Elementos do ISA-95 e
Responsabilidades
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Descrição de Atividades
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Exemplo: Modelo de “Material”
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<Material
<MaterialLot>
<ID> W89W89</ID>
<Description> A lot of materialA material</Description>
<MaterialDefinitionID“WXE908WXE908””/> />
<Location> Tank 1Tank 1</Location>
<Quantity UnitOfMeasure= "KLKL" > 45004500</Quantity>
<MaterialLotProperty>
<ID> dateTimeProductiondateTimeProduction</ID>
<Value> 20012001--0101--06T00:14:23+11:3006T00:30</Value>
</MaterialLotProperty> <MaterialLotProperty>
<ID> Quality StatusQuality Status</ID>
<Value> GoodGood</Value>
</MaterialLotProperty>
</MaterialLot>
</Material>
Exemplo: Modelo B2MML de
“Material Lot”
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Exemplo: Transação do Scheduler
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Elementos do ISA-95 e
Responsabilidades
Nível 4
Nível 3
Nível 2
Nível 1
Nível 0
Processos / Sistemas
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Elementos do ISA-95 e
Responsabilidades
O ISA-95 fornece, assim, um “mapa” genérico de todos os
processos e seus fluxos de dados.
Quando da aquisição ou troca de sistema (que automatiza um
dado processo) “basta” trocar de software, pois os requisitos
funcionais e de dados já estarão definidos.
Ainda, isso facilita a integração, pois o novo software já estará
preparado para se integrar, restando “apenas” adequá-lo, se
for o caso, às TICs sendo adotadas pela empresa.
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Escopo da ISA-95
Porém, há algumas atividades ditas ortogonais ou não
diretamente relacionadas com manufatura que não são
cobertas pelo padrão.
Cabe à equipe de projeto avaliar a empresa em questão e
tomar as decisões.
Ex.: segurança, interoperabilidade, governança, comércio
eletrônico, gestão da informação e da TI, definição de TICs
(linguagens, SO, protocolos, mecanismos de comunicação,
etc.), requisitos não funcionais das aplicações, métodos ou
técnicas de integração, cálculo de custos.
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Em resumo, essas Partes do padrão especificam os
modelos de informação, de dados, de transações e de
atividades do padrão ISA.
São expressos usando a metodologia UML e no padrão
XML: B2MML – Business to Manufacturing Markup
Language).
Independente de marca, arquitetura e TICs.
As Partes do Padrão ISA-95
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Comentários Finais
A implementação e integração de um sistema de
automação que funciona com TICs de suporte é
bastante complexo, pois envolve inúmeros
aspectos, que devem ser considerados
simultaneamente.
A definição do escopo funcional de cada sistema
(“aplicação”) é bastante variável nas empresas, o
que dificulta aquisição de softwares e suas
integrações.
O Modelo ISA-95 independe de fabricante ou
tecnologia.
...
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Comentários Finais
A adoção de modelos como o ISA-95 facilita
enormemente o projeto e a especificação dos
sistemas, pois padroniza (ou cria uma excelente
base) o escopo funcional, muitos termos, fluxo de
controle e de dados entre os sistemas, portanto,
evitando-se “inventar” coisas e implantar ideias
na base do “acho”.
A grande maioria das software-houses de
automação seguem ou se inspiram no modelo
ISA-95, o que ajuda na aquisição e seleção de
sistemas assim como no projeto de integração.
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F I M
Parte 2