jantar no hotel central - os maias
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“Os Maias”, Eça de Queirós
Jantar no Hotel Central (Capítulo VI)
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Propósitos:
Apresentar Carlos à sociedade lisboeta;Homenagear o banqueiro Cohen (marido da amante de
Ega);Apresentar uma perspetiva crítica em relação a problemas
da sociedade;Proporcionar o primeiro encontro entre Carlos e Maria
Eduarda.
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Intervenientes:
Jacob Cohen: homenageado e representante do mundo das finanças;
João da Ega: promotor do jantar e representa o realismo/naturalismo;
Craft: representa a cultura artística britânica e a elegância;
Dâmaso Salcede: representa a burguesia arrivista e a cobardia;
Tomás de Alencar: representa o ultrarromantismo;Carlos da Maia: distancia-se da conversa, apenas comenta
alguns aspetos.
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Temas:Literatura e crítica literária;Finanças;História e política.
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Literatura e crítica literária:
Realismo: Movimento da arte e da literatura, o Realismo surge, na segunda metade do século XIX, como reação e oposição aos excessos do Romantismo. Afastando-se da tendência romântica para a imaginação e para a fuga da realidade, o autor realista procura representar, acima de tudo, a verdade absoluta e objetiva.
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Literatura e crítica literária:
Naturalismo: Movimento estético, surge na década de 80, seguindo-se ao Realismo. O escritor naturalista também de baseia na observação e descrição do meio social, contudo, acredita que o indivíduo é o resultado de influências do meio, da educação e de fatores do momento histórico que condicionam o seu comportamento. Para os naturalistas, a hereditariedade, a educação e o meio passam a explicar os comportamentos desviantes do indivíduo, conferindo-se a responsabilidade desses comportamentos a factos externos.
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Literatura e crítica literária: Alencar
Opositor do Realismo/Naturalismo, que qualifica depreciativamente como “excremento”, “pus” e “literatura latrinária”;
Falso moralista: refugia-se na moral, pois não tem mais argumentos para a sua defesa;
Usa uma linguagem demasiado sentimentalista, típica do ultrarromantismo;
Desfasado do seu tempo;Confunde arte e moral, visível no recurso ao ataque pessoal.
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Literatura e crítica literária: Ega
Defensor do Realismo/Naturalismo (“Ideia Nova”);Critica a subjetividade dos juízos estéticos formulados por
Alencar;Denuncia os excessos retóricos e sentimentais da poesia
ultrarromântica;Não distingue ciência de literatura.
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Literatura e crítica literária:
Craft Carlos da MaiaDefende a arte como
idealização do que melhor existe na natureza;
Considera intolerável a cientificidade do realismo;
Não admite o naturalismo: “a realidade das coisas e da sociedade estatelada nua num livro…”;
Defende que os caracteres só se manifestam pela ação;
Ambos recusam o ultrarromantismo de Alencar e o exagero de Ega.
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Finanças:
O país tem a máxima necessidade do empréstimo do estrangeiro: “…o empréstimo tinha de se realizar ‘absolutamente’.”;
Cohen é um calculista cínico, pois tendo responsabilidades pelo cargo que ocupa afirma, alegremente, a inevitabilidade da bancarrota: “A bancarrota é inevitável: é como quem faz uma soma…”.
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História e política: Ega
Defende a necessidade da invasão espanhola como solução à bancarrota;
Defende o afastamento violento da monarquia;Defende a implantação da república;Afirma que a raça portuguesa é a mais fraca, miserável e
cobarde da Europa.
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História e política: Alencar
Defende o romantismo político;Teme que a invasão espanhola seja um perigo para a
independência nacional;Esquece o adormecimento geral do país;Protesta contra a alegre fantasia dos companheiros
afirmando, exaltadamente, o amor pela pátria.
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História e política:
Cohen Dâmaso
Afirma que Ega e Alencar são um exagero;
Diz que se ocorrer a invasão espanhola, “raspa-se” para Paris,
Considera que há gente séria e honesta nas camadas políticas dirigentes.
Afirma, que não só ele, como toda a gente fugiria como uma “lebre”.
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Fim do jantar:
Alencar e Ega insultam-se mutuamente com uso de linguagem escabrosa e ofensiva: “E depois de o besuntar bem de lama, esborrachava-lhe o crânio!” e “Esse pulha, esse cobarde…Não, isso hei-de esbofeteá-lo!”;
Depois da disputa, acabam por fazer “as pazes à portuguesa”, abraçando-se e brindando como se nada fosse.
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Conclusões: o modo de ser portuguêsFalta de personalidade: Ega e Alencar mudam de opinião
quando Cohen assim o pretende e Dâmaso cujo lema é “Sou forte”, aponta o caminho covarde da fuga;
Falta de coragem/ a covardia domina a sociedade: “Raspar-se, pirar-se!... Era assim… que pensava a sociedade de Lisboa…desde el-rei nosso senhor até aos cretinos de secretaria!”;
A falta de cultura e civismo domina as classes mais destacadas, com exceção de Carlos e de Craft.
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Bibliografia:
http://portugues-fcr.blogspot.pt/2012/04/episodio-do-jantar-no-hotel-central.html;
Livro de preparação para exame final de português, Porto Editora.
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Trabalho feito por: Inês Rosa, nº11, 12ºA